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PSICOPATOLOGIA
PSICOPATOLOGIA
FERNANDA LANDEIRO
RESUMO DA SEMANA DE PSICOPATOLOGIA
Semana da psicopatologia
Aula 1: DSM 5 TR quais as principais mudanças e o impacto disso na sua prática clínica?
Ainda não lançou no Brasil (ainda não podemos usar aqui no BR)
Foi criado 1952 em uma força tarefa da apa, antes tinha outras tentativas de classificação. Apa
que faz as revisões contratando uma força tarefa mundial de especialistas, do mundo todo, não
só dos EUA, de forma totalmente voluntária.
Já tivemos muitos sistemas de classificações diferentes que foram desenvolvidos nos últimos 2
mil anos, temos os famosos e recém ressuscitados 4 temperamentos de hipocrates baseados
nos líquidos, nos humores, na bílis negra que nem existe. Foi uma forma inicial de tentar
classificar os transtornos, como as pessoas se comportavam, a personalidade de maneira geral,
depois tivemos lombroso que tentou classificar também, pelo tamanho do crânio, então desde
1840 que se tente classificar transtornos mentais, personalidade, etc
É ruim com ele? Pior sem ele! Como iremos conduzir um tratamento sem rumo? Sem
direcionamento. O diagnóstico serve para dar o rumo ao tratamento!
O dsm precisa ser atualizado a medida que o conhecimento científico disponível é atualizado.
Dsm 3 lançado em 1980: pela primeira vez coordenado com a cid 9 na época, rompendo com o
modelo psicodinâmico presente no 1 e 2. Constavam 265 diagnósticos.
Dsm 5 lançado em 2013: 343 diagnósticos (atualmente usamos e continuaremos usando até vir
para o BR o TR 5).
A cid é a classificação internacional de doenças que é publicada pela OMS, também teve um
aumento muito expressivo de diagnósticos.
Isso não significa que a cid tendo um aumento de 800% no número de diagnósticos está
patologizando tudo, mas que é necessário para que se crie novos tratamentos, novos antibióticos,
ou a gente que ficar com micro-organismos que são resistentes a tratamentos e a gente morre
por conta disso? Não! A gente quer um tratamento para isso. Portanto, se não tiver classificado, a
gente não vai ter tratamento.
A gente pensa isso com relação as doenças de maneira geral, mas não pensamos isso quando
se trata de transtornos mentais.
Diferenças marcantes:
O que isso significava? Se eu tivesse no nível superior eu poderia ter os de baixo, mas se eu
tivesse no nível de baixo eu não poderia ter os de cima.
A grande mudança revolução da psiquiatria, quando o dsm rompe com a psicanálise, onde cai o
modelo hierárquico, cai o modelo psicodinâmico, e temos uma psicopatologia descritiva, ateorica
e um modelo categórico.
Dsm 3 lançado em 1980: pela primeira vez coordenado com a cid 9 na época, rompendo com o
modelo psicodinâmico, quando cai
Hoje em dia temos uma peneira mais grossa então acaba passando paciente que tem traços,
quadros mais leves, enfim.
O modelo dimensional veio trazer a ideia de espectro, mesmo para um paciente com quadro leve,
ele pode ser tratado, pois pode trazer sofrimento clinicamente significativo.
Esse modo também veio resolver o que chamamos de comorbidades, (varios diagnósticos em
paralelo) depressão, ansiedade, transtorno de pânico, agorafobia... Especificadores (transtorno
depressivo com específicador ansioso)
Espectro leve_______moderado_________grave
Mudanças dsm 3
PMD psicótico maniaco depressivo, a nomenclatura mudou, a psicose não faz parte de todos os
quadros do transtorno afetivo bipolar, segue como Transtorno bipolar.
Dsm 5 mudança nos transtornos alimentares: TCAP transtorno da compulsão alimentar periódica,
no dsm saiu do apêndice e passou a ser um transtorno alimentar oficial TCP transtorno da
compulsão alimentar.
Psicólogo não pode dar o diagnostico da cabeça dele, tratar uma dor na barriga como câncer ou
como gases, é a mesma coisa?
Psicólogo pode sim dar diagnóstico, psicólogo que não pode é aquele que não sabe! A gente tem
lei embasando isso, temos resolução embasando isso.
Nós psicólogos precisamos dominar e conhecer o modelo de classificação atual, estar atualizado
quanto a esse modelo diagnóstico na nossa profissão.
E qualquer um de nós quando procura um profissional espera isso também, a gente não espera
que um médico nos trate com sangue sugas ou nos classifique como melancólica fleumática,
pois sabemos que essa classificação nem existe mais.
O termo doença psicossomática não existe mais, pois se entende que mente e corpo são únicos!
Teremos um novo transtorno que é o transtorno de luto prolongado ( a morte precisa ter
acontecido ha pelo menos um ano), anseio ou saudade intensas da pessoa falecida, preocupação
ou lembranças intensas pessoa falecidas, rompimento de identidade, sensação de descrença
sobre a morte, evitar lembrar, evitar lembrança, raiva, tristeza, amargura, dificuldade de se
reintegrar, dormência emocional, sentimento de que a vida não faz sentido.
Categoria transtorno de humor não específicado, voltou, quando o paciente apresenta humor
misto, que não apresenta critérios nem para transtorno bipolar, nem para transtorno depressivo.
Atualizou nomenclaturas
Gênero experiente
Tea
Episódio maniaco
Bipolar tipo 2
Ciclotimico
Não podemos usar a versão inglês até que seja traduzida para o português é lançado no Brasil.
Embora se aceite este modelo como atual, a triste realidade é que a base da Psicologia aqui no
Brasil segue sendo psicodinâmica.
O que é transtorno mental: pinel fez na época uma evolução sobre os loucos e doentes mentais
(eles eram queimados e mortos) passado um bom tempo se viu que na verdade os “asilos” eram
depósitos de pessoas que ficavam abandonadas e largadas da família.
Depois veio a reforma psiquiátrica por um italiano chamado Franco basalia que disse, pera aí, a
gente entende de uma outra forma agora. Avanço das medicações psiquiátricas.
Década de 80
Modelo de hospital dia, de caps, pessoa não precisa ficar isolada, não precisa ficar asilada, pode
fazer tratamento ambulatorial e voltar para sua família.
Síndrome: não conhece o curso, não conhece a etiologia e não conhece o prognóstico.
Transtorno: conhece o curso, conhece o prognóstico, mas não conhece a etiologia, (multifatorial)
Não temos testes laboratoriais, se eu chegar em um hospital e falar que estou com dor muita dor
no peito o médico vai pedir um exame, esse exame vai dar uma enzima para o médico que se
chama cpk, se está cpk estiver alterada, não resta nenhuma dúvida, eu estou infartando. Isso
chama-se marcador biológico, a gente não tem isso nos transtornos mentais. O transtorno mental
é uma alteração que é experienciada pelo paciente e que causa um prejuízo clinicamente
significativo para o paciente ou para quem convive com o paciente e que desvia da norma social
e cultural.
Falando do eixo psicodinâmico: tinha-se a ideia de trauma, os transtornos eram causados por
alguma coisa, que vinham dessa explicação psicodinâmica, por exemplo, ainda existe a teoria da
mae geladeira, uma mãe que não deu atenção, que não deu cuidado, que não olhou para seu
filho enquanto amamentava, isso causou um transtorno de ansiedade nessa criança.
Existe outra teoria de mulheres que foram abusadas na infância, engordaram na vida adulta de
forma “insconsciente”, para perder as formas corporais femininas e deixar de ser atraentes para o
sexo oposto.
Essa é a lógica que embasa a psicopatologia psicodinâmica, diferente da que embasa a teoria
descritiva, que nos mostra que as causas são multifatoriais, e aí entra o exemplo do bolo. Para se
fazer um bolo, é necessário todos os ingredientes. Eu não consigo fazer um bolo só com
manteiga e ovos. Eu preciso de varios ingredientes para fazer um bolo.
Existe correlação? Existe correlação, que é diferente de causalidade. Mas é apenas um dos
ingredientes do bolo!
Não falamos em cura pois isso seria dizer que esse problema não irá mais voltar.
O que seria isso? Quebrei o braço e coloquei uma tala, braço imobilizado, depois faço minha
terapia e vida que segue normal. Braço curado!
Transtorno mental não existe cura pois de alguma maneira isso pode voltar, mas temos remissão,
não podemos garantir para o paciente que ele está curado, e que isso não irá voltar.
Tem como dizer que uma pessoa nunca mais vai ter depressão? Não tem como! Não tem como
eliminarmos a genética onde muitas vezes predispõe a pessoa à depressão.
A gente remite, muitas vezes o paciente fica sem sintoma alguma, porém a genética, os fatores
de personalidade dele, muitas vezes o fator neuroticismo acaba predispondo mais, para a
depressão!
Episódicos: transtorno depressivo maior, episódio de depressão. A pessoa pode ter episódio de
sintomas da doença e mesmo que ela não faça tratamento em 6 meses ou um ano os sintomas
podem remitir, pois é o curso natural da doença. A pessoa perdeu o emprego e ficou com
depressão? Não! Isso não é a causalidade, pode ter sido o fator desencadeante? Sim! Mas os
ingredientes do bolo dela já estavam lá.
Os transtornos episódicos são mais fáceis de remitir, mas a genética segue lá!
Crônicos: esquizofrenia, transtorno bipolar, transtornos de personalidade, o paciente tem para a
vida toda, também tem uma base genética, basicamente o paciente necessitará de medicação
para o resto da vida, em alguns casos não há remissão como esquizofrenia e transtorno bipolar, e
alguns transtornos de personalidade consegue-se uma remissão parcial.
Degenerativos: Alzheimer, uma vez que é iniciado, ele não regride, e o que já iniciou, não tem
como voltar.
Prós e contras
O principal motivo: direcionamento do tratamento, se você não sabe para onde está indo,
qualquer caminho serve. Se você não sabe que seu paciente tem um transtorno episódico ou
crônico, vai tratar de que maneira?
Na verdade, a minoria dos casos é transtorno, podem existir traços sim, mas a minoria é
transtorno. O transtorno mais prevalente é 5% da população geral.
Lei 4.119 regulamenta a profissão de psicologia, e diz que fica facultado ao psicólogo realizar
diagnóstico.
Resolução documentos que o psicólogo pode emitir 06/2019 também dispõe sobre isso
O raciocínio clínico se dá através do paciente que muitas vezes não fecha o diagnóstico mas tem
o traço, e a lógica do tratamento se dará através disso.
Psicólogo que pode fazer diagnóstico é aquele que sabe fazer diagnóstico: não um receber
diagnóstico pode ser ruim, mas receber um diagnóstico errado pode ser pior ainda.
3
O que significa o termo hipótese diagnóstica: pensar sobre algo mas não ter certeza. Hipótese
diagnóstica é algo inconclusivo: não saber se o paciente tem traço ou transtorno.
Outra coisa que existe é o diagnóstico diferencial: paciente apresenta instabilidade, é border ou
bipolar?
Objetivo do diagnóstico: dar um norte para o tratamento, mesmo o paciente tendo traço, tem um
norte para o tratamento. O objetivo do diagnóstico não é rotular, um bom profissional entende que
o transtorno pode ser um ponto na vida daquele paciente, mas preciso escutar meu paciente de
maneira integral. O paciente vai muito além do diagnóstico.
A base do diagnóstico: a partir de uma boa entrevista clínica. Não existem teste pra maioria dos
transtornos para fechar diagnóstico.
Aí entra o exemplo do infarto: enzima cpk alterada quando a pessoa está infartando (marcador
biológico)
Exemplo: a moça que se relacionou com o mendigo diagnósticada com bipolar tipo 1 mas houve
divergências entre esquizofrenia (porém com a histórias de vida do paciente se chega ao
diagnóstico)
1.relato do paciente: contribuir ou não para que eu consiga fechar meu diagnóstico:
Vínculo: o que se estabelecer com o paciente vai interferir muito no relato, mais à vontade ou
menos à vontade (nesse caso vai falar menos)
O quando o relato está comprometido: funções psíquicos, o quanto elas podem afetar o relato do
paciente.
Entender que vamos avaliar o paciente em 2 eixos: longitudinal, a geografia, a história de
paciente, e o eixo transversal, que é a avaliação do estado mental e exame do estado mental.
Semiologia do transtorno
Tempo de consulta: existe um tempo para cometer a coletar a história de vida do paciente dentro
da uma hora.
Tag
Pânico
Agorafobia
Fobia social
Fobia específica
Um erro que acontece: Viés de confirmação= buscar elementos no relato do paciente para
confirmar a hipótese.
O objetivo não é encaixar a fala do paciente naquilo que eu acho que é o diagnóstico.
Saber identificar os sinais e sintomas de cada transtorno, entender o que foge da norma,
diferenciar quadros mais leves, traços, sintomatologia compartilhada...
Existe um passo a passo para se chegar nesse diagnóstico de forma mais precisa.
Passo 4: determinar um transtorno primário específico, qual transtorno explica, se encaixa melhor
os sintomas trazidos pelo paciente.
Quanto melhor conseguir contornar os desafios, melhor conseguirá se fazer um diagnóstico com
segurança
Entrevista diagnóstica
Sem fazer uma boa entrevista diagnóstica, não tem como fazer diagnóstico.
Existe um ponto básico que é necessário: tentar estabelecer um bom vínculo e um ambiente
acolhedor.
De que vai adiantar as anotações perfeitas se o paciente não voltar na próxima entrevista porque
não se sentiu acolhido? Pra nada, só para ir para o arquivo morto e ter que esperar 5 anos para
poder descartar, como o conselho federal de psicologia obriga.
Fique em olhar no olho do paciente, e em acolher, ser humano, entender como gostaria de ser
tratado por uma pessoa se tivesse nessa situação talvez a pior situação da vida.
A gente faz o diagnóstico com a entrevista clínica a partir da identificação de sinais e sintomas.
Sinais: aquilo que a gente observa no paciente (se ele tá limpo, se tá com o cabelo, barba feita) e
sintomas: aquilo que o paciente relata, estou triste, não consigo levantar da cama, estou ansioso,
tenho diarreia.
Não existe dentro de psicopatologia aquilo que a gente chama de sintomas patognomônico, o que
isso significa: um sintoma X é igual ao transtorno Y.
A elaboração do diagnóstico se organizar também através de hipóteses, essas hipóteses vão ser
confirmadas ou refutadas para se tomar uma decisão clínica que é a decisão do tratamento.
O que é comorbidade: um paciente que apresenta dois ou mais transtornos ao mesmo tempo. O
paciente tem TAG mas também tem pânico. Tem pânico mas também tem fobia social, ele tem
personalidade obsessiva e também tem toc.
Porém quando se está falando de pânico e TAG, qual é o diagnóstico principal e qual é a
comorbidade? Não temos como definir isso.
Nesse caso o que tratar primeiro? Via de regra vamos escolher pela gravidade. E caso os dois
estejam com a mesma gravidade, escolher de maneira colaborativa com o paciente o que irão
tratar primeiro.
Diferença entre comorbidade e especificador.
O que é específicador? É um conceito que foi inserido no dsm 5 desde 2013, é um discriminador,
é algo que vai especificar uma característica daquele transtorno para diferenciar dos demais.
Exemplos:
especificador com início no periparto, significa que a mulher começou a ter o início de um quadro
de transtorno bipolar na gestação.
Depressão com início no periparto: mudou o nome, não é mais depressão pós parto. Pois ela
pode ocorrer no curso de qualquer fase da gestação.
Específicador com características sazonais: pessoas que quando é inverno tem episódios
depressivos, tem a ver com as estações do ano.
Específicador ansioso: meu paciente tem depressão com específicador ansioso ou ele tem
transtorno depressivo maior com comorbidade ansiedade, por exemplo TAG.
Pra ser comorbidade tem que preencher todos os critérios, ter frequência, intensidade alta.
Além disso, o específicador acontece na vigência do transtorno: ex: num quadro de humor o
específicador está sempre associado a depressão, o paciente não apresenta sintomas ansiosos
quando o humor está eutimico por exemplo, o paciente tem tem um quadro depressivo, mas os
sintomas ansiosos são localizador no sintoma depressiva, quando o humor melhora, o quadro de
ansiedade também desaparece, é um específicador pois está diretamente ligado ao transtorno
depressivo que ele tem. Ou então, não preenche os critérios e intensidade para que seja um novo
diagnóstico.
Tenho dois transtornos que tenho dúvida: borderline e bipolar, vou comparar as características do
paciente e entender onde se encaixa um e outro para chegar no processo de exclusão e achar o
diagnóstico diferencial correto.
Primeira coisa que se precisa fazer o passo 1: excluir transtorno factício, excluir simulação,
quando o paciente inventa sintomas.
Transtorno de ansiedade: o que caracteriza esse capítulo? A ansiedade. Meu paciente apresenta
algum sintoma de ansiedade? Não. Ok. Então vamos para a próxima.
Depois que definir o capítulo, verificar todos os diagnósticos que tem ali para fazer a
diferenciação entre eles.
Nem todos que apresentam o sintoma de maneira geral apresentam o transtorno, necessário
frequência e intensidade altas além de um prejuízo clinicamente significativo.
Bipolar e esquizofrenia
Bipolar e borderline
Bipolar: transtorno de humor, bipolar tipo 1 bipolar tipo 2 e transtorno ciclotimico. O tab é um
quadro cuja alteração de humor se apresenta em 2 polos. Um polo de depressão e um polo de
euforia. (Mania e hipomania).
O tipo 1 faz pelo menos um quadro de mania na vida, digamos que o paciente fez um quadro de
mania na vida e depois ele só fez hipomania e depressão.
O tipo 2 não faz episódio de mania, só episódio de hipomania e depressão.
Outra característica que também diferencia o tipo 1 do tipo 2: Se o paciente tiver um quadro
psicótico associado ao episódio de mania ou ao episódio de depressão então automaticamente
ele é tipo 1.
Ciclotimico: não satisfaz os critérios nem para mania nem para hipomania, a alteração de humor
acontece em um período mínimo de 2 anos onde o paciente não permaneceu mais do que 2
meses sem sintomas de euforia e de depressão. O paciente está com humor mais alterado porém
de uma maneira menos grave do que no tipo 1 e tipo 2.
Hipomania é uma mania mais leve, menor agitação, perda de controle menor, paciente não faz
quadro psicótico. A diferença entre mania e hipomania está na intensidade.
Qual pode ser a confusão com a esquizofrenia? Bipolar tipo 1 faz sintomas psicóticos que
também estão presentes na esquizofrenia.
Delírios: uma história criada pelo paciente: sou filha do Silvio Santos, não fui reconhecida pelo
pai, minha mãe se relacionou com o Silvio Santos e eu sou irmã da Patricia abravenel, e eu vou
substituir ela no programa.
Alucinações: vozes que o paciente houve, na esquizofrenia geralmente se tem mais alucinações
auditivas. Em alguns casos tem alucinações visuais e sinestesicas (sentir coisas na pele, cheiro
do som...) menos frequente.
O paciente bipolar tipo 1 no quadro de mania pode ter sintomas psicóticos com delírio e
alucinações. (O que aconteceu com a moça do mendigo)
Por que houve controvérsias se a mulher era esquizofrênica ou bipolar tipo 1? Pois pelo recorte
do áudio exposto não tem como dizer, olhando só aquele contexto não tem como dizer.
Quando o paciente se acalmar e com o humor eutimico, reavaliar o quadro psicótico da paciente.
Se o quadro psicótico persiste, ou seja, o paciente com o humor eutimico, normal, não está mais
eufórico, se o quadro psicótico permanecer, então estamos falando de esquizofrenia.
Outro transtorno que dificulta a vida ainda mais: transtorno esquizo afetivo: quando junta o bipolar
com à esquizofrenia. Os dois transtornos ao mesmo tempo.
Paciente faz mania ou hipomania, quadros depressivo, mas apresenta quadros psicóticos fora do
quadro de humor.
Quando tiver os dois: quadro psicótico com alteração do humor: é bipolar tipo 1
Quando junta os dois: paciente tem alteração de humor e faz sintomas psicóticos fora do quadro
de humor: é transtorno esquizoafetivo
Ou é esquizoafetivo
Bipolar e borderline:
Nesta caso: o paciente pode ter os dois, qualquer transtorno de personalidade pode ter como
comorbidade qualquer transtorno de humor. Nesse caso não são excludentes! Mas antes de
afirmar que o paciente possui os dois, tenha certeza que fez o diagnóstico diferencial.
O B significa que todos os transtornos daquele grupo que são BORDER, antissocial, histriônica e
narciscista, eles têm características em comum. Um padrão mais errático, mais emotivo, mais
instável, border tem características de instabilidade nos afetos, na autoimagem, alteração na
impulsividade, sintomas podem ser leves ou moderados, esforços desesperados pelo amor do
outro e medo intenso de ser abandonado, se o paciente não tem isso, mas tem instabilidade no
humor, pode ser que não seja border. Se não tem medo do abandono, já parte pra outro
diagnóstico.
O border tem reações descabidas, desproporcionais para os eventos do dia a dia, ( ele não me
ama mais, quero morrer, quero me jogar da janela do quinto andar), ambos podem ter
impulsividade e instabilidade. Mas diferença principal está no tipo: bipolar apresenta episódios de
mania e volta pro humor eutimico, episódio de depressão, volta pro humor eutimico, o border não
apresenta episódios, pois se fala de um transtorno de personalidade, um jeito de existir no
mundo, ele é constante, é um podrão repetitivo ao longo da vida do indivíduo, ele é.
Específicadores dos transtornos bipolares: qual episódio o paciente está? Maniaco, hipomania ou
depressivo?
Ansiedade social
Tdah
Diferença de bipolar com específicador sintomas ansiosos para comorbidade com transtornos de
ansiedade: no caso de ser um específicador eles não são tão graves, tão intensos o suficiente
para justificar o diagnóstico de outro transtorno. Além disso, o quadro de ansiedade tem que estar
presente dentro do quadro de humor, quando o paciente estiver no episódio depressivo ou
maniaco ou hipomanico.
Esquizofrenia e TOC
Tem pacientes com toc que tem só obsessões, e pacientes que só compulsões, e pacientes que
têm os dois.
Os pensamentos obsessivos no toc sao tão intensos que parecem alucinações: ex: essa voz que
fica na minha cabeça.
Porque o paciente está chamando de voz? Paciente diz: Não, é um pensamento, que fica na
minha cabeça...
Paciente com toc tem crítica: ele sabe que não tem ninguém no ouvido dele falando, ele sabe que
é um pensamento. Mas ele acredita de forma muito intensa. Muitas vezes ele tem até vergonha
de dizer os comportamentos que ele tem, ele sabe que não faz sentido.
Borderline e histriônica
Aparência física para chamar atenção, discurso vazio, superficial, considera as pessoas mais
íntimas do que são.
Modelo alternativo: histriônica e border pode ser o mesmo nos próximos anos( mas já se pode
usar) é possível q histriônica desapareça.
Depressão um período de pelo menos duas semanas de humor deprimido, perda de prazer,
perda ou ganho de peso significativo, insônia ou excesso e sono, fadiga e perda de energia.
Distimia: tristeza e humor deprimido na maior parte do dia todos os dias num período mínimo de 2
anos.
Na distimia não tem episódios, o pessimismo, baixa energia são constantes, irritabilidade
também é uma característica muito forte.
Específicador depressão:
Ou com catatonia
Mais comuns: ansiedade, uso de substâncias, transtorno do pânico, toc, anorexia, bulimia e
transtorno de personalidade borderline
TAG
ansiedade preocupação excessiva, expectativa como se algo ruim fosse acontecer por pelo
menos 6 meses na vida do paciente, dificuldade de controlar, está associada a pelo menos 3
sintomas, tensão muscular, inquietação, fatigabilidade e irritação.
Toc tem componente ansioso, mas saiu do capítulo de ansioso, o que define o toc são as
obsessões e compulsões.
Tag e pânico
Todos os transtornos de ansiedade podem ter ataques de pânico, mas o que diferencia um
ataque de pânico nos outros transtornos do transtorno do pânico?
O transtorno do pânico é do nada, é imotivado, a pessoa está lá deitada na sua cama e do nada
começa a passar mal.
Na fobia social mesma coisa, tem um ataque de pânico diante de uma situação social.
Depressão
Uso de substâncias
Podrão estável de comportamento marcado pelo desprezo pelo direito dos outros.
Desprezar a lei
Ludibriação
Age impulsivamente
Irritados
Agressivos
Diferença entre eles é a idade!! Até 17 anos e 11 meses (conduta) virou (antissocial)
TOD
transtorno opositor desafiante
Humor raivoso
Irritado
Explosivo
Questionadora
Vingativo
Ou sintomas difusos
Comorbidades
Tdah
Ansiedade
Depressão
Uso de substâncias
Antissocial e narcisista
Narcisista padrão persistente de comportamento onde paciente tem uma visão exagerada de si
mesmo, necessidade de admiração, falta de empatia pelo outro, precisa preencher pelo menos 5
dos critérios a seguir.
Convicção de que é uma pessoa única e especial e só pode se relacionar com pessoas do
mesmo nível
Necessidade de merecimento
Diferença: narcisista não tem problema com a lei, ele se preocupa muito com a sua imagem.
É mais manipulador.
NÃO existe mais o termo psicossomática desde o DSM 3, ele rompe com o
fim da psicossomática, eles não são independentes, tudo que acontece no
corpo pode interferir na mente e tudo que acontecer na mente pode interferir
no corpo.
Sinais é tudo aquilo que a gente vê, os sintomas são subjetivos, depende do
relato do paciente= juntando sinal e sintoma temos um signo. Psicopatologia
a-teórica e descritiva, baseada em evidências cientificas.
Normalidade como algo onde não me sinto mal, não faço mal a
ninguém, consigo resolver meus problemas…
3 eixos da psicopatologia:
fenomenológica
psicodinâmica
descritiva a-teórica
O primeiro é egossintônico, a pessoa não ve como algo ruim que faz mal
num primeiro momento.