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Fiscalização Do Poder de Polícia
Fiscalização Do Poder de Polícia
Bibliografia
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SUMÁRIO
CAPÍTULO I ..............................................................................................................................................5
CONCEITO DE PODER DE POLÍCIA .............................................................................................................5
O PODER DISCRICIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .......................................................................9
COERCIBILIDADE E AUTO-EXECUTORIEDADE .........................................................................................13
O AGENTE FISCAL: COMPETÊNCIA DE AÇÃO..........................................................................................15
O PODER DE POLÍCIA DAS CONSTRUÇÕES ..............................................................................................16
Licença de Construção .....................................................................................................................18
AUTO DE EMBARGO E AUTO DE INTERDIÇÃO .........................................................................................18
OBRA CLANDESTINA...............................................................................................................................19
A MAIS-VALIA .......................................................................................................................................20
O PODER DE POLÍCIA SANITÁRIA ...........................................................................................................21
O PODER DE POLÍCIA DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS .............................................................................23
O PODER DE POLÍCIA DA PROPAGANDA E PUBLICIDADE ........................................................................24
O PODER DE POLÍCIA DAS ATIVIDADES URBANAS .................................................................................26
PODER DE APREENSÃO DE MERCADORIAS .............................................................................................28
CÓDIGO DE POSTURAS ............................................................................................................................30
CAPÍTULO II...........................................................................................................................................32
O ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO E LOCALIZAÇÃO .................................................................................32
REQUISITOS DE CONCESSÃO DO ALVARÁ ...............................................................................................34
Normas usuais de análise para concessão de alvará .......................................................................35
RENOVAÇÃO DO ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO E LOCALIZAÇÃO ..........................................................37
Um Modelo de Regulamento de Alvará ............................................................................................39
O CADASTRO MOBILIÁRIO OU DE ATIVIDADES ECONÔMICAS ................................................................49
CONDIÇÕES LEGAIS DE CASSAÇÃO DO ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO...................................................50
CAPÍTULO III .........................................................................................................................................51
SERVIÇOS PÚBLICOS ...............................................................................................................................51
SERVIÇOS OU ATIVIDADES ESSENCIAIS ..................................................................................................56
TAXA, TARIFA E PREÇO PÚBLICO...........................................................................................................58
Tarifa. ...............................................................................................................................................58
Preço Público. ..................................................................................................................................59
Opção Política. .................................................................................................................................62
BASE DE CÁLCULO DE TAXAS ................................................................................................................62
Decisões Judiciais sobre taxas. ........................................................................................................65
O USO DA ÁREA PÚBLICA ......................................................................................................................69
CAPÍTULO IV .........................................................................................................................................71
CONCEITO DE TAXA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS .................................................................................71
SERVIÇOS ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS ......................................................................................................73
UTILIZAÇÃO EFETIVA E UTILIZAÇÃO POTENCIAL...................................................................................74
O CARÁTER COMPULSÓRIO DE TAXA .....................................................................................................76
SERVIÇO PÚBLICO DELEGADO OU PERMITIDO ........................................................................................77
CAPÍTULO V ...........................................................................................................................................77
CONCEITO DE TAXA DE PODER DE POLÍCIA ............................................................................................77
As diversas taxas de polícia ..............................................................................................................79
A DISPONIBILIDADE DO SERVIÇO EM RELAÇÃO À TAXA DE PODER DE POLÍCIA.....................................79
A COMPROVAÇÃO DO EFETIVO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA ........................................................80
A TAXA DE FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS ...................................................................83
CAPÍTULO VI .........................................................................................................................................85
O LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO ................................................................................................................85
Momentos da Relação Tributária .....................................................................................................85
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O Lançamento como Formalizador do Crédito Tributário...............................................................87
As três Modalidades de Lançamento ................................................................................................88
O LANÇAMENTO DA TAXA .....................................................................................................................89
O AUTO DE INFRAÇÃO COMO ATO ADMINISTRATIVO DE LANÇAMENTO ................................................91
CAPÍTULO VII........................................................................................................................................93
PRÁTICAS DE FISCALIZAÇÃO..........................................................................................................93
O PODER FISCAL DO MUNICÍPIO .............................................................................................................93
A FUNÇÃO DE FISCALIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................96
Estratégia de Ação Fiscal.................................................................................................................98
ATIVIDADES E ABRANGÊNCIA DA FISCALIZAÇÃO ..................................................................................99
Atividades .........................................................................................................................................99
Infra-estrutura ................................................................................................................................101
Organização e Gestão.....................................................................................................................102
Tecnologia ......................................................................................................................................103
Recursos Normativos ......................................................................................................................103
Recursos Materiais e Financeiros ..................................................................................................104
TIPOS DE CONTRIBUINTES ....................................................................................................................104
FORMULAÇÃO DE POLÍTICA DE FISCALIZAÇÃO ....................................................................................106
Outras Características....................................................................................................................108
A ELISÃO E A EVASÃO FISCAL. ............................................................................................................110
Evasão Fiscal..................................................................................................................................110
Elisão Fiscal ...................................................................................................................................114
FONTES DE INFORMAÇÕES FISCAIS.......................................................................................................115
O SIGILO BANCÁRIO.............................................................................................................................116
DEVER DE SIGILO DO FISCO..................................................................................................................117
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................................119
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CAPÍTULO I
1
Meirelles, Hely Lopes. Direito Municipal Brasileiro. 11ª ed., atualizada por Célia Marisa
Prendes e Márcio Schneider Reis. São Paulo, Malheiros, 2000, p. 131.
2
Tácito, Caio. Direito Administrativo. São Paulo, Saraiva, 1975, p. 141.
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No dizer de Celso Antônio Bandeira de Mello:
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citando Agustín A. Gordillo, que “o poder de polícia compreendia, na
Antiguidade, a proteção de valores como a segurança, salubridade e
moralidade públicas, mas quase acima da ordem jurídica – portanto,
praticamente, como conceitos metajurídicos”.4 E continua, transcrevendo o
jurista argentino, “que a atividade policial seja somente proibitiva é uma
concepção sem uso, atualmente: as obrigações de fazer instalações de
segurança contra acidentes, de primeiros auxílios etc.; a obrigação de vacinar-
se, de pôr silenciador nos escapamentos de veículos, de construir muros, de
expor ao público lista de preços, de colocar no comércio chapas com
identificação do ramo e do proprietário, de uso de aventais etc., são todas
obrigações policiais positivas e não meras proibições. Logo, também
desapareceu esta característica de polícia”.
"... o Poder Público impõe ao particular um dever de agir, ao passo que através
da polícia administrativa exige-se, de regra, uma inação, um non facere. Às
vezes há, aparentemente, obrigação de fazer. Por exemplo: exibir planta para
licenciamento de construção; fazer exame de habilitação para motorista;
colocar equipamento contra incêndio nos prédios. É mera aparência de
obrigação de fazer. O Poder Público não quer estes atos. Quer, sim, evitar que
as atividades ou situações pretendidas pelos particulares sejam efetuadas de
maneira perigosa ou nociva, o que ocorreria se realizadas fora destas
condições".
4
Figueiredo, Lúcia Valle. Curso de Direito Administrativo. 6ª ed., São Paulo, Malheiros, 2003,
p. 293.
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adequá-los aos demais valores albergados no mesmo sistema, impondo aos
administrados uma obrigação de não fazer”.5
5
Beznos, Clóvis. Poder de Polícia, p. 76. Citado por Lúcia Valle Figueiredo, op. cit. p. 294.
6
Meirelles, Hely Lopes. Direito Municipal Brasileiro, 11ª ed., atualizada por Célia Marisa
Prendes e Márcio Scheneider Reis, São Paulo, Malheiros, 2000, p. 393.
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poder de polícia é sempre exercido pela administração pública e
jamais delegada a terceiros.
II. tem por fundamento o interesse público e deve ser estabelecido
sempre com essa finalidade. Em termos tributários, a lei enumera
os objetivos de interesse público: segurança, higiene, ordem,
costumes, disciplina da produção e do mercado, exercício de
atividades dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, tranqüilidade pública, respeito à propriedade e respeito aos
direitos individuais ou coletivos.
III. manifesta-se quando o Poder Público age limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, mediante o
regulamento da prática de ato ou abstenção de fato. Como
somente por lei é que se pode impor limitações a direitos, fácil
concluir de que o poder de polícia tem de ser constituído através de
lei formal. Todo poder de polícia tem por requisito a autorização
legal, podendo, então, manifestar-se por meio de atos
regulamentadores da lei (decreto, regulamento etc.), submetendo
os indivíduos às respectivas normas.
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bem como de aplicar as sanções legais e empregar os meios conducentes a
atingir o fim colimado, que é a proteção de algum interesse público.
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Fato curioso, pelo absurdo, foi noticiado tempo atrás, ocorrido em um
país da Europa. O artigo contava que um homem sofreu enfarte em uma praça
pública e, chamado o socorro médico, um guarda proibiu a ambulância de
chegar até o enfermo, porque era proibido o trânsito de veículos no interior do
parque, obrigando os paramédicos a percorrerem longo trecho a pé para
prestar o atendimento. O fato deu motivos a longos debates sobre o poder
discricionário do servidor público, cujo próprio discernimento é tão importante a
ponto de compreender o alcance de uma norma e quando pode descumpri-la.
7
Moreno, Fernando Sainz. Conceptos Jurídicos, Interpretación y Discrecionalidad.
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discricionário não está estabelecida previamente. Tem o agente público apenas
uma indicação extremamente vaga de que deve existir uma proporção entre a
ação e a reação, entre a perturbação do interesse público, da ordem, da
segurança ou da saúde pública e a medida de polícia que se destina a afastá-
la.
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Nas duas hipóteses iniciais acima, a conseqüência jurídica será a
absoluta invalidade do ato. Na última hipótese, o erro da autoridade que
praticou o ato, se consistir em erro de direito será, via de regra, juridicamente
irrelevante; e se for erro de fato poderá dar causa à anulação de ato jurídico, o
qual, entretanto, não será nulo de pleno direito.
Coercibilidade e auto-executoriedade
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pela via adequada, ao Judiciário para correção de eventual ilegalidade
administrativa por excesso de poder, ou arbitrariedade.
Exemplos de auto-executoriedade:
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executar diretamente as medidas restritivas de direito individual e as sanções
correspondentes, autorizadas em lei ou regulamento”.8
8
Meirelles, Hely Lopes. Ob. cit. p. 400.
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O Supremo Tribunal Federal já decidiu que mesmo em face da
responsabilidade objetiva do ente público, e sem prejuízo desta, é cabível a
ação de indenização promovida pela vítima também contra o agente fiscal.
Diz o art. 1.299, do Código Civil, que o proprietário pode levantar em seu
terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os
regulamentos administrativos. Tais regulamentos, sendo de natureza local,
competem ao Município, geralmente expressos no Plano Diretor e no Código
de Obras, ou, como alguns chamam, Código de Zoneamento Urbano. De forma
geral, o Código de Obras fixa as condições técnicas e funcionais da edificação,
enquanto o Código de Zoneamento Urbano estabelece, por evidência, o
zoneamento da cidade.
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coeficientes de ocupação, estética das fachadas e demais requisitos que não
contrariem as disposições da lei civil concernentes ao direito de construir.
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Licença de Construção
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Portanto, Auto de Embargo é lavrado quando a construção ainda estiver
em andamento, não concluída.
Obra clandestina
Uma obra clandestina deve ser severamente combatida por se tratar não
só de flagrante desrespeito às normas legais constituídas, mas também como
exemplo pernicioso de uma eventual ineficácia da Administração Municipal.
Temos, porém, que distinguir as obras clandestinas em relação ao seu vulto e
características. Assim, tanto existem obras clandestinas de edificações novas e
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integrais, quanto construções complementares ou adicionais efetuadas no
interior de uma edificação existente.
A Mais-Valia
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proprietário não concordar em pagar a “mais-valia”, fica obrigado a consertar as
irregularidades existentes.
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taxa, embora de competência comum, somente a entidade política competente
é que poderá exigir a taxa, não se admitindo invasões na área de atuação
pública estabelecida pela lei (“no âmbito das suas respectivas atribuições”,
dispõe o art. 77 do Código Tributário Nacional).
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È a questão da taxa de inspeção sanitária, que será comentada posteriormente.
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ponto relevante, pois tais ruídos são prejudiciais à vida psíquica dos cidadãos.
A ciência médica já proclamou os efeitos perniciosos dos ruídos persistentes,
estridentes e incômodos, responsáveis em boa parte pelos distúrbios nervosos
das pessoas. É dever do Poder Público amenizar tanto quanto possível a
propagação de ruídos incômodos aos habitantes, especialmente nas horas de
repouso.
10
Rasori, Amílcar. Revista de Direito e Administração Municipal. Buenos Aires, 1932.
11
Há pouco tempo, os jornais noticiaram a interdição de um cinema provocada pela existência
de ratos no salão. Um exemplo de atuação fiscal em logradouro público.
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- limpeza e asseio do local e dependências;
- ventilação adequada;
- uniformes ou vestimenta dos funcionários em bom estado de
limpeza;
- alimentos bem conservados e guardados, quando for o caso;
- utensílios limpos e desinfetados.
Clínico Geral
Esta placa não pode ser tratada como Propaganda, podendo até ser
entendida como Publicidade, mas, na verdade, trata-se apenas de uma placa
identificadora do consultório. Se a lei municipal determina o controle e
fiscalização tão-somente de propaganda e publicidade, esta placa,
conceitualmente, estaria fora do alcance do poder de polícia.
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Vamos, agora, tomar outro exemplo:
Clínico Geral
1ª Consulta GRÁTIS
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exemplo, sua função passa a ser unicamente de propaganda, e não mais
identificadora.12
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falsificado, tarefa destinada ao Conselho da classe. No caso de uma denúncia
ou suspeita, caberia à Administração Municipal informar à Polícia do Estado, ou
ao Conselho, e não sair tomando providências investigatórias.
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Poder de Apreensão de Mercadorias
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Tais medidas são consideradas inconstitucionais, entre elas a apreensão
de mercadorias, mas quando provocadas como justificativas de ordem
tributária. Nada existe de impeditivo, porém, quando motivadas em função do
poder de polícia administrativa, com o intuito de preservar a comunidade, ou
evitar danos coletivos e difusos, desde que sempre vinculada à norma legal.
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III. As mercadorias não perecíveis, após análise e liberação para o
consumo, deverão ser requeridas pelo autuado, no prazo máximo
de 30 (trinta) dias, após o que será objeto de leilão público, sendo
seu resultado disciplinado pela Lei nº 1.193(Código de Posturas
do Município).
Código de Posturas
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um limite, demarcado pelo interesse social em conciliação com os direitos
fundamentais do indivíduo, o que é assegurado na Constituição Federal.
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às edificações. Geralmente, o código de obras, ou de edificações, ou de polícia
urbanística, cuida dos seguintes setores:
- - Higiene pública;
- Sossego público;
- Trânsito e tráfego;
- Empachamento das vias públicas;
- Propaganda e Publicidade nos estabelecimentos e vias públicas;
- Trânsito de animais em áreas públicas;
- Combate à proliferação de animais nocivos à saúde pública;
- Horário de funcionamento do comércio e da indústria;
- Autorização e controle do comércio ambulante;
- Autorização e controle das feiras-livres;
- Controle do meio-ambiente;
- Controle das atividades urbanas em geral.
CAPÍTULO II
O Alvará de Funcionamento e Localização
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ordenamento da cidade. Ao mesmo tempo, a lei pode proibir expressamente o
funcionamento de certas atividades consideradas impróprias ou perigosas à
população.
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para o exercício de qualquer atividade no âmbito do Município, detendo o
Poder Público o poder-dever de exigi-lo de todos aqueles que exerçam ou
pretendam exercer qualquer atividade, comercial ou não, na respectiva área
territorial” (M/S 0759 – Juízo de Direito da 4ª Vara Cível da Comarca de São
Gonçalo, RJ).
- O Alvará é obrigatório:
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fundações e entidades beneficentes, assistenciais e
religiosas;
b. Para todos os locais onde há o exercício de atividades
profissionais por pessoas físicas.
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- Tipo de atividade que precisa apresentar registro de habilitação
profissional:
o Farmácia ou Drogaria;
o Construção Civil;
o Arquitetura e Projetos;
o Corretora de Imóveis;
o Clínica Médica, Casa de Saúde, Hospital;
o Clínica Odontológica;
o Clínica Veterinária;
o Ensino Regular;
o Creche (Enfermeira ou Médico responsável);
o Jardim de Infância (Enfermeira ou Médico responsável);
o Laboratório de Análise Médica;
o Leilão;
o Escritório de Contabilidade;
o Escritório de Advocacia;
o Escritório de Auditoria;
o Escritório de Consultoria Econômica;
o Clínica de Psiquiatria;
o Clínica de Psicologia;
o Clínica de Fonoaudiologia;
o Academia de Ginástica;
o Clínica de Fisioterapia;
o Escritório de Representação Comercial;
o etc.
- Tipo de atividade que obriga a apresentação de licenças especiais:
o Indústria de Gesso – IBAMA;
o Indústria Metalúrgica – Meio Ambiente;
o Indústria de Móveis – Meio Ambiente;
o Indústria de Bebidas – Fiscalização Sanitária;
o Farmácia e Drogaria – Fiscalização Sanitária;
o Posto de Combustível – Aprovação especial do Corpo de
Bombeiros;
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o Distribuidora de Gás – Aprovação especial do Corpo de
Bombeiros;
o Comércio de peças usadas de veículos – Registro na
Polícia Civil;
o Restaurante – Fiscalização Sanitária;
o Indústria alimentícia – Fiscalização Sanitária;
o etc.
- Documentação usualmente obrigatória:
o Identidade e CPF dos sócios da empresa, do Profissional
Autônomo, dos diretores de entidades sem fins lucrativos;
o Contrato Social registrado na Junta Comercial, ou Estatuto
registrado em Cartório;
o CNPJ da empresa ou entidade;
o Inscrição na Inspetoria Estadual de Fazenda, se for o caso;
o Contrato de aluguel ou registro de propriedade do imóvel;
o Laudo do Corpo de Bombeiros;
o outros, conforme a legislação local.
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caracterização fiscal do estabelecimento e outros. São esses requisitos
preliminares que devem ser comprovados antes do efetivo funcionamento do
estabelecimento, e o documento que atesta o referido cumprimento, que
autoriza a sua inauguração, chama-se, como já foi visto, Alvará de Localização
e Funcionamento, ou Alvará de Localização, ou outra denominação similar.
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conclusão formal do ato jurídico administrativo, podendo, sim, ser cassado por
afrontar as normas legais estabelecidas. O alvará pode, inclusive, ser alterado
ou retificado, se houver mudanças em quaisquer de seus termos (endereço,
objeto social, CNPJ, horário de funcionamento etc.), mas jamais renovado ou
ratificado. Pode ser, também, como já foi visto, provisório ou concedido a título
precário, nos termos da lei local, mas, como diz Hely Lopes Meirelles, será
definitivo e vinculante para a Administração quando expedido diante de um
direito subjetivo do requerente.
Título I
Do licenciamento
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na Secretaria Municipal de Fazenda, observado o disposto neste Decreto, na
legislação relativa ao Uso, Parcelamento e Ocupação do Solo, no Código
Tributário e demais legislações pertinentes.
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§ 2º - Em caso de Alvará de Autorização Transitória, com utilização
de área pública, será devida também a Taxa de Licença para Ocupação do
Solo nas Vias e Logradouros Públicos, observado o disposto no Código
Tributário do Município.
TÍTULO II
Do Pagamento da Taxa
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§ 1º - A obrigação imposta no caput deste artigo aplica-se também
no exercício de atividades eventuais.
TÍTULO III
Das Isenções
TÍTULO IV
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§ 1º - A devolução do Formulário para Fins de Localização a que se
refere este Artigo deverá ocorrer impreterivelmente em até 48 (quarenta e
oito) horas.
TÍTULO V
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Da Concessão de Alvará de Autorização Transitória
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Parágrafo único - Em se tratando de exercício de comércio eventual
ou em locais fixos, conforme previsto no Artigo 255, parágrafo 1º do
Código Tributário do Município, deverá ser apresentado o original do
Formulário para Fins de Localização Local devidamente deferido.
TÍTULO VI
TÍTULO VII
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Art. 17 - O não cumprimento das obrigações previstas neste Decreto
sujeita o contribuinte à aplicação das penalidades previstas no Código
Tributário do Município, inclusive interdição do estabelecimento, sem
prejuízo do pagamento dos tributos e multas devidos.
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Parágrafo único - O Alvará poderá também ser cassado ou alterado
ex-ofício, mediante decisão fundamentada, quando assim exigir o interesse
público, observando o disposto no Código Tributário Municipal.
TÍTULO VII
TÍTULO IX
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Das Disposições Transitórias
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O Cadastro Mobiliário ou de Atividades Econômicas
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consigo fichas ou planilhas de atualização cadastral, independentemente do
serviço específico que irá realizar. Alguns Municípios, mais evoluídos, já estão
usando equipamentos eletrônicos de mão, possibilitando o Servidor a consultar
o Cadastro de onde estiver, facilitando, assim, a correção dos dados.
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CAPÍTULO III
Serviços Públicos
13
Bandeira de Mello, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo, 11ª ed., São Paulo,
Malheiros, 1999.
14
Moraes, Bernardo Ribeiro de. Compêndio de Direito Tributário, 5ª ed., Rio de Janeiro,
Forense, 1996
51
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Vale destacar a classificação utilizada por Hely Lopes Meirelles:
E conclui o mestre:
Com base em tal distinção dos serviços, poderíamos dizer que existem
aqueles serviços dirigidos à comunidade e aqueles prestados a um cidadão
específico. Ou seja:
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- Serviço de Utilidade Pública: Pró-cidadão (aquele que a
Administração Pública reconhece a sua conveniência para a
coletividade, prestando-o diretamente ou delegando a terceiros nas
condições regulamentadas e sob o seu controle. Exemplos:
transporte coletivo, energia elétrica).
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- preservar as florestas, a fauna e a flora.
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Em suma, podemos dizer que de todos os serviços prestados em uma
sociedade, alguns são públicos e outros privados. Para separá-los precisamos
nos valer de dois critérios: o primeiro seria identificar as atividades que a
própria Constituição definiu como serviços públicos, tanto aqueles de
responsabilidade privativa do Estado, quanto os prestados por terceiros,
mediante autorização, concessão ou permissão. O segundo trataria dos casos
em que ocorre atuação mista ou até mesmo competitiva, mas com a ressalva
constitucional de “dever do Estado”, que seriam exatamente os serviços de
saúde e de educação.
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estariam, hipoteticamente, sujeitos à cobrança de taxa ou preço público, desde
que obedecidas às normas da legislação tributária.
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XI. X – controle de tráfego aéreo;
XII. XI – compensação bancária “.
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essencial por falta de pagamento, como, por exemplo, cancelar o serviço de
coleta de lixo de um determinado imóvel porque o contribuinte está
inadimplente com a taxa de coleta de lixo. Ou, então, cortar o fornecimento de
água em razão de falta de pagamento. O caminho a ser seguido é a cobrança
judicial da dívida.
Tarifa.
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tarifa postal, telefônica, de gás, de fornecimento de água, de fornecimento de
luz etc..
Preço Público.
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sim, de forma facultativa, segundo a vontade do interessado. É o Estado
agindo como o particular, como proprietário, como industrial, como prestador
de serviços, auferindo uma receita originária e facultativa.
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pelo Estado, em contraprestação pela aquisição de um bem material ou
imaterial. Como conseqüência, a receita obtida através de preços públicos
apresenta-se originária e facultativa. Essa conceituação é de Bernardo Ribeiro
de Moraes.
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utilização do poder fiscal, da soberania estatal, que faz a
norma legal exigindo o pagamento).
b) Como prestação. O preço caracteriza-se fundamentalmente
por ser uma obrigação “contratual” (a vontade participa na
formação da obrigação) e “contraprestacional” (existe uma
troca de bem por dinheiro). A taxa caracteriza-se por ser uma
obrigação “compulsória” e não “contraprestacional”.
Opção Política.
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manutenção da atividade na medida em que a provoque. As taxas são regidas
pelo principio da retribuição e caracterizadas pelo chamado caráter
sinalagmático, ou seja, designativo do contrato bilateral.
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Uma fórmula para escolher a alíquota ou a importância fixa da taxa
seria de levar em conta a apuração aproximada do número de contribuintes da
taxa, uma vez que esta somente pode ser exigida das pessoas que recebem a
atividade estatal. Posteriormente, basta prever um sistema de rateio do valor
total que se deseja obter (custo global da atividade estatal), a título de
arrecadação da taxa, entre o número de contribuintes escolhidos. O resultado
oferecerá uma alíquota fiscal que, aplicada à unidade de medida, dará o valor
da taxa.
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construção. Por evidência, o segundo exigiria mais tempo e esforço na
realização da inspeção, justificando um valor maior do que o primeiro.
15
Janczeski, Célio Armando. Taxas Doutrina e Jurisprudência. Curitiba, Juruá, 2000
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respectiva base de cálculo não está vinculada à atuação estatal, valorizando
fatos incapazes de mensurar-lhe o custo (localização, utilização e metragem do
imóvel) – tudo com afronta aos arts. 77, caput, e 79, inc. II, do CTN. Embargos
de divergência acolhidos” (Rec. Esp. 102.404-SP – Rel. Min. Ari Pargendler,
STJ).
“... por haverem violado a norma do art. 145, Parágrafo 2o., ao tomarem
para base de cálculo das taxas de limpeza e conservação de ruas elemento
que o STF tem por fator componente da base de cálculo do IPTU, qual seja, a
área do imóvel e a extensão deste no seu limite com o logradouro público.
Taxas que, de qualquer modo, no entendimento deste Relator, têm por fato
gerador prestação de serviço inespecífico, não mensurável, indivisível e
insuscetível de ser referido a determinado contribuinte, não sendo de ser
custeado senão por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais”
(Rec. Ext. 199.969-1-SP, Rel. Min. Ilmar Galvão).
TAXA DE FISCALIZAÇÃO
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cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU (CF/88, art. 145,
Parágrafo 2o.)” – Rec. Ext. 185.050-7 – São Paulo, Rel. Min. Ilmar Galvão.
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linha de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer
dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço
constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada caso
concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel, certo
que a alíquota não se confunde com a base imponível do tributo. Tem-se, com
isto, também, forma de realização da isonomia tributária e do principio da
capacidade contributiva: CF, arts. 150, II, 145, Parágrafo 1o” (Min. Marco
Aurélio, reproduzindo no relatório a síntese do entendimento da matéria).
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Nacional” (Rec. Esp. 97.102-Bahia – Rel. Min. Ari Pargendler – STJ –
2/06/1998).
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O controle da ocupação da área pública insere-se como uma das
principais atividades do município, prevendo cuidados especiais no tocante aos
seguintes aspectos:
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Da mesma forma, a instalação de antenas para transmissão de telefonia
celular, ou TV a cabo, deve ser precedida de autorização municipal, não só
visando os aspectos urbanísticos como, também, a proteção ambiental, mais
precisamente o combate a poluição, se entendermos como poluição toda a
alteração das propriedades naturais do meio ambiente, causada por agente de
qualquer espécie, prejudicial à saúde, à segurança ou ao bem-estar da
população sujeita aos seus efeitos. Ainda não há uma resposta científica sobre
os efeitos das emissões de radiações eletromagnéticas não ionizantes no ser
humano, mas vários municípios já exigem medições regulares da intensidade
de campo, com acompanhamento e fiscalização dos agentes públicos
municipais.
CAPÍTULO IV
Conceito de Taxa de Prestação de Serviços
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A legalidade administrativa determina que a administração pública
somente pode fazer aquilo que a lei lhe autorizar. Na ausência de norma
jurídica legal que determine o serviço público a ser prestado, tal atividade fica
impossibilitada.
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“(...) no caso da taxa, a Constituição está impondo duas exigências: uma
que haja o exercício do poder de polícia ou a prestação de serviços públicos,
primeira exigência; segunda exigência, que haja uma lei dizendo que essas
atividades do Estado ensejam a incidência de tributos. Então, duas leis, uma
administrativa de polícia ou de serviços públicos e uma tributária, qualificando
esses fatos para o efeito de fazerem nascer obrigações tributárias. Também
aqui é perfeita a fidelidade do texto constitucional às melhores propostas da
ciência jurídica”.
(...)
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gerais” (serviços uti universi), que seriam prestados indistintamente a todos os
cidadãos. Seria uma decorrência da natureza vinculada desse tributo.
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I – Utilizados pelo contribuinte:
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No terceiro momento, o “ou” também fica com o significado de
excludente. Um serviço prestado ao contribuinte é um serviço efetivamente
utilizado, ainda que sua qualidade possa deixar a desejar. E se houve
utilização do serviço é porque ele esteve à sua disposição.
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Serviço Público Delegado ou Permitido
CAPÍTULO V
Conceito de Taxa de Poder de Polícia
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Assim, quando se exige uma taxa de polícia, imprescindível se torna a
existência de:
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Poder Público age, regulando ou baixando atos normativos disciplinadores
(tem-se, assim, o ‘efetivo exercício’ do poder de polícia).
Sacha Calmon Navarro Coelho diz que não: “As ditas taxas de polícia
não podem ser cobradas pela mera disponibilidade do serviço público, só as de
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serviço, assim mesmo se a utilização do mesmo for compulsória por força de
lei”.16
16
Coêlho, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro, 6ª ed., Rio de Janeiro,
Forense, 2001.
17
Carrazza, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário, 12ª ed., São Paulo,
Malheiros, 1999.
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(obrigatória) do Farmacêutico responsável. Se verificada a presença do
profissional, a fiscalização simplesmente encerra sua atuação, geralmente sem
formalidades. 2) um pipoqueiro, possuidor da licença de vendedor ambulante, é
fiscalizado na rua com o intuito de verificar se está cumprindo as normas de
segurança relativas à instalação do botijão de gás. Examinado, o Fiscal
agradece e vai embora. 3) a Fiscalização de Posturas examina o painel de
publicidade preso na marquise de uma loja. Constatada a segurança, sem
perigo de cair na cabeça de um transeunte, a fiscalização deixa o local e segue
para outra loja. Nesses exemplos, a Farmácia é contribuinte da Taxa de
Vigilância Sanitária; o Pipoqueiro da Taxa de Licença de Vendedor Ambulante;
e a loja, contribuinte da Taxa de Licença de Publicidade. O efetivo exercício do
poder de policia, em todos os exemplos, foi realizado ou não?
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não exercita hipotético ou burocrático poder de polícia. Exerce-o
efetivamente através de seus órgãos fiscalizadores”.
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- a licença;
- a autorização;
- a dispensa;
- a isenção;
- a fiscalização.
- a aprovação;
- a renúncia;
- a admissão;
- a homologação;
- a recusa, ou indeferimento;
- o visto;
- o parecer;
- a proposta;
- os atos punitivos (multas, penalidades).
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Geralmente, a legislação municipal considera devida a taxa também em
relação às instalações fixas ou removíveis nas quais se pratica atividades
comerciais, tipo quiosque e trailer.
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inspeções diretas sobre segurança, higiene etc., as áreas comuns do shoping
são também inspecionadas, tendo como responsável a empresa ou o síndico
que o administra.18
CAPÍTULO VI
O Lançamento Tributário
CAUSA EFEITO
Lei editada pela pessoa política Nascimento do tributo (in
competente (hipótese de incidência abstracto)
tributária)
Ocorrência do fato gerador (o fato Nascimento da obrigação
imponível tributário) tributária (in concreto)
Ato administrativo do lançamento Declaração formal do crédito
tributário
Notificação do lançamento Informação oficial ao
contribuinte da existência do crédito
tributário
Pagamento, ou outro meio legal de Extinção do crédito tributário
extinção do crédito
18
Fato polêmico ocorreu no shoping de uma cidade. Um quiosque que vendia água de coco, foi
multado por manter as cascas do fruto amontoadas ao lado do quiosque. O responsável pelo
quiosque alegou que a responsabilidade seria da Administração do Shoping, pois o local era
área comum do estabelecimento. Enquanto as partes discutiam, a fiscalização repetia as
multas até a interdição do quiosque, medida que obrigou a Administração a pagar as multas,
resolver o problema de recolhimento do lixo e entrando com uma ação judicial contra o
responsável pelo quiosque.
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exigibilidade e definindo o sujeito passivo da obrigação. O Código Tributário
Nacional define assim o lançamento:
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• Atividade vinculada. Ou seja, a atividade não pode afastar-se da
legalidade, mas permite a Administração a agir discricionariamente em
certas e determinadas situação que analisaremos posteriormente.
• O lançamento é um ato declaratório da obrigação tributária,
embora vários autores considerem o lançamento como o ato constitutivo
da mesma, afirmando que o crédito tributário nasce com o lançamento,
teoria não sustentada em nosso Código Tributário Nacional. Como já foi
dito, o lançamento somente declara a obrigação preexistente.
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Assim, não importa se houve mudanças de lei na data do lançamento,
pois todos os cálculos da obrigação tributária “são contemporâneos ao fato
gerador e não ao lançamento”, como explica Ruy Barbosa Nogueira.
Conseqüentemente, se o tributo de um contribuinte foi lançado dois anos após
a ocorrência do fato imponível, o servidor responsável pelo lançamento fica
obrigado a obedecer às normas legais existentes na época, ou seja, há dois
anos atrás. Entretanto, se a lei fixar a data em que o fato gerador se considera
ocorrido, a data a ser considerada passa a ser a indicada na lei.
• Lançamento de ofício.
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• Lançamento por homologação.
O Lançamento da Taxa
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previamente, antes do efetivo exercício do poder de polícia. Somente depois da
atuação haveria a possibilidade de lançamento do tributo.
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O Auto de Infração como Ato Administrativo de
Lançamento
I. A qualificação do autuado;
II. O local, a data e a hora da lavratura;
III. A descrição circunstanciada dos fatos que justifiquem a
exigência do tributo ou de multas;
IV. A disposição legal infringida e a da penalidade aplicável;
V. O valor do tributo exigido;
VI. A assinatura do autuante, a indicação do seu cargo ou
função e o número de matrícula;
VII. A assinatura do autuado, se possível;
VIII. O prazo para pagamento ou de apresentação de
impugnação.
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O auto de infração poderá ser anulado:
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CAPÍTULO VII
PRÁTICAS DE FISCALIZAÇÃO
“Temos de contribuir para que se
restabeleça e aumente no cidadão a crença no
direito, a crença de que a relação tributária é uma
relação jurídica e não uma relação simplesmente
de poder”.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos,
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros
da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes
preceitos:
(...)
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III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como
aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e
publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
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O poder fiscal do município não se limita ao ato de cobrar e coletar
recursos tributários. O exercício desse poder alcança a capacidade de instituir
as normas jurídicas tributárias suficientes para dar efetividade à cobrança,
desde que custodiadas pelos ditames constitucionais, detentores da permissão
parcial de autonomia. Nos termos de Bernardo Ribeiro de Moraes, o poder
fiscal como parte da soberania estatal tem as seguintes características: é
abstrato (é uma faculdade para atuar); permanente (faz parte da soberania do
Estado); irrenunciável (o Estado não pode renunciar esse poder); e indelegável
(não pode ser transferido).
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arrecadar os tributos de sua competência” sem a ressalva da delegação,
enquanto esse mesmo município delega às instituições financeiras (Bancos
privados) a tarefa de arrecadar, em harmonia com o texto do CTN, mas
conflitando com o termo da sua própria Lei Orgânica.
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- Atividades de atendimento interno ao contribuinte, respondendo
consultas verbais, verificando documentação, autorizando livros etc;
- Atividades de análises de reclamações ou recursos administrativos,
processando pareceres e respostas às consultas formais;
- Atividades de execução da fiscalização, em ações externas;
- Atividades de gestão, acompanhando os resultados, verificando o
cumprimento dos planos de trabalho e possíveis distorções.
19
Citada por Neumark: as resistências fiscais têm por base o fato de que, regra-geral, toda pessoa se
considera melhor aplicador do seu próprio recurso que o Estado.
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Para que a função de fiscalização seja formulada e desenvolvida, é
fundamental que:
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c. pessoal adequadamente capacitado, tanto no que se
refere às habilidades técnicas necessárias quanto às gerenciais,
e amparados em adequada política de recursos humanos
abrangente, que cubra desde aspectos de seleção, formação,
capacitação permanente, lotação, movimentação, preenchimento
de cargos, etc, até normas de conduta e procedimentos
relacionados com a ética e disciplina;
d. modelo de gestão organizacional centrado nos
clientes da administração e nos objetos de sua ação e
compromissado com resultados no curto prazo, objetivos no longo
prazo e com autonomia sobre os meios.
Atividades
- inteligência;
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- programação;
- seleção;
- execução; e
- gestão.
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Finalmente, a gestão deve acompanhar a execução do plano e
seus resultados, retroalimentando as demais atividades da fiscalização e
funções da administração tributária.
Abrangência
Infra-estrutura
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Organização e Gestão
Recursos Humanos
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A possibilidade de progressão na carreira em funções exclusivamente
técnicas evita o risco dos bons profissionais de fiscalização serem desviados
para funções administrativas inadequadamente, ou que sejam desestimulados
em seu processo contínuo de qualificação.
Tecnologia
Recursos Normativos
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Recursos Materiais e Financeiros
Tipos de Contribuintes
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administrativas ou recursos judiciais, ou até mesmo no plantão fiscal, tentando
convencer com seus argumentos o paciente Fiscal plantonista.
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De qualquer forma, podemos indicar dois procedimentos básicos que
devem ser levados em conta. O primeiro refere-se à necessidade de emissão
de relatórios analíticos mensais de recolhimentos tributários. Através desses
relatórios, o Fiscal poderá analisar situações de inadimplências fortuitas ou
freqüentes, sinalizando se o contribuinte é contumaz descumpridor das
obrigações fiscais ou não. Sendo a falta de pagamento um fato anormal na vida
cadastral do sujeito passivo, o caso merece uma atenção especial, uma visita
ou telefonema, indagando o motivo do não pagamento e explicando as
facilidades de parcelamento que a lei local oferece. O segundo procedimento
diz respeito aos contribuintes suspeitos de sonegação. Pela forma como
conduzem suas responsabilidades fiscais, eles precisam ser alvos de rotinas
constantes de fiscalização, não lhes dando sossego.
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Concorrem ainda para a evasão fiscal:
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Outras Características
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receitas por notas calçadas ou utilização de talonários paralelos. A diferença
entre o patrimônio da empresa e do proprietário serve apenas para assegurar
que a insolvência da primeira não resulte no empobrecimento do segundo, que
sempre estaria apto a reabrir novo negócio em nova praça.
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Por exemplo, a indústria nascente não produz arrecadação significativa
em matéria de imposto sobre lucros. São elevadas as despesas pré-
operacionais em pesquisa e desenvolvimento e na instalação da planta, além
de gastos de publicidade para a garantia do mercado.
Evasão Fiscal
I – A Sonegação;
II – A Simulação;
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No conluio existe um acordo de vontades entre duas ou mais pessoas
para efetuar procedimentos que vão levar à evasão de tributos. As partes
reúnem-se especificamente para lesar o Fisco.
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IX. deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído,
incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou
entidade de desenvolvimento;
X. utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que
permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir
informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à
Fazenda Pública.
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Quando o contribuinte deixa de atender a exigência do fisco municipal,
não entregando os documentos requeridos, tratando-se do ISS em especial, o
Fiscal Tributário geralmente lança mão do arbitramento da receita, além de
autuar o infrator com as multas previstas em lei. Poucas vezes, nessas
situações, o Fisco encaminha o fato à Procuradoria, solicitando o
enquadramento do contribuinte em ação criminal. Recentemente, o Tribunal da
2a. Vara da Comarca de Barueri condenou criminalmente um contribuinte pela
falta de exibição de documentos fiscais, entendendo o magistrado que “os fatos
praticados pelos réus são típicos e ilícitos, não existindo, ainda, qualquer causa
excludente de culpabilidade”. Para ele, “o crime em tela se consuma quando o
agente nega-se ou deixa de fornecer nota fiscal”. A infração, no caso, foi
tipificada no inciso V acima descrito.
“A aplicação das penalidades previstas neste artigo deve ser feita sem
prejuízo da exigência do imposto em auto de infração e das providências
necessárias à instauração da ação penal cabível, inclusive por crime de
desobediência”.
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conseqüências atingem a pessoa natural, e não a jurídica, podendo alcançar o
proprietário, sócios, diretores e gerentes, implicando em restrição a liberdade
pessoal e não em mero desgaste patrimonial.
Elisão Fiscal
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Fontes de Informações Fiscais.
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Econômica (sobre prêmios de sorteios), as empresas que recolhem ISS retidos
de terceiros, as Escolas do Governo Estadual, sobre seus prestadores de
serviços etc.
O Sigilo Bancário
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lhes atender às demais solicitações de informações encaminhadas pelo Fisco,
desde que decorrentes de procedimento fiscal regularmente instaurado e
subscritas por autoridade administrativa competente (STJ, Resp 37.566-5/RS,
1a. T., rel. Min. Demócrito Reinaldo, DJU 28.03.1994).
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natureza e o estado dos seus negócios ou atividades. Este é o termo do art.
198 do CTN.
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BIBLIOGRAFIA
ATALIBA, Geraldo: Taxas e Preços no Novo Texto Constitucional, Revista de
Direito Tributário, n. 47, 1989.
MEIRELLES, Hely Lopes: Finanças Municipais, 1a. Edição, Editora Revista dos
Tribunais.
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