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Laboratório de Física complementar Anabela Carina Novais Ascenção

2023/24 200704469

Trabalho 2
Estudo experimental da radiação térmica

Nota: Na parte da realização do trabalho experimental, está a preto o que é do protocolo e a azul o que foram apontamentos e
o tratamento de dados.

PREPARAÇÃO: 17 de outubro de 2023

Objetivos:
 Apreciação qualita va da emissividade de vários materiais – 1ª parte de trabalho
 Verificação da Lei de Stefan-Boltzmann – 2ª parte de trabalho

Introdução
A lei de Stefan-Boltzmann, que se pretende verificar neste trabalho, é, como veremos adiante, uma
dedução termodinâmica e, como tal, inquestionável.
A potência radiada por um corpo qualquer é medida por referência ao corpo negro, introduzindo um
coeficiente de emissividade, ε, cujo valor varia entre 0 e 1.

𝑷 = ε 𝝈 𝑻𝟒 (equação 1) em que: P - Potência radiada (Wm-3)


𝜎 – constante de Stefan-Boltzmann (5,67 × 10-8 W m-2 K -4)
ε – emissividade da superfície do corpo
𝑇 – temperatura absoluta (K)

Lei de Wien - A temperatura absoluta de um corpo, T, é inversamente proporcional ao comprimento de


onda, λmáx, a que a intensidade de emissão é máxima.
𝑩
𝜆máx = 𝑻 (equação 2) em que: λ máximo - comprimento de onda máximo de emissão de radiação (m)
T – Temperatura absoluta (K)
B - Constante de Wien - 2,90 × 10-3 (m K)

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A emissividade, ε, da superfície de um material é sua eficácia na emissão de energia como radiação


térmica e varia entre 0 e 1.
O corpo negro é, por definição, o corpo que tem absortividade igual à unidade (ε=1), isto é, absorve toda
a energia radiante que recebe e a energia que emite é apenas função da temperatura. Na prática, uma
cavidade com um pequeno orifício para o exterior realiza bastante bem um corpo negro, já que a energia
que nele penetra se vai refletindo sucessivamente no seu interior sem sair, ou seja, é absorvida.

REALIZAÇÃO DO TRABALHO EXPERIMENTAL: 18 de outubro de 2023

1ª Parte (Cubo de Leslie)

1. Ligar o ohmímetro nos terminais do termistor do cubo de Leslie e iniciar o seu


aquecimento u lizando a potência máxima, HIGH.
Ir vigiando, enquanto decorre a execução da 2a parte, os valores da resistência do
termistor até esta a ngir cerca de 40 kΩ. Se durante a execução da 2ª parte esta
resistência a ngir o valor referido, ajustar o controle da fonte para a posição 5. A Tabela
A permite a conversão do valor da resistência do termistor na temperatura do cubo de
Leslie.

Legenda:
A- Cubo de Leslie
B- Ohmímetro
C- Sensor Térmico
D- Mili voltimetro

Figura 1 – Esquema de montagem Cubo de Leslie.

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Não vemos em conta a posição do controle da fonte pois não estava a funcionar
corretamente. Tentamos estabilizar o valor da resistência lida (estabilizamos com o
controlar da fonte, subindo ou descendo conforme necessário), e assim que es vesse
estabilizado lemos rapidamente o valor da radiação emi da pelas diferentes faces.

2. Com o sensor afastado das fontes de calor do trabalho, medir e registar a radiação
ambiente, Ramb. Esta medida, se o sensor es ver em equilíbrio térmico com o exterior no
momento da medida, representará não só a quan dade de calor recebida do meio
exterior, à temperatura ambiente, como a quan dade de calor que o próprio sensor
emite. Estando já o cubo em equilíbrio térmico com o exterior (temperatura estável), para
uma potência reduzida da lâmpada de aquecimento (posição 5 do alimentador), efetuar
medidas, tão rápidas quanto possível, da radiação emi da pelas diferentes faces,
encostando as pontas do sensor sensivelmente ao centro de cada face.

Ramb = 0.6 Ω – medido diretamente

3. Repe r para vários valores da potência da lâmpada.

4. Registar os valores.

Para descobrir os valores da temperatura foi necessário recorrer aos dados da tabela 1 (fornecido
no protocolo).
Para isso, representou-se graficamente (gráfico 1), T em função do log R.

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Tabela 1 – Valores da resistência do termístor vs temperatura no cubo de Leslie. (Tabela


fornecida no protocolo)

T em função de log (R)


160

140 y = 10.03x2 - 147.86x + 513.44


R² = 1
120

100

80
T (˚C)

60

40

20

0
3.000000 3.500000 4.000000 4.500000 5.000000 5.500000
log (R)

Gráfico 1 – Temperatura em função do logaritmo da resistência do transmitor.

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Fazendo-se um ajuste polinomial de grau 2, obtemos a equação 3 abaixo indicada, que permitiu
calcular a temperatura a que se encontrava o Cubo de Leslie para cada valor da resistência lida:

𝑇 (˚𝐶) = 10.03 (log 𝑅) − 147.86 log(𝑅 ) + 513.44 (equação 3)

Assim, realizaram-se os cálculos necessários para representar Vs em função de T4 (tabela 2).

Tabela 2 – Tratamento dos dados para traçar gráfico Vs =f(T4), para as diferentes faces do cubo de Leslie.

Temperatura Vs (V), para casa face


4 4
R (Ω) log (R) T (°C) T (K) T (K ) Face preta Face branca Face baça Face metalizada
40200 4.6 45.3 318.4 1.03E+10 1.39E-03 1.42E-03 4.35E-04 -5.10E-05
38600 4.59 46.3 319.4 1.04E+10 1.54E-03 1.43E-03 3.58E-04 -3.40E-05
35300 4.55 48.4 321.6 1.07E+10 1.76E-03 1.88E-03 6.02E-04 1.29E-04
30300 4.48 52.2 325.4 1.12E+10 2.10E-03 1.92E-03 6.88E-04 4.70E-05
26600 4.42 55.6 328.7 1.17E+10 2.30E-03 2.31E-03 6.69E-04 -6.60E-05
22600 4.36 59.8 332.9 1.23E+10 2.84E-03 2.78E-03 8.37E-04 9.80E-05
18200 4.26 65.6 338.7 1.32E+10 3.38E-03 3.27E-03 8.54E-04 6.40E-05
13500 4.13 73.8 347 1.45E+10 4.42E-03 4.32E-03 1.40E-03 1.05E-04
10800 4.03 80.2 353.4 1.56E+10 5.29E-03 5.24E-03 1.75E-03 2.35E-04
8000 3.9 89.1 362.3 1.72E+10 6.55E-03 6.39E-03 2.12E-03 4.09E-04
6000 3.78 98 371.1 1.90E+10 8.02E-03 7.96E-03 2.72E-03 6.21E-04
5500 3.74 100.7 373.9 1.95E+10 8.94E-03 8.82E-03 2.87E-03 5.84E-04

5. Representar graficamente Vs em função de T4 e comentar os resultados.

De seguida apresenta-se um gráfico com Vs em função de T4 para cada face do cubo de Leslie e
nas tabelas 3, 4, 5 e 6 os ajustes lineares para os dados experimentais obtidos para as faces
preta, branca, baça e metalizada, respetivamente.

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Vs em função de T4
9.95E-03
y = 7.81E-13x - 6.72E-03
R² = 9.95E-01
7.95E-03

y = 7.71E-13x - 6.65E-03
5.95E-03 R² = 9.94E-01
Vs (V)

y = 2.64E-13x - 2.35E-03
3.95E-03
R² = 9.85E-01

1.95E-03 y = 6.69E-14x - 7.33E-04


R² = 8.85E-01

-5.00E-05
1.00E+10 1.50E+10 2.00E+10
T4(K4)
face preta face branca face baça
face metalizada Linear (face preta) Linear (face branca)

Gráfico 2 – Vs em função de T4, para as diferentes faces do cubo de Leslie.

Tabela 3 – Ajuste linear de Vs em Tabela 4 – Ajuste linear de Vs em


função de T4 para a face preta. função de T4 para a face branca.

Face preta Face branca


m 7.81E-13 -6.72E-03 b m 7.71E-13 -6.65E-03 b
sm 1.68E-14 2.38E-04 sb sm 1.92E-14 2.72E-04 sb
r2 9.95E-01 1.86E-04 sy r2 9.94E-01 2.13E-04 sy

Tabela 5 – Ajuste linear de Vs em Tabela 6 – Ajuste linear de Vs em


função de T4 para a face baça. função de T4 para a face metalizada.

Face baça Face metalizada


m 2.64E-13 -2.35E-03 b m 6.69E-14 -7.33E-04 b
sm 1.01E-14 1.44E-04 sb sm 7.63E-15 1.08E-04 sb
r2 9.85E-01 1.12E-04 sy r2 8.85E-01 8.44E-05 sy

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Verifica-se, portanto, a lei de Stefan-Boltzman, que diz que a potencia radiada por um corpo é
proporcional a T4. E uma vez que Vs é proporcional a P, então verifica-se que Vs é proporcional a
T4.
Podemos verificar que, como era de esperar em todas as faces, a tensão aumenta à medida que a
temperatura aumenta, havendo por isso uma dependência proporcional entre as duas grandezas.
Verifica-se ainda que para uma dada temperatura, a tensão Vs é mais elevada para as faces branca
e preta, sendo que as fazes baça e metalizada apresentam um valor muito menor.

Resíduos de Vs em função de T4
5.E-04

4.E-04

3.E-04
Resíduos de Vs (V)

2.E-04

1.E-04

0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-1.E-04

-2.E-04

-3.E-04

T4(K4)

Gráfico 3 – Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face preta.

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Resíduos de Vs em função de T4
5.E-04

4.E-04

3.E-04
Resíduos de Vs (V)

2.E-04

1.E-04

0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-1.E-04

-2.E-04

-3.E-04

T4(K4)

Gráfico 4 –Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face branca.

Resíduos de Vs em função de T4
2.E-04
2.E-04
1.E-04
Resíduos de Vs (V)

5.E-05
0.E+00
1.0E+10
-5.E-05 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10

-1.E-04
-2.E-04
-2.E-04
-3.E-04
-3.E-04
T4(K4)

Gráfico 5 –Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face baça.

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Resíduos de Vs em função de T4
2.E-04

2.E-04

1.E-04
Resíduos de Vs (V)

5.E-05

0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-5.E-05

-1.E-04

-2.E-04

T4(K4)

Gráfico 6 –Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face metalizada.

Analisando os gráficos de resíduos decidiu-se retirar alguns pontos duvidosos, representados a


vermelho, e fazer novo ajuste linear.
Assim, obteve-se o gráfico 7 que representa Vs = f(T4) sem os pontos duvidosos para cada face do
cubo de Leslie e nas tabelas 7, 8, 9 e 10 os novos ajustes lineares para as faces preta, branca, baça
e metalizada, respetivamente.

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Vs em função de T4
9.95E-03

y = 7.51E-13x - 6.36E-03
7.95E-03 R² = 9.98E-01

y = 7.71E-13x - 6.65E-03
5.95E-03 R² = 9.94E-01
Vs (V)

3.95E-03 y = 2.62E-13x - 2.31E-03


R² = 9.93E-01

1.95E-03 y = 7.16E-14x - 8.14E-04


R² = 9.32E-01

-5.00E-05
1.00E+10 1.50E+10 2.00E+10
T4(K4)
face preta face branca face baça
face metalizada Linear (face preta) Linear (face branca)
Linear (face baça) Linear (face metalizada)

Gráfico 7 – Vs em função de T4, para as diferentes faces do cubo de Leslie, sem os pontos duvidosos.

Tabela 7 – Novo ajuste linear de Vs em Tabela 8 – Ajuste linear de Vs em


função de t4 para a face preta função de t4 para a face branca

Face preta Face branca


m 7.51E-13 -6.36E-03 b m 7.71E-13 -6.65E-03 b
sm 1.03E-14 1.39E-04 sb sm 1.92E-14 2.72E-04 sb
r2 9.98E-01 9.54E-05 sy r2 9.94E-01 2.13E-04 sy

Tabela 9– Novo ajuste linear de Vs em Tabela 10– Novo ajuste linear de Vs em


função de t4 para a face baça função de t4 para a face metalizada

Face baça Face metalizada


m 2.62E-13 -2.31E-03 b m 7.16E-14 -8.14E-04 b
sm 7.12E-15 1.01E-04 sb sm 6.42E-15 9.27E-05 sb
r2 9.93E-01 7.86E-05 sy r2 9.32E-01 6.80E-05 sy

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Resíduos de Vs em função de T4
2.E-04
2.E-04

1.E-04
Resíduos de Vs (V)

5.E-05
0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-5.E-05

-1.E-04
-2.E-04
-2.E-04

T4(K4)

Gráfico 8 –Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face preta, do novo ajuste
linear (sem pontos duvidosos).

Resíduos de Vs em função de T4
3.E-04

2.E-04
Resíduos de Vs (V)

1.E-04

0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-1.E-04

-2.E-04

-3.E-04

T4(K4)

Gráfico 9 – Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face branca, do novo ajuste
linear (sem pontos duvidosos).

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Resíduos de Vs em função de T4
1.E-04

5.E-05
Resíduos de Vs (V)

0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10

-5.E-05

-1.E-04

-2.E-04
T4(K4)

Gráfico 10 – Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face baça, do novo ajuste
linear (sem pontos duvidosos).

Resíduos de Vs em função de T4
2.E-04

1.E-04
Resíduos de Vs (V)

5.E-05

0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10

-5.E-05

-1.E-04

T4(K4)

Gráfico 11 – Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face metalizada, do novo


ajuste linear (sem pontos duvidosos).

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Cálculo da emissividade para cada face


Para calcular a emissividade de cada material constituinte da face, considerou-se que a face preta
tem comportamento de corpo negro (ε=1) e dividiu-se cada um dos declives pelo declive
encontrado para a face preta.
Na figura seguinte estão os valores teóricos disponibilizados no Thermal Radiation System Manual,
permitindo o cálculo do erro percentual relativamente aos valores determinados
experimentalmente.

Figura 2 – Valores teóricos da emissividade do material das faces do cubo e Leslie. Valores retirados de
“Instruction Manual and Experiment Guide for the PASCO scientific Model TD-8553/8554A/8555”.

Tabela 11 – Emissividade calculada para cada face do cubo e Leslie

Face Emissividade (ε) u emissividade Erro

preta 1 0.02 -
branca 0.99 0.02 1.85 %
baça 0.35 0.01 72.5 %
metalizada 0.10 0.03 29.3 %

As incertezas da emissividade foram calculadas pela equação 4 (exemplo dado para a face
metalizada), com recurso às incertezas associadas aos declives:

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𝑢(𝜀) = 𝜀 × ( ) +( ) (equação 4)

2ª Parte (Lâmpada de Stefan-Boltzmann)

6. Medir diretamente, num ohmímetro, a resistência da lâmpada de Stefan Boltzmann, R300, e


registar esse valor.

Mediram-se os valores de corrente e tensão que foram, respetivamente, 0.02 e 0.011 V.

𝑅 = = 0.55 𝛺 (equação 5)

Apesar do valor de Ramb ser próximo do calculado diretamente (Ramb = 0.6Ω), nesta parte deveria
ter sido calculado pelo declive de um gráfico de 𝑉 em função de 𝐼, isto é, deveriam ter sido lidos
vários valores da corrente e tensão para determinar Ramb corretamente.
Como tal não foi feito, assumiu-se para os futuros cálculos o valor lido diretamente na 1ª parte do
trabalho – 0.6Ω.
Com o valor de Ramb, é possível calcular-se as várias temperaturas da lâmpada, ao longo da
experiência, recorrendo aos dados da tabela 13.

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7. Montar o circuito indicado na figura seguinte:

Figura 3 – Circuito de montagem.

Legenda:
A - Ohmímetro
B - Amperímetro
C - Lâmpada de
Stefan-Boltzmann
D - Sensor térmico
E - Gerador de
tensão (max. 13 V)
F - Mili voltimetro

Figura 4 – Esquema de montagem lâmpada de Stefan-Boltzmann.

8. (Antes de ligar a fonte de tensão tenha em atenção que a TENSÃO MÁXIMA que a
lâmpada suporta é 13 volts! Re ficar, se necessário, as posições dos comandos da fonte).
Aplicar uma tensão de cerca de 1 volt.

9. Ajustar a altura do sensor no suporte de modo a estar alinhado com o filamento da


lâmpada. Colocar o sensor a cerca de 6 cm da lâmpada e desviar todos os objetos do
“campo visual” do sensor. Ligar um Mili vol metro aos terminais do sensor. Destapar e
proteger, como já foi explicado, a abertura do sensor.

O sensor ficou a mais ou menos 7cm da lâmpada.

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10. Registar, numa tabela, os valores de V e I do circuito da lâmpada, destapar o sensor e ler
a tensão Vs do vol metro ligado ao sensor. Tapar novamente o sensor.

11. Aplicar tensões sucessivamente crescentes à lâmpada de Stefan-Boltzmann, de 1 em 1 V,


até 12 V, repe ndo o procedimento anterior (ponto 6).

12. Com os valores de V e I calcular a resistência R do filamento. Calcular R/R300 e determinar


as temperaturas respe vas usando a Tabela B. Fazer um gráfico de Vs em função de T4 e
comentar os resultados.

Tabela 12 – Registo de dados e cálculos para traçar os gráficos Vs em função de T4 e log Vs em função de log T.

voltímetro e amperímetro Temperatura microvoltímetro(sensor)


I(A) Vs(V)
V(V) u V(V) R(Ω) ± 0.01Ω R/Ramb T(K) log T (K) T4(K4) Vs (mV) log Vs(V)
± 0.01A Ω 1E-06 V
1.000 0.001 0.59 1.69 2.82 688.01 2.84 2.24E+11 0.04 4.00E-05 -4.40
2.000 0.001 0.74 2.70 4.50 1009.59 3.00 1.04E+12 0.23 1.30E-04 -3.89
2.900 0.001 0.87 3.33 5.56 1206.09 3.08 2.12E+12 0.29 2.90E-04 -3.54
3.90 0.01 0.98 3.98 6.63 1403.67 3.15 3.88E+12 0.58 5.80E-04 -3.24
4.90 0.01 1.10 4.45 7.42 1546.44 3.19 5.72E+12 0.97 9.70E-04 -3.01
5.90 0.01 1.20 4.92 8.19 1683.36 3.23 8.03E+12 1.48 1.48E-03 -2.83
7.00 0.01 1.30 5.38 8.97 1820.02 3.26 1.10E+13 1.97 2.08E-03 -2.68
7.90 0.01 1.39 5.68 9.47 1906.24 3.28 1.32E+13 2.52 2.58E-03 -2.59
8.90 0.01 1.48 6.01 10.02 2000.52 3.30 1.60E+13 3.03 3.00E-03 -2.52
10.00 0.01 1.57 6.37 10.62 2101.06 3.32 1.95E+13 3.80 3.80E-03 -2.42

Como já foi referido, com o valor de Ramb, é possível calcular-se as várias temperaturas da lâmpada,
ao longo da experiência, recorrendo aos dados da tabela 13.

Tabela 13 – Resistividade relativa em função da temperatura (K) para o Tungsténio (tabela fornecida no
protocolo).

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T em função de R/R300
4000

y = -1.65x2 + 203.55x + 126.18


3500
R² = 1.00

3000

2500
T (K)

2000

1500

1000

500

0
0 5 10 15 20 25
R/R300

Gráfico 12 – Temperatura em função do Resistividade relativa para o Tungsténio.

Fazendo-se um ajuste polinomial de grau 2, obtemos a equação 6, que permitiu calcular a


temperatura da lâmpada para cada valor de resistência lido (valores na tabela 6).

𝑇 = −1.65 + 203.55 + 126.18 (equação 6)

Para se verificar a lei de Stefan-boltzman fizeram-se 2 ajustes:


1. Vs em função de T4
2. log Vs em função de log T.

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Tabela 14 – Registo de dados e cálculos para traçar os gráficos Vs em função de T4 e log Vs em função de log T.

voltímetro e amperímetro Temperatura milivoltímetro(sensor)


I(A) Vs(V)
V(V) u V(V) R(Ω) ± 0.01Ω R/Ramb T(K) log T T4(K4) Vs (mV) log Vs
± 0.01A ± 1E-06 V
1.000 0.001 0.59 1.69 2.82 688.01 2.84 2.24E+11 0.04 4.00E-05 -4.40
2.000 0.001 0.74 2.70 4.50 1009.59 3.00 1.04E+12 0.23 1.30E-04 -3.89
2.900 0.001 0.87 3.33 5.56 1206.09 3.08 2.12E+12 0.29 2.90E-04 -3.54
3.90 0.01 0.98 3.98 6.63 1403.67 3.15 3.88E+12 0.58 5.80E-04 -3.24
4.90 0.01 1.10 4.45 7.42 1546.44 3.19 5.72E+12 0.97 9.70E-04 -3.01
5.90 0.01 1.20 4.92 8.19 1683.36 3.23 8.03E+12 1.48 1.48E-03 -2.83
7.00 0.01 1.30 5.38 8.97 1820.02 3.26 1.10E+13 1.97 2.08E-03 -2.68
7.90 0.01 1.39 5.68 9.47 1906.24 3.28 1.32E+13 2.52 2.58E-03 -2.59
8.90 0.01 1.48 6.01 10.02 2000.52 3.30 1.60E+13 3.03 3.00E-03 -2.52
10.00 0.01 1.57 6.37 10.62 2101.06 3.32 1.95E+13 3.80 3.80E-03 -2.42

Vs em função de T4
4.E-03
y = 1.98E-16x - 1.03E-04
4.E-03 R² = 0.998

3.E-03

3.E-03
Vs (V)

2.E-03

2.E-03

1.E-03

5.E-04

0.E+00
0.00.E+00 5.00.E+12 1.00.E+13 1.50.E+13 2.00.E+13
T4 (K)

Gráfico 13 – Gráfico Vs em função de T4.

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Fazendo um ajuste linear obtemos a informação da tabela 15 e traçou-se o gráfico de resíduos


(gráfico 14).

Tabela 15 – Ajuste linear de Vs em função de T4

m 1.98E-13 -0.10339 b
sm 3E-15 3E-02 sb
r2 0.998 0.06472 sy

O valor de r2 é próximo de 1, pelo que mostra que o ajuste linear é correto.


Sendo 𝑉 = 𝐴εσ𝑇 , o valor do declive de Vs = f(T4) indica o valor de Aεσ.

Resíduos de Vs versus T4
2.E-01
2.E-01
Resíduos de Vs (V)

1.E-01
5.E-02
0.E+00
-5.E-02
-1.E-01
-2.E-01
-2.E-01
0.00.E+00 1.00.E+13 2.00.E+13
T4 (K4)

Gráfico 14 – Gráfico de resíduos de Vs em função de T4

Verifica-se uma aleatoriedade dos pontos pelo que se considerou o ajuste correto e todos os
pontos encontram-se entre o valor de ±2sy (± 2 vezes o erro em y, isto é, ± 1.55x10-1).

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Outra analise para se verificar a lei de Stefen-Boltzman, um gráfico com logaritmação dupla nos
dois eixos (dilog, ou log-log) de Vs em função de T deverá fornecer uma reta com declive m
esperado igual a 4.
log 𝑉 = 4 log 𝑇 + 𝐶 (equação 7)

log Vs em função de log T


-2.00

-2.50

-3.00
log Vs

-3.50

-4.00

-4.50
2.80 2.90 3.00 3.10 3.20 3.30 3.40

log T

Gráfico 15 – Grafico de log Vs em funtão de log T

Fazendo-se ajuste linear, obteve-se um declive de 4.04, apresentado um erro de 1%, calculado
pela equação 8.

Tabela 16 – Ajuste linear de log Vs em função de log T

m 4.04 -15.89 b
sm 0.14 0.43 sb
r2 0.991 0.1 sy

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│𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑎𝑡𝑜│


𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 = × 100 (𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 8)
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑎𝑡𝑜

│4.04 − 4.00│
𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 = × 100 = 1%
4.00

Resíduos de log Vs versus log T


2.E-01

1.E-01
Resíduos de log Vs

5.E-02

0.E+00

-5.E-02

-1.E-01

-2.E-01
2.80 2.90 3.00 3.10 3.20 3.30 3.40
log T

Gráfico 16 – Grafico de resíduos de log Vs em funtão de log T

Decidiu não se retirar pontos uma vez que todos se encontram entre o valor de ±2sy (± 2 vezes o
erro em y, que é 0.2) e porque apresentam aleatoriedade.

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Conclusões

Neste trabalho verificou-se a Lei de Stefan-Boltzmann e determinou-se a emissividade de


materiais com recurso ao cubo de Leslie.
Na 1ª parte analisou-se a emissividade de várias superfícies usando o Cubo de Leslie tendo-se
obtido os seguintes valores: ε (face preta) = 1.00 ± 0,02; ε (face branca) = 0,99 ± 0,02 com erro
de 1.85%; ε (face baça) = 0,35 ± 0,01 com erro de 72.5% e ε (face metalizada) = 0,10 ± 0,03 com
erro de 29.3%.
Na 2ª parte verificou-se a Lei de Stefan-Boltzmann recorrendo a uma lâmpada (Lâmpada de
Stefan-Boltzmann) através de duas análises:

 Vs em função de T4,
 log Vs em função de log T.
Na análise de Vs em função de T4 verificou-se a proporcionalidade de Vs e T4, como era de
esperar. O declive encontrado caracteriza o valor de Aεσ = 1,98X10-13±3X10-15, este valor pode
ser usado para determinar a área que emite a radiação.
Na relação log Vs em função de log T determinou-se o expoente experimental associado à
relação entre a tensão e a temperatura através do ajuste logarítmico obtendo-se o valor de 4,04
com um erro de 1% em relação ao valor esperado (4.00).

ENTREGA DO LOGBOOK: 01 de novembro de 2023

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