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Aula 02

CVM (Analista e Inspetor) Auditoria

Autor:
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de
Carvalho Oliveira

07 de Maio de 2023

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Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
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Sumário
MOTIVAÇÃO DA AULA ....................................................................................... 2
1. CONTEXTUALIZAÇÃO ..................................................................................... 3
2. EVIDÊNCIA DE AUDITORIA .............................................................................. 6
3. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA .................................................................... 19
4. TESTES DE OBSERVÂNCIA E TESTES SUBSTANTIVOS .......................................... 33
5. CONFIRMAÇÕES EXTERNAS (CIRCULARIZAÇÃO) ................................................ 39
6. LISTA DE QUESTÕES ................................................................................... 47
7. GABARITO ................................................................................................ 79
8. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS ......................................................... 80
9. RESPOSTAS DAS QUESTÕES SUBJETIVAS ...................................................... 160
10. RESUMO EM MAPAS E ESQUEMAS............................................................... 164
11. BIBLIOGRAFIA........................................................................................ 170

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MOTIVAÇÃO DA AULA
Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir.
LISTA DE PERGUNTAS
1. O que é evidência de auditoria?
2. Quais as principais características da evidência de auditoria?
3. Como a suficiência e a adequação da evidência de auditoria se relacionam?
4. Que fatores afetam a qualidade de toda evidência de auditoria?
5. Como a evidência de auditoria é obtida?
6. Que ações o auditor deve adotar se houver inconsistência ou dúvidas quanto à
confiabilidade da evidência de auditoria?
7. Em regra, obtém-se mais segurança com evidência de auditoria obtida a partir de fontes
internas ou externas?
8. Qual a relação entre evidências e procedimentos de auditoria?
9. Quais as “categorias” (e “subcategorias”) de procedimentos de auditoria?
10. O que são testes de controles?
11. O que são procedimentos substantivos?
12. Defina testes de observância.
13. Defina testes substantivos.
14. Quais os tipos específicos de procedimentos elencados nas normas?
15. No contexto das normas de auditoria independente, existe correlação direta entre os tipos
específicos de procedimentos e as suas categorias?
Se você não tem certeza de uma ou algumas das respostas a esses questionamentos, não se
preocupe. Fique atento que esses temas serão abordados ao longo da aula de hoje!

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1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Podemos dividir o trabalho da auditoria em 3 (três) grandes fases: o planejamento; a execução; e
a emissão do relatório (opinião) do auditor.
Essa divisão é utilizada em grande parte pela doutrina, até por servir a fins didáticos. As normas de
auditoria independente não fazem essa separação (ou categorização) de forma expressa. As
normas de auditoria governamental, por sua vez, versam sobre esse fluxo de trabalho
(planejamento; execução; relatório).
Na aula de hoje, iremos abordar a fase da Execução. Nessa etapa são coletadas as evidências que
servem de suporte à conclusão do Auditor – o que é feito, principalmente, pela aplicação dos
Testes e Procedimentos de Auditoria.
Cada uma das etapas da auditoria é integrada por atividades, iniciando-se com o planejamento,
seguindo com a fase de execução, e terminando com a emissão do relatório. Além dessas 03 (três)
etapas, considera-se que alguns aspectos são transversais e perpassam por todas as fases do
processo de auditoria, como é o caso do(a): controle de qualidade, documentação e comunicação.
Estes aspectos contribuem para garantir a eficácia e a credibilidade do trabalho da auditoria.
Vejamos o esquema a seguir, que ilustra bem as etapas do fluxo do trabalho da auditoria:

Fonte: Programa de aprimoramento profissional em Auditoria do TCU – Auditoria governamental (2011)

A execução do programa ou projeto de auditoria é a fase da auditoria na qual a equipe utiliza as


fontes de informação e aplica os procedimentos previstos na fase de planejamento em busca de
evidências para fundamentar as conclusões. O auditor realiza testes, coleta evidências, desenvolve

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os achados1 ou constatações e documenta o trabalho realizado, observando as normas, o método


ou os padrões de auditoria.
É nesse momento, também conhecido como “trabalho de campo”, que o auditor vai à procura de
evidências apropriadas e suficientes para fundamentar a sua opinião. Essa fase é
predominantemente executada nas dependências da entidade auditada mediante a aplicação dos
procedimentos e técnicas estabelecidos na fase de planejamento.
A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião consiste na obtenção e avaliação da
evidência de auditoria, o que é conseguido – primordialmente – por meio da aplicação dos
procedimentos. Esses testes consistem em um conjunto de verificações e averiguações previstas
num programa de auditoria, que permitem obter evidências ou provas suficientes e adequadas
para analisar as informações necessárias à formulação e fundamentação da opinião por parte da
atividade de auditoria.
Também chamado de comando, os procedimentos representam a essência do ato de auditar,
definindo o ponto de controle sobre o qual se deve atuar.
Na atual estrutura das normas de Auditoria Independente, os temas da aula de hoje são tratados
primordialmente no mesmo normativo: a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria. Dizemos
primordialmente, pois diferente do assunto Evidências – que ganhou uma norma “própria” – o
tópico Procedimentos de Auditoria é tratado em diversos outros normativos, dentre os quais
destacamos a NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados, a NBC TA 505 –
Confirmações Externas, a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, dentre outros.
Em realidade, somente separamos os 02 assuntos para seguir a tendência das principais obras (e
editais) da nossa disciplina, e também por questões didáticas. Vejamos um “aperitivo” de como as
normas correlacionam os temas a serem analisados.

“O objetivo do auditor é definir e executar procedimentos de auditoria que permitam


ao auditor conseguir evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe
possibilitem obter conclusões razoáveis para fundamentar a sua opinião”. (Item 4 da
NBC TA 500-R1).

De acordo com a NBC TA 500, os procedimentos de auditoria para obter evidência podem incluir a
inspeção, observação, confirmação externa, recálculo, reexecução e procedimentos analíticos,
muitas vezes em combinação, além da indagação. Esses são os procedimentos específicos (ou
técnicas) de auditoria.

1
Achado é a eventual discrepância entre a situação efetivamente encontrada e o critério (referencial)
de auditoria adotado.

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2. EVIDÊNCIA DE AUDITORIA
A NBC TA 500(R1) define o que constitui evidência na auditoria de demonstrações contábeis e
trata da responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de auditoria para a
obtenção de evidência apropriada e suficiente que permita a obtenção de conclusões razoáveis
para fundamentar sua opinião. Segundo a norma supracitada:

Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às


conclusões em que se fundamentam a sua opinião. Ela inclui as informações contidas nos
registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e outras informações.

De acordo com a norma supramencionada, o objetivo do auditor é definir e executar


procedimentos de auditoria que o permitam conseguir evidência apropriada e suficiente, que
possibilitem a obtenção de conclusões razoáveis para fundamentar a sua opinião.
Nesse contexto, o auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que sejam
apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente. As normas exigem que o auditor conclua se foi obtida evidência de auditoria apropriada
e suficiente. Nesse sentido, é questão de julgamento profissional do auditor determinar se foi
obtida evidência apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo.
Um dos trechos “quentes” (em termos de cobrança) da NBC TA 500(R1), diz que a evidência de
auditoria é necessária para fundamentar a opinião e o relatório do auditor. Ela tem natureza
cumulativa e é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o
curso do trabalho. Contudo, ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes, como
auditorias anteriores (...) ou procedimentos de controle de qualidade para aceitação e
continuidade de clientes. Além de outras fontes, dentro e fora da entidade, os seus registros
contábeis são importantes fontes de evidência de auditoria. Além disso, informações que podem
ser utilizadas como evidência de auditoria podem ter sido elaboradas com a utilização do trabalho
de especialista da administração ou obtidas de fonte de informações externa. A evidência de
auditoria abrange informações que suportam e corroboram as afirmações 2 da administração e
qualquer informação que contradiga tais afirmações. Em alguns casos, a ausência de informações

2
Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às
demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções
potenciais que possam ocorrer.

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(por exemplo, a recusa da administração em fornecer uma representação solicitada) é utilizada


pelo auditor e, portanto, também constitui evidência de auditoria.
Gravem, portanto, que a evidência tem natureza cumulativa e, em alguns casos, a ausência de
informações também constitui evidência de auditoria.
Duas definições muito cobradas em provas estão relacionadas aos conceito de adequação e
suficiência. As bancas costumam fazer a inversão de suas definições. Portanto, fiquem atentos a
essas e outras definições trazidas pela norma:
5. Para os fins das de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo:
Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria inclui as informações
contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e informações obtidas de
outras fontes.
Registros contábeis compreendem os registros de lançamentos contábeis e sua documentação-
suporte (...); os livros diário, razões geral e auxiliares, (...) que suportem as alocações de custos,
cálculos, conciliações e divulgações.
Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a
sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do
auditor.
Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A
quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de
distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria. [Grifos não constantes no
original].
Observação: reparem que a quantidade necessária da evidência é afetada, além da avaliação dos
riscos, pela qualidade da evidência (quanto maior a qualidade, menos evidência pode ser exigida).
Esse é um dos motivos pelos quais, conforme veremos adiante, a suficiência (quantidade) e a
adequação (qualidade) estão interrelacionadas.
Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em uma área, que
não Contabilidade ou Auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é utilizado pela
entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis.
Fonte de informação externa é um indivíduo ou organização externa que fornece informação que foi
utilizada pela entidade na elaboração das demonstrações contábeis, ou que foi obtida pelo auditor
como evidência de auditoria, quando tal informação é apropriada para utilização por diversos
usuário. Quando a informação que foi fornecida por indivíduo ou organização agindo como
especialista da administração, prestador de serviço, ou especialista do auditor, o indivíduo ou a
organização não é considerado fonte de informação externa em relação àquela informação.
Observação: diferentemente do especialista da administração, a fonte de informação externa não é
exclusiva da entidade que elabora as demonstrações, ou seja, não é contratada pela entidade
especificamente. Diferentemente, a informação produzida pela fonte externa serve para uma ampla
gama de usuários. Ademais, um indivíduo ou organização externa não pode ser fonte de informações
externa e especialista da administração, ou organização de serviços ou especialista do auditor ao

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mesmo tempo. As fontes de informações externas podem incluir serviços de precificação,


organizações governamentais, bancos centrais ou bolsas de valores reconhecidas

Ressalte-se que a única alteração promovida pela primeira revisão da NBC TA 500 (que a levou a
ser denominada NBC TA 500 R1) diz respeito ao conceito de Evidência. Especificamente, alterou-se
a parte final de “outras informações” para “informações obtidas de outras fontes”.
Veja, mais uma vez, o conceito de evidência, em forma de mapa mental, para ajudá-los na
memorização:

A suficiência e a adequação da evidência de auditoria estão interrelacionadas (afinal, a quantidade


de evidência depende, dentre outros fatores, de sua própria qualidade).
A suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. Essa quantidade necessária é
afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos
avaliados, maior a probabilidade de que seja exigida mais evidência de auditoria) e também pela
qualidade de tal evidência de auditoria (quanto maior a qualidade, menos evidência pode ser
exigida). No entanto, o contrário não é verdade, ou seja, a obtenção de mais evidência de
auditoria não compensa a sua má qualidade.
A adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua relevância e sua
confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.
Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância e
confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência, incluindo informações obtidas
de fonte de informações externa.

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Se essas informações a serem utilizadas forem elaboradas com a utilização


de um especialista da administração, deve o auditor – na medida necessária – e levando em conta
a importância do trabalho desse especialista para seus propósitos:
(a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista;
(b) obter entendimento do trabalho do especialista; e
(c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a
afirmação relevante.
A competência, as habilidades e a objetividade do especialista do auditor são fatores que afetam
significativamente a análise se o seu trabalho é ou não adequado para fins da auditoria.
Competência refere-se à natureza e ao nível de conhecimento na área de atuação do especialista
da administração.
Habilidades referem-se à capacidade do especialista da administração para exercer a referida
competência nas circunstâncias do trabalho. Os fatores que podem influenciar a habilidade
incluem, por exemplo, a localização geográfica e a disponibilidade de tempo e de recursos.
Objetividade refere-se aos possíveis efeitos que a tendenciosidade, o conflito de interesse ou a
influência de outros podem ter sobre o julgamento profissional ou de negócios do especialista da
administração.
Abriremos um parêntese para explicar o que vem a ser relevância e confiabilidade da informação,
segundo a NBC TA 500(R1). Veja:
Relevância e Confiabilidade
Embora a evidência de auditoria seja principalmente obtida a partir de procedimentos de auditoria
realizados durante o curso do trabalho, ela também pode incluir informações obtidas de outras
fontes, por exemplo, auditorias anteriores, em certas circunstâncias, e procedimentos de controle de
qualidade da firma de auditoria para aceitação e continuidade de clientes. A qualidade de toda
evidência de auditoria é afetada pela relevância e confiabilidade das informações em que ela se
baseia.
A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de auditoria
e, quando apropriado, a afirmação em consideração. Ela pode ser afetada pela direção do teste
(...).

A confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria e, portanto, da


própria auditoria, é influenciada pela sua fonte e sua natureza, e as circunstâncias nas quais são
obtidas, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, quando relevante. Portanto,
generalizações sobre a confiabilidade de vários tipos de evidência de auditoria estão sujeitas a
importantes exceções. Mesmo quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria

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são obtidas de fontes externas à entidade, podem existir circunstâncias que podem afetar a sua
confiabilidade. [Grifos não constantes no original].

Outro item que aparece com frequência em provas diz respeito às generalizações da confiabilidade
da evidência. Informações obtidas de uma fonte externa, por exemplo, são mais seguras do que as
obtidas internamente na entidade auditada. Com visto acima, essas generalizações não são uma
regra absoluta, uma vez que comportam exceções. Veja:

Geralmente obtém-se mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir de
fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de itens de evidência de auditoria
considerados individualmente. Por exemplo, informações corroborativas obtidas de uma fonte
independente da entidade podem aumentar a segurança que o auditor obtém da evidência de
auditoria gerada internamente, tais como a evidência existente em registros contábeis, atas de
reuniões ou representação da administração.
Entre as informações de fontes independentes da entidade que o auditor pode usar como
evidência de auditoria podem estar confirmações de terceiros e informações de fonte externa de
informações, incluindo relatórios de analistas e dados comparáveis sobre concorrentes (dados
referenciais de benchmarking).
(...) Embora reconhecendo que podem existir exceções, as seguintes generalizações sobre a
confiabilidade da evidência de auditoria podem ser úteis:
• a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes
fora da entidade;
• a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os controles
relacionados, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, impostos pela entidade,
são efetivos;
• a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a observação da
aplicação de um controle) é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida indiretamente
ou por inferência (por exemplo, indagação a respeito da aplicação de controle);
• a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro tipo,
é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo, uma ata de reunião
elaborada tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal subsequente dos
assuntos discutidos);
• a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a
evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram

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filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja confiabilidade
pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção.

(SEFAZ RJ – 2011) Tendo em vista o que determina o Conselho Federal de Contabilidade, e


considerando a doutrina, assinale a alternativa correta.
a) A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes
externas à entidade. Nesse sentido, as normas de auditoria requerem que o auditor obtenha
evidência de auditoria mais persuasiva quanto menor o risco avaliado.
(...)
Comentários:
Como vimos acima, a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de
fontes independentes de fora da entidade (primeira parte da assertiva, portanto, correta). O
erro encontra-se na parte final, uma vez que as normas de auditoria requerem que seja
obtida evidência MAIS persuasiva quanto MAIOR (ao invés de “menor”) o risco avaliado. Isso
é, de certa forma, óbvio (afinal, quanto mais arriscado o ambiente em que o auditor se
encontra, mais ele deve se pautar em evidências robustas, ou persuasivas).
Gabarito: Errada

(SEFAZ RJ – 2011) Em consonância com o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a


alternativa correta.
d) A suficiência e adequação das evidências de auditoria estão interrelacionadas. A
adequação é a medida da quantidade de evidência de auditoria. A quantidade necessária de
evidência de auditoria é afetada pela avaliação pelo auditor dos riscos de distorção (quanto
mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja necessária mais
evidência de auditoria) e também pela qualidade de tais evidências de auditoria (quanto
melhor a qualidade, menos evidência pode ser necessária). A obtenção de mais evidência de
auditoria, porém, pode não compensar a sua má qualidade. A confiabilidade da evidência é
influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que
são obtidas.
Comentários:
A suficiência (e não a adequação, como diz a assertiva) é a medida de quantidade da
evidência. Assertiva, portanto errada. O restante está correto. De fato a adequação e a
suficiência da evidência estão interrelacionadas.
Gabarito: Errada

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(TST / 2017) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para
fundamentar suas conclusões em que se baseia sua opinião, devendo ser suficiente, que é a
medida da quantidade dessas evidências. Nos termos da NBC TA 200, essa quantidade pode
ser afetada
a) pela avaliação do auditor dos riscos de distorção.
b) pela complexidade dos riscos de auditoria.
c) pelo percentual dos riscos de detecção.
d) pela estrutura das demonstrações contábeis.
e) pelo histórico da informação contábil.
Comentário:
A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos
riscos de distorção, ou seja, quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade
de que seja necessária mais evidência de auditoria. Percebe-se que há uma relação direta
entre a avaliação de riscos e a quantidade de evidências.
Gabarito: A

(SEFAZ MA – 2016) Os auditores independentes, nas auditorias das demonstrações


contábeis, utilizam informações para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua
opinião, obtidas através de evidência de auditoria. Acerca da evidência de auditoria é correto
afirmar que
a) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos de
auditoria executados.
b) a adequação da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de
auditoria.
c) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria.
d) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de
auditoria.
e) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo.
Comentário:
A letra B associa erroneamente a adequação com a quantidade de evidência. Por outro lado,
a quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria – o que
invalida a letra “C”. Por fim, a evidência tem natureza cumulativa e é obtida principal (mas
não exclusivamente) a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do
trabalho, o que torna erradas as letras “A” e “E”. Nos restou a letra “D” (nosso gabarito), que
associa corretamente a suficiência com a medida de quantidade da evidência de auditoria.

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Gabarito: D

(SEFAZ RS – 2019) A evidência de auditoria é uma das preocupações que o auditor


independente deve ter na realização dos trabalhos e na formação da sua opinião. De acordo
com as normas de auditoria vigentes, é correto afirmar que a qualidade de toda evidência de
auditoria é afetada pelas características de
a) comparabilidade e materialidade.
b) integridade e objetividade.
c) relevância e confiabilidade.
d) integralidade e neutralidade.
e) segurança e compreensibilidade.
Comentários:
A adequação da evidência de auditoria é sua medida da qualidade, isto é, a sua relevância e
confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.
Segundo NBC TA 500 (R1):
Relevância e confiabilidade
A26. (..) Embora a evidência de auditoria seja principalmente obtida a partir de
procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho, ela também pode incluir
informações obtidas de outras fontes, por exemplo, auditorias anteriores, em certas
circunstâncias, e procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para
aceitação e continuidade de clientes. A qualidade de toda evidência de auditoria é afetada
pela relevância e confiabilidade das informações em que ela se baseia.
Gabarito: C.
De acordo com a NBC TI 01 (norma que trata da Auditoria Interna), as informações que
fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências”, que devem ser
suficientes, fidedignas, relevantes e úteis (mnemônico S.U.R.F), de modo a fornecer base sólida
para as conclusões e recomendações à administração da entidade. Ainda de acordo com o
normativo:
a) a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa
prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno;
b) a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável,
por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna;
c) a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria
Interna;
d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.
A doutrina (entendimento também previsto nas normas de auditoria governamental) apresenta os
seguintes tipos de evidência:

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- Analítica: comparações com expectativas desenvolvidas com base em experiência


anterior, orçamento, dados e conhecimento;
- Documentárias: diversos tipos de documentos em poder do auditado que podem ser
inspecionados durante a auditoria;
- Eletrônicas: informações produzidas e mantidas em meio eletrônico;
- Confirmação: tipo especial de evidência documentária que envolve, por escrito,
respostas diretas e solicitações escritas;
- Matemática: recálculo, do auditor, de valores utilizados na preparação das
demonstrações contábeis;
- Física: evidência obtida em exame físico ou inspeções de ativos tangíveis;
- Representação por escrito: declarações que abordam afirmações da administração,
assinadas por pessoas responsáveis e competentes.
- Verbal: o auditor, muitas vezes, recebe evidência verbal em resposta às perguntas
dirigidas a executivos e funcionários.

Ainda segundo a doutrina, as evidências classificam-se em:


1) Evidências quanto à finalidade: em razão da finalidade para a qual a evidência é escolhida, esta
pode ser de 3 (três) diferentes categorias: evidências sobre continuidade, evidências sobre o
sistema de controles internos e evidências básicas.
2) Evidências quanto à natureza: o esforço do auditor se concentra na busca de evidências que
possam satisfazê-lo quanto à veracidade das informações que formam o conjunto das
demonstrações contábeis que serão objeto de seu parecer (relatório). No decorrer do processo de
obtenção de evidências, o auditor poderá encontrar os seguintes tipos de provas, que servem para
validar os registros contábeis:
• Constatação da existência física de bens, pessoalmente, pelo auditor;
• Declaração de fontes consultadas, verbal ou formalmente escrita;
• Repetição, pelo auditor, dos cálculos que produziram situações ou resultados;
• Documentos que comprovem a legitimidade das transações, elaboradas internamente, ou
preparados por fonte externa à empresa;
• Correlação dos dados examinados;
• Procedimentos de controle interno;
• Acontecimentos posteriores à data das demonstrações contábeis.

(DPE RJ – 2019) Uma das finalidades do trabalho do auditor interno é obter informações
sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna.

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Entre outras qualidades, as informações obtidas precisam ser relevantes, o que ocorre
quando a informação:
a) auxilia a entidade a atingir suas metas;
b) dá suporte às conclusões e às recomendações da auditoria interna;
c) é confiável e propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das
técnicas de auditoria interna;
d) é factual e convincente, de modo que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la
assim como um auditor interno;
e) é obtida mediante a aplicação de procedimentos da auditoria interna, incluindo testes
substantivos.
Comentários:
As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de
“evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer
base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade.
Informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria
Interna. Assertiva correta, portanto, é a letra B. A letra A trata da informação útil, a letra C da
informação adequada, a letra D da informação suficiente.
Gabarito: B

(ALERJ – 2017) Um dos esforços do trabalho do auditor consiste em buscar evidências que
possam fundamentar suas conclusões sobre as demonstrações contábeis. As evidências
podem ser relacionadas à finalidade para a qual são colhidas ou à sua natureza.
As evidências relacionadas à natureza correspondem a provas que servem para validar os
registros contábeis.
Dos exemplos a seguir, o que NÃO constitui evidência quanto à natureza é:
a) constatação de existência física de bens;
b) declaração de fontes verbalmente consultadas;
c) incapacidade financeira de pagar credores no vencimento;
d) eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis;
e) documentos comprobatórios da legitimidade de transações.
Comentários:
A doutrina estabelece que, para melhor conhecer os diferentes tipos de evidências, os
auditores classificam-nas inicialmente em dois grupos: evidências quanto à finalidade e
evidências quanto à natureza. A questão aborda exemplos de evidências de auditoria
relacionadas à natureza.

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Crepaldi, em sua obra, na versão digital, “Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São
Paulo: Atlas, 2016,p. 16/195” explicita que:
1.2.1 Evidência quanto à natureza:
[...]
No decorrer do processo de obtenção de evidências, o auditor poderá encontrar os seguintes
tipos de provas, que servem para validar os registros contábeis:
- Constatação da existência física de bens, pessoalmente, pelo auditor; [Alternativa “a”]
- Declaração de fontes consultadas, verbal ou formalmente escrita; [Alternativa “b”]
- Repetição, pelo auditor, dos cálculos que produziram situações ou resultados;
- Documentos que comprovem a legitimidade das transações, elaboradas internamente, ou
preparados por fonte externa à empresa; [Alternativa “e”]
- Correlacionamento dos dados examinados;
- Procedimentos de controle interno;
- Acontecimentos posteriores à data das demonstrações contábeis. [Alternativa “d”]
Dessa forma, o único exemplo que não consta no rol acima é a incapacidade financeira de
pagar credores no vencimento (letra C). Esse é um exemplo de evidência quanto à finalidade,
especificamente sobre a continuidade.
Gabarito: C

A NBC TA 500 diz ainda que, ao definir os testes de controles e os testes de detalhes
(esclarecimentos sobre essas espécies de procedimento mais a frente), o auditor deve determinar
meios para selecionar itens a serem testados que sejam capazes de cumprir os procedimentos de
auditoria. Nesse caso, se essa evidência obtida em uma fonte é inconsistente com a obtida em
outra, ou o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem utilizadas como
evidência de auditoria, ele deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos
de auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto, se
houver, sobre outros aspectos da auditoria.

No caso de inconsistência ou dúvidas quanto à confiabilidade da evidência de auditoria, a


obtenção de evidência de auditoria de fontes diferentes ou de natureza diferente pode indicar
que um item individual da evidência de auditoria não é confiável, como quando a evidência
obtida em uma fonte é incompatível com a evidência obtida em outra. Pode ser esse o caso, por
exemplo, quando respostas a indagações junto à administração, auditoria interna e outros são
inconsistentes ou quando respostas a indagações feitas aos responsáveis pela governança para
corroborar as respostas às indagações feitas à administração forem inconsistentes com a resposta
da administração.
A seguir, esquematizamos as informações mais relevantes sobre as evidências, usualmente
cobradas em provas, extraídas da NBC TA 500:

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Como dissemos anteriormente, os procedimentos de auditoria são os instrumentos que permitem


ao auditor obter evidência apropriada e suficiente que servirá de base para suas conclusões e
opinião (expressa por meio do Relatório). A NBC TA 500 ressalta que a evidência para a obtenção
de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de:
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: testes de controles, quando exigidos
pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e procedimentos substantivos,
inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos.
Nas próximas seções, detalharemos os procedimentos de auditoria e suas “espécies”.

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3. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Procedimentos de auditoria são o conjunto de procedimentos técnicos com base nos quais o
auditor obtém evidências ou provas que sejam suficientes e adequadas para fundamentar sua
opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis auditadas à estrutura de relatório
financeiro aplicável, permitindo que eventuais distorções relevantes sejam identificadas.
Como vimos na seção anterior, a NBC TA 500 apresenta as “categorias” (nomenclatura por nós
utilizada para fins didáticos) dos procedimentos de auditoria. Veja:

A evidência para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é


conseguida pela execução de:
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: testes de controles, quando
exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e
procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos
substantivos.

A NBC TA 315 define procedimentos de avaliação de risco como procedimentos de auditoria


planejados e realizados para identificar e avaliar os riscos de distorção relevante
independentemente se causados por fraude ou erro nos níveis das demonstrações contábeis e da
afirmação. “Procedimentos adicionais” não contam com uma definição específica, podendo ser
compreendidos como procedimentos “extra”, aplicados pelo auditor no contexto dos trabalhos,
para responder aos riscos de distorção relevante avaliados.
A NBC TA 330 define o que vem a ser Procedimento Substantivo e Teste de Controle (chamemos,
para fins didáticos, de “subcategorias” dos procedimentos de auditoria). Trata-se de mais um item
recorrente em provas. No caso dos testes de detalhes, nem há uma definição propriamente.
Saibam que as questões de concurso cobram (quase) sempre a literalidade de tais conceitos.
Sabendo as palavras-chave associadas a de cada “categoria” ou “subcategoria”, é possível resolver
a imensa maioria das questões. Veja:

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Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar
distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações);
e
(b) procedimentos analíticos substantivos.
Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade
operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções
relevantes no nível de afirmações.

Reparem que os Procedimentos Substantivos estão relacionados à detecção de distorções


relevantes no nível de afirmações (informações presentes nas demonstrações contábeis, como
um saldo de conta, por exemplo). Já os Testes de Controle relacionam-se com a avaliação da
efetividade operacional dos controles.
Fazem parte dos procedimentos substantivos os testes de detalhes (seriam um detalhamento
maior dessa categoria) e os procedimentos analíticos substantivos (que são os procedimentos
analíticos – definição apresentada mais à frente na aula – aplicados no contexto de um
procedimento substantivo).
Como veremos na próxima seção, as Normas de Auditoria Interna utilizam nomenclatura própria
ao elencar os procedimentos de auditoria interna. Nesse ponto específico da nossa disciplina, as
bancas – muitas vezes – cobram de forma indistinta conceitos e institutos da Auditoria
Independente e da Auditoria Interna. Podemos adiantar que é possível fazer uma associação entre
as “subcategorias” acima apresentadas e os tipos de procedimentos previstos na NBC TI 01.
Vejamos:

NBC TA 330 NBC TI 01

Testes de controle Testes de observância

Procedimentos Substantivos Testes Substantivos

Veremos, mais à frente em nossa aula, as definições dos tipos de procedimentos de auditoria
interna. Adiantamos que, assim como os testes de controle, os chamados testes de observância
relacionam-se com a obtenção de segurança quanto ao efetivo funcionamento dos controles
estabelecidos. Os testes substantivos, por sua vez, visam à obtenção de evidência quanto à
suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade
(ou seja, afirmações, que representam as informações presentes nas demonstrações contábeis).

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A NBC TA 500 elenca ainda uma série de procedimentos específicos (ou técnicas), que podem ser
utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou
procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor.
Entendam, portanto, que (nos termos das NBC TA atualmente em vigor) não há uma correlação
direta entre os procedimentos específicos abaixo apresentados e uma ou outra categoria de
procedimentos – o contexto é que vai definir, por exemplo, se um procedimento analítico será
efetuado no contexto de um procedimento de avaliação de risco ou de um procedimento
substantivo (nesse último caso, temos um procedimento analítico substantivo).
Apresentaremos, “na veia”, as definições que precisam ser internalizadas. Em seguida, traremos
mapas mentais com as informações-chave de cada espécie de procedimento. É raro uma prova de
auditoria não vir cobrando, ao menos, uma assertiva (ou item) relacionada e este assunto. Veja:
Inspeção
A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel,
em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e
documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua
natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua
produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de
evidência de autorização.
Alguns documentos representam evidência de auditoria direta da existência de um ativo, por
exemplo, um documento que constitui um instrumento financeiro, como uma ação ou título. A
inspeção de tais documentos pode não fornecer necessariamente evidência de auditoria sobre
propriedade ou valor. Além disso, a inspeção de um contrato executado pode fornecer evidência de
auditoria relevante para a aplicação de políticas contábeis da entidade, tais como reconhecimento de
receita.
A inspeção de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua
existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação
dos ativos. A inspeção de itens individuais do estoque pode acompanhar a observação da contagem
do estoque.
Esclarecendo: a inspeção vai além do exame físico de ativos tangíveis, incluindo também o exame de
registros e documentos (isso, por si só, resolve inúmeras questões de prova).

Observação
A observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros, por exemplo,
a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de
atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de
processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo
fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é
executado.
Cuidado: se o auditor faz um exame físico de um ativo tangível, estamos diante do procedimento de
Inspeção. Caso o auditor acompanhe a contagem física de estoque (inventário) feita, por exemplo,
por um funcionário da entidade, estaremos diante da Observação! É comum, no entanto, que o

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auditor esteja acompanhando a contagem física dos estoques (aplicando, portanto, a observação) e
decida examinar por conta própria algum item do estoque (nesse momento, ele sai da alçada da
observação e entra na alçada da inspeção).

Confirmação externa (Confirmação com terceiros ou circularização)


Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta
escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra
mídia. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de
afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Contudo, as confirmações externas
não precisam se restringir apenas a saldos contábeis. Por exemplo, o auditor pode solicitar
confirmação de termos de contratos ou transações da entidade com terceiros; a solicitação de
confirmação pode ser planejada para perguntar se foram efetuadas quaisquer modificações no
contrato e, em caso afirmativo, quais são os detalhes relevantes. Os procedimentos de confirmação
externa também são utilizados para a obtenção de evidência de auditoria a respeito da ausência de
certas condições, por exemplo, a ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar
o reconhecimento da receita.
Observação: diante da importância dessa espécie de procedimento, teremos à frente uma seção toda
dedicada a ele. Por ora, fiquem atentos ao fato de que a confirmação externa busca “resposta
escrita” (seja em forma escrita propriamente, eletrônica ou em outra mídia) sempre direcionada a
terceiros de fora da entidade.

Recálculo
O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O
recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.
Observação: é comum as bancas utilizarem o nome “cálculo” (ou mesmo “conferência de cálculo”),
previsto nas normas revogadas. Podemos perfeitamente tê-los como sinônimos.

Reexecução
A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que
foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.
Observação: aqui, o auditor põe a mão na massa efetivamente. O auditor, ou equipe de auditoria,
decide executar por conta própria (ou reexecutar) um procedimento já executado pela entidade. Essa
técnica não se confunde com a observação (em que auditor só acompanha a execução do
procedimento, sem por a mão na massa), nem tampouco com o recálculo (nesse, a equipe não
reexecuta um procedimento, mas sim efetua cálculos, ou apurações, próprios a fim de comparar com
aqueles apresentados pela entidade).

Procedimentos analíticos
Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem

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também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras
informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos.
Indo mais a fundo: o procedimento hoje denominado “procedimento analítico” era chamado pela
extinta NBC T 11 de “revisão analítica”. Podemos adotá-los como sinônimos. A NBC TA 520 –
Procedimentos Analíticos, traz mais detalhes acerca desse procedimento. Ela menciona que os
procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações de informações
contábeis e financeiras da entidade (informações comparáveis de períodos anteriores; resultados
previstos pela entidade ou expectativas do auditor; e informações de entidades do mesmo setor de
atividade, como a comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do setor ou
com outras entidades de porte comparável). Ainda conforme a NBC TA 520, se os procedimentos
analíticos executados identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras
informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor
deve examinar essas diferenças por meio de: (a) indagação à administração e obtenção de evidência
de auditoria apropriada e relevante para as respostas da administração; e (b) aplicação de outros
procedimentos de auditoria conforme necessário nas circunstâncias.

Indagação
A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não
financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria,
além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas
formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do
processo de indagação.
As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou
evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer informações
significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo, informações
referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as respostas às
indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria
adicionais. [Grifos não constantes no original].
Observação: reparem que, diferentemente da confirmação externa, a indagação inclui
questionamentos escritos formais e também questionamentos orais informais. Diz ainda a NBC TA
500 que, embora a indagação possa fornecer importante evidência de auditoria e possa produzir
evidência de distorção, ela – sozinha – geralmente não fornece evidência de auditoria suficiente da
ausência de distorção relevante no nível da afirmação nem da eficácia operacional dos controles. Em
outros termos, a indagação produz evidência quanto à existência de distorção, porém (geralmente)
não é capaz de produzir evidência da ausência de distorção e nem tampouco da eficácia dos
controles.
Segue mapa mental para ajudá-los na memorização.

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(DPE RJ – 2019) Durante o planejamento do trabalho de auditoria, um auditor verificou a


necessidade de analisar a forma pela qual os funcionários da entidade auditada realizam a
contagem anual de estoques, e de examinar, por amostragem, certos itens do estoque para avaliar
a condição em que eles se encontram.
Os procedimentos de auditoria indicados nesse caso são, respectivamente:
a) entrevista e conferência;
b) indagação e inspeção;
c) indagação e rastreamento;
d) observação e inspeção;
e) observação e conferência.
Comentários:
Quando o auditor acompanha a contagem física de estoque (inventário) feita por funcionários da
entidade (outros que não o próprio auditor), estamos diante da Observação. Já quando o auditor
faz (ele próprio) um exame físico de um ativo tangível, estamos diante do procedimento de
Inspeção.
Gabarito: D

(ISS Teresina) – 2016) A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a
opinião do auditor é conseguida pela execução de procedimentos de auditoria.
O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma
eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o
procedimento de auditoria denominado
a) observação.
b) circularização.
c) investigação.
d) confirmação.
e) inspeção.
Comentários:
Enunciado traz a literalidade da NBC TA 500 ao definir a Inspeção. Devemos ficar atentos às
palavras-chave “exame de registros e documentos ou exame físico de um ativo”.
Gabarito: E

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(SEFAZ MA – 2016) Os resultados obtidos nos procedimentos de auditoria executados pelo auditor
independente contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório. O
auditor pode utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou
procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados, entre outros, os
procedimentos de auditoria:
a) inspeção, observação, confirmação externa.
b) inspeção, amostragem, vistoria.
c) inspeção, amostragem, pericia.
d) inspeção, monitoramento, vistoria.
e) inspeção, indagação, perícia.
Comentários:
O esquema a seguir apresenta os procedimentos específicos elencados pela NBC TA 500, que
podem ser utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de
controle ou procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo
auditor.

Portanto, alternativa correta é A

(SEFAZ RS – 2019) A realização de comparações entre informações e entre indicadores contábeis e


a análise de relações entre contas e de relações plausíveis entre dados financeiros e não
financeiros são procedimentos característicos
A) da inspeção física.
B) da observação.
C) da revisão analítica.

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D) do recálculo.
E) da segregação de função
Comentários:
Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução da
auditoria. Aqui, você deve ficar atento ao trechos “relações plausíveis entre dados financeiros e
não financeiros”. Estamos diante, portanto, dos Procedimentos Analíticos (que são sinônimos de
Revisão Analítica – nomenclatura utilizada pela extinta NBC T 11).
Gabarito: C.

(CODEMIG – Auditor – 2018) A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião
consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria, que é obtida por meio de
procedimentos de auditoria. A esse respeito, numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I,
fazendo a relação entre os procedimentos de auditoria e seus objetivos, conforme prescrito pela
NBC TA 500.
COLUNA I
1. Inspeção
2. Indagação
3. Confirmação externa
COLUNA II
( ) Fornecer evidências de auditoria que podem conter informações significativamente divergentes
daquelas já obtidas, por exemplo, informações referentes à possibilidade de a administração burlar
os controles.
( ) Fornecer evidências de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a
ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento da receita.
( ) Fornecer evidências de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua
natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a
sua produção.
Assinale a sequência CORRETA.
a)1 2 3
b)3 2 1
c) 2 3 1
d) 2 1 3
Comentário:
Questão difícil, que foi além da definição pura e simples de cada espécie de procedimento.
Segundo a NBC TA 500(R1):

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Indagação
(...) As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente
ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer
informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo,
informações referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as
respostas às indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize
procedimentos de auditoria adicionais.
Confirmação externa
Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta
escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra
mídia. [...] Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a obtenção de
evidência de auditoria a respeito da ausência de certas condições, por exemplo, a ausência de
acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento da receita. [...]
Inspeção
A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel,
em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e
documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo
de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles
sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em
busca de evidência de autorização. [Grifos nossos]
Gabarito: C.

(CM Araraquara – 2016) Considerando "V" para verdadeiro e "F" para falso, analise as afirmações
abaixo e assinale a alternativa correta.

O exame físico é a verificação in loco: deverá proporcionar ao auditor a formação de opinião


quanto à existência física realizado do objeto ou item examinado. O exame físico realizado pelo
auditor deve conter as seguintes características:

( ) Identificação: comprovação através do exame visual do item especificado a ser examinado.

( ) Existência física: comprovação, através da constatação visual, de que o objeto ou item


examinado existe realmente.

( ) Autenticidade: poder de discernimento de que o item ou objeto examinado é fidedigno.

( ) Quantidade: a apuração das quantidades reais existentes fisicamente, somente se dando por
satisfeito após apuração adequada.

( ) Qualidade: exame visual de que o objeto examinado permanece em uso. Não está deteriorado e
merece fé.

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a) V-F-V-F-V.

b) F-V-F-V-F.

c) V-V-V-V-V

d) F-F-F-F-F-F.
Comentário:
Questão se baseia em norma desatualizada, cujo teor foi replicado pela doutrina.
Independentemente da desatualização, devemos ficar atentos a esses conceitos (cobrados em
2016, e passíveis de cobrança nos dias de hoje). Vejamos os ensinamentos de Almeida, Marcelo
Cavalcanti – Auditoria Contábil Teoria e Prática:
Técnicas de auditoria são o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para reunir as
evidências que lhe proporcionem atestas a fidedignidade das demonstrações contábeis. As
técnicas não são provas em si, elas proporcionam a obtenção de provas necessárias para o auditor
emitir um parecer bem fundamentado.
As técnicas de auditoria mais usuais são as seguintes:
- Exame e contagem física;
- Circularização;
- Conferência de cálculos;
- Inspeção de Documentos;
- Averiguação;
- Correlação.
Exame e contagem física: procedimento utilizado para contas do ativo; consiste em identificar
fisicamente o bem declarado nas demonstrações financeiras. São exemplos de ativos normalmente
submetidos à contagem física: dinheiro em caixa, estoques, títulos (ações, etc.), imobilizado.
O exame físico é a verificação in loco do objeto ou item examinado.
O exame físico realizado pelo auditor deve conter as seguintes características:
• Quantidade: apuração das quantidades reais existentes fisicamente;
• Existência física: comprovação, por meio da constatação visual, de que o objeto ou item
examinado existe realmente;
• Identificação: comprovação, por meio da constatação visual, do item específico a ser
examinado;
• Autenticidade: poder de discernimento de que o item ou objeto examinado é fidedigno;
• Qualidade: exame visual de que o objeto permanece em uso, não está deteriorado e merece
fé.

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Percebe-se, portanto, que todos os itens estão corretos.


Vejamos características das demais técnicas de auditoria ainda não estudadas:
Circularização: equivale à confirmação externa (já apresentada);
Conferência de cálculos: equivale ao recálculo (também já apresentado);
Inspeção de documentos: procedimento voltado para comprovação das transações que, por
questões legais, comerciais ou de controle são evidenciadas por documentos comprobatórios de
efetividade.
Averiguação: consiste em fazer perguntas e obter respostas favoráveis à elucidação de certas
questões que podem conduzir a um incremento na profundidade dos exames ou, em sentido
oposto, à não realização de determinado teste de auditoria.
Correlação: deriva do método das partidas dobradas; a técnica nada mais é que o relacionamento
harmônico do sistema contábil das partidas dobradas.
Gabarito: C.

Abordaremos, agora, a seção da NBC TA 500 que trata da seleção de itens para testes,
objetivando a obtenção de evidência de auditoria. Grosso modo, veremos que – ao selecionar
itens a serem testados – o auditor pode, dependendo das circunstâncias específicas, selecionar
todos os itens (exame de 100%), selecionar itens específicos ou aplicar amostragem em auditoria.
Veja:
Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada na medida em que, considerada com outra
evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será suficiente para as finalidades do auditor. Ao
selecionar itens a serem testados, exige-se que o auditor determine a relevância e confiabilidade das
informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Outro aspecto da eficácia (suficiência) é
uma consideração importante na seleção de itens a serem testados. Os meios à disposição do auditor
para a seleção de itens a serem testados são:
(a) seleção de todos os itens (exame de 100%);
(b) seleção de itens específicos; e
(c) amostragem de auditoria.
A aplicação de qualquer um desses meios ou de uma combinação deles pode ser apropriada
dependendo das circunstâncias específicas, por exemplo, os riscos de distorção relevante relacionados
à afirmação que está sendo testada, e a praticidade e eficiência dos diferentes meios.
Seleção de todos os itens
O auditor pode decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens que constituem
uma classe de transações ou saldo contábil (ou um estrato dentro dessa população). É improvável um
exame de 100% no caso de testes de controles; contudo, é mais comum para testes de detalhes. Um
exame de 100% pode ser apropriado quando, por exemplo:
• a população constitui um número pequeno de itens de grande valor;

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• há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria apropriada e


suficiente; ou
• a natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado automaticamente por sistema
de informação torna um exame de 100% eficiente quanto aos custos.
Observação: aqui, devemos pensar que – a depender das características dos itens da população de
interesse – mais vale testar todos os itens (se eles são poucos e de grande valor, por exemplo). Além
de levar em consideração as características da população, deve-se considerar se é possível usar
cálculos repetitivos, como por exemplo, técnicas de auditoria assistidas por computação.

Seleção de itens específicos


O auditor pode decidir selecionar itens específicos de uma população. Ao tomar essa decisão, fatores
que podem ser relevantes incluem o entendimento da entidade pelo auditor, os riscos avaliados de
distorção relevante e as características da população que está sendo testada. A seleção com base em
julgamento de itens específicos está sujeita ao risco de não amostragem. Itens específicos
selecionados podem incluir:
• valor alto ou itens-chave. O auditor pode decidir selecionar itens específicos dentro de uma
população porque eles têm valor elevado ou exibem alguma característica, por exemplo, itens
suspeitos, não usuais, particularmente propensos a risco ou que tenham histórico de erro;
• todos os itens acima de certo valor. O auditor pode decidir examinar itens cujos valores registrados
excedam certo valor, de modo a verificar uma grande proporção do valor total de uma classe de
transações ou saldo contábil;
• itens para obtenção de informação. O auditor pode examinar itens para obter informações sobre
assuntos como a natureza da entidade ou a natureza de transações.
Embora o exame seletivo de itens específicos de uma classe de transações ou saldo contábil
frequentemente seja um meio eficiente de obter evidência de auditoria, não constitui amostragem
em auditoria. Os resultados de procedimentos de auditoria aplicados a itens selecionados dessa
maneira não podem ser projetados para a população inteira; portanto, o exame seletivo de itens
específicos não fornece evidência de auditoria referente ao restante da população.
Observação: a seleção de itens específicos é utilizada, geralmente, quando ser quer extrair
informações acerca de determinadas características da população (grande valor, por exemplo).
Apesar de ser um meio válido para obtenção de evidência, NÃO se confunde com amostragem.

Amostragem em auditoria
A amostragem em auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma população
inteira com base no teste de amostragem extraída dela. A amostragem em auditoria é discutida na
NBC TA 530. [Grifos não constantes no original]

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4. TESTES DE OBSERVÂNCIA E TESTES SUBSTANTIVOS


A NBC TI 01 (Auditoria Interna) assim define testes de observância e testes substantivos:
12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna
12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes
de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes
para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade.
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles
internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu
cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser
considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e
validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. [Grifos não constantes no
original]

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As definições acima constantemente aparecem em provas. Assim, guarde na sua memória esses
mapas mentais! Como dissemos, nesse ponto específico da nossa disciplina, as bancas – muitas
vezes – cobram de forma indistinta conceitos e institutos da Auditoria Independente e da Auditoria
Interna.
É possível fazer uma associação entre os tipos de procedimentos previstos na NBC TI 01 e as
“subcategorias” de procedimento previstas nas normas de auditoria independente. Vejamos mais
uma vez:

NBC TA 330 NBC TI 01

Testes de controle Testes de observância

Procedimentos Substantivos Testes Substantivos

Segundo A NBC TA 330 (R1):


4. Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
(a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções
relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e
(ii) procedimentos analíticos substantivos.
(b) Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade
operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de
afirmações. [Grifos não constantes no original]

Resumidamente:
Testes de observância (ou, segundo as normas de auditoria independente, Testes de controle) faz
a verificação dos controles internos.

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Testes substantivos (ou, segundo as normas de auditoria independente, Procedimentos


Substantivos) faz a verificação da informação contábil propriamente dita, tais como: classes de
transações, de saldos de contas e de divulgações.
Reparem ainda, com relação aos tipos específicos de procedimentos listados pela NBC TI 01, que
os conceitos de Inspeção e Observação quase não diferem daqueles constantes na NBC TA 500. A
chamada “Investigação e Confirmação” difere um pouco do que prevê a norma de auditoria
independente (poderíamos associá-la, tranquilamente, com a Indagação).

Diferentemente das normas de auditoria independente, que não apresentam correlação


direta entre os tipos específicos de procedimentos e suas categorias, as normas de
auditoria interna (bem como as normas revogadas de auditoria independente)
“amarram” (ou associam diretamente) a inspeção, a observação e a chamada
investigação e confirmação com os testes de observância.
Essa é uma controvérsia (ou polêmica) que temos que aprender a conviver!
Se, eventualmente, uma prova trouxer passagem literal afirmando que “fazem parte dos
testes de observância a inspeção, a observação e a investigação e confirmação” podem
entender como correto. Nesse caso, a cobrança será em cima da norma de auditoria
interna ou das normas revogadas de auditoria independente (prática, infelizmente,
comum em nossa disciplina).
Por outro lado, uma eventual questão que apresentar o contexto em que qualquer uma
das técnicas (ou tipos específicos de procedimentos) são aplicadas, devemos – de fato –
entender a circunstância do caso concreto para saber se, por exemplo, uma observação
é aplicada no contexto de um teste de controle (observância) ou de um teste
(procedimento) substantivo. Para tanto, devemos buscar a finalidade com a qual o teste
é aplicado. Se o foco é obter evidência quanto ao funcionamento dos controles,
estamos diante de um teste de observância (controle). Já se o foco é buscar evidência
acerca da informação contábil propriamente dita, estamos diante de um teste
(procedimento) substantivo.

(CLDF – 2018) Considere:


I. Verificação de registros, documentos e ativos tangíveis.

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II. Acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução.


III. Obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos
sistemas de informação da entidade.
IV. Obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e
das operações, dentro ou fora da entidade.
Consoante dispõe a NBC TI 01, são procedimentos relacionados aos testes de observância o que
consta em
a) I, II e III, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
Comentários:
Questão trata dos procedimentos de auditoria interna, conforme a NBC TI 01.
Vejamos:
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles
internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao
seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser
considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade[...].
Pelo exposto, apenas os itens I, II e IV (referentes, respectivamente, à Inspeção, Observação e
Investigação e Confirmação) são relacionados aos testes de observância. O item III traz a
definição de testes substantivos.
Gabarito: E.

(SEFAZ SC – 2018)
I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à
suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade.
Têm como um dos principais objetivos a conclusão sobre a adequada mensuração, apresentação
e divulgação das transações econômico-financeiras, em consonância com os Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados em
auditorias tributárias, tendo também como objetivo certificar-se da correção: da existência do

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item contábil (se o componente patrimonial existe em certa data), da existência de direitos e
obrigações (se efetivamente existem em certa data), da ocorrência (se uma determinada
transação realmente ocorreu).
Os textos acima referem-se
(A) aos Riscos de amostragem.
(B) aos Testes substantivos.
(C) aos Testes de observância.
(D) às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física.
(E) às Técnicas de Circularização de bens e direitos.
Comentários:
Se a questão falou em “obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
gerados pelo sistema de contabilidade da entidade”, é possível “cravar” que estamos diante dos
Testes Substantivos (previstos na NBC TI 01).
Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade
dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
No escopo da Auditoria Independente, temos os chamados Procedimentos Substantivos
(equivalentes aos Testes Substantivos, previstos na norma da auditoria interna). Veja:
Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
(a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar
distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de
divulgações); e
(ii) procedimentos analíticos substantivos.
Gabarito: B

(SEFAZ RS – 2019) No início de suas atividades de auditoria em uma empresa, um auditor


independente, após a leitura dos manuais de utilização dos sistemas de compras da entidade,
realizou questionamentos sobre o regime de alçadas e acompanhou o uso desses sistemas na
prática, para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas. Ele solicitou a
um funcionário da empresa auditada que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada
estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro.
Nesse caso, o auditor realizou um teste
a) de apresentação e divulgação.
b) de controle.
c) de detalhes de saldos.

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d) de detalhes de transações.
e) substantivo.
Comentários:
Enunciado apresenta testes de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução dos
trabalhos. Ao analisar as assertivas, percebe-se que não é preciso identificar tipos específicos de
procedimentos (observação, inspeção, confirmação externa, etc.), sendo necessário – apenas –
apontar qual a “categoria” ou “subcategoria” de procedimento foi aplicado. Aqui, você deve ficar
atento à expressão “para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas”,
bem como “solicitou a um funcionário que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada
estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro”. Ora, o auditor quis que o
funcionário colocasse a prova, ou testasse, um controle da entidade (qual seja: a adequação do
sistema de compras aos limites e alçadas previstos nos manuais da empresa).
Como estamos diante de procedimento destinado a avaliar a efetividade operacional dos
controles, estamos diante de um Teste de Controle.
Gabarito: B

(SUDENE – 2013) Sobre os testes de observância, assinale a afirmativa correta.


a) Avaliam, com razoável segurança, se os procedimentos de controle interno estabelecidos pela
administração pública estão em efetivo funcionamento e cumprimento.
b) Analisam as evidências quanto à suficiência e à validação dos dados produzidos pelos sistemas
administrativos da entidade.
c) Aplicam testes substantivos para os ativos físicos das entidades públicas das administrações
direta e indireta.
d) Medem com exatidão a execução do sistema contábil em relação aos procedimentos de
revisão analítica nos ativos e passivos da entidade.
e) Avaliam o sistema de controle interno quanto à verificação das execuções orçamentárias de
receitas e despesas do órgão da administração pública.
Comentários: os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive
quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua aplicação,
devem ser considerados os seguintes procedimentos: inspeção; observação; e investigação e
confirmação.
Gabarito: A

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5. CONFIRMAÇÕES EXTERNAS (CIRCULARIZAÇÃO)


A NBC TA 505 – Confirmações Externas trata, de forma detalhada, o procedimento de confirmação
externa. Detalharemos, a seguir, seus principais tópicos.
A confiabilidade da evidência de auditoria é influenciada pela fonte e por sua natureza e
depende das circunstâncias individuais em que é obtida. Nesse contexto, devemos ficar atentos
às comparações (ou generalizações) aplicáveis à evidência de auditoria. Veja:
1. A evidência de auditoria é mais confiável quando é obtida de fontes independentes externas à
entidade;
2. A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável que a evidência de
auditoria obtida indiretamente ou por inferência;
3. A evidência de auditoria é mais confiável quando está na forma de documento, seja em papel, no
formato eletrônico ou outro meio.
Consequentemente, dependendo das circunstâncias da auditoria, a evidência de auditoria na forma
de confirmações externas recebidas diretamente pelo auditor das partes que confirmam pode ser
mais confiável que a evidência gerada internamente pela entidade. [...] [Grifos não constantes no
original]
Vejamos a seguir as definições trazidas pela NBC TA 505, muitas delas já cobradas em provas:

6. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir possuem os significados a eles atribuídos:

Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta para o
auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio.

Solicitação de confirmação positiva é a solicitação de que a parte que confirma responda


diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou
forneça as informações solicitadas.

Esclarecendo: nesse caso, o auditor sempre espera uma resposta. Solicitações de confirmação
positiva que não determinam valor na solicitação de confirmação, e pedem à parte que confirma
preencher o valor, são denominadas solicitação de confirmação “em branco”.

Solicitação de confirmação negativa é a solicitação de que a parte que confirma responda


diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação.

Esclarecendo: espera-se uma resposta apenas em caso de discordância. Ainda de acordo com a
norma, confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as
confirmações positivas.

Resposta não recebida é quando a parte que confirma não responde ou não responde de maneira
completa, a uma solicitação de confirmação positiva, ou a devolução de uma solicitação de
confirmação não entregue (devolução pelo correio, por exemplo, para um destinatário não
localizado).

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Exceção é a resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou
confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que
confirma. [Grifos não constantes no original]

Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre as


solicitações de confirmação externa, o que inclui:
(a) determinar as informações a serem confirmadas ou solicitadas;
(b) selecionar a parte que confirma, apropriada no contexto da confirmação;
(c) definir as solicitações de confirmação, assegurando-se de que as solicitações estão
devidamente endereçadas e contêm as informações para retorno das respostas diretamente ao
auditor; e

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(d) enviar as solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a parte que confirma.
Outro ponto importante diz respeito à eventual recusa da administração em permitir que o
auditor envie solicitações de confirmação. Por menos intuitivo que pareça, a administração pode,
sim, manter tal posição. Caberá ao auditor, nesse caso tomar medidas apropriadas, tais como:
(a) indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência de auditoria sobre
sua validade e razoabilidade;
(b) avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do auditor dos riscos
significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e
extensão de outros procedimentos de auditoria; e
(c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria
relevante e confiável.
Iremos expor agora, de forma resumida, algumas particularidades das respostas às solicitações do
auditor.
As respostas às solicitações de confirmação fornecem evidência de auditoria mais relevante e
confiável quando são enviadas a um terceiro (parte que confirma), que no entendimento do
auditor tem conhecimento sobre as informações a serem confirmadas.
A solicitação de confirmação externa positiva pede que a parte confirme, em todos os casos,
responda ao auditor seja pela indicação de sua concordância com as informações enviadas ou pelo
fornecimento de informações. Normalmente se espera que a resposta a uma solicitação de
confirmação positiva forneça evidência de auditoria confiável.
Já as confirmações negativas fornecem evidência de auditoria menos persuasiva que as
confirmações positivas. Consequentemente, o auditor não deve usar solicitações de confirmação
negativa como o único procedimento substantivo de auditoria para tratar o risco de distorção
relevante avaliado no nível de afirmações, a menos que estejam presentes todos os itens a seguir:
(a) o auditor avaliou o risco de distorção relevante como baixo e obteve evidência de auditoria
apropriada e suficiente em relação à efetividade operacional dos controles relevantes para a
afirmação;
(b) a população de itens sujeitos a procedimentos de confirmação negativa compreende um
grande número de saldos contábeis, transações ou condições, homogêneas de pequena
magnitude;
(c) espera-se uma taxa de exceção muito pequena; e
(d) o auditor não tem conhecimento das circunstâncias ou condições que fariam com que as
pessoas que recebem solicitações de confirmação negativa ignorassem essas solicitações.
Por fim, para cada resposta não recebida, o auditor deve executar procedimentos alternativos de
auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. Ele pode enviar uma solicitação

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de confirmação adicional quando não receber uma resposta a uma solicitação anterior dentro de
prazo razoável. Por exemplo, o auditor pode, depois de verificar novamente a precisão do
endereço original, enviar uma solicitação adicional ou 2º pedido.
Não podemos esquecer de que o auditor deve avaliar se os resultados dos procedimentos dessa
confirmação fornecem evidência de auditoria relevante e confiável, ou se são necessárias outras
evidências de auditoria.
Cabe ressaltar, ainda, que a recusa da administração em permitir que o auditor envie solicitações
de confirmação constitui uma limitação sobre a evidência de auditoria que o auditor deseja
obter. Ele deve, portanto, indagar sobre as razões para a limitação. Uma razão comum
apresentada é a existência de uma disputa legal ou negociação em andamento com a pretensa
parte que confirma, cuja solução pode ser afetada por uma solicitação de confirmação inoportuna.
Nesse caso, o auditor deve procurar evidência de auditoria sobre a validade e razoabilidade das
razões em decorrência do risco de que a administração pode estar tentando negar ao auditor o
acesso a evidência de auditoria que pode revelar fraude ou erro.
Ao avaliar os resultados de confirmações externas individuais, o auditor pode os classificar
conforme esquema a seguir:

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(SEFAZ RS – 2019) Com o objetivo de confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por
meio de cartas registradas, solicita as informações pertinentes às instituições bancárias das quais
a empresa auditada seja cliente. Nesse caso, o auditor realiza uma
A) inspeção.
B) repetição.
C) circularização.
D) revisão analítica.
E) conciliação bancária.
Comentários:
Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução
da auditoria. Aqui, você deve ficar atento às palavras “confirmar os saldos bancários
apresentados, o auditor, por meio de cartas registradas, solicita as informações pertinentes às
instituições...”. Ora, fica claro que o auditor deseja obter evidência por meio de resposta por
escrito de um terceiro (em formato eletrônico, nesse caso).
Portanto, alternativa correta é C (confirmação externa ou circularização).

(EMAP – 2018) Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos
registros contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da
área, circularização, conciliação e revisão analítica.
Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o item
seguinte.
A circularização é a técnica utilizada para a obtenção de declaração formal e independente de
partes internas da área auditada.
Comentário:
Segundo a NBC TA 505, “confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta
por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato
eletrônico ou outro meio”. Dessa forma, há um erro sutil – em regra, as informações são obtidas
de partes externas da área auditada, ao invés de internas.
Portanto, item errado.
(SUDENE – 2013) Quanto à circularização, ao terminar o envio das confirmações externas
individuais, o auditor deve avaliar o resultado obtido. Ele pode adotar a seguinte classificação:

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I. considerada não confiável.


II. não recebida.
III. indicando exceção.
Assinale:
a) se somente o item I estiver correto.
b) se somente os itens I e II estiverem corretos.
c) se somente os itens I e III estiverem corretos.
d) se somente os itens II e III estiverem corretos.
e) se todos os itens estiverem corretos.
Comentários: como vimos, ao avaliar os resultados de confirmações externas individuais, o
auditor pode os classificar da seguinte maneira:
- Respostas apropriadas da parte que confirma;
- Respostas consideradas como não confiável – item I;
- Resposta não recebida – item II;
- Resposta indicando exceção – item III.
Gabarito: E

(ARSESP – 2018) Assinale a alternativa que corresponde à afirmação correta relacionada à


Norma de Auditoria de “Confirmações Externas”.
a) Se o auditor identificar fatores que dão origem a dúvidas quanto à correta apresentação de
um documento de resposta, tais como os extratos bancários, o auditor pode discutir com a
administração do cliente a fim de resolver essas dúvidas.
b) Se o auditor não receber uma resposta à solicitação de confirmação, este deverá
simplesmente incluir tal afirmação na carta de representação, uma vez que será assinada pelos
responsáveis pela governança da empresa auditada.
c) O objetivo do auditor, ao usar procedimentos de confirmação externa, é planejar e executar
tais procedimentos para obter evidência de auditoria relevante e confiável.
d) Os programas de trabalho preparados pelo auditor devem incluir a determinação das
informações a serem confirmadas ou solicitadas pelo auditor à administração da empresa
auditada.
e) Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida mediante leitura de documentos
comprobatórios emitidos por entidades independentes da empresa, tais como extrato bancário,
conta de energia elétrica, ou mesmo as notas fiscais de fornecedores.
Comentário:
Segundo a NBC TA 505:

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Confiabilidade das respostas às solicitações de confirmação


10. Se o auditor identificar fatores que dão origem a dúvidas sobre a confiabilidade da resposta a
uma solicitação de confirmação, o auditor deve obter evidência adicional de auditoria para
resolver essas dúvidas.
11. Se o auditor determinar que uma resposta a uma solicitação de confirmação não é confiável,
o auditor deve avaliar as implicações na avaliação dos riscos significativos de distorção relevante,
incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão relacionada a outros
procedimentos de auditoria.
Resposta não recebida
12. Para cada resposta não recebida, o auditor deve executar procedimentos alternativos de
auditoria para obter evidência de auditoria relevante e confiável. [Grifos nossos]
Em linhas gerais, quando o auditor tiver dúvida quanto à confiabilidade das respostas às
solicitações de confirmação, então ele deve aplicar procedimentos adicionais para obter
evidências adicionais. [Grifos nossos]
Analisando cada alternativa:
Letra A) ERRADA por total carência de previsão normativa.
Letra B) ERRADA. Nesse caso, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria
para obter evidência de auditoria relevante e confiável.
Letra C) CORRETA. Ela está alinhada à NBC TA 505:
Objetivo
5. O objetivo do auditor, ao usar procedimentos de confirmação externa, é planejar e executar
tais procedimentos para obter evidência de auditoria relevante e confiável.
Letra D) ERRADA. A necessidade de realizar procedimentos de confirmações externas durante a
execução dos trabalhos do auditor é uma questão de julgamento profissional e, nesse caso, ele
só incluirá nos seus programas de trabalho as informações a serem confirmadas ou solicitadas à
administração da empresa auditada, dependendo de sua relevância no contexto da auditoria.
Letra E) ERRADA. Vimos acima o conceito da confirmação externa.
Gabarito: C.

(LIQUIGÁS – 2018) Ao examinar o razão de uma empresa, durante um trabalho de auditoria, um


auditor se deparou com valores significativos na conta adiantamento a fornecedores, com
diferentes datas de registro, para os quais não houve registro de baixa durante os últimos seis
meses.
Com o objetivo de confirmar esses valores junto aos fornecedores, sem evidenciar os valores
registrados, o auditor deve enviar carta de confirmação
a) neutra

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b) negativa branca
c) negativa preta
d) positiva branca
e) positiva preta
Comentário:
Questão aborda o procedimento de circularização (confirmações externas). Segundo a NBC TA
505, “confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito direta
para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro
meio”.
Esse tipo de técnica permite reunir evidências sobre a fidedignidade dos saldos das contas a
receber e a pagar, saldos bancários, contas de empréstimos, estoques em poder de terceiros,
passivos contingentes, coberturas de seguros e credores em geral.

A Resolução CNJ nº 171/2013 define circularização como sendo “a técnica que se obtém
informações com a finalidade de confrontar declarações de terceiros com os documentos
constantes do escopo da auditoria, de natureza formal”, classificando-a em três tipos:
a) positivo em branco – solicitação de informações a terceiros sem registro de quantitativos ou
valores no texto da requisição e com prazo para resposta;
b) positivo em preto – solicitação de informações a terceiros com a indicação de quantitativos ou
valores no texto da requisição e com prazo para resposta; e
c) negativo – comunicação de informações a terceiros com ou sem indicação de quantitativos e
valores no texto da comunicação e com referência a dispensa de resposta no caso de
concordância dos termos informados.
Portanto, alternativa correta é D.

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6. LISTA DE QUESTÕES

1. (FGV / SEFAZ AM – 2022)


De acordo com a NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria, o auditor deve definir e executar
procedimentos que sejam apropriados às circunstâncias, com o objetivo de obter evidência
de auditoria
a) inédita e relevante.
b) tempestiva e relevante.
c) neutra e livre de erros.
d) apropriada e suficiente.
e) completa e verificável.
2. (FGV / SEFAZ AM – 2022)
De acordo com a NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria, a maior parte do trabalho do
auditor para formar a sua opinião consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria.
Nesse sentido, em relação à indagação e suas respostas, assinale a afirmativa correta.
a) Devem ser formais e por escrito.
b) São utilizadas somente em pontos específicos da auditoria.
c) A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação.
d) As respostas às indagações devem fornecer informações convergentes com as obtidas pelo
auditor.
e) Costumam fornecer, sozinhas, evidências de auditoria suficientes sobre a ausência de
distorção relevante no nível da afirmação.
3. (FGV / SEFAZ AM – 2022)
As evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas
conclusões. A medida da qualidade da evidência de auditoria é a adequação da evidência, de
modo que o fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor
seja
a) relevante e neutra.
b) verificável e neutra.

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c) relevante e confiável.
d) tempestivo e verificável.
e) confiável e tempestivo.
4. (FGV / SEFAZ AM – 2022)
De acordo com a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, se os procedimentos analíticos
executados identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras
informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o
auditor deve examinar essas diferenças por meio de
a) indagação à administração e da obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante
para as respostas da administração.
b) avaliação das informações obtidas por meio de estudos das relações plausíveis entre os
dados obtidos e os valores esperados.
c) verificação de procedimentos e controles que foram originalmente realizados como parte
do controle interno da entidade.
d) revisão do trabalho executado, reaplicação dos procedimentos efetuados anteriormente e
investigação das flutuações identificadas que se desviem significativamente dos valores
previstos.
e) obtenção de confirmação externa, representada por evidência de auditoria obtida pelo
auditor como resposta escrita de terceiro ao auditor, em forma escrita ou eletrônica.
5. (FGV / CGU – 2022)
Uma entidade que constrói e opera ferrovias contratou a empresa X para avaliar seus bens
imóveis. Já a empresa Y é especializada na publicação de informações sobre riscos do setor
de infraestrutura e suas publicações foram consideradas pela entidade na elaboração das
divulgações de risco.
O auditor considerou de grande importância os trabalhos dessas empresas para os propósitos
da auditoria e, portanto, deve:
(A) considerar que as empresas X e Y são fontes de informações externas à entidade;
(B) considerar que a habilidade da empresa X pode ser ameaçada em decorrência de possível
familiaridade com a entidade;
(C) considerar que a localização geográfica e a disponibilidade de tempo da empresa X para
execução do contrato podem reduzir sua competência;
(D) obter entendimento do trabalho da empresa X e avaliar se as premissas e os métodos
usados pela empresa são geralmente aceitos na área;
(E) avaliar a relevância e a confiabilidade das informações obtidas da empresa X, além da
competência, habilidade e objetividade da empresa Y.
6. (FGV / TCE PI – 2021)

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Durante um trabalho de auditoria, o responsável pela equipe, após analisar as competências


de cada um, atribuiu a um dos componentes da equipe o procedimento técnico de inspeção
que deve ser aplicado para:
a) acompanhar a execução de processos;
b) conferir a exatidão de cálculos;
c) examinar o conteúdo de documentos;
d) obter informações com terceiros;
e) verificar o comportamento de valores extremos.
7. (FGV / TCE PI – 2021)
Durante um trabalho de auditoria, um auditor executou um procedimento para avaliar se a
atividade de recepção e conferência de itens adquiridos para estoque era realizada por um
funcionário adequado.
O procedimento executado pelo auditor foi um teste:
a) de abrangência;
b) de inspeção;
c) de observância;
d) de revisão analítica;
e) documental.
8. (FGV / TCE PI – 2021)
Em um trabalho de auditoria, um auditor precisou solicitar informações a um fornecedor da
entidade auditada. A solicitação indicava a necessidade de uma resposta, em concordância
ou não com o conteúdo informado.
Esse procedimento corresponde a uma:
a) confirmação externa;
b) circularização aberta;
c) circularização fechada;
d) solicitação de confirmação positiva;
e) solicitação de confirmação negativa.
9. (FGV / TCE AM – 2021)
A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste substantivo nos trabalhos de
auditoria, e uma das suas características é que:
a) é limitada pela complexidade da estrutura das demonstrações contábeis;
b) não é aplicável para fins comparativos com os trabalhos de anos anteriores;

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c) pode ser aplicada no planejamento, execução e revisão do trabalho de auditoria;


d) se aplica à avaliação da qualidade dos controles internos;
e) utiliza as técnicas de aplicação de questionários e entrevistas.
10. (FGV / PGE RO – 2015)
A realização do trabalho de auditoria considera procedimentos e técnicas previamente
definidos na fase de planejamento. A Resolução CNJ nº 171/2013 apresenta algumas técnicas
comumente utilizadas a partir do Programa de Auditoria. A técnica em que o auditor requer
informações de terceiros com a indicação de quantitativos ou valores no texto da requisição,
com prazo para resposta, é:
a) correlação entre informações obtidas;
b) circularização positiva em preto;
c) circularização positiva em branco;
d) circularização negativa em branco;
e) revisão analítica.
11. (FGV / TJ RO – 2015)
As técnicas de auditoria constituem um conjunto de processos e ferramentas operacionais
destinadas à obtenção de evidências, as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e
úteis para conclusão dos trabalhos. Quando um auditor necessita verificar se determinadas
atividades e operações estão sendo executadas conforme os padrões preestabelecidos, uma
técnica recomendada é o (a):
a) corte das operações;
b) indagação oral;
c) rastreamento;
d) revisão analítica;
e) teste flagrante.
12. (FGV / SEFAZ RJ – 2011)
A tarefa de traduzir conceitos abstratos em variáveis mensuráveis, definindo indicadores
apropriados, é indispensável para que se possa medir o alcance dos objetivos perseguidos
pela administração.
As informações coletadas e usadas para dar suporte aos achados de auditoria de
desempenho operacional ou de avaliação de programa são consideradas evidências e podem
assumir as diferentes formas. Nesse sentido, é INCORRETO afirmar que a evidência
a) física diz respeito a dados coletados a partir da observação direta, podendo ser
representados por fotografias, mapas, gráficos ou outras representações pictográficas.

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b) oral compreende declarações geralmente obtidas em entrevistas ou pesquisas com


usuários ou beneficiários da iniciativa governamental, bem como com especialistas, gestores
ou membros da equipe técnica encarregada.
c) documental refere-se a dados registrados em papel ou meio magnético (em geral, os mais
empregados em trabalhos de auditoria).
d) analítica contempla informações geradas a partir de outras evidências, geralmente
envolvendo cálculos, comparações ou sínteses.
e) especial é aquela a partir de apuração de fraudes em entidades da mesma natureza, com
foco nos testes substantivos para mapeamento do sistema de controle interno.
13. (FGV / DPE RJ – 2019)
Uma das finalidades do trabalho do auditor interno é obter informações sobre os assuntos
relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna.
Entre outras qualidades, as informações obtidas precisam ser relevantes, o que ocorre
quando a informação:
a) auxilia a entidade a atingir suas metas;
b) dá suporte às conclusões e às recomendações da auditoria interna;
c) é confiável e propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das
técnicas de auditoria interna;
d) é factual e convincente, de modo que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la
assim como um auditor interno;
e) é obtida mediante a aplicação de procedimentos da auditoria interna, incluindo testes
substantivos.
14. (FGV / DPE RJ – 2019)
Durante o planejamento do trabalho de auditoria, um auditor verificou a necessidade de
analisar a forma pela qual os funcionários da entidade auditada realizam a contagem anual de
estoques, e de examinar, por amostragem, certos itens do estoque para avaliar a condição
em que eles se encontram.
Os procedimentos de auditoria indicados nesse caso são, respectivamente:
a) entrevista e conferência;
b) indagação e inspeção;
c) indagação e rastreamento;
d) observação e inspeção;
e) observação e conferência.
15. (FGV / MPE AL – 2018)

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Os testes de auditoria analisam um elemento selecionado para determinar se um objetivo


específico de auditoria foi ou não alcançado.
Nesse sentido, o teste substantivo
a) verifica e comprova a regularidade na aplicação das normas.
b) deve certificar a confiabilidade e a adequação dos procedimentos do sistema de controles
internos.
c) obtém provas suficientes sobre as transações e saldos, se são reais e se pertencem ao ente
público.
d) procura avaliar se as estimativas foram realizadas de modo correto.
e) busca comprovar a validade e a propriedade material do tratamento de eventos e
transações pelo ente público.
16. (FGV / ALERJ – 2017)
Um dos esforços do trabalho do auditor consiste em buscar evidências que possam
fundamentar suas conclusões sobre as demonstrações contábeis. As evidências podem ser
relacionadas à finalidade para a qual são colhidas ou à sua natureza.
As evidências relacionadas à natureza correspondem a provas que servem para validar os
registros contábeis.
Dos exemplos a seguir, o que NÃO constitui evidência quanto à natureza é:
a) constatação de existência física de bens;
b) declaração de fontes verbalmente consultadas;
c) incapacidade financeira de pagar credores no vencimento;
d) eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis;
e) documentos comprobatórios da legitimidade de transações.
17. (FGV / TJ PI – 2015)
Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria apropriada e
suficiente:
a) decorre apenas dos registros contábeis da entidade;
b) não deve se basear em auditorias anteriores;
c) pode decorrer de ausência de informações;
d) pode ser obtida a partir da indagação;
e) tem natureza não cumulativa.
18. (FGV / CGE MA – 2014)
A respeito da evidência de auditoria, assinale a afirmativa incorreta.

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a) A confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes internas


dentro da entidade.
b) A confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os
controles relacionados são efetivos, incluindo os controles, impostos pela entidade, sobre sua
elaboração e manutenção.
c) A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável do que a
evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência.
d) A evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro
tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente.
e) A evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a
evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram
filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica.
19. (FCC / ALAP – 2020)
As evidências de auditoria não devem suscitar dúvidas quanto à sua confiabilidade. Desse
modo,
a) se as respostas obtidas da administração, do controle interno ou de outras fontes forem
inconsistentes entre si, torna-se possível a conclusão de que um item individual da evidência
de auditoria não é confiável.
b) o trabalho de auditoria deve se pautar por uma única fonte para cada fato, pois a
pluralidade de fontes redunda inevitavelmente em inconsistências.
c) se o trabalho de auditoria basear-se em apenas uma fonte de informações, então a
existência de distorção relevante deve ser presumida.
d) se as respostas obtidas da administração, do controle interno ou de outras fontes forem
consistentes entre si, torna-se possível a conclusão de que as evidências não são confiáveis.
e) o trabalho de auditoria deve se pautar apenas por fontes documentais, pois a
confiabilidade delas é inquestionável.
20. (FCC / ALAP – 2020)
A NBC TA 505 define confirmação externa como sendo a
a) solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor, indicando se
concorda ou discorda das informações na solicitação.
b) evidência de auditoria obtida como resposta de um terceiro, por escrito, direta para o
auditor.
c) solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor, somente se
discorda das informações fornecidas na solicitação.
d) evidência de que a parte que confirma não responde, ou não responde de maneira
completa, a uma solicitação de confirmação positiva.

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e) resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou
confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela
parte que confirma.
21. (FCC / ISS Manaus – 2019)
A suficiência da evidência de auditoria
a) ou é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, ou pela avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante, nunca ambos.
b) é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, mas não pela avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante.
c) não é afetada nem pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, nem pela
qualidade da evidência de auditoria.
d) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela
qualidade da evidência de auditoria.
e) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, mas não pela
qualidade da evidência de auditoria.
22. (FCC / SEFAZ BA – 2019)
De acordo com a NBC TA 200 R1, as evidências de auditoria
a) constituem um grupo de informações, dados e fatos, de cunho público e notório, cujo
conhecimento, em princípio, é compartilhado pela comunidade que interage com a entidade
auditada e que, por isso mesmo, dispensa referência e juntada de suporte documental
próprio.
b) são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se
baseia a sua opinião, sendo que as informações contidas nos registros contábeis subjacentes
às demonstrações contábeis estão incluídas nas evidências de auditoria.
c) representam um grupo de informações, dados e fatos de conhecimento público e
obrigatório por todas as pessoas, naturais ou jurídicas, que interagem com a entidade
auditada e que, por isso mesmo, dispensa a juntada de suporte documental próprio, mas não
a devida referência, quando for o caso.
d) são todos os elementos, materiais e imateriais, que não precisam ser juntados ao relatório
de auditoria, em razão de sua existência, veracidade de conteúdo e confiabilidade terem
ficado evidenciadas nos papéis de trabalho apresentados e compilados.
e) são todas as informações, dados e fatos evidentes, isto é, elementos que falam por si
mesmos, e que não suscitam qualquer tipo de controvérsia.
23. (FCC / SANASA – 2019)
As evidências de auditoria devem ser apropriadas e suficientes. Dessa forma é de
responsabilidade do Auditor a execução de procedimentos de auditoria apropriados a cada

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circunstância em seu cotidiano profissional, tendo como objetivo a obtenção de evidências


adequadas e suficientes. NÃO é um procedimento para obtenção de evidências de auditoria:
a) Procedimento de Avaliação de riscos.
b) Testes de Controle.
c) Procedimentos Substantivos.
d) Testes de detalhe.
e) Procedimentos de Avaliação de retorno.
24. (FCC / SANASA – 2019)
Em relação aos Procedimentos Analíticos de Auditoria, considere:
I. Os métodos de procedimento analíticos são variáveis, podendo ser comparações simples e
==28f97f==

análises complexas que utilizem métodos estatísticos.


II. Procedimentos analíticos são aplicáveis apenas em demonstrações contábeis de uma
empresa e não de todo o seu grupo.
III. Os procedimentos analíticos devem levar em consideração as informações de períodos
anteriores que sejam comparáveis.
Está correto o que consta APENAS de
a) II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) I.
e) III.
25. (FCC / ISS S. José Rio Preto – 2019)
Os procedimentos analíticos substantivos constituem-se em
a) parecer com ressalva e sem ressalva.
b) testes de detalhes, apenas.
c) procedimentos analíticos substantivos, apenas.
d) testes de detalhes, procedimentos analíticos substantivos ou uma combinação dos dois.
e) parecer sem ressalva, apenas.
26. (FCC – ISS São Luís – Auditor Fiscal – Geral – 2018)
A Controladoria-Geral do Município, considerando a relevância e materialidade da matriz de
riscos de auditoria, planeja uma operação na seção encarregada pelo arbitramento da receita
tributável dos serviços da construção civil. Na atividade preparatória, levantou-se que há uma
normatização interna que prevê:

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I. Claramente os casos que serão objeto de arbitramento.


II. Segregação de funções.
III. Emprego de sistema informatizado que registra dados de segurança e alterações
realizadas.
IV. Revisão independente por sorteio aleatório de autos de infração.
V. Manutenção de registros por 20 anos.
Visitando o órgão, o auditor acompanhou o procedimento durante sua execução, atestando
que, de fato, as normas vêm sendo seguidas, embora tenha deixado de calcular a exatidão de
casos específicos.
O procedimento adotado refere-se a um teste
a) substantivo que adotou procedimento de vistoria, restando inconclusivo, pois pende de
exame que ainda será realizado.
b) substantivo que adotou procedimento de confirmação, restando conclusivo, tendo em
vista o cumprimento da norma.
c) de observância que adotou procedimento de investigação, restando inconclusivo, pois
pende de exame que ainda será realizado.
d) de observância que adotou procedimento de observação, restando conclusivo, tendo em
vista o cumprimento da norma.
e) de observância que adotou procedimento de confirmação, restando conclusivo, tendo em
vista o cumprimento da norma.
27. (FCC – Auditor Público Externo / TCE RS – 2018)
A evidência de auditoria ganha confiabilidade quando corroborada por fonte externa à
entidade auditada. Sobre tal procedimento de auditoria, conhecido como confirmação
externa, é correto afirmar:
(A) O auditor deve manter o controle sobre as solicitações, registrando tanto o envio delas
quanto dos segundos pedidos, quando aplicável.
(B) Obtida a confirmação, faz-se necessário buscar outras evidências de auditoria, ainda que o
resultado do procedimento de confirmação seja relevante e confiável.
(C) A Administração não pode negar permissão para que o auditor envie solicitações de
confirmação.
(D) Uma vez decidindo-se pela confirmação externa, em regra essa não pode ser suprida por
procedimentos alternativos.
(E) O auditor deve tratar com o mesmo peso tanto confirmações negativas quanto positivas.
28. (FCC – Auditor Público Externo / TCE RS – 2018)
Acerca da disciplina dos testes de auditoria, assevera-se:

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(A) Pode ser cogitado o procedimento de inspeção, que consiste na obtenção de informações
perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou
fora da entidade.
(B) Pode ser cogitado o procedimento de investigação e confirmação, que consiste na
verificação de registros, documentos e ativos tangíveis.
(C) Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e
validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
(D) Os procedimentos constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e
testes substantivos.
(E) Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles
internos estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto
ao seu cumprimento.
29. (FCC/ Analista em Gestão (DPE AM) – Ciências Contábeis – 2018)
A obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos
sistemas de informação da entidade é o objetivo
a) dos testes de políticas públicas.
b) da auditoria operacional.
c) dos testes substantivos.
d) dos testes de observância.
e) dos testes de investigação e confirmação.
30. (FCC – SEFAZ SC – Auditor Fiscal – Auditoria e Fiscalização – 2018)
I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à
suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade.
Têm como um dos principais objetivos a conclusão sobre a adequada mensuração,
apresentação e divulgação das transações econômico-financeiras, em consonância com os
Princípios Fundamentais de Contabilidade.
II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados
em auditorias tributárias, tendo também como objetivo certificar-se da correção: da
existência do item contábil (se o componente patrimonial existe em certa data), da existência
de direitos e obrigações (se efetivamente existem em certa data), da ocorrência (se uma
determinada transação realmente ocorreu).
Os textos acima referem-se
(A) aos Riscos de amostragem.
(B) aos Testes substantivos.
(C) aos Testes de observância.
(D) às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física.

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(E) às Técnicas de Circularização de bens e direitos.


31. (FCC/ TRT 11ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2017)
Na execução dos testes de observância, o auditor interno deve adotar os seguintes
procedimentos, conforme a Resolução CFC nº 986/03:
a) leitura, compreensão, avaliação e conclusão.
b) definição, interpretação, descrição e explanação.
c) inspeção, observação e investigação e confirmação.
d) visitação, contagem, comprovação e relatoria.
e) conversação, descrição, avaliação e análise.
32. (FCC/ TRT 11ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2017)
Obter confirmação dos saldos e transações de contas em análise, por pessoa alheia e
independente é um procedimento de auditoria conhecido por
a) Inspeção.
b) Participação.
c) Avaliação.
d) Circularização.
e) Conferência.
33. (FCC/ TRF 3ª Região – An. Judiciário – Contadoria – 2016)
Um auditor interno, em um primeiro momento, verificou a necessidade de fazer testes para
verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. Depois, também constatou a
necessidade de acompanhar a execução de procedimentos específicos. Nos termos regulados
pela Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01), para a consecução desses dois objetivos deverá
realizar, respectivamente,
a) testes de observância, na modalidade inspeção e testes substantivos, na modalidade
inspeção.
b) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade
investigação.
c) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade
inspeção.
d) testes de observância, na modalidade investigação e testes de observância, na modalidade
inspeção.
e) testes de observância, na modalidade inspeção e testes de observância, na modalidade
observação.
34. (FCC/ COPERGAS – Analista – Contador – 2016)

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A Companhia de Transportes Urbanos e Interurbanos do Estado visando à renovação da frota,


no exercício de 2015, comprou 20 ônibus novos. Na auditoria das demonstrações contábeis
da empresa, o Auditor ao examinar a transação de compra dos ônibus, segundo as Normas
Brasileiras de Auditorias – NBC TAs, aplicou o procedimento de auditoria denominado
a) observação.
b) revisão.
c) materialidade.
d) avaliação.
e) inspeção.
35. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Municipal (Teresina) – 2016)
A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do
auditor é conseguida pela execução de procedimentos de auditoria.
O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma
eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o
procedimento de auditoria denominado
a) observação.
b) circularização.
c) investigação.
d) confirmação.
e) inspeção.
36. (FCC – Auditor Fiscal – SEFAZ MA – 2016)
Os resultados obtidos nos procedimentos de auditoria executados pelo auditor independente
contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório. O auditor pode
utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos
substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados, entre outros, os
procedimentos de auditoria:
a) inspeção, observação, confirmação externa.
b) inspeção, amostragem, vistoria.
c) inspeção, amostragem, pericia.
d) inspeção, monitoramento, vistoria.
e) inspeção, indagação, perícia.
37. (FCC/ SEFAZ PI – AFFE – 2015)
Os procedimentos de auditoria que incluem testes para certificar-se da existência
patrimonial, de direitos e obrigações em determinada data, ocorrência das transações, da

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abrangência dos registros, da mensuração, apresentação e divulgação em conformidade com


as normas pertinentes, são testes de
(A) avaliação de riscos.
(B) revisão analítica.
(C) controle.
(D) observância.
(E) detalhes.
38. (FCC/ TCE CE – Analista de Controle Externo – Controle Externo – Auditoria de TI – 2015)
Um auditor independente está acompanhando pessoalmente os trabalhos da equipe de
informática de uma empresa na execução da configuração do acesso aos sistemas de
informação financeiros e contábeis. Esse procedimento básico é de
a) inspeção.
b) cálculo e recálculo.
c) indagação, investigação e confirmação.
d) observação.
e) revisão analítica.
39. (FCC/ SEFAZ PE – AFTE – 2014)
Na realização de auditoria das Contas a Receber da Indústria de Tecidos Duradouros S.A., a
administração não permitiu que o auditor enviasse solicitações de confirmação externa de
saldos, para obtenção de evidência de auditoria. Nestas condições, entre outras medidas
previstas nas normas de auditoria, deve o auditor
a) desacatar a decisão da administração da empresa e solicitar a confirmação dos saldos das
duplicatas a receber junto aos devedores.
b) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de
auditoria relevante e confiável.
c) registrar no programa de auditoria que o procedimento referente à solicitação de
confirmação externa não foi realizado.
d) comunicar o fato ao conselho fiscal da empresa, solicitando providências para obtenção
das informações desejadas.
e) registrar no relatório de auditoria que o procedimento de solicitações de confirmações
externas não foi executado.
40. (FCC/ TCE SP – Auditor – 2013)
Considere as afirmações a seguir, que tratam dos procedimentos e métodos de auditoria:

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I. O rastreamento é uma investigação minuciosa, com exame de documentos, de unidades e


órgãos que tenham procedimentos interligados, cujo objetivo é dar segurança à opinião do
auditor.
II. Os procedimentos de revisão analítica compreendem a análise documental, a confirmação
externa e a conferência dos cálculos dos dados produzidos pelo sistema de escrituração
contábil da entidade.
III. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e
validação dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade auditada, com o objetivo
de reduzir o risco inerente da auditoria.
IV. Os testes substantivos têm por objetivo a obtenção de uma segurança razoável de que os
sistemas de controles internos implantados pela entidade estão alcançando seus objetivos, o
que servirá de base para determinar a extensão dos procedimentos de auditoria.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) II e IV.
e) II, III e IV.
41. (FCC/ TRT 12ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2013)
Para confirmar se os valores reconhecidos, no período, como despesa de juros referentes a
um empréstimo de longo prazo foram calculados adequadamente, o auditor deve utilizar a
técnica de
a) conciliação.
b) entrevista.
c) correlação de informações.
d) circularização.
e) conferência de cálculo.
42. (FCC - Analista Judiciário (TST)/Contabilidade / Apoio Especializado - 2017)
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas
conclusões em que se baseia sua opinião, devendo ser suficiente, que é a medida da
quantidade dessas evidências. Nos termos da NBC TA 200, essa quantidade pode ser afetada
a) pela avaliação do auditor dos riscos de distorção.
b) pela complexidade dos riscos de auditoria.
c) pelo percentual dos riscos de detecção.
d) pela estrutura das demonstrações contábeis.

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e) pelo histórico da informação contábil.


43. (FCC – SEFAZ – Auditor Fiscal – Administração Tributária – 2016)
Os auditores independentes, nas auditorias das demonstrações contábeis, utilizam
informações para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião, obtidas
através de evidência de auditoria. Acerca da evidência de auditoria é correto afirmar que
a) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos de
auditoria executados.
b) a adequação da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de
auditoria.
c) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria.
d) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de
auditoria.
e) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo.
44. (FCC/ ARSETE – Técnico Contábil – 2016)
Em uma auditoria, o Auditor corre o risco de expressar uma opinião inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. Para reduzir o risco a um nível
baixo aceitável e, com isso, possibilitar obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua
opinião, o Auditor deve
a) aplicar os procedimentos de auditoria previamente estabelecidos.
b) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.
c) elaborar adequadamente os papéis de trabalho.
d) obter todas as informações e documentos necessários à realização da auditoria.
e) avaliar o controle interno da entidade, quanto a eficiência na prevenção de erros e fraudes
nos registros contábeis.
45. (FCC/ PGE MT – Analista – Contador – 2016)
Considere:
I. A maior parte do trabalho do auditor na formação de sua opinião consiste na obtenção e
avaliação das evidências de auditoria.
II. As evidências de auditoria abrangem informações que sustentam e corroboram as
afirmações da administração e informações que contradizem tais afirmações.
III. Em alguns casos, a ausência de informações, por exemplo, a recusa da administração de
fornecer uma representação solicitada, é usada pelo auditor e, portanto, também constitui
evidência de auditoria.

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Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade do Trabalho de Auditoria 200 (NBC TA 200)


(R1), caracteriza evidência de auditoria o que consta em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.
46. (FCC/ MANAUSPREV – An. Previdenciário – Contabilidade – 2015)
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade − NBC TAs, a evidência de auditoria
para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida, entre
outros, pela
a) execução de procedimentos de avaliação de riscos.
b) elaboração do planejamento de auditoria das demonstrações contábeis.
c) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para registro
nos papeis de trabalho da auditoria das demonstrações contábeis.
d) confirmação do cumprimento, pela entidade, das determinações realizadas em relatórios
de auditorias das demonstrações contábeis de exercícios anteriores.
e) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para constar
no relatório de auditoria das demonstrações contábeis.
47. (FCC/ TRT 19ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2014)
Um auditor, ao final dos seus trabalhos, reviu as informações consignadas nos papéis de
trabalho e concluiu que as informações coletadas eram confiáveis e proporcionaram a melhor
evidência alcançável por meio das técnicas que utilizou. Essas informações são classificadas
como
a) suficientes.
b) adequadas.
c) relevantes.
d) úteis.
e) concretas.
48. (FCC/ TCE PI – Auditor de Controle Externo – Comum – 2014)
Em relação às evidências de auditoria é correto afirmar que
a) a suficiência da evidência é a medida da sua qualidade.
b) a adequação da evidência é a medida da sua quantidade.
c) a adequação da evidência é a medida da sua qualidade.

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d) evidências obtidas de fontes externas e internas são igualmente confiáveis.


e) evidências documentais e orais são igualmente confiáveis.
49. (FCC/ SEFAZ PE – AFTE – 2014)
Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância
e confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Em havendo
dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude, nos
termos das normas de auditoria − NBC TA, exige-se que o auditor
(A) faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos
procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto.
(B) comunique o fato à administração da empresa e suspenda os trabalhos de auditoria até
que o assunto seja solucionado.
(C) comunique o fato ao seu superior e aplique novos procedimentos de auditoria para
esclarecer o assunto.
(D) solicite informações aos envolvidos com as possíveis fraudes ou falsificação de
documentos e aplique novos procedimentos de auditoria para esclarecer o assunto.
(E) amplie o escopo da auditoria e determine que modificações são necessárias no controle
interno para solucionar o assunto.
50. (CESPE / SEFAZ AL – 2020)
A fim de estabelecer o escopo da auditoria durante sua fase de planejamento, o auditor pode
utilizar procedimentos de revisão analítica, que fazem parte dos testes substantivos.
51. (CESPE / SEFAZ AL – 2020)
As informações que fundamentam os resultados de auditoria, denominadas evidências,
podem ser utilizadas mesmo no caso de conterem erro.
52. (CESPE / SEFAZ AL – 2020)
Situação hipotética: Um auditor realizou a análise de pedidos de fornecimento de matéria-
prima, constatando se eles haviam sido assinados pelo gerente de compras, como
estabelecido na política de determinada empresa.
Assertiva: Nesse caso, esse procedimento revela que o auditor realizou um teste substantivo.
53. (CESPE / SEFAZ DF – 2020)
Ao utilizar informações comparáveis de períodos anteriores para estabelecer relações
plausíveis entre dados financeiros e dados não financeiros da entidade auditada, o auditor
está aplicando um procedimento analítico de auditoria.
54. (CESPE / SEFAZ DF – 2020)
Testes de observância em auditoria estão intimamente ligados á verificação do cumprimento
dos procedimentos de controles internos da auditoria.

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55. (CESPE / SEFAZ DF – 2020)


A constatação da existência real e da integridade das transações evidenciadas nos relatórios
contábeis é o principal objetivo dos testes de observância.
56. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)
A evidência de auditoria é uma das preocupações que o auditor independente deve ter na
realização dos trabalhos e na formação da sua opinião. De acordo com as normas de
auditoria vigentes, é correto afirmar que a qualidade de toda evidência de auditoria é afetada
pelas características de
a) comparabilidade e materialidade.
b) integridade e objetividade.
c) relevância e confiabilidade.
d) integralidade e neutralidade.
e) segurança e compreensibilidade.
57. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)
A realização de comparações entre informações e entre indicadores contábeis e a análise de
relações entre contas e de relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros são
procedimentos característicos
A) da inspeção física.
B) da observação.
C) da revisão analítica.
D) do recálculo.
E) da segregação de função.
58. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)
No início de suas atividades de auditoria em uma empresa, um auditor independente, após a
leitura dos manuais de utilização dos sistemas de compras da entidade, realizou
questionamentos sobre o regime de alçadas e acompanhou o uso desses sistemas na prática,
para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas. Ele solicitou a um
funcionário da empresa auditada que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada
estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro.
Nesse caso, o auditor realizou um teste
a) de apresentação e divulgação.
b) de controle.
c) de detalhes de saldos.
d) de detalhes de transações.

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e) substantivo.
59. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)
No que se refere à qualidade de uma evidência de auditoria, assinale a opção correta.
a) Um contrato de compra e venda digitalizado e recebido por email é mais confiável que o
mesmo documento recebido na via original em papel.
b) No caso de dúvida quanto à confiabilidade de determinada evidência de auditoria, o
auditor deve ampliar a amostra, excluir da seleção o item questionado e refazer os testes.
c) O conhecimento e a experiência do auditor sobre a área de atuação de um especialista da
administração não afetam a confiabilidade da informação prestada à auditoria.
d) O auditor deve avaliar a competência, habilidade e objetividade do especialista para
garantir a confiabilidade da evidência no caso de utilização de trabalho de especialista da
administração.
e) Uma resposta em reunião presencial a uma indagação feita por representação verbal de
membro da administração e o envio de uma resposta por email têm o mesmo nível de
confiabilidade.
60. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)
A empresa Ferragens S.A. mantém parte dos seus estoques guardada na empresa Armazéns
S.A. Ao auditar os estoques da Ferragens S.A., o auditor independente constatou a
necessidade de confirmação externa, porém a administração não permitiu o envio da
solicitação de confirmação.
Considerando-se essa situação hipotética e as normas vigentes de auditoria, é correto afirmar
que o auditor deverá
a) finalizar a realização do trabalho no momento da recusa da administração e emitir um
relatório de auditoria com ressalvas.
b) realizar procedimento de inspeção física na empresa Armazéns S.A., independentemente
de autorização da empresa auditada.
c) registrar os fatos nos papéis de trabalhos e emitir relatório de auditoria com abstenção de
opinião em relação aos estoques.
d) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de
auditoria relevante e confiável.
e) comunicar ao controle interno da empresa auditada que a ausência de informações será
utilizada como evidência para encerrar o trabalho.
61. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)
Com o objetivo de confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por meio de cartas
registradas, solicita as informações pertinentes às instituições bancárias das quais a empresa
auditada seja cliente. Nesse caso, o auditor realiza uma

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A) inspeção.
B) repetição.
C) circularização.
D) revisão analítica.
E) conciliação bancária.
62. (CESPE / PGE PE– 2019)
Acerca de auditoria em órgãos públicos, julgue o item subsequente.
Havendo inconsistência entre evidências de auditoria obtidas em fontes distintas, o auditor
deverá providenciar modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria necessários
para solucionar o assunto.
63. (CESPE / CGE CE– 2019)
Segundo a NBC TA 330, para detectar distorções relevantes no nível de afirmações, são
utilizados, entre outros, os procedimentos e testes que avaliam informações contábeis por
meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros e são
examinadas relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou difiram significativamente dos valores esperados.
Tais procedimentos ou testes são denominados
a) testes de controle.
b) testes de detalhes.
c) testes de observância.
d) procedimentos analíticos substantivos.
e) procedimentos de avaliação de riscos.
64. CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de uma não
conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados de auditoria.
Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o
item a seguir.
A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da quantidade da
evidência, enquanto a suficiência da auditoria está associada à qualidade da evidência.
65. (CESPE – Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)
A evidência circunstancial demonstra um fato que pode levar a outro fato e não é suficiente
para sustentar um achado.
66. (CESPE - Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio Especializado - 2018)

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À luz das Normas Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que


tratam do auditor independente e da auditoria independente de informação contábil
histórica, julgue o item subsequente.
A documentação de auditoria e a evidência de auditoria remetem ao mesmo conceito, ou
seja, ambas são constituídas por registros, documentos e outras informações que permitem a
obtenção de conclusões pelo auditor.
67. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA)/Controle Externo - 2018)
A categoria de relevância de determinada evidência encontrada pela auditoria depende da
a) objetividade do auditor na obtenção da evidência.
b) efetividade do sistema de controle interno.
c) obtenção da evidência por meio de documentos originais.
d) atuação direta do auditor na obtenção da evidência.
e) natureza dos procedimentos adotados para obter a evidência.
68. (CESPE – (Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018)
Cadeia de evidências composta por códigos, referências cruzadas e registros que conectam
saldos de contas e outros resultados a dados originais de transações é denominada
a) evidência relevante.
b) evidência apropriada.
c) trilha de auditoria.
d) papel de trabalho.
e) afirmação de auditoria.
69. (CESPE – CGM João Pessoa / Auditor Municipal de Controle Interno – 2018)
A respeito dos objetivos e dos procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue
o item a seguir.
O auditor, para tirar conclusões sobre a aplicação dos seus procedimentos, deverá considerar
o conjunto de evidências observando se tal conjunto é suficiente e adequado; entretanto, em
caso de análise quantitativa para conclusões em um relatório sem problemas a mencionar,
sendo suficiente esse conjunto, a suficiência será dispensável.
70. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) - 2018)
As evidências de auditoria possuem diferentes níveis de persuasão quanto à validação das
informações. Nesse sentido, no que se refere à fonte, o documento que fornece maior
segurança e confiabilidade é
a) a planilha de recálculo efetuado pelo auditor.
b) o relatório de observação física do auditor.

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c) o relatório de controle interno.


d) a nota fiscal eletrônica de fornecedor.
e) o extrato bancário fornecido pela empresa auditada.
71. (CESPE - Analista de Controle (TCE-PR) / Contábil - 2016)
Uma evidência de auditoria que tenha sido obtida comprovando-se a existência real de
recursos humanos, instalações, imóveis ou equipamentos é denominada evidência
a) analítica.
b) física.
c) testemunhal.
d) por confirmação de terceiros.
e) documental
72. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração - 2016)
Com relação ao que dispõem as Normas Técnicas de Auditoria (NBC–TA), julgue o próximo
item.
A qualidade da evidência de auditoria é medida pela sua suficiência, que é composta por
aspectos como a relevância e a confiabilidade da informação que dará suporte às conclusões
do auditor.
73. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Na execução de procedimentos de controle interno, um auditor
acompanhou os procedimentos adotados por um agente público municipal durante a
execução de uma operação. Em seu relatório, o auditor descreveu os referidos
procedimentos bem como analisou os riscos da ação executada pelo agente público.
Assertiva: Nessa situação, conclui-se que o auditor realizou uma revisão analítica.
74. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Inspeção consiste em verificar os registros das transações contábeis por meio da análise de
documentos e ativos tangíveis.
75. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Um auditor refez os cálculos de uma planilha para a correção monetária
de certa dívida municipal e, com o objetivo de averiguar as distorções encontradas, releu
alguns documentos a fim de confirmar os termos que poderiam ter afetado os cálculos
testados.

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Assertiva: Nessa situação, conclui-se que foi realizada uma revisão analítica para
complementar as conclusões do auditor sobre a conferência do cálculo.
76. (CESPE Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade/ Administrativa - 2017)
Ao examinar as demonstrações financeiras de uma entidade, o auditor verifica as relações
entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros simples, faz a análise
vertical das demonstrações, coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas
etc. Nesse caso, ao utilizar modelos matemáticos e estatísticos, como a análise de regressão,
o auditor adota o procedimento denominado
a) inspeção.
b) confirmação.
c) recálculo.
d) contagem.
e) revisão analítica.
77. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros
contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área,
circularização, conciliação e revisão analítica.
Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o
item seguinte.
Na revisão analítica, o auditor deve considerar a disponibilidade de informações, sua
relevância, confiabilidade e comparabilidade.
78. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros
contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área,
circularização, conciliação e revisão analítica.
Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o
item seguinte.
A circularização é a técnica utilizada para a obtenção de declaração formal e independente de
partes internas da área auditada.
79. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018)
O contador de determinada empresa considerou, equivocadamente, o valor bruto das vendas
de longo prazo, em vez do lucro dessas vendas, na apuração do valor da reserva de lucros a
realizar a ser registrado no patrimônio líquido da entidade. Uma auditoria independente nas
demonstrações contábeis identificou, além da referida distorção de registro, uma falsificação
de notas fiscais de saída, com a respectiva subtração indevida de estoques, o que gerou

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distorção no valor do ativo. Essas foram as únicas distorções encontradas nas demonstrações
contábeis.
Relativamente aos estoques, um procedimento correto a ser adotado pelo auditor na
situação apresentada no texto consistiria em
a) registrá-los pelo preço de compra somado aos impostos, a outros tributos (exceto os
recuperáveis) e aos custos de transporte.
b) verificar a existência de banco de dados de credores e de segregação de função entre os
setores de compra e orçamento.
c) proceder à contagem física ou à checagem do inventário físico.
d) permitir a continuidade das operações no estoque mesmo durante o inventário e a
contagem física.
e) registrá-los pelo custo de aquisição ou de fabricação, deduzido da provisão, para ajustá-lo
ao valor de mercado.
80. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) / 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
É vedado ao auditor utilizar a indagação oral, mesmo com o uso de questionários e a
realização de entrevistas com os funcionários da entidade auditada, para obter dados e
informações.
81. (CESPE – Analista de Controle (TCE-PR) / Contábil – 2016)
Assinale a opção correta, relativamente aos procedimentos analíticos em trabalhos de
auditoria.
a) Os procedimentos analíticos, em função do seu caráter detalhista, só devem ser aplicados
a pequenos volumes de transações.
b) Com o fim de evitar a ocorrência de algum viés em seu trabalho, nos procedimentos
analíticos o auditor deve desconsiderar o desempenho de entidades do mesmo setor de
atividade da entidade auditada.
c) A fim de manter a consistência do relatório, em cada auditoria realizada o auditor deve
selecionar um procedimento analítico único e específico para ser executado.
d) Os procedimentos analíticos que forem realizados por administradores da própria entidade
auditada deverão ser desprezados ou realizados novamente pelo auditor.
e) Nos procedimentos analíticos, podem-se incluir informações que se mostrem
contraditórias ou inconsistentes com outras informações relevantes ou que produzam valores
inesperados.
82. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração / Fiscalização / 2016)
Com relação aos instrumentos de fiscalização da auditoria bem como ao seu planejamento e
à sua execução, julgue o item seguinte.

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A circularização de contas a receber é um dos procedimentos mais adotados pelo auditor. O


pedido de confirmação positivo consiste em solicitar que o credor responda somente quando
a informação estiver correta.
83. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração - 2016)
No tocante às evidências de auditoria, julgue o próximo item.
Consideram-se ineptas como evidências para sustentar a opinião e o relatório do auditor
informações obtidas por profissionais especialmente contratados pela entidade, bem como
aquelas elaboradas especificamente para corroborar as afirmações de sua administração.
84. (CESPE - Contador (DPU) - 2016)
A respeito do planejamento dos trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro,
dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue o próximo item.
Nem sempre é necessário que o auditado responda aos pedidos de confirmação solicitados
pelo auditor.
85. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA)/Infraestrutura - 2018)
Os testes de auditoria que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e
validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da entidade são denominados
a) aprovações.
b) observância.
c) salvaguarda.
d) segregações.
e) substantivos.
86. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA) / Controle Externo - 2018)
Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a
a) existência dos componentes patrimoniais em determinada data.
b) existência e a efetividade dos controles internos.
c) ocorrência efetiva das transações contabilmente registradas.
d) conformidade entre os mecanismos de avaliação patrimonial e as normas.
e) existência de eventos ou itens patrimoniais não registrados.
87. (CESPE- Auditor (FUB) - 2013)
No que concerne aos testes e procedimentos de auditoria e à revisão analítica, julgue o item
que se segue.
O auditor, ao examinar as rotinas adotadas pelos servidores de um órgão e as comparar com
os manuais da organização e as suas normas de funcionamento, estará efetuando um teste
de observância.

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88. (CESPE – Analista Judiciário (TRE TO)/Contabilidade / Administrativa – 2017)


Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à auditoria interna, os
procedimentos de auditoria interna consistem em exames e investigações que
a) incluem testes de observância e testes substantivos, possibilitando ao auditor a obtenção
de subsídios para fundamentar as conclusões.
b) abrangem testes e processos desconhecidos de uso dos auditores externos, tal como a
confirmação.
c) abarcam testes substantivos distintos dos da auditoria independente, tais como inspeções
e investigações.
d) possuem finalidade e conceitos distintos dos da auditoria externa; consequentemente,
com resultados adversos.
e) utilizam testes com nomenclaturas conhecidas de uso dos auditores externos, como, por
exemplo, as inspeções, porém com conceitos e finalidades distintas.
89. (CESPE / TCU – 2015)
Com relação aos procedimentos necessários para a realização e a correta conclusão da
auditoria, julgue o item.
Caso considere que a avaliação da realização de determinado processo ou que a avaliação da
prestação de determinado serviço pela entidade auditada é essencial para a formação de sua
opinião, o auditor deve realizar uma inspeção física apropriada.
90. (CESPE - Auditor (FUB) - 2013)
No que concerne aos testes e procedimentos de auditoria e à revisão analítica, julgue o item
que se segue.
Uma das características da revisão analítica consiste na fixação de uma diferença máxima
aceitável entre os valores observados e os esperados, que pode ser expressa em valor
monetário, percentual, uma combinação de ambos ou, mais raramente, mediante o resultado
de modelos estatísticos mais sofisticados.
91. (CESPE - Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade/ Administrativa - 2010)
Com relação às normas de auditoria interna, julgue o item a seguir.
A obtenção de informações acerca dos assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da
auditoria interna exclui os testes substantivos nas avaliações das informações obtidas.
92. (VUNESP/ Pref. São Bernardo do Campo – Contador – 2018)
Na hipótese de o auditor possuir dúvidas a respeito da confiabilidade das informações a
serem utilizadas como evidência de auditoria ou na hipótese de a evidência de auditoria
obtida em uma fonte ser inconsistente com a obtida em outra, de acordo com a NBC TA 500,
deverá o auditor

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a) sempre considerar adequadas e suficientes as informações contidas nos registros


contábeis que suportam as demonstrações contábeis, desprezando informações obtidas de
outras fontes.
b) consultar especialista em contabilidade da administração com atribuição, no âmbito da
entidade, para auxiliá-la na elaboração das demonstrações contábeis.
c) classificar as informações conforme sua relevância e suficiência para os propósitos da
auditoria, com base em avaliação de riscos de distorção conforme a exatidão, a integridade, a
precisão e o detalhamento das informações, desprezando as menos consistentes.
d) deixar de documentar a inconsistência no livro de ocorrências de achados, a fim de não
interferir tampouco influenciar a conclusão final.
e) determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são
necessários para solucionar o assunto e deve considerar, se houver, o efeito desse assunto
sobre outros aspectos da auditoria.
93. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2018)
Quanto aos procedimentos de auditoria,
a) a inspeção consiste no exame de processos ou procedimento executados por outros.
b) a observação consiste no exame de registros e documentos, ou o exame físico de um ativo.
c) a reexecução envolve a execução, pelo auditor, independentemente de procedimentos e
controles.
d) a indagação é um procedimento que permite ao auditor obter informações com terceiros,
não pertencentes à entidade auditada.
e) a confirmação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento,
dentro ou fora da entidade.
94. (VUNESP/ PAULIPREV – Agente Previdenciário – 2018)
Propiciar a verificação periódica da exatidão dos registros contábeis e transferir para o
resultado as diferenças apuradas é objetivo do
a) levantamento físico.
b) tempo de reposição.
c) estoque mínimo.
d) giro de estoque.
e) controle de estoque.
95. (VUNESP/ ARSESP – Especialista em Regulação – Econômico Financeira – 2018)
Para fins das normas de auditoria, o termo _____________ significa avaliações de
informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e
não financeiros. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.

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a) teste substantivo
b) análise sintética
c) revisão
d) análise de risco
e) procedimento analítico
96. (VUNESP/ Pref. Registro – Contador – 2018)
Em consonância com as Normas Brasileiras de Contabilidade, especificamente ao se tratar de
procedimentos de auditoria independente (NBC TA 200), o auditor pode aceitar registros e
documentos como genuínos. Todavia, exige-se que o auditor considere a confiabilidade das
informações a serem usadas como evidências de auditoria. Em casos de dúvida a respeito da
confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude, as normas de auditoria
exigem que o auditor faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições
aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto. Dentre os
procedimentos adicionais para confirmação de saldo, é correto citar:
a) revisão analítica.
b) expedição da carta de representação da administração.
c) expedição de cartas de confirmações com terceiros – circularização.
d) obtenção de relatórios gerenciais.
e) amostragem aleatória.
97. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2015)
O auditor independente dos relatórios financeiros da Cia. Flor de Lis constatou em seus
trabalhos, por meio de carta endereçada a um cliente, que este já havia quitado uma
duplicata a pagar, ainda não baixada na escrituração contábil da entidade, e que um
investimento avaliado pela equivalência patrimonial estava registrado por um valor menor
que o correto por ter sido utilizada uma percentagem menor do que a participação da
companhia na investida. Os procedimentos adotados por esse auditor foram,
respectivamente:
a) inspeção e confirmação.
b) revisão analítica e observação.
c) inspeção e revisão analítica.
d) observação e cálculo.
e) confirmação e cálculo.
98. (VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014)
Para detectar e analisar situações anormais e significativas constatadas nas demonstrações
contábeis, mais precisamente nas contas do balanço patrimonial e da demonstração do

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resultado, bem como identificar áreas prioritárias ou áreas com problemas, onde, portanto,
deverá concentrar mais atenção, o auditor deverá
a) solicitar confirmação de saldos com terceiros e com a administração.
b) desenvolver exclusivamente programa de trabalho de testes alternativos.
c) aplicar procedimentos de revisão analítica.
d) aplicar testes documentais.
e) emitir circularização de saldos.
99. (VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014)
De acordo com a NBC TA 200, evidências de auditoria são:
a) as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões, em que se
baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros
contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações.
b) as informações explícitas ou implícitas que, para conseguir a apresentação adequada das
demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além
das especificamente exigidas pela estrutura.
c) as suficiências das evidências de auditoria na medida da quantidade da evidência de
auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do
auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência.
d) as informações utilizadas pelo auditor para adequar suas fundamentações em que se
baseia o seu relatório. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos pontos
de auditoria em decorrência da metodologia utilizada.
e) exigências da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações
contábeis. Espera-se que tais exigências mitiguem desvios em circunstâncias gerais de
auditoria.
100. (VUNESP/ Pref. São José do Rio Preto – Auditor Fiscal – 2014)
Testes de controle são procedimentos de auditoria que têm por objetivo
a) detectar distorções relevantes no nível de afirmações (declarações da administração da
entidade que estão incorporadas nas demonstrações contábeis).
b) produzir evidências de auditoria que sirvam para suportar ou fundamentar a opinião do
auditor em relação à adequação das demonstrações contábeis.
c) avaliar a existência de erros ou fraudes nos registros contábeis da entidade.
d) produzir evidências de que os ativos e passivos da entidade estão mensurados pelos seus
valores justos e se estes foram adequadamente estimados pela entidade auditada.
e) avaliar a efetividade operacional dos controles internos da entidade na prevenção ou
detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.

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101. (VUNESP/ TJ SP – Contador Judiciário – 2013)


Na Auditoria Interna, os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de
que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. A
respeito da aplicação de procedimentos de auditoria, o de obtenção de informações perante
pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da
entidade, refere-se aos procedimentos de
a) investigação e confirmação.
b) indagação e investigação.
c) inspeção e observação.
d) indagação e confirmação.
e) confirmação e observação.
102. (VUNESP/ SEFAZ SP – APOFP – 2013)
O acompanhamento, pelos auditores externos, do inventário físico de estoques de matéria-
prima, produtos em processo, produtos acabados e material auxiliar de uma indústria
metalúrgica em uma determinada data-base, para efeito da auditoria das demonstrações
contábeis, é um teste
a) de agregação.
b) substantivo.
c) analítico.
d) de observância.
e) de movimentação.
103. (VUNESP/ SEFAZ SP – APOFP – 2013)
O auditor, ao selecionar uma amostra de documentos relacionados às rubricas de despesas, a
fim de verificar ou atestar a existência e veracidade das despesas, valores corretos, bem com
sua contabilização, está cumprindo com um teste
a) substantivo.
b) de observância.
c) subjetivo.
d) de atestação.
e) analítico.
104. (VUNESP/ TJ SP – Contador Judiciário – 2011)
Os Testes que visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos
estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu
cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade, denominam-se

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a) Subjetivos.
b) Analíticos.
c) de Observância.
d) Substantivos.
e) de Inspeção.
105. (VUNESP/ TJM SP – Contador Judiciário – 2011)
Um dos importantes procedimentos de auditoria das demonstrações financeiras é a
confirmação de informações junto a terceiros, como é o caso da confirmação externa, ou
circularização. Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o
controle sobre as solicitações de confirmação externa, incluindo
I. determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas;
II. seleção da parte que confirma apropriada para confirmação;
III. asseguração de que foi utilizado um critério estatístico justo de amostragem quando a
seleção for realizada pelo cliente;
IV. definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão
devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas
diretamente ao auditor;
V. asseguração de que o envio da resposta de confirmação, quando a carta for recebida pelo
próprio cliente, foi realizado por intermédio dos correios;
VI. o envio das solicitações, incluindo o 2° pedido, quando aplicável, para a parte que
confirma.
Estão corretos apenas os itens
a) I, II, IV e VI.
b) I, III, IV e V.
c) II, IV, V e VI.
d) II, III, V e VI.
e) I, IV, V e VI.

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7. GABARITO

1. D 36. A 71. B
2. C 37. E 72. ERRADO
3. C 38. D 73. ERRADO
4. A 39. B 74. CERTO
5. D 40. A 75. ERRADO
6. C 41. E 76. E
7. C 42. A 77. CERTO
8. D 43. D 78. ERRADO
9. C 44. B 79. C
10. B 45. A 80. ERRADO
11. E 46. A 81. E
12. E 47. B 82. ERRADO
13. B 48. C 83. ERRADO
14. D 49. A 84. CERTO
15. E 50. CERTO 85. E
16. C 51. CERTO 86. B
17. C 52. ERRADO 87. CERTO
18. A 53. CERTO 88. A
19. A 54. CERTO 89. ERRADO
20. B 55. ERRADO 90. CERTO
21. D 56. C 91. ERRADO
22. B 57. C 92. E
23. E 58. B 93. ANULADA
24. C 59. D 94. A
25. ANULADA 60. D 95. E
26. D 61. C 96. C
27. A 62. CERTO 97. E
28. D 63. D 98. C
29. C 64. ERRADO 99. A
30. B 65. CERTO 100. E
31. C 66. ERRADO 101. A
32. D 67. E 102. D
33. E 68. C 103. A
34. E 69. ERRADO 104. C
35. E 70. D 105. A

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8. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS


1. (FGV / SEFAZ AM – 2022)
De acordo com a NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria, o auditor deve definir e executar
procedimentos que sejam apropriados às circunstâncias, com o objetivo de obter evidência
de auditoria
a) inédita e relevante.
b) tempestiva e relevante.
c) neutra e livre de erros.
d) apropriada e suficiente.
e) completa e verificável.
Comentários
Como vimos, o auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que sejam
apropriados às circunstâncias com o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente. As normas exigem que o auditor conclua se foi obtida evidência de auditoria
apropriada e suficiente. Nesse sentido, é questão de julgamento profissional do auditor
determinar se foi obtida evidência apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a
um nível aceitavelmente baixo.
Gabarito: “D”

2. (FGV / SEFAZ AM – 2022)


De acordo com a NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria, a maior parte do trabalho do
auditor para formar a sua opinião consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria.
Nesse sentido, em relação à indagação e suas respostas, assinale a afirmativa correta.
a) Devem ser formais e por escrito.
b) São utilizadas somente em pontos específicos da auditoria.
c) A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação.
d) As respostas às indagações devem fornecer informações convergentes com as obtidas pelo
auditor.
e) Costumam fornecer, sozinhas, evidências de auditoria suficientes sobre a ausência de
distorção relevante no nível da afirmação.
Comentários
Vejamos os comentários de cada assertiva:

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Letra A: ERRADA. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até
indagações orais informais.
Letra B: ERRADA. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros
procedimentos de auditoria.
Letra C: CERTA. É exatamente essa a previsão da NBC TA 500.
Letra D: ERRADA. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não
obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as
respostas podem fornecer informações significativamente divergentes das informações que o
auditor obteve, por exemplo, informações referentes à possibilidade da administração burlar
os controles. Em alguns casos, as respostas às indagações fornecem uma base para que o
auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria adicionais.
Letra E: ERRADA. Os procedimentos de auditoria para obter evidência de auditoria podem
incluir a inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução e procedimentos
analíticos, muitas vezes em combinação, além da indagação. Embora a indagação possa
fornecer importante evidência de auditoria e possa produzir evidência de distorção, a
indagação, sozinha, geralmente não fornece evidência de auditoria suficiente da ausência
de distorção relevante no nível da afirmação nem da eficácia operacional dos controles. Em
outros termos, a indagação produz evidência quanto à existência de distorção, porém
(geralmente) sozinha não é capaz de produzir evidência da ausência de distorção e nem
tampouco da eficácia dos controles.
Gabarito: “C”

3. (FGV / SEFAZ AM – 2022)


As evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas
conclusões. A medida da qualidade da evidência de auditoria é a adequação da evidência, de
modo que o fornecimento de suporte às conclusões em que se baseia a opinião do auditor
seja
a) relevante e neutra.
b) verificável e neutra.
c) relevante e confiável.
d) tempestivo e verificável.
e) confiável e tempestivo.
Comentários
Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto
é, a sua relevância e confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que se
fundamenta a opinião do auditor.
Gabarito: “C”

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4. (FGV / SEFAZ AM – 2022)


De acordo com a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, se os procedimentos analíticos
executados identificam flutuações ou relações que são inconsistentes com outras
informações relevantes ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o
auditor deve examinar essas diferenças por meio de
a) indagação à administração e da obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante
para as respostas da administração.
b) avaliação das informações obtidas por meio de estudos das relações plausíveis entre os
dados obtidos e os valores esperados.
c) verificação de procedimentos e controles que foram originalmente realizados como parte
do controle interno da entidade.
d) revisão do trabalho executado, reaplicação dos procedimentos efetuados anteriormente e
investigação das flutuações identificadas que se desviem significativamente dos valores
previstos.
e) obtenção de confirmação externa, representada por evidência de auditoria obtida pelo
auditor como resposta escrita de terceiro ao auditor, em forma escrita ou eletrônica.
Comentários
Conforme a NBC TA 520, se os procedimentos analíticos executados identificam flutuações ou
relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem dos
valores esperados de maneira significativa, o auditor deve examinar essas diferenças por
meio de:
(a) indagação à administração e obtenção de evidência de auditoria apropriada e relevante
para as respostas da administração; e
(b) aplicação de outros procedimentos de auditoria conforme necessário nas circunstâncias.
Gabarito, portanto, letra A.
A letra B diz respeito ao procedimento analítico, porém trata de sua definição – e não do que
o enunciado pergunta. A letra C versa sobre a reexecução. A letra E está relacionada à
confirmação externa.
A letra D também se refere ao procedimento analítico, porém está fora de contexto (não
responde ao que se pergunta no enunciado). Segundo a NBC TA 500, os procedimentos
analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos.
Gabarito: “A”

5. (FGV / CGU – 2022)

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Uma entidade que constrói e opera ferrovias contratou a empresa X para avaliar seus bens
imóveis. Já a empresa Y é especializada na publicação de informações sobre riscos do setor
de infraestrutura e suas publicações foram consideradas pela entidade na elaboração das
divulgações de risco.
O auditor considerou de grande importância os trabalhos dessas empresas para os propósitos
da auditoria e, portanto, deve:
(A) considerar que as empresas X e Y são fontes de informações externas à entidade;
(B) considerar que a habilidade da empresa X pode ser ameaçada em decorrência de possível
familiaridade com a entidade;
(C) considerar que a localização geográfica e a disponibilidade de tempo da empresa X para
execução do contrato podem reduzir sua competência;
(D) obter entendimento do trabalho da empresa X e avaliar se as premissas e os métodos
usados pela empresa são geralmente aceitos na área;
(E) avaliar a relevância e a confiabilidade das informações obtidas da empresa X, além da
competência, habilidade e objetividade da empresa Y.
Comentários
Apesar de não deixar claro, parece-nos que apenas a empresa X pode ser considerada
especialista da administração. A empresa Y é considerada, nesse caso, fonte de informações
externa. Veja que X foi contrata, especificamente, pela entidade, enquanto Y produz
informações, de forma ampla, para todo setor de infraestrutura.
Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em uma área,
que não Contabilidade ou Auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é utilizado
pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis (no caso em tela, na
avaliação de bens imóveis)
Segundo a NBC TA 500, se as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria
forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração, o auditor deve –
dentre outros – obter entendimento do trabalho do especialista. Aspectos da área de atuação
do especialista da administração relevantes para o entendimento do auditor podem incluir –
dentre outros – quais premissas e métodos são utilizados pelo especialista da administração e
se eles são geralmente aceitos na área do especialista e apropriados para fins de
demonstrações contábeis.
Nesse sentido, o melhor gabarito é a letra D. Vejamos as demais:
A: ERRADA. A empresa X foi contratada pela entidade como especialista. Segundo a NBC TA
500, uma organização externa não pode, com relação a qualquer conjunto de informações
específico, ser fonte de informações externa e especialista da administração ao mesmo
tempo.
B: ERRADA. É a objetividade (e não a habilidade) do especialista que pode ser ameaçada em
decorrência de familiaridade com a entidade. As habilidades relacionam-se com a capacidade

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do especialista da administração para exercer essa competência nas circunstâncias. A


objetividade relaciona-se com os possíveis efeitos que tendenciosidades, conflitos de
interesse ou influência que outros possam ter sobre o julgamento profissional ou de negócios
do especialista da administração.
C: ERRADA. A localização geográfica e a disponibilidade de tempo e de recursos podem afetar
a habilidade do especialista (e não a competência). As habilidades relacionam-se com a
capacidade do especialista da administração para exercer essa competência nas
circunstâncias. Fatores que influenciam as habilidades podem incluir, por exemplo, a
localização geográfica e a disponibilidade de tempo e recursos.
E: ERRADA. O auditor deve considerar a relevância e a confiabilidade das informações obtidas
de fonte de informações externa (empresa Y) e a competência, habilidade e objetividade de
um especialista da administração (empresa X).
Gabarito: “D”

6. (FGV / TCE PI – 2021)


Durante um trabalho de auditoria, o responsável pela equipe, após analisar as competências
de cada um, atribuiu a um dos componentes da equipe o procedimento técnico de inspeção
que deve ser aplicado para:
a) acompanhar a execução de processos;
b) conferir a exatidão de cálculos;
c) examinar o conteúdo de documentos;
d) obter informações com terceiros;
e) verificar o comportamento de valores extremos.
Comentários
Inspeção é o exame de registros e documentos, bem como o exame físico de um ativo.
Pelo exposto, nosso gabarito só pode ser a letra C.
As demais assertivas dizem respeito a outras técnicas de auditoria. Letra A (observação), letra
B (recálculo ou conferência de cálculo), letra D(circularização) e letra E (revisão analítica).
Gabarito: “C”

7. (FGV / TCE PI – 2021)


Durante um trabalho de auditoria, um auditor executou um procedimento para avaliar se a
atividade de recepção e conferência de itens adquiridos para estoque era realizada por um
funcionário adequado.
O procedimento executado pelo auditor foi um teste:
a) de abrangência;

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b) de inspeção;
c) de observância;
d) de revisão analítica;
e) documental.
Comentários
Em questões como essa, podemos ser exigidos quanto ao conhecimento das categorias em
que se dividem os testes e procedimentos (testes de observância, testes substantivos etc.) ou
quanto ao conhecimento das técnicas específicas (inspeção, observação, circularização etc.).
Quando o enunciado diz: “auditor executou um procedimento para avaliar se a atividade de
recepção e conferência de itens adquiridos para estoque era realizada por um funcionário
adequado”, podemos estar diante da técnica da observação (exame de processo ou
procedimento executado por outros), bem como do teste de observância (o funcionário da
entidade, encarregado da recepção e conferência do estoque, é um caso clássico de controle
interno). Como não temos “observação” nas assertivas, resta-nos a letra C como gabarito.
Reforçando nosso entendimento inicial, no caso em tela, o auditor deseja obter evidência
quanto ao efetivo funcionamento de um controle interno da entidade (o funcionário
desempenhando a função de recepção e conferência). Esse é o escopo do teste de
observância (ou teste de controle).
Gabarito: “C”

8. (FGV / TCE PI – 2021)


Em um trabalho de auditoria, um auditor precisou solicitar informações a um fornecedor da
entidade auditada. A solicitação indicava a necessidade de uma resposta, em concordância
ou não com o conteúdo informado.
Esse procedimento corresponde a uma:
a) confirmação externa;
b) circularização aberta;
c) circularização fechada;
d) solicitação de confirmação positiva;
e) solicitação de confirmação negativa.
Comentários
Palavras chave do enunciado: “auditor solicita informações a um fornecedor”, ou seja, a um
terceiro de fora da entidade – trecho nos remete à confirmação externa ou circularização;
“solicitação indicava necessidade de resposta, em concordância ou não” – trecho nos remete
à confirmação externa do tipo positiva (que é aquela em que uma resposta sempre é exigida,
independente de concordância ou discordância da parte que confirma).

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A letra A poderia ser o gabarito se não tivéssemos uma mais apropriada (letra D).
Confirmação aberta ou fechada, nesse caso, pode estar remetendo – respectivamente – aos
conceitos de confirmação positiva em branco ou em preto. Confirmação em branco é aquela
que não fornece os valores ou informações a confirmar. Confirmação em preto é a que
fornece, a priori, os valores e informações a serem confirmados.
Gabarito: “D”

9. (FGV / TCE AM – 2021)


A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste substantivo nos trabalhos de
auditoria, e uma das suas características é que:
a) é limitada pela complexidade da estrutura das demonstrações contábeis;
b) não é aplicável para fins comparativos com os trabalhos de anos anteriores;
c) pode ser aplicada no planejamento, execução e revisão do trabalho de auditoria;
d) se aplica à avaliação da qualidade dos controles internos;
e) utiliza as técnicas de aplicação de questionários e entrevistas.
Comentários
A revisão analítica, também conhecida como procedimento analítico ou procedimento
analítico substantivo, consiste – basicamente – em fazer comparações de informações
contábeis e financeiras da entidade com períodos anteriores, com resultados previstos, tais
como orçamentos ou previsões e expectativas do auditor, ou ainda com informações de
entidades do mesmo setor de atividade. (ISSAI 1520; ISA/NBC TA 520).
A técnica pode incluir informações financeiras ou não financeiras, tais como: a relação entre
o valor orçado e o executado ou a relação entre o nível de execução física e financeira do
orçamento; a receita tributária e o crescimento econômico; a despesa previdenciária e o
número de beneficiários; a despesa com inativos e o número de inativos, dentre outros. Os
procedimentos analíticos mais básicos são as análises verticais e horizontais das contas
contábeis que compõem as demonstrações financeiras, bem como de contas selecionadas
para averiguação da evolução ou desdobradas para avaliação da composição.
Procedimentos analíticos realizados na fase de planejamento como procedimentos de
avaliação de risco podem identificar aspectos da entidade que o auditor não tinha
conhecimento, auxiliando-o na avaliação de risco de erros relevantes ao identificar a
existência de transações ou eventos, valores, índices e tendências não usuais que possam
indicar assuntos com implicação para a auditoria. As relações não usuais ou inesperadas
identificadas podem auxiliar o auditor na identificação de riscos de distorção relevante,
especialmente riscos de distorção relevante por fraude (ISSAI 1315; ISA/NBC TA 315).
Pelo exposto, percebe-se que a revisão analítica (ou os procedimentos analíticos) pode ser
usada tanto no planejamento (conforme visto acima), quanto na execução (em regra os
testes e procedimentos de auditoria são aplicados nesta fase), bem como na revisão do

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trabalho. Trata-se de procedimento de escopo muito amplo, conforme vimos acima, que
pode ser utilizado em qualquer fase dos trabalhos. Logo, nosso gabarito é a letra C.
Vejamos os comentários das demais assertivas:
A: ERRADA. Não há essa limitação. As análises verticais e horizontais das demonstrações
financeiras são formas básicas de aplicação do procedimento.
B: ERRADA. A análise de flutuações, como por exemplo a comparação do ano corrente com
anteriores, está na essência da aplicação da revisão analítica.
D: ERRADA. Essa, em minha opinião, é mais difícil. Entendo que o examinador quis associar
essa assertiva com os testes de observância (ou de controle). Lembre-se que os
procedimentos analíticos substantivos (ou a revisão analítica) fazem parte dos testes
substantivos.
E: ERRADA. Quem usa questionários e entrevistas é a indagação, também conhecida como
entrevista ou inquérito.
Gabarito: “C”

10. (FGV / PGE RO – 2015)


A realização do trabalho de auditoria considera procedimentos e técnicas previamente
definidos na fase de planejamento. A Resolução CNJ nº 171/2013 apresenta algumas técnicas
comumente utilizadas a partir do Programa de Auditoria. A técnica em que o auditor requer
informações de terceiros com a indicação de quantitativos ou valores no texto da requisição,
com prazo para resposta, é:
a) correlação entre informações obtidas;
b) circularização positiva em preto;
c) circularização positiva em branco;
d) circularização negativa em branco;
e) revisão analítica.
Comentários
A Resolução CNJ nº 171/2013 define circularização como sendo “a técnica que se obtém
informações com a finalidade de confrontar declarações de terceiros com os documentos
constantes do escopo da auditoria, de natureza formal”, classificando-a em três tipos:
a) positiva em branco – solicitação de informações a terceiros sem registro de quantitativos
ou valores no texto da requisição e com prazo para resposta;
b) positiva em preto – solicitação de informações a terceiros com a indicação de
quantitativos ou valores no texto da requisição e com prazo para resposta; e
c) negativa – comunicação de informações a terceiros com ou sem indicação de quantitativos
e valores no texto da comunicação e com referência a dispensa de resposta no caso de
concordância dos termos informados.

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Pelo exposto, nosso gabarito é a letra B.


Gabarito: “B”

11. (FGV / TJ RO – 2015)


As técnicas de auditoria constituem um conjunto de processos e ferramentas operacionais
destinadas à obtenção de evidências, as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e
úteis para conclusão dos trabalhos. Quando um auditor necessita verificar se determinadas
atividades e operações estão sendo executadas conforme os padrões preestabelecidos, uma
técnica recomendada é o (a):
a) corte das operações;
b) indagação oral;
c) rastreamento;
d) revisão analítica;
e) teste flagrante.
Comentários
O enunciado afirma que o auditor quer verificar se determinadas atividades e operações
estão sendo executadas conforme os padrões preestabelecidos. A primeira técnica que vem a
mente, portanto, é a observação. Ocorre que não há essa opção dentre as assertivas.
Precisamos saber que, segundo a IN nº01/SFCI/2001, a observação das atividades e
condições consiste na verificação das atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes,
com a finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma seriam de
difícil constatação.
O normativo supracitado nos ensina, ainda, que os elementos da observação são:
a) a identificação da atividade específica a ser observada;
b) observação da sua execução;
c) comparação do comportamento observado com os padrões; e
d) avaliação e conclusão.
Portanto, testes flagrantes têm correlação com técnica de observação.
Vejamos o significado das demais técnicas mencionadas:
a) corte das operações ou “cut-off” - corte interruptivo das operações ou transações para
apurar, de forma seccionada, a dinâmica de um procedimento. Representa a “fotografia” do
momento-chave de um processo.
b) indagação oral: uso de entrevistas e questionários junto ao pessoal da unidade/entidade
auditada, para a obtenção de dados e informações.

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c) rastreamento: investigação minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades,


órgãos e procedimentos interligados, visando dar segurança à opinião do responsável pela
execução do trabalho sobre o fato observado.
d) revisão analítica é a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos. Em outros termos, analisa atipicidades.
Gabarito: “E”

12. (FGV / SEFAZ RJ – 2011)


A tarefa de traduzir conceitos abstratos em variáveis mensuráveis, definindo indicadores
apropriados, é indispensável para que se possa medir o alcance dos objetivos perseguidos
pela administração.
As informações coletadas e usadas para dar suporte aos achados de auditoria de
desempenho operacional ou de avaliação de programa são consideradas evidências e podem
assumir as diferentes formas. Nesse sentido, é INCORRETO afirmar que a evidência
a) física diz respeito a dados coletados a partir da observação direta, podendo ser
representados por fotografias, mapas, gráficos ou outras representações pictográficas.
b) oral compreende declarações geralmente obtidas em entrevistas ou pesquisas com
usuários ou beneficiários da iniciativa governamental, bem como com especialistas, gestores
ou membros da equipe técnica encarregada.
c) documental refere-se a dados registrados em papel ou meio magnético (em geral, os mais
empregados em trabalhos de auditoria).
d) analítica contempla informações geradas a partir de outras evidências, geralmente
envolvendo cálculos, comparações ou sínteses.
e) especial é aquela a partir de apuração de fraudes em entidades da mesma natureza, com
foco nos testes substantivos para mapeamento do sistema de controle interno.
Comentários
As evidências podem ser classificadas em quatro tipos (ISSAI/Apêndice 3, 2004):
a) física - observação de pessoas, locais ou eventos. Pode ser obtida por meio de fotografias,
vídeos, mapas. Evidências físicas costumam causar grande impacto. A fotografia de uma
situação insalubre ou insegura, por exemplo, pode ser mais convincente que uma longa
descrição;
b) documental - é o tipo mais comum de evidência. Pode estar disponível em meio físico ou
eletrônico/magnético. É obtida de informações já existentes, tais como ofícios, memorandos,
correspondências, contratos, extratos, relatórios. É necessário avaliar a confiabilidade e a
relevância dessas informações com relação aos objetivos da auditoria;
c) testemunhal (ou oral) - obtida por meio de entrevistas, grupos focais, questionários. Para
que a informação testemunhal possa ser considerada evidência, e não apenas

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contextualização, é preciso corroborá-la, por meio de confirmação por escrito do


entrevistado ou existência de múltiplas fontes que confirmem os fatos;
d) analítica - obtida por meio de análises, comparações e interpretações de dados e
informações já existentes. Este trabalho pode envolver análise de taxas, padrões e
tendências, normalmente por meio de processamento computacional. É o tipo de evidência
mais difícil de obter.
Pelo exposto, percebe-se que não existe a classificação da evidência “especial”, de maneira
que nosso gabarito é a letra E.
As demais assertivas estão alinhadas aos conceitos expostos acima.
Gabarito: “E”

13. (FGV / DPE RJ – 2019)


Uma das finalidades do trabalho do auditor interno é obter informações sobre os assuntos
relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna.
Entre outras qualidades, as informações obtidas precisam ser relevantes, o que ocorre
quando a informação:
a) auxilia a entidade a atingir suas metas;
b) dá suporte às conclusões e às recomendações da auditoria interna;
c) é confiável e propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das
técnicas de auditoria interna;
d) é factual e convincente, de modo que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la
assim como um auditor interno;
e) é obtida mediante a aplicação de procedimentos da auditoria interna, incluindo testes
substantivos.
Comentários
As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de
“evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer
base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade.
Informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria
Interna. Assertiva correta, portanto, é a letra B. A letra A trata da informação útil, a letra C da
informação adequada, a letra D da informação suficiente.
Gabarito: “B”

14. (FGV / DPE RJ – 2019)


Durante o planejamento do trabalho de auditoria, um auditor verificou a necessidade de
analisar a forma pela qual os funcionários da entidade auditada realizam a contagem anual de

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estoques, e de examinar, por amostragem, certos itens do estoque para avaliar a condição
em que eles se encontram.
Os procedimentos de auditoria indicados nesse caso são, respectivamente:
a) entrevista e conferência;
b) indagação e inspeção;
c) indagação e rastreamento;
d) observação e inspeção;
e) observação e conferência.
Comentários
Quando o auditor acompanha a contagem física de estoque (inventário) feita por
funcionários da entidade (outros que não o próprio auditor), estamos diante do
procedimento da Observação. Já quando o auditor faz (ele próprio) um exame físico de um
ativo tangível, estamos diante do procedimento de Inspeção.
Gabarito: “D”

15. (FGV / MPE AL – 2018)


Os testes de auditoria analisam um elemento selecionado para determinar se um objetivo
específico de auditoria foi ou não alcançado.
Nesse sentido, o teste substantivo
a) verifica e comprova a regularidade na aplicação das normas.
b) deve certificar a confiabilidade e a adequação dos procedimentos do sistema de controles
internos.
c) obtém provas suficientes sobre as transações e saldos, se são reais e se pertencem ao ente
público.
d) procura avaliar se as estimativas foram realizadas de modo correto.
e) busca comprovar a validade e a propriedade material do tratamento de eventos e
transações pelo ente público.
Comentários
Os testes substantivos são aqueles que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e VALIDADE dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade (ou
ainda, seus eventos e transações).
Pelo exposto, a assertiva que mais tem relação com o conceito dos testes substantivos é a
letra E (nosso gabarito). As demais assertivas estão associadas aos Testes de Observância,
uma vez que estão correlacionadas a algum princípio de CONTROLE interno. Senão vejamos:
a) verifica e comprova a regularidade na aplicação das normas. Está sendo atendido o
princípio de controle interno “aderência a diretrizes e normas legais” – o controle interno

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administrativo deve assegurar observância às diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e


procedimentos administrativos, e que os atos e fatos de gestão sejam efetuados mediante
atos legítimos, relacionados com a finalidade da unidade/entidade.
b) deve certificar a confiabilidade e a adequação dos procedimentos do sistema de controles
internos. Exemplo clássico da aplicação dos testes de observância.
c) obtém provas suficientes sobre as transações e saldos, se são reais e se pertencem ao ente
público. Veja que não estão sendo analisadas as transações e saldos em si, mas provas sobre
elas. Nesse caso, está sendo verificado o princípio de controle interno “controles sobre as
transações” - é imprescindível estabelecer o acompanhamento dos fatos contábeis,
financeiros e operacionais, objetivando que sejam efetuados mediante atos legítimos,
relacionados com a finalidade da unidade/entidade e autorizados por quem de direito.
d) procura avaliar se as estimativas foram realizadas de modo correto. Nesse caso, também
está sendo atendido o princípio de controle interno “controles sobre as transações”.
Gabarito: “E”

16. (FGV / ALERJ – 2017)


Um dos esforços do trabalho do auditor consiste em buscar evidências que possam
fundamentar suas conclusões sobre as demonstrações contábeis. As evidências podem ser
relacionadas à finalidade para a qual são colhidas ou à sua natureza.
As evidências relacionadas à natureza correspondem a provas que servem para validar os
registros contábeis.
Dos exemplos a seguir, o que NÃO constitui evidência quanto à natureza é:
a) constatação de existência física de bens;
b) declaração de fontes verbalmente consultadas;
c) incapacidade financeira de pagar credores no vencimento;
d) eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis;
e) documentos comprobatórios da legitimidade de transações.
Comentários
A doutrina estabelece que, para melhor conhecer os diferentes tipos de evidências, os
auditores classificam-nas inicialmente em dois grupos: evidências quanto à finalidade e
evidências quanto à natureza. A questão aborda exemplos de evidências de auditoria
relacionadas à natureza.
Crepaldi, em sua obra, na versão digital, “Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São
Paulo: Atlas, 2016,p. 16/195” explicita que:
1.2.1 Evidência quanto à natureza:
[...]

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No decorrer do processo de obtenção de evidências, o auditor poderá encontrar os seguintes


tipos de provas, que servem para validar os registros contábeis:
- Constatação da existência física de bens, pessoalmente, pelo auditor; [Alternativa “a”]
- Declaração de fontes consultadas, verbal ou formalmente escrita; [Alternativa “b”]
- Repetição, pelo auditor, dos cálculos que produziram situações ou resultados;
- Documentos que comprovem a legitimidade das transações, elaboradas internamente, ou
preparados por fonte externa à empresa; [Alternativa “e”]
- Correlacionamento dos dados examinados;
- Procedimentos de controle interno;
- Acontecimentos posteriores à data das demonstrações contábeis. [Alternativa “d”]
Dessa forma, o único exemplo que não consta no rol acima é a incapacidade financeira de
pagar credores no vencimento (letra C). Esse é um exemplo de evidência quanto à finalidade,
especificamente sobre a continuidade.
Gabarito: “C”

17. (FGV / TJ PI – 2015)


Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria apropriada e
suficiente:
a) decorre apenas dos registros contábeis da entidade;
b) não deve se basear em auditorias anteriores;
c) pode decorrer de ausência de informações;
d) pode ser obtida a partir da indagação;
e) tem natureza não cumulativa.
Comentários
A ausência de informações, em alguns casos, é utilizada pelo auditor e, portanto, também
constitui evidência de auditoria (gabarito letra C). Exemplo disso é quando a administração se
recusa a fornecer uma representação solicitada. Ora, nesse caso, o auditor já pode
“desconfiar” de alguma irregularidade.
A evidência de auditoria, que inclui informações contidas nos registros contábeis além de
outras informações (letra A errada), é necessária para fundamentar a opinião e o relatório do
auditor. Ela tem natureza cumulativa (letra E errada) e é obtida principalmente a partir dos
procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho. Contudo, ela também
pode incluir informações obtidas de outras fontes, como auditorias anteriores (letra B errada)
(ou procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para aceitação e
continuidade de clientes.

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A letra D, considerada errada pela banca, em nosso entendimento está mal formulada. É que
a indagação pode fornecer importante evidência de auditoria, podendo produzir
especificamente evidência de distorção (considerando apenas esse entendimento, a assertiva
estaria correta). No entanto, a indagação, sozinha, não produz evidência da AUSÊNCIA de
distorção relevante no nível da afirmação e nem tampouco da eficácia operacional dos
controles.
Percebe-se então que a indagação, aplicada isoladamente, não é suficiente para a conclusão
do auditor, uma vez que não pode assegurar ausência de distorções relevantes e nem a
eficácia operacional dos controles.
Gabarito: “C”

18. (FGV / CGE MA – 2014)


A respeito da evidência de auditoria, assinale a afirmativa incorreta.
a) A confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes internas
dentro da entidade.
b) A confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os
controles relacionados são efetivos, incluindo os controles, impostos pela entidade, sobre sua
elaboração e manutenção.
c) A evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável do que a
evidência de auditoria obtida indiretamente ou por inferência.
d) A evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro
tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente.
e) A evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a
evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram
filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica.
Comentários
Há uma série de generalizações que podem ser feitas a respeito da confiabilidade da
evidência de auditoria. Uma delas nos diz que a confiabilidade da evidência de auditoria é
maior quando ela é obtida de fontes independentes fora da entidade (e não fontes internas).
Letra A, portanto, está errada (nosso gabarito).
As demais assertivas apresentam de forma correta algumas das generalizações a respeito da
confiabilidade da evidência de auditoria.
Gabarito: “A”

19. (FCC / ALAP – 2020)


As evidências de auditoria não devem suscitar dúvidas quanto à sua confiabilidade. Desse
modo,

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a) se as respostas obtidas da administração, do controle interno ou de outras fontes forem


inconsistentes entre si, torna-se possível a conclusão de que um item individual da evidência
de auditoria não é confiável.
b) o trabalho de auditoria deve se pautar por uma única fonte para cada fato, pois a
pluralidade de fontes redunda inevitavelmente em inconsistências.
c) se o trabalho de auditoria basear-se em apenas uma fonte de informações, então a
existência de distorção relevante deve ser presumida.
d) se as respostas obtidas da administração, do controle interno ou de outras fontes forem
consistentes entre si, torna-se possível a conclusão de que as evidências não são confiáveis.
e) o trabalho de auditoria deve se pautar apenas por fontes documentais, pois a
confiabilidade delas é inquestionável.
Comentários
A NBC TA 500 nos ensina que, se a evidência de auditoria obtida em uma fonte é
inconsistente com a obtida em outra; ou se o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade
das informações a serem utilizadas como evidência, ele deve determinar quais modificações
ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto e
deve considerar o efeito desse assunto, se houver, sobre outros aspectos da auditoria.
Nesse contexto, a norma complementa – no item A57 – o seguinte: a obtenção de evidência
de auditoria de fontes diferentes ou de natureza diferente pode indicar que um item
individual da evidência de auditoria não é confiável, como quando a evidência de auditoria
obtida em uma fonte é incompatível com a evidência obtida em outra. Pode ser esse o caso,
por exemplo, quando respostas a indagações junto à administração, auditoria interna e
outros são inconsistentes ou quando respostas a indagações feitas aos responsáveis pela
governança para corroborar as respostas às indagações feitas à administração forem
inconsistentes com a resposta da administração.
Pelo exposto, percebe-se que a letra A está correta. O raciocíonio é o seguinte: se há
evidências inconsistentes entre si, isso é um indicativo de que uma dessas evidências –
tomada individualmente – não é confiável!
Vejamos os comentários das demais assertivas:
Letra B – ERRADA. Anteriormente, dissemos que a obtenção de evidência de diferentes
fontes pode indicar que um item individual não é confiável. Isso significa – tão somente –
que, havendo confronto de mais de uma evidência, é natural que um dos itens da evidência
não seja confiável. Esse entendimento não significa que a auditoria não deva buscar a
pluralidade de fontes (ou natureza) de evidências. É justamente o contrário. A NBC TA 500
nos ensina que, geralmente, obtém-se mais segurança com evidência de auditoria
consistente obtida a partir de fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de
itens de evidência de auditoria considerados individualmente. Por exemplo: informações
corroborativas obtidas de uma fonte independente da entidade podem aumentar a
segurança que o auditor obtém da evidência de auditoria gerada internamente, tais como a

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evidência existente em registros contábeis, minutas de reuniões ou representação da


administração.
Letra C – ERRADA. Não há previsão normativa, nem tampouco doutrinária, para esse tipo de
presunção. É verdade que, geralmente, obtém-se mais segurança com evidência de auditoria
consistente obtida a partir de fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de
itens de evidência de auditoria considerados individualmente. Isso não elimina o fato de que
pode haver situações em que o auditor dispõe de apenas uma fonte para obtenção de
evidências.
Letra D – ERRADA. Quando as respostas a indagações junto à administração, auditoria interna
e outros são inconsistentes (e não consistentes, como diz a assertiva), isso pode indicar que
um item individual da evidência de auditoria (e não as evidências como um todo, como diz a
assertiva) não é confiável. Quando as evidências de diferentes fontes são consistentes entre
si, isso indicaria que são mais seguras, ou confiáveis.
Letra E – ERRADA. Não se pode afirmar, em sentido amplo, que a confiabilidade de evidências
documentais é inquestionável. O que podemos afirmar, ou generalizar, é que evidências
obtidas em forma de documentos são mais confiáveis do que as obtidas verbalmente.
Gabarito: “A”

20. (FCC / ALAP – 2020)


A NBC TA 505 define confirmação externa como sendo a
a) solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor, indicando se
concorda ou discorda das informações na solicitação.
b) evidência de auditoria obtida como resposta de um terceiro, por escrito, direta para o
auditor.
c) solicitação de que a parte que confirma responda diretamente ao auditor, somente se
discorda das informações fornecidas na solicitação.
d) evidência de que a parte que confirma não responde, ou não responde de maneira
completa, a uma solicitação de confirmação positiva.
e) resposta que indica uma diferença entre as informações para as quais se solicitou
confirmação ou diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela
parte que confirma.
Comentários
Confirmação externa, nos termos da NBC TA 505, é a evidência de auditoria obtida como
resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no
formato eletrônico ou outro meio.
Percebe-se, portanto, que o gabarito é a letra B.
Analisando as demais assertivas:

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A: ERRADA. Essa é a confirmação externa do tipo positiva ou, simplesmente, solicitação de


confirmação positiva.
C: ERRADA. Essa é a confirmação externa do tipo negativa ou, simplesmente, solicitação de
confirmação negativa.
D: ERRADA. Esse é o conceito de resposta não recebida.
E: ERRADA. Esse é o conceito de exceção.
Gabarito: “B”

21. (FCC / ISS Manaus – 2019)


A suficiência da evidência de auditoria
a) ou é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, ou pela avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante, nunca ambos.
b) é afetada pela qualidade da evidência de auditoria, mas não pela avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante.
c) não é afetada nem pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, nem pela
qualidade da evidência de auditoria.
d) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela
qualidade da evidência de auditoria.
e) é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante, mas não pela
qualidade da evidência de auditoria.
Comentários
Nos termos da NBC TA 200(R1), a suficiência (medida de quantidade da evidência) é afetada
pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da
evidência de auditoria.
Quanto mais “arriscada” uma situação, mais evidência o auditor deve obter para se precaver.
Ao mesmo tempo, quanto melhor a qualidade, menos evidência pode ser necessária. A
recíproca, no entanto, nem sempre é verdadeira, ou seja, a obtenção de mais evidência de
auditoria pode não compensar a sua má qualidade.
Gabarito: “D”

22. (FCC / SEFAZ BA – 2019)


De acordo com a NBC TA 200 R1, as evidências de auditoria
a) constituem um grupo de informações, dados e fatos, de cunho público e notório, cujo
conhecimento, em princípio, é compartilhado pela comunidade que interage com a entidade
auditada e que, por isso mesmo, dispensa referência e juntada de suporte documental
próprio.

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b) são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as conclusões em que se


baseia a sua opinião, sendo que as informações contidas nos registros contábeis subjacentes
às demonstrações contábeis estão incluídas nas evidências de auditoria.
c) representam um grupo de informações, dados e fatos de conhecimento público e
obrigatório por todas as pessoas, naturais ou jurídicas, que interagem com a entidade
auditada e que, por isso mesmo, dispensa a juntada de suporte documental próprio, mas não
a devida referência, quando for o caso.
d) são todos os elementos, materiais e imateriais, que não precisam ser juntados ao relatório
de auditoria, em razão de sua existência, veracidade de conteúdo e confiabilidade terem
ficado evidenciadas nos papéis de trabalho apresentados e compilados.
e) são todas as informações, dados e fatos evidentes, isto é, elementos que falam por si
mesmos, e que não suscitam qualquer tipo de controvérsia.
Comentários
Questão mais que tranquila. Evidências são o conjunto probatório que fundamentam a
opinião do auditor, ou seja, as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar as
conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências incluem as informações contidas
nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis, além de outras
informações.
Gabarito: “B”

23. (FCC / SANASA – 2019)


As evidências de auditoria devem ser apropriadas e suficientes. Dessa forma é de
responsabilidade do Auditor a execução de procedimentos de auditoria apropriados a cada
circunstância em seu cotidiano profissional, tendo como objetivo a obtenção de evidências
adequadas e suficientes. NÃO é um procedimento para obtenção de evidências de auditoria:
a) Procedimento de Avaliação de riscos.
b) Testes de Controle.
c) Procedimentos Substantivos.
d) Testes de detalhe.
e) Procedimentos de Avaliação de retorno.
Comentários
Vamos recordar os ensinamentos da NBC TA 500, segundo a qual a evidência de auditoria
para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela
execução de:
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:

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(i) testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim
escolheu; e
(ii) procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos
substantivos.
Essas são, na ótica da auditoria independente, as “categorias” e “subcategorias” nas quais se
dividem os procedimentos de auditoria.
A única assertiva não presente no rol acima apresentado é a letra E (não há previsão
normativa, nem tampouco doutrinária, para “procedimento de avaliação de retorno”).
Gabarito: “E”

24. (FCC / SANASA – 2019)


Em relação aos Procedimentos Analíticos de Auditoria, considere:
I. Os métodos de procedimento analíticos são variáveis, podendo ser comparações simples e
análises complexas que utilizem métodos estatísticos.
II. Procedimentos analíticos são aplicáveis apenas em demonstrações contábeis de uma
empresa e não de todo o seu grupo.
III. Os procedimentos analíticos devem levar em consideração as informações de períodos
anteriores que sejam comparáveis.
Está correto o que consta APENAS de
a) II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) I.
e) III.
Comentários
Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizado pelo auditor – Procedimento
Analítico (antigamente denominado “revisão analítica”). O Procedimento Analítico tem um
normativo próprio, que trata apenas dele, a NBC TA 520.
Segundo a norma, “procedimento analítico significa avaliações de informações contábeis por
meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.
Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário de flutuações ou
relações identificadas que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que
diferem significativamente dos valores esperados.”, ou seja, eles são utilizados quando há
atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por meio da “verificação do comportamento
de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros
meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas”.

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Há mais de um método para realização do procedimento analítico, que variam desde simples
comparações até análises complexas que envolvem técnicas estatísticas avançadas (item I –
CORRETO).
Os procedimentos analíticos não estão limitados a demonstrações contábeis individuais,
podendo ser utilizados, por exemplo, para demonstrações contábeis consolidadas (de grupo)
(item II – ERRADO).
Certamente, os procedimentos analíticos comparam informações de natureza diversa. Essa é
a essência do procedimento: busca de informações (valores, saldos, etc.) que fujam a um
padrão esperado de comportamento. Ocorre que essa comparação pode se dar de várias
maneiras, por exemplo: informações comparáveis de períodos anteriores; resultados
previstos pela entidade (tais como orçamentos ou previsões, ou expectativas do auditor,
como uma estimativa de depreciação); e informações de entidades do mesmo setor de
atividade, como a comparação entre índices de vendas e contas a receber com as médias do
setor ou com outras entidades de porte comparável do mesmo setor.
Vejam, portanto, que a comparação que toma por base períodos anteriores é uma das
possibilidades. A assertiva sob análise diz que se DEVE utilizar informações comparáveis de
períodos anteriores – o que, tecnicamente, estaria errado. O mais correto seria afirmar que
se PODE utilizar esse tipo de comparação. Não obstante, a banca considerou o item III como
CORRETO.
Vejamos, abaixo, os trechos da NBC TA 520 utilizados como base para o gabarito.
4. Para fins das normas de auditoria, o termo procedimento analítico significa avaliações de
informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e
não financeiros. Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário de
flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações
relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados.
A1. Os procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações
de informações contábeis e financeiras da entidade:
• informações comparáveis de períodos anteriores;
• resultados previstos pela entidade, tais como orçamentos ou previsões, ou expectativas do
auditor, como uma estimativa de depreciação;
• informações de entidades do mesmo setor de atividade, como a comparação entre índices
de vendas e contas a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte
comparável do mesmo setor.
A3. Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. Esses
métodos variam desde a realização de comparações simples até análises complexas usando
técnicas estatísticas avançadas. Os procedimentos analíticos podem ser aplicados para
demonstrações contábeis consolidadas, componentes e elementos individuais de informação.
Gabarito: “C”

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25. (FCC / ISS S. José Rio Preto – 2019)


Os procedimentos analíticos substantivos constituem-se em
a) parecer com ressalva e sem ressalva.
b) testes de detalhes, apenas.
c) procedimentos analíticos substantivos, apenas.
d) testes de detalhes, procedimentos analíticos substantivos ou uma combinação dos dois.
e) parecer sem ressalva, apenas.
Comentários
De acordo com a NBC TA 330, os procedimentos substantivos incluem os testes de detalhes e
os procedimentos analíticos substantivos.
Vejam, portanto, que procedimento substantivo é gênero dos quais os procedimentos
analíticos substantivos são espécie.
Adicionalmente, a NBC TA 520 nos ensina que, no nível das afirmações, os procedimentos
substantivos podem ser testes de detalhes, procedimentos analíticos substantivos, ou ambos.
O enunciado apresenta uma impropriedade que levou à anulação da questão. São os
procedimentos substantivos (e não os procedimentos analíticos substantivos) que se
constituem em testes de detalhes, procedimentos analíticos substantivos ou uma
combinação de ambos.
Gabarito: “ANULADA”

26. (FCC – ISS São Luís – Auditor Fiscal – Geral – 2018)


A Controladoria-Geral do Município, considerando a relevância e materialidade da matriz de
riscos de auditoria, planeja uma operação na seção encarregada pelo arbitramento da receita
tributável dos serviços da construção civil. Na atividade preparatória, levantou-se que há uma
normatização interna que prevê:
I. Claramente os casos que serão objeto de arbitramento.
II. Segregação de funções.
III. Emprego de sistema informatizado que registra dados de segurança e alterações
realizadas.
IV. Revisão independente por sorteio aleatório de autos de infração.
V. Manutenção de registros por 20 anos.
Visitando o órgão, o auditor acompanhou o procedimento durante sua execução, atestando
que, de fato, as normas vêm sendo seguidas, embora tenha deixado de calcular a exatidão de
casos específicos.
O procedimento adotado refere-se a um teste

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a) substantivo que adotou procedimento de vistoria, restando inconclusivo, pois pende de


exame que ainda será realizado.
b) substantivo que adotou procedimento de confirmação, restando conclusivo, tendo em
vista o cumprimento da norma.
c) de observância que adotou procedimento de investigação, restando inconclusivo, pois
pende de exame que ainda será realizado.
d) de observância que adotou procedimento de observação, restando conclusivo, tendo em
vista o cumprimento da norma.
e) de observância que adotou procedimento de confirmação, restando conclusivo, tendo em
vista o cumprimento da norma.
Comentários
A parte inicial da questão deixa bem claro que se deseja atestar uma normatização interna de
órgão responsável pelo arbitramento da receita de serviços da construção civil. Dessa forma
estamos trabalhando no contexto da auditoria interna. Ora, tal normatização estabelece
controles internos para execução das atividades (segregação de funções, emprego de sistema
informatizado, manutenção de registros, dentre outros). Se a preocupação é com os
controles internos, estamos diante de testes de observância (definição abaixo – item 12.2.3.2
da NBC TI 01):
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na
sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução;
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
Adicionalmente, reparem que – no caso em tela – o auditor ACOMPANHOU (eis a chave para
a questão) um procedimento durante sua execução. Tomando por base o trecho da norma
destacado acima, estamos diante do teste de observância chamado OBSERVAÇÃO
(“acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução”).
Logo, meus amigos, o gabarito é a letra D!
Gabarito: “D”.

27. (FCC – Auditor Público Externo / TCE RS – 2018)


A evidência de auditoria ganha confiabilidade quando corroborada por fonte externa à
entidade auditada. Sobre tal procedimento de auditoria, conhecido como confirmação
externa, é correto afirmar:

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(A) O auditor deve manter o controle sobre as solicitações, registrando tanto o envio delas
quanto dos segundos pedidos, quando aplicável.
(B) Obtida a confirmação, faz-se necessário buscar outras evidências de auditoria, ainda que o
resultado do procedimento de confirmação seja relevante e confiável.
(C) A Administração não pode negar permissão para que o auditor envie solicitações de
confirmação.
(D) Uma vez decidindo-se pela confirmação externa, em regra essa não pode ser suprida por
procedimentos alternativos.
(E) O auditor deve tratar com o mesmo peso tanto confirmações negativas quanto positivas.
Comentários
Questão trata de aspectos específicos da Confirmação Externa (ou Circularização). Analisando
cada assertiva:
A: CORRETA (nosso gabarito). O item 7 da NBC TA 505 – Confirmações Externas apresenta os
elementos sobre os quais o auditor deve manter controle ao usar a confirmação externa.
Veja:
7. Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre as
solicitações de confirmação externa, incluindo:
(a) determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas;
(b) seleção da parte que confirma apropriada para confirmação;
(c) definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão
devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas
diretamente ao auditor; e
(d) envio das solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a parte que confirma.
B: ERRADA. A necessidade de executar procedimentos adicionais ou alternativos se dá para
cada resposta não recebida ou quando NÃO é obtida evidência relevante e confiável através
das solicitações de confirmação.
C: ERRADA. Por menos intuitivo que isso possa nos parecer, a Administração tem essa
faculdade. Cabe ao auditor, nesse caso, tomar medidas cabíveis (tais como indagar a razão da
recusa, avaliar risco de fraude e executar procedimentos alternativos).
D: ERRADA. Caso haja respostas não recebidas por meio do procedimento de confirmação
externa, o auditor deve executar procedimentos alternativos de auditoria para obter
evidência de auditoria relevante e confiável.
E: ERRADA. De acordo com as normas, confirmações negativas fornecem evidência de
auditoria menos persuasiva que as confirmações positivas.
Gabarito: “A”.

28. (FCC – Auditor Público Externo / TCE RS – 2018)

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Acerca da disciplina dos testes de auditoria, assevera-se:


(A) Pode ser cogitado o procedimento de inspeção, que consiste na obtenção de informações
perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou
fora da entidade.
(B) Pode ser cogitado o procedimento de investigação e confirmação, que consiste na
verificação de registros, documentos e ativos tangíveis.
(C) Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e
validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
(D) Os procedimentos constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e
testes substantivos.
(E) Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles
internos estabelecidos pela Administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto
ao seu cumprimento.
Comentários
Questão trata dos procedimentos de auditoria interna. Vamos avaliar cada assertiva:
Letra A: ERRADA. Assertiva trouxe a definição do procedimento de Investigação e
Confirmação, e não da Inspeção.
Letra B: ERRADA. Assertiva trouxe a definição do procedimento de Inspeção, e não da
Investigação e Confirmação.
Letra C: ERRADA. Assertiva define os Testes Substantivos (e não de Observância). Veja:
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na
sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
Letra D: CORRETA (gabarito). É exatamente isso o que diz a norma. Veja:
12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações,
incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter
subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da
entidade.
Letra E: ERRADA. Esse é o conceito dos Testes de Observância (e não Testes Substantivos).

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Gabarito: “D”.

29. (FCC/ Analista em Gestão (DPE AM) – Ciências Contábeis – 2018)


A obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos
sistemas de informação da entidade é o objetivo
a) dos testes de políticas públicas.
b) da auditoria operacional.
c) dos testes substantivos.
d) dos testes de observância.
e) dos testes de investigação e confirmação.
Comentários
Chave para o gabarito: “suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pela entidade”.
Estamos, portanto, diante dos testes substantivos (previstos na NBC TI 01).
12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
Gabarito: “C”.

30. (FCC – SEFAZ SC – Auditor Fiscal – Auditoria e Fiscalização – 2018)


I. Trata-se de procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências quanto à
suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade.
Têm como um dos principais objetivos a conclusão sobre a adequada mensuração,
apresentação e divulgação das transações econômico-financeiras, em consonância com os
Princípios Fundamentais de Contabilidade.
II. Além da sua importância para fins de auditoria contábil, também podem ser empregados
em auditorias tributárias, tendo também como objetivo certificar-se da correção: da
existência do item contábil (se o componente patrimonial existe em certa data), da existência
de direitos e obrigações (se efetivamente existem em certa data), da ocorrência (se uma
determinada transação realmente ocorreu).
Os textos acima referem-se
(A) aos Riscos de amostragem.
(B) aos Testes substantivos.
(C) aos Testes de observância.
(D) às Técnicas de Auditoria de exame e contagem física.
(E) às Técnicas de Circularização de bens e direitos.
Comentários

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Se a questão falou em “obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
gerados pelo sistema de contabilidade da entidade”, é possível “cravar” que estamos diante
dos Testes Substantivos (previstos na NBC TI 01).
A NBC TI 01 define testes substantivos da seguinte forma:
12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. [Grifo
nosso]
No escopo da Auditoria Independente, temos os chamados Procedimentos Substantivos
(equivalentes aos Testes Substantivos, previstos na norma da auditoria interna). Veja:
Para fins das normas de auditoria, os termos abaixo têm os seguintes significados:
(a) Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar
distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(i) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de
divulgações); e
(ii) procedimentos analíticos substantivos.
Gabarito: “B”.

31. (FCC/ TRT 11ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2017)


Na execução dos testes de observância, o auditor interno deve adotar os seguintes
procedimentos, conforme a Resolução CFC nº 986/03:
a) leitura, compreensão, avaliação e conclusão.
b) definição, interpretação, descrição e explanação.
c) inspeção, observação e investigação e confirmação.
d) visitação, contagem, comprovação e relatoria.
e) conversação, descrição, avaliação e análise.
Comentários
Nos termos da NBC TI 01:
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na
sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.

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Gabarito: “C”.

32. (FCC/ TRT 11ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2017)


Obter confirmação dos saldos e transações de contas em análise, por pessoa alheia e
independente é um procedimento de auditoria conhecido por
a) Inspeção.
b) Participação.
c) Avaliação.
d) Circularização.
e) Conferência.
Comentários
Chave para o gabarito: “confirmação dos saldos ... por pessoa alheia e independente”.
Uma confirmação externa (ou circularização) representa evidência de auditoria obtida pelo
auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma
escrita, eletrônica ou em outra mídia. Os procedimentos de confirmação externa
frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos saldos
contábeis e seus elementos.
Gabarito: “D”.

33. (FCC/ TRF 3ª Região – An. Judiciário – Contadoria – 2016)


Um auditor interno, em um primeiro momento, verificou a necessidade de fazer testes para
verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. Depois, também constatou a
necessidade de acompanhar a execução de procedimentos específicos. Nos termos regulados
pela Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01), para a consecução desses dois objetivos deverá
realizar, respectivamente,
a) testes de observância, na modalidade inspeção e testes substantivos, na modalidade
inspeção.
b) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade
investigação.
c) testes substantivos, na modalidade confirmação e testes de observância, na modalidade
inspeção.
d) testes de observância, na modalidade investigação e testes de observância, na modalidade
inspeção.
e) testes de observância, na modalidade inspeção e testes de observância, na modalidade
observação.
Comentários

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Olho nas seguintes expressões do enunciado:


“Verificação de registros, documentos e ativos tangíveis” -> Inspeção;
“Acompanhar a execução de procedimentos específicos” -> Observação.
Como vimos, ambos são espécies do gênero Testes de Observância.
Gabarito: “E”.

34. (FCC/ COPERGAS – Analista – Contador – 2016)


A Companhia de Transportes Urbanos e Interurbanos do Estado visando à renovação da frota,
no exercício de 2015, comprou 20 ônibus novos. Na auditoria das demonstrações contábeis
da empresa, o Auditor ao examinar a transação de compra dos ônibus, segundo as Normas
Brasileiras de Auditorias – NBC TAs, aplicou o procedimento de auditoria denominado
a) observação.
b) revisão.
c) materialidade.
d) avaliação.
e) inspeção.
Comentários
Questão diz que o auditor “examinou a transação de compra”. Logo estamos diante da
Inspeção, cujo objetivo é proceder ao exame de registros ou documentos, internos ou
externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de
um ativo.
Cumpre ressaltar que a única assertiva que mereceria nossa análise é a letra A (Observação).
Vejam que o enunciado não diz que o auditor acompanhou processo executado por terceiros.
As demais assertivas não trazem testes e procedimentos de auditoria.
Gabarito: “E”.

35. (FCC – Auditor Fiscal da Receita Municipal (Teresina) – 2016)


A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do
auditor é conseguida pela execução de procedimentos de auditoria.
O exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma
eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo é efetuado mediante o
procedimento de auditoria denominado
a) observação.
b) circularização.
c) investigação.
d) confirmação.

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e) inspeção.
Comentários
Analisando o enunciado, de forma bem direta, percebe-se que estamos diante da inspeção
(exame de registros e documentos ou exame físico de um ativo).
Gabarito: “E”.

36. (FCC – Auditor Fiscal – SEFAZ MA – 2016)


Os resultados obtidos nos procedimentos de auditoria executados pelo auditor independente
contribuem para fundamentar as conclusões apresentadas em seu relatório. O auditor pode
utilizar como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos
substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados, entre outros, os
procedimentos de auditoria:
a) inspeção, observação, confirmação externa.
b) inspeção, amostragem, vistoria.
c) inspeção, amostragem, pericia.
d) inspeção, monitoramento, vistoria.
e) inspeção, indagação, perícia.
Comentários
O esquema a seguir apresenta os procedimentos específicos elencados pela NBC TA 500, que
podem ser utilizados tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste
de controle ou procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados
pelo auditor.

Gabarito: “A”.

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37. (FCC/ SEFAZ PI – AFFE – 2015)


Os procedimentos de auditoria que incluem testes para certificar-se da existência
patrimonial, de direitos e obrigações em determinada data, ocorrência das transações, da
abrangência dos registros, da mensuração, apresentação e divulgação em conformidade com
as normas pertinentes, são testes de
(A) avaliação de riscos.
(B) revisão analítica.
(C) controle.
(D) observância.
(E) detalhes.
Comentários
Questão difícil, na qual não há como fazermos uma associação bem precisa entre o
enunciado e o gabarito oficial, levando-se em consideração o texto das normas de auditoria.
Vejam que o enunciado fala de testes utilizados para certificar-se da:
• Existência de patrimonial (física) de direitos e obrigações – podemos associar ao
procedimento de inspeção, que abarca o exame físico de ativos;
• Ocorrência de transações – podemos associar aos testes de detalhes, que são espécie do
procedimento substantivo e, nos termos das normas, aplicam-se a classes de transações,
de saldos de contas e de divulgações.
• Abrangência de registros – podemos também associar à “inspeção”, que trata do exame
de registros ou documentos;
• Mensuração, apresentação e divulgação em conformidade com as normas – podemos
associar ao procedimento substantivo, que trata da detecção de distorções relevantes no
nível de afirmações; e mais especificamente aos testes de detalhes, que aplicam-se a
classes de transações, de saldos e de divulgações.
Ora, olhando as assertivas podemos encontrar na letra E os testes de detalhes. Porém, a meu
ver, ainda não há tanta certeza para marcar o “x”. Vamos avaliar então as demais assertivas.
Podemos eliminar de pronto as assertivas C e D, em primeiro lugar por serem praticamente
sinônimos (nomenclatura atual e antiga, respectivamente), em segundo por não haver nada
no enunciado relacionado à efetividade/funcionamento dos controles internos da entidade.
Também podemos eliminar a letra B (revisão analítica – nomenclatura antiga para o que é
chamado atualmente de procedimento analítico). Nos termos do item A21 da NBC TA 500, os
“procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo
das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos
incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos”. Tal conceito também não guarda nenhuma relação com o enunciado.

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Ficamos assim entre as assertivas A (avaliação de riscos) e E (testes de detalhes). Como não
há nenhuma menção à avaliação de riscos, podemos afirmar “com razoável segurança” (afinal
somos como os auditores independentes ☺) que o gabarito é a letra E (testes de detalhes)
Vamos relembrar abaixo os conceitos trazidos pela NBC TA 330.
Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções
relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem:
(a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e
(b) procedimentos analíticos substantivos.
Gabarito: “E”.

38. (FCC/ TCE CE – Analista de Controle Externo – Controle Externo – Auditoria de TI – 2015)
Um auditor independente está acompanhando pessoalmente os trabalhos da equipe de
informática de uma empresa na execução da configuração do acesso aos sistemas de
informação financeiros e contábeis. Esse procedimento básico é de
a) inspeção.
b) cálculo e recálculo.
c) indagação, investigação e confirmação.
d) observação.
e) revisão analítica.
Comentários
Questão diz que o auditor está ACOMPANHANDO (chave para o gabarito) pessoalmente os
trabalhos da equipe de informática na execução de um procedimento. Logo, meus amigos,
estamos diante da Observação.
Gabarito: “D”.

39. (FCC/ SEFAZ PE – AFTE – 2014)


Na realização de auditoria das Contas a Receber da Indústria de Tecidos Duradouros S.A., a
administração não permitiu que o auditor enviasse solicitações de confirmação externa de
saldos, para obtenção de evidência de auditoria. Nestas condições, entre outras medidas
previstas nas normas de auditoria, deve o auditor
a) desacatar a decisão da administração da empresa e solicitar a confirmação dos saldos das
duplicatas a receber junto aos devedores.
b) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de
auditoria relevante e confiável.
c) registrar no programa de auditoria que o procedimento referente à solicitação de
confirmação externa não foi realizado.

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d) comunicar o fato ao conselho fiscal da empresa, solicitando providências para obtenção


das informações desejadas.
e) registrar no relatório de auditoria que o procedimento de solicitações de confirmações
externas não foi executado.
Comentários
O item 8 da NBC TA 505 – Confirmações Externas (abaixo transcrito) fala justamente sobre o
que o auditor deve fazer no caso de “Recusa da administração em permitir que o auditor
envie solicitações de confirmação”. Inicialmente, tenha em mente que – por mais estranho
que pareça – a administração pode sim impedir que o auditor envie solicitações de
confirmação. Caberá ao auditor, nesse caso, tomar as medidas cabíveis. Veja:
Item 8. No caso da administração se recusar a permitir que o auditor envie solicitações de
confirmação, o auditor deve:
(a) indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência de auditoria
sobre sua validade e razoabilidade;
(b) avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do auditor dos riscos
significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude, e sobre a natureza, época e
extensão de outros procedimentos de auditoria; e
(c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de
auditoria relevante e confiável.
Pelo exposto, o gabarito é a letra B (literalidade do item 8 “c” da NBC TA 505).
Gabarito: “B”.

40. (FCC/ TCE SP – Auditor – 2013)


Considere as afirmações a seguir, que tratam dos procedimentos e métodos de auditoria:
I. O rastreamento é uma investigação minuciosa, com exame de documentos, de unidades e
órgãos que tenham procedimentos interligados, cujo objetivo é dar segurança à opinião do
auditor.
II. Os procedimentos de revisão analítica compreendem a análise documental, a confirmação
externa e a conferência dos cálculos dos dados produzidos pelo sistema de escrituração
contábil da entidade.
III. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e
validação dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade auditada, com o objetivo
de reduzir o risco inerente da auditoria.
IV. Os testes substantivos têm por objetivo a obtenção de uma segurança razoável de que os
sistemas de controles internos implantados pela entidade estão alcançando seus objetivos, o
que servirá de base para determinar a extensão dos procedimentos de auditoria.
Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I.
b) III.
c) I e II.
d) II e IV.
e) II, III e IV.
Comentários
Questão tranquila, a não ser pelo item I, que trouxe um procedimento previsto na IN SFC nº
01/2001 – o rastreamento. De acordo com esse normativo, rastreamento é a investigação
minuciosa, com exame de documentos, setores, unidades, órgãos e procedimentos
interligados, visando dar segurança à opinião do responsável pela execução do trabalho sobre
o fato observado. Item I, portanto, correto.
II – ERRADO. Nada a ver com o procedimento de revisão analítica (atualmente denominado
Procedimento Analítico).
III e IV – ERRADOS. Foram invertidos os conceitos de testes de observância e testes
substantivos.
Gabarito: “A”.

41. (FCC/ TRT 12ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2013)


Para confirmar se os valores reconhecidos, no período, como despesa de juros referentes a
um empréstimo de longo prazo foram calculados adequadamente, o auditor deve utilizar a
técnica de
a) conciliação.
b) entrevista.
c) correlação de informações.
d) circularização.
e) conferência de cálculo.
Comentários
O procedimento de Recálculo (ou cálculo, ou conferência de cálculo) consiste na verificação
da exatidão matemática de documentos ou registros. O recálculo pode ser realizado manual
ou eletronicamente. Foi exatamente que o auditor fez no caso do enunciado.
Gabarito: “E”.

42. (FCC - Analista Judiciário (TST)/Contabilidade / Apoio Especializado - 2017)


Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas
conclusões em que se baseia sua opinião, devendo ser suficiente, que é a medida da
quantidade dessas evidências. Nos termos da NBC TA 200, essa quantidade pode ser afetada

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a) pela avaliação do auditor dos riscos de distorção.


b) pela complexidade dos riscos de auditoria.
c) pelo percentual dos riscos de detecção.
d) pela estrutura das demonstrações contábeis.
e) pelo histórico da informação contábil.
Comentários
Questão aborda detalhes de uma das características da evidência de auditoria – a suficiência
(medida de quantidade da evidência). Segundo a NBC TA 200(R1):
13. [...]
(b) Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas
conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações
contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras
informações. Para fins das NBCs TA:
(i) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de
auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do
auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência;
(ii) a adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria;
isto é, sua relevância e confiabilidade no fornecimento de suporte às conclusões em que se
baseia a opinião do auditor. [grifo nosso]

Dessa forma, a quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação do


auditor dos riscos de distorção, ou seja, quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a
probabilidade de que seja necessária mais evidência de auditoria.
Gabarito: “A”.

43. (FCC – SEFAZ – Auditor Fiscal – Administração Tributária – 2016)


Os auditores independentes, nas auditorias das demonstrações contábeis, utilizam
informações para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião, obtidas
através de evidência de auditoria. Acerca da evidência de auditoria é correto afirmar que
a) não é de natureza cumulativa e somente é válida se obtida a partir de procedimentos de
auditoria executados.
b) a adequação da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de
auditoria.

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c) é afetada pela elaboração tempestiva da documentação de auditoria.


d) a suficiência das evidências de auditoria é a medida da quantidade da evidência de
auditoria.
e) é obtida a partir do planejamento realizado para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo.
Comentários
Questão aborda aspectos gerais de evidência de auditoria, segundo a NBC TA 500(R1). Segue
mapa mental com as informações mais relevante sobre o tema:

A letra “B” associa erroneamente a adequação com a quantidade de evidência. Por outro
lado, segundo item 5 da NBC TA 500, a quantidade necessária da evidência de auditoria é
afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade
da evidência de auditoria – o que invalida a letra “C”. Por fim, segundo item A1, a evidência
tem natureza cumulativa e é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria
realizados durante o curso do trabalho, o que torna erradas as letras “A” e “E” erradas. Nos
restou a letra “D” (nosso gabarito), que associa corretamente a suficiência com a medida de
quantidade da evidência de auditoria.
Gabarito: “D”.

44. (FCC/ ARSETE – Técnico Contábil – 2016)

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Em uma auditoria, o Auditor corre o risco de expressar uma opinião inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. Para reduzir o risco a um nível
baixo aceitável e, com isso, possibilitar obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua
opinião, o Auditor deve
a) aplicar os procedimentos de auditoria previamente estabelecidos.
b) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente.
c) elaborar adequadamente os papéis de trabalho.
d) obter todas as informações e documentos necessários à realização da auditoria.
e) avaliar o controle interno da entidade, quanto a eficiência na prevenção de erros e fraudes
nos registros contábeis.
Comentários
Segundo o item 17, da NBC TA 200 (R1), “para obter segurança razoável, o auditor deve
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um
nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões razoáveis e nelas basear
a sua opinião”. Questão extraída literalmente desse dispositivo normativo.
Gabarito: “B”.

45. (FCC/ PGE MT – Analista – Contador – 2016)


Considere:
I. A maior parte do trabalho do auditor na formação de sua opinião consiste na obtenção e
avaliação das evidências de auditoria.
II. As evidências de auditoria abrangem informações que sustentam e corroboram as
afirmações da administração e informações que contradizem tais afirmações.
III. Em alguns casos, a ausência de informações, por exemplo, a recusa da administração de
fornecer uma representação solicitada, é usada pelo auditor e, portanto, também constitui
evidência de auditoria.
Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade do Trabalho de Auditoria 200 (NBC TA 200)
(R1), caracteriza evidência de auditoria o que consta em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.
Comentários
Vamos analisar o que diz a NBC TA 200 (R1), especialmente seu item A30, destacando os
trechos que servem de base para o gabarito:

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Suficiência e adequação da evidência de auditoria


A30. A evidência de auditoria é necessária para sustentar a opinião e o relatório do auditor.
Ela é de natureza cumulativa e primariamente obtida a partir de procedimentos de auditoria
executados durante o curso da auditoria. Contudo, também pode incluir informações obtidas
de outras fontes, como auditorias anteriores (contanto que o auditor tenha determinado se
ocorreram mudanças desde a auditoria anterior que possam afetar a sua relevância para a
auditoria corrente, NBC TA 315, item 9) ou procedimentos de controle de qualidade do auditor
para aceitação e continuidade de clientes. Além de outras fontes dentro e fora da entidade, os
registros contábeis da entidade são uma fonte importante de evidência de auditoria. Além
disso, informações que possam ser usadas como evidências de auditoria podem ter sido
elaboradas por especialista empregado ou contratado pela entidade. As evidências de
auditoria abrangem informações que sustentam e corroboram as afirmações da
administração e informações que contradizem tais afirmações (item II correto). Além disso,
em alguns casos, a ausência de informações (por exemplo, a recusa da administração de
fornecer uma representação solicitada) é usada pelo auditor e, portanto, também constitui
evidência de auditoria (item III correto). A maior parte do trabalho do auditor na formação
de sua opinião consiste na obtenção e avaliação da evidência de auditoria (item I correto).
[Grifos nossos]
Gabarito: “A”.

46. (FCC/ MANAUSPREV – An. Previdenciário – Contabilidade – 2015)


De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade − NBC TAs, a evidência de auditoria
para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida, entre
outros, pela
a) execução de procedimentos de avaliação de riscos.
b) elaboração do planejamento de auditoria das demonstrações contábeis.
c) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para registro
nos papeis de trabalho da auditoria das demonstrações contábeis.
d) confirmação do cumprimento, pela entidade, das determinações realizadas em relatórios
de auditorias das demonstrações contábeis de exercícios anteriores.
e) seleção das impropriedades e/ou irregularidades encontradas pelo auditor, para constar
no relatório de auditoria das demonstrações contábeis.
Comentários
Nos termos da NBC TA 500(R1), a evidência para a obtenção de conclusões para
fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de:
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: testes de controles, quando
exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e procedimentos
substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos.

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Gabarito: “A”.

47. (FCC/ TRT 19ª Região – An. Judiciário – Contabilidade – 2014)


Um auditor, ao final dos seus trabalhos, reviu as informações consignadas nos papéis de
trabalho e concluiu que as informações coletadas eram confiáveis e proporcionaram a melhor
evidência alcançável por meio das técnicas que utilizou. Essas informações são classificadas
como
a) suficientes.
b) adequadas.
c) relevantes.
d) úteis.
e) concretas.
Comentários
De acordo com a NBC TI 01:
12.2.3.4 – As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são
denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de
modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da
entidade. 12.2.3.5 – O processo de obtenção e avaliação das informações compreende:
I – a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da
Auditoria Interna, devendo ser observado que:
a) a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa
prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno;
b) a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência
alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna;
c) a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria
Interna;
d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas.
Gabarito: “B”.

48. (FCC/ TCE PI – Auditor de Controle Externo – Comum – 2014)


Em relação às evidências de auditoria é correto afirmar que
a) a suficiência da evidência é a medida da sua qualidade.
b) a adequação da evidência é a medida da sua quantidade.
c) a adequação da evidência é a medida da sua qualidade.
d) evidências obtidas de fontes externas e internas são igualmente confiáveis.

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e) evidências documentais e orais são igualmente confiáveis.


Comentários
As letras A, B e C são facílimas e você não pode nem pensar em ficar em dúvida. Veja:

Gabarito, portanto, letra C.


Legal dessa questão são as letras D e E, que tratam das chamadas generalizações sobre a
confiabilidade da evidência de auditoria. De acordo com a NBC TA 500(R1):
• a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes
independentes fora da entidade – letra D errada;
• a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os
controles relacionados, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, impostos
pela entidade, são efetivos;
• a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a observação da
aplicação de um controle) é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida
indiretamente ou por inferência (por exemplo, indagação a respeito da aplicação de
controle);
• a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro
tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo, uma ata de
reunião elaborada tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal
subsequente dos assuntos discutidos);
• a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a
evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram
filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja
confiabilidade pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção – letra E
errada. [Grifos e comentários nossos].
Gabarito: “C”.

49. (FCC/ SEFAZ PE – AFTE – 2014)


Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância
e confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Em havendo
dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude, nos
termos das normas de auditoria − NBC TA, exige-se que o auditor
(A) faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições aos
procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto.

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(B) comunique o fato à administração da empresa e suspenda os trabalhos de auditoria até


que o assunto seja solucionado.
(C) comunique o fato ao seu superior e aplique novos procedimentos de auditoria para
esclarecer o assunto.
(D) solicite informações aos envolvidos com as possíveis fraudes ou falsificação de
documentos e aplique novos procedimentos de auditoria para esclarecer o assunto.
(E) amplie o escopo da auditoria e determine que modificações são necessárias no controle
interno para solucionar o assunto.
Comentários
Nos termos do item 7 da NBC TA 500, ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria,
o auditor deve considerar a relevância e confiabilidade das informações a serem utilizadas
como evidência de auditoria.
Ainda, de acordo com a NBC TA 200 (item A23), “em casos de dúvida a respeito da
confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude (por exemplo, se condições
identificadas durante a auditoria fizerem o auditor crer que um documento pode não ser
autêntico ou que termos de documento podem ter sido falsificados), as normas de auditoria
exigem que o auditor faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições
aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto”.
Nosso gabarito, portanto, é a letra A!
Gabarito: “A”.

50. (CESPE / SEFAZ AL – 2020)


A fim de estabelecer o escopo da auditoria durante sua fase de planejamento, o auditor pode
utilizar procedimentos de revisão analítica, que fazem parte dos testes substantivos.
Comentários
Inicialmente, podemos entender que – em regra – os procedimentos de auditoria são
aplicados, efetivamente, na fase de execução (e não no planejamento). Não obstante,
durante o planejamento, podem ser aplicados testes para delimitação de escopo
(profundidade, nível de detalhamento) da auditoria.
A parte inicial do item, portanto, está correta.
Em relação à segunda parte, que diz que a revisão analítica (nome utilizado pelas normas já
revogadas para procedimento analítico) faz parte dos procedimentos substantivos, temos
que fazer uma análise mais profunda.
Como vimos ao longo da aula, os procedimentos específicos listados na NBC TA 500, dentre
os quais se incluem os procedimentos analíticos (ou revisão analítica), podem ser utilizados
tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou
procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor.

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Sob essa ótica, seria mais correto dizer que os procedimentos analíticos (revisão analítica)
podem fazer parte dos testes substantivos.
Ocorre que as normas de auditoria também incluem como espécie do gênero procedimentos
substantivos os chamados procedimentos analíticos substantivos (antes da atualização das
normas de auditoria, dizia-se que a revisão analítica era espécie do gênero testes
substantivos). Dessa maneira, estaria correto dizer que os procedimentos analíticos
substantivos (ou a revisão analítica – nos termos da norma revogada), fazem parte dos
procedimentos (ou testes) substantivos.
O item, portanto, está CORRETO.
Gabarito: “CERTO”.

51. (CESPE / SEFAZ AL – 2020)


As informações que fundamentam os resultados de auditoria, denominadas evidências,
podem ser utilizadas mesmo no caso de conterem erro.
Comentários
Questão difícil e que permite, em nosso entendimento, dupla interpretação (ambas levando
ao mesmo gabarito).
A primeira seria de que a evidência pudesse estar errada (ou conter erro, como diz o
enunciado). Nesse cenário, o auditor poderia utilizar esse tipo de evidência, afinal é comum a
obtenção de evidências que contradigam outras evidências, ou seja, inconsistentes entre si.
A segunda seria de que a evidência apontasse uma distorção relevante ocasionada por erro.
Isso também é possível. Afinal, as distorções nas demonstrações contábeis podem ser
causadas tanto por fraude (ato intencional) quanto por erro (ato não intencional). E são
justamente as evidências fundamentam a conclusão do auditor quanto à existência (ou não)
de distorções relevantes.
Portanto, nas duas interpretações feitas por nós o item estaria correto.
Gabarito: “CERTO”.

52. (CESPE / SEFAZ AL – 2020)


Situação hipotética: Um auditor realizou a análise de pedidos de fornecimento de matéria-
prima, constatando se eles haviam sido assinados pelo gerente de compras, como
estabelecido na política de determinada empresa.
Assertiva: Nesse caso, esse procedimento revela que o auditor realizou um teste substantivo.
Comentários
A política da empresa que prevê um gerente de compras assinando determinado pedido de
matéria-prima é, sem dúvida, um controle interno da entidade. Controles internos são
políticas, rotinas, métodos e procedimentos estabelecidos pela administração da entidade
para que se tenha uma segurança razoável de que os objetivos da entidade serão atingidos.

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Portanto, ao observar se um controle interno estabelecido estão, efetivamente, em


funcionamento, o auditor está aplicando um teste de observância (ou de controle), e não um
teste (ou procedimento) substantivo.
Gabarito: “ERRADO”.

53. (CESPE / SEFAZ DF – 2020)


Ao utilizar informações comparáveis de períodos anteriores para estabelecer relações
plausíveis entre dados financeiros e dados não financeiros da entidade auditada, o auditor
está aplicando um procedimento analítico de auditoria.
Comentários
Questão traz a definição quase literal do chamado procedimento analítico (ou revisão
analítica). Veja o que diz a NBC TA 500:
Procedimentos analíticos
A21. Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de
estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos
analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos.
Gabarito: “CERTO”.

54. (CESPE / SEFAZ DF – 2020)


Testes de observância em auditoria estão intimamente ligados á verificação do cumprimento
dos procedimentos de controles internos da auditoria.
Comentários
Questão aborda uma das classificações mais cobradas em auditoria, a que divide os testes e
procedimentos nos testes de observância e nos testes substantivos. Tal classificação
encontra-se na NBC TI 01 (Auditoria Interna), além de diversos normativos de Auditoria
Governamental.
Testes de observância sempre estão ligados à verificação da efetividade operacional (ou
funcionamento, ou ainda cumprimento) dos Controles Internos da entidade.
Gabarito: “CERTO”.

55. (CESPE / SEFAZ DF – 2020)


A constatação da existência real e da integridade das transações evidenciadas nos relatórios
contábeis é o principal objetivo dos testes de observância.
Comentários

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Enquanto os testes de observância cuidam da verificação da efetividade operacional (ou


funcionamento, ou ainda cumprimento) dos Controles Internos da entidade, os testes
substantivos buscam evidência acerca da informação propriamente dita.
Em outras palavras, busca-se obter evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos
dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.
O item, portanto, diz respeito aos testes substantivos (e não de observância).
Gabarito: “ERRADO”.

56. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)


A evidência de auditoria é uma das preocupações que o auditor independente deve ter na
realização dos trabalhos e na formação da sua opinião. De acordo com as normas de
auditoria vigentes, é correto afirmar que a qualidade de toda evidência de auditoria é afetada
pelas características de
a) comparabilidade e materialidade.
b) integridade e objetividade.
c) relevância e confiabilidade.
d) integralidade e neutralidade.
e) segurança e compreensibilidade.
Comentários
Questão aborda aspecto relativo à qualidade da evidência. A adequação da evidência de
auditoria é sua medida da qualidade, isto é, a sua relevância e confiabilidade para suportar as
conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.
Segundo NBC TA 500(R1):
Relevância e confiabilidade
A26. (..) Embora a evidência de auditoria seja principalmente obtida a partir de
procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho, ela também pode incluir
informações obtidas de outras fontes, por exemplo, auditorias anteriores, em certas
circunstâncias, e procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para
aceitação e continuidade de clientes. A qualidade de toda evidência de auditoria é afetada
pela relevância e confiabilidade das informações em que ela se baseia. [Grifos não
constantes no original]
Gabarito: “C”.

57. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)


A realização de comparações entre informações e entre indicadores contábeis e a análise de
relações entre contas e de relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros são
procedimentos característicos

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A) da inspeção física.
B) da observação.
C) da revisão analítica.
D) do recálculo.
E) da segregação de função.
Comentários
Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a
execução da auditoria. Aqui, você deve ficar atento ao trechos “relações plausíveis entre
dados financeiros e não financeiros”. Estamos diante, portanto, dos Procedimentos Analíticos
(que são sinônimos de Revisão Analítica – nomenclatura utilizada pela extinta NBC T 11).
A21. Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de
estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos
analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos.
Gabarito: “C”.

58. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)


No início de suas atividades de auditoria em uma empresa, um auditor independente, após a
leitura dos manuais de utilização dos sistemas de compras da entidade, realizou
questionamentos sobre o regime de alçadas e acompanhou o uso desses sistemas na prática,
para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas. Ele solicitou a um
funcionário da empresa auditada que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada
estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro.
Nesse caso, o auditor realizou um teste
a) de apresentação e divulgação.
b) de controle.
c) de detalhes de saldos.
d) de detalhes de transações.
e) substantivo.
Comentários
Enunciado apresenta testes de auditoria utilizados pelo auditor durante a execução dos
trabalhos. Ao analisar as assertivas, percebe-se que não é preciso identificar tipos específicos
de procedimentos (observação, inspeção, etc.), mas sim é necessário apontar qual a
“categoria” ou “subcategoria” de procedimento foi aplicado. Aqui, você deve ficar atento à
expressão “para verificar a eficácia e o desenho da operacionalização dos sistemas”, bem
como “solicitou que a funcionário que realizasse pedidos de compras fora de sua alçada

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estipulada nos manuais, para verificar se o sistema exibia algum erro”. Ora, o auditor quis
que o funcionário colocasse a prova um controle da entidade, qual seja à adequação do
sistema de compras aos limites e alçadas previstos nos manuais da empresa.
Como estamos diante de procedimento com vistas a avaliar a efetividade operacional dos
controles, estamos diante de um Teste de Controle.
Gabarito: “B”.

59. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)


No que se refere à qualidade de uma evidência de auditoria, assinale a opção correta.
a) Um contrato de compra e venda digitalizado e recebido por email é mais confiável que o
mesmo documento recebido na via original em papel.
b) No caso de dúvida quanto à confiabilidade de determinada evidência de auditoria, o
auditor deve ampliar a amostra, excluir da seleção o item questionado e refazer os testes.
c) O conhecimento e a experiência do auditor sobre a área de atuação de um especialista da
administração não afetam a confiabilidade da informação prestada à auditoria.
d) O auditor deve avaliar a competência, habilidade e objetividade do especialista para
garantir a confiabilidade da evidência no caso de utilização de trabalho de especialista da
administração.
e) Uma resposta em reunião presencial a uma indagação feita por representação verbal de
membro da administração e o envio de uma resposta por email têm o mesmo nível de
confiabilidade.
Comentários
Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância
e confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência. Se essas informações a
serem utilizadas forem elaboradas com a utilização de um especialista da administração,
deve o auditor – na medida necessária – e levando em conta a importância do trabalho desse
especialista para seus propósitos:
(a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista;
(b) obter entendimento do trabalho do especialista; e
(c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a
afirmação relevante.
Gabarito, portanto, é a letra D.
Letra A: ERRADA. A evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais
confiável do que a evidência de auditoria fornecida por cópias ou por documentos que foram
filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica.
Letra B: ERRADA. Se houver dúvida quanto à confiabilidade de alguma evidência, o auditor
deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são

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necessários para solucionar o assunto, devendo ainda considerar o efeito desse assunto, se
houver, sobre outros aspectos da auditoria. Não há previsão para ampliação da amostra e
muito menos para exclusão do item selecionado.
Letra C: ERRADA. De acordo com o item A36 da NBC TA 500, os procedimentos a serem
aplicados com a utilização de especialistas podem ser afetados por fatores como:
• a natureza e complexidade do assunto relacionado ao especialista da administração;
• os riscos de distorção relevante no assunto;
• a disponibilidade de fontes alternativas de evidência de auditoria;
• a natureza, alcance e objetivos do trabalho do especialista da administração;
• se o especialista da administração é empregado pela entidade ou é parte contratada por ela
para fornecer serviços relevantes;
• a extensão em que a administração pode exercer controle ou influência sobre o trabalho do
especialista da administração;
• se o especialista da administração está sujeito a padrões de desempenho técnico ou outras
exigências profissionais ou da indústria;
• a natureza e extensão de quaisquer controles dentro da entidade sobre o trabalho do
especialista da administração;
• o conhecimento e experiência do auditor sobre a área de atuação do especialista da
administração;
• a experiência prévia do auditor com o trabalho desse especialista.
Letra E: ERRADA. A evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia
eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente.
Gabarito: “D”.

60. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)


A empresa Ferragens S.A. mantém parte dos seus estoques guardada na empresa Armazéns
S.A. Ao auditar os estoques da Ferragens S.A., o auditor independente constatou a
necessidade de confirmação externa, porém a administração não permitiu o envio da
solicitação de confirmação.
Considerando-se essa situação hipotética e as normas vigentes de auditoria, é correto afirmar
que o auditor deverá
a) finalizar a realização do trabalho no momento da recusa da administração e emitir um
relatório de auditoria com ressalvas.
b) realizar procedimento de inspeção física na empresa Armazéns S.A., independentemente
de autorização da empresa auditada.
c) registrar os fatos nos papéis de trabalhos e emitir relatório de auditoria com abstenção de
opinião em relação aos estoques.

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d) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de


auditoria relevante e confiável.
e) comunicar ao controle interno da empresa auditada que a ausência de informações será
utilizada como evidência para encerrar o trabalho.
Comentários
No caso de uma eventual recusa da administração em permitir que o auditor envie
solicitações de confirmação, caberá ao auditor tomar medidas apropriadas, tais como:
indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar evidência de auditoria sobre
sua validade e razoabilidade; avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação
do dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o risco de fraude; e executar
procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter evidência de auditoria
relevante e confiável.
Por decorrência normativa expressa, o gabarito é a letra D.
Gabarito: “D”.

61. (CESPE – Auditor Fiscal/SEFAZ RS – 2019)


Com o objetivo de confirmar os saldos bancários apresentados, o auditor, por meio de cartas
registradas, solicita as informações pertinentes às instituições bancárias das quais a empresa
auditada seja cliente. Nesse caso, o auditor realiza uma
A) inspeção.
B) repetição.
C) circularização.
D) revisão analítica.
E) conciliação bancária.
Comentários
Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a
execução da auditoria. Aqui, você deve ficar atento às palavras “confirmar os saldos
bancários apresentados, o auditor, por meio de cartas registradas, solicita as informações
pertinentes às instituições...”.
A confirmação externa, ou circularização, é o procedimento que serve especial, mas não
exclusivamente, para confirmação de saldos contábeis e seus elementos. Ainda, é o
procedimento em que o auditor envia uma solicitação de confirmação para um terceiro de
fora da entidade, obtendo a resposta por meio da carta de confirmação.
Ora, fica claro que esse é o caso do enunciado (confirmação externa ou circularização).
Gabarito: “C”.

62. (CESPE / PGE PE– 2019)

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Acerca de auditoria em órgãos públicos, julgue o item subsequente.


Havendo inconsistência entre evidências de auditoria obtidas em fontes distintas, o auditor
deverá providenciar modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria necessários
para solucionar o assunto.
Comentários
De acordo com a NBC TA 500, se a evidência obtida em uma fonte é inconsistente com a
obtida em outra, ou o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem
utilizadas como evidência de auditoria, ele deve determinar quais modificações ou
acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve
considerar o efeito desse assunto, se houver, sobre outros aspectos da auditoria.
Questão, portanto, certa.
Gabarito: “CERTO”.

63. (CESPE / CGE CE– 2019)


Segundo a NBC TA 330, para detectar distorções relevantes no nível de afirmações, são
utilizados, entre outros, os procedimentos e testes que avaliam informações contábeis por
meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros e são
examinadas relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou difiram significativamente dos valores esperados.
Tais procedimentos ou testes são denominados
a) testes de controle.
b) testes de detalhes.
c) testes de observância.
d) procedimentos analíticos substantivos.
e) procedimentos de avaliação de riscos.
Comentários
Como vimos, a NBC TA 330 determina que os procedimentos substantivos (que são aqueles
planejados para detecção de distorções no nível de afirmações) incluem os procedimentos
analíticos substantivos.
Já a NBC TA 500 define procedimentos analíticos como aqueles que consistem na avaliação
das informações feita por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e
não financeiros, o que inclui a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos.
Procedimentos analíticos substantivos nada mais são do que procedimentos analíticos
utilizados como procedimentos substantivos (vale lembrar que os procedimentos, ou técnicas,
específicos previstos na NBC TA 500 podem ser utilizados tanto como procedimentos de

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avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou procedimento substantivo, dependendo


do contexto em que são aplicados).
Gabarito: “D”.

64. CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)


Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de uma não
conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados de auditoria.
Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o
item a seguir.
A adequação da evidência da auditoria está relacionada à medida da quantidade da
evidência, enquanto a suficiência da auditoria está associada à qualidade da evidência.
Comentários
Como vimos, a adequação da evidência é sua medida de QUALIDADE, enquanto que a
suficiência é medida de QUANTIDADE. O item inverteu os conceitos.

Gabarito: “ERRADO”.

65. (CESPE – Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)


A evidência circunstancial demonstra um fato que pode levar a outro fato e não é suficiente
para sustentar um achado.
Comentários
Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. O Manual de orientações técnicas de
atividade de auditoria governamental do poder executivo federal (2017, p.97) ratifica a
informação sobre a evidência circunstancial, disposta no item da questão:
5.3.2 NATUREZA DAS EVIDÊNCIAS
Quanto à natureza, as evidências de auditoria podem ser classificadas em legais e de
auditoria.
São considerados itens de evidência legal:
a) evidência direta: comprova diretamente um fato, sem que seja necessário elaborar
suposições;
b) evidência circunstancial: também conhecida como indício, demonstra um fato que pode
levar a um outro fato. Não é suficiente para sustentar um achado;

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c) evidência conclusiva: constitui sozinha prova absoluta dos fatos e das circunstâncias que
informa. É mais difícil de ser obtida, porque envolve altos custos e longos períodos de tempo;
d) evidência corroborativa: serve de suporte para outras evidências, de forma a torná-las mais
confiáveis, relevantes e úteis. Deve ser obtida a partir de fontes diferentes das evidências
originais, podendo ser internas ou externas ao órgão ou entidade auditada. A evidência que é
corroborada é mais adequada do que a evidência não confirmada. Caracteriza-se como uma
atitude de ceticismo profissional a ação do auditor interno governamental de obter
informações de outras fontes com o objetivo de corroborar as informações obtidas da
Unidade Auditada;
Gabarito: “CERTO”.

66. (CESPE - Analista Judiciário (STM) / Contabilidade / Apoio Especializado - 2018)


À luz das Normas Brasileiras de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade que
tratam do auditor independente e da auditoria independente de informação contábil
histórica, julgue o item subsequente.
A documentação de auditoria e a evidência de auditoria remetem ao mesmo conceito, ou
seja, ambas são constituídas por registros, documentos e outras informações que permitem a
obtenção de conclusões pelo auditor.
Comentários
Evidência de auditoria é parte integrante da documentação de auditoria, ou seja, a
documentação é mais ampla que a evidência. Nesse sentido, veja mais uma vez como as
normas de auditoria as definem:
Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da
evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente
também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”). [NBC TA 230(R1)] [grifo nosso]
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas
conclusões em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações
contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras
informações. [NBC TA 200(R1)] [Grifo nosso]
Gabarito: “ERRADO”.

67. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA)/Controle Externo - 2018)


A categoria de relevância de determinada evidência encontrada pela auditoria depende da
a) objetividade do auditor na obtenção da evidência.
b) efetividade do sistema de controle interno.
c) obtenção da evidência por meio de documentos originais.
d) atuação direta do auditor na obtenção da evidência.
e) natureza dos procedimentos adotados para obter a evidência.

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Comentários
A evidência de auditoria é necessária para sustentar a opinião e o relatório do auditor. Ela é
de natureza cumulativa e primariamente obtida a partir de procedimentos de auditoria
executados durante o curso da auditoria.
A questão aborda requisito de relevância de determinada evidência encontrada pela
auditoria. Segundo a NBC TA 500(R1):
Relevância
A27. A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento
de auditoria e, quando apropriado, a afirmação em consideração. A relevância das
informações a serem utilizadas como evidência de auditoria pode ser afetada pela direção
do teste. Por exemplo, se a finalidade de um procedimento de auditoria é testar para verificar
se há superavaliação na existência ou valorização das contas a pagar, testar as contas a
pagar registradas pode ser um procedimento de auditoria relevante. Por outro lado, para
testar se há subavaliação na existência ou valorização das contas a pagar, testar as contas a
pagar registradas não seria relevante, mas testar informações como desembolsos
subsequentes, faturas não pagas, faturas de fornecedores e exceções apontadas nos
relatórios de recebimento de mercadorias podem ser relevantes.
A28. Um dado conjunto de procedimentos de auditoria pode fornecer evidência relevante
para certas afirmações, mas não para outras. [...] [Grifo nosso]
Pelo exposto, podemos dizer que a relevância da evidência de auditoria depende da natureza
dos procedimentos aplicados.
Gabarito: “E”.

68. (CESPE – (Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018)


Cadeia de evidências composta por códigos, referências cruzadas e registros que conectam
saldos de contas e outros resultados a dados originais de transações é denominada
a) evidência relevante.
b) evidência apropriada.
c) trilha de auditoria.
d) papel de trabalho.
e) afirmação de auditoria.
Comentários
Questão doutrinária (e atípica), acerca da definição de trilha de auditoria. William C. Boynton
e Outros (Auditoria, Atlas, 2002) enfatiza que o sistema contábil de uma entidade deve
fornecer uma trilha de auditoria (trilha de transação) completa, para cada transação. “Uma
trilha de auditoria é uma cadeia de evidências composta por códigos, referência cruzadas e
documentação que conectam saldos de contas e outros resultados aos dados originais de

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transações”. Assim, é feito um mapeamento, mostrando as relações existentes entre as


transações, para possibilitar a aferição do cálculo do saldo das contas. Em outros termos,
trilha de auditoria é uma técnica que permite o acompanhamento de todas as atividades que
afetam um determinado conjunto de informações, como um registro de dados, desde o
momento em que ele entra em um sistema até o instante em que é removido.
Gabarito: “C”.

69. (CESPE – CGM João Pessoa / Auditor Municipal de Controle Interno – 2018)
A respeito dos objetivos e dos procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue
o item a seguir.
O auditor, para tirar conclusões sobre a aplicação dos seus procedimentos, deverá considerar
o conjunto de evidências observando se tal conjunto é suficiente e adequado; entretanto, em
caso de análise quantitativa para conclusões em um relatório sem problemas a mencionar,
sendo suficiente esse conjunto, a suficiência será dispensável.
Comentários
A primeira parte da questão está certa. Obtém-se segurança razoável quando o auditor
coleta evidência de auditoria apropriada e suficiente para a reduzir o risco de auditoria. Nesse
contexto, a suficiência e adequação da evidência de auditoria estão inter-relacionadas. A
suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. Já a adequação é a medida
da qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua relevância e sua confiabilidade para
fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor.
A segunda parte da questão está errada. Além de confusa e mal escrita, podemos entender
que tanto a suficiência quanto a adequação são características inerentes a qualquer
evidência. Além disso, a obtenção de mais evidência de auditoria não compensa a sua má
qualidade. Dessa forma, suficiência e adequação são indispensáveis tanto em análises
quantitativas quanto qualitativas.
Gabarito: “ERRADO”.

70. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) - 2018)


As evidências de auditoria possuem diferentes níveis de persuasão quanto à validação das
informações. Nesse sentido, no que se refere à fonte, o documento que fornece maior
segurança e confiabilidade é
a) a planilha de recálculo efetuado pelo auditor.
b) o relatório de observação física do auditor.
c) o relatório de controle interno.
d) a nota fiscal eletrônica de fornecedor.
e) o extrato bancário fornecido pela empresa auditada.
Comentários

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Quando o auditor executa procedimentos de auditoria, deve-se considerar a relevância e a


confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. Sobre o tema
confiabilidade da evidência, a NBC TA 500(R1) estabelece as seguintes diretrizes:
Confiabilidade
Item A31. A confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria e,
portanto, da própria auditoria, é influenciada pela sua fonte e sua natureza, e as
circunstâncias nas quais são obtidas, incluindo os controles sobre sua elaboração e
manutenção, quando relevante. Portanto, generalizações sobre a confiabilidade de vários
tipos de evidência de auditoria estão sujeitas a importantes exceções. Mesmo quando as
informações a serem utilizadas como evidência de auditoria são obtidas de fontes externas à
entidade, podem existir circunstâncias que podem afetar a sua confiabilidade. Por exemplo,
informações obtidas de fonte externa independente podem não ser confiáveis se a fonte não
tiver conhecimento ou se for possível que especialista da administração não tenha
objetividade. Embora reconhecendo que podem existir exceções, as seguintes
generalizações sobre a confiabilidade da evidência de auditoria podem ser úteis:
• a confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes
independentes fora da entidade;
• a confiabilidade da evidência de auditoria gerada internamente é maior quando os
controles relacionados, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, impostos
pela entidade, são efetivos;
• a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor (por exemplo, a observação da
aplicação de um controle) é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida
indiretamente ou por inferência (por exemplo, indagação a respeito da aplicação de
controle);
• a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia eletrônica ou de outro
tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo, uma ata de
reunião elaborada tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal
subsequente dos assuntos discutidos);
• a evidência de auditoria fornecida por documentos originais é mais confiável do que a
evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram
filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja
confiabilidade pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção [grifo nosso].
A questão quer saber qual das evidências enumeradas nas alternativas é a mais confiável.
Para fundamentar a sua resposta, ACREDITAMOS que a banca tomou por base uma das
generalizações sobre a confiabilidade da evidência de auditoria acima, qual seja, “a
confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de fontes independentes
fora da entidade”. Nesse caso, a única que poderia ser obtida externamente à entidade
auditada seria a nota fiscal eletrônica de fornecedor. Além disso, essa nota fiscal é um
documento formal, fazendo com ela cumpra mais outra generalização quanto a sua
confiabilidade – “a evidência de auditoria em forma de documentos, em papel, mídia

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eletrônica ou de outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente”. Já as


evidências enumeradas nas demais alternativas, todas são obtidas por fontes internas.
Por outro lado, se tomarmos por base outra generalização possível no caso em tela, qual seja,
“a evidência de auditoria obtida diretamente pelo auditor é mais confiável do que a evidência
de auditoria obtida indiretamente ou por inferência”, haveria duas outras alternativas
corretas - o relatório de observação física do auditor e a planilha de recálculo efetuado pelo
auditor. Isso levaria a anulação da questão. Ressaltamos que nem sempre as questões estão
bem redigidas e explicadas. Temos que ficar atentos e escolher a melhor alternativa.
Gabarito: “D”.

71. (CESPE - Analista de Controle (TCE-PR) / Contábil - 2016)


Uma evidência de auditoria que tenha sido obtida comprovando-se a existência real de
recursos humanos, instalações, imóveis ou equipamentos é denominada evidência
a) analítica.
b) física.
c) testemunhal.
d) por confirmação de terceiros.
e) documental
Comentários
Questão aborda aspecto doutrinário acerca da classificação da evidência de auditoria.
Crepaldi explicita que:
“As informações que fundamentam os resultados de auditoria são chamadas de evidências,
que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para
as conclusões e recomendações à administração da entidade. Portanto, temos os tipos de
evidência mencionados a seguir:
- Analítica: comparações com expectativas desenvolvidas com base em experiência anterior,
orçamento, dados e conhecimento;
- Documentárias: diversos tipos de documentos em poder do auditado que podem ser
inspecionados durante a auditoria;
- Eletrônicas: informações produzidas e mantidas em meio eletrônico;
- Confirmação: tipo especial de evidência documentária que envolve, por escrito, respostas
diretas e solicitações escritas;
- Matemática: recálculo, do auditor, de valores utilizados na preparação das demonstrações
contábeis;
- Física: evidência obtida em exame físico ou inspeções de ativos tangíveis;

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- Representação por escrito: declarações que abordam afirmações da administração,


assinadas por pessoas responsáveis e competentes.
- Verbal: o auditor, muitas vezes, recebe evidência verbal em resposta às perguntas dirigidas a
executivos e funcionários.” [Auditoria Contábil: teoria e prática. 10ª ed. São Paulo: Atlas,
2016, p.194] [Grifo nosso]
Analisando a situação descrita no enunciado, o que prevalece é o aspecto material, ou seja, a
existência real de algo tangível (evidência física).
Gabarito: “B”.

72. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração - 2016)


Com relação ao que dispõem as Normas Técnicas de Auditoria (NBC–TA), julgue o próximo
item.
A qualidade da evidência de auditoria é medida pela sua suficiência, que é composta por
aspectos como a relevância e a confiabilidade da informação que dará suporte às conclusões
do auditor.
Comentários
Item errado. A questão inverteu as características de suficiência e adequação, segundo a NBC
TA 200 (R1). Veja:
A30. A adequação é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a sua
relevância e confiabilidade no suporte das conclusões em que se baseia a opinião do auditor.
A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das
circunstâncias individuais em que são obtidas. [Grifo nosso]
Gabarito: “ERRADO”.

73. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Na execução de procedimentos de controle interno, um auditor
acompanhou os procedimentos adotados por um agente público municipal durante a
execução de uma operação. Em seu relatório, o auditor descreveu os referidos
procedimentos bem como analisou os riscos da ação executada pelo agente público.
Assertiva: Nessa situação, conclui-se que o auditor realizou uma revisão analítica.
Comentários
Item errado. No caso em tela, o procedimento adotado é a observação ao invés da revisão
analítica. A chave para a questão é “o auditor acompanhou procedimentos adotados por um
agente público...”.
Segundo a NBC TA 500(R1):
Observação

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A17. A observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros,


por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da
entidade ou da execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de
auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no
tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a
maneira como o processo ou procedimento é executado. [Grifo nosso]
Já a revisão analítica (atualmente designada por procedimento analítico) consiste na
avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados
financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de
flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou seja, eles são
utilizados quando há atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por meio da
“verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes,
quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou
tendências atípicas”.
Desse modo, temos que a observação é um exame de auditoria voltado para verificar como
certas atividades estão sendo executadas, enquanto a revisão analítica é um exame voltado
para constatações das “atipicidades”.
Gabarito: “ERRADO”.

74. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Inspeção consiste em verificar os registros das transações contábeis por meio da análise de
documentos e ativos tangíveis.
Comentários
Item certo. Durante a fase de execução dos trabalhos, o auditor aplica diversos
procedimentos em busca de evidências.
Segundo a NBC TA 500(R1):
Inspeção
A14. A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em
forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A
inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de
confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e
documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção
utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização. [Grifo
nosso]
Palavras chave a serem analisadas: exame (análise) de registros ou documentos, e exame
físico de ativos (tangíveis).

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Gabarito: “CERTO”.

75. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Um auditor refez os cálculos de uma planilha para a correção monetária
de certa dívida municipal e, com o objetivo de averiguar as distorções encontradas, releu
alguns documentos a fim de confirmar os termos que poderiam ter afetado os cálculos
testados.
Assertiva: Nessa situação, conclui-se que foi realizada uma revisão analítica para
complementar as conclusões do auditor sobre a conferência do cálculo.
Comentários
Item errado. No caso em tela, o procedimento realizado foi o recálculo ao invés de revisão
analítica.
Segundo a NBC TA 500(R1):
Recálculo
A19. O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou
registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. [Grifo nosso]
Como vimos, a revisão analítica (atualmente designada procedimento analítico) consiste na
avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados
financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de
flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou seja, eles são
utilizados quando há atipicidades ou anormalidades.
Desse modo, temos que o recálculo é um exame de auditoria voltado para constatações da
veracidade das demonstrações contábeis quanto à exatidão matemática, enquanto a revisão
analítica é um exame voltado para constatações das “atipicidades”.
Gabarito: “ERRADO”.

76. (CESPE Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade/ Administrativa - 2017)


Ao examinar as demonstrações financeiras de uma entidade, o auditor verifica as relações
entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros simples, faz a análise
vertical das demonstrações, coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas
etc. Nesse caso, ao utilizar modelos matemáticos e estatísticos, como a análise de regressão,
o auditor adota o procedimento denominado
a) inspeção.
b) confirmação.
c) recálculo.

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d) contagem.
e) revisão analítica.
Comentários
Questão aborda a aplicação de um procedimento de auditoria com o objetivo de verificar as
relações entre dados que envolvem cálculos e o emprego de índices financeiros por meio do
procedimento de revisão analítica. A revisão analítica (atualmente designada por
procedimentos analíticos) consiste na avaliação das informações feitas por meio de estudo
das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros (trecho chave do
enunciado: “o auditor verifica as relações entre dados...”). Os procedimentos analíticos
incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos, ou seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades (outro
trecho chave: “coteja quantias reais com dados históricos e quantias orçadas...”). Isso é
realizado por meio da verificação do comportamento de valores significativos, mediante
índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de
situação ou tendências atípicas. A tolerância, fixada antes de ser realizado o teste, é a
máxima diferença aceitável entre os valores esperados (projetados pelo modelo) e os valores
reais que forem observados. Ultrapassado esse limiar, considera-se não explicada a variação,
o que demanda explicações e testes adicionais. Essa tolerância pode ser especificada como
um determinado valor monetário, um percentual predeterminado, uma combinação de
ambos ou, mais raramente, através do resultado de modelos estatísticos mais sofisticados. Se
o auditor desejar entrar em maior profundidade estatística, poderá aplicar procedimentos
adicionais que permitem ao modelo captar variações nos dados que não se encaixem na
hipótese de dependência linear estrita de uma variável em relação a outra.
Demais alternativas:
A) inspeção física: exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de
papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. [NBC TA 500]
Letra B) confirmação externa: é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito
direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico
ou outro meio. [NBC TA 505]
Letra C) recálculo (conferência de cálculos) que consiste na verificação da exatidão
matemática de documentos ou registros. [NBC TA 500]
Letra D) contagem: as duas implicações mais usuais de contagem são (1) a contagem física de
recursos tangíveis, tais como caixa em tesouraria ou o estoque em mãos, e (2) localização de
todos os documentos pré-numerados. A primeira constitui uma forma de avaliação da
evidência física, enquanto a segunda pode ser vista como uma forma de avaliação dos
controles internos da companhia, mediante evidência objetiva da integridade dos registros
contábeis. Contagem proporciona evidência ascendente, cujo contexto econômico deve
inicialmente ser buscado, via evidência descendente. [William C. Boynton e outros (Auditoria,
Atlas, 2002)]

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Gabarito: “E”.

77. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)


Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros
contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área,
circularização, conciliação e revisão analítica.
Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o
item seguinte.
Na revisão analítica, o auditor deve considerar a disponibilidade de informações, sua
relevância, confiabilidade e comparabilidade.
Comentários
Item certo. Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizado pelo auditor –
Procedimento Analítico (antigamente denominado “revisão analítica”). Segundo a NBC TA
520, “procedimento analítico significa avaliações de informações contábeis por meio de
análise das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Procedimentos
analíticos compreendem, também, o exame necessário de flutuações ou relações identificadas
que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que diferem significativamente
dos valores esperados.”, ou seja, eles são utilizados quando há atipicidades ou
anormalidades. Isso é realizado por meio da “verificação do comportamento de valores
significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com
vistas à identificação de situação ou tendências atípicas”.
A NBC TA 520 ratifica as informações dispostas no item da questão. Veja:
Procedimentos analíticos substantivos
5. Quando planejar e executar procedimentos analíticos substantivos, isoladamente ou em
combinação com testes de detalhes, tais como procedimentos substantivos de acordo com a
NBC TA 330, item 18, o auditor deve:
(a) determinar a adequação de procedimentos analíticos substantivos específicos para
determinadas afirmações, levando em consideração os riscos avaliados de distorção relevante
e testes de detalhes, se houver, para essas afirmações;
(b) avaliar a confiabilidade dos dados em que se baseia a expectativa do auditor em
relação a valores registrados ou índices, levando em consideração a fonte,
comparabilidade, natureza e relevância das informações disponíveis, e os controles sobre a
elaboração dos dados;
(c) desenvolver uma expectativa de valores registrados ou índices, e avaliar se a
expectativa é suficientemente precisa para identificar uma distorção que, individualmente ou
em conjunto com outras distorções, pode fazer com que as demonstrações contábeis
apresentem distorções relevantes; e

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(d) determinar o valor de qualquer diferença entre valores registrados e valores


esperados que seja aceitável sem exame adicional conforme requerido pelo item 7. [Grifos
nossos]
Gabarito: “CERTO”.

78. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP)/Financeira e Auditoria Interna - 2018)


Durante a execução de seus trabalhos, tendo verificado não conformidades nos registros
contábeis de entidade estatal, o auditor realizou entrevistas com os responsáveis da área,
circularização, conciliação e revisão analítica.
Considerando essa situação hipotética e os múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o
item seguinte.
A circularização é a técnica utilizada para a obtenção de declaração formal e independente de
partes internas da área auditada.
Comentários
Segundo a NBC TA 505, “confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como
resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no
formato eletrônico ou outro meio”. Dessa forma, há um erro sutil – em regra, as informações
são obtidas de partes externas da área auditada, ao invés de internas.
Veja mais uma vez o esquema que resume as principais informações sobre as Confirmações
Externas:

Gabarito: “ERRADO”.

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79. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018)


O contador de determinada empresa considerou, equivocadamente, o valor bruto das vendas
de longo prazo, em vez do lucro dessas vendas, na apuração do valor da reserva de lucros a
realizar a ser registrado no patrimônio líquido da entidade. Uma auditoria independente nas
demonstrações contábeis identificou, além da referida distorção de registro, uma falsificação
de notas fiscais de saída, com a respectiva subtração indevida de estoques, o que gerou
distorção no valor do ativo. Essas foram as únicas distorções encontradas nas demonstrações
contábeis.
Relativamente aos estoques, um procedimento correto a ser adotado pelo auditor na
situação apresentada no texto consistiria em
a) registrá-los pelo preço de compra somado aos impostos, a outros tributos (exceto os
recuperáveis) e aos custos de transporte.
b) verificar a existência de banco de dados de credores e de segregação de função entre os
setores de compra e orçamento.
c) proceder à contagem física ou à checagem do inventário físico.
d) permitir a continuidade das operações no estoque mesmo durante o inventário e a
contagem física.
e) registrá-los pelo custo de aquisição ou de fabricação, deduzido da provisão, para ajustá-lo
ao valor de mercado.
Comentários
Questão aborda o procedimento a ser adotado pelo auditor diante de uma das distorções
detectadas por ele, qual seja: falsificação de notas fiscais de saída, com a respectiva
subtração indevida de estoques.
A NBC TA 501 - Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados
versa sobre aspectos da conta Estoque do ativo, assim como litígios e reclamações,
envolvendo a entidade, e informações por segmentos na auditoria das demonstrações
contábeis. A respeito de considerações específicas sobre o Estoque, diz o normativo:
4. Se o estoque for relevante para as demonstrações contábeis, o auditor deve obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação a existência e as condições do
estoque mediante:
(a) acompanhamento da contagem física dos estoques, a não ser que seja impraticável,
para:
(i) avaliar as instruções e os procedimentos da administração para registrar e controlar os
resultados da contagem física dos estoques da entidade;
(ii) observar a realização dos procedimentos de contagem pela administração;
(iii) inspecionar o estoque; e
(iv) executar testes de contagem; e

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(b) execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da entidade para
determinar se refletem com precisão os resultados reais da contagem de estoque. [Grifos
nossos]
Gabarito: “C”.

80. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) / 2018)
Acerca dos procedimentos de auditoria, julgue o item subsequente.
É vedado ao auditor utilizar a indagação oral, mesmo com o uso de questionários e a
realização de entrevistas com os funcionários da entidade auditada, para obter dados e
informações.
Comentários
Nos termos da NBC TA 500 (item A22), a “indagação consiste na busca de informações junto a
pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade (...) As
indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais
informais”. Portanto, o item está ERRADO.
Diz ainda a NBC TA 500 que, embora a indagação possa fornecer importante evidência de
auditoria e possa produzir evidência de distorção, ela – sozinha – geralmente não fornece
evidência de auditoria suficiente da ausência de distorção relevante no nível da afirmação
nem da eficácia operacional dos controles. Em outros termos, a indagação produz evidência
quanto à existência de distorção, porém (geralmente) não é capaz de produzir evidência da
ausência de distorção e nem tampouco da eficácia dos controles.
Gabarito: “ERRADO”.

81. (CESPE – Analista de Controle (TCE-PR) / Contábil – 2016)


Assinale a opção correta, relativamente aos procedimentos analíticos em trabalhos de
auditoria.
a) Os procedimentos analíticos, em função do seu caráter detalhista, só devem ser aplicados
a pequenos volumes de transações.
b) Com o fim de evitar a ocorrência de algum viés em seu trabalho, nos procedimentos
analíticos o auditor deve desconsiderar o desempenho de entidades do mesmo setor de
atividade da entidade auditada.
c) A fim de manter a consistência do relatório, em cada auditoria realizada o auditor deve
selecionar um procedimento analítico único e específico para ser executado.
d) Os procedimentos analíticos que forem realizados por administradores da própria entidade
auditada deverão ser desprezados ou realizados novamente pelo auditor.
e) Nos procedimentos analíticos, podem-se incluir informações que se mostrem
contraditórias ou inconsistentes com outras informações relevantes ou que produzam valores
inesperados.

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Comentários
Questão aborda aspectos gerais dos procedimentos analíticos. Vamos avaliar cada assertiva,
especialmente considerando a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos.
A) ERRADA. A NBC TA 520 diz o contrário. Veja:
A6. Os procedimentos analíticos substantivos são geralmente mais aplicáveis a grandes
volumes de transações que tendem a ser previsíveis ao longo do tempo. A aplicação de
procedimentos analíticos planejados baseia-se na expectativa de que existem relações entre
os dados e que as relações continuam na ausência de condições conhecidas que indiquem o
contrário. Entretanto, a adequação de procedimento analítico específico depende da
avaliação do auditor sobre o quão efetivo ele é para detectar uma distorção que,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, pode fazer com que as
demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes. [Grifo nosso]
Letra B) ERRADA. Também está em desconformidade com a NBC TA 520. Veja:
A1. Os procedimentos analíticos incluem, por exemplo, levar em consideração comparações
de informações contábeis e financeiras da entidade:
• informações comparáveis de períodos anteriores;
• resultados previstos pela entidade, tais como orçamentos ou previsões, ou expectativas do
auditor, como uma estimativa de depreciação;
• informações de entidades do mesmo setor de atividade, como a comparação entre índices
de vendas e contas a receber com as médias do setor ou com outras entidades de porte
comparável do mesmo setor. [Grifo nosso]
Letra C) ERRADA. Ela está em desconformidade com a NBC TA 520. Veja:
A3. Podem ser usados diversos métodos para executar procedimentos analíticos. Esses
métodos variam desde a realização de comparações simples até análises complexas usando
técnicas estatísticas avançadas. Os procedimentos analíticos podem ser aplicados para
demonstrações contábeis consolidadas, componentes e elementos individuais de informação.
[Grifo nosso]
Letra D) ERRADA. Também não está de acordo com a NBC TA 520. Veja:
A5. O auditor pode indagar a administração sobre a disponibilidade e confiabilidade das
informações necessárias para aplicar procedimentos analíticos substantivos, e sobre os
resultados de quaisquer procedimentos analíticos realizados pela entidade. Pode ser eficaz
usar dados analíticos elaborados pela administração, desde que o auditor esteja satisfeito
de que esses dados foram adequadamente elaborados. [Grifo nosso]
Letra E) CORRETA. Essa sim está em conformidade com a NBC TA 520. Veja:
7. Se os procedimentos analíticos executados de acordo com esta Norma identificam
flutuações ou relações que são inconsistentes com outras informações relevantes ou que
diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor deve examinar essas
diferenças por meio de:

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(a) indagação à administração e obtenção de evidência de auditoria apropriada e


relevante para as respostas da administração; e
(b) aplicação de outros procedimentos de auditoria conforme necessário nas
circunstâncias
Gabarito: “E”.

82. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração / Fiscalização / 2016)


Com relação aos instrumentos de fiscalização da auditoria bem como ao seu planejamento e
à sua execução, julgue o item seguinte.
A circularização de contas a receber é um dos procedimentos mais adotados pelo auditor. O
pedido de confirmação positivo consiste em solicitar que o credor responda somente quando
a informação estiver correta.
Comentários
Item errado. A questão aborda o procedimento de circularização (confirmações externas).
Segundo a NBC TA 505, “confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta
por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato
eletrônico ou outro meio”.
Houve, na questão, confusão com relação à confirmação positiva (espera-se uma resposta em
qualquer caso – concordância ou discordância da parte que confirma) e à confirmação
negativa (espera-se uma resposta somente em caso de discordância da parte que confirma).
Gabarito: “ERRADO”.

83. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA) / Administração - 2016)


No tocante às evidências de auditoria, julgue o próximo item.
Consideram-se ineptas como evidências para sustentar a opinião e o relatório do auditor
informações obtidas por profissionais especialmente contratados pela entidade, bem como
aquelas elaboradas especificamente para corroborar as afirmações de sua administração.
Comentários
Item errado. Ao contrário do que afirma o item, as evidências advindas de outros
profissionais ou especialistas não são ineptas, mas servem perfeitamente para sustentar a
opinião do auditor. Inclusive quando a entidade deixa de utilizar conhecimento especializado,
o risco de distorção relevante aumenta, segundo a NBC TA 500. Além disso, o auditor deve
tomar alguns cuidados quando utilizar dessas evidências, tais como: avaliar a competência e
as habilidades desse especialista. Veja:
8. Se as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria forem elaboradas com
a utilização de um especialista da administração, o auditor deve, na medida necessária,
levando em conta a importância do trabalho desse especialista para os propósitos do
auditor:

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(a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista;


(b) obter entendimento do trabalho do especialista; e
(c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria
para a afirmação relevante.
[...]
A34. A elaboração das demonstrações contábeis da entidade pode exigir conhecimento
especializado em outro campo que não a contabilidade ou a auditoria, como cálculos
atuariais, avaliações ou dados de engenharia. A entidade pode empregar ou contratar
especialistas desses campos para obter o conhecimento especializado necessário para a
elaboração das demonstrações contábeis. Deixar de fazê-lo quando tal conhecimento
especializado é necessário aumenta os riscos de distorção relevante. [Grifo nosso]
Gabarito: “ERRADO”.

84. (CESPE - Contador (DPU) - 2016)


A respeito do planejamento dos trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro,
dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue o próximo item.
Nem sempre é necessário que o auditado responda aos pedidos de confirmação solicitados
pelo auditor.
Comentários
Como vimos, no caso da confirmação negativa o auditado só responde diretamente ao
auditor caso discorde das informações solicitadas. Isso confirma o entendimento de que nem
sempre é necessário que o auditado responda aos pedidos de confirmação solicitados pelo
auditor.
Gabarito: “CERTO”.

85. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA)/Infraestrutura - 2018)


Os testes de auditoria que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e
validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da entidade são denominados
a) aprovações.
b) observância.
c) salvaguarda.
d) segregações.
e) substantivos.
Comentários
Questão aborda um dos procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor durante a
realização de seus trabalhos – os testes substantivos. Vejam que, nesse caso, o enunciado

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não define o escopo (se auditoria independente ou interna), mas exige conhecimento da NBC
TI 01 – Auditoria Interna.
O normativo mencionado define os testes de observância e os testes substantivos:
12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna
12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações,
incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter
subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da
entidade.
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na
sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. [Grifo
nosso]

Gabarito: “E”.

86. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA) / Controle Externo - 2018)


Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a
a) existência dos componentes patrimoniais em determinada data.
b) existência e a efetividade dos controles internos.
c) ocorrência efetiva das transações contabilmente registradas.

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d) conformidade entre os mecanismos de avaliação patrimonial e as normas.


e) existência de eventos ou itens patrimoniais não registrados.
Comentários
Mais uma que exige conhecimento dos procedimentos de auditoria trazidos no escopo da
NBC TI 01 – Auditoria Interna. Veja mais uma vez:
12.2.3.2 – Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os
controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na
sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
Chave para matar questão é associar os testes de observância (ou os testes de controle, no
escopo da NBC TA 500) aos controles internos. A única assertiva que menciona os controles
internos é a letra B.
Gabarito: “B”.

87. (CESPE- Auditor (FUB) - 2013)


No que concerne aos testes e procedimentos de auditoria e à revisão analítica, julgue o item
que se segue.
O auditor, ao examinar as rotinas adotadas pelos servidores de um órgão e as comparar com
os manuais da organização e as suas normas de funcionamento, estará efetuando um teste
de observância.
Comentários
Item certo. A situação apresentada coincide com um dos procedimentos que devem ser
adotados na aplicação dos testes de observância – a observação. Veja:
Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles
internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive
quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na sua
aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. [Item 12.2.3.2,
NBC TI 01] [Grifo nosso]

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Gabarito: “CERTO”.

88. (CESPE – Analista Judiciário (TRE TO)/Contabilidade / Administrativa – 2017)


Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à auditoria interna, os
procedimentos de auditoria interna consistem em exames e investigações que
a) incluem testes de observância e testes substantivos, possibilitando ao auditor a obtenção
de subsídios para fundamentar as conclusões.
b) abrangem testes e processos desconhecidos de uso dos auditores externos, tal como a
confirmação.
c) abarcam testes substantivos distintos dos da auditoria independente, tais como inspeções
e investigações.
d) possuem finalidade e conceitos distintos dos da auditoria externa; consequentemente,
com resultados adversos.
e) utilizam testes com nomenclaturas conhecidas de uso dos auditores externos, como, por
exemplo, as inspeções, porém com conceitos e finalidades distintas.
Comentários
Questão de aplicação direta dos conceitos previstos na NBC TI 01 – Auditoria Interna. Veja:
12.2.3 – Procedimentos da Auditoria Interna
12.2.3.1 – Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações,
incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno
obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à
administração da entidade.
Os testes e procedimentos de auditoria utilizados pelo auditor interno e externo são, em sua
essência, os mesmos (tanto as suas definições e os conceitos, bem como as suas finalidades).

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Vimos, por exemplo, que o conceito de Inspeção previsto nas normas de auditoria
independente é praticamente o mesmo daquele previsto na norma de auditoria interna. O
mesmo acontece com a Observação.
Gabarito: “A”.

89. (CESPE / TCU – 2015)


Com relação aos procedimentos necessários para a realização e a correta conclusão da
auditoria, julgue o item.
Caso considere que a avaliação da realização de determinado processo ou que a avaliação da
prestação de determinado serviço pela entidade auditada é essencial para a formação de sua
opinião, o auditor deve realizar uma inspeção física apropriada.
Comentários
Trecho chave do enunciado a ser levado em consideração: “avaliação da realização de
determinado processo ... pela entidade auditada...”.
Segundo a NBC TA 500, especificamente item A17, “a observação consiste no exame do
processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da
contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de
controle”.
A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou
procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de
que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é
executado. Já a inspeção (física) envolve o exame de registros ou documentos, internos ou
externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de
um ativo.
Portanto o item erra ao dizer que o procedimento em análise é a Inspeção Física. Estamos
diante da Observação.
Gabarito: “ERRADO”.

90. (CESPE - Auditor (FUB) - 2013)


No que concerne aos testes e procedimentos de auditoria e à revisão analítica, julgue o item
que se segue.
Uma das características da revisão analítica consiste na fixação de uma diferença máxima
aceitável entre os valores observados e os esperados, que pode ser expressa em valor
monetário, percentual, uma combinação de ambos ou, mais raramente, mediante o resultado
de modelos estatísticos mais sofisticados.
Comentários
Item certo. Vimos que a revisão analítica (atualmente denominada procedimentos analíticos)
consiste na avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre

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dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a


investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras
informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos, ou seja,
eles são utilizados quando há atipicidades ou anormalidades. Isso é realizado por meio da
verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes,
quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências
atípicas. A tolerância, fixada antes de ser realizado o teste, é a máxima diferença aceitável
entre os valores esperados (projetados pelo modelo) e os valores reais que forem
observados. Ultrapassado esse limiar, considera-se não explicada a variação, demandando
explicações e testes adicionais. Essa tolerância pode ser especificada como um determinado
valor monetário, um percentual predeterminado, uma combinação de ambos ou, mais
raramente, através do resultado de modelos estatísticos mais sofisticados. Se o auditor
desejar entrar em maior profundidade estatística, poderá aplicar procedimentos adicionais
que permitem ao modelo captar variações nos dados que não se encaixem na hipótese de
dependência linear estrita de uma variável em relação a outra.
Gabarito: “CERTO”.

91. (CESPE - Analista Judiciário (TRE BA) / Contabilidade/ Administrativa - 2010)


Com relação às normas de auditoria interna, julgue o item a seguir.
A obtenção de informações acerca dos assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da
auditoria interna exclui os testes substantivos nas avaliações das informações obtidas.
Comentários
Item errado. O auditor interno utiliza tanto os testes substantivos quantos os de observância
para obtenção de evidências para fundamentar suas conclusões e recomendações à
administração da entidade, segundo a NBC TI 01. Dessa forma, o erro está em “excluir” os
testes substantivos nas avaliações das informações obtidas.
Gabarito: “ERRADO”.

92. (VUNESP/ Pref. São Bernardo do Campo – Contador – 2018)


Na hipótese de o auditor possuir dúvidas a respeito da confiabilidade das informações a
serem utilizadas como evidência de auditoria ou na hipótese de a evidência de auditoria
obtida em uma fonte ser inconsistente com a obtida em outra, de acordo com a NBC TA 500,
deverá o auditor
a) sempre considerar adequadas e suficientes as informações contidas nos registros
contábeis que suportam as demonstrações contábeis, desprezando informações obtidas de
outras fontes.
b) consultar especialista em contabilidade da administração com atribuição, no âmbito da
entidade, para auxiliá-la na elaboração das demonstrações contábeis.

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c) classificar as informações conforme sua relevância e suficiência para os propósitos da


auditoria, com base em avaliação de riscos de distorção conforme a exatidão, a integridade, a
precisão e o detalhamento das informações, desprezando as menos consistentes.
d) deixar de documentar a inconsistência no livro de ocorrências de achados, a fim de não
interferir tampouco influenciar a conclusão final.
e) determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de auditoria são
necessários para solucionar o assunto e deve considerar, se houver, o efeito desse assunto
sobre outros aspectos da auditoria.
Comentários
De acordo com a NBC TA 500, se a evidência obtida em uma fonte é inconsistente com a
obtida em outra, ou o auditor tem dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem
utilizadas como evidência de auditoria, ele deve determinar quais modificações ou
acréscimos aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto e
deve considerar o efeito desse assunto, se houver, sobre outros aspectos da auditoria.
Questão, portanto, cobra o entendimento acima disposto.
Gabarito: “E”.

93. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2018)
Quanto aos procedimentos de auditoria,
a) a inspeção consiste no exame de processos ou procedimento executados por outros.
b) a observação consiste no exame de registros e documentos, ou o exame físico de um ativo.
c) a reexecução envolve a execução, pelo auditor, independentemente de procedimentos e
controles.
d) a indagação é um procedimento que permite ao auditor obter informações com terceiros,
não pertencentes à entidade auditada.
e) a confirmação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento,
dentro ou fora da entidade.
Comentários
A: ERRADA. Conceito apresentado é da Observação;
B: ERRADA. Trata-se da Inspeção.
C: ERRADA (gabarito preliminar). De acordo com a NBC TA 500, a reexecução envolve a
execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram
originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. DO jeito que foi
escrita, a assertiva contém um erro, pois a execução dos procedimentos é que é feita de
forma independente pelo auditor.
D: ERRADA, uma vez que a indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com
conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade.

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E: ERRADA. Trata-se da Indagação.


Gabarito: “ANULADA”.

94. (VUNESP/ PAULIPREV – Agente Previdenciário – 2018)


Propiciar a verificação periódica da exatidão dos registros contábeis e transferir para o
resultado as diferenças apuradas é objetivo do
a) levantamento físico.
b) tempo de reposição.
c) estoque mínimo.
d) giro de estoque.
e) controle de estoque.
Comentários
Questão doutrinária acerca do procedimento de auditoria denominado “levantamento
físico”. Segundo Francischini (2002, p. 243), “O objetivo do levantamento físico é propiciar a
verificação periódica da exatidão dos registros contábeis para poder avaliar o lucro e
transferir para o resultado as diferenças apuradas”. Assim, os inventários são mecanismos
adotados pelas organizações que possibilitam controle efetivo das atividades empresariais e
dos respectivos registros, auxiliando os gestores das empresas a realizarem as devidas
correções em seus ativos, proporcionando aquelas condições mais apropriadas para a melhor
tomada de decisão empresarial.
Segundo Pozo (2002), existem dois tipos de inventários: os inventários gerais e os rotativos
ou, ainda, cíclicos. Os gerais, que correspondem ao levantamento sistemático dos ativos
relacionados à produção e ao patrimônio geral da Organização são realizados, via de regra, ao
final do exercício do ano fiscal. Já no inventário rotativo ou cíclico, selecionam-se
determinados grupos de produtos, feita a sua contagem e caso ocorra divergência, procede-
se a recontagem desses itens, congela-se ou paralisa-se todas as movimentações daquele
grupo em particular para que seja feita a sua contagem e caso ocorra divergência, procede-se
a recontagem desses itens.
Gabarito: “A”.

95. (VUNESP/ ARSESP – Especialista em Regulação – Econômico Financeira – 2018)


Para fins das normas de auditoria, o termo _____________ significa avaliações de
informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros e
não financeiros. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto.
a) teste substantivo
b) análise sintética
c) revisão

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d) análise de risco
e) procedimento analítico
Comentários
De acordo com a NBC TA 500, item A21, “os procedimentos analíticos consistem em
avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados
financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de
flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos”.
Gabarito: “E”.

96. (VUNESP/ Pref. Registro – Contador – 2018)


Em consonância com as Normas Brasileiras de Contabilidade, especificamente ao se tratar de
procedimentos de auditoria independente (NBC TA 200), o auditor pode aceitar registros e
documentos como genuínos. Todavia, exige-se que o auditor considere a confiabilidade das
informações a serem usadas como evidências de auditoria. Em casos de dúvida a respeito da
confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude, as normas de auditoria
exigem que o auditor faça investigações adicionais e determine que modificações ou adições
aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto. Dentre os
procedimentos adicionais para confirmação de saldo, é correto citar:
a) revisão analítica.
b) expedição da carta de representação da administração.
c) expedição de cartas de confirmações com terceiros – circularização.
d) obtenção de relatórios gerenciais.
e) amostragem aleatória.
Comentários
A NBC TA 500 nos diz que a evidência para a obtenção de conclusões para fundamentar a
opinião do auditor é conseguida pela execução de:
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: testes de controles, quando
exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e procedimentos
substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos.
A norma elenca ainda uma série de procedimentos específicos, que podem ser utilizados
tanto como procedimentos de avaliação de riscos, quanto como teste de controle ou
procedimento substantivo, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor.
Dentre as assertivas, as únicas que trazem tipos de procedimentos previstos na norma são as
letras A e C.

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A chave da questão é associar o procedimento com a “confirmação de saldos”. De acordo


com a NBC TA 500:
A18. Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como
resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou
em outra mídia. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes
no tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos.
Pelo exposto, nosso gabarito só pode ser a letra C. Não há no enunciado nenhum elemento
da chamada Revisão Analítica (ou Procedimento Analítico).
Gabarito: “C”.

97. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2015)
O auditor independente dos relatórios financeiros da Cia. Flor de Lis constatou em seus
trabalhos, por meio de carta endereçada a um cliente, que este já havia quitado uma
duplicata a pagar, ainda não baixada na escrituração contábil da entidade, e que um
investimento avaliado pela equivalência patrimonial estava registrado por um valor menor
que o correto por ter sido utilizada uma percentagem menor do que a participação da
companhia na investida. Os procedimentos adotados por esse auditor foram,
respectivamente:
a) inspeção e confirmação.
b) revisão analítica e observação.
c) inspeção e revisão analítica.
d) observação e cálculo.
e) confirmação e cálculo.
Comentários
Chaves para o gabarito:
- “carta endereçada a um cliente...já havia quitado uma duplicata a pagar, ainda não baixada
na escrituração contábil da entidade”. Vejam que o auditor enviou uma carta solicitando
resposta escrita de um terceiro a respeito da confirmação de um saldo contábil. Logo,
estamos diante da confirmação externa (ou circularização);
- “constatou... que um investimento avaliado pela equivalência patrimonial estava registrado
por um valor menor que o correto por ter sido utilizada uma percentagem menor”. Portanto,
o auditor verificou a exatidão matemática do registro referente a um investimento. Foi
aplicado o procedimento do Recálculo (ou Cálculo).
Gabarito: “E”.

98. (VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014)


Para detectar e analisar situações anormais e significativas constatadas nas demonstrações
contábeis, mais precisamente nas contas do balanço patrimonial e da demonstração do

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resultado, bem como identificar áreas prioritárias ou áreas com problemas, onde, portanto,
deverá concentrar mais atenção, o auditor deverá
a) solicitar confirmação de saldos com terceiros e com a administração.
b) desenvolver exclusivamente programa de trabalho de testes alternativos.
c) aplicar procedimentos de revisão analítica.
d) aplicar testes documentais.
e) emitir circularização de saldos.
Comentários
A chave para o gabarito está na expressão “detectar e analisar situações anormais e
significativas constatadas nas demonstrações contábeis”.
O procedimento hoje denominado “procedimento analítico” era chamado pela extinta NBC T
11 de “revisão analítica”. A NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, traz detalhes acerca
desse procedimento. Ela menciona que o termo procedimento analítico significa avaliações
de informações contábeis por meio de análise das relações plausíveis entre dados financeiros
e não financeiros. Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário de
flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras informações
relevantes ou que diferem significativamente dos valores esperados. Nesse tipo de
procedimento, busca-se atipicidades ou anormalidades.
Gabarito: “C”.

99. (VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014)


De acordo com a NBC TA 200, evidências de auditoria são:
a) as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões, em que se
baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros
contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações.
b) as informações explícitas ou implícitas que, para conseguir a apresentação adequada das
demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além
das especificamente exigidas pela estrutura.
c) as suficiências das evidências de auditoria na medida da quantidade da evidência de
auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do
auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência.
d) as informações utilizadas pelo auditor para adequar suas fundamentações em que se
baseia o seu relatório. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos pontos
de auditoria em decorrência da metodologia utilizada.
e) exigências da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações
contábeis. Espera-se que tais exigências mitiguem desvios em circunstâncias gerais de
auditoria.

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Comentários
Questãozinha tranquila. De acordo com a NBC TA 200 (R1), “Evidências de auditoria são as
informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua
opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis
subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações”.
Gabarito: “A”.

100. (VUNESP/ Pref. São José do Rio Preto – Auditor Fiscal – 2014)
Testes de controle são procedimentos de auditoria que têm por objetivo
a) detectar distorções relevantes no nível de afirmações (declarações da administração da
entidade que estão incorporadas nas demonstrações contábeis).
b) produzir evidências de auditoria que sirvam para suportar ou fundamentar a opinião do
auditor em relação à adequação das demonstrações contábeis.
c) avaliar a existência de erros ou fraudes nos registros contábeis da entidade.
d) produzir evidências de que os ativos e passivos da entidade estão mensurados pelos seus
valores justos e se estes foram adequadamente estimados pela entidade auditada.
e) avaliar a efetividade operacional dos controles internos da entidade na prevenção ou
detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações.
Comentários
Nos termos da NBC TA 330, Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para
avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de
distorções relevantes no nível de afirmações.
Gabarito: “E”.

101. (VUNESP/ TJ SP – Contador Judiciário – 2013)


Na Auditoria Interna, os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de
que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. A
respeito da aplicação de procedimentos de auditoria, o de obtenção de informações perante
pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da
entidade, refere-se aos procedimentos de
a) investigação e confirmação.
b) indagação e investigação.
c) inspeção e observação.
d) indagação e confirmação.
e) confirmação e observação.

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Comentários
De acordo com a NBC TI 01 (Auditoria Interna), os testes de observância visam à obtenção de
razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em
efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e
administradores da entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes
procedimentos:
a) inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis;
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e
c) investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas
conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade.
Gabarito: “A”.

102. (VUNESP/ SEFAZ SP – APOFP – 2013)


O acompanhamento, pelos auditores externos, do inventário físico de estoques de matéria-
prima, produtos em processo, produtos acabados e material auxiliar de uma indústria
metalúrgica em uma determinada data-base, para efeito da auditoria das demonstrações
contábeis, é um teste
a) de agregação.
b) substantivo.
c) analítico.
d) de observância.
e) de movimentação.
Comentários
Chave para chegar ao gabarito é a frase “acompanhamento, pelos auditores externos, do
inventário físico...”. Quando se acompanha procedimento executado por terceiros, aplica-se
o procedimento de observação. Não há, nas assertivas, tal resposta. Dentre todas, as únicas
que se referem a procedimentos de auditoria são as letras B, C e D. Precisamos então saber
que, a observação é uma das espécies dos testes de observância – motivo pelo qual nosso
gabarito é a letra D.
Gabarito: “D”.

103. (VUNESP/ SEFAZ SP – APOFP – 2013)


O auditor, ao selecionar uma amostra de documentos relacionados às rubricas de despesas, a
fim de verificar ou atestar a existência e veracidade das despesas, valores corretos, bem com
sua contabilização, está cumprindo com um teste
a) substantivo.
b) de observância.

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c) subjetivo.
d) de atestação.
e) analítico.
Comentários
De pronto, podemos eliminar as assertivas C e D. A letra E também pode ser descartada, uma
vez que não há elementos dos chamados procedimentos analíticos. Os testes de observância
estão relacionados à verificação do funcionamento dos controles internos da entidade. Não
há, no enunciado, nada que mencione controles. Estamos, portanto, diante dos testes
substantivos. De acordo com a NBC TI 01, “testes substantivos visam à obtenção de evidência
quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da
entidade”.
Questões de prova que exigem conhecimento acerca dos testes substantivos geralmente utilizam
algumas das expressões presentes na definição (suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pela entidade). Essa foi mais maldosa, pois usou expressões sinônimas (verificar ou
atestar a existência e veracidade das despesas e valores presentes na contabilidade da
entidade).
Gabarito: “A”.

104. (VUNESP/ TJ SP – Contador Judiciário – 2011)


Os Testes que visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos
estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu
cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade, denominam-se
a) Subjetivos.
b) Analíticos.
c) de Observância.
d) Substantivos.
e) de Inspeção.
Comentários
De acordo com a NBC TI 01 (Auditoria Interna), os testes de observância visam à obtenção de
razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em
efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e
administradores da entidade.
Gabarito: “C”.

105. (VUNESP/ TJM SP – Contador Judiciário – 2011)


Um dos importantes procedimentos de auditoria das demonstrações financeiras é a
confirmação de informações junto a terceiros, como é o caso da confirmação externa, ou

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circularização. Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o


controle sobre as solicitações de confirmação externa, incluindo
I. determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas;
II. seleção da parte que confirma apropriada para confirmação;
III. asseguração de que foi utilizado um critério estatístico justo de amostragem quando a
seleção for realizada pelo cliente;
IV. definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão
devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas
diretamente ao auditor;
V. asseguração de que o envio da resposta de confirmação, quando a carta for recebida pelo
próprio cliente, foi realizado por intermédio dos correios;
VI. o envio das solicitações, incluindo o 2° pedido, quando aplicável, para a parte que
confirma.
Estão corretos apenas os itens
a) I, II, IV e VI.
b) I, III, IV e V.
c) II, IV, V e VI.
d) II, III, V e VI.
e) I, IV, V e VI.
Comentários
O item 7 da NBC TA 505 – Confirmações Externas apresenta os elementos sobre os quais o
auditor deve manter controle ao usar a confirmação externa. Veja:
7. Ao usar procedimentos de confirmação externa, o auditor deve manter o controle sobre as
solicitações de confirmação externa, incluindo:
(a) determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas – item I correto;
(b) seleção da parte que confirma apropriada para confirmação – item II correto;
(c) definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as solicitações estão
devidamente endereçadas e que contenham as informações para retorno das respostas
diretamente ao auditor – item IV correto; e
(d) envio das solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a parte que confirma –
item V correto.
Gabarito: “A”.

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9. RESPOSTAS DAS QUESTÕES SUBJETIVAS


1. O que é evidência de auditoria?
Resposta: Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar
às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria inclui as
informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e
informações obtidas de outras fontes.

2. Quais as principais características da evidência de auditoria?


Resposta: a evidência de auditoria deve ser apropriada (adequada) e suficiente.
Adequação da evidência de auditoria é a medida da qualidade da evidência de auditoria, isto é, a
sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a opinião do
auditor.
Já a Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A
quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de
distorção relevante e também pela qualidade.

3. Como a suficiência e a adequação da evidência de auditoria se relacionam?


Resposta: a suficiência e adequação da evidência de auditoria estão inter-relacionadas. A
suficiência é a medida da quantidade de evidência de auditoria. A quantidade da evidência de
auditoria necessária é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção (quanto mais
elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja exigida mais evidência de
auditoria) e também pela qualidade de tal evidência de auditoria (quanto maior a qualidade,
menos evidência pode ser exigida). A obtenção de mais evidência de auditoria, porém, não
compensa a sua má qualidade.

4. Que fatores afetam a qualidade de toda evidência de auditoria?


Resposta: a qualidade de toda evidência de auditoria é afetada pela relevância e confiabilidade
das informações em que ela se baseia.

5. Como a evidência de auditoria é obtida?


Resposta: a evidência de auditoria é necessária para fundamentar a opinião e o relatório do
auditor. Ela tem natureza cumulativa e é obtida principalmente a partir dos procedimentos de
auditoria realizados durante o curso do trabalho.

6. Que ações o auditor deve adotar se houver inconsistência ou dúvidas quanto à confiabilidade
da evidência de auditoria?
Resposta: o auditor deve determinar quais modificações ou acréscimos aos procedimentos de
auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar o efeito desse assunto, se
houver, sobre outros aspectos da auditoria.

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7. Em regra, obtém-se mais segurança com evidência de auditoria obtida a partir de fontes
internas ou externas?
Resposta: Externas. A confiabilidade da evidência de auditoria é maior quando ela é obtida de
fontes independentes fora da entidade; adicionalmente, a evidência de auditoria gerada
internamente é mais confiável quando os controles relacionados, incluindo os controles sobre sua
elaboração e manutenção, impostos pela entidade, são efetivos.

8. Qual a relação entre evidências e procedimentos de auditoria?


Resposta: o auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que o permitam conseguir
evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe possibilitem obter conclusões razoáveis para
fundamentar a sua opinião. A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião consiste
na obtenção e avaliação da evidência de auditoria.

9. Quais as “categorias” (e “subcategorias”) dos procedimentos de auditoria?


Resposta: na ótica das normas de auditoria independente, temos o seguinte:
(a) Procedimentos de avaliação de riscos;
(b) Procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:
(i) testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor
assim escolheu; e
(ii) procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos
substantivos.
Já na ótica das normas de auditoria interna, os procedimentos se subdividem em testes de
observância e testes substantivos.

10. O que são testes de controles?


Resposta: Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade
operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível
de afirmações.

11. O que são procedimentos substantivos?


Resposta: Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar
distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: (a) testes
de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e (b) procedimentos
analíticos substantivos.

12. Defina testes de observância.


Resposta: testes de observância são aqueles que visam à obtenção de razoável segurança de que
os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento,
inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade.
Reparem que os testes de observância (nomenclatura utilizada pelas normas de auditoria interna)
são equivalentes aos testes de controle (nome usado pelas normas de auditoria independente).
Ambos (testes de controle e de observância) estão preocupados com a efetividade dos controles.

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13. Defina testes substantivos.


Resposta: testes substantivos são aqueles que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência,
exatidão e validade (mnemônico S.E.V.) dos dados produzidos pelos sistemas de informação da
entidade.
Podemos dizer que os testes substantivos (nomenclatura utilizada pela auditoria interna) são
equivalentes aos procedimentos substantivos (nome usado pelas normas de auditoria
independente atualmente em vigor). Ambos buscam evidências quanto às informações
propriamente ditas, não se confundindo – em nenhum grau – com os testes de controle (ou de
observância).

14. Quais os tipos específicos de procedimentos elencados nas normas?


Resposta: no contexto das normas de auditoria independente, os procedimentos de auditoria para
obter evidência de auditoria podem incluir a inspeção, observação, confirmação, recálculo,
reexecução e procedimentos analíticos, muitas vezes em combinação, além da indagação.
a) Inspeção: exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em
forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo.
b) Observação: exame de processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a
observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução
de atividades de controle.
c) Confirmação Externa (ou circularização): representa evidência de auditoria obtida pelo auditor
como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica
ou em outra mídia.
c.1) Solicitação de confirmação positiva é a solicitação de que a parte que confirma responda
diretamente ao auditor, indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação, ou
forneça as informações solicitadas.
c.2) Solicitação de confirmação negativa é a solicitação de que a parte que confirma responda
diretamente ao auditor somente se discorda das informações fornecidas na solicitação.
d) Recálculo (ou cálculo): verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. O
recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.
e) Reexecução: execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram
originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.
f) Procedimentos analíticos (ou revisão analítica): avaliação de informações feitas por meio de
estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Incluem também a
investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras
informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos.
g) Indagação (ou entrevista): consiste na busca de informações junto a pessoas com
conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada
extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As indagações
podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais. Embora a
indagação possa fornecer importante evidência de auditoria e possa produzir evidência de

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distorção, a indagação, sozinha, geralmente não fornece evidência de auditoria suficiente da


ausência de distorção relevante no nível da afirmação nem da eficácia operacional dos controles.

15. No contexto das normas de auditoria independente, existe correlação direta entre os tipos
específicos de procedimentos e as suas categorias?
Resposta: não. Os procedimentos acima listados (inspeção, observação, confirmação, recálculo,
reexecução e procedimentos analíticos e indagação) podem ser utilizados como procedimentos de
avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto
em que sejam aplicados pelo auditor.
As normas de auditoria interna, por sua vez, “amarram” como espécies do gênero testes
observância os procedimentos de inspeção, observação e a chamada investigação e confirmação.
Podemos entender, portanto, que – no caso das normas de auditoria interna – há uma correlação
direta entre esses procedimentos específicos e os testes de observância.

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10. RESUMO EM MAPAS E ESQUEMAS


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Contábil Histórica. NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens
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Contábil Histórica. NBC TA 505 – Confirmações Externas. Disponível em:
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Contábil Histórica. NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos. Disponível em:
<https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_1221.pdf>.

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8ªedição. São Paulo:
Atlas, 2012.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2016.

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