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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

unesp CÂMPUS DE JABOTICABAL


FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE

Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional


1a. Aula - Introdução
Dr. Joaquim Gonçalves Machado Neto
Prof. Titular – Responsável pela Disciplina
Dra. Letícia Ane Sizuki Nociti Dezem
Profa. Substituta

CRONOGRAMA E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

AZEREDO, F. A.; CHASIN, A. A. M. As bases toxicológicas da ecotoxicologia. São Paulo, Rima / Intertox, 2004, 322p.

BARKER, R. L. A review of gaps and limitations in test methods for first responder protective clothing and equipment. Pittsburgh –
USA, NIOSH, 2005, 98p.

DELA COLETA, J.A. Acidentes de trabalho: fator humano, contribuição da psicologia do trabalho, atividades de prevenção. São
Paulo, Atlas. 1991. 152p.

GREIG-SMITH, P. W.; BECKER, H.; EDWARDS, P.J.; HEIMBACH, F. Ecotoxicology of earthworms. Filey – UK, Intercept Ltda., 1992.
269p.

HAYES, W.J. Toxicology of pesticide. Baltimore, Williams. 1975. 580p.

HONEYCUT, R.C. et al. ed. Dermal exposure related to pesticide use. Washington, ACS. 1985. 529p.

LARINI, L. Toxicologia dos praguicidas. São Paulo. Manole. 1999. 230p.

LARINI, L. Toxicologia. São Paulo. Manole. 1987. 415p.

MACHADO NETO, J. G. Ecotoxicologia de agrotóxicos. Jaboticabal. FUNEP/FCAV/UNESP. 1991. 49p.

MACHADO NETO, J. G. Segurança no trabalho com agrotóxicos em cultura de Eucalipto. Jaboticabal. FUNEP/FCAV/UNESP. 2001.
105p.

MANUAL DE LEGISLAÇÃO ATLAS. Segurança e medicina do trabalho. São Paulo. 24ª ed.. Atlas, vol. 16. 1993. 418p.

PELEGRINO, A. Segurança e higiene do trabalho rural. São Paulo. ASL. ed.. 1988. 144p.

PLIMMER, J.R. ed. Pesticide residues and exposure during pesticide application. Amsterdan. Elsevier. 1980. 208p.

SALIBA, T. M. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA – avaliação e controle dos riscos ambientais. São Paulo – SP. Ed. LTr.
2005. 368p.

SALIBA, T. M.; CORRÊA, M. A. C.; AMARAL, L. S. Higiene do trabalho e programa de prevenção de riscos ambientais. 3ª ed. São
Paulo – SP. ed. LTr. 2002. 262p.

SETAC. Report of the aquatic risk assessment and mitigation dialogue group. Graney, R.L.; MACIOROWSKI, A; SOLOMON, K.R.;
NELSON, H; LASKOWSKI, D; BAKER, J.L. (Eds.). SETAC FOUNDATION FOR EDUCATION, Pensacola - USA. 1994. 342p.

TUNDISI, J. G. Gerenciamento de substancias tóxicas em lagos e reservatorios. vol. 4. In: MATSUI, S.; BARRET, B. F. D.; BANERJEE, J.
Diretrizes para o gerenciamento de lagos. São Carlos – SP. Ed. ILEC/IIE. 2002. 199p.

TURNBULL, G.J. Occupational hazards of pesticide use. London. Taylor & Francis. 1985. 184p.

ZÓCHIO, A. Prática da prevenção de acidentes - abc da segurança do trabalho. São Paulo. 8ª ed. Atlas. 1992. 220p.

2
QUESTÕES

1. O que significa Ecotoxicologia?


2. Qual (is) a (s) área (s) de atuação do
agrônomo (a) dentro da Ecotoxicologia?
3. Porque estudar a segurança ocupacional?
4. Quais são as formas de intoxicação?

ECOTOXICOLOGIA???

3
SEGURANÇA
OCUPACIONAL

4
INTOXICAÇÃO POR
AGROTÓXICOS
https://bvsms.saude.gov.br/intoxicacao-
por-agrotoxicos/

UTILIZAÇÃO
• agricultura: controlar insetos, fungos,
ácaros, ervas daninhas, etc;
• pecuária: no controle de carrapatos,
pulgas, mosca-do-chifre, etc;
• domicílio: para matar pulgões e larvas em
plantas, eliminar cupins, ratos, baratas,
algas em piscinas, e carrapatos e pulgas em
animais.

UTILIZAÇÃO

• Todos os agrotóxicos são potencialmente


perigosos, podem causar danos à saúde de
pessoas, animais e ao meio ambiente.
• É a classe de produto que mais leva a óbito.

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Formas de intoxicação

• Contato direto: no preparo, aplicação ou


qualquer tipo de manuseio com o produto.
• Contato indireto: contaminação de água e
alimentos ingeridos..

Secretaria da Saúde do Paraná

Formas de intoxicação

• Dérmica/Cutânea: a pele é a via mais frequentemente exposta às


substâncias químicas. Muitas substâncias podem ser absorvidas pela pele
íntegra, não havendo necessidade de solução de continuidade; os efeitos
podem ser locais ou pode haver absorção significativa e comprometimento
sistêmico.
• Inalatória: Via bastante comum e muito eficiente para a absorção de
gases, vapores, aerossóis, com lesões das vias aéreas e comprometimento
respiratório.
• Ocular: O contato ocular com substâncias químicas pode ocasionar graves
lesões nos olhos, com sequelas permanentes.
• Aspiração: Pela entrada na traqueia de substância líquida ou sólida
diretamente pela via oral ou nasal, ou ainda por regurgitação de conteúdo
gástrico.
• Digestiva: Geralmente relacionada às intoxicações intencionais e de
maior gravidade.

Sintomas
• Intoxicação aguda: náuseas, tonturas, vômitos,
desorientação, dificuldade respiratória, sudorese
e salivação excessiva, diarreia, chegando até
coma e morte.
• INTOXICAÇÃO SUBAGUDA: Os sintomas são vagos
e subjetivos e podem surgir após horas ou dias
após a exposição.

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Sintomas

• Intoxicação crônica: distúrbios comportamentais


como irritabilidade, ansiedade, alteração do sono
e da atenção, depressão, cefaléia (dor de cabeça),
fadiga (cansaço), parestesias (formigamentos),
etc.

Secretaria da Saúde do Paraná

POPULAÇÃO EXPOSTA
• Trabalhadores do setor agropecuário
• Trabalhadores que fazem manejo florestal e manejo de
ecossistemas hídricos
• Trabalhadores de madeireiras, desde o corte até o beneficiamento
para comercialização.
• Trabalhadores que atuam no controle de endemias e de
zoonoses em saúde pública
• Trabalhadores de empresas desinsetizadoras
• Trabalhadores de indústrias de agrotóxicos
• Trabalhadores do setor de transporte, armazenamento e
comercialização de agrotóxicos
• Profissionais de jardinagem
• População de área rural
• População em geral

Primeiros socorros
Intoxicação cutânea:
– retirar as roupas sujas e colocá-las em saco
plástico;
– lavar bem a pele contaminada com água corrente
e sabão por, no mínimo, 10 minutos;
– não esquecer de lavar cabelos, axilas, virilhas,
barba e dobras do corpo;
– no caso de contaminação nos olhos lavar bem
com água corrente por 15 minutos.

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Primeiros socorros
Intoxicação inalatória:

– remover a vítima para local fresco e ventilado;


– afrouxar as roupas;
– fazer respiração boca a boca se houver dificuldade
respiratória.

Primeiros socorros
Oral:

– ler o rótulo do produto para ver se é recomendado


provocar vômito;
– não provocar vômito em pessoas desmaiadas, durante
convulsões ou em crianças menores de 3 anos;
– quando recomendado, provocar vômito baixando bem a
cabeça do intoxicado e pressionando a base da língua com o
cabo de uma colher ou objeto similar.
– não fazer com que o intoxicado beba leite ou álcool.

Primeiros socorros
Após os primeiros socorros deve-se procurar os
serviços de saúde mais próximos, levando o rótulo
ou embalagem do agrotóxico e o receituário
agronômico.
Telefone imediatamente para o Centro de
Informações Toxicológicas do seu estado.

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Prevenção de acidentes com
agrotóxicos
• comprar agrotóxico somente com receita agronômica;
• ler e seguir rigorosamente as recomendações do rótulo;
• não carregar nem armazenar junto com alimentos;
• não utilizar embalagens vazias;
• não utilizar utensílios domésticos na mistura de produtos;
• crianças, gestantes e mulheres que estão amamentando não podem ter contato
com agrotóxicos;
• não fumar, beber ou comer enquanto estiver manuseando agrotóxicos;
• após o trabalho, tomar banho com água corrente e sabão;
• lavar as roupas de trabalho e equipamentos de uso diário após o trabalho;
• utilizar equipamento protetor: máscara; óculos; luvas; chapéu; botas; avental;
camisa de manga comprida; calça comprida.

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ACIDENTES DE TRABALHO

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