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Anabela Carina Ascenção - Trabalho 2
Anabela Carina Ascenção - Trabalho 2
2023/24 200704469
Trabalho 2
Estudo experimental da radiação térmica
Nota: Na parte da realização do trabalho experimental, está a preto o que é do protocolo e a azul o que foram apontamentos e
o tratamento de dados.
Objetivos:
Apreciação qualita va da emissividade de vários materiais – 1ª parte de trabalho
Verificação da Lei de Stefan-Boltzmann – 2ª parte de trabalho
Introdução
A lei de Stefan-Boltzmann, que se pretende verificar neste trabalho, é, como veremos adiante, uma
dedução termodinâmica e, como tal, inquestionável.
A potência radiada por um corpo qualquer é medida por referência ao corpo negro, introduzindo um
coeficiente de emissividade, ε, cujo valor varia entre 0 e 1.
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Legenda:
A- Cubo de Leslie
B- Ohmímetro
C- Sensor Térmico
D- Mili voltimetro
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Não vemos em conta a posição do controle da fonte pois não estava a funcionar
corretamente. Tentamos estabilizar o valor da resistência lida (estabilizamos com o
controlar da fonte, subindo ou descendo conforme necessário), e assim que es vesse
estabilizado lemos rapidamente o valor da radiação emi da pelas diferentes faces.
2. Com o sensor afastado das fontes de calor do trabalho, medir e registar a radiação
ambiente, Ramb. Esta medida, se o sensor es ver em equilíbrio térmico com o exterior no
momento da medida, representará não só a quan dade de calor recebida do meio
exterior, à temperatura ambiente, como a quan dade de calor que o próprio sensor
emite. Estando já o cubo em equilíbrio térmico com o exterior (temperatura estável), para
uma potência reduzida da lâmpada de aquecimento (posição 5 do alimentador), efetuar
medidas, tão rápidas quanto possível, da radiação emi da pelas diferentes faces,
encostando as pontas do sensor sensivelmente ao centro de cada face.
4. Registar os valores.
Para descobrir os valores da temperatura foi necessário recorrer aos dados da tabela 1 (fornecido
no protocolo).
Para isso, representou-se graficamente (gráfico 1), T em função do log R.
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100
80
T (˚C)
60
40
20
0
3.000000 3.500000 4.000000 4.500000 5.000000 5.500000
log (R)
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Fazendo-se um ajuste polinomial de grau 2, obtemos a equação 3 abaixo indicada, que permitiu
calcular a temperatura a que se encontrava o Cubo de Leslie para cada valor da resistência lida:
Tabela 2 – Tratamento dos dados para traçar gráfico Vs =f(T4), para as diferentes faces do cubo de Leslie.
De seguida apresenta-se um gráfico com Vs em função de T4 para cada face do cubo de Leslie e
nas tabelas 3, 4, 5 e 6 os ajustes lineares para os dados experimentais obtidos para as faces
preta, branca, baça e metalizada, respetivamente.
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Vs em função de T4
9.95E-03
y = 7.81E-13x - 6.72E-03
R² = 9.95E-01
7.95E-03
y = 7.71E-13x - 6.65E-03
5.95E-03 R² = 9.94E-01
Vs (V)
y = 2.64E-13x - 2.35E-03
3.95E-03
R² = 9.85E-01
-5.00E-05
1.00E+10 1.50E+10 2.00E+10
T4(K4)
face preta face branca face baça
face metalizada Linear (face preta) Linear (face branca)
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Verifica-se, portanto, a lei de Stefan-Boltzman, que diz que a potencia radiada por um corpo é
proporcional a T4. E uma vez que Vs é proporcional a P, então verifica-se que Vs é proporcional a
T4.
Podemos verificar que, como era de esperar em todas as faces, a tensão aumenta à medida que a
temperatura aumenta, havendo por isso uma dependência proporcional entre as duas grandezas.
Verifica-se ainda que para uma dada temperatura, a tensão Vs é mais elevada para as faces branca
e preta, sendo que as fazes baça e metalizada apresentam um valor muito menor.
Resíduos de Vs em função de T4
5.E-04
4.E-04
3.E-04
Resíduos de Vs (V)
2.E-04
1.E-04
0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-1.E-04
-2.E-04
-3.E-04
T4(K4)
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Resíduos de Vs em função de T4
5.E-04
4.E-04
3.E-04
Resíduos de Vs (V)
2.E-04
1.E-04
0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-1.E-04
-2.E-04
-3.E-04
T4(K4)
Resíduos de Vs em função de T4
2.E-04
2.E-04
1.E-04
Resíduos de Vs (V)
5.E-05
0.E+00
1.0E+10
-5.E-05 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-1.E-04
-2.E-04
-2.E-04
-3.E-04
-3.E-04
T4(K4)
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Resíduos de Vs em função de T4
2.E-04
2.E-04
1.E-04
Resíduos de Vs (V)
5.E-05
0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-5.E-05
-1.E-04
-2.E-04
T4(K4)
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Vs em função de T4
9.95E-03
y = 7.51E-13x - 6.36E-03
7.95E-03 R² = 9.98E-01
y = 7.71E-13x - 6.65E-03
5.95E-03 R² = 9.94E-01
Vs (V)
-5.00E-05
1.00E+10 1.50E+10 2.00E+10
T4(K4)
face preta face branca face baça
face metalizada Linear (face preta) Linear (face branca)
Linear (face baça) Linear (face metalizada)
Gráfico 7 – Vs em função de T4, para as diferentes faces do cubo de Leslie, sem os pontos duvidosos.
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Resíduos de Vs em função de T4
2.E-04
2.E-04
1.E-04
Resíduos de Vs (V)
5.E-05
0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-5.E-05
-1.E-04
-2.E-04
-2.E-04
T4(K4)
Gráfico 8 –Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face preta, do novo ajuste
linear (sem pontos duvidosos).
Resíduos de Vs em função de T4
3.E-04
2.E-04
Resíduos de Vs (V)
1.E-04
0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-1.E-04
-2.E-04
-3.E-04
T4(K4)
Gráfico 9 – Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face branca, do novo ajuste
linear (sem pontos duvidosos).
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Resíduos de Vs em função de T4
1.E-04
5.E-05
Resíduos de Vs (V)
0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-5.E-05
-1.E-04
-2.E-04
T4(K4)
Gráfico 10 – Gráfico de resíduos de Vs em função de T4, para a face baça, do novo ajuste
linear (sem pontos duvidosos).
Resíduos de Vs em função de T4
2.E-04
1.E-04
Resíduos de Vs (V)
5.E-05
0.E+00
1.0E+10 1.2E+10 1.4E+10 1.6E+10 1.8E+10 2.0E+10
-5.E-05
-1.E-04
T4(K4)
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Figura 2 – Valores teóricos da emissividade do material das faces do cubo e Leslie. Valores retirados de
“Instruction Manual and Experiment Guide for the PASCO scientific Model TD-8553/8554A/8555”.
preta 1 0.02 -
branca 0.99 0.02 1.85 %
baça 0.35 0.01 72.5 %
metalizada 0.10 0.03 29.3 %
As incertezas da emissividade foram calculadas pela equação 4 (exemplo dado para a face
metalizada), com recurso às incertezas associadas aos declives:
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𝑢(𝜀) = 𝜀 × ( ) +( ) (equação 4)
𝑅 = = 0.55 𝛺 (equação 5)
Apesar do valor de Ramb ser próximo do calculado diretamente (Ramb = 0.6Ω), nesta parte deveria
ter sido calculado pelo declive de um gráfico de 𝑉 em função de 𝐼, isto é, deveriam ter sido lidos
vários valores da corrente e tensão para determinar Ramb corretamente.
Como tal não foi feito, assumiu-se para os futuros cálculos o valor lido diretamente na 1ª parte do
trabalho – 0.6Ω.
Com o valor de Ramb, é possível calcular-se as várias temperaturas da lâmpada, ao longo da
experiência, recorrendo aos dados da tabela 13.
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Legenda:
A - Ohmímetro
B - Amperímetro
C - Lâmpada de
Stefan-Boltzmann
D - Sensor térmico
E - Gerador de
tensão (max. 13 V)
F - Mili voltimetro
8. (Antes de ligar a fonte de tensão tenha em atenção que a TENSÃO MÁXIMA que a
lâmpada suporta é 13 volts! Re ficar, se necessário, as posições dos comandos da fonte).
Aplicar uma tensão de cerca de 1 volt.
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10. Registar, numa tabela, os valores de V e I do circuito da lâmpada, destapar o sensor e ler
a tensão Vs do vol metro ligado ao sensor. Tapar novamente o sensor.
Tabela 12 – Registo de dados e cálculos para traçar os gráficos Vs em função de T4 e log Vs em função de log T.
Como já foi referido, com o valor de Ramb, é possível calcular-se as várias temperaturas da lâmpada,
ao longo da experiência, recorrendo aos dados da tabela 13.
Tabela 13 – Resistividade relativa em função da temperatura (K) para o Tungsténio (tabela fornecida no
protocolo).
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T em função de R/R300
4000
3000
2500
T (K)
2000
1500
1000
500
0
0 5 10 15 20 25
R/R300
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Tabela 14 – Registo de dados e cálculos para traçar os gráficos Vs em função de T4 e log Vs em função de log T.
Vs em função de T4
4.E-03
y = 1.98E-16x - 1.03E-04
4.E-03 R² = 0.998
3.E-03
3.E-03
Vs (V)
2.E-03
2.E-03
1.E-03
5.E-04
0.E+00
0.00.E+00 5.00.E+12 1.00.E+13 1.50.E+13 2.00.E+13
T4 (K)
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m 1.98E-13 -0.10339 b
sm 3E-15 3E-02 sb
r2 0.998 0.06472 sy
Resíduos de Vs versus T4
2.E-01
2.E-01
Resíduos de Vs (V)
1.E-01
5.E-02
0.E+00
-5.E-02
-1.E-01
-2.E-01
-2.E-01
0.00.E+00 1.00.E+13 2.00.E+13
T4 (K4)
Verifica-se uma aleatoriedade dos pontos pelo que se considerou o ajuste correto e todos os
pontos encontram-se entre o valor de ±2sy (± 2 vezes o erro em y, isto é, ± 1.55x10-1).
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Outra analise para se verificar a lei de Stefen-Boltzman, um gráfico com logaritmação dupla nos
dois eixos (dilog, ou log-log) de Vs em função de T deverá fornecer uma reta com declive m
esperado igual a 4.
log 𝑉 = 4 log 𝑇 + 𝐶 (equação 7)
-2.50
-3.00
log Vs
-3.50
-4.00
-4.50
2.80 2.90 3.00 3.10 3.20 3.30 3.40
log T
Fazendo-se ajuste linear, obteve-se um declive de 4.04, apresentado um erro de 1%, calculado
pela equação 8.
m 4.04 -15.89 b
sm 0.14 0.43 sb
r2 0.991 0.1 sy
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│4.04 − 4.00│
𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 = × 100 = 1%
4.00
1.E-01
Resíduos de log Vs
5.E-02
0.E+00
-5.E-02
-1.E-01
-2.E-01
2.80 2.90 3.00 3.10 3.20 3.30 3.40
log T
Decidiu não se retirar pontos uma vez que todos se encontram entre o valor de ±2sy (± 2 vezes o
erro em y, que é 0.2) e porque apresentam aleatoriedade.
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Conclusões
Vs em função de T4,
log Vs em função de log T.
Na análise de Vs em função de T4 verificou-se a proporcionalidade de Vs e T4, como era de
esperar. O declive encontrado caracteriza o valor de Aεσ = 1,98X10-13±3X10-15, este valor pode
ser usado para determinar a área que emite a radiação.
Na relação log Vs em função de log T determinou-se o expoente experimental associado à
relação entre a tensão e a temperatura através do ajuste logarítmico obtendo-se o valor de 4,04
com um erro de 1% em relação ao valor esperado (4.00).
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