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ANOTAÇÕES E ESTUDOS CURSO DE PSICOPATOLOGIA

FERNANDA LANDEIRO
RESUMO DA SEMANA DE PSICOPATOLOGIA

Semana da psicopatologia

Aula 1: DSM 5 TR quais as principais mudanças e o impacto disso na sua prática clínica?

Lançamento em março de 2022 dsm 5 TR

Ainda não lançou no Brasil (ainda não podemos usar aqui no BR)

Dsm consiste em 3 componentes principais: classificação diagnóstica em si; conjunto de critérios


diagnósticos; texto descritivo.

Cid 11 e dsm 5, TR são as classificações diagnósticas oficias dos transtornos mentais


atualmente!

Foi criado 1952 em uma força tarefa da apa, antes tinha outras tentativas de classificação. Apa
que faz as revisões contratando uma força tarefa mundial de especialistas, do mundo todo, não
só dos EUA, de forma totalmente voluntária.

Classificar não é fácil, classificar não é simples.

Já tivemos muitos sistemas de classificações diferentes que foram desenvolvidos nos últimos 2
mil anos, temos os famosos e recém ressuscitados 4 temperamentos de hipocrates baseados
nos líquidos, nos humores, na bílis negra que nem existe. Foi uma forma inicial de tentar
classificar os transtornos, como as pessoas se comportavam, a personalidade de maneira geral,
depois tivemos lombroso que tentou classificar também, pelo tamanho do crânio, então desde
1840 que se tente classificar transtornos mentais, personalidade, etc

A última tentativa antes do dsm foi em 1918 (22 categorias de classificação)

(Não ha necessidade de se aprofundar na história da classificaçao, história da psiquiatria).


É nosso dever como profissionais de saúde se manter atualizados dentro do que a gente tem
hoje na ciência.

É ruim com ele? Pior sem ele! Como iremos conduzir um tratamento sem rumo? Sem
direcionamento. O diagnóstico serve para dar o rumo ao tratamento!

O dsm precisa ser atualizado a medida que o conhecimento científico disponível é atualizado.

Algumas das principais mudanças:

Dsm 1 lançando em 1952: constavam 106 diagnósticos

Dsm 2 lançado em 1968: constavam 182 diagnósticos

Dsm 3 lançado em 1980: pela primeira vez coordenado com a cid 9 na época, rompendo com o
modelo psicodinâmico presente no 1 e 2. Constavam 265 diagnósticos.

Dsm 3 TR lançado e revisado em 1987: constavam 292 diagnósticos

Dsm 4 lançado em 1994: constavam 297 diagnósticos

Dsm 4 TR lançado e revisado no ano 2000: não houve acréscimo de diagnósticos.

Dsm 5 lançado em 2013: 343 diagnósticos (atualmente usamos e continuaremos usando até vir
para o BR o TR 5).

Do dsm 5 para o dsm 5 TR teve um transtorno a mais: transtorno do luto prolongado.

A cid é a classificação internacional de doenças que é publicada pela OMS, também teve um
aumento muito expressivo de diagnósticos.

Isso não significa que a cid tendo um aumento de 800% no número de diagnósticos está
patologizando tudo, mas que é necessário para que se crie novos tratamentos, novos antibióticos,
ou a gente que ficar com micro-organismos que são resistentes a tratamentos e a gente morre
por conta disso? Não! A gente quer um tratamento para isso. Portanto, se não tiver classificado, a
gente não vai ter tratamento.

A gente pensa isso com relação as doenças de maneira geral, mas não pensamos isso quando
se trata de transtornos mentais.
Diferenças marcantes:

Dsm 1 e 2 eram baseados em uma psicopatologia psicodinâmica e tinham um classificação


hierárquica

Na psicopatologia psicodinâmica que é baseada na psicanálise nós temos : neurose, psicose e


perversão

Na base da pirâmide tínhamos as neuroses e os transtornos de personalidade

No nível intermediário da pirâmide tinhamos a psicose

E no nível superior a gente tinha os distúrbios orgânicos

O que isso significava? Se eu tivesse no nível superior eu poderia ter os de baixo, mas se eu
tivesse no nível de baixo eu não poderia ter os de cima.

A grande mudança revolução da psiquiatria, quando o dsm rompe com a psicanálise, onde cai o
modelo hierárquico, cai o modelo psicodinâmico, e temos uma psicopatologia descritiva, ateorica
e um modelo categórico.

Dsm 3 lançado em 1980: pela primeira vez coordenado com a cid 9 na época, rompendo com o
modelo psicodinâmico, quando cai

Modelo categórico de classificação caiu em partes no último dsm 5, entrou um modelo


dimensional, tentando resolver o problema de excluir, ser muito específico e pouco sensível, no
modelo categórico quem não tinha um transtorno grave não passava na peneireira, não existe
leve, moderado, era uma peneira muito fechada.

Hoje em dia temos uma peneira mais grossa então acaba passando paciente que tem traços,
quadros mais leves, enfim.

O modelo dimensional veio trazer a ideia de espectro, mesmo para um paciente com quadro leve,
ele pode ser tratado, pois pode trazer sofrimento clinicamente significativo.

Esse modo também veio resolver o que chamamos de comorbidades, (varios diagnósticos em
paralelo) depressão, ansiedade, transtorno de pânico, agorafobia... Especificadores (transtorno
depressivo com específicador ansioso)

Espectro leve_______moderado_________grave
Mudanças dsm 3

Homosexualismo saiu em 1980 e deixou de ser transtorno

PMD psicótico maniaco depressivo, a nomenclatura mudou, a psicose não faz parte de todos os
quadros do transtorno afetivo bipolar, segue como Transtorno bipolar.

Dsm 5 mudança nos transtornos alimentares: TCAP transtorno da compulsão alimentar periódica,
no dsm saiu do apêndice e passou a ser um transtorno alimentar oficial TCP transtorno da
compulsão alimentar.

Transtorno disfórico pré menstrual

Cafeina como sustância química

Psicólogo não pode dar o diagnostico da cabeça dele, tratar uma dor na barriga como câncer ou
como gases, é a mesma coisa?

Para orientar o tratamento é necessário um norte.

Não se trata um transtorno de ansiedade generalizada da mesma forma que se trata


esquizofrenia.

Psicólogo pode sim dar diagnóstico, psicólogo que não pode é aquele que não sabe! A gente tem
lei embasando isso, temos resolução embasando isso.

Nós psicólogos precisamos dominar e conhecer o modelo de classificação atual, estar atualizado
quanto a esse modelo diagnóstico na nossa profissão.

E qualquer um de nós quando procura um profissional espera isso também, a gente não espera
que um médico nos trate com sangue sugas ou nos classifique como melancólica fleumática,
pois sabemos que essa classificação nem existe mais.

Esperamos que o profissional que vá atender a gente, esteja atualizado.


Muitos críticos veem as atualizações do dsm como algo ruim, como se fosse um motivo para
ignorar o dsm, mas não é. Quando pensamos em um conceito de ciência, pensamos em algo
dinâmico. Se isso fosse estático, aí sim teríamos um problema, talvez ainda tivéssemos lá na
neurose, psicose e perversão ou então, presos nos 4 temperamentos, o conceito de ciência muda
e se atualiza, e nós precisamos acompanhar.

O termo doença psicossomática não existe mais, pois se entende que mente e corpo são únicos!

Principais mudanças do dsm 5 TR

Em relação a critérios diagnósticos os únicos:

As mudanças mais significativas são em TEA transtorno do espectro autista e transtorno de


humor, bipolar principalmente.

Teremos um novo transtorno que é o transtorno de luto prolongado ( a morte precisa ter
acontecido ha pelo menos um ano), anseio ou saudade intensas da pessoa falecida, preocupação
ou lembranças intensas pessoa falecidas, rompimento de identidade, sensação de descrença
sobre a morte, evitar lembrar, evitar lembrança, raiva, tristeza, amargura, dificuldade de se
reintegrar, dormência emocional, sentimento de que a vida não faz sentido.

Seção de foco de atenção clínica

Comportamento suicida ou autolesão suicida

Categoria transtorno de humor não específicado, voltou, quando o paciente apresenta humor
misto, que não apresenta critérios nem para transtorno bipolar, nem para transtorno depressivo.

Atualizou nomenclaturas

síndrome neuroléptica maligna

Gênero experiente

Procedimento médico de afirmação de gênero


Homem designado no nascimento

Feminino designado no nascimento

Critérios diagnósticos revisados

Tea

Episódio maniaco

Transtorno bipolar tipo 1

Bipolar tipo 2

Ciclotimico

Transtorno depressivo maior

Transtorno depressivo persistente

Tare transtorno alimentar restritivo evitativo

Especificador de gravidade para episódio maniaco vai mudar

Especificador de humor congruente no transtorno bipolar

Especificador de características mistas para transtorno depressivo maior

2 transtornos foram renomeados: deficiência intelectual passou a ser transtorno do


desenvolvimento intelectual

Transtorno de conversão: transtorno de sintomas neurológicos funcionais.

Impacto disso para a nossa prática clínica?

Não podemos usar a versão inglês até que seja traduzida para o português é lançado no Brasil.

Burnout classifica como uma depressão mista.


AULA 2: entendendo o modelo psicopatológico atual no diagnóstico dos transtornos mentais

Modelo atual psicopatologia descritiva ateorica

Existem 3 eixos principais:

fenomenológica: sem rotulações, sem diagnóstico

Abordagens: gestalt, humanista, existencial.

Psicodinâmica: neurose, psicose e perversao (era modelo do dsm 1 e 2) baseado na psicanalise.

Descritiva ou ateorica: sem teoria de base, não é um modelo explicativo, é um modelo de


descrição dos sinais e dos sintomas. Vigente desde 1980. Aceita pela ciência.

Embora se aceite este modelo como atual, a triste realidade é que a base da Psicologia aqui no
Brasil segue sendo psicodinâmica.

O que é transtorno mental: pinel fez na época uma evolução sobre os loucos e doentes mentais
(eles eram queimados e mortos) passado um bom tempo se viu que na verdade os “asilos” eram
depósitos de pessoas que ficavam abandonadas e largadas da família.

Depois veio a reforma psiquiátrica por um italiano chamado Franco basalia que disse, pera aí, a
gente entende de uma outra forma agora. Avanço das medicações psiquiátricas.

Década de 80

Modelo de hospital dia, de caps, pessoa não precisa ficar isolada, não precisa ficar asilada, pode
fazer tratamento ambulatorial e voltar para sua família.

(A Nanda prefere fazer algo que os alunos possam pensar mais)


A gente não fala de doença, doença não é adequado.

O conceito de doença se agrupa em um curso e em um prognóstico bem conhecido.

Síndrome: não conhece o curso, não conhece a etiologia e não conhece o prognóstico.

Transtorno: conhece o curso, conhece o prognóstico, mas não conhece a etiologia, (multifatorial)

Doença: conhece a etiologia, conhece o curso e conhece o prognóstico.

Antes era síndrome do pânico, hoje chama se transtorno do pânico.

Conhecemos o curso e o prognóstico.

Doença se conhece a causa.

Um transtorno desvia daquilo que é estabelecido como norma socialmente considerável.

Não temos testes laboratoriais, se eu chegar em um hospital e falar que estou com dor muita dor
no peito o médico vai pedir um exame, esse exame vai dar uma enzima para o médico que se
chama cpk, se está cpk estiver alterada, não resta nenhuma dúvida, eu estou infartando. Isso
chama-se marcador biológico, a gente não tem isso nos transtornos mentais. O transtorno mental
é uma alteração que é experienciada pelo paciente e que causa um prejuízo clinicamente
significativo para o paciente ou para quem convive com o paciente e que desvia da norma social
e cultural.

Falando do eixo psicodinâmico: tinha-se a ideia de trauma, os transtornos eram causados por
alguma coisa, que vinham dessa explicação psicodinâmica, por exemplo, ainda existe a teoria da
mae geladeira, uma mãe que não deu atenção, que não deu cuidado, que não olhou para seu
filho enquanto amamentava, isso causou um transtorno de ansiedade nessa criança.
Existe outra teoria de mulheres que foram abusadas na infância, engordaram na vida adulta de
forma “insconsciente”, para perder as formas corporais femininas e deixar de ser atraentes para o
sexo oposto.

Essa é a lógica que embasa a psicopatologia psicodinâmica, diferente da que embasa a teoria
descritiva, que nos mostra que as causas são multifatoriais, e aí entra o exemplo do bolo. Para se
fazer um bolo, é necessário todos os ingredientes. Eu não consigo fazer um bolo só com
manteiga e ovos. Eu preciso de varios ingredientes para fazer um bolo.

Existe correlação? Existe correlação, que é diferente de causalidade. Mas é apenas um dos
ingredientes do bolo!

Outro tema polêmico é quando falamos de cura, ou remissão total.

Não falamos em cura pois isso seria dizer que esse problema não irá mais voltar.

O que seria isso? Quebrei o braço e coloquei uma tala, braço imobilizado, depois faço minha
terapia e vida que segue normal. Braço curado!

Transtorno mental não existe cura pois de alguma maneira isso pode voltar, mas temos remissão,
não podemos garantir para o paciente que ele está curado, e que isso não irá voltar.

Tem como dizer que uma pessoa nunca mais vai ter depressão? Não tem como! Não tem como
eliminarmos a genética onde muitas vezes predispõe a pessoa à depressão.

A gente remite, muitas vezes o paciente fica sem sintoma alguma, porém a genética, os fatores
de personalidade dele, muitas vezes o fator neuroticismo acaba predispondo mais, para a
depressão!

Isso a gente não tem como mudar!

Os Transtornos são divididos em 4 grupos

Episódicos: transtorno depressivo maior, episódio de depressão. A pessoa pode ter episódio de
sintomas da doença e mesmo que ela não faça tratamento em 6 meses ou um ano os sintomas
podem remitir, pois é o curso natural da doença. A pessoa perdeu o emprego e ficou com
depressão? Não! Isso não é a causalidade, pode ter sido o fator desencadeante? Sim! Mas os
ingredientes do bolo dela já estavam lá.

Os transtornos episódicos são mais fáceis de remitir, mas a genética segue lá!
Crônicos: esquizofrenia, transtorno bipolar, transtornos de personalidade, o paciente tem para a
vida toda, também tem uma base genética, basicamente o paciente necessitará de medicação
para o resto da vida, em alguns casos não há remissão como esquizofrenia e transtorno bipolar, e
alguns transtornos de personalidade consegue-se uma remissão parcial.

Neurodesenvolvimentos: TDAH, transtorno do espectro autista, paciente já nasce assim, não


conseguimos reverter, mas se consegue manejar.

Degenerativos: Alzheimer, uma vez que é iniciado, ele não regride, e o que já iniciou, não tem
como voltar.

Os 3 últimos são difíceis de te remissão e em alguns casos nunca terão.

Conceitos básicos mas fundamentais!

Porque eu devo diagnosticar o meu paciente?

Prós e contras

O principal motivo: direcionamento do tratamento, se você não sabe para onde está indo,
qualquer caminho serve. Se você não sabe que seu paciente tem um transtorno episódico ou
crônico, vai tratar de que maneira?

E também para padronizar a comunicação com outros profissionais envolvidos no processo.

Na verdade, a minoria dos casos é transtorno, podem existir traços sim, mas a minoria é
transtorno. O transtorno mais prevalente é 5% da população geral.
Lei 4.119 regulamenta a profissão de psicologia, e diz que fica facultado ao psicólogo realizar
diagnóstico.

Resolução documentos que o psicólogo pode emitir 06/2019 também dispõe sobre isso

O raciocínio clínico se dá através do paciente que muitas vezes não fecha o diagnóstico mas tem
o traço, e a lógica do tratamento se dará através disso.

Oferecer um tratamento adequado para o paciente é o auge do humanismo, vamos estar


direcionando o tratamento para que o paciente possa ter um alívio do sofrimento mais rápido,
quando a gente trabalha baseado em evidências científicas, e não só baseado naquilo que eu
acho legal, que eu me identifico, mas sim com aquilo que tem mais chances de ajudar
probabilisticamente de ajudar o meu paciente na condução desse tratamento, pois a psicologia
baseada em evidências é o nosso melhor recurso pra tentar errar menos, e isso pra uma pessoa
que está sofrendo muito, importa demais, da maneira mais rápida e eficaz possível. Trabalhar
com isso é o auge do humanismo!

AULA 3: Quais os principais desafios e como fazer um diagnóstico com segurança:

5 pontos como introdução

Psicólogo que pode fazer diagnóstico é aquele que sabe fazer diagnóstico: não um receber
diagnóstico pode ser ruim, mas receber um diagnóstico errado pode ser pior ainda.

Primeiro, procurar não fazer mal!

Trabalhar baseado em evidência não é ir buscar um artigo no scielo.

Saber diagnósticas não é sair diagnosticando todo mundo.

3
O que significa o termo hipótese diagnóstica: pensar sobre algo mas não ter certeza. Hipótese
diagnóstica é algo inconclusivo: não saber se o paciente tem traço ou transtorno.

Outra coisa que existe é o diagnóstico diferencial: paciente apresenta instabilidade, é border ou
bipolar?

A depressão é unipolar ou bipolar?

Objetivo do diagnóstico: dar um norte para o tratamento, mesmo o paciente tendo traço, tem um
norte para o tratamento. O objetivo do diagnóstico não é rotular, um bom profissional entende que
o transtorno pode ser um ponto na vida daquele paciente, mas preciso escutar meu paciente de
maneira integral. O paciente vai muito além do diagnóstico.

A base do diagnóstico: a partir de uma boa entrevista clínica. Não existem teste pra maioria dos
transtornos para fechar diagnóstico.

Mas uma boa entrevista clínica.

7 desafio para fazer um bom diagnóstico:

1.o diagnóstico psicológico ele é subjetivo.

Ele não tem um marcador biológico.

Aí entra o exemplo do infarto: enzima cpk alterada quando a pessoa está infartando (marcador
biológico)

Exemplo: a moça que se relacionou com o mendigo diagnósticada com bipolar tipo 1 mas houve
divergências entre esquizofrenia (porém com a histórias de vida do paciente se chega ao
diagnóstico)

1.relato do paciente: contribuir ou não para que eu consiga fechar meu diagnóstico:

Vínculo: o que se estabelecer com o paciente vai interferir muito no relato, mais à vontade ou
menos à vontade (nesse caso vai falar menos)

O quando o relato está comprometido: funções psíquicos, o quanto elas podem afetar o relato do
paciente.
Entender que vamos avaliar o paciente em 2 eixos: longitudinal, a geografia, a história de
paciente, e o eixo transversal, que é a avaliação do estado mental e exame do estado mental.

Semiologia do transtorno

Funções psíquicos elementares: consciência, atenção, sensoperção, orientação, memória,


inteligência, humor, pensamento, juízo de realidade, conduta, linguagem

Funções psíquicas compostas: consciência, valoração do eu, esquema corporal e identidade e


personalidade.

Tempo de consulta: existe um tempo para cometer a coletar a história de vida do paciente dentro
da uma hora.

1.Conhecer amplamente a classificação diagnostica

Falando dos transtornos de ansiedade

Tag

Pânico

Agorafobia

Fobia social

Fobia específica

Um erro que acontece: Viés de confirmação= buscar elementos no relato do paciente para
confirmar a hipótese.

O objetivo não é encaixar a fala do paciente naquilo que eu acho que é o diagnóstico.

1.Sintomatologia compartilhada a vários transtornos

Ex: pode ser varias coisas inclusive nada


Não é possível dar um diagnóstico correto só por um sintoma.

1.Saber diferenciar traços de transtorno.

Saber identificar os sinais e sintomas de cada transtorno, entender o que foge da norma,
diferenciar quadros mais leves, traços, sintomatologia compartilhada...

1.Diagnóstico diferencial devido a outras condições médicas

Doenças relacionadas a tireoide, hipotireoidismo ou hipertireoidismo, doenças relacionadas as


glândulas adrenais, doença de cuching, são problemas que podem causar sintomas de ordem
psiquiátrica.

Encaminhar o paciente, para descartar causas orgânicas.

1.Diagnóstico diferencial entre os transtornos

Sintomatologia compartilhada entre os transtornos.

Existe um passo a passo para se chegar nesse diagnóstico de forma mais precisa.

Passo 1: excluir transtorno factício= simulação

Passo 2: excluir o uso de substância química.

Passo 3: excluir transtornos devido a condição médica geral.

Passo 4: determinar um transtorno primário específico, qual transtorno explica, se encaixa melhor
os sintomas trazidos pelo paciente.

Passo 5: estabelecer limite com a inexistência de um transtorno mental.


Como fazer um diagnóstico com segurança na clínica:

Quanto melhor conseguir contornar os desafios, melhor conseguirá se fazer um diagnóstico com
segurança

Dominar os critérios diagnósticos dos transtornos

Entender as funções psiquicas

Entende dos sinais e sintomas dentro do contexto de vida do paciente

Saber fazer diagnóstico diferencial

Entrevista diagnóstica

Sem fazer uma boa entrevista diagnóstica, não tem como fazer diagnóstico.

Existe um ponto básico que é necessário: tentar estabelecer um bom vínculo e um ambiente
acolhedor.

Dominar os tipos de entrevista mas principalmente se preocupe com o vínculo e com o


acolhimento. Entrevista é treino sim, mas a Humanidade não se treina, não se treina empatia, o
paciente não é um dado que temos que coletar, o paciente não é as folhas anotadas que quando
ele for embora teremos as anotações perfeitas, ele é uma pessoa, em sofrimento.

De que vai adiantar as anotações perfeitas se o paciente não voltar na próxima entrevista porque
não se sentiu acolhido? Pra nada, só para ir para o arquivo morto e ter que esperar 5 anos para
poder descartar, como o conselho federal de psicologia obriga.

Fique em olhar no olho do paciente, e em acolher, ser humano, entender como gostaria de ser
tratado por uma pessoa se tivesse nessa situação talvez a pior situação da vida.

Aula 4: diagnóstico diferencial, comorbidades e especificadores nos transtornos mentais.


O que é diagnóstico: serve pra identificar uma doença, um transtorno, alguma condição mórbida
no paciente, quando mais preciso, melhor, quanto, mais abrangente, mais impreciso vai ser.

A gente faz o diagnóstico com a entrevista clínica a partir da identificação de sinais e sintomas.
Sinais: aquilo que a gente observa no paciente (se ele tá limpo, se tá com o cabelo, barba feita) e
sintomas: aquilo que o paciente relata, estou triste, não consigo levantar da cama, estou ansioso,
tenho diarreia.

Não existe dentro de psicopatologia aquilo que a gente chama de sintomas patognomônico, o que
isso significa: um sintoma X é igual ao transtorno Y.

Muitos sintomas são compartilhados por varios transtorno.

A palavra diagnóstico significa distinguir, discernir.

A elaboração do diagnóstico se organizar também através de hipóteses, essas hipóteses vão ser
confirmadas ou refutadas para se tomar uma decisão clínica que é a decisão do tratamento.

O que é comorbidade: um paciente que apresenta dois ou mais transtornos ao mesmo tempo. O
paciente tem TAG mas também tem pânico. Tem pânico mas também tem fobia social, ele tem
personalidade obsessiva e também tem toc.

Qual que é o diagnóstico central principal e qual é a comorbidade: ex: transtorno de


personalidade borderline e as comorbidades são depressão e ansiedade, mas sempre se
consegue estabelecer isso? Não. Às vezes não se consegue estabelecer um eixo principal e o
DSM tirou os critérios de eixo, mas em alguns casos ainda se consegue estabelecer como os
casos de personalidade.

Porém quando se está falando de pânico e TAG, qual é o diagnóstico principal e qual é a
comorbidade? Não temos como definir isso.

Nesse caso o que tratar primeiro? Via de regra vamos escolher pela gravidade. E caso os dois
estejam com a mesma gravidade, escolher de maneira colaborativa com o paciente o que irão
tratar primeiro.
Diferença entre comorbidade e especificador.

O que é específicador? É um conceito que foi inserido no dsm 5 desde 2013, é um discriminador,
é algo que vai especificar uma característica daquele transtorno para diferenciar dos demais.

Exemplos:

especificador com início no periparto, significa que a mulher começou a ter o início de um quadro
de transtorno bipolar na gestação.

Depressão com início no periparto: mudou o nome, não é mais depressão pós parto. Pois ela
pode ocorrer no curso de qualquer fase da gestação.

Específicador com características sazonais: pessoas que quando é inverno tem episódios
depressivos, tem a ver com as estações do ano.

Específicador leve moderado e grave: nível do quadro do paciente.

A confusão acontece entre comorbidade e específicador:

Específicador ansioso: meu paciente tem depressão com específicador ansioso ou ele tem
transtorno depressivo maior com comorbidade ansiedade, por exemplo TAG.

E aí? É um específicador ansioso ou é uma comorbidade? Tag, pânico, fobia social...

A princípal diferença entre comorbidade e específicador: a intensidade e a gravidade dos


sintomas.

Pra ser comorbidade tem que preencher todos os critérios, ter frequência, intensidade alta.

Além disso, o específicador acontece na vigência do transtorno: ex: num quadro de humor o
específicador está sempre associado a depressão, o paciente não apresenta sintomas ansiosos
quando o humor está eutimico por exemplo, o paciente tem tem um quadro depressivo, mas os
sintomas ansiosos são localizador no sintoma depressiva, quando o humor melhora, o quadro de
ansiedade também desaparece, é um específicador pois está diretamente ligado ao transtorno
depressivo que ele tem. Ou então, não preenche os critérios e intensidade para que seja um novo
diagnóstico.

De maneira geral a diferença é essa.


Por exemplo, diagnóstico diferencial é feito por eliminação.

Tenho dois transtornos que tenho dúvida: borderline e bipolar, vou comparar as características do
paciente e entender onde se encaixa um e outro para chegar no processo de exclusão e achar o
diagnóstico diferencial correto.

Primeira coisa que se precisa fazer o passo 1: excluir transtorno factício, excluir simulação,
quando o paciente inventa sintomas.

Passo 2: excluir o uso de substâncias.

Passo 3: excluir transtorno devido a condição médica geral

Passo 4: determinar o transtorno primário específico. Olhar os agrupamentos no DSM 5, olhar os


capítulos, (transtorno do espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos) meu paciente
de alguma maneira apresenta isso? Não! Então bora para o próximo.

Transtorno de ansiedade: o que caracteriza esse capítulo? A ansiedade. Meu paciente apresenta
algum sintoma de ansiedade? Não. Ok. Então vamos para a próxima.

Depois que definir o capítulo, verificar todos os diagnósticos que tem ali para fazer a
diferenciação entre eles.

Separar o normal, dos traços e do transtorno.

Nem todos que apresentam o sintoma de maneira geral apresentam o transtorno, necessário
frequência e intensidade altas além de um prejuízo clinicamente significativo.

Transtorno bipolar: diagnóstico diferencial

Bipolar e esquizofrenia

Bipolar e borderline

Bipolar: transtorno de humor, bipolar tipo 1 bipolar tipo 2 e transtorno ciclotimico. O tab é um
quadro cuja alteração de humor se apresenta em 2 polos. Um polo de depressão e um polo de
euforia. (Mania e hipomania).

O tipo 1 faz pelo menos um quadro de mania na vida, digamos que o paciente fez um quadro de
mania na vida e depois ele só fez hipomania e depressão.
O tipo 2 não faz episódio de mania, só episódio de hipomania e depressão.

Outra característica que também diferencia o tipo 1 do tipo 2: Se o paciente tiver um quadro
psicótico associado ao episódio de mania ou ao episódio de depressão então automaticamente
ele é tipo 1.

Bipolar tipo 2 não faz quadro psicótico.

Ciclotimico: não satisfaz os critérios nem para mania nem para hipomania, a alteração de humor
acontece em um período mínimo de 2 anos onde o paciente não permaneceu mais do que 2
meses sem sintomas de euforia e de depressão. O paciente está com humor mais alterado porém
de uma maneira menos grave do que no tipo 1 e tipo 2.

Hipomania é uma mania mais leve, menor agitação, perda de controle menor, paciente não faz
quadro psicótico. A diferença entre mania e hipomania está na intensidade.

Qual pode ser a confusão com a esquizofrenia? Bipolar tipo 1 faz sintomas psicóticos que
também estão presentes na esquizofrenia.

Na esquizofrenia o paciente faz delírio e alucinação associado com desorganização verbal, e


comportamental e sintomas negativos (embotamento afetivo, dificuldade de compreender
metáfora, dificuldade de relacionamento, retraimento social, falta de habilidade social, esses são
sintomas mais difíceis de remitir nos pacientes esquizofrênicos )

Delírios: uma história criada pelo paciente: sou filha do Silvio Santos, não fui reconhecida pelo
pai, minha mãe se relacionou com o Silvio Santos e eu sou irmã da Patricia abravenel, e eu vou
substituir ela no programa.

Alucinações: vozes que o paciente houve, na esquizofrenia geralmente se tem mais alucinações
auditivas. Em alguns casos tem alucinações visuais e sinestesicas (sentir coisas na pele, cheiro
do som...) menos frequente.

O paciente bipolar tipo 1 no quadro de mania pode ter sintomas psicóticos com delírio e
alucinações. (O que aconteceu com a moça do mendigo)

Por que houve controvérsias se a mulher era esquizofrênica ou bipolar tipo 1? Pois pelo recorte
do áudio exposto não tem como dizer, olhando só aquele contexto não tem como dizer.

O diagnóstico diferencial veio com o apoio da família.

Se a paciente não tivesse família, esperar o quadro de humor melhorar.

Quando o paciente se acalmar e com o humor eutimico, reavaliar o quadro psicótico da paciente.
Se o quadro psicótico persiste, ou seja, o paciente com o humor eutimico, normal, não está mais
eufórico, se o quadro psicótico permanecer, então estamos falando de esquizofrenia.

Se remitir os sintomas psicóticos: tipo 1

Se não remitir: esquizofrenia


Existe outra coisa que paciente bipolar tipo 1 não apresenta, e quem só apresenta é o paciente
com esquizofrenia: sintomas negativos.

Outro transtorno que dificulta a vida ainda mais: transtorno esquizo afetivo: quando junta o bipolar
com à esquizofrenia. Os dois transtornos ao mesmo tempo.

Paciente faz mania ou hipomania, quadros depressivo, mas apresenta quadros psicóticos fora do
quadro de humor.

Quando tiver os dois: quadro psicótico com alteração do humor: é bipolar tipo 1

Quadro psicótico sem alteração do humor: é esquizofrenia

Quando junta os dois: paciente tem alteração de humor e faz sintomas psicóticos fora do quadro
de humor: é transtorno esquizoafetivo

Eles não tem comorbidade: ou é esquizofrenia ou é bipolar.

Ou é esquizoafetivo

Bipolar e borderline:

Nesta caso: o paciente pode ter os dois, qualquer transtorno de personalidade pode ter como
comorbidade qualquer transtorno de humor. Nesse caso não são excludentes! Mas antes de
afirmar que o paciente possui os dois, tenha certeza que fez o diagnóstico diferencial.

O transtorno de personalidade Borderline: é um podrão estável de comportamento e de


relacionamento que se inicia na adolescência e se estende por toda a vida. Ele está no cluster do
agrupamento B no DSM, tem agrupamentos a b c dos transtornos de personalidade

O B significa que todos os transtornos daquele grupo que são BORDER, antissocial, histriônica e
narciscista, eles têm características em comum. Um padrão mais errático, mais emotivo, mais
instável, border tem características de instabilidade nos afetos, na autoimagem, alteração na
impulsividade, sintomas podem ser leves ou moderados, esforços desesperados pelo amor do
outro e medo intenso de ser abandonado, se o paciente não tem isso, mas tem instabilidade no
humor, pode ser que não seja border. Se não tem medo do abandono, já parte pra outro
diagnóstico.

A instabilidade do border é secundária ao medo do abandono. Decorrente de sensação de perda


do amor do outro.

Já no tab, é automático, motivado por razões que a gente não entende.


Reatividade do humor é mais comum no border. O humor bipolar oscila de forma mais estável, no
tab, tem uma oscilação durante o dia, mas não é a maioria, a maioria tem o período de mania ou
hipomania que dura um mês 15 dias, depois o período de depressão que dura um mês dois
meses, três...

O border tem reações descabidas, desproporcionais para os eventos do dia a dia, ( ele não me
ama mais, quero morrer, quero me jogar da janela do quinto andar), ambos podem ter
impulsividade e instabilidade. Mas diferença principal está no tipo: bipolar apresenta episódios de
mania e volta pro humor eutimico, episódio de depressão, volta pro humor eutimico, o border não
apresenta episódios, pois se fala de um transtorno de personalidade, um jeito de existir no
mundo, ele é constante, é um podrão repetitivo ao longo da vida do indivíduo, ele é.

Lembrando que border e bipolar podem ser comorbidade.

Específicadores dos transtornos bipolares: qual episódio o paciente está? Maniaco, hipomania ou
depressivo?

Específicador com sintomas ansiosos

Específicador com características psicóticas

Específicador com catatonia

Específicador com início no periparto

Específicador com padrão sazonal

Específicador leve moderado ou grave

Comorbidades para bipolar:

Excludente: Se for esquizofrenia, não pode ser bipolar, (aí é esquizoafetivo)

Comorbidades mais comuns no tab:

Ansiedade social

Tdah

Controle dos impulsos

Transtorno por uso de substâncias

Diferença de bipolar com específicador sintomas ansiosos para comorbidade com transtornos de
ansiedade: no caso de ser um específicador eles não são tão graves, tão intensos o suficiente
para justificar o diagnóstico de outro transtorno. Além disso, o quadro de ansiedade tem que estar
presente dentro do quadro de humor, quando o paciente estiver no episódio depressivo ou
maniaco ou hipomanico.

Esquizofrenia e TOC

Existem 2 componentes no toc: as obsessões ( os pensamentos) e temos as compulsões (os


comportamentos) que em tese vem para aliviar os pensamentos obsessivos. ex; pensei que algo
de ruim vai acontecer, pensamento obsessivo, para me livrar desse pensamentos obsessivo
preciso fazer alguma coisa (comportamento compulsivo) (posso bater na maneira, posso me
benzer...) fazer algo que neutraliza o pensamento obsessivo.

Tem pacientes com toc que tem só obsessões, e pacientes que só compulsões, e pacientes que
têm os dois.

Qual a grande diferença entre os dois?

Os pensamentos obsessivos no toc sao tão intensos que parecem alucinações: ex: essa voz que
fica na minha cabeça.

Porque o paciente está chamando de voz? Paciente diz: Não, é um pensamento, que fica na
minha cabeça...

Paciente com toc tem crítica: ele sabe que não tem ninguém no ouvido dele falando, ele sabe que
é um pensamento. Mas ele acredita de forma muito intensa. Muitas vezes ele tem até vergonha
de dizer os comportamentos que ele tem, ele sabe que não faz sentido.

Mas ele não consegue não fazer.

Paciente com toc tem crítica

Paciente esquizofrênico não tem crítica

Borderline e histriônica

Tanto um quanto outro estão no grupo B.


Histriônica: tem um padrão de comportamento mais exibicionista, características central é se
sentir desconfortável quando não é o centro das atenções. Diferente do border que é medo de
não ter o amor do outro. Histriônica, a interação com as outras pessoas é mercada por um
comportamento sexualizado, provocante, inadequada, exagerada. Comportamento sedutor,
sexualizado provocativo é exagerado.

Aparência física para chamar atenção, discurso vazio, superficial, considera as pessoas mais
íntimas do que são.

Histriônica quer atenção de todos!

Não apresenta sentimentos crônicos de vazio, não apresenta comportamentos autodestrutivos,


não apresenta raiva nos relacionamentos íntimos, não tem tanta manipulação.

Modelo alternativo: histriônica e border pode ser o mesmo nos próximos anos( mas já se pode
usar) é possível q histriônica desapareça.

Depressão e distimia (transtornos depressivo persistente )

Depressão um período de pelo menos duas semanas de humor deprimido, perda de prazer,
perda ou ganho de peso significativo, insônia ou excesso e sono, fadiga e perda de energia.

Distimia: tristeza e humor deprimido na maior parte do dia todos os dias num período mínimo de 2
anos.

Na distimia não tem episódios, o pessimismo, baixa energia são constantes, irritabilidade
também é uma característica muito forte.

Menor intensidade e constante. Lembra até um transtorno de personalidade. Mas é Transtorno de


humor

Paciente vive irritado vive mal humorado.

A diferença é a intensidade dos sintomas e as cronicidade. A distimia é constante.

A depressão é por episódios.


Depressão unipolar depressão bipolar: não tem diferença o transtorno depressivo maior é o que
acontece dentro do quadro bipolar.

A diferença entra na história de vida do paciente.

Específicador depressão:

Com sintomas ansiosos

Com características psicóticas

Ou com catatonia

Com início no periparto

Com padrão sazonal

Principais comorbidades: varias

Não tem excludente

Qualquer coisa pode ter como comorbidade a depressão

Mais comuns: ansiedade, uso de substâncias, transtorno do pânico, toc, anorexia, bulimia e
transtorno de personalidade borderline

Diferenciar o específicador com sintoma ansioso ou com comorbidade transtorno de ansiedade:


frequência e intensidade, não preenche os critérios, ansiedade só aparece no curso do episódio
de humor.

Se o paciente melhora do episódio depressivo e continua apresentando sintomas de ansiedade


então tem comorbidade.

TAG
ansiedade preocupação excessiva, expectativa como se algo ruim fosse acontecer por pelo
menos 6 meses na vida do paciente, dificuldade de controlar, está associada a pelo menos 3
sintomas, tensão muscular, inquietação, fatigabilidade e irritação.

Diferença entre tag e toc

Toc tem componente ansioso, mas saiu do capítulo de ansioso, o que define o toc são as
obsessões e compulsões.

Muitas vezes o pensamento intrusivo do toc parece a preocupação do tag,

No toc é mais intenso, mais persistente.

No tag o paciente consegue em alguns momentos consegue não pensar.

Tag e pânico

Todos os transtornos de ansiedade podem ter ataques de pânico, mas o que diferencia um
ataque de pânico nos outros transtornos do transtorno do pânico?

O transtorno do pânico é do nada, é imotivado, a pessoa está lá deitada na sua cama e do nada
começa a passar mal.

Já no tag, existe um motivo, o paciente começa a se preocupar e o desespero vem.

Na fobia social mesma coisa, tem um ataque de pânico diante de uma situação social.

Com fobia específica a mesma coisa, diante da fobia.

Ataque do pânico do nada somente no transtorno do pânico.

TAG não tem específicador do dsm.

Principais comorbidades: outros transtornos de ansiedade.

Depressão
Uso de substâncias

Transtorno de personalidade antissocial

Podrão estável de comportamento marcado pelo desprezo pelo direito dos outros.

Desprezar a lei

Engana mente muito

Ludibriação

Age impulsivamente

Irritados

Agressivos

Desprezam sua segurança e a dos outros

Age de forma irresponsável

Não sente remorço

Indiferença pelos sentimentos dos outros

Não pode ser diagnósticado antes dos 18

Justamente pq existe um diagnóstico diferencial chamado transtorno de conduta: comportamento


marcado na infância e adolescência onde eles se envolvem em atitudes ilegais, não tem emparia
nem constrangimento diante das suas atitudes, como roubar, machucar os outros, animais, causa
mais sofrimento no outro do que em si mesmo. Desregulação emocional

Se estende até os 17 anos

Se virar, dai temos outros diagnóstico que é o transtorno de personalidade antissocial

Diferença entre eles é a idade!! Até 17 anos e 11 meses (conduta) virou (antissocial)

TOD
transtorno opositor desafiante

Humor raivoso

Irritado

Explosivo

Questionadora

Vingativo

Com baixa tolerância à frustração

Também tem probabilidade de evoluir para transtorno de conduta!

Problema na desregulação emocional. Menos grave que o de conduta!

Conduta tem chance de evoluir para antissocial.

Leve moderado grave

Sintomas somente em casa

Ou sintomas difusos

Comorbidades

Tdah

Ansiedade

Depressão

Uso de substâncias

Antissocial e narcisista

Narcisista padrão persistente de comportamento onde paciente tem uma visão exagerada de si
mesmo, necessidade de admiração, falta de empatia pelo outro, precisa preencher pelo menos 5
dos critérios a seguir.

Sensação exagerada e infundada da própria importância e talentos


Preocupação com fantasias de realizações de influências de poder de beleza de inteligência de
riqueza

Convicção de que é uma pessoa única e especial e só pode se relacionar com pessoas do
mesmo nível

Necessidade de ser incondicionalmente admirada

Necessidade de merecimento

Explora os outros para alcançar os próprios objetivos

Não tem empatia

Acredita que os outros têm inveja dele

Diferença: narcisista não tem problema com a lei, ele se preocupa muito com a sua imagem.

É mais manipulador.

Aula 1 - Por que diagnosticar? Prós e contras dos manuais de


classificação?

Segundo o DSM, os transtornos são uma disfunção, interrompe o processo


evolutivo e trazem prejuízo para a vida e para a sociedade na qual esta
inserida, e para ela mesma.

Mas, o conceito de disfuncionalidade é subjetivo.

Na ciência não se trabalha com dogmas, na ciência não se trabalha com é


isso e acabou, a ciência trabalha com transitoriedade, com mudanças, com
atualizações, o que pode ser hoje amanha pode não ser mais, o que já foi,
agora já pode não ser. Ver e rever os critérios, ver e rever as classificações.
Não existe dogma na ciência, não existe nada definitivo.

O DSM ve os transtornos como um problema na cognição, na regulação


emocional, no comportamento, nas questões biológicas, nas questões
sociais. (multifatorial) vários fatores influenciam e na manutenção de um
transtorno mental.

NÃO existe mais o termo psicossomática desde o DSM 3, ele rompe com o
fim da psicossomática, eles não são independentes, tudo que acontece no
corpo pode interferir na mente e tudo que acontecer na mente pode interferir
no corpo.

Aula 2 - A questão da normalidade e da loucura (traços e


transtornos)
A psicopatologia se estabelece através de sinais e sintomas

Sinais é tudo aquilo que a gente vê, os sintomas são subjetivos, depende do
relato do paciente= juntando sinal e sintoma temos um signo. Psicopatologia
a-teórica e descritiva, baseada em evidências cientificas.

As junções de sinais e sintomas são chamadas de agrupamento ou clusters,


se um sinal e sintoma estão próximos, eles se agrupam no mesmo cluster.
No modelo vigente existem 3 agrupamentos dos transtornos de
personalidade, A, B, e C. Todos os transtornos “esquisitos estão
agrupados no cluster A, no cluster B temos os sintomas mais
emocionais, mais dramádrama

ticos, mais manipuladores, clust C mais ansiosos, evitativos.

Síndrome sem identificação da causa, curso e prognóstico

Transtorno, sem identificação da causa, mas se conhece o curso e o


prognóstico.

Doença, se conhece a causa, se conhece o curso e se conhece o


prognóstico

alguns transtornos de personalidade são egossintônicos: o indivíduo


percebe como parte dele, ele se sente bem assim.

Normalidade como algo onde não me sinto mal, não faço mal a
ninguém, consigo resolver meus problemas…

classificamos para compreender em psicopatologia

existem três fenômenos humanos em psicopatologia:

semelhantes: estão na norma, dentro da curva normal, reunido por


similaridade
parte semelhantes e parte diferente: traços dentro da psicopatologia, se
mantém próximo ao grupo da norma mas tem traços em comum: ex: é mais
dependente emocionalmente, demanda mais do outro...traços border

distintos das vivências normais: depende muito do outro, demanda demais


do amor, quer que o outro diga demais que ama, esta no extremo dos
transtorno;

3 eixos da psicopatologia:

fenomenológica

psicodinâmica

descritiva a-teórica

DSM rompeu com a causalidade: o senso comum gosta de coisas simples,


coisas objetivas, fácil de ser explicado, quer causa pra tudo, precisamos sair
da condição de senso comum, de explicação de causa e efeito das coisas.

Correlação e causalidade: podemos dizer que existe correlação mas não


causalidade.

Podemos dizer que o aumento das vendas de sorvete aumentaram devido


ao calor? Sim, tem correlação, mas não podemos dizer que tomar mais
sorvete vai deixar o clima mais quente.

Argumento de autoridade cai quando se fala em psicologia baseada em


evidências.

Aula 3 - Diagnósticos em psicopatologia: overview do DSM 5


+ a nova proposta dimensional
O diagnóstico em saude mental precisa ser visto como qualquer outro
diagnostico em outra area.
Em psicopatologia não existe sintoma patognomonico, não existem sinais e
sintomas únicos, exclusivos de um transtorno. Existem vários quadros que
possuem sinais e sintomas de uma mesma coisa, no caso citado, a
ansiedade, tag, panico, toc que saiu dos transtornos de ansiedade mas tem
um componente de ansiedade muito forte, tept, entre outros…O mesmo
sinal e sintoma pode perpassar vários diagnósticos.

No dsm 5 entende-se os transtornos dentro de um espectro, não é sim ou


não, mas dentro disso existem 50 tons…

Aula 4 e aula 5 - Funções psíquicas elementares e suas


alterações -
Funções psiquicas: EXAME DO ESTADO MENTAL

Funções mais afetada nos transtornos psico orgânicos:

Nivel de consciência, atenção, orientação, memória, inteligência,


linguagem.

Funções mais afetadas nos transtornos de humor e da personalidade:

Afetividade, vontade, psicomotrocidade, personalidade.

Funções mais afetadas nos transtornos psicóticos:

Sensopercepção, pensamento, juizo da realidade, vivência do eu e


alteração do self.

Consciência, atenção, orientação, sensopercepção,


memória, afetividade, vontade, pensamento, juízo de
realidade, linguagem, vivência no tempo e no espaço...
CONSCIÊNCIA: Vigil, vigilante, compreender sons e comandos, apreender
o ambiente ao nosso redor. Somas das experiências conscientes.

4 graus de rebaixamento: obnubilação, torpor, sorpor, coma.

Sobre hipnose: rebaixamento da consciência, sem evidencias o


suficiente para ser tratamento.

ATENÇÃO: estado de concentração


Alguns transtornos que trazem prejuizos atencional: TDAH, transtorno do
neurodesenvolvimento

Também no TAB, principalmente na fase de mania.

ORIENTAÇÃO: capacidade de se situar no ambiente.

SENSOPERCEPÇÃO: conceito de sensação: através do estimulo sensorial.

Ilusão ocorre com a presença de um objeto ou som real, a alucinação ocorre


sem a presença.

MEMÓRIA: codificação, armazenamento e evocação.

AFETIVIDADE: vida afeita da sentido à vida

VONTADE/PSICOMOTRICIDADE: Ligado a motivação

Diferença em impulsividade e compulsividade:

O primeiro é egossintônico, a pessoa não ve como algo ruim que faz mal
num primeiro momento.

O segundo é egodistônico, a pessoa não queria fazer.

SINTOMAS PRODRÔMICOS: ENSINAR O PACIENTE A IDENTIFICAR,


PARA EVITARMOS UMA NOVA CRISE.

PENSAMENTO: Alterações no conteúdo do pensamento

JUIZO DE REALIZADE: Ideias supervaloradas, entra os delirios.

LINGUAGEM: Dislexia, ecolalia, etc…

FUNÇÕES MAIS AFETADAS NOS TRANSTORNOS PSICO-


ORGÂNICOS

NAOMIL: NIVEL DE CONSCIÊNCIA, ATENÇÃO, ORIENTAÇÃO,


MEMÓRIA, INTELIGÊNCIA, LINGUAGEM.
FUNÇÕES MAIS AFETADAS NOS TRANSTORNOS DE HUMOR E
PERSONALIDADE

AVPP: AFETIVIDADE, VONTADE, PERSONALIDADE,

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