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Preparação para o Efolio Global - GE
Preparação para o Efolio Global - GE
ODS
https://sdgcompass.org/business-indicators/
SDG Compass
Segundo (GRI, UN, & WBCSD) o SDG Compasse foi: “Desenvolvido originalmente pelo Global
Reporting Initiative (GRI), UN Global Compact e World Business Council for Sustainable
Development (WBCSD), o documento promove o entendimento sobre o processo de construção
e definição dos ODS, recomenda o alinhamento das metas internas já estabelecidas pelas
empresas aos ODS e trata do mapeamento do impacto dos ODS ao longo da cadeia de valor
como parte de um passo a passo a ser seguido para que os ODS sejam internalizados na
estratégia dos negócios.”
Para o cumprimento dos objetivos para o desenvolvimento sustentável terá de haver uma
concertação mundial entre governos, sociedade civil e empresas com um grande objetivo de
acabar com a pobreza, criar oportunidades para todos considerando sempre o crescimento
sustentável e os desafios que estes objetivos encetam.
As empresas podem fazer destes desafios oportunidades, sendo capazes de mostrar como os
seus negócios contribuem para estes objetivos minimizando os impactos negativos e
maximizando impactos positivos.
(GRI, UN, & WBCSD) “As empresas podem utilizar os ODS como uma referência global para
moldar, conduzir, comunicar e relatar as suas estratégias, objetivos e atividades (…)”
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SDG Compass
Guia para as empresas de como podem alinhar a sua estratégia com os objetivos de
desenvolvimento sustentável.
O guia é constituído por 5 passos para que as empresas orientem as suas estratégias por forma
a contribuir para os ODS. O SGD compass foi desenvolvido tendo como foco as grandes
multinacionais sendo que as PME’s também poderão utilizá-lo efetuando os devidos ajustes.
Nesta agenda estão previstas ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza,
agricultura, segurança alimentar, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das
desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de
consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos
e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura,
industrialização, entre outros. Os objetivos são universalmente aplicáveis, tratando-se de
um país desenvolvido ou em desenvolvimento, devendo traduzir-se em cada país em planos
de ação que proponham metas de desenvolvimento sustentável que contribuam para o
alcance dos ODS.
Objetivos de desenvolvimento sustentável de acordo com (GRI, UN, & WBCSD) são:
Objetivo 3 - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as
idades
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Objetivo 13 - Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos
Objetivo 14 - Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos
para o desenvolvimento sustentável
Integrar uma estratégia de desenvolvimento sustentável, faz por si só com que nasçam
novas oportunidades de negócios a diversos níveis, trazendo benefícios vários para as
empresas:
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Estabilizando sociedades e mercados – O alcance dos ODS, poderá trazer melhorias na vida de
milhões de pessoas em todo o mundo e consequentemente no impulsionamento dos mercados.
De acordo com os Princípios Orientadores das Nações Unidas, todas as empresas teriam que
priorizar os impactos negativos nos direitos humanos ligados à sua cadeia de valor e à sua
operação, independentemente do custo que possa representar para a empresa.
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Referem, no entanto, na página 106, que o plano de sustentabilidade não engloba as empresas
mais pequenas do grupo, estando, no entanto, a decorrer um plano de inclusão da totalidade
das empresas do grupo. Neste relatório foram incluídas 86% da totalidade de empresas do
grupo.
As empresas deverão definir dentro da sua cadeia de valor onde poderão contribuir nos ODS
avaliando os seus próprios impactos positivos e negativos na contribuição dos objetivos globais
dos ODS. Esta definição ajudá-los-á também a identificar oportunidades de negócios no âmbito
dos ODS.
Devem definir as suas prioridades e perceber quais delas vão contribuir para atingir os ODS com
os quais se comprometeram, pois nem todos os ODS serão priorizados da mesma forma para
todas as empresas.
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Este mapeamento não trata de identificar objetivo a objetivo, mas sim uma avaliação
profunda de como a empresa pode contribuir de forma positiva na implementação de um
ou vários ODS, bem como os impactos negativos que podem advir da sua cadeia de valor
em um ou mais objetivos de desenvolvimento sustentável.
Em suma este mapeamento ajudará a empresa a compreender onde tem que concentrar
esforços para estar alinhado com os ODS.
O mapeamento como referido vai mostrar onde concentrar esforços. É então necessário
selecionar um conjunto de indicadores que nos permitam obter dados e medir se as ações
adotadas estão ou não a ir ao encontro dos objetivos previamente estabelecidos. Assim no
website do Guia dos ODS para empresas está um conjunto de indicadores empresariais
mapeados para os 17 ODS, com metas definidas. Este conjunto de indicadores poderá servir
fr base às empresas que poderão adotar estas metas ou daqui retirar ideias para criar as
suas próprias metas e respetivos indicadores.
Outro concento importante é o do Modelo Lógico que é um processo de 5 passos que traça
uma rota a partir dos dados obtidos através de atividades, resultados, produção e impactos,
permitindo às empresas definir que dados deverão ser recolhidos e analisados.
Sempre que são recolhidos dados, deverá existir um processo de controlo de qualidade que
monitorize riscos de dados errados, garantindo a integridade e qualidade da informação
recolhida.
Definir prioridades
Entendendo os ODS, mapeada a cadeia de valor, definidos os indicadores a monitorizar e
dados a recolher nessa análise, é tempo de definir prioridades, ou seja, dos 17 ODS a
empresa deve conhecer quer os impactos negativos ou com potencial de virem a ser
negativos, bem como em quais dos 17 ODS tem margem para contribuir de forma positiva,
tentando assim encontrar oportunidades de criação de valor nos pontos em que pode
contribuir positivamente e diminuir riscos bem como oportunidades de reforço de recursos
nos pontos negativos ou potencialmente negativos.
É recomendado que se repitam estes 3 passos de tempos a tempos (1 vez por ano) por forma a
identificar o posicionamento dos impactos negativos ou potencialmente negativos bem como
dos positivos ou potencialmente positivos, uma vez que as mudanças efetuadas em função da
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identificação e mapeamento das áreas de impacto trará mudanças, sendo este mapeamento,
levantamento de indicadores e definição de prioridades vivos em função do alinhamento com
os ODS pelo que é importante avaliar a sua evolução.
É, no entanto, importante referir que apesar de haver indicadores e metas definidos, em muitos
dos objetivos definidos, apesar de serem designadas metas, não são criadas metas mensuráveis,
e não são também claros os indicadores. Para podermos medir e saber se alcançamos ou não
um objetivo previamente definido os indicadores têm obrigatoriamente de existir e ser
mensuráveis, bem como as metas têm que ser claras e quantificáveis. Os indicadores nem
sempre estão presentes no relatório da Corticeira Amorim aparecendo ao longo do relatório e
na página 159. Relativamente às metas, apesar das mesmas estarem descritas para todos os
tópicos materiais, a maioria não é quantificável nem mensurável.
Relativamente ao report, o mesmo é feito pelo GRI (Global Reporting Iniciative), entidade esta
que promove a utilização de relatórios de sustentabilidade como forma das empresas se
tornarem mais sustentáveis, sendo uma ferramenta utilizada em todo o mundo). No caso da
corticeira Amorim é identificado nas páginas 160 a 167 os reports a serem feitos.
Neste Caso os ODS mapeados para a cadeia de valor são o 7 – Energias renováveis e acessíveis,
o 11 – Cidades e comunidades sustentáveis e o 13 – Acão Climática
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Algumas das metas definidas para a contribuição de execução destes objetivos foram e passo a
citar:
ODS 7.3- Até 2030, duplicar a taxa global de melhoria da eficiência energética”
Neste exemplo podemos verificar que apesar de mapeados os objetivos e definidas metas para
os exemplos apresentados, no caso da meta 2 que contribui para o objetivo 7, a mesma diz
“aumentar substancialmente”. Ora como medimos o aumento substancial? Não medimos, e
neste caso também não temos nenhum indicador objetivo que nos permita acompanhar o
cumprimento ou não da meta.
Por exemplo, no mesmo objetivo temos a meta 3 que contribuí também para o objetivo 7 e que
refere: “Até 2030, duplicar a taxa global de melhoria da eficiência energética.”
Ora aqui, já estamos perante uma meta quantificável, pois a Corticeira Amorim refere que
pretende até 2030 “duplicar” a taxa global de melhoria de eficiência energética. Também aqui
temos um indicador definido que nos permite fazer esse acompanhamento e que se encontra
na página 58 no ponto 7.6, onde se refere que “(…)rácio entre o consumo de energia/emissões
e o valor das vendas totais da empresa”.
É apenas referido no ponto 7.6 que o indicador que vai permitir acompanhar a evolução da
energia e das emissões de CO face ao nível de atividade.
De acordo com (GRI, UN, & WBCSD), o passo da definição de metas é composto por e passo a
citar:
Qualquer meta a definir pela empresa deve ser mensurável e ter prazos bem definidos por forma
a poder ser medida. As metas a definir deverão ir ao encontro das prioridades definidas no passo
2 e contemplar aspetos ambientais, sociais e económicos.
Definidas as metas há que definir indicadores (KPI’s) que permitam a sua avaliação por forma a
saber se o impacto pretendido e definido nas prioridades foi ou não conseguido. O Site da SDG
Compass tem um conjunto de indicadores base definidos para cada meta ODS, sendo que as
empresas poderão utilizá-los ou definir os seus próprios indicadores.
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Conforme referido em (GRI, UN, & WBCSD), as metas podem ser absolutas – Só têm em conta o
KPI, ou relativas quando comparam o KPI a uma unidade de produção. De acordo com o mesmo
relatório as metas relativas não medem o impactam que a meta de forma exata, mas medem o
desempenho da empresa por unidade de produção.
É ainda referido no (GRI, UN, & WBCSD), que as empresas habitualmente estabeleciam as metas
“de dentro para fora”, ou seja, avaliando os problemas internos das empresas, avaliando o seu
histórico e o histórico das suas pares e a partir daí definiam as suas metas. O desafio proposto
pelos ODS passa por criar metas com o “método de fora para dentro”, ou seja, olhar para os
problemas globais de sustentabilidade e a partir daí definir as suas metas por forma a contribuir
ativamente para os ODS. O último ponto do passo 3 passa por anunciar as metas definidas pela
empresa de forma pública e assim garantir a transparência, bem como incentivar outras
empresas a seguir os mesmos passos. Refere, no entanto (GRI, UN, & WBCSD), que este tornar
publico as metas representará um benefício, mas pode também trazer riscos no caso das
mesmas não serem cumpridas.
Pegando no exemplo da página 111 cuja prioridade é a Cadeia de Fornecedores, mapeada para
os ODS 08, 12 e 17 foram definidas metas para os 3 objetivos mapeados, sendo que na sua
grande maioria e como acontece em grande parte do documento as mesmas não são
mensuráveis e não são apresentados os KPI’s que vão permitir a sua monitorização. Senão
vejamos por exemplo na página 111 do Relatório de Sustentabilidade da Corticeira Amorim para
2018 “ODS 12.5 Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da
prevenção, redução, reciclagem e reutilização”. É verdade que a definição da meta tem um
espaço temporal, mas não aponta um valor a atingir, nem um indicador que possa medir o grau
de contribuição para o ODS 12 neste caso. Neste caso concreto não se consegue sequer
enquadrar a meta como sendo uma meta absoluta (que só tem em conta o KPI) ou uma meta
relativa (que compara o KPI com uma unidade de produção). Raros são os casos onde os KPI’s
são concretamente definidos. Um dos exemplos onde isso acontece é na página 129 cuja
prioridade definida é a da eficiência energética e alterações climáticas. O ODS mapeados são os
7, 11 e 13, sendo que na meta 3 que contribui para o ODS 7 a mesma é definida com
objetividade, e com uma linha de base. “ODS 7.3 Até 2030, duplicar a taxa global de melhoria
da eficiência energética.” Em termos de linha de base a mesma é clara, ou seja, a meta deverá
ser alcançada até 2030. Relativamente à meta em si a mesma também é claro, pois a Corticeira
amorim tem que duplicar a taxa global de melhoria da eficiência energética. Quanto ao KPI, ou
seja, à forma como o cumprimento desta meta vai ser acompanhado o mesmo está na página
158 no ponto 7.6, onde a Corticeira Amorim refere que o indicador a utilizar “(…) é o rácio entre
o consumo de energia/emissões e o valor das vendas totais da empresa.” Neste caos concreto
estamos perante uma meta relativa uma vez que relaciona KPI com uma unidade de produção.
No que diz respeito à ambição com que as metas são definidas, julgo que as mesmas são
ambiciosas uma vez que no meu entendimento as mesmas foram construídas “de fora para
dentro”, ou seja, olhar para os problemas globais de sustentabilidade e a partir daí definir as
suas metas por forma a contribuir ativamente para os ODS.
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Finalmente o último ponto do passo 3 passa por anunciar as metas definidas pela empresa de
forma pública e assim garantir a transparência, bem como incentivar outras empresas a seguir
os mesmos passos. A corticeira amorim refere na página 105 que publica anualmente o seu
relatório de sustentabilidade como forma de garantir a transparência e de melhorar as suas
práticas no que á sustentabilidade diz respeito. Refere ainda a mesma página que o relatório foi
“elaborado de acordo com as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI – GRI Standards
2016(…)”
Passo 4 - Integração
Cada vez mais as empresas precisam de parcerias para serem bem-sucedidas, seja com os seus
fornecedores, com outras empresas, com o governo e com a sociedade civil. Incluir a
sustentabilidade nas suas estratégias, bem como as metas de desenvolvimento sustentável em
todas as áreas da empresa é o caminho para atingir as metas definidas.
O passo 4 do SGD compass nomeia as seguintes medidas definidas no (GRI, UN, & WBCSD):
Este ponto prende-se com a estratégia do topo da cadeia com a sustentabilidade e com os ODS
e a forma como consegue passar o compromisso com os ODS em toda a estrutura hierárquica
da empresa.
Como referido no (GRI, UN, & WBCSD) na página 26, “Esta apreciação do valor da colaboração
também é explicitamente incorporada no desenho dos ODS, com o ODS 17 esboçando várias
metas para parcerias intersetoriais.”
“Os parceiros devem ter por objetivo estabelecer metas compartilhadas, alavancar as suas
respectivas competências essenciais, despolitizar projetos, desenvolver estruturas de
governança claras, criar um arcabouço de monitoramento único, ter foco sobre os impactos,
prever as necessidades futuras de recursos,e criar um processo de gestão de conhecimento. Para
novas parcerias, recomenda-se começar aos poucos, tendo em vista o objetivo de ganhar
escala.”
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A Corticeira amorim tem inclusive nesta matéria definidos 3 dos ODS que são o 4, 4 e 8 com
metas que garantam “igualdade de acesso para todos os homens e mulheres à educação”, na
página 146 referem também a “prevalência de vínculos contratuais diretos, e dentro deste, ode
de efetivo permanente (…)”. É também referido que 100% dos trabalhadores da corticeira
Amorim estão abrangidos por contrato coletivo de trabalho por exemplo na página 147. Mais à
frente na página 150 também referem que os trabalhadores têm um conjunto de benefícios
disponilizados pela empresa que “visam o seu bem-estar para além do tempo de trabalho”,
como por exemplo cuidados de saúde, subsídios escolares ao nível da educação, e acesso aos
refeitórios por parte dos familiares diretos dos trabalhadores. Têm ainda dois dias de férias
adicionais concedidos pela empresa.
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Ao analise o relatório da Corticeira Amorim encontramos na página 111 metas definidas pela
Corticeira Amorim para contribuição com o ODS 17 - Parcerias para a implementação dos
objetivos.
Na página 108 são descritas associações e organizações nacionais e internacionais nas quais a
Corticeira Amorim participa ao nível de debates e troca de ideias fortalecendo assim relações
com outros atores, bem como desenvolvendo políticas públicas. Na página 110 é descrito o
Porto Protocol do qual a Corticeira Amorim é signatária, tendo este como objetivo criar sinergias
e parcerias que melhorem a sustentabilidade.
De acordo com (GRI, UN, & WBCSD) no 5 passo as empresas devem ter como ações:
Logo na página 105 do Relatório de sustentabilidade da Corticeira Amorim, é referido que desde
2006 que a empresa publica o seu relatório de sustentabilidade. Na mesma página a empresa
refere que “O relatório foi elaborado de acordo com as diretrizes da Global Reporting Initiative
(GRI) - GRI Standards 2016(…)”. Referem ainda a publicação da informação toda no seu website,
bem como outros relatórios efetuados pela empresa.
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E-Folio A
Pergunta nº 1
Após leitura do PEVC, e das páginas 5 a 13 de Barney & Hesterly (2011), a primeira grande
diferença que encontrei foi a abordagem na realização do plano estratégico, ou seja, enquanto
que o livro segue um processo da administração estratégica em que o mesmo se inicia na
definição de missão – definição de objetivos – análise externa e interna – escolha estratégica –
implementação estratégica, sempre com o objetivo de chegar à vantagem competitiva, o Plano
Estratégico do Município de Viana do Castelo (PEVC), utilizou como metodologia aquilo a que
chamaram de planeamento participativo, envolvendo na realização do plano o envolvimento de
diversos parceiros, stakeholdes, bem como a própria população como descrito na mensagem do
Presidente da Câmara José Maria Costa, ou seja, sendo o plano estratégico de uma instituição
pública, o mesmo não se cinge a uma perspetiva meramente financeira uma vez que o grande
objetivo de um município é o de conseguir “criar valor” para permitir melhor qualidade de vida
aos seus munícipes. Em minha opinião, para efetuar um plano estratégico através do processo
descrito por Barney & Hesterly (2011:5-13), a empresa tem que ser capaz de partir de uma folha
em branco, ou seja, compreender de forma muito clara onde está, para onde quer ir, e como
chegar lá.
Apesar de terem metodologias diferentes, ambos são claros quanto à missão, visão e valores da
empresa. No processo descrito por Barney e Hesterly (2011:5-13) a definição de missão deve ser
a primeira etapa do processo de administração estratégica, ou seja, qual o seu propósito a longo
prazo, por que razão existe a empresa. O PEVC também define a missão, visão e valores, mas
não como primeira etapa do plano. O PEVC começa por fazer o diagnóstico, a análise externa e
interna e apenas no capítulo 5, ponto 5.1 aparece a Visão, a Missão e Valores. O PEVC define
como a sua Visão e passo a citar: “Viana do Castelo, destino atlântico associado aos valores de
sustentabilidade, motor de uma economia baseada no mar e nas energias renováveis e espaço
de ambiências, urbanas e rurais, que reinterpretam a tradição regional em contextos de
inovação e contemporaneidade. A declaração de missão está também no ponto 5.1 e é: "Atrair
investimento orientado para a consolidação de dinâmicas económicas existentes/emergentes
com sentido de inovação, num quadro e crescente coesão e sustentabilidade, contribuindo para
a afirmação de Viana do Castelo nos planos regional e nacional." Os valores também estão no
ponto 5.1 do PEVC e que são: Contemporaneidade, Coesão, Participação e Cooperação.
No processo descrito por Barney & Hesterly (2011:5-13), o próximo passo da administração
estratégica é a definição dos objetivos que devem permitir de forma clara e mensurável saber
se a empresa está a realizar ou não aquilo que definiu na sua missão. De acordo com o livro os
objetivos podem ser de alta qualidade ou de baixa qualidade consoante sejam ou não claros e
facilmente mensuráveis.
No PEVC, a definição de objetivos não aparece logo como a segunda etapa da administração
estratégica, mas sim apenas após o diagnóstico, a análise externa e interna e a declaração de
missão, visão e valores. São definidas 4 dimensões cada uma com objetivos estratégicos
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No processo de Barney & Hesterly (2011:5-13), a análise externa e interna aparecem logo a
seguir à definição de objetivos, enquanto que no PEVC as mesmas são efetuadas como primeira
etapa da administração estratégica. O PEVC chama-lhe diagnóstico e o mesmo consta do ponto
2. Relativamente à análise externa a empresa efetuou uma avaliação por forma a identificar as
principais oportunidades e ameaças. Neste caso e conforme referido na página 4 do documento
foi efetuada “(…) analise das condições de contexto do concelho (…)”, “este diagnóstico
prosseguiu com uma análise do posicionamento de Viana do Castelo no contexto da Euroregião
do Noroeste Peninsular (…)”. Em termos de análise interna a mesma é descrita na página 5 tendo
o Município de Viana do Castelo efetuado análise “(…) dos ativos, das estruturas, física e
organizativas, e das respetivas dinâmicas de evolução e de articulação entre elas. Essas vertentes
incluem o modelo territorial, as estruturas urbana e económica, as componentes associadas ao
capital humano, ao capital e dinâmicas culturais e de criatividade e à coesão social e o sistema
institucional e de governação do território local” conforme descrito no PEVC.
Efetuada a analise externa e interna foi efetuada uma análise Swot que está entre as páginas 6
e 15 do PEVC, e em que na componente externa foram analisadas oportunidades e ameaças e
na componente interna potencialidades e estrangulamentos que corresponderão a forças e
fraquezas.
Segue-se a escolha estratégica que segundo Barney & Hesterly (2011:5-13) pode ser: por
estratégia de negócio, ou estratégias corporativas com o objetivo de ganhar vantagem
competitiva. No caso do Município de Viana do Castelo e por se tratar de uma instituição pública,
a mesma não segue a etapa da escolha estratégica definida no livro. Ainda assim, poderíamos
dizer que em vários pontos do PEVC existem referencias a alguma busca de diferenciação deste
município que se poderia considerar diferenciação de produto apesar de não ser descrito assim.
Exemplo na página 37 ponto 5.3.2, na página 39 ponto 5.3.3 entre outros sendo essa eventual
diferenciação feita pela valorização dos recursos endógenos da região como recursos únicos e
que podem e devem ser valorizados, por exemplo ao nível do turismo.
A etapa seguinte do processo de administração estratégica descrita por Barney & Hesterly
(2011:5-13) é a implementação estratégica, ou seja, como a empresa vai colocar em prática o
plano definido através de ações concretas por forma a atinfir as metas definidas.
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No caso do PEVC não é feita qualquer referência ao processo de implementação, não são
definidas metas de forma clara, objetiva e mensuráveis, nem que ferramentas irão ser utilizadas
para fazer o acompanhamento e avaliação do mesmo.
Pergunta Nº 2
O manual de Cardeal (2015) é particularmente crítico com o planeamento estratégico. Explique
e fundamente. Discorra sobre as razões da utilização do planeamento estratégico por Viana do
Castelo.
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tendo em conta que ele é mutável em função das mudanças da envolvente, não é dada
esta importância à fase de planeamento, implementação e respetiva avaliação.
• “Papel da Gestão de topo na estratégia” – No planeamento estratégico, e conforme já
referido o plano é feito pela gestão de topo ou por um gabinete de planeamento, dando-
o depois a conhecer ao resto da organização, enquanto que no pensamento estratégico
toda a cadeia hierárquica pode participar da definição estratégica da empresa, ou seja
todos fazem parte da estratégia da empresa.
• “Controlo de execução da estratégia” – No planeamento estratégico são definidas
medidas de avaliação do plano logo na sua execução com metas e indicadores
perfeitamente definidos no tempo e facilmente mensuráveis, enquanto no pensamento
estratégico esta medição é difícil de conseguir uma vez que podem ocorrer mudanças
diárias o que torna muito difícil a sua avaliação e controlo.
• “Papel dos gestores na implementação da estratégia” – Sendo o planeamento
estratégico definido pela gestão de topo e informada a restante cadeia hierárquica do
plano, corre-se o risco de cada gestor/departamento apenas conhecer as suas metas e
como tal defender apenas os seus objetivos específicos, enquanto no pensamento
estratégico toda a organização conhece o plano, as dependências e ligações entre
departamentos, pois todos são chamados a participar da solução.
• “Processo e resultados” – No planeamento estratégico o foco é a elaboração do plano
em si, enquanto que no pensamento estratégico o plano estratégico é uma parte do
todo.
Após leitura dos textos disponibilizados, bem como visualização dos vídeos e refletindo um
pouco sobre toda a leitura efetuada, considero que um não deve existir sem o outro, ou seja:
Considero vital que qualquer empresa defina a sua estratégia, definindo de forma muito clara e
objetiva o que precisa fazer para alcançar um determinado objetivo, como pode tornar-se única
no mercado em que opera, como gerar vantagem competitiva e por fim como sustentar a
estratégia definida ao longo do tempo.
Conforme explicado quer nos textos disponibilizados quer nos vídeos, vivemos num mundo em
constante mudança, onde o acesso à informação se faz a uma velocidade estonteante, fazendo
com que, como diz o colega, o que é verdade hoje já não o seja amanhã, sendo que em minha
opinião apenas as empresas com pensamento estratégico têm a capacidade para em tempo útil
serem capazes de identificar oportunidades e/ou ameaças resultantes dessas mudanças,
analisá-las rapidamente, e de forma muito ágil serem capazes de adaptar os seus planos
estratégicos em função das novas realidades.
Daí ser referido que a estratégia empresarial implementada raramente pode ser apenas
proveniente da estratégia implementada. A estratégia empresarial tem que englobar para além
da estratégia intencional a estratégia emergente, ou seja, aquela que não vem do planeamento
estratégico, mas sim maioritariamente dos níveis mais baixos das hierarquias, passando muitas
vezes a ser a origem das estratégias a seguir planeadas.
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E- Folio B
De acordo com os manuais estudados, a análise do ambiente externo deverá ter em conta o
ambiente macro, o ambiente da indústria, e o ambiente competitivo direto, ou seja, as empresas
do mesmo grupo estratégico.
Segundo Serra et al. (2010: cap.4) as empresas “devem acompanhar as tendências especificas
ao seu ramo de atividade e monitorizar e interpretar quaisquer factores do seu ambiente geral,
competitivo e de mercado que possam vir a influenciar as operações.” Há diversos fatores que
compõem o macro ambiente, devendo a gestão debruçar-se sobre eles, e que podem ser:
tecnológicos, demográficos, socioculturais, económicos, politico-legais entre outros. A análise
ao macro ambiente é feita com recurso à análise PEST apesar do mesmo não vir referido de
forma clara no manual, sendo a analise PEST constituída pela análise dos aspetos políticos,
económicos, socioculturais e tenológicos do ambiente.
No que diz respeito ao ambiente da indústria, temos o modelo das cinco forças de Porter, um
modelo com vários anos, mas que continua a ser utilizado no nosso dia e que avalia forças que
podem influenciar a rentabilidade de uma determinada indústria. As cinco forças de Porter
descritas em Serra et al. (2010:cap.4) são: “(…) a ameaça de novas entradas, o poder negocial
dos clientes, o poder negocial dos fornecedores, a ameaça dos produtos substitutos e a rivalidade
entre as empresas já instaladas.”. Atualmente foi incluída uma 6ª força denominada
Disponibilidade de complementares e que diz respeito aos produtos, serviços entre outros, que
complemente uma outra atividade e a torne possível ou seja caso o complementar varie em
oferta, preço irá influenciar o produto ou serviço que depende do complementar.
Relativamente ao ambiente competitivo direto, há também que ter em conta a análise dos
grupos estratégicos, uma vez que nem todas as empresas concorrem entre si, mas sim com as
que pertencem ao seu grupo estratégico.
Quanto à análise interna, temos a visão baseada em recursos (VBR da empresa), cuja definição
segundo Barney & Hesterly (2011:57-81), é “A VBR é um modelo de desempenho com foco nos
recursos e nas capacidades controlados por uma empresa como fontes de vantagem
competitiva.” É depois possível desenvolver modelos para analisar os recursos e capacidades
que uma empresa pode ter por forma a gerar vantagem competitiva.
O modelo VRIO, descrito em Barney & Hesterly (2011:Cap 3,) analisa as questões que devem ser
consideradas sobre um recurso ou capacidade: questão do Valor (uma empresa tem valor
quando consegue explorar uma oportunidade externa e neutralizar um ameaça), a questão da
Raridade (quando um recurso ou capacidade não é controlado por várias empresas
concorrentes), questão da Imitabilidade (um recurso ou capacidade só tem valor ou é raro se as
empresas que não os possuem tiverem uma desvantagem de custo para obtê-los ou para os
desenvolver) e a questão da Organização (qualquer empresa deve estar organizada para ser
capaz de explorar os seus recursos e capacidades).
Relativamente à análise da cadeia de valor, para identificar recursos e capacidades que possam
ser valiosos, ou seja, que possam gerar vantagem competitiva, foram desenvolvidas diversas
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cadeias de valor genéricas, sendo uma delas a cadeia de valor de Porter descrita por Barney &
Hesterly (2011:Cap 3,) em que é referido que Porter definiu uma cadeia de atividades criadoras
de valor, comum a todos os negócios, e dividiu-as em atividades primárias e de suporte. As
atividades primárias estão ligadas à venda, manutenção e suporte e são as seguintes: Logística
de entrada, produção, armazenamento e distribuição, vendas e marketing, logística de saída. As
atividades de suporte, como o nome indica dão suporte às primárias e podem ser divididas em:
infraestrutura, tecnologia e gestão de recursos humanos e processos de aquisição.
O plano estratégico de Viana do Castelo efetua a análise estratégica com uma análise externa e
interna a que dá o nome de diagnóstico. A análise é consolidada numa matriz SWOT. A análise
externa e feita pela avaliação de oportunidades e ameaças que correspondem a fatores
positivos e negativos do seu ambiente externo. A análise externa está presente nas páginas 6 –
10. Relativamente à análise interna a mesma é denominada de Potencialidades e
estrangulamentos em vez de forças e fraquezas e está presenta entre as páginas 11 – 15.
BRUNO LATOUR
https://www.youtube.com/watch?v=9NtQ00Ut8GI&feature=youtu.be
1ª pergunta: Quais as atividades agora suspensas que você gostaria que não fossem retomadas?
2ª pergunta: Descreva por que essa atividade lhe parece prejudicial / supérflua / perigosa / sem
sentido e de que forma o seu desaparecimento / suspensão / substituição tornaria outras
atividades que você prefere mais fáceis / pertinentes. (Faça um parágrafo separado para cada
uma das respostas listadas na pergunta 1)
3ª pergunta: Que medidas você sugere para facilitar a transição para outras atividades daqueles
trabalhadores / empregados / agentes / empresários que não poderão mais continuar nas
atividades que você está suprimindo?
4ª pergunta: Quais as atividades agora suspensas que você gostaria que fossem ampliadas /
retomadas ou mesmo criadas a partir do zero?
5ª pergunta: Descreva por que essa atividade lhe parece positiva e como ela torna outras
atividades que você prefere mais fáceis / harmoniosas / pertinentes e ajuda a combater aquelas
que você considera desfavoráveis. (Faça um parágrafo separado para cada uma das respostas
listadas na pergunta 4).
6ª pergunta: Que medidas você sugere para ajudar os trabalhadores / empregados / agentes /
empresários a adquirir as capacidades / meios / receitas / instrumentos para retomar /
desenvolver / criar esta atividade?
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Atividades Formativas
Michael Porter divide as atividades criadoras de valor em duas categorias: Atividades primárias
ligada a produção e distribuição, vendas, marketing, serviços ligados ao distribuidor ou
consumidor, e atividades de suporte que incluem a componente de infraestrutura, recursos
humanos e desenvolvimento tecnológico.
Nas estratégias genéricas, Porter defende que apenas um de dois caminhos produz uma
vantagem competitiva sustentável, e são elas a diferenciação ou baixo custo, sendo que as duas
conjugadas geram soluções híbridas. Refere ainda que as empresas poderão atuar num mercado
de nicho onde o número de compradores é reduzido, mas o produto em regra é muito
diferenciado ou num mercado mais alargado em que em regra há menos diferenciação, mas um
numero muito elevado de possíveis compradores.
Segundo Michael Porter, existem duas abordagens genéricas para que uma empresa consiga
superar os seus concorrentes, ou seja, consiga ter vantagem competitiva. São elas: liderança em
custos e diferenciação
No que diz respeito à liderança em custos, a empresa precisa produzir em grandes quantidades
para conseguir minimizar os custos do processo de produção, distribuição e marketing, bem
como de ter uma elevada quota de mercado. Os clientes deste segmento valorizam acima de
tudo o preço e não tanto as características ou a diferenciação do produto.
A Diferenciação por sua vez, aposta numa estratégia de conseguir criar produtos que se
distingam dos produtos dos seus principais concorrentes dentro de um determinado segmento.
No caso da diferenciação o custo não assume um papel tão importante como na estratégia de
baixo custo. Os clientes do mercado alvo valorizam aquilo que o produto acrescenta, estando
dispostos a pagar um preço acima da média dos produtos não diferenciados.
Conseguir manter vantagem competitiva numa estratégia de diferenciação implica gerar valor
para o mercado alvo com algo que seja único e que o cliente valorize, algo que não seja de fácil
imitação para que a estratégia de diferenciação seja sustentável e garanta vantagem
competitiva.
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Oceanos Azuis
Segundo (Negas, Carvalho, & de Sousa, 2020)“A estratégia Oceano Azul, procura criar (ou
encontrar) novos mercados inexplorados com grande potencial de crescimento,
diferenciando-se deste modo da concorrência.”
Estratégia de integração vertical a jusante, uma vez que adquiriam uma herdade como referido
na página
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empresa da Corticeira Amorim" que chega ao mercado "com o propósito de fomentar a criação
e desenvolvimento de novos produtos e negócios com cortiça, orientados fundamentalmente
para os mercados externos" (https://www.amorim.pt/lideranca-global/amorim-cork-
ventures/), porque para o Grupo "[i]nternacionalizar não é exportar, é ter posições estratégicas
no exterior." (https://www.amorim.com/corticeira-amorim/grupo-amorim/desafios/)
Considero que segue duma forma clara uma estratégia de diversificação porque depois de ter
comprado “três concorrentes internacionais, no segmento da produção de rolhas”, “a Corticeira
Amorim voltou às compras, desta vez em Portugal e a montante da indústria”[3] comprando a
Herdade da Baliza que se destina à “plantação suberícola intensiva” e configura o seu primeiro
investimento em propriedade florestal.
Utiliza o modelo que fez sucesso localmente em escala global, através de franquias, subsidiárias
ou joint ventures.
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Fase Global (orientação mista) – Estas empresas têm uma gestão descentralizada, mas onde a
marca se mantém quase que imutável nos países onde opera, sendo a imagem da mesma quase
que igual a nível mundial. No entanto adaptam-se à realidade dos países onde se instalam.
modelo das 5 forças de Porter, ou de análise da estrutura de uma indústria, identifica e relaciona
cinco forças fundamentais com a atratividade a longo prazo de uma indústria ou empresa
(Freire, 2006: 80; Pietersma & Van Den Berg, 2015: 59; Serra et al., 2015: 114; Teixeira, 2011:
60). A relação é inversa, ou seja, quanto mais fracas forem as forças maior a atratividade.
As cinco forças são a concorrência, desagregada nas suas três subcomponentes – (1)
concorrentes atuais, (2) concorrentes potenciais e (3) produtos e/ou serviços substitutos – e, os
(4) fornecedores e (5) clientes sendo que a análise deste últimos dois se limita à respetiva
posição negocial face à indústria.
Este modelo, que “sintetiza o jogo competitivo” entre as 5 forças (Carvalho & Filipe, 2014: 166)
que condicionam a rentabilidade da indústria (Santos, 2008: 257), realiza uma análise
aprofundada do meio ambiente transacional, fornece uma perspetiva sobre o contexto e as
relações e dinâmicas da indústria e, assim, possibilita a tomada de decisões estratégicas
relativamente à “posição mais defensável e mais atraente economicamente” (Pietersma & Van
Den Berg, 2015: 59).
A análise das forças tem como ponto de partida a avaliação dos aspetos constantes, duma forma
muito sintética, do quadro abaixo.
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- não se saber com rigor quais os recursos e/ou capacidades imitar (ambiguidade causal);
Recursos, capacidades, ativos e competências nucleares valiosos, raros e difíceis de imitar são
“forças organizacionais e competências diferenciais sustentáveis” (Barney & Hesterly, 2011: 80)
conferindo à organização uma vantagem competitiva sustentável.
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Estratégias de Negócio
As estratégias genéricas de Porter são a diferenciação e a liderança pelo custo (ou baixo custo).
O "foco" depende do âmbito do mercado, como consta na fig. 11.1. Não é uma 3ª via.
Porter dizia que quem apostasse em ambas as estratégias genéricas, acabaria por não fazer bem
nenhuma. Ficaria "presa no meio" ou "no meio da estrada". Referido na p.214.
Com o tempo tem-se verificado que empresas que adotam ambas as estratégias (baixo custo e
diferenciação) também são muito bem-sucedidas. Pelo que a prática veio contradizer a teoria
das estratégias genéricas de Porter. Por isso, hoje fala-se numa 3ª via: as estratégias híbridas.
Concluindo: estratégias genéricas de Porter são duas (diferenciação e baixo custo). Mas as
estratégias híbridas são opções válidas (contradizendo Porter).
Segundo (Negas, Carvalho, & de Sousa, 2020) “A estratégia Oceano Azul, procura criar (ou
encontrar) novos mercados inexplorados com grande potencial de crescimento, diferenciando-
se deste modo da concorrência.”
Empresas que procurem ser um Oceano Azul devem começar por utilizar a estrutura das 4 ações:
Reduzir – Que áreas dentro da minha empresa podem não ser totalmente necessárias apesar
de não as poder eliminar?
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1– Olhar para indústria alternativas – Não devemos focar-nos apenas na nossa indústria, ou
seja, nos nossos concorrentes, devemos tentar encontrar indústrias alternativas que oferecendo
produtos e serviços diferentes cumpram a mesma finalidade
3– Olhar para os grupos de compradores – deixar de lado a ideia do comprador alvo da minha
empresa, ou seja, de um tipo de cliente único que até então tem sido o nosso cliente e ser capaz
de pensar o produto para outro cliente alvo.
Estratégias Corporativas
(Teixeira, 2011)
A decisão de crescer ou não - se escolhem crescer por forma a aumentar o volume de negócios
ou por outro lado aumentar as margens num nicho específico, Os vários tipos de negócios nos
quais a empresa pretende ganhar vantagem competitiva - em que mercados a empresa
consegue competir e com que produtos. Um modelo que ajuda neste tipo de decisão é a matriz
de Ansoff uma vez que permite uma visão quer dos produtos existentes e eventuais novos
produtos, quer a atuação em mercados existentes ou a criação de novos mercados permitindo
criar um posicionamento que pode ser de penetração de mercado, extensão de produto,
extensão de mercado ou diversificação conforme referido em (Carvalho & Filipe, 2014: 254), a
integração vertical ou o outsorcing, as localizações geográficas onde a empresa pretende
competir, alianças, fusões e aquisições. Tudo isto são decisões a ser tomadas ao nível de uma
estratégia corporativa.
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Então aquilo que entendi foi que nas estratégias corporativas temos a integração, que pode ser
vertical (a montante ou a jusante consoante andemos para trás ou para a frente na cadeia de
valor) ou horizontal quando a empresa decide comprar outras empresas com atividades
relacionadas e complementares com a sua, ou que podem ter componentes concorrenciais
anulando assim essa concorrência, como por exemplo a compra da compac pela HP, e temos a
diversificação, que pode ser relacionada ou concêntrica, sendo que neste caso falamos por
exemplo de uma empresa que diversifica mas na sua área ou em áreas relacionadas, como por
exemplo uma empresa que detém várias empresas de um mesmo setor de atividade, ou não
relacionada e também denominada de conglomerado quando as empresas investem em
atividades completamente diferentes das suas áreas de negócio.
O autor considera que há lugar a diversificação sempre que a empresa atua em mais do que
um negócio seja ao nível do produto ou do mercado.
Integração Horizontal – quando a empresa alarga a sua carteira de negócios através por
exemplo da aquisição de empresas que tenham atividades relacionadas aquelas que a empresa
desenvolve ou mesmo a compra de empresas concorrentes.
Integração Vertical – Segundo (Carvalho & Filipe, 2014: 254): “A integração vertical é uma forma
muito específica de diversificação concêntrica que se foca na opção make-or-buy de algum input,
ou do processamento de algum output, necessários à actividade da empresa.”~
Atualmente muitas destas empresas assumiram a forma de holdings que coordenam várias
empresas diferentes.
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Pode ser feita pela exportação, pelas join ventures, por licenciamento ou investimento
estrangeiro
Estratégias de Internacionalização
(Teixeira, 2011)
Benefícios
Algumas das principais vantagens da internacionalização de empresas são:
Riscos
A internacionalização pode trazer diversos benefícios, sendo que, , também traz consigo riscos.
Riscos políticos – São riscos que decorrem da situação política do país para o qual a empresa
pretende internacionalizar, nomeadamente ao nível de instabilidade política, atuação das
entidades oficiais, nomeadamente o sistema político e do estado do país em causa em relação
a empresas estrangeiras, terrorismo entre outras situações no âmbito político.
Riscos Económicos – Este tipo de riscos prendem-se com questões de natureza económica como
exemplo carga fiscal a empresas estrangeiras, regulação em relação à concorrência entre outros,
sendo que este tipo de riscos estão muito relacionados com os riscos políticos.
Riscos Financeiros – Os riscos financeiros relacionam-se por exemplo com questões cambiais,
ganhando maior importância se as empresas pretenderem operar fora da zona euro e por
exemplo em países com grandes flutuações cambiais.
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Fases da Internacionalização
De acordo com (Teixeira, 2011), “A internacionalização das empresas desenvolve-se,
geralmente, ao longo de quatro fases — internacional, multinacional, global e transnacional”.
Utiliza o modelo que fez sucesso localmente em escala global, através de franquias, subsidiárias
ou joint ventures.
Fase Global (orientação mista) – Estas empresas têm uma gestão descentralizada, mas onde a
marca se mantém quase que imutável nos países onde opera, sendo a imagem da mesma quase
que igual a nível mundial. No entanto adaptam-se à realidade dos países onde se instalam.
As transnacionais não se identificam com o país de origem da empresa uma vez que têm
operações nos países onde atuam e não operações centralizadas a partir da sede, enquando que
as multinacionais compram subsidiárias noutros países.
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• Importação/exportação
Forma mais comum de entrada nos mercados internacionais através da compra ou
venda de produtos de outros países. A importação/exportação pode ser indireta
quando existem intermediários no que diz respeito à distribuição, exportação
cooperativa ou partilhada quando existem acordos de partilha ou cooperação com
outras empresas e exportação direta a empresa assume a totalidade do processo de
exportação.
• Forma contratual – contrato entre duas empresas de diferentes países que pode
assumir diferentes formas
o Licenciamento – Acordos de licenciamento que dão direito de utilização de
patentes, tecnologias entre outros e que implicam o pagamento de um fee pela
sua utilização
o Franchising – Acordo mediante um conjunto de regras e pagamento de royalties
para utilização da marca, produtos, métodos.
o Subcontratação – A empresa nacional subcontrata no país onde vai operar outra
empresa que fabrique os produtos que a primeira vai depois vendes.
o Joint-ventures – empresas de países diferentes que partilham projetos e
partilham riscos
o Alianças – Acordos entre várias empresas, num espírito de parceria, consórcio
onde competências e esforços são feitos em conjunto para atingir um
determinado objetivo.
• Investimento direto – Aquisição de ativos noutro país podendo ser quer através da
criação de uma empresa nova ou da aquisição de uma já existente.
Em 2014 é criada a Amorim Cork Ventures, uma incubadora de negócios da Corticeira Amorim,
orientada para os mercados externos. Segundo noticia disponivel em
https://eco.sapo.pt/2020/01/09/de-uma-pequena-oficina-corticeira-amorim-fez-se-gigante-
em-150-anos/ consultada em 01/07/2020, “Atualmente a Corticeira Amorim atua em mais de
100 países e produz mais de 25 milhões de rolhas por dia, o que equivale a 5,5 mil milhões de
rolhas por ano.”
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As empresas que se encontram na fase multinacional utiliza um modelo que fez sucesso
localmente à escala global, através de franquias, subsidiárias ou joint ventures, tendo a
Corticeira Amorim 10 Joint Ventures.
A terceira geração da família (1953) incluiu o empresário Américo Amorim, um dos principais
responsáveis pela grande expansão da empresa. A Corticeira Amorim, S.A surgiu em 1963; em
1991 tornou-se numa holding do grupo, passando a designar-se de Corticeira Amorim SGPS, S.A,
e a representar a empresa mãe do Grupo Corticeira Amorim. Atualmente o grupo está
organizado em 5 Unidades de Negócio (UN), as Matérias-Primas, Rolhas, Revestimentos,
Aglomerados Compósitos e Isolamentos.
Foi nos anos 60 que a estratégia de integração vertical foi aliada à diversificação do produto e à
integração horizontal, i.e, compraram empresas que produziam os mesmos produtos de cortiça.
O PI iniciou-se com a compra da empresa marroquina Comatral, em 1972, e da espanhola
Samec, em 1976. Em simultâneo, a CA abriu vários escritórios fora de Portugal, de forma a
controlar o processo de distribuição. Nos anos 80 e 90, esta estratégia foi consolidada, tendo a
empresa adquirido os principais produtores da região do mediterrâneo, nomeadamente em
Espanha, país que inicialmente era o líder no sector da cortiça. O capital utilizado nestas
aquisições foi conseguido no mercado de ações, tendo a CA e outras empresas do grupo
começado a ser cotadas na Bolsa em 1991 (Amorim, 2013).
A fase de aquisições, que consolidou a posição da empresa como maior produtor e exportador
mundial de produtos de cortiça, pode ser considerada a primeira fase do seu PI (Parejo et al,
2013). A segunda fase relaciona-se com o empreendimento de vários projetos de IDE, tendo a
empresa expandido as suas infraestruturas pela região e criado marcas nacionais e
internacionais, através da respetiva participação no capital de empresas estrangeiras. Foi este
processo que possibilitou a criação de uma rede de distribuição própria, passando a CA a ser
considerada uma multinacional, com presença em todos os principais mercados vinícolas do
mundo.
Com a quarta geração da família (2001), surgiu a terceira fase do PI, que consistiu na 18
estratégia de integração vertical total (backward e forward). A produção de rolhas de cortiça foi
autonomizada e Espanha tornou-se um mercado estratégico, por ser abundante em matéria-
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prima e próximo dos principais mercados de vinho da Europa (Parejo et al, 2013). Esta fase foi
também marcada por novas lideranças em diferentes dimensões, que se vinham a consolidar
desde as primeiras fases. A dimensão da inovação é uma aposta omnipresente no negócio
Amorim, utilizada como estratégia no aumento das quotas de mercado da empresa. Exemplo
prático desta dimensão foi a fundação, em 2014, da Amorim Cork Ventures, uma incubadora de
negócios direcionada para o apoio de novos produtos e processos no negócio da cortiça.
Atualmente o valor gasto em I&D é cerca de 6 milhões de euros anuais (Amorim, 2014). Quanto
à dimensão do desenvolvimento sustentável, aposta mais recente, tem sido igualmente uma
área crescente, na medida em que a empresa tenta implementar em todos os estádios de
produção, processos mais ecológicos. A preocupação pela inovação e sustentabilidade
ambiental têm conferido à empresa um estatuto de elevada responsabilidade e singularidade
no meio internacional.
Desenvolvimento da Estratégia,
Avaliação e seleção de opções estratégicas
(Cardeal, 2018)
Opções Estratégicas:
• estratégia de negócio
• estratégia de internacionalização
• estratégia corporativa
Qualquer uma das opções estratégicas acima podem ser implementadas de uma de duas formas
sendo que as mesmas não são mutuamente exclusivas conforme explicado por (Cardeal, 2018),
podendo ser selecionadas por atividades, ou seja dependendo da atividade poder-se-á optar por
desenvolvimento orgânico ou desenvolvimento externo.
Desenvolvimento orgânico
• é aquele em que a estratégia é implementada através de capacidades da própria
empresa. Este tipo de implementação pode ser especialmente benéfico se a empresa
não pretender ou não puder fazer um investimento de aquisição no curto prazo e no
imediato, sendo mais vantajoso a diluição do investimento ao longo do tempo de
implementação da estratégia. Também é uma mais valia quando existe a possibilidade
de desenvolvimento de novas capacidades e assim possibilidade de integração vertical
a montante ou a jusante potenciada pela aquisição destas novas capacidades. O
desenvolvimento orgânico pode também ser o caminho, nos casos em que a
internacionalização se dê num país onde não existem ainda fornecedores
especializados, onde as alianças ou aquisições não sejam possíveis pela natureza do
mercado em causa, sendo assim o desenvolvimento orgânico a solução. Finalmente e
como referido também pelo autor a importância de dar continuidade à estretégia, uma
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Fusões e aquisições
Uma aquisição tal como o nome indica e conforme explicado por (Cardeal, 2018) é a aquisição
de uma empresa por outra, sendo mais benéfico quando a empresa compradora assume logo
o controlo de gestão da empresa comprada.
Uma fusão é a junção de todos os ativos e passivos de duas empresas numa só.
Aliança estratégica
Segundo (Cardeal, 2018),: “Uma aliança estratégica dá-se quando duas ou mais empresas
partilham recursos e atividades com vista a implementar uma estratégia com o intuito de
obterem uma vantagem competitiva”
“a ideia das alianças seja o acesso a importantes recursos não disponíveis internamente”
As alianças estratégicas são contratos entre duas empresas de diferentes países que podem
assumir diferentes formas:
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Bibliografia do professor:
Barney & Hesterly (2011) Administração estratégica e vantagem competitiva. São Paulo:
Pearson.
Cardeal, Nuno (2018) Pensamento estratégico: antecipar as ondas de futuro. 3ª ed. Lisboa:
Universidade Católica Editora
Carvalho, J.C. & Filipe, J.C. (2014) Manual de Estratégia- conceitos, prática e roteiro. Sílabo.
Serra, F., Ferreira, M., Torres, M. & Torres, A. (2011) Gestão estratégica. Lisboa: Lidel.
GRI, UN & WBCSD (s.d.) SDG Compass: Diretrizes para implementação dos ODS na estratégia
dos negócios.
Múltiplos vídeos.
Bibliografia complementar
Barney, J., Wright, M., & Ketchen, D. J. (2001). The resource-based view of the firm: Ten years
after 1991. Journal of management, 27(6), 625-641.
Barney, J. B., Ketchen, D. J., & Wright, M. (2011). The future of resource-based theory
revitalization or decline?. Journal of management, 37(5), 1299-1315.
Penrose, E. (1959). TheTheory of the Growth of the Firm. New York: John Wiley, 12, 34.
Wernerfelt (1984) A resource-based view of the firm. Strategic Management Journal, Vol.5, 171-
180.
Referências
Cardeal, N. (2018). Pensamento estratégico: antecipar as ondas de futuro. 3ª ed. Lisboa:
Universidade Católica Editora.
GRI, UN, & WBCSD. (s.d.). SGD Compass: Diretrizes para a imlementação dos ODS na estratégia
dos negócios.
Negas, M. C., Carvalho, L. C., & de Sousa, I. D. (2020). Inovação e Tecnologia - Uma Visão
Multidisciplinar. Lisboa: Edições Sílabo.
Plano Estratégico de Viana do Castelo. (s.d.). Viana do Castelo: Camara Municipal de Viana do
Castelo.
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