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Constituição Federal
Constituição Federal
Última atualização legislativa: - 24/12/22 - EC nº 109, public. 16/3/21 (alterou e introduziu alguns
dispositivos ao texto principal da CF/88 e ao ADCT). (obs: cuidado com o teor do art. 7º da EC 109/21: “Art.
7º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, exceto quanto à alteração do art.
29-A da Constituição Federal, a qual entra em vigor a partir do início da primeira legislatura municipal
após a data de publicação desta Emenda Constitucional.” – aguardar!!!); EC nº 110, public. 13/7/21
(Acrescenta o art. 18-A ao ADCT); EC nº 111, public. 29/09/21 (Altera a CF para disciplinar a realização de
consultas populares concomitantes às eleições municipais, dispor sobre o instituto da fidelidade
partidária, alterar a data de posse de Governadores e do Presidente da República e estabelecer regras
transitórias para distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e do Fundo
Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e para o funcionamento dos partidos políticos); EC nº
112, public. 27/10/21 (altera o art. 159, CF). EC nº 113, public. 8/12/21 (altera a CF e o ADCT). EC nº 114,
public. 16/12/21 (altera a CF e o ADCT). EC nº 115, public. 11/02/22 (incluir a proteção de dados pessoais
entre os direitos e garantias fundamentais e para fixar a competência privativa da União para legislar
sobre proteção e tratamento de dados pessoais); EC nº 116.; EC nº 117, public. 5/4/22 (altera o art. 17 da CF);
EC nº 118, public 27/4/22 (Dá nova redação às alíneas "b" e "c" do inciso XXIII do caput do art. 21 da CF).
EC nº 119, public. 28/4/22 (altera o ADCT); EC nº 120, public. 5/5/22 (Acrescenta §§ 7º, 8º, 9º, 10 e 11 ao art.
198 da CF).; EC nº 121, public. 11.5.22 (Altera o inciso IV do § 2º do art. 4º da EC nº 109, de 15/03/21). EC nº
122, public. 17/5/22 (Altera a CF para elevar para 70 anos a idade máxima para a escolha e nomeação de
membros do STF, do STJ, dos TRFs, do TST, dos TRTs, do TCU e dos Ministros civis do STM.); EC nº 123,
public. 15/07/22 (Altera o art. 225 da CF para estabelecer diferencial de competitividade para os
biocombustíveis; inclui o art. 120 no ADCT para reconhecer o estado de emergência decorrente da
elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos
impactos sociais dela decorrentes; autoriza a União a entregar auxílio financeiro aos Estados e ao Distrito
Federal que outorgarem créditos tributários do ICMS aos produtores e distribuidores de etanol hidratado;
expande o auxílio Gás dos Brasileiros, de que trata a Lei 14.237/21; institui auxílio para caminhoneiros
autônomos; expande o Programa Auxílio Brasil, de que trata a Lei 14.284/21; e institui auxílio para entes da
Federação financiarem a gratuidade do transporte público.; EC nº 124, public. 15/07/22 (Institui o piso
salarial nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira); EC
nº 125, public. 14/07/22 (Altera o art. 105 da CF para instituir no recurso especial o requisito da relevância
das questões de direito federal infraconstitucional.); EC nº 126, public. 21/12/22 (altera a CF, para dispor
sobre as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária, e o Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias para excluir despesas dos limites previstos no art. 107; define regras para a transição da
Presidência da República aplicáveis à Lei Orçamentária de 2023; e dá outras providências); EC nº 127,
public. 22/12/22 (altera a CF e o ADCT para estabelecer que compete à União prestar assistência financeira
complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às entidades filantrópicas, para o
cumprimento dos pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o
auxiliar de enfermagem e a parteira; altera a EC nº 109, de 15/03/21, para estabelecer o superávit financeiro
dos fundos públicos do Poder Executivo como fonte de recursos para o cumprimento dos pisos salariais
profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a
parteira; e dá outras providências.); EC nº 128, public. 22/12/22 (acrescenta § 7º ao art. 167 da CF, para
proibir a imposição e a transferência, por lei, de qualquer encargo financeiro decorrente da prestação de
serviço público para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.);
Última atualização Jurisprudencial: 05/11/2022 – julgados: Info 1058 (art. 22, I); Info 1029 e Info 725 (art. 71,
§3º); Info 1059 (art. 66, §1º); Info 1044 (art. 144, §6º).
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Obs.: Controle de questões no site Qconcursos sobre Direito Constitucional: [2000/2022: i)
Questões realizadas: 39.579; ii) Questões pendentes: i) 2021: 337; ii) 2022: 588 = total: 925].
PREÂMBULO
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Parágrafo único. Todo o poder EMANA do povo, que O EXERCE por meio de REPRESENTANTES
ELEITOS ou DIRETAMENTE, nos termos desta Constituição. DPERS-2011) (DPEMG-2014)
(DPERO-2017)
IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação. (DPERS-2011) (DPEGO-2014) (DPEPA-2015) (DPESP-
2006/2009/2010/2019)
Art. 4º A República Federativa do Brasil REGE-SE nas suas relações internacionais pelos
SEGUINTES PRINCÍPIOS: (DPEPB-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014 DPEPE-2015) (DPESC-
2021)
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TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
A Relatividade ou Limitabilidade, como uma das características dos Direitos Fundamentais, entende-se
que não existem direitos absolutos, pois, por mais importante que eles sejam, todos encontram limites
em outros direitos ou interesses coletivos, também consagrados na Constituição. Logo, a tese da
existência de direitos absolutos, portanto, é incompatível com a ideia de que todos os direitos são
passíveis de restrições impostas por interesses coletivos ou por outros também consagrados na CF/88.
A relatividade é uma característica que todo direito fundamental possui para permitir a convivência
das liberdades públicas. A colisão de direitos pressupõe a cedência recíproca entre eles.
Por terem fundamento na dignidade da pessoa humana e serem desprovidas, em sua maioria, de
conteúdo econômico-patrimonial, parte da doutrina considera os direitos fundamentais imprescritíveis,
inegociáveis, indisponíveis e irrenunciáveis.
Art. 5º Todos SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, sem distinção de qualquer natureza,
GARANTINDO-SE aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a INVIOLABILIDADE DO
DIREITO à Vida, à Liberdade, à Igualdade, à Segurança e à Propriedade, nos termos seguintes: (DICA
MNEMÔNICA: “VILPS”) (DPEAL-2009) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (PGEPE-2009) (PGESP-2009)
(PCRJ-2009) (AGU-2009) (TRF4-2010) (MPPB-2011) (MPSP-2011) (PGEPR-2011) (PCMG-2011) (TJBA-2012)
(MPTO-2012) (PGEMG-2012) (PGEPA-2012) (PFN-2012) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (DPETO-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (PGEGO-2013) (PCBA-2013) (MPM-2013) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJSE-2014)
(TJDFT-2007/2015) (DPEMA-2009/2011/2015) (PGERS-2010/2011/2015) (TJSP-2015) (DPEPE-2015) (DPU-
2015) (TRT21-2015) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (PCPA-2012/2016) (PGEMS-2014/2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016)
(TRT4-2016) (PGEAC-2014/2017) (DPEAC-2017) (PGESE-2017) (MPF-2017) (MPT-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(PCGO-2013/2018) (TJRO-2019) (MPPR-2019) (DPESP-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019)
(PCSE-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (MPSC-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
I - homens e mulheres SÃO IGUAIS em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
(MPT-2009/2012) (TRF4-2010/2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJRS-2013) (MPM-2013)
(PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT4-2016) (TRF2-2018) (TRF3-2018) (PCGO-2018) (Cartórios/TJDFT-
2014/2019) (MPGO-2019) (DPESP-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
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sob pena de ofensa ao princípio da isonomia. A CF/88 assegura, em seu art. 5º, I, que homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações. Além disso, o Texto Constitucional determina que é
proibido ao Administrador Público estabelecer diferenças nos critérios de admissão dos servidores
públicos por motivo de sexo (art. 7º, XXX c/c art. 39, § 3º). Desse modo, em regra, em um concurso
público, não são permitidas discriminações entre homens e mulheres. Excepcionalmente, são
permitidas distinções de gênero para fins de participação em concurso público desde que seja
demonstrado que esse discrímen é: a) proporcional e b) previsto em lei. No caso concreto julgado, o
concurso para oficial da Polícia Militar estabelecia que somente podiam participar candidatos do sexo
masculino. Vale ressaltar que essa restrição era prevista tanto na lei como no edital do certame. A 2ª
Turma do STF entendeu que havia afronta ao princípio da isonomia, haja vista que tanto o edital
quanto a lei não teriam definido qual a justificativa para não permitir que mulheres concorressem ao
certame e ocupassem os quadros da Polícia Militar. Ora, como se sabe, existem muitas mulheres que
integram a carreira policial e o simples fato de ser do sexo feminino não é empecilho para fazer parte
da Polícia Militar. STF. 2ª T. RE 528684/MS, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 3/9/13 (Info 718).
II - ninguém SERÁ OBRIGADO a fazer ou deixar de fazer alguma coisa SENÃO em virtude de lei;
[obs.: Norma de eficácia plena.] (TJDFT-2008) (MPRO-2008) (DPEMA-2009) (PGEPE-2009) (AGU-2009)
(MPPR-2011) (PGEPA-2011) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PFN-2012) (TRF2-2011/2013)
(MPMG-2013) (DPERR-2013) (TRF3-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (PCPA-2013) (MPRS-2014)
(MPF-2015) (PGEMS-2016) (TRT4-2016) (PCGO-2013/2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJSP-2018) (MPBA-2018)
(Cartórios/TJMG-2018) (TJRO-2019) (PGM-Teresina/PI-2022)
III - ninguém SERÁ SUBMETIDO a tortura NEM a tratamento desumano ou degradante; (MPSP-
2008) (DPESP-2009) (PCAP-2010) (PCMG-2011) (TJPR-2012) (DPESC-2012) (PCBA-2013) (PCPA-2013)
(PCPR-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (DPEPE-2015) (PCSP-2018) (TJBA-2019) (TJRO-2019)
VIII - ninguém SERÁ PRIVADO de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, SALVO SE as invocar para EXIMIR-SE de obrigação legal a todos imposta e
RECUSAR-SE a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; (TJDFT-2008) (PGESP-2009) (MPT-2009)
(MPPB-2010) (TRF4-2010) (PCAP-2010) (TRF5-2011) (PGEMT-2011) (MPSP-2012) (DPESC-2012) (TJSC-2013)
(MPDFT-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (DPEPB-2014)
(PGERN-2014) (DPERN-2015) (TRT8-2015) (PCPA-2016) (MPBA-2018) (MPSC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019)
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IX - É LIVRE a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
INDEPENDENTEMENTE de CENSURA ou LICENÇA; (MPSP-2006) (PCAP-2010) (MPF-2011) (DPESP-
2012) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (PCPA-2013) (MPMA-2014) (PGEAC-2014) (TJPE-2015) (TJDFT-2015) (TRF5-
2015) (Cartórios/TJRS-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEPE-2018) (TJBA-2019) (MPMG-2021) (TJMA-2022)
##Atenção: ##STF: ##TJMS-2020: ##FCC: O art. 5º, XIII, parte final, da CF admite a limitação do
exercício dos trabalhos, ofícios ou profissões, desde que materialmente compatível com os demais
preceitos do texto constitucional, em especial o valor social do trabalho (arts. 1º, IV; 6º, caput e inciso
XXXII; 170, caput e inciso VIII; 186, III, 191 e 193 da CF) e a liberdade de manifestação artística (art. 5º,
IX, da CF). As limitações ao livre exercício das profissões serão legítimas apenas quando o inadequado
exercício de determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e desde que obedeçam a
critérios de adequação e razoabilidade, o que não ocorre em relação ao exercício da profissão de
músico, ausente qualquer interesse público na sua restrição. A existência de um conselho profissional
com competências para selecionar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de músico, para
proceder a registros profissionais obrigatórios, para expedir carteiras profissionais obrigatórias e para
exercer poder de polícia, aplicando penalidades pelo exercício ilegal da profissão, afronta as garantias
da liberdade de profissão e de expressão artística. STF. Plenário. ADPF 183, Min. Rel. Alexandre de
Moraes, j. 27/9/19. (Info 960).
(TJMS-2020-FCC): À luz da jurisprudência do STF, em matéria de direitos e garantias fundamentais e
aspectos correlatos, admitem-se limitações por lei ao livre exercício das profissões, sendo consideradas
legítimas quando o inadequado exercício de determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e
desde que obedeçam a critérios de adequação e razoabilidade. BL: art. 5º, XIII, CF e Info 960, STF.
##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: ##TRF2-2017/2018: Nem todos os ofícios ou profissões podem ser
condicionadas ao cumprimento de condições legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Apenas
quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de
fiscalização profissional. A atividade de músico prescinde de controle. Constitui, ademais,
manifestação artística protegida pela garantia da liberdade de expressão. (STF. Plenário. RE 414426, Min.
Rel. Ellen Gracie, j. 01/08/11).
(TRF2-2018): A respeito dos direitos fundamentais e garantias individuais é correto afirmar: Devido à livre
escolha da profissão ou oficio são inconstitucionais as leis que, a despeito da desnecessidade de proteção a
interesse público especifico, restrinjam o exercício de atividades como, por exemplo, a de músico. BL:
Entend. Jurisprud.
(Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021-CESPE): O inciso XIII do art. 5.º da Constituição Federal de 1988 assim
dispõe: “XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer;”. Essa norma constitucional é de eficácia contida, porque detém eficácia, mas esta
pode ser restringida por lei.
(TJGO-2015-FCC): A Lei 8.906/94, que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados
do Brasil – OAB, estabelece, em seu art. 8o , inciso IV e § 1o , que, “ para inscrição como advogado é
necessário” haver “aprovação em Exame de Ordem”, “regulamentado em provimento do Conselho Federal da
OAB”. A exigência em questão é constitucional, por ser compatível tanto com a exigência de lei para o
estabelecimento de condições para o exercício profissional, como com a finalidade institucional do
exercício da advocacia como função essencial à Justiça. BL: art. 5º, XIII, CF.
##Atenção: Esse inciso tem dois desdobramentos: assegura o direito de acesso à informação (desde que
esta não fira outros direitos fundamentais) e resguarda os jornalistas, possibilitando que estes obtenham
informações sem terem que revelar sua fonte. Não há conflito, todavia, com a vedação ao anonimato.
Caso alguém seja lesado pela informação, o jornalista responderá por isso (Noções de D. Constitucional,
Nádia Carolina).
##Atenção: O sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional, é resguardado pela CF (art. 5º,
XIV).
XVI - TODOS PODEM REUNIR-SE PACIFICAMENTE, sem armas, em locais abertos ao público,
INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO, DESDE QUE NÃO FRUSTREM outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, SENDO APENAS EXIGIDO PRÉVIO AVISO à
autoridade competente; (PGESP-2002) (PCMG-2008) (DPEMT-2009) (TJPR-2010) (TRF2-2011) (PGEMT-
2011) (TJCE-2012) (TJSC-2013) (DPEDF-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPAC-2014) (MPMA-
2014) (MPMT-2014) (DPEMS-2014) (DPEPR-2014) (PGEMS-2014) (PCSC-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
(TJPE-2015) (DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPA-
2016) (DPEAC-2017) (MPT-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPBA-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (Anal.
Judic./TRF4-2019) (MPDFT-2013/2021) (MPMG-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPDFT-2021: ##MPMG-2021: O que se entende por aviso prévio para
os fins do direito de reunião do art. 5º, XVI, da CF/88?: O art. 5º, XVI, da CF/88 prevê o direito de
reunião. Qual é o sentido de “prévio aviso” mencionado pelo dispositivo constitucional? O STF fixou
9
a seguinte tese: A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é
satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se
dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local. STF. Plenário. RE
806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, j. 14/12/20 (Repercussão
Geral – Tema 855) (Info 1003).
(Cartórios/TJSP-2016-VUNESP): Sobre o direito de reunião previsto no art. 5o, XVI, da CF/88, é correto
afirmar que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. BL: art. 5º, XVI, CF.
##Atenção: ##Dica:
Aviso prévio = SIM.
Autorização = NÃO.
XVII - É PLENA a liberdade de associação para fins lícitos, VEDADA a de caráter paramilitar;
(PGESP-2002) (MPRO-2008) (TJAP-2009) (PCAP-2010) (MPPB-2011) (TRF2-2011) (TJCE-2012) (MPAP-2012)
(MPDFT-2013) (MPES-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PF-2013) (MPMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCSC-2014)
(TJGO-2015) (TJPE-2015) (TRF3-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPA-2016) (TJPR-2017) (DPERS-2018)
(Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJGO-2021) (TCERJ-2021)
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Art. 5º. (...) - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença; (...)
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Estado.
##Atenção: ##PF-2013: ##CESPE: O exercício e gozo do direito de associação não depende da sua
formatação enquanto pessoa jurídica, muito menos no condicionamento à prévia existência de
associação dotada de personalidade jurídica. Se assim fosse, haveria afronta à diversos tipos de
associações protegidas constitucionalmente. O direito constitucional é de eficácia plena, e, portanto, o seu
exercício independe de primeiro ser criada a associação. Na verdade, primeiro os particulares se
agrupam, para só depois criarem as pessoas jurídicas associações.
(MPBA-2018): A suspensão das atividades de uma entidade associativa somente poderá ocorrer por
meio de decisão judicial, não sendo, no entanto, exigido o trânsito em julgado. BL: art. 5º, XIX, CF.
##Atenção: No caso, o trânsito em julgado só será necessário caso haja dissolução da associação.
(MPMS-2015): Sobre o direito de associação é correto afirmar que: Possui base contratual. BL: art. 5º, XX,
CF.
##Atenção: Segundo a doutrina, uma das características inerentes a este direito é a de que ele possui
uma base contratual, ânimo de permanência (estabilidade) e deve percorrer um fim lícito. (Fonte:
AFONSO DA SILVA, José. Curso de Direito Constitucional Positivo. 19a. ed. São Paulo: Malheiros, 2001,
p. 271.).
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XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, TÊM LEGITIMIDADE para
representar seus filiados JUDICIAL ou EXTRAJUDICIALMENTE; (MPPE-2008) (MPRO-2008) (DPEMT-
2009) (DPEMA-2011) (MPGO-2012) (PGEPA-2012) (MPES-2013) (MPSC-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (TJDFT-
2015) (DPESP-2015) (PGEPR-2015) (TRT21-2015) (TJAM-2016) (PCPA-2016) (MPMG-2017) (MPSP-2017)
(TJMT-2018) (PCSP-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPAP-2012/2021)
XXVI - a PEQUENA PROPRIEDADE RURAL, assim definida em lei [Estatuto da Terra], DESDE
QUE TRABALHADA pela família, NÃO SERÁ OBJETO DE PENHORA para pagamento de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
(TJAL-2008) (MPSP-2008) (TJRS-2009) (TJPE-2011) (MPT-2009/2012) (MPRJ-2012) (PFN-2012) (TJSC-2013)
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(DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPA-2013) (PCDF-2015) (TRT21-2015) (DPEES-2016) (DPEMG-
2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPAP-2021) (DPEPR-2022)
XXIX - a lei ASSEGURARÁ aos autores de INVENTOS INDUSTRIAIS privilégio temporário para
sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico
e econômico do País; (MPSP-2006) (MPPE-2008) (PGEPE-2009) (TRF3-2011) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (Cartórios/TJDFT-2019)
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País SERÁ REGULADA pela LEI
BRASILEIRA em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que NÃO LHES SEJA mais
favorável a LEI PESSOAL do "de cujus"; (TJAP-2009) (MPBA-2010) (MPRO-2010) (MPSC-2010) (MPF-2012)
(MPES-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPPR-2012/2014) (TJMT-2014) (MPPB-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2019)
(Cartórios/TJGO-2021) (Anal. Judic./TJCE-2022)
XXXIII - todos TÊM DIREITO a receber dos órgãos públicos INFORMAÇÕES de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que SERÃO PRESTADAS no prazo da lei, SOB PENA DE
RESPONSABILIDADE, RESSALVADAS aquelas cujo SIGILO SEJA imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado; (MPRO-2008) (MPT-2009) (TJSC-2010) (MPSP-2010) (TJRJ-2012) (DPEES-2012)
(DPESP-2012) (PCRJ-2012) (PFN-2012) (MPMS-2013) (DPERR-2013) (PGDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (DPEAL-2017) (TRF2-2017) (Cartórios/TJMG-2017/2018)
(TJMT-2018) (TJBA-2019) (PGERS-2021) (TCDF-2021) (PCAM-2022) (TJMMG-2022)
13
b) a OBTENÇÃO DE CERTIDÕES EM REPARTIÇÕES PÚBLICAS, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal; (TJMG-2006) (MPSE-2010) (AGU-2010) (PFN-2012) (TJPE-
2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJMG-
2015) (PGEPR-2015) (Cartórios/TJDFT-2019)
XXXVI - a lei NÃO PREJUDICARÁ o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
(MPSP-2005) (PGESP-2009) (TRF4-2009/2010) (MPRR-2012) (DPESC-2012) (PCMA-2012) (TRF3-2011/2013)
(TJRN-2013) (TRF1-2013) (DPEGO-2014) (PGEPI-2014) (MPBA-2010/2015) (MPF-2013/2015) (MPDFT-2015)
(TRF5-2015) (PCDF-2015) (AGU-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGESE-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017)
(TJMG-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (MPGO-2014/2019) (TJPR-2010/2021)
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
(MPSP-2006) (MPMG-2011) (TJCE-2012) (DPESP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPI-2014) (PCRO-2014)
(PGM-Salvador/BA-2015) (MPSC-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (Cartórios/TJPR-2019) (DPEGO-2021)
14
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; (TJDFT-2008) (TJAP-2009)
(TJES-2011) (TJCE-2012) (PGEMG-2012) (PCSP-2012) (PCPI-2014) (PCRO-2014) (DPESP-2012/2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (MPRS-2012/2016) (PCAP-2017) (PCMT-2017) (DPEMA-2018) (MPGO-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (TJPR-2019/2021) (MPMG-2021)
Súmula Vinculante 45-STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
XXXIX - NÃO HÁ CRIME sem lei anterior que o defina, NEM PENA sem prévia cominação legal;
(MPDFT-2009) (TJRS-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (TJMG-
2008/2018) (MPBA-2018) (TJRO-2019) (PCPA-2021)
(TJMG-2008): O princípio da legalidade ou da reserva legal constitui efetiva limitação ao poder punitivo
estatal. BL: art. 1º do CP e art. 5º, XXXIX, da CF/88. (penal)
XL - a lei penal NÃO RETROAGIRÁ, SALVO para beneficiar o réu; (PCTO-2008) (PCPA-2009)
(TJPR-2010) (PCAP-2010) (MPMS-2013) (MPMG-2014) (DPEPA-2015) (PGEMS-2016) (PCMT-2017) (PCGO-
2017/2018) (TJMG-2018) (PCMG-2018) (MPSP-2005/2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPDFT-2021) (MPSC-2021)
(DPERJ-2021)
15
XLI - a lei PUNIRÁ qualquer discriminação atentatória dos DIREITOS e LIBERDADES
FUNDAMENTAIS; (Cartórios/TJMG-2015)
16
e) suspensão ou interdição de direitos; (DPEMS-2008) (TJMT-2009) (TJAM-2013)
a) de morte, SALVO em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; (MPCE-2009) (PGESP-
2009) (PCRJ-2009) (PCMG-2011) (MPF-2012) (MPRO-2013) (MPSC-2013) (PCBA-2013) (MPM-2013) (MPMA-
2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (PGESC-2014) (PCPI-2014) (PCCE-2015) (TJMSP-2016) (DPEMA-
2009/2018) (PCGO-2018) (TJRO-2019) (MPGO-2019) (PCPR-2021)
(PCGO-2018-UEG): A Constituição (CRFB) admite como possível a pena de morte em caso de guerra
declarada. BL: art. 5º, XLVII, “a”, CF.
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação; (DPEAM-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (DPEMA-2018)
17
Vide art. 82 da Lei 13.445/2017 (Lei da Migração):
Art. 82. Não se concederá a extradição quando:
I - o indivíduo cuja extradição é solicitada ao Brasil for brasileiro nato;
II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente;
III - o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando;
IV - a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 (dois) anos;
V - o extraditando estiver respondendo a processo ou já houver sido condenado ou absolvido no Brasil
pelo mesmo fato em que se fundar o pedido;
VI - a punibilidade estiver extinta pela prescrição, segundo a lei brasileira ou a do Estado requerente;
VII - o fato constituir crime político ou de opinião;
VIII - o extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante tribunal ou juízo de exceção; ou
IX - o extraditando for beneficiário de refúgio, nos termos da Lei no 9.474, de 22 de julho de 1997, ou de
asilo territorial.
§ 1o A previsão constante do inciso VII do caput não impedirá a extradição quando o fato constituir,
principalmente, infração à lei penal comum ou quando o crime comum, conexo ao delito político, constituir o
fato principal.
§ 2o Caberá à autoridade judiciária competente a apreciação do caráter da infração.
§ 3o Para determinação da incidência do disposto no inciso I, será observada, nos casos de aquisição de
outra nacionalidade por naturalização, a anterioridade do fato gerador da extradição.
§ 4o O Supremo Tribunal Federal poderá deixar de considerar crime político o atentado contra chefe de
Estado ou quaisquer autoridades, bem como crime contra a humanidade, crime de guerra, crime de genocídio
e terrorismo.
§ 5o Admite-se a extradição de brasileiro naturalizado, nas hipóteses previstas na Constituição Federal.
LIII - ninguém SERÁ processado NEM sentenciado SENÃO pela autoridade competente; (PGESP-
2002) (MPRO-2010) (MPSP-2011) (Cartórios/TJSP-2012) (TJRJ-2013) (TRF3-2013) (MPGO-2013/2014) (MPAC-
2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (TRF5-2015) (MPPR-2016) (PGEMT-2016)
(TRT2-2016) (PCMS-2017) (TJSC-2019) (TJMS-2020) (MPDFT-2021) (TCERJ-2021)
LIV - ninguém SERÁ PRIVADO da liberdade ou de seus bens SEM o DEVIDO PROCESSO
LEGAL; (PGESP-2002) (MPF-2005) (DPEMG-2009) (PCAP-2010) (AGU-2010) (PCRJ-2012) (TRF1-2013)
(TRF3-2013) (TJMG-2014) (TJMT-2014) (PCDF-2015) (MPPR-2016) (TJSC-2009/2017) (TRF2-2018) (MPSC-2021)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)
18
(PGEAC-2014/2017) (TJSC-2017) (DPEAC-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (TJSP-2018) (TRF2-2018) (MPSP-
2017/2019) (MPGO-2019) (DPERR-2013/2021) (MPRS-2014/2021) (TJGO-2021) (TJMMG-2022)
LVI - SÃO INADMISSÍVEIS, no processo, as provas obtidas POR MEIOS ILÍCITOS; (TJMG-
2005/2009) (MPDFT-2011) (MPPR-2011) (DPERS-2011) (Cartórios/TJSP-2012) (MPES-2013) (Cartórios/TJPE-
2013) (PGESC-2014) (TRF5-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPA-2016) (TRT2-2016) (MPRO-2017) (MPRR-2017)
(MPSP-2012/2019) (TJMMG-2022)
LVII - ninguém SERÁ CONSIDERADO CULPADO até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória; [obs.: Princípio da Presunção da Inocência.] (MPES-2010) (PCAP-2010) (DPEMA-2011)
(Cartórios/TJSP-2012) (PCSP-2014) (TRF5-2015) (PCPA-2016) (DPEAC-2017) (PCMS-2017) (TJSP-2018)
LIX - SERÁ ADMITIDA AÇÃO PRIVADA nos crimes de ação pública, se esta NÃO FOR
INTENTADA no prazo legal; (MPES-2010) (TJPR-2010/2012) (MPPR-2012) (DPEAM-2013) (Cartórios/TJPE-
2013) (MPM-2013) (MPAC-2014) (DPEPB-2014) (DPEMA-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (TJPA-2012/2019)
LXI - ninguém SERÁ PRESO SENÃO em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, SALVO nos casos de TRANSGRESSÃO MILITAR ou CRIME
PROPRIAMENTE MILITAR, definidos em lei; (MPAM-2007) (DPEMS-2008) (MPCE-2009) (TRF5-2011)
(Cartórios/TJPE-2013) (PCPR-2013) (PCSP-2014) (DPEMA-2018) (PCGO-2018) (PCPA-2021) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)
LXIV - o preso TEM DIREITO À IDENTIFICAÇÃO dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial; (MPAM-2007) (TJMT-2009) (DPEMA-2011) (DPEMS-2012) (PCGO-2012)
(Cartórios/TJPE-2013) (PCSP-2014) (TJGO-2015) (MPDFT-2015) (TRT21-2015) (TJGO-2021) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)
19
LXV - a PRISÃO ILEGAL SERÁ imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; (DPEMA-
2011) (DPEMS-2012) (TRF5-2013) (PCSP-2014) (PCTO-2014) (TRF4-2016) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
LXVI - ninguém SERÁ LEVADO à prisão ou nela mantido, QUANDO a lei ADMITIR a
LIBERDADE PROVISÓRIA, com ou sem fiança; [obs.: medida excepcional.] (MPAM-2007) (DPEMA-
2009) (PCSP-2014) (TJGO-2015) (TRF4-2016) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
LXVII - NÃO HAVERÁ PRISÃO CIVIL POR DÍVIDA, SALVO a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; (MPSP-2006)
(MPAM-2007) (PGEAL-2009) (PGEPA-2011) (DPEPR-2012) (PFN-2012) (DPEAM-2013) (PCDF-2013)
(PCRO-2014) (DPEMT-2016) (PGEAC-2017) (PCAP-2017) (TRT/Unificado-2017) (PCGO-2013/2018)
(DPEPE-2018) (DPEMG-2019) (DPERR-2021) (TJMG-2022)
LXIX - CONCEDER-SE-Á MANDADO DE SEGURANÇA para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder FOR
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; (TJAP-
2009) (DPEMG-2009) (DPEMT-2009) (DPEPI-2009) (PCRO-2009) (MPSE-2010) (DPEGO-2010)
(PGERS-2010) (AGU-2010) (TJRJ-2011/2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (MPF-2012) (PCRJ-2012) (MPDFT-2013)
(MPES-2013) (MPSP-2013) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPT-2013) (PGDF-2013) (PCGO-2013)
(PCPR-2013) (TJDFT-2014) (MPMT-2014) (DPECE-2014) (DPERS-2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014)
(PGEPA-2012/2015) (MPAM-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJAM-2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (TRT4-2016) (MPMG-2012/2017) (TJPR-2017) (DPEAL-2017)
(Cartórios/TJRJ-2017) (PGEAC-2017) (PCAC-2017) (TRT/Unificado-2017) (TJRS-2009/2018) (TJMT-2018)
(MPBA-2018) (DPEAM-2018) (DPEPE-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (Cartórios/TJPR-
2014/2019) (TJRO-2019) (PGEMS-2016/2021) (MPAP-2021) (PGEPB-2021) (DPEMS-2014/2022) (MPGO-
2014/2019/2022) (TJSC-2022) (PGERO-2022)
20
(PGEMS-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (MPMG-2010/2017) (MPSP-2013/2017)
(Cartórios/TJMG-2015/2016/2017) (TRT/Unificado-2017) (PGESC-2014/2018) (DPEPE-2018) (PGETO-2018)
(DPEDF-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (DPEBA-2010/2021) (PGEAL-2021) (TJMG-2022) (PGERO-2022)
b) para a retificação de dados, quando NÃO SE PREFIRA FAZÊ-LO por processo sigiloso, judicial
ou administrativo; (TJRS-2009) (TJSP-2009) (DPEMG-2009) (PCRJ-2009) (MPSE-2010) (AGU-2010)
(DPEAM-2011) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (DPESC-2012) (PGEMG-2012) (PFN-
2012) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PF-2013) (DPERS-2014) (PGESC-2014) (PCPI-2014) (PGERS-
2010/2015) (TJPB-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (TJAM-2016) (TRF3-
2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (DPEAL-2017) (DPU-2017) (PGEAC-2017)
(PCAC-2017) (MPBA-2018) (DPEPE-2018) (PGEPE-2018) (TJRO-2011/2019) (DPEMG-2019) (MPAP-2021)
(MPSC-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
21
LXXIII - qualquer cidadão É PARTE LEGÍTIMA [obs.: é o único legitimado] para propor AÇÃO
POPULAR que VISE A ANULAR ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, FICANDO
o autor, SALVO COMPROVADA MÁ-FÉ, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; (TJPI-
2007) (TJSP-2008) (TJPR-2008) (MPRO-2008) (MPPE-2008) (PCSC-2008) (DPEMA-2009) (TJSC-2010) (MPBA-
2010) (MPSE-2010) (MPCE-2011) (DPEAM-2011) (MPF-2011) (PCRJ-2009/2012) (TJBA-2012) (MPMT-2012)
(MPPI-2012) (MPRR-2012) (DPESC-2012) (DPESE-2012) (PFN-2012) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJPE-
2013) (PGDF-2013) (PCES-2013) (MPPR-2011/2014) (MPMA-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(PCPI-2014) (MPT-2009/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (PGEPR-2015)
(PGERS-2015) (TCERN-2015) (DPEMT-2009/2016) (DPEBA-2010/2016) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (TJDFT-
2011/2014/2016) (MPSC-2014/2016) (TJAM-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGEAC-
2014/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2017) (Cartórios/TJRJ-2017) (PGESE-2017) (PCAC-2017) (PGM-BH/MG-
2017) (MPMS-2011/2013/2018) (PGESC-2014/2018) (DPEPE-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (Anal. Judic./STJ-
2018) (DPEMG-2009/2019) (MPGO-2010/2014/2019) (MPMG-2010/2014/2017/2018/2019) (TJPA-2019) (TJRO-
2019) (MPSP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPAP-2012/2021) (PGEAL-2021)
(PGEMS-2021) (TJMG-2005/2008/2009/2022) (DPETO-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
Súmula 481-STJ: Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que
demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.
LXXV - o Estado INDENIZARÁ o condenado POR ERRO JUDICIÁRIO, assim como o que ficar
preso além do tempo fixado na sentença; (TJAP-2008) (TJSP-2008) (PGEES-2008) (AGU-2010) (DPERS-
2011) (TJBA-2012) (DPEES-2012) (DPESC-2012) (DPESE-2012) (MPMG-2013) (DPEDF-2013) (TJPA-
2014) (MPAC-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PCSC-2014) (DPESP-2006/2015) (PCDF-2015) (TJDFT-2016)
(DPEAP-2018)
LXXVII - SÃO GRATUITAS as ações de HABEAS CORPUS e HABEAS DATA, e, na forma da lei, os
atos necessários ao exercício da cidadania. (DPEMS-2008) (PCRJ-2009) (TJBA-2012) (DPESP-2013)
(PGM-Recife/PE-2014) (TJRS-2016) (PGEMS-2016) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (PCAC-2017) (PGESC-2018)
(Anal. Judic./STJ-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (PGEMS-2021)
22
Previsão constitucional de isenção de custas:
- Habeas Corpus
- Habeas Data
- Ação Popular (salvo se comprovada má fé do autor)
- Exercício da cidadania
- Direito de petição
- Obtenção de certidões
Dica Qconcursos:
- DIREITO DE PETIÇÃO E DE OBTER CERTIDÃO: isento ("independe") do pagamento de taxas;
- HC e HD: gratuitos;
Dica: quem MANDA sempre PAGA! Mandado de segurança e mandado de injunção (incisos LXX e
LXXI), portanto, são pagos.
(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): É vedado ao legislador editar lei em que se exija o pagamento de custas
processuais para a impetração de habeas corpus. BL: art. 5º, LXXVII, CF.
23
(DPEMT-2009) (DPEPI-2009) (PGEAL-2009) (PGESP-2009) (DPERS-2011) (PGEPA-2011) (PGERO-2011)
(PCMG-2011) (MPMT-2012) (MPRR-2012) (PGEMG-2012) (PFN-2012) (TRF1-2011/2013) (MPDFT-2013)
(DPEAM-2013) (DPEDF-2013) (MPF-2013) (MPRS-2012/2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (DPEMS-
2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGEPR-2011/2015) (PGERS-2011/2015) (AGU-2012/2013/2015) (DPU-
2015) (TRT16-2015) (DPEBA-2010/2016) (PGEMS-2014/2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEAM-2016) (PGEMA-
2016) (TRT2-2016) (TRF5-2009/2017) (DPEPR-2012/2017) (MPT-2012/2017) (TJPR-2017) (DPERO-2017)
(DPESC-2017) (TRF2-2017) (PGEAC-2017) (DPEPE-2015/2018) (TRF3-2018) (PCRS-2018) (MPPR-2011/2019)
(MPGO-2014/2019) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPSC-2016/2021)
(TJMG-2022)
2
(MPMS-2018): Acerca do controle de convencionalidade dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos e do
ordenamento jurídico nacional, assinale a alternativa correta: O controle de convencionalidade concentrado
adveio com a Emenda Constitucional n. 45, de 8 de dezembro de 2004.
(MPMT-2012): Acerca dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil e
seu sistema de controle, assinale a alternativa correta: É cabível a Ação Direta de Inconstitucionalidade ou a
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental para atacar lei federal ou estadual que, não obstante
compatível com o texto da Constituição Federal, viola disposição de tratado de direitos humanos internalizado
com equivalência de emenda constitucional no Brasil.
24
sobre direitos humanos não se contentam em aplicar sempre o tratado. Assim, havendo norma mais
benéfica ao indivíduo, aplica-se a norma mais benéfica, isto é, no controle difuso de
convencionalidade opera sempre que o tratado internacional for mais benéfico ao cidadão,
independe o status de tratado sobre Direitos Humanos. Porém, ressalte-se que nos casos em que a
regra interna seja a mais benéfica, o próprio tratado internacional cederá diante do direito interno.
1) Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência , assinado em Nova York,
em 30 de março de 2007;
2) Protocolo Facultativo da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assinado em
Nova York, em 30 de março de 2007, junto com a referida Convenção (ambos aprovados por maioria
congressual qualificada em 2009 e promulgados pelo Decreto 6.949/2009);
3) Tratado de Marraqueche, aprovado pelo Congresso com status de emenda pelo Decreto Legislativo
261/15, em setembro de 2015, sendo ratificado em 11/12/15. Agora, em 2018, o referido Tratado foi
promulgado pelo Dec. 9.522/18. Sendo assim, o Brasil aprovou o Tratado de Marraqueche na forma
qualificada prevista no § 3º do art. 5º da CF, conforme o Projeto de Decreto Legislativo 347/15 do Senado
Federal (57/15, na Câmara dos Deputados).
4) Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de
Intolerância, aprovada pelo Congresso Nacional, por meio do Decreto Legislativo nº 1, de 18/02/21,
conforme o procedimento de que trata o § 3º do art. 5º da CF e promulgada por meio do Decreto nº
10.932, de 10/01/22. O texto foi assinado em reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) na
Guatemala em 2013 com o apoio do Brasil. A referida Convenção ganhou o status equivalente ao de
emenda constitucional, uma vez que foi votada e aprovada em cada casa do Congresso, em dois turnos,
por maioria de três quintos dos votos dos respectivos membros, nos termos do §3º do art. 5º da CF. Passa
a ser o quarto tratado internacional de direitos humanos aprovado com status equivalente ao de emenda
constitucional, somando-se à Convenção da ONU sobre o Direito das Pessoas com Deficiência, ao
Protocolo Adicional à Convenção da ONU sobre Pessoas com Deficiência e ao Tratado de Marraqueche,
todos aprovados pelo rito do art. 5º, 3º, de nossa Carta Maior.
(DPEPR-2017-FCC): De acordo com o posicionamento do STF sobre a hierarquia dos tratados
internacionais de direitos humanos, consideram-se como tratados de hierarquia constitucional: 1)
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu respectivo Protocolo
Facultativo − Convenção de Nova Iorque e; 2) Tratado de Marraqueche para facilitar o acesso a obras
publicadas às pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades para aceder ao texto
impresso.
(MPSP-2013): O Decreto Legislativo n.º 186, de 09/07/08, aprovou o texto da Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em
30/03/07. O Decreto n.º 678, de 06/11/92, promulgou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos
(Pacto de São José da Costa Rica), de 22/11/69. Tais normas ingressaram no ordenamento jurídico
brasileiro com o grau hierárquico de norma constitucional e norma supralegal, respectivamente.
25
2017: ##PCAP-2017: ##TRT/Unificado-2017: ##DPEPE-2018: ##TRF3-2018: ##MPMT-2012/2019:
##DPESP-2012/2013/2015/2019: ##MPSP-2011/2013/2017/2019: ##TJPA-2019: ##MPGO-2019:
##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: ##PUCPR: A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em março de 2007, trata-se de
NORMA CONSTITUCIONAL, uma vez que foi aprovada pelo QUÓRUM QUALIFICADO de
EMENDA CONSTITUCIONAL, previsto no art. 5º § 3º da CF. O Governo brasileiro depositou o
instrumento de ratificação dos referidos atos junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas em 01/08/08.
Desse modo, o Brasil é signatário da referida convenção, bem como a ratificou. Por outro lado, a
Convenção Americana de Direitos Humanos, como NÃO FORA APROVADA PELO QUORUM
QUALIFICADO, trata-se de NORMA SUPRALEGAL, isto é, acima, da lei, mas abaixo da CF, consoante
entendimento do STF. Porém, há doutrina que entende que os tratados internacionais de Direitos
Humanos, mesmo que NÃO APROVADOS pelo QUORUM QUALIFICADO de EMENDA
CONSTITUCIONAL, tem status de NORMA CONSTITUCIONAL, consoante art. 5º, §3º da CF.
(MPGO-2019): A respeito dos direitos da pessoa com deficiência, assinale a alternativa correta: A
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo
Congresso Nacional e promulgados pelo Presidente da República, são equivalentes às emendas
constitucionais. BL: art. 5º, §3º, CF.
(DPESP-2019-FCC): Segundo alguns parlamentares, que querem acabar com as audiências de custódia,
“pessoas que cometem crimes são apresentadas ao juiz e são soltas em menos de quatro horas. Essas audiências são
necessárias, mas foram desvirtuadas. Elas só prejudicam os policiais que fizeram a prisão e servem para soltar
bandidos”. No projeto de Decreto Legislativo (PDC 39/19), apresentado por parlamentares, a Resolução nº
213, do Conselho Nacional de Justiça, que trata das audiências de custódia seria suspensa. Na justificativa,
afirmam que a competência para legislar em matéria de direito penal e processual é exclusiva do Poder
Legislativo. Caso o projeto seja aprovado, é correto afirmar que não irá de fato suspender as audiências de
custódia, uma vez que elas estão previstas no Pacto de São José da Costa Rica (art. 7º , nº 5), que ingressou
em nosso ordenamento em 1992, sendo que, em razão disso, a sua previsão está em patamar superior à
legislação ordinária. BL: art. 5º, §3º, CF.
##Atenção: ##PFN-2012: ##AGU-2012/2013/2015: ##PGEPR-2015: ##PGERS-2015: ##TRT16-2015:
##PGEMA-2016: ##TRF2-2017: ##TRT/Unifcado-2017: ##DPEPE-2018: ##DPESP-2019: ##TJMG-
2022: ##CESPE: ##ESAF: ##FCC: ##FGV: ##Fundatec: ##PUCPR: De início, o ponto central da questão diz
respeito a se saber o conteúdo dos §§2º e 3º do art. 5º da CF, além de histórico julgado pelo STF, onde restou
fixada a tese da supralegalidade de tratados internacionais de direitos humanos não aprovados na forma
qualificada para a aprovação de emendas constitucionais (inovação trazida pela EC 45/04), nos termos do
voto condutor exarado pelo Min. Gilmar Mendes. Nesse sentido, cumpre ressaltar que o Brasil depositou
sua carta de adesão à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em setembro de 1992 e, na mesma
data, o tratado entrou em vigor para o Brasil; em novembro do mesmo ano foi expedido o Decreto de
execução e, a partir de então, tem-se a vigência interna do tratado, conforme entendimento do STF na ADI
1480. Em relação ao status deste tratado, é importante lembrar que o §3º do art. 5º da CF foi inserido no texto
constitucional apenas em 2004, com a Emenda n. 45 - e, logicamente, o rito nele previsto não poderia ser
aplicado a um tratado já ratificado. Assim, podemos afirmar que a Convenção Americana atrai a incidência
do §2º do art. 5º, que diz que o rol de direitos e garantias previstos na CF não exclui outros provenientes de
tratados de direitos humanos. Todavia, a questão do status destes tratados foi especificamente discutida
pelo STF no julgamento do RE n. 466.343 e ali se firmou o entendimento que tratados de direitos humanos
que não tenham sido ratificados nos termos do art. 5º, §3º devem ser recebidos pelo ordenamento com o
status de normas infraconstitucionais e supralegais. Portanto, o Pacto de São José da Costa Rica (ou
Convenção Americana de Direitos Humanos) é um tratado internacional sobre direitos humanos que
ingressou no ordenamento jurídico brasileiro sem se submeter ao quórum qualificado (três quintos dos
votos, em duas votações, nas duas Casas Legislativas – art. 5º, § 3º da CF) – é anterior à EC 45/04. Assim,
entende-se que esse tratado ingressou no ordenamento jurídico com status de norma supralegal, ou seja, em
posição hierárquica superior às leis, mas inferior à CF/1988, às suas emendas e aos tratados e convenções
internacionais aprovados na forma do art. 5º, § 3º da CF.
(TRF2-2017): No que diz respeito à força legal da Convenção Americana sobre Direitos Humanos,
assinale a opção correta: Por consistir em Tratado de Direitos Humanos firmado antes de 1988, mas
promulgado internamente pelo Brasil somente em 1992. o Tratado em questão atrai a incidência do § 2º
do art. 5º da Constituição, razão pela qual as normas protetivas nele previstas ostentam caráter
supralegal. BL: art. 5º, §§2º e 3º, CF.
(AGU-2015-CESPE): Julgue o item a seguir, relativo às fontes do direito internacional: Os tratados
incorporados ao sistema jurídico brasileiro, dependendo da matéria a que se refiram e do rito observado
no Congresso Nacional para a sua aprovação, podem ocupar três diferentes níveis hierárquicos:
hierarquia equivalente à das leis ordinárias federais; hierarquia supralegal; ou hierarquia equivalente à
das emendas constitucionais. BL: art. 5º, §§2º e 3º, CF.
(MPDFT-2015): A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, promulgada pelo
Decreto n. 6.949, de 25/08/09, em face do Direito brasileiro, é formal e materialmente constitucional. BL: art.
5º, §3º, CF.
26
(MPAM-2015-FMP): Considere a seguinte assertiva em relação à proteção das pessoas com deficiência: A
Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência é o primeiro Tratado Internacional de
Direitos Humanos que foi incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro com status e equiparação às
normas constitucionais, nos termos do artigo 5º, § 3º, da Constituição Federal. BL: art. 5º, §3º, CF.
(DPEBA-2010-CESPE): Julgue o seguinte item, acerca da teoria geral do direito internacional dos
direitos humanos e à incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos no Brasil: A
sistemática concernente ao exercício do poder de celebrar tratados é deixada a critério de cada Estado.
Em matéria de direitos humanos, são estabelecidas, na CF, duas categorias de tratados internacionais: a
dos materialmente constitucionais e a dos materialmente e formalmente constitucionais. BL: art. 5º, §§2º
e 3º, CF.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
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aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)
(TJAP-2009) (PCRJ-2009) (MPT-2009) (TJPR-2010) (MPPB-2011) (MPPI-2012) (DPEES-2012) (MPMG-2013)
(DPESP-2013) (PGESC-2014) (DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (TRT1-2015) (DPU-2015)
(MPPR-2016) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (TRT4-2016) (DPESC-
2017) (TRT/Unificado-2017) (DPEPE-2018) (MPSP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCSE-2020)
ART. 6º DA CF/88
Redação anterior à EC 90/2015 Redação ATUAL
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
segurança, a previdência social, a proteção à lazer, a segurança, a previdência social, a proteção
maternidade e à infância, a assistência aos à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. desamparados, na forma desta Constituição.
(TCERJ-2021-CESPE): Com relação aos direitos fundamentais, julgue o item a seguir: A segurança
pública é um direito fundamental social. BL: art. 6º, CF.
##Atenção: O termo “segurança” no art. 5º refere-se à segurança jurídica, enquanto que no art. 6º refere-
se à segurança pública.
##Atenção: ##MPPI-2012: ##CESPE: O direito à saúde caracteriza-se como direito social e de segunda
geração.
##Atenção: A definição de direito ao lazer coincide com a da afirmativa, que diz respeito ao descanso,
distração e diversão, além de outros aspectos.
28
determinar ao Estado, se inadimplente, a implementação de políticas públicas necessárias. É nesse
sentido o entendimento do STF, no RE n. 559.646 AgR: “1. O direito a segurança é prerrogativa constitucional
indisponível, garantido mediante a implementação de políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar
condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal serviço. (...)”.
(MPMS-2015): Para alguns autores, a segunda geração ou dimensão de direitos humanos fundamentais
ficou exemplificada no art. 6º da CF/1988 através dos direitos: a educação e ao transporte. BL: art. 6º, CF.
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda
básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda, cujas
normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
Art. 7º SÃO DIREITOS dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que VISEM à melhoria
de sua condição social: [Obs.: Rol TAXATIVO.] (DPEMS-2008) (MPPR-2012) (DPEDF-2013) (DPERR-
2013) (Cartórios/TJRS-2013) (AGU-2013) (TJMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TRT6-2015) (PCPE-2016) (MPT-
2017)
(AGU-2013-CESPE): Com relação aos direitos constitucionais do trabalho, julgue o próximo item: A CF
estabelece um rol de direitos de natureza trabalhista que tem como destinatários tanto os trabalhadores
urbanos quanto os rurais. BL: art. 7º, CF.
(MPCE-2009-FCC): A garantia constitucional de proteção à relação de emprego, assegurada pelo art. 7º, I
da Constituição da República, subordina-se à edição de lei complementar. BL: art. 7º, I, CF.
(MPT-2020): À luz da Constituição de 1988, analise a seguinte assertiva: Acabou com a dualidade de
regimes jurídicos relativos à cessação do contrato de trabalho, ao arrolar o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço como um dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de revogar o sistema
indenizatório e estabilitário celetista, que não foi recepcionado pela Lei Maior. BL: art. 7º, caput, III, CF.
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, SENDO
VEDADA sua vinculação para qualquer fim; [obs.: norma de eficácia LIMITADA] (TRF4-2009) (TRF3-2011)
29
(MPT-2009/2012) (MPMG-2012) (AGU-2012) (TJMA-2013) (DPECE-2014) (TRF2-2014) (DPU-2015) (PGEPR-
2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRT6-2015) (TJAM-2016) (PGEMT-2016) (TRT2-2016) (Cartórios/TJMG-2017)
(MPMS-2018)
Súmula vinculante 4: Salvo os casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por
decisão judicial.
##Atenção: ##DOD: Por que existe a proibição do art. 7º, IV, da CF/88? Tal proibição tem como objetivo
evitar que o salário mínimo se torne um “indexador econômico” (um índice de reajuste). Se a CF/88
permitisse que o salário mínimo pudesse servir como indexador econômico, o valor e o preço de vários
benefícios, produtos e serviços seriam fixados em salário mínimo. Exemplos: 1) se não houvesse a
vedação, o locador poderia estabelecer no contrato que o valor do aluguel seria de 2 salários mínimos, de
forma que todas as vezes que ele aumentasse, o valor pago também seria majorado; 2) o colégio poderia
fixar o valor da mensalidade em metade do salário mínimo; 3) a academia poderia estabelecer o valor da
mensalidade em 1/3 do salário mínimo etc. Desse modo, se isso fosse permitido, haveria uma pressão
muito grande no momento de aumentar o salário mínimo no país, considerando que ele iria
influenciar direta e imediatamente no preço de inúmeros bens. Além disso, todas as vezes que o
salário mínimo subisse, o preço desses bens e serviços iriam também aumentar automaticamente,
gerando inflação e fazendo com que não houvesse ganho real para o trabalhador, já que todas as outras
coisas também ficariam mais caras.
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
(TRF3-2011) (MPMG-2012) (DPECE-2014) (TRF2-2014) (TRT6-2015) (TRT3-2016)
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
(PGEAM-2010) (PGERO-2011) (MPMG-2012) (DPESC-2012) (DPECE-2014) (TRT6-2015) (TRT3-2016)
X - proteção do salário na forma da lei, CONSTITUINDO CRIME sua retenção dolosa; (TJGO-2012)
(TRF2-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEPI-2014) (TRF4-2016) (TRT3-2016)
(TJPR-2012-UFPR): O art. 7º, XI da CF, que institui o direito do trabalhador à “participação nos lucros, ou
resultados, desvinculada da remuneração e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa,
conforme definido em lei”, veicula norma de eficácia limitada. BL: art. 7º, XI, CF.
##Atenção: Além disso, é dotada de aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, pois exige norma
infraconstitucional para que se materialize na prática.
30
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (DPEMS-2012) (DPECE-2014) (Cartórios/TJMT-
2014) (TRF1-2015) (TRT2-2015) (TRT6-2015) (TRT3-2016)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais ,
FACULTADA a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva
de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) (DPEMS-2012) (DPECE-2014) (TRF2-2014) (TRT6-2015)
(PCPE-2016) (TRT/Unificado-2017) (MPT-2017)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva; [obs.: norma de eficácia PLENA.] (PGEAM-2010) (DPEMS-2012) (TJRN-2013)
(Cartórios/TJMT-2014) (PCPE-2016) (TRT1-2016) (MPT-2009/2017)
Súmula 675-STF: Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas não
descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7o, XIV, da
Constituição.
##Atenção: ##STF: ##TJAM-2016: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: O art. 7º, XVI, CF, que cuida
do direito dos trabalhadores urbanos e rurais à remuneração pelo serviço extraordinário com
acréscimo de, no mínimo, 50%, aplica-se imediatamente aos servidores públicos, por consistir em
norma autoaplicável. (STF. 1ª T., AI 642.528-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 25/9/12)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal; (TRF4-2009) (MPMG-2012) (DPEMS-2012) (TJMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (MPT-2017)
XVIII - licença à gestante, SEM PREJUÍZO do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias; (MPT-2009) (PGEAM-2010) (PGERO-2011) (DPEMS-2012) (TJMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(PGESC-2014) (TRT6-2015) (PGM-POA/RS-2016) (DPERO-2017) (MPF-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(DPEAM-2018) (PGEAP-2018) (MPMT-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (TJPR-2021) (TJAP-2022)
3
Art. 392 da CLT. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem
prejuízo do emprego e do salário. (Redação dada pela Lei nº 10.421, 15.4.2002) (...) § 2o Os períodos de repouso,
antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico.
(Redação dada pela Lei nº 10.421, 15.4.2002)
4
Art. 93. O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante cento e vinte dias, com
início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, podendo ser prorrogado na forma
prevista no § 3o. (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de 2003) (...) § 3º Em casos excepcionais, os períodos de
repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, por meio de atestado
médico específico submetido à avaliação medico-pericial. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
31
permanecem no hospital é descontado do período da licença”.
##Questão de concurso:
(TJPR-2021-FGV): João, filho de Maria, professora, nasceu prematuro e precisou ficar internado na UTI
Neonatal por trinta dias. Como a licença-maternidade de Maria era de cento e vinte dias, ela precisaria
retornar ao trabalho noventa dias após a alta hospitalar de seu bebê. Maria conversou com seu advogado
para saber se teria direito a passar mais tempo com seu filho, fora do hospital, antes de retornar ao ofício.
Considerando a situação de Maria e os direitos sociais previstos na CF/1988, é correto afirmar que: em
atenção ao princípio da proibição de proteção deficiente, aplicável aos direitos sociais, pela jurisprudência
do STF, Maria pode pleitear que o início do prazo da licença-maternidade ocorra na data da alta de João.
BL: Info 982, STF.
##Atenção: O art. 7, XIX, da CF/88, estabelece que é direito dos trabalhadores licença-paternidade, nos
termos fixados em lei. Conforme explica Alexandre de Moraes, “o princípio da legalidade é de abrangência
mais ampla do que o princípio da reserva legal. Por ele fica certo que qualquer comando jurídico impondo
comportamentos forçados há de provir de uma das espécies normativas devidamente elaboradas conforme as regras
de processo legislativo constitucional. Por outro lado, encontramos com o princípio da reserva legal. Este opera de
maneira mais restrita e diversa. Ele não é genérico e abstrato, mas concreto. Ele incide tão somente sobre os campos
materiais especificados pela constituição. [...] A Constituição Federal estabelece essa reserva de lei, de modo absoluto
ou relativo. Assim, temos a reserva legal absoluta quando a norma constitucional exige para sua integral
regulamentação a edição de lei formal, entendida como ato normativo emanado do Congresso Nacional elaborado de
acordo com o devido processo legislativo constitucional. Por outro lado, temos a reserva legal relativa quando a
Constituição Federal, apesar de exigir edição de lei formal, permite que esta fixe tão-somente parâmetros de atuação
para o órgão administrativo, que poderá complementá-la por ato infralegal, sempre, porém, respeitados os limites ou
requisitos estabelecidos pela legislação.” (MORAES, 2004, p. 71-72).
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos
da lei; (Cartórios/TJSP-2016)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
(TRT6-2015) (TRT4-2016)
(PGEAM-2016-CESPE): Em relação aos direitos constitucionais dos trabalhadores, julgue o item a seguir:
Embora a CF garanta aos empregados o adicional de remuneração para atividades penosas, não há
norma infraconstitucional que regulamente o respectivo adicional. Tal norma constitucional classifica-se
como norma de eficácia limitada, cuja aplicação depende de regulamentação. BL: art. 7º, XXIII, CF.
##Atenção: ##PGEAM-2016: ##TRT1-2016: ##CESPE: ##FCC: Vólia Bomfim Cassar (CASSAR, Vólia
Bomfim, Direito do Trabalho, Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 11ª edição, 2015, p. 838-839)
leciona sobre o ADICIONAL DE PENOSIDADE: “Apesar de previsto no art. 7º, XXIII, da CRFB, não há
norma infraconstitucional que regulamente o adicional de penosidade. Em virtude disto, o entendimento
majoritário é de que a norma constitucional é de eficácia limitada ou, segundo a correnta clássica, é regra não
autoaplicável.”
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) [Obs. norma de eficácia
PLENA] (DPEMS-2008) (DPEMA-2011) (DPEPR-2012) (DPEAM-2013) (AGU-2013) (MPAC-2014)
(Cartórios/TJSP-2014) (TJAM-2016) (TRT1-2016) (DPESP-2010/2019) (MPT-2013/2020)
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; [obs.: Norma de eficácia limitada.] (PGESP-
2012) (PGM-Recife/PE-2014) (PCCE-2015) (TRT/Unificado-2017) (TJMA-2022)
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, SEM EXCLUIR a indenização
a que este está obrigado, QUANDO INCORRER em dolo ou culpa; (MPCE-2009) (PGEAM-2010) (PGERO-
2011) (DPEMS-2012) (TRF2-2014) (PGEPA-2015) (TRT2-2015) (TRT4-2016)
XXIX - ação, quanto aos CRÉDITOS RESULTANTES DAS RELAÇÕES DE TRABALHO, com
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
(DPEMS-2008) (PGEAM-2010) (TRF2-2011) (PGEMT-2011) (MPPR-2012) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-
2014) (TJAL-2019) (PGECE-2021)
(PGECE-2021-CESPE): De acordo com a Constituição Federal, quanto aos créditos oriundos das relações
de trabalho, o direito de ação dos trabalhadores urbanos e rurais, após a extinção do contrato de trabalho,
decai em 2 anos. BL: art. 7º, XXIX, CF.
33
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
##Atenção: ##TJAL-2019: ##FCC: O art. 7º, XXIX da CF/88 é também aplicável ao empregado
(servidor) público, que possui vínculo celetista com a Administração Pública Indireta.
(MPT-2020): À luz da Constituição de 1988, analise a seguinte assertiva: Entre os direitos não
assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos encontram-se o piso salarial proporcional à
extensão e à complexidade do trabalho; a proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
incentivos específicos, nos termos da lei; e o adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei. BL: art. 7º, caput, V, XX e XXIII c/c § único, CF.
34
I - a lei NÃO PODERÁ EXIGIR autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o
registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical; (DPECE-2008) (DPEMS-2008) (DPEMA-2009) (TRF1-2009) (PGEMT-2011) (PGERO-2011)
(AGU-2012) (PGESC-2014) (MPF-2015) (TRT15-2015) (TRT23-2015) (MPT-2020)
##Observação sobre o julgado acima: Os sindicatos podem fazer a defesa dos direitos e interesses
individuais ou coletivos da categoria, conforme prevê o art. 8º, III, da CF/88. No entanto, para que os
sindicatos possam fazer isso, eles precisam ser registrados no Ministério do Trabalho. O registro
sindical é o ato que habilita as entidades sindicais para a representação de determinada categoria.
##Questiona-se: Por que fazer essa exigência? Qual a razão disso? A exigência desse registro é para
garantir o respeito ao princípio da unicidade sindical, adotado pela CF/88, em seu art. 8º, II, segundo o
qual é proibida a criação de mais de um sindicato na mesma base territorial. Assim, o Ministério do
Trabalho controla para que não exista mais de um sindicato, da mesma categoria profissional ou
econômica, na mesma base territorial. Nesse sentido:
Súmula 677-STF: Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho
proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade.
##STF: ##Reperc. Geral/STF: ##Tema 823: ##MPF-2015: Os sindicatos possuem ampla legitimidade
extraordinária para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes
da categoria que representam, inclusive nas liquidações e execuções de sentença, independentemente
de autorização dos substituídos. (STF. RE 883642 RG, Rel. Min. Min. Presidente, j. 18/06/15).
##Atenção: ##STF: ##TJMA-2013: ##TJAM-2016: ##CESPE: O art. 8º, III da CF/88 estabelece a
legitimidade extraordinária dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou
individuais dos integrantes da categoria que representam. Para o STF, essa legitimidade extraordinária
é ampla, abrangendo a liquidação e a execução dos créditos reconhecidos aos trabalhadores. Por se
tratar de típica hipótese de substituição processual, é desnecessária qualquer autorização dos
substituídos. (RE 210029, Rel. Min. Carlos Velloso, Rel. p/ Ac. Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, j.
12/6/06).
##Atenção: ##STJ: ##TJMA-2013: ##CESPE: "Os sindicatos, que atuam na qualidade de substitutos
processual, possuem legitimidade para atuar nas fases de conhecimento, liquidação e execução de
sentença proferida em ações versando direitos individuais homogêneos, dispensando, inclusive, prévia
autorização dos trabalhadores. (...)." [STJ, AgRg no Ag 1049450/DF, Rel. Min. Vasco Della Giustina (Des.
Conv. TJ/RS), 6ª T., j. 21/06/11].
35
V - ninguém SERÁ OBRIGADO a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; (PCMG-2008)
(PGEAM-2010) (PGEMT-2011) (PGERO-2011) (TRT15-2015) (TJAM-2016) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-
Campo Grande/MS-2019) (MPT-2020)
VII - o aposentado filiado TEM direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; (PGEAM-
2010) (PGEMT-2011) (TRF5-2013) (TRT21-2015) (TRT23-2015) (AGU-2015)
36
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade. (MPRO-2013) (TRT1-2015) (PFN-2015)
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação. (MPT-2012)
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, AINDA QUE de pais estrangeiros, DESDE QUE
estes NÃO ESTEJAM a serviço de seu país [critérios: “jus soli” MENOS o critério funcional; obs.: norma
constitucional de eficácia PLENA]; (PFN-2007) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (AGU-2010)
(TJRO-2011) (MPDFT-2011) (TRF3-2011) (PCRJ-2012) (MPMS-2013) (DPEMS-2013) (TRF5-2013) (DPECE-
2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (DPESC-2017) (TRF2-2017) (PCAC-2017)
(Cartórios/TJMG-2015/2018) (DPEMA-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (MPM-2021)
(DPEMA-2018-FCC): Aquele que, dada a circunstância do nascimento, não se vincula a nenhum dos
critérios que lhe demandariam uma nacionalidade, é considerado Heimatlos. BL: art. 12, I, “a”, CF.
##Atenção: “Heimatlos”5 é uma outra palavra para “apátrida”, que é aquele que não tem pátria, ou seja,
aquela pessoa a quem não foi concedida a nacionalidade por nenhum Estado-nação. A nacionalidade é o
vínculo político-jurídico que une um indivíduo a um Estado. A forma de concessão da nacionalidade é
um escolha política por excelência, que, em regra, é manifestada pelo Poder Constituinte Originário. Por
isso, é possível que alguns indivíduos sejam apátridas, isto é, que nenhum Estado lhe conceda a
nacionalidade. Há dois principais critérios para a concessão da nacionalidade, o jus solis e o jus sanguini.
No primeiro, leva-se em conta o local de nascimento. Este é o principal critério adotado pelo Brasil (art.
12, I, a, CF): a pessoa que nasce no Brasil é brasileira. O jus sanguini leva em conta a ascendência do
indivíduo. Salvo melhor juízo, este critério é muito comum na Europa. Então, por exemplo, uma pessoa
será italiana se um dos seus pais for italiano, mesmo que ela não tenha nascido em solo italiano. Por
outro lado, é totalmente possível que uma pessoa nasça em solo italiano e não seja italiano, pelo fato de
nenhum de seus pais ser italiano. Cumpre anotar que o Direito Internacional combate a apatridia, pois a
condição de apátrida inviabiliza a aquisição de direitos básicos pelo indivíduo. O Pacto de São José da
Costa Rica, por exemplo, elenca em seu art. 20: “Artigo 20. Direito à nacionalidade – 1. Toda pessoa tem
direito a uma nacionalidade. 2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido,
se não tiver direito a outra. 3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade nem do direito de
mudá-la.”
(MPMS-2013): Sobre a nacionalidade, aponte a alternativa correta: são brasileiros natos os nascidos na
República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
seu país. BL: art. 12, I, “a”, CF.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro OU mãe brasileira, DESDE QUE qualquer deles
ESTEJA A SERVIÇO da República Federativa do Brasil [critérios: “jus sanguinis” MAIS o critério
funcional]; (PFN-2007) (DPEPA-2009) (MPPB-2010) (AGU-2010) (TJRO-2011) (MPDFT-2011) (TJSC-2013)
5
Como curiosidade, no alemão: i) “Heimat” = pátria, casa, lar; ii) “Los” = sem, ausente. Logo, “Heimatlos”: sem
pátria, sem casa. Pronuncia-se: “rai-mat-lôs”.
37
(MPSP-2013) (DPEMS-2013) (TRF5-2013) (MPMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TJAL-2015) (Cartórios/TJSP-
2016) (TRF2-2017) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (Cartórios/TJAL-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPT-2020)
(MPSC-2021) (MPM-2021)
(MPM-2021): Quanto à nacionalidade brasileira, é correto afirmar: É cabível o critério do “jus sanguinis”
no direito brasileiro. BL: art. 12, I, “b”, CF.
##Atenção: No Brasil, deu-se prevalência ao critério do território (jus solis). No entanto, mesmo dentro
da regra territorial há a forma extremada (apenas território) e a temperada – a que adotamos. Assim, em
determinadas situações, foi acolhido o critério de sangue (jus sanguinis). Como exemplo disso, serão
considerados brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer um deles esteja a serviço do Brasil (art. 12, I, “b”, CF).
(TJRS-2009): Pablo nasceu em Buenos Aires. Seu pai é o embaixador brasileiro na Argentina e sua mãe é
de nacionalidade argentina. Nos termos da CF/88 e alterações em vigor, é correto afirmar que Pablo é
brasileiro nato, independentemente de quaisquer condições. BL: art. 12, I, “b”, CF.
##Atenção: Pablo é brasileiro nato, independentemente de quaisquer condições pois o seu pai está em
estado estrangeiro (Argentina) a serviço do Brasil (embaixador). Nos termos do art. 12, I, “b”, CF/88, são
brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
(MPM-2021): Quanto à nacionalidade brasileira, é correto afirmar: O nascido no estrangeiro, filho de pai
ou de mãe brasileira, registrado na repartição consular competente, é considerado brasileiro nato. BL: art.
12, I, “c”, 1º parte, CF.
##Atenção: De fato, trata-se de regra alternativa. Hoje, caso estejam fora do país, poderão os pais da
criança levá-la a registro em uma repartição brasileira no exterior (embaixadas, consulados). Também
haverá a alternativa de aguardar a entrada da criança em território nacional. Além disso, cumpre
ressaltar que o critério de residência no Brasil é exigido para quando a pessoa opta pela nacionalidade
brasileira após os 18 anos (art. 12, I, c, 2ª parte, CF).
(DPEAM-2018-FCC): Filho de pai estrangeiro e mãe brasileira, nascido durante período em que sua
mãe prestava serviços para uma empresa multinacional no exterior e sem registro de seu nascimento em
repartição brasileira, Jacques passou a morar no Brasil aos 21 anos de idade, tendo então feito a opção
38
pela nacionalidade brasileira, homologada por juiz federal. Seis anos mais tarde, contudo, foi requerida
sua extradição, por governo estrangeiro, em virtude de ter sido condenado à prisão perpétua por seu
envolvimento, um ano antes de sua vinda ao país, em crime de homicídio. O requerente, no caso, é
governo de país com o qual o Brasil mantém tratado de extradição. Diante desses elementos, à luz da
Constituição Federal e da jurisprudência do STF, Jacques é considerado brasileiro nato, razão pela qual
não poderá ser concedida sua extradição. BL: art. 5º, VI e art. 12, I, “c”, CF/88.
##Atenção: Observe que a questão não se enquadrava no art. 12, I, “b” da CF/88, pois sua mãe prestava
serviços para uma empresa multinacional no exterior.
(TRF2-2017): Sujeito nascido no estrangeiro, filho de mãe brasileira e de pai estrangeiro, que veio a
residir no território brasileiro e aqui, após a maioridade, optou e adquiriu a nacionalidade brasileira
pode, oportunamente, candidatar-se e ser eleito Presidente da República. BL: art. 12, I, "c", c/c art. 12, §3º,
I, CF.
##Atenção: Sendo brasileiro nato, pode concorrer ao cargo privativo de Presidente da República (CF, art.
12, § 3º, I).
##Atenção: Para que o filho de Cláudio seja brasileiro nato, BASTA que ele seja registrado na
repartição competente OU que opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira E venha a morar aqui. A chave está nesses conectivos. Por conta desse "OU",
entende-se que já que ele não residiu no Brasil (a questão afirma dessa maneira), ele ainda poderá ser
brasileiro nato, desde que simplesmente seja registrado no consulado.
##Atenção: Nessa hipótese, não se exige que o pai brasileiro ou a mãe brasileira esteja a serviço do Brasil.
(TJRR-2008-FCC): Nascido em dezembro de 2007, na França, filho de pai brasileiro e mãe argelina, João é
registrado em repartição consular brasileira sediada naquele país. Nessa hipótese, nos termos da
Constituição da República, João é considerado brasileiro nato. BL: art. 12, I, “c”, 1ª parte, CF.
II - naturalizados:
6
Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda
Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou
consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
39
2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPAC-2014) (MPMT-2014) (PCDF-2015) (Cartórios/TJSP-2014/2016)
(Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2015/2020) (Anal. Judic./TJCE-2022)
(MPMS-2013): Sobre a nacionalidade, aponte a alternativa correta: aos portugueses com residência
permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição. BL: art. 12, §1º, CF.
##Atenção: ##STF: "A norma inscrita no art. 12, § 1º, da CR – que contempla, em seu texto, hipótese
excepcional de quase-nacionalidade – não opera de modo imediato, seja quanto ao seu conteúdo
eficacial, seja no que se refere a todas as consequências jurídicas que dela derivam, pois, para incidir,
além de supor o pronunciamento aquiescente do Estado brasileiro, fundado em sua própria soberania,
depende, ainda, de requerimento do súdito português interessado, a quem se impõe, para tal efeito, a
obrigação de preencher os requisitos estipulados pela Convenção sobre Igualdade de Direitos e
Deveres entre brasileiros e portugueses." (Ext 890, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 5-8-2004,
Primeira Turma, DJ de 28-10-2004.) No mesmo sentido:HC 100.793 , Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento
em 2-12-2010, Plenário, DJE de 1º-2-2011.
40
condição de brasileiro nato para a ocupação de cargos, empregos e funções públicas são unicamente os
elencados na CF.
(TRF2-2017): Sujeito nascido no estrangeiro, filho de mãe brasileira e de pai estrangeiro, que veio a
residir no território brasileiro e aqui, após a maioridade, optou e adquiriu a nacionalidade brasileira
pode, oportunamente, candidatar-se e ser eleito Presidente da República. BL: art. 12, I, "c", c/c art. 12, §3º,
I, CF.
##Atenção: Sendo brasileiro nato, pode concorrer ao cargo privativo de Presidente da República (CF, art.
12, § 3º, I).
(TJRN-2013-CESPE): Alemão naturalizado brasileiro pode ser deputado federal, mas não presidente da
Câmara dos Deputados. BL: art. 12, §3º, II da CF/88.
(TCEPE-2017-CESPE): Estrangeiro que resida no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e não tenha
condenação penal poderá tornar-se, após requerimento, brasileiro naturalizado e, nessa condição,
candidatar-se a deputado federal ou senador, mas, se eleito, estará impedido de presidir a casa legislativa
à qual pertencer. BL: art. 12, inciso II, “c” c/c §3º, II e III, CF/88.
##Atenção: ##MPAP-2021: ##CESPE: O cargo de Ministro da Justiça não é privativo de brasileiro nato.
(DPECE-2022-FCC): A Constituição Federal prevê que são privativos de brasileiros natos os cargos de
carreira diplomática. BL: art. 12, §3º, V, CF.
(MPMS-2018): Conforme a Constituição Federal, é privativo de brasileiro nato o cargo de Oficial das
Forças Armadas. BL: art. 12, §3º, VI, CF.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) (PGECE-
2008) (TJGO-2009) (PCAP-2010) (TJAC-2012) (MPSP-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPPE-2014) (TRF2-2014)
(PCPI-2014) (TRF1-2011/2015) (PCDF-2015) (TRT1-2015) (TJDFT-2011/2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017)
(PGEAC-2017) (PCMT-2017) (PGESC-2018) (PCMG-2018) (PCSP-2018) (MPMG-2013/2019) (MPT-2015/2020)
(MPAP-2021) (DPECE-2022)
(PCMT-2017-CESPE): O boliviano Juan e a argentina Margarita são casados e residiram, por alguns anos,
em território brasileiro. Durante esse período, nasceu, em território nacional, Pablo, o filho deles. Nessa
situação hipotética, de acordo com a CF, Pablo será considerado brasileiro nato e poderá vir a ser
ministro de Estado da Defesa. BL: art. 12, I, “a” c/c §3º, VII, CF.
(TRF2-2014): Pablo nasceu no estrangeiro, filho de mãe brasileira e de pai mexicano, e veio a residir no
Brasil pouco antes de completar 15 anos. Atingida a maioridade, optou pela nacionalidade brasileira,
através de processo que tramitou na Justiça Federal. Pablo tem, agora, 30 anos de idade. Assinale a opção
correta: Em tese, Pablo poderá ser titular, dentro de alguns anos, de qualquer cargo privativo de
brasileiro nato. BL: art. 12, §3º, CF.
##Atenção: Como ele tem trinta anos, faltam apenas 5 para, em tese, ele estar apto a ocupar qualquer
cargo privativo de brasileiro nato. Ex: Presidente da República, ministro do STF, ministro de estado da
defesa etc.
42
(MPMG-2013): O brasileiro naturalizado pode ocupar os seguintes cargos, EXCETO o de: Presidente do
Conselho Nacional de Justiça.
##Atenção: A questão exige a conjugação de alguns artigos da CF. Vejamos: 1º) O Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) é presidido pelo Presidente do STF (art. 103-B, §1º - CF); 2º) O Presidente do STF é um dos
ministros que integram o STF. 3º)Para ser ministro do STF, o sujeito deve ser, obrigatoriamente,
brasileiro nato (art. 12, §3º, inc. IV). Conclusão: O Presidente do CNJ é um brasileiro nato.
I - TIVER CANCELADA sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional; (TJGO-2009) (MPRN-2009) (TJRO-2011) (MPPB-2011) (TRF3-2011) (MPF-2011) (PFN-
2012) (TRF1-2011/2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPR-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (MPAC-
2014) (MPPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (PCPI-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (DPU-2015) (MPT-
2015) (PCPA-2016) (DPESC-2017) (TRF2-2017/2018) (TJPR-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (TJMG-2022)
(TJMG-2022-FGV): Sobre a perda ou suspensão dos direitos políticos, analise a afirmativa a seguir: O
estrangeiro somente perderá os direitos políticos quando sua naturalização for cancelada por sentença
transitada em julgado. BL: art. 12, §4º, I, c/c art. 15, I da CF.
II - ADQUIRIR outra nacionalidade, SALVO nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (PGESP-2009) (TRF4-2010) (MPPB-2011) (MPF-2011) (PCRJ-
2012) (PFN-2012) (TJSC-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (MPPR-2014)
(PCPI-2014) (MPT-2012/2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCDF-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMT-2016)
(PCPA-2016) (TRF2-2017/2018) (PCGO-2018) (TJPR-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPSC-2016/2021) (Anal.
Judic./TJCE-2022)
(TRF2-2017): Incorre em causa de perda de nacionalidade o brasileiro nato que, já sendo milionário e
exclusivamente por ter se apaixonado pelos céus de Paris, obtém a nacionalidade francesa, por
naturalização. BL: art. 12, §4º, II, CF/88.
43
mora nos EUA e possui o green card decidir adquirir a nacionalidade norte-americana, ele irá perder a
nacionalidade brasileira. Não se pode afirmar que a presente situação se enquadre na exceção prevista
na alínea “b” do § 4º do art. 12 da CF/88. Isso porque, como ele já tinha o green card, não havia
necessidade de ter adquirido a nacionalidade norte-americana como condição para permanência ou
para o exercício de direitos civis. O estrangeiro titular de green card já pode morar e trabalhar
livremente nos EUA. Dessa forma, conclui-se que a aquisição da cidadania americana ocorreu por
livre e espontânea vontade. Vale ressaltar que, perdendo a nacionalidade, ele perde os direitos e
garantias inerentes ao brasileiro nato. Assim, se cometer um crime nos EUA e fugir para o Brasil,
poderá ser extraditado sem que isso configure ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88. STF. 1ª T. MS 33864/DF,
Rel. Min. Roberto Barroso, j. 19/4/16 (Info 822). STF. 1ª T. Ext 1462/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j.
28/3/17 (Info 859).
(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, brasileiro nato que
tiver perdido a nacionalidade poderá ser extraditado. BL: Info 859, STF.
(TRF2-2018): Brasileira nata adquire voluntariamente a nacionalidade derivada norte-americana, sem que
isso lhe tenha sido imposto de alguma maneira. Em seguida, contraiu matrimônio com norte-americano -
assassinado poucos anos depois - e, após a sua morte, veio para o Brasil. Os Estados Unidos apresentaram
um pedido de extradição ao governo brasileiro sob o fundamento de que ela era acusada de matar o marido.
Com relação à hipótese é correto afirmar que é possível a extradição de brasileira naturalizada, nos termos
da Constituição Federal, e de estrangeira, considerada como tal a pessoa que perdeu a nacionalidade
brasileira por ter adquirido voluntariamente outra nacionalidade. BL: Info 859, STF e art. 5º, LI, CF 7 c/c art.
82, §5º, Lei 13445/17.8
(PGEMT-2016-FCC): Juliana, brasileira nata, obteve a nacionalidade norte-americana, de forma livre e
espontânea. Posteriormente, Juliana fora acusada, nos Estados Unidos da América, da prática de homicídio
contra nacional daquele país, fugindo para o Brasil. Tendo ela sido indiciada em conformidade com a
legislação local, o governo norte-americano requereu às autoridades brasileiras sua prisão para fins de
extradição. Neste caso, à luz da Constituição Federal e da jurisprudência do STF, Juliana, poderá ter cassada
a nacionalidade brasileira pela autoridade competente e ser extraditada para os Estados Unidos para ser
julgada pelo crime que lhe é imputado. BL: Info 859, STF.
(DPEPE-2018-CESPE): Com relação à perda e à suspensão dos direitos políticos, assinale a opção
correta: A aquisição voluntária de outra nacionalidade implica perda da nacionalidade brasileira e,
consequentemente, dos direitos políticos. BL: art. 12, §4º, II, CF.
(DPERR-2013-CESPE): No que se refere aos direitos à nacionalidade e aos direitos políticos, assinale a
opção correta: A perda da nacionalidade decorrente de aquisição voluntária de outra nacionalidade pode
atingir tanto brasileiros natos quanto naturalizados e independerá de ação judicial, já que se concretiza
no âmbito de procedimento meramente administrativo. BL: art. 12, §4º, II, CF.
7
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...) LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
8
Art. 82. Não se concederá a extradição quando: (...) § 5o Admite-se a extradição de brasileiro naturalizado, nas
hipóteses previstas na Constituição Federal.;
44
§ 1º SÃO SÍMBOLOS da República Federativa do Brasil a BANdeira, o HIno, as Armas e o SElo
NAcionais [Dica: BA-HI-A-S e SE-NA]. (DPEAM-2018)
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A SOBERANIA POPULAR SERÁ EXERCIDA pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: (TJPR-2008) (TJMT-2009) (MPMG-2010)
(TJGO-2009/2010) (MPSP-2011) (DPERS-2011) (TRF2-2011) (TJMS-2012) (PFN-2012) (MPF-2008/2013) (TJAM-
2013) (PCES-2013) (TJMG-2014) (MPAC-2014) (MPMT-2014) (MPPR-2014) (DPEGO-2014) (PGEBA-2014)
(TRF1-2015) (PCDF-2015) (TJDFT-2007/2014/2016) (PCPA-2016) (DPU-2017) (MPMS-2013/2018) (TJRS-2018)
(PCRS-2018) (TJRO-2011/2019) (Cartórios/TJMG-2015/2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(MPSC-2019/2021) (MPM-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
##Atenção: Vide art. 60, §4º, II da CF/88: “Art. 60. (...)§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir: (...)II - o voto direto, secreto, universal e periódico; (...)”
(TJPA-2019-CESPE): No que se refere aos direitos políticos, é correto afirmar que o direito de sufrágio
compreende dois aspectos: a elegibilidade, que é o direito de ser votado; e a alistabilidade, que é o direito
de votar. BL: art. 14, CF.
##Atenção: ##TRF1-2015: ##CESPE Direitos Políticos: Segundo Marcelo Novelino, “direitos políticos
são direitos públicos subjetivos fundamentais conferidos a determinados indivíduos para a participação
nos negócios políticos do Estado. Diversamente dos direitos individuais (direitos de defesa) e dos direitos sociais
(direitos a prestações), os direitos políticos são 'direitos de participação' (status activae civitatis)
decorrentes do princípio democrático”. (Fonte: Manual de Direito Constitucional, 14ª Ed. 2019, p. 559).
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(TRF4-2016): O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como Prefeito de determinado Município
fica inelegível para o cargo de mesma natureza em qualquer outro Município da Federação, para o
período subsequente. BL: STF, 637.485/RJ.
##Atenção: No Brasil, vigora o princípio da imediaticidade do sufrágio, sendo este "o resultado
imediato da vontade do eleitor, sem intermediações de grandes eleitores ou de qualquer vontade alheia.
Por outras palavras, o princípio da imediaticidade do sufrágio garante ao cidadão ativo a primeira e a
última palavra, pois os eleitores dão diretamente o seu voto aos cidadãos (incluídos ou não em listas) cujo
a eleição constitui o escopo último de todo o procedimento eleitoral. (CANOTILHO)
##Atenção: ##TRF4-2009/2016: Alexandre de Moraes leciona que, “enquanto o plebiscito é uma consulta
prévia que se faz aos cidadãos no gozo de seus direitos políticos, sobre determinada matéria a ser,
posteriormente, discutida pelo Congresso Nacional, o referendo consiste em uma consulta posterior sobre
determinado ato governamental para ratificá-lo, ou no sentido de conceder-lhe eficácia (condição
suspensiva), ou, ainda, para retirar-lhe a eficácia (condição resolutiva).” (Alexandre de Moraes, 2011, p. 246).
(MPAC-2014-CESPE): A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa
popular. BL. Art. 14, I, II e III, CF.
I - OBRIGATÓRIOS para os maiores de dezoito anos; [obs.: norma constitucional de eficácia PLENA]
(TJMT-2009) (TJMS-2010) (TJRO-2011) (TRF2-2011) (TJAM-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCES-2013) (TJMG-
2014) (TRF1-2015) (PCDF-2015) (TJRS-2016) (TJPR-2017) (PCAC-2017) (MPMT-2019) (PGM-Florianópolis/SC-
2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
II - FACULTATIVOS para:
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b) os maiores de setenta anos; (TJMT-2009) (TJMS-2010) (TJRO-2011) (MPCE-2011) (TJAM-2013)
(PCES-2013) (TJMG-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (TJRS-2016) (PCPA-2016) (TJPR-2017) (MPMT-2019) (PGM-
Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É válido o cancelamento do título do eleitor que, convocado por edital,
não comparecer ao processo de revisão eleitoral, em virtude do que dispõe o art. 14, caput, e § 1º da
CF/88. São válidos o art. 3º, § 4º, da Lei 7.444/85 e as Resoluções do TSE que preveem o cancelamento
do título dos eleitores que não comparecerem à revisão eleitoral. STF. Plenário. ADPF 541 MC/DF, Rel.
Min. Roberto Barroso, j. 26/9/18 (Info 917)
(MPF-2013): Sobre o alistamento eleitoral e o voto, com base na CF/1988, é correto afirmar: O alistamento
eleitoral é facultativo para analfabetos; os maiores de setenta anos; os maiores de dezesseis anos e
menores de dezoito anos; o voto é facultativo nas três hipóteses citadas. BL: art. 14, §1º, I e II, CF.
(TRF2-2013-CESPE): Com relação aos direitos políticos, assinale a opção correta: No Brasil, o alistamento
eleitoral depende da iniciativa do nacional que preencha os requisitos constitucionais e legais exigidos,
não havendo inscrição de ofício por parte da autoridade judicial eleitoral. BL: art. 14, §1º, I e II, CF e
doutrina.
##Atenção: Acerca do tema, Alexandre de Moraes explica que “(...) no Brasil, o alistamento eleitoral depende
da iniciativa do nacional que preencha os requisitos, não havendo inscrição ex officio por parte da autoridade
judicial eleitoral.” (Alexandre de Moraes, Direitos Políticos, p. 227).
(TJRO-2019-VUNESP): De acordo com a Constituição Federal do Brasil, é correto afirmar, a respeito dos
direitos políticos, que somente o nacional e o português equiparado, no gozo de seus direitos políticos,
podem alistar-se. BL: art. 12, §1º9 c/c art. 14, §2º, CF.
##Atenção: Algum estrangeiro foi equiparado a brasileiro naturalizado? Sim. Nos termos do art. 12, §1º
da CF/88, o português (cidadão e nacional de Portugal) residente no Brasil, embora estrangeiro, foi
equiparado a brasileiro naturalizado e poderá aqui votar e ser votado, desde que Portugal assegure
idêntico direito a brasileiro residente em território lusitano.
##Atenção: Os estrangeiros não exercem direitos políticos de nenhuma espécie, sendo a única exceção o
caso do português equiparado, também chamado de quase nacional. Em outras palavras, os estrangeiros
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Art. 12. (...) § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
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não possuem direitos políticos pois são inalistáveis, ou seja, não podem votar e nem serem votados.
Outrossim, a afirmação “direitos fundamentais em extensão inferior aos dos brasileiros” justifica-se pelo
fato de o estrangeiro não exercer plenamente todos os direitos fundamentais (como os direitos políticos
por exemplo, que são espécies de direitos fundamentais), mas apenas aqueles considerados essenciais
(preservação do direito à liberdade, do devido processo legal, da propriedade, etc).
(TJAM-2013-FGV): No modelo adotado pela Constituição Federal de 1988, o voto se caracteriza por ser
direto, igual para todos, periódico, livre e personalíssimo, sendo vedado aos menores de 16 anos e aos
conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório. BL. art. 14, caput e §2º, CF.
(MPMS-2011): Embora eleitores, não podem votar: Os eleitores conscritos. BL. Art. 14, §2º, CF.
##Atenção: No Poder Legislativo, a necessidade de ser nato é apenas para o Presidente da Câmara e para
o Presidente do Senado. Para ser parlamentar, sem cargo de presidência das Casas, o cidadão não precisa
ser brasileiro nato.
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c) VINTE E UM ANOS para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz; (MPMG-2010) (TJRJ-2011) (MPCE-2011) (DPESC-2012) (TRF2-2011/2013) (MPES-
2013) (PCES-2013) (TJPR-2014) (MPPA-2014) (DPECE-2014) (MPBA-2015) (MPMS-2015) (PCDF-2015)
(MPRO-2017) (DPU-2017) (PCSP-2018) (TJMG-2006/2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
(PCSP-2018-VUNESP): Suponha que Joseph, brasileiro naturalizado e atualmente com 20 anos de idade,
decida se candidatar ao cargo de Deputado Federal. Nesse caso, é correto afirmar que ele não poderá se
candidatar, uma vez que embora o cargo não seja privativo de brasileiros natos, Joseph não possui a
idade mínima de 21 anos exigida pela Constituição. BL: art. 14, §3º, VI, “c”, CF.
(TJRS-2016-Faurgs): De acordo com o artigo 14 da CF/88, referente aos direitos políticos, assinale a
alternativa correta: Os menores de 18 (dezoito) anos são inelegíveis. BL: art. 14, §3º, VI, “d”, CF/88.
(TJMT-2014-FMP): É exigência feita aos cidadãos que pretendem se candidatar a cargos eletivos,
demonstrem as seguintes condições de elegibilidade: pleno exercício dos direitos políticos, domicílio
eleitoral e nacionalidade brasileira. BL: art. 14, §3º, CF/88. (eleitoral)
##Atenção: ##TSE: ##TJPA-2019: ##CESPE: (...) As causas de inelegibilidade, dentre as quais se inclui
o analfabetismo previsto no art. 14, § 4º, da CF/88, devem ser interpretadas restritivamente. A
interpretação do art. 14, § 4º, da CF/88 não pode ignorar a realidade social brasileira, de precariedade
do ensino e de elevada taxa de analfabetismo, que alcança, ainda, cerca de 7% da população brasileira.
Interpretação rigorosa desse dispositivo, além de violar o direito fundamental à elegibilidade e os
princípios democrático e da igualdade, dificultaria a ascensão política de minorias e excluiria
importantes lideranças do acesso a cargos eletivos. A aferição da alfabetização deve ser feita com o
menor rigor possível. Sempre que o candidato possuir capacidade mínima de escrita e leitura, ainda
que de forma rudimentar, não poderá ser considerado analfabeto para fins de incidência da
inelegibilidade em questão. Além disso, deve–se admitir a comprovação dessa capacidade por
qualquer meio hábil. O teste de alfabetização, contudo, somente pode ser aplicado: (i) sem qualquer
constrangimento; e (ii) de forma a beneficiar o candidato, suprindo a falta de documento
comprobatório, vedada a sua utilização para desconstituir as provas de alfabetização apresentadas. No
caso, o candidato, com deficiência visual adquirida, comprovou sua alfabetização por meio de
declaração de escolaridade de próprio punho, firmada na presença de servidor da Justiça Eleitoral.
Ficou demonstrado, portanto, que possui capacidade mínima de leitura e escrita. Não há que se exigir
alfabetização em braille de candidato deficiente visual para fins de participação no pleito. Para
promover o acesso das pessoas com deficiência aos cargos eletivos, deve–se aceitar e facilitar todos os
meios, formas e formatos acessíveis de comunicação, à escolha das pessoas com deficiência.
Conclusão. Recurso a que se dá provimento para deferir o pedido de registro de candidatura. (RO nº
060247518, Acórdão, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data
18/09/18)
##Atenção: ##TSE: ##TJPA-2019: ##CESPE: (...) Não sendo suficiente o único documento apresentado
pelo candidato para demonstrar sua alfabetização, deve-se proceder de acordo com a forma prevista na
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parte final do § 4º do art. 26 da Res.-TSE nº 23.405, a fim de permitir que o candidato - se assim desejar -
participe de teste individual e reservado para afastar a dúvida sobre a sua alfabetização. O teste de
alfabetização não pode ser feito em condições que exponham o candidato à situação vexatória e, na sua
aplicação, não deve ser exigida a demonstração de grande erudição ou completo domínio das normas
técnicas da língua portuguesa, bastando que se verifique, minimamente, a capacidade de leitura e de
expressão do pensamento por escrito. Não cabe impor o comparecimento coercitivo do candidato ao
teste, uma vez que a parte não pode ser obrigada a produzir prova que eventualmente lhe seja
desfavorável. Entretanto, a oportunidade lhe deve ser assegurada, sem prejuízo de sua eventual ausência
ser interpretada no momento oportuno. Recurso especial recebido como ordinário e provido, em parte,
para o fim de determinar o retorno dos autos à origem para que o candidato seja convidado a participar
de teste de alfabetização. (Recurso Especial Eleitoral nº 234956, Ac., Rel. Min. Henrique Neves Da Silva,
Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data 23/09/2014)10
(MPMS-2018): É correto afirmar, segundo dispõe a CF/1988 sobre direitos políticos, que são inelegíveis
os inalistáveis. BL. art. 14, §4º, CF.
(TJDFT-2014-CESPE): Jânio, prefeito do município X, foi reeleito para mais quatro anos de mandato,
estando à frente do Poder Executivo municipal durante dois mandatos consecutivos. No próximo pleito,
Jânio pretende candidatar-se a prefeito de outro município, localizado a poucos quilômetros de X. Nessa
situação, de acordo com a jurisprudência do STF acerca da matéria, a participação de Jânio no próximo
pleito fere o princípio republicano, não sendo, pois, possível, em nenhum município da Federação.
10
##Atenção: ##TSE: ##TJPA-2019: ##CESPE: Exame elementar de alfabetização ou teste de escolaridade,
em audiência pública, pode comprometer a reputação dos pré-candidatos, que acabam expostos a situação
degradante. Ritual constrangedor, quando não vexatório, que afronta a dignidade dos pretendentes, o que
não se coaduna com um dos fundamentos da República, como previsto no inciso III do art. 1º da CF/88.
Violação ao inciso III do art. 5º da Carta Maior, ao art. 5º da Declaração Universal dos Direitos Humanos e ao
art. 11 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, Pacto de São José da Costa Rica, 1969. Nas
hipóteses de dúvida fundada sobre a condição de alfabetizado, a aferição se fará individualmente, caso a
caso, sem constrangimentos. As resoluções dos tribunais regionais não podem estreitar resoluções do TSE
que tenham caráter restritivo. (Reclamação nº 318, Acórdão de , Relator(a) Min. Luiz Carlos Madeira,
Publicação: DJ - Diário de justiça, Volume 1, Data 17/09/04).
50
##Atenção: ##STF/Reperc. Geral – Tese 564: ##MPSP-2012: ##TJDFT-2014: ##TJMG-2022: ##CESPE:
##FGV: I - O art. 14, § 5º, da CF/1988 deve ser interpretado no sentido de que a proibição da segunda
reeleição é absoluta e torna inelegível para determinado cargo de Chefe do Poder Executivo o cidadão
que já exerceu dois mandatos consecutivos (reeleito uma única vez) em cargo da mesma natureza ,
ainda que em ente da Federação diverso; II - As decisões do Tribunal Superior Eleitoral - TSE que, no
curso do pleito eleitoral ou logo após o seu encerramento, impliquem mudança de jurisprudência não
têm aplicabilidade imediata. STF. Plenário. RE 637485, Min. Rel. Gilmar Mendes, j. 01/08/12. Portanto, o
STF, no RE 637.485, deixou claro que o instituto da reeleição tem fundamento não somente no postulado
da continuidade administrativa, mas também no princípio republicano – o que impede a perpetuação de
uma mesma pessoa ou grupo no poder. Vejamos o seguinte trecho do referido julgado: “O instituto da
reeleição tem fundamento não somente no postulado da continuidade administrativa, mas também no
princípio republicano, que impede a perpetuação de uma mesma pessoa ou grupo no poder. O princípio
republicano condiciona a interpretação e a aplicação do próprio comando da norma constitucional, de modo que a
reeleição é permitida por apenas uma única vez. Esse princípio impede a terceira eleição não apenas no mesmo
município, mas em relação a qualquer outro município da federação. Entendimento contrário tornaria possível
a figura do denominado “prefeito itinerante” ou do “prefeito profissional”, o que claramente é incompatível
com esse princípio, que também traduz um postulado de temporariedade/alternância do exercício do poder.
Portanto, ambos os princípios – continuidade administrativa e republicanismo – condicionam a interpretação e a
aplicação teleológicas do art. 14, § 5º, da Constituição. O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como
prefeito de determinado município fica inelegível para o cargo da mesma natureza em qualquer outro município da
federação.”
(TJRJ-2019-VUNESP): No que se refere à inelegibilidade relativa por motivo funcional, é correto afirmar
que para concorrem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes do pleito. BL: art. 14,
§6º, CF.
(AGU-2015-CESPE): Com base nas normas constitucionais e na jurisprudência do STF, julgue o item
seguinte: Vice-governador de estado que não tenha sucedido ou substituído o governador durante o
mandato não precisará se desincompatibilizar do cargo atual no período de seis meses antes do pleito
para concorrer a outro cargo eletivo. BL: art. 14, §6º, CF.
##Atenção: "É de se ressaltar que o disposto no § 6º do art. 14 da CF aplica-se, tão somente, aos
titulares de mandatos de presidente da república, governadores de estado e do Distrito Federal e
prefeitos municipais. Seus respectivos vices, portanto, não são abrangidos pela previsão
constitucional supracitada, desde que, nos seis meses anteriores ao pleito, não assumam, mesmo que
em substituição, o cargo de titular". (BARREIROS NETO, 2015, p. 223).
51
§ 7º SÃO INELEGÍVEIS, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, ATÉ O SEGUNDO GRAU ou POR ADOÇÃO, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído
dentro dos seis meses anteriores ao pleito, SALVO SE já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição. (PCTO-2008) (DPEES-2009) (DPESP-2009) (TRF5-2009) (MPSE-2010) (MPCE-2009/2011)
(MPMG-2010/2011) (TJRO-2011) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (TJAC-2012) (MPPI-2012) (DPEMS-2012)
(MPSC-2012/2013) (MPF-2012/2013) (TJRN-2013) (TJMA-2013) (PGDF-2013) (MPMT-2008/2014) (TJSP-2014)
(MPMA-2014) (MPPA-2014) (DPEPR-2014) (PGERN-2014) (DPEMA-2009/2015) (TJGO-2015) (MPBA-2015)
(PCDF-2015) (TJDFT-2014/2015/2016) (MPGO-2016) (TRF4-2016) (PCPA-2016) (MPRO-2008/2013/2017) (PCAC-
2017) (MPMS-2018) (PCRS-2018) (MPSP-2011/2012/2019) (TJRJ-2019) (TJPR-2011/2014/2021) (TJMG-2022)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)
##Atenção: ##STF: ##MPSP-2019: Não constitui demasia assinalar que o postulado republicano repele
privilégios e não tolera discriminações, impedindo que se estabeleçam tratamentos seletivos em favor
de determinadas pessoas e obstando que se imponham restrições gravosas em detrimento de outras,
em razão, p. ex., de condição social, de nascimento, de gênero, de origem étnica, de orientação sexual ou,
como na espécie, de posição estamental, eis que – cabe insistir – nada pode autorizar o desequilíbrio
entre os cidadãos da República, sob pena de transgredir-se valor fundamental que confere substância à
própria configuração dessa ideia nuclear que informa nosso sistema constitucional. STF. Pet 7995/DF.,
Rel. Min. Celso de Mello, j. 07/02/19. (...) A jurisprudência do STF entende ser legítima a
“interpretação construtiva” das causas de inelegibilidade constantes na CF/88, quando amparada pelo
Princípio Republicano da alternância no Poder. A aplicação da causa de inelegibilidade da vedação ao
exercício de terceiro mandato eletivo para o cargo de chefia do Poder Executivo pelo mesmo grupo
familiar exige a adoção de critérios objetivos para sua aferição, bastando, para tanto, a verificação do
vínculo familiar, nos termos do art. 14, § 7°, da CF/88, independentemente da ocorrência de separação
conjugal, falecimento, ou outras possibilidades supervenientes à posse do primeiro familiar na chefia do
Poder Executivo, de modo a conferir maior segurança jurídica ao processo eleitoral no momento do
registro de candidaturas. III – As causas de natureza eleitoral são isentas da fixação de custas ou
honorários por serem necessárias ao exercício da cidadania (art. 5°, LXXVII, da CF/1988). STF. 2ª T., RE
1028577 AgR, Min. Rel. Ricardo Lewandowski, j. 19/03/19.
(MPSP-2019): Ao decidir que pessoas do mesmo grupo familiar, dentro das hipóteses do § 7° do art. 14 da
CF/88, não podem exercer três mandatos subsequentes na chefia de um mesmo Poder Executivo,
independentemente da ocorrência de separação conjugal, falecimento, ou outras tantas possibilidades que
possam ocorrer; que a Constituição Federal não tolera privilégios e discriminações, impedindo que se
estabeleçam tratamentos seletivos em favor de determinadas pessoas, proibindo que se imponham
restrições gravosas em detrimento de outras em razão de condição social, de nascimento, de gênero, de
origem étnica, de orientação sexual ou de posição estamental; que é essencial ao fortalecimento da
democracia que o seu financiamento seja feito em bases essenciais e absolutamente transparentes; o STF
decidiu fundamentalmente com base no princípio republicano. BL: art. 1º e art. 14, §7º, CF e Entend.
Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##DOD: A vedação ao exercício de três mandatos consecutivos pelo mesmo núcleo
familiar aplica-se também na hipótese em que um dos mandatos tenha sido para suceder o eleito que foi
cassado: Ao se fazer uma interpretação conjugada dos §§ 5º e 7º do art. 14 da CF/88 chega-se à
conclusão de que a intenção do poder constituinte foi a de proibir que pessoas do mesmo núcleo
familiar ocupem três mandatos consecutivos para o mesmo cargo no Poder Executivo. Em outras
palavras, a CF/88 quis proibir que o mesmo núcleo familiar ocupasse três mandatos consecutivos de
Prefeito, de Governador ou de Presidente. A vedação ao exercício de três mandatos consecutivos de
prefeito pelo mesmo núcleo familiar aplica-se também na hipótese em que tenha havido a convocação
do segundo colocado nas eleições para o exercício de mandato-tampão. Ex: de 2010 a 2012, o Prefeito
da cidade era Auricélio. Era o primeiro mandato de Auricélio. Seis meses antes das eleições, Auricélio
renunciou ao cargo. Em 2012, Hélio (cunhado de Auricélio) vence a eleição para Prefeito da mesma
cidade. De 2013 a 2016, Hélio cumpre o mandato de Prefeito. Em 2016, Hélio não poderá se candidatar
à reeleição ao cargo de Prefeito porque seria o terceiro mandato consecutivo deste núcleo familiar.
STF. 2ª T. RE 1128439/RN, Rel. Min. Celso de Mello, j. 23/10/18 (Info 921).
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nenhum impedimento para que o próprio Prefeito concorra; em outras palavras, o Prefeito
poderá se candidatar à reeleição, mas escolheu não fazer isso; neste caso, seu parente poderá
concorrer. Assim, se já era o segundo mandato consecutivo do Prefeito, por exemplo, seu
parente não poderá concorrer; isso porque o próprio Prefeito não poderia participar novamente
da eleição.
2) o titular deverá se afastar do mandato seis meses antes das eleições: Ex: Auricélio era Prefeito
e renunciou ao cargo seis meses antes das eleições a fim de permitir que seu cunhado Hélio (que é
parente por afinidade em segundo grau) fosse candidato ao mesmo cargo.
Terceiro mandato no mesmo núcleo familiar: O TSE considerou que, se fosse permitido que Hélio
continuasse no cargo de Prefeito e exercesse o mandato de 2017 a 2020, isso significaria o terceiro
mandato consecutivo do mesmo núcleo familiar para o mesmo cargo. Para o TSE, ao se fazer uma
interpretação conjugada dos §§ 5º e 7º do art. 14 da CF/88 chega-se à conclusão sobre qual foi a intenção
do legislador constituinte: proibir que pessoas do mesmo núcleo familiar ocupem três mandatos
consecutivos para o mesmo cargo no Poder Executivo. Em outros termos, a CF/88 quis proibir que o
mesmo núcleo familiar ocupasse três mandatos consecutivos de Prefeito, de Governador ou de
Presidente. Quando Hélio foi eleito em 2012 e passou a exercer o mandato em 2013, este foi o segundo
mandato consecutivo de Prefeito daquele grupo familiar. Mesmo sendo uma outra pessoa, é como se
fosse a reeleição de Auricélio. O mandato de 2013-2016 desempenhado por Hélio é como se fosse o
segundo mandato de Auricélio. Logo, já chega. Não pode um terceiro consecutivo.
Obs: quando falamos em “núcleo familiar” aqui estamos nos referindo ao cônjuge e aos parentes
consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção (art. 14, § 7º).
##Atenção: ##STF: ##DOD: O artigo 14, § 7º, da Constituição do Brasil, deve ser interpretado de
maneira a dar eficácia e efetividade aos postulados republicanos e democráticos da Constituição,
evitando-se a perpetuidade ou alongada presença de familiares no poder. STF. RE 543117 AgR/AM.
Rel. Min. Eros Grau.
(TJMG-2022-FGV): Analise a afirmativa a seguir: Já no que diz respeito à perpetuação de um mesmo clã
familiar na Chefia do Poder Executivo, o STF e o TSE a consideram incompatível com a Constituição Federal
de 1988, por ser da essência do princípio republicano a possibilidade de alternância no exercício do poder,
em qualquer das esferas da Federação. BL: art. 14, §7º, CF e Entend. Jurisprud.
(TJMG-2022-FGV): José Fulano foi eleito governador de um Estado brasileiro, para um primeiro mandato.
Na mesma eleição e na mesma unidade federativa, Antônio Fulano, irmão de José, foi eleito deputado
federal. Nas eleições gerais seguintes, 4 anos após, ainda no exercício do cargo, José Fulano disputará um
novo mandato de governador. Assinale a opção que indica os cargos, no território de jurisdição do irmão
governador, para os quais Antônio Fulano estará inelegível: Deputado estadual, senador, governador e
vice-governador. BL: art. 14, §7º, CF.
##Atenção: José Jairo Gomes explica: “O cônjuge e parentes de Governador não podem disputar cargo eletivo
que tenham base no mesmo Estado, quer seja em eleição federal (Deputado Federal e Senador – embora
federais, a circunscrição desses cargos é o Estado), estadual (Deputado Estadual, Governador e Vice) e
municipal (Prefeito e Vice e Vereador). Frise-se que, de acordo com a parte final do citado § 7 o , a inelegibilidade
em tela não se patenteia se o cônjuge ou parente já for titular de mandato eletivo e candidato à reeleição .
É desnecessário dizer que a reeleição é sempre para o mesmo cargo já ocupado, na mesma circunscrição eleitoral, pois
implica renovação do mandato." (Fonte: Direito eleitoral / José Jairo Gomes). De acordo com o TSE: Ac.-TSE,
de 18.9.2008, no REspe nº 29730, o vocábulo jurisdição deve ser interpretado no sentido de circunscrição,
nos termos do art. 86 do CE/1965, de forma a corresponder à área de atuação do titular do Poder
Executivo. Assim, no caso em tela, Antonio Fulano poderá concorrer ao cargo de Deputado Federal (cargo
que já ocupa) e, ainda, aos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, estando inelegível para os
cargos abrangidos pela circunscrição de José Fulano, quais sejam, Deputado estadual, senador,
governador e vice-governador.
(TJPR-2021-FGV): João e Antônio eram casados com influentes políticas de determinada região do país,
sendo ambas Prefeitas Municipais. João almejava iniciar sua carreira política concorrendo ao cargo de
vereador, nas próximas eleições, no mesmo Município em que sua esposa chefiava, pela segunda vez
consecutiva, o Poder Executivo municipal. Antônio, por sua vez, almejava concorrer ao cargo de Prefeito
Municipal, nas próximas eleições, no mesmo Município chefiado por sua esposa. Um ano antes da eleição,
Antônio se divorciou de sua esposa. À luz da sistemática constitucional e dos dados da narrativa, é correto
53
afirmar que: João e Antônio estão inelegíveis para concorrer aos referidos cargos eletivos. BL: SV 18, STF
e art. 14, §7º, CF.
(TJRJ-2019-VUNESP): Narciso, 19 anos de idade, que está em pleno gozo dos seus direitos políticos,
pretende candidatar-se ao mandato de Vereador em seu Município nas próximas eleições, que ocorrerão
em outubro de 2020. Poliana, que é sua cunhada, ocupava o cargo de Presidente da Câmara de
Vereadores, no mesmo Município, mas, atualmente, veio a assumir o cargo de Prefeito em razão da perda
de mandato dos seus ocupantes anteriores. Segundo o disposto na CF/88, nessa situação hipotética, é
correto afirmar que Narciso não poderá se candidatar, tendo em vista a sua condição de inelegibilidade
por ser cunhado de Poliana, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. BL: art. 14, §7º,
CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: De acordo o art. 14, §7º da CF/88, são inelegíveis dentro do território de jurisdição do
titular os parentes afins até o segundo grau, como é o caso do cunhado do prefeito, ou de quem o
substituiu dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição. Além disso, cumpre ressaltar que, no caso em tela, a relação de parentesco é impeditiva, mesmo
que, hipoteticamente falando, tenha se tornado cunhado de Poliana somente após esta ter assumido o
mandato eletivo. A jurisprudência não excepciona tal caso. Por fim, cumpre destacar que o STF entende
que “a causa de inelegibilidade prevista no art. 14, § 7º da CF/88 abrange o cunhado/cunhada do chefe do
Poder Executivo.” (STF. Plenário. RE 171061, Rel. Min. Francisco Rezek, j. 2/3/94).
(MPMS-2018): É correto afirmar, segundo dispõe a CF/1988 sobre direitos políticos, que, salvo se já
titulares de mandato eletivo e candidatos à reeleição, são inelegíveis, no território de jurisdição do titular,
o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito. BL. art. 14, §7º, CF.
(TJDFT-2014-CESPE): Considere que Tino, casado com Rita, esteja no exercício de seu segundo mandato
consecutivo de prefeito do município Y e que o casal se divorcie durante o segundo mandato. Nessa
situação, consoante entendimento jurisprudencial do STF e do TSE acerca das hipóteses de inelegibilidade,
caso Rita decida candidatar-se, na eleição imediatamente posterior ao segundo mandato de Tino, ao
mesmo cargo no mesmo município, ela será considerada inelegível, uma vez que o divórcio não afasta a
inelegibilidade. BL: SV, 18 do STF (eleitoral)
##Atenção: É importante ressaltar que a questão afirma a ELEGIBILIDADE do filho do governador para o
mesmo cargo (deputado distrital) na eleição subsequente, ou seja, a possibilidade de reeleição, a despeito
de seu pai ser o governador do estado. Em nenhum momento, trata da INELEGIBILIDADE do agente.
Feita essa observação, a questão está correta, tendo em vista o disposto na parte final do art. 14, § 7º da CF.
Portanto, pelo fato de o filho do governador do estado já ser titular de mandato eletivo, situação anterior à
governabilidade de seu pai, nada obsta a sua elegibilidade, o que implica na clara possibilidade de ser
reeleito, sem impedimentos legais.
54
(MPRN-2009-CESPE): Pedro, com nove anos de serviço, é militar alistável e teve o seu nome aprovado em
convenção partidária para ser candidato a deputado estadual. Nessa situação hipotética, Pedro deve ser
afastado do serviço militar. BL: art. 14, §8º, I, CF (eleitoral)
II - SE CONTAR mais de dez anos de serviço, SERÁ AGREGADO pela autoridade superior e, SE
ELEITO, PASSARÁ AUTOMATICAMENTE, no ato da diplomação, para a inatividade. (MPMT-2008)
(TRF4-2009) (MPPB-2010) (MPSE-2010) (MPCE-2011) (MPES-2013) (MPGO-2013) (MPM-2013) (MPMA-2014)
(PGEBA-2014) (PFN-2012/2015) (TJDFT-2015) (MPAM-2015) (TJRS-2016) (TJMSP-2016) (TJPR-2017) (MPPR-
2017) (DPU-2017)
(DPEMA-2015-FCC): À luz da CF/1988, está correto: Membro de Corpo de Bombeiros Militar que, com
doze anos de serviço, é eleito para exercer mandato de Deputado Estadual, passando, no ato da
diplomação, automaticamente para a inatividade. BL: art. 14, §8º, II, CF.
(TJMG-2018-Consulplan): O art. 14, §9º, da Constituição da República, que foi regulamentada com a
promulgação da Lei Complementar 64/90, a fim de resguardar a lisura e autenticidade do processo
político-eleitoral, preconiza a propositura da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), a ser
manejada por qualquer partido, coligação, candidato ou pelo MP. BL: art. 14, §9º, CF e art. 22, caput, da
LC 64/90.11
(TJSP-2011-VUNESP): A vida pregressa do candidato pode ser considerada para fins de inelegibilidade.
BL: art. 14, §9º, CF. (eleitoral)
§ 10. O MANDATO ELETIVO PODERÁ SER IMPUGNADO ante a Justiça Eleitoral no prazo de
quinze dias CONTADOS DA DIPLOMAÇÃO, INSTRUÍDA a ação com provas de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude. (TJDFT-2007) (TJMT-2009) (TRF5-2009) (MPSC-2010) (MPPB-2010) (TJSP-
11
Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à
Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e
circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder
econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em
benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: (...)
55
2011) (DPERS-2011) (MPPR-2008/2011/2012) (TJMS-2012) (MPAL-2012) (MPRJ-2012) (DPEMS-2012) (MPT-
2012) (MPF-2011/2013) (MPRO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPMA-2014) (TJPB-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
(PFN-2015) (PCPA-2016) (MPSP-2017) (MPBA-2010/2018) (TJMG-2009/2014/2018) (TJCE-2018) (MPMG-
2011/2012/2019) (MPGO-2016/2019) (TJPA-2019) (TJRJ-2019) (MPPI-2019) (TJPR-2010/2013/2014/2021)
##Atenção: ##TJCE-2018: ##MPGO-2019: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##FGV: A AIME deve ser ajuizada
dentro do prazo DECADENCIAL de 15 dias, contados da diplomação do eleito.
##Atenção: Apesar de a CF/88 afirmar, no art. 14, §10, que a AIME será proposta em casos de corrupção,
fraude ou abuso de poder econômico, tem-se entendido que o abuso de poder praticado por meio da
utilização abusiva de recursos também serve de causa petendi da referida ação.
(MPSP-2017): O mandato eletivo pode ser impugnado perante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
da diplomação, por abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. BL: art. 14, §10, CF.
##Atenção: A AIME é uma ação eleitoral prevista na corpo da CF/88, especificamente no art. 14, § 10, e
tem como objetivo atacar diretamente o mandato obtido por um candidato eleito, em face da
ocorrência de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude, podendo ser intentado até quinze dias
após a obtenção do diploma. O objeto da AIME é o mandato vencido na Eleição, que se consolidou com
a obtenção do diploma pelo eleito ou suplente na data da diplomação perante a Justiça Eleitoral,
evento que marca o início da contagem temporal para o início da ação perante o Órgão competente para
julgá-lo. Importante observar que a diplomação ocorre independentemente da presença do eleito ou
suplente à cerimônia designada ou mesmo da recepção do diploma em si por parte do eleito ou suplente.
##Atenção: A AIME (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo) visa impedir o mandato político de
quem incorreu em: i)Abuso de poder econômico; ii) Corrupção; e iii) Fraude.
(MPGO-2019): Sobre a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo - AIME - é correto afirmar: Deve
tramitar em segredo de justiça. BL: art. 14, §11, CF.
(MPMS-2018): É correto afirmar, segundo dispõe a CF/1988 sobre direitos políticos, que a ação de
impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se
temerária ou de má-fé. BL: art. 14, §11, CF.
56
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre
questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa)
dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
(PCPE-2016-CESPE): Acerca dos direitos e garantias fundamentais previstos na CF, assinale a opção
correta: Embora a CF vede a cassação de direitos políticos, ela prevê casos em que estes poderão ser
suspensos ou até mesmo perdidos. BL: art. 15, CF.
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; [obs.: perda dos direitos
políticos] (MPSP-2010) (MPMS-2011) (MPPB-2011) (DPESP-2009/2012) (PFN-2012) (MPT-2013) (TJDFT-2014)
(MPPE-2014) (PCPI-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (DPEMA-2011/2018) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPSC-2021)
(TJMG-2007/2022)
II - incapacidade civil absoluta; [obs.: suspensão dos direitos políticos] (DPESP-2009) (MPSP-2010)
(MPCE-2011) (MPMG-2013) (MPT-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (MPRS-2014) (PCPI-2014) (PFN-2012/2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (PCPA-2016) (TJPR-2017) (MPMS-2011/2018) (DPEMA-2011/2018) (TJMG-2022)
57
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; [obs.: suspensão
dos direitos políticos] (TJGO-2009) (DPEAL-2009) (MPGO-2010) (MPMG-2010) (TRF5-2009/2011) (MPPB-
2010/2011) (DPERS-2011) (TRF1-2011) (DPESP-2009/2010/2012) (MPF-2012) (PFN-2012) (DPERR-2013)
(DPETO-2013) (MPT-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (PCPI-2014) (MPBA-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
(PCDF-2015) (TJDFT-2016) (MPSP-2010/2015/2017) (MPRR-2017) (DPESC-2017) (PCGO-2017) (PCMT-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (MPMS-2011/2018) (DPEMA-2011/2018) (TJPR-2017/2021) (TCEAM-2021) (TJMG-2022)
(TJPR-2021-FGV): João requereu o registro de sua candidatura, perante a Justiça Eleitoral, para concorrer
a cargo eletivo no âmbito da União. Maria ingressou com ação de impugnação ao registro, sob o
argumento de que João estaria com a sua cidadania passiva restringida, por estar cumprindo pena
restritiva de direitos, em substituição à pena privativa de liberdade, aplicada, pela Justiça Estadual, em
processo penal no qual fora condenado com sentença transitada em julgado. A tese de Maria: deve ser
acolhida, pois a condenação penal, ainda que aplicada pena restritiva de direitos nos termos descritos,
configura óbice, enquanto produzir efeitos, a que João concorra a um cargo eletivo. BL: art. 15, III, CF e
Entend. Jurisprud.
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º,
VIII; [obs.1: suspensão dos direitos políticos; obs.2: A CESPE entende como sendo hipótese de perda de
direitos políticos] (TJRR-2008) (MPSP-2010) (MPCE-2011) (MPMS-2011) (TRF5-2011) (PFN-2012)
(Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPT-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (PGERN-2014) (PCPI-
2014) (Cartórios/TJMG-2015) (MPRR-2017) (DPEMA-2011/2018) (MPBA-2018) (MPSC-2019) (TJMG-2022)
(MPBA-2018): O brasileiro que se recusa a cumprir prestação alternativa legalmente estabelecida, após
ter invocado convicção política para eximir-se de obrigação legal a todos imposta, poderá, em razão
dessa conduta, ser privado de direitos. BL: art. 5º, VIII c/c art. 15, IV, CF c/c art. 143, §1º, CF.
##Atenção: A FCC considerou o referido inciso como sendo caso de SUSPENSÃO de direitos políticos. Já
a CESPE entende ser hipótese de PERDA de direitos políticos.
(PGERN-2014-FCC): Um cidadão, brasileiro naturalizado, recusa-se a prestar serviço de júri para o qual
havia sido convocado, invocando, para tanto, motivo de crença religiosa. Diante da recusa, o juiz
competente, com fundamento em previsão expressa do Código de Processo Penal, fixa serviço
alternativo a ser cumprido pelo cidadão em questão, consistente no exercício de atividades de caráter
administrativo em órgão do Poder Judiciário. Nessa hipótese, a fixação de serviço alternativo pelo juiz é
compatível com a Constituição, uma vez que prevista em lei, não podendo o cidadão recusar-se a seu
cumprimento, sob pena de suspensão de seus direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto.
BL: art. 5º, VIII e art. 15, IV, CF e art. 438, §1º, CPP.12
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. [obs.: suspensão dos direitos políticos]
(TJMT-2009) (MPSP-2010) (DPEMA-2011) (MPF-2011) (MPT-2013) (MPMA-2014) (MPPE-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PCPI-2014) (MPBA-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCPA-2016) (TJCE-2018) (DPEDF-
2019) (TJMG-2022)
§ 4º. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
(MPSP-2010): Assinale a alternativa correta: não é possível a cassação dos direitos políticos, cuja perda
ou suspensão só se dará nos casos de cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
incapacidade civil absoluta; condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII (CF);
improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º (CF). BL: art. 15, I a V, da CF.
Art. 16. A lei que alterar o PROCESSO ELEITORAL ENTRARÁ em vigor na data de sua
publicação, NÃO SE APLICANDO à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) (MPPR-2008) (TJGO-2009) (DPEPI-2009) (PCPI-2009)
(MPMG-2010) (MPMS-2011) (MPPB-2011) (DPERS-2011) (MPF-2011) (PGERO-2011) (MPPI-2012) (TJAM-
12
Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever
de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço
imposto. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1o Entende-se por serviço alternativo o exercício de
atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, no Poder Judiciário, na
Defensoria Pública, no Ministério Público ou em entidade conveniada para esses fins. (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008) § 2o O juiz fixará o serviço alternativo atendendo aos princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
59
2013) (PGEGO-2013) (TJSP-2014) (MPRS-2014) (DPEPR-2014) (TJDFT-2015) (TJPR-2012/2017) (DPESC-
2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMG-2014/2018)
(MPBA-2018): O princípio da anterioridade eleitoral, embora não expressamente enumerado no artigo 5.º
da Constituição Federal, caracteriza-se como uma garantia fundamental, oponível até mesmo à atividade
do legislador constituinte derivado. BL: art. 16, CF.
(MPPA-2014-FCC): Situada no capítulo da CF/1988 dedicado aos direitos políticos, a anterioridade da lei
eleitoral desempenha função normativa de caráter estruturante da ordem jurídica eleitoral. Tem por
finalidade assegurar estabilidade e segurança ao processo eleitoral, inibindo modificações legislativas
casuísticas que, ante a proximidade do pleito, alterem os seus parâmetros de forma a promover
desequilíbrio entre partidos e candidatos. Nesse sentido, o princípio constitucional da anterioridade da
lei eleitoral não obsta a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da
realização do pleito, determine a proibição a partidos e candidatos de receber doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro procedente de entidades beneficentes e religiosas, bem como de organizações não-
governamentais que recebam recursos públicos.
##Atenção: Lei que ALTERA PROCESSO ELEITORAL (observância da anualidade, portanto) é aquela
que consiste num conjunto de atos abrangendo a preparação e a realização das eleições, incluindo a
apuração dos votos e a diplomação dos eleitos. Assim, como já dito, "regras instrumentais que não
causam desequilíbrio nas eleições (e ao contrário, somente auxiliam no processo eleitoral), não estão
abrangidas pelo precitado princípio".
13
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter
regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir
todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados
ou representantes dos partidos políticos.
14
Fonte: http://www.tse.jus.br/institucional/escola-judiciaria-eleitoral/revistas-da-eje/artigos/revista-
eletronica-eje-n.-4-ano-3/principio-da-anualidade-eleitoral
60
por romper a necessária igualdade de chances dos protagonistas - partidos políticos e candidatos - no
pleito iminente. BL: art. 16, CF/88 e ADI 3685. (eleitoral)
CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
(TJAL-2008-CESPE): Segundo o STF, os partidos políticos não têm legitimidade ativa ad causam para
impetrar mandado de segurança coletivo em defesa de terceiros, com vistas a impugnar direito
individual disponível, como a incidência de imposto.
##Atenção: ##STF: O partido político não está, pois, autorizado a valer-se do mandado de segurança
coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de
tributos (RE 213.631).
##Atenção: O pluripartidarismo político garante a distribuição do poder estatal de forma a abranger três
ou mais partidos, evitando que haja perpetuação de poder numa única fonte. Encontra-se expresso na
CF/88. ORIDES MEZZAROBA observa a esse respeito: “[...] Pluripartidarismo político se caracteriza pela
oposição a qualquer artefato monopolista, seja social, político, cultural, educacional, econômico ou de comunicação.
[...] Ao estabelecer o princípio do pluripartidarismo, a vontade do Estado deixa, portanto, de coincidir com a
vontade de um único grupo, e passa a garantir que os diferentes grupos políticos possam se expressar e concorrer
entre si, sem qualquer tipo de limitação política. Assim, a partir do momento que a Constituição reconhece o
princípio do pluralismo partidário, ela obrigatoriamente deve reconhecê-lo sem qualquer artifício redutor [...].”
(Fonte: manifestação do PGR na Medida Cautelar na ADPF 379/DF). Com isso, pode-se concluir que o
pluripartidarismo se fundamenta no compromisso de institucionalizar um sistema político com
múltiplos partidos, como imagem global do conjunto, não de aspecto que reflita a individualidade do
partido.
(TJMS-2010-FCC): Segundo a legislação brasileira, partido político é de livre criação, fusão, incorporação
e extinção, desde que o respectivo programa respeite a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. BL: art. 17, caput, CF.
61
(TJAM-2016-CESPE): De acordo com o que está expresso na CF acerca dos partidos políticos, é livre a
criação, a fusão, a incorporação e a extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana, desde que
observado(a) a obrigação de prestar contas à justiça eleitoral. BL: art. 17, III, da CF.
§ 1º É ASSEGURADA aos partidos políticos AUTONOMIA para definir sua estrutura interna e
ESTABELECER regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e
sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações
NAS ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS [obs.: nas eleições majoritárias ainda é permitido coligações – ex.:
eleições para Presidente da República, Prefeito, Governador], vedada a sua celebração nas eleições
proporcionais [obs.: eleições para Deputados e Vereadores], SEM OBRIGATORIEDADE DE
VINCULAÇÃO entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal [obs.: a
verticalização continua vedada pela CF: a regra estabelecida pelo TSE e pelo STF de que as coligações no
âmbito estadual deveriam observar as coligações no âmbito nacional continua sendo vedada pela CF; por
este artigo é possível estabelecer coligações de forma diferente], DEVENDO seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
(TJRS-2018) (PGESP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJAL-2019) (TJPA-2019) (TJSC-2019) (MPGO-2019)
(TJPR-2021) (DPEBA-2021) (TJMG-2022) (DPECE-2022)
REDAÇÃO ANTERIOR:
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização
e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006)
(TJPR-2021-FGV): As mulheres hoje representam mais da metade do eleitorado brasileiro, mas ainda
ocupam menos de 10% dos assentos nas casas legislativas. Na busca da almejada igualdade de
representação de gênero, a legislação eleitoral e a Justiça Eleitoral, através da edição de resoluções,
instruções e portarias regulamentares e nas respostas às consultas que lhes são formuladas, vêm
tentando fomentar a maior participação das mulheres no cenário político nacional. Diante do exposto, é
correto afirmar que: a Emenda Constitucional nº 97/2017 estabeleceu o fim das coligações partidárias nas
eleições para cargos proporcionais a partir do pleito municipal de 2020. Assim, cada agremiação, no ato
do pedido de registro de candidatura, além do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários
(DRAP), deverá apresentar sua lista de candidatos, observados os percentuais da cota de gênero. BL: art.
17, §1º, CF e art. 10, §3º da Lei 9504/97.15
##Atenção: De acordo com o art. 2º da EC 97/17, “a vedação à celebração de coligações nas eleições
proporcionais, prevista no § 1º do art. 17 da Constituição Federal, aplicar-se-á a partir das eleições de 2020.” Veja,
nesse sentido, a redação do art. 17, §1º, CF/88. Assim, os pedidos devem ser feitos por cada agremiação,
observadas as exigências da Lei 9.504/97, dentre as quais, o percentual de gênero previsto no art. 10, §3º
da Lei 9504/97.
(MPGO-2019): Podem os afirmar que a Emenda Constitucional nº 97 alterou a CF/1988 dando nova
roupagem às Coligações Partidárias. Assim, assinale a resposta correta: Tornou facultativa somente para
15
Art. 10. (...) § 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação
preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada
sexo.
62
eleições majoritárias, vedada sua celebração nas eleições proporcionais. BL: art. 17, §1º, CF.
##Atenção: Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado (art. 44, V, CC). Desse modo,
sua personalidade é adquirida com o registro de seus atos constitutivos no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas (art. 17, §2º, CF). O cadastro do ato de constituição perante o TSE é ato de regularização de
funcionamento.
##Atenção: ##DOD: Regra de Transição: Registre-se que a restrição do novo § 3º do art. 17 somente vai
produzir todos os seus efeitos a partir das eleições de 2030, nos termos do caput do art. 3º da EC 97/2017.
Enquanto isso, a Emenda previu uma regra de transição de forma que, a cada eleição, os requisitos vão se
tornando mais rigorosos até que atinja os critérios do § 3º do art. 17 em 2030. Veja:
- Na legislatura seguinte às eleições de 2018: Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à
propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% (um e meio por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos nove Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação;
63
- Na legislatura seguinte às eleições de 2022: Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à
propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% (dois por cento) dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo
de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos onze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação;
- Na legislatura seguinte às eleições de 2026: Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à
propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% (dois e meio por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com
um mínimo de 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos treze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação.
- Na legislatura seguinte às eleições de 2030: Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à
propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo
de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação.
##Atenção: Com a EC nº 97/17, foi instituída uma cláusula de barreira. Desse modo, somente os
partidos políticos que cumprirem certos requisitos de desempenho terão acesso os recursos do fundo
partidário e ao rádio e à televisão.
(PGESP-2018-VUNESP): Acerca dos partidos políticos, assinale a alternativa correta: O direito a recursos
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, é garantido aos partidos
políticos que tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação. BL: art. 17, §3º, II, CF.
(PCSP-2018-VUNESP): Suponha que o Partido X lhe consulte sobre quais são os requisitos
constitucionais para que um partido político tenha acesso aos recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao tempo de rádio e televisão. Nesse sentido, segundo o disposto na CF/88, após a reforma dada
pela Emenda Constitucional n. 97/17, é correto afirmar que o acesso a tais benefícios ocorrerá somente se
obtiver, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em
pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada uma
delas, ou se elegerem pelo menos 15 deputados distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da
federação. BL: art. 17, §3º, II, CF.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo [obs.:
cláusula de barreira] é assegurado o mandato e FACULTADA a filiação, sem perda do mandato, a outro
partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos
do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017) (PGESP-2018) (TJBA-2019)
64
§ 7º Os partidos políticos DEVEM APLICAR no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do
fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação
política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
117, de 2022) (DPECE-2022)
TÍTULO III
Da Organização do Estado
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
##Atenção: ##STF: ##DOD: Compete ao Ministro da Justiça determinar a ida da Força Nacional de
Segurança Pública para atuar em determinado Estado-membro ou Distrito Federal. Segundo a redação
do art. 4º do Decreto 5.289/04 a determinação do emprego da Força Nacional pode ocorrer de duas
formas: 1) mediante solicitação expressa do Governador formulada ao Ministro da Justiça; 2) mediante
iniciativa do próprio Ministro da Justiça, mesmo sem solicitação do Governador. Se o próprio
Governador solicita o auxílio, não há qualquer problema ou questionamento. No entanto, e se o
Ministro da Justiça determina o envio da Força Nacional mesmo sem pedido do Governador? Essa
atuação seria constitucionalmente válida? NÃO. Isso viola o princípio da autonomia estadual, previsto
no art. 18 da CF. Foi o que decidiu o STF, em juízo de delibação, ao apreciar medida liminar em ação
cível originária. Afirmou a Corte: É plausível a alegação de que a norma inscrita no art. 4º do Dec.
5.289/04, naquilo em que dispensa a anuência do governador de estado no emprego da Força Nacional
de Segurança Pública, viole o princípio da autonomia estadual. STF. Plenário. ACO 3427 Ref-MC/BA,
Rel. Min. Edson Fachin, j. 24/9/20 (Info 992).
66
federalismo, os Estados que passam a integrar o novo Estado, perdem a soberania no momento em que
ingressam, mas preservam, contudo, uma autonomia política limitada. BL: art. 1º, I e art. 18, CF.
(MPRN-2009-CESPE): Assinale a opção correta com relação ao federalismo brasileiro: Existia no Brasil
um federalismo de segundo grau até a promulgação da CF, após a qual o país passou a ter um
federalismo de terceiro grau. BL: art. 1º, I e art. 18, CF.
67
também seja ente federativo, suas competências são as mesmas titularizadas por Estados e Municípios,
nos termos do §1º do art. 32 da CF.
(MPMG-2014): Assinale a alternativa correta: No federalismo atípico, constata-se a existência de três esferas
de competências: União, Estados e Municípios. BL: art. 1º e art. 18, CF.
(TJDFT-2011): A Constituição brasileira em vigor adotou o que a doutrina chama de federalismo de 3º grau
porque além das esferas federal e estadual, reconheceu os Municípios também como integrantes da
federação. BL: art. 1º e art. 18, CF.
(MPRO-2008-CESPE): Assinale a assertiva correta: Existia no Brasil um federalismo de 2º grau até a
promulgação da Constituição, após a qual o país passou a ter um federalismo de 3º grau. BL: art. 1º, I e art.
18, CF.
68
voltadas especialmente à assuntos externos. mas também com os assuntos internos.
Os cidadãos mantêm a nacionalidade dos Os cidadãos possuem uma única nacionalidade, ou
respectivos Estados, ou seja, eles não perdem a seja, possuem a nacionalidade do Estado Federal.
sua nacionalidade originária.
No modelo ideal, o Congresso Confederal é o O Poder Central é dividido em Legislativo, Executivo e
único órgão comum a todos os Estados (cada Judiciário. Não há apenas o parlamento como órgão
Estado possui o seu próprio Poder Executivo e comum. Existem Legislativo, Executivo e Judiciário na
Judiciário). esfera federal.
(MPPR-2012): Assinale a alternativa correta: A autonomia dos Estados federados, nos termos da
Constituição Federal, está assegurada por meio da sua capacidade de auto-organização, de
autolegislação, de autogoverno e autoadministração.
(TRF2-2011-CESPE): A respeito do que dispõe a CF sobre os territórios, assinale a opção correta: Embora
não existam atualmente territórios federais, a CF admite que eles possam ser criados por lei
complementar federal. Como descentralizações administrativo-territoriais da União, os territórios
carecem de autonomia e não são considerados entes federativos. BL: art. 18, §2º, CF.
69
§ 3º Os ESTADOS PODEM INCORPORAR-SE entre si, SUBDIVIDIR-SE ou DESMEMBRAR-SE
para se anexarem a outros, ou FORMAREM novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
da população diretamente interessada, através de PLEBISCITO, e do Congresso Nacional, por LEI
COMPLEMENTAR. (TJMG-2006/2008) (PGEPI-2008) (PCSC-2008) (DPEPA-2009) (TRF4-2009) (PGEPE-
2009) (PCDF-2009) (TJMS-2010) (MPSE-2010) (DPEBA-2010) (PCAP-2010) (TRF5-2011) (PGEMT-2011) (PCES-
2011) (TJGO-2012) (TJPI-2012) (MPRJ-2012) (MPDFT-2009/2013) (TJSP-2011/2013) (TRF2-2011/2013) (TJAM-
2013) (MPMG-2013) (DPETO-2013) (MPSC-2012/2014) (AGU-2009/2015) (PGEPR-2011/2015) (DPEMA-
2015) (TRT16-2015) (TJRS-2016) (MPRS-2016) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (DPERO-2017) (PCGO-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (TJMT-2018) (PGESC-2018) (PGESP-2018) (PCSP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(MPPR-2013/2014/2019) (TJAC-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (MPPE-2022) (DPERS-2022) (TJMMG-
2022)
(AGU-2015-CESPE): Julgue o item seguinte, que se refere ao Estado federal e à Federação brasileira:
Entre as características do Estado federal, inclui-se a possibilidade de formação de novos estados-
membros e de modificação dos já existentes conforme as regras estabelecidas na CF. BL: art. 18, §3º, CF.
##Atenção: Ainda que o próprio conceito de Federação não permita que os Estados-Membros possam se
tornar soberanos, admite-se a formação de novos Estados e a modificação dos já existentes, inclusive por
mandamento constitucional.
(TJSP-2013-VUNESP): Os Territórios Federais integram a União, e sua criação será regulada por meio de
70
Lei Complementar, precedida de consulta popular. BL: art. 18, §§2º e 3º, CF.
##Atenção: As normas de eficácia limitada e de aplicabilidade mediata não são aptas a produzir seus
efeitos quando da promulgação da Constituição. Elas precisam de uma lei integrativa infraconstitucional
ou até mesmo uma emenda constitucional. Na situação do art. 18, §4º da CF, a fusão, a criação, a
incorporação e o desmembramento de municípios dependem inicialmente de lei complementar federal
para determinação de seu período. Posteriormente, dependem de lei estadual. Portanto, trata-se de
norma de eficácia limitada e aplicabilidade mediata. Ainda sobre o tema, vejamos o seguinte trecho de
decisão do STF: “(...) Norma constitucional de eficácia limitada, porque dependente de complementação
infraconstitucional, tem, não obstante, em linha de princípio e sempre que possível, a imediata eficácia negativa de
revogar as regras preexistentes que sejam contrárias. Município: criação: EC 15/1996: plausibilidade da arguição de
inconstitucionalidade da criação de Municípios desde a sua promulgação e até que lei complementar venha a
implementar sua eficácia plena, sem prejuízo, no entanto, da imediata revogação do sistema anterior. É certo que o
novo processo de desmembramento de Municípios, conforme a EC 15/1996, ficou com a sua implementação sujeita
à disciplina por lei complementar, pelo menos no que diz com o Estudo de Viabilidade Municipal, que passou a
reclamar, e com a forma de sua divulgação anterior ao plebiscito. STF. Plenário. ADI 2.381 MC, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, j. 20-6-01.]”
Art. 19. É VEDADO à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
72
I - ESTABELECER cultos religiosos ou igrejas, SUBVENCIONÁ-LOS, EMBARAÇAR-LHES o
funcionamento ou MANTER com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança,
RESSALVADA, na forma da lei, a COLABORAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO; (MPRN-2009) (MPPB-
2010) (PCAP-2010) (MPES-2013) (PCES-2013) (MPPR-2014) (MPRS-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJMT-
2014) (PGERS-2015) (MPF-2011/2013/2017) (DPESC-2017) (TRF2-2017) (MPMS-2018) (MPGO-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (MPPE-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que obriga que as escolas e bibliotecas
públicas tenham um exemplar da Bíblia: A imposição legal de manutenção de exemplares de Bíblias
em escolas e bibliotecas públicas estaduais configura contrariedade à laicidade estatal e à liberdade
religiosa consagrada pela CF/88. STF. Plenário. ADI 5258/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 12/4/21 (Info
1012).
(MPF-2017): Assinale a alternativa correta: As religiões não guiarão o tratamento estatal dispensado a
outros direitos fundamentais, tais como o direito à autodeterminação, o direito à saúde física e mental, o
direito à privacidade, o direito à liberdade de expressão, o direito à liberdade de orientação sexual e o
direito à liberdade no campo da reprodução. BL: art. 19, I, CF.
(MPF-2017): Assinale a alternativa correta: O princípio da laicidade, além de impor ao Estado uma
postura de distanciamento quanto à religião, impede que ele endosse concepções morais religiosas. BL:
art. 19, I, CF.
##Atenção: A laicidade impõe que o Estado se mantenha neutro em relação às diferentes concepções
religiosas presentes na sociedade, sendo-lhe vedado tomar partido em questões de fé, bem como buscar o
favorecimento ou o embaraço de qualquer crença. (SARMENTO, Daniel. O crucifixo nos tribunais e a
Laicidade do Estado. In: Revista Eletrônica PRPE, maio 2007.)
(MPF-2017): Assinale a alternativa correta: O ateísmo, na sua negativa da existência de Deus, é também
uma posição religiosa que não pode ser privilegiada pelo Estado. BL: art. 19, I, CF.
##Atenção: Na verdade, o ateísmo, na sua negativa da existência de Deus, é também uma crença
religiosa, que não pode ser privilegiada pelo Estado em detrimento de qualquer outra cosmovisão.
(SARMENTO, Daniel. O crucifixo nos tribunais e a Laicidade do Estado. In: Revista Eletrônica PRPE,
maio 2007.)
(PGERS-2015-Fundatec): O princípio da laicidade estatal: Veda ao Estado que estabeleça cultos religiosos
ou igrejas, de forma a subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles relações de
dependência ou aliança, ressalvada a colaboração de interesse público. BL: art. 19, I, CF.
(TJMS-2010-FCC): Sobre a federação brasileira, é correto afirmar que os entes federados não podem
recusar fé aos documentos públicos. BL: art. 19, II, CF.
##Atenção: Desse modo, um ente tem que reconhecer um documento emitido pelo outro, como, por
exemplo, uma carteira de identidade emitida em Roraima tem que valer no Rio de Janeiro.
III - CRIAR DISTINÇÕES entre brasileiros ou preferências entre si. (PGEPI-2008) (MPGO-2010)
(MPRO-2010) (PCAP-2010) (DPESC-2012) (TRF5-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei distrital que preveja percentual de vagas nas
73
universidades públicas reservadas para alunos que estudaram nas escolas públicas do Distrito Federal,
excluindo, portanto, alunos de escolas públicas de outros Estados da Federação: É inconstitucional a lei
distrital que preveja que 40% das vagas das universidades e faculdades públicas do Distrito Federal
serão reservadas para alunos que estudaram em escolas públicas do Distrito Federal. Essa lei, ao
restringir a cota apenas aos alunos que estudaram no Distrito Federal, viola o art. 3º, IV e o art. 19, III,
da CF/88, tendo em vista que faz uma restrição injustificável entre brasileiros. Vale ressaltar que a
inconstitucionalidade não está no fato de ter sido estipulada a cota em favor de alunos de escolas
públicas, mas sim em razão de a lei ter restringindo as vagas para alunos do Distrito Federal, em
detrimento dos estudantes de outros Estados da Federação. STF. Plenário ADI 4868, Rel. Min. Gilmar
Mendes, j. 27/03/20.
##Atenção: Desse modo, um ente tem que reconhecer um documento emitido pelo outro, como, por
exemplo, uma carteira de identidade emitida em Roraima tem que valer no Rio de Janeiro.
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; (TJDFT-2011) (MPCE-2011)
(TRF4-2012) (DPESP-2013) (TRF5-2013) (PGEBA-2014) (PGEMS-2014)
(TJMG-2009): Sobre as terras devolutas é correto dizer: As indispensáveis à defesa das fronteiras
pertencem à União Federal. BL: art. 20, II, CF.
(TJMG-2009): Sobre as terras devolutas é correto dizer: São bens públicos dominicais. BL: art. 20, II e art.
26, IV, CF.
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que BANHEM
mais de um Estado, SIRVAM de limites com outros países, ou SE ESTENDAM a território estrangeiro ou
dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; (MPRR-2008) (PGESP-2009) (MPRO-
2010) (MPCE-2011) (MPPB-2011) (MPSP-2011) (PGEPA-2011) (PGERS-2011) (TJPI-2012) (PCAL-2012) (PFN-
2012) (AGU-2009/2013) (TRF1-2011/2013) (TJRN-2013) (TRF2-2013) (TJDFT-2011/2014) (MPMT-2014) (TRF5-
2011/2015) (TJPE-2015) (TRF3-2016) (PGEAC-2014/2017)
(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: São bens pertencentes à União os lagos, rios e quaisquer
correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites
com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais. BL: art. 20, III, CF.
(TJMG-2012-VUNESP): É da Justiça Federal a competência para processar e julgar ação penal contra
acusado de pesca predatória em águas territoriais de Estados-membros da Federação. (ambiental)
##Atenção: É da Justiça Federal a competência para processar e julgar ação penal contra acusado de
pesca predatória em águas territoriais que cortem o território de um ou mais Estados-membros da
Federação, uma vez que esses rios são considerados bens da União, nos termos do art. 21, III da CF/88.
74
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as
ilhas oceânicas e as costeiras, EXCLUÍDAS, destas, as que CONTENHAM a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) (MPPB-2011) (TRF4-2010/2012) (TJPI-2012) (PCAL-
2012) (TRF5-2011/2013) (Cartórios/TJES-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRT8-2015)
(TJRS-2016) (DPESC-2017) (DPEMA-2018) (TJSC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019)
(TJSC-2019-CESPE): As ilhas costeiras são bens públicos que pertencem à União, ressalvadas as ilhas que
contenham a sede de municípios, que podem ter áreas sob domínio municipal ou particular, e as áreas
sob o domínio dos estados. BL: art. 20, IV c/c art. 26, II, CF. (administrat.)
##Atenção: ##STF: A redação dada ao art. 20, IV, da CF/88 pela EC nº 46/05. Ao se interpretar o âmbito
de aplicação do novo dispositivo introduzido pela EC 46/05, o STF, ao julgar o RE 636199 em regime de
Repercussão Geral, decidiu: “A Emenda Constitucional nº 46/05 não interferiu na propriedade da União,
nos moldes do art. 20, VII, da CF/88, sobre os terrenos de marinha e seus acrescidos situados em ilhas
costeiras sede de Municípios” (Tese 0676). Portanto, conforme decidiu o STF, “a EC nº 46/05 não alterou
o regime patrimonial dos terrenos de marinha, tampouco dos potenciais de energia elétrica, dos recursos
minerais, das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e de nenhum outro bem arrolados no art. 20
da CF”. Segundo a Corte, ocorreu apenas que “antes da Emenda Constitucional nº 46/05, todos os
imóveis situados nas ILHAS COSTEIRAS que não pertencessem, por outro título, a Estado, Município ou
particular, eram propriedade da União. Promulgada a aludida emenda, deixa de constituir título hábil a
ensejar o domínio da União o simples fato de que situada determinada área em ilha costeira, se nela
estiver sediado Município, não mais se presumindo a propriedade da União sobre tais terras, que passa
a depender da existência de outro título que a legitime”. (RE 636199, Min. Rel. Rosa Weber, j. 26/9/13).
##Atenção: DICAS:
Ilhas costeiras (ou ilhas continentais) situam-se próximo da costa.
Ilhas oceânicas (ou ilhas pelágicas) situam-se em alto mar.
Se a ilha for localizada dentro da faixa do mar territorial (12 milhas náuticas contados a partir
da linha do mar) será ilha costeira; se posterior, será ilha oceânica.
Critério objetivo para saber se é ilha costeira ou oceânica: mar territorial.
Súmula 496-STJ: Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não
são oponíveis à União.
##Atenção: ##DOD: Os terrenos de marinha são bens da União (art. 20, VII, da CF). Isso se justifica por
se tratar de uma região estratégica em termos de defesa e de segurança nacional (é a “porta de entrada”
de navios mercantes ou de guerra).
75
IX - os recursos minerais, INCLUSIVE os do subsolo; (TJTO-2007) (MPRO-2008) (AGU-2010) (MPCE-
2011) (MPSP-2011) (PGEPA-2011) (MPGO-2012) (PGESP-2012) (TRF1-2011/2013) (TJPR-2013) (PGEGO-2013)
(MPPA-2014) (TRF2-2014) (PGEBA-2014) (TRF5-2009/2011/2015) (TJPB-2015) (TJPE-2015) (Cartórios/TJMG-
2015) (TRF4-2014/2016) (DPESC-2017) (TJMT-2018)
(TJPB-2015-CESPE): Conforme está previsto na CF, os recursos minerais existentes em terras indígenas
pertencem à União, sendo permitido, na forma da lei, que atividades de mineração sejam exercidas
nessas áreas. BL: art. 20, IX e art. 231, §3º da CF/88. (ambiental)
(DPEPE-2018-CESPE): Com relação à disciplina dos bens públicos, assinale a opção correta: As terras
tradicionalmente reservadas aos índios são consideradas bens públicos de uso especial da União. BL: art.
20, XI, CF.
##Atenção: ##DOD: Vale ressaltar que se a terra já foi habitada pelos índios, porém quando foi editada a
CF/88 o aldeamento já estava extinto, ela não será considerada terra indígena. Confira: “Súmula 650-
STF: Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que
ocupadas por indígenas em passado remoto.”
§ 1º É ASSEGURADA, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
a PARTICIPAÇÃO NO RESULTADO DA EXPLORAÇÃO de petróleo ou gás natural, de recursos
hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou COMPENSAÇÃO
FINANCEIRA por essa exploração. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (TJTO-2007)
(TJSE-2008) (PGEPA-2011) (PGESP-2012) (TRF2-2013) (AGU-2013) (PGEMS-2014) (TRF5-2009/2011/2015) (PFN-
2012/2015) (MPF-2015) (TRF3-2016) (TRF4-2016) (TJMT-2018) (PCMG-2018) (MPSC-2016/2019) (PGM-Boa
Vista/RR-2019)
##Atenção: ##DOD: Os recursos hídricos e os recursos minerais pertencem à União, conforme prevê os
inciso V, VIII e IX do art. 20 da CF/88.
76
Exemplo de aproveitamento dos recursos hídricos para geração de energia: hidrelétrica.
Exemplo de recurso mineral: petróleo.
##Atenção: ##DOD: ##PGESP-2012: ##FCC: O poder constituinte optou por denominar os royalties
como “participação no resultado” e “compensação financeira pela exploração de recursos naturais”.
Essa segunda modalidade (compensação financeira) possui natureza jurídica de receita transferida
não tributária de cunho originário, isto é, decorrente da exploração do próprio patrimônio.
##Atenção: ##DOD: A Lei federal 9.478/97 dispõe sobre a política energética nacional e sobre as
atividades relativas ao monopólio do petróleo. Os arts. 48 e 49 dessa lei tratam sobre a distribuição dos
royalties de petróleo, a fim de dar cumprimento ao art. 20, § 1º, da CF/88.
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres,
designada como FAIXA DE FRONTEIRA, é considerada fundamental para defesa do território nacional,
e sua ocupação e utilização SERÃO REGULADAS em lei. (MPES-2010) (TJPI-2012) (DPERR-2013)
(PGEBA-2014) (TRF4-2014/2016) (TRF2-2017) (Anal. Judic./TRF4-2019) (TJMS-2020)
##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: A “faixa de fronteira” é a área de até 150 quilômetros de largura, ao
longo das fronteiras terrestres, considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua
ocupação e utilização serão reguladas em lei (art. 20, §2º, CF/88). Registre-se que não se fala mais em
“faixa de segurança nacional”, expressão utilizada anteriormente à CF/88, pela revogada Lei Federal
2.597/55, possuindo o mesmo sentido da atual faixa de fronteira.
##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: A “Zona Contígua” brasileira compreende uma faixa que se estende
das doze às vinte e quatro milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir
a largura do mar territorial (art. 4º da Lei 8.617/1993).
77
Federal, matérias de interesse regional e local. BL: arts. 21 a art. 32, CF.
##Atenção: Perceba que o DF terá interesse tanto regional como local, nos termos §1º do art. 32 da CF.
(MPMG-2021): Em matéria de política urbana, é correto afirmar que: Compete à União, entre outras
atribuições de interesse da política urbana, elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação
do território e de desenvolvimento econômico e social. BL: art. 21, IX, CF.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: A Constituição Federal confere à União Federal, em caráter
exclusivo, a exploração do serviço postal e do correio aéreo nacional. BL: art. 21, X, CF.
(TJPE-2015-FCC): A empresa Eletropubli S/A é uma sociedade de economia mista controlada pelo
Estado X, criada no ano de 2000, com a finalidade de atuar na área de geração de energia hidrelétrica.
Baseado nessas informações, é correto afirmar que se trata de pessoa jurídica de direito privado, havendo
no caso descentralização por meio de delegação da União, titular do serviço em questão. BL: art. 21, XII,
“b”, CF.
XIII - ORGANIZAR e MANTER o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de
2012) (DPEAC-2012) (DPESP-2012) (TJSP-2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013) (TJDFT-2014) (DPEPR-
2014) (Cartórios/TJMG-2017) (DPEDF-2019) (MPDFT-2021)
(MPSC-2021-CESPE): Acerca das normas constitucionais referentes às funções essenciais à justiça, julgue
o próximo item: A organização e a manutenção da Defensoria Pública dos Territórios e do Ministério
Público do Distrito Federal e dos Territórios são de competência exclusiva da União. BL: art. 21, XIII, CF.
##Atenção: ##DPEPR-2014: ##DPEDF-2019: ##CESPE: O art. 1.º da EC n.º 69/12, alterou o inciso
79
XIII do art. 21 da CF, excluindo a competência da União para organizar e manter a Defensoria Pública do
Distrito Federal. Com a EC 69/12, tal atribuição passou para a competência do próprio DF (saindo da
esfera da União). Portanto, a União ficou apenas com a organização, manutenção e legislação da
Defensoria Pública dos eventuais Territórios (não mais com a do DF). Em outros termos, a EC n.º.
69/12 retirou a competência da União para organizar e manter a Defensoria Pública do DF.
XIV - ORGANIZAR e MANTER a polícia civil, a POLÍCIA PENAL, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como PRESTAR assistência financeira ao Distrito Federal
para a EXECUÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 104, de 2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPDFT-2021)
Súmula Vinculante-39: Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias
civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.
##Atenção: ##STF: ##DOD: O Tribunal de Contas da União (TCU) é o órgão competente para
fiscalizar os recursos decorrentes do Fundo Constitucional do Distrito Federal (art. 21, XIV, CF/88 e Lei
10.633/02). Os recursos destinados ao Fundo Constitucional do Distrito Federal pertencem aos cofres
federais, consoante disposto na Lei 10.663/02. Logo, a competência para fiscalizar a aplicação dos
recursos da União repassados ao FCDF é do Tribunal de Contas da União. STF. 2ª T. MS 28584/DF, rel.
orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, j. 29/10/19 (Info 958)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei do Distrito Federal que institua, extinga e
transforme órgãos internos da Polícia Civil do Distrito Federal. Essa lei viola o art. 21, XIV, da CF/88,
que fixa a competência da União para manter e organizar a Polícia Civil do Distrito Federal. Deve-se
reconhecer que o art. 21, XIV, CF/88 trata tanto de competência administrativa quanto legislativa,
sendo a matéria atribuída, prioritariamente, à União. As leis distritais impugnadas, ao criarem cargos
em comissão e novos órgãos, também instituíram novas obrigações pecuniárias a serem suportadas
pela União. Ocorre que é vedado ao Distrito Federal valer-se de leis distritais para instituir encargos
financeiros a serem arcados pela União. Como as leis distritais declaradas inconstitucionais eram
muito antigas (2001, 2002 e 2005), o STF decidiu modular os efeitos da decisão. STF. Plenário. ADI 3666,
Rel. Min. Roberto Barroso, j. 6/12/18 (notícia do site) (Sem Info).
(TJSP-2011-VUNESP): Quanto à segurança pública: Compete à União organizar e manter a polícia civil,
a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. BL: art. 21, XIV, CF.
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEAC-2014) (PCES-2019)
a) toda atividade nuclear em território nacional SOMENTE SERÁ ADMITIDA PARA FINS
PACÍFICOS e mediante aprovação do Congresso Nacional; (PGEAL-2009) (AGU-2009) (MPDFT-2013)
(TRF2-2013) (TJPR-2014) (TRF4-2010/2014/2016) (TJAM-2016) (PGEAM-2016)
17
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes
gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir
o bem- estar de seus habitantes.
81
genericamente na legislação ambiental esparsa e, em relação aos danos nucleares, é objeto de expressa
disposição constitucional. BL: art. 4º, VII e 14, §1º, Lei 6938/81 e art. 21, XXIII, “d”, CF. (amb.)
##Atenção: Em relação à responsabilidade civil pelos danos causados por atividades nucleares, será
aferida pelo sistema da responsabilidade objetiva, conforme preceitua o art. 21, XXlll, c, da Constituição
Federal. Com isso, consagraram-se a inexistência de qualquer tipo de exclusão da responsabilidade
(incluindo caso fortuito ou força maior), a ausência de limitação no tocante ao valor da indenização e a
solidariedade da responsabilidade. (FIORILLO, 2006. p. 204).
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho; [obs.: norma constitucional de eficácia PLENA.] (TJSE-2008) (MPPE-2008) (DPESP-2009/2010)
(MPPB-2010) (TJES-2011) (TJMG-2012) (TJCE-2012) (TJMS-2012) (TJRJ-2012) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPRJ-
2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (DPERO-2012) (MPSP-2010/2013) (MPMS-2013) (MPSC-
2013) (TRF1-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGEGO-2013) (PCES-2013) (MPT-2013) (MPM-2013)
(MPGO-2012/2013/2014) (TJPR-2014) (TJMT-2014) (MPAC-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014)
(PGEPI-2014) (PGERN-2014) (AGU-2010/2012/2015) (TJPB-2015) (PGEPA-2015) (PCCE-2015) (TRT1-2015)
(TRT15-2015) (TRT23-2015) (TRF4-2014/2016) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMT-2016) (PGM-
POA/RS-2016) (TRF5-2013/2015/2017) (DPEPR-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (PCMT-2017) (MPBA-2018)
(PGESP-2018) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2014/2019) (TJAL-2019) (MPMT-2019)
(Anal. Judic./TRF4-2019) (MPDFT-2011/2013/2021) (DPESC-2017/2021) (MPPR-2017/2019/2021) (MPMG-2021)
(PGEAL-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PCRO-2009/2022) (DPETO-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional norma estadual que obriga empresa privada de telefonia
celular e instituição de ensino a garantir idênticos benefícios promocionais tanto aos novos clientes
quanto aos antigos: É inconstitucional lei estadual que impõe aos prestadores privados de serviços de
ensino e de telefonia celular a obrigação de estender o benefício de novas promoções aos clientes
preexistentes. STF. Plenário. ADI 5399/SP e ADI 6191/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 9/6/22 (Info
1058). STF. Plenário. ADI 6333 ED/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, redator do acórdão Min. Alexandre de
Moraes, j. 9/6/22 (Info 1058).
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que isenta entidades filantrópicas de
recolher as taxas de retribuição autoral arrecadadas pelo ECAD: A competência legislativa concorrente
sobre produção e consumo e responsabilidade por dano ao consumidor, prevista no art. 24, V e VIII,
82
da Constituição Federal, não autoriza os Estados-membros e o Distrito Federal a disporem sobre
direitos autorais. A lei estadual que cria novas hipóteses de não recolhimento de direitos autorais não
previstas na Lei federal usurpa a competência privativa da União para legislar sobre direito civil,
direito de propriedade e para estabelecer regras de intervenção no domínio econômico (art. 22, I, da
CF/88). Além disso, essa lei estadual retira dos autores das obras musicais o seu direito exclusivo de
utilização, publicação ou reprodução das obras ou do reconhecimento por sua criação, afrontando o
art. 5º, XXII e XXVII, da CF/88. STF. Plenário. ADI 5800/AM, Rel. Min. Luiz Fux, j. 8/5/19 (Info 939).
##Atenção: ##STF: ##PGESP-2018: ##VUNESP: Lei 6.816/2007 de Alagoas, instituindo depósito prévio
de 100% do valor da condenação para a interposição de recurso nos juizados especiais cíveis do
Estado. Inconstitucionalidade formal: competência privativa da União para legislar sobre matéria
processual. Art. 22, I, da Constituição da República. STF. Plenário. ADI 4161, Relator(a): CÁRMEN
LÚCIA, Tribunal Pleno, j. 30/10/14.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF5-2015: ##CESPE: É INCONSTITUCIONAL lei estadual que prevê
prioridade na tramitação para processos envolvendo mulher vítima de violência doméstica. A fixação
de prioridades na tramitação dos processos judiciais é matéria de Direito Processual, cuja competência
é privativa da União (art. 22, I, CF). STF. Plenário. ADI 3483/MA, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 3/4/14 (Info
741).
##Atenção: ##STF: ##TJMA-2013: ##CESPE: A Lei estadual 4.049/02, ao prever a gratuidade de todos
os estacionamentos situados no Estado do Rio de Janeiro aos portadores de deficiência e aos maiores
de sessenta e cinco anos, proprietários de automóveis, violou o art. 22, I, da CF. Verifica-se, no caso, a
inconstitucionalidade formal da mencionada lei, pois a competência para legislar sobre direito civil é
privativa da União. Precedentes. STF, 2ª T. AI 742679 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 27/09/11.
##Atenção: ##STF: ##PCMT-2017: ##CESPE: É competência privativa da União legislar sobre direito
processual (art. 22, I, da CF). A persecução criminal, da qual fazem parte o inquérito policial e a ação
penal, rege-se pelo direito processual penal. Apesar de caracterizar o inquérito policial uma fase
preparatória e até dispensável da ação penal, por estar diretamente ligado à instrução processual que
haverá de se seguir, é dotado de natureza processual, a ser cuidada, privativamente, por esse ramo do
direito de competência da União. STF. Plenário. ADI 3896/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 04/06/08.
(PCMT-2017-CESPE): Aprovada pela assembleia legislativa de um estado da Federação, determinada lei
conferiu aos delegados de polícia desse estado a prerrogativa de ajustar com o juiz ou a autoridade
competente a data, a hora e o local em que estes serão ouvidos como testemunha ou ofendido em processos
e inquéritos. Nessa situação hipotética, a lei é inconstitucional, pois o estado legislou sobre direito
processual, que é matéria de competência privativa da União. BL: art. 22, I, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: Viola a reserva de lei para dispor sobre norma de direito
comercial voltada à organização e estruturação das empresas públicas e das sociedades de economia
mista norma constitucional estadual que estabelece número de vagas, nos órgãos de administração das
pessoas jurídicas, para ser preenchidas por representantes dos empregados. STF. Plenário. ADI 238,
Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 24/02/10.
##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##CESPE: Ação Direta. Lei nº 670, de 02 de março de 1994, do
Distrito Federal. Cobrança de anuidades escolares. Natureza das normas que versam sobre
84
contraprestação de serviços educacionais. Tema próprio de contratos. Direito Civil. Usurpação de
competência privativa da União. Ofensa ao art. 22, I, da CF. Vício formal caracterizado. Ação julgada
procedente. Precedente. É inconstitucional norma do Estado ou do Distrito Federal sobre obrigações
ou outros aspectos típicos de contratos de prestação de serviços escolares ou educacionais. STF.
Plenário. ADI 1042, Rel. Cezar Peluso, j. 12/08/09.
(AGU-2010-CESPE): Julgue o item seguinte, que versa sobre as competências dos entes federativos no
Estado brasileiro: De acordo com entendimento do STF, é inconstitucional lei estadual que disponha sobre
aspectos relativos ao contrato de prestação de serviços escolares ou educacionais, por se tratar de matéria
inserida na esfera de competência privativa da União. BL: Entend. Jurisprud.
(MPBA-2018): Sobre o Direito Processual Civil, seria correto afirmar: São constitucionais os pressupostos
básicos atinentes ao recurso extraordinário e ao recurso especial, embora possa a União, em matéria
processual, sobre eles legislar. BL: art. 22, I c/c art. 102, III e art. 105, III, CF.
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; (MPRJ-2012)
(DPEMG-2014) (MPPR-2017)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei municipal que preveja que o Poder Executivo poderá
conceder autorização para que sejam explorados serviços de radiodifusão no Município: É formalmente
inconstitucional lei municipal que autoriza o Poder Executivo Municipal a conceder a exploração do
Serviço de Radiodifusão Comunitária no âmbito do território do Município. O art. 21, XII, “a”, da
CF/88 estabelece que a competência para conceder autorização para tais serviços é da União. Além
disso, o art. 22, IV da CF/88 confere à União a competência privativa para legislar sobre o tema
“radiodifusão”. STF. Plenário. ADPF 235/TO, Rel. Min. Luiz Fux, j. 14/8/19 (Info 947).
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que veda o corte do fornecimento de água e
85
luz, em determinados dias, pelas empresas concessionárias, por falta de pagamento: É inconstitucional
lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias ou permissionárias façam o corte do
fornecimento de água, energia elétrica e dos serviços de telefonia, por falta de pagamento, em
determinados dias (ex: sextas-feiras, vésperas de feriados etc.). STF. Plenário ADI 3824/MS, Rel. Min.
Celso de Mello, julgado em 02/10/2020.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: NOVIDADE LEGISLATIVA - Lei 14.015/20: Alterou a Lei
8.987/95 e a Lei 13.460/17 para deixar mais explícito que é possível a interrupção do serviço público em
caso de inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. Confira os dispositivos
inseridos na Lei nº 13.460/2017: “Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos
serviços, devendo os agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...) XVI – comunicação prévia ao consumidor de que o serviço será desligado em virtude de
inadimplemento, bem como do dia a partir do qual será realizado o desligamento, necessariamente durante
horário comercial. Parágrafo único. A taxa de religação de serviços não será devida se houver
descumprimento da exigência de notificação prévia ao consumidor prevista no inciso XVI do caput deste
artigo, o que ensejará a aplicação de multa à concessionária, conforme regulamentação. (...) Art. 6º São
direitos básicos do usuário: (...) VII – comunicação prévia da suspensão da prestação de serviço. Parágrafo
único. É vedada a suspensão da prestação de serviço em virtude de inadimplemento por parte do usuário
que se inicie na sexta-feira, no sábado ou no domingo, bem como em feriado ou no dia anterior a feriado.”
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O entendimento acima foi positivado em nível nacional.
A Lei 14.015/20 inseriu o § 4º ao art. 6º da Lei 8.987/95 com a seguinte redação: “Art. 6º (...) § 4º A
interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá iniciar-se na sexta-
feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.”
##Atenção: ##STF: ##DOD: Lei estadual não pode proibir que as concessionárias de energia elétrica
cobrem um valor do consumidor para a religação do serviço que havia sido suspenso por
inadimplemento: É inconstitucional lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias cobrem
“taxa” de religação no caso de corte de fornecimento de energia por atraso no pagamento. Essa lei
estadual invadiu a competência privativa da União para dispor sobre energia, violando, assim, o art.
22, IV, da CF/88. Além disso, também interferiu na prestação de um serviço público federal,
considerando que o serviço de energia elétrica é de competência da União, nos termos do art. 21, XII,
“b”, da CF/88. Ex: concessionária havia “cortado” (suspendido) o serviço de energia elétrica em razão
de inadimplemento; o consumidor regularizou a situação, quitando os débitos; a concessionária pode
exigir do cliente o pagamento de uma tarifa para efetuar o religamento do serviço; lei estadual não
pode proibir que a concessionária cobre esse valor. STF. Plenário. ADI 5610/BA, Rel. Min. Luiz Fux, j.
8/8/19 (Info 946).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCMS-2017: ##PCRO-2022: ##CESPE: ##FAPEMS: Lei estadual que
obriga concessionárias a instalarem bloqueadores de celular é inconstitucional: Lei estadual que
disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em presídio invade a competência da União para
legislar sobre telecomunicações. STF. Plenário. ADI 3835/MS, Rel. Min. Marco Aurélio, ADI 5356/MS,
red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, ADI 5253/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, ADI 5327/PR, Rel. Min Dias
Toffoli, ADI 4861/SC, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 3/8/16 (Info 833).
(PCRO-2022-CESPE): Assinale a opção que reflete o entendimento do STF acerca das competências
constitucionais: É inconstitucional lei estadual que obriga as concessionárias a instalarem bloqueadores de
sinal de celular em presídio. BL: Info 833, STF.
(PCMS-2017-FAPEMS): Sobre a organização do Estado e o Federalismo, assinale a alternativa correta:
Segundo o STF é inconstitucional lei estadual que disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em
presídio, pois tal legislação invade a competência da União para legislar sobre telecomunicações. BL: Info
833, STF.
86
Estados-membros que, a pretexto de exercerem a sua competência suplementar em matéria de
“consumo” (CF, art. 24, V) ou de “responsabilidade por dano (…) ao consumidor” (CF, art. 24, VIII),
editam normas estaduais dirigidas às empresas prestadoras de serviços de energia elétrica, dispondo
sobre direitos dos usuários e obrigações das concessionárias, usurpando, em consequência, a
competência privativa outorgada à União Federal em tema de organização do setor energético (CF, art.
21, XII, “b”, art. 22, IV, e art. 175) e intervindo, indevidamente, no âmbito das relações contratuais
entre o poder concedente e as empresas delegatárias de tais serviços públicos. Os Estados-membros
não podem interferir na esfera das relações jurídico-contratuais estabelecidas entre o poder
concedente (quando este for a União Federal ou o Município) e as empresas concessionárias nem
dispõem de competência para modificar ou alterar as condições que, previstas na licitação, acham-se
formalmente estipuladas no contrato de concessão celebrado pela União (energia elétrica – CF, art. 21,
XII, “b”) e pelo Município (fornecimento de água – CF, art. 30, I e V), de um lado, com as
concessionárias, de outro, notadamente se essa ingerência normativa, ao determinar a suspensão
temporária do pagamento das tarifas devidas pela prestação dos serviços concedidos (serviços de
energia elétrica, sob regime de concessão federal, e serviços de esgoto e abastecimento de água, sob
regime de concessão municipal), afetar o equilíbrio financeiro resultante dessa relação jurídico-
contratual de direito administrativo. STF. Plenário. ADI 2337, Rel. Min. Celso de Mello, j. 05/10/20. (...)
STF. Plenário. ADI 2337 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. 20/02/02.
(TRF5-2013-CESPE): À luz da jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta em relação
ao controle dos atos da administração pública e a servidores públicos: Segundo entendimento do STF, não
podem os estados- membros elaborar lei que estabeleça normas permissivas de interferências nas relações
jurídico-contratuais firmadas entre o poder público concedente, federal ou municipal, e as empresas
concessionárias de serviços públicos, ainda que alegadamente no exercício de sua competência concorrente
subsidiária para legislar sobre consumo e responsabilidade por dano causado ao consumidor do serviço
prestado por essas empresas. BL: Entend. Jurisprud.
(TJRS-2018-VUNESP): No tocante às águas, nos termos da CF/88 e da Lei das Águas, assinale a
alternativa correta: A União tem competência privativa para legislar sobre águas. BL: art. 22, IV, CF.
(TJPE-2013-FCC): Compete privativamente à União legislar sobre águas. BL: art. 22, IV, CF.
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; (TJSE-2008) (TJPR-2011) (MPRJ-
2012) (DPEMG-2014) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEPA-2015: ##MPMT-2019: ##FCC: Lei estadual não pode impor
prazos para as empresas de planos de saúde: É INCONSTITUCIONAL lei estadual que prevê prazos
máximos para que as empresas de planos de saúde autorizem exames médicos aos usuários. Isso
porque trata-se de lei que dispõe sobre direito civil, direito comercial e política de seguros, matérias
que são de competência da União (art. 22, I e VII, da CF/88). STF. Plenário. ADI 4701/PE, Rel. Min.
Roberto Barroso, j. 13/8/14 (Info 754).
(TJSC-2015-FCC): Caso disposições de lei estadual sobre transferência de valores contrariem lei federal
anterior que discipline a mesma matéria: as disposições da lei estadual incorrerão em vício de
inconstitucionalidade em virtude de invadirem esfera de competência da União. BL: art. 22, VII, CF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##AGU-2015: ##CESPE: Comércio exterior não pode ser tratado por lei
estadual: É INCONSTITUCIONAL lei estadual que proíba a comercialização, no referido Estado-
membro, de produtos importados que não tenham sido submetidos à análise de resíduos químicos de
87
agrotóxicos. Isso porque essa lei trata sobre comércio exterior, matéria cuja competência é privativa da
União, nos termos do art. 22, VIII, da CF/88. STF. Plenário. ADI 3813/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
12/2/15 (Info 774).
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; (PGEPI-2008)
(DPEAM-2013) (PGM-Teresina/PI-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que discipline as obrigações contratuais
relativas a seguros de veículos e regras de registro, desmonte e comercialização de veículos
sinistrados. Esta lei estadual viola a competência privativa da União para legislar sobre direito civil,
seguros, trânsito e transporte (art. 22, I, VII e XI, da CF/88). STF. Plenário. ADI 4704/DF, Rel. Min. Luiz
Fux, j. 21/3/19 (Info 934).
##Atenção: ##STF: ##DOD: Viola a CF/88 lei municipal que proíbe o transporte de animais vivos no
Município: Viola a Constituição Federal lei municipal que proíbe o trânsito de veículos, sejam eles
motorizados ou não, transportando cargas vivas nas áreas urbanas e de expansão urbana do
Município. Essa lei municipal invade a competência da União. O Município, ao inviabilizar o
transporte de gado vivo na área urbana e de expansão urbana de seu território, transgrediu a
competência da União, que já estabeleceu, à exaustão, diretrizes para a política agropecuária, o que
inclui o transporte de animais vivos e sua fiscalização. Além disso, sob a justificativa de criar
mecanismo legislativo de proteção aos animais, o legislador municipal impôs restrição
desproporcional. Esta desproporcionalidade fica evidente quando se verifica que a legislação federal
já prevê uma série de instrumentos para garantir, de um lado, a qualidade dos produtos destinados ao
consumo pela população e, de outro, a existência digna e a ausência de sofrimento dos animais, tanto
no transporte quanto no seu abate. STF. Plenário. ADPF 514 e ADPF 516 MC-REF/SP, Rel. Min. Edson
Fachin, j. 11/10/18 (Info 919).
88
##Atenção: Para não confundir:
Legislar sobre trânsito e transporte: Competência privativa da União (art. 22, XI).
Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito: Competência
comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (art. 23, XII).
(TJMG-2018-Consulplan): NÃO é constitucional a lei municipal que impõe sanção mais gravosa que a
constante do Código de Trânsito Brasileiro. BL: art. 22, XI, CF.
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; (MPSP-2006) (PGEPE-2009) (TRF3-2011)
(TRF5-2011) (PGEPA-2011) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (TJPR-2012/2013) (TRF4-2014) (PGEMS-2014) (TJDFT-
2016) (PCPA-2016) (TJMT-2018) (MPBA-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJPA-2014/2019) (MPPI-2019)
(PGM-Campo Grande/MS-2019) (TJAP-2022)
(MPPI-2019-CESPE): De acordo com a CF/88, compete privativamente à União legislar sobre as águas e
a metalurgia. BL: art. 22, IV e XII, CF.
89
(TJRS-2016-Faurgs): Levando em consideração as normas estabelecidas no Título III, sobre a organização
político-administrativa do Estado, assinale a alternativa correta: A União é competente para legislar
privativamente sobre populações indígenas, porém os Estados podem legislar sobre questões específicas
dessa matéria quando autorizados por Lei complementar. BL: art. 22, XIV c/c § único, CF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMT-2019: ##FCC: É inconstitucional lei estadual que estabeleça
normas sobre a comercialização de títulos de capitalização, proibindo a venda casada e prevendo
regras para a publicidade desses produtos. STF. Plenário. ADI 2905/MG, rel. orig. Min. Eros Grau, red.
p/ o ac. Min. Marco Aurélio, j. 16/11/16 (Info 847).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Em um julgado bem apertado, o STF decidiu que esta lei
trata sobre direito comercial e outros temas que são de competência privativa da União, nos termos do art.
22, I, VI, VII e XIX, da CF. Afastou-se a alegação de que a lei trata sobre direito do consumidor. O Estado-
membro só poderá legislar sobre as matérias do art. 24 (dentre elas, a defesa do consumidor) se houver
situações peculiares que justifiquem a lei. É isso que se extrai dos §§ 2º e 3º do art. 24.
90
• Estados-membros e Municípios não podem legislar sobre os sistemas de consórcios e sorteios,
incluindo as loterias.
• Estados-membros e Municípios podem explorar os serviços de loterias.
A competência legislativa acerca de determinado assunto não se confunde com a competência material,
executiva, de exploração de serviço a ele correlato. Não se pode conferir interpretação estendida para
também gerar competência material exclusiva da União, que não consta do rol taxativo previsto no art. 21
da CF/88.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMG-2021: É inconstitucional lei municipal que cria concurso de
prognósticos de múltiplas chances (loteria) em âmbito local. A competência para tratar sobre esse
assunto (sistemas de sorteios) é privativa da União, conforme determina o art. 22, XX, da CF/88. Sobre
o tema, vale a pena lembrar a Súmula Vinculante 2: “É inconstitucional a lei ou ato normativo
estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.”
STF. Plenário. ADPF 337/MA, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 17/10/18 (Info 920).
##Atenção: ##STF: A expressão “sistema de sorteios”, constante do art. 22, XX, CF/88, abrange os jogos
de azar, as loterias e similares (STF. Plenário. ADI 3895, Rel. Min. Menezes Direito, j. 4/6/08).
##Atenção: Aos Estados cabe exercer a competência suplementar à legislação federal somente em caso
de competência CONCORRENTE. No entanto, a competência para legislar sobre consórcios públicos
encontra-se inserida na competência PRIVATIVA da União, e nesse caso, não cabe ao Estado exercer
suplementação, ainda que haja legislação federal disciplinando a matéria, SALVO se houvesse delegação
da União por meio de lei complementar a todos os Estados, o que não é o caso.
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização,
inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (MPM-2021)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que estabelece critério diferente das regras
federais para o ingresso de crianças no primeiro ano do ensino fundamental: É inconstitucional lei
estadual que fixa critério etário para o ingresso no Ensino Fundamental diferente do estabelecido pelo
legislador federal e regulamentado pelo Ministério da Educação. STF. Plenário. ADI 6312, Rel. Min.
Roberto Barroso, j. 18/12/20 (Info 1003).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: É inconstitucional lei municipal que proíba a
divulgação de material com referência a “ideologia de gênero” nas escolas municipais: Compete
privativamente à União legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional (art. 22, XXIV, da CF), de
modo que os Municípios não têm competência para editar lei proibindo a divulgação de material com
referência a “ideologia de gênero” nas escolas municipais. Existe inconstitucionalidade formal. Há
também inconstitucionalidade material nessa lei. Lei municipal proibindo essa divulgação viola: i) a
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber (art. 206, II, CF); e
ii) o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas (art. 206, III). Essa lei contraria ainda um dos
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, que é a promoção do bem de todos sem
preconceitos (art. 3º, IV, CF/88). Por fim, essa lei não cumpre com o dever estatal de promover políticas
de inclusão e de igualdade, contribuindo para a manutenção da discriminação com base na orientação
sexual e identidade de gênero. STF. Plenário ADPF 457, Rel. Alexandre de Moraes, j. 27/04/20.
(TJPR-2021-FGV): Após ampla discussão no âmbito da Câmara Municipal de Alfa, com a realização de
91
diversas audiências públicas, foi aprovada a Lei Municipal nº XX, que vedou a divulgação de qualquer
material com ideologia de gênero no âmbito das escolas municipais. À luz da sistemática constitucional
vigente, é correto afirmar que: a competência para legislar sobre a matéria é privativa da União, e a Lei
Municipal nº XX afronta a liberdade de ensinar e o pluralismo de ideias. BL: Entend. Jurisprud.
(TJRS-2016-Faurgs): Com base na previsão do artigo 22, assinale a alternativa que contém competência
legislativa privativa da União: Definir diretrizes e bases da educação nacional. BL: art. 22, XXIV, CF.
##Atenção: ##STF: ##PGEAM-2016: ##CESPE: É inconstitucional norma estadual que dispõe sobre
atividades relacionadas ao setor nuclear no âmbito regional, por violação da competência da União
para legislar sobre atividades nucleares, na qual se inclui a competência para fiscalizar a execução
dessas atividades e legislar sobre a referida fiscalização. STF. Plenário. ADI 1.575/SP, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, j. 07/04/10.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento) (...)
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de
serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
92
##Atenção: ##STF: ##MPPR-2019: Lei do Município de São Paulo nº 13.959/05, a qual exige que “os
veículos utilizados para atender contratos estabelecidos com a Administração Municipal, Direta e
Indireta, devem, obrigatoriamente, ter seus respectivos Certificados de Registro de Veículos expedidos
no Município de São Paulo”. Exigência que não se coaduna com os arts. 19, III, e 37, XXI, da CF/1988. A
exigência constante da Lei nº 13.959/05 do Município de São Paulo, além de malferir a legítima
expectativa individual de quem queira participar de certame público, ofendendo direito individual,
vulnera o interesse público, direito da coletividade, pois, com a redução do universo de interessados
em contratar, não se garante à Administração a oferta mais vantajosa. É certo que as desigualações
entre sujeitos ou situações jurídicas no campo das licitações e contratos somente se justificam quando
voltadas ao melhor e mais eficiente cumprimento do objeto licitado/contratado e, ainda assim, desde que
não sejam desarrazoadas e estejam em conformidade com o sistema jurídico-constitucional, sob pena de
restar vulnerado o princípio da isonomia. Consoante a jurisprudência firmada na Corte no exame de
situações similares, o diploma em epígrafe ofende, ainda, a vedação a que sejam criadas distinções entre
brasileiros ou preferências entre os entes da Federação constante do art. 19, III, da CF/88. (...). STF. 2ª T.,
RE 668810 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 30/06/17.
##Atenção: ##STF: ##TJMA-2013: ##CESPE: A CF/88 outorga à União a competência para editar
normas gerais sobre licitação (art. 22, XXVII) e permite, portanto, que Estados e Municípios legislem para
complementar as normas gerais e adaptá-las às suas realidades. O STF firmou orientação no sentido de
que as normas locais sobre licitação devem observar o art. 37, XXI da CF/88, assegurando “ a igualdade de
condições de todos os concorrentes”. Dentro da permissão constitucional para legislar sobre normas
específicas em matéria de licitação, é de se louvar a iniciativa do Município de Brumadinho-MG de
tratar, em sua Lei Orgânica, de tema dos mais relevantes em nossa pólis, que é a moralidade
administrativa, princípio-guia de toda a atividade estatal, nos termos do art. 37, caput da CF/88. A
proibição de contratação com o Município dos parentes, afins ou consanguíneos, do prefeito, do vice-
prefeito, dos vereadores e dos ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança, bem como dos
servidores e empregados públicos municipais, até seis meses após o fim do exercício das respectivas
funções, é norma que evidentemente homenageia os princípios da impessoalidade e da moralidade
administrativa, prevenindo eventuais lesões ao interesse público e ao patrimônio do Município, sem
restringir a competição entre os licitantes. Inexistência de ofensa ao princípio da legalidade ou de
invasão da competência da União para legislar sobre normas gerais de licitação. Recurso extraordinário
provido. (STF, 2ª T., RE 423560, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 29/5/12).
(TJMA-2013-CESPE): À luz da legislação e da jurisprudência, assinale a opção correta no que se refere à
distribuição de competências entre os entes da Federação brasileira: Insere-se na competência suplementar
do município lei municipal que proíbe a contratação, com o ente municipal, de parentes, afins ou
consanguíneos do prefeito e do vice-prefeito, até seis meses após o fim do exercício das suas respectivas
funções, não configurando o fato invasão da competência da União para legislar sobre normas gerais de
licitação. BL: art. 22, XXVII do CF e Entendimento STF.
93
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização
nacional; (MPM-2013) (DPEMG-2014)
(MPSP-2015): Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que compete privativamente à
União legislar sobre: Propaganda comercial. BL: art. 22, XXIX, CF.
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)
"DE" = Desapropriação
"P" = Processual19
"M" = Marítimo
"S" = Seguridade Social20
##Atenção: Legislar sobre educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa,
desenvolvimento e inovação = Concorrente da União, Estados e Distrito Federal
##Atenção: ###DICA: Quando vier a palavra “SISTEMA” ou a expressão “NORMAS GERAIS” pode
ter certeza que se trata de matéria de competência legislativa da UNIÃO. Temos no art. 22 os seguintes
incisos: VI; XVIII; XX; XXI; XXVII.
(MPMS-2018): De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar que: Lei complementar federal
18
##Atenção:
-Propaganda Comercial e Direito Comercial = Privativa da União
- Junta Comercial = Concorrente da União, Estados e Distrito Federal
19
##Atenção: Procedimentos em matéria processual = Concorrente da União, Estados e Distrito
Federal
20
##Atenção: Previdência Social = Concorrente da União, Estados e Distrito Federal
94
poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias de competência privativa
da União. BL: art. 22, § único, CF.
(MPDFT-2015): A disciplina constitucional relativa à competência para legislar sobre normas gerais de
organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos
de bombeiros militares exclui a possibilidade de os Estados exercerem a competência legislativa plena no
caso de inexistência de lei federal sobre normas gerais na matéria. BL: art. 22, XXI e § único, CF.
Art. 23. É COMPETÊNCIA COMUM da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
[Obs.: Competência Administrativa ou Material]
I - ZELAR pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e CONSERVAR o
patrimônio público; (MPTO-2012) (TRF4-2012) (Cartórios/TJMT-2014) (PGESC-2014) (DPEMG-2019)
##Atenção: ##STF: ##DOD: Estado pode ser obrigado a fornecer medicamento não registrado na
ANVISA, se a sua importação estiver autorizada, ele se mostrar imprescindível ao tratamento e houver
incapacidade financeira do paciente: Constatada a incapacidade financeira do paciente, o Estado deve
fornecer medicamento que, apesar de não possuir registro sanitário, tem a importação autorizada pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para tanto, devem ser comprovadas a
imprescindibilidade do tratamento e a impossibilidade de substituição por outro similar constante
das listas oficiais de dispensação e dos protocolos de intervenção terapêutica do Sistema Único de
Saúde (SUS). Tese fixada pelo STF: “Cabe ao Estado fornecer, em termos excepcionais, medicamento
que, embora não possua registro na Anvisa, tem a sua importação autorizada pela agência de vigilância
sanitária, desde que comprovada a incapacidade econômica do paciente, a imprescindibilidade clínica
do tratamento, e a impossibilidade de substituição por outro similar constante das listas oficiais de
dispensação de medicamentos e os protocolos de intervenção terapêutica do SUS.” STF. Plenário. RE
1165959/SP, Rel. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes, j. 18/6/21 (Repercussão
Geral – Tema 1161) (Info 1022).
95
##DPEPR-2022: ##AOCP: ##CESPE: Responsabilidade pelo fornecimento do medicamento ou pela
realização do tratamento de saúde: O tratamento médico adequado aos necessitados se insere no rol
dos deveres do Estado, porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo
pode ser composto por qualquer um deles, isoladamente, ou conjuntamente. A fim de otimizar a
compensação entre os entes federados, compete à autoridade judicial, diante dos critérios
constitucionais de descentralização e hierarquização, direcionar, caso a caso, o cumprimento conforme
as regras de repartição de competências e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus
financeiro. As ações que demandem fornecimento de medicamentos sem registro na ANVISA deverão
necessariamente ser propostas em face da União. STF. Plenário. RE 855178 ED/SE, rel. orig. Min. Luiz
Fux, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, j. 23/5/19 (Info 941).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O STF, ao interpretar o art. 23, II da CF, entende que a
prestação dos serviços de saúde e o fornecimento de medicamentos representam uma responsabilidade
solidária dos três entes federativos (não se trata de responsabilidade subsidiária). Sendo a responsabilidade
solidária, o doente tem liberdade para ajuizar a ação somente contra a União, somente contra o Estado-
membro/DF, somente contra o Município, contra dois deles (ex: União e Estado) ou contra os três entes em
litisconsórcio. Assim, a parte pode incluir no polo passivo qualquer um dos entes, isoladamente, ou
conjuntamente. A parte escolhe contra qual (ou quais) ente(s) irá propor a ação.
##Questões de concurso:
(DPEPR-2022-AOCP): Sobre o direito à saúde, assinale a alternativa correta: De acordo com o Supremo
Tribunal Federal, o tratamento médico adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado,
porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo pode ser composto por qualquer
um deles, isoladamente ou conjuntamente. BL: Info 941, STF.
(MPSP-2019): Considerando o entendimento consolidado do STF, assinale a alternativa correta: Os entes da
Federação, em decorrência da competência comum, são solidariamente responsáveis nas demandas
prestacionais na área da saúde, e diante dos critérios constitucionais de descentralização e hierarquização,
compete à autoridade judicial direcionar o cumprimento conforme as regras de repartição de competências
e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro. BL: Info 941, STF.
(MPPI-2012-CESPE): Com relação ao direito sanitário, assinale a opção correta: Cuidar da saúde
constitui competência material comum entre União, estados, DF e municípios. BL: art. 23, II, CF.
III - PROTEGER os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; (MPRO-2008) (PGEPB-2008) (TRF5-
2011) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (TRF4-2012) (PGESP-2012) (MPDFT-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (TRF2-2014) (MPF-2015) (PGEAM-2010/2016)
(PGM-POA/RS-2016) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJRS-2018) (PGESC-2018) (MPSP-2006/2019)
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: É competência comum da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos, assim como impedir a
evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou
cultural. BL: art. 23, III e IV, CF.
##Atenção: ##STF: ##TJSC-2019: ##CESPE: Os estados têm competência para instituir programa de
inspeção e manutenção de veículos com o objetivo de proteção ao meio ambiente. O ato normativo
impugnado não dispõe sobre trânsito ao criar serviços públicos necessários à proteção do meio ambiente
por meio do controle de gases poluentes emitidos pela frota de veículos do Distrito Federal. A alegação
do requerente de afronta ao disposto no art. 22, XI da CF/88 não procede. A lei distrital apenas regula
como o Distrito Federal cumprirá o dever-poder que lhe incumbe - proteção ao meio ambiente. O DF
possui competência para implementar medidas de proteção ao meio ambiente, fazendo-o nos termos do
disposto no art. 23, VI, da CF/88. STF. Plenário. ADI 3338, Rel. Joaquim Barbosa, Rel. p/ Ac. Eros Grau, j.
31/08/05.
(TJSC-2019-CESPE): Acerca da proteção ao meio ambiente e da repartição de competências ambientais na
estrutura federativa brasileira, assinale a opção correta de acordo com a jurisprudência do STF: Os estados
têm competência para instituir programa de inspeção e manutenção de veículos com o objetivo de proteção
ao meio ambiente. BL: art. 26, VI da CF e Entend. STF.
##Atenção: ##Dica:
COMbater poluição - competência COMum (art. 23, VI)
##Atenção: Todos os entes federados são competentes para o licenciamento ambiental uma vez tratar-se
97
de competência administrativa comum prevista no art. 23, VI, da CF/88. Os critérios de definição de
competência estão previstos na LC 140/2011 e na Resolução CONAMA 237/97. Em ambas as normas,
verifica-se a competência municipal (vide art. 9º da LC 140/2011 e art. 6º da Res. CONAMA 237/97).
98
X - COMBATER as causas da pobreza e os fatores de marginalização, PROMOVENDO a
integração social dos setores desfavorecidos; (TRF5-2009) (TJDFT-2014) (MPMT-2014) (DPEPB-2014)
(PGESC-2014) (TRF1-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PCPI-2018)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que discipline a ARRECADAÇÃO das
receitas oriundas da exploração de recursos hídricos para geração de energia elétrica e de recursos
minerais, inclusive petróleo e gás natural. Há uma inconstitucionalidade formal, considerando que
cabe à União legislar sobre o tema (art. 22, IV e XII, CF/88). Por outro lado, a lei estadual pode dispor
sobre a fiscalização e o controle dessas receitas, tendo em vista que é de competência comum aos entes
registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seus territórios (art. 23, XI, CF/88). Por esse motivo, o STF afirmou que são
constitucionais os dispositivos da Lei estadual que tratam sobre as providências administrativas que
devem ser observados pelas concessionárias instaladas no Estado. STF. Plenário. ADI 4606/BA, Rel.
Min. Alexandre de Moraes, j. 28/2/19 (Info 932).
(MPRS-2014): É competência material comum dos entes federados a implantação de política educacional
visando à segurança do trânsito. BL: art. 23, XII, CF.
(DPEMT-2016-UFMT): Sobre as competências dos entes federativos, de acordo com a CF/988, assinale
a alternativa correta: Nas competências comuns, mediante leis complementares, é possível fixar normas
para a cooperação entre os entes federativos. BL: art. 23, § único, CF.
(TJAL-2008-CESPE): O parágrafo único do art. 23 da CF prevê que leis complementares fixarão normas
para a cooperação entre a União e os estados, o DF e os municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Esse dispositivo trata do federalismo assimétrico.
BL: art. 23, § único, CF.
99
Competência legislativa:
1) Privativa (art. 22): União e delegável mediante Lei Complementar de pontos específicos.
2) Concorrente (art. 24): União e Estados/DF (Sem municípios!), sendo que a União fará leis com caráter
de regras gerais.
(MPSP-2015): Nos termos da CF/1988, é correto afirmar que compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre: Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico. BL: art. 24, I da CF.
##Atenção: ##PGEAM-2016: ##PGERS-2021: ##CESPE: ##Fundatec: "Em direito financeiro, bem como nos
demais ramos versados no art. 24 da CF, a competência municipal não é autônoma. Somente pode ser exercida se
houver sido editada uma prévia lei federal ou estadual, que então será suplementada. E mais, a expressão 'no que
couber', contida no inciso II do art. 30 da CF, leva à conclusão de que há casos em que cabe o exercício de
competência suplementar. E o primeiro requisito para o exercício dessa competência é a incidência de interesse local,
conforme art. 30, I da CF. Deste modo, apenas é passível de suplementação pelo Município a legislação federal ou
estadual quando estiver presente ou subjacente o interesse local do Município a legislação federal ou estadual
quando estiver presente ou subjacente o interesse local do Município para editar tal legislação suplementadora.
Inexistente o interesse local municipal, não pode o Município editar legislação suplementar". (LEITE, Harrison.
Manual de Direito Financeiro. Salvador: JusPodivm, 2014, p. 40)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Mudança de Entendimento: É constitucional lei estadual que limita
ligações de telemarketing: Normas estaduais que disponham sobre obrigações destinadas às empresas
de telecomunicações, relativamente à oferta de produtos e serviços, incluem-se na competência
concorrente dos estados para legislarem sobre direitos do consumidor. STF. Plenário. ADI 5962/DF,
Rel. Min. Marco Aurélio, j. 25/2/21 (Info 1007).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Vale ressaltar que se trata de uma mudança de
entendimento considerando que o STF possuía julgado em sentido contrário: STF. Plenário. ADI 3959/SP,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 20/4/2016 (Info 822).
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que veda o corte do fornecimento de água e
luz, em determinados dias, pelas empresas concessionárias, por falta de pagamento: É inconstitucional
lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias ou permissionárias façam o corte do
fornecimento de água, energia elétrica e dos serviços de telefonia, por falta de pagamento, em
determinados dias (ex: sextas-feiras, vésperas de feriados etc.). STF. Plenário. ADI 3824/MS, Rel. Min.
Celso de Mello, julgado em 02/10/2020.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: NOVIDADE LEGISLATIVA - Lei 14.015/20: Alterou a Lei
8.987/95 e a Lei 13.460/17 para deixar mais explícito que é possível a interrupção do serviço público em
caso de inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. Confira os dispositivos
inseridos na Lei 13.460/17: “Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços,
devendo os agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes: (...) XVI – comunicação
prévia ao consumidor de que o serviço será desligado em virtude de inadimplemento, bem como do dia a partir do qual
será realizado o desligamento, necessariamente durante horário comercial. Parágrafo único. A taxa de religação de
serviços não será devida se houver descumprimento da exigência de notificação prévia ao consumidor prevista no inciso
XVI do caput deste artigo, o que ensejará a aplicação de multa à concessionária, conforme regulamentação.” (....) “Art.
6º São direitos básicos do usuário: (...) VII – comunicação prévia da suspensão da prestação de serviço. Parágrafo
único. É vedada a suspensão da prestação de serviço em virtude de inadimplemento por parte do usuário que se inicie
na sexta-feira, no sábado ou no domingo, bem como em feriado ou no dia anterior a feriado.” O entendimento acima
foi positivado em nível nacional. A Lei 14.015/20 inseriu o § 4º ao art. 6º da Lei 8.987/95 com a seguinte
redação: “Art. 6º (...) § 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá
iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.”
##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional lei estadual que obriga as empresas de telefonia fixa e
móvel a cancelarem a multa contratual de fidelidade quando o usuário comprovar que perdeu o
vínculo empregatício após a adesão do contrato. Desse modo, implementada norma de proteção ao
consumidor, rigorosamente contida nos limites do art. 24, V, da CF/88, entendeu o STF que esta norma
em nada interfere no regime de exploração, na estrutura remuneratória da prestação dos serviços ou
no equilíbrio dos contratos administrativos, razão pela qual não há usurpação da competência
legislativa privativa da União. STF. Plenário. ADI 4908/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, j. 11/4/19 (Info 937).
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que impõe às montadoras, concessionárias
e importadoras de veículos a obrigação de fornecer veículo reserva a clientes cujo automóvel fique
inabilitado por mais de quinze dias por falta de peças originais ou por impossibilidade de realização
do serviço, durante o período de garantia contratual. STF. Plenário. ADI 5158/PE, Rel. Min. Roberto
101
Barroso, j. 6/12/18 (Info 926).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Os Estados-membros podem legislar sobre “direito do
consumidor”, considerando que se trata matéria de competência concorrente, prevista no art. 24, V, da CF.
Ocorre que o STF entendeu que há uma inconstitucionalidade orgânica na lei, considerando que foi
violada a regra de competência para a edição desta lei. O Ministro Relator entendeu que, neste caso, o
Estado de Pernambuco extrapolou a competência concorrente e não apenas complementou a legislação
federal. Logo, foram ultrapassadas as balizas impostas ao legislador estadual para a elaboração de normas
consumeristas.
##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional lei estadual ou municipal que imponha sanções às
agências bancárias que não instalarem divisórias individuais nos caixas de atendimento. Trata-se de
matéria relativa a relação de consumo, o que garante ao Estado competência concorrente para legislar
sobre o tema (art. 24, V, CF). STF. Plenário. ADI 4633/SP, Rel. Min. Luiz Fux, j. 10/4/18 (notícia do site).
STF. 1ª Turma. ARE 756593 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 16/12/14.
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição; (MPMT-2008) (PGEPB-2008) (MPCE-2009) (DPEMT-
2009) (PGEPE-2009) (PCRJ-2009) (DPESP-2009/2010) (PGEGO-2010) (TJPB-2011) (TJRJ-2011) (MPPR-2011)
(TRF1-2011) (TJBA-2012) (TJRS-2012) (TJPI-2012) (MPRR-2012) (MPF-2012) (PGEAC-2012) (MPT-2012) (TJPR-
2010/2011/2013) (TJMA-2013) (TJRN-2013) (MPDFT-2013) (MPES-2013) (MPMS-2013) (DPETO-2013) (PGDF-
2013) (PCPR-2013) (TJMG-2012/2014) (MPMA-2014) (MPRS-2014) (DPEPR-2014) (PGEMS-2014) (PGM-
Recife/PE-2014) (AGU-2012/2015) (TJRR-2015) (TJSE-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCCE-2015) (TRT1-2015)
(TJDFT-2014/2016) (DPEES-2016) (TRF4-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (PGM-São Luís/MA-
2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRO-2008/2017) (TRF2-2013/2017) (TRF5-2009/2011/2013/2015/2017) (MPSP-
2015/2017) (MPRS-2017) (PGESE-2017) (PGESP-2009/2018) (MPBA-2010/2018) (TJCE-2012/2018) (TRF3-2018)
(PGESC-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2014/2019) (TJAL-2019) (TJPA-2019) (TJSC-2019)
(MPPI-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPSC-2014/2019/2021) (TJSP-2021) (MPAP-2021) (MPMG-2021)
(PGEAL-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (TJAP-2022) (MPCSC-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-
Teresina/PI-2022)
##Atenção: A competência legislativa em matéria ambiental é concorrente como informa o art. 24, VI,
CF/88, cabendo à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre proteção do meio ambiente e
dos recursos naturais.
##Atenção: ##Dica:
COMbater poluição - competência COMum (art. 23, VI)
##Atenção: Os Municípios também possuem competência legislativa, nos termos do art. 30, incisos I e II
da CF, para “legislar sobre assuntos de interesse local” e “suplementar a legislação federal e estadual, no
que couber”.
##Atenção: ##STF: ##DOD: : ##PGEAL-2021: ##CESPE: Norma estadual pode proibir a caça em seu
102
território: Não afronta a competência legislativa da União o dispositivo de constituição estadual que
proíbe a caça em seu respectivo território. STF. Plenário. ADI 350/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 18/6/21
(Info 1022).
##Atenção: ##STF: ##AGU-2012: ##CESPE: Diante dos amplos termos do inc. IV do par. 1. do art. 225
da Carta Federal, revela-se juridicamente relevante a tese de inconstitucionalidade da norma estadual
103
que dispensa o estudo prévio de impacto ambiental no caso de áreas de florestamento ou
reflorestamento para fins empresariais. Mesmo que se admitisse a possibilidade de tal restrição, a lei
que poderia viabiliza-la estaria inserida na competência do legislador federal, já que a este cabe
disciplinar, através de normas gerais, a conservação da natureza e a proteção do meio ambiente (art.
24, inc. VI, da CF), não sendo possível, ademais, cogitar-se da competência legislativa a que se refere o
par. 3. do art. 24 da Carta Federal, ja que esta busca suprir lacunas normativas para atender a
peculiaridades locais, ausentes na espécie. Medida liminar deferida. STF. Plenário. ADI 1086-MC, Rel.
Min. Ilmar Galvão, j. 01/08/94. (...) Esse entendimento foi reafirmado pelo STF em outro julgado
publicado um pouco antes da realização da prova em que foi cobrada essa questão: “(...) O Plenário
desta Corte, ao julgar a ADI 1.086/SC, Rel. Min. Ilmar Galvão, assentou que a previsão, por norma
estadual, de dispensa ao estudo de impacto ambiental viola o art. 225, § 1º, IV, da Constituição Federal.
STF. 2ª T., RE 650909 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 17/04/12.”
(MPRO-2017-FMP): Assinale a alternativa correta: Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre proteção do meio ambiente. BL: art. 24, VI, CF.
(TJSE-2015-FCC): Compete, à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre
defesa do solo e dos recursos naturais. BL: art. 24, VI, CF. (amb.)
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; (DPEMT-2009) (DPEPA-2009) (TRF5-2009) (TJBA-
2012) (MPAL-2012) (MPMT-2012) (DPESC-2012) (MPF-2012) (MPES-2010/2013) (TJPR-2013) (TJPE-2013)
(MPDFT-2013) (PGEGO-2013) (TJMG-2014) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (PGERN-2014) (MPSP-2013/2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (DPEES-2016) (TRF4-2016) (PCPE-2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (MPPR-2011/2017) (MPRO-2017) (TRF5-2017) (DPU-2017) (PGESE-2017) (TJCE-2018) (MPBA-
2018) (DPEAP-2018) (DPEMA-2018) (PGESC-2018) (TJSP-2021) (MPAP-2021) (MPMG-2021) (MPSC-2021)
(PGEAL-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PCPA-2021) (MPCSC-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional lei estadual que obriga as empresas prestadoras de
serviços de televisão a cabo, por satélite ou digital no Estado a informarem previamente a seus
clientes os dados do empregado que realizará o serviço na residência do consumidor. Ex: Lei do RJ
prevê que as empresas prestadoras de serviços, quando acionadas para realizar qualquer reparo na
residência do consumidor, ficam obrigadas a enviar uma mensagem de celular, pelo menos 1h antes
do horário agendado, informando o nome e a identidade do funcionário que irá ao local. O STF
entendeu que essa Lei do Estado do Rio de Janeiro versa, na verdade, sobre direito do consumidor,
matéria que se insere no rol de competências legislativas concorrentes (art. 24, V e VIII, CF). STF.
Plenário. STF. Plenário. ADI 5745/RJ, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, j.
7/2/19 (Info 929).
104
STF. Plenário. ADI 4862/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 18/8/16 (Info 835).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Qual é o motivo de a lei ser inconstitucional? Os
Ministros que julgaram a ADI procedente ficaram divididos quanto ao fundamento pelo qual a lei é
inconstitucional:
i) A lei é formalmente inconstitucional. Isso porque as regras sobre estacionamento de veículos inserem-
se no campo do Direito Civil e a competência para legislar sobre este assunto é da União, nos termos
do art. 22, I, da CF/88. Nesse sentido: Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
ii) A lei é materialmente inconstitucional. Ela não trata sobre Direito Civil, mas sim sobre Direito do
Consumidor, assunto que é de competência concorrente entre União e Estados/DF (art. 24, VIII, da
CF/88). Logo, em tese, o Estado-membro poderia legislar sobre o tema. Ocorre que a referida lei
estabelece um controle de preços, o que claramente viola o princípio constitucional da livre iniciativa
(art. 170). Votaram dessa forma: Ministros Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Rosa Weber.
iii) O Min. Marco Aurélio defendeu que a lei padece tanto de inconstitucionalidade formal (a
competência seria privativa da União) como material (indevida intervenção da norma na iniciativa
privada).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Existem diversos Municípios que possuem leis semelhantes
a esta. Caso sejam questionadas, tais leis municipais que tratam sobre o tema também poderão ser
declaradas inconstitucionais? SIM. Tanto as leis estaduais como também as municipais que estabeleçam
regras de cobrança fracionada em estacionamentos são consideradas inconstitucionais. Assim, não muda
nada o fato de a lei ser municipal ou estadual. Leis municipais que imponham cobrança fracionada serão
também consideradas inconstitucionais, seja porque a competência para legislar sobre o tema é da União
(argumento 1), seja porque violariam a livre iniciativa (argumento 2).
##Questão de concurso:
(TJMSP-2016-VUNESP): Considere o seguinte caso hipotético. Lei do Estado de São Paulo estabelece
hipóteses de gratuidade de estacionamento, em razão do tempo de utilização ou da realização de compras
acima de determinado valor, em estabelecimentos privados, como shopping centers e hipermercados. O STF
considera, sob o ponto de vista da repartição de competências estabelecida na Constituição Federal, que tal
lei é inconstitucional, pois versa sobre limitação genérica ao direito de propriedade, limitação essa para a
qual seria competente somente a União. BL: Info 835, STF.
(DPEAP-2018-FCC): Lei municipal que proíbe a cobrança de consumação mínima em bares da cidade
é, segundo a jurisprudência do STF, inconstitucional, pois cabe à União e ao Estado legislar sobre direito
do consumidor de forma concorrente. BL: art. 24, V e VIII, da CF.
##Atenção: O Min Gilmar Mendes, do STF, negou seguimento ao ARE 883165 interposto pela Câmara
Municipal do Rio de Janeiro para questionar acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que
julgou inconstitucional a Lei Municipal 5.497/12, que proíbe a cobrança de consumação mínima em
bares, restaurantes, boates e casas noturnas. Segundo o ministro, o acórdão recorrido está de acordo
com a jurisprudência do STF, segundo a qual compete à União, aos estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre direito do consumidor. (...) De acordo com o relator, é incabível o
trâmite do recurso. “O tribunal de origem, ao examinar a constitucionalidade da Lei Municipal 5.497/12,
consignou que o município invadiu competência legislativa concorrente da União e do estado”, disse.
Segundo consta no acórdão do tribunal estadual, compete ao município somente legislar sobre assunto
de interesse local e suplementar às legislações federal e estadual, no que couber. Assim, o ministro
negou seguimento ao recurso uma vez que a decisão recorrida está em consonância com a jurisprudência
da Corte.
105
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e
inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) (AGU-2010) (PCCE-2015) (PFN-2015)
(MPF-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (TJMT-2018) (MPBA-2018) (DPEMG-2019) (MPMG-2021) (TJPR-2021)
(DPESC-2021) (DPEPI-2022) (PCRO-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPF-2017: ##MPBA-2018: ##DPEMG-2019: Lei estadual pode fixar
número máximo de alunos por sala de aula: A competência para legislar sobre educação e ensino é
concorrente (art. 24, IX, da CF). No âmbito da legislação concorrente, a União tem competência apenas
para estabelecer as normas gerais (§ 1º) e os Estados podem suplementar (complementar, detalhar) a
legislação federal (§ 2º). As normas gerais sobre educação foram editadas pela União na Lei 9.394/96
(LDB). Determinado Estado-membro editou uma lei prevendo o número máximo de alunos que
poderiam estudar nas salas de aula das escolas, públicas ou particulares, ali existentes. O STF
entendeu que essa lei é constitucional e que não usurpa a competência da União para legislar sobre
normas gerais de educação. STF. Plenário. ADI 4060/SC, Rel. Min. Luiz Fux, j. 25/2/15 (Info 775).
##Questão de concurso:
(DPEMG-2019): A respeito do entendimento do STF sobre competência legislativa, analise a afirmativa a
seguir: A competência legislativa do Estado-membro para dispor sobre educação e ensino autoriza a
fixação, por lei local, do número máximo de alunos em sala de aula. BL: Info 775, STF.
##Atenção: Lembrando que a competência para legislar sobre Direito Processual é privativa da União
(art. 22, I, CF), e os procedimentos em matéria processual sim são de competência concorrente.
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; (MPSP-2011) (TJRS-2012)
(MPAM-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (MPPR-2017) (PCSP-2018)
106
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPAM-2015: ##TJBA-2019: ##CESPE: ##FMP: É CONSTITUCIONAL
lei estadual que determine que as empresas concessionárias de transporte coletivo intermunicipal
devam fazer adaptações em seus veículos a fim de facilitar o acesso e a permanência de pessoas com
deficiência física ou com dificuldade de locomoção. A competência para legislar sobre trânsito e
transporte é da União (art. 22, XI da CF). No entanto, a lei questionada trata também sobre o direito à
acessibilidade física das pessoas com deficiência, que é de competência concorrente entre União, os
Estados e o Distrito Federal (art. 24, XIV). STF. Plenário. ADI 903/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, 22/5/13
(Info 707).
(TJBA-2019-CESPE): A lei estadual X estabeleceu a obrigatoriedade da realização de adaptações nos
veículos de transporte coletivo intermunicipal de propriedade das empresas concessionárias do serviço,
com a finalidade de facilitar o acesso de pessoas com deficiência física ou com dificuldades de locomoção.
Conforme as disposições do texto constitucional, a legislação, a doutrina e a jurisprudência do STF, a lei
estadual X é constitucional, pois está compatível com a CF e com a Convenção Internacional sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência, incorporada ao direito nacional como norma constitucional. BL: Info
707, STF.
##Observação sobre o julgado acima: O STF declarou constitucional lei do Estado de Minas Gerais que
dispõe sobre adaptação dos veículos de transporte coletivo com a finalidade de assegurar seu acesso por
pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção. A Corte entendeu que é hipótese de competência
legislativa concorrente (art. 24, XIV, CF) e que a legislação é harmônica com a Convenção Internacional
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, primeiro tratado internacional aprovado pelo rito
legislativo previsto no art. 5º, § 3º, da CF/88, e, portanto, incorporado ao ordenamento constitucional
com status constitucional.
##Atenção: ##STF: ##DOD: Lei estadual pode proibir publicidade dirigida às crianças nos
estabelecimentos de educação básica: É constitucional legislação estadual que proíbe toda e qualquer
atividade de comunicação comercial dirigida às crianças nos estabelecimentos de educação básica.
STF. Plenário. ADI 5631/BA, Rel. Min. Edson Fachin, j. 25/3/21 (Info 1011).
##Atenção: A CF/88 estabelece ser de competência exclusiva da União legislar sobre normas de direito
civil (art. 22, I, CF), e de competência concorrente entre União e os Estados para legislar sobre a proteção
à infância e juventude (art. 24, XV).
##Atenção: Em dispositivos de natureza penal (atos infracionais) e de natureza civil (tutela, guarda,
adoção, poder familiar etc), a competência da União é privativa. Não obstante, em razão do permissivo
contido no § único do art. 22 da CF/88, poderá a União, por meio de lei complementar, autorizar os
Estados a legislar sobre essas questões. De outro lado, tem-se a competência concorrente da União e dos
Estados para legislar sobre proteção à infância e à juventude. Muito embora se curve à legislação federal
e a estadual a respeito, ao Município compete papel de suplementar a proteção à infância e juventude,
como, por exemplo, tratar do funcionamento dos Conselhos Tutelares, sem, é claro, colidir com as regras
dos artigos 134 e seguintes do ECA.
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. (MPSE-2010) (PCRJ-2012) (MPDFT-
2013) (PGEPR-2015) (PCCE-2015) (PCAP-2017) (PCSE-2018) (PF-2018) (MPM-2021)
107
(PCRO-2009) (TJPR-2010/2011) (DPEAM-2011) (TRF1-2011) (AGU-2009/2010/2012) (TJAC-2012) (TJPI-2012)
(MPAL-2012) (DPESC-2012) (MPF-2012) (PCMA-2012) (PFN-2012) (TJMA-2013) (TJAM-2013) (TJRN-2013)
(MPMS-2013) (DPEDF-2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013) (MPT-2013) (TJMG-2008/2014) (DPECE-2014)
(PGEBA-2014) (PCSC-2014) (MPDFT-2015) (TRF5-2015) (DPEMT-2016) (TRF4-2016) (Cartórios/TJSP-2016)
(PGEAM-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (MPPR-2017) (MPRO-2017) (TJRS-2018) (MPBA-2018)
(DPEMA-2018) (DPEPE-2018) (PCSE-2018) (PCSP-2018) (DPESP-2009/2012/2019) (MPSP-2013/2017/2019)
(TJPA-2014/2019) (TJAL-2019) (MPAP-2021) (PGERS-2021) (TJMMG-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
(MPBA-2018): No que tange à temática ambiental (competência ambiental), marque a alternativa correta:
As normas gerais no âmbito da competência concorrente são atribuídas à União. BL: art. 24, §1º, CF.
##Atenção: ##PGEAM-2016: ##CESPE: O rol das matérias privativas da União, ou seja, delegáveis, está
no art.22 da CF. A matéria tributária encontra-se no rol das competências concorrentes do art.24 da CF,
em que a mesma matéria pode ser tratada pela União, pelos Estados e pelo DF, mas cabe à União as
normas gerais, e ela não pode delegar esta competência para os demais entes políticos, o que pode
ocorrer é ela ficar inerte e os Estados e DF exercer a competência plena. Aqui, a competência da União
para normas gerais é exclusiva, pois não há possibilidade de delegação.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPAP-2021: ##CESPE: É inconstitucional lei estadual que institua
dispensa e licenciamento simplificado ambiental para atividades de lavra a céu aberto: É
inconstitucional norma estadual que estabelece hipóteses de dispensa e simplificação do
licenciamento ambiental para atividades de lavra a céu aberto por invadir a competência legislativa da
União para editar normas gerais sobre proteção do meio ambiente, nos termos previstos no art. 24, §§
1º e 2º, da CF/88. Vale ressaltar também que o estabelecimento de procedimento de licenciamento
ambiental estadual que torne menos eficiente a proteção do meio ambiente equilibrado quanto às
atividades de mineração afronta o caput do art. 225 da CF/88 por inobservar o princípio da prevenção.
STF. Plenário. ADI 6650/SC, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 26/4/21 (Info 1014).
##Atenção: ##STF: ##DOD: A competência para legislar sobre as atividades que envolvam
organismos geneticamente modificados (OGM) é concorrente (art. 24, V, VIII e XII, da CF/88). No
âmbito das competências concorrentes, cabe à União estabelecer normas gerais e aos Estados-membros
editar leis para suplementar essas normas gerais (art. 24, §§ 1º e 2º). Determinado Estado-membro
editou lei estabelecendo que toda e qualquer atividade relacionada com os OGMs naquele Estado
deveria observar “estritamente à legislação federal específica”. O STF entendeu que essa lei estadual é
inconstitucional porque significou uma verdadeira “renúncia” ao exercício da competência legislativa
concorrente prevista no art. 24, V, VIII e XII, da CF/88. Em outras palavras, o Estado abriu mão de sua
competência suplementar prevista no art. 24, § 2º da CF/88. Essa norma estadual remissiva fragiliza a
estrutura federativa descentralizada, e consagra o monopólio da União, sem atentar para nuances
locais. Assim, é inconstitucional lei estadual que remete o regramento do cultivo comercial e das
atividades com organismos geneticamente modificados à regência da legislação federal. STF. Plenário.
ADI 2303/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 5/9/18 (Info 914).
108
##Atenção: ##STF: ##PGECE-2008: ##MPMS-2018: ##CESPE: O STF entende ser constitucional lei
estadual que disponha sobre o ensino de língua espanhola aos alunos da rede pública do respectivo
ente federado. Competência concorrente entre a União, que define as normas gerais e os entes estaduais
e Distrito Federal, que fixam as especificidades, os modos e meios de cumprir o quanto estabelecido no
art. 24, inc. IX, da CF/88, ou seja, para legislar sobre educação. O art. 22, XXIV, da CF/88 enfatiza a
competência privativa do legislador nacional para definir as diretrizes e bases da educação nacional,
deixando as singularidades no âmbito de competência dos Estados e do Distrito Federal. STF. Plenário.
ADI 3669, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 18/06/07.
(MPMS-2018): Segundo o STF, é correto afirmar que é constitucional lei estadual que disponha sobre o
ensino de língua espanhola aos alunos da rede pública do respectivo ente federado. BL: Entend. Jurisprud.
(PGECE-2008-CESPE): De acordo com a repartição de competências prevista na Constituição Federal,
assinale a opção correta: Segundo a jurisprudência do STF, é constitucional lei estadual que disponha sobre
o ensino de língua espanhola aos alunos da rede pública do respectivo estado. BL: Entend. Jurisprud.
(TJMG-2008): A Constituição da República estabelece que compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre a “proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e
paisagístico” (art. 24, VII): Editadas as normas gerais pela União, é lícito que o Estado-membro ou o
Distrito Federal veicule norma suplementar que melhor as especifique, segundo sua peculiaridade
regional, e propicie mais adequadamente a proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico e
paisagístico. BL: art. 24, VII e §1º, CF.
21
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...) V - produção e
consumo; (...) XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
22
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I -
processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
109
§ 3º INEXISTINDO lei federal sobre normas gerais, os ESTADOS EXERCERÃO a
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA, para atender a suas peculiaridades. (MPMT-2008) (MPRR-2008)
(PGEPE-2009) (PGEPA-2011) (PGESP-2009/2012) (AGU-2009/2010/2012) (TJAC-2012) (DPESE-2012)
(DPESP-2012) (MPF-2012) (PCMA-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (MPMS-2013) (DPETO-2013) (PGEGO-
2013) (PGDF-2013) (PCES-2013) (PCSC-2008/2014) (MPGO-2010/2014) (TJPR-2011/2012/2014) (TJPA-2014)
(MPAC-2014) (DPECE-2014) (PGEBA-2014) (MPDFT-2013/2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (PGEPR-
2015) (TRT8-2015) (TRF4-2010/2016) (PCPA-2013/2016) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEAM-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (MPRO-2017) (DPEPR-2017) (MPBA-2010/2018) (TJRS-2012/2018) (TJMG-2018)
(DPEMA-2018) (PCSP-2018) (MPSP-2013/2017/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (TJMMG-2022)
(MPSP-2019): Enquanto não for editada lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. BL: art. 24, §3º, CF.
(TJPR-2012): Os estados exercerão a competência legislativa plena se não existir lei federal sobre normas
gerais envolvendo a tutela ao meio ambiente. BL: art. 24, caput, VI e §3º, CF. (ambiental).
##Atenção: ##PGEAM-2016: ##TJRS-2018: ##CESPE: ##VUNESP: Nos termos do art. 24, §4º da CF, a
superveniência da lei federal suspende a eficácia da legislação estadual naquilo em que dela contrariar.
110
Logo, não caberá ao STF determinar qual delas será aplicável; a própria CF/1988 prevê que prevalência é
da legislação federal.
##Atenção: A competência legislativa plena (art. 24, §3º, CF) não é definitiva. Pelo contrário, trata-se de
competência temporária, de modo que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual no que lhe for contrária, na forma expressamente disposta no § 4.º do art. 24 da
CF. Lembrando que, não se trata de revogação, mas de suspensão de eficácia.
(TJSC-2015-FCC): Determinado Estado da Federação possui uma legislação sobre flora. A União, após
intenso debate legislativo, trouxe em lei federal normas gerais sobre a mesma matéria tratada na lei
estadual. A lei estadual fica com a eficácia suspensa no que for contrário à legislação federal
superveniente. BL: art. 24, §4º, CF (ambiental)
##Atenção: Em virtude do exercício da competência legislativa plena dos Estados, a União poderá
suspender a eficácia de lei estadual no que lhe for contrário, consoante §4º do art. 24 da CF/88.
CAPÍTULO III
DOS ESTADOS FEDERADOS
Art. 25. Os Estados ORGANIZAM-SE e REGEM-SE pelas Constituições e leis que adotarem,
OBSERVADOS os princípios desta Constituição. (DPEAL-2009) (TRF4-2009) (MPES-2010) (DPESP-
2010) (MPMG-2011) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (MPGO-2010/2012) (MPPR-2012) (MPRR-2012) (MPF-2012)
(DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGDF-2013) (PCES-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPI-2014)
(PCSC-2014) (PGERS-2010/2015) (MPAM-2015) (DPEMA-2015) (TRT16-2015) (TJRS-2016) (TJAM-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (PCRS-2018) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJAL-
2019) (MPT-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (TCERJ-2021)
(MPMG-2011): Examine a afirmativa a seguir relativa aos Estados Federados: Os Estados organizam-se e
regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição da
República. BL: art. art. 25, caput, CF.
§ 1º SÃO RESERVADAS aos ESTADOS as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição. (PGESP-2002) (TJMG-2006) (TJAP-2008/2009) (DPECE-2008) (TRF4-2009) (AGU-2009)
(PGEAM-2010) (MPMG-2011) (TRF1-2011) (DPESP-2010/2012) (TJMS-2012) (MPRR-2012) (DPESC-2012)
(PCMA-2012) (MPGO-2010/2012/2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGDF-2013) (PCES-2013)
(PCGO-2013) (TRF2-2009/2014) (DPEPR-2014) (PGEPI-2014) (PCSC-2014) (TJAL-2015) (MPAM-2015)
(DPEMA-2015) (PGERS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMS-2014/2016) (DPEMT-2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRF5-2017) (PGETO-2018) (TCEMG-2018) (MPPR-2012/2014/2019)
(MPMT-2019) (DPEMG-2019) (MPT-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPDFT-2009/2013/2021) (MPM-
2021) (TCERJ-2021) (PCRO-2022) (PGM-Teresina/PI-2022) (MPCSC-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCRO-2022: ##CESPE: É constitucional lei estadual do trote telefônico:
É constitucional norma estadual que determine que as prestadoras de serviço telefônico são obrigadas
a fornecer, sob pena de multa, os dados pessoais dos usuários de terminais utilizados para passar
trotes aos serviços de emergência. STF. Plenário. ADI 4924/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 4/11/21
(Info 1036).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD:
-Inconstitucionalidade formal: Sob o aspecto formal, não há se falar em violação aos arts. 21, XI, e art. 22, IV,
da CF. Isso porque a lei estadual não traz regras sobre a prestação dos serviços de telecomunicações, sobre
as relações da concessionária com o usuário ou ainda sobre o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. A
norma impugnada trata, na verdade, de questão de direito administrativo relativa à assistência e à
111
segurança pública que se encontra dentro da competência legislativa residual dos Estados-membros, nos
termos do art. 25, §1º, da CF. Além disso, a competência material para cuidar dessas questões é atribuída a
todos os entes federativos, conforme previsão do art. 23, II, c/cart. 144, ambos da CF/88. Assim, a lei
estadual é uma norma de direito administrativo que prevê o compartilhamento de informações cadastrais já
existentes nos bancos de dados das empresas concessionárias para apurar ilícitos administrativos.
-Inconstitucionalidade material: No mesmo sentido, não há qualquer inconstitucionalidade material por
violação à intimidade, à vida privada ou ao direito de proteção dos dados dos usuários, bem como à
cláusula de reserva de jurisdição, nos termos estabelecidos pelo art. 5º, X e XII, da CF. Não se deve ignorar a
importância dos referidos direitos fundamentais. Contudo, é igualmente relevante asseverar que não
existem direitos fundamentais absolutos, sendo legítima a imposição de restrições por parte do legislador
em hipóteses de conflitos com outros direitos e princípios de natureza constitucional, desde que observados
os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. O afastamento parcial desses preceitos
constitucionais em casos de “trotes telefônicos” constitui medida proporcional e necessária à garantia da
prestação eficiente dos serviços de emergência contra a prática de ilícitos administrativos, inexistindo
qualquer outra medida que favoreça a higidez dessas atividades, que envolvem o atendimento a direitos
fundamentais de terceiros, com um menor grau de afetação dos direitos contrapostos. Destaque-se que a
autorização legislativa para o acesso administrativo de dados cadastrais não significa que o Poder Executivo
estadual esteja autorizado a monitorar ou acessar indiscriminadamente os dados pessoais de todos os
cidadãos. A lei deve estabelecer uma finalidade claramente delimitada para acesso aos dados, com hipóteses
legais específicas e a possibilidade de controle posterior que devem ser interpretadas de acordo com os
dispositivos constitucionais indicados, de modo a se manter hígida a norma e o objetivo previsto pelo
legislador estadual.
##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: O STF possui entendimento de que não ofende o art. 22, XI, da
CF/88, o disciplinamento do transporte, por outro ente da federação, para fins turísticos. Fretamento
de ônibus para o transporte com finalidade turística, ou para o atendimento do turismo no Estado.
Transporte ocasional de turistas, que reclama regramento por parte do Estado-membro, com base no
seu poder de polícia administrativa, com vistas à proteção dos turistas e do próprio turismo. CF, art.
25, § 1º. Inocorrência de ofensa à competência privativa da União para legislar sobre trânsito e
transporte (CF, art. 22, XI). STF. RE 461197/AL, Rel. Min. Ellen Gracie, j 22/12/09.
(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: A Constituição Federal de 1988, no que tange à repartição
de competências, estabeleceu que cabe à União os poderes enumerados, prescrevendo poderes
23
PEDRA, Adriano Sant'Ana. Medidas provisórias: a adoção nos âmbitos estadual e municipal. Revista de
Administração Pública, Rio de Janeiro, n. 35, v. 1, p. 167-176, jan./fev. 2001.
112
remanescentes para os Estados-Membros. BL: art. 25, §1º, CF.
(MPMG-2011): Examine a afirmativa a seguir relativa aos Estados Federados: São reservadas aos Estados
as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição da República. BL: art. 25, §1º, CF.
##Atenção: Além de ter competência residual (art. 25, §1º), os Estados têm competências enumeradas,
por exemplo, a exploração dos serviços locais de gás canalizado (art. 25, §2º).
113
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum. (TJMG-2006) (PCRO-2009) (MPES-2010) (MPSE-2010) (PGEAM-2010) (TJPB-2011) (MPMG-
2011) (TRF2-2011) (TRF3-2011) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (TJBA-2012) (MPMS-2012) (DPESP-2012)
(DPESC-2012) (PFN-2012) (TJAM-2013) (MPDFT-2013) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013)
(AGU-2013) (MPMT-2012/2014) (PGEBA-2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-
2011/2015) (DPEMA-2015) (MPPR-2016) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSP-2017)
(PCGO-2017) (PGETO-2018) (PCPI-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJPR-2019) (Cartórios/TJRS-2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020) (MPCE-2020) (MPM-2013/2021)
(PGEMA-2016-FCC): Lei ordinária estadual criou Região Metropolitana formada por municípios
contíguos e não contíguos, voltada para a prestação de serviços públicos de interesse comum aos
municípios que a integram. A mesma lei criou órgão colegiado estadual, do qual fazem parte apenas
autoridades estaduais, voltado para disciplinar a concessão de serviços municipais de interesse comum à
região metropolitana. De acordo com a Constituição Federal e a com a jurisprudência do STF, essa
Região Metropolitana apenas poderia ter sido criada por lei complementar e deveria ser formada apenas
por municípios contíguos, sendo, ainda, inconstitucional a atribuição ao órgão colegiado estadual da
competência para disciplinar a concessão de serviços municipais. BL: art. 25, §3º, CF e Entend.
Jurisprud.
##Atenção: Neste colegiado nenhum ente federado pode deter controle absoluto, embora não seja
obrigatória a instituição paritária na representação e no processo de decisão colegiada.
##Atenção: A participação de cada Município e do Estado deve ser estipulada em cada região
metropolitana, de acordo com suas particularidades, sem que se permita que um ente tenha predomínio
absoluto.
115
(TRF2-2017): Assinale a opção correta: O Estado membro possui competência concorrente para legislar
sobre a proteção do meio ambiente e sobre a defesa dos recursos naturais e, nessa linha, pode regular as
condições de utilização das águas subterrâneas, que são bens dos Estados. BL: art. 24, VI c/c art. 26, I, CF.
(TJPE-2011-FCC): As águas subterrâneas são bens de domínio do Estado-membro onde se situam. BL:
art. 26, I, CF. (ambiental).
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que ESTIVEREM no seu domínio, EXCLUÍDAS
aquelas SOB DOMÍNIO da União, Municípios ou terceiros; (PGECE-2008) (MPPB-2011) (PGEGO-2013)
(TRF5-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (TJPE-2015) (TJPR-2013/2017) (DPESC-2017) (TJSC-2019)
(TJPR-2017-CESPE): Em relação aos bens públicos, assinale a opção correta: O ordenamento jurídico
brasileiro permite que pertençam a particulares algumas áreas nas ilhas oceânicas e costeiras. BL: art. 26,
II, parte final, CF. (adm.).
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; (PGECE-2008) (TRF4-2010) (PGERO-2011)
(TJPR-2013) (AGU-2013) (TJRS-2016)
(TRF4-2010): Sobre os bens públicos, assinale a alternativa correta: As ilhas fluviais e lacustres situadas
nas zonas limítrofes com outros países incluem-se entre os bens da União; as demais ilhas fluviais e
lacustres pertencem aos Estados. BL: art. 20, IV24 e art. 26, III, CF e art. 1º,
##Atenção: DICAS:
ILHAS FLUVIAIS e LACUSTRES:
– Pertencerão, em regra, aos ESTADOS
– Pertencerá à União caso faça limite com outros países.
##Atenção: DICAS:
Ilhas costeiras (ou ilhas continentais) situam-se próximo da costa.
Ilhas oceânicas (ou ilhas pelágicas) situam-se em alto mar.
24
Art. 20. São bens da União: (...) IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
116
Se a ilha for localizada dentro da faixa do mar territorial (12 milhas náuticas contados a partir da
linha do mar) será ilha costeira; se posterior, será ilha oceânica.
Critério objetivo para saber se é ilha costeira ou oceânica: mar territorial.
(TJPA-2019-CESPE): As terras devolutas são terras públicas não incorporadas a patrimônio particular e
que não estejam afetadas a qualquer uso público. BL: art. 20, II25 e 26, IV, CF e art. 5º, caput, DL 9.760/46.
(TJMG-2009): Sobre as terras devolutas é correto dizer: Em geral, pertencem aos Estados, ressalvadas
aquelas pertencentes à União Federal. BL: art. 20, II e 26, IV, CF.
25
Art. 20. São bens da União: II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
117
##Atenção: ##STF: ##DOD: São constitucionais dispositivos da Constituição do Estado que estendem
aos Deputados Estaduais as imunidades formais previstas no art. 53 da CF/88 para Deputados Federais
e Senadores. A leitura da Constituição da República revela, sob os ângulos literal e sistemático, que os
Deputados Estaduais também têm direito às imunidades formal e material e à inviolabilidade que
foram conferidas pelo constituinte aos congressistas (membros do Congresso Nacional). Isso porque
tais imunidades foram expressamente estendidas aos Deputados pelo § 1º do art. 27 da CF/88. STF.
Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/
o ac. Min. Marco Aurélio, j. 8/5/19 (Info 939).
##Atenção: ##DOD: A CF/88, ao tratar sobre as imunidades, no art. 53, fala em Deputados Federais e
Senadores. Indaga-se: os Deputados Estaduais e os Vereadores também gozam das mesmas imunidades?
Deputados Estaduais: SIM Vereadores:
A CF/88 determina que os Deputados Estaduais Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas
possuem as mesmas imunidades que os opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e
parlamentares federais, nos termos do art. 27, § 1º: na circunscrição do Município (art. 29, VIII).
“§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados
Estaduais, aplicando-sê-lhes as regras desta Resumindo:
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, • Imunidade formal: NÃO gozam;
imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, • Imunidade material: possuem, mas desde que
impedimentos e incorporação às Forças Armadas.” relacionada com o mandato e por manifestações feitas
Logo, os Deputados Estaduais gozam tanto da dentro do Município.
imunidade material como formal.
##Comentários sobre o julgado veiculado no Info 939 do STF: ##DOD: No Info 939, o STF reafirmou o
entendimento acima e decidiu que são constitucionais as normas previstas nas Constituições estaduais
que conferem aos Deputados Estaduais as imunidades formais com relação à prisão (art. 53, § 2º, da
CF/88) e com relação ao processo (art. 53, § 3º).
##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional resolução da Assembleia Legislativa que, com base na
imunidade parlamentar formal (art. 53, § 2º c/c art. 27, § 1º da CF/88), revoga a prisão preventiva e as
medidas cautelares penais que haviam sido impostas pelo Poder Judiciário contra Deputado Estadual,
determinando o pleno retorno do parlamentar ao seu mandato. O Poder Legislativo estadual tem a
prerrogativa de sustar decisões judiciais de natureza criminal, precárias e efêmeras, cujo teor resulte
em afastamento ou limitação da função parlamentar. STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824
MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, j. 8/5/2019
(Info 939).
(TJAL-2008-CESPE): Quanto à organização da União, dos estados e dos municípios, assinale a opção
correta: Os deputados estaduais se submetem ao mesmo regime das imunidades previsto na CF para os
deputados federais e senadores. BL: art. 27, §1º, CF.
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais SERÁ FIXADO por lei de iniciativa da Assembléia
Legislativa, na razão de, NO MÁXIMO, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para
os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
118
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPMG-2011) (TJAC-2012) (PGEPA-2012) (PCSC-
2014) (Cartórios/TJMG-2017)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4) (...)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (...)
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a
qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória,
em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (...)
(TJSC-2010): Sobre os Estados Federados é correto afirmar: O subsídio dos Deputados Estaduais será
fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento
daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observados também mais alguns critérios
estabelecidos na Constituição da República. BL: art. 27, §2º, CF.
##Atenção: A CF/88 disciplina como será a iniciativa popular no âmbito federal (art. 61, §2º) e (art. 29,
XIII), mas não no âmbito estadual (art. 27, §4º).
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro) anos,
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em
segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse
ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função; (...)
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço
será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como
se no exercício estivesse.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) (...)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4) (...)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (...)
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a
qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória,
em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (...)
120
III - renda e proventos de qualquer natureza;
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da
lei;
CAPÍTULO IV
Dos Municípios
Art. 29. O Município REGER-SE-Á POR LEI ORGÂNICA, VOTADA em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e APROVADA por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, ATENDIDOS os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo
Estado e os seguintes preceitos: (TJAL-2008) (DPEMG-2009) (PCRO-2009) (MPPB-2010) (MPES-2010)
(TRF1-2011) (TRF3-2011) (PGEMT-2011) (TJMG-2005/2008/2012) (MPMG-2010/2011/2012) (TJBA-2012) (TJPI-
2012) (MPTO-2012) (TJPE-2013) (MPDFT-2013) (DPERR-2013) (PGEGO-2013) (MPMA-2014) (DPECE-
2014) (MPAM-2015) (DPERN-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPGO-2010/2016) (TRF4-2016) (PGEAM-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2009/2017) (DPEPR-2017) (Cartórios/TJMG-2017)
(PGEAC-2017) (PCAP-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PCMG-2011/2018) (PGESP-2018) (PCRS-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (MPSC-2013/2014/2019) (MPPR-2017/2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (PGERS-2011/2021)
(MPRS-2014/2017/2021) (MPSP-2019/2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
##Atenção: A autonomia municipal é princípio constitucional sensível (art. 34, VII, “c”, da CF), e engloba
as autonomias política, legislativa, administrativa e financeira. São efetivamente regidos pelas
respectivas leis orgânicas, que são elaboradas em conformidade com as Constituições Federal e Estadual
(art. 29, caput, CF).
(TJSC-2009): Sobre o município pode-se afirmar de maneira correta: Rege-se por lei orgânica, votada em
121
dois turnos, aprovada por quórum qualificado e promulgada pela Câmara Municipal. BL: art. 29, caput,
CF.
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante
pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; (DPERR-2013)
(TJPE-2013-FCC): Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira eleição, far-se-á nova
eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se
eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. Essa regra aplica-se à eleição para Prefeito em
Município com mais de duzentos mil eleitores. BL: arts. 28, 29, inciso II e 77 da CF. (eleitoral)
(MPRS-2021): O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal, na Constituição do respectivo Estado e os
seguintes preceitos: posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da
eleição. BL: art. 29, III, CF.
IV - para a composição das Câmaras Municipais, SERÁ OBSERVADO o limite máximo de:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (Vide ADIN 4307) (MPGO-2010) (MPMG-2010)
(PGEMT-2011) (TJMG-2012) (MPSC-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJSC-2017) (MPRS-2021) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010) (MPSC-2014) (MPRS-2021)
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000
(trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
122
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000
(cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010)
(PGEMT-2011)
##Atenção: O enunciado está correto, visto que o art. 29 , IV, alínea “c” da CF estipula como limite
MÁXIMO de 13 o número de vereadores para municípios com mais de 30 mil habitantes até 50 mil
habitantes. A questão menciona que o município possui 35 mil habitantes. Logo, se for composta por 11
vereadores, estará em conformidade com a CF.
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até
80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010) (MPSC-
2014)
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até
120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de
até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-
2010)
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e
de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPGO-2010)
(MPMG-2010) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até
450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(MPMG-2010)
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)
habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(MPMG-2010)
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de
até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(MPMG-2010)
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil)
habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(MPMG-2010)
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de
até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(MPMG-2010) (PGM-Salvador/BA-2015)
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil)
habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 58, de 2009) (MPMG-2010)
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil)
habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010)
123
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta
mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010)
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil)
habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº
58, de 2009)
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos
mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010)
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes
e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
##Atenção: O Município tem número de vereadores com base no total de HABITANTES, seguindo o
que dispõe o art. 29, IV, alíneas “a” a “x” da CF/88.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
124
19.12.2003) (...)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (...)
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a
qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória,
em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (...)
(TJMG-2008): Os Municípios integram a federação e regem-se por lei orgânica própria, atendidos os
princípios estabelecidos na Constituição da República e na Constituição do Estado: A fixação dos
subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais será feita por lei de iniciativa da
Câmara Municipal, observado o teto remuneratório estabelecido na Constituição da República. BL: art.
29, V c/c art. 37, XI da CF.
##Atenção: Não há exigência constitucional no sentido de que o subsídio dos Prefeitos e Secretários
Municipais deva ser fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a
subsequente. É nesse sentido o inciso V do art. 29 da CF.
VI - o SUBSÍDIO dos Vereadores SERÁ FIXADO pelas respectivas Câmaras Municipais em cada
legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, OBSERVADOS os critérios
estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000) (TJMG-2005/2008) (TJAL-2008) (MPMG-2010) (MPPB-2010) (MPSC-2013) (PGM-
Salvador/BA-2015) (MPGO-2016) (PGEAM-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPRS-2021)
(MPSP-2019/2022)
##Atenção: ##MPSP-2019: A CF/88 não impede a fixação, pelos vereadores, de sua remuneração, para
viger na própria legislatura, permitindo, inclusive, que possam ser reajustáveis na mesma data e no
mesmo percentual fixado aos Deputados Estaduais. Nos termos do caput do inciso VI, do art. 29, da CF, o
subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a
subsequente, observado o que dispõe a CF, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei
Orgânica. Todavia, nas alíneas do referido dispositivo há limites máximos para a fixação do subsídio dos
vereadores cujo parâmetro são índices percentuais aplicados sobre o subsídio dos Deputados Estaduais.
125
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
(MPSP-2022)
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 25, de 2000)
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000) (MPGO-2016)
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
##Atenção: ##MPSP-2022: O subsídio dos vereadores é fixado pelas respectivas Câmaras Municipais,
observado o que dispõe a Lei Orgânica e os limites máximos da Constituição, não sendo nunca inferior a
20% do subsídio dos Deputados Estaduais (art. 29, VI, alínea “a”, CF) e nunca superior a 75% do subsídio
dos Deputados Estaduais (art. 29, VI, alínea “f”, CF).
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores NÃO PODERÁ ULTRAPASSAR o
montante de cinco por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
(MPPB-2010) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPSP-2019) (MPRS-2021)
VIII - INVIOLABILIDADE dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do
mandato e na circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1, de
1992) (TJMG-2008) (TJAL-2008) (DPEAL-2009) (DPEMT-2009) (TJAC-2012) (MPRS-2012) (DPESC-2012)
(MPF-2012) (MPGO-2013) (DPERR-2013) (MPMG-2014) (MPMT-2014) (DPEPR-2014) (DPERN-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (DPEPR-2017) (PCAP-2017) (TJCE-
2018) (MPBA-2018) (PCMG-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPSP-2012/2019) (Anal. Judic./TRF3-2019)
(PGERS-2011/2021) (TJMA-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
26
Significado de Edil (sing.)/ Edis (plu.): substantivo masculino; 1. Vereador, membro da Câmara Municipal. 2.
Magistrado que tinha a seu cargo vários serviços urbanos na Roma antiga. "edis", in Dicionário Priberam da
Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/edis [consultado em 19-05-2021].
126
passou a proferir pesadas ofensas contra outro Parlamentar. O Vereador ofendido ajuizou ação de
indenização por danos morais contra o ofensor. A questão chegou até o STF que, julgando o tema sob
a sistemática da repercussão geral, declarou que o Vereador não deveria ser condenado porque agiu
sob o manto da imunidade material. Na oportunidade, o STF definiu a seguinte tese que deverá ser
aplicada aos casos semelhantes: Nos limites da circunscrição do Município e havendo pertinência com
o exercício do mandato, garante-se a imunidade prevista no art. 29, VIII, da CF aos vereadores. Além
disso, o STF consignou que a ausência de controle judicial não imuniza completamente as
manifestações dos parlamentares, que podem ser repreendidas pelo Legislativo. STF. Plenário. RE
600063/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, j. 25/2/15 (Info 775).
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A Constituição Federal assegura aos Vereadores, com o
objetivo de garantir ampla independência e liberdade de ação para o exercício do mandato representativo, a
imunidade material, mitigada porque relativa a opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na
circunscrição do Município, desde que haja relação de pertinência entre a declaração e as atividades do
parlamentar. BL: art. 29, VIII, CF e Info 775, STF.
(MPGO-2019): Durante uma sessão extraordinária da Câmara de Vereadores, cuja convocação se deu em
virtude da discussão de projeto de lei sobre o novo plano de carreira do magistério local, um dos
vereadores, ao lhe ser devidamente dada a palavra, defendeu a valorização dos professores e, em visível
estado de ânimo exaltado, discursou sobre a necessidade de incremento de incentivos financeiros para a
educação. O povo, ainda disse o mesmo vereador, precisava se libertar, por meio de uma educação
qualitativa, das amarras políticas construídas pelo atual prefeito, já que este era pessoa que “apoiava a
corrupção e a ladroeira” no Município. Supondo que a convocação e a sessão extraordinárias ocorreram
segundo os parâmetros constitucionais e legais estabelecidos, assinale a assertiva correta: O mencionado
vereador, segundo o STF, estará protegido pela imunidade parlamentar em sentido material. Embora se
trate de ofensas pessoais indesejáveis, estaria caracterizada a imunidade material, pois a manifestação foi
proferida no desempenho do mandato (in officio) e na circunscrição municipal. BL: art. 29, VIII, CF e Info
775, STF.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Segundo orientação do STF, nos limites da circunscrição do
Município e havendo pertinência com o exercício do mandato, os vereadores são imunes judicialmente por
suas palavras, suas opiniões e seus votos. Não obstante, a ausência de controle judicial não imuniza
completamente as manifestações dos parlamentares, que podem ser repreendidas pelo Legislativo. BL: art.
29, VIII, CF e Info 775, STF.
(PGM/Manaus-AM-2018-CESPE): Julgue o item a seguir com base nas normas constitucionais que
versam sobre as prerrogativas dos vereadores: Não estará abarcado pela imunidade material o vereador
que ofender adversário político em entrevista em município diverso daquele no qual cumpre mandato.
BL: art. 29, VIII, CF.
(Cartórios/TJMT-2014-FMP): A imunidade material é limitada, no caso dos vereadores. BL: art. 29, VIII,
CF.
#Atenção: Conforme art. 29, VIII da CF/88, aos vereadores é garantida tão somente a imunidade
MATERIAL (que diz respeito à opiniões, palavras e votos), podendo-se dizer que ela é LIMITADA:
- ao exercício do mandato (o ato dever ter sido praticado in officio) e
- na circunscrição do Município.
(TJDFT-2011): A Constituição Federal não outorgou foro especial aos vereadores perante o Tribunal de
Justiça, assegurou a eles, entretanto, a chamada imunidade material. BL: art. 29, VIII, CF.
127
constitucional superveniente: critério jurisprudencial. Julga-se prejudicada a ação direta quando, de
emenda superveniente à sua propositura, resultou inovação substancial da norma constitucional que -
invocada ou não pelo requerente - compunha necessariamente o parâmetro de aferição da
inconstitucionalidade do ato normativo questionado: precedentes. II. ADIn e emenda constitucional
de vigência protraída: prejuízo inexistente. Proposta e ação direta contra emenda de vigência imediata
à Constituição de Estado, relativa a limites da remuneração dos Vereadores, não a prejudica por ora a
superveniência da EC 25/2000 à Constituição da República, que, embora cuide da matéria, só entrará
em vigor em 2001, quando do início da nova legislatura nos Municípios. III. Município: sentido da
submissão de sua Lei Orgânica a princípios estabelecidos na Constituição do Estado. 1. Dar alcance
irrestrito à alusão, no art. 29, caput, CF, à observância devida pelas leis orgânicas municipais aos
princípios estabelecidos na Constituição do Estado, traduz condenável misoneísmo constitucional,
que faz abstração de dois dados novos e incontornáveis do trato do Município da Lei fundamental de
1988: explicitar o seu caráter de "entidade infra- estatal rígida" e, em consequência, outorgar-lhe o
poder de auto- organização, substantivado, no art. 29, pelo de votar a própria lei orgânica. 2. É mais
que bastante ao juízo liminar sobre o pedido cautelar a aparente evidência de que em tudo quanto,
nos diversos incisos do art. 29, a Constituição da República fixou ela mesma os parâmetros limitadores
do poder de auto-organização dos Municípios e excetuados apenas aqueles que contém remissão
expressa ao direito estadual (art. 29, VI, IX e X) - a Constituição do Estado não os poderá abrandar nem
agravar. (...). STF. Plenário. ADI 2112 MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 11/05/00.
(PGEAM-2016-CESPE): Acerca do regime constitucional de distribuição de competências normativas,
julgue o item subsequente: Embora, conforme a CF, a lei orgânica municipal esteja subordinada aos termos
da Constituição estadual correspondente, esta última Carta não pode estabelecer condicionamentos ao
poder de auto-organização dos municípios. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: Conforme o caput do art. 29, CF, “o Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com
o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os
seguintes preceitos (...)". Portanto, a lei orgânica municipal está subordinada aos termos da Constituição
estadual correspondente. Contudo, no que pese esta parte da assertiva estar correta, também é certo dizer
que a Constituição Estadual não pode estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organização dos
municípios. Nesse sentido, ver a parte em destaque do julgado do STF, citado acima.
(MPRS-2017): Em relação ao tratamento constitucional dado aos Municípios, é correto afirmar que as
proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, são similares, no que couber, ao disposto na
Constituição Federal para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado
para os membros da Assembleia Legislativa. BL: art. 29, IX, CF.
(TJMG-2018-Consulplan): Prefeitos são julgados originariamente pela 2ª instância, com eficácia ‘ex nunc’,
nas hipóteses de infração comum de natureza criminal, dos crimes dolosos contra a vida, dos crimes
impróprios de responsabilidade e dos crimes de desvio de verba federal incorporada ao patrimônio
municipal. BL: art. 29, X, CF e S. 702, STF.
27
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato
com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer
cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades
constantes da alínea anterior;
128
Estado e os seguintes preceitos: X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça'. Desse modo,
segundo a CF/88, os Prefeitos deverão ser julgados pelos TJ's. Vale ressaltar que o Prefeito será
julgado pelo TJ se o crime for de competência da Justiça Estadual. Se for da competência da Justiça
Federal, será julgado pelo TRF e se for da Justiça Eleitoral, pelo TRE (é o que prevê a Súmula 702 do
STF). Em casos de crimes dolosos contra a vida (não havendo interesse federal), também será julgado
pelo TJ considerando que se trata de previsão constitucional específica (art. 29, X, da CF/88)". O
Professor Vicente Paulo explica que o Decreto-lei 201/67 é a norma que define os crimes de
responsabilidade do prefeito. Mas, ao enumerá-los, fez o seguinte: no seu art. 1º, indicou condutas que,
na verdade, são típicos “crimes comuns”; já no seu art. 4º, indicou condutas político-administrativas
que, tradicionalmente, caracterizam os “crimes de responsabilidade”. Nos casos do art. 1º, temos crimes
de responsabilidade “impróprios” (“impróprios” porque, como dito acima, são, na verdade,
materialmente, crimes comuns), e serão eles julgados pelo Tribunal de Justiça (TJ); e nos casos do art.
4º, temos crimes de responsabilidade “próprios”, e serão eles julgados pela Câmara Municipal. Por
fim, de acordo com a Súmula nº 209, STJ: "Compete ao Justiça Estadual processar e julgar prefeito por
desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal".
(TJGO-2012-FCC): Sobre plebiscito, referendum e iniciativa popular é correto afirmar que a lei orgânica
municipal deve atender aos princípios estabelecidos na Constituição da República na Constituição do
respectivo Estado e certos preceitos, entre aos quais, a iniciativa popular de projetos de lei de interesse
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por
cento do eleitorado. BL: art. 29, VIII, CF. (eleitoral)
XIV - PERDA DO MANDATO do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do
inciso XII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) (TRF2-2013) (MPAC-2014) (PCRS-2018)
##Atenção: O art. 29, XIV da CF/88 prevê que o Prefeito Municipal perderá o mandato se assumir outro
cargo ou função na Administração Pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso
público. Nesse sentido, aplica-se o artigo 28 da CF, §1º, da CF, aos prefeitos municipais, por força do que
prescreve o artigo 29, inciso XIV, CF/1988:
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro)
anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o
disposto no art. 77 desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o
disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)
Art. 29-A. O TOTAL DA DESPESA do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos
Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos
ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5 o do art. 153 e nos arts. 158 e 159,
efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) (MPSC-
2019) (PGM-POA/RS-2022)
##Atenção: ##Acompanhar no site do Planalto!!!: Cuidado com o teor do art. 7º da nova Emenda
129
Constitucional 109/21: “Art. 7º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, exceto
quanto à alteração do art. 29-A da Constituição Federal, a qual entra em vigor a partir do início da
primeira legislatura municipal após a data de publicação desta Emenda Constitucional.”. Vejamos o
teor da nova redação do art. 29-A, dada pela EC nº 109/21:
"Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos
Vereadores e os demais gastos com pessoal inativo e pensionistas, não poderá ultrapassar os
seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no
§ 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159 desta Constituição, efetivamente realizado no exercício
anterior: (Vigência)
130
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a
que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido,
em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que
receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento
serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;
(Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (PGM-POA/RS-2022)
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos
mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (PGM-POA/RS-2022)
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e
500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
(MPSC-2019) (PGM-POA/RS-2022)
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001
(quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009) (MPSC-2019)
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
(PGM-POA/RS-2022)
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001
(oito milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
§ 1o A Câmara Municipal NÃO GASTARÁ mais de setenta por cento DE SUA RECEITA com
folha de pagamento, INCLUÍDO o GASTO com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000) (DPEMT-2009) (Cartórios/TJPR-2014) (MPRS-2014/2017) (Cartórios/TJMG-
2017) (PGEAP-2018) (MPPR-2019) (MPSC-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019)
(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento
de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. BL: art. 29-
A, §1º, CF.
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 25, de 2000) (Cartórios/TJPR-2014)
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
2000)
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
131
§ 3o CONSTITUI CRIME DE RESPONSABILIDADE do Presidente da Câmara Municipal o
desrespeito ao § 1o deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) (MPRS-2014) (PGEAP-
2018) (Anal. Judic./TRF3-2019)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional lei municipal que estabelece que os supermercados e
hipermercados do Município ficam obrigados a colocar à disposição dos consumidores pessoal
suficiente no setor de caixas, de forma que a espera na fila para o atendimento seja de, no máximo, 15
minutos. Isso porque compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local, notadamente
sobre a definição do tempo máximo de espera de clientes em filas de estabelecimentos empresariais.
Vale ressaltar que essa lei municipal não obriga a contratação de pessoal, e sim sua colocação
suficiente no setor de caixas para o atendimento aos consumidores. STF. 1ª T. ARE 809489 AgR/SP, Rel.
Min. Rosa Weber, j. 28/5/2019 (Info 942).
##Atenção: ##STF: ##DOD: Os Municípios detêm competência para legislar sobre assuntos de interesse
local, ainda que, de modo reflexo, tratem de direito comercial ou do consumidor: É constitucional lei
municipal que proíbe a conferência de mercadorias realizada na saída de estabelecimentos comerciais
localizados na cidade. A Lei prevê que, após o cliente efetuar o pagamento nas caixas registradoras da
empresa instaladas, não é possível nova conferência na saída. Os Municípios detêm competência para
legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I, da CF/88), ainda que, de modo reflexo, tratem de
direito comercial ou do consumidor. STF. 2ª T. RE 1052719 AgR/PB, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.
25/9/18 (Info 917).
28
Significado de Edil (sing.)/ Edis (plu.): substantivo masculino; 1. Vereador, membro da Câmara Municipal. 2.
Magistrado que tinha a seu cargo vários serviços urbanos na Roma antiga. "edis", in Dicionário Priberam da
Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/edis [consultado em 19-05-2021].
132
##Cuidado: ##Divergência no STJ: A prática da conferência indistinta de mercadorias pelos
estabelecimentos comerciais, após a consumação da venda, é em princípio lícito e tem como base o
exercício do direito de vigilância e proteção ao patrimônio, razão pela qual não constitui, por si só,
prática abusiva. Se a revista dos bens adquiridos é realizada em observância aos limites da
urbanidade e civilidade, constitui mero desconforto, a que atualmente a grande maioria dos
consumidores se submete, em nome da segurança. STJ. 3ª T.. REsp 1120113/SP, Rel. Min. Nancy
Andrighi, j. 15/2/11. Mais recentemente: STJ. 4ª T. AgInt no REsp 1660314/GO, Rel. Min. Antonio Carlos
Ferreira, j. 07/11/17.
##Atenção: Embora as leis orgânicas municipais estejam sujeitas às constituições dos respectivos
estados-membros, o art. 30, I, da CF dispõe que compete aos Municípios legislar sobre assuntos de
interesse local.
134
2017/2019: ##TJAL-2019: ##DPEMG-2019: ##TJSP-2021: ##MPAP-2021: ##MPMG-2021: ##PGM-
Florianópolis/SC-2022: ##PGM-Teresina/PI-2022: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: ##VUNESP:
Inconstitucionalidade de lei municipal que proíbe a queima da cana: O Município é competente para
legislar sobre o meio ambiente, juntamente com a União e o Estado-membro/DF, no limite do seu
interesse local e desde que esse regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos
demais entes federados (art. 24, VI, c/c o art. 30, I e II, da CF/88). O STF julgou inconstitucional lei
municipal que proíbe, sob qualquer forma, o emprego de fogo para fins de limpeza e preparo do solo
no referido município, inclusive para o preparo do plantio e para a colheita de cana-de-açúcar e de
outras culturas. Entendeu-se que seria necessário ponderar, de um lado, a proteção do meio ambiente
obtida com a proibição imediata da queima da cana e, de outro, a preservação dos empregos dos
trabalhadores que atuem neste setor. No caso, o STF entendeu que deveria prevalecer a garantia dos
empregos dos trabalhadores canavieiros, que merecem proteção diante do chamado progresso
tecnológico e da respectiva mecanização, ambos trazidos pela pretensão de proibição imediata da
colheita da cana mediante uso de fogo. Além disso, as normas federais que tratam sobre o assunto
apontam para a necessidade de se traçar um planejamento com o intuito de se extinguir
gradativamente o uso do fogo como método despalhador e facilitador para o corte da cana. Nesse
sentido: Lei 12.651/12 (art. 40) e Decreto 2.661/98. Assim, a Lei municipal, ao proibir a queima de forma
imediata, viola o espírito da legislação federal, que propõe a diminuição gradual da queima da cana.
Vale ressaltar que esse assunto (proibição ou não da queima da cana) tem um caráter e interesse
nacional, não podendo, portanto, o Município violar a previsão da legislação federal e estadual. STF.
Plenário. RE 586224/SP, Rel. Min. Luiz Fux, j. 5/3/15 (Info 776).
(TJSP-2021-VUNESP): No que tange às competências, em matéria ambiental, é correto afirmar que o
Município é competente para legislar sobre meio ambiente com a União e o Estado, no limite do interesse
local e desde que tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados.
BL: art. 24, VI c/c art. 30, I e II, CF e Info 776, STF.
(DPEMG-2019): A respeito do entendimento do STF sobre competência legislativa, analise a afirmativa a
seguir: No limite do interesse local, os municípios possuem competência para legislar sobre proteção ao
meio ambiente e, inclusive, adotar legislação ambiental mais restritiva em relação aos Estados-membros. BL:
art. 24, VI c/c art. 30, I e II, CF e Info 776, STF.
(TJAL-2019-FCC): A Câmara Legislativa do Município TXP aprovou uma lei regulamentando a proteção ao
meio ambiente daquela localidade. Em ação movida por empresa de construção, pretendendo anular
penalidade que lhe foi imposta pela municipalidade por suposto desrespeito à legislação ambiental, é
alegada a inconstitucionalidade daquela lei municipal, pela via incidental, sob o fundamento de já existirem
norma federal e estadual disciplinando a matéria. No controle difuso de constitucionalidade, a questão deve
ser decidida pela constitucionalidade, desde que o Município exerça a competência para legislar sobre meio
ambiente com a União e o Estado no limite de seu interesse local, e desde que tal regramento seja harmônico
com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados. BL: art. 24, VI c/c art. 30, I e II, CF e Info 776,
STF.
(MPSP-2019): O Município é competente para legislar sobre meio ambiente com União e Estado, no limite
de seu interesse local e desde que tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais
entes federados. BL: art. 24, VI c/c art. 30, I e II, CF e Info 776, STF.
(MPSP-2017): Quanto à iniciativa legislativa em matéria ambiental, é correto afirmar que pode ser exercida
pelo Município apenas em face da presença de peculiar interesse e desde que seus preceitos se harmonizem
com as leis federais e estaduais atinentes ao mesmo tema. BL: art. 24, VI c/c art. 30, I e II, CF e Info 776, STF.
##Atenção: Para Alexandre de Moraes, “[a]ssim, a Constituição Federal prevê a chamada competência
suplementar dos municípios, consistente na autorização de regulamentar as normas legislativas federais ou
estaduais, para ajustar sua execução a peculiaridades locais, sempre em concordância com aquelas e desde que
presente o requisito primordial de fixação de competência desse ente federativo: interesse local”.
III - INSTITUIR e ARRECADAR os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
(TRF1-2011) (TRF5-2011) (DPECE-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPGO-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJAL-2019)
135
6º, da CF/88. As normas comuns a todas as esferas restringem-se aos princípios constitucionais
tributários, às limitações ao poder de tributar e às normas gerais de direito tributário estabelecidas por
lei complementar. STF. Plenário. RE 591033, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 17/11/2010.
(TRF5-2011-CESPE): Considerando a organização político-administrativa brasileira, assinale a opção correta
a respeito dos entes federativos: Segundo entendimento do STF, os municípios gozam de autonomia
tributária, razão pela qual detêm competência legislativa plena para a instituição e a desoneração de
tributos de sua competência, observados os limites constitucionais. BL: art. 30, III, CF e Entend. Jurisprud.
(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: Compete aos Municípios instituir e arrecadar os tributos de
sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e
publicar balancetes nos prazos fixados em lei. BL: art. 30, III, CF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: Municípios podem instituir a prestação de assistência jurídica à população
de baixa renda: A prestação desse serviço público para auxílio da população economicamente
vulnerável não tem por objetivo substituir a atividade prestada pela Defensoria Pública. O serviço
municipal atua de forma simultânea. Trata-se de mais um espaço para garantia de acesso à jurisdição
(art. 5º, LXXIV, da CF/88). Os municípios detêm competência para legislar sobre assuntos de interesse
local, decorrência do poder de autogoverno e de autoadministração. Assim, cabe à administração
municipal estar atenta às necessidades da população, organizando e prestando os serviços públicos de
interesse local (art. 30, I, II e V). Além disso, a competência material para o combate às causas e ao
controle das condições dos vulneráveis em razão da pobreza e para a assistência aos desfavorecidos é
comum a todos os entes federados (art. 23, X). STF. Plenário. ADPF 279/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
3/11/21 (Info 1036).
(MPRS-2021): Nos termos do que está previsto na CF/1988, compete aos Municípios: organizar e prestar,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o
de transporte coletivo, que tem caráter essencial. BL: art. 30, V, CF.
##Atenção: ##STF: ##TJSC-2019: ##CESPE: Os Municípios são competentes para legislar sobre
questões que respeite a edificações ou construções realizadas no seu território, assim como sobre
assuntos relacionados à exigência de equipamentos de segurança, em imóveis destinados a atendimento
ao público. STF. 1ª T., AI 491420 AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 21/02/06.
(TJAM-2016-CESPE): No que se refere à proteção conferida pela CF ao meio ambiente, assinale a opção
correta: Compete aos municípios a promoção do adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. BL: art. 30, VIII, CF.
(MPRS-2021): Nos termos do que está previsto na CF/1988, compete aos Municípios: promover a
proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
estadual. BL: art. 30, V, CF.
Art. 31. A FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO SERÁ EXERCIDA pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder EXECUTIVO Municipal, na
forma da lei. (DPEMT-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2011) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (TJSC-2013)
137
(DPERR-2013) (MPAC-2014) (MPSC-2014) (PCSC-2014) (TRF1-2015) (TJRS-2016) (MPRS-2016) (PGEMT-
2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPMS-2018) (TJRJ-2019) (MPCE-2020)
##Atenção: O órgão competente para rejeitar as contas de Prefeito Municipal, tornando inelegível, é a
Câmara de Vereadores.
##Atenção: O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, que é um órgão colegiado, que
delibera pelo Plenário, administra-se pela Mesa e representa-se pelo Presidente.
(MPSC-2013): Os Tribunais de Contas dos Estados são entes auxiliares das Câmaras Municipais no
controle externo dos Poderes Executivos Municipais. BL: art. 31, §1º, CF.
##Atenção: ##STF: ##TRF4-2016: O controle externo das contas municipais, especialmente daquelas
pertinentes ao chefe do Poder Executivo local, representa uma das mais expressivas prerrogativas
institucionais da Câmara de Vereadores, que o exercerá com o auxílio do Tribunal de Contas (CF, art.
31). STF. RE 682.011. Decisão Monocrática. Rel. Min. Celso de Mello, j. 8/6/12.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito DEVE
anualmente prestar, SÓ DEIXARÁ DE PREVALECER por decisão DE DOIS TERÇOS dos membros da
Câmara Municipal. (TJRS-2009) (DPEMT-2009) (PGERS-2010) (TJPI-2012) (MPTO-2012) (PCGO-2012)
(TJSC-2013) (DPERR-2013) (MPAC-2014) (MPSC-2014) (PCSC-2014) (MPRS-2012/2016) (TJPR-2017) (PGM-
BH/MG-2017) (Anal. Judic./TJAL-2018) (TJRJ-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/BA-2019) (TJAP-2022)
138
municipal o julgamento anual das contas do prefeito. BL: Info 834, STF.
##Atenção: Entretanto, o mais importante é saber que, ao contrário do Presidente da República e dos
Governadores, o Prefeito é responsável tanto pelas contas de governo como pelas contas de gestão e,
em ambos os casos, serão elas objeto de parecer prévio do TC e, posteriormente, de julgamento pelas
Câmaras Municipais. Nas esferas federais e estaduais, ao contrário, SOMENTE as CONTAS DE
GOVERNO do Presidente e dos Governadores é que serão objeto de parecer prévio dos Tribunais de
Contas e posteriormente apreciadas pelo Legislativo (CN ou AL). As contas de GESTÃO, por não serem
de responsabilidade destes chefes do executivo, e sim de outros administradores, serão APRECIADAS e
também JULGADAS pelos TCs (isso é EXATAMENTE o que diz os incisos I e II do art. 71 da CF).
##Atenção: Esquematizando:
1) União/Estados
- Contas de Governo - apreciadas pelo TC
- Contas de Gestão - julgadas pelo TC
2) Município
- Contas de Governo e de Gestão - apreciadas pelo TC
29
http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/contas-de-gestao-e-contas-de-governo-tem-tratamento-diferenciado-pela-
constituicao-diz-pgr
139
(MPRS-2016): Em relação ao controle e fiscalização da administração municipal, assinale a alternativa
correta: É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. BL: art. 31, §4º, CF.
CAPÍTULO V
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Seção I
DO DISTRITO FEDERAL
Art. 32. O Distrito Federal, VEDADA sua divisão EM MUNICÍPIOS, REGER-SE-Á por LEI
ORGÂNICA, VOTADA em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e APROVADA por dois
terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
(PGESP-2002) (PGEPI-2008) (PCMG-2008) (PCSC-2008) (TJAP-2009) (DPEPA-2009) (TRF1-2009) (PCDF-2009)
(MPGO-2010) (MPES-2010) (TJPR-2011) (DPEMA-2011) (TRF5-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (PGEPR-2011)
(TJBA-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (TJSP-2013) (MPRO-2013) (TRF1-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (MPM-2013) (TJDFT-2014) (DPEPR-2014) (MPDFT-2009/2011/2015) (TRT16-2015)
(TJAM-2016) (Cartórios/TJDFT-2014/2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TCDF-2021)
##Atenção: ##STF: O DF não pode ser dividido em Municípios (art. 32, caput, CF), como também não é
possível que prefeituras comunitárias ou associação de moradores sejam constituídas por meio de lei
distrital para administrar as quadras residenciais do Plano Piloto de Brasília, pois isso afronta os arts. 2º,
32 e 37, XXI, todos da CF/88, conforme a ADI 1706, sob relatoria do Min. Eros Grau, julgada em 2008.
##Atenção: ##STF: ##MPM-2013: Ação direta. Art. 10, § 1º, da Lei Orgânica, e inteiro teor da Lei
1.799/1997, ambas do Distrito Federal. (...) Prejuízo declarado em relação à Lei 1.799/1997, ab-rogada.
Inexistência de ofensa ao art. 32 da CF, quanto ao primeiro dispositivo. (...) Não é inconstitucional a
norma que prevê, para o processo de escolha de administrador regional, participação popular nos
termos em que venha a dispor a lei. STF. Plenário. ADI 2.558, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 26/05/10.
(MPM-2013): Sobre a supremacia da Constituição, o regime constitucional dos parlamentares e do Distrito
Federal, assinala a alternativa correta: Não viola o art. 32 da Constituição que trata do Distrito Federal
norma da lei orgânica distrital que preveja, para o processo de escolha de administrador regional,
participação popular, mesmo que nos termos da lei. BL: art. 32, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2011: Arts. 46, § 1º, e 53, parágrafo único, da Lei Orgânica do Distrito
Federal. Exigência de concurso público. Art. 37, II, da CF. Ausência de prejudicialidade. Iniciativa do
Poder Executivo. (...) A Lei Orgânica tem força e autoridade equivalentes a um verdadeiro estatuto
constitucional, podendo ser equiparada às Constituições promulgadas pelos Estados-membros, como
assentado no julgamento que deferiu a medida cautelar nesta ação direta. Tratando-se de criação de
funções, cargos e empregos públicos ou de regime jurídico de servidores públicos impõe-se a iniciativa
exclusiva do chefe do Poder Executivo nos termos do art. 61, § 1º, II, da CF, o que, evidentemente, não se
dá com a Lei Orgânica." (ADI 980, Rel. Min. Menezes Direito, j. 6-3-2008, Plenário, DJE de 1º-8-2008.)
(TJSP-2013-VUNESP): Com relação ao Distrito Federal, a Constituição Federal veda a divisão do Distrito
Federal em Municípios. BL: art. 32, CF.
(TJDFT-2007): Sobre o tratamento constitucional conferido ao Distrito Federal: Ao Distrito Federal são
atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e aos Municípios. BL: art. 32, §1º, CF.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa APLICA-SE o disposto no art. 27. (DPERN-
2015) (TJAM-2016) (TJSC-2017)
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da
POLÍCIA PENAL, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 104, de 2019)
Seção II
DOS TERRITÓRIOS
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
(MPMT-2012): A norma “A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos territórios”
(art. 33, caput, CF/88) é de eficácia limitada de princípio institutivo.
141
(PGEBA-2014-CESPE): No que concerne ao estatuto constitucional da União, dos estados, dos
municípios, do Distrito Federal (DF) e dos territórios, julgue o item seguinte: A CF autoriza a divisão de
territórios em municípios. BL: art. 33, §1º, CF.
§ 3º Nos TERRITÓRIOS FEDERAIS com mais de cem mil habitantes, além do Governador
nomeado na forma desta Constituição, HAVERÁ órgãos judiciários de primeira e segunda instância,
membros do Ministério Público e defensores públicos federais; A LEI DISPORÁ sobre as eleições para a
Câmara Territorial e sua competência deliberativa. (TJMG-2006) (DPEAL-2009) (MPES-2010) (MPRR-
2012) (TRF2-2011/2013) (DPEMA-2015) (PCPA-2016) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)
(2) Lei Federal disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
(3) São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre
organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e
pessoal da administração dos Territórios, bem como normas gerais para a organização do
MPDFT e da DPT. (PGEAM-2010)
(4) É uma Autarquia Federal criada por descentralização territorial, ou seja, possui
personalidade jurídica, mas não é ente federativo e não possui autonomia política. (DPEAL-
2009) (MPES-2010) (MPTO-2012) (TRF2-2011/2013) (PCPE-2016) (PGESC-2018)
(5) Suas contas serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do TCU.
(6) Na atualidade, não existem Territórios Federais. Entretanto, eles ainda podem ser criados.
Amapá, Roraima e Fernando de Noronha, por exemplo, já foram Territórios Federais no passado
(antes da CF/88). (MPTO-2012)
(7) Os Territórios Federais poderão ser divididos em Municípios (art. 33, §1º).
(8) Podem eleger 4 Deputados Federais para a Câmara dos Deputados. Entretanto, não possuem
representação no Senado Federal. (TRF2-2013) (PCPE-2016)
(9) Nos Territórios Federais com mais de 100 mil habitantes, além do Governador nomeado na
forma desta Constituição (competência privativa do Senado Federal/aprovado previamente, por
voto secreto, após arguição pública), haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância,
membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições
para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
CAPÍTULO VI
DA INTERVENÇÃO
Art. 34. A UNIÃO NÃO INTERVIRÁ nos Estados NEM no Distrito Federal, EXCETO para:
(TJDFT-2007) (PGEPB-2008) (PCSC-2008) (PCRJ-2009) (MPBA-2010) (TRF5-2011) (MPRR-2012) (DPESE-2012)
(PCSP-2012) (MPMS-2013) (TRF1-2013) (PCGO-2013) (PCPR-2013) (TJDFT-2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014)
(DPERS-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJPR-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGEPR-2011/2015) (PGEPA-2012/2015) (AGU-2007/2013/2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (PCDF-2015) (TRT23-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMA-2016) (PGEAC-2014/2017)
142
(PGESE-2017) (PCAC-2017) (PGESP-2009/2018) (MPBA-2018) (PCPI-2018) (PCRS-2018) (MPSP-2006/2013/2019)
(TJAL-2019) (MPGO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPT-2012/2017/2020)
(PGEAL-2009/2021) (PCBA-2022)
(TJDFT-2007): Sobre o Estado Federal, assinale a alternativa correta: a intervenção federal traduz-se na
suspensão temporária das normas constitucionais que asseguram a autonomia da unidade federada
atingida pela medida.
##Atenção: ##AGU-2015: ##CESPE: Sobre o instituto da Intervenção Federal, é correto afirmar que há a
necessidade de se aferir um transtorno social que se instale duradouramente. A mera alegação de
perturbação da ordem pública em caso de ameaça de irrupção da ordem não constitui configuração
suficiente. Nesse sentido, Gilmar Mendes explica: “ao contrário do que dispunha a Constituição de 1967, não
se legitima a intervenção em caso de mera ameaça de irrupção da ordem. O problema tem de estar instaurado para a
intervenção ocorrer. Não é todo tumulto que justifica a medida extrema, mas apenas as situações em que a desordem
assuma feitio inusual e intenso. Não há necessidade de aguardar um quadro de guerra civil para que ocorra a
intervenção. É bastante que um quadro de transtorno da vida social, violento e de proporções dilatadas, se instale
duradouramente, e que o Estado-membro não queira ou não consiga enfrentá-lo de forma eficaz, para que se tenha o
pressuposto da intervenção. É irrelevante a causa da grave perturbação da ordem; basta a sua realidade. (Fonte:
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 11ª ed. São
Paulo: Saraiva. 2016, p. 763).
III - PÔR termo a grave comprometimento da ordem pública; (MPBA-2010) (MPSE-2010) (DPEGO-
2010) (DPESC-2012) (TJSP-2011/2013) (MPSP-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJPR-2014)
(MPMS-2011/2013/2015) (AGU-2015) (MPRS-2016) (MPT-2012/2017) (DPEAC-2017) (PGESE-2017) (PGESP-
2018) (PCRS-2018) (TJRJ-2019) (PCBA-2022)
(MPSP-2013): É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: Para pôr termo a
grave comprometimento da ordem pública. BL: art. 34, III, CF.
IV - GARANTIR o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; (PCRJ-2009)
(TJES-2011) (TRF5-2011) (TJMS-2012) (MPMS-2013) (MPSP-2013) (AGU-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (TJDFT-
2015) (PGPR-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (TJAL-2019) (TJRJ-2019) (MPPR-2019) (PGEAL-2021) (PCBA-2022)
a) SUSPENDER o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, SALVO
motivo de força maior; (MPPE-2014) (PGEPR-2011/2015) (MPMS-2013/2015) (DPEAC-2017) (PGESP-2018)
(TJRJ-2019) (PCBA-2022)
143
b) DEIXAR DE ENTREGAR aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei; (TJMG-2005) (TJSE-2008) (MPES-2010) (MPPE-2014) (MPMS-2013/2015)
(PGESE-2017) (PGESP-2018) (PCRS-2018) (TJRJ-2019) (TJRO-2019) (MPGO-2019) (MPPR-2019)
(MPSP-2013): É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: Para assegurar o
princípio constitucional dos direitos da pessoa humana. BL: art. 34, VII, “b”, CF.
144
2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (DPERN-2015) (PGEPR-2015) (MPPR-2017/2019) (MPGO-2019)
(MPSP-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPT-2012/2020) (PCBA-2022)
(MPSP-2013): É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: Para assegurar o
princípio constitucional da observância à prestação de contas da administração pública direta e indireta.
BL: art. 34, VII, “d”, CF.
Art. 35. O ESTADO NÃO INTERVIRÁ em seus Municípios, NEM A UNIÃO nos Municípios
localizados em Território Federal, EXCETO quando: (TJMG-2008) (PCSC-2008) (TJAP-2009) (DPEMT-
2009) (PGEPE-2009) (TRF5-2011) (PGERS-2011) (TJMS-2008/2012) (MPPI-2012) (MPRS-2012) (MPTO-2012)
(DPESC-2012) (DPESE-2012) (TRF4-2012) (TJAM-2013) (TJPE-2013) (DPEAM-2013) (DPETO-2013)
(PCPR-2013) (TRF2-2011/2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-
2014) (PGEMS-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPR-2011/2015) (MPMS-2011/2013/2015) (TRF1-
2013/2015) (DPEMA-2015) (PGEPA-2015) (TRT23-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMT-2011/2016)
(PGEAM-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGEAC-2014/2017) (MPMG-2017) (PGESE-2017)
(MPT-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPBA-2018) (PGETO-2018) (PCRS-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (MPPR-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPDFT-2021) (PGEAL-
2021) (PCES-2022)
Súmula 637-STF: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de
intervenção estadual em município.
(MPDFT-2009): Sobre a intervenção federal, assinale a alternativa correta: O Estado pode intervir no
Município localizado em seu território respectivo. BL: art. 35, caput, parte final, CF.
(MPBA-2010): Quanto à intervenção federal: A União não tem legitimidade para intervir em Município
situado em Estado-membro. BL: art. 35, CF.
31
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
146
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGEAL-2021: ##PCES-2022: ##CESPE: É inconstitucional norma
constitucional estadual pela qual se prevê hipótese de intervenção estadual em municípios não
contemplada no art. 35 da Constituição Federal: A Constituição Estadual não pode trazer hipóteses de
intervenção estadual diferentes daquelas que são elencadas no art. 35 da CF/88. As hipóteses de
intervenção estadual previstas no art. 35 da CF/88 são taxativas. Caso concreto: STF julgou
inconstitucionais os incisos IV e V do art. 25 da Constituição do Estado do Acre, que previa que o
Estado-membro poderia intervir nos Municípios quando: IV – se verificasse, sem justo motivo,
impontualidade no pagamento de empréstimo garantido pelo Estado; V – fossem praticados, na
administração municipal, atos de corrupção devidamente comprovados. STF. Plenário. ADI 6616/AC,
Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 26/4/21 (Info 1014).
I - DEIXAR DE SER PAGA, SEM MOTIVO DE FORÇA MAIOR, por dois anos consecutivos, a
dívida fundada; (TJMG-2008) (PGEPR-2011) (DPESC-2012) (MPMS-2011/2013) (TJPE-2013) (DPERS-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPRS-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGESE-2017) (MPT-
2017) (PGM-BH/MG-2017) (PCRS-2018) (MPPR-2008/2019) (PGEAL-2021) (PCES-2022)
(PGESE-2017-CESPE): À luz da disciplina estabelecida na CF, poderá ocorrer intervenção dos estados
em seus municípios caso deixe de ser paga, por dois anos consecutivos e sem motivo de força maior, a
dívida fundada. BL: art. 35, I, CF.
III – NÃO TIVER SIDO APLICADO o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000) (DPESC-2012) (MPMS-2011/2013) (TJPE-2013) (MPMG-2013) (MPPA-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPR-2015) (MPRS-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGESE-2017) (MPT-2017) (PGM-
BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PCRS-2018) (MPPR-2008/2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Anal.
Judic./TRF3-2019) (PCES-2022)
(PCES-2022-CESPE): É autorizada a intervenção do estado no município quando não tiver sido aplicado
o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino. BL: art. 35, III, CF.
(TJPE-2013-FCC): O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados
em Território Federal, exceto quando, entre outras hipóteses, não tiver sido aplicado o mínimo exigido
da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino. BL: art. 35, III, CF.
147
IV - o Tribunal de Justiça DER provimento a representação para assegurar a observância de
princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão
judicial. (TJMG-2008) (PCSC-2008) (MPSP-2010) (TRF5-2009/2011) (TRF2-2011) (PGEPR-2011) (MPTO-2012)
(DPESC-2012) (MPMS-2011/2013) (TJPE-2013) (DPEAM-2013) (DPETO-2013) (TRF1-2013) (PCPR-2013)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEMA-2015) (TRT23-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMT-2011/2016) (MPRS-2016) (PGEAM-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEAC-
2017) (MPT-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGETO-2018) (PCRS-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPPR-
2008/2019) (MPSC-2019) (PCES-2022)
(MPRS-2014): Assinale a alternativa correta: O Estado não intervirá em seus Municípios, salvo quando:
deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; não forem
prestadas contas devidas, na forma da lei; não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal
na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; ou o Tribunal der
provimento à representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição
Estadual ou para prover a execução de lei ou de decisão judicial. BL: art. 35, I a IV, CF.
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou
impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a COAÇÃO FOR EXERCIDA CONTRA o
Poder Judiciário; (DPEGO-2010) (TRF2-2011) (TJMS-2012) (MPGO-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (TRF4-
2012) (MPSP-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (TRF1-2011/2015) (MPMS-2013/2015) (TRT6-2015) (TJRS-2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (MPT-2017) (PGESP-2018) (TJAL-2019) (MPSC-2019)
148
2008) (DPEMT-2009) (AGU-2010) (TRF2-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (TRF4-2012) (MPSP-2013) (MPPE-
2014) (DPERS-2014) (TRF5-2009/2015) (TRF1-2011/2013/2015) (MPMS-2013/2015) (TJAL-2015) (DPEMA-
2015) (PGEPA-2015) (PGEPR-2015) (TRT6-2015) (TRT23-2015) (TJRS-2016) (TJSP-2017) (MPMG-2017) (PCAC-
2017) (PGESP-2018) (TJMS-2020)
(TJSP-2017-VUNESP): Nos termos do art. 34 da CF/88, a intervenção da União nos Estados e Distrito
Federal tem caráter excepcional. Na hipótese de intervenção para garantir ordem ou decisão judicial, será
ela provocada e vinculada e dependerá de requisição do STF, do STJ ou do TSE. BL: art. 34, VI c/c art. 36,
II, CF.
##Atenção:
1)São hipóteses de intervenção federal espontânea:
a) para a defesa da unidade nacional (CF, art. 34, I e II);
b) para a defesa da ordem pública (CF, art. 34, III);
e) para a defesa das finanças públicas (CF, art. 34, V).
Portanto, nessas hipóteses de intervenção espontânea (ou de oficio), previstas no art. 34, I, II, III e V, da
Constituição Federal, o próprio Presidente da República poderá tomar a iniciativa e decretar a
intervenção federal.
A provocação mediante solicitação está prevista no art. 34, IV, na defesa dos Poderes Executivo ou
Legislativo. Na hipótese do art. 34, IV, da Constituição ("garantir o livre exercício de qualquer dos
Poderes nas unidades da Federação"), esses Poderes locais solicitarão ao Presidente da República a
intervenção federal, a fim de que a União venha garantir o livre exercício de suas funções. Nessas
hipóteses, a solicitação do Poder Legislativo ou Executivo local não vincula o Presidente da República,
haja vista tratar-se de solicitação (e não de requisição). (Fonte: livro Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino
e site Qconcursos).
(MPMG-2017): Em relação à intervenção federal, é correto afirmar: O STF será competente para apreciar
o pedido de intervenção, se a decisão desrespeitada foi proferida em causa que tiver conteúdo
constitucional. Se a decisão se fundou em normas infraconstitucionais, a competência será do STJ. BL:
art. 36, II, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2015: ##CESPE: Além do que consta no inciso II do art. 36 da CF, veja a IF n.
2.792, julgada em 2003, onde o STF entendeu que o pedido de intervenção “define-se a competência pela
matéria, cumprindo ao STF o julgamento quando o ato inobservado lastreia-se na CF; ao STF, quando
envolvida matéria legal e ao TSE em se tratando de matéria de índole eleitoral”. STF. Plenário. IF 2257,
Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Ac. Gilmar Mendes, j. 26/03/03.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: [obs.: sensíveis]
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente
de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
##Atenção: No caso em tela, é correto afirmar que o presidente da República não pode decretar de ofício
intervenção federal no referido estado. Isso porque dependerá de provimento, pelo STF e de
representação do Procurador-Geral da República. Cumpre destacar que nas hipóteses em que a
intervenção depende de decisão judicial que dê provimento a representação interventiva, o
procedimento de intervenção é deflagrado, na esfera federal, exclusivamente pelo Procurador-Geral da
República, que, em razão de sua independência funcional, não está obrigado a ajuizar a representação
quando entender que não se configura alguma das hipóteses constitucionais autorizadoras. Assim, nas
hipóteses de intervenção provocada, o chefe do Executivo não tem a iniciativa da intervenção,
dependendo de ato de outro órgão para deflagração do procedimento.
(MPBA-2018): Sobre a temática da intervenção federal, julgue o item a seguir à luz da CF/1988: O
Procurador-Geral da República é o único legitimado para propor, perante o STF, ação direta de
inconstitucionalidade interventiva da União nos Estados. BL: art. 2º da Lei 12.562/11 c/c art. art. 36, III,
CF.
##Atenção: ##DICA: O decreto interventivo é ato normativo pelo qual o Presidente da República
materializa a intervenção federal (art. 84, X). Sua eficácia é condicionada à posterior aprovação pelo
Congresso (art. 49, IV).
(TJDFT-2015-CESPE): Depois de várias derrotas políticas nas votações de projetos de lei na respectiva
assembleia legislativa, o governador de determinado estado da Federação editou decreto dissolvendo a
referida assembleia e proibindo a entrada dos deputados estaduais no prédio do órgão legislativo. Nessa
situação hipotética, o instrumento adequado para questionar a constitucionalidade da lei é a ADI
interventiva proposta pelo procurador-geral da República. BL: art. 2º da Lei 12.562/1133 c/c art. 34, VII,
“a” c/c e art. 36, III, CF.
(TRF5-2015-CESPE): Haja vista que, em situações excepcionais textualmente previstas na CF, cabe à
União preservar a integridade política, jurídica e física da Federação por meio da intervenção federal, da
mesma forma que cabe a estado-membro intervir em município nos casos previstos na CF, assinale a
opção correta de acordo com essas regras: A intervenção federal para pôr termo a grave
comprometimento da ordem pública independe de provimento do Poder Judiciário. BL: art. 34, III34 c/c
art. 36, III, CF.
32
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) X - decretar e executar a intervenção federal;”
e, segundo art. 34 – “A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VII - assegurar a
observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime
democrático; (...)
33
Art. 2º. A representação será proposta pelo Procurador-Geral da República, em caso de violação aos princípios
referidos no inciso VII do art. 34 da Constituição Federal, ou de recusa, por parte de Estado-Membro, à execução
de lei federal.
34
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (...) III - pôr termo a grave
comprometimento da ordem pública; (...)
151
da assembleia legislativa estadual. BL: art. 35, I c/c art. 36, §1º, CF.
##Atenção: Essa é uma modalidade de intervenção chamada “de ofício”, não dependendo da
provocação de terceiros, nem de provimento judicial. Obedece-se, então, ao procedimento padrão da
intervenção.
##Atenção: ##TJAL-2019: ##FCC: A CF/88 não fixou nenhum prazo máximo de duração da
intervenção, limitando-se apenas a estabelecer que o decreto interventivo especificará tal prazo. Na
verdade, o que a CF/88 delimitou no tempo foi a duração do estado de defesa – que não poderá ser
superior a 30 dias, ressalvada a possibilidade de uma prorrogação por igual período – e do estado de
sítio, no caso de comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a
ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa – que também não poderá perdurar por mais de
30 dias, prorrogáveis indefinidas e sucessivas vezes, mas por no máximo 30 dias a cada vez.
(PCPR-2013): Assinale a alternativa correta: O decreto de intervenção é ato do chefe do Poder Executivo
e deverá especificar a amplitude, o prazo e as condições de execução da intervenção e, se couber,
nomeará o interventor. BL: art. 36, §1º, CF.
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, DISPENSADA a apreciação pelo Congresso
Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o DECRETO LIMITAR-SE-Á A SUSPENDER a EXECUÇÃO
DO ATO IMPUGNADO, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. (TJSP-2009)
(DPEMT-2009) (TJPI-2012) (TJMS-2012) (TJBA-2012) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (PCSP-2012)
(DPEAM-2013) (PCGO-2013) (MPPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
(TRT6-2015) (PGEMT-2011/2016) (PGEAM-2016) (PGEMA-2016) (PGEAC-2017) (MPT-2017) (TJAL-2019) (TJRJ-
2019) (MPSC-2019)
Art. 34 (...)
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente
de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (...)
Art. 35 (...)
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios
indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
(MPBA-2018): Sobre a temática da intervenção federal, julgue o item a seguir à luz da CF/1988: Descabe
ao Congresso Nacional deliberar acerca da intervenção da União nos Estados nas hipóteses de
152
inexecução de lei federal, decisão judicial ou de inobservância dos princípios constitucionais sensíveis.
BL: art. art. 36, §3º c/c art. 34, VI e VII, CF.35
##Atenção: A partir dos elementos narrados na questão, de início, deve-se perguntar se situação é de
intervenção federal (União intervindo nos Estados) ou de intervenção estadual (Estado intervindo nos
Municípios ou a União intervindo nos Municípios localizados em territórios federais). Constata-se no
enunciado que foi descumprido por determinado município uma decisão judicial proferida pelo Tribunal
de Justiça do Estado em que localizado aquele. O município em questão descumpriu o pagamento de
precatório expedido contra ele. Assim, percebe-se que se trata de uma intervenção estadual. A situação
tratada na questão (prover a execução de ordem judicial) corresponde ao inciso IV, do art.35 da CF.
Nessa situação, excepcionalmente, a CF dispensa a apreciação pela Assembleia Legislativa Estadual,
sendo que o decreto, nesses casos, limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado se essa medida
bastar ao restabelecimento da normalidade, nos termos do §3º do art. 36 da CF.
(TJAP-2008-FGV): No que tange à intervenção do Estado em seus Municípios, é correto afirmar que: o
Estado pode intervir em seu Município quando o Tribunal de Justiça der provimento à representação
para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução da lei, de ordem ou de decisão judicial. Nesses casos, está dispensada a apreciação do decreto
interventivo pela Assembleia Legislativa. BL: art. 35, IV c/c art. 36, § 3º, CF.
(TJMG-2008): A ação direta de inconstitucionalidade interventiva tem como objetivo a defesa dos
princípios sensíveis estabelecidos no art. 34, VII da CF, de que são exemplos a forma republicana, o
sistema representativo e o regime democrático, e somente poderá ser proposta pelo Procurador-Geral da
República.
##Atenção: ADI Interventiva tem como objetivo a defesa dos princípios sensíveis estabelecidos no art.
35
##Atenção: Tema cobrado na prova do MPPA-2014 (FCC).
153
34, VII da CF e somente poderá ser proposta pelo PGR, consoante art. 36.
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública DIRETA e INDIRETA de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios OBEDECERÁ aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (MPPE-2008) (PGEPB-2008) (MPRN-2009) (DPEPI-2009) (PGEPE-2009) (PCDF-
2009) (PCPB-2009) (PCRN-2009) (AGU-2009) (PGEAM-2010) (PGERS-2010/2011) (MPPB-2011) (DPEAM-2011)
(DPERS-2011) (PGEMT-2011) (PGESP-2009/2012) (MPSC-2010/2012) (MPRS-2012) (DPEES-2012)
(PGEMG-2012) (PGEPA-2012) (PFN-2012) (TRF2-2009/2013) (MPF-2012/2013) (TJSC-2013) (DPETO-2013)
(Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPT-2013) (MPM-2013) (PCPI-2009/2014) (DPEGO-2010/2014)
(TJPR-2012/2014) (DPEMS-2012/2014) (PCSP-2012/2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (PGEBA-2014) (PCSC-2014) (PCTO-2014) (TRF5-2011/2015) (DPEMA-2015)
(DPERN-2015) (PGEPR-2015) (PCCE-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TRF4-2009/2010/2016) (Cartórios/TJSP-
2011/2014/2016) (TRT2-2015/2016) (TJDFT-2016) (DPEBA-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-
2016) (PCPE-2016) (TRT3-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PCGO-2012/2013/2017)
(DPEPR-2012/2014/2017) (MPRO-2017) (DPEAC-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(PGM-Fortaleza/CE-2017) (TRF3-2011/2013/2016/2018) (MPPR-2008/2019) (DPESP-2009/2010/2012/2019)
(MPGO-2010/2012/2019) (MPSP-2005/2013/2019) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (Cartórios/TJMG-
2015/2016/2017/2018/2019) (MPMG-2019) (DPEDF-2019) (DPEMG-2019) (MPCPA-2019) (TJSP-
2015/2017/2021) (MPAP-2021) (TJMG-2022)
##Atenção: ##STF: ##MPPR-2019: O art. 4º da Lei 3.769/06, que veda a realização de processo seletivo
para o recrutamento de estagiários pelos órgãos e entidades do Poder Público do Distrito Federal.
Violação aos princípios da igualdade (art. 5º, caput) e da impessoalidade (caput do art. 37). STF.
Plenário. Rel. Min. Ayres Britto, j. 24/02/2011.
##Comentários sobre o julgado acima: O Plenário do STF julgou procedente a ADI 3795 proposta pelo
governo do Distrito Federal contra o art. 4º da Lei Distrital 3.769/06. Além de vedar a realização de processo
seletivo e a cobrança de taxa para admissão em estágio, o dispositivo determinava que a indicação dos
estudantes ficaria sob responsabilidade única e exclusiva das instituições de ensino. “Não se pode proibir a
Administração Pública de fazer qualquer processo seletivo para recrutar estudantes a título de estágio”, disse o relator
do processo, ministro Ayres Britto. Ele ressaltou o valor republicano de “tratamento igualitário” para
indivíduos e cidadãos, destacando que, no caso dos “cidadãos estudantes”, essa igualdade é garantida por
meio da realização de “um processo seletivo, no âmbito do que se convencionou chamar de meritocracia”.
(MPAP-2021-CESPE): Com relação aos princípios da administração pública, assinale a opção correta: O
princípio da eficiência foi introduzido na Constituição Federal de 1988 como parte do esforço para a
reforma gerencial da administração pública. BL: art. 37, caput, CF.
154
##Atenção: ##PGEPB-2008: ##PGERS-2010: ##MPRS-2012: ##DPEPR-2012: ##PGEMG-2012:
##PCSP-2012: ##DEPTO-2013: ##DPEGO-2014: ##Cartórios/TJSP-2014: ##PGEBA-2014: ##PCPI-
2014: ##PCSC-2014: ##Cartórios/TJMG-2016: ##PCPE-2016: ##PGM-São Luís/MA-2016: ##PCGO-
2013/2017: ##PGM-BH/MG-2017: ##Cartórios/TJPR-2019: ##MPCPA-2019: ##MPAP-2021: ##CESPE:
##Consulplan: ##FCC: ##Fumarc: ##Fundatec: ##UFPR: ##VUNESP: O princípio da eficiência tem
sede constitucional e se reporta ao desempenho da administração pública. O princípio da eficiência não
se restringe à racionalidade econômica. Segundo Di Pietro o princípio pode ser considerado em relação à
forma de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atuações e
atribuições, para lograr os resultados melhores, como também em relação ao modo racional de organizar,
estruturar, disciplinar a Administração Pública, também quanto ao intuito de alcance de resultados na
prestação do serviço público. Rafael Oliveira explica que “o princípio da eficiência foi inserido no art. 37
da CRFB, por meio da EC 19/1998, com o objetivo de substituir a Administração Pública burocrática
pela Administração Pública gerencial. A ideia de eficiência está intimamente relacionada com a necessidade de
efetivação célere das finalidades públicas elencadas no ordenamento jurídico. Ex.: duração razoável dos processos
judicial e administrativo (art. 5º, LXXVIII, da CRFB, inserido pela EC 45/2004), contrato de gestão no interior da
Administração (art. 37 da CRFB) e com as Organizações Sociais (Lei 9.637/1998)”. (OLIVEIRA, Rafael Carvalho
Rezende. Curso de direito administrativo. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021 p. 37). Alexandre Mazza
explica que “a eficiência não pode ser usada como pretexto para a Administração Pública descumprir a lei. Assim,
o conteúdo jurídico do princípio da eficiência consiste em obrigar a Administração a buscar os melhores resultados
por meio da aplicação da lei.” (MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo, 2013, p. 108).
(MPRS-2012): A Eficiência é moderno princípio da função administrativa e determina que esta seja exercida
com presteza e perfeição, exigindo resultados positivos para o serviço público, com atendimento satisfatório
das necessidades dos administrados. BL: art. 37, caput, CF.
(PGEPB-2008-CESPE): O princípio da eficiência, introduzido expressamente na Constituição Federal na
denominada Reforma Administrativa, traduz a ideia de uma administração gerencial. BL: art. 37, caput, CF.
(MPMG-2019): Assinale a afirmativa correta à luz da ordem jurídica brasileira: Não existe no
ordenamento a previsão normativa expressa do direito à boa administração ou à boa governança. BL: art.
37, caput, CF. (adm.)
##Atenção: De fato, os referidos direitos são extraídos, notadamente, do princípio da eficiência, previsto
no art. 37, caput, da CF/88, mas não há base normativa expressa que contemple o direito à boa
administração ou à boa governança.
155
##VUNESP: É expressão utilizada por Celso Antônio Bandeira de Mello para o qual: “Princípio da
supremacia do interesse público sobre o interesse privado é princípio geral de Direito inerente a
qualquer sociedade. É a própria condição de sua existência. Assim, não se radica em dispositivo
específico algum da Constituição (…). Afinal, o princípio em causa é um pressuposto lógico do convívio
social”. (Curso de Direito Administrativo, 32ª edição, p. 99. Também é citado no livro do Professor Hely
Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 42ª edição, p. 114).
##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tema 22: ##DOD: ##TJSP-2021: ##VUNESP: Não é legítima a
cláusula de edital de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo simples fato de
responder a inquérito ou a ação penal, salvo se essa restrição for instituída por lei e se mostrar
constitucionalmente adequada: Sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é
legítima a cláusula de edital de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo
simples fato de responder a inquérito ou a ação penal. STF. Plenário. RE 560900/DF, Rel. Min. Roberto
Barroso, j. 5 e 6/2/20 (Info 965).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Candidato só pode ser excluído de concurso público por não se enquadrar
na cota para negros se houver contraditório e ampla defesa: A exclusão do candidato, que concorre à
vaga reservada em concurso público, pelo critério da heteroidentificação, seja pela constatação de
fraude, seja pela aferição do fenótipo ou por qualquer outro fundamento, exige o franqueamento do
contraditório e da ampla defesa. STJ. 2ª T. RMS 62040-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 17/12/19
156
(Info 666).
##Atenção: Com a edição da EC n.º 19, o direito positivo constitucional de acesso aos cargos, empregos e
funções públicas estendeu-se também aos estrangeiros, "na forma da lei".
Súmula Vinculante 13-STF: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
157
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Pandemia, crise econômica e limite prudencial atingido para despesas com
pessoal não são motivos suficientes para se deixar de nomear o candidato aprovado dentro do número
de vagas do concurso público: Para a recusa à nomeação de aprovados dentro do número de vagas em
concurso público devem ficar comprovadas as situações excepcionais elencadas pelo STF no RE
598.099/MS, não sendo suficiente a alegação de estado das coisas - pandemia, crise econômica, limite
prudencial atingido para despesas com pessoal -, tampouco o alerta da Corte de Contas acerca do
chamado limite prudencial. A recusa à nomeação dos candidatos aprovados dentro do número de
vagas deve ser a última das alternativas, somente sendo adotada quando realmente já não houver
outra saída para a Administração Pública. STJ. 1ª T. RMS 66316-SP, Rel. Min. Manoel Erhardt (Des.
Conv. do TRF da 5ª Região), j. 19/10/21 (Info 715).
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 992: ##DOD: Cabe à Justiça Comum (estadual ou federal)
julgar ações contra concurso público realizado por órgãos e entidades da Administração Pública para
contratação de empregados celetistas: Compete à Justiça Comum processar e julgar controvérsias
relacionadas à fase pré-contratual de seleção e de admissão de pessoal e eventual nulidade do certame
em face da Administração Pública, direta e indireta, nas hipóteses em que adotado o regime celetista
de contratação de pessoas, salvo quando a sentença de mérito tiver sido proferida antes de 6 de junho
de 2018, situação em que, até o trânsito em julgado e a sua execução, a competência continuará a ser da
Justiça do Trabalho. STF. Plenário RE 960429 ED-segundos, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 15/12/20
(Repercussão Geral – Tema 992).
158
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Em casos excepcionais, em que a restauração da estrita legalidade
ocasionaria mais danos sociais que a manutenção da situação consolidada pelo decurso do tempo, a
jurisprudência do STJ é firme no sentido de admitir a aplicação da teoria do fato consumado: Em regra,
o STJ acompanha o entendimento do STF e decide que é inaplicável a teoria do fato consumado aos
concursos públicos, não sendo possível o aproveitamento do tempo de serviço prestado pelo servidor
que tomou posse por força de decisão judicial precária, para efeito de estabilidade. Contudo, em
alguns casos, o STJ afirma que há a solidificação de situações fáticas ocasionada em razão do excessivo
decurso de tempo entre a liminar concedida e os dias atuais, de maneira que, a reversão desse quadro
implicaria inexoravelmente em danos desnecessários e irreparáveis ao servidor. Em outras palavras, o
STJ entende que existem situações excepcionais nas quais a solução padronizada ocasionaria mais
danos sociais do que a manutenção da situação consolidada, impondo-se o distinguishing, e
possibilitando a contagem do tempo de serviço prestado por força de decisão liminar, em necessária
flexibilização da regra. Caso concreto: determinado indivíduo prestou concurso para o cargo de
Policial Rodoviário Federal e foi aprovado nas provas teóricas, tendo sido, contudo, reprovado em um
dos testes práticos. O candidato propôs mandado de segurança questionando esse teste. O juiz
concedeu a liminar determinando a nomeação e posse, o que ocorreu em 1999. Em sentença, o
magistrado confirmou a liminar e julgou procedente o pedido do autor. Anos mais tarde, o TRF, ao
julgar a apelação, entendeu que a exigência do teste prático realizado não continha nenhum vício. Em
virtude disso, reformou a sentença. O servidor, contudo, continuou cautelarmente no cargo até 2020,
quando houve o trânsito em julgado da decisão contrária ao seu pleito. O STJ assegurou a manutenção
definitiva do impetrante no cargo. STJ. 1ª T. AREsp 883574-MS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j.
20/02/20 (Info 666). STJ. 2ª T. AgInt no REsp 1569719/SP, Rel. Min. Og Fernandes, j. 08/10/19.
160
trabalho, constitui, sim, preterição de candidatos aprovados, ainda que fora das vagas divulgadas no edital,
de maneira arbitrária e imotivada, exatamente na linha defendida pelo STF.
(DPEDF-2019-CESPE): Considerando as disposições da CF/1988 e a jurisprudência do STF a respeito de
agentes públicos, julgue o item a seguir: Segundo o STF, o surgimento de novas vagas ou a abertura de
novo concurso para o mesmo cargo de certame anterior cujo prazo de validade ainda não tenha terminado,
em regra, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados no certame anterior
fora das vagas previstas no edital. BL: Info 811, STF.
161
desempenhem atividade de interesse público em cooperação com o ente estatal, NÃO estão sujeitos à
observância da regra de concurso público (art. 37, II, da CF) para contratação de seu pessoal. Obs.: vale
ressaltar, no entanto, que o fato de as entidades do Sistema “S” não estarem submetidas aos ditames
constitucionais do art. 37, não as exime de manterem um padrão de objetividade e eficiência na
contratação e nos gastos com seu pessoal. STF. Plenário. RE 789874/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, j.
17/9/14 (repercussão geral) (Info 759).
(DPEAC-2017-CESPE): Conforme entendimento do STF, as entidades de serviços sociais autônomos
integrantes do sistema “S” não se submetem à exigência do concurso público para a contratação de pessoal.
BL: Info 759, STF.
(Auditor Fisc. Munic.-Cuiabá/MT-2016-FGV): Edinaldo e Pedro, estudantes de direito, travaram intenso
debate a respeito da sujeição, ou não, dos serviços sociais autônomos à exigência constitucional de que a
investidura em cargo ou emprego público dependa de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos. À luz da sistemática constitucional e da interpretação que lhe vem sendo dispensada
pelo STF, é correto afirmar que os serviços sociais autônomos, na medida em que não integram a
Administração Pública, não devem observar a referida exigência constitucional. BL: Info 759, STF.
##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: O STF possui a orientação pacífica de que é legítima a limitação de
idade máxima para a inscrição em concurso público, desde que instituída por lei e justificada pela
natureza do cargo a ser provido. 2. Segundo o firme entendimento desta Corte, os requisitos para a
inscrição em concurso público devem ser aferidos com base na legislação vigente à época de realização
do certame. STF. 2ª T., RE 595893 AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 10/06/14. Portanto, eventuais
limitações para participação em concurso público devem estar estabelecidas em lei, não sendo
suficiente que conste exclusivamente do edital ou do regulamento do concurso. No mesmo sentido, há
necessidade de lei para que se exija exame psicotécnico como requisito de admissibilidade em
concurso público (enunciado 44 da súmula vinculante – citada acima).
162
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 11: ##DPEAC-2012: ##DPEPR-2012: ##MPGO-2016:
##TRF4-2016: ##PGESE-2017: ##TRF2-2018: ##CESPE: ##FCC: Tese 04: O candidato aprovado fora do
número de vagas previsto no edital possui mera expectativa de direito à nomeação, que se convola em
direito subjetivo caso haja preterição na convocação, observada a ordem classificatória.
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 09: ##MPGO-2016: Tese 19: O encerramento do concurso
público não conduz à perda do objeto do mandado de segurança que busca aferir suposta ilegalidade
praticada em alguma das etapas do processo seletivo.
(MPGO-2019): Sobre os servidores de entes governamentais de direito privado, assinale a opção correta:
Sujeitam-se ao concurso público para preenchimento dos empregos, ressalvadas a exceções previstas no
ordenamento jurídico. BL: art. 37, II, CF.
(MPMT-2019-FCC): Em matéria de servidor público: Há distinção entre cargo e emprego público, pois o
vínculo que une o servidor à Administração pública é diferente. BL: art. 37, II, CF.
36
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia
habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo
de sua validade.
163
públicas que, ocupado por servidor público, tem funções específicas e remuneração fixadas em lei ou diploma a
ela equivalente. (...) Todo cargo tem função, porque não se pode admitir um lugar na Administração que
não tenha a predeterminação das tarefas do servidor. Mas nem toda função pressupõe a existência do cargo.
O titular do cargo se caracteriza como servidor público estatutário. O cargo, ao ser criado, já pressupõe as
funções que lhe são atribuídas. Não pode ser instituído cargo com funções aleatórias ou indefinidas: é a
prévia indicação das funções que confere garantia ao servidor e ao Poder Público. Por tal motivo, é ilegítimo o
denominado desvio de função, fato habitualmente encontrado nos órgãos administrativos, que consiste no exercício,
pelo servidor, de funções relativas a outro cargo, que não o que ocupa efetivamente”. Por outro lado, a função
pública “é a atividade em si mesma, ou seja, função é sinônimo de atribuição e corresponde às inúmeras
tarefas que constituem o objeto dos serviços prestados pelos servidores públicos. Nesse sentido, fala-se
em função de apoio, função de direção, função técnica.” Por fim, quanto à noção de emprego público, o
referido doutrinador explica: "(...) a expressão emprego público é utilizada para identificar a relação
funcional trabalhista, assim como se tem usado a expressão empregado público como sinônima da de
servidor público trabalhista. Para bem diferenciar as situações, é importante lembrar que o servidor
trabalhista tem função (no sentido de tarefa, atividade), mas não ocupa cargo. O servidor estatutário tem o
cargo que ocupa e exerce as funções atribuídas ao cargo”. (Fonte: CARVALHO FILHO, José dos Santos.
Manual de direito administrativo. 30. Ed. São Paulo: Atlas, 2016, p. 642). Por fim, vejamos o teor do art. 3º
da Lei 8.112/90, que traz o conceito de cargo público: “Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único.
Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento
pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.”
(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: Todo cargo público tem função, posto ser inaceitável que
alguém ocupe um lugar na Administração que não tenha a predeterminação das atribuições do servidor.
(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: A expressão emprego público é utilizada para identificar a
relação funcional trabalhista, ressaltando-se que o empregado público tem função, mas não ocupa cargo.
(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: Quadro funcional consiste no conjunto de carreiras, cargos
isolados e funções públicas, remuneradas, integrantes de uma mesma pessoa federativa ou de seus
órgãos internos.
##Atenção: José dos Santos Carvalho Filho indica que “quadro funcional é o conjunto de carreiras, cargos
isolados e funções públicas remuneradas integrantes de uma mesma pessoa federativa ou de seus órgãos internos. O
quadro funcional é o verdadeiro espelho do quantitativo de servidores públicos da Administração”.
(TJSP-2015-VUNESP): O regime jurídico dos servidores públicos tem um amplo tratamento na CF/1988,
além de ser disciplinado em lei estatutária de cada ente da federação. Com relação ao regime geral dos
servidores públicos, é correto afirmar que no direito brasileiro é possível que um não servidor público
exerça função pública sem que o agente seja ocupante de cargo público em que tenha sido regularmente
investido. BL: art. 37, II da CF (adm.)
(MPSP-2015): Sobre a proibição da prática de nepotismo, é correto afirmar que ressalvada situação de
fraude à lei, a nomeação de parentes para cargos públicos de natureza política não configura nepotismo
na Administração Pública. BL: SV 13, STF. (adm.)
III - o PRAZO DE VALIDADE do concurso público SERÁ de até dois anos, PRORROGÁVEL uma
vez, por igual período; (TJPR-2008) (MPMT-2008) (TJRO-2011) (MPMG-2011/2012) (MPGO-2012) (TJSC-
2010/2013) (MPPR-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (MPSP-2017)
(TRT/Unificado-2017) (PGESC-2014/2018)
(MPMG-2018): O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por
igual período. Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
164
assumir cargo ou emprego, na carreira. BL: art. 37, III e IV, CF. (adm.)
##Atenção: ##Trecho da Ementa que gerou a Tese 1010/Reperc. Geral: ##STF: (...) 1. A criação de cargos
em comissão é exceção à regra de ingresso no serviço público mediante concurso público de provas ou
provas e títulos e somente se justifica quando presentes os pressupostos constitucionais para sua
instituição. (...).
165
mesmo sentido, “São inconstitucionais a lei que autorize o Chefe do Poder Executivo a dispor, mediante
decreto, sobre criação de cargos públicos remunerados, bem como os decretos que lhe deem execução.
(...)Portanto, é admissível controle concentrado de constitucionalidade de decreto que, dando execução a
lei inconstitucional, crie cargos públicos remunerados e estabeleça as respectivas denominações,
competências, atribuições e remunerações.”. (STF. Plenário. ADI 3232, Rel. Min. Cezar Peluso, j.
14/08/08).
##Atenção: ##STF: ##TJMS-2020: ##FCC: Na ADI 3.174/SE, o Relator, Min. Barroso, destacou que o
art. 37, V, da CF/88 não restringe as atividades de assessoramento aos cargos de nível superior e ou às
funções estritamente técnico-científicas. Segundo ele, o dispositivo exige apenas que o cargo em
comissão tenha natureza de diretoria, chefia ou assessoramento, que pode exigir níveis educacionais
diferenciados a depender do cargo, cabendo à lei de criação especificá-los caso a caso. Portanto, reputa-
se constitucional a lei que exija formação em curso nível superior a depender do cargo em comissão.
(STF. Plenário. ADI 3174, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 23/08/2019).
(MPMG-2021): Sobre o tema do servidor público, assinale a alternativa correta: Cargos em comissão, ou
de confiança, destinam-se somente a funções de chefia, direção e assessoramento, e podem ser ocupados
por pessoas que não pertencem aos quadros funcionais da administração, ao passo que as funções de
confiança, ou gratificadas, são reservadas exclusivamente aos servidores ocupantes de cargo efetivo. BL:
art. 37, V, CF (adm.)
(TJRS-2018-VUNESP): De acordo com a CF/88, a respeito dos agentes públicos, é correto afirmar que as
funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. BL: art. 37, V, CF (adm.)
##Atenção: As funções de confiança são exercidas exclusivamente por ocupantes de cargo efetivo e
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Os cargos de confiança, por sua
vez, se destinam às mesmas funções e serão preenchidos por agentes estranhos à Administração e por
servidores de carreira – estes últimos nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei (art.
37, V, CF/88).
(PGERN-2014-FCC): Lei estadual criou vários cargos em comissão de médico, de livre provimento pelo
Secretário de Saúde, para atender a necessidade imediata da população. Segundo a lei, os titulares dos
cargos devem exercer suas atividades no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, prestando seus
serviços diretamente aos pacientes necessitados, por prazo indeterminado. A referida lei estadual é
incompatível com a Constituição Federal, uma vez que os cargos em comissão somente podem ser
criados para as atribuições de direção, chefia e assessoramento, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei. BL: art. 37, V, CF.
Súmula 679-STF: A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção
coletiva”.
166
(DPESE-2012-CESPE): Assinale a opção correta com referência à administração pública direta e
indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios: É garantido ao servidor
público civil o direito à livre associação sindical. BL: art. 37, VI, CF.
VII - o DIREITO DE GREVE SERÁ EXERCIDO nos termos e nos limites definidos EM LEI
ESPECÍFICA; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPPR-2008) (TJMG-2009) (PGEAL-
2009) (DPEMA-2011) (TJPR-2008/2010/2012) (MPAL-2012) (DPEES-2012) (PGESP-2012) (MPT-2009/2013)
(DPERR-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (AGU-2010/2015) (TRT1-2015) (TRT15-2015)
(PFN-2015) (TJSP-2017) (PGEMS-2016) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PCGO-
2012/2018) (PCPI-2014/2018) (TRF3-2018) (PF-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPGO-2013/2019)
(Cartórios/TJMG-2017/2019) (TJBA-2019) (MPMG-2021) (MPM-2021) (TCDF-2021)
##Atenção: ##DOD: Assim, duas conclusões podem ser expostas: 1ª) Mesmo não havendo ainda lei
tratando sobre o tema, os servidores podem fazer greve e isso não é considerado um ato ilícito; 2ª)
Enquanto não há norma regulamentando este direito, aplicam-se aos servidores públicos as leis que
regem o direito de greve dos trabalhadores celetistas.
167
Poder Público. BL: Info 845, STF.
(TJSP-2017-VUNESP): O direito de greve reconhecido constitucionalmente aos servidores públicos implica
que do seu exercício, todavia, poderá resultar o desconto dos dias paralisados a ser efetuado pela
Administração Pública, com possibilidade de compensação na hipótese de acordo. BL: Info 845, STF.
168
VIII - a lei RESERVARÁ percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e DEFINIRÁ os critérios de sua admissão; [obs.: norma de eficácia LIMITADA] (TJDFT-2008)
(MPPE-2008) (MPMS-2011) (MPMG-2014) (DPEGO-2014) (MPAM-2015) (DPEPA-2015) (MPRO-2017)
(TRF3-2018) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ”É constitucional norma de Constituição Estadual que preveja que ‘o
Estado e os Municípios reservarão vagas em seus respectivos quadros de pessoal para serem
preenchidas por pessoas portadoras de deficiência.’ Apesar de, em tese, a Constituição Estadual não
poder dispor sobre servidores municipais, sob pena de afronta à autonomia municipal, neste caso não
há inconstitucionalidade, considerando que se trata de mera repetição de norma da CF/88 (art. 37,
VIII). STF. Plenário. ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 25/10/18 (Info 921).
169
2010/2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESE-2017) (TJMG-2018) (PCPI-2018) (MPSP-
2012/2019) (MPMG-2014/2019) (MPPR-2017/2019) (DPEMG-2019) (PGEPB-2021)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Se houve determinação judicial para que o Município fizesse contratação
temporária em razão da Covid-19, não se pode dizer que isso configure preterição ilegal de pessoa
aprovada no concurso para o mesmo cargo, sendo que o certame era para cadastro de reserva : A
contratação temporária de terceiros para o desempenho de funções do cargo de enfermeiro, em
decorrência da pandemia causada pelo vírus Sars-CoV-2, e determinada por decisão judicial, não
configura preterição ilegal e arbitrária nem enseja direito a provimento em cargo público em favor de
candidato aprovado em cadastro de reserva. STJ. 2ª T. RMS 65757-RJ, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, j. 04/05/21 (Info 695).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPPR-2017: São inconstitucionais, por violarem o art. 37, IX, da CF, a
autorização legislativa genérica para contratação temporária e a permissão de prorrogação indefinida
do prazo de contratações temporárias. STF. Plenário. ADI 3662/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 23/3/17
(Info 858).
##Atenção: ##Reperc. Geral – STF – Tese 916: ##TJMG-2018: ##DPEMG-2019: A contratação por
tempo determinado para atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público
realizada em desconformidade com os preceitos do art. 37, IX, da CF não gera quaisquer efeitos
jurídicos válidos em relação aos servidores contratados, com exceção do direito à percepção dos
salários referentes ao período trabalhado e, nos termos do art. 19-A da Lei 8.036/90, ao levantamento
dos depósitos efetuados no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS.
(TJMG-2018-Consulplan): O STF firmou a tese de que a contratação por tempo determinado para
atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público em desconformidade com os
preceitos do art. 37, IX, da CF, não gera quaisquer efeitos jurídicos válidos, com exceção do direito à
percepção dos salários referentes ao período trabalhado e ao levantamento dos depósitos efetuados no
FGTS. BL: Entend. Jurisprud.
170
permanentes do Estado, e que devam estar sob o espectro das contingências normais da Administração. BL:
Info 742, STF.
(PFN-2015-ESAF): Sobre os servidores públicos: A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. BL: art. 37, IX, CF.
Súmula 679-STF: A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção
coletiva.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4) (...)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 624: ##DOD: Judiciário não pode obrigar que o chefe do Poder
Executivo encaminhe o projeto de lei para revisão geral anual dos servidores: O Poder Judiciário não
possui competência para determinar ao Poder Executivo a apresentação de projeto de lei que vise a
promover a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, tampouco para fixar o
respectivo índice de correção. STF. Plenário. RE 843112, Rel. Luiz Fux, j. 22/09/20 (Info 998).
171
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 19: ##DOD: Revisão anual de vencimentos não é obrigatória,
mas chefe do Executivo deve justificar: O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos
vencimentos dos servidores públicos, previsto no inciso X do art. 37 da CF/88, não gera direito
subjetivo a indenização. Deve o Poder Executivo, no entanto, se pronunciar, de forma fundamentada,
acerca das razões pelas quais não propôs a revisão. STF. Plenário. RE 565089 /SP, rel. orig. Min. Marco
Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, j. 25/9/19 (Info 953).
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: Revisão geral anual x reajuste setorial: A revisão geral
anual, aplicável a todos os servidores públicos sem distinção de índices, é diferente do reajuste setorial
realizado para beneficiar apenas determinada carreira. Compare:
REVISÃO GERAL ANUAL REAJUSTE SETORIAL (REVISÃO ESPECÍFICA)
Trata-se de revisão que beneficia todos os Trata-se de reajuste que beneficia somente
servidores, de forma genérica (sem distinções). determinada carreira de servidores.
Segundo o texto da Constituição, esta revisão deve Não há previsão expressa no texto da Constituição.
ocorrer todos os anos, sempre na mesma data.
Segundo aponta a doutrina, o objetivo seria repor É feito com o objetivo de conferir um aumento real
as perdas decorrentes da inflação. para determinada carreira cuja remuneração esteja
abaixo do que deveria (corrigir distorções).
O projeto de lei prevendo a revisão geral anual A iniciativa será do dirigente máximo daquele Poder
deve ser apresentado pelo chefe do Poder ou órgão autônomo (ex: MP). Ex: é do próprio Poder
Executivo de cada ente federado (art. 61, § 1º, II, Legislativo a iniciativa para conceder reajuste setorial
“a”, da CF/88). aos seus servidores.
##Atenção: ##STF: ##DOD: A jurisprudência do STF firmou entendimento de que não viola o
princípio constitucional da isonomia, nem da revisão geral anual, a concessão de reajustes salariais
setoriais com o fim de corrigir eventuais distorções remuneratórias. STF. 1ª T. ARE 993058 AgR, Rel.
Min. Roberto Barroso, j. 17/02/17.
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2009: ##CESPE: Afronta ao art. art. 37, da CF/88, que exige a edição de lei
específica para a fixação de remuneração de servidores públicos, o que não se mostrou compatível com
o disposto na Lei estadual n. 227/89. Competência privativa do Estado para legislar sobre política
remuneratória de seus servidores. Autonomia dos Estados-membros. Precedentes. STF. Plenário. ADI 64,
Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 21/11/07.
172
(MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPSP-2012) (DPEES-2012) (DPESP-2012) (PGEMG-2012) (TRF5-2011/2013)
(MPMS-2013) (MPF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPR-2013) (MPM-2013) (TJCE-2014) (MPRS-2014) (PGEMS-
2014) (PGERN-2014) (DPEMA-2009/2015) (TJDFT-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEPR-2015) (TRT2-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (TRF3-2013/2016) (TJRS-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (TJSC-2009/2017) (TRF5-2011/2017) (DPEPR-2012/2017) (DPESC-2017) (PGEAC-
2017) (PGESE-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEPE-2018) (TRF2-2018) (PGEAP-2018) (PGEPE-2018)
(PCMG-2018) (Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPPR-2019) (DPEDF-2019) (TCEAM-2021) (TRF4-2009/2012/2022)
(TJAP-2014/2022) (MPGO-2013/2019/2022)
##Atenção: ##Reperc. Gera/STF – Tema 359: ##DOD: Se o servidor público recebe remuneração (ou
aposentadoria) mais pensão, a soma dos dois valores não pode ultrapassar o teto: Ocorrida a morte do
instituidor da pensão em momento posterior ao da Emenda Constitucional 19/1998, o teto
constitucional previsto no inciso XI do art. 37 da CF/1988 incide sobre o somatório de remuneração ou
provento e pensão percebida por servidor. STF. Plenário. RE 602584/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j.
6/8/20 (Info 985). Obs.: Cuidado para não confundir com esse outro entendimento veiculado no Info
862 do STF (citado abaixo).
173
reduzida para respeitar o teto. Essa redução foi legítima. STF. Plenário. RE 609381/GO, Rel. Min. Teori
Zavascki, j. 2/10/14 (Info 761).
##Atenção: E os servidores que receberam vantagens pessoais acima do teto antes dessa decisão do STF
deverão devolver os valores? A Administração Pública poderá ingressar com ações cobrando o
ressarcimento dessas quantias recebidas acima do teto a título de vantagens pessoais? NÃO. O STF
afirmou que os servidores não estão obrigados a restituir os valores eventualmente recebidos em excesso
e de boa-fé até o dia 18/11/2015 (data da decisão do STF).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPM-2013: Teto remuneratório e servidor que ocupa dois cargos
acumuláveis: A acumulação de proventos de servidor aposentado em decorrência do exercício
cumulado de dois cargos de profissionais da área de saúde legalmente exercidos, nos termos
autorizados pela CF/88, não se submete ao teto constitucional, devendo os cargos ser considerados
isoladamente para esse fim. STJ. 2ª T. RMS 38682-ES, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 18/10/12 (Info 508).
##Atenção: ##STF: ##MPSP-2019: Revela-se inconstitucional a vinculação dos subsídios devidos aos
agentes políticos locais (Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores) à remuneração estabelecida em favor
dos servidores públicos municipais. STF. 2ª T., RE 411156 AgR, Min. Rel. Celso de Mello, j. 29/11/11.
(MPSP-2019): Em relação ao regime jurídico dos agentes públicos, assinale a alternativa correta: É
inconstitucional a vinculação dos subsídios devidos aos agentes políticos locais (Prefeito, Vice-Prefeito e
Vereadores) à remuneração estabelecida em favor dos servidores públicos municipais. BL: Entend.
Jurisprud.
##Atenção: ##STJ e STF: ##MPGO-2014: ##ABIN-2018: ##CESPE: ##STF: Por efeito repique entende-
se que as vantagens pecuniárias não incidem “em cascata” (cumulativamente, uma sobre outras). Ou
seja, o valor do vencimento-base é parâmetro para que seja feito o cálculo das vantagens, sem haja
interferência de uma sobre a outra. Nesse sentido, vejamos o seguinte trecho do julgado do STF: “(...) I -
O art. 37, XIV, da Constituição Federal, redação da EC 19/1998, veda o cômputo de vantagem recebida
no cálculo de vantagem posterior (cálculo em cascata ou efeito repique), porém não proíbe a concessão
de mais de uma vantagem sob o mesmo fundamento, desde que calculadas de forma singela sobre o
vencimento básico. II - Agravo regimental improvido”. (05/03/13, RE 633.077 MG, Min. RICARDO
LEWANDOWSKI). ##STJ: (...) Embora o art. 24, § 3º, do citado normativo estipule o reajuste da
vantagem pessoal nos mesmos índices de reajuste do vencimento básico, isso não implica autorização
para que aquela verba integre a base de cálculo das demais vantagens e adicionais auferidos pelo
servidor. Entender de maneira diversa ensejaria a admissibilidade do efeito cascata que é vedado no
Texto Constitucional, além de inserir na mesma classificação parcelas remuneratórias de natureza e
finalidade diversas. Precedentes: AgRg no AgRg no REsp 1105124/MS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze,
5ª T., j. 5/3/13, DJe 11/3/13; AgRg no RMS 30.155/MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, 6ª T., j. 6/12/12,
DJe 18/12/12. STJ. 2ª T., RMS 44.954/MS, Rel. Min. Og Fernandes, j. 22/05/14.
175
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) (...)
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (...)
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a
autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (...)
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (...)
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37,
incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso
XVI, alínea "c"; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014) (...)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (...)
176
XVI - É VEDADA a ACUMULAÇÃO REMUNERADA de cargos públicos, EXCETO, quando
HOUVER compatibilidade de horários, OBSERVADO em qualquer caso o disposto no inciso XI [obs.: o
teto do funcionalismo público.]: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJPR-2008)
(MPMT-2008) (TJMG-2009) (PGEAL-2009) (PGEPE-2009) (TJSC-2010) (MPPB-2010) (PGERO-2011) (PGEPA-
2011/2012) (PGESP-2012) (MPF-2012) (PFN-2012) (TRF5-2009/2013) (MPDFT-2013) (DPEPR-2012/2014)
(MPSC-2013/2014) (MPMG-2014) (MPRS-2014) (DPEMG-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCPI-2014) (PCCE-
2015) (TRT15-2015) (TRT23-2015) (PGEMS-2014/2016) (DPEMT-2016) (TRT3-2016) (Cartórios/TJMG-2017)
(PGEAC-2017) (TRF2-2013/2014/2018) (TJRS-2018) (PGEAP-2018) (PCMG-2018) (PF-2018) (MPGO-2012/2019)
(Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPPR-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (TJMS-2020)
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPMT-
2008) (TRF5-2009) (PGEPE-2009) (MPPB-2010) (PGERO-2011) (MPF-2012) (PGESP-2012) (PFN-2012) (MPDFT-
2013) (PCES-2013) (DPEPR-2012/2014) (MPMG-2014) (DPEMG-2014) (PGEMS-2014) (PCCE-2015) (TRT15-
2015) (TRT23-2015) (TJDFT-2016) (TRT3-2016) (PGEAC-2017) (TRF2-2013/2014/2018) (PCMG-2018)
(Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPGO-2019) (MPPR-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (TJMS-2020)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (TJSE-2008) (MPMT-2008) (PGEPE-2009) (MPPB-2010) (PGERO-2011) (MPF-2012)
(PFN-2012) (MPDFT-2013) (TRF5-2013) (PCES-2013) (PF-2013) (DPEPR-2012/2014) (MPMG-2014)
(DPEMG-2014) (PGEMS-2014) (PCPI-2014) (PCCE-2015) (TRT15-2015) (TRT23-2015) (TRT3-2016) (PGEAC-
2017) (TRF2-2013/2014/2018) (PGEAP-2018) (Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPGO-2019) (MPPR-2019)
(Cartórios/TJDFT-2019) (TJMS-2020)
(MPGO-2019): Sobre os servidores de entes governamentais de direito privado, assinale a opção correta:
Salvo nas hipóteses expressamente permitidas pela CF/1988, esses servidores se submetem ao chamado
regime de não acumulação de cargos e empregos. BL: art. 37, XVII, CF e art. 118, §1º, Lei 8112/90.37
37
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos. § 1º. A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações
públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos
Territórios e dos Municípios.
178
na forma da lei. BL: art. 37, XVIII, CF.
XIX – SOMENTE por lei específica PODERÁ SER CRIADA autarquia e AUTORIZADA a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, CABENDO à LEI
COMPLEMENTAR, neste último caso, DEFINIR as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (TJMS-2008) (PGECE-2008) (TJSP-2009) (DPEMA-2009) (PGEAL-2009) (PCPI-
2009) (TJES-2011) (PGERO-2011) (PCES-2011) (DPESP-2009/2012) (TRF4-2010/2012) (TJPI-2012) (TJBA-2012)
(MPRR-2012) (DPEPR-2012) (DPESE-2012) (PCSP-2012) (MPMS-2011/2013) (TRF1-2011/2013) (TJSC-2013)
(DPERR-2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (AGU-2013) (PCPR-2013)
(MPT-2013) (PGEPI-2008/2014) (MPMG-2014) (MPMT-2014) (PGEBA-2014) (PCRO-2014) (TRF5-2011/2015)
(PGERS-2015) (MPPR-2012/2016) (TJRS-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (DPEAL-2017)
(Cartórios/TJMG-2017) (PCAC-2017) (PCAP-2017) (PCMS-2017) (PCMT-2017) (TJCE-2018) (MPPB-2018)
(DPEAM-2018) (DPERS-2018) (TRF3-2018) (MPPI-2012/2019) (TJRO-2019) (DPEDF-2019) (MPSC-2021)
(DPEPI-2022)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: As fundações públicas de direito privado não fazem jus à isenção das
custas processuais. A isenção das custas processuais somente se aplica para as entidades com
personalidade de direito público. Dessa forma, para as Fundações Públicas receberem tratamento
semelhante ao conferido aos entes da Administração Direta é necessário que tenham natureza jurídica
de direito público, que se adquire no momento de sua criação, decorrente da própria lei. STJ. 4ª Turma.
REsp 1409199-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 10/03/20 (Info 676)
##Atenção: ##STF: ##DOD: A qualificação de uma fundação instituída pelo Estado como sujeita ao
regime público ou privado depende: i) do estatuto de sua criação ou autorização e ii) das atividades
por ela prestadas. As atividades de conteúdo econômico e as passíveis de delegação, quando definidas
como objetos de dada fundação, ainda que essa seja instituída ou mantida pelo poder público, podem
se submeter ao regime jurídico de direito privado. STF. Plenário.RE 716378/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
1º e 7/8/19 (repercussão geral) (Info 946).
(TJRO-2019-VUNESP): O ente personalizado, integrante da Administração Pública indireta, cuja criação é
autorizada por lei, mas adquire existência jurídica após o registro dos seus estatutos, é fundação de direito
privado. BL: art. 37, XIX, CF e Info 946, STF.
##Atenção: ##DOD: É possível identificar duas espécies de fundação pública (fundação instituída pelo
Estado):
Fundação pública de direito PÚBLICO Fundação pública de direito PRIVADO
Estão sujeitas ao regime público. Estão sujeitas ao regime privado.
São criadas por lei específica (são uma espécie de Deve ser editada uma lei específica autorizando
autarquia, por isso também chamadas de que o Poder Público crie a fundação. Em seguida,
“fundações autárquicas”). será necessário fazer a inscrição do estatuto dessa
fundação no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
quando, então, ela adquire personalidade jurídica.
##Atenção: ##DOD: Pelas características trazidas no enunciado, é possível concluir que trata-se de uma
fundação pública de direito privado. O entendimento da doutrina majoritária é no sentido de que as
fundações públicas podem possuir personalidade jurídica de direito público ou de direito privado,
conforme definido na lei instituidora. Assim, o legislador pode optar por uma lei criando ou autorizando a
criação de uma fundação pública. Caso a criação emane diretamente da lei, teremos fundação pública de
direito público. Na hipótese de a lei simplesmente autorizar a sua criação, os seus atos constitutivos
deverão ser inscritos no registro civil das pessoas jurídicas e, a partir de então, nascerá uma fundação
pública de direito privado.
(TJPR-2019-CESPE): As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração pública são
criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legislativa. BL: art. 37,
XIX, CF (adm.)
(MPSC-2019): Conforme a Constituição da República Federativa do Brasil, somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. BL:
art. 37, XIX, CF.
(TRF4-2012): Somente mediante lei específica pode ser criada entidade autárquica nos três níveis da
Federação. BL: art. 37, XIX, CF. (adm.) (DPEPI-2022)
(MPSE-2010-CESPE): Com base nas normas constitucionais referentes à administração direta e indireta,
assinale a opção correta: Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nesse
último caso, definir as áreas de sua atuação. BL: art. 37, XIX, CF.
##Atenção: As empresas públicas somente poderão ser criadas mediante autorização de lei, nos termos
do art. 37, XIX, CF. Contudo, diferentemente das autarquias, as empresas públicas somente passaram a
existir, após o registro dos atos constitutivos no órgão competente, seja no Cartório de Registro de
Pessoas Jurídicas quando de natureza civil, seja na Junta Comercial quando de natureza empresarial.
(MPPR-2016): Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação. Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação
de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer
delas em empresa privada. BL: art. 37, XX, CF.
180
pagamento, MANTIDAS as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual SOMENTE
PERMITIRÁ as exigências de qualificação técnica e econômica INDISPENSÁVEIS à garantia do
cumprimento das obrigações. (MPRO-2008) (DPEMA-2009) (PGESP-2009) (PGEAM-2010) (PGEPR-2011)
(TRF4-2012) (DPESP-2012/2013) (MPES-2013) (MPSC-2013) (TJAP-2008/2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014)
(PCDF-2015) (DPEBA-2016) (PGEMA-2016) (TRF2-2014/2017) (TRF5-2017) (Cartórios/TJMG-2018) (MPMG-
2014/2019) (MPSP-2017/2019) (TJSC-2019) (MPMT-2019)
(MPDFT-2013): No que concerne a licitações e contratos administrativos, é correto afirmar: A lei pode,
sem violação do princípio da igualdade, distinguir situações a fim de conferir a uma tratamento diverso
do que atribui a outra. Para que possa fazê-lo, contudo, sem que tal violação se manifeste, é necessário
que a discriminação guarde compatibilidade com o conteúdo do princípio. A Constituição exclui
quaisquer exigências de qualificação técnica e econômica que não sejam indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações. BL: art. 37, XXI, CF.
181
XXII - as ADMINISTRAÇÕES TRIBUTÁRIAS da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, EXERCIDAS por servidores de carreiras
específicas, TERÃO recursos prioritários para a realização de suas atividades e ATUARÃO de forma
integrada, INCLUSIVE com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJSE-2008) (TJPI-2012) (PFN-2012)
(MPMT-2014) (Cartórios/TJMG-2019)
§ 1º A PUBLICIDADE dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
DEVERÁ TER caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela NÃO PODENDO CONSTAR
nomes, símbolos ou imagens que CARACTERIZEM promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos. (DPEMA-2009) (TRF2-2009) (PCDF-2009) (MPGO-2010) (MPMG-2011) (MPPB-2011) (TJBA-2012)
(TJPA-2012) (MPSP-2012) (DPESP-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (MPSC-2013/2014) (MPMT-2014)
(DPEGO-2014) (PGEBA-2014) (PCTO-2014) (PGERS-2010/2015) (TJDFT-2007/2016) (MPPR-2016) (DPEMT-
2016) (DPEPR-2012/2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TCEMG-2018) (TJRO-2011/2019)
(MPAP-2021) (MPSC-2021) (TCEAM-2021) (TJRS-2012/2022)
##Atenção: ##STF: ##MPAP-2021: ##CESPE: (...) O rigor do dispositivo constitucional que assegura o
princípio da impessoalidade vincula a publicidade ao caráter educativo, informativo ou de orientação
social é incompatível com a menção de nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans, que
caracterizem promoção pessoal ou de servidores públicos. A possibilidade de vinculação do conteúdo
da divulgação com o partido político a que pertença o titular do cargo público mancha o princípio da
impessoalidade e desnatura o caráter educativo, informativo ou de orientação que constam do
comando posto pelo constituinte dos oitenta. STF. 1ª T., RE 191.668, Rel. Min. Menezes Direito, j.
15/4/08.
##Atenção: ##DOD: Caso uma pessoa assuma cargo ou emprego público sem concurso público (fora das
hipóteses permitidas pela Constituição), qual será a consequência? O § 2º do art. 37 da CF/88 determina
182
que: i) o ato de investidura seja declarado nulo; e ii) a autoridade responsável pelo ato seja punida, nos
termos da lei (ex.: improbidade).
(MPSP-2019): Em relação ao regime jurídico dos agentes públicos, assinale a alternativa correta: A não
observância do princípio do concurso público inscrito no art. 37, II, da CF/1988, implicará a nulidade do
ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. BL: art. 37, caput, II e §2º, CF.
(TJRJ-2019-VUNESP): A respeito da Lei 13.460/17, que dispõe sobre participação, proteção e defesa dos
direitos dos usuários dos serviços públicos da administração pública, é correto afirmar que se aplica
também à atividade administrativa prestada pelos Poderes Judiciário e Legislativo, conforme disposto no
artigo 37 da Constituição Federal. BL: art. 1º, §1º c/c art. 2º, II e III, Lei 13460/1738 e art. 37, §3º, I, CF.
##Atenção: ##DOD: A CF/88 prevê, em seu art. 37, § 3º, I, que os usuários dos serviços públicos devem
ter meios de “participação” na Administração Pública. Uma das formas de participação é a possibilidade
de fazer reclamações a respeito da qualidade dos serviços públicos. A Lei 13.460/17 tem por objetivo,
dentre outros, o de regulamentar esse dispositivo constitucional, dispondo também sobre a
participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública. A
partir da leitura do art. 37, § 3º, I, da CF c/c o § 1º do art. 1º da Lei 13.460/17, constata-se, portanto, que
esta Lei se aplica a toda a Administração Pública brasileira, direta e indireta, de todos os Poderes.
(TJPB-2015-CESPE): Normas jurídicas que garantam ao usuário do serviço público o poder de reclamar
38
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos
serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública. § 1º O disposto nesta Lei aplica-
se à administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos
termos do inciso I do § 3º do art. 37 da Constituição Federal. (...). Art. 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: (...)
II - serviço público - atividade administrativa ou de prestação direta ou indireta de bens ou serviços à
população, exercida por órgão ou entidade da administração pública; III - administração pública - órgão ou
entidade integrante da administração pública de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública; (...).
183
da deficiência na prestação do serviço expressam um dos princípios aplicáveis à administração pública,
como forma de assegurar a participação do usuário na administração pública direta e indireta. BL: art.
37, §3º, CF (adm.)
(MPMG-2018): Em relação à ação de improbidade administrativa, é correto afirmar: Possui dupla face,
sendo repressivo-reparatória naquilo que concerne ao ressarcimento ao erário e repressivo-punitiva no
que respeita à aplicação de sanções. BL: art. 37, §4º da CF.
(TJSC-2015-FCC): Existe certa polêmica entre os juristas quanto à constitucionalidade da “multa civil",
prevista como espécie de sanção cabível por ato de improbidade administrativa, no art. 12 da Lei
8.429/92. No entanto, já houve oportunidade de manifestação do STF sobre a matéria, tal como se passou
no RE 598588 AgR, assim ementado: “AGRAVOS REGIMENTAIS NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. MULTA CIVIL. ARTIGO 12, III, DA LEI n°8.429/92. As sanções civis
impostas pelo artigo 12 da Lei n° 8.429/92 aos atos de improbidade administrativa estão em sintonia com os
princípios constitucionais que regem a Administração Pública. Agravos regimentais a que se nega provimento".
Independentemente do entendimento jurisprudencial sobre essa polêmica, são argumentos
adequadamente pertinentes a ela: A não previsão da multa civil dentre as sanções arroladas no
dispositivo constitucional que trata da improbidade administrativa. BL: art. 37, §4º, CF (adm.)
##Atenção: ##DICA: De acordo com a CF, quem pratica improbidade é mandado para PARIS:
P erda da função pública
A ção penal cabível
R essarcimento ao erário
I ndisponibilidade dos bens
S uspensão dos direitos políticos
##Atenção: Por tratar a regra do § 4º do art. 37 da CF de norma de caráter intimidativo, tem que ser
estritamente observada quanto ao seu conteúdo, sob pena de inconstitucionalidade material. In casu, a
sanção de multa civil prevista pela LIA é passível de controle de constitucionalidade via difusa ou
184
concentrada, sendo até urgente a manifestação do STF a respeito da constitucionalidade da norma, tendo
em vista que, caso inconstitucional, centenas ou milhares de cidadãos podem estar sendo prejudicados ao
serem punidos com uma pena excessiva, não albergada constitucionalmente.
§ 5º A lei ESTABELECERÁ os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que CAUSEM prejuízos ao erário, RESSALVADAS as respectivas AÇÕES DE
RESSARCIMENTO. (PGEPB-2008) (DPESP-2009) (TJDFT-2007/2010) (TJRO-2011) (MPMG-2011) (MPMS-
2011) (TRF4-2009/2010/2012) (MPGO-2010/2012) (MPPR-2011/2013) (TRF1-2013) (MPF-2013) (PGDF-2013)
(MPAC-2014) (MPPR-2014) (TRF2-2014) (AGU-2012/2015) (PCDF-2009/2015) (TJAL-2015) (MPBA-2015) (TRF5-
2015) (PGEPA-2015) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (PGEAC-2017) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017)
(TJCE-2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018) (TJBA-2012/2019) (MPPI-2012/2019) (MPSP-2008/2011/2013/2019)
(MPCE-2009/2020) (MPSC-2010/2013/2019/2021) (MPAP-2021) (MPDFT-2021)
39
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, contados a
partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a
permanência. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
185
ações de ressarcimento (parte final do § 5º), ou seja, mesmo sem lei expressa, as ações de ressarcimento já
poderiam ser propostas. Desse modo, para essa tese, o que a parte final do § 5º quis dizer foi unicamente
que, mesmo sem Lei de Improbidade Administrativa, poderiam ser ajuizadas ações pedindo o
ressarcimento ao erário. Isso porque o § 5º deve ser interpretado em conjunto com o § 4º. Como reforço a
esse argumento, alegaram que a Lei de Improbidade somente foi editada em 1992 (Lei 8.429/92). Logo, o
objetivo do constituinte foi o de evitar que se alegasse que o ressarcimento ao erário somente poderia ser
exigido com a edição de lei. Por fim, argumentavam que a CF/1988, quando quis, determinou a
imprescritibilidade de forma expressa. Ex: art. 5º, XLII (racismo) e XLIV (ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático). Veja as palavras do Min. Alexandre de
Moraes, um dos adeptos dessa tese: “A preocupação do legislador constituinte foi legítima, pois, em virtude da
exigência do § 4º de edição de lei específica para a definição dos “atos de improbidade administrativa”, bem como da
forma e gradação da aplicação das sanções de suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, poderiam surgir dúvidas sobre a recepção do ordenamento
jurídico que, desde a década de 1940, permitia ações de ressarcimento no caso de improbidade administrativa, apesar da
inexistência de conceituação e de tipificação específica dos denominados “atos de improbidade administrativa. Em
outras palavras, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, que ampliou a possibilidade de sanções por atos
de improbidade administrativa, e em respeito aos princípios da reserva legal e da anterioridade, passou-se a exigir a
edição de lei específica para tipificar as condutas correspondentes a atos de improbidade administrativa. Nesse
momento, houve o justo receio do legislador constituinte quanto à ocorrência de interpretações que passassem a
impossibilitar ações de ressarcimento ao erário pela prática de atos ilícitos tradicionalmente entendidos como
improbidade administrativa, desde a década de 1940, mas ainda não tipificados pela nova legislação, que somente foi
editada em 1992. A ressalva prevista no § 5º do art. 37 da CF não pretendeu estabelecer uma exceção implícita de
imprescritibilidade, mas obrigar constitucionalmente a recepção das normas legais definidoras dos instrumentos
processuais e dos prazos prescricionais para as ações de ressarcimento do erário, inclusive referentes a condutas
ímprobas, mesmo antes da tipificação legal de elementares do denominado “ato de improbidade” (Decreto 20.910/1932,
Lei 3.164/1957, Lei 3.502/1958, Lei 4.717/1965, Lei 7.347/1985, Decreto-Lei 2.300/1986); mantendo, dessa maneira,
até a edição da futura lei e para todos os atos pretéritos, a ampla possibilidade de ajuizamentos de ações de
ressarcimento. (...) Portanto, a ressalva do § 5º do art. 37 permitiu a recepção dos prazos prescricionais existentes para
as ações de ressarcimento decorrentes de graves condutas de enriquecimento ilícito, por influência ou com abuso de
cargo ou função pública pela legislação então em vigor, até que fosse editada a lei específica exigida pelo §4º do mesmo
artigo; não tendo, portanto, estabelecido qualquer hipótese implícita de imprescritibilidade.”
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O STF concordou com essa tese? O ressarcimento ao erário
em caso de atos de improbidade administrativa também prescreve da mesma forma que as demais sanções?
NÃO. O STF entendeu que a ação de ressarcimento decorrente de ato doloso de improbidade é realmente
imprescritível.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: A regra no ordenamento jurídico é, de fato, a
prescritibilidade: A prescrição é um instituto pensado para garantir a estabilização das relações sociais,
sendo, portanto, uma expressão do princípio da segurança jurídica, que faz parte da estrutura do Estado de
Direito.
Justamente por isso, a regra geral no ordenamento jurídico é a de que as pretensões devem ser exercidas
dentro de um marco temporal limitado. Em outras palavras, a regra geral é que exista prescrição. Há, no
entanto, algumas exceções explícitas no texto constitucional, nas quais se reconhece a imprescritibilidade em
determinadas situações. É o caso, por exemplo, dos crimes de racismo (art. 5º, XLII, CF/88) e da ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 5º, XLIV).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O art. 37, § 5º da CF/88 é uma dessas exceções: Vamos
relembrar a redação do art. 37, § 5º: “Art. 37 (...) § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.” Em sua primeira parte, o dispositivo prevê que: a) a lei deverá estabelecer os prazos de
prescrição para ilícitos; b) praticados por qualquer pessoa (servidor ou não); c) que gerem prejuízo ao erário.
Na segunda parte, o constituinte disse o seguinte: não se aplica o que eu falei antes para as ações de
ressarcimento. O que isso quer dizer? Que a lei não poderá estabelecer prazos de prescrição para tais ações,
sendo elas, portanto, imprescritíveis. Assim, o texto constitucional é expresso ao prever a ressalva da
imprescritibilidade da ação de ressarcimento ao erário.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Imprescritibilidade não vale para ressarcimento
decorrente de outros ilícitos civis: O § 5º do art. 37 da CF/88 deve ser lido em conjunto com o § 4º, de forma
que ele se refere apenas aos casos de improbidade administrativa. Se fosse realizada uma interpretação
ampla da ressalva final contida no § 5º, isso faria com que toda e qualquer ação de ressarcimento movida
pela Fazenda Pública fosse imprescritível, o que seria desproporcional. A prescrição é um instituto
importante para se garantir a segurança e estabilidade das relações jurídicas e da convivência social. É uma
forma de se assegurar a ordem e a paz na sociedade. Desse modo, a ressalva contida na parte final do § 5º
do art. 37 da CF/88 deve ser interpretada de forma estrita e não se aplica para danos causados ao Poder
Público por força de ilícitos civis. Foi como decidiu o STF ainda em 2016: “É prescritível a ação de reparação de
danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil. Dito de outro modo, se o Poder Público sofreu um dano ao erário
decorrente de um ilícito civil e deseja ser ressarcido, ele deverá ajuizar a ação no prazo prescricional previsto em lei.
186
STF. Plenário. RE 669069/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 03/02/2016 (repercussão geral).” Ex: João
dirigia seu carro quando, por imprudência, acabou batendo no carro de um órgão público estadual em
serviço. Ficou provado, por meio da perícia, que o particular foi o culpado pelo acidente. O órgão público
consertou o veículo, tendo isso custado R$ 10 mil. Sete anos depois do acidente, o Estado ajuizou ação de
indenização contra João cobrando os R$ 10 mil gastos com o conserto do automóvel. A defesa de João
alegou que houve prescrição. A alegação da defesa está correta. Isso porque o prejuízo ao erário não
decorreu de um ato de improbidade administrativa, mas foi decorrente de um ilícito civil. Logo, incide
prazo prescricional neste caso.
##Questão de concurso:
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário
fundadas na prática de ato doloso descrito na Lei de Improbidade Administrativa. BL: Info 910, STF.
(TRF2-2018): Segundo o STF: São imprescritíveis as ações de ressarcimento decorrentes de ato de
improbidade administrativa praticado com dolo. BL: Info 910, STF.
(TRF2-2018): Segundo o STF: É prescritível a ação de ressarcimento decorrente de ato de improbidade
administrativa praticado com culpa. BL: Info 910, STF. [obs.: aplica-se o art. 23 da LIA]
##Atenção: ##STF: ##DOD: Em embargos de declaração opostos contra esta decisão (publicada no
Info 813), o STF afirmou que: a) O conceito de ilícito civil deve ser buscado pelo método de exclusão:
não se consideram ilícitos civis aqueles que decorram de infrações ao direito público, como os de
natureza penal, os decorrentes de atos de improbidade e assim por diante. b) As questões relacionadas
com o início do prazo prescricional não foram examinadas no recurso extraordinário porque estão
relacionadas com matéria infraconstitucional, que devem ser decididas segundo a interpretação da
legislação ordinária. c) Não deveria haver modulação dos efeitos, considerando que na jurisprudência
do STF não havia julgados afirmando que as pretensões de ilícito civil seriam imprescritíveis. Logo, o
acórdão do STF não frustrou a expectativa legítima da Administração Pública. STF. Plenário. RE 669069
ED/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 16/6/16 (Info 830).
187
deve ser o mesmo prazo previsto no Decreto 20.910/32, em razão do princípio da isonomia. (...)
(STJ. 2ª T. AgRg no AREsp 768.400/DF, Rel. Min. Humberto Martins, j. 3/11/15)
Prazo de 3 anos: posição do STF.
(TJBA-2019-CESPE): Determinado taxista dirigia embriagado quando colidiu contra o prédio de
determinada secretaria estadual, que foi danificado com a batida. Nessa situação hipotética, conforme o
entendimento do STJ, o estado federado prejudicado deverá propor ação de ressarcimento no prazo
prescricional de cinco anos, com base em aplicação analógica do Decreto Federal n.º 20.910/1932. BL: BL:
art. 1º do Dec. 20910/32 e Entendimento do STJ (vide teor do julgado acima).
##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tema 1055: ##DOD: Em regra, o Estado responde de forma objetiva
188
pelos danos causados a profissional de imprensa ferido, por policiais, durante cobertura jornalística de
manifestação pública: O Estado responde de forma objetiva pelos danos causados a profissional de
imprensa ferido, por policiais, durante cobertura jornalística de manifestação pública em que ocorra
tumulto ou conflito, desde que o jornalista não haja descumprido ostensiva e clara advertência quanto
ao acesso a áreas definidas como de grave risco à sua integridade física, caso em que poderá ser
aplicada a excludente da responsabilidade por culpa exclusiva da vítima. Tese fixada pelo STF: “É
objetiva a Responsabilidade Civil do Estado em relação a profissional da imprensa ferido por agentes
policiais durante cobertura jornalística, em manifestações em que haja tumulto ou conflitos entre
policiais e manifestantes. Cabe a excludente da responsabilidade da culpa exclusiva da vítima, nas
hipóteses em que o profissional de imprensa descumprir ostensiva e clara advertência sobre acesso a
áreas delimitadas, em que haja grave risco à sua integridade física”. STF. Plenário. RE 1209429/SP, Rel.
Min. Marco Aurélio, redator do ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 10/6/21 (Info 1021).
##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tema 362 e Jurisprud. Teses/STJ Ed. 61: ##DOD: ##TRF2-2017:
##PGESE-2017: ##PCAC-2017: ##TJPR-2021: ##MPMG-2021: ##TJMA-2022: ##DPERS-2022:
##CESPE: ##FGV: ##STF: Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por
presos foragidos; exceção: quando demonstrado nexo causal direto: Nos termos do art. 37, § 6º, da CF,
não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime
praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto
entre o momento da fuga e a conduta praticada. STF. Plenário. RE 608880, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel.
p/ Acórdão Alexandre de Moraes, j. 08/09/20 (Repercussão Geral – Tema 362) (Info 993). ##Jurisprud.
Teses/STJ – Ed. 61 – Tese 11: O Estado não responde civilmente por atos ilícitos praticados por
foragidos do sistema penitenciário, salvo quando os danos decorrem direta ou imediatamente do ato
de fuga.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Confira o seguinte julgado do STF que, apesar de antigo, é
emblemático: “A responsabilidade do Estado, embora objetiva, não dispensa, obviamente, o requisito,
também objetivo, do nexo de causalidade entre a ação ou a omissão atribuída a seus agentes e o dano
causado a terceiros. Em nosso sistema jurídico, a teoria adotada quanto ao nexo de causalidade é a teoria
do dano direto e imediato, também denominada teoria da interrupção do nexo causal. O dano decorrente
do assalto por uma quadrilha de que participava um dos evadidos da prisão não foi o efeito necessário da
omissão da autoridade pública que o acórdão recorrido teve como causa da fuga dele, mas resultou de
concausas, como a formação da quadrilha, e o assalto ocorrido cerca de vinte e um meses após a evasão.”
STF. 1ª T. RE 130764, Rel. Moreira Alves, j. 12/05/92.
##Questão de concurso:
(TJMA-2022-CESPE): Após um plano de fuga bem sucedido, um presidiário praticou o crime de estupro de
vulnerável, mediante violência, causando a morte da vítima. Indignados com o ocorrido, os pais da vítima
ingressaram com ação judicial na qual requereram a condenação do Estado à concessão de pensão vitalícia e
pagamento de indenização por danos morais, alegando a responsabilidade objetiva estatal e a falha na
prestação do serviço de segurança pública como fundamentos do pedido. Nessa situação hipotética,
considerada a jurisprudência do STF sobre o tema, a demanda deverá ser julgada improcedente, pois não é
possível estabelecer o nexo causal entre a fuga do preso e o dano causado em decorrência do crime. BL: Info
993, STF.
(TJPR-2021-FGV): João cumpria pena em regime fechado no sistema penitenciário do Estado Alfa e
conseguiu fugir, em verdadeira fuga cinematográfica feita com helicóptero blindado, que o resgatou
quando tomava banho de sol. Seis meses após sua fuga, João se associou a outros criminosos e entrou na
casa de Antônio, cometendo crime de latrocínio e ceifando a vida de sua nova vítima. Os filhos de Antônio
buscaram a Defensoria Pública e ajuizaram ação indenizatória em face do Estado Alfa, com base em sua
responsabilidade civil objetiva, pleiteando reparação por danos morais decorrentes da morte de seu pai.
Alegam os autores que ocorreu omissão do Estado Alfa por não prover medidas eficazes de segurança
carcerária. Na hipótese narrada, de acordo com o entendimento do STF e o Art. 37, § 6º, da CF/1988, a
responsabilidade civil objetiva do Estado Alfa: não está caracterizada, diante da ausência de nexo causal
direto entre o momento da fuga e a conduta praticada por João. BL: Info 993, STF.
##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tema 512: ##DOD: ##TCEAM-2021: ##FGV: Estado responde
subsidiariamente caso a prova do concurso público seja suspensa ou cancelada por indícios de fraude; a
responsabilidade direta é da instituição organizadora: O Estado responde subsidiariamente por danos
materiais causados a candidatos em concurso público organizado por pessoa jurídica de direito
privado (art. 37, § 6º, da CF/88), quando os exames são cancelados por indícios de fraude. STF.
Plenário. RE 662405, Rel. Luiz Fux, j. 29/06/20 (Info 986).
##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tema 366: ##DOD: ##TJAP-2022: ##FGV: Para que o Município seja
responsável por acidente em loja de fogos de artifício, é necessário comprovar que ele violou dever
jurídico específico de agir (concedeu licença sem as cautelas legais ou tinha conhecimento de
irregularidades que estavam sendo praticadas pelo particular): Para que fique caracterizada a
189
responsabilidade civil do Estado por danos decorrentes do comércio de fogos de artifício, é necessário
que exista a violação de um dever jurídico específico de agir, que ocorrerá quando for concedida a
licença para funcionamento sem as cautelas legais ou quando for de conhecimento do poder público
eventuais irregularidades praticadas pelo particular. STF. Plenário. RE 136861/SP, rel. orig. Min. Edson
Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 11/3/20 (Info 969).
(TJAP-2022-FGV): A sociedade empresária Alfa exercia a venda de produtos alimentícios em uma
mercearia, com licença municipal específica para tal atividade. No entanto, os proprietários do comércio
também desenvolviam comercialização de fogos de artifício, de forma absolutamente clandestina, pois sem
a autorização do poder público. Durante as inspeções ordinárias, o poder público nunca encontrou indícios
de venda de fogos de artifício, tampouco o fato foi alguma vez noticiado à municipalidade. Certo dia,
grande explosão e incêndio ocorreram no comércio, causados pelos fogos de artifício, que atingiram a casa
de João, morador vizinho à mercearia, que sofreu danos morais e materiais. João ajuizou ação indenizatória
em face do Município, alegando que incide sua responsabilidade objetiva por omissão. No caso em tela,
valendo-se da jurisprudência do STF, o magistrado deve julgar: improcedente o pedido, pois, para que
ficasse caracterizada a responsabilidade civil do Município, seria necessária a violação de um dever jurídico
específico de agir, seja pela concessão de licença para funcionamento sem as cautelas legais, seja pelo
conhecimento do poder público de eventuais irregularidades praticadas pelo particular, o que não é o caso.
BL: Info 969, STF.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O art. 927, § único, do CC/02 pode ser aplicado para a responsabilidade
civil do Estado: Aplica-se igualmente ao estado o que previsto no art. 927, § único, do CC, relativo à
responsabilidade civil objetiva por atividade naturalmente perigosa, irrelevante o fato de a conduta
ser comissiva ou omissiva. STJ. 2ª T REsp 1869046-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 09/06/20 (Info
674).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEDF-2019: ##CESPE: Concessionária de rodovia não responde por
roubo e sequestro ocorridos nas dependências de estabelecimento por ela mantido para a utilização de
usuários. A segurança que a concessionária deve fornecer aos usuários diz respeito ao bom estado de
conservação e sinalização da rodovia. Não tem, contudo, como a concessionária garantir segurança
privada ao longo da estrada, mesmo que seja em postos de pedágio ou de atendimento ao usuário. O
roubo com emprego de arma de fogo é considerado um fato de terceiro equiparável a força maior, que
exclui o dever de indenizar. Trata-se de fato inevitável e irresistível e, assim, gera uma
190
impossibilidade absoluta de não ocorrência do dano. STJ. 3ª T. REsp 1749941-PR, Rel. Min. Nancy
Andrighi, j. 4/12/18 (Info 640).
40
Trecho da Ementa: “A responsabilidade civil estatal, segundo a CF/1988, em seu art. 37, § 6º, subsume-se à teoria do
risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras as omissivas, posto rejeitada a teoria do risco
integral. A omissão do Estado reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em
que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso . É
dever do Estado e direito subjetivo do preso que a execução da pena se dê de forma humanizada, garantindo-se os direitos
fundamentais do detento, e o de ter preservada a sua incolumidade física e moral (artigo 5º, inciso XLIX, da CF/1988). O
dever constitucional de proteção ao detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de
garantir os seus direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal,
na forma do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que nos casos em que não é
possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o
nexo de causalidade, afastando-se a responsabilidade do Poder Público, sob pena de adotar-se contra legem e a opinio
doctorum a teoria do risco integral, ao arrepio do texto constitucional. A morte do detento pode ocorrer por várias causas,
como, v. g., homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, sendo que nem sempre será possível ao Estado evitá-la, por mais
que adote as precauções exigíveis. A responsabilidade civil estatal resta conjurada nas hipóteses em que o Poder
Público comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da
sua omissão com o resultado danoso. Repercussão geral constitucional que assenta a tese de que: em caso de
inobservância do seu dever específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o
Estado é responsável pela morte do detento. In casu, o tribunal a quo assentou que inocorreu a comprovação do
suicídio do detento, nem outra causa capaz de romper o nexo de causalidade da sua omissão com o óbito
ocorrido, restando escorreita a decisão impositiva de responsabilidade civil estatal. Recurso extraordinário
DESPROVIDO.” (STF. Plenário. RE 841526, Rel. Min. Luiz Fux, j. 30/03/16).
191
(TJMS-2020-FCC): Em conhecido acórdão proferido em regime de repercussão geral, versando sobre a
morte de detento em presídio − Recurso Extraordinário n° 841.526 (Tema 592) – o STF confirmou decisão do
TJRS, calcada em doutrina que, no tocante ao regime de responsabilização estatal em condutas omissivas,
distingue-a conforme a natureza da omissão. Segundo tal doutrina, em caso de omissão específica, deve ser
aplicado o regime de responsabilização objetiva; em caso de omissão genérica, aplica-se o regime de
responsabilização subjetiva. BL: Info 819, STF (vide trechos destacados ema amarelo na nota de rodapé).
##Atenção: ##Em resumo: No julgamento do RE nº 841.526 (Tema 592), firmado em sede de repercussão
geral, o STF solucionou a questão a partir da contraposição entre omissão genérica, em que o Estado
responde subjetivamente, sendo necessário demonstrar a culpa do serviço, e omissão específica, na qual a
responsabilidade é objetiva, em virtude de o Estado ter descumprido um dever jurídico específico e, assim,
causado um dano certo, especial e anormal. Vale a pena a leitura da ementa do julgado. Portanto, temos o
seguinte: a) Omissão específica: responsabilidade civil objetiva; b) Omissão genérica: responsabilidade
civil subjetiva.
(TJPR-2017-CESPE): Em recente decisão, o STF entendeu que, quando o poder público comprovar causa
impeditiva da sua atuação protetiva e não for possível ao Estado agir para evitar a morte de detento (que
ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o
nexo causal da sua omissão com o resultado danoso terá sido rompido. BL: Info 819, STF.
##Atenção: Em regra: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento. Isso porque houve
inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88. - Exceção: o
Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a morte do detento não podia ser
evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade entre o resultado morte e a omissão estatal.
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 61: ##DPEDF-2013: ##DPERR-2013: ##CESPE: Tese 01:
Os danos morais decorrentes da responsabilidade civil do Estado somente podem ser revistos em sede
de recurso especial quando o valor arbitrado é exorbitante ou irrisório, afrontando os princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade.
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2017: ##CESPE: ARTS. 23, 37 A 47 E 53 DA LEI 12.663/12 (LEI GERAL DA
COPA). EVENTOS DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES FIFA 2013 E DA COPA DO MUNDO FIFA
2014. ASSUNÇÃO PELA UNIÃO, COM SUB-ROGAÇÃO DE DIREITOS, DOS EFEITOS DA
RESPONSABILIDADE CIVIL PERANTE A FIFA POR DANOS EM INCIDENTES OU ACIDENTES
DE SEGURANÇA. OFENSA AO ART. 37, § 6º, DA CF, PELA SUPOSTA ADOÇÃO DA TEORIA DO
192
RISCO INTEGRAL. INOCORRÊNCIA. (...). I – A disposição contida no art. 37, § 6º, da CF não esgota
a matéria relacionada à responsabilidade civil imputável à Administração, pois, em situações
especiais de grave risco para a população ou de relevante interesse público, pode o Estado ampliar a
respectiva responsabilidade, por danos decorrentes de sua ação ou omissão, para além das balizas do
supramencionado dispositivo constitucional, inclusive por lei ordinária, dividindo os ônus
decorrentes dessa extensão com toda a sociedade. II – Validade do oferecimento pela União, mediante
autorização legal, de garantia adicional, de natureza tipicamente securitária, em favor de vítimas de
danos incertos decorrentes dos eventos patrocinados pela FIFA, excluídos os prejuízos para os quais a
própria entidade organizadora ou mesmo as vítimas tiverem concorrido. Compromisso livre e
soberanamente contraído pelo Brasil à época de sua candidatura para sediar a Copa do Mundo FIFA
2014. (...) STF. Plenário. ADI 4976, Rel. Min. Ricardo Lewandowski j. 07/05/14.
(TRF5-2017-CESPE): Acerca da responsabilidade civil, assinale a opção correta de acordo com a doutrina e a
jurisprudência dos tribunais superiores: Situação hipotética: Lei de determinado estado da Federação
estabeleceu a responsabilidade do estado durante a realização de evento internacional na capital dessa
unidade federativa: o estado assumiria os efeitos da responsabilidade civil perante os organizadores do
evento, por todo e qualquer dano resultante ou que surgisse em função de qualquer incidente ou acidente
de segurança relacionado ao referido evento, exceto na situação em que organizadores ou vítimas
concorressem para a ocorrência do dano. Assertiva: Conforme entendimento do STF, a referida lei estadual
é constitucional, pois a CF não esgota matéria relacionada à responsabilidade civil. BL: Entend. Jurisprud.
193
2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##DPEAM-2011/2013/2018: ##MPBA-2015/2018: ##TJSP-2018:
##DPEAP-2018: ##TJBA-2019: ##TJPR-2021: ##MPMG-2021: ##TJMG-2022: ##DPERS-2022:
##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: ##FGV: ##UEG: ##VUNESP: A CF/88 optou
pela adoção de uma variante moderada da responsabilidade estatal: a teoria do risco administrativo,
tendo como excludentes do dever de indenizar do Estado as seguintes: i) força maior; ii) caso fortuito;
iii) atos de terceiros e; iv) culpa exclusiva da vítima. Mas atenção: Para Maria Sylvia Z. Di Pietro, 41 o
caso fortuito não é considerada causa excludente da responsabilidade do Estado. O caso fortuito acontece
quando o dano for decorrente de ato humano ou falha na Administração. Fernanda Marinela aponta que
“na hipótese de caso fortuito, há divergência doutrinária quanto ao seu reconhecimento como excludente
da responsabilidade objetiva, apesar de a doutrina majoritária o incluir na lista. 42 Alguns autores reconhecem
que ele não pode ser indicado como excludente, já que pouco importa o porquê de o Estado praticar o ato”. Por
outro lado, há causas que atenuam/reduzem a responsabilidade civil do Estado: i) culpa concorrente
da vítima e; ii) culpa concorrente de terceiro.
(MPGO-2019): Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta: É possível constatar
divergência doutrinária quanto ao reconhecimento do caso fortuito como excludente da responsabilidade
objetiva, uma vez que parcela dos autores, para os quais ele não pode ser considerado uma excludente,
afirma que pouco importa perscrutar o porquê de o Estado ter praticado o ato. BL: art. 37, §6º, CF e Entend.
Dout.
(DPEAP-2018-FCC): As teorias relativas à responsabilização civil extracontratual do Estado passaram por
significativa evolução desde o postulado absolutista que predicava a total irresponsabilidade estatal
fundado na máxima “The King can do no wrong”. Uma dessas teorias é a do risco administrativo, de acordo
com a qual o Estado responde objetivamente pelos atos comissivos de seus agentes, independentemente de
culpa ou dolo, bastando a comprovação do nexo de causalidade, admitindo, contudo, excludentes de
responsabilidade como caso fortuito e culpa exclusiva da vítima. BL: art. 37, §6º, CF.
(DPESP-2015-FCC): Considere as assertivas abaixo acerca do tema Responsabilidade Civil do Estado:
Para configurar a hipótese de responsabilidade objetiva do Estado deverão concorrer requisitos, quais sejam
o fato administrativo, assim compreendido o comportamento de agente do Poder Público,
independentemente de culpa ou dolo, ainda que fora de suas funções, mas a título de realizá-las, o dano,
patrimonial ou moral, que acarrete um prejuízo ao administrado e a relação de causalidade entre o fato e o
dano percebido. BL: art. 37, §6º, CF.
##Atenção: Para que haja Responsabilidade Civil Objetiva do Estado é necessário que coexistam três
elementos: i) conduta oficial (ação administrativa); ii) dano (material, moral ou estético) e; iii) nexo causal
(comprovação de que o dano foi causado pela conduta oficial). A Teoria da Responsabilidade Objetiva do
Estado adotada no ordenamento jurídico brasileiro, como regra, insere-se na modalidade do risco
administrativo, ou seja, a responsabilidade é objetiva, mas o Estado pode deixar de responder ou ter a
responsabilidade diminuída se estiverem presentes as excludentes ou atenuantes da responsabilidade: força
maior, caso fortuito, culpa de terceiro ou culpa da vítima.
41
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
42
MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
194
ente estatal. (...) É assegurado o direito de regresso na hipótese de se verificar a incidência de dolo ou
culpa do preposto, que atua em nome do Estado. (...) Responsabilidade objetiva do Estado
caracterizada. (STF, 2ª T., AI: 552366 MG, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 28/10/09).
195
(TJMG-2022-FGV): A CF/1988 adotou a teoria da responsabilidade objetiva do Estado, através da qual o
Estado responde, em razão de sua atividade, se causar danos a terceiros. Sobre a responsabilidade objetiva
do Estado, analise a afirmativa a seguir: Na responsabilidade objetiva, o particular deve demonstrar o ato da
administração pública, o dano e o nexo de causalidade, preenchendo os requisitos para a indenização. BL:
art. 37, §6º, CF.
(MPGO-2019): Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta: Como regra, o Brasil
adota a teoria do risco administrativo, segundo a qual é possível excluir a responsabilidade diante da
ausência de qualquer de seus elementos definidores. BL: art. 37, §6º, CF.
(DPEAL-2017-CESPE): Por imperícia, um policial militar disparou, acidentalmente, sua arma de fogo, ao
manuseá-la em via pública, ferindo um transeunte. No que tange à responsabilidade civil do Estado nessa
situação hipotética, assinale a opção correta: A responsabilidade civil do Estado independe da análise da
culpa da conduta estatal. BL: art. 37, §6º, CF.
(DPEES-2012-CESPE): Julgue o item subsecutivo, relativo à responsabilidade civil do Estado: A
responsabilidade civil da administração pública por atos comissivos é objetiva, embasada na teoria do risco
administrativo, isto é, independe da comprovação da culpa ou dolo. BL: art. 37, §6º, CF.
196
2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##DPEAC-2017: ##TRF5-2017: ##PGEAC-2017: ##PCAP-2017: ##MPT-
2017: ##MPBA-2010/2015/2018: ##TJSP-2018: ##DPEAP-2018: ##DPEMG-2014/2019: ##DPEDF-
2019: ##MPAP-2021: ##TJMG-2022: ##DPERS-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##FMP: ##Fundatec:
##VUNESP: A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que “a responsabilidade civil do Estado por
condutas omissivas é subjetiva, sendo necessário, dessa forma, comprovar a negligência na atuação
estatal, o dano e o nexo causal entre ambos”. (STJ, AgInt no AREsp 1249851/SP, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, 1ª T., j. 20/09/18). No mesmo sentido: “(...) Nos casos em que a omissão do ente público
concorre para o dano, prevalece o entendimento que a vítima deve comprovar o defeito no serviço, a
chamada culpa do serviço ou culpa anônima. Trata-se de aplicação da teoria francesa da “faute du
service”, de acordo com a qual é necessária demonstrar a culpa genérica do serviço, isto é, que a prestação do
serviço foi inexistente, atrasada ou falha, não sendo necessário, contudo, identificar o agente ou a culpa específica”.
(STJ, AgRg no REsp 1345620/RS, j. 24/11/15). É o teor também da jurisprudência em teses do STJ (Ed.
61): Tese 05: “A responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser
comprovados a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade.” Por fim, o Min.
Alexandre de Moraes explica: “A falta do serviço público não depende de falta do agente, mas do funcionamento
deficiente, insatisfatório, ou na terminologia moderna, ineficiente do serviço público prestado, do que decorre o
dano. Assim, a falta do serviço ocorre quando o serviço público simplesmente não funciona, ou, ainda, funciona de
forma precária e insatisfatória. Dessa forma, a faute du service fundamenta-se ou na culpa individual do agente
causador do dano, ou na culpa do próprio serviço (denominada: culpa anônima), já que não é possível individualizá-
la. Caberá, portanto, à vítima a comprovação da não prestação do serviço ou de sua prestação ineficiente,
insatisfatória, a fim de ficar configurada a culpa do serviço, e, consequentemente, a responsabilidade do
Estado, a quem incumbe prestá-lo.”
(TRF3-2013): Assinale a alternativa correta: O Estado deve necessariamente responder pelos danos causados
por fatos da natureza quando, devendo obstá-lo, a sua atuação tiver sido insuficiente. BL: art. 37, §6º, CF e
Entend. Jurisprud.
##Atenção: Perceba que, se o Estado, de fato, nas circunstâncias do caso concreto, tinha o dever de impedir
o resultado, e falhou neste mister, configura-se a falha do serviço. Nesse caso, o ente público responderá
com base na teoria da culpa anônima do serviço (faute de service), de índole subjetiva, uma vez que exige a
comprovação do elemento culpa. Ocorre que o próprio enunciado da questão esclareceu que, de fato, houve
falha na prestação do serviço. Afinal, afirmou-se que as providências adotadas revelaram-se insuficientes,
bem assim que havia dever de impedir o resultado. Diante de tal cenário, haverá, sim, dever indenizatório
atribuível ao Estado.
(DPEAM-2013-FCC): Paciente internada em UTI de hospital público municipal falece em razão da
ocorrência de interrupção do fornecimento de energia elétrica, decorrente de uma tempestade na região,
sendo que o referido hospital não possuía geradores de emergência. Em sua defesa, o Município alega que
se trata de situação de força maior, o que afasta a responsabilidade estatal. Tal argumento não se sustenta,
pois a situação ocorrida está no horizonte de previsibilidade da atividade, ensejando a responsabilidade
subjetiva da entidade municipal, que tinha o dever de evitar o evento danoso. BL: art. 37, §6º, CF e Entend.
Jurisprud.
##Atenção: No caso, a Administração deixou de fazer, isto é, não cumpriu seu dever, que era o de fornecer
energia elétrica em hospital público. Sendo o funcionamento de um hospital contínuo e sabendo-se que a
qualquer momento pode haver chuvas e tempestades, bem como outros elementos advindos da natureza,
não é possível alegar que a situação é de força maior suficiente para eximir a Administração de se
responsabilizar. A responsabilidade é por omissão, sendo, assim, uma responsabilidade subjetiva, sendo
necessária a comprovação da culpa do Estado.
##Cuidado: ##Divergência entre o STJ e o STF: ##DOD: Qual é o tipo de responsabilidade civil
aplicável nos casos de omissão do Estado? Se a Administração Pública causa um dano ao particular em
virtude de uma conduta omissa, a responsabilidade nesta hipótese também será objetiva? Existe intensa
divergência sobre o tema:
Doutrina tradicional e STJ Jurisprudência do STF
Na doutrina, ainda hoje, a posição majoritária é a Na jurisprudência do STF, contudo, tem ganhado força
de que a responsabilidade civil do Estado em nos últimos anos o entendimento de que a
caso de atos omissivos é SUBJETIVA, baseada na responsabilidade civil nestes casos também é
teoria da culpa administrativa (culpa anônima). OBJETIVA. Isso porque o art. 37, § 6º da CF/88
Assim, em caso de danos causados por omissão, determina a responsabilidade objetiva do Estado sem
o particular, para ser indenizado, deveria provar: fazer distinção se a conduta é comissiva (ação) ou
a) a omissão estatal; omissiva. Não cabe ao intérprete estabelecer distinções
b) o dano; onde o texto constitucional não o fez. Se a CF/88 previu
c) o nexo causal; a responsabilidade objetiva do Estado, não pode o
d) a culpa administrativa (o serviço público não intérprete dizer que essa regra não vale para os casos de
funcionou, funcionou de forma tardia ou omissão. Dessa forma, a responsabilidade objetiva do
ineficiente). Estado engloba tanto os atos comissivos como os
197
omissivos, desde que demonstrado o nexo causal entre o
Esta é a posição que você encontra na maioria dano e a omissão específica do Poder Público.
dos Manuais de Direito Administrativo.
(...) A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que
O STJ ainda possui entendimento majoritário no as pessoas jurídicas de direito público respondem
sentido de que a responsabilidade seria objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, com
subjetiva. Vide: STJ. 2ª T. AgRg no REsp fundamento no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, tanto
1345620/RS, Rel. Min. Assusete Magalhães, j. por atos comissivos quanto por atos omissivos, desde que
24/11/15. demonstrado o nexo causal entre o dano e a omissão do
Poder Público. (...) STF. 2ª T. ARE 897890 AgR, Rel. Min.
Dias Toffoli, j. 22/09/15. No mesmo sentido: STF. 2ª T. RE
677283 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17/04/12.
##Deve-se fazer, no entanto, uma advertência: ##DOD: ##STF: ##TRF3-2016: ##TRF2-2017: ##TJCE-2018:
##DPEAP-2018: ##MPAP-2021: ##DPERS-2022: ##CESPE: ##FCC: Para o STF, o Estado responde de
forma objetiva pelas suas omissões. No entanto, o nexo de causalidade entre essas omissões e os danos
sofridos pelos particulares só restará caracterizado quando o Poder Público tinha o dever legal específico
de agir para impedir o evento danoso e mesmo assim não cumpriu essa obrigação legal. Assim, o Estado
responde de forma objetiva pelas suas omissões, desde que ele tivesse obrigação legal específica de agir
para impedir que o resultado danoso ocorresse. A isso se chama de "omissão específica" do Estado. Dessa
forma, para que haja responsabilidade civil no caso de omissão, deverá haver uma omissão específica do
Poder Público (STF. Plenário. RE 677139 AgR-EDv-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 22/10/15).
(DPEAM-2018-FCC): Carlos, servidor público municipal que atua em hospital da rede pública
estadual, no exercício regular de sua função, aplicou determinada medicação em um paciente, que, sendo
alérgico à mesma, acabou vindo a óbito. No procedimento instaurado para apuração de
responsabilidades, restou comprovada a ausência de culpa de Carlos, eis que o mesmo apenas seguiu a
prescrição do médico responsável, também servidor do mesmo hospital. Inconformados, os familiares do
falecido solicitaram à Defensoria Pública a adoção das medidas judiciais cabíveis para a
responsabilização civil pelos danos sofridos. Diante da situação narrada, cabe a responsabilização
objetiva do Estado, independentemente da comprovação de dolo ou culpa de quaisquer dos servidores,
sendo esta última circunstância necessária apenas para fins de direito de regresso. BL: art. 37, §6º, CF
198
(adm.)
##Atenção: Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo esse dispositivo constitucional consagrou, no
Brasil, a responsabilidade objetiva da administração pública, na modalidade risco administrativo, pelos
danos causados por atuação de seus agentes. Explicita o preceito constitucional que o agente somente
será responsabilizado se for comprovado que ele atuou com dolo ou culpa, ou seja, a sua
responsabilidade é subjetiva, na modalidade culpa comum - e o ônus da prova da culpa do agente é da
pessoa jurídica em nome da qual ele atuou e que já foi condenada a indenizar o particular que sofreu o
dano (a pessoa jurídica deverá ajuizar ação contra o seu agente a fim de obter o ressarcimento da quantia
que foi condenada a indenizar).
##Atenção: A presente opção revela-se em linha com o entendimento que sempre preponderou, no
âmbito doutrinário, em se tratando de hipótese de responsabilidade civil do Estado por atos omissivos,
vale dizer, no sentido de ser necessária a demonstração de uma conduta culposa das autoridades
competentes a evitar o resultado danoso. No caso, tal comportamento omissivos teria partido da polícia
militar, ao deixar de dar cumprimento, sem motivo justificável, à ordem de reintegração de posse
emanada do Poder Judiciário. Sem embargo, mais recentemente, o STF parece ter firmado compreensão
jurisprudencial um tanto divergente, ao afirmar que, mesmo no caso de condutas omissivas, a
responsabilidade civil do Estado é de índole objetiva. Exige-se que reste comprovado o nexo de
causalidade entre a omissão estatal e dano ao particular. Ora, referido nexo, de certa forma, acaba por
derivar de uma demora excessiva ou mesmo da simples inação do Estado, razão porque, na espécie,
ainda que se aplique a jurisprudência atual do STF, tem-se que a ação proposta pela empresa X deveria
ser julgada procedente, porquanto seria perfeitamente possível estabelecer o nexo de causalidade entre
os danos experimentados por tal pessoa jurídica e a falta de cumprimento da decisão judicial pela polícia
militar do Estado do Rio de Janeiro.
(MPSC-2016): A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadora de serviço
público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço público. BL: art. 37, §6º da
CF. (adm.)
199
##Atenção: ##MPDFT-2009: ##DPEPI-2009: ##PGEAL-2009: ##DPEGO-2010: ##PGEAM-2010:
##PCMG-2011: ##TRF4-2010/2012: ##DPEMS-2012: ##Cartórios/TJSP-2012: ##PFN-2012: ##AGU-
2010/2013: ##MPES-2013: ##PGDF-2013: ##DPECE-2008/2014: ##MPAC-2014: ##MPMA-2014:
##MPRS-2014: ##PGEMS-2014: ##PGEPI-2014: ##PGM-Recife/PE-2014: ##TRF1-2011/2013/2015:
##DPERN-2015: ##DPESP-2015: ##TRF5-2015: ##PGEPA-2015: ##PCDF-2015: ##TRF3-2013/2016:
##MPSC-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##MPSP-2011/2017: ##DPEAC-2012/2017: ##MPPR-2017:
##DPU-2017: ##PGESE-2017: ##PCAP-2017: ##TRT/Unificado-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017:
##MPBA-2015/2018: ##DPEAM-2018: ##MPGO-2012/2014/2019: ##DPEMG-2019: ##MPAP-2021:
##TCEAM-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##Fundatec: ##VUNESP: Segundo o STF, a
responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é
objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º,
da CF/88. (...) A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano
causado ao terceiro não-usuário do serviço público, é condição suficiente para estabelecer a
responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado. STF. Plenário. RE 591874, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, j. 26.8.09.
(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o
próximo item: De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço público de
transporte responde objetivamente pelos danos causados à família de vítima de atropelamento provocado
por motorista de ônibus da empresa. BL: art. 37, §6º, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF5-2015-CESPE): Acerca da responsabilidade civil do Estado e da responsabilidade administrativa, civil
e penal do servidor, assinale a opção correta: A responsabilidade das concessionárias e permissionárias de
serviços públicos será objetiva, independentemente de a vítima ser usuário ou terceiro. BL: art. 37, §6º, CF e
Entend. Jurisprud.
(TRF1-2015-CESPE): Determinado motorista de uma empresa de transporte coletivo de pessoas causou,
sem dolo ou culpa, um acidente de trânsito, o qual provocou danos materiais aos passageiros e a pessoas
que transitavam na rua. O serviço de transporte coletivo tinha como fundamento um contrato de concessão
da empresa de transporte com a administração pública, de modo que os passageiros eram usuários do
serviço prestado pela empresa e as pessoas que transitavam na rua não tinham qualquer relação contratual
decorrente do serviço prestado pela empresa. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção
correta de acordo com a jurisprudência do STF acerca da responsabilidade civil do Estado: A empresa será
responsabilizada de forma objetiva tanto no que tange aos usuários quanto aos não usuários do serviço,
uma vez que, embora não seja pessoa jurídica de direito público, ela atua por delegação do Estado na
prestação de serviço público. BL: art. 37, §6º, CF e Entend. Jurisprud.
(DPERN-2015-CESPE): A respeito da prestação de serviço público por concessionárias ou
permissionárias, assinale a opção correta: De acordo com entendimento do STF, é objetiva a
responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, em se tratando de
danos causados a terceiros não usuários desse serviço. BL: art. 37, §6º, CF e Entend. Jurisprud.
(AGU-2010-CESPE): Julgue o seguinte item, que versa sobre responsabilidade civil do Estado: A
responsabilidade civil objetiva da concessionária de serviço público alcança também não usuários do
serviço por ela prestado. BL: art. 37, §6º, CF e Entend. Jurisprud.
(TJGO-2015-FCC): Suponha que um servidor público tenha cometido erro na alimentação do sistema
informatizado de distribuição de ações judiciais, o que levou a constar, equivocadamente, a existência de
antecedente criminal para determinado cidadão. Essa situação gerou prejuízos concretos para o cidadão,
que foi preterido em processo de seleção para emprego de vigilante e também obrigado a desocupar o
quarto na pensão onde residia. Diante dessa situação, referido cidadão possui direito de ser indenizado
pelo Estado pelos prejuízos decorrentes da conduta do servidor público, independentemente da
comprovação de dolo ou culpa deste. BL: art. 37, §6º, CF. (adm.)
200
2016: ##PCGO-2013/2017: ##DPEAL-2017: ##TRF5-2017: ##PCAP-2017: ##PCMT-2017: ##MPT-
2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##DPEAP-2018: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: ##UEG:
##VUNESP: Além do que consta no §6º do art. 37 da CF, vejamos o seguinte trecho de julgado do STF:
“(...) O Estado é responsável pelos atos ou omissões de seus agentes, de qualquer nível hierárquico,
independentemente de terem agido ou não dentro de suas competências, ainda que, no momento do dano,
estejam fora do horário de expediente. O preceito inscrito no artigo 37, parágrafo 6, da Constituição, não exige
que o agente público tenha agido no exercício de suas funções, mas na qualidade de agente público . Foi o
que se decidiu no caso do servidor público que, ao fazer uso da arma pertencente ao Estado, mesmo não estando em
serviço, matou um menor na via pública (STF, RE 135.310).” (...) “De fato, a CF/88 exige que os danos sejam
causados por agentes públicos, agindo nesta qualidade, o que também inclui as hipóteses em que o
agente atue a pretexto de exercer sua função pública. Este entendimento restou consagrado pelo STF por
ocasião do julgamento do RE 363.423/SP, rel. Ministro Ayres Britto, j. 16.11.04, do qual se extrai o
seguinte trecho, por relevante: “(...) o art. 37, §6º, da CF exige, para a configuração da responsabilidade objetiva
do Estado, que a ação causadora do dano a terceiro tenha sido praticada por agente público, nessa qualidade, não
podendo o Estado ser responsabilizado senão quando o agente estatal estiver a exercer seu ofício ou função, ou a
proceder como se estivesse a exercê-la”.
(DPERS-2014-FCC): Acerca da responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar: Há responsabilidade
civil do Estado pelos danos causados a particular por seus agentes no exercício de suas funções ou a
pretexto de exercê-las. BL: art. 37, §6º, CF.
##Atenção: O cerne para esta questão está no fato de que o procedimento em que a administração
decidiu prolongar o prazo foi regular e válido, tornando, portanto, o ato lícito. O fato de a medida ter
sido extremamente prejudicial ao particular não enseja a ilicitude ou ilegalidade do ato, já que o interesse
coletivo prevalece sobre o interesse individual, mas somente gera direitos subjetivos, entre eles o de ser
ressarcido pela administração, posteriormente, dos prejuízos por ela causados. Portanto, a proibição
imposta pelo poder público configura ato lícito, podendo ensejar indenização por parte do Estado pelos
danos experimentados pelos produtores durante o período em que perdurar a prorrogação da proibição.
Note-se que esta presunção não é absoluta, e deverá ser analisada à luz do caso concreto, além de
depender da real comprovação do dano.
##Atenção: Conforme o art. 37, §8º da CF/88, é possível que se amplie a autonomia gerencial,
orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta, mediante contrato, a
ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgãos ou entidade.
##Atenção: ##DOD: ##Novidade Legislativa: A Lei 13.934/2019 conferiu nome diverso daquele que era
dado pela doutrina: A doutrina denominou de “contrato de gestão” o ajuste previsto no art. 37, § 8º da
CF/88. A Lei nº 13.934/2019, contudo, adotou outra nomenclatura e denominou este ajuste de “contrato
de desempenho”. Agiu corretamente o legislador considerando que a Lei nº 9.637/1998 fala em
“contrato de gestão” para um ajuste completamente diferente. Com isso, evita-se confusões. Desse modo,
a partir da Lei nº 13.934/2019, acabam as duas espécies de “contrato de gestão” e temos agora o
seguinte cenário:
• Contrato do § 8º do art. 37 da CF/88: contrato de desempenho (Lei nº 13.934/2019);
• Contrato entre o Poder Público e a organização social: contrato de gestão (Lei nº 9.637/98).
43
Art. 2º Contrato de desempenho é o acordo celebrado entre o órgão ou entidade supervisora e o órgão ou
entidade supervisionada, por meio de seus administradores, para o estabelecimento de metas de desempenho do
supervisionado, com os respectivos prazos de execução e indicadores de qualidade, tendo como contrapartida a
concessão de flexibilidades ou autonomias especiais.
202
- e, em contrapartida, o órgão ou entidade supervisionada recebe flexibilidades ou autonomias
especiais.
(TRF5-2009-CESPE): “No meio, entre as atividades exclusivas de Estado e a produção de bens e serviços para o
mercado, temos hoje, dentro do Estado, uma série de atividades na área social e científica que não lhe são exclusivas,
que não envolvem poder de Estado. Incluem-se nessa categoria as escolas, as universidades, os hospitais etc. Se o seu
financiamento em grandes proporções é uma atividade exclusiva do Estado, sua execução definitivamente não o é.
Pelo contrário, estas são atividades competitivas, que podem ser controladas não apenas pela administração pública
gerencial, mas também e principalmente pelo controle social e pela constituição de quase-mercados. Nesses termos,
não há razão para que essas atividades permaneçam dentro do Estado, sejam monopólio estatal. Mas também não se
justifica que sejam privadas.” Luiz Carlos Bresser Pereira. A Reforma do Estado dos anos 90: lógica e
mecanismos de controle. In: Lua Nova - Revista de Cultura Política, n.º 45, 1998, p. 49-95 (com
adaptações). Com relação à reforma do Estado brasileiro e ao tema abordado no texto acima, assinale a
opção correta: A administração pública gerencial deve dar ênfase na avaliação que tem como parâmetro
os resultados obtidos, especialmente quando se trata da prestação de serviços sociais e científicos. Por
essa razão, tanto a lei que trata das organizações sociais quanto a que trata das OSCIPs preveem que o
instrumento firmado entre o poder público e as entidades qualificadas - contrato de gestão e termo de
parceria, respectivamente - deve estipular as metas e os resultados a serem atingidos e os critérios
objetivos de avaliação e desempenho. BL: art. 37, §8º, CF/88 (adm.)
(MPGO-2019): Sobre os servidores de entes governamentais de direito privado, assinale a opção correta:
Como regra, estão limitados ao teto remuneratório previsto no art. 37, XI, da CF/88. O texto
constitucional, não obstante, afirma que as empresas públicas, as sociedades de economia e suas
subsidiárias não precisam observar o mencionado teto remuneratório quando não receberem recursos da
União, Estados, Municípios e DF para o pagamento de despesas de pessoal ou para custeio em geral. BL:
203
art. 37, caput, XI c/c §9º, CF.
(TRF5-2017-CESPE): A respeito de agentes públicos, assinale a opção correta: Caso um ente público com
participação em determinada sociedade de economia mista não aporte, para a sociedade, recursos para
despesas de pessoal ou custeio em geral, será legítimo que os diretores dessa sociedade percebam
remuneração além do teto constitucional. BL: art. 37, §9º, CF.
##Atenção: O art. 37, § 9º, da CF/88 dispõe que a regra de submissão ao teto. Sendo assim, não
recebendo recursos dos entes federativos para custeio ou manutenção de pessoal, a empresa pode
efetivar o pagamento acima do teto remuneratório do serviço público aos seus empregados.
(TJRO-2019-VUNESP): De acordo com a CF/88, é correto afirmar que é vedada a percepção simultânea
de proventos de aposentadoria decorrentes do regime próprio de previdência ou do regime de
previdência militar com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma da Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração. BL: art. 37, §10, CF.
§ 11. NÃO SERÃO COMPUTADAS, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI
do caput deste artigo, as parcelas DE CARÁTER INDENIZATÓRIO previstas em lei. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) (PGEPA-2011) (TJPA-2012) (MPMS-2013) (MPAC-2014)
(Cartórios/TJMG-2015) (DPEES-2012/2016) (DPEMT-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF5-2017) (PGM-
Fortaleza/CE-2017) (PGEAP-2018) (MPDFT-2021)
204
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGEAP-2018: ##MPDFT-2021: ##FCC: A jurisprudência do STJ
orienta-se no sentido de que em se tratando de cumulação legítima de cargos, a remuneração do
servidor público não se submete ao teto constitucional, devendo os cargos, para este fim, ser
considerados isoladamente. Precedentes: AgRg no RMS 32.917/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia
Filho, 1ª T., DJe 30/3/15; RMS 40.895/TO, Rel. Min. Og Fernandes, 2ª T., DJe 26/9/14; AgRg no AgRg no
RMS 33.100/DF, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., DJe 15/5/13. STJ. 1ª T., AgRg no RMS 45.937/DF, Rel.
Min. Benedito Gonçalves, j. 05/11/15.
(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: Nas hipóteses de acumulação lícita de cargos públicos, o teto
remuneratório de regência incide isoladamente em cada uma das parcelas remuneratórias, sendo vedada a
incidência do referido limitador sobre o somatório dos vencimentos. BL: Entend. Jurisprud.
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, FICA FACULTADO aos Estados e
ao Distrito Federal FIXAR, em seu âmbito, mediante EMENDA às respectivas Constituições e Lei
Orgânica, como limite único, o SUBSÍDIO MENSAL dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, LIMITADO a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento DO SUBSÍDIO MENSAL
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, NÃO SE APLICANDO o disposto neste parágrafo aos
SUBSÍDIOS dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 47, de 2005) (PCSC-2008) (TRF4-2009) (MPT-2009) (MPRO-2010) (PGEGO-2010) (PGEPA-2011) (MPF-2013)
(PGEMA-2016) (TJSC-2009/2017) (DPEDF-2019) (TJAP-2009/2022)
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TJAP-2022: ##FGV: O teto aplicável aos servidores municipais é, em
regra, o subsídio do prefeito, não podendo se aplicar o modelo facultativo do § 12 do art. 37 da CF aos
servidores municipais: No que tange ao teto remuneratório, os Estados-membros e o Distrito Federal
possuem duas opções: a) escolher estipular um teto por Poder (chamado de modelo geral): a.1)
Executivo: subsídio do Governador. a.2) Legislativo: subsídio dos Deputados Estaduais. a.3) Judiciário
(inclui MP, Defensoria e Procuradoria): subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF. b) escolher estipular um subteto único para todos
os Poderes. Este subteto único corresponderia ao subsídio dos Desembargadores do TJ, para todo e
qualquer servidor de qualquer poder, ficando de fora desse subteto apenas o subsídio dos Deputados.
Essa segunda opção é chamada de modelo facultativo e está prevista no § 12 do art. 37 da CF/88,
inserido pela EC 47/2005. Para adotar o modelo facultativo, os Estados ou DF precisam de uma emenda
à Constituição estadual ou à Lei orgânica distrital. Vale ressaltar, contudo, que esse modelo facultativo
do § 12 do art. 37 da CF/88 não pode ser aplicado para os servidores municipais. O teto remuneratório
aplicável aos servidores municipais, excetuados os vereadores*, é o subsídio do prefeito municipal.
Assim, é inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que fixe o subsídio dos membros do TJ
local como teto remuneratório aplicável aos servidores municipais. STF. Plenário. ADI 6811/PE, Rel.
Min. Alexandre de Moraes, j. 20/8/21 (Info 1026).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Apesar de o julgado ter ressalvado apenas a situação dos
vereadores, podemos apontar uma segunda exceção: os procuradores municipais. Segundo decidiu o STF
em outra oportunidade: A expressão - Procuradores - contida na parte final do inciso XI do art. 37 da
Constituição da República, compreende os procuradores municipais, uma vez que estes se inserem nas
funções essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de 90,25% (noventa inteiros e vinte e
205
cinco centésimos por cento) do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF. Assim, o teto
remuneratório de Procuradores Municipais é o subsídio de Desembargador de TJ. STF. Plenário. RE
663696/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/2/2019 (Info 932).
##Atenção: ##DOD: ##STF: Lei do Estado da Bahia fixava um teto remuneratório exclusivo para os
servidores do Poder Judiciário. O STF entendeu que essa lei é inconstitucional. O teto para o
funcionalismo estadual somente pode ser fixado por meio de emenda à Constituição estadual, não
sendo permitido mediante lei estadual. Além disso, a Constituição do Estado da Bahia adotou subteto
único (§ 12º do art. 37 da CF) e a lei viola a sistemática escolhida porque fixou um teto apenas para os
servidores do Poder Judiciário, excluindo-o para os demais Poderes. STF. Plenário. ADI 4900/DF, rel.
orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, j. 11/2/2015 (Info 774).
##Atenção: Exceções à regra do teto único: O próprio artigo excepciona desse teto único o subsídio a ser
pago por DEPUTADOS ESTADUAIS e VEREADORES. No caso dos DEPUTADOS, porém, existe outro
limite constitucional previsto pelo art. 27,§2º da CF (75% do subsídio dos Deputados Federais). Portanto,
a lei é materialmente constitucional neste ponto. Outra exceção diz respeito aos MAGISTRADOS. Apesar
de o art. 37, inciso XI; e §12º, determinarem que o subsídio dos membros do Poder Judiciário ficará
limitado ao valor de 90,25% do subsídio dos ministros do STF, o Supremo, na ADI 3854-1, em decisão
liminar, decidiu que essa interpretação não se aplica a JUÍZES e DESEMBARGADORES. Estes continuam
com teto de 100% do subsídio dos ministros do STF. Por isso, a lei também foi materialmente
constitucional neste ponto. No entanto, cuidado, pois este limite de 90,25% continua aplicável para os
demais servidores do Poder Judiciário (art. 37, XI, CF), bem como para os servidores dos três poderes,
caso adotado o “teto único” do art. 37, §12º CF.
206
##Atenção: ##DOD:
- Teto NACIONAL: subsídio dos Ministros do STF. Ninguém poderá receber acima desse valor; as
Constituições estaduais e leis orgânicas podem fixar subtetos para Estados/DF e Municípios; tais
subtetos também deverão respeitar o teto nacional.
- Subteto nos Estados/DF: Existem duas opções:
Opção 1 (subtetos diferentes para cada um dos Poderes):
Executivo: subsídio do Governador.
Legislativo: subsídio dos Deputados Estaduais.
Judiciário (inclui MP, Defensoria e Procuradoria): subsídio dos Desembargadores do TJ.
Opção 2 (subteto único para todos os Poderes): subsídio dos Desembargadores do TJ.
Obs.1: o subsídio do Desembargador é 90,25% do subsídio do Ministro do STF.
Obs.2: o subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais seguirá regras próprias (§ 2º do art. 27),
não estando sujeito ao subsídio dos Desembargadores. Vale ressaltar que quem define se o
Estado-membro adotará subtetos diferentes ou único é a Constituição estadual.
##Atenção: ##Em resumo: Nos dias atuais, tem-se que os Estados podem, mediante EMENDA
CONSTITUCIONAL, limitar o valor da remuneração dos servidores públicos a um limite único no
âmbito do respectivo Estado, que corresponde a 90,25% do subsídio dos ministros do STF, excluindo-se
dessa regra os deputados estaduais, vereadores e juízes estaduais. Para os juízes estaduais, portanto,
aplica-se a regra geral do art. 37, XI, da CF, isto é, remuneração limitada ao subsídio mensal dos
ministros do STF, e não a 90,25% do subsídio dos Desembargadores.
(TJAP-2022-FGV): O Estado Gama, por meio de emenda constitucional, acresceu à sua Constituição
Estadual norma instituindo o teto remuneratório dos servidores públicos estaduais limitado ao valor do
subsídio mensal dos ministros do STF. De acordo com a CF/88 e a jurisprudência do STF, a mencionada
norma é: inconstitucional, pois a CF/88 dispõe que é facultado aos Estados fixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o teto remuneratório dos servidores públicos
estaduais, exceto no que se refere aos subsídios dos deputados estaduais, adotando, como limite único, o
valor do subsídio mensal dos desembargadores dos respectivos Tribunais de Justiça, limitado a 90,25%
do subsídio mensal dos ministros do STF. BL: art. 37, caput, XI e §12, CF.
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas
atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de
escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJRJ-2019)
207
aposentadorias concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor da
Emenda Constitucional 103/19, nos termos do que dispõe seu art. 6º.” STF. Plenário. RE 655283/DF, Rel.
Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Dias Toffoli, j. 16/6/21 (Info 1022).
##Atenção: ##PF-2013: ##CESPE: Os afastamentos previstos no art. 38, da CF, aplicam-se aos servidores
da administração direta, autárquica e fundacional, não se aplicando àqueles que possuem contrato
temporário com a Administração.
(DPEMG-2014): João Marcelo, Defensor Público estadual, estável, pretende candidatar-se nas
próximas eleições municipais. Nessa hipótese, o Defensor Público João Marcelo: Poderá candidatar-se ao
cargo de prefeito e, se eleito, não obstante obrigado a afastar-se do cargo de Defensor Público, poderá
optar por receber a remuneração do cargo efetivo. BL: art. 38, II, CF.
208
(PGEMS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017) (PGESP-2009/2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018)
(MPSP-2012/2022)
##Atenção: Quantos aos incisos I a III do art. 38 da CF, vale ressaltar que a ÚNICA e EXCLUSIVA
hipótese de se acumular função pública + mandato eletivo, é no caso de VEREADOR. Porém, ainda
sim, se houver compatibilidade de horários, a regra é o afastamento!
##Atenção: A REGRA é que o servidor se AFASTE do seu cargo, emprego ou função, temos uma exceção
o caso de mandato de Vereador (inciso III do art. 38, CF).
IV - em qualquer caso que EXIJA o AFASTAMENTO para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço SERÁ CONTADO para todos os efeitos legais, EXCETO para PROMOÇÃO POR
MERECIMENTO; (TJDFT-2007) (TJMS-2008) (DPEES-2009) (TJGO-2012) (PCSP-2012) (TRF2-2013) (PF-
2013) (MPAC-2014) (MPMG-2014) (DPEMG-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (TRT23-2015) (MPPR-2016) (MPRS-
2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGESC-2018) (PGESP-2018) (PCSE-2018) (MPSC-2019)
(PGESP-2018-VUNESP): Ana Maria, titular de cargo efetivo, foi eleita vereadora do Município de São
José do Rio Preto. Assim que soube do fato, o órgão de recursos humanos a que se vincula solicitou à
Consultoria Jurídica orientações sobre a situação funcional da servidora caso viesse a assumir o mandato
eletivo. O Procurador do Estado instado a responder à consulta poderá apresentar, sem risco de incorrer
em equívoco, os seguintes esclarecimentos acerca da situação: caso haja compatibilidade de horários, a
servidora fará jus à percepção das vantagens do seu cargo, sem prejuízo da remuneração do mandato
eletivo e, caso não haja compatibilidade de horários, fará jus ao afastamento do cargo efetivo, com a
faculdade de optar pela melhor remuneração. O tempo de afastamento do cargo efetivo para exercício de
mandato eletivo será computado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
BL: art. 38, III e IV, CF.
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse
regime, no ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios INSTITUIRÃO, no âmbito de sua
competência, REGIME JURÍDICO ÚNICO e PLANOS DE CARREIRA para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) (PGEPB-
2008) (DPEAL-2009) (PCDF-2009) (PCPB-2009) (MPDFT-2011) (TJBA-2012) (TJRS-2012) (DPEMS-2012)
(DPESP-2012) (PCGO-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (TRF3-2011/2013) (TRF2-2013) (PGEGO-2013) (MPT-
2013) (TJAP-2014) (DPEPR-2014) (PCSC-2014) (TRF1-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (MPT-2015)
(DPEES-2016) (PGESE-2017) (Cartórios/TJMG-2018) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(Cartórios/TJPR-2019)
209
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)
II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPDFT-2011)
(TJBA-2012) (TRF2-2018) (MPSP-2022)
III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPDFT-2011)
(TJBA-2012) (TRF2-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (MPSP-2022)
##Atenção: ##TRF2-2018: A regra do art. 39, §1º da CF estabelece que a fixação dos padrões de
vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: I - a natureza, o grau de
responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; II - os requisitos para a
investidura; III - as peculiaridades dos cargos. Portanto, remuneração deverá ser definida levando em
conta esses critérios objetivos. Além disso, EC 19 eliminou qualquer possibilidade de isonomia de
vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
§ 3º APLICA-SE aos SERVIDORES OCUPANTES DE CARGO PÚBLICO o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX , PODENDO a lei ESTABELECER
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (MPSE-2010) (TJRO-2011) (DPEMA-2011) (TRF3-2011) (MPMG-2012) (MPRR-
2012) (DPEDF-2013) (DPECE-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TRF1-2015) (Cartórios/TJRS-2015)
(PGERS-2015) (PCCE-2015) (TRT6-2015) (TJDFT-2016) (TJRS-2016) (PCPE-2016) (TRT1-2016) (TRT3-2016)
(PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEAM-2018) (TJSC-2019)
(TJDFT-2016-CESPE): São direitos sociais atribuídos pela CF aos servidores públicos estatutários a
remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento do valor normal.
BL: art. 39, §3º c/c art. 7º, XVI, da CF.
##Atenção: Segundo art. 7º da CF, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social: [...] XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal.
##Atenção: ##DICA: Aplicam-se aos servidores: art. 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII,
XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX.
SA-GA-NOTURNA , JORNADA-EXTRA, MULHER-RISCOS. NÃO-DIFERE-SEXO
SA= XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
da lei;
GA= VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
JORNADA=XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
211
RISCOS= XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: Não é possível conceder pensão vitalícia aos
dependentes de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador que morreram no exercício do mandato : A concessão
de pensão vitalícia à viúva, à companheira e a dependentes de prefeito, vice-prefeito e vereador,
falecidos no exercício do mandato, não é compatível com a Constituição Federal. STF. Plenário. ADPF
764/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 27/8/21 (Info 1027).
##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF decidiu que o art. 39, § 4º, da CF/88 não é incompatível com o
pagamento de terço de férias e décimo terceiro salário (Tema 484 da Repercussão Geral). Cumpre
registrar que a CF/88 prevê, em seu art. 39, § 3º, que os servidores públicos gozam de terço de férias e
13º salário, não sendo vedado o seu pagamento de forma cumulada com o subsídio. Assim, os
Vereadores, mesmo recebendo sua remuneração por meio de subsídio (parcela única), podem ter
direito ao pagamento de terço de férias e de décimo terceiro salário. Vale ressaltar, no entanto, que o
pagamento de décimo terceiro e do terço constitucional de férias aos agentes políticos com mandato
eletivo não é um dever, mas sim uma opção, que depende do legislador infraconstitucional. Assim, a
definição sobre a adequação de percepção dessas verbas está inserida no espaço de liberdade de
conformação do legislador infraconstitucional. Em outras palavras, o legislador municipal decide se
irá ou não conceder tais verbas aos Vereadores. Se não houver lei concedendo, eles não terão direito.
Desse modo, é possível o pagamento de terço de férias e de décimo terceiro salário aos Vereadores,
mas desde que a percepção de tais verbas esteja prevista em lei municipal. STF. 1ª T. Rcl 32483
AgR/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 3/9/19 (Info 950).
##Questiona-se: ##DOD: Quais categorias recebem por subsídio? Segundo o § 4º do art. 39 são
remunerados exclusivamente por subsídio: a) os membros de Poder (Presidente, Governador, Prefeito,
parlamentares, magistrados); b) os detentores de mandato eletivo; c) os Ministros de Estado; d) os
Secretários Estaduais e Municipais. Além disso, existem alguns dispositivos esparsos da CF/88 que
exigem o regime de subsídio para as seguintes carreiras: a) membros do Ministério Público (art. 128, §
5º, I, “c”); b) membros da Defensoria Pública (art. 135); c) membros da Advocacia Pública (art. 135); d)
Ministros do TCU (art. 73, § 3º); e) servidores policiais (art. 144, § 9º). As carreiras acima listadas
devem obrigatoriamente receber por meio de subsídio. A lei não pode estipular forma diferente, sob
pena de ser inconstitucional.
##Questiona-se: ##DOD: Além desses, outros servidores também podem receber por subsídio? SIM.
O § 8º do art. 39 afirma que a remuneração de todos os servidores públicos que são organizados em
carreira poderá ser fixada por meio do regime de subsídio. Assim, com base nessa previsão do § 8º, a
lei poderá prever o regime de subsídio para outros servidores públicos além dos que foram acima
listados. O conceito de subsídio não se aplica, portanto, unicamente aos agentes políticos, como
ocorria anteriormente, comportando extensão a todas as categorias de servidores organizadas em
carreira, nos termos do art. 39, § 8º, da CF/88.
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no
art. 37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e
fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento
e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a
forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJPA-
2012) (PCSC-2014) (PGM-Salvador/BA-2015)
213
produtividade, entre outros fins. BL: art. 39, §4º, CF/88.
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJRO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-
2019) (TJGO-2021)
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
##Atenção: ##STF – Reperc. Geral – Tese 763: ##DOD: ##MPPR-2017: ##DPEPR-2017: ##DPEPE-
2018: ##PGEAP-2018: ##PGETO-2018: ##Anal. Judic./TRF4-2019: ##TJMS-2020: ##TJGO-2021: ##FCC:
A aposentadoria compulsória não se aplica para cargo em comissão: Os servidores ocupantes de cargo
exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória prevista no art.
40, § 1º, II, da CF/88. Este dispositivo atinge apenas os ocupantes de cargo de provimento efetivo. Por
conta disso, não existe qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo em comissão . Ressalvados
impedimentos de ordem infraconstitucional, não há óbice constitucional a que o servidor efetivo,
aposentado compulsoriamente, permaneça no cargo comissionado que já desempenhava ou a que seja
nomeado para cargo de livre nomeação e exoneração, uma vez que não se trata de continuidade ou
criação de vínculo efetivo com a Administração. STF. Plenário. RE 786540, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
15/12/16 (repercussão geral) (Info 851). STJ. 2ª T. RMS 36.950-RO, Rel. Min. Castro Meira, DJe 26/4/13
(Info 523). Portanto, o STF entende que “os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se
submetem à regra da aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, II, da CF, a qual atinge apenas os
ocupantes de cargo de provimento efetivo, inexistindo, também, qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo
em comissão”.
(DPEPE-2018-CESPE): Com referência às disposições constitucionais aplicáveis aos agentes públicos,
julgue o seguinte item, com base no entendimento do STF: A aposentadoria compulsória por idade para os
servidores públicos, prevista na CF/1988, não atinge os ocupantes de cargos exclusivamente em comissão.
BL: Info 736, STF.
##Atenção: ##STF: ##MPF-2011: ##TJMG-2012: ##PGEMS-2014: "O art. 40, § 1º, II, da Constituição do
Brasil, na redação que lhe foi conferida pela EC 20/1998, está restrito aos cargos efetivos da União, dos
Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios – incluídas as autarquias e fundações. Os
serviços de registros públicos, cartorários e notariais são exercidos em caráter privado por delegação do
Poder Público – serviço público não privativo. Os notários e os registradores exercem atividade estatal,
entretanto não são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são
servidores públicos, não lhes alcançando a compulsoriedade imposta pelo mencionado art. 40 da
CF/1988 – aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade." (ADI 2.602, Rel. p/ o ac. Min. Eros
Grau, j. 24/11/05, Plenário) No mesmo sentido: AI 494.237-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j.
23/11/10, 2ª T.; RE 478.392-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 14/10/08, 2ª T., j 21/11/08; Rcl 5.526-AgR,
214
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 25/6/08, Plenário; AI 655.378-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j.
26/2/08, 2ª T. Vide: RE 556.504-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 10/8/10, 1ª T.; MS 28.440 ED-AgR, Rel.
Min. Teori Zavascki, j. 19/6/13.
(PGEMS-2014): A aposentadoria compulsória de tabelião era possível até o advento da EC nº 20/98,
conforme entendimento atual do STF, isto porque segundo este somente até a promulgação da emenda
20/98, o ordenamento constitucional estendia o instituto da aposentadoria compulsória a tabeliães e
registradores. BL: Entend. Jurisprud.
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco)
anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima
estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de
contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o §
2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social,
observado o disposto nos §§ 14 a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJPR-2021)
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a
avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente
socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput
do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com
efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes,
vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)
##Atenção: ##STF – Reperc. Geral – Tese 942: ##DOD: Até a edição da EC 103/19, o direito à conversão,
em tempo comum, do prestado sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física de servidor público decorre da previsão de adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
215
jubilação daquele enquadrado na hipótese prevista no então vigente inciso III do § 4º do art. 40 da
CF/88, devendo ser aplicadas as normas do regime geral de previdência social relativas à
aposentadoria especial contidas na Lei 8.213/91 para viabilizar sua concretização enquanto não
sobrevier lei complementar disciplinadora da matéria. Após a vigência da EC 103/19, o direito à
conversão em tempo comum, do prestado sob condições especiais pelos servidores obedecerá à
legislação complementar dos entes federados, nos termos da competência conferida pelo art. 40, § 4º-
C, da CF/88. STF. Plenário.RE 1014286, Rel. Luiz Fux, Relator p/ Acórdão Edson Fachin, j. 31/08/20
(Info 992)
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação às
idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo
exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei
complementar do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(TJMS-2020-FCC): Juan Mesquita é brasileiro naturalizado, tem 55 anos de idade e acaba de se aposentar.
Antes da aposentadoria, ocupava emprego público de fisioterapeuta em Hospital Municipal.
Candidatou-se em concurso público para o cargo efetivo de fiscal de rendas do Estado e foi aprovado.
Sabe-se que dispõe da escolaridade exigida para o cargo, goza de boa saúde física e mental, está em dia
com suas obrigações militares e eleitorais e em pleno gozo de seus direitos políticos. Considerando a
situação descrita, é correto concluir que Juan poderá tomar posse no cargo público, pois não há nenhum
impedimento para tanto. BL: art. 40, §6º, CF
##Atenção: O art. 37, caput, XVI da CF veda a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, quando se tratar de dois cargos de professor, um de
professor e outro técnico ou científico, e dois cargos ou empregos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas. Além disso, o art. 40, § 6º, da CF, proíbe, ressalvadas as aposentadorias
decorrentes dos cargos acumuláveis, a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do RPPS. No
caso em tela, o Juan cumularia uma aposentadoria pelo RPPS com um cargo público, não incidindo em
nenhuma das hipóteses defesas pela Constituição.
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda formal
auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do respectivo
ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-
B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
##Atenção: ##STF: ##DOD: Algumas Constituições estaduais preveem que a pessoa que tiver
exercido o cargo de Governador do Estado fará jus, após deixar o mandato, a um subsídio mensal e
vitalício. Alguns chamam isso de representação, outros de pensão vitalícia e outros de pensão civil. A
previsão desse pagamento é compatível com a CF/88? NÃO. A instituição de prestação pecuniária
mensal e vitalícia a ex-governadores corresponde à concessão de benesse que não se compatibiliza
216
com a CF/1988 (notadamente com o princípio republicano e o princípio da igualdade, consectário
daquele), por configurar tratamento diferenciado e privilegiado sem fundamento jurídico razoável,
em favor de quem não exerce função pública ou presta qualquer serviço à administração . Os ex-
Governadores (ou as viúvas) que foram beneficiados com esse “subsídio” ou com a “pensão” dela
decorrente terão que devolver as quantias que receberam antes do STF declarar inconstitucional a
previsão da Constituição Estadual? NÃO. Não é necessária a devolução dos valores percebidos até o
julgamento da ação. Isso por conta dos princípios da boa-fé, da segurança jurídica e, ainda, da
dignidade da pessoa humana. STF. Plenário. ADI 4545/PR, Rel. Min. Rosa Weber, j. 5/12/19 (Info 962).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Natureza dessa verba: É difícil definir a natureza jurídica
desse valor pago aos ex-Governadores. Ele não pode ser considerado “representação” uma vez que essa
verba é recebida pela autoridade para custear as despesas de um gabinete com servidores etc., como é o
caso dos Deputados e Senadores. Os ex-Governadores não são mais autoridades nem administram qualquer
gabinete. Não se pode dizer que se trata “pensão previdenciária” considerando que, no serviço público, a
pensão previdenciária é o benefício pago aos dependentes do agente público que faleceu (art. 40, § 7º,
CF/88), o que não tem nada a ver com a presente situação. De igual modo, não há possibilidade de
enquadrar essa verba como “pensão civil”, haja vista que esta seria devida para o caso de lesão ou outra
ofensa à saúde (art. 949 do CC), sendo paga pelo causador do dano à vítima.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCRO-2022: ##CESPE: Lei estadual não pode prever paridade e
integralidade para os policiais civis nem conceder a eles adicional de final de carreira para que recebam
aposentadoria em classe superior ao que estavam na ativa: É inconstitucional norma que preveja a
concessão de aposentadoria com paridade e integralidade de proventos a policiais civis. É
inconstitucional norma que preveja a concessão de “adicional de final de carreira” a policiais civis.
STF. Plenário. ADI 5039/RO, Rel. Min. Edson Fachin, j. 10/11/20 (Info 998).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: A situação concreta foi a seguinte: Em Rondônia, foi
editada a Lei Complementar estadual 672/12 que estabeleceu regras próprias para a concessão e
manutenção dos benefícios previdenciários concedidos aos policiais civis do Estado.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Paridade: Um dos pontos polêmicos dessa lei foi que ela
previu a paridade de vencimentos entre os policiais civis ativos e inativos. Princípio da paridade era uma
garantia que os servidores públicos aposentados possuíam segundo a qual todas as vezes que havia um
aumento na remuneração percebida pelos servidores da ativa, esse incremento também deveria ser
concedido aos aposentados. Ex.: João é servidor aposentado do Ministério da Fazenda, tendo se aposentado
com os proventos do cargo de técnico A1. Quando fosse concedido algum reajuste na remuneração do cargo
técnico A1, esse aumento também deveria ser estendido aos proventos de João. No dicionário paridade
significa a qualidade de ser igual. Assim, o princípio da paridade enunciava que os proventos deveriam ser
iguais à remuneração da ativa. Os pensionistas, ou seja, os dependentes dos servidores públicos falecidos
beneficiados com pensão por morte também tinham direito à paridade. Ex.: João, quando faleceu, era
servidor aposentado do Ministério da Fazenda ocupante do cargo de técnico A1. Sua esposa passou a
receber pensão por morte em valor igual à remuneração do cargo de técnico A1. Se fosse concedido algum
reajuste para o cargo de técnico A1, esse aumento também deveria ser estendido à pensão por morte. A
regra da paridade estava prevista no art. 40, § 8º, da CF/88, incluído pela EC 20/1998.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O legislador estadual poderia ter conferido essa paridade?
NÃO. O princípio da paridade “foi revogado, restando somente para os servidores com direito adquirido, que já
preenchiam os requisitos para a aposentadoria antes da edição da EC nº 41 (art. 3º, EC nº 41), ficando também
resguardado o direito para aqueles que estão em gozo do benefício (art. 7º, EC nº 41) e os que se enquadrarem nas
regras de transição do art. 6º da EC nº 41 e do art. 3º da EC nº 47 .” (MARINELA, Fernanda. Direito
Administrativo. 7ª ed., Niterói: Impetus, 2013, p. 774). Desse modo, se você ingressar no serviço público
hoje, não terá a garantia da paridade quando se aposentar, já que ela foi extinta com a EC nº 41/03. Da
mesma forma, caso seja servidor público e morra, seus dependentes poderão receber pensão por morte, mas
não terão direito à paridade. No lugar da paridade, existe hoje o chamado “princípio da preservação do
valor real”, previsto no art. 40, § 8º, da CF/88, segundo o qual os proventos do aposentado devem ser
constantemente reajustados para que seja sempre garantido o seu poder de compra.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: A CF/88 garantia, até o advento da EC 41/03, a paridade
entre servidores ativos e inativos, o que significava exatamente a revisão dos proventos de aposentadoria,
na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificasse a remuneração dos servidores em
atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em atividade. O § 8º do art. 40 da CF/88, na redação que lhe
conferiu a EC 41/2003, substituiu a paridade pela determinação quanto ao reajustamento dos benefícios
217
para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. De igual
modo, a integralidade, que se traduz na possibilidade de o servidor aposentar-se ostentando os mesmos
valores da última remuneração percebida quando em exercício no cargo efetivo por ele titularizado no
momento da inativação, foi extinta pela mesma EC 41/2003.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Adicional de fim de carreira: Outro ponto controverso foi o
fato de que a lei previu um adicional de final de carreira aos policiais civis. Assim, a lei determinou que o
policial civil, ao se aposentar, faria jus a provento igual à remuneração ou subsídio integral da classe
imediatamente superior, ou remuneração normal acrescida de 20% para o Policial Civil do Estado na última
classe, nos últimos cinco anos que antecederam a passagem para a inatividade, considerando a data de seu
ingresso na Categoria da Polícia Civil. O STF considerou essa previsão inconstitucional.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O art. 40, § 2º, da CF/88, na redação dada pela EC 41/03,
dispõe que os proventos de aposentadoria e as pensões, quando de sua concessão, “não poderão exceder a
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
concessão da pensão”.* Assim, a remuneração do cargo efetivo no qual se der a aposentadoria é o limite para a
fixação do valor dos proventos. É verdade que esse benefício existe para os policiais militares. No entanto,
policiais civis e militares possuem regimes de previdência distintos e, portanto, o fato de alguns deles
conterem previsão quanto à possibilidade de aposentadoria dos militares em classe imediatamente superior
à que ocupava, quando em atividade, não é fundamento legal para a extensão dessa vantagem aos policiais
civis.
* Obs: a EC 103/2019 - que não era aplicável ao caso concreto - alterou a redação do § 2º do art. 40, que
atualmente dispõe o seguinte: “Art. 40 (...) § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor
mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de
Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)”
§ 9º. O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente
será contado para fins de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(TJRO-2019)
##Atenção: É bem verdade que o § 10 do art. 40 da CF/88, estabelece que “a lei não poderá estabelecer
qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício”. Todavia, não se pode esquecer que a referida
redação foi dada pelo multicitada Emenda Constitucional, de forma que, por força do princípio tempus
regit actum, não pode ela, norma abstrata e geral, retroagir para ser aplicada nas situações pretéritas já
consolidadas à luz do ordenamento jurídico anterior, sob pena de incorrer em violação a direito
adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada. Nessa linha de raciocínio, em homenagem ao princípio da
irretroatividade da lei e ao direito adquirido, dúvida não há de que o período anterior à EC 20/98 será
considerado à luz da legislação vigente à época. Em suma, a lei vigente na época da posse assegurava o
tempo de serviço que, diante do disposto na EC nº 20, em respeito ao direito adquirido, será contado
como tempo de contribuição.
44
Art. 4º - Observado o disposto no art. 40, § 10, da Constituição Federal, o tempo de serviço considerado pela
legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até que a lei discipline a matéria, será contado como
tempo de contribuição.
218
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive
quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades
sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de
proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 15/12/98) (PGEPR-2011) (TRF5-2013) (PGEMS-2014) (PGERN-2014) (Cartórios/TJRS-
2015) (PGESE-2017)
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social, no
que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (PGERS-2021)
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa do
respectivo Poder Executivo, REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR para servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo, OBSERVADO o limite máximo dos benefícios do REGIME GERAL DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL para o valor das aposentadorias e das pensões em REGIME PRÓPRIO DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL, RESSALVADO o disposto no § 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019) (PGEGO-2021) (PGERS-2021)
§ 16 - SOMENTE mediante sua prévia e expressa OPÇÃO, o disposto nos §§ 14 e 15 PODERÁ SER
APLICADO ao servidor que TIVER INGRESSADO no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do CORRESPONDENTE REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) (TRF1-2009) (TJRR-2015) (PGERS-2011/2021) (PGEGO-2021)
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime
de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores
titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (TRF1-2009) (MPMG-2010)
(PGEMG-2012) (TRF5-2013) (PGERS-2015) (PGM-POA/RS-2016) (DPERO-2017) (PGESE-2017) (PCGO-2017)
(TJRO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor
titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por
permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor
219
da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJRO-2019)
§ 22. VEDADA a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar
federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e de
responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) (MPDFT-2021) (Cons. Tesouro Estad.-SEFAZ/ES-2022)
(Cons. Tesouro Estad.-SEFAZ/ES-2022-FGV): Após ampla mobilização dos servidores públicos civis do
Município Alfa, o Prefeito Municipal, no presente exercício, apresentou projeto de lei que deu origem à
Lei ordinária nº XX/21, criando o regime próprio de previdência social. Irresignado com a promulgação
desse diploma normativo, um partido político de oposição solicitou que sua assessoria analisasse a
compatibilidade formal com a Constituição da República, sendo respondido corretamente que a Lei
ordinária nº XX/21 é inconstitucional, pois é vedada a criação de novos regimes próprios de previdência
social. BL: art. 40, §22, CF.
I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência Social;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
III - fiscalização pela União e controle externo e social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para
vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer
natureza; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
220
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições
relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)
IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Art. 41. SÃO ESTÁVEIS após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998) (MPPE-2008) (PGEPI-2008) (TJSC-2009) (TRF2-2009) (PGESP-2009) (PCPB-2009) (MPRO-2010)
(DPEGO-2010) (AGU-2010) (MPPB-2011) (PGERO-2011) (MPSP-2008/2012) (TJPA-2012) (MPTO-2012)
(DPESE-2012) (PGEMG-2012) (PCRJ-2012) (TRF5-2009/2013) (DPEAM-2013) (DPERR-2013) (TRF3-2013)
(MPF-2013) (MPMA-2014) (MPRS-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PGESC-2014) (PCSC-2014) (DPERN-2015)
(Cartórios/TJRS-2015) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (TRF4-2014/2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEPR-2014/2017)
(Cartórios/TJMG-2017) (TJRS-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-
2020) (MPMG-2011/2013/2021) (MPSC-2016/2021) (PF-2021) (TJMG-2022)
221
jurídico penitenciário, sendo assegurado ao servidor estadual investido na função de assistente jurídico de
estabelecimento penitenciário o direito de permanecer nessa função, que será extinta com a respectiva vacância.
Parágrafo único - Fica limitado a cinquenta o número de funções do quadro suplementar a que se refere o caput
deste artigo, sendo atribuída a seus ocupantes a remuneração correspondente à de defensor público de 1.ª classe,
observada a carga horária deste. (...) Art. 5.º O estágio probatório dos servidores ocupantes do quadro criado no
artigo 4.º é de dois anos. (...)” Em face dos aspectos hipotéticos da Lei n.º X/2008 e das disposições
constitucionais relativas à administração pública e aos servidores públicos, assinale a opção correta:
Segundo o entendimento do STJ, a redação do art. 5.º da Lei n.º X/2008 seria incompatível com o
dispositivo constitucional, que confere estabilidade ao servidor público após três anos de efetivo
exercício. BL: art. 41, CF e Entend. Jurisprud.
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998) (TJDFT-2007) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (PGEGO-2010) (MPSP-2008/2012) (TJCE-2012) (MPRJ-
2012) (DPESE-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEMG-2012) (DPERR-2013) (MPMG-2014) (Cartórios/TJPR-
2014) (PCSC-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPT-2015) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGESE-2017)
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (AGU-2010) (MPSP-
2008/2012) (TJCE-2012) (MPRJ-2012) (DPESE-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEMG-2012) (DPERR-2013)
(Cartórios/TJPR-2014) (PCSC-2014) (MPT-2015) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGESE-2017)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2021)
Súmula 21-STF: Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou
sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.
222
garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988". Por fim, entende o STF que empregados públicos
não fazem jus à estabilidade: “EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT.
DEMISSÃO IMOTIVADA DE SEUS EMPREGADOS. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE
MOTIVAÇÃO DA DISPENSA. RE PARCIALMENTE PROVIDO. I - Os empregados públicos não fazem
jus à estabilidade prevista no art. 41 da CF, salvo aqueles admitidos em período anterior ao advento da
EC nº 19/1998. Precedentes. II - Em atenção, no entanto, aos princípios da impessoalidade e isonomia, que
regem a admissão por concurso público, a dispensa do empregado de empresas públicas e sociedades de
economia mista que prestam serviços públicos deve ser motivada, assegurando-se, assim, que tais
princípios, observados no momento daquela admissão, sejam também respeitados por ocasião da
dispensa. III – A motivação do ato de dispensa, assim, visa a resguardar o empregado de uma possível
quebra do postulado da impessoalidade por parte do agente estatal investido do poder de demitir. IV -
Recurso extraordinário parcialmente provido para afastar a aplicação, ao caso, do art. 41 da CF, exigindo-se,
entretanto, a motivação para legitimar a rescisão unilateral do contrato de trabalho.” STF. Plenário. RE
589.998/PI, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 20.3.13.. A estabilidade a que alude o art. 41 da CF atinge
os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo.
(MPPE-2014-FCC): Possui eficácia limitada a norma constitucional segundo a qual o servidor público
estável só perderá o cargo mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de
lei complementar, assegurada ampla defesa. BL: art. 41, §1º, III, CF.
(DPEAM-2013-FCC): A Emenda Constitucional nº 19, de 4/06//98, trouxe uma série de alterações nos
dispositivos constitucionais referentes à Administração Pública, no bojo do que veio a ser alcunhado de
Reforma Administrativa, baseada no chamado Modelo Gerencial de Administração Pública. Trata-se de
medida introduzida por essa Emenda: flexibilização da estabilidade dos servidores titulares de cargo
efetivo, com a previsão de perda do cargo em decorrência de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada a ampla defesa. BL: art. 41, §1º, III, CF.
(TJSC-2017-FCC): Rafael Da Vinci foi nomeado Delegado de Polícia Federal e, ao fim do período de
estágio probatório, foi reprovado na avaliação de desempenho e exonerado do cargo. Inconformado,
ajuizou ação visando anular o processo administrativo que culminou em sua exoneração. Nesse ínterim,
prestou concurso para Delegado de Polícia Estadual, sendo aprovado e empossado no referido cargo.
Sobreveio, então, decisão definitiva na ação judicial por ele ajuizada, anulando o ato expulsório. Neste
caso, para ser reintegrado no cargo de Delegado de Polícia Federal, Rafael deverá requerer a exoneração
do cargo de Delegado de Polícia Estadual. BL: art. 37, XVI45 e art. 41, §2º, CF c/c art. 28, Lei 8112/9046
45
Art. 37. (...) XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de
professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos
privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
46
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens.
223
reintegração é a reinvestidura do servidor ESTÁVEL no cargo anteriormente ocupado quando invalidada
a sua demissão por decisão administrativa ou judicial (art. 28 da Lei 8112/90). No caso em tela, para ser
REINTEGRADO ao cargo de Delegado da Polícia Federal, Rafael deverá pedir exoneração do cargo de
Delegado da Polícia Estadual, dada a inacumulabilidade de ambos os cargos (art. 37, XVI da CF.
Portanto, por se tratar de cargos inacumuláveis, o retorno ao cargo anterior teria por pressuposto, de
fato, a exoneração a pedido formulada no novo cargo. Sobre o tema, o STF assim se manifestou: “O
servidor público ocupante de cargo efetivo, ainda que em estágio probatório, não pode ser exonerado ad
nutum, com base em decreto que declara a desnecessidade do cargo, sob pena de ofensa à garantia do devido
processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Incidência da Súmula 21 do STF. Recurso a que se dá
provimento, para determinar a reintegração dos autores no quadro de pessoal da Prefeitura Municipal de
Bicas/MG”. (STF. 1ª T., RE 378041, Rel. Min. Ayres Britto, j. 21/09/04).
##Atenção: No caso em tela, parcela da doutrina evita utilizar a expressão “reintegração”, já que esta
terminologia estaria associada ao retorno de um servidor já estável. Porém, embora não a utilizem,
ninguém ignora que os efeitos serão exatamente os mesmos, isto é, o servidor retornará ao cargo que
ocupava recebendo todos os direitos e vantagens do período em que esteve afastado, e todo o tempo será
contado como se estivesse em efetivo exercício. Para fins de concurso público, a redação literal da CF/88
prega a necessidade do servidor ser estável para que haja a reintegração, Por outro lado, na
jurisprudência, há posição firmada pelo próprio STF admitindo a reintegração, mesmo na hipótese do
servidor ainda não ter a proteção da estabilidade.
Seção III
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
§ 1º APLICAM-SE aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier
a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, CABENDO a lei
estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, SENDO as PATENTES DOS
OFICIAIS conferidas pelos respectivos governadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
15/12/98) (TJRR-2008) (DPEMA-2015) (PGEMA-2016) (MPGO-2019) (MPMG-2021) (MPM-2021)
(DPEMA-2015-FCC): À luz da CF/1988, está correto: Lei estadual específica que dispõe sobre ingresso,
224
limites de idade, estabilidade e condições de transferência para a inatividade, em relação aos membros
da Polícia Militar do Estado, prevendo, ainda, que compete ao Governador conferir as patentes de seus
oficiais. BL: art. 42, §1º c/c art. 142, §3º, X, CF.47
(TJRR-2008-FCC): Relativamente aos militares dos Estados, prevê a CF/88 que cabe à lei estadual
específica dispor, entre outros assuntos, sobre seus direitos, deveres, remuneração e prerrogativas. BL:
art. 42, §1º c/c art. 142, §3º, X48 da CF/88.
##Atenção: Quanto aos militares dos Estados, prevê a CF que a eles se aplicam as condições de
elegibilidade previstas para os militares da União que contem com mais de 10 anos de serviço.
##Atenção: Se aplicam também as mesmas regras que aos servidores civis quanto à contagem de tempo
de contribuição para efeito de aposentadoria, e também, quanto a tempo de serviço para fins de
disponibilidade.
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o
que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) (TJRR-2008) (PGEPR-2011) (DPEMA-2015)
§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37,
inciso XVI, com prevalência da atividade militar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 101, de 2019)
Seção IV
DAS REGIÕES
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União PODERÁ ARTICULAR sua ação em um mesmo
complexo GEOECONÔMICO e SOCIAL, VISANDO a seu desenvolvimento e à redução das
desigualdades regionais. (MPRO-2008) (MPF-2008) (DPERR-2013) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPT-2020)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPAP-2021)
II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais,
integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com
estes. (PCMG-2011)
47
Art. 142. (...). § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (...) X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os
limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade , os direitos, os
deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as
peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de
guerra.
48
Art. 142. (...). § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (...) X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os
limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os
deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as
peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de
guerra.
225
(MPRO-2008-CESPE): Quanto à organização do Estado, assinale a opção correta: Para efeitos
administrativos, a União poderá articular a sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social,
visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais, inclusive, por meio de isenções
tributárias ou mesmo igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de
responsabilidade do poder público. BL: art. 43, caput e §2º, I, CF.
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou
jurídicas;
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas
ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e
cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes
de água e de pequena irrigação.
TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DO CONGRESSO NACIONAL
Art. 44. O PODER LEGISLATIVO É EXERCIDO pelo Congresso Nacional, que SE COMPÕE da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal. (PCTO-2008) (MPDFT-2009) (PGEGO-2010) (Cartórios/TJSP-
2012) (PGM-Curitiba/PR-2019)
Parágrafo único. CADA LEGISLATURA TERÁ a duração de quatro anos. (PGEPB-2008) (TJPR-2010)
(PGEGO-2010) (MPTO-2012) (DPEDF-2013) (PCGO-2013) (DPERS-2014) (PCSC-2014) (TJDFT-2016)
(DPEPR-2017) (PGM-Curitiba/PR-2019)
Art. 45. A Câmara dos Deputados COMPÕE-SE de representantes do povo, ELEITOS, pelo
SISTEMA PROPORCIONAL, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. (PCAP-2010)
(DPEAM-2011) (TRF3-2011) (MPF-2011) (TJAC-2012) (MPRR-2012) (TJRN-2013) (PGEGO-2013)
(Cartórios/TJMT-2014) (PCSC-2014) (TJSC-2013/2017) (PCGO-2018) (MPPI-2019)
§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal,
SERÁ ESTABELECIDO por LEI COMPLEMENTAR, proporcionalmente à população, PROCEDENDO-
SE aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da
Federação TENHA menos de oito ou mais de setenta Deputados. (TJGO-2009) (DPEAM-2011) (TRF3-
2011) (TJAC-2012) (MPRR-2012) (TJRN-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (PCSC-2014) (DPERN-
2015) (TJSC-2013/2017) (MPMS-2018)
(MPMS-2018): É correto afirmar, segundo dispõe a CF/1988 sobre direitos políticos, que o voto tem valor
igual para todos, sendo que nenhuma unidade da Federação pode ter menos de oito ou mais de setenta
Deputados. BL: art. 14, caput e art. 45, §1º, CF.
226
(TJGO-2009-FCC): Ao dispor sobre direitos políticos, a CF/88 determina que o voto tem valor igual para
todos, mas que nenhuma unidade da Federação pode ter menos de oito ou mais de setenta Deputados.
BL: art. 14, caput e art. 45, §1º, CF.
##Atenção: Vejamos o teor do art. 2º da LC 78/93: “Art. 2º. Nenhum dos Estados membros da Federação terá
menos de oito deputados federais. Parágrafo único. Cada Território Federal será representado por quatro
deputados federais. (...).”
##Atenção: Vejamos o teor do art. 3º da LC 78/93: “Art. 3º. O Estado mais populoso será representado por
setenta deputados federais.”
Art. 46. O Senado Federal COMPÕE-SE de representantes dos Estados e do Distrito Federal,
ELEITOS segundo o PRINCÍPIO MAJORITÁRIO. (TJSC-2009) (TRF4-2009) (MPRO-2010) (PCAP-2010)
(TJPB-2011) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (MPF-2011) (TJPI-2012) (MPPR-2012) (DPESC-2012) (PGEGO-2013)
(PCES-2013) (DPECE-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSC-2014)
(MPSP-2015) (DPEMA-2015) (DPERN-2015) (MPGO-2016) (PCGO-2018) (MPPI-2019) (TJMG-2014/2022)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)
(MPSP-2015): Assinale a alternativa correta: O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados
e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. BL: art. 46, CF.
(PGEGO-2013): A respeito do Congresso Nacional, é correto afirmar que o Senado Federal compõe-se de
representantes dos estados e do Distrito Federal, que serão eleitos segundo o princípio majoritário, assim
como os prefeitos, governadores e presidente da República. BL: art. 46 c/c art. 29 c/c art. 32, §2º c/c art. 77,
§2º CF.49
(TJPI-2012-CESPE): De acordo com a CF, os territórios federais, uma vez criados, não elegem
representantes para o Senado Federal, mas sua população tem a prerrogativa de eleger quatro deputados
para representá-la na Câmara dos Deputados. BL: art. 45, §2º e art. 46, CF.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal ELEGERÃO três Senadores, COM MANDATO de oito anos.
(MPRO-2010) (TJPB-2011) (PCBA-2013) (DPECE-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TJDFT-2016) (MPGO-2016)
(PCGO-2018)
(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados
e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário, sendo que cada Estado e o Distrito Federal
elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. BL: art. 46, caput e §1º, CF.
49
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...) II - eleição do
Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato
dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77**, no caso de Municípios com mais de duzentos mil
eleitores; (...) Art. 32. (...) § 2º. A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77**,
e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual
duração.
**Art. 77. (...) §2º. Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a
maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
227
§ 2º A REPRESENTAÇÃO de cada Estado e do Distrito Federal SERÁ RENOVADA de quatro em
quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. (TRF4-2009) (MPRO-2010) (TJPB-2011) (PGEGO-2013)
(Cartórios/TJMT-2014) (PCGO-2018) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
§ 3º Cada Senador SERÁ ELEITO com dois suplentes. (TJSC-2009) (TJPB-2011) (MPPR-2012) (PCBA-
2013) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCGO-2018) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
##Atenção: Cada Senador será eleito com dois suplentes, que não são submetidos a voto.
##Atenção: ##TRF2-2017: A maioria absoluta é atingida ao se alcançar o primeiro número inteiro acima
da metade do Órgão Colegiado. Assim, no Pleno do Supremo Tribunal Federal a maioria absoluta é 6.
No Plenário do TRF-2 a maioria absoluta é 14, e não 15. No Senado Federal, a maioria absoluta é 41.
Seção II
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL
Art. 48. CABE ao CONGRESSO NACIONAL, com a sanção do Presidente da República, NÃO
EXIGIDA esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, DISPOR sobre todas as matérias DE
COMPETÊNCIA DA UNIÃO, especialmente sobre: (PCRN-2009) (MPT-2009) (DPEGO-2010) (MPPR-
2011) (TRF5-2011) (MPRR-2012) (AGU-2009/2012/2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (DPERS-2014)
(TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (DPEMA-2015) (PGEPR-2015) (TRT8-2015) (MPGO-2016)
(DPEBA-2016) (PCPE-2016) (TRT1-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (DPESC-2012/2017) (Cartórios/TJMG-
2015/2017) (PGESE-2017) (PCGO-2017) (TRF2-2011/2018) (TRF3-2011/2018) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (PCES-
2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPSC-2021) (MPM-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-
2021) (TCERJ-2021) (PCSP-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022) (TCESC-2022)
(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: Compete ao Congresso Nacional dispor sobre o plano
plurianual da União, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública da
União e dos Estados e Distrito Federal, e emissões de curso forçado, dispensada, nestes casos, a sanção
do Presidente da República. BL: art. 48, II, CF.
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; (TJSC-2010) (TJBA-2012) (TRT1-2016)
(PCSP-2022)
228
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, OUVIDAS
as respectivas Assembléias Legislativas; (MPT-2009) (TJRN-2013) (DPEMA-2015)
(MPM-2021): Assinale a alternativa correta: A anistia será concedida pelo Congresso Nacional, com a
sanção do Presidente da República. BL: art. 48, VIII, CF.
##Atenção: ##STF: ##TRF4-2014: A anistia é ato político, concedido mediante lei, assim da
competência do Congresso e do chefe do Executivo, correndo por conta destes a avaliação dos critérios
de conveniência e oportunidade do ato, sem dispensa, entretanto, do controle judicial, porque pode
ocorrer, por exemplo, desvio do poder de legislar ou afronta ao devido processo legal substancial . STF.
Plenário. ADI 1.231, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 15/12/05.
(MPSP-2015): Assinale a alternativa correta: Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da
República, dentre outras matérias da competência da União, dispor sobre concessão de anistia; criação e
extinção de Ministérios e órgãos da administração pública. BL: art. 48, VIII e XI, CF.
##Atenção: ##STF: ##TJPR-2017: ##CESPE: Conforme jurisprudência reiterada do STF, não cabe ao
Poder Judiciário autorizar a correção monetária da tabela progressiva do imposto de renda na ausência
de previsão legal nesse sentido. Entendimento cujo fundamento é o uso regular do poder estatal de
organizar a vida econômica e financeira do país no espaço próprio das competências dos Poderes
Executivo e Legislativo. (STF. Plenário. RE 388312, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min.
Cármen Lúcia, j. 01/08/11). Segundo o Min. Ayres Britto, no artigo “Regime Constitucional da Correção
229
Monetária”, publicado na Revista Trimestral de Direito Público 14/1996, reconhece que as obrigações em
dinheiro sem direta regração constitucional quanto à incidência da correção monetária “ficam na
dependência de expedição de lei federal, pois cabe ao Congresso Nacional legislar sobre ‘matéria financeira,
cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações’ (inciso XIII do art. 48 da CF)”.
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. (TRF2-2011) (TRF5-
2013) (AGU-2013) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os
arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
(DPEGO-2010) (MPPR-2011) (PCMG-2018)
##Atenção: ##STF: ##DOD: A Constituição Estadual do Amapá trouxe regra dizendo que se o Prefeito
ou o Vice-Prefeito for viajar ao exterior, “por qualquer tempo”, ele deverá pedir uma licença prévia da
Câmara Municipal para a viagem. O STF considerou inconstitucional a expressão “por qualquer
tempo”. Essa regra de “por qualquer tempo” está em desacordo com o princípio da simetria. Isso
porque a CF/88 somente exige autorização do Congresso Nacional se a ausência do Presidente da
República for superior a 15 dias (art. 49, III). De igual modo, a Constituição do Estado do Amapá
também só exige autorização da Assembleia Legislativa se a ausência do Governador (ou do Vice) for
superior a 15 dias (art. 118, § 1º). Logo, a exigência de autorização da Câmara Municipal para que o
Prefeito possa se ausentar por períodos menores que 15 dias quebra a simetria existente em relação ao
Governador. STF. Plenário. ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 25/10/18 (Info 921).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEMA-2015: ##FCC: A Constituição Estadual não pode exigir
autorização da ALE para que o Governador (ou o Vice) se ausente do país qualquer que seja o prazo: É
inconstitucional norma da Constituição estadual que exija autorização da Assembleia Legislativa para
que o Governador e o Vice possam se ausentar do país por menos de 15 dias. A CE somente poderia
prever a autorização se a ausência fosse superior a esse prazo. STF. Plenário. ADI 775/RS, Rel. Min.
231
Dias Toffoli, j. 3/4/14 (Info 741). STF. Plenário. ADI 2453/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 3/4/14 (Info
741)
(AGU-2015-CESPE): Foi editada portaria ministerial que regulamentou, com fundamento direto no
princípio constitucional da eficiência, a concessão de gratificação de desempenho aos servidores de
determinado ministério. Com referência a essa situação hipotética e ao poder regulamentar, julgue o
próximo item. A portaria em questão poderá vir a ser sustada pelo Congresso Nacional, se essa casa
entender que o ministro exorbitou de seu poder regulamentar. BL: art. 49, V, CF.
(TJSP-2013-VUNESP): Ato Normativo do Presidente da República que exorbita dos limites de delegação
legislativa autoriza o Congresso Nacional a sustar a parte do Ato Normativo do Poder Executivo que
exorbitou dos limites de delegação legislativa, por meio de Decreto Legislativo. BL: art. 49, V, CF.
VII - FIXAR idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998) (TRF2-2018) (MPGO-2019) (MPSP-2019/2022)
##Atenção: A competência do Tribunal de Contas da União para julgar as contas dos responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos não abrange as contas do presidente da República. Isso porque o TCU
tão somente aprecia as contas apresentadas pelo Presidente da República mediante parecer prévio, o qual
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento (art. 71, I, CF). Por outro lado, no
julgamento das contas, anualmente, a competência é do Congresso Nacional (art. 49, IX, CF).
(TRF2-2013-CESPE): No Brasil, o órgão que tem competência exclusiva para julgar anualmente as contas
prestadas pelo presidente da República é o Congresso Nacional. BL: art. 49, IX c/c art. 71, I, CF.
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros
Poderes;
XIII - ESCOLHER dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; (TJAC-2012) (MPPR-
2012) (TJSC-2013) (MPSP-2015) (PCSP-2022)
234
(DPEAM-2021-FCC): Autorizar a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e
lavra de riquezas minerais em terras indígenas, segundo a Constituição Federal, é competência exclusiva
do Congresso Nacional. BL: art. 49, XVI, CF.
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, PODERÃO
CONVOCAR Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à
Presidência da República PARA PRESTAREM, PESSOALMENTE, informações sobre assunto
previamente determinado, IMPORTANDO CRIME DE RESPONSABILIDADE a ausência sem
justificação adequada. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 1994) (TJSC-2009) (TJES-
2011) (DPEMS-2012) (PFN-2012) (TJRN-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJPR-2014) (PCSC-2014) (PCDF-2015)
(MPM-2021)
(TJRN-2013-CESPE): Com relação à organização dos poderes estabelecida na CF, assinale a opção
correta: A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas comissões, podem convocar
ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à presidência da
República para prestarem, pessoalmente, informações acerca de assunto previamente determinado,
configurando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. BL: art. 50, CF.
235
Estado da Fazenda, uma vez que o projeto de implantação do teleférico no Complexo do Alemão, no
âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento, foi elaborado pelo Departamento de Urbanização de
Assentamentos Precários do Ministério das Cidades, cabendo a este o fornecimento das informações
pretendidas. (...) (STF. 2ª T., RMS 28251 AgR, Rel. Ricardo Lewandowski, j. 18/10/11).
(MPRR-2008-CESPE): A CF prevê que as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão
encaminhar, por escrito, pedidos de informação a ministros de Estado, importando em crime de
responsabilidade o não-atendimento do pedido no prazo de 30 dias, bem como a prestação de
informações falsas. BL: art. 50, §2º, CF.
Seção III
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
##Atenção: ##STF: ##DOD: Imunidade do art. 51, I, e art. 86 da CF/88 não se estende para
codenunciados que não sejam Presidente da República, Vice ou Ministro de Estado: A imunidade formal
prevista no art. 51, I, e no art. 86, caput, da CF/88 não se estende para os codenunciados que não se
encontrem investidos nos cargos de Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministro
de Estado. A finalidade dessa imunidade é proteger o exercício regular desses cargos, razão pela qual
não é extensível a codenunciados que não se encontrem ocupando tais funções. STF. Plenário. Inq 4483
AgR-segundo/DF e Inq 4327 AgR-segundo/DF, rel. Min. Edson Fachin, j. 14 e 19/12/17 (Info 888).
##Atenção: ##DICA:
TCU Aprecia (Art. 71, I, CF)
CONGRESSO NACIONAL Julga (Art. 49, IX, CF)
CÂMARA DOS DEPUTADOS Procede à tomada de contas (Art. 51, II, CF)
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias ; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (MPAL-2012) (PCES-2013) (MPMA-2014) (PCSC-
2014) (MPRS-2017) (PGESE-2017)
V - ELEGER membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. (PCSC-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPRS-2017) (PGM-Teresina/PI-2022)
236
Seção IV
DO SENADO FEDERAL
III - APROVAR previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: (DPEMS-
2008) (MPES-2010) (TRF2-2011) (TRF5-2011) (TJPI-2012) (MPMG-2012) (TRF4-2014) (TJDFT-2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (TRT/Unificado-2017) (TJCE-2018) (MPAP-2021) (MPTO-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
(PGM-Teresina/PI-2022)
c) Governador de Território;
237
(MPTO-2022-CESPE): Acerca das atribuições do Poder Legislativo, assinale a opção correta: Compete
privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a
escolha de presidente e diretores do Banco Central do Brasil. BL: art. 52, III “d”, CF.
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; (MPES-2010) (MPMG-2012) (TJDFT-2016) (TJCE-
2018)
IV - APROVAR previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a ESCOLHA DOS
CHEFES DE MISSÃO DIPLOMÁTICA de caráter permanente; (TRF4-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
##Atenção: Logo, apenas o empréstimo público EXTERNO tomado pelo município precisa, para sua
realização, de autorização específica do Senado Federal. Os empréstimos público nacionais não precisam.
##Atenção: O art. 52, V, da CF/88, prevê que compete privativamente ao Senado Federal autorizar
operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios. Nesse caso, não é necessária a sanção presidencial, nos termos do art. 48,
caput, da CF: cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União.
VI - FIXAR, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (TRF2-2011) (TJAC-2012) (TRF2-
2013) (Cartórios/TJMT-2014) (TJPB-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (PGM-São Luís/MA-2016)
(PGM-BH/MG-2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)
(PGM-São Luís/MA-2016-FCC): De acordo com a Constituição Federal, compete ao Senado Federal: fixar
limites globais para o montante da dívida consolidada dos Municípios, por proposta do Presidente da
República. BL: art. 52, VI, CF.
(TRF2-2013-CESPE): A competência privativa para fixar limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos estados, do DF e dos municípios pertence ao Senado Federal. BL: art. 52, VI,
CF.
VII - DISPOR sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal; (TRF5-2011) (TJAC-2012) (MPAL-2012) (MPMG-2013)
(Cartórios/TJSP-2014) (PGM-BH/MG-2017) (PCMA-2018) (PCPI-2018) (MPPI-2019) (TJMS-2020) (PGEGO-2021)
(MPTO-2022) (PGEAM-2022)
VIII - DISPOR sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de
crédito EXTERNO e INTERNO; (TRF5-2011) (MPAL-2012) (MPMG-2013) (PGM-São Paulo/SP-2014)
(DPEPE-2015) (TRT21-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPERS-2018)
(DPEMG-2019) (PGEGO-2010/2021) (PGM-Teresina/PI-2022)
(TJSP-2017-VUNESP): Sobre a impenhorabilidade dos bens públicos, pode-se afirmar que admite
exceção para a hipótese de sequestro de bens, nos termos do artigo 100, parágrafo 6°, da CF/88, e para a
concessão de garantia, em condições especialíssimas, em operações de crédito externo, cabendo ao
Senado Federal dispor sobre limite e concessões, nos termos do art. 52, VIII, da CF/88. BL: art. 52, VIII
c/c art. 100, §6º, CF.
##Atenção: Exceções:
A autorização do sequestro da quantia em caso de preterimento do direito de precedência ou de
não alocação orçamentária, prevista no § 6º do art. 100, é sanção excepcional, que confirma a regra.
Em ação para fornecimento de medicamentos, o juiz pode determinar o bloqueio e sequestro de
verbas públicas em caso de descumprimento da decisão. Tratando-se de fornecimento de
medicamentos, cabe ao Juiz adotar medidas eficazes à efetivação de suas decisões, podendo, se
necessário, determinar, até mesmo, o sequestro de valores do devedor (bloqueio), segundo o seu
prudente arbítrio, e sempre com adequada fundamentação. STJ. 1ª Seção. REsp 1.069.810-RS, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 23/10/2013 (recurso repetitivo). 52
Vale ressaltar que o Poder Judiciário não deve compactuar com a desídia do Estado, que condenado pela
urgência da situação a entregar medicamentos imprescindíveis à proteção da saúde e da vida de cidadão
necessitado, revela-se indiferente à tutela judicial deferida e aos valores fundamentais da vida e da
saúde. Nesse sentido: AgRg no REsp 1002335/RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 22.09.2008.
Mas os bens públicos não são impenhoráveis? Isso não seria uma forma de penhora de bens públicos?
Ademais, não haveria uma quebra na regra dos precatórios? Sim. No entanto, entendeu-se que o direito
à saúde, garantido constitucionalmente (arts. 6º e 196), deveria prevalecer sobre princípios de Direito
Financeiro ou Administrativo.
IX - ESTABELECER limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios; (TRF2-2011) (PGERS-2011) (TRF2-2013) (TRF5-2013) (PGDF-2013)
(PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017) (PCMA-2018) (TJMS-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)
(PGM-Teresina/PI-2022)
52
(DPEMG-2019): Quanto ao tema saúde, é correto afirmar: É possível ao julgador determinar o bloqueio de
verba pública para garantir o cumprimento da obrigação do Poder Público de fornecer medicamento para
portadores de doença grave, desde que comprovada a desídia do ente público e o risco à vida do paciente,
podendo, ainda, haver cumulação referente a aplicação de astreintes.
(DPERS-2018-FCC): Em relação aos bens públicos, é correto afirmar: É possível haver sequestro de valores nas
contas de ente público, por meio de comando judicial, quando a pretensão visa a assegurar direitos fundamentais,
como educação e saúde.
(DPEPE-2015-CESPE): Em relação à efetivação dos direitos sociais, julgue o item a seguir: Conforme
jurisprudência do STJ, o juiz pode determinar o bloqueio de verbas públicas para garantir o fornecimento de
medicamentos.
239
X - SUSPENDER a execução, no todo ou em parte, de LEI DECLARADA INCONSTITUCIONAL
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; (DPEMA-2009) (TJRS-2012) (TJPA-2012) (PFN-2012)
(AGU-2013) (MPT-2013) (TRF4-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPDFT-2015) (TRF5-
2015) (MPT-2015) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (PCGO-2017) (DPERS-2018) (MPPI-2019) (MPSC-2019) (PGM-
Teresina/PI-2022)
##Atenção: ##TJPA-2012: ##CESPE: As resoluções da Câmara dos Deputados e do Senado Federal têm
aptidão para produzir efeitos externos, a exemplo daquela emitida por força do art. 52, X da CF/88, em
que o Senado Federal suspende a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por
decisão definitiva do STF.
(MPPA-2014-FCC): A Constituição da República prevê que se dê por votação secreta a aprovação, pelo
Senado Federal, da exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu
mandato. BL: art. 52, XI, CF.
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias ; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (MPAL-2012) (PGESE-2017)
XIV - ELEGER membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. (MPAL-2012)
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, FUNCIONARÁ como PRESIDENTE o do
Supremo Tribunal Federal, LIMITANDO-SE a condenação, que SOMENTE SERÁ PROFERIDA por dois
terços dos votos do Senado Federal, à PERDA DO CARGO, com inabilitação, por oito anos, para o
exercício de função pública, SEM PREJUÍZO das demais sanções judiciais cabíveis. (TJRS-2012) (TJPA-
2012) (MPSC-2013) (TJDFT-2014) (DPECE-2014) (TRF3-2016)
Seção V
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES
Art. 53. Os Deputados e Senadores SÃO INVIOLÁVEIS, CIVIL e PENALMENTE, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos. [obs.: imunidade material - inviolabilidade] (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 35, de 2001) (TJMG-2008) (MPRO-2008) (PGECE-2008) (PGEPI-2008) (PGEPE-2009) (PCDF-
2009) (PGEAM-2010) (PCAP-2010) (TJPE-2011) (MPDFT-2011) (PGERS-2011) (TJAC-2012) (TJMS-2012) (MPRS-
2012) (MPSP-2012) (DPERO-2012) (PCMA-2012) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCBA-2013) (TJAP-
240
2014) (TJCE-2014) (MPGO-2014) (MPMG-2014) (MPMT-2014) (DPECE-2014) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (PCPI-2014) (PCRO-2014)
(PCSP-2014) (TJDFT-2015) (DPERN-2015) (TRF3-2011/2016) (MPPR-2016) (TRF4-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-
2016) (TJSC-2017) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017) (MPBA-2018) (MPPB-2018) (TRF2-2018) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (MPT-2020) (TJPR-2014/2021) (DPERS-2014/2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: A imunidade parlamentar é uma proteção adicional
ao direito fundamental de todas as pessoas à liberdade de expressão, previsto no art. 5º, IV e IX, da
CF/88. Assim, mesmo quando desbordem e se enquadrem em tipos penais, as palavras dos
congressistas, desde que guardem alguma pertinência com suas funções parlamentares, estarão
cobertas pela imunidade material do art. 53, “caput”, da CF/88. STF. 1ª T. Inq 4088/DF e Inq 4097/DF,
Rel. Min. Edson Fachin, j. 1º/12/15 (Info 810).
##Atenção: ##STF: ##MPT-2020: Ao dar nova redação ao art. 53, caput, da Constituição Federal, a EC
nº 35/01 apenas explicitou entendimento do STF, que já reconhecia, em favor do membro do Poder
Legislativo, a exclusão de sua responsabilidade civil, “como decorrência da garantia fundada na
imunidade parlamentar material, desde que satisfeitos determinados pressupostos legitimadores da
incidência dessa excepcional prerrogativa jurídica”. STF. 2ª T., AI 401600 AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
j. 01/02/11.
241
pertinência com o exercício da função. BL: art. 53, caput, CF.
242
cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. Na mesma ocasião, fixou
a tese de que ao final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para
apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada
em razão de o agente público vir a ocupar cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.
BL: Info 900, STF.
(TJRS-2018-VUNESP): No ano de 2017, o Min. Rel. Luís Roberto Barroso suscitou, no âmbito do STF, uma
questão de ordem na Ação Penal (AP) 937, defendendo a tese de que o foro de prerrogativa de função deve
ser aplicado somente aos delitos cometidos por um deputado federal no exercício do cargo público ou em
razão dele. O julgamento se encontra suspenso por um pedido de vistas, mas, se prevalecer o entendimento
do Ministro Relator, haverá uma mudança de posicionamento do STF em relação ao instituto do foro de
prerrogativa de função, que ocorrerá independentemente da edição de uma Emenda Constitucional. A
hermenêutica constitucional denomina esse fenômeno de mutação informal da Constituição. BL: Info 900,
STF.
(PCGO-2018-UEG): O foro por prerrogativa de função, segundo o STF, por mutação constitucional, passou
a aplicar-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e diretamente relacionados às suas
funções, de modo que o crime cometido por parlamentar após a diplomação, mas sem relação direta com o
cargo, será processado e julgado em primeiro grau. BL: Info 900, STF.
243
(TJAP-2014-FCC): Féres, Deputado Federal, foi preso em flagrante pela prática de ato que configura
crime de racismo. Considerando a disciplina das imunidades parlamentares na Constituição da
República, Féres poderia ter sido preso, uma vez que racismo constituiu crime inafiançável, devendo os
autos, nesse caso, ser remetidos dentro de 24 horas à Câmara dos Deputados para que, pelo voto da
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. BL: art. 5º, XLII c/c art. 53, §2º, CF.
##Atenção: A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei, nos moldes do art. 5º, XLII, da CF/88.
(TJMG-2007): A imunidade formal é garantia legislativa que impede a prisão de congressista, desde a
expedição do diploma, salvo em flagrante de crime inafiançável. BL: art. 53, §2º, CF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional resolução da Assembleia Legislativa que, com base na
imunidade parlamentar formal (art. 53, § 2º c/c art. 27, § 1º da CF/88), revoga a prisão preventiva e as
medidas cautelares penais que haviam sido impostas pelo Poder Judiciário contra Deputado Estadual,
determinando o pleno retorno do parlamentar ao seu mandato. O Poder Legislativo estadual tem a
prerrogativa de sustar decisões judiciais de natureza criminal, precárias e efêmeras, cujo teor resulte
em afastamento ou limitação da função parlamentar. STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824
MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ ac. Min. Marco Aurélio, j. 8/5/19 (Info
939).
##Atenção: ##STF: ##DOD: Judiciário pode impor aos parlamentares as medidas cautelares do art. 319
do CPP, no entanto, a respectiva Casa legislativa pode rejeitá-las (caso Aécio Neves): O Poder
Judiciário possui competência para impor aos parlamentares, por autoridade própria, as medidas
cautelares previstas no art. 319 do CPP, seja em substituição de prisão em flagrante delito por crime
inafiançável, por constituírem medidas individuais e específicas menos gravosas; seja
autonomamente, em circunstâncias de excepcional gravidade. Obs: no caso de Deputados Federais e
Senadores, a competência para impor tais medidas cautelares é do STF (art. 102, I, “b”, da CF).
Importante, contudo, fazer uma ressalva: se a medida cautelar imposta pelo STF impossibilitar, direta
ou indiretamente, que o Deputado Federal ou Senador exerça o seu mandato, então, neste caso, o STF
deverá encaminhar a sua decisão, no prazo de 24 horas, à Câmara dos Deputados ou ao Senado
Federal para que a respectiva Casa delibere se a medida cautelar imposta pela Corte deverá ou não ser
mantida. Assim, o STF pode impor a Deputado Federal ou Senador qualquer das medidas cautelares
previstas no art. 319 do CPP. No entanto, se a medida imposta impedir, direta ou indiretamente, que
esse Deputado ou Senador exerça seu mandato, então, neste caso, a Câmara ou o Senado poderá
rejeitar (“derrubar”) a medida cautelar que havia sido determinada pelo Judiciário. Aplica-se, por
analogia, a regra do §2º do art. 53 da CF/88 também para as medidas cautelares diversas da prisão. STF.
Plenário. ADI 5526/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 11/10/17
(Info 881).
244
(PGEMA-2016) (TJSC-2017) (DPEPR-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPPB-2011/2018) (MPBA-2018)
(DPEMA-2018) (DPERS-2022)
##Atenção: Os deputados federais e estaduais poderão ser processados penalmente por crime cometido
antes da diplomação. Destaca-se que, nesse caso, não é cabível a sustação do andamento do processo pela
respectiva casa legislativa. A sustação do processo só pode ocorrer por crime ocorrido após a
diplomação. Portanto, a imunidade processual parlamentar somente é prerrogativa para aqueles que
cometem o crime após a diplomação, enquanto ocupantes do cargo eletivo.
(MPSP-2005): Sobre o Poder Legislativo: Além das causas suspensivas da prescrição penal previstas no
art. 116 do Código Penal, a Constituição Federal prevê uma outra causa especial de suspensão referente à
sustação do processo penal perante o STF, no qual seja réu senador ou deputado federal. BL: art. 53, §§3º
e 5º, CF.
##Atenção: Imunidade probatória: O parlamentar também conta com certa imunidade probatória, isto é,
não é obrigado a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do
mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações (CF, art. 53, § 6.º).
Tal regra tem o propósito de preservar sua liberdade de atuação assim como a independência do
Parlamento.
(MPMS-2018): Quanto às comissões parlamentares de inquérito (CPIs), é correto afirmar que Deputados
e Senadores não são obrigados a testemunhar em CPI sobre informações recebidas ou prestadas, em
245
razão do exercício do mandato. BL: art. 53, §6º, CF.
##Atenção: Em regra, os parlamentares também são obrigados a depor, tal como ocorre com o cidadão
comum. Todavia, para preservar sua liberdade de atuação, assim como a independência do Parlamento,
acham-se desobrigados desse dever em relação a informações recebidas ou prestadas em razão do
exercício do mandato.
a) FIRMAR ou MANTER contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, SALVO quando o
contrato OBEDECER a CLÁUSULAS UNIFORMES; (PCSC-2008) (MPPB-2010) (TJRO-2011) (MPTO-2012)
(DPESC-2012) (PFN-2012) (MPES-2013) (PCES-2013) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGESC-2018)
(MPSP-2022) (TJMMG-2022)
(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: Os Deputados e Senadores não poderão, desde a posse, ser
proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada. BL: art. 54, II, “a”, CF.
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso
I, "a"; (PCSC-2008)
246
c) PATROCINAR causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I,
"a"; (PCSC-2008) (DPESC-2012) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014)
III - que DEIXAR DE COMPARECER, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias da Casa a que pertencer, SALVO licença ou missão por esta autorizada; (MPSP-2005) (PGEPB-
2008) (TRF3-2011) (TJPE-2013) (PCPR-2013) (PCPI-2014) (PCPA-2016) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (PCSP-2018)
§ 1º. É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o
abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens
indevidas. (TJMA-2013) (TRT1-2015)
§ 2º. Nos casos dos incisos I, II e VI, a PERDA DO MANDATO SERÁ DECIDIDA pela Câmara
dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa
ou de partido político representado no Congresso Nacional, ASSEGURADA ampla defesa. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013) (DPERR-2013) (PCPR-2013) (MPPA-2014) (DPECE-2014)
(DPEMG-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGERS-2015) (PCDF-2015) (TJRJ-2016) (PCPA-2016) (DPEPR-
2014/2017) (MPSP-2015/2017) (PCMT-2017) (MPMS-2018) (DPERS-2018) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (PCRS-
2018) (PCSP-2018) (MPGO-2019) (MPMT-2019)
53
Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=292098
247
(MPSP-2017): É consequência automática da condenação criminal transitada em julgado: a perda do
mandato eletivo do Vereador. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: A regra constitucional insculpida no art. 15, III, determina que “a cassação de direitos políticos,
cuja perda ou suspensão só se dará, dentre outras possibilidades, pela condenação criminal transitada em julgado,
enquanto durarem seus efeitos”. A exceção a esta regra, todavia, é encontrada no art. 55, VI, §2º da CF. Assim,
somente é excepcionada a regra de perda automática quanto aos deputados ou senadores, não estando
abrangidos os vereadores na exceção ora mencionada.
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a PERDA SERÁ DECLARADA pela Mesa da Casa
respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, ASSEGURADA ampla defesa. (PGESP-2009) (TRF3-2011) (TJPE-
2013) (DPERR-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (PCPA-2016) (MPSP-2017) (DPEPR-2017) (PCMT-2017)
(MPMS-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (PCMG-2018) (PCRS-2018) (PCSP-2018) (Anal. Judic./STJ-2018)
(MPGO-2019) (MPMT-2019)
##Atenção: ##Dica:
RESUMO: “PERDA DO MANDATO”
Decidida X Declarada
Decidida pela respectiva Casa Legislativa: por maioria absoluta, mediante provocação de partido ou
do congresso:
- Infringir as proibições do art. 54 da CF;
- Falta de decoro parlamentar: ¹Abuso de prerrogativas, ²vantagens indevidas, ³casos do RI;
- Condenação Criminal Transitada em Julgado.
Declarada pela Mesa da respectiva Casa: de ofício, provocação de qualquer membro ou de partido.
- Deixar de comparecer a 1/3 das sessões legislativas ordinárias, salvo licença ou missão autorizada;
- Perder ou ter suspensos os direitos políticos;
248
- Quando decretar a justiça eleitoral.
OBS: A renúncia após instauração do processo de perda do mandato, terá seus efeitos suspensos até
o fim das deliberações.
(TJPE-2013-FCC): Perderá o mandato o Deputado ou Senador, perda essa que será declarada pela Mesa
da Casa respectiva, assegurada ampla defesa, que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à
terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada.
BL: art. 55, III, c/ art. 56, incisos I e II, CF.
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato,
nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º.
(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 6, de 1994) (PGESP-2009) (PGEPA-2012) (DPECE-2014)
(PGM-Recife/PE-2014) (PCPA-2016)
##Atenção: A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do
mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais (art. 55, §4º, CF).
Se o parlamentar renunciar ao mandato ANTES do início do processo, a renúncia será plenamente
VÁLIDA, hipótese em que o referido processo sequer será iniciado. Se DEPOIS de iniciado o processo, a
renúncia do parlamentar ficará com os efeitos suspensos, ATÉ AS DELIBERAÇÕES FINAIS DA CASA, a
respeito da perda, ou não, do mandato. Ao final das deliberações, se a Casa Legislativa decidir pela
perda do mandato, a renúncia do parlamentar não produzirá nenhum efeito, hipótese em que será
arquivada. Ao contrário, se a Casa Legislativa decidir pela manutenção do mandato, a renúncia
produzirá os seus efeitos e o parlamentar perderá o mandato em virtude de SUA PRÓPRIA
MANIFESTAÇÃO DE VONTADE, isto é, pela declaração de renúncia. Em resumo, caso determinado
deputado federal, acusado de corrupção, renuncie ao seu mandato no transcurso de procedimento de
cassação, a renúncia só produzirá efeitos após decisão final decorrente do referido procedimento. Como
o processo já foi iniciado, a renúncia não produzirá efeitos, eles ficarão SUSPENSOS até que a decisão
final seja proferida.
##Atenção: ##STF: ##DPERN-2015: ##CESPE: (...) embora licenciado para o desempenho de cargo de
secretário de Estado, nos termos autorizados pelo art. 56, I, da Constituição da República, o membro do
Congresso Nacional não perde o mandato de que é titular e mantém, em consequência, nos crimes
comuns, a prerrogativa de foro, ratione muneris, perante o STF. [Inq 3.357, rel. min. Celso de Mello,
dec. monocrática, j. 25-3-2014, DJE de 22-4-2014.]
(DPERS-2022-CESPE): Antônio foi eleito Senador da República para exercer o mandato durante o
período de 2019 a 2026. Partindo dessa premissa, julgue o item que se segue: Caso Antônio assuma o
cargo de Secretário de Saúde do município de Chuí – RS, pode vir a perder o mandato, uma vez que não
existe permissão constitucional para compatibilizar tais atividades. BL: art. 56, I, CF.
249
##Atenção: Para responder à questão, é necessário que o candidato fique atento à literalidade do art. 56,
I, CF/88. Desta forma, é possível perceber que, no âmbito municipal, apenas não perderá o mandato de
Senador caso ocupe o cargo de Secretário de Prefeitura da Capital. Como a questão menciona o
Município de Chuí/RS, o Senador em questão poderá perder o mandato, por não se enquadrar nas
exceções previstas no art. 56 da CF/88.
II - LICENCIADO pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, SEM
REMUNERAÇÃO, de interesse particular, DESDE QUE, neste caso, o AFASTAMENTO NÃO
ULTRAPASSE cento e vinte dias por sessão legislativa. (MPSP-2005) (TJAP-2009) (PCBA-2013) (MPGO-
2014) (DPECE-2014) (PCPI-2014)
Seção VI
DAS REUNIÕES
(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: A legislatura do Congresso Nacional tem duração de quatro
anos coincidentes com o mandato dos Deputados Federais, período em que vigoram as composições das
comissões permanentes e findo o qual extinguem-se as comissões temporárias; a sessão legislativa tem
duração de um ano, divide-se em dois períodos legislativos e suspende-se durante o recesso
parlamentar. BL: art. 57, CF.
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente,
quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
250
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
REUNIR-SE-ÃO EM SESSÃO CONJUNTA para: (MPSP-2005) (DPEMS-2008) (MPRO-2010) (PGEPA-
2012) (PCRJ-2012)
(MPSP-2005): Sobre o Poder Legislativo: Haverá reunião conjunta das duas Casas do Congresso
Nacional para deliberar sobre o veto. BL: art. 57, §3º, III, CF.
##Atenção: Dessa forma, a sequência será a seguinte: i) Presidente do Congresso Nacional: Presidente
do Senado Federal; ii) 1º Vice-Presidente do Congresso Nacional: 1º Vice-Presidente da Câmara dos
Deputados; iii) 2º Vice-Presidente do Congresso Nacional: 2º Vice-Presidente do Senado. E assim
sucessivamente. Assim, da interpretação conjunta do art. 57, § 5º da CF, do art. 46, caput do RISF e do art.
14, §1º do RICD, temos que: em seguida ao falecimento do Presidente do Senado Federal, assume as
funções de Presidente do Congresso Nacional: o primeiro Vice-Presidente da Câmara dos Deputados.
54
Art. 46. A Mesa se compõe de Presidente, dois Vice-Presidentes e quatro Secretários.
55
Art. 14. À Mesa, na qualidade de Comissão Diretora, incumbe a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços
administrativos da Câmara. § 1º A Mesa compõe-se de Presidência e de Secretaria, constituindo-se, a primeira, do
Presidente e de dois Vice-Presidentes e, a segunda, de quatro Secretários..
251
1 vice 1 Vice-presidente da Câmara dos Deputados;
2 vice 2 Vice-presidente do Senado Federal
- 4 SECRETÁRIOS:
1 Secretário 1 Secretário da Câmara de Deputados;
2 Secretário 2 Secretário do Senado Federal;
3 Secretário 3 Secretário da Câmara de Deputados;
4 Secretário 4 Secretario do Senado Federal.
(MPSP-2005): De acordo com a organização dos poderes, pode-se dizer que as reuniões do Congresso
Nacional serão presididas pelo Presidente do Senado Federal. BL: art. 57, §5º, CF.
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de URGÊNCIA ou INTERESSE
PÚBLICO RELEVANTE, em todas as hipóteses deste inciso COM A APROVAÇÃO da maioria absoluta
de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)
(TRF4-2009) (AGU-2009) (TRF2-2011) (TJCE-2012) (PCGO-2013) (MPSC-2014) (TRT6-2015) (TJDFT-2016)
Seção VII
DAS COMISSÕES
252
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas TERÃO COMISSÕES PERMANENTES e
TEMPORÁRIAS, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato
de que resultar sua criação. (MPTO-2012) (AGU-2012) (DPEDF-2013) (PCGO-2013) (TRT6-2015) (TRF2-
2018) (MPGO-2019)
(MPSC-2019): O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, cabendo
a tais comissões, em razão da matéria de sua competência, discutir e votar projeto de lei que dispensar,
na forma do regimento, a competência do plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros
da Casa. BL: art. 58, §2º, I, CF.
##Atenção: ##AGU-2012: ##CESPE: Marcelo Novelino explica: “A votação ocorre, em regra, no plenário de
ambas as Casas. Quando o regimento interno dispensa tal competência, a votação pode ser feita nas comissões,
salvo recurso de um décimo dos membros da Casa {CF, art. 58, § 2º, I) .” (Fonte: Manual de Direito
Constitucional, 14ª Ed. 2019, p. 695).
##Atenção: ##TRF2-2018: Perceba que nem todos os projetos de lei chegam a ser levados a Plenário. As
comissões possuem o chamado poder de apreciação conclusiva (art. 58, § 2º, I, CF), que permite que elas
mesmas concluam o destino das proposições (se elas devem ser aprovadas integralmente, aprovadas
parcialmente, rejeitadas ou emendadas). Se as próprias comissões chegarem a uma conclusão comum
sobre uma proposição, ou seja, se houver consenso de que a matéria deve ser aprovada, rejeitada, ou
alterada, ela nem precisa ir para o Plenário. A delegação interna corporis é constitucional.
253
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; (PGEPB-2008)
III - CONVOCAR Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas
atribuições; (MPCE-2009) (TJPR-2014) (PGEPR-2015)
##Atenção: ##DOD: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021: ##CESPE: Criação de uma CPI: Exige unicamente
o preenchimento de três requisitos taxativos:
1) requerimento subscrito (assinado) por, no mínimo, 1/3 dos membros daquela Casa Legislativa.
Ex: com o requerimento de 1/3 dos Deputados Federais, pode ser instituída uma CPI na Câmara
dos Deputados. (PGERS-2010) (PCMA-2012) (PGEPR-2015) (PCCE-2015) (PFN-2015) (PCPE-2016)
(DPEMA-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)
254
2) indicação de fato determinado que será objeto de apuração; (PCRO-2009) (MPTO-2012) (PCMA-
2012) (PCPA-2013) (PCCE-2015) (PCPE-2016) (DPEMA-2018) (Cartórios/TJMG-2019)
3) temporariedade da comissão parlamentar de inquérito (por prazo certo). (PCRO-2009) (PCCE-
2015) (PCPE-2016) (DPEMA-2018)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021-CESPE): A respeito de comissões parlamentares de inquérito (CPI), julgue o
item a seguir: Em termos quantitativos, para a instauração de comissão parlamentar de inquérito mista, são
necessárias as assinaturas de, no mínimo, 27 senadores e 171 deputados federais. BL: art. 58, §3º, CF.
##Atenção: ##Dica1: O quórum é o seguinte: i) 1/3 de 81 senadores = 27; ii) 1/3 de 513 deputados = 171.
##Atenção: ##Dica2:
- 171- (só lembrar de estelionato).
- 27 - (só desmembrar o 171) = 1+1+7=27.
##Atenção: ##DOD: Preenchidos esses três requisitos, a CPI deve ser instalada, não podendo o
Presidente do Poder Legislativo ou a Mesa Diretora criar empecilhos:
Preenchidos os requisitos constitucionais (CF, art. 58, § 3º), impõe-se a criação da CPI, que não
depende, por isso mesmo, da vontade aquiescente da maioria legislativa. Atendidas tais exigências
(CF, art. 58, § 3º), cumpre, ao Presidente da Casa legislativa, adotar os procedimentos subsequentes
e necessários à efetiva instalação da CPI, não se revestindo de legitimação constitucional o ato que
busca submeter, ao Plenário da Casa legislativa, quer por intermédio de formulação de Questão de
Ordem, quer mediante interposição de recurso ou utilização de qualquer outro meio regimental, a
criação de qualquer comissão parlamentar de inquérito. STF. Plenário. MS 26441, Rel. Min. Celso de
Mello, j. 25/4/07.
255
de senadores que é necessário para se firmar uma comissão parlamentar de inquérito é igual a 27. Já que
houve a presença de 28 senadores na criação dessa comissão parlamentar de inquérito, então esta atingiu o
quórum mínimo exigido.
(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): Com base no disposto na CF, assinale opção correta: Ofenderá a CF a decisão
do plenário da Câmara dos Deputados que, com base no princípio majoritário, rejeitar a criação de comissão
parlamentar de inquérito para apurar fato certo e determinado, objeto de requerimento de um terço dos
membros da referida casa legislativa. BL: art. 58, §3º, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: ##TJMS-2020: ##FCC: Toda CPI feita pelo Congresso Nacional tem
que terminar dentro da sessão legislativa, se não acabar, poderá ser prorrogada, desde que não
ultrapasse a legislatura. O STF, julgando o HC nº 71.193-SP, decidiu que a locução "prazo certo",
inscrita no § 3º do art. 58 da CF/88, não impede prorrogações sucessivas dentro da legislatura, nos
termos da Lei 1.579/52 (art. 5º, §2º). (STF. Plenário. HC 71231, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 05/05/94).
##Atenção: ##STF: ##MPGO-2013: A CPI poderá estender o âmbito de sua apuração a fatos ilícitos ou
irregulares que, no curso do procedimento investigatório, se revelarem conexos à causa determinante
da criação da comissão. STF. Plenário. HC 100341/AM , Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 04/11/10.
56
(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta, segundo a jurisprudência do STF: Os sigilos bancário e fiscal
podem ser afastados por decisão de comissão parlamentar de inquérito de assembleia legislativa estadual.
##Atenção: ##STF: ##PGEES-2008: ##TJCE-2012: ##MPAC-2014: ##PGEPI-2014: ##PGM-Salvador/BA-2015:
##TJAM-2016: ##TRF3-2018: ##PGEAP-2018: ##TJAC-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: Para o STF,
“Poderes de CPI estadual: ainda que seja omissa a LC 105/01, podem essas comissões estaduais requerer
quebra de sigilo de dados bancários, com base no art. 58, § 3º, CF”. (STF. ACO 730, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j.
22-9-04).
57
##Atenção: Tema cobrado nas provas: i) MPAC-2014 (CESPE); ii) TJAM-2016 (CESPE); iii) TJAC-2019
(VUNESP).
58
##Atenção: Tema cobrado nas provas: i) MPGO-2013; ii) MPAC-2014 (CESPE); iii) MPSP-2019; iv) TJMS-2020
(FCC).
257
Federação, sustentamos que as Câmaras Legislativas de Municípios, apesar de poderem instaurar
CPIs, não poderão, por ato próprio, determinar a quebra de sigilo bancário.” Marcelo Novelino
explica: “Os poderes investigatórios das comissões municipais não são tão amplos quantos os
conferidos às instauradas no âmbito federal ou estadual. Por não haver Poder Judiciário no
Município, não lhe são atribuídos poderes de investigação próprios de autoridade judicial.” (Fonte:
Curso de Direito Constitucional. Marcelo Novelino. 2019. p. 675.). Esse é o entendimento do STF:
“Com relação à CPI municipal, já antecipei as razões pelas quais considero que os poderes
instrutórios judiciais não lhe são extensíveis. É porque se trata, no modelo de separação de poderes
da Constituição Federal, de uma excepcional derrogação deste poder para dar a uma casa legislativa
poderes jurisdicionais, posto que instrutórios. Essa transferência de poderes jurisdicionais não se
pode dar no âmbito do município, exatamente porque o município não dispõe de jurisdição nem de
poder jurisdicional, a transferir, na área da CPI, do Judiciário ao Legislativo” (Voto do Min.
Joaquim Barbosa, ACO 730, Rel. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, j. 22/09/04.
(MPSP-2019): A quebra do sigilo fiscal e bancário de qualquer pessoa sujeita a investigação legislativa pode
ser legitimamente decretada pela CPI, desde que mediante deliberação adequadamente fundamentada e na
qual indique a necessidade objetiva da adoção dessa medida extraordinária.
(DPEPE-2018-CESPE): No âmbito do Poder Legislativo Federal, as comissões parlamentares de inquérito
têm poderes para quebrar sigilo de dados telefônicos.
(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): À luz do entendimento do STF e da doutrina sobre as CPI, julgue o item
subsequente: A quebra de sigilo bancário e fiscal são medidas compreendidas na esfera de competência das
CPI instauradas pelo Congresso Nacional.
(TRF3-2018): A par das funções representativa e legislativa, o Congresso Nacional recebeu do Constituinte
atribuições investigativas. Estas manifestam-se na esfera político-administrativa por meio de Comissões
Parlamentares de Inquérito. A respeito desses órgãos é correto dizer: As CPIs podem, sem a necessidade de
intervenção judicial, por decisão fundamentada, determinar quebra de sigilo fiscal, bancário e de dados.
##Atenção: ##STF: ##DPERS-2018: ##FCC: A quebra de sigilo, por ato de CPI, deve ser
necessariamente fundamentada, sob pena de invalidade. STF. Plenário. MS 23.868, Rel. Min. Celso de
Mello, j. 30/08/01.
##Atenção: ##STF: ##TRF2-2014: As razões expendidas a título de causas de pedir surgem com
relevância maior. Valores precisam ser conciliados, preservando-se princípios caros à República
Federativa do Brasil. Em um primeiro exame, a interpretação sistemática do Texto Maior conduz a
afastar-se a possibilidade de comissão parlamentar de inquérito, atuando com os poderes inerentes
aos órgãos do Judiciário, vir a convocar, quer como testemunha, quer como investigado, Governador.
Os estados, formando a união indissolúvel referida no art. 1º da CF/1988, gozam de autonomia e esta
apenas é flexibilizada mediante preceito da própria CF/88. STF. MS 31689 MC, Rel. Marco Aurélio,
decisão publicada em 22/11/2012.
(TRF2-2014): Comissão parlamentar de inquérito é instaurada no Congresso Nacional para investigar o
aumento do valor dos imóveis e do preço dos hotéis no Rio de Janeiro nos últimos 5 anos, em decorrência
da realização da Copa e das Olimpíadas. Em sua primeira reunião, ela decide convocar o Prefeito do
Município do Rio de Janeiro. Considere a seguinte proposição: A comissão parlamentar de inquérito não
pode convocar o Chefe do Poder Executivo, em especial o de outra unidade da federação, pois se trataria de
violação da separação de poderes e da autonomia federativa. BL: Entend. Jurisprud.
258
importância atual de uma CPI. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 5, n. 45, 1 set. 2000.
Disponível em: . Acesso em: 5 fev. 2018.).
(TRF2-2014): Comissão parlamentar de inquérito é instaurada no Congresso Nacional para investigar o
aumento do valor dos imóveis e do preço dos hotéis no Rio de Janeiro nos últimos 5 anos, em decorrência
da realização da Copa e das Olimpíadas. Em sua primeira reunião, ela decide convocar o Prefeito do
Município do Rio de Janeiro. Considere a seguinte proposição: Uma comissão parlamentar de inquérito não
pode ser instaurada pelo Congresso Nacional para investigar assunto de interesse local. BL: Entend. Dout. e
Jurisprud.
##Atenção: ##DOD: Relatório: O art. 6º da Lei 1.579/52 prevê o seguinte: “Art. 6º-A. A Comissão
Parlamentar de Inquérito encaminhará relatório circunstanciado, com suas conclusões, para as devidas
providências, entre outros órgãos, ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, com cópia da
documentação, para que promovam a responsabilidade civil ou criminal por infrações apuradas e adotem outras
medidas decorrentes de suas funções institucionais. (Incluído pela Lei nº 13.367/2016)” Vale ressaltar, no
59
##Atenção: ##STF: ##MPTO-2012: ##PCRJ-2012: ##MPPE-2014: ##MPF-2015: ##PGEPR-2015: ##MPPR-
2016: ##PCPE-2016: ##PCMS-2017: ##TRF3-2016/2018: ##TJMT-2018: ##DPEPE-2018: ##PGEAP-2018:
##PGM-Manaus/AM-2018: ##TJAC-2019: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC: ##PUCPR: ##VUNESP:
Incompetência da CPI para expedir decreto de indisponibilidade de bens de particular, que não é medida de
instrução - a cujo âmbito se restringem os poderes de autoridade judicial a elas conferidos no art. 58, § 3º - mas
de provimento cautelar de eventual sentença futura, que só pode caber ao Juiz competente para proferi-la. STF.
Plenário. MS 23480, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 04/05/00.
259
entanto, que o STF possui um entendimento mais amplo e afirma que: “As CPI’s possuem permissão
legal para encaminhar relatório circunstanciado não só ao Ministério Público e à Advocacia-Geral da
União, mas, também, a outros órgãos públicos, podendo veicular, inclusive, documentação que
possibilite a instauração de inquérito policial em face de pessoas envolvidas nos fatos apurados (art. 58,
§ 3º, CF/88, c/c art. 6º-A da Lei 1.579/52, incluído pela Lei 13.367/16).” STF. Plenário. MS 35216 AgR, Rel.
Min. Luiz Fux, j. 17/11/2017.
(TJMS-2020-FCC): A Câmara Municipal de uma Capital estadual pretende instalar Comissão Parlamentar
de Inquérito para investigar possível ilicitude na conduta de empresas que, embora prestem serviço na
Capital, recolhem o Imposto sobre Serviços em Município vizinho, onde tais empresas têm filiais, e no qual
a alíquota incidente sobre a base de cálculo do imposto é menor, prática que, entendem os Vereadores, tem
redundado em sonegação fiscal vultosa, causadora de prejuízos à Prefeitura da Capital. Nesse caso,
considerada a disciplina da matéria na CF/1988 e a jurisprudência pertinente do STF, para seu
funcionamento, a CPI estará sujeita ao prazo determinado em seu ato de instalação, admitidas prorrogações,
igualmente determinadas e devidamente justificadas, dentro da legislatura respectiva, cabendo-lhe, se for o
caso, o encaminhamento de suas conclusões ao Ministério Público, para promoção da responsabilidade civil
ou criminal dos infratores. BL: art. 58, §3º da CF c/c arts. 1º 60 c/c art. 5º, §2º61c/c art. 6-A da Lei 1.579/52 e
Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: O STF, julgando o HC nº 71.193-SP, decidiu que a locução "prazo certo",
inscrita no § 3º do art. 58 da CF/88, não impede prorrogações sucessivas dentro da legislatura, nos termos
da Lei 1.579/52. (STF. Plenário. HC 71231, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 05/05/94).
(TJCE-2018-CESPE): Concluídos os trabalhos, a CPI poderá encaminhar o seu relatório circunstanciado à
autoridade policial. (Verdadeira).
##Atenção: ##STF: ##MPMS-2018: O STF já entendeu que, concluídos os trabalhos, a CPI pode encaminhar
relatório circunstanciado à autoridade policial, ao Ministério Público e à AGU, dentre outros (MS n. 35.216,
STF).
60
Art. 1o As Comissões Parlamentares de Inquérito, criadas na forma do § 3o do art. 58 da Constituição Federal,
terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com ampla ação nas pesquisas destinadas a apurar fato
determinado e por prazo certo. (Redação dada pela Lei nº 13.367, de 2016) Parágrafo único. A criação de
Comissão Parlamentar de Inquérito dependerá de requerimento de um terço da totalidade dos membros da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em conjunto ou separadamente. (Redação dada pela Lei nº 13.367,
de 2016)
61
Art. 5º. As Comissões Parlamentares de Inquérito apresentarão relatório de seus trabalhos à respectiva Câmara,
concluindo por projeto de resolução. (...) § 2º - A incumbência da Comissão Parlamentar de Inquérito termina com
a sessão legislativa em que tiver sido outorgada, salvo deliberação da respectiva Câmara, prorrogando-a dentro
da Legislatura em curso.
62
(MPGO-2019): A respeito da Comissões Parlamentares de Inquérito, assinale a alternativa correta: As
comissões não poderão praticar determinados atos de jurisdição atribuídos exclusivamente ao Poder
Judiciário, devendo sempre ser respeitado o postulado da reserva constitucional da jurisdição.
63
(PCRN-2009-CESPE): À luz do direito constitucional e da jurisprudência do STF, assinale a opção correta:
Apesar de possuir amplos poderes investigatórios, CPI não pode indiciar juízes por fatos relativos à atividade
tipicamente jurisdicional, que é absolutamente imune à investigação realizada por CPI.
260
(TJAC-2019-VUNESP): Considerando o disposto na Constituição Federal no tocante às Comissões
Parlamentares de Inquérito, à luz do direito pátrio vigente, assinale a alternativa correta: A CPI tem poderes
para determinar a busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa diligência não se
efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares. BL: MS 33.663-MC/DF, STF.
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2015: ##PGEPR-2015: ##PCPE-2016: ##TRF2-2017: ##PCMS-2017: ##TJCE-
2018: ##DPEPE-2018: ##TRF3-2018: ##PGEAP-2018: ##PCPI-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018:
##TJAC-2019: ##MPGO-2019: ##MPSP-2019: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC: ##FGV:
##PUCPR: ##VUNESP: “Impossibilidade jurídica de CPI praticar atos sobre os quais incida a cláusula
constitucional da reserva de jurisdição, como a busca e apreensão domiciliar. (...) Possibilidade, contudo,
de a CPI ordenar a busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa diligência não se
efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares, sob pena, em tal hipótese, de invalidade da
diligência e de ineficácia probatória dos elementos informativos dela resultantes. Deliberação da
CPI/Petrobras que, embora não abrangente do domicílio dos impetrantes, ressentir-se-ia da falta da
necessária fundamentação substancial. Ausência de indicação, na espécie, de causa provável e de fatos
concretos que, se presentes, autorizariam a medida excepcional da busca e apreensão, mesmo a de caráter
não domiciliar” (STF. Decisão monocrática. MS 33.663-MC/DF, rel. Min. Celso de Mello, j. 19.06.15).
##Atenção: ##STF: ##PGEAL-2009: ##PCRO-2009: ##MPPB-2010: ##PGERS-2010: ##MPDFT-2011:
##MPTO-2012: ##PCMA-2012: ##PCRJ-2012: ##MPPE-2014: ##TRF5-2015: ##PCMS-2017: ##TRF3-
2016/2018: ##TJCE-2018: ##TJSC-2019: ##MPMS-2018: ##MPGO-2019: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC:
##FGV: ##Fundatec: “CPI. Prova. Interceptação telefônica. Decisão judicial. Sigilo judicial. Segredo de
justiça. Quebra. Requisição, às operadoras, de cópias das ordens judiciais e dos mandados de interceptação.
Inadmissibilidade. Poder que não tem caráter instrutório ou de investigação. Competência exclusiva do
juízo que ordenou o sigilo. Aparência de ofensa a direito líquido e certo. Liminar concedida e referendada.
Voto vencido. Inteligência dos arts. 5º, X e LX, e 58, § 3º, da CF, art. 325 do CP, e art. 10, cc. art. 1º da Lei
federal nº 9.296/96. CPI não tem poder jurídico de, mediante requisição, a operadoras de telefonia, de
cópias de decisão nem de mandado judicial de interceptação telefônica, quebrar sigilo imposto a
processo sujeito a segredo de justiça. Este é oponível a CPI, representando expressiva limitação aos seus
poderes constitucionais.” (STF. Plenário. MS 27483 MC-REF, Rel. Cezar Peluso, j. 14/8/08).
##Atenção: ##DOD: Intimação dos indiciados e testemunhas: Eles deverão ser intimados de acordo
com as regras estabelecidas no CPP e demais leis processuais penais. O depoente poderá fazer-se
acompanhar de advogado, ainda que em reunião secreta.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: Governador não pode ser obrigado a depor em
CPI instaurada no Congresso Nacional: Em juízo de delibação, não é possível a convocação de
governadores de estados-membros da Federação por Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
instaurada pelo Senado Federal. A convocação viola o princípio da separação dos Poderes e a
autonomia federativa dos estados-membros. STF. Plenário. ADPF 848 MC-Ref/DF, Rel. Min. Rosa
Weber, j. 25/6/21 (Info 1023).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPDFT-2021: As CPI’s possuem poderes de investigação próprios das
261
autoridades judiciais, conforme previsão constitucional (art. 58, §3º, da CF). Na instrução criminal,
dentre as provas passíveis de produção está a inquirição de pessoas que, de algum modo, possam
contribuir para a elucidação dos fatos. A essas pessoas dá-se o nome de testemunhas, as quais, nos
termos do art. 206 do CPP, não podem eximir-se da obrigação de depor. Ou seja, trata-se de um múnus
público. Conforme precedentes deste STJ, bem como do STF, o direito de não comparecer para prestar
esclarecimentos relacionados a ilícitos restringe-se aos acusados, não podendo ser estendido às
testemunhas. STJ. 5ª T. AgRg no RHC 133.829/ES, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j. 09/03/21.
##Atenção: ##STJ: Vejamos o seguinte trecho do voto do Min. Rel. Ribeiro Dantas: “Cumpre reforçar que o
precedente do Supremo Tribunal Federal, que dispensou o comparecimento à Comissão Parlamentar de Inquérito,
tratou de caso diverso do presente nestes autos, pois cuidava-se de investigado, assim como no caso da interpretação
dada pela Suprema Corte ao art. 260 CPP, cuja não recepção pela Constituição de 1988 foi restrita à expressão "para
interrogatório" (STF. Plenário. ADPF 395/DF e ADPF 444/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 13 e
14/6/2018). Não se estendeu às testemunhas, tratadas no art. 218 do mesmo diploma processual.”
##Atenção: ##STF: ##TJMT-2018: ##VUNESP: (...) As CPIs, à semelhança do que ocorre com qualquer
outro órgão do Estado ou com qualquer dos demais Poderes da República, submetem-se, no exercício
de suas prerrogativas institucionais, às limitações impostas pela autoridade suprema da Constituição.
Desse modo, não se revela legítimo opor, ao advogado, restrições, que, ao impedirem, injusta e
arbitrariamente, o regular exercício de sua atividade profissional, culminem por esvaziar e nulificar a
própria razão de ser de sua intervenção perante os órgãos do Estado, inclusive perante as próprias
CPIs. STF. Plenário. MS 30.906/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 05/10/11. Portanto, além do direito de
participação do advogado no interrogatório na CPI, o mesmo poderá intervir no depoimento.
##Atenção: ##STF: ##MPMS-2018: O mandado de segurança não é meio hábil para questionar
relatório parcial de CPI, cujo trabalho, presente o § 3º do art. 58 da CF, deve ser conclusivo. STF.
1ªTurma. MS 25.991 AgR, rel. Min. Marco Aurélio, j. 25/08/15.
262
04), decisão liminar, que, proferida no MS 24.832-MC/DF, havia impedido o acesso de câmeras de
televisão e de particulares em geral a uma determinada sessão de CPI, em que tal órgão parlamentar
procederia à inquirição de certa pessoa, por entender que a liberdade de informação (que compreende
tanto a prerrogativa do cidadão de receber informação quanto o direito do profissional de imprensa de
buscar e de transmitir essa mesma informação) deveria preponderar no contexto então em exame. (MS
25.832-MC, rel. min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 14-2-06, DJ de 20-2-06).
(PGEPR-2015-PUCPR): Sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), na linha com o
entendimento do STF, é correto afirmar: Compete à CPI, e não ao Poder Judiciário, o juízo sobre a restrição à
publicidade da sessão da CPI. BL: Entend. Jurisprud.
263
imediata e suscetível de lhes acarretar constrangimento à liberdade. Naquela sessão, considerou o relator a
jurisprudência pacífica da Corte no sentido de que, nos termos do art. 58, § 3º da CF, as CPIs têm todos os
"poderes de investigação próprios das autoridades judiciais", mas apenas esses, restando elas sujeitas
aos mesmos limites constitucionais e legais, de caráter formal e substancial, oponíveis aos juízes de
qualquer grau, no desempenho de idênticas funções. (...) O relator asseverou que, sob esse ponto de vista, o
qual é o da qualidade e extensão dos poderes instrutórios das CPIs, estas se situam no mesmo plano teórico dos
juízes, sobre os quais, no exercício da jurisdição, que lhes não é compartilhada às Comissões, nesse aspecto, pela
Constituição, não têm elas poder algum, até por força do princípio da separação dos poderes, nem têm poder sobre as
decisões jurisdicionais proferidas nos processos, entre as quais relevam, para o caso, as que decretam o chamado
segredo de justiça, previsto como exceção à regra de publicidade, a contrario sensu, no art. 5º, LX, da CF.
Esclareceu, no ponto, que as CPIs carecem, ex autoritate propria, de poder jurídico para revogar, cassar,
compartilhar, ou de qualquer outro modo quebrar sigilo legal e constitucionalmente imposto a processo
judiciário, haja vista tratar-se de competência privativa do Poder Judiciário, ou seja, matéria da chamada
reserva jurisdicional, onde o Judiciário tem a primeira e a última palavra. Aduziu, ainda, ser intuitiva a razão
última de nem a Constituição nem a lei haverem conferido às CPIs, no exercício de suas funções, poder de interferir
na questão do sigilo dos processos jurisdicionais, porque se cuida de medida excepcional, tendente a resguardar a
intimidade das pessoas que lhe são submissas, enquanto garantia constitucional explícita (art. 5º, X), cuja
observância é deixada à estima exclusiva do Poder Judiciário, a qual é exercitável apenas pelos órgãos jurisdicionais
competentes para as respectivas causas - o que implica que nem outros órgãos jurisdicionais podem quebrar esse
sigilo, não o podendo, a fortiori, as CPIs. Concluiu que é essa também a razão pela qual não pode violar tal sigilo
nenhuma das pessoas que, ex vi legis, lhe tenham acesso ao objeto, assim porque intervieram nos processos, como
porque de outro modo estejam, a título de destinatários de ordem judicial, sujeitas ao mesmo dever jurídico de
reserva.” STF. Plenário. MS 27.483/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 14.08.08.
(PCMA-2012-FGV): Para apurar suposto desvio de recursos públicos na construção de uma usina nuclear,
foi instaurada Comissão Parlamentar de Inquérito pela Câmara dos Deputados. A Comissão foi instalada
após requerimento de um terço dos Deputados, com prazo certo de duração. Uma das determinações da
Comissão foi que se transladassem cópias das provas obtidas em processo judicial previamente instaurado,
que corre sob segredo de justiça. A respeito do caso sugerido, assinale a afirmativa correta: A criação da
Comissão observou os requisitos constitucionais, mas a prova não pode ser obtida, pois o segredo de justiça
não pode ser levantado por Comissão Parlamentar de Inquérito. BL: art. 58, §3º, CF e Entend. Jurisprud.
264
Deputados.64
64
Art. 35. A Câmara dos Deputados, a requerimento de um terço de seus membros, instituirá Comissão
Parlamentar de Inquérito para apuração de fato determinado e por prazo certo, a qual terá poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos em lei e neste Regimento. § 1º
Considera-se fato determinado o acontecimento de relevante interesse para a vida pública e a ordem
constitucional, legal, econômica e social do País, que estiver devidamente caracterizado no requerimento de
constituição da Comissão. (...) § 4º Não será criada Comissão Parlamentar de Inquérito enquanto estiverem
funcionando pelo menos cinco na Câmara, salvo mediante projeto de resolução com o mesmo quorum de
apresentação previsto no caput deste artigo.
265
(MPGO-2019): A respeito da Comissões Parlamentares de Inquérito, assinale a alternativa correta: Serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante
requerimento de um terço dos seus membros. BL: art. 58, §3º, CF.
(MPSC-2014): As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento
de 1/3 de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões,
se for o caso, encaminhadas ao MP, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores. BL: art. 58, §3º, CF.
Seção VIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
Subseção I
Disposição Geral
##Atenção: ##STF: ##TRF2-2017: Não há empecilho constitucional à edição de leis sem caráter geral e
abstrato, providas apenas de efeitos concretos e individualizados. Há matérias a cujo respeito a
disciplina não pode ser conferida por ato administrativo, demandando a edição de lei, ainda que em
sentido meramente formal. É o caso da concessão de pensões especiais. STF. 2ª T., RE 405386, Rel. Min.
Ellen Gracie, Rel. p/ Ac. Min. Teori Zavascki, j. 26/02/13.
(TRF2-2017): Assinale a opção correta: No sistema pátrio, não há empecilho constitucional à edição de leis
sem caráter geral e abstrato, providas apenas de efeitos concretos e individualizados. BL: Entend.
Jurisprud.
266
pelo art. 56 da Lei 9.430/1996 da isenção concedida às sociedades civis de profissão regulamentada pelo art. 6º, II,
da LC 70/1991. Legitimidade. Inexistência de relação hierárquica entre lei ordinária e lei complementar.
Questão exclusivamente constitucional, relacionada à distribuição material entre as espécies legais.
Precedentes. A LC 70/1991 é apenas formalmente complementar, mas materialmente ordinária, com relação
aos dispositivos concernentes à contribuição social por ela instituída. ADC 1, Rel. Moreira Alves, RTJ 156/721.”
(g.n.) (...) STF - RE 509.300: "O conflito entre lei complementar e lei ordinária não se resolve com base no
princípio da hierarquia, mas pela análise do campo material delimitado pela Constituição. A CF/88
reservou determinadas matérias para serem tratadas por meio de complementar, não sendo permitido que, em tais
casos, seja editada lei ordinária para regulá-las. As matérias que não forem reservadas à lei complementar poderão
ser tratadas por lei ordinária (matérias residuais). Assim, não existe relação hierárquica entre lei ordinária e lei
complementar, mas sim campos de atuação diferentes. Vale ressaltar, no entanto, que, se lei ordinária tratar sobre
matéria reservada à lei complementar, haverá inconstitucionalidade. (...)”
(MPT-2020): Concernente ao processo legislativo, é correto afirmar que, infere-se da teoria de Kelsen,
quanto ao fundamento de validade, que o fato de as leis complementares solicitarem maioria absoluta para
aprovação não lhes outorga superioridade hierárquica em relação às leis ordinárias, cujo quorum para
aprovação se limita à maioria simples ou relativa, ainda que o artigo 59 da Constituição de 1988 tenha
estabelecido que o processo legislativo brasileiro compreenda a elaboração de emendas à constituição, leis
complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções,
localizando as espécies normativas em incisos distintos, e levando a supor que estariam escalonadas de
acordo com a superioridade hierárquica. Logo, exceção feita às emendas constitucionais, todas as demais
espécies normativas estão em idêntico patamar hierárquico.
(MPGO-2019): Sobre o processo legislativo assinale a resposta correta: A lei ordinária que destoa da lei
complementar é inconstitucional por invadir âmbito normativo que lhe é alheio, e não por ferir o princípio
da hierarquia das leis, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal.
(TRF3-2016): Indique a alternativa correta: A Constituição Federal não estabelece hierarquia entre lei
complementar e lei ordinária, nem entre lei federal e lei estadual, tampouco prevê iniciativa popular para
emendar a Carta Magna.
##Atenção: Embora a lei complementar possua forma mais dificultosa para ser alterada, possui o mesmo
valor que a lei ordinária, bem como lei federal e estadual estão no mesmo patamar. Neste caso, somente a
CF/1988 é hierarquicamente superior. A Constituição, por sua vez, não admite iniciativa popular para ser
emendada, devendo ser observados os legitimados previstos no art. 60.
(DPERS-2014-FCC): Considerando a espécie normativa Lei Complementar, é correto afirmar: Não há
hierarquia entre Lei Ordinária e Lei Complementar, mas apenas âmbitos materiais de atuação distintos.
(PGEAC-2012-FMP): Sobre as leis ordinárias e as leis complementares, pode-se afirmar: Ambas têm o
mesmo patamar normativo no âmbito da hierarquia das normas no entendimento do STF.
##Atenção: ##MPT-2020: O Decreto Legislativo é uma espécie normativa primária, em regra, com
efeitos externos às Casas e que serve para veicular matérias de competência exclusiva do Congresso
Nacional. Exemplos: art. 49, I e V, CF/88. Trata-se de lei tanto em sentido formal, como material. Nesse
contexto, os decretos legislativos e as resoluções são espécies normativas primárias, com hierarquia de lei
ordinária. Não estão sujeitos à sanção ou veto do Presidente da República. Os decretos legislativos são
atos editados pelo Congresso Nacional para o tratamento de matérias de sua competência exclusiva (art.
49 da CF), dispensada a sanção presidencial. Segundo o Prof. José Afonso da Silva, os decretos
legislativos são atos com efeitos externos ao Congresso Nacional.
##Atenção: Conforme leciona Bernardo Gonçalves Fernandes, em seu Curso de Direito Constitucional, 9ª
edição, ed. Jus Podivm, “(...) sociologicamente, ele (processo legislativo) pode ser definido como um conjunto de
fatores políticos e ideológicos que condicionam a elaboração das leis em nosso ordenamento. Como exemplos, temos
fatores econômicos, políticos, geográficos, ambientais, religiosos, etc. Sem dúvida, o conceito sociológico nos
remonta à clássica ideia das fontes de direito e, no caso especifico, da fonte material do direito”.
(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: Há reserva de lei formal quando a matéria somente puder
ser tratada por ato normativo primário editado pelo Parlamento, elaborado segundo o procedimento
legislativo ordinário fixado na Constituição. BL: arts. 49 a 59, CF.
##Atenção: Em sentido formal, entende-se por lei toda norma que seja produzida em atenção ao
processo legislativo previsto nos arts. 49 a 59 da CF/88. Assim, uma norma que tenha respeitado o
comando constitucional acerca da iniciativa, do quórum de aprovação, da revisão, da sanção/veto,
dentre outros critérios, pode ser considerada lei em sentido formal, não importando o conteúdo que
veicule. Vê-se, portanto, que a ideia central da classificação da lei em sentido formal é a "forma", o rito, o
processo pelo qual a norma passa para ser produzida. Com efeito, nesse prisma, em nada interfere o
conteúdo da norma.
##Atenção: ##STF: ##MPPR-2017: O princípio constitucional da reserva de lei formal traduz limitação
ao exercício das atividades administrativas e jurisdicionais do Estado. A reserva de lei - analisada sob tal
perspectiva - constitui postulado revestido de função excludente, de caráter negativo, pois veda, nas
matérias a ela sujeitas, quaisquer intervenções normativas, a título primário, de órgãos estatais não-
legislativos. STF. Plenário. ADI 2075 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. 07/02/01.
(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: Em hipóteses de reserva de lei material, o tema pode ser
tratado por intermédio de medidas provisórias. BL: arts. 59 e 62, CF.
##Atenção: Em relação à lei em sentido material, já não mais se investiga o processo pelo qual a norma
foi editada. Em verdade, este pouco importa. O que se tem em alta consideração é a matéria de que trata
a norma, o assunto nela veiculado. Nessa concepção, lei em sentido material é toda norma de caráter
geral e abstrato que disciplina as relações jurídicas entre os sujeitos de direito. 65 A lei material revela
conteúdo próprio de lei, mas não constitui ato necessariamente editado pelo processo legislativo
ordinário. Logo, matérias submetidas à reserva de lei material podem ser disciplinadas por medida
provisória (ex.: direito tributário).
(TJCE-2012-CESPE): Acerca do processo legislativo na ordem jurídica pátria, assinale a opção correta: Lei
ordinária posterior pode revogar lei formalmente complementar, desde que materialmente ordinária. BL:
art. 59, CF.
65
https://www.impetus.com.br/artigo/150/a-lei-como-fonte-do-direito-administrativo
268
##Atenção: ##TJCE-2012: ##DPEPR-2012: ##PGEPI-2014: ##CESPE: ##FCC: Caso uma lei
denominada “complementar” versar sobre matéria relativa a lei ordinária, isto é, para a qual não seria
exigível lei complementar, então, ela poderá ser revogada também por lei ordinária posterior. A
propósito, este é o entendimento do STF sobre o tema: “Contribuição social sobre o faturamento - COFINS
(CF, art. 195, I). 2. Revogação pelo art. 56 da Lei 9.430/96 da isenção concedida às sociedades civis de profissão
regulamentada pelo art. 6º, II, da Lei Complementar 70/91. Legitimidade. 3. Inexistência de relação hierárquica
entre lei ordinária e lei complementar. Questão exclusivamente constitucional, relacionada à distribuição
material entre as espécies legais. Precedentes. 4. A LC 70/91 é apenas formalmente complementar, mas
materialmente ordinária, com relação aos dispositivos concernentes à contribuição social por ela instituída. ADC
1, Rel. Moreira Alves, RTJ 156/721. 5. Recurso extraordinário conhecido mas negado provimento”. (STF, RE
377457, Min. Rel. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgado em 17/09/2008).
##Atenção: ##Doutrina: ##MPGO-2013: Aos regimentos internos das Casas Legislativas, portanto, não
se coaduna o enquadramento na categoria taxionômica dos atos infralegais. Sobre o tema, é precisa a
lição de José Afonso da Silva (Processo Constitucional de Formação das Leis, 2ª ed., São Paulo:
Malheiros, 2007, p. 344), verbis: “A questão da relação entre lei e regimento interno está definitivamente
solucionada. Acentue-se que são normas de natureza diversa, bastando relembrar que o regimento interno se
destina a regular as atividades internas das Casas Legislativas, portanto, são normas de efeitos interna corporis,
enquanto as leis se destinam a regular as condutas humanas em geral em torno do setor da vida que lhes constitui
objeto de regulação. Porém, nenhum dos dois tipos de normas está acima do outro, porque não se trata de
aplicar o princípio da hierarquia das normas, mas o princípio da competência. Trata-se de reconhecer uma
reserva constitucional do regimento interno e, dentro dessa reserva, ele é soberano. Se a lei penetrar nele, ela se
revelará inconstitucional. E, ao contrário, se o regimento interno extrapolar o âmbito que lhe foi reservado, ele é que
padecerá de inconstitucionalidade.” (ênfase acrescentada) Manifesto o caráter de ato normativo primário de
que resulta a paridade entre normas regimentais parlamentares e as de leis em sentido formal
(MIRANDA, Pontes de, Dez Anos de Pareceres, Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1974, v. 1/43, v. g.). São,
pois, os regimentos internos das Casas Legislativas suscetíveis de controle abstrato de
constitucionalidade (BARROSO, Luís Roberto, ob. cit., p. 200-201, v. g.)
Subseção II
Da Emenda à Constituição
Art. 60. A Constituição PODERÁ SER EMENDADA mediante proposta: (PCSC-2008) (PGEMT-2011)
(PCRJ-2009/2012) (MPRJ-2012) (TJSP-2013) (MPMS-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCPR-2013) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJSP-2014) (PGEBA-2014) (PCSP-2014) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (TRF3-2016) (PCPE-2016)
(TRT/Unificado-2017) (PGESP-2009/2012/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (PCGO-2018) (TCERJ-2021)
(MPMG-2011/2022)
##Atenção: “O início da tramitação da proposta de emenda no Senado Federal está em harmonia com o
disposto no art. 60, I, da CF, que confere poder de iniciativa a ambas as Casas Legislativas.” (ADI 2.031,
Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 3-10-2002, Plenário).
269
(MPF-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCPR-2013) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEBA-2014) (PCRO-
2014) (PCSP-2014) (DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (TRF3-2016) (PCPA-2016)
(PCPE-2016) (TRF2-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGESP-2009/2012/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (MPBA-
2018) (PCGO-2018) (TJRO-2019) (MPDFT-2021) (TCERJ-2021) (MPMG-2011/2022) (TJRS-2018/2022) (DPERS-
2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É possível que uma emenda constitucional seja julgada formalmente
inconstitucional se ficar demonstrado que ela foi aprovada com votos “comprados” dos parlamentares e
que esse número foi suficiente para comprometer o resultado da votação: Em tese, é possível o
reconhecimento de inconstitucionalidade formal no processo constituinte reformador quando eivada
de vício a manifestação de vontade do parlamentar no curso do devido processo constituinte derivado,
pela prática de ilícitos que infirmam a moralidade, a probidade administrativa e fragilizam a
democracia representativa. Caso concreto: ADEPOL ajuizou ADI pedindo a declaração de
inconstitucionalidade formal da EC 41/03 e da EC 47/05 sob o argumento de que elas foram aprovadas
com votos “comprados” de Deputados Federais condenados no esquema do “Mensalão” (AP 470). O
STF afirmou que, sob o aspecto formal, as emendas constitucionais devem respeitar o devido processo
legislativo, que inclui, entre outros requisitos, a observância dos princípios da moralidade e da
probidade. Assim, é possível o reconhecimento de inconstitucionalidade formal no processo de
reforma constituinte quando houver vício de manifestação de vontade do parlamentar, pela prática de
ilícitos.Porém, para tanto, é necessária a demonstração inequívoca de que, sem os votos viciados pela
ilicitude, o resultado teria sido outro. No caso, apenas sete Deputados foram condenados pelo
Supremo na AP 470, por ficar comprovado que eles participaram do esquema de compra e venda de
votos e apoio político conhecido como Mensalão. Portanto, o número comprovado de “votos
comprados” não é suficiente para comprometer as votações das ECs 41/03 e 47/05. Ainda que retirados
os votos viciados, permanece respeitado o rígido quórum estabelecido na Constituição Federal para
aprovação de emendas constitucionais, que é 3/5 em cada casa do Congresso Nacional. STF. Plenário.
ADI 4887/DF, ADI 4888/DF e ADI 4889/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 10/11/20 (Info 998).
##Comentários ao julgado acima: ##Contribuição @ileidesampaio.profa: Segundo entendimento de Pedro
Lenza, o vício de decoro parlamentar é uma das espécies de vício de inconstitucionalidade, ao lado da
formal e da material. Consubstancia-se quando, na votação de determinada matéria, ocorre a situação
descrita no art. 55, parágrafo primeiro, da CF/88. Assim, por exemplo, quando se comprova que no
processo legislativo de uma emenda constitucional ocorreu a compra de votos, deveria tal lei ser tida por
inconstitucional pelo vício no decoro. (Fonte: https://projetoquestoescritaseorais.com/direito-constitucional/vicio-
de-decoro-parlamentar/).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMG-2022: É possível que a Constituição do Estado preveja iniciativa
popular para a propositura de emenda à Constituição Estadual: A iniciativa popular de emenda à
Constituição Estadual é compatível com a Constituição Federal, encontrando fundamento no art. 1º, §
único, no art. 14, II e III e no art. 49, VI, da CF. Embora a CF não autorize proposta de iniciativa
popular para emendas ao próprio texto, mas apenas para normas infraconstitucionais, não há
impedimento para que as Constituições Estaduais prevejam a possibilidade, ampliando a
competência constante da Carta Federal. STF. Plenário. ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j.
25/10/18 (Info 921).
(TRF5-2017-CESPE): Foi proposta, por um terço das assembleias legislativas das unidades da Federação,
emenda constitucional com o objetivo de alterar dispositivo referente à Defensoria Pública, visando-se
aprimorar a estrutura orgânico-institucional desse órgão. Votada em dois turnos nas duas casas do
Congresso Nacional, a emenda foi aprovada mediante três quintos dos votos dos membros de cada uma
delas. Nesta situação hipotética, a referida proposta deve ser considerada inconstitucional, já que a
emenda fere limitação formal ao poder constituinte derivado reformador. BL: art. 60, III, CF.
##Atenção: No caso há um vício formal, pois a iniciativa de PEC pelas assembleias legislativas exige a
propositura por mais da metade delas, mediante manifestação da maioria simples de seus parlamentares.
(MPPR-2013): A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das
Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros. BL: art. 60, III, CF.
(MPSC-2013): Poderá a Constituição Federal ser emendada mediante proposta de todas as Assembleias
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus
membros. BL: art. 60, III, CF.
##Atenção: O QUÓRUM é mais da metade. É quórum mínimo para alterar a CF/88 pelas assembleias
legislativas. Se houver bem mais da metade, ou seja, todas as assembleias legislativas, a CF/88 pode sim
ser alterada nesse caso. Se mais da metade das assembleias pode alterar, todas as assembleias poderão
também alterar. O que não pode é menos da metade das assembleias legislativas de cada unidade da
federação poder alterar.
(TJRS-2022-Faurgs): A respeito do Poder Constituinte, é correto afirmar que a Constituição brasileira não
poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. BL:
art. 60, §1º, CF.
271
poder constituinte derivado previstas no artigo 60. BL: art. 60, §1º, CF.
(MPCE-2020-CESPE): Acerca da teoria do poder constituinte, julgue o seguinte item: Uma vez aprovada
proposta de emenda constitucional pelo Congresso Nacional em exercício do seu poder constituinte
derivado reformador, não haverá sanção ou veto pelo presidente da República. BL: art. 60, I e §3º, CF.
(TJSC-2009): É correto asseverar, em tema de processo legislativo: Não há sanção, pelo Chefe do Poder
Executivo, em emenda constitucional, nem tampouco em resolução editada pelo Poder Legislativo. BL:
art. 60, §3º, CF.
273
Ministro Gilmar Mendes: “(...) a repartição de competências é crucial para a caracterização do Estado Federal,
mas não deve ser considerada insuscetível de alterações. Não há obstáculo à transferência de competências de uma
esfera da Federação para outra, desde que resguardado certo grau de autonomia de cada qual. ” (MENDES, Gilmar
Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 7ª edição. São Paulo:
Saraiva, 2012, p. 143).
(PGEMS-2014): Indique a alternativa correta: O pacto federativo, apesar de ser cláusula pétrea, também
contém a cláusula rebus sic standibus. BL: art. 60, §4º, I, CF.
##Atenção: O pacto federativo é cláusula rebus sic stantibus porque pode ser alterado na medida em que
se alterem as condições fáticas da realidade. Assim, pode ser feita uma reforma tributária alterando a
forma de divisão da receita tributária entre os entes para, por exemplo, aumentar a porcentagem dos
Estados e Municípios.
(DPESP-2009-FCC): Assinale a afirmativa correta: O princípio republicano, que traduz a maneira como
se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e governados, mantém-se na
ordem constitucional mas hoje não mais protegido formalmente contra emenda constitucional. BL: art.
60, §4º, I, CF.
##Atenção: De início, atente-se ao que a alternativa diz: “(...) mas hoje não mais protegido formalmente (...)”.
A nossa Constituição nunca petrificou a forma republicana de governo. Contudo, a Constituição de 1864
(do Império) já o havia feito. Nesse contexto, nota-se que o enunciado não se refere diretamente à
proteção da forma republicana pela nossa atual Constituição, mas sim àquela.
274
##Atenção: Vide art. 14, CF.
##Atenção: A CF/88 impede que o Congresso Nacional edite emenda constitucional tendente a abolir a
separação dos poderes (art. 60, §4º, III, CF), mas não veda, por exemplo, que se acrescente órgão novo ao
Poder Judiciário.
275
condão de convalidar atos de provimento efetivo em cargos públicos de pessoas que não foram
previamente aprovadas em concurso público, sendo a situação flagrantemente inconstitucional. STJ. 1ª
T., AgInt no AREsp 283.944/RN, Rel. Min. Gurgel de Faria, j. 05/06/18.
(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: Nas hipóteses em que o Ministério Público busca, em juízo,
providências cabíveis para proteger o princípio constitucional do concurso público, não incidem os
institutos da prescrição e decadência, tendo em vista que o decurso do tempo não tem o condão de
convalidar atos de provimento efetivo em cargos públicos de pessoas que não foram previamente
aprovadas em concurso público, sendo a situação flagrantemente inconstitucional. BL: Entend. Jurisprud.
276
##Atenção: ##DPU-2015: ##MPF-2017: ##TJSP-2018: ##MPGO-2013/2019: ##PCMG-2021: ##CESPE:
##Fumarc: ##VUNESP: A expressão “tendente a abolir”, prevista no §4º do art. 60 da CF não significa
uma intangibilidade literal do dispositivo, isto é, que a cláusula pétrea não pode ser tocada, não pode ser
modificado. Essa cláusula apenas protege o núcleo essencial de princípios e institutos consagrados por
ela. Em outras palavras, a expressão “tendente a abolir” deve ser interpretada no sentido de proteger o
núcleo essencial dos princípios e institutos elencados no dispositivo, e não como uma intangibilidade
literal. Contudo, pode haver cláusulas pétreas ampliadas e restringidas, contanto que não haja o
esvaziamento (supressão) do núcleo essencial. É nesse sentido, o entendimento do STF: A "forma
federativa de Estado" – elevado a princípio intangível por todas as Constituições da República – não pode ser
conceituada a partir de um modelo ideal e apriorístico de Federação, mas, sim, daquele que o constituinte originário
concretamente adotou e, como o adotou, erigiu em limite material imposto às futuras emendas à Constituição; de
resto as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art. 60, § 4º, da Lei Fundamental enumera,
não significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas
a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege. STF.
Plenário. ADI 2.024, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 3/5/07, P, DJ de 22-6-07.] Como exemplo, pode ser
mencionada a legítima mudança introduzida no texto do dispositivo que consagra o princípio da
anterioridade eleitoral (CF, art. 16), embora se trate de uma cláusula pétrea.
(MPGO-2019): Sobre as limitações do Poder Constituinte, assinale a alternativa correta: Segundo
entendimento do Supremo Tribunal Federal, as limitações materiais do Poder Constituinte de reforma,
previstas no artigo 60, § 4º, da CF/88, não significam intangibilidade literal da respectiva disciplina na
Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja
preservação nelas se protege.
(MPF-2017): Assinale a alternativa correta: As cláusulas pétreas protegem os conteúdos que, na sua
essência, compõem a identidade e a estrutura da Constituição, não se opondo a desenvolvimentos ou
modificações que preservem os princípios ali contidos.
(DPU-2015-CESPE): A proteção dos limites materiais ao poder de reforma constitucional não alcança a
redação do texto constitucional, visando sua existência a evitar a ruptura com princípios que expressam o
núcleo essencial da CF.
##Atenção: O que a questão quer afirmar é que os limites materiais impostos ao poder de reforma não obsta
que o texto frio seja alterado. Deveras, os princípios norteadores das limitações materiais que são
intangíveis. Para ficar fácil segue uma indagação: pode o poder reformador alterar o texto (formal) de uma
cláusula pétrea? A resposta só pode ser positiva. O que não se pode é alterar o núcleo principiológico em
que se assenta o texto petrificado limitador material do poder reformador. A mera alteração redacional de
uma norma originária, mesmo se for componente do rol de cláusulas pétreas, não importa em
inconstitucionalidade. Isto porque, "as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art. 60, §
4º, da Lei Fundamental enumera, não significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na
Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja
preservação nelas se protege" (STF, ADI 2.024). Assim, a cláusula pétrea não implica na intangibilidade do
dispositivo por ela abrangido, mas, sim, na impossibilidade de modificações tendentes a abolir o seu
conteúdo normativo essencial.
(TJPB-2015-CESPE): O poder constituinte de reforma está sujeito a limitações materiais que podem estar
presentes nas denominadas cláusulas pétreas implícitas.
(PCMA-2012-FGV): Com relação aos limites ao exercício do Poder Constituinte, assinale a única
afirmativa correta: Além dos limites expressos na Constituição ao Poder Constituinte Reformador,
podem ser identificados limites implícitos, exemplificados pelo próprio dispositivo que prevê as matérias
que não podem ser objeto de Emenda.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada NÃO PODE
SER objeto de NOVA PROPOSTA na mesma sessão legislativa. (PCSC-2008) (DPEPI-2009) (TRF5-2009)
(PCPB-2009) (PCRJ-2009) (PCRO-2009) (MPGO-2010) (PGEGO-2010) (TJDFT-2011) (MPDFT-2011) (MPRJ-2012)
(MPPR-2011/2013) (TJSC-2013) (MPMS-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014)
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TRF1-2015) (PCDF-2015) (TRT8-2015) (PCPA-2016) (PCPE-
2016) (TRT/Unificado-2017) (PGESP-2009/2012/2018) (DPEMA-2018) (DPEPE-2018) (PGESC-2018) (Anal.
278
Judic./STJ-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018/2019) (MPMG-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PCMG-2021)
(TJRS-2022) (DPERS-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
(MPPR-2014): O art. 60, §5º, da CF/88, ao vedar expressamente a possibilidade de matéria constante de
proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada ser objeto de nova proposta na mesma sessão
legislativa, contempla hipótese de limitação formal ao poder reformador.
##Atenção: ##PGESP-2012: ##FCC: Segundo Marcelo Novelino, “a limitação temporal consiste na proibição
de reforma de determinados dispositivos durante certo período de tempo após a promulgação da Constituição (...).
Na Constituição de 1988 não foi imposta limitação temporal ao poder derivado reformador” . (NOVELINO,
Marcelo, Curso de Direito Constitucional, 14 ed., 2019, p. 81).
Subseção III
Das Leis
Art. 61. A INICIATIVA DAS LEIS complementares e ordinárias CABE a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e
aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. (TJMG-2008) (PCTO-2008) (TJGO-2009)
(MPT-2009) (TJPR-2010) (PGEAM-2010) (MPF-2011) (PCES-2011) (PCMG-2011) (MPTO-2012) (PCRJ-2012)
(MPMS-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PF-2013) (MPMG-2012/2014) (MPMT-2014) (DPECE-2014) (PGM-
Recife/PE-2014) (TRT2-2015) (PGEMS-2014/2016) (MPPR-2012/2016/2017) (PGESE-2017) (TRT/Unificado-2017)
(Cartórios/TJMG-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (TJPR-2021) (Anal. Judic./TJCE-2022)
279
(TRT/Unificado-2017-FCC): A CF/1988 define diversos procedimentos legislativos, semelhantes em
alguns aspectos, diferentes em outros. Em relação a pessoas, instituições e poderes envolvidos nesses
procedimentos legislativos, ela estabelece que o Presidente da República pode propor tanto projetos de
lei ordinária quanto propostas de emenda constitucional. BL: art. 60, caput, II c/c art. 61, caput, CF.
(PCES-2011-CESPE): Com relação ao processo legislativo, julgue o item seguinte: A iniciativa para
elaboração de leis complementares e ordinárias constitui exemplo da denominada iniciativa concorrente.
BL: art. 61, caput, CF.
II - DISPONHAM sobre:
280
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração; (TJMG-2008) (TJRR-2008) (PGEES-2008) (DPEAL-2009) (DPEES-2009)
(PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (MPPR-2008/2011) (TJES-2011) (TJSP-2011) (AGU-2009/2012) (TJRS-2012)
(MPSC-2012) (DPEMS-2012) (PCMA-2012) (DPEDF-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGDF-2013)
(DPECE-2014) (PGEPI-2014) (TJPE-2013/2015) (TJGO-2015) (TRT15-2015) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016)
(PCPE-2016) (TRF2-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESE-2017) (PCAP-2017) (PGEAP-2018) (PGETO-2018)
(MPGO-2014/2019) (TJPR-2019) (TJRO-2019) (MPAP-2021) (TJAP-2022)
##Atenção: As leis que versam sobre “a criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração
direta e autárquica ou aumento de sua remuneração” são de iniciativa do chefe do poder executivo, na forma
do art. 61, §1º, II, “a”, da CF/88, aplicável a todos os entes federados por simetria com o modelo da
União Federal. Além disso, veja o teor da SV-42: “É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos
de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária”.
(PGDF-2013-CESPE): Julgue o item que se segue, à luz das disposições constitucionais sobre a repartição
de competências, o processo legislativo e a questão federativa: Será considerado formalmente
inconstitucional projeto de lei distrital de iniciativa parlamentar que confira aumento de remuneração
aos servidores do governo do DF. BL: art. 61, §1º, II, “a”, CF.
##Atenção: Trata-se de inconstitucionalidade por vício formal subjetivo, que ocorre quando não se
respeita regra de competência para deflagração do processo legislativo, que no presente caso pertence ao
Governador do DF (art. 100, X, LODF). Em outras palavras, será de iniciativa privativa do Chefe do
Poder Executivo para a propositura de leis que tratem sobre aumento da remuneração dos servidores
públicos (art. 61, § 1º, II, a, CF e precedente do STF, RE 241.494-DF). Assim, o vício formal de
inconstitucionalidade refere-se ao legitimado para a propositura do referido projeto de lei, que é do
CHEFE DO PODER EXECUTIVO (aplicação do princípio da paralelismo das formas ou da simetria).
Logo, a iniciativa será do governador do DF e, não do parlamentar como mencionado na questão.
(TJSP-2011-VUNESP): A Câmara Legislativa de Canguçu do Norte edita lei, por sua iniciativa,
transformando cargos e funções de servidores públicos da Prefeitura Municipal que prestam,
eventualmente, serviço junto ao Poder Judiciário local. É correto afirmar que em se tratando de
servidores públicos do executivo municipal, é inadmissível tal conduta, vez que tal transformação só
pode ocorrer por meio de lei de iniciativa do executivo local. BL: art. 61, §1º, II, “a”, CF.
281
Inexiste, na CF/1988, reserva de iniciativa para leis de natureza tributária, inclusive para as que
concedam renúncia fiscal. A norma não reserva à iniciativa privativa do presidente da República toda
e qualquer lei que cuide de tributos, senão apenas a matéria tributária dos Territórios. STF. Plenário.
ARE 743480 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 10/10/13.
(PGM-Teresina/PI-2022-FCC): São de iniciativa privativa do Presidente da República, EXCETO as leis que
versarem sobre matéria tributária da competência da União. BL: art. 61, §1º, II, “b”, CF e Entend. Jurisprud.
(TJAL-2019-FCC): Prefeito Municipal Aristóbulo ajuizou ADI contra lei de iniciativa do Poder Legislativo
Municipal que acrescentou artigo ao Código Tributário Municipal, concedendo isenção do pagamento da
Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP) às unidades consumidoras dos
órgãos da Administração direta e indireta do Município, situado no Estado de Alagoas. À luz da disciplina
constitucional pertinente e da jurisprudência do STF, trata-se de ato constitucional, diante do
reconhecimento da natureza tributária da COSIP, bem como da competência concorrente para iniciar
processo legislativo em matéria tributária. BL: art. 61, caput e §1º, II, “b” c/c art. 149, caput,66 da CF e
Entendimento do STF.
##Atenção: A competência concorrente a que se refere a questão é entre os Poderes Legislativo e Executivo.
De fato, ambos possuem a iniciativa da lei que concede a isenção do pagamento do COSIP. Portanto, a lei é
constitucional, uma vez que a iniciativa de lei de natureza tributária é concorrente entre Poder Executivo e
Legislativo. Cumpre registrar que, nos termos caput do art. 61 da CF: “A iniciativa das leis complementares
e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador Geral da
República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.” Logo, poderia mesmo integrante da
Casa Legislativa municipal apresentar projeto de lei concessiva de isenção da contribuição municipal.
66
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal PODERÃO INSTITUIR CONTRIBUIÇÃO, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (...)
282
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (PGESP-2002) (TJSC-
2009) (DPEAL-2009) (DPEES-2009) (DPEMT-2009) (TRF4-2009/2010) (PGEAM-2010) (TJDFT-2012)
(MPMG-2012) (PGEAC-2012) (PCMA-2012) (TJCE-2014) (DPECE-2014) (PGEPI-2014) (AGU-2009/2015)
(DPERN-2015) (PGEPR-2015) (TJAM-2013/2016) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (TJMSP-2016) (TRF2-2017)
(MPBA-2018) (MPDFT-2021) (PCMG-2021) (TJAP-2022) (TJMG-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMG-2022: ##FGV: A regra da iniciativa privativa do art. 61, § 1º, II,
“c” da CF/88 deve ser aplicada também no âmbito municipal?: SIM. Ex: a Lei Orgânica de Cambuí/MG
concedeu benefícios a servidores públicos daquela municipalidade. O STF julgou a referida lei
inconstitucional por ofender justamente o art. 61, § 1º, II, “c” da CF, a ensejar sua
inconstitucionalidade formal. Por vício de iniciativa, o Plenário deu provimento a recurso
extraordinário para declarar a inconstitucionalidade dos incisos II, III, VIII, bem como dos §§ 1º e 2º
do art. 55 da Lei Orgânica de Cambuí/MG, que concede benefícios a servidores públicos daquela
municipalidade. Na espécie, a norma questionada decorrera de iniciativa de câmara legislativa
municipal. A Corte asseverou que lei orgânica de município não poderia normatizar direitos de
servidores, porquanto a prática afrontaria a iniciativa do chefe do Poder Executivo. STF. Plenário. RE
590829/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 5/3/15 (Info 776).
(TJMG-2022-FGV): Um servidor público municipal foi exonerado em 2021, e, no mesmo ano, ingressou com
ação de cobrança, em face da Fazenda Municipal, objetivando a percepção de gratificação durante o período
de 10 (dez) anos em que trabalhou para a municipalidade. A gratificação foi criada e aprovada pela Câmara
Municipal e entrou em vigor em 2015. Com base nestes dados hipotéticos, analise a afirmativa a seguir:
Deve ser incidentalmente reconhecida a inconstitucionalidade da lei municipal, pois a iniciativa compete ao
prefeito e houve usurpação de competência. BL: Info 776, STF.
(TJSC-2009): É correto asseverar, em tema de processo legislativo: São de iniciativa privativa do Chefe do
Poder Executivo, entre outras, leis versantes sobre servidores públicos, seu regime jurídico, provimento
de cargos, estabilidade e aposentadoria. BL: art. 61, §1º, II, “c”, CF.
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais
para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
283
Territórios; (TJGO-2009) (MPDFT-2009) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (TRF4-2009) (DPEBA-2010)
(MPPI-2012) (DPESC-2012) (PCMA-2012) (MPSC-2012/2013) (MPPR-2011/2014) (MPAC-2014) (DPECE-
2014) (MPAM-2015) (PFN-2015) (DPEMT-2009/2016) (MPMS-2018) (MPPB-2018) (MPSP-2019) (PGM-
Teresina/PI-2022)
284
##Cuidado: ##Questiona-se: ##STF: ##DOD: ##MPRR-2017: ##DPEPR-2017 ##TRF2-2017:
##DPEPE-2018: ##DPEDF-2019: ##CESPE: ##FCC: Esse entendimento acima exposto vale também
para os casos de emenda à Constituição Federal? NÃO. Não existe iniciativa privativa (reservada) para
a propositura de emendas à CF/88. A proibição de que emendas constitucionais tratem sobre as
matérias do art. 61, § 1º da CF/88 só vale para emendas à Constituição Estadual. Dito de outro modo: É
possível que emenda à CF/88 proposta por iniciativa parlamentar trate sobre as matérias previstas no
art. 61, § 1º da CF/88. As regras de reserva de iniciativa fixadas no art. 61, § 1º da CF/88 não são
aplicáveis ao processo de emenda à CF/88, que é disciplinado em seu art. 60. STF. Plenário. ADI 5296
MC/DF, Rel. Min. Rosa Weber, j. 18/5/16 (Info 826).
##Questiona-se: ##DOD: Por que existe essa diferença de tratamento entre emenda à Constituição
Federal e emenda à Constituição Estadual? O poder constituinte estadual não é originário. É poder
constituído, cercado por limites mais rígidos do que o poder constituinte federal. A regra da simetria é
um exemplo dessa limitação. Por essa razão, as Assembleias Legislativas se submetem a limites mais
rigorosos quando pretendem emendar as Constituições Estaduais. Assim, se os Deputados Estaduais
apresentam emenda à Constituição Estadual tratando sobre os assuntos do art. 61, § 1º, da CF/88 eles
estão, em última análise, violando a própria regra da CF/1988.
(TRF1-2013-CESPE): Com relação às entidades da administração indireta, assinale a opção correta: Tanto
a criação quanto a extinção de autarquia só podem ocorrer por lei de competência privativa do chefe do
Executivo. BL: art. 37, XIX c/c art. 61, §1º, II, “e”, CF.
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. (Incluída pela Emenda Constitucional nº
285
18, de 1998) (PGEAC-2012) (PCMA-2012) (DPECE-2014) (PGEPR-2015) (AGU-2015) (PGEMT-2016)
(DPEPR-2017) (MPDFT-2021) (PCMG-2021)
##Atenção: As leis que disponham sobre regime jurídico dos militares das Forças Armadas são de
iniciativa privativa do Presidente da República (art. 61, §1º, II, “f”, CF). Por isso, projeto de lei que trate
dessa matéria deve, sim, ser vetado pelo presidente da República, porque sofre de vício de
constitucionalidade formal.
(MPGO-2019): A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular (art.
14 da CF/88). Sobre os direitos políticos, assinale a alternativa correta: A iniciativa popular pode ser
exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por
cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos
por cento dos eleitores de cada um deles. BL: art. 61, §2º, CF (mesmo teor, vide art. 13, caput da Lei
9.709/98).67
##Atenção: Dica de memorização para lei de iniciativa popular: Lembre-se do número 1503 (1% do
eleitorado nacional; dividido em pelo menos 5 estados; com não menos de 0,3% dos eleitores em cada
um dos estados).
(TRF1-2015-CESPE): Com relação à iniciativa popular de lei, assinale a opção correta: Os projetos de lei
de iniciativa popular devem ser apresentados à Câmara dos Deputados, que fará sua apreciação inicial.
BL: art. 61, §2º, CF.
67
Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por,
no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de
três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. § 1 O projeto de lei de iniciativa popular deverá
circunscrever-se a um só assunto. § 2 O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de
forma, cabendo à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais
impropriedades de técnica legislativa ou de redação.
286
Art. 62. Em caso de RELEVÂNCIA e URGÊNCIA, o Presidente da República PODERÁ ADOTAR
MEDIDAS PROVISÓRIAS, com força de lei, DEVENDO SUBMETÊ-LAS de imediato ao Congresso
Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TJMG-2008) (PGECE-2008) (TJSC-2009)
(MPDFT-2009) (TRF5-2009) (AGU-2009) (DPEGO-2010) (PGEPA-2011) (PGERO-2011) (TJMS-2012) (MPMT-
2012) (MPTO-2012) (DPESC-2012) (DPESP-2012) (PCPA-2012) (PCRJ-2012) (MPSC-2012/2013) (MPMG-
2013) (PGEGO-2013) (PCES-2013) (PGEAC-2012/2014) (TRF2-2009/2013/2014) (TJDFT-2014) (DPEPR-2014)
(TRF4-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEBA-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEPA-2009/2015) (TJPE-2015)
(TJAL-2015) (TRT2-2015) (TRT6-2015) (TCMRJ-2015) (PGEMS-2016) (DPERO-2017) (PCGO-2017) (MPPB-
2018) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (PGETO-2018) (TJRO-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (PGERS-
2010/2015/2021) (MPPR-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (DPEPI-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
Súmula Vinculante 54: A medida provisória não apreciada pelo congresso nacional podia, até a Emenda
Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei
desde a primeira edição.
287
##Atenção: ##STF: ##PGERS-2010: ##TCMRJ-2015: ##FCC: ##Fundatec: Conforme entendimento
consolidado da Corte, os requisitos constitucionais legitimadores da edição de medidas provisórias,
vertidos nos conceitos jurídicos indeterminados de "relevância" e "urgência" (art. 62 da CF), apenas em
caráter excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da separação de
poderes (art. 2º da CF). STF. Plenário. ADC 11 MC, voto do min. Cezar Peluso, j. 28/3/07. Portanto, os
requisitos são urgência e relevância, requisitos estes eminentemente políticos, não cabendo ao Judiciário,
salvo em situações teratológicas, a sua análise.
(PGERS-2010-Fundatec): Considere a seguinte afirmação sobre medidas provisórias, à luz da Constituição
da República e da jurisprudência do STF: Os pressupostos constitucionais de edição das medidas
provisórias apenas em caráter excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, tendo em vista o
princípio da separação dos poderes. BL: Entend. Jurisprud.
(TRF2-2014): Sobre as Medidas Provisórias é correto afirmar: As medidas provisórias que estavam
pendentes de apreciação pelo Congresso Nacional na data de edição da EC 32/2001 tiveram sua vigência
prorrogada de forma indeterminada, até que medida provisória posterior as revogue explicitamente ou
até que haja deliberação definitiva do Congresso Nacional. BL: art. 62, CF e art. 2º da EC 32/2001.
(TJSP-2013-VUNESP): As medidas provisórias, com força de lei, podem ser adotadas pelo Presidente da
288
República em caso de relevância e urgência. BL: art. 62, CF.
(TJGO-2009-FCC): Considere a seguinte assertiva, relativa ao Direito brasileiro vigente: Já houve caso em
que, por decreto, alterou-se o texto de lei.
##Atenção: ##TJGO-2009: ##TRF2-2014: ##FCC: O decreto-lei é um decreto com força de lei, que
emana do Poder Executivo, previsto nos sistemas legislativos de alguns países. Os decretos-leis podem
aplicar-se à ordem econômica, fiscal, social, territorial e de segurança, com legitimidade efetiva de uma
norma administrativa e poder de lei desde a sua edição, sanção e publicação no diário ou jornal oficial.
Os decretos-leis foram muito utilizados, durante o governo militar. A CF/1988 não elencou, no processo
legislativo, a figura de decreto-lei que, na prática, foi substituído pela medida provisória. Assim, no
passado, o sistema permitia que o decreto possuísse força de lei e, dessa forma, alterasse a legislação.
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TJMG-2007) (TJDFT-2008) (DPEMT-2009) (TJRO-2011) (TJRJ-2012)
(MPSC-2012) (DPEMS-2012) (PGEGO-2013) (TJSP-2014) (TJPA-2014) (TRF2-2014) ( DPE PR- 2014) (PGEMS-
2014) (PCPI-2014) (MPMS-2013/2015) (PCDF-2015) (AGU-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPA-2016) (DPEAL-
2017) (TRT/Unificado-2017) (DPEMA-2018) (PGESC-2018) (DPESC-2012/2021) (TJPR-2021) (MPPR-2021)
b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001) (TJDFT-2008) (MPMT-2008) (TJRS-2009) (PGEPE-2009) (PCPB-2009) (MPES-2010) (DPEMS-2012)
(DPESC-2012) (PGEPA-2012) (PGEGO-2013) (MPAC-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014) (PCRO-2014) (PCCE-
2015) (TRT2-2015) (MPT-2015) (DPEAL-2017) (PCPI-2014/2018) (MPMS-2013/2015/2018) (PGESC-2018)
(MPPR-2021) (MPSC-2021) (PCPA-2021)
289
(MPMS-2015): Sobre as medidas provisórias é correto afirmar: É vedada edição de medidas provisórias
sobre matéria relativa a direito processual civil e organização do MP. BL: art. 62, §1º, “b” e “c”, CF.
II – que VISE a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TJRS-2012) (DPEMS-2012) (DPESC-2012)
(DPEPR-2014) (PGESC-2018) (MPPR-2014/2021) (PGERS-2021)
III – RESERVADA a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TJMG-
2008) (PGEPI-2008) (TJSP-2009) (PGESP-2009) (DPEAM-2011) (PGERS-2011) (DPEMS-2012) (DPESC-
2012) (MPMS-2013) (TRF2-2013) (MPF-2013) (PGEGO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPMT-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PCRO-2014) (TRT23-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TRF3-2013/2016) (PGEMS-
2014/2016) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (DPEPR-2014/2017) (DPEAL-2017) (Cartórios/TJMG-
2017) (PGESC-2014/2018) (DPEPE-2018) (DPEMG-2009/2019) (TJAC-2019) (MPGO-2019) (Cartórios/TJPR-
2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (TJMS-2008/2020) (MPPR-2021) (PGERS-2021) (TJSC-2022) (PGM-
Teresina/PI-2022)
(MPGO-2019): Sobre o processo legislativo assinale a resposta correta: Conforme a CF/1988 é vedada a
edição de medidas provisórias sobre matéria reservada a lei complementar. BL: art. 62, §1º, III, CF.
(PGEMS-2014): Assinale a alternativa correta: A Constituição de 1988, em seu texto atual (EC nº 32), não
admite que o Presidente da República possa editar medida provisória que contenha matéria reservada a
lei complementar, tais como as normas que regulam outras hipóteses de inelegibilidade no processo
eleitoral, além das já previstas no texto constitucional. BL: art. 62, §1º, I, “a” e III, CF.
(TJSC-2009): Assinale a alternativa correta no tocante ao instituto da medida provisória: Dentre outras
hipóteses, é defeso editá-la sobre matéria já disciplinada em projeto de lei pendente de sanção ou veto.
BL: art. 62, §1º, IV, CF.
(TJDFT-2008): Não podem ser objeto de Medida Provisória matéria que vise à detenção ou sequestro de
bens de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; matéria reservada a Lei Complementar;
matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção do
Presidente da República. BL: art. 62, §1º, II a IV, CF.
290
extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa], SÓ PRODUZIRÁ EFEITOS no exercício
financeiro seguinte SE HOUVER SIDO CONVERTIDA em lei até o último dia daquele em que foi
editada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (PGEPB-2008) (TJRS-2009) (DPEMG-2009)
(TRF2-2009) (PCPB-2009) (PCRO-2009) (TJSC-2010) (DPEGO-2010) (DPEAM-2011) (PGEPA-2011) (PGERS-
2011) (TJCE-2012) (DPESC-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (TJPE-2013) (TJMA-2013) (TRF2-2013) (MPF-2013)
(PGEGO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGEGO-2013) (TJPA-2009/2012/2014) (MPRS-2014) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGESC-2014) (MPMS-2015) (TRT16-2015) (TRT23-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015)
(PGEMS-2016) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (PGM-BH/MG-2017) (TRF3-2013/2016/2018) (DPEAP-2018)
(DPEPE-2018) (TJMS-2008/2020) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (Aud. Fiscal-
SEFAZ/DF-2020) (MPDFT-2011/2015/2021) (MPPR-2021)
##Atenção: As exceções previstas pelo §2º do art. 62 da CF (IE, II, IPI, IOF e imposto de guerra) são
exceções ao princípio da anterioridade anual – motivo pela qual a medida provisória que os regula não
precisaria estar convertida em lei até o término do exercício financeiro. Portanto, em regra, a MP
precisará ser convertida em lei até o último dia do ano em que foi editada. Porém, como ressaltado, há
algumas exceções previstas nesse dispositivo. Como a questão não aponta nenhum imposto específico,
deve-se ater à regra geral.
(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: As medidas provisórias podem instituir ou majorar tributos
para os quais não é exigida lei complementar. BL: art. 62, §1º, III e §2º, CF (trib.)
291
Antônio Carrazza, José Eduardo Soares de Melo e Ives Gandra Martins são contrários à medida provisória
como instrumento normativo de matéria tributária. São favoráveis, exemplificativamente, Celso Ribeiro
Bastos, Hugo de Brito Machado e Sacha Calmon. O STF também admite a edição de medida provisória em
matéria tributária (STF. 2ª T. RE 370.451 AgR/MG, rel. Min. Ellen Gracie, j. 21.03.06). Em razão da
generalidade da assertiva, presume-se que a banca tenha adotado o entendimento do STF.
(DPEPE-2018-CESPE): Em matéria tributária, as medidas provisórias podem instituir ou majorar
impostos. BL: art. 62, §2º, CF.
(DPEMG-2009): Medida Provisória pode dispor sobre matéria tributária, exceto a que for reservada à lei
complementar. BL: art. 62, §1º, III, c/c art. 62, §2º, CF.
(MPDFT-2015): O Presidente da República, no final do mês de setembro de um dado ano, editou medida
provisória que instituiu uma taxa. O Congresso Nacional, no mês de fevereiro do ano seguinte, rejeitou a
medida provisória. Neste contexto, o contribuinte que recolheu o tributo no mês de janeiro não tem
direito à repetição de indébito porque não houve nenhum pagamento indevido. BL: art. 62, §2º, CF.
##Atenção: De início, perceba que o art. 62, §2º da CF refere-se apenas a impostos. Desse modo,
interpretando-se literalmente o referido dispositivo, conclui-se que para as demais espécies tributárias
não há a exigência de conversão em lei até o último dia do ano de edição da medida provisória. Acerca
do tema, Eduardo Sabbag explica que, no plano específico da anterioridade tributária, à luz do art. 62, §
2°, da CF/88, a medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos só produzirá
efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que
foi editada. Entretanto, não se curvam à exigência de “conversão em lei até o último dia do ano de edição da
medida provisória” alguns tributos, dentre eles as taxas e contribuições de melhoria. Dessa forma, caso se
tenha uma taxa ou uma contribuição de melhoria, instituídas ou majoradas por medida provisória – o
que se mostra, em tese, plenamente cabível, haja vista não serem exações dependentes de lei
complementar –, a incidência da MP deverá atrelar-se ao princípio da anterioridade (anual e
nonagesimal), independentemente da conversão em lei. (Fonte: SABBAG, Eduardo, Manual de Direito
Tributário. 1ª Ed., São Paulo, Saraiva. 2009, p. 81). Logo, as relações jurídicas do período em que vigorou
a MP são válidas e seus efeitos jurídicos são mantidos (considerando que não houve a edição do decreto
legislativo, previsto no §3º do art. 62 da CF).
(TJSC-2010): A medida provisória editada pela União poderá implicar na instituição ou aumento de
impostos, exceto o imposto de importação de produtos estrangeiros, imposto sobre produtos
industrializados, imposto de importação para o exterior de produtos nacionais, imposto extraordinário e
imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros, só produzindo efeitos no exercício financeiro
seguinte, se convertida em lei até o último dia daquele em que for editada. BL: art. 62, §2º, CF.
(TJRS-2009): Sobre medida provisória, assinale a assertiva correta: Aquela que aumentar alíquota de
imposto de renda e proventos de qualquer natureza só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte
se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. BL: art. 62, §2º, CF (trib.)
##Atenção: A MP que implique instituição ou majoração de impostos, como regra, só produzirá efeitos
no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi
editada.
292
vigência conservar-se-ão por ela regidas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-
se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001)
(MPBA-2018): Assinale a alternativa correta: As medidas provisórias perderão eficácia desde a sua
edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável uma vez por igual
período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas
decorrentes. BL: art. 62, §3º, CF.
##Atenção: O texto constitucional admite a aprovação de projeto de lei por decurso do tempo (art. 66,
§3º), mas não admite a aprovação de medida provisória, pois, se esta não for convertida em lei no prazo
de 60 dias (ou 120 dias, se tiver havido a aprovação), esta perderá sua eficácia.
(MPPE-2008-FCC): Lei ordinária assegura aos servidores públicos a percepção do Abono de Natal
correspondente a 1 mês de remuneração. Ocorre que medida provisória ampliou esse benefício para
conceder mais 50% por cento por ocasião do aniversário do servidor. Entretanto, a medida provisória foi
rejeitada pelo Congresso Nacional. Nesse caso, para a solução dos que já receberam o benefício entre o
período da edição dessa espécie normativa e sua rejeição, o Congresso Nacional deverá disciplinar por
meio de decreto legislativo, no prazo constitucionalmente estabelecido, as relações jurídicas consolidadas
durante a vigência da medida provisória. BL: art. 62, §3º, CF.
##Atenção: ##DOD: O prazo fica suspenso (ou seja, não corre) durante os períodos de recesso do
Congresso Nacional (art. 62, § 4º). Vale ressaltar que a MP continua produzindo efeitos. O que fica
suspenso é a contagem do prazo para que ela perca sua vigência.
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas
provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (PGECE-2008) (TRF5-2009) (DPEMS-2012) (TJPE-2015)
(TRT6-2015) (TRT8-2015) (MPT-2015) (TCMRJ-2015) (PGEMS-2016) (PCGO-2017) (TJSP-2018)
##Atenção: A deliberação nunca ocorrerá em sessão conjunta, mas sim em sessão única.
§ 6º Se a medida provisória NÃO FOR APRECIADA em até quarenta e cinco dias contados de sua
publicação, ENTRARÁ EM REGIME DE URGÊNCIA, subseqüentemente, em cada uma das Casas do
Congresso Nacional, FICANDO SOBRESTADAS, até que se ultime a votação, todas as demais
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001) (DPEPA-2009) (TJMS-2012) (MPPR-2012) (TJSP-2013) (MPSC-2013) (TRF2-2013) (PGEGO-2013) (TJRJ-
2014) (PCPI-2014) (MPMS-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (TCMRJ-2015) (PCGO-2017) (MPPB-2018) (DPEMA-
2018) (MPDFT-2021)
##Atenção: Não há prejuízo automático à tramitação de PEC. O que pode ocorrer é o seguinte:
decorridos 45 dias sem que seja apreciada a MP, haverá o trancamento da pauta da Casa legislativa em
que estiver tramitando (v. art. 62, §6º, CF). Só esse dispositivo já é suficiente para justificar o gabarito, já
que não existe sobrestamento automático. Ademais, ao julgar o MS 27931 o STF ratificou o entendimento
de que esse sobrestamento alcança apenas os projetos de lei sobre temas passíveis de serem tratados por
medida provisória e não toda a pauta. Ficam fora do bloqueio, portanto, PEC's, projetos de lei
complementar, decretos legislativos, resoluções e projetos de lei ordinária cuja matéria não possa ser
tratada por medida provisória. Merece atenção o entendimento de Michel Temer, no seguinte sentido:
como as medidas provisórias só podem tratar de matéria de lei ordinária (matérias residuais), sujeitas às
sessões ordinárias, somente nestas sessões haveria o trancamento da pauta (é o chamado poder de
agenda do Congresso Nacional). Nas sessões extraordinárias e nas ordinárias cujo objeto da lei não possa
ser veiculado por MP (como proposta de emenda à Constituição, resoluções, decretos legislativos), os
congressistas estariam livres para tratar da matéria que quiserem. Esse artifício foi adotado para evitar o
trancamento constante e desobstruir a pauta do Congresso. Trata-se do chamado poder de agenda (art.
62, §6º, CF).
##Questiona-se: ##DOD: Qual é o prazo de eficácia da medida provisória? 60 dias, podendo ser
prorrogada, apenas uma vez, por mais 60 dias. Isso está previsto no art. 62, §§ 3º e 7º da CF/88.
294
##Atenção: ##DOD: Prorrogação é automática: A prorrogação da vigência da MP é automática. Assim,
terminado o prazo de 60 dias, se a MP ainda não tiver sido votada nas duas Casas do Congresso
Nacional, ela será automaticamente prorrogada (o Presidente não precisa pedir a prorrogação). Essa
prorrogação pode ocorrer uma única vez.
##Questiona-se: ##DOD: O que acontece se uma MP não é convertida em lei no prazo de eficácia +
prorrogação (120 dias)? Se uma MP não for convertida em lei no prazo, ela perde eficácia desde a sua
edição (sua eficácia fica exaurida). Ocorrendo essa situação, o Congresso Nacional deverá editar um
decreto legislativo disciplinando como ficarão as relações jurídicas que foram afetadas pela MP no
período em que ela vigorou (art. 62, § 3º). Em outras palavras, este decreto legislativo irá dizer se os
efeitos produzidos pela MP no período em que ela vigorou continuam ou não, mesmo ela não tendo sido
aprovada.
##Questiona-se: ##DOD: O que acontece se uma MP é rejeitada? Se uma MP é votada dentro do prazo
e rejeitada, ela também perde eficácia desde a sua edição, sendo, então, arquivada.
##Atenção: ##DOD: Possibilidades da MP: Podemos identificar três ocorrências possíveis para as
medidas provisórias:
A MP é votada dentro do seu prazo de duração, O texto é promulgado e, com isso, a
1) Aprovação
sendo aprovada pelo Congresso. MP é convertida em lei ordinária.
A MP é votada dentro do seu prazo de duração, A MP é arquivada.
2) Rejeição
mas não obtém os votos necessários para ser
EXPRESSA
aprovada (maioria simples).
A MP não é votada dentro do prazo de duração. A MP é arquivada.
3) Rejeição
Diz-se que a eficácia foi exaurida pelo decurso do
TÁCITA
prazo (perdeu eficácia por decurso do prazo).
(TJSP-2014-VUNESP): De acordo com a CF/88, assinale a opção correta a respeito da Medida Provisória:
A vigência da MP pode ser prorrogada por uma única vez, pelo prazo de 60 dias. BL: art. 62, §7º, CF.
(TJSP-2013-VUNESP): As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. BL:
art. 62, §8º, CF.
##Questiona-se: ##DOD: É possível a reedição de medidas provisórias? SIM, mas desde que isso
ocorra em outra sessão legislativa. Veja o que diz o § 10 do art. 62 da CF/88. Interpretando esse
dispositivo a contrario sensu, é possível a reedição, em outra sessão legislativa, de medida provisória que
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
##Atenção: ##DOD: Sessão legislativa: Quando o § 10 do art. 62 fala em “sessão legislativa”, está se
referindo à sessão legislativa ordinária. Sessão legislativa é o período anual de trabalho ordinário dos
parlamentares no Congresso Nacional. Inicia-se em 02 de fevereiro, é interrompido em 17 de julho para
o recesso do meio do ano e recomeça em 1º de agosto, indo até 22 de dezembro. Desse modo, a sessão
legislativa ordinária vai de 02 de fevereiro até 22 de dezembro, com uma pausa (intervalo) entre 18 de
julho até 31 de julho. Fala-se em sessão legislativa ordinária porque é possível a convocação dos
parlamentares para deliberações extraordinárias. É a chamada convocação extraordinária, prevista no
art. 57, § 7º: “Art. 57 (...) § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre
a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela
indenizatória, em razão da convocação”.
##Questiona-se: ##DOD: O Presidente da República pode “desistir” da MP que ele editou? Ele pode
pedir a “retirada” da MP que está tramitando no CN? NÃO. Não existe essa possibilidade na CF/1988.
##Atenção: ##DOD: Observação importante: Presidente, ao revogar a MP anterior, admite que aquele
assunto não é urgente: O STF entende que o chefe do Poder Executivo da União, ao revogar
determinada medida provisória, abre mão do poder de disposição sobre aquela matéria, com o caráter
de urgência que justificava a edição do ato normativo. Ora, se o próprio Presidente revogou a MP
anterior, significa que aquele assunto que era nela tratado pode esperar (não é urgente) e, portanto, não
deve ser tratado por meio de MP (art. 62, CF). A hipótese corresponde, portanto, à figura da rejeição.
296
Confira precedente neste sentido:
(...) o ato de revogação pura e simples de uma MP outra coisa não é senão uma auto-rejeição; ou
seja, o autor da medida a se antecipar a qualquer deliberação legislativa para proclamar, ele
mesmo (Poder Executivo), que sua obra normativa já não tem serventia. Logo, reeditá-la
significaria artificializar os requisitos constitucionais de urgência e relevância, já categoricamente
desmentidos pela revogação em si. (...) STF. Plenário. ADI 3964 MC, Rel. Min. Carlos Britto, j.
12/12/2007.
##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF declarou inconstitucional dispositivo da MP 886/19, que transferia
para o Ministério da Agricultura a competência para realizar a demarcação de terras indígenas. Essa
disposição foi declarada inconstitucional porque o Congresso Nacional já havia rejeitado uma outra
proposta, com esse mesmo teor, prevista em outra medida provisória (MP 870), editada no mesmo
ano/sessão legislativa (2019). Assim, o STF entendeu que houve a reedição, na mesma sessão
legislativa, de proposta que já havia sido rejeitada pelo Congresso Nacional, o que violou o § 10 do
art. 62 da CF/88. Nos termos expressos da CF/88, é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de
medida provisória que tenha sido rejeitada. STF. Plenário.ADI 6062 MC-Ref/DF, ADI 6172 MC-Ref/DF,
ADI 6173 MC-Ref/DF, ADI 6174 MC-Ref/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 1º/8/19 (Info 946).
§ 11. NÃO EDITADO o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
REJEIÇÃO ou PERDA de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes
de atos praticados durante sua vigência CONSERVAR-SE-ÃO por ela regidas. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001) (MPPE-2008) (PCSC-2008) (TJRS-2009) (AGU-2009) (MPES-2010) (PGESP-2012)
(TRF2-2013/2014) (TJPA-2014) (PCPI-2014) (MPDFT-2015) (MPT-2015) (PCPE-2016) (DPEPR-2014/2017)
(PGESP-2012-FCC): A medida provisória rejeitada pelo Congresso Nacional perde a eficácia, com efeitos
desde a data de sua rejeição, se o Congresso Nacional não editar Decreto Legislativo disciplinando as
relações jurídicas dela decorrentes, em até sessenta dias, após a rejeição. BL: art. 62, §§ 3º e 11, CF.
##Atenção: ##Dica:
1. CN - Editou Decreto legislativo: perda da eficácia desde a EDIÇÃO. (art; 62. § 3º da CF).
2. CN - NÃO Editou Decreto legislativo: perda da eficácia desde a REJEIÇÃO. (art. 62, § 11 º da
CF).
(MPES-2010-CESPE): Acerca do processo legislativo na CF, assinale a opção correta: De acordo com o
STF, a não conversão da medida provisória tem efeito repristinatório sobre o direito com ela colidente.
BL: art. 62, §§ 3º e 11, CF.
##Atenção: Manoel Gonçalves Ferreira Filho explica que “uma das consequências da força de lei é revogar, ou
297
derrogar, as leis anteriores. Daí decorre que a edição de medida provisória válida importa na revogação das leis, ou
das normas de leis, que com o seu texto colidirem. Todavia, a medida provisória é um ato sob a condição resolutiva
de sua conversão em lei, motivo por que a falta desta implica a extinção de seus efeitos, donde a restauração do
Direito anterior.” Por fim, refere que “a não conversão da medida provisória tem, portanto, efeito
repristinatório sobre o Direito com ela colidente”. (Fonte: FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do
processo legislativo, 5ª ed. 2002. pp. 244-245.).
(TJRS-2009): A rejeição de medida provisória pelo Poder Legislativo não produz a automática ineficácia
das relações jurídicas constituídas sob sua égide. BL: art. 62, §§3º e 11, CF.
##Atenção: Caso não sejam convertidas em lei no prazo estabelecido constitucionalmente, as medidas
provisórias perderão sua eficácia desde sua edição (ex tunc) (art. 62, §3º, CF), devendo o Congresso
Nacional disciplinar por meio de DECRETO LEGISLATIVO no prazo de 60 DIAS contados da
REJEIÇÃO ou PERDA DA EFICÁCIA POR DECURSO DE PRAZO as relações jurídicas delas
decorrentes. Se o Congresso NÃO editar o DECRETO LEGISLATIVO no prazo de 60 DIAS as relações
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da medida provisória
permanecerão por ela regidas.
##Atenção: Portanto, a conversão em lei de medida provisória sem que o Congresso Nacional tenha
promovido alterações em seu texto dispensa a sanção presidencial, cabendo ao Presidente da Mesa do
Congresso Nacional a sua promulgação. Em outras palavras, só haverá necessidade de sanção
presidencial caso ocorra alteração do texto original da MP (art. 62, §12 da CF). Como não houve
alterações em seu texto, a MP é promulgada pelo Congresso.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum. (...)
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
298
incompatíveis com o plano plurianual.
##Atenção: Consoante dispõe a ressalva na parte final do inciso I do art. 63 da CF, a vedação não é
completa, já que se o projeto de lei se referir a leis orçamentárias, poderá haver emenda parlamentar no
sentido de aumento de despesa.
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. (TJGO-2009) (MPDFT-2011) (PGEBA-2014)
(TJPE-2015) (TRT8-2015) (PGEMT-2016) (DPEPR-2017)
##Atenção: É admitido aumento de despesas por emenda parlamentar quando não seja em projeto de lei
relacionado nos incisos I e II do art. 63 da CF, pois a restrição alcança estes casos.
##Atenção: Conforme Marcelo Novelino (2014), o que difere o processo legislativo sumário do ordinário
é a fixação de prazo máximo para apreciação do projeto de lei. O Presidente da República poderá
solicitar ao Congresso Nacional urgência na apreciação de projeto de lei de sua iniciativa (CF, art. 64, §
1°). Nessa hipótese, cada Casa terá 45 dias para apreciá-lo, sendo que o prazo não corre durante o
período de recesso parlamentar, nem se aplica aos projetos de código (CF, art. 64, § 4°). Findo o prazo
estabelecido, o projeto deverá ser incluído na ordem do dia, sobrestando-se as demais deliberações
legislativas, salvo se também tiverem prazo constitucionalmente determinado (CF, art. 64, § 2°), como
ocorre com as medidas provisórias (CF, art. 62, § 6°).
§ 3º A APRECIAÇÃO DAS EMENDAS do Senado Federal pela Câmara dos Deputados FAR-SE-Á
no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior. (PCRJ-2009) (TJPR-2012)
(MPMG-2013) (TRT6-2015)
##Atenção: O processo legislativo sumário é aquele em que o chefe do Executivo, nos projetos de lei de
sua iniciativa, solicita urgência (art. 64, § 1º, CF). Conforme art. 64, § 2º, CF, Câmara dos Deputados e
Senado Federal terão, cada um, 45 dias para se manifestarem quanto à proposição. Por fim, o art. 64, § 3º,
CF nos diz que a apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no
prazo de dez dias.
Art. 65. O PROJETO DE LEI aprovado por uma Casa SERÁ REVISTO pela outra, em um só turno
de discussão e votação, e ENVIADO à SANÇÃO ou PROMULGAÇÃO, se a Casa revisora O APROVAR,
ou ARQUIVADO, SE O REJEITAR. (PCSC-2008) (MPCE-2009) (TRF2-2009) (DPEGO-2010) (MPPR-2011)
(TJAC-2012) (TJPR-2012) (PGEAC-2012) (TJRJ-2011/2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGESC-2014)
(PGM-Recife/PE-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (DPEPR-2017) (Anal. Judic./TJCE-2022)
Art. 66. A Casa na qual TENHA SIDO CONCLUÍDA a votação ENVIARÁ o PROJETO DE LEI ao
Presidente da República, que, AQUIESCENDO, o sancionará. (PCSC-2008) (TJGO-2009) (MPCE-2009)
(MPRO-2010) (TJPB-2011) (TJPR-2012) (PGEAC-2012) (PGEPA-2012) (Cartórios/TJSE-2014) (PGM-Recife/PE-
2014) (TJSC-2015) (MPDFT-2015) (TRT15-2015) (MPT-2013/2017) (PCMS-2017) (MPPB-2018) (DPERS-2018)
(Cartórios/TJSP-2018) (PCBA-2018) (Anal. Judic./TJCE-2022)
(TJSC-2015-FCC): A medida provisória que, no processo de conversão em lei, for aprovada pelo
Congresso Nacional sem alterações, não cabe ser submetida à sanção ou veto do Presidente da República,
300
diferentemente do que ocorre com os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República aprovados,
sem modificações, pelo Congresso Nacional. BL: art. 62, §12 e art. 66 da CF/88.
##Atenção: ##STF: ##DOD: O poder de veto previsto no art. 66, § 1º, da Constituição não pode ser
exercido após o decurso do prazo constitucional de 15 dias: A prerrogativa do poder de veto
presidencial somente pode ser exercida dentro do prazo expressamente previsto na Constituição, não
se admitindo exercê-la após a sua expiração. No caso concreto, apenas no dia imediatamente seguinte
à expiração do prazo (16º dia), a Presidência da República providenciou a publicação de edição extra
do Diário Oficial da União para a divulgação de novo texto legal com a aposição adicional de veto a
dispositivo que havia sido sancionado anteriormente. Esse tipo de procedimento não se coaduna com
a Constituição Federal, de modo que, ultrapassado o período do art. 66, § 1º, da CF, o texto do projeto
de lei é, necessariamente, sancionado (art. 66, § 3º) e o poder de veto não pode mais ser exercido.
Portanto, a manutenção de veto extemporâneo na forma do art. 66, § 4º, da CF não retira a sua
inconstitucionalidade, pois o ato apreciado pelo Congresso Nacional sequer poderia ter sido
praticado. Nessa hipótese, caso o Legislativo deseje encerrar a vigência de dispositivo legal por ele
aprovado, deve retirá-lo da ordem jurídica por meio da sua revogação. STF. Plenário. ADPF 893/DF,
Rel. Min. Cármen Lúcia, redator do acórdão Min. Roberto Barroso, j. 20/6/22 (Info 1059).
(PCBA-2018-VUNESP): A Casa na qual tenha sido concluída a votação de projeto de lei deverá enviá-lo
ao Presidente da República que, ao considerar o projeto no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da
data do recebimento. BL: art. 66, caput e §1º, CF.
(MPT-2017): Assinale a alternativa correta: A Casa do Congresso Nacional na qual tenha sido concluída a
votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. Nos termos
da Constituição Federal, poderá o Presidente da República vetar o projeto, no todo ou em parte, no prazo
de quinze dias úteis. BL: art. 66, caput e §1º, CF.
##Atenção: ##Doutrina: ##STF: ##AGU-2015: ##CESPE: O veto constitui um ato político do Chefe do
Executivo, insuscetível de ser enquadrado no conceito de ato do Poder Público, para fim de controle
judicial. Assim, não se admite o controle judicial das razões do veto, em homenagem ao postulado da
separação dos poderes, cabendo exclusivamente ao Congresso Nacional deliberar sobre a validade de
tais motivações do Presidente (Direito Constitucional Descomplicado, 2017, p. 523). Ademais, na ADPF
1-QO, o STF afirmou não ser possível o controle judicial sobre o veto pendente de deliberação pelo
Legislativo, justamente por que não existe, in casu, um “ato do Poder Público”. Não poderia, portanto, o
Judiciário imiscuir-se em competência do Legislativo. (STF. Plenário. ADPF 1 QO, Rel. Min. Néri da
Silveira, j. 03/02/00.). Em suma, o veto é ato político e, portanto, insuscetível de apreciação judicial, seja
na via difusa, seja na via concentrada.
(TJRO-2019-VUNESP): A respeito do processo legislativo brasileiro, é correto afirmar que o veto parcial
somente poderá abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea, mas nunca poderá
recair sobre palavras individualmente. BL: art. 66, § 2º, CF.
(DPERS-2018-FCC): Um projeto de lei ordinária foi aprovado, por maioria simples, em ambas as Casas
do Congresso Nacional. O Presidente da República, ao considerar o referido projeto integralmente
inconstitucional, exerceu seu poder de veto. De acordo com as normas do processo legislativo pátrio, se o
veto não for mantido pelo Poder Legislativo, o projeto será enviado ao Presidente da República, para
promulgação. BL: art. 66, § 2º, CF.
302
uma expressão do art. 74, XI da Constituição de São Paulo) e da ementa da ADI 2645, nessa ordem:
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO.
ART. 74, XI. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE, PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, DE LEI OU
ATO NORMATIVO MUNICIPAL EM FACE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PROCEDÊNCIA. É pacífica a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, antes e depois de 1988, no sentido de que não cabe a tribunais de
justiça estaduais exercer o controle de constitucionalidade de leis e demais atos normativos municipais em face da
Constituição federal. Precedentes. Inconstitucionalidade do art. 74, XI, da Constituição do Estado de São Paulo.
Pedido julgado procedente. (ADI 347, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em
20/09/06, DJ 20-10-06)” (...) “I. Ação direta de inconstitucionalidade da parte final do art. 170 da L. est. 1284-TO,
de 17/12/01 - Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado: inadmissibilidade, dado que, em tese, a
inconstitucionalidade parcial argüida imporia a declaração de invalidade da lei em extensão maior do
que a pedida. II. Ação direta de inconstitucionalidade parcial: incindibilidade do contexto do diploma
legal: impossibilidade jurídica. 1. Da declaração de inconstitucionalidade adstrita à regra de aproveitamento
automático decorreria, com a subsistência da parte inicial do art. 170, a inversão do sentido inequívoco do
pertinente conjunto normativo da L. 1284/01: a disponibilidade dos ocupantes dos cargos extintos - que a lei quis
beneficiar com o aproveitamento automático - e, com essa disponibilidade, a drástica conseqüência - não pretendida
pela lei benéfica - de reduzir-lhes a remuneração na razão do tempo de serviço público, imposta por força do novo
teor ditado pela EC 19/98 ao art. 41, § 3º, da Constituição da República. 2. Essa inversão do sentido inequívoco da
lei - de modo a fazê-la prejudicial àqueles que só pretendeu beneficiar -, subverte a função que o poder concentrado
de controle abstrato de constitucionalidade de normas outorga ao Supremo Tribunal. (ADI 2645 MC, Relator(a):
Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, julgado em 11/11/04, DJ 29-09-06).”
(MPSC-2013): Em vetando parcialmente algum projeto de lei, a Presidência da República não poderá,
ainda que fundamentadamente, limitar seu ato a alguma expressão ou conjunto de palavras, devendo
fazer com que abranja, ao menos, texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. BL: art. 66,
§ 2º, CF.
##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2015: ##PGESE-2017: ##CESPE: A sanção tácita da lei não supre o vício
formal por falta de iniciativa do Chefe do Poder Executivo. Precedentes citados: Rp 890-GB (RTJ
69/625); ADInMC 1.070-MS (DJU de 15.995); ADInMC 1.963-PR (DJU de 7.5.99).
##Atenção: Sanção é a concordância e anuência do Presidente da República com projeto de lei ordinária
ou complementar aprovado pelo Congresso. O prazo para ocorrer a sanção é de 15 dias. Nesse contexto,
a denominada sanção tácita acontece quando, recebido o projeto de lei, o Presidente não se manifesta no
prazo de 15 dias. Em outras palavras, caso o presidente não sancione o projeto nesse período, este será
tido como sancionado tacitamente. O seu silêncio, nesse caso, importa em sanção. Nesse sentido, não está
equivocado afirmar que, na hipótese de o Presidente sancionar expressamente apenas uma parte do
projeto de lei, silenciando quanto ao restante do projeto, estará, na verdade, sancionando-o tacitamente
no todo.
303
##Atenção: Apesar do §3º do art. 66 não falar expressamente que são 15 dias ÚTEIS para sanção tácita,
há que se compatibilizá-lo com o §1º desse mesmo artigo que trata do prazo para o veto. Uma vez que
ficaria incoerente o prazo para vetar ser de 15 dias ÚTEIS e o prazo para sanção tácita ser 15 dias
CORRIDOS.
##Atenção: Com o advento da EC n° 76/2013, a votação para decidir se o veto será mantido ou rejeitado
passa a ser aberta (na redação originária da CF/88 essa votação era secreta).
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da
sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001) (DPESC-2012) (TCEMG-2018)
(TCEMG-2018): A respeito do veto a projeto de lei, é correto afirmar: Se o veto não for apreciado no
prazo de trinta dias, a contar de seu recebimento, ocorrerá o sobrestamento das demais proposições, até a
votação final do veto. BL: art. 66, §§4º e 6º, CF.
§ 7º Se a lei NÃO FOR PROMULGADA dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da
República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente DO SENADO A PROMULGARÁ, e, se este NÃO O
FIZER em igual prazo, CABERÁ ao Vice-Presidente DO SENADO FAZÊ-LO. (PCSC-2008) (AGU-2010)
(TJRJ-2011/2012) (TJPI-2012) (TJPR-2012) (MPDFT-2015) (DPEPR-2017) (PCAP-2017) (MPPB-2018)
##Atenção: VETO: i) Se o presidente sancionar (ratificar) o projeto, ele se torna lei e é publicado no
Diário Oficial da União. Mas o presidente pode vetar uma parte do projeto ou todo ele; ii) Se vetar
alguns trechos, a parte sancionada vira lei, e os vetos voltam para análise do Congresso Nacional (sessão
conjunta da Câmara e do Senado); iii) Se esses vetos forem mantidos, a lei fica como está; iv) Se forem
derrubados, os trechos antes vetados passam a integrar a lei. (https://www.camara.leg.br/entenda-o-
processo-legislativo/)
304
Art. 67. A matéria constante de PROJETO DE LEI REJEITADO SOMENTE PODERÁ
CONSTITUIR objeto de NOVO PROJETO, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. (MPCE-2009) (DPEPA-2009)
(TRF5-2009) (PCPB-2009) (PCRJ-2009) (TJDFT-2011) (MPDFT-2011) (TRF3-2011) (PGEPA-2012) (TRF2-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEBA-2014) (TJGO-2015) (MPBA-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCDF-2015) (TRT8-
2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPE-2016) (MPGO-2019) (MPMG-2019)
(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das casas do Congresso Nacional. BL: art. 67, CF.
(PCPE-2016-CESPE): Assinale a opção correta acerca do processo legiferante e das garantias e atribuições
do Poder Legislativo: Se um projeto de lei for rejeitado no Congresso Nacional, outro projeto do mesmo
teor só poderá ser reapresentado, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta
dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. BL: art. 67, CF.
(PCDF-2015): No que se refere a processo legislativo, assinale a alternativa correta segundo previsão da
CF: Um projeto de lei que tratava da matéria X foi rejeitado. Nesse caso, essa mesma matéria X pode ser
objeto de outro projeto de lei na mesma sessão legislativa, desde que proposta pela maioria absoluta dos
membros de qualquer das casas do Congresso Nacional. BL: art. 67, CF.
Art. 68. As LEIS DELEGADAS SERÃO ELABORADAS pelo Presidente da República, que
DEVERÁ SOLICITAR a delegação ao CONGRESSO NACIONAL. (MPRN-2009) (TRF5-2009) (AGU-2009)
(TJMS-2010) (TJPR-2010) (TJSC-2010) (TJPI-2012) (TJCE-2012) (MPAL-2012) (PCRJ-2012) (TJRJ-2013) (MPMG-
2013) (DPEDF-2013) (TRF2-2013) (MPMT-2014) (MPPR-2014) (PGERN-2014) (TJGO-2009/2015) (TRT2-2015)
(MPT-2013/2017) (DPERO-2017) (PCGO-2017) (MPBA-2018) (MPGO-2019)
(MPGO-2019): Sobre o processo legislativo assinale a resposta correta: As leis delegadas serão elaboradas
pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. BL: art. 68, CF.
##Atenção: Nathalia Masson explica que, “em termos formais, as leis delegadas são elaboradas pelo chefe do
poder executivo, que primeiro deverá apresentar solicitação ao Poder Legislativo (iniciativa solicitadora). Este irá
avaliá-la e, se acatá-la, externará sua aceitação por meio de uma resolução. [...] Ademais, segundo o Supremo
Tribunal Federal, a delegação legislativa só pode ser veiculada mediante resolução, único meio idôneo para
consubstanciar o ato de outorga parlamentar de funções normativas as chefe do Poder Executivo. A substituição por
lei ordinária, portanto, não é válida.” (MASSON, Nathalia, Manual de Direito Constitucional. 6ª edição.
Salvador - BA: JusPodivm, 2018, p. 917)
(TJSC-2010): Sobre as Leis Delegadas, é correto afirmar: Só é possível delegar ao Presidente da República
se este solicitar. Em outras palavras, o Legislativo não pode obrigar o Presidente da República a legislar.
BL: art. 68, CF.
(TJSC-2010): Sobre as Leis Delegadas, é correto afirmar: São também indelegáveis os atos de competência
exclusiva do Congresso Nacional, as leis sobre organização do Poder Judiciário e do Ministério Público e
305
as matérias reservadas à lei complementar. BL: art. 68, §1º, I, CF.
##Atenção: Vejamos o teor do art. 48, inciso II da CF: “Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do
Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de
competência da União, especialmente sobre:(...) II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual,
operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; (...)”.
(MPT-2020): Concernente ao processo legislativo, é correto afirmar que o veículo normativo autorizatório
de lei delegada é a resolução delegativa. BL: art. 68, §2º, CF.
(TJPA-2012-CESPE): Com relação ao processo legislativo, assinale a opção correta: Para que o presidente
da República edite lei delegada, é necessária autorização do Congresso Nacional, por meio de resolução.
BL: art. 68, §2º, CF.
(TJSC-2010): Sobre as Leis Delegadas, é correto afirmar: A delegação ao Presidente da República se faz
por meio de resolução do Congresso Nacional. BL: art. 68, §2º, CF.
##Atenção: ##TJAC-2012: ##CESPE: O controle exercido pelo CN sobre a lei delegada opera efeito ex
nunc, ou seja, não retroativo, mediante sustação do ato normativo que exorbite dos limites da delegação
legislativa. Portanto, se o Presidente da República extrapolar os limites fixados na resolução concedente
da delegação legislativa, o Congresso poderá, através de decreto legislativo, sustar a lei delegada,
paralisando seus efeitos normativos. Nesse caso, a sustação não será retroativa, surtindo efeitos ex nunc,
isto é, a partir da publicação do Decreto Legislativo, visto que não há declaração de nulidade da lei
delegada, mas sustação dos seus efeitos. Além disso, a existência desta espécie de controle político,
criada pelo Poder Legislativo, não será óbice por eventual declaração de inconstitucionalidade pelo
Poder Judiciário, por violação aos requisitos formais e materiais do processo legislativo da lei delegada,
expressamente delineados no art. 68 da CF/88. Com isso, constata-se existe um duplo controle repressivo
da constitucionalidade da edição das leis delegadas: legislativo e judiciário. Porém, a diferença consiste
no que, em eventual declaração de inconstitucionalidade da lei delegada pelo STF, terá efeitos retroativos
desde a edição da lei delegada.
(MPPR-2017): A Constituição Federal de 1988 admite casos de delegação de atos normativos. BL: art. 68,
CF.
306
matéria, dentro do prazo de até 4 meses contados de sua publicação. No período estabelecido, o
Presidente edita lei delegada, sobre os aspectos cogitados, dispondo que entrará em vigor 180 dias após
sua publicação. A lei delegada em questão atende aos requisitos materiais e procedimentais previstos na
CF/88, para fins de delegação legislativa. BL: art. 68, CF.
Art. 69. As LEIS COMPLEMENTARES SERÃO APROVADAS por maioria absoluta. (TJSC-2010)
(PCMG-2011) (TJRS-2012) (PGEAC-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (MPMT-2014) (MPSP-2015) (TRT1-
2015) (DPEPR-2012/2017) (TRF2-2017) (DPERS-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Mudança de Entendimento: A Constituição Estadual não pode ampliar
as hipóteses de reserva de lei complementar, ou seja, não pode criar outras hipóteses em que é exigida
lei complementar, além daquelas que já são previstas na Constituição Federal. Se a Constituição
Estadual amplia o rol de matérias que deve ser tratada por meio de lei complementar, isso restringe
indevidamente o “arranjo democrático-representativo desenhado pela Constituição Federal”. Caso
concreto: STF declarou a inconstitucionalidade de dispositivo da CE/SC que exigia a edição de lei
complementar para dispor sobre: a) regime jurídico único dos servidores estaduais; b) organização da
Polícia Militar; c) organização do sistema estadual de educação e d) plebiscito e referendo. Esses
dispositivos foram declarados inconstitucionais porque a CF/88 não exige lei complementar para
disciplinar tais assuntos. STF. Plenário. ADI 5003/SC, Rel. Min. Luiz Fux, j. 5/12/2019 (Info 962).
##Atenção: Após o projeto ter passado pelo crivo inicial das comissões de determinada casa, será
enviado ao plenário para discussão e votação, sendo necessário um quórum mínimo para instalação da
Sessão, bem como um quórum mínimo para aprovação da norma, sendo este último, variável de acordo
com a norma jurídica a ser editada. A lei ordinária para sua aprovação pelo Poder Legislativo faz-se por
maioria simples. Enquanto, a lei complementar tem sua aprovação apenas por maioria absoluta.
Vemos que a maioria simples está intimamente ligada ao número de presentes na sessão de votação
iniciada. Enquanto a maioria absoluta refere-se diretamente ao número de componentes da Casa
Legislativa. Ou seja, ele é estático, não varia, a não ser que se aumente ou diminua o número de
representantes da respectiva Casa.
Seção IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
308
(AGU-2015-CESPE): Com relação ao controle da administração pública e à responsabilidade patrimonial do
Estado, julgue o seguinte item: Em consonância com o entendimento do STF, os serviços sociais autônomos
estão sujeitos ao controle finalístico do TCU no que se refere à aplicação de recursos públicos recebidos. BL:
Info 759, STF.
Parágrafo único. PRESTARÁ CONTAS qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (DPU-2007) (TRF2-2011) (PGEMT-2011) (PGERO-2011) (MPF-2011/2012)
(MPAP-2012) (MPT-2012) (TRF3-2011/2013) (PGEGO-2013) (MPM-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCPE-2016)
Art. 71. O CONTROLE EXTERNO, a cargo do Congresso Nacional, SERÁ EXERCIDO com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual COMPETE: (PGEPB-2008) (DPEES-2009) (DPEPI-
2009) (DPESP-2009) (PCPB-2009) (DPEBA-2010) (MPCE-2009/2011) (TRF5-2009/2011) (TJES-2011) (PGEPA-
2011) (PGERS-2011) (MPSP-2005/2012) (TJAC-2012) (MPRJ-2012) (MPRR-2012) (PGEMG-2012) (AGU-
2009/2010/2012/2013) (MPES-2013) (MPMG-2013) (MPMS-2013) (DPERR-2013) (TRF3-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (PGDF-2013) (PCPA-2013) (PCPR-2013) (MPM-2013) (DPEMG-2009/2014) (TJPR-2011/2013/2014)
(MPAC-2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGM-São
Paulo/SP-2014) (DPEMA-2009/2015) (MPF-2012/2015) (MPT-2012/2015) (TJPE-2013/2015) (MPAM-2015)
(DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEAM-
2010/2016) (PGEMT-2011/2016) (TJRS-2016) (TJDFT-2016) (DPEMT-2016) (TRF4-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-
2016) (PCGO-2012/2017) (TRF2-2011/2013/2017) (PCMT-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGESP-2002/2012/2018)
(MPBA-2015/2018) (TJMG-2018) (DPEAM-2018) (DPEAP-2018) (PGETO-2018) (PCPI-2018)
(Cartórios/TJMG-2018/2019) (TJRJ-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPAP-2012/2021) (MPRS-2012/2021)
(MPDFT-2021) (PGEGO-2021) (TCERJ-2021) (PGM-POA/RS-2016/2022) (MPSE-2022) (TCETO-2022)
##Atenção: ##STF: ##TCERJ-2021: ##CESPE: A Teoria dos Poderes Implícitos defende a premissa de
que quando a CF/88 defere a atribuição de uma competência a um órgão, haverá a imprescindibilidade
de se conceder a esse mesmo órgão os poderes necessários à execução da referida competência ou a
possibilidade de consecução do prelecionado fim. Assim, quando a Constituição determinar um fim,
ela também deve assegurar, mesmo que implicitamente, os meios necessários à sua efetivação. Nesse
sentido, o STF reconhece ter o TCU legitimidade para expedição de medidas cautelares, a fim de
garantir a efetividade de suas decisões e, assim, prevenir a ocorrência de lesão ao erário. Portanto, as
atribuições expressas no art. 71 da CRFB implicam reconhecer a outorga implícita dos meios
necessários ao desempenho dessas funções, entre eles a concessão de medida cautelar. Conforme
entendimento do STF: “(...) a atribuição de poderes explícitos, ao Tribunal de Contas, tais como
enunciados no art. 71 da Lei Fundamental da República, supõe que se lhe reconheça, ainda que por
implicitude, a titularidade de meios destinados a viabilizar a adoção de medidas cautelares
vocacionadas a conferir real efetividade às suas deliberações finais, permitindo, assim, que se
neutralizem situações de lesividade, atual ou iminente, ao erário público. Impende considerar, no ponto,
em ordem a legitimar esse entendimento, a formulação que se fez em torno dos poderes implícitos, cuja
doutrina, construída pela Suprema Corte dos Estados Unidos da América, no célebre caso McCulloch v.
Maryland (1819), enfatiza que a outorga de competência expressa a determinado órgão estatal importa
em deferimento implícito, a esse mesmo órgão, dos meios necessários à integral realização dos fins que
lhe foram atribuídos. (...) É por isso que entendo revestir-se de integral legitimidade constitucional a
atribuição de índole cautelar, que, reconhecida com apoio na teoria dos poderes implícitos, permite, ao
TCU, adotar as medidas necessárias ao fiel cumprimento de suas funções institucionais e ao pleno
exercício das competências que lhe foram outorgadas, diretamente, pela própria Constituição da
República. STF. Plenário. MS 24.510, Rel. Min. Ellen Gracie, voto do min. Celso de Mello, j. 19/11/03.
(TCERJ-2021-CESPE): A respeito da adoção de medidas cautelares pelos tribunais de contas, julgue o item
que se segue: De acordo com o entendimento do STF, a teoria dos poderes implícitos permite aos tribunais
de contas adotarem medidas cautelares. BL: Entend. Jurisprud.
(MPSC-2014): O Tribunal de Contas é órgão provido de autonomia constitucional, exerce função auxiliar
do Poder Legislativo e sua atuação fiscalizatória integra o chamado controle externo da Administração
Pública. BL; art. 71 da CF (adm.)
310
##Atenção: As Cortes de Contas não têm personalidade jurídica, contudo têm, necessariamente,
capacidade processual, para estarem em juízo em seu próprio nome, quando na defesa de suas
prerrogativas funcionais e direito próprios inerentes à instituição, porque se a Corte de Contas possui
deveres e direitos subjetivos há de ter meios judiciais e capacidade processual para defendê-los. O que se
recusa às Cortes de Contas é a personalidade jurídica, esta sim, pertencente ao Estado na forma do art.
41, II, do Código Civil Brasileiro.
##Atenção: A competência do Tribunal de Contas da União para julgar as contas dos responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos não abrange as contas do presidente da República. Isso porque o TCU
tão somente aprecia as contas apresentadas pelo Presidente da República mediante parecer prévio, o qual
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento (art. 71, I, CF). Por outro lado, no
julgamento das contas, anualmente, a competência é do Congresso Nacional (art. 49, IX, CF).
(TRF2-2013-CESPE): No Brasil, o órgão que tem competência exclusiva para julgar anualmente as contas
prestadas pelo presidente da República é o Congresso Nacional. BL: art. 49, IX c/c art. 71, I, CF.
(TJSP-2009-VUNESP): O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete apreciar as contas prestadas anualmente pelo
Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em 60 (sessenta) dias a
contar de seu recebimento. BL: art. 49, IX69 c/c art. 71, I, CF.
II - JULGAR as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, INCLUÍDAS as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que RESULTE prejuízo ao erário público; (DPEMA-2009) (TRF5-2009) (MPMG-2010)
(DPEBA-2010) (TRF2-2011) (PGERS-2011) (TJAC-2012) (MPRR-2012) (MPF-2012) (PGEMG-2012) (PGESP-
2012) (TRF3-2011/2013) (MPMS-2013) (MPRO-2013) (MPSP-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPA-2013)
(DPEMG-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (DPERN-2015)
(MPF-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEAM-2010/2016) (TJAM-2016)
69
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: IX: JULGAR anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República (...)
311
(MPSC-2016) (TRF4-2016) (PGEMT-2016) (TJCE-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (TJRO-2019) (TJRJ-2019)
(MPAP-2012/2021) (TCDF-2021)
##Questiona-se: O TCU tem competência para fiscalizar o Banco do Brasil? SIM. O Banco do Brasil
integra a Administração Pública federal indireta e, portanto, está sujeito à fiscalização do TCU, nos
termos do art. 71, II, da CF/88:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...)
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
##Questiona-se: O TCU tem competência para fiscalizar a Fundação Banco do Brasil? Em regra, não
deveria ter. Isso porque como se trata de uma fundação de caráter privado, em regra, ela não está sujeita
à fiscalização do TCU nem se submete aos princípios e à legislação aplicáveis à Administração Pública.
Como fundação de direito privado, a FBB está, em regra, submetida apenas à fiscalização do Ministério
Público estadual, nos termos do art. 66 do Código Civil:
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
##Questiona-se: Quando a FBB for transferir dinheiro para alguma entidade social, de pesquisa etc.,
precisará observar os princípios que regem a Administração Pública (ex: a Lei nº 8.666/93)? Essa
transferência está sujeita à fiscalização do TCU? Depende. É necessário analisar a natureza jurídica do
recurso transferido pela FBB (se são recursos públicos ou eminentemente privados) para que se possa
aferir, com exatidão, a necessidade de submissão aos princípios norteadores da gestão pública,
consequentemente, ao crivo do controle externo. A situação é, portanto, a seguinte:
se os recursos que a FBB estiver transferindo para terceiros forem provenientes do Banco do
Brasil ou de alguma outra entidade do poder público (o BB transferiu esses recursos para a FBB
e agora a FBB está repassando para terceiros): haverá fiscalização do TCU. Isso porque, neste
caso, tais recursos, como são provenientes do BB, têm caráter público.
se os valores que a FBB estiver transferindo forem “recursos próprios” (excluídas as dotações
que recebe do Banco do Brasil): não haverá fiscalização do TCU porque a FBB não é uma
entidade da Administração Pública. Logo, se são recursos eminentemente seus (recursos
próprios), a verba é privada.
##Questiona-se: A FBB não poderia ser considerada como uma fundação instituída e mantida “pelo
Poder Público federal”, atraindo sempre a fiscalização do TCU com base no art. 71, II, da CF/88? NÃO.
Isso porque o STF entende que o Banco do Brasil, apesar de integrar a Administração Pública federal,
não pode ser considerado como “poder público”:
O Banco do Brasil, entidade da Administração Indireta dotada de personalidade jurídica de
direito privado, voltada à exploração de atividade econômica em sentido estrito, não pode ser
concebida como poder público. STF. Plenário. MS 24427, Rel. Min. Eros Grau, DJ 24/11/06.
Logo, a FBB consiste em entidade privada não instituída pelo poder público.
##EM SUMA: Vejamos o que dispõe o julgado veiculado no Info 897 do STF:
Não compete ao TCU adotar procedimento de fiscalização que alcance a Fundação Banco do
Brasil quanto aos recursos próprios, de natureza eminentemente privada, repassados por
aquela entidade a terceiros, eis que a FBB não integra o rol de entidades obrigadas a prestar
contas àquela Corte de Contas, nos termos do art. 71, II, da CF. A FBB é uma pessoa jurídica de
direito privado não integrante da Administração Pública. Assim, a FBB não necessita se
submeter aos ditames da gestão pública quando repassar recursos próprios a terceiros por meio
de convênios. Por outro lado, quando a FBB recebe recursos provenientes do Banco do Brasil
— sociedade de economia mista que sofre a incidência dos princípios da Administração
Pública previstos no art. 37, caput, da CF/88, — ficará sujeita à fiscalização do TCU. Isso
porque, neste caso, tais recursos, como são provenientes do BB, têm caráter público. STF. 2ª T.
MS 32703/DF, Rel. Min. Dias Tóffoli, j. 10/4/18 (Info 897).
312
Plenário. ADI 3077/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 16/11/16 (Info 847).
III - APRECIAR, para fins de registro, a LEGALIDADE DOS ATOS de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, INCLUÍDAS as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, EXCETUADAS as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a
das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não
alterem o fundamento legal do ato concessório; (TJSE-2008) (TRF5-2009) (PCPB-2009) (MPMG-2010) (AGU-
2010) (TJPB-2011) (PGEMT-2011) (TJAC-2012) (MPAP-2012) (PGEMG-2012) (PCGO-2012) (TRF2-2013) (PCPA-
2013) (DPEMG-2009/2014) (TJPA-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (TJRS-
2016) (TJAM-2016) (MPRS-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (TJMSP-2016) (DPEAM-2018) (PGM-
POA/RS-2016/2022)
IV - REALIZAR, por iniciativa própria [leia-se: de ofício], da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; (TJMG-2006) (TJES-2011) (PGEPA-2011)
(TRF4-2012) (MPSP-2013) (TJPA-2014) (DPEMG-2014) (MPT-2012/2015) (DPEMT-2016)
(TRE4-2012): Assinale a alternativa correta: O Congresso Nacional exerce controle externo sobre a
administração pública federal com auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete, entre
outras atribuições, a de, por iniciativa própria, realizar inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial em unidades do Poder Judiciário. BL: art. 71, IV, CF.
313
V - FISCALIZAR as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo CAPITAL SOCIAL a
União PARTICIPE, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; (MPMG-2010) (MPCE-
2011) (PGERS-2011) (MPRR-2012) (MPMS-2013) (DPEDF-2013) (MPM-2013) (MPT-2015) (TJAM-2016)
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; (PGEPB-2008) (AGU-
2013) (Cartórios/TJMG-2015)
(AGU-2013-CESPE): Com relação ao controle interno da administração pública e ao TCU, julgue o item
consecutivo: O TCU tem o dever de prestar ao Congresso Nacional, a qualquer de suas Casas ou de suas
comissões, informações sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
que executar, bem como sobre os resultados das auditorias e inspeções que realizar.. BL: art. 71, VII, CF.
314
XI - REPRESENTAR ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. (PGEMG-
2012) (DPEAM-2018) (DPEAP-2018)
##Atenção: No caso de exorbitação de poderes delegados, vejamos o teor do art. 49, V, da CF/88: “ Art.
49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;”
##Atenção: As decisões do Tribunal de Contas que imputam de débitos ou aplicação de multas tem
natureza de título executivo extrajudicial. Outrossim, importante ressaltar, conforme decisão do STF a
seguir, quem terá competência para executar o referido título executivo o ente da federação beneficiado.
Sendo a União, será ela quem ajuizará a demanda executiva, da mesma forma que em relação aos
Municípios e Estados. Vejamos: “Tribunal de Contas do Estado do Acre. Irregularidades no uso de bens
públicos. Condenação patrimonial. Cobrança. Competência. Ente público beneficiário da condenação. Em
caso de multa imposta por Tribunal de Contas estadual a responsáveis por irregularidades no uso de
bens públicos, a ação de cobrança somente pode ser proposta pelo ente público beneficiário da
condenação do Tribunal de Contas. Precedente.” (RE 510.034-AgR, Rel. Min. Eros Grau, j. 24-6-08, 2ª T.,
DJE de 15-8-08). No mesmo sentido: AI 826.676-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 8-2-11, 2ª T, DJE de 24-2-
2011.
(TJAM-2016-CESPE): Sabendo que o controle externo a cargo do Congresso Nacional é exercido com o
auxílio do TCU, assinale a opção correta: O TCU é competente para julgar as contas dos administradores
e demais responsáveis por valores públicos da administração direta e indireta, tendo eficácia de título
executivo as decisões desse tribunal das quais resulte imputação de débito ou multa. BL: art. 71, II, c/c
§3º, CF.
Art. 72. A COMISSÃO MISTA PERMANENTE a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de
despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, PODERÁ SOLICITAR à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
PRESTE os esclarecimentos necessários. (TJSP-2011) (DPEMG-2014)
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais
comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
OBS: As comissões mistas podem ser também permanentes, a teor do art. 72 da CF.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano
irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
316
Art. 73. O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, INTEGRADO por nove Ministros, TEM sede no
Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, EXERCENDO, no
que couber, as ATRIBUIÇÕES previstas no art. 96. (PCDF-2009) (TJPR-2011) (TRF5-2011) (TJMA-2013)
(TRF3-2013) (PGDF-2013) (TJDFT-2016) (PGEPE-2018) (PGETO-2018) (TJMS-2020) (DPESC-2021)
I - mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 122, de 2022)
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior. (TRF3-2013) (MPSC-2014) (DPERN-2015) (MPT-2015)
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, SENDO dois
ALTERNADAMENTE dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal,
INDICADOS em lista tríplice pelo Tribunal, SEGUNDO os critérios de antigüidade e merecimento;
(PGEMG-2012) (TJMSP-2016) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (TJMS-2020) (DPESC-2021)
(MPSC-2014): Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: a) 1/3 (um terço) pelo
Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo 2 (dois) alternadamente dentre
auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal,
segundo os critérios de antiguidade e merecimento; b) 2/3 (dois terços) pelo Congresso Nacional. O
auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e,
quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. BL:
art. 73, §2º, I e II e §4º da CF/88.
I - AVALIAR o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União; (PCAP-2010) (PGESC-2018) (PCPI-2018)
317
II - COMPROVAR a legalidade e AVALIAR os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; (Cartórios/TJES-2013) (PGESC-2018)
III - EXERCER o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União; (PGESP-2002) (MPT-2012) (PGESC-2018)
(DPEAM-2018-FCC): Pedro, diretor da área responsável pelo controle interno da Administração direta
e autárquica de determinado Estado, teve conhecimento, em auditoria realizada em entidade autárquica
da área de apoio à pesquisa universitária, de desvios de recursos públicos praticados por gestores
responsáveis por indicar projetos contemplados com verbas de programa gerenciado naquele âmbito.
Considerando o escopo da atividade de controle interno e as disposições constitucionais que disciplinam
o tema, Pedro deverá dar ciência da irregularidade ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de
responsabilidade solidária. BL: art. 74, §1º, CF.
(TCERJ-2021-CESPE): Com base na CF, julgue o seguinte item: Partidos políticos têm legitimidade para
denunciar ao Tribunal de Contas da União irregularidades na aplicação de recursos públicos. BL: art. 74,
§2º, CF.
(TJDFT-2016-CESPE): No que se refere ao tema controle interno e externo e seus respectivos órgãos
estatais, assinale a opção correta: Qualquer cidadão ou sindicato é parte legítima para denunciar
irregularidades ou ilicitudes ao tribunal de contas. BL: art. 74, §2º, CF.
(DPECE-2014-FCC): Considere a seguinte afirmação: O partido político que não conta com
representante no Congresso Nacional tem legitimidade para, nos termos da Constituição, denunciar
318
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. BL: art. 74, §2º, CF.
(AGU-2012-CESPE): No que se refere aos orçamentos e ao controle de sua execução, julgue o item
seguinte: Os cidadãos são partes legítimas para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o
Tribunal de Contas da União. BL: art. 74, §2º, CF.
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção APLICAM-SE, NO QUE COUBER, à organização,
composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos
Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. (TRF5-2011) (PGERS-2011) (TJAC-2012) (TJPI-2012)
(TJCE-2012) (TJBA-2012) (MPSP-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (MPF-2012) (PGDF-2013) (TJDFT-2014)
(MPAC-2014) (TRF4-2012/2016) (MPRS-2016) (PGEAM-2016) (TJSP-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (TJMA-
2022) (TCETO-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: O art. 75 da CF/88 estabelece que deverá haver um “espelhamento
obrigatório” do modelo de controle externo do TCU previsto na CF/88 para os Tribunais de Contas dos
Estados/DF e para os Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Isso significa que é
materialmente inconstitucional norma da Constituição Estadual que trate sobre a organização ou
funcionamento do TCE de forma diferente do modelo federal. Caso isso ocorra, haverá uma violação
ao art. 75 da Carta Maior. Diante disso, é inconstitucional dispositivo da CE que preveja que, se o TCE
reconhecer a boa-fé do infrator e se este fizer a liquidação tempestiva do débito ou da multa , a Corte
deverá considerar saneado o processo. Esta regra é inconstitucional porque não há previsão
semelhante na CF/88. STF. Plenário. ADI 5323/RN, Rel. Min. Rosa Weber, j. 11/4/19 (Info 937).
(TJSP-2014-VUNESP): O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo funciona como órgão auxiliar da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Legislativo estadual. BL: arts. 71 e 75,
CF e art. 33 da Constituição Estadual de São Paulo.
##Atenção: Quanto ao controle exercido pelos Tribunais de Contas, há que se observar os ditames dos
arts. 70 e seguintes da CF/88. Isto porque, apesar de serem normas dirigidas ao Tribunal de Contas da
União, o art. 75 é expresso ao determinar que suas disposições sejam aplicadas, também, no que couber, à
organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem
como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Incide, aqui, o denominado princípio da
simetria constitucional. Firmada esta premissa, se o TCU auxilia o Congresso Nacional na tarefa de
exercer controle externo ali versado, é de se concluir, por simetria, que o Tribunal de Contas do Estado
de São Paulo atua em auxílio ao respectivo Parlamento estadual, ou seja, à Assembleia Legislativa de São
319
Paulo. Destaque, por fim, o teor do art. 33 da Constituição Estadual de São Paulo: “Artigo 33 - O controle
externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com auxílio do Tribunal de Contas do Estado, ao qual
compete”.
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 76. O PODER EXECUTIVO É EXERCIDO pelo Presidente da República, AUXILIADO pelos
Ministros de Estado. (MPMG-2010) (TJAL-2015) (MPPR-2017) (PGESC-2018)
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a
maioria absoluta de votos, NÃO COMPUTADOS os em branco e os nulos. (MPCE-2009) (TJPR-2011)
(DPESC-2012) (PGEGO-2013) (Cartórios/TJMG-2017) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (PGESP-2018) (MPPI-2019)
(TJMG-2014/2022)
(MPPI-2019-CESPE): Acerca de aspectos relativos aos sistemas eleitorais, é correto afirmar que o sistema
majoritário simples é usado para definir as eleições de senador da República e de prefeito de municípios
com menos de duzentos mil eleitores. BL: art. 29, II c/c art. 46, CF.70
70
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...)
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao
término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais
de duzentos mil eleitores; (...) Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do
Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
320
municípios com menos de duzentos mil eleitores; e II) sistema proporcional: esse sistema tem por
objetivo assegurar às diversas agremiações partidárias um número de lugares no parlamento
proporcional às suas respectivas forças junto ao eleitorado (proporção de votos e vagas no parlamento);
para se saber o número de candidatos eleitos por partido político, há de se passar pelo cálculo do
quociente eleitoral, cálculo do quociente partidário e se promover, ao final, a distribuição das sobras; é
adotado em eleições para deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador.
(ALMEIDA, Roberto Moreira. Curso de direito eleitoral. 14ª ed. Salvador: JusPodivm, 2020, p. 503/506).
(TJMG-2022-FGV): Assinale a alternativa correta: Conforme a Constituição Federal de 1988, serão eleitos
pelo sistema majoritário os prefeitos e vices, governadores e vices, senadores e o presidente da República e
vice.
(TJMT-2018-VUNESP): As eleições para Presidente da República, para Governadores e para Prefeitos de
municípios com mais de 200 mil eleitores obedecerão ao sistema majoritário absoluto. BL: art. 77, §2º, CF
(vide art. 83 do Cód. Eleitoral 71 e arts. 2º e 3º da Lei das Eleições 72); art. 28, CF73 (eleição de Governador);
art. 29, II, CF74 (eleição municipal).
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. (MPSC-2010) (TJSC-2013)
(Cartórios/TJMG-2017) (TJSP-2018)
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato
com a mesma votação, QUALIFICAR-SE-Á o mais idoso.
(MPSC-2019): Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, nos últimos dois anos do
período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo
Congresso Nacional, na forma da lei. BL: art. 81, §1º, CF.
322
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Quando ocorre a dupla vacância dos cargos de Presidente e
de Vice-Presidente da República, o sistema constitucional brasileiro admite a eleição, na forma da lei, nos
últimos 2 anos do período presidencial, para ambos os cargos, pelo Congresso Nacional. BL: art. 81, §1º,
CF.
##Atenção: ##DICA:
Eleições DIRETAS: 2 primeiros anos = ocorre em 90 dias depois de aberta a última vaga.
Eleições INDIRETAS: 2 últimos anos = ocorre em 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso
Nacional (art. 81 §1º).
(MPSP-2011): Assinale a alternativa correta acerca das regras constitucionais de sucessão no caso de
vacância definitiva dos cargos de Presidente e Vice-presidente da República: Se a vacância ocorrer antes
do início dos dois últimos anos de mandato presidencial, convocar-se-á eleição direta para 90 dias depois
da última vaga. Se a última vaga se der nos dois últimos anos do mandato, a eleição será indireta, em 30
dias, pelo Congresso Nacional. Em qualquer das hipóteses, a nova eleição será para “mandato tampão”,
a fim de completar o período de seus antecessores. BL: art. 81, caput e §§1º e 2º, CF.
**Neste interstício, assumirão o cargo interinamente, na seguinte ordem: Presid. da CD, Presid. do SF e
Presid. do STF.
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do
ano seguinte ao de sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
323
Seção II
Das Atribuições do Presidente da República
II - EXERCER, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
(MPMG-2010) (TJAL-2015) (TJRJ-2019)
III - INICIAR o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; (DPEMT-
2009) (MPMG-2012) (TJPE-2013) (MPMT-2014) (PGEPI-2014) (PGEMS-2016)
(TJPE-2013-FCC): A Constituição Federal vigente prevê, no caput de seu art. 37, a observância, pela
Administração Pública, do princípio da legalidade. Interpretando-se essa norma em harmonia com os
demais dispositivos constitucionais, tem-se que o Chefe do Poder Executivo participa do processo
legislativo, tendo iniciativa privativa para propor certos projetos de lei, como aqueles sobre criação de
cargos públicos na Administração direta federal. BL: art. 84, III c/c art. 61, §1º, II, “a”, CF.
(TJMT-2014-FMP): O poder normativo pode ser definido como o que cabe ao Chefe do Poder Executivo
de editar normas complementares à lei, para sua fiel execução. BL: art. 84, IV, CF.
VI – DISPOR, mediante DECRETO, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
(DPEMA-2009) (DPESP-2009) (PCDF-2009) (PCPB-2009) (PGEGO-2010) (PGERS-2010/2011) (TJES-2011)
(MPF-2011) (PGEPR-2011) (PGESP-2009/2012) (TJBA-2012) (MPAL-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PFN-2012)
(AGU-2009/2012/2013) (TJMA-2013) (DPEAM-2013) (PCES-2013) (MPT-2013) (MPMA-2014) (DPEMS-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEAC-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-
2009/2011/2015) (TJAL-2015) (DPERN-2015) (TRT8-2015) (TRT21-2015) (TRF4-2010/2012/2014/2016) (PGEMA-
2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF2-2011/2014/2017) (MPPR-2017)
(DPESC-2017) (TRF5-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJSP-
2018) (DPEPE-2018) (DPERS-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (MPGO-2012/2019) (TJRO-2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPMG-2010/2012/2021) (TRF3-2011/2013/2022) (PGEAM-2022)
324
(MPSP-2006) (TJDFT-2007) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (DPEMA-2009) (DPESP-2009) (PCDF-2009) (PCPB-
2009) (PGERS-2010/2011) (MPDFT-2011) (PGEPR-2011) (PGESP-2009/2012) (TJPA-2012) (TJBA-2012) (PFN-2012)
(AGU-2009/2013) (TJPE-2013) (TJSC-2013) (TJMA-2013) (DPEAM-2013) (PCES-2013) (MPT-2013) (TRF4-
2010/2012/2014) (TJCE-2014) (DPECE-2014) (DPEMS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEAC-2014) (PGEPI-
2014) (PGERN-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-2009/2011/2015) (TJAL-2015) (DPERN-2015) (TRT8-2015)
(TRF4-2010/2012/2014/2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
(TRF2-2011/2014/2017) (DPESC-2017) (TRF5-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-
BH/MG-2017) (DPEPE-2018) (DPERS-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (MPGO-2012/2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020) (MPMG-2010/2012/2021) (TRF3-2011/2013/2022) (PGEAM-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É cabível ADI contra decreto presidencial que, com fundamento no art.
84, VI, “a”, da CF/88, extingue colegiados da Administração Pública federal. Isso porque se trata de
decreto autônomo, que retira fundamento de validade diretamente da CF/1988 e, portanto, é dotado de
generalidade e abstração. STF. Plenário. ADI 6121 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 12 e 13/6/19
(Info 944).
##Atenção: ##STF: ##TRF4-2016: Ausência de ofensa ao princípio da reserva legal, diante da nova
redação atribuída ao inciso VI do art. 84 pela EC nº 32/01, que permite expressamente ao Presidente da
República dispor, por decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal,
quando isso não implicar aumento de despesa ou criação de órgãos públicos, exceções que não se
aplicam ao Decreto atacado. STF. Plenário. ADI 2564, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 08/10/03.
b) extinção de funções ou cargos públicos, QUANDO VAGOS; (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001) (MPSP-2006) (TJSE-2008) (MPRO-2008) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (DPEMA-2009) (DPESP-
2009) (PCDF-2009) (PCPB-2009) (PGEGO-2010) (PGERS-2010) (PGEPR-2011) (TJDFT-2007/2012) (PGESP-
2009/2012) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (TJPE-2013)
(TJSC-2013) (TJMA-2013) (DPEAM-2013) (DPEDF-2013) (PCES-2013) (MPMA-2014) (DPEMS-2014)
325
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEAC-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-2009/2011/2015) (TJAL-
2015) (DPERN-2015) (TRT8-2015) (TRT21-2015) (TRF4-2010/2012/2014/2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016)
(PCPE-2016) (TRT2-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF2-2014/2017) (MPPR-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017)
(TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPERS-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (MPGO-2012/2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (MPMG-2010/2012/2021) (TRF3-2011/2013/2022) (PGEAM-2022)
(MPAP-2021-CESPE): Acerca da relação dos entes federativos com os seus servidores e com as demais
organizações que compõem a máquina pública, assinale a opção correta: A criação de cargo público, por
implicar potencialmente uma despesa pública, é determinada por lei, porque compete ao Poder
Legislativo a criação de despesa pública, ao passo que a extinção de cargo público vago se dá por decreto
do chefe do Poder Executivo. BL: art. 84, VI, “b”, CF.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: Cargos e funções, no âmbito do Poder Executivo, somente
podem ser criados por lei, mas podem ser extintos por decreto, desde que estejam vagos. BL: art. 61, II,
“a”75 c/c art. 84, VI, “b”, CF.
(PGESP-2012-FCC): Assinale a alternativa correta: Cabe ao Chefe do Poder Executivo dispor, mediante
decreto, sobre organização e funcionamento da administração pública, quando não implicar aumento de
despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos. BL: art. 84, VI, CF.
(TJGO-2009-FCC): É corrente a expedição de decretos ainda que não para dar específica execução a
dispositivo de lei. BL: art. 84, VI, CF.
##Atenção: Existe um rol de atribuições que serão dispostos mediante decreto. Todavia, o art. 84, VI da
75
Art. 61. (...). § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...) II - disponham sobre: a)
criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração.
326
CF elenca duas hipóteses que não serão “a fiel execução da lei”. É a figura do “decreto autônomo” como é
denominada pela doutrina. Nessas duas hipóteses, o decreto não estaria regulando nenhum dispositivo
legal.
##Atenção: É o teor dos incisos I e VII do art. 84 da CF. No caso do inciso I ( “nomear e exonerar os
Ministros de Estado;”) o Presidente da República exerce a função de chefe de Governo. Já no inciso VII
(“manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;”) o Presidente estará
exercendo a função de chefe de Estado. Ambas as situações integram o rol de competências privativas do
Presidente.
(MPDFT-2004): O Presidente da República, como Chefe de Estado, mantém relações com Estados
estrangeiros e acredita seus representantes diplomáticos. BL: art. 84, VII, CF.
327
X - DECRETAR e EXECUTAR a intervenção federal; (MPSP-2006) (MPBA-2010) (TRF5-2009/2011)
(Cartórios/TJES-2013) (TJPR-2014) (PGEAC-2014) (MPMS-2015) (TRF1-2015) (TRT23-2015) (TJRS-2016)
(MPMG-2017) (PGESP-2018) (PCGO-2018) (TJAL-2019)
XII - CONCEDER INDULTO e COMUTAR PENAS, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei; (TRF1-2009) (PGESP-2009) (PCPB-2009) (PCPI-2009) (PCRN-2009) (TJRJ-2011) (TJES-2011)
(MPDFT-2011) (MPPR-2011) (PGEPR-2011) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPSC-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-
2012) (AGU-2012) (TJPE-2013) (TJMA-2013) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (MPGO-2012/2014) (DPEMA-
2015) (PCDF-2015) (PGEMS-2016) (PCMS-2017) (DPEPE-2015/2018) (PCGO-2017/2018) (MPBA-2018)
(PGETO-2018) (PCES-2019) (MPSC-2021)
XIII - EXERCER o comando supremo das Forças Armadas, NOMEAR os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, PROMOVER seus oficiais-generais e NOMEÁ-LOS para os cargos que lhes
são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) (MPAL-2012) (AGU-2012)
(TRT1-2016)
XIV - NOMEAR, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o
presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; (TJRJ-2011)
(PGEPA-2011) (TJBA-2012) (MPRR-2012) (PFN-2012) (TRF5-2013) (TRF4-2014) (PGEAC-2014) (DPEMA-2015)
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; (MPT-
2009)
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XIX - DECLARAR GUERRA, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional
ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições,
decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; (PGESP-2009) (TJAC-2012) (MPSC-2013) (PCBA-2013)
(AGU-2013) (PCSP-2022)
XXII - PERMITIR, nos casos previstos em lei complementar, que FORÇAS ESTRANGEIRAS
TRANSITEM pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; (TRF2-2009) (TJSP-2011)
(DPERR-2013) (PCMA-2018)
XXIV - PRESTAR, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as CONTAS referentes ao exercício anterior; (PCRN-2009) (MPES-2010) (MPF-2012)
(TRT1-2016)
XXV - PROVER e EXTINGUIR os cargos públicos federais, na forma da lei; (PGESP-2009) (PCPB-
2009) (TJES-2011) (PGEPR-2011) (TJPA-2012) (MPGO-2012) (MPRR-2012) (PFN-2012) (TJMA-2013) (MPDFT-
2013) (MPPR-2013) (DPECE-2014) (DPERS-2014) (PGEPI-2014) (TRF4-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016)
(Anal. Judic./TRF4-2019) (TRF3-2022)
XXVI - EDITAR MEDIDAS PROVISÓRIAS com força de lei, nos termos do art. 62; (MPSP-2006)
(TJMG-2008) (PGERO-2011)
329
República pode delegar aos Ministros de Estado a competência para julgar processos administrativos
e aplicar pena de demissão aos servidores públicos federais. Para esse fim é que foi editado o Decreto
nº 3.035/99. Facultado ao servidor o exercício da ampla defesa, e inexistente qualquer irregularidade na
condução do respectivo processo administrativo disciplinar, convalida-se o ato que demitiu o acusado
por conduta incompatível com a moralidade administrativa. STF. 1ª T. RMS 25367, Rel. Min. Carlos
Britto, j. 04/10/05.
(TRF5-2009-CESPE): Acerca do Poder Executivo, assinale a opção correta: Conforme entendimento do STF,
o presidente da República pode delegar aos ministros de Estado, por meio de decreto, a atribuição de
demitir, no âmbito das suas respectivas pastas, servidores públicos federais. BL: art. 84, XXV, 1ª parte e §
único c/c Entend. Jurisprud.
##Comentários sobre o julgado acima: No STF, o MS 25.518, de relatoria do Min. Sepúlveda Pertence, por
unanimidade, assentou-se entendimento segundo o qual, nos termos do art. 84, parágrafo único, a
competência do Presidente da República para julgar processos administrativos, bem como de aplicar
pena de demissão aos servidores públicos federais, é delegável a Ministros de Estado. Assim, verificada a
regularidade do processo administrativo disciplinar, e observados o contraditório e a ampla defesa, verifica-
se a legalidade do ato demissório subscrito por autoridade portadora de poderes delegados pelo Chefe do
Poder Executivo.
(PCMS-2017-FAPEMS): As fontes do Direito Processual Penal são classificadas pela doutrina com a
distinção daquelas que criam a norma das que a exteriorizam. Sobre esse tema, afirma-se, com exatidão,
que o Presidente da República, somente por meio de Decreto, pode legislar sobre indulto e comutação de
penas. Trata-se de competência privativa instituída pela Constituição Federal vigente, embora possa tal
atribuição ser delegada por aquele aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República e ao
Advogado-Geral da União. BL: art. 84, caput, XII c/c § único, CF.
Seção III
Da Responsabilidade do Presidente da República
330
Art. 85. SÃO CRIMES DE RESPONSABILIDADE os atos do Presidente da República que
ATENTEM contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: (PCDF-2009) (PFN-2012) (Cartórios/TJES-
2013) (AGU-2013) (MPMT-2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (Cartórios/TJMG-2016) (TRT1-2016) (MPMG-
2010/2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (PCES-2019)
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação; (MPSE-2010) (MPRR-2012) (AGU-2013) (Cartórios/TJMG-2016)
(MPMG-2018) (Cartórios/TJDFT-2019)
(PGEPI-2014-CESPE): A respeito da LOA, assinale a opção correta: Tamanha é a relevância das normas
orçamentárias que a CF prevê que todo ato do presidente da República que atente contra a LOA será
considerado crime de responsabilidade. BL: art. 85, VI, CF.
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. (PCPB-2009) (MPMG-2010) (TJBA-2012)
(Cartórios/TJES-2013) (TJAM-2016) (Cartórios/TJDFT-2019)
Parágrafo único. Esses crimes SERÃO DEFINIDOS em LEI ESPECIAL, que ESTABELECERÁ as
normas de processo e julgamento. (TJAC-2012) (TJPA-2012) (TRF3-2016)
##Atenção: A enumeração do art. 85 da CF/88 não é exaustiva, mas, sim, meramente exemplificativa,
podendo outras condutas ser enquadradas na definição de crime de responsabilidade, desde que haja
definição legal, por meio de lei federal, no caso, a Lei 1.079/50, especialmente em seu artigo 4º.
Art. 86. ADMITIDA a ACUSAÇÃO contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara
dos Deputados, SERÁ ELE SUBMETIDO a julgamento perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, nas
infrações penais comuns, ou perante o SENADO FEDERAL, nos crimes de responsabilidade. (MPPE-
2008) (PGEPI-2008) (PCMG-2008) (PCTO-2008) (MPCE-2009) (DPEMA-2009) (PCPB-2009) (MPT-2009) (TRF5-
2009/2011) (PGEPA-2011) (TJBA-2012) (TJPA-2012) (MPGO-2012) (MPMG-2012) (MPRR-2012) (PCMA-2012)
(TJSC-2013) (MPPR-2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(PGEMS-2014) (TRF1-2009/2011/2015) (TRF4-2009/2016) (MPSC-2014/2016) (TRF3-2016) (PCPA-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-2017) (DPERS-2014/2018) (TJPR-2011/2019) (MPMT-2014/2019)
(Cartórios/TJDFT-2019) (PCES-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020)
##Atenção: ##STF: ##DOD: Imunidade do art. 51, I, e art. 86 da CF/88 não se estende para
codenunciados que não sejam Presidente da República, Vice ou Ministro de Estado: A imunidade formal
prevista no art. 51, I, e no art. 86, caput, da CF/88 não se estende para os codenunciados que não se
encontrem investidos nos cargos de Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministro
de Estado. A finalidade dessa imunidade é proteger o exercício regular desses cargos, razão pela qual
não é extensível a codenunciados que não se encontrem ocupando tais funções. STF. Plenário. Inq 4483
AgR-segundo/DF e Inq 4327 AgR-segundo/DF, rel. Min. Edson Fachin, j. 14 e 19/12/2017 (Info 888).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMT-2019: ##FCC: Imagine que foi formulada denúncia contra o
Presidente da República por infrações penais comuns. O STF deverá encaminhar esta denúncia para a
Câmara dos Deputados exercer o seu juízo político. É possível que, antes desse envio, o STF analise
questões jurídicas a respeito desta denúncia, como a validade dos elementos informativos (“provas”)
que a embasaram? NÃO. Não há possibilidade de o STF conhecer e julgar qualquer questão ou
matéria defensiva suscitada pelo Presidente antes que a matéria seja examinada pela Câmara dos
Deputados. O juízo político de admissibilidade exercido pela Câmara dos Deputados precede a
análise jurídica pelo STF para conhecer e julgar qualquer questão ou matéria defensiva suscitada pelo
denunciado. A discussão sobre o valor probatório dos elementos de convicção (“provas”), ou mesmo a
respeito da validade desses elementos que eventualmente embasarem a denúncia, constitui matéria
relacionada com a chamada “justa causa”, uma das condições da ação penal, cuja constatação ou não se
dará por ocasião do juízo de admissibilidade, a ser levado a efeito pelo Plenário do STF após eventual
autorização da Câmara dos Deputados. STF. Plenário. Inq 4483 QO/DF, Rel. Min. Edson Fachin, j. 20 e
21/9/17 (Info 878).
(MPMT-2019-FCC): De acordo com a disciplina relativa à Organização dos Poderes na Constituição Federal
e a jurisprudência do STF na matéria, ante uma acusação pela prática de crime comum contra o Presidente
da República, não cabe ao STF proceder à análise de questões jurídicas eventualmente atinentes à denúncia
antes do exercício de juízo político de admissibilidade pela Câmara dos Deputados. BL: Info 878, STF.
##Atenção: ##Dica:
Crime de responsabilidade: admissibilidade Câmara (2/3); julgamento Senado. O
Presidente da República ficará suspenso a partir da instauração do processo pelo Senado.
Crime comum: admissibilidade Câmara (2/3); julgamento STF. O Presidente da República
ficará suspenso a partir do recebimento da denúncia ou queixa pelo STF.
(MPRS-2016): Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o
Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Nesta perspectiva, nos termos do art. 86 da CF/88, é
correto afirmar que o Presidente ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns, se
recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF. BL: art. 86, §§ 1º, I, da CF. [adaptada]
(MPRS-2016): Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o
Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Nesta perspectiva, nos termos do art. 86 da CF/88, é
correto afirmar que o Presidente ficará suspenso de suas funções nos crimes de responsabilidade, após a
instauração do processo pelo Senado Federal. BL: art. 86, §§ 1º, II, da CF. [adaptada]
§ 2º Se, DECORRIDO o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído,
CESSARÁ O AFASTAMENTO DO PRESIDENTE, SEM PREJUÍZO do regular prosseguimento do
processo. (TRF5-2009/2011) (MPSC-2014) (MPRS-2016) (PCPA-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (Cartórios/TJDFT-
2019)
(MPSC-2014): Admitida a acusação contra o Presidente da República, por 2/3 (dois terços) da Câmara
dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante
o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. O Presidente ficará suspenso de suas funções: a) nas
infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF; b) nos crimes de
responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. Se, decorrido o prazo de 180 dias,
o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo. BL: art. 86, §§ 1º e 2º da CF.
(MPRS-2016): Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais
comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Nesta perspectiva, nos termos do
art. 86 da CF/1988, é correto afirmar que o Presidente da República, nas infrações comuns, não estará
sujeito à prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória. BL: art. 86, § 3º, CF. [adaptada]
333
amplie a sua incidência a outras autoridades, notadamente do Poder Legislativo.” STF. Plenário. Inq
3983/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 02 e 03/03/16 (Info 816).
(MPRS-2016): Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o
Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Nesta perspectiva, nos termos do art. 86 da CF/1988, é
correto afirmar que o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. BL: art. 86, §4º da CF. [adaptada]
(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: O Presidente da República não pode ser processado
criminalmente durante a vigência do mandato por delitos cometidos antes da posse ou mesmo por
aqueles praticados durante a investidura, salvo se se tratarem de crimes funcionais, prerrogativa essa
que não se estende aos chefes do Poder Executivo das demais esferas. BL: art. 86, §4º, CF.
##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009: ##TRF1-2015: ##CESPE: Perceba que, durante a vigência de seu
mandato, o Presidente da República somente poderá ser responsabilizado por crimes que tenham relação
com o exercício da sua função, de modo que se ele tiver cometido um crime que não tenha relação com o
exercício de sua função, ele apenas poderá ser responsabilizado após o término de tal mandato. Em
resumo, o Presidente poderá ser processado pela prática de infrações penais comuns “por atos praticados
em razão do exercício de suas funções (in officio ou propter officium)” (LENZA, Pedro. Direito Constitucional
Esquematizado. 13ª Ed. – São Paulo: Saraiva, 2009. p. 478).
Seção IV
DOS MINISTROS DE ESTADO
Art. 87. Os MINISTROS DE ESTADO SERÃO ESCOLHIDOS dentre brasileiros maiores de vinte
e um anos e no exercício dos direitos políticos. (MPT-2009) (TJPA-2012) (MPRR-2012) (PCPI-2014) (TRT21-
2015) (PCSP-2018) (MPM-2021)
(PCSP-2018-VUNESP): Supondo que o Presidente da República decida nomear como novo Ministro de
Defesa FULANO DE TAL, é correto afirmar que referido Ministro obrigatoriamente, deverá possuir mais
de 21 anos de idade e ser exclusivamente brasileiro nato, no gozo de seus direitos políticos. BL: art. 12, §3º,
VII77 c/c art. 87, CF.
77
Art. 12. (...) § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: (...) VII - de Ministro de Estado da Defesa.
334
Parágrafo único. COMPETE ao MINISTRO DE ESTADO, além de outras atribuições estabelecidas
nesta Constituição e na lei:
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos ; (TRF1-2009) (PFN-2012)
(PGESC-2014) (TJDFT-2015) (TRT21-2015)
##Atenção: ##STF: ##TJDFT-2015: ##CESPE: O poder regulamentar deferido aos ministros de Estado,
embora de extração constitucional, não legitima a edição de atos normativos de caráter primário (STF
ADI 1.075-MC, rel. min. Celso de Mello, j. 17-6-1998, Plenário, DJ de 24-11-2006.)
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério; (TRT21-
2015)
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República. (Cartórios/TJRS-2015)
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) [obs.: lei ORDINÁRIA] (MPT-2009) (TJAC-2012)
(MPM-2013)
Seção V
DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
Subseção I
Do Conselho da República
(PCSP-2018-VUNESP): É correto afirmar sobre o Conselho da República: dele participam como membros,
dentre outros, os líderes da maioria e da minoria, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado
Federal. BL: art. 89, IV e V, CF.
(TJDFT-2007): Sobre os Conselhos da República e de Defesa Nacional, tal como disciplinados no texto da
Constituição da República de 1988, é correto afirmar: O líder na minoria no Senado Federal participa do
Conselho da República, mas não participa do Conselho de Defesa Nacional. BL: art. 89, V c/c art. 91, CF.
335
VII - SEIS cidadãos brasileiros NATOS, com mais de trinta e cinco anos de idade, SENDO DOIS
NOMEADOS pelo Presidente da República, DOIS ELEITOS pelo Senado Federal e DOIS ELEITOS pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, VEDADA a RECONDUÇÃO. (TRF5-2009/2011)
(TRF1-2011) (TJSC-2013) (DPERR-2013) (TRF2-2013) (PCPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF4-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (MPT-2017) (PCSP-2018) (MPSC-2019) (MPAP-2021)
##Atenção: ##TRF1-2009/2011/2015: ##CESPE: O art. 89, caput, da CF, aduz que o Conselho da República
é órgão superior de consulta. Dessa forma, “suas manifestações não terão, em hipótese alguma, caráter
vinculatório aos atos a serem tomados pelo Presidente da República” (LENZA, Pedro. Direito Constitucional
Esquematizado. 13ª Ed. - São Paulo: Saraiva, 2009. p. 474).
Subseção II
Do Conselho de Defesa Nacional
336
à soberania nacional. BL: art. 91, caput CF.
V - o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) (TJBA-
2012) (TRF1-2009/2015)
##Atenção: ##TRF1-2015: ##CESPE: O art. 2ª da Lei nº 8.183/91, que dispõe sobre a organização e
funcionamento do Conselho de Defesa Nacional, prevê que o órgão é presidido pelo Presidente da
República.
I - OPINAR nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição; (TJAL-2008) (TJES-2011) (TRF1-2011) (PGERO-2011) (TRF2-2013) (PCSP-2018)
CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
337
I - o Supremo Tribunal Federal; (TCETO-2022)
I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJMS-2008)
(TJSE-2008) (PGECE-2008) (TJRS-2009) (MPRN-2009) (DPEPI-2009) (DPESP-2009) (DPEMA-2011) (MPF-
2011) (MPPI-2012) (MPSP-2012) (TJDFT-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (TCETO-2022)
(MPRN-2009-CESPE): Com relação ao CNJ, assinale a opção correta: O CNJ é órgão integrante do Poder
Judiciário. BL: art. 92, I-A, CF.
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) (TCETO-
2022)
(TJMS-2010-FCC): A Justiça Eleitoral brasileira faz parte do Poder Judiciário da União. BL: art. 92, V, CF.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede
na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DISPORÁ sobre o
Estatuto da Magistratura, OBSERVADOS os seguintes princípios: (TJPB-2011) (TRF1-2011) (PFN-2012)
(Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEPI-2014) (TRT1-2015) (TRT8-2015)
(TRF4-2009/2016) (PGEMT-2016) (DPEAL-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESC-2018) (DPEMG-2019)
(DPEGO-2021)
(TRF1-2011-CESPE): Com relação às normas constitucionais que versam sobre o processo legislativo,
assinale a opção correta: Compete ao STF a iniciativa de proposição de lei complementar que disponha
sobre o Estatuto da Magistratura. BL: art. 93, CF.
I - ingresso na carreira, cujo CARGO INICIAL SERÁ o de juiz substituto, mediante concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas
nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2005)
(TJAP-2009) (TJMG-2012) (TJBA-2012) (PCBA-2013) (DPECE-2014) (TRT16-2015) (PGEMT-2016) (TRT4-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (TJPR-2017) (DPESC-2017) (PGEAP-2018) (DPEGO-2021)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei ordinária que fixa idades mínima e máxima para
ingresso na magistratura: É inconstitucional norma estadual que estabelece limites etários para ingresso
na magistratura. Normas estaduais (sejam leis ou normas da Constituição Estadual), que disponham
sobre o ingresso na carreira da magistratura violam o art. 93, caput, inciso I da CF, por usurpar
iniciativa legislativa privativa do STF. STF. Plenário. ADI 6794/CE, ADI 6795/MS e ADI 6796/RO, Rel.
338
Min. Roberto Barroso, j. 24/9/21 (Info 1031).
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei ordinária que fixa idades mínima e máxima para
ingresso na magistratura: A fixação de limite etário, máximo e mínimo, como requisito para o ingresso
na carreira da magistratura viola o disposto no art. 93, I, da Constituição Federal. STF. Plenário. ADI
5329/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 14/12/20 (Info 1002).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: A readmissão na carreira da Magistratura não encontra amparo na Lei
Orgânica da Magistratura Nacional nem na CF/88: Após a promulgação da CF/88, o servidor exonerado
não possui o direito de reingresso no cargo. Isso porque o atual ordenamento constitucional impõe a
prévia aprovação em concurso público como condição para o provimento em cargo efetivo da
Administração Pública. O STF já declarou a inconstitucionalidade de lei estadual que previa a
possibilidade de o magistrado exonerado reingressar nos quadros da magistratura: ADI 2983, Rel. Min.
Carlos Velloso, j. 23/02/05. O CNJ também já expediu orientação normativa vinculante afirmando que
não são possíveis formas de provimentos dos cargos relacionados à carreira da Magistratura que não
estejam explicitamente previstas na Constituição Federal nem na LOMAN. Assim, o magistrado que
pediu exoneração não tem direito de readmissão no cargo mesmo que essa possibilidade esteja prevista
em lei estadual. STJ. 2ª T. RMS 61880-MT, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 03/03/20 (Info 666).
a) É OBRIGATÓRIA a PROMOÇÃO do juiz que FIGURE por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento; (TJPA-2009) (TJRO-2011) (TJMG-2012) (Cartórios/TJSP-2014) (TRF5-
2013/2015) (TJPI-2015) (PGEMT-2016)
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar
o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos
quem aceite o lugar vago; (TJRO-2011) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (TJPI-2015) (PGEMT-
2016)
(TJPI-2015-FCC): A promoção dos juízes de entrância para entrância será feita alternadamente, por
antiguidade e merecimento, observando-se que a promoção por merecimento pressupõe dois anos de
exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte de lista de antiguidade desta,
salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. BL: art. 93, II, “b”, CF.
e) NÃO SERÁ PROMOVIDO o juiz que, INJUSTIFICADAMENTE, RETIVER autos em seu poder
além do prazo legal, NÃO PODENDO DEVOLVÊ-LOS ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRF4-2010) (TJSP-2013) (TRF2-2014) (Cartórios/TJSP-2014)
(TJPI-2015) (PGEMT-2016)
##Atenção: ##STF: ##PGEMT-2016: ##FCC: (...) ART. 78, § 1º, INCS. III, IV E V, DA LEI
COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 10/1996. PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE NA
MAGISTRARURA TOCANTINENSE. INOBSERVÂNCIA DOS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS NA
LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA NACIONAL – LOMAN. IMPOSSIBILIDADE DE
RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO PÚBLICO NO ESTADO OU DE TEMPO DE
SERVIÇO PÚBLICO. CONTRARIEDADE AO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
VALIDADE DA ADOÇÃO DO CRITÉRIO DE IDADE PARA DESEMPATE: PRECEDENTE.
CONFIRMAÇÃO DA MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA PARCIALMENTE À UNANIMIDADE.
AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE PARA DECLARAR A
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 78, § 1º, INCS. III E IV, DA LEI COMPLEMENTAR
TOCANTINENSE N. 10/1996. STF. Plenário. ADI 4462, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 18/08/16.
(PGEMT-2016-FCC): Sobre o Poder Judiciário, de acordo com a Constituição Federal e a jurisprudência do
STF, considere: Lei Complementar Estadual que instituiu a Lei Orgânica do Poder Judiciário de determinado
Estado estabeleceu critérios diversos dos previstos na Lei Orgânica da Magistratura Nacional para desempate
na lista de antiguidade da Magistratura Estadual. Trata-se de dispositivo inconstitucional por versar sobre
matéria própria do Estatuto da Magistratura, de iniciativa do STF. BL: Entend. Jurisprud.
III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento,
alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJSP-2014)
(TJPA-2012-CESPE): Acerca do Poder Judiciário, assinale a opção correta: Constitui etapa obrigatória do
processo de vitaliciamento do magistrado a sua participação em curso de formação e aperfeiçoamento
oficial ou reconhecido por escola nacional. BL: art. 93, IV, CF.
340
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento
do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais
magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas
categorias da estrutura judiciária nacional, NÃO PODENDO a diferença entre uma e outra ser superior a
dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal
dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, §
4º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPPR-2008) (TRT1-2015)
(PGESP-2012-FCC): O ato de remoção compulsória de magistrado, por interesse público, só pode ser
efetivado pelo voto da maioria absoluta dos membros do respectivo Tribunal ou de seu Órgão Especial
ou do Conselho Nacional de Justiça. BL: art. 93, VIII, CF.
341
presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (...)
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não
podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; (Incluída pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
##Atenção: ##STF: ##PGEMT-2016: ##MPPR-2019: ##FCC: Criação, por Lei estadual, de Varas
especializadas em delitos praticados por organizações criminosas. (...) Os juízes integrantes de Vara
especializada criada por Lei estadual devem ser designados com observância dos parâmetros
constitucionais de antiguidade e merecimento previstos no art. 93, II e VIII-A, da CF/88, sendo
inconstitucional, em vista da necessidade de preservação da independência do julgador, previsão
normativa segundo a qual a indicação e nomeação dos magistrados que ocuparão a referida Vara será
feita pelo Presidente do Tribunal de Justiça, com a aprovação do Tribunal. STF. Plenário. ADI 4414, Rel.
Min. Luiz Fux, j. 31/05/12.
(MPPR-2019): Sobre o Poder Judiciário, é correto afirmar: Os juízes integrantes de vara especializada criada
por lei estadual devem ser designados com observância dos parâmetros constitucionais de antiguidade e
merecimento previstos no art. 93, II e VIII-A, da CF/1988, sendo inconstitucional, em vista da necessidade de
preservação da independência do julgador, previsão normativa segundo a qual a indicação e nomeação dos
magistrados que ocuparão a referida vara será feita pelo presidente do tribunal de justiça, com a aprovação
do tribunal. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##PCRJ-2012: A exigência de fundamentação das decisões judiciais, mais do que
expressiva imposição consagrada e positivada pela nova ordem constitucional (art. 93, IX), reflete uma
poderosa garantia contra eventuais excessos do Estado-Juiz, pois, ao torná-la elemento imprescindível
e essencial dos atos sentenciais, quis o ordenamento jurídico erigi-la como fator de limitação dos
poderes deferidos aos magistrados e Tribunais". STF, HC 68.202, Rel. Min. Celso de Mello, DJ, 15-3-
1991.
(AGU-2013-CESPE): Julgue o item a seguir, que trata da organização de instituições do Estado brasileiro
e de seu funcionamento: De acordo com a CF, os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos e todas as decisões administrativas dos tribunais ocorrerão em sessões públicas. BL: art. 93, IX e
X, CF.
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, PODERÁ SER CONSTITUÍDO
ÓRGÃO ESPECIAL, [obs.: é uma faculdade] com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco
membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do
tribunal pleno, PROVENDO-SE metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo
tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2008) (MPPR-2008) (TRF1-
2009) (TRF4-2009) (TJRJ-2011) (TJPI-2012) (PGESP-2012) (TJSC-2013) (TJSP-2013) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (TJCE-2018) (TJAP-2022) (TJMMG-2022)
##Atenção: ##STF: ##MPF-2015: ##TJCE-2018: ##CESPE: ##STJ: É nulo o acórdão que se limita a
ratificar a sentença e a adotar o parecer ministerial, sem sequer transcrevê-los, deixando de afastar as
teses defensivas ou de apresentar fundamento próprio. Isso porque, nessa hipótese, está caracterizada
a nulidade absoluta do acórdão por falta de fundamentação. A jurisprudência admite a chamada
fundamentação per relationem, mas desde que o julgado faça referência concreta às peças que
pretende encampar, transcrevendo delas partes que julgar interessantes para legitimar o raciocínio
lógico que embasa a conclusão a que se quer chegar. STJ. 6ª T. HC 214.049-SP, Rel. originário Min. Nefi
Cordeiro, Rel. para acórdão Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 5/2/15 (Info 557). ##STF: O STF tem
salientado, em seu magistério jurisprudencial, a propósito da motivação “per relationem”, que inocorre
ausência de fundamentação quando o ato decisório – o acórdão, inclusive – reporta-se, expressamente,
a manifestações ou a peças processuais outras, mesmo as produzidas pelo MP, desde que nelas
achem-se expostos os motivos, de fato ou de direito, justificadores da decisão judicial proferida. STF.
2ª T. HC 127228 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 01/09/15. (...) A fundamentação per relationem
constitui motivação válida e não ofende o disposto no art. 93, IX, da Constituição da República. STF. 2ª
T. Inq 2725, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 08/09/15.
(MPF-2015): Sobre Prisões no Processo Penal: O STF tem sua jurisprudência no sentido de não ser nula a
decisão do juiz de primeiro grau que, incorporando per relationem as razões declinadas pelo MP em sua
manifestação, defere pedido de prisão preventiva de réu em processo penal. BL: art. 93, IX, CF e Entend.
Jurisprud.
(TJSP-2013-VUNESP): Nos Tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser
constituído Órgão Especial: o Plenário do Tribunal, nos termos da Constituição, tem absoluta
discricionariedade em decidir ou não pela criação de seu Órgão Especial, em seu regimento interno. BL:
art. 93, XI, CF.
##Atenção: ##STF: Poder Judiciário: órgão especial dos Tribunais: competência do próprio Tribunal, e
não da lei, para criá-lo, que pressupõe, no entanto, composição efetiva superior a 25 juízes. A
competência para criar o Órgão Especial se contém no poder dos Tribunais – segundo o art. 96, I, a, CF
– para dispor, no Regimento Interno, 'sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos' (ADIn 410/SC-MC, Lex 191/166). STF. Plenário. AO 232, Rel.
Min. Sepúlveda Pertence, j. 3-5-95.
XII - a atividade jurisdicional SERÁ ININTERRUPTA, SENDO VEDADO férias coletivas nos
juízos e tribunais de segundo grau, FUNCIONANDO, nos dias em que não houver expediente forense
normal, juízes em plantão permanente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2008)
343
(TJRR-2008) (DPEES-2009) (TJPB-2011) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPA-2013) (MPM-2013) (MPMG-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (MPT-2017) (PCBA-2018) (TJMMG-2022)
(TJRR-2008-FCC): Dispõem o art. 66, caput, e seu § 1°, da Lei Complementar n° 35/79, a Lei Orgânica da
Magistratura: “Art. 66 - Os magistrados terão direito a férias anuais, por sessenta dias, coletivas ou individuais. §
1° - Os membros dos Tribunais, salvo os dos Tribunais Regionais do Trabalho, que terão férias individuais, gozarão
de férias coletivas, nos períodos de 2 a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho. Os Juízes de primeiro grau gozarão de
férias coletivas ou individuais, conforme dispuser a lei.” Referidos dispositivos legais são incompatíveis com a
Constituição da República quanto à previsão de férias coletivas para juízes e membros de Tribunais. BL:
art. 66, §1º da LC 35 c/c art. 93, XII, CF.
XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional SERÁ proporcional à efetiva demanda judicial e
à respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRT8-2015) (Cartórios/TJMG-
2017)
(TJMG-2009): Quanto ao Poder Judiciário: A prática de atos de mero expediente, no Poder Judiciário,
pode ser atribuída aos servidores. BL: art. 93, XIV, CF.
Art. 94. UM QUINTO DOS LUGARES dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos
Estados, e do Distrito Federal e Territórios SERÁ COMPOSTO de membros, do MINISTÉRIO
PÚBLICO, com mais de dez anos de carreira, e de ADVOGADOS de notório saber jurídico e de
reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, INDICADOS EM LISTA
SÊXTUPLA pelos órgãos de representação das respectivas classes. (MPPR-2008) (PGECE-2008) (TJSP-2009)
(DPEPI-2009) (TRF4-2009) (MPDFT-2011) (TJMG-2012) (TJPA-2012) (TJSC-2013) (PCPA-2013) (TJRJ-
2011/2013/2014) (TJCE-2014) (MPMA-2014) (PCPI-2014) (TRF1-2015) (TRT1-2015) (TRT16-2015) (TJDFT-2016)
(TRT4-2016) (MPSC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019)
(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: A garantia de participação na quinta parte dos tribunais de
membros externos à carreira da magistratura impõe que se observe a fração constitucional como mínimo e
não máximo, sendo possível, quando o total de vagas de um tribunal não for divisível por cinco, que ele
tenha mais de um quinto de membros oriundos da advocacia e do Ministério Público, mas nunca menos.
BL: art. 94, CF e Entend. Jurisprud.
(MPSC-2019): No que pertine ao quinto constitucional para composição dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios, formada a lista tríplice pelo
tribunal, será enviada ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus
integrantes para nomeação. BL: art. 94, caput e § único, CF.
I - VITALICIEDADE, que, no primeiro grau, SÓ SERÁ ADQUIRIDA após dois anos de exercício,
DEPENDENDO a PERDA DO CARGO, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; (TJSP-2008) (MPSP-2008)
(TRF2-2009) (TRF4-2009/2010) (PCAP-2010) (MPCE-2011) (TRF1-2011) (MPF-2011) (TJPI-2012) (TJGO-2012)
(TJCE-2012) (PCRJ-2012) (TRF5-2013) (MPF-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (TJDFT-2014/2015) (MPT-2009/2017)
(TJMG-2008/2009/2018) (TJPA-2009/2019) (TJMMG-2022)
(TJMMG-2022): Das disposições constitucionais sobre o Poder Judiciário, assinale a alternativa correta: A
perda do cargo do juiz, no período e vitaliciamento, depende de deliberação do tribunal a que ele estiver
vinculado e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado. BL: art. 95, I, parte final, CF.
(TJMG-2018-Consulplan): Salvo por vontade própria, por sentença judicial transitada em julgado, por
disponibilidade ou por aposentadoria compulsória, os juízes estaduais togados de 1º grau não perdem a
garantia funcional da vitaliciedade. BL: art. 95, I, CF.
##Atenção: José Afonso da Silva leciona: "Uma vez tornado vitalício, isto é, titular do cargo por toda a vida, o
juiz dele só pode ser afastado por vontade própria e apenas o perderá por sentença judiciária ou aposentadoria
compulsória ou disponibilidade" (Curso de Direito Constitucional Positivo, 2017, p. 597).
(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): Assinale a opção correta acerca da organização da carreira, dos direitos, das
garantias e das prerrogativas da magistratura: O magistrado da justiça de primeiro grau adquire
vitaliciedade após dois anos de exercício, e os ministros de tribunais superiores que não sejam egressos da
magistratura de primeiro grau adquirem-na com a posse no cargo de ministro. BL: art. 95, I, CF.
##Atenção: Segundo o art. 95, I, da CF, os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que, no primeiro
grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de
deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada
em julgado. Os ministros de tribunais superiores que não sejam egressos da magistratura de primeiro grau
adquirem-na com a posse no cargo de ministro.
345
##Atenção: Maria Sylvia Zanella Di Pietro explica que somente é possível com relação aos cargos que a
CF/1988 define como de provimento vitalício, uma vez que a vitaliciedade constitui exceção á regra geral
da estabilidade, definida no artigo 41. Logo, a lei ordinária não poderá ampliar os cargos dessa natureza.
(DI PIETRO, p.573).
II - INAMOVIBILIDADE, SALVO por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
(PCAP-2010) (TRF5-2011) (TJGO-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (PCRJ-2012) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (TJDFT-2007/2008/2015) (DPERN-2015) (TRT4-2016) (MPT-2017) (TJMG-
2008/2012/2018) (PCMG-2021)
##Atenção: No mesmo sentido, reforça o Conselheiro do CNJ, Dr. Bruno Ronchetti, ao afirmar que: “por
evidente, esse interesse público deve estar prévia e devidamente justificado, devendo a respectiva deliberação da
administração do Tribunal ser motivada, a fim de que a designação possa ser passível de controle, evitando-se assim
desvios do ato administrativo, tais como abusos, perseguições ou mesmo eventual propósito de frustrar a apreciação
dos processos pelo juiz substituto natural” (CNJ. Número do Processo 0005766-73.2014.2.00.0000. Classe
Processual PP - Pedido de Providências – Conselheiro. Subclasse Processual RA – Recurso Administrativo.
Relator BRUNO RONCHETTI. Sessão 251ª Sessão Ordinária. Data de Julgamento 16.05.2017).
III - IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO, RESSALVADO o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJMG-2012) (TJGO-
2012) (Cartórios/TJSE-2014) (TRF3-2022)
346
1998) (Regulamento)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
347
III - DEDICAR-SE à atividade político-partidária. (TJPR-2010) (PCAP-2010) (MPMS-2011) (TJMG-
2007/2008/2012) (MPTO-2012) (PGEPA-2012) (MPT-2012) (TJSP-2014) (MPMA-2014) (DPECE-2014) (TRT8-
2015) (MPPR-2008/2017)
(TJSP-2018-VUNESP): Com relação aos direitos e deveres dos magistrados, pode-se afirmar que a
garantia da imparcialidade é estabelecida pelo art. 95, § único, da CF/1988 sob a forma de vedações aos
juízes, às quais se acrescentam aquelas previstas no art. 36 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LC
35/75). BL: art. 95, § único, CF c/c art. 36 da LC 35.78
##Atenção: ##TJSP-2018: ##VUNESP: As vedações do art. 36 da LOMAN foram sim recepcionadas. Por
duas razões: 1) São compatíveis com a CF/88; e 2) O art. 95 da CF/88 não regulou integralmente a
matéria, de forma que permanecem válidas as vedações já existentes na LOMAN.
(DPEDF-2013-CESPE): Julgue o item a seguir, que versa sobre o Poder Judiciário, conforme o disposto
na CF: A regra constitucional que proíbe o magistrado de exercer a advocacia no juízo ou no tribunal do
qual se tenha afastado, antes de decorrido o período de três anos, contados do afastamento do cargo,
aplica-se tanto ao Poder Judiciário estadual quanto ao federal de qualquer instância, incluindo-se o STF,
o STJ e os demais tribunais superiores. BL: art. 95, § único, V, CF.
##Atenção: O art. 95, § único, V, da CF, prevê que é vedado aos juízes exercer a advocacia no juízo ou
tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração. Essa restrição atinge todos os magistrados, incluindo tanto ao Poder Judiciário estadual
quanto ao federal de qualquer instância, incluindo-se o STF, o STJ e os demais tribunais superiores.
I - aos tribunais:
78
Art. 36. É vedado ao magistrado: I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de
economia mista, exceto como acionista ou quotista; II - exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil,
associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração; III
- manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de
outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos
autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério.
348
a) ELEGER seus órgãos diretivos e ELABORAR seus regimentos internos, com observância das
normas de processo e das garantias processuais das partes, DISPONDO sobre a competência e o
funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; (MPPB-2010) (TJPR-2011) (TJMG-
2012) (PFN-2012) (TJMA-2013) (TJDFT-2014) (DPERN-2015) (PCGO-2017) (MPT-2017) (TJRS-2018) (PCPI-
2018) (MPPR-2019)
##Atenção: ##STF: “(...) o regramento relativo à escolha dos cargos diretivos dos tribunais brasileiros, por tratar
de tema eminentemente institucional, situa-se como matéria própria ao Estatuto da Magistratura, dependendo,
portanto, para uma nova regulamentação, da edição de lei complementar federal, nos termos do que dispõe a
Constituição. Por fim, enfatizou que somente os magistrados mais antigos seriam elegíveis aos cargos diretivos.”
(STF, Rcl 9723/RS, rel. Min. Luiz Fux, 27.10.11).
##Atenção: ##STF: ##MPPR-2019: "(...) atual Constituição, que, no art. 96, I, a, preceitua que compete
privativamente aos tribunais elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das
garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos. Portanto, em face da atual Carta Magna, os tribunais têm amplo poder de
dispor, em seus regimentos internos, sobre a competência de seus órgãos jurisdicionais, desde que respeitadas as
regras de processo e os direitos processuais das partes." (STF. 1ª T.HC 74.190, Rel. Min. Moreira Alves, j.
15/10/96).
##Atenção: ##STF: ##MPT-2017: A escolha dos órgãos diretivos compete privativamente ao próprio
tribunal, nos termos do art. 96, I, a, da Carta Magna. Tribunal, na dicção constitucional, é o órgão
colegiado, sendo inconstitucional, portanto, a norma estadual possibilitar que juízes vitalícios, que não
apenas os desembargadores, participarem da escolha da direção do tribunal. STF. Plenário. ADI 2.012,
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 27/10/11.
b) ORGANIZAR suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes FOREM vinculados,
velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; (TJSC-2010) (TJPB-2011) (DPESP-2012)
(Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJMG-2015)
OBS: Vejamos o teor do art. 23, II do Código Eleitoral: “Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal
349
Superior: (...) II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou
extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei;”
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##TRF2-2009: ##CESPE: O Poder Judiciário tem competência para
dispor sobre especialização de varas, porque é matéria que se insere no âmbito da organização
judiciária dos Tribunais. O tema referente à organização judiciária não se encontra restrito ao campo de
incidência exclusiva da lei, eis que depende da integração dos critérios preestabelecidos na CF/1988, nas
leis e nos regimentos internos dos tribunais. A leitura interpretativa do disposto nos arts. 96, I, a e d, II,
d, da CF/1988, admite que haja alteração da competência dos órgãos do Poder Judiciário por
deliberação do tribunal de justiça, desde que não haja impacto orçamentário, eis que houve simples
alteração promovida administrativamente, constitucionalmente admitida, visando a uma melhor
prestação da tutela jurisdicional, de natureza especializada. STF. 2ª T., HC 91024, Rel. Min. Ellen Gracie, j.
05/08/08.
(TRF1-2009-CESPE): No tocante ao Poder Judiciário brasileiro, assinale a opção correta: Em consonância
com o entendimento do STF, o Poder Judiciário pode dispor acerca da especialização de varas, desde que
não haja impacto orçamentário, por se tratar de matéria inserida no âmbito da organização judiciária dos
tribunais. BL: Entend. Jurisprud.
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169,
parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos
em lei; (DPEMS-2012)
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes
forem imediatamente vinculados; (PCRJ-2012) (TRT1-2015)
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça PROPOR ao
PODER LEGISLATIVO RESPECTIVO, observado o disposto no art. 169: (MPPR-2008) (PCDF-2009)
(PGEPR-2015) (TRT15-2015) (PFN-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (DPEAL-2017) (PGETO-2018) (PGM-
João Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2019) (TCERJ-2021)
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que
lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos
tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (TJAL-2008)
(MPPR-2008) (MPPE-2008) (DPEES-2009) (PCDF-2009) (DPEDF-2013) (DPEAM-2013) (PGEPR-2015)
(TJAM-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (DPEAL-2017) (DPEPE-2018) (PGETO-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2019) (TCERJ-2021)
350
##Consulplan: É inconstitucional lei estadual, de origem (iniciativa) parlamentar, que discipline a
organização e o funcionamento do Tribunal de Contas estadual (TCE). Isso porque os Tribunais de
Contas possuem reserva de iniciativa (competência privativa) para apresentar os projetos de lei que
tenham por objetivo tratar sobre a sua organização ou o seu funcionamento (art. 96, II c/c arts. 73 e 75
da CF/88). Os Tribunais de Contas, conforme reconhecido pela CF/88 e pelo STF, gozam das
prerrogativas da autonomia e do autogoverno, o que inclui, essencialmente, a iniciativa privativa para
instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e funcionamento. STF. Plenário.
ADI 4643/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, j. 15/5/19 (Info 940). As cortes de contas seguem o exemplo dos
tribunais judiciários no que concerne às garantias de independência, sendo também detentoras de
autonomia funcional, administrativa e financeira, da quais decorre, essencialmente, a iniciativa
reservada para instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e funcionamento,
conforme interpretação sistemática dos arts. 73, 75 e 96, II, d, da Constituição Federal. STF. Plenário. ADI
4418, Min. Rel. Dias Toffoli, j. 15/12/16. (...) STF. Plenário. ADI 4418 MC, Min. Rel. Dias Toffoli, j.
06/10/10.
(TRF5-2011-CESPE): No que se refere ao Poder Legislativo, assinale a opção correta: Segundo entendimento
do STF, as cortes de contas gozam de autonomia, autogoverno e iniciativa reservada para a instauração de
processo legislativo que pretenda alterar a sua organização e funcionamento, razão por que é
inconstitucional lei estadual de iniciativa parlamentar que altere ou revogue dispositivos da lei orgânica do
tribunal de contas do estado, que estabelece preceitos concernentes à forma de atuação, competências e
organização do órgão. BL: Entend. Jurisprud.
##Questiona-se: ##DOD: Mas esse art. 96 da CF/88 aplica-se aos Tribunais de Contas? SIM. Por força
de expressa remissão feita pelo art. 73 da CF/88: “O Tribunal de Contas da União, integrado por nove
Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional,
exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.” Desse modo, os Tribunais de Contas,
assim como o Poder Judiciário, possuem competência privativa para iniciar o processo legislativo
relativamente às matérias previstas no art. 96, II, da CF/88. Logo, uma emenda constitucional aprovada
pela Assembleia Legislativa, de iniciativa parlamentar, ao tratar sobre as competências do Tribunal de
Constas, viola a reserva de iniciativa legislativa privativa do próprio Tribunal de Contas.
##Questiona-se: ##DOD: O art. 73 fala que o art. 96 é aplicado para o Tribunal de Contas da União...
Ele pode ser utilizado também para os Tribunais de Contas dos Estados? SIM. Os Tribunais de Contas
dos Estados são organizados pelas Constituições Estaduais. Contudo, por força do princípio da
simetria, as regras do TCU também são aplicadas, no que couber, aos TCE’s, conforme determina o art.
75 da CF: “Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de
Contas dos Municípios. Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas
respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.” Assim, o art. 96 da CF/88, que se aplica ao TCU (por
força do art. 73) também vale para os TCE´s, com base no art. 75.
##Questiona-se: ##DOD: Esse mesmo raciocínio acima explicado vale para uma emenda
constitucional? Se os Deputados Estaduais tivessem apresentado uma proposta de EC tratando sobre a
organização e o funcionamento do TCE e esta proposição fosse aprovada, ela também seria
inconstitucional? SIM. No modelo federativo a autonomia dos Estados não é plena, uma vez balizada
pela CF/1988. Assim, o poder constituinte reformador nos Estados não ostenta a mesma amplitude do
poder constituinte reformador da Constituição Federal. Desse modo, as regras de reserva de iniciativa
previstas na Constituição Federal não podem ser burladas pelo poder constituinte reformador dos
Estados. Em virtude disso, não é possível que uma emenda à Constituição Estadual, de iniciativa
parlamentar, trate sobre os assuntos previstos no art. 96, II, da CF/88. É o que foi decidido no Info 937
do STF (vide resumo do julgado acima).
III - aos Tribunais de Justiça JULGAR os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem
como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, RESSALVADA a
competência da Justiça Eleitoral. (TJPR-2008) (MPPE-2008) (MPPR-2008) (PCSC-2008) (TJAP-2009) (MPES-
351
2010) (TJDFT-2011) (TJAC-2012) (TJCE-2012) (TJMS-2012) (MPPI-2012) (DPEMS-2012) (TRF4-2012) (PCGO-
2012) (MPSC-2014) (MPF-2011/2015) (MPSP-2015) (DPEMA-2015) (TRT15-2015) (DPEMT-2016) (PCMT-
2017) (PCMG-2018) (TJMG-2022) (MPTO-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMG-2022: ##FGV: Compete aos tribunais de justiça estaduais
processar e julgar os delitos comuns, não relacionados com o cargo, em tese praticados por Promotores
de Justiça: Situação hipotética: João estava de passagem por Aracaju (SE) e ali praticou um crime. Vale
ressaltar que João é Promotor de Justiça no Estado do Ceará. Importante também registrar que o delito
por ele praticado não tem nenhuma relação com o cargo ocupado. O feito foi inicialmente distribuído
ao Juízo de Direito da Vara Criminal de Aracaju (1ª instância da Justiça estadual de Sergipe). O juiz,
contudo, reconheceu sua incompetência sob o fundamento de que, nos termos do art. 96, III, da CF/88,
compete ao Tribunal de Justiça julgar os crimes praticados por Promotores de Justiça. O TJ/CE,
entretanto, disse o seguinte: no julgamento da AP 937 QO/RJ, o STF conferiu nova interpretação
(restritiva) ao art. 102, I, alíneas “b” e “c”, da CF/88, fixando a competência daquela Corte para julgar
os membros do Congresso Nacional exclusivamente quanto aos crimes praticados no exercício e em
razão da função pública exercida. Pelo princípio da simetria, esta interpretação restritiva do foro por
prerrogativa de função deveria ser aplicada também pelo Tribunal de Justiça. Logo, como o crime
praticado pelo Promotor de Justiça não foi cometido em razão da função pública por ele exercida, a
competência seria do juiz de 1ª instância. O STJ afirmou que a competência é, de fato, do Tribunal de
Justiça. A Corte Especial do STJ, no julgamento da QO na APN 878/DF reconheceu sua competência
para julgar Desembargadores acusados da prática de crimes com ou sem relação ao cargo, não
identificando simetria com o precedente do STF. Naquela oportunidade, firmou-se a compreensão de
que se Desembargadores fossem julgados por Juízo de Primeiro Grau vinculado ao Tribunal ao qual
ambos pertencem, criar-se-ia, em alguma medida, um embaraço ao Juiz de carreira responsável pelo
julgamento do feito. Em resumo, o STJ apontou discrímen relativamente aos magistrados para manter
interpretação ampla quanto ao foro por prerrogativa de função, aplicável para crimes com ou sem
relação com o cargo, com fundamento na necessidade de o julgador desempenhar suas atividades
judicantes de forma imparcial. Nesse contexto, considerando que a previsão da prerrogativa de foro da
Magistratura e do Ministério Público encontra-se descrita no mesmo dispositivo constitucional (art.
96, III, da CF/88), seria desarrazoado conferir-lhes tratamento diferenciado. STJ. 3ª S. CC 177.100-CE,
Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, j. 08/09/21 (Info 708).
##Atenção: ##STF: “(...) Matéria criminal. Crime de competência da Justiça Federal praticado por magistrado.
Art. 96, inciso III, da Constituição Federal. Competência do Tribunal de Justiça estadual. Juiz Natural.
Precedentes. 1. O acórdão recorrido está em perfeita consonância com a jurisprudência desta Suprema Corte no
sentido de que ‘mesmo nas hipóteses que configurem crimes de competência da Justiça Federal, cabe ao
Tribunal de Justiça, como juiz natural ou constitucional dos magistrados locais, processá-los e julgá-los pela
prática de tais infrações’.” (HC nº 68.935/RJ, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de
25/10/91). (...) (AI-AgR 809602, DIAS TOFFOLI, grifos acrescidos)
(TJDFT-2011): Da competência pelo lugar da infração. Juiz de Direito Substituto do Distrito Federal, em
férias na cidade de Fortaleza/CE, que se envolvendo em acidente de trânsito abate a tiros seu
antagonista causando-lhe a morte, foi preso em flagrante. Anote a opção correta: Por haver sido preso em
flagrante, o magistrado deve ser processado e julgado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios – TJDFT. BL: art. 96, III, CF.
Art. 97. SOMENTE pelo VOTO DA MAIORIA ABSOLUTA de seus membros ou dos membros do
respectivo órgão especial PODERÃO os tribunais DECLARAR a INCONSTITUCIONALIDADE de lei
ou ato normativo do Poder Público. (MPPE-2008) (TJMG-2009) (TJMT-2009) (PGEAL-2009) (PCPB-2009)
(MPPB-2010) (TRF4-2010) (MPF-2011) (TJBA-2012) (TJAC-2012) (MPMG-2012) (MPRR-2012) (DPEAC-2012)
352
(PGEAC-2012) (PCPA-2012) (PFN-2012) (MPDFT-2011/2013) (MPGO-2013) (TRF1-2013) (Cartórios/TJBA-2013)
(PGDF-2013) (PF-2013) (MPPR-2013/2014) (TJDFT-2014) (TJPR-2014) (TJCE-2014) (MPAC-2014) (DPEGO-
2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TJSP-2008/2014/2015) (TJRR-2015)
(MPAM-2015) (DPEMA-2015) (DPEPA-2015) (PCDF-2015) (TRT23-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJAM-
2016) (Cartórios/TJMG-2016) (TRT2-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPERO-2012/2017) (DPU-2015/2017) (TRF5-
2011/2015/2017) (MPRO-2013/2017) (DPEPR-2017) (PCAP-2017) (PCGO-2017) (TRT/Unificado-2017) (MPT-
2017) (MPBA-2010/2018) (DPEAM-2011/2018) (TRF3-2016/2018) (TRF2-2013/2014/2017/2018) (DPERS-2018)
(Cartórios/TJSP-2018) (PCBA-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (TJAC-2012/2019) (DPESP-2012/2019) (MPSP-
2006/2013/2019) (Cartórios/TJDFT-2014/2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019)
(Anal. Judic./TRF4-2019) (TJMS-2008/2020) (MPCE-2009/2020) (PGEGO-2013/2021) (TJSC-2010/2022) (TJMMG-
2022)
Súmula Vinculante nº 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.
Art. 949 do CPC/2015: Art. 949. Se a arguição for:
I - rejeitada, prosseguirá o julgamento;
II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, onde houver.
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a
arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo
Tribunal Federal sobre a questão.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMS-2020: ##FCC: O afastamento de norma legal por órgão
fracionário, de modo a revelar o esvaziamento da eficácia do preceito, implica contrariedade à cláusula
de reserva de plenário e ao Enunciado 10 da Súmula Vinculante. Caso concreto: a 4ª Turma do TRF da
1ª Região, ou seja, um órgão fracionário do TRF1, ao julgar apelação, permitiu que uma empresa
comercializasse determinada espécie de cigarro mesmo isso sendo contrário às regras do Decreto
7.212/10. Embora não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do Decreto, a 4ª Turma
afirmou que ele seria contrário ao princípio da livre concorrência, que é previsto no art. 170, IV, da
CF/88. Ao desobrigar a empresa de cumprir as regras do decreto afirmando que ele violaria o princípio
da livre iniciativa, o que a 4ª Turma fez foi julgar o decreto inconstitucional. Ocorre que isso deveria
ter sido feito respeitando-se a cláusula de reserva de plenário, conforme dispõe a SV 10 . STF. 1ª T. RE
635088 AgR-segundo/DF, rel. Min. Marco Aurélio, j. 4/2/20 (Info 965).
##Atenção: ##STF: ##TJAC-2019: ##VUNESP: Segundo o STF, não há falar em contrariedade à Súmula
Vinculante 10, a autorizar o cabimento da reclamação, nos moldes do art. 103-A, §3º, da CF/1988,
quando o ato judicial reclamando se utiliza de raciocínio decisório de controle de constitucionalidade,
deixando de aplicar a lei, quando já existente pronunciamento acerca da matéria por este STF. STF. 1 ª
T. Rcl 16.526, Rel. Min. Rosa Weber, j. 07/03/17.
353
constitucionalidade da lei municipal, deverá prosseguir no julgamento do processo, sem suscitar o incidente
de arguição de inconstitucionalidade ao plenário ou ao órgão especial. BL: art. 97, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: Quando declarada a CONSTITUCIONALIDADE não haverá a cláusula de reserva de plenário,
pois esta apenas se aplica em caso de declaração de INCONSTITUCIONALIDADE, nos termos do art. 97 da
CF.
(TJRO-2019-VUNESP): Suponha que o Estado de São Paulo tenha, mediante a Lei Estadual Z, aprovado o
reajuste da cobrança do Imposto X, de sua competência. Matteo, por entender que a mencionada lei viola a
CF/1988, ajuíza uma ação ordinária com pedido de devolução de todos os valores pagos a título do Imposto
X perante a Fazenda Pública do Estado de São Paulo em desfavor do Estado, defendendo como causa de
pedir a inconstitucionalidade da lei. Ao analisar o pedido inicial, o Juiz de primeiro grau entendeu que a Lei
Estadual Z respeitou os ditames estabelecidos pela Constituição Estadual e julgou improcedentes os
pedidos iniciais. Inconformado com a questão, Matteo interpõe recurso de apelação perante o Tribunal de
Justiça do Estado, pedindo a revisão do julgado. A partir desse caso hipotético e considerando as regras a
respeito da Cláusula da Reserva de Plenário, assinale a alternativa correta: Caso entenda pela
constitucionalidade da norma, a Câmara/Turma do Tribunal pode dispensar a aplicação da cláusula da
reserva de plenário. BL: art. 97, CF e Entend. Jurisprud.
354
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Decisão que decreta a nulidade de ato administrativo contrário à CF/88: O
STJ afirmou que não há ofensa à cláusula da reserva de plenário quando o órgão fracionário do
Tribunal reconhece, com fundamento na CF/88 e em lei federal, a nulidade de um ato administrativo
fundado em lei estadual, ainda que esse órgão julgador tenha feito menção, mas apenas como reforço
de argumentação, à inconstitucionalidade da lei estadual. No caso concreto, o Tribunal de Justiça, por
meio de uma de suas Câmaras (órgão fracionário) julgou que determinado ato administrativo concreto
que renovou a concessão do serviço público sem licitação seria nulo por violar os arts. 37, XXI, e 175 da
CF e a Lei 8.987/95. Além disso, mencionou, como mais um argumento, que a Lei Estadual que
autorizava esse ato administrativo seria inconstitucional. Não houve violação porque o ato
administrativo que foi declarado nulo não era um ato normativo. Ademais, a menção de que a lei
estadual seria inconstitucional foi apenas um reforço de argumentação, não tendo essa lei sido
efetivamente declarada inconstitucional. STJ. 2ª T. AgRg no REsp 1435347-RJ, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, j. 19/8/14 (Info 546).
##Atenção: ##STF: ##MPSP-2019: O STF entende que não há violação ao princípio da reserva de
plenário quando o acórdão recorrido apenas interpreta norma infraconstitucional, sem declará-la
inconstitucional ou afastar sua aplicação com apoio em fundamentos extraídos da Lei Maior. STF. 2ª
T., ARE 784179 AgR, Min. Rel. Ricardo Lewandowski, j. 04/02/14.79
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A jurisprudência do Egrégio Supremo Tribunal Federal é firme
no sentido de que não há violação ao princípio da reserva de plenário quando o acórdão recorrido apenas
interpreta norma local, sem declará-la inconstitucional. BL: art. 97, CF e Entend. Jurisprud.
(TJMS-2020-FCC): A cláusula de reserva de plenário (regra do full bench), nos termos da Constituição
Federal e da jurisprudência do STF, tem aplicabilidade à decisão que declara a inconstitucionalidade de
lei, ainda que parcial, inexistindo violação à referida cláusula na decisão de órgão fracionário quando
houver declaração anterior proferida pela maioria absoluta do órgão especial ou Plenário do Tribunal
respectivo. BL: SV 10, STF e RE 544.246/SE do STF c/c art. 97, CF/88.
##Atenção: ##STF: ##DPESP-2019: ##TJMS-2020: ##FCC: O STF entende que mesmo a declaração
parcial de inconstitucionalidade, pressupõe a obediência à norma do art. 97 da CF (STF. 1ª T. RE
544.246/SE, rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 13.02.07). Por outro lado, não há violação da regra se houve
manifestação do órgão especial ou do plenário do tribunal respectivo; é justamente essa a aplicação literal
do art. 97 da CF/88.
(DPESP-2019-FCC): A Defensoria Pública de São Paulo ingressou com ação civil pública alegando, em
síntese, que a Resolução 18/15, da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo − que
exige, em todos os concursos públicos na esfera estadual, que as candidatas mulheres apresentem
exames médicos de mamografia (mulheres acima de 40 anos) e colpocitologia oncótica (Papanicolau) na
avaliação de aptidão das candidatas para posse em cargos públicos − violaria a dignidade humana, a
intimidade, a privacidade e integridade física e psicológica das mulheres, além de ferir os princípios da
igualdade de gênero e da isonomia, uma vez que não há exigência de previsão equivalente aos
candidatos homens. Após decisão parcialmente favorável na primeira instância, houve recurso e a
Câmara do Tribunal de Justiça determinou a remessa dos autos ao Órgão Especial. A respeito do caso é
correto afirmar: Se o órgão fracionário declara expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público ou mesmo afasta sua incidência, no todo ou em parte, viola a Súmula
Vinculante nº 10 do STF, bem como o art. 97 da CF/88. BL: SV 10 e art. 97, CF.
##Atenção: Exceções à cláusula de reserva de plenário: Existem duas mitigações à cláusula de reserva
de plenário, ou seja, duas hipóteses em que o órgão fracionário poderá decretar a inconstitucionalidade
sem necessidade de remessa dos autos ao Plenário (ou órgão especial): i) quando o Plenário (ou órgão
especial) do Tribunal que estiver decidindo já tiver se manifestado pela inconstitucionalidade da
norma; ii) quando o Plenário do STF já tiver decidido que a norma em análise é inconstitucional. Tais
exceções estão também consagradas no § único do art. 949 do CPC/15.
(DPESC-2017-FCC): A cláusula de reserva de plenário estabelece que somente pelo voto da maioria
absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. BL: art. 97, CF/88.
I - JUIZADOS ESPECIAIS, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a
conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de
menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses
previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; (DPECE-
2008) (MPES-2010) (TJSC-2013) (DPESP-2015) (MPPR-2016)
##Atenção: e acordo com o art. 98, I, da CF/88, a criação da conciliação e transação tem o objetivo de
tenta-se evitar que a questão vire um processo. Tanto a conciliação, quanto a transação, além da
composição de danos, são extraprocessuais.
II - JUSTIÇA DE PAZ, remunerada, COMPOSTA de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, CELEBRAR casamentos,
VERIFICAR, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e EXERCER
atribuições conciliatórias, SEM caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. (TJAL-2008)
(TJPR-2011) (TJES-2011) (MPDFT-2011) (DPECE-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCSC-2014)
(MPPR-2016) (MPPB-2018) (DPEAM-2021)
##Atenção: ##STF: ##TJAL-2008: ##DPECE-2014: ##CESPE: ##FCC: (...) Lei estadual que disciplina
os procedimentos necessários à realização das eleições para implementação da justiça de paz [art. 98,
II, da CB/88] não invade, em ofensa ao princípio federativo, a competência da União para legislar
sobre direito eleitoral [art. 22, I, da CB/88]. (...) ADI 2938, Relator Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, j.
9/06/05.
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.
(Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
358
(TJDFT-2015-CESPE): A União alterou o Regimento de Custas da Justiça do DF, estabelecendo que 5%
da arrecadação decorrente do pagamento de custas da justiça deveriam ser repassados à uma associação
representativa de um segmento de serventuários da justiça. Nessa situação hipotética, a alteração do
regimento deve ser considerada inválida porque o produto da arrecadação em questão não pode ser
revertido em benefício de pessoas jurídicas de direito privado, a exemplo da Associação de Magistrados
X. BL: art. 98, §2º da CF e Entendimento do STF (ADI 2982).
##Atenção: ##TRF4-2009: De fato, é vedada a destinação do produto das taxas judiciárias a entidades
privadas ou de representação de classes (STF, ADI 2982). No mais, a CF exige que o produto de custas e
emolumentos (taxas judiciárias) sejam destinados ao custeio dos serviços públicos ligados à prestação
jurisdicional, nos termos do §2º do art. 98.
##Atenção: ##TRF4-2009: ##PGEPA-2011: Primeiramente, temos que conhecer a natureza jurídica das
custas que, segundo o STF (STF ADI MC 1378/ES), têm natureza de taxa remuneratória de serviço
público, ou seja, a sua cobrança está vinculada à prestação daquele destino, sendo inconstitucional
vinculação de sua arrecadação para outro fim (como o apresentado na questão acima – tributo de
arrecadação vinculada), cuja competência para sua alteração caberá a União. A propósito, vale lembrar
que a justiça do DF quem legisla é a União, nos termos art. 22, XVII da CF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que trate sobre
isenção de custas judiciais: Isso porque, os órgãos superiores do Poder Judiciário possuem reserva de
iniciativa (competência privativa) para apresentar os projetos de lei que tenham por objetivo tratar
sobre redução das custas judiciais (arts. 98, § 2º, e 99, caput e § 1º da CF). STF. Plenário. ADI 3629, Rel.
Min. Gilmar Mendes, j. 03/03/20.
359
legislador estadual tratar.
##Atenção: ##Dica.
-Tribunal encaminhou proposta de acordo com a LDO → Executivo não pode fazer ajustes
(caso da questão);
-Tribunal encaminhou proposta em desacordo com a LDO → Executivo faz ajustes dentro dos
limites da LDO;
360
EXCETO SE previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPMG-2010) (DPEGO-2021)
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e
Municipais, em virtude de sentença judiciária, FAR-SE-ÃO EXCLUSIVAMENTE na ordem cronológica
de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, PROIBIDA a designação de casos ou
de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais ABERTOS para este fim. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009) (PGESP-2009) (MPMG-
2010) (PGEAM-2010) (MPTO-2012) (PFN-2012) (DPEAM-2011/2013) (MPF-2012/2013) (Cartórios/TJRS-2013)
(PCPA-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (TRF1-2009/2015) (TJDFT-2014/2015) (TJPB-2015) (PGEPA-2015) (PGERS-
2015) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRF5-2011/2013/2017) (TRF2-2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017)
(PCMS-2017) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (PGEPE-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPGO-2019)
(DPEMG-2019) (MPCPA-2019) (MPT-2020) (MPDFT-2011/2013/2021) (MPPR-2019/2021) (TJPR-2021)
(TCEAM-2021) (TCDF-2021) (TJMG-2022) (PGERO-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: Não se submetem ao regime de precatório as empresas públicas dotadas
de personalidade jurídica de direito privado com patrimônio próprio e autonomia administrativa que
exerçam atividade econômica sem monopólio e com finalidade de lucro. STF. 1ª T. RE 892727/DF, rel.
orig. Min. Alexandre de Morais, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, j. 7/8/18 (Info 910).
361
2019: ##MPCPA-2019: ##MPDFT-2021: ##TJPR-2021: ##TCDF-2021: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FGV: É
possível aplicar o regime de precatórios às empresas públicas e sociedades de economia mista? As
empresas públicas e sociedades de economia mista não têm direito à prerrogativa de execução via
precatório. STF. 1ª T. RE 851711 AgR/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12/12/17 (Info 888). (...)
Em regra, as empresas estatais estão submetidas ao regime das pessoas jurídicas de direito privado
(execução comum). No entanto, é possível sim aplicar o regime de precatórios para empresas públicas
e sociedades de economia mista que prestem serviços públicos e que não concorram com a iniciativa
privada. Assim, é aplicável o regime dos precatórios às empresas públicas e sociedades de economia
mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial. STF. 1ª T. RE
627242 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, j. 02/05/17. STF. Plenário.
ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 23/3/17 (Info 858).
(TJPR-2021-FGV): A empresa pública estadual Alfa, que exerce exclusivamente atividade econômica sem
monopólio e com finalidade de lucro, foi condenada em processo judicial à obrigação de pagar a quantia de
duzentos mil reais a João. Iniciada a fase de cumprimento de sentença, os advogados da empresa pública
Alfa pleitearam ao juízo a aplicação do regime de precatório, na forma do Art. 100, da CF/1988, o que foi
deferido. Inconformado, João recorreu da decisão. Consoante entendimento do STF sobre a matéria, a
decisão judicial recorrida: merece ser reformada, pois a empresa pública Alfa não se submete ao sistema de
precatório, pois se lhe aplica o regime jurídico de execução direta das empresas privadas, por ser
exploradora de atividade econômica em caráter concorrencial. BL: art. 100, CF e Infos 858 e 888, STF.
(TRF5-2017-CESPE): Pagamentos devidos pela fazenda pública federal, estadual, distrital e municipal em
virtude de sentença judiciária deverão ser feitos exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios. Conforme o entendimento do STF, é aplicável o regime de precatório apenas à União, aos
estados, ao Distrito Federal, aos municípios, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas e às
sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado. BL: art. 100, CF e Infos 858
e 888, STF.
(TRF2-2017): Pagamentos devidos pela fazenda pública federal, estadual, distrital e municipal em virtude
de sentença judiciária deverão ser feitos exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios. Conforme o entendimento do STF, é aplicável o regime de precatório apenas à União, aos
estados, ao Distrito Federal, aos municípios, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas e às
sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado. BL: art. 100, CF e Infos 858
e 888, STF.
362
doutrina de referência e a jurisprudência do STF sobre a matéria, assinale a opção correta: As sociedades de
economia mista que exerçam atividade econômica em regime de concorrência ou que tenham como objetivo
distribuir lucros aos seus acionistas não podem beneficiar-se do sistema de pagamento por precatório de
dívidas decorrentes de decisões judiciais. BL: art. 100, CF e Entend. Jurisprud.
(MPF-2013): Com relação às empresas públicas, sociedades de economia mista e entidades estatais, a
jurisprudência do Eg. Supremo Tribunal Federal é no seguinte sentido: Os privilégios da Fazenda Pública
são inextensíveis às sociedades de economia mista que executam atividades econômicas em regime de
concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas. BL: art. 100, CF e Entend.
Jurisprud.
(TJMG-2022-FGV): Sobre o regime jurídico dos precatórios, analise a afirmativa a seguir: Os débitos de
natureza alimentícia serão pagos com preferência sobre os demais débitos. BL: art. 100, §1º, CF.
(TJMG-2022-FGV): Sobre o regime jurídico dos precatórios, analise a afirmativa a seguir: O regime de
expedição de precatório não se aplica a pagamento de pequeno valor (RPV), conforme previsto em leis
próprias dos respectivos entes federados. BL: art. 100, §3º, CF.
(TCEAM-2021-FGV): Considere um crédito decorrente de sentença que condenou o Estado Alfa a pagar
atrasados de pensão por morte no valor de R$ 60.000,00 a José, de 55 anos; e outro crédito oriundo de
sentença que condenou o mesmo Estado a pagar diferenças salariais à servidora estadual Maria, de 61
anos, no valor de R$ 90.000,00. Observando que lei estadual fixa em R$ 20.000,00 o limite máximo para
expedição de requisição de pequeno valor, é correto afirmar que Maria deverá receber R$ 60.000,00 com
preferência sobre José, e os outros R$ 30.000,00 não têm preferência sobre o crédito de José. BL: art. 100,
§§1º a 3º, CF.
##Atenção: No caso em tela, o Estado Alfa foi condenado pelo judiciário a pagar atrasados de pensão
por morte no valor de R$ 60.000,00 a José, de 55 anos; e a pagar diferenças salariais à servidora estadual
Maria, de 61 anos, no valor de R$ 90.000,00. Tanto o valor devido a José quanto a Maria são considerados
– nos termos do § 1.º do art. 100 da CF – débitos de natureza alimentícia. Portanto, devem ser
considerados preferenciais. Ocorre que, no caso de Maria, além de se tratar de débito de natureza
alimentícia, ela possui mais de 60 anos de idade, fato que a coloca em situação prioritária (de acordo com
§ 2.º do art. 100 da LRF) diante de José (que tem 55 anos); sendo considerado um pagamento
superpreferencial (preferencial dentre os preferenciais). No entanto, como o valor do pagamento
superpreferencial é limitado ao triplo do limite destinado às Requisições de Pequeno Valor (3x o valor da
RPV) – consoante o § 3.º do art. 100 da CF –, ela só receberá com preferência sobre José o valor de 60 mil
reais (20 mil x 3), isso porque no Estado Alfa definiu o limite para expedição de RPV em 20 mil reais,
conforme consta no comando da questão. Diante do exposto, podemos concluir que Maria deverá receber
R$ 60.000,00 com preferência sobre José, e os outros R$ 30.000,00 não têm preferência sobre o crédito de
José.
##Atenção: Não se encaixam na ordem de pagamento acima, conforme art. 100, § 3º, CF: os pagamentos
de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em
virtude de sentença judicial transitada em julgado. Assim sendo, as obrigações equivalentes a
requisições de pequeno valor serão pagas primeiro e, depois, as demais (segundo a ordem prevista
pelo art. 100, §§ 1º e 2º, CF).
364
(TRF2-2017): Sobre o regime constitucional dos precatórios, marque a alternativa correta: Os credores de
débitos de natureza alimentícia, com 60 (sessenta) anos de idade ou mais, ou que sejam portadores de
doença grave ou deficiência, assim definidos na forma da lei, gozam do benefício de receber o valor do
precatório com preferência sobre os demais, obedecido o limite de montante equivalente ao triplo fixado
em lei para requisições de pequeno valor. BL: art. 100, §§2º e 3º, CF.
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, PODERÃO SER FIXADOS, por leis próprias, valores
distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o
mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (TRF2-2009) (MPMG-2010) (PGEGO-2010) (MPMS-2011) (AGU-2012)
(PGEPR-2015) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPPR-2019) (TCEAM-2021) (PGERO-
2011/2022)
(AGU-2012-CESPE): No que se refere à execução contra a fazenda pública, julgue o item seguinte:
Considere que, em fase de execução de sentença, apresentados os cálculos pelo exequente, a fazenda
pública tenha se insurgido por meio de embargos apenas contra parte do valor. Nesse caso, entende o
STF que é constitucional a expedição de precatório relativo à parte pela qual houve concordância. BL:
art. 100, §4º, CF e jurisprudência do STF.
##Atenção: É certo que havendo impugnação apenas de parte do valor cobrado em execução de
sentença, a parcela incontroversa do mesmo deve ser paga imediatamente pelo Poder Público, seja na
forma de precatórios, seja por meio de requisição de pequeno valor. Este é o entendimento do STF:
“PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EMBARGOS À EXECUÇÃO PARCIAIS – PRECATÓRIO - PARTE
INCONTROVERSA – ADMISSIBILIDADE – INCIDÊNCIA DO § 2º DO ART. 739 DO CPC –
INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ART. 100 DA CF. 1. A jurisprudência de ambas as Turmas que compõem a
Primeira Seção deste Tribunal é firme no sentido de ser admissível, quando se cuidar de embargos apenas parciais, a
expedição de precatório no tocante à parte incontroversa da dívida, tendo em vista a alteração prevista na Lei nº
8.953, de 13.12.94. Incidência do disposto no § 2º do art. 739 do CPC. Precedentes. 2. A expedição de precatório
da parte incontroversa do valor da execução não ofende o disposto no § 4º do art. 100 da Constituição
Federal, eis que tal dispositivo refere-se à proibição de fracionamento, repartição ou quebra do valor da
execução, com vistas à expedição do requisitório de pequeno valor. 3. Agravo de instrumento improvido.
[...]" (STF. RE nº 458.110. Info 433).
Súmula Vinculante 17: Durante o período previsto no parágrafo 1º (obs: atual § 5º) do artigo 100 da
Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.
##Atenção: ##STF e STJ: ##DOD: Durante o período previsto no § 5º do art. 100 da CF, não incidem
juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos: Durante o período previsto no § 5º do art. 100
da CF, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos. Não incidem juros de
mora no período compreendido entre a data da expedição do precatório e seu efetivo pagamento,
desde que realizado no prazo estipulado constitucionalmente. Trata-se de entendimento sumulado do
STF: SV 17-STF: Durante o período previsto no parágrafo 1º (obs: atual § 5º) do artigo 100 da
Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos. STF. Plenário. RE
594892 AgR-ED-EDv/RS, Rel. Min. Luiz Fux, j. 1/7/20 (Info 984). (...) Em 10/11/09, o STF editou a SV 17
afirmando que “durante o período previsto no parágrafo 1º do art. 100 da CF, não incidem juros de
mora sobre os precatórios que nele sejam pagos”. Pouco tempo depois, em 09/12/09, foi promulgada a
Emenda Constitucional 62, que promoveu ampla reformulação no art. 100 da CF. Não obstante a
norma à qual se refere a SV 17 tenha sido deslocada do § 1º para o § 5º do art. 100, tal modificação não
altera o sentido do enunciado sumular - que, aliás, não foi afetado por qualquer disposição da
365
Emenda 62. O período previsto no art. 100, § 5º, da CF (precatórios apresentados até 1º de julho,
devendo ser pagos até o final do exercício seguinte) costuma ser chamado de “período de graça
constitucional”. Nesse interregno, não cabe a imposição de juros de mora, pois o ente público não está
inadimplente. Caso não haja o pagamento integral dentro deste prazo, os juros de mora passam a
correr apenas a partir do término do “período de graça”. Tese fixada para fins de repercussão geral: “O
enunciado da Súmula Vinculante 17 não foi afetado pela superveniência da Emenda Constitucional
62/2009, de modo que não incidem juros de mora no período de que trata o § 5º do art. 100 da
Constituição. Havendo o inadimplemento pelo ente público devedor, a fluência dos juros inicia-se
após o ‘período de graça’”. STF. Plenário. RE 1169289, Rel. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão
Alexandre de Moraes, j. 16/06/20 (Repercussão Geral – Tema 1037) (Info 984 – clipping).
(TJSP-2017-VUNESP): Sobre a impenhorabilidade dos bens públicos, pode-se afirmar que admite
exceção para a hipótese de sequestro de bens, nos termos do artigo 100, parágrafo 6°, da CF/88, e para a
concessão de garantia, em condições especialíssimas, em operações de crédito externo, cabendo ao
Senado Federal dispor sobre limite e concessões, nos termos do art. 52, VIII, da CF/88. BL: art. 52, VIII
c/c art. 100, §6º, CF.
##Atenção: Exceções:
A autorização do sequestro da quantia em caso de preterimento do direito de precedência ou de
não alocação orçamentária, prevista no § 6º do art. 100, é sanção excepcional, que confirma a regra.
Em ação para fornecimento de medicamentos, o juiz pode determinar o bloqueio e sequestro de
verbas públicas em caso de descumprimento da decisão. Tratando-se de fornecimento de
medicamentos, cabe ao Juiz adotar medidas eficazes à efetivação de suas decisões, podendo, se
necessário, determinar, até mesmo, o sequestro de valores do devedor (bloqueio), segundo o seu
prudente arbítrio, e sempre com adequada fundamentação. STJ. 1ª S. REsp 1.069.810-RS, Rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho, j. 23/10/13 (recurso repetitivo).83
83
(DPEMG-2019): Quanto ao tema saúde, é correto afirmar: É possível ao julgador determinar o bloqueio de
verba pública para garantir o cumprimento da obrigação do Poder Público de fornecer medicamento para
portadores de doença grave, desde que comprovada a desídia do ente público e o risco à vida do paciente,
podendo, ainda, haver cumulação referente a aplicação de astreintes.
(DPERS-2018-FCC): Em relação aos bens públicos, é correto afirmar: É possível haver sequestro de valores nas
contas de ente público, por meio de comando judicial, quando a pretensão visa a assegurar direitos fundamentais,
como educação e saúde.
(DPEPE-2015-CESPE): Em relação à efetivação dos direitos sociais, julgue o item a seguir: Conforme
jurisprudência do STJ, o juiz pode determinar o bloqueio de verbas públicas para garantir o fornecimento de
medicamentos.
366
Vale ressaltar que o Poder Judiciário não deve compactuar com a desídia do Estado, que condenado pela
urgência da situação a entregar medicamentos imprescindíveis à proteção da saúde e da vida de cidadão
necessitado, revela-se indiferente à tutela judicial deferida e aos valores fundamentais da vida e da
saúde. Nesse sentido: AgRg no REsp 1002335/RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 22.09.2008.
Mas os bens públicos não são impenhoráveis? Isso não seria uma forma de penhora de bens públicos?
Ademais, não haveria uma quebra na regra dos precatórios? Sim. No entanto, entendeu-se que o direito
à saúde, garantido constitucionalmente (arts. 6º e 196), deveria prevalecer sobre princípios de Direito
Financeiro ou Administrativo.
(DPEMA-2011-CESPE): Em relação ao CNJ, assinale a opção correta: Cabe ao CNJ, conforme previsão
na CF, a deliberação acerca da conduta de presidente de tribunal que, por ato comissivo ou omissivo,
retarde ou tente frustrar a liquidação regular de precatório. BL: art. 100, §7º, CF.
367
(MPT-2017): Sobre a sistemática da liquidação e execução nas ações coletivas, marque a alternativa correta:
Analisando questão afeta aos precatórios, o STF fixou tese de que não viola o art. 100, § 8º, da CF/88 a
execução individual de sentença condenatória genérica proferida contra a Fazenda Pública em ação coletiva
visando à tutela de direitos individuais homogêneos. BL: art. 100, §8º, CF e Entend. Jurisprud.
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para
resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos
que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009). [Obs.: declarado INCONSTITUCIONAL pelo STF]
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei do ente federativo devedor, com auto
aplicabilidade para a União, a oferta de créditos líquidos e certos que originalmente lhe são próprios ou
adquiridos de terceiros reconhecidos pelo ente federativo ou por decisão judicial transitada em julgado
para: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021) (TCDF-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)
I - quitação de débitos parcelados ou débitos inscritos em dívida ativa do ente federativo devedor,
inclusive em transação resolutiva de litígio, e, subsidiariamente, débitos com a administração autárquica e
fundacional do mesmo ente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
(TCDF-2021-CESPE): No que se refere às normas constitucionais sobre controle dos orçamentos e sobre
precatórios, julgue o item que se segue: Se uma pessoa for credora de um precatório, ela poderá, em
conformidade com o que for estabelecido em lei da entidade federativa devedora, comprar imóveis
públicos do respectivo ente federado, por meio da entrega de créditos em precatórios. BL: art. 100, §11,
II, CF.
V - compra de direitos, disponibilizados para cessão, do respectivo ente federativo, inclusive, no caso
da União, da antecipação de valores a serem recebidos a título do excedente em óleo em contratos de
partilha de petróleo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
368
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEPR-2015: ##TRT6-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##PGESE-
2017: ##PGEAP-2018: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##CESPE: ##FCC: ##PUCPR: O § 12 do art. 100,
inserido pela EC 62/09, também foi questionado. O que decidiu a Corte? O STF declarou a
inconstitucionalidade da expressão “índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança”,
constante do § 12 do art. 100 da CF. Para os Ministros, o índice oficial da poupança não consegue evitar
a perda de poder aquisitivo da moeda. Este índice é fixado ex ante, ou seja, previamente, a partir de
critérios técnicos não relacionados com a inflação considerada no período. Todo índice definido ex
ante é incapaz de refletir a real flutuação de preços apurada no período em referência. Dessa maneira,
como este índice (da poupança) não consegue manter o valor real da condenação, ele afronta à garantia
da coisa julgada, tendo em vista que o valor real do crédito previsto na condenação judicial não será o
valor real que o credor irá receber efetivamente quando o precatório for pago (este valor terá sido
corroído pela inflação). A finalidade da correção monetária consiste em deixar a parte na mesma
situação econômica que se encontrava antes. Nesse sentido, o direito à correção monetária é um
reflexo imediato da proteção da propriedade. Vale ressaltar, ainda, que o Poder Público tem seus
créditos corrigidos pela taxa SELIC, cujo valor supera, em muito, o rendimento da poupança, o que
reforça o argumento de que a previsão do § 12 viola a isonomia. O art. 1º-F. da Lei 9.494/97, com
redação dada pelo art. 5º da Lei 11.960/09, também previa que, nas condenações impostas à Fazenda
Pública, os índices a serem aplicados eram os da caderneta de poupança. Logo, com a declaração de
inconstitucionalidade do § 12 do art. 100 da CF, o STF também declarou inconstitucional, por
arrastamento (ou seja, por consequência lógica), o art. 5º da Lei 11.960/2009, que deu a redação atual ao
art. 1º-F. da Lei n.° 9.494/97. O STF também declarou a inconstitucionalidade da expressão
“independentemente de sua natureza”, presente no § 12 do art. 100 da CF, com o objetivo de deixar
claro que, para os precatórios de natureza tributária se aplicam os mesmos juros de mora incidentes
sobre o crédito tributário. STF. Plenário. ADI 4357/DF, ADI 4425/DF, ADI 4372/DF, ADI 4400/DF, rel.
Min. Ayres Britto, 6 e 7/3/13.
(TRF1-2015-CESPE): Aos sessenta e cinco anos de idade, Antônio foi atropelado culposamente por um
automóvel da administração pública federal o que lhe ocasionou invalidez para o exercício do trabalho.
A vítima ingressou com uma ação fundada em responsabilidade civil do Estado, na qual logrou êxito,
uma vez que a sentença que condenou a União a lhe pagar indenização transitou em julgado. O
precatório gerado foi inscrito no orçamento aprovado para o exercício fiscal do ano de 2015.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta em conformidade com a disciplina
constitucional dos precatórios: Antônio, independentemente da concordância do ente ou órgão devedor,
poderá ceder seu precatório a terceiros. BL: art. 100, §13, CF.
(DPU-2010-CESPE): O credor pode ceder a terceiros, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios,
de qualquer valor e natureza, independentemente da concordância do devedor. BL: art. 100, §13, CF.
§ 14. A cessão de precatórios, observado o disposto no § 9º deste artigo, somente produzirá efeitos
após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao Tribunal de origem e ao ente federativo devedor .
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá
estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e
Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF declarou inconstitucionais o § 15 do art. 100 da CF/88 e todo o art.
97 do ADCT. STF. Plenário. ADI 4357/DF, ADI 4425/DF, ADI 4372/DF, ADI 4400/DF, rel. Min. Ayres
Britto, 6 e 7/3/13.
369
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios AFERIRÃO MENSALMENTE, EM
BASE ANUAL, o comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas COM O
PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS e OBRIGAÇÕES DE PEQUENO VALOR. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 94, de 2016) (Cartórios/TJMG-2019)
§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata o § 17, o somatório das
receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, de
transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição
Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência e
os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e deduzidas: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 94, de 2016)
I - na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios por
determinação constitucional; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
II - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para
custeio de seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de
2016)
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze por cento) do montante dos precatórios
apresentados nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor deste precatório serão pagos
até o final do exercício seguinte e o restante em parcelas iguais nos cinco exercícios subsequentes, acrescidas
de juros de mora e correção monetária, ou mediante acordos diretos, perante Juízos Auxiliares de
Conciliação de Precatórios, com redução máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito
atualizado, desde que em relação ao crédito não penda recurso ou defesa judicial e que sejam observados os
requisitos definidos na regulamentação editada pelo ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
94, de 2016)
§ 21. Ficam a União e os demais entes federativos, nos montantes que lhes são próprios, desde que
aceito por ambas as partes, autorizados a utilizar valores objeto de sentenças transitadas em julgado
devidos a pessoa jurídica de direito público para amortizar dívidas, vencidas ou vincendas: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
I - nos contratos de refinanciamento cujos créditos sejam detidos pelo ente federativo que figure
como devedor na sentença de que trata o caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de
2021)
II - nos contratos em que houve prestação de garantia a outro ente federativo; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 113, de 2021)
III - nos parcelamentos de tributos ou de contribuições sociais; e (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 113, de 2021)
§ 22. A amortização de que trata o § 21 deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de
2021)
370
I - nas obrigações vencidas, será imputada primeiramente às parcelas mais antigas; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
II - nas obrigações vincendas, reduzirá uniformemente o valor de cada parcela devida, mantida a
duração original do respectivo contrato ou parcelamento . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de
2021)
Seção II
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
##Atenção: "O que cabe destacar aqui é que Corte desempenha, claramente, dois papéis distintos e
aparentemente contrapostos. O primeiro papel é apelidado, na teoria constitucional, de
contramajoritário: em nome da Constituição, da proteção das regras do jogo democrático e dos direitos
fundamentais, cabe a ela a atribuição de declarar a inconstitucionalidade de leis (i. e., de decisões
majoritárias tomadas pelo Congresso) e de atos do Poder Executivo (cujo chefe foi eleito pela maioria
absoluta dos cidadãos). Vale dizer: agentes públicos não eleitos, como juízes e Ministros do STF, podem
sobrepor a sua razão à dos tradicionais representantes da política majoritária. Daí o termo
contramajoritário. O segundo papel, menos debatido na teoria constitucional, pode ser referido como
representativo. Trata-se, como o nome sugere, do atendimento, pelo Tribunal, de demandas sociais e
de anseios políticos que não foram satisfeitos a tempo e a hora pelo Congresso Nacional”. (Fonte: livro
do Min. Barroso).
371
a) a AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE de lei ou ato normativo FEDERAL ou
ESTADUAL E a AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE de lei ou ato normativo
FEDERAL; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 19 93) (MPMT-2008) (PCSC-2008) (TJAP-2009)
(TJGO-2009) (DPESP-2009) (PCRJ-2009) (TJSC-2009/2010) (TJPR-2010) (MPPB-2010) (MPRO-2010)
(DPEBA-2010) (PGEAM-2010) (TJRJ-2011) (MPMG-2011) (PGESP-2009/2012) (MPSC-2010/2012) (TJPI-2012)
(MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPRJ-2012) (PGEAC-2012) (PGEMG-2012) (DPEAM-2011/2013) (TRF3-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGDF-2013) (PCES-2013) (TRF4-2009/2010/2014) (TJPA-2014)
(DPECE-2014) (DPEPR-2014) (PCPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJMS-
2010/2015) (PFN-2012/2015) (TRF1-2015) (TRF5-2015) (PCDF-2015) (TRT16-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016)
(MPRS-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (PCAP-2010/2017) (TRF2-2014/2017) (MPPR-
2011/2012/2016/2017) (DPEAL-2017) (MPF-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPMS-
2013/2018) (Cartórios/TJSP-2018) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPGO-2016/2019)
(Anal. Judic./TRF4-2019) (Cartórios/TJSC-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (PGEPA-2015/2022) (MPSE-2022)
(PGM-Teresina/PI-2022)
##Atenção: Embora seja cabível ADPF contra lei municipal, a CF/88 somente autoriza que seja proposta
ADI no STF contra lei ou ato normativo federal ou estadual (art. 102, I, “a”, CF).
(MPGO-2016): O fato de a ação declaratória ter sido criada pela EC nº 3/1993, não a impede de ter por
objeto lei ou ato normativo produzido anteriormente à data da promulgação da referida emenda, desde
que posterior ao parâmetro constitucional invocado (adaptada).
##Atenção: A ADC, no âmbito do STF, pode versar apenas sobre norma federal (art. 102, I, “a”).
##Atenção: Com a ADI 4049-DF, o STF passou a admitir qualquer LEI, inclusive leis de efeitos
concretos (aquela que tem um objeto certo e o destinatário determinado). Para o ato normativo, há a
necessidade de GENERALIDADE e ABSTRAÇÃO (a lei pode ter efeito concreto, o ato normativo
não) e a violação à Constituição deve ser DIRETA, não pode ser apenas indireta (tem que violar
diretamente a Constituição).
##Atenção: A ADC foi introduzida no Direito Constitucional brasileiro pela EC nº 3/93 (art. 102, I, a, 2ª
parte e § 4º do art. 103 da CF), e, após, regulamentada pela Lei nº 9.868 de 1999.
##Atenção: Sempre que houver ofensa à CF, ainda mais na via direta de controle (o concentrado), o STF
será competente para aferir a (in)constitucionalidade da lei ou do ato impugnado, seja ele proveniente de
Estado, do DF ou município. Isso porque o fator determinante na competência do STF é a salvaguarda da
CF, bastando a ofensa direta ao seu texto. Por outro lado, fica subtendido no art. 102 da CF as lei e os atos
372
normativos do DF, por ser este ente federado de atribuições semelhantes às dos Estados Federados.
Nesse contexto, temos as seguintes situações:
i) Lei ou ato normativo Distrital que contrariar a CF:
- se a lei for de natureza estadual - compete ao STF
- se a lei for de natureza municipal - Não cabe ADI, mas cabe ADPF.
ii) Lei ou ato normativo Distrital que contrariar a LODF: compete ao TJDF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: A competência originária do STF para processar e julgar parlamentar
federal alcança a supervisão de investigação criminal. Atos investigatórios praticados sem a
supervisão do STF são nulos. STF. 1ª T. Inq 3.438, Rel. Min. Rosa Weber, j. 11/11/14.
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TRF2-2017: Pluralidade de investigados tendo um deles foro privativo
no STF: Compete ao STF decidir quanto à conveniência de desmembramento de procedimento de
investigação ou persecução penal quando houver pluralidade de investigados e um deles tiver
prerrogativa de foro perante a Corte. Em outras palavras, se, durante a investigação criminal, houver
investigados com foro por prerrogativa de função no STF e outros sem foro privativo, o STF poderá
decidir desmembrar os feitos e permanecer investigando apenas as autoridades, circunstância em que
a investigação dos demais será feita em 1ª instância. STF. 2ª T. AP 871, 872, 873, 874, 875, 876, 877 e 878
QO/PR, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 10/6/14 (Info 750).
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TRF2-2017: Regra geral: desmembramento dos processos quando houver
corréus sem prerrogativa: O desmembramento de inquéritos ou de ações penais de competência do
STF deve ser regra geral, admitida exceção nos casos em que os fatos relevantes estejam de tal forma
373
relacionados que o julgamento em separado possa causar prejuízo relevante à prestação jurisdicional.
STF. Plenário. Inq 3515 AgR/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 13/2/14 (Info 735)
(MPDFT-2004): Em caso de contravenção penal comum cometido por Ministro do Supremo Tribunal
Federal, membro do Conselho Nacional de Justiça, cabe ao STF o julgamento. BL: art. 102, I, “c”, CF.
##Atenção: Cumpre ressaltar que os ministros dos Tribunais Superiores serão julgados, originariamente,
perante o STF, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, a teor do art. 102, I, “c”,
CF. Desse modo, caso um desses ministros for nomeado para ser membro do CNJ, ele continuará sendo
julgado pelo STF nas infrações penais comuns. Entretanto, a competência será deslocada para o Senado
Federal em se tratando de crimes de responsabilidade, consoante dispõe o art. 52, II da CF.
d) o HABEAS CORPUS, SENDO PACIENTE qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores;
o MANDADO DE SEGURANÇA e o HABEAS DATA CONTRA ATOS do Presidente da República, das
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; (PFN-2007) (TJDFT-2008) (MPRO-2008)
(PGECE-2008) (PCSC-2008) (PCPB-2009) (PCRN-2009) (MPMG-2011) (MPPB-2011) (TJES-2011/2012) (TJPI-2012)
(TJRJ-2012) (TJPA-2012) (DPESE-2012) (AGU-2012) (MPM-2013) (TJMT-2014) (TJCE-2014) (MPAC-2014)
(MPPE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJSE-2008/2015) (TRF5-2009/2015) (TJMS-2015) (TRF1-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (DPEBA-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJPR-2017) (DPU-2017) (MPBA-2010/2018)
(DPERS-2018) (PGEPE-2018) (TJAC-2019) (TJSP-2009/2021) (DPEPB-2022)
Súmula 624-STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de
segurança contra atos de outros tribunais.
(TJPA-2009-FGV): Caio Túlio, brasileiro, casado, economista, residente à Rua do Bispo nº 01, Belém/PA,
pretende candidatar-se ao cargo de Procurador da República, sem que ter concluído o tempo de
atividade jurídica exigido após a EC nº 45, que incluiu tal requisito. O edital do concurso foi redigido em
obediência à decisão do CNMP. A autoridade coatora indicada foi o Procurador-Geral da República. A
medida liminar foi deferida e o candidato obteve aprovação em todas as fases do concurso público. A
decisão final do Tribunal competente concluiu que não houve a caracterização de ato abusivo ou ilegal
por parte da autoridade indicada no mandamus. Observado o enunciado acima, analise a afirmativa a
seguir: Sendo a autoridade impetrada o Procurador-Geral da República, o órgão competente para
julgamento seria o STF. BL: art. 102, I “d”, CF. (proc. civil)
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e
outros, INCLUSIVE as respectivas entidades da ADMINISTRAÇÃO INDIRETA; (MPRO-2008) (PGECE-
2008) (PGEPB-2008) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (PGEAL-2009) (PCPB-2009) (MPT-2009) (TJSC-2010) (TJPR-
2010) (AGU-2010) (TJRO-2011) (MPMS-2011) (PCMG-2011) (MPSC-2012) (PCRJ-2012) (TRF5-2009/2011/2013)
(MPMG-2013) (DPERR-2013) (MPF-2013) (MPGO-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGERN-2014) (TJMS-2015)
(TRT21-2015) (TJDFT-2014/2016) (TRF2-2014/2017) (MPBA-2018) (PGESP-2018) (TJAC-2019) (Anal. Judic./TRF3-
2019)
##Atenção: ##STF: ##DOD: Não compete ao STF julgar ação proposta contra a União e o Banco do
Brasil para obrigar que a instituição financeira cumpra lei estadual que determina o repasse de parte
dos valores dos depósitos judiciais para o caixa único do Estado. Trata-se de controvérsia meramente
patrimonial, não justificando sequer a presença da União no polo passivo. STF. Plenário. ACO 989/BA,
374
Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2019 (Info 951).
##Atenção: ##STF: ##DOD: Compete ao STF processar e julgar “as causas e os conflitos entre a União
e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da
administração indireta” (art. 102, I, “f”, CF/88). O STF confere interpretação restritiva a esse
dispositivo e entende que, para se caracterizar a hipótese do art. 102, I, “f”, da CF/88 é indispensável
que, além de haver uma causa envolvendo União e Estado, essa demanda tenha densidade suficiente
para abalar o pacto federativo. Em outras palavras, não é qualquer causa envolvendo União contra
Estado que irá ser julgada pelo STF, mas somente quando essa disputa puder resultar em ofensa às
regras do sistema federativo. Configura conflito federativo a ação na qual a União e o Estado-membro,
em polos antagônicos, discutem se determinado projeto se enquadra como atividade de transporte de
gás canalizado (art. 177, IV, da CF/88) ou fornecimento de gás canalizado (art. 25, § 2º). STF. 2ª T. Rcl
4210/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 26/3/19 (Info 935).
União
X
Estado-membro
Estado-membro Estado-membro
X X
Estado-membro STF Distrito Federal
União
X
Distrito Federal
84
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 3ª Ed., Editora Juspodivm, 2015, pp. 926-927.
375
##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##CESPE: COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA. CONFLITO ENTRE
AUTARQUIA FEDERAL E ESTADO-MEMBRO. AUSÊNCIA DE RISCO AO PACTO FEDERATIVO.
INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 102, I, "F", DA CB/88. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.
1. O STF fixou entendimento no sentido de que a competência originária que lhe é atribuída pelo
artigo 102, I, "f", da CF/1988, tem caráter de absoluta excepcionalidade, restringindo-se a sua incidência
às hipóteses de litígios cuja potencialidade ofensiva revele-se apta a vulnerar a harmonia do pacto
federativo. Precedentes. 2. Incompetência deste STF para processar e julgar, originariamente, causas
entre Estado-membro e autarquia federal com sede ou estrutura regional de representação no
território estadual respectivo. Competência da Justiça Federal. Precedentes. Agravo regimental a que
se nega provimento. STF. 2ª T., RE 512468 AgR, Rel. Eros Grau, j. 13/05/08.
(PGESP-2012-FCC): A ação judicial envolvendo duas pessoas jurídicas de direito público de esferas
diversas de poder e que implique conflito federativo será processada e julgada pelo STF. BL: art. 102, I
“f”, CF.
##Atenção: ##DOD: Podemos imaginar as seguintes situações que serão de competência do STF com
base na previsão acima:
a) União contra Estado(s);
b) União contra Distrito Federal;
c) Estado(s) contra Estado(s);
d) Estado(s) contra Distrito Federal.
##Atenção: ##DOD: Não importa quem seja o autor ou o réu; se as partes acima estiverem em polos
antagônicos, estará preenchida a hipótese do art. 102, I, “f”.
##Atenção: ##DOD: A ação poderá envolver a administração direta ou indireta da União, Estados ou
DF. Ex: uma ação judicial do IPHAN (autarquia federal) contra o Estado do Amazonas (STF Rcl
12957/AM).
376
g) a extradição SOLICITADA por Estado estrangeiro; (TRF5-2009) (PCPB-2009) (MPMG-2010) (PCAP-
2010) (TJPR-2013) (TRF2-2014) (PCDF-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPDFT-2021)
i) o HABEAS CORPUS, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente
FOR autoridade ou funcionário cujos atos ESTEJAM SUJEITOS diretamente à JURISDIÇÃO do
Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999) (PCRN-2009) (MPMG-2011) (TJPA-2012) (TJDFT-
2014) (MPAC-2014) (TRT8-2015) (DPEBA-2016) (TRF4-2016) (DPU-2017)
(MPSC-2012): Ao STF cabe processar e julgar, originariamente, o habeas corpus quando o coator ou o
paciente for funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do STF. BL: art. 102, I, “i”,
CF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: Compete ao STF julgar a apelação criminal interposta contra sentença de
1ª instância caso mais da metade dos membros do Tribunal de Justiça estejam impedidos ou sejam
interessados (art. 102, I, “n”, CF/88). STF. 2ª T. AO 2093/RN, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 3/9/19 (Info
950).
##Atenção: ##STF: ##DOD: Compete ao STF julgar mandado de segurança impetrado pelo Tribunal
de Justiça contra ato do Governador do Estado que atrasa o repasse do duodécimo devido ao Poder
Judiciário. Nesta hipótese, todos os magistrados do TJ possuem interesse econômico no julgamento do
feito, uma vez que o pagamento dos subsídios está condicionado ao cumprimento do dever
constitucional de repasse das dotações consignadas ao Poder Judiciário estadual pelo chefe do Poder
Executivo respectivo. Logo, a situação em tela se amolda ao art. 102, I, "n", da CF/88. STF. 1ª T. MS
34483-MC/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 22/11/16 (Info 848).
377
##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF tem competência para processar e julgar causas em que se discute
prerrogativa dos juízes de portar arma de defesa pessoal, por se tratar de ação em que todos os
membros da magistratura são direta ou indiretamente interessados (art. 102, I, “n”, CF/88). STF.
Plenário. Rcl 11323 AgR/SP, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ ac. Min. Teori Zavascki, j. 22/4/15 (Info
782).
##Atenção: Compete ao STF resolve os conflitos de competência entre o STJ e quaisquer tribunais, entre
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal.
378
uma proteção institucional a eles. A outorga da atribuição ao STF para processar e julgar ações contra os
Conselhos é mecanismo constitucional delineado pelo legislador com o objetivo de proteger e viabilizar a
atuação desses órgãos de controle. A realização da missão constitucional ficaria impossibilitada ou
seriamente comprometida se os atos por eles praticados estivessem sujeitos ao crivo de juízos de primeira
instância. Não raramente, a atuação do CNJ recai sobre questões locais delicadas e que mobilizam diversos
interesses. O distanciamento das instâncias de controle jurisdicional é elemento essencial para o
desempenho apropriado das funções. Ademais, o órgão de controle atua em questões de abrangência
nacional que demandam tratamento uniforme e ação coordenada. Por essa razão, não poderiam ser
adequadamente enfrentadas por juízos difusos. A submissão de atos do CNJ à análise de órgãos
jurisdicionais distintos do STF representaria a subordinação da atividade da instância fiscalizadora aos
órgãos e agentes públicos por ele fiscalizados, o que subverte o sistema de controle proposto
constitucionalmente. Deve ser mantida a higidez do sistema e preservada a hierarquia e a autoridade do
órgão de controle. Desse modo, compete ao STF julgar todas as ações ajuizadas contra decisões do
Conselho CNJ e do CNMP (não importando se ações ordinárias ou writs constitucionais), mas desde que
proferidas no exercício de suas competências constitucionais, o que está previsto nos arts. 103-B, § 4º, e
130-A, § 2º, da CF/88.
##Atenção: ##STF: ##DOD: Decisões administrativas do CNJ devem ser cumpridas mesmo que exista
decisão judicial em sentido contrário proferida por outro órgão judiciário que não seja o STF: O art. 106
do Regimento Interno do CNJ prevê o seguinte: “Art. 106. O CNJ determinará à autoridade
recalcitrante, sob as cominações do disposto no artigo anterior, o imediato cumprimento de decisão ou
ato seu, quando impugnado perante outro juízo que não o Supremo Tribunal Federal.” O STF afirmou
que essa previsão é constitucional e decorre do exercício legítimo de poder normativo atribuído
constitucionalmente ao CNJ, que é o órgão formulador da política judiciária nacional. Assim, o CNJ
pode determinar à autoridade recalcitrante o cumprimento imediato de suas decisões, ainda que
impugnadas perante a Justiça Federal de primeira instância, quando se tratar de hipótese de
competência originária do STF. STF. Plenário. ADI 4412/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 18/11/20 (Info
1000).
##Atenção: ##STF: ##DOD: A competência para julgar mandados de segurança impetrados contra o
CNJ e o CNMP é do STF (art. 102, I, “r”, CF/88). Algumas vezes o interessado provoca o CNJ ou o
CNMP, mas tais órgãos recusam-se a tomar alguma providência no caso concreto porque alegam que
não tem competência para aquela situação ou que não é hipótese de intervenção. Nessas hipóteses,
dizemos que a decisão do CNJ ou CNMP foi “NEGATIVA” porque ela nada determina, nada aplica,
nada ordena, nada invalida. Nesses casos, a parte interessada poderá impetrar MS contra o CNJ/CNMP
no STF? NÃO. O STF não tem competência para processar e julgar ações decorrentes de decisões
negativas do CNMP e do CNJ. Segundo entende o STF, como o conteúdo da decisão do CNJ/CNMP foi
“negativo”, ele não decidiu nada. Se não decidiu nada, não praticou nenhum ato. Se não praticou
nenhum ato, não existe ato do CNJ/CNMP a ser atacado no STF. STF. 1ª Turma. MS 33163/DF, rel. orig.
Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, j. 5/5/15 (Info 784).
379
II - JULGAR, em RECURSO ORDINÁRIO:
(TRF4-2014): Nos mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, só cabe
recurso ordinário quando for denegatória a decisão, cabendo, nas hipóteses de concessão, recurso
extraordinário, desde que preenchidos os seus pressupostos. BL: art. 102, II, “a” e III, CF. (proc. civil)
(MPSC-2013): Serão julgados em recurso ordinário pelo STF, os mandados de segurança, os habeas data
e os mandados de injunção decididos em única instância pelos Tribunais superiores, quando denegatória
a decisão. BL: art. 102, II, “a”, CF. (proc. civil)
c) JULGAR VÁLIDA lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. (PCPB-
2009) (MPPB-2011) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (TRF3-2013) (TJPR-2014) (MPGO-2014) (TRF2-2014) (DPESP-
2015) (MPBA-2018)
d) JULGAR VÁLIDA lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2007) (DPEMS-2008) (PCPB-2009) (MPCE-2011) (MPMG-2011) (MPPB-
2011) (MPAP-2012) (PCRJ-2012) (PFN-2012) (TJPR-2014) (TJPA-2014) (TJSP-2014) (MPGO-2014) (DPEGO-
2014) (TRF2-2014) (TJGO-2015) (DPEPA-2015) (DPESP-2015) (MPT-2015) (DPESC-2012/2017) (MPBA-
2018)
(TJSP-2014-VUNESP): Assinale, dentre as opções seguintes, aquela que contém modelo de decisão
impugnável por recurso extraordinário, segundo a CF/88: Decisão colegiada do Tribunal de Justiça que
julgar válida lei local contestada em face de lei federal. BL: art. 102, III, “d”, CF.
(DPESC-2012-FEPESE): O STF é competente para: julgar válida lei local contestada em face de lei
federal. BL: art. 102, III, “d”, CF. (proc. civil)
(MPMG-2011): Concedida a ordem no mandado de segurança – em cujo feito foi considerada inválida lei
local contestada em face de lei federal – e interposto recurso de apelação, o Tribunal de Justiça, por
380
maioria, reformou a sentença. Indaga-se: qual o meio processual adequado para a impugnação do
respectivo acórdão? Recurso extraordinário. BL: art. 102, III, “d”, CF.
##Atenção: Em outras palavras, pode-se dizer o seguinte: O TJ, ao reformar a sentença em sede de
apelação, inverteu a decisão prolatada no mandado de segurança, daí a conclusão de que julgou "válida
lei local contestada em face de lei federal", cabendo, neste caso, o Recurso Extraordinário.
##Dica2:
LEI X LEI (lei local X lei federal) = STF = REXT.
LEI X ATO ( lei federal X ato de governo local) = STJ
##Dica2:
RESP: STJ : Julgar ato de governo local contestado em face de lei federal.
REXT: STF : julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
(MPRS-2016): Consoante preceituam os arts. 102 e 103 da Carta da República, assinale a alternativa
CORRETA: A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente da Constituição
Federal, será apreciada pelo STF, na forma da lei. BL: art. 102, §1º, CF. [adaptada]
(MPMG-2018): É correto afirmar que as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ações
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade, produzirão eficácia
contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. BL: art. 102, §2º, CF.
(DPESC-2017-FCC): As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ações diretas de
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e
efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. BL: art. 102, §2º, CF.
##Atenção: De acordo com a jurisprudência do STF, as decisões definitivas de mérito, por ele proferidas
nas ações diretas de inconstitucionalidade, produzem eficácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e aos do Poder Executivo, quando proferidas após a
vigência da EC n.º 3, de 17.03.93. Em outras palavras, o efeito vinculante veio com a EC 45/04, mas o
STF, desde a EC 03/93, que criou a ADC com eficácia erga omnes e efeito vinculante, já entendia que a
ADIN e ADC eram ações de sinais trocados e tinham a mesma natureza, por conta desse entendimento o
efeito vinculante da ADC foi estendido à ADIN.
##Atenção: Segundo o art. 543-A, § 2º, CPC/73, o recorrente deveria arguir obrigatoriamente em
preliminar de recurso extraordinário a existência da repercussão geral das questões constitucionais nele
versadas, demonstrando a relevância dessa questão do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, ou ainda a circunstância de essas questões ultrapassarem os interesses subjetivos da causa;
elementos alternativos para configurar a repercussão geral. Todavia, no § 2.º do art. 1.035, do Novo CPC,
ainda que seja mantida a exigência de demonstração da existência de repercussão geral pelo
recorrente, é suprimida a previsão de que tal demonstração seja elaborada como preliminar do
recurso. Pode-se argumentar que a mudança tem pouca repercussão prática, porque o recorrente
continua obrigado a demonstrar a repercussão geral, podendo fazê-lo em parte final do recurso
extraordinário – o que sempre pareceu mais lógico, considerando-se que a repercussão geral é
demonstrada pelas razões recursais – e não mais em sede preliminar. (Fonte: Daniel Amorim Assumpção
Neves – Manual Direito Processual Civil – Vol. Único – 8 ed., 2016). Embora o novo CPC tenha
suprimido a exigência da demonstração da repercussão geral, no recurso extraordinário, em preliminar
de recurso, o Regimento Interno do STF manteve a previsão, no seu art. 327, que dispõe o seguinte: “A
Presidência do Tribunal recusará recursos que não apresentem preliminar formal e fundamentada de repercussão
geral, bem como aqueles cuja matéria carecer de repercussão geral, segundo precedente do Tribunal, salvo se a tese
tiver sido revista ou estiver em procedimento de revisão”. No entanto, temos um Enunciado do FPPC em
sentido contrário, vejamos: “Enunciado 224 - FPPC - (art. 1.035, § 2º) A existência de repercussão geral terá de
ser demonstrada de forma fundamentada, sendo dispensável sua alegação em preliminar ou em tópico específico.
(Grupo: Recursos Extraordinários)”.
382
(Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PCPA-2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018)
(PGESP-2018)
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; (TJSC-2009) (PCAP-2010) (TJPR-2012) (TJBA-2012) (DPEMS-
2012) (DPESC-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (DPERR-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCBA-2013)
(MPT-2013) (DPEPR-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSP-2014) (Cartórios/TJMG-2015)
(Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (MPPR-2008/2014/2017) (PGESC-
2014/2018) (MPMG-2018) (PGESP-2018) (PCES-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
##Atenção: A Mesa do Congresso Nacional não tem legitimidade para propor estas ações.
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004) (TJSC-2009) (PGEAM-2010) (PGEPR-2011) (MPAL-2012) (MPSP-2012) (DPESC-2012) (DPESP-
2012) (PGEAC-2012) (MPRO-2013) (PCBA-2013) (MPT-2013) (DPEPR-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJSP-
2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018)
(MPBA-2018) (MPMS-2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (PCES-2019) (MPMG-2021)
##Atenção: ##STF: ##MPMG-2021: Os governadores dos estados e do DF, as Mesas das Assembleias
Legislativas ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal as confederações sindicais e entidades de
classe de âmbito nacional são designados como legitimados especiais. Isso significa que, ao ajuizar
uma ADI, eles precisam demonstrar o efetivo interesse na declaração de inconstitucionalidade da
norma. Esse interesse é chamado de pertinência temática, que é definida pelo STF como “a existência
de correlação direta entre o objeto do pedido de declaração de declaração de inconstitucionalidade e os
objetivos instituições do legitimado especial”. STF, Plenário. ADI 4474 AgR, Rel. Min. Alexandre De
Moraes, j. 18/12/17.
383
do seu Estado em razão da exigência de pertinência temática. Portanto, em se tratando de impugnação
a diploma normativo a envolver outras Unidades da Federação, o Governador há de demonstrar a
pertinência temática, ou seja, a repercussão do ato considerados os interesses do Estado. STF. Plenário.
ADI 2747, Rel. Marco Aurélio, j. 16/05/07.
##Atenção: O Governador de estado tem legitimidade ativa para instaurar controle concentrado de
constitucionalidade nos termos do art. 103, V da CF. Importante ressaltar que para tanto deve
demonstrar interesse de agir, vez que não integra o rol de legitimados universais devendo haver,
portanto, pertinência temática. O Governador pode ajuizar ação de controle concentrado em relação à lei
que não vetou, com o argumento de que ele entendeu que errou e não quer permanecer no erro. Outro
argumento é a possibilidade de inconstitucionalidade progressiva, ou seja, o governador sancionou a lei
porque entendia que era constitucional, passado um tempo a lei por circunstâncias fáticas, políticas,
econômicas, morais ou éticas se tornou inconstitucional na perspectiva do próprio governador.
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; (DPU-2007) (TJGO-2009) (TJSC-2009)
(TJPR-2010) (PGEAM-2010) (MPRS-2012) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (TJMA-2013) (PCBA-
2013) (MPT-2013) (DPECE-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
(Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-
2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPPR-2008/2014/2017) (PGESC-2014/2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018)
(PCMG-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (PCES-2019) (DPESC-2021) (TJMG-2022)
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; (MPRO-2008) (TJSC-2009) (PCRJ-
2009) (TJRJ-2011) (MPRJ-2012) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (TRF4-2012) (PGEAC-2012) (PGEPA-2012) (TJMA-
2008/2013) (PCBA-2013) (MPT-2013) (MPMT-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014) (TRF2-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRF5-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
384
(Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016)
(MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018) (PCSP-2014/2018) (MPMG-2018) (DPEAM-2018) (PGESP-2018)
(PGETO-2018) (MPSP-2012/2019) (TJAC-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PCES-2019) (DPESC-2012/2021) (TJPR-
2021) (Cartórios/TJSC-2021) (MPSE-2022)
(TJAC-2019-VUNESP): Assinale a alternativa que está de acordo com o direito pátrio no que tange ao
controle de constitucionalidade concentrado: A perda superveniente de representação parlamentar de
Partido Político não o desqualifica para permanecer no polo ativo da ação direta de
inconstitucionalidade. BL: art. 2º, § único, VIII, Lei 9868; art. 103, VIII, CF e Entend. Jurisprud.
(DPESE-2012-CESPE): Com base no que determina a CF, no que dispõe a legislação pertinente e no
entendimento do STF, assinale a opção correta a respeito das ações de controle concentrado de
constitucionalidade: O partido político com representação na Câmara dos Deputados possui
legitimidade universal, podendo ajuizar, no STF, ação direta de inconstitucionalidade contra emenda
constitucional, sem a necessidade de demonstração de pertinência temática. BL: art. 103, VIII, CF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: A jurisprudência do STF construiu a tese de que alguns dos legitimados do
art. 103 da CF/88 poderiam ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade questionando leis ou atos
normativos que tratassem sobre todo e qualquer assunto. Tais legitimados seriam, portanto, legitimados
ativos universais. Por outro lado, o STF afirmou que os demais legitimados, ao proporem a ADI,
deveriam comprovar que possuem legítimo interesse na ação. São, por isso, chamados de legitimados
ativos especiais. Este legítimo interesse que precisa ser demonstrado é chamado de pertinência
temática.
385
Quem são os legitimados universais: Quem são os legitimados especiais:
• Presidente da República; • Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara
• Mesa do Senado e Mesa da Câmara; Legislativa do DF;
• Procurador-Geral da República; • Governador de Estado/DF;
• Conselho Federal da OAB • Confederação sindical;
• Partido político com representação no CN. • Entidade de classe de âmbito nacional.
386
(DPERS-2014-FCC): No que se refere ao controle de constitucionalidade de leis ou atos normativos
federais em face da CF/1988 e às decisões do STF nos processos de sua competência, o Procurador-Geral
da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos
de competência do STF. BL: art. 103, §1º, CF.
(MPRS-2016): Consoante preceituam os artigos 102 e 103 da Carta da República, assinale a alternativa
correta: Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em
se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. BL: art. 103, §2º, CF. [adaptada]
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPRR-2017: ##CESPE: É válida norma da Constituição do Estado que
atribui ao Procurador da Assembleia Legislativa ou, alternativamente, ao Procurador-Geral do Estado,
a incumbência de defender a constitucionalidade de ato normativo estadual questionado em controle
abstrato de constitucionalidade na esfera de competência do Tribunal de Justiça. Essa previsão não
afronta o art. 103, § 3º da CF/88 já que não existe, quanto a isso, um dever de simetria para com o
modelo federal. Ademais, essa norma estadual não viola o art. 132 da CF/88 uma vez que a atuação do
Procurador-Geral da ALE nos processos de controle de constitucionalidade não se confunde com o
papel de representação judicial do Estado, esse sim de exclusividade da Procuradoria-Geral do Estado.
STF. Plenário. ADI 119/RO, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 19/2/14 (Info 736).
##Atenção: ##MPPI-2012: ##CESPE: O AGU não atua na ADC porque não existe ato impugnado, pois
quem propôs esta ação já levou os motivos da constitucionalidade da lei.
##Atenção: Na ADPF o AGU não é citado, pois segundo a lei, a própria autoridade responsável pela
elaboração do ato é que irá defender.
##Atenção: Importante ressaltar que na ADI por omissão, ADC e ADPF o AGU não será citado para
defender o ato, mas poderá ser ouvido.
(MPRS-2016): Consoante preceituam os arts 102 e 103 da CF/1988, assinale a alternativa correta: Quando
o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o
Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. BL: art. 103, §3º, CF/88. [adaptada]
(TJMA-2008): O Advogado Geral da União não tem legitimidade para propor ação direta de
inconstitucionalidade, perante o STF. BL: art. 103, §3º da CF/88.
##Atenção: O AGU não tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade, perante o
STF, pois, nos termos do art. 103, §3º, cabe a ele a defesa do ato ou texto impugnado.
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal PODERÁ, de ofício ou por provocação, mediante decisão
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, APROVAR
SÚMULA que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, TERÁ EFEITO VINCULANTE em relação
aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal, bem como PROCEDER à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em
lei. (Incluído pela EC nº 45, de 2004) (PGECE-2008) (TJMT-2009) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (PGESP-2009)
(PCPB-2009) (MPSE-2010) (DPU-2010) (TJSP-2011) (PGEPR-2011) (PGERO-2011) (TJMS-2008/2012) (TJPR-
2010/2012) (MPSP-2012) (MPMG-2012) (MPRS-2012) (DPESP-2012) (PFN-2012) (TJSC-2009/2013) (MPGO-
2010/2013) (PGEGO-2010/2013) (TJRN-2013) (TRF5-2013) (PCPA-2013) (MPT-2013) (MPPE-2014) (MPSC-2014)
(DPECE-2014) (DPEGO-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEAC-2014) (PCPI-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (MPBA-2015) (DPEMA-2015) (TRT6-2015) (TRT16-2015) (TRT23-2015) (DPEMT-
2009/2016) (TJDFT-2007/2012/2015/2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (PCAP-2010/2017) (TRF2-2013/2017) (MPPR-2008/2011/2014/2017) (MPF-2017) (Cartórios/TJMG-
2017) (DPEAM-2013/2018) (DPERS-2014/2018) (TJCE-2018) (DPEAM-2018) (PGEAP-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (Cartórios/TJRS-2013/2019) (TJAL-2015/2019) (MPPI-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019)
(Cartórios/TJSC-2021) (TJAP-2014/2022) (TJMG-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
##Atenção: ##STF: ##MPGO-2019: Considerado o que dispõe o art. 103-A, “caput”, da Constituição,
388
somente a partir da data em que o enunciado sumular é publicado em órgão da imprensa oficial é que
passa a ter eficácia vinculante, impondo-se, em consequência, à observância dos demais juízes e
Tribunais, excluídos do seu alcance todos os atos decisórios anteriores à sua publicação. – A parte
reclamante, para ter legítimo acesso à via reclamatória, deve demonstrar que o ato reclamado tenha sido
proferido posteriormente à publicação, na imprensa oficial, do enunciado de súmula vinculante
invocado como paradigma. STF. 2ª T., Rcl 24393 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 20/09/19.
(PGEPE-2018-CESPE): A súmula vinculante, aprovada pelo STF e publicada na imprensa oficial, produz
efeito vinculante em relação aos órgãos da administração pública direta e indireta em todas as esferas
federativas. BL: art. 103-A, CF.
(PGEAP-2018-FCC): A partir de sua publicação na imprensa oficial, a súmula vinculante editada pelo
STF terá efeito em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta ou
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. BL: art. 103-A, CF e art. 2º, Lei 11417.
##Atenção:
SÚMULA VINCULANTE: 2/3 dos ministros do STF, portanto, 8 ministros precisam votar no sentido de
concretizar a súmula vinculante.
##Atenção: Qual o requisito deve ser observado para que as atuais súmulas do STF produzam efeito
vinculante? Para que as mencionadas súmulas produzam efeito vinculante, devem as mesmas ser
confirmadas por 2/3 de seus integrantes e publicadas na imprensa oficial. É o que dispõe o art. 8° da EC
nº 45/04: “Art. 8º As atuais súmulas do Supremo Tribunal Federal somente produzirão efeito vinculante após
sua confirmação por dois terços de seus integrantes e publicação na imprensa oficial.”.
(TJSP-2013-VUNESP): Súmula do STF aprovada por 2/3 de seus membros, com efeito vinculante, nos
termos do art. 103-A, da Constituição Federal, não pode ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade. BL: art. 103-A, CF.
389
2013) (MPPE-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEMA-2015) (DPEMT-2016) (TRF2-2017) (TJAL-2019)
(MPGO-2019) (MPPI-2019) (TJMG-2022)
##Atenção: Qual o objeto da denominada Súmula vinculante? Referida Súmula terá por objeto a
validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual
entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica
e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica (art. 103-A, §1º, da CF, com redação dada
pela EC n.45/04).
§ 2º SEM PREJUÍZO do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula PODERÁ SER PROVOCADA por aqueles que PODEM PROPOR a AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJMT-2009) (MPSE-
2010) (TJPR-2010/2011) (PGEPR-2011) (MPGO-2012) (MPMG-2012) (DPESP-2012) (PGEGO-2010/2013)
(DPEAM-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPT-2013) (TJSP-2011/2013/2014) (MPPE-2014) (MPBA-2015)
(DPEMA-2015) (DPEMT-2009/2016) (PGEMS-2016) (TRF2-2013/2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Anal.
Judic./TRF3-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)
##Atenção: Vejamos o teor do art. 3º da Lei 11.417/2006, que dispõe acerca dos legitimados para propor
a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante:
Art. 3o São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula
vinculante:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - o Defensor Público-Geral da União;
VII – partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;
IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os
Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os
Tribunais Militares.
§ 1o O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a
revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo.
§ 2o No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o relator
poderá admitir, por decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal.
(MPSP-2005): Sobre o Poder Judiciário, é correto dizer que a súmula com efeito vinculante pode ser
aprovada por provocação de entidade de classe de âmbito nacional. BL: art. 103-A, §2º e art. 103, IX, CF.
390
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, CABERÁ RECLAMAÇÃO ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL que,
JULGANDO-A PROCEDENTE, ANULARÁ o ato administrativo ou CASSARÁ a decisão judicial
reclamada, e DETERMINARÁ que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o
caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPRO-2008) (TJMG-2009) (TJMT-2009) (DPEMT-
2009) (PGEPE-2009) (PCPB-2009) (PGEGO-2010) (DPU-2010) (MPMS-2011) (PGERO-2011) (DPESP-2012)
(MPGO-2012/2013) (TJSC-2013) (MPSC-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PCPA-2013) (TJSP-2011/2014) (TJPA-2014)
(MPPE-2014) (DPECE-2014) (DPEGO-2014) (TRF4-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPR-2011/2015)
(MPBA-2015) (TRT6-2015) (TRT15-2015) (TRT16-2015) (TRT23-2015) (TJDFT-2007/2016) (TJAM-2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCAP-2017) (MPPR-2013/2014/2017) (MPF-2017)
(DPEAM-2013/2018) (TRF2-2017/2018) (DPEAM-2018) (DPERS-2018) (MPPI-2012/2019) (Anal.
Judic./TRF3-2019) (TJMS-2020) (Cartórios/TJSC-2021) (TJAP-2014/2022) (TJMG-2022)
(TJMG-2022-FGV): Sobre os efeitos da súmula vinculante publicada pelo STF, analise a afirmativa a
seguir: As decisões judiciais em desconformidade com a súmula vinculante poderão ser objeto de
reclamação. A súmula terá por objetivo a validade, interpretação e a eficácia de normas determinadas,
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgão judiciário ou entre esse e a administração pública
que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
BL: art. 103-A, §§1º e 3º, CF.
(TJMG-2022-FGV): Sobre os efeitos da súmula vinculante publicada pelo STF, analise a afirmativa a
seguir: Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao STF, que, julgando-a procedente, anulará o ato
administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou
sem a aplicação da súmula, conforme o caso. BL: art. 103-A, §3º, CF.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: O ato administrativo ou a decisão judicial que contrariar
súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar está sujeito à Reclamação ao STF somente após a
publicação da súmula na imprensa oficial. BL: art. 103-A, caput e §3º, CF.
(TCERJ-2021-CESPE): Com base na CF/88, julgue o seguinte item: Não há representantes da justiça
eleitoral nem da justiça militar no plenário do Conselho Nacional de Justiça. BL: art. 103-B, CF.
391
de membros de outros poderes no CNJ “não pode equiparar-se a nenhuma forma de intromissão
incompatível com a ideia de política e o perfil constitucional da separação e independência dos
Poderes”, bem como que o Legislativo “sempre teve o poder superior de fiscalização dos órgãos
jurisdicionais quanto às atividades de ordem orçamentária, financeira e contábil” – e se isso não é
violação de autonomia, também não o é a mera representação de outros Poderes no CNJ. (trechos do
julgado: STF. Plenário. ADI 3.367/DF, rel. Min. Cezar Peluso, j. 13.04.2005).
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de
2009) (TJPR-2010) (MPSP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (PGEMA-2016) (TJRO-2019)
V - UM juiz estadual, INDICADO pelo Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013)
VII - UM juiz federal, INDICADO pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (PGEMT-2016)
(PGEMT-2016-FCC): O Conselho Nacional de Justiça, nos termos preconizados pela CF/88, é composto
de 15 membros, com mandato de dois anos, admitida uma recondução. Dentre os seus componentes
haverá necessariamente um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo STJ. BL: art. 103-B, VII, CF.
IX - UM juiz do trabalho, INDICADO pelo Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013)
##Atenção: Segundo art. 103-B, incisos X e XI da CF/88, o CNJ é composto por um membro do MP da
União, indicado pelo Procurador-Geral da República e um membro do MP Estadual, escolhido pelo
Procurador-Geral da República dentre nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição
estadual. Nesse caso, NÃO SÃO AMBOS INDICADOS PELO PROCURADOR-GERAL DA
REPÚBLICA.
XII - DOIS advogados, INDICADOS pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPDFT-2004) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (TJRO-
2019)
392
indicados pelo Conselho Federal da OAB. BL: art. 103-B, XII, CF.
XIII - DOIS cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, INDICADOS UM pela Câmara
dos Deputados e OUTRO pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(PGESP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (PGEMT-2016) (PCPA-2016)
Composição do CNJ:
1 Presidente do STF - Preside o CNJ e é substituído pelo Vice-Presidente do STF nas
ausências e impedimentos
1 Ministro STJ - Este será também corregedor do conselho
1 Ministro TST
2 Juiz do Trabalho e Desembargador TRT - Escolhido pelo TST
2 Juiz de direito e Desembargador TJ - Escolhido pelo STF
2 Juiz Federal e Juiz do TRF - Escolhido pelo STJ
1 Membro MPE - Escolhido pelo PGR
1 Membro MPU - Escolhido pelo PGR
1 Cidadão - Escolhido pela Câmara
1 Cidadão - Escolhido pelo Senado
2 Advogados - Escolhido pelo Conselho Federal da OAB
= 15 Membros
##Atenção: ##DPESP-2015: ##FCC: Conforme art. 103-B, incisos I ao XIII da CF, Defensor Público não
integra o CNJ.
(TJSP-2011-VUNESP): Sobre o CNJ, é correto afirmar que será presidido pelo Presidente do STF, sendo
os demais membros do Conselho nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a
indicação pela maioria absoluta do Senado Federal. BL: art. 103-B, §§1ºe 2º, CF.
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao
Supremo Tribunal Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRT1-2015)
393
2010) (TRF4-2010) (DPEMA-2011) (MPF-2011) (TJMS-2012) (TJPA-2012) (TJRS-2012) (MPAL-2012)
(DPERO-2012) (DPESE-2012) (PCSP-2012) (TJSC-2013) (MPMS-2013) (Cartórios/TJBA-2013)
(Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PCGO-2013) (MPM-2013) (DPEPR-2012/2014) (DPECE-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGEMS-2014) (PGERN-2014) (DPESP-2010/2015) (MPSP-2015) (PGEPR-2015) (TRT2-
2015) (TRT8-2015) (TJDFT-2015/2016) (PGEAM-2016) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (TRT3-2016) (TRF2-
2009/2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJSP-2017/2018) (TJCE-2018) (PGETO-2018) (PCMA-2018)
(PCPI-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Anal./MPU-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2017/2018/2019) (TJPR-2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (MPDFT-2021) (TCERJ-2021) (Cartórios/TJSP-2022) (TJMMG-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF2-2017: ##TJCE-2018: ##CESPE: Não cabe ao CNJ, cujas atribuições
são exclusivamente administrativas, o controle de controvérsia que está submetida à apreciação do
Poder Judiciário. STF. 1ª T. MS 28845/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 21/11/17 (Info 885).
##Atenção: ##TJSP-2018: ##VUNESP: O CNJ não pode criar novas vedações para os juízes, com base no
§4º do art. 103-B da CF/88. O que o CNJ pode fazer é regulamentar e explicitar as vedações já existentes.
Exemplo é a recomendação recentemente emanada pelo CNJ para que os juízes adotem postura mais
comedida nas redes sociais durante as eleições. Trata-se de regulamentação da vedação de atividade
político-partidária. Note que não foi criada nova vedação, somente regulamentada uma já existente.
(TJSP-2018-VUNESP): Com relação aos tribunais estaduais, pode-se afirmar que sua atuação
administrativa e financeira está sujeita a controle do Conselho Nacional de Justiça, enquanto a
fiscalização contábil, financeira e orçamentária é feita pelo Legislativo dos respectivos Estados, com o
auxílio dos respectivos Tribunais de Contas. BL: art. 103-B, §4º c/c arts. 70, 71, 74 e 75 da CF86.
86
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades
da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder. (...) Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União. (...) Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...). Art. 75. As normas
estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de
Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. (...)
394
2009) (DPEPR-2012) (DPERO-2012) (MPMS-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPM-2013) (DPESP-2015)
(TRT3-2016) (TJSP-2017) (TRF2-2009/2017) (PGESE-2017) (TJMMG-2022)
III - RECEBER e CONHECER das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,
INCLUSIVE contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de
registro que ATUEM por delegação do poder público ou oficializados, SEM PREJUÍZO da
COMPETÊNCIA DISCIPLINAR e CORREICIONAL dos tribunais, PODENDO AVOCAR processos
disciplinares em curso, DETERMINAR a remoção ou a disponibilidade e APLICAR outras sanções
administrativas, ASSEGURADA ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(TJSE-2008) (MPRN-2009) (DPEMT-2009) (PGEAL-2009) (MPT-2009) (TRF4-2010) (TJPR-2011) (MPF-2011)
(PCMG-2011) (TJMS-2012) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (DPEPR-2012) (TJSC-2013) (TJAM-2013) (MPMS-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (MPM-2013) (PGERN-2014) (DPEMA-2015)
(DPESP-2015) (PGEPR-2015) (TJDFT-2014/2016) (PGEMA-2016) (TRT3-2016) (TJSP-2011/2017) (TJRS-2018)
(PGM-João Pessoa/PB-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2017/2018/2019) (TJPR-2019) (MPDFT-2021) (TJMMG-2022)
395
V - REVER, de ofício ou mediante provocação, os PROCESSOS DISCIPLINARES de juízes e
membros de tribunais JULGADOS há menos de um ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004) (MPSP-2005) (TJSE-2008) (DPEMT-2009) (PGEAL-2009) (MPT-2009) (DPEPR-2012) (DPERO-2012)
(PCSP-2012) (TJPR-2013) (TJAM-2013) (TJRN-2013) (MPMS-2013) (MPRO-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-
2013) (MPM-2013) (TJMT-2014) (DPEMA-2015) (DPESP-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEPR-2015)
(TJDFT-2016) (PGEAM-2016) (TRT3-2016) (PGESE-2017) (TJCE-2018) (PCPI-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(TJRO-2019) (MPPR-2019)
##Atenção: ##STF: ##DOD: O prazo de 1 ano previsto no art. 103-B, § 4º, V da CF/88 incide apenas
para revisões de PADs, não se aplicando para atuação originária do CNJ. A competência originária do
CNJ para a apuração disciplinar, ao contrário da revisional, não se sujeita ao parâmetro temporal
previsto no art. 103-B, § 4º, V da CF/88. STF. 2ª T. MS 34685 AgR/RR, rel. Min. Dias Toffoli, j. 28/11/17
(Info 886).
##Atenção: ##STF: Segundo o STF, o prazo estabelecido no art. 103-B, § 4º, V, da CF/88 para o CNJ rever
processo disciplinar instaurado contra magistrado começa a fluir da publicação da decisão do TJ em
órgão oficial. [MS 26.540, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-6-2014, 2ª T, DJE de 1º-8-2014.]
##Atenção: ##STF: O pedido de revisão disciplinar para o CNJ deve ser feito até um ano após o
julgamento do processo disciplinar pelo respectivo Tribunal, nos termos do art. 103-B, § 4º, V, da CF/88.
Dessa forma, esgotado tal prazo só restará ao interessado socorrer-se da via judicial para discutir a
punição que lhe foi aplicada. [MS 27.767 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 23-3-11, P, DJE de 8-4-
2011.]
VII - ELABORAR RELATÓRIO ANUAL, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a
situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do
Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura
da sessão legislativa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPAL-2012) (Cartórios/TJPE-2013)
(TJRO-2019)
396
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2008) (TJSE-2008) (TJSP-2011) (PCMG-2011)
(TJRS-2009/2012) (TJMS-2012) (TJPI-2012) (TJPR-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PGEBA-2014) (PGEMA-2016)
(PCPA-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(PGEBA-2014-CESPE): No que se refere ao Poder Judiciário, julgue o item seguinte, considerando que
STJ se refere ao Superior Tribunal de Justiça: A função de ministro-corregedor do Conselho Nacional de
Justiça deve ser exercida por ministro do STJ. BL: arts. 103-B, §5º, CF.
(DPESP-2015-FCC): Sobre o CNJ, é correto afirmar: A União, inclusive no Distrito Federal e nos
Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer
interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares,
representando diretamente ao CNJ. BL: art. 103-B, §7º, CF.
##Atenção: O art. 103-B, §7º, da CF/88 prevê que as reclamações e denúncias poderão ser encaminhadas
tanto para as ouvidorias dos Tribunais locais quanto diretamente para o CNJ.
Seção III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 104. O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA COMPÕE-SE de, no mínimo, trinta e três
Ministros. (TJDFT-2014) (TJSP-2014) (TRF1-2015) (TRF5-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (PGM-Florianópolis/SC-
2022)
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores
dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; (TJMT-2009) (TJSC-
2009) (TJDFT-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TRF5-2015) (TRT16-2015) (PGESC-2018)
397
desembargadores estaduais e o terço restante, de metade de advogados e metade de membros do
Ministério Público. BL: art. 104,§ único, I e II, CF.
a) NOS CRIMES COMUNS, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos DE
RESPONSABILIDADE, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal,
os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de
Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que OFICIEM perante tribunais; (TJPR-2008)
(MPPE-2008) (TJMG-2009) (TJRS-2009) (TJSP-2009) (TRF1-2009) (PCPB-2009) (PCPI-2009) (PCRN-2009) (TJPB-
2011) (DPEMA-2011) (TRF5-2011) (TJCE-2012) (TJMS-2012) (MPMG-2012) (MPPI-2012) (MPPR-2012)
(MPTO-2012) (PCSP-2012) (MPF-2011/2013) (TJPE-2013) (TJSC-2013) (PGDF-2013) (MPM-2013) (TJDFT-
2011/2014) (MPAC-2014) (MPPA-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TJMS-2015) (MPDFT-2015)
(PGEPA-2015) (PCDF-2015) (TRT6-2015) (MPT-2015) (DPEES-2016) (PGEMS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
(TRF2-2011/2017) (PCGO-2012/2017) (DPESC-2017) (PCAP-2017) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018)
(PCMG-2018) (TJRO-2011/2019) (TJAC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPAP-2021) (TCDF-2021) (TCERJ-2021)
(PGM-Recife/PE-2022) (Anal. Judic./TJCE-2022)
##Atenção: ##STF: ##TJCE-2012: ##PCDF-2015: ##CESPE: ##CPP: O STF decidiu que “compete,
originariamente, ao STJ, processar e julgar os membros dos Tribunais de Contas estaduais nos crimes de
responsabilidade e nos ilícitos penais comuns, assim definidos em legislação emanada da União Federal.
Mostra-se incompatível com a Constituição da República - e com a regra de competência inscrita em seu
art. 105, I, "a" - o deslocamento, para a esfera de atribuições da Assembleia Legislativa local, ainda que
mediante emenda à Constituição do Estado, do processo e julgamento dos Conselheiros do Tribunal de Contas
estadual nas infrações político-administrativas”. (ADI 4190 MC-REF, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal
Pleno, j. 10/03/10).
##Atenção: ##STJ: ##TRF1-2009: ##CESPE: ##CPP: Os juízes de 1º grau, quando convocados para os
Tribunais de Justiça para exercer a função de desembargador, não possuem a prerrogativa de foro
previsto pelo art. 105, I, da CF/88. A prerrogativa de foro é inerente ao cargo, e não a eventual exercício
da função em substituição, uma vez que o convocado mantém sua investidura no cargo de origem, ou
seja, juiz de 1º grau. Precedente citado: HC 86.218-DF, DJ 2/8/07. STJ. AgRg na RP 368/BA , Rel. Min.
Arnaldo Esteves Lima, j. 5/3/08.
398
(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: Compete ao STJ processar e julgar nos crimes de
responsabilidade os membros dos Tribunais de Contas dos Municípios. BL: art. 105, I, “a”, CF.
##Atenção: Nos crimes comuns e nos de responsabilidade, compete ao STJ julgar os desembargadores
dos TJs e os membros dos Tribunais de 2ª instância (TRF, TRT e TRE). Veja que todos os membros do
Judiciário que atuam em Tribunais de 2ª instância (TJ, TRF, TRT e TRE) são julgados no STJ pelos dois
crimes (comuns + responsabilidade). Quanto aos Tribunais de Contas, a competência do STJ fica para
TCE, TCDF e TCM (onde houver). Só ficam de fora os Ministros do TCU, que são julgados no STF
pelos dois crimes (comuns + responsabilidade). Sintetizando, fica assim:
- Membros do TJ, TRF, TRT e TRE (tribunais de segunda instância);
- Membros do TCE, TCDF e TCM;
- Membros do MPU que oficiem perante Tribunais.
(TCERJ-2021-CESPE): Com relação aos poderes da República, julgue o item a seguir: Compete ao STJ
julgar os membros dos tribunais de contas estaduais que tenham cometido crime de responsabilidade.
BL: art. 105, I, “a”, CF.
Súmula 41-STJ: O Superior Tribunal de Justiça não tem competência para processar e julgar,
originariamente, mandado de segurança contra ato de outros tribunais ou dos respectivos órgãos.
##Atenção: ##STJ: ##DPERR-2013: ##CESPE: O art. 105, I, 'b', da CF, delimita competência absoluta
do STJ, estabelecendo expressamente as restritas hipóteses de impetração de mandado de segurança
originário, sem prever qualquer exceção que lhe confira atribuição de atuar em situação não fixada.
(AgRg no MS 16.984/RN, Rel. Min. Nancy Andrighi, 2ª S., DJe 31/8/11). Não é competência do STJ
julgar mandamus contra ato proveniente de Desembargador do Tribunal de Justiça Estadual ou de
Tribunal Regional Federal. Nesse sentido, o teor da Súmula 41/STJ. (AgRg no MS 14.632/SP, Rel. Min.
Humberto Martins, 1ª S., DJe 6/11/09). STJ. 1ª S., AgRg no MS 19.960/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves
Lima, j. 24/04/13.
##Atenção: ##STJ: ##Cartórios/TJBA-2013: ##CESPE: A teor do parág. único, do art. 1º, da Lei nº
8.682/93, goza o ocupante do cargo de Advogado-Geral da União, todos os direitos, deveres e
prerrogativas de Ministro de Estado. Competente esta Corte, nesta esteira, para processar e julgar
mandados de segurança contra seus atos. Inteligência do art. 105, I, letra "b", da Constituição Federal.
STJ. 3ª S., MS 7.076/DF, Rel. Min. Jorge Scartezzini, j. 13/12/00.
(DPEPB-2022-CESPE): O STJ é competente para julgar mandado de segurança e habeas data em face
de Ministro de Estado. BL: art. 105, I, “b”, CF.
399
(PGERO-2022-CESPE): João, Lucas e Maria pretendem impugnar ato omissivo, de competência de
ministro de Estado, lesivo ao direito material dos três. Nessa situação hipotética, João, Lucas e Maria
podem impetrar mandado de segurança individual perante o STJ. BL: art. 105, I, “b”, CF.
c) os HABEAS CORPUS, quando o coator ou paciente FOR qualquer das pessoas mencionadas na
alínea "a", ou quando o coator FOR tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante
da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, RESSALVADA a competência da JUSTIÇA ELEITORAL;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) (PCRN-2009) (TJRJ-2011) (TJDFT-2014) (TJMT-2014)
(MPAC-2014) (MPPA-2014) (TJGO-2015) (PGEMA-2016) (DPU-2017)
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente: (...)
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais
Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##Anal. Judic./TRETO-2017: ##CESPE: Em regra, as ações tratando sobre
divergências internas ocorridas no âmbito do partido político são julgadas pela Justiça Estadual.
Exceção: se a questão interna corporis do partido político puder gerar reflexos diretos no processo
eleitoral, então, neste caso a competência será da Justiça Eleitoral. Assim, compete à Justiça Eleitoral
processar e julgar as causas em que a análise da controvérsia é capaz de produzir reflexos diretos no
processo eleitoral. STJ. 2ª Seção. CC 148.693-BA, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 14/12/16 (Info
596).
##Atenção: ##TJRO-2019: ##VUNESP: Os TRE’s não são competentes para processar e julgar os
conflitos de competência verificados entre Juiz Eleitoral e o Juiz de Direito de Vara comum nos crimes
eleitorais. De fato, nos termos do art. 105, inc. I, “d", da CF/88, o STJ é o juízo competente para processar
e julgar conflitos de competência entre juízes vinculados a tribunais diversos (Juiz de Direito - TJ e Juiz
Eleitoral - TRE).
(PGEBA-2014-CESPE): No que se refere ao Poder Judiciário, julgue o item seguinte, considerando que
STJ se refere ao STJ: Compete ao STJ processar e julgar, originariamente, o conflito de competência
instaurado entre juiz federal e juiz do trabalho. BL: art. 105, I, “d”, CF.
##Atenção: ##Dica: Se houver conflito de qualquer Tribunal Superior, será julgado pelo STF. Não
havendo participação de pelo menos um TS (Tribunal Superior), será julgado pelo STJ.
##Atenção: ##Dica: SE VOCÊ SOUBER ESTAS TRÊS REGRAS VOCÊ NÃO ERRA CONFLITO ENTRE
TRIBUNAIS:
400
- 1ª REGRA – TEM TRIBUNAL SUPERIOR NO MEIO? COMPETÊNCIA STF.
(MPSP-2013): Com relação ao mandado de injunção: É cabível no âmbito da competência do STJ, quando
a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da
administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do STF e dos órgãos da Justiça
Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal. BL: art. 105, I “h”, CF.
##Atenção: A Justiça do Trabalho tem sua competência referida no art. 105, I, “h”, da CF, que a ressalva,
ao lado da competência dos outros ramos especializados do Judiciário, para conhecer dos mandados de
injunção. Essa previsão há de ser interpretada em harmonia com o art. 114 da CF, que disciplina a
competência material da Justiça do Trabalho. A Lei Orgânica do MPU (LC 75/93), por sua vez, no art. 83,
X, legitima, expressamente, o MPT para impetrar mandado de injunção perante a Justiça Especializada
Trabalhista: “Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos
órgãos da Justiça do Trabalho: (...) X - promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do
Trabalho;” A atuação deverá, obviamente, ser compatível com a finalidade institucional do “Parquet”, ou
seja, “defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis” (CF, art. 127, “caput”), imbricada com a necessidade de viabilizar o exercício de direitos
constitucionais obstados pela falta de regulamentação, responsabilizando seja aquele que não cumprir o
dever de expedir a regulamentação, seja quem suportará os efeitos da injunção.
401
(TJAC-2019-VUNESP): É competência, respectivamente, do STF e do STJ processar e julgar,
originariamente, as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre
uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; e a homologação de sentenças
estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias. BL: art. 102, I, “f” e art. 105, I, “i”, CF.
(TCEMG-2018): Analise o caso hipotético a seguir. Maria impetrou, junto ao órgão judicial competente,
mandado de segurança contra a Presidência da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. A
matéria objeto do mandado de segurança não se refere à competência de justiça especializada. O órgão
judicial competente denegou o pedido da impetrante. Para reformar a decisão, Maria deverá interpor
recurso ordinário. BL: art. 105, II, “b”, CF/88.
(AGU-2007-CESPE): Quanto aos recursos no processo civil, julgue o item subsequente: Compete ao STJ
julgar, em recurso ordinário, os mandados de segurança decididos em única instância pelos TRFs,
quando essa decisão for denegatória. BL: art. 105, II, “b”, CF.
(DPECE-2008-CESPE): Em relação aos tribunais superiores, julgue o item que se segue: O julgamento
das causas em que forem partes organismo internacional, de um lado, e de outro, um município será
realizado pela justiça federal, devendo eventual recurso ordinário interposto contra a sentença ser
julgado pelo STJ. BL: art. 105, II, “c”, CF.
(1) Litígios entre a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território e Estado estrangeiro ou organismo
internacional:
402
STF: processar e julgar
(2) Causas que envolvam Município ou pessoa residente ou domiciliada no País com Estado estrangeiro
ou organismo internacional:
Juízes Federais: processar e julgar
STJ: julgar, em recurso ordinário
(3) Causas que envolvam tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional:
Juízes Federais: processar e julgar
##Atenção: Esquema:
Nomenclatura: EE = estado estrangeiro; OI = organismo internacional
III - JULGAR, em RECURSO ESPECIAL, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
QUANDO a decisão recorrida: (PGEES-2008) (PGEAL-2009) (MPT-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2011) (TJPI-
2012) (MPRS-2012) (MPRJ-2012) (PFN-2012) (TJRJ-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (TJPA-2014) (DPEGO-2014)
(TJGO-2015) (DPESP-2015) (TRF3-2016) (TJMSP-2016) (DPESC-2012/2017) (MPPR-2013/2017) (MPF-
2013/2015/2017) (DPEAC-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-2018) (Anal. Judic./TRF3-2019)
(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: Compete ao STJ julgar, em recurso especial, as causas
decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou negar-lhe
vigência. BL: art. 105, III, “a”, CF.
b) JULGAR válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PGEAL-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2011) (MPRJ-2012) (TJPA-2014)
(DPEGO-2014) (TJGO-2015) (MPPR-2013/2017) (DPESC-2017) (MPBA-2018)
c) DER a lei federal interpretação divergente da que lhe HAJA ATRIBUÍDO outro tribunal. (MPSE-
2010) (PGERS-2011) (MPRJ-2012) (DPESC-2012) (PFN-2012) (MPPR-2013/2017) (DPESC-2017) (MPF-2017)
(Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-2018)
##Atenção: ##STJ: ##MPF-2017: Segundo o STJ, “a falta de indicação dos dispositivos legais federais
que teriam dado causa a interpretações divergentes impede o conhecimento do recurso especial pela
alínea "c". Incidência da Súmula 284/STF". (AREsp 648.898/ES, Rel. Min. Og Fernandes, 2ª T., j.
20/02/2018).
(MPPR-2017): O Ministério Público foi cientificado de acórdão exarado pela 4ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Paraná, que não acolheu pronunciamento da Procuradoria de Justiça e deu
provimento a recurso de apelação da Defesa do réu, por maioria de votos. Na análise da fundamentação
judicial, verifica-se que a solução dada pela Corte Paranaense beneficiou o réu e contrariou lei federal,
estando a matéria já prequestionada no acórdão. Discordando do que foi decidido, o recurso correto a ser
403
interposto pelo Ministério Público é o: Recurso especial dirigido ao STJ. BL: art. 105, III, CF. (proc. penal)
##Atenção: Em razão de a ação de mandado de segurança ter sido decidida em única instância pelo
Tribunal de Justiça de Estado, e tendo ela denegado a segurança, será impugnável por meio de recurso
ordinário, dirigido ao STJ, por força do art. 105, II, “b", CF. É importante notar que a segurança foi
denegada ao impetrante, que sucumbiu em relação ao pedido de extinção do processo administrativo,
motivo pelo qual ele dispõe de interesse para interpor esse recurso. Por outro lado, ao Estado, réu da
ação, não foi denegada nenhuma segurança, motivo pelo qual ele não poderá lançar mão do recurso
ordinário mencionado, podendo apenas fazer uso do recurso especial ou do recurso extraordinário, caso
a decisão impugnada se enquadre em suas hipóteses de cabimento, elencadas no art. 105, III, e 102, III, da
CF.
§ 1º. FUNCIONARÃO junto ao Superior Tribunal de Justiça: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º No recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de direito federal
infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão do recurso seja examinada
pelo Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer com base nesse motivo pela manifestação de 2/3
(dois terços) dos membros do órgão competente para o julgamento . (Incluído pela Emenda Constitucional nº
125, de 2022)
404
§ 3º Haverá a relevância de que trata o § 2º deste artigo nos seguintes casos : (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 125, de 2022)
III - ações cujo valor da causa ultrapasse 500 (quinhentos) salários mínimos ; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 125, de 2022)
##Atenção: Vejamos o teor do art. 2º da EC 125/22: “Art. 2º A relevância de que trata o § 2º do art. 105 da
Constituição Federal será exigida nos recursos especiais interpostos após a entrada em vigor desta Emenda
Constitucional, ocasião em que a parte poderá atualizar o valor da causa para os fins de que trata o inciso III do § 3º
do referido artigo.”
IV - ações que possam gerar inelegibilidade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 125, de 2022)
VI - outras hipóteses previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 125, de 2022)
Seção IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS
II - os Juízes Federais.
Art. 107. Os TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS COMPÕEM-SE de, no mínimo, sete juízes,
RECRUTADOS, quando possível, na respectiva região e NOMEADOS pelo Presidente da República
dentre brasileiros com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 122, de 2022)
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;
II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por
antigüidade e merecimento, alternadamente.
(TRF2-2017): Sobre a figura do foro por prerrogativa de função, assinale a opção correta: Os juízes
federais de 1º grau possuem foro por prerrogativa de função junto aos Tribunais (TRFs) em que exercem
jurisdição, foro que abrange também os juízes do trabalho de Io grau. BL: art. 108, I, “a”, CF.
(PGEMA-2016-FCC): Juiz do Trabalho ao qual seja imputada a prática de crime de homicídio será
processado e julgado, criminalmente, perante o Tribunal Regional Federal da área de sua jurisdição,
sendo do Superior Tribunal de Justiça a competência para processar e julgar habeas corpus em caso de
ilegalidade ou abuso de poder que ameace ou lese a liberdade de locomoção do magistrado. BL: art. 108,
I, “a” c/c art. 105, I, “c”, CF.87
##Atenção: A alternativa está correta, pois o foro do juiz o trabalho será o TRF pertinente, conforme o
art. 108, I, "a", da CF, sendo que o habeas corpus contra decisão desse tribunal será apreciado pelo STJ, nos
termos do art. 105, I, "c", da CF.
(MPM-2013): Assinale a alternativa correta: Compete ao Tribunal Regional Federal da Região que
abarcar a Auditoria Militar respectiva processar e julgar o Juiz Militar que cometa crime comum ou de
responsabilidade. BL: art. 108, I, “a”, CF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: Compete à Justiça Federal processar e julgar
ações rescisórias movidas por ente federal contra acórdão ou sentença da Justiça estadual: Compete ao
Tribunal Regional Federal processar ação rescisória proposta pela União com o objetivo de
desconstituir sentença transitada em julgado proferida por juiz estadual, quando afeta interesses de
órgão federal. STF. Plenário. RE 598650/MS, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min.
Alexandre de Moraes, j. 8/10/21 (Repercussão Geral – Tema 775) (Info 1033).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Imagine agora a seguinte situação hipotética: Lucas
ajuizou execução contra João, na Justiça Estadual. O juiz julgou o pedido procedente. João não recorreu e,
portanto, a sentença transitou em julgado. Depois do trânsito em julgado, a União tomou conhecimento
dessa sentença e entendeu que ela seria contrária aos seus interesses. A União deseja agora ajuizar ação
rescisória pedindo a desconstituição dessa sentença. Em regra, a ação rescisória ajuizada contra sentença
proferida por juiz de Direito é de competência do Tribunal de Justiça. Ocorre que, no caso concreto, temos
uma peculiaridade: essa ação será proposta pela União e o art. 109, I, da CF/88 prevê que, se a União estiver
na lide, a competência deve ser da Justiça Federal: “Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as
causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho; (...)” Logo, ganha força a ideia de que a competência para julgar essa ação rescisória seria do
Tribunal Regional Federal. Por outro lado, alguns poderiam argumentar que a competência seria do
Tribunal de Justiça porque o art. 108 da CF/88, ao tratar sobre a competência dos Tribunais Regionais
Federais, não prevê a possibilidade de o TRF julgar ação rescisória contra sentença proferida por Juiz de
Direito.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Expostos os principais argumentos dos dois lados, indaga-
se: a competência para julgar essa ação rescisória é da Justiça Estadual (Tribunal de Justiça)ou da Justiça
Federal (TRF)? Da Justiça Federal (TRF). É o que foi decidido no julgado veiculado no Info 1033 do STF. De
fato, o art. 108, da CF não prevê expressamente a possibilidade de o TRF julgar ação rescisória proposta
contra sentença proferida por Juiz de Direito. No entanto, o art. 108 não traz uma previsão fechada, taxativa.
É preciso ler tal norma em conjunto com o art. 109, I, da CF, que nada mais é do que uma expressão do
princípio federativo e que impede a submissão da União à Justiça dos estados — com exceção da
competência federal delegada (art. 109, § 3º, da CF): “Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I -
as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras,
rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
87
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: (...) c) os habeas
corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator
for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de
1999)
406
do Trabalho; (...) § 3º Lei poderá autorizar que as causas de competência da Justiça Federal em que forem parte
instituição de previdência social e segurado possam ser processadas e julgadas na justiça estadual quando a comarca do
domicílio do segurado não for sede de vara federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)” No
presente caso temos um aparente conflito de normas constitucionais. No entanto, não se trata de hipótese de
colisão entre preceitos constitucionais, mas sim de complementaridade entre as disposições. Desse modo, a
intervenção da União em ação rescisória de decisão proferida por tribunal estadual desloca a competência
para a Justiça Federal..
d) os HABEAS CORPUS, quando a autoridade coatora FOR juiz federal; (TRF5-2009) (TJRJ-2013)
(TJMT-2014) (TRF3-2016) (MPF-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-2018)
(MPBA-2018): Assinale a alternativa correta: Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e
julgar, originariamente, os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal. BL: art. 108, I,
“d”, CF.
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no
exercício da competência federal da área de sua jurisdição. (TRF1-2013)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: A parte interpôs recurso especial contra acórdão
do TJ; no STJ, a União pede e é admitida como assistente simples da recorrente; o STJ determina o
retorno dos autos ao Tribunal de origem para novo julgamento; o processo deverá ser remetido para o
TRF (e não para o TJ): Existindo interesse jurídico da União no feito, na condição de assistente
simples, a competência afigura-se da Justiça Federal, conforme prevê o art. 109, I, da CF/88, motivo
pelo qual compete ao Tribunal Regional Federal o julgamento de embargos de declaração opostos
contra acórdão proferido pela Justiça Estadual. STJ. Corte Especial. EREsp 1265625-SP, Rel. Min.
Francisco Falcão, j. 30/03/22 (Info 731).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O art. 5º, § único, da Lei 9.469/97 traz em sua redação a
previsão legal da modalidade da intervenção anômala. Referida norma legal possibilita que, nas demandas
que figurarem como parte - na qualidade de autoras ou rés - autarquias, fundações públicas, sociedades de
economia mista e empresas públicas, a União e demais pessoas jurídicas de direito público intervenham de
maneira ampla, não sendo necessária a demonstração de interesse jurídico, bastando que os atos realizados
no processo possam lhes gerar algum reflexo, ainda que meramente econômico: “Art. 5º A União poderá
intervir nas causas em que figurarem, como autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia
mista e empresas públicas federais. Parágrafo único. As pessoas jurídicas de direito público poderão, nas causas cuja
407
decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza econômica, intervir, independentemente da demonstração de
interesse jurídico, para esclarecer questões de fato e de direito, podendo juntar documentos e memoriais reputados úteis
ao exame da matéria e, se for o caso, recorrer, hipótese em que, para fins de deslocamento de competência, serão
consideradas partes.” Outrossim, no que diz respeito à competência por ocasião da ocorrência da intervenção
anômala, conforme entendimento desta Corte Superior, a intervenção anômala da União no processo não é
causa para o deslocamento da competência para a Justiça Federal. A assistência simples, por seu turno,
encontra previsão nos arts. 119 a 123 do CPC/15. Segundo o CPC, o assistente simples deve atuar como
auxiliar da parte principal, na qual exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais
que o assistido, sendo ainda que do art. 119 extraem-se pressupostos de admissibilidade da assistência,
quais sejam: i) a existência de uma relação jurídica entre uma das partes do processo e o terceiro e; ii) a
possibilidade de a sentença influir na relação jurídica. Dessa forma, verifica-se que, na assistência simples,
pela própria dicção do CPC, o terceiro interessado necessita ter interesse jurídico na causa, diferentemente
do que ocorre na intervenção anômala, na qual basta, tão somente, o interesse meramente de natureza
econômica. No caso concreto, a União foi admitida na qualidade de assistente simples (art. 119 do CPC).
Isso significa que ficou reconhecido seu interesse jurídico na causa. O interesse jurídico específico da União
a ser tutelado encontra-se presente, tendo em conta que reflete em evidente interesse público demonstrado -
consubstanciado no abastecimento nacional de combustíveis, considerado de utilidade pública, conforme §
1º do art. 1º da Lei 9.847/99, uma vez que, com a condenação da assistida, poderá ser afetada a continuidade
das atividades desta e, consequentemente a atividade de distribuição de combustíveis no âmbito nacional.
Com efeito, o art. 109, I, da CF/88 dispõe que compete à Justiça Federal processar e julgar as causas em que
a União for interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente, fato que implicaria a remessa dos
autos ao Juízo federal. Assim, existindo o interesse da União no feito, na condição de assistente simples, a
competência afigura-se como da Justiça Federal, conforme prevê o art. 109, I, da CF/88, motivo pelo qual
devem ser acolhidos os embargos de declaração opostos pela União para determinar a baixa não mais ao
Tribunal de origem, mas ao Tribunal Regional Federal competente para a análise do feito. Vale ressaltar que
não tem influência o fato de o acórdão ter sido inicialmente proferido na Justiça Estadual, uma vez que se
trata de matéria atinente à competência absoluta, não sujeita à perpetuatio jurisdictionis, consoante expresso
no art. 43 do CPC, parte final: “Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da
petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.” Dessa forma, deve-se
reconhecer a competência da Justiça Federal, sendo o Tribunal Regional Federal competente para novo
julgamento dos embargos de declaração.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: Compete à Justiça estadual julgar insolvência
civil mesmo que envolva a participação da União, de entidade autárquica ou empresa pública federal : A
insolvência civil está entre as exceções da parte final do art. 109, I, da CF/88, para fins de definição da
competência da Justiça Federal. STF. Plenário. RE 678162/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do
acórdão Min. Edson Fachin, j. 26/3/21 (Repercussão Geral – Tema 859) (Info 1011).
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2017: ##CESPE: (...) Instituição privada de ensino superior. Demora na
expedição do diploma. Sistema Federal de Ensino. Interesse da União. Competência. Justiça Federal.
Precedentes. As instituições privadas de ensino integram o Sistema Federal de Ensino e subordinam-
se à supervisão pedagógica do Ministério da Educação e da Cultura (MEC), a quem compete a
autorização, o reconhecimento e o credenciamento dos cursos superiores por elas ministrados. Haja
vista o interesse da União, compete à Justiça Federal o conhecimento e o julgamento de ação proposta
em razão da demora na expedição de diploma de conclusão de curso superior em instituição privada
de ensino. STF. 2ª T., ARE 754849 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 14/4/15. (...) STF. 2ª T., RE 1026887 AgR,
Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 29/09/17.
##Atenção: ##STJ: ##TRF5-2015: ##CESPE: O fato de a instituição financeira estar sob regime de
liquidação extrajudicial (Lei 6.024/75), sob intervenção do Banco Central, não lhe altera a
personalidade jurídica e não retira a competência da justiça estadual para apreciar o litígio.
Precedentes. Por força do disposto no art. 34 da Lei 6.024/75, é possível aplicar a legislação falimentar
subsidiariamente ao procedimento de liquidação extrajudicial de instituições financeiras, mas com a
ressalva expressa de que somente lhe serão aplicáveis "no que couberem e não colidirem" com os
preceitos daquela. Atribuições distintas do liquidante e do Banco Central, que não se sobrepõem, não
se excluem e devem ser compatibilizadas visando o melhor aproveitamento da liquidação
extrajudicial das instituições financeiras. STJ. 3ª T., REsp 459.352/RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, j. 23/10/12. (...) Inexiste previsão no art. 109 da Constituição da República que atribua a
408
competência para processar e julgar demanda envolvendo sociedade de economia mista à Justiça
Federal, ainda que a instituição financeira esteja sob a intervenção do Banco Central. Ao revés, o
referido dispositivo constitucional é explícito ao excluir da competência da Justiça Federal as causas
relativas à falência - cujo raciocínio é extensível aos procedimentos concursais administrativos, como
soem ser a intervenção e a liquidação extrajudicial -, o que aponta inequivocamente para a
competência da Justiça comum, a qual ostenta caráter residual. STJ. 4ª T., REsp 1093819/TO, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, j. 19/03/13.
##Atenção: "O STJ orienta-se no sentido de que a competência da Justiça Federal, prevista no art. 109, I, da
CF/88, é fixada, em regra, em razão da pessoa (competência ratione personae), levando-se em conta não a natureza
da lide, mas a identidade das partes na relação processual." (STF, RE 737203/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
25/3/13).
(TRF3-2013): A respeito da competência federal para processar e julgar, é correto afirmar que: as causas
em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à
Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho, serão da competência da Justiça Federal. BL: art. 109, I, CF.
(TRF5-2009-CESPE): Um TRF, ao julgar determinado recurso interposto contra decisão de juiz federal,
reconheceu a ilegitimidade ad causam da União, que, até então, integrava a lide no polo passivo, em
litisconsórcio com outras pessoas. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta: Caso o
recurso julgado tivesse sido um agravo, não subsistiria motivo para justificar a competência da justiça
federal, devendo ocorrer a remessa dos autos à justiça estadual, visto que da lide não mais participa o
ente federal. BL: art. 109, I, CF (CPC)
##Atenção: ##TRF5-2009: ##MPMG-2014: ##CESPE: Fredie Didier explica: “(...)se o TRF, ao julgar uma
apelação interposta pela União, em processo em que ela litiga em litisconsórcio com um ente privado, reconhecendo
a sua ilegitimidade ad causam, excluí-la do feito, não será caso de remessa dos autos à Justiça Estadual nem de
reconhecimento de uma eventual incompetência absoluta da Justiça Federal para ter processado a causa até então.
Caberá ao TRF prosseguir no julgamento do recurso, a despeito da exclusão do ente federal. Em primeiro lugar, cabe
ao TRF, e não ao TJ, julgar o recurso interposto contra decisão de juiz federal. Em segundo lugar, a Justiça Federal
não era incompetente, pois até então a União estava no processo, tanto que, no caso citado, o magistrado a quo lhe
reconhecera legitimidade ad causam. Lembre-se: a competência do TRF não é determinada em razão da pessoa;
trata-se de competência funcional, hierárquica (julgar recurso). A situação seria outra se o recurso fosse o
agravo de instrumento: é que, excluído o ente federal, e não tendo terminado o processo em primeira
instância, que prosseguia, caberá ao juiz federal, tendo em vista que não mais subsiste o fato que lhe imputava a
competência (presença do ente federal no processo, art. 109, I, CF/88), remeter os autos à Justiça Estadual.”
(Fonte: http://www.frediedidier.com.br/wp-content/uploads/2012/02/competencia-para-a-execucao-
de-titulo-executivo-judicial.pdf)
(TJAP-2022-FGV): Joana, vereadora no Município Alfa, alugou imóvel de sua propriedade, situado no
409
mesmo município, para o Estado estrangeiro XX, que ali instalou um serviço assistencial para pessoas
carentes. Após alguns anos, momento em que o contrato de locação, nos termos da lei brasileira, se
encontrava vigendo por prazo indeterminado, o Estado estrangeiro XX “comunicou” a Joana que ele,
consoante a sua legislação, se tornara proprietário do imóvel, fazendo cessar o pagamento de aluguéis.
Joana, sentindo-se esbulhada em sua propriedade, decidiu ajuizar ação em face do Estado estrangeiro
XX. Consoante a ordem constitucional brasileira, a referida ação deve ser ajuizada perante: a primeira
instância da Justiça comum federal, com recurso ordinário para o STJ. BL: art. 109, II c/c art. 105, II, “c”,
CF.88
##Atenção: No caso em tela, temos uma ação ajuizada por pessoa domiciliada no Brasil, situação que
atrai a competência da primeira instância da justiça federal comum, nos termos do art. 109, II da CF.
Também por disposição constitucional o respectivo recurso a essa ação será o Recurso Ordinário
Constitucional dirigido ao STJ (art. 105, II, c, CF).
(TRF2-2017): Marque a opção correta: Por força de regra constitucional, caso o Município resolva
executar dívida de IPTU de Estado estrangeiro, a Justiça Federal será a competente. BL: art. 109, II, CF.
##Atenção: É importante frisar que a competência para julgar, as causas em que forem parte Estado
estrangeiro ou organismo internacional e MUNICÍPIO ou pessoa residente e domiciliada no país, é do
JUIZ FEDERAL segundo a CF em seu art. 109, II. Sendo o STJ responsável para julgar a questão, apenas,
em RECURSO ORDINÁRIO.
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional; (MPF-2011) (DPESC-2012) (TRF3-2013) (PFN-2015) (TRF5-2013/2017)
(TRF2-2018): O art. 109 da Constituição Federal prevê a competência da Justiça Federal para “III - as
causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional ”. A que tipo
de tratados se refere o dispositivo? Aos tratados que demandem uma contraprestação específica do
Estado brasileiro, também denominados tratados-contrato. BL: art. 109, I da CF.
##Atenção: ##Justificativa da Banca: "O atual art. 109, III da CF é dispositivo tradicional na história
legislativa brasileira. Desde o Decreto nº 848 de 1890 a regra é adotada no Brasil, sem, todavia, que a doutrina ou
jurisprudência tenha bem delimitado a sua extensão. Ainda que a questão seja controvertida, trata-se de
resposta por exclusão das demais alternativas, conforme o que tem sido decidido pela jurisprudência.
Em matéria de sequestro de crianças (Convenção da Haia sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional de
Crianças), o STJ tem decidido que se trata da competência da Justiça Federal (STJ, CC 100345, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão), ainda que a AGU não atue no feito. Na mesma linha, questões envolvendo a aplicação da
Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil em Danos Causados por Poluição por Óleo (STJ, CC 16953,
Rel. Min. Ari Pargendler). Por outro lado, ações envolvendo a aplicação da Convenção de Varsóvia para a
Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional, de 1929, e atualmente a Convenção de
Montreal para a Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional, de 1999, bem como as
que envolvam as convenções de Genebra sobre letras de câmbio e notas promissórias, têm sido decididas pela Justiça
Estadual. Em suma, para facilitar, tem-se adotado o critério dos tratados-contrato para fixar a competência da
Justiça Federal.." (STF, RE 737203/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 25/3/13). (Fonte:
http://www10.trf2.jus.br/ai/wp-content/uploads/sites/3/2018/03/extrato-explicativo-prova-objetiva-
seletiva.pdf).
##Atenção: ##TRF5-2013: ##CESPE: ##TRF2-2018: "(...) b) Quanto ao critério do tipo de efeitos, temos o
tratado-lei e o tratado-contrato. A distinção entre tratados contratuais e tratados normativos vem padecendo de
uma incessante perda de prestigio. É nítida, segundo Rousseau, a diferença funcional entre os tratados-
contratos, assim chamado porque através deles as partes realizam uma operação jurídica - tais acordos de
comércio, de aliança, de cessão territorial - e os tratados-leis ou tratados normativos, por cujo meio as partes
editam uma regra de direito objetivamente válida. Os tratados-leis são geralmente celebrados entre
muitos Estados com o objetivo de fixar as normas de Direito Internacional. As convenções multilaterais
88
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...) II - julgar, em recurso ordinário: (...) c) as causas em que
forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa
residente ou domiciliada no País;
410
como as de Viena são um exemplo perfeito deste tipo de tratado. Os tratados-contratos procuram regular os
interesses recíprocos dos Estados, isto é, buscam regular interesses recíprocos e são geralmente de
natureza bilateral, mas, existem diversos exemplos de tratados multilaterais restritos. Os tratados-
contratos podem ser executados ou executórios. Os primeiros, também chamados transitórios ou de
efeito limitado, são os que devem ser logo executados e que, levados a efeito, dispõem sobre matéria
permanentemente, como ocorrem nos tratados de cessão ou de permuta de territórios. Os tratados executórios
ou de efeito sucessivo são os prevêem atos a serem executados regularmente, toda vez que apresentem as
condições necessárias, como nos tratados de comércio e nos de extradição”. (Fonte: http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7652). Em resumo, os
tratados-contrato são aqueles que criam obrigações recíprocas para as partes (atraem competência da
Justiça Federal); contrapõem-se aos chamados tratados-lei, que indicam normas gerais de
comportamento.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de esbulho possessório
de imóvel vinculado ao Programa Minha Casa Minha Vida: O art. 161, § 1º, inciso II, do CP, incrimina a
conduta de invadir terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório, com violência a
pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas. A vítima do crime de esbulho
possessório, tipificado no art. 161, § 1º, II, do CP é o possuidor direto, pois é quem exercia o direito de
uso e fruição do bem. Na hipótese de imóvel alienado fiduciariamente, é o devedor fiduciário que
ostenta essa condição, pois o credor fiduciário possui tão-somente a posse indireta. A Caixa
Econômica Federal, enquanto credora fiduciária e, portanto, possuidora indireta, não é a vítima do
411
referido delito. Contudo, no âmbito cível, a empresa pública federal possui legitimidade concorrente
para propor eventual ação de reintegração de posse, diante do esbulho ocorrido. A sua legitimação
ativa para a ação possessória demonstra a existência de interesse jurídico na apuração do crime, o que
é suficiente para fixar a competência penal federal, nos termos do art. 109, IV, da CF. Os imóveis que
integram o Programa Minha Casa Minha Vida são adquiridos, em parte, com recursos orçamentários
federais. Tal fato evidencia o interesse jurídico da União na apuração do crime de esbulho possessório
em relação a esse bem, ao menos enquanto for ele vinculado ao mencionado Programa, ou seja,
quando ainda em vigência o contrato por meio do qual houve a compra do bem e no qual houve o
subsídio federal, o que é a situação dos autos. STJ. 3ª S. CC 179467-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, j. 09/06/21
(Info 700).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPSC-2021: ##CESPE: Compete à Justiça Estadual julgar o crime de
homicídio praticado contra policiais militares estaduais, ainda que no contexto do delito federal de
contrabando (STJ. 3ª Seção. CC 153.306/RS, Rel. p/ Acórdão Min. Maria Thereza de Assis Moura, j.
22/11/17). Ex: o sujeito ativo trazia cigarros importados em seu veículo e, para fugir de uma blitz,
atirou e matou um dos policiais militares. Situação diversa, entretanto, é aquela em que o crime contra
a vida em desfavor de agentes estatais, consumado ou tentado, é praticado no contexto de crime de
roubo armado contra órgãos, autarquias ou empresas públicas da União. Isso porque, nesta hipótese, a
íntima relação entre a violência, elementar do crime de roubo, e o crime federal (roubo armado) atrai a
conexão. Ex: o sujeito ativo cometeu roubo contra os Correios (empresa pública federal); depois de
consumado, passou a ser perseguido por policiais militares e atirou contra eles, matando um e ferindo
o outro. O roubo e os delitos de homicídio serão julgados conjuntamente pela Justiça Federal. STJ. 3ª
Seção. CC 165117-RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j. 23/10/19 (Info 659).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Para o STJ, as duas situações são diferentes. Na situação
em que o crime de homicídio ou tentativa de homicídio é praticado no contexto do delito federal de
contrabando, a competência para o julgamento do crime contra a vida é da Justiça Estadual, conforme vimos
acima: CC 153.306/RS. Porém, quando o crime contra a vida é executado ou tentado no contexto de crime
de roubo armado contra órgãos, autarquias ou empresas públicas da União, cuja tipificação traz as
elementares da violência ou da grave ameaça, o STJ entende que deve ser reconhecida a competência da
Justiça Federal. Segundo a doutrina, quando um crime ocorre para garantir a impunidade ou vantagem de
outro, tem-se a conexão objetiva consequencial ou sequencial. (LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de
processo penal. 4ª ed. Salvador: Juspodvim, 2016, p. 555). No caso de roubo praticado em detrimento de
empresa pública federal (ECT), havendo a imediata perseguição com troca de tiros, eventual homicídio,
consumado ou tentado, implicará conexão consequencial entre os dois delitos. O crime contra a vida,
nessa hipótese, só existe em razão do delito contra a empresa federal e seu objetivo último é o
exaurimento da infração patrimonial. Em outras palavras, no mundo fenomenológico, esse homicídio
gravita em torno do roubo em detrimento da empresa pública federal em total dependência deste. Note-se
que, mesmo que o delito do art. 121 do CP seja praticado contra Policial Militar estadual, este agente
público está atuando na defesa da esfera jurídico-patrimonial da empresa pública federal. Ademais, não é
possível distinguir a linha tênue entre os disparos integrantes do crime de roubo com o fim de intimidar
(violência ou grave ameaça) e aqueles efetuados com animus necandi contra o agente público estadual. Vale
destacar que não se está adotando o critério subjetivo para definição da competência, mas sim temporal e
circunstancial. Ou seja, o que repercute sobre a definição da competência não é a intenção do autor do
delito, mas sim o fato objetivo de o homicídio ou a tentativa de homicídio ter sido praticado(a), durante o
roubo a empresa pública federal e para assegurar a vantagem deste delito.
##Atenção: ##STJ: ##TJPR-2021: ##FGV: (...) 4. A mera descoberta de vários delitos em uma mesma
diligência não implica, necessariamente, na existência de conexão entre eles. Precedentes da 3ª Seção.
O fato de possíveis delitos de inserção de informações falsas em declarações de imposto de renda, de
utilização de documentos forjados em ação judicial para saque de FGTS ou de solicitação fraudulenta
de pensão por morte perante o INSS terem sido descobertos na mesma investigação em que foram
apurados delitos estaduais, e de, eventualmente, terem sido compartilhados dados sobre eles entre a
Polícia Civil e a Polícia Federal, ou entre o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal,
não induz à conclusão de que haveria conexão entre os delitos de competência da Justiça Estadual e os
de competência da Justiça Federal. 5. O fato de a mesma organização criminosa praticar tanto crimes
estaduais quanto federais não induz necessariamente à reunião de processos na Justiça Federal para o
julgamento de todos os delitos por ela praticados se não houver conexão entre eles. STJ. 5ª T., RHC
107.002/RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 04/08/20.
##Atenção: ##STF: ##DOD: O crime de corrupção passiva praticado por Senador da República, se não
estiver relacionado com as suas funções, deve ser julgado em 1ª instância (e não pelo STF). Não há
foro por prerrogativa de função neste caso. O fato de o agente ocupar cargo público não gera, por si só,
a competência da Justiça Federal de 1ª instância. Esta é definida pela prática delitiva. Assim, se o
crime não foi praticado em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades
412
autárquicas ou empresas públicas (inciso IV do art. 109, CF/88) e não estava presente nenhuma outra
hipótese do art. 109, a competência para julgar o delito será da Justiça comum estadual. STF. 1ª T. Inq
4624 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 8/10/19 (Info 955).
##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##TRF2-2018: Quem julga, no Brasil, crime cometido por brasileiro
no exterior e cuja extradição tenha sido negada? i) STJ: Justiça Federal (pacífico); ii) STF: Justiça
Federal (é o que tem prevalecido). ##STJ: Compete à Justiça Federal o processamento e o julgamento
da ação penal que versa sobre crime praticado no exterior, o qual tenha sido transferido para a
jurisdição brasileira, por negativa de extradição, aplicável o art. 109, IV, da CF/88. STJ. 3ª S. CC 154.656-
MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j. 25/4/18 (Info 625). STJ. 6ª T. RHC 88.432/AP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j.
19/2/19. ##STF: Em se tratando de cooperação internacional em que o Estado Brasileiro se
compromete a promover o julgamento criminal de indivíduo cuja extradição é inviável em função de
sua nacionalidade, exsurge o interesse da União, o que atrai a competência da Justiça Federal para o
processamento e julgamento da ação penal, conforme preceitua o art. 109, III, da CF. No caso dos
autos, trata-se de imputação da prática dos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de
cadáver e roubo, praticados por brasileiro em território português. Diante desse cenário, faz-se
imperiosa a incidência do art. 5º, 1, da Convenção de Extradição entre os Estados Membros da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, promulgada pelo Decreto 7.935/13. STF. 1ª T. RE
1270585 AgR, Rel. Alexandre de Moraes, j. 31/08/20.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Caráter transnacional: Para que o crime seja de
competência da Justiça Federal é necessário que, além de ele envolver os animais acima listados, exista, no
caso concreto, um caráter transnacional na conduta. Diz-se que existe caráter transnacional (também
chamado de "relação de internacionalidade") quando: i) iniciada a execução do crime no Brasil, o resultado
tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro; ou; ii) iniciada a execução do crime no estrangeiro, o resultado
tenha ou devesse ter ocorrido no Brasil. Se ocorrer uma dessas duas situações há caráter transnacional na
conduta.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Interesse direto, específico e imediato da União: Segundo
argumentou o Min. Luiz Fux: “A razão de ser das normas consagradas no direito interno e no direito convencional
conduz à conclusão de que a transnacionalidade do crime ambiental de exportação de animais silvestres atinge interesse
direto, específico e imediato da União, voltado à garantia da segurança ambiental no plano internacional, em atuação
conjunta com a comunidade das nações. Portanto, o envio clandestino de animais silvestres ao exterior reclama
interesse direto da União no controle de entrada e saída de animais do território nacional, bem como na observância dos
compromissos do Estado brasileiro com a comunidade internacional, para a garantia conjunta de concretização do que
estabelecido nos acordos internacionais de proteção do direito fundamental à segurança ambiental. Assim, a natureza
transnacional do delito ambiental de exportação de animais silvestres atrai a competência da Justiça Federal, nos
termos do art. 109, IV, da CF/1988.”
##Questão de concurso:
(PCPR-2021-UFPR): Sobre os crimes contra o meio ambiente (Lei 9.605/98), considere a seguinte afirmativa:
De acordo com o STF, compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter
transnacional que envolva animais silvestres ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por
compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. BL: Info 853, STF.
(PGERS-2021-Fundatec): Assinale a alternativa correta: Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime
ambiental de caráter transnacional que envolva animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes
exóticas ou protegidas por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. BL: Info 853, STF.
(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Com base na jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item a
413
seguir, acerca da responsabilidade por dano ambiental e dos crimes ambientais: Para o STF, o envio
clandestino de animais silvestres ao exterior tem natureza de delito transnacional, razão por que seu
processamento compete à justiça federal. BL: Info 853, STF.
##Atenção: ##DOD: ##STJ: ##PCDF-2015: ##PF-2021: ##CESPE: Transporte irregular de carga tóxica e
competência: Em regra, cabe à Justiça Estadual processar e julgar os crimes contra o meio ambiente,
excetuando-se apenas os casos em que se demonstre interesse jurídico direto e específico da União,
suas autarquias e fundações. Se uma transportadora, contratada pela Marinha, faz o transporte
irregular de carga tóxica e comete o crime do art. 56 da Lei 9.605/98, este delito será de competência da
Justiça Estadual porque embora a Marinha fosse a proprietária do material transportado, é de se
reconhecer que eventual interesse do ente federal estaria restrito à existência de irregularidades no
contrato de transporte pactuado. STJ. 3ª S. AgRg no CC 115159-SP, Rel. Min. Og Fernandes, j. 13/6/2012.
414
##Atenção: ##STF: ##DOD: Segundo o tratado internacional assinado e promulgado pelo nosso país
(Convenção de Viena sobre Relações Consulares), a proteção das repartições consulares é de
incumbência e interesse do Estado receptor, ao qual compete impedir eventuais invasões e atentados
aos Consulados e respectivos agentes, assim como o ocorrido no caso em análise. Em outras palavras, o
Brasil comprometeu-se, por tratado internacional, a proteger as repartições consulares. Logo, é
responsabilidade da União garantir a incolumidade de agentes e agências consulares, já que o
funcionamento de uma repartição consular é decorrência direta das relações diplomáticas que a União
mantém com Estados estrangeiros. Dessa feita, as condutas ilícitas praticadas ofenderam diretamente
interesse da União, situação na qual se fixa a competência da Justiça Federal, nos termos do art. 109, IV,
da CF/88. STF. Decisão Monocrática. RE 831996, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 12/11/15.
##Atenção: ##DOD: ##STJ: ##PCMT-2017: ##CESPE: Competência no caso de crimes cometidos contra
agências dos Correios::
- Agência própria: competência da Justiça Federal.
- Agência franqueada: competência da Justiça Estadual.
- Agência comunitária: competência da Justiça Federal.
STJ. 3ª S. CC 122596-SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j. 8/8/2012 (Info 501).
(TJMG-2022-FGV): A respeito da competência no Processo Penal, considerando as disposições do CPP, da
Constituição da República, das leis processuais penais especiais e da jurisprudência atualizada do STJ,
assinale a alternativa correta: A competência para julgar crimes contra agência franqueada dos Correios é da
Justiça Estadual. BL: Info 501, STJ.
##Atenção: ##STJ: A competência para julgar crimes contra agência franqueada dos Correios é da Justiça
Estadual. Nos casos de delitos praticados em detrimento da Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos
EBCT, a competência será estadual quando o crime for perpetrado contra banco postal (situação
assemelhada à de agência franqueada) e houver ocasionado efetivo prejuízo unicamente a bens jurídicos
privados. Por outro lado, incidirá o artigo 109, IV, da Constituição Federal CF, nos casos em que a ofensa for
direta à EBCT, ou seja, ao serviço-fim dos correios (os serviços postais), ou quando houver prejuízo ao
patrimônio dos correios, atraindo, assim, a competência federal (STJ, CC 174.265).
(PCMT-2017-CESPE): A polícia civil instaurou e concluiu o inquérito policial relativo a roubo havido em
uma agência franqueada dos Correios. Encaminhados os autos à justiça estadual, o órgão do MP ofereceu
denúncia contra os autores, a qual foi recebida pelo juízo competente. Nessa situação hipotética, conforme o
posicionamento dos tribunais superiores acerca dos aspectos processuais que definem a competência para
processar e julgar delitos, por se tratar de uma agência franqueada de uma empresa pública, a competência
para o processo e o julgamento do crime será da justiça estadual. BL: Info 501, STJ.
##Cuidado: ##Atenção: ##STJ: De quem é a competência para julgar um roubo praticado contra
carteiro dos Correios? O crime de roubo praticado contra carteiro dos Correios, no exercício de suas
funções, é de competência da Justiça Federal, nos termos do art. 109, IV, da CF/88. (STJ. 5ª T., HC
210.416/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 06/12/11.
415
(MPF-2013): Não obstante evidente conexão entre crimes de competência da Justiça Federal e contravenções
penais, compete à Justiça Estadual julgar acusado da contravenção penal, devendo haver desmembramento
da persecução penal. BL: art. 109, IV, CF e S 38, STJ e Entend. Jurisprud.
(TRF3-2018): Relativamente aos crimes de menor potencial ofensivo (Lei 9.099/95 e Lei 10.259/01), é
correto afirmar que: Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo, no âmbito da Justiça Federal,
aquelas a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, cumuladas ou não com multa, exceto
as contravenções penais. BL: art. 1º Lei 10.259/01 89 c/c art. 61, Lei 9.099/95 90 c/c art. 109, IV, CF e S. 38,
STJ91.
##Atenção: O art. 1º da Lei 10.259/01 determina a aplicação da Lei 9.099/95 naquilo em que não for
incompatível. Por ausência de previsão legal na Lei dos Juizados Federais, aplica-se a definição de
infrações de menor potencial ofensivo constante da Lei 9.099/95, art. 61: crimes ou contravenções com
pena máxima não superior a dois anos, cumulada ou não com multa. Como a Justiça Federal não julga
contravenções (art. 109, IV, da CF; Súmula 38 do STJ), a competência recai exclusivamente sobre crimes.
Em resumo, a Lei 10.259/01 (Lei dos Juizados Federais), não traz a definição de crimes de menor
potencial ofensivo, aplicando-se, pois, neste ponto, a Lei 9099/95, nos termos do art. 1º da Lei 10.259/01.
(TJSP-2009-VUNESP): No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra agência bancária da
Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a subtração de dinheiro do caixa, a competência para a
ação penal é da Justiça Federal. BL: art. 109, IV da CF/88. (proc. penal)
##Atenção: ##DOD: ##TRF2-2018: Todo crime praticado pela internet é de competência da Justiça
Federal com base neste inciso V? Obviamente que não. Segundo entendimento pacífico da
jurisprudência, o fato de o delito ter sido cometido pela rede mundial de computadores não atrai, por si
só, a competência da Justiça Federal. Para que o delito cometido por meio da internet seja julgado pela
Justiça Federal, é necessário que ele preencha os requisitos: a) que o fato seja previsto como crime em
tratado ou convenção; b) que o Brasil tenha assinado tratado/convenção internacional se
comprometendo a combater essa espécie de delito; c) que exista uma relação de internacionalidade
entre a conduta criminosa praticada e o resultado produzido que foi produzido ou que deveria ter sido
produzido.
89
Art. 1o São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça Federal, aos quais se aplica, no que
não conflitar com esta Lei, o disposto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
90
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
91
Súmula 38-STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por
contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas
entidades.
416
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (TRF5-2011) (DPESC-2012) (MPF-2012) (PGEMG-2012) (PCRJ-2012) (TJRN-
2013) (MPRO-2013) (DPEDF-2013) (TRF1-2013) (TRF3-2013) (MPPR-2013/2014) (DPEPB-2014) (DPERS-
2014) (DPEBA-2016) (DPEMT-2016) (PCMS-2017) (TRF3-2011/2016/2018) (PF-2018) (DPEMG-2019)
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema
financeiro e a ordem econômico-financeira; (PGEPI-2008) (DPEMG-2009) (TRF1-2009) (TRF2-2009) (TRF4-
2009) (PCPB-2009) (TRF5-2011) (MPF-2012) (AGU-2010/2015) (TRT2-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (PCMT-
2017) (DPEAM-2018) (TRF3-2018) (PF-2013/2021) (Anal. Judic./TJCE-2022)
(AGU-2013-CESPE): Acerca da competência, julgue o item a seguir à luz do entendimento dos tribunais
superiores e da doutrina majoritária: Aos juízes federais compete processar e julgar, nos casos
determinados por lei, os crimes contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira. BL: art. 109,
VI, CF.
##Atenção: ##Dica: É interessante observar que NEM SEMPRE será da Justiça Federal, mas somente nos
casos determinados em LEI, conforme dispõe o art. 109, VI da CF. A título de exemplo:
1) Lei 1521/51 (economia popular): Justiça ESTADUAL (Súmula 498, STF)92 - lei é omissa;
2) Lei 4595/54 (concessão de empréstimos vedados): Justiça ESTADUAL - lei é omissa
3) Lei 7442/86 (Crimes contra o sistema financeiro nacional) - Justiça FEDERAL (art. 26) - MPF
perante a Justiça Federal;
4) Lei 8137/90: Crimes contra a ordem tributária, contra a ordem econômica e contra a relação de
consumo - Justiça ESTADUAL. ##CUIDADO: Em CRIMES TRIBUTÁRIOS - pode ser Justiça
FEDERAL (impostos federais).
5) Lei 8176/91 (crimes de adulteração de combustíveis): Justiça ESTADUAL - lei omissa. Pouco
importa a fiscalização da ANP.
6) Lei 9613/98 (crime de lavagem de capitais): ##REGRA: Justiça ESTADUAL, EXCETO: Art. 2º,
III - Justiça FEDERAL: a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-
financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de suas entidades
autárquicas ou empresas públicas E b) quando a infração penal antecedente for de competência da
Justiça Federal.
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os
casos de competência dos tribunais federais; (PFN-2007) (PCPB-2009) (TRF3-2013) (TRF1-2009/2015) (TRF5-
2015) (DPU-2015)
92
Súmula 498-STF: Compete a justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes
contra a economia popular.
417
IX - os crimes COMETIDOS A BORDO de navios ou aeronaves, RESSALVADA a competência da
Justiça Militar; (MPRO-2008) (PGEAL-2009) (PCRN-2009) (TRF5-2011) (MPF-2012) (PCRJ-2012) (TRF1-2015)
(Cartórios/TJMG-2016)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Compete à Justiça Estadual o julgamento de crimes ocorridos a bordo de
balões de ar quente tripulados. Os balões de ar quente tripulados não se enquadram no conceito de
“aeronave” (art. 106 da Lei 7.565/86 – Código Brasileiro de Aeronáutica), razão pela qual não se aplica a
competência da Justiça Federal prevista no art. 109, IX, da CF. STJ. 3ª S. CC 143.400-SP, Rel. Min. Ribeiro
Dantas, j. 24/04/19 (Info 648).
##Atenção: ##STJ: ##MPRO-2008: ##CESPE: A expressão "a bordo de navio", constante do art. 109,
inciso IX, da CF/88, significa interior de embarcação de grande porte. Realizando-se uma interpretação
teleológica da locução, tem-se que a norma visa abranger as hipóteses em que tripulantes e passageiros,
pelo potencial marítimo do navio, possam ser deslocados para águas territoriais internacionais. Se à
vítima não é implementado este potencial de deslocamento internacional, inexistindo o efetivo
ingresso no navio, resta afastada a competência da Justiça Federal. Conflito conhecido para declarar a
competência do Juízo de Direito da 6ª Vara Criminal da Comarca de Santos/SP, suscitante. STJ. 3ª S. CC
43.404/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, j. 14/02/05.
(MPRS-2014): Uma embarcação nacional de grande calado, destinada ao comércio internacional, viajava
de Itajaí/SC para o porto de Rio Grande para receber alguns contêineres e depois rumar para a África do
Sul. Contudo, nas proximidades de Rio Grande, o marinheiro Temístocles, natural de Porto Alegre, se
envolveu numa luta corporal contra o colega Guido, acabando por assassiná-lo. A ação penal deverá ser
processada no Tribunal do Júri da Justiça Federal de Rio Grande. BL: art. 109, IX, CF c/c arts. 74, §1º e 89,
CPP.
(TRF1-2013-CESPE): Assinale a opção correta a respeito das competências da justiça federal e da justiça
estadual: Compete aos juízes federais julgar os crimes cometidos a bordo de avião, ainda que se trate de
voo doméstico, ressalvados os crimes militares. BL: art. 109, IX, CF.
(TRF2-2017): Ainda que o litígio envolva apenas pessoas de direito privado e interesses privados, a carta
rogatória deve ser cumprida por juiz federal. BL: art. 965, NCPC e art. 109, X, CF (CPC).
##Atenção: Vejamos o teor do Art. 965 do NCPC: "Art. 965. O cumprimento de decisão estrangeira far-se-á
perante o juízo federal competente, a requerimento da parte, conforme as normas estabelecidas para o cumprimento
de decisão nacional.". A propósito, ao ler o inciso X do art. 109 da CF, percebe-se que a norma não faz
distinção entre a natureza jurídica das partes envolvidas ou dos interesses em jogo, ou seja, O Min. Rel.
Humberto Gomes de Barros, julgando o CC 89791/SP, assim se pronunciou: “(...) A teor do Art. 109, X, da
Constituição Federal aos juízes federais compete dar cumprimento a carta rogatória após o exequatur. A
Constituição não faz ressalvas ou reservas: qualquer que seja o tema de direito discutido na lide que deu
origem à rogatória, a competência para cumprimento, após o exequatur , será da Justiça Federal. (...)” (CC
89.791/SP, 2ª S., j. 14/11/2007).
Súmula 140-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure
como autor ou vítima.
##Atenção: ##STJ: ##PCDF-2015: ##TJMG-2022: ##FGV: Conforme o STJ: “O fato do autor ou do réu
de uma determinada ação ser índio, por si só, não é capaz de ensejar a competência da Justiça Federal,
principalmente quando a ação visar um interesse ou direito particular”. (AgRg no CC 112.250/AM, Rel.
Ministro SIDNEI BENETI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 13/10/2010, DJe 28/10/2010). “(...) 1. Não
havendo prejuízo a interesses de comunidade indígena considerada como um todo, ou disputa por suas
terras, não há falar em competência da Justiça Federal. 2. Aplicação do Verbete Sumular n.º 140 desta Corte.
418
3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da Comarca de Itaiópolis/SC.” (STJ - CC: 52194
SC 2005/0108456-2, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento:
14/03/2007, S3 - TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJ 26/03/2007 p. 198)
(MPAP-2021-CESPE): Conforme o Censo Demográfico de 2010, no Amapá há mais de sete mil indígenas
que habitam quatro diferentes territórios indígenas, tanto em zonas rurais quanto em zonas urbanas dos
municípios. A respeito das comunidades e populações indígenas, julgue o item a seguir: Compete à
justiça federal julgar as disputas sobre direitos indígenas. BL: art. 109, XI, CF.
(AGU-2015-CESPE): A respeito do meio ambiente e dos direitos e interesses das populações indígenas,
julgue o item seguinte: Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingresso
em juízo em defesa de seus direitos e interesses, competindo à justiça federal processar e julgar os crimes
relacionados aos direitos dos índios. BL: art. 109, XI e art. 232, CF.
##Atenção: A alternativa está correta, já que é a justiça federal aquela encarregada de julgar delitos
cometidos em face de direitos indígenas. Devemos ter cuidado com um detalhe: o simples fato de um
índio ter sido vítima do delito não desloca a competência para a justiça federal, devendo haver relação do
crime com a condição de indígena de seu sujeito passivo.
##Atenção: ##Dica:
Crime contra direitos dos índios (ou que sofreu por ser índio) = Justiça Federal.
Crime "comum" contra índios (índio que foi na cidade e foi morto em assalto) = Justiça Estadual.
§ 1º As causas em que a União FOR AUTORA SERÃO AFORADAS na seção judiciária onde tiver
domicílio a outra parte. (PGEPB-2008) (MPMG-2011) (TRF2-2011) (TJPI-2012) (TRF1-2013/2015)
##Atenção: ##DOD: Se a União for a autora: As causas em que a União for autora serão proposta na
seção (ou subseção) judiciária onde tiver domicílio a outra parte, ou seja, no foro do domicílio do réu
(art. 109, §1º, CF).
##Atenção: ##STF: ##DOD: O art. 109, § 2º, da CF/88 encerra a possibilidade de a ação contra a União
ser proposta no domicílio do autor, no lugar em que ocorrido o ato ou fato ou em que situada a coisa,
na capital do estado-membro, ou ainda no Distrito Federal. Desse modo, o autor, se quiser ajuizar
demanda contra a União, terá cinco opções, podendo propor a ação: a) no foro do domicílio do autor;
b) no lugar em que ocorreu o ato ou fato que deu origem à demanda; c) no lugar em que estiver
situada a coisa; d) na capital do Estado-membro; ou e) no Distrito Federal. STF. 1ª T. RE 463101 AgR-
AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 27/10/15. STF. 2ª T. ARE 1151612 AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
19/11/19 (Info 960).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Se a União for a ré: Pela redação literal do § 2º, o autor
teria quatro opções. A jurisprudência, no entanto, acrescenta uma quinta opção: se o autor for domiciliado
no interior, ele poderá também propor a ação na capital do Estado. Logo, a parte autora pode optar pelo
ajuizamento da ação contra a União na capital do Estado-membro, mesmo que exista Vara Federal instalada
no município em que ela for domiciliada. Cada Estado-membro constitui uma seção judiciária, sediada em
sua Capital (art. 110, CF). O processo de descentralização da Justiça Federal, com a instalação de diversas
Varas em cidades do interior dos Estados não configura regra de competência absoluta, podendo, mesmo
assim, o autor da demanda, optar por propô-la na Capital do respectivo Estado.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O § 2º do art. 109 da CF/88 se aplica também para mandados de
419
segurança? SIM! A competência para conhecer do mandado de segurança é absoluta e, de forma geral,
define-se de acordo com a categoria da autoridade coatora e pela sua sede funcional. Todavia,
considerando a jurisprudência do STF no sentido de que, nas causas aforadas contra a União, pode-se
eleger a seção judiciária do domicílio do autor (RE 627.709/DF), esta Corte de Justiça, em uma evolução
de seu entendimento jurisprudencial, vem se manifestando sobre a matéria no mesmo sentido. (...) STJ. 1ª
S. AgInt no CC 150.269/AL, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 14/06/2017.
§ 3º Lei poderá autorizar que as causas de competência da Justiça Federal em que forem parte
instituição de previdência social e segurado possam ser processadas e julgadas na justiça estadual
quando a comarca do domicílio do segurado NÃO FOR sede de vara federal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) (TJPR-2021)
##Atenção: ##STF: ##DOD: A competência prevista no § 3º do art. 109 da CF, da Justiça comum,
pressupõe inexistência de Vara Federal na Comarca do domicílio do segurado: O § 3º do art. 109 da CF
afirma que, se não existir vara federal na comarca do domicílio do segurado, a lei poderá autorizar que
esse segurado ajuíze a ação contra o INSS na justiça estadual. A delegação de competência de que
trata esse dispositivo constitucional foi feita pelo art. 15, III, da Lei 5.010/66, com redação dada pela Lei
13.876/19. Vale ressaltar que o que importa é que não exista vara federal na comarca. Algumas vezes
uma mesma comarca abrange mais de um Município. Se no Município não existir vara federal, mas
houver na Comarca, então, neste caso, o segurado terá que se deslocar até lá para ajuizar a ação. Ex: em
Itatinga (SP) não existe vara federal; no entanto, Itatinga faz parte da comarca de Botucatu. Em
Botucatu existe vara federal. Logo, o segurado terá que se deslocar até lá para ajuizar a ação contra o
INSS. STF. Plenário. RE 860508/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 6/3/21 (Repercussão Geral – Tema 820)
(Info 1008).
93
Súmula 183-STJ: Compete ao Juiz Estadual, nas Comarcas que não sejam sede de vara da Justiça Federal,
processar e julgar ação civil pública, ainda que a União figure no processo. (CANCELADA)
94
(MPMG-2018): A mata atlântica, um dos mais importantes biomas do território brasileiro, dada sua riquíssima
biodiversidade, foi erigida, pelo §4º do artigo 225 da Constituição Federal, à condição de patrimônio nacional,
juntamente com a Floresta Amazônica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. O Promotor
de Justiça com atribuições para a defesa do meio ambiente da comarca de Manhumirim recebeu relatório da
Polícia Militar Florestal local, dando conta da ocorrência de grave dano ambiental na zona rural do Município de
Alto Caparaó, integrante da Comarca, consistente no desmatamento de considerável área de mata atlântica no
interior do Parque Nacional do Caparaó, unidade de preservação criada pelo Decreto Federal n.º 50.646/61.
Nesse contexto, sabendo-se que Manhumirim não é sede de juízo federal, assinale a medida CORRETA a ser
adotada pelo órgão de execução ministerial: encaminhar o relatório da polícia ambiental para o Ministério Público
Federal com atuação junto à Subseção Judiciária da Justiça Federal mais próxima, para conhecimento e adoção
das medidas cabíveis, por se tratar de dano ambiental causado no interior de parque nacional.
##Atenção: De início, cumpre ressaltar que não há delegação de competência da justiça Federal para a Justiça
estadual em matéria de Ação Civil Pública. O fato de não existir Justiça Federal no local do dano não acarreta a
competência da Justiça Estadual. Não havendo justiça federal no local, a competência será da justiça federal da
localidade mais próxima. Além disso, há houve muita controvérsia acerca do § 3º do art. 109 da CF. O problema
todo está na parte final do dispositivo: § 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos
segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a
comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
420
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Entendeu-se, no caso, que art. 109, § 3º, in fine, da CF seria
dirigido ao legislador ordinário, autorizando-o a atribuir competência ao Juízo Estadual do foro do
domicílio da outra parte ou do lugar do ato ou fato que deu origem à demanda, desde que não seja sede de
Varas da Justiça Federal, para causas específicas dentre as previstas no inciso I do referido art. 109. No
caso da competência para o julgamento de ACP, a permissão não foi utilizada pelo legislador que, ao
revés, se limitou, no art. 2º da Lei nº 7.347/85, a estabelecer que as ações nele previstas "serão propostas no
foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa".
Considerando que o Juiz Federal também tem competência territorial e funcional sobre o local de
qualquer dano, impõe-se a conclusão de que o afastamento da jurisdição federal, no caso, somente
poderia dar-se por meio de referência expressa à Justiça Estadual, como a que fez o constituinte na
primeira parte do mencionado § 3º em relação às causas de natureza previdenciária, o que no caso não
ocorreu.
(TJMS-2015-VUNESP): Nas Comarcas que não sejam sede de Vara da Justiça Federal, é competente para
processar e julgar ação civil pública, objetivando a proteção ao meio ambiente em que a União figure no
processo, o juiz federal da Seção Judiciária Federal que tenha jurisdição sobre a área territorial onde
ocorreu o dano. BL: art. 109, I c/c §3º, CF (CPC)
causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.” A discussão girou em torno do art. 2º da Lei
da Ação Civil Pública: "As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo
terá competência funcional para processar e julgar a causa.” Para uns, tal dispositivo se encaixava na previsão da CF.
Para outros, não. Depois de alguma divergência, o STJ editou a Súmula 183: Compete ao juiz estadual, nas
Comarcas que não sejam sede de Vara da Justiça Federal, processar e julgar Ação Civil Pública, ainda que a União figure no
processo. Entretanto, o STF, ao julgar o RE nº 228.955-9, pelo Pleno, adotou entendimento contrário e, em
virtude disso, o STJ, no julgamento dos Embargos de Declaração interpostos no CC 27.676/BA, cancelou a
Súmula 183. Assim, segundo o entendimento atual, o § 3º do art. 109 da CF não se aplica à ação civil pública, e,
se esta se encaixar em qualquer das hipóteses do art. 109, ela deve tramitar na Justiça Federal.
421
2017: ##TRF5-2017: ##DPEAM-2018: ##DPEBA-2021: ##CESPE: ##FCC: A teor do § 5.º do art.
109 da CF, introduzido pela EC 45/04, o incidente de deslocamento de competência para a Justiça
Federal fundamenta-se, essencialmente, em três pressupostos: a existência de grave violação a
direitos humanos; o risco de responsabilização internacional decorrente do descumprimento de
obrigações jurídicas assumidas em tratados internacionais; e a incapacidade das instâncias e
autoridades locais em oferecer respostas efetivas. STJ. 3ª S. IDC 2/DF, Rel. Min. Laurita Vaz, j.
27/10/10. (...) A EC 45/04 introduziu no ordenamento jurídico a possibilidade de deslocamento da
competência originária, em regra da Justiça Estadual, à esfera da Justiça Federal, no que toca à
investigação, processamento e julgamento dos delitos praticados com grave violação de direitos
humanos (art. 109, § 5º, da CF). A 3ª Seção deste STJ, ao apreciar o mérito de casos distintos - IDCs n.
1/PA; 2/DF; 5/PE -, fixou como principal característica do incidente constitucional a excepcionalidade.
À sua procedência não só é exigível a existência de grave violação a direitos humanos, mas também a
necessidade de assegurar o cumprimento de obrigações internacionais avençadas, em decorrência de
omissão ou incapacidade das autoridades responsáveis pela apuração dos ilícitos. A expressão grave
violação a direitos humanos coaduna-se com o cenário da prática dos crimes de tortura e homicídio,
ainda mais quando levados a efeito por agentes estatais da segurança pública. A República Federativa
do Brasil experimenta a preocupação internacional com a efetiva proteção dos direitos e garantias
individuais, tanto que com essa finalidade subscreveu acordo entre os povos conhecido como Pacto de
San José da Costa Rica. O desmazelo aos compromissos ajustados traz prejudiciais consequências ao
Estado-membro, pois ofende o respeito mútuo, global e genuíno entre os entes federados para com os
direitos humanos. Para o acolhimento do Incidente de Deslocamento de Competência é obrigatória a
demonstração inequívoca da total incapacidade das instâncias e autoridades locais em oferecer
respostas às ocorrências de grave violação aos direitos humanos. No momento do exame dessa
condição devem incidir os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, estes que, embora não
estejam expressamente positivados, já foram sacramentados na jurisprudência pátria. STJ. 3ª S. IDC
3/GO, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 10/12/14.
(DPEBA-2021-FCC): Conforme previsão constitucional, são requisitos, dentre outros, para a federalização
de um crime, visar o cumprimento das obrigações internacionais decorrentes de tratados de direitos
humanos. BL: art. 109, §5º, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF5-2017-CESPE): A respeito da responsabilidade internacional do Estado e da proteção aos direitos
humanos, assinale a opção correta: Para que ocorra o Incidente de Deslocamento de Competência para a
Justiça Federal, é obrigatória a demonstração inequívoca da total incapacidade das instâncias e autoridades
locais em oferecer respostas às ocorrências de grave violação aos direitos humanos. BL: art. 109, §5º, CF e
Entend. Jurisprud (IDC n. 3).
(MPRO-2013-CESPE): Determinado advogado, integrante da Comissão de Defesa de Direitos Humanos da
Seccional de Rondônia da OAB, morreu, no município de Ji-Paraná/RO, após ter atingido por vinte
disparos de arma de fogo efetuados por duas pessoas não identificadas. O advogado havia feito diversas
denúncias relacionadas a supostos atos de corrupção e maus-tratos aos detentos de determinado presídio
localizado no referido município. A CIDH, então, expressando preocupação com a possível represália
cometida contra o advogado, instou o Estado brasileiro a investigar o crime, esclarecê-lo judicialmente e
punir os responsáveis. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta acerca do incidente
de deslocamento de competência para a justiça federal nas hipóteses de grave violação de direitos humanos:
O deferimento do deslocamento de competência para a justiça federal só será possível, nessa situação, de
acordo com o STJ, se houver risco de responsabilização internacional decorrente do descumprimento de
obrigações jurídicas assumidas em tratados internacionais, entre outros requisitos. BL: art. 109, §5º, CF e
Entend. Jurisprud.
(MPGO-2013): É correto dizer, sobre o incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal,
previsto no §5° do art. 109 da CF/88, introduzido pela Emenda Constitucional n. 45/04, que: fundamenta-
se, essencialmente, nos seguintes pressupostos: existência de grave violação a direitos humanos, risco de
responsabilização internacional do Brasil decorrente do descumprimento de obrigações jurídicas assumidas
em tratados internacionais; e a incapacidade das instâncias e autoridades locais em oferecer respostas
efetivas. BL: art. 109, §5º, CF e Entend. Jurisprud (IDC n. 2).
(MPGO-2019): No que se refere às ações penais, assinale a alternativa correta: Há doutrina que entende
que nos casos de incidente de deslocamento de competência (IDC) (CF, art. 109, V-A c/c § 5ª), na
hipótese de haver ação penal em curso perante a Justiça Estadual e sendo deferido o deslocamento da
422
competência para a Justiça Federal, haveria uma ação penal pública subsidiaria da pública. BL: art. 109,
V-A, c/c art. 109, § 5º, CF.
(TRF3-2018): “(...) a União, na qualidade de ente federado com personalidade jurídica na esfera internacional,
quem tem o poder de contrair obrigações jurídicas internacionais em matéria de direitos humanos, mediante
ratificação de tratados. Consequentemente, a sistemática de monitoramento e fiscalização de tais obrigações recai na
pessoa jurídica da União. Deste modo, por coerência, há de caber à União a responsabilidade para apurar, processar
e julgar casos de violação de direitos humanos (...)” (extraído do Boletim dos Procuradores da República nº 14,
junho 1999). Sob esse enfoque, a reforma constitucional de 2004 trouxe importante contribuição e pode-se
julgar correto: A primeira federalização de grave violação de direitos humanos deu-se no caso do
homicídio do defensor de direitos humanos Manoel Mattos. BL: art. 109, §5º, CF.
Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, CONSTITUIRÁ uma seção judiciária que terá
por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei [obs.: lei ORDINÁRIA].
(TRF1-2011)
423
(TRF3-2011-CESPE): Acerca da organização e das competências da justiça federal, assinale a opção
correta: No âmbito da justiça federal comum, cada unidade da Federação deve constituir uma seção
judiciária com sede na respectiva capital; a localização das varas federais deve ser estabelecida em lei
ordinária. BL: art. 110, CF.
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais
caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei. (TRF1-2011)
Seção V
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)
III - Juízes do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999) (TRT8-2015)
(PGEAL-2021)
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no
art. 94; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PGECE-2008) (TJPR-2010) (TRF1-2015) (TRT16-
2015) (Cartórios/TJDFT-2019)
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo,
que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
(PGECE-2008-CESPE): Com base na Constituição Federal vigente, assinale a opção correta em relação à
composição do Tribunal Superior do Trabalho (TST): Entre os ministros do TST, 21 devem ser oriundos
da magistratura de carreira. BL: art. 111-A, CF.
##Atenção: Perceba que 1/5 deve ser de advogados e 1/5 de membros do MPT, ou seja, 3 advogados e 3
membros do MPT. Logo, do total de 27 membros do TSE, descontando-se os 6 membros oriundos da
advocacia e do MPT, restará 21 vagas a serem ocupadas por juízes dos TRTs.
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
424
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe,
dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira ; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRT1-2015) (TRT6-2015)
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, ATRIBUÍ-LA aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PGEPI-2008) (PGEAM-2010) (TJDFT-
2015) (MPT-2015) (PGEAP-2018)
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e
condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de
1999)
Art. 114. COMPETE à JUSTIÇA DO TRABALHO PROCESSAR e JULGAR: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
##Atenção: ##STF: ##DOD: Justiça do Trabalho não tem competência para julgar as causas
instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária : A
interpretação adequadamente constitucional da expressão “relação do trabalho” deve excluir os
vínculos de natureza jurídico-estatutária, em razão de que a competência da Justiça do Trabalho não
alcança as ações judiciais entre o Poder Público e seus servidores. Vale ressaltar também que o
processo legislativo para edição da Emenda Constitucional 45/04, que deu nova redação ao inciso I do
art. 114 da CF/88, é, do ponto de vista formal, constitucionalmente hígido (não houve qualquer
inconstitucionalidade formal). STF. Plenário. ADI 3395, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 15/04/20
(Info 984). No mesmo sentido: Compete à Justiça comum processar e julgar demandas em que se
discute o recolhimento e o repasse de contribuição sindical de servidores públicos regidos pelo
regime estatutário. STF. Plenário. RE 1089282, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 04/12/20 (Repercussão Geral
– Tema 994).
II - as ações que ENVOLVAM exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004) (PGEMG-2012) (PGEPA-2012) (TRT1-2015) (PGESP-2012/2018)
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PGECE-2008) (TRF2-2011)
(PGEMG-2012) (PGESP-2012) (TRT2-2015) (TRT21-2015) (TJMA-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: A Súmula 222 do STJ abarca apenas situações em
que a contribuição sindical diz respeito a servidores estatutários, mantendo-se a competência da Justiça
do Trabalho para julgar as ações relativas à contribuição sindical referentes a celetistas (servidores
públicos ou não): A Súmula 222 do STJ prevê o seguinte: Compete à Justiça Comum processar e julgar
as ações relativas à contribuição sindical prevista no art. 578 da CLT. O STJ, depois do que o STF
decidiu no RE 1089282/AM (Tema 994), teve que conferir nova interpretação a esse enunciado. O que
prevalece atualmente é o seguinte: a) Compete à Justiça Comum julgar as ações em que se discute a
contribuição sindical de servidor público estatutário. b) Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações
em que se discute a contribuição sindical de empregado celetista (seja ele servidor público ou
425
trabalhador da iniciativa privada). STJ. 1ª S. CC 147784/PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j.
24/03/21 (Info 690).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: Justiça do Trabalho não tem competência para
julgar ação na qual entidade sindical discute recolhimento de contribuição sindical envolvendo
servidores públicos estatutários: Compete à Justiça comum processar e julgar demandas em que se
discute o recolhimento e o repasse de contribuição sindical de servidores públicos regidos pelo
regime estatutário. STF. Plenário. RE 1089282/AM, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 4/12/20 (Repercussão
Geral – Tema 994(Info 1001).
(PGESP-2012-FCC): É da competência da Justiça do Trabalho: Habeas corpus e habeas data quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. BL: art. 114, IV, CF.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente: (...)
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais
Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
VIII - a execução, de ofício, das CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS previstas no art. 195, I, a , e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(TRF5-2009) (PGEAC-2012) (PGEAP-2018) (MPT-2020) (PGEAL-2021)
Súmula Vinculante 53-STF: A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da CF, alcança a
execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças
que proferir e acordos por ela homologados.
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (MPT-2012) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014) (TRT8-2015) (DPEAM-
2018)
##Atenção: ##STF: ##PGERS-2021: ##Fundatec: Tese de repercussão geral (Tema 841): “É constitucional
a exigência de comum acordo entre as partes para ajuizamento de dissídio coletivo de natureza econômica,
conforme o artigo 114, § 2º, da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004”.
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com
mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122,
de 2022) (Anal. Judic./TRT9-2022)
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no
art. 94; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRF1-2015) (TRT16-2015) (Anal.
Judic./TRT9-2022)
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo,
que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular . (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
Art. 117. e Parágrafo único. (Revogados pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
Seção VI
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS
427
(TJGO-2021-FCC): A respeito da organização da Justiça Eleitoral, considere: A Justiça Eleitoral
desempenha, além das funções administrativa, jurisdicional e normativa, a função consultiva.
##Atenção: Conforme Jaime Barreiros Neto, “são quatro, portanto, as funções exercidas pela Justiça Eleitoral: a
função jurisdicional, a função executiva (também chamada de administrativa), a função legislativa [ou normativa] e
a função consultiva”. (Direito Eleitoral, sinopses para concursos v. 40, 9 ed., Salvador: Juspodivm, 2019, p.
120)
(TJMG-2012-VUNESP): É correto afirmar que a criação da Justiça Eleitoral ocorreu após a Revolução de
1930, durante o governo de Getúlio Vargas.
##Atenção: A Revolução de 1930 tinha como um dos princípios a moralização do sistema eleitoral. Um
dos primeiros atos do governo provisório foi a criação de uma comissão de reforma da legislação
eleitoral, cujo trabalho resultou no primeiro Código Eleitoral do Brasil. O Código Eleitoral de 1932 criou
a Justiça Eleitoral, que passou a ser responsável por todos os trabalhos eleitorais – alistamento,
organização das mesas de votação, apuração dos votos, reconhecimento e proclamação dos eleitos. Além
disso, regulou em todo o país as eleições federais, estaduais e municipais.
Art. 118. SÃO ÓRGÃOS da Justiça Eleitoral: (MPPB-2010) (TJRO-2011) (TJPR-2011) (TJMS-2010/2012)
(MPSP-2012) (TRF1-2013) (TJCE-2018) (PGESC-2018) (TJGO-2021)
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; [3] (TJBA-2012) (MPMT-2012)
(TJMA-2013) (PCBA-2013) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (TRF1-2013/2015) (PGESC-2018) (TJPR-2019)
(TRF4-2014): Assinala a alternativa correta: O Tribunal Superior Eleitoral é integrado por, no mínimo,
sete membros, dentre os quais três escolhidos entre os Ministros do STF. BL: art. 119, I, “a”, CF.
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; [2] (TJBA-2012) (MPMT-2012)
(TJMA-2013) (PCBA-2013) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (TRF1-2013/2015) (PGESC-2018) (TJPR-2019)
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, INDICADOS pelo Supremo Tribunal Federal. [2] (TJMS-2012) (MPMT-2012)
(TJMA-2013) (PCBA-2013) (TJDFT-2014) (TJMG-2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (TRF1-2013/2015) (MPAM-
2015) (TJAL-2019) (TJPR-2019)
428
Parágrafo único. O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ELEGERÁ seu Presidente e o Vice-
Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça . (TJAP-2009) (TJMS-2010) (TJPB-2011) (MPMT-2012) (TJRN-2013)
(TJMA-2013) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPMG-2014) (MPPE-2014) (MPSC-2014) (TRF1-2013/2015) (TJRR-
2015)
(TJDFT-2014-CESPE): Com relação à composição do TSE, determinada pela CF, assinale a opção correta:
O texto constitucional fixou em sete o número mínimo de ministros que devem compor o TSE, mas não
estabeleceu um número exato de ministros para esse colegiado. BL: art. 119, caput e § único, CF
(eleitoral).
##Atenção: ##TJDFT-2014: ##CESPE: Segundo o § único do art. 119 da CF, a presidência do TSE será
exercida, mediante eleição, por um dos três ministros do STF.
##Atenção: É válido lembrar que seus “suplentes” também deverão ser escolhidos na mesma ocasião e
obedecendo a mesma regra.
Art. 120. HAVERÁ um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
(TJPR-2010) (MPMT-2012) (MPMS-2013) (TRF1-2013) (MPMA-2014)
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais COMPOR-SE-ÃO: [obs.: dica: TSE = "2, 2, 1, 2"] (TJAL-
2008) (TJPR-2010) (TJES-2011) (TJMS-2010/2012) (TJGO-2012) (MPMT-2012) (MPMS-2013) (TRF1-2013)
(MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPPA-2014)
(TJMT-2009-VUNESP): Assinale a alternativa correta no que tange ao disposto na CF/88 sobre o Poder
Judiciário: Dois desembargadores estaduais deverão compor o Tribunal Regional Eleitoral mediante
eleição, pelo voto secreto. BL: art. 120, §1º, I, “a”, CF.
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, ESCOLHIDOS pelo Tribunal de Justiça; [2] (MPPE-2008)
(MPMS-2013) (TRF1-2013) (MPMT-2012/2014) (TJCE-2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (TJAM-
2016)
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal,
ou, NÃO HAVENDO, de juiz federal, ESCOLHIDO, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal
respectivo; [1] (MPPE-2008) (TJPR-2010) (MPMS-2013) (TRF1-2013) (MPMT-2012/2014) (TJCE-2014) (MPAC-
2014) (MPMA-2014) (TJAM-2016)
429
(TJMA-2013-CESPE): Considerando a composição e o funcionamento dos órgãos da justiça eleitoral,
assinale a opção correta: Entre os membros de cada tribunal regional eleitoral inclui-se um juiz federal.
BL: art. 120, §1º, II, “b”, CF.
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, INDICADOS pelo Tribunal de Justiça. [2] (TJPI-2012) (TJMS-2012)
(TJRN-2013) (MPMS-2013) (MPSP-2013) (TRF1-2013) (PCBA-2013) (MPMT-2012/2014) (TJCE-2014) (MPAC-
2014) (MPMA-2014) (MPPE-2014) (MPAM-2015) (TJAM-2016)
(TJPA-2014-VUNESP): Os Tribunais Regionais Eleitorais são compostos por dois juízes dentre os
desembargadores; dois juízes dentre juízes de direito; um juiz federal escolhido pelo Tribunal Regional
Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal e por dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicado pelo Tribunal de Justiça e nomeado pelo Presidente
da República. BL: art. 120, §1º, CF. (eleitoral)
##Atenção: ##DICA: Não há participação da OAB na indicação dos advogados para o TSE ou TRE's.
Art. 121. LEI COMPLEMENTAR DISPORÁ sobre a organização e competência dos tribunais, dos
juízes de direito e das juntas eleitorais. (TJDFT-2008) (TJMS-2010/2012)
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, SALVO MOTIVO JUSTIFICADO, SERVIRÃO por dois
anos, NO MÍNIMO, e NUNCA por mais de dois biênios consecutivos, SENDO os substitutos
ESCOLHIDOS na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. (TJDFT-
2008) (TJPR-2019) (MPMT-2019) (TJGO-2021) (TJMG-2022)
##Atenção: Vide art. 281 do Código Eleitoral: “Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior,
salvo as que declararem a invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de "habeas
corpus" ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, interposto
no prazo de 3 (três) dias. § 1º Juntada a petição nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes, os autos serão conclusos ao
presidente do Tribunal, que, no mesmo prazo, proferirá despacho fundamentado, admitindo ou não o recurso. § 2º
Admitido o recurso será aberta vista dos autos ao recorrido para que, dentro de 3 (três) dias, apresente as suas
razões. § 3º Findo esse prazo os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal.”
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente CABERÁ RECURSO quando:
(TJMT-2009) (TJPR-2010) (MPMA-2014)
430
##Atenção: Vide art. 276 do Código Eleitoral: “Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas,
salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior: I - especial: a) quando forem proferidas
contra expressa disposição de lei; b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais
eleitorais. II - ordinário: a) quando versarem sôbre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais; b) quando
denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. § 1º É de 3 (três) dias o prazo para a interposição do recurso,
contado da publicação da decisão nos casos dos nº I, letras a e b e II, letra b e da sessão da diplomação no caso do nº
II, letra a. § 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização de novas eleições, o prazo para a
interposição dos recursos, no caso do nº II, a, contar-se-á da sessão em que, feita a apuração das sessões renovadas,
fôr proclamado o resultado das eleições suplementares.”
II - OCORRER divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; (MPRO-
2010) (MPF-2013) (MPMA-2014) (MPCE-2020)
(TJSP-2014-VUNESP): Sobre o recurso especial em matéria eleitoral, assinale a opção correta: Tem
cabimento, dentre outras hipóteses, contra decisão dos Tribunais Regionais Eleitorais que forem
proferidas contra disposição expressa da Constituição Federal ou de lei. BL: art. 276, I, “a” e “b”, CE c/c
art. art. 121, § 4.º, I e II da CF. (eleitoral)
Seção VII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 122, de 2022)
431
I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional;
II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça
Militar.
Art. 124. À JUSTIÇA MILITAR COMPETE processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
(DPU-2007/2010) (DPEBA-2010) (TRF4-2012) (MPGO-2013) (DPESP-2019)
Seção VIII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
(MPBA-2018): Assinale a alternativa correta: Os tribunais dos Estados têm sua competência definida na
Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. BL: art.
125 e §1º, CF.
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TJAP-2022: ##FGV: Tribunal de Justiça pode julgar ADI contra lei
municipal tendo como parâmetro a Constituição Federal, desde que seja uma norma de reprodução
obrigatória: É constitucional o dispositivo de constituição estadual que confere ao tribunal de justiça
local a prerrogativa de processar e julgar ação direta de inconstitucionalidade contra leis e atos
normativos municipais tendo como parâmetro a Constituição Federal, desde que se trate de normas de
reprodução obrigatória pelos estados. Admite-se o controle abstrato de constitucionalidade, pelo
Tribunal de Justiça, de leis e atos normativos estaduais e municipais em face da Constituição da
República, apenas quando o parâmetro de controle invocado for norma de reprodução obrigatória ou
exista, no âmbito da Constituição estadual, regra de caráter remissivo à Carta federal. STF. Plenário.
ADI5647/AP, Rel. Min. Rosa Weber, j. 3/11/21 (Info 1036).
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGEAM-2016: ##CESPE: CE pode prever que o ato impugnado em adi
seja defendido pelo procurador-geral do estado ou pelo procurador-geral da ALE: É válida norma da
Constituição do Estado que atribui ao Procurador da Assembleia Legislativa ou, alternativamente, ao
Procurador-Geral do Estado, a incumbência de defender a constitucionalidade de ato normativo
estadual questionado em controle abstrato de constitucionalidade na esfera de competência do
Tribunal de Justiça. Essa previsão não afronta o art. 103, § 3º da CF/88 já que não existe, quanto a isso,
um dever de simetria para com o modelo federal. Ademais, essa norma estadual não viola o art. 132 da
CF/88 uma vez que a atuação do Procurador-Geral da ALE nos processos de controle de
constitucionalidade não se confunde com o papel de representação judicial do Estado, esse sim de
exclusividade da Procuradoria-Geral do Estado. STF. Plenário. ADI 119/RO, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
19/2/14 (Info 736).
(PGEAM-2016-CESPE): Julgue o item que se segue, acerca do poder de auto-organização atribuído aos
estados-membros no âmbito da Federação brasileira: Ao instituir sistema estadual de controle abstrato de
normas, o estado não estará obrigado a prever em sua Constituição um rol de legitimados para a ação
necessariamente equivalente àquele previsto para o controle abstrato de normas no STF. BL: Info 736, STF.
433
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face das constituições
estaduais, ela veda a atribuição da legitimação para um único órgão agir. BL: art. 125, §2º, CF.
##Atenção: ##MPF-2015: Apesar do art. 125, §2º da CF somente fazer menção a representação de
inconstitucionalidade (ADI) também é possível a representação de constitucionalidade (ADC) e o
fundamento é o caráter dúplice e ambivalente de que são dotadas essas ações. Conforme explica o
ministro Gilmar Mendes, “tendo a Constituição de 1988 autorizado o constituinte estadual a criar a
representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da Carta Magna
estadual (CF, art. 125, § 2º) e restando evidente que tanto a representação de inconstitucionalidade, no modelo da
Emenda 16, de 1965, e da Constituição de 1967/69, quanto a ação declaratória de constitucionalidade prevista na
Emenda Constitucional nº 3, de 1993, possuem caráter dúplice ou ambivalente, parece legítimo concluir que,
independentemente de qualquer autorização expressa do legislador constituinte federal, estão os Estados-membros
legitimados a instituir a ação declaratória de constitucionalidade.” [ Cf. MENDES, Gilmar. O Controle de
Constitucionalidade do Direito Estadual e Municipal na Constituição Federal de 1988. In: Revista Jurídica
Virtual, Brasília, volume 1, número 3, julho 1999.].
§ 4º COMPETE à JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL processar e julgar os militares dos Estados, nos
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, RESSALVADA
a COMPETÊNCIA DO JÚRI quando a vítima FOR civil, CABENDO ao tribunal competente DECIDIR
sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2007) (MPPR-2008) (PCSC-2008) (DPEPI-2009) (MPPB-2010)
(DPEBA-2010) (DPU-2010) (PCAP-2010) (DPERS-2011) (TRF2-2011) (MPRR-2008/2012) (MPGO-2013)
(MPSC-2013) (MPSP-2013) (DPEMA-2015) (MPF-2015) (TJMSP-2016) (TJPR-2017) (DPEAM-2018) (TJBA-
2012/2019) (DPESP-2019) (MPDFT-2011/2021)
Súmula 53-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil acusado de prática de crime
contra instituições militares estaduais.
##Atenção: ##MPGO-2013: Da leitura do art. 125, § 4º da CF/88, depreende-se que a Justiça Militar
estadual só tem competência para processar e julgar os militares dos Estados. Nesse sentido é o teor da
Súmula 53, STJ (vide teor acima). Por outro lado, em relação à competência da Justiça Militar da União,
434
dispõe o art. 124 da CF o seguinte: “Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes
militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência
da Justiça Militar.” Como se percebe, ao fazer remissão à competência da Justiça Militar da União, a CF
não estabelece qualquer restrição quanto à figura do acusado. Assim, diversamente da Justiça Militar
Estadual, a Justiça Militar da União possui competência para processar e julgar tanto militares quanto
civis. A competência da Justiça Militar da União é estabelecida, tão-somente, em razão da matéria
(ratione materiae), ou seja, crimes militares. Já a competência da Justiça Militar Estadual é estabelecida em
razão da matéria E também com base na condição pessoal do acusado, sendo, portanto, ratione materiae e
ratione personae.
Art. 126. Para dirimir CONFLITOS FUNDIÁRIOS, o Tribunal de Justiça PROPORÁ a criação de
varas especializadas, com COMPETÊNCIA EXCLUSIVA para questões agrárias. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPAM-2007) (TJPA-2009) (TJSC-2010)
(TJRO-2011-PUCPR): Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas
especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. BL: art. 126, CF.
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz FAR-SE-Á
PRESENTE no local do litígio. (TJPA-2009) (Cartórios/TJMG-2017)
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
SEÇÃO I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
INCUMBINDO-LHE a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis. (MPRR-2008) (PGECE-2008) (MPCE-2009) (MPRN-2009) (DPEBA-2010)
(DPEMA-2011) (TRF2-2011) (MPF-2011) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPRJ-2012) (DPESE-2012) (MPT-2012)
435
(TJMA-2013) (MPES-2013) (MPPR-2013) (DPEDF-2013) (PCPR-2013) (MPM-2013) (MPAC-2014) (MPMG-
2014) (MPMS-2011/2015) (MPAM-2015) (DPERN-2015) (MPGO-2012/2014/2016) (TJAM-2016) (MPRO-
2008/2013/2017) (DPEAC-2017) (PCGO-2017) (MPBA-2015/2018) (MPMT-2008/2019) (MPSP-2008/2011/2019)
(MPDFT-2009/2011/2021) (MPSC-2014/2016/2019/2021) (PCMG-2021) (MPTO-2012/2022) (TJMG-2022)
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ - Ed. nº 19: ##MPSC-2021: ##MPTO-2022: ##CESPE: Tese 03: O
Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo de assegurar os
interesses individuais indisponíveis, difusos ou coletivos em relação à infância, à adolescência e aos
idosos, mesmo quando a ação vise à tutela de pessoa individualmente considerada.
95
Art. 1º O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-
lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
436
tutelados, normalmente os mais miseráveis entre os pobres. STJ. 2ª T., REsp 950.473/MG, Rel. Min.
Herman Benjamin, j. 25/08/09.
ii) teoria restritiva absoluta: não reconhece a legitimação do Ministério Público para a tutela de
nenhum direito individual homogêneo, pois o art. 129, III da CF, fala apenas em direitos difusos e
coletivos. Portanto, tem-se a inexistência de legitimação do MP nos casos que envolvam litígios que
versem sobre direitos individuais homogêneos, por falta de previsão expressa no art. 129, III, da CF.98
Palavras-chave: Teoria Restritiva Absoluta: Nenhum Direito Individual Homogêneo.
iii) teoria restritiva: restringe-se aos direitos individuais homogêneos indisponíveis, ou seja, o MP
tem legitimação para tutela apenas dos direitos individuais de caráter indisponível. 99
Palavras-chave: Teoria Restritiva: Apenas Direitos Individuais Homogêneos indisponíveis.
iv) teoria ampliativa eclética ou mista: reconhece a legitimação do Ministério Público para a tutela
dos direitos individuais homogêneos indisponíveis e disponíveis, desde que neles seja
identificada relevância social.
Palavras-chave: Teoria Ampliativa Eclética/Mista: DIH (indispon. ou dispon.) com relevância social.
(PCGO-2017-CESPE): À luz da CF, assinale a opção correta a respeito do Ministério Público: Foi com a
CF que a atividade do Ministério Público adquiriu o status de função essencial à justiça. BL: art. 127 e ss,
CF.
96
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: processo coletivo I Fredie Didier Jr., Hermes Zaneti Jr.- 10ª
ed.- Salvador. Ed. JusPodivm, 2016". V4
97
(MPGO-2019): Conforme lição de Fredie Didier Júnior e Hermes Zaneti Júnior, existem, na doutrina, quatro
posições referentes à legitimidade do Ministério Público para a tutela dos interesses individuais homogêneos.
Sobre as quatro posições doutrinárias mencionadas, É correto afirmar: Segundo a teoria ampliativa, o Ministério
Público tem legitimidade para a tutela de todos os direitos individuais homogêneos, pois estes são subespécies
dos direitos coletivos.
98
(MPGO-2019): Conforme lição de Fredie Didier Júnior e Hermes Zaneti Júnior, existem, na doutrina, quatro
posições referentes à legitimidade do Ministério Público para a tutela dos interesses individuais homogêneos.
Sobre as quatro posições doutrinárias mencionadas, É correto afirmar: Segundo a teoria restritiva absoluta, o
Ministério Público não tem legitimidade para a defesa de nenhum direito individual homogêneo, pois o artigo
129, III, da Constituição Federal fala apenas de direitos difusos e coletivos.
99
(MPGO-2019): Conforme lição de Fredie Didier Júnior e Hermes Zaneti Júnior, existem, na doutrina, quatro
posições referentes à legitimidade do Ministério Público para a tutela dos interesses individuais homogêneos.
Sobre as quatro posições doutrinárias mencionadas, É correto afirmar: Segundo a teoria restritiva aos direitos
individuais homogêneos, caberia ao Ministério Público apenas a tutela dos direitos individuais de caráter
indisponível.
437
Poderes do Estado, constituindo-se, nos temos da própria definição constitucional, instituição permanente, essencial
à função jurisdicional do Estado (princípio da essencialidade), incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”. (Fonte:
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5952).
(MPSE-2010-CESPE): Acerca das autonomias constitucionais, da estrutura organizacional e do regime
jurídico do MP na CF, julgue o item a seguir: A CF conferiu elevado status constitucional ao MP,
desvinculando-o dos capítulos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. BL: “CAPÍTULO IV - DAS
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA. SEÇÃO I - DO MINISTÉRIO PÚBLICO” (arts. 127 e ss da CF).
(MPMG-2010): Em se tratando de proteção e defesa da saúde pública, pode-se afirmar que compete ao
Ministério Público promover todas as medidas necessárias visando garantir à coletividade o direito à
saúde pública. BL: art. 127, CF.
438
imotivado do cargo ou funções estabelecidas em lei.
100
Art. 10. Compete ao Procurador-Geral de Justiça: (...) IX - designar membros do Ministério Público para: (...) f)
assegurar a continuidade dos serviços, em caso de vacância, afastamento temporário, ausência, impedimento ou
suspeição de titular de cargo, ou com consentimento deste; (...) Art. 24. O Procurador-Geral de Justiça poderá,
com a concordância do Promotor de Justiça titular, designar outro Promotor para funcionar em feito
determinado, de atribuição daquele.
439
foram formulados pelo mesmo membro do Ministério Público. Embora a situação retratada possa revelar
comportamento contraditório, o qual é vedado pelo ordenamento jurídico, tem-se que a independência funcional bem
como a atuação como fiscal da ordem jurídica autorizam, ainda que ao mesmo membro, recorrer do pedido de
absolvição, desde que justifique, motivadamente, a mudança de entendimento ou o surgimento de novos fatos.”
(STJ. 5ª T., AgRg no AREsp 1664921/RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 17/08/21.
(MPSC-2021-CESPE): No que diz respeito ao Ministério Público, julgue o item a seguir: Pelo princípio
institucional da unidade do Ministério Público, não há unidade entre os Ministérios Públicos de
diferentes estados nem entre eles e os vários ramos do Ministério Público da União. BL: art. 127, §1º, CF.
##Atenção: Hugo Mazzilli explica: “Para serem corretamente aplicados entre nós, os princípios da unidade e da
indivisibilidade do Ministério Público precisam, pois, ser devidamente entendidos. Unidade é apenas o conceito de
que os membros do mesmo Ministério Público (p. ex., os membros do Ministério Público Federal, ou, então, os
membros do Ministério Público de determinado Estado) integram um só órgão (o respectivo Ministério Público) sob
a direção administrativa de um só chefe (o respectivo Procurador-Geral). E indivisibilidade significa apenas que
os membros do mesmo Ministério Público, no exercício da mesma função, podem ser substituídos uns pelos outros,
não arbitrariamente, porém, sob pena de grande desordem, mas segundo a forma estabelecida na lei”. E continua:
“Em face de quanto se expôs, seremos levados a crer que inexista qualquer hierarquia no Ministério Público? Não é
bem assim. Apesar de ter a Constituição garantido o princípio da independência funcional no Ministério Público,
existe, em parte, hierarquia na instituição, para fins administrativos. A Constituição Federal diz que o Ministério
Público “tem por chefe” o Procurador-Geral (art. 128, § 1º). E as Leis Orgânicas do Ministério Público atribuem ao
Procurador-Geral os poderes de delegação e designação (Lei n. 8.625/93, art. 10, IX, e 29, IX; Lei Complementar n.
75/93, art. 49, VI e XV). Mas, já que existe hierarquia no Ministério Público, até que ponto vai ela? Hélio Tornaghi
diz que não vai longe, pois, no Brasil “et la plume et la parole sont libres”.Para outros, porém, a hierarquia é plena e
eficaz, apenas limitada pela discricionariedade do ato do Procurador-Geral de Justiça. Com quem a razão? A
Constituição Federal dá a fonte da hierarquia no Ministério Público quando institui chefia para os diversos
Ministérios Públicos e quando assegura os princípios de unidade e indivisibilidade; mas, se ela impõe hierarquia,
também traça seus limites, quando institui vários ministérios públicos, com autonomia recíproca, e quando
assegura o princípio da independência funcional, a garantia da inamovibilidade e o princípio implícito do promotor
natural. A independência funcional, portanto, é um princípio da instituição do Ministério Público, segundo o qual
cada um de seus órgãos toma as decisões que a lei lhe cometeu balizado apenas pela própria lei ”. (Fonte: “A
NATUREZA DAS FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO E SUA POSIÇÃO NO PROCESSO PENAL” -
Artigo publicado na Revista dos Tribunais, 805/464, nov. 2002). No site do CNMP, encontramos o
seguinte conceito do princípio da unidade: “Um princípio institucional do Ministério Público (artigo 127,
parágrafo 1º, da Constituição da República). Diz-se que o MP é uno porque os procuradores integram um só órgão,
sob a direção de um só chefe. A unidade só existe dentro de cada Ministério Público, inexistindo entre o MPF e o
MP Estadual ou entre o MP de cada estado.” (https://www.cnmp.mp.br/portal/institucional/476-
glossario/7755-unidade)
440
(TRF1-2015-CESPE): No que tange ao MP, assinale a opção correta: Dado o princípio da indivisibilidade,
o MP é uma instituição una, podendo seus membros, que não se vinculam aos processos nos quais
atuam, ser substituídos uns pelos outros de acordo com as normas legais. BL: art. 127, §1º, CF.
101
##Atenção: ##MPPI-2012: ##CESPE: Sobre o Ministério Público, dados os princípios da unidade e
indivisibilidade, todos os membros falam em nome da instituição. Assim, cada promotor de justiça assume uma
responsabilidade que supera o círculo individual (todos resumem em si o destino da instituição). Como as
instituições são governadas por pessoas, a passa individualidade a ser um elemento a incluir na conduta
institucional (Thompson, 1967, p. 155). Se os membros de uma instituição procedem errado ou de forma
inadequada, se usam os meios (garantias e prerrogativas) como fins, o resultado ruinoso é sentido pela
instituição. Se, por outro lado, atuam dentro de padrões de comprometimento com a causa pública, os
resultados benéficos são distribuídos em cotas equânimes de prestígio entre os agentes e a instituição. No
somatório final, a instituição acaba sendo defraudada em seu patrimônio moral. (...) A Constituição ao dotar o
Ministério Público de unidade e indivisibilidade (art. 127, § 1º, CF), possibilitou a qualquer agente ministerial
que, ao atuar, impute sua vontade funcional à instituição (Carneiro, 1995, pp. 43-44). Qualquer ato praticado por
um promotor ou procurador de justiça, no exercício de suas funções, automaticamente é atribuído ao Ministério
Público. Não há dualidade de pessoas (ente curador dos direitos ou interesses – MP – e a pessoa que os exerce –
membro) como na representação, legal ou voluntária. Há unidade: é uma só pessoa – a pessoa coletiva, a
instituição – que persegue o seu interesse, mas mediante pessoas físicas – as que formam a vontade, as que são
suportes ou titulares dos órgãos. Diante disso, seria extremamente traumática para a instituição a existência de
tantos interesses ou vontades quantos fossem o número de membros a compô-la. Ou ainda, a justaposição de
promotorias mais ou menos especializadas, sem diálogo e sem cooperação entre si. Não haveria convergência
de energias, mas o caos anárquico e improdutivo conducente a uma espécie de anomia institucional. Os
múltiplos agentes independentes devem repousar suas individualidades e idiossincrasias sobre um núcleo
irredutível que confira uma base segura para o desempenho linear das funções da instituição. Este núcleo não é
outro senão a ordem jurídica e o diálogo institucional. (Fonte: http://jus.com.br/artigos/17076/ministerio-
publico-de-resultados#ixzz3f8tnmp66)
441
127, §1º, CF.
(MPPR-2014): Analise as assertivas abaixo que dispõem sobre os Princípios Institucionais do Ministério
Público e assinale a opção correta: A independência funcional refere-se à instituição como um todo
(independência externa ou orgânica) e a cada membro individualmente (independência interna), de
maneira que seus integrantes se acham vinculados somente aos deveres funcionais próprios segundo a
consciência que desenvolvem a partir do complexo fático-normativo que os regula. BL: art. 127, §1º, CF.
##Atenção: ##STF: ##MPSP-2019: 1. “Não obstante a autonomia institucional que foi conferida ao
Ministério Público pela Carta Política, permanece na esfera exclusiva do Poder Executivo a competência
para instaurar o processo de formação das leis orçamentárias em geral. A CF/1988 autoriza, apenas, a
elaboração, na fase pré-legislativa, de sua proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na lei
de diretrizes.”(ADI 514 MC, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ. 18/3/94). 2. As Procuradorias
e as Promotorias de Justiça são órgãos públicos e, como tais, apenas por lei podem ser criadas. 3. Lei de
iniciativa do Procurador-Geral de Justiça não pode dispor sobre o enquadramento de servidores de
outros poderes em quadro de pessoal específico do Ministério Público. Violação à iniciativa do chefe do
Poder Executivo. Ademais, a previsão em análise configura provimento derivado inconstitucional, por
ofensa à regra do concurso público (art. 37, II, CF). 4. A iniciativa legislativa prevista no art. 127, § 2º, da
Constituição para a criação de cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de
carreira do Ministério Público é privativa do Procurador-Geral de Justiça, no âmbito estadual, e do
Procurador-Geral da República, na esfera federal. STF. Plenário. ADI 1757, Min. Rel. Alexandre de
Moraes, j. 20/09/18.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A iniciativa legislativa prevista no art. 127, § 2º, da CF/1988,
para a criação de cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira do Ministério
Público, no âmbito estadual, é privativa do Procurador-Geral de Justiça. BL: art. 127, §2º, CF e Entend.
Jurisprud.
442
das Procuradorias e Promotorias de Justiça; compor seus órgãos de administração; elaborar seus
regimentos internos; exercer outras competências dela decorrente. Já a AUTONOMIA FINANCEIRA é a
atribuição concedida pela CF de elaborar sua própria proposta orçamentária, bem como de remanejar o
orçamento percebido, devendo estar em conformidade com a LDO, elaborada pelo Executivo.
443
II - os Ministérios Públicos dos Estados. (MPRN-2009) (PCPR-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCGO-
2017) (MPDFT-2009/2021)
(TJCE-2012-CESPE): Acerca das funções essenciais à justiça, assinale a opção correta: O MP do Trabalho
não dispõe de legitimidade para atuar perante o STF, atribuição privativa do procurador-geral da
República. BL: art. 128, §1º, CF e Entendimento do STF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: O MPT tem legitimidade para atuar diretamente no STF e STJ? NÃO. A
jurisprudência continua entendendo que o MPT não pode atuar diretamente no STF e STJ. Nesse
sentido: STF. Plenário. RE 789874/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 17/9/14 (repercussão geral) (Info 759).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Se for necessário, por exemplo, propor uma reclamação no
STF e que seja do interesse do MPT, quem deve manejar essa reclamação é o Procurador-Geral da
República. O Procurador do Trabalho não pode atuar diretamente no STF (nem mesmo o Procurador-Geral
do Trabalho). O exercício das funções do MPU junto ao STF cabe privativamente ao Procurador-Geral da
444
República (ou aos Subprocuradores por ele designados), nos termos do art. 46 da LC 75/93.
##Atenção: Em complemento, vide § único do art. 25 da LC 75: “Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da
maioria absoluta do Senado Federal, em votação secreta.”
(MPSP-2012): É garantia institucional dos Ministérios Públicos estaduais, visando a sua independência
de atuação, o modo de nomeação e destituição do Procurador-Geral de Justiça, que será nomeado pelo
Chefe do Poder Executivo, a partir de escolha em lista tríplice composta por integrantes da carreira, na
forma da lei respectiva, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, e que somente poderá
ser destituído por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar
respectiva. BL: art. 128, §§3º e 4º, CF.
##Atenção: ##MPGO-2019: ##MPSP-2019: Nos termos do § 5°, do art. 128, da CF, a organização, as
atribuições e os estatutos de cada Ministério Público serão estabelecidos por Leis complementares da
União e dos Estados, sendo a iniciativa facultada aos respectivos Procuradores-Gerais. Portanto, tais
matérias são submetidas à reserva legal, cabendo ao Procurador-Geral de Justiça, na esfera estadual, e
ao Procurador-Geral da República, na esfera federal, apenas a iniciativa para iniciar o processo
legislativo.
I - as seguintes GARANTIAS:
a) VITALICIEDADE, após dois anos de exercício, NÃO PODENDO PERDER o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado; (MPSP-2008) (MPCE-2009) (MPDFT-2009) (MPRN-2009) (MPBA-
2010) (MPPB-2011) (MPPR-2011) (DPEMA-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (DPEMS-2012) (MPF-
2011/2013) (DPEAM-2013) (PCPR-2013) (MPMS-2015) (DPU-2015) (MPSC-2016) (MPRO-2017)
446
II - as seguintes VEDAÇÕES:
d) EXERCER, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, SALVO uma de
magistério; (TJSE-2008) (MPCE-2009) (MPRO-2010) (MPMS-2011) (PGERO-2011) (MPAP-2012) (MPTO-2012)
(MPRO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPSC-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-2018) (PCPI-2018) (MPGO-
2019) (MPDFT-2021) (MPMG-2021)
e) EXERCER atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(MPSP-2008) (MPPR-2008) (MPES-2010) (MPMS-2011) (MPMT-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (MPDFT-
2009/2013) (TRF2-2013) (AGU-2013) (MPSC-2016) (PGEAP-2018) (PCPI-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(MPMG-2010/2021)
447
TODO. Não há, efetivamente, direito adquirido do membro do Ministério Público a candidatar-se ao
exercício de novo mandado político. O que socorre a recorrente é o direito, atual --- não adquirido no
passado, mas atual --- a concorrer a nova eleição e ser reeleita, afirmado pelo art. 14, § 5º, da CF/1988.
Não há contradição entre os preceitos contidos no § 5º do art. 14 e no art. 128, § 5º, II, "e", da CF/1988. A
interpretação do direito, e da Constituição, não se reduz a singelo exercício de leitura dos seus textos,
compreendendo processo de contínua adaptação à realidade e seus conflitos. A ausência de regras de
transição para disciplinar situações fáticas não abrangidas por emenda constitucional demanda a
análise de cada caso concreto à luz do direito enquanto totalidade. A exceção é o caso que não cabe no
âmbito de normalidade abrangido pela norma geral. Ela está no direito, ainda que não se encontre nos
textos normativos de direito positivo. Ao Judiciário, sempre que necessário, incumbe decidir
regulando também essas situações de exceção. Ao fazê-lo não se afasta do ordenamento. STF. Plenário.
RE 597994, Rel. Min. Ellen Gracie, Rel. p/ Ac.: Min. Eros Grau, j. 04/06/09.
(TRF2-2013-CESPE): De acordo com os dispositivos constitucionais e o entendimento do STF atinentes ao
exercício de mandato eletivo por detentor de cargo no serviço público, assinale a opção correta: Considere a
seguinte situação hipotética. Júlio foi aprovado em concurso de promotor de justiça estadual, tendo sido
empossado no cargo em 8/12/84 e exercido esse cargo durante dez anos, após os quais resolveu se
candidatar ao cargo de deputado federal de seu estado, tendo sido eleito com votação expressiva. Após o
exercício do mandato eletivo, ele tentou a reeleição, mas não obteve sucesso, razão por que reassumiu suas
funções no MP de seu estado. Nas eleições gerais de 2006, Júlio tentou novamente concorrer a uma cadeira
na Câmara dos Deputados, mas sua candidatura não foi aceita, tendo em vista vedação ao exercício de
atividade político-partidária. Nessa situação, segundo o entendimento dominante no STF, foi correta a não
aceitação da candidatura de Júlio. BL: art. 128, §5º, II, “e”, CF e Entend. Jurisprud.
§ 6º APLICA-SE aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.
[obs.: a denominada “quarentena”.] (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPCE-2009)
(MPDFT-2009) (MPRN-2009) (MPMG-2010) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (TJMA-2013) (MPBA-2015) (PCGO-
2017)
(MPRN-2009-CESPE): Assinale a opção correta com relação ao que dispõe a CF acerca do MP: Quando
um membro do MP se aposenta, é vedado a ele advogar no juízo ou tribunal em que atuava, antes de que
hajam transcorrido três anos da aposentadoria. BL: art. 128, §6º c/c art. 95, § único, V102, da CF.
II - ZELAR pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados nesta Constituição, PROMOVENDO as medidas necessárias a sua garantia; (TJMS-
2008) (MPRR-2008) (MPSE-2010) (MPSP-2010) (MPPI-2012) (DPESE-2012) (MPES-2013) (MPMS-2013)
(MPGO-2012/2014) (MPAM-2015) (MPBA-2015) (MPDFT-2021)
(MPDFT-2021): O MP possui previsão na CF/1988 e as funções institucionais estão previstas no art. 129
da CF. Deste modo pode ser afirmado o seguinte: Configura, entre outras, a função institucional de
direito processual civil a função de zelar pelos serviços de relevância pública. BL: art. 129, II, CF.
102
Art. 95. (...). Parágrafo único. Aos juízes é vedado: (...) V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
448
##Atenção: Quando exerce tal função, o membro do MP atua como verdadeiro defensor do povo,
exercendo seu mister de ombudsman da sociedade. A função constitucional de Ombudsman do MP
relaciona-se diretamente com sua atuação na tutela coletiva (judicial e extrajudicial).
III - PROMOVER o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; [Atenção: não é privativa!] (TJMS-
2008) (TJMG-2009) (TJPA-2009) (MPRN-2009) (TRF5-2009) (MPSP-2006/2010) (MPSE-2010) (DPEMA-2011)
(TJPI-2012) (TJBA-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (TJPR-2011/2013) (MPES-
2013) (MPMS-2013) (MPPR-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPM-2013) (TJCE-
2014) (MPAC-2014) (MPPA-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT16-2015)
(MPT-2015) (PFN-2015) (DPEBA-2016) (TRF3-2016) (MPRO-2008/2017) (MPPB-2010/2018) (MPBA-2018)
(DPEPE-2018) (PGEAP-2018) (PGESC-2018) (MPPI-2012/2019) (TJRJ-2011/2016/2019) (MPMG-2019) (MPMT-
2019) (MPSC-2012/2021) (MPDFT-2009/2013/2021) (MPGO-2012/2013/2014/2019/2022)
(MPT-2015): Analise a seguinte proposição a respeito das ações constitucionais: A ação civil pública foi
introduzida no sistema jurídico nacional por lei ordinária do direito pré-constitucional, sendo
posteriormente elevada à categoria de ação constitucional pela Constituição da República de 1988, a qual
ampliou os interesses que podem ser objeto de sua tutela.
##Atenção: A ação civil pública é o instrumento processual, previsto na Constituição Federal brasileira e
em leis infraconstitucionais, de que podem se valer o Ministério Público e outras entidades legitimadas
para a defesa de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. Em outras palavras, a ação civil
pública não pode ser utilizada para a defesa de direitos e interesses puramente privados e disponíveis. O
instituto, embora não possa ser chamado de ação constitucional, tem, segundo a doutrina, um "status
constitucional", já que a Constituição coloca a sua propositura como função institucional do Ministério
Público (art. 129, II e III da CF), mas sem dar-lhe exclusividade (art. 129, § 1º, da CF), pois sua
legitimidade é concorrente e disjuntiva com a de outros colegitimados (Lei 7.347/85, art. 5º). Disciplinada
pela Lei 7.347, de 24 de julho de 1985, a Ação Civil Pública tem por objetivo reprimir ou mesmo prevenir
danos ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio público, aos bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico e turístico, por infração da ordem econômica e da economia popular, ou à ordem
urbanística, podendo ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer
ou não fazer. (Fonte: Wikipedia).
##Atenção: Segundo Hugo Mazzilli, o inquérito civil é uma investigação administrativa a cargo do MP,
que tem como finalidade básica a reunião de elementos de convicção para eventual propositura de ação
civil pública. De maneira subsidiária, serve para que o MP: (i) prepare a tomada de compromissos de
ajustamento de conduta ou realize audiências públicas e expeça recomendações dentro de suas
atribuições; (ii) colha elementos necessários para o exercício de qualquer ação pública ou para se equipar
ao exercício de qualquer outra atuação de sua competência.
##Atenção: ##Dica:
InquErito civil = Exclusivo MP
Ação Civil pública = Concorrente
Ação Penal = Privativo
MP não instaura IP
(TJSP-2011-VUNESP): O som produzido por templo religioso durante os ofícios causa desconforto a
moradores da vizinhança. O MP propõe ação civil pública e a defesa argui sua ilegitimidade, além de
invocar a liberdade de culto – inciso VI do art. 5º da CF/88. A decisão adequada à espécie deverá julgar
procedente a ação civil pública, pois o MP é parte legítima e o som excessivo configura poluição sonora.
BL: art. 5º, LACP e art. 129, I e III da CF/88 e art. 54, caput da Lei 9605/98. (ambiental)
##Atenção: Consoante o art. 129, I da CF, é função institucional do MP, privativamente, promover ação
penal pública, na forma da lei. De acordo com o art. 129, III da CF, é função institucional do MP
“promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e
de outros interesses difusos e coletivos”. Além disso, o art. 54 da Lei 9605/98 prevê a configuração do crime
de poluição para o ato causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar à saúde humana.
450
IV - PROMOVER a AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE ou REPRESENTAÇÃO para fins de
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; (TJPA-2009) (MPES-2010)
(MPMS-2013) (MPPR-2013) (MPPA-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (MPT-2015)
(MPES-2010-CESPE): Com relação ao perfil constitucional do MP, assinale a opção correta: Constitui
função institucional do MP promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de
intervenção da União, nas hipóteses constitucionalmente estabelecidas. BL: art. 129, IV, CF.
##Atenção: ##DOD: ##STJ: ##MPSC-2021: ##CESPE: O MPF é parte legítima para pleitear
indenização por danos morais coletivos e individuais em decorrência do óbito de menor indígena: Caso
concreto: uma criança indígena faleceu no interior do Mato Grosso do Sul em razão da má prestação
do serviço público de saúde. O MPF ingressou com ação civil pública contra a União e uma fundação
estadual de saúde pedindo o pagamento de indenização por danos morais individuais (em favor dos
pais da criança) e por danos morais coletivos. O STJ reconheceu a legitimidade do MPF. A relevância
social do bem jurídico tutelado e a vulnerabilidade dos povos indígenas autoriza, em face da peculiar
situação do caso, a defesa dos interesses individuais dos índios pelo MP, em decorrência de sua
atribuição institucional. A Constituição reconhece, em seu art. 232, a peculiar vulnerabilidade dos
índios e das populações indígenas, motivo pelo qual o art. 37, II, da LC 75/93 confere legitimidade ao
MPF “para defesa de direitos e interesses dos índios e das populações indígenas”, o que se mostra
consentâneo com o art. 129, V e IX, da CF. STJ. 2ª T. AgInt no AREsp 1688809-SP, Rel. Min. Assusete
Magalhães, j. 26/04/21 (Info 696).
##Atenção: ##STJ e Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 19: ##MPSC-2021: ##CESPE: ##STJ: No campo da
proteção da saúde e dos índios, a legitimidade do Ministério Público para propor Ação Civil Pública é
- e deve ser - a mais ampla possível, não derivando de fórmula matemática, em que, por critério
quantitativo, se contam nos dedos as cabeças dos sujeitos especialmente tutelados. Nesse domínio, a
justificativa para a vasta e generosa legitimação do Parquet é qualitativa, pois leva em consideração a
natureza indisponível dos bens jurídicos salvaguardados e o status de hipervulnerabilidade dos
sujeitos tutelados, consoante o disposto no art. 129, V, da CF/88, e no art. 6º da LC 75/93. A Lei 8.080/90
e o Decreto 3.156/99 estabelecem, no âmbito do SUS, um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena,
financiado diretamente pela União e executado pela Funasa, que dá assistência aos índios em todo o
território nacional, coletiva ou individualmente, e sem discriminações. STJ. 2ª T., REsp n. 1.064.009/SC,
Rel. Min. Herman Benjamin, j. 4/8/09. ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 19 – Tese 04: O Ministério Público
tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo de assegurar assistência médica e
odontológica à comunidade indígena, em razão da natureza indisponível dos bens jurídicos
salvaguardados e o status de hipervulnerabilidade dos sujeitos tutelados.
(MPSC-2021-CESPE): À luz da jurisprudência do STJ, julgue o item a seguir, acerca de ações coletivas e
interesse e legitimação na atuação do Ministério Público na defesa dos interesses sociais, metaindividuais e
individuais indisponíveis: O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o fim
de assegurar assistência odontológica a comunidades indígenas. BL: Entend. Jurisprud.
(MPAP-2021-CESPE): Conforme o Censo Demográfico de 2010, no Amapá há mais de sete mil indígenas
que habitam quatro diferentes territórios indígenas, tanto em zonas rurais quanto em zonas urbanas dos
municípios. A respeito das comunidades e populações indígenas, julgue o item a seguir: As funções
institucionais do MP incluem a defesa judicial dos direitos e interesses das populações indígenas. BL: art.
129, V, CF.
VII - EXERCER o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada
no artigo anterior; (TJMG-2008) (TJPA-2009) (MPSE-2010) (MPSP-2010) (MPMS-2013) (PCTO-2008/2014)
(TJSP-2014) (DPEGO-2014) (PCGO-2012/2018) (MPPB-2018) (PCRS-2018) (MPPR-2014/2019) (DPEMG-
2019)
(MPPR-2014): Pela CF/1988, é função institucional do “parquet” exercer o controle externo da atividade
policial, na forma da lei complementar, a qual estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto de
451
cada Ministério Público. BL: art. 129, VII c/c art. 128, §5º da CF.
(TJMG-2008): Ao Ministério Público compete, dentre outras funções institucionais, exercer o controle
externo da atividade policial, na forma da lei complementar. BL: art. 129, VII, CF.
IX - EXERCER outras funções que lhe forem conferidas, DESDE QUE compatíveis COM SUA
FINALIDADE, SENDO-LHE VEDADA a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
públicas. (MPCE-2009) (TRF2-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (MPAP-2012) (MPGO-2012) (MPPI-2012)
(MPTO-2012) (DPEES-2012) (MPDFT-2013) (MPES-2013) (DPETO-2013) (MPM-2013) (AGU-2013)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TRF1-2009/2015) (MPAM-2015) (MPBA-2015) (PCDF-2015)
(PCAC-2017) (PCGO-2017/2018) (DPEAM-2018) (PCRS-2018) (MPSP-2011/2019) (MPRS-2021) (MPSC-2021)
##Atenção: ##STF: ##MPPI-2012: ##MPSP-2019: ##CESPE: O art. 128, § 5º, da CF/88, não substantiva
reserva absoluta à lei complementar para conferir atribuições ao MP ou a cada um dos seus ramos, na
União ou nos Estados-membros. A tese restritiva é elidida pelo art. 129 da CF/88, que, depois de
enumerar uma série de "funções institucionais do Ministério Público", admite que a elas se acresçam a
de "exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe
vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas". Trata-se, como acentua a
doutrina, de uma "norma de encerramento", que, à falta de reclamo explícito de legislação
complementar, admite que leis ordinárias - qual acontece, de há muito, com as de cunho processual -
possam aditar novas funções às diretamente outorgadas ao MP pela Constituição, desde que
compatíveis com as finalidades da instituição e às vedações de que nelas se incluam "a representação
judicial e a consultoria jurídica das entidades públicas". STF. Plenário. ADI 2794, Min. Rel. Sepúlveda
Pertence, j. 14/12/06.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: O art. 128, § 5o, da Constituição da República, não substantiva
reserva absoluta à lei complementar para conferir atribuições ao Ministério Público ou a cada um dos seus
ramos, na União ou nos Estados-membros, porque a Constituição Federal admite que a Instituição possa
exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe
vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Leis ordinárias, portanto,
podem aditar novas funções às diretamente outorgadas ao Ministério Público pela Constituição. BL: art.
128, §5º c/c art. 129, IX da CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: Portanto, apesar de o art. 128, §5º da CF, estabelecer a obrigatoriedade de Lei
Complementar para normatizar algumas matérias atinentes ao Ministério Público (inclusive suas
"atribuições"), o art. 129, IX da CF permite que lhe sejam atribuídas novas funções mediante Lei
Ordinária (visto que inexiste no dispositivo exigência expressa de lei complementar).
(MPMS-2013): O poder de investigação criminal pelo Ministério Público, diz respeito a função
Institucional-meio de natureza Constitucional e Infraconstitucional em razão da sua atividade-fim, no
exercício do “Jus puniendi” Estatal. Diante de tal assertiva, é correto afirmar que: Trata-se de função
supletiva do Órgão Ministerial, na fase preliminar de investigação, decorrente da teoria dos poderes
implícitos da Constituição Federal, que se concebe por interpretação aberta da primeira parte do art. 129,
inc. IX, da Lei Maior, que diz: “São funções institucionais do Ministério Público:...IX – exercer outras funções
que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade...”. BL: art. 129, IX, CF.
103
Art. 8º Para o exercício de suas atribuições, o Ministério Público da União poderá, nos procedimentos de sua
competência: I - notificar testemunhas e requisitar sua condução coercitiva, no caso de ausência injustificada;
(...) V - realizar inspeções e diligências investigatórias; (...) VII - expedir notificações e intimações necessárias
aos procedimentos e inquéritos que instaurar;
453
Manual de Direito Constitucional, 8 ed, p. 960. São Paulo: Editora Método, 2013).
(DPEDF-2013-CESPE): Julgue o item a seguir, que versa sobre o MP, conforme o disposto na CF: É
exemplificativo o rol de funções atinentes ao MP no texto constitucional, cumprindo à legislação
infraconstitucional conferir-lhe outras funções, desde que compatíveis com sua finalidade institucional.
BL: art. 129, IX, CF.
§ 1º A LEGITIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO para as ações civis previstas neste artigo NÃO
IMPEDE a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. (TJMG-
2008) (MPRN-2009) (MPSP-2010) (TJPI-2012) (TJPA-2012) (PGEPA-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (TJCE-2014)
(MPAC-2014) (DPEBA-2016) (MPSP-2017) (MPGO-2022)
(MPSP-2017): A Constituição Federal atribui, de forma expressa e direta, legitimidade ativa para a
propositura de ação civil pública para a defesa de interesses difusos, ao Ministério Público, permitindo a
instituição de concorrência de iniciativas no âmbito legal. BL: art. 129. III e §1º da CF.
##Atenção: Pela literalidade do art. 129, III da CF, o único legitimado ativo expresso para a propositura
de ação civil pública é o MP. Por outro lado, consoante dispõe o §1º do art. 129 da CF, assegura-se a
possibilidade de as ações civis previstas no referido dispositivo serem propostas, também, por terceiros,
sendo certo que a definição desses terceiros foi delegada à legislação infraconstitucional, o que pode ser
visto pela análise do microssistema de tutela coletiva brasileiro.
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93 . (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPT-2015) (PGEAC-2017) (MPRS-2021)
Art. 130. Aos membros do Ministério Público JUNTO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS APLICAM-
SE as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. (MPSP-2005)
(DPEMA-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (MPGO-2013) (TRF2-2013) (PGESC-2014) (TJDFT-2015)
(DPERN-2015) (TJMSP-2016) (MPBA-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (MPDFT-2021) (MPSC-2021) (TCDF-2021)
(TCETO-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPGO-2019: O Ministério Público de Contas não tem legitimidade
para impetrar mandado de segurança em face de acórdão do Tribunal de Contas perante o qual atua.
STF. Plenário virtual. RE 1178617 RG, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 25/4/19 (repercussão geral).
454
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPRO-2017: ##MPDFT-2021: ##MPSC-2021: ##TCDF-2021: ##TCETO-
2022: ##CESPE: ##FMP: O MP junto ao Tribunal de Contas não dispõe de fisionomia institucional
própria, não integrando o conceito de MP enquanto ente despersonalizado de função essencial à
Justiça (CF, art. 127), cuja abrangência é disciplina no art. 128 da CF/88. STF. 2ª T. Rcl 24162 AgR, Rel.
Min. Dias Toffoli, j. 22/11/16.
(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios tem
assento fixo de representação perante o Conselho Nacional do Ministério Público, sem a necessidade de
alternância com outros membros do Ministério Público da União. BL: art. 130-A, I, CF.
##Atenção: Em sua composição, o CNMP conta com quatorze membros, sendo oito deles da própria
carreira, enquanto outros seis vêm de fora da estrutura da instituição. Senão vejamos: i) 1 PGR (É o
presidente do CNMP); ii) 4 MPU (1 de cada ramo do MPU - MPF, MPT, MPM e MPDFT); iii) 3 MPE (1
indicado pelo STF e 1 indicado pelo STJ); iv) 2 Cidadãos (1 indicado pelo SF e 1 pela CD); v) 2 Juízes ((1
indicado pelo STF e 1 indicado pelo STJ); vi) 2 Advogados (Indicados pelo Conselho Federal da OAB). A
questão é importante porque, de fato, tramita no Congresso Nacional uma PEC que tem, entre as
propostas, a retirada do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios da cota dos representantes
do Ministério Público da União, para fins de inclui-lo entre os representantes dos estados. Assim,
haveria três indicados do Ministério Público da União (MPF, MPT e MPM), em vez dos quatro atuais, e o
DF concorreria com os Estados para as três vagas dos representantes estaduais.
455
III - TRÊS MEMBROS do Ministério Público dos Estados; (MPSP-2005) (MPBA-2010) (MPAP-2012)
(MPMS-2011/2013) (MPMG-2014) (MPRS-2016)
IV - DOIS JUÍZES, INDICADOS um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior
Tribunal de Justiça; (MPAP-2012) (MPMS-2011/2013) (MPMG-2014) (TJRS-2016) (MPRS-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (MPCE-2020)
(MPRS-2016): Nos termos do art. 130-A da CF/88, compete ao Conselho Nacional do Ministério Público
o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres
funcionais de seus membros, cabendo lhe zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério
Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar
providências. BL: art. 130-A, §2º, I da CF.
(MPRS-2016): Nos termos do art. 130-A da CF/88, compete ao CNMP o controle da atuação
administrativa e financeira do MP e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-
lhe zelar pela observância do artigo 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos
atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados,
456
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas. BL: art. 130-A, §2º, II,
da CF.
(MPRS-2016): Nos termos do art. 130-A da CF/88, compete ao CNMP o controle da atuação
administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus
membros, cabendo-lhe rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros
do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano. BL: art. 130-A, §2º, IV, CF.
(MPRS-2016): Nos termos do art. 130-A da CF/1988, compete ao CNMP o controle da atuação
administrativa e financeira do MP e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-
lhe elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do
Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art.
84, inciso XI, da Carta (compete privativamente ao Presidente da República remeter mensagem e plano
104
Art. 106. A avocação de procedimento ou processo administrativo disciplinar em curso contra membro ou
servidor do Ministério Público dar-se-á mediante proposição de qualquer Conselheiro ou representação
fundamentada de qualquer cidadão, dirigida ao Presidente do Conselho, a quem caberá determinar sua
autuação e distribuição a um Relator. Parágrafo único. Se o processo objeto do pedido de avocação estiver sendo
acompanhado em sede de reclamação disciplinar no âmbito da Corregedoria Nacional, o Relator solicitará
informações ao Corregedor Nacional sobre o andamento do feito e as alegações do pedido.
457
de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do
País e solicitando as providências que julgar necessárias). BL: art. 130-A, §2º, V c/c art. 84, XI, da CF.
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber
reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público,
inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério
Público.
Seção II
DA ADVOCACIA PÚBLICA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(DPERR-2013-CESPE): Assinale a opção correta a respeito das funções essenciais à justiça: Compete à
Advocacia-Geral da União a representação judicial da União, circunstância que lhe autoriza a
representação judicial não somente do Poder Executivo, como também do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário. BL: art. 131, CF.
##Atenção: A assertiva está correta, uma vez que a representação judicial e extrajudicial da União é
458
ampla e engloba todos os poderes públicos (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e órgãos públicos
que exercem Função Essencial à Justiça). Porém, apenas as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico estão restritas ao Poder Executivo.
(TJPB-2011-CESPE): A AGU é o órgão que, de modo direto, ou mediante órgão vinculado, representa a
União, judicial e extrajudicialmente, cumprindo-lhe realizar a consultoria e o assessoramento jurídico do
Poder Executivo. BL: art. 131, CF.
##Atenção: “Advocacia do Estado (Avvocatura dello Stato) na Itália é uma instituição que possui dupla
competência: de um lado, desenvolve uma atuação contenciosa, representando e defendendo o Estado os interesses
patrimoniais e não patrimoniais do Estado; e, de outro, uma atividade consultiva, desempenhando a consultoria
legal da Administração, sem qualquer limite em relação às matérias apreciadas. Tais atribuições da Advocacia do
Estado são, em regra, exercidas com exclusividade, albergando a consultoria, a representação e a defesa em juízo da
Administração em todas as suas articulações (...).” Conforme observa Belli (1959, p. 670-671), “a Advocacia do
Estado na Itália não é um órgão que representa tão-somente o Poder Executivo, mas sim todos os poderes estatais
enquanto exerçam uma atividade substancialmente administrativa, os quais devem comparecer em juízo por
intermédio da Advocacia do Estado” (p. 64-65). (Fonte: Advocacia-Geral da União na Constituição de 1988,
escrito por Rommel Macedo).
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á
mediante concurso público de provas e títulos. (PCGO-2012) (PFN-2012) (TRT1-2015)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TCDF-2021: ##CESPE: É inconstitucional lei estadual que confira à
Procuradoria-Geral do Estado (PGE) competência para controlar os serviços jurídicos e para fazer a
representação judicial de empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive com a
possibilidade de avocação de processos e litígios judiciais dessas estatais. Essa previsão cria uma
ingerência indevida do Governador na administração das empresas públicas e sociedades de
economia mista, que são pessoas jurídicas de direito privado. O art. 132 da CF/88 confere às
Procuradorias dos Estados/DF atribuição para as atividades de consultoria jurídica e de representação
judicial apenas no que se refere à administração pública direta, autárquica e fundacional. STF.
Plenário. ADI 3536/SC, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 2/10/19 (Info 954).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O art. 132 da CF/88 abrange quais órgãos e entidades da
Administração Pública? Administração direta, autárquica e fundacional. Assim, a PGE (PGDF) é
responsável pela representação judicial e pela consultoria jurídica da (s): a) administração direta (órgãos);
b) autarquias; e c) fundações. Nesse sentido: “A Constituição Federal estabeleceu um modelo de exercício
exclusivo, pelos procuradores do estado e do Distrito Federal, de toda a atividade jurídica das unidades federadas
estaduais e distrital – o que inclui as autarquias e as fundações -, seja ela consultiva ou contenciosa”. STF. Plenário.
ADI 145, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/06/2018.
##Questão de concurso:
(TCDF-2021-CESPE): Acerca das funções essenciais à justiça, julgue o item que se segue, à luz do
entendimento do STF: As procuradorias dos estados possuem atribuições constitucionais de atividades de
consultoria jurídica e representação judicial das respectivas unidades federadas, mas apenas relativamente à
administração pública direta, autárquica e fundacional. BL: Info 954, STF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que
“a representação judicial e extrajudicial dos órgãos da administração indireta é de competência dos
profissionais do corpo jurídico que compõem seus respectivos quadros e integram advocacia pública
cujas atividades são disciplinadas em leis especificas.” Essa previsão viola o princípio da unicidade da
representação judicial dos Estados e do Distrito Federal. O art. 132 da CF/88 atribuiu aos Procuradores
dos Estados e do DF exclusividade no exercício da atividade jurídica contenciosa e consultiva não
apenas dos órgãos, mas também das entidades que compõem a administração pública indireta. STF.
Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 27 e 28/3/19 (Info 935)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que cria o cargo
de procurador autárquico em estrutura paralela à Procuradoria do Estado. Também é inconstitucional
dispositivo de Constituição Estadual que transforma os cargos de gestores jurídicos, advogados e
procuradores jurídicos em cargos de procuradores autárquicos. STF. Plenário. ADI 5215/GO, Rel. Min.
Roberto Barroso, j. 27 e 28/3/19 (Info 935).
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que
os procuradores autárquicos e os advogados de fundação terão competência privativa para a
representação judicial e o assessoramento jurídico dos órgãos da Administração Estadual Indireta aos
quais vinculados, e que, para os efeitos de incidência de teto remuneratório, eles serão considerados
“procuradores”, nos termos do art. 37, XI, da CF/88. STF. Plenário. ADI 4449/AL, Rel. Min. Marco
Aurélio, j. 27 e 28/3/19 (Info 935).
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que a
Procuradoria Geral do Estado ficará responsável pelas atividades de representação judicial e de
consultoria jurídica apenas “do Poder Executivo”. Essa previsão viola o princípio da unicidade da
representação judicial dos Estados e do Distrito Federal. De acordo com o art. 132 da CF/88 as
atribuições da PGE não ficam restritas ao Poder Executivo, abrangendo também os demais Poderes.
Desse modo, compete à PGE a representação estadual como um todo, independentemente do Poder.
STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 27 e 28/3/19 (Info 935).
460
##Atenção: ##DOD: Princípio da unicidade da representação judicial dos Estados e do Distrito
Federal: Segundo tal “princípio”, os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal serão os únicos
responsáveis pela representação judicial e pela consultoria jurídica das respectivas unidades
federadas, ou seja, só um órgão pode desempenhar as funções de representação judicial e de
consultoria jurídica nos Estados e DF e este órgão é a Procuradoria-Geral do Estado (ou PGDF). Este
“princípio” está previsto no art. 132 da CF/88.
461
Gilmar Mendes, j. 12/02/09.
##Atenção: ##STF: ##PGESP-2012: ##FCC: Orçamento anual. Competência privativa. Por força de
vinculação administrativo-constitucional, a competência para propor orçamento anual é privativa do
Chefe do Poder Executivo. Em outras palavras, a elaboração da proposta orçamentária é competência
do Chefe do Executivo e, portanto, não cabe à Procuradoria-Geral do Estado tal competência. STF.
Plenário. ADI 882.
(PGESP-2012-FCC): De acordo com a jurisprudência recente do STF, a norma de Constituição Estadual que
possibilita à Procuradoria Geral do Estado a elaboração de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias é inconstitucional. BL: Entend. Jurisprud.
(MPBA-2018): No que se refere à Advocacia Pública e à Defensoria Pública, assinale a alternativa correta:
O ingresso na carreira de Procurador do Estado ou do Distrito Federal é feito por meio de concurso
público de provas e títulos, no qual é necessária a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as suas fases. BL: art. 132, CF.
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo É ASSEGURADA ESTABILIDADE após
três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado das corregedorias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(TJDFT-2007) (PGEAM-2010) (DPERR-2013) (PCPA-2013) (DPERN-2015) (MPT-2015) (PGEPE-2009/2018)
(PGEAP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
SEÇÃO III
DA ADVOCACIA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
462
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TJGO-2015) (TRT6-2015) (PCGO-
2012/2017) (PGEAC-2017) (PCES-2019) (PCMG-2021) (PCPA-2021)
(TJDFT-2007): No trato das Funções Essenciais à Justiça, tal como preconizado na CF/1988, é correto
afirmar: A lei pode disciplinar a inviolabilidade do advogado por seus atos e manifestações exarados no
exercício da profissão. BL: art. 133, CF.
##Atenção: O advogado é indispensável à administração da justiça, mas não é inviolável por todos os
atos, sendo apenas em relação àqueles praticados no exercício da profissão.
SEÇÃO IV
DA DEFENSORIA PÚBLICA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEAM-2021: ##FCC: A Defensoria Pública pode prestar assistência
jurídica às pessoas jurídicas que preencham os requisitos constitucionais: A Defensoria Pública, por
obrigação, deve prestar assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos. Todavia, suas funções a essas não se restringem ao aspecto econômico. A Defensoria Pública
deve zelar pelos direitos e interesses de todos os necessitados, não apenas sob o viés financeiro, mas
também sob o prisma da hipossuficiência e vulnerabilidade decorrentes de razões outras (idade,
gênero, etnia, condição física ou mental etc.). Conclui-se que a Defensoria Pública, agente de
transformação social, tem por tarefa assistir aqueles que, de alguma forma, encontram barreiras para
exercitar seus direitos. Naturalmente. sua atribuição precípua é o resguardo dos interesses dos
carentes vistos sob o prisma financeiro. Todavia não é a única. Isso porque, como sabemos, as
desigualdades responsáveis pela intensa instabilidade social não são apenas de ordem econômica.
Não há, em princípio, impedimento insuperável a que pessoas jurídicas venham, também, a ser
consideradas titulares de direitos fundamentais, não obstante estes, originalmente, terem por
referência a pessoa física. As expressões “insuficiência de recursos” e “necessitados” podem aplicar-se
tanto às pessoas físicas quanto às pessoas jurídicas. Portanto, há a possibilidade de que pessoas
jurídicas sejam, de fato, hipossuficientes e, portanto, sejam assistidas pela Defensoria Pública. STF.
463
Plenário. ADI 4636/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 3/11/21 (Info 1036).
464
de defesa de interesses individuais homogêneos de consumidores, assinale a opção correta de acordo com o
entendimento jurisprudencial do STJ: A legitimidade da Defensoria Pública abrange diversas formas de
vulnerabilidades sociais, não se limitando à atuação em nome de carente de recursos econômicos. BL: Info
573, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O STJ, ao interpretar os requisitos legais para a atuação coletiva da
Defensoria Pública, adota exegese ampliativa da condição jurídica de “necessitado”, de modo a
possibilitar sua atuação em relação aos necessitados jurídicos em geral, não apenas aos
hipossuficientes sob o aspecto econômico. STJ. 1ª T. AgInt nos EDcl no REsp 1.529.933/CE, Rel. Min.
Benedito Gonçalves, j. 20/5/19.
(MPBA-2018): No que se refere à Advocacia Pública e à Defensoria Pública, assinale a alternativa correta:
465
As atribuições dos integrantes da Defensoria Pública, instituição que faz parte das funções essenciais à
Justiça, abrangem atividades de representação judicial e extrajudicial, de advocacia contenciosa e
consultiva. BL: art. 134, caput, CF.
(DPU-2015-CESPE): Em relação à DP, julgue o item subsecutivo: A orientação jurídica e a defesa judicial
e extrajudicial dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, função essencial em um Estado
democrático de direito, é realizada, no Brasil, pela DP. BL: art. 134, caput, CF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro
por prerrogativa de função, no Tribunal de Justiça, para Procuradores do Estado, Procuradores da
ALE, Defensores Públicos e Delegados de Polícia. A CF/88, apenas excepcionalmente, conferiu
prerrogativa de foro para as autoridades federais, estaduais e municipais. Assim, não se pode permitir
que os Estados possam, livremente, criar novas hipóteses de foro por prerrogativa de função. STF.
Plenário. ADI 2553/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 15/5/19
(Info 940).
(DPEMG-2019): Analise a assertiva a seguir: O art. 134, §1º, da CF/88, consagra o “princípio do
defensor público natural” ao estabelecer que a Defensoria Pública deve ser organizada em cargos de
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos. BL: art. 134, § 1º, CF.
##Atenção:: O princípio do defensor natural protege não apenas o membro da Defensoria durante o seu
dever de atuação, garantindo que não será arbitrariamente impedido de atuar ou removido do exercício
de suas atribuições funcionais, mas constitui, também, uma proteção legal aos próprios destinatários da
assistência jurídica, já que garante a estes o direito de serem patrocinados apenas pelo defensor público
que tenha atribuição territorial e funcional para atuação, sem remoção, destituição ou retirada da
demanda, assim analisados de maneira objetiva e com base em critérios pré-determinados de
competência de atuação, sem que isso viole o princípio de indivisibilidade institucional. Conforme
467
JUNKES (2006), analogicamente ao Princípio do Promotor Natural, o Princípio do Defensor Natural veda
que o Defensor Público seja afastado de casos em que, por critérios legais predeterminados, deveria
oficiar. Tal como o do Promotor Natural, esse Princípio apresenta dupla garantia, uma vez que se dirige
tanto aos membros da Defensoria Pública, como, para a Sociedade. (Fonte: JUNKES, Sérgio Luiz.
Defensoria pública e o princípio da justiça social. Curitiba: Juruá, 2006.).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Ao impor a nomeação de Defensores para atuar em processos na Justiça
Militar do Distrito Federal, em discordância com critérios de alocação de pessoal previamente
aprovados pelo Conselho Superior da Defensoria Pública do DF, a autoridade judiciária interfere na
autonomia funcional e administrativa do órgão. Reconhecida a inexistência de profissionais
concursados em número suficiente para atender toda a população do DF, os critérios indicados pelo
Conselho Superior da Defensoria Pública do DF para a alocação e distribuição dos Defensores
Públicos (locais de maior concentração populacional e de maior demanda, faixa salarial familiar até 5
salários mínimos) revestem-se de razoabilidade. STJ. 5ª T. RMS 59.413-DF, Rel. Min. Reynaldo Soares
da Fonseca, j. 7/5/19 (Info 648).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJSC-2017: ##DPEPE-2018: ##CESPE: ##FCC: Não configura o crime
de desobediência (art. 330 do CP) a conduta de Defensor Público Geral que deixa de atender à
requisição judicial de nomeação de defensor público para atuar em determinada ação penal. A
Constituição Federal assegura às Defensorias Públicas autonomia funcional e administrativa (art. 134,
§2º). A autonomia administrativa e a independência funcional asseguradas constitucionalmente às
Defensorias Públicas não permitem que o Poder Judiciário interfira nas escolhas e nos critérios de
atuação dos Defensores Públicos que foram definidos pelo Defensor Público-Geral. STJ. 6ª T. HC
310.901-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j. 16/6/16 (Info 586).
468
STF. Plenário. ADI 5381 Referendo-MC/PR, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 18/5/16 (Info 826).
469
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEPB-2014: ##DPESP-2015: ##DPU-2015: ##DPEBA-2016:
##DPEAL-2017: ##DPESC-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##DPEMG-2019: ##CESPE:
##FCC: É inconstitucional a legislação do Estado de São Paulo que prevê a celebração de convênio
exclusivo e obrigatório entre a Defensoria Pública de SP e a OAB-SP. Esta previsão ofende a
autonomia funcional, administrativa e financeira da Defensoria Pública estabelecida no art. 134, § 2º,
da CF/88. Somente é possível a prestação, pelo Poder Público, de assistência jurídica à população
carente por não Defensores Públicos em caso de situação excepcional e temporária. STF. Plenário. ADI
4163/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 29/2/12 (Info 656).
(DPESC-2017-FCC): Ao decidir, o STF, no julgamento da ADI 4.163, que qualquer política pública que
desvie pessoas ou verbas para outra entidade, com o mesmo objetivo de prestar assistência jurídica gratuita,
em prejuízo da Defensoria, insulta a Constituição da República, reforçou o modelo público de assistência
jurídica gratuita. BL: Entend. Jurisprud.
(MPBA-2018): No que se refere à Advocacia Pública e à Defensoria Pública, assinale a alternativa correta:
É assegurada à Defensoria Pública da União a autonomia funcional e administrativa, e, aos seus
integrantes, a garantia da inamovibilidade, sendo vedado o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais. BL: art. 134, §§ 2º e 3º, CF.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e
títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em
direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as
106
(DPEGO-2021-FCC): A Emenda Constitucional n° 45/2004 fortaleceu as Defensorias Públicas Estaduais,
garantindo-lhes, expressamente, autonomia funcional e administrativa. BL: art. 134, §2º, CF.
(DPEAM-2018-FCC): Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 45, a Constituição Federal passou a
prever a autonomia funcional, administrativa e a iniciativa de proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias apenas para as Defensorias Públicas Estaduais. BL: art. 134, §2º,
CF.
107
(DPESP-2015-FCC): A Emenda Constitucional 69/2012 estabeleceu que se aplicam à Defensoria Pública do
Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da Constituição Federal, regem as Defensorias
Públicas dos Estados. BL: art. 2º da EC 69/13.
##Atenção: Vide teor do art. 2º da EC 69/13: “Art. 2º Sem prejuízo dos preceitos estabelecidos na Lei Orgânica do
Distrito Federal, aplicam-se à Defensoria Pública do Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da
Constituição Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados.”
471
seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de
merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz
a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o
lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e
presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa,
repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não
podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; (Incluída pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente,
apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN
3392)
IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo
etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do
subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados
serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura
judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco
por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais
Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em
decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada
ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que
couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a
seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado
no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial,
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas
e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e
a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de
segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão
permanente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à
respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente
sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo
SERÃO REMUNERADOS na forma do art. 39, § 4º [obs.: por subsídio]. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (DPECE-2008) (DPEMA-2009) (DPEMA-2011) (DPEES-2012) (DPESE-
2012) (PGEPE-2018) (Anal./MPU-2018) (DPEDF-2019)
473
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória. BL: art. 135 c/c art. 39, §4º, CF.
TÍTULO V
Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas
CAPÍTULO I
DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO
Seção I
DO ESTADO DE DEFESA
##Atenção: ##Dica:
SÍTIO- S DE SOLICITA
DEFESA- D DE DECRETA
##Atenção: ##PGECE-2021: ##CESPE: O texto constitucional prevê rol taxativo das hipóteses para o
estado de defesa.
##Atenção: A decretação do estado de defesa exige a prévia audiência do Conselho da República (CF,
arts. 89 e 90) e do conselho de Defesa Nacional (CF, art. 91). A manifestação desses dois Conselhos é
obrigatória, sob pena de inconstitucionalidade da decretação da medida. Porém, a manifestação deles é
meramente opinativa, não vinculante. (Fonte: Resumo de Direito Constitucional Descomplicado.
Alexandrino & Paulo, 12ª ed.).
(TJES-2011-CESPE): O estado de defesa é instituído por decreto do presidente da República, após oitiva
do Conselho da República e do CDN, devendo constar, no referido ato presidencial, entre outras
474
determinações, o tempo de sua duração e as áreas a serem abrangidas. BL: art. 136, §1º, CF.
a) reunião, AINDA QUE exercida no seio das associações; (TJAL-2008) (PCSC-2008) (TJES-2011)
(TJAC-2012) (TJMS-2012) (TJDFT-2012) (MPAL-2012) (DPESC-2012) (PCRJ-2012) (MPMG-2013) (TRF3-2013)
(TRF5-2013) (PCES-2013) (TJPR-2014) (MPPE-2014) (DPEPB-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCAP-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (PCSP-2018) (DPESP-2019) (MPSP-2022)
(DPESE-2012-CESPE): No que diz respeito ao estado de defesa, assinale a opção correta: O decreto que
instituir o estado de defesa poderá restringir, nos termos e limites da lei, o direito de reunião, inclusive
no âmbito das associações. BL: art. 136, §1º, I, “a”, CF.
475
normalidade institucional, sem a decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio. BL: art. 136, §1º, II
e art. 139, da CF.
§ 2º O tempo de duração DO ESTADO DE DEFESA NÃO SERÁ superior a trinta dias, PODENDO
SER PRORROGADO uma vez, por igual período, SE PERSISTIREM as razões que justificaram a sua
decretação. (TJMG-2007) (MPPR-2012) (DPESE-2012) (PCRJ-2012) (TJRN-2013) (TJMA-2013) (PCSC-
2008/2014) (MPSC-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (MPT-2015)
(DPEAL-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGEPE-2018) (PCSP-2018) (PCES-2022)
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, SERÁ por este
comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, FACULTADO ao preso
REQUERER exame de corpo de delito à autoridade policial; (TJRS-2009) (PCRJ-2009) (PCGO-2012) (PCES-
2013) (PCSC-2014) (DPEAL-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGESC-2018) (MPSP-2022)
(TJRS-2009): Durante a vigência do estado de defesa, é constitucional a prisão efetuada sem ordem
judicial, ainda que não em flagrante delito. BL: art. 136, § 3º, I da CF/88.
##Atenção: Nos termos do art. 136, §3º, I da CF, na vigência do estado de defesa a prisão por crime
contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz
competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à
autoridade policial.
III - a PRISÃO ou DETENÇÃO de qualquer pessoa NÃO PODERÁ SER superior a dez dias,
SALVO quando autorizada pelo PODER JUDICIÁRIO; (TJMG-2007) (TJRS-2009) (DPESE-2012) (PCGO-
2012) (PCRJ-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCSC-2014) (DPEAL-2017) (PCSP-2018)
(DPESP-2019) (MPDFT-2021) (TJMA-2022) (MPSP-2022)
476
(PCES-2022-CESPE): Acerca da defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a opção
correta: Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o presidente da República, dentro de vinte e
quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por
maioria absoluta. BL: art. 136, § 4º, CF.
(TJPA-2019-CESPE): No que se refere ao estado de defesa e ao estado de sítio, julgue o item a seguir: O
estado de defesa, decretado pelo presidente da República, deve ser aprovado pelo Congresso Nacional.
BL: art. 136, § 4º, CF.
##Atenção: ##Dica:
SÍTIO- S DE SOLICITA
DEFESA- D DE DECRETA
Seção II
DO ESTADO DE SÍTIO
477
Consiste na autorização prévia e expressa do Congresso Nacional, decidida por maioria absoluta, em
resposta ao pedido do Presidente da República. Ela está presente apenas no Estado de Sítio. Marcelo
Novelino explica: ‘O controle político, exercido pelo Congresso Nacional, pode realizar-se em três momentos
distintos. O controle prévio consiste na análise das circunstâncias a fim de autorizar a decretação da medida
(...). O controle simultâneo é realizado por comissão de cinco parlamentares designados pela Mesa do Congresso
Nacional para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas adotadas (...). O controle posterior a cessação do
estado de sítio, ocorre através da análise das medidas e restrições aplicadas durante sua vigência (...)"
(NOVELINO, 2021, p. 881).
(TJPA-2019-CESPE): No que se refere ao estado de defesa e ao estado de sítio, julgue o item a seguir: O
presidente da República deve solicitar ao Congresso Nacional a autorização para decretar o estado de
sítio. BL: art. 137, CF.
##Atenção: É competência privativa do Presidente da República decretar o estado de sítio (art. 84, IX,
CF).
##Atenção: ##Dica:
SÍTIO- S DE SOLICITA
DEFESA- D DE DECRETA
(MPMG-2019): Assinale a opção correta, segundo a CF/1988: O Presidente da República pode, ouvidos o
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização
para decretar o estado de sítio nos casos de comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de
fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa. BL: art. 137, I, CF.
478
137, I e II, CF.
##Atenção: ##Dica:
Estado de Defesa: Decreta (art. 136) Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o
Presidente da República, dentro de 24 horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao
Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
Estado de Sítio: Solicita (art. 137, § único) A solicitação é decidida pela maioria absoluta do
Congresso Nacional.
Art. 138. O decreto do ESTADO DE SÍTIO INDICARÁ sua duração, as normas necessárias a sua
execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, DEPOIS DE PUBLICADO, o Presidente
da República DESIGNARÁ o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. (PCRJ-2009)
(MPGO-2010) (TJES-2011) (MPF-2011) (TJCE-2012) (TJMA-2013) (TJRN-2013) (TRF3-2013) (PCES-2013) (PCPR-
2013) (PCAP-2017) (MPBA-2018)
(TJCE-2012-CESPE): Assinale a opção correta acerca dos preceitos relativos à defesa do Estado e das
instituições democráticas: As especificações da amplitude do estado de sítio podem ser feitas após a sua
decretação. BL: art. 138, parte final, CF.
##Atenção: A questão, ao falar em “amplitude do estado de sítio”, deve estar se referindo à área de
abrangência. Portanto, no Estado de Defesa, o decreto que instituir o estado de defesa determinará o
tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as
medidas coercitivas a vigorarem. Porém, o decreto de estado de sítio indicará sua duração, as normas
necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas e, depois de publicado, o
Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. Está no
art. 138, caput, parte final da CF.
§ 1º. O ESTADO DE SÍTIO, no caso do art. 137, I, NÃO PODERÁ SER DECRETADO por mais de
trinta dias, NEM prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, PODERÁ SER
DECRETADO por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira. (PCRJ-2009)
(MPGO-2010) (PCES-2013) (TJPI-2015) (MPT-2015) (MPBA-2018)
##Atenção: Controle político PRÉVIO (leitura conjunta dos art. 137, § único e art. 138, §2º, CF).
Art. 139. Na vigência do ESTADO DE SÍTIO decretado com fundamento no art. 137, I, SÓ
PODERÃO SER TOMADAS contra as pessoas as seguintes medidas: [obs.: norma de eficácia CONTIDA]
(DPEAL-2009) (PCRJ-2009) (MPAL-2012) (TRF4-2012) (PCMA-2012) (PCPR-2013) (MPM-2013) (PCSC-
479
2008/2014) (MPPE-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (Cartórios/TJMG-2016) (TRT2-2016) (PCAP-2010/2017)
(DPEMG-2019) (DPESP-2019) (PCES-2013/2022) (TJMA-2022) (PCRO-2022)
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa;
II - detenção em edifício NÃO DESTINADO a acusados ou condenados por crimes comuns; (PCRJ-
2009) (TRF4-2012) (PCES-2013) (PCSC-2008/2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPESP-2019)
Parágrafo único. NÃO SE INCLUI NAS RESTRIÇÕES do inciso III a difusão de pronunciamentos
de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, DESDE QUE LIBERADA pela respectiva Mesa.
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (Cartórios/TJMG-2016) (MPBA-2018) (TJMA-2022)
480
(TJTO-2007-CESPE): Acerca da defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a opção
correta: Conforme a doutrina majoritária, o Poder Judiciário pode reprimir abusos e ilegalidades
cometidos nos estados de defesa e de sítio, mas não pode perquirir acerca da existência ou não da
conveniência e oportunidade política para a sua decretação.
##Atenção: Segundo Alexandre de Moraes, “será possível ao Poder Judiciário reprimir eventuais abusos e
ilegalidades cometidas durante a execução das medidas do Estado de Defesa ou de Sítio, inclusive por meio de
mandado de segurança e habeas corpus. Em relação, porém, à análise do mérito discricionário do Poder Executivo
(no caso de Estado de Defesa) e desse juntamente com o Poder Legislativo (no caso de Estado de Sítio), a doutrina
dominante entende impossível, por parte do Poder Judiciário, a análise da conveniência e oportunidade política para
a decretação”.
##Atenção: Para decretar o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, o Presidente da República deve ouvir,
sem caráter vinculativo, os Conselhos da República e da Defesa Nacional (arts. 136 e 137 da CF.
Seção III
DISPOSIÇÕES GERAIS
##Atenção: Controle político SIMULTÂNEO ou CONCOMITANTE (leitura dos art. 140 e art. 138, §3º,
CF).
##Atenção: O estado de sítio não atua à revelia da Constituição ou do Estado de Direito. É uma situação
constitucionalmente prevista e constitucionalmente delimitada – de modo que eventual excesso, durante
sua vigência, deve ser reprimido.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em
sua vigência SERÃO RELATADAS pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional,
com especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e
indicação das restrições aplicadas. (TRF2-2009) (TRF5-2011) (TJCE-2012) (PCGO-2013) (TJPI-2015) (PCBA-
2018) (PGECE-2021)
(TJPI-2015-FCC): O estado de sítio será objeto de controle a posteriori pelo Congresso Nacional, com
base em mensagem enviada pelo Presidente da República, na qual serão especificadas as medidas
adotadas e os sujeitos atingidos. BL: art. 141, § único da CF.
108
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,
decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a
ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por
calamidades de grandes proporções na natureza. (...)
481
(TRF2-2009-CESPE): Quanto à defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a opção correta:
De acordo com a doutrina, no estado de sítio há controle político prévio, concomitante e sucessivo. BL:
art. 137, § único; art. 138, §§2º e 3º e art. 141, § único da CF.
CAPÍTULO II
DAS FORÇAS ARMADAS
Art. 142. As FORÇAS ARMADAS, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (PCDF-2009) (PCMG-2011)
(DPERS-2014) (PCDF-2015) (PCRS-2018) (Anal. Judic./TJMG-2022)
(TJMT-2018-VUNESP): É correto afirmar a respeito do habeas corpus que é incabível para discutir o
mérito de decisão administrativa que imponha sanções disciplinares a integrante de corporação. BL: art.
142, §2º, CF. (CPP)
482
legalidade. BL: art. 142, §2º, CF e Entend. Jurisprud.
(MPM-2013): Assinale a alternativa correta: Pela atual jurisprudência do STF, é cabível o habeas corpus
impetrado para discutir os pressupostos de legalidade de punição disciplinar militar. BL: art. 142, §2º, CF e
Entend. Jurisprud.
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente
da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes
privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das
Forças Armadas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (TRF1-2009)
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente,
RESSALVADA a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", SERÁ TRANSFERIDO para a
reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014) (DPECE-2014)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)
(TJSP-2009-VUNESP): O militar em atividade, que tomar posse em cargo ou emprego público civil
permanente, será transferido para a reserva, nos termos da lei. BL: art. 142, § 3º, II da CF.
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública
civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, RESSALVADA a hipótese prevista no
art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto
permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas
para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos
ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de
2014) (DPECE-2014)
483
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 541: ##DOD: ##PCMS-2017: ##TRT/Unificado-2017:
##MPBA-2018: ##TRF3-2018: ##PCGO-2018: ##PF-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##TJBA-2019:
##MPGO-2019: ##MPMG-2021: ##MPM-2021: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC: ##UEG: O exercício do
direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os
servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. É obrigatória a participação
do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública,
nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE
654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 5/4/17 (Info 860).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: ##Pergunta-se: 1º) A greve é um direito de todos os
servidores públicos? NÃO. Existem determinadas categorias para quem a greve é proibida; 2º)
Os policiais militares podem fazer greve? NÃO. A CF/88 proíbe expressamente que os Policiais Militares,
Bombeiros Militares e militares das Forças Armadas façam greve (art. 142, 3º, IV c/c art. 42, § 1º); 3º) O
art. 142, § 3º, IV, da CF/88 não menciona os policiais civis. Em verdade, não existe nenhum dispositivo na
Constituição que proíba expressamente os policiais civis de fazerem greve. Diante disso, indaga-se:
os policiais civis possuem direito de greve? NÃO. Apesar de não haver uma proibição expressa na CF/88,
o STF decidiu que os policiais civis não podem fazer greve. Aliás, o Supremo foi além e afirmou que
nenhum servidor público que trabalhe diretamente na área da segurança pública pode fazer greve. É o que
foi decidido no STF.
##Questões de concurso:
(MPGO-2019): Quanto ao direito de greve, a luz da jurisprudência atual do STF, podemos afirmar que O
exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os
servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança. BL: Info 860, STF.
(PF-2018-CESPE): Acerca da disciplina constitucional da segurança pública, julgue o seguinte item: A
vedação absoluta ao direito de greve dos integrantes das carreiras da segurança pública é compatível com o
princípio da isonomia, segundo o STF. BL: Info 860, STF.
##Atenção: Explicando a aplicação do princípio da ISONOMIA neste caso: A proibição de Greve para estes
trabalhadores é compatível com o princípio da ISONOMIA, segundo o qual deve-se tratar de maneira
DESIGUAL os DESIGUAIS, na medida de suas desigualdades. Os servidores da segurança pública
desempenham papel de extrema importância para a sociedade. Portanto, justifica-se tratá-los
desigualmente, vedando de maneira absoluta o direito de greve.
(TRT/Unificado-2017-FCC): Avizinhando-se o período de eleições para governador, policiais civis e
auditores fiscais de um determinado estado-membro promovem greve, com a finalidade de influenciar a
não reeleição do candidato da situação. Diante de tais fatos, segundo o entendimento do STF, caso seja
instaurada mediação pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, para vocalização dos
interesses da categoria, será obrigatória a participação do Poder Público na tentativa de solução consensual
de conflito. BL: Info 860, STF.
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois
anos, por sentença transitada em julgado, SERÁ SUBMETIDO ao julgamento previsto no inciso anterior;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (TJPA-2014)
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37,
incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37,
inciso XVI, alínea "c"; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
484
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (...)
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; (...)
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (...)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa;
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) (...)
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)
(DPECE-2014-FCC): Membro de Polícia Militar do Estado em atividade, que venha a ser aprovado em
concurso público para cargo civil permanente da Administração direta, poderá, com prevalência da
atividade militar e na forma da lei, cumular os cargos civil e militar, desde que se trate de cargos
privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. BL: art. 142, § 3º, VIII c/c art. 37,
XVI, “c”, CF.
485
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras
condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as
prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas
atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (DPEMA-2015) (PGEMA-2016) (TJMSP-2016) (MPDFT-2021)
##Atenção: ##STF- Reperc. Geral/Tese 121: ##MPDFT-2021: Não foi recepcionada pela CF/88 a
expressão “nos regulamentos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica” do art. 10 da Lei 6.880/80, dado
que apenas lei pode definir os requisitos para ingresso nas Forças Armadas, notadamente o requisito
de idade, nos termos do art. 142, § 3º, X, da CF/88. Descabe, portanto, a regulamentação por outra
espécie normativa, ainda que por delegação legal. STF. Plenário. RE 600885, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
09/02/11.
(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: Segundo a CF/1988 e o STF, nos concursos públicos para o
Exército, Marinha e Aeronáutica, a fixação de limite de idade tem que ser por lei, em sentido formal, não se
admitindo a definição do limite por regulamento ou edital do concurso. BL: art. 142, §3º, X, CF e Entend.
Jurisprud.
Art. 143. O SERVIÇO MILITAR É obrigatório nos termos da lei. (TRF5-2011) (MPGO-2019)
§ 1º Às FORÇAS ARMADAS COMPETE, na forma da lei, ATRIBUIR serviço alternativo aos que,
EM TEMPO DE PAZ, após alistados, ALEGAREM IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA, ENTENDENDO-
SE como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de
atividades de caráter ESSENCIALMENTE MILITAR. (Regulamento) (PGESP-2009) (TRF5-2011) (PGEMT-
2011) (MPMT-2012) (TRF5-2013) (Cartórios/TJES-2013) (DPERN-2015) (MPBA-2018) (MPGO-2019)
(MPGO-2019): Conforme a CF/88, o serviço militar é obrigatório nos termos da lei e que as Forças
Armadas compete atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem
imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção
filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. BL: art. 143,
caput e §1º, CF.
(MPMT-2012): A norma “Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em
tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo - se como tal o decorrente de crença
religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar” (art.
143, § 1º, CF/88) é de eficácia limitada.
(TRF5-2011-CESPE): Com relação à defesa do Estado e das instituições democráticas e aos direitos
políticos, assinale a opção correta: Apesar de a prestação de serviço militar ser obrigatória, a recusa em
cumpri-la é admitida sob a alegação do direito de escusa de consciência, cabendo, nesse caso, às forças
armadas atribuir àquele que exercer esse direito serviço alternativo em tempo de paz, cuja recusa enseja
como sanção a declaração da perda dos direitos políticos. BL: art. 143, caput e §1º, CF.
CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
##Atenção: ##STF: ##PCRS-2018: ##Fundatec: Conforme o STF, o conceito jurídico de ordem pública
não se confunde com incolumidade das pessoas e do patrimônio (art. 144 da CF/1988). Sem embargo,
ordem pública se constitui em bem jurídico que pode resultar mais ou menos fragilizado pelo modo
personalizado com que se dá a concreta violação da integridade das pessoas ou do patrimônio de
terceiros, tanto quanto da saúde pública (nas hipóteses de tráfico de entorpecentes e drogas afins). Daí
sua categorização jurídico-positiva, não como descrição do delito nem cominação de pena, porém
como pressuposto de prisão cautelar; ou seja, como imperiosa necessidade de acautelar o meio social
contra fatores de perturbação que já se localizam na gravidade incomum da execução de certos crimes.
Não da incomum gravidade abstrata deste ou daquele crime, mas da incomum gravidade na
perpetração em si do crime, levando à consistente ilação de que, solto, o agente reincidirá no delito.
Donde o vínculo operacional entre necessidade de preservação da ordem pública e acautelamento do
meio social. Logo, conceito de ordem pública que se desvincula do conceito de incolumidade das
pessoas e do patrimônio alheio (assim como da violação à saúde pública), mas que se enlaça
umbilicalmente à noção de acautelamento do meio social. STF. 2ª T., HC 101.300, Rel. Min. Ayres Britto,
j. 5/10/10.
VI - polícias PENAIS federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104,
de 2019) (DPESC-2021) (MPM-2021) (Anal. Judic./TJMG-2022)
(MPMG-2019): Sobre o poder de polícia e o exercício da segurança pública municipal, é correto afirmar,
à luz do posicionamento consolidado no STF, que o poder de polícia não se confunde com segurança
pública; o exercício do primeiro não é prerrogativa exclusiva das entidades policiais, a quem a
Constituição outorgou, com exclusividade, no art. 144, apenas as funções de promoção da segurança
pública. BL: art. 144, CF.
I - APURAR infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e
interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, ASSIM COMO outras
infrações cuja prática TENHA repercussão interestadual ou internacional e EXIJA repressão uniforme,
segundo se dispuser em lei; (TRF2-2009) (TRF5-2009) (PCPA-2009) (PCPB-2009) (PGERS-2010) (PCAL-2012)
(PCRJ-2012) (PGERN-2014) (PCDF-2015) (PCGO-2012/2018) (PF-2013/2018) (PCMA-2018) (PCES-2019)
(DPESC-2021) (PCMS-2021) (PCRO-2022)
(PF-2013-CESPE): Acerca das atribuições da Polícia Federal, julgue o item a seguir: A Polícia Federal
dispõe de competência para proceder à investigação de infrações penais cuja prática tenha repercussão
interestadual ou internacional, exigindo-se repressão uniforme. BL: art. 144, §1º, I, CF.
##Atenção: ##Dica:
Empresa Pública Caixa Econômica Federal; Correios = Polícia federal
Sociedade de Economia Mista Banco do Brasil = Polícia civil
##Atenção: ##STF: ##DOD: Em regra, os crimes cometidos contra as sociedades de economia mista
federal são julgados pela Justiça Estadual. Excepcionalmente, competirá à Justiça Federal julgar o
delito praticado contra sociedade de economia mista federal quando ficar demonstrado que existe
interesse jurídico da União no fato. Isso ocorre nos casos em que os delitos praticados contra a
sociedade de economia mista estiverem relacionados com: a) os serviços de concessão, autorização ou
delegação da União; ou b) se houver indícios de desvio das verbas federais recebidas por sociedades
de economia mista e sujeitas à prestação de contas perante o órgão federal. STF. 1ª Turma. RE 614115
AgR/PA, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 16/9/2014 (Info 759).
(PF-2021-CESPE): Com base no disposto na Constituição Federal de 1988, julgue o item subsequente:
Compete à Polícia Federal exercer as funções de polícia marítima. BL: art. 144, §1º, III, CF.
##Atenção: ##DOD: A Polícia Federal investiga apenas crimes de competência da Justiça Federal?
NÃO.
Em regra, a Polícia Federal é responsável pela investigação dos crimes que são de competência da
Justiça Federal. Isso porque uma das principais funções da PF é exercer, com exclusividade, as funções
de polícia judiciária da União. No entanto, a Polícia Federal investiga também outros delitos que não
são de competência da Justiça Federal. As atribuições da Polícia Federal estão previstas inicialmente
no art. 144 da CF/88.
##Atenção: ##DOD: Inciso I do § 1º do art. 144 da CF/88: Se você observar a redação do inciso I do § 1º
do art. 144 da CF, verá que ela é bem ampla, especialmente na sua parte final, que diz que compete à
Polícia Federal apurar “outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e
exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei”. Desse modo, a Polícia Federal tem atribuição
para investigar crimes que tenham repercussão interestadual ou internacional e exijam repressão
uniforme.
##Atenção: ##DOD: Que crimes são esses? A CF/88 afirma que a relação desses crimes deverá ser
prevista em lei.
##Atenção: ##DOD: Que lei é esta? A Lei 10.446/02, cuja ementa é a seguinte: “Dispõe sobre infrações
penais de repercussão interestadual ou internacional que exigem repressão uniforme, para os fins do
disposto no inciso I do § 1º do art. 144 da Constituição.” A Lei 10.446/02, em seu art. 1º, traz uma lista
de crimes que foram escolhidos pelo legislador e que podem ser investigados pela Polícia Federal. No
caso dos delitos previstos neste art. 1º, não importa se eles serão ou não julgados pela Justiça Federal.
A atribuição para investigá-los poderá ser da Polícia Federal independentemente disso.110
110
Art. 1o Na forma do inciso I do § 1o do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão interestadual ou
internacional que exija repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça,
489
##Atenção: ##DOD: A Polícia Federal irá investigá-los sem prejuízo da responsabilidade das Polícias
Militares e Civis dos Estados, ou seja, tais órgãos de segurança pública também poderão contribuir
com as investigações.
##Atenção: ##DOD: ##STF: Caso concreto: A Polícia Federal, sob a supervisão do Ministério Público
estadual e do Juízo de Direito, conduziu inquérito policial destinado a apurar crimes de competência
da Justiça Estadual. Entendeu-se que a Polícia Federal não tinha atribuição para apurar tais delitos
considerando que não se enquadravam nas hipóteses do art. 144, § 1º da CF/88 e do art. 1º da Lei
10.446/02. A despeito disso, o STF entendeu que não havia nulidade na ação penal instaurada com
base nos elementos informativos colhidos. O fato de os crimes de competência da Justiça Estadual
terem sido investigados pela Polícia Federal não geram nulidade. Isso porque esse procedimento
investigatório, presidido por autoridade de Polícia Federal, foi supervisionado pelo Juízo estadual
(juízo competente) e por membro do Ministério Público estadual (que tinha a atribuição para a causa).
O inquérito policial constitui procedimento administrativo, de caráter meramente informativo e não
obrigatório à regular instauração do processo-crime, cuja finalidade consiste em subsidiar eventual
denúncia a ser apresentada pelo MP, razão pela qual irregularidades ocorridas não implicam, de regra,
nulidade de processo-crime. O art. 5º, LIII, da CF/88, afirma que “ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente”. Esse dispositivo contempla o chamado “princípio do
juiz natural”, princípio esse que não se estende para autoridades policiais, considerando que estas não
possuem competência para julgar. Logo, não é possível anular provas ou processos em tramitação com
base no argumento de que a Polícia Federal não teria atribuição para investigar os crimes apurados. A
desconformidade da atuação da Polícia Federal com as disposições da Lei 10.446/02 e eventuais abusos
cometidos por autoridade policial, embora possam implicar responsabilidade no âmbito
administrativo ou criminal dos agentes, não podem gerar a nulidade do inquérito ou do processo
penal. STF. 1ª T. HC 169348/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 17/12/19 (Info 964).
##Atenção: ##STF: A cláusula de exclusividade inscrita no art. 144, § 1º, inciso IV, da CF – que não inibe
a atividade de investigação criminal do Ministério Público – tem por única finalidade conferir à Polícia
Federal, dentre os diversos organismos policiais que compõem o aparato repressivo da União Federal
(polícia federal, polícia rodoviária federal e polícia ferroviária federal), primazia investigatória na
apuração dos crimes previstos no próprio texto da Lei Fundamental ou, ainda, em tratados ou
convenções internacionais. STF. 2ª T., HC 89.837, Rel. Min. Celso de Mello, j. 20/10/09.
sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição Federal,
em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação, dentre outras, das seguintes
infrações penais: I – seqüestro, cárcere privado e extorsão mediante seqüestro (arts. 148 e 159 do Código Penal), se
o agente foi impelido por motivação política ou quando praticado em razão da função pública exercida pela
vítima; II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990); e III –
relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir em
decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive
bens e valores, transportadas em operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de
quadrilha ou bando em mais de um Estado da Federação. V - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do
produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado (art. 273 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 - Código Penal). (Incluído pela Lei nº 12.894, de 2013); VI - furto, roubo ou dano contra instituições
financeiras, incluindo agências bancárias ou caixas eletrônicos, quando houver indícios da atuação de associação
criminosa em mais de um Estado da Federação. (Incluído pela Lei nº 13.124, de 2015); VII – quaisquer crimes
praticados por meio da rede mundial de computadores que difundam conteúdo misógino, definidos como
aqueles que propagam o ódio ou a aversão às mulheres. (Incluído pela Lei nº 13.642, de 2018) Parágrafo único.
Atendidos os pressupostos do caput, o Departamento de Polícia Federal procederá à apuração de outros casos,
desde que tal providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de Estado da Justiça.
490
§ 4º Às POLÍCIAS CIVIS, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,
RESSALVADA a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, EXCETO AS MILITARES. (TJDFT-2007) (TJAL-2008) (PCTO-2008) (PGEAL-2009) (PCPB-2009)
(PCRN-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2010) (DPEPR-2012) (PCAL-2012) (PCPI-2009/2014) (PGERN-2014) (PCPI-
2014) (PCSC-2014) (PCSP-2014) (TRF1-2015) (PCDF-2015) (PCPA-2009/2016) (DPEMT-2016) (PCPE-2016)
(PCAP-2010/2017) (PCGO-2018) (PCMA-2018) (PCMG-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (PCMS-2017/2021)
(MPCE-2020) (DPESC-2021) (PCRO-2022)
(PCRO-2022-CESPE): Nos termos da CF/1988, incumbe(m) à Polícia Civil as funções de polícia judiciária
e apuração de infrações penais. BL: art. 144, §4º, CF.
(PCMA-2018-CESPE): Conforme a CF, às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira,
cabe exercer as funções de polícia judiciária e apurar as infrações penais, excetuadas as de natureza
militar. BL: art. 144, §4º, CF.
(MPSE-2010-CESPE): Com relação à segurança pública, à polícia ostensiva e à polícia judiciária, assinale
a opção correta: Às polícias civis competem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. BL: art. 144, §4º, CF.
491
§ 5º-A. Às POLÍCIAS PENAIS, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade
federativa a que pertencem, CABE a segurança dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 104, de 2019) (DPESC-2021) (PCMS-2021) (PCRO-2022)
(DPESC-2021-FCC): Às polícias penais compete a segurança dos estabelecimentos penais. BL: art. 144,
§5º-A, CF.
(PCMS-2021-FAPEC): Nos exatos termos do artigo 144 da Constituição Federal, está correto o que se
afirma em: às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa
a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais. BL: art. 144, §5º-A, CF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCRO-2022: ##CESPE: É inconstitucional norma estadual que assegure
a independência funcional a delegados de polícia, bem como que atribua à polícia civil o caráter de
função essencial ao exercício da jurisdição e à defesa da ordem jurídica: A Constituição Federal, ao
tratar dos órgãos de Administração Pública, escolheu aqueles que deveria ter assegurada autonomia.
Além de não assegurar autonomia à Polícia Civil, a Constituição Federal afirmou expressamente, no
seu art. 144, § 6º, que ela deveria estar subordinada ao Governador do Estado. A norma do poder
constituinte decorrente que venha a atribuir autonomia funcional, administrativa ou financeira a
outros órgãos ou instituições que não aquelas especificamente constantes da CF/1988, padece de vicio
de inconstitucionalidade material, por violação ao princípio da separação dos poderes. STF. Plenário.
ADI 5522/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 18/2/22 (Info 1044).
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será
fixada na forma do § 4º do art. 39. [obs.: por SUBSÍDIO] (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(PCPB-2009) (MPMG-2013) (PCGO-2013/2018) (PCMG-2018)
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos
ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei . (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) (DPECE-2014) (PGERN-2014) (DPEMT-2016) (PCRO-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCRO-2022: ##CESPE: Lei distrital não pode conferir porte de arma
nem determinar o exercício de atividades de segurança pública a agentes e inspetores de trânsito : A
CF/88, nos incisos do art. 144, estabelece quais são os órgãos de segurança pública. Esse rol é taxativo e
de observância obrigatória pelo legislador infraconstitucional. Como consequência, os Estados-
membros não podem atribuir o exercício de atividades de segurança pública a órgãos diversos
daqueles previstos na CF/88. Assim, a lei distrital, ao estabelecer que os agentes de trânsito exercem
atividades de segurança pública, possui vício de inconstitucionalidade material porque violou o rol
taxativo dos órgãos encarregados da segurança pública previsto no art. 144 da CF/88. Compete aos
órgãos e agentes de trânsito estaduais, distritais e municipais o exercício da “segurança viária”, que
compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em
lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente (art. 144, § 10, da CF/88). As
atividades de segurança viária não se confundem com “segurança pública”. Compete à União, nos
termos do art. 21, VI; e 22, I, da CF/88, a definição dos requisitos para a concessão do porte de arma de
fogo e dos possíveis titulares de tal direito, inclusive no que se refere a servidores públicos estaduais
ou municipais, em prol da uniformidade da regulamentação do tema no país, questão afeta a políticas
de segurança pública de âmbito nacional. Desse modo, é inconstitucional a lei distrital que disponha
sobre porte de arma de fogo, criando hipóteses não previstas na legislação federal de regência,
notadamente a Lei federal nº 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento). STF. Plenário. ADI 3996, Rel. Luiz
493
Fux, j. 15/04/20 (Info 987).
TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Seção I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
(TJMA-2013-CESPE): São funções da CF outorgar competência tributária aos entes federados, inaugurar
as limitações constitucionais ao poder de tributar, enumerar exaustivamente as espécies tributárias e
prever as hipóteses de repartição de receita.
(TJPI-2012-CESPE): O poder de criar tributos é repartido entre os vários entes políticos, e a CF assinala a
esfera de competência dos níveis federal, estadual e municipal. BL: art. 145, CF.
(MPF-2012): Ante a higidez como característica inerente ao Sistema Tributário Nacional, é correto
asseverar que, no texto constitucional, dentre as diferentes maneiras por meio das quais o legislador
constituinte outorga competência tributária, pode-se distinguir aquela exercitada mediante a exclusiva
identificação do aspecto material da hipótese de incidência do tributo. BL: art. 145, CF.
##Atenção: A CF delimita o fato gerador do tributo, isto é, o aspecto material da hipótese de incidência.
É o que ocorre, por exemplo, como os impostos (no Imposto de Renda o aspecto material é o acréscimo
patrimonial).
Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
Súmula Vinculante 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da
base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e
outra.
Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da
Constituição Federal.
##Atenção: ##DOD: O que são as taxas? A taxa é uma espécie de tributo paga pelo contribuinte em
virtude de um serviço prestado pelo Poder Público ou em razão do exercício da atividade estatal de
poder de polícia.
495
##Atenção: ##DOD: ##MPF-2013: Espécies de taxas: As taxas podem ter dois fatos geradores: a) o
exercício regular do poder de polícia; ou b) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico
e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 77 do CTN). Com base nisso, pode-se
dizer que existem duas espécies de taxa: 1ª) taxa de polícia; e 2ª) taxa de serviço.
##Atenção: ##DOD: Base de cálculo das taxas: Base de cálculo é o valor sobre o qual a alíquota irá
incidir. Ex: a alíquota do tributo é de 5%. A base de cálculo é 1000 reais. Logo, o valor do tributo será 5%
de 1000 reais (50 reais). A base de cálculo deve estar prevista na própria lei.
##Atenção: ##DOD: Qual critério o legislador deve adotar par a fixar a base de cálculo das taxas?
Vimos acima que a taxa é um tributo contraprestacional. Logo, sua base de cálculo deve estar
relacionada com o custo do serviço ou do poder de polícia exercido. Vale ressaltar, no entanto, que não
é necessário que a base de cálculo seja exatamente igual ao custo do serviço público prestado . A base
de cálculo da taxa deve estar relacionada com o custo. Deve haver uma “equivalência razoável entre o custo
real dos serviços e o montante a que pode ser compelido o contribuinte a pagar. ” (Min. Moreira Alves, STF Rp
1077/RJ). Assim, o que não pode ocorrer é o valor da base de cálculo ser muito superior ao custo do
serviço, uma vez que, nesse caso, haveria enriquecimento sem causa por parte do Estado ou até mesmo
uma forma de confisco (STF. ADI 2551).
##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF declarou a inconstitucionalidade de Lei do Estado do Amapá, que
instituiu a Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Exploração e
Aproveitamento de Recursos Hídricos (TFRH). A Corte entendeu que o valor cobrado é muito
superior em relação ao custo da atividade estatal relacionada (fiscalização das empresas que exploram
recursos hídricos). Logo, não há proporcionalidade entre o custo da atividade estatal e o valor que será
pago pelos particulares pela taxa. Isso viola as características da taxa, que é um tributo orientado pelo
princípio da retributividade e que possui caráter contraprestacional e sinalagmático. Além disso, a lei
previa que apenas 30% dos valores arrecadados com a taxa seriam utilizados em atividades
relacionadas com a política de recursos hídricos e os 70% restantes iriam para a conta única do
Tesouro Estadual. Isso demonstra o caráter arrecadatório desta taxa. Por fim, ao onerar excessivamente
as empresas que exploram recursos hídricos, a referida taxa adquiriu feições verdadeiramente
confiscatórias, dificultando, ou mesmo inviabilizando, o desenvolvimento da atividade econômica.
Houve, portanto, violação ao que prevê o art. 150, IV, da CF/88, que proíbe que os tributos sejam
utilizados com efeito de confisco. STF. Plenário. ADI 6211/AP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 4/12/19
(Info 962).
##Atenção: ##STF: ##MPSC-2021: ##CESPE: Estados podem instituir taxa de polícia por expedição de
atestados de idoneidade para porte de arma de fogo: Os Estados possuem competência para dispor
sobre instituição de taxas de polícia cobradas em função de atividades tais como: i) fiscalização e
vistoria em estabelecimentos comerciais abertos ao público (casas noturnas, restaurantes, cinemas,
shows); ii) expedição de alvarás para o funcionamento de estabelecimentos de que fabriquem,
transportem ou comercializem armas de fogo, munição, explosivos, inflamáveis ou produtos
químicos; iii) expedição de atestados de idoneidade para porte de arma de fogo, tráfego de explosivos,
trânsito de armas em hipóteses determinadas; e iv) atividades diversas com impacto na ordem social,
no intuito de verificar o atendimento de condições de segurança e emitir as correspondentes
autorizações essenciais ao funcionamento de tais estabelecimentos. STF. Plenário ADI 3770, Rel. Min.
Alexandre de Moraes, j. 13/09/19.
497
confiscatório da múltipla cobrança. STF. 2ª T., RE 602089 AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 24/04/12.
(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: É condição constitucional para a cobrança de taxa pelo exercício
de poder de polícia a competência do ente tributante para exercer a fiscalização da atividade específica do
contribuinte. BL: art. 145, II, CF e Entend. Jurisprud.
112
Art. 23. Fica instituída a Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária.
498
jurisprudência iterativa do STF. Precedentes do STF. A Constituição, art. 167, IV, não se refere a
tributos, mas a impostos. Sua inaplicabilidade às taxas. Impossibilidade da destinação do produto da
arrecadação, ou de parte deste, a instituições privadas, entidades de classe e Caixa de Assistência dos
Advogados. Permiti-lo, importaria ofensa ao princípio da igualdade. Precedentes do STF. STF.
Plenário. ADI 1.145. Rel. Min. Carlos Velloso, j. 03/10/02. (...) O STF já firmou o entendimento, sob a
vigência da emenda constitucional n. 1/69, de que as custas e os emolumentos tem a natureza de taxas,
razão por que só podem ser fixadas em lei, dado o princípio constitucional da reserva legal para a
instituição ou aumento de tributo. (STF. Plenário. RE 116.208/MG, Min. Rel. Moreira Alves, j. 20/04/90.
(...) Não sendo as custas e os emolumentos judiciais ou extrajudiciais preços públicos, mas, sim, taxas,
não podem eles ter seus valores fixados por decreto, sujeitos que estão ao princípio constitucional da
legalidade (par. 29 do artigo 153 da emenda constitucional n. 1/69), garantia essa que não pode ser
ladeada mediante delegação legislativa. STF. Plenário. Rp 1094/SP, Min. Rel. Soares Munoz, Rel. p./ac.
Min. Moreira Alves. j. 08/08/84.
499
sem que esta progressividade esteja expressamente prevista na CF/88. Ao contrário do que ocorria com
o IPTU (Súmula 668-STF), não é necessária a edição de uma EC para que o ITCMD seja progressivo.
Portanto, é constitucional a previsão de sistema progressivo de alíquotas para o imposto sobre a
propriedade territorial rural mesmo antes da EC 42/03. O STF fixou a seguinte tese em sede de
repercussão geral: “É constitucional a fixação de alíquota progressiva para o Imposto sobre
Transmissão Causa Mortis e Doação — ITCD.” STF. Plenário. RE 562045/RS, rel. orig. Min. Ricardo
Lewandowski, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, 6/2/13 (Info 694).
(TJMS-2020-FCC): A respeito dos impostos estaduais e municipais, é correto afirmar: O Estado-Membro
pode instituir Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) progressivo, com base no valor
da doação ou da sucessão causa morte. BL: Info 694, STF.
(MPF-2015): Lei estadual estabelece progressividade de alíquota do Imposto sobre Transmissão Causa
Mortis e Doação de Bens e Direitos. Neste caso, segundo o STF: É cabível a cobrança do referido imposto de
forma progressiva com vistas a assegurar a aferição da capacidade econômica do contribuinte. BL: Info 694,
STF.
(TJSP-2018-VUNESP): Com relação à administração tributária, é correto afirmar que a CF/88 dispõe que
à administração tributária é facultado identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte com a finalidade precípua de assegurar o respeito ao caráter de pessoalidade
dos impostos e à capacidade econômica do contribuinte. BL: art. 145, §1º, CF.
##Atenção: Este tipo de fiscalização é para dar efetividade ao princípio da capacidade contributiva.
Além disso, a administração tributária pode se valer de meios materiais de fiscalização.
##Atenção: Nas palavras de Eduardo Sabbag (em Manual de Direito Tributário, 2020, p. 169): “A
´capacidade econômica ou contributiva´ (taxable capacity) é a capacidade de pagar o tributo (ability to pay), estando
prevista, como importante princípio, no art. 145, § 1º, da Constituição de 1988. (...) E esse mesmo autor
continua (pp. 178-179): “O princípio da capacidade contributiva impõe, na esteira da justiça
distributiva, que aqueles cidadãos dotados de maior poder aquisitivo devem pagar impostos com
alíquotas maiores, de forma que o sacrifício econômico por eles sentido seja proporcionalmente maior
do que o suportado pelos contribuintes mais economicamente vulneráveis. Na lição de Roque Carrazza,
“em nosso sistema jurídico, todos os impostos, em princípio, devem ser progressivos. Por quê? Porque é graças à
progressividade que eles conseguem atender ao princípio da capacidade contributiva”. A progressividade traduz-se
em técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo aumento se dá à medida que se majora a base de cálculo do
gravame. O critério da progressividade diz com o aspecto quantitativo, desdobrando-se em duas modalidades: a
500
progressividade fiscal e a progressividade extrafiscal. A primeira alia-se ao brocardo “quanto mais se ganha, mais se
paga", caracterizando-se pela finalidade meramente arrecadatória, que permite onerar mais gravosamente a riqueza
tributável maior e contempla o grau de “riqueza presumível do contribuinte". A segunda, por sua vez, fia-se à
modulação de condutas, no bojo do interesse regulatório.”
(PCPE-2016-CESPE): No que diz respeito ao STN, assinale a opção correta: Sempre que for possível, os
impostos terão caráter pessoal, facultado à administração tributária identificar o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. BL: art. 145, §1º, CF.
(TRF2-2014): Assinale a opção correta: O direito fundamental à igualdade fiscal não é violado quando a
legislação infraconstitucional estabelece gradação de alíquotas do imposto sobre a renda e proventos de
qualquer natureza baseada no montante da renda auferida. BL: art. 145, §1º, CF.
§ 2º As TAXAS NÃO PODERÃO ter base de cálculo própria de impostos. (TJMG-2008) (TJPA-2009)
(PGESP-2009) (PGEGO-2010) (TRF4-2010/2012) (TJGO-2012) (MPF-2012) (TRF5-2011/2013) (PGM-Recife/PE-
2014) (PFN-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMS-2016) (MPPR-2011/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2017)
(TJPR-2017) (PCGO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJRS-2012/2018) (PGM-Curitiba/PR-
2019) (TJMS-2020) (MPRS-2021)
Súmula vinculante 29-STF: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos
da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e
outra.
Súmula 595-STF: É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de
cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural.
(TJRS-2018-VUNESP): O prefeito do Município X pretende instituir uma taxa para custear o serviço de
coleta, remoção e destinação do lixo doméstico produzido no Município. A taxa será calculada em função
da frequência da realização da coleta, remoção e destinação dos dejetos e da área construída do imóvel
ou da testada do terreno. Acerca dessa taxa, é correto afirmar que ela é legal se houver equivalência
razoável entre o valor cobrado do contribuinte e o custo individual do serviço que lhe é prestado. BL: art.
145, §2º, CF; SV 29 do STF e RE 232.393/SP.
##Atenção: Acerca da base de cálculo das taxas, o STF, no RE 232.393/SP, analisou um caso muito
interessante, em que o Município de São Carlos/SP criou uma taxa pela coleta domiciliar de lixo que era
calculada em função da área construída do imóvel, de modo que, quanto maior a área, maior seria a taxa
a ser paga por aquele imóvel. Em contestação, foi alegado pelos contribuintes que tal taxa estava sendo
calculada, levando em conta um elemento utilizado também para firmar a base de cálculo do IPTU, o que
acarretaria a violação da CF/1988, no art. 145, § 2º, que dispõe que taxas não podem ter as bases de
cálculo próprias de imposto. Assim, do que foi analisado no RE 232.393/SP pelo STF, podemos extrair
três conclusões:
1º) É razoável presumir que imóveis maiores produzam mais lixo que os menores, sendo justa a
cobrança da taxa com valores proporcionais a essa utilização presumida do serviço;
2º) A Corte Suprema percebeu que, ao cobrar a taxa proporcionalmente à área do imóvel, a taxa
acaba sendo graduada de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. A CF, em seu art.
145, § 1º, conforme interpretação do dispositivo, diz que não há proibição para que as taxas
sejam graduadas, apesar de o princípio da capacidade contributiva referir-se aos
impostos. Perceba que, em relação aos impostos, há obrigatoriedade da aplicação do princípio
501
da capacidade contributiva, se possível (para o ICMS, por exemplo, não é possível a aplicação tal
princípio);
3º) A CF/88 proíbe que as taxas possuam base de cálculo idêntica a dos impostos. A base de
cálculo da taxa – levando em conta a área – é igual à base de cálculo do imposto? Não. Na base de
cálculo da taxa, a área foi utilizada apenas como um elemento. E mesmo que a base de cálculo
fosse exatamente a área, ainda assim, não seria idêntica à base de cálculo do IPTU. Desse modo, a
área é só um elemento para se chegar à base de cálculo do IPTU (utilização do valor venal).
Portanto, o STF afirmou que não é inconstitucional utilizar para fixar uma taxa um ou mais
elementos próprios da base de cálculo do imposto, desde que não haja integral
correspondência entre uma base e outra., entendimento esse que, em 2008, resultou na edição
da Súmula Vinculante 29 do STF. (Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 14ª ed. 2020,
p. 70/71).
##Atenção: ##STF: O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU - a
metragem da área construída do imóvel - que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha
de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base
de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de
aferir, em cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel, certo que a
alíquota não se confunde com a base imponível do tributo. Tem-se, com isto, também, forma de
realização da isonomia tributária e do princípio da capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, §
1º. II. - R.E. não conhecido. (STF. Plenário. RE 232393/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 12/08/99). A
propósito, vejamos o seguinte trecho do julgado: “Numa outra perspectiva, deve-se entender que o cálculo da
taxa de lixo, com base no custo do serviço dividido proporcionalmente às áreas construídas dos imóveis,
é forma de realização da isonomia tributária, que resulta na justiça tributária (CF, art. 150, II). É que a
presunção é no sentido de que o imóvel de maior área produzirá mais lixo do que o imóvel menor. O lixo
produzido, por exemplo, por imóvel com mil metros quadrados de área construída, será maior do que o lixo
produzido por imóvel de cem metros quadrados. A previsão é razoável e, de certa forma, realiza também o
princípio da capacidade contributiva do art. 145, §1º, da C.F., que, sem embaraço de ter como
destinatária os impostos, nada impede que possa aplicar-se, na medida do possível, às taxas.” (...)
(MPMT-2012): A norma “As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos” (art. 145, § 2º,
CF/88) é de eficácia plena e aplicabilidade imediata. BL; art. 145, §2º, CF.
Art. 146. CABE à LEI COMPLEMENTAR: (TJMG-2005) (DPU-2007) (TJSE-2008) (MPPE-2008) (PGECE-
2008) (PGEES-2008) (TJRS-2009) (TJMG-2009) (MPDFT-2009) (MPRN-2009) (DPEES-2009) (PGESP-2009)
(PCRN-2009) (MPES-2010) (TRF1-2009/2011) (TJES-2011) (MPMS-2011) (TJBA-2012) (TJPI-2012) (TJPR-
2008/2013) (MPRO-2008/2013) (TJSC-2010/2013) (PGEGO-2010/2013) (TRF5-2011/2013) (TJMA-2013)
(DPEAM-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGEPI-2008/2014) (TJDFT-2007/2011/2014) (TRF2-2011/2014) (TRF4-
2009/2010/2012/2014) (MPAC-2014) (DPERS-2014) (PGERS-2010/2011/2015) (PGEPA-2011/2015) (PFN-
2007/2012/2015) (MPF-2013/2015) (MPSP-2015) (DPEMA-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMS-2014/2016) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (TRT3-2016)
(PGEAC-2014/2017) (MPRR-2017) (DPEAC-2017) (DPEAL-2017) (PGEPE-2009/2018) (TRF3-2013/2018)
(Cartórios/TJMG-2015/2016/2017/2018) (DPEPE-2018) (PGEPE-2018) (PCSE-2018) (Anal. Judic./STJ-2018)
(DPESP-2009/2019) (MPPR-2011/2014/2019) (MPSC-2014/2019) (TJAC-2019) (TJPA-2019) (Cartórios/TJPR-
2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020) (TJSP-2018/2021) (MPRS-2021)
(DPESC-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (DPEPB-2022)
(PGEAC-2017-FMP): No que tange ao direito tributário, é correto dizer que cabe à lei complementar
resolver eventuais conflitos de competência que possam surgir entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios. BL: art. 146, I CF/88.
502
II - REGULAR as limitações constitucionais ao poder de tributar; (DPESP-2009) (TRF1-2009)
(PGEPE-2009) (TJES-2011) (TJPI-2012) (Cartórios/TJES-2013) (PGEGO-2013) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (TRF4-
2014) (PGERS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (PGEMA-2016) (PGEAC-2014/2017)
(DPEAL-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (DPEPE-2018) (TJPA-2019) (TJSP-2021) (DPESC-2021) (DPEPB-
2022)
(TJDFT-2014-CESPE): O DF promulgou lei ordinária, na qual se estabelecia que não estariam abrangidos
pela imunidade tributária os serviços prestados, no DF, por instituição de educação ou de assistência
social sem fins lucrativos a tomadores de serviços sediados fora do território nacional. O Hospital
Beneficente X, sem fins lucrativos, celebrou contrato de R$ 1.000.000 para prestar assistência médica e
hospitalar a funcionários credenciados pela FIFA, tendo sido autuado por não recolher o tributo. Em
relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. A definição dos limites da regra constitucional
de imunidade é matéria reservada a lei complementar, sendo, portanto, inconstitucional a lei ordinária
em questão. BL: art. 146, II, CF.
503
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 13: ##TRF2-2011: ##PFN-2012: ##TRF4-2014: ##TJMS-2020:
##CESPE: ##FCC: ##ESAF: 1. Todas as espécies tributárias, entre as quais as contribuições de
seguridade social, estão sujeitas às normas gerais de direito tributário. 2. O CTN estabelece algumas
regras matrizes de responsabilidade tributária, como a do art. 135, III, bem como diretrizes para que o
legislador de cada ente político estabeleça outras regras específicas de responsabilidade tributária
relativamente aos tributos da sua competência, conforme seu art. 128. (...) 5. O art. 135, III, do CTN
responsabiliza apenas aqueles que estejam na direção, gerência ou representação da pessoa jurídica e
tão-somente quando pratiquem atos com excesso de poder ou infração à lei, contrato social ou
estatutos. Desse modo, apenas o sócio com poderes de gestão ou representação da sociedade é que
pode ser responsabilizado, o que resguarda a pessoalidade entre o ilícito (mal gestão ou
representação) e a consequência de ter de responder pelo tributo devido pela sociedade. 6. O art. 13 da
Lei 8.620/93 não se limitou a repetir ou detalhar a regra de responsabilidade constante do art. 135 do
CTN, tampouco cuidou de uma nova hipótese específica e distinta. Ao vincular à simples condição de
sócio a obrigação de responder solidariamente pelos débitos da sociedade limitada perante a
Seguridade Social, tratou a mesma situação genérica regulada pelo art. 135, III, do CTN, mas de modo
diverso, incorrendo em inconstitucionalidade por violação ao art. 146, III, da CF. 7. O art. 13 da Lei
8.620/93 também se reveste de inconstitucionalidade material, porquanto não é dado ao legislador
estabelecer confusão entre os patrimônios das pessoas física e jurídica, o que, além de impor
desconsideração ex lege e objetiva da personalidade jurídica, descaracterizando as sociedades
limitadas, implica irrazoabilidade e inibe a iniciativa privada, afrontando os arts. 5º, XIII, e 170,
parágrafo único, da Constituição. 8. Reconhecida a inconstitucionalidade do art. 13 da Lei 8.620/93 na
parte em que determinou que os sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada
responderiam solidariamente, com seus bens pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social. STF.
Plenário. RE 562276, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 03/11/10 (Info 607).
(TJMS-2020-FCC): À luz do CTN e da jurisprudência atualmente sedimentada a respeito da
responsabilidade dos sócios de empresas limitadas e desconsideração da personalidade jurídica, por ser
matéria afeita a lei complementar, lei ordinária não pode criar hipótese de responsabilidade solidária
relativa a sócio sem poder de gestão em empresa constituída na forma de sociedade limitada. BL: art. 135,
III, CTN113 e art. 146, III da CF e Info 607, STF.
(TRF2-2011-CESPE): A respeito da ordem constitucional econômica, assinale a opção correta: É
inconstitucional, por infringir o princípio da razoabilidade e inibir a iniciativa privada, norma de lei
ordinária que imponha aos sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada a responsabilidade
solidária, mediante seus bens pessoais, pelos débitos da pessoa jurídica para com a seguridade social. BL:
Info 607, STF.
(MPDFT-2009): Segundo a CF/1988 a edição de normas gerais em matéria de direito tributário depende
de lei complementar, e mesmo tendo sido o Código Tributário Nacional editado como lei ordinária no
ano de 1966, essa lei foi recepcionada pela CF/1988. BL: art. 146, III, CF/88 e art. 2º do CTN.
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos IMPOSTOS discriminados
nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; (DPU-2007) (PFN-
2007) (TJMG-2009) (TRF1-2009/2011) (MPMS-2011) (TRF5-2011) (TJPI-2012) (MPRO-2008/2013) (TJMA-2013)
(MPF-2013) (TRF2-2014) (TRF4-2014) (PCDF-2015) (PGEMS-2016) (PGEAC-2014/2017) (DPEAC-2017) (TRF3-
2013/2018) (MPSC-2019) (DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/RR-2021)
(TJMA-2013-CESPE): A CF não cria tributo, mas outorga competência tributária a cada ente federado,
devendo o exercício dessa competência ser regulado por lei, por expressa previsão constitucional. BL: art.
146, III, CF.
##Atenção: A CF/88, de fato, não institui nenhum tributo, pois este é instituído, em regra, por meio de
lei ordinária pelo ente político que detém a competência tributária descrita na CF/88. Cumpre ressaltar
que, nos termos do art. 146, III da CF, dispõe que lei complementar estabelecerá as normas gerais em
matéria tributária, que, no caso é o CTN (Lei Ordinária com status de Lei Complementar).
Súmula Vinculante 8: São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1.569/77 e os artigos
45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 874: ##DOD: ##MPAP-2021: É inconstitucional, por afronta
ao art. 146, III, b, da CF, a expressão ’ou parcelados sem garantia’ constante do parágrafo único do art.
73, da Lei 9.430/96,114 incluído pela Lei 12.844/13, na medida em que retira os efeitos da suspensão da
exigibilidade do crédito tributário prevista no CTN. Em síntese, não é possível que uma lei ordinária
condicione a suspensão do crédito tributário à apresentação de garantia do valor objeto de
parcelamento, por não haver previsão na lei complementar, como ensina o art. 146, III, b da CF. STF.
Plenário RE 917285, Rel. Min Dias Toffoli, j. 18/08/20 (Repercussão Geral – Tema 874).
114
Art. 73. A restituição e o ressarcimento de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
ou a restituição de pagamentos efetuados mediante DARF e GPS cuja receita não seja administrada pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil será efetuada depois de verificada a ausência de débitos em nome do
sujeito passivo credor perante a Fazenda Nacional. Parágrafo único. Existindo débitos, não parcelados ou
parcelados sem garantia, inclusive inscritos em Dívida Ativa da União, os créditos serão utilizados para
quitação desses débitos, observado o seguinte: (...)
505
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD:
- DA COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA - EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA - LEI
COMPLEMENTAR: De início, a compensação tributária é regulada pelo art. 170 do CTN, que por si só, não
gera direito subjetivo à compensação. A lei complementar remete a lei ordinária a disciplina das condições e
das garantias, cabendo a lei autorizar a compensação de créditos do sujeito passivo líquidos e certos,
vencidos ou vincendos. Nessa linha, o art. 74 da Lei 9.430/96 trata sobre a compensação, inclusive com
créditos judiciais relativos a tributo e contribuição administrados pela Secretaria da Receita Federal. Dispõe
o art. 146, III, b, da CF caber a lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. Nesse
sentido, a extinção das obrigações constitui matéria de normas gerais de direito tributário, sob reserva de
lei complementar. A compensação vem prevista no inciso II do art. 156 do CTN como forma de extinção
do crédito tributário e deve observar as peculiaridades estabelecidas no art. 170 do CTN.
- DO PARCELAMENTO – SUSPENSÃO DA EXIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: No caso
tratado, não está em debate a razoabilidade da compensação de ofício de que trata o art. 73 da Lei 9.430/96.
O instituto jurídico da compensação é, em si, instrumento de justiça e de eficiência na disciplina das relações
obrigacionais, desde que observadas as peculiaridades definidas no CTN, norma geral de Direito Tributário.
Todavia, é circunstância objetiva da validade da compensação unilateral da Fazenda Pública que o crédito
do sujeito passivo objeto do encontro de contas seja exigível. Ocorre que, existente o crédito tributário, em
razão da ocorrência do fato gerador da obrigação, com ou sem lançamento, sua exigibilidade pode ser
submetida a regras de proibição. Os arts. 151 a 155-A do CTN arrolam os casos de suspensão do crédito
tributário. O art. 151, VI, do CTN prevê o parcelamento como hipótese de suspensão da exigibilidade do
crédito tributário. Ocorrendo, por mútuo consentimento, acordo entre o sujeito passivo, por força de sua
vontade, e o sujeito ativo, com a permissão da lei, sobre o parcelamento, fica o Fisco impedido de exigir a
totalidade do crédito enquanto perdurar o acordo. O art. 151, VI, do CTN, ao prever que o parcelamento
suspende a exigibilidade do crédito tributário, não condiciona a existência ou não de garantia. Dessa
forma, o parágrafo único do art. 73 da Lei 9.430/96 (incluído pela Lei 12.844/13), ao permitir que o Fisco
realize compensação de ofício de débito parcelado sem garantia, condiciona a eficácia plena da hipótese de
suspensão do crédito tributário - no caso, o 'parcelamento' (CTN - art. 151, VI) - a condição não prevista em
lei complementar. Em outras palavras, essa norma legal retira os efeitos da própria suspensão da
exigibilidade do crédito tributário prevista em lei complementar. Logo, sempre que uma lei ordinária
discrepar de normas gerais de direito tributário, a incompatibilidade se resolve a favor do texto integrado
em lei complementar ou com força de lei complementar, reconhecendo-se, no caso, vício de
inconstitucionalidade, por invasão por lei ordinária de competência reservada, constitucionalmente, a lei
complementar.
##Questões de concurso:
(MPAP-2021-CESPE): Acerca do instituto tributário do parcelamento, o STF firmou o entendimento de que
a lei ordinária que condicionar a suspensão do crédito tributário à apresentação de garantia do valor objeto
de parcelamento será considerada inconstitucional, porque a suspensão de crédito tributário é matéria de lei
complementar e, como o CTN estabelece que o parcelamento suspende o crédito tributário, sem condicionar
a suspensão à apresentação de garantia, a lei ordinária não pode criar tal restrição. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: A CF/1988 não reservou à lei complementar o tratamento das modalidades de
extinção e suspensão dos créditos tributários, a exceção da prescrição e decadência, previstos no art.
146, III, b, da CF. (...) A partir dessa ideia, e considerando também que as modalidades de extinção de
crédito tributário, estabelecidas pelo CTN (art. 156), não formam um rol exaustivo, tem-se a
possibilidade de previsão em lei estadual de extinção do credito por dação em pagamento de bens
moveis. STF. Plenário. ADI 2405, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 20/09/19.
506
decadência. Nos termos do CTN (Lei 5.172/96), a decadência do direito do Fisco ao crédito tributário,
contudo, está vinculada ao lançamento extemporâneo (constituição), e não, propriamente, ao decurso
de prazo e à inércia da autoridade fiscal na revisão do lançamento originário. Extingue-se um crédito
que resultou de lançamento indevido, por ter sido realizado fora do prazo, e que goza de presunção de
validade até a aplicação dessa regra específica de decadência. O lançamento tributário não pode durar
indefinidamente, sob risco de violação da segurança jurídica, mas a CF/1988 reserva à lei
complementar federal aptidão para dispor sobre decadência em matéria tributária. Viola o art. 146, III,
b, da CF/1988 norma que estabelece hipótese de decadência do crédito tributário não prevista em lei
complementar federal. STF. Plenário. ADI 124, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 01/08/08. (...) ##STJ: (...)
Perempção. O tempo que decorre entre a notificação do lançamento fiscal e a decisão final da
impugnação ou do recurso administrativo corre contra o contribuinte, que, mantida a exigência
fazendária, responderá pelo debito originário acrescido dos juros e da correção monetária; a demora
na tramitação do processo-administrativo fiscal não implica a "perempção" do direito de constituir
definitivamente o credito tributário, instituto não previsto no CTN. STJ. 2ª T., REsp 53.467/SP, Rel.
Min. Ari Pargendler, j. 05/09/1996.
(TRF5-2013-CESPE): Com base na jurisprudência dos tribunais superiores sobre o processo judicial
tributário e o direito tributário, assinale a opção correta: A instituição, por meio de norma estadual, de
hipótese de extinção de crédito tributário por transcurso de prazo para apreciação de recurso administrativo
fiscal (perempção) ofende a reserva de lei complementar constitucionalmente estabelecida para a matéria.
BL: art. 146, III, “b”, CF e Entend. Jurisprud.
(TJPI-2012-CESPE): Qualquer alteração no CTN deve ser feita por lei complementar ou por normas
superiores, dada a determinação constitucional acerca da fixação de normas gerais de direito tributário.
##Atenção: O art. 146, inciso III da CF/88 deixa para lei complementar a disciplina de expedir normas
gerais em matéria tributária.
##Atenção: ##STF: ##TJMA-2013: ##CESPE: O STF, em repercussão geral, assentou que “o adequado
tratamento tributário referido no art. 146, III, “c” da CF/88 é dirigido ao ato cooperativo. A norma constitucional
concerne à tributação do ato cooperativo, e não nos tributos dos quais as cooperativas possam vir a ser
contribuintes”. (RE 599.362).
507
239 [obs.: PIS e PASEP]. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJPR-2008) (TJSE-2008)
(PGECE-2008) (TJSC-2010) (MPES-2010) (PGERS-2010) (TRF5-2011) (TRF2-2014) (PGEPI-2014) (PGEPA-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TRT3-2016) (DPEAC-2017) (PGEAC-2017) (PGEPE-
2018) (PCSE-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPESC-2021)
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (...)
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado pela
Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta
Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego, outras ações da
previdência social e o abono de que trata o § 3º deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)
§ 1º Dos recursos mencionados no caput, no mínimo 28% (vinte e oito por cento) serão destinados para o
financiamento de programas de desenvolvimento econômico, por meio do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remuneração que preservem o seu valor. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 2º Os patrimônios acumulados do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público são preservados, mantendo-se os critérios de saque nas situações previstas nas
leis específicas, com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando vedada a distribuição da
arrecadação de que trata o "caput" deste artigo, para depósito nas contas individuais dos participantes.
§ 3º Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o Programa de Integração
Social ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, até dois salários mínimos de
remuneração mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, computado neste valor o
rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já participavam dos referidos programas, até a data
da promulgação desta Constituição.
§ 4º O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice
de rotatividade da força de trabalho superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma estabelecida por
lei.
§ 5º Os programas de desenvolvimento econômico financiados na forma do § 1º e seus resultados serão
anualmente avaliados e divulgados em meio de comunicação social eletrônico e apresentados em reunião da
comissão mista permanente de que trata o § 1º do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
(TJSC-2010): A União pode, por lei complementar, instituir um regime único de arrecadação dos
impostos e contribuições da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para as microempresas e
empresas de pequeno porte. BL: art. 146, § único c/c art. 146, caput, III, “d”, CF.
(TJSE-2008-CESPE): A lanchonete Comer Bem é uma empresa de pequeno porte enquadrada entre
aquelas às quais a CF oferece tratamento diferenciado, nos termos de legislação complementar. Essa
empresa está sujeita, em razão de seu porte, a norma constitucional aplicável especificamente a esse
grupo, que se refere a regime único de arrecadação de impostos e contribuições federais. BL: art. 146, III,
“d” e § único, CF.
I - SERÁ OPCIONAL para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(DPU-2007) (TJAP-2008) (PGEPA-2015) (DPESC-2021)
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
##Atenção: Para responder a essa questão, temos que nos lembrar que estamos tratando de uma
empresa enquadrada no Simples Nacional (LC 123/06). Então, devemos nos direcionar ao local em que
ela recebe tratamento constitucional, qual seja, o art. 146, III, “d” da CF. Agora, que entendemos que
estamos lidando com o Simples, vamos ver o parágrafo único desse artigo em comento, mais
especificamente o seu inciso IV, que repete o texto do enunciado.
509
(PGEAC-2017-FMP): O princípio da isonomia tributária impacta diretamente os princípios da livre
concorrência e da livre iniciativa, uma vez que o Estado deve garantir as mesmas regras do jogo para
todos os contribuintes. BL: art. 146-A, CF.
Art. 147. COMPETEM à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não
for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os
impostos municipais. (TJDFT-2007) (AGU-2010) (PGEPR-2011) (TJPI-2007/2012) (Cartórios/TJES-2013)
(MPPA-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (PCCE-2015) (PCDF-2015) (TJAM-2016) (MPSC-
2016) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (Cartórios/TJPR-2019)
(Cartórios/TJRS-2019)
Territórios: A regra é semelhante. Hoje inexistentes, mas de criação possível (art. 18, §2º, CF). Não são
entes políticos, não tendo status de membros da federação, os impostos estaduais que lhe caberiam
fazem parte da competência da União, assim como os impostos municipais, caso o Território não seja
dividido em municípios. Se o for, os impostos municipais caberão a cada município.
A mesma observação: os demais tributos estaduais (e municipais, em caso de não divisão do
território e municípios) também serão de competência da União.
510
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de CALAMIDADE PÚBLICA, de GUERRA
EXTERNA ou SUA IMINÊNCIA; (PGESP-2002) (PGEPB-2008) (MPDFT-2009) (MPGO-2010) (DPESP-2010)
(PGEGO-2010) (PGERS-2010/2011) (PGEPR-2011) (MPSC-2012) (PGEAC-2012) (MPF-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (PCDF-2013) (DPERS-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPI-2014) (TJDFT-
2015) (TRF5-2013/2017) (MPRR-2017) (PCGO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (Cartórios/TJMG-2015/2017/2019)
(TJPA-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPRS-2021) (DPESC-2021) (PGM-Teresina/PI-
2022)
(MPRS-2021): Assinale a alternativa correta do Sistema Tributário Nacional: A União, mediante lei
complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. BL: art. 148, I, CF.
(DPESP-2010-FCC): Nos termos do artigo 148, inciso I da CF/88, a União poderá, mediante lei
complementar, instituir empréstimo compulsório para atender a despesas extraordinárias, sem sujeição
ao princípio da anterioridade tributária, anual e nonagesimal, em situação de iminência de guerra
externa. BL: art. 148, I, CF.
(DPU-2015-CESPE): Se, devido a necessidade urgente, a União instituir empréstimo compulsório para
custear um investimento público de relevante interesse nacional em determinada data, nesse caso,
devido ao princípio da anterioridade, a aplicação do referido tributo só poderá ocorrer no início do
exercício fiscal subsequente. BL: art. 148, II, CF.
##Atenção: ##DOD: A lei complementar que instituir o empréstimo compulsório já deverá fixar o seu
prazo e as condições de resgate (art. 15, parágrafo único, do CTN).
511
§ 6º (noventena), relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (TJMG-2008) (DPECE-2008)
(TRF2-2009) (TRF4-2009) (PGEPE-2009) (MPRO-2010) (PGERS-2010/2011) (PGEPR-2011) (TJPA-2012) (MPF-
2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PCDF-2013) (PGEGO-2013)
(Cartórios/TJSP-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPDFT-2009/2015) (TRF5-2009/2015) (PGEPA-
2011/2012/2015) (DPERN-2015) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-
2012/2015/2017) (TJSC-2017) (PGEAC-2017) (TRF3-2016/2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-
2018) (Cartórios/TJPR-2019) (MPMG-2021) (PGEAL-2021) (PGECE-2021) (DPETO-2013/2022) (TCEPB-2022)
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TRF2-2018: No caso específico do SEBRAE, para fins de concurso
público, não há dúvida de que se trata de uma contribuição de intervenção no domínio econômico
porque se trata da posição do STF: “A contribuição do SEBRAE - Lei 8.029/90, art. 8º, § 3º, redação das Leis
8.154/90 e 10.668/03 - é contribuição de intervenção no domínio econômico, não obstante a lei a ela se referir
como adicional às alíquotas das contribuições sociais gerais relativas às entidades de que trata o art. 1º do D.L.
2.318/86, SESI, SENAI, SESC, SENAC. Não se inclui, portanto, a contribuição do SEBRAE, no rol do art. 240,
C.F”. STF. Plenário. RE 396266, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 26/11/03. (...) “A contribuição destinada ao
SEBRAE possui natureza de contribuição de intervenção no domínio econômico (art. 149 da CF/88) e não
necessita de edição de lei complementar para ser instituída”. STF. Plenário. RE 635682/RJ, Rel. Min. Gilmar
Mendes, j. 25/4/2013 (Info 703).
(TRF2-2018): A contribuição ao SEBRAE é qualificada, pelo STF, como tendo natureza de contribuição de
intervenção no domínio econômico — CIDE, e não como contribuição social de interesse de categorias
profissionais e econômicas. BL: art. 149, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##DOD: ##Divergência STF X STJ: ##TRF2-2018: A anuidade cobrada pela OAB possui
natureza tributária? Os Tribunais Superiores divergem sobre o tema: ##STJ: NÃO. Os créditos
decorrentes da relação jurídica travada entre a OAB e os advogados não compõem o erário e,
consequentemente, não têm natureza tributária. STJ. 1ª T. REsp 1574642/SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, j.
16/02/16. ##STF: SIM. As anuidades cobradas pelos conselhos profissionais caracterizam-se como
tributos da espécie contribuições de interesse das categorias profissionais, nos termos do art. 149 da
Constituição da República. STF. Plenário. RE 647885, Rel. Edson Fachin, j. 27/04/20.
##Atenção: ##STJ: ##TRF3-2018: 1. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento do EREsp 770.451/SC
(acórdão ainda não publicado), após acirradas discussões, decidiu rever a jurisprudência sobre a
matéria relativa à contribuição destinada ao INCRA. 2. Naquele julgamento discutiu-se a natureza
jurídica da contribuição e sua destinação constitucional e, após análise detida da legislação pertinente,
concluiu-se que a exação não teria sido extinta, subsistindo até os dias atuais e, para as demandas em
que não mais se discutia a legitimidade da cobrança, afastou-se a possibilidade de compensação dos
valores indevidamente pagos a título de contribuição destinada ao INCRA com as contribuições
devidas sobre a folha de salários. 3. Em síntese, estes foram os fundamentos acolhidos pela Primeira
Seção: a) a referibilidade direta NÃO é elemento constitutivo das CIDE's; b) as contribuições especiais
atípicas (de intervenção no domínio econômico) são constitucionalmente destinadas a finalidades não
diretamente referidas ao sujeito passivo, o qual não necessariamente é beneficiado com a atuação
estatal e nem a ela dá causa (referibilidade). Esse é o traço característico que as distingue das
contribuições de interesse de categorias profissionais e de categorias econômicas; c) as CIDE's afetam
toda a sociedade e obedecem ao princípio da solidariedade e da capacidade contributiva, refletindo
políticas econômicas de governo. Por isso, não podem ser utilizadas como forma de atendimento ao
interesse de grupos de operadores econômicos; d) a contribuição destinada ao INCRA, desde sua
concepção, caracteriza-se como CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO
ECONÔMICO, classificada doutrinariamente como CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL ATÍPICA (CF/67,
CF/69 e CF/88 - art. 149); e) o INCRA herdou as atribuições da SUPRA no que diz respeito à promoção
da reforma agrária e, em caráter supletivo, as medidas complementares de assistência técnica,
financeira, educacional e sanitária, bem como outras de caráter administrativo; f) a contribuição do
INCRA tem finalidade específica (elemento finalístico) constitucionalmente determinada de
promoção da reforma agrária e de colonização, visando atender aos princípios da função social da
propriedade e a diminuição das desigualdades regionais e sociais (art. 170, III e VII, da CF/88); g) a
contribuição do INCRA não possui REFERIBILIDADE DIRETA com o sujeito passivo, por isso se
distingue das contribuições de interesse das categorias profissionais e de categorias econômicas; h) o
produto da sua arrecadação destina-se especificamente aos programas e projetos vinculados à reforma
agrária e suas atividades complementares. Por isso, não se enquadram no gênero Seguridade Social
(Saúde, Previdência Social ou Assistência Social), sendo relevante concluir ainda que: h.1) esse
entendimento (de que a contribuição se enquadra no gênero Seguridade Social) seria incongruente
com o princípio da universalidade de cobertura e de atendimento, ao se admitir que essas atividades
fossem dirigidas apenas aos trabalhadores rurais assentados com exclusão de todos os demais
512
integrantes da sociedade; h.2) partindo-se da pseudo-premissa de que o INCRA integra a "Seguridade
Social", não se compreende por que não lhe é repassada parte do respectivo orçamento para a
consecução desses objetivos, em cumprimento ao art. 204 da CF/88; i) o único ponto em comum entre o
FUNRURAL e o INCRA e, por conseguinte, entre as suas contribuições de custeio, residiu no fato de
que o diploma legislativo que as fixou teve origem normativa comum, mas com finalidades
totalmente diversas; j) a contribuição para o INCRA, decididamente, não tem a mesma natureza
jurídica e a mesma destinação constitucional que a contribuição previdenciária sobre a folha de
salários, instituída pela Lei 7.787/89 (art. 3º, I), tendo resistido à Constituição Federal de 1988 até os
dias atuais, com amparo no art. 149 da Carta Magna, não tendo sido extinta pela Lei 8.212/91 ou pela
Lei 8.213/91. 4. Impossibilidade de compensar-se, nos termos do art. 66 da Lei 8.383/91, os valores
pagos a título de contribuição para o INCRA com a contribuição incidente sobre a folha de salário
porque não possuem elas a mesma natureza jurídica e destinação constitucional. STJ. 1ª S., EREsp
724.789/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 09/05/07.
(TRF3-2018): A 1ª Seção do STJ firmou orientação no sentido de que “as contribuições especiais atípicas (de
intervenção no domínio econômico) são constitucionalmente destinadas a finalidades não diretamente referidas ao
sujeito passivo, o qual não necessariamente é beneficiado com a atuação estatal e nem a ela dá causa (referibilidade).
Esse é o traço característico que as distingue das contribuições de interesse de categorias profissionais e de categorias
econômicas” (EREsp 724.789/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, 1ª Seção, DJ 28.5.07). À luz dessa decisão, é
correto afirmar que A referibilidade é condição constitucional necessária para a incidência das contribuições
de interesse de categoria profissional. BL: art. 149, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##TRF4-2009: A CIDE foi instituída para custear a intervenção do Estado, em atividades e
513
programas definidos, pela própria Constituição, como de interesse direto dos atingidos pela tributação,
aos quais se reverte um benefício específico. Não se avista, pois, mero interesse fiscal de arrecadação,
mas hipótese congruente de extrafiscalidade, motivo bastante para legitimar a cobrança de tal
contribuição.
115
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
das seguintes contribuições sociais: (...)
116
Art. 167. São vedados: (...) IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de
atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e
a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o
disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
514
Receitas parafiscais são as arrecadadas com destinação às entidades que não fazem parte do núcleo da
administração do Estado.
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas
poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, é
facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos,
dos aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída simultaneamente com
outras medidas para equacionamento do deficit e vigorará por período determinado, contado da data de
sua instituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
515
exportações por completo, a fim de que as empresas brasileiras não sejam coagidas a exportarem os
tributos que, de outra forma, onerariam as operações de exportação, quer de modo direto, quer
indireto. IV - Consideram-se receitas decorrentes de exportação as receitas das variações cambiais
ativas, a atrair a aplicação da regra de imunidade e afastar a incidência da contribuição ao PIS e da
COFINS. V - Assenta esta Suprema Corte, ao exame do leading case, a tese da inconstitucionalidade
da incidência da contribuição ao PIS e da COFINS sobre a receita decorrente da variação cambial
positiva obtida nas operações de exportação de produtos. VI - Ausência de afronta aos arts. 149, § 2º, I,
e 150, § 6º, da Constituição Federal. STF. Plenário. RE 627815, Rel. Min. Rosa Weber, j. 23/05/13. ##Tese
329 (repercussão geral): “É inconstitucional a incidência da contribuição ao PIS e da COFINS sobre a
receita decorrente da variação cambial positiva obtida nas operações de exportação de produtos.”
(MPF-2015): Dispõe o art. 149, § 2°, inc. I, da constituição da república: “Art. 149 (...) § 2° - As contribuições
sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas
decorrentes de exportação.” Ante este texto, é exato afirmar no tocante as Contribuições para o Financiamento
da Seguridade Social-COFINS e Programa de Integração Social-PIS: Na cláusula “receitas decorrentes de
exportação" inserem-se receitas das variações cambiais ativas de sorte a suprimir o alcance da competência
impositiva federal. BL: art. 149, §2º, I, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF4-2012): Assinale a alternativa correta: Nas operações de comércio exterior, as contribuições sociais e
de intervenção no domínio econômico incidirão na importação de produtos estrangeiros ou serviços, não
incidindo, porém, sobre as receitas decorrentes de exportação. BL: art. 149, §2º, I e II, CF.
III - PODERÃO TER ALÍQUOTAS: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
a) AD VALOREM [obs.: aplica um percentual sobre o valor a ser tributado], tendo por base o
faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJMG-2007) (TJRO-2011) (TJSC-2013) (TRF5-2015) (PCPE-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (TJBA-2019) (DPETO-2022)
516
b) ESPECÍFICA [obs.: tomam por base a unidade de medida adotada], tendo por base a unidade de
medida adotada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJMG-2007) (TJRO-2011) (PCPE-2016)
(Cartórios/TJMG-2012/2017) (TJBA-2019) (DPETO-2022)
##Atenção: ##DOD: A alteração promovida pela EC 33/01 no art. 149, § 2º, III da CF/88 não estabeleceu
delimitação exaustiva das bases econômicas passíveis de tributação por toda e qualquer contribuição
social e de intervenção do domínio econômico (CIDE). Em outras palavras, o inciso III do § 2º do art.
149 da CF/88 não exclui a possibilidade de que as contribuições sociais incidam sobre outras bases
econômicas. A taxatividade pretendida por uma interpretação meramente literal aplica-se tão somente,
nos termos da EC 33/01 e em conjunto com o art. 177, § 4º, da CF/88 , em relação às contribuições
incidentes sobre a indústria do petróleo e seus derivados. Porém, para as CIDEs e as contribuições em
geral, a EC 33/01 manteve a mera exemplificação, não esgotando todas as possibilidades legislativas.
Portanto, a materialidade econômica para a incidência dessas contribuições não se esgota na previsão
de faturamento, receita bruta, valor da operação e valor aduaneiro (no caso de importação), podendo
comportar, também, a incidência sobre folha de salários. Por essa razão, o art. 149, § 2º, III, da CF/88
utiliza a expressão “poderão ter alíquotas”. Assim, garante a ideia de facultatividade a abranger tanto as
alíquotas quanto as bases de cálculo das contribuições sociais e das CIDEs. Além disso, a exposição de
motivos da EC 33/01 demonstra que as alterações implementadas pretenderam apenas possibilitar a
cobrança da CIDE-combustíveis quando da importação de derivados do petróleo e do gás natural,
retirando obstáculos à tributação de insumos vindos do exterior.
§ 4º A LEI DEFINIRÁ as hipóteses em que as contribuições INCIDIRÃO uma única vez. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJMG-2007) (PGEMS-2016)
Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
(PGEPE-2018-CESPE): Determinado município deseja criar um novo tributo com a finalidade específica
de custear o serviço de iluminação pública. O valor arrecadado ficará afetado exclusivamente a esse tipo
de despesa. De acordo com a CF, nesse caso, o município deve criar uma contribuição. BL: art. 149-A, CF.
(MPRO-2017-FMP): Tendo presente o quanto dispõe o art. 149-A da CF/1988, é correto afirmar que os
Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. BL: art. 149-A, CF.
517
##Atenção: Competência privativa.
Seção II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
I - EXIGIR ou AUMENTAR TRIBUTO sem lei que o estabeleça; (TJDFT-2007) (DPU-2010) (TJES-
2011) (TRF5-2011) (PFN-2012) (TJPR-2012/2013) (TJPE-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013)
(PGEGO-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPF-2015)
(PGEMT-2016) (PGEMS-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017) (PGEPE-
2009/2018) (TRF2-2009/2013/2018) (TJMT-2018) (TJRS-2018) (MPMG-2018) (DPEAP-2018) (PGESC-2018)
(PCGO-2018) (TJAC-2012/2019) (Cartórios/TJMG-2015/2018/2019) (MPSC-2016/2019) (TJPA-2019) (TJSC-2019)
(Cartórios/TJAL-2019) (TJMS-2008/2012/2020) (PGECE-2021) (TCDF-2021) (MPPE-2022) (DPERS-2022)
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 829: ##DOD: ##TJSC-2019: ##CESPE: ##TJMS-2020: ##FCC:
518
Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal
fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse que não pode
ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual superior aos índices de
correção monetária legalmente previstos. STF. Plenário. RE 838284/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
19/10/16 (Info 844).
(TJMS-2020-FCC): Mostra-se compatível com as normas constitucionais que regem o Sistema Tributário
Nacional a edição de lei que, ao instituir taxa pelo exercício de poder de polícia, fixa-lhe o limite máximo e
prescreve que o respectivo valor será definido em regulamento a ser editado pelo Poder Executivo estadual,
em proporção razoável com os custos da atuação estatal. BL: Infos 842 e 844, STF.
(TJSC-2019-CESPE): Determinada lei tributária prevê o valor do teto para a cobrança de uma taxa de
fiscalização, permitindo que ato do Poder Executivo fixe o valor específico do tributo e autorizando o
ministro da Economia a corrigir monetariamente, a partir de critérios próprios, esse valor. A respeito dessa
lei hipotética, considerando-se a jurisprudência do STF acerca do princípio da legalidade tributária, é
correto afirmar que a fixação do valor da taxa por ato normativo infralegal, se em proporção razoável com
os custos da atuação estatal, é permitida, devendo sua correção monetária ser atualizada em percentual não
superior aos índices legalmente previstos. BL: Infos 842 e 844, STF.
(DPERS-2022-CESPE): Quanto às limitações ao poder de tributar, julgue o item seguinte: Sem prejuízo
117
Art. 2º Os Conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas são autorizados a fixar, cobrar e executar as
contribuições anuais, devidas por pessoas físicas ou jurídicas, bem como as multas e os preços de serviços,
relacionados com suas atribuições legais, que constituirão receitas próprias de cada Conselho. § 1º Quando da
fixação das contribuições anuais, os Conselhos deverão levar em consideração as profissões regulamentadas de
níveis superior, técnico e auxiliar. (...)
519
de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos
municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. BL: art. 150, I, CF.
(TJPA-2019-CESPE): Assinale a opção que indica matéria de ordem tributária que pode ser
instrumentalizada por lei ordinária, conforme a CF: Instituição de impostos expressamente previstos na
CF.
##Atenção: A utilização da expressão “lei”, pura e simplesmente, pela CF/88, remete a elaboração da
“lei ordinária”. Isso porque a CF/88 disciplina expressamente as hipóteses em que a instrumentalização
se dá por meio de “lei complementar”. Desse modo, via de regra, a instituição de impostos
expressamente previstos na CF é realizada através de lei ordinária, à luz do princípio da legalidade (art.
150, I, da CF e art. 97, do CTN).
(TJPE-2013-FCC): Prefeito Municipal que entrou em exercício no dia 01/01/13 baixou um decreto
corrigindo monetariamente, conforme índice de correção lá indicado, a Planta Genérica de Valores
utilizada para apuração da base de cálculo do IPTU e sobre o ITBI. Fez constar o Prefeito que a vigência
do decreto é imediata, a partir da data da publicação, já valendo para o exercício de 2013. Inconformados
com esta medida, que acabou por majorar a base de cálculo do IPTU e do ITBI, alguns proprietários
ingressaram em juízo questionando a constitucionalidade do decreto. Considerando-se os fatos relatados,
é correto afirmar que esse decreto é constitucional porque a correção monetária da base de cálculo não
equivale a majoração, razão pela qual não se submete às regras de anterioridade e da legalidade. BL: art.
97, §2º, CTN e S. 160, STJ. (tributário)
##Atenção: ##MPMG-2018: O inciso I, do art. 150 da CF/88 não faz referência a diminuir tributos.
Apenas há vedação para exigir ou aumentar sem lei que o estabeleça.
(TJPR-2012-PUCPR): É proibido à União, Estados, Distrito Federal e Municípios instituir tributo sem lei
que o estabeleça, sem exceção. BL: art. 150, I da CF. (tributário)
##Atenção: Instituir tributo através de lei não possui exceção. As hipóteses que majoram alíquota
(através de decreto ou outro ato do poder executivo) é que sofrem mitigações. Contudo, a assertiva
mencionou “instituir tributo”.
##Atenção: Regra geral, os tributos são instituídos por lei ordinária. Excepcionalmente serão instituídos
por LC: 1) Impostos sobre grandes fortunas; II) Impostos residuais da União; III) Contribuições da
seguridade social) e IV) empréstimos compulsórios.
520
##Atenção: O conteúdo taxativo do princípio da legalidade tributária está previsto no art. 97 do CTN.
(MPMG-2018): Consoante o art. 150 da CF/88, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir tratamento
desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em
razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica
dos rendimentos, títulos ou direitos. BL: art. 150, II, CF.
(TJMA-2013-CESPE): Segundo o STF, não haverá ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei
complementar, por motivos extrafiscais, imprimir tratamento desigual a microempresas e empresas de
pequeno porte de capacidade contributiva distinta, afastando do regime diferenciado aquelas cujos
sócios tenham condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado. BL: STF, AI
496183 AgR.
a) em relação a fatos geradores ocorridos ANTES do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado; (TJMS-2008) (TRF1-2009) (MPMS-2011) (PGEPR-2011) (PGERS-2011) (TJPA-2012)
(MPRR-2012) (PCGO-2012) (MPDFT-2009/2013) (TJPR-2013) (TJDFT-2014) (TJPB-2015) (AGU-2015) (MPSC-
2016) (TRF3-2016) (PGEMT-2016) (PGEMS-2016) (PGEMT-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (Cartórios/TJMG-
2016/2017) (MPRS-2017) (TJMG-2018) (TJMT-2018) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGEPE-2018)
(PGETO-2018) (TJSC-2019) (DPESP-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEBA-2021)
(MPSC-2016): A CF/88 houve por limitar o poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, vedando, dentre outras hipóteses, a exigência ou o aumento de tributo sem prévia
previsão legislativa, bem como a cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do
início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. BL: art. 150, I e III, “a”, CF.
b) no mesmo exercício financeiro em que HAJA SIDO PUBLICADA a lei que os instituiu ou
aumentou; (PGEAL-2009) (PGERS-2010/2011) (TJPB-2011) (PGEPR-2011) (MPRR-2012) (PGEMG-2012)
(PGESP-2012) (TRF5-2009/2011/2013) (MPF-2011/2013) (TJMA-2013) (TJPR-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (PGEGO-2013) (TJDFT-2007/2014) (MPPR-2014) (PGEMS-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRF1-2009/2015)
(DPU-2015) (AGU-2015) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2017) (PGESE-2017) (PCGO-
2012/2017/2018) (TRF3-2011/2016/2018) (Cartórios/TJMG-2016/2017/2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (DPEAP-
2018) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGEAP-2018) (PGEPE-2018) (PGETO-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (DPESP-2010/2019) (TJAC-2019) (TJPA-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-
Campo Grande/MS-2019) (TJMS-2020) (MPDFT-2009/2013/2021) (MPMG-2021) (DPEBA-2021) (PF-2021)
(TRF4-2009/2012/2014/2022)
(TRF3-2016): O princípio da anterioridade genérica significa que: as pessoas políticas não podem exigir
tributos no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que os instituiu ou aumentou. BL: art.
150, III, “b”, CF.
##Atenção: Na alínea “b” do inciso III do art. 150 da CF, tem-se a previsão da regra clássica da
anterioridade, denominada “anterioridade genérica” ou “de exercício” ou “anual”. Tal regra existe
desde o poder constituinte originário. A lei tributária que institua tributo, revoga benefício ou majora a
tributação, deve respeitar obrigatoriamente o decurso do prazo do exercício financeiro. Em outras
palavras, a lei tributária deve gerar os seus efeitos apenas a partir do primeiro dia do exercício financeiro
seguinte. Quer dizer que, uma lei tributária qualquer publicada no meio do exercício, instituindo um
determinado tributo (ou aumentando sua base de cálculo, aumentando sua alíquota, instituindo um
novo sujeito passivo, revogando uma isenção, entre outra forma de majoração), somente passará a
produzir os seus efeitos a partir do primeiro dia do exercício seguinte.
522
exercício se tivesse autorizado pelo orçamento anual: daí a anualidade, porque, em todos os anos, o
orçamento a ser executado teria de arrolar todos os tributos a serem cobrados, sob pena de entender-se
não autorizada a exigência. Contudo, esse preceptivo foi abolido do texto constitucional em 1967,
reaparecendo, alguns anos depois, por meio da EC nº 18, na Constituição Federal de 1967. E, dois anos
após, na emenda constitucional de 1969 voltou a ser abolida, perdurando até os tempos atuais. A
sistemática do princípio da anualidade é bem simples. O tributo, para que seja instituído ou majorado,
teria que ser incluído na lei orçamentária anual para que fosse aprovada e aplicada no exercício seguinte.
Com efeito, primeiramente teria que criar a lei instituidora ou majoradora do tributo e publicá-la. Após
isso, inseri-la na lei orçamentária anual para que fosse autorizado. Depois de aprovada a lei
orçamentária, estariam os entes federativos autorizados a exigir o novo tributo ou o tributo majorado. O
que extraímos dessa situação é que os tributos poderiam ser criados ou majorados a qualquer momento,
mas somente passariam a ser exigíveis com a autorização da lei orçamentária. Diante disso, a lei
remodeladora, que conseguiu entrar a tempo na aprovação da lei orçamentária poderia ser exigida no
exercício seguinte, caso contrário, teria que esperar a próxima lei orçamentária, que é anual. Atualmente,
o princípio da anterioridade (art. 150, III, “b”) veio abrandar o extinto princípio da anualidade. O que
se denota do exposto é que o princípio da anterioridade dispensou a exigência de que a lei
remodeladora do tributo fosse previamente autorizada pela lei do orçamento, além da necessidade de
aprovação pelo Legislativo. O princípio da anterioridade apenas se atém ao fato de que a lei instituidora
ou majoradora seja aprovada no exercício anterior ao qual se pretenda exigir o novo tributo ou aumento
dos já existentes. Cabe ressaltar que o princípio da anualidade não encontra respaldo no ordenamento
constitucional atual, em vista da sua revogação expressa na EC de 1969, vigorando, atualmente, o
princípio da anterioridade. Nas palavras de Eduardo de Moraes Sabbag: “o princípio da anualidade
não mais existe no direito positivo brasileiro, de tal sorte que uma lei que institua ou majore tributo pode ser
aplicada no ano seguinte, a despeito de não haver específica autorização orçamentária, bastando que atenda ao
princípio da anterioridade.” Em resumo, a necessidade de prévia autorização orçamentária era
exigência do princípio da ANUALIDADE, previsto no art. 141, § 34, 2ª parte, da Constituição de 1946.
Entretanto, o referido princípio foi revogado expressamente pela EC de 1969. No ordenamento
constitucional atual vigora o princípio da ANTERIORIDADE.
c) antes de decorridos noventa dias da data em que HAJA SIDO PUBLICADA a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003) (PGEAL-2009) (PGEPB-2008) (MPT-2009) (DPU-2010) (TJES-2011) (TJPB-2011) (PGEPR-2011) (TJBA-
2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (TRF5-2009/2011/2013) (MPF-2011/2013) (TJMA-2013) (TRF2-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (TJDFT-2007/2014) (DPERS-2014) (PGEAC-2014) (PGM-Recife/PE-
2014) (TRF1-2009/2015) (PGERS-2010/2011/2015) (AGU-2015) (PGEMS-2014/2016) (PGEMT-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (MPRS-2017) (PCGO-2017)
(MPPB-2011/2018) (TRF3-2011/2016/2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (DPEAP-2018) (DPEPE-2018) (PGEPE-
2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (TJPA-2019) (TJRO-2019) (MPMG-2019) (DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-
2019) (TJMS-2020) (MPDFT-2009/2013/2021) (PF-2021)
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##MPMG-2019: O ato normativo que revoga um benefício fiscal
anteriormente concedido configura aumento indireto do tributo e, portanto, está sujeito ao princípio
da anterioridade tributária. A jurisprudência do STF concebe que não apenas a majoração direta de
tributos atrai a eficácia da anterioridade nonagesimal, mas também a majoração indireta decorrente
de revogação de benefícios fiscais. Assim, a alteração em programa fiscal, quando acarretar
indiretamente a majoração de tributos, deve respeitar o princípio da anterioridade nonagesimal. É a
posição que prevalece. STF. 1ª T. RE 1053254 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 26/10/18. STF. 1ª T. RE
983821 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, j. 03/04/18. STF. 2ª T. RE 1091378 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, j.
31/08/18.
##Atenção: ##STF: ##Reperc. Geral – Tema 382: ##TJMS-2020: ##FCC: A postergação do direito do
contribuinte do ICMS de usufruir de novas hipóteses de creditamento, por não representar aumento
do tributo, não se sujeita à anterioridade nonagesimal prevista no art. 150, III, c, da CF/88. (STF.
Plenário. RE 603917, Rel. Min. Rosa Weber, j. 25/10/19). Porém, cumpre consignar que alguns
precedentes mais recentes da 1ª Turma adotaram entendimento mais amplo para o princípio da
523
anterioridade nonagesimal. É o caso do RE 564.225, julgado em 02.9.14, da relatoria do Min. Marco
Aurélio, onde a maioria concluiu no sentido de que revogação de benefício fiscal equivale a aumento
indireto do tributo, pelo que necessária a observância da anterioridade nonagesimal. Essa decisão,
porém, além de não proveniente do Plenário e ter sido adotada por maioria, diz respeito a caso diverso
do presente, embora com ele guarde semelhança. No precedente, tratava-se de efetivo aumento da
carga tributária por força da eliminação de isenção. No caso sob exame, a questão diz respeito à
postergação de esperada redução dos níveis reais do imposto.
(TJBA-2012-CESPE): Considere que determinada lei, publicada no dia 30/12/11, que instituiu taxa de
coleta domiciliar de lixo, tenha sido omissa em relação à data de início de sua vigência. Nesse caso, é
correto afirmar que a taxa somente poderá ser cobrada a partir de 90 dias após a data de publicação dessa
lei. BL: art. 149-A, § único c/c art. 150, III, “c” CF/88. (tributário)
##Atenção: ##TRF1-2009: ##CESPE: A taxa só poderá ser cobrada 90 dias após a data de publicação da
lei, em abono ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal, previsto no art. 150, III, “c”, CF.
118
Art. 150. (...) § 1º A VEDAÇÃO DO INCISO III, b [obs.: Anterioridade de Exercício], NÃO SE APLICA aos
tributos previstos nos arts. 148, I, [Emp. Compuls. dec. calam. púb, guerra ext. ou a sua iminência], 153, I [II], II
[IE], IV [IPI] e V [IOF]; e 154, II [impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa]; e a
VEDAÇÃO DO INCISO III, c, [obs.: Anterioridade Nonagesimal] NÃO SE APLICA aos tributos previstos nos
arts. 148, I [Emp. Compuls. dec. calam. púb, guerra ext. ou a sua iminência], 153, I [II], II [IE], III [IR] e V [IOF]; e
154, II [impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa], NEM à fixação da base de cálculo
dos impostos previstos nos arts. 155, III [IPVA], e 156, I [IPTU]. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
42, de 19.12.2003)
524
Roberto Barroso, j. 01/12/17.
(TJSP-2018-VUNESP): Com relação à competência tributária e aos princípios e limitações constitucionais ao
poder de tributar, é correto afirmar: o STF tem adotado entendimento no sentido de que, embora o confisco
seja conceito jurídico indeterminado, o princípio da vedação do confisco deve ser utilizado para limitar o
percentual de multa imposta ao contribuinte. BL: art. 150, IV, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##Dica:
- MULTA PUNITIVA = Até 100% do VALOR DO TRIBUTO
- MULTA MORATÓRIA – Até 20% da OBRIGAÇÃO PRINCIPAL
##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: Entende o STF que a falta de atualização monetária da tabela de
incidência do Imposto de Renda não configura, por si só, confisco. Isso porque o confisco deve ser
analisado caso a caso, analisando-se o patrimônio do contribuinte. A análise pura da lei, assim, não seria
suficiente a caracterizar o confisco. Vejamos a seguinte decisão do STF: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
DIREITO CONSTITUCIONAL E ECONÔMICO. CORREÇÃO MONETÁRIA DAS TABELAS O
IMPOSTO DE RENDA. LEI N. 9.250/1995. NECESSIDADE DE LEI COMPLEMENTAR E
CONTRARIEDADE AOS PRINCÍPIOS DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA E DO NÃO CONFISCO.
RECURSO CONHECIDO EM PARTE E, NA PARTE CONHECIDA, A ELE NEGADO PROVIMENTO. [...]
2. A vedação constitucional de tributo confiscatório e a necessidade de se observar o princípio da
capacidade contributiva são questões cuja análise dependem da situação individual do contribuinte,
principalmente em razão da possibilidade de se proceder a deduções fiscais, como se dá no imposto sobre a renda.
Precedentes. [...]” (STF. Plenário. RE 388.312/MG, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Cármen
Lúcia, j. 01.08.2011)
525
em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela
insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática de
atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais (educação,
saúde e habitação, por exemplo). A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da
totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade de que dispõe o contribuinte -
considerado o montante de sua riqueza (renda e capital) - para suportar e sofrer a incidência de todos
os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política que os
houver instituído (a União Federal, no caso), condicionando-se, ainda, a aferição do grau de
insuportabilidade econômico-financeira, à observância, pelo legislador, de padrões de razoabilidade
destinados a neutralizar excessos de ordem fiscal eventualmente praticados pelo Poder Público.
Resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo -
resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal - afetar,
substancialmente, de maneira irrazoável, o patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte. STF.
Plenário. ADC 8 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. 13/10/99.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Segundo entendimento da doutrina e do STF, a proibição do
efeito confiscatório da exação tributária não está estabelecida em critérios objetivos, e a sua aplicação
depende da análise da razoabilidade, da proporcionalidade e da moderação. BL: art. 150, IV, CF e ADC 8
MC.
(TJRN-2013-CESPE): O princípio do não confisco deve ser observado em relação à totalidade da carga
tributária, levando-se em consideração a capacidade de que dispõe o contribuinte para suportar e sofrer a
incidência de todos os tributos instituídos pelo mesmo ente político. BL: art. 150, IV, CF e ADC 8 MC.
(TRF5-2013-CESPE): Assinale a opção correta de acordo com a CF, as normas gerais de direito tributário e a
jurisprudência do STF sobre essa matéria: Configura-se o caráter confiscatório de determinado tributo
sempre que o efeito cumulativo, resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma
entidade estatal, afetar, substancialmente e de maneira irrazoável, o patrimônio ou os rendimentos do
contribuinte. BL: art. 150, IV, CF e ADC 8 MC.
526
##Atenção: ##STF: ##TRF2-2009: ##MPF-2013: ##CESPE: Pena de Perdimento X Confisco: A pena de
perdimento de bens foi recepcionada pelo art. 5º, XLVI, “b” da CF/88: “Art. 5º. (...) XLVI - a lei regulará a
individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: (...) b) perda de bens; (...)”. Perceba que não há
como confundir a possibilidade de aplicação da pena de perdimento de bens com tributo
confiscatório, vejamos: i) a pena de perdimento tem, como o próprio nome já expressa, caráter punitivo;
ii) o tributo, consoante dispõe o art. 3º do CTN, não é sanção por ato ilícito. Por conta disso, nada
impede que, em casos de comprovação de graves infrações tributárias, a legislação específica preveja
como punição o perdimento de bens. É o entendimento do STF sobre o tema: “(...) Importação -
Regularização fiscal - Confisco. Longe fica de configurar concessão, a tributo, de efeito que implique confisco decisão
que, a partir de normas estritamente legais, aplicáveis a espécie, resultou na perda de bem móvel importado" (STF,
2ª T., Al-AgR 173.689/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 12/03/96).
##Atenção: ##Parêntese: O princípio do não-confisco veda fixação de tributo com efeito de confisco.
Sendo assim, o permissivo constitucional de expropriação de bens utilizados para produção ou tráfico
de entorpecentes ou drogas afins (art. 243, CF/88) decorre do princípio da função social da
propriedade, e não do princípio do não-confisco.
(MPMA-2014): O tributo de cunho confiscatório não se define por intermédio de um percentual, mas
pelo ônus econômico que se torne insuportável para o contribuinte.
(MPMA-2014): O tributo de cunho confiscatório não se define por intermédio de um percentual, mas
pelo ônus econômico que se torne insuportável para o contribuinte.
##Atenção: O princípio do não confisco está previsto no art. 150, IV da CF. O confisco representa a perda
da propriedade sem a devida contrapartida pecuniária. Portanto, tal princípio está intimamente
relacionado com o direito de propriedade, significando que o tributo não pode ser tão elevado ao ponto
de significar a perda, direta ou indireta, da propriedade. Também será confiscatório o tributo que
exceder a capacidade contributiva, avançando sobre a parte que deve ser preservada para manutenção
do mínimo existencial. O princípio do não confisco apresenta alto grau de abstração, pois deve ser
ponderado com os princípios da capacidade contributiva, propriedade, razoabilidade e
proporcionalidade.
-E para o STF, qual é a natureza jurídica do pedágio? Trata-se de TARIFA (2ª corrente). O pedágio é tarifa
(espécie de preço público) em razão de não ser cobrado compulsoriamente de quem não utilizar a rodovia;
ou seja, é uma retribuição facultativa paga apenas mediante o uso voluntário do serviço. Assim, o pedágio
não é cobrado indistintamente das pessoas, mas somente daquelas que desejam trafegar pelas vias e
somente naquelas em que é exigido esse valor a título de conservação. Para o STF, o elemento nuclear para
distinguir taxa e preço público é a compulsoriedade.
528
TAXA TARIFA
É uma prestação compulsória. É uma prestação voluntária.
O contribuinte paga a taxa de serviço não por É chamada de voluntária porque a pessoa só irá
conta de uma escolha que ele faça. Ele paga porque pagar se ela escolher utilizar aquele determinado
a lei determina que é obrigado a isso, mesmo que o serviço que é efetivamente prestado.
serviço esteja apenas à sua disposição, sem que O indivíduo escolhe se submeter a um contrato, no
haja uma utilização efetiva. qual irão lhe fornecer um serviço e, em
A lei determina que ele pague, mesmo que não contraprestação, ele irá pagar o valor.
utilize de forma efetiva. Ex.: pedágio.
Ex.: custas judiciais.
Essa distinção foi consagrada pelo STF em um enunciado: “Súmula 545-STF: Preços de serviços públicos e
taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias (...).”
-E por que o STF não adota a 3ª corrente? Segundo o Min. Teori Zavascki, é irrelevante, para a definição da
natureza jurídica do pedágio, a existência ou não de via alternativa gratuita para o usuário trafegar. Isso
porque essa condição não está estabelecida na CF/88. Dessa forma, esse traço distintivo trazido pela 3ª
corrente não encontra amparo na CF/88. Além disso, mesmo que não exista uma estrada alternativa
gratuita, na visão do STF, a utilização da via com pedágio continua sendo facultativa. Isso porque a pessoa
tem a possibilidade de simplesmente não dirigir o seu veículo, ir a pé, de bicicleta, de ônibus, de avião etc.
Enfim, existem outras opções.119 No mesmo sentido: RIBEIRO, Ricardo Lodi. Tributos. Teoria Geral e
Espécies. Niterói: Impetus, 2013, p. 45.
-Se a única forma de acesso terrestre a determinada localidade for por meio daquela estrada, mesmo assim
será possível cobrar pedágio, ou essa exigência seria inconstitucional por violar a liberdade de locomoção?
Ainda assim seria possível cobrar o pedágio. Realmente, em alguns casos, a cobrança de pedágio pode,
indiretamente, acabar limitando o tráfego de pessoas naquela localidade. No entanto, a CF/88 autoriza a
instituição do pedágio mesmo nessas hipóteses. Isso porque não se pode dizer que haverá violação à
liberdade de locomoção, já que sempre irão existir outras opções de acesso. O direito de ir e vir não será
impedido por conta do pedágio. Resumindo, não é inconstitucional a cobrança de pedágio, ainda que não
exista nenhuma outra via alternativa gratuita para o usuário trafegar.
-Quadro-resumo:120
TAXA TARIFA OU PREÇO PÚBLICO
Sujeita a regime jurídico de direito público. Sujeita a regime jurídico de direito privado.121
É espécie de tributo. Não é receita tributária.
Trata-se de receita derivada. Trata-se de receita originária.122
119
(TRF1-2015-CESPE): A União concedeu a determinada empresa a administração de um conjunto de rodovias
federais, o que abrangia a exploração da infraestrutura, a prestação do serviço público de recuperação, a
operação, a manutenção, o monitoramento, a conservação, a implantação de melhorias e a ampliação de
capacidade da rodovia. Iniciado o funcionamento do pedágio, o MPF ingressou com ação na justiça para
impedir a sua cobrança. A alegação do promotor era de que não se disponibilizou alternativa viária gratuita aos
cidadãos, o que impossibilitava a cobrança de pedágio. Nessa situação hipotética, o pedido deve ser julgado
improcedente por inexistir norma jurídica legal ou constitucional que imponha a obrigatoriedade da existência
de via alternativa gratuita à rodovia com pedágio. BL: Entend. Jurisprud.
120
Fonte do quadro: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. São Paulo: Método, 2012, p. 38.
121
(TRF3-2016): Aponte a alternativa correta: A tarifa pública e o preço público não se submetem ao regime
jurídico tributário porque sua natureza é contratual. BL: S. 545, STF.
(DPEPA-2015-FMP): Assinale a alternativa correta: As taxas podem ser cobradas em razão do exercício do
poder de polícia e da utilização efetiva ou potencial de um serviço público, enquanto os preços públicos podem
ser cobrados em face de um serviço público de utilização efetiva. BL: S. 545, STF.
(PGEAL-2009-CESPE): O valor cobrado pela prestação de um serviço público feito por uma concessionária ou
permissionária corresponde tão-somente a um preço público. BL: S. 545, STF.
122
(AGU-2010-CESPE): Com relação a despesas e receitas públicas, julgue o item: A cobrança de tarifas ou preço
público corresponde a uma receita originária.
(TRF2-2009-CESPE): Determinado comerciante resolveu aumentar a área de seu estabelecimento e, nos limites
legais, passou a pagar, mensalmente, um valor ao ente da Federação para poder utilizar área pública contígua a
seu estabelecimento. A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta: O ingresso do valor
classifica-se como receita originária, uma vez que se trata de preço público. BL: S. 545, STF.
##Atenção: O valor a ser pago pelo comerciante ao ente da federação é receita originária porque são aquelas
que provêm do próprio patrimônio do estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à
disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e valores. Nesse caso, são receitas voluntárias, o
Estado não obriga, não exerce o seu poder de império. Ex.: receitas de aluguéis (é o caso da questão), venda de
bens, etc. Já as receitas derivadas é o contrário, são aquelas obtidas pelo estado mediante sua autoridade
coercitiva. Aqui o Estado exerce o seu poder de império. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela
exigência do estado para que o particular entregue de forma compulsória (obrigatória) uma determinada
quantia na forma de tributos ou de multas. Ex.: receitas de tributos, contribuições sociais, etc.
529
Instituída e majorada por lei. Ato de vontade bilateral, independe de lei
(instituída por contrato).
Independe de vontade (é compulsória). Dotada de voluntariedade.
O fundamento para sua cobrança é o princípio da O fundamento para sua cobrança é a manutenção
retributividade. do equilíbrio econômico e financeiro dos contratos.
Obediência à anterioridade e aos demais princípios Não se submete ao princípio da anterioridade nem
tributários. aos demais princípios tributários.
Natureza legal-tributária (não admite rescisão). Natureza contratual (admite rescisão).
O serviço à disposição autoriza a cobrança. A cobrança só ocorre com o uso do serviço.123
Ex.: custas judiciais Ex.: serviço de fornecimento de água.
-Selo-pedágio: Existia uma cobrança chamada de “selo-pedágio” (criado pela Lei 7.712/88). Era um tributo
cobrado de forma compulsória de todos os usuários de rodovias federais e que deveria ser pago
mensalmente, mesmo que a pessoa não utilizasse efetivamente a rodovia. Assim, todos os motoristas que
trafegassem por rodovias federais eram obrigados a adquirir mensalmente um selo que seria colado no
vidro da frente do carro. O STF chegou a decidir que esse “selo-pedágio” possuía natureza jurídica de
taxa (RREE 181.475-RS e 194.862-RS, rel. Min. Carlos Velloso, 04/05/99). Ocorre que o selo-pedágio foi
extinto pela Lei 8.075/90 e não pode ser confundido com os atuais pedágios cobrados nas rodovias
brasileiras. Há várias diferenças entre o citado “selo-pedágio” e o pedágio. A principal delas é que o
pedágio somente é cobrado se, quando e a cada vez que houver efetivo uso da rodovia. Já o “selo-pedágio”
era um valor fixo, exigido todos os meses, independentemente do número de vezes que o contribuinte
fizesse uso das estradas. Desse modo, se em uma prova perguntarem sobre o extinto selo-pedágio (só se o
concurso for muito difícil), saiba que ele tinha natureza de taxa. Os atuais pedágios, por outro lado,
constituem-se em tarifa.
(MPMG-2018): Consoante o art. 150 da CF/88, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estabelecer limitações
ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público. BL: art. 150, V, CF. (trib.)
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; [imunidade recíproca] (PCPB-2009) (PCRN-2009)
(MPSE-2010) (TJPB-2011) (TRF5-2011) (MPSC-2010/2012) (TJMG-2012) (DPESC-2012) (TRF4-2012) (PGESP-
2012) (PCGO-2012) (AGU-2012) (TRF1-2009/2013) (PGEGO-2010/2013) (TJRN-2013) (MPDFT-2013) (DPEDF-
2013) (TJDFT-2014) (TJPR-2014) (MPAC-2014) (MPPE-2014) (PGEAC-2014) (PGEBA-2014) (PGERN-2014)
(PGM-São Paulo/SP-2014) (PGERS-2010/2011/2015) (TRF1-2011/2015) (MPF-2011/2012/2013/2015)
123
(MPSC-2019): A tarifa não é cobrada do sujeito que não utilizar, de forma individualizada e efetiva, o serviço
cujo custo deve ser suportado por este valor. BL: S. 545, STF.
530
(Cartórios/TJRS-2013/2015) (PCDF-2013/2015) (MPT-2013/2015) (MPAM-2015) (DPEPA-2015) (DPU-2015)
(PGEPR-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGEMT-2011/2016) (Cartórios/TJSP-2011/2012/2016) (TRF3-2016)
(PGEAM-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2017) (Cartórios/TJRJ-2017) (PCMS-
2017) (PGM-BH/MG-2017) (TRF2-2011/2014/2017/2018) (TJRS-2018) (MPMG-2018) (TJMT-2018) (DPEAP-
2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PF-2018) (DPESP-2009/2012/2019) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (TJAL-
2008/2015/2019) (TJPA-2012/2019) (Cartórios/TJMG-2018/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (TJMS-
2008/2020) (MPCE-2009/2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (TCDF-2021) (TCERJ-2021) (TJAP-2022) (DPERS-
2022)
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 508: Sociedade de economia mista, cuja participação acionária
é negociada em Bolsas de Valores, e que, inequivocamente, está voltada à remuneração do capital de
seus controladores ou acionistas, não está abrangida pela regra de imunidade tributária prevista no
art. 150, VI, ‘a’, da Constituição, unicamente em razão das atividades desempenhadas. STF. Plenário.
RE 600867, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Rel. p/ Ac. Luiz Fux, j. 29/06/20.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJAP-2022: ##FGV: Incide a imunidade tributária recíproca (art. 150,
VI, “a”, da CF), no caso de contrato de alienação fiduciária em que pessoa jurídica de direito público
figure como devedora: Não incide IPVA sobre veículo automotor adquirido, mediante alienação
fiduciária, por pessoa jurídica de direito público. STF. Plenário. RE 727851, Rel. Marco Aurélio, j.
22/06/20 (Repercussão Geral – Tema 685) (Info 985).
(TJAP-2022-FGV): O Município X, situado no Estado Y, resolveu renovar a frota de automóveis que utiliza
em sua fiscalização ambiental, adquirindo, para tanto, novos veículos mediante alienação fiduciária em
garantia ao Banco Lucro 100 S/A. O Estado Y então pretende cobrar IPVA desses automóveis, invocando
dispositivo expresso de sua legislação estadual de que, em se tratando de alienação fiduciária em garantia,
o devedor fiduciário responde solidariamente com o proprietário pelo pagamento do IPVA. À luz da
Constituição da República de 1988 e do entendimento dominante do STF, o Estado Y: não poderá cobrar
IPVA nem do Município X nem do Banco Lucro 100 S/A. BL: Info 985, STF.
##Atenção: ##DOD: O IPVA é imposto estadual que tem como fato gerador a “propriedade de veículos
automotores” (art. 155, III, da CF/88). A “propriedade” mencionada pela Constituição Federal deve ser
interpretada em sentido amplo, de maneira a alcançar a posse a qualquer título. Como na alienação
fiduciária há o desdobramento das faculdades da propriedade, ou seja, como a posse é separada dos demais
poderes inerentes à propriedade, o critério para se aplicar a regra da imunidade deve ser a titularidade da
posse direta.Nas exatas palavras do Min. Marco Aurélio: “Considerando ser a alienação fiduciária o negócio
jurídico por meio do qual o devedor fiduciante, em garantia de direito creditório, transfere ao credor fiduciário a
propriedade resolúvel de bem móvel ou imóvel, mantendo-se na posse direta, é de assentar a aplicação da regra de
imunidade versada no artigo 150, inciso VI, alínea “a”, da Constituição Federal quando o devedor fiduciante for
pessoa jurídica de direito público.”
531
obras de construção do complexo, que deverá ser levantado em área pública predefinida, e sua posterior
exploração pelo prazo de 30 (trinta anos). O concessionário será remunerado exclusivamente pelas receitas
advindas da exploração econômica do novo equipamento, inclusive acessórias. Para que o projeto tenha
viabilidade econômica, está prevista a possibilidade de construção de restaurantes, de um centro comercial,
de pelo menos um hotel dentro da área do novo complexo, além da cobrança de ingresso para visitação do
aquário e dos eventos e shows que vierem a ser realizados na nova arena. Há previsão de pagamento de
outorga para o Estado em razão da concessão. Em relação à cobrança do IPTU pelo município onde se situa
a área do complexo, é correto afirmar que apesar do imóvel ser de propriedade do Estado, o Município
poderá cobrar IPTU porque a área foi cedida a pessoa jurídica de direito privado para a realização de
atividades com fins lucrativos, sendo o concessionário o contribuinte do imposto. BL: Entendimento do
STF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJRS-2018: ##VUNESP: A imunidade recíproca, prevista no art. 150,
VI, “a”, da CF/88, não se estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela
exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é constitucional a cobrança
do IPTU pelo Município. Ex: a União, proprietária de um grande terreno localizado no Porto de
Santos, arrendou este imóvel para a Petrobrás (sociedade de economia mista), que utiliza o local para
armazenar combustíveis. Antes do arrendamento, a União não pagava IPTU com relação a este imóvel
em virtude da imunidade tributária recíproca. Depois que houve o arrendamento, a Petrobrás passa a
ter que pagar o imposto. STF. Plenário. RE 594015/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 6/4/17 (repercussão
geral) (Info 860).
##Atenção: ##STF: ##DOD: Os bens e direitos que integram o patrimônio do fundo vinculado ao
Programa de Arrendamento Residencial (PAR), criado pela Lei 10.188/01, beneficiam-se da imunidade
tributária prevista no art. 150, VI, “a”, da CF/88. STF. 1ª T. RE 928902/SP, Rel. Min. Alexandre de
Moraes, j. 17/10/18 (Info 920).
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 688: ##TCERJ-2021: ##CESPE: (...) 2. Imposto Sobre Serviços
de Qualquer Natureza (ISSQN). Incidência sobre serviços de registros públicos, cartorários e
notariais. Constitucionalidade. 3. Imunidade recíproca. Inaplicabilidade. 4. Constitucionalidade da lei
municipal. 5. Repercussão geral reconhecida. Recurso provido. Reafirmação de jurisprudência. STF.
Plenário. RE 756915 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17/10/13. ##Tese 688: “É constitucional a
incidência do ISS sobre a prestação de serviços de registros públicos, cartorários e notariais,
devidamente previstos em legislação tributária municipal.”
533
INFRAERO para exercer serviços de infraestrutura aeroportuária, assinale a opção correta acerca dessa
situação e da organização da administração pública: De acordo com o entendimento do STF, os serviços
prestados pela INFRAERO, no exercício da sua atividade-fim, são imunes ao imposto sobre serviços. BL:
art. 150, VI, “a”, CF e Entend. Juisprud.
124
##Atenção: Não foi fixada tese de repercussão geral, visto que a decisão de mérito do RE 580.264 vale apenas
para o caso concreto, em razão de suas peculiaridades. Obs: Redação da tese aprovada nos termos do item 2 da
Ata da 12ª Sessão Administrativa do STF, realizada em 09/12/15. Tema 115: Aplicação da imunidade tributária
recíproca às sociedades de economia mista que prestam serviços de saúde exclusivamente pelo SUS.
534
tributária recíproca. BL: art. 150 VI, “a”, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF4-2014): Considerando a jurisprudência do STF, assinale a alternativa correta: A prestação de ações e
serviços de saúde por sociedades de economia mista corresponde à própria atuação do Estado, razão pela
qual a elas se estende a imunidade tributária prevista na alínea a do inciso VI do art. 150 da Constituição
Federal, desde que a empresa estatal não tenha por finalidade a obtenção de lucro e o capital social seja
majoritariamente estatal. BL: art. 150 VI, “a”, CF e Entend. Jurisprud.
(MPT-2013): Em relação à Ordem Social, considerando-se o texto constitucional e a jurisprudência do STF,
considere a seguinte proposição: A prestação de ações e serviços de saúde por sociedades de economia
mista corresponde à própria atuação do Estado, desde que a empresa estatal não tenha por finalidade a
obtenção de lucro. BL: art. 150 VI, “a”, CF e Entend. Jurisprud.
(TJPR-2009): A imunidade recíproca veda a instituição do imposto sobre propriedade predial e territorial
urbana sobre imóvel de propriedade da União. BL: art. 150, VI, “a”, CF. (trib.) (TJAL-2008)
535
2013) (Cartórios/TJPE-2013) (TJDFT-2014) (DPEGO-2014) (TRF2-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-
Recife/PE-2014) (DPEPA-2015) (PGEPR-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TRF4-2009/2012/2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (PGEMT-2016) (TJSP-2017) (MPMG-2018) (PCGO-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJPR-
2021) (TJAP-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
##Atenção: Imóveis locados, lotes vagos e prédios comerciais: também são imunes desde que existente
vínculo com as finalidades essenciais (art. 150, § 4º, CF) (*);
##Atenção: Art. 150, § 4º, CF. As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.
##Atenção: ##DPEGO-2014: Vetor axiológico da alínea “b”: Liberdade de Crença no Brasil, Liberdade
de Culto (art. 5º, VI a VIII, CF).
536
da federação.
(TJPE-2013-FCC): A imunidade sobre o templo de qualquer culto apenas alcança os impostos, sendo
devidas, portanto, as taxas e contribuição de melhoria incidentes sobre o imóvel destinado ao templo.
BL: art. 150, VI, “b”, CF/88. (trib.)
##Atenção: Eduardo Sabbag explica que “Não é demasiado relembrar que a imunidade para os templos de
qualquer culto trata da desoneração de impostos que possam recair sobre a propriedade daqueles bens imóveis.
Nessa medida, não estão exonerados os demais tributos, diversos dos impostos, que terão a normal incidência, pois,
uma vez que o texto constitucional fala em ‘impostos’, relaciona-se ao fato de tal imunidade (...) não se aplicar ‘às
taxas, contribuições de melhoria, às contribuições sociais ou parafiscais e aos empréstimos
compulsórios’”. (Manual de Direito Tributário. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 322)
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, INCLUSIVE suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
ATENDIDOS os requisitos da lei; [imunidades de partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e
instituições de educação e assistência social] (TJTO-2007) (PGEPI-2008) (TJMG-2009) (PCDF-2009) (PCRN-
2009) (PGEPA-2011) (DPESP-2009/2012) (TJMS-2012) (DPESC-2012) (TJPE-2013) (TJSC-2013) (MPES-2013)
(AGU-2013) (TJPR-2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (DPEGO-2014) (PGEAC-2014) (PGEBA-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPT-2009/2015) (PGERS-2011/2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEMT-
2011/2016) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (TJDFT-2014/2016) (DPEMT-2016) (PGEMS-2016) (PGEMT-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (TRF5-2011/2017) (TRF2-2014/2017) (MPMG-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (PGESC-
2018) (TJPA-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPPE-2022)
Súmula Vinculante 52-STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c” da Constituição Federal, desde que o valor
dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas (antiga Súmula 724 do
STF). Atenção: É aplicável a referida súmula também para a alínea “b”.
##Atenção: ##STF: ##DOD: Somente as entidades fechadas de previdência social privada nas quais
não há contribuição dos beneficiários gozam de imunidade tributária (Súmula 730 do STF). STF. 1ª
Turma. RE 163164 AgR/SP, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, j. 12/6/12.
##Atenção: “fundos de pensão” (COMSHELL): caráter não contributivo (art. 203 da CF): imunidade. É
um regime de assistência social, diferente do regime previdenciário, que cobra a contribuição de seus
beneficiários. Nesse sentido, é o que consta da Súmula 730 do STF: “A imunidade tributária conferida a
instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente
alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos
beneficiários.”
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF5-2017: ##PGESC-2018: ##CESPE: O art. 150, VI, c, da CF é norma
autoaplicável, embora de eficácia contida. Antes do advento da Lei Complementar 104/01, as entidades
sindicais de trabalhadores não se sujeitavam à observância dos requisitos do art. 14 do CTN para o
gozo da imunidade constitucionalmente prevista, por ausência de previsão legal. STF. 2ª T., RE 386474
AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 10/06/14.
(TRF5-2017-CESPE): A CF/88 veda a instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços
relacionados às finalidades essenciais dos partidos políticos, dos sindicatos e das instituições de educação e
537
de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. De acordo com a classificação
tradicional da eficácia das normas constitucionais, tal norma é de aplicabilidade imediata, embora de
eficácia contida. BL: art. 150, VI, “c”, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: Consoante dispõe a parte final do art. 150, VI, “c” para a concessão de imunidade às
entidades educacionais e assistenciais sem fins lucrativos encontra-se previsto no art. 14 do CTN, que
assim dispõe: “Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º [obs.: equivalente à alínea “c” do art.
150, inciso VI da CF] é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I – não
distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº
104, de 2001) II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes
de assegurar sua exatidão. § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a
autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. § 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso
IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que
trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.”
##Atenção: O principal dispositivo que trata sobre imunidades em nossa CF/88 é o art. 150, inciso VI;
este deixa claro que as imunidades ali abrangentes são em relação a IMPOSTOS. Sabemos que imposto
é uma espécie do gênero tributo, ao lado das contribuições e taxas (aqui adotando superficialmente a
teoria tripartida que é a que obedece à literalidade da CF). Sendo assim, tratando o enunciado da
instituição de CONTRIBUIÇÃO para custeio do serviço de iluminação pública, a instituição em questão
não estaria abrangida por qualquer imunidade, ante a falta de previsão constitucional nesse sentido.
Ademais, por tratar-se de contribuição, mais especificamente aquela prevista no art. 149-A da CF
(COSIP), deverá obedecer regularmente aos princípios da anterioridade e também da noventena, tendo
em vista que tal tributo não é tratado pela CF como exceção a essas regras.
(TJCE-2012-CESPE): Está abrangida pela imunidade estabelecida na CF eventual renda que, obtida por
instituição de assistência social mediante cobrança de estacionamento de veículos em área interna da
entidade, destine-se ao custeio das atividades desta. BL: STF, 1ª Turma, RE 144900, j. 22/04/97. (trib.)
(TJRJ-2011-VUNESP): A instituição de assistência social “Criança Feliz” não paga IPTU porque não tem
fins lucrativos e, atendendo aos requisitos da lei, está abrangida pela imunidade. BL: art. 150, VI, “c” e
538
§4º da CF/88 e art. 14 do CTN. (trib.)
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão [imunidade cultural]. (DPESP-
2009) (TRF4-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (TRF1-2009/2011) (PGEPA-2011) (DPESC-2012) (TJPE-2013)
(DPEPA-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (TJDFT-2016) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMT-2016)
(PGESE-2017) (MPMG-2018) (PGESC-2018) (Cartórios/TJMG-2018/2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPCE-
2009/2020) (TJSP-2017/2021) (PF-2021) (TJMA-2022) (MPPE-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
Súmula Vinculante 57: A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se à importação e
comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (e-book) e dos suportes exclusivamente utilizados
para fixá-los, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que possuam funcionalidades acessórias.
Súmula 657-STF: A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos
necessários à publicação de jornais e periódicos.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJSP-2021: ##VUNESP: O maquinário para impressão de livros não
goza de imunidade tributária: A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da CF, não abarca o
maquinário utilizado no processo de produção de livros, jornais e periódicos. A imunidade tributária
visa à garantia e efetivação da livre manifestação do pensamento, da cultura e da produção cultural,
científica e artística. Assim, é extensível a qualquer material assimilável a papel utilizado no processo
de impressão e à própria tinta especial para jornal, mas não é aplicável aos equipamentos do parque
gráfico, que não são assimiláveis ao papel de impressão, por não guardarem relação direta com a
finalidade constitucional do art. 150, VI, “d” da CF. STF. 1ª T. ARE 1100204/SP, rel. orig. Min. Marco
Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 29/5/18 (Info 904).
##Atenção: ##STF: ##DOD: Os componentes eletrônicos que fazem parte de curso em fascículos de
montagem de placas gozam de imunidade tributária. Em outras palavras, a imunidade da alínea “d”
do inciso VI do art. 150 da CF/88 alcança componentes eletrônicos destinados, exclusivamente, a
integrar unidade didática com fascículos. STF. Plenário. RE 595676/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, j.
8/3/17 (repercussão geral) (Info 856).
##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009: ##MPRO-2010: ##CESPE: O STF entende que o fato de as edições das
listas telefônicas veicularem anúncios e publicidade não afasta o benefício constitucional da
imunidade. A inserção visa a permitir a divulgação das informações necessárias ao serviço público a
custo zero para os assinantes, consubstanciando acessório que segue a sorte do principal. .STF, 2.ª T., RE
199.183/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 17.04.1998.
(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: O STF iterativamente asseverou que a imunidade constitucional
concernente à publicação de periódicos abrange a cobrança de ISS (Imposto sobre Serviços) sobre as listas
telefônicas. BL: Entend. Jurisprud.
539
Turma destacou que a garantia da imunidade estabelecida pela Constituição, em favor dos livros, dos
jornais, dos periódicos e do papel destinado à sua impressão revestir-se-ia de significativa importância
de ordem político-jurídica, destinada a preservar e a assegurar o próprio exercício das liberdades de
manifestação do pensamento e de informação jornalística. Pontuou que a mencionada imunidade
objetivaria preservar direitos fundamentais — como a liberdade de informar e o direito do cidadão de ser
informado —, a evitar situação de submissão tributária das empresas jornalísticas. Frisou que, no ponto,
os serviços de composição gráfica realizados por empresas contratadas para realizar esses trabalhos,
seriam meros prestadores de serviço e, por isso, a eles não se aplicaria a imunidade tributária. Vencido o
Ministro Eros Grau, que dava provimento ao recurso. (STF, RE 434826 AgR/MG, rel. orig. Min. Cezar
Peluso, red. p/ o acórdão Min. Celso de Mello, 19.11.2013). (Informativo 729, 2ª Turma).
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: É vedado instituir imposto sobre livros, jornais, periódicos e
o papel destinado à sua impressão, mesmo quando a comercialização destes seja realizada por pessoa
jurídica com o objetivo de auferir lucros com a atividade. BL: art. 150, VI, “d”, CF.
(MPSC-2013): Não incide ICMS - (Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação), imposto de
competência dos Estados e do Distrito Federal, quanto a operações com livros, jornais e periódicos,
inclusive sobre o papel destinado exclusivamente à impressão de tais produtos. BL: art. 150, VI, “d” da
CF e Súmula 657 do STF.
##Atenção: Detém aplicabilidade imediata (é norma constitucional de eficácia jurídica plena); não se
sujeita à anterioridade tributária;
540
##Atenção: Não-incidência sobre bens/operações até a fase de replicação – ICMS, ISS, IPI;
(TJCE-2014-FCC): Raquel, violonista, Flávia, flautista e Beatriz, pianista, também são cantoras de música
popular brasileira. Essas três artistas brasileiras decidiram, em novembro de 2013, gravar um DVD com
canções, cujas letras e melodias são de autores brasileiros. Decidiram produzir o DVD no Estado do
Ceará, porque, além de ser mais barato do que produzi-lo em outro Estado, ou até mesmo no exterior,
foram informadas de que o DVD já estaria nas lojas a tempo para as vendas de Natal. A criação desse
DVD está sujeita ao Imposto sobre Produtos Industrializados, na fase de multiplicação industrial de seus
suportes materiais gravados. BL: art. 150, VI, “e”, parte final, CF. (trib.)
##Atenção: ##DICA:
Não respeita nada (Nem a anterioridade nem a noventena) (bagunceiro)
541
1- II
2- IE
3- IOF
4- Guerra e calamidade: Empréstimo Compulsório e Imposto extraordinário
Não respeita anterioridade, mas respeita 90 dias (noventena) (respeita o filho – noventena - mas não
respeita a mãe - anterioridade)
1- ICMS combustíveis
2- CIDE combustíveis
3- IPI
4- Contribuição Social
5- investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional: Empréstimo Compulsório.
Não respeita noventena, mas respeita a anterioridade (respeita a mãe - anterioridade - mas não
respeita o filho - noventena)
1- IR
2- IPVA base de calculo
3- IPTU base de calculo
##Atenção: Com relação ao princípio da legalidade, o art. 97, §2º, do CTN, afirma que “não constitui
majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da
respectiva base de cálculo”. Assim, há permissão que ocorra a recomposição inflacionária por decreto. Há,
inclusive, súmula do STJ que afirma ser proibido ao Município atualizar o IPTU, mediante decreto, em
percentual superior ao índice oficial de correção monetária (STJ, Súmula 160), ou seja, até o valor da
inflação é possível atualizar mediante decreto. Com relação ao princípio da anterioridade, por sua vez,
há permissivo constitucional afastando o princípio da anterioridade nonagesimal da base de cálculo do
IPVA (CF, art. 150, §1º).
##Atenção: A regra da anterioridade anual (ou princípio da anterioridade anual) veda que as entidades
federativas cobrem tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou. A regra da anterioridade nonagesimal (ou princípio da anterioridade
nonagesimal) impede que as entidades federativas cobrem tributos antes de decorrido noventa dias da
data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. A regra geral é a de que ambas as
regras se aplicam cumulativamente. Há algumas exceções constitucionais, mas as taxas não fazem parte
do rol das exceções. Logo, com relação às taxas, deve-se observar tanto a anterioridade anual quanto a
anterioridade nonagesimal.
(TJPR-2019-CESPE): A CF/88 prevê exceções ao princípio tributário da anterioridade, como ocorre nos
casos dos impostos sobre importação e sobre exportação. Nesses casos, a exceção é justificada pela
necessidade de ajuste do tributo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. De acordo com
a doutrina majoritária, a referida hipótese de exceção ao princípio tributário da anterioridade é explicada
em razão de os tributos citados terem finalidade extrafiscal. BL: art. 150, §1º, CF.
542
##Atenção: ##TJMS-2020: ##MPDFT-2021: ##FCC: As exceções à anterioridade anual são, em sua
maioria, tributos federais. Na forma do art. 150, §1º da CF/88, são os seguintes: II, IE, IPI, IOF, imposto
de guerra e CIDE-combustível. Entretanto, há mais uma exceção: o ICMS-monofásico (art. 155, §2º, XII,
‘h’), que, de acordo com o art. 155, §4º, IV, ‘c’, da CF, somente está sujeito à anterioridade nonagesimal.
Sendo o ICMS-monofásico um tributo estadual, é incorreto afirmar que apenas tributos federais são
indenes à regra.
(MPRS-2016): No âmbito do exercício do poder de tributar, é conduta permitida cobrar imposto sobre
produtos industrializados no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou. BL: art. 150, III, “b” e §1º c/c art. 153, IV, CF.
##Atenção: No caso em tela, afirmou-se que lei federal majorou a alíquota do Imposto de Renda, porém
não dispôs sobre o início de sua vigência. Perceba que, em relação à vigência da lei, a questão induziu
para que o candidato adotasse a regra geral, prevista no art. 1º da LINDB, qual seja, o período de vacatio
legis de 45 dias. Ocorre que tal regra da LINDB não se aplica ao caso, uma vez que há norma específica
no CTN (art. 104, I), que dispõe que “entra em vigor no primeiro dia do exercício seguinte”. Logo, a questão
seria respondida apenas com base no art. 104, I do CTN, de modo que o IR entra em vigor no 1º dia do
exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação.
(MPF-2012): É correto afirmar quanto ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que: Submete-se
ao princípio da anterioridade mitigada, a nonagesimal. BL: art. 150, III, “b”, §1º c/c art. 153, IV, CF 126
(trib.) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (MPPE-2014) (PGM-POA/RS-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (PGESC-2018)
(TJPE-2011-FCC): A regra da anterioridade, que veda cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou não se aplica aos impostos de importação e
exportação. BL: art. 150, III, “b”, §1º c/c art. 153, incisos I e II, CF (trib.)
(TRF5-2009-CESPE): Suponha que, em 28/12/08, tenha sido publicada uma lei que, destinada a
desestimular o uso de amianto, tenha elevado o IPI incidente sobre certos produtos industriais
originários daquela substância e reduzido o IPI sobre os mesmos produtos quando fabricados com PVC.
Suponha, ainda, que, em 25/1/09, tenha sido publicada a aprovação, pelo Brasil, de um tratado
internacional que isente de IPI os produtos que tenham como insumo o amianto e que as duas normas
citadas traziam cláusula de vigência a iniciar-se na respectiva publicação. Nessa situação, as indústrias
produtoras de caixas-d'água de PVC pagarão IPI reduzido sobre as vendas realizadas em 1.º/1/09. BL:
art. 150, III, “b” e “c” c/c §1º c/c art. 153, III, CF (trib.)
126
(TJMG-2009): Ao IPI não se aplica o princípio da anterioridade. BL: art. 150, II, “b” c/c art. 153, IV da CF.
544
##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##CESPE: Ricardo Alexandre explica que, além da garantia de que
não se cobrar tributo em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado (irretroatividade – art. 150, III, a, CF), o legislador constituinte apenas
impediu a cobrança no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que instituiu ou
aumentou a exação (anterioridade – CF, art. 150, III, b). Ocorre que, na prática, tal garantia mostrou-se
frágil e insuficiente. O costume de “deixar tudo para a última hora” fazia com que, em dezembro, o
Governo resolvesse desesperadamente em busca de aprovar no parlamento diversas inovações
tributárias, já sabendo que, se a aprovação ficasse para janeiro, os respectivos efeitos seriam adiados por
um precioso ano. Basta imaginar que, no dia 31/12/94, um sábado, o Presidente da República à época
editou e fez publicar a Medida Provisória 812/94, limitando a compensação de prejuízos no cálculo do
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (tornando-o mais oneroso). O Diário Oficial daquele dia só
circulou, de fato, na segunda-feira, 02/01/95. O STJ analisou o caso, entendendo o seguinte: “(...) Quando
da publicação da Medida Provisória 812/94, em 31 de dezembro de 1994, ainda estava em curso o período de
apuração do imposto de renda do ano-base de 1994. Pouco importa que o Diário Oficial só tenha circulado no dia 02
de janeiro de 1995, pois, o que determina a vigência da lei, neste caso, é a data de sua publicação. Recurso especial
provido” (STJ, 2ª T., REsp 318.849/SP, Rel. Min. Franciulli Netto, j. 07.03.02). O STF também seguiu o
mesmo entendimento (Info 184), o que denota que se a garantia, por si só, já era frágil, o modo como o
Poder Judiciário a tratava acabava por torná-la um quase inútil ornamento constitucional. (Fonte:
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 14ª ed. 2020, p. 161/162).
(TJRR-2008-FCC): Diante da majoração da contribuição social sobre o lucro líquido das empresas através
de decreto presidencial, para que tenha eficácia no mesmo exercício financeiro da sua publicação, é
possível afirmar que é inconstitucional, pois depende de lei tal majoração, ainda que tenha eficácia no
mesmo exercício financeiro ao da sua publicação. (trib.)
##Atenção: A majoração da CSLL não se verifica como exceção ao princípio da legalidade, razão pela
qual imprescinde da previsão em lei formal. Ademais, conforme permissivo insculpido no art. 150, §1º da
CF, a referida contribuição, caso majorada, não se submete ao princípio da anterioridade do exercício
financeiro, apenas ao princípio da irretroatividade e da anterioridade nonagesimal, ou noventena.
##Atenção: ##STJ: ##PFN-2015: ##ESAF: A ECT, empresa pública federal, presta em exclusividade o
serviço postal, que é um serviço público e assim goza de algumas prerrogativas da Fazenda Pública,
como prazos processuais, custas, impenhorabilidade de bens e imunidade recíproca. STJ. 2ª T. AgRg
no REsp 1400238/RN, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 05/05/2015.
545
##Atenção: ##STF: ##PCRN-2009: ##TJMG-2012: ##PGESP-2012: ##MPF-2011/2013: ##TJRN-2013:
##TRF1-2013: ##PGDF-2013: ##PGEGO-2013: ##PGEBA-2014: ##PGERN-2014: ##MPAM-2015:
##TRF3-2015: ##PCDF-2015: ##DPEMT-2016: ##TRF4-2016: ##PGEMS-2016: ##PGM-POA/RS-
2016: ##Cartórios/TJRJ-2017: ##PCMS-2017: ##TRF2-2011/2013/2014/2017/2018: ##PGESC-2018:
##DPESP-2009/2019: ##MPGO-2019: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC: ##FEPESE: ##VUNESP:
##FGV: ##FMP: ##Fundatec: O STF entende que a imunidade recíproca também abrange as empresas
públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos de prestação obrigatória e
exclusiva do Estado Um exemplo são os Correios, que são imunes nos termos das autarquias, ou seja, no
que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços. Nesse sentido, vejamos o seguintes julgados do STF:
“As empresas públicas prestadoras de serviço público distinguem-se das que exercem atividade
econômica. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é prestadora de serviço público de prestação
obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida pela imunidade tributária recíproca:
C.F., art. 150, VI, a”. STF. 2ª T., RE 407099 RS, Rel. Min. Carlos Velloso, 22/6/04. (...) “O Tribunal
concedeu medida cautelar em ação cautelar ajuizada pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia -
CAERD para suspender os efeitos de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do referido Estado-membro em
apelação, até julgamento de agravo de instrumento interposto contra decisão que não admitira recurso
extraordinário da empresa no qual pretende seja reconhecido seu direito à imunidade recíproca incidente
sobre o fato gerador do IPTU (CF, art. 150, VI, a). Considerou-se que, no caso, o acórdão objeto do recurso
extraordinário parece afrontar jurisprudência da Corte firmada no julgamento do RE 407099/RS (DJU de
6.8.2004), tendo em conta que a CAERD é sociedade de economia mista prestadora do serviço público
obrigatório de saneamento básico, portanto, abrangida pela aludida imunidade tributária. Além disso,
ressaltou-se ser manifesta a urgência da pretensão cautelar, porquanto, com a execução do acórdão recorrido, a
companhia será obrigada a pagar os débitos tributários em discussão, gerando a inscrição em dívida ativa e as
conseqüências oriundas desse fato”. STF. 2ª T., AC 1550, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 06/02/07. (...) Por fim,
em relação aos Correios, vejamos o teor da Tese 235 de repercussão geral: “ Os serviços prestados pela
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, inclusive aqueles em que a empresa não age em regime de
monopólio, estão abrangidos pela imunidade tributária recíproca (CF, art. 150, VI,a e §§ 2º e 3º). ” STF. Plenário.
RE 601392, Rel. Joaquim Barbosa, Rel. p/ Ac. Gilmar Mendes, j. 28/02/13. Neste último julgado do STF,
perceba que o STF, ao examinar a incidência ou não de IPTU sobre imóveis da ECT, já tinha deixado
claro que, para fins de imunidade tributária, é irrelevante que os Correios exerçam naquele imóvel,
simultaneamente, atividades em regime de exclusividade e em concorrência com a iniciativa privada.
Isso porque o serviço postal possui peculiaridades que justificam esse tratamento diferenciado.
(TRF3-2015): A imunidade recíproca prevista para as pessoas políticas alcança empresas públicas e
sociedades de economia mista delegatárias de serviços públicos que atuam em regime de monopólio. BL:
STF, RE 407.099/RS e AC 1550-2.
(TJMG-2012-VUNESP): Com relação ao entendimento do STF acerca dos serviços postais, assinale a
alternativa correta: O serviço postal é serviço público exclusivo da União, prestado pela Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (ECT) em situação de privilégio.
##Atenção: ##MPMG-2018: Refere José do Santos Carvalho Filho que o art. 150, § 2º, da CF dispõe que o
princípio da imunidade tributária, relativa aos impostos sobre a renda, o patrimônio e os serviços
federais, estaduais e municipais (art. 150, VI, a), é extensivo às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público. Empregando essa expressão, de amplo alcance e sem qualquer restrição, desnecessário se
torna, nesse aspecto, distinguir os dois tipos de fundações públicas. Ambas as modalidades fazem jus à
referida imunidade, não incidindo, pois, impostos sobre a sua renda, o seu patrimônio e os seus serviços.
A despeito da controvérsia existente, a jurisprudência se consolidou no sentido de que há uma
presunção iuris tantum em favor da imunidade das fundações públicas. Resulta, então, que caberá à
Administração tributária comprovar a eventual tredestinação dos bens protegidos pela imunidade,
matéria, obviamente, objeto de prova.
(TJPR-2014): A imunidade recíproca das entidades políticas pode ser estendida às autarquias e às
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. BL: art. 150, §2º, CF/88. (administrativo)
546
ao bem imóvel. (TJDFT-2007) (MPSE-2010) (TJPB-2011) (TRF3-2011) (MPPI-2012) (AGU-2012) (TRF1-
2009/2013) (MPF-2012/2013) (MPDFT-2013) (PCDF-2013) (TRF2-2011/2013/2014) (TJPR-2014) (DPEPA-2015)
(Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TJMT-2018) (TJRS-2018)
(DPESP-2009/2019) (TCERJ-2021)
(TJPR-2014): A imunidade recíproca das entidades políticas não se aplica ao patrimônio, à renda e aos
serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário. BL: art. 150, §3º, CF/88 (tributário)
(TRF3-2011-CESPE): Considere que, em determinada autarquia estadual cuja finalidade essencial seja a
prestação de serviços à população mediante pagamento de tarifas pelos beneficiários, a prestação dos
serviços não configure exploração de atividade econômica regida pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados. Nesse caso, a autarquia é imune ao pagamento do imposto predial e
territorial urbano. BL: art. 150, §3º, CF/88 (tributário)
(TJSC-2013): É vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios instituir impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, relacionados a
suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. BL: art. 150, VI, alínea “b”, CF/88 c/c seu §4º. (trib.)
(TJPR-2013): A imunidade das entidades sem fins lucrativos compreende somente o patrimônio, a renda
e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais dos partidos políticos, inclusive suas fundações,
das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, atendidos
os requisitos da lei. BL: art. 150, VI, “c”, CF. (trib.)
547
§ 5º A lei DETERMINARÁ medidas para que os CONSUMIDORES SEJAM ESCLARECIDOS
acerca dos impostos que INCIDAM sobre mercadorias e serviços. (DPEAM-2011) (TRF2-2013/2014)
(DPU-2015) (DPEAP-2018)
(TRF2-2013-CESPE): “O número excessivo de impostos embutidos nos preços dos produtos tem impacto direto na
mesa do brasileiro. Do valor total de um pacote de arroz, por exemplo, 18,65% representam cobrança de impostos.
O tradicional peru, que custa, em média, R$ 58,80, sairia para o consumidor por R$ 41,72 sem a incidência de
tributos. Já uma garrafa de espumante, com custo de R$ 22,00, valeria R$ 8,80 sem a cobrança dos impostos. Os
preços impressionaram as pessoas que participaram de uma mobilização a favor da maior transparência tributária
para os consumidores e que, na ocasião, visitaram um minimercado instalado no vão livre do MASP, em São Paulo,
onde estava discriminada a porcentagem dos tributos embutidos nos alimentos. Internet: (com adaptações).” Com
referência ao texto acima e ao que disciplina a CF acerca da transparência tributária para o consumidor,
assinale a opção correta: A informação exigida pelos consumidores é um direito assegurado
explicitamente pela CF, no âmbito das limitações ao poder tributário do Estado. BL: art. 150, §5º, CF.
(MPSC-2016): A isenção é uma das causas de exclusão do crédito tributário a qual depende de lei
específica, consoante se infere do art. 150, § 6°, da CF/1988. Contudo, ao excluir o crédito, não se afasta o
sujeito passivo de cumprir as obrigações acessórias. BL: art. 175, § único, CTN e art. 150, §6º da CF/88.
(TJRR-2008-FCC): Determinado Estado da Federação concedeu, em 2005, isenção de ICMS pelo período
de 5 anos para as indústrias automobilísticas que ali se instalassem e empregassem cinco mil
funcionários. Agora, em 2008, foi publicado no Diário Oficial do Estado um decreto revogando a isenção
a partir de julho de 2008, quando as indústrias enquadradas na isenção deverão passar a recolher o ICMS
mensalmente. Esta medida adotada pelo Fisco Estadual é incorreta, porque a isenção concedida nestas
condições é irrevogável e, ainda que não fosse, dependeria de lei. BL: arts. 176 e 178, CTN127 e art. 150,
§6º, CF e S. 544 do STF. 128
127
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as
condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua
duração. (...) Art. 178. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições,
pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.
128
Súmula 544-STF: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas.
548
Min. Ricardo Lewandowski, j. 19/10/16 (Info 844). STF. Plenário. RE 593849/MG, Rel. Min. Edson
Fachin, j. 19/10/16 (repercussão geral) (Info 844).
(MPPI-2019-CESPE): Determinada lei atribuiu a uma empresa não contribuinte do imposto de circulação de
mercadorias e serviços (ICMS) a condição de responsável pelo pagamento do referido tributo em relação a
um fato gerador ainda não ocorrido. Considerando-se as limitações constitucionais ao poder de tributar, é
correto afirmar que a referida norma é constitucional, sendo assegurada a imediata e preferencial restituição
da quantia paga caso não se realize o fato gerador presumido. BL: art. 150, §7º, CF e Info 844, STF.
(TJPA-2019-CESPE): A respeito das limitações constitucionais ao poder de tributar, assinale a opção correta,
de acordo com as disposições da CF: O responsável pelo pagamento de imposto cujo fato gerador deva
ocorrer posteriormente tem assegurada a restituição da quantia paga se o fato gerador presumido não
ocorrer. BL: art. 150, §7º, CF e Info 844 do STF.
(TJMG-2018-Consulplan): De acordo com o art. 150, §7º, da CR, à luz da cláusula de restituição do excesso e
respectivo direito à restituição, é devido ao contribuinte passivo a diferença do pago a mais no regime de
substituição tributária para frente se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à que se concretize
empiricamente no fato gerador presumido. BL: art. 150, §7º, CF e Info 844 do STF.
##Atenção: Segundo o STF, de acordo com o Art. 150, §7º, in fine, da CF, a cláusula de restituição do excesso
e respectivo direito à restituição se aplicam a todos os casos em que o fato gerador presumido não se
concretize empiricamente da forma como antecipadamente tributado.
(MPMG-2021): Assinale a alternativa correta: A obrigação tributária nasce com a ocorrência do fato
gerador, mas a lei pode atribuir ao sujeito passivo a responsabilidade pelo pagamento antecipado do
tributo, antes de concretizada a hipótese de incidência. BL: art. 150, §7º, CF c/c art. 113, §1º, CTN. 129
(MPF-2017): Sobre a responsabilidade tributária, é correto afirmar que a lei poderá atribuir a sujeito
passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição,
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da
quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. BL: art. 150, §7º, CF.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: É autorizado por lei atribuir a sujeito passivo da obrigação
tributária a responsabilidade pelo pagamento do tributo, ainda que o fato gerador não tenha ocorrido,
fenômeno este denominado substituição tributária. BL: art. 150, §7º, CF.
(PGEMA-2016-FCC): Quando a lei atribui a qualidade de responsável tributário sobre fato gerador que
ainda não ocorreu, mas que deva ocorrer posteriormente, estar-se-á diante de substituição tributária para
frente, permitida expressamente pela CF/88. BL: art. 150, §7º, CF.
##Atenção: De acordo com Eduardo Sabbag, substituição progressiva, subsequente ou "para frente": é a
antecipação do recolhimento do tributo cujo fato gerador ocorrerá (se ocorrer) em um momento
posterior, com lastro em base de cálculo presumida. Assim, sem que o fato gerador tenha ocorrido,
antecipa-se o pagamento do tributo. Trata-se de uma hipótese de fato gerador presumido ou fictício. O
exemplo tratado na questão é um dos mais notáveis acerca de tal modalidade de substituição. Isso
porque quando os veículos novos deixam a indústria em direção à concessionária, há o recolhimento do
ICMS que seria devido com a venda do produto ao consumidor final. (Fonte: Sabbag, Eduardo. Manual
129
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do
fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o
crédito dela decorrente..
549
de Direito Tributário, Editora Saraiva, 2013, págs. 717/722.).
##Atenção: O professor Ricardo Alexandre que, na responsabilidade tributária por substituição para
trás, regressiva ou antecedente ocorrerá nos casos em que as pessoas ocupantes das posições anteriores
nas cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por aquelas que
ocupam as posições posteriores nessas mesmas cadeias. Por outro lado, na responsabilidade tributária
para frente, progressiva ou subsequente ocorrerá nos casos em que as pessoas ocupantes das posições
posteriores das cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por
aquelas que ocupam as posições anteriores nessas mesmas cadeias. (Fonte: ALEXANDRE, Ricardo.
Direito Tributário. 14ª ed. 2020, p. 394 e 396).
I - INSTITUIR tributo que NÃO SEJA UNIFORME em todo o território nacional ou que
IMPLIQUE DISTINÇÃO ou PREFERÊNCIA em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em
detrimento de outro, ADMITIDA a CONCESSÃO DE INCENTIVOS FISCAIS DESTINADOS A
PROMOVER o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
(TJPR-2008) (TJMS-2008) (TJRS-2009) (TRF1-2009) (PGESP-2009) (MPRO-2010) (TJES-2011) (TJPB-2011)
(PGEMT-2011) (MPF-2008/2012) (TJBA-2012) (TJAC-2012) (TJDFT-2012) (MPMT-2012) (TRF5-2009/2013) (TJSC-
2013) (PGDF-2013) (TRF2-2009/2014) (TJMG-2014) (PGERN-2014) (MPT-2009/2015) (PGEAC-2017) (TJMT-2018)
(TRF3-2018) (PGEPE-2018) (TJPA-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2021) (Aud. Fiscal-SEAZ/CE-2021) (TJMA-2022)
(PGEAC-2017-FMP): Em matéria de direito constitucional tributário é correto afirmar que a lei tributária
pode ser editada com o objetivo de prevenir distorções de concorrência mercadológica. BL: art. 151, I, CF.
(TRF2-2014): Assinale a opção correta: É vedado à União instituir imposto que não seja uniforme em
todo o território nacional ou que implique diferenciação em relação a determinada região do país, em
detrimento de outra, salvo nas hipóteses de incentivos fiscais destinados a promover o desenvolvimento
equilibrado do país. BL: art. 151, I, CF.
II - TRIBUTAR a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, EM NÍVEIS
SUPERIORES aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; (PGESP-2002) (TJDFT-2012) (TJSC-
2013) (TRF5-2013) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPRS-2017) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (TJMA-2022)
(TJSC-2013): É vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios tributar a renda das obrigações da
dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os
proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e
para seus agentes. BL: art. 151, II, CF.
550
III - INSTITUIR ISENÇÕES de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios. (TRF1-2009) (PGESP-2009) (TJRO-2011) (TRF2-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (TRF4-2009/2012)
(AGU-2009/2012) (MPF-2011/2012) (TJBA-2012) (MPMT-2012) (DPERO-2012) (TJSP-2013) (DPESP-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (PCDF-2013) (PGEGO-2013) (MPMA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TRF5-2013/2015)
(PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017)
(Cartórios/TJMG-2015/2018) (PGEPE-2018) (TJAL-2019) (TJRJ-2019) (TJMS-2020) (TJMA-2022)
551
um Tratado Internacional celebrado entre o Brasil e a Bolívia, acerca da importação de gás natural. Por ser
derivado de petróleo, haveria nessa operação a incidência de ICMS, imposto próprio dos Estados. No
entanto, visando baratear os custos desse produto, a União pode prever a isenção desse tributo. Isso é
possível, porque a União está agindo em nome do Brasil (STF, RE 543.943).
(TRF5-2013-CESPE): Considerando a CF, as normas gerais de direito tributário e a jurisprudência do STJ e
do STF sobre a matéria, assinale a opção correta: Nas suas relações exteriores, a República Federativa do
Brasil pode firmar tratado internacional que estabeleça isenção de quaisquer tributos, sejam eles federais,
estaduais ou municipais, visto que o âmbito de aplicação das restrições previstas no artigo 151 do CTN é o
das relações das entidades federadas entre si. BL: art. 151, III, CF e Entend. jurisprud.
(MPPR-2016): É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes
públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes, assim como
instituir isenções de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. BL: art.
151, II e III, CF.
Art. 152. É VEDADO aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios ESTABELECER
DIFERENÇA TRIBUTÁRIA entre bens e serviços, de qualquer natureza, EM RAZÃO DE sua
procedência ou destino. (PGESP-2002) (DPECE-2008) (PGEPB-2008) (DPESP-2009) (Cartórios/TJSP-2011)
130
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e
serão observados pela que lhes sobrevenha.
552
(TJAC-2012) (TJRN-2013) (DPU-2013) (PCDF-2013) (TJDFT-2012/2014) (MPSC-2013/2014) (TJMG-2014)
(PGERN-2014) (TJSC-2015) (TJPB-2015) (TJDFT-2016) (MPPR-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMT-2016)
(MPRS-2017) (PCGO-2017) (TJMT-2018) (PGEPE-2018) (TJMA-2022)
Seção III
DOS IMPOSTOS DA UNIÃO
##Atenção: ##STJ: ##TRF4-2009: O imposto de renda é tributo cujo fato gerador tem natureza
complexiva. Assim, a completa materialização da hipótese de incidência de referido tributo ocorre
apenas em 31 de dezembro de cada ano-calendário (STJ. 2ª T., AgRg no AgRg no Ag 1395402/SC, Rel.
Min. Eliana Calmon, j. 15/10/2013.
##Atenção: Será: i) Progressivo: a alíquota do IR aumenta de acordo com o aumento da base de cálculo.;
ii) Proporcional: a base de cálculo do IR pode variar. Uma pessoa pode auferir 50, 100 ou 200 mil por
ano.; e iii) Direto: quem auferir renda é quem irá arcar com o valor do IR. Não há repasse do custo do
tributo.
553
IV - produtos industrializados; (IPI) (TJSP-2008) (TJMG-2009) (TRF5-2009) (PGESP-2009) (MPSP-2010)
(PGEPA-2012) (TRF1-2013) (PGEGO-2013) (MPPE-2014) (DPEMS-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCCE-2015) (PCDF-2015) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-
2016) (MPRS-2017) (MPF-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPERS-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (TJPA-
2019) (Cartórios/TJPR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020)
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. (IGF) (PGEPB-2008) (MPSE-2010) (TRF4-
2010) (PGERS-2010) (MPAL-2012) (MPMG-2012) (PGEPA-2012) (MPF-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGEGO-
2013) (PCDF-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (DPEAP-2018) (PGESC-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (MPCE-
2020) (PGM-Teresina/PI-2022)
##Atenção: ##STF: ##DPU-2010: ##TJPA-2012: ##CESPE: O STF entende como compatível com a Carta
Magna, sobretudo o art. 153, §1°, a norma infraconstitucional que atribui a órgão integrante do Poder
Executivo da União a faculdade de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação, uma vez que não é
competência que não é privativa do Presidente da República (RE 570.680, DJE de 4-12-2009).
(TJPA-2012-CESPE): A respeito dos impostos da União, assinale a opção correta: Está de acordo com a CF
norma infraconstitucional que atribua a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de
estabelecer as alíquotas do imposto de exportação. BL: art. 153, §1º, CF e Entend. Jurisprud.
(DPU-2010-CESPE): A competência para a fixação das alíquotas do imposto de exportação de produtos
nacionais ou nacionalizados não é exclusiva do presidente da República; pode ser exercida por órgão que
integre a estrutura do Poder Executivo. BL: art. 153, §1º, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF3-2018): Indique a afirmação correta: O Poder Executivo Federal pode alterar a alíquota do imposto
sobre a importação de produtos estrangeiros, por meio de decreto, desde que atendidas as condições e os
limites previstos em lei. BL: art. 153, I e §1º, CF.
(TRF3-2018): Indique a afirmação correta: O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou
relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF): Pode ter sua alíquota alterada por meio de decreto do
554
Poder Executivo e sem observância do princípio da anterioridade, desde que obedecidas as condições e os
limites previstos em lei. BL: art. 153, V e §1º c/c art. 150, §1º, CF.
(MPPE-2014-FCC): O Presidente da República, através de Decreto, elevou a alíquota do IPI incidente sobre
carro zero. É correto afirmar que este ato é constitucional, desde que esta elevação de alíquota tenha
ocorrido dentro de condições e limites estabelecidos em lei. BL: art. 153, IV e §1º, CF.
(TRF5-2013-CESPE): Assinale a opção correta de acordo com a CF, as normas gerais de direito tributário:
A seletividade implica tributação diferenciada conforme a qualidade do que é objeto da tributação, não se
confundindo com a progressividade, que se refere ao simples agravamento do ônus tributário conforme a
base de cálculo aumenta. BL: art. 153, §3º, I, CF.
##Atenção: Leandro Paulsen (2009, p. 84), ao tratar do imposto sobre o imposto sobre produtos
industrializados, explica que a seletividade implica tributação diferenciada conforme a qualidade do que é
objeto da tributação, não se confundindo com a progressividade, em que se tem simples agravamento do
ônus tributário conforme aumenta a base de cálculo.
##Atenção: A seletividade consiste num critério de variação de alíquotas em função da essencialidade dos
produtos, aplicada sobre o consumo, consoante dispõe o art. 153, §3º, I da CF. E essencialidade está
completamente ligada à ideia de capacidade contributiva, pois pessoas com pouco poder aquisitivo
tendem a comprar bens mais essenciais do que supérfluos.
Súmula Vinculante 58: Inexiste direito a crédito presumido de IPI relativamente à entrada de insumos isentos,
sujeitos à alíquota zero ou não tributáveis, o que não contraria o princípio da não cumulatividade.
555
##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##TRF3-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##TJPA-2019: ##CESPE:
##Fundatec: Incide o IPI em importação de veículos automotores por pessoa natural, ainda que não
desempenhe atividade empresarial, e o faça para uso próprio. STF. Plenário. RE 723651/PR, Rel. Min.
Marco Aurélio, j. 03/02/16 (Info 813). Incide IPI sobre veículo importado para uso próprio, haja vista
que tal cobrança não viola o princípio da não cumulatividade nem configura bitributação. STJ. 1ª S.
REsp 1396488-SC, Rel. Min. Francisco Falcão, j. 25/09/19 (recurso repetitivo – revisão Tema 695) (Info
657).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Não há bitributação e o princípio da não cumulatividade
não autoriza a dispensa do imposto: A cobrança do IPI não afronta o princípio da não cumulatividade nem
implica bitributação. Não há que se falar em bitributação porque o IPI só incidirá uma vez: no momento do
desembaraço aduaneiro. Caso posteriormente ele decida vender o carro, não terá que pagar novamente o IPI.
Não há que se falar em não exigência do imposto por conta do princípio da não cumulatividade. Isso
porque o fato de não haver uma operação posterior na qual o importador pudesse fazer o abatimento do
valor pago na importação não conduz à conclusão de que o tributo, nesta hipótese, será indevido , pois tal
conclusão equivaleria a conceder uma isenção de tributo, ao arrepio da lei. Nas importações para uso próprio,
o importador age como substituto tributário do exportador, que não pode ser alcançado pelas leis brasileiras,
descaracterizando o IPI como tributo indireto, em tais hipóteses.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Princípio da isonomia: A cobrança do IPI para importação
de veículos está de acordo com o princípio da isonomia, uma vez que promove igualdade de condições
tributárias entre o fabricante nacional, já sujeito ao imposto em território nacional, e o fornecedor
estrangeiro. Isso porque o fornecedor estrangeiro, como está exportando o produto, não paga imposto no país
de origem e este chegaria ao Brasil em condições muito mais favoráveis que os produtos produzidos na
indústria nacional.
(TJPA-2019-CESPE): Segundo a assentada jurisprudência do STJ, quando um cidadão brasileiro importa
diretamente um veículo automotor, a incidência de imposto sobre produtos industrializados (IPI) é
imponível, mesmo que o bem se destine a uso próprio. BL: Info 657, STJ.
##Atenção: ##DOD: O IPI é um imposto não cumulativo (art. 153, § 3º, II, da CF/88), o que significa que é
possível compensar o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores , ou seja,
o valor pago na operação imediatamente anterior pode ser abatido do mesmo imposto em operação
posterior (art. 49 do CTN).
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2013: ##CESPE: Segundo o STF (ADI 939), a não-cumulatividade não é
cláusula pétrea, eis que não constitui garantia individual e direito fundamental dos contribuintes. O STF
entende que a não-cumulatividade apenas vincula o legislador ordinário e não o poder constituinte
derivado. Nesse ponto, o Min. Edson Fachin citando o voto do Ministro Carlos Velloso, explica: “Com
efeito: a não-cumulatividade do imposto novo e que não tenham esse fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados na Constituição, não constituem, propriamente, direito individuais, mas técnica de tributação,
que, se observada, acaba resultando em benefício para os indivíduos, mas que não ostenta, essa técnica, nem por isso,
as galas de direito fundamental. Não pode, portanto, essa técnica de tributação ser considerada cláusula
pétrea, a teor do disposto no art. 60, § 4º, IV, da Constituição Federal. (…) Ora, impedir que o poder constituinte
derivado, mediante emenda constitucional, altere técnicas de tributação, sob o pretexto de que tais técnicas constituem
direito fundamentais do homem, é impedir qualquer reforma tributária, é gessar o sistema tributário, com prejuízo,
muita vez, para as classes mais pobres.” (Trecho do voto no RE 480099, de relatoria o Min. Min. Edson Fachin,
j. 26/03/18).
(TJRO-2011): A isenção do IPI não tem disciplina expressa e explícita sobre seu crédito no texto
constitucional. BL: art. 153, IV e §3º, II, CF.
##Atenção: De fato, a CF/88 não trata da questão dos créditos de IPI nos casos de isenção. O IPI está
previsto no art. 153, IV, da CF e suas regras estão no §3º do mesmo dispositivo. A não cumulatividade é
tratada apenas no inciso II e nada dispõe sobre isenção.
(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: O IPI (imposto sobre produtos industrializados) não incide
556
sobre produtos industrializados destinados à exportação.
##Atenção: Imunidade.
IV - TERÁ REDUZIDO seu impacto sobre a aquisição de bens de capital PELO CONTRIBUINTE
DO IMPOSTO, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (PGEPB-2008)
(TJRO-2011) (TJSC-2015) (PCCE-2015)
(TJRO-2011): O IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do
imposto. BL: art. 153, §3º, IV, CF.
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003) (ITR)
II - NÃO INCIDIRÁ sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel ; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(PGERS-2011) (TJMS-2012) (TJRJ-2012) (DPESC-2012) (Cartórios/TJES-2013) (DPU-2015) (PCCE-2015) (TRF4-
2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019)
(TJRJ-2012-VUNESP): A União não poderá exigir o ITR sobre pequenas glebas rurais, assim definidas em
lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel. A situação em questão diz respeito ao
instituto tributário da imunidade. BL: art. 153, §4º, II, CF (trib.) (PCCE-2015)
III - SERÁ FISCALIZADO e COBRADO pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei,
desde que NÃO IMPLIQUE REDUÇÃO DO IMPOSTO ou qualquer OUTRA FORMA DE RENÚNCIA
FISCAL. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Regulamento) (PGEPB-2008) (TJSC-2009)
(DPEPA-2009) (MPGO-2010) (Cartórios/TJES-2013) (MPPA-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJRS-2013/2015)
(PCDF-2015) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRR-2017) (PGM-BH/MG-2017) (Cartórios/TJSP-2018)
(PGESC-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019)
##Atenção: ##STJ: ##TRF2-2014: O ITR possui função extrafiscal de proteção ao meio ambiente, razão
pela qual a legislação pertinente prevê, no art. 10, II, a da Lei 9.393/96, a possibilidade de dedução da
base de cálculo do imposto o percentual relativo à reserva legal, conceituada como a área localizada no
131
Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a
propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da
zona urbana do Município.
557
interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso
sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação
da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. STJ. 2ª T., REsp 1158999/SC, Rel. Min.
Eliana Calmon, j. 05/08/10.
(TRF2-2014): A questão da tributação ligada à proteção ambiental é cada vez mais presente. Entre os tributos
abaixo listados, assinale aquele cujo caráter extrafiscal é manifesto (já na Constituição Federal) e, como
reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça e deduzido de texto de lei, tem esse caráter hoje ligado à
proteção ambiental: Imposto territorial rural. BL: art. 153, §4º, CF c/c art. 11 da Lei 9393/96 132 e Entend.
Jurisprud.
##Atenção: A lei que trata do ITR é a Lei 9.393/96. Tal lei prevê uma progressividade extrafiscal. De modo
que no cálculo do ITR é tomada a área tributável, deduzidas áreas sujeitas a preservação ambiental. O VTNt,
o valor da terra nua tributável, é obtido pela multiplicação do VTN pelo quociente entre a área tributável e a
área total (art. 10). Nesse sentido é o teor do art. 11 da referida lei (citado em nota de rodapé). Quanto maior a
relação entre área preservada-área total, menos imposto se paga, pois menos a área tributável e mais
favorável o grau de utilização da terra. Desse modo, existe, de fato, uma função tributária que vai além da
arrecadação, pois se busca no ITR promover VALORES e FINS SOCIAIS, quais sejam, a preservação
ambiental e a produtividade.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: O imposto sobre a propriedade territorial rural será
progressivo, terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades
improdutivas, não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel e será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim
optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal. BL: art. 153, caput, VI c/c §4º, CF.
(MPPA-2014-FCC): A Lei Federal 11.250/05, prevê que a União poderá celebrar convênios com o Distrito
Federal e os Municípios que assim optarem, visando a delegar as atribuições de fiscalização e cobrança do
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural. Referida previsão legislativa é compatível com a
Constituição da República, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal. BL: art. 153, caput, VI c/c §4º, III, CF c/c art. 1º da Lei 11.250/05133.
§ 5º O OURO, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, SUJEITA-
SE EXCLUSIVAMENTE à incidência do imposto de que trata o inciso V [IOF] do "caput" deste artigo,
132
Art. 11. O valor do imposto será apurado aplicando-se sobre o Valor da Terra Nua Tributável - VTNt a alíquota
correspondente, prevista no Anexo desta Lei, considerados a área total do imóvel e o Grau de Utilização - GU. §
1º Na hipótese de inexistir área aproveitável após efetuadas as exclusões previstas no art. 10, § 1º, inciso IV, serão
aplicadas as alíquotas, correspondentes aos imóveis com grau de utilização superior a 80% (oitenta por cento),
observada a área total do imóvel. § 2º Em nenhuma hipótese o valor do imposto devido será inferior a R$ 10,00
(dez reais).
133
Art.1º A União, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, para fins do disposto no inciso III do § 4º
do art. 153 da Constituição Federal, poderá celebrar convênios com o Distrito Federal e os Municípios que
assim optarem, visando a delegar as atribuições de fiscalização, inclusive a de lançamento dos créditos
tributários, e de cobrança do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, de que trata o inciso VI do art. 153
da Constituição Federal, sem prejuízo da competência supletiva da Secretaria da Receita Federal. § 1º Para fins
do disposto no caput deste artigo, deverá ser observada a legislação federal de regência do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural. § 2º A opção de que trata o caput deste artigo não poderá implicar redução do
imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
558
devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do
montante da arrecadação nos seguintes termos : (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (MPPI-2012)
(PGEMG-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (TJAL-2015) (PCDF-2015) (PGM-São Luís/MA-
2016) (PGM-BH/MG-2017) (MPPB-2018) (MPMG-2021) (TJGO-2021) (PGEAL-2021)
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
(Cartórios/TJBA-2013) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017) (MPMG-2021) (PGEAL-2021)
##Atenção: Conforme a CF: “Art. 155 § 2º (ICMS) X - não incidirá: [...] c) sobre o ouro, nas hipóteses
definidas no art. 153, § 5º. O art. 153, §5º, por sua vez, assim refere: “Art. 153 § 5º O ouro, quando definido
em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de
que trata o inciso V do "caput" [IOF] deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de
um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: [...]”
##Atenção: Resumindo:
Ativo financeiro ou Instrumento cambial = IOF (alíquota de 1% na CF).
a) 30% Estados/DF de origem
b) 70% Municípios de origem
Mercadoria = ICMS
(TJSE-2015-FCC): Sobre a instituição de tributo que tenha como fato gerador a movimentação financeira
caracterizada por saques e transferências bancárias de dinheiro, é correto afirmar que pode ser instituído
pela União, no campo da competência residual, desde que por lei complementar e que não
seja cumulativo, pois o fato gerador não está discriminado na Constituição. BL: art. 154, I, CF (trib.)
559
(TRF2-2013-CESPE): A União poderá instituir impostos não previstos na CF, desde que eles não sejam
cumulativos nem tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados, mediante lei
complementar. BL: art. 154, I, CF (trib.)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021-CESPE): O caixa dos estados, do Distrito Federal e dos municípios conta
com as repartições orçamentárias previstas na CF, e o atraso no repasse ou a falta deste compromete
significativamente a execução de suas políticas públicas. Quanto a esse assunto, assinale a opção correta:
Um dos impostos federais não repartidos pela União com os estados, o Distrito Federal e os municípios é
o imposto extraordinário na iminência ou no caso de guerra externa. BL: art. 154, II, CF.
Seção IV
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL
Art. 155. COMPETE aos ESTADOS e ao DISTRITO FEDERAL INSTITUIR IMPOSTOS sobre:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (MPRN-2009) (MPSP-2010) (Cartórios/TJES-2013)
(MPPR-2012/2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPPB-2018) (Cartórios/TJPR-2019)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993) (ITCMD) (TJDFT-2007) (TJSP-2008) (PGEPI-2008) (TJSC-2009) (PGEPE-2009)
(PGESP-2009) (MPGO-2010) (PGEAM-2010) (PGERS-2010) (PGEPR-2011) (PGERO-2011) (MPAP-2012) (MPPR-
2012) (MPRR-2012) (DPESC-2012) (AGU-2012) (TJAM-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013)
(PGEGO-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (PCDF-2015) (PGEMT-2011/2016) (PGEMS-2016)
(Cartórios/TJSP-2012/2014/2016) (DPERO-2017) (PGEAC-2017) (Cartórios/TJSP-2011/2012/2016/2018) (MPPB-
2018) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (PCPI-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (Cartórios/TJRS-2013/2019)
(Cartórios/TJMG-2015/2016/2017/2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo
Grande/MS-2019) (TJMS-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPRS-2021) (Aud. Fiscal-SEAZ/CE-2021)
(TJMA-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
560
(DPEMS-2014-VUNESP): Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. BL: art. 155, I, CF.
##Atenção: O legislador não faz nenhuma ressalva ao exercício da referida competência tributária.
(TJRS-2009): Compete aos Estados instituir impostos sobre transmissão causa mortis sobre quaisquer
direitos. BL: art. 155, I, CF/88.
Súmula 112-STF: O imposto de transmissão “causa mortis” é devido pela alíquota vigente ao tempo da
abertura da sucessão.
##Atenção: ##STF: ##MPAM-2007: ##CESPE: As normas constitucionais, que impõem disciplina nacional
ao ICMS, são preceitos contra os quais não se pode opor a autonomia do Estado, na medida em que são
explícitas limitações. (STF, Plenário, ADI 2.377-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 22/2/01).
##Atenção: ##PGEGO-2013: O ICMS é um imposto real: Luiz Felipe explica que, “como noção, pode-se dizer
que impostos reais são aqueles que incidem sobre um objeto material, uma coisa (res, em latim); impostos
pessoais, aqueles em que a tributação incide devido a certas características da pessoa do sujeito passivo.
[...] Exemplo de imposto pessoal é o imposto de renda. De impostos reais, o IPI, o ICMS e os impostos sobre o
patrimônio (IPTU, ITR etc.).” (DIFINI, Luiz Felipe Silveira. Manual de Direito Tributário. São Paulo: Saraiva,
2003, p. 28)".
561
circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. BL: art. 155, I e II, CF/88.
(TJRS-2016-Faurgs): Sobre o ITCD, assinale a alternativa correta: Havendo apenas bens móveis, o ITCD é
devido ao Estado em que o inventário será processado, apurando-se o imposto pela alíquota vigente por
ocasião da abertura da sucessão. BL: art. 155, II, CF e Súmula 112 do STF (citada acima).
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
(IPVA) (DPECE-2008) (PGEPB-2008) (PGEPE-2009) (PGESP-2009) (PGEAM-2010) (MPMS-2011) (TJCE-2012)
(MPAP-2012) (DPERO-2012) (DPETO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PGERN-2014)
(PGEPR-2015) (PCDF-2015) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (MPPB-2018)
(Cartórios/TJPR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPRS-2021) (PF-2021)
##Atenção: O IPVA, como é conhecido esse imposto, tem função predominantemente fiscal. Foi criado
para melhorar a arrecadação dos Estados e Municípios. Tem, todavia, função extrafiscal, quando
discrimina, por exemplo, em função do combustível utilizado. (Fonte: Hugo de Brito Machado. Curso de
Direito Tributário, 26ª ed., p. 383)
§ 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (ITCMD)
(MPRO-2017-FMP): De acordo com o disposto no art. 155, § 1º, da CF/1988, é correto o que se afirma
acerca do imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos na alternativa:
Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem ou ao
Distrito Federal. BL: art. 155, §1º, I, CF.
(TJRO-2019-VUNESP): Beltrano faleceu no Município de Maceió, Estado de Alagoas, onde viveu toda a
sua vida, deixando aos seus herdeiros como herança: (i) depósito em dinheiro em instituição financeira
com sede no Município de São Paulo, Estado de São Paulo; (ii) ações de companhia de capital aberto
negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, Estado de São Paulo; (iii) automóvel que se encontra em
posse de seu filho Beltraninho, domiciliado no Município de Cuiabá, Estado do Mato Grosso; e (iv)
134
(PGEPB-2008-CESPE): Em relação ao imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), julgue o
item subsequente: A incidência do IPVA só alcança os veículos terrestres, de acordo com a jurisprudência do STF.
BL: Entend. Jurispud.
562
direito de superfície constituído sobre imóvel rural localizado no Município de Apiúna, Estado de Santa
Catarina. O inventário e a partilha estão sendo processados no Município de Maceió, Estado de Alagoas,
conforme as regras processuais. A respeito da situação hipotética, é correto afirmar, com base nas normas
de competência tributária previstas na Constituição Federal, que o ITCMD sobre o depósito em dinheiro,
sobre as ações e sobre o automóvel deve ser recolhido ao Estado de Alagoas; e o ITCMD sobre o direito
de superfície, ao Estado de Santa Catarina. BL: art. 155, §1º, I e II, CF (trib.).
##Atenção: O ITCMD é um imposto de competência estadual, previsto no art. 155, I, CF. O fato gerador
do imposto é a transmissão não onerosa de quaisquer bens ou direitos, seja por causa mortis (herança),
seja por doação. Um aspecto importante para entender em qual Estado é devido o ITCMD é saber a
natureza do bem que está sendo transmitido. Se o bem for imóvel, o imposto compete ao Estado da
situação do bem. Já se o bem for móvel, o que inclui títulos e créditos, o imposto é devido no domicílio
do doador, ou onde se processar o inventário (se for causa mortis). No caso em tela, o depósito em
dinheiro, as ações e o automóvel são bens móveis. Logo, o imposto sobre esses bens deve ser recolhido ao
Estado de Alagoas, que é onde se processou o inventário. Já o direito de superfície é um direito real,
conforme previsto no art. 1225, II, do CC/02. Por conta disso, esse direito é considerado bem imóvel, nos
termos do art. 80, I do CC/02.
(TJSC-2015-FCC): Klaus, viúvo, domiciliado em Blumenau/SC, faleceu em 2013 e deixou bens no valor
de R$ 1.800.000,00 a seus quatro filhos: Augusto, Maria, Marcos e Teresa. Augusto, domiciliado em
Chapecó/SC, em pagamento de seu quinhão, recebeu o terreno localizado em Maringá/PR. Maria,
domiciliada em Belo Horizonte/MG, renunciou a seu quinhão a favor de sua irmã, Teresa. Marcos,
domiciliado em São Paulo/SP, em pagamento de seu quinhão, recebeu o montante depositado na conta
corrente que Klaus mantinha em São Paulo e com o imóvel localizado à beira-mar, em Torres/RS. A
Teresa, domiciliada em Campo Grande/MS, em pagamento de seu quinhão, couberam os bens móveis
deixados pelo falecido. Marcos renunciou ao imóvel localizado em Torres a favor de sua irmã, Teresa. O
processo judicial de arrolamento dos bens deixados por Klaus correu em Blumenau/SC. Considerando
as informações acima e a disciplina estabelecida na Constituição Federal acerca da sujeição ativa do
ITCMD, compete ao Estado de Minas Gerais o imposto incidente sobre a transmissão inter vivos, não
onerosa, de bens móveis integrantes do quinhão recebido por Teresa, em razão da renúncia efetivada por
Maria. BL: art. 155, §1º, II, CF (trib.).
##Atenção: Minas Gerais o imposto incidente sobre a transmissão inter vivos, não onerosa, de bens
móveis integrantes do quinhão recebido por Teresa, em razão da renúncia efetivada por Maria.
(CORRETO: transmissão de bens móveis cabe ao Estado do Doador. No caso, Minas Gerais é o local de
domicílio da doadora Maria).
##Atenção: Se a transmissão é decorrente de sucessão causa mortis, o ITCMD compete ao Estado em que
se processar o inventário ou arrolamento, haja vista a previsão contido no art. 155, § 1º, II da CF. Como a
assertiva afirma que o "de cujus" era residente no Rio de Janeiro, a este Estado compete o lançamento do
tributo.
III - TERÁ competência para sua instituição regulada por LEI COMPLEMENTAR:
563
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (Cartórios/TJMG-2017) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (MPMT-2019)
(Cartórios/TJAL-2019)
##Atenção: Definição do Estado (ou Distrito Federal) competente para a cobrança do ITCMD:
IV - TERÁ suas ALÍQUOTAS MÁXIMAS fixadas pelo Senado Federal; [Obs.: O exercício desta
competência senatorial é obrigatório.] (TJSP-2008) (TJSC-2009) (PGEPE-2009) (MPGO-2010) (DPESC-2012)
(PGEGO-2010/2013) (TJRJ-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJPA-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(PGERN-2014) (PGERS-2010/2015) (PGEPR-2011/2015) (MPF-2015) (PCDF-2015) (PGEAM-2016) (MPRO-2017)
(Cartórios/TJSP-2011/2018) (Cartórios/TJRS-2013/2019) (MPMT-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (TJMS-2008/2020)
(MPRS-2021) (TJMA-2022)
(MPGO-2010): No imposto previsto no art. 155, I, da CF/88 (transmissão causa mortis), a competência
estadual é limitada, pois as alíquotas máximas são fixadas pelo Senado Federal. BL: art. 155, §1º, IV, CF.
564
V - não incidirá sobre as doações destinadas, no âmbito do Poder Executivo da União, a projetos
socioambientais ou destinados a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e às instituições federais de
ensino. (Incluído pela Emenda Constituicional nº 126, de 2022)
a) NÃO IMPLICARÁ crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes; (TJMT-2009) (AGU-2009) (MPSC-2010) (MPMG-2010) (PGEAM-2010) (TJRO-2011)
(TJSC-2013) (MPRO-2013) (PCPA-2013) (TJPR-2014) (TJPA-2014) (PGEAC-2014) (PGERS-2015) (TJRS-
2009/2016) (PGEMA-2016) (MPF-2017) (PGESP-2009/2018)
(TJCE-2018-CESPE): Segundo a CF, a isenção do ICMS, salvo previsão legal específica, acarretará a
anulação do crédito relativo às operações anteriores e não implicará crédito para compensação com o
montante devido nas operações seguintes. BL: art. 155, caput, II c/c §2º, II, alíneas “a” e “b”, CF. (trib.)
##Atenção: ##TJRO-2011: Consoante dispõe o art. 155, §2º, I, CF, o ICMS é imposto não-cumulativo,
compensando-se o que for devido em cada operação relativa às operações anteriores. Entretanto, o inciso
II desse dispositivo prevê que no caso de isenção não haverá direito ao crédito para compensação e
acarretará a anulação do crédito relativo às operações seguintes.
III - PODERÁ SER SELETIVO, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
(TJMG-2009) (TJRS-2009) (TJMT-2009) (TRF5-2009) (PGESP-2009) (TJSC-2010) (MPMG-2010) (TJRJ-2011)
(Cartórios/TJBA-2013) (TJPR-2014) (TJPA-2014) (TJAP-2014) (PGERS-2015) (PGEMA-2016) (PGM-Fortaleza/CE-
2017) (TRF3-2018) (PGEPE-2018) (MPSC-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020)
(MPRN-2009-CESPE): Acerca do ICMS, segundo a CF e o CTN, assinale a opção correta: O tributo pode
ser cobrado considerando a essencialidade das mercadorias objeto da operação comercial. BL: art. 155,
§2º, III da CF (trib.)
##Atenção: Segundo Ricardo Alexandre, o exercício da competência senatorial, nesse caso, é obrigatório.
Entretanto, com o advento da EC 42/03, a imunidade das exportações ao ICMS (CF, art. 155 § 2.º, X, a)
passou a abranger todas as mercadorias. Assim, não mais faz sentido a atribuição do Senado de fixar as
alíquotas de exportação, dada a impossibilidade constitucional de incidência do ICMS sobre operações
que destinem mercadorias para o exterior. É mais uma das várias falhas da EC 42/03. Como o citado art.
155, §2º, IV da CF não foi expressamente alterado, as bancas de concurso continuam considerando a
atribuição senatorial existente.
##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: O que o Senado Federal poderá fazer é estabelecer as alíquotas
aplicáveis às operações e prestações interestaduais (art. 155, §2º, IV, CF), não podendo, nos dias atuais,
estabelecer as aplicáveis às exportações, porque a EC 42/03 trouxe regra de imunidade nestas situações.
Ademais, “as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal”
(art. 155, §4º, IV, CF), competência essa atualmente desempenhada pelo CONFAZ. Por fim, apenas o
ICMS-monofásico será desobrigado da anterioridade anual; as demais hipóteses devem obediência tanto
à regra da noventena quanto da anualidade.
##Atenção: ##TJRR-2015: ##FCC: A fixação das alíquotas interestaduais e das operações destinadas ao
566
exterior no ICMS, ocorrerá obrigatoriamente por resolução do Senado Federal (art. 155, § 2º, IV, da CF).
INICIATIVA - do presidente ou 1/3 dos membros do Senado Federal;
APROVAÇÃO – Maioria Absoluta.
b) FIXAR ALÍQUOTAS MÁXIMAS nas mesmas operações para resolver conflito específico que
ENVOLVA interesse de Estados, mediante RESOLUÇÃO de iniciativa da maioria absoluta e
APROVADA por dois terços de seus membros; [Obs.: O exercício da competência senatorial, nesse caso, é
facultativo]. (PGEPB-2008) (TJSP-2009) (MPSC-2010) (TJPB-2011) (PGEPR-2011) (MPPI-2012) (AGU-2012)
(TJSC-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEBA-2014) (TJRR-2015) (PGESP-2018) (MPMG-2021)
(MPMG-2021): Compete ao Senado Federal fixar, por resolução, as alíquotas do ICMS nas operações
interestaduais. Também é facultado ao Senado Federal regular as alíquotas mínimas do ICMS nas
operações internas e as alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que
envolva interesse de Estados. BL: art. 155, §2º, IV e V “a” e “b”, CF (tribut.)
##Atenção: ##TJRR-2015: ##FCC: Quanto à fixação das alíquotas internas mínima e máxima, tal se dará
facultativamente por resolução do SF (art. 155, § 2º, V, da CF). No caso de alíquota mínima, a iniciativa é
de 1/3 do Senado Federal e aprovação por maioria. No caso de alíquota máxima, a iniciativa é da maioria
absoluta do Senado Federal e aprovação de 2/3 dos seus membros.
VI - SALVO deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no
inciso XII, "g", as ALÍQUOTAS INTERNAS, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
prestações de serviços, NÃO PODERÃO SER INFERIORES às previstas para as operações
interestaduais; (PGESP-2002/2009) (MPRN-2009) (TJSC-2010) (PGEAM-2010) (TJPB-2011) (AGU-2012) (MPRO-
2013) (TJAP-2014) (TJCE-2014) (PGERN-2014)
VII - nas operações e prestações que DESTINEM bens e serviços a consumidor final, contribuinte
ou não do imposto, LOCALIZADO em outro Estado, ADOTAR-SE-Á a ALÍQUOTA INTERESTADUAL
e CABERÁ ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a
ALÍQUOTA INTERNA do Estado destinatário e a ALÍQUOTA INTERESTADUAL; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 87, de 2015) (TJAL-2015) (PGEPA-2015) (PGEPR-2015) (MPGO-2016) (PGEAM-2016)
(PGEMT-2016) (PGESP-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (TCERJ-2021)
b) ao REMETENTE, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 87, de 2015)
567
(TJRO-2019-VUNESP): A empresa ABC Ltda., contribuinte do ICMS, por meio de estabelecimento
sediado em específico estado da Federação, vendeu, no ano de 2019, à empresa XYZ Ltda., sediada em
outro estado da Federação e não contribuinte do ICMS, mercadorias sujeitas à alíquota no estado de
origem e no estado de destino de 18%. A alíquota interestadual para vendas com origem no estado do
estabelecimento da empresa ABC Ltda. com destino para o estado do estabelecimento da empresa XYZ
Ltda. é de 12%. Considerando que a empresa XYZ Ltda. seja a consumidora final das mercadorias, é
correto afirmar que se adotará a alíquota interestadual de 12% e caberá ao estado de localização do
destinatário o imposto correspondente a 6%, que deverá ser recolhido pela empresa ABC Ltda.,
remetente das mercadorias. BL: art. 155, §2º, VII e VII, “b”, CF. (trib.)
##Atenção: Na primeira situação narrada deve ser aplicada a alíquota interestadual, que é de 12%,
consoante dispõe o art. 155, §2º, VII da CF. Esse valor é recolhido ao Estado de origem da mercadoria. Já
ao Estado de destino deve ser recolhido o diferença de alíquota, também conhecido como DIFAL, que é a
subtração entre a alíquota interna e a alíquota interestadual. Nesse caso, a alíquota interna é de 18%, e a
interestadual é de 12%. Assim, o DIFAL é de 6% (18 - 12). Como o destinatário (XYZ) não é contribuinte
do ICMS, caberá ao remetente (ABC), que é contribuinte do ICMS, a responsabilidade pelo recolhimento
do imposto, nos termos do art. 155, §2º, VIII, “b” da CF.
IX - INCIDIRÁ também:
Súmula vinculante 48-STF: Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS
por ocasião do desembaraço aduaneiro.
##Atenção: ##STF: ##DOD: É válida lei estadual que dispõe acerca da incidência do ICMS sobre
operações de importação editada após a vigência da EC 33/01, mas antes da LC 114/02; esta lei, contudo,
somente produz efeitos a partir da vigência da LC 114/02: I - Após a Emenda Constitucional 33/01, é
constitucional a incidência de ICMS sobre operações de importação efetuadas por pessoa, física ou
jurídica, que não se dedica habitualmente ao comércio ou à prestação de serviços, devendo tal
tributação estar prevista em lei complementar federal. II - As leis estaduais editadas após a EC 33/01 e
antes da entrada em vigor da Lei Complementar 114/02, com o propósito de impor o ICMS sobre a
referida operação, são válidas, mas produzem efeitos somente a partir da vigência da LC 114/02. STF.
Plenário. RE 1221330, Rel. Luiz Fux, Relator p/ Acórdão: Alexandre de Moraes, j. 16/06/20 (Repercussão
Geral – Tema 1094) (Info 987 – clipping).
135
##Atenção: ##DOD: ##Repercussão Geral/STF – Tese 171: ##TJSP-2018: ##TJMS-2020: ##FCC: ##VUNESP:
Após a EC 33/01, é CONSTITUCIONAL a instituição do ICMS incidente sobre a importação de bens, sendo
irrelevante a classificação jurídica do ramo de atividade da empresa importadora. Antes da EC 33/2001 essa
prática era inconstitucional. As leis estaduais anteriores à EC 33/01 que previam a cobrança de ICMS
importação para pessoas que não fossem contribuintes habituais de imposto são inválidas, considerando que
o sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente. Para ser
constitucionalmente válida a incidência do ICMS sobre operações de importação de bens, as modificações no
critério material na base de cálculo e no sujeito passivo da regra-matriz deveriam ter sido realizadas em lei
posterior à EC 33/01. A súmula 660 do STF está superada. STF. Plenário. RE 439796/PR; RE 474267/RS, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, j. 6/11/13 (Info 727).
568
146, II e 155, XII, § 2º, i da CF). A validade da constituição do crédito tributário depende da existência
de lei complementar de normas gerais (LC 114/02) e de legislação local resultantes do exercício da
competência tributária, contemporâneas à ocorrência do fato jurídico que se pretenda tributar.
2. Modificações da legislação federal ou local anteriores à EC 33/01 não foram convalidadas, na
medida em que inexistente o fenômeno da “constitucionalização superveniente” no sistema
jurídico brasileiro. A ampliação da hipótese de incidência, da base de cálculo e da sujeição passiva
da regra-matriz de incidência tributária realizada por lei anterior à EC 33/01 e à LC 114/02 não
serve de fundamento de validade à tributação das operações de importação realizadas por
empresas que não sejam comerciais ou prestadoras de serviços de comunicação ou de transporte
intermunicipal ou interestadual. (##Atenção: Caiu no TJSP-2018!!!)
3. A tributação somente será admissível se também respeitadas as regras da anterioridade e da
anterioridade, cuja observância se afere com base em cada legislação local que tenha modificado
adequadamente a regra-matriz e que seja posterior à LC 114/02.
(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020-CESPE): Acerca de ICMS, julgue o item a seguir: É possível a cobrança de
ICMS sobre as importações de bens realizadas por pessoas físicas e pessoas jurídicas não contribuintes
habituais do referido imposto, estando a tributação condicionada à edição de lei complementar
estabelecendo normas gerais e de leis estaduais, reveladoras do exercício da competência tributária. BL: art.
155, §2º, IX da CF e Entend. STF.
(TJSP-2018-VUNESP): Com relação à operação de importação por não contribuinte, é correto afirmar que,
segundo a jurisprudência consolidada do STF, a EC 33/01 criou nova competência tributária para estender
o campo de incidência do ICMS à operação de importação de bem por não contribuinte, cuja tributação há
de ter fundamento de validade em lei complementar de normas gerais e legislação local supervenientes. BL:
art. 155, §2º, IX da CF e Entend. STF.
##Atenção: ##DOD: LC 114/02: A fim de adequar a legislação do ICMS à nova disciplina da EC 33/01, o
Congresso Nacional editou a LC 114/02, alterando a LC 87/96 (que trata do ICMS) para regular os casos
de ICMS importação. Dessa forma, a LC 114/02, que entrou em vigor em 17/12/02, foi editada com o
objetivo de prever expressamente, na legislação infraconstitucional, a possibilidade de ICMS sobre a
importação.
##Atenção: ##STF: ##TJAL-2019: ##FCC: Para o STF, o sujeito ativo da relação jurídico-tributária do
ICMS é o Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário jurídico da
mercadoria (alínea 'a' do inciso IX do § 2º do art. 155 da CF/88); pouco importando se o desembaraço
aduaneiro ocorreu por meio de ente federativo diverso. (RE 299.079-5/RJ; Rel. Min. Carlos Britto; v.u.; j.
30/6/04; DJ 16/6/06). Destaca-se do voto do Min. Rel. Carlos Britto: “8. O ICMS, incidente na importação
de mercadoria, não tem como sujeito ativo da relação jurídico-tributária o Estado onde ocorreu o desembaraço
aduaneiro – momento do fato gerador –, mas o Estado onde se localiza o sujeito passivo do tributo; ou seja, aquele
que promove juridicamente o ingresso do produto. No presente caso, o Estado de Pernambuco. 9. De mais a mais, o
dispositivo constitucional, ao se referir a ‘estabelecimento destinatário’, não especifica o tipo de estabelecimento: se é
o final, ou se não é. 10. Dessa forma, quando a operação se inicia no Exterior, o ICMS é devido ao Estado
em que está localizado o destinatário jurídico do bem, isto é, o importador. (...). 11. Assim, em face do
exposto, confirmo o Estado de Pernambuco como sujeito ativo da relação tributária e nego provimento ao recurso
extraordinário.”. Também foi essa a conclusão adotada pelo Min. Marco Aurélio: “No caso, trata-se de
tributo sobre a importação, e não possuindo a recorrida estabelecimento no Estado do Rio de Janeiro, mas em
Pernambuco, a este cabe o imposto. Impossível valorizar-se o desembarque de modo a se afastar do cenário
jurídico a norma constitucional definidora do Estado titular do tributo.”
(MPMG-2021): Constitui um dos fatos geradores do ICMS a entrada de bem ou mercadoria importados
do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer
que seja a sua finalidade, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço. BL: art. 155, §2º, IX, “a”, CF (tribut.)
##Atenção: Vide o teor do art. 2º, §1º e art. 11 da LC/87/96 (Lei Kandir): “Art. 2º, §1º: O imposto incide
também: I - sobre a entrada de mercadoria ou de bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; (...) II - sobre o serviço prestado no
exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; (...) “Art. 11: O local da operação ou da prestação, para
efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: (...) IV - tratando-se de serviços
prestados ou iniciados no exterior, o do estabelecimento ou do domicílio do destinatário.”
##Atenção: Nos termos do art. 155, II, CF, o serviço de comunicação é fato gerador do ICMS. Por sua vez,
o inciso IX, do art. 155, §2º, dispõe o ICMS incide sobre o total das operações quando mercadorias forem
fornecidas com serviços não compreendidos na competência do ISS municipal.
X - NÃO INCIDIRÁ:
Súmula 649-STJ: Não incide ICMS sobre o serviço de transporte interestadual de mercadorias destinadas
ao exterior.
(TJRS-2016-Faurgs): As operações que destinem mercadorias para o exterior não são isentas de ICMS.
BL: art. 155, §2º, X, “a”, CF.
##Atenção: Operações de exportação são IMUNES, e não isentas, de ICMS, já que a vedação à tributação
advém da CF, e não por meio de lei, pressuposto básico para caracterização de uma isenção.
(TJRS-2009): À luz das disposições em vigor da CF/88 com relação ao imposto sobre operações relativas
à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação é correto afirmar que não incide sobre operações que destinem mercadorias para o
exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento dos créditos relativos às operações e prestações
anteriores. BL: art. 155, §2º, X, “a”, CF.
136
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
570
b) sobre operações que DESTINEM a outros Estados PETRÓLEO, INCLUSIVE LUBRIFICANTES,
COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E GASOSOS dele derivados, e ENERGIA ELÉTRICA; (PGEES-2008)
(TJMG-2009) (DPESP-2009) (TJRO-2011) (TRF1-2011) (TJPR-2010/2011/2012) (MPPI-2012) (PGEMG-2012)
(PGEPI-2014) (PGEPR-2015) (PGM-BH/MG-2017) (PGETO-2018) (TJAL-2019) (TJGO-2021)
(TJMG-2009): Em relação ao ICMS: Não incide sobre operações que destinem a outros Estados petróleo,
combustíveis dele derivados e energia elétrica. BL: art. 155, §2º, X, “b”, CF.
(DPESP-2009-FCC): Assinale a alternativa correta: De acordo com a CF/88, o ICMS não incide sobre
operações que destinem petróleo, combustíveis e energia elétrica a outros Estados. BL: art. 155, §2º, X,
“b”, CF.
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; (MPPI-2012) (PGEMG-2012) (TJPR-
2012/2014) (MPPB-2018) (TJGO-2021)
##Atenção: Conforme a CF: “Art. 155 § 2º (ICMS) X - não incidirá: [...] c) sobre o ouro, nas hipóteses
definidas no art. 153, § 5º. O art. 153, §5º, por sua vez, assim refere: “Art. 153 § 5º O ouro, quando
definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do
imposto de que trata o inciso V do "caput" [IOF] deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota
mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes
termos: [...]”
##Atenção: Resumindo:
Ativo financeiro ou Instrumento cambial = IOF (alíquota de 1% na CF).
c) 30% Estados/DF de origem
d) 70% Municípios de origem
Mercadoria = ICMS
(MPMT-2019-FCC): No tocante ao ICMS, e de acordo com a Constituição Federal, lei estadual de Mato
Grosso pode definir como fato gerador do ICMS as prestações de serviço de comunicação, sejam estas
prestações de âmbito intramunicipal, intermunicipal e interestadual, nas modalidades de radiodifusão
sonora e de sons e imagens, desde que a recepção não seja livre e gratuita. BL: art. 155, caput, II c/c §2º,
“d”, CF.
##Atenção: Portanto, nos termos do art. 155, §2º, X, “d”, CF, apenas são imunes do ICMS quando se
tratar de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita
(TJPE-2011-FCC): O art. 155, §2º, “d” da CF/88, enuncia que o ICMS “não incidirá” sobre prestação de
serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão e transmissão de imagens. Bem observado, o
dispositivo consagra, segundo a melhor doutrina do direito, imunidade tributária. BL: art. 155, §2º, “d”,
CF.
571
XI - NÃO COMPREENDERÁ, EM SUA BASE DE CÁLCULO, o montante do imposto sobre
produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto
DESTINADO à industrialização ou à comercialização, CONFIGURE FATO GERADOR dos dois
impostos; (TRF2-2009) (MPMG-2010) (TJPR-2012) (MPPI-2012) (TJAP-2014) (PGERN-2014) (TJPA-2019)
(MPPB-2018-FCC): Embora o ICMS seja um dos impostos mais minuciosamente disciplinados no texto
constitucional, a própria CF/1988 estabeleceu que algumas matérias deveriam ser disciplinadas por meio
de lei complementar federal. Em razão disso, no âmbito do ICMS, cabe à lei complementar disciplinar o
regime de compensação do imposto; definir seus contribuintes; e fixar, para efeito de sua cobrança e
definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e
das prestações de serviços. BL: art. 155, §2º, XII, “a”, “c” e “d”, CF.
e) EXCLUIR da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos
além dos mencionados no inciso X, "a"; [obs.: isenção heterônoma] (TJRS-2009) (MPF-2012) (TJRR-2015)
(PGEMA-2016) (MPPB-2018) (TJRJ-2019)
g) REGULAR A FORMA como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções,
incentivos e benefícios fiscais SERÃO concedidos e revogados. (TJAL-2008) (PGEPI-2008) (PGESP-
2002/2009) (MPRN-2009) (PGEPE-2009) (TRF2-2011) (AGU-2007/2012) (TJAC-2012) (DPERO-2012) (TJSP-
2008/2013) (MPRO-2008/2013) (MPDFT-2013) (DPESP-2013) (PCDF-2013) (PGEGO-2013) (TJAP-2014)
(TJDFT-2014) (MPAC-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEBA-2014) (PGERN-2014) (PGEPR-
2011/2015) (TJRR-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEAM-2010/2016) (TJAM-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
(PGM-BH/MG-2017) (MPPB-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (PGECE-2008/2021) (TCDF-2021) (DPETO-
2022)
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 817: ##DOD: ##PGECE-2021: ##CESPE: É cabível a concessão
de remissão, com amparo em convênios CONFAZ, de créditos de ICMS oriundos de benefícios fiscais
declarados inconstitucionais: É constitucional a lei estadual ou distrital que, com amparo em convênio
do CONFAZ, conceda remissão de créditos de ICMS oriundos de benefícios fiscais anteriormente
julgados inconstitucionais. STF. Plenário. RE 851421/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 17/12/21
(Repercussão Geral – Tema 817) (Info 1042).
137
Art. 13. A base de cálculo do imposto é: (...) § 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do
Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto
destinado à industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos.
572
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 705: ##DOD: A inadimplência do usuário não afasta a
incidência ou a exigibilidade do ICMS sobre serviços de telecomunicações: As vendas inadimplidas não
podem ser excluídas da base de cálculo do tributo, pois a inadimplência do consumidor final — por se
tratar de evento posterior e alheio — não obsta a ocorrência do fato gerador do ICMS-comunicação.
STF. Plenário. RE 1003758/RO, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes,
j. 14/5/21 (Repercussão Geral – Tema 705) (Info 1017).
138
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou
revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta
Lei. (...) Art. 2º - Os convênios a que alude o art. 1º, serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido
convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência de representantes do
Governo federal. (...) § 2º - A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos Estados
representados; a sua revogação total ou parcial dependerá de aprovação de quatro quintos, pelo menos, dos
representantes presentes.
573
justamente para evitar o deflagramento da perniciosa “guerra fiscal” entre eles. À lei complementar
restou discricionária apenas a forma pela qual os Estados e o Distrito Federal implementarão o ditame
constitucional. A questão, por sua vez, está regulamentada pela Lei Complementar 24/1975, que
declara que as isenções a que se faz referência serão concedidas e revogadas nos termos dos convênios
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal. STF. Plenário. ADI 2549, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, j. 01/06/11.
(PGEGO-2013): O art. 155 da Constituição Federal, que trata da competência dos Estados e do Distrito
Federal para instituir impostos, dispõe em seu § 2º: “[..] XII - cabe à lei complementar: [..] g) regular a forma
como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados.” De acordo com o STF, trata-se de norma de eficácia contida. BL: art. 155, §2º, XII, “’g”, CF e
Entend. Jurisprud.
(TJSP-2013-VUNESP): A respeito das isenções de ICMS, é correto afirmar que somente podem ser
instituídas após aprovação de convênio autorizativo no Conselho Nacional de Política Fazendária. BL:
art. 155, §2º, XII, “’g”, CF. (trib.)
(MPRN-2009-CESPE): Lei complementar estadual, de forma autônoma e sem outro fundamento anterior,
instituiu benefício fiscal para os contribuintes do ICMS, em virtude da necessidade de se aumentar as
receitas desse estado, o que ocasionou a redução da alíquota abaixo da alíquota mínima já estabelecida e
cobrada nas operações geradoras do referido tributo e a diminuição da arrecadação de ICMS nos estados
vizinhos. Com relação a essa lei, assinale a opção correta: O ICMS é um tributo que tem importância
nacional e, por isso, deve seguir regulamentação estabelecida na CF, o que não ocorreu no referido caso.
BL: art. 155, caput c/c §2º, XII, “g”, CF. (trib.)
##Atenção: ##MPRN-2009: ##DPESP-2013: ##CESPE: ##FCC: "O artigo 155, parágrafo 2º, XII, “g” da
Constituição Federal determina que cabe a lei complementar regular a forma como – mediante deliberação dos
Estados e do Distrito Federal – isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados, em matéria de
ICMS. Essa lei a que alude o dispositivo já havia sido editada antes da entrada em vigor da Constituição de 1988
que a recepcionou. Trata-se da Lei Complementar n. 24/75, que prevê a necessidade de convênios
(celebrados no Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ), com aprovação unânime de todos
os Estados, para que isenções e benefícios fiscais sejam concedidos. Ela veicula, assim, norma geral em
matéria tributária, pois uniformiza a disciplina desse assunto no sistema jurídico tributário brasileiro. Trata-se de
norma fundada no princípio da homogeneidade que deve presidir um modelo federativo, como assina Tércio Ferraz
Júnior, eis que a União fixa padrões legais harmônicos na matéria, objetivando impedir a ocorrência da guerra fiscal
entre os Estados componentes da Federação. Há um risco permanente de que, na disciplina de benefícios fiscais,
uma unidade federativa possa prejudicar outra". (Seabra de Moura, Frederico Araújo. LEI COMPLEMENTAR
TRIBUTÁRIA. p. 275)
(TJAL-2008-CESPE): O governador de determinado estado decidiu criar uma política fiscal atrativa de
investimentos para sua unidade federada e, sem nenhum procedimento anterior, encaminhou, por meio
de projeto de lei, proposta de concessão de benefícios fiscais em relação ao tributo de ICMS para
empresas que se instalarem em seu território. Com relação a essa situação hipotética e às normas que
regem os benefícios fiscais, assinale a opção correta: Qualquer benefício fiscal concedido ao tributo de
ICMS depende de deliberação entre os estados e o DF, o que é pressuposto para a criação da legislação
específica. BL: art. 155, §2º, XII, “’g”, CF. (trib.)
##Atenção: O art. 155, §2º, X, b, da CF, dispõe que o ICMS não incidirá sobre operações interestaduais
com combustíveis e lubrificantes. No entanto, o inciso XII, alínea h, do mesmo dispositivo, prevê que
cabe à lei complementar definir quais combustíveis e lubrificantes terão incidência única (i.e.,
monofásica), não se aplicando a imunidade prevista no inciso X, alínea b, do mesmo parágrafo.
(TJRR-2015-FCC): O ICMS é imposto de competência estadual. Não obstante isso, a Constituição Federal
estabelece que determinadas matérias deverão ser disciplinadas por meio de lei complementar federal.
Assim, dentre as matérias que devem ser necessariamente disciplinadas por meio de lei complementar,
encontram-se: A fixação de sua base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também
na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço; a definição de seus contribuintes; a disciplina
do regime de compensação do imposto. BL: art. 155, §2º, XII, “a”, “c” e “i”, CF. (tribut.)
§ 3º À EXCEÇÃO DOS IMPOSTOS de que tratam o inciso II [ICMS] do caput deste artigo e o art.
153, I e II [II e IE], nenhum outro imposto PODERÁ INCIDIR sobre operações relativas a ENERGIA
ELÉTRICA, SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES, DERIVADOS DE PETRÓLEO, COMBUSTÍVEIS
e MINERAIS do País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJDFT-2007) (DPU-2010)
(TRF5-2009/2011) (TJRO-2011) (TRF1-2011) (TJMG-2009/2012) (TJRS-2012) (MPPI-2012) (PFN-2012) (TJPR-2013)
(TJAP-2014) (PGEMS-2016) (TJMT-2018) (DPERS-2018) (PGESC-2018) (MPPR-2019) (TCERJ-2021)
##Atenção: O caso em tela, tenta induzir a acreditar estarem os entes federados – Estado de Alagoas e
Município de Maceió – no exercício regular de sua competência tributária, notadamente ao afirmar que a
incidência do tributo municipal não excluiria a incidência do tributo estatual (o ICMS). Pela narrativa do
caso, a questão leva a crer que se está tratando de instituição de ISSQN “sobre vendas a varejo de
combustíveis líquidos e gasosos, exceto sobre o óleo diesel”. Entretanto, a questão cobrou unicamente o
conhecimento de um caso específico de imunidade previsto na CF/88. Vejamos: “Art. 155, §3º. À exceção
dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto
poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de
petróleo, combustíveis e minerais no País”. Portanto, salvo o ICMS, o II e o IE, nenhum outro imposto
poderá incidir sobre combustíveis líquidos e gasosos – de modo que as previsões da Constituição
Estadual e a legislação municipal são, neste contesto, inconstitucionais. Por fim, vale registrar que, no
caso de combustíveis, é possível a instituição do chamado ICMS monofásico, cuja competência é dos
Estados (art. 155, §2º, XII, ‘h’, da CF/88).
II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes
e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de
origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais
mercadorias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJAL-2019)
III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não
incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto CABERÁ ao Estado de
origem; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (MPF-2008) (PGESP-2002/2009)
576
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da
operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre
concorrência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
c) PODERÃO SER reduzidas e restabelecidas, NÃO SE LHES APLICANDO o disposto no art. 150,
III, b.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (MPF-2011) (TJCE-2014) (TJMS-2020)
##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: O que o Senado Federal poderá fazer é estabelecer as alíquotas
aplicáveis às operações e prestações interestaduais (art. 155, §2º, IV, CF), não podendo, nos dias atuais,
estabelecer as aplicáveis às exportações, porque a EC 42/03 trouxe regra de imunidade nestas situações.
Ademais, “as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal”
(art. 155, §4º, IV, CF), competência essa atualmente desempenhada pelo CONFAZ. Por fim, apenas o
ICMS-monofásico será desobrigado da anterioridade anual; as demais hipóteses devem obediência tanto à
regra da noventena quanto da anualidade.
(TJRO-2011): O ICMS poderá ser aumentado no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que
o instituiu ou aumentou, quando se tratar de combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá
uma única vez. BL: art. 155, §5º, IV, c, CF/88.
§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) [IPVA]
I - TERÁ ALÍQUOTAS MÍNIMAS fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) [Obs.: O exercício desta competência senatorial é obrigatório.] (PGEPB-
2008) (TJSC-2009) (PGESP-2009) (PGEAM-2010) (TJRO-2011) (MPMS-2011) (TRF2-2011) (AGU-2012) (PGERN-
2014) (PGEPR-2011/2015) (MPPB-2018) (Cartórios/TJMG-2019)
Seção V
DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS
Art. 156. COMPETE aos MUNICÍPIOS instituir impostos sobre: (DPESP-2009) (TJSP-2013) (MPT-
2013) (MPPR-2014) (MPRS-2014) (DPEPR-2014) (PCCE-2015) (PGESE-2017) (Cartórios/TJPR-2019)
577
2015) (PCCE-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (TJAM-2016) (PGEMA-2016)
(PGEMT-2016) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PCPI-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJRO-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-
2020) (DPEPA-2022)
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, POR ATO ONEROSO, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, EXCETO os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição; (ITBI) (TJMG-2005) (DPECE-2008) (PGEPB-2008) (TJSC-2009) (DPESP-2009)
(MPAP-2012) (MPMG-2012) (TJAM-2013) (TRF2-2013) (PGEGO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-
2013) (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPT-2013) (MPRS-2014) (DPEMS-2014) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PCDF-2013/2015) (TJGO-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (TJRS-2016) (PGEMT-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGEAC-
2017) (PGESE-2017) (Cartórios/TJSP-2014/2016/2018) (TJMT-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(Cartórios/TJDFT-2014/2019) (TJAC-2019) (MPMT-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TJPR-
2021) (DPEPA-2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: O fato gerador do ITBI somente ocorre com a
transferência efetiva da propriedade no cartório de registro de imóveis: O fato gerador do imposto
sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) somente ocorre com a efetiva transferência da
propriedade imobiliária, que se dá mediante o registro. STF. Plenário. ARE 1294969 RG, Rel. Min.
Presidente, j. 11/02/21 (Repercussão Geral – Tema 1124).
(TJPR-2021-FGV): José comprou de João, em julho de 2021, um imóvel situado em Curitiba (PR), tendo sido
lavrada a escritura pública de compra e venda sem o recolhimento do Imposto sobre a Transmissão de Bens
Imóveis (ITBI). O Fisco Municipal pretende lavrar auto de infração para fins de lançamento e cobrança do
ITBI, que entende devido, acrescido de multa de 10% sobre o valor do imposto. À luz do entendimento do
STF, no momento da lavratura desta escritura pública de compra e venda: o tabelião, o comprador e o
vendedor não poderão ser responsabilizados pelo pagamento de tal ITBI não recolhido. BL: Entend.
Jurisprud.
##Atenção: No caso em tela, foi lavrada a escritura pública de compra e venda, que deve ser levada a
registro no cartório de imóveis. Assim, percebe-se que o fato gerador do ITBI ainda não ocorreu, pois,
conforme o STF, só se dá mediante o registro do imóvel.
##Atenção: Se for gratuito, cabe ITCMD, de competência dos Estados (art. 155, CF).
##Atenção: Nos termos do art. 156, II, CF, o ITBI não incide sobre a transmissão de direitos reais sobre
imóveis em garantia.
578
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (ISSQN) (MPDFT-2009) (DPESP-
2009) (PGEAL-2009) (PGERS-2010) (Cartórios/TJPE-2013) (MPT-2013) (MPAC-2014) (MPRS-2014) (DPEPR-
2014) (TRF2-2014) (PGEAC-2014) (PGM-POA/RS-2016) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-
2017) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018/2019) (MPSC-2019) (DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-2019)
(PGM-Campo Grande/MS-2019) (Cartórios/TJSC-2021) (DPEPA-2009/2022) (PGM-Teresina/PI-2022)
(TJMG-2009): Quanto ao imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS, marque a alternativa
CORRETA: Incide sobre a prestação de serviços de informática e congêneres. BL: art. 156, III, CF e Item 1
da LC 116/03.
579
##Atenção: ##TRF2-2014: Imposto indireto.
§ 1º Sem prejuízo da PROGRESSIVIDADE NO TEMPO a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II
[Obs.: progressividade no tempo], o imposto previsto no inciso I [Obs.: IPTU] PODERÁ: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (TJMG-2009) (TJRS-2009) (TJSC-2009) (MPGO-2010) (PGERS-2011)
(MPAP-2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (TRF1-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013)
(Cartórios/TJPE-2013) (MPRS-2014) (DPECE-2014) (DPEGO-2014) (DPERS-2014) (PGM-Cuiabá/MT-
2014) (TJGO-2012/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (MPSP-2015) (DPESP-2015) (MPF-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (TJSP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-
Manaus/AM-2018) (TJRO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
I – SER PROGRESSIVO em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29,
de 2000) (TJRS-2009) (TJSC-2009) (MPGO-2010) (PGERS-2011) (MPAP-2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (TRF1-
2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPRS-2014) (DPECE-
2014) (DPEGO-2014) (TJGO-2012/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (MPSP-2015) (DPESP-2015) (MPF-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (TJSP-2017) (PGM-Manaus/AM-2018)
(Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
##Atenção: Logo, na PROGRESSIVIDADE FISCAL prevista no art. 156, § 1º, I, da CF, quanto mais
valioso o imóvel, maior a alíquota incidente. Já na PROGRESSIVIDADE EXTRAFISCAL, prevista no
art. 182, § 4º, II, da CF, quanto mais tempo mantida a situação agressiva à finalidade social da
propriedade, maior será a alíquota aplicável no lançamento do lPTU.
(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Considerando o que dispõe a CF, julgue o item a seguir, a respeito das
580
limitações do poder de tributar, da competência tributária e das normas constitucionais aplicáveis aos
tributos: O IPTU pode ter alíquotas superiores para os imóveis de maior valor. BL: art. 156, §1º, I, CF.
(TJRS-2009): À luz das disposições em vigor da Constituição Federal, com relação ao imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana, é correto afirmar que são admitidas tanto a sua progressividade
fiscal quanto a extrafiscal. BL: art. 156, I, §1º, I c/c art. 182, §4º, II, CF. (tributário).
(MPSP-2015): O imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana pode ser progressivo no tempo
e em razão do valor do imóvel, bem como ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do
imóvel. BL: art. 156, §1º, CF.
(TJGO-2015-FCC): O IPTU, poderá ter alíquotas progressivas em razão do valor venal do imóvel ou no
tempo, e seletivas de acordo com a localização e o uso do imóvel, conforme o caso. BL: art. 156, §1º, CF.
(MPRS-2014): Considere a seguinte afirmação sobre o sistema tributário nacional: Em relação ao IPTU, a
CF/88 contempla dois critérios a serem atendidos na aplicação da progressividade e outros dois na
diferenciação de alíquotas, respectivamente: tempo e valor, localização e uso. BL: art. 156, §1º c/c art. 182,
§4º, II, CF.
§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste artigo não incide sobre templos de qualquer
culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea b do inciso VI do caput do
art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
116, de 2022)
581
correto afirmar, com base na Constituição Federal, que incide imposto de competência dos municípios
sobre a transferência do imóvel à empresa em realização do seu capital. BL: art. 156, II c/c art. §2º, I, CF.
##Atenção: De início, cumpre destacar que a transmissão da propriedade imóvel de forma onerosa e
inter vivos é fato gerador de ITBI (art. 156, II da CF). O art. 156, §2º, I da CF/88 prevê que não incide ITBI
sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de
capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção
de pessoa jurídica. Trata-se de imunidade. Ocorre que no próprio dispositivo há exceção que diz que,
“se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de
bens imóveis ou arrendamento mercantil”, haverá incidência do ITBI. O enunciado da questão exigiu
conhecimento previsto na CF/88, de modo que a situação fática narrada deixa claro que o objetivo do
investimento (transmissão do imóvel) foi o de integralizar capital na pessoa jurídica e que a empresa atua
no ramo de comercialização de imóveis.
(MPPE-2002-FCC): João e Maria compraram um apartamento de 150 m2, e respectiva vaga na garagem,
pelo preço de R$ 60.000,00, cujos proprietários eram Paulo e Sílvia. O imóvel situa-se em Recife, mas a
escritura de venda e compra foi lavrada no Tabelião de Caruaru, onde foi feito o pagamento do negócio,
e também local de domicílio e residência dos compradores e vendedores. Nesse caso, considerando o fato
gerador da obrigação principal, terá incidência o imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título,
de bem imóvel, que deverá ser recolhido em Recife. BL: art. 156, II c/c §2º, II, CF/88.
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo [ISSQN], CABE à LEI
COMPLEMENTAR [obs.: LC 116/03]: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (TJDFT-2007)
(MPRO-2008) (PGEPB-2008) (PGERS-2010) (MPF-2011) (TJPR-2010/2013) (TRF2-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJAM-2016) (TJRS-2016) (PGEMA-
2016) (PGM-BH/MG-2017) (TJRJ-2019) (DPESP-2019)
I - FIXAR as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de
2002) (PGEPB-2008) (PGERS-2010) (MPAP-2012) (TRF2-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015)
(TJAM-2016)
II - EXCLUIR da sua incidência exportações de serviços para o exterior. [obs.: isenção heterônoma]
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (TJDFT-2007) (MPRO-2008) (PGERS-2010) (MPF-2011)
(TJPR-2010/2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJRS-2016) (PGEMA-2016) (TJRJ-2019)
(DPESP-2019)
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos
e revogados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (PGERS-2010) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-
Recife/PE-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJAM-2016) (PGEMA-2016) (PGM-BH/MG-2017)
Seção VI
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
582
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem; (DPEAL-2009) (DPU-2010) (TJPR-2011) (TJRO-2011) (PGEPA-
2011) (PGERS-2011) (MPRR-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (TRF4-2014) (TJPE-2015) (PGEPR-2015) (TRF2-
2013/2017) (PGESC-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
(TCDF-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021)
(MPRR-2012-CESPE): Com base na CF, assinale a opção correta acerca do Sistema Tributário Nacional,
dos impostos e da repartição das receitas tributárias: Compete à União instituir o imposto sobre renda e
proventos de qualquer natureza, mas pertence aos estados e ao DF o produto da arrecadação desse
imposto, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por tais entes federativos, suas
respectivas autarquias e fundações. BL: art. 153 c/c art. 157, I, CF.
(TJRO-2011): Sobre a repartição das receitas tributárias: Os recursos arrecadados pelas Fundações
Distritais a título de imposto de renda sobre os rendimentos pagos aos seus servidores, diretamente na
fonte, ficam nos cofres do Distrito Federal. BL: art. 157, I, CF.
##Atenção: Nos termos do art. 157, I, CF, o produto do imposto de renda incidente na fonte pago pelo
Distrito Federal ou suas fundações são arrecadação do próprio ente, e não devem ser repassados para a
União Federal.
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I . [obs.: impostos residuais.] (DPEMS-2008) (PCRN-2009)
(DPU-2010) (Cartórios/TJMG-2016) (PGESC-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019) (PGEAL-
2021)
##Atenção: A competência residual da União Federal está prevista no art. 154, I, CF. Segundo o art. 157,
II, CF, no caso de a União Federal instituir imposto residual, 25% do produto da arrecadação pertencem
aos Estados e ao DF.
(TJMT-2014-FMP): A competência tributária não se confunde com a repartição das receitas tributárias. A
competência diz respeito à instituição de tributos; a repartição das receitas, à divisão do produto da sua
arrecadação. A Constituição Federal, ao dispor sobre a repartição das receitas tributárias, prevê que
determinados impostos da competência da União serão repartidos com os Estados e com os Municípios e
que determinados impostos estaduais serão repartidos com os Municípios. Sobre a matéria, é correto
afirmar que pertence aos Municípios o produto da arrecadação do imposto de renda incidente na fonte,
sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e fundações que instituírem e
mantiverem, do que é exemplo o retido no pagamento dos vencimentos dos seus servidores. BL: art. 158,
I, CF.
##Atenção: Nos termos do art. 158, I, CF, o produto do imposto de renda incidente na fonte pago pelos
Municípios ou suas autarquias são arrecadação do próprio ente, e não devem ser repassados para a
União Federal.
(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: Caberá ao Município cem por cento do valor relativo ao
Imposto Territorial Rural sempre que, na forma da lei, optar o ente federativo por fiscalizar e cobrar a
exação e desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. BL:
art. 158, I c/c art. 153, §4º, III, CF.
(MPPI-2012-CESPE): Assinale a opção correta a respeito da repartição das receitas tributárias: Pertencem
aos municípios cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados em seu território. BL: art. 158, III, CF.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV,
serão creditadas conforme os seguintes critérios: (TJRO-2011) (TJRN-2013)
584
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações
relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios ; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de
melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico
dos educandos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
(TRF1-2011-CESPE): Por força de dispositivo constitucional, a União repassa, a cada mês, para estados e
municípios uma parcela da arrecadação de alguns tributos. Toda a arrecadação de outros tributos,
entretanto, permanece com a União, a exemplo do imposto sobre a importação. BL: art. 159, CF.
##Atenção: ##Dica: A União não reparte: i) imposto sobre a importação (II); ii) imposto sobre a
exportação (IE); e iii) Imposto sobre grandes fortunas (IGF); iv) Impostos Extraordinários de Guerra.
##Atenção: ##Dica: Sentido do verbo “entregar”: “inicialmente”, o produto é entregue apenas à União, a
qual, “posteriormente”, repassa aos estados, municípios e DF.
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre
produtos industrializados, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 112, de 2021) (PGEGO-2021) (TCDF-2021)
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS
E DO DISTRITO FEDERAL; (MPAM-2007) (DPEMS-2008) (PCRN-2009) (TRF4-2012) (MPSC-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (PGEPR-2015) (TJAM-2016) (MPPI-2012/2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (PGEGO-2021)
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS; (TJRO-2011) (MPSC-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEPR-2015) (TJAM-2016) (MPPI-
2012/2019) (TJPA-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)
##Atenção: Nos termos do art. 159, I, CF, a União Federal entregará 50% do produto da arrecadação do
Imposto de Renda e IPI. Porém, esse valor não se destina apenas ao Fundo de Participação dos
Municípios. Desse total, apenas 22,5% se destinam ao FPM (art. 159, I, b, CF).
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ATRAVÉS de suas instituições financeiras de caráter regional, de
acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a
metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; (Cartórios/TJBA-2013) (TJAM-
2016) (TRF2-2011/2017) (MPPI-2012/2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(TRF2-2017): Acerca da repartição constitucional de receitas tributárias, marque a opção correta: A União
entregará parcela do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer
natureza (IR) e sobre produtos industrializados (IPI) diretamente ao Fundo de Participação dos
Municípios no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano. BL: art. 159, I, “e”, CF.
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de setembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021)
##Atenção: Vejamos o teor do art. 2º da EC 112/2021: “Art. 2º Para os fins do disposto na alínea "f" do inciso
585
I do caput do art. 159 da Constituição Federal, a União entregará ao Fundo de Participação dos Municípios, do
produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos
industrializados, 0,25% (vinte e cinco centésimos por cento), 0,5% (cinco décimos por cento) e 1% (um por cento),
respectivamente, em cada um dos 2 (dois) primeiros exercícios, no terceiro exercício e a partir do quarto exercício em
que esta Emenda Constitucional gerar efeitos financeiros.”
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos
Estados e ao Distrito Federal, PROPORCIONALMENTE ao valor das respectivas exportações de
produtos industrializados. (MPAM-2007) (TJPR-2011) (PGEPR-2011) (Cartórios/TJBA-2013) (TRF4-2014)
(PGM-Recife/PE-2014) (TRF2-2017) (PGESC-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2019) (MPPI-2019) (TCDF-2021)
##Atenção: A questão exigia que soubéssemos se, feitos todos os repasses descritos no inciso I do art. 159
da CF, o qual trata de entrega do produto da arrecadação de IR e IPI, a União ainda teria algum repasse a
realizar ou ficaria com o restante da arrecadação. Questão queria que lembrássemos da literalidade do
art. 159, em especial do Inciso II, que era a pedra de toque para resolver a questão.
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á
a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
586
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do
montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais
participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados ENTREGARÃO aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos
que RECEBEREM nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo
único, I e II. (MPAM-2007) (TRF4-2014) (TRF2-2017)
Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007) (...)
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e
ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. (...).
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que CABE a cada Estado, vinte e cinco por
cento SERÃO DESTINADOS aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (MPAM-2007) (TRF2-2017)
II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 29, de 2000) (TRF4-2012) (TRF2-2014) (PGEMS-2014) (PGEMA-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSC-2017)
I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I; (PCRN-2009)
(PGEMT-2016)
II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os
critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-
econômico entre Estados e entre Municípios; (PGEMT-2016)
III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das
participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. (PGESP-2012)
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos
de participação a que alude o inciso II.
Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios DIVULGARÃO, até o último dia
do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos
recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de
rateio. (PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TCDF-2021)
(TCDF-2021-CESPE): Julgue o item a seguir, relativo à repartição das receitas tributárias, considerando o
entendimento do STF e a legislação aplicável: O Distrito Federal tem obrigação constitucional de
divulgar o montante recebido da União a título de repartição de receitas tributárias. BL: art. 162, CF.
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município;
os dos Estados, por Município.
CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção I
NORMAS GERAIS
Art. 163. LEI COMPLEMENTAR DISPORÁ sobre: (TRF2-2009) (PGDF-2013) (PGEBA-2014) (PGEPI-
2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF3-2018) (MPTO-2022)
(TRF3-2018): Indique a afirmação correta: Lei ordinária não pode dispor sobre dívida pública e sobre
emissão e resgate de títulos da dívida pública. BL: art. 163, II e IV, CF.
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 40, de 2003) (MPDFT-2011) (TRF5-2011) (TRF4-2014) (PGEPI-2014)
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios; (TRF5-2011) (MPRR-2012) (PGEPI-2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJRO-2019)
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. (TRF2-2009)
VIII - sustentabilidade da dívida, especificando: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida ; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da dívida. Parágrafo único.
A lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste artigo pode autorizar a aplicação das vedações
previstas no art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Art. 164. A competência da União para emitir moeda SERÁ EXERCIDA EXCLUSIVAMENTE pelo
BANCO CENTRAL. (TJMG-2006) (MPCE-2009) (TRF5-2009) (TRF4-2010/2012) (TJMS-2012) (MPRR-2012)
(TRF1-2013) (Cartórios/TJES-2013) (AGU-2013) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF2-2011/2018) (TRF3-2018) (TJMA-
2022)
(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta, em matéria de Finanças Públicas: A União somente pode
emitir moeda pelo Banco Central. BL: art. 164, CF.
(TJMG-2006): Relativamente às finanças públicas, é correto afirmar que a competência da União para
emitir moeda será exercida exclusivamente pelo Banco Central. BL: art. 164, CF.
(MPPE-2002-FCC): A União tem competência para emitir moeda. Essa competência é exercida, com
exclusividade, pelo Banco Central, que pode comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional,
com o objetivo de regular a oferta de moeda. BL: art. 164, §2º, CF.
##Atenção: Apenas para esclarecimento: A Casa da Moeda não emite moeda! Trata-se apenas de uma
empresa pública (uma gráfica, na verdade) que imprime o papel moeda. Quem faz a emissão da moeda é
o Banco Central.
Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas políticas
fiscais de forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei complementar referida no
inciso VIII do caput do art. 163 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
590
Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade
dos indicadores fiscais com a sustentabilidade da dívida . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de
2021)
Seção II
DOS ORÇAMENTOS
Art. 165. Leis [= leis ordinárias] de iniciativa do Poder Executivo ESTABELECERÃO: (PGECE-2008)
(MPDFT-2011) (AGU-2009/2010/2012) (TRF2-2009/2011/2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGEGO-2013)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPR-2015) (PGEMT-2016) (PGESE-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
(PCRN-2009/2021) (TCERO-2019) (MPRS-2021) (DPEBA-2021) (TRF4-2022) (PCAM-2022)
(TRF4-2022): Assinale a alternativa correta: As três espécies de leis orçamentárias são de iniciativa do
Poder Executivo: Lei do Plano Plurianual (PPA), Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei
Orçamentária Anual (LOA). BL: art. 165, I a III, CF.
(MPRS-2021): No que respeita às finanças públicas, conforme disciplina a CF/1988 quanto aos
orçamentos, assinale a alternativa correta: Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o plano
plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. BL: art. 165, I a III, CF.
139
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade
e anualidade.
591
(DPERO-2017-VUNESP): A CF/1988 prevê que uma lei deve estabelecer, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada, denominando-a de Plano
Plurianual. BL: art. 165, §1º, CF.
##Atenção: ##TRF2-2009: ##CESPE: A lei que institui o Plano Plurianual (PPA) é uma lei ORDINÁRIA,
nos termos do art. 165, §1º da CF.
(AGU-2012-CESPE): No que se refere aos orçamentos e ao controle de sua execução, julgue o item
seguinte: O PPA, que define o planejamento das atividades governamentais e estabelece as diretrizes e as
metas públicas, abrange as despesas de capital e as delas decorrentes, bem como as relativas aos
programas de duração continuada. BL: art. 165, caput, I e §1º, CF.
(TCEPB-2022-CESPE): Em relação às normas de direito financeiro, julgue o item a seguir à luz da CF/88:
Entre as funções constitucionais das leis de diretrizes orçamentárias está o estabelecimento das diretrizes
de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública. BL:
art. 165, §2º, CF.
(PGEAL-2021-CESPE): A lei de diretrizes orçamentárias deve prever a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento. BL: art. 165, §2º, CF.
(MPRS-2021): No que respeita às finanças públicas, conforme disciplina a CF/1988 quanto aos
orçamentos, assinale a alternativa correta: A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas
metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. BL: art. 165, §2º, CF.
§ 3º O Poder Executivo PUBLICARÁ, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária. (TRF5-2011) (DPEGO-2014) (AGU-2015) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (TCDF-2021) (PGESC-2022)
I - o ORÇAMENTO FISCAL referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, INCLUSIVE fundações INSTITUÍDAS e MANTIDAS pelo Poder
Público; (PGECE-2008) (MPRN-2009) (TRF5-2009) (PGEAL-2009) (TRF2-2011) (PGERS-2011) (MPPI-2012)
(PGESP-2012) (AGU-2009/2013) (TRF1-2013) (PGEGO-2013) (DPEGO-2014) (PGEPI-2014) (TJPB-2015)
(PGEPR-2015) (TJRJ-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPBA-2018) (TRF3-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPGO-
2019) (MPMG-2019) (TCERO-2019) (MPRS-2021) (TCERJ-2021) (MPTO-2022) (TRF4-2022)
(MPRS-2021): No que respeita às finanças públicas, conforme disciplina a CF/1988 quanto aos
orçamentos, assinale a alternativa correta: A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal
referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. BL: art. 165, §5º, I, CF.
(TJRJ-2016-VUNESP): O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público está compreendido na lei do orçamento anual. BL: art. 165, §5º, CF.
(TCERJ-2022-CESPE): À luz das normas constitucionais relativas a finanças e orçamento, julgue o item
subsequente: A lei orçamentária anual deve compreender o orçamento de investimento das empresas em
que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. BL: art. 165,
§5º, II, CF.
(MPBA-2018): Sobre as finanças públicas, de acordo com a CF/1988 e suas alterações, é correto afirmar
que se inclui na lei orçamentária anual da União o orçamento de investimento das empresas em que ela,
mesmo indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. BL: art. 165, §5º, II, CF.
593
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia . (AGU-2009) (DPEMS-2014) (PGM-
São Luís/MA-2016) (TRF5-2017) (TRF2-2011/2018) (PGEAP-2018) (PGESP-2018) (Anal. Judic./TRF4-2019)
(PGEAL-2009/2021) (PGERS-2021) (MPTO-2022)
(AGU-2007-CESPE): Com base no direito financeiro, julgue o item subsequente: Entre as finalidades do
orçamento fiscal e do orçamento de investimento, observa-se a de reduzir desigualdades interregionais,
segundo critério populacional. BL: art. 165, §5º, I e II e §7º, CF.
##Atenção: O princípio da regionalização é extraído do que dispõem o art. 165, § 7º, da CF e art. 35 do
ADCT140. Preconiza que o orçamento público deve ser elaborado sobre a base territorial com o maior
nível de especificação possível, de forma a reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. (https://www.conjur.com.br/2013-dez-05/toda-prova-principios-orcamentarios-otica-
concursos-publicos)
(TRF4-2022): Assinale a alternativa correta: É vedada a inclusão na lei orçamentária anual de dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei. BL: art. 165, §8º, CF.
##Atenção: A lei orçamentária deverá conter apenas matéria orçamentária ou financeira. Ou seja, dela
140
Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de forma progressiva, no prazo de até dez anos,
distribuindo-se os recursos entre as regiões macroeconômicas em razão proporcional à população, a partir da
situação verificada no biênio 1986-87. § 1º Para aplicação dos critérios de que trata este artigo, excluem-se das
despesas totais as relativas: I - aos projetos considerados prioritários no plano plurianual; II - à segurança e defesa
nacional; III - à manutenção dos órgãos federais no Distrito Federal; IV - ao Congresso Nacional, ao Tribunal de
Contas da União e ao Poder Judiciário; V - ao serviço da dívida da administração direta e indireta da União,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público federal. § 2º Até a entrada em vigor da lei
complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I - o projeto do plano
plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente, será
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção
até o encerramento da sessão legislativa; II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do
primeiro período da sessão legislativa; III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.
594
deve ser excluído qualquer dispositivo estranha à estimativa de receita e à fixação de despesa. O objetivo
deste princípio é evitar a presença de "caudas e rabilongos". Não se inclui na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita. Este princípio encontra-se expresso no art. 165, § 8º da CF/88.
(AGU-2013-CESPE): A respeito de finanças públicas na CF, julgue o próximo item: A lei orçamentária
anual deve contemplar apenas dispositivos relacionados à previsão da receita e à fixação da despesa,
ressalvada, nos termos da lei, a autorização para a abertura de créditos suplementares e a contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. BL: art. 165, §8º, CF.
(PGEAL-2009-CESPE): A LOA, de acordo com a CF, conterá a previsão da receita e a fixação da despesa,
além da autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operação de crédito. BL:
art. 165, §8º, CF.
(AGU-2009-CESPE): Acerca das normas constitucionais que regem os orçamentos, julgue o item a seguir:
A LOA poderá conter contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. BL: art.
165, §8º, CF.
595
(TCEPB-2022-CESPE): Em relação às normas de direito financeiro, julgue o item a seguir à luz da CF/88:
A elaboração e a organização do plano plurianual é matéria a ser tratada por meio de lei complementar.
BL: art. 165, §9º, I, CF.
(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: É matéria reservada à lei complementar dispor sobre o
exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. BL: art. 165, §9º, I, CF.
(PGEPI-2014-CESPE): Acerca do PPA, assinale a opção correta: Não existe, atualmente, dispositivo de lei
complementar nacional que disponha acerca de vigência, prazos, elaboração e organização dos PPAs.
BL: art. 165, §9º, I, CF.
##Atenção: O art. 165, §9º da CF/88 remete a competência à lei complementar para dispor sobre
vigência, prazos, elaboração e organização do plano plurianual (ou seja, trata-se de temática nacional e
não pode ser descentralizada para os diversos estados e municípios do Brasil). Ocorre que tal lei ainda
não foi editada, de sorte que os referidos detalhes acima referidos são tratados no §2º do art. 35 do
ADCT.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166 . (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019)
§ 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias : (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (PGESC-2022)
§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo menos, para os
2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para
investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento .
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)
§ 13. O disposto no inciso III do § 9º e nos §§ 10, 11 e 12 deste artigo aplica-se exclusivamente aos
orçamentos fiscal e da seguridade social da União. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)
§ 14. A lei orçamentária anual PODERÁ CONTER previsões de despesas para exercícios seguintes,
com a especificação dos investimentos plurianuais e daquele sem andamento . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 102, de 2019) (MPTO-2022)
596
§ 15. A União organizará e manterá registro centralizado de projetos de investimento contendo, por
Estado ou Distrito Federal, pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e informações sobre a
execução física e financeira. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (Produção de efeito)
§ 16. As leis de que trata este artigo devem observar, no que couber, os resultados do monitoramento
e da avaliação das políticas públicas previstos no § 16 do art. 37 desta Constituição . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)
##Atenção: Segundo o professor Marcus Abraham, “finalmente, revela um aspecto jurídico, por se
materializar através de três leis: a lei orçamentária anual, a lei de diretrizes orçamentárias e a lei do plano
plurianual. No Brasil, a iniciativa do orçamento é do Poder Executivo, cabendo ao Poder Legislativo votá-lo e
aprová-lo como LEI ORDINÁRIA e, posteriormente, controlar sua execução”. O próprio caput do art. 166 da
CF/88 afirma que essas leis serão aprovados pelo regimento comum (lei ordinária). Logo, diante desse
cenário, o relator tem razão, pois a CF/88 não exige lei complementar para instituir o PPA, a LDO e a
LOA.
(PGEAL-2009-CESPE): Os projetos relativos à LDO e ao PPA, no âmbito federal, serão apreciados por
ambas as casas do Congresso Nacional. BL: art. 166, caput, CF.
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República; (TRF2-2011) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (TRF4-2012) (PCGO-2013)
(PF-2013) (DPEPR-2014)
(PF-2013-CESPE): No que concerne ao direito financeiro, julgue o seguinte item: Cabe à comissão mista
permanente de senadores e deputados federais examinar e emitir parecer sobre as contas apresentadas
pelo presidente da República. BL: art. 166, §1º, I, CF.
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. (TJAC-
2012) (PCGO-2013)
597
§ 2º As emendas SERÃO APRESENTADAS na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. (DPESP-2009)
(PGEAL-2009) (MPRR-2012) (DPERO-2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Anal. Judic./TRF4-2019) (TCDF-
2021)
I - SEJAM compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; (AGU-
2009/2010) (DPU-2010) (MPRR-2012) (PF-2013) (TRF2-2014) (PGEBA-2014) (TJPE-2015) (PGEMT-2016)
(DPEPR-2017) (PGETO-2018) (MPPI-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TCERO-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-
2020) (PGEGO-2021) (TCDF-2021)
(PGEBA-2014-CESPE): No que concerne ao projeto de lei orçamentária anual, julgue o próximo item:
Para ser aprovada, a emenda ao projeto de lei orçamentária anual deve ser também compatível com o
plano plurianual.. BL: art. 166, §3º, I, CF.
a) dotações para pessoal e seus encargos; (DPU-2010) (AGU-2010) (MPRR-2012) (PF-2013) (TRF2-2014)
(PGEBA-2014) (PGEMT-2016) (DPEPR-2017) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPPI-2019) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGEGO-2021) (MPGO-2022) (PCPB-2022)
##Atenção: Perceba que apenas “investimentos" não consta no rol apresentado no §3º do art. 166 da CF.
Logo, conforme a CF, é admissível, para tanto, a eliminação de despesa com investimentos.
598
a) com a correção de erros ou omissões; ou (PF-2013) (PGEBA-2014) (MPPR-2017) (DPEPR-2017)
(PGETO-2018) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGEGO-2021)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2017: ##CESPE: Salvo em situações graves e excepcionais, não
cabe ao Poder Judiciário, sob pena de violação ao princípio da separação de Poderes, interferir na
função do Poder Legislativo de definir receitas e despesas da Administração Pública, emendando
projetos de leis orçamentárias, quando atendidas as condições previstas no art. 166, §§ 3º e 4º, da
Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5468/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 29 e 30/6/2016 (Info 832).
##Atenção: ##PGESE-2017: ##CESPE: Até que venha lei complementar regulamentando o art. 166, §6°,
da CF/88, são os prazos para o encaminhamento das propostas das leis orçamentárias:
(a) Plano Plurianual (PPA): até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício de cada novo
mandato executivo (30/ago), sendo devolvido para sanção até o fim da sessão legislativa (fim do ano),
para duração de quatro anos;
(b) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): até oito meses e meio antes do encerramento de cada
exercício (15/abr), sendo devolvido para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa (fim
do primeiro semestre), para duração de um ano;
(c) Lei Orçamentária Anual (LOA): até quatro meses antes do encerramento de cada exercício (30/ago),
sendo devolvido para sanção até o final da sessão legislativa (fim do ano), para duração de um ano.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção,
as demais normas relativas ao processo legislativo.
599
2013) (PGEBA-2014) (TRT8-2015) (PFN-2015) (MPPR-2017) (PGEAP-2018) (TCERO-2019) (Anal. Judic./TRF4-
2019)
§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco centésimos
por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos por cento) às de
Senadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º,
inclusive custeio, SERÁ COMPUTADA para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada
a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86,
de 2015) (PGEGO-2021)
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações
incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito
Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício
anterior. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019) (TCERO-2019) (PGEGO-2021)
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de execução
obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
100, de 2019) (TCERO-2019) (PGEGO-2021)
§ 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os órgãos de execução
deverão observar, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias, cronograma para análise e verificação de
eventuais impedimentos das programações e demais procedimentos necessários à viabilização da execução
dos respectivos montantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019)
I - (revogado);
II - (revogado);
III - (revogado);
IV - (revogado).
§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos §§
11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência
do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de
aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 100, de 2019)
600
§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste
artigo poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 1% (um
por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto de lei
orçamentária, para as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por
cento), para as programações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do
Distrito Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não
cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes
previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação
incidente sobre o conjunto das demais despesas discricionárias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
100, de 2019)
§ 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe
critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas,
independentemente da autoria, observado o disposto no § 9º-A deste artigo . (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 126, de 2022)
§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início de
investimentos com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada,
deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do
empreendimento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019)
I - transferência especial; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (PGEGO-2021) (PF-
2021)
II - transferência com finalidade definida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
(PGEGO-2021) (PF-2021)
I - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (PGEMS-2021)
II - encargos referentes ao serviço da dívida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
(PGEMS-2021)
##Atenção: A questão deve ser respondida por eliminação ao se ter conhecimento do art. 166-A, §1º, da
CF/88. Os incisos do art. 166-A §1º, da CF/88 PROÍBEM que os recursos oriundos das emendas
individuais impositivas sejam usadas para pagamento de pessoal ativo ou inativo e para encargos
atinentes ao serviço da dívida.
§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (PF-2021) (TCEAM-2021)
601
(TCEAM-2021-FGV): Por ocasião das discussões a respeito do projeto de lei orçamentária anual,
encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, os parlamentares dos partidos
políticos Alfa e Beta deliberaram que as emendas individuais impositivas iriam alocar recursos, para os
Municípios escolhidos, por meio de transferência especial. Ao tomar conhecimento dessa deliberação,
um jornal de grande circulação afirmou que essa espécie de transferência: pertenceria ao respectivo
Município no ato da efetiva transferência financeira. BL: art. 166-A, §2º, II, CF.
(TCEAM-2021-FGV): Por ocasião das discussões a respeito do projeto de lei orçamentária anual,
encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, os parlamentares dos partidos
políticos Alfa e Beta deliberaram que as emendas individuais impositivas iriam alocar recursos, para os
Municípios escolhidos, por meio de transferência especial. Ao tomar conhecimento dessa deliberação,
um jornal de grande circulação afirmou que essa espécie de transferência: seria aplicada em
programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo municipal, sendo uma parte em
despesas de capital, observados os balizamentos constitucionais. BL: art. 166-A, §2º, III c/c §5º, CF.
§ 3º O ente federado beneficiado da transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste
artigo poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o acompanhamento da execução
orçamentária na aplicação dos recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
§ 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo, os
recursos serão: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
II - aplicados nas áreas de competência constitucional da União. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 105, de 2019)
§ 5º Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I do
caput deste artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que se refere o
inciso II do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (TCEAM-2021)
(DPERN-2015-CESPE): Assinale a opção correta acerca do regime constitucional dos gastos públicos:
O início de programas e projetos governamentais não será possível sem a inclusão deles na LOA. BL: art.
167, I, CF.
(PGECE-2021-CESPE): A denominada “regra de ouro das finanças públicas” veda a realização de operações
de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
602
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por
maioria absoluta. BL: art. 167, III, CF.
##Atenção: A Regra de Ouro é um mecanismo que proíbe o poder público de realizar operações de
crédito (empréstimo, v.g.) para cobrir despesas de capital (salários, custeios em geral etc.). Ocorre que o
art. 167, III da CF/88 estabelece exceção: As operações de crédito poderão ser realizadas para cobrir
despesas de capital, de forma excepcional, quando autorizadas mediante créditos suplementares ou
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Legislativo por maioria absoluta. A LRF também
estabelece no art. 12, §2º141 a mesma regra, mas não prevê exceção. Por essa razão, no julgamento da ADI
2.238 (2020) o STF deu interpretação conforme ao art. 12, §2º da LRF para o fim de explicitar que a
proibição de que trata esse artigo não abrange operações de crédito autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta (previsão constitucional). Assim, a previsão de limite textualmente diverso da regra do art. 167,
III, da CF/88 enseja interpretações distorcidas do teto a ser aplicado às receitas decorrentes de operações
de crédito. (Fonte: Mege + DOD). Segundo o art. 167, inciso III, da CF, é vedada a realização de operações
de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por
maioria absoluta. Tal princípio, denominado Regra de Ouro das finanças públicas, visa a coibir o
endividamento do Estado para custear despesas correntes. A legislação infraconstitucional que
regulamenta a Regra de Ouro estabelece que sua aferição deve ser realizada quando da elaboração e
aprovação da peça orçamentária, com base nos valores propostos e autorizados, e após o encerramento
do exercício financeiro, com base nos valores executados. (Fonte://sites.tcu.gov.br/contas-do-governo-
2019/regra-de-ouro.htm).
141
LC 101/2000. Art. 12. (...) § 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser
superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.
142
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e: I - disporá
também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas;
143
(Anal. Administrat./ANA-2009-ESAF): Assinale a opção verdadeira a respeito do princípio orçamentário do
equilíbrio: É o princípio pelo qual o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser
superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período.
##Atenção: Pelo Princípio do Equilíbrio Orçamentário, almeja-se que em cada exercício financeiro o montante da
despesa não deve ultrapassar a receita prevista para o período, para que não haja um desequilíbrio acentuado nos
gastos públicos. Uma das finalidades da adoção de tal princípio é a tentativa de limitar os gastos públicos sem
previsão de receitas, com a finalidade de se impedir o endividamento estatal.
603
Em suma, tem por objetivo assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas,
devendo o total de receita nominal ser igual ao total de despesa nominal (CESPE – AGU – 2008). De
modo geral, somente é respeitado por meio da realização de operações de crédito (CESPE – Ministério da
Saúde – 2008). (https://www.conjur.com.br/2013-dez-05/toda-prova-principios-orcamentarios-otica-
concursos-publicos)
144
Os arts. 158 e 159 da CF/88 tratam da repartição constitucional de tributos.
604
ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art.
177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei,
observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 44, de 2004)
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a
parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a
que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido,
em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que
receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento
serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III - participação da comunidade. (...)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços
públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente
de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto
neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de
ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do
ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos
do plano nacional de educação.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão
financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do
salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53,
de 2006)
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão
distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes
públicas de ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
§ 7º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ 5º e 6º deste artigo para pagamento de
aposentadorias e de pensões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
§ 8º Na hipótese de extinção ou de substituição de impostos, serão redefinidos os percentuais referidos
no caput deste artigo e no inciso II do caput do art. 212-A, de modo que resultem recursos vinculados à
manutenção e ao desenvolvimento do ensino, bem como os recursos subvinculados aos fundos de que trata o
art. 212-A desta Constituição, em aplicações equivalentes às anteriormente praticadas. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)
§ 9º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de avaliação e de controle das despesas com educação nas
esferas estadual, distrital e municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
(TRF1-2011-CESPE): De acordo com o princípio da não afetação da receita de impostos, que rege tanto o
direito financeiro quanto o tributário, o legislador é proibido de vincular a receita de impostos a órgão,
fundo ou despesa. Todavia, a despeito desse princípio, o legislador pode vincular a receita do imposto de
renda a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita. BL: art. 167, IV, CF.
(AGU-2009-CESPE): Ainda acerca dos orçamentos, julgue o item que se segue: O princípio da não-
afetação refere-se à impossibilidade de vinculação da receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa,
com exceção de alguns casos previstos na norma constitucional. BL: art. 167, IV, CF.
##Atenção: Pela leitura do inciso IV do art. 167 da CF, percebe-se que o legislador constituinte derivado
acrescentou uma nova hipótese de exceção à não vinculação da receita de impostos, qual seja: vinculação
da receita de impostos para a realização de atividades da administração tributária. Com isso, passamos a
ter as seguintes exceções ao princípio da não vinculação de impostos: a) a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159 (repartição das receitas tributárias, entre os
entes federados); b) a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde (CF, art. 198, §
2º); c) a destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino (CF, art. 212); d) a
destinação de recursos para realização de atividades da administração tributária (CF, art. 37, XXII); e) a
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita (CF, arts. 165, § 8º, e 167, § 4º).
##Atenção: No caso em tela, deve-se abrir crédito adicional especial, pois se trata de despesa nova sem
caráter urgente e imprevisto. Em razão da situação hipotética narrada na questão, para viabilizar a
execução da obra em questão, dever-se-á abrir crédito especial, após autorização legislativa e indicação
dos recursos correspondentes (art. 167, V, CF).
(AGU-2009-CESPE): De acordo com o que estabelece a CF acerca das finanças públicas, julgue o item
subsequente: É possível a transposição de recursos de uma categoria de programação para outra, com a
prévia autorização legislativa. BL: art. 167, VI, CF.
(TRF1-2015-CESPE): No que se refere aos princípios orçamentários estabelecidos na CF, assinale a opção
correta: Na elaboração de lei orçamentária, é proibida a concessão de créditos sem limite de valor
estabelecido. BL: art. 167, VII da CF.
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive
dos mencionados no art. 165, § 5º; (TRF2-2009) (PGEPI-2014) (PFN-2015) (MPRS-2016) (PGM-São Luís/MA-
2016) (PGEPB-2021)
148
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: (...) II - especiais, os destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica; (...) Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e
abertos por decreto executivo. (...) Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
608
financeiros para pagamento de despesas com professores integrantes da rede pública de ensino. BL: art.
167, X, CF.
(AGU-2009-CESPE): De acordo com o que estabelece a CF acerca das finanças públicas, julgue o item
subsequente: Não é possível a transferência voluntária de recursos, pelo governo federal, aos estados
para o pagamento de despesas de pessoal ativo, inativo e pensionista. BL: art. 167, X, CF.
XII - na forma estabelecida na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40, a utilização de recursos
de regime próprio de previdência social, incluídos os valores integrantes dos fundos previstos no art. 249,
para a realização de despesas distintas do pagamento dos benefícios previdenciários do respectivo fundo
vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua organização e ao seu funcionamento; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
XIV - a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante a
vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por programação
orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021) (PGEPB-2021)
##Atenção: Perceba que a regra é que a vigência dos créditos especiais e extraordinários seja limitada ao
exercício financeiro em que forem autorizados. Todavia, caso o ato de autorização do crédito especial
tenha ocorrido nos últimos quatro meses daquele exercício, ele poderá ser reaberto (prorrogado), nos
limites do seu saldo, até o término do exercício financeiro subsequente.
§ 4º É PERMITIDA a VINCULAÇÃO DAS RECEITAS a que SE REFEREM os arts. 155, 156, 157,
158 e as alíneas "a", "b", "d" e "e" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para
pagamento de débitos com a União e para prestar-lhe garantia ou contragarantia. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (PGECE-2021) (PGEGO-2021) (PF-2021)
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
610
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão
creditadas conforme os seguintes critérios:
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas
à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de
melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos
educandos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
(PF-2021-CESPE): Com base no texto da CF e nos princípios e nas normas do direito financeiro, julgue o
item a seguir: É permitida aos estados a vinculação de receitas próprias geradas pela cobrança do IPVA
para a prestação de contragarantia à União. BL: art. 167, §4º c/c art. 155, III, CF.
(PGECE-2021-CESPE): Assinale a opção correta relativamente aos empréstimos contraídos por estado da
Federação: É permitida a vinculação da receita do imposto sobre a propriedade de veículos automotores
para pagamentos de débitos com a União. BL: art. 167, §4º c/c art. 155, III, CF.
##Atenção: Esse princípio encontra-se expressamente previsto no art. 167, VI, da CF, que diz que é
vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. O administrador
público não pode, portanto, remanejar ou transferir verbas de um órgão para outro nem alterar a
categoria de programação sem prévia autorização legislativa. Se houver insuficiência orçamentária ou
carência de novas dotações, deve-se recorrer à abertura de crédito suplementar ou especial, mediante
autorização do Poder Legislativo, contida na própria LOA ou em lei específica de crédito adicional. A
exceção é apenas de uma categoria de programação para outra, não sendo válida de um órgão para
outro. Atente para as exceções: a) O § 5º do art. 167 permite a transposição, remanejamento ou
transferência de recursos de uma categoria para outra para atividades de ciência, tecnologia e inovação,
mediante ato direto do poder executivo; b) O poder executivo pode transpor, remanejar, transferir- se
decorrente de extinção, transformação, transferência, incorporação ou desmembramento de órgãos/
entidades (ou alterações de suas competências/atribuições), mantida a categoria de programação. Logo,
vemos que o Art. X do referido projeto de lei viola o art. 167, VI da CF/88, conhecido como princípio da
vedação ao estorno.
611
uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência,
tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções,
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa. BL: art. 167, caput,
VI c/c §5º, CF.
##Atenção: Esse princípio encontra-se expressamente previsto no art. 167, VI, da CF, que diz que é
vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. O administrador
público não pode, portanto, remanejar ou transferir verbas de um órgão para outro nem alterar a
categoria de programação sem prévia autorização legislativa. Se houver insuficiência orçamentária ou
carência de novas dotações, deve-se recorrer à abertura de crédito suplementar ou especial, mediante
autorização do Poder Legislativo, contida na própria LOA ou em lei específica de crédito adicional. A
exceção é apenas de uma categoria de programação para outra, não sendo válida de um órgão para
outro. Atente para as exceções: a) O § 5º do art. 167 permite a transposição, remanejamento ou
transferência de recursos de uma categoria para outra para atividades de ciência, tecnologia e inovação,
mediante ato direto do poder executivo; b) O poder executivo pode transpor, remanejar, transferir- se
decorrente de extinção, transformação, transferência, incorporação ou desmembramento de órgãos/
entidades (ou alterações de suas competências/atribuições), mantida a categoria de programação. Logo,
vemos que o Art. X do referido projeto de lei viola o art. 167, VI da CF/88, conhecido como princípio da
vedação ao estorno.
(MPRS-2016): Tendo em vista o tratamento constitucional dos orçamentos, admite-se, sem a necessidade
de prévia autorização legislativa, a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o
objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder
Executivo. BL: art. 167, §5º, CF.
§ 6º Para fins da apuração ao término do exercício financeiro do cumprimento do limite de que trata o
inciso III do caput deste artigo, as receitas das operações de crédito efetuadas no contexto da gestão da
dívida pública mobiliária federal somente serão consideradas no exercício financeiro em que for realizada a
respectiva despesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
§ 7º A lei não imporá nem transferirá qualquer encargo financeiro decorrente da prestação de serviço
público, inclusive despesas de pessoal e seus encargos, para a União, os Estados, o Distrito Federal ou os
Municípios, sem a previsão de fonte orçamentária e financeira necessária à realização da despesa ou sem a
previsão da correspondente transferência de recursos financeiros necessários ao seu custeio, ressalvadas as
obrigações assumidas espontaneamente pelos entes federados e aquelas decorrentes da fixação do salário
mínimo, na forma do inciso IV do caput do art. 7º desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 128, de 2022)
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes e
receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, É FACULTADO aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público,
ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação, APLICAR o
mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-
2021) (PGERO-2022)
612
de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das
medidas de que trata este artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
II - criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-2021)
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
V - realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no inciso IV deste
caput; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
VII - criação de despesa obrigatória; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-
2021)
VIII - adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da inflação,
observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do art. 7º desta Constituição;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
§ 1º Apurado que a despesa corrente supera 85% (oitenta e cinco por cento) da receita corrente, sem
exceder o percentual mencionado no caput deste artigo, as medidas nele indicadas podem ser, no todo ou
em parte, implementadas por atos do Chefe do Poder Executivo com vigência imediata, facultado aos
demais Poderes e órgãos autônomos implementá-las em seus respectivos âmbitos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)
§ 2º O ato de que trata o § 1º deste artigo deve ser submetido, em regime de urgência, à apreciação do
Poder Legislativo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
§ 3º O ato perde a eficácia, reconhecida a validade dos atos praticados na sua vigência, quando:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
613
I - rejeitado pelo Poder Legislativo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
II - transcorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias sem que se ultime a sua apreciação; ou (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
III - apurado que não mais se verifica a hipótese prevista no § 1º deste artigo, mesmo após a sua
aprovação pelo Poder Legislativo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
§ 4º A apuração referida neste artigo deve ser realizada bimestralmente. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)
§ 5º As disposições de que trata este artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
I - não constituem obrigação de pagamento futuro pelo ente da Federação ou direitos de outrem
sobre o erário; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
§ 6º Ocorrendo a hipótese de que trata o caput deste artigo, até que todas as medidas nele previstas
tenham sido adotadas por todos os Poderes e órgãos nele mencionados, de acordo com declaração do
respectivo Tribunal de Contas, É VEDADA: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-
2021) (PGERO-2022)
I - a concessão, por qualquer outro ente da Federação, de garantias ao ente envolvido; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (PGERO-2022)
II - a tomada de operação de crédito por parte do ente envolvido com outro ente da Federação,
diretamente ou por intermédio de seus fundos, autarquias, fundações ou empresas estatais dependentes,
ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente,
ressalvados os financiamentos destinados a projetos específicos celebrados na forma de operações
típicas das agências financeiras oficiais de fomento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
(TCEAM-2021) (PGERO-2022)
Art. 167-C. Com o propósito exclusivo de enfrentamento da calamidade pública e de seus efeitos
sociais e econômicos, no seu período de duração, o Poder Executivo federal PODE ADOTAR
614
PROCESSOS SIMPLIFICADOS DE CONTRATAÇÃO DE PESSOAL, em caráter temporário e
emergencial, e de obras, serviços e compras que assegurem, quando possível, competição e igualdade de
condições a todos os concorrentes, dispensada a observância do § 1º do art. 169 na contratação de que
trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição, limitada a dispensa às situações de que trata o
referido inciso, sem prejuízo do controle dos órgãos competentes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
109, de 2021) (TCU-2022)
Art. 167-D. As proposições legislativas e os atos do Poder Executivo com propósito exclusivo de
enfrentar a calamidade e suas consequências sociais e econômicas, com vigência e efeitos restritos à sua
duração, DESDE QUE NÃO IMPLIQUEM despesa obrigatória de caráter continuado, ficam dispensados
da observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao aperfeiçoamento de ação
governamental que acarrete aumento de despesa e à concessão ou à ampliação de incentivo ou benefício
de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de
2021) (TCU-2022)
Parágrafo único. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata o art. 167-
B, não se aplica o disposto no § 3º do art. 195 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109,
de 2021)
Art. 167-E. FICA DISPENSADA, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a
calamidade pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167 desta
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (TCU-2022)
Art. 167-F. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata o art. 167-B
desta Constituição: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
§ 1º Lei complementar pode definir outras suspensões, dispensas e afastamentos aplicáveis durante a
vigência do estado de calamidade pública de âmbito nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109,
de 2021)
§ 2º O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica às fontes de recursos: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
II - decorrentes das vinculações estabelecidas pelos arts. 195, 198, 201, 212, 212-A e 239 desta
Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Art. 167-G. Na hipótese de que trata o art. 167-B, aplicam-se à União, até o término da calamidade
pública, as vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109,
de 2021) (PGERO-2022)
615
§ 2º Na hipótese de que trata o art. 167-B, não se aplica a alínea "c" do inciso I do caput do art. 159
desta Constituição, devendo a transferência a que se refere aquele dispositivo ser efetuada nos mesmos
montantes transferidos no exercício anterior à decretação da calamidade. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)
§ 3º É facultada aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a aplicação das vedações
referidas no caput, nos termos deste artigo, e, até que as tenham adotado na integralidade, estarão
submetidos às restrições do § 6º do art. 167-A desta Constituição, enquanto perdurarem seus efeitos para
a União. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (PGERO-2022)
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2013: ##CESPE: A norma inscrita no art. 168 da Constituição reveste-se de
caráter tutelar, concebida que foi para impedir o Executivo de causar, em desfavor do Judiciário, do
Legislativo e do Ministério Público, um estado de subordinação financeira que comprometesse, pela
gestão arbitraria do orçamento - ou, até mesmo, pela injusta recusa de liberar os recursos nele
consignados -, a própria independência político-jurídica daquelas Instituições. Essa prerrogativa de
ordem jurídico-institucional, criada, de modo inovador, pela CF/88, pertence, exclusivamente, aos
órgãos estatais para os quais foi deferida. STF. STF. Plenário. MS 21291 AgR-QO, Rel. Celso de Mello, j.
12/04/91.
§ 2º O saldo financeiro decorrente dos recursos entregues na forma do caput deste artigo deve ser
restituído ao caixa único do Tesouro do ente federativo, ou terá seu valor deduzido das primeiras parcelas
duodecimais do exercício seguinte. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em lei complementar. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
616
I - SE HOUVER prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGECE-2008)
(PGEPI-2008) (DPESP-2009) (TRF4-2012) (PGEMG-2012) (MPSC-2013) (TRF5-2013) (DPECE-2014) (PGEPI-
2014) (Cartórios/TJMG-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (MPPR-2017) (PGESE-
2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGEAP-2018) (PGETO-2018) (TJPA-2019) (MPCPA-2019) (PGM-Teresina/PI-
2022)
§ 2º DECORRIDO o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação
aos parâmetros ali previstos, SERÃO IMEDIATAMENTE SUSPENSOS todos os repasses de verbas
federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que NÃO OBSERVAREM os
referidos limites. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007) (PGEGO-2010) (MPF-
2011) (MPPI-2012) (PGERN-2014)
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado
na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
ADOTARÃO as seguintes providências: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEGO-2010)
(MPAL-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEMG-2012) (MPSC-2013) (DPERR-2013) (PGERN-2014) (PGEPR-
2015) (PGERS-2015) (TRT23-2015) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-2017)
(DPEPR-2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGEAP-2018) (MPMT-2019) (TCERO-2019) (MPCPA-
2019) (MPSC-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEGO-2010) (MPAL-2012) (Cartórios/TJSP-
2012) (PGEMG-2012) (PGERN-2014) (PGEPR-2015) (PGERS-2015) (TRT23-2015) (PGEMA-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-2017) (DPEPR-2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-
2017) (PGEAP-2018) (MPMT-2019) (TCERO-2019) (MPCPA-2019) (MPSC-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)
II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEGO-2010) (MPAL-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEMG-2012)
(DPERR-2013) (PGERN-2014) (TJPB-2015) (PGEPR-2015) (TRT23-2015) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-2017) (DPEPR-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGEAP-2018) (MPMT-2019)
(TCERO-2019) (MPCPA-2019) (MPSC-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)
(PGERN-2014-FCC): A Constituição Federal determina que a despesa com pessoal ativo e inativo da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em
lei complementar. Para o cumprimento desse limite, a Constituição Federal autoriza, dentre outras
medidas, que sejam exonerados, durante o prazo fixado na lei complementar referida, servidores
estaduais não estáveis. BL: art. 169, §§3º, II, CF.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o
cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o SERVIDOR ESTÁVEL
617
PODERÁ PERDER o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007) (TJAP-2008) (DPEPI-2009) (TJPR-2010) (PGEGO-2010)
(TJRJ-2011) (MPMG-2011) (MPAL-2012) (PGEMG-2012) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TJPB-2015) (PGEPA-2015)
(PGEPR-2015) (TRT23-2015) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-
2017) (DPEPR-2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGEAP-2018) (TCERO-2019) (MPCPA-2019)
(MPSC-2012/2013/2021) (PGM-Teresina/PI-2022)
§ 5º O servidor que PERDER o cargo na forma do parágrafo anterior FARÁ JUS a INDENIZAÇÃO
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998) (PGEPA-2015) (TRT23-2015) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017)
(PGEAP-2018) (TCERO-2019)
(PGEAP-2018-FCC): Na hipótese de o Estado extrapolar o limite de gastos com pessoal previsto em lei
complementar federal, essa situação pode justificar a exoneração de servidores titulares de cargos
públicos estáveis, observados os requisitos constitucionais, dentre os quais o pagamento de indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. BL: art. 169, §§3ºa 5º, CF.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores SERÁ CONSIDERADO extinto,
VEDADA a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de
quatro anos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TRT23-2015) (PGM-São Luís/MA-2016)
(TJSP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TCERO-2019)
(TJSP-2017-VUNESP): Atingindo-se o limite global de despesas com pessoal, nos termos do artigo 169
da CF/88, os cargos públicos objeto de redução serão extintos e só poderão ser criados após 4 (quatro)
anos, respeitado o limite de gastos com pessoal. BL: art. 169, §§3º, 4º e 6º, CF.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
TÍTULO VII
Da Ordem Econômica e Financeira
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEMG-2019: São inconstitucionais leis estaduais ou municipais que
obriguem o supermercado a manter empacotador para as compras: São inconstitucionais as leis que
obrigam supermercados ou similares à prestação de serviços de acondicionamento ou embalagem das
compras, por violação ao princípio da livre iniciativa (art. 1º, IV e art. 170 da CF/88). STF. Plenário. ADI
907/RJ, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, j. 1º/8/17 (Info 871). STF.
Plenário. RE 839950/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 24/10/2018 (repercussão geral) (Info 921).
618
##Atenção: ##STF: ##PGESP-2012: ##FCC: O STF assentou que o princípio da livre iniciativa não
pode ser invocado para afastar regras de regulamentação do mercado e de defesa do consumidor. STF.
2ª T., RE 349.686, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 14/06/05. STF, 1ª T., AI 636.883-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia,
j. 08/02/11.
(PGESP-2012-FCC): Consoante a jurisprudência do STF, o fundamento da livre iniciativa, previsto no artigo
1o , inciso IV, da Constituição Federal, é de ser interpretado no sentido de que não pode ser invocado para
afastar regras de regulação de mercado. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: “[...] Com efeito, malgrado tenha a Constituição de 1988 consagrado uma economia de livre
mercado, de natureza capitalista - porque instrumentalizou uma ordem econômica apoiada na apropriação privada
dos meios de produção e na livre iniciativa econômica privada -, instituiu ela no art. 170 numerosos princípios
limitando e condicionando o processo econômico, no intuito de direcioná-lo a proporcionar o bem-estar
social ou melhoria da qualidade de vida. O primeiro – e de todos o mais importante -, em direção ao
qual todos os demais princípios se encaminham e se encontram, está cosubstanciado como o próprio fim
da ordem econômica: assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social. Como
modo de garantir uma ordem econômica que assegure a todos existência digna e a efetividade dos
princípios da atividade econômica, a Constituição consagrou entre nós um modelo de Estado
intervencionista, capacitando-o a intervir na ordem econômica sempre que necessário ao bem-estar
social e à concretização daqueles valores.” (CUNHA, NOVELINO, 2016, pgs. 864 e 865)
(MPSP-2015): Nos termos da Constituição Federal: A ordem econômica nacional tem por finalidade
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social. BL: art. 170, caput, CF.
##Atenção: Segundo Leonardo Vizeu Figueiredo, via de regra, o Estado não intervirá na economia,
somente o fazendo quando se configure estritamente necessário para garantir a observância dos
princípios constitucionais que norteiam a Ordem Econômica, notadamente os princípios da livre
iniciativa e da liberdade de concorrência. Somente haverá motivo para promover a regulação de algum
setor da economia se existir uma das chamadas falhas de mercado, que se manifestam das formas a
seguir listadas, aliadas a uma insatisfação social e politicamente inaceitável(condição política): a)
Deficiência na distribuição dos bens essenciais coletivos; b) Externalidades; c) Assimetria informativa; d)
Poderio e desequilíbrio de mercado.
(TRF3-2013): Com relação à ordem econômica, marque a alternativa correta: A ordem econômica na
Constituição de 1988 é uma ordem econômica aberta, porquanto não prescreve um modelo econômico
acabado. BL: art. 170, caput, CF.
619
106).
(TRF3-2013): Com relação à ordem econômica, marque a alternativa correta: A livre iniciativa (CF, art. 1º,
IV e 170, caput) manifesta-se sob um duplo aspecto, pois garante, de um lado, a liberdade de acesso ao
mercado, com livre criação e fundação de empresa e, de outro, a livre atuação de empresas já criadas, isto
é, liberdade de atuação e permanência no mercado. BL: art. 1º, IV c/c art. 170, caput, CF.
##Atenção: ##PGEES-2008: ##TRF5-2011: ##CESPE: José Afonso da Silva explica que: “um regime de
justiça social será aquele em que cada um deve poder dispor dos meios materiais para viver confortavelmente
segundo as exigências de sua natureza física, espiritual e política. Não aceita as profundas desigualdades, a pobreza
absoluta e a miséria. O reconhecimento dos direitos sociais, como instrumentos de tutela dos menos favorecidos, não
teve, até aqui, a eficácia necessária para reequilibrar a posição de inferioridade que lhes impede o efetivo exercício das
liberdades garantidas. Assim, no sistema anterior, a promessa constitucional de realização da justiça social não se
efetivara na prática. A Constituição de 1988 é ainda mais incisiva no conceber a ordem econômica sujeita aos
ditames da justiça social para o fim de assegurar a todos existência digna. Dá à justiça social um conteúdo preciso.
Preordena alguns princípios da ordem econômica – a defesa do consumidor, a defesa do meio ambiente, a redução
das desigualdades regionais e pessoais e a busca do pleno emprego – que possibilitam a compreensão de que o
capitalismo concebido há de humanizar-se (se é que isso seja possível). Traz, por outro lado, mecanismos na ordem
social voltados à sua efetivação” (Fonte: SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo.
10ª Ed. São Paulo: Ed. Malheiros, 1995, p. 721-722).
##Atenção: Neste contexto, explica Marilena Chauí: “O liberalismo consolida-se com os acontecimentos de
1789, na França, isto é, a Revolução Francesa que derrubou o Antigo Regime. (...) O término do Antigo Regime se
consuma quando a teoria política consagra a propriedade privada como direito natural dos indivíduos, desfazendo a
imagem do rei como marido da terra, senhor dos bens e das riquezas do reino, decidindo segundo sua vontade e seu
capricho quanto a impostos, tributos e taxas. A propriedade ou é individual e privada, ou é estatal e pública, jamais
patrimônio pessoal do monarca”. (Fonte: CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática,
2006, p. 376).
620
##Atenção: ##TRF5-2011: ##CESPE: Quanto ao liberalismo e ao intervencionismo: A atuação do Estado,
seja por meio do condicionamento da atividade econômica, seja por meio da exploração direta de
determinada atividade econômica, não anula a forma econômica capitalista prevista na CF/88.
(PGERO-2011): Que setor de atividade gera mais externalidades positivas? Saneamento básico. BL: art.
170, caput, CF.
##Atenção: Externalidades, também chamadas economias (ou deseconomias) externas, cujos efeitos
podem ser positivos ou negativos - em termos de custos ou de benefícios - gerados pelas atividades de
produção ou consumo exercidas por um agente econômico e que atingem os demais agentes, sem que
haja incentivos econômicos para que seu causador produza ou consuma a quantidade referente ao custo
de oportunidade social. Na presença de externalidade, o custo de oportunidade social de um bem ou
serviço se difere do custo de oportunidade privado, fazendo com que haja incentivos não eficientes do
ponto de vista social. Portanto, externalidades referem-se ao impacto de uma decisão sobre aqueles que
não participaram dessa decisão. A externalidade pode ser negativa, quando gera custos para os demais
agentes - a exemplo, de uma fábrica que polui o ar, afetando a comunidade próxima. Pode ser positiva,
quando os demais agentes, involuntariamente, se beneficiam, a exemplo dos investimentos
governamentais em infraestrutura e equipamentos públicos.
(PGEPE-2018-CESPE): Acerca da ordem econômica e financeira nacional, assinale a opção correta: Com a
aplicação do princípio da soberania nacional à atividade econômica, visa-se evitar a influência
descontrolada de outros países na economia brasileira. BL: art. 170, I, CF.
##Atenção: “A Soberania Nacional Econômica recebe tratamento destacado dentro da ordem constitucional por
ser, certamente através da economia que um país irá firmar sua posição de independência no cenário internacional.
Uma nação dependente econômica e tecnologicamente não concretizará sua soberania política. Por isso a carta de
1988, no seu Título VII, Art. 170, ao tratar da Ordem Econômica e Financeira refere-se à Soberania Nacional
Econômica, como um de seus princípios.” (Fonte:
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1854/Soberania-economica-e-a-OMC). “A soberania é
fundamento da República Federativa do Brasil (art. 1°, I) e, ao ser prevista como princípio da ordem econômica,
busca evitar a influência descontrolada de outros países em nossa economia.” (Fonte: LENZA, Pedro. Direito
Constitucional Esquematizado, 14 ed, 2010, Saraiva, p. 985.).
(TRF2-2011-CESPE): Assinale a opção correta acerca dos princípios gerais da atividade econômica: O
conceito de soberania foi desenvolvido pelo filósofo francês Jean Bodin, e, segundo a atual doutrina, o
princípio da soberania nacional somente se efetiva quando a nação alcança patamares de
desenvolvimento econômico e social que lhe garantam a plena independência das decisões políticas, sem
a necessidade de auxílios internacionais, de forma que somente existirá Estado soberano onde houver
independência econômica. BL: art. 170, I, CF.
##Atenção: Jean Bodin (1530 a 1596) foi o principal responsável pela formulação do conceito de
“soberania”, como o “poder perpétuo e absoluto de uma República”. Cumpre registrar que, nos dias
atuais, a soberania só prevalece quando se alcança o desenvolvimento econômico e social. Dito de outro
modo, sem independência econômica não se tem soberania política.
621
##Atenção: A soberania nacional significa supremacia no plano interno e independência no plano
internacional. Por sua vez, a soberania econômica significa que as decisões relativas à política
econômica a serem adotadas pelo País devem levá-lo a estabelecer uma posição de independência em
relação aos demais países, importando na possibilidade de autodeterminação de sua política econômica.
Nesse contexto, explica Eugênio Rosa de Araújo que a soberania nacional é um dos fundamentos da
República Federativa do Brasil e do estado Democrático de Direito (art. 1º, I), sendo que o que se trata
no inciso I do art. 170 da CF/88 é a soberania nacional econômica, visando estabelecer, no plano
externo, a independência, a coordenação e a não-submissão em relação à economia e tecnologia
estrangeiras. Registre-se, também, que a soberania política (art. 1, I, CF/88) não sobrevive sem a
soberania econômica, havendo entre ambas uma relação de complementação. De sorte que a soberania
política é assegurada na medida em que o Estado goza e desfruta da soberania econômica. Esse
princípio está fortemente corroído em sua conceituação tradicional pelo avanço da ordem jurídica
internacional e da globalização. A ação dos Estados é movida pela incessante busca de níveis de
competitividade internacional. Porém, em atendimento a esse princípio, a colaboração internacional não
pode chegar ao ponto de subtrair do país as possibilidades de autodeterminação. (Fonte: Resumos TRFs)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: É constitucional a chamada cota de tela, ou seja, a
obrigatoriedade de que os cinemas brasileiros exibam filmes nacionais durante um número mínimo de
dias por ano: São constitucionais a cota de tela, consistente na obrigatoriedade de exibição de filmes
nacionais nos cinemas brasileiros, e as sanções administrativas decorrentes de sua inobservância. A
denominada “cota de tela” promove intervenção voltada a viabilizar a efetivação do direito à cultura,
sem, por outro lado, atingir o núcleo dos direitos à livre iniciativa, à livre concorrência e à propriedade
privada, apenas adequando as liberdades econômicas à sua função social. STF. Plenário. RE 627432/RS,
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 18/3/2021 (Repercussão Geral – Tema 704) (Info 1010).
(TJPR-2021-FGV): A Lei Federal nº XX dispôs que as salas de cinema do território brasileiro estão obrigadas
a exibir filmes nacionais por determinado lapso temporal, contado a partir do seu lançamento. Foi estatuído,
ainda, que a inobservância dessa determinação acarretaria a imposição da penalidade administrativa de
multa. Insatisfeito, o proprietário de algumas salas de cinema questionou sua assessoria a respeito da
compatibilidade dessa determinação com a ordem constitucional, sendo respondido, corretamente, que a
referida determinação: busca assegurar, de maneira proporcional, a promoção e a defesa da cultura
nacional, sem atingir o núcleo do direito à propriedade privada, sendo, portanto, constitucional. BL: Info
1010, STF.
##Atenção: ##STF: ##DOD: São inconstitucionais leis municipais que proíbam o serviço de transporte
de passageiros mediante aplicativo. Em outras palavras, a proibição ou restrição da atividade de
transporte privado individual por motorista cadastrado em aplicativo é inconstitucional, por violação
aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência. STF. Plenário. ADPF 449/DF, Rel. Min. Luiz
Fux; RE 1054110/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 8 e 9/5/19 (repercussão geral) (Info 939).
##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##CESPE: Na atual ordem constitucional, a livre concorrência não
significa a liberdade dos agentes econômicos em estabelecer suas próprias regras de mercado; tal função
é conferida ao Estado, que intervém normativamente a fim de reprimir o abuso do poder econômico (CF,
art. 173, § 4º), garantindo, aí sim, a livre concorrência. Nesse sentido é a lição de LAFAYETE PETTER
(Direito Econômico - doutrina e questões de concursos, Verbo Jurídico, 2009, p. 73): “A partir da adoção de
um regime de economia de mercado o princípio da livre concorrência visa a garantir aos agentes econômicos a
oportunidade de competirem no mercado de forma justa, isto é, a ideia de conquista de mercado e de lucratividade
deverá estar ancorada em motivos jurídico-econômicos lícitos (v. g., inovação, oportunidade, eficiência) e não serem
decorrentes de hipóteses de abuso do poder econômico (v. g., adoção de práticas anticompetitivas ou
anticoncorrenciais, entre outras). Nesse quadro, assume o Estado a tarefa de estabelecer um conjunto de
regras com vistas a garantir a competição entre as empresas, evitando as práticas abusivas. Traduz-se,
portanto, numa das vigas mestras do êxito da economia de mercado”.
##Atenção: ##STF: ##MPPR-2019: Vejamos o seguinte julgado do STF: “(...) Estabelecimento de norma
para a consignação em folha de pagamento de empregados pertencentes ao quadro de pessoal das
empresas públicas e sociedades de economia mista do Distrito Federal. Exclusividade de concessão de
empréstimo consignado pactuado entre determinada instituição financeira e o ente federado.
Inconstitucionalidade declarada pelo tribunal de origem. Violação dos princípios da livre concorrência
e da livre escolha do consumidor. O acórdão do Tribunal de origem não divergiu do entendimento que
vem sendo firmado pela Suprema Corte no sentido de que os contratos de exclusividade pactuados
entre instituição financeira e ente federado violam os princípios da livre concorrência e da livre
escolha do consumidor”. (STF, 2ª T. ARE 884.000 AgR-segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 8/6/18.).
(MPPR-2019): Viola o princípio da livre iniciativa contrato pactuado entre ente federativo e instituição
financeira, que assegura exclusividade de concessão de empréstimo consignado em folha de pagamento aos
servidores da pessoa jurídica. BL: STF, ARE 884.000 AgR-segundo.
(MPSC-2021-CESPE): A respeito dos direitos do consumidor e do CDC, julgue o item a seguir: A defesa
do consumidor é um dos princípios traçados pela CF/1988 para a ordem econômica. BL: art. 170, V, CF.
(TRF1-2009-CESPE): Acerca dos princípios gerais da atividade econômica, assinale a opção correta: O
princípio da defesa do consumidor é corolário da livre concorrência, sendo princípio de integração e
defesa de mercado. BL: art. 170, V, CF.
##Atenção: A CF estabelece a defesa do consumidor como princípio explícito (art. 170, V, da CF), que
tem íntima ligação com o princípio da livre concorrência. Assim, trata-se de um princípio integrador e de
proteção.
(MPBA-2018): Sobre a Ordem Econômica e Financeira, de acordo com a CF/88 e suas alterações, é
correto afirmar que os princípios da ordem econômica brasileira permitem instituir, no que se refere à
defesa do meio ambiente, normatização diferenciada, em conformidade com o impacto ambiental dos
produtos e serviços. BL: art. 170, VI, CF.
(TRF2-2018): Quanto aos princípios gerais da atividade econômica previstos na Constituição brasileira,
assinale a opção correta: A Constituição Federal adota o princípio de defesa do meio ambiente, inclusive
mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus
processos de elaboração e prestação. BL: art. 170, VI, CF.
624
direito penal econômico visa tutelar os bens jurídicos de interesse coletivo e difuso, coibindo condutas
que lesem ou que coloquem em risco o regular funcionamento do sistema econômico-financeiro,
podendo estabelecer como crime ações contra o meio ambiente sustentável. BL: art. 170, VI, CF. (penal)
(TJSE-2015-FCC): Determinado Banco público estabeleceu uma linha de crédito com juros diferenciados
para empresas de acordo com o impacto ambiental gerado pelos respectivos produtos e serviços, bem
como pelo impacto ambiental gerado pelos processos de elaboração e prestação destes produtos e
serviços. Segundo a CF/88, é possível estabelecer este tipo de tratamento diferenciado, que encontra
amparo em um dos princípios da ordem econômica. BL: art. 170, VI, CF. (amb.)
##Atenção: Tem-se, nesse ponto, previsão expressa de tratamento diferenciado, conforme impacto
ambiental. Essa norma possibilita tratamento diferenciado tanto para o mal quanto para o bem. Isto é,
aquele que polui pode ser tratado de forma mais gravosa. E aquele que evita poluição, pode ser
compensado por isso. Como exemplo de tratamento favorecido, tem-se o IPVA ecológico, com redução
de alíquotas para veículos que utilizem fontes alternativas de combustível à gasolina e ao diesel.
##Atenção: ##TJSP-2021: ##VUNESP: Os valores contemplados nos arts. 170 e 225 da CF/88 devem ser
considerados de forma harmônica com a liberdade de iniciativa econômica com fundamento no princípio
do desenvolvimento sustentável.
149
Art. 3º. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: (...) III - erradicar a pobreza e a
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
625
2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGESC-2014) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (MPSP-2015) (DPEPA-2015) (TJDFT-
2014/2016) (MPGO-2016) (TRF4-2016) (PCPE-2016) (TRF2-2014/2017) (MPF-2015/2017) (PGM-Florianópolis/SC-
2022)
626
princípios da ordem social e econômica. 5. Direito à saúde: o depósito de pneus ao ar livre, inexorável
com a falta de utilização dos pneus inservíveis, fomentado pela importação é fator de disseminação de
doenças tropicais. Legitimidade e razoabilidade da atuação estatal preventiva, prudente e precavida,
na adoção de políticas públicas que evitem causas do aumento de doenças graves ou contagiosas.
Direito à saúde: bem não patrimonial, cuja tutela se impõe de forma inibitória, preventiva,
impedindo-se atos de importação de pneus usados, idêntico procedimento adotado pelos Estados
desenvolvidos, que deles se livram. 6. Recurso Extraordinário n. 202.313, Rel. Min. Carlos Velloso,
Plenário, DJ 19.12.96, e Recurso Extraordinário n. 203.954, Rel. Min. Ilmar Galvão, Plenário, DJ 7.2.97:
Portarias emitidas pelo Departamento de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior – Decex harmonizadas com o princípio da legalidade; fundamento
direto no art. 237 da CF. 7. Autorização para importação de remoldados provenientes de Estados
integrantes do Mercosul limitados ao produto final, pneu, e não às carcaças: determinação do Tribunal
ad hoc, à qual teve de se submeter o Brasil em decorrência dos acordos firmados pelo bloco
econômico: ausência de tratamento discriminatório nas relações comerciais firmadas pelo Brasil. 8.
Demonstração de que: a) os elementos que compõem o pneus, dando-lhe durabilidade, é responsável
pela demora na sua decomposição quando descartado em aterros; b) a dificuldade de seu
armazenamento impele a sua queima, o que libera substâncias tóxicas e cancerígenas no ar; c) quando
compactados inteiros, os pneus tendem a voltar à sua forma original e retornam à superfície,
ocupando espaços que são escassos e de grande valia, em especial nas grandes cidades; d) pneus
inservíveis e descartados a céu aberto são criadouros de insetos e outros transmissores de doenças; e) o
alto índice calorífico dos pneus, interessante para as indústrias cimenteiras, quando queimados a céu
aberto se tornam focos de incêndio difíceis de extinguir, podendo durar dias, meses e até anos; f) o
Brasil produz pneus usados em quantitativo suficiente para abastecer as fábricas de remoldagem de
pneus, do que decorre não faltar matéria-prima a impedir a atividade econômica. Ponderação dos
princípios constitucionais: demonstração de que a importação de pneus usados ou remoldados afronta
os preceitos constitucionais de saúde e do meio ambiente ecologicamente equilibrado (arts. 170, inc. I
e VI e seu parágrafo único, 196 e 225 da Constituição do Brasil). 9. Decisões judiciais com trânsito em
julgado, cujo conteúdo já tenha sido executado e exaurido o seu objeto não são desfeitas: efeitos
acabados. Efeitos cessados de decisões judiciais pretéritas, com indeterminação temporal quanto à
autorização concedida para importação de pneus: proibição a partir deste julgamento por submissão
ao que decidido nesta arguição. STF. Plenário. ADPF 101, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 24/06/09.
##Comentários sobre o julgado acima: Na sequência, a Min. Cármen Lúcia deixou consignado histórico
sobre a utilização do pneu e estudos sobre os procedimentos de sua reciclagem, que demonstraram as
graves conseqüências geradas por estes na saúde das populações e nas condições ambientais, em absoluto
desatendimento às diretrizes constitucionais que se voltam exatamente ao contrário, ou seja, ao direito à
saúde e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Asseverou que, se há mais benefícios financeiros no
aproveitamento de resíduos na produção do asfalto borracha ou na indústria cimenteira, haveria de se ter
em conta que o preço industrial a menor não poderia se converter em preço social a maior, a ser pago com a
saúde das pessoas e com a contaminação do meio ambiente. Fez ampla consideração sobre o direito ao meio
ambiente — salientando a observância do princípio da precaução pelas medidas impostas nas normas
brasileiras apontadas como descumpridas pelas decisões ora impugnadas —, e o direito à saúde. Afastou,
também, o argumento de que as restrições que o Brasil quer aplicar aos atos de comércio não poderiam
ser veiculadas por ato regulamentar, mas apenas por lei em sentido formal. No ponto, reputou
plenamente atendido o princípio da legalidade, haja vista que o Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior tem como área de competência o desenvolvimento de políticas de comércio
exterior e a regulamentação e execução das atividades relativas a este, sendo que as normas editadas pelo
seu Departamento de Comércio Exterior - DECEX, responsável pelo monitoramento e pela fiscalização do
comércio exterior, seriam imediatamente aplicáveis, em especial as proibitivas de trânsito de bens, ainda
não desembaraçados, no território nacional. Citou diversas normas editadas pelo DECEX e SECEX que,
segundo jurisprudência da Corte, teriam fundamento direto na Constituição (art. 237). Após relembrar
não ter havido tratamento discriminatório nas relações comerciais adotado pelo Brasil, no que respeita à
exceção da importação de pneus remoldados dos países do MERCOSUL, que se deu ante à determinação do
Tribunal ad hoc a que teve de se submeter, a relatora anotou que os países da União Europeia estariam se
aproveitando de brechas na legislação brasileira ou em autorizações judiciais para descartar pneus
inservíveis tanto no Brasil quanto em outros países em desenvolvimento. Ressaltou que, se a OMC tivesse
acolhido a pretensão da União Europeia, o Brasil poderia ser obrigado a receber, por importação, pneus
usados de toda a Europa, que detém um passivo da ordem de 2 a 3 bilhões de unidades.
##Atenção: ##TRF3-2011: ##CESPE: Considerado um princípio implícito da ordem econômica (art. 170
da CF), o Princípio da Subsidiariedade determina que cabe ao Poder Público, enquanto agente
regulador, atuar na ordem econômica apenas de forma subsidiária à iniciativa privada. Assim, a
intervenção somente será cabível em casos expressamente previstos na Constituição. Sendo assim, o
Estado só deve atuar quando o particular não tiver condições de atuar sozinho, hipótese em que deve
estimular, ajudar, subsidiar a iniciativa privada. [...] de um lado, a de respeito aos direitos individuais,
627
pelo reconhecimento de que a iniciativa privada [...] tem primazia sobre a iniciativa estatal; em
consonância com essa ideia, o Estado deve abster-se de exercer atividades que o particular tem
condições de exercer por sua própria iniciativa e com seus próprios recursos; em consequência, sob esse
aspecto, o princípio implica uma limitação à intervenção estatal. (FONTE: Di Pietro. Direito
Administrativo. p. 79).
(AGU-2012-CESPE): Com base na ordem constitucional econômica, julgue o item subsequente: Com
exceção dos casos especificados em lei, toda pessoa dispõe de liberdade para exercer qualquer atividade
econômica, independentemente de autorização concedida por órgãos públicos. BL: art. 170, § único, CF.
(DPEMA-2011-CESPE): O parágrafo único do art. 170 da CF, que assegura a todos o livre exercício de
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei, traduz norma de eficácia contida. BL: art. 170, § único, CF.
##Atenção: ##DPEMA-2011: ##PCAC-2017: ##CESPE: O art. 170, § único, da CF, é considerado uma
norma constitucional de eficácia contida, pois ela tem condições de produzir todos os seus efeitos, mas
poderá ser limitada por norma infraconstitucional posterior. Conforme afirma José Afonso da Silva,
“normas de eficácia contida, portanto, são aquelas em que o legislador constituinte regulou suficientemente os
interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência
discricionária do Poder Público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos dos conceitos nelas enunciado”
(SILVA, 1998, p. 116).
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro,
INCENTIVARÁ os reinvestimentos e REGULARÁ a remessa de lucros. (PGEPB-2008) (DPEMA-2009)
(AGU-2012) (TRT8-2015) (MPT-2015)
(MPDFT-2015): O art. 173 da Constituição dispõe que “ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos de
segurança nacional ou relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei". Esse dispositivo constitucional
consagra o princípio da subsidiariedade. BL: art. 173, caput, CF.
##Atenção: A exploração de atividade econômica pelo Estado é marcada pela subsidiariedade, somente
sendo permitida quando necessária à segurança nacional e a relevante interesse coletivo. BL: art. 173, CF.
(TRF2-2014): Assinale a opção que, além de condizente com o sistema legal pátrio, melhor expressa,
entre as cinco, consectário das ideias da livre concorrência e da liberdade de iniciativa: A exploração
direta de atividade econômica pelo Estado há de ser limitada. BL: art. 170, caput, III c/c art. 173, caput,
628
CF.
##Atenção: ##Justificativa da Banca: A questão exige que a opção a ser escolhida seja condizente com o
sistema legal e, comparativamente às outras, melhor expresse consectário da livre concorrência e da
liberdade de iniciativa. Isso já mostra que apenas a letra b pode ser escolhida. Da leitura do art. 173,
caput, da CR/88, extrai-se que a prestação direta de atividade econômica pelo Estado é excepcional.
Devido à manifesta desigualdade, a atuação estatal não se pode balizar, desde a origem, como
concorrência igualitária e livre (cf. art. 170, III, da Lei Maior). A atividade econômica deve ser aberta ao
particular, conforme se depreende da regra do art. 170, parágrafo único, da CF (“É assegurado a todos o
livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos
casos previstos em lei.”). Nesse contexto, correta a assertiva “b”, que afirma a ideia de limite à exploração
direta de atividade econômica pelo Estado.
(MPT-2017): A exploração direta de atividade econômica pelo Estado somente será permitida quando
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, ressalvados casos
previstos na Constituição da República. Em todos os casos, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado será exclusivamente realizada mediante empresa pública, sociedade de economia mista e
suas subsidiárias. BL: art. 173, caput e §1º, CF. (adm.)
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (PGESP-2009) (PCGO-2012) (TRF5-2017) (Cartórios/TJPR-2019)
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, INCLUSIVE quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(TJPI-2007) (MPPR-2008) (PGEAL-2009) (PCPI-2009) (PGEGO-2010) (TRF4-2010) (PGEAM-2010) (TRF1-2011)
(PGERO-2011) (TJAC-2012) (DPEMS-2012) (PCGO-2012) (PF-2013) (TJAL-2015) (TJDFT-2015) (PGERS-2015)
(TRT2-2015) (TRF3-2013/2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (PGESP-2009/2018) (MPGO-
2019) (Cartórios/TJPR-2019)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: A Caixa Econômica Federal, embora vinculada como empresa pública ao
Estado, executa uma atividade econômica em ambiente de concorrência. A terceirização pela Caixa
Econômica Federal dos serviços jurídicos não se revela ilegal, considerando que esses serviços não
estão relacionados com a atividade-fim da empresa. STJ. 2ª T. REsp 1318740-PR, Rel. Min. Herman
Benjamin, Rel. Acd. Min. Og Fernandes, j. 16/10/18 (Info 659).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Finalidade da CEF: É uma empresa pública criada para
funcionar como instituição financeira. Sua atividade principal, portanto, não é de natureza jurídica. As
atividades jurídicas envolvendo a CEF, embora importantes para a consecução dos seus objetivos, não são
consideradas como sua atividade-fim. A atividade-fim da referida empresa é a prestação de serviços
bancários. A CEF é uma instituição financeira que visa ao lucro. Assim, ainda que a contratação de seus
empregados deva ser feita mediante aprovação em concurso público, por força de norma constitucional, não
há como proibir a terceirização, especialmente em épocas nas quais a CEF possui uma demanda bastante
elevada, e comumente sazonal, de serviços jurídicos.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Terceirização é necessária para que a CEF possa manter
sua competitividade em relação aos demais bancos: Como empresa pública inserida no cenário econômico,
sujeito à concorrência com outros bancos, não pode ser impedida, mesmo observada a necessidade de
admitir empregados de seu quadro de pessoal mediante concurso público, de lançar mão, em
629
determinadas situações, dessa ferramenta gerencial, mesmo porque o art. 173, § 1º, II, da CF, afirma que a
empresa pública que explore atividade econômica sujeita-se ao regime próprio das empresas privadas.
Assim, tanto a realização de concurso público para provimento de emprego de advogado, quanto a
terceirização, mediante contratação de escritórios de advocacia, são alternativas legais à CEF, e em
conformidade com a moralidade administrativa. O que se exige é que essa decisão seja tomada levando-
se em consideração o princípio da economicidade, especialmente considerando-se ser a CEF uma empresa
pública que, por definição, visa ao lucro e à qual devem ser garantidas condições de manter-se no mercado
concorrencial em que se insere.
(TRF5-2017-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca dos princípios constitucionais relativos à atividade
econômica: Estatuto jurídico de sociedade de economia mista que explore atividade econômica de
prestação de serviços, além de estar sujeito ao regime jurídico próprio das empresas privadas, deverá
dispor, entre outros, sobre as formas de fiscalização pela sociedade. BL: art. 173, §1º, I e II, CF.
630
seguinte situação hipotética: O Estado de São Paulo é o único acionista de uma empresa pública que
explora determinada atividade econômica, relevante para a sociedade. Devido ao interesse do Estado de
São Paulo no bom funcionamento e também no aperfeiçoamento dessa atividade, sua Assembleia
Legislativa aprovou lei concedendo determinados incentivos fiscais apenas àquela empresa, não às
outras do mesmo segmento econômico. Nesse caso, apesar dos relevantes fundamentos que pudesse
haver em favor da empresa, a lei seria inconstitucional. BL: art. 173, §2º, CF.
§ 4º. A lei REPRIMIRÁ o ABUSO DO PODER ECONÔMICO que VISE à dominação dos
mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. (MPF-2008) (PCMG-2008)
(TRF1-2009) (MPES-2010) (TRF4-2010) (MPDFT-2011) (TRF3-2011) (TJMS-2012) (DPEPR-2012) (PCGO-2012)
(Cartórios/TJRS-2013) (PGEPI-2014) (TRT8-2015) (DPESC-2017) (PGESC-2014/2018) (PGESP-2018) (MPPR-
2019)
(PGESP-2018-VUNESP): A exploração direta de atividade econômica pelo Estado, nos limites delineados
pela Constituição da República, sujeita-se às disposições da legislação antitruste relativas à prevenção e à
repressão às infrações contra a ordem econômica, mesmo quando exercida em regime de monopólio
legal. BL: art. 31, Lei 12529150 c/c art. 173, §1º, II e §4º, CF.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado EXERCERÁ, na
forma da lei, as FUNÇÕES de fiscalização, incentivo e planejamento, SENDO este DETERMINANTE
para o setor público e INDICATIVO para o setor privado. (TJAP-2008) (TJRR-2008) (PGEES-2008) (PGEPE-
2009) (MPES-2010) (PGERS-2010) (DPEMA-2009/2011) (MPDFT-2011) (TRF2-2011) (AGU-2007/2009/2012)
150
Art. 31. Esta Lei aplica-se às pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, bem como a quaisquer
associações de entidades ou pessoas, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente, com ou sem
personalidade jurídica, mesmo que exerçam atividade sob regime de monopólio legal.
631
(DPEPR-2012) (PGESP-2012) (TRF3-2011/2013) (PGEPI-2008/2014) (TJPA-2014) (TRF1-2013/2015)
(Cartórios/TJRS-2013/2015) (TJPB-2015) (TRF4-2010/2012/2016) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (PGEMT-2016)
(TRF5-2011/2013/2015/2017) (MPMG-2017) (MPRS-2017) (DPESC-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGESC-
2014/2018) (TJAL-2015/2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPT-2020) (PGEAL-2021)
(MPDFT-2013): Assinale a alternativa correta: A atividade garimpeira será exercida sempre levando em
conta a promoção econômico-social dos garimpeiros. BL: art. 174, §3º, CF.
632
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou
concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam
atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei. (PGEMA-2016) (MPRS-2017)
Art. 175. INCUMBE ao Poder Público, na forma da lei, DIRETAMENTE ou sob regime de
CONCESSÃO ou PERMISSÃO, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. [obs.: Não
há exigência de licitação na autorização de serviços públicos]. (PGESP-2002/2009) (DPEAL-2009)
(DPEMT-2009) (PCPB-2009) (DPESP-2009/2010) (PGERS-2010/2011) (MPCE-2011) (MPMS-2011) (TRF2-
2011) (TRF3-2011) (TRF5-2011) (TRF4-2010/2012) (TJMS-2012) (MPRR-2012) (DPEAC-2012) (PCRJ-2012)
(AGU-2007/2013) (TJRJ-2012/2013) (MPES-2013) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJES-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (MPSC-2013/2014) (TJCE-2014) (DPEMS-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-
2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (TJPB-2015) (DPEPA-2015) (PCCE-2015) (TRT2-2015) (TRT21-2015) (MPT-
2015) (PFN-2015) (TJDFT-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (TJSC-2017) (MPSP-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(TJMT-2014/2018) (TJSP-2018) (MPPB-2018) (DPEAM-2018) (PGETO-2018) (MPPR-2008/2019) (TJPR-
2011/2012/2019) (TJPA-2012/2019) (TJBA-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TCERO-2019) (MPAP-2021)
(Cartórios/TJSC-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia
hidráulica CONSTITUEM propriedade distinta da do solo, PARA EFEITO de exploração ou
aproveitamento, e PERTENCEM à UNIÃO, GARANTIDA ao concessionário a propriedade do produto
da lavra. (TJTO-2007) (PGECE-2008) (AGU-2010) (MPCE-2011) (PGEPA-2011) (TJPI-2012) (TJPR-2012) (MPF-
2012) (MPSP-2006/2013) (TRF1-2011/2013) (TRF2-2009/2014) (TJRR-2008/2015) (PFN-2015) (TRF4-2012/2014/2016)
(TJDFT-2016) (DPEES-2016) (TRF3-2016) (TRF5-2009/2011/2017) (TJSP-2018) (TJPA-2012/2019) (MPDFT-
2011/2021) (TJMG-2022)
(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: As jazidas em lavra ou não e demais recursos minerais e os
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou
aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
BL: art. 176, CF.
(TRF5-2017-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca dos princípios constitucionais relativos à atividade
econômica: O aproveitamento dos potenciais de energia elétrica será realizado por brasileiros ou por
empresa constituída sob as leis brasileiras com sede e administração no país. BL: art. 176, caput e §1º CF.
(AGU-2010-CESPE): Julgue o item seguinte, relativo à ordem econômica: Segundo entendimento do STF,
634
a distinção entre atividade e propriedade permite que o domínio do resultado da lavra das jazidas de
petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos seja atribuído a terceiro pela União, sem que
tal conduta configure afronta à reserva de monopólio. BL: art. 176, caput e §1º CF e Entend. Jurisprud.
(TJRJ-2011-VUNESP): A intervenção na propriedade privada é todo ato do Poder Público que, fundado
em lei, compulsoriamente retira ou restringe direitos dominiais privados ou sujeita o uso de bens
particulares a uma destinação de interesse público. Um dos meios de intervenção na propriedade
privada se dá pela desapropriação e, nesse sentido, é correto afirmar que a desapropriação de áreas de
jazidas de petróleo e minérios nucleares deve ser precedida de ocupação provisória. Não havendo a
autorização de lavra, não cabe indenização por jazidas de minério existentes no subsolo do imóvel
desapropriado, pois a lavra, em si, é um bem de domínio da União. BL: art. 176 e §§1º e 2º, CF.
##Atenção: José dos Santos Carvalho Filho explica: “No que tange às jazidas, é preciso partir do mandamento
contido do art. 176/CF. Segundo esse dispositivo, as jazidas, em lavra ou não, constituem propriedade distinta do
solo, para efeito de exploração e aproveitamento, e pertencem à União, sendo, contudo, assegurada ao concessionário
a propriedade do produto da lavra. Emana daí que, no caso de desapropriação, não cabe indenização das jazidas
existentes no subsolo do imóvel. Entretanto, se já tiver sido outorgada a autorização para a lavra, garantida será a
indenização ao concessionário, vez que o título que formaliza o ato é passível de apreciação econômica, o que não
ocorre com a lavra em si”.
(TRF3-2016): Sobre a exploração de jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais, conforme
previsto na CF/1988 e no Código de Mineração (Decreto nº 227/67), pode-se afirmar: A autorização de
pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e concessões não poderão ser cedidas ou
transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente. BL: art. 176, §3º, CF.
(AGU-2007-CESPE): Com base no direito econômico, seus princípios e normas, julgue o item a seguir: A
construção de pequena represa em propriedade rural, para o aproveitamento do potencial de energia
635
hídrica, a fim de suprir a demanda de energia elétrica da casa dos proprietários, independe de
autorização ou concessão. BL: art. 176, §4º, CF.
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; (PFN-
2007) (MPF-2008) (PCDF-2009) (MPCE-2011) (TRF2-2011) (AGU-2010/2012) (TJAC-2012) (TRF1-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (PGEPI-2014) (MPDFT-2011/2013/2015) (TJDFT-2015) (TRF4-2014/2016) (TRF2-2017)
(TRF5-2017) (TJSP-2018) (Cartórios/TJMG-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020)
(TRF2-2014): Embora a regra seja a livre iniciativa, a CF/1988 estabelece hipóteses de monopólio.
Constitui monopólio da União Federal: A refinação do petróleo nacional ou estrangeiro. BL: art. 177, II,
CF.
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades
previstas nos incisos anteriores; (MPCE-2011) (AGU-2012) (MPDFT-2011/2013) (TRF4-2014) (PGEPI-2014)
(TJDFT-2015) (TRF2-2014/2017) (Cartórios/TJMG-2019)
(TRF2-2009-CESPE): Com referência à ordem econômica, assinale a opção correta: Constitui monopólio
da União o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer
origem. BL: art. 177, IV, CF.
##Atenção: ##Dica:
Transporte marítimo de petróleo bruto = só nacional
##Atenção: Conforme a lição de LEONARDO VIZEU FIGUEIREDO: “As hipóteses de monopólio estatal
encontram-se taxativamente previstas no artigo 177 da CRFB, não cabendo ao legislador ordinário ampliá-
las, uma vez que a Ordem Econômica brasileira fundamenta-se na livre-iniciativa, tendo como princípio regedor a
liberdade de concorrência. Assim, somente ao poder constituinte derivado reformador cabe a ampliação dos casos de
monopólio estatal. Da leitura do artigo 177 da CRFB depreende-se que o Estado reservou para si, tão somente, o
monopólio estatal das duas principais matrizes energéticas mundiais, a saber, o combustível fóssil derivado e os
materiais nucleares. Embora a Carta Política de outubro de 1988 tenha limitado taxativamente as hipóteses de
intervenção econômica do Estado por absorção, houve flexibilização dos referidos monopólios decorrente de exercício
de poder constituinte derivado reformador. Por força da Emenda Constitucional n. 09/1995, o monopólio sobre os
combustíveis fósseis derivados foi relativizado, permitindo a contratação, por parte da União, de empresas estatais
ou privadas, para as atividades relacionadas ao abastecimento de petróleo. Some-se a isso que a Emenda
Constitucional n. 49/2006 flexibilizou o monopólio de minérios e minerais nucleares para retirar a exclusividade da
União sobre a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos de meia-vida curta, para usos medicinais,
agrícolas e industriais, delegando-a ao particular sob regime de permissão.” (Lições de Direito Econômico. 7ª ed.
2014)
(TJSP-2018-VUNESP): É correto afirmar que, em seu Título VII (Da Ordem Econômica e Financeira), a
Constituição dispõe que a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros
hidrocarbonetos fluidos constituem monopólio da União, que poderá contratar a sua realização com
empresas estatais ou privadas, observadas as condições estabelecidas em lei. BL: art. 177, caput, I c/c §1º,
CF.
(TRF5-2017-CESPE): A respeito do regime jurídico dos recursos minerais e dos terrenos de marinha,
assinale a opção correta de acordo com a doutrina e a jurisprudência vigentes: A propriedade exclusiva
da União dos recursos minerais, inclusive os do subsolo, não implica domínio do resultado da lavra de
jazidas de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluídos: a União pode atribuir a terceiros
a exploração desses recursos, sem qualquer ofensa à reserva de monopólio para pesquisa e lavra. BL: art.
177, caput, I c/c §1º, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2017: ##CESPE: (...) A Constituição do Brasil enumera atividades que
consubstanciam monopólio da União [art. 177] e os bens que são de sua exclusiva propriedade [art.
20]. A existência ou o desenvolvimento de uma atividade econômica sem que a propriedade do bem
empregado no processo produtivo ou comercial seja concomitantemente detida pelo agente daquela
atividade não ofende a Constituição. (...) A distinção entre atividade e propriedade permite que o
domínio do resultado da lavra das jazidas de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos
fluídos possa ser atribuída a terceiros pela União, sem qualquer ofensa à reserva de monopólio [art.
177 da CB/88]. A propriedade dos produtos ou serviços da atividade não pode ser tida como abrangida
pelo monopólio do desenvolvimento de determinadas atividades econômicas. A propriedade do
produto da lavra das jazidas minerais atribuídas ao concessionário pelo preceito do art. 176 da
Constituição do Brasil é inerente ao modo de produção capitalista. (...) Embora o art. 20, IX, da CB/88
estabeleça que os recursos minerais, inclusive os do subsolo, são bens da União, o art. 176 garante ao
concessionário da lavra a propriedade do produto de sua exploração. STF. Plenário. ADI 3273, Rel. Min.
Carlos Britto, Rel. p/ Ac. Eros Grau, j. 16/03/05.
637
União na pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural, permitindo, entretanto, a contratação de
empresas estatais e privadas para a realização dessas atividades, observadas as condições estabelecidas
em lei. BL: art. 177, caput, I e §1º, CF.
(AGU-2010-CESPE): A respeito do direito econômico, julgue o item que se segue: É legal a contratação
pela União de empresa estatal ou privada para realizar atividades de pesquisa e lavra das jazidas de
petróleo e gás natural em território nacional. BL: art. 177, caput, I e §1º, CF.
##Atenção: ##TJMG-2005: ##TJRS-2009: O transporte, por meio de conduto, de gás natural, de qualquer
origem, constitui monopólio da União, mas poderá ser contratado com empresas estatais ou privadas,
nos termos do art. 177, §1º da CF.
§ 2º A lei a que se refere o § 1º DISPORÁ sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território nacional; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União; [obs.: ANP] (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 9, de 1995) (MPMG-2010) (TRF3-2011) (TRF2-2011/2013) (TJRN-2013) (TRF5-2015)
(MPF-2015) (DPEMT-2016)
638
I - a ALÍQUOTA DA CONTRIBUIÇÃO PODERÁ SER: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33,
de 2001)
a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TRF5-2011)
(TRF2-2013) (TJCE-2014) (PGEMA-2016)
(AGU-2007-CESPE): Com base no direito econômico, seus princípios e normas, julgue o item a seguir: O
produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de
importação e comercialização de petróleo e seus derivados será destinado, entre outros fins, ao
financiamento de programa de infraestrutura de transportes. BL: art. 177, §4º, II, “c”, CF.
Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo,
quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o
princípio da reciprocidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 7, de 1995) (PGEPI-2008) (MPDFT-
2021) (TJAP-2022)
(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e
terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela
União, atendido o princípio da reciprocidade. BL: art. 178, caput, CF.
639
Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei estabelecerá as condições em que o
transporte de mercadorias na cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos por embarcações
estrangeiras. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 7, de 1995) (PFN-2007)
Art. 181. O atendimento de requisição de documento ou informação de natureza comercial, feita por
autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no
País dependerá de autorização do Poder competente.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA
(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal,
151
Art. 21. Compete à União: (...) XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos;
640
obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana. BL: art. 182, §1º, CF.
(MPSC-2016): Quanto à política urbana, dispôs a Constituição Federal que o instrumento básico da
política de desenvolvimento e de expansão urbana é o plano diretor, que será obrigatório para cidades
com mais de vinte mil habitantes. BL: art. 182, §1º, CF/88.
(TJPA-2012-CESPE): Considerando que o município A, com 30.000 habitantes e sem plano diretor,
decida utilizar instrumentos de política urbana previstos no Estatuto da Cidade ao detectar que diversos
imóveis localizados em seu perímetro urbano não são utilizados, o que configura claro desrespeito à
função social de propriedade, neste caso o referido município deverá elaborar plano diretor. BL: art. 182,
§1º, CF (amb.).
##Atenção: O referido município deve elaborar plano diretor, já que este é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e expansão urbana, obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes,
onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no §4º do art. 182 da CF/88
(que estabelece as diretrizes gerais da política urbana).
(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: A propriedade urbana cumpre sua função social quando
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. BL: art. 182, §2º,
CF.
(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com
prévia e justa indenização em dinheiro. BL: art. 182, §3º, CF.
§ 4º É FACULTADO ao Poder Público municipal, mediante LEI ESPECÍFICA para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, SOB PENA,
SUCESSIVAMENTE, de: [obs.: rol TAXATIVO] (TJPI-2007) (TJAL-2008) (DPEMT-2009) (DPU-2010) (TJRJ-
2011) (MPCE-2011) (TRF3-2011) (PGERS-2011) (TJPA-2012) (TJGO-2012) (MPAL-2012) (MPMT-2012) (MPRR-
2012) (PFN-2012) (TJSC-2013) (TRF1-2013) (PGDF-2013) (PCGO-2013) (AGU-2013) (MPT-2013) (DPEMG-
2009/2014) (TRF2-2009/2011/2013/2014) (MPPA-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (MPAM-2015) (DPEMA-2015) (MPF-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015)
(DPEBA-2010/2016) (PGEAM-2010/2016) (MPPR-2016) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (MPMG-2010/2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (TJSP-
2017/2018) (MPMS-2018) (PGESC-2018) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (TJPR-2017/2021) (MPRS-2017/2021) (PGEAL-2021) (PCRN-2021)
641
2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-2017) (MPMG-2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPMS-
2018) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TJPR-2017/2021) (PCRN-2021)
##Atenção:
- CF | Art. 182. (...) § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de: (...) II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo
no tempo;
- CF | Art. 156. (...) § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º,
inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: I - ser progressivo em razão do valor do imóvel;
e II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
- Súmula 668 do STF - É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda
Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade urbana.
(MPMG-2013): A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu artigo XXV, nº1, diz: “Toda pessoa
tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação,
vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de
desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu
controle”. Expressamente, a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 6º, por
introdução da Emenda Constitucional nº 26, prevê a moradia como direito social, no mesmo patamar da
educação, da saúde, do trabalho, do lazer, da segurança, da previdência social, da proteção à
maternidade e à infância e da assistência aos desamparados. Com base no ordenamento constitucional
brasileiro, pode-se afirmar Pelo ordenamento constitucional brasileiro, a propriedade é um direito
fundamental, mas não possui um caráter absoluto, pois deve cumprir uma função social, que se dá, entre
outras formas, pelo atendimento das exigências fundamentais de ordenamento das cidades, expressadas
nos planos diretores, podendo estes estabelecerem áreas para que o Poder Público municipal, mediante
lei específica, exija do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que
promova o seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de parcelamento ou edificação
compulsórios, imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo e
desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública. BL: art. 182, §4º, CF.
(TJRS-2009): À luz das disposições em vigor da Constituição Federal, com relação ao imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana, é correto afirmar que são admitidas tanto a sua progressividade
fiscal quanto a extrafiscal. BL: art. 156, I, §1º, I c/c art. 182, §4º, II, CF. (tributário).
642
2010/2016) (PGEAM-2010/2016) (MPPR-2011/2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPMG-
2011/2017) (MPSP-2017) (PGESE-2017) (TJSP-2018) (MPMS-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (MPGO-2019) (PGM-
Boa Vista/RR2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJPR-2017/2021) (PGEAL-2021)
(MPDFT-2011): É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente,
de: parcelamento ou edificação compulsórios; imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo; desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais,
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. BL: art. 182, §4º, CF.
Art. 183. Aquele que POSSUIR como sua ÁREA URBANA de até duzentos e cinqüenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, UTILIZANDO-A para SUA MORADIA
ou DE SUA FAMÍLIA, ADQUIRIR-LHE-Á O DOMÍNIO, desde que NÃO SEJA proprietário de outro
imóvel urbano ou rural. (TJPI-2007) (MPAM-2007) (AGU-2009) (MPES-2010) (MPPR-2012) (MPRR-2012)
(DPERO-2012) (TRF4-2012) (MPMG-2010/2013) (PGEGO-2010/2013) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJRS-2013)
(PCGO-2013) (PGEAC-2012/2014) (TJAP-2014) (TJDFT-2014) (MPPA-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-
2014) (DPEPA-2009/2015) (MPSP-2012/2015) (TJGO-2015) (DPEMA-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (TJAM-2016) (DPEES-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRF2-2013/2017) (DPEAL-2017)
(DPESC-2017) (DPU-2017) v (PCAC-2017) (PCMS-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJCE-2012/2018) (TJMT-2018)
(MPMS-2018) (MPPB-2018) (DPEAM-2018) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGESP-2018) (DPESP-
2015/2019) (DPEGO-2010/2021) (MPDFT-2011/2021) (MPRS-2017/2021) (DPERJ-2021) (PGECE-2021)
(PCMG-2021) (PCRN-2021)
643
(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: Aquele que possuir como sua área urbana até duzentos e
cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. BL:
art. 183, CF.
§ 2º Esse direito NÃO SERÁ RECONHECIDO ao mesmo possuidor mais de uma vez. (MPAM-
2007) (MPSP-2015) (DPEES-2016) (MPRS-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMT-2018)
##Atenção: ##MPAM-2007: ##CESPE: Essa restrição é apenas para a usucapião especial urbana (art.
183, CF). Logo, não se aplica para a usucapião rural constitucional, prevista no art. 191 da CF.
(TJRJ-2019-VUNESP): Foi registrado um loteamento que, entretanto, nunca foi implantado. Judas e sua
família construíram e começaram a morar numa área que seria destinada a ser um logradouro público.
Após 10 anos de ocupação mansa e pacífica, mediante moradia com sua família, Judas ajuizou uma ação
644
de usucapião. É correto afirmar que a usucapião não poderá ser reconhecida, pois os bens públicos são
imprescritíveis. BL: art. 22, caput e § único da LPS152 e art. 102, CC e arts. 183, §3º e 191, CF e art. 200, do
DL 9.760/46 e Súmula 340 do STF.
(TJSC-2017-FCC): A propósito do uso dos bens públicos pelos particulares, é correto afirmar que o
concessionário de uso de bem público exerce posse ad interdicta, mas não exerce posse ad usucapionem. BL:
art. 102, CC e arts. 183, §3º e 191, CF/88. (adm.)
##Atenção: A posse ad interdicta é aquela por meio da qual o possuidor poderá se valer dos interditos
possessórios na defesa da posse, seja para recuperar o poder sobre a coisa, no caso da reintegração, seja
para conservar a posse (manutenção), seja, ainda, para fins de se defender de violência iminente. Por
outro lado, a posse ad usucapionem é aquela que permite gerar o direito à usucapião, sendo necessário,
portanto, que o agente detenha o poder de fato sobre a coisa com o chamado animus domini. Partindo da
análise de tais noções conceituais mínimas, é correto afirmar que o concessionário de uso de bem pública
ostenta a posse ad interdicta, na medida em que está autorizado a defender sua posse perante terceiros
que venham a molestá-la. Nada obstante, jamais deterá a posse ad usucapionem, já que bens públicos não
são, por expressa vedação constitucional, sujeitos à usucapião (CF/88, arts. 183, §3º e 191, § único). Trata-
se da característica da imprescritibilidade dos bens públicos. Por fim, vale registrar os ensinamentos de
Maria Sylvia Di Pietro: “A extracomerciabilidade exclui a posse ad usucapionem (porque incompatível com a
inalienabilidade dos bens públicos), porém admite a posse ad interdicta à medida que seja necessária para proteger a
pública destinação dos bens.” (Fonte: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª ed. São
Paulo: Atlas, 2013. p. 759 e 771).
(TJAL-2015-FCC): No ano de 1963, o STF adotou, em sua Súmula, o seguinte enunciado, sob o n° 340:
“Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por
usucapião”. Independentemente de eventual opinião doutrinária minoritária em sentido contrário, tal
conclusão, atualmente, resta compatível com o direito vigente, eis que a CF/88 prevê a não sujeição à
usucapião dos bens públicos imóveis, e o CC/02 prevê a mesma não sujeição quanto aos bens públicos
em geral, sem excepcionar os dominicais. BL: art. 102, CC e arts. 183, §3º e 191, CF e S. 340, STF e art.
200, do DL 9.760/46.
##Atenção: Ainda como garantia decorrente dos privilégios estatais, seus bens não se sujeitam a
usucapião, gozando da prerrogativa de imprescritibilidade. Essa norma está estampada no art. 102 do
CC, que estabelece genericamente que os bens públicos não se sujeitam à usucapião e também no art.
200, do Decreto lei 9.760/46, que trata da imprescritibilidade de bens imóveis. Ainda nesses termos, o art.
183, §3° e art. 191, § único, CF/88 define que "Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião”.
CAPÍTULO III
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁRIA
Art. 184. COMPETE à UNIÃO DESAPROPRIAR por interesse social, para fins de reforma agrária,
o imóvel rural que NÃO ESTEJA CUMPRINDO sua função social, mediante PRÉVIA e JUSTA
INDENIZAÇÃO em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
RESGATÁVEIS no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização
152
Art. 22. Desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o domínio do Município as vias e praças, os
espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e
do memorial descritivo. Parágrafo único. Na hipótese de parcelamento do solo implantado e não registrado
[obs.: RREGULAR], o Município poderá requerer, por meio da apresentação de planta de parcelamento
elaborada pelo loteador ou aprovada pelo Município e de declaração de que o parcelamento se encontra
implantado, o registro das áreas destinadas a uso público, que passarão dessa forma a integrar o seu domínio.
645
será definida em lei. (TJSE-2008) (MPRR-2008) (PGECE-2008) (TJRS-2009) (DPEMT-2009) (MPRO-
2008/2010) (DPEBA-2010) (PGERS-2010) (DPU-2010) (TJRJ-2011) (MPCE-2011) (MPPR-2011) (PGEMT-2011)
(TJCE-2012) (TJMG-2012) (MPAL-2012) (MPMT-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEAC-2012) (PCMA-2012)
(TRF1-2011/2013) (AGU-2012/2013) (TJSC-2013) (MPES-2013) (DPEDF-2013) (DPERR-2013) (DPETO-
2013) (TRF3-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (PGDF-2013) (TJPA-2009/2014) (TRF2-2009/2011/2014)
(TJRJ-2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TJRR-2008/2015) (TRF5-
2011/2015) (PGEPR-2011/2015) (TJDFT-2012/2015) (TJGO-2012/2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (TRF1-
2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEAM-2010/2016) (TJAM-2016) (DPEES-2016)
(PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPSP-2011/2017) (DPERO-2017) (PCMS-2017) (PGESC-2014/2018)
(DPEMA-2009/2015/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (MPMG-2018) (MPGO-
2012/2016/2019) (TJPR-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPAP-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
##Atenção: ##STF: ##MPAM-2007: ##CESPE: Para o STF, “a teor do disposto no art. 184 da CF/88, o
alvo da reforma agrária é o ‘imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social', pouco
importando a existência, sob o ângulo da propriedade, de condomínio.” (MS 24503, Rel. Min. Marco
Aurélio, j. 7/8/03, Plenário). No mesmo sentido: MS 26087, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 1º/8/13).
(DPEMA-2015-FCC): Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária,
o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em
títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte
anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. BL: art. 184, CF.
(MPRS-2012): O Município, com finalidade de promover a reforma agrária, não tem competência para
declarar de interesse social um imóvel rural situado nos limites de sua circunscrição. BL: art. 184, CF.
(TJRJ-2014-VUNESP): A desapropriação por interesse social do imóvel rural que não cumpra sua função
social importa prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, e as benfeitorias úteis e
necessárias serão indenizadas em dinheiro. BL: art. 184, caput e §1º, CF (adm.)
(TJCE-2012-CESPE): No que se refere aos direitos fundamentais na ordem jurídica nacional, assinale a
opção correta: Tratando-se de desapropriação para fins de reforma agrária, a indenização das
benfeitorias úteis e necessárias será prévia e em dinheiro, ao passo que a das voluptuárias será paga em
títulos da dívida agrária. BL: art. 184, caput e §1º, CF
§ 2º O decreto que DECLARAR o imóvel como de interesse social, PARA FINS DE REFORMA
AGRÁRIA, AUTORIZA a União A PROPOR a AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. (TJSP-2008) (TJRR-2008)
(TJGO-2012) (DPETO-2013) (DPEMA-2015) (Cartórios/TJSP-2018)
646
assinale a opção correta: O decreto que declarar o imóvel como de interesse social para fins de reforma
agrária autoriza a União a propor a ação de desapropriação. BL: art. 184, caput e §2º, CF. (agrário)
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, DESDE QUE seu proprietário
NÃO POSSUA outra; (TJMG-2007/2008) (TJSE-2008) (TJSP-2008) (TJRR-2008) (PGEPI-2008) (TJRS-2009)
(AGU-2010) (PGEMT-2011) (TJPA-2009/2012) (TJGO-2012) (MPRR-2012) (PFN-2012) (TJSC-2013) (DPETO-
2013) (PCGO-2013) (TJDFT-2014) (TRF2-2014) (MPSP-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT21-2015)
(DPERO-2017) (PGESE-2017) (DPEMA-2015/2018) (MPGO-2019) (MPAP-2021)
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para
o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social. (PGEPI-2008) (AGU-2010) (MPMT-2012)
(MPMG-2014)
647
(PCGO-2013) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014) (TRF2-2014) (PGESC-2014)
(DPEMA-2009/2015) (TRF5-2011/2015) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (MPRR-2017) (PGESE-2017) (MPMG-
2011/2018) (TJSP-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEAM-2021) (DPEGO-2021)
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; (TJMG-
2008) (TJAP-2008) (PGEPB-2008) (DPEPA-2009) (MPPR-2011) (MPSP-2011) (PGEMT-2011) (PGEPR-2011)
(DPESC-2012) (AGU-2010/2013) (MPMS-2013) (DPERR-2013) (TRF1-2013) (PGEGO-2013) (PCGO-2013)
(MPMA-2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014) (TRF2-2014) (PGESC-2014) (DPEMA-2009/2015)
(TRF5-2011/2015) (TJGO-2012/2015) (TJAM-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (TRT4-2016) (MPRR-2017)
(PGESE-2017) (MPMG-2011/2018) (TJSP-2014/2018) (TJAC-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEAM-
2021) (DPEGO-2021) (PCRN-2021)
(TJGO-2015-FCC): Joaquim é proprietário de um imóvel rural cortado por diversos cursos d’água com
150 hectares integralmente utilizados para o plantio de soja. Joaquim ganhou prêmio de produtor rural
do ano, diante da alta produtividade de seu imóvel rural. Segundo a CF/1988, seu imóvel rural não
cumpre com sua função social, diante da ausência de preservação do meio ambiente. BL: art. 186, II, CF
(agrário)
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; (PGEPB-2008) (MPPR-2011)
(MPSP-2011) (PGEMT-2011) (TJGO-2009/2012) (DPESC-2012) (PGEPA-2012) (AGU-2010/2013) (MPMS-2013)
(DPERR-2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013) (PCGO-2013) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014)
(TRF2-2014) (PGESC-2014) (DPEMA-2009/2015) (TRF5-2011/2015) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (MPRR-2017)
(PGESE-2017) (MPMG-2011/2018) (TJSP-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEAM-2021) (DPEGO-
2021)
Art. 187. A POLÍTICA AGRÍCOLA será planejada e executada na forma da lei, com a participação
efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de
comercialização, de armazenamento e de transportes, LEVANDO EM CONTA, especialmente: (AGU-
2010/2013) (TJSC-2013) (MPPA-2014) (TRT21-2015) (DPERR-2021)
##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##CESPE: O art. 187 da CF/1988 é norma programática na medida em
que prevê especificações em lei ordinária. Ausência, à primeira abordagem, da tese da
inconstitucionalidade material. Isso porque, de acordo com a referida regra, a política agrícola será
planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo
produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de
transportes, levando em conta diversos preceitos indicados no referido dispositivo. (...). STF. Plenário.
ADI 1.330-MC, Rel. Min. Francisco Rezek, j. 10.08.95.
(MPPA-2014-FCC): A política agrícola será planejada e executada com a participação efetiva do setor de
produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de
648
armazenamento e de transportes. BL: art. 187, CF (agrário).
(TJGO-2015-FCC): A destinação de terras devolutas será compatibilizada com a política agrícola e com o
plano nacional de reforma agrária. BL: art. 188, CF (agrário)
(MPRR-2017-CESPE): A Lei de Terras de 1850 — Lei n.º 601/1850 — foi uma das primeiras leis a tratar
da questão das terras devolutas no Brasil, isto é, das terras a que o poder público não deu nenhuma
destinação especial. A respeito desse assunto, assinale a opção correta: Para a alienação ou a concessão de
terras públicas para fins de reforma agrária, é desnecessária a aprovação do Congresso Nacional. BL: art.
649
188, §§1º e 2º, CF. (agrário)
(MPMG-2017): Analise a seguinte assertiva sobre bens públicos: A alienação ou a concessão, a qualquer
título, de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica,
ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional, exceto quando
a alienação ou concessão de terras públicas tiver por finalidade reforma agrária. BL: art. 188, §§1º e 2º,
CF.
(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma
agrária receberão títulos de domínio ou de concessão de uso inegociáveis pelo prazo de dez anos. BL: art.
189, caput, CF.
(TJPA-2012-CESPE): No que diz respeito à política urbana, agrícola e fundiária e à reforma agrária,
assinale a opção correta: Os imóveis rurais desapropriados para fins de reforma agrária serão
distribuídos mediante título de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos,
nos termos e condições previstos em lei. BL: art. 189, caput e § único, CF.
Art. 191. Aquele que, NÃO SENDO proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por
cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, EM ZONA RURAL, não superior a cinqüenta
hectares, TORNANDO-A PRODUTIVA por seu trabalho ou de sua família, TENDO nela sua moradia,
ADQUIRIR-LHE-Á a propriedade. (TJTO-2007) (TJMG-2009) (DPEPA-2009) (TRF2-2009) (DPEMA-2011)
(PGEMT-2011) (MPPR-2012) (DPERO-2012) (DPESE-2012) (PGEPA-2012) (AGU-2010/2013) (DPERR-
2013) (TRF3-2013) (PGEGO-2013) (PCBA-2013) (PCGO-2013) (MPAC-2014) (PGEPI-2014) (TJGO-2015)
(DPEPE-2015) (TJAM-2016) (MPGO-2016) (TRF4-2016) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (Cartórios/TJSP-
2016/2018) (TJCE-2018) (DPERS-2018) (PGEAP-2018) (MPSP-2010/2011/2019) (DPEGO-2010/2021)
Parágrafo único. Os IMÓVEIS PÚBLICOS NÃO SERÃO ADQUIRIDOS por usucapião. (TJMS-
2008) (TJPA-2009) (MPDFT-2009) (DPEPA-2009) (TRF1-2009) (DPEGO-2010) (TRF4-2010) (MPSP-
2010/2011) (PGEMT-2011) (TJGO-2012) (DPERO-2012) (DPESE-2012) (PGEAC-2012) (DPERR-2013)
(TRF5-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PGDF-2013) (MPAC-2014) (DPEMS-2014) (TJAL-2015) (AGU-2015)
(MPGO-2016) (TJSC-2017) (DPEAC-2017) (PCMS-2017) (TJRJ-2019) (MPCE-2020)
651
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
##Atenção: A Constituição da República definiu no caput de seu art. 192, que a estrutura do sistema
financeiro nacional só poderá ser regulado por Lei Complementar. O Pleno do STF firmou o
entendimento de que a Lei 4.595, de 1964, foi recepcionada pela CF/1988 com status de Lei
Complementar, regulando o sistema financeiro nacional e as atribuições do Banco Central do Brasil.
Assim, embora a Lei 4.595/64 não seja lei complementar no aspecto formal, a mesma possui nítido
caráter de lei complementar, erigida a tal categoria pela edição da CF/88. A natureza de lei
complementar da Lei 4.595/64 é pacífica na doutrina e na jurisprudência.
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
652
que: 1º) juízes e Tribunais de todo o país implementem, no prazo máximo de 90 dias , a audiência de
custódia; 2º) a União libere, sem qualquer tipo de limitação, o saldo acumulado do Fundo
Penitenciário Nacional para utilização na finalidade para a qual foi criado, proibindo a realização de
novos contingenciamentos. Na ADPF havia outros pedidos, mas estes foram indeferidos, pelo menos
na análise da medida cautelar. STF. Plenário. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 9/9/15
(Info 798)153
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 193. A ORDEM SOCIAL TEM como BASE o primado do trabalho, e como OBJETIVO o bem-
estar e a justiça sociais. (MPF-2005) (TRF1-2009) (TJPR-2010) (PCAP-2010) (MPMS-2011) (TRT3-2016) (MPRO-
2017) (Cartórios/TJPR-2019)
(TJPR-2010): O ser humano deve ter um padrão de vida capaz de "assegurar saúde e bem-estar", conceito
este ligado ao "bem-estar social" contemplado na Declaração Universal dos Direitos do Homem subscrita
pelo Brasil. BL: art. 193, CF e art. 29, 2 da Decl.
##Atenção: O bem-estar social foi contemplado pela CF/88 em seu art. 193, e na Declaração Universal
no número 2 do artigo 29, abaixo colacionado : “2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará
sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento
e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do
bem-estar de uma sociedade democrática.”
Parágrafo único. O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na
forma da lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de controle e de
avaliação dessas políticas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
153
(DPERS-2018-FCC): À luz da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, considere a assertiva a seguir: Conforme previsão da Convenção Americana sobre Direitos
Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à
presença de um juiz ou de outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais, o que determina,
segundo a jurisprudência do STF, a obrigatoriedade da implantação da chamada audiência de apresentação ou de
custódia. BL: art. 7º, item 5 da CADH e Entend. Jurisprud.
653
e ss., CF.
(TRF2-2018): Marque a opção certa: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à Previdência
social, assistência social e saúde. BL: art. 194, CF.
Parágrafo único. COMPETE ao Poder Público, nos termos da lei, ORGANIZAR a SEGURIDADE
SOCIAL, com base nos SEGUINTES OBJETIVOS:
(TJPR-2021-FGV): Diante dos princípios e regras constitucionais da seguridade social brasileira, é correto
afirmar que: o princípio constitucional da uniformidade e equivalência dos benefícios às populações
urbana e rural não impede a concessão de benefícios com requisitos de elegibilidade distintos entre as
referidas parcelas da sociedade brasileira. BL: art. 194, § único, I, CF.
154
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1766362/o-que-se-entende-pelo-principio-da-universalidade-da-cobertura-e-do-
atendimento-da-seguridade-social-kelli-aquotti-ruy#:~:text=A%20universalidade%20da%20cobertura%20significa,%2C
%20invalidez%2C%20reclus%C3%A3o%20e%20morte.
654
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; (AGU-2007) (PGEMT-
2011) (DPEPR-2014) (TRT1-2015) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (TRF3-2016) (PGESE-2017) (DPEMA-
2018)
Art. 195. A SEGURIDADE SOCIAL SERÁ FINANCIADA por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: (PGEAL-2009) (MPRO-
2010) (PGEAM-2010) (PGERS-2010) (PCAP-2010) (PGEMT-2011) (PFN-2007/2012) (DPERO-2012) (TRF4-2012)
(PGEPA-2012) (AGU-2012) (DPEDF-2013) (DPERR-2013) (TRF2-2013/2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014)
(DPEPA-2009/2015) (TRF5-2009/2011/2015) (TRF1-2009/2013/2015) (DPEMA-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-
2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (TRT16-2015) (DPEMT-2016) (MPF-2012/2015) (TJSC-2017) (DPEAL-2017)
(DPU-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESE-2017) (PCGO-2017) (TRF3-2009/2011/2018) (TJSP-2018) (PGEPE-
2018) (PGESP-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo
Grande/MS-2019) (TJMG-2022) (DPEPI-2022)
655
(TJMG-2022-FGV): Os direitos sociais abrangem os benefícios previdenciários que se baseiam, entre
outros, nos princípios da solidariedade, universalidade do atendimento, integralidade e fonte de custeio.
Na Constituição Federal de 1988, é cabível afirmar que o princípio da solidariedade tem como base a
proteção da sociedade, através de um sistema solidário, em consonância com a dignidade humana, eixo
axiológico da Constituição Federal de 1988. BL: arts. 194 e 195, caput, CF.
##Atenção: Os impostos são tributos não vinculados, não destinados e não restituíveis, ao passo que as
contribuições especiais são tributos não vinculados, destinados e não restituíveis. Logo, a diferença entre
as contribuições especiais e os impostos reside na destinação do produto da sua arrecadação.
(PGEPA-2012-UEPA): Assinale a alternativa correta: No caso específico das contribuições sociais, não
haverá juízo de referibilidade a condicionar a posição de contribuinte, já que o art. 195 da Constituição
determinou o seu custeio por toda a sociedade. BL: art. 195, caput, CF.
155
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (...)
156
Art. 167. São vedados: (...) IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de
atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e
a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o
disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
656
(DPERR-2013-CESPE): Com base no que dispõe a CF sobre a seguridade social, assinale a opção
correta: A seguridade social é financiada por, entre outros recursos, os provenientes da contribuição
social do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente sobre a folha
de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que
lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. BL: art. 195, caput, I, “a”, CF.
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (PGERS-2010) (TJPI-
2012) (TRF4-2012) (MPF-2012) (DPEDF-2013) (TRF2-2013/2014) (PGERN-2014) (TRF1-2013/2015) (TRF5-2015)
(TJSC-2017) (Cartórios/TJAL-2019) (PF-2021)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (PGERS-2010) (TJPI-2012) (DPEDF-
2013) (TRF2-2013/2014) (PGERN-2014) (MPF-2012/2015) (TRF1-2013/2015) (TRF5-2015) (TJSC-2017) (PF-2021)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL),
instituída pela Lei 7.689/88, sendo também constitucionais as majorações de alíquotas efetivadas pela
Lei 7.856/89, por obedecerem à anterioridade nonagesimal. Por sua vez, a ampliação da base de
cálculo, conforme o art. 1º, II, da Lei 7.988/89, a fim de se compatibilizar com a anterioridade
nonagesimal, só pode ser efetivada a partir do ano base de 1990. STF. Plenário. RE 211446 ED-ED/GO,
Rel. Min. Luiz Fux, j. 20/9/18 (Info 916).
##Atenção: A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é um tributo federal instituído pela Lei
7.689/88. A Lei 7.689/88 foi fruto da MP 22/88. Veja o que diz o art. 1º da Lei: “Art. 1º Fica instituída
contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, destinada ao financiamento da seguridade social”.
Tem como fundamento constitucional o art. 195, I, “c” da CF.
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, NÃO INCIDINDO contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) (DPEPI-2022)
##Atenção: ##STF: ##DPEMA-2015: ##FCC: Conforme entende o STF, “(...) de fato, o art. 195, III, da
Carta Magna, estabeleceu tão somente a possibilidade da seguridade social ser financiada por receitas de
prognóstico. Por conseguinte, tal disposição não se refere à exploração de jogos de azar mediante
pagamento, feita por particular, a qual, além disso, não se constitui sequer como atividade autorizada por
lei”. (RE 502.271 AgR, voto da rel. min. Ellen Gracie, j. 10-6-2008, 2ª T, DJ de 27-6-2008).
§ 2º. A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, ASSEGURADA a cada área a gestão de seus recursos.
(TRF2-2009) (DPEAM-2013) (PCSC-2014) (TRF3-2018)
##Atenção: ##TJSP-2021: ##VUNESP: A regra contida no art. 195, §3º, da CF/88 possui uma exceção,
proveniente da EC 106/2020, a qual institui regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações
para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de pandemia. Assim dispõe o art. 3º, §
único da EC/106/2020: “Art. 3º (...) Parágrafo único. Durante a vigência da calamidade pública nacional de que
trata o art. 1º desta Emenda Constitucional, não se aplica o disposto no § 3º do art. 195 da Constituição
Federal.”
658
§ 4º A lei PODERÁ INSTITUIR outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão DA
SEGURIDADE SOCIAL, OBEDECIDO o disposto no art. 154, I. (PGESP-2002) (PGECE-2008) (PGEAL-
2009) (AGU-2009/2010) (MPRO-2010) (DPU-2010) (PGERS-2011) (TRF5-2011) (TJPI-2012) (TJBA-2012)
(DPEES-2012) (DPERO-2012) (DPEDF-2013) (DPETO-2013) (PGEPI-2008/2014) (Cartórios/TJSP-2014)
(PGEAC-2014) (PGERN-2014) (PCDF-2009/2015) (TRF4-2009/2016) (TRF3-2016) (MPF-2011/2013/2017) (TJSC-
2017) (MPRR-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESE-2017) (TRF2-2009/2018) (Cartórios/TJPR-2019) (DPEPI-
2022)
(MPRO-2010-CESPE): A respeito da ordem social na CF, assinale a opção correta: A União pode instituir,
mediante lei complementar, outras fontes destinadas à obtenção de receita para a manutenção da
seguridade social, além das previstas na CF. BL: art. 195, §4º c/c art. 154, I, CF.
##Atenção: Novas contribuições para a seguridade social – deve ser por lei complementar, nos termos do
art. 154, I da CF.
659
custeio total. BL: art. 195, §5º, CF.
(TRF2-2014): Sobre a seguridade social, está expresso na Constituição Federal: Nenhum benefício ou
serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de
custeio total. BL: art. 195, §5º, CF.
§ 6º As CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS de que trata este artigo SÓ PODERÃO SER EXIGIDAS após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, NÃO SE
LHES APLICANDO o disposto no art. 150, III, "b". (PGECE-2008) (TRF2-2009) (PGERS-2010) (MPF-2011)
(PGEPR-2011) (TJPA-2012) (DPERO-2012) (TRF4-2012) (AGU-2012) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJRS-2013)
(TJSP-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (DPEPA-2015) (TRF1-2015) (TRT23-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-
2017) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TCERJ-2021) (DPEPI-2022)
660
(anterioridade nonagesimal) passaram a ser, em regra, cumulativamente exigíveis. Dessa forma, se um
tributo vier a ser majorado ou instituído por lei publicada após o dia 3 de outubro (quando faltam 90 dias para o
término do exercício financeiro), a cobrança não mais pode ser feita a partir de 1.º de janeiro seguinte, sob pena de
infringir a noventena (publicada a lei “em meados de outubro”, a cobrança deve se verificar “em meados de
janeiro”). Já se a publicação da lei instituidora ou majoradora ocorrer no início do ano, a cobrança não pode ser feita
imediatamente após o transcorrer de noventa dias, pois o princípio da anterioridade do exercício exige que se espere
o início do ano subsequente. Resumindo, instituído ou majorado tributo, a respectiva cobrança só poder ser
realizada após o transcorrer de, no mínimo, noventa dias da data da publicação da lei instituidora/majoradora e
desde que já atingido o início do exercício subsequente. (...)’ (Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário.
14ª ed. 2020, p. 177/178).
(DPU-2015-CESPE): A União pode instituir uma contribuição social cobrada do empregador e incidente
sobre as aplicações financeiras da empresa, desde que se submeta ao princípio da anterioridade
nonagesimal. BL: art. 195, caput, I, “c” e §§4ºe 6º, CF (trib.).
##Atenção: ##DOD: Imunidade para entidades beneficentes de assistência social: O art. 195, §7º da
CF/88 conferiu imunidade para as entidades beneficentes de assistência social afirmando que elas
estão dispensadas de pagar contribuições para a seguridade social.
##Atenção: ##DOD: Requisitos do § 7º do art. 195: O § 7º do art. 195 da CF/88 traz dois requisitos para
o gozo desta imunidade:
1) que se trate de pessoa jurídica que desempenhe atividades beneficentes de assistência social.157
2) que esta entidade atenda a parâmetros previstos na lei [lei complementar].
##Atenção: ##DOD: ##TJSP-2017: ##VUNESP: ##MPPR-2017/2021: ##VUNESP: A lei complementar é
forma exigível para a definição do modo beneficente de atuação das entidades de assistência social
contempladas pelo art. 195, § 7º, da CF/88: A lei complementar é forma exigível para a definição do
modo beneficente de atuação das entidades de assistência social contempladas pelo art. 195, § 7º, da
CF, especialmente no que se refere à instituição de contrapartidas a serem por elas observadas. STF.
Plenário. RE 566622/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 23/2/17 (repercussão geral – Tema 32) (Info 855).
STF. Plenário. RE 566622 ED/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, j.
18/12/19 (Info 964).
157
##Atenção: ##DOD: A assistência social é tratada no art. 203 da CF/88. O STF, contudo, confere um sentido
mais amplo e afirma que os objetivos da assistência social elencados nos incisos do art. 203 podem ser
conseguidos também por meio de serviços de saúde e educação. Assim, se a entidade prestar serviços de saúde
ou educação também poderá, em tese, ser classificada como de “assistência social”.
661
estabelecidas em lei. BL: art. 195, §7º, CF/88.
(TJPE-2013-FCC): Possui imunidade de contribuição social para seguridade social a entidade beneficente
de assistência social que atenda às exigências estabelecidas em lei sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço,
mesmo sem vínculo empregatício. BL: art. 195, §7º, CF/88. (trib.)
##Atenção: Dispõe exatamente a imunidade contida no art. 195, §7º da CF, referindo-se especificamente
às contribuições da previdência social estipuladas pelo inciso I, alínea “a” do caput do dispositivo.
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas
diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de
cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput . (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações
de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os
Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998) (MPT-2013)
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses e, na forma
de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e
o inciso II do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (...)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (...)
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima mensal
exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
Seção II
DA SAÚDE
662
Art. 196. A SAÚDE É direito de todos e dever do Estado, GARANTIDO mediante POLÍTICAS
SOCIAIS e ECONÔMICAS que VISEM à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às AÇÕES e SERVIÇOS para sua promoção, proteção e recuperação. (MPPR-2008)
(MPDFT-2009) (DPEMT-2009) (MPBA-2010) (MPMG-2010) (PCAP-2010) (TJRS-2012) (MPPI-2012)
(DPEPR-2012) (PGEAC-2012) (PCMA-2012) (MPT-2012) (MPES-2013) (MPSC-2013) (DPETO-2013)
(DPERS-2014) (PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGEPA-2012/2015) (DPEPA-2015) (DPEPE-2015)
(TRF5-2015) (PGEPR-2015) (TRT1-2015) (TRT16-2015) (AGU-2015) (TJAM-2016) (DPEBA-2016) (DPEES-
2016) (TRF3-2016) (TRT4-2016) (MPRO-2010/2017) (DPEAC-2017) (DPU-2017) (DPEAM-2013/2018) (TJCE-
2018) (TRF2-2018) (MPMT-2008/2019) (MPSP-2011/2012/2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (DPESC-2017/2021)
663
pode furtar-se do dever de propiciar os meios necessários ao gozo do direito à saúde por todos os
cidadãos. Se uma pessoa necessita, para garantir o seu direito à saúde, de tratamento médico adequado,
é dever solidário da União, do Estado e do Município providenciá-lo (AI 550.530 AgR, rel. min. Joaquim
Barbosa, j. 26-6-12).
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: Ao disciplinar o sistema público de saúde, a CF/1988 fincou
o princípio da universalidade, no sentido de que os serviços públicos de saúde são destinados a todos,
independentemente de situação jurídica, econômica, ou social, e o princípio da igualdade, segundo o
qual situações clínicas iguais reclamam tratamentos iguais, expurgando a possibilidade de tratamento
diferenciado com critério no pagamento. BL: art. 196, CF.
##Atenção: ##MPSP-2019: De fato, por conta deste princípio, o acesso à saúde é universal e gratuito,
sendo irrelevante a demonstração de carência de recursos econômicos.
(TJAM-2016-CESPE): Tendo em vista que o direito à vida — valor central do ordenamento jurídico —
desdobra-se em direito à existência física e direito a uma vida digna, assinale a opção correta: O direito à
saúde efetiva-se mediante ações distributivas e alocativas relacionadas à promoção, proteção e
recuperação da saúde. BL: art. 196, caput, parte final, CF.
(MPPR-2011): A norma constitucional do art. 196 é hoje reconhecida como direito público subjetivo e não
como direito subjetivo individual. BL: art. 196, CF.
Art. 197. SÃO DE RELEVÂNCIA PÚBLICA as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, DEVENDO sua execução SER
FEITA diretamente ou através de terceiros e, TAMBÉM, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
(MPPR-2008) (MPBA-2010) (MPMG-2010) (PGEPR-2011) (MPPI-2012) (MPSC-2013) (DPERS-2014) (MPSP-
2011/2015) (TJRS-2016) (MPRO-2017) (MPMT-2019) (DPEPR-2022)
(DPEPR-2022-AOCP): Sobre o direito à saúde, assinale a alternativa correta: São de relevância pública
as ações e os serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de
terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. BL: art. 197, CF.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde INTEGRAM uma rede regionalizada e
hierarquizada e CONSTITUEM UM SISTEMA ÚNICO, ORGANIZADO de acordo com as SEGUINTES
DIRETRIZES: (PCPB-2009) (MPBA-2010) (PGERS-2010) (PGEPR-2011) (MPTO-2012) (DPEAC-2012)
(PGEPA-2012) (MPT-2012) (MPPR-2011/2013) (DPEAM-2013) (TRF1-2013) (MPMA-2014) (MPPA-2014)
(MPRS-2014) (DPERS-2014) (TRF5-2009/2015) (MPSP-2011/2012/2015) (TJGO-2015) (MPMS-2015) (TRF3-
158
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis
ao seu pleno exercício.
664
2011/2016) (TJAM-2016) (DPEES-2016) (MPRO-2013/2017) (PGEPE-2018) (MPMT-2019) (MPGO-2019) (MPPI-
2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPDFT-2009/2021) (DPEPB-2022) (DPEPR-2022)
(MPRS-2014): Considere as seguintes afirmações sobre Ordem Social: Enunciado no art. 198 da CF/1988,
o Sistema Único de Saúde assume a condição de garantia institucional fundamental, inclusive como
limite material à reforma constitucional. BL: art. 198, CF.
##Atenção: Cumpre registrar que o direito fundamental à saúde é concretizado pelo SUS. Desse modo,
sua existência é protegida pelo limite material imposto à reforma constitucional. Pedro Lenza explica:
“Deve ser observado o princípio da vedação do retrocesso, isso quer dizer, uma vez concretizado o direito, ele não
poderia ser diminuído ou esvaziado, consagrando aquilo que a doutrina francesa chamou de effet cliquet”. (LENZA,
2013, p. 1167). Sendo assim, por sua íntima ligação com o direito à vida e com a dignidade da pessoa
humana, o direito à saúde possui um caráter de fundamentalidade que o inclui, não apenas dentre os
direitos fundamentais sociais (art. 6º CF), mas também no seleto grupo de direitos que compõem o
mínimo existencial. É norma principiológica que estabelece fins a serem buscados pelo Estado sem, no
entanto, especificar os meios a serem utilizados para tanto.
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, SEM PREJUÍZO dos
serviços assistenciais; (MPDFT-2009) (PCPB-2009) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (PGEPA-2012)
(MPPR-2011/2013) (DPERS-2014) (TRF3-2016) (MPRO-2013/2017) (PGEPE-2018) (MPMT-2019) (MPGO-2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (DPEPR-2022)
(DPEPB-2022-CESPE): Segundo texto expresso da CF/1988, uma diretriz das ações e serviços públicos
que integram a saúde em sistema único é a participação da comunidade. BL: art. 198, caput, III, CF.
§ 1º O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SERÁ FINANCIADO, nos termos do art. 195, com recursos
do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de
outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (PGERS-2010)
(MPSP-2010/2011) (MPPR-2008/2012) (TJDFT-2012) (MPPI-2012) (DPEAM-2013) (TRF1-2013) (MPMA-2014)
665
(DPEMS-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TRF3-2011/2016) (MPRO-
2013/2017) (TJRO-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser
inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) (TRF3-2016)
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere
o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas
que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
(MPRO-2013) (MPPA-2014) (TJGO-2015) (MPPR-2019)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000) (TJMG-2009) (MPRO-2013) (MPPA-2014) (TJRO-2019) (MPPR-2019)
§ 3º Lei complementar, que SERÁ REAVALIADA pelo menos a cada cinco anos, ESTABELECERÁ:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (PGERS-2010) (MPPA-2014) (TJGO-2015)
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
86, de 2015)
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal,
estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
666
PÚBLICO, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua
atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) (TJMG-2009) (TRF2-2013) (PCSC-2014)
(Cartórios/TJMG-2017) (MPMG-2010/2012/2021)
(MPMG-2021): Sobre o tema do servidor público, assinale a alternativa correta: Os agentes comunitários
de saúde e os agentes de combate às endemias podem ser recrutados pelos gestores locais do Sistema
Único de Saúde por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e a complexidade de
suas atribuições e requisitos para seu desempenho. BL: art. 198, §4º, CF.
§ 5º Lei federal DISPORÁ sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as
diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e
agente de combate às endemias, COMPETINDO à União, nos termos da lei, prestar assistência
financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do
referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2010) (PGERO-2011) (TRF2-2013)
(PCSC-2014) (TRT2-2015) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(TRF2-2013-CESPE): Com relação à ordem econômica, financeira e social, assinale a opção correta: Os
gestores locais do SUS poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias
por meio de processo seletivo público, porém caberá à legislação federal dispor sobre o regime jurídico e
o piso salarial profissional nacional de tais agentes. BL: art. 198, §§4º e 5º, CF.
§ 7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias fica sob
responsabilidade da União, e cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer, além de
outros consectários e vantagens, incentivos, auxílios, gratificações e indenizações, a fim de valorizar o
trabalho desses profissionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)
§ 9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias não será
inferior a 2 (dois) salários mínimos, repassados pela União aos Municípios, aos Estados e ao Distrito
Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)
§ 10. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias terão também, em razão
dos riscos inerentes às funções desempenhadas, aposentadoria especial e, somado aos seus vencimentos,
adicional de insalubridade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)
§ 11. Os recursos financeiros repassados pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
para pagamento do vencimento ou de qualquer outra vantagem dos agentes comunitários de saúde e dos
agentes de combate às endemias não serão objeto de inclusão no cálculo para fins do limite de despesa com
pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)
§ 12. Lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de
enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, a serem observados por pessoas jurídicas de direito
público e de direito privado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 124, de 2022)
§ 13. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, até o final do exercício financeiro em
que for publicada a lei de que trata o § 12 deste artigo, adequarão a remuneração dos cargos ou dos
respectivos planos de carreiras, quando houver, de modo a atender aos pisos estabelecidos para cada
categoria profissional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 124, de 2022)
§ 14. Compete à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios e às entidades filantrópicas, bem como aos prestadores de serviços
contratualizados que atendam, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo sistema único
667
de saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o § 12 deste artigo . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 127, de 2022)
§ 15. Os recursos federais destinados aos pagamentos da assistência financeira complementar aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às entidades filantrópicas, bem como aos prestadores de
serviços contratualizados que atendam, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo sistema
único de saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o § 12 deste artigo serão consignados
no orçamento geral da União com dotação própria e exclusiva . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127,
de 2022)
Art. 199. A ASSISTÊNCIA À SAÚDE É LIVRE à iniciativa privada. (TRF4-2009) (TRF5-2009) (MPBA-
2010) (PCAP-2010) (MPPB-2011) (PGEPR-2011) (TJRS-2012) (MPPI-2012) (PGEPA-2012) (MPT-2012) (MPES-
2013) (MPMG-2010/2014) (DPEGO-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (PCSC-
2014) (TJGO-2015) (MPMS-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRF3-2011/2016) (MPPR-2012/2016) (MPSC-
2013/2016) (MPRO-2013/2017) (TJMT-2018) (TJRO-2011/2019) (MPSP-2015/2019) (MPMT-2019) (MPDFT-2021)
(DPESC-2021) (DPEPR-2022)
(PGEMA-2016-FCC): Instituição privada com fins lucrativos que pretenda exercer atividades de
assistência à saúde no País poderá participar, de forma complementar, do Sistema Único de Saúde, ainda
que as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos tenham preferência. BL: art. 199, §1º, CF.
(PGERN-2014-FCC): Entidade privada com fins lucrativos que pretenda participar do Sistema Único de
Saúde - SUS de forma complementar poderá fazê-lo, mediante contrato de direito público firmado com a
Administração pública, mas a Constituição Federal assegura preferência às entidades filantrópicas e às
sem fins lucrativos. BL: art. 199, §1º, CF.
##Atenção: ##TJPI-2012: ##CESPE: O §2º do art. 199 da CF/88 é uma regra sem exceção.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: Pela interpretação sistemática dos dispositivos da CF/1988,
os serviços de assistência à saúde, financiados pelo SUS, deverão ser prestados diretamente pelo Poder
Público, podendo este, excepcionalmente, e de forma complementar, apenas, contar com a ajuda da
iniciativa privada, sendo vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às
instituições privadas com fins lucrativos. BL: art. 199, §§1º e 2º, CF.
(MPAC-2014-CESPE): No tocante à ordem social, assinale a opção correta: No âmbito da saúde, existe
proibição constitucional para o repasse de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições
668
privadas com fins lucrativos. BL: art. 199, §2º, CF.
(MPMS-2015): Em atenção ao Sistema Único de Saúde e à assistência à saúde, é correto afirmar: Salvo os
casos previstos em lei, é vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na
assistência à saúde no País. BL: art. 199, § 3º, CF.
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento
e transfusão de sangue e seus derivados, SENDO VEDADO todo tipo de comercialização. (PGEPI-2008)
(MPBA-2010) (MPDFT-2013) (PCSC-2014) (MPMS-2015) (PGERS-2015) (TJPR-2017) (DPEPR-2017) (PCMG-
2021)
Art. 200. Ao SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE COMPETE, além de outras atribuições, nos termos da
lei:
(MPMG-2010): Em se tratando de proteção e defesa da saúde pública, pode-se afirmar que as ações e
serviços de saúde são de relevância pública, competindo ao Sistema Único de Saúde executar as ações de
vigilância sanitária e epidemiológica. BL: art. 197 c/c art. 200, § único, II, CF.
669
(DPEES-2016-FCC): A respeito do direito fundamental à saúde e da regulamentação das políticas
públicas de saúde na Constituição Federal de 1988, considere: Ao sistema único de saúde compete
participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico. BL: art. 200, IV, CF.
Seção III
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 201. A PREVIDÊNCIA SOCIAL será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência
Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019) (PFN-2007) (MPPR-2008) (PGEGO-2010) (TRF5-2011) (PGERO-2011) (DPEAC-2012) (Cartórios/TJSP-
2014) (PCSC-2014) (TRF1-2009/2013/2015) (TJPB-2015) (MPMS-2015) (DPEMA-2015) (TRT1-2015) (TRT2-
2015) (TRT16-2015) (AGU-2015) (TRF4-2010/2012/2016) (DPEES-2016) (PGEMS-2016) (TRF2-2017) (PGESE-
2017) (TRF3-2011/2018) (TJCE-2018) (PGEPE-2018) (PGESP-2018) (TJSP-2021) (TJMMG-2022)
670
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
20, de 1998) (TRF5-2011) (TRT16-2015) (TRF4-2016) (PGEPE-2018) (TJMMG-2022)
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998) (DPEAM-2013) (TRF1-2015) (TRF4-2016)
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
##Atenção: ##DOD: ##TJAM-2016: ##CESPE: O art. 7º, IV da CF afirma que é vedada a vinculação do
salário mínimo para qualquer fim. É nesse sentido o teor da Súmula Vinculante 4 do STF dispõe: “Salvo
nos casos previstos na Constituição, o salário-mínimo não pode ser utilizado como indexador de base de cálculo de
vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial”. Há, no entanto, no
próprio texto constitucional situações em que o salário mínimo é utilizado como parâmetro (ex: art. 201,
§2º).
(TCERJ-2021-CESPE): Com relação aos regimes próprios de previdência social, julgue o item que se
segue: Servidor público titular de cargo efetivo vinculado a um regime próprio de previdência social de
qualquer dos entes da Federação não pode se filiar ao regime geral de previdência social na condição de
segurado facultativo. BL: art. 201, §5º, CF.
(MPPR-2016): Assinale a alternativa correta: Nos termos do artigo 201, §5º, da Constituição Federal, é
vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa
671
participante do regime próprio de previdência. BL: art. 201, §5º, CF. (previd.)
§ 6º A GRATIFICAÇÃO NATALINA dos aposentados e pensionistas TERÁ por base o valor dos
proventos do mês de dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
(MPMG-2012) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSC-2014) (TRT15-2015) (TRF2-2017)
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas
as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher,
observado tempo mínimo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para os
trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)
§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o
professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio fixado em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)
§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. 42, 142 e 143 e o
tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a regime próprio de previdência social
terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e a compensação financeira será
devida entre as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de contribuição aos demais
regimes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os
decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdência
Social e pelo setor privado. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informalidade, e
àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua
residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)
§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-
mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios
previdenciários e de contagem recíproca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia
mista e das suas subsidiárias SERÃO APOSENTADOS COMPULSORIAMENTE, observado o
672
cumprimento do tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § 1º
do art. 40, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJGO-2021)
(TJSP-2021)
##Atenção: É sui generis porque embora a vinculação às entidades de previdência complementar privada
se faça mediante contrato há forte ingerência estatal nessa relação. Com efeito, a autonomia da vontade -
traço característico dos contratos - é mitigada. Daí se dizer que é um contrato, mas sui generis, isto é, com
peculiaridades de direito público/social. (Fonte: Direito Previdenciário - SInopses para Concurso - Vol 27
- Frederico Amado - Ed. Juspodivum - 2017 – p. 641.).
(TRF4-2010): Acerca dos princípios informadores da Seguridade Social e da Previdência Social, assinale a
alternativa correta: Por força de princípio constitucional, há possibilidade de instituição de regime de
previdência privada facultativo, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação
ao Regime Geral de Previdência Social, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício
contratado, e regulado por lei complementar. BL: art. 202, CF.
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios
de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos
planos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (MPF-2012)
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios,
inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou
indiretamente, enquanto patrocinadores de planos de benefícios previdenciários, e as entidades de
previdência complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
673
§ 5º A lei complementar de que trata o § 4º aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas
permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de planos de
benefícios em entidades de previdência complementar . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
§ 6º Lei complementar estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das
entidades fechadas de previdência complementar instituídas pelos patrocinadores de que trata o § 4º e
disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam
objeto de discussão e deliberação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação
dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos
participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e
deliberação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Seção IV
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
##Atenção: ##Dica: A ASSISTÊNCIA SOCIAL (art. 203, CF) “será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social”. A PREVIDÊNCIA SOCIAL (art. 201, CF), por
sua vez, “será organizada sob a forma de regime geral, de CARÁTER CONTRIBUTIVO e de filiação
obrigatória”.
(DPERS-2011-FCC): Conforme estatuído na CF/1988 no que se refere aos direitos sociais e à ordem
social, é correto afirmar: A assistência social será prestada a todos que dela necessitarem,
independentemente de contribuição para o seu custeio, por se tratar de direito subjetivo. BL: art. 203, CF.
674
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA e ao IDOSO que COMPROVEM NÃO POSSUIR meios de prover à própria manutenção
ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. (PFN-2007) (MPCE-2009) (DPEMT-2009)
(DPEPA-2009) (MPSP-2011) (DPEAM-2011) (PCMA-2012) (MPT-2012) (DPETO-2013) (TRF1-2013)
(DPEPR-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (MPAM-2015) (MPDFT-2015) (DPEES-2016) (MPRO-
2008/2017) (TRF5-2015/2017) (TRF3-2016/2018) (PGEAP-2018) (MPGO-2019) (DPESP-2019) (DPESC-
2017/2021) (DPERJ-2021) (TJMG-2022)
##Atenção: ##Reper. Geral/STF – Tese 173: ##MPGO-2019: Os estrangeiros residentes no País são
beneficiários da assistência social prevista no art. 203, V, da CF/1988, uma vez atendidos os requisitos
constitucionais e legais. STF. Plenário. RE 587970/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 19 e 20/4/17 (Info
861).
(MPGO-2019): Sobre os direitos sociais, aponte a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: Os
estrangeiros residentes no país podem obter benefício assistencial, desde que atendidos os requisitos
constitucionais e legais. BL: art. Info 861, STF.
##Atenção: ##STF: ##DPERJ-2021: ##FGV: Art. 203, V, da Constituição Federal. Dispositivo não
auto-aplicável. Eficácia após edição da Lei nº 8.742, de 07.12.93. (...) STF. 2ª T., RE 401127 ED, Rel. Min.
Gilmar Mendes, j. 30/11/04.
Art. 204. As AÇÕES GOVERNAMENTAIS na área da assistência social serão realizadas com
recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas
com base NAS SEGUINTES DIRETRIZES: (TRF5-2011) (TJAC-2012) (MPT-2012) (DPEDF-2013) (AGU-
2013) (TRF3-2016) (DPEMA-2018) (DPEMG-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (DPESC-2017/2021)
(DPERJ-2021)
675
(DPEMG-2019): No tocante ao tratamento constitucional da ordem social brasileira, analise a
afirmativa a seguir: Nas ações governamentais, é assegurada a participação da população, por meio de
organizações representativas, na formulação das políticas e no controle dessas ações em todos os níveis.
BL: art. 204, II, CF.
(TRF4-2012): Assinale a alternativa correta: É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a
programa de apoio a inclusão e a promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária
líquida. BL: art. 204, § único, CF.
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(AGU-2013) (PGERN-2014) (DPESC-2017)
II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (AGU-2013) (PGERN-
2014)
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (AGU-2013) (PGERN-2014)
CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I
DA EDUCAÇÃO
Art. 205. A EDUCAÇÃO, direito de todos e dever do Estado e da família, SERÁ PROMOVIDA e
INCENTIVADA com a colaboração da sociedade, VISANDO ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (MPF-2005) (MPPR-2008)
(DPESP-2010) (PGEMT-2011) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014) (MPBA-2015)
(Cartórios/TJPR-2019) (MPMG-2021)
Art. 206. O ensino SERÁ MINISTRADO com base nos SEGUINTES PRINCÍPIOS:
676
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino; (DPEPI-2009) (MPSP-2011) (PGEMT-2011) (DPECE-2014) (Cartórios/TJRS-2015)
(DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJPR-2021)
##Atenção: ##Trecho ADPF 548 MC-Ref/DF: ##Info 922, STF: ##DOD: A liberdade de cátedra (também
chamada de liberdade acadêmica) é um princípio segundo o qual o professor deve ter a liberdade de
pesquisar e ensinar, ou seja, divulgar seu pensamento, arte e saber. Por outro lado, o aluno tem
também a liberdade de aprender e pesquisar, sem a imposição de censuras. A liberdade de cátedra está
prevista nos incisos II e III do art. 206 da CF/88.
(TJSP-2008-VUNESP): Quanto à ordem social, assinale a alternativa correta: O ensino será ministrado
com base, dentre outros, nos princípios da igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber e do
pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino. BL: art. 206, I a III, CF.
Súmula Vinculante 12-STF: A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no
art. 206, IV, da Constituição Federal.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos
termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (TRF4-2009) (MPF-2012) (MPT-
2012) (PGEAC-2014) (PCES-2019)
677
pesquisa e extensão. (PGEPI-2008) (TRF2-2009) (AGU-2007/2010) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (PCSC-
2014) (DPEBA-2016) (MPMT-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TCERJ-2021)
##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional lei estadual que preveja o cargo em comissão de
Procurador-Geral da universidade estadual. Esta previsão está de acordo com o princípio da
autonomia universitária (art. 207 da CF/88). STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
27 e 28/3/19 (Info 935)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJBA-2019: ##CESPE: É inconstitucional lei estadual que preveja que o
escritório de prática jurídica da Universidade Estadual deverá manter plantão criminal nos finais de
semana e feriados para atender pessoas hipossuficientes que sejam presas em flagrante. Esta lei viola
a autonomia administrativa, financeira, didática e científica assegurada às universidades no art. 207 da
CF/88 (inconstitucionalidade material). Além disso, contém vício de iniciativa (inconstitucionalidade
formal), na medida em que foi usurpada a iniciativa privativa do Governador (art. 61, § 1º, II, "c", CF).
STF. Plenário. ADI 3792/RN, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 22/9/16 (Info 840).
(TJBA-2019-CESPE): Considerando a pouca quantidade de defensores públicos indispensáveis ao
atendimento adequado dos necessitados na forma da lei, determinado estado da Federação aprovou o
respectivo projeto e sancionou a lei Y, que criou a obrigatoriedade de estágio curricular no atendimento da
assistência jurídica gratuita por núcleo de prática jurídica integrante do departamento de direito de
universidade estadual, estabelecendo sua organização, seu funcionamento e seus horários, inclusive
determinando sua atuação em regime de plantão, bem como vinculando a certificação da conclusão do
curso de bacharelado pelos alunos ao cumprimento do referido estágio. Conforme a CF, a doutrina e a
jurisprudência do STF, a lei Y é inconstitucional por ferir a autonomia didático-científica e administrativa da
universidade. BL: Info 840, STF.
##Atenção: ##TCERJ-2021: ##CESPE: As universidades públicas possuem autonomia segundo o art. 207
da CF/88. No entanto, essa autonomia é no sentido gerir seus próprios recursos financeiros. Por
exemplo, decide se vai usar o recurso da LOA para manutenção física para pintar as salas ou fazer
rampas de acessibilidade. Mas, isso não significa que ela não deve obedecer à legislação orçamentária.
678
Além disso, perceba que que as universidades públicas são autarquias. Logo, devem obedecer ao que
determina o art. 165, §5º, I , da CF/88: “Art. 165. (...) § 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I - o
orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; (...)”. Logo, as universidades públicas ESTÃO
submetidas às normas orçamentárias previstas na CF/1988. Nesse sentido: “As universidades públicas
devem ser submetidas a diversas outras normas gerais previstas na Constituição, como as que regem o orçamento
(art. 165, § 5º, I), a despesa com pessoal (art. 169), a submissão dos seus servidores ao regime jurídico único (art.
39). Destarte, as universidades públicas são dotadas de autonomia suficiente para gerir seu pessoal, bem como o
próprio patrimônio financeiro. O exercício desta autonomia não pode, contudo, sobrepor-se ao quanto dispõem a
Constituição e as leis.” (Fonte: Parecer n°COG-824/2008 ESTADO DE SANTA CATARINA. TRIBUNAL
DE CONTAS DO ESTADO. CONSULTORIA GERAL).
(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): Com base nas normas constitucionais que tratam da ordem econômica e
financeira e da ordem social, assinale a opção correta: De acordo com a CF, as universidades, entes com
autonomia didático-científica, patrimonial, administrativa e de gestão financeira, devem tratar como
indissociáveis as atividades de ensino, pesquisa e extensão. BL: art. 210, caput, CF.
Art. 208. O DEVER DO ESTADO COM A EDUCAÇÃO SERÁ EFETIVADO mediante a garantia
de:
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 14, de 1996) (MPF-2005) (TJMG-2007) (DPEPA-2009) (MPAP-2012) (DPEPR-2014) (TJRR-2015)
(DPEAP-2018) (MPMG-2019)
(MPMG-2019): O dever do Estado em relação à educação, consoante a CF/1988, será efetivado mediante
a garantia de progressiva universalização do ensino médio gratuito. BL: art. 208, II, CF.
(MPMG-2019): O dever do Estado em relação à educação, consoante a CF/1988, será efetivado mediante
a garantia de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino. BL: art. 208, III, CF.
679
IV - EDUCAÇÃO INFANTIL, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (TJMG-2007) (PGEPI-2008) (PGEPE-2009) (PCRN-
2009) (MPPB-2010) (AGU-2010) (DPEAM-2011) (DPEMA-2011) (TRF3-2011) (DPESP-2010/2012) (MPAP-
2012) (DPEPR-2012) (DPEAM-2013) (MPAC-2014) (MPPR-2014) (DPEGO-2014) (PGM-Recife/PE-2014)
(TJRR-2015) (MPBA-2015) (MPMS-2015) (TRT6-2015) (PCPA-2016) (MPSP-2013/2014/2015/2017) (MPF-2017)
(MPPI-2012/2019) (TJRJ-2019) (MPMG-2019) (PCES-2019)
(MPSP-2015): A educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 anos de idade, é obrigatória e
gratuita. BL: art. 208, IV, CF e art. 4º, II da Lei 9394.
(DPEPR-2012-FCC): A Defensoria Pública recebe a demanda de algumas mães que têm filhos
pequenos em creches municipais que fecham, todos os anos, em janeiro e julho e que enfrentam sérias
dificuldades para cuidar de seus filhos nessa época do ano sem deixar de trabalhar. Ao analisar a
situação conclui-se que não pode haver interrupção do serviço, pois é dever do Estado garantir a
educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 anos de idade, bem como é direito social das
trabalhadoras assistência gratuita aos filhos desde o nascimento em creches e pré-escolas. BL: art. 7º,
XXV c/c art. 208, IV, CF.159
(MPMG-2019): O dever do Estado em relação à educação, consoante a CF/1988, será efetivado mediante
a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um. BL: art. 208, V, CF.
159
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: (...) XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas;
680
VI - oferta de ensino NOTURNO REGULAR, ADEQUADO às CONDIÇÕES DO EDUCANDO;
(TJMG-2007) (TRT8-2015)
(MPSP-2015): O acesso ao ensino infantil (creche e pré-escola) constitui direito público subjetivo. BL: art.
208, §1º, CF.
681
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. (MPBA-2010) (PGEAM-2010) (MPDFT-
2011) (PGEMT-2011) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPMS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2019) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)
##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2011: Os serviços de educação, seja os prestados pelo Estado, seja os
prestados por particulares, configuram serviço público não privativo, podendo ser desenvolvidos pelo
setor privado independentemente de concessão, permissão ou autorização. STF. Plenário. ADI 1007,
Relator(a): EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 31/08/2005.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
682
(TJSC-2015-FCC): É inconstitucional lei que proíba o ensino religioso como disciplina a ser ministrada
nos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. BL: art. 210, §1º, CF.
(MPRS-2014): Considere a seguinte afirmação sobre Direitos Fundamentais: Uma das posições
jusfundamentais que decorre do regime constitucional da liberdade religiosa é o direito subjetivo ao
ensino religioso em escola pública de ensino fundamental. BL: art. 210, §1º, CF.
(DPERR-2013-CESPE): O ensino religioso deve existir obrigatoriamente nas escolas públicas de ensino
fundamental, sem que tal circunstância caracterize afronta à liberdade de crença. BL: art. 210, §1º, CF.
(DPEAC-2017-CESPE): Segundo a CF, o Estado proverá a educação mediante, entre outras, a oferta de
ensino fundamental ministrado no idioma vernáculo, sendo assegurada às comunidades indígenas a
utilização de suas línguas maternas. BL: art. 210, §2º, CF.
683
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a
equidade do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006)
(MPRS-2016): Nos moldes fixados pelo art. 212 da Carta da República, é correto afirmar que a União
aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e
cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. BL: art. 212, caput, da CF. [adaptada]
OBS: Dica:
A União = Nunca menos de 18%
Os Estados/DF e Municípios = No mínimo, 25%
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, NÃO É CONSIDERADA, para efeito do
cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. (TJRR-2008) (MPTO-2012) (MPPA-2014)
(MPRS-2016)
(MPRS-2016): Nos moldes fixados pelo art. 212 da Carta da República, é correto afirmar que a parcela da
arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou
pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo,
684
receita do governo que a transferir. BL: art. 212, §1º da CF. [adaptada]
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas
de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
(MPRS-2016): Nos moldes fixados pelo artigo 212 da Carta da República, é correto afirmar que a
distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino
obrigatório, no que se refere à universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos
do plano nacional de educação. BL: art. 212, §3º da CF. [adaptada]
(MPRS-2016): Nos moldes fixados pelo artigo 212 da Carta da República, é CORRETO afirmar que a
educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-
educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. BL: art. 212, §5, CF. [adaptada]
§ 7º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ 5º e 6º deste artigo para pagamento de
aposentadorias e de pensões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
§ 9º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de avaliação e de controle das despesas com educação
nas esferas estadual, distrital e municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se
refere o caput do art. 212 desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na educação
685
básica e à remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas as seguintes disposições : (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
II - os fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão constituídos por 20% (vinte por cento)
dos recursos a que se referem os incisos I, II e III do caput do art. 155, o inciso II do caput do art. 157, os
incisos II, III e IV do caput do art. 158 e as alíneas "a" e "b" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta
Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
III - os recursos referidos no inciso II do caput deste artigo serão distribuídos entre cada Estado e seus
Municípios, proporcionalmente ao número de alunos das diversas etapas e modalidades da educação
básica presencial matriculados nas respectivas redes, nos âmbitos de atuação prioritária, conforme
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição, observadas as ponderações referidas na alínea "a"
do inciso X do caput e no § 2º deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
IV - a União complementará os recursos dos fundos a que se refere o inciso II do caput deste artigo;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
V - a complementação da União será equivalente a, no mínimo, 23% (vinte e três por cento) do total
de recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, distribuída da seguinte forma : (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
a) 10 (dez) pontos percentuais no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, sempre que o valor
anual por aluno (VAAF), nos termos do inciso III do caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido
nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
b) no mínimo, 10,5 (dez inteiros e cinco décimos) pontos percentuais em cada rede pública de ensino
municipal, estadual ou distrital, sempre que o valor anual total por aluno (VAAT), referido no inciso VI
do caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido nacionalmente ; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 108, de 2020)
c) 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais nas redes públicas que, cumpridas
condicionalidades de melhoria de gestão previstas em lei, alcançarem evolução de indicadores a serem
definidos, de atendimento e melhoria da aprendizagem com redução das desigualdades, nos termos do
sistema nacional de avaliação da educação básica; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
VI - o VAAT será calculado, na forma da lei de que trata o inciso X do caput deste artigo, com base
nos recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, acrescidos de outras receitas e de
transferências vinculadas à educação, observado o disposto no § 1º e consideradas as matrículas nos termos
do inciso III do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
VII - os recursos de que tratam os incisos II e IV do caput deste artigo serão aplicados pelos Estados e
pelos Municípios exclusivamente nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme estabelecido nos
§§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
IX - o disposto no caput do art. 160 desta Constituição aplica-se aos recursos referidos nos incisos II e
IV do caput deste artigo, e seu descumprimento pela autoridade competente importará em crime de
responsabilidade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
X - a lei disporá, observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput e no § 1º do
art. 208 e as metas pertinentes do plano nacional de educação, nos termos previstos no art. 214 desta
Constituição, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
686
a) a organização dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo e a distribuição proporcional
de seus recursos, as diferenças e as ponderações quanto ao valor anual por aluno entre etapas,
modalidades, duração da jornada e tipos de estabelecimento de ensino, observados as respectivas
especificidades e os insumos necessários para a garantia de sua qualidade ; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)
b) a forma de cálculo do VAAF decorrente do inciso III do caput deste artigo e do VAAT referido no
inciso VI do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
c) a forma de cálculo para distribuição prevista na alínea "c" do inciso V do caput deste
artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
XI - proporção não inferior a 70% (setenta por cento) de cada fundo referido no inciso I
do caput deste artigo, excluídos os recursos de que trata a alínea "c" do inciso V do caput deste artigo, será
destinada ao pagamento dos profissionais da educação básica em efetivo exercício, observado, em relação
aos recursos previstos na alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, o percentual mínimo de 15% (quinze
por cento) para despesas de capital; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
XII - lei específica disporá sobre o piso salarial profissional nacional para os profissionais do
magistério da educação básica pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
XIII - a utilização dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212 desta Constituição para a
complementação da União ao Fundeb, referida no inciso V do caput deste artigo, é vedada. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
§ 1º O cálculo do VAAT, referido no inciso VI do caput deste artigo, deverá considerar, além dos
recursos previstos no inciso II do caput deste artigo, pelo menos, as seguintes disponibilidades : (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
III - complementação da União transferida a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios nos termos
da alínea "a" do inciso V do caput deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
§ 2º Além das ponderações previstas na alínea "a" do inciso X do caput deste artigo, a lei definirá
outras relativas ao nível socioeconômico dos educandos e aos indicadores de disponibilidade de recursos
vinculados à educação e de potencial de arrecadação tributária de cada ente federado, bem como seus
prazos de implementação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
§ 3º Será destinada à educação infantil a proporção de 50% (cinquenta por cento) dos recursos globais
a que se refere a alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, nos termos da lei. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)
Art. 213. Os RECURSOS PÚBLICOS SERÃO DESTINADOS às escolas públicas, PODENDO SER
DIRIGIDOS a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, DEFINIDAS em lei, que: (AGU-2007)
(TJRR-2008) (PGESP-2009) (PGEMT-2011) (TRF4-2012) (MPPA-2014)
687
I - COMPROVEM finalidade não-lucrativa e APLIQUEM seus excedentes financeiros em
educação; (PGESP-2009) (TRF4-2012) (MPPA-2014)
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo PODERÃO SER DESTINADOS a bolsas de estudo para o
ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do
educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na
localidade. (TJRR-2008) (PGEMT-2011)
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de
articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e
estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus
diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes
esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (DPECE-
2014) (PGM-Recife/PE-2014)
688
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do
produto interno bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
Seção II
DA CULTURA
Art. 215. O Estado GARANTIRÁ a todos o PLENO EXERCÍCIO dos direitos culturais e ACESSO
ÀS FONTES da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações
culturais. (MPPR-2008) (TRF1-2009) (PCGO-2013) (MPF-2011/2017) (Cartórios/TJPR-2019) (MPMG-2022)
(MPMG-2022): Sobre a tutela do patrimônio cultural, é correto afirmar: É dever do Estado garantir a
todos o exercício pleno dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional, bem como apoiar e
incentivar a valorização e a difusão das manifestações culturais. BL: art. 215, caput, CF.
##Atenção: ##MPF-2015: A Constituição Federal, em seu art. 215, § 1º, ao estabelecer que “O Estado
protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes
do processo civilizatório nacional”, analógica do tratamento dado à questão indígena aos demais grupos
étnicos. Segundo Débora Duprat, “(...) corolário do [...] preceito constitucional é o banimento definitivo das
categorias, positivadas no ordenamento jurídico pretérito no trato da questão indígena, de aculturados ou
civilizados”. (Fonte: DUPRAT, Deborah. O Estado Pluriétnico. In: LIMA, Antonio Carlos de Souza,
BARROSO-HOFFMANN, Maria. Além da Tutela: bases para uma nova política indigenista III, Rio de
Janeiro: LACED, 2002, pp. 43 e 44).
§ 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes
segmentos étnicos nacionais.
I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro ; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48,
de 2005) (PCGO-2013)
II - produção, promoção e difusão de bens culturais ; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de
2005) (PCGO-2013)
III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões ;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005) (PCGO-2013) (PGM-Recife/PE-2014)
IV - democratização do acesso aos bens de cultura ; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de
2005) (PCGO-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (Cartórios/TJMG-2015)
V - valorização da diversidade étnica e regional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
(PCGO-2013) (PGM-Recife/PE-2014)
689
(PGDF-2013) (PCGO-2013) (TJMT-2014) (TRF5-2011/2015) (MPAM-2015) (DPEPA-2015) (PGEPR-2015)
(PGEAM-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPF-2015/2017) (DPESC-2017) (PGEAC-2017) (MPMG-
2010/2012/2013/2014/2019) (PCES-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
(MPMG-2018): O patrimônio cultural brasileiro é constituído pelos bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. BL: art. 216, CF.
##Atenção: ##PGDF-2013: ##CESPE: O art. 216 da CF/88 determina que caberá ao Poder Público
promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro incluindo-se no rol exemplificativo de elementos
caracterizadores do mesmo, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais,
bem como sítios de valor histórico e artístico. Portanto, a CF/88 não enquadra todos os bens que
integram o patrimônio cultural brasileiro, ou seja, o rol ali elencado é meramente exemplificativo,
podendo existir outros não especificados pelo texto constitucional.
(MPMG-2022): Sobre a tutela do patrimônio cultural, é correto afirmar: Ao Poder Público, com a
colaboração da comunidade, cabe o dever de promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro, por
meio de inventários, registros, vigilância, tombamento, desapropriação e outras formas de acautelamento
e preservação. BL: art. 216, §1º, CF.
##Atenção: O Decreto 3.551/00 foi instituído justamente por conta da lacuna constitucional em afirmar
qual instrumento adequado para a proteção de bem imaterial, onde constam as formas de expressão
(inciso I), e os modos de criar, fazer e viver (inciso II), ambos do art. 216 da CF. Para tanto, o referido
decreto instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial.
(PGDF-2013-CESPE): Acerca do patrimônio cultural e da proteção ambiental das terras indígenas, julgue
o item que segue: A promoção e proteção do patrimônio cultural brasileiro é responsabilidade do poder
público, com a colaboração da comunidade, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e
desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. BL: art. 216, §1º, CF.
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(PGEPB-2008) (MPMG-2013) (MPAC-2014) (PGERN-2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)
II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (PGEPB-2008) (MPMG-
2013) (MPAC-2014) (PGERN-2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017)
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (PGEPB-2008) (MPAC-2014) (PGERN-
2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017)
I - diversidade das expressões culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (MPRS-
2014) (DPECE-2014) (TJPE-2015) (DPEMA-2015)
II - universalização do acesso aos bens e serviços culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº
71, de 2012 (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJPE-2015) (DPEMA-2015)
III - fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais; Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (PGM-Recife/PE-2014) (DPEMA-2015)
IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na área cultural ;
Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
VI - complementaridade nos papéis dos agentes culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71,
de 2012 (DPECE-2014) (PGEBA-2014) (TJPE-2015) (DPEBA-2021)
VII - transversalidade das políticas culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
(PGM-Recife/PE-2014) (TJPE-2015) (DPEBA-2021)
VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil; Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012 (DPECE-2014) (DPEBA-2021)
X - democratização dos processos decisórios com participação e controle social; Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (TJMT-2014) (DPECE-2014) (TJPE-2015)
XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações; Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (DEPBA-2021)
XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura . Incluído
pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJPE-2015) (DPEBA-2021)
VII - sistemas de informações e indicadores culturais ; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de
2012
VIII - programas de formação na área da cultura; e Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
§ 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sistema Nacional de Cultura, bem como de sua
articulação com os demais sistemas nacionais ou políticas setoriais de governo . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012)
Seção III
DO DESPORTO
Art. 217. É DEVER do Estado FOMENTAR práticas desportivas formais e não-formais, como
direito de cada um, observados: (MPSP-2010) (TRF2-2013) (TJDFT-2014) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
693
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em
casos específicos, para a do desporto de alto rendimento; (PGM-Florianópolis/SC-2022)
(TJAL-2019-FCC): Em relação à jurisdição, é correto afirmar que só haverá atividade jurisdicional relativa
à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva reguladas
em lei. BL: art. 217, §1º, CF (CPC).
(TRF4-2009): Até que sejam esgotadas as instâncias legais da justiça desportiva, no prazo constitucional,
não caberá ao Poder Judiciário conhecer de ações relativas à disciplina e às competições esportivas. BL:
art. 217, §1º, CF.
CAPÍTULO IV
DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
694
§ 1º A pesquisa científica básica e tecnológica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em
vista o bem público e o progresso da ciência, tecnologia e inovação . (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015) (MPMG-2017)
§ 3º O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa, tecnologia e
inovação, inclusive por meio do apoio às atividades de extensão tecnológica, e CONCEDERÁ aos que
delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85,
de 2015) (TJAL-2015)
##Atenção: ##TRF1-2015: ##CESPE: De fato, conquanto a CF vede, como regra, a vinculação de receita a
órgão, fundo ou despesa (art. 167), ela faculta somente aos “Estados e ao Distrito Federal” vincular
parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e
tecnológica (§ 5º do art. 218). Logo, a União e os Municípios não podem vincular parcela de suas receitas
orçamentárias a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.
§ 6º O Estado, na execução das atividades previstas no caput , estimulará a articulação entre entes,
tanto públicos quanto privados, nas diversas esferas de governo . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85,
de 2015)
Art. 219. O MERCADO INTERNO integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a
viabilizar o desenvolvimento cultural e socioeconômico, o bem-estar da população e a autonomia
tecnológica do País, nos termos de lei federal. (TJDFT-2014) (TRF1-2015) (PGERS-2021)
Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortalecimento da inovação nas empresas, bem
como nos demais entes, públicos ou privados, a constituição e a manutenção de parques e polos
tecnológicos e de demais ambientes promotores da inovação, a atuação dos inventores independentes e a
criação, absorção, difusão e transferência de tecnologia. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 219-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão firmar instrumentos de
cooperação com órgãos e entidades públicos e com entidades privadas, inclusive para o
compartilhamento de recursos humanos especializados e capacidade instalada, para a execução de
projetos de pesquisa, de desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação, mediante contrapartida
695
financeira ou não financeira assumida pelo ente beneficiário, na forma da lei . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015) (PCRO-2022)
Art. 219-B. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) SERÁ ORGANIZADO
em regime de colaboração entre entes, TANTO públicos QUANTO privados, COM VISTAS A
PROMOVER o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015) (TJAL-2015) (TJSC-2015) (PCRO-2022)
§ 1º Lei federal disporá sobre as normas gerais do SNCTI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85,
de 2015) (PCRO-2022)
(PCRO-2022-CESPE): Com base nas disposições constitucionais acerca de ciência, tecnologia e inovação,
assinale a opção correta. Considere que a sigla SNCTI, sempre que utilizada, refere-se ao Sistema
Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação: Os estados, o Distrito Federal e os municípios legislarão
concorrentemente sobre as peculiaridades relacionadas ao SNCTI. BL: art. 219-B, §2º, CF.
CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de
informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, OBSERVADO o disposto no art. 5º,
IV, V, X, XIII e XIV. (MPPB-2011) (MPTO-2012) (DPEMA-2015) (DPU-2015) (PGESP-2018) (TJBA-2019)
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão ATENDERÃO aos
SEGUINTES PRINCÍPIOS: (TJMG-2005) (DPEMA-2015) (PGESP-2018) (DPEAM-2021) (DPECE-2022)
(PGM-Teresina/PI-2022)
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua
divulgação; (TJMG-2005) (DPEMA-2015) (PGM-Teresina/PI-2022)
697
(DPEAM-2021-FCC): Ao tratar da comunicação social, a Constituição Federal dispõe expressamente
que a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão, entre outros, ao princípio
do respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. BL: art. 221, IV, CF.
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das
empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou
indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que EXERCERÃO
obrigatoriamente a gestão das atividades e ESTABELECERÃO o conteúdo da programação. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) (PGEPE-2009) (TRF5-2011) (PGEMT-2011) (Cartórios/TJDFT-
2014) (DPEAP-2022) (DPECE-2022) (Cons. Tesouro Estad.-SEFAZ/ES-2022)
(Cons. Tesouro Estad.-SEFAZ/ES-2022-FGV): A sociedade empresária XX, constituída sob as leis brasileiras
e com sede no País, recebeu do Poder Executivo federal concessão do serviço de radiodifusão sonora. Os
controladores da sociedade empresária debateram a respeito do melhor modelo a ser atribuído à gestão
das atividades e ao estabelecimento do conteúdo da programação. Para tanto, consultaram um advogado
a respeito da existência de alguma restrição quanto à nacionalidade da pessoa que será responsável por
essas atividades, já que a sociedade empresária XX também contava com acionistas estrangeiros, que
possuíam vinte por cento do capital votante. O advogado respondeu, corretamente, que o referido
responsável deve ser obrigatoriamente brasileiro nato ou naturalizado há mais de dez anos. BL: art. 222,
§1º, CF.
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes
princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua
divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em
lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
§ 1º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, § 2º e § 4º, a contar do recebimento
da mensagem. (AGU-2010)
(TRF4-2012): Assinale a alternativa correta: Antes de vencido o prazo, dependerá de decisão judicial o
cancelamento da concessão do serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens. BL: art. 223, §4º, CF.
§ 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de quinze
para as de televisão. (PGESP-2012) (TJSE-2015)
Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional INSTITUIRÁ, como seu
órgão auxiliar, o CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, na forma da lei. (TJSE-2015) (DPEAM-
2021)
699
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
700
trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança (art. 7º, inciso XXII, CF/88); e à proteção do
meio ambiente (art. 225, CF/88). Com isso, é proibida, em todo o Brasil, a utilização de qualquer forma
de amianto. STF. Plenário. ADI 3937/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, j.
24/8/17 (Info 874). STF. Plenário. ADI 3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, j. 29/11/17 (Info
886).
#Atenção: #STJ: #MPF-2017: #MPMG-2019: Vejamos o seguinte trecho do voto do Min. Gurgel de Faria:
“(...) ainda que assim não fosse, em se tratando de questão ambiental, como no caso, há de ser mitigado o
princípio da congruência, privilegiando o ativismo judicial, de forma que o órgão julgador possa adequar
a sua decisão, na melhor forma possível, com a visão intertemporal sempre voltada para a defesa e a
preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, em prol das presentes e futuras gerações (CF, art.
225, caput). Acerca do tema, a jurisprudência do STJ tem firmado a compreensão de que não há ofensa ao
princípio da congruência ou da adstrição "quando o juiz promove uma interpretação lógico-sistemática
dos pedidos deduzidos, ainda que não expressamente formulados pela parte autora." (REsp 1355574/SE,
Rel. Min. Diva Malerbi (Des. Conv. TRF 3ª REGIÃO), 2ª Turma, j. 16/08/16, DJe 23/08/16). Na hipótese, a
ausência de pedido expresso acerca da condenação dos réus à recomposição dos danos ambientais, não
há se falar em provimento extra petita, pois tal pretensão decorre, inequivocamente, da interpretação lógico-
sistemática do pedido exordial (...)”. STJ, Decisão Monocrática. REsp 1290281. Rel. Min. Gurgel de Faria.
Data da Publicação: 23/02/2018)
701
possibilidade de inversão do ônus da prova pela aplicação dos princípios da precaução e do in dubio pro
natura, hipótese que reclama prévia e expressa decisão judicial, com oportunidade ao réu de se desincumbir
do referido encargo. BL: Entend. Jurisprud.
(TRF2-2018): A respeito do princípio da precaução em relação ao Direito Ambiental, é correto afirmar que:
compete a quem supostamente promoveu o dano ambiental comprovar que não o causou ou que a
substância lançada ao meio ambiente não lhe é potencialmente lesiva. BL: Entend. Jurisprud.
(TJPR-2017-CESPE): O MP ajuizou ACP por dano ambiental contra um estado federado que permitiu a uma
empresa agrícola reflorestar uma grande área degradada com mudas de árvores transgênicas. O MP alegou
que, quando crescessem, tais árvores poderiam ter impacto na hidrologia da região, entre outras
repercussões desconhecidas, por serem mudas modificadas. Na defesa, o réu alegou que a empresa agrícola
tinha de ser citada em litisconsórcio necessário; que o MP não se desincumbiu do ônus de provar o dano à
hidrologia do terreno; que a utilização das mudas transgênicas decorreu de força maior, por terem as
nativas sido destruídas em um incêndio pouco antes da época própria para o plantio. Nessa situação
hipotética, de acordo com a jurisprudência do STJ, é aplicável o princípio da precaução, impondo-se a
inversão do ônus probatório. BL: art. 225, caput da CF e Entendimento do STJ.
(TJMG-2012-VUNESP): Em se considerando que o princípio da precaução e o princípio da prevenção já se
encontram instrumentalizado no art. 225, caput, da CF/1988, é correto afirmar que o princípio da precaução
pressupõe a inversão do ônus probatório. BL: art. 225, caput da CF e Entendimento do STJ.
(DPESP-2012-FCC): A inversão do ônus da prova em Ação Civil Pública em matéria ambiental, conforme
entendimento jurisprudencial do STJ, consolidado no julgamento do Recurso Especial no 1.060.753/SP, de
relatoria da Min. Eliana Calmon, tem como fundamento normativo principal, além da relação
interdisciplinar entre as normas de proteção ao consumidor e as de proteção ambiental e o caráter público e
coletivo do bem jurídico tutelado, o princípio da precaução. BL: art. 225, caput da CF e Entend. do STJ.
(MPRO-2010-CESPE): O princípio da precaução pode ser invocado para inverter o ônus da prova em
procedimento ambiental. BL: art. 225, caput da CF e Entendimento do STJ.
(TRF4-2010): O princípio da precaução legitima a inversão do ônus da prova nas ações ambientais, segundo
orientação do STJ. BL: art. 225, caput da CF e Entendimento do STJ.
#Atenção: ##PGECE-2008: #MPBA-2010: #TRF4-2010: #PGEGO-2010: #AGU-2010: #DPEMA-2011:
#TJBA-2012: #MPMS-2013: #Cartórios/TJPE-2013: #PGEPI-2008/2014: #PGEBA-2014: #PGEPR-2015:
#PCDF-2015: #MPF-2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PCPA-2016: #PGEAC-2017: #PGESE-2017: #PGM-
BH/MG-2017: #TRF3-2013/2016/2018: #TRF2-2018: #PGEPE-2018: #TJSP-2021: #PGEPB-2021: #PCRN-
2021: #PCAM-2022: #CESPE: #FCC: #FGV: #VUNESP: O princípio da precaução determina que não se
podem produzir intervenções no meio ambiente antes que as incertezas científicas sejam equacionadas, de
modo que a intervenção não seja adversa ao meio ambiente. Assim, transfere-se àquele que pretende utilizar
os recursos naturais todo o encargo de provar que sua conduta não foi lesiva. Cabe, na situação, a inversão
do ônus da prova calcada no princípio da precaução.
702
busca defender o meio ambiente por meio de proibições às pessoas) e prestacional (exige prestações
comissivas ou positivas do Estado e da coletividade).
(PCAM-2022-FGV): A CF/1988, em seu Art. 225, dispõe que todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações. A parte final do dispositivo deixa claro que as presentes gerações devem observar a
preservação do meio ambiente, adotando políticas ambientais que permitam às presentes e futuras
gerações a utilização do meio ambiente, não podendo usufruir dos recursos ambientais de forma a privar
seus descendentes desses recursos naturais. Trata-se do princípio de Direito Ambiental da solidariedade
intergeracional. BL: art. 225, CF.
(TJSP-2021-VUNESP): No que tange aos princípios em matéria ambiental, é correto afirmar que o
162
PRINCÍPIO 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas
equitativamente as necessidades de gerações presentes e futuras.
703
princípio do ambiente ecologicamente equilibrado constitui extensão do direito à vida, cláusula pétrea e
direito-dever fundamental. BL: art. 225, CF. (amb.)
(MPAP-2021-CESPE): Assinale a opção que indica o princípio do direito ambiental segundo o qual os
cidadãos têm o direito de participar da elaboração de políticas públicas ambientais e de obter de órgãos
públicos informações referentes à defesa do meio ambiente: princípio democrático. BL: art. 225, caput,
CF.
(TRE2-2018): “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida” (trecho do art. 225, da CF/1988). De modo a assegurar o cumprimento e
a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: preservar e restaurar os processos ecológicos
essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas. (amb.)
(TJAC-2019-VUNESP): Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (Caput do art. 225 da CF/88)
Nesse sentido, é correto afirmar que incumbe ao Poder Público preservar a diversidade e a integridade
do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético. BL: art. 225, §1º, II, CF (amb.)
163
Princípio 1: O homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida
adequadas em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem-estar,
tendo a solene obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras. A este
respeito, as políticas que promovem ou perpetuam o apartheid, a segregação racial, a discriminação, a opressão
colonial e outras formas de opressão e de dominação estrangeira são condenadas e devem ser eliminadas.
164
##Atenção: ##TJRO-2011: ##MPGO-2014: ##PGESP-2018: ##VUNESP: “A fase holística é marcada pela
compreensão do meio ambiente como um todo integrado, em que cada uma de suas partes é interdependente das outras e não
fragmentada, sendo a partir daí que começou a existir realmente uma intenção de defender o meio ambiente.” (Fonte:
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1545). A
evolução histórica do Direito Ambiental compreende 3 fases distintas, a saber: i) Fase individualista (do
descobrimento até 1950): Ausência de preocupação com o meio ambiente; ii) Fase fragmentária (de 1950 a 1980):
Controle de algumas atividades exploratórias de recursos naturais em razão de seu valor econômico; e iii) Fase
holística (de 1981 até os dias atuais): Compreensão do meio ambiente como um todo integrado e interdependente.
Cumpre destacar que somente com a fase holística do Direito Ambiental, cujo marco de surgimento foi a Lei nº
6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente), é que o meio ambiente passou a ser considerado como um bem
jurídico autônomo.
705
III - DEFINIR, em todas as unidades da Federação, ESPAÇOS TERRITORIAIS e seus componentes
a SEREM ESPECIALMENTE PROTEGIDOS, sendo a alteração e a supressão permitidas SOMENTE
através de lei, VEDADA qualquer utilização que COMPROMETA a integridade dos atributos que
JUSTIFIQUEM sua proteção; (TJPI-2007) (PGECE-2008) (PGEAL-2009) (TRF5-2009/2011) (TJRJ-2011) (TRF1-
2011) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (PGESP-2009/2012) (AGU-2009/2012) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPRR-
2012) (PGEMG-2012) (TJMA-2013) (TJPE-2013) (MPDFT-2013) (PGDF-2013) (MPAC-2014) (TRF2-2014)
(PGESC-2014) (TJSP-2015) (TJPB-2015) (DPEPA-2015) (TJAM-2016) (PGEAM-2016) (PCPE-2016) (MPF-
2011/2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJCE-2012/2018) (TJMT-2014/2018) (PCGO-2017/2018) (MPBA-2018) (PGETO-
2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJAL-2019) (TJPR-2019) (MPGO-2019) (MPMT-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019)
(MPSC-2013/2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PCPA-2021) (TJAP-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
#Atenção: #STF: #DOD: É inconstitucional lei estadual prevendo que é possível a supressão de vegetal
em Área de Preservação Permanente (APP) para a realização de “pequenas construções com área
máxima de 190 metros quadrados, utilizadas exclusivamente para lazer”. Essa lei possui vícios de
inconstitucionalidade formal e material. Há inconstitucionalidade formal porque o Código Florestal
(lei federal que prevê as normas gerais sobre o tema, nos termos do art. 24, § 1º, CF/88) não permite a
instalação em APP de qualquer tipo de edificação com finalidade meramente recreativa. Existe
também inconstitucionalidade material porque houve um excesso e abuso da lei estadual ao
relativizar a proteção constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cujo titular é a
coletividade, em face do direito de lazer individual, violando o art. 225, caput e § 1º, III, da CF/88. STF.
Plenário. ADI 4988/TO, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 19/9/18 (Info 916).
165
(PGEAC-2017-FMP): Considerando o trecho a seguir reproduzido, identifique o princípio de direito ambiental:
“...apesar de não se encontrar, com nome e sobrenome, consagrado na nossa Constituição, nem em normas
infraconstitucionais, e não obstante sua relativa imprecisão - compreensível em institutos de formulação recente e ainda em
pleno processo de consolidação -, transformou-se em princípio geral de Direito Ambiental, a ser invocado na avaliação da
legitimidade de iniciativas legislativas destinadas a reduzir o patamar de tutela legal do meio ambiente” (BENJAMIN):
princípio da vedação de retrocesso ambiental.
#Atenção: #MPBA-2010: #PGEMT-2011: #TJPE-2013: #DPESP-2013: #MPRS-2014: #PGEPI-2014: #PCPE-
2016: #TRF3-2018: #CESPE: #FCC: Ao tratar do princípio da vedação ao retrocesso ecológico, Frederico Amado
explica: “De acordo com este princípio, especialmente voltado ao Poder Legislativo, é defeso o recuo dos patamares legais de
proteção ambiental, salvo temporariamente em situações calamitosas, pois a proteção ambiental deve ser crescente, não
podendo retroagir, máxime os índices de poluição no Planta Terra crescem a cada ano. Decorre da natureza fundamental do
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, vez que uma de suas características é a proibição ao retrocesso ”. (Fonte:
AMADO, Frederico. Direito Ambiental Esquematizado. Editora Método, 5ª Ed. p. 80).
(MPBA-2010): Assinale a alternativa correta: O princípio da proibição do retrocesso ecológico limita a
discricionariedade do legislador a só legislar progressivamente, com o fito de não diminuir ou mitigar o direito
fundamental ao Meio Ambiente.
(MPBA-2010): Assinale a alternativa correta: O princípio do mínimo existencial ecológico postula que, por trás
da garantia constitucional do mínimo existencial, subjaz a idéia de que a dignidade humana está intrinsecamente
relacionada à qualidade ambiental. Ao conferir dimensão ecológica ao núcleo normativo, assenta premissa de que
não existe patamar mínimo de bem-estar sem respeito ao direito fundamental do meio ambiente sadio.
#Atenção: Frederico Amado explica: “Com base em notícia publicada no sítio do STJ, em 31.05.2010, ainda é possível
invocar o Princípio do Mínimo Existencial Ecológico. Postula que, por trás da garantia constitucional do mínimo
existencial, subjaz a ideia de que a dignidade da pessoa humana está intrinsecamente relacionada à qualidade ambiental. Ao
conferir dimensão ecológica ao núcleo normativo, assenta a premissa de que não existe patamar mínimo de bem-estar sem
respeito ao direito fundamental do meio ambiente sadio”. (Fonte: AMADO, Frederico. Direito Ambiental
Esquematizado. Editora Método, 5ª Ed. p. 80).
706
especialmente protegidos... isso abrange as unidades de conservação? SIM. As unidades de conservação são
uma das espécies de espaços territoriais especialmente protegidos. Podemos citar outros dois exemplos:
• Áreas de Preservação Permanente (APP);
• Áreas de Reserva Legal.
#Questões de concurso:
(TJAP-2022-FGV): Tendo em vista a grande especulação imobiliária do Município X, o prefeito decide
reduzir a área de determinada Unidade de Conservação, para permitir a construção de novas unidades
imobiliárias. Sobre o caso, é correto afirmar que o prefeito: não pode mudar as dimensões da Unidade de
Conservação por decreto, o que apenas pode ser feito por lei específica. BL: art. 225, §1º, III, CF, art. 22, §7º,
SNUC166 e Info 896, STF.
(PGETO-2018-FCC): Dentro do sistema de proteção e preservação do meio ambiente, na forma prevista na
Constituição Federal, emerge o instituto dos espaços territoriais especialmente protegidos, cuja instituição
não se sujeita à reserva de lei, porém, uma vez criados, ainda que por decreto, a proteção ambiental assim
instituída somente pode ser suprimida por lei em sentido formal. BL: art. 225, §1º, III, CF, art. 22, §7º,
SNUC e Info 896, STF.
(PCPE-2016-CESPE): Considere que, em 1999, a União tenha criado, por decreto presidencial,
determinada unidade de conservação. Nessa situação, de acordo com a CF, a União somente poderá
alterá-la ou suprimi-la por meio de lei. BL: art. 225, §1º, III, CF. (amb.)
#Atenção: Transpondo-se o conteúdo do artigo especificamente para o caso em tela, pode-se declarar a
constitucionalidade da lei sob exame, já que a utilização econômica da APP, da forma como ventilada
na assertiva, não compromete a integridade dos atributos que justificaram a proteção especial.
#Atenção: A CF estabeleceu, no art. 225, §1º, III, que incumbe ao Poder Público o dever de definir, em
todas as unidades da federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos. O legislador pátrio, por sua vez, preconizou, no art. 2º, I da Lei 9985/00, que a unidade de
conservação é o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com
características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de
conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias
adequadas de proteção. Portanto, as unidades de conservação, assim como as áreas de preservação
permanente, a reserva legal e asa terras indígenas são espaços territoriais especialmente protegidos, com
166
Art. 22. (...) § 7º A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita
mediante lei específica.
707
requisitos diferenciados para sua exploração e preservação (art. 231, §3º, CF). Assim sendo, percebe-se
que a unidade de conservação é uma dentre várias espécies de espaço territorialmente protegido.
Cumpre ressaltar que as terras indígenas (assim como os sítios remanescentes de quilombos) não foram
previstas na Lei 9985/00, razão pela qual não são consideradas espécies de unidades de conservação da
natureza. No entanto, constituem espaços territorialmente protegidos.
(MPPI-2019-CESPE): O estudo prévio de impacto ambiental é previsto expressamente na CF/88. BL: art.
225, §1º, IV, CF.
(TJMT-2018-VUNESP): O art. 225 da CF/88 impõe ao Poder Público diversas incumbências destinadas a
assegurar a efetividade do direito de todos a um meio ambiente sadio. Para assegurar a efetividade desse
direito, incumbe ao Poder Público: exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade. BL: art. 225, §1º, IV, CF.
#Atenção: O marco inicial da educação ambiental em âmbito internacional é a Conferência das Nações
Unidas para o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972. A partir dessa data, a
educação ambiental foi conquistando uma importância crescente no âmbito internacional e nacional. A
educação ambiental é regulamentada pela Lei 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental.
#Atenção: #STF: #DOD: #MPSC-2021: #PCAM-2022: #PCPB-2022: #CESPE: #FGV: Não é permitido o
abate de animais apreendidos em situação de maus-tratos: É inconstitucional a interpretação da
legislação federal que possibilita o abate imediato de animais apreendidos em situação de maus-
tratos. O art. 225, § 1º, VII, da CF impõe a proteção à fauna e proíbe qualquer espécie de maus-tratos
aos animais. O art. 25, § 1º da Lei 9.605/98 afirma que os animais apreendidos serão prioritariamente
libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias,
entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a
responsabilidade de técnicos habilitados. Até que os animais sejam entregues às instituições, o órgão
autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e
transporte que garantam o seu bem-estar físico. Assim, não é constitucionalmente adequada a
interpretação segundo a qual os animais devam ser resgatados de situações de maus-tratos para, logo
em seguida, serem abatidos. STF. Plenário. ADPF 640 MC-Ref/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17/9/21
(Info 1030).
(PCAM-2022-FGV): João praticou crime ambiental de maus-tratos contra animais silvestres,
consistentes em cinco micos-leões-dourados encontrados machucados e desnutridos. Os animais
foram devidamente apreendidos pela Autoridade Policial responsável pela operação, que lavrou o
respectivo auto. Conforme dispõe a legislação de regência e a jurisprudência do STF, os animais serão
prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por
questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda
e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados, de maneira que é inconstitucional a
interpretação da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais apreendidos em
situação de maus-tratos. BL: art. 225, §1º, VII, CF, art. 25, §1º, LCA e Info 1030, STF.
VIII - manter regime fiscal favorecido para os biocombustíveis destinados ao consumo final, na forma
de lei complementar, a fim de assegurar-lhes tributação inferior à incidente sobre os combustíveis fósseis,
capaz de garantir diferencial competitivo em relação a estes, especialmente em relação às contribuições de
que tratam a alínea "b" do inciso I e o inciso IV do caput do art. 195 e o art. 239 e ao imposto a que se refere
o inciso II do caput do art. 155 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)
##Atenção: Vejamos o teor do art. 4º da EC 123/22: “Art. 4º Enquanto não entrar em vigor a lei
complementar a que se refere o inciso VIII do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, o diferencial competitivo dos
biocombustíveis destinados ao consumo final em relação aos combustíveis fósseis será garantido pela manutenção,
em termos percentuais, da diferença entre as alíquotas aplicáveis a cada combustível fóssil e aos biocombustíveis que
lhe sejam substitutos em patamar igual ou superior ao vigente em 15 de maio de 2022. § 1º Alternativamente ao
disposto no caput deste artigo, quando o diferencial competitivo não for determinado pelas alíquotas, ele será
garantido pela manutenção do diferencial da carga tributária efetiva entre os combustíveis. § 2º No período de 20
(vinte) anos após a promulgação desta Emenda Constitucional, a lei complementar federal não poderá estabelecer
diferencial competitivo em patamar inferior ao referido no caput deste artigo. § 3º A modificação, por proposição
legislativa estadual ou federal ou por decisão judicial com efeito erga omnes, das alíquotas aplicáveis a um
combustível fóssil implicará automática alteração das alíquotas aplicáveis aos biocombustíveis destinados ao
consumo final que lhe sejam substitutos, a fim de, no mínimo, manter a diferença de alíquotas existente
anteriormente. § 4º A lei complementar a que se refere o inciso VIII do § 1º do art. 225 da Constituição Federal
disporá sobre critérios ou mecanismos para assegurar o diferencial competitivo dos biocombustíveis destinados ao
consumo final na hipótese de ser implantada, para o combustível fóssil de que são substitutos, a sistemática de
recolhimento de que trata a alínea "h" do inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal. § 5º Na aplicação
deste artigo, é dispensada a observância do disposto no inciso VI do § 2º do art. 155 da Constituição Federal.”
(TJPR-2017-CESPE): Com relação à tutela constitucional ao meio ambiente e à PNMA, assinale a opção
correta: A recuperação de áreas degradadas é exigida das mineradoras por previsão constitucional
expressa e, sob aspectos gerais, é prevista na lei como um dos princípios da PNMA. BL: art. 225, §2º, CF
e art. 2º, VIII da Lei 6838/81 (PNMA)169 (amb.).
169
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico,
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes
princípios: (...) VIII - recuperação de áreas degradadas; (...)
712
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente SUJEITARÃO os infratores,
PESSOAS FÍSICAS ou JURÍDICAS, a sanções penais e administrativas, INDEPENDENTEMENTE da
obrigação de reparar os danos causados. (TJMS-2008) (MPPE-2008) (PGEES-2008) (TJMG-2009) (DPEPA-
2009) (PCPB-2009) (PCRN-2009) (MPES-2010) (MPSP-2006/2011) (TJSP-2011) (TJPB-2011) (MPMS-2011)
(DPEMA-2011) (PGEPA-2011) (PGERO-2011) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (PGEMG-2012) (MPPR-2013)
(DPERR-2013) (TRF1-2013) (PGEGO-2013) (TJRJ-2011/2014) (TJDFT-2011/2014) (TJPA-2012/2014) (MPMA-
2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (PCSC-2014) (PCDF-2009/2015) (AGU-2010/2015) (PGEPR-
2011/2015) (MPAM-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TRF4-2009/2010/2012/2014/2016)
(TJAM-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRO-2010/2017) (TJPR-
2011/2012/2013/2017) (MPF-2012/2015/2017) (TRF5-2011/2013/2015/2017) (DPEAC-2017) (DPU-2017)
(Cartórios/TJRJ-2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (PCAC-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(PGEPE-2009/2018) (PGESP-2009/2018) (MPBA-2010/2018) (TJMT-2014/2018) (TJRS-2009/2012/2016/2018) (TRF3-
2013/2016/2018) (TRF2-2011/2013/2014/2017/2018) (PCGO-2013/2017/2018) (TJCE-2018) (PGEAP-2018) (PCBA-
2018) (PCSE-2018) (PF-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPMT-2008/2014/2019)
(TJRO-2011/2019) (TJBA-2012/2019) (MPMG-2013/2019) (TJAL-2015/2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Boa
Vista/RR-2019) (MPT-2020) (PGECE-2008/2021) (MPSC-2010/2014/2021) (PCPA-2013/2016/2021) (TJSP-
2014/2018/2021) (MPDFT-2021) (PGERS-2021) (PCPR-2021) (TCDF-2021) (TJAP-2008/2009/2014/2022) (TJMG-
2012/2014/2022) (MPGO-2010/2016/2019/2022) (TJMA-2022) (PGEAM-2022) (PCAM-2022)
170
#Atenção: #STJ: #PGEPI-2014: #PGEAP-2018: #TJPA-2019: #CESPE: #FCC: A jurisprudência do STJ firmou-
se no sentido de reconhecer a legitimidade passiva de pessoa jurídica de direito público (no caso, estado-
membro) na ação que busca a responsabilidade pela degradação do meio ambiente, em razão da conduta
omissiva quanto a seu dever de fiscalizá-lo. Essa orientação coaduna-se com o art. 23, VI, da CF/88, que firma ser
competência comum da União, estados, Distrito Federal e municípios a proteção do meio ambiente e o combate à
poluição em qualquer de suas formas. Anote-se que o art. 225, caput, da CF/88 prevê o direito de todos a um
meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de impor ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo em benefício das presentes e futuras gerações. STJ. 2ª T. AgRg no REsp 958.766-MS, Rel. Min.
714
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 30: #PGEPI-2014: #PGM-Curitiba/PR-2015: #PCPA-2016:
#PGEAP-2018: #TJPA-2019: #CESPE: #FCC: Tese 08: Em matéria de proteção ambiental, há
responsabilidade civil do Estado quando a omissão de cumprimento adequado do seu dever de
fiscalizar for determinante para a concretização ou o agravamento do dano causado.
(TJPA-2019-CESPE): Com base na jurisprudência do STJ, é correto afirmar que, em matéria de proteção
ambiental em que se verifiquem omissão no cumprimento de fiscalizar, por falta de recursos, e, em
consequência, o agravamento do dano causado, o Estado poderá ser civilmente responsabilizado, em razão
da sua omissão no dever de fiscalizar. BL: REsp 1071741/SP e REsp 1001780/PR e Jurisprud. em tese.
#Atenção: #STJ: #MPMG-2017: O termo inicial da contagem do prazo prescricional, para ajuizamento
de ação de reparação de dano decorrente de prejuízos à saúde advindos do acidente ambiental, é a
data da ciência inequívoca dos efeitos danosos à saúde, e não a do acidente ambiental. STJ. 4ª T., AgRg
no AREsp 233914/RS. Rel. Min. Marco Buzzi. j. 03/12/15.
#Atenção: #STJ: #DOD: #AGU-2015: #PGEAP-2018: #PGEPE-2018: #CESPE: #FCC: João é pescador
artesanal e vive da pesca que realiza no rio Paranapanema, que faz a divisa dos Estados de São Paulo e
Paraná. A empresa "XXX", após vencer a licitação, iniciou a construção de uma usina hidrelétrica neste
rio. Ocorre que, após a construção da usina, houve uma grande redução na quantidade de alguns
peixes existentes no rio, em especial "pintados", "jaú" e "dourados". Vale ressaltar que estes peixes
eram os mais procurados pela população e os que davam maior renda aos pescadores do local. Diante
deste fato, João ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais contra a empresa
(concessionária de serviço público) sustentando que a construção da usina lhe causou negativo
impacto econômico e sofrimento moral, já que ele não mais poderia exercer sua profissão de pescador.
O pescador terá direito à indenização em decorrência deste fato? Danos materiais: SIM. Danos morais:
NÃO. STJ. 4ª T. REsp 1371834-PR, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, j. 5/11/15 (Info 574)
Mauro Campbell Marques, j. 16/3/10. O STJ firmou o entendimento de que o ente federado tem o dever de
fiscalizar e preservar o meio ambiente e combater a poluição (CF/88, art. 23, VI, e art. 3º da Lei 6.938/81),
podendo sua omissão ser interpretada como causa indireta do dano (poluidor indireto), o que enseja sua
responsabilidade objetiva. STJ, 2ª T. REsp 1666027/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 19/10/17.
715
#PCAC-2017: #TRT/Unificado-2017: #PCGO-2017/2018: #TJCE-2018: #PGESP-2018: #PCBA-2018:
#PCSE-2018: #PF-2018: #TJRO-2019: #TJRJ-2019: #MPPI-2019: #MPDFT-2021: #MPSC-2021: #PGECE-
2021: #PGERS-2021: #PCPR-2021: #CESPE: ##FCC: #FGV: #Fundatec: #UFPR: #VUNESP: É possível a
responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente da
responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. Desse modo, o art. 225, § 3º,
da CF/88 não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à
simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A
jurisprudência não mais adota a chamada teoria da "dupla imputação". STJ. 6ª T. RMS 39.173-BA, Rel.
Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 6/8/15 (Info 566). STF. 1ª T. RE 548181/PR, Rel. Min. Rosa Weber, j.
6/8/13 (Info 714).
(TJRJ-2019-VUNESP): Acerca da responsabilidade em matéria ambiental, é correto afirmar que o STF
reconhece a possibilidade de se processar penalmente a pessoa jurídica, mesmo não havendo ação penal em
curso contra pessoa física com relação ao crime ambiental praticado. BL: Info 714, STF.
(PGESP-2018-VUNESP): A CF/1988, ao incorporar a questão ambiental de forma ampla e expressa, trouxe
para o seio do STF uma “pauta verde”. Assim, o destino de grandes temas ambientais também teve de ser
enfrentado na Corte, como decorrência lógica da necessidade de concretização de seus comandos. Nesse
contexto, sobre a jurisprudência do STF em matéria ambiental, assinale a alternativa correta: Segundo o STF,
o art. 225, § 3° , da CF/1988, não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes
ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. BL:
Info 714, STF.
(TRF3-2016): Relativamente à responsabilidade penal da pessoa jurídica, é possível afirmar que: Independe
da responsabilização das pessoas físicas envolvidas, conforme decidiu o STF, ao julgar o RE 548181/PR, de
relatoria da Ministra Rosa Weber. BL: Info 714, STF.
(PCPA-2016): Considerando os entendimentos do STF e do STJ, assim como a disciplina constitucional e
legal, assinale a alternativa correta quanto à responsabilização criminal da pessoa jurídica por crimes
ambientais: O STF, por meio de julgado da 1ª Turma, entendeu que a CF/1988 não condiciona a
responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa
física em tese responsável no âmbito da empresa. Em outras palavras, a norma constitucional não impõe a
necessária dupla imputação. Info 714, STF.
(MPF-2015): No que diz respeito às denúncias no processo penal: É entendimento atual no STF que, nos
crimes ambientais, para ser admitida a denúncia oferecida contra pessoa jurídica não é essencial a
concomitante imputação dos fatos correlatos as pessoas físicas em tese responsáveis no âmbito da empresa.
BL: Info 714, STF.
716
(TJBA-2019-CESPE): Por equívoco de um de seus empregados, uma empresa alimentícia deixou vazar
acidentalmente parte de seu insumo em um rio, o que causou a morte de 5 t de peixes. Nessa situação
hipotética, relativamente à responsabilidade civil ambiental, a empresa responderá pelo dano, porque a
responsabilidade civil ambiental é objetiva e pautada na teoria do risco integral. BL: Infos 538 e 545, STJ.
(TJRS-2018-VUNESP): Supondo-se que um grande navio com cargas explodiu em um porto brasileiro,
despejando milhões de litros de óleo e metanol que causou a degradação do meio ambiente marinho,
inviabilizando a pesca pelos moradores próximos ao local, pois o Poder Público estabeleceu uma proibição
temporária da pesca em razão da poluição ambiental. Em razão disso, os pescadores prejudicados
ingressaram com ação judicial, calcado em responsabilidade civil. De acordo com a jurisprudência
dominante do STJ, assinale a alternativa correta: A responsabilidade por dano ambiental é objetiva,
informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o
risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano
ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar. BL: art. 225, §3º
e Info 545, STJ.
(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Com base na jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item a
seguir, acerca da responsabilidade por dano ambiental e dos crimes ambientais: De acordo com o STJ, a
responsabilidade por dano ambiental é objetiva e regida pela teoria do risco integral. BL: art. 225, §3º e Info
545, STJ.
(MPMG-2017): Conforme jurisprudência recente do STJ: A responsabilidade por dano ambiental é objetiva,
informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o
risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano
ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar. BL: art. 225, §3º
e Info 545, STJ.
(PGM-Salvador/BA-2015-CESPE): O rompimento da barragem de uma empresa de mineração provocou o
vazamento de um bilhão de litros de resíduos de lama tóxica, a qual percorreu vários quilômetros, atingiu
várias cidades nos arredores e inundou casas, provocando o desabrigamento de várias famílias. Em razão
disso, o MP entrou com ACP contra a empresa, a fim de buscar indenização pelos danos ambientais
causados à coletividade e, além disso, o ressarcimento dos prejuízos materiais e morais sofridos pelos
moradores. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta: De acordo com a teoria do
risco integral, não basta a ocorrência do ato ilícito para a configuração da obrigação de indenizar por parte
da empresa mineradora, sendo necessária a configuração do nexo causal entre o evento danoso e o dano
causado. BL: art. 225, §3º e Info 545, STJ.
717
pagador e a responsabilidade objetiva por risco integral. BL: art. 225, §3º e Info 544, STJ.
#Atenção: #Rec. Repetitivo/STJ – Tema 680: #DOD: #TJMA-2013: #PCGO-2013: #TRF4-2014: #MPAM-
2015: #MPBA-2015: #PGEPR-2015: #PCDF-2015: #AGU-2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PCPA-
2013/2016: #PGEMA-2016: #PCPE-2016: #TJPR-2017: #MPMG-2017: #TRF5-2017: #DPU-2017: #TRF3-
2016/2018: #TRF2-2013/2017/2018: #TJMT-2018: #TJRS-2018: #PGEAP-2018: #PGEPE-2018: #PCSE-
2018: #PGM-Manaus/AM-2018: #TJBA-2019: #TJMG-2022: #PCAM-2022: #CESPE: #FCC: #FGV: #UEG:
#VUNESP: A responsabilidade por dano ambiental é OBJETIVA, informada pela teoria do RISCO
INTEGRAL. Não são admitidas excludentes de responsabilidade, tais como o caso fortuito, a força
maior, fato de terceiro ou culpa exclusiva da vítima. O registro de pescador profissional e o
comprovante do recebimento do seguro-defeso são documentos idôneos para demonstrar que a pessoa
exerce a atividade de pescador. Logo, com tais documentos é possível ajuizar a ação de indenização
por danos ambientais que impossibilitaram a pesca na região. Se uma empresa causou dano ambiental
e, em decorrência de tal fato, fez com que determinada pessoa ficasse privada de pescar durante um
tempo, isso configura dano moral. O valor a ser arbitrado como dano moral não deverá incluir um
caráter punitivo. É inadequado pretender conferir à reparação civil dos danos ambientais caráter
punitivo imediato, pois a punição é função que incumbe ao direito penal e administrativo. Assim, não
há que se falar em danos punitivos (punitive damages) no caso de danos ambientais. STJ. 2ª S. REsp
1.354.536-SE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 26/3/14 (Info 538).
(TJBA-2019-CESPE): Por equívoco de um de seus empregados, uma empresa alimentícia deixou vazar
acidentalmente parte de seu insumo em um rio, o que causou a morte de 5 t de peixes. Nessa situação
hipotética, relativamente à responsabilidade civil ambiental, a empresa responderá pelo dano, porque a
responsabilidade civil ambiental é objetiva e pautada na teoria do risco integral. BL: Infos 538 e 545, STJ.
(TRF4-2014): Sobre a reparação do dano ambiental, assinale a alternativa correta: Conforme orientação
dominante do STJ, a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral,
sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de
responsabilidade civil para afastar a sua obrigação de indenizar. BL: Info 538, STJ.
#Atenção: #STJ: #TRF2-2013: #TRF4-2014: #PGEPE-2018: #CESPE: Configura dano moral a privação
das condições de trabalho em consequência de dano ambiental - fato por si só incontroverso quanto ao
prolongado ócio indesejado imposto pelo acidente, sofrimento, à angústia e à aflição gerados ao
pescador, que se viu impossibilitado de pescar e imerso em incerteza quanto à viabilidade futura de
718
sua atividade profissional e manutenção própria e de sua família. STJ. 4ª T., REsp 1346430/PR, Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, j. 18/10/12.
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD:O STJ entende que se uma empresa causa dano ambiental
e, em decorrência de tal fato, faz com que determinada pessoa fique privada das condições de trabalho,
isso configura dano moral. Estando o trabalhador impossibilitado de trabalhar, revela-se patente seu
sofrimento, angústia e aflição. O ócio indesejado imposto pelo acidente ambiental gera a incerteza
quanto à viabilidade futura de sua atividade profissional e manutenção própria e de sua família.
#Cuidado: #STJ: #DOD: #MPMG-2013: #TRF4-2016: #MPF-2017: A 2ª Turma do STJ decidiu que é
possível que a sentença condene o infrator ambiental ao pagamento de quantia em dinheiro a título
de compensação por dano moral coletivo (STJ, REsp 1.328.753-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j.
28/5/13). Assim, apesar de existirem precedentes da 1ª Turma em sentido contrário (STJ, AgRg no
REsp 1305977/MG, j. 09/04/13), a posição majoritária (não pacífica) é no sentido de ser cabível a
condenação por dano moral coletivo.
#Atenção: A responsabilidade penal da pessoa jurídica está prevista no Direito Ambiental no art. 225, §3º
da CF/88 e no art. 3º da Lei 9605/98. O STF e o STJ admitem a responsabilidade penal da pessoa jurídica
em crimes ambientais.
(TJSC-2017-FCC): Lavrado Auto de Infração Ambiental por supressão ilegal de vegetação nativa em área
de preservação permanente, aplicou-se pena de multa, que foi adimplida pelo autuado. A Administração
Pública, neste caso, deverá noticiar o fato aos órgãos competentes (MP e Polícia Civil) para verificar
eventual prática de crime ambiental e buscar, administrativamente ou por meio do Poder Judiciário, a
reparação do dano ambiental. BL: art. 129, I171 c/c art. 225, §3º172, CF e art. 5º, III e IV, LACP. (amb.)
171
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública,
na forma da lei; (...)
719
(TJRS-2016-Faurgs): Quanto à proteção ambiental, assinale a alternativa correta: A cláusula contida no §
3º do artigo 225 da Constituição Federal consagra o regime da tríplice responsabilização do poluidor,
deixando patente o amplo feixe de imputações a que se sujeita o causador do agravo ambiental. BL: art.
225, §3º, CF. (amb.)
(DPEES-2016-FCC): No que tange à proteção conferida ao meio ambiente pela Constituição Federal de
1988, é reconhecida expressamente a tríplice responsabilidade (civil, administrativa e penal) do poluidor
pelo dano ambiental. BL: art. 225, §3º, CF.173
(MPGO-2014): A Constituição Federal não se limita a fazer uma declaração formal de tutela ao meio
ambiente, mas estabelece a imposição de medidas coercitivas aos transgressores, o que se denomina
mandato expresso de criminalização. BL: art. 225, §3º da CF. (amb.)
(TJPR-2012): O MP do Mato Grosso do Sul propôs ACP contra sociedade comercial que explora posto de
gasolina e que, segundo laudo do órgão ambiental estadual, vem causando poluição nas águas
subterrâneas decorrente do vazamento de seu tanque de armazenamento. A ré defendeu-se, dizendo que
comprou o posto havia 4 meses e que a responsabilidade é da empresa que a antecedeu, que explorou o
local por 15 anos. Em termos de responsabilidade civil pelo dano ambiental, a ré responderá civilmente,
em caráter solidário, porque, além de sucessora, omitiu-se no dever de preservação ambiental da
propriedade. (ambiental)
#Atenção: A responsabilidade por danos ambientais é solidária, o que, em tese, confere maior grau de
proteção ao meio ambiente, já que é particularmente difícil precisar qual foi exatamente a conduta do
poluidor, bem como quem foi seu autor.
(TJPE-2011-FCC): O MP propôs ação civil pública contra proprietário de indústria clandestina (sociedade
de fato), que vinha causando poluição hídrica e sonora na localidade em que estava instalada e também
contra o proprietário do imóvel arrendado pelo poluidor. Em termos de responsabilidade civil pelo dano
ambiental, o proprietário arrendador responde civilmente, em caráter solidário, porque omitiu-se no
dever de preservação ambiental da propriedade. BL: art. art. 4º, VII e 14, §1º da Lei 6839/81. (ambiental)
172
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de
2007). (...) III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). IV - a
autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007)
173
(MPSC-2014): Em caso de infração às normas ambientais, a Constituição Federal assegura a possibilidade de
tripla responsabilização: penal, civil e administrativa. BL: art. 225, §3º da CF.
720
#PGM-Manaus/AM-2018: #PGM-Boa Vista/RR-2019: #PCPA-2016/2021: #TCDF-2021: #TJAP-2022:
#TJMG-2022: #MPGO-2022: #PCAM-2022: #AOCP: #CESPE: #FCC: #FGV: #UEG: Além de objetiva e,
para a maioria, calcada na teoria do risco integral, a responsabilidade civil por dano ao meio ambiente no
Brasil é também solidária, ou seja, todos os responsáveis diretos ou indiretos pelo dano causado ao meio
ambiente responderão solidariamente, podendo a obrigação ser reclamada de qualquer dos devedores
(poluidores). Tal artifício técnico é utilizado para facilitar e agilizar a reparação do dano ambiental. No
caso em apreço, o proprietário arrendador será responsabilizado pela omissão em relação ao dever de
preservação ambiental da propriedade, ou seja, por ter deixado de agir no sentido de não provocar
poluição hídrica e sonora na localidade.
(PGESP-2012-FCC): O art. 225 da CF/88 estabelece que constituem patrimônio nacional, com utilização
prevista na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive
quanto ao uso dos recursos naturais, as seguintes regiões do Brasil: a Floresta Amazônica brasileira, a
Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. BL: art. 225, §4º, CF
(amb.).
#Atenção: A Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona
Costeira não são considerados bens da União, mas sim patrimônio nacional pela CF/88, sendo que
utilização dar-se-á na forma da lei e em condições tais que permitam a preservação de seus atributos
biológicos.
(AGU-2012-CESPE): Com relação ao meio ambiente e aos interesses difusos e coletivos, julgue o item a
seguir: Apesar de a floresta amazônica, a mata atlântica, a serra do Mar, o pantanal mato-grossense e a
zona costeira serem, conforme dispõe a CF, patrimônio nacional, não há determinação constitucional que
converta em bens públicos os imóveis particulares situados nessas áreas. BL: art. 225, §4º, CF.
#Atenção: Além do que consta no §4º do art. 225 da CF, de fato, não há previsão constitucional acerca da
conversão de imóveis particulares situados nessas áreas em bens públicos, o que se depreende da
disposição supracitada é apenas que a utilização desse patrimônio nacional deverá ser prevista em lei, de
forma que seja assegurada a preservação ambiental. A propósito, vejamos o seguinte julgado do STF: “O
entendimento do STF é de que o preceito constitucional, além de não haver convertido em bens públicos os
721
imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele referidas, ‘também não impede a utilização,
pelos próprios particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam sujeitas ao
domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à
preservação ambiental’. RE 134.297-8/SP, Rel. min. Celso de Mello, DJ de 22/9/1995”.
(MPPA-2014-FCC): O Estado Beta, após autorização legislativa, lançou edital de concorrência para
alienação de terras devolutas necessárias à proteção de um relevante ecossistema natural. A alienação
pretendida é nula, diante da indisponibilidade das terras devolutas necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais. BL: art. 225, §5º, CF (agrário).
##Atenção: ##MPPA-2014: ##PGEMA-2016: ##FCC: “Como bem público, as terras devolutas são
bens dominicais (não afetadas a nenhuma finalidade pública) e patrimoniais disponíveis (podem ser alienadas
nos termos e condições que a lei estabelecer). Entretanto, determina a CF/88 que a destinação de terras públicas e
devolutas deverá ser compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária (art. 188),
além de declarar indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados por ações
discriminatórias, que sejam necessárias à proteção dos ecossistemas naturais (art. 225, § 5º).” (Coleção
Resumos para Concursos, Direito Agrário, Juspodivm)
(PGEMA-2016-FCC): O Estado do Maranhão ofertou à União uma área devoluta para a criação de um
assentamento para fins de reforma agrária. O Ministério Público ajuizou ação civil pública visando à
nulidade de tal ato porque, segundo a petição inicial, a área é necessária à proteção de ecossistemas
naturais. Para que o pedido seja julgado improcedente, o Estado deverá alegar e provar a irrelevância da
área para a proteção dos ecossistemas naturais.
##Atenção: Regra geral, as terras devolutas dos Estados são bens dominiais, e, portanto, disponíveis.
Ocorre que a CF/88, em seu art. 225, §5º, traz uma exceção ao prescrever que as terras devolutas
pertencentes aos Estados, caso sejam necessárias à proteção dos ecossistemas naturais, são indisponíveis,
não podendo ser destinadas a outras finalidades (mitigação da discricionariedade). Portanto, para que a
ação civil pública ajuizada pelo MP seja julgada improcedente o Estado do Maranhão deverá alegar e provar
que a área em questão não é necessária para a proteção dos ecossistemas naturais. Em resumo, a situação é a
seguinte: o Estado do Maranhão pretende ceder uma área de terra para a União para que este ente
federativo possa criar um assentamento para fazer reforma agrária. Ao tomar conhecimento deste ato (a
cessão da terra), o Ministério Público impetra uma Ação Civil Pública, argumentando que a faixa de terra
em questão não poderia ser cedida para fins de reforma agrária, pois consiste em área necessária para a
proteção de ecossistemas naturais. Diante da ACP proposta pelo Ministério Público qual seria o argumento
que deveria ser utilizado pela PGEMA do Maranhão? Deve a PGE-MA alegar e provar, em sede contestação
da ACP, que a área de terra em questão é irrelevante (sem importância) para a finalidade de promover a
proteção de ecossistemas naturais. Caso consiga provar o fato acima alegado, o Estado do Maranhão estará
autorizado a ceder a faixa de terra para a União. Isso, porque, nos termos da CF/88, mesmo as terras
devolutas ou as terras arrecadadas pelos Estados por ações discriminatórias, são consideradas indisponíveis
quando necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. Qual o fundamento jurídico? O art. 225, § 5º da
CF/88.
§ 6º As USINAS que OPEREM com reator nuclear DEVERÃO ter sua localização definida em LEI
FEDERAL, sem o que NÃO PODERÃO ser instaladas. (TJMS-2008) (MPPE-2008) (AGU-2009) (MPRO-2010)
(PGERS-2010) (MPPR-2011) (PGEMG-2012) (TJRN-2013) (MPDFT-2013) (MPMS-2013) (TRF2-2013) (TJDFT-
2011/2014) (TJPR-2012/2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJPI-2015) (PGEAM-2016) (PGEMS-2016) (PCPA-2016)
(PGEAC-2017) (PGESE-2017) (TJCE-2018) (MPBA-2018) (PCGO-2018)
722
(TJPI-2015-CESPE): Diante de uma crise energética gerada pela seca prolongada, as usinas que operam
com reator nuclear constituem uma alternativa possível, devendo sua localização ser definida em lei
federal. BL: art. 225, §6º, CF (ambiental).
#Atenção: #TJDFT-2014: #CESPE: A CF não exige lei específica para disciplinar a localização das usinas
que operem reator nuclear.
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, NÃO SE CONSIDERAM
CRUÉIS as práticas desportivas que UTILIZEM animais, DESDE QUE SEJAM MANIFESTAÇÕES
CULTURAIS, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, REGISTRADAS como bem de
natureza imaterial integrante do PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO, DEVENDO SER
REGULAMENTADAS por lei específica que ASSEGURE o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 96, de 2017) (DPEAC-2017) (MPBA-2018) (TRF3-2018) (PGESC-2018) (PCGO-
2018) (PCSE-2018) (MPT-2020) (MPDFT-2021) (MPSC-2021) (MPCSC-2022)
(MPBA-2018): No que se refere ao dever imposto ao Poder Público e à coletividade quanto a defender e
preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações, é correto afirmar que a Constituição
Federal autoriza práticas desportivas em que são utilizados animais, desde que sejam manifestações
culturais registradas como bem de natureza imaterial, devendo ainda ser regulamentadas por lei
específica, a fim de evitar a crueldade contra os animais. BL: art. 225, §7º, CF. (ambiental).
CAPÍTULO VII
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
Art. 226. A família, base da sociedade, TEM ESPECIAL PROTEÇÃO DO ESTADO. (MPSP-2012)
(MPGO-2014) (MPDFT-2015) (DPEMA-2015) (DPU-2015) (MPPB-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPEBA-
2021) (TJMG-2022)
174
BIRMANN, Sidnei Hofer. O direito a filiação frente à inconstitucionalidade do art. 10 do novo Código Civil .
In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 35, 01/12/2006 [Internet]. Disponível em
http://www.ambito-jurídico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1553.
175
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/492747/o-que-se-entende-por-familia-eudemonista.
723
restringem ao CC/02, uma vez que é possível observá-los tanto na CF/88 como em leis específicas, como
é o caso do ECA, que aborda especialmente regramentos relacionados à convivência familiar.
§ 2º O casamento religioso TEM efeito civil, nos termos da lei. (DPEGO-2014) (PCSC-2014)
(Cartórios/TJSP-2011/2014/2016) (MPPB-2018) (DPECE-2022)
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento . (MPMT-2012) (DPEAC-
2012) (PGEPA-2012) (MPT-2012/2013) (Cartórios/TJRS-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (MPGO-2014)
(DPEGO-2014) (PGEMS-2014) (MPDFT-2013/2015) (DPEMA-2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015)
(TRF1-2015) (DPU-2015) (MPRR-2017) (DPESC-2017) (DPEAM-2013/2018) (Cartórios/TJSP-2014/2016/2018)
(DPEPE-2018) (TRF3-2018) (PCMG-2018) (PCSP-2018) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPRS-
2021) (Cartórios/TJSC-2021) (TJAP-2022) (TJMG-2022)
725
(TJMG-2022-FGV): Um antigo texto do jurista Orlando Gomes pontuava: “Diversas disposições novas, que
interessam a número cada vez mais copioso de indivíduos, estruturam, à margem do Código, um direito de família
diferente, o único que conhecem amplos setores da população. Toda essa vegetação, exuberante de seiva humanitária,
cresce nas barrancas da corrente tranquila do direito codificado, sem que por sua existência deem os que a singram
alheios ao que se passa de redor. No entanto, diante desses fatos novos, um novo direito está procurando discipliná-los,
com a preocupação de criar as condições elementares à estabilidade dos grupos familiares, constituídos ou não segundo
o modelo oficial, para surpresa e alarme dos indiferentes à marcha da História. Um Código Civil atualizado não pode
ignorá-los. É de admitir-se até que os regule diferentemente. O que se não tolera é seu desconhecimento, e, muito
menos, a confirmação da atual postura aristocrática, que levaria o reformador a menosprezar esses novos aspectos das
relações familiares sob o falso fundamento de que constituem matéria estranha à sua órbita ” (GOMES, Orlando.
Direito de Família. Rio de Janeiro: Forense, 7ª ed., 1990, p. XI-XII.). Entraram em vigor a Constituição
Federal de 1988 e o Código Civil de 2002. Sobre a evolução do Direito de Família no Brasil, conforme a
perspectiva de Orlando Gomes, analise a afirmativa a seguir: A jurisprudência ainda contribui de modo
considerável para a evolução do Direito de Família. BL: Entend. Jurisprud.
(PCSP-2018-VUNESP): Em recente julgamento nos autos da ADPF no 132, o STF, diante da possibilidade de
duas ou mais interpretações razoáveis sobre o art. 1.723 do Código Civil, que trata sobre a união estável
entre homem e mulher, reconheceu a união homoafetiva como família. Nesse caso, é correto afirmar que a
técnica de interpretação utilizada foi interpretação conforme. BL: Entend. Jurisprud.
(MPRR-2017-CESPE): Tendo em vista que o surgimento de novos tipos de estruturas familiares demanda
do direito civil uma revisão constante do conceito de família, julgue o item a seguir: O reconhecimento de
união estável homoafetiva acarreta aos seus partícipes os mesmos direitos garantidos aos componentes de
união estável heterossexual. BL: Info 625, STF.
(DPESC-2017-FCC): No julgamento histórico da ADI 4.277 e da ADPF 132, o STF reconheceu como
constitucional a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A respeito do tema, considere: O STF conferiu
interpretação conforme à Constituição para excluir qualquer significado do art. 1.723 do CC que
impossibilite o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. BL: Info
625, STF.
(DPESC-2017-FCC): No julgamento histórico da ADI 4.277 e da ADPF 132, o STF reconheceu como
constitucional a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A respeito do tema, considere: O STF
reconheceu, na decisão em questão, a eficácia contramajoritária inerente aos direitos fundamentais. BL: Info
625, STF.
##Atenção: “Por meio da função contramajoritária, os direitos fundamentais servem justamente como um
“escudo protetor” em face da vontade da dita maioria, isto é, existem justamente para conter a maioria. E
essa contenção ocorre quando a Carta Magna estabelece meios para se evitar a imposição da “vontade
majoritária” a qualquer custo. Assim, os direitos fundamentais têm como característica o fato de conformarem a
atuação do legislador ordinário, em um fenômeno denominado de “paradoxo da democracia”, que, nas palavras de
Robert Alexy[3], “se refere ao antigo problema da abolição democrática da democracia”. (FONTE:
http://www.conjur.com.br/2015-abr-27/mp-debate-funcao-contramajoritaria-direitos-fundamentais).176
(DPESC-2017-FCC): No julgamento histórico da ADI 4.277 e da ADPF 132, o STF reconheceu como
constitucional a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A respeito do tema, considere: Além do
princípio da dignidade da pessoa humana, também serviram de fundamento jurídico para a decisão
adotada o direito à intimidade, o direito à igualdade e o direito a não discriminação. BL: Info 625, STF.
##Atenção: O STF utilizou a técnica da “interpretação conforme à Constituição” para excluir qualquer
interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do CC, reconheceu a eficácia
contramajoritária dos direitos fundamentais, atuando em sua proteção e indicou os direitos à intimidade,
igualdade e à não-discriminação como fundamentos da decisão.177
176
Integra do acórdão: “No mais, ressalto o caráter tipicamente contramajoritário dos direitos fundamentais. De
nada serviria a positivação de direitos na Constituição, se eles fossem lidos em conformidade com a opinião pública
dominante. (...) A função contramajoritária do Supremo Tribunal Federal no Estado democrático de direito: a proteção
das minorias analisada na perspectiva de uma concepção material de democracia constitucional (...) pôs-se em
relevo a função contramajoritária do Poder Judiciário no Estado Democrático de Direito, considerada a
circunstância de que as pessoas que mantêm relações homoafetivas representam “parcela minoritária (...) da
população”, como esclarecem dados que a Fundação IBGE coligiu no Censo/2010 e que registram a existência declarada, em
nosso país, de 60.000 casais homossexuais. Assim, muito embora o texto constitucional tenha sido taxativo ao dispor que a
união estável é aquela formada por pessoas de sexos diversos, tal ressalva não significa que a união homoafetiva pública,
continuada e duradoura não possa ser identificada como entidade familiar apta a merecer proteção estatal, diante do rol
meramente exemplificativo do art. 226, quando mais não seja em homenagem aos valores e princípios basilares do texto
constitucional. O que se pretende, ao empregar-se o instrumento metodológico da integração, não é, à evidência, substituir a
vontade do constituinte por outra arbitrariamente escolhida, mas apenas, tendo em conta a existência de um vácuo
normativo, procurar reger uma realidade social superveniente a essa vontade, ainda que de forma provisória, ou seja, até que
o Parlamento lhe dê o adequado tratamento legislativo. Cuida-se, em outras palavras, de retirar tais relações, que ocorrem no
plano fático, da clandestinidade jurídica em que se encontram, reconhecendo-lhes a existência no plano legal, mediante seu
enquadramento no conceito abrangente de entidade familiar. (...)” ADI 4277/DF, rel. Min. Ayres Britto, 4 e 5.5.2011.
(ADI-4277) e ADPF 132/RJ, rel. Min. Ayres Britto e 5.5.2011. (ADPF-132)
726
(MPT-2013): A respeito dos direitos constitucionais da família, da criança, do adolescente, do jovem e do
idoso, assinale a alternativa correta: A decisão do STF que declarou a aplicabilidade do regime de união
estável às uniões entre pessoas do mesmo sexo tem eficácia erga omnes e efeito vinculante. BL: Entend.
Jurisprud.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e
pela mulher. (MPSP-2012) (DPEGO-2014) (DPEAM-2018) (Cartórios/TJPR-2019)
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional
nº 66, de 2010) (TJPB-2011) (MPSP-2011) (TRF3-2011) (DPEAM-2013) (DPERR-2013) (MPGO-2014)
(DPEPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (MPMG-2017/2018) (TRF2-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPECE-
2022)
(MPF-2015): Assinale a alternativa correta: O § 8° do art. 226 da Constituição Federal rompe com a visão
instrumental da mulher como garantidora da família. BL: art. 226, §8º, CF.
728
##Atenção: Como primeira consequência, o § 8º do art. 226 da Constituição brasileira determina ao
Estado a criação de mecanismos para coibir a violência no âmbito das relações familiares. A norma
rompe com a visão instrumental da mulher como garantidora da família. Tal visão instrumental levou o
Poder Público, inclusive o Judiciário, durante muitos anos, a ignorar as violências sofridas pela mulher
no âmbito doméstico, em favor da preservação da unidade familiar. (Fonte:
http://www.brasilpost.com.br/anpr/10-anos-de-lei-maria-da-penha_b_11371746.html).
(MPRO-2010-CESPE): Adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de setembro de 1989, a
Convenção sobre os Direitos da Criança trata de matéria contemplada, em linhas gerais, em artigo da CF,
o qual é considerado síntese do tratado da Organização das Nações Unidas.
##Atenção: O art. 227 da CF afirma o princípio da prioridade absoluta dos direitos da criança, do
adolescente e do jovem, tendo como destinatários da norma a família, a sociedade e o Estado. Pretende,
pois, que a família responsabilize-se pela manutenção da integridade física e psíquica; a sociedade pela
convivência coletiva harmônica; e o Estado pelo constante incentivo à criação de políticas públicas. Trata-
se de uma responsabilidade que, para ser realizada, necessita de uma integração, de um conjunto
devidamente articulado de políticas públicas. Essa competência difusa, que responsabiliza uma
diversidade de agentes pela promoção da política de atendimento à criança e ao adolescente, tem por
objetivo ampliar o próprio alcance da proteção dos direitos infanto-juvenis. Dentro da estrutura chamada
ordem social, está englobada a chamada Seguridade Social, esta compreendida como um conjunto
integrado de ações de iniciativas dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. E a assistência social, que será prestada
independentemente de contribuição à seguridade social, tem, dentre os seus objetivos, a proteção e
amparo à criança e ao adolescente, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a
coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal. E o ECA é uma
dessas normas gerais, pelo qual estabelece uma política de atendimento. Essa política de atendimento
deve ser, segundo o art. 204 da CF, descentralizada política e administrativamente (sendo dever dos
Estados, Municípios e das entidades não governamentais de assistência social a coordenação e execução
destes programas). Também impõe a participação popular, por meio de organizações representativas,
para formulação de políticas públicas em todos os níveis. Já o §1º do art. 227 determina que o Estado
promova, admitida a participação da sociedade civil, programas de assistência integral à saúde da
criança e do adolescente. A CF também faz menção à assistência integral à saúde da criança e do
adolescente, estabelecendo que parte dos recursos públicos destinados à saúde será dirigida à assistência
materno-juvenil, cabendo-lhe, ainda, a criação de programas de prevenção e atendimento especializado
para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental.
729
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do
jovem, ADMITIDA a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e
obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) (MPSP-2015)
(Cartórios/TJPR-2019)
(TJPR-2008): É dever do poder público assegurar, com prioridade a efetivação dos direitos fundamentais
referentes à criança e ao adolescente. A garantia de prioridade compreende a destinação privilegiada de
recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e a juventude. BL: art. 227, caput e
§1º, inc. I da CF/88. (ECA)
§ 2º A lei DISPORÁ sobre NORMAS DE CONSTRUÇÃO dos logradouros e dos edifícios de uso
público e DE FABRICAÇÃO de veículos de transporte coletivo, a fim de GARANTIR acesso adequado
às pessoas portadoras de deficiência. (MPSP-2011) (MPAM-2015) (TJRS-2018) (Cartórios/TJPR-2019)
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º,
XXXIII; (MPT-2013) (TRT6-2015) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJPR-2019)
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; (Redação dada Pela Emenda
Constitucional nº 65, de 2010) (DPERS-2011) (MPT-2013) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRT6-2015)
(DPEPE-2018)
(DPEMA-2015-FCC): Ante o regime estatuído pela Constituição, a obediência aos princípios de brevidade,
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer
medida privativa da liberdade: consiste em aspecto abrangido pelo direito à proteção especial. BL: art. 227,
§3º, V, CF.
730
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos
termos da lei, ao ACOLHIMENTO, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou
abandonado; (MPPR-2008) (Cartórios/TJPE-2013) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRT6-2015) (MPSP-
2015/2017) (TJRS-2018)
§ 5º A ADOÇÃO SERÁ ASSISTIDA pelo Poder Público, na forma da lei, que ESTABELECERÁ
casos e condições de sua efetivação POR PARTE DE ESTRANGEIROS. (TJMG-2008) (PCDF-2009)
(MPMS-2015) (DPESP-2015) (TRT6-2015) (Cartórios/TJPR-2019)
##Atenção: Segundo a CF/88, a adoção por estrangeiros é permitida, nos termos da Lei Específica. É de
se registrar que o Brasil é signatário da Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em
Matéria de Adoção Internacional. O Estatuto foi alterado pela Lei 12.010/09, quando houve a inclusão
das regras da aludida convenção ao texto do Estatuto.
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e
qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. (TJCE-2012) (PCSC-
2014) (MPSP-2015) (TJAM-2016) (DPEAM-2018)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPF-2017: Capacidade para suceder é regida pela lei da época da
abertura da sucessão: O art. 377 do CC/16 previa que o filho adotivo, nessa situação, não tinha direito à
sucessão hereditária. Essa regra vigorou e foi válida até a promulgação da CF/88, quando, então, não
foi recepcionada pelo art. 227, § 6º. Se a morte ocorreu antes da CF/88, o juiz, ao analisar se a pessoa
tem ou não capacidade para suceder (ser herdeiro), deverá levar em consideração o art. 377 do CC/16,
não podendo ser aplicado retroativamente o disposto no art. 227, § 6º, da CF/88 para considerar o art.
377 inválido. STF. Plenário. AR 1811/PB, rel. orig. Min. Eros Grau, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, j
3/4/14 (Info 741).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPF-2017: A sucessão regula-se por lei vigente à data de sua abertura,
não se aplicando a sucessões verificadas antes do seu advento a norma do art. 227, § 6º, da CF/88, que
eliminou a distinção, até então estabelecida pelo Código Civil (art. 1.605 e § 2º), entre filhos legítimos e
filhos adotivos, para esse efeito. Discriminação que, de resto, se assentava em situações desiguais, não
afetando, portanto, o princípio da isonomia. STF. 1ª T., RE 163167, Rel. Min. Ilmar Galvão, j. 5/8/97.
(MPF-2017): O STF entendeu que a vedação constitucional à discriminação entre filhos não alcançava
inventários pendentes, de pessoas falecidas antes da promulgação da CF/88, tendo em vista o princípio de
que a sucessão deve ser regida pelas normas vigentes à época do óbito.
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; (Incluído Pela Emenda
Constitucional nº 65, de 2010) (DPEAC-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (MPMS-2015)
731
(MPMS-2015): Sobre os aspectos da CF/88 na Tutela dos Interesses Difusos e Coletivos, assinale a
alternativa correta: Preceitua que a lei estabelecerá o estatuto da juventude, destinado a regular os
direitos dos jovens, bem como o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação
das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas. BL: art. 227, §8º, CF.
Art. 228. SÃO PENALMENTE INIMPUTÁVEIS os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da
legislação especial. (PCDF-2009) (TJPB-2015) (MPSP-2015/2017) (PCGO-2018) (MPSP-2019) (DPESP-2019)
(DPEPI-2022)
(MPSP-2019): A inimputabilidade penal do menor de 18 anos é absoluta e sua presunção decorre da lei,
por meio do critério etário. BL: art. 2º, ECA e art. 228, CF.
##Atenção: O art. 228 da CF estabelece a garantia da inimputabilidade aos menores de dezoito anos,
assegurando ao adolescente o direito de ser submetido a um tribunal especial, regido por uma legislação
especial e presidido por um juiz especial, o Juiz da Infância e da Juventude. Assim, por se tratar de
direito fundamental, não pode ser alterado, nem mesmo por Emenda Constitucional, de modo que,
segundo Luciano Rossato, faz-se impossível a redução da maioridade penal.
##Atenção: O Poder Constituinte Reformador encontra limites na proteção dos direitos fundamentais,
ainda que não se encontrem no capítulo a eles destinados na Constituição. Por exemplo, o STF na ADI
939-7/DF entendeu que o princípio da anterioridade tributária (art. 150, CF) seria uma cláusula pétrea.
Além disso, Luiz Flávio Gomes explica que a menoridade penal no Brasil integra o rol dos direitos
fundamentais, por ter força de cláusula pétrea, através da Convenção dos Direitos da Criança pela
ONU (Organização das Nações Unidas): “(...) Do ponto de vista jurídico é muito questionável que se possa
alterar a Constituição brasileira para o fim de reduzir a maioridade penal. A inimputabilidade do menor de dezoito
anos foi constitucionalizada (CF, art. 228). Há discussão sobre tratar-se (ou não) de cláusula pétrea (CF, art. 60, §
4.º). Pensamos positivamente, tendo em vista o disposto no art. 5.º, § 2.º, da CF, c/c arts. 60, § 4.º e 228. O art. 60,
§ 4º, antes citado, veda a deliberação de qualquer emenda constitucional tendente a abolir direito ou garantia
individual. Com o advento da Convenção da ONU sobre os direitos da criança (Convenção Sobre os Direitos da
Criança, adotada pela Resolução I.44 (XLIV), da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 20.11.1989. Aprovada
pelo Decreto Legislativo 28, de 14;09.1990, e promulgada pela Decreto 99.710, de 21.11.1990. Ratificada pelo Brasil
em 24.09.1990), que foi ratificada pelo Brasil em 1990, não há dúvida que a idade de 18 anos passou a ser referência
mundial para a imputabilidade penal, salvo disposição em contrário adotada por algum país. Na data em que o
Brasil ratificou essa Convenção a idade então fixada era de dezoito anos (isso consta tanto do Código Penal como da
Constituição Federal - art. 228). Por força do § 2º do art. 5º da CF esse direito está incorporado na Constituição.
Também por esse motivo é uma cláusula pétrea. Mas isso não pode ser interpretado, simplista e apressadamente, no
sentido de que o menor não deva ser responsabilizado pelos seus atos infracionais.” (Fonte: GOMES, Luiz Flávio.
Menoridade Penal: cláusula pétrea?).
Art. 229. OS PAIS TÊM O DEVER de assistir, criar e educar os filhos menores, e OS FILHOS
MAIORES TÊM O DEVER de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. (TJMG-
2008) (TJPE-2011) (MPT-2013) (DPEGO-2014) (PCSC-2014) (TRT8-2015) (TRT21-2015) (MPRO-2017) (MPBA-
2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJPR-2019)
(MPGO-2019): Segundo doutrina de Samuel Sales Fonteles, “em toda a história do Direito Constitucional,
jamais a Constituição recebeu tanto protagonismo como nos dias atuais. Hoje, todos os ramos da árvore jurídica
gravitam em torno da Constituição, de onde emana uma força irradiante, o que se pode denominar de
constitucionalização do Direito”. Tendo por base tal assertiva, é correto afirmar: O Direito da Criança e do
Adolescente também sofreu sensíveis transformações a partir da influência dos Direitos Fundamentais,
tendo suas normas sido positivadas constitucionalmente nos arts. 227 a 229 da Carta Magna. BL: arts. 227
a 229, CF.
732
mútuos em relação aos membros das famílias, quando violado, justifica a imposição de reparação de
danos. BL: art. 3º, I c/c art. 229, CF (direito civil)
##Atenção: Ressalte-se que a solidariedade é um dos objetivos fundamentais da República, com previsão
no art. 3º, I e, no âmbito familiar, tem previsão no art. 229 do texto constitucional. Flavio Tartuce,
inclusive, tem um artigo em que trata do referido princípio e, segundo ele, serve de fundamento para o
REsp 1.159.242-SP): “Penso que esse último acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça
representa correta concretização jurídica do princípio da solidariedade; sem perder de vista a função
pedagógica ou de desestímulo que deve ter a responsabilidade civil. Sempre pontuei, assim, que esse
último posicionamento deve prevalecer na nossa jurisprudência, visando também a evitar que outros
pais abandonem os seus filhos". (disponível em http://professorflaviotartuce.blogspot.com/2017/07).
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado TÊM o dever de amparar as PESSOAS IDOSAS,
ASSEGURANDO sua participação na comunidade, DEFENDENDO sua dignidade e bem-estar e
GARANTINDO-LHES o direito à vida. (TJSP-2008) (MPPE-2008) (MPCE-2009) (TRF1-2009) (TRF2-2009)
(TJRO-2011) (DPERS-2011) (MPDFT-2013) (DPERR-2013) (MPT-2013) (DPEPR-2014) (PCSC-2014)
(MPMS-2015) (MPRO-2008/2017) (MPBA-2018) (DPECE-2022)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: A reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda
igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos, prevista no art. 40, I, do Estatuto do Idoso, não se limita
ao valor das passagens, abrangendo eventuais custos relacionados diretamente com o transporte, em
que se incluem as tarifas de pedágio e de utilização dos terminais. STJ. 1ª Turma. REsp 1543465-RS, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 13/12/18 (Info 641).
733
assegura a gratuidade nos transportes coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos de idade
constitui norma de eficácia plena e de aplicabilidade imediata. BL: art. 230, §2º, CF e Entend. Jurisprud.
CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS
Art. 231. SÃO RECONHECIDOS aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, COMPETINDO à União
DEMARCÁ-LAS, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. (PGECE-2008) (TRF2-2009) (PGERO-2011)
(TJDFT-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (MPT-2012) (AGU-2009/2010/2013) (TJRN-2013) (DPEAM-2013)
(DPERR-2013) (DPESP-2013) (PGDF-2013) (PF-2013) (MPPA-2014) (TRF4-2014) (PGEAC-2014) (PGEBA-
2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TJPB-2015) (PGEPA-2015) (PGEPR-2015) (TRF3-2011/2013/2016) (TJDFT-2016)
(MPPR-2016) (PGEMA-2016) (MPRR-2012/2017) (MPF-2008/2011/2012/2013/2015/2017) (TRF5-
2009/2013/2015/2017) (MPRO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PCES-2019)
(DPECE-2022)
##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##PGEMA-2016: ##CESPE: ##FCC: Cabe à União demarcar as terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios (caput do artigo 231 da Constituição Federal). Donde competir
ao Presidente da República homologar tal demarcação administrativa. A manifestação do Conselho de
Defesa Nacional não é requisito de validade da demarcação de terras indígenas, mesmo daquelas
situadas em região de fronteira. Não há que se falar em supressão das garantias do contraditório e da
ampla defesa se aos impetrantes foi dada a oportunidade de que trata o artigo 9º do Decreto 1.775/96
(MS 24.045, Rel. Min. Joaquim Barbosa). STF. Rel. Min. Carlos Britto. MS 25.483/DF, DJ 19.09.2007.
(AGU-2010-CESPE): No que se refere aos direitos e deveres das populações indígenas, julgue o item abaixo:
No processo de demarcação de terra indígena situada em região de fronteira, o STF considera dispensável a
734
manifestação do Conselho de Defesa Nacional no processo homologatório. BL: Entend. Jurisprud.
(MPF-2015): A demarcação de terras indígenas deve ser precedida de trabalho antropológico, que revele
a organização social e espacial desses grupos, bem como projete o seu crescimento, de modo a assegurar
os direitos das gerações futuras. BL: art. 231, CF.
##Atenção: Tendo vista o disposto no art. 231 da Constituição, a demarcação de terras indígenas fora
regulamentada pelo Decreto n.º 1.775/96, o qual, por sua vez, estabeleceu que a demarcação de terras
indígenas deve ser precedida de processo administrativo, de iniciativa do órgão federal de assistência ao
índios – no caso, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) –, por meio do qual são realizados diversos
estudos de natureza etno-histórica, antropológica, sociológica, jurídica, cartográfica e ambiental,
necessários à comprovação de que a área a ser delimitada constitui terra tradicionalmente ocupada pelos
índios. O procedimento de demarcação de terras indígenas é constituído de diversas fases, definidas,
atualmente, nos arts. 2º, 5º e 6º do Decreto 1.775/96. Vejamos o teor do art. 2º do referido decreto: “Art.
2°. A demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios será fundamentada em trabalhos desenvolvidos
por antropólogo de qualificação reconhecida, que elaborará, em prazo fixado na portaria de nomeação baixada pelo
titular do órgão federal de assistência ao índio, estudo antropológico de identificação”.
##Atenção: A CF/88, ao assegurar em seu art. 231 a organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições indígenas, os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam e suas formas de
criar, fazer e viver, inaugura um Estado pluriétnico (multicultural), em que a regra é o respeito à
diversidade, descabendo falar-se, pois, em um ideário homogeneizante da sociedade, â luz de um direito
à diferença cultural.
(MPRS-2016): São reconhecidos aos índios, nos moldes do art. 231 da CF/88, sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
178
Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida
a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.
735
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Com base nessa
informação, assinale a alternativa correta: São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles
habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à
preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física
e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. BL: art. 231, §1º, CF.
##Atenção: ##DOD: Vale ressaltar que se a terra já foi habitada pelos índios, porém quando foi editada a
CF/88 o aldeamento já estava extinto, ela não será considerada terra indígena. Confira: “Súmula 650-
STF: Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que
ocupadas por indígenas em passado remoto.” Segundo critério construído pelo STF, somente são
consideradas “terras tradicionalmente ocupadas pelos índios” aquelas que eles habitavam na data da
promulgação da CF/88 (marco temporal) e, complementarmente, se houver a efetiva relação dos índios
com a terra (marco da tradicionalidade da ocupação). Assim, se, em 05/10/1988, a área em questão não
era ocupada por índios, isso significa que ela não terá a natureza indígena de que trata o art. 231 da
CF/88.
##Atenção: As populações indígenas têm posse das terras, e não sua propriedade. As terras
tradicionalmente ocupadas pelas populações indígenas são bens da União (art. 20, XI, CF).
736
presença de não índios, bem assim com a instalação de equipamentos públicos, a abertura de estradas e
outras vias de comunicação, a montagem ou construção de bases físicas para a prestação de serviços
públicos ou de relevância pública, desde que tudo se processe sob a liderança institucional da União,
controle do Ministério Público e atuação coadjuvante de entidades tanto da administração federal
quanto representativas dos próprios indígenas. O que já impede os próprios índios e suas comunidades,
por exemplo, de interditar ou bloquear estradas, cobrar pedágio pelo uso delas e inibir o regular
funcionamento das repartições públicas. (...) 17. COMPATIBILIDADE ENTRE FAIXA DE FRONTEIRA E
TERRAS INDÍGENAS. Há compatibilidade entre o usufruto de terras indígenas e faixa de fronteira.
Longe de se pôr como um ponto de fragilidade estrutural das faixas de fronteira, a permanente
alocação indígena nesses estratégicos espaços em muito facilita e até obriga que as instituições de
Estado (Forças Armadas e Polícia Federal, principalmente) se façam também presentes com seus
postos de vigilância, equipamentos, batalhões, companhias e agentes. Sem precisar de licença de
quem quer que seja para fazê-lo. Mecanismos, esses, a serem aproveitados como oportunidade ímpar
para conscientizar ainda mais os nossos indígenas, instruí-los (a partir dos conscritos), alertá-los contra a
influência eventualmente malsã de certas organizações não-governamentais estrangeiras, mobilizá-los
em defesa da soberania nacional e reforçar neles o inato sentimento de brasilidade. Missão favorecida
pelo fato de serem os nossos índios as primeiras pessoas a revelar devoção pelo nosso País (eles, os
índios, que em toda nossa história contribuíram decisivamente para a defesa e integridade do território
nacional) e até hoje dar mostras de conhecerem o seu interior e as suas bordas mais que ninguém. STF.
Plenário. Pet 3.388, Rel. Min. Ayres Britto, j. 19/3/09.
(TRF3-2016): Assinale a assertiva correta, a respeito dos indígenas e as suas terras: Conforme entendimento
do STF, há compatibilidade entre o usufruto de terras indígenas e faixa de fronteira, visto que a permanente
alocação indígena nesses estratégicos espaços em muito facilita e até obriga que as instituições de Estado se
façam também presentes. BL: Entend. Jurisprud.
(MPRS-2016): São reconhecidos aos índios, nos moldes do art. 231 da CF/88, sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Com base nessa
informação, assinale a alternativa correta: As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se
a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos
nelas existentes. BL: art. 231, §2º, CF.
(TJPB-2015-CESPE): Conforme está previsto na CF, os recursos minerais existentes em terras indígenas
pertencem à União, sendo permitido, na forma da lei, que atividades de mineração sejam exercidas
nessas áreas. BL: art. 20, IX e art. 231, §3º da CF. (ambiental)
737
§ 4º As terras de que trata este artigo SÃO INALIENÁVEIS e INDISPONÍVEIS, e os direitos sobre
elas, IMPRESCRITÍVEIS. (PGECE-2008) (PGEMT-2011) (PGEPR-2011) (PGERO-2011) (DPESE-2012) (MPF-
2012) (MPT-2012) (TJRN-2013) (DPEAM-2013) (TRF3-2013) (PF-2013) (MPPA-2014) (PGEAC-2014) (PGESC-
2014) (PGEPA-2015) (TRT8-2015) (MPGO-2016) (MPRS-2016) (TRF4-2016) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-
2018) (PCES-2019)
(MPRS-2016): São reconhecidos aos índios, nos moldes do art. 231 da CF/88, sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Com base nessa
informação, assinale a alternativa correta: As terras de que trata o art. 231 da Carta da República são
inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. BL: art. 231, §4º, CF.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Todas as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são
um bem público nacional. Elas são inalienáveis e indisponíveis. Entretanto, os índios têm a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas
existentes. BL: art. 231, §§1º, 2º e 4º, CF.
##Atenção: ##DOD: Qual é a proteção conferida às terras tradicionalmente ocupadas por índios? A
CF/88 garante aos índios os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
exercendo sobre elas o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos (§2º). Essas terras
são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas são imprescritíveis (§4º). Para que os índios
possam exercer seus direitos compete à União fazer a demarcação dessas terras.
(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: É vedada a remoção de grupos indígenas de suas terras,
salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. BL: art. 231, §5º, CF.
(MPRS-2016): São reconhecidos aos índios, nos moldes do art. 231 da CF/88, sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Com base nessa
informação, assinale a alternativa correta: É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras,
salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. BL: art. 231, §5º, CF.
§ 6º SÃO NULOS e EXTINTOS, NÃO PRODUZINDO efeitos jurídicos, os atos que tenham por
objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas
naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, RESSALVADO RELEVANTE INTERESSE
PÚBLICO DA UNIÃO, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção
direito a indenização ou a ações contra a União, SALVO, na forma da lei, quanto às benfeitorias
738
derivadas da ocupação de boa fé. (TJSE-2008) (TJSP-2011) (MPRR-2012) (TJRN-2013) (MPPA-2014) (PGEBA-
2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPF-2012/2015) (TRF3-2013/2016) (MPRS-2016) (PGEMA-2016) (TRF5-
2009/2017) (MPRO-2017)
(PGEBA-2014-CESPE): No que concerne às terras indígenas, julgue o item a seguir: São nulos e extintos,
não produzindo efeitos jurídicos, os atos que objetivem a ocupação, o domínio e a posse de terras
indígenas, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado
relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade
e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias
derivadas da ocupação de boa-fé. BL: art. 231, §6º, CF.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei,
as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo
para o setor privado. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) (...).
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a
proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão
para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e
naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.
(AGU-2015-CESPE): A respeito do meio ambiente e dos direitos e interesses das populações indígenas,
julgue o item seguinte: Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingresso
em juízo em defesa de seus direitos e interesses, competindo à justiça federal processar e julgar os crimes
relacionados aos direitos dos índios. BL: art. 109, XI e art. 232, CF.
##Atenção: A alternativa está correta, já que é a justiça federal aquela encarregada de julgar delitos
cometidos em face de direitos indígenas. Devemos ter cuidado com um detalhe: o simples fato de um
índio ter sido vítima do delito não desloca a competência para a justiça federal, devendo haver relação do
crime com a condição de indígena de seu sujeito passivo.
739
##Atenção: ##Dica:
Crime contra direitos dos índios (ou que sofreu por ser índio) = Justiça Federal.
Crime "comum" contra índios (índio que foi na cidade e foi morto em assalto) = Justiça Estadual.
TÍTULO IX
Das Disposições Constitucionais Gerais
Art. 234. É vedado à União, direta ou indiretamente, assumir, em decorrência da criação de Estado,
encargos referentes a despesas com pessoal inativo e com encargos e amortizações da dívida interna ou
externa da administração pública, inclusive da indireta.
Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, SERÃO OBSERVADAS as seguintes normas
básicas:
III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre brasileiros de
comprovada idoneidade e notório saber;
a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em exercício na área do novo
Estado ou do Estado originário;
b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e advogados de comprovada idoneidade e saber
jurídico, com dez anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na
Constituição;
VII - em cada Comarca, o primeiro Juiz de Direito, o primeiro Promotor de Justiça e o primeiro
Defensor Público serão nomeados pelo Governador eleito após concurso público de provas e títulos;
740
a) no sexto ano de instalação, o Estado assumirá vinte por cento dos encargos financeiros para fazer
face ao pagamento dos servidores públicos, ficando ainda o restante sob a responsabilidade da União;
b) no sétimo ano, os encargos do Estado serão acrescidos de trinta por cento e, no oitavo, dos
restantes cinqüenta por cento;
X - as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos mencionados neste artigo, serão
disciplinadas na Constituição Estadual;
XI - as despesas orçamentárias com pessoal não poderão ultrapassar cinqüenta por cento da receita
do Estado.
Art. 236. Os SERVIÇOS NOTARIAIS e DE REGISTRO SÃO EXERCIDOS em caráter privado, por
delegação do Poder Público. (DPEGO-2010) (DPESP-2010) (MPSP-2011) (TJMG-2012) (MPRJ-2012)
(Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PGEPR-2015) (Cartórios/TJSP-2014/2016) (Cartórios/TJRJ-2017)
(PGM-João Pessoa/PB-2018) (Cartórios/TJDFT-2014/2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPAP-
2021)
##Atenção: ##STF: ##TJSP-2009: ##Cartórios/TJSP-2014: ##VUNESP: O art. 40, § 1º, II, da CF/1988, na
redação que lhe foi conferida pela EC 20/1998, está restrito aos cargos efetivos da União, dos Estados-
membros, do Distrito Federal e dos Municípios – incluídas as autarquias e fundações. Os serviços de
registros públicos, cartorários e notariais são exercidos em caráter privado por delegação do Poder
Público – serviço público não privativo. Os notários e os registradores exercem atividade estatal,
entretanto não são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são
servidores públicos, não lhes alcançando a compulsoriedade imposta pelo mencionado art. 40 da
CF/1988 – aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade. (ADI 2.602, Rel. p/ o ac. Min. Eros Grau,
j. 24-11-05, Plenário). No mesmo sentido: RE 478.392-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 14-10-08, 2ª T., DJE de
21-11-08; Rcl 5.526-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 25-6-08, Plenário; AI 655.378-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, j. 26-2-08, 2ª T., DJE de 28-3-08.
(TJSP-2009-VUNESP): O Supremo Tribunal Federal (in AG 655.378-AGR) estabeleceu premissas a respeito da
condição jurídico-administrativa dos registradores, cartorários e notariais, destacando que estes não são
servidores públicos. BL: Entend. Jurisprud.
§ 2º Lei federal ESTABELECERÁ normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos
praticados pelos serviços notariais e de registro. (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRJ-2017)
(Cartórios/TJAL-2019) (PGECE-2021)
##Atenção: ##STF: ##DOD: O concurso público é providência necessária tanto para o ingresso nas
serventias extrajudiciais quanto para a remoção e para a permuta (art. 236, § 3º, do CRFB/88). STF.
Plenário. Rel. Min. Luiz Fux, j. 31/8/18.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPAC-2014: ##DPU-2017: ##CESPE: Não existe direito adquirido à
efetivação na titularidade de cartório quando a vacância do cargo ocorre na vigência da CF/88, que exige
a submissão a concurso público (art. 236, § 3º). O prazo decadencial do art. 54 da Lei 9.784/99 não se
aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal. O art. 236, § 3º, da CF é
uma norma constitucional autoaplicável. Logo, mesmo antes da edição da Lei 8.935/94 ela já tinha plena
eficácia e o concurso público era obrigatório como condição para o ingresso na atividade notarial e de
registro. STF. Plenário. MS 26860/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 2/4/14 (Info 741).
742
interessado, sujeito à aprovação discricionária do Conselho de Magistratura local, independentemente
de concurso. A declaração de inconstitucionalidade não exclui a necessidade de confirmação dos atos
praticados pelos notários ou registradores removidos com base no dispositivo inconstitucional até o
ingresso de serventuário removido após a realização de concurso. Isso porque, com fundamento na
aparência de legalidade dos atos por eles praticados, deve-se respeitar os efeitos que atingiram terceiros de
boa-fé.” STF. Plenário. ADI 3.248, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 23-2-11.
Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses
fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda. (TRT8-2015)
Art. 238. A lei ordenará a venda e revenda de combustíveis de petróleo, álcool carburante e outros
combustíveis derivados de matérias-primas renováveis, respeitados os princípios desta Constituição.
Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado
pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da
promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-
desemprego, outras ações da previdência social e o abono de que trata o § 3º deste artigo . (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
§ 1º Dos recursos mencionados no caput, no mínimo 28% (vinte e oito por cento) serão destinados
para o financiamento de programas de desenvolvimento econômico, por meio do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remuneração que preservem o seu valor. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos
empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação
profissional vinculadas ao sistema sindical. (TRF2-2011) (MPF-2012)
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios DISCIPLINARÃO por meio de lei
os CONSÓRCIOS PÚBLICOS e os CONVÊNIOS DE COOPERAÇÃO entre os entes federados,
AUTORIZANDO a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de
743
encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEPR-2011) (PGEAC-2012) (PFN-2012) (DPERR-2013) (DPETO-
2013) (MPAC-2014) (DPEMS-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCDF-2015) (DPEAM-2018)
(PGETO-2018) (TJAL-2019) (TJPR-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (PCRN-2021)
(TJPR-2019-CESPE): Após autorização legislativa, foi firmado um acordo de vontades entre entes
públicos, criando-se um novo sujeito de direito, dotado de uma estrutura de bens e pessoal com
permanência e estabilidade. Nessa situação hipotética, o pacto firmado consiste em um contrato de
consórcio público, que deve ser firmado exclusivamente por entes da administração direta. BL: art. 1º,
caput e §1º da Lei 11.107179 e art. 241 da CF.
##Atenção: A Lei 11.107/05 permite que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
contratem entre si consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum (art. 1º). Os
consórcios públicos são previstos pelo art. 241 da CF/88 e foram regulamentados pela Lei 11.107/05.
Dito de outro modo, o consórcio público é como se fosse uma "parceria" firmada por dois ou mais entes
da federação para que estes, juntos, tenham mais força para realizar objetivos de interesse comum. Ex.:
três municípios decidem fazer um consórcio público entre si para construção de um hospital que atenda
à população das três localidades. A partir de informações trazidas no enunciado da questão de que
através do acordo de vontades cria-se uma nova pessoa jurídica, é possível concluir que estamos diante
de um consórcio público, que consiste na gestão associada de entes federativos para a prestação de
serviços de interesse comum a todos eles. Dessa forma, os entes federativos podem se associar para a
formação do consórcio público, criando uma nova entidade com personalidade jurídica. Por fim, cumpre
registrar que somente se admite a participação de entes políticos no ajuste.
##Atenção: Cumpre destacar que entidades privadas não podem participar de consórcios públicos.
Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por
lei estadual ou municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou
preponderantemente mantidas com recursos públicos. (DPEGO-2014)
§ 1º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias
para a formação do povo brasileiro.
§ 2º O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.
(PGEAL-2009)
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
CULTURAS ILEGAIS DE PLANTAS PSICOTRÓPICAS ou a EXPLORAÇÃO DE TRABALHO
ESCRAVO na forma da lei SERÃO EXPROPRIADAS e DESTINADAS à REFORMA AGRÁRIA e a
PROGRAMAS DE HABITAÇÃO POPULAR, sem qualquer indenização ao proprietário e SEM
PREJUÍZO de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação
179
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. § 1º O
consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. (...)
744
dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014) (MPPA-2014) (MPRS-2014) (DPEPB-2014) (DPERS-2014)
(TRF2-2014) (PGERN-2014) (TJDFT-2015) (MPMS-2015) (PGERS-2015) (TRT6-2015) (DPEES-2016) (PGEAM-
2016) (TRF5-2015/2017) (DPERO-2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(MPMG-2018/2019) (TJPR-2019/2021) (MPDFT-2021) (Cartórios/TJGO-2021) (PF-2021) (TJAP-2022)
745
expressamente, dependente a norma constitucional, no entanto, de lei para produzir os efeitos
pretendidos. BL: art. 243, caput, CF.
##Atenção: “A EC 81/2014 alterou a redação do art. 243 da Constituição Federal para incluir no direito brasileiro
uma segunda hipótese de desapropriação sem indenização (“desapropriação confiscatória”). Embora esse
tipo de desapropriação tenha, por óbvio, caráter punitivo, deve ficar claro que não se trata de uma pena de natureza
criminal, isto é, não se trata da pena de perda de bens, do direito penal, a que se refere a alínea “b” do inciso XLVI
do art. 5º da Constituição de 1988. Antes da EC 81/2014, a única hipótese de desapropriação não indenizada era a
aplicável a glebas (áreas rurais) onde fossem encontradas culturas de plantas psicotrópicas (uma plantação de
maconha, por exemplo). Agora, além dessa possibilidade, acrescentou-se a de desapropriar sem indenização
propriedades rurais e urbanas onde for identificada a exploração de trabalho escravo, na forma da lei. A nova
redação do art. 243, a meu ver, não ficou um primor, mas dá para perceber que o Congresso Nacional
pretendeu que somente seja imprescindível a regulamentação legal para a desapropriação decorrente de exploração
de trabalho escravo. Na prática, isso não faz diferença alguma, porque a desapropriação por cultivo de plantas
psicoativas ilegais já está regulamentada: Lei 8.257/1991, que, por sua vez, é regulamentada pelo Decreto
577/1992.” (Fonte: Texto do Prof. Marcelo Alexandrino:
https://pontodosconcursos.com.br/video/artigos3.asp?prof=4&art=11626&idpag=1).
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e
REVERTERÁ a FUNDO ESPECIAL com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 81, de 2014) (MPRS-2014) (DPERS-2014) (TRF2-2014) (TJGO-2015) (MPMS-2015)
(TRF5-2015) (PGERS-2015) (TRT6-2015) (DPEES-2016) (PGEMA-2016) (DPERO-2017) (PGESE-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (MPMG-2018/2019) (TJPR-2019/2021) (MPDFT-2021) (PF-2021)
##Atenção: Assim, é necessário que exista uma norma para delimitar a aplicabilidade de tal dispositivo.
Art. 244. A lei DISPORÁ sobre a ADAPTAÇÃO dos logradouros, dos edifícios de uso público e
dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de GARANTIR acesso adequado às
pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º. (MPAM-2015) (TJRS-2018)
OBS: Da leitura dos artigos 227, §2º, e 244, da Constituição, a responsabilidade do Estado recai sobre
logradouros, edifícios e veículos de transporte públicos.
746
Art. 245. A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o Poder Público dará assistência aos
herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso, sem prejuízo da responsabilidade
civil do autor do ilícito.
Art. 246. É vedada a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja
redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1º de janeiro de 1995 até a promulgação
desta emenda, inclusive. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Art. 247. As leis previstas no inciso III do § 1º do art. 41 e no § 7º do art. 169 estabelecerão critérios
e garantias especiais para a perda do cargo pelo servidor público estável que, em decorrência das
atribuições de seu cargo efetivo, desenvolva atividades exclusivas de Estado. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (MPRJ-2012) (DPEPR-2017)
Art. 248. Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo regime geral de
previdência social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao limite máximo de valor
fixado para os benefícios concedidos por esse regime observarão os limites fixados no art. 37, XI.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (AGU-2012)
Art. 249. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proventos de aposentadoria e
pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos recursos dos respectivos
tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão constituir fundos integrados pelos
recursos provenientes de contribuições e por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que
disporá sobre a natureza e administração desses fundos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo
regime geral de previdência social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir
fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza
e administração desse fundo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Ulysses Guimarães , Presidente - Mauro Benevides , 1.º Vice-Presidente - Jorge Arbage , 2.º Vice-Presidente -
Marcelo Cordeiro , 1.º Secretário - Mário Maia , 2.º Secretário - Arnaldo Faria de Sá , 3.º Secretário - Benedita da
Silva , 1.º Suplente de Secretário - Luiz Soyer , 2.º Suplente de Secretário - Sotero Cunha , 3.º Suplente de
Secretário - Bernardo Cabral , Relator Geral - Adolfo Oliveira , Relator Adjunto - Antônio Carlos Konder Reis ,
Relator Adjunto - José Fogaça , Relator Adjunto - Abigail Feitosa - Acival Gomes - Adauto Pereira - Ademir
Andrade - Adhemar de Barros Filho - Adroaldo Streck - Adylson Motta - Aécio de Borba - Aécio Neves - Affonso
Camargo - Afif Domingos - Afonso Arinos - Afonso Sancho - Agassiz Almeida - Agripino de Oliveira Lima - Airton
Cordeiro - Airton Sandoval - Alarico Abib - Albano Franco - Albérico Cordeiro - Albérico Filho - Alceni Guerra -
Alcides Saldanha - Aldo Arantes - Alércio Dias - Alexandre Costa - Alexandre Puzyna - Alfredo Campos - Almir
Gabriel - Aloisio Vasconcelos - Aloysio Chaves - Aloysio Teixeira - Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - Álvaro
Antônio - Álvaro Pacheco - Álvaro Valle - Alysson Paulinelli - Amaral Netto - Amaury Müller - Amilcar Moreira -
Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Annibal Barcellos - Antero de Barros - Antônio Câmara - Antônio Carlos
Franco - Antonio Carlos Mendes Thame - Antônio de Jesus - Antonio Ferreira - Antonio Gaspar - Antonio Mariz -
Antonio Perosa - Antônio Salim Curiati - Antonio Ueno - Arnaldo Martins - Arnaldo Moraes - Arnaldo Prieto -
Arnold Fioravante - Arolde de Oliveira - Artenir Werner - Artur da Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto - Átila
Lira - Augusto Carvalho - Áureo Mello - Basílio Villani - Benedicto Monteiro - Benito Gama - Beth Azize - Bezerra de
Melo - Bocayuva Cunha - Bonifácio de Andrada - Bosco França - Brandão Monteiro - Caio Pompeu - Carlos Alberto -
Carlos Alberto Caó - Carlos Benevides - Carlos Cardinal - Carlos Chiarelli - Carlos Cotta - Carlos De’Carli - Carlos
Mosconi - Carlos Sant’Anna - Carlos Vinagre - Carlos Virgílio - Carrel Benevides - Cássio Cunha Lima - Célio de
Castro - Celso Dourado - César Cals Neto - César Maia - Chagas Duarte - Chagas Neto - Chagas Rodrigues - Chico
Humberto - Christóvam Chiaradia - Cid Carvalho - Cid Sabóia de Carvalho - Cláudio Ávila - Cleonâncio Fonseca -
Costa Ferreira - Cristina Tavares - Cunha Bueno - Dálton Canabrava - Darcy Deitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra -
Davi Alves Silva - Del Bosco Amaral - Delfim Netto - Délio Braz - Denisar Arneiro - Dionisio Dal Prá - Dionísio
Hage - Dirce Tutu Quadros - Dirceu Carneiro - Divaldo Suruagy - Djenal Gonçalves - Domingos Juvenil - Domingos
Leonelli - Doreto Campanari - Edésio Frias - Edison Lobão - Edivaldo Motta - Edme Tavares - Edmilson Valentim -
Eduardo Bonfim - Eduardo Jorge - Eduardo Moreira - Egídio Ferreira Lima - Elias Murad - Eliel Rodrigues - Eliézer
747
Moreira - Enoc Vieira - Eraldo Tinoco - Eraldo Trindade - Erico Pegoraro - Ervin Bonkoski - Etevaldo Nogueira -
Euclides Scalco - Eunice Michiles - Evaldo Gonçalves - Expedito Machado - Ézio Ferreira - Fábio Feldmann - Fábio
Raunheitti - Farabulini Júnior - Fausto Fernandes - Fausto Rocha - Felipe Mendes - Feres Nader - Fernando Bezerra
Coelho - Fernando Cunha - Fernando Gasparian - Fernando Gomes - Fernando Henrique Cardoso - Fernando Lyra -
Fernando Santana - Fernando Velasco - Firmo de Castro - Flavio Palmier da Veiga - Flávio Rocha - Florestan
Fernandes - Floriceno Paixão - França Teixeira - Francisco Amaral - Francisco Benjamim - Francisco Carneiro -
Francisco Coelho - Francisco Diógenes - Francisco Dornelles - Francisco Küster - Francisco Pinto - Francisco
Rollemberg - Francisco Rossi - Francisco Sales - Furtado Leite - Gabriel Guerreiro - Gandi Jamil - Gastone Righi -
Genebaldo Correia - Genésio Bernardino - Geovani Borges - Geraldo Alckmin Filho - Geraldo Bulhões - Geraldo
Campos - Geraldo Fleming - Geraldo Melo - Gerson Camata - Gerson Marcondes - Gerson Peres - Gidel Dantas - Gil
César - Gilson Machado - Gonzaga Patriota - Guilherme Palmeira - Gumercindo Milhomem - Gustavo de Faria -
Harlan Gadelha - Haroldo Lima - Haroldo Sabóia - Hélio Costa - Hélio Duque - Hélio Manhães - Hélio Rosas -
Henrique Córdova - Henrique Eduardo Alves - Heráclito Fortes - Hermes Zaneti - Hilário Braun - Homero Santos -
Humberto Lucena - Humberto Souto - Iberê Ferreira - Ibsen Pinheiro - Inocêncio Oliveira - Irajá Rodrigues - Iram
Saraiva - Irapuan Costa Júnior - Irma Passoni - Ismael Wanderley - Israel Pinheiro - Itamar Franco - Ivo Cersósimo -
Ivo Lech - Ivo Mainardi - Ivo Vanderlinde - Jacy Scanagatta - Jairo Azi - Jairo Carneiro - Jalles Fontoura - Jamil
Haddad - Jarbas Passarinho - Jayme Paliarin - Jayme Santana - Jesualdo Cavalcanti - Jesus Tajra - Joaci Góes - João
Agripino - João Alves - João Calmon - João Carlos Bacelar - João Castelo - João Cunha - João da Mata - João de Deus
Antunes - João Herrmann Neto - João Lobo - João Machado Rollemberg - João Menezes - João Natal - João Paulo - João
Rezek - Joaquim Bevilácqua - Joaquim Francisco - Joaquim Hayckel - Joaquim Sucena - Jofran Frejat - Jonas Pinheiro -
Jonival Lucas - Jorge Bornhausen - Jorge Hage - Jorge Leite - Jorge Uequed - Jorge Vianna - José Agripino - José
Camargo - José Carlos Coutinho - José Carlos Grecco - José Carlos Martinez - José Carlos Sabóia - José Carlos
Vasconcelos - José Costa - José da Conceição - José Dutra - José Egreja - José Elias - José Fernandes - José Freire - José
Genoíno - José Geraldo - José Guedes - José Ignácio Ferreira - José Jorge - José Lins - José Lourenço - José Luiz de Sá -
José Luiz Maia - José Maranhão - José Maria Eymael - José Maurício - José Melo - José Mendonça Bezerra - José
Moura - José Paulo Bisol - José Queiroz - José Richa - José Santana de Vasconcellos - José Serra - José Tavares - José
Teixeira - José Thomaz Nonô - José Tinoco - José Ulísses de Oliveira - José Viana - José Yunes - Jovanni Masini -
Juarez Antunes - Júlio Campos - Júlio Costamilan - Jutahy Júnior - Jutahy Magalhães - Koyu Iha - Lael Varella -
Lavoisier Maia - Leite Chaves - Lélio Souza - Leopoldo Peres - Leur Lomanto - Levy Dias - Lézio Sathler - Lídice da
Mata - Louremberg Nunes Rocha - Lourival Baptista - Lúcia Braga - Lúcia Vânia - Lúcio Alcântara - Luís Eduardo -
Luís Roberto Ponte - Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Freire - Luiz Gushiken - Luiz Henrique - Luiz Inácio Lula da
Silva - Luiz Leal - Luiz Marques - Luiz Salomão - Luiz Viana - Luiz Viana Neto - Lysâneas Maciel - Maguito Vilela -
Maluly Neto - Manoel Castro - Manoel Moreira - Manoel Ribeiro - Mansueto de Lavor - Manuel Viana - Márcia
Kubitschek - Márcio Braga - Márcio Lacerda - Marco Maciel - Marcondes Gadelha - Marcos Lima - Marcos Queiroz -
Maria de Lourdes Abadia - Maria Lúcia - Mário Assad - Mário Covas - Mário de Oliveira - Mário Lima - Marluce
Pinto - Matheus Iensen - Mattos Leão - Maurício Campos - Maurício Correa - Maurício Fruet - Maurício Nasser -
Maurício Pádua - Maurílio Ferreira Lima - Mauro Borges - Mauro Campos - Mauro Miranda - Mauro Sampaio -
Max Rosenmann - Meira Filho - Melo Freire - Mello Reis - Mendes Botelho - Mendes Canale - Mendes Ribeiro -
Messias Góis - Messias Soares - Michel Temer - Milton Barbosa - Milton Lima - Milton Reis - Miraldo Gomes - Miro
Teixeira - Moema São Thiago - Moysés Pimentel - Mozarildo Cavalcanti - Mussa Demes - Myrian Portella - Nabor
Júnior - Naphtali Alves de Souza - Narciso Mendes - Nelson Aguiar - Nelson Carneiro - Nelson Jobim - Nelson Sabrá
- Nelson Seixas - Nelson Wedekin - Nelton Friedrich - Nestor Duarte - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi - Nilson
Gibson - Nion Albernaz - Noel de Carvalho - Nyder Barbosa - Octávio Elísio - Odacir Soares - Olavo Pires - Olívio
Dutra - Onofre Corrêa - Orlando Bezerra - Orlando Pacheco - Oscar Corrêa - Osmar Leitão - Osmir Lima - Osmundo
Rebouças - Osvaldo Bender - Osvaldo Coelho - Osvaldo Macedo - Osvaldo Sobrinho - Oswaldo Almeida - Oswaldo
Trevisan - Ottomar Pinto - Paes de Andrade - Paes Landim - Paulo Delgado - Paulo Macarini - Paulo Marques -
Paulo Mincarone - Paulo Paim - Paulo Pimentel - Paulo Ramos - Paulo Roberto - Paulo Roberto Cunha - Paulo Silva
- Paulo Zarzur - Pedro Canedo - Pedro Ceolin - Percival Muniz - Pimenta da Veiga - Plínio Arruda Sampaio - Plínio
Martins - Pompeu de Sousa - Rachid Saldanha Derzi - Raimundo Bezerra - Raimundo Lira - Raimundo Rezende -
Raquel Cândido - Raquel Capiberibe - Raul Belém - Raul Ferraz - Renan Calheiros - Renato Bernardi - Renato
Johnsson - Renato Vianna - Ricardo Fiuza - Ricardo Izar - Rita Camata - Rita Furtado - Roberto Augusto - Roberto
Balestra - Roberto Brant - Roberto Campos - Roberto D’Ávila - Roberto Freire - Roberto Jefferson - Roberto
Rollemberg - Roberto Torres - Roberto Vital - Robson Marinho - Rodrigues Palma - Ronaldo Aragão - Ronaldo
Carvalho - Ronaldo Cezar Coelho - Ronan Tito - Ronaro Corrêa - Rosa Prata - Rose de Freitas - Rospide Netto -
Rubem Branquinho - Rubem Medina - Ruben Figueiró - Ruberval Pilotto - Ruy Bacelar - Ruy Nedel - Sadie Hauache
- Salatiel Carvalho - Samir Achôa - Sandra Cavalcanti - Santinho Furtado - Sarney Filho - Saulo Queiroz - Sérgio
Brito - Sérgio Spada - Sérgio Werneck - Severo Gomes - Sigmaringa Seixas - Sílvio Abreu - Simão Sessim - Siqueira
Campos - Sólon Borges dos Reis - Stélio Dias - Tadeu França - Telmo Kirst - Teotonio Vilela Filho - Theodoro Mendes
- Tito Costa - Ubiratan Aguiar - Ubiratan Spinelli - Uldurico Pinto - Valmir Campelo - Valter Pereira - Vasco Alves -
Vicente Bogo - Victor Faccioni - Victor Fontana - Victor Trovão - Vieira da Silva - Vilson Souza - Vingt Rosado -
Vinicius Cansanção - Virgildásio de Senna - Virgílio Galassi - Virgílio Guimarães - Vitor Buaiz - Vivaldo Barbosa -
Vladimir Palmeira - Wagner Lago - Waldec Ornélas - Waldyr Pugliesi - Walmor de Luca - Wilma Maia - Wilson
Campos - Wilson Martins - Ziza Valadares.
748
Participantes: Álvaro Dias - Antônio Britto - Bete Mendes - Borges da Silveira - Cardoso Alves - Edivaldo Holanda -
Expedito Júnior - Fadah Gattass - Francisco Dias - Geovah Amarante - Hélio Gueiros - Horácio Ferraz - Hugo
Napoleão - Iturival Nascimento - Ivan Bonato - Jorge Medauar - José Mendonça de Morais - Leopoldo Bessone -
Marcelo Miranda - Mauro Fecury - Neuto de Conto - Nivaldo Machado - Oswaldo Lima Filho - Paulo Almada -
Prisco Viana - Ralph Biasi - Rosário Congro Neto - Sérgio Naya - Tidei de Lima.
In Memoriam: Alair Ferreira - Antônio Farias - Fábio Lucena - Norberto Schwantes - Virgílio Távora.
TÍTULO X
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
(MPM-2021): O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias pode ser conceituado como um
elemento da constituição com caráter: Formal de aplicabilidade.
##Atenção: Os elementos formais de aplicabilidade: encontram-se nas normas que estabelecem regras de
aplicação das Constituições. Por exemplo: a) o preâmbulo; b) o ato das disposições constitucionais
transitórias; c) o art. 5.º, § 1.º, ao estabelecer que as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata. Assim, pode-se dizer que os elementos formais de aplicabilidade
são os dispositivos constitucionais que auxiliam na aplicação de outras normas constitucionais. (Fonte:
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. ed. São Paulo. Saraiva Educação, 2020).
(AGU-2012-CESPE): Julgue o item seguinte, a respeito do ADCT: Dada a natureza jurídica das normas
prescritas no ADCT, por meio delas podem ser estabelecidas exceções às regras constantes no corpo
principal da CF. BL: ADCT.
(MPDFT-2009): Assinale a alternativa correta: As normas constitucionais transitórias são tidas como
parte da Constituição e recebem o mesmo tratamento dispensado aos demais preceitos, mas são,
contudo, inalteráveis. BL: ADCT.
749
desníveis ou desigualdades quanto à intensidade de sua eficácia ou à prevalência de sua autoridade.
Situam-se, ambos, no mais elevado grau de positividade jurídica, impondo-se, no plano do ordenamento estatal,
enquanto categorias normativas subordinantes, à observância compulsória de todos, especialmente dos órgãos que
integram o aparelho de Estado." (RE 160.486, Rel. Min. Celso de Mello, j. 11-10-94, 1ª Turma) No mesmo sentido:
RE 215.107-AgR , Rel. Min. Celso de Mello, j. em 21-11-06, 2ª Turma.”
Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república
ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem
vigorar no País. (Vide emenda Constitucional nº 2, de 1992) (PCPB-2009) (DPERO-2012) (MPF-2013) (PCES-
2013) (TJRS-2016) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (PCBA-2018) (PCSP-2018) (Cartórios/TJMG-2019) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)
##Atenção: A nossa Constituição adotou como sistema (ou regime) de governo o presidencialismo,
concentrando duas funções distintas na pessoa do Presidente da República, Chefe do Executivo: chefia
de Governo e chefia de Estado.
§ 1º - Será assegurada gratuidade na livre divulgação dessas formas e sistemas, através dos meios de
comunicação de massa cessionários de serviço público.
Art. 3º. A REVISÃO CONSTITUCIONAL SERÁ REALIZADA após cinco anos, CONTADOS da
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, EM
SESSÃO UNICAMERAL. (MPSE-2010) (DPERO-2012) (PGESP-2012) (PFN-2012) (MPF-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (PCES-2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJPR-2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGM-São
Paulo/SP-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (DPEMA-2015) (PGEPA-2015) (PGERS-2015) (TRT16-2015) (PGEMS-
2016) (PCPE-2016) (PGESC-2018) (PCRS-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (Cartórios/TJMG-2019) (TJRS-2022)
750
Art. 4º. O mandato do atual Presidente da República terminará em 15 de março de 1990.
Art. 5º. Não se aplicam às eleições previstas para 15 de novembro de 1988 o disposto no art. 16 e as
regras do art. 77 da Constituição.
§ 1º Para as eleições de 15 de novembro de 1988 será exigido domicílio eleitoral na circunscrição pelo
menos durante os quatro meses anteriores ao pleito, podendo os candidatos que preencham este requisito,
atendidas as demais exigências da lei, ter seu registro efetivado pela Justiça Eleitoral após a promulgação da
Constituição.
§ 2º Na ausência de norma legal específica, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral editar as normas
necessárias à realização das eleições de 1988, respeitada a legislação vigente.
§ 4º O número de vereadores por município será fixado, para a representação a ser eleita em 1988, pelo
respectivo Tribunal Regional Eleitoral, respeitados os limites estipulados no art. 29, IV, da Constituição.
§ 5º Para as eleições de 15 de novembro de 1988, ressalvados os que já exercem mandato eletivo, são
inelegíveis para qualquer cargo, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes por
consangüinidade ou afinidade, até o segundo grau, ou por adoção, do Presidente da República, do
Governador de Estado, do Governador do Distrito Federal e do Prefeito que tenham exercido mais da
metade do mandato.
Art. 6º. Nos seis meses posteriores à promulgação da Constituição, parlamentares federais, reunidos
em número não inferior a trinta, poderão requerer ao Tribunal Superior Eleitoral o registro de novo partido
político, juntando ao requerimento o manifesto, o estatuto e o programa devidamente assinados pelos
requerentes.
§ 1º O registro provisório, que será concedido de plano pelo Tribunal Superior Eleitoral, nos termos
deste artigo, defere ao novo partido todos os direitos, deveres e prerrogativas dos atuais, entre eles o de
participar, sob legenda própria, das eleições que vierem a ser realizadas nos doze meses seguintes a sua
formação.
§ 2º O novo partido perderá automaticamente seu registro provisório se, no prazo de vinte e quatro
meses, contados de sua formação, não obtiver registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral, na forma
que a lei dispuser.
Art. 7º. O Brasil PROPUGNARÁ pela formação de um tribunal internacional dos direitos humanos.
(PGEBA-2014)
Art. 8º. É CONCEDIDA ANISTIA aos que, no período de 18 de setembro de 1946 até a data da
promulgação da Constituição, FORAM ATINGIDOS, em decorrência de motivação exclusivamente
política, por atos de exceção, institucionais ou complementares, aos que foram abrangidos pelo Decreto
Legislativo nº 18, de 15 de dezembro de 1961, e aos atingidos pelo Decreto-Lei nº 864, de 12 de setembro
de 1969, asseguradas as promoções, na inatividade, ao cargo, emprego, posto ou graduação a que teriam
direito se estivessem em serviço ativo, obedecidos os prazos de permanência em atividade previstos nas
751
leis e regulamentos vigentes, respeitadas as características e peculiaridades das carreiras dos servidores
públicos civis e militares e observados os respectivos regimes jurídicos. (Regulamento) (PGDF-2013)
(PGEBA-2014) (MPT-2015) (TJAM-2016) (DPEAC-2017)
##Atenção: A Lei nº 10.599/2002 que regulamentou este dispositivo constitucional. Vejamos o teor do
art. 1º do referido diploma legal (em especial, leia o inciso V):
Art. 1o O Regime do Anistiado Político compreende os seguintes direitos:
I - declaração da condição de anistiado político;
II - reparação econômica, de caráter indenizatório, em prestação única ou em prestação mensal,
permanente e continuada, asseguradas a readmissão ou a promoção na inatividade, nas condições
estabelecidas no caput e nos §§ 1o e 5o do art. 8o do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
III - contagem, para todos os efeitos, do tempo em que o anistiado político esteve compelido ao
afastamento de suas atividades profissionais, em virtude de punição ou de fundada ameaça de
punição, por motivo exclusivamente político, vedada a exigência de recolhimento de quaisquer
contribuições previdenciárias;
IV - conclusão do curso, em escola pública, ou, na falta, com prioridade para bolsa de estudo, a partir
do período letivo interrompido, para o punido na condição de estudante, em escola pública, ou registro
do respectivo diploma para os que concluíram curso em instituições de ensino no exterior, mesmo que
este não tenha correspondente no Brasil, exigindo-se para isso o diploma ou certificado de conclusão do
curso em instituição de reconhecido prestígio internacional; e
V - reintegração dos servidores públicos civis e dos empregados públicos punidos, por interrupção
de atividade profissional em decorrência de decisão dos trabalhadores, por adesão à greve em
serviço público e em atividades essenciais de interesse da segurança nacional por motivo político.
Parágrafo único. Aqueles que foram afastados em processos administrativos, instalados com base na
legislação de exceção, sem direito ao contraditório e à própria defesa, e impedidos de conhecer os
motivos e fundamentos da decisão, serão reintegrados em seus cargos.
##Atenção: ##STF: ##DOD: São imprescritíveis as ações de reintegração em cargo público quando o
afastamento se deu em razão de atos de exceção praticados durante o regime militar. STJ. 1ª Turma.
REsp 1.565.166-PR, Rel. Min. Regina Helena Costa, j. 26/6/18 (Info 630).
§ 2º Ficam assegurados os benefícios estabelecidos neste artigo aos trabalhadores do setor privado,
dirigentes e representantes sindicais que, por motivos exclusivamente políticos, tenham sido punidos,
demitidos ou compelidos ao afastamento das atividades remuneradas que exerciam, bem como aos que
foram impedidos de exercer atividades profissionais em virtude de pressões ostensivas ou expedientes
oficiais sigilosos.
§ 3º Aos cidadãos que foram impedidos de exercer, na vida civil, atividade profissional específica, em
decorrência das Portarias Reservadas do Ministério da Aeronáutica nº S-50-GM5, de 19 de junho de 1964, e
nº S-285-GM5 será concedida reparação de natureza econômica, na forma que dispuser lei de iniciativa do
Congresso Nacional e a entrar em vigor no prazo de doze meses a contar da promulgação da Constituição.
752
§ 4º Aos que, por força de atos institucionais, tenham exercido gratuitamente mandato eletivo de
vereador serão computados, para efeito de aposentadoria no serviço público e previdência social, os
respectivos períodos.
§ 5º A anistia concedida nos termos deste artigo aplica-se aos servidores públicos civis e aos
empregados em todos os níveis de governo ou em suas fundações, empresas públicas ou empresas mistas
sob controle estatal, exceto nos Ministérios militares, que tenham sido punidos ou demitidos por atividades
profissionais interrompidas em virtude de decisão de seus trabalhadores, bem como em decorrência do
Decreto-Lei nº 1.632, de 4 de agosto de 1978, ou por motivos exclusivamente políticos, assegurada a
readmissão dos que foram atingidos a partir de 1979, observado o disposto no § 1º.
Art. 9º. Os que, por motivos exclusivamente políticos, foram cassados ou tiveram seus direitos políticos
suspensos no período de 15 de julho a 31 de dezembro de 1969, por ato do então Presidente da República,
poderão requerer ao Supremo Tribunal Federal o reconhecimento dos direitos e vantagens interrompidos
pelos atos punitivos, desde que comprovem terem sido estes eivados de vício grave.
Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal proferirá a decisão no prazo de cento e vinte dias, a
contar do pedido do interessado.
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
(DPEMS-2008) (MPCE-2009) (TJSP-2011) (MPT-2013) (PGEAC-2014) (TRT23-2015) (TJAM-2016) (PGEMS-
2016) (TJAP-2022)
I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no
art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; (MPCE-2009) (TRT23-2015)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. (Vide Lei
Complementar nº 146, de 2014) (DPEMS-2008) (TJSP-2011) (MPT-2013) (TJAM-2016) (PGEMS-2016) (TJAP-
2022)
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: A incidência da estabilidade prevista no art. 10,
II, do ADCT somente exige a anterioridade da gravidez à dispensa sem justa causa: Art. 10. (...) II - fica
vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: (...) da empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto. O único requisito exigido é de natureza biológica. Exige-se
apenas a comprovação de que a gravidez tenha ocorrido antes da dispensa arbitrária, não sendo
necessários quaisquer outros requisitos, como o prévio conhecimento do empregador ou da própria
gestante. Assim, é possível assegurar a estabilidade à gestante mesmo que no momento em que ela
tenha sido demitida pelo empregador ele não soubesse de sua gravidez. STF. Plenário. RE 629053/SP,
Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 10/10/18 (repercussão geral) (Info
919).
§ 1º Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo da licença-
paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias.
753
§ 2º Até ulterior disposição legal, a cobrança das contribuições para o custeio das atividades dos
sindicatos rurais será feita juntamente com a do imposto territorial rural, pelo mesmo órgão arrecadador.
Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado,
no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.
(DPEPA-2009) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (PGDF-2013) (TJPA-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (DPEMA-2015)
(Cartórios/TJSP-2016) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2020)
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no prazo de seis
meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na
Constituição Federal e na Constituição Estadual. (PGEPI-2008) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (MPGO-2012)
(PGDF-2013) (TJPA-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (DPEPA-2009/2015) (DPEMA-2015) (Cartórios/TJSP-2016)
(DPEPE-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2020)
##Atenção: ##STF: ##MPT-2020: O caput do art. 195 da Constituição do Estado do Amapá estabelece
que "o plano diretor, instrumento básico da política de desenvolvimento econômico e social e de
expansão urbana, aprovado pela Câmara Municipal, é obrigatório para os Municípios com mais de
cinco mil habitantes". Essa norma constitucional estadual estendeu aos Municípios com número de
habitantes superior a cinco mil a imposição que a CF só fez àqueles com mais de vinte mil (art. 182, §
1º). Desse modo, violou o princípio da autonomia dos Municípios com mais de cinco mil e até vinte
mil habitantes, em face do que dispõem os arts. 25, 29, 30, I e VIII, da CF e o art. 11 do ADCT . STF.
Plenário. ADI 826, Rel. Min. Sydney Sanches, j. 17/9/98.
(MPT-2020): Assinale a alternativa correta: A jurisprudência do STF concluiu pela declaração de
inconstitucionalidade de norma constitucional estadual que previa a obrigatoriedade de plano diretor,
aprovado pela câmara municipal, para os municípios com mais de cinco mil habitantes, tendo a Corte
reconhecido, na hipótese, a ofensa ao princípio constitucional sensível relativo à autonomia municipal. BL:
Entend. Jurisprud.
754
(TJPA-2014-FCC): A Assembleia Legislativa do Amapá, ao discutir e promulgar a Constituição do
Estado, estava no exercício do poder constituinte decorrente, sendo que a Constituição do Estado do
Amapá expressamente prevê que poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das
Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus
membros. BL: art. 11, ADCT e art. 60, III da CF.
Art. 12. Será criada, dentro de noventa dias da promulgação da Constituição, Comissão de Estudos
Territoriais, com dez membros indicados pelo Congresso Nacional e cinco pelo Poder Executivo, com a
finalidade de apresentar estudos sobre o território nacional e anteprojetos relativos a novas unidades
territoriais, notadamente na Amazônia Legal e em áreas pendentes de solução.
§ 3º Havendo solicitação dos Estados e Municípios interessados, a União poderá encarregar-se dos
trabalhos demarcatórios. (Cartórios/TJMG-2015)
Art. 13. É criado o Estado do Tocantins, pelo desmembramento da área descrita neste artigo, dando-se
sua instalação no quadragésimo sexto dia após a eleição prevista no § 3º, mas não antes de 1º de janeiro de
1989.
§ 1º - O Estado do Tocantins integra a Região Norte e limita-se com o Estado de Goiás pelas divisas
norte dos Municípios de São Miguel do Araguaia, Porangatu, Formoso, Minaçu, Cavalcante, Monte Alegre
de Goiás e Campos Belos, conservando a leste, norte e oeste as divisas atuais de Goiás com os Estados da
Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e Mato Grosso.
§ 2º O Poder Executivo designará uma das cidades do Estado para sua Capital provisória até a
aprovação da sede definitiva do governo pela Assembléia Constituinte.
I - o prazo de filiação partidária dos candidatos será encerrado setenta e cinco dias antes da data das
eleições;
II - as datas das convenções regionais partidárias destinadas a deliberar sobre coligações e escolha de
candidatos, de apresentação de requerimento de registro dos candidatos escolhidos e dos demais
procedimentos legais serão fixadas, em calendário especial, pela Justiça Eleitoral;
III - são inelegíveis os ocupantes de cargos estaduais ou municipais que não se tenham deles afastado,
em caráter definitivo, setenta e cinco dias antes da data das eleições previstas neste parágrafo;
755
IV - ficam mantidos os atuais diretórios regionais dos partidos políticos do Estado de Goiás, cabendo às
comissões executivas nacionais designar comissões provisórias no Estado do Tocantins, nos termos e para
os fins previstos na lei.
§ 5º A Assembléia Estadual Constituinte será instalada no quadragésimo sexto dia da eleição de seus
integrantes, mas não antes de 1º de janeiro de 1989, sob a presidência do Presidente do Tribunal Regional
Eleitoral do Estado de Goiás, e dará posse, na mesma data, ao Governador e ao Vice-Governador eleitos.
Art. 14. Os Territórios Federais de Roraima e do Amapá são transformados em Estados Federados,
mantidos seus atuais limites geográficos. (DPEPR-2014) (MPT-2015)
§ 1º A instalação dos Estados dar-se-á com a posse dos governadores eleitos em 1990.
§ 4º Enquanto não concretizada a transformação em Estados, nos termos deste artigo, os Territórios
Federais de Roraima e do Amapá serão beneficiados pela transferência de recursos prevista nos arts. 159, I,
"a", da Constituição, e 34, § 2º, II, deste Ato.
Art. 15. Fica extinto o Território Federal de Fernando de Noronha, sendo sua área reincorporada ao
Estado de Pernambuco. (MPT-2015)
Art. 16. Até que se efetive o disposto no art. 32, § 2º, da Constituição, caberá ao Presidente da
República, com a aprovação do Senado Federal, indicar o Governador e o Vice-Governador do Distrito
Federal.
§ 1º A competência da Câmara Legislativa do Distrito Federal, até que se instale, será exercida pelo
Senado Federal.
§ 3º Incluem-se entre os bens do Distrito Federal aqueles que lhe vierem a ser atribuídos pela União na
forma da lei.
Art. 18. Ficam extintos os efeitos jurídicos de qualquer ato legislativo ou administrativo, lavrado a
partir da instalação da Assembléia Nacional Constituinte, que tenha por objeto a concessão de estabilidade
a servidor admitido sem concurso público, da administração direta ou indireta, inclusive das fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Art. 18-A. Os atos administrativos praticados no Estado do Tocantins, decorrentes de sua instalação,
entre 1º de janeiro de 1989 e 31 de dezembro de 1994, eivados de qualquer vício jurídico e dos quais
decorram efeitos favoráveis para os destinatários ficam convalidados após 5 (cinco) anos, contados da data
em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (Redação dada pela Emenda constitucional nº 110, de
2021)
Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da
administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da
Constituição, HÁ pelo menos cinco anos continuados, e que NÃO TENHAM SIDO ADMITIDOS na
forma regulada no art. 37, da Constituição, SÃO CONSIDERADOS ESTÁVEIS no serviço público. [obs.:
estabilidade EXTRAORDINÁRIA.] (PGEGO-2010) (TRF2-2011) (PGEPA-2011) (MPAL-2012) (MPPA-2014)
(MPSC-2016) (PGEMS-2016) (TRF5-2017) (Cartórios/TJPR-2019)
##Atenção: ##STF: ##DOD: A estabilidade especial do art. 19 do ADCT não se estende aos
empregados das fundações públicas de direito privado, aplicando-se tão somente aos servidores das
pessoas jurídicas de direito público. O termo “fundações públicas”, utilizado pelo art. 19 do ADCT,
deve ser compreendido como fundações autárquicas, sujeitas ao regime jurídico de direito público.
Ex: empregados da Fundação Padre Anchieta não gozam dessa estabilidade do art. 19 do ADCT em
razão de se tratar de uma fundação pública de direito privado. STF. Plenário. RE 716378/SP, Rel. Min.
Dias Toffoli, j. 1º e 7/8/19 (repercussão geral) (Info 946).
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: Art. 19 do ADCT: O ADCT da CF/88 previu que os
servidores públicos que estavam em exercício há pelo menos 5 anos quando a CF/88 foi promulgada
deveriam ser considerados estáveis, mesmo que não tivessem sido admitidos por meio de concurso
público. Desse modo, quem ingressou no serviço público, sem concurso, até 05/10/83 (5 anos antes da
CF/88) e assim permaneceu, de forma continuada, tornou-se estável com a edição da CF/88. Trata-se,
contudo, de regra excepcional e que somente vigorou para esses casos.
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: Art. 19 do ADCT não se aplica para empregados de
pessoas jurídicas de direito privado: A estabilidade do art. 19 do ADCT possui abrangência limitada aos
servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica
e das fundações públicas. Logo, esse dispositivo não abrange:
• empregados de fundações públicas de direito privado;
757
• empregados de empresas públicas; e
• empregados de sociedades de economia mista.
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: A estabilidade excepcional do art. 19 do ADCT não se
harmoniza com os direitos e deveres previstos na legislação trabalhista, notadamente o regime de
proteção definido pelo FGTS, consagrado no art. 7º, III, da CF/88. Assim, o art. 19 do ADCT só se aplica
aos servidores de pessoas jurídicas de direito público.
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2017: ##CESPE: O art. 19 do ADCT da CF/88 tem abrangência limitada aos
servidores civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entre eles não se
compreendendo os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista. CF, arts. 39 e
173, §1º. [ADI 112, rel. min. Néri da Silveira, j. 24-8-1994, P, DJ de 9-2-1996. (...) ADI 1.808, rel. min.
Gilmar Mendes, j. 18-9-2014, P, DJE de 10-11-2014].
§ 1º O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como título quando se
submeterem a concurso para fins de efetivação, na forma da lei. (TRF2-2011) (MPAL-2012) (MPPA-2014)
##Atenção: ##STF: De plano, cumpre reconhecer que o hipotético servidor, Quincas Borba, seria sim
dotado de estabilidade, na forma do art. 19 do ADCT, porquanto, na data de promulgação da
Constituição de 1988, já contava com mais de cinco anos continuados, nos termos do que reza o citado
dispositivo transitório. Sem embargo, sua nomeação para o cargo de extranumerário se deu mediante
concurso interno, e não via concurso público, procedimento aquele incompatível com nossa atual ordem
constitucional, que consagra o princípio do concurso público (art. 37, II, CF) como forma de ingresso
legítimo no serviço público. De tal forma, inválida seria sua nomeação para tal cargo efetivo, razão por
que não pode ser considerado efetivo. Nesse sentido, vejamos o seguinte julgado do STF: “A norma do art.
19 do ADCT da Constituição brasileira possibilita o surgimento das seguintes situações: a) o servidor é estável
por força do art. 19 do ADCT e não ocupa cargo de provimento efetivo; b) o servidor que se tornou estável
nos termos do art. 19 do ADCT ocupa cargo de provimento efetivo após ter sido aprovado em concurso público para
o provimento deste cargo; c) o servidor ocupa cargo de provimento efetivo em razão de aprovação em concurso
público e é estável nos termos do art. 41 da Constituição da República. O STF já se manifestou sobre essas
hipóteses e, quanto às listadas nos itens a e b, firmou o entendimento de que, independentemente da
estabilidade, a efetividade no cargo será obtida pela imprescindível observância do art. 37, II, da
Constituição da República.” STF. Plenário. ADI 114, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 26/11/09.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou
em comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para
os fins do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de servidor.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da lei.
Art. 20. Dentro de cento e oitenta dias, proceder-se-á à revisão dos direitos dos servidores públicos
inativos e pensionistas e à atualização dos proventos e pensões a eles devidos, a fim de ajustá-los ao
disposto na Constituição.
Art. 21. Os juízes togados de investidura limitada no tempo, admitidos mediante concurso público de
provas e títulos e que estejam em exercício na data da promulgação da Constituição, adquirem estabilidade,
observado o estágio probatório, e passam a compor quadro em extinção, mantidas as competências,
prerrogativas e restrições da legislação a que se achavam submetidos, salvo as inerentes à transitoriedade
da investidura.
Parágrafo único. A aposentadoria dos juízes de que trata este artigo regular-se-á pelas normas fixadas
para os demais juízes estaduais.
758
Art. 22. É assegurado aos defensores públicos investidos na função até a data de instalação da
Assembléia Nacional Constituinte o direito de opção pela carreira, com a observância das garantias e
vedações previstas no art. 134, parágrafo único, da Constituição.
Art. 23. Até que se edite a regulamentação do art. 21, XVI, da Constituição, os atuais ocupantes do
cargo de censor federal continuarão exercendo funções com este compatíveis, no Departamento de Polícia
Federal, observadas as disposições constitucionais.
Parágrafo único. A lei referida disporá sobre o aproveitamento dos Censores Federais, nos termos deste
artigo.
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios editarão leis que estabeleçam critérios
para a compatibilização de seus quadros de pessoal ao disposto no art. 39 da Constituição e à reforma
administrativa dela decorrente, no prazo de dezoito meses, contados da sua promulgação.
Art. 25. Ficam revogados, a partir de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, sujeito este
prazo a prorrogação por lei, todos os dispositivos legais que atribuam ou deleguem a órgão do Poder
Executivo competência assinalada pela Constituição ao Congresso Nacional, especialmente no que tange a:
I - ação normativa;
§ 1º Os decretos-lei em tramitação no Congresso Nacional e por este não apreciados até a promulgação
da Constituição terão seus efeitos regulados da seguinte forma:
I - se editados até 2 de setembro de 1988, serão apreciados pelo Congresso Nacional no prazo de até
cento e oitenta dias a contar da promulgação da Constituição, não computado o recesso parlamentar;
II - decorrido o prazo definido no inciso anterior, e não havendo apreciação, os decretos-lei alí
mencionados serão considerados rejeitados;
III - nas hipóteses definidas nos incisos I e II, terão plena validade os atos praticados na vigência dos
respectivos decretos-lei, podendo o Congresso Nacional, se necessário, legislar sobre os efeitos deles
remanescentes.
§ 1º A Comissão terá a força legal de Comissão parlamentar de inquérito para os fins de requisição e
convocação, e atuará com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
759
§ 2º Apurada irregularidade, o Congresso Nacional proporá ao Poder Executivo a declaração de
nulidade do ato e encaminhará o processo ao Ministério Público Federal, que formalizará, no prazo de
sessenta dias, a ação cabível.
Art. 27. O Superior Tribunal de Justiça será instalado sob a Presidência do Supremo Tribunal Federal.
§ 1º Até que se instale o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal Federal exercerá as
atribuições e competências definidas na ordem constitucional precedente.
II - pela nomeação dos Ministros que sejam necessários para completar o número estabelecido na
Constituição.
§ 5º Os Ministros a que se refere o § 2º, II, serão indicados em lista tríplice pelo Tribunal Federal de
Recursos, observado o disposto no art. 104, parágrafo único, da Constituição.
§ 6º Ficam criados cinco Tribunais Regionais Federais, a serem instalados no prazo de seis meses a
contar da promulgação da Constituição, com a jurisdição e sede que lhes fixar o Tribunal Federal de
Recursos, tendo em conta o número de processos e sua localização geográfica.
§ 7º Até que se instalem os Tribunais Regionais Federais, o Tribunal Federal de Recursos exercerá a
competência a eles atribuída em todo o território nacional, cabendo-lhe promover sua instalação e indicar
os candidatos a todos os cargos da composição inicial, mediante lista tríplice, podendo desta constar juízes
federais de qualquer região, observado o disposto no § 9º.
§ 9º Quando não houver juiz federal que conte o tempo mínimo previsto no art. 107, II, da Constituição,
a promoção poderá contemplar juiz com menos de cinco anos no exercício do cargo.
§ 10. Compete à Justiça Federal julgar as ações nela propostas até a data da promulgação da
Constituição, e aos Tribunais Regionais Federais bem como ao Superior Tribunal de Justiça julgar as ações
rescisórias das decisões até então proferidas pela Justiça Federal, inclusive daquelas cuja matéria tenha
passado à competência de outro ramo do Judiciário.
§ 11. São criados, ainda, os seguintes Tribunais Regionais Federais: o da 6ª Região, com sede em
Curitiba, Estado do Paraná, e jurisdição nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul; o da
7ª Região, com sede em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, e jurisdição no Estado de Minas Gerais; o
da 8ª Região, com sede em Salvador, Estado da Bahia, e jurisdição nos Estados da Bahia e Sergipe; e o da 9ª
Região, com sede em Manaus, Estado do Amazonas, e jurisdição nos Estados do Amazonas, Acre,
Rondônia e Roraima. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 73, de 2013) (Vide ADIN nº 5017, de 2013)
Art. 28. Os juízes federais de que trata o art. 123, § 2º, da Constituição de 1967, com a redação dada pela
Emenda Constitucional nº 7, de 1977, ficam investidos na titularidade de varas na Seção Judiciária para a
qual tenham sido nomeados ou designados; na inexistência de vagas, proceder-se-á ao desdobramento das
varas existentes.
Parágrafo único. Para efeito de promoção por antigüidade, o tempo de serviço desses juízes será
computado a partir do dia de sua posse.
760
Art. 29. Enquanto não aprovadas as leis complementares relativas ao Ministério Público e à Advocacia-
Geral da União, o Ministério Público Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, as Consultorias
Jurídicas dos Ministérios, as Procuradorias e Departamentos Jurídicos de autarquias federais com
representação própria e os membros das Procuradorias das Universidades fundacionais públicas
continuarão a exercer suas atividades na área das respectivas atribuições.
§ 2º Aos atuais Procuradores da República, nos termos da lei complementar, será facultada a opção,
de forma irretratável, entre as carreiras do Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral da União .
(MPSE-2010) (Cartórios/TJBA-2013) (AGU-2013) (MPT-2015)
§ 4º Os atuais integrantes do quadro suplementar dos Ministérios Públicos do Trabalho e Militar que
tenham adquirido estabilidade nessas funções passam a integrar o quadro da respectiva carreira.
§ 5º Cabe à atual Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, diretamente ou por delegação, que pode ser
ao Ministério Público Estadual, representar judicialmente a União nas causas de natureza fiscal, na área da
respectiva competência, até a promulgação das leis complementares previstas neste artigo.
Art. 30. A legislação que criar a justiça de paz manterá os atuais juízes de paz até a posse dos novos
titulares, assegurando-lhes os direitos e atribuições conferidos a estes, e designará o dia para a eleição
prevista no art. 98, II, da Constituição.
Art. 31. Serão estatizadas as serventias do foro judicial, assim definidas em lei, respeitados os
direitos dos atuais titulares. (MPT-2015)
Art. 32. O disposto no art. 236 não se aplica aos serviços notariais e de registro que já tenham sido
oficializados pelo Poder Público, respeitando-se o direito de seus servidores.
Art. 33. Ressalvados os créditos de natureza alimentar, o valor dos precatórios judiciais pendentes de
pagamento na data da promulgação da Constituição, incluído o remanescente de juros e correção
monetária, poderá ser pago em moeda corrente, com atualização, em prestações anuais, iguais e
sucessivas, no prazo máximo de oito anos, a partir de 1º de julho de 1989, por decisão editada pelo Poder
Executivo até cento e oitenta dias da promulgação da Constituição. (TRF2-2009)
Parágrafo único. Poderão as entidades devedoras, para o cumprimento do disposto neste artigo, emitir,
em cada ano, no exato montante do dispêndio, títulos de dívida pública não computáveis para efeito do
limite global de endividamento.
Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quinto mês
seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a
redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores. [obs.: recepção material] (DPESP-2012) (PF-
2013) (DPEPA-2015)
##Atenção: Com o surgimento de uma nova Constituição, tem-se, via de regra, a revogação em bloco da
Constituição anterior, salvo expressa disposição em contrário. E neste caso, esta disposição deixará claro
quais os dispositivos na Constituição anterior continuaram vigentes. Nesse sentido, seguinte
consideração: “A Constituição, quando entra em vigor, ab-roga (revoga integralmente) a Constituição anterior,
sem necessidade de cláusula de revogação. Entretanto, se quiser manter alguns dispositivos da Constituição
anterior poderá fazê-lo, desde que por meio de cláusula expressa. Ex. O artigo 34 dos ADCT recepcionou
expressamente, por um determinado período, o sistema tributário da CF/67. Desta forma, o Brasil não adota a
Teoria da Desconstitucionalização segundo a qual é possível a recepção automática de uma norma constitucional
anterior compatível (não repetida e não contrariada), através de um processo de queda de hierarquia para lei
ordinária”. (Fonte:
http://www.webjur.com.br/doutrina/Direito_Constitucional/Nova_Const_e_o_ordena.htm)
§ 1º Entrarão em vigor com a promulgação da Constituição os arts. 148, 149, 150, 154, I, 156, III, e 159,
I, "c", revogadas as disposições em contrário da Constituição de 1967 e das Emendas que a modificaram,
especialmente de seu art. 25, III. (PF-2013)
##Atenção: No Brasil, a regra geral é que o exercício do poder constituinte originário implica revogação
total das normas jurídicas inseridas na constituição anterior. Somente podem ser recepcionados
dispositivos constitucionais anteriores quando a nova constituição expressamente prever. Portanto,
correta a afirmativa de que existe a hipótese de recepção material das normas constitucionais. Um
exemplo comumento citado é o artigo 34 dos ADCT, da CF/88, que recepcionou expressamente, por um
período limitado, o sistema tributário da CF/67. Cabe lembrar que não há revogação automática das
normas infraconstitucionais. As normas infraconstitucionais compatíveis com a nova ordem
constitucional serão recepcionadas. Discute-se se existe o fenômeno da desconstitucionalização no Brasil.
“Trata-se do fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem,
762
permanecem em vigor, mas com status de lei infraconstitucional. Ou seja, as normas da Constituição anterior são
recepcionadas com o status de norma infraconstitucional pela nova ordem. [...No Brasil] poderá ser percebido
quando a nova constituição, expressamente, assim o requerer, tendo em vista ser o poder constituinte autônomo,
podendo tudo, inclusive prever o aludido fenômeno, mas desde que o faça, como visto, de maneira inequívoca e
expressa.” (LENZA, 2013, pp.217-218).De acordo com o fenômeno da repristinação, por exemplo, um
dispositivo da Constituição de 1946, que seja plenamente compatível com a ordem constitucional de
1988, com a revogação da Constituição de 1967 (com as alterações da Emenda no 1 de 1969), teria sua
validade retomada. No entanto, o Brasil não adotou a possibilidade automática do fenômeno da
repristinação. Assim como no caso da desconstitucionalização, a repristinação só é possível ser for
expressamente prevista pela nova Constituição.
II - o percentual relativo ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal será acrescido de
um ponto percentual no exercício financeiro de 1989 e, a partir de 1990, inclusive, à razão de meio ponto por
exercício, até 1992, inclusive, atingindo em 1993 o percentual estabelecido no art. 159, I, "a";
III - o percentual relativo ao Fundo de Participação dos Municípios, a partir de 1989, inclusive, será
elevado à razão de meio ponto percentual por exercício financeiro, até atingir o estabelecido no art. 159, I,
"b".
§ 4º As leis editadas nos termos do parágrafo anterior produzirão efeitos a partir da entrada em vigor
do sistema tributário nacional previsto na Constituição.
§ 5º Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a aplicação da legislação anterior, no
que não seja incompatível com ele e com a legislação referida nos §3º e § 4º.
§ 6º Até 31 de dezembro de 1989, o disposto no art. 150, III, "b", não se aplica aos impostos de que
tratam os arts. 155, I, "a" e "b", e 156, II e III, que podem ser cobrados trinta dias após a publicação da lei que
os tenha instituído ou aumentado.
§ 7º Até que sejam fixadas em lei complementar, as alíquotas máximas do imposto municipal sobre
vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos não excederão a três por cento.
§ 8º Se, no prazo de sessenta dias contados da promulgação da Constituição, não for editada a lei
complementar necessária à instituição do imposto de que trata o art. 155, I, "b", os Estados e o Distrito
Federal, mediante convênio celebrado nos termos da Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975,
fixarão normas para regular provisoriamente a matéria.
§ 9º Até que lei complementar disponha sobre a matéria, as empresas distribuidoras de energia elétrica,
na condição de contribuintes ou de substitutos tributários, serão as responsáveis, por ocasião da saída do
produto de seus estabelecimentos, ainda que destinado a outra unidade da Federação, pelo pagamento do
imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias incidente sobre energia elétrica, desde a
produção ou importação até a última operação, calculado o imposto sobre o preço então praticado na
operação final e assegurado seu recolhimento ao Estado ou ao Distrito Federal, conforme o local onde deva
ocorrer essa operação.
§ 10. Enquanto não entrar em vigor a lei prevista no art. 159, I, "c", cuja promulgação se fará até 31 de
dezembro de 1989, é assegurada a aplicação dos recursos previstos naquele dispositivo da seguinte
maneira:
763
I - seis décimos por cento na Região Norte, através do Banco da Amazônia S.A.;
II - um inteiro e oito décimos por cento na Região Nordeste, através do Banco do Nordeste do Brasil
S.A.;
III - seis décimos por cento na Região Centro-Oeste, através do Banco do Brasil S.A.
§ 11. Fica criado, nos termos da lei, o Banco de Desenvolvimento do Centro-Oeste, para dar
cumprimento, na referida região, ao que determinam os arts. 159, I, "c", e 192, § 2º, da Constituição.
§ 12. A urgência prevista no art. 148, II, não prejudica a cobrança do empréstimo compulsório
instituído, em benefício das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), pela Lei nº 4.156, de 28 de
novembro de 1962, com as alterações posteriores.
Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de forma progressiva, no prazo de até dez anos,
distribuindo-se os recursos entre as regiões macroeconômicas em razão proporcional à população, a partir
da situação verificada no biênio 1986-87.
§ 1º Para aplicação dos critérios de que trata este artigo, excluem-se das despesas totais as relativas:
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas: (PGEPI-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; (PGEPI-
2014) (PGM-Curitiba/PR-2015)
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa; (PGEPI-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
(PGEPI-2014-CESPE): Assinale a opção correta com referência à LDO: O projeto de LDO deve ser
encaminhado ao Poder Legislativo até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. BL: art. 35, §2º, II,
CF.
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
(PGEPI-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015)
Art. 37. A adaptação ao que estabelece o art. 167, III, deverá processar-se no prazo de cinco anos,
reduzindo-se o excesso à base de, pelo menos, um quinto por ano.
764
Art. 38. Até a promulgação da lei complementar referida no art. 169, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios não poderão despender com pessoal mais do que sessenta e cinco por cento do
valor das respectivas receitas correntes.
§ 2º As despesas com pessoal resultantes do cumprimento do disposto nos §§ 12, 13, 14 e 15 do art. 198
da Constituição Federal serão contabilizadas, para fins dos limites de que trata o art. 169 da Constituição
Federal, da seguinte forma: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022)
I - até o fim do exercício financeiro subsequente ao da publicação deste dispositivo, não serão
contabilizadas para esses limites; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022)
III - entre o terceiro e o décimo segundo exercício financeiro subsequente ao da publicação deste
dispositivo, a dedução de que trata o inciso II deste parágrafo será reduzida anualmente na proporção de
10% (dez por cento) de seu valor. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022)
Art. 39. Para efeito do cumprimento das disposições constitucionais que impliquem variações de
despesas e receitas da União, após a promulgação da Constituição, o Poder Executivo deverá elaborar e o
Poder Legislativo apreciar projeto de revisão da lei orçamentária referente ao exercício financeiro de 1989.
Parágrafo único. O Congresso Nacional deverá votar no prazo de doze meses a lei complementar
prevista no art. 161, II.
Art. 40. É mantida a Zona Franca de Manaus, com suas características de área livre de comércio, de
exportação e importação, e de incentivos fiscais, pelo prazo de vinte e cinco anos, a partir da promulgação
da Constituição.
Parágrafo único. Somente por lei federal podem ser modificados os critérios que disciplinaram ou
venham a disciplinar a aprovação dos projetos na Zona Franca de Manaus.
Art. 41. Os Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios reavaliarão
todos os incentivos fiscais de natureza setorial ora em vigor, propondo aos Poderes Legislativos respectivos
as medidas cabíveis.
§ 2º A revogação não prejudicará os direitos que já tiverem sido adquiridos, àquela data, em relação a
incentivos concedidos sob condição e com prazo certo.
§ 3º Os incentivos concedidos por convênio entre Estados, celebrados nos termos do art. 23, § 6º, da
Constituição de 1967, com a redação da Emenda Constitucional nº 1, de 17 de outubro de 1969, também
deverão ser reavaliados e reconfirmados nos prazos deste artigo.
Art. 42. Durante 40 (quarenta) anos, a União aplicará dos recursos destinados à irrigação: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 89, de 2015)
I - 20% (vinte por cento) na Região Centro-Oeste; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 89,
de 2015)
(MPMS-2015): Por ordem constitucional, a União Federal deverá destinar à Região Centro-Oeste
percentuais mínimos dos recursos destinados à irrigação. É correto afirmar que: A União aplicará por 40
anos os recursos, sendo o mínimo de 20% na Região Centro-Oeste. BL: art. 42, I, ADCT.
765
II - 50% (cinquenta por cento) na Região Nordeste, preferencialmente no Semiárido. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 89, de 2015)
Parágrafo único. Dos percentuais previstos nos incisos I e II do caput, no mínimo 50% (cinquenta
por cento) serão destinados a projetos de irrigação que beneficiem agricultores familiares que atendam
aos requisitos previstos em legislação específica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 89, de 2015)
ADCT - CF/88
Redação anterior à EC 89/2015 Redação ATUAL
Art. 42. Durante 25 (vinte e cinco) anos, a União Art. 42. Durante 40 (quarenta) anos, a União
aplicará, dos recursos destinados à irrigação: aplicará dos recursos destinados à irrigação:
I - vinte por cento na Região Centro-Oeste; I - 20% (vinte por cento) na Região Centro-Oeste;
II - cinqüenta por cento na Região Nordeste, II - 50% (cinquenta por cento) na Região Nordeste,
preferencialmente no semi-árido. preferencialmente no Semiárido.
Não havia parágrafo único. Parágrafo único. Dos percentuais previstos nos
incisos I e II do caput, no mínimo 50% (cinquenta
por cento) serão destinados a projetos de irrigação
que beneficiem agricultores familiares que
atendam aos requisitos previstos em legislação
específica.
Art. 43. Na data da promulgação da lei que disciplinar a pesquisa e a lavra de recursos e jazidas
minerais, ou no prazo de um ano, a contar da promulgação da Constituição, tornar-se-ão sem efeito as
autorizações, concessões e demais títulos atributivos de direitos minerários, caso os trabalhos de pesquisa
ou de lavra não hajam sido comprovadamente iniciados nos prazos legais ou estejam inativos.
(Regulamento)
Art. 44. As atuais empresas brasileiras titulares de autorização de pesquisa, concessão de lavra de
recursos minerais e de aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica em vigor terão quatro anos, a
partir da promulgação da Constituição, para cumprir os requisitos do art. 176, § 1º.
§ 2º Ficarão também dispensadas do cumprimento do disposto no art. 176, § 1º, as empresas brasileiras
titulares de concessão de energia hidráulica para uso em seu processo de industrialização.
Art. 45. Ficam excluídas do monopólio estabelecido pelo art. 177, II, da Constituição as refinarias em
funcionamento no País amparadas pelo art. 43 e nas condições do art. 45 da Lei nº 2.004, de 3 de outubro de
1953.
Parágrafo único. Ficam ressalvados da vedação do art. 177, § 1º, os contratos de risco feitos com a
Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás), para pesquisa de petróleo, que estejam em vigor na data da
promulgação da Constituição.
Art. 46. São sujeitos à correção monetária desde o vencimento, até seu efetivo pagamento, sem
interrupção ou suspensão, os créditos junto a entidades submetidas aos regimes de intervenção ou
liquidação extrajudicial, mesmo quando esses regimes sejam convertidos em falência.
(TRF1-2015-CESPE): Assinale a opção correta com base nas normas sobre liquidação extrajudicial das
766
instituições financeiras: Com a decretação da liquidação extrajudicial de determinada instituição
financeira, haverá incidência de correção monetária sobre a totalidade de suas obrigações, desde o
vencimento até o seu efetivo pagamento, sem qualquer interrupção ou suspensão. BL: art. 46, ADCT e
art. 1º do DL 1.477/76.180 (emp.)
I - às operações realizadas posteriormente à decretação dos regimes referidos no "caput" deste artigo;
Art. 47. Na liquidação dos débitos, inclusive suas renegociações e composições posteriores, ainda que
ajuizados, decorrentes de quaisquer empréstimos concedidos por bancos e por instituições financeiras, não
existirá correção monetária desde que o empréstimo tenha sido concedido:
§ 1º Consideram-se, para efeito deste artigo, microempresas as pessoas jurídicas e as firmas individuais
com receitas anuais de até dez mil Obrigações do Tesouro Nacional, e pequenas empresas as pessoas
jurídicas e as firmas individuais com receita anual de até vinte e cinco mil Obrigações do Tesouro Nacional.
§ 2º A classificação de mini, pequeno e médio produtor rural será feita obedecendo-se às normas de
crédito rural vigentes à época do contrato.
§ 3º A isenção da correção monetária a que se refere este artigo só será concedida nos seguintes casos:
I - se a liquidação do débito inicial, acrescido de juros legais e taxas judiciais, vier a ser efetivada no
prazo de noventa dias, a contar da data da promulgação da Constituição;
II - se a aplicação dos recursos não contrariar a finalidade do financiamento, cabendo o ônus da prova à
instituição credora;
III - se não for demonstrado pela instituição credora que o mutuário dispõe de meios para o pagamento
de seu débito, excluído desta demonstração seu estabelecimento, a casa de moradia e os instrumentos de
trabalho e produção;
IV - se o financiamento inicial não ultrapassar o limite de cinco mil Obrigações do Tesouro Nacional;
180
Art. 1º - Incide correção monetária sobre a totalidade das obrigações de responsabilidade das entidades a que
se aplica a Lei nº 6.024, de 13 de março de 1974, submetidas a regime de intervenção, liquidação extra-judicial ou
falência. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.278, de 1985) Parágrafo único - O disposto neste artigo, abrange
também as operações realizadas posteriormente à decretação da intervenção, liquidação extra-judicial ou falência,
referentes a qualquer tipo de obrigação passivas, contratual ou não, inclusive as penas pecuniárias por infração a
dispositivos legais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.278, de 1985)
767
§ 4º Os benefícios de que trata este artigo não se estendem aos débitos já quitados e aos devedores que
sejam constituintes.
§ 5º No caso de operações com prazos de vencimento posteriores à data- limite de liquidação da dívida,
havendo interesse do mutuário, os bancos e as instituições financeiras promoverão, por instrumento
próprio, alteração nas condições contratuais originais de forma a ajustá-las ao presente benefício.
§ 7º No caso de repasse a agentes financeiros oficiais ou cooperativas de crédito, o ônus recairá sobre a
fonte de recursos originária.
Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição,
ELABORARÁ CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. (TJPR-2011) (MPSP-2013) (MPGO-2019)
Art. 49. A lei disporá sobre o instituto da ENFITEUSE em imóveis urbanos, sendo facultada aos
foreiros, no caso de sua extinção, a remição dos aforamentos mediante aquisição do domínio direto, na
conformidade do que dispuserem os respectivos contratos. (TRF3-2011) (MPF-2012) (TRF1-2015)
§ 1º Quando não existir cláusula contratual, serão adotados os critérios e bases hoje vigentes na
legislação especial dos imóveis da União.
§ 2º Os direitos dos atuais ocupantes inscritos ficam assegurados pela aplicação de outra modalidade
de contrato.
§ 3º A enfiteuse continuará sendo aplicada aos terrenos de marinha e seus acrescidos, situados na
faixa de segurança, a partir da orla marítima. (TRF4-2012) (MPF-2012) (TRF1-2015) (Cartórios/TJDFT-2019)
##Atenção: ##TRF3-2011: ##TRF1-2015: ##CESPE: Nada impede que os terrenos de marinha sejam
ocupados por particulares, por meio do instituto da enfiteuse (embora esteja em extinção), o que,
inclusive, tem previsão no art. 49, §3º, do ADCT. Segundo Irene P. Nohara, não é vedada a utilização do
terreno de marinha por particular, pois é possível a sua utilização sob o regime de aforamento ou
enfiteuse, pelo qual à União pertence o domínio direto, concedendo-se ao particular o domínio útil.
(NOHARA, Irene Patrícia. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2011. p. 682).
§ 4º Remido o foro, o antigo titular do domínio direto deverá, no prazo de noventa dias, sob pena de
responsabilidade, confiar à guarda do registro de imóveis competente toda a documentação a ele relativa.
Art. 50. Lei agrícola a ser promulgada no prazo de um ano disporá, nos termos da Constituição, sobre
os objetivos e instrumentos de política agrícola, prioridades, planejamento de safras, comercialização,
abastecimento interno, mercado externo e instituição de crédito fundiário.
Art. 51. Serão revistos pelo Congresso Nacional, através de Comissão mista, nos três anos a contar da
data da promulgação da Constituição, todas as doações, vendas e concessões de terras públicas com área
superior a três mil hectares, realizadas no período de 1º de janeiro de 1962 a 31 de dezembro de 1987.
§ 1º No tocante às vendas, a revisão será feita com base exclusivamente no critério de legalidade da
operação.
§ 3º Nas hipóteses previstas nos parágrafos anteriores, comprovada a ilegalidade, ou havendo interesse
público, as terras reverterão ao patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
Art. 52. Até que sejam fixadas as condições do art. 192, são vedados: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 40, de 2003)
768
I - a instalação, no País, de novas agências de instituições financeiras domiciliadas no exterior;
Parágrafo único. A vedação a que se refere este artigo não se aplica às autorizações resultantes de
acordos internacionais, de reciprocidade, ou de interesse do Governo brasileiro.
Art. 53. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segunda
Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, serão assegurados os seguintes
direitos:
II - pensão especial correspondente à deixada por segundo-tenente das Forças Armadas, que poderá
ser requerida a qualquer tempo, sendo inacumulável com quaisquer rendimentos recebidos dos cofres
públicos, exceto os benefícios previdenciários, ressalvado o direito de opção;
III - em caso de morte, pensão à viúva ou companheira ou dependente, de forma proporcional, de valor
igual à do inciso anterior;
V - aposentadoria com proventos integrais aos vinte e cinco anos de serviço efetivo, em qualquer
regime jurídico;
VI - prioridade na aquisição da casa própria, para os que não a possuam ou para suas viúvas ou
companheiras.
Parágrafo único. A concessão da pensão especial do inciso II substitui, para todos os efeitos legais,
qualquer outra pensão já concedida ao ex-combatente.
Art. 54. Os seringueiros recrutados nos termos do Decreto-Lei nº 5.813, de 14 de setembro de 1943, e
amparados pelo Decreto-Lei nº 9.882, de 16 de setembro de 1946, receberão, quando carentes, pensão
mensal vitalícia no valor de dois salários mínimos. (TRF1-2011) (DPU-2017)
§ 3º A concessão do benefício far-se-á conforme lei a ser proposta pelo Poder Executivo dentro de cento
e cinqüenta dias da promulgação da Constituição.
Art. 54-A. Os seringueiros de que trata o art. 54 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias receberão indenização, em parcela única, no valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil
reais). (Incluído pela Emenda Constitucional nº 78, de 2014) (Vide Emenda Constitucional nº 78, de 2014) (DPU-
2017)
Art. 55. Até que seja aprovada a lei de diretrizes orçamentárias, trinta por cento, no mínimo, do
orçamento da seguridade social, excluído o seguro-desemprego, serão destinados ao setor de saúde.
Art. 56. Até que a lei disponha sobre o art. 195, I, a arrecadação decorrente de, no mínimo, cinco dos
seis décimos percentuais correspondentes à alíquota da contribuição de que trata o Decreto-Lei nº 1.940, de
25 de maio de 1982, alterada pelo Decreto-Lei nº 2.049, de 1º de agosto de 1983, pelo Decreto nº 91.236, de 8
de maio de 1985, e pela Lei nº 7.611, de 8 de julho de 1987, passa a integrar a receita da seguridade social,
ressalvados, exclusivamente no exercício de 1988, os compromissos assumidos com programas e projetos
em andamento.
769
Art. 57. Os débitos dos Estados e dos Municípios relativos às contribuições previdenciárias até 30 de
junho de 1988 serão liquidados, com correção monetária, em cento e vinte parcelas mensais, dispensados os
juros e multas sobre eles incidentes, desde que os devedores requeiram o parcelamento e iniciem seu
pagamento no prazo de cento e oitenta dias a contar da promulgação da Constituição.
§ 1º O montante a ser pago em cada um dos dois primeiros anos não será inferior a cinco por cento do
total do débito consolidado e atualizado, sendo o restante dividido em parcelas mensais de igual valor.
§ 2º A liquidação poderá incluir pagamentos na forma de cessão de bens e prestação de serviços, nos
termos da Lei nº 7.578, de 23 de dezembro de 1986.
§ 4º Descumprida qualquer das condições estabelecidas para concessão do parcelamento, o débito será
considerado vencido em sua totalidade, sobre ele incidindo juros de mora; nesta hipótese, parcela dos
recursos correspondentes aos Fundos de Participação, destinada aos Estados e Municípios devedores, será
bloqueada e repassada à previdência social para pagamento de seus débitos.
Art. 58. Os benefícios de prestação continuada, mantidos pela previdência social na data da
promulgação da Constituição, terão seus valores revistos, a fim de que seja restabelecido o poder
aquisitivo, expresso em número de salários mínimos, que tinham na data de sua concessão, obedecendo-
se a esse critério de atualização até a implantação do plano de custeio e benefícios referidos no artigo
seguinte. (PFN-2007)
Parágrafo único. As prestações mensais dos benefícios atualizadas de acordo com este artigo serão
devidas e pagas a partir do sétimo mês a contar da promulgação da Constituição.
Art. 59. Os projetos de lei relativos à organização da seguridade social e aos planos de custeio e de
benefício serão apresentados no prazo máximo de seis meses da promulgação da Constituição ao
Congresso Nacional, que terá seis meses para apreciá-los.
Parágrafo único. Aprovados pelo Congresso Nacional, os planos serão implantados progressivamente
nos dezoito meses seguintes.
Art. 60. A complementação da União referida no inciso IV do caput do art. 212-A da Constituição
Federal será implementada progressivamente até alcançar a proporção estabelecida no inciso V do caput do
mesmo artigo, a partir de 1º de janeiro de 2021, nos seguintes valores mínimos: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)
I - 12% (doze por cento), no primeiro ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
II - 15% (quinze por cento), no segundo ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
III - 17% (dezessete por cento), no terceiro ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)
IV - 19% (dezenove por cento), no quarto ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)
V - 21% (vinte e um por cento), no quinto ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)
VI - 23% (vinte e três por cento), no sexto ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)
§ 1º A parcela da complementação de que trata a alínea "b" do inciso V do caput do art. 212-A da
Constituição Federal observará, no mínimo, os seguintes valores: (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 108, de 2020)
I - 2 (dois) pontos percentuais, no primeiro ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)
II - 5 (cinco) pontos percentuais, no segundo ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)
III - 6,25 (seis inteiros e vinte e cinco centésimos) pontos percentuais, no terceiro ano; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
IV - 7,5 (sete inteiros e cinco décimos) pontos percentuais, no quarto ano; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)
V - 9 (nove) pontos percentuais, no quinto ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)
VI - 10,5 (dez inteiros e cinco décimos) pontos percentuais, no sexto ano. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)
§ 2º A parcela da complementação de que trata a alínea "c" do inciso V do caput do art. 212-A da
Constituição Federal observará os seguintes valores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)
I - 0,75 (setenta e cinco centésimos) ponto percentual, no terceiro ano; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)
II - 1,5 (um inteiro e cinco décimos) ponto percentual, no quarto ano; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)
III - 2 (dois) pontos percentuais, no quinto ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)
IV - 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais, no sexto ano. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)
Art. 60-A. Os critérios de distribuição da complementação da União e dos fundos a que se refere o
inciso I do caput do art. 212-A da Constituição Federal serão revistos em seu sexto ano de vigência e, a
partir dessa primeira revisão, periodicamente, a cada 10 (dez) anos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
108, de 2020)
Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se
refere o caput do art. 212 desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na educação
básica e à remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas as seguintes disposições: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
181
Redação anterior, dada pela EC 53/2006: Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta
Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se
refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à
remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 53, de 2006); (...) XII - proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de cada Fundo
referido no inciso I do caput deste artigo será destinada ao pagamento dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).
771
I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus
Municípios é assegurada mediante a instituição, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb), de natureza contábil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) (...)
Art. 61. As entidades educacionais a que se refere o art. 213, bem como as fundações de ensino e
pesquisa cuja criação tenha sido autorizada por lei, que preencham os requisitos dos incisos I e II do
referido artigo e que, nos últimos três anos, tenham recebido recursos públicos, poderão continuar a recebê-
los, salvo disposição legal em contrário.
Art. 62. A lei criará o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) nos moldes da legislação
relativa ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem
do Comércio (SENAC), sem prejuízo das atribuições dos órgãos públicos que atuam na área.
Art. 63. É criada uma Comissão composta de nove membros, sendo três do Poder Legislativo, três do
Poder Judiciário e três do Poder Executivo, para promover as comemorações do centenário da proclamação
da República e da promulgação da primeira Constituição republicana do País, podendo, a seu critério,
desdobrar-se em tantas subcomissões quantas forem necessárias.
Art. 64. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, promoverão edição popular do texto integral da Constituição, que será posta à disposição das
escolas e dos cartórios, dos sindicatos, dos quartéis, das igrejas e de outras instituições representativas da
comunidade, gratuitamente, de modo que cada cidadão brasileiro possa receber do Estado um exemplar da
Constituição do Brasil.
Art. 65. O Poder Legislativo regulamentará, no prazo de doze meses, o art. 220, § 4º.
Art. 66. São mantidas as concessões de serviços públicos de telecomunicações atualmente em vigor, nos
termos da lei.
Art. 67. A União CONCLUIRÁ a DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS no prazo de cinco
anos a partir da promulgação da Constituição. (PGEPA-2011) (TRF5-2015)
Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que ESTEJAM OCUPANDO suas
terras É RECONHECIDA a PROPRIEDADE DEFINITIVA, DEVENDO o Estado EMITIR-LHES os
títulos respectivos. (Cartórios/TJPE-2013) (AGU-2013) (TRF4-2014) (PGEAC-2014) (PGEPA-2011/2015) (DPU-
2015) (PGEPR-2015) (MPF-2008/2011/2015/2017) (DPESC-2017) (DPEBA-2010/2021) (MPAP-2021)
(DPEAM-2021)
(MPF-2015): Assinale a alternativa correta: A despeito de situada no art. 68 do ADCT, a norma ali inscrita
tem propósitos permanentes, e de natureza prospectiva e alcança comunidades situadas no presente. BL:
art. 68, ADCT e Entend. Dout.
##Atenção: Conforme Walther Claudius Rothenburg, “parece-me que o aspecto mais relevantes de um
773
conceito adequado, tendo em vista as possibilidades de aplicação eficiente da norma do art. 68 ADCT (uma
perspectiva jurídico-pragmática, portanto), seja a projeção presente e futura: os quilombos em sua
contemporaneidade. Isso significa ampliar o campo de aplicação das normas jurídicas que se referem direta ou
indiretamente a quilombos, para reconhecer e proteger realidades atuais e não apenas a memória do passado [...] A
tônica da compreensão jurídica dos remanescentes de quilombos é prospectiva, alforriando a
interpretação da norma do art. 68 ADCT das amarras do passado”. (Fonte: ROTHENBURG. Walther
Claudius. Direito dos descendentes de escravos (remanescentes das comunidades de quilombos). In:
Revista Internacional de Direito e Cidadania, número 2, outubro de 2008, p. 192).
Art. 69. Será permitido aos Estados manter consultorias jurídicas separadas de suas Procuradorias-
Gerais ou Advocacias-Gerais, desde que, na data da promulgação da Constituição, tenham órgãos distintos
para as respectivas funções.
Art. 70. Fica mantida atual competência dos tribunais estaduais até a mesma seja definida na
Constituição do Estado, nos termos do art. 125, § 1º, da Constituição.
Art. 71. É instituído, nos exercícios financeiros de 1994 e 1995, bem assim nos períodos de 01/01/1996 a
30/06/97 e 01/07/97 a 31/12/1999, o Fundo Social de Emergência, com o objetivo de saneamento
financeiro da Fazenda Pública Federal e de estabilização econômica, cujos recursos serão aplicados
prioritariamente no custeio das ações dos sistemas de saúde e educação, incluindo a complementação de
recursos de que trata o § 3º do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, benefícios
previdenciários e auxílios assistenciais de prestação continuada, inclusive liquidação de passivo
previdenciário, e despesas orçamentárias associadas a programas de relevante interesse econômico e social.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 17, de 1997) (Vide Emenda Constitucional nº 17, de 1997)
§ 1º Ao Fundo criado por este artigo não se aplica o disposto na parte final do inciso II do § 9º do art.
165 da Constituição. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)
§ 2º O Fundo criado por este artigo passa a ser denominado Fundo de Estabilização Fiscal a partir do
início do exercício financeiro de 1996. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)
Art. 72. Integram o Fundo Social de Emergência: (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 1, de
1994)
VI - outras receitas previstas em lei específica. (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 1, de
1994)
§ 1º As alíquotas e a base de cálculo previstas nos incisos III e V aplicar-se-ão a partir do primeiro dia
do mês seguinte aos noventa dias posteriores à promulgação desta Emenda. (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 1, de 1994)
§ 2º As parcelas de que tratam os incisos I, II, III e V serão previamente deduzidas da base de cálculo de
qualquer vinculação ou participação constitucional ou legal, não se lhes aplicando o disposto nos artigos,
159, 212 e 239 da Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)
§ 3º A parcela de que trata o inciso IV será previamente deduzida da base de cálculo das vinculações
ou participações constitucionais previstas nos artigos 153, § 5º, 157, II, 212 e 239 da Constituição. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)
§ 4º O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos recursos previstos nos Artigos 158, II e 159 da
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)
§ 5º A parcela dos recursos provenientes do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza,
destinada ao Fundo Social de Emergência, nos termos do inciso II deste artigo, não poderá exceder a cinco
inteiros e seis décimos por cento do total do produto da sua arrecadação. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 10, de 1996)
Art. 73. Na regulação do Fundo Social de Emergência não poderá ser utilizado o instrumento previsto
no inciso V do art. 59 da Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 1, de 1994)
Art. 74. A União poderá instituir contribuição provisória sobre movimentação ou transmissão de
valores e de créditos e direitos de natureza financeira. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 12, de 1996)
§ 1º A alíquota da contribuição de que trata este artigo não excederá a vinte e cinco centésimos por
cento, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou restabelecê-la, total ou parcialmente, nas condições e
limites fixados em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 12, de 1996)
§ 2º A contribuição de que trata este artigo não se aplica o disposto nos arts. 153, § 5º, e 154, I, da
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 12, de 1996)
§ 3º O produto da arrecadação da contribuição de que trata este artigo [obs.: CPMF] SERÁ
DESTINADO INTEGRALMENTE ao FUNDO NACIONAL DE SAÚDE, para financiamento das ações e
serviços de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 12, de 1996)
(TJPI-2007-CESPE): Constitui tributo arrecadado pela União e que não é distribuído com as unidades da
Federação: a contribuição provisória sobre a movimentação financeira. BL: art. 74, §3º, ADCT.
§ 4º A contribuição de que trata este artigo terá sua exigibilidade subordinada ao disposto no art. 195, §
6º, da Constituição, e não poderá ser cobrada por prazo superior a dois anos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 12, de 1996)
Art. 75. É prorrogada, por trinta e seis meses, a cobrança da contribuição provisória sobre
movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira de que trata o art.
74, instituída pela Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996, modificada pela Lei nº 9.539, de 12 de dezembro
de 1997, cuja vigência é também prorrogada por idêntico prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 21,
de 1999)
775
§ 1º Observado o disposto no § 6º do art. 195 da Constituição Federal, a alíquota da contribuição será
de trinta e oito centésimos por cento, nos primeiros doze meses, e de trinta centésimos, nos meses
subseqüentes, facultado ao Poder Executivo reduzi-la total ou parcialmente, nos limites aqui definidos.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 21, de 1999)
§ 3º É a União autorizada a emitir títulos da dívida pública interna, cujos recursos serão destinados ao
custeio da saúde e da previdência social, em montante equivalente ao produto da arrecadação da
contribuição, prevista e não realizada em 1999. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 21, de 1999) (Vide
ADIN nº 2.031-5)
Art. 76. SÃO DESVINCULADOS de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2024, 30%
(trinta por cento) da arrecadação da União relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento
das despesas do Regime Geral de Previdência Social, às contribuições de intervenção no domínio
econômico e às taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a referida data . (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
§ 4º A desvinculação de que trata o caput NÃO SE APLICA às receitas das contribuições sociais
destinadas ao custeio da seguridade social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (PGM-
Teresina/PI-2022)
776
Art. 76-A. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta
por cento) das receitas dos Estados e do Distrito Federal relativas a impostos, taxas e multas, já
instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos
legais, e outras receitas correntes. (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93) (DPEPR-2017)
Parágrafo único. EXCETUAM-SE da desvinculação de que trata o caput: (Incluído dada pela Emenda
constitucional nº 93)
III - receitas de contribuições previdenciárias e de assistência à saúde dos servidores; (Incluído dada
pela Emenda constitucional nº 93)
V - fundos instituídos pelo Poder Judiciário, pelos Tribunais de Contas, pelo Ministério Público,
pelas Defensorias Públicas e pelas Procuradorias-Gerais dos Estados e do Distrito Federal. (Incluído dada
pela Emenda constitucional nº 93) (DPEPR-2017)
Art. 76-B. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por
cento) das receitas dos Municípios relativas a impostos, taxas e multas, já instituídos ou que vierem a ser
criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais, e outras receitas correntes.
(Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93) Produção de efeitos
Parágrafo único. Excetuam-se da desvinculação de que trata o caput: (Incluído dada pela Emenda
constitucional nº 93) Produção de efeitos
III - transferências obrigatórias e voluntárias entre entes da Federação com destinação especificada
em lei; (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93) Produção de efeitos
IV - fundos instituídos pelo Tribunal de Contas do Município. (Incluído dada pela Emenda
constitucional nº 93) Produção de efeitos
Art. 77. Até o exercício financeiro de 2004, os recursos mínimos aplicados nas ações e serviços públicos
de saúde serão equivalentes: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (MPPR-2008)
a) no ano 2000, o montante empenhado em ações e serviços públicos de saúde no exercício financeiro
de 1999 acrescido de, no mínimo, cinco por cento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
b) do ano 2001 ao ano 2004, o valor apurado no ano anterior, corrigido pela variação nominal do
Produto Interno Bruto – PIB; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
777
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por cento do produto da arrecadação dos impostos
a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II,
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; e (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, quinze por cento do produto da arrecadação dos
impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que apliquem percentuais inferiores aos fixados nos
incisos II e III deverão elevá-los gradualmente, até o exercício financeiro de 2004, reduzida a diferença à
razão de, pelo menos, um quinto por ano, sendo que, a partir de 2000, a aplicação será de pelo menos sete
por cento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
§ 2º Dos recursos da União apurados nos termos deste artigo, quinze por cento, no mínimo, serão
aplicados nos Municípios, segundo o critério populacional, em ações e serviços básicos de saúde, na forma
da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
§ 3º Os recursos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados às ações e serviços
públicos de saúde e os transferidos pela União para a mesma finalidade SERÃO APLICADOS por meio de
FUNDO DE SAÚDE que será acompanhado e fiscalizado por Conselho de Saúde, sem prejuízo do disposto
no art. 74 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (MPPR-2008) (MPMA-
2014) (MPBA-2018)
§ 4º Na ausência da lei complementar a que se refere o art. 198, § 3º, a partir do exercício financeiro de
2005, aplicar-se-á à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o disposto neste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Art. 78. Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentícia,
os de que trata o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações
e os que já tiverem os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios
pendentes na data de promulgação desta Emenda e os que decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de
dezembro de 1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em
prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a cessão dos créditos .
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) (PGERO-2011) (AGU-2012) (PGM-Salvador/BA-2015)
(MPPR-2021)
##Atenção: ##Reperc. Geral- STF – Tema 521: ##MPPR-2021:: O pagamento parcelado dos créditos não
alimentares, na forma do art. 78 do ADCT, não caracteriza preterição indevida de precatórios
alimentares, desde que os primeiros tenham sido inscritos em exercício anterior ao da apresentação
dos segundos, uma vez que, ressalvados os créditos de que trata o art. 100, § 2º, da Constituição, o
pagamento dos precatórios deve observar as seguintes diretrizes: (1) a divisão e a organização das
classes ocorrem segundo o ano de inscrição; (2) inicia-se o pagamento pelo exercício mais antigo em
que há débitos pendentes; (3) quitam-se primeiramente os créditos alimentares; depois, os não
alimentares do mesmo ano; (4) passa-se, então, ao ano seguinte da ordem cronológica, repetindo-se o
esquema de pagamento; e assim sucessivamente. STF. Plenário. RE 612707, Rel. Min. Edson Fachin, j.
15/05/20.
§ 2º As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão, se não liquidadas até o final do
exercício a que se referem, poder liberatório do pagamento de tributos da entidade devedora. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 30, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
778
§ 3º O prazo referido no caput deste artigo fica reduzido para dois anos, nos casos de precatórios
judiciais originários de desapropriação de imóvel residencial do credor, desde que comprovadamente
único à época da imissão na posse. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) (DPESP-2006)
Art. 79. É INSTITUÍDO, para vigorar até o ano de 2010, no âmbito do Poder Executivo Federal, o
FUNDO DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA, a ser regulado por lei complementar com o
objetivo de viabilizar a todos os brasileiros acesso a níveis dignos de subsistência, cujos recursos serão
aplicados em ações suplementares de nutrição, habitação, educação, saúde, reforço de renda familiar e
outros programas de relevante interesse social voltados para melhoria da qualidade de vida. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Vide Emenda
Constitucional nº 67, de 2010) (TJSP-2009) (MPMA-2014) (PGM-Recife/PE-2014)
Parágrafo único. O Fundo previsto neste artigo terá Conselho Consultivo e de Acompanhamento
que conte com a participação de representantes da sociedade civil, nos termos da lei. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (PGM-Recife/PE-2014)
III – o produto da arrecadação do imposto de que trata o art. 153, inciso VII, da Constituição;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (DPEGO-2014) (PGM-Recife/PE-2014)
182
Art. 1º Prorrogam-se, por tempo indeterminado, o prazo de vigência do Fundo de Combate e Erradicação da
Pobreza a que se refere o caput do art. 79 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e, igualmente, o
prazo de vigência da Lei Complementar nº 111, de 6 de julho de 2001, que "Dispõe sobre o Fundo de Combate e
Erradicação da Pobreza, na forma prevista nos arts. 79, 80 e 81 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias".
779
V– doações, de qualquer natureza, de pessoas físicas ou jurídicas do País ou do exterior ; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (PGM-Recife/PE-2014)
VI – outras receitas, a serem definidas na regulamentação do referido Fundo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 31, de 2000) (PGM-Recife/PE-2014)
§ 1º Aos recursos integrantes do Fundo de que trata este artigo NÃO SE APLICA o disposto nos arts.
159 e 167, inciso IV, da Constituição, assim como qualquer desvinculação de recursos orçamentários.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000)
780
Art. 81. É instituído Fundo constituído pelos recursos recebidos pela União em decorrência da
desestatização de sociedades de economia mista ou empresas públicas por ela controladas, direta ou
indiretamente, quando a operação envolver a alienação do respectivo controle acionário a pessoa ou
entidade não integrante da Administração Pública, ou de participação societária remanescente após a
alienação, cujos rendimentos, gerados a partir de 18 de junho de 2002, reverterão ao FUNDO DE
COMBATE E ERRADICAÇÃO DE POBREZA. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (Vide
Emenda Constitucional nº 67, de 2010) (DPEGO-2014)
§ 1º Caso o montante anual previsto nos rendimentos transferidos ao Fundo de Combate e Erradicação
da Pobreza, na forma deste artigo, não alcance o valor de quatro bilhões de reais. far-se-à complementação
na forma do art. 80, inciso IV, do Ato das disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 31, de 2000)
§ 2º Sem prejuízo do disposto no § 1º, o Poder Executivo poderá destinar ao Fundo a que se refere este
artigo outras receitas decorrentes da alienação de bens da União. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 31,
de 2000)
Art. 82. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem instituir Fundos de Combate à
Pobreza, com os recursos de que trata este artigo e outros que vierem a destinar, devendo os referidos
Fundos ser geridos por entidades que contem com a participação da sociedade civil. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 31, de 2000)
§ 1º Para o financiamento dos Fundos Estaduais e Distrital, poderá ser criado adicional de até dois
pontos percentuais na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, sobre os
produtos e serviços supérfluos e nas condições definidas na lei complementar de que trata o art. 155, §
2º, XII, da Constituição, não se aplicando, sobre este percentual, o disposto no art. 158, IV, da
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (PGESE-2005)
(PGESE-2005-FCC): A respeito dos tributos previstos na Constituição Federal, é correto afirmar: Apesar
de os impostos serem tributos não vinculados, os Estados poderão instituir adicional de até dois pontos
percentuais na alíquota do ICMS, sobre os produtos e serviços supérfluos e nas condições definidas na lei
complementar de que trata o art. 155, § 2º , XII, da Constituição Federal, vinculado a um Fundo de
Combate à Pobreza. BL: art. 82, caput e §1º, ADCT.
§ 2º Para o financiamento dos Fundos Municipais, poderá ser criado adicional de até meio ponto
percentual na alíquota do Imposto sobre serviços ou do imposto que vier a substituí-lo, sobre serviços
supérfluos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000)
Art. 83. Lei federal definirá os produtos e serviços supérfluos a que se referem os arts. 80, II, e 82, § 2º .
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 1º Fica prorrogada, até a data referida no caput deste artigo, a vigência da Lei nº 9.311, de 24 de
outubro de 1996, e suas alterações.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
§ 2º Do produto da arrecadação da contribuição social de que trata este artigo será destinada a parcela
correspondente à alíquota de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
I - vinte centésimos por cento ao Fundo Nacional de Saúde, para financiamento das ações e serviços de
saúde; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
781
II - dez centésimos por cento ao custeio da previdência social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
37, de 2002)
III - oito centésimos por cento ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, de que tratam os arts.
80 e 81 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de
2002)
§ 3º A alíquota da contribuição de que trata este artigo será de: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 37, de 2002)
I - trinta e oito centésimos por cento, nos exercícios financeiros de 2002 e 2003; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)
Art. 85. A contribuição a que se refere o art. 84 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
não incidirá, a partir do trigésimo dia da data de publicação desta Emenda Constitucional, nos
lançamentos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
b) companhias securitizadoras de que trata a Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
c) sociedades anônimas que tenham por objeto exclusivo a aquisição de créditos oriundos de operações
praticadas no mercado financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
II - em contas correntes de depósito, relativos a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
III - em contas de investidores estrangeiros, relativos a entradas no País e a remessas para o exterior de
recursos financeiros empregados, exclusivamente, em operações e contratos referidos no inciso II deste
artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
§ 1º O Poder Executivo disciplinará o disposto neste artigo no prazo de trinta dias da data de
publicação desta Emenda Constitucional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
§ 2º O disposto no inciso I deste artigo aplica-se somente às operações relacionadas em ato do Poder
Executivo, dentre aquelas que constituam o objeto social das referidas entidades. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)
§ 3º O disposto no inciso II deste artigo aplica-se somente a operações e contratos efetuados por
intermédio de instituições financeiras, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades
distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de mercadorias. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)
Art. 86. Serão pagos conforme disposto no art. 100 da Constituição Federal, não se lhes aplicando a
regra de parcelamento estabelecida no caput do art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, os débitos da Fazenda Federal, Estadual, Distrital ou Municipal oriundos de sentenças
transitadas em julgado, que preencham, cumulativamente, as seguintes condições: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)
782
I - ter sido objeto de emissão de precatórios judiciários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de
2002)
II - ter sido definidos como de pequeno valor pela lei de que trata o § 3º do art. 100 da Constituição
Federal ou pelo art. 87 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)
III - estar, total ou parcialmente, pendentes de pagamento na data da publicação desta Emenda
Constitucional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
§ 1º Os débitos a que se refere o caput deste artigo, ou os respectivos saldos, serão pagos na ordem
cronológica de apresentação dos respectivos precatórios, com precedência sobre os de maior valor. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
§ 2º Os débitos a que se refere o caput deste artigo, se ainda não tiverem sido objeto de pagamento
parcial, nos termos do art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, poderão ser pagos em
duas parcelas anuais, se assim dispuser a lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e o art. 78 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que se dê a
publicação oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado o disposto no § 4º
do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em precatório judiciário, que
tenham valor igual ou inferior a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (PGEPA-2012)
(DPERN-2015) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TCERO-2019) (TCEAM-2021)
CF/88:
Art. 100. (...)
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em
virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades
de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior
benefício do regime geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
ADCT:
Art. 78. Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentícia, os
de que trata o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações e os que
já tiverem os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na data de
promulgação desta Emenda e os que decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de dezembro de 1999 serão
liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em prestações anuais, iguais e
sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a cessão dos créditos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 30, de 2000)
§ 1º É permitida a decomposição de parcelas, a critério do credor. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 30, de 2000)
§ 2º As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão, se não liquidadas até o final do
exercício a que se referem, poder liberatório do pagamento de tributos da entidade devedora. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 30, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
§ 3º O prazo referido no caput deste artigo fica reduzido para dois anos, nos casos de precatórios judiciais
originários de desapropriação de imóvel residencial do credor, desde que comprovadamente único à época da
imissão na posse. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)
783
I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (PGEPA-2012) (DPERN-2015) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (TCERO-2019)
II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 37, de 2002) (PGEPA-2012) (DPERN-2015) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TCERO-
2019) (TCEAM-2021)
Parágrafo único. Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido neste artigo, o pagamento far-se-á,
sempre, por meio de precatório, SENDO FACULTADA à parte exeqüente a renúncia ao crédito do valor
excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o precatório, da forma prevista no § 3º do
art. 100. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (PGEPA-2012) (DPERN-2015) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TCEAM-2021)
Art. 88. Enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos incisos I e III do § 3º do art.
156 da Constituição Federal, o imposto a que se refere o inciso III do caput do mesmo artigo: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (PGM-Recife/PE-2014) (TJPE-2015) (PGM-Salvador/BA-2015)
I – terá alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços a que se referem os itens 32, 33 e
34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002) (PGM-Recife/PE-2014) (PGM-Salvador/BA-2015)
II – não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que resulte, direta
ou indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso I. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002) (TJPE-2015)
Art. 89. Os integrantes da carreira policial militar e os servidores municipais do ex-Território Federal
de Rondônia que, comprovadamente, se encontravam no exercício regular de suas funções prestando
serviço àquele ex-Território na data em que foi transformado em Estado, bem como os servidores e os
policiais militares alcançados pelo disposto no art. 36 da Lei Complementar nº 41, de 22 de dezembro de
1981, e aqueles admitidos regularmente nos quadros do Estado de Rondônia até a data de posse do
primeiro Governador eleito, em 15 de março de 1987, constituirão, mediante opção, quadro em extinção da
administração federal, assegurados os direitos e as vantagens a eles inerentes, vedado o pagamento, a
qualquer título, de diferenças remuneratórias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 60, de 2009)
Art. 90. O prazo previsto no caput do art. 84 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias fica
prorrogado até 31 de dezembro de 2007. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
784
§ 1º Fica prorrogada, até a data referida no caput deste artigo, a vigência da Lei nº 9.311, de 24 de
outubro de 1996, e suas alterações. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 2º Até a data referida no caput deste artigo, a alíquota da contribuição de que trata o art. 84 deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias será de trinta e oito centésimos por cento. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 4º Os Estados e o Distrito Federal deverão apresentar à União, nos termos das instruções baixadas
pelo Ministério da Fazenda, as informações relativas ao imposto de que trata o art. 155, II, declaradas pelos
contribuintes que realizarem operações ou prestações com destino ao exterior . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Art. 92. São acrescidos dez anos ao prazo fixado no art. 40 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Art. 92-A. São acrescidos 50 (cinquenta) anos ao prazo fixado pelo art. 92 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 83, de 2014)
Art. 93. A vigência do disposto no art. 159, III, e § 4º, iniciará somente após a edição da lei de que trata
o referido inciso III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Art. 94. Os regimes especiais de tributação para microempresas e empresas de pequeno porte próprios
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cessarão a partir da entrada em vigor do
regime previsto no art. 146, III, d, da Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda
Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática
ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do
Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
##Atenção: ##STF: ##MPGO-2016: Conforme o STF, com o advento da EC 57/08, foram convalidados
os atos de criação de Municípios cuja lei tenha sido publicada até 31-12-06, atendidos os requisitos na
legislação do respectivo Estado à época de sua criação. A Lei 11.375/99 foi publicada nos termos do art.
9º da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, alterado pela EC 20/97, pelo que a criação do
Município de Pinto Bandeira foi convalidada. STF. ADI 2.381 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-3-2011.
Art. 97. Até que seja editada a lei complementar de que trata o § 15 do art. 100 da Constituição Federal,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, na data de publicação desta Emenda Constitucional,
estejam em mora na quitação de precatórios vencidos, relativos às suas administrações direta e indireta,
inclusive os emitidos durante o período de vigência do regime especial instituído por este artigo, farão esses
pagamentos de acordo com as normas a seguir estabelecidas, sendo inaplicável o disposto no art. 100 desta
Constituição Federal, exceto em seus §§ 2º, 3º, 9º, 10, 11, 12, 13 e 14, e sem prejuízo dos acordos de juízos
785
conciliatórios já formalizados na data de promulgação desta Emenda Constitucional. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009) [Obs.: Declarado integralmente
INCONSTITUCIONAL pelo STF]
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios sujeitos ao regime especial de que trata este artigo
optarão, por meio de ato do Poder Executivo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
I - pelo depósito em conta especial do valor referido pelo § 2º deste artigo; ou (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009)
II - pela adoção do regime especial pelo prazo de até 15 (quinze) anos, caso em que o percentual a ser
depositado na conta especial a que se refere o § 2º deste artigo corresponderá, anualmente, ao saldo total
dos precatórios devidos, acrescido do índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança e de
juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança para fins de
compensação da mora, excluída a incidência de juros compensatórios, diminuído das amortizações e
dividido pelo número de anos restantes no regime especial de pagamento. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009)
§ 2º Para saldar os precatórios, vencidos e a vencer, pelo regime especial, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios devedores depositarão mensalmente, em conta especial criada para tal fim, 1/12 (um doze
avos) do valor calculado percentualmente sobre as respectivas receitas correntes líquidas, apuradas no
segundo mês anterior ao mês de pagamento, sendo que esse percentual, calculado no momento de opção
pelo regime e mantido fixo até o final do prazo a que se refere o § 14 deste artigo, será: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
I - para os Estados e para o Distrito Federal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
a) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), para os Estados das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, ou cujo estoque de precatórios pendentes das suas
administrações direta e indireta corresponder a até 35% (trinta e cinco por cento) do total da receita corrente
líquida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
b) de, no mínimo, 2% (dois por cento), para os Estados das regiões Sul e Sudeste, cujo estoque de
precatórios pendentes das suas administrações direta e indireta corresponder a mais de 35% (trinta e cinco
por cento) da receita corrente líquida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
a) de, no mínimo, 1% (um por cento), para Municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ou
cujo estoque de precatórios pendentes das suas administrações direta e indireta corresponder a até 35%
(trinta e cinco por cento) da receita corrente líquida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
b) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), para Municípios das regiões Sul e
Sudeste, cujo estoque de precatórios pendentes das suas administrações direta e indireta corresponder a
mais de 35 % (trinta e cinco por cento) da receita corrente líquida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)
§ 3º Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata este artigo, o somatório das
receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, transferências
correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição Federal,
verificado no período compreendido pelo mês de referência e os 11 (onze) meses anteriores, excluídas as
duplicidades, e deduzidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
I - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
II - nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira referida no
§ 9º do art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
786
§ 4º As contas especiais de que tratam os §§ 1º e 2º serão administradas pelo Tribunal de Justiça local,
para pagamento de precatórios expedidos pelos tribunais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)
§ 5º Os recursos depositados nas contas especiais de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo não poderão
retornar para Estados, Distrito Federal e Municípios devedores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)
§ 6º Pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos recursos de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo serão
utilizados para pagamento de precatórios em ordem cronológica de apresentação, respeitadas as
preferências definidas no § 1º, para os requisitórios do mesmo ano e no § 2º do art. 100, para requisitórios de
todos os anos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
§ 7º Nos casos em que não se possa estabelecer a precedência cronológica entre 2 (dois) precatórios,
pagar-se-á primeiramente o precatório de menor valor. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
(PGEMG-2012)
§ 8º A aplicação dos recursos restantes dependerá de opção a ser exercida por Estados, Distrito Federal
e Municípios devedores, por ato do Poder Executivo, obedecendo à seguinte forma, que poderá ser aplicada
isoladamente ou simultaneamente: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
I - destinados ao pagamento dos precatórios por meio do leilão; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
62, de 2009)
III - destinados a pagamento por acordo direto com os credores, na forma estabelecida por lei própria
da entidade devedora, que poderá prever criação e forma de funcionamento de câmara de conciliação.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
§ 9º Os leilões de que trata o inciso I do § 8º deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)
I - serão realizados por meio de sistema eletrônico administrado por entidade autorizada pela
Comissão de Valores Mobiliários ou pelo Banco Central do Brasil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)
II - admitirão a habilitação de precatórios, ou parcela de cada precatório indicada pelo seu detentor, em
relação aos quais não esteja pendente, no âmbito do Poder Judiciário, recurso ou impugnação de qualquer
natureza, permitida por iniciativa do Poder Executivo a compensação com débitos líquidos e certos,
inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra devedor originário pela Fazenda Pública devedora
até a data da expedição do precatório, ressalvados aqueles cuja exigibilidade esteja suspensa nos termos da
legislação, ou que já tenham sido objeto de abatimento nos termos do § 9º do art. 100 da Constituição
Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
III - ocorrerão por meio de oferta pública a todos os credores habilitados pelo respectivo ente
federativo devedor; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
IV - considerarão automaticamente habilitado o credor que satisfaça o que consta no inciso II; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
V - serão realizados tantas vezes quanto necessário em função do valor disponível; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
VI - a competição por parcela do valor total ocorrerá a critério do credor, com deságio sobre o valor
desta; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
787
VII - ocorrerão na modalidade deságio, associado ao maior volume ofertado cumulado ou não com o
maior percentual de deságio, pelo maior percentual de deságio, podendo ser fixado valor máximo por
credor, ou por outro critério a ser definido em edital; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
VIII - o mecanismo de formação de preço constará nos editais publicados para cada leilão; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
IX - a quitação parcial dos precatórios será homologada pelo respectivo Tribunal que o expediu.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
§ 10. No caso de não liberação tempestiva dos recursos de que tratam o inciso II do § 1º e os §§ 2º e 6º
deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
I - haverá o sequestro de quantia nas contas de Estados, Distrito Federal e Municípios devedores, por
ordem do Presidente do Tribunal referido no § 4º, até o limite do valor não liberado; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009)
IV - enquanto perdurar a omissão, a entidade devedora: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)
a) não poderá contrair empréstimo externo ou interno; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)
b) ficará impedida de receber transferências voluntárias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)
V - a União reterá os repasses relativos ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal e ao
Fundo de Participação dos Municípios, e os depositará nas contas especiais referidas no § 1º, devendo sua
utilização obedecer ao que prescreve o § 5º, ambos deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)
§ 12. Se a lei a que se refere o § 4º do art. 100 não estiver publicada em até 180 (cento e oitenta) dias,
contados da data de publicação desta Emenda Constitucional, será considerado, para os fins referidos, em
relação a Estados, Distrito Federal e Municípios devedores, omissos na regulamentação, o valor de:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPPR-2019)
I - 40 (quarenta) salários mínimos para Estados e para o Distrito Federal; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009)
II - 30 (trinta) salários mínimos para Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
(PGM-Manaus/AM-2018) (MPPR-2019)
§ 13. Enquanto Estados, Distrito Federal e Municípios devedores estiverem realizando pagamentos de
precatórios pelo regime especial, não poderão sofrer sequestro de valores, exceto no caso de não liberação
788
tempestiva dos recursos de que tratam o inciso II do § 1º e o § 2º deste artigo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009)
§ 15. Os precatórios parcelados na forma do art. 33 ou do art. 78 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias e ainda pendentes de pagamento ingressarão no regime especial com o valor
atualizado das parcelas não pagas relativas a cada precatório, bem como o saldo dos acordos judiciais e
extrajudiciais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
§ 17. O valor que exceder o limite previsto no § 2º do art. 100 da Constituição Federal será pago,
durante a vigência do regime especial, na forma prevista nos §§ 6º e 7º ou nos incisos I, II e III do § 8° deste
artigo, devendo os valores dispendidos para o atendimento do disposto no § 2º do art. 100 da Constituição
Federal serem computados para efeito do § 6º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)
§ 18. Durante a vigência do regime especial a que se refere este artigo, gozarão também da preferência
a que se refere o § 6º os titulares originais de precatórios que tenham completado 60 (sessenta) anos de
idade até a data da promulgação desta Emenda Constitucional . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)
##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF declarou inconstitucionais o § 15 do art. 100 da CF/88 e todo o art.
97 do ADCT. STF. Plenário. ADI 4357/DF, ADI 4425/DF, ADI 4372/DF, ADI 4400/DF, rel. Min. Ayres
Britto, 6 e 7/3/13.
§ 1º No prazo de 8 (oito) anos, a União, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com
defensores públicos em todas as unidades jurisdicionais, observado o disposto no caput deste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) (DPEES-2016) (DPEMT-2016) (DPEAM-2018)
(DPEMG-2014/2019) (DPESP-2015/2019) (DPESC-2017/2021) (DPEGO-2021)
§ 2º Durante o decurso do prazo previsto no § 1º deste artigo, a lotação dos defensores públicos
ocorrerá, prioritariamente, atendendo as regiões com maiores índices de exclusão social e adensamento
populacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) (DPEMT-2016) (DPEAM-2018)
(DPESP-2015/2019) (DPEGO-2021) (DPESC-2021)
Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso de operações e prestações
que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte localizado em outro Estado, o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será partilhado entre os Estados de
origem e de destino, na seguinte proporção: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)
I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta por cento) para o
Estado de origem;
II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% (sessenta por cento)
para o Estado de origem;
III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% (quarenta por cento)
para o Estado de origem;
IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte por cento) para
o Estado de origem;
V - a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino.
Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da
Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do
Tribunal de Contas da União APOSENTAR-SE-ÃO, COMPULSORIAMENTE, aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, nas condições do art. 52 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 88,
de 2015) (MPT-2017)
§ 1º Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata este artigo, o somatório das
receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, de
transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição
Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência e
os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e deduzidas: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 94, de 2016)
I - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
II - nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para custeio de
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira referida
no § 9º do art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
§ 2º O débito de precatórios será pago com recursos orçamentários próprios provenientes das fontes
de receita corrente líquida referidas no § 1º deste artigo e, adicionalmente, poderão ser utilizados recursos
dos seguintes instrumentos: (Redação dada pela Emenda constitucional nº 99, de 2017)
790
I - até 75% (setenta e cinco por cento) dos depósitos judiciais e dos depósitos administrativos em
dinheiro referentes a processos judiciais ou administrativos, tributários ou não tributários, nos quais sejam
parte os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios, e as respectivas autarquias, fundações e empresas
estatais dependentes, mediante a instituição de fundo garantidor em montante equivalente a 1/3 (um terço)
dos recursos levantados, constituído pela parcela restante dos depósitos judiciais e remunerado pela taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, nunca inferior aos
índices e critérios aplicados aos depósitos levantados; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 99, de
2017)
II - até 30% (trinta por cento) dos demais depósitos judiciais da localidade sob jurisdição do
respectivo Tribunal de Justiça, mediante a instituição de fundo garantidor em montante equivalente aos
recursos levantados, constituído pela parcela restante dos depósitos judiciais e remunerado pela taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, nunca inferior aos
índices e critérios aplicados aos depósitos levantados, destinando-se: (Redação dada pela Emenda
constitucional nº 99, de 2017)
a) no caso do Distrito Federal, 100% (cem por cento) desses recursos ao próprio Distrito Federal;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
b) no caso dos Estados, 50% (cinquenta por cento) desses recursos ao próprio Estado e 50%
(cinquenta por cento) aos respectivos Municípios, conforme a circunscrição judiciária onde estão
depositados os recursos, e, se houver mais de um Município na mesma circunscrição judiciária, os recursos
serão rateados entre os Municípios concorrentes, proporcionalmente às respectivas populações, utilizado
como referência o último levantamento censitário ou a mais recente estimativa populacional da Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); (Redação dada pela Emenda constitucional nº 99, de 2017)
III - empréstimos, excetuados para esse fim os limites de endividamento de que tratam os incisos VI
e VII do caput do art. 52 da Constituição Federal e quaisquer outros limites de endividamento previstos em
lei, não se aplicando a esses empréstimos a vedação de vinculação de receita prevista no inciso IV do caput
do art. 167 da Constituição Federal; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 99, de 2017)
§ 5º Os empréstimos de que trata o inciso III do § 2º deste artigo poderão ser destinados, por meio de
ato do Poder Executivo, exclusivamente ao pagamento de precatórios por acordo direto com os credores, na
forma do disposto no inciso III do § 8º do art. 97 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
Art. 102. Enquanto viger o regime especial previsto nesta Emenda Constitucional, pelo menos 50%
(cinquenta por cento) dos recursos que, nos termos do art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, forem destinados ao pagamento dos precatórios em mora serão utilizados no pagamento
segundo a ordem cronológica de apresentação, respeitadas as preferências dos créditos alimentares, e,
nessas, as relativas à idade, ao estado de saúde e à deficiência, nos termos do § 2º do art. 100 da
Constituição Federal, sobre todos os demais créditos de todos os anos. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 94, de 2016)
791
§ 1º A aplicação dos recursos remanescentes, por opção a ser exercida por Estados, Distrito Federal e
Municípios, por ato do respectivo Poder Executivo, observada a ordem de preferência dos credores, poderá
ser destinada ao pagamento mediante acordos diretos, perante Juízos Auxiliares de Conciliação de
Precatórios, com redução máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito atualizado, desde que
em relação ao crédito não penda recurso ou defesa judicial e que sejam observados os requisitos definidos
na regulamentação editada pelo ente federado. (Numerado do parágrafo único pela Emenda constitucional nº
99, de 2017)
§ 2º Na vigência do regime especial previsto no art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, as preferências relativas à idade, ao estado de saúde e à deficiência serão atendidas até o
valor equivalente ao quíntuplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º do art. 100 da Constituição
Federal, admitido o fracionamento para essa finalidade, e o restante será pago em ordem cronológica de
apresentação do precatório. (Incluído pela Emenda constitucional nº 99, de 2017) (PGM-João Pessoa/PB-
2018)
Art. 103. Enquanto os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estiverem efetuando o pagamento
da parcela mensal devida como previsto no caput do art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, nem eles, nem as respectivas autarquias, fundações e empresas estatais dependentes poderão
sofrer sequestro de valores, exceto no caso de não liberação tempestiva dos recursos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 94, de 2016)
Parágrafo único. Na vigência do regime especial previsto no art. 101 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, FICAM VEDADAS desapropriações pelos Estados, pelo Distrito Federal e
pelos Municípios, cujos estoques de precatórios ainda pendentes de pagamento, incluídos os precatórios
a pagar de suas entidades da administração indireta, SEJAM superiores a 70% (setenta por cento) das
respectivas receitas correntes líquidas, excetuadas as desapropriações para fins de necessidade pública
nas áreas de saúde, educação, segurança pública, transporte público, saneamento básico e habitação de
interesse social. (Incluído pela Emenda constitucional nº 99, de 2017) (PGEAP-2018)
Art. 104. Se os recursos referidos no art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
para o pagamento de precatórios não forem tempestivamente liberados, no todo ou em parte: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
I - o Presidente do Tribunal de Justiça local determinará o sequestro, até o limite do valor não
liberado, das contas do ente federado inadimplente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
III - a União reterá os recursos referentes aos repasses ao Fundo de Participação dos Estados e do
Distrito Federal e ao Fundo de Participação dos Municípios e os depositará na conta especial referida no art.
101 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para utilização como nele previsto; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
IV - os Estados reterão os repasses previstos no parágrafo único do art. 158 da Constituição Federal e
os depositarão na conta especial referida no art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
para utilização como nele previsto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
Parágrafo único. Enquanto perdurar a omissão, o ente federado não poderá contrair empréstimo
externo ou interno, exceto para os fins previstos no § 2º do art. 101 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, e ficará impedido de receber transferências voluntárias. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 94, de 2016)
Art. 105. Enquanto viger o regime de pagamento de precatórios previsto no art. 101 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, é facultada aos credores de precatórios, próprios ou de terceiros, a
792
compensação com débitos de natureza tributária ou de outra natureza que até 25 de março de 2015 tenham
sido inscritos na dívida ativa dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, observados os requisitos
definidos em lei própria do ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
§ 1º Não se aplica às compensações referidas no caput deste artigo qualquer tipo de vinculação,
como as transferências a outros entes e as destinadas à educação, à saúde e a outras finalidades. (Numerado
do parágrafo único pela Emenda constitucional nº 99, de 2017)
§ 3º Decorrido o prazo estabelecido no § 2º deste artigo sem a regulamentação nele prevista, ficam os
credores de precatórios autorizados a exercer a faculdade a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela
Emenda constitucional nº 99, de 2017)
Art. 106. Fica instituído o Novo Regime Fiscal no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social da União, que vigorará por vinte exercícios financeiros, nos termos dos arts. 107 a 114 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (Vide
Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.
Art. 107. Ficam estabelecidos, para cada exercício, limites individualizados para as despesas
primárias: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (ABIN-2018) (Anal. Judic./STJ-2018)
##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.
I - do Poder Executivo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (Revogado pela Emenda
Constitucional nº 126, de 2022)
III - do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Tribunal de Contas da União, no âmbito
do Poder Legislativo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (Anal. Judic./STJ-2018)
§ 1º Cada um dos limites a que se refere o caput deste artigo equivalerá: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016)
I - para o exercício de 2017, à despesa primária paga no exercício de 2016, incluídos os restos a
pagar pagos e demais operações que afetam o resultado primário, corrigida em 7,2% (sete inteiros e dois
décimos por cento); e
793
§ 2º Os limites estabelecidos na forma do inciso IV do caput do art. 51, do inciso XIII do caput do
art. 52, do § 1º do art. 99, do § 3º do art. 127 e do § 3º do art. 134 da Constituição Federal não poderão ser
superiores aos estabelecidos nos termos deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
§ 4º As despesas primárias autorizadas na lei orçamentária anual sujeitas aos limites de que trata
este artigo não poderão exceder os valores máximos demonstrados nos termos do § 3º deste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
§ 6º Não se incluem na base de cálculo e nos limites estabelecidos neste artigo: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
II - créditos extraordinários a que se refere o § 3º do art. 167 da Constituição Federal; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
III - despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições; e (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
IV - despesas com aumento de capital de empresas estatais não dependentes. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
V - transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios de parte dos valores arrecadados com os
leilões dos volumes excedentes ao limite a que se refere o § 2º do art. 1º da Lei nº 12.276, de 30 de junho de
2010, e a despesa decorrente da revisão do contrato de cessão onerosa de que trata a mesma Lei. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)
VI - despesas correntes ou transferências aos fundos de saúde dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, destinadas ao pagamento de despesas com pessoal para cumprimento dos pisos
nacionais salariais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, de
acordo com os §§ 12, 13, 14 e 15 do art. 198 da Constituição Federal . (Incluído pela Emenda Constitucional nº
127, de 2022)
§ 6º-A Não se incluem no limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo, a partir do exercício
financeiro de 2023: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
III - despesas custeadas com recursos oriundos de transferências dos demais entes da Federação
para a União destinados à execução direta de obras e serviços de engenharia . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 126, de 2022)
794
§ 6º-B Não se incluem no limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo as despesas com
investimentos em montante que corresponda ao excesso de arrecadação de receitas correntes do exercício
anterior ao que se refere a lei orçamentária, limitadas a 6,5% (seis inteiros e cinco décimos por cento) do
excesso de arrecadação de receitas correntes do exercício de 2021 . (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 126, de 2022)
§ 6º-C As despesas previstas no § 6º-B deste artigo não serão consideradas para fins de verificação
do cumprimento da meta de resultado primário estabelecida no caput do art. 2º da Lei nº 14.436, de 9 de
agosto de 2022. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
§ 7º Nos três primeiros exercícios financeiros da vigência do Novo Regime Fiscal, o Poder
Executivo poderá compensar com redução equivalente na sua despesa primária, consoante os valores
estabelecidos no projeto de lei orçamentária encaminhado pelo Poder Executivo no respectivo exercício, o
excesso de despesas primárias em relação aos limites de que tratam os incisos II a V do caput deste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
§ 8º A compensação de que trata o § 7º deste artigo não excederá a 0,25% (vinte e cinco centésimos
por cento) do limite do Poder Executivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
§ 10. Para fins de verificação do cumprimento dos limites de que trata este artigo, serão
consideradas as despesas primárias pagas, incluídos os restos a pagar pagos e demais operações que
afetam o resultado primário no exercício . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (Anal.
Judic./STJ-2018)
§ 11. O pagamento de restos a pagar inscritos até 31 de dezembro de 2015 poderá ser excluído da
verificação do cumprimento dos limites de que trata este artigo, até o excesso de resultado primário dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do exercício em relação à meta fixada na lei de diretrizes
orçamentárias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
§ 12. Para fins da elaboração do projeto de lei orçamentária anual, o Poder Executivo considerará o
valor realizado até junho do índice previsto no inciso II do § 1º deste artigo, relativo ao ano de
encaminhamento do projeto, e o valor estimado até dezembro desse mesmo ano . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 113, de 2021)
§ 13. A estimativa do índice a que se refere o § 12 deste artigo, juntamente com os demais
parâmetros macroeconômicos, serão elaborados mensalmente pelo Poder Executivo e enviados à
comissão mista de que trata o § 1º do art. 166 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 113, de 2021)
§ 14. O resultado da diferença aferida entre as projeções referidas nos §§ 12 e 13 deste artigo e a
efetiva apuração do índice previsto no inciso II do § 1º deste artigo será calculado pelo Poder Executivo,
para fins de definição da base de cálculo dos respectivos limites do exercício seguinte, a qual será
comunicada aos demais Poderes por ocasião da elaboração do projeto de lei orçamentária. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
Art. 107-A. Até o fim de 2026, fica estabelecido, para cada exercício financeiro, limite para alocação
na proposta orçamentária das despesas com pagamentos em virtude de sentença judiciária de que trata o
art. 100 da Constituição Federal, equivalente ao valor da despesa paga no exercício de 2016, incluídos os
restos a pagar pagos, corrigido, para o exercício de 2017, em 7,2% (sete inteiros e dois décimos por cento)
e, para os exercícios posteriores, pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), publicado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou de outro índice que
vier a substituí-lo, apurado no exercício anterior a que se refere a lei orçamentária, devendo o espaço fiscal
decorrente da diferença entre o valor dos precatórios expedidos e o respectivo limite ser destinado ao
programa previsto no parágrafo único do art. 6º e à seguridade social, nos termos do art. 194, ambos da
Constituição Federal, a ser calculado da seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 126,
de 2022)
795
I - no exercício de 2022, o espaço fiscal decorrente da diferença entre o valor dos precatórios
expedidos e o limite estabelecido no caput deste artigo deverá ser destinado ao programa previsto no
parágrafo único do art. 6º e à seguridade social, nos termos do art. 194, ambos da Constituição Federal;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
II - no exercício de 2023, pela diferença entre o total de precatórios expedidos entre 2 de julho de
2021 e 2 de abril de 2022 e o limite de que trata o caput deste artigo válido para o exercício de 2023; e
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
III - nos exercícios de 2024 a 2026, pela diferença entre o total de precatórios expedidos entre 3 de
abril de dois anos anteriores e 2 de abril do ano anterior ao exercício e o limite de que trata o caput deste
artigo válido para o mesmo exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
§ 2º Os precatórios que não forem pagos em razão do previsto neste artigo terão prioridade para
pagamento em exercícios seguintes, observada a ordem cronológica e o disposto no § 8º deste
artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
§ 3º É facultado ao credor de precatório que não tenha sido pago em razão do disposto neste artigo,
além das hipóteses previstas no § 11 do art. 100 da Constituição Federal e sem prejuízo dos procedimentos
previstos nos §§ 9º e 21 do referido artigo, optar pelo recebimento, mediante acordos diretos perante
Juízos Auxiliares de Conciliação de Pagamento de Condenações Judiciais contra a Fazenda Pública
Federal, em parcela única, até o final do exercício seguinte, com renúncia de 40% (quarenta por cento) do
valor desse crédito. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
§ 5º Não se incluem no limite estabelecido neste artigo as despesas para fins de cumprimento do
disposto nos §§ 11, 20 e 21 do art. 100 da Constituição Federal e no § 3º deste artigo, bem como a
atualização monetária dos precatórios inscritos no exercício . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de
2021)
§ 6º Não se incluem nos limites estabelecidos no art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias o previsto nos §§ 11, 20 e 21 do art. 100 da Constituição Federal e no § 3º deste artigo .
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
I - obrigações definidas em lei como de pequeno valor, previstas no § 3º do art. 100 da Constituição
Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
III - demais precatórios de natureza alimentícia até o valor equivalente ao triplo do montante
fixado em lei como obrigação de pequeno valor; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
796
IV - demais precatórios de natureza alimentícia além do valor previsto no inciso III deste parágrafo ;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
Art. 109. Se verificado, na aprovação da lei orçamentária, que, no âmbito das despesas sujeitas aos
limites do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a proporção da despesa
obrigatória primária em relação à despesa primária total foi superior a 95% (noventa e cinco por cento),
aplicam-se ao respectivo Poder ou órgão, até o final do exercício a que se refere a lei orçamentária, sem
prejuízo de outras medidas, as seguintes vedações: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de
2021) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.
II - criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016)
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016) (Anal. Judic./STJ-2018)
IV - admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
VII - criação de despesa obrigatória; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
797
VIII - adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da
inflação, observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do art. 7º da
Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
§ 1º As vedações previstas nos incisos I, III e VI do caput deste artigo, quando acionadas as
vedações para qualquer dos órgãos elencados nos incisos II, III e IV do caput do art. 107 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, aplicam-se ao conjunto dos órgãos referidos em cada inciso.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
§ 2º Caso as vedações de que trata o caput deste artigo sejam acionadas para o Poder Executivo,
ficam vedadas: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
§ 3º Caso as vedações de que trata o caput deste artigo sejam acionadas, fica vedada a concessão da
revisão geral prevista no inciso X do caput do art. 37 da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)
§ 4º As disposições deste artigo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
I - não constituem obrigação de pagamento futuro pela União ou direitos de outrem sobre o
erário; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
III - aplicam-se também a proposições legislativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de
2021)
§ 5º O disposto nos incisos II, IV, VII e VIII do caput e no § 2º deste artigo não se aplica a medidas
de combate a calamidade pública nacional cuja vigência e efeitos não ultrapassem a sua duração. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Art. 110. Na vigência do Novo Regime Fiscal, as aplicações mínimas em ações e serviços públicos
de saúde e em manutenção e desenvolvimento do ensino equivalerão: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.
I - no exercício de 2017, às aplicações mínimas calculadas nos termos do inciso I do § 2º do art. 198 e
do caput do art. 212, da Constituição Federal; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
II - nos exercícios posteriores, aos valores calculados para as aplicações mínimas do exercício
imediatamente anterior, corrigidos na forma estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
798
Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o exercício financeiro de 2022, a aprovação e a
execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal corresponderão ao montante de
execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na forma estabelecida no inciso II do § 1º do art.
107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
126, de 2022) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.
Art. 111-A. A partir do exercício financeiro de 2024, até o último exercício de vigência do Novo
Regime Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal
corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2023, corrigido na forma
estabelecida no inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de
2022)
##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.
Art. 112. As disposições introduzidas pelo Novo Regime Fiscal: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.
I - não constituirão obrigação de pagamento futuro pela União ou direitos de outrem sobre o erário;
e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)
Art. 113. A proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita
deverá ser acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016) (TJPR-2021) (MPMG-2021) (PGECE-2021) (TJAP-2022)
(PGECE-2021-CESPE): Proposição legislativa estadual que criar renúncia de receita a título de desconto
do pagamento de aluguel de imóveis públicos no ano de 2021, com o escopo de abrandar os efeitos
econômicos adversos da pandemia de covid-19, deverá ser acompanhada de estimativa de impacto
orçamentário e financeiro. Abstraindo-se a sua previsão em normas orçamentárias, essa obrigação está
prevista somente em norma constitucional. BL: art. 113, ADCT.
##Atenção: Cumpre destacar que se trata de uma renúncia de receita patrimonial (decorrente de
aluguel). Caso o enunciado mencionasse renúncia de receita de natureza tributária (impostos, taxas ou
contribuições de melhoria), também deveria ser aplicado o disposto no art. 14 da LRF: “Art. 14. A
concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita
deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva
iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma
das seguintes condições (...)”. Além disso, vejamos o teor do art. 3º da EC 106/2020: “Art. 3º Desde que não
impliquem despesa permanente, as proposições legislativas e os atos do Poder Executivo com propósito exclusivo de
enfrentar a calamidade e suas consequências sociais e econômicas, com vigência e efeitos restritos à sua duração,
ficam dispensados da observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao aperfeiçoamento
de ação governamental que acarrete aumento de despesa e à concessão ou à ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária da qual decorra renúncia de receita.” Contudo, o comando da questão reflete uma
hipótese de renúncia de receita de natureza não tributária, razão pela qual não se aplicam os
mencionados dispositivos legais.
799
Art. 114. A tramitação de proposição elencada no caput do art. 59 da Constituição Federal,
ressalvada a referida no seu inciso V, quando acarretar aumento de despesa ou renúncia de receita, será
suspensa por até vinte dias, a requerimento de um quinto dos membros da Casa, nos termos regimentais,
para análise de sua compatibilidade com o Novo Regime Fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
95, de 2016) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.
Art. 115. Fica excepcionalmente autorizado o parcelamento das contribuições previdenciárias e dos
demais débitos dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, com os respectivos regimes
próprios de previdência social, com vencimento até 31 de outubro de 2021, inclusive os parcelados
anteriormente, no prazo máximo de 240 (duzentos e quarenta) prestações mensais, mediante autorização
em lei municipal específica, desde que comprovem ter alterado a legislação do regime próprio de
previdência social para atendimento das seguintes condições, cumulativamente: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 113, de 2021)
III - adequação da alíquota de contribuição devida pelos servidores, nos termos do § 4º do art. 9º da
Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113,
de 2021)
§ 1º Os Municípios que possuam regime próprio de previdência social deverão comprovar, para
fins de formalização do parcelamento com o Regime Geral de Previdência Social, de que trata este artigo,
terem atendido as condições estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caputdo art. 115 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
§ 2º Os débitos parcelados terão redução de 40% (quarenta por cento) das multas de mora, de ofício
e isoladas, de 80% (oitenta por cento) dos juros de mora, de 40% (quarenta por cento) dos encargos legais
e de 25% (vinte e cinco por cento) dos honorários advocatícios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113,
de 2021)
§ 3º O valor de cada parcela será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulada mensalmente, calculados a partir do mês
800
subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 113, de 2021)
§ 4º Não constituem débitos dos Municípios aqueles considerados prescritos ou atingidos pela
decadência. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
Art. 117. A formalização dos parcelamentos de que tratam os arts. 115 e 116 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias deverá ocorrer até 30 de junho de 2022 e ficará condicionada à
autorização de vinculação do Fundo de Participação dos Municípios para fins de pagamento das
prestações acordadas nos termos de parcelamento, observada a seguinte ordem de preferência : (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
Art. 118. Os limites, as condições, as normas de acesso e os demais requisitos para o atendimento
do disposto no parágrafo único do art. 6º e no inciso VI do caput do art. 203 da Constituição Federal serão
determinados, na forma da lei e respectivo regulamento, até 31 de dezembro de 2022, dispensada,
exclusivamente no exercício de 2022, a observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou
ao aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa no referido exercício.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)
Art. 119. Em decorrência do estado de calamidade pública provocado pela pandemia da Covid-19,
os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os agentes públicos desses entes federados não poderão ser
responsabilizados administrativa, civil ou criminalmente pelo descumprimento, exclusivamente nos
exercícios financeiros de 2020 e 2021, do disposto no caput do art. 212 da Constituição Federal. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 119, de 2022)
Parágrafo único. Para efeitos do disposto no caput deste artigo, o ente deverá complementar na
aplicação da manutenção e desenvolvimento do ensino, até o exercício financeiro de 2023, a diferença a
menor entre o valor aplicado, conforme informação registrada no sistema integrado de planejamento e
orçamento, e o valor mínimo exigível constitucionalmente para os exercícios de 2020 e 2021. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 119, de 2022)
##Atenção: Vejamos o teor do art. 2º da EC 119/2022: “Art. 2º O disposto no caput do art. 119 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias impede a aplicação de quaisquer penalidades, sanções ou restrições aos
entes subnacionais para fins cadastrais, de aprovação e de celebração de ajustes onerosos ou não, incluídas a
contratação, a renovação ou a celebração de aditivos de quaisquer tipos, de ajustes e de convênios, entre outros,
inclusive em relação à possibilidade de execução financeira desses ajustes e de recebimento de recursos do orçamento
geral da União por meio de transferências voluntárias. Parágrafo único. O disposto no caput do art. 119 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias também obsta a ocorrência dos efeitos do inciso III do caput do art. 35 da
Constituição Federal.”
Art. 120. Fica reconhecido, no ano de 2022, o estado de emergência decorrente da elevação
extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais
dela decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)
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Parágrafo único. Para enfretamento ou mitigação dos impactos decorrentes do estado de emergência
reconhecido, as medidas implementadas, até os limites de despesas previstos em uma única e exclusiva
norma constitucional observarão o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)
a) serão atendidas por meio de crédito extraordinário ; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 123, de
2022)
b) não serão consideradas para fins de apuração da meta de resultado primário estabelecida no caput
do art. 2º da Lei nº 14.194, de 20 de agosto de 2021, e do limite estabelecido para as despesas primárias,
conforme disposto no inciso I do caput do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
e (Incluída pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)
c) ficarão ressalvadas do disposto no inciso III do caput do art. 167 da Constituição Federal; (Incluída
pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)
III - a dispensa das limitações legais, inclusive quanto à necessidade de compensação : (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 123, de 2022)
b) à renúncia de receita que possa ocorrer. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)
Art. 121. As contas referentes aos patrimônios acumulados de que trata o § 2º do art. 239 da
Constituição Federal cujos recursos não tenham sido reclamados por prazo superior a 20 (vinte) anos serão
encerradas após o prazo de 60 (sessenta) dias da publicação de aviso no Diário Oficial da União, ressalvada
reivindicação por eventual interessado legítimo dentro do referido prazo . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 126, de 2022)
Parágrafo único. Os valores referidos no caput deste artigo serão tidos por abandonados, nos termos
do inciso III do caput do art. 1.275 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e serão
apropriados pelo Tesouro Nacional como receita primária para realização de despesas de investimento de
que trata o § 6º-B do art. 107, que não serão computadas nos limites previstos no art. 107, ambos deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, podendo o interessado reclamar ressarcimento à União no
prazo de até 5 (cinco) anos do encerramento das contas . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de
2022)
Art. 122. As transferências financeiras realizadas pelo Fundo Nacional de Saúde e pelo Fundo
Nacional de Assistência Social diretamente aos fundos de saúde e assistência social estaduais, municipais e
distritais, para enfrentamento da pandemia da Covid-19, poderão ser executadas pelos entes federativos até
31 de dezembro de 2023. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)
Ulysses Guimarães , Presidente - Mauro Benevides , 1.º Vice-Presidente - Jorge Arbage , 2.º Vice-Presidente -
Marcelo Cordeiro , 1.º Secretário - Mário Maia , 2.º Secretário - Arnaldo Faria de Sá , 3.º Secretário - Benedita da
Silva , 1.º Suplente de Secretário - Luiz Soyer , 2.º Suplente de Secretário - Sotero Cunha , 3.º Suplente de
Secretário - Bernardo Cabral , Relator Geral - Adolfo Oliveira , Relator Adjunto - Antônio Carlos Konder Reis ,
Relator Adjunto - José Fogaça , Relator Adjunto - Abigail Feitosa - Acival Gomes - Adauto Pereira - Ademir
Andrade - Adhemar de Barros Filho - Adroaldo Streck - Adylson Motta - Aécio de Borba - Aécio Neves - Affonso
Camargo - Afif Domingos - Afonso Arinos - Afonso Sancho - Agassiz Almeida - Agripino de Oliveira Lima - Airton
Cordeiro - Airton Sandoval - Alarico Abib - Albano Franco - Albérico Cordeiro - Albérico Filho - Alceni Guerra -
Alcides Saldanha - Aldo Arantes - Alércio Dias - Alexandre Costa - Alexandre Puzyna - Alfredo Campos - Almir
Gabriel - Aloisio Vasconcelos - Aloysio Chaves - Aloysio Teixeira - Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - Álvaro
Antônio - Álvaro Pacheco - Álvaro Valle - Alysson Paulinelli - Amaral Netto - Amaury Müller - Amilcar Moreira -
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Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Annibal Barcellos - Antero de Barros - Antônio Câmara - Antônio Carlos
Franco - Antonio Carlos Mendes Thame - Antônio de Jesus - Antonio Ferreira - Antonio Gaspar - Antonio Mariz -
Antonio Perosa - Antônio Salim Curiati - Antonio Ueno - Arnaldo Martins - Arnaldo Moraes - Arnaldo Prieto -
Arnold Fioravante - Arolde de Oliveira - Artenir Werner - Artur da Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto - Átila
Lira - Augusto Carvalho - Áureo Mello - Basílio Villani - Benedicto Monteiro - Benito Gama - Beth Azize - Bezerra de
Melo - Bocayuva Cunha - Bonifácio de Andrada - Bosco França - Brandão Monteiro - Caio Pompeu - Carlos Alberto -
Carlos Alberto Caó - Carlos Benevides - Carlos Cardinal - Carlos Chiarelli - Carlos Cotta - Carlos De’Carli - Carlos
Mosconi - Carlos Sant’Anna - Carlos Vinagre - Carlos Virgílio - Carrel Benevides - Cássio Cunha Lima - Célio de
Castro - Celso Dourado - César Cals Neto - César Maia - Chagas Duarte - Chagas Neto - Chagas Rodrigues - Chico
Humberto - Christóvam Chiaradia - Cid Carvalho - Cid Sabóia de Carvalho - Cláudio Ávila - Cleonâncio Fonseca -
Costa Ferreira - Cristina Tavares - Cunha Bueno - Dálton Canabrava - Darcy Deitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra -
Davi Alves Silva - Del Bosco Amaral - Delfim Netto - Délio Braz - Denisar Arneiro - Dionisio Dal Prá - Dionísio
Hage - Dirce Tutu Quadros - Dirceu Carneiro - Divaldo Suruagy - Djenal Gonçalves - Domingos Juvenil - Domingos
Leonelli - Doreto Campanari - Edésio Frias - Edison Lobão - Edivaldo Motta - Edme Tavares - Edmilson Valentim -
Eduardo Bonfim - Eduardo Jorge - Eduardo Moreira - Egídio Ferreira Lima - Elias Murad - Eliel Rodrigues - Eliézer
Moreira - Enoc Vieira - Eraldo Tinoco - Eraldo Trindade - Erico Pegoraro - Ervin Bonkoski - Etevaldo Nogueira -
Euclides Scalco - Eunice Michiles - Evaldo Gonçalves - Expedito Machado - Ézio Ferreira - Fábio Feldmann - Fábio
Raunheitti - Farabulini Júnior - Fausto Fernandes - Fausto Rocha - Felipe Mendes - Feres Nader - Fernando Bezerra
Coelho - Fernando Cunha - Fernando Gasparian - Fernando Gomes - Fernando Henrique Cardoso - Fernando Lyra -
Fernando Santana - Fernando Velasco - Firmo de Castro - Flavio Palmier da Veiga - Flávio Rocha - Florestan
Fernandes - Floriceno Paixão - França Teixeira - Francisco Amaral - Francisco Benjamim - Francisco Carneiro -
Francisco Coelho - Francisco Diógenes - Francisco Dornelles - Francisco Küster - Francisco Pinto - Francisco
Rollemberg - Francisco Rossi - Francisco Sales - Furtado Leite - Gabriel Guerreiro - Gandi Jamil - Gastone Righi -
Genebaldo Correia - Genésio Bernardino - Geovani Borges - Geraldo Alckmin Filho - Geraldo Bulhões - Geraldo
Campos - Geraldo Fleming - Geraldo Melo - Gerson Camata - Gerson Marcondes - Gerson Peres - Gidel Dantas - Gil
César - Gilson Machado - Gonzaga Patriota - Guilherme Palmeira - Gumercindo Milhomem - Gustavo de Faria -
Harlan Gadelha - Haroldo Lima - Haroldo Sabóia - Hélio Costa - Hélio Duque - Hélio Manhães - Hélio Rosas -
Henrique Córdova - Henrique Eduardo Alves - Heráclito Fortes - Hermes Zaneti - Hilário Braun - Homero Santos -
Humberto Lucena - Humberto Souto - Iberê Ferreira - Ibsen Pinheiro - Inocêncio Oliveira - Irajá Rodrigues - Iram
Saraiva - Irapuan Costa Júnior - Irma Passoni - Ismael Wanderley - Israel Pinheiro - Itamar Franco - Ivo Cersósimo -
Ivo Lech - Ivo Mainardi - Ivo Vanderlinde - Jacy Scanagatta - Jairo Azi - Jairo Carneiro - Jalles Fontoura - Jamil
Haddad - Jarbas Passarinho - Jayme Paliarin - Jayme Santana - Jesualdo Cavalcanti - Jesus Tajra - Joaci Góes - João
Agripino - João Alves - João Calmon - João Carlos Bacelar - João Castelo - João Cunha - João da Mata - João de Deus
Antunes - João Herrmann Neto - João Lobo - João Machado Rollemberg - João Menezes - João Natal - João Paulo - João
Rezek - Joaquim Bevilácqua - Joaquim Francisco - Joaquim Hayckel - Joaquim Sucena - Jofran Frejat - Jonas Pinheiro -
Jonival Lucas - Jorge Bornhausen - Jorge Hage - Jorge Leite - Jorge Uequed - Jorge Vianna - José Agripino - José
Camargo - José Carlos Coutinho - José Carlos Grecco - José Carlos Martinez - José Carlos Sabóia - José Carlos
Vasconcelos - José Costa - José da Conceição - José Dutra - José Egreja - José Elias - José Fernandes - José Freire - José
Genoíno - José Geraldo - José Guedes - José Ignácio Ferreira - José Jorge - José Lins - José Lourenço - José Luiz de Sá -
José Luiz Maia - José Maranhão - José Maria Eymael - José Maurício - José Melo - José Mendonça Bezerra - José
Moura - José Paulo Bisol - José Queiroz - José Richa - José Santana de Vasconcellos - José Serra - José Tavares - José
Teixeira - José Thomaz Nonô - José Tinoco - José Ulísses de Oliveira - José Viana - José Yunes - Jovanni Masini -
Juarez Antunes - Júlio Campos - Júlio Costamilan - Jutahy Júnior - Jutahy Magalhães - Koyu Iha - Lael Varella -
Lavoisier Maia - Leite Chaves - Lélio Souza - Leopoldo Peres - Leur Lomanto - Levy Dias - Lézio Sathler - Lídice da
Mata - Louremberg Nunes Rocha - Lourival Baptista - Lúcia Braga - Lúcia Vânia - Lúcio Alcântara - Luís Eduardo -
Luís Roberto Ponte - Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Freire - Luiz Gushiken - Luiz Henrique - Luiz Inácio Lula da
Silva - Luiz Leal - Luiz Marques - Luiz Salomão - Luiz Viana - Luiz Viana Neto - Lysâneas Maciel - Maguito Vilela -
Maluly Neto - Manoel Castro - Manoel Moreira - Manoel Ribeiro - Mansueto de Lavor - Manuel Viana - Márcia
Kubitschek - Márcio Braga - Márcio Lacerda - Marco Maciel - Marcondes Gadelha - Marcos Lima - Marcos Queiroz -
Maria de Lourdes Abadia - Maria Lúcia - Mário Assad - Mário Covas - Mário de Oliveira - Mário Lima - Marluce
Pinto - Matheus Iensen - Mattos Leão - Maurício Campos - Maurício Correa - Maurício Fruet - Maurício Nasser -
Maurício Pádua - Maurílio Ferreira Lima - Mauro Borges - Mauro Campos - Mauro Miranda - Mauro Sampaio -
Max Rosenmann - Meira Filho - Melo Freire - Mello Reis - Mendes Botelho - Mendes Canale - Mendes Ribeiro -
Messias Góis - Messias Soares - Michel Temer - Milton Barbosa - Milton Lima - Milton Reis - Miraldo Gomes - Miro
Teixeira - Moema São Thiago - Moysés Pimentel - Mozarildo Cavalcanti - Mussa Demes - Myrian Portella - Nabor
Júnior - Naphtali Alves de Souza - Narciso Mendes - Nelson Aguiar - Nelson Carneiro - Nelson Jobim - Nelson Sabrá
- Nelson Seixas - Nelson Wedekin - Nelton Friedrich - Nestor Duarte - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi - Nilson
Gibson - Nion Albernaz - Noel de Carvalho - Nyder Barbosa - Octávio Elísio - Odacir Soares - Olavo Pires - Olívio
Dutra - Onofre Corrêa - Orlando Bezerra - Orlando Pacheco - Oscar Corrêa - Osmar Leitão - Osmir Lima - Osmundo
Rebouças - Osvaldo Bender - Osvaldo Coelho - Osvaldo Macedo - Osvaldo Sobrinho - Oswaldo Almeida - Oswaldo
Trevisan - Ottomar Pinto - Paes de Andrade - Paes Landim - Paulo Delgado - Paulo Macarini - Paulo Marques -
Paulo Mincarone - Paulo Paim - Paulo Pimentel - Paulo Ramos - Paulo Roberto - Paulo Roberto Cunha - Paulo Silva
- Paulo Zarzur - Pedro Canedo - Pedro Ceolin - Percival Muniz - Pimenta da Veiga - Plínio Arruda Sampaio - Plínio
803
Martins - Pompeu de Sousa - Rachid Saldanha Derzi - Raimundo Bezerra - Raimundo Lira - Raimundo Rezende -
Raquel Cândido - Raquel Capiberibe - Raul Belém - Raul Ferraz - Renan Calheiros - Renato Bernardi - Renato
Johnsson - Renato Vianna - Ricardo Fiuza - Ricardo Izar - Rita Camata - Rita Furtado - Roberto Augusto - Roberto
Balestra - Roberto Brant - Roberto Campos - Roberto D’Ávila - Roberto Freire - Roberto Jefferson - Roberto
Rollemberg - Roberto Torres - Roberto Vital - Robson Marinho - Rodrigues Palma - Ronaldo Aragão - Ronaldo
Carvalho - Ronaldo Cezar Coelho - Ronan Tito - Ronaro Corrêa - Rosa Prata - Rose de Freitas - Rospide Netto -
Rubem Branquinho - Rubem Medina - Ruben Figueiró - Ruberval Pilotto - Ruy Bacelar - Ruy Nedel - Sadie Hauache
- Salatiel Carvalho - Samir Achôa - Sandra Cavalcanti - Santinho Furtado - Sarney Filho - Saulo Queiroz - Sérgio
Brito - Sérgio Spada - Sérgio Werneck - Severo Gomes - Sigmaringa Seixas - Sílvio Abreu - Simão Sessim - Siqueira
Campos - Sólon Borges dos Reis - Stélio Dias - Tadeu França - Telmo Kirst - Teotonio Vilela Filho - Theodoro Mendes
- Tito Costa - Ubiratan Aguiar - Ubiratan Spinelli - Uldurico Pinto - Valmir Campelo - Valter Pereira - Vasco Alves -
Vicente Bogo - Victor Faccioni - Victor Fontana - Victor Trovão - Vieira da Silva - Vilson Souza - Vingt Rosado -
Vinicius Cansanção - Virgildásio de Senna - Virgílio Galassi - Virgílio Guimarães - Vitor Buaiz - Vivaldo Barbosa -
Vladimir Palmeira - Wagner Lago - Waldec Ornélas - Waldyr Pugliesi - Walmor de Luca - Wilma Maia - Wilson
Campos - Wilson Martins - Ziza Valadares.
Participantes: Álvaro Dias - Antônio Britto - Bete Mendes - Borges da Silveira - Cardoso Alves - Edivaldo Holanda -
Expedito Júnior - Fadah Gattass - Francisco Dias - Geovah Amarante - Hélio Gueiros - Horácio Ferraz - Hugo
Napoleão - Iturival Nascimento - Ivan Bonato - Jorge Medauar - José Mendonça de Morais - Leopoldo Bessone -
Marcelo Miranda - Mauro Fecury - Neuto de Conto - Nivaldo Machado - Oswaldo Lima Filho - Paulo Almada -
Prisco Viana - Ralph Biasi - Rosário Congro Neto - Sérgio Naya - Tidei de Lima.
In Memoriam: Alair Ferreira - Antônio Farias - Fábio Lucena - Norberto Schwantes - Virgílio Távora.
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