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Evidencia de AuditoriaAPOSTILA
Evidencia de AuditoriaAPOSTILA
Autor:
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de
Carvalho Oliveira
07 de Maio de 2023
Sumário
MOTIVAÇÃO DA AULA ....................................................................................... 2
1. CONTEXTUALIZAÇÃO ..................................................................................... 3
2. EVIDÊNCIA DE AUDITORIA .............................................................................. 6
3. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA .................................................................... 19
4. TESTES DE OBSERVÂNCIA E TESTES SUBSTANTIVOS .......................................... 33
5. CONFIRMAÇÕES EXTERNAS (CIRCULARIZAÇÃO) ................................................ 39
6. LISTA DE QUESTÕES ................................................................................... 47
7. GABARITO ................................................................................................ 79
8. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS ......................................................... 80
9. RESPOSTAS DAS QUESTÕES SUBJETIVAS ...................................................... 160
10. RESUMO EM MAPAS E ESQUEMAS............................................................... 164
11. BIBLIOGRAFIA........................................................................................ 170
MOTIVAÇÃO DA AULA
Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir.
LISTA DE PERGUNTAS
1. O que é evidência de auditoria?
2. Quais as principais características da evidência de auditoria?
3. Como a suficiência e a adequação da evidência de auditoria se relacionam?
4. Que fatores afetam a qualidade de toda evidência de auditoria?
5. Como a evidência de auditoria é obtida?
6. Que ações o auditor deve adotar se houver inconsistência ou dúvidas quanto à
confiabilidade da evidência de auditoria?
7. Em regra, obtém-se mais segurança com evidência de auditoria obtida a partir de fontes
internas ou externas?
8. Qual a relação entre evidências e procedimentos de auditoria?
9. Quais as “categorias” (e “subcategorias”) de procedimentos de auditoria?
10. O que são testes de controles?
11. O que são procedimentos substantivos?
12. Defina testes de observância.
13. Defina testes substantivos.
14. Quais os tipos específicos de procedimentos elencados nas normas?
15. No contexto das normas de auditoria independente, existe correlação direta entre os tipos
específicos de procedimentos e as suas categorias?
Se você não tem certeza de uma ou algumas das respostas a esses questionamentos, não se
preocupe. Fique atento que esses temas serão abordados ao longo da aula de hoje!
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Podemos dividir o trabalho da auditoria em 3 (três) grandes fases: o planejamento; a execução; e
a emissão do relatório (opinião) do auditor.
Essa divisão é utilizada em grande parte pela doutrina, até por servir a fins didáticos. As normas de
auditoria independente não fazem essa separação (ou categorização) de forma expressa. As
normas de auditoria governamental, por sua vez, versam sobre esse fluxo de trabalho
(planejamento; execução; relatório).
Na aula de hoje, iremos abordar a fase da Execução. Nessa etapa são coletadas as evidências que
servem de suporte à conclusão do Auditor – o que é feito, principalmente, pela aplicação dos
Testes e Procedimentos de Auditoria.
Cada uma das etapas da auditoria é integrada por atividades, iniciando-se com o planejamento,
seguindo com a fase de execução, e terminando com a emissão do relatório. Além dessas 03 (três)
etapas, considera-se que alguns aspectos são transversais e perpassam por todas as fases do
processo de auditoria, como é o caso do(a): controle de qualidade, documentação e comunicação.
Estes aspectos contribuem para garantir a eficácia e a credibilidade do trabalho da auditoria.
Vejamos o esquema a seguir, que ilustra bem as etapas do fluxo do trabalho da auditoria:
De acordo com a NBC TA 500, os procedimentos de auditoria para obter evidência podem incluir a
inspeção, observação, confirmação externa, recálculo, reexecução e procedimentos analíticos,
muitas vezes em combinação, além da indagação. Esses são os procedimentos específicos (ou
técnicas) de auditoria.
1
Achado é a eventual discrepância entre a situação efetivamente encontrada e o critério (referencial)
de auditoria adotado.
2. EVIDÊNCIA DE AUDITORIA
A NBC TA 500(R1) define o que constitui evidência na auditoria de demonstrações contábeis e
trata da responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de auditoria para a
obtenção de evidência apropriada e suficiente que permita a obtenção de conclusões razoáveis
para fundamentar sua opinião. Segundo a norma supracitada:
2
Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às
demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções
potenciais que possam ocorrer.
Ressalte-se que a única alteração promovida pela primeira revisão da NBC TA 500 (que a levou a
ser denominada NBC TA 500 R1) diz respeito ao conceito de Evidência. Especificamente, alterou-se
a parte final de “outras informações” para “informações obtidas de outras fontes”.
Veja, mais uma vez, o conceito de evidência, em forma de mapa mental, para ajudá-los na
memorização:
são obtidas de fontes externas à entidade, podem existir circunstâncias que podem afetar a sua
confiabilidade. [Grifos não constantes no original].
Outro item que aparece com frequência em provas diz respeito às generalizações da confiabilidade
da evidência. Informações obtidas de uma fonte externa, por exemplo, são mais seguras do que as
obtidas internamente na entidade auditada. Com visto acima, essas generalizações não são uma
regra absoluta, uma vez que comportam exceções. Veja:
Geralmente obtém-se mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir de
fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de itens de evidência de auditoria
considerados individualmente. Por exemplo, informações corroborativas obtidas de uma fonte
independente da entidade podem aumentar a segurança que o auditor obtém da evidência de
auditoria gerada internamente, tais como a evidência existente em registros contábeis, atas de
reuniões ou representação da administração.
Entre as informações de fontes independentes da entidade que o auditor pode usar como
evidência de auditoria podem estar confirmações de terceiros e informações de fonte externa de
informações, incluindo relatórios de analistas e dados comparáveis sobre concorrentes (dados
referenciais de benchmarking).
(...) Embora reconhecendo que podem existir exceções, as seguintes generalizações sobre a
confiabilidade da evidência de auditoria podem ser úteis:
• a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes
fora da entidade;
• a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os controles
relacionados, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, impostos pela entidade,
são efetivos;
• a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a observação da
aplicação de um controle) é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida indiretamente
ou por inferência (por exemplo, indagação a respeito da aplicação de controle);
• a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro tipo,
é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo, uma ata de reunião
elaborada tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal subsequente dos
assuntos discutidos);
• a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a
evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram
filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja confiabilidade
pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção.
(TST / 2017) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para
fundamentar suas conclusões em que se baseia sua opinião, devendo ser suficiente, que é a
medida da quantidade dessas evidências. Nos termos da NBC TA 200, essa quantidade pode
ser afetada
a) pela avaliação do auditor dos riscos de distorção.
b) pela complexidade dos riscos de auditoria.
c) pelo percentual dos riscos de detecção.
d) pela estrutura das demonstrações contábeis.
e) pelo histórico da informação contábil.
Comentário:
A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos
riscos de distorção, ou seja, quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade
de que seja necessária mais evidência de auditoria. Percebe-se que há uma relação direta
entre a avaliação de riscos e a quantidade de evidências.
Gabarito: A
Gabarito: D
(DPE RJ – 2019) Uma das finalidades do trabalho do auditor interno é obter informações
sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna.
Entre outras qualidades, as informações obtidas precisam ser relevantes, o que ocorre
quando a informação:
a) auxilia a entidade a atingir suas metas;
b) dá suporte às conclusões e às recomendações da auditoria interna;
c) é confiável e propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das
técnicas de auditoria interna;
d) é factual e convincente, de modo que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la
assim como um auditor interno;
e) é obtida mediante a aplicação de procedimentos da auditoria interna, incluindo testes
substantivos.
Comentários:
As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de
“evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer
base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade.
Informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria
Interna. Assertiva correta, portanto, é a letra B. A letra A trata da informação útil, a letra C da
informação adequada, a letra D da informação suficiente.
Gabarito: B
(ALERJ – 2017) Um dos esforços do trabalho do auditor consiste em buscar evidências que
possam fundamentar suas conclusões sobre as demonstrações contábeis. As evidências
podem ser relacionadas à finalidade para a qual são colhidas ou à sua natureza.
As evidências relacionadas à natureza correspondem a provas que servem para validar os
registros contábeis.
Dos exemplos a seguir, o que NÃO constitui evidência quanto à natureza é:
a) constatação de existência física de bens;
b) declaração de fontes verbalmente consultadas;
c) incapacidade financeira de pagar credores no vencimento;
d) eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis;
e) documentos comprobatórios da legitimidade de transações.
Comentários:
A doutrina estabelece que, para melhor conhecer os diferentes tipos de evidências, os
auditores classificam-nas inicialmente em dois grupos: evidências quanto à finalidade e
evidências quanto à natureza. A questão aborda exemplos de evidências de auditoria
relacionadas à natureza.
Crepaldi, em sua obra, na versão digital, “Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São
Paulo: Atlas, 2016,p. 16/195” explicita que:
1.2.1 Evidência quanto à natureza:
[...]
No decorrer do processo de obtenção de evidências, o auditor poderá encontrar os seguintes
tipos de provas, que servem para validar os registros contábeis:
- Constatação da existência física de bens, pessoalmente, pelo auditor; [Alternativa “a”]
- Declaração de fontes consultadas, verbal ou formalmente escrita; [Alternativa “b”]
- Repetição, pelo auditor, dos cálculos que produziram situações ou resultados;
- Documentos que comprovem a legitimidade das transações, elaboradas internamente, ou
preparados por fonte externa à empresa; [Alternativa “e”]
- Correlacionamento dos dados examinados;
- Procedimentos de controle interno;
- Acontecimentos posteriores à data das demonstrações contábeis. [Alternativa “d”]
Dessa forma, o único exemplo que não consta no rol acima é a incapacidade financeira de
pagar credores no vencimento (letra C). Esse é um exemplo de evidência quanto à finalidade,
especificamente sobre a continuidade.
Gabarito: C
A NBC TA 500 diz ainda que, ao definir os testes de controles e os testes de detalhes
(esclarecimentos sobre essas espécies de procedimento mais a frente), o auditor deve determinar
meios para selecionar itens a serem testados que sejam capazes de cumprir os procedimentos de
auditoria. Nesse caso, se essa evidência obtida em uma fonte é inconsistente com a obtida em
outra, ou o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem utilizadas como
evidência de auditoria, ele deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos
de auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto, se
houver, sobre outros aspectos da auditoria.
3. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Procedimentos de auditoria são o conjunto de procedimentos técnicos com base nos quais o
auditor obtém evidências ou provas que sejam suficientes e adequadas para fundamentar sua
opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis auditadas à estrutura de relatório
financeiro aplicável, permitindo que eventuais distorções relevantes sejam identificadas.
Como vimos na seção anterior, a NBC TA 500 apresenta as “categorias” (nomenclatura por nós
utilizada para fins didáticos) dos procedimentos de auditoria. Veja:
Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar
distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações);
e
(b) procedimentos analíticos substantivos.
Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade
operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções
relevantes no nível de afirmações.
Veremos, mais à frente em nossa aula, as definições dos tipos de procedimentos de auditoria
interna. Adiantamos que, assim como os testes de controle, os chamados testes de observância
relacionam-se com a obtenção de segurança quanto ao efetivo funcionamento dos controles
estabelecidos. Os testes substantivos, por sua vez, visam à obtenção de evidência quanto à
suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade
(ou seja, afirmações, que representam as informações presentes nas demonstrações contábeis).
A NBC TA 500 elenca ainda uma série de procedimentos específicos (ou técnicas), que podem ser
utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou
procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor.
Entendam, portanto, que (nos termos das NBC TA atualmente em vigor) não há uma correlação
direta entre os procedimentos específicos abaixo apresentados e uma ou outra categoria de
procedimentos – o contexto é que vai definir, por exemplo, se um procedimento analítico será
efetuado no contexto de um procedimento de avaliação de risco ou de um procedimento
substantivo (nesse último caso, temos um procedimento analítico substantivo).
Apresentaremos, “na veia”, as definições que precisam ser internalizadas. Em seguida, traremos
mapas mentais com as informações-chave de cada espécie de procedimento. É raro uma prova de
auditoria não vir cobrando, ao menos, uma assertiva (ou item) relacionada e este assunto. Veja:
Inspeção
A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel,
em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e
documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua
natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua
produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de
evidência de autorização.
Alguns documentos representam evidência de auditoria direta da existência de um ativo, por
exemplo, um documento que constitui um instrumento financeiro, como uma ação ou título. A
inspeção de tais documentos pode não fornecer necessariamente evidência de auditoria sobre
propriedade ou valor. Além disso, a inspeção de um contrato executado pode fornecer evidência de
auditoria relevante para a aplicação de políticas contábeis da entidade, tais como reconhecimento de
receita.
A inspeção de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua
existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação
dos ativos. A inspeção de itens individuais do estoque pode acompanhar a observação da contagem
do estoque.
Esclarecendo: a inspeção vai além do exame físico de ativos tangíveis, incluindo também o exame de
registros e documentos (isso, por si só, resolve inúmeras questões de prova).
Observação
A observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros, por exemplo,
a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de
atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de
processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo
fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é
executado.
Cuidado: se o auditor faz um exame físico de um ativo tangível, estamos diante do procedimento de
Inspeção. Caso o auditor acompanhe a contagem física de estoque (inventário) feita, por exemplo,
por um funcionário da entidade, estaremos diante da Observação! É comum, no entanto, que o
auditor esteja acompanhando a contagem física dos estoques (aplicando, portanto, a observação) e
decida examinar por conta própria algum item do estoque (nesse momento, ele sai da alçada da
observação e entra na alçada da inspeção).
Recálculo
O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O
recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.
Observação: é comum as bancas utilizarem o nome “cálculo” (ou mesmo “conferência de cálculo”),
previsto nas normas revogadas. Podemos perfeitamente tê-los como sinônimos.
Reexecução
A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que
foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.
Observação: aqui, o auditor põe a mão na massa efetivamente. O auditor, ou equipe de auditoria,
decide executar por conta própria (ou reexecutar) um procedimento já executado pela entidade. Essa
técnica não se confunde com a observação (em que auditor só acompanha a execução do
procedimento, sem por a mão na massa), nem tampouco com o recálculo (nesse, a equipe não
reexecuta um procedimento, mas sim efetua cálculos, ou apurações, próprios a fim de comparar com
aqueles apresentados pela entidade).
Procedimentos analíticos
Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem
também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras
informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos.
Indo mais a fundo: o procedimento hoje denominado “procedimento analítico” era chamado pela
extinta NBC T 11 de “revisão analítica”. Podemos adotá-los como sinônimos. A NBC TA 520 –
Procedimentos Analíticos, traz mais detalhes acerca desse procedimento. Ela menciona que os
procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações de informações
contábeis e financeiras da entidade (informações comparáveis de períodos anteriores; resultados
previstos pela entidade ou expectativas do auditor; e informações de entidades do mesmo setor de
atividade, como a comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do setor ou
com outras entidades de porte comparável). Ainda conforme a NBC TA 520, se os procedimentos
analíticos executados identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras
informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor
deve examinar essas diferenças por meio de: (a) indagação à administração e obtenção de evidência
de auditoria apropriada e relevante para as respostas da administração; e (b) aplicação de outros
procedimentos de auditoria conforme necessário nas circunstâncias.
Indagação
A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não
financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria,
além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas
formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do
processo de indagação.
As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou
evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer informações
significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo, informações
referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as respostas às
indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria
adicionais. [Grifos não constantes no original].
Observação: reparem que, diferentemente da confirmação externa, a indagação inclui
questionamentos escritos formais e também questionamentos orais informais. Diz ainda a NBC TA
500 que, embora a indagação possa fornecer importante evidência de auditoria e possa produzir
evidência de distorção, ela – sozinha – geralmente não fornece evidência de auditoria suficiente da
ausência de distorção relevante no nível da afirmação nem da eficácia operacional dos controles. Em
outros termos, a indagação produz evidência quanto à existência de distorção, porém (geralmente)
não é capaz de produzir evidência da ausência de distorção e nem tampouco da eficácia dos
controles.
Segue mapa mental para ajudá-los na memorização.
(ISS Teresina) – 2016) A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a
opinião do auditor é conseguida pela execução de procedimentos de auditoria.
O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma
eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o
procedimento de auditoria denominado
a) observação.
b) circularização.
c) investigação.
d) confirmação.
e) inspeção.
Comentários:
Enunciado traz a literalidade da NBC TA 500 ao definir a Inspeção. Devemos ficar atentos às
palavras-chave “exame de registros e documentos ou exame físico de um ativo”.
Gabarito: E
(SEFAZ MA – 2016) Os resultados obtidos nos procedimentos de auditoria executados pelo auditor
independente contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório. O
auditor pode utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou
procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados, entre outros, os
procedimentos de auditoria:
a) inspeção, observação, confirmação externa.
b) inspeção, amostragem, vistoria.
c) inspeção, amostragem, pericia.
d) inspeção, monitoramento, vistoria.
e) inspeção, indagação, perícia.
Comentários:
O esquema a seguir apresenta os procedimentos específicos elencados pela NBC TA 500, que
podem ser utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de
controle ou procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo
auditor.
D) do recálculo.
E) da segregação de função
Comentários:
Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução da
auditoria. Aqui, você deve ficar atento ao trechos “relações plausíveis entre dados financeiros e
não financeiros”. Estamos diante, portanto, dos Procedimentos Analíticos (que são sinônimos de
Revisão Analítica – nomenclatura utilizada pela extinta NBC T 11).
Gabarito: C.
(CODEMIG – Auditor – 2018) A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião
consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria, que é obtida por meio de
procedimentos de auditoria. A esse respeito, numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I,
fazendo a relação entre os procedimentos de auditoria e seus objetivos, conforme prescrito pela
NBC TA 500.
COLUNA I
1. Inspeção
2. Indagação
3. Confirmação externa
COLUNA II
( ) Fornecer evidências de auditoria que podem conter informações significativamente divergentes
daquelas já obtidas, por exemplo, informações referentes à possibilidade de a administração burlar
os controles.
( ) Fornecer evidências de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a
ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento da receita.
( ) Fornecer evidências de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua
natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a
sua produção.
Assinale a sequência CORRETA.
a)1 2 3
b)3 2 1
c) 2 3 1
d) 2 1 3
Comentário:
Questão difícil, que foi além da definição pura e simples de cada espécie de procedimento.
Segundo a NBC TA 500(R1):
Indagação
(...) As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente
ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer
informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo,
informações referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as
respostas às indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize
procedimentos de auditoria adicionais.
Confirmação externa
Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta
escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra
mídia. [...] Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a obtenção de
evidência de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a ausência de
acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento da receita. [...]
Inspeção
A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel,
em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e
documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo
de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles
sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em
busca de evidência de autorização. [Grifos nossos]
Gabarito: C.
(CM Araraquara – 2016) Considerando "V" para verdadeiro e "F" para falso, analise as afirmações
abaixo e assinale a alternativa correta.
( ) Quantidade: a apuração das quantidades reais existentes fisicamente, somente se dando por
satisfeito após apuração adequada.
( ) Qualidade: exame visual de que o objeto examinado permanece em uso. Não está deteriorado e
merece fé.
a) V-F-V-F-V.
b) F-V-F-V-F.
c) V-V-V-V-V
d) F-F-F-F-F-F.
Comentário:
Questão se baseia em norma desatualizada, cujo teor foi replicado pela doutrina.
Independentemente da desatualização, devemos ficar atentos a esses conceitos (cobrados em
2016, e passíveis de cobrança nos dias de hoje). Vejamos os ensinamentos de Almeida, Marcelo
Cavalcanti – Auditoria Contábil Teoria e Prática:
Técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir as
evidências que lhe proporcionem atestas a fidedignidade das demonstrações contábeis. As
técnicas não são provas em si, elas proporcionam a obtenção de provas necessárias para o auditor
emitir um parecer bem fundamentado.
As técnicas de auditoria mais usuais são as seguintes:
- Exame e contagem física;
- Circularização;
- Conferência de cálculos;
- Inspeção de Documentos;
- Averiguação;
- Correlação.
Exame e contagem física: procedimento utilizado para contas do ativo; consiste em identificar
fisicamente o bem declarado nas demonstrações financeiras. São exemplos de ativos normalmente
submetidos à contagem física: dinheiro em caixa, estoques, títulos (ações, etc.), imobilizado.
O exame físico é a verificação in loco do objeto ou item examinado.
O exame físico realizado pelo auditor deve conter as seguintes características:
• Quantidade: apuração das quantidades reais existentes fisicamente;
• Existência física: comprovação, por meio da constatação visual, de que o objeto ou item
examinado existe realmente;
• Identificação: comprovação, por meio da constatação visual, do item específico a ser
examinado;
• Autenticidade: poder de discernimento de que o item ou objeto examinado é fidedigno;
• Qualidade: exame visual de que o objeto permanece em uso, não está deteriorado e merece
fé.
Abordaremos, agora, a seção da NBC TA 500 que trata da seleção de itens para testes,
objetivando a obtenção de evidência de auditoria. Grosso modo, veremos que – ao selecionar
itens a serem testados – o auditor pode, dependendo das circunstâncias específicas, selecionar
todos os itens (exame de 100%), selecionar itens específicos ou aplicar amostragem em auditoria.
Veja:
Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada na medida em que, considerada com outra
evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será suficiente para as finalidades do auditor. Ao
selecionar itens a serem testados, exige-se que o auditor determine a relevância e confiabilidade das
informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Outro aspecto da eficácia (suficiência) é
uma consideração importante na seleção de itens a serem testados. Os meios à disposição do auditor
para a seleção de itens a serem testados são:
(a) seleção de todos os itens (exame de 100%);
(b) seleção de itens específicos; e
(c) amostragem de auditoria.
A aplicação de qualquer um desses meios ou de uma combinação deles pode ser apropriada
dependendo das circunstâncias específicas, por exemplo, os riscos de distorção relevante relacionados
à afirmação que está sendo testada, e a praticidade e eficiência dos diferentes meios.
Seleção de todos os itens
O auditor pode decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens que constituem
uma classe de transações ou saldo contábil (ou um estrato dentro dessa população). É improvável um
exame de 100% no caso de testes de controles; contudo, é mais comum para testes de detalhes. Um
exame de 100% pode ser apropriado quando, por exemplo:
• a população constitui um número pequeno de itens de grande valor;
Amostragem em auditoria
A amostragem em auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma população
inteira com base no teste de amostragem extraída dela. A amostragem em auditoria é discutida na
NBC TA 530. [Grifos não constantes no original]
As definições acima constantemente aparecem em provas. Assim, guarde na sua memória esses
mapas mentais! Como dissemos, nesse ponto específico da nossa disciplina, as bancas – muitas
vezes – cobram de forma indistinta conceitos e institutos da Auditoria Independente e da Auditoria
Interna.
É possível fazer uma associação entre os tipos de procedimentos previstos na NBC TI 01 e as
“subcategorias” de procedimento previstas nas normas de auditoria independente. Vejamos mais
uma vez:
Resumidamente:
Testes de observância (ou, segundo as normas de auditoria independente, Testes de controle) faz
a verificação dos controles internos.
(SEFAZ SC – 2018)
I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à
suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade.
Têm como um dos principais objetivos a conclusão sobre a adequada mensuração, apresentação
e divulgação das transações econômico-financeiras, em consonância com os Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados em
auditorias tributárias, tendo também como objetivo certificar-se da correção: da existência do
item contábil (se o componente patrimonial existe em certa data), da existência de direitos e
obrigações (se efetivamente existem em certa data), da ocorrência (se uma determinada
transação realmente ocorreu).
Os textos acima referem-se
(A) aos Riscos de amostragem.
(B) aos Testes substantivos.
(C) aos Testes de observância.
(D) às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física.
(E) às Técnicas de Circularização de bens e direitos.
Comentários:
Se a questão falou em “obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
gerados pelo sistema de contabilidade da entidade”, é possível “cravar” que estamos diante dos
Testes Substantivos (previstos na NBC TI 01).
Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade
dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
No escopo da Auditoria Independente, temos os chamados Procedimentos Substantivos
(equivalentes aos Testes Substantivos, previstos na norma da auditoria interna). Veja:
Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
(a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar
distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de
divulgações); e
(ii) procedimentos analíticos substantivos.
Gabarito: B
d) de detalhes de transações.
e) substantivo.
Comentários:
Enunciado apresenta testes de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução dos
trabalhos. Ao analisar as assertivas, percebe-se que não é preciso identificar tipos específicos de
procedimentos (observação, inspeção, confirmação externa, etc.), sendo necessário – apenas –
apontar qual a “categoria” ou “subcategoria” de procedimento foi aplicado. Aqui, você deve ficar
atento à expressão “para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas”,
bem como “solicitou a um funcionário que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada
estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro”. Ora, o auditor quis que o
funcionário colocasse a prova, ou testasse, um controle da entidade (qual seja: a adequação do
sistema de compras aos limites e alçadas previstos nos manuais da empresa).
Como estamos diante de procedimento destinado a avaliar a efetividade operacional dos
controles, estamos diante de um Teste de Controle.
Gabarito: B
6. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os significados a eles atribuídos:
Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o
auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio.
Esclarecendo: nesse caso, o auditor sempre espera uma resposta. Solicitações de confirmação
positiva que não determinam valor na solicitação de confirmação, e pedem à parte que confirma
preencher o valor, são denominadas solicitação de confirmação “em branco”.
Esclarecendo: espera-se uma resposta apenas em caso de discordância. Ainda de acordo com a
norma, confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as
confirmações positivas.
Resposta não recebida é quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira
completa, a uma solicitação de confirmação positiva, ou a devolução de uma solicitação de
confirmação não entregue (devolução pelo correio, por exemplo, para um destinatário não
localizado).
Exceção é a resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou
confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que
confirma. [Grifos não constantes no original]
(d) enviar as solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a parte que confirma.
Outro ponto importante diz respeito à eventual recusa da administração em permitir que o
auditor envie solicitações de confirmação. Por menos intuitivo que pareça, a administração pode,
sim, manter tal posição. Caberá ao auditor, nesse caso tomar medidas apropriadas, tais como:
(a) indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência de auditoria sobre
sua validade e razoabilidade;
(b) avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do auditor dos riscos
significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e
extensão de outros procedimentos de auditoria; e
(c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria
relevante e confiável.
Iremos expor agora, de forma resumida, algumas particularidades das respostas às solicitações do
auditor.
As respostas às solicitações de confirmação fornecem evidência de auditoria mais relevante e
confiável quando são enviadas a um terceiro (parte que confirma), que no entendimento do
auditor tem conhecimento sobre as informações a serem confirmadas.
A solicitação de confirmação externa positiva pede que a parte confirme, em todos os casos,
responda ao auditor seja pela indicação de sua concordância com as informações enviadas ou pelo
fornecimento de informações. Normalmente se espera que a resposta a uma solicitação de
confirmação positiva forneça evidência de auditoria confiável.
Já as confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as
confirmações positivas. Consequentemente, o auditor não deve usar solicitações de confirmação
negativa como o único procedimento substantivo de auditoria para tratar o risco de distorção
relevante avaliado no nível de afirmações, a menos que estejam presentes todos os itens a seguir:
(a) o auditor avaliou o risco de distorção relevante como baixo e obteve evidência de auditoria
apropriada e suficiente em relação à efetividade operacional dos controles relevantes para a
afirmação;
(b) a população de itens sujeitos a procedimentos de confirmação negativa compreende um
grande número de saldos contábeis, transações ou condições, homogêneas de pequena
magnitude;
(c) espera-se uma taxa de exceção muito pequena; e
(d) o auditor não tem conhecimento das circunstâncias ou condições que fariam com que as
pessoas que recebem solicitações de confirmação negativa ignorassem essas solicitações.
Por fim, para cada resposta não recebida, o auditor deve executar procedimentos alternativos de
auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Ele pode enviar uma solicitação
de confirmação adicional quando não receber uma resposta a uma solicitação anterior dentro de
prazo razoável. Por exemplo, o auditor pode, depois de verificar novamente a precisão do
endereço original, enviar uma solicitação adicional ou 2º pedido.
Não podemos esquecer de que o auditor deve avaliar se os resultados dos procedimentos dessa
confirmação fornecem evidência de auditoria relevante e confiável, ou se são necessárias outras
evidências de auditoria.
Cabe ressaltar, ainda, que a recusa da administração em permitir que o auditor envie solicitações
de confirmação constitui uma limitação sobre a evidência de auditoria que o auditor deseja
obter. Ele deve, portanto, indagar sobre as razões para a limitação. Uma razão comum
apresentada é a existência de uma disputa legal ou negociação em andamento com a pretensa
parte que confirma, cuja solução pode ser afetada por uma solicitação de confirmação inoportuna.
Nesse caso, o auditor deve procurar evidência de auditoria sobre a validade e razoabilidade das
razões em decorrência do risco de que a administração pode estar tentando negar ao auditor o
acesso a evidência de auditoria que pode revelar fraude ou erro.
Ao avaliar os resultados de confirmações externas individuais, o auditor pode os classificar
conforme esquema a seguir:
(SEFAZ RS – 2019) Com o objetivo de confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por
meio de cartas registradas, solicita as informações pertinentes às instituições bancárias das quais
a empresa auditada seja cliente. Nesse caso, o auditor realiza uma
A) inspeção.
B) repetição.
C) circularização.
D) revisão analítica.
E) conciliação bancária.
Comentários:
Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução
da auditoria. Aqui, você deve ficar atento às palavras “confirmar os saldos bancários
apresentados, o auditor, por meio de cartas registradas, solicita as informações pertinentes às
instituições...”. Ora, fica claro que o auditor deseja obter evidência por meio de resposta por
escrito de um terceiro (em formato eletrônico, nesse caso).
Portanto, alternativa correta é C (confirmação externa ou circularização).
(EMAP – 2018) Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos
registros contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da
área, circularização, conciliação e revisão analítica.
Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item
seguinte.
A circularização é a técnica utilizada para a obtenção de declaração formal e independente de
partes internas da área auditada.
Comentário:
Segundo a NBC TA 505, “confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta
por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato
eletrônico ou outro meio”. Dessa forma, há um erro sutil – em regra, as informações são obtidas
de partes externas da área auditada, ao invés de internas.
Portanto, item errado.
(SUDENE – 2013) Quanto à circularização, ao terminar o envio das confirmações externas
individuais, o auditor deve avaliar o resultado obtido. Ele pode adotar a seguinte classificação:
b) negativa branca
c) negativa preta
d) positiva branca
e) positiva preta
Comentário:
Questão aborda o procedimento de circularização (confirmações externas). Segundo a NBC TA
505, “confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta
para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro
meio”.
Esse tipo de técnica permite reunir evidências sobre a fidedignidade dos saldos das contas a
receber e a pagar, saldos bancários, contas de empréstimos, estoques em poder de terceiros,
passivos contingentes, coberturas de seguros e credores em geral.
A Resolução CNJ nº 171/2013 define circularização como sendo “a técnica que se obtém
informações com a finalidade de confrontar declarações de terceiros com os documentos
constantes do escopo da auditoria, de natureza formal”, classificando-a em três tipos:
a) positivo em branco – solicitação de informações a terceiros sem registro de quantitativos ou
valores no texto da requisição e com prazo para resposta;
b) positivo em preto – solicitação de informações a terceiros com a indicação de quantitativos ou
valores no texto da requisição e com prazo para resposta; e
c) negativo – comunicação de informações a terceiros com ou sem indicação de quantitativos e
valores no texto da comunicação e com referência a dispensa de resposta no caso de
concordância dos termos informados.
Portanto, alternativa correta é D.
6. LISTA DE QUESTÕES
c) relevante e confiável.
d) tempestivo e verificável.
e) confiável e tempestivo.
4. (FGV / SEFAZ AM – 2022)
De acordo com a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, se os procedimentos analíticos
executados identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras
informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o
auditor deve examinar essas diferenças por meio de
a) indagação à administração e da obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante
para as respostas da administração.
b) avaliação das informações obtidas por meio de estudos das relações plausíveis entre os
dados obtidos e os valores esperados.
c) verificação de procedimentos e controles que foram originalmente realizados como parte
do controle interno da entidade.
d) revisão do trabalho executado, reaplicação dos procedimentos efetuados anteriormente e
investigação das flutuações identificadas que se desviem significativamente dos valores
previstos.
e) obtenção de confirmação externa, representada por evidência de auditoria obtida pelo
auditor como resposta escrita de terceiro ao auditor, em forma escrita ou eletrônica.
5. (FGV / CGU – 2022)
Uma entidade que constrói e opera ferrovias contratou a empresa X para avaliar seus bens
imóveis. Já a empresa Y é especializada na publicação de informações sobre riscos do setor
de infraestrutura e suas publicações foram consideradas pela entidade na elaboração das
divulgações de risco.
O auditor considerou de grande importância os trabalhos dessas empresas para os propósitos
da auditoria e, portanto, deve:
(A) considerar que as empresas X e Y são fontes de informações externas à entidade;
(B) considerar que a habilidade da empresa X pode ser ameaçada em decorrência de possível
familiaridade com a entidade;
(C) considerar que a localização geográfica e a disponibilidade de tempo da empresa X para
execução do contrato podem reduzir sua competência;
(D) obter entendimento do trabalho da empresa X e avaliar se as premissas e os métodos
usados pela empresa são geralmente aceitos na área;
(E) avaliar a relevância e a confiabilidade das informações obtidas da empresa X, além da
competência, habilidade e objetividade da empresa Y.
6. (FGV / TCE PI – 2021)
e) resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou
confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela
parte que confirma.
21. (FCC / ISS Manaus – 2019)
A suficiência da evidência de auditoria
a) ou é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, ou pela avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante, nunca ambos.
b) é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, mas não pela avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante.
c) não é afetada nem pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, nem pela
qualidade da evidência de auditoria.
d) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela
qualidade da evidência de auditoria.
e) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, mas não pela
qualidade da evidência de auditoria.
22. (FCC / SEFAZ BA – 2019)
De acordo com a NBC TA 200 R1, as evidências de auditoria
a) constituem um grupo de informações, dados e fatos, de cunho público e notório, cujo
conhecimento, em princípio, é compartilhado pela comunidade que interage com a entidade
auditada e que, por isso mesmo, dispensa referência e juntada de suporte documental
próprio.
b) são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se
baseia a sua opinião, sendo que as informações contidas nos registros contábeis subjacentes
às demonstrações contábeis estão incluídas nas evidências de auditoria.
c) representam um grupo de informações, dados e fatos de conhecimento público e
obrigatório por todas as pessoas, naturais ou jurídicas, que interagem com a entidade
auditada e que, por isso mesmo, dispensa a juntada de suporte documental próprio, mas não
a devida referência, quando for o caso.
d) são todos os elementos, materiais e imateriais, que não precisam ser juntados ao relatório
de auditoria, em razão de sua existência, veracidade de conteúdo e confiabilidade terem
ficado evidenciadas nos papéis de trabalho apresentados e compilados.
e) são todas as informações, dados e fatos evidentes, isto é, elementos que falam por si
mesmos, e que não suscitam qualquer tipo de controvérsia.
23. (FCC / SANASA – 2019)
As evidências de auditoria devem ser apropriadas e suficientes. Dessa forma é de
responsabilidade do Auditor a execução de procedimentos de auditoria apropriados a cada
(A) Pode ser cogitado o procedimento de inspeção, que consiste na obtenção de informações
perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou
fora da entidade.
(B) Pode ser cogitado o procedimento de investigação e confirmação, que consiste na
verificação de registros, documentos e ativos tangíveis.
(C) Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e
validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
(D) Os procedimentos constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e
testes substantivos.
(E) Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles
internos estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto
ao seu cumprimento.
29. (FCC/ Analista em Gestão (DPE AM) – Ciências Contábeis – 2018)
A obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos
sistemas de informação da entidade é o objetivo
a) dos testes de políticas públicas.
b) da auditoria operacional.
c) dos testes substantivos.
d) dos testes de observância.
e) dos testes de investigação e confirmação.
30. (FCC – SEFAZ SC – Auditor Fiscal – Auditoria e Fiscalização – 2018)
I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à
suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade.
Têm como um dos principais objetivos a conclusão sobre a adequada mensuração,
apresentação e divulgação das transações econômico-financeiras, em consonância com os
Princípios Fundamentais de Contabilidade.
II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados
em auditorias tributárias, tendo também como objetivo certificar-se da correção: da
existência do item contábil (se o componente patrimonial existe em certa data), da existência
de direitos e obrigações (se efetivamente existem em certa data), da ocorrência (se uma
determinada transação realmente ocorreu).
Os textos acima referem-se
(A) aos Riscos de amostragem.
(B) aos Testes substantivos.
(C) aos Testes de observância.
(D) às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física.
e) substantivo.
59. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)
No que se refere à qualidade de uma evidência de auditoria, assinale a opção correta.
a) Um contrato de compra e venda digitalizado e recebido por email é mais confiável que o
mesmo documento recebido na via original em papel.
b) No caso de dúvida quanto à confiabilidade de determinada evidência de auditoria, o
auditor deve ampliar a amostra, excluir da seleção o item questionado e refazer os testes.
c) O conhecimento e a experiência do auditor sobre a área de atuação de um especialista da
administração não afetam a confiabilidade da informação prestada à auditoria.
d) O auditor deve avaliar a competência, habilidade e objetividade do especialista para
garantir a confiabilidade da evidência no caso de utilização de trabalho de especialista da
administração.
e) Uma resposta em reunião presencial a uma indagação feita por representação verbal de
membro da administração e o envio de uma resposta por email têm o mesmo nível de
confiabilidade.
60. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)
A empresa Ferragens S.A. mantém parte dos seus estoques guardada na empresa Armazéns
S.A. Ao auditar os estoques da Ferragens S.A., o auditor independente constatou a
necessidade de confirmação externa, porém a administração não permitiu o envio da
solicitação de confirmação.
Considerando-se essa situação hipotética e as normas vigentes de auditoria, é correto afirmar
que o auditor deverá
a) finalizar a realização do trabalho no momento da recusa da administração e emitir um
relatório de auditoria com ressalvas.
b) realizar procedimento de inspeção física na empresa Armazéns S.A., independentemente
de autorização da empresa auditada.
c) registrar os fatos nos papéis de trabalhos e emitir relatório de auditoria com abstenção de
opinião em relação aos estoques.
d) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de
auditoria relevante e confiável.
e) comunicar ao controle interno da empresa auditada que a ausência de informações será
utilizada como evidência para encerrar o trabalho.
61. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)
Com o objetivo de confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por meio de cartas
registradas, solicita as informações pertinentes às instituições bancárias das quais a empresa
auditada seja cliente. Nesse caso, o auditor realiza uma
A) inspeção.
B) repetição.
C) circularização.
D) revisão analítica.
E) conciliação bancária.
62. (CESPE / PGE PE– 2019)
Acerca de auditoria em órgãos públicos, julgue o item subsequente.
Havendo inconsistência entre evidências de auditoria obtidas em fontes distintas, o auditor
deverá providenciar modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria necessários
para solucionar o assunto.
63. (CESPE / CGE CE– 2019)
Segundo a NBC TA 330, para detectar distorções relevantes no nível de afirmações, são
utilizados, entre outros, os procedimentos e testes que avaliam informações contábeis por
meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros e são
examinadas relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou difiram significativamente dos valores esperados.
Tais procedimentos ou testes são denominados
a) testes de controle.
b) testes de detalhes.
c) testes de observância.
d) procedimentos analíticos substantivos.
e) procedimentos de avaliação de riscos.
64. CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de uma não
conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados de auditoria.
Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o
item a seguir.
A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da quantidade da
evidência, enquanto a suficiência da auditoria está associada à qualidade da evidência.
65. (CESPE – Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)
A evidência circunstancial demonstra um fato que pode levar a outro fato e não é suficiente
para sustentar um achado.
66. (CESPE - Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio Especializado - 2018)
Assertiva: Nessa situação, conclui-se que foi realizada uma revisão analítica para
complementar as conclusões do auditor sobre a conferência do cálculo.
76. (CESPE Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade/ Administrativa - 2017)
Ao examinar as demonstrações financeiras de uma entidade, o auditor verifica as relações
entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros simples, faz a análise
vertical das demonstrações, coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas
etc. Nesse caso, ao utilizar modelos matemáticos e estatísticos, como a análise de regressão,
o auditor adota o procedimento denominado
a) inspeção.
b) confirmação.
c) recálculo.
d) contagem.
e) revisão analítica.
77. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros
contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área,
circularização, conciliação e revisão analítica.
Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o
item seguinte.
Na revisão analítica, o auditor deve considerar a disponibilidade de informações, sua
relevância, confiabilidade e comparabilidade.
78. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros
contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área,
circularização, conciliação e revisão analítica.
Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o
item seguinte.
A circularização é a técnica utilizada para a obtenção de declaração formal e independente de
partes internas da área auditada.
79. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018)
O contador de determinada empresa considerou, equivocadamente, o valor bruto das vendas
de longo prazo, em vez do lucro dessas vendas, na apuração do valor da reserva de lucros a
realizar a ser registrado no patrimônio líquido da entidade. Uma auditoria independente nas
demonstrações contábeis identificou, além da referida distorção de registro, uma falsificação
de notas fiscais de saída, com a respectiva subtração indevida de estoques, o que gerou
distorção no valor do ativo. Essas foram as únicas distorções encontradas nas demonstrações
contábeis.
Relativamente aos estoques, um procedimento correto a ser adotado pelo auditor na
situação apresentada no texto consistiria em
a) registrá-los pelo preço de compra somado aos impostos, a outros tributos (exceto os
recuperáveis) e aos custos de transporte.
b) verificar a existência de banco de dados de credores e de segregação de função entre os
setores de compra e orçamento.
c) proceder à contagem física ou à checagem do inventário físico.
d) permitir a continuidade das operações no estoque mesmo durante o inventário e a
contagem física.
e) registrá-los pelo custo de aquisição ou de fabricação, deduzido da provisão, para ajustá-lo
ao valor de mercado.
80. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) / 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
É vedado ao auditor utilizar a indagação oral, mesmo com o uso de questionários e a
realização de entrevistas com os funcionários da entidade auditada, para obter dados e
informações.
81. (CESPE – Analista de Controle (TCE-PR) / Contábil – 2016)
Assinale a opção correta, relativamente aos procedimentos analíticos em trabalhos de
auditoria.
a) Os procedimentos analíticos, em função do seu caráter detalhista, só devem ser aplicados
a pequenos volumes de transações.
b) Com o fim de evitar a ocorrência de algum viés em seu trabalho, nos procedimentos
analíticos o auditor deve desconsiderar o desempenho de entidades do mesmo setor de
atividade da entidade auditada.
c) A fim de manter a consistência do relatório, em cada auditoria realizada o auditor deve
selecionar um procedimento analítico único e específico para ser executado.
d) Os procedimentos analíticos que forem realizados por administradores da própria entidade
auditada deverão ser desprezados ou realizados novamente pelo auditor.
e) Nos procedimentos analíticos, podem-se incluir informações que se mostrem
contraditórias ou inconsistentes com outras informações relevantes ou que produzam valores
inesperados.
82. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração / Fiscalização / 2016)
Com relação aos instrumentos de fiscalização da auditoria bem como ao seu planejamento e
à sua execução, julgue o item seguinte.
a) teste substantivo
b) análise sintética
c) revisão
d) análise de risco
e) procedimento analítico
96. (VUNESP/ Pref. Registro – Contador – 2018)
Em consonância com as Normas Brasileiras de Contabilidade, especificamente ao se tratar de
procedimentos de auditoria independente (NBC TA 200), o auditor pode aceitar registros e
documentos como genuínos. Todavia, exige-se que o auditor considere a confiabilidade das
informações a serem usadas como evidências de auditoria. Em casos de dúvida a respeito da
confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude, as normas de auditoria
exigem que o auditor faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições
aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto. Dentre os
procedimentos adicionais para confirmação de saldo, é correto citar:
a) revisão analítica.
b) expedição da carta de representação da administração.
c) expedição de cartas de confirmações com terceiros – circularização.
d) obtenção de relatórios gerenciais.
e) amostragem aleatória.
97. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2015)
O auditor independente dos relatórios financeiros da Cia. Flor de Lis constatou em seus
trabalhos, por meio de carta endereçada a um cliente, que este já havia quitado uma
duplicata a pagar, ainda não baixada na escrituração contábil da entidade, e que um
investimento avaliado pela equivalência patrimonial estava registrado por um valor menor
que o correto por ter sido utilizada uma percentagem menor do que a participação da
companhia na investida. Os procedimentos adotados por esse auditor foram,
respectivamente:
a) inspeção e confirmação.
b) revisão analítica e observação.
c) inspeção e revisão analítica.
d) observação e cálculo.
e) confirmação e cálculo.
98. (VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014)
Para detectar e analisar situações anormais e significativas constatadas nas demonstrações
contábeis, mais precisamente nas contas do balanço patrimonial e da demonstração do
resultado, bem como identificar áreas prioritárias ou áreas com problemas, onde, portanto,
deverá concentrar mais atenção, o auditor deverá
a) solicitar confirmação de saldos com terceiros e com a administração.
b) desenvolver exclusivamente programa de trabalho de testes alternativos.
c) aplicar procedimentos de revisão analítica.
d) aplicar testes documentais.
e) emitir circularização de saldos.
99. (VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014)
De acordo com a NBC TA 200, evidências de auditoria são:
a) as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões, em que se
baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros
contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações.
b) as informações explícitas ou implícitas que, para conseguir a apresentação adequada das
demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além
das especificamente exigidas pela estrutura.
c) as suficiências das evidências de auditoria na medida da quantidade da evidência de
auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do
auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência.
d) as informações utilizadas pelo auditor para adequar suas fundamentações em que se
baseia o seu relatório. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos pontos
de auditoria em decorrência da metodologia utilizada.
e) exigências da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações
contábeis. Espera-se que tais exigências mitiguem desvios em circunstâncias gerais de
auditoria.
100. (VUNESP/ Pref. São José do Rio Preto – Auditor Fiscal – 2014)
Testes de controle são procedimentos de auditoria que têm por objetivo
a) detectar distorções relevantes no nível de afirmações (declarações da administração da
entidade que estão incorporadas nas demonstrações contábeis).
b) produzir evidências de auditoria que sirvam para suportar ou fundamentar a opinião do
auditor em relação à adequação das demonstrações contábeis.
c) avaliar a existência de erros ou fraudes nos registros contábeis da entidade.
d) produzir evidências de que os ativos e passivos da entidade estão mensurados pelos seus
valores justos e se estes foram adequadamente estimados pela entidade auditada.
e) avaliar a efetividade operacional dos controles internos da entidade na prevenção ou
detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.
a) Subjetivos.
b) Analíticos.
c) de Observância.
d) Substantivos.
e) de Inspeção.
105. (VUNESP/ TJM SP – Contador Judiciário – 2011)
Um dos importantes procedimentos de auditoria das demonstrações financeiras é a
confirmação de informações junto a terceiros, como é o caso da confirmação externa, ou
circularização. Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o
controle sobre as solicitações de confirmação externa, incluindo
I. determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas;
II. seleção da parte que confirma apropriada para confirmação;
III. asseguração de que foi utilizado um critério estatístico justo de amostragem quando a
seleção for realizada pelo cliente;
IV. definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão
devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas
diretamente ao auditor;
V. asseguração de que o envio da resposta de confirmação, quando a carta for recebida pelo
próprio cliente, foi realizado por intermédio dos correios;
VI. o envio das solicitações, incluindo o 2° pedido, quando aplicável, para a parte que
confirma.
Estão corretos apenas os itens
a) I, II, IV e VI.
b) I, III, IV e V.
c) II, IV, V e VI.
d) II, III, V e VI.
e) I, IV, V e VI.
7. GABARITO
1. D 36. A 71. B
2. C 37. E 72. ERRADO
3. C 38. D 73. ERRADO
4. A 39. B 74. CERTO
5. D 40. A 75. ERRADO
6. C 41. E 76. E
7. C 42. A 77. CERTO
8. D 43. D 78. ERRADO
9. C 44. B 79. C
10. B 45. A 80. ERRADO
11. E 46. A 81. E
12. E 47. B 82. ERRADO
13. B 48. C 83. ERRADO
14. D 49. A 84. CERTO
15. E 50. CERTO 85. E
16. C 51. CERTO 86. B
17. C 52. ERRADO 87. CERTO
18. A 53. CERTO 88. A
19. A 54. CERTO 89. ERRADO
20. B 55. ERRADO 90. CERTO
21. D 56. C 91. ERRADO
22. B 57. C 92. E
23. E 58. B 93. ANULADA
24. C 59. D 94. A
25. ANULADA 60. D 95. E
26. D 61. C 96. C
27. A 62. CERTO 97. E
28. D 63. D 98. C
29. C 64. ERRADO 99. A
30. B 65. CERTO 100. E
31. C 66. ERRADO 101. A
32. D 67. E 102. D
33. E 68. C 103. A
34. E 69. ERRADO 104. C
35. E 70. D 105. A
Letra A: ERRADA. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até
indagações orais informais.
Letra B: ERRADA. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros
procedimentos de auditoria.
Letra C: CERTA. É exatamente essa a previsão da NBC TA 500.
Letra D: ERRADA. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não
obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as
respostas podem fornecer informações significativamente divergentes das informações que o
auditor obteve, por exemplo, informações referentes à possibilidade da administração burlar
os controles. Em alguns casos, as respostas às indagações fornecem uma base para que o
auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria adicionais.
Letra E: ERRADA. Os procedimentos de auditoria para obter evidência de auditoria podem
incluir a inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução e procedimentos
analíticos, muitas vezes em combinação, além da indagação. Embora a indagação possa
fornecer importante evidência de auditoria e possa produzir evidência de distorção, a
indagação, sozinha, geralmente não fornece evidência de auditoria suficiente da ausência
de distorção relevante no nível da afirmação nem da eficácia operacional dos controles. Em
outros termos, a indagação produz evidência quanto à existência de distorção, porém
(geralmente) sozinha não é capaz de produzir evidência da ausência de distorção e nem
tampouco da eficácia dos controles.
Gabarito: “C”
Uma entidade que constrói e opera ferrovias contratou a empresa X para avaliar seus bens
imóveis. Já a empresa Y é especializada na publicação de informações sobre riscos do setor
de infraestrutura e suas publicações foram consideradas pela entidade na elaboração das
divulgações de risco.
O auditor considerou de grande importância os trabalhos dessas empresas para os propósitos
da auditoria e, portanto, deve:
(A) considerar que as empresas X e Y são fontes de informações externas à entidade;
(B) considerar que a habilidade da empresa X pode ser ameaçada em decorrência de possível
familiaridade com a entidade;
(C) considerar que a localização geográfica e a disponibilidade de tempo da empresa X para
execução do contrato podem reduzir sua competência;
(D) obter entendimento do trabalho da empresa X e avaliar se as premissas e os métodos
usados pela empresa são geralmente aceitos na área;
(E) avaliar a relevância e a confiabilidade das informações obtidas da empresa X, além da
competência, habilidade e objetividade da empresa Y.
Comentários
Apesar de não deixar claro, parece-nos que apenas a empresa X pode ser considerada
especialista da administração. A empresa Y é considerada, nesse caso, fonte de informações
externa. Veja que X foi contrata, especificamente, pela entidade, enquanto Y produz
informações, de forma ampla, para todo setor de infraestrutura.
Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em uma área,
que não Contabilidade ou Auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é utilizado
pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis (no caso em tela, na
avaliação de bens imóveis)
Segundo a NBC TA 500, se as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria
forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração, o auditor deve –
dentre outros – obter entendimento do trabalho do especialista. Aspectos da área de atuação
do especialista da administração relevantes para o entendimento do auditor podem incluir –
dentre outros – quais premissas e métodos são utilizados pelo especialista da administração e
se eles são geralmente aceitos na área do especialista e apropriados para fins de
demonstrações contábeis.
Nesse sentido, o melhor gabarito é a letra D. Vejamos as demais:
A: ERRADA. A empresa X foi contratada pela entidade como especialista. Segundo a NBC TA
500, uma organização externa não pode, com relação a qualquer conjunto de informações
específico, ser fonte de informações externa e especialista da administração ao mesmo
tempo.
B: ERRADA. É a objetividade (e não a habilidade) do especialista que pode ser ameaçada em
decorrência de familiaridade com a entidade. As habilidades relacionam-se com a capacidade
b) de inspeção;
c) de observância;
d) de revisão analítica;
e) documental.
Comentários
Em questões como essa, podemos ser exigidos quanto ao conhecimento das categorias em
que se dividem os testes e procedimentos (testes de observância, testes substantivos etc.) ou
quanto ao conhecimento das técnicas específicas (inspeção, observação, circularização etc.).
Quando o enunciado diz: “auditor executou um procedimento para avaliar se a atividade de
recepção e conferência de itens adquiridos para estoque era realizada por um funcionário
adequado”, podemos estar diante da técnica da observação (exame de processo ou
procedimento executado por outros), bem como do teste de observância (o funcionário da
entidade, encarregado da recepção e conferência do estoque, é um caso clássico de controle
interno). Como não temos “observação” nas assertivas, resta-nos a letra C como gabarito.
Reforçando nosso entendimento inicial, no caso em tela, o auditor deseja obter evidência
quanto ao efetivo funcionamento de um controle interno da entidade (o funcionário
desempenhando a função de recepção e conferência). Esse é o escopo do teste de
observância (ou teste de controle).
Gabarito: “C”
A letra A poderia ser o gabarito se não tivéssemos uma mais apropriada (letra D).
Confirmação aberta ou fechada, nesse caso, pode estar remetendo – respectivamente – aos
conceitos de confirmação positiva em branco ou em preto. Confirmação em branco é aquela
que não fornece os valores ou informações a confirmar. Confirmação em preto é a que
fornece, a priori, os valores e informações a serem confirmados.
Gabarito: “D”
trabalho. Trata-se de procedimento de escopo muito amplo, conforme vimos acima, que
pode ser utilizado em qualquer fase dos trabalhos. Logo, nosso gabarito é a letra C.
Vejamos os comentários das demais assertivas:
A: ERRADA. Não há essa limitação. As análises verticais e horizontais das demonstrações
financeiras são formas básicas de aplicação do procedimento.
B: ERRADA. A análise de flutuações, como por exemplo a comparação do ano corrente com
anteriores, está na essência da aplicação da revisão analítica.
D: ERRADA. Essa, em minha opinião, é mais difícil. Entendo que o examinador quis associar
essa assertiva com os testes de observância (ou de controle). Lembre-se que os
procedimentos analíticos substantivos (ou a revisão analítica) fazem parte dos testes
substantivos.
E: ERRADA. Quem usa questionários e entrevistas é a indagação, também conhecida como
entrevista ou inquérito.
Gabarito: “C”
estoques, e de examinar, por amostragem, certos itens do estoque para avaliar a condição
em que eles se encontram.
Os procedimentos de auditoria indicados nesse caso são, respectivamente:
a) entrevista e conferência;
b) indagação e inspeção;
c) indagação e rastreamento;
d) observação e inspeção;
e) observação e conferência.
Comentários
Quando o auditor acompanha a contagem física de estoque (inventário) feita por
funcionários da entidade (outros que não o próprio auditor), estamos diante do
procedimento da Observação. Já quando o auditor faz (ele próprio) um exame físico de um
ativo tangível, estamos diante do procedimento de Inspeção.
Gabarito: “D”
A letra D, considerada errada pela banca, em nosso entendimento está mal formulada. É que
a indagação pode fornecer importante evidência de auditoria, podendo produzir
especificamente evidência de distorção (considerando apenas esse entendimento, a assertiva
estaria correta). No entanto, a indagação, sozinha, não produz evidência da AUSÊNCIA de
distorção relevante no nível da afirmação e nem tampouco da eficácia operacional dos
controles.
Percebe-se então que a indagação, aplicada isoladamente, não é suficiente para a conclusão
do auditor, uma vez que não pode assegurar ausência de distorções relevantes e nem a
eficácia operacional dos controles.
Gabarito: “C”
(i) testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim
escolheu; e
(ii) procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos
substantivos.
Essas são, na ótica da auditoria independente, as “categorias” e “subcategorias” nas quais se
dividem os procedimentos de auditoria.
A única assertiva não presente no rol acima apresentado é a letra E (não há previsão
normativa, nem tampouco doutrinária, para “procedimento de avaliação de retorno”).
Gabarito: “E”
Há mais de um método para realização do procedimento analítico, que variam desde simples
comparações até análises complexas que envolvem técnicas estatísticas avançadas (item I –
CORRETO).
Os procedimentos analíticos não estão limitados a demonstrações contábeis individuais,
podendo ser utilizados, por exemplo, para demonstrações contábeis consolidadas (de grupo)
(item II – ERRADO).
Certamente, os procedimentos analíticos comparam informações de natureza diversa. Essa é
a essência do procedimento: busca de informações (valores, saldos, etc.) que fujam a um
padrão esperado de comportamento. Ocorre que essa comparação pode se dar de várias
maneiras, por exemplo: informações comparáveis de períodos anteriores; resultados
previstos pela entidade (tais como orçamentos ou previsões, ou expectativas do auditor,
como uma estimativa de depreciação); e informações de entidades do mesmo setor de
atividade, como a comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do
setor ou com outras entidades de porte comparável do mesmo setor.
Vejam, portanto, que a comparação que toma por base períodos anteriores é uma das
possibilidades. A assertiva sob análise diz que se DEVE utilizar informações comparáveis de
períodos anteriores – o que, tecnicamente, estaria errado. O mais correto seria afirmar que
se PODE utilizar esse tipo de comparação. Não obstante, a banca considerou o item III como
CORRETO.
Vejamos, abaixo, os trechos da NBC TA 520 utilizados como base para o gabarito.
4. Para fins das normas de auditoria, o termo procedimento analítico significa avaliações de
informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e
não financeiros. Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário de
flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações
relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados.
A1. Os procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações
de informações contábeis e financeiras da entidade:
• informações comparáveis de períodos anteriores;
• resultados previstos pela entidade, tais como orçamentos ou previsões, ou expectativas do
auditor, como uma estimativa de depreciação;
• informações de entidades do mesmo setor de atividade, como a comparação entre índices
de vendas e contas a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte
comparável do mesmo setor.
A3. Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. Esses
métodos variam desde a realização de comparações simples até análises complexas usando
técnicas estatísticas avançadas. Os procedimentos analíticos podem ser aplicados para
demonstrações contábeis consolidadas, componentes e elementos individuais de informação.
Gabarito: “C”
(A) O auditor deve manter o controle sobre as solicitações, registrando tanto o envio delas
quanto dos segundos pedidos, quando aplicável.
(B) Obtida a confirmação, faz-se necessário buscar outras evidências de auditoria, ainda que o
resultado do procedimento de confirmação seja relevante e confiável.
(C) A Administração não pode negar permissão para que o auditor envie solicitações de
confirmação.
(D) Uma vez decidindo-se pela confirmação externa, em regra essa não pode ser suprida por
procedimentos alternativos.
(E) O auditor deve tratar com o mesmo peso tanto confirmações negativas quanto positivas.
Comentários
Questão trata de aspectos específicos da Confirmação Externa (ou Circularização). Analisando
cada assertiva:
A: CORRETA (nosso gabarito). O item 7 da NBC TA 505 – Confirmações Externas apresenta os
elementos sobre os quais o auditor deve manter controle ao usar a confirmação externa.
Veja:
7. Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre as
solicitações de confirmação externa, incluindo:
(a) determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas;
(b) seleção da parte que confirma apropriada para confirmação;
(c) definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão
devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas
diretamente ao auditor; e
(d) envio das solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a parte que confirma.
B: ERRADA. A necessidade de executar procedimentos adicionais ou alternativos se dá para
cada resposta não recebida ou quando NÃO é obtida evidência relevante e confiável através
das solicitações de confirmação.
C: ERRADA. Por menos intuitivo que isso possa nos parecer, a Administração tem essa
faculdade. Cabe ao auditor, nesse caso, tomar medidas cabíveis (tais como indagar a razão da
recusa, avaliar risco de fraude e executar procedimentos alternativos).
D: ERRADA. Caso haja respostas não recebidas por meio do procedimento de confirmação
externa, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria para obter
evidência de auditoria relevante e confiável.
E: ERRADA. De acordo com as normas, confirmações negativas fornecem evidência de
auditoria menos persuasiva que as confirmações positivas.
Gabarito: “A”.
Gabarito: “D”.
Se a questão falou em “obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
gerados pelo sistema de contabilidade da entidade”, é possível “cravar” que estamos diante
dos Testes Substantivos (previstos na NBC TI 01).
A NBC TI 01 define testes substantivos da seguinte forma:
12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. [Grifo
nosso]
No escopo da Auditoria Independente, temos os chamados Procedimentos Substantivos
(equivalentes aos Testes Substantivos, previstos na norma da auditoria interna). Veja:
Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
(a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar
distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de
divulgações); e
(ii) procedimentos analíticos substantivos.
Gabarito: “B”.
Gabarito: “C”.
e) inspeção.
Comentários
Analisando o enunciado, de forma bem direta, percebe-se que estamos diante da inspeção
(exame de registros e documentos ou exame físico de um ativo).
Gabarito: “E”.
Gabarito: “A”.
Ficamos assim entre as assertivas A (avaliação de riscos) e E (testes de detalhes). Como não
há nenhuma menção à avaliação de riscos, podemos afirmar “com razoável segurança” (afinal
somos como os auditores independentes ☺) que o gabarito é a letra E (testes de detalhes)
Vamos relembrar abaixo os conceitos trazidos pela NBC TA 330.
Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções
relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e
(b) procedimentos analíticos substantivos.
Gabarito: “E”.
38. (FCC/ TCE CE – Analista de Controle Externo – Controle Externo – Auditoria de TI – 2015)
Um auditor independente está acompanhando pessoalmente os trabalhos da equipe de
informática de uma empresa na execução da configuração do acesso aos sistemas de
informação financeiros e contábeis. Esse procedimento básico é de
a) inspeção.
b) cálculo e recálculo.
c) indagação, investigação e confirmação.
d) observação.
e) revisão analítica.
Comentários
Questão diz que o auditor está ACOMPANHANDO (chave para o gabarito) pessoalmente os
trabalhos da equipe de informática na execução de um procedimento. Logo, meus amigos,
estamos diante da Observação.
Gabarito: “D”.
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) II e IV.
e) II, III e IV.
Comentários
Questão tranquila, a não ser pelo item I, que trouxe um procedimento previsto na IN SFC nº
01/2001 – o rastreamento. De acordo com esse normativo, rastreamento é a investigação
minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades, órgãos e procedimentos
interligados, visando dar segurança à opinião do responsável pela execução do trabalho sobre
o fato observado. Item I, portanto, correto.
II – ERRADO. Nada a ver com o procedimento de revisão analítica (atualmente denominado
Procedimento Analítico).
III e IV – ERRADOS. Foram invertidos os conceitos de testes de observância e testes
substantivos.
Gabarito: “A”.
A letra “B” associa erroneamente a adequação com a quantidade de evidência. Por outro
lado, segundo item 5 da NBC TA 500, a quantidade necessária da evidência de auditoria é
afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade
da evidência de auditoria – o que invalida a letra “C”. Por fim, segundo item A1, a evidência
tem natureza cumulativa e é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria
realizados durante o curso do trabalho, o que torna erradas as letras “A” e “E” erradas. Nos
restou a letra “D” (nosso gabarito), que associa corretamente a suficiência com a medida de
quantidade da evidência de auditoria.
Gabarito: “D”.
Em uma auditoria, o Auditor corre o risco de expressar uma opinião inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. Para reduzir o risco a um nível
baixo aceitável e, com isso, possibilitar obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua
opinião, o Auditor deve
a) aplicar os procedimentos de auditoria previamente estabelecidos.
b) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.
c) elaborar adequadamente os papéis de trabalho.
d) obter todas as informações e documentos necessários à realização da auditoria.
e) avaliar o controle interno da entidade, quanto a eficiência na prevenção de erros e fraudes
nos registros contábeis.
Comentários
Segundo o item 17, da NBC TA 200 (R1), “para obter segurança razoável, o auditor deve
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um
nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões razoáveis e nelas basear
a sua opinião”. Questão extraída literalmente desse dispositivo normativo.
Gabarito: “B”.
Gabarito: “A”.
Sob essa ótica, seria mais correto dizer que os procedimentos analíticos (revisão analítica)
podem fazer parte dos testes substantivos.
Ocorre que as normas de auditoria também incluem como espécie do gênero procedimentos
substantivos os chamados procedimentos analíticos substantivos (antes da atualização das
normas de auditoria, dizia-se que a revisão analítica era espécie do gênero testes
substantivos). Dessa maneira, estaria correto dizer que os procedimentos analíticos
substantivos (ou a revisão analítica – nos termos da norma revogada), fazem parte dos
procedimentos (ou testes) substantivos.
O item, portanto, está CORRETO.
Gabarito: “CERTO”.
A) da inspeção física.
B) da observação.
C) da revisão analítica.
D) do recálculo.
E) da segregação de função.
Comentários
Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a
execução da auditoria. Aqui, você deve ficar atento ao trechos “relações plausíveis entre
dados financeiros e não financeiros”. Estamos diante, portanto, dos Procedimentos Analíticos
(que são sinônimos de Revisão Analítica – nomenclatura utilizada pela extinta NBC T 11).
A21. Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de
estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos
analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos.
Gabarito: “C”.
estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro”. Ora, o auditor quis
que o funcionário colocasse a prova um controle da entidade, qual seja à adequação do
sistema de compras aos limites e alçadas previstos nos manuais da empresa.
Como estamos diante de procedimento com vistas a avaliar a efetividade operacional dos
controles, estamos diante de um Teste de Controle.
Gabarito: “B”.
necessários para solucionar o assunto, devendo ainda considerar o efeito desse assunto, se
houver, sobre outros aspectos da auditoria. Não há previsão para ampliação da amostra e
muito menos para exclusão do item selecionado.
Letra C: ERRADA. De acordo com o item A36 da NBC TA 500, os procedimentos a serem
aplicados com a utilização de especialistas podem ser afetados por fatores como:
• a natureza e complexidade do assunto relacionado ao especialista da administração;
• os riscos de distorção relevante no assunto;
• a disponibilidade de fontes alternativas de evidência de auditoria;
• a natureza, alcance e objetivos do trabalho do especialista da administração;
• se o especialista da administração é empregado pela entidade ou é parte contratada por ela
para fornecer serviços relevantes;
• a extensão em que a administração pode exercer controle ou influência sobre o trabalho do
especialista da administração;
• se o especialista da administração está sujeito a padrões de desempenho técnico ou outras
exigências profissionais ou da indústria;
• a natureza e extensão de quaisquer controles dentro da entidade sobre o trabalho do
especialista da administração;
• o conhecimento e experiência do auditor sobre a área de atuação do especialista da
administração;
• a experiência prévia do auditor com o trabalho desse especialista.
Letra E: ERRADA. A evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia
eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente.
Gabarito: “D”.
Gabarito: “ERRADO”.
c) evidência conclusiva: constitui sozinha prova absoluta dos fatos e das circunstâncias que
informa. É mais difícil de ser obtida, porque envolve altos custos e longos períodos de tempo;
d) evidência corroborativa: serve de suporte para outras evidências, de forma a torná-las mais
confiáveis, relevantes e úteis. Deve ser obtida a partir de fontes diferentes das evidências
originais, podendo ser internas ou externas ao órgão ou entidade auditada. A evidência que é
corroborada é mais adequada do que a evidência não confirmada. Caracteriza-se como uma
atitude de ceticismo profissional a ação do auditor interno governamental de obter
informações de outras fontes com o objetivo de corroborar as informações obtidas da
Unidade Auditada;
Gabarito: “CERTO”.
Comentários
A evidência de auditoria é necessária para sustentar a opinião e o relatório do auditor. Ela é
de natureza cumulativa e primariamente obtida a partir de procedimentos de auditoria
executados durante o curso da auditoria.
A questão aborda requisito de relevância de determinada evidência encontrada pela
auditoria. Segundo a NBC TA 500(R1):
Relevância
A27. A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento
de auditoria e, quando apropriado, a afirmação em consideração. A relevância das
informações a serem utilizadas como evidência de auditoria pode ser afetada pela direção
do teste. Por exemplo, se a finalidade de um procedimento de auditoria é testar para verificar
se há superavaliação na existência ou valorização das contas a pagar, testar as contas a
pagar registradas pode ser um procedimento de auditoria relevante. Por outro lado, para
testar se há subavaliação na existência ou valorização das contas a pagar, testar as contas a
pagar registradas não seria relevante, mas testar informações como desembolsos
subsequentes, faturas não pagas, faturas de fornecedores e exceções apontadas nos
relatórios de recebimento de mercadorias podem ser relevantes.
A28. Um dado conjunto de procedimentos de auditoria pode fornecer evidência relevante
para certas afirmações, mas não para outras. [...] [Grifo nosso]
Pelo exposto, podemos dizer que a relevância da evidência de auditoria depende da natureza
dos procedimentos aplicados.
Gabarito: “E”.
69. (CESPE – CGM João Pessoa / Auditor Municipal de Controle Interno – 2018)
A respeito dos objetivos e dos procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue
o item a seguir.
O auditor, para tirar conclusões sobre a aplicação dos seus procedimentos, deverá considerar
o conjunto de evidências observando se tal conjunto é suficiente e adequado; entretanto, em
caso de análise quantitativa para conclusões em um relatório sem problemas a mencionar,
sendo suficiente esse conjunto, a suficiência será dispensável.
Comentários
A primeira parte da questão está certa. Obtém-se segurança razoável quando o auditor
coleta evidência de auditoria apropriada e suficiente para a reduzir o risco de auditoria. Nesse
contexto, a suficiência e adequação da evidência de auditoria estão inter-relacionadas. A
suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. Já a adequação é a medida
da qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua relevância e sua confiabilidade para
fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.
A segunda parte da questão está errada. Além de confusa e mal escrita, podemos entender
que tanto a suficiência quanto a adequação são características inerentes a qualquer
evidência. Além disso, a obtenção de mais evidência de auditoria não compensa a sua má
qualidade. Dessa forma, suficiência e adequação são indispensáveis tanto em análises
quantitativas quanto qualitativas.
Gabarito: “ERRADO”.
73. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Na execução de procedimentos de controle interno, um auditor
acompanhou os procedimentos adotados por um agente público municipal durante a
execução de uma operação. Em seu relatório, o auditor descreveu os referidos
procedimentos bem como analisou os riscos da ação executada pelo agente público.
Assertiva: Nessa situação, conclui-se que o auditor realizou uma revisão analítica.
Comentários
Item errado. No caso em tela, o procedimento adotado é a observação ao invés da revisão
analítica. A chave para a questão é “o auditor acompanhou procedimentos adotados por um
agente público...”.
Segundo a NBC TA 500(R1):
Observação
74. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Inspeção consiste em verificar os registros das transações contábeis por meio da análise de
documentos e ativos tangíveis.
Comentários
Item certo. Durante a fase de execução dos trabalhos, o auditor aplica diversos
procedimentos em busca de evidências.
Segundo a NBC TA 500(R1):
Inspeção
A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em
forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A
inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de
confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e
documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção
utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização. [Grifo
nosso]
Palavras chave a serem analisadas: exame (análise) de registros ou documentos, e exame
físico de ativos (tangíveis).
Gabarito: “CERTO”.
75. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Um auditor refez os cálculos de uma planilha para a correção monetária
de certa dívida municipal e, com o objetivo de averiguar as distorções encontradas, releu
alguns documentos a fim de confirmar os termos que poderiam ter afetado os cálculos
testados.
Assertiva: Nessa situação, conclui-se que foi realizada uma revisão analítica para
complementar as conclusões do auditor sobre a conferência do cálculo.
Comentários
Item errado. No caso em tela, o procedimento realizado foi o recálculo ao invés de revisão
analítica.
Segundo a NBC TA 500(R1):
Recálculo
A19. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou
registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. [Grifo nosso]
Como vimos, a revisão analítica (atualmente designada procedimento analítico) consiste na
avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados
financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de
flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou seja, eles são
utilizados quando há atipicidades ou anormalidades.
Desse modo, temos que o recálculo é um exame de auditoria voltado para constatações da
veracidade das demonstrações contábeis quanto à exatidão matemática, enquanto a revisão
analítica é um exame voltado para constatações das “atipicidades”.
Gabarito: “ERRADO”.
d) contagem.
e) revisão analítica.
Comentários
Questão aborda a aplicação de um procedimento de auditoria com o objetivo de verificar as
relações entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros por meio do
procedimento de revisão analítica. A revisão analítica (atualmente designada por
procedimentos analíticos) consiste na avaliação das informações feitas por meio de estudo
das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros (trecho chave do
enunciado: “o auditor verifica as relações entre dados...”). Os procedimentos analíticos
incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos, ou seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades (outro
trecho chave: “coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas...”). Isso é
realizado por meio da verificação do comportamento de valores significativos, mediante
índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de
situação ou tendências atípicas. A tolerância, fixada antes de ser realizado o teste, é a
máxima diferença aceitável entre os valores esperados (projetados pelo modelo) e os valores
reais que forem observados. Ultrapassado esse limiar, considera-se não explicada a variação,
o que demanda explicações e testes adicionais. Essa tolerância pode ser especificada como
um determinado valor monetário, um percentual predeterminado, uma combinação de
ambos ou, mais raramente, através do resultado de modelos estatísticos mais sofisticados. Se
o auditor desejar entrar em maior profundidade estatística, poderá aplicar procedimentos
adicionais que permitem ao modelo captar variações nos dados que não se encaixem na
hipótese de dependência linear estrita de uma variável em relação a outra.
Demais alternativas:
A) inspeção física: exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de
papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. [NBC TA 500]
Letra B) confirmação externa: é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito
direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico
ou outro meio. [NBC TA 505]
Letra C) recálculo (conferência de cálculos) que consiste na verificação da exatidão
matemática de documentos ou registros. [NBC TA 500]
Letra D) contagem: as duas implicações mais usuais de contagem são (1) a contagem física de
recursos tangíveis, tais como caixa em tesouraria ou o estoque em mãos, e (2) localização de
todos os documentos pré-numerados. A primeira constitui uma forma de avaliação da
evidência física, enquanto a segunda pode ser vista como uma forma de avaliação dos
controles internos da companhia, mediante evidência objetiva da integridade dos registros
contábeis. Contagem proporciona evidência ascendente, cujo contexto econômico deve
inicialmente ser buscado, via evidência descendente. [William C. Boynton e outros (Auditoria,
Atlas, 2002)]
Gabarito: “E”.
Gabarito: “ERRADO”.
(b) execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da entidade para
determinar se refletem com precisão os resultados reais da contagem de estoque. [Grifos
nossos]
Gabarito: “C”.
80. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) / 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
É vedado ao auditor utilizar a indagação oral, mesmo com o uso de questionários e a
realização de entrevistas com os funcionários da entidade auditada, para obter dados e
informações.
Comentários
Nos termos da NBC TA 500 (item A22), a “indagação consiste na busca de informações junto a
pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade (...) As
indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais
informais”. Portanto, o item está ERRADO.
Diz ainda a NBC TA 500 que, embora a indagação possa fornecer importante evidência de
auditoria e possa produzir evidência de distorção, ela – sozinha – geralmente não fornece
evidência de auditoria suficiente da ausência de distorção relevante no nível da afirmação
nem da eficácia operacional dos controles. Em outros termos, a indagação produz evidência
quanto à existência de distorção, porém (geralmente) não é capaz de produzir evidência da
ausência de distorção e nem tampouco da eficácia dos controles.
Gabarito: “ERRADO”.
Comentários
Questão aborda aspectos gerais dos procedimentos analíticos. Vamos avaliar cada assertiva,
especialmente considerando a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos.
A) ERRADA. A NBC TA 520 diz o contrário. Veja:
A6. Os procedimentos analíticos substantivos são geralmente mais aplicáveis a grandes
volumes de transações que tendem a ser previsíveis ao longo do tempo. A aplicação de
procedimentos analíticos planejados baseia-se na expectativa de que existem relações entre
os dados e que as relações continuam na ausência de condições conhecidas que indiquem o
contrário. Entretanto, a adequação de procedimento analítico específico depende da
avaliação do auditor sobre o quão efetivo ele é para detectar uma distorção que,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, pode fazer com que as
demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes. [Grifo nosso]
Letra B) ERRADA. Também está em desconformidade com a NBC TA 520. Veja:
A1. Os procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações
de informações contábeis e financeiras da entidade:
• informações comparáveis de períodos anteriores;
• resultados previstos pela entidade, tais como orçamentos ou previsões, ou expectativas do
auditor, como uma estimativa de depreciação;
• informações de entidades do mesmo setor de atividade, como a comparação entre índices
de vendas e contas a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte
comparável do mesmo setor. [Grifo nosso]
Letra C) ERRADA. Ela está em desconformidade com a NBC TA 520. Veja:
A3. Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. Esses
métodos variam desde a realização de comparações simples até análises complexas usando
técnicas estatísticas avançadas. Os procedimentos analíticos podem ser aplicados para
demonstrações contábeis consolidadas, componentes e elementos individuais de informação.
[Grifo nosso]
Letra D) ERRADA. Também não está de acordo com a NBC TA 520. Veja:
A5. O auditor pode indagar a administração sobre a disponibilidade e confiabilidade das
informações necessárias para aplicar procedimentos analíticos substantivos, e sobre os
resultados de quaisquer procedimentos analíticos realizados pela entidade. Pode ser eficaz
usar dados analíticos elaborados pela administração, desde que o auditor esteja satisfeito
de que esses dados foram adequadamente elaborados. [Grifo nosso]
Letra E) CORRETA. Essa sim está em conformidade com a NBC TA 520. Veja:
7. Se os procedimentos analíticos executados de acordo com esta Norma identificam
flutuações ou relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que
diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor deve examinar essas
diferenças por meio de:
não define o escopo (se auditoria independente ou interna), mas exige conhecimento da NBC
TI 01 – Auditoria Interna.
O normativo mencionado define os testes de observância e os testes substantivos:
12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna
12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações,
incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter
subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da
entidade.
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na
sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. [Grifo
nosso]
Gabarito: “E”.
Gabarito: “CERTO”.
Vimos, por exemplo, que o conceito de Inspeção previsto nas normas de auditoria
independente é praticamente o mesmo daquele previsto na norma de auditoria interna. O
mesmo acontece com a Observação.
Gabarito: “A”.
93. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2018)
Quanto aos procedimentos de auditoria,
a) a inspeção consiste no exame de processos ou procedimento executados por outros.
b) a observação consiste no exame de registros e documentos, ou o exame físico de um ativo.
c) a reexecução envolve a execução, pelo auditor, independentemente de procedimentos e
controles.
d) a indagação é um procedimento que permite ao auditor obter informações com terceiros,
não pertencentes à entidade auditada.
e) a confirmação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento,
dentro ou fora da entidade.
Comentários
A: ERRADA. Conceito apresentado é da Observação;
B: ERRADA. Trata-se da Inspeção.
C: ERRADA (gabarito preliminar). De acordo com a NBC TA 500, a reexecução envolve a
execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram
originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. DO jeito que foi
escrita, a assertiva contém um erro, pois a execução dos procedimentos é que é feita de
forma independente pelo auditor.
D: ERRADA, uma vez que a indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com
conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade.
d) análise de risco
e) procedimento analítico
Comentários
De acordo com a NBC TA 500, item A21, “os procedimentos analíticos consistem em
avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados
financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de
flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos”.
Gabarito: “E”.
97. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2015)
O auditor independente dos relatórios financeiros da Cia. Flor de Lis constatou em seus
trabalhos, por meio de carta endereçada a um cliente, que este já havia quitado uma
duplicata a pagar, ainda não baixada na escrituração contábil da entidade, e que um
investimento avaliado pela equivalência patrimonial estava registrado por um valor menor
que o correto por ter sido utilizada uma percentagem menor do que a participação da
companhia na investida. Os procedimentos adotados por esse auditor foram,
respectivamente:
a) inspeção e confirmação.
b) revisão analítica e observação.
c) inspeção e revisão analítica.
d) observação e cálculo.
e) confirmação e cálculo.
Comentários
Chaves para o gabarito:
- “carta endereçada a um cliente...já havia quitado uma duplicata a pagar, ainda não baixada
na escrituração contábil da entidade”. Vejam que o auditor enviou uma carta solicitando
resposta escrita de um terceiro a respeito da confirmação de um saldo contábil. Logo,
estamos diante da confirmação externa (ou circularização);
- “constatou... que um investimento avaliado pela equivalência patrimonial estava registrado
por um valor menor que o correto por ter sido utilizada uma percentagem menor”. Portanto,
o auditor verificou a exatidão matemática do registro referente a um investimento. Foi
aplicado o procedimento do Recálculo (ou Cálculo).
Gabarito: “E”.
resultado, bem como identificar áreas prioritárias ou áreas com problemas, onde, portanto,
deverá concentrar mais atenção, o auditor deverá
a) solicitar confirmação de saldos com terceiros e com a administração.
b) desenvolver exclusivamente programa de trabalho de testes alternativos.
c) aplicar procedimentos de revisão analítica.
d) aplicar testes documentais.
e) emitir circularização de saldos.
Comentários
A chave para o gabarito está na expressão “detectar e analisar situações anormais e
significativas constatadas nas demonstrações contábeis”.
O procedimento hoje denominado “procedimento analítico” era chamado pela extinta NBC T
11 de “revisão analítica”. A NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, traz detalhes acerca
desse procedimento. Ela menciona que o termo procedimento analítico significa avaliações
de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros
e não financeiros. Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário de
flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações
relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados. Nesse tipo de
procedimento, busca-se atipicidades ou anormalidades.
Gabarito: “C”.
Comentários
Questãozinha tranquila. De acordo com a NBC TA 200 (R1), “Evidências de auditoria são as
informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua
opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis
subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações”.
Gabarito: “A”.
100. (VUNESP/ Pref. São José do Rio Preto – Auditor Fiscal – 2014)
Testes de controle são procedimentos de auditoria que têm por objetivo
a) detectar distorções relevantes no nível de afirmações (declarações da administração da
entidade que estão incorporadas nas demonstrações contábeis).
b) produzir evidências de auditoria que sirvam para suportar ou fundamentar a opinião do
auditor em relação à adequação das demonstrações contábeis.
c) avaliar a existência de erros ou fraudes nos registros contábeis da entidade.
d) produzir evidências de que os ativos e passivos da entidade estão mensurados pelos seus
valores justos e se estes foram adequadamente estimados pela entidade auditada.
e) avaliar a efetividade operacional dos controles internos da entidade na prevenção ou
detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.
Comentários
Nos termos da NBC TA 330, Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para
avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de
distorções relevantes no nível de afirmações.
Gabarito: “E”.
Comentários
De acordo com a NBC TI 01 (Auditoria Interna), os testes de observância visam à obtenção de
razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em
efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e
administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes
procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
Gabarito: “A”.
c) subjetivo.
d) de atestação.
e) analítico.
Comentários
De pronto, podemos eliminar as assertivas C e D. A letra E também pode ser descartada, uma
vez que não há elementos dos chamados procedimentos analíticos. Os testes de observância
estão relacionados à verificação do funcionamento dos controles internos da entidade. Não
há, no enunciado, nada que mencione controles. Estamos, portanto, diante dos testes
substantivos. De acordo com a NBC TI 01, “testes substantivos visam à obtenção de evidência
quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da
entidade”.
Questões de prova que exigem conhecimento acerca dos testes substantivos geralmente utilizam
algumas das expressões presentes na definição (suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pela entidade). Essa foi mais maldosa, pois usou expressões sinônimas (verificar ou
atestar a existência e veracidade das despesas e valores presentes na contabilidade da
entidade).
Gabarito: “A”.
106.
6. Que ações o auditor deve adotar se houver inconsistência ou dúvidas quanto à confiabilidade
da evidência de auditoria?
Resposta: o auditor deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de
auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto, se
houver, sobre outros aspectos da auditoria.
7. Em regra, obtém-se mais segurança com evidência de auditoria obtida a partir de fontes
internas ou externas?
Resposta: Externas. A confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de
fontes independentes fora da entidade; adicionalmente, a evidência de auditoria gerada
internamente é mais confiável quando os controles relacionados, incluindo os controles sobre sua
elaboração e manutenção, impostos pela entidade, são efetivos.
15. No contexto das normas de auditoria independente, existe correlação direta entre os tipos
específicos de procedimentos e as suas categorias?
Resposta: não. Os procedimentos acima listados (inspeção, observação, confirmação, recálculo,
reexecução e procedimentos analíticos e indagação) podem ser utilizados como procedimentos de
avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto
em que sejam aplicados pelo auditor.
As normas de auditoria interna, por sua vez, “amarram” como espécies do gênero testes
observância os procedimentos de inspeção, observação e a chamada investigação e confirmação.
Podemos entender, portanto, que – no caso das normas de auditoria interna – há uma correlação
direta entre esses procedimentos específicos e os testes de observância.
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8.
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11.
11. BIBLIOGRAFIA
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proaudi. Auditoria Governamental. Brasília, DF. 2011. Disponível
em:<http://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/curso-de-auditoria-governamental-1.htm>.
_______. Tribunal de Contas da União. Glossário de termos do controle externo. Brasília, 2012.
Disponível em: <http://portal.tcu.gov.br/comunidades/fiscalizacao-e-controle/normas-de-
auditoria-do-tcu/>.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8ªedição. São Paulo:
Atlas, 2012.
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2016.