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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E


JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material de Eduardo B. S. Teixeira.

Última atualização legislativa: - 24/12/22 - EC nº 109, public. 16/3/21 (alterou e introduziu alguns
dispositivos ao texto principal da CF/88 e ao ADCT). (obs: cuidado com o teor do art. 7º da EC 109/21: “Art.
7º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, exceto quanto à alteração do art.
29-A da Constituição Federal, a qual entra em vigor a partir do início da primeira legislatura municipal
após a data de publicação desta Emenda Constitucional.” – aguardar!!!); EC nº 110, public. 13/7/21
(Acrescenta o art. 18-A ao ADCT); EC nº 111, public. 29/09/21 (Altera a CF para disciplinar a realização de
consultas populares concomitantes às eleições municipais, dispor sobre o instituto da fidelidade
partidária, alterar a data de posse de Governadores e do Presidente da República e estabelecer regras
transitórias para distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e do Fundo
Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e para o funcionamento dos partidos políticos); EC nº
112, public. 27/10/21 (altera o art. 159, CF). EC nº 113, public. 8/12/21 (altera a CF e o ADCT). EC nº 114,
public. 16/12/21 (altera a CF e o ADCT). EC nº 115, public. 11/02/22 (incluir a proteção de dados pessoais
entre os direitos e garantias fundamentais e para fixar a competência privativa da União para legislar
sobre proteção e tratamento de dados pessoais); EC nº 116.; EC nº 117, public. 5/4/22 (altera o art. 17 da CF);
EC nº 118, public 27/4/22 (Dá nova redação às alíneas "b" e "c" do inciso XXIII do caput do art. 21 da CF).
EC nº 119, public. 28/4/22 (altera o ADCT); EC nº 120, public. 5/5/22 (Acrescenta §§ 7º, 8º, 9º, 10 e 11 ao art.
198 da CF).; EC nº 121, public. 11.5.22 (Altera o inciso IV do § 2º do art. 4º da EC nº 109, de 15/03/21). EC nº
122, public. 17/5/22 (Altera a CF para elevar para 70 anos a idade máxima para a escolha e nomeação de
membros do STF, do STJ, dos TRFs, do TST, dos TRTs, do TCU e dos Ministros civis do STM.); EC nº 123,
public. 15/07/22 (Altera o art. 225 da CF para estabelecer diferencial de competitividade para os
biocombustíveis; inclui o art. 120 no ADCT para reconhecer o estado de emergência decorrente da
elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos
impactos sociais dela decorrentes; autoriza a União a entregar auxílio financeiro aos Estados e ao Distrito
Federal que outorgarem créditos tributários do ICMS aos produtores e distribuidores de etanol hidratado;
expande o auxílio Gás dos Brasileiros, de que trata a Lei 14.237/21; institui auxílio para caminhoneiros
autônomos; expande o Programa Auxílio Brasil, de que trata a Lei 14.284/21; e institui auxílio para entes da
Federação financiarem a gratuidade do transporte público.; EC nº 124, public. 15/07/22 (Institui o piso
salarial nacional do enfermeiro, do técnico de enfermagem, do auxiliar de enfermagem e da parteira); EC
nº 125, public. 14/07/22 (Altera o art. 105 da CF para instituir no recurso especial o requisito da relevância
das questões de direito federal infraconstitucional.); EC nº 126, public. 21/12/22 (altera a CF, para dispor
sobre as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária, e o Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias para excluir despesas dos limites previstos no art. 107; define regras para a transição da
Presidência da República aplicáveis à Lei Orçamentária de 2023; e dá outras providências); EC nº 127,
public. 22/12/22 (altera a CF e o ADCT para estabelecer que compete à União prestar assistência financeira
complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às entidades filantrópicas, para o
cumprimento dos pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o
auxiliar de enfermagem e a parteira; altera a EC nº 109, de 15/03/21, para estabelecer o superávit financeiro
dos fundos públicos do Poder Executivo como fonte de recursos para o cumprimento dos pisos salariais
profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a
parteira; e dá outras providências.); EC nº 128, public. 22/12/22 (acrescenta § 7º ao art. 167 da CF, para
proibir a imposição e a transferência, por lei, de qualquer encargo financeiro decorrente da prestação de
serviço público para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.);

Última atualização Jurisprudencial: 05/11/2022 – julgados: Info 1058 (art. 22, I); Info 1029 e Info 725 (art. 71,
§3º); Info 1059 (art. 66, §1º); Info 1044 (art. 144, §6º).

Última atualização questões de concurso: 14/01/2023.

Observações quanto à compreensão do material:


1) Cores utilizadas:
 EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
 EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
 EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação,
especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na
CF/88).
 EM AMARELO ou EM LARANJA: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
 MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal,
etc).

1
 Obs.: Controle de questões no site Qconcursos sobre Direito Constitucional: [2000/2022: i)
Questões realizadas: 39.579; ii) Questões pendentes: i) 2021: 337; ii) 2022: 588 = total: 925].

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, REUNIDOS em Assembléia Nacional Constituinte PARA


INSTITUIR UM ESTADO DEMOCRÁTICO, DESTINADO A ASSEGURAR o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça
COMO VALORES SUPREMOS de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, FUNDADA na
harmonia social e COMPROMETIDA, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das
controvérsias, PROMULGAMOS, SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. (DPERS-2011)

TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, FORMADA pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, CONSTITUI-SE em ESTADO DEMOCRÁTICO DE
DIREITO e TEM como FUNDAMENTOS: [DICA MNEMÔNICA: “SO-CI-DI-VA-PLU”] (DPERO-2012)
(DPESE-2012) (DPERS-2011/2014) (DPEPE-2015) (DPERN-2015) (DPEPR-2014/2017) (DPU-
2015/2017) (DPEMA-2015/2018) (DPESC-2017/2021) ( (DPEPB-2014/2022

I - a SOberania; (DPESE-2012) (DPERS-2011/2014) (DPEPB-2014) (DPEBA-2016) (DPEPR-


2014/2017) (DPERO-2017)

II - a CIdadania; (DPERS-2011/2014) (DPEPR-2014)

III - a DIgnidade da pessoa humana (DPESP-2010) (DPEMA-2011) (DPERS-2011/2014)


(DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (DPEPE-2015) (DPESC-2017/2021) (DPEPB-2022)

IV - os VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (DPESP-2010) (DPERS-2011/2014)


(DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (DPEMG-2019)

V - o PLUralismo político. (DPESP-2009) (DPERS-2011/2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014)


(DPEMA-2018)

Parágrafo único. Todo o poder EMANA do povo, que O EXERCE por meio de REPRESENTANTES
ELEITOS ou DIRETAMENTE, nos termos desta Constituição. DPERS-2011) (DPEMG-2014)
(DPERO-2017)

Art. 2º SÃO PODERES DA UNIÃO, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o


Executivo e o Judiciário. (DPEMG-2009) (DPESP-2012) (DPECE-2014) (DPEGO-2014) ((DPEPE-
2015)

Art. 3º CONSTITUEM OBJETIVOS FUNDAMENTAIS da República Federativa do Brasil: [Dica


Mnemônica: “CO-GA-ERRA-PRO”] (DPECE-2008) (-2013) (DPERS-2011/2014) (DPEGO-2014)
(DPEPA-2015) (DPEBA-2016) (DPEMT-2016) (DPESP-2006/2009/2010/2013/2019
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I - COnstruir uma sociedade livre, justa e solidária; [Obs.: norma constitucional de eficácia
LIMITADA definidora de princípio programático.] (DPECE-2008) (DPESP-2009) (DPERS-2011/2014)

II - GArantir o desenvolvimento nacional; (DPESP-2010) (DPERS-2011/2014) (DPEBA-2016)

III - ERRAdicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; (


(DPESP-2013) (DPERS-2011/2014) (DPEPA-2015) (DPEMT-2016)

IV - PROmover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação. (DPERS-2011) (DPEGO-2014) (DPEPA-2015) (DPESP-
2006/2009/2010/2019)

Art. 4º A República Federativa do Brasil REGE-SE nas suas relações internacionais pelos
SEGUINTES PRINCÍPIOS: (DPEPB-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014 DPEPE-2015) (DPESC-
2021)

I - independência nacional; (DPEPR-2014) (DPESC-2021)

II - prevalência dos direitos humanos; (DPEPI-2009) (DPEMA-2011) (DPEPB-2014) (DPEPR-


2014) (DPERS-2014) (DPEPE-2015) (DPEBA-2016)

III - autodeterminação dos povos; (DPEMS-2008) (DPEPR-2014

IV - não-intervenção; (DPEMS-2008) (DPESP-2009) (DPEPR-2014)

V - igualdade entre os Estados; (DPEMS-2008) ( (DPEPR-2014)

VI - defesa da paz; (DPEMS-2008) (DPEPR-2014) ((DPEBA-2016) (DPESC-2021)

VII - solução pacífica dos conflitos; (DPEMS-2008) (DPESP-2010) (DPEPR-2014) (DPERS-


2014) ( (DPESC-2021)

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; (DPEMS-2008) (DPESP-2009/2010) (DPEBA-2010)


(DPEPR-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGESC-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGERS-2015)
(Cartórios/TJMG-2017) (PCES-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; (PCMG-2011) (DPEPR-2014)


(PGESC-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (MPRO-2017) (PCPI-2018)

X - concessão de asilo político. (MPRO-2010) (DPU-2010) (PCMG-2011) (DPEMS-2008/2012) (MPSC-


2013/2014) (MPMT-2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (TRF2-2014) (PGESC-2014) (TRF5-2009/2015)
(TRF1-2011/2013/2015) (TJDFT-2016) (PCPI-2018) (PGM-Teresina/PI-2022)

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil BUSCARÁ a INTEGRAÇÃO econômica,


política, social e cultural dos povos da América Latina, VISANDO à formação de uma comunidade
latino-americana de nações. (DPEMS-2008) (TJMS-2010) (TJBA-2012) (TJSC-2013) (DPERS-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PCPI-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Teresina/PI-2022)

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TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

A Relatividade ou Limitabilidade, como uma das características dos Direitos Fundamentais, entende-se
que não existem direitos absolutos, pois, por mais importante que eles sejam, todos encontram limites
em outros direitos ou interesses coletivos, também consagrados na Constituição. Logo, a tese da
existência de direitos absolutos, portanto, é incompatível com a ideia de que todos os direitos são
passíveis de restrições impostas por interesses coletivos ou por outros também consagrados na CF/88.
A relatividade é uma característica que todo direito fundamental possui para permitir a convivência
das liberdades públicas. A colisão de direitos pressupõe a cedência recíproca entre eles.

Por terem fundamento na dignidade da pessoa humana e serem desprovidas, em sua maioria, de
conteúdo econômico-patrimonial, parte da doutrina considera os direitos fundamentais imprescritíveis,
inegociáveis, indisponíveis e irrenunciáveis.

(TJDFT-2007): A respeito dos direitos fundamentais, assinale a alternativa correta: os direitos


fundamentais, enumerados no Título II da Constituição, compõem um sistema aberto.

Os direitos e garantias fundamentais são considerados elementos limitativos das constituições:


Elementos limitativos manifestam-se nas normas que compõem o elenco dos direitos e garantias
fundamentais (direitos individuais e suas garantias, direitos e nacionalidade e direitos
políticos democráticos) limitando os poderes do Estado, como forma de evitar abuso de poder.

Art. 5º Todos SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, sem distinção de qualquer natureza,
GARANTINDO-SE aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a INVIOLABILIDADE DO
DIREITO à Vida, à Liberdade, à Igualdade, à Segurança e à Propriedade, nos termos seguintes: (DICA
MNEMÔNICA: “VILPS”) (DPEAL-2009) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (PGEPE-2009) (PGESP-2009)
(PCRJ-2009) (AGU-2009) (TRF4-2010) (MPPB-2011) (MPSP-2011) (PGEPR-2011) (PCMG-2011) (TJBA-2012)
(MPTO-2012) (PGEMG-2012) (PGEPA-2012) (PFN-2012) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (DPETO-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (PGEGO-2013) (PCBA-2013) (MPM-2013) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJSE-2014)
(TJDFT-2007/2015) (DPEMA-2009/2011/2015) (PGERS-2010/2011/2015) (TJSP-2015) (DPEPE-2015) (DPU-
2015) (TRT21-2015) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (PCPA-2012/2016) (PGEMS-2014/2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016)
(TRT4-2016) (PGEAC-2014/2017) (DPEAC-2017) (PGESE-2017) (MPF-2017) (MPT-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(PCGO-2013/2018) (TJRO-2019) (MPPR-2019) (DPESP-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019)
(PCSE-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (MPSC-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

Constitucionalidade do sistema de cotas em universidades com critério étnico-racial: O sistema de cotas


em universidades públicas, com base em critério étnico-racial, é CONSTITUCIONAL. No entanto, as
políticas de ação afirmativa baseadas no critério racial possuem natureza transitória. STF. Plenário.
ADPF 186/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 25 e 26/4/12 (Info 663).

I - homens e mulheres SÃO IGUAIS em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
(MPT-2009/2012) (TRF4-2010/2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJRS-2013) (MPM-2013)
(PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT4-2016) (TRF2-2018) (TRF3-2018) (PCGO-2018) (Cartórios/TJDFT-
2014/2019) (MPGO-2019) (DPESP-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PCPE-2016: ##TRF3-2018: ##CESPE: A imposição de discrímen de


gênero para fins de participação em concurso público somente é compatível com a Constituição nos
excepcionais casos em que demonstradas a fundamentação proporcional e a legalidade da imposição,

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sob pena de ofensa ao princípio da isonomia. A CF/88 assegura, em seu art. 5º, I, que homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações. Além disso, o Texto Constitucional determina que é
proibido ao Administrador Público estabelecer diferenças nos critérios de admissão dos servidores
públicos por motivo de sexo (art. 7º, XXX c/c art. 39, § 3º). Desse modo, em regra, em um concurso
público, não são permitidas discriminações entre homens e mulheres. Excepcionalmente, são
permitidas distinções de gênero para fins de participação em concurso público desde que seja
demonstrado que esse discrímen é: a) proporcional e b) previsto em lei. No caso concreto julgado, o
concurso para oficial da Polícia Militar estabelecia que somente podiam participar candidatos do sexo
masculino. Vale ressaltar que essa restrição era prevista tanto na lei como no edital do certame. A 2ª
Turma do STF entendeu que havia afronta ao princípio da isonomia, haja vista que tanto o edital
quanto a lei não teriam definido qual a justificativa para não permitir que mulheres concorressem ao
certame e ocupassem os quadros da Polícia Militar. Ora, como se sabe, existem muitas mulheres que
integram a carreira policial e o simples fato de ser do sexo feminino não é empecilho para fazer parte
da Polícia Militar. STF. 2ª T. RE 528684/MS, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 3/9/13 (Info 718).

II - ninguém SERÁ OBRIGADO a fazer ou deixar de fazer alguma coisa SENÃO em virtude de lei;
[obs.: Norma de eficácia plena.] (TJDFT-2008) (MPRO-2008) (DPEMA-2009) (PGEPE-2009) (AGU-2009)
(MPPR-2011) (PGEPA-2011) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PFN-2012) (TRF2-2011/2013)
(MPMG-2013) (DPERR-2013) (TRF3-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (PCPA-2013) (MPRS-2014)
(MPF-2015) (PGEMS-2016) (TRT4-2016) (PCGO-2013/2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJSP-2018) (MPBA-2018)
(Cartórios/TJMG-2018) (TJRO-2019) (PGM-Teresina/PI-2022)

III - ninguém SERÁ SUBMETIDO a tortura NEM a tratamento desumano ou degradante; (MPSP-
2008) (DPESP-2009) (PCAP-2010) (PCMG-2011) (TJPR-2012) (DPESC-2012) (PCBA-2013) (PCPA-2013)
(PCPR-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (DPEPE-2015) (PCSP-2018) (TJBA-2019) (TJRO-2019)

IV - É LIVRE a manifestação do pensamento, SENDO VEDADO o anonimato; (MPSP-2010)


(MPDFT-2011) (Cartórios/TJBA-2013) (MPPR-2012/2014) (MPMA-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEAC-2014)
(MPF-2011/2012/2015) (DPU-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PCPA-2015/2016) (Cartórios/TJSP-2016) (TRT1-2016)
(MPRR-2017) (DPEAC-2017) (TRF2-2017) (Cartórios/TJMG-2018) (DPEDF-2019) (DPEMG-2019)
(Cartórios/TJDFT-2019) (PGECE-2021) (TJMA-2022)

V - É ASSEGURADO o DIREITO DE RESPOSTA, proporcional ao agravo, além da


INDENIZAÇÃO por dano material, moral ou à imagem; (MPPR-2008) (PCMG-2008) (MPSP-2010) (TRF3-
2011) (Cartórios/TJRS-2013) (PCPR-2013) (MPF-2011/2015) (MPMS-2015) (DPEPR-2017) (DPEDF-2019)

VI - É INVIOLÁVEL a LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA e DE CRENÇA, SENDO ASSEGURADO


o livre exercício DOS CULTOS RELIGIOSOS e GARANTIDA, na forma da lei, a proteção aos locais de
culto e a suas liturgias; (MPPB-2010) (TRF4-2010) (PGEMT-2011) (MPSP-2012) (MPF-2011/2013) (DPEPB-
2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TRT8-2015) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (DPESC-2017) (TRF2-2017)

VII - É ASSEGURADA, nos termos da lei, a prestação de ASSISTÊNCIA RELIGIOSA nas


entidades civis e militares de internação coletiva; (PCMG-2008) (TRF4-2010) (TJPA-2012) (DPEPR-2012)
(MPSP-2012) (DPEPB-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (TRT8-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (TRT4-2016) (MPGO-
2019)

VIII - ninguém SERÁ PRIVADO de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, SALVO SE as invocar para EXIMIR-SE de obrigação legal a todos imposta e
RECUSAR-SE a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; (TJDFT-2008) (PGESP-2009) (MPT-2009)
(MPPB-2010) (TRF4-2010) (PCAP-2010) (TRF5-2011) (PGEMT-2011) (MPSP-2012) (DPESC-2012) (TJSC-2013)
(MPDFT-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (DPEPB-2014)
(PGERN-2014) (DPERN-2015) (TRT8-2015) (PCPA-2016) (MPBA-2018) (MPSC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019)

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IX - É LIVRE a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
INDEPENDENTEMENTE de CENSURA ou LICENÇA; (MPSP-2006) (PCAP-2010) (MPF-2011) (DPESP-
2012) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (PCPA-2013) (MPMA-2014) (PGEAC-2014) (TJPE-2015) (TJDFT-2015) (TRF5-
2015) (Cartórios/TJRS-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEPE-2018) (TJBA-2019) (MPMG-2021) (TJMA-2022)

X - SÃO INVIOLÁVEIS a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


ASSEGURADO o DIREITO A INDENIZAÇÃO pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
(MPRO-2008) (PGEAL-2009) (TRF4-2010) (MPGO-2010) (PCAP-2010) (MPSP-2011) (TRF2-2011) (TRF3-2011)
(DPESP-2012) (MPF-2011/2013) (PGDF-2013) (PCPR-2013) (MPRS-2014) (PGESC-2014) (TRF5-2013/2015)
(MPMS-2015) (TRT2-2016) (Cartórios/TJMG-2018) (PCBA-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJBA-2019)
(DPEDF-2019) (DPEMG-2019) (MPMG-2021)

XI - a casa É ASILO INVIOLÁVEL do indivíduo, NINGUÉM nela PODENDO PENETRAR sem


consentimento do morador, SALVO em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial; [obs.: Norma de eficácia contida.] (TJAL-2008) (TRF1-2009)
(PGEAL-2009) (PCPB-2009) (PCRJ-2009) (DPEGO-2010) (MPSP-2011) (TJPA-2012) (TJMG-2012) (MPRS-2012)
(DPEAC-2012) (DPESC-2012) (DPESP-2012) (PCAL-2012) (PCMA-2012) (MPRO-2008/2010/2013) (MPES-
2013) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPR-2013) (TRF2-2011/2014) (DPEPB-2014)
(Cartórios/TJSP-2014) (PGESC-2014) (TJDFT-2007/2015) (TRF5-2009/2015) (PCDF-2009/2015) (DPERN-2015)
(Cartórios/TJMG-2016) (PCPE-2016) (TRT1-2016) (MPPR-2008/2011/2017) (MPF-2015/2017) (MPRR-2017)
(DPEAL-2017) (PCAC-2017) (PCAP-2017) (PCMS-2017) (PCMT-2017) (MPT-2017) (PCGO-2012/2017/2018)
(TJRS-2018) (TJCE-2018) (DPEAM-2018) (DPERS-2018) (PCBA-2018) (PCRS-2018) (PCSP-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (TJAC-2019) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (DPEBA-
2016/2021) (PCPA-2016/2021) (TJPR-2017/2021) (PF-2018/2021) (MPDFT-2021) (MPMG-2021) (DPERJ-2021)
(PCMG-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (TJAP-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

XII - É INVIOLÁVEL o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, SALVO, no último caso, POR ORDEM JUDICIAL, nas hipóteses e na forma
que a lei estabelecer PARA FINS de investigação criminal ou instrução processual penal; (MPRO-2008)
(PCDF-2009) (PCPB-2009) (MPMG-2010) (MPPB-2010) (DPEGO-2010) (TJPE-2011) (TRF1-2011) (TRF2-2011)
(MPSP-2011/2012) (TJMS-2012) (TJPA-2012) (DPESC-2012) (PCGO-2012) (PCRJ-2012) (MPGO-2010/2013)
(TJRJ-2011/2013) (MPES-2013) (MPPR-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (AGU-2013) (TJDFT-
2014) (MPAC-2014) (DPEPB-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCSC-2014) (TRF5-2015) (MPF-2015)
(Cartórios/TJRS-2015) (TRT8-2015) (PGEMS-2014/2016) (PCPA-2016) (TJPR-2017) (DPEAL-2017) (PCAP-2017)
(PCMS-2017) (MPT-2017) (MPBA-2018) (DPEAM-2018) (PCPI-2018) (PCRS-2018) (PF-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (DPESP-2010/2012/2019) (TJAC-2012/2019) (TJSC-2019) (DPEMG-2019) (PCES-2019)
(MPCE-2020) (MPDFT-2011/2021) (PCMG-2021) (PCPR-2021) (PCRN-2021) (PF-2021)

XIII - É LIVRE o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, ATENDIDAS as qualificações


profissionais que a lei estabelecer; (DPEAL-2009) (DPEMA-2009) (MPSP-2010) (DPEES-2012) (TJAM-
2013) (MPDFT-2013) (MPF-2013) (PCPA-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (PGEAC-2014) (PCRO-2014) (TJPE-
2015) (DPU-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (PGERS-2015) (PCDF-2015) (TRT1-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMS-2016) (TRT4-2016) (PCAC-2017) (TRT/Unificado-2017)
(TRF2-2011/2014/2017/2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (TJMS-2020) (Aud. Fiscal-
6
SEFAZ/DF-2020) (MPM-2021) (TCDF-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (TJSC-
2013/2022)

##Atenção: ##STF: ##TJMS-2020: ##FCC: O art. 5º, XIII, parte final, da CF admite a limitação do
exercício dos trabalhos, ofícios ou profissões, desde que materialmente compatível com os demais
preceitos do texto constitucional, em especial o valor social do trabalho (arts. 1º, IV; 6º, caput e inciso
XXXII; 170, caput e inciso VIII; 186, III, 191 e 193 da CF) e a liberdade de manifestação artística (art. 5º,
IX, da CF). As limitações ao livre exercício das profissões serão legítimas apenas quando o inadequado
exercício de determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e desde que obedeçam a
critérios de adequação e razoabilidade, o que não ocorre em relação ao exercício da profissão de
músico, ausente qualquer interesse público na sua restrição. A existência de um conselho profissional
com competências para selecionar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de músico, para
proceder a registros profissionais obrigatórios, para expedir carteiras profissionais obrigatórias e para
exercer poder de polícia, aplicando penalidades pelo exercício ilegal da profissão, afronta as garantias
da liberdade de profissão e de expressão artística. STF. Plenário. ADPF 183, Min. Rel. Alexandre de
Moraes, j. 27/9/19. (Info 960).
(TJMS-2020-FCC): À luz da jurisprudência do STF, em matéria de direitos e garantias fundamentais e
aspectos correlatos, admitem-se limitações por lei ao livre exercício das profissões, sendo consideradas
legítimas quando o inadequado exercício de determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e
desde que obedeçam a critérios de adequação e razoabilidade. BL: art. 5º, XIII, CF e Info 960, STF.

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: ##TRF2-2017/2018: Nem todos os ofícios ou profissões podem ser
condicionadas ao cumprimento de condições legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Apenas
quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de
fiscalização profissional. A atividade de músico prescinde de controle. Constitui, ademais,
manifestação artística protegida pela garantia da liberdade de expressão. (STF. Plenário. RE 414426, Min.
Rel. Ellen Gracie, j. 01/08/11).
(TRF2-2018): A respeito dos direitos fundamentais e garantias individuais é correto afirmar: Devido à livre
escolha da profissão ou oficio são inconstitucionais as leis que, a despeito da desnecessidade de proteção a
interesse público especifico, restrinjam o exercício de atividades como, por exemplo, a de músico. BL:
Entend. Jurisprud.

##TRF3-2011: ##MPDFT-2011: ##TJRS-2012: ##DPEES-2012: ##PGEAC-2014: ##PGEPR-2015:


##PGERS-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##TJDFT-2016: ##PGEMS-2016: ##TRT4-2016: ##TJPR-
2017: ##TRF2-2017: ##PCAC-2017: ##PGEPE-2018: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: ##PUCPR:
O Plenário do STF, no julgamento do RE 511.961, declarou como não recepcionado pela CF/88 o art. 4º,
V, do Dec.-Lei 972/69, que exigia diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista.
Vejamos o seguinte o julgado: “(...) A CF/88, ao assegurar a liberdade profissional (art. 5º, XIII), segue um
modelo de reserva legal qualificada presente nas Constituições anteriores, as quais prescreviam à lei a definição
das "condições de capacidade" como condicionantes para o exercício profissional. No âmbito do modelo de
reserva legal qualificada presente na formulação do art. 5º, XIII, da CF/88, paira uma imanente questão
constitucional quanto à razoabilidade e proporcionalidade das leis restritivas, especificamente, das leis
que disciplinam as qualificações profissionais como condicionantes do livre exercício das profissões.
Jurisprudência do STF: Representação n.° 930, Redator p/ o acórdão Min. Rodrigues Alckmin, DJ, 2-9-1977. A
reserva legal estabelecida pelo art. 5º, XIII, não confere ao legislador o poder de restringir o exercício da liberdade
profissional a ponto de atingir o seu próprio núcleo essencial. 5. JORNALISMO E LIBERDADES DE
EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO. INTEPRETAÇÃO DO ART. 5º, INCISO XIII, EM CONJUNTO COM
OS PRECEITOS DO ART. 5º, INCISOS IV, IX, XIV, E DO ART. 220 DA CONSTITUIÇÃO. O jornalismo é
uma profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e
de informação. O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de
forma contínua, profissional e remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam
profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão,
portanto, são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e
tratadas de forma separada. Isso implica, logicamente, que a interpretação do art. 5º, inciso XIII, da
Constituição, na hipótese da profissão de jornalista, se faça, impreterivelmente, em conjunto com os preceitos do art.
5º, incisos IV, IX, XIV, e do art. 220 da Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de informação e de
comunicação em geral. 6. DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR COMO EXIGÊNCIA PARA O EXERCÍCIO DA
PROFISSÃO DE JORNALISTA. RESTRIÇÃO INCONSTITUCIONAL ÀS LIBERDADES DE EXPRESSÃO
E DE INFORMAÇÃO. As liberdades de expressão e de informação e, especificamente, a liberdade de
imprensa, somente podem ser restringidas pela lei em hipóteses excepcionais, sempre em razão da proteção
de outros valores e interesses constitucionais igualmente relevantes, como os direitos à honra, à imagem, à
privacidade e à personalidade em geral. Precedente do STF: ADPF n° 130, Rel. Min. Carlos Britto. A ordem
constitucional apenas admite a definição legal das qualificações profissionais na hipótese em que sejam elas
7
estabelecidas para proteger, efetivar e reforçar o exercício profissional das liberdades de expressão e de informação
por parte dos jornalistas. Fora desse quadro, há patente inconstitucionalidade da lei. A exigência de diploma de
curso superior para a prática do jornalismo - o qual, em sua essência, é o desenvolvimento profissional das
liberdades de expressão e de informação - não está autorizada pela ordem constitucional, pois constitui uma
restrição, um impedimento, uma verdadeira supressão do pleno, incondicionado e efetivo exercício da liberdade
jornalística, expressamente proibido pelo art. 220, § 1º, da Constituição. 7. PROFISSÃO DE JORNALISTA.
ACESSO E EXERCÍCIO. CONTROLE ESTATAL VEDADO PELA ORDEM CONSTITUCIONAL.
PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL QUANTO À CRIAÇÃO DE ORDENS OU CONSELHOS DE
FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. No campo da profissão de jornalista, não há espaço para a regulação
estatal quanto às qualificações profissionais. O art. 5º, incisos IV, IX, XIV, e o art. 220, não autorizam o
controle, por parte do Estado, quanto ao acesso e exercício da profissão de jornalista. Qualquer tipo de
controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no momento do próprio acesso à atividade
jornalística, configura, ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza censura prévia das
liberdades de expressão e de informação, expressamente vedada pelo art. 5º, inciso IX, da Constituição.
A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre a profissão jornalística leva à conclusão de que não
pode o Estado criar uma ordem ou um conselho profissional (autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão.
O exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo em que imperam as liberdades de expressão e de
informação. Jurisprudência do STF: Representação n.° 930, Redator p/ o acórdão Ministro Rodrigues Alckmin, DJ,
2-9-1977. 8. JURISPRUDÊNCIA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. POSIÇÃO
DA ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS - OEA. A Corte Interamericana de Direitos Humanos
proferiu decisão no dia 13 de novembro de 1985, declarando que a obrigatoriedade do diploma universitário e da
inscrição em ordem profissional para o exercício da profissão de jornalista viola o art. 13 da Convenção Americana
de Direitos Humanos, que protege a liberdade de expressão em sentido amplo (caso "La colegiación obligatoria de
periodistas" - Opinião Consultiva OC-5/85, de 13 de novembro de 1985). Também a Organização dos Estados
Americanos - OEA, por meio da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, entende que a exigência de
diploma universitário em jornalismo, como condição obrigatória para o exercício dessa profissão, viola o direito à
liberdade de expressão (Informe Anual da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de 25 de fevereiro de
2009). (...). STF. Plenário. RE 511961, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17/06/09.
(DPESP-2013-FCC): Em relação às opiniões consultivas da Corte Interamericana de Direitos Humanos,
considere a seguinte afirmação: Em decisão recente, o Supremo Tribunal Federal considerou
inconstitucional a exigência de diploma de jornalismo para o exercício da profissão de jornalista em
homenagem à liberdade de expressão e informação, seguindo-se a orientação da opinião consultiva no 05 da
Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre a interpretação dos artigos 13 e 29 da Convenção
Americana de Direitos Humanos.
(TJRS-2012): Em relação ao diploma de jornalismo, decisão do STF considerou que exigi-lo era
desproporcional e violava a liberdade de expressão e informação. BL: Entend. Jurisprud.
(MPDFT-2011): O Estado não pode criar uma ordem ou um conselho profissional para a fiscalização da
atividade jornalística. BL: Entend. Jurisprud.

(Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021-CESPE): O inciso XIII do art. 5.º da Constituição Federal de 1988 assim
dispõe: “XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer;”. Essa norma constitucional é de eficácia contida, porque detém eficácia, mas esta
pode ser restringida por lei.

##Atenção: ##STF: ##DPEMA-2009: ##MPPR-2014: ##PCDF-2015: ##TRT4-2016: ##TRF2-2017:


##PGEPE-2018: ##PGESC-2018: ##TCEMG-2018: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020: ##Aud. Fiscal-
SEFAZ/CE-2021: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FEPESE: O art. 5º, XIII da CF é
uma norma autoaplicável, pode ser exercida imediatamente. Porém, existem restrições em seu conteúdo,
ou seja, norma de eficácia contida. Nesse sentido: “O art. 5º, XIII, da CR é norma de aplicação imediata e
eficácia contida que pode ser restringida pela legislação infraconstitucional. Inexistindo lei regulamentando o
exercício da atividade profissional dos substituídos, é livre o seu exercício.” STF. Plenário. MI 6.113-AgR, Rel.
Min. Cármen Lúcia, j. 22/5/14. (...) Trata-se, portanto, de uma norma de eficácia contida, uma vez que
produz os efeitos essenciais, mas pode ser restringida por lei. É uma norma de aplicabilidade direta,
imediata, mas não integral, uma vez que pode ser restringida.
(PGESC-2018-FEPESE): Diz o inciso XIII do artigo 5° da Constituição da República, que “é livre o exercício de
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Considerando a
classificação das normas constitucionais, o dispositivo é norma de: eficácia contida e aplicabilidade
imediata.
(TCEMG-2018): Considere a seguinte norma da Constituição de 1988: “é livre o exercício de qualquer trabalho,
ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Com base na classificação das
normas constitucionais segundo sua eficácia, consagrada no Brasil por José Afonso da Silva, a norma
8
reproduzida é um exemplo de norma de eficácia contida.

(TJGO-2015-FCC): A Lei 8.906/94, que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados
do Brasil – OAB, estabelece, em seu art. 8o , inciso IV e § 1o , que, “ para inscrição como advogado é
necessário” haver “aprovação em Exame de Ordem”, “regulamentado em provimento do Conselho Federal da
OAB”. A exigência em questão é constitucional, por ser compatível tanto com a exigência de lei para o
estabelecimento de condições para o exercício profissional, como com a finalidade institucional do
exercício da advocacia como função essencial à Justiça. BL: art. 5º, XIII, CF.

##Atenção: ##TJPR-2012: ##MPF-2013: ##TJGO-2015: ##TRF2-2017: ##PGEPE-2018: ##Aud. Fiscal-


SEFAZ/DF-2020: ##CESPE: ##FCC: O art. 5º, XIII da CF é norma dotada de aplicabilidade direta,
imediata, mas não integral, passível de ser restringida pelo legislador, como no caso da restrição imposta
pela exigência de aprovação do exame da OAB para o exercício da profissão de advogado.
(TJPR-2012-UFPR): O art. 5º, XIII da CF, que assegura a liberdade de “exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”, constitui norma de eficácia contida,
passível de ser restringida pelo legislador, como no caso da restrição imposta pela exigência de aprovação
do exame da OAB para o exercício da profissão de advogado.

XIV - É ASSEGURADO a todos o ACESSO À INFORMAÇÃO e RESGUARDADO o SIGILO DA


FONTE, quando necessário ao exercício profissional; (PCAP-2010) (TRF3-2011) (PCRJ-2012) (PFN-2012)
(MPPR-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (PGESP-2018) (Cartórios/TJAL-2019)

##Atenção: Esse inciso tem dois desdobramentos: assegura o direito de acesso à informação (desde que
esta não fira outros direitos fundamentais) e resguarda os jornalistas, possibilitando que estes obtenham
informações sem terem que revelar sua fonte. Não há conflito, todavia, com a vedação ao anonimato.
Caso alguém seja lesado pela informação, o jornalista responderá por isso (Noções de D. Constitucional,
Nádia Carolina).

##Atenção: O sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional, é resguardado pela CF (art. 5º,
XIV).

XV - É LIVRE A LOCOMOÇÃO no território nacional EM TEMPO DE PAZ, PODENDO qualquer


pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; (PCMG-2008) (DPEES-
2009) (DPESP-2010) (PCAP-2010) (TRF2-2011) (TJMG-2012) (MPDFT-2013) (MPMT-2014) (PCSC-2014) (DPU-
2015) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (Cartórios/TJAL-2019)

(TJMG-2012-VUNESP): A liberdade constitucional de locomoção encontra restrições próprias à sua


manifestação ou mesmo impostas por regulamentações dos poderes públicos. BL: art. 5º, XV, CF.

##Atenção: A liberdade constitucional de locomoção, a exemplo de qualquer direito fundamental, não


tem valor absoluto, de modo que encontra restrições à sua manifestação ou mesmo impostas por
regulamentações dos poderes públicos.

XVI - TODOS PODEM REUNIR-SE PACIFICAMENTE, sem armas, em locais abertos ao público,
INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO, DESDE QUE NÃO FRUSTREM outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, SENDO APENAS EXIGIDO PRÉVIO AVISO à
autoridade competente; (PGESP-2002) (PCMG-2008) (DPEMT-2009) (TJPR-2010) (TRF2-2011) (PGEMT-
2011) (TJCE-2012) (TJSC-2013) (DPEDF-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPAC-2014) (MPMA-
2014) (MPMT-2014) (DPEMS-2014) (DPEPR-2014) (PGEMS-2014) (PCSC-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
(TJPE-2015) (DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPA-
2016) (DPEAC-2017) (MPT-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPBA-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (Anal.
Judic./TRF4-2019) (MPDFT-2013/2021) (MPMG-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPDFT-2021: ##MPMG-2021: O que se entende por aviso prévio para
os fins do direito de reunião do art. 5º, XVI, da CF/88?: O art. 5º, XVI, da CF/88 prevê o direito de
reunião. Qual é o sentido de “prévio aviso” mencionado pelo dispositivo constitucional? O STF fixou

9
a seguinte tese: A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é
satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se
dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local. STF. Plenário. RE
806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, j. 14/12/20 (Repercussão
Geral – Tema 855) (Info 1003).

(Cartórios/TJSP-2016-VUNESP): Sobre o direito de reunião previsto no art. 5o, XVI, da CF/88, é correto
afirmar que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. BL: art. 5º, XVI, CF.

##Atenção: ##Dica:
 Aviso prévio = SIM.
 Autorização = NÃO.

RESUMO SOBRE O DIREITO DE REUNIÃO:


1 - É um direito individual e está na CF;
2 - A Reunião deve ser pacífica;
3 - A Reunião não pode ter uso de armas, inclusive as brancas;
4 - A Reunião não precisa da autorização da Administração Pública;
5 - A Reunião precisa de um prévio aviso a Administração Pública;
6 - A Reunião não pode atrapalhar uma outra Reunião, por exemplo: ser no mesmo lugar;
7 - A Reunião tem que ser em um lugar aberto, por exemplo: Avenida Paulista.

(TJPE-2015-FCC): Em relação aos direitos e garantias individuais, revela-se de extrema importância a


problemática atinente aos regimes de tratamento das liberdades. Entre eles, destaca-se o regime
preventivo mediante autorização prévia. Nessa modalidade, o exercício do direito de liberdade fica
submetido, em virtude de previsão legal, à condição de haver prévio consentimento por parte da
autoridade administrativa competente. A instituição de tal regime é vedada, segundo a Constituição
brasileira, em relação aos seguintes direitos: liberdade de reunião em locais públicos e liberdade de
expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação. BL: art. 5º, IX1 e XVI, CF.

(DPEPR-2014-UFPR): No curso do ano passado, o Brasil vivenciou o ressurgimento das manifestações


de rua em diversas cidades do país, cujo ápice se deu em 13 de junho de 2013. Tais manifestações
colocaram em evidência a necessidade de aprofundar o tratamento jurídico que deve ser conferido ao
tema, especialmente para estabelecer a natureza, o sentido e o alcance do direito de reunião, bem como
dirimir eventuais conflitos deste com outros direitos humanos. Diante disso, é correto afirmar: A
liberdade de reunião pode ser denominada de liberdade-condição, porque, sendo um direito em si,
constitui também condição para o exercício de outras liberdades. BL: art. 5º, XVII, CF.

(DPEPR-2014-UFPR): No curso do ano passado, o Brasil vivenciou o ressurgimento das manifestações


de rua em diversas cidades do país, cujo ápice se deu em 13 de junho de 2013. Tais manifestações
colocaram em evidência a necessidade de aprofundar o tratamento jurídico que deve ser conferido ao
tema, especialmente para estabelecer a natureza, o sentido e o alcance do direito de reunião, bem como
dirimir eventuais conflitos deste com outros direitos humanos. Diante disso, é correto afirmar: Decisões
do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal associam o direito de reunião pacífica ao
exercício da cidadania e ao desenvolvimento de uma sociedade democrática. BL: art. 5º, XVII, CF.

XVII - É PLENA a liberdade de associação para fins lícitos, VEDADA a de caráter paramilitar;
(PGESP-2002) (MPRO-2008) (TJAP-2009) (PCAP-2010) (MPPB-2011) (TRF2-2011) (TJCE-2012) (MPAP-2012)
(MPDFT-2013) (MPES-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PF-2013) (MPMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCSC-2014)
(TJGO-2015) (TJPE-2015) (TRF3-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPA-2016) (TJPR-2017) (DPERS-2018)
(Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJGO-2021) (TCERJ-2021)

##Atenção: ##MPRO-2008: ##MPDFT-2009: ##TJPR-2017: ##CESPE: Nenhum direito é absoluto.


Desse modo, em que pese a CF/88 tenha estabelecido a plenitude da liberdade de associação (art. 5º,
XVII), determinou que os fins deverão ser lícitos e vedou associação de caráter paramilitar. Logo, não é
incompatível a liberdade de associação com a edição de normas disciplinadoras do seu exercício pelo

1
Art. 5º. (...) - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença; (...)
10
Estado.

##Atenção: ##PF-2013: ##CESPE: O exercício e gozo do direito de associação não depende da sua
formatação enquanto pessoa jurídica, muito menos no condicionamento à prévia existência de
associação dotada de personalidade jurídica. Se assim fosse, haveria afronta à diversos tipos de
associações protegidas constitucionalmente. O direito constitucional é de eficácia plena, e, portanto, o seu
exercício independe de primeiro ser criada a associação. Na verdade, primeiro os particulares se
agrupam, para só depois criarem as pessoas jurídicas associações.

XVIII - a CRIAÇÃO DE ASSOCIAÇÕES e, na forma da lei, a DE COOPERATIVAS


INDEPENDEM de autorização, SENDO VEDADA a interferência estatal em seu funcionamento; (MPSP-
2006) (MPRO-2008) (DPEMT-2009) (PCAP-2010) (TRF2-2011) (TJCE-2012) (MPAP-2012) (MPES-2013) (PF-
2013) (PCPI-2014) (PGEPR-2015) (TRF3-2013/2016) (MPMS-2018) (DPERS-2018) (Cartórios/TJGO-2021)

(DPERS-2018-FCC): A liberdade de associação, em nossa Constituição, compreende o direito de criar


associação, independentemente de autorização. BL: art. 5º, XVIII, CF.

XIX - as associações SÓ PODERÃO ser COMPULSORIAMENTE DISSOLVIDAS ou TER SUAS


ATIVIDADES SUSPENSAS por decisão judicial, EXIGINDO-SE, no primeiro caso, o trânsito em
julgado; (MPSP-2006) (TJRS-2009) (DPEAL-2009) (DPESP-2009) (MPRO-2008/2010) (MPSC-2010) (PCAP-
2010) (MPPB-2011) (TRF2-2011) (TJCE-2012) (MPAP-2012) (TRF4-2012) (MPES-2013) (DPETO-2013) (PF-2013)
(PCDF-2015) (MPT-2013/2017) (MPBA-2018) (DPERS-2018) (PCSP-2018) (Cartórios/TJGO-2021)

(Cartórios/TJGO-2021-VUNESP): Considerando o disposto na Magna Carta brasileira no tocante aos


direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Constituição Federal, é correto afirmar que uma
associação civil, de fins lícitos, poderá ser criada, independentemente de autorização estatal, e poderá ter
suas atividades suspensas por decisão judicial, mesmo antes do seu trânsito em julgado. BL: art. 5º,
XVIII, XVIII e XIX, CF.

(MPBA-2018): A suspensão das atividades de uma entidade associativa somente poderá ocorrer por
meio de decisão judicial, não sendo, no entanto, exigido o trânsito em julgado. BL: art. 5º, XIX, CF.

##Atenção: No caso, o trânsito em julgado só será necessário caso haja dissolução da associação.

(MPES-2013-VUNESP): Com relação à liberdade de associação, assinale a alternativa que está


expressamente de acordo com o texto constitucional: As associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o
trânsito em julgado. BL: art. 5º, XIX, CF.

(DPEAL-2009-CESPE): As associações somente podem ser compulsoriamente dissolvidas por meio de


decisão judicial transitada em julgado, considerando a vedação constitucional de interferência do Estado
em seu funcionamento. BL: art. 5º, XVIII e XIX, CF.

XX - NINGUÉM PODERÁ ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; (MPES-2013)


(MPMS-2015) (AGU-2015) (TJAM-2016)

(MPMS-2015): Sobre o direito de associação é correto afirmar que: Possui base contratual. BL: art. 5º, XX,
CF.

##Atenção: Segundo a doutrina, uma das características inerentes a este direito é a de que ele possui
uma base contratual, ânimo de permanência (estabilidade) e deve percorrer um fim lícito. (Fonte:
AFONSO DA SILVA, José. Curso de Direito Constitucional Positivo. 19a. ed. São Paulo: Malheiros, 2001,
p. 271.).

##Atenção: Não há exceção legal.

11
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, TÊM LEGITIMIDADE para
representar seus filiados JUDICIAL ou EXTRAJUDICIALMENTE; (MPPE-2008) (MPRO-2008) (DPEMT-
2009) (DPEMA-2011) (MPGO-2012) (PGEPA-2012) (MPES-2013) (MPSC-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (TJDFT-
2015) (DPESP-2015) (PGEPR-2015) (TRT21-2015) (TJAM-2016) (PCPA-2016) (MPMG-2017) (MPSP-2017)
(TJMT-2018) (PCSP-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPAP-2012/2021)

XXII - É GARANTIDO o DIREITO DE PROPRIEDADE; (TRF1-2009) (PGEAL-2009) (MPPB-2011)


(TJPR-2010/2012) (PFN-2012) (PCPA-2013) (AGU-2013) (TRT8-2015) (TRT21-2015) (TJAM-2016) (DPEPE-
2018) (TRF2-2018) (TJRO-2019) (Cartórios/TJAL-2019)

XXIII - a propriedade ATENDERÁ a SUA FUNÇÃO SOCIAL; (MPPB-2011) (TJPR-2010/2012)


(MPMT-2012) (MPPR-2012) (MPRJ-2012) (PFN-2012) (MPMG-2013) (TRF3-2013) (AGU-2013) (MPMA-2014)
(MPPA-2014) (MPPE-2014) (TRF1-2009/2015) (TRT8-2015) (TJAM-2016) (TRT4-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
(TRF5-2017) (DPEPE-2018) (TRF2-2018) (TJAC-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJGO-
2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

(MPMG-2018): Com matriz constitucional, em relação à função social da propriedade no sistema


codificado, é de se afirmar: A inexistência de direito absoluto e intangível. BL: art. 5º, XXIII, CF e
Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##MPPB-2011: ##PGM-São Luís/MA-2016: ##TRF2-2018: ##TJRO-


2019: ##Cartórios/TJGO-2021: ##PGM-Florianópolis/SC-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FEPESE:
##VUNESP: É correto afirmar que a propriedade, sob o viés da função social, passa a ter sentido jurídico
quando submetida a valores sociais baseados em uma ordem pública fundada em princípios que
preservam o seu exercício (a propriedade), porém, SEM caráter absoluto. É nesse sentido a posição do
STF: “O direito de propriedade não se revela absoluto. Está relativizado pela Carta da República -
artigos 5º, incisos XXII, XXIII e XXIV, e 184.” STF. Plenário. MS 25284, Rel. Min. Marco Aurélio, j.
17/06/10.

XXIV - a lei ESTABELECERÁ o procedimento para desapropriação POR NECESSIDADE ou


UTILIDADE PÚBLICA, ou POR INTERESSE SOCIAL, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, RESSALVADOS os casos previstos nesta Constituição; (MPSP-2008) (MPRO-2008) (MPRR-2008)
(PGEPB-2008) (TJSC-2009) (TJRS-2009) (DPEAL-2009) (DPEMT-2009) (MPT-2009) (TJRJ-2011) (MPCE-
2011) (MPPR-2011) (TRF3-2011) (PGEPR-2011) (AGU-2009/2012) (TJPI-2012) (TJMG-2012) (TJCE-2012) (MPRJ-
2012) (DPESC-2012) (TRF4-2012) (PCMA-2012) (PCRJ-2012) (PFN-2012) (MPMG-2013) (PCPA-2013) (AGU-
2013) (MPPA-2014) (MPRS-2014) (DPERS-2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (PCSC-2014)
(DPU-2010/2015) (TRF1-2013/2015) (TJAL-2015) (TJDFT-2015) (DPERN-2015) (DPESP-2015) (PGERS-2015)
(MPSC-2016) (PGEAM-2016) (PGEMA-2016) (TRF5-2013/2015/2017) (DPEAC-2017) (PGESE-2017) (PCAP-
2017) (PCGO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TRF2-2011/2018) (DPEAM-2018)
(PGESC-2018) (PCSP-2018) (TJPA-2019) (TJPR-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJGO-2021)

XXV - no caso de IMINENTE PERIGO PÚBLICO, a autoridade competente PODERÁ USAR de


propriedade particular, ASSEGURADA ao proprietário indenização ulterior, SE HOUVER DANO;
(TJPA-2009) (MPDFT-2009) (DPEAL-2009) (DPEMA-2009) (DPEMT-2009) (AGU-2009) (MPSE-2010)
(DPU-2010) (MPSP-2008/2011) (TJPE-2011) (PGEPR-2011) (MPPR-2012) (MPRJ-2012) (PCRJ-2012) (PFN-2012)
(DPEDF-2013) (TRF1-2013) (PCSC-2014) (TJDFT-2011/2014/2015) (DPERN-2015) (DPESP-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (MPGO-2016) (DPEES-2016) (PCPA-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (PCAP-2010//2017) (PCGO-2013/2017) (TRF5-2015/2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (MPMS-2018) (DPEAM-2018) (TRF2-2018) (PGESC-2018) (MPSC-2012/2019) (TJPR-
2019) (MPPI-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (MPAP-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (TJMG-2018/2022)

XXVI - a PEQUENA PROPRIEDADE RURAL, assim definida em lei [Estatuto da Terra], DESDE
QUE TRABALHADA pela família, NÃO SERÁ OBJETO DE PENHORA para pagamento de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
(TJAL-2008) (MPSP-2008) (TJRS-2009) (TJPE-2011) (MPT-2009/2012) (MPRJ-2012) (PFN-2012) (TJSC-2013)

12
(DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPA-2013) (PCDF-2015) (TRT21-2015) (DPEES-2016) (DPEMG-
2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPAP-2021) (DPEPR-2022)

XXVII - aos autores PERTENCE o DIREITO EXCLUSIVO de utilização, publicação ou reprodução


DE SUAS OBRAS, TRANSMISSÍVEL aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; (MPRN-2009) (TRF3-2011)
(DPETO-2013) (PCPA-2013) (Cartórios/TJGO-2021)

XXVIII - SÃO ASSEGURADOS, nos termos da lei: (MPSP-2006) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-


2013)

a) a PROTEÇÃO às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz


humanas, INCLUSIVE nas atividades desportivas; (MPSP-2006) (DPETO-2013)

b) o DIREITO DE FISCALIZAÇÃO do aproveitamento econômico das obras que CRIAREM ou de


que PARTICIPAREM aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e
associativas; (MPSP-2006) (DPEMS-2008) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013)

XXIX - a lei ASSEGURARÁ aos autores de INVENTOS INDUSTRIAIS privilégio temporário para
sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico
e econômico do País; (MPSP-2006) (MPPE-2008) (PGEPE-2009) (TRF3-2011) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (Cartórios/TJDFT-2019)

XXX - É GARANTIDO o DIREITO DE HERANÇA; (PCPA-2013)

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País SERÁ REGULADA pela LEI
BRASILEIRA em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que NÃO LHES SEJA mais
favorável a LEI PESSOAL do "de cujus"; (TJAP-2009) (MPBA-2010) (MPRO-2010) (MPSC-2010) (MPF-2012)
(MPES-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPPR-2012/2014) (TJMT-2014) (MPPB-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2019)
(Cartórios/TJGO-2021) (Anal. Judic./TJCE-2022)

XXXII - o Estado PROMOVERÁ, na forma da lei, a DEFESA DO CONSUMIDOR; (TJMS-2008)


(DPEES-2009) (DPEPA-2009) (MPSP-2013) (DPETO-2013) (PGEGO-2013) (TJMT-2014) (PCSC-2014)
(DPEAP-2018) (DPEMA-2018) (PGEPE-2018) (MPGO-2019) (DPEMG-2019)

XXXIII - todos TÊM DIREITO a receber dos órgãos públicos INFORMAÇÕES de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que SERÃO PRESTADAS no prazo da lei, SOB PENA DE
RESPONSABILIDADE, RESSALVADAS aquelas cujo SIGILO SEJA imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado; (MPRO-2008) (MPT-2009) (TJSC-2010) (MPSP-2010) (TJRJ-2012) (DPEES-2012)
(DPESP-2012) (PCRJ-2012) (PFN-2012) (MPMS-2013) (DPERR-2013) (PGDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (DPEAL-2017) (TRF2-2017) (Cartórios/TJMG-2017/2018)
(TJMT-2018) (TJBA-2019) (PGERS-2021) (TCDF-2021) (PCAM-2022) (TJMMG-2022)

XXXIV - SÃO a todos assegurados, INDEPENDENTEMENTE do pagamento de taxas:

a) o DIREITO DE PETIÇÃO aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou


abuso de poder; (TJMG-2006) (DPEMT-2009) (DPEPI-2009) (MPSE-2010) (TRF3-2011) (Cartórios/TJSP-
2012) (MPRO-2013) (PGEAC-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPAC-2014) (Cartórios/TJPR-
2014) (PGERN-2014) (DPEPE-2015) (PGEPR-2015) (MPPR-2016) (TRF2-2017) (DPERS-2018)
(Cartórios/TJMG-2015/2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPCE-2011/2020)

13
b) a OBTENÇÃO DE CERTIDÕES EM REPARTIÇÕES PÚBLICAS, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal; (TJMG-2006) (MPSE-2010) (AGU-2010) (PFN-2012) (TJPE-
2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJMG-
2015) (PGEPR-2015) (Cartórios/TJDFT-2019)

(DPERR-2013-CESPE): Considerando os princípios aplicáveis à administração pública e a


jurisprudência do STF, assinale a opção correta: O princípio da publicidade exige que a administração
pública dê ampla divulgação dos seus atos, inclusive fornecendo, gratuitamente, certidões para a defesa
de direitos e o esclarecimento de situações de interesse pessoal quando solicitadas. BL: art. 5º, XXXIII e
XXXIV, “b”, II, CF.

XXXV - a lei NÃO EXCLUIRÁ da apreciação do Poder Judiciário LESÃO ou AMEAÇA A


DIREITO; (MPSP-2005) (PFN-2007) (MPPR-2011) (DPERS-2011) (TRF5-2011) (PGERS-2011) (TJPI-2012)
(TJCE-2012) (TJBA-2012) (DPESE-2012) (TRF3-2011/2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJSP-2012/2014) (TJPB-
2015) (DPEPE-2015) (TRT16-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PFN-2015) (MPGO-2010/2016) (TRF4-2010/2016)
(TJPR-2017) (DPERO-2017) (TRF5-2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (MPF-2017) (TJSP-2018) (TJPA-
2012/2019) (TJAL-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (TJMS-2020) (MPMG-2021) (TCDF-2021) (PGM-Teresina/PI-
2022)

XXXVI - a lei NÃO PREJUDICARÁ o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
(MPSP-2005) (PGESP-2009) (TRF4-2009/2010) (MPRR-2012) (DPESC-2012) (PCMA-2012) (TRF3-2011/2013)
(TJRN-2013) (TRF1-2013) (DPEGO-2014) (PGEPI-2014) (MPBA-2010/2015) (MPF-2013/2015) (MPDFT-2015)
(TRF5-2015) (PCDF-2015) (AGU-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGESE-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017)
(TJMG-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (MPGO-2014/2019) (TJPR-2010/2021)

XXXVII - NÃO HAVERÁ juízo ou tribunal de exceção; (PGESP-2002) (MPSP-2011) (Cartórios/TJSP-


2012) (TJRJ-2013) (DPEAM-2013) (TRF3-2013) (MPGO-2013/2014) (MPAC-2014) (PCRO-2014) (TRF5-2015)
(PFN-2015) (MPPR-2016) (TRT2-2016) (TJSC-2019) (TJAL-2019) (TJMS-2020) (MPDFT-2021) (TCERJ-2021)

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
(MPSP-2006) (MPMG-2011) (TJCE-2012) (DPESP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPI-2014) (PCRO-2014)
(PGM-Salvador/BA-2015) (MPSC-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (Cartórios/TJPR-2019) (DPEGO-2021)

a) a plenitude de defesa; (TJDFT-2008) (PCPI-2014) (Cartórios/TJMG-2016) (Cartórios/TJPR-2019)


(DPERR-2021)

b) o sigilo das votações; (Cartórios/TJPE-2013) (PCPI-2014) (PCRO-2014) (Cartórios/TJMG-2016)


(Cartórios/TJPR-2019) (DPEGO-2021)

c) a soberania dos veredictos; (Cartórios/TJPE-2013) (PCPI-2014) (Cartórios/TJMG-2016) (TJPR-2017)


(MPRR-2017) (DPEAP-2018) (Cartórios/TJPR-2019)

##Atenção: ##STF: ##TJPR-2017: ##CESPE: A soberania dos veredictos do júri, assegurada em


preceito constitucional, não é absoluta, sujeitando-se as decisões do conselho de sentença à instância
recursal. Não implica ofensa à norma constitucional que assegura a soberania dos veredictos do júri, o
acórdão proferido em grau de apelação para anular a decisão contrária à prova dos autos. O reexame e
revaloração de fatos e provas não é compatível com o rito especial e sumário do habeas-corpus. STF. 2ª
T., HC 73349, Min. Rel. Marco Aurélio, Rel. p/ Ac. Maurício Corrêa, j. 27/02/96.

14
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; (TJDFT-2008) (TJAP-2009)
(TJES-2011) (TJCE-2012) (PGEMG-2012) (PCSP-2012) (PCPI-2014) (PCRO-2014) (DPESP-2012/2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (MPRS-2012/2016) (PCAP-2017) (PCMT-2017) (DPEMA-2018) (MPGO-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (TJPR-2019/2021) (MPMG-2021)

Súmula Vinculante 45-STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.

##Atenção: ##STF: ##PGEMG-2012: ##PCSP-2012: ##DPESP-2012/2015: ##PGM-Salvador/BA-2015:


##MPRS-2016: ##DPEMA-2018: ##TJPR-2019: ##MPMG-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: A
competência do Tribunal do Júri, fixada no art. 5º, XXXVIII, d, da CF, quanto ao julgamento de crimes
dolosos contra a vida é passível de ampliação pelo legislador ordinário. A regra estabelecida no art. 78,
I, do CPP de observância obrigatória, faz com que a competência constitucional do tribunal do júri
exerça uma vis atractiva sobre delitos que apresentem relação de continência ou conexão com os
crimes dolosos contra a vida. STF. 1ª T., HC 101542, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 04/05/10.

(TJMG-2012-VUNESP): Em relação ao foro especial, previsto em lei ordinária ou de organização


judiciária, no caso de cometimento de crime contra a vida, prevalecerá a competência do Tribunal do
Júri. BL: arts. 5º, XXXVIII da CF/88 (CPP)

##Atenção: ##TJMG-2012: ##DPEMA-2018: ##FCC: ##VUNESP: A competência do Tribunal do Júri


advém da CF/88. Logo, somente pode ser afastada por outra regra da própria CF, não por lei ordinária
ou de organização judiciária.

##Atenção: ##TJES-2011: ##CESPE: É reconhecida a instituição do Tribunal do Júri, seja na Justiça


Estadual, seja na Justiça Federal. Logo, não é privativo da esfera estadual.

XXXIX - NÃO HÁ CRIME sem lei anterior que o defina, NEM PENA sem prévia cominação legal;
(MPDFT-2009) (TJRS-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (TJMG-
2008/2018) (MPBA-2018) (TJRO-2019) (PCPA-2021)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##PCPA-2021: ##AOCP: A definição dos crimes de lesa-humanidade,


também chamados de crimes contra a humanidade, pode ser encontrada no Estatuto de Roma,
promulgado no Brasil por força do Dec. 4.388/02. No Brasil, no entanto, ainda não há lei que tipifique
os crimes contra a humanidade. Diante da ausência de lei interna tipificando os crimes contra a
humanidade, não é possível utilizar tipo penal descrito em tratado internacional para tipificar
condutas internamente, sob pena de se violar o princípio da legalidade (art. 5º, XXXIX, da CF/88).
Dessa maneira, não se mostra possível internalizar a tipificação do crime contra a humanidade trazida
pelo Estatuto de Roma, mesmo se cuidando de Tratado internalizado por meio do Decreto n. 4.388,
porquanto não há lei em sentido formal tipificando referida conduta. Em resumo, é necessária a
edição de lei em sentido formal para a tipificação do crime contra a humanidade trazida pelo Estatuto
de Roma, mesmo se cuidando de Tratado internalizado. STJ. 3ª S. REsp 1798903-RJ, Rel. Min. Reynaldo
Soares da Fonseca, j. 25/09/19 (Info 659).
(PCPA-2021-AOCP): Em relação ao Direito Penal, assinale a alternativa correta: Em homenagem ao
princípio da reserva legal (art. 5º, XXXIX, CF), os tratados e as convenções internacionais não podem criar
crimes nem cominar penas, ainda que já tenham sido internalizados pelo Brasil. BL: art. 5º, XXXIX, CF e
Info 659, STJ.
##Atenção: Assim, os tratados e as convenções não podem criar crimes nem cominar penas, ainda que já
tenham sido internalizados pelo Brasil, pois deve ser necessária a edição de lei em sentido formal.

(TJMG-2008): O princípio da legalidade ou da reserva legal constitui efetiva limitação ao poder punitivo
estatal. BL: art. 1º do CP e art. 5º, XXXIX, da CF/88. (penal)

XL - a lei penal NÃO RETROAGIRÁ, SALVO para beneficiar o réu; (PCTO-2008) (PCPA-2009)
(TJPR-2010) (PCAP-2010) (MPMS-2013) (MPMG-2014) (DPEPA-2015) (PGEMS-2016) (PCMT-2017) (PCGO-
2017/2018) (TJMG-2018) (PCMG-2018) (MPSP-2005/2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPDFT-2021) (MPSC-2021)
(DPERJ-2021)
15
XLI - a lei PUNIRÁ qualquer discriminação atentatória dos DIREITOS e LIBERDADES
FUNDAMENTAIS; (Cartórios/TJMG-2015)

XLII - a prática do racismo CONSTITUI crime INAFIANÇÁVEL e IMPRESCRITÍVEL, SUJEITO à


pena de reclusão, nos termos da lei; (TJMA-2008) (TJAP-2009) (TJMT-2009) (TJRS-2009) (PGESP-2009)
(PCPA-2009) (MPRO-2010) (DPEBA-2010) (DPEGO-2010) (PCES-2011) (PCRJ-2009/2012) (TJMS-2012)
(TJPR-2012) (MPPR-2012) (MPRJ-2012) (DPEMS-2012) (DPESP-2012) (PCAL-2012) (TJRJ-2012/2013)
(MPES-2013) (MPGO-2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPT-2013) (MPAC-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (MPF-2012/2015) (TJDFT-2015) (PFN-2015) (TRF4-2012/2016) (MPRR-2017) (PCGO-
2012/2018) (Cartórios/TJMG-2016/2019) (MPMG-2019) (MPPI-2019) (MPRS-2012/2021) (DPEAM-2018/2021)
(TJSP-2021) (MPAP-2021) (PF-2021) (MPSP-2008/2022) (TJMG-2009/2022) (DPEAP-2022) (PCRR-2022) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

XLIII - a lei CONSIDERARÁ crimes INAFIANÇÁVEIS e INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA ou


ANISTIA a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles RESPONDENDO os mandantes, os executores e os que, PODENDO
EVITÁ-LOS, se omitirem; (TJMG-2006) (MPSP-2008) (MPPE-2008) (MPRO-2008) (TJAP-2009) (PCPB-2009)
(PCRJ-2009) (MPSC-2010) (DPEGO-2010) (TJES-2011) (TJDFT-2011) (MPDFT-2011) (MPMG-2011) (PCES-
2011) (MPRJ-2012) (DPEAC-2012) (MPF-2012) (PGEMG-2012) (PCAL-2012) (TJSC-2013) (TJAM-2013) (MPES-
2013) (DPETO-2013) (TRF3-2013) (PCBA-2013) (MPAC-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJMG-2015)
(PFN-2015) (TRF4-2012/2016) (MPPR-2016) (PCPA-2016) (TRF2-2017) (PCPI-2009/2018) (PCGO-
2012/2013/2017/2018) (MPBA-2018) (DPESP-2009/2012/2013/2019) (DPEMG-2019) (MPCE-2020) (PF-
2018/2021) (PCPA-2021) (MPM-2021) (PCRR-2022) (TJMMG-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

XLIV - CONSTITUI crime INAFIANÇÁVEL e IMPRESCRITÍVEL a ação de grupos armados, civis


ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; (TJMA-2008) (MPSP-2008) (TJMG-
2005/2009) (TJAP-2009) (MPSC-2010) (DPEGO-2010) (PCES-2011) (TJPR-2012) (MPPR-2012) (MPRJ-2012)
(DPESP-2012) (PCAL-2012) (TJRJ-2013) (MPES-2013) (MPGO-2013) (MPAC-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(PGESC-2014) (MPF-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PFN-2015) (TRF4-2016) (PCGO-2012/2013/2018) (DPEAM-
2018) (MPPI-2019) (MPAP-2021) (PF-2021) (PCRR-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

XLV - nenhuma pena PASSARÁ DA PESSOA DO CONDENADO, PODENDO a obrigação de


reparar o dano e a decretação do perdimento de bens SER, nos termos da lei, ESTENDIDAS AOS
SUCESSORES e CONTRA ELES EXECUTADAS, até o limite do valor do patrimônio transferido;
(MPPR-2008) (TJMG-2009) (TJAP-2009) (MPCE-2009) (MPDFT-2009) (PGEPE-2009) (MPPB-2010) (TJRJ-2011)
(PCMG-2011) (MPPI-2012) (DPEMS-2012) (MPF-2012) (TJMA-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPA-2013)
(TJPA-2014) (MPGO-2014) (MPBA-2015) (PCAP-2017) (TJSP-2018) (DPEMA-2018) (DPEPE-2018) (PCMG-
2018) (PCSE-2018) (TJRO-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (TJMMG-2022)

XLVI - a lei REGULARÁ a INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA e ADOTARÁ, entre outras, as


seguintes: (DPEMS-2008) (PCPA-2009/2013) (TJMSP-2016) (MPBA-2018) (PCGO-2018) (PCSE-2018)

a) privação ou restrição da liberdade; (DPEMS-2008)

b) perda de bens; (DPEMS-2008) (MPPB-2010)

c) multa; (DPEMS-2008) (TJAM-2013)

d) prestação social alternativa; (DPEMS-2008) (MPRO-2010) (TJAM-2013)

16
e) suspensão ou interdição de direitos; (DPEMS-2008) (TJMT-2009) (TJAM-2013)

XLVII - NÃO HAVERÁ PENAS: (PCRJ-2009) (TJES-2011) (PCMG-2011) (PCBA-2008/2013) (TJAM-


2013) (MPRO-2013) (MPM-2013) (DPEPR-2014) (PGESC-2014) (PCPI-2014) (PCCE-2015) (DPEMA-
2009/2018) (MPGO-2019) (PCPR-2021)

a) de morte, SALVO em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; (MPCE-2009) (PGESP-
2009) (PCRJ-2009) (PCMG-2011) (MPF-2012) (MPRO-2013) (MPSC-2013) (PCBA-2013) (MPM-2013) (MPMA-
2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (PGESC-2014) (PCPI-2014) (PCCE-2015) (TJMSP-2016) (DPEMA-
2009/2018) (PCGO-2018) (TJRO-2019) (MPGO-2019) (PCPR-2021)

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar,
total ou parcialmente, a mobilização nacional;

(PCGO-2018-UEG): A Constituição (CRFB) admite como possível a pena de morte em caso de guerra
declarada. BL: art. 5º, XLVII, “a”, CF.

b) de caráter perpétuo; (MPCE-2009) (PCRJ-2009) (MPRO-2013) (MPSC-2013) (DPEPR-2014) (PGESC-


2014) (PCPI-2014) (PCCE-2015) (DPEMA-2018) (TJRO-2019) (MPGO-2019)

c) de trabalhos forçados; (PCRJ-2009) (MPRO-2013) (DPEPR-2014) (PGESC-2014) (PCPI-2014) (PCCE-


2015) (TJMSP-2016) (DPEMA-2018) (TJRO-2019) (MPGO-2019)

d) de banimento; (TJMT-2009) (PCRJ-2009) (MPF-2012) (MPRO-2013) (DPEPR-2014) (PGESC-2014)


(PCPI-2014) (PCCE-2015) (TRF5-2017) (DPEMA-2018) (TJRO-2019) (MPGO-2019)

e) cruéis; (PCBA-2008) (PCRJ-2009) (MPRO-2013) (DPEPR-2014) (PGESC-2014) (PCPI-2014) (PCCE-


2015) (DPEMA-2018) (TJRO-2019) (MPGO-2019) (PCPR-2021)

XLVIII - A PENA SERÁ CUMPRIDA em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do


delito, a idade e o sexo do apenado; (DPEMS-2012) (PCSP-2012) (PCPA-2009/2013) (DPEAM-2013)
(Cartórios/TJPE-2013) (DPEPB-2014) (TJGO-2015) (MPDFT-2015) (DPEMA-2018)

XLIX - É ASSEGURADO aos presos o respeito à INTEGRIDADE FÍSICA e MORAL; (PCAP-2010)


(TRT2-2016) (MPF-2017) (DPEMA-2018) (TJRO-2019) (PCPR-2021)

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação; (DPEAM-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (DPEMA-2018)

LI - NENHUM brasileiro SERÁ EXTRADITADO, SALVO o naturalizado, em caso de CRIME


COMUM, PRATICADO antes da naturalização, OU de COMPROVADO envolvimento em tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; (PCSC-2008) (TJMG-2006/2009) (TJRS-2009) (TJAP-2009)
(TJMT-2009) (DPEMG-2009) (DPEPA-2009) (DPEPI-2009) (TRF4-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010)
(PCAP-2010) (MPDFT-2011) (TRF1-2011) (TRF5-2011) (TJDFT-2012) (TJRJ-2012) (DPEMS-2012) (PCRJ-2012)
(AGU-2012) (PFN-2012) (TJPR-2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCBA-2013) (MPT-2013) (MPMT-
2008/2014) (DPEPR-2014) (PCPI-2014) (TJMS-2012/2015) (MPDFT-2015) (PCDF-2015) (TRT8-2015) (TRF3-
2011/2016) (PCPA-2016) (MPPR-2008/2017) (TRF2-2014/2017/2018) (TJCE-2018) (PCGO-2018) (TJPA-2009/2019)
(MPGO-2014/2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPAP-2012/2021) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2018/2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (MPRJ-2022) (DPEAP-2022)

17
Vide art. 82 da Lei 13.445/2017 (Lei da Migração):
Art. 82. Não se concederá a extradição quando:
I - o indivíduo cuja extradição é solicitada ao Brasil for brasileiro nato;
II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente;
III - o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando;
IV - a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 (dois) anos;
V - o extraditando estiver respondendo a processo ou já houver sido condenado ou absolvido no Brasil
pelo mesmo fato em que se fundar o pedido;
VI - a punibilidade estiver extinta pela prescrição, segundo a lei brasileira ou a do Estado requerente;
VII - o fato constituir crime político ou de opinião;
VIII - o extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante tribunal ou juízo de exceção; ou
IX - o extraditando for beneficiário de refúgio, nos termos da Lei no 9.474, de 22 de julho de 1997, ou de
asilo territorial.
§ 1o A previsão constante do inciso VII do caput não impedirá a extradição quando o fato constituir,
principalmente, infração à lei penal comum ou quando o crime comum, conexo ao delito político, constituir o
fato principal.
§ 2o Caberá à autoridade judiciária competente a apreciação do caráter da infração.
§ 3o Para determinação da incidência do disposto no inciso I, será observada, nos casos de aquisição de
outra nacionalidade por naturalização, a anterioridade do fato gerador da extradição.
§ 4o O Supremo Tribunal Federal poderá deixar de considerar crime político o atentado contra chefe de
Estado ou quaisquer autoridades, bem como crime contra a humanidade, crime de guerra, crime de genocídio
e terrorismo.
§ 5o Admite-se a extradição de brasileiro naturalizado, nas hipóteses previstas na Constituição Federal.

LII - NÃO SERÁ CONCEDIDA extradição de estrangeiro por CRIME POLÍTICO ou DE


OPINIÃO; (TJTO-2007) (MPAM-2007) (DPEMA-2009) (TRF4-2009) (TRF5-2009) (MPSC-2010) (AGU-2012)
(PFN-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (MPGO-2014) (PGESC-2014) (TJMS-2012/2015) (MPPR-2008/2017) (PGEAC-
2017) (DPEAM-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (MPRJ-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Não se deve conceder a extradição se a conduta do extraditando de


financiar grupo terrorista que pretendia tomar o poder caracteriza-se como crime político, tendo em
vista a vedação prevista no art. 5º, LII, da CF/88. STF. 2ª T. Ext 1578/DF, Rel. Min. Edson Fachin, j.
6/8/19 (Info 946).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Como não existe uma lei que defina expressamente essa
categoria, o STF entende que os crimes políticos são aqueles previstos na Lei de Segurança Nacional (Lei
7.170/83). O STF entendeu que a conduta praticada pelo sujeito seria assemelhada aos tipos penais da Lei
7.170/83, de sorte que poderia se dizer que se tratou de crime político, hipótese na qual a extradição é
proibida. Mas atenção: o Min. Celso de Mello registrou que a previsão que veda a extradição em caso de
crimes políticos não pode ser invocada caso tenham sido praticados atos criminosos de natureza terrorista.

LIII - ninguém SERÁ processado NEM sentenciado SENÃO pela autoridade competente; (PGESP-
2002) (MPRO-2010) (MPSP-2011) (Cartórios/TJSP-2012) (TJRJ-2013) (TRF3-2013) (MPGO-2013/2014) (MPAC-
2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (TRF5-2015) (MPPR-2016) (PGEMT-2016)
(TRT2-2016) (PCMS-2017) (TJSC-2019) (TJMS-2020) (MPDFT-2021) (TCERJ-2021)

LIV - ninguém SERÁ PRIVADO da liberdade ou de seus bens SEM o DEVIDO PROCESSO
LEGAL; (PGESP-2002) (MPF-2005) (DPEMG-2009) (PCAP-2010) (AGU-2010) (PCRJ-2012) (TRF1-2013)
(TRF3-2013) (TJMG-2014) (TJMT-2014) (PCDF-2015) (MPPR-2016) (TJSC-2009/2017) (TRF2-2018) (MPSC-2021)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral SÃO


ASSEGURADOS o CONTRADITÓRIO e AMPLA DEFESA, com os meios e recursos a ela inerentes;
(PGESP-2002) (MPRR-2008) (TRF4-2009) (MPT-2009) (MPRO-2008/2010) (DPEGO-2010) (DPESP-2010)
(AGU-2010) (TJDFT-2011) (MPMS-2011) (DPERS-2011) (TJRS-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PCSP-2014)
(TRF1-2013/2015) (TRF5-2013/2015) (Cartórios/TJMG-2015) (TRF3-2013/2016) (TRT2-2016) (MPPR-2011/2017)

18
(PGEAC-2014/2017) (TJSC-2017) (DPEAC-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (TJSP-2018) (TRF2-2018) (MPSP-
2017/2019) (MPGO-2019) (DPERR-2013/2021) (MPRS-2014/2021) (TJGO-2021) (TJMMG-2022)

LVI - SÃO INADMISSÍVEIS, no processo, as provas obtidas POR MEIOS ILÍCITOS; (TJMG-
2005/2009) (MPDFT-2011) (MPPR-2011) (DPERS-2011) (Cartórios/TJSP-2012) (MPES-2013) (Cartórios/TJPE-
2013) (PGESC-2014) (TRF5-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPA-2016) (TRT2-2016) (MPRO-2017) (MPRR-2017)
(MPSP-2012/2019) (TJMMG-2022)

LVII - ninguém SERÁ CONSIDERADO CULPADO até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória; [obs.: Princípio da Presunção da Inocência.] (MPES-2010) (PCAP-2010) (DPEMA-2011)
(Cartórios/TJSP-2012) (PCSP-2014) (TRF5-2015) (PCPA-2016) (DPEAC-2017) (PCMS-2017) (TJSP-2018)

LVIII - o civilmente identificado NÃO SERÁ SUBMETIDO a IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL,


SALVO nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento). (PCAP-2010) (TJPA-2012) (TJAC-2012) (TJSC-2013)
(MPSC-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCBA-2013) (PCGO-2013) (DPEMA-2011/2015) (PCCE-2015) (TJDFT-
2016) (TRF4-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (DPERO-2017) (PCAC-2017) (MPCE-2009/2020) (TJGO-2021)

LIX - SERÁ ADMITIDA AÇÃO PRIVADA nos crimes de ação pública, se esta NÃO FOR
INTENTADA no prazo legal; (MPES-2010) (TJPR-2010/2012) (MPPR-2012) (DPEAM-2013) (Cartórios/TJPE-
2013) (MPM-2013) (MPAC-2014) (DPEPB-2014) (DPEMA-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (TJPA-2012/2019)

LX - a lei SÓ PODERÁ RESTRINGIR A PUBLICIDADE dos atos processuais quando a defesa da


intimidade ou o interesse social o exigirem; (MPPE-2008) (MPCE-2009) (DPEMA-2009) (TRF4-2010)
(PCAP-2010) (DPEES-2012) (DPEPR-2012) (DPESP-2012) (DPEAM-2013) (DPETO-2013) (TRF5-
2013) (PGDF-2013) (DPECE-2014) (DPEPB-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJGO-2015) (TJAM-2016)
(MPBA-2018) (TJMG-2009/2022)

##Atenção: Princípio da publicidade restrita.

LXI - ninguém SERÁ PRESO SENÃO em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, SALVO nos casos de TRANSGRESSÃO MILITAR ou CRIME
PROPRIAMENTE MILITAR, definidos em lei; (MPAM-2007) (DPEMS-2008) (MPCE-2009) (TRF5-2011)
(Cartórios/TJPE-2013) (PCPR-2013) (PCSP-2014) (DPEMA-2018) (PCGO-2018) (PCPA-2021) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##DPEMA-2018: ##FCC: Princípio da jurisdicionalidade ou necessidade.

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre SERÃO COMUNICADOS


imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; (DPEMA-2011)
(DPEMS-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PF-2013) (PCSP-2014) (PCRS-2018) (PCSE-2018)

LXIII - o preso SERÁ INFORMADO de seus direitos, entre os quais o de PERMANECER


CALADO, SENDO-LHE ASSEGURADA a assistência da família e de advogado; (MPAM-2007) (MPES-
2010) (PCGO-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (TRF2-2014) (PCSP-2014) (MPF-2015) (TRF3-2016) (PCAP-2010/2017)
(TJPR-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PF-2018) (MPGO-2019) (DPEDF-2019) (MPMG-2011/2021) (MPM-2021)
(TJMMG-2022)

LXIV - o preso TEM DIREITO À IDENTIFICAÇÃO dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial; (MPAM-2007) (TJMT-2009) (DPEMA-2011) (DPEMS-2012) (PCGO-2012)
(Cartórios/TJPE-2013) (PCSP-2014) (TJGO-2015) (MPDFT-2015) (TRT21-2015) (TJGO-2021) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

19
LXV - a PRISÃO ILEGAL SERÁ imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; (DPEMA-
2011) (DPEMS-2012) (TRF5-2013) (PCSP-2014) (PCTO-2014) (TRF4-2016) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

LXVI - ninguém SERÁ LEVADO à prisão ou nela mantido, QUANDO a lei ADMITIR a
LIBERDADE PROVISÓRIA, com ou sem fiança; [obs.: medida excepcional.] (MPAM-2007) (DPEMA-
2009) (PCSP-2014) (TJGO-2015) (TRF4-2016) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

LXVII - NÃO HAVERÁ PRISÃO CIVIL POR DÍVIDA, SALVO a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; (MPSP-2006)
(MPAM-2007) (PGEAL-2009) (PGEPA-2011) (DPEPR-2012) (PFN-2012) (DPEAM-2013) (PCDF-2013)
(PCRO-2014) (DPEMT-2016) (PGEAC-2017) (PCAP-2017) (TRT/Unificado-2017) (PCGO-2013/2018)
(DPEPE-2018) (DPEMG-2019) (DPERR-2021) (TJMG-2022)

LXVIII - CONCEDER-SE-Á HABEAS CORPUS sempre que alguém SOFRER ou SE ACHAR


AMEAÇADO DE SOFRER violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso
de poder; (PCBA-2008) (MPCE-2009) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (TRF4-2009) (PCPA-2009) (PGERS-
2010/2011) (TJRO-2011) (DPEMA-2011) (PCRJ-2009/2012) (TJPI-2012) (MPPI-2012) (PFN-2012) (MPPR-
2011/2012/2013) (TJPR-2013) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCGO-2013) (TJMT-2014) (TJDFT-2014)
(PCSC-2014) (PCSP-2014) (MPMS-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (Cartórios/TJSP-
2012/2016) (PGEMS-2014/2016) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (MPSP-2010/2017) (PGEAC-2014/2017) (PCMS-2017)
(PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPBA-2018) (DPEPE-2018) (Escrivão de Polícia/PCMA-2018) (MPGO-2019)
(PCES-2019) (MPAP-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (DPEMS-2022)

LXIX - CONCEDER-SE-Á MANDADO DE SEGURANÇA para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder FOR
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; (TJAP-
2009) (DPEMG-2009) (DPEMT-2009) (DPEPI-2009) (PCRO-2009) (MPSE-2010) (DPEGO-2010)
(PGERS-2010) (AGU-2010) (TJRJ-2011/2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (MPF-2012) (PCRJ-2012) (MPDFT-2013)
(MPES-2013) (MPSP-2013) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPT-2013) (PGDF-2013) (PCGO-2013)
(PCPR-2013) (TJDFT-2014) (MPMT-2014) (DPECE-2014) (DPERS-2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014)
(PGEPA-2012/2015) (MPAM-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJAM-2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (TRT4-2016) (MPMG-2012/2017) (TJPR-2017) (DPEAL-2017)
(Cartórios/TJRJ-2017) (PGEAC-2017) (PCAC-2017) (TRT/Unificado-2017) (TJRS-2009/2018) (TJMT-2018)
(MPBA-2018) (DPEAM-2018) (DPEPE-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (Cartórios/TJPR-
2014/2019) (TJRO-2019) (PGEMS-2016/2021) (MPAP-2021) (PGEPB-2021) (DPEMS-2014/2022) (MPGO-
2014/2019/2022) (TJSC-2022) (PGERO-2022)

LXX - o MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO PODE SER IMPETRADO por: (MPRO-2008)


(TJRS-2009) (MPDFT-2009) (PCRO-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2010) (TJRJ-2011) (PCRJ-2009/2012) (DPESE-
2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (TJAM-2013) (MPES-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPT-2013) (TJDFT-2014)
(MPGO-2014) (MPSC-2014) (DPECE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PCPI-2014) (PCSC-
2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPAM-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (TRT16-2015) (TRT21-2015)
(PGEMS-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (MPMG-2012/2017) (MPSC-2013/2017)
(Cartórios/TJMG-2015/2016/2017) (PGESC-2014/2018) (DPEPE-2018) (PGETO-2018) (DPEDF-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEBA-2010/2021) (PGEAL-2021) (TJMG-
2005/2008/2022) (PGERO-2022)

a) PARTIDO POLÍTICO com representação no Congresso Nacional; (MPRO-2008) (TJRS-2009)


(MPDFT-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2010) (TJPE-2011) (TJPR-2008/2010) (PCRJ-2009/2012) (TJPI-2012) (TJAC-
2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (MPT-2013) (MPMT-
2012/2014) (TJDFT-2014) (MPGO-2014) (MPSC-2014) (DPECE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-
2014) (PCPI-2014) (PCSC-2014) (MPAM-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (TRT16-2015) (TRT21-2015)

20
(PGEMS-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (MPMG-2010/2017) (MPSP-2013/2017)
(Cartórios/TJMG-2015/2016/2017) (TRT/Unificado-2017) (PGESC-2014/2018) (DPEPE-2018) (PGETO-2018)
(DPEDF-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (DPEBA-2010/2021) (PGEAL-2021) (TJMG-2022) (PGERO-2022)

b) ORGANIZAÇÃO SINDICAL, ENTIDADE DE CLASSE ou ASSOCIAÇÃO legalmente


constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados; (TJRS-2009) (MPDFT-2009) (MPSE-2010) (TRF4-2010) (TJRO-2011) (PCRJ-2009/2012) (TJCE-2012)
(TJAC-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (PGESP-2012) (AGU-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (MPT-2013)
(TJDFT-2007/2014) (MPGO-2014) (MPSC-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PCPI-2014)
(PCSC-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPAM-2015) (DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015)
(TRT16-2015) (TRT21-2015) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (MPMG-
2010/2017) (MPSP-2013/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2017) (PGESC-2014/2018) (DPEPE-2018) (PGETO-
2018) (DPEDF-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEBA-2010/2021) (PGEAL-
2021) (TJMG-2005/2008/2022) (PGERO-2022)

LXXI - CONCEDER-SE-Á MANDADO DE INJUNÇÃO sempre que a falta de norma


regulamentadora TORNE INVIÁVEL o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; (TJMG-2008/2009) (MPCE-2009) (TRF4-
2009) (TJPR-2010) (MPPR-2011) (DPEMA-2011) (PCRJ-2009/2012) (TJPI-2012) (TJRJ-2012) (TJRS-2012)
(MPAL-2012) (MPSC-2012) (MPTO-2012) (DPERO-2012) (PGEMG-2012) (PGESP-2012) (PCBA-2008/2013)
(MPT-2012/2013) (TJAM-2013) (MPMG-2013) (MPSP-2013) (DPERR-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013)
(TJDFT-2014) (PGEMS-2014) (PCPI-2014) (PCSC-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014)
(PGERS-2011/2015) (PFN-2012/2015) (DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (PGEPR-2015)
(PCDF-2015) (TRT6-2015) (AGU-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMA-2016) (TRT4-2016) (PGM-São Luís/MA-
2016) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2017) (PGEAC-2017) (PCAC-2017) (TJMT-2014/2018) (DPEPE-2015/2018)
(MPBA-2018) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (TJRO-2011/2019) (TJSC-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (MPDFT-2009/2021) (PGEAL-2021) (MPM-2021)

LXXII - CONCEDER-SE-Á HABEAS DATA:

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, CONSTANTES


de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; (TJMG-2009) (TJSP-
2009) (TJAP-2009) (DPEMG-2009) (PCRJ-2009) (MPSE-2010) (AGU-2010) (TJRO-2011) (DPEAM-2011)
(MPAL-2012) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (DPERO-2012) (DPESC-2012) (PFN-2012) (TRF2-2011/2013)
(DPEDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PF-2013) (DPERS-2014) (PCPI-2014) (PCSC-2014) (PGERS-
2010/2015) (TJGO-2015) (DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (TRT16-2015) (Cartórios/TJSP-
2012/2016) (TJAM-2016) (TRF3-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (Cartórios/TJMG-
2015/2016/2017) (MPMG-2017) (MPRO-2017) (DPEAL-2017) (MPF-2017) (DPU-2017) (PGEAC-2017) (MPBA-
2018) (DPEPE-2018) (PGEPE-2018) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPAP-2021) (MPSC-2021)
(PGERS-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)

b) para a retificação de dados, quando NÃO SE PREFIRA FAZÊ-LO por processo sigiloso, judicial
ou administrativo; (TJRS-2009) (TJSP-2009) (DPEMG-2009) (PCRJ-2009) (MPSE-2010) (AGU-2010)
(DPEAM-2011) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (DPESC-2012) (PGEMG-2012) (PFN-
2012) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PF-2013) (DPERS-2014) (PGESC-2014) (PCPI-2014) (PGERS-
2010/2015) (TJPB-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (TJAM-2016) (TRF3-
2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (DPEAL-2017) (DPU-2017) (PGEAC-2017)
(PCAC-2017) (MPBA-2018) (DPEPE-2018) (PGEPE-2018) (TJRO-2011/2019) (DPEMG-2019) (MPAP-2021)
(MPSC-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

21
LXXIII - qualquer cidadão É PARTE LEGÍTIMA [obs.: é o único legitimado] para propor AÇÃO
POPULAR que VISE A ANULAR ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, FICANDO
o autor, SALVO COMPROVADA MÁ-FÉ, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; (TJPI-
2007) (TJSP-2008) (TJPR-2008) (MPRO-2008) (MPPE-2008) (PCSC-2008) (DPEMA-2009) (TJSC-2010) (MPBA-
2010) (MPSE-2010) (MPCE-2011) (DPEAM-2011) (MPF-2011) (PCRJ-2009/2012) (TJBA-2012) (MPMT-2012)
(MPPI-2012) (MPRR-2012) (DPESC-2012) (DPESE-2012) (PFN-2012) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJPE-
2013) (PGDF-2013) (PCES-2013) (MPPR-2011/2014) (MPMA-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(PCPI-2014) (MPT-2009/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (PGEPR-2015)
(PGERS-2015) (TCERN-2015) (DPEMT-2009/2016) (DPEBA-2010/2016) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (TJDFT-
2011/2014/2016) (MPSC-2014/2016) (TJAM-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGEAC-
2014/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2017) (Cartórios/TJRJ-2017) (PGESE-2017) (PCAC-2017) (PGM-BH/MG-
2017) (MPMS-2011/2013/2018) (PGESC-2014/2018) (DPEPE-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (Anal. Judic./STJ-
2018) (DPEMG-2009/2019) (MPGO-2010/2014/2019) (MPMG-2010/2014/2017/2018/2019) (TJPA-2019) (TJRO-
2019) (MPSP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPAP-2012/2021) (PGEAL-2021)
(PGEMS-2021) (TJMG-2005/2008/2009/2022) (DPETO-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

LXXIV - o Estado PRESTARÁ ASSISTÊNCIA JURÍDICA integral e gratuita aos que


COMPROVAREM insuficiência de recursos; (DPEAL-2009) (DPESE-2012) (MPDFT-2013) (DPEMS-
2014) (DPEPB-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (MPF-2015) (DPEBA-2010/2016) (DPEES-2009/2012/2016)
(DPEMT-2016) (DPU-2015/2017) (DPEMA-2009/2011/2018) (DPESP-2010/2012/2013/2019) (DPEDF-
2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPEAM-2013/2021)

Súmula 481-STJ: Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que
demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.

LXXV - o Estado INDENIZARÁ o condenado POR ERRO JUDICIÁRIO, assim como o que ficar
preso além do tempo fixado na sentença; (TJAP-2008) (TJSP-2008) (PGEES-2008) (AGU-2010) (DPERS-
2011) (TJBA-2012) (DPEES-2012) (DPESC-2012) (DPESE-2012) (MPMG-2013) (DPEDF-2013) (TJPA-
2014) (MPAC-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PCSC-2014) (DPESP-2006/2015) (PCDF-2015) (TJDFT-2016)
(DPEAP-2018)

LXXVI - SÃO GRATUITOS para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (DPEMS-2008)


(TJSC-2009) (TJPE-2011) (TJMS-2012) (DPEAM-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (TRF5-2015) (Cartórios/TJSP-
2014/2016) (PGESC-2014/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJAL-2019)
(Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

a) o registro civil de nascimento; (DPEMT-2009) (DPEAM-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (TRF5-


2015) (Cartórios/TJSP-2014/2016) (PGESC-2014/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (DPEMG-2019)
(Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

b) a certidão de óbito; (DPEMT-2009) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRF5-2015)


(PGESC-2014/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJDFT-
2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

LXXVII - SÃO GRATUITAS as ações de HABEAS CORPUS e HABEAS DATA, e, na forma da lei, os
atos necessários ao exercício da cidadania. (DPEMS-2008) (PCRJ-2009) (TJBA-2012) (DPESP-2013)
(PGM-Recife/PE-2014) (TJRS-2016) (PGEMS-2016) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (PCAC-2017) (PGESC-2018)
(Anal. Judic./STJ-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (PGEMS-2021)

22
Previsão constitucional de isenção de custas:
- Habeas Corpus
- Habeas Data
- Ação Popular (salvo se comprovada má fé do autor)
- Exercício da cidadania
- Direito de petição
- Obtenção de certidões

Dica Qconcursos:
- DIREITO DE PETIÇÃO E DE OBTER CERTIDÃO: isento ("independe") do pagamento de taxas;

- AÇÃO POPULAR: isenta de custas e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé;

- HC e HD: gratuitos;

- ATOS NECESSÁRIOS AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA: gratuitos, na forma da lei;

- REGISTRO DE NASCIMENTO E CERTIDÃO DE ÓBITO: gratuitos aos reconhecidamente pobres;

- ASSISTÊNCIA JURÍDICA E INTEGRAL PELO ESTADO: gratuita a quem comprove insuficiência


de recursos.

- CASAMENTO: O casamento é civil e gratuita a celebração

Dica: Os H’s são de GRAÇA!

Dica: quem MANDA sempre PAGA! Mandado de segurança e mandado de injunção (incisos LXX e
LXXI), portanto, são pagos.

(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): É vedado ao legislador editar lei em que se exija o pagamento de custas
processuais para a impetração de habeas corpus. BL: art. 5º, LXXVII, CF.

(PGEMS-2016): Sobre os direitos e garantias individuais e os remédios constitucionais assinale a


alternativa correta: As ações de habeas corpus e habeas data se submetem a regra de imunidade
tributária por serem gratuitas. BL: art. 5º, LXXVII, CF.

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, SÃO ASSEGURADOS A RAZOÁVEL


DURAÇÃO DO PROCESSO e os meios que GARANTAM a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJPR-2008) (TJSC-2009) (DPEGO-2010) (MPAL-2012) (DPEPB-2014)
(DPEPR-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (TJRS-2016) (MPRS-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (TRT3-2016) (PGESE-
2017) (PCMS-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJSP-2018) (MPSP-2013/2019) (MPGO-2016/2019) (DPESP-2019)
(TJMS-2020) (TJGO-2021) (TJMMG-2022)

LXXIX - É ASSEGURADO, nos termos da lei, o DIREITO À PROTEÇÃO DOS


DADOS PESSOAIS, INCLUSIVE nos meios digitais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)
(TJMMG-2022)

§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais TÊM APLICAÇÃO IMEDIATA.


(MPRO-2008) (PGESP-2002/2009) (TJAP-2009) (DPEMT-2009) (TRF4-2010) (DPERS-2011) (PGERO-2011)
(DPEES-2012) (DPEPR-2012) (PGEMG-2012) (MPT-2012) (TRF1-2013) (Cartórios/TJES-2013) (TJDFT-2014)
(MPGO-2014) (MPMA-2014) (MPRS-2014) (DPEMS-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014)
(PGEPR-2015) (MPPR-2011/2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TJPR-2017) (DPESC-
2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (MPBA-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (TJSC-2009/2019) (TJMG-2022) (TJRS-
2022) (MPSE-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

§ 2º Os DIREITOS e GARANTIAS expressos nesta Constituição NÃO EXCLUEM outros


decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte. [obs.: rol não exaustivo/exemplificativo] (MPAM-2007)

23
(DPEMT-2009) (DPEPI-2009) (PGEAL-2009) (PGESP-2009) (DPERS-2011) (PGEPA-2011) (PGERO-2011)
(PCMG-2011) (MPMT-2012) (MPRR-2012) (PGEMG-2012) (PFN-2012) (TRF1-2011/2013) (MPDFT-2013)
(DPEAM-2013) (DPEDF-2013) (MPF-2013) (MPRS-2012/2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (DPEMS-
2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGEPR-2011/2015) (PGERS-2011/2015) (AGU-2012/2013/2015) (DPU-
2015) (TRT16-2015) (DPEBA-2010/2016) (PGEMS-2014/2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEAM-2016) (PGEMA-
2016) (TRT2-2016) (TRF5-2009/2017) (DPEPR-2012/2017) (MPT-2012/2017) (TJPR-2017) (DPERO-2017)
(DPESC-2017) (TRF2-2017) (PGEAC-2017) (DPEPE-2015/2018) (TRF3-2018) (PCRS-2018) (MPPR-2011/2019)
(MPGO-2014/2019) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPSC-2016/2021)
(TJMG-2022)

§ 3º Os tratados e convenções internacionais SOBRE DIREITOS HUMANOS que FOREM


APROVADOS, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, SERÃO EQUIVALENTES às EMENDAS CONSTITUCIONAIS. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo: DLG nº 186, de 2008, DEC
6.949, de 2009, DLG 261, de 2015, DEC 9.522, de 2018) (TJAP-2008) (PGEPB-2008) (TJSC-2009) (DPEMT-2009)
(DPEPI-2009) (PGEAL-2009) (PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (MPF-2008/2011) (TJSP-2009/2011) (PGEMT-
2011) (PCMG-2011) (PFN-2007/2012) (TRF4-2009/2010/2012) (TJMS-2010/2012) (TJRJ-2012) (MPRR-2012)
(DPESC-2012) (DPESE-2012) (PCAL-2012) (MPT-2012) (TRF5-2009/2013) (DPEAM-2011/2013) (TRF1-
2011/2013) (DPEDF-2013) (PGDF-2013) (PCPR-2013) (DPEMS-2012/2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014)
(MPRS-2014) (DPEGO-2014) (DPEPB-2014) (PGEAC-2014) (PGEMS-2014) (PCPI-2014) (PGM-Recife/PE-
2014) (MPDFT-2011/2015) (PGEPA-2011/2015) (AGU-2012/2013/2015) (DPERN-2015) (PGEPR-2015) (PGERS-
2015) (DPU-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCDF-2015) (TRT16-2015) (DPEBA-2010/2016) (TJAM-2016)
(TJDFT-2016) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (MPRO-2010/2017) (TJPR-
2010/2012/2017) (DPEPR-2012/2014/2017) (DPERO-2017) (PCAP-2017) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017)
(PGESP-2009/2018) (TRF2-2009/2011/2014/2017/2018) (TJSP-2018) (MPMS-2018) (DPEAP-2018) (DPEPE-
2018) (TRF3-2018) (PGESC-2018) (PCSP-2018) (MPSC-2010/2013/2019) (MPMT-2008/2012/2014/2019) (DPESP-
2010/2012/2013/2015/2019) (MPSP-2010/2011/2013/2017/2019) (TJPA-2019) (MPGO-2019) (DPEMG-2019)
(MPCE-2020) (MPPR-2012/2013/2021) (MPMG-2021) (MPM-2021) (TJMG-2006/2022) (TJRS-2018/2022) (TJAP-
2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

 1ª) Controle CONCENTRADO de Convencionalidade: requer-se que o tratado tenha equivalência


de emenda constitucional, caso contrário, não será apreciado pelo STF. Temos tratados aprovados
com essa equivalência pelo Brasil: a)
A convenção dos Direitos das Pessoas com
Deficiência; b) O Protocolo dos Direitos das Pessoas com Deficiência;
e c) O Tratado de Marrakesh. Pode-se utilizar todas as ações do
controle abstrato para invalidar leis federais ou estaduais que
violem os tratados internacionais de Direitos Humanos
constitucionalizados (ex.: ADI; ADCON; ADPF).2
 2ª) Controle DIFUSO de Convencionalidade: todos os juízes podem exercer. Tem como base
TODOS os tratados de direitos humanos, sejam tratados supralegais, sejam os com status de
emendas, sejam aprovados pela sistemática do art. 5º, §2º ou art. 5º, §3º da CF. Desse modo,
quaisquer tratados de direitos humanos possuem status especial no direito brasileiro, acima das
leis ordinárias e, portanto, serão paradigmas de controle pela via difusa. Além disso, os tratados

2
(MPMS-2018): Acerca do controle de convencionalidade dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos e do
ordenamento jurídico nacional, assinale a alternativa correta: O controle de convencionalidade concentrado
adveio com a Emenda Constitucional n. 45, de 8 de dezembro de 2004.
(MPMT-2012): Acerca dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil e
seu sistema de controle, assinale a alternativa correta: É cabível a Ação Direta de Inconstitucionalidade ou a
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental para atacar lei federal ou estadual que, não obstante
compatível com o texto da Constituição Federal, viola disposição de tratado de direitos humanos internalizado
com equivalência de emenda constitucional no Brasil.
24
sobre direitos humanos não se contentam em aplicar sempre o tratado. Assim, havendo norma mais
benéfica ao indivíduo, aplica-se a norma mais benéfica, isto é, no controle difuso de
convencionalidade opera sempre que o tratado internacional for mais benéfico ao cidadão,
independe o status de tratado sobre Direitos Humanos. Porém, ressalte-se que nos casos em que a
regra interna seja a mais benéfica, o próprio tratado internacional cederá diante do direito interno.

PAREI AQUI 03/04/2023

Incorporação dos Tratados Internacionais no ordenamento jurídico brasileiro:


 1ª tese: A jurisprudência e doutrina concordam que qualquer tratado internacional já é norma com
status constitucional. Se aprovado pelo art. 5, §3º, da CF, são equivalentes às Emendas
Constitucionais;
 2ª tese: O STF vai dizer que todos os tratados de Direitos Humanos tem status supralegal, porém
infraconstitucional. Todavia, se aprovados pelo art. 5º, §3º da CF, serão equivalentes às Emendas
Constitucionais;
 3ª tese: DIVERGÊNCIA = Tratado NÃO APROVADOS pelo art. 5º, §3º, da CF:
 STF: a hierarquia é de norma supralegal.
 Doutrina: a hierarquia é de norma com status constitucional.

1) Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência , assinado em Nova York,
em 30 de março de 2007;
2) Protocolo Facultativo da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assinado em
Nova York, em 30 de março de 2007, junto com a referida Convenção (ambos aprovados por maioria
congressual qualificada em 2009 e promulgados pelo Decreto 6.949/2009);
3) Tratado de Marraqueche, aprovado pelo Congresso com status de emenda pelo Decreto Legislativo
261/15, em setembro de 2015, sendo ratificado em 11/12/15. Agora, em 2018, o referido Tratado foi
promulgado pelo Dec. 9.522/18. Sendo assim, o Brasil aprovou o Tratado de Marraqueche na forma
qualificada prevista no § 3º do art. 5º da CF, conforme o Projeto de Decreto Legislativo 347/15 do Senado
Federal (57/15, na Câmara dos Deputados).
4) Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de
Intolerância, aprovada pelo Congresso Nacional, por meio do Decreto Legislativo nº 1, de 18/02/21,
conforme o procedimento de que trata o § 3º do art. 5º da CF e promulgada por meio do Decreto nº
10.932, de 10/01/22. O texto foi assinado em reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) na
Guatemala em 2013 com o apoio do Brasil. A referida Convenção ganhou o status equivalente ao de
emenda constitucional, uma vez que foi votada e aprovada em cada casa do Congresso, em dois turnos,
por maioria de três quintos dos votos dos respectivos membros, nos termos do §3º do art. 5º da CF. Passa
a ser o quarto tratado internacional de direitos humanos aprovado com status equivalente ao de emenda
constitucional, somando-se à Convenção da ONU sobre o Direito das Pessoas com Deficiência, ao
Protocolo Adicional à Convenção da ONU sobre Pessoas com Deficiência e ao Tratado de Marraqueche,
todos aprovados pelo rito do art. 5º, 3º, de nossa Carta Maior.
(DPEPR-2017-FCC): De acordo com o posicionamento do STF sobre a hierarquia dos tratados
internacionais de direitos humanos, consideram-se como tratados de hierarquia constitucional: 1)
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu respectivo Protocolo
Facultativo − Convenção de Nova Iorque e; 2) Tratado de Marraqueche para facilitar o acesso a obras
publicadas às pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades para aceder ao texto
impresso.

(MPSP-2013): O Decreto Legislativo n.º 186, de 09/07/08, aprovou o texto da Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em
30/03/07. O Decreto n.º 678, de 06/11/92, promulgou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos
(Pacto de São José da Costa Rica), de 22/11/69. Tais normas ingressaram no ordenamento jurídico
brasileiro com o grau hierárquico de norma constitucional e norma supralegal, respectivamente.

##Atenção: ##PGEAL-2009: ##PGEGO-2010: ##PGEAM-2010: ##MPF-2011: ##PGEMT-2011:


##PGEPA-2011: ##PCMG-2011: ##DPESE-2012: ##DPEDF-2013: ##PGDF-2013: ##PCPR-2013:
##MPAC-2014: ##DPEPB-2014: ##PGEAC-2014: ##PGEMS-2014: ##AGU-2012/2013/2015:
##MPAM-2015: ##MPDFT-2015: ##DPU-2015: ##PGEPR-2015: ##PGERS-2015: ##PCDF-2015:
##TRT16-2015: ##DPEBA-2016: ##PGEMA-2016: ##TRF2-2014/2017: ##MPRO-2017: ##DPEPR-

25
2017: ##PCAP-2017: ##TRT/Unificado-2017: ##DPEPE-2018: ##TRF3-2018: ##MPMT-2012/2019:
##DPESP-2012/2013/2015/2019: ##MPSP-2011/2013/2017/2019: ##TJPA-2019: ##MPGO-2019:
##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: ##PUCPR: A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em março de 2007, trata-se de
NORMA CONSTITUCIONAL, uma vez que foi aprovada pelo QUÓRUM QUALIFICADO de
EMENDA CONSTITUCIONAL, previsto no art. 5º § 3º da CF. O Governo brasileiro depositou o
instrumento de ratificação dos referidos atos junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas em 01/08/08.
Desse modo, o Brasil é signatário da referida convenção, bem como a ratificou. Por outro lado, a
Convenção Americana de Direitos Humanos, como NÃO FORA APROVADA PELO QUORUM
QUALIFICADO, trata-se de NORMA SUPRALEGAL, isto é, acima, da lei, mas abaixo da CF, consoante
entendimento do STF. Porém, há doutrina que entende que os tratados internacionais de Direitos
Humanos, mesmo que NÃO APROVADOS pelo QUORUM QUALIFICADO de EMENDA
CONSTITUCIONAL, tem status de NORMA CONSTITUCIONAL, consoante art. 5º, §3º da CF.
(MPGO-2019): A respeito dos direitos da pessoa com deficiência, assinale a alternativa correta: A
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo
Congresso Nacional e promulgados pelo Presidente da República, são equivalentes às emendas
constitucionais. BL: art. 5º, §3º, CF.
(DPESP-2019-FCC): Segundo alguns parlamentares, que querem acabar com as audiências de custódia,
“pessoas que cometem crimes são apresentadas ao juiz e são soltas em menos de quatro horas. Essas audiências são
necessárias, mas foram desvirtuadas. Elas só prejudicam os policiais que fizeram a prisão e servem para soltar
bandidos”. No projeto de Decreto Legislativo (PDC 39/19), apresentado por parlamentares, a Resolução nº
213, do Conselho Nacional de Justiça, que trata das audiências de custódia seria suspensa. Na justificativa,
afirmam que a competência para legislar em matéria de direito penal e processual é exclusiva do Poder
Legislativo. Caso o projeto seja aprovado, é correto afirmar que não irá de fato suspender as audiências de
custódia, uma vez que elas estão previstas no Pacto de São José da Costa Rica (art. 7º , nº 5), que ingressou
em nosso ordenamento em 1992, sendo que, em razão disso, a sua previsão está em patamar superior à
legislação ordinária. BL: art. 5º, §3º, CF.
##Atenção: ##PFN-2012: ##AGU-2012/2013/2015: ##PGEPR-2015: ##PGERS-2015: ##TRT16-2015:
##PGEMA-2016: ##TRF2-2017: ##TRT/Unifcado-2017: ##DPEPE-2018: ##DPESP-2019: ##TJMG-
2022: ##CESPE: ##ESAF: ##FCC: ##FGV: ##Fundatec: ##PUCPR: De início, o ponto central da questão diz
respeito a se saber o conteúdo dos §§2º e 3º do art. 5º da CF, além de histórico julgado pelo STF, onde restou
fixada a tese da supralegalidade de tratados internacionais de direitos humanos não aprovados na forma
qualificada para a aprovação de emendas constitucionais (inovação trazida pela EC 45/04), nos termos do
voto condutor exarado pelo Min. Gilmar Mendes. Nesse sentido, cumpre ressaltar que o Brasil depositou
sua carta de adesão à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em setembro de 1992 e, na mesma
data, o tratado entrou em vigor para o Brasil; em novembro do mesmo ano foi expedido o Decreto de
execução e, a partir de então, tem-se a vigência interna do tratado, conforme entendimento do STF na ADI
1480. Em relação ao status deste tratado, é importante lembrar que o §3º do art. 5º da CF foi inserido no texto
constitucional apenas em 2004, com a Emenda n. 45 - e, logicamente, o rito nele previsto não poderia ser
aplicado a um tratado já ratificado. Assim, podemos afirmar que a Convenção Americana atrai a incidência
do §2º do art. 5º, que diz que o rol de direitos e garantias previstos na CF não exclui outros provenientes de
tratados de direitos humanos. Todavia, a questão do status destes tratados foi especificamente discutida
pelo STF no julgamento do RE n. 466.343 e ali se firmou o entendimento que tratados de direitos humanos
que não tenham sido ratificados nos termos do art. 5º, §3º devem ser recebidos pelo ordenamento com o
status de normas infraconstitucionais e supralegais. Portanto, o Pacto de São José da Costa Rica (ou
Convenção Americana de Direitos Humanos) é um tratado internacional sobre direitos humanos que
ingressou no ordenamento jurídico brasileiro sem se submeter ao quórum qualificado (três quintos dos
votos, em duas votações, nas duas Casas Legislativas – art. 5º, § 3º da CF) – é anterior à EC 45/04. Assim,
entende-se que esse tratado ingressou no ordenamento jurídico com status de norma supralegal, ou seja, em
posição hierárquica superior às leis, mas inferior à CF/1988, às suas emendas e aos tratados e convenções
internacionais aprovados na forma do art. 5º, § 3º da CF.
(TRF2-2017): No que diz respeito à força legal da Convenção Americana sobre Direitos Humanos,
assinale a opção correta: Por consistir em Tratado de Direitos Humanos firmado antes de 1988, mas
promulgado internamente pelo Brasil somente em 1992. o Tratado em questão atrai a incidência do § 2º
do art. 5º da Constituição, razão pela qual as normas protetivas nele previstas ostentam caráter
supralegal. BL: art. 5º, §§2º e 3º, CF.
(AGU-2015-CESPE): Julgue o item a seguir, relativo às fontes do direito internacional: Os tratados
incorporados ao sistema jurídico brasileiro, dependendo da matéria a que se refiram e do rito observado
no Congresso Nacional para a sua aprovação, podem ocupar três diferentes níveis hierárquicos:
hierarquia equivalente à das leis ordinárias federais; hierarquia supralegal; ou hierarquia equivalente à
das emendas constitucionais. BL: art. 5º, §§2º e 3º, CF.
(MPDFT-2015): A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, promulgada pelo
Decreto n. 6.949, de 25/08/09, em face do Direito brasileiro, é formal e materialmente constitucional. BL: art.
5º, §3º, CF.
26
(MPAM-2015-FMP): Considere a seguinte assertiva em relação à proteção das pessoas com deficiência: A
Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência é o primeiro Tratado Internacional de
Direitos Humanos que foi incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro com status e equiparação às
normas constitucionais, nos termos do artigo 5º, § 3º, da Constituição Federal. BL: art. 5º, §3º, CF.

(TJRJ-2012-VUNESP): Assinale a alternativa correta sobre os Direitos Humanos: A Convenção sobre os


Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo tornouse o primeiro tratado
internacional de direitos humanos admitido formalmente no direito brasileiro com status de emenda
constitucional. BL: art. 5º, §3º, CF.

(DPEMS-2012-VUNESP): Considerando a doutrina pátria do direito constitucional, pode-se afirmar


sobre o denominado bloco de constitucionalidade brasileiro que a Convenção sobre os direitos das
pessoas com deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo n.º 186/08, passou a integrar o nosso bloco
de constitucionalidade. BL: art. 5º, §3º, CF.

(DPEBA-2010-CESPE): Julgue o seguinte item, acerca da teoria geral do direito internacional dos
direitos humanos e à incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos no Brasil: A
sistemática concernente ao exercício do poder de celebrar tratados é deixada a critério de cada Estado.
Em matéria de direitos humanos, são estabelecidas, na CF, duas categorias de tratados internacionais: a
dos materialmente constitucionais e a dos materialmente e formalmente constitucionais. BL: art. 5º, §§2º
e 3º, CF.

##Atenção: ##DPEBA-2010: ##DPESP-2010: ##CESPE: ##FCC: Partindo do pressuposto que o


Brasil adotou um sistema aberto de direitos fundamentais, tais direitos podem ser materialmente
constitucionais ou formalmente e materialmente constitucionais. A existência de direitos materialmente
constitucionais parte da interpretação do art. 5º, §2º, CF, que demonstra que o rol de direitos e garantias
enumerados na Constituição é apenas exemplificativo. Desde a EC nº 45/04, os tratados internacionais
de direitos humanos podem apresentar duas hierarquias distintas. Caso adotados de acordo com o art. 5º
§3º, CF, podem ter valor de emenda constitucional, são portanto materialmente e formalmente
constituídos. Porém, se forem adotados por procedimento ordinário, terão natureza supralegal.

§ 4º O BRASIL SE SUBMETE à jurisdição de TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL a cuja


criação TENHA MANIFESTADO ADESÃO. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPAM-
2007) (DPU-2007) (MPSP-2008) (DPEMS-2008) (MPF-2008) (TJSC-2009) (MPRO-2010) (PCMG-2011) (AGU-
2012) (PGDF-2013) (DPEPB-2014) (TRF3-2016) (DPEPR-2017) (TJCE-2018) (PGESC-2018)

(MPAM-2007-CESPE): A República Federativa do Brasil reconhece a jurisdição de tribunais


internacionais com vocação penal, desde que tenha aderido a seus instrumentos fundacionais. BL: art. 5º,
§4º, CF.

##Atenção: ##DPU-2007: ##DPEMS-2008: ##CESPE: ##VUNESP: O art. 29 do Estatuto de Roma,


ratificado pelo Brasil por meio do Dec. 4.388/02, afirma que os crimes sujeitos à jurisdição da Corte
Internacional Criminal (ou Tribunal Penal Internacional) são considerados imprescritíveis. Entretanto,
consoante dispõe o art. 5º, XLII e XLIV da CF/88, apenas são imprescritíveis o crime de racismo e o de
ação de grupos armados contra o Estado Democrático de Direito. Nesse sentido, com a edição da EC
45/04, não há qualquer razão para falar em inconstitucionalidade pela adoção do Estatuto de Roma.
Portanto, a imprescritibilidade, bem como outros rigores que o Estatuto de Roma consagra, são
plenamente constitucionais. O art. 5º da CF/88, em face da EC 45/04, passou a dispor: “§ 4º O Brasil se
submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão”. Por conta disso,
constata-se que houve o agravamento dos direitos individuais fundamentais, porém, sem macular o art.
60, § 4º, IV, da CF/88, uma vez que não se transformou a imprescritibilidade em regra, tendo sido
mantida a sua excepcionalidade, apenas com ampliação do leque de incidência, mas como a previsão na
própria CF/88.

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São DIREITOS SOCIAIS a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o


transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência

27
aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)
(TJAP-2009) (PCRJ-2009) (MPT-2009) (TJPR-2010) (MPPB-2011) (MPPI-2012) (DPEES-2012) (MPMG-2013)
(DPESP-2013) (PGESC-2014) (DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (TRT1-2015) (DPU-2015)
(MPPR-2016) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (TRT4-2016) (DPESC-
2017) (TRT/Unificado-2017) (DPEPE-2018) (MPSP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCSE-2020)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional a expressão “quando apresentar atestado de saúde,


emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento”, contida nos incisos II e
III do art. 394-A da CLT, inseridos pelo art. 1º da Lei 13.467/17 (Reforma Trabalhista). Essa expressão,
inserida no art. 394-A da CLT, tinha como objetivo autorizar que empregadas grávidas ou lactantes
pudessem trabalhar em atividades insalubres. Ocorre que o STF entendeu que o trabalho de gestantes
e de lactantes em atividades insalubres viola a Constituição Federal. O art. 6º da CF/88 proclama
importantes direitos, entre eles a proteção à maternidade, a proteção do mercado de trabalho da
mulher e redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.
A proteção para que a gestante e a lactante não sejam expostas a atividades insalubres caracteriza-se
como importante direito social instrumental que protege não apenas a mulher como também a criança
(art. 227 da CF/88). A proteção à maternidade e a integral proteção à criança são direitos irrenunciáveis
e não podem ser afastados pelo desconhecimento, impossibilidade ou a própria negligência da
gestante ou lactante em apresentar um atestado médico, sob pena de prejudicá-la e prejudicar o recém-
nascido. Em suma, é proibido o trabalho da gestante ou da lactante em atividades insalubres. STF.
Plenário. ADI 5938/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 29/5/19 (Info 942).

ART. 6º DA CF/88
Redação anterior à EC 90/2015 Redação ATUAL

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o
segurança, a previdência social, a proteção à lazer, a segurança, a previdência social, a proteção
maternidade e à infância, a assistência aos à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. desamparados, na forma desta Constituição.

(TCERJ-2021-CESPE): Com relação aos direitos fundamentais, julgue o item a seguir: A segurança
pública é um direito fundamental social. BL: art. 6º, CF.

##Atenção: O termo “segurança” no art. 5º refere-se à segurança jurídica, enquanto que no art. 6º refere-
se à segurança pública.

##Atenção: ##MPPR-2016: ##DPEBA-2016: ##DPESC-2017: ##FCC: O art. 6º da CF elenca um rol


de direitos que são considerados como sociais, direitos estes que estão protegidos não apenas no art. 7º e
seguintes, mas, também, no capítulo da ordem social (Título VIII, arts. 193 a 214).

##Atenção: ##MPPI-2012: ##CESPE: O direito à saúde caracteriza-se como direito social e de segunda
geração.

(TRT/Unificado-2017-FCC): Os direitos sociais estabelecidos no art. 6° da Constituição Federal consistem


em prestações positivas do Estado interligadas à concretização da igualdade. À luz do citado artigo,
considere: O direito ao lazer relaciona-se com a qualidade de vida, meio ambiente sadio e equilibrado,
descanso e ociosidade repousante. BL: art. 6º, CF.

##Atenção: A definição de direito ao lazer coincide com a da afirmativa, que diz respeito ao descanso,
distração e diversão, além de outros aspectos.

(TRT/Unificado-2017-FCC): Os direitos sociais estabelecidos no art. 6° da Constituição Federal consistem


em prestações positivas do Estado interligadas à concretização da igualdade. À luz do citado artigo,
considere: O direito à segurança é prerrogativa constitucional indisponível, garantido mediante a
implementação de políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar condições objetivas que
possibilitem o efetivo acesso a tal serviço. BL: art. 6º, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: De fato, esta é uma prerrogativa constitucional indisponível, podendo o Judiciário

28
determinar ao Estado, se inadimplente, a implementação de políticas públicas necessárias. É nesse
sentido o entendimento do STF, no RE n. 559.646 AgR: “1. O direito a segurança é prerrogativa constitucional
indisponível, garantido mediante a implementação de políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar
condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal serviço. (...)”.

(TRT/Unificado-2017-FCC): Os direitos sociais estabelecidos no art. 6° da Constituição Federal consistem


em prestações positivas do Estado interligadas à concretização da igualdade. À luz do citado artigo,
considere: O direito à moradia não é necessariamente direito à casa própria, na medida em que não se
confunde com o direito de propriedade. BL: art. 6º, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: “(...) O direito social de moradia, constitucionalmente assegurado no art. 6º da Constituição da


República, não se confunde necessariamente com o direito à propriedade imobiliária”. (RE 407688/AC)

(MPMS-2015): Para alguns autores, a segunda geração ou dimensão de direitos humanos fundamentais
ficou exemplificada no art. 6º da CF/1988 através dos direitos: a educação e ao transporte. BL: art. 6º, CF.

##Atenção: Os direitos de segunda geração/dimensão, também denominados “direitos do bem-estar”,


ofertam os meios materiais imprescindíveis para a efetivação dos direitos individuais. Exigem do Estado
uma atuação positiva. Sua realização depende da implementação de políticas públicas estatais, do
cumprimento de certas prestações sociais por parte do Estado, tais como: saúde, educação, trabalho,
habitação, previdência e assistência social. Um dos artigos que demonstra a positivação dessa dimensão
dos direitos fundamentais é o art. 6º da CF/88.

Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda
básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda, cujas
normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

Art. 7º SÃO DIREITOS dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que VISEM à melhoria
de sua condição social: [Obs.: Rol TAXATIVO.] (DPEMS-2008) (MPPR-2012) (DPEDF-2013) (DPERR-
2013) (Cartórios/TJRS-2013) (AGU-2013) (TJMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TRT6-2015) (PCPE-2016) (MPT-
2017)

(AGU-2013-CESPE): Com relação aos direitos constitucionais do trabalho, julgue o próximo item: A CF
estabelece um rol de direitos de natureza trabalhista que tem como destinatários tanto os trabalhadores
urbanos quanto os rurais. BL: art. 7º, CF.

I - relação de emprego protegida CONTRA DESPEDIDA ARBITRÁRIA ou SEM JUSTA CAUSA,


nos termos de lei complementar, que PREVERÁ indenização compensatória, dentre outros direitos;
(DPEMS-2008) (MPCE-2009) (TRF4-2009) (TJGO-2012) (MPT-2013) (TRT23-2015) (TJSC-2022)

(MPCE-2009-FCC): A garantia constitucional de proteção à relação de emprego, assegurada pelo art. 7º, I
da Constituição da República, subordina-se à edição de lei complementar. BL: art. 7º, I, CF.

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego INVOLUNTÁRIO; (TRF4-2009) (PGEAM-2010)


(TRF3-2011) (TRF3-2011) (PGERO-2011) (TJGO-2012) (MPPR-2012) (Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJSP-2014)
(PCCE-2015) (TRT4-2016)

III - fundo de garantia do tempo de serviço; (MPPR-2012) (Cartórios/TJRS-2013) (TRF1-2015) (PCCE-


2015) (TJDFT-2016) (MPT-2020)

(MPT-2020): À luz da Constituição de 1988, analise a seguinte assertiva: Acabou com a dualidade de
regimes jurídicos relativos à cessação do contrato de trabalho, ao arrolar o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço como um dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de revogar o sistema
indenizatório e estabilitário celetista, que não foi recepcionado pela Lei Maior. BL: art. 7º, caput, III, CF.

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, SENDO
VEDADA sua vinculação para qualquer fim; [obs.: norma de eficácia LIMITADA] (TRF4-2009) (TRF3-2011)

29
(MPT-2009/2012) (MPMG-2012) (AGU-2012) (TJMA-2013) (DPECE-2014) (TRF2-2014) (DPU-2015) (PGEPR-
2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRT6-2015) (TJAM-2016) (PGEMT-2016) (TRT2-2016) (Cartórios/TJMG-2017)
(MPMS-2018)

Súmula vinculante 4: Salvo os casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por
decisão judicial.

##Atenção: ##DOD: Por que existe a proibição do art. 7º, IV, da CF/88? Tal proibição tem como objetivo
evitar que o salário mínimo se torne um “indexador econômico” (um índice de reajuste). Se a CF/88
permitisse que o salário mínimo pudesse servir como indexador econômico, o valor e o preço de vários
benefícios, produtos e serviços seriam fixados em salário mínimo. Exemplos: 1) se não houvesse a
vedação, o locador poderia estabelecer no contrato que o valor do aluguel seria de 2 salários mínimos, de
forma que todas as vezes que ele aumentasse, o valor pago também seria majorado; 2) o colégio poderia
fixar o valor da mensalidade em metade do salário mínimo; 3) a academia poderia estabelecer o valor da
mensalidade em 1/3 do salário mínimo etc. Desse modo, se isso fosse permitido, haveria uma pressão
muito grande no momento de aumentar o salário mínimo no país, considerando que ele iria
influenciar direta e imediatamente no preço de inúmeros bens. Além disso, todas as vezes que o
salário mínimo subisse, o preço desses bens e serviços iriam também aumentar automaticamente,
gerando inflação e fazendo com que não houvesse ganho real para o trabalhador, já que todas as outras
coisas também ficariam mais caras.

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; (DPECE-2008)


(Cartórios/TJRS-2013) (TRF2-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRF1-2015) (PCCE-2015) (TJDFT-2016)
(TRT/Unificado-2017) (MPT-2020)

VI - irredutibilidade do salário, SALVO o disposto em CONVENÇÃO ou ACORDO COLETIVO;


(PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (TJGO-2012) (TJMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (TRF1-
2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PGEMT-2016) (TRT/Unificado-2017) (MPT-2020)

(MPT-2020): À luz da Constituição de 1988, analise a seguinte assertiva: A Constituição incorporou de


modo expresso o princípio da irredutibilidade salarial, mas não o garantiu de forma absoluta, já que
permitiu em relação à matéria a flexibilidade sob a tutela sindical. BL: art. 7º, caput, VI, CF.

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
(TRF3-2011) (MPMG-2012) (DPECE-2014) (TRF2-2014) (TRT6-2015) (TRT3-2016)

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
(PGEAM-2010) (PGERO-2011) (MPMG-2012) (DPESC-2012) (DPECE-2014) (TRT6-2015) (TRT3-2016)

IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; (TJGO-2012) (MPMG-2012) (TRF5-2013)


(TJDFT-2014) (DPECE-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCCE-2015) (TRT6-2015) (TRT3-2016)

X - proteção do salário na forma da lei, CONSTITUINDO CRIME sua retenção dolosa; (TJGO-2012)
(TRF2-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEPI-2014) (TRF4-2016) (TRT3-2016)

XI – participação nos lucros, ou resultados, DESVINCULADA da remuneração, e,


EXCEPCIONALMENTE, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; (DPEMS-2012)
(MPDFT-2013) (PGESC-2014) (TRT2-2015) (TJDFT-2016) (TRT/Unificado-2017)

(TJPR-2012-UFPR): O art. 7º, XI da CF, que institui o direito do trabalhador à “participação nos lucros, ou
resultados, desvinculada da remuneração e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa,
conforme definido em lei”, veicula norma de eficácia limitada. BL: art. 7º, XI, CF.

##Atenção: Além disso, é dotada de aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, pois exige norma
infraconstitucional para que se materialize na prática.

30
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (DPEMS-2012) (DPECE-2014) (Cartórios/TJMT-
2014) (TRF1-2015) (TRT2-2015) (TRT6-2015) (TRT3-2016)

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais ,
FACULTADA a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva
de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) (DPEMS-2012) (DPECE-2014) (TRF2-2014) (TRT6-2015)
(PCPE-2016) (TRT/Unificado-2017) (MPT-2017)

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva; [obs.: norma de eficácia PLENA.] (PGEAM-2010) (DPEMS-2012) (TJRN-2013)
(Cartórios/TJMT-2014) (PCPE-2016) (TRT1-2016) (MPT-2009/2017)

Súmula 675-STF: Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas não
descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art. 7o, XIV, da
Constituição.

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; (TRF4-2009) (PGEAM-2010)


(DPECE-2014) (PGESC-2014) (TRT6-2015) (TRT1-2016) (MPT-2017)

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do


normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) (MPMG-2012) (DPEMS-2012) (DPECE-2014) (TRF2-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRT6-2015) (TJDFT-2016) (TJAM-2016)
(PGM-Fortaleza/CE-2017)

##Atenção: ##STF: ##TJAM-2016: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: O art. 7º, XVI, CF, que cuida
do direito dos trabalhadores urbanos e rurais à remuneração pelo serviço extraordinário com
acréscimo de, no mínimo, 50%, aplica-se imediatamente aos servidores públicos, por consistir em
norma autoaplicável. (STF. 1ª T., AI 642.528-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 25/9/12)

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal; (TRF4-2009) (MPMG-2012) (DPEMS-2012) (TJMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (MPT-2017)

XVIII - licença à gestante, SEM PREJUÍZO do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias; (MPT-2009) (PGEAM-2010) (PGERO-2011) (DPEMS-2012) (TJMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(PGESC-2014) (TRT6-2015) (PGM-POA/RS-2016) (DPERO-2017) (MPF-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(DPEAM-2018) (PGEAP-2018) (MPMT-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (TJPR-2021) (TJAP-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: O termo inicial da licença-maternidade e do


respectivo salário-maternidade começa a partir da alta hospitalar do recém-nascido e/ou de sua mãe, o
que ocorrer por último: O termo inicial da licença-maternidade e do respectivo salário-maternidade
começa a partir da alta hospitalar do recém-nascido e/ou de sua mãe, o que ocorrer por último, quando
o período de internação exceder as duas semanas previstas no art. 392, §2º, da CLT, 3 e no art. 93, §3º,
do Decreto 3.048/99.4 STF. Plenário. ADI 6327. MC-Ref, Relator Min. Edson Fachin, j. 03/04/20 (Info
982).
##Comentários sobre o julgado acima: Segundo o Ministro Edson Fachin, relator do acórdão, fundamenta
seu voto na existência de uma “proteção deficiente das crianças prematuras (e de suas mães), que, embora
demandem mais atenção mesmo ao terem alta, tem esse período encurtado, uma vez que o período em que

3
Art. 392 da CLT. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem
prejuízo do emprego e do salário. (Redação dada pela Lei nº 10.421, 15.4.2002) (...) § 2o Os períodos de repouso,
antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico.
(Redação dada pela Lei nº 10.421, 15.4.2002)
4
Art. 93. O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante cento e vinte dias, com
início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, podendo ser prorrogado na forma
prevista no § 3o. (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de 2003) (...) § 3º Em casos excepcionais, os períodos de
repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, por meio de atestado
médico específico submetido à avaliação medico-pericial. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
31
permanecem no hospital é descontado do período da licença”.
##Questão de concurso:
(TJPR-2021-FGV): João, filho de Maria, professora, nasceu prematuro e precisou ficar internado na UTI
Neonatal por trinta dias. Como a licença-maternidade de Maria era de cento e vinte dias, ela precisaria
retornar ao trabalho noventa dias após a alta hospitalar de seu bebê. Maria conversou com seu advogado
para saber se teria direito a passar mais tempo com seu filho, fora do hospital, antes de retornar ao ofício.
Considerando a situação de Maria e os direitos sociais previstos na CF/1988, é correto afirmar que: em
atenção ao princípio da proibição de proteção deficiente, aplicável aos direitos sociais, pela jurisprudência
do STF, Maria pode pleitear que o início do prazo da licença-maternidade ocorra na data da alta de João.
BL: Info 982, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGM-POA/RS-2016: ##MPF-2017: ##PGM-BH/MG-2017:


##DPEAM-2018: ##PGEAP-2018: ##MPMT-2019: ##TJAP-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FGV:
##Fundatec: O art. 210 da Lei 8112/90, assim como outras leis estaduais e municipais, prevê que o
prazo para a servidora que adotar uma criança é inferior à licença que ela teria caso tivesse tido um
filho biológico. De igual forma, este dispositivo estabelece que, se a criança adotada for maior que 1
ano de idade, o prazo será menor do que seria se ela tivesse até 1 ano. Segundo o STF, tal previsão é
inconstitucional. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: Os prazos da licença-adotante não podem ser
inferiores ao prazo da licença-gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação
à licença-adotante, não é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada. STF.
Plenário. RE 778889/PE, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 10/3/16 (repercussão geral) (Info 817).
(TJAP-2022-FGV): Maria, servidora ocupante de cargo em comissão no Município Delta, adotou João Pedro,
de 11 anos de idade. Ato contínuo, consultou o regime jurídico único dos servidores públicos municipais e
constatou que a licença parental básica, reconhecida aos servidores adotantes, era de noventa dias, período
reduzido para trinta dias quando o adotado tivesse mais de 10 anos de idade, isso sem qualquer
consideração em relação a possíveis períodos de prorrogação. No entanto, somente faziam jus a essa licença
os servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, não aqueles livremente demissíveis pela
autoridade competente. À luz da sistemática constitucional, o regime jurídico único dos servidores públicos
do Município Delta: é inconstitucional na parte que restringe a fruição da licença aos ocupantes de cargos de
provimento efetivo e estabelece períodos de fruição inferiores ao da licença gestante. BL: Info 817, STF.
(MPF-2017): De acordo com o STF, é correto o entendimento: Os prazos da licença-adotante não podem ser
inferiores aos prazos da licença-gestante, e tampouco é possível fixar prazos diversos em função da idade da
criança adotada. BL: Info 817, STF.

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; (TRF2-2011) (PGEMT-2011) (DPESC-2012)


(Cartórios/TJBA-2013) (TJMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TRT6-2015) (TRT1-2016) (Cartórios/TJMG-2019)

(Cartórios/TJBA-2013-CESPE): No que se refere à CF, ao poder constituinte e aos direitos e garantias


fundamentais, assinale a opção correta: O direito à licença-paternidade garantido no texto constitucional
é matéria inserida no âmbito da reserva legal absoluta, pois somente pode ser disciplinado por lei. BL:
art. 7º, XIX, CF.

##Atenção: O art. 7, XIX, da CF/88, estabelece que é direito dos trabalhadores licença-paternidade, nos
termos fixados em lei. Conforme explica Alexandre de Moraes, “o princípio da legalidade é de abrangência
mais ampla do que o princípio da reserva legal. Por ele fica certo que qualquer comando jurídico impondo
comportamentos forçados há de provir de uma das espécies normativas devidamente elaboradas conforme as regras
de processo legislativo constitucional. Por outro lado, encontramos com o princípio da reserva legal. Este opera de
maneira mais restrita e diversa. Ele não é genérico e abstrato, mas concreto. Ele incide tão somente sobre os campos
materiais especificados pela constituição. [...] A Constituição Federal estabelece essa reserva de lei, de modo absoluto
ou relativo. Assim, temos a reserva legal absoluta quando a norma constitucional exige para sua integral
regulamentação a edição de lei formal, entendida como ato normativo emanado do Congresso Nacional elaborado de
acordo com o devido processo legislativo constitucional. Por outro lado, temos a reserva legal relativa quando a
Constituição Federal, apesar de exigir edição de lei formal, permite que esta fixe tão-somente parâmetros de atuação
para o órgão administrativo, que poderá complementá-la por ato infralegal, sempre, porém, respeitados os limites ou
requisitos estabelecidos pela legislação.” (MORAES, 2004, p. 71-72).

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da


lei; [obs.: norma de eficácia LIMITADA.] (MPMT-2012) (TRF2-2014) (PGEMS-2014) (PGM-Recife/PE-2014)
(DPEPA-2015) (PGERS-2015) (TRT6-2015) (TRT1-2016) (DPEPE-2018) (MPT-2020)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)
32
(MPMT-2012): A norma “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: [...] proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei” (art. 7º, XX, CF/88) é de eficácia limitada de princípio programático.

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos
da lei; (Cartórios/TJSP-2016)

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
(TRT6-2015) (TRT4-2016)

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da


lei; (DPEBA-2010) (PGERO-2011) (MPMG-2012) (TRF2-2014) (PGEAM-2016) (TRT1-2016) (TRT4-2016)
(MPT-2020)

(PGEAM-2016-CESPE): Em relação aos direitos constitucionais dos trabalhadores, julgue o item a seguir:
Embora a CF garanta aos empregados o adicional de remuneração para atividades penosas, não há
norma infraconstitucional que regulamente o respectivo adicional. Tal norma constitucional classifica-se
como norma de eficácia limitada, cuja aplicação depende de regulamentação. BL: art. 7º, XXIII, CF.

##Atenção: ##PGEAM-2016: ##TRT1-2016: ##CESPE: ##FCC: Vólia Bomfim Cassar (CASSAR, Vólia
Bomfim, Direito do Trabalho, Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 11ª edição, 2015, p. 838-839)
leciona sobre o ADICIONAL DE PENOSIDADE: “Apesar de previsto no art. 7º, XXIII, da CRFB, não há
norma infraconstitucional que regulamente o adicional de penosidade. Em virtude disto, o entendimento
majoritário é de que a norma constitucional é de eficácia limitada ou, segundo a correnta clássica, é regra não
autoaplicável.”

XXIV - aposentadoria; (TRT21-2015)

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) [Obs. norma de eficácia
PLENA] (DPEMS-2008) (DPEMA-2011) (DPEPR-2012) (DPEAM-2013) (AGU-2013) (MPAC-2014)
(Cartórios/TJSP-2014) (TJAM-2016) (TRT1-2016) (DPESP-2010/2019) (MPT-2013/2020)

##Atenção: Não há contraprestação pelo referido serviço.

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; (PGEAM-2010) (TRT4-2016)


(TRT/Unificado-2017)

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; [obs.: Norma de eficácia limitada.] (PGESP-
2012) (PGM-Recife/PE-2014) (PCCE-2015) (TRT/Unificado-2017) (TJMA-2022)

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, SEM EXCLUIR a indenização
a que este está obrigado, QUANDO INCORRER em dolo ou culpa; (MPCE-2009) (PGEAM-2010) (PGERO-
2011) (DPEMS-2012) (TRF2-2014) (PGEPA-2015) (TRT2-2015) (TRT4-2016)

XXIX - ação, quanto aos CRÉDITOS RESULTANTES DAS RELAÇÕES DE TRABALHO, com
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
(DPEMS-2008) (PGEAM-2010) (TRF2-2011) (PGEMT-2011) (MPPR-2012) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-
2014) (TJAL-2019) (PGECE-2021)

(PGECE-2021-CESPE): De acordo com a Constituição Federal, quanto aos créditos oriundos das relações
de trabalho, o direito de ação dos trabalhadores urbanos e rurais, após a extinção do contrato de trabalho,
decai em 2 anos. BL: art. 7º, XXIX, CF.

a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)

33
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)

##Atenção: ##TJAL-2019: ##FCC: O art. 7º, XXIX da CF/88 é também aplicável ao empregado
(servidor) público, que possui vínculo celetista com a Administração Pública Indireta.

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por


motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; (DPERR-2013) (TRT6-2015) (PGM-POA/RS-2016)

XXXI - PROIBIÇÃO de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do


trabalhador portador de deficiência; (DPESC-2012) (MPDFT-2015) (TRT6-2015) (TRT/Unificado-2017)

XXXII - PROIBIÇÃO de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os


profissionais respectivos; (TJDFT-2016)

XXXIII - PROIBIÇÃO de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a MENORES DE DEZOITO e de


qualquer trabalho a MENORES DE DEZESSEIS ANOS, SALVO na condição de APRENDIZ, a partir de
quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (PGEAM-2010) (MPCE-2011)
(DPERS-2011) (DPERO-2012) (PGEPA-2012) (TJPE-2013) (MPPR-2008/2014) (DPEGO-2014) (PGERN-
2014) (PGESC-2014) (MPSC-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEAC-2017) (DPEPE-2018) (MPAP-2021)
(MPDFT-2021)

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o


trabalhador avulso. (PGEAC-2012) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJDFT-2019)

(Cartórios/TJDFT-2019-CESPE): Com relação à garantia constitucional de tratamento igualitário sem


distinção de qualquer natureza, a CF estabelece que haja igualdade de direitos entre trabalhador com
vínculo empregatício permanente e trabalhador avulso. BL: art. 7º, caput, XXXIV, CF.

Parágrafo único. SÃO ASSEGURADOS à categoria dos TRABALHADORES DOMÉSTICOS os


direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI,
XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à
previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) (DPEDF-2013)
(PGM-Recife/PE-2014) (TRT2-2015) (MPT-2015) (PCPE-2016) (TRT4-2016) (TRT/Unificado-2017)
(Cartórios/TJDFT-2019) (MPT-2013/2020)

(MPT-2020): À luz da Constituição de 1988, analise a seguinte assertiva: Entre os direitos não
assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos encontram-se o piso salarial proporcional à
extensão e à complexidade do trabalho; a proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
incentivos específicos, nos termos da lei; e o adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei. BL: art. 7º, caput, V, XX e XXIII c/c § único, CF.

(TRT/Unificado-2017-FCC): Na redação vigente do parágrafo único do art. 7° da Constituição Federal,


tal como conferida pela Emenda Constitucional n° 72 de 2013, são assegurados aos trabalhadores
domésticos os direitos a reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; e proibição de
qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
deficiência. BL: art. 7º, caput, XXVII e XXXI c/c §único, CF.

##Atenção: ##DPEDF-2013: ##PCPE-2016: ##CESPE: A CF/1988 estabelece em seu art. 7° os direitos


sociais dos trabalhadores urbanos e rurais (art. 7°, caput) e avulsos (art. 7°, XXXIV). Por outro lado, há um
regime diferenciado para trabalhadores domésticos (art. 7°, § único), para servidores públicos civis (art.
39, §3°) e militares (art. 142, §3º, VIII).

Art. 8º É livre a associação PROFISSIONAL ou SINDICAL, OBSERVADO o seguinte: (TRT23-


2014) (PCDF-2015)

34
I - a lei NÃO PODERÁ EXIGIR autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o
registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical; (DPECE-2008) (DPEMS-2008) (DPEMA-2009) (TRF1-2009) (PGEMT-2011) (PGERO-2011)
(AGU-2012) (PGESC-2014) (MPF-2015) (TRT15-2015) (TRT23-2015) (MPT-2020)

II - É VEDADA a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa


de categoria profissional ou econômica, NA MESMA BASE TERRITORIAL, que SERÁ DEFINIDA pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, NÃO PODENDO SER inferior à área de um Município;
(PGESP-2009) (PGEMT-2011) (AGU-2012) (PFN-2015) (MPSC-2016) (Cartórios/TJRJ-2017) (MPT-2020)

##Atenção: ##STF: ##DOD: A legitimidade dos sindicatos para representação de determinada


categoria depende do devido registro no Ministério do Trabalho em obediência ao princípio
constitucional da unicidade sindical (art. 8º, II, CF/88). STF. 1ª T. RE 740434 AgR/MA, Rel. Min. Luiz
Fux, j. 19/2/19 (Info 931)

##Observação sobre o julgado acima: Os sindicatos podem fazer a defesa dos direitos e interesses
individuais ou coletivos da categoria, conforme prevê o art. 8º, III, da CF/88. No entanto, para que os
sindicatos possam fazer isso, eles precisam ser registrados no Ministério do Trabalho. O registro
sindical é o ato que habilita as entidades sindicais para a representação de determinada categoria.

##Questiona-se: Por que fazer essa exigência? Qual a razão disso? A exigência desse registro é para
garantir o respeito ao princípio da unicidade sindical, adotado pela CF/88, em seu art. 8º, II, segundo o
qual é proibida a criação de mais de um sindicato na mesma base territorial. Assim, o Ministério do
Trabalho controla para que não exista mais de um sindicato, da mesma categoria profissional ou
econômica, na mesma base territorial. Nesse sentido:
Súmula 677-STF: Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho
proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade.

(TJAC-2012-CESPE): Em decorrência do princípio da unicidade sindical, é vedada a criação de mais de


uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na
mesma base territorial, que não pode ser inferior à área de um município. BL: art. 8º, II, CF.

III - ao sindicato CABE a defesa dos direitos e interesses COLETIVOS ou INDIVIDUAIS DA


CATEGORIA, INCLUSIVE em questões judiciais ou administrativas; (PGEPB-2008) (MPT-2009) (MPSE-
2010) (TJRJ-2011) (PGERO-2011) (PGEPA-2012) (TJMA-2013) (TJDFT-2015) (MPF-2015) (PCDF-2015) (TRT21-
2015) (TJAM-2016) (Cartórios/TJRJ-2017)

##STF: ##Reperc. Geral/STF: ##Tema 823: ##MPF-2015: Os sindicatos possuem ampla legitimidade
extraordinária para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes
da categoria que representam, inclusive nas liquidações e execuções de sentença, independentemente
de autorização dos substituídos. (STF. RE 883642 RG, Rel. Min. Min. Presidente, j. 18/06/15).

##Atenção: ##STF: ##TJMA-2013: ##TJAM-2016: ##CESPE: O art. 8º, III da CF/88 estabelece a
legitimidade extraordinária dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou
individuais dos integrantes da categoria que representam. Para o STF, essa legitimidade extraordinária
é ampla, abrangendo a liquidação e a execução dos créditos reconhecidos aos trabalhadores. Por se
tratar de típica hipótese de substituição processual, é desnecessária qualquer autorização dos
substituídos. (RE 210029, Rel. Min. Carlos Velloso, Rel. p/ Ac. Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, j.
12/6/06).

##Atenção: ##STJ: ##TJMA-2013: ##CESPE: "Os sindicatos, que atuam na qualidade de substitutos
processual, possuem legitimidade para atuar nas fases de conhecimento, liquidação e execução de
sentença proferida em ações versando direitos individuais homogêneos, dispensando, inclusive, prévia
autorização dos trabalhadores. (...)." [STJ, AgRg no Ag 1049450/DF, Rel. Min. Vasco Della Giustina (Des.
Conv. TJ/RS), 6ª T., j. 21/06/11].

IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será


descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei; (PGEGO-2010) (Cartórios/TJMG-2017) (PGM-João
Pessoa/PB-2018)

35
V - ninguém SERÁ OBRIGADO a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; (PCMG-2008)
(PGEAM-2010) (PGEMT-2011) (PGERO-2011) (TRT15-2015) (TJAM-2016) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-
Campo Grande/MS-2019) (MPT-2020)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##MPT-2020: ##CESPE: São compatíveis


com a Constituição Federal os dispositivos da Lei 13.467/17 (Reforma Trabalhista) que extinguiram a
obrigatoriedade da contribuição sindical e condicionaram o seu pagamento à prévia e expressa
autorização dos filiados. No âmbito formal, o STF entendeu que a Lei 13.467/17 não contempla normas
gerais de direito tributário (art. 146, III, “a”, da CF/88). Assim, não era necessária a edição de lei
complementar para tratar sobre matéria relativa a contribuições. Também não se aplica ao caso a
exigência de lei específica prevista no art. 150, § 6º, da CF/88, pois a norma impugnada não disciplinou
nenhum dos benefícios fiscais nele mencionados, quais sejam, subsídio ou isenção, redução de base
de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão. Sob o ângulo material, o STF afirmou
que a Constituição assegura a livre associação profissional ou sindical, de modo que ninguém é
obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato (art. 8º, V, da CF/88). O princípio constitucional
da liberdade sindical garante tanto ao trabalhador quanto ao empregador a liberdade de se associar a
uma organização sindical, passando a contribuir voluntariamente com essa representação. Não há
nenhum comando na Constituição Federal determinando que a contribuição sindical é compulsória.
Não se pode admitir que o texto constitucional, de um lado, consagre a liberdade de associação,
sindicalização e expressão (art. 5º, IV e XVII, e art. 8º) e, de outro, imponha uma contribuição
compulsória a todos os integrantes das categorias econômicas e profissionais. STF. Plenário. ADI
5794/DF, Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, j. 29/6/2018 (Info 908).
(PGM-João Pessoa/PB-2018-CESPE): A reforma trabalhista aprovada em 2017 extinguiu a obrigatoriedade
de contribuição sindical e condicionou seu pagamento à prévia e expressa autorização dos filiados ao
sindicato. De acordo com o entendimento do STF, a referida reforma é compatível com a CF, porque
assegura a livre associação profissional ou sindical. BL: Info 908, STF.

VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; (PGEAM-


2010) (PGERO-2011) (PCDF-2015) (TRT21-2015) (PFN-2015) (MPT-2015/2020)

VII - o aposentado filiado TEM direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; (PGEAM-
2010) (PGEMT-2011) (TRF5-2013) (TRT21-2015) (TRT23-2015) (AGU-2015)

VIII - É VEDADA a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a


cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
mandato, SALVO SE COMETER falta grave nos termos da lei. (DPEMS-2008) (PGEAM-2010) (PGEMT-
2011) (TRT15-2015) (PFN-2015) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

Parágrafo único. As disposições deste artigo APLICAM-SE à ORGANIZAÇÃO de sindicatos


rurais e de colônias de pescadores, ATENDIDAS as condições que a lei estabelecer. (TRF1-2009) (TJAM-
2016)

##Atenção: ##STF: ##TJAM-2016: ##CESPE: Viola os princípios constitucionais da liberdade de


associação (art. 5º, XX) e da liberdade sindical (art. 8º, V), ambos em sua dimensão negativa, a norma
legal que condiciona, ainda que indiretamente, o recebimento do benefício do seguro-desemprego à
filiação do interessado a colônia de pescadores de sua região.” (STF, Plenário. ADI 3.464., Rel. Min.
Menezes Direito, j. 29/10/08).
(TJAM-2016-CESPE): Assinale a opção correta acerca dos direitos e deveres individuais e coletivos e dos
direitos sociais, considerando a jurisprudência do STF: Viola os princípios constitucionais da liberdade de
associação e da liberdade sindical norma legal que condicione, ainda que indiretamente, o recebimento do
benefício do seguro-desemprego à filiação do interessado a colônia de pescadores de sua região. BL:
Entendimento do STF.

Art. 9º É ASSEGURADO o DIREITO DE GREVE, competindo aos trabalhadores decidir sobre a


oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. (DPERN-2015)
(TRT1-2015) (TRT4-2016) (DPU-2017)

36
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade. (MPRO-2013) (TRT1-2015) (PFN-2015)

§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação. (MPT-2012)

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, É ASSEGURADA a eleição de um


representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os
empregadores. [obs.: previsão de direito de representação classista.] (DPEMS-2008) (TRF1-2009)

CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE

Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, AINDA QUE de pais estrangeiros, DESDE QUE
estes NÃO ESTEJAM a serviço de seu país [critérios: “jus soli” MENOS o critério funcional; obs.: norma
constitucional de eficácia PLENA]; (PFN-2007) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (AGU-2010)
(TJRO-2011) (MPDFT-2011) (TRF3-2011) (PCRJ-2012) (MPMS-2013) (DPEMS-2013) (TRF5-2013) (DPECE-
2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (DPESC-2017) (TRF2-2017) (PCAC-2017)
(Cartórios/TJMG-2015/2018) (DPEMA-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (MPM-2021)

(DPEMA-2018-FCC): Aquele que, dada a circunstância do nascimento, não se vincula a nenhum dos
critérios que lhe demandariam uma nacionalidade, é considerado Heimatlos. BL: art. 12, I, “a”, CF.

##Atenção: “Heimatlos”5 é uma outra palavra para “apátrida”, que é aquele que não tem pátria, ou seja,
aquela pessoa a quem não foi concedida a nacionalidade por nenhum Estado-nação. A nacionalidade é o
vínculo político-jurídico que une um indivíduo a um Estado. A forma de concessão da nacionalidade é
um escolha política por excelência, que, em regra, é manifestada pelo Poder Constituinte Originário. Por
isso, é possível que alguns indivíduos sejam apátridas, isto é, que nenhum Estado lhe conceda a
nacionalidade. Há dois principais critérios para a concessão da nacionalidade, o jus solis e o jus sanguini.
No primeiro, leva-se em conta o local de nascimento. Este é o principal critério adotado pelo Brasil (art.
12, I, a, CF): a pessoa que nasce no Brasil é brasileira. O jus sanguini leva em conta a ascendência do
indivíduo. Salvo melhor juízo, este critério é muito comum na Europa. Então, por exemplo, uma pessoa
será italiana se um dos seus pais for italiano, mesmo que ela não tenha nascido em solo italiano. Por
outro lado, é totalmente possível que uma pessoa nasça em solo italiano e não seja italiano, pelo fato de
nenhum de seus pais ser italiano. Cumpre anotar que o Direito Internacional combate a apatridia, pois a
condição de apátrida inviabiliza a aquisição de direitos básicos pelo indivíduo. O Pacto de São José da
Costa Rica, por exemplo, elenca em seu art. 20: “Artigo 20. Direito à nacionalidade – 1. Toda pessoa tem
direito a uma nacionalidade. 2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido,
se não tiver direito a outra. 3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade nem do direito de
mudá-la.”

(MPMS-2013): Sobre a nacionalidade, aponte a alternativa correta: são brasileiros natos os nascidos na
República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
seu país. BL: art. 12, I, “a”, CF.

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro OU mãe brasileira, DESDE QUE qualquer deles
ESTEJA A SERVIÇO da República Federativa do Brasil [critérios: “jus sanguinis” MAIS o critério
funcional]; (PFN-2007) (DPEPA-2009) (MPPB-2010) (AGU-2010) (TJRO-2011) (MPDFT-2011) (TJSC-2013)

5
Como curiosidade, no alemão: i) “Heimat” = pátria, casa, lar; ii) “Los” = sem, ausente. Logo, “Heimatlos”: sem
pátria, sem casa. Pronuncia-se: “rai-mat-lôs”.
37
(MPSP-2013) (DPEMS-2013) (TRF5-2013) (MPMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TJAL-2015) (Cartórios/TJSP-
2016) (TRF2-2017) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (Cartórios/TJAL-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPT-2020)
(MPSC-2021) (MPM-2021)

(MPM-2021): Quanto à nacionalidade brasileira, é correto afirmar: É cabível o critério do “jus sanguinis”
no direito brasileiro. BL: art. 12, I, “b”, CF.

##Atenção: No Brasil, deu-se prevalência ao critério do território (jus solis). No entanto, mesmo dentro
da regra territorial há a forma extremada (apenas território) e a temperada – a que adotamos. Assim, em
determinadas situações, foi acolhido o critério de sangue (jus sanguinis). Como exemplo disso, serão
considerados brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer um deles esteja a serviço do Brasil (art. 12, I, “b”, CF).

(TRF1-2011-CESPE): Considerando o conceito de nacionalidade e o Estatuto da Igualdade entre


portugueses e brasileiros, assinale a opção correta: A CF considera brasileiros natos, independentemente
de formalidades, os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço do Brasil. BL: art. 12, I, “b”, CF.

(TJRS-2009): Pablo nasceu em Buenos Aires. Seu pai é o embaixador brasileiro na Argentina e sua mãe é
de nacionalidade argentina. Nos termos da CF/88 e alterações em vigor, é correto afirmar que Pablo é
brasileiro nato, independentemente de quaisquer condições. BL: art. 12, I, “b”, CF.

##Atenção: Pablo é brasileiro nato, independentemente de quaisquer condições pois o seu pai está em
estado estrangeiro (Argentina) a serviço do Brasil (embaixador). Nos termos do art. 12, I, “b”, CF/88, são
brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil.

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro OU de mãe brasileira, DESDE QUE SEJAM


REGISTRADOS em repartição brasileira competente [critérios: “jus sanguinis” + registro na repartição
brasileira competente - consulado] OU venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, EM
QUALQUER TEMPO, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira [critérios: “jus
sanguinis” + “jus domicilii” + opção]; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) (PFN-2007)
(TJAL-2008) (TJAP-2008) (PGEPB-2008) (TJAP-2009) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (MPPB-2010)
(AGU-2010) (MPDFT-2011) (PGEMT-2011) (TJSC-2013) (MPMS-2013) (MPSP-2013) (DPEMS-2013) (TRF5-
2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPR-2013) (MPMT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCPI-2014) (Cartórios/TJMG-
2015) (PCDF-2015) (Cartórios/TJSP-2014/2016) (PCPE-2016) (TRF2-2013/2017) (MPRS-2017) (DPU-2017) (TCEPE-
2017) (DPEAM-2018) (PGESC-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2015/2020) (MPSC-2021) (MPM-2021)

(MPM-2021): Quanto à nacionalidade brasileira, é correto afirmar: O nascido no estrangeiro, filho de pai
ou de mãe brasileira, registrado na repartição consular competente, é considerado brasileiro nato. BL: art.
12, I, “c”, 1º parte, CF.

(MPM-2021): Quanto à nacionalidade brasileira, é correto afirmar: Se registrado na repartição brasileira


competente, o nascido no estrangeiro, filho de brasileiros, não precisa vir a residir na República
Federativa do Brasil para ter a nacionalidade originária reconhecida. BL: art. 12, I, “c”, 2º parte, CF.

##Atenção: De fato, trata-se de regra alternativa. Hoje, caso estejam fora do país, poderão os pais da
criança levá-la a registro em uma repartição brasileira no exterior (embaixadas, consulados). Também
haverá a alternativa de aguardar a entrada da criança em território nacional. Além disso, cumpre
ressaltar que o critério de residência no Brasil é exigido para quando a pessoa opta pela nacionalidade
brasileira após os 18 anos (art. 12, I, c, 2ª parte, CF).

(Cartórios/TJAL-2019-VUNESP): São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de


mãe brasileira, desde que registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira. BL: art. 12, I, “c”, CF.

(DPEAM-2018-FCC): Filho de pai estrangeiro e mãe brasileira, nascido durante período em que sua
mãe prestava serviços para uma empresa multinacional no exterior e sem registro de seu nascimento em
repartição brasileira, Jacques passou a morar no Brasil aos 21 anos de idade, tendo então feito a opção

38
pela nacionalidade brasileira, homologada por juiz federal. Seis anos mais tarde, contudo, foi requerida
sua extradição, por governo estrangeiro, em virtude de ter sido condenado à prisão perpétua por seu
envolvimento, um ano antes de sua vinda ao país, em crime de homicídio. O requerente, no caso, é
governo de país com o qual o Brasil mantém tratado de extradição. Diante desses elementos, à luz da
Constituição Federal e da jurisprudência do STF, Jacques é considerado brasileiro nato, razão pela qual
não poderá ser concedida sua extradição. BL: art. 5º, VI e art. 12, I, “c”, CF/88.

##Atenção: Observe que a questão não se enquadrava no art. 12, I, “b” da CF/88, pois sua mãe prestava
serviços para uma empresa multinacional no exterior.

##Atenção: ##MPM-2021: A nacionalidade ORIGINÁRIA é conferida àqueles que preencham


determinados requisitos ligados ao sangue (jus sanguinis) ou ao nascimento dentro do território do país
(jus solis). É isso, aliás, que, corretamente, afirmou o CESPE, ao dizer que “os indivíduos que possuem
MULTINACIONALIDADE vinculam-se a dois requisitos de aquisição de nacionalidade primária: o direito de
sangue e o direito de solo”.

(TRF2-2017): Sujeito nascido no estrangeiro, filho de mãe brasileira e de pai estrangeiro, que veio a
residir no território brasileiro e aqui, após a maioridade, optou e adquiriu a nacionalidade brasileira
pode, oportunamente, candidatar-se e ser eleito Presidente da República. BL: art. 12, I, "c", c/c art. 12, §3º,
I, CF.

##Atenção: Sendo brasileiro nato, pode concorrer ao cargo privativo de Presidente da República (CF, art.
12, § 3º, I).

(TCEPE-2017-CESPE): Situação hipotética: Cláudio, brasileiro nato, por interesse exclusivamente


pessoal, residiu em país estrangeiro, onde teve um filho com uma cidadã local. Assertiva: Nessa situação,
segundo a CF, o filho de Cláudio poderá ser considerado brasileiro nato, ainda que não venha a residir
no Brasil. BL: art. 12, I, “c”, CF.

##Atenção: Para que o filho de Cláudio seja brasileiro nato, BASTA que ele seja registrado na
repartição competente OU que opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira E venha a morar aqui. A chave está nesses conectivos. Por conta desse "OU",
entende-se que já que ele não residiu no Brasil (a questão afirma dessa maneira), ele ainda poderá ser
brasileiro nato, desde que simplesmente seja registrado no consulado.

(TRF1-2015-CESPE): Com referência à defesa do Estado e das instituições democráticas, à segurança


pública e aos direitos de nacionalidade, assinale a opção correta: Considera-se brasileiro nato o indivíduo
nascido no estrangeiro e registrado em repartição brasileira competente, desde que seja filho de pai
brasileiro ou de mãe brasileira, ainda que seus pais não estejam a serviço da República Federativa do
Brasil. BL: art. 12, I, “c”, 1ª parte, CF.

##Atenção: Nessa hipótese, não se exige que o pai brasileiro ou a mãe brasileira esteja a serviço do Brasil.

(MPMT-2012): Sobre a nacionalidade brasileira, assinale a assertiva correta: Os nascidos no estrangeiro


entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação da Emenda Constitucional nº 54/07, que sejam filhos
de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular
brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil. BL:
art. 12, I, “c”, CF c/c art. 95 do ADCT.6

(TJRR-2008-FCC): Nascido em dezembro de 2007, na França, filho de pai brasileiro e mãe argelina, João é
registrado em repartição consular brasileira sediada naquele país. Nessa hipótese, nos termos da
Constituição da República, João é considerado brasileiro nato. BL: art. 12, I, “c”, 1ª parte, CF.

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, ADQUIRAM a nacionalidade brasileira, EXIGIDAS aos originários de


países de língua portuguesa APENAS RESIDÊNCIA por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
(DPEPA-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2010) (MPDFT-2011) (TRF3-2011) (MPAP-2012) (MPMS-2013) (TRF2-

6
Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda
Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou
consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
39
2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPAC-2014) (MPMT-2014) (PCDF-2015) (Cartórios/TJSP-2014/2016)
(Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2015/2020) (Anal. Judic./TJCE-2022)

b) os estrangeiros DE QUALQUER NACIONALIDADE, residentes na República Federativa do


Brasil HÁ mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, DESDE QUE REQUEIRAM a
nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) (MPCE-2009)
(DPEPA-2009) (DPEPI-2009) (TJRO-2011) (MPDFT-2011) (DPEAM-2011) (TRF1-2011) (TRF3-2011)
(MPAP-2012) (PCRJ-2012) (TJSC-2013) (MPSP-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPAC-2014) (DPECE-2014)
(PCDF-2015) (Cartórios/TJSP-2014/2016) (DPESC-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPMS-2013/2018) (PGESC-
2018) (Cartórios/TJAL-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPT-2009/2015/2020) (Anal. Judic./TJCE-2022)

(MPSP-2013): No que se refere à Nacionalidade: São brasileiros naturalizados os estrangeiros de


qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. BL: art. 12, II,
“b”, CF.

§ 1º Aos portugueses COM RESIDÊNCIA PERMANENTE no País, SE HOUVER


RECIPROCIDADE em favor de brasileiros, SERÃO ATRIBUÍDOS os direitos inerentes ao brasileiro,
SALVO os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de
1994) (MPRN-2009) (DPEPI-2009) (PGERS-2010) (MPDFT-2011) (TRF1-2011) (MPPI-2012) (MPF-2012) (PCRJ-
2012) (AGU-2012) (TRF2-2011/2013) (TJSC-2013) (MPMS-2013) (MPMT-2014) (PCDF-2015) (Cartórios/TJSP-
2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (DPESC-2017) (PGESC-2018) (TJRO-2019) (TJMG-2022)

(Cartórios/TJSP-2016-VUNESP): Aos portugueses serão atribuídos os direitos inerentes aos do brasileiro,


quando tiverem residência permanente no Brasil e havendo reciprocidade no ordenamento português ao
brasileiro. BL: art. 12, §1º, CF.

(MPMS-2013): Sobre a nacionalidade, aponte a alternativa correta: aos portugueses com residência
permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição. BL: art. 12, §1º, CF.

(AGU-2012-CESPE): Em relação à condição jurídica do estrangeiro e aos direitos de nacionalidade,


julgue o item que se segue: A reciprocidade é pré-condição para que aos portugueses com residência
permanente no país sejam atribuídos direitos inerentes ao brasileiro. BL: art. 12, §1º, CF.

##Atenção: ##STF: "A norma inscrita no art. 12, § 1º, da CR – que contempla, em seu texto, hipótese
excepcional de quase-nacionalidade – não opera de modo imediato, seja quanto ao seu conteúdo
eficacial, seja no que se refere a todas as consequências jurídicas que dela derivam, pois, para incidir,
além de supor o pronunciamento aquiescente do Estado brasileiro, fundado em sua própria soberania,
depende, ainda, de requerimento do súdito português interessado, a quem se impõe, para tal efeito, a
obrigação de preencher os requisitos estipulados pela Convenção sobre Igualdade de Direitos e
Deveres entre brasileiros e portugueses." (Ext 890, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 5-8-2004,
Primeira Turma, DJ de 28-10-2004.) No mesmo sentido:HC 100.793 , Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento
em 2-12-2010, Plenário, DJE de 1º-2-2011.

§ 2º A lei NÃO PODERÁ ESTABELECER DISTINÇÃO entre brasileiros natos e naturalizados,


SALVO nos casos previstos nesta Constituição. (TRF4-2009) (PGERS-2010) (MPF-2011) (PGEMT-2011)
(TJPR-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJSP-2016) (PGESC-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (Anal.
Judic./TJCE-2022)

§ 3º SÃO PRIVATIVOS de brasileiro nato os cargos: (PGECE-2008) (PCAP-2010) (MPDFT-2011)


(AGU-2007/2012) (PGEPA-2012) (PCRJ-2012) (MPSP-2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPPA-2014)
(MPPE-2014) (PCPI-2014) (TRF1-2011/2015) (PCDF-2015) (TRT1-2015) (TJDFT-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
(TRF2-2014/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGEAC-2017) (PCSP-2014/2018) (PGESC-2018) (PCMG-2018)
(MPMG-2013/2019) (MPSC-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2015/2020) (TJMS-2020) (MPAP-2021)
(DPECE-2014/2022) (DPEAP-2022) (Anal. Judic./TJCE-2022)

##Atenção: ##TRF1-2011: ##DPERR-2013: ##PGESC-2018: ##CESPE: Os casos em que se exija a

40
condição de brasileiro nato para a ocupação de cargos, empregos e funções públicas são unicamente os
elencados na CF.

I - de Presidente e Vice-Presidente da República; (PGECE-2008) (MPRN-2009) (DPESC-2012) (AGU-


2012) (MPSP-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPPE-2014) (MPMT-2014) (PCPI-2014) (TRF1-2011/2015) (TRT1-
2015) (TJDFT-2016) (TRF2-2014/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGEAC-2017) (PGESC-2018) (PCSP-2018)
(MPMG-2013/2019) (MPT-2020) (MPAP-2021) (DPEAP-2022) (DPECE-2022)

(TRF2-2017): Sujeito nascido no estrangeiro, filho de mãe brasileira e de pai estrangeiro, que veio a
residir no território brasileiro e aqui, após a maioridade, optou e adquiriu a nacionalidade brasileira
pode, oportunamente, candidatar-se e ser eleito Presidente da República. BL: art. 12, I, "c", c/c art. 12, §3º,
I, CF.

##Atenção: Sendo brasileiro nato, pode concorrer ao cargo privativo de Presidente da República (CF, art.
12, § 3º, I).

##Atenção: ##AGU-2012: ##DPECE-2022: ##CESPE: ##FCC: NÃO É privativo de brasileiro nato o


cargo de Governador de Estado.

(MPRN-2009-CESPE): A CF e as leis eleitorais brasileiras estabelecem a disciplina da nacionalidade do


candidato, que pode ter particularidades conforme o cargo pretendido. A esse respeito, assinale a opção
correta: Cidadão brasileiro nascido no exterior e registrado no consulado do Brasil pode ser candidato a
presidente da República. BL: art. 12, I, "c", c/c art. 12, §3º, I, CF.

II - de Presidente da Câmara dos Deputados; (PGECE-2008) (MPRN-2009) (PCAP-2010) (DPEAM-


2011) (MPPR-2012) (TJRN-2013) (TJSP-2013) (MPSP-2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPPA-2014)
(MPPE-2014) (TRF2-2014) (PCPI-2014) (TRF1-2011/2015) (TRT1-2015) (TJDFT-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017)
(PGEAC-2017) (TCEPE-2017) (PGESC-2018) (PCMG-2018) (PCSP-2018) (MPMG-2013/2019) (MPT-2020) (MPAP-
2021) (DPECE-2014/2022) (DPEAP-2022)

(TJRN-2013-CESPE): Alemão naturalizado brasileiro pode ser deputado federal, mas não presidente da
Câmara dos Deputados. BL: art. 12, §3º, II da CF/88.

III - de Presidente do Senado Federal; (PGECE-2008) (DPEAM-2011) (TJSP-2013) (MPSP-2013)


(DPERR-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (TRF2-2014) (PCPI-2014) (PCSP-2014)
(TRF1-2011/2015) (TRT1-2015) (TJDFT-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGEAC-2017) (TCEPE-2017)
(PGESC-2018) (PCMG-2018) (PCSP-2018) (MPMG-2013/2019) (Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2020) (MPAP-2021)
(DPECE-2014/2022) (DPEAP-2022)

(TCEPE-2017-CESPE): Estrangeiro que resida no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e não tenha
condenação penal poderá tornar-se, após requerimento, brasileiro naturalizado e, nessa condição,
candidatar-se a deputado federal ou senador, mas, se eleito, estará impedido de presidir a casa legislativa
à qual pertencer. BL: art. 12, inciso II, “c” c/c §3º, II e III, CF/88.

(TJSP-2013-VUNESP): É (São) cargo(s) eletivo(s) privativo(s) de brasileiros natos o cargo de Presidente


das Casas Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal). BL: art. 12, §3º, II e III, CF/88.

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; (PGECE-2008) (PCAP-2010) (DPEAM-2011) (MPSP-


2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPPE-2014) (TRF2-2014) (PCPI-2014) (PCSP-2014) (TRF1-2011/2015) (TRT1-2015)
(TJDFT-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (DPESC-2017) (PGEAC-2017) (PGESC-2018) (PCSP-2018)
(MPMG-2013/2019) (Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2015/2020) (MPAP-2021) (DPECE-2022) (Anal. Judic./TJCE-
2022)

(Anal. Judic./TJCE-2022-FCC): Klaus, estrangeiro, de nacionalidade originária alemã, é jurista muito


famoso e, morando em nosso País há alguns anos, deseja se naturalizar brasileiro com a finalidade de se
41
tornar Ministro do Supremo Tribunal Federal. Considerando apenas as informações fornecidas, esse
cargo por Klaus almejado é privativo de brasileiro nato, não sendo possível, portanto, para ele, exercer o
cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, ainda que ele se naturalize brasileiro. BL: art. 12, §3º,
IV, CF.

##Atenção: ##MPAP-2021: ##CESPE: O cargo de Ministro da Justiça não é privativo de brasileiro nato.

##Atenção: ##PGECE-2008: ##TRT1-2015: ##Cartórios/TJAL-2019: ##DPECE-2022: ##CESPE:


##FCC: ##VUNESP: Ministros de Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM) não é privativo de
brasileiro nato.

V - da carreira diplomática; (AGU-2007) (PGECE-2008) (PCAP-2010) (DPEAM-2011) (MPSP-2013)


(Cartórios/TJPE-2013) (MPPE-2014) (MPSC-2014) (TRF2-2014) (PCPI-2014) (TRF1-2011/2015) (PCDF-2015)
(TJDFT-2011/2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGEAC-2017) (PGESC-2018) (PCSP-2018) (MPMG-2013/2019)
(MPT-2020) (MPAP-2021) (DPECE-2022)

(DPECE-2022-FCC): A Constituição Federal prevê que são privativos de brasileiros natos os cargos de
carreira diplomática. BL: art. 12, §3º, V, CF.

VI - de oficial das Forças Armadas. (PGECE-2008) (MPCE-2009) (PCAP-2010) (PGEPA-2012) (PCRJ-


2012) (MPSP-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPPE-2014) (TRF2-2014) (PCPI-2014) (TRF1-2011/2015) (TJDFT-2016)
(TRF3-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGEAC-2017) (MPMS-2018) (PGESC-2018)
(PCMG-2018) (PCSP-2018) (MPMG-2013/2019) (Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2015/2020) (MPAP-2021)

(MPMS-2018): Conforme a Constituição Federal, é privativo de brasileiro nato o cargo de Oficial das
Forças Armadas. BL: art. 12, §3º, VI, CF.

VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) (PGECE-
2008) (TJGO-2009) (PCAP-2010) (TJAC-2012) (MPSP-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPPE-2014) (TRF2-2014)
(PCPI-2014) (TRF1-2011/2015) (PCDF-2015) (TRT1-2015) (TJDFT-2011/2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017)
(PGEAC-2017) (PCMT-2017) (PGESC-2018) (PCMG-2018) (PCSP-2018) (MPMG-2013/2019) (MPT-2015/2020)
(MPAP-2021) (DPECE-2022)

(PCMT-2017-CESPE): O boliviano Juan e a argentina Margarita são casados e residiram, por alguns anos,
em território brasileiro. Durante esse período, nasceu, em território nacional, Pablo, o filho deles. Nessa
situação hipotética, de acordo com a CF, Pablo será considerado brasileiro nato e poderá vir a ser
ministro de Estado da Defesa. BL: art. 12, I, “a” c/c §3º, VII, CF.

##Atenção: ##PCDF-2015: ##PGM-São Luís/MA-2016: ##Cartórios/TJMG-2017: ##DPECE-2022:


##Consulplan: ##FCC: Ministro de Estado não é privativo de brasileiro nato.

(TRF2-2014): Pablo nasceu no estrangeiro, filho de mãe brasileira e de pai mexicano, e veio a residir no
Brasil pouco antes de completar 15 anos. Atingida a maioridade, optou pela nacionalidade brasileira,
através de processo que tramitou na Justiça Federal. Pablo tem, agora, 30 anos de idade. Assinale a opção
correta: Em tese, Pablo poderá ser titular, dentro de alguns anos, de qualquer cargo privativo de
brasileiro nato. BL: art. 12, §3º, CF.

##Atenção: Como ele tem trinta anos, faltam apenas 5 para, em tese, ele estar apto a ocupar qualquer
cargo privativo de brasileiro nato. Ex: Presidente da República, ministro do STF, ministro de estado da
defesa etc.

(MPPE-2014-FCC): Renomado advogado, brasileiro naturalizado, com 36 anos de idade e 12 de exercício


profissional, pretende exercer cargo público, ao qual possa aceder por intermédio de eleição ou
nomeação, independentemente de concurso público. Seu interesse recai sobre os cargos de Presidente da
República, Senador, Ministro do STF, Ministro do STJ ou Ministro do Tribunal de Contas da União. Em
tese, preenchidas as demais condições pertinentes a cada cargo considerado, poderá o interessado vir a
ser apenas Senador, Ministro do STJ ou Ministro do Tribunal de Contas da União. BL: art. 12, §3º, CF/88.

42
(MPMG-2013): O brasileiro naturalizado pode ocupar os seguintes cargos, EXCETO o de: Presidente do
Conselho Nacional de Justiça.

##Atenção: A questão exige a conjugação de alguns artigos da CF. Vejamos: 1º) O Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) é presidido pelo Presidente do STF (art. 103-B, §1º - CF); 2º) O Presidente do STF é um dos
ministros que integram o STF. 3º)Para ser ministro do STF, o sujeito deve ser, obrigatoriamente,
brasileiro nato (art. 12, §3º, inc. IV). Conclusão: O Presidente do CNJ é um brasileiro nato.

§ 4º - SERÁ DECLARADA a PERDA DA NACIONALIDADE do brasileiro que:

I - TIVER CANCELADA sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional; (TJGO-2009) (MPRN-2009) (TJRO-2011) (MPPB-2011) (TRF3-2011) (MPF-2011) (PFN-
2012) (TRF1-2011/2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPR-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (MPAC-
2014) (MPPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (PCPI-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (DPU-2015) (MPT-
2015) (PCPA-2016) (DPESC-2017) (TRF2-2017/2018) (TJPR-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (TJMG-2022)

(TJMG-2022-FGV): Sobre a perda ou suspensão dos direitos políticos, analise a afirmativa a seguir: O
estrangeiro somente perderá os direitos políticos quando sua naturalização for cancelada por sentença
transitada em julgado. BL: art. 12, §4º, I, c/c art. 15, I da CF.

(DPESC-2017-FCC): Sobre o tema da nacionalidade na CF/88, é correto afirmar: Será declarada a


perda da nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
virtude de atividade nociva ao interesse nacional. BL: art. 12, §4º, I, CF.

(DPU-2015-CESPE): O cancelamento da naturalização por meio de sentença judicial transitada em


julgado acarreta a perda dos direitos políticos. BL: art. 12, §4º, I, c/c art. 15, I da CF.

II - ADQUIRIR outra nacionalidade, SALVO nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (PGESP-2009) (TRF4-2010) (MPPB-2011) (MPF-2011) (PCRJ-
2012) (PFN-2012) (TJSC-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (MPPR-2014)
(PCPI-2014) (MPT-2012/2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCDF-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMT-2016)
(PCPA-2016) (TRF2-2017/2018) (PCGO-2018) (TJPR-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPSC-2016/2021) (Anal.
Judic./TJCE-2022)

(TRF2-2017): Incorre em causa de perda de nacionalidade o brasileiro nato que, já sendo milionário e
exclusivamente por ter se apaixonado pelos céus de Paris, obtém a nacionalidade francesa, por
naturalização. BL: art. 12, §4º, II, CF/88.

##Atenção: Há exceções, porém a questão não trata de nenhuma delas.

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda


Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (PGESP-2009) (TRF4-2010) (MPPB-2011)
(MPF-2011) (MPPI-2012) (MPF-2012) (PFN-2012) (MPSP-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014)
(MPPR-2014) (PCPI-2014) (MPT-2012/2015) (Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMT-2016)
(PCPA-2016) (TRF2-2017/2018) (PCGO-2018) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPSC-2016/2021) (Anal. Judic./TJCE-
2022)

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado


estrangeiro, como CONDIÇÃO PARA PERMANÊNCIA em seu território ou PARA O EXERCÍCIO de
direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) (TJGO-2009) (MPRN-2009)
(PGESP-2009) (TRF4-2010) (MPPB-2011) (MPF-2011) (PCRJ-2012) (PFN-2012) (MPSP-2013) (Cartórios/TJPE-
2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (MPPR-2014) (DPEPR-2014) (PCPI-2014) (MPT-2012/2015) (Cartórios/TJMG-
2015) (PCDF-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMT-2016) (PCPA-2016) (TRF2-2018) (PCGO-2018) (MPSC-
2016/2021) (Anal. Judic./TJCE-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEMT-2016: ##DPERO-2017: ##DPU-2017: ##Anal. Judic./STJ-


2018: ##TRF2-2018: ##PCGO-2018: ##CESPE: ##FCC: ##UEG: ##VUNESP: Se um brasileiro nato que

43
mora nos EUA e possui o green card decidir adquirir a nacionalidade norte-americana, ele irá perder a
nacionalidade brasileira. Não se pode afirmar que a presente situação se enquadre na exceção prevista
na alínea “b” do § 4º do art. 12 da CF/88. Isso porque, como ele já tinha o green card, não havia
necessidade de ter adquirido a nacionalidade norte-americana como condição para permanência ou
para o exercício de direitos civis. O estrangeiro titular de green card já pode morar e trabalhar
livremente nos EUA. Dessa forma, conclui-se que a aquisição da cidadania americana ocorreu por
livre e espontânea vontade. Vale ressaltar que, perdendo a nacionalidade, ele perde os direitos e
garantias inerentes ao brasileiro nato. Assim, se cometer um crime nos EUA e fugir para o Brasil,
poderá ser extraditado sem que isso configure ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88. STF. 1ª T. MS 33864/DF,
Rel. Min. Roberto Barroso, j. 19/4/16 (Info 822). STF. 1ª T. Ext 1462/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j.
28/3/17 (Info 859).
(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, brasileiro nato que
tiver perdido a nacionalidade poderá ser extraditado. BL: Info 859, STF.
(TRF2-2018): Brasileira nata adquire voluntariamente a nacionalidade derivada norte-americana, sem que
isso lhe tenha sido imposto de alguma maneira. Em seguida, contraiu matrimônio com norte-americano -
assassinado poucos anos depois - e, após a sua morte, veio para o Brasil. Os Estados Unidos apresentaram
um pedido de extradição ao governo brasileiro sob o fundamento de que ela era acusada de matar o marido.
Com relação à hipótese é correto afirmar que é possível a extradição de brasileira naturalizada, nos termos
da Constituição Federal, e de estrangeira, considerada como tal a pessoa que perdeu a nacionalidade
brasileira por ter adquirido voluntariamente outra nacionalidade. BL: Info 859, STF e art. 5º, LI, CF 7 c/c art.
82, §5º, Lei 13445/17.8
(PGEMT-2016-FCC): Juliana, brasileira nata, obteve a nacionalidade norte-americana, de forma livre e
espontânea. Posteriormente, Juliana fora acusada, nos Estados Unidos da América, da prática de homicídio
contra nacional daquele país, fugindo para o Brasil. Tendo ela sido indiciada em conformidade com a
legislação local, o governo norte-americano requereu às autoridades brasileiras sua prisão para fins de
extradição. Neste caso, à luz da Constituição Federal e da jurisprudência do STF, Juliana, poderá ter cassada
a nacionalidade brasileira pela autoridade competente e ser extraditada para os Estados Unidos para ser
julgada pelo crime que lhe é imputado. BL: Info 859, STF.

(DPEPE-2018-CESPE): Com relação à perda e à suspensão dos direitos políticos, assinale a opção
correta: A aquisição voluntária de outra nacionalidade implica perda da nacionalidade brasileira e,
consequentemente, dos direitos políticos. BL: art. 12, §4º, II, CF.

(DPERR-2013-CESPE): No que se refere aos direitos à nacionalidade e aos direitos políticos, assinale a
opção correta: A perda da nacionalidade decorrente de aquisição voluntária de outra nacionalidade pode
atingir tanto brasileiros natos quanto naturalizados e independerá de ação judicial, já que se concretiza
no âmbito de procedimento meramente administrativo. BL: art. 12, §4º, II, CF.

##Atenção: ##DPERR-2013: ##Cartórios/TJPE-2013: ##AGU-2013: ##CESPE: ##FCC: Será declarada


a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade (art. 12, §4°, II, CF). Essa é a
chamada perda-mudança, que poderá ser aplicada aos brasileiros natos e naturalizados. Nesse caso, não
haverá necessidade de processo judicial, pois a perda da nacionalidade será decretada por meio de
processo administrativo e oficializada mediante Decreto do Presidente da República Federativa do Brasil,
sendo seus efeitos ex nunc. Assim, tal perda de nacionalidade será em âmbito ADMINISTRATIVO do
Ministério da Justiça. Todavia, tal perda de nacionalidade em função de aquisição voluntária de outra
nacionalidade se difere da perda da nacionalidade em decorrência de atividade nociva ao interesse
nacional (perda-sanção), prevista no art. 12, §4º, I da CF, visto que nesta situação só atinge brasileiro
NATURALIZADO e se concretiza por decisão JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO.

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

7
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...) LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
8
Art. 82. Não se concederá a extradição quando: (...) § 5o Admite-se a extradição de brasileiro naturalizado, nas
hipóteses previstas na Constituição Federal.;
44
§ 1º SÃO SÍMBOLOS da República Federativa do Brasil a BANdeira, o HIno, as Armas e o SElo
NAcionais [Dica: BA-HI-A-S e SE-NA]. (DPEAM-2018)

§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A SOBERANIA POPULAR SERÁ EXERCIDA pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: (TJPR-2008) (TJMT-2009) (MPMG-2010)
(TJGO-2009/2010) (MPSP-2011) (DPERS-2011) (TRF2-2011) (TJMS-2012) (PFN-2012) (MPF-2008/2013) (TJAM-
2013) (PCES-2013) (TJMG-2014) (MPAC-2014) (MPMT-2014) (MPPR-2014) (DPEGO-2014) (PGEBA-2014)
(TRF1-2015) (PCDF-2015) (TJDFT-2007/2014/2016) (PCPA-2016) (DPU-2017) (MPMS-2013/2018) (TJRS-2018)
(PCRS-2018) (TJRO-2011/2019) (Cartórios/TJMG-2015/2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(MPSC-2019/2021) (MPM-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: Vide art. 60, §4º, II da CF/88: “Art. 60. (...)§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir: (...)II - o voto direto, secreto, universal e periódico; (...)”

(TJPA-2019-CESPE): No que se refere aos direitos políticos, é correto afirmar que o direito de sufrágio
compreende dois aspectos: a elegibilidade, que é o direito de ser votado; e a alistabilidade, que é o direito
de votar. BL: art. 14, CF.

##Atenção: ##MPDFT-2011: ##DPERS-2011: ##TRF2-2011: ##PCES-2013: ##MPPR-2014:


##PGEBA-2014: ##PCPA-2016: ##TJPA-2019: ##Cartórios/TJMG-2019: ##MPSC-2021: ##CESPE:
##Consulplan: ##FCC: De fato, o Direito de Sufrágio compreende dois aspectos: 1º) Alistabilidade:
Refere-se à capacidade eleitoral ativa e consiste na participação do indivíduo na democracia
representativa, por meio do direito de votar em eleições, plebiscitos e referendos. O alistamento é uma
das condições de elegibilidade; 2º) Elegibilidade: Relaciona-se à capacidade eleitoral passiva, e consiste
no direito de pleitear, mediante eleição, certos mandatos políticos. Todo cidadão tem o direito de ser
votado, desde que preencha os requisitos constitucionalmente previstos. Logo, o enunciado contempla as
duas dimensões do direito de sufrágio – o direito de votar, que se constitui em instrumento do sufrágio e
está relacionado à capacidade eleitoral ativa, e o direito de ser votado – pleitear um mandato eletivo,
para o qual é necessário estar elegível.

##Atenção: ##PGEBA-2014: ##CESPE Direitos Políticos Positivos X Direitos Políticos Negativos:


Segundo Marcelo Novelino, os direitos políticos positivos “são aqueles consubstanciados em normas que
asseguram a participação do indivíduo no processo político e nos órgãos governamentais. As formas de exercício da
soberania popular abrangem a participação em eleições (votando e podendo ser votado), plebiscitos, referendos,
iniciativas populares, bem como na criação, organização e composição de partidos políticos.” Por sua vez, os
direitos políticos negativos “são determinações constitucionais impositivas de privações ao direito de participar
do processo político e dos órgãos governamentais, como as contidas nas normas referentes à inelegibilidade, perda e
suspensão dos direitos políticos”. (Fonte: Manual de Direito Constitucional, 14ª Ed. 2019, p. 559-560 e 565).

##Atenção: ##TRF1-2015: ##CESPE Direitos Políticos: Segundo Marcelo Novelino, “direitos políticos
são direitos públicos subjetivos fundamentais conferidos a determinados indivíduos para a participação
nos negócios políticos do Estado. Diversamente dos direitos individuais (direitos de defesa) e dos direitos sociais
(direitos a prestações), os direitos políticos são 'direitos de participação' (status activae civitatis)
decorrentes do princípio democrático”. (Fonte: Manual de Direito Constitucional, 14ª Ed. 2019, p. 559).

##Atenção: ##DPESP-2009: ##Cartórios/TJMG-2019: ##Consulplan: ##FCC: O sufrágio é um direito


público subjetivo, isto é, um direito próprio da condição de cidadão, que inclui tanto o poder de escolha
dos representantes quanto a possibilidade de concorrer aos cargos públicos eletivos, ou seja, refere-se
tanto a capacidade eleitoral ativa quanto passiva. Por outro lado, o escrutínio é o modo de exercício
desse direito, que pode ser secreto ou aberto.

(DPERO-2017-VUNESP): De acordo com a atual Constituição Federal, o sufrágio abrange o direito de


votar e de ser votado, sendo que o primeiro direito é pressuposto do segundo, pois para ser elegível é
necessário ser eleitor. BL: art. 14, CF.

45
(TRF4-2016): O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como Prefeito de determinado Município
fica inelegível para o cargo de mesma natureza em qualquer outro Município da Federação, para o
período subsequente. BL: STF, 637.485/RJ.

(TJGO-2010-FCC): Sufrágio é o direito público subjetivo de eleger, ser eleito e de participar da


organização e da atividade do poder estatal. BL: art. 14, CF.

(TJMS-2008-FGV): O princípio da imediaticidade do sufrágio é característica do sistema eleitoral


brasileiro. (eleitoral)

##Atenção: No Brasil, vigora o princípio da imediaticidade do sufrágio, sendo este "o resultado
imediato da vontade do eleitor, sem intermediações de grandes eleitores ou de qualquer vontade alheia.
Por outras palavras, o princípio da imediaticidade do sufrágio garante ao cidadão ativo a primeira e a
última palavra, pois os eleitores dão diretamente o seu voto aos cidadãos (incluídos ou não em listas) cujo
a eleição constitui o escopo último de todo o procedimento eleitoral. (CANOTILHO)

I - plebiscito; (TJDFT-2007) (DPERS-2011) (PFN-2012) (MPMS-2013) (MPF-2013) (MPAC-2014) (TRF1-


2015) (Cartórios/TJMG-2015) (TRF4-2009/2016) (DPU-2017) (TJRS-2018) (PCRS-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(MPM-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

II - referendo; (TJDFT-2007) (DPERS-2011) (PFN-2012) (MPMS-2013) (MPF-2013) (MPAC-2014)


(Cartórios/TJMG-2015) (TRF4-2009/2016) (DPU-2017) (TJRS-2018) (PCRS-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(MPM-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##TRF4-2009/2016: Alexandre de Moraes leciona que, “enquanto o plebiscito é uma consulta
prévia que se faz aos cidadãos no gozo de seus direitos políticos, sobre determinada matéria a ser,
posteriormente, discutida pelo Congresso Nacional, o referendo consiste em uma consulta posterior sobre
determinado ato governamental para ratificá-lo, ou no sentido de conceder-lhe eficácia (condição
suspensiva), ou, ainda, para retirar-lhe a eficácia (condição resolutiva).” (Alexandre de Moraes, 2011, p. 246).

III - iniciativa popular. (TJDFT-2007) (DPERS-2011) (PFN-2012) (MPMS-2013) (MPF-2013) (MPAC-


2014) (Cartórios/TJMG-2015) (DPU-2017) (TJRS-2018) (PCRS-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPM-2021)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)

(MPAC-2014-CESPE): A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa
popular. BL. Art. 14, I, II e III, CF.

§ 1º O ALISTAMENTO ELEITORAL e o VOTO SÃO:

I - OBRIGATÓRIOS para os maiores de dezoito anos; [obs.: norma constitucional de eficácia PLENA]
(TJMT-2009) (TJMS-2010) (TJRO-2011) (TRF2-2011) (TJAM-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCES-2013) (TJMG-
2014) (TRF1-2015) (PCDF-2015) (TJRS-2016) (TJPR-2017) (PCAC-2017) (MPMT-2019) (PGM-Florianópolis/SC-
2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##TRF1-2015: ##CESPE: O alistamento eleitoral é realizado mediante a qualificação e


inscrição do eleitor. Trata-se de um ato personalíssimo, que não pode ser realizado mediante
procuração. O eleitor deve comparecer pessoalmente ao cartório, assinar o Requerimento de Alistamento
na presença do funcionário da Justiça Eleitoral, que deve certificar este fato. (art. 14, §1º, CF/88.

II - FACULTATIVOS para:

a) os analfabetos; (TJDFT-2007) (TJMT-2009) (MPRN-2009) (TJRO-2011) (MPCE-2011) (TJAM-2013)


(DPERR-2013) (PCES-2013) (TJMG-2014) (MPPE-2014) (TJMS-2010/2015) (PCDF-2015) (TJRS-2016) (PCPA-
2016) (MPMT-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

46
b) os maiores de setenta anos; (TJMT-2009) (TJMS-2010) (TJRO-2011) (MPCE-2011) (TJAM-2013)
(PCES-2013) (TJMG-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (TJRS-2016) (PCPA-2016) (TJPR-2017) (MPMT-2019) (PGM-
Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. (TJMS-2010) (TJRO-2011) (MPCE-2011) (PCES-


2013) (TJMG-2014) (MPPE-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (TJPR-2017) (MPMT-2019) (PGM-Florianópolis/SC-
2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É válido o cancelamento do título do eleitor que, convocado por edital,
não comparecer ao processo de revisão eleitoral, em virtude do que dispõe o art. 14, caput, e § 1º da
CF/88. São válidos o art. 3º, § 4º, da Lei 7.444/85 e as Resoluções do TSE que preveem o cancelamento
do título dos eleitores que não comparecerem à revisão eleitoral. STF. Plenário. ADPF 541 MC/DF, Rel.
Min. Roberto Barroso, j. 26/9/18 (Info 917)

##Observação sobre o julgado acima: Se é válido condicionar o exercício do voto ao alistamento, é


válido condicioná-lo à apresentação do título à revisão: A revisão eleitoral se destina a manter a
integridade e a atualização do alistamento. O Min. Roberto Barroso construiu o seguinte raciocínio: “A
CF/88 autoriza, em seu art. 14, § 1º, que o voto seja condicionado ao alistamento eleitoral. Tanto o alistamento
como a revisão eleitoral possuem o mesmo propósito e, portanto, devem receber o mesmo tratamento constitucional.
Se é válido condicionar o exercício do voto ao alistamento, também é válido condicionar o exercício do voto à
apresentação do título para revisão eleitoral.”

(MPF-2013): Sobre o alistamento eleitoral e o voto, com base na CF/1988, é correto afirmar: O alistamento
eleitoral é facultativo para analfabetos; os maiores de setenta anos; os maiores de dezesseis anos e
menores de dezoito anos; o voto é facultativo nas três hipóteses citadas. BL: art. 14, §1º, I e II, CF.

(TRF2-2013-CESPE): Com relação aos direitos políticos, assinale a opção correta: No Brasil, o alistamento
eleitoral depende da iniciativa do nacional que preencha os requisitos constitucionais e legais exigidos,
não havendo inscrição de ofício por parte da autoridade judicial eleitoral. BL: art. 14, §1º, I e II, CF e
doutrina.

##Atenção: Acerca do tema, Alexandre de Moraes explica que “(...) no Brasil, o alistamento eleitoral depende
da iniciativa do nacional que preencha os requisitos, não havendo inscrição ex officio por parte da autoridade
judicial eleitoral.” (Alexandre de Moraes, Direitos Políticos, p. 227).

§ 2º NÃO PODEM ALISTAR-SE como eleitores os ESTRANGEIROS e, durante o período do


serviço militar obrigatório, os CONSCRITOS. (MPRO-2008) (TJMT-2009) (MPRN-2009) (TRF5-2009) (MPT-
2009) (MPMG-2010) (TJPB-2011) (MPCE-2011) (MPSP-2011) (TJPA-2012) (MPRR-2012) (MPF-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (MPMA-2014) (PGEBA-2014) (PCPI-2014) (MPAM-2015) (DPERN-2015) (PCPA-2016)
(TJPR-2010/2017) (MPPR-2017) (DPESC-2017) (MPMT-2008/2019) (TJRO-2011/2019) (PGM-Florianópolis/SC-
2022)

(TJRO-2019-VUNESP): De acordo com a Constituição Federal do Brasil, é correto afirmar, a respeito dos
direitos políticos, que somente o nacional e o português equiparado, no gozo de seus direitos políticos,
podem alistar-se. BL: art. 12, §1º9 c/c art. 14, §2º, CF.

##Atenção: Algum estrangeiro foi equiparado a brasileiro naturalizado? Sim. Nos termos do art. 12, §1º
da CF/88, o português (cidadão e nacional de Portugal) residente no Brasil, embora estrangeiro, foi
equiparado a brasileiro naturalizado e poderá aqui votar e ser votado, desde que Portugal assegure
idêntico direito a brasileiro residente em território lusitano.

(TJAL-2019-FCC): Jean, nacional francês residente no território brasileiro, procurou um advogado e


solicitou que fosse esclarecido que direitos a ordem jurídica brasileira lhe assegurava, mais
especificamente se possuía direitos fundamentais e direitos políticos. À luz da sistemática constitucional,
o advogado deve afirmar que Jean possui direitos fundamentais em extensão inferior aos dos brasileiros,
mas não direitos políticos. BL: art. 5º, caput, c/c art. 14, §2º, CF.

##Atenção: Os estrangeiros não exercem direitos políticos de nenhuma espécie, sendo a única exceção o
caso do português equiparado, também chamado de quase nacional. Em outras palavras, os estrangeiros

9
Art. 12. (...) § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
47
não possuem direitos políticos pois são inalistáveis, ou seja, não podem votar e nem serem votados.
Outrossim, a afirmação “direitos fundamentais em extensão inferior aos dos brasileiros” justifica-se pelo
fato de o estrangeiro não exercer plenamente todos os direitos fundamentais (como os direitos políticos
por exemplo, que são espécies de direitos fundamentais), mas apenas aqueles considerados essenciais
(preservação do direito à liberdade, do devido processo legal, da propriedade, etc).

(TJMS-2015-VUNESP): Nos termos da interpretação do Tribunal Superior Eleitoral, referente ao


alistamento eleitoral, não podem alistar-se os conscritos, durante o serviço militar obrigatório. BL. Art.
14, §2º, CF.

(TJAM-2013-FGV): No modelo adotado pela Constituição Federal de 1988, o voto se caracteriza por ser
direto, igual para todos, periódico, livre e personalíssimo, sendo vedado aos menores de 16 anos e aos
conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório. BL. art. 14, caput e §2º, CF.

(MPMS-2011): Embora eleitores, não podem votar: Os eleitores conscritos. BL. Art. 14, §2º, CF.

##Atenção: ##TJPA-2012: ##CESPE: Res.-TSE no 15.850/89: a palavra “conscritos” alcança também


aqueles matriculados nos órgãos de formação de reserva e os médicos, dentistas, farmacêuticos e
veterinários que prestam serviço militar inicial obrigatório.

§ 3º SÃO CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira; (MPMG-2010) (TJRO-2011) (MPCE-2011) (MPF-2013) (PCES-2013)


(MPBA-2015) (TRT16-2015) (TJDFT-2016) (MPPI-2019) (MPSC-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

(DPESP-2009-FCC): Direitos políticos: É condição de elegibilidade dos parlamentares possuir


nacionalidade brasileira e nesse caso tanto faz ser brasileiro nato ou naturalizado. BL: art. 14, §3º, I, CF.

##Atenção: No Poder Legislativo, a necessidade de ser nato é apenas para o Presidente da Câmara e para
o Presidente do Senado. Para ser parlamentar, sem cargo de presidência das Casas, o cidadão não precisa
ser brasileiro nato.

II - o pleno exercício dos direitos políticos; (MPMG-2010) (TJRO-2011) (MPCE-2011) (MPF-2013)


(PCES-2013) (MPBA-2015) (MPMS-2015) (TJDFT-2016) (MPSP-2017) (MPPI-2019) (TJPR-2021)

III - o alistamento eleitoral; (MPMG-2010) (MPCE-2011) (TRF1-2011) (MPRJ-2012) (MPF-2013) (PCES-


2013) (MPBA-2015) (TJDFT-2016) (PCPA-2016) (TJRO-2019) (MPPI-2019)

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; (MPMG-2010) (TJRO-2011) (MPCE-2011) (TRF1-2011)


(PCES-2013) (MPBA-2015) (MPMS-2015) (TJDFT-2016) (TJBA-2019) (MPPI-2019)

V - a filiação partidária; (TJMT-2009) (TRF4-2009) (MPMG-2010) (TJRO-2011) (MPCE-2011) (PCES-


2013) (MPBA-2015) (MPMS-2015) (TJDFT-2016) (MPPI-2019) (PGM-Teresina/PI-2022)

(PGM-Teresina/PI-2022-FCC): Quanto aos direitos políticos no Brasil, a legislação vigente estabelece:


São condições de elegibilidade, na forma da lei, a nacionalidade brasileira e a filiação partidária, entre
outras. BL: art. 14, §3º, I e V, CF.

VI - a idade mínima de:

a) TRINTA E CINCO ANOS para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;


(DPEMA-2009) (TJRJ-2011) (TRF2-2011) (MPMG-2010/2013) (MPES-2013) (PCES-2013) (DPECE-2014)
(MPBA-2015) (PCDF-2015) (DPESC-2012/2017) (DPU-2017) (PCGO-2018) (TJMG-2022)

b) TRINTA ANOS para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; (MPMG-


2010) (TJRJ-2011) (MPCE-2011) (TRF2-2011) (MPAL-2012) (DPESC-2012) (MPES-2013) (PCES-2013) (MPDFT-
2014) (MPMA-2014) (MPBA-2015) (DPU-2017) (PCGO-2018) (TJMG-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

48
c) VINTE E UM ANOS para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz; (MPMG-2010) (TJRJ-2011) (MPCE-2011) (DPESC-2012) (TRF2-2011/2013) (MPES-
2013) (PCES-2013) (TJPR-2014) (MPPA-2014) (DPECE-2014) (MPBA-2015) (MPMS-2015) (PCDF-2015)
(MPRO-2017) (DPU-2017) (PCSP-2018) (TJMG-2006/2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(PCSP-2018-VUNESP): Suponha que Joseph, brasileiro naturalizado e atualmente com 20 anos de idade,
decida se candidatar ao cargo de Deputado Federal. Nesse caso, é correto afirmar que ele não poderá se
candidatar, uma vez que embora o cargo não seja privativo de brasileiros natos, Joseph não possui a
idade mínima de 21 anos exigida pela Constituição. BL: art. 14, §3º, VI, “c”, CF.

d) DEZOITO ANOS para Vereador. (MPMG-2010) (TJRJ-2011) (DPESC-2012) (TRF2-2011/2013)


(MPES-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCES-2013) (MPBA-2015) (TJRS-2016) (MPRO-2017) (DPU-2017) (PCSP-
2018) (TJAC-2019) (TJRJ-2019) (TJMG-2022) (PGM-Teresina/PI-2022) (TCETO-2022)

(TJRS-2016-Faurgs): De acordo com o artigo 14 da CF/88, referente aos direitos políticos, assinale a
alternativa correta: Os menores de 18 (dezoito) anos são inelegíveis. BL: art. 14, §3º, VI, “d”, CF/88.

(TJMT-2014-FMP): É exigência feita aos cidadãos que pretendem se candidatar a cargos eletivos,
demonstrem as seguintes condições de elegibilidade: pleno exercício dos direitos políticos, domicílio
eleitoral e nacionalidade brasileira. BL: art. 14, §3º, CF/88. (eleitoral)

(TJSP-2011-VUNESP): A elegibilidade é a regra e são elegíveis todos os que atenderem às condições


estabelecidas, que são a nacionalidade brasileira, o pleno exercício dos direitos políticos, alistamento,
domicílio e filiação partidária e idade prevista na Constituição. BL: art. 14, §3º, CF/88. (eleitoral)

§ 4º SÃO INELEGÍVEIS os inalistáveis e os analfabetos. (TJMS-2008) (PCTO-2008) (MPRN-2009)


(MPRJ-2012) (DPEMS-2012) (DPERR-2013) (PCES-2013) (MPMG-2010/2014) (MPMA-2014) (MPMT-2014)
(MPPE-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (TJDFT-2007/2015) (TJGO-2015) (MPBA-2015) (DPEMA-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (PCPA-2016) (MPRO-2008/2017) (TJPR-2017) (MPPR-2017) (TJCE-2018) (TJRO-2019)

(TJPA-2019-CESPE): A aferição da alfabetização como requisito de elegibilidade pode ser realizada, no


caso de candidato com deficiência visual adquirida, mediante declaração de escolaridade feita a próprio
punho pelo candidato e firmada na presença de servidor da justiça eleitoral. BL: art. 14, §4º, CF e
Entend. Jurisprudencial. (eleitoral.)

##Atenção: ##TSE: ##TJPA-2019: ##CESPE: (...) As causas de inelegibilidade, dentre as quais se inclui
o analfabetismo previsto no art. 14, § 4º, da CF/88, devem ser interpretadas restritivamente. A
interpretação do art. 14, § 4º, da CF/88 não pode ignorar a realidade social brasileira, de precariedade
do ensino e de elevada taxa de analfabetismo, que alcança, ainda, cerca de 7% da população brasileira.
Interpretação rigorosa desse dispositivo, além de violar o direito fundamental à elegibilidade e os
princípios democrático e da igualdade, dificultaria a ascensão política de minorias e excluiria
importantes lideranças do acesso a cargos eletivos. A aferição da alfabetização deve ser feita com o
menor rigor possível. Sempre que o candidato possuir capacidade mínima de escrita e leitura, ainda
que de forma rudimentar, não poderá ser considerado analfabeto para fins de incidência da
inelegibilidade em questão. Além disso, deve–se admitir a comprovação dessa capacidade por
qualquer meio hábil. O teste de alfabetização, contudo, somente pode ser aplicado: (i) sem qualquer
constrangimento; e (ii) de forma a beneficiar o candidato, suprindo a falta de documento
comprobatório, vedada a sua utilização para desconstituir as provas de alfabetização apresentadas. No
caso, o candidato, com deficiência visual adquirida, comprovou sua alfabetização por meio de
declaração de escolaridade de próprio punho, firmada na presença de servidor da Justiça Eleitoral.
Ficou demonstrado, portanto, que possui capacidade mínima de leitura e escrita. Não há que se exigir
alfabetização em braille de candidato deficiente visual para fins de participação no pleito. Para
promover o acesso das pessoas com deficiência aos cargos eletivos, deve–se aceitar e facilitar todos os
meios, formas e formatos acessíveis de comunicação, à escolha das pessoas com deficiência.
Conclusão. Recurso a que se dá provimento para deferir o pedido de registro de candidatura. (RO nº
060247518, Acórdão, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data
18/09/18)

##Atenção: ##TSE: ##TJPA-2019: ##CESPE: (...) Não sendo suficiente o único documento apresentado
pelo candidato para demonstrar sua alfabetização, deve-se proceder de acordo com a forma prevista na
49
parte final do § 4º do art. 26 da Res.-TSE nº 23.405, a fim de permitir que o candidato - se assim desejar -
participe de teste individual e reservado para afastar a dúvida sobre a sua alfabetização. O teste de
alfabetização não pode ser feito em condições que exponham o candidato à situação vexatória e, na sua
aplicação, não deve ser exigida a demonstração de grande erudição ou completo domínio das normas
técnicas da língua portuguesa, bastando que se verifique, minimamente, a capacidade de leitura e de
expressão do pensamento por escrito. Não cabe impor o comparecimento coercitivo do candidato ao
teste, uma vez que a parte não pode ser obrigada a produzir prova que eventualmente lhe seja
desfavorável. Entretanto, a oportunidade lhe deve ser assegurada, sem prejuízo de sua eventual ausência
ser interpretada no momento oportuno. Recurso especial recebido como ordinário e provido, em parte,
para o fim de determinar o retorno dos autos à origem para que o candidato seja convidado a participar
de teste de alfabetização. (Recurso Especial Eleitoral nº 234956, Ac., Rel. Min. Henrique Neves Da Silva,
Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data 23/09/2014)10

##Atenção: ##TSE: ##TJPA-2019: ##CESPE: Ac.-TSE, de 18.9.18, no RO nº 060247518: a aferição da


alfabetização deve ser feita com o menor rigor possível, não podendo ser considerado analfabeto o
candidato que possuir capacidade mínima de escrita e leitura;

##Atenção: ##TSE: Ac.-TSE, de 12.4.18, no PA nº 51371: “a realidade multifacetada da sociedade


brasileira desaconselha que o analfabetismo seja avaliado a partir de critérios rígidos, abstratos e
estanques. Do contrário, em redutos onde o analfabetismo seja a regra, o domínio político se perpetuaria
como um monopólio das elites”.

(MPMS-2018): É correto afirmar, segundo dispõe a CF/1988 sobre direitos políticos, que são inelegíveis
os inalistáveis. BL. art. 14, §4º, CF.

##Atenção: ##DPERR-2013: ##MPBA-2015: ##CESPE: O alistamento eleitoral é condição de


elegibilidade (art. 14, §3º, III, CF). Assim, todo inalistável é, também, inelegível (art. 14, §4º, CF: “São
inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos”.). Por outro lado, nem todo inelegível é inalistável (é o caso do
analfabeto, que não pode ser votado (é inelegível), mas pode votar (é alistável).

§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e


quem os houver sucedido [obs.: a sucessão é definitiva], ou substituído [obs.: a substituição é temporária]
NO CURSO DOS MANDATOS PODERÃO SER REELEITOS para um único período subsequente.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) (PCTO-2008) (MPRN-2009) (MPES-2010) (MPSE-
2010) (TJRO-2011) (TRF2-2011) (MPSP-2012) (DPEMS-2012) (DPESC-2012) (MPF-2012) (TJAM-2013)
(TJMA-2013) (MPMG-2010/2014) (TJDFT-2014) (DPEMA-2009/2015) (TJGO-2015) (TJPB-2015) (TJDFT-2015)
(TRF4-2016) (MPRO-2017) (DPEGO-2021) (TJMG-2022)

(DPEGO-2021-FCC): Caso o Vice-Chefe do Poder Executivo, em face da vacância definitiva, assuma o


cargo do Chefe do Poder Executivo de forma efetiva e definitiva, para fins de reeleição esse mandato
deve ser computado como o primeiro, permitindo-se somente um único período subsequente,
independentemente do tempo em que exerceu a continuidade do mandato em razão da vacância. BL: art.
14, §5º, CF.

(TJDFT-2014-CESPE): Jânio, prefeito do município X, foi reeleito para mais quatro anos de mandato,
estando à frente do Poder Executivo municipal durante dois mandatos consecutivos. No próximo pleito,
Jânio pretende candidatar-se a prefeito de outro município, localizado a poucos quilômetros de X. Nessa
situação, de acordo com a jurisprudência do STF acerca da matéria, a participação de Jânio no próximo
pleito fere o princípio republicano, não sendo, pois, possível, em nenhum município da Federação.

10
##Atenção: ##TSE: ##TJPA-2019: ##CESPE: Exame elementar de alfabetização ou teste de escolaridade,
em audiência pública, pode comprometer a reputação dos pré-candidatos, que acabam expostos a situação
degradante. Ritual constrangedor, quando não vexatório, que afronta a dignidade dos pretendentes, o que
não se coaduna com um dos fundamentos da República, como previsto no inciso III do art. 1º da CF/88.
Violação ao inciso III do art. 5º da Carta Maior, ao art. 5º da Declaração Universal dos Direitos Humanos e ao
art. 11 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, Pacto de São José da Costa Rica, 1969. Nas
hipóteses de dúvida fundada sobre a condição de alfabetizado, a aferição se fará individualmente, caso a
caso, sem constrangimentos. As resoluções dos tribunais regionais não podem estreitar resoluções do TSE
que tenham caráter restritivo. (Reclamação nº 318, Acórdão de , Relator(a) Min. Luiz Carlos Madeira,
Publicação: DJ - Diário de justiça, Volume 1, Data 17/09/04).
50
##Atenção: ##STF/Reperc. Geral – Tese 564: ##MPSP-2012: ##TJDFT-2014: ##TJMG-2022: ##CESPE:
##FGV: I - O art. 14, § 5º, da CF/1988 deve ser interpretado no sentido de que a proibição da segunda
reeleição é absoluta e torna inelegível para determinado cargo de Chefe do Poder Executivo o cidadão
que já exerceu dois mandatos consecutivos (reeleito uma única vez) em cargo da mesma natureza ,
ainda que em ente da Federação diverso; II - As decisões do Tribunal Superior Eleitoral - TSE que, no
curso do pleito eleitoral ou logo após o seu encerramento, impliquem mudança de jurisprudência não
têm aplicabilidade imediata. STF. Plenário. RE 637485, Min. Rel. Gilmar Mendes, j. 01/08/12. Portanto, o
STF, no RE 637.485, deixou claro que o instituto da reeleição tem fundamento não somente no postulado
da continuidade administrativa, mas também no princípio republicano – o que impede a perpetuação de
uma mesma pessoa ou grupo no poder. Vejamos o seguinte trecho do referido julgado: “O instituto da
reeleição tem fundamento não somente no postulado da continuidade administrativa, mas também no
princípio republicano, que impede a perpetuação de uma mesma pessoa ou grupo no poder. O princípio
republicano condiciona a interpretação e a aplicação do próprio comando da norma constitucional, de modo que a
reeleição é permitida por apenas uma única vez. Esse princípio impede a terceira eleição não apenas no mesmo
município, mas em relação a qualquer outro município da federação. Entendimento contrário tornaria possível
a figura do denominado “prefeito itinerante” ou do “prefeito profissional”, o que claramente é incompatível
com esse princípio, que também traduz um postulado de temporariedade/alternância do exercício do poder.
Portanto, ambos os princípios – continuidade administrativa e republicanismo – condicionam a interpretação e a
aplicação teleológicas do art. 14, § 5º, da Constituição. O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como
prefeito de determinado município fica inelegível para o cargo da mesma natureza em qualquer outro município da
federação.”

§ 6º PARA CONCORREREM a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de


Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos [obs.: membros do Poder Executivo] DEVEM RENUNCIAR aos
RESPECTIVOS MANDATOS até seis meses antes do pleito. (MPMT-2008) (PGEPB-2008) (MPRN-2009)
(DPEES-2009) (MPSE-2010) (MPMG-2010/2011) (TRF2-2011) (MPPI-2012) (MPRR-2012) (MPSP-2012)
(DPEMS-2012) (MPF-2012/2013) (TJAM-2013) (TJMA-2013) (PGDF-2013) (DPEPR-2014) (PGERN-2014)
(DPEMA-2009/2015) (TJGO-2015) (TJPB-2015) (AGU-2015) (TJDFT-2015/2016) (TRF4-2016) (MPRO-2017)
(PCGO-2018) (TJAC-2012/2019) (TJRJ-2019) (DPEGO-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

(TJRJ-2019-VUNESP): No que se refere à inelegibilidade relativa por motivo funcional, é correto afirmar
que para concorrem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes do pleito. BL: art. 14,
§6º, CF.

(AGU-2015-CESPE): Com base nas normas constitucionais e na jurisprudência do STF, julgue o item
seguinte: Vice-governador de estado que não tenha sucedido ou substituído o governador durante o
mandato não precisará se desincompatibilizar do cargo atual no período de seis meses antes do pleito
para concorrer a outro cargo eletivo. BL: art. 14, §6º, CF.

##Atenção: "É de se ressaltar que o disposto no § 6º do art. 14 da CF aplica-se, tão somente, aos
titulares de mandatos de presidente da república, governadores de estado e do Distrito Federal e
prefeitos municipais. Seus respectivos vices, portanto, não são abrangidos pela previsão
constitucional supracitada, desde que, nos seis meses anteriores ao pleito, não assumam, mesmo que
em substituição, o cargo de titular". (BARREIROS NETO, 2015, p. 223).

##Atenção: A desincompatibilização é exigida, via de regra, do Presidente, Governador ou Prefeito


que está no cargo. Se o Vice-Governador não assumiu o cargo, seja a título provisório (substituição), seja
a título definitivo (sucessão), não há porque exigir a renúncia 6 meses antes do pleito
(desincompatibilização).

(DPEPR-2014-UFPR): A respeito dos direitos fundamentais, em face da CF/1988, é correto afirmar:


Conforme previsão constitucional, um Governador de um estado da federação, mesmo no exercício de
segundo mandato no cargo, pode se candidatar a cargo diverso, devendo, para tanto, renunciar ao
respectivo mandato seis meses antes do pleito. BL: art. 14, §6º, CF.

(PGDF-2013-CESPE): Acerca da disciplina constitucional e legal referente à composição dos cargos


públicos, julgue o seguinte item: O governador do DF é inelegível para quaisquer outros cargos, a não ser
que renuncie a seu mandato com uma antecedência mínima de seis meses em relação à data do pleito.
BL: art. 14, §6º, CF.

51
§ 7º SÃO INELEGÍVEIS, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, ATÉ O SEGUNDO GRAU ou POR ADOÇÃO, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído
dentro dos seis meses anteriores ao pleito, SALVO SE já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição. (PCTO-2008) (DPEES-2009) (DPESP-2009) (TRF5-2009) (MPSE-2010) (MPCE-2009/2011)
(MPMG-2010/2011) (TJRO-2011) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (TJAC-2012) (MPPI-2012) (DPEMS-2012)
(MPSC-2012/2013) (MPF-2012/2013) (TJRN-2013) (TJMA-2013) (PGDF-2013) (MPMT-2008/2014) (TJSP-2014)
(MPMA-2014) (MPPA-2014) (DPEPR-2014) (PGERN-2014) (DPEMA-2009/2015) (TJGO-2015) (MPBA-2015)
(PCDF-2015) (TJDFT-2014/2015/2016) (MPGO-2016) (TRF4-2016) (PCPA-2016) (MPRO-2008/2013/2017) (PCAC-
2017) (MPMS-2018) (PCRS-2018) (MPSP-2011/2012/2019) (TJRJ-2019) (TJPR-2011/2014/2021) (TJMG-2022)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##STF: ##MPSP-2019: Não constitui demasia assinalar que o postulado republicano repele
privilégios e não tolera discriminações, impedindo que se estabeleçam tratamentos seletivos em favor
de determinadas pessoas e obstando que se imponham restrições gravosas em detrimento de outras,
em razão, p. ex., de condição social, de nascimento, de gênero, de origem étnica, de orientação sexual ou,
como na espécie, de posição estamental, eis que – cabe insistir – nada pode autorizar o desequilíbrio
entre os cidadãos da República, sob pena de transgredir-se valor fundamental que confere substância à
própria configuração dessa ideia nuclear que informa nosso sistema constitucional. STF. Pet 7995/DF.,
Rel. Min. Celso de Mello, j. 07/02/19. (...) A jurisprudência do STF entende ser legítima a
“interpretação construtiva” das causas de inelegibilidade constantes na CF/88, quando amparada pelo
Princípio Republicano da alternância no Poder. A aplicação da causa de inelegibilidade da vedação ao
exercício de terceiro mandato eletivo para o cargo de chefia do Poder Executivo pelo mesmo grupo
familiar exige a adoção de critérios objetivos para sua aferição, bastando, para tanto, a verificação do
vínculo familiar, nos termos do art. 14, § 7°, da CF/88, independentemente da ocorrência de separação
conjugal, falecimento, ou outras possibilidades supervenientes à posse do primeiro familiar na chefia do
Poder Executivo, de modo a conferir maior segurança jurídica ao processo eleitoral no momento do
registro de candidaturas. III – As causas de natureza eleitoral são isentas da fixação de custas ou
honorários por serem necessárias ao exercício da cidadania (art. 5°, LXXVII, da CF/1988). STF. 2ª T., RE
1028577 AgR, Min. Rel. Ricardo Lewandowski, j. 19/03/19.
(MPSP-2019): Ao decidir que pessoas do mesmo grupo familiar, dentro das hipóteses do § 7° do art. 14 da
CF/88, não podem exercer três mandatos subsequentes na chefia de um mesmo Poder Executivo,
independentemente da ocorrência de separação conjugal, falecimento, ou outras tantas possibilidades que
possam ocorrer; que a Constituição Federal não tolera privilégios e discriminações, impedindo que se
estabeleçam tratamentos seletivos em favor de determinadas pessoas, proibindo que se imponham
restrições gravosas em detrimento de outras em razão de condição social, de nascimento, de gênero, de
origem étnica, de orientação sexual ou de posição estamental; que é essencial ao fortalecimento da
democracia que o seu financiamento seja feito em bases essenciais e absolutamente transparentes; o STF
decidiu fundamentalmente com base no princípio republicano. BL: art. 1º e art. 14, §7º, CF e Entend.
Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DOD: A vedação ao exercício de três mandatos consecutivos pelo mesmo núcleo
familiar aplica-se também na hipótese em que um dos mandatos tenha sido para suceder o eleito que foi
cassado: Ao se fazer uma interpretação conjugada dos §§ 5º e 7º do art. 14 da CF/88 chega-se à
conclusão de que a intenção do poder constituinte foi a de proibir que pessoas do mesmo núcleo
familiar ocupem três mandatos consecutivos para o mesmo cargo no Poder Executivo. Em outras
palavras, a CF/88 quis proibir que o mesmo núcleo familiar ocupasse três mandatos consecutivos de
Prefeito, de Governador ou de Presidente. A vedação ao exercício de três mandatos consecutivos de
prefeito pelo mesmo núcleo familiar aplica-se também na hipótese em que tenha havido a convocação
do segundo colocado nas eleições para o exercício de mandato-tampão. Ex: de 2010 a 2012, o Prefeito
da cidade era Auricélio. Era o primeiro mandato de Auricélio. Seis meses antes das eleições, Auricélio
renunciou ao cargo. Em 2012, Hélio (cunhado de Auricélio) vence a eleição para Prefeito da mesma
cidade. De 2013 a 2016, Hélio cumpre o mandato de Prefeito. Em 2016, Hélio não poderá se candidatar
à reeleição ao cargo de Prefeito porque seria o terceiro mandato consecutivo deste núcleo familiar.
STF. 2ª T. RE 1128439/RN, Rel. Min. Celso de Mello, j. 23/10/18 (Info 921).

A jurisprudência, ao interpretar os §§ 5º e 7º do art. 14 da CF/88, afirma que o cônjuge ou parente do


chefe do Poder Executivo (ex: cônjuge ou parente do Prefeito) só poderá concorrer para o mesmo cargo
de chefe do Executivo (ex: só poderá concorrer ao cargo de Prefeito) se forem cumpridos dois
requisitos:
1) o cônjuge ou parente só pode se candidatar a sucessão do titular quando este for reelegível: Ex:
o parente do Prefeito quer concorrer à Prefeitura; esse parente só poderá concorrer se não houver

52
nenhum impedimento para que o próprio Prefeito concorra; em outras palavras, o Prefeito
poderá se candidatar à reeleição, mas escolheu não fazer isso; neste caso, seu parente poderá
concorrer. Assim, se já era o segundo mandato consecutivo do Prefeito, por exemplo, seu
parente não poderá concorrer; isso porque o próprio Prefeito não poderia participar novamente
da eleição.

2) o titular deverá se afastar do mandato seis meses antes das eleições: Ex: Auricélio era Prefeito
e renunciou ao cargo seis meses antes das eleições a fim de permitir que seu cunhado Hélio (que é
parente por afinidade em segundo grau) fosse candidato ao mesmo cargo.

Terceiro mandato no mesmo núcleo familiar: O TSE considerou que, se fosse permitido que Hélio
continuasse no cargo de Prefeito e exercesse o mandato de 2017 a 2020, isso significaria o terceiro
mandato consecutivo do mesmo núcleo familiar para o mesmo cargo. Para o TSE, ao se fazer uma
interpretação conjugada dos §§ 5º e 7º do art. 14 da CF/88 chega-se à conclusão sobre qual foi a intenção
do legislador constituinte: proibir que pessoas do mesmo núcleo familiar ocupem três mandatos
consecutivos para o mesmo cargo no Poder Executivo. Em outros termos, a CF/88 quis proibir que o
mesmo núcleo familiar ocupasse três mandatos consecutivos de Prefeito, de Governador ou de
Presidente. Quando Hélio foi eleito em 2012 e passou a exercer o mandato em 2013, este foi o segundo
mandato consecutivo de Prefeito daquele grupo familiar. Mesmo sendo uma outra pessoa, é como se
fosse a reeleição de Auricélio. O mandato de 2013-2016 desempenhado por Hélio é como se fosse o
segundo mandato de Auricélio. Logo, já chega. Não pode um terceiro consecutivo.

Obs: quando falamos em “núcleo familiar” aqui estamos nos referindo ao cônjuge e aos parentes
consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção (art. 14, § 7º).

##Atenção: ##STF: ##DOD: O artigo 14, § 7º, da Constituição do Brasil, deve ser interpretado de
maneira a dar eficácia e efetividade aos postulados republicanos e democráticos da Constituição,
evitando-se a perpetuidade ou alongada presença de familiares no poder. STF. RE 543117 AgR/AM.
Rel. Min. Eros Grau.
(TJMG-2022-FGV): Analise a afirmativa a seguir: Já no que diz respeito à perpetuação de um mesmo clã
familiar na Chefia do Poder Executivo, o STF e o TSE a consideram incompatível com a Constituição Federal
de 1988, por ser da essência do princípio republicano a possibilidade de alternância no exercício do poder,
em qualquer das esferas da Federação. BL: art. 14, §7º, CF e Entend. Jurisprud.

(TJMG-2022-FGV): José Fulano foi eleito governador de um Estado brasileiro, para um primeiro mandato.
Na mesma eleição e na mesma unidade federativa, Antônio Fulano, irmão de José, foi eleito deputado
federal. Nas eleições gerais seguintes, 4 anos após, ainda no exercício do cargo, José Fulano disputará um
novo mandato de governador. Assinale a opção que indica os cargos, no território de jurisdição do irmão
governador, para os quais Antônio Fulano estará inelegível: Deputado estadual, senador, governador e
vice-governador. BL: art. 14, §7º, CF.

##Atenção: José Jairo Gomes explica: “O cônjuge e parentes de Governador não podem disputar cargo eletivo
que tenham base no mesmo Estado, quer seja em eleição federal (Deputado Federal e Senador – embora
federais, a circunscrição desses cargos é o Estado), estadual (Deputado Estadual, Governador e Vice) e
municipal (Prefeito e Vice e Vereador). Frise-se que, de acordo com a parte final do citado § 7 o , a inelegibilidade
em tela não se patenteia se o cônjuge ou parente já for titular de mandato eletivo e candidato à reeleição .
É desnecessário dizer que a reeleição é sempre para o mesmo cargo já ocupado, na mesma circunscrição eleitoral, pois
implica renovação do mandato." (Fonte: Direito eleitoral / José Jairo Gomes). De acordo com o TSE: Ac.-TSE,
de 18.9.2008, no REspe nº 29730, o vocábulo jurisdição deve ser interpretado no sentido de circunscrição,
nos termos do art. 86 do CE/1965, de forma a corresponder à área de atuação do titular do Poder
Executivo. Assim, no caso em tela, Antonio Fulano poderá concorrer ao cargo de Deputado Federal (cargo
que já ocupa) e, ainda, aos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, estando inelegível para os
cargos abrangidos pela circunscrição de José Fulano, quais sejam, Deputado estadual, senador,
governador e vice-governador.

(TJPR-2021-FGV): João e Antônio eram casados com influentes políticas de determinada região do país,
sendo ambas Prefeitas Municipais. João almejava iniciar sua carreira política concorrendo ao cargo de
vereador, nas próximas eleições, no mesmo Município em que sua esposa chefiava, pela segunda vez
consecutiva, o Poder Executivo municipal. Antônio, por sua vez, almejava concorrer ao cargo de Prefeito
Municipal, nas próximas eleições, no mesmo Município chefiado por sua esposa. Um ano antes da eleição,
Antônio se divorciou de sua esposa. À luz da sistemática constitucional e dos dados da narrativa, é correto

53
afirmar que: João e Antônio estão inelegíveis para concorrer aos referidos cargos eletivos. BL: SV 18, STF
e art. 14, §7º, CF.

(TJRJ-2019-VUNESP): Narciso, 19 anos de idade, que está em pleno gozo dos seus direitos políticos,
pretende candidatar-se ao mandato de Vereador em seu Município nas próximas eleições, que ocorrerão
em outubro de 2020. Poliana, que é sua cunhada, ocupava o cargo de Presidente da Câmara de
Vereadores, no mesmo Município, mas, atualmente, veio a assumir o cargo de Prefeito em razão da perda
de mandato dos seus ocupantes anteriores. Segundo o disposto na CF/88, nessa situação hipotética, é
correto afirmar que Narciso não poderá se candidatar, tendo em vista a sua condição de inelegibilidade
por ser cunhado de Poliana, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. BL: art. 14, §7º,
CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: De acordo o art. 14, §7º da CF/88, são inelegíveis dentro do território de jurisdição do
titular os parentes afins até o segundo grau, como é o caso do cunhado do prefeito, ou de quem o
substituiu dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição. Além disso, cumpre ressaltar que, no caso em tela, a relação de parentesco é impeditiva, mesmo
que, hipoteticamente falando, tenha se tornado cunhado de Poliana somente após esta ter assumido o
mandato eletivo. A jurisprudência não excepciona tal caso. Por fim, cumpre destacar que o STF entende
que “a causa de inelegibilidade prevista no art. 14, § 7º da CF/88 abrange o cunhado/cunhada do chefe do
Poder Executivo.” (STF. Plenário. RE 171061, Rel. Min. Francisco Rezek, j. 2/3/94).

(MPMS-2018): É correto afirmar, segundo dispõe a CF/1988 sobre direitos políticos, que, salvo se já
titulares de mandato eletivo e candidatos à reeleição, são inelegíveis, no território de jurisdição do titular,
o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito. BL. art. 14, §7º, CF.

(TJSP-2014-VUNESP): Assinale a opção correta, a respeito da inelegibilidade: A dissolução do vínculo


conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade do cônjuge, que não seja titular de mandato
eletivo do Presidente da República, de Governador de Estado ou de Prefeito, no território de jurisdição do
titular do mandato, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. BL: SV 18, STF e art. 14,
§7º, CF.

(TJDFT-2014-CESPE): Considere que Tino, casado com Rita, esteja no exercício de seu segundo mandato
consecutivo de prefeito do município Y e que o casal se divorcie durante o segundo mandato. Nessa
situação, consoante entendimento jurisprudencial do STF e do TSE acerca das hipóteses de inelegibilidade,
caso Rita decida candidatar-se, na eleição imediatamente posterior ao segundo mandato de Tino, ao
mesmo cargo no mesmo município, ela será considerada inelegível, uma vez que o divórcio não afasta a
inelegibilidade. BL: SV, 18 do STF (eleitoral)

(PGDF-2013-CESPE): Acerca da disciplina constitucional e legal referente à composição dos cargos


públicos, julgue o seguinte item: Caso já ocupe o cargo de deputado distrital, filho de governador do
estado torna-se elegível para o mesmo cargo na eleição subsequente. BL. art. 14, §7º, parte final, CF.

##Atenção: É importante ressaltar que a questão afirma a ELEGIBILIDADE do filho do governador para o
mesmo cargo (deputado distrital) na eleição subsequente, ou seja, a possibilidade de reeleição, a despeito
de seu pai ser o governador do estado. Em nenhum momento, trata da INELEGIBILIDADE do agente.
Feita essa observação, a questão está correta, tendo em vista o disposto na parte final do art. 14, § 7º da CF.
Portanto, pelo fato de o filho do governador do estado já ser titular de mandato eletivo, situação anterior à
governabilidade de seu pai, nada obsta a sua elegibilidade, o que implica na clara possibilidade de ser
reeleito, sem impedimentos legais.

§ 8º O MILITAR ALISTÁVEL É ELEGÍVEL, atendidas as seguintes condições: (MPSE-2010) (TJPB-


2011) (MPCE-2011) (TJSP-2013) (MPES-2013) (MPGO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPT-2013) (MPM-2013)
(MPMA-2014) (PGEBA-2014) (PFN-2012/2015) (TJDFT-2015) (MPAM-2015) (DPEMA-2015) (DPERN-2015)
(TJPR-2017) (MPPR-2017) (DPU-2017)

I - SE CONTAR menos de dez anos de serviço, DEVERÁ AFASTAR-SE da atividade; (MPMT-2008)


(TRF4-2009) (MPSE-2010) (MPCE-2011) (TJAC-2012) (MPES-2013) (MPGO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPT-
2013) (MPM-2013) (MPMA-2014) (PGEBA-2014) (PFN-2012/2015) (TJGO-2015) (TJDFT-2015) (MPAM-2015)
(DPEMA-2015) (TJRS-2016) (TJPR-2017) (MPPR-2017) (DPU-2017)

54
(MPRN-2009-CESPE): Pedro, com nove anos de serviço, é militar alistável e teve o seu nome aprovado em
convenção partidária para ser candidato a deputado estadual. Nessa situação hipotética, Pedro deve ser
afastado do serviço militar. BL: art. 14, §8º, I, CF (eleitoral)

II - SE CONTAR mais de dez anos de serviço, SERÁ AGREGADO pela autoridade superior e, SE
ELEITO, PASSARÁ AUTOMATICAMENTE, no ato da diplomação, para a inatividade. (MPMT-2008)
(TRF4-2009) (MPPB-2010) (MPSE-2010) (MPCE-2011) (MPES-2013) (MPGO-2013) (MPM-2013) (MPMA-2014)
(PGEBA-2014) (PFN-2012/2015) (TJDFT-2015) (MPAM-2015) (TJRS-2016) (TJMSP-2016) (TJPR-2017) (MPPR-
2017) (DPU-2017)

(TJAC-2019-VUNESP): No que se refere às condições de elegibilidade, bem como à ação de impugnação


de mandato eletivo, assinale a alternativa correta: O militar alistável com mais de dez anos de serviço, se
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, à inatividade. BL: art. 14, §8º, CF (eleitoral)

(DPEMA-2015-FCC): À luz da CF/1988, está correto: Membro de Corpo de Bombeiros Militar que, com
doze anos de serviço, é eleito para exercer mandato de Deputado Estadual, passando, no ato da
diplomação, automaticamente para a inatividade. BL: art. 14, §8º, II, CF.

(MPPA-2014-FCC): Em relação ao regime e aos efeitos da diplomação, considere a seguinte afirmativa: O


candidato eleito para mandato de Deputado Estadual que ocupe cargo de oficial militar passa
automaticamente, a partir de sua diplomação pela Justiça Eleitoral, para a inatividade, caso conte com
mais de dez anos de serviço. BL: art. 14, §8º, CF (eleitoral)

§ 9º LEI COMPLEMENTAR ESTABELECERÁ outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua


cessação, A FIM DE PROTEGER a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato
CONSIDERADA vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração
direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) (TJAL-2008) (MPMT-
2008) (TRF4-2009) (PGEPE-2009) (MPMG-2010) (MPPB-2010) (TJSP-2011) (DPERS-2011) (TRF5-2011) (MPF-
2011) (MPRJ-2012) (DPEMS-2012) (MPGO-2013) (MPSP-2013) (MPRS-2014) (MPMA-2014) (MPAM-2015)
(DPEMA-2015) (PFN-2015) (TJRS-2012/2016) (TJDFT-2016) (MPRO-2017) (DPEAL-2017) (DPU-2017)
(TJPR-2011/2013/2021) (TJMG-2018/2022)

(TJMG-2018-Consulplan): O art. 14, §9º, da Constituição da República, que foi regulamentada com a
promulgação da Lei Complementar 64/90, a fim de resguardar a lisura e autenticidade do processo
político-eleitoral, preconiza a propositura da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), a ser
manejada por qualquer partido, coligação, candidato ou pelo MP. BL: art. 14, §9º, CF e art. 22, caput, da
LC 64/90.11

(TJSP-2011-VUNESP): A vida pregressa do candidato pode ser considerada para fins de inelegibilidade.
BL: art. 14, §9º, CF. (eleitoral)

(DPERS-2011-FCC): A sociedade brasileira vivenciou, recentemente, um processo eleitoral,


oportunidade em que se questionava acerca da inelegibilidade de alguns candidatos em virtude do
disposto na “Lei da Ficha Limpa”. Referida lei foi objeto de discussão no STF em razão de sua
(in)constitucionalidade. Dentre as alternativas abaixo, é correto afirmar: A inelegibilidade tem por
finalidade proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada
a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. BL:
art. 14, §9º, CF.

§ 10. O MANDATO ELETIVO PODERÁ SER IMPUGNADO ante a Justiça Eleitoral no prazo de
quinze dias CONTADOS DA DIPLOMAÇÃO, INSTRUÍDA a ação com provas de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude. (TJDFT-2007) (TJMT-2009) (TRF5-2009) (MPSC-2010) (MPPB-2010) (TJSP-
11
Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à
Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e
circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder
econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em
benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito: (...)
55
2011) (DPERS-2011) (MPPR-2008/2011/2012) (TJMS-2012) (MPAL-2012) (MPRJ-2012) (DPEMS-2012) (MPT-
2012) (MPF-2011/2013) (MPRO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPMA-2014) (TJPB-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
(PFN-2015) (PCPA-2016) (MPSP-2017) (MPBA-2010/2018) (TJMG-2009/2014/2018) (TJCE-2018) (MPMG-
2011/2012/2019) (MPGO-2016/2019) (TJPA-2019) (TJRJ-2019) (MPPI-2019) (TJPR-2010/2013/2014/2021)

(TJRJ-2019-VUNESP): No que se refere à Ação de Impugnação de mandato eletivo, prevista na


Constituição Federal, é correto afirmar que o mandato eletivo poderá ser impugnado ante à Justiça
Eleitoral, no prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude. BL: art. 14, §10, CF.

##Atenção: ##TJCE-2018: ##MPGO-2019: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##FGV: A AIME deve ser ajuizada
dentro do prazo DECADENCIAL de 15 dias, contados da diplomação do eleito.

##Atenção: ##TSE: ##MPGO-2019: A concessão de tutela antecipada em sede de AIME, antes da


apresentação de defesa, impossibilitando a posse do impugnado no cargo, não se coaduna com as
garantias do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. (Ac. de 20.5.2010 no AgR-AC nº
72534, rel. Min. Marcelo Ribeiro).

(TJMG-2018-Consulplan): É cabível a propositura da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME)


na hipótese de abuso de poder praticado por ato de viés econômico grave. BL: art. 14, §10, CF. (eleitoral)

##Atenção: Apesar de a CF/88 afirmar, no art. 14, §10, que a AIME será proposta em casos de corrupção,
fraude ou abuso de poder econômico, tem-se entendido que o abuso de poder praticado por meio da
utilização abusiva de recursos também serve de causa petendi da referida ação.

(MPSP-2017): O mandato eletivo pode ser impugnado perante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
da diplomação, por abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. BL: art. 14, §10, CF.

##Atenção: A AIME é uma ação eleitoral prevista na corpo da CF/88, especificamente no art. 14, § 10, e
tem como objetivo atacar diretamente o mandato obtido por um candidato eleito, em face da
ocorrência de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude, podendo ser intentado até quinze dias
após a obtenção do diploma. O objeto da AIME é o mandato vencido na Eleição, que se consolidou com
a obtenção do diploma pelo eleito ou suplente na data da diplomação perante a Justiça Eleitoral,
evento que marca o início da contagem temporal para o início da ação perante o Órgão competente para
julgá-lo. Importante observar que a diplomação ocorre independentemente da presença do eleito ou
suplente à cerimônia designada ou mesmo da recepção do diploma em si por parte do eleito ou suplente.

##Atenção: A AIME (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo) visa impedir o mandato político de
quem incorreu em: i)Abuso de poder econômico; ii) Corrupção; e iii) Fraude.

§ 11. A AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO TRAMITARÁ em segredo de justiça,


RESPONDENDO o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. (TJGO-2009) (TRF5-2009)
(MPPB-2010) (MPPR-2011) (MPMG-2011/2012) (TJMS-2012) (MPAL-2012) (MPF-2012) (TJPA-2014) (MPMA-
2014) (PGEBA-2014) (TJPB-2015) (DPESC-2017) (TJCE-2018) (MPBA-2018) (MPMS-2018) (TJAC-2019)
(MPGO-2019) (TJPR-2010/2013/2014/2021) (MPAP-2021) (MPSC-2021) (TJMG-2022)

(MPGO-2019): Sobre a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo - AIME - é correto afirmar: Deve
tramitar em segredo de justiça. BL: art. 14, §11, CF.

##Atenção: ##TSE: ##TJCE-2018: ##MPSC-2021: ##TJMG-2022: ##CESPE: ##FGV: Consulta.


Ministério Público Eleitoral. Ação de impugnação de mandato eletivo. Segredo de justiça. Art. 14, §11 e
art. 93, IX da CF/888. 1. O trâmite da ação de impugnação de mandato eletivo deve ser realizado em
segredo de justiça, mas o seu julgamento deve ser público [...] 2. A nova redação do art. 93, IX, da
CR/88, dada pela EC 45/04, não determina que todos os processos tramitem publicamente, mas apenas
que os julgamentos sejam públicos. [...] (Res. nº. 23.210, de 11.2.2010, rel. Min. Felix Fischer.)

(MPMS-2018): É correto afirmar, segundo dispõe a CF/1988 sobre direitos políticos, que a ação de
impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se
temerária ou de má-fé. BL: art. 14, §11, CF.

56
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre
questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa)
dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos


termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no rádio
e na televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

Art. 15. É VEDADA a CASSAÇÃO de direitos políticos, cuja PERDA ou SUSPENSÃO SÓ SE


DARÁ nos casos de: (TJGO-2009) (TJMT-2009) (TJSP-2011) (MPPB-2011) (DPERS-2011) (TRF1-2011) (TRF5-
2011) (MPF-2008/2012) (DPESP-2009/2012) (MPPI-2012) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPT-2013) (TJDFT-2007/2014) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(PGERN-2014) (PCPI-2014) (MPSP-2010/2015) (PFN-2012/2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCDF-2015) (PCPA-
2016) (PCPE-2016) (MPRO-2017) (MPRR-2017) (DPESC-2017) (PCGO-2017) (PCMT-2017) (PGM-BH/MG-
2017) (MPMS-2011/2018) (DPEMA-2011/2018) (TJCE-2018) (DPEPE-2018) (PCRS-2018) (Anal. Judic./TRF3-
2019) (TJPR-2008/2012/2017/2021) (MPSC-2021) (TCEAM-2021) (TJMG-2007/2014/2022)

(MPRR-2017-CESPE): A suspensão de direitos políticos não ocorre em relação ao beneficiado pela


suspensão condicional do processo. BL: art. 15, CF. (eleitoral)

##Atenção: ##MPPB-2010: Inelegibilidade. Indeferimento de registro de candidatura. Antecedente


criminal atentatório ao princípio da moralidade (art. 14, § 9o, da CF/88). I – Alegação de ofensa à
Súmula-TSE no 13 e ao art. 14, § 9o, da CF: procedência. II – A suspensão condicional do processo não
implica aceitação dos termos da denúncia nem afasta a presunção de inocência: hipótese em que o
cumprimento das condições acarreta a extinção da punibilidade e não elide a primariedade do réu (Lei
no 9.099/95, art. 89). III – Somente a sentença penal condenatória com trânsito em julgado pode induzir
à inelegibilidade prevista no art. 1o, I, e, da LC no 64/90. IV – O art. 14, § 9o, da CF não é auto-aplicável:
depende de lei complementar que tipifique os casos de inelegibilidade decorrentes das diretivas ali
estabelecidas. V – Recurso provido para deferir a candidatura”. (Ac. de 3.9.2002 no REspe no 19.959, rel.
Min. Sepúlveda Pertence.)

(PCPE-2016-CESPE): Acerca dos direitos e garantias fundamentais previstos na CF, assinale a opção
correta: Embora a CF vede a cassação de direitos políticos, ela prevê casos em que estes poderão ser
suspensos ou até mesmo perdidos. BL: art. 15, CF.

(TJSP-2011-VUNESP): É vedada a cassação de direitos políticos, enquanto que a perda ou suspensão de


direitos políticos decorrem de várias causas. BL: art. 15, CF (eleitoral)

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; [obs.: perda dos direitos
políticos] (MPSP-2010) (MPMS-2011) (MPPB-2011) (DPESP-2009/2012) (PFN-2012) (MPT-2013) (TJDFT-2014)
(MPPE-2014) (PCPI-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (DPEMA-2011/2018) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPSC-2021)
(TJMG-2007/2022)

(TJDFT-2014-CESPE): Assinale a opção em que é apresentada hipótese passível de perda ou suspensão


de direitos políticos, segundo a CF: cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado.
BL: art. 15, I, CF/88.

II - incapacidade civil absoluta; [obs.: suspensão dos direitos políticos] (DPESP-2009) (MPSP-2010)
(MPCE-2011) (MPMG-2013) (MPT-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (MPRS-2014) (PCPI-2014) (PFN-2012/2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (PCPA-2016) (TJPR-2017) (MPMS-2011/2018) (DPEMA-2011/2018) (TJMG-2022)

(DPEMA-2018-FCC): Segundo a CF/1988, é vedada a cassação dos direitos políticos, admitindo-se a


perda ou suspensão no caso de incapacidade civil absoluta. BL: art. 15, II, CF.

57
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; [obs.: suspensão
dos direitos políticos] (TJGO-2009) (DPEAL-2009) (MPGO-2010) (MPMG-2010) (TRF5-2009/2011) (MPPB-
2010/2011) (DPERS-2011) (TRF1-2011) (DPESP-2009/2010/2012) (MPF-2012) (PFN-2012) (DPERR-2013)
(DPETO-2013) (MPT-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (PCPI-2014) (MPBA-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
(PCDF-2015) (TJDFT-2016) (MPSP-2010/2015/2017) (MPRR-2017) (DPESC-2017) (PCGO-2017) (PCMT-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (MPMS-2011/2018) (DPEMA-2011/2018) (TJPR-2017/2021) (TCEAM-2021) (TJMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##TCEAM-2021: ##FGV: A suspensão de direitos políticos


prevista no art. 15, III, da CF/88, aplica-se no caso de substituição da pena privativa de liberdade pela
restritiva de direitos. Havendo condenação criminal transitada em julgado, a pessoa condenada fica
com seus direitos políticos suspensos tanto no caso de pena privativa de liberdade como na hipótese
de substituição por pena restritiva de direitos. STF. Plenário. RE 601182/MG, Rel. Min. Marco Aurélio,
red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 8/5/19 (repercussão geral) (Info 939).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Na história das constituições brasileiras, somente a
Constituição de 1824 restringia a aplicabilidade da suspensão dos direitos políticos às hipóteses de
sentença condenatória a pena privativa de liberdade (Constituição de 1824, art. 8, II). A partir da
Constituição republicana de 1891, até a atual, não há mais essa diferenciação. O texto constitucional fala,
portanto, apenas em condenação criminal transitada em julgado, o que abrange as penas restritivas de
direito.
##Questão de concurso:
(TCEAM-2021-FGV): Pedro foi intimado do trânsito em julgado de uma sentença penal condenatória, que o
considerou culpado pela prática de crime contra a fé pública, condenando-o à pena privativa de liberdade,
que foi substituída por pena restritiva de direitos. Considerando a sua aspiração de concorrer a um cargo
eletivo, um amigo lhe informou que sua cidadania estava suspensa em suas acepções ativa e passiva. A
informação do amigo de Pedro está: certa, pois a pena restritiva de direitos gera essa consequência,
enquanto produzir efeitos. BL: Info 939, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPF-2012: ##TJDFT-2016: ##PCRS-2018: ##CESPE: ##Fundatec: O art.


15, III, da CF/88 é norma constitucional de eficácia plena, não necessitando de regulamentação para
produzir todos os seus efeitos (STF. Plenário. AP 470, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 17/12/2012).

(TJPR-2021-FGV): João requereu o registro de sua candidatura, perante a Justiça Eleitoral, para concorrer
a cargo eletivo no âmbito da União. Maria ingressou com ação de impugnação ao registro, sob o
argumento de que João estaria com a sua cidadania passiva restringida, por estar cumprindo pena
restritiva de direitos, em substituição à pena privativa de liberdade, aplicada, pela Justiça Estadual, em
processo penal no qual fora condenado com sentença transitada em julgado. A tese de Maria: deve ser
acolhida, pois a condenação penal, ainda que aplicada pena restritiva de direitos nos termos descritos,
configura óbice, enquanto produzir efeitos, a que João concorra a um cargo eletivo. BL: art. 15, III, CF e
Entend. Jurisprud.

##Atenção: A condenação de pena em regime aberto, a condenação substituída por serviços à


comunidade (PRD), o cumprimento da pena em prisão domiciliar ou em livramento condicional também
suspendem os direitos políticos. Acerca do tema, vejamos o seguinte julgado do STF: “A substituição da
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos não impede a suspensão dos direitos políticos. No
julgamento do RE 179.502/SP, rel. min. Moreira Alves, firmou-se o entendimento no sentido de que não é o
recolhimento do condenado à prisão que justifica a suspensão de seus direitos políticos, mas o juízo de
reprovabilidade expresso na condenação. STF. 1ª T., RE 577.012 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.
9/11/10.” Para o STF, a hipótese de suspensão abrange também as condenações pela prática de CRIMES
CULPOSOS e CONTRAVENÇÕES PENAIS. Ainda para o STF (Pleno, RE 179.502/SP), não afastam a
suspensão dos direitos políticos os benefícios penais que só impliquem suspender o cumprimento da
pena (tais como o LIVRAMENTO CONDICIONAL e o SURSIS PENAL).

(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: A condenação criminal transitada em julgado, enquanto


perdurarem seus efeitos, independente de fundamentação na sentença a respeito, acarreta a suspensão
dos direitos políticos do condenado, ainda que se trate de contravenção penal. BL: art. 15, III, CF.

##Atenção: ##DPERR-2013: ##PCDF-2015: ##MPMS-2018: ##CESPE: Segundo Adriano Soares


Costa, “[...] pouco importa se a sentença penal procedente apena [...] o nacional pela prática de homicídio, ou de
latrocínio, ou de algum crime contra a administração pública, ou mesmo em virtude de prática de contravenção
penal. Outrossim, desimportante se o crime apenado é doloso ou culposo. À anexação dos efeitos de suspensão de
direitos políticos basta o trânsito em julgado da sentença penal de procedência (dita condenatória).” (COSTA,
58
Adriano Soares. Instituições de Direito Eleitoral. 4ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2000).

(PGM-BH/MG-2017-CESPE): Acerca dos direitos e garantias fundamentais, assinale a opção correta:


Após a condenação criminal transitada em julgado, os direitos políticos do infrator ficarão suspensos
enquanto durarem os efeitos da referida condenação. BL: art. 15, III, CF.

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º,
VIII; [obs.1: suspensão dos direitos políticos; obs.2: A CESPE entende como sendo hipótese de perda de
direitos políticos] (TJRR-2008) (MPSP-2010) (MPCE-2011) (MPMS-2011) (TRF5-2011) (PFN-2012)
(Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPT-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (PGERN-2014) (PCPI-
2014) (Cartórios/TJMG-2015) (MPRR-2017) (DPEMA-2011/2018) (MPBA-2018) (MPSC-2019) (TJMG-2022)

(MPBA-2018): O brasileiro que se recusa a cumprir prestação alternativa legalmente estabelecida, após
ter invocado convicção política para eximir-se de obrigação legal a todos imposta, poderá, em razão
dessa conduta, ser privado de direitos. BL: art. 5º, VIII c/c art. 15, IV, CF c/c art. 143, §1º, CF.

##Atenção: A FCC considerou o referido inciso como sendo caso de SUSPENSÃO de direitos políticos. Já
a CESPE entende ser hipótese de PERDA de direitos políticos.

(PGERN-2014-FCC): Um cidadão, brasileiro naturalizado, recusa-se a prestar serviço de júri para o qual
havia sido convocado, invocando, para tanto, motivo de crença religiosa. Diante da recusa, o juiz
competente, com fundamento em previsão expressa do Código de Processo Penal, fixa serviço
alternativo a ser cumprido pelo cidadão em questão, consistente no exercício de atividades de caráter
administrativo em órgão do Poder Judiciário. Nessa hipótese, a fixação de serviço alternativo pelo juiz é
compatível com a Constituição, uma vez que prevista em lei, não podendo o cidadão recusar-se a seu
cumprimento, sob pena de suspensão de seus direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto.
BL: art. 5º, VIII e art. 15, IV, CF e art. 438, §1º, CPP.12

(TJRR-2008-FCC): A recusa de cumprimento de obrigação a todos imposta ou prestação alternativa,


acarreta a suspensão dos direitos políticos. BL: art. 5º, VIII e art. 15, IV, CF.

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. [obs.: suspensão dos direitos políticos]
(TJMT-2009) (MPSP-2010) (DPEMA-2011) (MPF-2011) (MPT-2013) (MPMA-2014) (MPPE-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PCPI-2014) (MPBA-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCPA-2016) (TJCE-2018) (DPEDF-
2019) (TJMG-2022)

§ 4º. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

(MPSP-2010): Assinale a alternativa correta: não é possível a cassação dos direitos políticos, cuja perda
ou suspensão só se dará nos casos de cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
incapacidade civil absoluta; condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII (CF);
improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º (CF). BL: art. 15, I a V, da CF.

Art. 16. A lei que alterar o PROCESSO ELEITORAL ENTRARÁ em vigor na data de sua
publicação, NÃO SE APLICANDO à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) (MPPR-2008) (TJGO-2009) (DPEPI-2009) (PCPI-2009)
(MPMG-2010) (MPMS-2011) (MPPB-2011) (DPERS-2011) (MPF-2011) (PGERO-2011) (MPPI-2012) (TJAM-

12
Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever
de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço
imposto. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1o Entende-se por serviço alternativo o exercício de
atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, no Poder Judiciário, na
Defensoria Pública, no Ministério Público ou em entidade conveniada para esses fins. (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008) § 2o O juiz fixará o serviço alternativo atendendo aos princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
59
2013) (PGEGO-2013) (TJSP-2014) (MPRS-2014) (DPEPR-2014) (TJDFT-2015) (TJPR-2012/2017) (DPESC-
2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMG-2014/2018)

(MPBA-2018): O princípio da anterioridade eleitoral, embora não expressamente enumerado no artigo 5.º
da Constituição Federal, caracteriza-se como uma garantia fundamental, oponível até mesmo à atividade
do legislador constituinte derivado. BL: art. 16, CF.

(MPRR-2017-CESPE): O princípio constitucional da anualidade ou da anterioridade da lei eleitoral não


abrange resoluções do TSE que tenham caráter regulamentar. BL: art. 16, CF; Art. 105 da Lei 9504/9713 e
RE 637.485 do STF.

##Atenção: ##TJPR-2017: ##CESPE: O princípio da anualidade eleitoral (também chamado de


anterioridade eleitoral) realmente foi criado em 1993 com a aprovação da EC nº 4, que deu nova redação
ao art. 16 da CF/88. Com a nova redação, o dispositivo passou a determinar que “a lei que alterar o
processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da
data de sua vigência”. Trata-se, nesse caso, de lei em sentido “amplo”.14

(MPPA-2014-FCC): Situada no capítulo da CF/1988 dedicado aos direitos políticos, a anterioridade da lei
eleitoral desempenha função normativa de caráter estruturante da ordem jurídica eleitoral. Tem por
finalidade assegurar estabilidade e segurança ao processo eleitoral, inibindo modificações legislativas
casuísticas que, ante a proximidade do pleito, alterem os seus parâmetros de forma a promover
desequilíbrio entre partidos e candidatos. Nesse sentido, o princípio constitucional da anterioridade da
lei eleitoral não obsta a aplicação à eleição subsequente de lei que, em vigor apenas há oito meses da
realização do pleito, determine a proibição a partidos e candidatos de receber doação em dinheiro ou
estimável em dinheiro procedente de entidades beneficentes e religiosas, bem como de organizações não-
governamentais que recebam recursos públicos.

##Atenção: Lei que ALTERA PROCESSO ELEITORAL (observância da anualidade, portanto) é aquela
que consiste num conjunto de atos abrangendo a preparação e a realização das eleições, incluindo a
apuração dos votos e a diplomação dos eleitos. Assim, como já dito, "regras instrumentais que não
causam desequilíbrio nas eleições (e ao contrário, somente auxiliam no processo eleitoral), não estão
abrangidas pelo precitado princípio".

(MPGO-2013): O princípio da anterioridade eleitoral, previsto no art. 16 da Constituição da República, é


direito fundamental e cláusula pétrea, que também abrange, na sua extensão, as emendas
constitucionais. BL: art. 16, CF/88 e ADI 3685 e RE 633703, STF.

##Atenção: ##STF: ##DPESP-2006: ##PCPI-2009: ##TJAM-2013: ##PGEGO-2013: ##DPEPR-2014:


##PGM-BH/MG-2017: ##CESPE: ##FGV: LEI COMPLEMENTAR 135/2010, DENOMINADA LEI DA
FICHA LIMPA. INAPLICABILIDADE ÀS ELEIÇÕES GERAIS 2010. PRINCÍPIO DA
ANTERIORIDADE ELEITORAL (ART. 16 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA). I. O PRINCÍPIO
DA ANTERIORIDADE ELEITORAL COMO GARANTIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
ELEITORAL. O pleno exercício de direitos políticos por seus titulares (eleitores, candidatos e
partidos) é assegurado pela Constituição por meio de um sistema de normas que conformam o que se
poderia denominar de devido processo legal eleitoral. Na medida em que estabelecem as garantias
fundamentais para a efetividade dos direitos políticos, essas regras também compõem o rol das
normas denominadas cláusulas pétreas e, por isso, estão imunes a qualquer reforma que vise a aboli-
las. O art. 16 da Constituição, ao submeter a alteração legal do processo eleitoral à regra da anualidade,
constitui uma garantia fundamental para o pleno exercício de direitos políticos. STF. Plenário. RE:
633703/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 23/03/11.

(MPGO-2013): Na interpretação do texto do art. 16 da Constituição da República, a locução "processo


eleitoral" aponta para a realidade que se pretende proteger, pelo princípio da anterioridade eleitoral, de
deformações oriundas de modificações que, casuisticamente introduzidas pelo Parlamento, culminem

13
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter
regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir
todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados
ou representantes dos partidos políticos.
14
Fonte: http://www.tse.jus.br/institucional/escola-judiciaria-eleitoral/revistas-da-eje/artigos/revista-
eletronica-eje-n.-4-ano-3/principio-da-anualidade-eleitoral
60
por romper a necessária igualdade de chances dos protagonistas - partidos políticos e candidatos - no
pleito iminente. BL: art. 16, CF/88 e ADI 3685. (eleitoral)

CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS

(TJAL-2008-CESPE): Segundo o STF, os partidos políticos não têm legitimidade ativa ad causam para
impetrar mandado de segurança coletivo em defesa de terceiros, com vistas a impugnar direito
individual disponível, como a incidência de imposto.

##Atenção: ##STF: O partido político não está, pois, autorizado a valer-se do mandado de segurança
coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de
tributos (RE 213.631).

Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de PARTIDOS POLÍTICOS,


RESGUARDADOS a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana e OBSERVADOS os seguintes PRECEITOS: (TJDFT-2007) (MPPR-2008)
(TJAP-2009) (MPRN-2009) (TJMS-2010) (PGEAM-2010) (TJPR-2011) (TJRO-2011) (TJSP-2011) (MPPI-2012)
(MPSC-2013) (PCES-2013) (TJMT-2014) (MPAC-2014) (MPPE-2014) (TJGO-2009/2015) (DPEPA-2015) (PCCE-
2015) (PCDF-2015) (TJAM-2016) (TRF4-2016) (PCPA-2016) (MPF-2011/2013/2017) (PGESP-2018) (TJAL-2019)
(TJSC-2019) (DPEBA-2021)

(MPF-2017): Assinale a alternativa correta: O pluripartidarismo político caracteriza-se pela oposição a


qualquer artefato monopolista, seja social, político, cultural, educacional, econômico ou de comunicação.
BL: art. 17, caput, CF.

##Atenção: O pluripartidarismo político garante a distribuição do poder estatal de forma a abranger três
ou mais partidos, evitando que haja perpetuação de poder numa única fonte. Encontra-se expresso na
CF/88. ORIDES MEZZAROBA observa a esse respeito: “[...] Pluripartidarismo político se caracteriza pela
oposição a qualquer artefato monopolista, seja social, político, cultural, educacional, econômico ou de comunicação.
[...] Ao estabelecer o princípio do pluripartidarismo, a vontade do Estado deixa, portanto, de coincidir com a
vontade de um único grupo, e passa a garantir que os diferentes grupos políticos possam se expressar e concorrer
entre si, sem qualquer tipo de limitação política. Assim, a partir do momento que a Constituição reconhece o
princípio do pluralismo partidário, ela obrigatoriamente deve reconhecê-lo sem qualquer artifício redutor [...].”
(Fonte: manifestação do PGR na Medida Cautelar na ADPF 379/DF). Com isso, pode-se concluir que o
pluripartidarismo se fundamenta no compromisso de institucionalizar um sistema político com
múltiplos partidos, como imagem global do conjunto, não de aspecto que reflita a individualidade do
partido.

(TJMS-2010-FCC): Segundo a legislação brasileira, partido político é de livre criação, fusão, incorporação
e extinção, desde que o respectivo programa respeite a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. BL: art. 17, caput, CF.

I - caráter NACIONAL; (PGEAM-2010) (TJPR-2011) (TJSP-2011) (MPF-2011) (MPPI-2012) (TJMT-2014)


(TJGO-2015) (DPEPA-2015) (TJAM-2016) (TJAL-2019) (DPEBA-2021)

II - PROIBIÇÃO de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou


de subordinação a estes; (TJAP-2009) (PGEAM-2010) (TJPR-2011) (TJRO-2011) (TJSP-2011) (MPPI-2012)
(MPSC-2013) (TJMT-2014) (MPPE-2014) (TJGO-2009/2015) (PCCE-2015) (PCDF-2015) (PCPA-2016) (PGESP-
2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEBA-2021)

(TJAP-2009-FCC): Em conformidade com a Constituição brasileira, é vedado criar partido político


contrário ao regime democrático. BL: art. 17, II, da CF. (eleitoral)

III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; (PGEAM-2010) (TJSP-2011) (MPF-2011) (MPPI-2012)


(TJMT-2014) (PCCE-2015) (TJAM-2016)

61
(TJAM-2016-CESPE): De acordo com o que está expresso na CF acerca dos partidos políticos, é livre a
criação, a fusão, a incorporação e a extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana, desde que
observado(a) a obrigação de prestar contas à justiça eleitoral. BL: art. 17, III, da CF.

IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. (TJSP-2011) (MPPI-2012) (PCCE-2015)

(TJSP-2011-VUNESP): A liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,


resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais
da pessoa humana, ainda precisa observar os seguintes preceitos: funcionamento parlamentar de acordo
com a lei, prestação de contas à Justiça Eleitoral, proibição de recebimento de recursos financeiros de
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes e caráter nacional. BL: art. 17, CF (eleitoral)

§ 1º É ASSEGURADA aos partidos políticos AUTONOMIA para definir sua estrutura interna e
ESTABELECER regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e
sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações
NAS ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS [obs.: nas eleições majoritárias ainda é permitido coligações – ex.:
eleições para Presidente da República, Prefeito, Governador], vedada a sua celebração nas eleições
proporcionais [obs.: eleições para Deputados e Vereadores], SEM OBRIGATORIEDADE DE
VINCULAÇÃO entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal [obs.: a
verticalização continua vedada pela CF: a regra estabelecida pelo TSE e pelo STF de que as coligações no
âmbito estadual deveriam observar as coligações no âmbito nacional continua sendo vedada pela CF; por
este artigo é possível estabelecer coligações de forma diferente], DEVENDO seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
(TJRS-2018) (PGESP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJAL-2019) (TJPA-2019) (TJSC-2019) (MPGO-2019)
(TJPR-2021) (DPEBA-2021) (TJMG-2022) (DPECE-2022)

REDAÇÃO ANTERIOR:
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização
e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006)

(TJPR-2021-FGV): As mulheres hoje representam mais da metade do eleitorado brasileiro, mas ainda
ocupam menos de 10% dos assentos nas casas legislativas. Na busca da almejada igualdade de
representação de gênero, a legislação eleitoral e a Justiça Eleitoral, através da edição de resoluções,
instruções e portarias regulamentares e nas respostas às consultas que lhes são formuladas, vêm
tentando fomentar a maior participação das mulheres no cenário político nacional. Diante do exposto, é
correto afirmar que: a Emenda Constitucional nº 97/2017 estabeleceu o fim das coligações partidárias nas
eleições para cargos proporcionais a partir do pleito municipal de 2020. Assim, cada agremiação, no ato
do pedido de registro de candidatura, além do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários
(DRAP), deverá apresentar sua lista de candidatos, observados os percentuais da cota de gênero. BL: art.
17, §1º, CF e art. 10, §3º da Lei 9504/97.15

##Atenção: De acordo com o art. 2º da EC 97/17, “a vedação à celebração de coligações nas eleições
proporcionais, prevista no § 1º do art. 17 da Constituição Federal, aplicar-se-á a partir das eleições de 2020.” Veja,
nesse sentido, a redação do art. 17, §1º, CF/88. Assim, os pedidos devem ser feitos por cada agremiação,
observadas as exigências da Lei 9.504/97, dentre as quais, o percentual de gênero previsto no art. 10, §3º
da Lei 9504/97.

(DPEBA-2021-FCC): Os partidos políticos brasileiros, conforme regulados na normativa vigente,


poderão adotar o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas
eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal. BL: art. 17, §1º, CF.

(MPGO-2019): Podem os afirmar que a Emenda Constitucional nº 97 alterou a CF/1988 dando nova
roupagem às Coligações Partidárias. Assim, assinale a resposta correta: Tornou facultativa somente para
15
Art. 10. (...) § 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação
preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada
sexo.
62
eleições majoritárias, vedada sua celebração nas eleições proporcionais. BL: art. 17, §1º, CF.

##Atenção: A EC n.º 97/17, ao modificar a redação do § 1.º do art. 17 da CF/88, manteve a


facultatividade para a celebração de coligações partidárias nas eleições majoritárias, mas vedou a
realização de coligações nas eleições proporcionais.

(TJRS-2018-VUNESP): Com o advento da Emenda Constitucional nº 97/2017, a partir das eleições de


2020, a celebração de coligações será vedada nas eleições proporcionais, atingindo, assim, a proibição, os
cargos de Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal e Deputado Distrital. BL: art. 17, §1º, CF.

§ 2º Os PARTIDOS POLÍTICOS, APÓS ADQUIRIREM personalidade jurídica, na forma da lei


civil, REGISTRARÃO seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. (MPRO-2008) (PGEPB-2008) (TJGO-
2009) (MPRN-2009) (DPEAL-2009) (TRF5-2009) (PGEAM-2010) (TJPR-2010/2011) (TRF3-2011) (MPPI-2012)
(DPESC-2012) (TRF2-2013) (MPF-2013) (MPM-2013) (MPMA-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (MPRR-2017)
(TJCE-2018) (PGESP-2018) (TJAL-2019) (DPEBA-2021) (TJMG-2022) (DPECE-2022) (Cartórios/TJSP-2022)

(Cartórios/TJSP-2022-VUNESP): Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica: com o registro


civil como pessoa jurídica de direito privado na forma da lei civil. BL: art. 17, §2º, CF e art. 7º, Lei
9.096/95.

##Atenção: Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado (art. 44, V, CC). Desse modo,
sua personalidade é adquirida com o registro de seus atos constitutivos no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas (art. 17, §2º, CF). O cadastro do ato de constituição perante o TSE é ato de regularização de
funcionamento.

§ 3º SOMENTE TERÃO direito a RECURSOS DO FUNDO PARTIDÁRIO e ACESSO GRATUITO


AO RÁDIO E À TELEVISÃO, na forma da lei [obs.: norma de eficácia limitada; depende de lei
regulamentadora para ter a produção de efeitos no caso concreto], os partidos políticos que
ALTERNATIVAMENTE: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) (PGESP-2018) (PCSP-
2018) (MPGO-2019) (DPEBA-2021) (DPECE-2022)

I - OBTIVEREM, NAS ELEIÇÕES PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS, no mínimo, 3% (três


por cento) dos votos válidos, [obs.: nas eleições proporcionais votos válidos significa: votos dados a
candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias, ou seja, os votos válidos não computam os
votos nulos e os votos em branco] DISTRIBUÍDOS em pelo menos um terço das unidades da Federação
[obs.: ou seja, 09 Estados ou Distrito Federal], com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos
em cada uma delas; OU [obs.: “ou” = requisito alternativo] (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de
2017) (PCSP-2018) (TJSC-2019) (DPEBA-2021) (DPECE-2022)

II - TIVEREM ELEGIDO PELO MENOS QUINZE DEPUTADOS FEDERAIS DISTRIBUÍDOS em


pelo menos um terço das unidades da Federação. [obs.: 09 Estados ou Distrito Federal] (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 97, de 2017) (PGESP-2018) (PCSP-2018) (TJBA-2019) (DPECE-2022)

(DPECE-2022-FCC): Segundo a Constituição Federal, os partidos políticos terão direito a recursos do


fundo partidário quando tiverem elegido, pelo menos, 15 deputados federais distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação. BL: art. 17, §3º, II, CF.

##Atenção: ##DOD: Regra de Transição: Registre-se que a restrição do novo § 3º do art. 17 somente vai
produzir todos os seus efeitos a partir das eleições de 2030, nos termos do caput do art. 3º da EC 97/2017.
Enquanto isso, a Emenda previu uma regra de transição de forma que, a cada eleição, os requisitos vão se
tornando mais rigorosos até que atinja os critérios do § 3º do art. 17 em 2030. Veja:
- Na legislatura seguinte às eleições de 2018: Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à
propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% (um e meio por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos nove Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação;

63
- Na legislatura seguinte às eleições de 2022: Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à
propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% (dois por cento) dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo
de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos onze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação;

- Na legislatura seguinte às eleições de 2026: Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à
propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% (dois e meio por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com
um mínimo de 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos treze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação.

- Na legislatura seguinte às eleições de 2030: Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à
propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo
de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação.

##Atenção: Com a EC nº 97/17, foi instituída uma cláusula de barreira. Desse modo, somente os
partidos políticos que cumprirem certos requisitos de desempenho terão acesso os recursos do fundo
partidário e ao rádio e à televisão.

(PGESP-2018-VUNESP): Acerca dos partidos políticos, assinale a alternativa correta: O direito a recursos
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, é garantido aos partidos
políticos que tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação. BL: art. 17, §3º, II, CF.

(PCSP-2018-VUNESP): Suponha que o Partido X lhe consulte sobre quais são os requisitos
constitucionais para que um partido político tenha acesso aos recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao tempo de rádio e televisão. Nesse sentido, segundo o disposto na CF/88, após a reforma dada
pela Emenda Constitucional n. 97/17, é correto afirmar que o acesso a tais benefícios ocorrerá somente se
obtiver, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em
pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada uma
delas, ou se elegerem pelo menos 15 deputados distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da
federação. BL: art. 17, §3º, II, CF.

##Atenção: REDAÇÃO ANTERIOR:


§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei.

§ 4º É VEDADA a utilização pelos partidos políticos de ORGANIZAÇÃO PARAMILITAR. [obs.:


Norma de eficácia plena.] (TJDFT-2007)

§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo [obs.:
cláusula de barreira] é assegurado o mandato e FACULTADA a filiação, sem perda do mandato, a outro
partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos
do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017) (PGESP-2018) (TJBA-2019)

§ 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se


desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do
partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso, a
migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos
e de acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

64
§ 7º Os partidos políticos DEVEM APLICAR no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do
fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação
política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
117, de 2022) (DPECE-2022)

§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do fundo partidário


destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser
distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento),
proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos
respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse partidário.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022)

TÍTULO III
Da Organização do Estado

CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 18. A ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA da República Federativa do Brasil


COMPREENDE a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, TODOS AUTÔNOMOS, nos
termos desta Constituição. (MPF-2008) (PGEPI-2008) (TJAP-2009) (MPDFT-2009) (MPRN-2009) (DPEMG-
2009) (DPEPA-2009) (PGEAL-2009) (TJMS-2010) (TRF4-2010) (PCAP-2010) (PCMG-2008/2011) (TJPB-2011)
(DPEMA-2011) (DPESP-2006/2012) (TJBA-2012) (TJGO-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012)
(DPESE-2012) (PFN-2012) (TJRN-2013) (MPMG-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGDF-2013) (PCES-2013)
(TRF2-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TRF1-2009/2015)
(DPERN-2015) (TRT16-2015) (MPGO-2013/2016) (TJAM-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (DPEPR-2012/2017) (DPERO-2017) (PCGO-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PCSP-
2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPPR-2012/2019) (MPSC-2019) (MPT-2020)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPAP-2021) (TJMMG-2022) (TCETO-2022) (MPCSC-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Compete ao Ministro da Justiça determinar a ida da Força Nacional de
Segurança Pública para atuar em determinado Estado-membro ou Distrito Federal. Segundo a redação
do art. 4º do Decreto 5.289/04 a determinação do emprego da Força Nacional pode ocorrer de duas
formas: 1) mediante solicitação expressa do Governador formulada ao Ministro da Justiça; 2) mediante
iniciativa do próprio Ministro da Justiça, mesmo sem solicitação do Governador. Se o próprio
Governador solicita o auxílio, não há qualquer problema ou questionamento. No entanto, e se o
Ministro da Justiça determina o envio da Força Nacional mesmo sem pedido do Governador? Essa
atuação seria constitucionalmente válida? NÃO. Isso viola o princípio da autonomia estadual, previsto
no art. 18 da CF. Foi o que decidiu o STF, em juízo de delibação, ao apreciar medida liminar em ação
cível originária. Afirmou a Corte: É plausível a alegação de que a norma inscrita no art. 4º do Dec.
5.289/04, naquilo em que dispensa a anuência do governador de estado no emprego da Força Nacional
de Segurança Pública, viole o princípio da autonomia estadual. STF. Plenário. ACO 3427 Ref-MC/BA,
Rel. Min. Edson Fachin, j. 24/9/20 (Info 992).

##Atenção: ##PGEPI-2008: ##MPRN-2009: ##PGEAM-2010: ##PGESC-2018: ##CESPE: ##FEPESE: Os


Territórios não são considerados entes federados, consoante dispõe o art. 18, CF.

(PCSP-2018-VUNESP): É correto afirmar que o Federalismo ocorreu no Brasil por meio de um


movimento centrífuga (por segregação).

##Atenção: ##PGEPI-2008: ##MPRN-2009: ##PGEAL-2009: ##PCMG-2011: ##DPERO-2012:


##Cartórios/TJPE-2013: ##MPMG-2014: ##PCSP-2018: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: Tipos de
Federalismo - Quanto ao surgimento (ou origem): Deve ser verificado o movimento: centrífugo ou
centrípeto). São os seguintes:
a) Por agregação: Surge quando Estados cedem uma parcela de sua soberania para formar um ente
único; há estados soberanos e independentes que se agregam, cedendo parcela de suas soberanias para
formarem um ente único. Ex.: EUA: As 13 colônias britânicas se tornaram independentes. Cada uma
delas se tornou um Estado soberano. Elas se uniram inicialmente como uma confederação, em que a
soberania de cada uma delas se mantinha. Posteriormente, evoluíram para uma federação. Nesse caso,
65
trata-se de um federalismo por agregação. Na Alemanha, o federalismo também ocorreu por agregação.
 Quando o federalismo surge assim, ele é chamado de Estado perfeito ou por
associação/aglutinação. Nota-se que há um movimento em direção ao centro (centrípeto).
b) Por segregação: Surge com a descentralização política de um Estado Unitário. Há um Estado
unitário, no qual todo poder está centralizado, que resolve se dividir em vários domínios territoriais. O
poder inicialmente concentrado no centro é repartido e distribuído para os novos entes territoriais.
Ex.: O Estado Brasileiro é um Estado imperfeito ou por dissociação, porque tínhamos, durante o império,
um Estado unitário, dividido em capitanias hereditárias, mas, com o advento da república, o poder, que
era centralizado, foi repartido para os vários estados-membros que surgiram. O mesmo ocorreu na
Áustria.
 Quando o federalismo surge assim, ele é chamado de Estado imperfeito ou por dissociação.
Nota-se que, no federalismo por segregação, há um movimento de fuga do centro (centrífugo).
##Atenção: Nota-se que esta classificação ajuda a entender a diferença que existe entre os EUA e o Brasil
no que tange à repartição de competências: No Brasil, há uma concentração de poder muito grande na
União. Nos EUA, ocorreu o inverso, já que há um poder muito forte dos estados. Nos EUA, por exemplo,
cabe aos estados legislarem matéria penal. Essa diferença existe em razão do movimento que deu origem ao
federalismo em cada um dos países. Como nos EUA os estados já detinham o poder e eles que cederam uma
parcela desse poder para a União, este ato foi mais comedido. Assim, os estados cederam uma parcela, mas
mantiveram para si a mais importante. No Brasil, por sua vez, a União é que detinha o poder. A União
repartiu o poder de forma parcimoniosa, concentrando, em si, os poderes mais importantes.
##Questão de concurso:
(MPMG-2014): Assinale a alternativa correta: O federalismo por agregação surge quando Estados soberanos
cedem uma parcela de sua soberania para formar um ente único.

(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): Com fundamento na disciplina que regula o direito financeiro e nas


normas sobre orçamento constantes na CF, julgue o item a seguir: A adoção do federalismo cooperativo
equilibrado pela CF visa à redução das desigualdades regionais. BL: art. 18, CF.

##Atenção: ##MPF-2008: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##MPT-2020: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020:


##MPAP-2021: ##CESPE: Quanto à repartição de competências: Segundo esse critério, há dois tipos de
federação: federação dual (clássica) ou federação cooperativa (neoclássica). Na federação dual, os entes
federados possuem competências próprias, que são exercidas sem qualquer comunicação com os demais
entes. Cada um atua na sua esfera, independentemente do outro. Na federação cooperativa, os entes
federados exercem suas competências em conjunto com os outros. As competências são repartidas pela
Constituição de modo a permitir a atuação conjunta dos entes federativos. O Brasil adota um federalismo
de cooperação; com efeito, a CF/88 estabeleceu competências comuns a todos os entes federativos (art.
23) e competências concorrentes entre a União, os Estados e o Distrito Federal (art. 24). (Fonte: Ricardo
Vale). Em resumo:
FEDERALISMO DUAL FEDERALISMO COOPERATIVO
• É a distribuição rígida de competências entre os • Quando as tarefas são repartidas de modo a
entes. possibilitar atuação conjunta dos entes, em
• É quando se reparte atribuições isoladas para os regime de parceria.
entes federados, entregando para cada um suas • Presente desde a CF de 1934.
competências próprias que serão exercidas sem
comunicação com os demais entes.
• Federalismo dual prevalecia na CF 1891.
Na CF/88 temos um sistema de repartição de competências que prevê para cada ente atribuições
próprias (particulares, que serão cumpridas isoladamente), mas também muitas tarefas comuns, que
serão cumpridas por meio de colaboração recíproca entre as entidades federativas.
##Questão de concurso:
(MPT-2020): A respeito das competências na Federação brasileira, assinale a alternativa CORRETA:
No âmbito das competências comuns – que possuem natureza administrativa – o sistema do direito
constitucional positivo brasileiro indica clara opção pelo federalismo cooperativo.
##Atenção: Flexibilizando a rigidez do modelo dual (clássico), surge o modelo COOPERATIVO,
especialmente durante o século XX, com o surgimento do Estado do Bem-Estar Social ou Estado-
providência. Nesse modelo, as atribuições serão exercidas de modo COMUM ou CONCORRENTE,
estabelecendo-se uma verdadeira aproximação entre os entes federativos, que deverão ATUAR EM
CONJUNTO. Assim, modernamente, percebe-se, cada vez mais, uma gradativa substituição do
federalismo dual pelo cooperativo (art. 24 da CF). A CF/1988 adotou elementos de federalismo
cooperativo e de federalismo dual na repartição de competências entre os entes federados,
distribuindo competências exclusivas, privativas, comuns e concorrentes.

(TJMG-2014): Assinale a alternativa que DIFERENCIA o Federalismo do Estado Unitário: No

66
federalismo, os Estados que passam a integrar o novo Estado, perdem a soberania no momento em que
ingressam, mas preservam, contudo, uma autonomia política limitada. BL: art. 1º, I e art. 18, CF.

##Atenção: ##DPESP-2006: ##PGEPI-2008: ##PGEAL-2009: ##PCES-2013: ##TJMG-2014: ##PGM-


São Paulo/SP-2014: ##DPEPR-2017: ##DPERO-2017: ##PGESC-2018: ##PCSP-2018: ##CESPE:
##FCC: ##FEPESE: ##VUNESP: Segundo Pedro Lenza temos que: "a partir do momento que os Estados
ingressam na federação perdem soberania, passando a ser autônomos. Os entes federativos são, portanto, autônomos
entre si, de acordo com as regras constitucionalmente previstas, nos limites de sua competência; a soberania, por seu
turno, é característica do todo, do “país”, do Estado federal, no caso do Brasil, tanto é que aparece como fundamento
da República Federativa do Brasil (art. 1.º, I, CF/88)". Quanto ao Estado Unitário, refere o professor Marcelo
Novelino que existem três tipos: a) Estado Unitário Puro: possui concentração absoluta de competência
no poder central. É este tipo de Estado Unitário que não possui precedentes na história; b) Estado
Unitário descentralizado administrativamente: possui forte concentração de poder no Poder Central,
mas este concede certa competência administrativa a órgãos regionais. Esse é o tipo de Estado mais
comum no globo; e c) Estado Unitário descentralizado administrativa e politicamente: além da
competência administrativa concedida pelo Poder Central é concedido, também, competência legislativa.
É o caso da Espanha, França e Portugal. Aprofundando o tema, em relação ao conceito de Forma de
Estado, Bernardo Gonçalves Fernandes explica que a organização pode ser: Estado Unitário ou Estado
Federal. O Estado Unitário é a forma de Estado na qual não há uma distribuição geográfica do poder
político em função do território. Nesses termos, há um polo central distribuidor e emanador de normas,
não existindo uma subdivisão do Poder que irá se apresentar estruturalmente enraizado no polo central.
Já o Estado Federal é aquela forma de Estado em que há distribuição geográfica do poder político em
função do território, na qual um ente é dotado de soberania e os outros entes de autonomia.
(FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2011.).
(DPEPR-2017-FCC): Acerca da organização do Estado, considere a seguir: O Estado Unitário é conduzido
por uma única entidade política, que centraliza o poder político; o Estado Federal é composto por mais de
um governo, todos autônomos em consonância com a Constituição; e a Confederação é a união de Estados
soberanos com lastro em um tratado internacional.
(PGM-São Paulo/SP-2014-VUNESP): Para atingir o bem comum, o Estado se estrutura para exercer o poder
político. Nesse sentido, seguindo o conceito de Forma de Estado, a organização pode ser unitário ou federal.

(Cartórios/TJPE-2013-FCC): Em relação a possibilidade de aplicação do conceito de federação assimétrica


ao Brasil, é correto afirmar: A diferença entre os entes federados no Brasil pode ocorrer tanto na área
social, como na econômica.

##Atenção: ##Cartórios/TJPE-2013: ##FCC: Diferenças entre federalismo simétrico ou assimétrico: A


simetria ou assimetria do federalismo decorre do mais variados fatores, seja em relação à cultura, seja no
concernente ao desenvolvimento, à língua, etc. O federalismo simétrico ocorre quando existe
homogeneidade em aspectos ligados à cultura, ao desenvolvimento e à língua. Ex.: modelo norte-
americano. Por sua vez, o federalismo assimétrico apresenta divergências ligadas à cultura ou ao
idioma. No Canadá, por exemplo, há dois idiomas oficiais, inglês e francês. E como fica o Brasil nessa
história? Nós temos um país de dimensões continentais, sem dúvidas. A doutrina fala em “erro de
simetria”, lembrando que temos um mesmo idioma e pretende-se tratar os Estados-membros de forma
igualitária – ex.: número de senadores. Porém, é certo que o mundo real escancara assimetrias,
peculiaridades.

(MPRN-2009-CESPE): Assinale a opção correta com relação ao federalismo brasileiro: Existia no Brasil
um federalismo de segundo grau até a promulgação da CF, após a qual o país passou a ter um
federalismo de terceiro grau. BL: art. 1º, I e art. 18, CF.

##Atenção: ##MPRO-2008: ##PGEPI-2008: ##MPRN-2009: ##TJDFT-2011: ##DPEMA-2011:


##DPESE-2012: ##MPMG-2014: ##PGM-São Paulo/SP-2014: ##DPERO-2012/2017: ##DPEPR-
2017: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: Quanto às esferas ou centros de competência, o federalismo pode
ser classificado em: i) federalismo típico, bidimensional, bipartite ou de segundo grau: Caracteriza-se
pela existência de duas esferas de competência (central e regional). A esfera central é a União e a esfera
regional compõe-se pelos Estados-membros. É o modelo adotado nos EUA e na maioria das federações
na atualidade. No Brasil, foi adotado até o advento da CF/88; ii) federalismo atípico, tridimensional,
tripartite ou de terceiro grau: Caracteriza-se pela existência de três esferas de competência (central,
regional e local). A esfera central é a União; a esfera regional são os Estados-membros; e a esfera local
são os Municípios. É o modelo de federalismo adotado pela CF/88, pois embora o Distrito Federal

67
também seja ente federativo, suas competências são as mesmas titularizadas por Estados e Municípios,
nos termos do §1º do art. 32 da CF.
(MPMG-2014): Assinale a alternativa correta: No federalismo atípico, constata-se a existência de três esferas
de competências: União, Estados e Municípios. BL: art. 1º e art. 18, CF.
(TJDFT-2011): A Constituição brasileira em vigor adotou o que a doutrina chama de federalismo de 3º grau
porque além das esferas federal e estadual, reconheceu os Municípios também como integrantes da
federação. BL: art. 1º e art. 18, CF.
(MPRO-2008-CESPE): Assinale a assertiva correta: Existia no Brasil um federalismo de 2º grau até a
promulgação da Constituição, após a qual o país passou a ter um federalismo de 3º grau. BL: art. 1º, I e art.
18, CF.

##Atenção: ##MPRN-2009: ##PGEAL-2009: ##DPEMA-2011: ##DPESP-2006/2012:


##Cartórios/TJPE-2013: ##PCES-2013: ##TRF2-2014: ##PGM-POA/RS-2016: ##DPERO-2012/2017:
##DPEPR-2017: ##PCSP-2018: ##MPPR-2019: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: ##VUNESP:
Diferenças entre Confederação e Federação:
CONFEDERAÇÃO FEDERAÇÃO
É uma Pessoa Jurídica de Direito Público: Por É um Estado: O Brasil é uma federação (Estado
isso, parte da doutrina afirma que a Brasileiro).
confederação não é uma forma de Estado. A
pessoa jurídica de direito público que forma uma
confederação é resultante da união entre vários
Estados soberanos que resolvem se unir através
de laços que podem ser mais frouxos ou mais
estreitos.
São unidos por tratado internacional. Todavia, São unidos por uma Constituição. Não há nenhuma
nada impede que haja uma Constituição federação na qual os Estados se unam através de
unindo esses Estados, como se pretendeu na tratados internacionais. A federação estadunidense foi
Europa, por exemplo, em que chegou a se criada a Constituição Americana de 1787.
cogitar a realização de uma assembleia para criar
uma Constituição Europeia, ideia que não
avançou ante a resistência da população de
alguns países integrantes da comunidade
europeia.
Seus membros são dotados de soberania, ou Seus membros são dotados apenas de autonomia, ou
seja, continuam sendo Estados soberanos. seja, eles têm determinadas atribuições e competências,
mas todos estão submetidos à Constituição. Eles não
têm um poder ilimitado de decidir o que bem
entenderem.
Admite-se o direito de secessão, ou seja, a Na federação, os laços são muito mais fortes que os de
prerrogativa de Estados participantes se uma confederação. Assim, o direito de secessão é
retirarem do pacto. O Estado pode sair da vedado, ou seja, os estados não podem se retirar da
confederação quando bem entender, uma vez federação, tal qual como pretendeu o Estado do Rio
que ele tem soberania. Grande do Sul. As Constituições, em uma federação,
consagram a indissolubilidade do pacto federativo. A
palavra federação vem de “foedus” ou “foederis”, que
significa pacto, aliança, união. A federação nada mais é
do que uma união de estados. As pessoas jurídicas, ou
seja, os Estados se unem através de laços que formam a
federação. Na federação, existe mais de um centro de
poder incidindo sobre a mesma população e o mesmo
território. A indissolubilidade do pacto federativo, no
caso da CF/88, está consagrada no seu art. 1º. Se,
eventualmente, algum estado tentar se retirar da
federação, a CF/88 prevê no art. 34, I, a possibilidade de
intervenção federal para manter a integridade
nacional.
Os membros que a compõem têm o direito de As decisões tomadas pelos seus órgãos são
nulificação, ou seja, se algum membro não obrigatórias para os membros da federação, desde que
concordar com alguma deliberação feita pelo observados os limites da competência estabelecida pela
parlamento confederal, pode simplesmente Constituição.
excepcioná-la. Portanto, os membros não são
obrigados a acatar todas as normas advindas do
parlamento confederal.
A confederação existe para tratar de atividades O Estado se preocupa não só com os assuntos externos,

68
voltadas especialmente à assuntos externos. mas também com os assuntos internos.
Os cidadãos mantêm a nacionalidade dos Os cidadãos possuem uma única nacionalidade, ou
respectivos Estados, ou seja, eles não perdem a seja, possuem a nacionalidade do Estado Federal.
sua nacionalidade originária.
No modelo ideal, o Congresso Confederal é o O Poder Central é dividido em Legislativo, Executivo e
único órgão comum a todos os Estados (cada Judiciário. Não há apenas o parlamento como órgão
Estado possui o seu próprio Poder Executivo e comum. Existem Legislativo, Executivo e Judiciário na
Judiciário). esfera federal.

(MPPR-2012): Assinale a alternativa correta: A autonomia dos Estados federados, nos termos da
Constituição Federal, está assegurada por meio da sua capacidade de auto-organização, de
autolegislação, de autogoverno e autoadministração.

##Atenção: ##TJDFT-2007: ##PCMG-2008: ##TRF1-2009: ##PGEAL-2009: ##MPPR-2012: ##MPTO-


2012: ##MPGO-2013: ##PCES-2013: ##MPMS-2015: ##PGETO-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018:
##TCETO-2022: ##CESPE: ##FCC: Não existe hierarquia entre os entes da federação, todos possuem
as mesmas autonomias: auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração. No que diz
respeito à repartição de competências entre estes entes, aplica-se o princípio da preponderância do
interesse - se o interesse for predominantemente geral, a competência será da União; local, do Município;
e regional (é, na verdade, residual), do Estado (não esquecer que o DF acumula competências municipais
e estaduais).
(TJDFT-2007): A repartição de competências prevista na Constituição permite afirmar que não há hierarquia
entre os entes da Federação, podendo-se reconhecer preponderância de interesse mais abrangente.

##Atenção: ##PGEAL-2009: ##PCMG-2011: ##DPESP-2006/2012: ##MPPR-2012: ##PCES-2013:


##DPERO-2017: ##PGESC-2018: ##PGETO-2018: ##PCSP-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018:
##CESPE: ##FCC: ##FEPESE: ##VUNESP: A autonomia é diferente de hierarquia. Hierarquia
compreende submissão. O ente hierarquicamente superior dita as regras para o ente subordinado. A
autonomia compreende a capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração. Em razão
dessa autonomia, por exemplo, a norma federal (mais abrangente) não revoga norma estadual (menos
abrangente), mas suspende a eficácia, no que lhe for contrária, conforme estatuído no § 4º do art. 24 da
CF.

(TJMG-2006): A federação brasileira fundamenta-se na autonomia e na participação dos Estados-


Membros na formação da vontade nacional. BL: art. 18, CF/88.

##Atenção: ##PGEAL-2009: ##PCES-2013: ##PGESC-2018: ##PGETO-2018: ##PCSP-2018: ##CESPE:


##FCC: ##FEPESE: ##VUNESP: Na federação, todos os Estados perdem sua soberania no momento de
seu ingresso, preservando, contudo, uma autonomia política limitada (conceito de Dalmo de Abreu
Dallari). Alexandre de Moraes, ao enumerar os princípios da federação, menciona: "poder de auto-
organização dos Estados-membros, Distrito Federal e municípios, atribuindo-lhes autonomia
constitucional; e participação dos Estados no Poder Legislativo Federal, de forma a permitir-se a
ingerência de sua vontade na formação da legislação Federal.

§ 1º Brasília É a Capital Federal. (MPDFT-2009) (PCDF-2009) (MPMG-2010) (TJBA-2012) (TJRN-2013)


(PGEMS-2014) (MPCE-2020) (MPPE-2022)

##Atenção: ##MPCE-2020: ##CESPE: Norma constitucional de eficácia PLENA.

§ 2º Os TERRITÓRIOS FEDERAIS INTEGRAM a União, e sua criação, transformação em Estado


ou reintegração ao Estado de origem SERÃO REGULADAS em LEI COMPLEMENTAR. [obs.: norma
constitucional de eficácia limitada] (TJMG-2006) (PGEPI-2008) (PCSC-2008) (MPDFT-2009) (DPEAL-2009)
(TJMS-2010) (MPES-2010) (MPSE-2010) (PGEAM-2010) (AGU-2010) (TRF2-2011/2013) (TJSP-2013) (MPPR-2014)
(DPEPR-2014) (DPEMA-2015) (TJRS-2016) (MPGO-2016) (PGESC-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)
(MPPE-2022) (TJMMG-2022)

(TRF2-2011-CESPE): A respeito do que dispõe a CF sobre os territórios, assinale a opção correta: Embora
não existam atualmente territórios federais, a CF admite que eles possam ser criados por lei
complementar federal. Como descentralizações administrativo-territoriais da União, os territórios
carecem de autonomia e não são considerados entes federativos. BL: art. 18, §2º, CF.

69
§ 3º Os ESTADOS PODEM INCORPORAR-SE entre si, SUBDIVIDIR-SE ou DESMEMBRAR-SE
para se anexarem a outros, ou FORMAREM novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação
da população diretamente interessada, através de PLEBISCITO, e do Congresso Nacional, por LEI
COMPLEMENTAR. (TJMG-2006/2008) (PGEPI-2008) (PCSC-2008) (DPEPA-2009) (TRF4-2009) (PGEPE-
2009) (PCDF-2009) (TJMS-2010) (MPSE-2010) (DPEBA-2010) (PCAP-2010) (TRF5-2011) (PGEMT-2011) (PCES-
2011) (TJGO-2012) (TJPI-2012) (MPRJ-2012) (MPDFT-2009/2013) (TJSP-2011/2013) (TRF2-2011/2013) (TJAM-
2013) (MPMG-2013) (DPETO-2013) (MPSC-2012/2014) (AGU-2009/2015) (PGEPR-2011/2015) (DPEMA-
2015) (TRT16-2015) (TJRS-2016) (MPRS-2016) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (DPERO-2017) (PCGO-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (TJMT-2018) (PGESC-2018) (PGESP-2018) (PCSP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(MPPR-2013/2014/2019) (TJAC-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (MPPE-2022) (DPERS-2022) (TJMMG-
2022)

(DPERS-2022-CESPE): Um terço da população de um determinado Estado da Federação está


insatisfeito com a administração de seu ente federativo e entende que a parte do território onde reside
não está sendo contemplada com as políticas públicas do governo estadual. Pretende a divisão do Estado
e a criação de um novo Estado ou a incorporação da parte do território que habita ao Estado vizinho. A
partir dessa situação, julgue o seguinte item: De acordo com as regras constitucionais, é possível a
incorporação de Estados federados entre si, a subdivisão ou o desmembramento para se anexarem a
outros e também a formação de novos Estados, mediante aprovação da população diretamente
interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. BL: art. 18, §3º, CF.

(Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021-CESPE): Considerando a organização político-administrativa da República


Federativa do Brasil, julgue o item a seguir: Os estados podem subdividir-se para formarem novos
estados, desde que haja aprovação da população diretamente interessada, mediante plebiscito, e sejam
satisfeitos os requisitos de aprovação legal por lei complementar. BL: art. 18, §3º, CF.

(PCSP-2018-VUNESP): Considere que o Estado X, em função da diversidade cultural constatada em sua


região, decida desmembrar-se para formação de dois novos Estados. Nessa hipótese, é correto afirmar
que tal desmembramento será constitucional desde que a proposta seja aprovada pela população
diretamente interessada, por meio de plebiscito, e, cumulativamente, pelo Congresso Nacional, por lei
complementar. BL: art. 18, §3º, CF.

(DPEMA-2015-FCC): Tramita perante as Casas do Congresso Nacional um projeto de decreto


legislativo que visa à convocação de plebiscito para que o eleitorado de todo o Estado do Maranhão se
manifeste sobre a criação, a partir do desmembramento de determinados Municípios de seu território, do
chamado Estado do Maranhão do Sul. A proposição em questão é compatível com a Constituição da
República, que exige, para a formação de novo Estado, além da realização de plebiscito, aprovação do
Congresso Nacional, por lei complementar. BL: art. 18, §3º, CF.

(AGU-2015-CESPE): Julgue o item seguinte, que se refere ao Estado federal e à Federação brasileira:
Entre as características do Estado federal, inclui-se a possibilidade de formação de novos estados-
membros e de modificação dos já existentes conforme as regras estabelecidas na CF. BL: art. 18, §3º, CF.

##Atenção: Ainda que o próprio conceito de Federação não permita que os Estados-Membros possam se
tornar soberanos, admite-se a formação de novos Estados e a modificação dos já existentes, inclusive por
mandamento constitucional.

(MPSC-2014): Ao tratar da organização político-administrativa, a CF/88 prevê que os Estados podem


incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos
Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. BL: art. 18, §3º, CF.

(TJSP-2013-VUNESP): Os Territórios Federais integram a União, e sua criação será regulada por meio de

70
Lei Complementar, precedida de consulta popular. BL: art. 18, §§2º e 3º, CF.

##Atenção: ##AGU-2009: ##CESPE: No tocante às hipóteses de alteração da divisão interna do


território brasileiro, temos a seguinte situação: i) SUBDIVISÃO: Ocorre quando um Estado divide-se
em vários outros novos Estados-membros, todos com personalidades diferentes, desaparecendo por
completo o Estado-originário. Assim, subdivisão significa separar um todo em várias partes, formando
cada qual uma unidade nova e independente das demais.; ii) DESMEMBRAMENTO: Consiste em
separar uma ou mais partes de um Estado-membro, sem que ocorra a perda da identidade do ente
federativo primitivo. Assim, significa separação de parte do Estado-originário, sem que ele deixe de
existir juridicamente com sua própria personalidade primitiva.

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, FAR-SE-ÃO POR LEI


ESTADUAL, dentro do período determinado POR LEI COMPLEMENTAR FEDERAL, e DEPENDERÃO
de consulta prévia, mediante PLEBISCITO, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, APRESENTADOS e PUBLICADOS NA FORMA DA LEI.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) (PCSC-2008) (DPEPA-2009) (TRF1-2009) (PGEAL-
2009) (PGEPE-2009) (TJMS-2010) (MPPB-2010) (MPSE-2010) (DPEBA-2010) (PCAP-2010) (TJSP-2011) (TRF5-
2011) (PGEMT-2011) (TJGO-2012) (MPRJ-2012) (MPSC-2012) (MPSP-2012) (DPEAC-2012) (MPDFT-2013)
(MPMG-2013) (DPETO-2013) (TRF2-2013) (MPT-2013) (MPM-2013) (Cartórios/TJDFT-2014)
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPR-2011/2015) (DPEMA-2015) (PCCE-2015) (TRT16-2015) (MPRS-2013/2016)
(MPGO-2016) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-2017) (PGM-
BH/MG-2017) (PGESC-2018) (PCSP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PCES-2011/2022) (MPPE-2022)
(TJMMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##PCES-2011: ##MPRJ-2012: ##DPEAC-2012: ##MPSP-2012: ##PGEPR-


2011/2015: ##DPEMA-2015: ##PCGO-2017: ##PGM-BH/MG-2017: ##PCSP-2018: ##CESPE: ##FCC:
##PUCPR: ##VUNESP: ADI. Artigo 7º da Lei 9.709/98.16 Alegada violação do art. 18, § 3º, da
Constituição. Desmembramento de estado-membro e município. Plebiscito. Âmbito de consulta.
Interpretação da expressão “população diretamente interessada”. População da área desmembranda e
da área remanescente. (...). 1. Após a alteração promovida pela EC 15/96, a Constituição explicitou o
alcance do âmbito de consulta para o caso de reformulação territorial de municípios e, portanto, o
significado da expressão “populações diretamente interessadas”, contida na redação originária do § 4º
do art. 18 da Constituição, no sentido de ser necessária a consulta a toda a população afetada pela
modificação territorial, o que, no caso de desmembramento, deve envolver tanto a população do
território a ser desmembrado, quanto a do território remanescente. Esse sempre foi o real sentido da
exigência constitucional - a nova redação conferida pela emenda, do mesmo modo que o art. 7º da Lei
9.709/98, apenas tornou explícito um conteúdo já presente na norma originária. 2. A utilização de
termos distintos para as hipóteses de desmembramento de estados-membros e de municípios não
pode resultar na conclusão de que cada um teria um significado diverso, sob pena de se admitir maior
facilidade para o desmembramento de um estado do que para o desmembramento de um município .
(...) 4. (...) O desmembramento dos entes federativos, além de reduzir seu espaço territorial e sua
população, pode resultar, ainda, na cisão da unidade sociocultural, econômica e financeira do Estado,
razão pela qual a vontade da população do território remanescente não deve ser desconsiderada, nem
deve ser essa população rotulada como indiretamente interessada. Indiretamente interessada - e, por
isso, consultada apenas indiretamente, via seus representantes eleitos no Congresso Nacional - é a
população dos demais estados da Federação, uma vez que a redefinição territorial de determinado
estado-membro interessa não apenas ao respectivo ente federativo, mas a todo o Estado Federal. 5. O
art. 7º da Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1998, conferiu adequada interpretação ao art. 18, § 3º, da
Constituição, sendo, portanto, plenamente compatível com os postulados da Carta Republicana. A
previsão normativa concorre para concretizar, com plenitude, o princípio da soberania popular, da
cidadania e da autonomia dos estados-membros. Dessa forma, contribui para que o povo exerça suas
prerrogativas de cidadania e de autogoverno de maneira bem mais enfática. (...) STF. Plenário. ADI
2650, Min. Rel. Dias Toffoli, j. 24/08/11.
(PCGO-2017-CESPE): A respeito dos estados-membros da Federação brasileira, assinale a opção correta:
16
Art. 7o Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4o e 5o entende-se por população diretamente
interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso
de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá o acréscimo; e a
vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada.
71
Para o STF, a consulta a ser feita em caso de desmembramento de estado-membro deve envolver a
população de todo o estado-membro e não só a do território a ser desmembrado. BL: art. 18, §§3º e 4º, CF e
Entend. Jurisprud.
(DPEAC-2012-CESPE): Considerando a jurisprudência do STF acerca do Estado federal brasileiro,
assinale a opção correta: A consulta prévia às populações diretamente interessadas na modificação
territorial de um município deve contemplar tanto a população do território a ser desmembrado quanto a
do território remanescente. BL: art. 18, §§3º e 4º, CF e Entend. Jurisprud.
(MPSP-2012): Em 11 de dezembro de 2011, foram realizados dois plebiscitos no Estado do Pará com
consultas para que se decidisse sobre a criação ou não dos novos Estados de Carajás e Tapajós, a serem
formados a partir de desmembramento territorial do Estado do Pará. Sobre a previsão constitucional para
criação de novos Estados, a consulta prévia às populações diretamente interessadas, por meio de plebiscito,
deve ser realizada com os eleitores diretamente interessados, considerados como tais os eleitores do Estado.
BL: art. 18, §§3º e 4º, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: Portanto, o Plenário do STF no julgamento da ADI 2.650, decidiu que o plebiscito para o
desmembramento de um Estado da federação deve envolver não somente a população do território a ser
desmembrado mas também a de todo o Estado-membro, no caso do exemplo em análise, a população de
todo o Estado, nesse caso em concreto, o Estado do Pará.

##Atenção: ##STF: ##PGEPE-2009: ##CESPE: Pesquisas de opinião, abaixo-assinados e declarações de


organizações comunitárias, favoráveis à criação, à incorporação ou ao desmembramento de Município,
não são capazes de suprir o rigor e a legitimidade do plebiscito exigido pelo § 4º do art. 18 da Carta
Magna. Precedente: ADI 2.994, rel. min. Ellen Gracie, DJ de 4-6-04. A esse rol de instrumentos
ineficazes que buscam driblar a exigência de plebiscito expressa no art. 18, § 4º, da CF, soma-se, agora,
este de emenda popular ao projeto de Constituição estadual. Ação direta cujo pedido se julga
procedente, com a aplicação de efeitos ex nunc, nos termos do art. 27 da Lei 9.868/99. STF. Plenário. Rel.
Min. Ellen Gracie, j. 30/08/06.

(PCES-2022-CESPE): De acordo com o disposto na CF/88, a criação e o desmembramento de municípios


serão realizados por meio de lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal,
e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após
divulgação dos estudos de viabilidade municipal. BL: art. 18, 4º, CF.

##Atenção: Esse artigo é muito cobrado em provas. Atenção a essas 3 disposições:


 Far-se-á por LEI ESTADUAL no período de LEI COMPLEMENTAR FEDERAL
 Com aprovação, POR PLEBISCITO, da população envolvida
 Deve-se apresentar e publicar, NA FORMA DA LEI, Estudos de Viabilidade Municipal.

(PGM-João Pessoa/PB-2018-CESPE): A CF/88 prevê que a criação, a incorporação, a fusão e o


desmembramento de municípios serão feitos por lei estadual, dentro do período determinado por lei
complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
municípios envolvidos, após a divulgação dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e
publicados na forma da lei. Conforme o entendimento do STF e a classificação tradicional da
aplicabilidade das normas constitucionais, tal previsão constitui norma de eficácia limitada, pois de
aplicabilidade mediata. BL: art. 18, 4º, CF.

##Atenção: As normas de eficácia limitada e de aplicabilidade mediata não são aptas a produzir seus
efeitos quando da promulgação da Constituição. Elas precisam de uma lei integrativa infraconstitucional
ou até mesmo uma emenda constitucional. Na situação do art. 18, §4º da CF, a fusão, a criação, a
incorporação e o desmembramento de municípios dependem inicialmente de lei complementar federal
para determinação de seu período. Posteriormente, dependem de lei estadual. Portanto, trata-se de
norma de eficácia limitada e aplicabilidade mediata. Ainda sobre o tema, vejamos o seguinte trecho de
decisão do STF: “(...) Norma constitucional de eficácia limitada, porque dependente de complementação
infraconstitucional, tem, não obstante, em linha de princípio e sempre que possível, a imediata eficácia negativa de
revogar as regras preexistentes que sejam contrárias. Município: criação: EC 15/1996: plausibilidade da arguição de
inconstitucionalidade da criação de Municípios desde a sua promulgação e até que lei complementar venha a
implementar sua eficácia plena, sem prejuízo, no entanto, da imediata revogação do sistema anterior. É certo que o
novo processo de desmembramento de Municípios, conforme a EC 15/1996, ficou com a sua implementação sujeita
à disciplina por lei complementar, pelo menos no que diz com o Estudo de Viabilidade Municipal, que passou a
reclamar, e com a forma de sua divulgação anterior ao plebiscito. STF. Plenário. ADI 2.381 MC, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, j. 20-6-01.]”

Art. 19. É VEDADO à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

72
I - ESTABELECER cultos religiosos ou igrejas, SUBVENCIONÁ-LOS, EMBARAÇAR-LHES o
funcionamento ou MANTER com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança,
RESSALVADA, na forma da lei, a COLABORAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO; (MPRN-2009) (MPPB-
2010) (PCAP-2010) (MPES-2013) (PCES-2013) (MPPR-2014) (MPRS-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJMT-
2014) (PGERS-2015) (MPF-2011/2013/2017) (DPESC-2017) (TRF2-2017) (MPMS-2018) (MPGO-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (MPPE-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que obriga que as escolas e bibliotecas
públicas tenham um exemplar da Bíblia: A imposição legal de manutenção de exemplares de Bíblias
em escolas e bibliotecas públicas estaduais configura contrariedade à laicidade estatal e à liberdade
religiosa consagrada pela CF/88. STF. Plenário. ADI 5258/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 12/4/21 (Info
1012).

(MPF-2017): Assinale a alternativa correta: As religiões não guiarão o tratamento estatal dispensado a
outros direitos fundamentais, tais como o direito à autodeterminação, o direito à saúde física e mental, o
direito à privacidade, o direito à liberdade de expressão, o direito à liberdade de orientação sexual e o
direito à liberdade no campo da reprodução. BL: art. 19, I, CF.

(MPF-2017): Assinale a alternativa correta: O princípio da laicidade, além de impor ao Estado uma
postura de distanciamento quanto à religião, impede que ele endosse concepções morais religiosas. BL:
art. 19, I, CF.

##Atenção: A laicidade impõe que o Estado se mantenha neutro em relação às diferentes concepções
religiosas presentes na sociedade, sendo-lhe vedado tomar partido em questões de fé, bem como buscar o
favorecimento ou o embaraço de qualquer crença. (SARMENTO, Daniel. O crucifixo nos tribunais e a
Laicidade do Estado. In: Revista Eletrônica PRPE, maio 2007.)

(MPF-2017): Assinale a alternativa correta: O ateísmo, na sua negativa da existência de Deus, é também
uma posição religiosa que não pode ser privilegiada pelo Estado. BL: art. 19, I, CF.

##Atenção: Na verdade, o ateísmo, na sua negativa da existência de Deus, é também uma crença
religiosa, que não pode ser privilegiada pelo Estado em detrimento de qualquer outra cosmovisão.
(SARMENTO, Daniel. O crucifixo nos tribunais e a Laicidade do Estado. In: Revista Eletrônica PRPE,
maio 2007.)

(PGERS-2015-Fundatec): O princípio da laicidade estatal: Veda ao Estado que estabeleça cultos religiosos
ou igrejas, de forma a subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles relações de
dependência ou aliança, ressalvada a colaboração de interesse público. BL: art. 19, I, CF.

(MPF-2011): Assinale a alternativa correta: O princípio da laicidade do Estado impõe a neutralidade


estatal em matéria religiosa, mas não é incompatível com a colaboração entre o Poder Público e
representantes das igrejas e cultos religiosos que vise à promoção do interesse público. BL: art. 5º, VII,
c/c art. 19, I, CF.

II - RECUSAR FÉ aos documentos públicos; (MPMG-2013) (MPPR-2014)

(MPTO-2012-CESPE): Acerca da organização do Estado, assinale a opção correta: A União, os estados, o


DF e os municípios não podem recusar fé aos documentos públicos, tendo em vista que estes se
presumem idôneos. BL: art. 19, II, CF.

(TJMS-2010-FCC): Sobre a federação brasileira, é correto afirmar que os entes federados não podem
recusar fé aos documentos públicos. BL: art. 19, II, CF.

##Atenção: Desse modo, um ente tem que reconhecer um documento emitido pelo outro, como, por
exemplo, uma carteira de identidade emitida em Roraima tem que valer no Rio de Janeiro.

III - CRIAR DISTINÇÕES entre brasileiros ou preferências entre si. (PGEPI-2008) (MPGO-2010)
(MPRO-2010) (PCAP-2010) (DPESC-2012) (TRF5-2015) (Cartórios/TJMG-2015)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei distrital que preveja percentual de vagas nas

73
universidades públicas reservadas para alunos que estudaram nas escolas públicas do Distrito Federal,
excluindo, portanto, alunos de escolas públicas de outros Estados da Federação: É inconstitucional a lei
distrital que preveja que 40% das vagas das universidades e faculdades públicas do Distrito Federal
serão reservadas para alunos que estudaram em escolas públicas do Distrito Federal. Essa lei, ao
restringir a cota apenas aos alunos que estudaram no Distrito Federal, viola o art. 3º, IV e o art. 19, III,
da CF/88, tendo em vista que faz uma restrição injustificável entre brasileiros. Vale ressaltar que a
inconstitucionalidade não está no fato de ter sido estipulada a cota em favor de alunos de escolas
públicas, mas sim em razão de a lei ter restringindo as vagas para alunos do Distrito Federal, em
detrimento dos estudantes de outros Estados da Federação. STF. Plenário ADI 4868, Rel. Min. Gilmar
Mendes, j. 27/03/20.

(MPRS-2014): Considere a seguinte afirmação sobre Federação: As vedações constitucionais


estabelecidas no art. 19 da Constituição Federal direcionam-se a todos os integrantes da Federação
(União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e são de observância cogente. BL: art. 19, CF.

##Atenção: Desse modo, um ente tem que reconhecer um documento emitido pelo outro, como, por
exemplo, uma carteira de identidade emitida em Roraima tem que valer no Rio de Janeiro.

CAPÍTULO II
DA UNIÃO

Art. 20. SÃO BENS DA UNIÃO:

I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; (TJDFT-2011) (MPCE-2011)
(TRF4-2012) (DPESP-2013) (TRF5-2013) (PGEBA-2014) (PGEMS-2014)

II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções


militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; (TJMG-2009)
(PGEPE-2009) (AGU-2009) (MPRO-2010) (TRF4-2010) (TJPB-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (TJPI-2012) (TJGO-
2012) (PCAL-2012) (PFN-2012) (TRF3-2011/2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (TJCE-
2014) (DPEPB-2014) (PGESC-2014) (TJPE-2015) (TRF1-2015) (PCDF-2015) (TRT8-2015) (TRF5-
2009/2013/2015/2017) (DPEAC-2017) (MPMG-2018) (DPEMA-2018) (TRF2-2018) (PGEAP-2018) (TJPA-2019)
(MPCE-2020)

(TJMG-2009): Sobre as terras devolutas é correto dizer: As indispensáveis à defesa das fronteiras
pertencem à União Federal. BL: art. 20, II, CF.

(TJMG-2009): Sobre as terras devolutas é correto dizer: São bens públicos dominicais. BL: art. 20, II e art.
26, IV, CF.

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que BANHEM
mais de um Estado, SIRVAM de limites com outros países, ou SE ESTENDAM a território estrangeiro ou
dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; (MPRR-2008) (PGESP-2009) (MPRO-
2010) (MPCE-2011) (MPPB-2011) (MPSP-2011) (PGEPA-2011) (PGERS-2011) (TJPI-2012) (PCAL-2012) (PFN-
2012) (AGU-2009/2013) (TRF1-2011/2013) (TJRN-2013) (TRF2-2013) (TJDFT-2011/2014) (MPMT-2014) (TRF5-
2011/2015) (TJPE-2015) (TRF3-2016) (PGEAC-2014/2017)

(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: São bens pertencentes à União os lagos, rios e quaisquer
correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites
com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais. BL: art. 20, III, CF.

(TJMG-2012-VUNESP): É da Justiça Federal a competência para processar e julgar ação penal contra
acusado de pesca predatória em águas territoriais de Estados-membros da Federação. (ambiental)

##Atenção: É da Justiça Federal a competência para processar e julgar ação penal contra acusado de
pesca predatória em águas territoriais que cortem o território de um ou mais Estados-membros da
Federação, uma vez que esses rios são considerados bens da União, nos termos do art. 21, III da CF/88.

74
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as
ilhas oceânicas e as costeiras, EXCLUÍDAS, destas, as que CONTENHAM a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) (MPPB-2011) (TRF4-2010/2012) (TJPI-2012) (PCAL-
2012) (TRF5-2011/2013) (Cartórios/TJES-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRT8-2015)
(TJRS-2016) (DPESC-2017) (DPEMA-2018) (TJSC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019)

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:


II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio
da União, Municípios ou terceiros;

(TJSC-2019-CESPE): As ilhas costeiras são bens públicos que pertencem à União, ressalvadas as ilhas que
contenham a sede de municípios, que podem ter áreas sob domínio municipal ou particular, e as áreas
sob o domínio dos estados. BL: art. 20, IV c/c art. 26, II, CF. (administrat.)

##Atenção: ##STF: A redação dada ao art. 20, IV, da CF/88 pela EC nº 46/05. Ao se interpretar o âmbito
de aplicação do novo dispositivo introduzido pela EC 46/05, o STF, ao julgar o RE 636199 em regime de
Repercussão Geral, decidiu: “A Emenda Constitucional nº 46/05 não interferiu na propriedade da União,
nos moldes do art. 20, VII, da CF/88, sobre os terrenos de marinha e seus acrescidos situados em ilhas
costeiras sede de Municípios” (Tese 0676). Portanto, conforme decidiu o STF, “a EC nº 46/05 não alterou
o regime patrimonial dos terrenos de marinha, tampouco dos potenciais de energia elétrica, dos recursos
minerais, das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e de nenhum outro bem arrolados no art. 20
da CF”. Segundo a Corte, ocorreu apenas que “antes da Emenda Constitucional nº 46/05, todos os
imóveis situados nas ILHAS COSTEIRAS que não pertencessem, por outro título, a Estado, Município ou
particular, eram propriedade da União. Promulgada a aludida emenda, deixa de constituir título hábil a
ensejar o domínio da União o simples fato de que situada determinada área em ilha costeira, se nela
estiver sediado Município, não mais se presumindo a propriedade da União sobre tais terras, que passa
a depender da existência de outro título que a legitime”. (RE 636199, Min. Rel. Rosa Weber, j. 26/9/13).

##Atenção: DICAS:
 Ilhas costeiras (ou ilhas continentais) situam-se próximo da costa.
 Ilhas oceânicas (ou ilhas pelágicas) situam-se em alto mar.
 Se a ilha for localizada dentro da faixa do mar territorial (12 milhas náuticas contados a partir
da linha do mar) será ilha costeira; se posterior, será ilha oceânica.
 Critério objetivo para saber se é ilha costeira ou oceânica: mar territorial.

V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; (DPEAL-2009)


(TRF5-2009/2011) (PGERO-2011) (MPGO-2012) (PGESP-2012) (PFN-2012) (TJDFT-2011/2014) (TJPE-2015)
(TRF3-2016) (TRF4-2016)

(TJPE-2015-FCC): Os recursos naturais da plataforma continental são bens da União. (ambiental)

VI - o mar territorial; (PGESP-2009) (TRF1-2011) (TRF5-2011) (PGERS-2011) (MPGO-2012) (TJDFT-2014)


(MPMT-2014) (PGESC-2014) (TJRS-2016) (TRF3-2016) (MPPI-2019)

VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; (TJDFT-2011) (MPGO-2012) (MPF-2012) (PGEPA-2012)


(PCAL-2012) (DPERR-2013) (PGEGO-2013) (AGU-2013) (MPM-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (TRF1-
2011/2015) (TJPE-2015) (TRF4-2012/2016) (TJRS-2016) (TRF5-2011/2015/2017) (Cartórios/TJDFT-2019)

Súmula 496-STJ: Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não
são oponíveis à União.

##Atenção: ##DOD: Os terrenos de marinha são bens da União (art. 20, VII, da CF). Isso se justifica por
se tratar de uma região estratégica em termos de defesa e de segurança nacional (é a “porta de entrada”
de navios mercantes ou de guerra).

VIII - os potenciais de energia hidráulica; (AGU-2009) (MPCE-2011) (TRF1-2011) (TRF5-2011) (PGERO-


2011) (MPGO-2012) (PFN-2012) (TJPR-2013) (PGEGO-2013) (TJDFT-2014) (MPMT-2014) (TJPE-2015) (TRF3-
2016)

75
IX - os recursos minerais, INCLUSIVE os do subsolo; (TJTO-2007) (MPRO-2008) (AGU-2010) (MPCE-
2011) (MPSP-2011) (PGEPA-2011) (MPGO-2012) (PGESP-2012) (TRF1-2011/2013) (TJPR-2013) (PGEGO-2013)
(MPPA-2014) (TRF2-2014) (PGEBA-2014) (TRF5-2009/2011/2015) (TJPB-2015) (TJPE-2015) (Cartórios/TJMG-
2015) (TRF4-2014/2016) (DPESC-2017) (TJMT-2018)

(TJPB-2015-CESPE): Conforme está previsto na CF, os recursos minerais existentes em terras indígenas
pertencem à União, sendo permitido, na forma da lei, que atividades de mineração sejam exercidas
nessas áreas. BL: art. 20, IX e art. 231, §3º da CF/88. (ambiental)

X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; (PGEPB-2008)


(MPCE-2011) (PGEPA-2011) (PGERO-2011) (PGEGO-2013) (TJPE-2015) (MPF-2015) (PGEPR-2015) (TRF3-2016)
(DPESC-2017) (TJSC-2019)

(TJSC-2019-CESPE): Na propriedade de Roberto, localizada em um município do estado de Santa


Catarina, existe um conjunto de cavidades naturais subterrâneas, sobre o qual Roberto pretende construir
um empreendimento. De acordo com a CF/88, a pretensão de Roberto é juridicamente inviável, porque
essas cavidades são bens de titularidade da União. BL: art. 20, IX, CF. (ambiental)

XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. (TJTO-2007) (MPAM-2007) (PGEPB-2008)


(DPEES-2009) (AGU-2009) (MPCE-2011) (PGEMT-2011) (PGERO-2011) (MPF-2012) (PFN-2012) (TJRN-2013)
(DPESP-2013) (TJDFT-2014) (MPPA-2014) (PGEBA-2014) (PGEMS-2014) (TRF5-2013/2015) (TJPE-2015)
(PGEPR-2015) (PCDF-2015) (TRF4-2010/2012/2014/2016) (TRF3-2016) (MPRO-2008/2017) (DPEAC-2017)
(DPESC-2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPEPE-2018) (DPECE-2022)

(DPEPE-2018-CESPE): Com relação à disciplina dos bens públicos, assinale a opção correta: As terras
tradicionalmente reservadas aos índios são consideradas bens públicos de uso especial da União. BL: art.
20, XI, CF.

##Atenção: ##DOD: ##PGEPB-2008: ##DPEES-2009: ##PCDF-2015: ##DPEPE-2018: ##CESPE: A


quem pertencem as terras tradicionalmente ocupadas por índios? Pertencem à União (art. 20, XI, da CF).
No entanto, essas terras destinam-se à posse permanente dos índios, cabendo-lhes o usufruto exclusivo
das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. Em suma, são bens da União, mas para serem
usadas pelos índios. Por isso, alguns autores classificam essas terras como sendo bens públicos de uso
especial. Acerca do tema, Maria Sylvia Di Pietro explica: “As terras indígenas são bens públicos de uso
especial; embora não se enquadrem no conceito do artigo 99, II, do Código Civil, a sua afetação e a sua
inalienabilidade e indisponibilidade, bem como a imprescritibilidade dos direitos a elas relativos, conforme previsto
no §4º do artigo 231 da Constituição, permite incluí-las nessa categoria de bens.” (Fonte: DI PIETRO, Maria
Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013.).
(DPEES-2009-CESPE): No que se refere aos bens públicos, julgue o item subsequente: Na tradicional
classificação dos bens públicos, as terras indígenas são consideradas bens de uso especial. BL: art. 20, XI, CF.

##Atenção: ##DOD: Vale ressaltar que se a terra já foi habitada pelos índios, porém quando foi editada a
CF/88 o aldeamento já estava extinto, ela não será considerada terra indígena. Confira: “Súmula 650-
STF: Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que
ocupadas por indígenas em passado remoto.”

§ 1º É ASSEGURADA, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
a PARTICIPAÇÃO NO RESULTADO DA EXPLORAÇÃO de petróleo ou gás natural, de recursos
hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou COMPENSAÇÃO
FINANCEIRA por essa exploração. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (TJTO-2007)
(TJSE-2008) (PGEPA-2011) (PGESP-2012) (TRF2-2013) (AGU-2013) (PGEMS-2014) (TRF5-2009/2011/2015) (PFN-
2012/2015) (MPF-2015) (TRF3-2016) (TRF4-2016) (TJMT-2018) (PCMG-2018) (MPSC-2016/2019) (PGM-Boa
Vista/RR-2019)

##Atenção: ##DOD: Os recursos hídricos e os recursos minerais pertencem à União, conforme prevê os
inciso V, VIII e IX do art. 20 da CF/88.

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 Exemplo de aproveitamento dos recursos hídricos para geração de energia: hidrelétrica.
 Exemplo de recurso mineral: petróleo.

Participação dos Estados/DF e Municípios na exploração dessas riquezas: Apesar de pertencerem à


União, a CF/88 assegura também aos Estados, DF e Municípios uma participação no resultado da
exploração de petróleo, gás natural, recursos hídricos e outros recursos minerais situados no
respectivo território ou a compensação financeira por tal exploração. Isso está previsto no § 1º do art. 20
da CF.

##Atenção: ##DOD: Royalties: O § 1º do art. 20 da CF/88 fala em:


• participação no resultado; e
• compensação financeira...
... pela exploração de recursos naturais.

##Atenção: ##DOD: ##PGESP-2012: ##FCC: O poder constituinte optou por denominar os royalties
como “participação no resultado” e “compensação financeira pela exploração de recursos naturais”.
Essa segunda modalidade (compensação financeira) possui natureza jurídica de receita transferida
não tributária de cunho originário, isto é, decorrente da exploração do próprio patrimônio.

##Atenção: ##DOD: Lei mencionada no § 1º do art. 20 da CF/88 é federal e ordinária: O § 1º do art. 20 da


CF/88 fala que “É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios...”. Essa lei
mencionada pelo § 1º do art. 20, e que deve tratar sobre o rateio federativo das receitas dos royalties, é
uma lei federal e ordinária.

##Atenção: ##DOD: A Lei federal 9.478/97 dispõe sobre a política energética nacional e sobre as
atividades relativas ao monopólio do petróleo. Os arts. 48 e 49 dessa lei tratam sobre a distribuição dos
royalties de petróleo, a fim de dar cumprimento ao art. 20, § 1º, da CF/88.

§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres,
designada como FAIXA DE FRONTEIRA, é considerada fundamental para defesa do território nacional,
e sua ocupação e utilização SERÃO REGULADAS em lei. (MPES-2010) (TJPI-2012) (DPERR-2013)
(PGEBA-2014) (TRF4-2014/2016) (TRF2-2017) (Anal. Judic./TRF4-2019) (TJMS-2020)

##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: A “faixa de fronteira” é a área de até 150 quilômetros de largura, ao
longo das fronteiras terrestres, considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua
ocupação e utilização serão reguladas em lei (art. 20, §2º, CF/88). Registre-se que não se fala mais em
“faixa de segurança nacional”, expressão utilizada anteriormente à CF/88, pela revogada Lei Federal
2.597/55, possuindo o mesmo sentido da atual faixa de fronteira.

##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: A “Zona Contígua” brasileira compreende uma faixa que se estende
das doze às vinte e quatro milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir
a largura do mar territorial (art. 4º da Lei 8.617/1993).

Art. 21. COMPETE à UNIÃO: [Obs.: Competência Administrativa ou Material]

(PGEAL-2021-CESPE): Com relação ao princípio da predominância do interesse, assinale a opção


correta: Esse princípio estabelece que cabem à União as matérias de interesse geral e cabem aos estados
os assuntos de interesse regional. BL: arts. 21 e 25, CF.

##Atenção: ##PGEPI-2008: ##PCMG-2008: ##MPDFT-2009: ##TRF4-2009: ##MPTO-2012: ##PCGO-


2013: ##MPAC-2014: ##PGEMS-2014/2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##PGEAL-2021: ##TCETO-2022:
##CESPE: ##Fundatec: Temos a seguinte situação: i) Competência municipal: Impacto local, assim
considerado o que não ultrapassa as fronteiras do território de um município; ii) Competência estadual:
Impacto estadual, assim considerado o que ultrapassa o território de um município, mas fica adstrito às
fronteiras de um Estado da federação; iii) Competência federal: Impacto regional ou nacional, assim
considerado o que ultrapassa o território de um Estado, abarcando uma região ou mesmo todo o
território brasileiro; iv) Competência distrital: Impacto que não ultrapasse as suas fronteiras (não é
dividido em municípios).
(MPDFT-2009): Assinale a alternativa correta: A repartição de competências entre os componentes da
federação brasileira se dá segundo o princípio da predominância do interesse: à União, matérias de interesse
geral; aos Estados, matéria de interesse regional; aos Municípios, matérias de interesse local; e ao Distrito

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Federal, matérias de interesse regional e local. BL: arts. 21 a art. 32, CF.
##Atenção: Perceba que o DF terá interesse tanto regional como local, nos termos §1º do art. 32 da CF.

I - MANTER relações com Estados estrangeiros e PARTICIPAR de organizações internacionais;


(PGESC-2014) (TRF3-2016)

II - declarar a guerra e celebrar a paz;

III - ASSEGURAR a defesa nacional; (AGU-2013) (MPMG-2014) (Anal. Judic./TRF4-2019)

IV - PERMITIR, nos casos previstos em lei complementar, que FORÇAS ESTRANGEIRAS


TRANSITEM pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; (TJSP-2011) (AGU-2013)
(PGM-Cuiabá/MT-2014)

V - DECRETAR o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; (PCMG-2011) (MPMG-


2017)

VI - AUTORIZAR e FISCALIZAR a produção e o comércio de material bélico; (DPESC-2012)


(PCES-2013) (TJPA-2014) (PFN-2015) (PCRO-2022)

VII - EMITIR moeda; (TRF5-2009) (AGU-2013) (TJPA-2014) (PFN-2015) (TRF3-2018)

##Atenção: ##Dica: Competência:


- Emitir moeda: União (Art. 21, VII, CF);
- Limites de emissão: Congresso Nacional (Art. 48, XIV, CF);
- Exercício da emissão: BACEN (Art. 164, CF).

VIII - ADMINISTRAR as reservas cambiais do País e FISCALIZAR as operações de natureza


financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência
privada; (AGU-2012) (TJDFT-2016)

IX - ELABORAR e EXECUTAR planos nacionais e regionais de ordenação do território e de


desenvolvimento econômico e social; (TRF5-2011) (TJCE-2012) (PGDF-2013) (TJPB-2015) (MPMG-2021)

(MPMG-2021): Em matéria de política urbana, é correto afirmar que: Compete à União, entre outras
atribuições de interesse da política urbana, elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação
do território e de desenvolvimento econômico e social. BL: art. 21, IX, CF.

X - MANTER o serviço postal e o correio aéreo nacional; (DPESP-2009) (DPEBA-2010) (PGEPA-


2011) (TJPI-2012) (TJPA-2012) (DPEMS-2014) (PGERN-2014) (MPT-2015) (PFN-2015) (TRF4-2012/2016)
(PGEMT-2016) (DPEAC-2017) (MPMG-2021)

(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: A Constituição Federal confere à União Federal, em caráter
exclusivo, a exploração do serviço postal e do correio aéreo nacional. BL: art. 21, X, CF.

XI - EXPLORAR, DIRETAMENTE ou mediante AUTORIZAÇÃO, CONCESSÃO ou PERMISSÃO,


os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que DISPORÁ sobre a organização dos serviços, a
criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; [obs.: ANATEL] (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95) (MPES-2010) (MPMG-2010) (TRF3-2011) (TJPI-2012) (TJPR-2012)
(MPRR-2012) (PGESP-2012) (TJRN-2013) (TJMA-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (PGERN-2014) (MPF-
2012/2015) (MPSP-2015) (TRF5-2015) (MPT-2015) (TRF4-2016) (PGEMT-2016) (DPEAC-2017)
(Cartórios/TJMG-2018)

XII - EXPLORAR, DIRETAMENTE ou mediante AUTORIZAÇÃO, CONCESSÃO ou


PERMISSÃO: (MPRO-2008) (TRF2-2009) (AGU-2009) (MPES-2010) (DPEBA-2010) (PGERO-2011) (TJAC-
78
2012) (TJPR-2012) (TJPA-2012) (TJRJ-2012) (PGESP-2012) (TRF5-2011/2013) (TJMA-2013) (DPEAM-2013)
(PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PFN-2012/2015) (TJPE-2015) (MPSP-2015) (MPF-2015) (MPT-2015)
(TRF4-2010/2016) (DPEAC-2017) (TJMT-2018) (MPBA-2018) (MPPB-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/RS-2019) (PGERS-2010/2021)

a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda


Constitucional nº 8, de 15/08/95:) (PGERS-2010) (TJPR-2012) (PGEMS-2014) (MPSP-2015) (DPEAC-2017)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2019)

(Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2019-CESPE): A exploração de serviços de radiodifusão sonora bem como de


sons e imagens pode ocorrer mediante autorização, permissão e concessão. BL: arts. 21, XII, “a” e art.
223, CF.

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água,


em articulação com os Estados ONDE SE SITUAM os potenciais hidroenergéticos; (PGERO-2011) (TJRJ-
2012) (TJPA-2012) (PFN-2012) (TRF5-2011/2013) (TJMA-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (TJPE-2015) (MPF-2015)
(TJMT-2018) (MPPB-2018) (Cartórios/TJDFT-2019)

(TJPE-2015-FCC): A empresa Eletropubli S/A é uma sociedade de economia mista controlada pelo
Estado X, criada no ano de 2000, com a finalidade de atuar na área de geração de energia hidrelétrica.
Baseado nessas informações, é correto afirmar que se trata de pessoa jurídica de direito privado, havendo
no caso descentralização por meio de delegação da União, titular do serviço em questão. BL: art. 21, XII,
“b”, CF.

c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária; (TRF2-2009) (DPEBA-2010)


(PGERS-2021)

d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais,


ou que transponham os limites de Estado ou Território; (DPEBA-2010) (MPT-2015)

e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; (MPRO-2008)


(AGU-2009) (TJAC-2012) (PGEMS-2014) (PFN-2012/2015) (MPT-2015)

f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; (TJRS-2009) (DPEAM-2013) (TRF4-2010/2016) (MPBA-


2018)

(MPBA-2018): No que se refere à repartição de competências, marque a alternativa correta: Compete à


União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os portos marítimos,
fluviais e lacustres. BL: art. 21, XII, “f”, CF.

XIII - ORGANIZAR e MANTER o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de
2012) (DPEAC-2012) (DPESP-2012) (TJSP-2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013) (TJDFT-2014) (DPEPR-
2014) (Cartórios/TJMG-2017) (DPEDF-2019) (MPDFT-2021)

(MPSC-2021-CESPE): Acerca das normas constitucionais referentes às funções essenciais à justiça, julgue
o próximo item: A organização e a manutenção da Defensoria Pública dos Territórios e do Ministério
Público do Distrito Federal e dos Territórios são de competência exclusiva da União. BL: art. 21, XIII, CF.

(DPEPR-2014-UFPR): A respeito da Defensoria Pública, no âmbito da CF/1988, da Constituição do


Estado do Paraná e da jurisprudência dos Tribunais Superiores, é correto afirmar: A EC 69/12
estabeleceu que as competências legislativas e administrativas de organização e manutenção da
Defensoria Pública do Distrito Federal, conferidas originalmente à União, passaram a ser do próprio
Distrito Federal. BL: art. 21, XIII, CF.

##Atenção: ##DPEPR-2014: ##DPEDF-2019: ##CESPE: O art. 1.º da EC n.º 69/12, alterou o inciso

79
XIII do art. 21 da CF, excluindo a competência da União para organizar e manter a Defensoria Pública do
Distrito Federal. Com a EC 69/12, tal atribuição passou para a competência do próprio DF (saindo da
esfera da União). Portanto, a União ficou apenas com a organização, manutenção e legislação da
Defensoria Pública dos eventuais Territórios (não mais com a do DF). Em outros termos, a EC n.º.
69/12 retirou a competência da União para organizar e manter a Defensoria Pública do DF.

XIV - ORGANIZAR e MANTER a polícia civil, a POLÍCIA PENAL, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como PRESTAR assistência financeira ao Distrito Federal
para a EXECUÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 104, de 2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPDFT-2021)

Súmula Vinculante-39: Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias
civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.

##Atenção: ##STF: ##DOD: O Tribunal de Contas da União (TCU) é o órgão competente para
fiscalizar os recursos decorrentes do Fundo Constitucional do Distrito Federal (art. 21, XIV, CF/88 e Lei
10.633/02). Os recursos destinados ao Fundo Constitucional do Distrito Federal pertencem aos cofres
federais, consoante disposto na Lei 10.663/02. Logo, a competência para fiscalizar a aplicação dos
recursos da União repassados ao FCDF é do Tribunal de Contas da União. STF. 2ª T. MS 28584/DF, rel.
orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, j. 29/10/19 (Info 958)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei do Distrito Federal que institua, extinga e
transforme órgãos internos da Polícia Civil do Distrito Federal. Essa lei viola o art. 21, XIV, da CF/88,
que fixa a competência da União para manter e organizar a Polícia Civil do Distrito Federal. Deve-se
reconhecer que o art. 21, XIV, CF/88 trata tanto de competência administrativa quanto legislativa,
sendo a matéria atribuída, prioritariamente, à União. As leis distritais impugnadas, ao criarem cargos
em comissão e novos órgãos, também instituíram novas obrigações pecuniárias a serem suportadas
pela União. Ocorre que é vedado ao Distrito Federal valer-se de leis distritais para instituir encargos
financeiros a serem arcados pela União. Como as leis distritais declaradas inconstitucionais eram
muito antigas (2001, 2002 e 2005), o STF decidiu modular os efeitos da decisão. STF. Plenário. ADI 3666,
Rel. Min. Roberto Barroso, j. 6/12/18 (notícia do site) (Sem Info).

(TJSP-2011-VUNESP): Quanto à segurança pública: Compete à União organizar e manter a polícia civil,
a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. BL: art. 21, XIV, CF.

XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de


âmbito nacional; (MPMT-2014)

XVI - EXERCER a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de


rádio e televisão; (TRF5-2009) (PGEAM-2010) (TRF3-2011) (TRF1-2015) (MPPR-2017) (MPBA-2018)

XVII - CONCEDER anistia; (PCRN-2009) (TRF1-2009) (DPEMS-2012) (MPGO-2014) (TRF4-2014)


(DPEMA-2015) (PCGO-2013/2017) (DPEPE-2018) (PGETO-2018) (PCRS-2018) (PCES-2019) (MPSC-2021)

##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##PCRS-2018: ##CESPE: ##Fundatec: I. Poder Constituinte


Estadual: autonomia (ADCT, art. 11): restrições jurisprudenciais inaplicáveis ao caso. 1. É da
jurisprudência assente do STF que afronta o princípio fundamental da separação a independência dos
Poderes o trato em constituições estaduais de matéria, sem caráter essencialmente constitucional -
assim, por exemplo, a relativa à fixação de vencimentos ou a concessão de vantagens específicas a
servidores públicos -, que caracterize fraude à iniciativa reservada ao Poder Executivo de leis
ordinárias a respeito: precedentes. 2. A jurisprudência restritiva dos poderes da Assembleia
Constituinte do Estado-membro não alcança matérias às quais, delas cuidando, a Constituição da
República emprestou alçada constitucional. II - Anistia de infrações disciplinares de servidores
estaduais: competência do Estado-membro respectivo. 1. Só quando se cuidar de anistia de crimes -
que se caracteriza como abolitio criminis de efeito temporário e só retroativo - a competência exclusiva
da União se harmoniza com a competência federal privativa para legislar sobre Direito Penal; ao
contrário, conferir à União - e somente a ela - o poder de anistiar infrações administrativas de
servidores locais constituiria exceção radical e inexplicável ao dogma fundamental do princípio
federativo - qual seja, a autonomia administrativa de Estados e Municípios - que não é de presumir,
mas, ao contrário, reclamaria norma inequívoca da Constituição da República (precedente: Rp 696,
06.10.66, red. Baleeiro). 2. Compreende-se na esfera de autonomia dos Estados a anistia (ou o
80
cancelamento) de infrações disciplinares de seus respectivos servidores, podendo concedê-la a
Assembléia Constituinte local, mormente quando circunscrita - a exemplo da concedida pela
Constituição da República - às punições impostas no regime decaído por motivos políticos. STF.
Plenário. ADI 104, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 04/06/07.
(PCRS-2018-Fundatec): Pode-se dizer que a Carta Maior consolida a separação dos Poderes quando dispõe
no Art. 2º que: “são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário”. Com base nessa premissa, assinale a alternativa correta: Compreende-se na esfera de autonomia
dos Estados a anistia (ou o cancelamento) de infrações disciplinares de seus respectivos servidores, podendo
concedê-la à assembleia constituinte local. BL: Entend. Jurisprud.

XVIII - PLANEJAR e PROMOVER a defesa permanente contra as calamidades públicas,


especialmente as secas e as inundações; (DPEES-2009) (MPMT-2012) (MPRR-2012) (MPSC-2012) (TJPA-
2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PFN-2015) (MPSP-2022)

XIX - INSTITUIR sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e DEFINIR critérios de


outorga de direitos de seu uso; (Regulamento) (TRF5-2011/2013) (Cartórios/TJRS-2015) (TJRS-2016)

XX - INSTITUIR diretrizes para o desenvolvimento urbano, INCLUSIVE habitação, saneamento


básico e transportes urbanos; (AGU-2009) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (MPSC-2012) (MPMG-2011/2013)
(DPETO-2013) (TRF2-2013) (TJDFT-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-2015) (TRF5-2015) (Cartórios/TJRS-
2015) (TRT2-2015) (TJRS-2016) (TJPR-2013/2017) (PGEAP-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

(TJPI-2012-CESPE): A política de desenvolvimento urbano deve ficar a cargo do município, a partir de


diretrizes comuns fixadas por lei federal. BL: art. 18217 c/c art. 21, XX, CF.

XXI - ESTABELECER princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; (Cartórios/TJRS-


2015) (TJRS-2016)

XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEAC-2014) (PCES-2019)

XXIII - EXPLORAR os serviços e instalações NUCLEARES de qualquer natureza e EXERCER


monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o
comércio de minérios nucleares e seus derivados, ATENDIDOS os SEGUINTES PRINCÍPIOS e
CONDIÇÕES: (PGEAL-2009) (AGU-2009) (MPDFT-2013) (TRF1-2013) (TRF2-2014) (TRF4-2010/2014) (TJAM-
2016) (PGEAM-2016) (PGESE-2017)

a) toda atividade nuclear em território nacional SOMENTE SERÁ ADMITIDA PARA FINS
PACÍFICOS e mediante aprovação do Congresso Nacional; (PGEAL-2009) (AGU-2009) (MPDFT-2013)
(TRF2-2013) (TJPR-2014) (TRF4-2010/2014/2016) (TJAM-2016) (PGEAM-2016)

b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para


pesquisa e uso agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 118, de 2022)

c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercialização e a utilização de


radioisótopos para pesquisa e uso médicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 118, de 2022)

d) a responsabilidade civil POR DANOS NUCLEARES INDEPENDE da existência de culpa;


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) (PGEAL-2009) (TJDFT-2012) (MPMG-2012) (TJMA-
2013) (TJPR-2013) (MPDFT-2013) (TRF2-2013) (DPECE-2014) (PCDF-2015) (TJAM-2016) (TRF3-2016)
(DPERO-2017) (PGESE-2017) (TJSP-2018)

(TJMA-2013-CESPE): A responsabilidade civil objetiva por danos ambientais está consagrada

17
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes
gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir
o bem- estar de seus habitantes.
81
genericamente na legislação ambiental esparsa e, em relação aos danos nucleares, é objeto de expressa
disposição constitucional. BL: art. 4º, VII e 14, §1º, Lei 6938/81 e art. 21, XXIII, “d”, CF. (amb.)

##Atenção: Em relação à responsabilidade civil pelos danos causados por atividades nucleares, será
aferida pelo sistema da responsabilidade objetiva, conforme preceitua o art. 21, XXlll, c, da Constituição
Federal. Com isso, consagraram-se a inexistência de qualquer tipo de exclusão da responsabilidade
(incluindo caso fortuito ou força maior), a ausência de limitação no tocante ao valor da indenização e a
solidariedade da responsabilidade. (FIORILLO, 2006. p. 204).

XXIV - ORGANIZAR, MANTER e EXECUTAR a inspeção do trabalho; (Anal. Judic./TRT4-2022)

XXV - ESTABELECER as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em


forma associativa. (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEMT-2016) (MPRS-2021)

XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)

Art. 22. COMPETE PRIVATIVAMENTE à União LEGISLAR sobre: [Obs.: Competência


Legislativa.]

(DPESP-2012-FCC): A forma federativa de Estado é um importante instrumento para a limitação do


exercício do poder político. Sobre essa forma de Estado, é correto afirmar: Na repartição promovida pela
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, após análise dos conteúdos das competências
atribuídas aos entes federativos, pode-se observar uma acentuada concentração de poderes entre as
atribuições da União. BL: arts. 21 e 22, CF.

##Atenção: ##DPESP-2012: ##PCGO-2013: ##FCC: O federalismo pode apresentar características e


particularidades próprias de acordo com o país e contexto no qual é adotado, às vezes mais
descentralizado dando maiores poderes aos Estados-membros ou por vezes mais concentrados no poder
central da União. Muito tem se discutido o modelo adotado pelo Brasil. Embora não exista consenso,
grande parte da doutrina critica uma acentuada concentração de poderes entre as atribuições da União.

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho; [obs.: norma constitucional de eficácia PLENA.] (TJSE-2008) (MPPE-2008) (DPESP-2009/2010)
(MPPB-2010) (TJES-2011) (TJMG-2012) (TJCE-2012) (TJMS-2012) (TJRJ-2012) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPRJ-
2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (DPERO-2012) (MPSP-2010/2013) (MPMS-2013) (MPSC-
2013) (TRF1-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGEGO-2013) (PCES-2013) (MPT-2013) (MPM-2013)
(MPGO-2012/2013/2014) (TJPR-2014) (TJMT-2014) (MPAC-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014)
(PGEPI-2014) (PGERN-2014) (AGU-2010/2012/2015) (TJPB-2015) (PGEPA-2015) (PCCE-2015) (TRT1-2015)
(TRT15-2015) (TRT23-2015) (TRF4-2014/2016) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMT-2016) (PGM-
POA/RS-2016) (TRF5-2013/2015/2017) (DPEPR-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (PCMT-2017) (MPBA-2018)
(PGESP-2018) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2014/2019) (TJAL-2019) (MPMT-2019)
(Anal. Judic./TRF4-2019) (MPDFT-2011/2013/2021) (DPESC-2017/2021) (MPPR-2017/2019/2021) (MPMG-2021)
(PGEAL-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PCRO-2009/2022) (DPETO-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional norma estadual que obriga empresa privada de telefonia
celular e instituição de ensino a garantir idênticos benefícios promocionais tanto aos novos clientes
quanto aos antigos: É inconstitucional lei estadual que impõe aos prestadores privados de serviços de
ensino e de telefonia celular a obrigação de estender o benefício de novas promoções aos clientes
preexistentes. STF. Plenário. ADI 5399/SP e ADI 6191/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 9/6/22 (Info
1058). STF. Plenário. ADI 6333 ED/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, redator do acórdão Min. Alexandre de
Moraes, j. 9/6/22 (Info 1058).

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que isenta entidades filantrópicas de
recolher as taxas de retribuição autoral arrecadadas pelo ECAD: A competência legislativa concorrente
sobre produção e consumo e responsabilidade por dano ao consumidor, prevista no art. 24, V e VIII,

82
da Constituição Federal, não autoriza os Estados-membros e o Distrito Federal a disporem sobre
direitos autorais. A lei estadual que cria novas hipóteses de não recolhimento de direitos autorais não
previstas na Lei federal usurpa a competência privativa da União para legislar sobre direito civil,
direito de propriedade e para estabelecer regras de intervenção no domínio econômico (art. 22, I, da
CF/88). Além disso, essa lei estadual retira dos autores das obras musicais o seu direito exclusivo de
utilização, publicação ou reprodução das obras ou do reconhecimento por sua criação, afrontando o
art. 5º, XXII e XXVII, da CF/88. STF. Plenário. ADI 5800/AM, Rel. Min. Luiz Fux, j. 8/5/19 (Info 939).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##AGU-2015: ##PGESP-2018: ##CESPE: ##VUNESP: É


INCONSTITUCIONAL lei estadual que crie, como requisito de admissibilidade para a interposição
de recurso inominado no âmbito dos juizados especiais, o depósito prévio de 100% do valor da
condenação. Tal norma viola a competência privativa da União para legislar sobre direito processual,
além de vulnerar os princípios do acesso à jurisdição, do contraditório e da ampla defesa. STF.
Plenário. ADI 2699/PE, Rel. Min. Celso de Mello, j. 20/5/15 (Info 786).
(PGESP-2018-VUNESP): Ao julgar a ADI 2.699/PE, que tinha por objeto a análise da competência para
legislar sobre direito processual, o STF destacou ser importante compreender que a Constituição Federal
proclama, na complexa estrutura política que dá configuração ao modelo federal de Estado, a coexistência
de comunidades jurídicas responsáveis pela pluralização de ordens normativas próprias, que se distribuem
segundo critérios de discriminação material de competências fixadas pelo texto constitucional. Nesse
contexto, a respeito do tema competência constitucional para legislar sobre a matéria de direito processual,
assinale a alternativa correta: Os Estados-membros e o Distrito Federal não dispõem de competência para
legislar sobre direito processual. Com fundamento no sistema de poderes enumerados e de repartição
constitucional de competências legislativas, somente a União possui atribuição para legitimamente
estabelecer, em caráter privativo, a regulação normativa, inclusive a disciplina dos recursos em geral,
conforme posição consolidada do STF. BL: Info 786, STF.

##Atenção: ##STF: ##PGESP-2018: ##VUNESP: Lei 6.816/2007 de Alagoas, instituindo depósito prévio
de 100% do valor da condenação para a interposição de recurso nos juizados especiais cíveis do
Estado. Inconstitucionalidade formal: competência privativa da União para legislar sobre matéria
processual. Art. 22, I, da Constituição da República. STF. Plenário. ADI 4161, Relator(a): CÁRMEN
LÚCIA, Tribunal Pleno, j. 30/10/14.

##Atenção: ##STF: ##DOD; ##PGEPI-2014: ##MPRR-2017: ##CESPE: É inconstitucional norma da


Constituição estadual que disponha sobre o regime trabalhista dos servidores das empresas públicas e
sociedades de economia mista. Isso porque tais entidades estão sujeitas ao regime das empresas
privadas (art. 173, § 1º da CF). Logo, a CE estaria legislando sobre direito do trabalho. STF. Plenário.
ADI 318/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 19/2/14 (Info 736).

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: ##MPMS-2013: ##TRF1-2013: ##MPGO-2014: ##PGEPI-2014:


##TRF5-2015: ##PGEMT-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: Criação, por Lei
estadual, de Varas especializadas em delitos praticados por organizações criminosas. Previsão de
conceito de “crime organizado” no diploma estadual. Alegação de violação à competência da União
para legislar sobre matéria penal e processual penal. Entendimento do Plenário pela procedência do
pedido de declaração de inconstitucionalidade. Inclusão dos atos conexos aos considerados como Crime
Organizado na competência da Vara especializada. Regra de prevalência entre juízos inserida em Lei
estadual. Inconstitucionalidade. Violação da competência da União para tratar sobre Direito Processual
Penal (Art. 22, I, CF). Ausência de ressalva à competência constitucional do Tribunal do Júri. Violação ao
art. 5º, XXXVIII, CF. Afronta à competência da União para legislar sobre processo (art. 22, I, CF).
Criação de órgão colegiado em primeiro grau por meio de Lei estadual. Aplicabilidade do art. 24, XI,
da CF, que prevê a competência concorrente para legislar sobre procedimentos em matéria processual.
Colegialidade como fator de reforço da independência judicial. Omissão da legislação federal.
Competência estadual para suprir a lacuna (art. 24, § 3º, CF). Constitucionalidade de todos os
dispositivos que fazem referência à Vara especializada como órgão colegiado. Dispositivos que versam
sobre protocolo e distribuição. Constitucionalidade. Competência concorrente para tratar de
procedimentos em matéria processual (Art. 24, XI, da CF). Atividades da Vara Criminal anteriores ou
concomitantes à instrução prévia. Alegação de malferimento ao sistema acusatório de processo penal.
Interpretação conforme à Constituição. Atuação do Judiciário na fase investigativa preliminar apenas na
função de “juiz de garantias”. Possibilidade, ainda, de apreciação de remédios constitucionais destinados
a combater expedientes investigativos ilegais. Atribuição, à Vara especializada, de competência territorial
que abrange todo o território do Estado-membro. Suscitação de ofensa ao princípio da territorialidade.
Improcedência. Matéria inserida na discricionariedade do legislador estadual para tratar de
organização judiciária (Art. 125 da CF). Comando da lei estadual que determina a redistribuição dos
inquéritos policiais em curso para a nova Vara. Inexistência de afronta à perpetuatio jurisdictionis.
Aplicação das exceções contidas no art. 87 do CPC. Entendimento do Pleno deste Pretório Excelso.
83
Previsão, na Lei atacada, de não redistribuição dos processos em andamento. Constitucionalidade.
Matéria que atine tanto ao Direito Processual quanto à organização judiciária. Teoria dos poderes
implícitos. Competência dos Estados para dispor, mediante Lei, sobre a redistribuição dos feitos em
curso. Exegese do art. 125 da CF. (...) Vício formal, por invadir competência privativa da União para
tratar de processo (art. 22, I, CF). STF. Plenário. ADI 4414, Rel. Min. Luiz Fux, j. 31/05/12.
(MPGO-2014): Em relação à competência legislativa conferida, pela CF/1988, aos Estados-membros,
segundo a jurisprudência dominante do STF, é correto afirmar: Viola a competência legislativa outorgada
pela CF/1988, a definição, por lei estadual, do conceito de crime organizado, para fins de criação de Varas
especializadas em delitos praticados por organizações criminosas. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF5-2015: ##CESPE: É INCONSTITUCIONAL lei estadual que prevê
prioridade na tramitação para processos envolvendo mulher vítima de violência doméstica. A fixação
de prioridades na tramitação dos processos judiciais é matéria de Direito Processual, cuja competência
é privativa da União (art. 22, I, CF). STF. Plenário. ADI 3483/MA, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 3/4/14 (Info
741).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEPI-2014: ##TRF5-2015: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##CESPE:


##FCC: Imposição de obrigações para servidores municipais ou empregados de empresas estatais: É
inconstitucional norma da Constituição estadual que impõe obrigações relacionadas com servidores
municipais. Há, no caso, violação à autonomia municipal. É inconstitucional norma da Constituição
estadual que impõe obrigações de natureza civil, comercial ou trabalhista às empresas públicas e às
sociedades de economia mista. Isso porque tais entidades estão sujeitas ao regime das empresas
privadas (art. 173, § 1º da CF). Violação dos arts. 34, VII, c, e 22, I, da CF. STF. Plenário. ADI 144/RN,
Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 19/2/14 (Info 736).

##Atenção: ##STF: ##TJMA-2013: ##CESPE: A Lei estadual 4.049/02, ao prever a gratuidade de todos
os estacionamentos situados no Estado do Rio de Janeiro aos portadores de deficiência e aos maiores
de sessenta e cinco anos, proprietários de automóveis, violou o art. 22, I, da CF. Verifica-se, no caso, a
inconstitucionalidade formal da mencionada lei, pois a competência para legislar sobre direito civil é
privativa da União. Precedentes. STF, 2ª T. AI 742679 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 27/09/11.

##Atenção: ##STF: ##PCMT-2017: ##CESPE: É competência privativa da União legislar sobre direito
processual (art. 22, I, da CF). A persecução criminal, da qual fazem parte o inquérito policial e a ação
penal, rege-se pelo direito processual penal. Apesar de caracterizar o inquérito policial uma fase
preparatória e até dispensável da ação penal, por estar diretamente ligado à instrução processual que
haverá de se seguir, é dotado de natureza processual, a ser cuidada, privativamente, por esse ramo do
direito de competência da União. STF. Plenário. ADI 3896/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 04/06/08.
(PCMT-2017-CESPE): Aprovada pela assembleia legislativa de um estado da Federação, determinada lei
conferiu aos delegados de polícia desse estado a prerrogativa de ajustar com o juiz ou a autoridade
competente a data, a hora e o local em que estes serão ouvidos como testemunha ou ofendido em processos
e inquéritos. Nessa situação hipotética, a lei é inconstitucional, pois o estado legislou sobre direito
processual, que é matéria de competência privativa da União. BL: art. 22, I, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: Competência legislativa. Procedimento e processo. Criação de


recurso. Juizados especiais. Descabe confundir a competência concorrente da União, Estados e Distrito
Federal para legislar sobre procedimentos em matéria processual; art. 24, XI, com a privativa para
legislar sobre direito processual, prevista no art. 22, I, ambos da CF. Os Estados não têm competência
para a criação de recurso, como é o de embargos de divergência contra decisão de turma recursal . STF.
2ª T., AI 253.518-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 9/5/00.

##Atenção: ##STF: ##PGEPI-2014: ##CESPE: A jurisprudência do STF (malgrado a reserva pessoal do


relator) está sedimentada no sentido de que é da competência legislativa exclusiva da União a
definição de crimes de responsabilidade de quaisquer agentes políticos, incluídos os dos Estados e
Municípios. STF. Plenário. ADI 132, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 30/04/03.

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: Viola a reserva de lei para dispor sobre norma de direito
comercial voltada à organização e estruturação das empresas públicas e das sociedades de economia
mista norma constitucional estadual que estabelece número de vagas, nos órgãos de administração das
pessoas jurídicas, para ser preenchidas por representantes dos empregados. STF. Plenário. ADI 238,
Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 24/02/10.

##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##CESPE: Ação Direta. Lei nº 670, de 02 de março de 1994, do
Distrito Federal. Cobrança de anuidades escolares. Natureza das normas que versam sobre

84
contraprestação de serviços educacionais. Tema próprio de contratos. Direito Civil. Usurpação de
competência privativa da União. Ofensa ao art. 22, I, da CF. Vício formal caracterizado. Ação julgada
procedente. Precedente. É inconstitucional norma do Estado ou do Distrito Federal sobre obrigações
ou outros aspectos típicos de contratos de prestação de serviços escolares ou educacionais. STF.
Plenário. ADI 1042, Rel. Cezar Peluso, j. 12/08/09.
(AGU-2010-CESPE): Julgue o item seguinte, que versa sobre as competências dos entes federativos no
Estado brasileiro: De acordo com entendimento do STF, é inconstitucional lei estadual que disponha sobre
aspectos relativos ao contrato de prestação de serviços escolares ou educacionais, por se tratar de matéria
inserida na esfera de competência privativa da União. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPMS-2018: Lei nº 10.989/93 do Estado de Pernambuco. Educação: Serviço


Público não privativo. Mensalidades escolares. Fixação da data de vencimento. Matéria de Direito
Contratual. Vício de iniciativa. Os serviços de educação, seja os prestados pelo Estado, seja os prestados
por particulares, configuram serviço público não privativo, podendo ser desenvolvidos pelo setor
privado independentemente de concessão, permissão ou autorização. Nos termos do art. 22, I, da CF/88,
compete à União legislar sobre direito civil. STF. Plenário. ADI 1007, Rel. Eros Grau, j. 31/08/05.

(DPETO-2022-CESPE): Tendo como referência as disposições constitucionais referentes às


competências legislativas em matéria agrária, assinale a opção correta: É de competência privativa da
União legislar sobre direito agrário. BL: art. 22, I, CF.

(MPBA-2018): Sobre o Direito Processual Civil, seria correto afirmar: São constitucionais os pressupostos
básicos atinentes ao recurso extraordinário e ao recurso especial, embora possa a União, em matéria
processual, sobre eles legislar. BL: art. 22, I c/c art. 102, III e art. 105, III, CF.

(TJSP-2015-VUNESP): A Justiça Eleitoral, no exercício de suas atribuições legais e constitucionais, não


pode estabelecer, por meio do juiz da respectiva zona eleitoral, regras municipais diferenciadas para
propaganda eleitoral, por conta das peculiaridades locais, observada a competência legislativa
municipal. BL: art. 22, I da CF (eleitoral)

II - desapropriação; (TJPA-2009) (DPEMG-2009) (DPESP-2009) (TRF2-2011) (TRF4-2010/2012)


(TJDFT-2012) (MPRJ-2012) (MPRR-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (TJMA-2013) (TJAP-2014) (DPEMS-2014)
(PGESC-2014) (TRF5-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (MPPR-2008/2017) (DPESC-2012/2017) (DPEAC-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (DPERS-2014/2018) (MPMG-2010/2019) (TJPR-2012/2019) (Anal. Judic./TRF4-2019)
(Anal. Judic./TJCE-2022)

III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; (MPRJ-2012)
(DPEMG-2014) (MPPR-2017)

(TJDFT-2011): Sobre o tema da Intervenção do Estado na Propriedade, é correto afirmar: É da


competência privativa da União legislar sobre requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e
em tempo de guerra. BL: art. 22, II e III, CF.

IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; (MPPR-2008) (TJGO-2009) (MPSE-


2010) (TRF5-2011) (PGEPR-2011) (TJRJ-2012) (MPGO-2012) (MPRJ-2012) (MPRR-2012) (MPF-2012) (TJMA-2013)
(TJPE-2013) (PGEGO-2013) (TJPA-2014) (TJDFT-2014) (DPEMG-2014) (TJPB-2015) (TRT2-2015) (TRF4-
2012/2016) (PGEMT-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEAC-2017) (TRF2-2017) (PCMS-2017) (TJMT-2018)
(MPBA-2018) (PCES-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PCRO-2022) (MPCSC-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei municipal que preveja que o Poder Executivo poderá
conceder autorização para que sejam explorados serviços de radiodifusão no Município: É formalmente
inconstitucional lei municipal que autoriza o Poder Executivo Municipal a conceder a exploração do
Serviço de Radiodifusão Comunitária no âmbito do território do Município. O art. 21, XII, “a”, da
CF/88 estabelece que a competência para conceder autorização para tais serviços é da União. Além
disso, o art. 22, IV da CF/88 confere à União a competência privativa para legislar sobre o tema
“radiodifusão”. STF. Plenário. ADPF 235/TO, Rel. Min. Luiz Fux, j. 14/8/19 (Info 947).

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que veda o corte do fornecimento de água e

85
luz, em determinados dias, pelas empresas concessionárias, por falta de pagamento: É inconstitucional
lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias ou permissionárias façam o corte do
fornecimento de água, energia elétrica e dos serviços de telefonia, por falta de pagamento, em
determinados dias (ex: sextas-feiras, vésperas de feriados etc.). STF. Plenário ADI 3824/MS, Rel. Min.
Celso de Mello, julgado em 02/10/2020.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: NOVIDADE LEGISLATIVA - Lei 14.015/20: Alterou a Lei
8.987/95 e a Lei 13.460/17 para deixar mais explícito que é possível a interrupção do serviço público em
caso de inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. Confira os dispositivos
inseridos na Lei nº 13.460/2017: “Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos
serviços, devendo os agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes:
(...) XVI – comunicação prévia ao consumidor de que o serviço será desligado em virtude de
inadimplemento, bem como do dia a partir do qual será realizado o desligamento, necessariamente durante
horário comercial. Parágrafo único. A taxa de religação de serviços não será devida se houver
descumprimento da exigência de notificação prévia ao consumidor prevista no inciso XVI do caput deste
artigo, o que ensejará a aplicação de multa à concessionária, conforme regulamentação. (...) Art. 6º São
direitos básicos do usuário: (...) VII – comunicação prévia da suspensão da prestação de serviço. Parágrafo
único. É vedada a suspensão da prestação de serviço em virtude de inadimplemento por parte do usuário
que se inicie na sexta-feira, no sábado ou no domingo, bem como em feriado ou no dia anterior a feriado.”
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O entendimento acima foi positivado em nível nacional.
A Lei 14.015/20 inseriu o § 4º ao art. 6º da Lei 8.987/95 com a seguinte redação: “Art. 6º (...) § 4º A
interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá iniciar-se na sexta-
feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.”

##Atenção: ##STF: ##DOD: Lei estadual não pode proibir que as concessionárias de energia elétrica
cobrem um valor do consumidor para a religação do serviço que havia sido suspenso por
inadimplemento: É inconstitucional lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias cobrem
“taxa” de religação no caso de corte de fornecimento de energia por atraso no pagamento. Essa lei
estadual invadiu a competência privativa da União para dispor sobre energia, violando, assim, o art.
22, IV, da CF/88. Além disso, também interferiu na prestação de um serviço público federal,
considerando que o serviço de energia elétrica é de competência da União, nos termos do art. 21, XII,
“b”, da CF/88. Ex: concessionária havia “cortado” (suspendido) o serviço de energia elétrica em razão
de inadimplemento; o consumidor regularizou a situação, quitando os débitos; a concessionária pode
exigir do cliente o pagamento de uma tarifa para efetuar o religamento do serviço; lei estadual não
pode proibir que a concessionária cobre esse valor. STF. Plenário. ADI 5610/BA, Rel. Min. Luiz Fux, j.
8/8/19 (Info 946).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCMS-2017: ##PCRO-2022: ##CESPE: ##FAPEMS: Lei estadual que
obriga concessionárias a instalarem bloqueadores de celular é inconstitucional: Lei estadual que
disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em presídio invade a competência da União para
legislar sobre telecomunicações. STF. Plenário. ADI 3835/MS, Rel. Min. Marco Aurélio, ADI 5356/MS,
red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, ADI 5253/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, ADI 5327/PR, Rel. Min Dias
Toffoli, ADI 4861/SC, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 3/8/16 (Info 833).
(PCRO-2022-CESPE): Assinale a opção que reflete o entendimento do STF acerca das competências
constitucionais: É inconstitucional lei estadual que obriga as concessionárias a instalarem bloqueadores de
sinal de celular em presídio. BL: Info 833, STF.
(PCMS-2017-FAPEMS): Sobre a organização do Estado e o Federalismo, assinale a alternativa correta:
Segundo o STF é inconstitucional lei estadual que disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em
presídio, pois tal legislação invade a competência da União para legislar sobre telecomunicações. BL: Info
833, STF.

##Atenção: ##STF: ##PGESP-2012: ##TRF4-2016: ##FCC: A Lei nº 5.934/11 do Estado do Rio de


Janeiro, ao dispor acerca da possibilidade de acúmulo das franquias de minutos mensais ofertados
pelas operadoras de telefonia, violou o art. 22, inciso IV, da CF/88, que confere à União a competência
privativa para dispor sobre telecomunicações. (STF, Plenário, ADI 4.649/RJ, Min. Rel. Dias Toffoli, j.
1/7/16).
(PGESP-2012-FCC): Lei Estadual contém o dispositivo: “Art. 1o. Dispõe sobre a possibilidade de acúmulo das
franquias de minutos mensais ofertados pelas operadoras de telefonia. § 1o. Os minutos de franquia não utilizados no
mês de sua aquisição serão transferidos, enquanto não forem utilizados, para os meses subsequentes.” De acordo com
a jurisprudência do STF, esse dispositivo é inconstitucional, pois a legislação sobre telecomunicações e
radiodifusão é de competência privativa da União. BL: ADI 4649/RJ, STF.

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2013: ##CESPE: A competência da União Federal no domínio do setor


energético reveste-se de caráter exauriente (CF, art. 21, XII, “b”, art. 22, IV, e art. 175). A jurisprudência
plenária do STF tem reconhecido a manifesta inconstitucionalidade de diplomas legislativos de

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Estados-membros que, a pretexto de exercerem a sua competência suplementar em matéria de
“consumo” (CF, art. 24, V) ou de “responsabilidade por dano (…) ao consumidor” (CF, art. 24, VIII),
editam normas estaduais dirigidas às empresas prestadoras de serviços de energia elétrica, dispondo
sobre direitos dos usuários e obrigações das concessionárias, usurpando, em consequência, a
competência privativa outorgada à União Federal em tema de organização do setor energético (CF, art.
21, XII, “b”, art. 22, IV, e art. 175) e intervindo, indevidamente, no âmbito das relações contratuais
entre o poder concedente e as empresas delegatárias de tais serviços públicos. Os Estados-membros
não podem interferir na esfera das relações jurídico-contratuais estabelecidas entre o poder
concedente (quando este for a União Federal ou o Município) e as empresas concessionárias nem
dispõem de competência para modificar ou alterar as condições que, previstas na licitação, acham-se
formalmente estipuladas no contrato de concessão celebrado pela União (energia elétrica – CF, art. 21,
XII, “b”) e pelo Município (fornecimento de água – CF, art. 30, I e V), de um lado, com as
concessionárias, de outro, notadamente se essa ingerência normativa, ao determinar a suspensão
temporária do pagamento das tarifas devidas pela prestação dos serviços concedidos (serviços de
energia elétrica, sob regime de concessão federal, e serviços de esgoto e abastecimento de água, sob
regime de concessão municipal), afetar o equilíbrio financeiro resultante dessa relação jurídico-
contratual de direito administrativo. STF. Plenário. ADI 2337, Rel. Min. Celso de Mello, j. 05/10/20. (...)
STF. Plenário. ADI 2337 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. 20/02/02.
(TRF5-2013-CESPE): À luz da jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta em relação
ao controle dos atos da administração pública e a servidores públicos: Segundo entendimento do STF, não
podem os estados- membros elaborar lei que estabeleça normas permissivas de interferências nas relações
jurídico-contratuais firmadas entre o poder público concedente, federal ou municipal, e as empresas
concessionárias de serviços públicos, ainda que alegadamente no exercício de sua competência concorrente
subsidiária para legislar sobre consumo e responsabilidade por dano causado ao consumidor do serviço
prestado por essas empresas. BL: Entend. Jurisprud.

(TJRS-2018-VUNESP): No tocante às águas, nos termos da CF/88 e da Lei das Águas, assinale a
alternativa correta: A União tem competência privativa para legislar sobre águas. BL: art. 22, IV, CF.

(TJPE-2013-FCC): Compete privativamente à União legislar sobre águas. BL: art. 22, IV, CF.

V - serviço postal; (MPPR-2008) (DPEMG-2014) (PGERN-2014) (PGEMT-2016) (DPEAC-2017)

VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; (TJSE-2008) (TJPR-2011) (MPRJ-
2012) (DPEMG-2014) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020)

VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; (MPPR-2008) (DPESP-2010)


(TJPR-2011) (MPRJ-2012) (AGU-2012) (DPEMG-2014) (PGEPA-2015) (DPEPR-2017) (MPMT-2019)
(DPEMG-2019) (PCES-2019)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEPA-2015: ##MPMT-2019: ##FCC: Lei estadual não pode impor
prazos para as empresas de planos de saúde: É INCONSTITUCIONAL lei estadual que prevê prazos
máximos para que as empresas de planos de saúde autorizem exames médicos aos usuários. Isso
porque trata-se de lei que dispõe sobre direito civil, direito comercial e política de seguros, matérias
que são de competência da União (art. 22, I e VII, da CF/88). STF. Plenário. ADI 4701/PE, Rel. Min.
Roberto Barroso, j. 13/8/14 (Info 754).

(TJSC-2015-FCC): Caso disposições de lei estadual sobre transferência de valores contrariem lei federal
anterior que discipline a mesma matéria: as disposições da lei estadual incorrerão em vício de
inconstitucionalidade em virtude de invadirem esfera de competência da União. BL: art. 22, VII, CF.

VIII - comércio exterior e interestadual; (MPAL-2012) (MPRJ-2012) (DPEMG-2014) (TJPB-2015)


(AGU-2015) (MPBA-2018)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##AGU-2015: ##CESPE: Comércio exterior não pode ser tratado por lei
estadual: É INCONSTITUCIONAL lei estadual que proíba a comercialização, no referido Estado-
membro, de produtos importados que não tenham sido submetidos à análise de resíduos químicos de

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agrotóxicos. Isso porque essa lei trata sobre comércio exterior, matéria cuja competência é privativa da
União, nos termos do art. 22, VIII, da CF/88. STF. Plenário. ADI 3813/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
12/2/15 (Info 774).

IX - diretrizes da política nacional de transportes; (DPETO-2013) (PGESC-2014) (PGEMT-2016)

X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; (PGEPI-2008)
(DPEAM-2013) (PGM-Teresina/PI-2022)

XI - trânsito e transporte; (MPSP-2006) (PGECE-2008) (TJRS-2009) (AGU-2009) (DPESP-2010) (TRF5-


2011) (TJAC-2012) (PCRJ-2012) (MPES-2013) (DPETO-2013) (TRF1-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCES-2013)
(MPPR-2012/2014) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (MPMT-2014) (DPEMS-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGESC-2014) (PCSP-2014) (TRT1-2015) (MPGO-2016) (Cartórios/TJMG-2016/2017)
(DPEAC-2017) (MPMS-2018) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPMG-2019) (MPDFT-2013/2021)
(DPESC-2021) (TCERJ-2021) (DPEMS-2022) (DPEPI-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEMS-2022: ##FGV: Os Municípios, ao editarem as leis locais


regulamentando o transporte de passageiros mediante aplicativo, deverão observar as regras impostas
pela Lei federal 13.640/18. Desse modo, no exercício de sua competência para regulamentação e
fiscalização do transporte privado individual de passageiros, os Municípios e o Distrito Federal não
podem contrariar os parâmetros fixados pelo legislador federal. Isso porque compete à União legislar
sobre “trânsito e transporte”, nos termos do art. 22, XI, da CF/88. STF. Plenário. ADPF 449/DF, Rel. Min.
Luiz Fux; RE 1054110/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 8 e 9/5/19 (repercussão geral) (Info 939).
(DPEMS-2022-FGV): O Município Alfa editou a Lei nº XX/2021, estabelecendo alguns balizamentos para
a atividade de transporte privado individual por motoristas cadastrados em aplicativos, o que gerou grande
insatisfação junto aos destinatários da norma. Ao procurarem um advogado, foram informados,
corretamente, que o Município Alfa, à luz da ordem constitucional: pode legislar sobre a matéria, para fins
de regulamentação e fiscalização, e deve observar os parâmetros da lei federal. BL: Info 939, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que discipline as obrigações contratuais
relativas a seguros de veículos e regras de registro, desmonte e comercialização de veículos
sinistrados. Esta lei estadual viola a competência privativa da União para legislar sobre direito civil,
seguros, trânsito e transporte (art. 22, I, VII e XI, da CF/88). STF. Plenário. ADI 4704/DF, Rel. Min. Luiz
Fux, j. 21/3/19 (Info 934).

##Atenção: ##STF: ##DOD: Viola a CF/88 lei municipal que proíbe o transporte de animais vivos no
Município: Viola a Constituição Federal lei municipal que proíbe o trânsito de veículos, sejam eles
motorizados ou não, transportando cargas vivas nas áreas urbanas e de expansão urbana do
Município. Essa lei municipal invade a competência da União. O Município, ao inviabilizar o
transporte de gado vivo na área urbana e de expansão urbana de seu território, transgrediu a
competência da União, que já estabeleceu, à exaustão, diretrizes para a política agropecuária, o que
inclui o transporte de animais vivos e sua fiscalização. Além disso, sob a justificativa de criar
mecanismo legislativo de proteção aos animais, o legislador municipal impôs restrição
desproporcional. Esta desproporcionalidade fica evidente quando se verifica que a legislação federal
já prevê uma série de instrumentos para garantir, de um lado, a qualidade dos produtos destinados ao
consumo pela população e, de outro, a existência digna e a ausência de sofrimento dos animais, tanto
no transporte quanto no seu abate. STF. Plenário. ADPF 514 e ADPF 516 MC-REF/SP, Rel. Min. Edson
Fachin, j. 11/10/18 (Info 919).

##Atenção: ##STF: ##PGECE-2008: ##MPMS-2018: ##CESPE: Trânsito. Veículos: Película de filme


solar. Lei 6.908, de 01.7.97, do Estado de Mato Grosso. C.F., art. 22, XI. I. - Legislação sobre trânsito:
competência privativa federal: C.F., art. 22, XI. II. - Lei 6.908, de 1997, do Estado do Mato Grosso, que
autoriza o uso de película de filme solar nos vidros dos veículos: sua inconstitucionalidade, porque a
questão diz respeito ao trânsito. STF. Plenário. ADI 1704, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 01/08/02.

(TJPA-2019-CESPE): De acordo com o texto constitucional, a competência legislativa para tratar de


trânsito é privativa da União. BL: art. 22, XI, CF.

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##Atenção: Para não confundir:
 Legislar sobre trânsito e transporte: Competência privativa da União (art. 22, XI).
 Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito: Competência
comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (art. 23, XII).

(TJMG-2018-Consulplan): NÃO é constitucional a lei municipal que impõe sanção mais gravosa que a
constante do Código de Trânsito Brasileiro. BL: art. 22, XI, CF.

##Atenção: ##PGM-POA/RS-2016: ##Cartórios/TJMG-2017: ##TJMG-2018: ##Consulplan:


##Fundatec: A questão suscitada no presente recurso extraordinário versa, à luz do art. 30, I e V, da CF, sobre a
competência suplementar de Município para legislar sobre trânsito e transporte, e impor sanções mais gravosas que
as previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Há nesta Corte decisão específica sobre o tema no sentido da
inconstitucionalidade de norma municipal que impõe sanção mais gravosa que a prevista no CTB, por
extrapolar a competência legislativa suplementar do Município expressa no art. 30, II, da CF . Neste
sentido: ARE 638.574/MG, rel. min. Gilmar Mendes, DJE de 14-4-2011. Esta Corte possui ainda jurisprudência
firmada no sentido de que compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte,
impossibilitados os Estados-membros e Municípios a legislar sobre a matéria enquanto não
autorizados por lei complementar". [ARE 639.496 RG, voto do rel. min. Cezar Peluso, j. 16-6-2011, Tema
430.]

(Cartórios/TJES-2013-CESPE): Com base na disciplina constitucional, legal e jurisprudencial do controle


de constitucionalidade, assinale a opção correta: Lei estadual que dispuser sobre matérias atinentes a
trânsito e transporte padecerá inconstitucionalidade formal, por ser essa matéria de competência
legislativa privativa da União. BL: art. 22, XI, CF.

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; (MPSP-2006) (PGEPE-2009) (TRF3-2011)
(TRF5-2011) (PGEPA-2011) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (TJPR-2012/2013) (TRF4-2014) (PGEMS-2014) (TJDFT-
2016) (PCPA-2016) (TJMT-2018) (MPBA-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJPA-2014/2019) (MPPI-2019)
(PGM-Campo Grande/MS-2019) (TJAP-2022)

##Atenção: ##STF: ##TJAP-2022: ##FGV: (...) 2. A possibilidade de complementação da legislação


federal para o atendimento de interesse regional (art. 24, § 2º, da CF) não permite que Estado-Membro
simplifique o licenciamento ambiental para atividades de lavra garimpeira, esvaziando o
procedimento previsto em legislação nacional. Precedentes. 3. Compete privativamente à União
legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia (art. 22, XII, da CF), em razão do
que incorre em inconstitucionalidade norma estadual que, a pretexto de regulamentar licenciamento
ambiental, regulamenta aspectos da própria atividade de lavra garimpeira. Precedentes. STF. Plenário.
ADI 6672, Rel. Alexandre de Moraes, j. 15/09/21 (Info 1029). ##DOD: A possibilidade de
complementação da legislação federal para o atendimento de interesse regional não permite que Estado-
Membro simplifique o licenciamento ambiental para atividades de lavra garimpeira: É inconstitucional
a legislação estadual que, flexibilizando exigência legal para o desenvolvimento de atividade
potencialmente poluidora, cria modalidade mais simplificada de licenciamento ambiental. É
inconstitucional lei estadual que regulamenta aspectos da atividade garimpeira, nomeadamente, ao
estabelecer conceitos a ela relacionados, delimitar áreas para seu exercício e autorizar o uso de
azougue (mercúrio) em determinadas condições. STF. Plenário. ADI 6672/RR, Rel. Min. Alexandre de
Moraes, j. 14/9/21 (Info 1029).
(TJAP-2022-FGV): Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento econômico estadual, o governador do
Estado X propõe projeto de lei de regulamentação de atividade garimpeira e de exploração mineral,
simplificando o licenciamento ambiental, tornando-o de fase única. Sobre o caso, é correto afirmar que a lei
é inconstitucional: por vício de competência, tendo em vista que compete privativamente à União legislar
sobre jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia. BL: Info 939, STF.

(MPPI-2019-CESPE): De acordo com a CF/88, compete privativamente à União legislar sobre as águas e
a metalurgia. BL: art. 22, IV e XII, CF.

XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; (PGERN-2014)

XIV - populações indígenas; (TJSE-2008) (TJSC-2009) (DPESP-2009) (DPEMG-2014) (PFN-2015)


(TJRS-2016) (MPBA-2018) (DPEPE-2018) (PCSP-2018) (PCES-2019) (MPAP-2021) (DPEPI-2022)

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(TJRS-2016-Faurgs): Levando em consideração as normas estabelecidas no Título III, sobre a organização
político-administrativa do Estado, assinale a alternativa correta: A União é competente para legislar
privativamente sobre populações indígenas, porém os Estados podem legislar sobre questões específicas
dessa matéria quando autorizados por Lei complementar. BL: art. 22, XIV c/c § único, CF.

XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; (TJPR-2013)


(Cartórios/TJMG-2018)

XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;


(DPEAC-2012) (TJPA-2014) (TRT8-2015) (TJSC-2022)

(Anal. Legisl.-Câm. Deputados-2014-CESPE): Se um estado da Federação editar norma que proíba


revista íntima em empregados de estabelecimentos situados em seu território, tal norma, ainda que
proteja a dignidade do trabalhador, será inconstitucional, pois tratará de matéria de competência
privativa da União. BL: art. 22, I e XVI, da CF.

##Atenção: "Matéria concernente a relações de trabalho. Usurpação de competência privativa da União.


Ofensa aos arts. 21, XXIV, e 22, I, da CF. Vício formal caracterizado. (...) É inconstitucional norma do
Estado ou do Distrito Federal que disponha sobre proibição de revista íntima em empregados de
estabelecimentos situados no respectivo território." (ADI 2.947, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 5-5-10,
Plenário).

XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da


Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (TJPI-2012) (DPEAC-2012) (DPESP-2012) (PGEPI-2014) (TJDFT-
2015) (MPDFT-2015) (TRT2-2015) (DPEBA-2016) (DPEMT-2016) (TRF5-2017) (Cartórios/TJDFT-2019)
(DPESC-2021)

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; (DPEMG-2014)

XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; (MPRJ-2012)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMT-2019: ##FCC: É inconstitucional lei estadual que estabeleça
normas sobre a comercialização de títulos de capitalização, proibindo a venda casada e prevendo
regras para a publicidade desses produtos. STF. Plenário. ADI 2905/MG, rel. orig. Min. Eros Grau, red.
p/ o ac. Min. Marco Aurélio, j. 16/11/16 (Info 847).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Em um julgado bem apertado, o STF decidiu que esta lei
trata sobre direito comercial e outros temas que são de competência privativa da União, nos termos do art.
22, I, VI, VII e XIX, da CF. Afastou-se a alegação de que a lei trata sobre direito do consumidor. O Estado-
membro só poderá legislar sobre as matérias do art. 24 (dentre elas, a defesa do consumidor) se houver
situações peculiares que justifiquem a lei. É isso que se extrai dos §§ 2º e 3º do art. 24.

XX - sistemas de consórcios e sorteios; (DPEAM-2011) (MPRJ-2012) (MPRS-2012) (PCRJ-2012)


(DPEMG-2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (DPEAL-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPMG-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMG-2021: Os estados-membros detêm competência administrativa


para explorar loterias: A competência da União para legislar privativamente sobre sistemas de
consórcios e sorteios, inclusive loterias, não obsta a competência material (administrativa) para a
exploração dessas atividades pelos entes estaduais ou municipais, nem a competência regulamentar
dessa exploração. Os arts. 1º e 32, caput e § 1º, do Decreto-Lei 204/1967 não foram recepcionados pela
Constituição Federal de 1988. STF. Plenário. ADPF 492/RJ, ADPF 493/DF e ADI 4986/MT, Rel. Min.
Gilmar Mendes, j. 30/9/20 (Info 993).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Os Estados-membros e os Municípios podem explorar
serviços de loteria? Pode existir loteria estadual ou municipal? SIM. A União possui competência privativa
para legislar sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive loterias. Isso não impede, contudo, que os
Estados e Municípios explorem essas atividades. São situações diferentes:

90
• Estados-membros e Municípios não podem legislar sobre os sistemas de consórcios e sorteios,
incluindo as loterias.
• Estados-membros e Municípios podem explorar os serviços de loterias.
A competência legislativa acerca de determinado assunto não se confunde com a competência material,
executiva, de exploração de serviço a ele correlato. Não se pode conferir interpretação estendida para
também gerar competência material exclusiva da União, que não consta do rol taxativo previsto no art. 21
da CF/88.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMG-2021: É inconstitucional lei municipal que cria concurso de
prognósticos de múltiplas chances (loteria) em âmbito local. A competência para tratar sobre esse
assunto (sistemas de sorteios) é privativa da União, conforme determina o art. 22, XX, da CF/88. Sobre
o tema, vale a pena lembrar a Súmula Vinculante 2: “É inconstitucional a lei ou ato normativo
estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.”
STF. Plenário. ADPF 337/MA, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 17/10/18 (Info 920).

##Atenção: ##STF: A expressão “sistema de sorteios”, constante do art. 22, XX, CF/88, abrange os jogos
de azar, as loterias e similares (STF. Plenário. ADI 3895, Rel. Min. Menezes Direito, j. 4/6/08).

(DPEMA-2015-FCC): A competência legislativa assegurada constitucionalmente à União para dispor


sobre sistema de consórcios e sorteios impede legislação dos Estados que disponha sobre a matéria,
mesmo que apresente caráter suplementar à legislação federal e seja voltada a atender às suas
peculiaridades. BL: SV 2, STF e art. 22, XX, CF.

##Atenção: Aos Estados cabe exercer a competência suplementar à legislação federal somente em caso
de competência CONCORRENTE. No entanto, a competência para legislar sobre consórcios públicos
encontra-se inserida na competência PRIVATIVA da União, e nesse caso, não cabe ao Estado exercer
suplementação, ainda que haja legislação federal disciplinando a matéria, SALVO se houvesse delegação
da União por meio de lei complementar a todos os Estados, o que não é o caso.

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização,
inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (MPM-2021)

XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;

XXIII - seguridade social; (MPSP-2005) (DPECE-2008) (DPESP-2009) (PGEPI-2014)


(Cartórios/TJMG-2015) (Anal. Judic./TJCE-2022)

XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; (DPEGO-2010) (AGU-2010) (TJCE-2012)


(Cartórios/TJRS-2015) (TJRS-2016) (PCMS-2017) (TJRJ-2019) (DPESP-2019) (TJPR-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que estabelece critério diferente das regras
federais para o ingresso de crianças no primeiro ano do ensino fundamental: É inconstitucional lei
estadual que fixa critério etário para o ingresso no Ensino Fundamental diferente do estabelecido pelo
legislador federal e regulamentado pelo Ministério da Educação. STF. Plenário. ADI 6312, Rel. Min.
Roberto Barroso, j. 18/12/20 (Info 1003).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: É inconstitucional lei municipal que proíba a
divulgação de material com referência a “ideologia de gênero” nas escolas municipais: Compete
privativamente à União legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional (art. 22, XXIV, da CF), de
modo que os Municípios não têm competência para editar lei proibindo a divulgação de material com
referência a “ideologia de gênero” nas escolas municipais. Existe inconstitucionalidade formal. Há
também inconstitucionalidade material nessa lei. Lei municipal proibindo essa divulgação viola: i) a
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber (art. 206, II, CF); e
ii) o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas (art. 206, III). Essa lei contraria ainda um dos
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, que é a promoção do bem de todos sem
preconceitos (art. 3º, IV, CF/88). Por fim, essa lei não cumpre com o dever estatal de promover políticas
de inclusão e de igualdade, contribuindo para a manutenção da discriminação com base na orientação
sexual e identidade de gênero. STF. Plenário ADPF 457, Rel. Alexandre de Moraes, j. 27/04/20.
(TJPR-2021-FGV): Após ampla discussão no âmbito da Câmara Municipal de Alfa, com a realização de

91
diversas audiências públicas, foi aprovada a Lei Municipal nº XX, que vedou a divulgação de qualquer
material com ideologia de gênero no âmbito das escolas municipais. À luz da sistemática constitucional
vigente, é correto afirmar que: a competência para legislar sobre a matéria é privativa da União, e a Lei
Municipal nº XX afronta a liberdade de ensinar e o pluralismo de ideias. BL: Entend. Jurisprud.

(TJRS-2016-Faurgs): Com base na previsão do artigo 22, assinale a alternativa que contém competência
legislativa privativa da União: Definir diretrizes e bases da educação nacional. BL: art. 22, XXIV, CF.

XXV - registros públicos; (TJSC-2009) (DPEMT-2009) (DPESP-2009) (MPSP-2005/2010) (TJRS-2012)


(Cartórios/TJBA-2013) (DPEMG-2014) (DPEMS-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGESC-2014)
(PFN-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (DPEPI-2022) (Anal. Judic./TJCE-2022)

(Cartórios/TJBA-2013-CESPE): No que se refere à organização do Estado brasileiro, assinale a opção


correta: Uma lei estadual que disponha sobre regras gerais de registros públicos no âmbito do estado-
membro será inconstitucional, já que tal matéria está inserida no rol das competências legislativas
privativas da União. BL: art. 22, XXV, CF.

XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; (PGESP-2009) (PGERS-2010) (TJPR-2014) (TJDFT-


2014/2016) (PGEAM-2016) (PGESE-2017) (MPBA-2018)

##Atenção: ##STF: ##PGEAM-2016: ##CESPE: É inconstitucional norma estadual que dispõe sobre
atividades relacionadas ao setor nuclear no âmbito regional, por violação da competência da União
para legislar sobre atividades nucleares, na qual se inclui a competência para fiscalizar a execução
dessas atividades e legislar sobre a referida fiscalização. STF. Plenário. ADI 1.575/SP, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, j. 07/04/10.

(PGESE-2017-CESPE): A câmara municipal de Aracaju, preocupada com o risco de acidentes ambientais


e com a saúde da população, publicou uma lei decretando a impossibilidade, nos limites do município,
de instalação de empresas que lidem com materiais nucleares, bem como de realização de atividades que
envolvam esses materiais. Nesse caso, considerando-se a legislação pertinente, a norma municipal
publicada é inconstitucional, haja vista que a competência sobre o assunto é privativa da União. BL: art.
22, XXVI, CF.

XXVII – normas gerais DE LICITAÇÃO e CONTRATAÇÃO, em todas as modalidades, para as


administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia
mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJMG-2005)
(TJSE-2008) (MPRO-2008) (PGESP-2009) (MPMG-2010) (MPSP-2010) (TRF3-2011) (PGEPR-2011) (DPESE-
2012) (TJMA-2013) (MPSC-2013) (MPM-2013) (TJDFT-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014) (TJAL-2015) (TRF5-2017)
(MPPR-2019)

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento) (...)

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de
serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

92
##Atenção: ##STF: ##MPPR-2019: Lei do Município de São Paulo nº 13.959/05, a qual exige que “os
veículos utilizados para atender contratos estabelecidos com a Administração Municipal, Direta e
Indireta, devem, obrigatoriamente, ter seus respectivos Certificados de Registro de Veículos expedidos
no Município de São Paulo”. Exigência que não se coaduna com os arts. 19, III, e 37, XXI, da CF/1988. A
exigência constante da Lei nº 13.959/05 do Município de São Paulo, além de malferir a legítima
expectativa individual de quem queira participar de certame público, ofendendo direito individual,
vulnera o interesse público, direito da coletividade, pois, com a redução do universo de interessados
em contratar, não se garante à Administração a oferta mais vantajosa. É certo que as desigualações
entre sujeitos ou situações jurídicas no campo das licitações e contratos somente se justificam quando
voltadas ao melhor e mais eficiente cumprimento do objeto licitado/contratado e, ainda assim, desde que
não sejam desarrazoadas e estejam em conformidade com o sistema jurídico-constitucional, sob pena de
restar vulnerado o princípio da isonomia. Consoante a jurisprudência firmada na Corte no exame de
situações similares, o diploma em epígrafe ofende, ainda, a vedação a que sejam criadas distinções entre
brasileiros ou preferências entre os entes da Federação constante do art. 19, III, da CF/88. (...). STF. 2ª T.,
RE 668810 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 30/06/17.

##Atenção: ##STF: ##TJMA-2013: ##CESPE: A CF/88 outorga à União a competência para editar
normas gerais sobre licitação (art. 22, XXVII) e permite, portanto, que Estados e Municípios legislem para
complementar as normas gerais e adaptá-las às suas realidades. O STF firmou orientação no sentido de
que as normas locais sobre licitação devem observar o art. 37, XXI da CF/88, assegurando “ a igualdade de
condições de todos os concorrentes”. Dentro da permissão constitucional para legislar sobre normas
específicas em matéria de licitação, é de se louvar a iniciativa do Município de Brumadinho-MG de
tratar, em sua Lei Orgânica, de tema dos mais relevantes em nossa pólis, que é a moralidade
administrativa, princípio-guia de toda a atividade estatal, nos termos do art. 37, caput da CF/88. A
proibição de contratação com o Município dos parentes, afins ou consanguíneos, do prefeito, do vice-
prefeito, dos vereadores e dos ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança, bem como dos
servidores e empregados públicos municipais, até seis meses após o fim do exercício das respectivas
funções, é norma que evidentemente homenageia os princípios da impessoalidade e da moralidade
administrativa, prevenindo eventuais lesões ao interesse público e ao patrimônio do Município, sem
restringir a competição entre os licitantes. Inexistência de ofensa ao princípio da legalidade ou de
invasão da competência da União para legislar sobre normas gerais de licitação. Recurso extraordinário
provido. (STF, 2ª T., RE 423560, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 29/5/12).
(TJMA-2013-CESPE): À luz da legislação e da jurisprudência, assinale a opção correta no que se refere à
distribuição de competências entre os entes da Federação brasileira: Insere-se na competência suplementar
do município lei municipal que proíbe a contratação, com o ente municipal, de parentes, afins ou
consanguíneos do prefeito e do vice-prefeito, até seis meses após o fim do exercício das suas respectivas
funções, não configurando o fato invasão da competência da União para legislar sobre normas gerais de
licitação. BL: art. 22, XXVII do CF e Entendimento STF.

##Atenção: ##STF: ##MPM-2013: ##TRF5-2017: ##CESPE: Ação direta de inconstitucionalidade: Lei


Distrital 3.705, de 21.11.2005, que cria restrições a empresas que discriminarem na contratação de mão-
de-obra: inconstitucionalidade declarada. 1. Ofensa à competência privativa da União para legislar
sobre normas gerais de licitação e contratação administrativa, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais de todos os entes da Federação (CF, art.
22, XXVII) e para dispor sobre Direito do Trabalho e inspeção do trabalho (CF, arts. 21, XXIV e 22, I). 2.
Afronta ao art. 37, XXI, da CF - norma de observância compulsória pelas ordens locais - segundo o
qual a disciplina legal das licitações há de assegurar a "igualdade de condições de todos os
concorrentes", o que é incompatível com a proibição de licitar em função de um critério - o da
discriminação de empregados inscritos em cadastros restritivos de crédito -, que não tem pertinência
com a exigência de garantia do cumprimento do contrato objeto do concurso. STF. Plenário. ADI 3670,
Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 02/04/07.
(MPM-2013): Assinale a alternativa correta: É inconstitucional lei estadual que proíba a contratação pela
Administração Pública Direta e Indireta do estado-membro de pessoas jurídicas de direito privado que
discriminem, na contratação de mão-de-obra, pessoas que estejam com o nome incluído nos serviços de
proteção ao crédito por ofensa à competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de
licitação. BL: art. 22, XXVII do CF e Entendimento STF.

(TJSE-2008-CESPE): As matérias de competência legislativa privativa da União incluem as normas gerais


de licitação e os sistemas de consórcios. BL: art. 22, XXVII e XX, CF.

93
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização
nacional; (MPM-2013) (DPEMG-2014)

XXIX - propaganda comercial. (DPESP-2009) (MPAP-2012) (MPRJ-2012) (MPBA-2015) (MPSP-2015)


(Cartórios/TJMG-2015) (PFN-2015) (TRF4-2016) (MPPR-2012/2014/2017) (DPEAC-2017) (PGESP-2018)
(MPDFT-2021)

(MPSP-2015): Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que compete privativamente à
União legislar sobre: Propaganda comercial. BL: art. 22, XXIX, CF.

XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)

Parágrafo único. LEI COMPLEMENTAR PODERÁ AUTORIZAR os ESTADOS a LEGISLAR


sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. (TJDFT-2007) (TJMS-2008) (MPPE-2008)
(PGEPI-2008) (TJSC-2009) (DPEMG-2009) (DPEPA-2009) (TRF1-2009) (MPSE-2010) (PGEAM-2010)
(PGERS-2010) (TJPB-2011) (DPEAM-2011) (PGEPR-2011) (TJRS-2009/2012) (TRF4-2009/2012) (TJBA-2012)
(TJMG-2012) (TJCE-2012) (TJAC-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (PCRJ-2012) (PFN-2012) (TJMA-2013)
(MPMS-2013) (PGEGO-2013) (MPAC-2014) (MPGO-2014) (MPMT-2014) (MPRS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(MPDFT-2013/2015) (TJAL-2015) (DPEMA-2015) (TRT1-2015) (TRT8-2015) (TRT23-2015) (DPEMT-2016)
(PGEMS-2016) (MPPR-2017) (MPRO-2017) (TRF5-2017) (PCMS-2017) (PGESP-2002/2009/2018) (TJMT-2018)
(PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJPR-2012/2014/2019) (TJAL-2019) (MPT-2020) (MPAP-2012/2021)
(PGEAL-2021) (TJAP-2008/2009/2014/2022)

##Atenção: ##DICA: Competência privativa da União = "CAPACETE DE PMS"


"C" = Civil
"A" = Agrário
"P" = Penal
"A" = Aeronáutico
"C" = Comercial18
"E" = Eleitoral
"T" = Trabalho + Transito e Transporte
"E" = Espacial

"DE" = Desapropriação

"P" = Processual19
"M" = Marítimo
"S" = Seguridade Social20

##Atenção: Sistemas de consórcios e sorteios = PRIVATIVA DA UNIÃO: “Súmula Vinculante 2: É


inconstitucional a lei ou ato normativo Estadual ou Distrital que disponha sobre sistemas de
consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias”.

##Atenção: Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional = Privativa da União

##Atenção: Legislar sobre educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa,
desenvolvimento e inovação = Concorrente da União, Estados e Distrito Federal

##Atenção: ###DICA: Quando vier a palavra “SISTEMA” ou a expressão “NORMAS GERAIS” pode
ter certeza que se trata de matéria de competência legislativa da UNIÃO. Temos no art. 22 os seguintes
incisos: VI; XVIII; XX; XXI; XXVII.

(MPMS-2018): De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar que: Lei complementar federal
18
##Atenção:
-Propaganda Comercial e Direito Comercial = Privativa da União
- Junta Comercial = Concorrente da União, Estados e Distrito Federal
19
##Atenção: Procedimentos em matéria processual = Concorrente da União, Estados e Distrito
Federal
20
##Atenção: Previdência Social = Concorrente da União, Estados e Distrito Federal
94
poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias de competência privativa
da União. BL: art. 22, § único, CF.

(TJMT-2018-VUNESP): A CF/1988 promove a repartição de competências ambientais pelos mesmos


mecanismos da competência em geral entre os entes federativos. Dessa forma, na seara ambiental, no
âmbito da competência legislativa e da competência administrativa, é correto afirmar que lei
complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas relacionadas a atividades
nucleares de qualquer natureza. BL: art. 22, XXVI e § único, CF.

(DPEPR-2017-FCC): Em relação à repartição de competências na Constituição: É consagrada a


possibilidade de delegação de certas competências legislativas privativas da União aos Estados, através
da edição de lei complementar especificando a matéria, não podendo ser desigual entre os Estados. BL:
art. 22, § único, CF.

(MPDFT-2015): A disciplina constitucional relativa à competência para legislar sobre normas gerais de
organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos
de bombeiros militares exclui a possibilidade de os Estados exercerem a competência legislativa plena no
caso de inexistência de lei federal sobre normas gerais na matéria. BL: art. 22, XXI e § único, CF.

##Atenção: ##MPSE-2010: ##MPMT-2014: ##MPDFT-2015: ##DPEMT-2016: ##PGEMS-2016:


##CESPE: ##UFMT: Perceba que a possibilidade dos Estados exercerem a competência legislativa plena
em caso de inexistência de lei federal sobre normas gerais (art. 24, §3º, CF) somente existe nas matérias
cuja competência legislativa é concorrente, isto é, aquelas enumeradas no art. 24, da CF. Por outro lado,
nas matérias cuja competência legislativa é privativa da União (art. 22, CF), a inexistência de lei federal
sobre normas gerais não autoriza os Estados a legislarem sobre o assunto de maneira plena. Portanto,
tem-se que, de fato, a CF exclui a possibilidade de os Estado exercerem a competência legislativa plena
em tal situação, uma vez que o rol de matérias trazidas no art. 22 da CF é privativa da União. Todavia,
não há óbice para que a União possa delegar aos Estados poder para legislar sobre questões específicas
das matérias relacionadas entre as suas competências legislativas privativas, segundo determina o §
único do art. 22 da CF. Tal delegação se dá por meio de lei complementar.

Art. 23. É COMPETÊNCIA COMUM da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
[Obs.: Competência Administrativa ou Material]

I - ZELAR pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e CONSERVAR o
patrimônio público; (MPTO-2012) (TRF4-2012) (Cartórios/TJMT-2014) (PGESC-2014) (DPEMG-2019)

II - CUIDAR da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de


deficiência; (TJDFT-2007) (MPRN-2009) (PGEAM-2010) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (MPPI-2012) (MPT-2012)
(MPDFT-2013) (DPEAM-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (PGESC-2014) (MPAM-2015) (AGU-2015) (TJAM-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (DPEAL-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJRS-2012/2018) (MPSP-2006/2011/2019)
(MPMG-2019) (MPSC-2019) (DPEMG-2019) (DPEPR-2012/2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Estado pode ser obrigado a fornecer medicamento não registrado na
ANVISA, se a sua importação estiver autorizada, ele se mostrar imprescindível ao tratamento e houver
incapacidade financeira do paciente: Constatada a incapacidade financeira do paciente, o Estado deve
fornecer medicamento que, apesar de não possuir registro sanitário, tem a importação autorizada pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para tanto, devem ser comprovadas a
imprescindibilidade do tratamento e a impossibilidade de substituição por outro similar constante
das listas oficiais de dispensação e dos protocolos de intervenção terapêutica do Sistema Único de
Saúde (SUS). Tese fixada pelo STF: “Cabe ao Estado fornecer, em termos excepcionais, medicamento
que, embora não possua registro na Anvisa, tem a sua importação autorizada pela agência de vigilância
sanitária, desde que comprovada a incapacidade econômica do paciente, a imprescindibilidade clínica
do tratamento, e a impossibilidade de substituição por outro similar constante das listas oficiais de
dispensação de medicamentos e os protocolos de intervenção terapêutica do SUS.” STF. Plenário. RE
1165959/SP, Rel. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes, j. 18/6/21 (Repercussão
Geral – Tema 1161) (Info 1022).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMG-2019: ##MPSP-2019: ##DPEMG-2019: ##MPSC-2021:

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##DPEPR-2022: ##AOCP: ##CESPE: Responsabilidade pelo fornecimento do medicamento ou pela
realização do tratamento de saúde: O tratamento médico adequado aos necessitados se insere no rol
dos deveres do Estado, porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo
pode ser composto por qualquer um deles, isoladamente, ou conjuntamente. A fim de otimizar a
compensação entre os entes federados, compete à autoridade judicial, diante dos critérios
constitucionais de descentralização e hierarquização, direcionar, caso a caso, o cumprimento conforme
as regras de repartição de competências e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus
financeiro. As ações que demandem fornecimento de medicamentos sem registro na ANVISA deverão
necessariamente ser propostas em face da União. STF. Plenário. RE 855178 ED/SE, rel. orig. Min. Luiz
Fux, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, j. 23/5/19 (Info 941).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O STF, ao interpretar o art. 23, II da CF, entende que a
prestação dos serviços de saúde e o fornecimento de medicamentos representam uma responsabilidade
solidária dos três entes federativos (não se trata de responsabilidade subsidiária). Sendo a responsabilidade
solidária, o doente tem liberdade para ajuizar a ação somente contra a União, somente contra o Estado-
membro/DF, somente contra o Município, contra dois deles (ex: União e Estado) ou contra os três entes em
litisconsórcio. Assim, a parte pode incluir no polo passivo qualquer um dos entes, isoladamente, ou
conjuntamente. A parte escolhe contra qual (ou quais) ente(s) irá propor a ação.
##Questões de concurso:
(DPEPR-2022-AOCP): Sobre o direito à saúde, assinale a alternativa correta: De acordo com o Supremo
Tribunal Federal, o tratamento médico adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado,
porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo pode ser composto por qualquer
um deles, isoladamente ou conjuntamente. BL: Info 941, STF.
(MPSP-2019): Considerando o entendimento consolidado do STF, assinale a alternativa correta: Os entes da
Federação, em decorrência da competência comum, são solidariamente responsáveis nas demandas
prestacionais na área da saúde, e diante dos critérios constitucionais de descentralização e hierarquização,
compete à autoridade judicial direcionar o cumprimento conforme as regras de repartição de competências
e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro. BL: Info 941, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPSP-2019: ##MPMT-2019: ##DPEMG-2019: ##FCC: Exceção no


caso do fornecimento de medicamentos sem registro na ANVISA: As ações que demandem fornecimento
de medicamentos sem registro na ANVISA deverão necessariamente ser propostas em face da União.
STF. Plenário. RE 657718/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, j.
22/5/19 (repercussão geral) (Info 941).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Como a ANVISA integra a estrutura da Administração
Pública Federal, não se pode permitir que Estados e Municípios (entes federativos que não são
responsáveis pelo registro de medicamentos) sejam condenados a custear tais prestações de saúde quando
eles não têm responsabilidade pela mora da Agência, nem têm a possibilidade de saná-la. Quanto à
competência, em razão da presença da União no polo passivo, a ação deverá ser proposta na Justiça
Federal, nos termos do art. 109, I, da CF/88.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Vale aqui um esclarecimento: a parte que pleiteia o
fornecimento de medicamento não registrado na ANVISA não está obrigada a ajuizar a ação apenas
contra a União. O que o STF decidiu é que a União obrigatoriamente deverá estar no polo passivo. Em
outras palavras, existe a obrigatoriedade de a União figurar no polo passivo, mas não a sua exclusividade.
(MPSP-2019): Considerando o entendimento consolidado do STF, assinale a alternativa correta: As ações
que demandem o fornecimento de medicamentos sem registro na Anvisa deverão ser necessariamente
propostas em face da União. BL: Info 941, STF.

(MPPI-2012-CESPE): Com relação ao direito sanitário, assinale a opção correta: Cuidar da saúde
constitui competência material comum entre União, estados, DF e municípios. BL: art. 23, II, CF.

III - PROTEGER os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; (MPRO-2008) (PGEPB-2008) (TRF5-
2011) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (TRF4-2012) (PGESP-2012) (MPDFT-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (TRF2-2014) (MPF-2015) (PGEAM-2010/2016)
(PGM-POA/RS-2016) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJRS-2018) (PGESC-2018) (MPSP-2006/2019)

##Atenção: ##MPRO-2008: ##CESPE: ##Dica:


 Quando o interesse na proteção for regional ou nacional = haverá competência comum da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios quanto à proteção do patrimônio histórico (art.
23, III).
 Quando o interesse na proteção for local = haverá competência exclusiva do Município (art. 30, IX).
96
IV - IMPEDIR a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de
valor histórico, artístico ou cultural; (PGEAM-2010) (TRF2-2014) (PCPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJRS-
2018) (MPSP-2019)

(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: É competência comum da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos, assim como impedir a
evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou
cultural. BL: art. 23, III e IV, CF.

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à


inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

VI - PROTEGER o meio ambiente e COMBATER a poluição em qualquer de suas formas; (TJMG-


2006) (MPMT-2008) (DPESP-2009) (PGEPE-2009) (PCRJ-2009) (MPBA-2010) (MPRO-2010) (TRF4-2010)
(PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (TRF5-2009/2011) (TJPB-2011) (TJPE-2011) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (TJRS-
2012) (TJPI-2012) (MPRR-2012) (PGEMG-2012) (TJPR-2010/2011/2012/2013) (MPDFT-2013) (TRF1-2013) (PGDF-
2013) (MPMA-2014) (PGEBA-2014) (MPAM-2015) (AGU-2015) (TJAM-2016) (DPEES-2016) (PCPE-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (MPSP-2011/2017) (MPF-2013/2017) (TRF2-2017) (DPU-2017) (PGEAC-2017) (PCGO-
2017) (TJCE-2012/2018) (PGESP-2012/2018) (TRF3-2018) (PGESC-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJSC-
2010/2019) (TJAL-2019) (TJPA-2019) (MPPI-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019)
(MPSC-2021) (PGEAL-2021) (PCPA-2021) (PCRN-2021) (MPCSC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STF: ##TJSC-2019: ##CESPE: Os estados têm competência para instituir programa de
inspeção e manutenção de veículos com o objetivo de proteção ao meio ambiente. O ato normativo
impugnado não dispõe sobre trânsito ao criar serviços públicos necessários à proteção do meio ambiente
por meio do controle de gases poluentes emitidos pela frota de veículos do Distrito Federal. A alegação
do requerente de afronta ao disposto no art. 22, XI da CF/88 não procede. A lei distrital apenas regula
como o Distrito Federal cumprirá o dever-poder que lhe incumbe - proteção ao meio ambiente. O DF
possui competência para implementar medidas de proteção ao meio ambiente, fazendo-o nos termos do
disposto no art. 23, VI, da CF/88. STF. Plenário. ADI 3338, Rel. Joaquim Barbosa, Rel. p/ Ac. Eros Grau, j.
31/08/05.
(TJSC-2019-CESPE): Acerca da proteção ao meio ambiente e da repartição de competências ambientais na
estrutura federativa brasileira, assinale a opção correta de acordo com a jurisprudência do STF: Os estados
têm competência para instituir programa de inspeção e manutenção de veículos com o objetivo de proteção
ao meio ambiente. BL: art. 26, VI da CF e Entend. STF.

(TJCE-2018-CESPE): Considerando a disciplina constitucional sobre proteção e repartição de


competências em matéria ambiental, assinale a opção correta: O combate a qualquer forma de poluição
faz parte da competência administrativa comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios. BL: art. 23, VI, CF (amb.)

##Atenção: ##Dica:
 COMbater poluição - competência COMum (art. 23, VI)

 CONtrole da poluição - competência CONcorrente (art. 24, VIII)

##Atenção: ##DPEPA-2009: ##PGEPR-2011: ##PGEMG-2012: ##MPGO-2013: ##PCGO-2017:


##PGESC-2018: ##TJAL-2019: ##CESPE: ##FCC: A competência comum, apesar de ser distribuída, de
fato, pelo sistema horizontal – em que não há hierarquia entre os entes federados, permitindo sua
atuação conjunta –, ela não diz respeito à atividade legislativa, mas sim à atividade material. Em
relação ao meio ambiente, impõe-se a todos os entes federados, em igualdade, o dever de proteger o
meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas (art. 23, VI, da CF).

(TJPE-2011-FCC): Os municípios brasileiros, face ao ordenamento constitucional e legal, no que se refere


ao licenciamento ambiental podem emitir licença ambiental, desde que o empreendimento seja de
interesse apenas local e não afete o meio ambiente em nível regional ou nacional. (amb.)

##Atenção: Todos os entes federados são competentes para o licenciamento ambiental uma vez tratar-se

97
de competência administrativa comum prevista no art. 23, VI, da CF/88. Os critérios de definição de
competência estão previstos na LC 140/2011 e na Resolução CONAMA 237/97. Em ambas as normas,
verifica-se a competência municipal (vide art. 9º da LC 140/2011 e art. 6º da Res. CONAMA 237/97).

VII - PRESERVAR as florestas, a fauna e a flora; (DPESP-2009) (TRF5-2009) (PGEPE-2009) (TJSC-


2010) (TRF4-2010) (TRF1-2011) (PGEPR-2011) (TJPI-2007/2012) (TJPR-2010/2012) (TJRS-2012) (MPGO-2012)
(MPRR-2012) (PGEAC-2012) (DPETO-2013) (MPMA-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGM-
Curitiba/PR-2015) (DPEES-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPF-2017) (PGESP-2012/2018) (PGESC-2018)
(TJAL-2019) (TJPA-2019) (MPPI-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPSC-2021) (MPCSC-2022) (PGM-
Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJSC-2019: ##CESPE: É inconstitucional, por violar o princípio da


separação dos poderes, lei estadual que exige autorização prévia do Poder Legislativo estadual
(Assembleia Legislativa) para que sejam firmados instrumentos de cooperação pelos órgãos
componentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA. Também é inconstitucional lei
estadual que afirme que Fundação estadual de proteção do meio ambiente só poderá transferir
responsabilidades ou atribuições para outros órgãos componentes do SISNAMA se houver aprovação
prévia da Assembleia Legislativa. STF. Plenário. ADI 4348/RR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.
10/10/18 (Info 919).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: A composição do SISNAMA – que conta com a
participação de órgãos e instituições de todos os entes da federação – é um consectário lógico do
estabelecimento, pela CF/88, da competência comum das entidades da federação para proteger o meio
ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas, bem assim para preservar as florestas, a
fauna e a flora (art. 23, VI e VII, da CF/88). Pelo fato de abranger órgãos e entidades de todos os entes
federativos, é imprescindível que as ações voltadas à proteção do meio ambiente se concretizem mediante
a celebração de termos de cooperação ou ajustes similares entre eles. No caso em tela, a lei estadual, ao
submeter à Assembleia Legislativa local a aprovação prévia desses instrumentos de cooperação firmados
entre os órgãos componentes do SISNAMA e o Estado de Roraima, viola o princípio constitucional da
separação de poderes, pois permite a ingerência do Legislativo sobre o Executivo em matéria de proteção
ambiental, tema de índole claramente administrativa, por envolver a execução de política pública.

##Atenção: A competência material comum é atribuída conjuntamente à União, Estados, DF e


Municípios no intuito de promover a execução de diretrizes, políticas e preceitos relativos à proteção
ambiental (art. 23, VI e VII, da CF/88).

(TJRJ-2012-VUNESP): A competência material comum em matéria de proteção ao meio ambiente foi


atribuída conjuntamente à União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A competência material
comum é repartida entre os entes da federação para o cumprimento das tarefas em forma de cooperação.
(amb.).

(DPEPA-2009-FCC): Relativamente às competências constitucionais em matéria ambiental, é correto


afirmar que a preservação das florestas, da fauna e da flora é competência material comum da União, dos
Estados e dos Municípios. BL: art. 23, VII, CF. (amb.).

##Atenção: ##TRF5-2009: ##PGEPR-2011: ##TJPR-2012: ##TJRS-2012: ##PGEAC-2012: ##PGESC-


2018: ##CESPE: ##FCC: A competência administrativa em matéria ambiental é, em regra, comum à
União, Estados-membros, Municípios e Distrito Federal, nos termos do art. 23, VI e VII, CF. Por conta
disso, conclui-se que, em matéria ambiental, a competência executiva é comum aos três níveis de
Governo.

VIII - FOMENTAR a produção agropecuária e ORGANIZAR o abastecimento alimentar; (PGESC-


2014) (DPETO-2022)

IX - PROMOVER programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e


de saneamento básico; (AGU-2009) (MPES-2010) (MPMT-2012/2014) (TJDFT-2014) (PGERN-2014) (PGESC-
2014) (MPF-2015) (TJPR-2017) (PGEAP-2018) (PGETO-2018) (TJMS-2020)

98
X - COMBATER as causas da pobreza e os fatores de marginalização, PROMOVENDO a
integração social dos setores desfavorecidos; (TRF5-2009) (TJDFT-2014) (MPMT-2014) (DPEPB-2014)
(PGESC-2014) (TRF1-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PCPI-2018)

XI - REGISTRAR, ACOMPANHAR e FISCALIZAR as concessões de direitos de pesquisa e


exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; (MPSP-2006) (TJTO-2007) (TJAL-2008)
(AGU-2009) (TRF5-2009/2011) (TRF3-2011) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (TJCE-2012) (MPRR-2012) (PGDF-
2013) (PGEBA-2014) (MPF-2015) (PCPA-2016) (TRF2-2017) (TJMT-2018) (TJMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que discipline a ARRECADAÇÃO das
receitas oriundas da exploração de recursos hídricos para geração de energia elétrica e de recursos
minerais, inclusive petróleo e gás natural. Há uma inconstitucionalidade formal, considerando que
cabe à União legislar sobre o tema (art. 22, IV e XII, CF/88). Por outro lado, a lei estadual pode dispor
sobre a fiscalização e o controle dessas receitas, tendo em vista que é de competência comum aos entes
registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seus territórios (art. 23, XI, CF/88). Por esse motivo, o STF afirmou que são
constitucionais os dispositivos da Lei estadual que tratam sobre as providências administrativas que
devem ser observados pelas concessionárias instaladas no Estado. STF. Plenário. ADI 4606/BA, Rel.
Min. Alexandre de Moraes, j. 28/2/19 (Info 932).

(AGU-2009-CESPE): A CF apresenta normas ambientais específicas, normas de competência e normas de


garantia. Com base em tais normas, julgue o próximo item: O município pode fiscalizar as concessões de
direitos de exploração de recursos minerais em seus territórios. BL: art. 23, XI, CF.

XII - ESTABELECER e IMPLANTAR política de educação para a segurança do trânsito. (PGECE-


2008) (TRF5-2009) (MPMG-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPMT-2014) (MPRS-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(TJRS-2009/2016) (DPEMT-2016)

(MPRS-2014): É competência material comum dos entes federados a implantação de política educacional
visando à segurança do trânsito. BL: art. 23, XII, CF.

Parágrafo único. Leis complementares FIXARÃO NORMAS PARA A COOPERAÇÃO entre a


União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e
do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (TJAL-2008)
(PCMG-2008) (TRF3-2011) (PGESP-2012) (PCMA-2012) (PFN-2012) (MPDFT-2013) (TRT2-2015) (DPEMT-
2016) (PGESC-2018) (MPPR-2019)

(DPEMT-2016-UFMT): Sobre as competências dos entes federativos, de acordo com a CF/988, assinale
a alternativa correta: Nas competências comuns, mediante leis complementares, é possível fixar normas
para a cooperação entre os entes federativos. BL: art. 23, § único, CF.

(TJAL-2008-CESPE): O parágrafo único do art. 23 da CF prevê que leis complementares fixarão normas
para a cooperação entre a União e os estados, o DF e os municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Esse dispositivo trata do federalismo assimétrico.
BL: art. 23, § único, CF.

Art. 24. COMPETE à União, aos Estados e ao Distrito Federal LEGISLAR


CONCORRENTEMENTE sobre: [Obs.: Competência Legislativa.] (PGECE-2008) (PGEAM-2010) (TJCE-
2012) (PCMA-2012) (MPDFT-2013) (PGEGO-2013) (PCGO-2013) (TRF2-2014) (TJRR-2015) (PGM-POA/RS-2016)
(PGM-BH/MG-2017)

(TJRR-2015-FCC): Na Constituição brasileira de 1988, competências comuns e concorrentes têm,


respectivamente, natureza material e natureza legislativa. BL: art. 23 e 24, CF.

##Atenção: ##PGEAM-2010: ##PCMA-2012: ##TJRR-2015: ##PGM-POA/RS-2016: ##PGM-BH/MG-


2017: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##Fundatec: ##DICA: (Fonte: Site Qconcursos)
Competência Administrativa ou Material:
1) Exclusiva (art. 21): União e indelegável;
2) Comum (art. 23): União, Estados, DF e Municípios (LC fixará normas para cooperação)

99
Competência legislativa:
1) Privativa (art. 22): União e delegável mediante Lei Complementar de pontos específicos.
2) Concorrente (art. 24): União e Estados/DF (Sem municípios!), sendo que a União fará leis com caráter
de regras gerais.

##Atenção: ##DICA: (Fonte: Site Qconcursos)


 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: PRIVATIVA e CONCORRENTE
 COMPETÊNCIA MATERIAL/ADMINISTRATIVA: “EXCLUSIVA” e COMUM.

##Atenção: ##PGECE-2008: ##TJCE-2012: ##TRF2-2014: ##PGM-POA/RS-2016: ##PGM-BH/MG-


2017: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##CESPE: ##Fundatec: Perceba que os Municípios, apesar de não
estarem entre os entes federativos com competência legislativa concorrente, poderão suplementar a
legislação federal e estadual no que couber, como no caso de assuntos de interesse local (art. 30, I e II,
CF).

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: A Constituição do Brasil contemplou a técnica da competência


legislativa concorrente entre a União, os Estados-membros e o Distrito Federal, cabendo à União
estabelecer normas gerais e aos Estados-membros especificá-las. É inconstitucional lei estadual que
amplia definição estabelecida por texto federal, em matéria de competência concorrente. STF. Plenário.
ADI 1245, Rel. Min. Eros Grau, j. 06/04/05.

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (TJMS-2008) (MPPE-2008)


(PGECE-2008) (PGEPI-2008) (PGESP-2002/2009) (MPRN-2009) (PGEPE-2009) (PCRO-2009) (MPSP-2006/2010)
(DPESP-2009/2010) (MPES-2010) (TRF1-2011) (PGEPA-2011) (AGU-2010/2012) (TJCE-2012) (MPGO-2012)
(MPMG-2012) (MPRJ-2012) (PFN-2012) (TJMA-2013) (MPSC-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGEGO-
2013) (PGDF-2013) (MPT-2013) (MPMT-2008/2014) (TJPR-2010/2014) (TJAP-2014) (TJDFT-2014) (DPEPR-
2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (PCSP-2014) (TRF5-2015) (PCCE-2015) (PGM-Curitiba/PR-
2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TRF4-2012/2014/2016) (TJAM-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2009/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (MPMS-2018)
(TJRS-2009/2018) (TJAL-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020)
(PGERS-2010/2021) (MPPR-2012/2021) (DPESC-2012/2021) (TCERJ-2021) (PGM-Teresina/PI-2022) (TCEPB-
2022) (MPCSC-2022)

(MPSP-2015): Nos termos da CF/1988, é correto afirmar que compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre: Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico. BL: art. 24, I da CF.

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2015: ##CESPE: Entendimento assentado pelo STF no sentido da


incompetência das unidades federadas para a fixação de índices de correção monetária de créditos
fiscais em percentuais superiores aos fixados pela União para o mesmo fim. Ilegitimidade da execução
fiscal embargada no que houver excedido, no tempo, os índices federais. STF. Plenário. RE 183907, Rel.
Ilmar Galvão, j. 29/03/00.

##Atenção: ##PGEAM-2016: ##PGERS-2021: ##CESPE: ##Fundatec: "Em direito financeiro, bem como nos
demais ramos versados no art. 24 da CF, a competência municipal não é autônoma. Somente pode ser exercida se
houver sido editada uma prévia lei federal ou estadual, que então será suplementada. E mais, a expressão 'no que
couber', contida no inciso II do art. 30 da CF, leva à conclusão de que há casos em que cabe o exercício de
competência suplementar. E o primeiro requisito para o exercício dessa competência é a incidência de interesse local,
conforme art. 30, I da CF. Deste modo, apenas é passível de suplementação pelo Município a legislação federal ou
estadual quando estiver presente ou subjacente o interesse local do Município a legislação federal ou estadual
quando estiver presente ou subjacente o interesse local do Município para editar tal legislação suplementadora.
Inexistente o interesse local municipal, não pode o Município editar legislação suplementar". (LEITE, Harrison.
Manual de Direito Financeiro. Salvador: JusPodivm, 2014, p. 40)

II - orçamento; (TJDFT-2007) (TJSE-2008) (MPPR-2008) (DPEMT-2009) (MPSE-2010) (TRF1-2011)


(PFN-2012) (TJPE-2013) (TRF4-2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PCCE-2015) (MPRS-
2017 (Anal. Judic./TRF4-2019)) (DPEPI-2022)

##Atenção: DICA: Competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal = "PUFETO"


100
"P" = Penitenciário
"U" = Urbanístico
"F" = Financeiro
"E" = Econômico
"T" = Tributário
"O" = Orçamento

III - juntas comerciais; (TJDFT-2007) (TJSE-2008) (TJSC-2009) (TRF4-2012) (DPEMS-2014)


(Cartórios/TJMG-2015)

IV - custas dos serviços forenses; (TJDFT-2007) (TJSE-2008) (MPPR-2008) (TJRS-2009) (TRF1-2009)


(PGEPA-2011) (TJMG-2012) (DPETO-2013) (Cartórios/TJMG-2015) (PCSP-2018) (MPDFT-2021) (MPM-2021)

V - produção e consumo; (TJSE-2008) (MPPR-2008) (DPEPA-2009) (PCRN-2009) (DPESP-2010)


(TJPR-2011) (TRF2-2011) (TJMA-2013) (PGEGO-2013) (PCPR-2013) (PGERN-2014) (PCSP-2014)
(Cartórios/TJMG-2015) (PCCE-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMT-2016) (TJSC-2017) (MPRS-2017)
(DPESC-2017) (TRF5-2017) (DPEMA-2018) (PCPI-2018) (MPMG-2019) (MPMT-2019) (DPEMG-2019)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Mudança de Entendimento: É constitucional lei estadual que limita
ligações de telemarketing: Normas estaduais que disponham sobre obrigações destinadas às empresas
de telecomunicações, relativamente à oferta de produtos e serviços, incluem-se na competência
concorrente dos estados para legislarem sobre direitos do consumidor. STF. Plenário. ADI 5962/DF,
Rel. Min. Marco Aurélio, j. 25/2/21 (Info 1007).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Vale ressaltar que se trata de uma mudança de
entendimento considerando que o STF possuía julgado em sentido contrário: STF. Plenário. ADI 3959/SP,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 20/4/2016 (Info 822).

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que veda o corte do fornecimento de água e
luz, em determinados dias, pelas empresas concessionárias, por falta de pagamento: É inconstitucional
lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias ou permissionárias façam o corte do
fornecimento de água, energia elétrica e dos serviços de telefonia, por falta de pagamento, em
determinados dias (ex: sextas-feiras, vésperas de feriados etc.). STF. Plenário. ADI 3824/MS, Rel. Min.
Celso de Mello, julgado em 02/10/2020.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: NOVIDADE LEGISLATIVA - Lei 14.015/20: Alterou a Lei
8.987/95 e a Lei 13.460/17 para deixar mais explícito que é possível a interrupção do serviço público em
caso de inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. Confira os dispositivos
inseridos na Lei 13.460/17: “Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços,
devendo os agentes públicos e prestadores de serviços públicos observar as seguintes diretrizes: (...) XVI – comunicação
prévia ao consumidor de que o serviço será desligado em virtude de inadimplemento, bem como do dia a partir do qual
será realizado o desligamento, necessariamente durante horário comercial. Parágrafo único. A taxa de religação de
serviços não será devida se houver descumprimento da exigência de notificação prévia ao consumidor prevista no inciso
XVI do caput deste artigo, o que ensejará a aplicação de multa à concessionária, conforme regulamentação.” (....) “Art.
6º São direitos básicos do usuário: (...) VII – comunicação prévia da suspensão da prestação de serviço. Parágrafo
único. É vedada a suspensão da prestação de serviço em virtude de inadimplemento por parte do usuário que se inicie
na sexta-feira, no sábado ou no domingo, bem como em feriado ou no dia anterior a feriado.” O entendimento acima
foi positivado em nível nacional. A Lei 14.015/20 inseriu o § 4º ao art. 6º da Lei 8.987/95 com a seguinte
redação: “Art. 6º (...) § 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá
iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.”

##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional lei estadual que obriga as empresas de telefonia fixa e
móvel a cancelarem a multa contratual de fidelidade quando o usuário comprovar que perdeu o
vínculo empregatício após a adesão do contrato. Desse modo, implementada norma de proteção ao
consumidor, rigorosamente contida nos limites do art. 24, V, da CF/88, entendeu o STF que esta norma
em nada interfere no regime de exploração, na estrutura remuneratória da prestação dos serviços ou
no equilíbrio dos contratos administrativos, razão pela qual não há usurpação da competência
legislativa privativa da União. STF. Plenário. ADI 4908/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, j. 11/4/19 (Info 937).

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual que impõe às montadoras, concessionárias
e importadoras de veículos a obrigação de fornecer veículo reserva a clientes cujo automóvel fique
inabilitado por mais de quinze dias por falta de peças originais ou por impossibilidade de realização
do serviço, durante o período de garantia contratual. STF. Plenário. ADI 5158/PE, Rel. Min. Roberto

101
Barroso, j. 6/12/18 (Info 926).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Os Estados-membros podem legislar sobre “direito do
consumidor”, considerando que se trata matéria de competência concorrente, prevista no art. 24, V, da CF.
Ocorre que o STF entendeu que há uma inconstitucionalidade orgânica na lei, considerando que foi
violada a regra de competência para a edição desta lei. O Ministro Relator entendeu que, neste caso, o
Estado de Pernambuco extrapolou a competência concorrente e não apenas complementou a legislação
federal. Logo, foram ultrapassadas as balizas impostas ao legislador estadual para a elaboração de normas
consumeristas.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMT-2019: ##DPEMG-2019: ##FCC: É constitucional lei estadual


que obrigue plano de saúde a justificar recusa de tratamento: É constitucional lei estadual que obrigue
os planos de saúde a fornecerem aos consumidores informações e documentos justificando as razões
pelas quais houve recusa de algum procedimento, tratamento ou internação. O Mato Grosso do Sul
editou uma lei estadual prevendo que, se o plano de saúde recusar algum procedimento, tratamento
ou internação, ele deverá fornecer, por escrito, ao usuário, um comprovante fundamentado expondo as
razões da negativa. O STF entendeu que essa norma não viola competência privativa da União,
considerando que ela trata sobre proteção ao consumidor, matéria inserida na competência
concorrente (art. 24, V, CF). STF. Plenário. ADI 4512/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 7/2/18 (Info 890).
(MPMT-2019-FCC): À luz da jurisprudência do STF, será compatível com a repartição de competências
estabelecida na Constituição Federal lei estadual que obrigue operadoras de plano de saúde a fornecer ao
consumidor informações e documentos em caso de negativa de cobertura. BL: Info 890, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional lei estadual ou municipal que imponha sanções às
agências bancárias que não instalarem divisórias individuais nos caixas de atendimento. Trata-se de
matéria relativa a relação de consumo, o que garante ao Estado competência concorrente para legislar
sobre o tema (art. 24, V, CF). STF. Plenário. ADI 4633/SP, Rel. Min. Luiz Fux, j. 10/4/18 (notícia do site).
STF. 1ª Turma. ARE 756593 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 16/12/14.

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição; (MPMT-2008) (PGEPB-2008) (MPCE-2009) (DPEMT-
2009) (PGEPE-2009) (PCRJ-2009) (DPESP-2009/2010) (PGEGO-2010) (TJPB-2011) (TJRJ-2011) (MPPR-2011)
(TRF1-2011) (TJBA-2012) (TJRS-2012) (TJPI-2012) (MPRR-2012) (MPF-2012) (PGEAC-2012) (MPT-2012) (TJPR-
2010/2011/2013) (TJMA-2013) (TJRN-2013) (MPDFT-2013) (MPES-2013) (MPMS-2013) (DPETO-2013) (PGDF-
2013) (PCPR-2013) (TJMG-2012/2014) (MPMA-2014) (MPRS-2014) (DPEPR-2014) (PGEMS-2014) (PGM-
Recife/PE-2014) (AGU-2012/2015) (TJRR-2015) (TJSE-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCCE-2015) (TRT1-2015)
(TJDFT-2014/2016) (DPEES-2016) (TRF4-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (PGM-São Luís/MA-
2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRO-2008/2017) (TRF2-2013/2017) (TRF5-2009/2011/2013/2015/2017) (MPSP-
2015/2017) (MPRS-2017) (PGESE-2017) (PGESP-2009/2018) (MPBA-2010/2018) (TJCE-2012/2018) (TRF3-2018)
(PGESC-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2014/2019) (TJAL-2019) (TJPA-2019) (TJSC-2019)
(MPPI-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPSC-2014/2019/2021) (TJSP-2021) (MPAP-2021) (MPMG-2021)
(PGEAL-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (TJAP-2022) (MPCSC-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-
Teresina/PI-2022)

##Atenção: A competência legislativa em matéria ambiental é concorrente como informa o art. 24, VI,
CF/88, cabendo à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre proteção do meio ambiente e
dos recursos naturais.

##Atenção: ##Dica:
 COMbater poluição - competência COMum (art. 23, VI)

 CONtrole da poluição - competência CONcorrente (art. 24, VIII)

##Atenção: Na competência legislativa concorrente a competência da União limitar-se-á a estabelecer


normas gerais (art. 24, §1º).

##Atenção: Os Municípios também possuem competência legislativa, nos termos do art. 30, incisos I e II
da CF, para “legislar sobre assuntos de interesse local” e “suplementar a legislação federal e estadual, no
que couber”.

##Atenção: ##STF: ##DOD: : ##PGEAL-2021: ##CESPE: Norma estadual pode proibir a caça em seu

102
território: Não afronta a competência legislativa da União o dispositivo de constituição estadual que
proíbe a caça em seu respectivo território. STF. Plenário. ADI 350/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 18/6/21
(Info 1022).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEAL-2021: ##TJAP-2022: ##CESPE: ##FCC: É constitucional lei


estadual que proíba a utilização de animais para desenvolvimento, experimentos e testes de produtos
cosméticos: É constitucional lei estadual que proíba a utilização de animais para desenvolvimento,
experimentos e testes de produtos cosméticos, de higiene pessoal, perfumes e seus componentes. A
proteção da fauna é matéria de competência legislativa concorrente (art. 24, VI, da CF). A Lei federal
11.794/08 possui uma natureza permissiva, autorizando, a utilização de animais em atividades de
ensino e pesquisas científicas, desde que sejam observadas algumas condições relacionadas aos
procedimentos adotados, que visam a evitar e/ou atenuar o sofrimento dos animais. Mesmo o que o
tema tenha sido tratado de forma mais restrita pela lei estadual, isso não se mostra inconstitucional
porque, em princípio, é possível que os Estados editem normas mais protetivas ao meio ambiente,
com fundamento em suas peculiaridades regionais e na preponderância de seu interesse, conforme o
caso. STF. Plenário ADI 5996, Rel. Alexandre de Moraes, j. 15/04/20 (Info 975).

##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: ##TJSC-2019: ##MPAP-2021: ##CESPE: (...) FEDERALISMO E


RESPEITO ÀS REGRAS DE DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA. LEI 3.213/13 DO
ESTADO DE RONDÔNIA. MINERAÇÃO E GARIMPAGEM. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
PRIVATIVA DA UNIÃO (ART. 22, XII, DA CF). LICENCIAMENTO AMBIENTAL. COMPETÊNCIA
CONCORRENTE. PRIMAZIA DA UNIÃO PARA FIXAR NORMAS GERAIS (ART. 24, VI, VII E VII, §
1º, 30, I E II, E 225, § 1º, IV, da CF). EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL.
SEPARAÇÃO DOS PODERES (ART. 2º DA CF). RESERVA DE ADMINISTRAÇÃO (ART. 2º, 61, § 1º,
II, “E”, 84, II E VI, “A”, da CF). COBRANÇA DE TAXA PELO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA
(ART. 145, II, DA CF), POR MEIO DE LEI DE INICIATIVA DO LEGISLATIVO. POSSIBILIDADE.
INEXISTÊNCIA DE INICIATIVA RESERVADA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA. (...) Compete
privativamente à União legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia (CF/88, art.
22, XII), em razão do que incorre em inconstitucionalidade a norma estadual que, a pretexto de
regulamentar o licenciamento ambiental, impede o exercício de atividade garimpeira por pessoas físicas.
A diretriz fixada pelo constituinte, de favorecimento da organização da atividade garimpeira em
cooperativas (art. 174, § 3º, da CF), não permite o extremo de limitar a prática de garimpagem apenas aos
associados a essas entidades, sob pena de violação à garantia constitucional da liberdade de iniciativa e
de livre associação (art. 1º, IV, art. 5º, XX, e art. 170, § único, da CF). A competência legislativa
concorrente cria o denominado “condomínio legislativo” entre a União e os Estados-Membros, cabendo à
primeira a edição de normas gerais sobre as matérias elencadas no art. 24 da Constituição Federal; e aos
segundos o exercício da competência complementar — quando já existente norma geral a disciplinar
determinada matéria (CF, art. 24, § 2º) - e da competência legislativa plena (supletiva) - quando
inexistente norma federal a estabelecer normatização de caráter geral (CF, art. 24, § 3º). O licenciamento
para exploração de atividade potencialmente danosa, como é o caso da lavra de recursos minerais,
insere-se no Poder de Polícia Ambiental, cujo exercício é atividade administrativa de competência do
Poder Executivo e, portanto, submetida à reserva de administração (art. 61, § 1º, II, e, c/c art. 84, II e VI,
“a”, da CF). A definição do valor cobrado a título de taxa pelo exercício do poder de polícia (art. 145, II,
da CF) pode ser estabelecida em sede legislativa, por iniciativa concorrente dos Poderes Executivo e
Legislativo, pois não há falar em iniciativa reservada em matéria tributária. STF. Plenário. ADI 5077, Rel.
Min. Alexandre de Moraes, j. 25/10/2018.

##Atenção: ##STF: ##MPCE-2009: ##AGU-2012: ##MPT-2012: ##MPES-2013: ##MPDFT-2013:


##TRF2-2013: ##PGEMS-2014: ##PGEAM-2016: ##TJPA-2019: ##TJSC-2019: ##CESPE: ##FCC:
##VUNESP: Segundo o STF, condicionar a aprovação de licenciamento ambiental à prévia autorização
da Assembleia Legislativa implica indevida interferência do Poder Legislativo na atuação do Poder
Executivo, não autorizada pelo art. 2º da CF/88. Precedente: ADI 1.505. Compete à União legislar sobre
normas gerais em matéria de licenciamento ambiental (art. 24, VI, da CF/88). STF. Plenário. ADI
3.252/RO, rel. Min. Gilmar Mendes, j. 06.04.05.
(TJPA-2019-CESPE): Determinado estado federado editou norma exigindo autorização prévia da
assembleia legislativa para o licenciamento de atividades que utilizassem recursos ambientais e que fossem
consideradas efetiva e potencialmente poluidores, bem como capazes de causar degradação ambiental sob
qualquer forma. Nessa situação hipotética, a norma editada pelo referido estado é inconstitucional, pois
implica indevida interferência do Poder Legislativo local na atuação do Poder Executivo federal. BL: art. 24,
VI, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##AGU-2012: ##CESPE: Diante dos amplos termos do inc. IV do par. 1. do art. 225
da Carta Federal, revela-se juridicamente relevante a tese de inconstitucionalidade da norma estadual

103
que dispensa o estudo prévio de impacto ambiental no caso de áreas de florestamento ou
reflorestamento para fins empresariais. Mesmo que se admitisse a possibilidade de tal restrição, a lei
que poderia viabiliza-la estaria inserida na competência do legislador federal, já que a este cabe
disciplinar, através de normas gerais, a conservação da natureza e a proteção do meio ambiente (art.
24, inc. VI, da CF), não sendo possível, ademais, cogitar-se da competência legislativa a que se refere o
par. 3. do art. 24 da Carta Federal, ja que esta busca suprir lacunas normativas para atender a
peculiaridades locais, ausentes na espécie. Medida liminar deferida. STF. Plenário. ADI 1086-MC, Rel.
Min. Ilmar Galvão, j. 01/08/94. (...) Esse entendimento foi reafirmado pelo STF em outro julgado
publicado um pouco antes da realização da prova em que foi cobrada essa questão: “(...) O Plenário
desta Corte, ao julgar a ADI 1.086/SC, Rel. Min. Ilmar Galvão, assentou que a previsão, por norma
estadual, de dispensa ao estudo de impacto ambiental viola o art. 225, § 1º, IV, da Constituição Federal.
STF. 2ª T., RE 650909 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 17/04/12.”

(TJPA-2019-CESPE): Em razão de queimadas florestais, a Assembleia Legislativa do Pará aprovou e o


governador sancionou determinada lei que amplia para cem metros a área de proteção em torno de
nascentes. Nessa situação hipotética, a lei é constitucional, porque a competência para legislar sobre
florestas é concorrente entre a União, o Distrito Federal e os estados. BL: art. 24, VI, CF.

(MPRO-2017-FMP): Assinale a alternativa correta: Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre proteção do meio ambiente. BL: art. 24, VI, CF.

(TJSE-2015-FCC): Compete, à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre
defesa do solo e dos recursos naturais. BL: art. 24, VI, CF. (amb.)

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; (MPPR-2008)


(PGECE-2008) (PGEPI-2008) (PGESP-2009) (MPMG-2010) (TRF5-2011) (TJBA-2012) (TJRJ-2012) (TJPI-2012)
(TJCE-2012) (TJRN-2013) (MPDFT-2013) (PGEGO-2013) (TJMG-2005/2014) (TJDFT-2014) (MPMA-2014) (TRF2-
2014) (PCSC-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEPR-2015) (DPEES-2016) (TRF4-2016) (PGEAM-2016) (PGM-
São Luís/MA-2016) (MPSP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJRS-2018) (TJMT-2018) (MPBA-2018) (PGESC-2018)
(MPGO-2019) (PCES-2019) (MPSC-2021) (PGEAL-2021) (MPCSC-2022)

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; (DPEMT-2009) (DPEPA-2009) (TRF5-2009) (TJBA-
2012) (MPAL-2012) (MPMT-2012) (DPESC-2012) (MPF-2012) (MPES-2010/2013) (TJPR-2013) (TJPE-2013)
(MPDFT-2013) (PGEGO-2013) (TJMG-2014) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (PGERN-2014) (MPSP-2013/2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (DPEES-2016) (TRF4-2016) (PCPE-2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (MPPR-2011/2017) (MPRO-2017) (TRF5-2017) (DPU-2017) (PGESE-2017) (TJCE-2018) (MPBA-
2018) (DPEAP-2018) (DPEMA-2018) (PGESC-2018) (TJSP-2021) (MPAP-2021) (MPMG-2021) (MPSC-2021)
(PGEAL-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PCPA-2021) (MPCSC-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional lei estadual que obriga as empresas prestadoras de
serviços de televisão a cabo, por satélite ou digital no Estado a informarem previamente a seus
clientes os dados do empregado que realizará o serviço na residência do consumidor. Ex: Lei do RJ
prevê que as empresas prestadoras de serviços, quando acionadas para realizar qualquer reparo na
residência do consumidor, ficam obrigadas a enviar uma mensagem de celular, pelo menos 1h antes
do horário agendado, informando o nome e a identidade do funcionário que irá ao local. O STF
entendeu que essa Lei do Estado do Rio de Janeiro versa, na verdade, sobre direito do consumidor,
matéria que se insere no rol de competências legislativas concorrentes (art. 24, V e VIII, CF). STF.
Plenário. STF. Plenário. ADI 5745/RJ, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, j.
7/2/19 (Info 929).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Cartórios/TJSC-2021: ##FGV: Estado-membro pode legislar sobre


controle de resíduos de embarcações, oleodutos e instalações costeiras: Em tese, o Estado-membro
detém competência para legislar sobre controle de resíduos de embarcações, oleodutos e instalações
costeiras. Isso porque o objeto dessa lei é a tutela ao meio ambiente, sendo essa matéria de
competência concorrente, nos termos do art. 24, VI e VIII, da CF. STF. Plenário. ADI 2030/SC, Rel. Min.
Gilmar Mendes, j. 9/8/17 (Info 872).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMSP-2016: ##MPMT-2019: ##MPMG-2021: ##FCC: ##VUNESP: É


inconstitucional lei estadual que estabelece regras para a cobrança em estacionamento de veículos.

104
STF. Plenário. ADI 4862/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 18/8/16 (Info 835).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Qual é o motivo de a lei ser inconstitucional? Os
Ministros que julgaram a ADI procedente ficaram divididos quanto ao fundamento pelo qual a lei é
inconstitucional:
i) A lei é formalmente inconstitucional. Isso porque as regras sobre estacionamento de veículos inserem-
se no campo do Direito Civil e a competência para legislar sobre este assunto é da União, nos termos
do art. 22, I, da CF/88. Nesse sentido: Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
ii) A lei é materialmente inconstitucional. Ela não trata sobre Direito Civil, mas sim sobre Direito do
Consumidor, assunto que é de competência concorrente entre União e Estados/DF (art. 24, VIII, da
CF/88). Logo, em tese, o Estado-membro poderia legislar sobre o tema. Ocorre que a referida lei
estabelece um controle de preços, o que claramente viola o princípio constitucional da livre iniciativa
(art. 170). Votaram dessa forma: Ministros Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Rosa Weber.
iii) O Min. Marco Aurélio defendeu que a lei padece tanto de inconstitucionalidade formal (a
competência seria privativa da União) como material (indevida intervenção da norma na iniciativa
privada).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Existem diversos Municípios que possuem leis semelhantes
a esta. Caso sejam questionadas, tais leis municipais que tratam sobre o tema também poderão ser
declaradas inconstitucionais? SIM. Tanto as leis estaduais como também as municipais que estabeleçam
regras de cobrança fracionada em estacionamentos são consideradas inconstitucionais. Assim, não muda
nada o fato de a lei ser municipal ou estadual. Leis municipais que imponham cobrança fracionada serão
também consideradas inconstitucionais, seja porque a competência para legislar sobre o tema é da União
(argumento 1), seja porque violariam a livre iniciativa (argumento 2).
##Questão de concurso:
(TJMSP-2016-VUNESP): Considere o seguinte caso hipotético. Lei do Estado de São Paulo estabelece
hipóteses de gratuidade de estacionamento, em razão do tempo de utilização ou da realização de compras
acima de determinado valor, em estabelecimentos privados, como shopping centers e hipermercados. O STF
considera, sob o ponto de vista da repartição de competências estabelecida na Constituição Federal, que tal
lei é inconstitucional, pois versa sobre limitação genérica ao direito de propriedade, limitação essa para a
qual seria competente somente a União. BL: Info 835, STF.

(PGEAL-2021-FCC): Considerando o tripé constitucional da responsabilidade ambiental (administrativa,


civil e penal), assinale a opção correta: Apenas a responsabilidade administrativa admite atuação
legislativa concorrente dos demais entes federativos para suplementar a legislação federal na matéria.
BL: art. 24, VIII, da CF.

##Atenção: No caso em tela, a competência legislativa concorrente se limita à responsabilidade


administrativa (art. 24, VIII, CF) em razão do art. 22, I, CF, o qual diz ser competência privativa da União
legislar sobre direito civil (responsabilidade civil) e direito penal (responsabilidade criminal).

(DPEAP-2018-FCC): Lei municipal que proíbe a cobrança de consumação mínima em bares da cidade
é, segundo a jurisprudência do STF, inconstitucional, pois cabe à União e ao Estado legislar sobre direito
do consumidor de forma concorrente. BL: art. 24, V e VIII, da CF.

##Atenção: O Min Gilmar Mendes, do STF, negou seguimento ao ARE 883165 interposto pela Câmara
Municipal do Rio de Janeiro para questionar acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que
julgou inconstitucional a Lei Municipal 5.497/12, que proíbe a cobrança de consumação mínima em
bares, restaurantes, boates e casas noturnas. Segundo o ministro, o acórdão recorrido está de acordo
com a jurisprudência do STF, segundo a qual compete à União, aos estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre direito do consumidor. (...) De acordo com o relator, é incabível o
trâmite do recurso. “O tribunal de origem, ao examinar a constitucionalidade da Lei Municipal 5.497/12,
consignou que o município invadiu competência legislativa concorrente da União e do estado”, disse.
Segundo consta no acórdão do tribunal estadual, compete ao município somente legislar sobre assunto
de interesse local e suplementar às legislações federal e estadual, no que couber. Assim, o ministro
negou seguimento ao recurso uma vez que a decisão recorrida está em consonância com a jurisprudência
da Corte.

(DPEES-2016-FCC): A competência para legislar sobre responsabilidade por dano ao consumidor é


concorrentemente da União, dos Estados e do Distrito Federal. BL: art. 24, VIII, CF.

105
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e
inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) (AGU-2010) (PCCE-2015) (PFN-2015)
(MPF-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (TJMT-2018) (MPBA-2018) (DPEMG-2019) (MPMG-2021) (TJPR-2021)
(DPESC-2021) (DPEPI-2022) (PCRO-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPF-2017: ##MPBA-2018: ##DPEMG-2019: Lei estadual pode fixar
número máximo de alunos por sala de aula: A competência para legislar sobre educação e ensino é
concorrente (art. 24, IX, da CF). No âmbito da legislação concorrente, a União tem competência apenas
para estabelecer as normas gerais (§ 1º) e os Estados podem suplementar (complementar, detalhar) a
legislação federal (§ 2º). As normas gerais sobre educação foram editadas pela União na Lei 9.394/96
(LDB). Determinado Estado-membro editou uma lei prevendo o número máximo de alunos que
poderiam estudar nas salas de aula das escolas, públicas ou particulares, ali existentes. O STF
entendeu que essa lei é constitucional e que não usurpa a competência da União para legislar sobre
normas gerais de educação. STF. Plenário. ADI 4060/SC, Rel. Min. Luiz Fux, j. 25/2/15 (Info 775).
##Questão de concurso:
(DPEMG-2019): A respeito do entendimento do STF sobre competência legislativa, analise a afirmativa a
seguir: A competência legislativa do Estado-membro para dispor sobre educação e ensino autoriza a
fixação, por lei local, do número máximo de alunos em sala de aula. BL: Info 775, STF.

X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; (TJDFT-2007) (TJTO-2007)


(Cartórios/TJBA-2013) (PGESC-2014) (MPSP-2015) (PCPA-2016)

XI - procedimentos em matéria processual; (TJDFT-2007) (MPPR-2008) (TJSC-2009) (DPESP-2009)


(TJMS-2012) (PFN-2012) (MPDFT-2013) (MPSP-2013) (TJPR-2014) (MPAC-2014) (MPGO-2014) (MPSC-2014)
(TRF4-2014) (PGESC-2014) (PCCE-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (DPEMT-2016) (DPESC-2017)
(PCMS-2017) (PGESP-2018) (PCSP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPM-2021)

(MPSP-2013): No título dedicado à Organização do Estado, há temas em que os Estados e o Distrito


Federal podem legislar de forma concorrente com a União. Posto isso, considere a seguinte afirmação:
Compete aos Estados e ao Distrito Federal legislar de forma concorrente com a União sobre
procedimentos em matéria processual. BL: art. 24, XI da CF.

##Atenção: Lembrando que a competência para legislar sobre Direito Processual é privativa da União
(art. 22, I, CF), e os procedimentos em matéria processual sim são de competência concorrente.

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (MPPR-2008) (DPEMT-2009) (MPBA-2010)


(DPESP-2010) (MPSP-2011) (MPAL-2012) (MPGO-2012) (MPF-2012) (PGEPA-2012) (TJMA-2013) (TJPE-2013)
(MPDFT-2013) (TJPR-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PCCE-2015) (TRT1-2015) (TRT15-2015) (TRT23-2015)
(Cartórios/TJMG-2015/2016) (TJAM-2016) (TJSC-2017) (TRF5-2017) (TJRS-2018) (PGETO-2018) (PGM-Campo
Grande/MS-2019) (MPMG-2021) (MPCSC-2022)

XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; (DPEES-2009) (DPEAM-2011) (DPEMA-2011)


(TJPI-2012) (DPECE-2014) (DPEGO-2014) (PGERN-2014) (PGESC-2014) (PCSC-2014) (PCSP-2014)
(DPESP-2009/2012/2015) (Cartórios/TJMG-2015) (DPEBA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEAC-
2012/2017) (MPPR-2017) (DPEPR-2017) (DPERO-2017) (DPEPE-2018) (DPEDF-2019) (DPESC-
2017/2021) (Anal. Judic./TJCE-2022)

(DPEDF-2019-CESPE): No que se refere à Defensoria Pública, julgue o item seguinte: É permitida a


edição de lei estadual definindo critérios para o atendimento de pessoas jurídicas pela Defensoria
Pública.. BL: art. 24, XIII, CF.

XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; (MPSP-2011) (TJRS-2012)
(MPAM-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (MPPR-2017) (PCSP-2018)

106
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPAM-2015: ##TJBA-2019: ##CESPE: ##FMP: É CONSTITUCIONAL
lei estadual que determine que as empresas concessionárias de transporte coletivo intermunicipal
devam fazer adaptações em seus veículos a fim de facilitar o acesso e a permanência de pessoas com
deficiência física ou com dificuldade de locomoção. A competência para legislar sobre trânsito e
transporte é da União (art. 22, XI da CF). No entanto, a lei questionada trata também sobre o direito à
acessibilidade física das pessoas com deficiência, que é de competência concorrente entre União, os
Estados e o Distrito Federal (art. 24, XIV). STF. Plenário. ADI 903/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, 22/5/13
(Info 707).
(TJBA-2019-CESPE): A lei estadual X estabeleceu a obrigatoriedade da realização de adaptações nos
veículos de transporte coletivo intermunicipal de propriedade das empresas concessionárias do serviço,
com a finalidade de facilitar o acesso de pessoas com deficiência física ou com dificuldades de locomoção.
Conforme as disposições do texto constitucional, a legislação, a doutrina e a jurisprudência do STF, a lei
estadual X é constitucional, pois está compatível com a CF e com a Convenção Internacional sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência, incorporada ao direito nacional como norma constitucional. BL: Info
707, STF.

##Observação sobre o julgado acima: O STF declarou constitucional lei do Estado de Minas Gerais que
dispõe sobre adaptação dos veículos de transporte coletivo com a finalidade de assegurar seu acesso por
pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção. A Corte entendeu que é hipótese de competência
legislativa concorrente (art. 24, XIV, CF) e que a legislação é harmônica com a Convenção Internacional
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, primeiro tratado internacional aprovado pelo rito
legislativo previsto no art. 5º, § 3º, da CF/88, e, portanto, incorporado ao ordenamento constitucional
com status constitucional.

XV - proteção à infância e à juventude; (DPEMS-2008) (TJSC-2009) (PCRO-2009) (TJDFT-2011)


(TJAC-2012) (PCRJ-2012) (DPEDF-2013) (PCPR-2013) (MPSP-2013/2015) (Cartórios/TJMG-2015) (MPPR-
2008/2017) (MPRS-2017) (MPBA-2018) (Anal. Judic./TRF4-2019) (DPESC-2017/2021) (DPEPI-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Lei estadual pode proibir publicidade dirigida às crianças nos
estabelecimentos de educação básica: É constitucional legislação estadual que proíbe toda e qualquer
atividade de comunicação comercial dirigida às crianças nos estabelecimentos de educação básica.
STF. Plenário. ADI 5631/BA, Rel. Min. Edson Fachin, j. 25/3/21 (Info 1011).

(MPSP-2013): No título dedicado à Organização do Estado, há temas em que os Estados e o Distrito


Federal podem legislar de forma concorrente com a União. Posto isso, considere a seguinte afirmação:
Compete aos Estados e ao Distrito Federal legislar de forma concorrente com a União sobre proteção à
infância e à juventude. BL: art. 24, XV da CF.

##Atenção: A CF/88 estabelece ser de competência exclusiva da União legislar sobre normas de direito
civil (art. 22, I, CF), e de competência concorrente entre União e os Estados para legislar sobre a proteção
à infância e juventude (art. 24, XV).

##Atenção: Em dispositivos de natureza penal (atos infracionais) e de natureza civil (tutela, guarda,
adoção, poder familiar etc), a competência da União é privativa. Não obstante, em razão do permissivo
contido no § único do art. 22 da CF/88, poderá a União, por meio de lei complementar, autorizar os
Estados a legislar sobre essas questões. De outro lado, tem-se a competência concorrente da União e dos
Estados para legislar sobre proteção à infância e à juventude. Muito embora se curve à legislação federal
e a estadual a respeito, ao Município compete papel de suplementar a proteção à infância e juventude,
como, por exemplo, tratar do funcionamento dos Conselhos Tutelares, sem, é claro, colidir com as regras
dos artigos 134 e seguintes do ECA.

XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. (MPSE-2010) (PCRJ-2012) (MPDFT-
2013) (PGEPR-2015) (PCCE-2015) (PCAP-2017) (PCSE-2018) (PF-2018) (MPM-2021)

(PF-2018-CESPE): Acerca da disciplina constitucional da segurança pública, julgue o seguinte item: É


concorrente a competência da União e dos estados para legislar sobre a organização, os direitos e os
deveres das polícias civis dos estados. BL: art. 24, XVI, CF.

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a COMPETÊNCIA DA UNIÃO LIMITAR-SE-Á a


estabelecer normas gerais. (TJMS-2008) (MPMT-2008) (MPRR-2008) (PGEPI-2008) (PGEPE-2009) (PCRJ-2009)

107
(PCRO-2009) (TJPR-2010/2011) (DPEAM-2011) (TRF1-2011) (AGU-2009/2010/2012) (TJAC-2012) (TJPI-2012)
(MPAL-2012) (DPESC-2012) (MPF-2012) (PCMA-2012) (PFN-2012) (TJMA-2013) (TJAM-2013) (TJRN-2013)
(MPMS-2013) (DPEDF-2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013) (MPT-2013) (TJMG-2008/2014) (DPECE-2014)
(PGEBA-2014) (PCSC-2014) (MPDFT-2015) (TRF5-2015) (DPEMT-2016) (TRF4-2016) (Cartórios/TJSP-2016)
(PGEAM-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (MPPR-2017) (MPRO-2017) (TJRS-2018) (MPBA-2018)
(DPEMA-2018) (DPEPE-2018) (PCSE-2018) (PCSP-2018) (DPESP-2009/2012/2019) (MPSP-2013/2017/2019)
(TJPA-2014/2019) (TJAL-2019) (MPAP-2021) (PGERS-2021) (TJMMG-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(PCSE-2018-CESPE): Conforme disposições constitucionais a respeito da organização da segurança


pública, julgue o item a seguir: Compete à União estabelecer normas gerais sobre a organização das
polícias civis. BL: art. 24, caput, XVI c/c §1º, CF.

(MPBA-2018): No que tange à temática ambiental (competência ambiental), marque a alternativa correta:
As normas gerais no âmbito da competência concorrente são atribuídas à União. BL: art. 24, §1º, CF.

(TJSC-2017-FCC): A respeito da competência legislativa sobre normas gerais em matéria tributária:


Trata-se de competência exclusiva da União. BL: art. 24, I e §1º, CF (tributário).

##Atenção: ##PGEAM-2016: ##CESPE: O rol das matérias privativas da União, ou seja, delegáveis, está
no art.22 da CF. A matéria tributária encontra-se no rol das competências concorrentes do art.24 da CF,
em que a mesma matéria pode ser tratada pela União, pelos Estados e pelo DF, mas cabe à União as
normas gerais, e ela não pode delegar esta competência para os demais entes políticos, o que pode
ocorrer é ela ficar inerte e os Estados e DF exercer a competência plena. Aqui, a competência da União
para normas gerais é exclusiva, pois não há possibilidade de delegação.

§ 2º A COMPETÊNCIA DA UNIÃO para legislar sobre normas gerais NÃO EXCLUI a


competência suplementar dos Estados. (TJDFT-2007) (MPMT-2008) (MPRR-2008) (PGECE-2008) (MPRN-
2009) (PGEPE-2009) (PGESP-2009) (PCRJ-2009) (PCRO-2009) (AGU-2009/2010) (TJPR-2010/2011) (TRF1-2011)
(TRF3-2011) (DPESP-2010/2012) (TJAC-2012) (DPESE-2012) (PCMA-2012) (PFN-2012) (TJMA-2013) (TJRN-
2013) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (TRF2-2013) (PGDF-2013) (PCSC-2008/2014) (TJMG-2008/2012/2014) (MPRS-
2014) (DPECE-2014) (MPDFT-2013/2015) (PGEPR-2015) (MPGO-2010/2014/2016) (DPEMT-2016) (TRF4-
2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPSP-2011/2017) (TRF5-2011/2017) (TJSC-2017) (MPPR-
2017) (MPRO-2017) (TJRS-2012/2018) (MPBA-2018) (DPEMA-2018) (PCSP-2018) (TJPA-2014/2019) (MPT-
2013/2020) (PCPA-2016/2021) (MPAP-2021) (PGERS-2021) (TJAP-2022) (TJMMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPAP-2021: ##CESPE: É inconstitucional lei estadual que institua
dispensa e licenciamento simplificado ambiental para atividades de lavra a céu aberto: É
inconstitucional norma estadual que estabelece hipóteses de dispensa e simplificação do
licenciamento ambiental para atividades de lavra a céu aberto por invadir a competência legislativa da
União para editar normas gerais sobre proteção do meio ambiente, nos termos previstos no art. 24, §§
1º e 2º, da CF/88. Vale ressaltar também que o estabelecimento de procedimento de licenciamento
ambiental estadual que torne menos eficiente a proteção do meio ambiente equilibrado quanto às
atividades de mineração afronta o caput do art. 225 da CF/88 por inobservar o princípio da prevenção.
STF. Plenário. ADI 6650/SC, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 26/4/21 (Info 1014).

##Atenção: ##STF: ##DOD: A competência para legislar sobre as atividades que envolvam
organismos geneticamente modificados (OGM) é concorrente (art. 24, V, VIII e XII, da CF/88). No
âmbito das competências concorrentes, cabe à União estabelecer normas gerais e aos Estados-membros
editar leis para suplementar essas normas gerais (art. 24, §§ 1º e 2º). Determinado Estado-membro
editou lei estabelecendo que toda e qualquer atividade relacionada com os OGMs naquele Estado
deveria observar “estritamente à legislação federal específica”. O STF entendeu que essa lei estadual é
inconstitucional porque significou uma verdadeira “renúncia” ao exercício da competência legislativa
concorrente prevista no art. 24, V, VIII e XII, da CF/88. Em outras palavras, o Estado abriu mão de sua
competência suplementar prevista no art. 24, § 2º da CF/88. Essa norma estadual remissiva fragiliza a
estrutura federativa descentralizada, e consagra o monopólio da União, sem atentar para nuances
locais. Assim, é inconstitucional lei estadual que remete o regramento do cultivo comercial e das
atividades com organismos geneticamente modificados à regência da legislação federal. STF. Plenário.
ADI 2303/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 5/9/18 (Info 914).

108
##Atenção: ##STF: ##PGECE-2008: ##MPMS-2018: ##CESPE: O STF entende ser constitucional lei
estadual que disponha sobre o ensino de língua espanhola aos alunos da rede pública do respectivo
ente federado. Competência concorrente entre a União, que define as normas gerais e os entes estaduais
e Distrito Federal, que fixam as especificidades, os modos e meios de cumprir o quanto estabelecido no
art. 24, inc. IX, da CF/88, ou seja, para legislar sobre educação. O art. 22, XXIV, da CF/88 enfatiza a
competência privativa do legislador nacional para definir as diretrizes e bases da educação nacional,
deixando as singularidades no âmbito de competência dos Estados e do Distrito Federal. STF. Plenário.
ADI 3669, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 18/06/07.
(MPMS-2018): Segundo o STF, é correto afirmar que é constitucional lei estadual que disponha sobre o
ensino de língua espanhola aos alunos da rede pública do respectivo ente federado. BL: Entend. Jurisprud.
(PGECE-2008-CESPE): De acordo com a repartição de competências prevista na Constituição Federal,
assinale a opção correta: Segundo a jurisprudência do STF, é constitucional lei estadual que disponha sobre
o ensino de língua espanhola aos alunos da rede pública do respectivo estado. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DPESP-2010: ##TRF2-2013: ##TJSC-2017: ##TRF5-2017: ##MPBA-2018:


##CESPE: ##FCC: (...) Lei 14.861/05 do Estado do Paraná. Informação quanto à presença de organismos
geneticamente modificados em alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano
e animal. Lei federal 11.105/05 e Decretos 4.680/03 e 5.591/05. Competência legislativa concorrente para
dispor sobre produção, consumo e proteção e defesa da saúde. Art. 24, V e XII, da CF. (...) Ocorrência
de substituição – e não suplementação – das regras que cuidam das exigências, procedimentos e
penalidades relativos à rotulagem informativa de produtos transgênicos por norma estadual que dispôs
sobre o tema de maneira igualmente abrangente. Extrapolação, pelo legislador estadual, da autorização
constitucional voltada para o preenchimento de lacunas acaso verificadas na legislação federal.
Precedente: ADI 3.035, rel. min. Gilmar Mendes, Plenário, DJ 14-10-05. [ADI 3.645, rel. min. Ellen Gracie,
j. 31-5-06, P, DJ de 1º-9-06.]
(TJSC-2017-FCC): A União editou Lei federal estabelecendo normas de segurança e mecanismos de
fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados, tendo também prescrito
que: “Na comercialização de alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que
contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, com presença acima do limite de
um por cento do produto, o consumidor deverá ser informado da natureza transgênica desse produto, podendo esse
percentual ser reduzido por decisão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança − CTNBio.” O direito do
consumidor à informação sobre produto geneticamente modificado foi, posteriormente, disciplinado por Lei
estadual que assim dispôs: “Na comercialização de alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo
humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, o
consumidor deverá ser informado da natureza transgênica desse produto, qualquer que seja sua representação
quantitativa nos alimentos e ingredientes alimentares.” Nesse contexto, e considerando o disposto na CF/1988 e
a jurisprudência do STF, o Estado poderia ter legislado na matéria, que se insere dentre as competências
legislativas concorrentes entre União, Estados e Distrito Federal, cabendo à União a edição de normas gerais
e aos Estados e Distrito Federal a edição de normas específicas. Caso se entenda que o Estado extrapolou
sua competência e dispôs indevidamente sobre normas gerais, a norma estadual poderia ser objeto de ação
direta de inconstitucionalidade perante o STF, uma vez que o ato normativo estadual, nessa hipótese,
violaria as normas constitucionais que dispõem sobre a repartição de competências entre os entes federados.
BL: art. 24, V e XII21 e §§1º e 2º c/c art. 102, I, “a” da CF22 e Entendimento do STF.

(MPT-2013): A respeito do princípio da autonomia federativa é correto afirmar que no âmbito da


legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais, a qual não exclui
a competência suplementar dos Estados. BL: art. 24, §§1º e 2º, CF.

(TJMG-2008): A Constituição da República estabelece que compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre a “proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e
paisagístico” (art. 24, VII): Editadas as normas gerais pela União, é lícito que o Estado-membro ou o
Distrito Federal veicule norma suplementar que melhor as especifique, segundo sua peculiaridade
regional, e propicie mais adequadamente a proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico e
paisagístico. BL: art. 24, VII e §1º, CF.

21
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...) V - produção e
consumo; (...) XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
22
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I -
processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
109
§ 3º INEXISTINDO lei federal sobre normas gerais, os ESTADOS EXERCERÃO a
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA, para atender a suas peculiaridades. (MPMT-2008) (MPRR-2008)
(PGEPE-2009) (PGEPA-2011) (PGESP-2009/2012) (AGU-2009/2010/2012) (TJAC-2012) (DPESE-2012)
(DPESP-2012) (MPF-2012) (PCMA-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (MPMS-2013) (DPETO-2013) (PGEGO-
2013) (PGDF-2013) (PCES-2013) (PCSC-2008/2014) (MPGO-2010/2014) (TJPR-2011/2012/2014) (TJPA-2014)
(MPAC-2014) (DPECE-2014) (PGEBA-2014) (MPDFT-2013/2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (PGEPR-
2015) (TRT8-2015) (TRF4-2010/2016) (PCPA-2013/2016) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEAM-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (MPRO-2017) (DPEPR-2017) (MPBA-2010/2018) (TJRS-2012/2018) (TJMG-2018)
(DPEMA-2018) (PCSP-2018) (MPSP-2013/2017/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (TJMMG-2022)

(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020-CESPE): A respeito da organização político-administrativa do Estado


brasileiro, julgue o item subsequente: Diante da inexistência de lei federal pertinente, os estados possuem
capacidade plena para legislar sobre normas gerais em direito tributário. BL: art. 24, caput, I e §3º, CF.

(MPSP-2019): Enquanto não for editada lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. BL: art. 24, §3º, CF.

(TJPR-2012): Os estados exercerão a competência legislativa plena se não existir lei federal sobre normas
gerais envolvendo a tutela ao meio ambiente. BL: art. 24, caput, VI e §3º, CF. (ambiental).

##Atenção: ##TJPR-2012: ##DPEMT-2016: No âmbito da competência legislativa concorrente, a


competência da União limita-se a estabelecer normas gerais (art. 24, §1º, CF). Havendo normas gerais,
os Estados legislam supletivamente (art. 24, §2º, CF). Não havendo normas gerais, os Estados passam a
dispor de competência legislativa plena (art. 24, §2º, CF). Embora o art. 24 não mencione os Municípios,
entende-se que eles possuem competência para legislar sobre assuntos de interesse local, desde que não
conflite com a legislação estadual e federal (art. 30, I e II, CF).

§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais SUSPENDE a EFICÁCIA DA LEI


ESTADUAL, no que lhe for contrário. (TJTO-2007) (TJDFT-2007) (MPRR-2008) (DPEES-2009) (PCRO-
2009) (AGU-2009/2010) (TJPR-2010) (MPBA-2010) (DPEGO-2010) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (MPGO-
2010/2012) (TJAC-2012) (MPAL-2012) (DPESP-2012) (PCMA-2012) (PFN-2012) (TJAM-2013) (MPMS-2013)
(PGEGO-2013) (MPM-2013) (PCSC-2008/2014) (TJMG-2012/2014) (MPAC-2014) (DPECE-2014) (PGEBA-2014)
(TJSC-2015) (MPDFT-2015) (DPERN-2015) (TRF4-2010/2016) (DPEMT-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (MPRO-2017) (DPEPR-2017) (DPEMA-2011/2018) (TJRS-2018) (TJSP-2018) (PCSP-
2018) (TJPA-2014/2019) (MPSC-2016) (MPSP-2017/2019) (MPMG-2021) (TJMMG-2022) (PGM-Florianópolis/SC-
2022)

(MPMG-2021): Assinale a alternativa correta: No âmbito da competência concorrente, a superveniência


de lei federal que disponha sobre normas gerais não revoga a lei estadual anteriormente editada, mas
suspende a eficácia dos dispositivos que lhe forem contrários. BL: art. 24, §4º, CF.

(TJRS-2018-VUNESP): Considere a seguinte situação hipotética: Na ausência de lei federal sobre um


determinado tema, de competência legislativa concorrente, em 1995, o Estado do Rio Grande do Sul
exerceu sua competência legislativa em matéria de proteção e defesa da saúde, nos termos da CF/1988,
editando lei estadual que proibiu o uso de determinada substância no território estadual. Em 2007, a
União editou lei federal que regulou o uso dessa mesma substância, permitindo-o, ainda que de forma
restrita. No entanto, a lei federal foi objeto de ADI perante o STF. Não foi suspensa a aplicação da norma
federal, no entanto, ela foi declarada inconstitucional, em 2017. Com isso, a lei estadual deve ser
considerada válida, pois a superveniência de lei federal apenas suspende a eficácia da lei estadual no
âmbito da competência concorrente, de modo que, com a declaração de inconstitucionalidade da lei
federal, a norma estadual teve sua eficácia restabelecida. BL: art. 24, §4º, CF.

##Atenção: ##PGEAM-2016: ##TJRS-2018: ##CESPE: ##VUNESP: Nos termos do art. 24, §4º da CF, a
superveniência da lei federal suspende a eficácia da legislação estadual naquilo em que dela contrariar.

110
Logo, não caberá ao STF determinar qual delas será aplicável; a própria CF/1988 prevê que prevalência é
da legislação federal.

(TJSP-2018-VUNESP): Na hipótese de inércia legislativa da União e consequente ausência de lei nacional


que estabeleça normas gerais sobre matéria de competência concorrente da União, dos Estados e do
Distrito Federal, é correto afirmar que a inércia implicará competência plena e temporária dos Estados e
Distrito Federal para legislar sobre a matéria. BL: art. 24, §§3º e 4º, CF.

##Atenção: A competência legislativa plena (art. 24, §3º, CF) não é definitiva. Pelo contrário, trata-se de
competência temporária, de modo que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual no que lhe for contrária, na forma expressamente disposta no § 4.º do art. 24 da
CF. Lembrando que, não se trata de revogação, mas de suspensão de eficácia.

(TJSC-2015-FCC): Determinado Estado da Federação possui uma legislação sobre flora. A União, após
intenso debate legislativo, trouxe em lei federal normas gerais sobre a mesma matéria tratada na lei
estadual. A lei estadual fica com a eficácia suspensa no que for contrário à legislação federal
superveniente. BL: art. 24, §4º, CF (ambiental)

##Atenção: Em virtude do exercício da competência legislativa plena dos Estados, a União poderá
suspender a eficácia de lei estadual no que lhe for contrário, consoante §4º do art. 24 da CF/88.

CAPÍTULO III
DOS ESTADOS FEDERADOS

Art. 25. Os Estados ORGANIZAM-SE e REGEM-SE pelas Constituições e leis que adotarem,
OBSERVADOS os princípios desta Constituição. (DPEAL-2009) (TRF4-2009) (MPES-2010) (DPESP-
2010) (MPMG-2011) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (MPGO-2010/2012) (MPPR-2012) (MPRR-2012) (MPF-2012)
(DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGDF-2013) (PCES-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPI-2014)
(PCSC-2014) (PGERS-2010/2015) (MPAM-2015) (DPEMA-2015) (TRT16-2015) (TJRS-2016) (TJAM-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (PCRS-2018) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJAL-
2019) (MPT-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (TCERJ-2021)

(MPMG-2011): Examine a afirmativa a seguir relativa aos Estados Federados: Os Estados organizam-se e
regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição da
República. BL: art. art. 25, caput, CF.

§ 1º SÃO RESERVADAS aos ESTADOS as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição. (PGESP-2002) (TJMG-2006) (TJAP-2008/2009) (DPECE-2008) (TRF4-2009) (AGU-2009)
(PGEAM-2010) (MPMG-2011) (TRF1-2011) (DPESP-2010/2012) (TJMS-2012) (MPRR-2012) (DPESC-2012)
(PCMA-2012) (MPGO-2010/2012/2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGDF-2013) (PCES-2013)
(PCGO-2013) (TRF2-2009/2014) (DPEPR-2014) (PGEPI-2014) (PCSC-2014) (TJAL-2015) (MPAM-2015)
(DPEMA-2015) (PGERS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMS-2014/2016) (DPEMT-2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRF5-2017) (PGETO-2018) (TCEMG-2018) (MPPR-2012/2014/2019)
(MPMT-2019) (DPEMG-2019) (MPT-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPDFT-2009/2013/2021) (MPM-
2021) (TCERJ-2021) (PCRO-2022) (PGM-Teresina/PI-2022) (MPCSC-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCRO-2022: ##CESPE: É constitucional lei estadual do trote telefônico:
É constitucional norma estadual que determine que as prestadoras de serviço telefônico são obrigadas
a fornecer, sob pena de multa, os dados pessoais dos usuários de terminais utilizados para passar
trotes aos serviços de emergência. STF. Plenário. ADI 4924/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 4/11/21
(Info 1036).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD:
-Inconstitucionalidade formal: Sob o aspecto formal, não há se falar em violação aos arts. 21, XI, e art. 22, IV,
da CF. Isso porque a lei estadual não traz regras sobre a prestação dos serviços de telecomunicações, sobre
as relações da concessionária com o usuário ou ainda sobre o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. A
norma impugnada trata, na verdade, de questão de direito administrativo relativa à assistência e à
111
segurança pública que se encontra dentro da competência legislativa residual dos Estados-membros, nos
termos do art. 25, §1º, da CF. Além disso, a competência material para cuidar dessas questões é atribuída a
todos os entes federativos, conforme previsão do art. 23, II, c/cart. 144, ambos da CF/88. Assim, a lei
estadual é uma norma de direito administrativo que prevê o compartilhamento de informações cadastrais já
existentes nos bancos de dados das empresas concessionárias para apurar ilícitos administrativos.
-Inconstitucionalidade material: No mesmo sentido, não há qualquer inconstitucionalidade material por
violação à intimidade, à vida privada ou ao direito de proteção dos dados dos usuários, bem como à
cláusula de reserva de jurisdição, nos termos estabelecidos pelo art. 5º, X e XII, da CF. Não se deve ignorar a
importância dos referidos direitos fundamentais. Contudo, é igualmente relevante asseverar que não
existem direitos fundamentais absolutos, sendo legítima a imposição de restrições por parte do legislador
em hipóteses de conflitos com outros direitos e princípios de natureza constitucional, desde que observados
os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. O afastamento parcial desses preceitos
constitucionais em casos de “trotes telefônicos” constitui medida proporcional e necessária à garantia da
prestação eficiente dos serviços de emergência contra a prática de ilícitos administrativos, inexistindo
qualquer outra medida que favoreça a higidez dessas atividades, que envolvem o atendimento a direitos
fundamentais de terceiros, com um menor grau de afetação dos direitos contrapostos. Destaque-se que a
autorização legislativa para o acesso administrativo de dados cadastrais não significa que o Poder Executivo
estadual esteja autorizado a monitorar ou acessar indiscriminadamente os dados pessoais de todos os
cidadãos. A lei deve estabelecer uma finalidade claramente delimitada para acesso aos dados, com hipóteses
legais específicas e a possibilidade de controle posterior que devem ser interpretadas de acordo com os
dispositivos constitucionais indicados, de modo a se manter hígida a norma e o objetivo previsto pelo
legislador estadual.

##Atenção: ##Doutrina: ##STF: ##DPECE-2008: ##TJAP-2009: ##DPESC-2012: ##MPGO-2013:


##DPETO-2013: ##PGERS-2015: ##MPMT-2019: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021: ##CESPE: ##FCC:
##Fundatec: Se o presidente pode adotar Medida Provisória como instituto legislativo excepcional,
também podem os governadores de Estados membros desde que haja previsão em suas Constituições.
Dessa forma, os princípios e limitações relacionados à Medida Provisória editada pelo Chefe do
Executivo da União teriam que ser aplicados ao contexto estadual. Observe-se, porém, que “[...] a
possibilidade vai depender do que disserem as constituições estaduais e as leis orgânicas, não sendo auto-aplicável
pelos estados membros e pelos municípios o art. 62 da Constituição Federal, dado seu caráter excepcional”
(PEDRA, 2001, p. 174).23 Nesse sentido, vejamos o célebre julgado do STF: “Podem os Estados-membros
editar medidas provisórias em face do princípio da simetria, obedecidas as regras básicas do processo
legislativo no âmbito da União (CF, artigo 62). 2. Constitui forma de restrição não prevista no vigente
sistema constitucional pátrio (CF, § 1º do artigo 25) qualquer limitação imposta às unidades federadas para a
edição de medidas provisórias. Legitimidade e facultatividade de sua adoção pelos Estados-membros, a
exemplo da União Federal. (...) No caso em tela,, julgou o mérito de ADI ajuizada pelo PMDB contra as
MP’s 62, 63, 64 e 65/90, do Estado do Tocantins, convertidas nas Leis estaduais 219, 220, 215 e 218/90,
respectivamente. O STF, preliminarmente, por maioria, assentou a legitimidade do governador do
Estado-membro para, acompanhando o modelo federal, e desde que existente tal previsão na
constituição estadual, expedir medidas provisórias em caso de relevância e urgência, haja vista a
inexistência no texto da CF/88 de qualquer cláusula que implique restrição ou vedação ao poder
autônomo dos Estados quanto ao uso de medidas provisórias.
(TJAP-2009-FCC): No tocante a organização do Estado brasileiro, mormente no que se refere a organização
de poderes e aos entes federados, a Constituição admite medida provisória no processo legislativo estadual.
BL: art. 25, §1º, CF e Entend. Jurisprud.
(DPECE-2008-CESPE): Em relação ao Poder Legislativo, julgue o próximo item de acordo com o
entendimento do STF: Desde que prevista competência na Constituição estadual, pode o governador editar
medida provisória. BL: art. 25, §1º, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: O STF possui entendimento de que não ofende o art. 22, XI, da
CF/88, o disciplinamento do transporte, por outro ente da federação, para fins turísticos. Fretamento
de ônibus para o transporte com finalidade turística, ou para o atendimento do turismo no Estado.
Transporte ocasional de turistas, que reclama regramento por parte do Estado-membro, com base no
seu poder de polícia administrativa, com vistas à proteção dos turistas e do próprio turismo. CF, art.
25, § 1º. Inocorrência de ofensa à competência privativa da União para legislar sobre trânsito e
transporte (CF, art. 22, XI). STF. RE 461197/AL, Rel. Min. Ellen Gracie, j 22/12/09.

(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: A Constituição Federal de 1988, no que tange à repartição
de competências, estabeleceu que cabe à União os poderes enumerados, prescrevendo poderes

23
PEDRA, Adriano Sant'Ana. Medidas provisórias: a adoção nos âmbitos estadual e municipal. Revista de
Administração Pública, Rio de Janeiro, n. 35, v. 1, p. 167-176, jan./fev. 2001.
112
remanescentes para os Estados-Membros. BL: art. 25, §1º, CF.

(TCEMG-2018): No tocante aos Estados-membros da República Federativa do Brasil, é correto afirmar:


As competências dos Estados-membros são definidas na forma de poderes remanescentes. BL: art. 25,
§1º, CF.

##Atenção: ##MPDFT-2009: ##PGEAM-2010: ##PCMA-2012: ##Cartórios/TJBA-2013: ##PCGO-2013:


##TRF2-2014: ##PGEPI-2014: ##PGEMS-2014/2016: ##DPEMT-2016: ##PGM-POA/RS-2016:
##PGETO-2018: ##TCEMG-2018: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020: ##MPM-2021: ##TCERJ-2021:
##MPCSC-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##Fundatec: ##UEG: De fato, a CF/1988 estabeleceu
campos específicos de competências administrativas e legislativas, da seguinte forma: poderes
enumerados para a União, poderes remanescentes para os Estados-membros, poderes indicados para
os Municípios, atribuição ao Distrito Federal dos poderes previstos para os Estados e Municípios.
Portanto, as competências dos Estados-membros são RESIDUAIS, ou seja, quando não for vedada pela
CF. Portanto, perceba que o ordenamento constitucional adotou o princípio da preponderância dos
interesses, em que as matérias de interesse nacional são de competência da União; matérias de
interesse regional, de competência dos Estados-membros e matérias de interesse local, de competência
do Município. O Distrito Federal, conforme art. 32, §1º da Constituição Federal de 88, acumula
matérias de interesse regional e local. Todavia, diante da dificuldade e complexidade de caracterizar o
que é interesse nacional, regional e local, porque não se trata de questão jurídica, mas sociológica e
política, como observado por Teixeira Meirelles e José Afonso da Silva, o ordenamento constitucional
brasileiro passou a adotar a técnica de repartição de competência que enumera, expressamente, os
poderes da União (arts. 21 e 22) e dos Municípios (art. 30), reserva aos Estados as competências que
não são vedadas no texto constitucional – competência remanescente (art. 25, §1º) e atribui ao Distrito
Federal competências dos Estados e dos Municípios – competência cumulativa (art. 32, §1º), com
exceção do art. 22, inciso XVII. Além disso, estabelece competências comuns (art.23) e concorrentes
(art.24). O modelo de repartição de competências na Constituição Federal de 88 é, portanto, bastante
complexo, aproximando-se do modelo alemão. Nele se encontram técnicas tradicionais de repartição de
competência, como a clássica da federação americana, de competências enumeradas e reservadas, ao lado
de competências concorrentes e comuns, que não têm como origem o federalismo americano.
(PCGO-2013-UEG): No modelo brasileiro, a repartição de competências, enquanto processo de distribuição
constitucional de poderes entre as entidades federadas, é definida constitucionalmente pela enumeração dos
poderes da União, com poderes remanescentes para os estados e indicativos para os municípios. BL: arts. 21
a art. 32, CF.
(PCMA-2012-FGV): Acerca da repartição constitucional de competências, analise a afirmativa a seguir: É
reservada aos Estados competência residual, que não lhes seja vedada pela Constituição. BL: art. 25, §1º, CF.

(MPMG-2011): Examine a afirmativa a seguir relativa aos Estados Federados: São reservadas aos Estados
as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição da República. BL: art. 25, §1º, CF.

§ 2º CABE aos Estados EXPLORAR DIRETAMENTE, ou mediante CONCESSÃO, os serviços


locais de gás canalizado, na forma da lei, VEDADA a edição de medida provisória para a sua
regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) (MPF-2008) (MPRN-2009)
(DPEMT-2009) (PCDF-2009) (PCRO-2009) (MPGO-2010) (MPES-2010) (PGEAM-2010) (TJDFT-2011)
(DPEMA-2011) (MPPR-2012) (MPRR-2012) (PFN-2012) (DPEAM-2013) (DPEPR-2014) (PGEBA-2014)
(PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJSE-2015) (PGERS-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (TRF5-2009/2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPMS-2018) (PCMG-2018) (PCPI-2018)
(PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPT-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPAP-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

(TJSE-2015-FCC): Lei de Município sergipano disciplinou a exploração, direta ou mediante concessão, de


serviços locais de gás canalizado. À luz das disposições normativas pertinentes e considerando que a
Constituição do Estado reproduziu a disciplina da Constituição Federal nessa matéria, referida Lei
municipal é incompatível com a Constituição da República e com a Constituição do Estado, por ofensa à
competência atribuída ao Estado-membro, sendo passível de questionamento mediante ação direta de
inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do Estado. BL: art. 125, §2º c/c art. 25, §2º, CF.

##Atenção: Além de ter competência residual (art. 25, §1º), os Estados têm competências enumeradas,
por exemplo, a exploração dos serviços locais de gás canalizado (art. 25, §2º).

§ 3º Os ESTADOS PODERÃO, mediante lei complementar [obs.: estadual], INSTITUIR regiões


metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, CONSTITUÍDAS por agrupamentos de

113
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum. (TJMG-2006) (PCRO-2009) (MPES-2010) (MPSE-2010) (PGEAM-2010) (TJPB-2011) (MPMG-
2011) (TRF2-2011) (TRF3-2011) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (TJBA-2012) (MPMS-2012) (DPESP-2012)
(DPESC-2012) (PFN-2012) (TJAM-2013) (MPDFT-2013) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013)
(AGU-2013) (MPMT-2012/2014) (PGEBA-2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-
2011/2015) (DPEMA-2015) (MPPR-2016) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSP-2017)
(PCGO-2017) (PGETO-2018) (PCPI-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJPR-2019) (Cartórios/TJRS-2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020) (MPCE-2020) (MPM-2013/2021)

(MPM-2021): Em relação às regiões metropolitanas, assinale a alternativa correta: A instituição de regiões


metropolitanas é de competência legislativa privativa dos Estados. BL: art. 25, §3º, CF.

(TJPR-2019-CESPE): De acordo com disposições da CF/88, para integrar a organização, o planejamento e


a execução de funções públicas de interesse comum, os estados podem instituir aglomerações urbanas,
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, mediante lei complementar. BL: art. 25, §3º, CF.

(TJSP-2017-VUNESP): A instituição de região metropolitana para o fim de integrar a organização,


planejamento e execução de funções de interesse público de interesse comum, autorizada pela CF/88,
depende de iniciativa dos Estados-Membros, por meio de Lei Complementar. BL: art. 25, §3º, CF.

(PGEMA-2016-FCC): Lei ordinária estadual criou Região Metropolitana formada por municípios
contíguos e não contíguos, voltada para a prestação de serviços públicos de interesse comum aos
municípios que a integram. A mesma lei criou órgão colegiado estadual, do qual fazem parte apenas
autoridades estaduais, voltado para disciplinar a concessão de serviços municipais de interesse comum à
região metropolitana. De acordo com a Constituição Federal e a com a jurisprudência do STF, essa
Região Metropolitana apenas poderia ter sido criada por lei complementar e deveria ser formada apenas
por municípios contíguos, sendo, ainda, inconstitucional a atribuição ao órgão colegiado estadual da
competência para disciplinar a concessão de serviços municipais. BL: art. 25, §3º, CF e Entend.
Jurisprud.

##Atenção: ##TRF5-2011: ##TJAC-2012: ##MPDFT-2013: ##PGEMA-2016: ##Cartórios/TJRS-2019:


##MPCE-2020: ##MPM-2021: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: A instituição de regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes,
depende, apenas, de lei complementar estadual, vejamos: “Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas,
microregião. CF, art. 25, § 3º. Constituição do Estado do Rio de Janeiro, art. 357, parágrafo único. A instituição
de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microregiões, constituídas por agrupamentos de
municípios limítrofes, depende, apenas, de lei complementar estadual.” STF. ADI 1.841, Rel. Min. Carlos
Velloso, DJ 20/09/02. Logo, não precisa de lei complementar federal. Precisa de lei complementar
estadual.
(TJAC-2012-CESPE): Com relação à organização político-administrativa do Estado brasileiro, assinale a
opção correta: As regiões metropolitanas, as aglomerações urbanas e as microrregiões são constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, podendo ser instituídas por lei complementar estadual. BL: art. 25,
§3º, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPM-2013: ##PGM-Cuiabá/MT-2014: ##PGEMA-2016: ##PGETO-2018:


##Cartórios/TJRS-2019: ##MPCE-2020: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: Ainda que a instituição de
regiões metropolitanas seja uma decisão do Estado, é pacífico que não há abalo a autonomia municipal,
vejamos: “(...) O interesse comum e a compulsoriedade da integração metropolitana não são
incompatíveis com a autonomia municipal. O mencionado interesse comum não é comum apenas aos
municípios envolvidos, mas ao Estado e aos municípios do agrupamento urbano. O caráter compulsório da
participação deles em regiões metropolitanas, microrregiões e aglomerações urbanas já foi acolhido pelo Pleno do
STF (ADI 1841/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 20.9.2002; ADI 796/ES, Rel. Min. Néri da Silveira, DJ 17.12.99).
(...) O interesse comum inclui funções públicas e serviços que atendam a mais de um Município, assim como os que,
restritos ao território de um deles, sejam de algum modo dependentes, concorrentes, confluentes ou integrados de
funções públicas, bem como serviços supramunicipais. (...) A função pública do saneamento básico frequentemente
extrapola o interesse local e passa a ter natureza de interesse comum no caso de instituição de regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, nos termos do art. 25, § 3º, da CF. Para o adequado
atendimento do interesse comum, a integração municipal do serviço de saneamento básico pode ocorrer tanto
voluntariamente, por meio de gestão associada, empregando convênios de cooperação ou consórcios públicos,
consoante o arts. 3º, II, e 24 da Lei federal 11.445/2007 e o art. 241 da CF, como compulsoriamente, nos termos em
que prevista na lei complementar estadual que institui as aglomerações urbanas. A instituição de regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas ou microrregiões pode vincular a participação de Municípios
114
limítrofes, com o objetivo de executar e planejar a função pública do saneamento básico, seja para atender
adequadamente às exigências de higiene e saúde pública, seja para dar viabilidade econômica e técnica aos
Municípios menos favorecidos. Repita-se que este caráter compulsório da integração metropolitana não
esvazia a autonomia municipal. 5. Inconstitucionalidade da transferência ao estado-membro do poder
concedente de funções e serviços públicos de interesse comum. O estabelecimento de região metropolitana não
significa simples transferência de competências para o estado. O interesse comum é muito mais que a soma de cada
interesse local envolvido, pois a má condução da função de saneamento básico por apenas um município pode
colocar em risco todo o esforço do conjunto, além das consequências para a saúde pública de toda a região. O
parâmetro para aferição da constitucionalidade reside no respeito à divisão de responsabilidades entre
municípios e estado. É necessário evitar que o poder decisório e o poder concedente se concentrem nas
mãos de um único ente para preservação do autogoverno e da autoadministração dos municípios.
Reconhecimento do poder concedente e da titularidade do serviço ao colegiado formado pelos municípios e pelo
estado federado. A participação dos entes nesse colegiado não necessita de ser paritária, desde que apta a
prevenir a concentração do poder decisório no âmbito de um único ente. A participação de cada
Município e do Estado deve ser estipulada em cada região metropolitana de acordo com suas
particularidades, sem que se permita que um ente tenha predomínio absoluto. (...)” STF. Plenário. ADI
1842, Rel. Min. Luiz Fux, Rel. p/ Ac. Gilmar Mendes, j. 06/03/13.
##Comentários sobre o julgado acima##PGM-Cuiabá/MT-2014: ##PGEMA-2016: ##FCC: Pedro Lenza
afirma que “a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, bem como o seu
processo decisório, não poderão ser transferidos com exclusividade para o Estado-Membro, devendo ser assegurada a
participação tanto dos Municípios compreendidos como do ente referido. (...) A participação de cada Município e do
Estado deve ser estipulada em cada região metropolitana de acordo com suas peculiaridades, sem que permita que um
ente tenha predomínio absoluto” (2014, p. 498-499).

(TRF1-2015-CESPE): Com base no disposto na CF a respeito da competência dos estados-membros e dos


municípios, assinale a opção correta: O poder de instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas
e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, é dos estados, que devem
editar lei complementar para fazê-lo. BL: art. 25, §3º, CF.

##Atenção: RESUMO SOBRE A INSTITUIÇÃO DE REGIÕES METROPOLITANAS,


AGLOMERAÇÕES URBANAS E MICRORREGIÕES PELOS ESTADOS (requisitos constitucionais:
1 – Mediante lei complementar estadual;
2 – Constituídas por agrupamento de municípios limítrofes;
3 – Têm a finalidade de integrar a organização, planejamento e execução de funções públicas de
interesse comum.

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJRS-2019: ##VUNESP: A participação dos Municípios na região


metropolitana é compulsória, não havendo direito de retirada ou necessidade de aprovação prévia do
legislativo municipal (ADI 1841/RJ; ADI 796/ES).

##Atenção: Neste colegiado nenhum ente federado pode deter controle absoluto, embora não seja
obrigatória a instituição paritária na representação e no processo de decisão colegiada.

##Atenção: A participação de cada Município e do Estado deve ser estipulada em cada região
metropolitana, de acordo com suas particularidades, sem que se permita que um ente tenha predomínio
absoluto.

##Atenção: ##TJPB-2011: ##TJBA-2012: ##PGETO-2018: ##MPM-2021: ##CESPE: ##FCC: Segundo


Marcelo Novelino, “as regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões não são dotadas de
personalidade e não possuem governo ou administração própria. São órgãos de planejamento, compostos por
Municípios, dos quais deriva a execução de funções públicas de interesse comum, mas cujas decisões não são
obrigatórias, tendo em vista a autonomia municipal. A competência desses órgãos não limita a competência dos
Estados, nem dos Municípios.” (Fonte: Manual de Direito Constitucional, 14ª Ed. 2019, p. 641). Portanto, as
regiões metropolitanas, aglomerados urbanos e microrregiões não são entidades políticas autônomas de
nosso sistema federativo, e sim entes com função administrativa e executória.

Art. 26. INCLUEM-SE entre os BENS DOS ESTADOS:

I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, RESSALVADAS,


neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; (PGECE-2008) (MPPB-2011) (MPF-2011)
(PGEPR-2011) (PGERO-2011) (PGERS-2011) (TJMG-2012) (TJMS-2012) (PFN-2012) (TRF1-2011/2013) (TJPR-
2012/2013) (TJMA-2013) (MPMT-2014) (TRF4-2014) (PCSC-2014) (TJPE-2011/2015) (Cartórios/TJMG-2015)
(TRF3-2016) (PCPE-2016) (TRF2-2013/2017) (PGEAC-2017) (TJRS-2018)

115
(TRF2-2017): Assinale a opção correta: O Estado membro possui competência concorrente para legislar
sobre a proteção do meio ambiente e sobre a defesa dos recursos naturais e, nessa linha, pode regular as
condições de utilização das águas subterrâneas, que são bens dos Estados. BL: art. 24, VI c/c art. 26, I, CF.

(TJMS-2012-PUCPR): As águas de um rio que nasce e termina dentro do território de um município do


Estado de Mato Grosso do Sul, pertencem ao domínio do ente federativo: a) Estado-membro onde se
situem. BL: art. 26, I, CF. (ambiental).

(TJPE-2011-FCC): As águas subterrâneas são bens de domínio do Estado-membro onde se situam. BL:
art. 26, I, CF. (ambiental).

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que ESTIVEREM no seu domínio, EXCLUÍDAS
aquelas SOB DOMÍNIO da União, Municípios ou terceiros; (PGECE-2008) (MPPB-2011) (PGEGO-2013)
(TRF5-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (TJPE-2015) (TJPR-2013/2017) (DPESC-2017) (TJSC-2019)

(TJPR-2017-CESPE): Em relação aos bens públicos, assinale a opção correta: O ordenamento jurídico
brasileiro permite que pertençam a particulares algumas áreas nas ilhas oceânicas e costeiras. BL: art. 26,
II, parte final, CF. (adm.).

##Atenção: ##TRF3-2016: ##TJPR-2017: ##CESPE: Sobre a definição das ilhas integrantes do


patrimônio dos Estados (artigo 26, II, da CF), é relevante a observação de Di Pietro, “o dispositivo deixa
implícita a possibilidade de algumas áreas, nessas ilhas, pertencerem a particulares”. (2011, p. 728).
(TRF3-2016): Incluem-se entre os bens dos Estados: as áreas nas ilhas oceânicas e costeiras que estiverem
sob seu domínio, excluídas as que forem da União, dos Municípios ou que pertençam a particulares. BL: art.
26, II, parte final, CF.

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; (PGECE-2008) (TRF4-2010) (PGERO-2011)
(TJPR-2013) (AGU-2013) (TJRS-2016)

(TRF4-2010): Sobre os bens públicos, assinale a alternativa correta: As ilhas fluviais e lacustres situadas
nas zonas limítrofes com outros países incluem-se entre os bens da União; as demais ilhas fluviais e
lacustres pertencem aos Estados. BL: art. 20, IV24 e art. 26, III, CF e art. 1º,

##Atenção: DICAS:
 ILHAS FLUVIAIS e LACUSTRES:
– Pertencerão, em regra, aos ESTADOS
– Pertencerá à União caso faça limite com outros países.

 ILHAS COSTEIRAS E OCEÂNICAS (MAR):


- Pertencerão, em regra, à UNIÃO.
– Pertencerão ao MUNICÍPIO quando for SEDE do mesmo.
– Caso contrário, pertencerá ao ESTADO em que se situa.
– Nos casos acima, se a ilha for afetada por serviço público federal, pertencerá à UNIÃO.

 ILHAS FLUVIAIS e LACUSTRES: As ilhas fluviais (rios) e lacustres (lagos) permanentes


pertencem à União quando estão situadas na fronteira com outro país; ou quando estão situadas
em zona onde se faça sentir a influência das marés (art. 1º, c, Dec.-Lei 9.760/46, c/c art. 20, I,
CF/88).
 ILHAS MARÍTIMAS: Por fim, são bens da União também as ilhas marítimas, que podem ser
classificadas como oceânicas (fora da plataforma continental) ou costeiras (ligadas à plataforma).

##Atenção: DICAS:
 Ilhas costeiras (ou ilhas continentais) situam-se próximo da costa.
 Ilhas oceânicas (ou ilhas pelágicas) situam-se em alto mar.

24
Art. 20. São bens da União: (...) IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
116
Se a ilha for localizada dentro da faixa do mar territorial (12 milhas náuticas contados a partir da
linha do mar) será ilha costeira; se posterior, será ilha oceânica.
Critério objetivo para saber se é ilha costeira ou oceânica: mar territorial.

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. (PGECE-2008) (PGEPE-2009) (AGU-


2009) (TRF4-2010) (TJPB-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (TJPI-2007/2012) (TJGO-2012) (PFN-2012) (TRF3-
2011/2013) (DPERR-2013) (PGEGO-2013) (MPPR-2014) (PGEBA-2014) (PGESC-2014) (PGM-Recife/PE-2014)
(TRF5-2009/2013/2015) (TRF1-2015) (PCDF-2015) (TRT8-2015) (DPEAC-2017) (MPMG-2018) (DPEMA-2018)
(DPEPE-2018) (TRF2-2018) (PGEAP-2018) (MPCE-2020)

(TJPA-2019-CESPE): As terras devolutas são terras públicas não incorporadas a patrimônio particular e
que não estejam afetadas a qualquer uso público. BL: art. 20, II25 e 26, IV, CF e art. 5º, caput, DL 9.760/46.

##Atenção: ##AGU-2009: ##TRF4-2010/2012: ##TRF3-2011: ##DPERR-2013: ##TRF5-


2009/2013/2015: ##TRF1-2015: ##PCDF-2015: ##DPEAC-2017: ##DPEMA-2018: ##TRF2-2018:
##TJPA-2019: ##MPCE-2020: ##CESPE: ##FCC: As terras devolutas são bens DOMINIAIS e pertencem,
EM REGRA, aos ESTADOS-membros (art. 26, IV, CF). EXCEPCIONALMENTE, quando se prestarem à
defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à
preservação ambiental, pertencerão à UNIÃO (art. 20, II, CF). Além disso, cumpre ressaltar que as terras
devolutas são bens públicos que não possuem finalidade específica, isto é, bens dominicais, salvo as
terras devolutas indispensáveis à preservação ambiental, que pertencem à União e que são
classificadas como bem de uso especial, por possuírem destinação específica de proteção dos
ecossistemas naturais (art. 20, II, CF) e que também não foram incorporadas ao domínio privado. Desse
modo, adota-se um critério de exclusão para a definição das terras devolutas. É o que dispõe o caput do
art. 5º do Decreto-Lei 9.760/46: “São devolutas, na faixa da fronteira, nos Territórios Federais e no Distrito
Federal, as terras que, não sendo próprios nem aplicadas a algum uso público federal, estadual territorial ou
municipal, não se incorporaram ao domínio privado”. Portanto, via de regra, as terras devolutas pertencem
aos Estados (art. 26, IV, CF/88), sendo da União apenas s terras devolutas indispensáveis à defesa das
fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação
ambiental, assim definidas em lei.

(DPEPR-2014-UFPR): Sobre a Organização do Estado Brasileiro e a Repartição de Competências no


Brasil, é correto afirmar: As terras devolutas são terras consideradas bens dos estados-membros, salvo
quando pertencentes à União, como nos casos de terras devolutas indispensáveis à defesa de fronteiras,
das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental. BL:
art. 20, II e 26, IV, CF.

(TJMG-2009): Sobre as terras devolutas é correto dizer: Em geral, pertencem aos Estados, ressalvadas
aquelas pertencentes à União Federal. BL: art. 20, II e 26, IV, CF.

Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa CORRESPONDERÁ ao triplo da


representação do Estado na Câmara dos Deputados e, ATINGIDO o número de trinta e seis, SERÁ
ACRESCIDO de tantos quantos os Deputados Federais acima de doze. (MPRO-2008) (MPPB-2010)
(TJDFT-2011) (TJPA-2012) (MPPR-2012) (MPMG-2011/2013) (TRF2-2013) (PCSC-2014) (TRF1-2015) (MPSC-
2016) (DPEPR-2017)

##Atenção: ##DICA: ##Vídeo no Youtube explicando o art. 27 da CF/88:


https://www.youtube.com/watch?v=C9-Ag_1_zt8&t=141s

§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, APLICANDO-SÊ-LHES as regras


desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato,
licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. (TJAL-2008) (PCSC-2008) (TJPA-2009) (PCRO-
2009) (MPPB-2010) (TJPI-2012) (MPMT-2014) (DPEMA-2015) (DPERN-2015) (TJAM-2016) (PGEAM-2016)
(PGEMA-2016) (TJSC-2017) (DPEPR-2017) (PCMG-2018) (MPCE-2020)

25
Art. 20. São bens da União: II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
117
##Atenção: ##STF: ##DOD: São constitucionais dispositivos da Constituição do Estado que estendem
aos Deputados Estaduais as imunidades formais previstas no art. 53 da CF/88 para Deputados Federais
e Senadores. A leitura da Constituição da República revela, sob os ângulos literal e sistemático, que os
Deputados Estaduais também têm direito às imunidades formal e material e à inviolabilidade que
foram conferidas pelo constituinte aos congressistas (membros do Congresso Nacional). Isso porque
tais imunidades foram expressamente estendidas aos Deputados pelo § 1º do art. 27 da CF/88. STF.
Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/
o ac. Min. Marco Aurélio, j. 8/5/19 (Info 939).

##Atenção: ##DOD: A CF/88, ao tratar sobre as imunidades, no art. 53, fala em Deputados Federais e
Senadores. Indaga-se: os Deputados Estaduais e os Vereadores também gozam das mesmas imunidades?
Deputados Estaduais: SIM Vereadores:
A CF/88 determina que os Deputados Estaduais Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas
possuem as mesmas imunidades que os opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e
parlamentares federais, nos termos do art. 27, § 1º: na circunscrição do Município (art. 29, VIII).
“§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados
Estaduais, aplicando-sê-lhes as regras desta Resumindo:
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, • Imunidade formal: NÃO gozam;
imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, • Imunidade material: possuem, mas desde que
impedimentos e incorporação às Forças Armadas.” relacionada com o mandato e por manifestações feitas
Logo, os Deputados Estaduais gozam tanto da dentro do Município.
imunidade material como formal.

##Comentários sobre o julgado veiculado no Info 939 do STF: ##DOD: No Info 939, o STF reafirmou o
entendimento acima e decidiu que são constitucionais as normas previstas nas Constituições estaduais
que conferem aos Deputados Estaduais as imunidades formais com relação à prisão (art. 53, § 2º, da
CF/88) e com relação ao processo (art. 53, § 3º).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPCE-2020: ##CESPE: São constitucionais dispositivos da


Constituição do Estado que estendem aos Deputados Estaduais as imunidades formais previstas no
art. 53 da CF/88 para Deputados Federais e Senadores. A leitura da CF/88 revela, sob os ângulos literal
e sistemático, que os Deputados Estaduais também têm direito às imunidades formal e material e à
inviolabilidade que foram conferidas pelo constituinte aos congressistas (membros do Congresso
Nacional). Isso porque tais imunidades foram expressamente estendidas aos Deputados pelo § 1º do
art. 27 da CF/88. STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min.
Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, j. 8/5/19 (Info 939).
(MPCE-2020-CESPE): Mudança no regime de imunidade parlamentar no plano federal é aplicável
imediatamente aos deputados estaduais. BL: art. 27, §1º, CF e Info 939, STF.
##Atenção: A jurisprudência do STF é no sentido de que as imunidades constitucionalmente previstas aos
congressistas, são expressamente estendidas aos deputados estaduais. Em vista disso, alterações no grupo
de prerrogativas a que doutrinariamente recebe o nome de "Estatuto dos Congressistas", repercute
imediatamente no conjunto de prerrogativas que titularizam os deputados estaduais. Cumpre ressaltar
ainda que, no regime constitucional anterior, as imunidades dos Parlamentares estaduais eram fixadas pelas
Constituições dos respectivos Estados. Com a finalidade de uniformizar o tratamento conferido aos
Deputados Estaduais, a Constituição de 1988 inovou em relação às Constituições anteriores, estendendo-
lhes o mesmo estatuto dos parlamentares federais, nos termos do §1º do art. 27 da CF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional resolução da Assembleia Legislativa que, com base na
imunidade parlamentar formal (art. 53, § 2º c/c art. 27, § 1º da CF/88), revoga a prisão preventiva e as
medidas cautelares penais que haviam sido impostas pelo Poder Judiciário contra Deputado Estadual,
determinando o pleno retorno do parlamentar ao seu mandato. O Poder Legislativo estadual tem a
prerrogativa de sustar decisões judiciais de natureza criminal, precárias e efêmeras, cujo teor resulte
em afastamento ou limitação da função parlamentar. STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824
MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, j. 8/5/2019
(Info 939).

(TJAL-2008-CESPE): Quanto à organização da União, dos estados e dos municípios, assinale a opção
correta: Os deputados estaduais se submetem ao mesmo regime das imunidades previsto na CF para os
deputados federais e senadores. BL: art. 27, §1º, CF.

§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais SERÁ FIXADO por lei de iniciativa da Assembléia
Legislativa, na razão de, NO MÁXIMO, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para
os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

118
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPMG-2011) (TJAC-2012) (PGEPA-2012) (PCSC-
2014) (Cartórios/TJMG-2017)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4) (...)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (...)

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a
qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória,
em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (...)

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


III - renda e proventos de qualquer natureza;
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da
lei;

(TJSC-2010): Sobre os Estados Federados é correto afirmar: O subsídio dos Deputados Estaduais será
fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento
daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observados também mais alguns critérios
estabelecidos na Constituição da República. BL: art. 27, §2º, CF.

§ 3º COMPETE às Assembléias Legislativas DISPOR sobre seu regimento interno, polícia e


serviços administrativos de sua secretaria, e PROVER os respectivos cargos. (TJSC-2010) (MPPR-2012)
(TJAM-2016)

§ 4º A lei DISPORÁ sobre a INICIATIVA POPULAR no processo legislativo estadual. (PGEPB-


2008) (PCRO-2009) (TJSC-2010) (TRF3-2011) (DPESP-2013) (TRF2-2013) (MPT-2013) (TRF1-2015) (DPEAP-
2018) (MPSC-2019)

(DPESP-2013-FCC): Segundo a Constituição Federal brasileira, a iniciativa popular é exercida no


âmbito estadual, nos termos que a lei dispuser sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
BL: art. 27, §4º, CF.

##Atenção: A CF/88 disciplina como será a iniciativa popular no âmbito federal (art. 61, §2º) e (art. 29,
XIII), mas não no âmbito estadual (art. 27, §4º).

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro) anos,
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em
segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse
ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no


primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se
houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 16, de 1997)
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria
absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
119
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até
vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se
eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com
a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

§ 1º PERDERÁ o MANDATO o Governador que assumir outro cargo ou função na administração


pública direta ou indireta, RESSALVADA a posse em virtude de concurso público e observado o
disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(TJSC-2010) (TRF2-2013) (TRF5-2013) (MPAC-2014)

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função; (...)
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço
será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como
se no exercício estivesse.

§ 2º Os SUBSÍDIOS do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado SERÃO


FIXADOS por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, §
4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TRF4-2009) (MPMG-
2011) (PCSC-2014) (PGEPR-2015) (TJMS-2020)

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) (...)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4) (...)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (...)

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a
qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória,
em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (...)

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...)

120
III - renda e proventos de qualquer natureza;
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da
lei;

CAPÍTULO IV
Dos Municípios

Art. 29. O Município REGER-SE-Á POR LEI ORGÂNICA, VOTADA em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e APROVADA por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, ATENDIDOS os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo
Estado e os seguintes preceitos: (TJAL-2008) (DPEMG-2009) (PCRO-2009) (MPPB-2010) (MPES-2010)
(TRF1-2011) (TRF3-2011) (PGEMT-2011) (TJMG-2005/2008/2012) (MPMG-2010/2011/2012) (TJBA-2012) (TJPI-
2012) (MPTO-2012) (TJPE-2013) (MPDFT-2013) (DPERR-2013) (PGEGO-2013) (MPMA-2014) (DPECE-
2014) (MPAM-2015) (DPERN-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPGO-2010/2016) (TRF4-2016) (PGEAM-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2009/2017) (DPEPR-2017) (Cartórios/TJMG-2017)
(PGEAC-2017) (PCAP-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PCMG-2011/2018) (PGESP-2018) (PCRS-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (MPSC-2013/2014/2019) (MPPR-2017/2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (PGERS-2011/2021)
(MPRS-2014/2017/2021) (MPSP-2019/2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

(MPSP-2019): Os Municípios, com autonomia política, legislativa, administrativa e financeira se auto-


organizarão por lei orgânica, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na
Constituição Estadual. BL: art. 29, caput c/c art. 34, VII, “c”, CF.

##Atenção: A autonomia municipal é princípio constitucional sensível (art. 34, VII, “c”, da CF), e engloba
as autonomias política, legislativa, administrativa e financeira. São efetivamente regidos pelas
respectivas leis orgânicas, que são elaboradas em conformidade com as Constituições Federal e Estadual
(art. 29, caput, CF).

##Atenção: ##MPSP-2019: A promulgação é realizada pela própria casa legislativa municipal.

(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Conforme regras e interpretação da CF, julgue o item subsequente,


relativo a autonomia municipal e intervenção de estado-membro em município: Da capacidade de auto-
organização municipal decorre a constatação de que o estado-membro não pode ingerir na autonomia
organizatória do município, o que confere a este a possibilidade de ordenar internamente, inclusive por
meio de lei orgânica, sem a necessidade de anuência do respectivo governo estadual. BL: art. 18, caput
c/c art. 29, caput, CF.

##Atenção: A questão exige conhecimento relacionado à temática relacionada à Organização do Estado.


Tendo em vista a Forma de Estado Federada e a consequente opção por descentralização, é correto dizer
que cada entidade possuirá competência para estabelecer sua organização política própria, mediante a
edição de um documento constitucional (absolutamente conformado com a Constituição do Estado
Federal). Assim, fala-se em autonomia, poder de direito público não soberano, que pode, em virtude de
direito próprio, estabelecer regras de direito obrigatórias. (A) Auto-organização: Diz respeito
possibilidade de elaborar sua própria legislação fundamental (para os Estados-membros, criar suas
Constituições próprias; para o Distrito Federal e Municípios, elaborar suas Leis Orgânicas); (B)
Autogoverno: É a capacidade de eleger e escolher seus próprios representantes; (C) Autoadministração:
Trata-se da capacidade que cada ente possui de exercer suas atividades/ atribuições de cunho legislativo,
administrativo e tributário. Portanto, à luz da característica da auto-organização, é possível, sim, dizer
que o estado-membro não pode ingerir na autonomia organizatória do município, o que confere a este a
possibilidade de ordenar internamente, inclusive por meio de lei orgânica, sem a necessidade de
anuência do respectivo governo estadual. Desse modo, a afirmativa encontra-se correta, visto que o art.
18 da CF ressalta a autonomia dos entes da federação e que o art. 29 da CF estabelece que o Município
será regido por Lei Orgânica, votada pela respectiva Câmara Municipal. Vale ressaltar que, apesar da
necessidade de atender aos princípios estabelecidos na Constituição da República e na Constituição do
respectivo Estado, isso não significa que o Estado tenha ingerência sobre os assuntos de competência dos
Municípios ou que, para a ordenação interna do município, seja necessário haver a anuência do
respectivo governo estadual, uma vez que é reconhecida a estes entes a auto-organização, o autogoverno
e a autoadministração.

(TJSC-2009): Sobre o município pode-se afirmar de maneira correta: Rege-se por lei orgânica, votada em
121
dois turnos, aprovada por quórum qualificado e promulgada pela Câmara Municipal. BL: art. 29, caput,
CF.

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante
pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; (DPERR-2013)

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito REALIZADA no primeiro domingo de outubro do ano


anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de
Municípios com mais de duzentos mil ELEITORES; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16,
de1997) (TJSC-2009) (TJPE-2011) (MPF-2011) (TJBA-2012) (TJPE-2013) (PGEGO-2013) (PGM-POA/RS-2016)
(PGESP-2018) (MPPI-2019)

Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no


primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se
houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 16, de 1997)
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria
absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até
vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se
eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com
a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

(TJPE-2013-FCC): Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira eleição, far-se-á nova
eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se
eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. Essa regra aplica-se à eleição para Prefeito em
Município com mais de duzentos mil eleitores. BL: arts. 28, 29, inciso II e 77 da CF. (eleitoral)

(TJBA-2012-CESPE): A respeito da organização político-administrativa do Estado federal brasileiro,


assinale a opção correta: A eleição do prefeito e do vice-prefeito realiza-se no primeiro domingo de
outubro do ano anterior ao término do mandato daqueles que estão em exercício nesses cargos, devendo
haver segundo turno, nos municípios com mais de duzentos mil eleitores, no caso de nenhum candidato
alcançar maioria absoluta na primeira votação. BL: art. 29, II e 77, CF.

III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;


(MPRS-2021)

(MPRS-2021): O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal, na Constituição do respectivo Estado e os
seguintes preceitos: posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da
eleição. BL: art. 29, III, CF.

IV - para a composição das Câmaras Municipais, SERÁ OBSERVADO o limite máximo de:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (Vide ADIN 4307) (MPGO-2010) (MPMG-2010)
(PGEMT-2011) (TJMG-2012) (MPSC-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJSC-2017) (MPRS-2021) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

##Dica para a leitura das alíneas do inciso IV do art. 29 da CF:


 O número MÍNIMO é de 9 vereadores;
 TODAS as quantidades de vereadores são números ÍMPARES.

a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010) (MPSC-2014) (MPRS-2021)

b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000
(trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)

122
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000
(cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010)
(PGEMT-2011)

(PGEMT-2011-FCC): Proposta de alteração da Lei Orgânica de um Município com 35.000 habitantes


prevê que a Câmara Municipal será composta por 11 Vereadores, cujos subsídios, a serem fixados em
cada legislatura para a subsequente, deverão corresponder a, no máximo, trinta por cento dos subsídios
dos Deputados estaduais, observado, ainda, que o total da despesa com a remuneração dos Vereadores
não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município. Referida proposta é
compatível com a disciplina constitucional da matéria. BL: art. 29, IV, “d”, CF.

##Atenção: O enunciado está correto, visto que o art. 29 , IV, alínea “c” da CF estipula como limite
MÁXIMO de 13 o número de vereadores para municípios com mais de 30 mil habitantes até 50 mil
habitantes. A questão menciona que o município possui 35 mil habitantes. Logo, se for composta por 11
vereadores, estará em conformidade com a CF.

d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até
80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010) (MPSC-
2014)

e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até
120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)

f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de
até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-
2010)

g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e
de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPGO-2010)
(MPMG-2010) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até
450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(MPMG-2010)

i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil)
habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(MPMG-2010)

j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de
até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(MPMG-2010)

k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil)
habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(MPMG-2010)

l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de
até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)
(MPMG-2010) (PGM-Salvador/BA-2015)

m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil)
habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 58, de 2009) (MPMG-2010)

n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil)
habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010)

123
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta
mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010)

p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil)
habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº
58, de 2009)

q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos
mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010)

r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e


quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 58, de 2009) (MPMG-2010)

s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de


habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de
2009) (MPMG-2010)

t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de


habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de
2009) (MPMG-2010)

u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de


habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de
2009) (MPMG-2010)

v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de


habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de
2009) (MPMG-2010)

w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes
e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009)

x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de


habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (MPRS-2021)

##Atenção: O Município tem número de vereadores com base no total de HABITANTES, seguindo o
que dispõe o art. 29, IV, alíneas “a” a “x” da CF/88.

V - SUBSÍDIOS do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais FIXADOS por lei de


iniciativa DA CÂMARA MUNICIPAL, OBSERVADO o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998) (TJSC-2009) (DPEMG-2009)
(MPPB-2010) (MPMG-2010/2011) (TJPI-2012) (MPMA-2014) (DPERN-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TRF4-
2016) (PGEAM-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2017) (MPPR-2019)

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
124
19.12.2003) (...)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (...)

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho
e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a
qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória,
em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (...)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (...)

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...)


III - renda e proventos de qualquer natureza;
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da
lei;

(TJMG-2008): Os Municípios integram a federação e regem-se por lei orgânica própria, atendidos os
princípios estabelecidos na Constituição da República e na Constituição do Estado: A fixação dos
subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais será feita por lei de iniciativa da
Câmara Municipal, observado o teto remuneratório estabelecido na Constituição da República. BL: art.
29, V c/c art. 37, XI da CF.

##Atenção: Não há exigência constitucional no sentido de que o subsídio dos Prefeitos e Secretários
Municipais deva ser fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a
subsequente. É nesse sentido o inciso V do art. 29 da CF.

##Atenção: ##STF: ##DPERN-2015: ##TRF4-2016: ##CESPE: Prefeito. Subsídio. Art. 29, V, da


CF/1988. Precedente da Suprema Corte. 1. Já assentou a Suprema Corte que a norma do art. 29, V, da
CF/1988 é auto-aplicável. 2. O subsídio do prefeito é fixado pela Câmara Municipal até o final da
legislatura para vigorar na subseqüente. 3. Recurso extraordinário desprovido. STF. 1ª T., RE 204889,
Rel. Min. Menezes Direito, j. 26/02/08. (...) Prefeito e Vice-Prefeito: subsídios: critérios de fixação
impostos por norma constitucional do Estado: violação do art. 29, V, CF: inconstitucionalidade. STF.
Plenário. ADI 2112, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 15/05/02.

VI - o SUBSÍDIO dos Vereadores SERÁ FIXADO pelas respectivas Câmaras Municipais em cada
legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, OBSERVADOS os critérios
estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000) (TJMG-2005/2008) (TJAL-2008) (MPMG-2010) (MPPB-2010) (MPSC-2013) (PGM-
Salvador/BA-2015) (MPGO-2016) (PGEAM-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPRS-2021)
(MPSP-2019/2022)

##Atenção: ##MPSP-2019: A CF/88 não impede a fixação, pelos vereadores, de sua remuneração, para
viger na própria legislatura, permitindo, inclusive, que possam ser reajustáveis na mesma data e no
mesmo percentual fixado aos Deputados Estaduais. Nos termos do caput do inciso VI, do art. 29, da CF, o
subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a
subsequente, observado o que dispõe a CF, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei
Orgânica. Todavia, nas alíneas do referido dispositivo há limites máximos para a fixação do subsídio dos
vereadores cujo parâmetro são índices percentuais aplicados sobre o subsídio dos Deputados Estaduais.

125
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
(MPSP-2022)

b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 25, de 2000)

c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000) (MPGO-2016)

d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)

e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos


Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)

f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores


corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPSP-2022)

##Atenção: ##MPSP-2022: O subsídio dos vereadores é fixado pelas respectivas Câmaras Municipais,
observado o que dispõe a Lei Orgânica e os limites máximos da Constituição, não sendo nunca inferior a
20% do subsídio dos Deputados Estaduais (art. 29, VI, alínea “a”, CF) e nunca superior a 75% do subsídio
dos Deputados Estaduais (art. 29, VI, alínea “f”, CF).

VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores NÃO PODERÁ ULTRAPASSAR o
montante de cinco por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
(MPPB-2010) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPSP-2019) (MPRS-2021)

VIII - INVIOLABILIDADE dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do
mandato e na circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1, de
1992) (TJMG-2008) (TJAL-2008) (DPEAL-2009) (DPEMT-2009) (TJAC-2012) (MPRS-2012) (DPESC-2012)
(MPF-2012) (MPGO-2013) (DPERR-2013) (MPMG-2014) (MPMT-2014) (DPEPR-2014) (DPERN-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (DPEPR-2017) (PCAP-2017) (TJCE-
2018) (MPBA-2018) (PCMG-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPSP-2012/2019) (Anal. Judic./TRF3-2019)
(PGERS-2011/2021) (TJMA-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##PCMG-2018: ##TJMA-2022: ##CESPE: ##Fumarc: Possibilidade


de juiz afastar vereador da função que ocupa: É possível que o Juiz de primeiro grau,
fundamentadamente, imponha a parlamentares municipais as medidas cautelares de afastamento de
suas funções legislativas sem necessidade de remessa à Casa respectiva para deliberação. STJ. 5ª T.
RHC 88804-RN, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 07/11/17 (Info 617). (...) Vale ressaltar que as
normas de imunidade formal previstas no art. 53, § 2º da CF para Deputados Federais e Senadores
NÃO se aplicam para os vereadores. Nesse sentido: (...) Os edis, 26 ao contrário do que ocorre com os
membros do Congresso Nacional e os deputados estaduais não gozam da denominada
incoercibilidade pessoal relativa (freedom from arrest), ainda que algumas Constituições estaduais
lhes assegurem prerrogativa de foro. (...) STF. 1ª T. HC 94059, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.
06/05/08.

##Atenção: ##DOD: ##Reperc. Geral/STF – Tese 469: ##DPERN-2015: ##TRF4-2016: ##PCAP-2017:


##MPBA-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##MPGO-2019: ##MPSP-2019: ##CESPE: ##FCC: Durante
sessão da Câmara Municipal, após discussão sobre uma representação contra o Prefeito, um Vereador

26
Significado de Edil (sing.)/ Edis (plu.): substantivo masculino; 1. Vereador, membro da Câmara Municipal. 2.
Magistrado que tinha a seu cargo vários serviços urbanos na Roma antiga. "edis", in Dicionário Priberam da
Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/edis [consultado em 19-05-2021].
126
passou a proferir pesadas ofensas contra outro Parlamentar. O Vereador ofendido ajuizou ação de
indenização por danos morais contra o ofensor. A questão chegou até o STF que, julgando o tema sob
a sistemática da repercussão geral, declarou que o Vereador não deveria ser condenado porque agiu
sob o manto da imunidade material. Na oportunidade, o STF definiu a seguinte tese que deverá ser
aplicada aos casos semelhantes: Nos limites da circunscrição do Município e havendo pertinência com
o exercício do mandato, garante-se a imunidade prevista no art. 29, VIII, da CF aos vereadores. Além
disso, o STF consignou que a ausência de controle judicial não imuniza completamente as
manifestações dos parlamentares, que podem ser repreendidas pelo Legislativo. STF. Plenário. RE
600063/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, j. 25/2/15 (Info 775).
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A Constituição Federal assegura aos Vereadores, com o
objetivo de garantir ampla independência e liberdade de ação para o exercício do mandato representativo, a
imunidade material, mitigada porque relativa a opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na
circunscrição do Município, desde que haja relação de pertinência entre a declaração e as atividades do
parlamentar. BL: art. 29, VIII, CF e Info 775, STF.
(MPGO-2019): Durante uma sessão extraordinária da Câmara de Vereadores, cuja convocação se deu em
virtude da discussão de projeto de lei sobre o novo plano de carreira do magistério local, um dos
vereadores, ao lhe ser devidamente dada a palavra, defendeu a valorização dos professores e, em visível
estado de ânimo exaltado, discursou sobre a necessidade de incremento de incentivos financeiros para a
educação. O povo, ainda disse o mesmo vereador, precisava se libertar, por meio de uma educação
qualitativa, das amarras políticas construídas pelo atual prefeito, já que este era pessoa que “apoiava a
corrupção e a ladroeira” no Município. Supondo que a convocação e a sessão extraordinárias ocorreram
segundo os parâmetros constitucionais e legais estabelecidos, assinale a assertiva correta: O mencionado
vereador, segundo o STF, estará protegido pela imunidade parlamentar em sentido material. Embora se
trate de ofensas pessoais indesejáveis, estaria caracterizada a imunidade material, pois a manifestação foi
proferida no desempenho do mandato (in officio) e na circunscrição municipal. BL: art. 29, VIII, CF e Info
775, STF.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Segundo orientação do STF, nos limites da circunscrição do
Município e havendo pertinência com o exercício do mandato, os vereadores são imunes judicialmente por
suas palavras, suas opiniões e seus votos. Não obstante, a ausência de controle judicial não imuniza
completamente as manifestações dos parlamentares, que podem ser repreendidas pelo Legislativo. BL: art.
29, VIII, CF e Info 775, STF.

(PGM/Manaus-AM-2018-CESPE): Julgue o item a seguir com base nas normas constitucionais que
versam sobre as prerrogativas dos vereadores: Não estará abarcado pela imunidade material o vereador
que ofender adversário político em entrevista em município diverso daquele no qual cumpre mandato.
BL: art. 29, VIII, CF.

##Atenção: ##DPEAL-2009: ##DPEPR-2014: ##DPERN-2015: ##TJSC-2017: ##PCMG-2018:


##CESPE: ##FCC: ##Fumarc: ##Resumindo:
 Imunidade formal: NÃO gozam;
 Imunidade material: possuem, mas desde que relacionado com o mandato e por manifestações
feitas dentro do Município.

(Cartórios/TJMT-2014-FMP): A imunidade material é limitada, no caso dos vereadores. BL: art. 29, VIII,
CF.

#Atenção: Conforme art. 29, VIII da CF/88, aos vereadores é garantida tão somente a imunidade
MATERIAL (que diz respeito à opiniões, palavras e votos), podendo-se dizer que ela é LIMITADA:
- ao exercício do mandato (o ato dever ter sido praticado in officio) e
- na circunscrição do Município.

(TJDFT-2011): A Constituição Federal não outorgou foro especial aos vereadores perante o Tribunal de
Justiça, assegurou a eles, entretanto, a chamada imunidade material. BL: art. 29, VIII, CF.

IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao


disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo
Estado para os membros da Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional
nº 1, de 1992) (TJAC-2012) (MPPA-2014) (MPAM-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEAM-2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2017)

##Atenção: ##STF: ##PGEAM-2016: ##CESPE: I. Ação direta de inconstitucionalidade e emenda

127
constitucional superveniente: critério jurisprudencial. Julga-se prejudicada a ação direta quando, de
emenda superveniente à sua propositura, resultou inovação substancial da norma constitucional que -
invocada ou não pelo requerente - compunha necessariamente o parâmetro de aferição da
inconstitucionalidade do ato normativo questionado: precedentes. II. ADIn e emenda constitucional
de vigência protraída: prejuízo inexistente. Proposta e ação direta contra emenda de vigência imediata
à Constituição de Estado, relativa a limites da remuneração dos Vereadores, não a prejudica por ora a
superveniência da EC 25/2000 à Constituição da República, que, embora cuide da matéria, só entrará
em vigor em 2001, quando do início da nova legislatura nos Municípios. III. Município: sentido da
submissão de sua Lei Orgânica a princípios estabelecidos na Constituição do Estado. 1. Dar alcance
irrestrito à alusão, no art. 29, caput, CF, à observância devida pelas leis orgânicas municipais aos
princípios estabelecidos na Constituição do Estado, traduz condenável misoneísmo constitucional,
que faz abstração de dois dados novos e incontornáveis do trato do Município da Lei fundamental de
1988: explicitar o seu caráter de "entidade infra- estatal rígida" e, em consequência, outorgar-lhe o
poder de auto- organização, substantivado, no art. 29, pelo de votar a própria lei orgânica. 2. É mais
que bastante ao juízo liminar sobre o pedido cautelar a aparente evidência de que em tudo quanto,
nos diversos incisos do art. 29, a Constituição da República fixou ela mesma os parâmetros limitadores
do poder de auto-organização dos Municípios e excetuados apenas aqueles que contém remissão
expressa ao direito estadual (art. 29, VI, IX e X) - a Constituição do Estado não os poderá abrandar nem
agravar. (...). STF. Plenário. ADI 2112 MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 11/05/00.
(PGEAM-2016-CESPE): Acerca do regime constitucional de distribuição de competências normativas,
julgue o item subsequente: Embora, conforme a CF, a lei orgânica municipal esteja subordinada aos termos
da Constituição estadual correspondente, esta última Carta não pode estabelecer condicionamentos ao
poder de auto-organização dos municípios. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: Conforme o caput do art. 29, CF, “o Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com
o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os
seguintes preceitos (...)". Portanto, a lei orgânica municipal está subordinada aos termos da Constituição
estadual correspondente. Contudo, no que pese esta parte da assertiva estar correta, também é certo dizer
que a Constituição Estadual não pode estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organização dos
municípios. Nesse sentido, ver a parte em destaque do julgado do STF, citado acima.

(MPRS-2017): Em relação ao tratamento constitucional dado aos Municípios, é correto afirmar que as
proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, são similares, no que couber, ao disposto na
Constituição Federal para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado
para os membros da Assembleia Legislativa. BL: art. 29, IX, CF.

(MPPA-2014-FCC): Em relação ao regime e aos efeitos da diplomação, considere a seguinte afirmativa: O


candidato eleito para mandato de Vereador, a partir de sua diplomação pela Justiça Eleitoral, fica
proibido de exercer função ou emprego remunerado em empresa concessionária de serviço público. BL:
art. 29, IX c/c art. 54, I, “b”, CF.27

X - JULGAMENTO DO PREFEITO PERANTE o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII,


pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) (PCRN-2009) (MPBA-2010) (TJPE-2011) (MPMG-2013) (MPPR-2013)
(DPERR-2013) (TRF1-2013) (MPAC-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (DPEMT-2016)
(PGEAM-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPU-2017) (PCAP-2017) (PCGO-2017) (PGM-
Fortaleza/CE-2017) (PCMG-2018) (MPGO-2013/2019) (TJPA-2019)

(TJMG-2018-Consulplan): Prefeitos são julgados originariamente pela 2ª instância, com eficácia ‘ex nunc’,
nas hipóteses de infração comum de natureza criminal, dos crimes dolosos contra a vida, dos crimes
impróprios de responsabilidade e dos crimes de desvio de verba federal incorporada ao patrimônio
municipal. BL: art. 29, X, CF e S. 702, STF.

##Atenção: ##DPERR-2013: ##PGM-/Salvador/BA-2015: ##PCAP-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017:


##TJMG-2018: ##CESPE: ##FCC: ##Consulplan: O Dizer o Direito explica: "Art. 29. 'O Município reger-
se-á por lei orgânica (...) atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo

27
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato
com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer
cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades
constantes da alínea anterior;
128
Estado e os seguintes preceitos: X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça'. Desse modo,
segundo a CF/88, os Prefeitos deverão ser julgados pelos TJ's. Vale ressaltar que o Prefeito será
julgado pelo TJ se o crime for de competência da Justiça Estadual. Se for da competência da Justiça
Federal, será julgado pelo TRF e se for da Justiça Eleitoral, pelo TRE (é o que prevê a Súmula 702 do
STF). Em casos de crimes dolosos contra a vida (não havendo interesse federal), também será julgado
pelo TJ considerando que se trata de previsão constitucional específica (art. 29, X, da CF/88)". O
Professor Vicente Paulo explica que o Decreto-lei 201/67 é a norma que define os crimes de
responsabilidade do prefeito. Mas, ao enumerá-los, fez o seguinte: no seu art. 1º, indicou condutas que,
na verdade, são típicos “crimes comuns”; já no seu art. 4º, indicou condutas político-administrativas
que, tradicionalmente, caracterizam os “crimes de responsabilidade”. Nos casos do art. 1º, temos crimes
de responsabilidade “impróprios” (“impróprios” porque, como dito acima, são, na verdade,
materialmente, crimes comuns), e serão eles julgados pelo Tribunal de Justiça (TJ); e nos casos do art.
4º, temos crimes de responsabilidade “próprios”, e serão eles julgados pela Câmara Municipal. Por
fim, de acordo com a Súmula nº 209, STJ: "Compete ao Justiça Estadual processar e julgar prefeito por
desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal".

(TJRS-2009): Compete ao Tribunal de Justiça, independentemente de autorização da Câmara Municipal,


julgar Prefeito no exercício do mandato por crime comum. BL: art. 29, X, CF e S. 702, STF.

XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; (Renumerado do


inciso IX, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) (MPRS-2014)

XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; (Renumerado do inciso


X, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

XIII - INICIATIVA POPULAR de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade


ou de bairros, através de manifestação de, PELO MENOS, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do
inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) (PGEPB-2008) (DPEMT-2009) (PCRO-2009) (DPESP-
2013) (MPF-2013) (MPPR-2013/2017) (DPEAP-2018) (MPSC-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

(TJGO-2012-FCC): Sobre plebiscito, referendum e iniciativa popular é correto afirmar que a lei orgânica
municipal deve atender aos princípios estabelecidos na Constituição da República na Constituição do
respectivo Estado e certos preceitos, entre aos quais, a iniciativa popular de projetos de lei de interesse
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por
cento do eleitorado. BL: art. 29, VIII, CF. (eleitoral)

XIV - PERDA DO MANDATO do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do
inciso XII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) (TRF2-2013) (MPAC-2014) (PCRS-2018)

##Atenção: O art. 29, XIV da CF/88 prevê que o Prefeito Municipal perderá o mandato se assumir outro
cargo ou função na Administração Pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso
público. Nesse sentido, aplica-se o artigo 28 da CF, §1º, da CF, aos prefeitos municipais, por força do que
prescreve o artigo 29, inciso XIV, CF/1988:
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro)
anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o
disposto no art. 77 desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o
disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)

Art. 29-A. O TOTAL DA DESPESA do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos
Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos
ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5 o do art. 153 e nos arts. 158 e 159,
efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) (MPSC-
2019) (PGM-POA/RS-2022)

##Atenção: ##Acompanhar no site do Planalto!!!: Cuidado com o teor do art. 7º da nova Emenda

129
Constitucional 109/21: “Art. 7º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, exceto
quanto à alteração do art. 29-A da Constituição Federal, a qual entra em vigor a partir do início da
primeira legislatura municipal após a data de publicação desta Emenda Constitucional.”. Vejamos o
teor da nova redação do art. 29-A, dada pela EC nº 109/21:
"Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos
Vereadores e os demais gastos com pessoal inativo e pensionistas, não poderá ultrapassar os
seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no
§ 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159 desta Constituição, efetivamente realizado no exercício
anterior: (Vigência)

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...)


§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se
exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de
origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos
seguintes termos: (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II - setenta por cento para o Município de origem. (...)

Art. 158. Pertencem aos Municípios:


I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que
instituírem e mantiverem;
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial
rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art.
153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de
veículos automotores licenciados em seus territórios;
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão
creditadas conforme os seguintes critérios:
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas
à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de
melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos
educandos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007)


I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre
produtos industrializados, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 112, de 2021)
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito
Federal;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos
regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos
destinados à Região, na forma que a lei estabelecer;
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do
mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014)
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de setembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021)
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e
ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art.
177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei,
observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 44, de 2004)
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a
parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.

130
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a
que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido,
em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que
receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento
serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;
(Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (PGM-POA/RS-2022)

II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos
mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (PGM-POA/RS-2022)

III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e
500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
(MPSC-2019) (PGM-POA/RS-2022)

IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001
(quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009) (MPSC-2019)

V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e
8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
(PGM-POA/RS-2022)

(PGM-POA/RS-2022-Fundatec): O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os


subsídios dos Vereadores e demais gastos com pessoal inativo e pensionistas, nos termos da CF/88,
tendo por base o somatório da receita tributária e das transferências previstas nos seus artigos 153, § 5º,
158 e 159, deve observar limites percentuais. É correto afirmar: Limite de 4% (quatro por cento) para
Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes.
BL: art. 29-A, V, CF.

VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001
(oito milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)

§ 1o A Câmara Municipal NÃO GASTARÁ mais de setenta por cento DE SUA RECEITA com
folha de pagamento, INCLUÍDO o GASTO com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000) (DPEMT-2009) (Cartórios/TJPR-2014) (MPRS-2014/2017) (Cartórios/TJMG-
2017) (PGEAP-2018) (MPPR-2019) (MPSC-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019)

(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento
de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. BL: art. 29-
A, §1º, CF.

§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 25, de 2000) (Cartórios/TJPR-2014)

I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 25, de 2000) (Cartórios/TJPR-2014)

II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
2000)

III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)

131
§ 3o CONSTITUI CRIME DE RESPONSABILIDADE do Presidente da Câmara Municipal o
desrespeito ao § 1o deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) (MPRS-2014) (PGEAP-
2018) (Anal. Judic./TRF3-2019)

(MPRS-2014): Assinale a alternativa correta: As Câmaras Municipais de Vereadores, consoante reza a


Carta da República, não gastarão mais de 70% de suas receitas com folha de pagamento, incluído aí o
gasto com o subsídio dos Edis28, sob pena de responsabilização de seus Presidentes por crime de
responsabilidade. BL: art. 29-A, §§1º e 3º, CF.

Art. 30. COMPETE aos MUNICÍPIOS:

I - LEGISLAR sobre assuntos de interesse local; (TJAP-2008) (MPPE-2008) (PGEPB-2008) (DPESP-


2009) (PGEPE-2009) (PCRN-2009) (AGU-2009/2010) (TJPR-2010) (TJSC-2010) (MPGO-2010) (TJRJ-2011) (TRF1-
2011) (TRF3-2011) (TJPI-2012) (MPRR-2012) (DPEAC-2012) (PFN-2012) (PGEGO-2010/2013) (MPDFT-2013)
(MPMS-2013) (MPRO-2013) (DPETO-2013) (TRF2-2009/2011/2013/2014) (TJPA-2014) (MPMT-2014) (MPRS-
2014) (DPECE-2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGEPR-2011/2015)
(MPF-2015) (TRT8-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEAM-2010/2016) (DPEES-2016) (DPEMT-2016)
(TRF4-2016) (PGEMT-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEAL-2009/2017) (TRF5-
2011/2013/2017) (MPSP-2017) (DPU-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (PCMT-2017)
(TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMG-2014/2018) (TJRS-2018) (MPBA-2018) (PGESC-2018)
(PGESP-2018) (PGETO-2018) (PCPI-2018) (PCRS-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018)
(MPPR-2012/2019) (TJAL-2019) (DPEMG-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(Anal. Judic./TRF4-2019) (MPT-2013/2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (PCPA-2016/2021) (MPMG-
2011/2019/2021) (TJSP-2021) (MPAP-2021) (MPSC-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PGERS-2021) (PGM-
Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional lei municipal que estabelece que os supermercados e
hipermercados do Município ficam obrigados a colocar à disposição dos consumidores pessoal
suficiente no setor de caixas, de forma que a espera na fila para o atendimento seja de, no máximo, 15
minutos. Isso porque compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local, notadamente
sobre a definição do tempo máximo de espera de clientes em filas de estabelecimentos empresariais.
Vale ressaltar que essa lei municipal não obriga a contratação de pessoal, e sim sua colocação
suficiente no setor de caixas para o atendimento aos consumidores. STF. 1ª T. ARE 809489 AgR/SP, Rel.
Min. Rosa Weber, j. 28/5/2019 (Info 942).

##Atenção: ##STF: ##DOD: Os Municípios detêm competência para legislar sobre assuntos de interesse
local, ainda que, de modo reflexo, tratem de direito comercial ou do consumidor: É constitucional lei
municipal que proíbe a conferência de mercadorias realizada na saída de estabelecimentos comerciais
localizados na cidade. A Lei prevê que, após o cliente efetuar o pagamento nas caixas registradoras da
empresa instaladas, não é possível nova conferência na saída. Os Municípios detêm competência para
legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I, da CF/88), ainda que, de modo reflexo, tratem de
direito comercial ou do consumidor. STF. 2ª T. RE 1052719 AgR/PB, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.
25/9/18 (Info 917).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPSP-2017: ##DPU-2017: ##TJMG-2018: ##MPBA-2018: ##MPMS-


2018: ##PGESC-2018: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##TJPA-2019: ##Anal. Judic./TRF4-2019: ##TJSP-
2021: ##PCPA-2021: ##PGM-Teresina/PI-2022: ##AOCP: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: O Município
tem competência para legislar sobre meio ambiente e controle da poluição, quando se tratar de
interesse local. Ex: é constitucional lei municipal, regulamentada por decreto, que preveja a aplicação
de multas para os proprietários de veículos automotores que emitem fumaça acima de padrões
considerados aceitáveis. STF. Plenário. RE 194704/MG, rel. orig. Min. Carlos Velloso, red. p/ o ac. Min.
Edson Fachin, j. 29/6/17 (Info 870).
(TJPA-2019-CESPE): De acordo com a jurisprudência atual e majoritária do STF, os municípios podem
legislar em matéria de direito ambiental e controle de poluição quando a norma local contiver a devida
motivação e se tratar de interesse local, caso em que se entende como preponderante o interesse da esfera
local. BL: Info 870, STF.

28
Significado de Edil (sing.)/ Edis (plu.): substantivo masculino; 1. Vereador, membro da Câmara Municipal. 2.
Magistrado que tinha a seu cargo vários serviços urbanos na Roma antiga. "edis", in Dicionário Priberam da
Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/edis [consultado em 19-05-2021].
132
##Cuidado: ##Divergência no STJ: A prática da conferência indistinta de mercadorias pelos
estabelecimentos comerciais, após a consumação da venda, é em princípio lícito e tem como base o
exercício do direito de vigilância e proteção ao patrimônio, razão pela qual não constitui, por si só,
prática abusiva. Se a revista dos bens adquiridos é realizada em observância aos limites da
urbanidade e civilidade, constitui mero desconforto, a que atualmente a grande maioria dos
consumidores se submete, em nome da segurança. STJ. 3ª T.. REsp 1120113/SP, Rel. Min. Nancy
Andrighi, j. 15/2/11. Mais recentemente: STJ. 4ª T. AgInt no REsp 1660314/GO, Rel. Min. Antonio Carlos
Ferreira, j. 07/11/17.

##Atenção: ##STF: ##PGM-São Luís/MA-2016: ##DPEAL-2017: ##PGETO-2018:


##PGM-Manaus/AM-2018: ##CESPE: ##FCC: O STF já decidiu positivamente acerca da competência
do Município, e não do Estado, para legislar a respeito de horário de funcionamento de
estabelecimento comercial, inclusive para aqueles que comercializam bebidas alcoólicas, por ser
matéria de interesse local, nos termos do art. 30, I, da CF/1988. STF. 1ª T., RE 852233 AgR, Rel. Min.
Roberto Barroso, j. 26/8/16.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPCE-2009: ##MPF-2015: ##PGEPR-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015:


##PGM-São Luís/MA-2016: ##Cartórios/TJMG-2017: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##MPMG-
2011/2019: ##Anal. Judic./TRF4-2019: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: ##PUCPR: É pacífica a
jurisprudência desta Corte de que os Municípios detêm competência para legislar sobre o tempo
máximo de espera por atendimento nas agências bancárias, uma vez que essa questão é de interesse
local e diz respeito às normas de proteção das relações de consumo, não se confundindo com a
atividade-fim das instituições bancárias. STF. 1ª T. AI 495187 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 30/8/11.
STF. STF. Plenário virtual. RE 610221 RG, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 29/4/10 (repercussão geral). STF. 1ª
T., AI 709974 AgR/MT. Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 27/10/09.
(MPCE-2009-FCC): Relativamente ao Banco Central do Brasil e à compreensão do STF sobre os assuntos
próprios aos poderes de fiscalização da autoridade monetária brasileira, é constitucional lei municipal que
dispõe sobre o tempo máximo de espera nas filas das agências bancárias estabelecidas no respectivo
Município. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF2-2009: ##PCRN-2009: ##MPES-2010: ##DPEAC-2012: ##MPDFT-2013:


##PGEPI-2014: ##PGM-Recife/PE-2014: ##PGEPR-2015: ##CESPE: ##FCC: ##PUCPR: O poder
constituinte dos Estados-membros está limitado pelos princípios da Constituição da República, que
lhes assegura autonomia com condicionantes, entre as quais se tem o respeito à organização autônoma
dos Municípios, também assegurada constitucionalmente. O art. 30, I, da CF/88 outorga aos
Municípios a atribuição de legislar sobre assuntos de interesse local. A vocação sucessória dos cargos
de prefeito e vice-prefeito põem-se no âmbito da autonomia política local, em caso de dupla vacância.
Ao disciplinar matéria, cuja competência é exclusiva dos Municípios, o art. 75, § 2º, da Constituição de
Goiás fere a autonomia desses entes, mitigando-lhes a capacidade de auto-organização e de
autogoverno e limitando a sua autonomia política assegurada pela Constituição brasileira. STF.
Plenário. ADI 3549, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 17/09/07.
(PGM-Recife/PE-2014-FCC): A disciplina normativa sobre a sucessão no caso de vacância, nos cargos de
Prefeito e Vice-Prefeito, cabe ser definida, privativamente pelo Município, sendo lícita a adoção de regime
diverso do adotado pela Constituição Federal para a vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da
República, desde que a investidura do sucessor ocorra mediante processo eletivo. BL: art. 30, I, CF e Entend.
Jurisprud.
(MPDFT-2013): Assinale a alternativa correta: A vocação sucessória concomitante dos cargos de prefeito e
vice-prefeito é competência exclusiva dos Municípios. BL: art. 30, I, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF2-2009-CESPE): Com base na doutrina e na jurisprudência do STF, assinale a opção correta quanto ao
município no federalismo nacional: A sucessão do prefeito e do vice-prefeito inclui-se no domínio
normativo da lei orgânica municipal e não se sujeita ao princípio da simetria constitucional. BL: art. 30, I, CF
e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPCE-2009: ##MPDFT-2013: ##PGERN-2014: ##PGM-POA/RS-2016: ##PCRS-


2018: ##MPPR-2019: ##FCC: ##Fundatec: O Município dispõe de competência, para, com apoio no
poder autônomo que lhe confere a CF/1988, exigir, mediante lei formal, a instalação, em
estabelecimentos bancários, de sanitários ou a colocação de bebedouros, sem que o exercício dessa
atribuição institucional, fundada em título constitucional específico (CF, art. 30, I), importe em
conflito com as prerrogativas fiscalizadoras do Banco Central do Brasil. STF. 2ª T., AI 614510 AgR/SC,
Rel. Min. Celso de Mello, j. 13/03/07. (...) O Município pode editar legislação própria, com fundamento
na autonomia constitucional que lhe é inerente (CF, art. 30, I), com o objetivo de determinar, às
instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em favor dos usuários dos serviços bancários
133
(clientes ou não), equipamentos destinados a proporcionar-lhes segurança (tais como portas
eletrônicas e câmaras filmadoras) ou a propiciar-lhes conforto, mediante oferecimento de instalações
sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou, ainda, colocação de bebedouros. STF. 2ª T. AI
347.717-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 31/5/05. (...) Nos termos da jurisprudência do STF, os
Municípios possuem competência para legislar sobre assuntos de interesse local, tais como medidas
que propiciem segurança, conforto e rapidez aos usuários de serviços bancários. STF. 1ª T., AI 768666
AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 26/11/13.
(PGERN-2014-FCC): Determinada lei municipal, promulgada em 2008, estabeleceu ser obrigatória a
presença física de vigilante uniformizado nos locais de atendimento bancário, inclusive postos de
autoatendimento. Nessa hipótese, à luz da CF/1988, a lei municipal em questão é fruto de exercício regular
da competência do Munícipio para legislar sobre assuntos de interesse local. BL: art. 30, I, CF e Entend.
Jurisprud.

##Atenção: ##PGEGO-2010: ##PCPA-2016: ##PGESC-2018: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##TJAL-


2019: ##PGM-Curitiba/PR-2019: ##MPAP-2021: ##CESPE: ##FCC: ##UFPR: No que tange à matéria
ambiental, a proteção pela via da legislação concorrente entre União e Estados/DF é assegurada pelo
art. 24, VI, ao passo que a competência municipal é radicada no art. 30, I, da CF, não excluindo a
competência legislativa de um ente pelo mero exercício da atividade legiferante por outro.

##Atenção: ##TJPA-2019: ##CESPE: Segundo a doutrina, o conceito de “interesse local” muito se


aproxima e equivale ao conceito de “peculiar interesse”, presente na Constituição anterior.

##Atenção: ##STF: ##PGEPR-2015: ##PUCPR: Competência do Município para proibir o


estacionamento de veículos sobre calçadas, meios-fios, passeios, canteiros e áreas ajardinadas,
impondo multas aos infratores. Lei 10.328/1987, do Município de São Paulo, SP. Exercício de
competência própria – CF/1967, art. 15, II, CF/1988, art. 30, I – que reflete exercício do poder de polícia
do Município. STF. 2ª T., RE 191.363-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 3/11/98.

##Atenção: ##STF: ##PGERN-2014: ##FCC: Autonomia municipal. Disciplina legal de assunto de


interesse local. Lei municipal de Joinville, que proíbe a instalação de nova farmácia a menos de 500
metros de estabelecimento da mesma natureza. Extremo a que não pode levar a competência
municipal para o zoneamento da cidade, por redundar em reserva de mercado, ainda que relativa, e,
consequentemente, em afronta aos princípios da livre concorrência, da defesa do consumidor e da
liberdade do exercício das atividades econômicas, que informam o modelo de ordem econômica
consagrado pela Carta da República (art. 170 e parágrafo, da CF)." STF. 1ª T., RE 203.909, Rel. Min. Ilmar
Galvão, j. 14/10/97.

(PGEPI-2014-CESPE): Acerca das fontes normativas integrantes do ordenamento jurídico do Estado


brasileiro, assinale a opção correta: Embora as leis orgânicas municipais estejam sujeitas às constituições
dos respectivos estados-membros, estas últimas não têm o poder de disciplinar assunto considerado de
interesse local. BL: art. 30, I, CF.

##Atenção: Embora as leis orgânicas municipais estejam sujeitas às constituições dos respectivos
estados-membros, o art. 30, I, da CF dispõe que compete aos Municípios legislar sobre assuntos de
interesse local.

II - SUPLEMENTAR a legislação FEDERAL e a ESTADUAL no que couber; (MPPE-2008)


(DPEAL-2009) (DPEPA-2009) (PGEPE-2009) (TJSC-2010) (MPGO-2010) (AGU-2010) (TJRJ-2011) (TJDFT-
2011) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (TRF5-2011) (PGEPR-2011) (TJPI-2012) (TJCE-2012) (MPRR-2012) (DPESE-
2012) (MPDFT-2013) (MPMS-2013) (MPRO-2013) (TRF2-2013) (PGEGO-2013) (MPT-2013) (MPPR-2012/2014)
(PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEAM-2010/2016) (TRF4-2012/2016)
(DPEES-2016) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPSP-2017)
(Cartórios/TJMG-2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGESP-2009/2018) (TJMG-2018) (PGESC-2018)
(PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJAL-2019)
(DPEMG-2019) (DPESP-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (Aud. Fiscal-
SEFAZ/AL-2020) (TJPR-2010/2021) (MPSC-2013/2021) (TJSP-2021) (MPAP-2021) (MPMG-2021) (MPRS-2021)
(PGERS-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022) (TCEPB-2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 145: ##DOD: ##DPEES-2016: ##PGM-POA/RS-2016:


##MPMS-2018: ##PGESP-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##MPSP-

134
2017/2019: ##TJAL-2019: ##DPEMG-2019: ##TJSP-2021: ##MPAP-2021: ##MPMG-2021: ##PGM-
Florianópolis/SC-2022: ##PGM-Teresina/PI-2022: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: ##VUNESP:
Inconstitucionalidade de lei municipal que proíbe a queima da cana: O Município é competente para
legislar sobre o meio ambiente, juntamente com a União e o Estado-membro/DF, no limite do seu
interesse local e desde que esse regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos
demais entes federados (art. 24, VI, c/c o art. 30, I e II, da CF/88). O STF julgou inconstitucional lei
municipal que proíbe, sob qualquer forma, o emprego de fogo para fins de limpeza e preparo do solo
no referido município, inclusive para o preparo do plantio e para a colheita de cana-de-açúcar e de
outras culturas. Entendeu-se que seria necessário ponderar, de um lado, a proteção do meio ambiente
obtida com a proibição imediata da queima da cana e, de outro, a preservação dos empregos dos
trabalhadores que atuem neste setor. No caso, o STF entendeu que deveria prevalecer a garantia dos
empregos dos trabalhadores canavieiros, que merecem proteção diante do chamado progresso
tecnológico e da respectiva mecanização, ambos trazidos pela pretensão de proibição imediata da
colheita da cana mediante uso de fogo. Além disso, as normas federais que tratam sobre o assunto
apontam para a necessidade de se traçar um planejamento com o intuito de se extinguir
gradativamente o uso do fogo como método despalhador e facilitador para o corte da cana. Nesse
sentido: Lei 12.651/12 (art. 40) e Decreto 2.661/98. Assim, a Lei municipal, ao proibir a queima de forma
imediata, viola o espírito da legislação federal, que propõe a diminuição gradual da queima da cana.
Vale ressaltar que esse assunto (proibição ou não da queima da cana) tem um caráter e interesse
nacional, não podendo, portanto, o Município violar a previsão da legislação federal e estadual. STF.
Plenário. RE 586224/SP, Rel. Min. Luiz Fux, j. 5/3/15 (Info 776).
(TJSP-2021-VUNESP): No que tange às competências, em matéria ambiental, é correto afirmar que o
Município é competente para legislar sobre meio ambiente com a União e o Estado, no limite do interesse
local e desde que tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados.
BL: art. 24, VI c/c art. 30, I e II, CF e Info 776, STF.
(DPEMG-2019): A respeito do entendimento do STF sobre competência legislativa, analise a afirmativa a
seguir: No limite do interesse local, os municípios possuem competência para legislar sobre proteção ao
meio ambiente e, inclusive, adotar legislação ambiental mais restritiva em relação aos Estados-membros. BL:
art. 24, VI c/c art. 30, I e II, CF e Info 776, STF.
(TJAL-2019-FCC): A Câmara Legislativa do Município TXP aprovou uma lei regulamentando a proteção ao
meio ambiente daquela localidade. Em ação movida por empresa de construção, pretendendo anular
penalidade que lhe foi imposta pela municipalidade por suposto desrespeito à legislação ambiental, é
alegada a inconstitucionalidade daquela lei municipal, pela via incidental, sob o fundamento de já existirem
norma federal e estadual disciplinando a matéria. No controle difuso de constitucionalidade, a questão deve
ser decidida pela constitucionalidade, desde que o Município exerça a competência para legislar sobre meio
ambiente com a União e o Estado no limite de seu interesse local, e desde que tal regramento seja harmônico
com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados. BL: art. 24, VI c/c art. 30, I e II, CF e Info 776,
STF.
(MPSP-2019): O Município é competente para legislar sobre meio ambiente com União e Estado, no limite
de seu interesse local e desde que tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais
entes federados. BL: art. 24, VI c/c art. 30, I e II, CF e Info 776, STF.
(MPSP-2017): Quanto à iniciativa legislativa em matéria ambiental, é correto afirmar que pode ser exercida
pelo Município apenas em face da presença de peculiar interesse e desde que seus preceitos se harmonizem
com as leis federais e estaduais atinentes ao mesmo tema. BL: art. 24, VI c/c art. 30, I e II, CF e Info 776, STF.

(MPSP-2019): A Constituição Federal estabelece competência suplementar dos Municípios, consistente


na autorização de regulamentar as normas estaduais para ajustar sua execução a peculiaridades locais,
sempre em concordância com aquelas. BL: art. 30, I e II, CF.

##Atenção: Para Alexandre de Moraes, “[a]ssim, a Constituição Federal prevê a chamada competência
suplementar dos municípios, consistente na autorização de regulamentar as normas legislativas federais ou
estaduais, para ajustar sua execução a peculiaridades locais, sempre em concordância com aquelas e desde que
presente o requisito primordial de fixação de competência desse ente federativo: interesse local”.

III - INSTITUIR e ARRECADAR os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
(TRF1-2011) (TRF5-2011) (DPECE-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPGO-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJAL-2019)

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2011: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: O Município é ente federado


detentor de autonomia tributária, com competência legislativa plena tanto para a instituição do
tributo, observado o art. 150, I, da CF/88, como para eventuais desonerações, nos termos do art. 150, §

135
6º, da CF/88. As normas comuns a todas as esferas restringem-se aos princípios constitucionais
tributários, às limitações ao poder de tributar e às normas gerais de direito tributário estabelecidas por
lei complementar. STF. Plenário. RE 591033, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 17/11/2010.
(TRF5-2011-CESPE): Considerando a organização político-administrativa brasileira, assinale a opção correta
a respeito dos entes federativos: Segundo entendimento do STF, os municípios gozam de autonomia
tributária, razão pela qual detêm competência legislativa plena para a instituição e a desoneração de
tributos de sua competência, observados os limites constitucionais. BL: art. 30, III, CF e Entend. Jurisprud.

(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: Compete aos Municípios instituir e arrecadar os tributos de
sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e
publicar balancetes nos prazos fixados em lei. BL: art. 30, III, CF.

IV - CRIAR, ORGANIZAR e SUPRIMIR DISTRITOS, observada a legislação estadual; (DPEMT-


2009) (TJPE-2011) (TRF1-2011) (DPESC-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (MPMT-2012/2014) (MPPE-2014)
(DPECE-2014) (PGEBA-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-BH/MG-2017) (MPBA-2018)

V - ORGANIZAR e PRESTAR, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços


públicos DE INTERESSE LOCAL, INCLUÍDO o DE TRANSPORTE COLETIVO, que TEM caráter
essencial; (PCSC-2008) (PGEES-2008) (DPEAL-2009) (DPEPA-2009) (TRF2-2009) (AGU-2009) (MPSE-2010)
(TJPE-2011) (TRF1-2011) (TJPR-2012) (PFN-2012) (MPDFT-2013) (DPEAM-2013) (TJCE-2014) (MPMT-2014)
(MPPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJPB-2015) (PGM-POA/RS-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (PGETO-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPRS-2014/2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Municípios podem instituir a prestação de assistência jurídica à população
de baixa renda: A prestação desse serviço público para auxílio da população economicamente
vulnerável não tem por objetivo substituir a atividade prestada pela Defensoria Pública. O serviço
municipal atua de forma simultânea. Trata-se de mais um espaço para garantia de acesso à jurisdição
(art. 5º, LXXIV, da CF/88). Os municípios detêm competência para legislar sobre assuntos de interesse
local, decorrência do poder de autogoverno e de autoadministração. Assim, cabe à administração
municipal estar atenta às necessidades da população, organizando e prestando os serviços públicos de
interesse local (art. 30, I, II e V). Além disso, a competência material para o combate às causas e ao
controle das condições dos vulneráveis em razão da pobreza e para a assistência aos desfavorecidos é
comum a todos os entes federados (art. 23, X). STF. Plenário. ADPF 279/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
3/11/21 (Info 1036).

##Atenção: ##STF: ##DPEAM-2013: ##MPRS-2014: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##Cartórios/TJMG-


2017: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: Os Estados-membros são competentes para explorar e
regulamentar a prestação de serviços de transporte intermunicipal. (...) A prestação de transporte
urbano, consubstanciando serviço público de interesse local, é matéria albergada pela competência
legislativa dos Municípios, não cabendo aos Estados-membros dispor a seu respeito. STF. Plenário,
ADI 2.349, Rel. Min. Eros Grau, j. 31/8/05.
(MPRS-2014): Assinale a alternativa correta: Os serviços públicos de interesse local, inclusive o de
transporte coletivo, de caráter essencial, serão organizados e prestados, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, pelos Municípios. BL: art. 30, V, CF e Entend. Jurisprud.

(MPRS-2021): Nos termos do que está previsto na CF/1988, compete aos Municípios: organizar e prestar,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o
de transporte coletivo, que tem caráter essencial. BL: art. 30, V, CF.

VI - MANTER, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação


infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (PCMG-2008)
(DPEAL-2009) (TRF5-2009) (TRF1-2011) (MPGO-2012) (MPAC-2014) (DPERJ-2021)

VII - PRESTAR, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de


atendimento à SAÚDE da população; (TRF5-2009) (MPBA-2010) (TRF1-2011) (MPAL-2012) (DPEAM-2013)
(PGM-POA/RS-2016)

(DPEAM-2013-FCC): Considerando o sistema de repartição de competências entre os entes federativos


136
na Constituição Federal, cabe aos Municípios prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e
do Estado, serviços de atendimento à saúde da população. BL: art. 30, VII, CF.

VIII - PROMOVER, no que couber, ADEQUADO ORDENAMENTO TERRITORIAL, mediante


planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; (PGEPE-2009) (TJSC-
2010) (MPES-2010) (TRF1-2011) (TJPR-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPMT-2014) (DPECE-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PCMT-2017) (TRT/Unificado-
2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPESP-
2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPT-2020) (Cartórios/TJSC-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGM-POA/RS-2016: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE:


##Fundatec: Disciplina sobre o ordenamento do espaço urbano: Os Municípios com mais de 20 mil
habitantes e o Distrito Federal podem legislar sobre programas e projetos específicos de ordenamento
do espaço urbano por meio de leis que sejam compatíveis com as diretrizes fixadas no plano diretor.
Isso significa que nem sempre que o Município for legislar sobre matéria urbanística, ele precisará
fazê-lo por meio do Plano Diretor. O Plano Diretor é o instrumento legal que dita a atuação do
Município ou do Distrito Federal quanto ao ordenamento urbano, traçando suas linhas gerais, porém
a sua execução pode se dar mediante a expedição de outras lei e decretos, desde que guardem
conformidade com o Plano Diretor. STF. Plenário. RE 607940/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 29/10/15
(Info 805).
(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): Considerando a jurisprudência majoritária e atual dos tribunais
superiores, julgue o item subsequente: Segundo o STF, a competência normativa municipal para a ocupação
de espaços urbanos é mais ampla que o conteúdo aprovado no seu plano diretor. Assim, municípios com
mais de vinte mil habitantes podem legislar sobre ordenamento urbano em outras leis, desde que
compatíveis com diretrizes estabelecidas no plano diretor. BL: Info 805, STF.

##Atenção: ##STF: ##TJSC-2019: ##CESPE: Os Municípios são competentes para legislar sobre
questões que respeite a edificações ou construções realizadas no seu território, assim como sobre
assuntos relacionados à exigência de equipamentos de segurança, em imóveis destinados a atendimento
ao público. STF. 1ª T., AI 491420 AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 21/02/06.

##Atenção: ##STF: ##PGM-São Luís/MA-2016: ##TJSC-2019: ##CESPE: Ação direta de


inconstitucionalidade contra lei municipal, dispondo sobre matéria tida como tema contemplado no art.
30, VIII, da CF/88, da competência dos Municípios. Inexiste norma que confira a Chefe do Poder
Executivo municipal a exclusividade de iniciativa relativamente à matéria objeto do diploma legal
impugnado. Matéria de competência concorrente. Inexistência de invasão da esfera de atribuições do
Executivo municipal. STF. 2ª T., RE 218110, Rel. Min. Néri da Silveira, j. 02/04/02.

(TJAM-2016-CESPE): No que se refere à proteção conferida pela CF ao meio ambiente, assinale a opção
correta: Compete aos municípios a promoção do adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. BL: art. 30, VIII, CF.

IX - PROMOVER a proteção do patrimônio histórico-cultural LOCAL, OBSERVADA a legislação e


a ação fiscalizadora federal e estadual. (MPRO-2008) (MPES-2010) (TRF1-2011) (TJCE-2014) (TRF2-2014)
(PGM-BH/MG-2017) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (MPGO-2019) (MPRS-2021)

(MPRS-2021): Nos termos do que está previsto na CF/1988, compete aos Municípios: promover a
proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
estadual. BL: art. 30, V, CF.

##Atenção: ##MPRO-2008: ##CESPE: ##Dica:


 Quando o interesse na proteção for regional ou nacional = haverá competência comum da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios quanto à proteção do patrimônio histórico (art.
23, III).
 Quando o interesse na proteção for local = haverá competência exclusiva do Município (art. 30, IX).

Art. 31. A FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO SERÁ EXERCIDA pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder EXECUTIVO Municipal, na
forma da lei. (DPEMT-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2011) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (TJSC-2013)

137
(DPERR-2013) (MPAC-2014) (MPSC-2014) (PCSC-2014) (TRF1-2015) (TJRS-2016) (MPRS-2016) (PGEMT-
2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPMS-2018) (TJRJ-2019) (MPCE-2020)

##Atenção: O órgão competente para rejeitar as contas de Prefeito Municipal, tornando inelegível, é a
Câmara de Vereadores.

##Atenção: ##MPAC-2014: ##MPMS-2018: ##CESPE: O Município se sujeitará tanto ao controle


externo, feito pelo Poder Legislativo Municipal, quanto ao controle interno, mediante sistemas de
controle do Poder Executivo Municipal.

##Atenção: O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, que é um órgão colegiado, que
delibera pelo Plenário, administra-se pela Mesa e representa-se pelo Presidente.

§ 1º O CONTROLE EXTERNO da Câmara Municipal SERÁ EXERCIDO COM O AUXÍLIO dos


Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios, ONDE HOUVER. (DPEMT-2009) (MPSE-2010) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (TJSC-2013)
(DPERR-2013) (MPSC-2013/2014) (MPAC-2014) (PCSC-2014) (TRF1-2015) (TJRS-2016) (TRF4-2016) (MPRS-
2017) (MPMS-2018) (TJRJ-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPCE-2020)

(MPSC-2013): Os Tribunais de Contas dos Estados são entes auxiliares das Câmaras Municipais no
controle externo dos Poderes Executivos Municipais. BL: art. 31, §1º, CF.

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2016: O controle externo das contas municipais, especialmente daquelas
pertinentes ao chefe do Poder Executivo local, representa uma das mais expressivas prerrogativas
institucionais da Câmara de Vereadores, que o exercerá com o auxílio do Tribunal de Contas (CF, art.
31). STF. RE 682.011. Decisão Monocrática. Rel. Min. Celso de Mello, j. 8/6/12.

§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito DEVE
anualmente prestar, SÓ DEIXARÁ DE PREVALECER por decisão DE DOIS TERÇOS dos membros da
Câmara Municipal. (TJRS-2009) (DPEMT-2009) (PGERS-2010) (TJPI-2012) (MPTO-2012) (PCGO-2012)
(TJSC-2013) (DPERR-2013) (MPAC-2014) (MPSC-2014) (PCSC-2014) (MPRS-2012/2016) (TJPR-2017) (PGM-
BH/MG-2017) (Anal. Judic./TJAL-2018) (TJRJ-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/BA-2019) (TJAP-2022)

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##Anal. Judic./TJAL-2018: ##TJRJ-2019: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/BA-2019:


##FCC: ##FGV: ##VUNESP: Para os fins do artigo 1º, inciso I, alínea g, da Lei Complementar 64/10, a
apreciação das contas de Prefeito, tanto as de governo quanto as de gestão, será exercida pelas
Câmaras Municipais, com auxílio dos Tribunais de Contas competentes, cujo parecer prévio somente
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos vereadores. STF. Plenário. RE 848826/DF, rel. orig.
Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Ricardo Lewandowski, j. 10/8/2016 (repercussão geral)
(Info 834).
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: Compete à Câmara Municipal o julgamento das contas do chefe
do Poder Executivo municipal, tanto as de governo quanto as de gestão, com o auxílio dos tribunais de
contas, que emitirão parecer prévio, cuja eficácia impositiva subsiste e somente deixará de prevalecer por
decisão de 2/3 dos membros da Casa Legislativa. BL: art. 31, §2º, CF e Info 834, STF.
(Anal. Judic./TJAL-2018-FGV): O Prefeito do Município Alfa apresentou suas contas anuais de gestão ao
Tribunal de Contas competente, o qual veio a rejeitá-las por unanimidade. Irresignado, o Prefeito procurou
um advogado e solicitou informações a respeito da correção procedimental da atuação do Tribunal de
Contas. Com amplo embasamento na sistemática constitucional, o advogado esclareceu ao Prefeito
Municipal, corretamente, que o Tribunal de Contas está errado, pois apenas lhe competiria emitir parecer
prévio a respeito das contas do Prefeito, de governo ou de gestão. BL: art. 31, §2º, CF/88 e Info 834, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGM-BH/MG-2017: ##Anal. Judic./TJAL-2018: ##TJRJ-2019: ##TJAP-


2022: ##CESPE: ##FGV: ##VUNESP: Parecer técnico elaborado pelo Tribunal de Contas tem natureza
meramente opinativa, competindo exclusivamente à Câmara de Vereadores o julgamento das contas
anuais do chefe do Poder Executivo local, sendo incabível o julgamento ficto das contas por decurso
de prazo. STF. Plenário. RE 729744/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 10/8/16 (repercussão geral) (Info
834).
(PGM-BH/MG-2017-CESPE): Acerca da organização político-administrativa, assinale a opção correta: O
parecer técnico elaborado pelo tribunal de contas tem natureza meramente opinativa, competindo à câmara

138
municipal o julgamento anual das contas do prefeito. BL: Info 834, STF.

##Atenção: Diferença entre CONTAS DE GOVERNO e CONTAS DE GESTÃO:29


a) As CONTAS DE GOVERNO, também denominadas de contas de desempenho ou contas de
resultado, são dotadas de caráter político e são de responsabilidade do chefe do poder executivo
(municipal, estadual, federal). São julgadas pelo Poder Legislativo (CM, AL, CN), cabendo aos
Tribunais de Contas tão somente apreciá-las (art. 71, I, CF/88). "As contas de governo objetivam
demonstrar o cumprimento do orçamento e dos planos da administração, referindo-se, portanto, à
atuação do chefe do Executivo como agente político".
b) As CONTAS DE GESTÃO, também denominadas de contas de ordenação de despesas, têm
caráter técnico e são de responsabilidade dos administradores públicos. "As contas de gestão
possibilitam o exame não dos gastos globais, mas de cada ato administrativo que componha a
gestão contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do ente público quanto a
legalidade, legitimidade e economicidade"

##Atenção: Entretanto, o mais importante é saber que, ao contrário do Presidente da República e dos
Governadores, o Prefeito é responsável tanto pelas contas de governo como pelas contas de gestão e,
em ambos os casos, serão elas objeto de parecer prévio do TC e, posteriormente, de julgamento pelas
Câmaras Municipais. Nas esferas federais e estaduais, ao contrário, SOMENTE as CONTAS DE
GOVERNO do Presidente e dos Governadores é que serão objeto de parecer prévio dos Tribunais de
Contas e posteriormente apreciadas pelo Legislativo (CN ou AL). As contas de GESTÃO, por não serem
de responsabilidade destes chefes do executivo, e sim de outros administradores, serão APRECIADAS e
também JULGADAS pelos TCs (isso é EXATAMENTE o que diz os incisos I e II do art. 71 da CF).

##Atenção: Esquematizando:
1) União/Estados
- Contas de Governo - apreciadas pelo TC
- Contas de Gestão - julgadas pelo TC

2) Município
- Contas de Governo e de Gestão - apreciadas pelo TC

§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de


qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei. (PCPA-2012) (PCSP-2012) (PCSC-2014) (PCPE-2016)

(PCPE-2016-CESPE): A respeito das atribuições constitucionais da polícia judiciária e da organização


político-administrativa do Estado Federal brasileiro, assinale a opção correta: Todos os anos, as contas
dos municípios devem ficar, durante sessenta dias, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e
apreciação, o qual poderá questionar a legitimidade dessas contas, nos termos da lei. BL: art. 31, §3º, CF.

§ 4º É VEDADA a CRIAÇÃO de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. (TJAL-


2008) (TJSC-2009) (DPESP-2009) (TJPE-2011) (PGERS-2011) (TJPI-2012) (MPTO-2012) (Cartórios/TJPR-2014)
(PCSC-2014) (TJRS-2009/2016) (MPRS-2016) (TRF4-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017)
(PCRS-2018) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2016: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##PCRS-2018: ##CESPE: ##Fundatec:


De acordo com a CF, é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. O STF,
no entanto, permite a criação de TC dos Municípios pelos Estados: “A Constituição da República impede
que os Municípios criem os seus próprios tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais (CF, art.
31, § 4º), mas permite que os Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão
estadual denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios (RTJ 135/457, rel. min. Octavio
Gallotti – ADI 445/DF, rel. min. Néri da Silveira), incumbido de auxiliar as câmaras municipais no exercício de
seu poder de controle externo (CF, art. 31, § 1º).” STF. Plenário. ADI 687, Rel. Min. Celso de Mello, j. 2-2-
1995, P, DJ de 10-2-2006.]
(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): A respeito das normas constitucionais, do mandado de injunção e dos
municípios, julgue o item subsequente: Os municípios não gozam de autonomia para criar novos tribunais,
conselhos ou órgãos de contas municipais. BL: art. 31, §4º, CF e Entend. Jurisprud.

29
http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/contas-de-gestao-e-contas-de-governo-tem-tratamento-diferenciado-pela-
constituicao-diz-pgr
139
(MPRS-2016): Em relação ao controle e fiscalização da administração municipal, assinale a alternativa
correta: É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. BL: art. 31, §4º, CF.

CAPÍTULO V
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Seção I
DO DISTRITO FEDERAL

Art. 32. O Distrito Federal, VEDADA sua divisão EM MUNICÍPIOS, REGER-SE-Á por LEI
ORGÂNICA, VOTADA em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e APROVADA por dois
terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
(PGESP-2002) (PGEPI-2008) (PCMG-2008) (PCSC-2008) (TJAP-2009) (DPEPA-2009) (TRF1-2009) (PCDF-2009)
(MPGO-2010) (MPES-2010) (TJPR-2011) (DPEMA-2011) (TRF5-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (PGEPR-2011)
(TJBA-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (TJSP-2013) (MPRO-2013) (TRF1-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (MPM-2013) (TJDFT-2014) (DPEPR-2014) (MPDFT-2009/2011/2015) (TRT16-2015)
(TJAM-2016) (Cartórios/TJDFT-2014/2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TCDF-2021)

##Atenção: ##STF: O DF não pode ser dividido em Municípios (art. 32, caput, CF), como também não é
possível que prefeituras comunitárias ou associação de moradores sejam constituídas por meio de lei
distrital para administrar as quadras residenciais do Plano Piloto de Brasília, pois isso afronta os arts. 2º,
32 e 37, XXI, todos da CF/88, conforme a ADI 1706, sob relatoria do Min. Eros Grau, julgada em 2008.

##Atenção: ##STF: ##MPM-2013: Ação direta. Art. 10, § 1º, da Lei Orgânica, e inteiro teor da Lei
1.799/1997, ambas do Distrito Federal. (...) Prejuízo declarado em relação à Lei 1.799/1997, ab-rogada.
Inexistência de ofensa ao art. 32 da CF, quanto ao primeiro dispositivo. (...) Não é inconstitucional a
norma que prevê, para o processo de escolha de administrador regional, participação popular nos
termos em que venha a dispor a lei. STF. Plenário. ADI 2.558, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 26/05/10.
(MPM-2013): Sobre a supremacia da Constituição, o regime constitucional dos parlamentares e do Distrito
Federal, assinala a alternativa correta: Não viola o art. 32 da Constituição que trata do Distrito Federal
norma da lei orgânica distrital que preveja, para o processo de escolha de administrador regional,
participação popular, mesmo que nos termos da lei. BL: art. 32, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2011: Arts. 46, § 1º, e 53, parágrafo único, da Lei Orgânica do Distrito
Federal. Exigência de concurso público. Art. 37, II, da CF. Ausência de prejudicialidade. Iniciativa do
Poder Executivo. (...) A Lei Orgânica tem força e autoridade equivalentes a um verdadeiro estatuto
constitucional, podendo ser equiparada às Constituições promulgadas pelos Estados-membros, como
assentado no julgamento que deferiu a medida cautelar nesta ação direta. Tratando-se de criação de
funções, cargos e empregos públicos ou de regime jurídico de servidores públicos impõe-se a iniciativa
exclusiva do chefe do Poder Executivo nos termos do art. 61, § 1º, II, da CF, o que, evidentemente, não se
dá com a Lei Orgânica." (ADI 980, Rel. Min. Menezes Direito, j. 6-3-2008, Plenário, DJE de 1º-8-2008.)

(TJSP-2013-VUNESP): Com relação ao Distrito Federal, a Constituição Federal veda a divisão do Distrito
Federal em Municípios. BL: art. 32, CF.

(Cartórios/TJSP-2011-VUNESP): No Distrito Federal, o órgão de representação do Poder Legislativo é a


Câmara Legislativa do Distrito Federal. BL: art. 32, CF.

§ 1º Ao DISTRITO FEDERAL SÃO ATRIBUÍDAS as competências legislativas RESERVADAS


aos Estados e Municípios. (PCMG-2008) (PCSC-2008) (DPEPA-2009) (PCDF-2009) (TJPR-2010) (MPES-2010)
(MPGO-2010) (PGEPR-2011) (TJPI-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (TRF1-2009/2013) (TJSP-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (PGDF-2013) (TJDFT-2007/2014) (TRF2-2011/2014) (MPMG-2014) (MPRS-2014) (MPDFT-
2009/2015) (DPEMA-2011/2015) (PCCE-2015) (PCPE-2016) (TRF5-2017) (Cartórios/TJDFT-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (Cartórios/TJSC-2021) (TCDF-2021)

(TCDF-2021-CESPE): A respeito da organização político-administrativa do Estado, julgue o item


subsequente: O Distrito Federal, regido por lei orgânica aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito
Federal, possui as competências legislativas reservadas tanto aos estados da Federação quanto aos
municípios. BL: art. 32, caput e §1º, CF.
140
(Cartórios/TJDFT-2019-CESPE): Ao definir a organização político-administrativa do Estado brasileiro, o
constituinte determinou que o Distrito Federal acumula as competências legislativas reservadas aos
estados e aos municípios. BL: art. 32, §1º, CF.

(TJDFT-2007): Sobre o tratamento constitucional conferido ao Distrito Federal: Ao Distrito Federal são
atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e aos Municípios. BL: art. 32, §1º, CF.

§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, OBSERVADAS as regras do art. 77, e dos


Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual
duração. (PGEGO-2013)

Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no


primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se
houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 16, de 1997)
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria
absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até
vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se
eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com
a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa APLICA-SE o disposto no art. 27. (DPERN-
2015) (TJAM-2016) (TJSC-2017)

Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do


Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem
os Deputados Federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença,
impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na
razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais,
observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços
administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da
POLÍCIA PENAL, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 104, de 2019)

Seção II
DOS TERRITÓRIOS

Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.

(MPMT-2012): A norma “A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos territórios”
(art. 33, caput, CF/88) é de eficácia limitada de princípio institutivo.

§ 1º Os TERRITÓRIOS PODERÃO SER DIVIDIDOS em Municípios, aos quais SE APLICARÁ, no


que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título. [Obs.: “Dos Municípios”] (TJAP-2009) (DPEAL-2009)
(PGEAM-2010) (TRF5-2011) (TJBA-2012) (MPTO-2012) (TRF2-2013) (Cartórios/TJES-2013) (DPEPR-2014)
(PGEBA-2014) (DPEMA-2011/2015) (PCPE-2016) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

141
(PGEBA-2014-CESPE): No que concerne ao estatuto constitucional da União, dos estados, dos
municípios, do Distrito Federal (DF) e dos territórios, julgue o item seguinte: A CF autoriza a divisão de
territórios em municípios. BL: art. 33, §1º, CF.

§ 2º As CONTAS DO GOVERNO DO TERRITÓRIO SERÃO SUBMETIDAS ao Congresso


Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. (DPEMA-2015)

§ 3º Nos TERRITÓRIOS FEDERAIS com mais de cem mil habitantes, além do Governador
nomeado na forma desta Constituição, HAVERÁ órgãos judiciários de primeira e segunda instância,
membros do Ministério Público e defensores públicos federais; A LEI DISPORÁ sobre as eleições para a
Câmara Territorial e sua competência deliberativa. (TJMG-2006) (DPEAL-2009) (MPES-2010) (MPRR-
2012) (TRF2-2011/2013) (DPEMA-2015) (PCPA-2016) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)

(DPEMA-2015-FCC): Nos termos da organização político-administrativa da federação brasileira, os


Territórios possuirão órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público
e defensores públicos federais, caso tenham mais de cem mil habitantes. BL: art. 33, §3º, CF.

##Atenção: RESUMO SOBRE TERRITÓRIOS FEDERAIS:


(1) Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. (PCPE-2016) (Aud. Fiscal-
SEFAZ/CE-2021)

(2) Lei Federal disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.

(3) São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre
organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e
pessoal da administração dos Territórios, bem como normas gerais para a organização do
MPDFT e da DPT. (PGEAM-2010)

(4) É uma Autarquia Federal criada por descentralização territorial, ou seja, possui
personalidade jurídica, mas não é ente federativo e não possui autonomia política. (DPEAL-
2009) (MPES-2010) (MPTO-2012) (TRF2-2011/2013) (PCPE-2016) (PGESC-2018)

(5) Suas contas serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do TCU.

(6) Na atualidade, não existem Territórios Federais. Entretanto, eles ainda podem ser criados.
Amapá, Roraima e Fernando de Noronha, por exemplo, já foram Territórios Federais no passado
(antes da CF/88). (MPTO-2012)

(7) Os Territórios Federais poderão ser divididos em Municípios (art. 33, §1º).

(8) Podem eleger 4 Deputados Federais para a Câmara dos Deputados. Entretanto, não possuem
representação no Senado Federal. (TRF2-2013) (PCPE-2016)

(9) Nos Territórios Federais com mais de 100 mil habitantes, além do Governador nomeado na
forma desta Constituição (competência privativa do Senado Federal/aprovado previamente, por
voto secreto, após arguição pública), haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância,
membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições
para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

CAPÍTULO VI
DA INTERVENÇÃO

Art. 34. A UNIÃO NÃO INTERVIRÁ nos Estados NEM no Distrito Federal, EXCETO para:
(TJDFT-2007) (PGEPB-2008) (PCSC-2008) (PCRJ-2009) (MPBA-2010) (TRF5-2011) (MPRR-2012) (DPESE-2012)
(PCSP-2012) (MPMS-2013) (TRF1-2013) (PCGO-2013) (PCPR-2013) (TJDFT-2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014)
(DPERS-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJPR-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGEPR-2011/2015) (PGEPA-2012/2015) (AGU-2007/2013/2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (PCDF-2015) (TRT23-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMA-2016) (PGEAC-2014/2017)
142
(PGESE-2017) (PCAC-2017) (PGESP-2009/2018) (MPBA-2018) (PCPI-2018) (PCRS-2018) (MPSP-2006/2013/2019)
(TJAL-2019) (MPGO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPT-2012/2017/2020)
(PGEAL-2009/2021) (PCBA-2022)

(TJDFT-2007): Sobre o Estado Federal, assinale a alternativa correta: a intervenção federal traduz-se na
suspensão temporária das normas constitucionais que asseguram a autonomia da unidade federada
atingida pela medida.

##Atenção: ##AGU-2015: ##CESPE: Sobre o instituto da Intervenção Federal, é correto afirmar que há a
necessidade de se aferir um transtorno social que se instale duradouramente. A mera alegação de
perturbação da ordem pública em caso de ameaça de irrupção da ordem não constitui configuração
suficiente. Nesse sentido, Gilmar Mendes explica: “ao contrário do que dispunha a Constituição de 1967, não
se legitima a intervenção em caso de mera ameaça de irrupção da ordem. O problema tem de estar instaurado para a
intervenção ocorrer. Não é todo tumulto que justifica a medida extrema, mas apenas as situações em que a desordem
assuma feitio inusual e intenso. Não há necessidade de aguardar um quadro de guerra civil para que ocorra a
intervenção. É bastante que um quadro de transtorno da vida social, violento e de proporções dilatadas, se instale
duradouramente, e que o Estado-membro não queira ou não consiga enfrentá-lo de forma eficaz, para que se tenha o
pressuposto da intervenção. É irrelevante a causa da grave perturbação da ordem; basta a sua realidade. (Fonte:
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 11ª ed. São
Paulo: Saraiva. 2016, p. 763).

I - MANTER a integridade nacional; (MPSP-2006) (PGEAL-2009) (PCRJ-2009) (MPSE-2010) (TJSP-2011)


(TJMS-2012) (MPT-2012) (DPERS-2014) (MPMS-2013/2015) (DPERN-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
(PGESE-2017) (PCAC-2017) (PGESP-2018) (PCPI-2018) (PCRS-2018) (PCBA-2022)

##Atenção: ##TJMS-2008: ##DPERS-2014: ##FCC: É possível a União, para manter a integridade


nacional, intervir nos Estados-membros e no Distrito Federal, mas não nos MUNICÍPIOS (art. 34, CF).

II - REPELIR invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; (MPSP-2006) (AGU-


2007) (PCRJ-2009) (MPMG-2010) (MPSE-2010) (TJSP-2011) (MPT-2012) (DPERS-2014) (MPMS-2015)
(DPEAC-2017) (PCAC-2017) (PGESP-2018) (PCPI-2018) (PCRS-2018)

III - PÔR termo a grave comprometimento da ordem pública; (MPBA-2010) (MPSE-2010) (DPEGO-
2010) (DPESC-2012) (TJSP-2011/2013) (MPSP-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJPR-2014)
(MPMS-2011/2013/2015) (AGU-2015) (MPRS-2016) (MPT-2012/2017) (DPEAC-2017) (PGESE-2017) (PGESP-
2018) (PCRS-2018) (TJRJ-2019) (PCBA-2022)

(MPSP-2013): É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: Para pôr termo a
grave comprometimento da ordem pública. BL: art. 34, III, CF.

IV - GARANTIR o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; (PCRJ-2009)
(TJES-2011) (TRF5-2011) (TJMS-2012) (MPMS-2013) (MPSP-2013) (AGU-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (TJDFT-
2015) (PGPR-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (TJAL-2019) (TJRJ-2019) (MPPR-2019) (PGEAL-2021) (PCBA-2022)

V - REORGANIZAR as finanças da unidade da Federação que: (TJMG-2005) (TJSE-2008) (MPES-


2010) (TJSP-2013) (MPPE-2014) (PGEPR-2011/2015) (MPMS-2013/2015) (DPEAC-2017) (PGESE-2017) (PGESP-
2018) (PCRS-2018) (TJRJ-2019) (TJRO-2019) (MPGO-2019) (MPPR-2019) (PCBA-2022)

a) SUSPENDER o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, SALVO
motivo de força maior; (MPPE-2014) (PGEPR-2011/2015) (MPMS-2013/2015) (DPEAC-2017) (PGESP-2018)
(TJRJ-2019) (PCBA-2022)

(DPEAC-2017-CESPE): À luz da CF, do entendimento consolidado pelo STF e pela doutrina


pertinente, a intervenção federal será decretada quando o estado-membro, sem motivo de força maior,
deixar de pagar sua dívida fundada por mais de dois anos consecutivos. BL: art. 34, V, “a”, CF.

143
b) DEIXAR DE ENTREGAR aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei; (TJMG-2005) (TJSE-2008) (MPES-2010) (MPPE-2014) (MPMS-2013/2015)
(PGESE-2017) (PGESP-2018) (PCRS-2018) (TJRJ-2019) (TJRO-2019) (MPGO-2019) (MPPR-2019)

(TJRO-2019-VUNESP): Considere que o Estado de Rondônia deixe de entregar ao Município de Porto


Velho o percentual de 50% relativo ao Imposto sobre Propriedade de Veículos (IPVA) correspondente
aos veículos licenciados na municipalidade dentro dos prazos estabelecidos em lei, sob o argumento de
esse município não ter atendido condição prevista em programa de benefício fiscal criado pelo Estado.
Nessa hipótese, é correto afirmar que há fundamento constitucional para que o Presidente da República,
de forma espontânea e após verificação dos motivos que a determinam, decrete Intervenção Federal
sobre o Estado. BL: art. 34, V, “b”, CF.

##Atenção: ##MPMS-2015: ##TJRO-2019: ##MPGO-2019: ##VUNESP: A intervenção espontânea ou de


ofício ocorre quando sua decretação depende apenas da ocorrência dos motivos que a autorizam (art. 34,
I, II, III e V e CF/88), podendo o Presidente da República, decretá-la, de ofício, sem a necessidade de
qualquer provocação. Em outras palavras, tais hipóteses citadas possibilitam a intervenção espontânea,
em que será decretada ex officio pelo Presidente da República, dependendo apenas da verificação de
motivos pelo Presidente, que apenas consultará o Conselho da República e o Conselho de Defesa, sendo
consulta meramente opinativa. Não há aqui necessidade de provocação de terceiros.
(MPGO-2019): Sobre a Intervenção Federal assinale a alternativa correta: O Presidente da República poderá
intervir nos Estados e no Distrito Federal, por iniciativa própria, para manter a integridade nacional, repelir
invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra, pôr termo a grave comprometimento da
ordem pública e reorganizar as finanças da unidade da Federação. BL: art. 34, I, II, III e V, CF.

##Atenção: ##STF: ##MPPI-2012: ##TJRO-2019: ##CESPE: ##VUNESP: Ademais, o STF já se


manifestou no sentido de que “O repasse da quota constitucionalmente devida aos Municípios não pode
sujeitar-se à condição prevista em programa de benefício fiscal de âmbito estadual. Limitação que
configura indevida interferência do Estado no sistema constitucional de repartição de receitas tributárias. " STF.
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 18-6-2008, Tema 42.

VI - PROVER a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; (TJSE-2008) (PGESP-2002/2009)


(PCRJ-2009) (TRF2-2011) (MPSP-2013) (TRF5-2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(TRT23-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMA-2016) (DPEAC-2017) (MPBA-2018) (TJRO-2019)

VII - ASSEGURAR a observância dos seguintes princípios constitucionais [Obs.: princípios


sensíveis]: (PGEPI-2008) (PGEPB-2008) (PCSC-2008) (DPEMG-2009) (MPES-2010) (TJPR-2011) (TRF2-2011)
(TRF3-2011) (MPPI-2012) (DPESE-2012) (PGEPA-2012) (PCSP-2012) (TRF5-2013) (PCGO-2013) (PCPR-2013)
(MPPA-2014) (MPPE-2014) (MPRS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJPR-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGEPR-2011/2015) (PCDF-2015) (PGEMA-2016) (MPPR-2017) (PGEAC-
2017) (PCAC-2017) (MPBA-2018) (DPEPE-2018) (PCPI-2018) (PCRS-2018) (MPSP-2006/2013/2019) (TJRJ-
2012/2019) (MPGO-2019) (MPSC-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPT-
2012/2017/2020) (PCBA-2022)

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; (TJAL-2008) (MPRO-2008)


(PGEPB-2008) (DPESP-2009) (MPES-2010) (TRF3-2011) (TJPI-2012) (MPPI-2012) (DPERO-2012) (PCSP-
2012) (MPMS-2013) (PCPR-2013) (MPPE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014)
(TRF1-2011/2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015) (TJRS-2016) (MPPR-2017) (TJRJ-2012/2019) (MPGO-2019) (PGM-
Campo Grande/MS-2019) (MPCE-2020) (PCBA-2022)

b) direitos da pessoa humana; (MPRO-2008) (PGEPB-2008) (MPRN-2009) (MPES-2010) (TRF3-2011)


(TJRJ-2012) (MPPI-2012) (MPSP-2013) (PCPR-2013) (TJPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (MPPR-2017) (PGEAC-2017) (MPGO-2019) (PCBA-
2022)

(MPSP-2013): É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: Para assegurar o
princípio constitucional dos direitos da pessoa humana. BL: art. 34, VII, “b”, CF.

c) autonomia municipal; (TJMS-2008) (TJAL-2008) (MPRO-2008) (PGEPB-2008) (MPRN-2009) (MPES-


2010) (TRF3-2011) (TJRJ-2012) (MPPI-2012) (PCPR-2013) (MPPE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-

144
2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (DPERN-2015) (PGEPR-2015) (MPPR-2017/2019) (MPGO-2019)
(MPSP-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPT-2012/2020) (PCBA-2022)

(MPPE-2014-FCC): A decretação de intervenção federal dependerá de provimento, pelo STF, de


representação do Procurador-Geral da República, na situação em que o Estado criar, organizar ou
suprimir Distritos, no âmbito de Municípios situados em seu território. BL: art. 30, IV c/c art. 36, III30 e
art. 34, VII, “c”, CF.

d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. (TJAL-2008) (MPRO-2008)


(PGEPB-2008) (PCSC-2008) (MPRN-2009) (MPES-2010) (TRF3-2011) (PGEPR-2011) (PGEPA-2012) (TJRJ-2012)
(MPPI-2012) (MPSP-2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (MPPR-2017) (MPGO-
2019) (PCBA-2022)

(MPSP-2013): É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: Para assegurar o
princípio constitucional da observância à prestação de contas da administração pública direta e indireta.
BL: art. 34, VII, “d”, CF.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a


proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento DO ENSINO e nas ações e serviços
públicos DE SAÚDE. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (TJSE-2008) (TJAL-2008)
(MPRO-2008) (PGEPB-2008) (MPDFT-2009) (MPRN-2009) (MPES-2010) (TRF3-2011) (MPPI-2012) (MPRR-2012)
(MPMG-2013) (MPMS-2013) (PCPR-2013) (PGEPI-2008/2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (Cartórios/TJDFT-
2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEMA-2016) (PCRS-2018) (MPPR-2012/2019) (TJRJ-2019) (MPGO-2019) (Anal.
Judic./TRF3-2019) (PCBA-2022)

(MPPR-2019): Sobre a intervenção é correto afirmar: No sistema constitucional brasileiro, a intervenção é


excepcional, limitada e taxativa.

##Atenção: ##TRF1-2013: ##MPBA-2018: ##PCRS-2018: ##TJAL-2019: ##MPPR-2019: ##CESPE:


##FCC: ##Fundatec: A CF/88 prevê situações (de anormalidade) em que haverá intervenção,
suprimindo-se, temporariamente, a autonomia. Portanto, tais hipóteses, por trazerem regras de
anormalidade e exceção, devem ser interpretadas restritivamente, consubstanciando-se um rol taxativo,
numerus clausus. Desse modo, a CF/88 apresenta um rol taxativo das hipóteses legitimadoras da
intervenção federal.

(DPEPE-2018-CESPE): Denominam-se princípios constitucionais sensíveis os princípios constitucionais


que, se não observados por determinado estado da Federação, ensejem a decretação de intervenção
federal nesse estado. BL: art. 34, VII, CF.

##Atenção: ##DPEMG-2009: ##PGEPI-2008/2014: ##MPRS-2014: ##DPEPE-2018: ##PCRS-2018:


##CESPE: ##Fundatec: Princípios constitucionais sensíveis: são aqueles cuja observância é obrigatória,
sob pena de intervenção federal (CF, art. 34, VII). A CF foi moderada na fixação dos chamados
princípios sensíveis. Nos termos do art. 34, VII, devem ser observados pelo Estado-membro, sob pena de
intervenção: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa
humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública direta e indireta; e)
aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
(MPRS-2014): Considere a seguinte afirmação sobre Federação: Na CF/1988, os “princípios sensíveis da
federação”, se violados, ensejam a utilização do instituto da intervenção federal. BL: art. 34, VII, CF.
(DPEMG-2009-Fumarc): O princípio constitucional sensível deve, em termos normativos, estar
enumerado, expressamente, no texto constitucional. BL: art. 34, VII, CF.

(DPEPR-2017-FCC): Acerca da organização do Estado, considere a seguir: A aplicação do mínimo


exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde é considerado
princípio constitucional sensível, e seu descumprimento pode ensejar a intervenção federal. BL: art. 34,
30
Art. 30. Compete aos Municípios: (...) IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
(...) Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: (...) III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de
representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei
federal;
145
VII, “e”, CF.

(MPAC-2014-CESPE): No que tange à organização político-administrativa brasileira, assinale a opção


correta: A aplicação anual de 25% da receita resultante de impostos estaduais na manutenção e
desenvolvimento do ensino e a prestação de contas da administração pública são consideradas princípios
constitucionais sensíveis, cujo descumprimento autoriza a intervenção federal nos estados. BL: art. 34,
VII, “d” e “e” c/c art. 212, CF.31

Art. 35. O ESTADO NÃO INTERVIRÁ em seus Municípios, NEM A UNIÃO nos Municípios
localizados em Território Federal, EXCETO quando: (TJMG-2008) (PCSC-2008) (TJAP-2009) (DPEMT-
2009) (PGEPE-2009) (TRF5-2011) (PGERS-2011) (TJMS-2008/2012) (MPPI-2012) (MPRS-2012) (MPTO-2012)
(DPESC-2012) (DPESE-2012) (TRF4-2012) (TJAM-2013) (TJPE-2013) (DPEAM-2013) (DPETO-2013)
(PCPR-2013) (TRF2-2011/2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-
2014) (PGEMS-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPR-2011/2015) (MPMS-2011/2013/2015) (TRF1-
2013/2015) (DPEMA-2015) (PGEPA-2015) (TRT23-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMT-2011/2016)
(PGEAM-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGEAC-2014/2017) (MPMG-2017) (PGESE-2017)
(MPT-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPBA-2018) (PGETO-2018) (PCRS-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (MPPR-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPDFT-2021) (PGEAL-
2021) (PCES-2022)

Súmula 637-STF: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de
intervenção estadual em município.

(MPDFT-2009): Sobre a intervenção federal, assinale a alternativa correta: O Estado pode intervir no
Município localizado em seu território respectivo. BL: art. 35, caput, parte final, CF.

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2009: ##DPEMT-2009: ##PGEPE-2009: ##MPPI-2012: ##MPTO-2012:


##TRF4-2012: ##TJAM-2013: ##TRF2-2014: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##MPMS-2011/2013/2015:
##PGM-Salvador/BA-2015: ##MPBA-2018: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: O art. 35, da CF/88, estabelece
que o Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em
Território Federal, a não ser em situações excepcionais. A decisão de Tribunal de Justiça que
determina a intervenção estadual em Município tem natureza político-administrativa, não ensejando,
assim, o cabimento do recurso extraordinário. STF, 2ª T. AI 597.466-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j.
27-11-07.

(MPBA-2010): Quanto à intervenção federal: A União não tem legitimidade para intervir em Município
situado em Estado-membro. BL: art. 35, CF.

##Atenção: ##STF: ##DPEMT-2009: ##MPPI-2012: ##MPTO-2012: ##MPMS-2013: ##TRF2-2014:


##Cartórios/TJDFT-2014: ##Cartórios/TJPR-2014: ##DPEMA-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015:
##PGM-POA/RS-2016: ##MPMG-2017: ##MPDFT-2021: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: A teor do art.
35, caput, CF, a União poderá intervir em Municípios localizados somente em Territórios. Vejamos a
seguinte decisão do STF: Os Municípios situados no âmbito dos Estados-membros não se expõem à
possibilidade constitucional de sofrerem intervenção decretada pela União Federal, eis que,
relativamente a esses entes municipais, a única pessoa política ativamente legitimada a neles intervir
é o Estado-membro. Magistério da doutrina. Por isso mesmo, no sistema constitucional brasileiro,
falece legitimidade ativa à União Federal para intervir em quaisquer Municípios, ressalvados,
unicamente, os Municípios "localizados em Território Federal..." (CF, art. 35, caput). STF. Plenário. IF
590 QO, Rel. Min. Celso de Mello, j. 17/09/98.
(MPTO-2012-CESPE): A CF estabelece situações em que, excepcionalmente, se admite a intervenção,
suprimindo-se, temporariamente, a autonomia de determinados entes da Federação. Sobre esse tema,
assinale a opção correta: A única hipótese de intervenção da União em municípios prevista na CF se refere
aos municípios localizados em território federal. Tendo em vista que, atualmente, não existem territórios
federais, uma intervenção federal levada a efeito em um município brasileiro seria inconstitucional.

##Atenção: Não é possível Estado-membro intervir em Município de outro Estado-membro.

31
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
146
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGEAL-2021: ##PCES-2022: ##CESPE: É inconstitucional norma
constitucional estadual pela qual se prevê hipótese de intervenção estadual em municípios não
contemplada no art. 35 da Constituição Federal: A Constituição Estadual não pode trazer hipóteses de
intervenção estadual diferentes daquelas que são elencadas no art. 35 da CF/88. As hipóteses de
intervenção estadual previstas no art. 35 da CF/88 são taxativas. Caso concreto: STF julgou
inconstitucionais os incisos IV e V do art. 25 da Constituição do Estado do Acre, que previa que o
Estado-membro poderia intervir nos Municípios quando: IV – se verificasse, sem justo motivo,
impontualidade no pagamento de empréstimo garantido pelo Estado; V – fossem praticados, na
administração municipal, atos de corrupção devidamente comprovados. STF. Plenário. ADI 6616/AC,
Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 26/4/21 (Info 1014).

I - DEIXAR DE SER PAGA, SEM MOTIVO DE FORÇA MAIOR, por dois anos consecutivos, a
dívida fundada; (TJMG-2008) (PGEPR-2011) (DPESC-2012) (MPMS-2011/2013) (TJPE-2013) (DPERS-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPRS-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGESE-2017) (MPT-
2017) (PGM-BH/MG-2017) (PCRS-2018) (MPPR-2008/2019) (PGEAL-2021) (PCES-2022)

(PGESE-2017-CESPE): À luz da disciplina estabelecida na CF, poderá ocorrer intervenção dos estados
em seus municípios caso deixe de ser paga, por dois anos consecutivos e sem motivo de força maior, a
dívida fundada. BL: art. 35, I, CF.

II - NÃO FOREM PRESTADAS contas devidas, na forma da lei; (TRF1-2011) (PGERS-2011)


(DPESC-2012) (DPESE-2012) (MPMS-2011/2013) (TJPE-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-
2014) (PGEPI-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPRS-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (MPT-2017) (PGM-BH/MG-
2017) (PCRS-2018) (MPPR-2008/2019) (PGEAL-2021)

III – NÃO TIVER SIDO APLICADO o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000) (DPESC-2012) (MPMS-2011/2013) (TJPE-2013) (MPMG-2013) (MPPA-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPR-2015) (MPRS-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGESE-2017) (MPT-2017) (PGM-
BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PCRS-2018) (MPPR-2008/2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Anal.
Judic./TRF3-2019) (PCES-2022)

##Atenção: ##STF: ##MPPI-2012: ##TRF1-2013: ##DPEMA-2015: ##MPPR-2019: ##MPPR-2019:


##CESPE: ##FCC: INTERVENÇÃO ESTADUAL NO MUNICÍPIO. C.F., art. 35, I, II e III. Constituição do
Estado do Pará, art. 84, I, II e III. COMPETÊNCIA ATRIBUÍDA AO TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO PARA REQUERER AO GOVERNADOR A INTERVENÇÃO. Constituição do Pará, art. 85,
I. É inconstitucional a atribuição conferida, pela Constituição do Pará, art. 85, I, ao Tribunal de Contas
dos Municípios, para requerer ao Governador do Estado a intervenção em Município. Caso em que o
Tribunal de Contas age como auxiliar do Legislativo Municipal, a este cabendo formular a representação,
se não rejeitar, por decisão de dois terços dos seus membros, o parecer prévio emitido pelo Tribunal
(C.F., art. 31, § 2º). STF. Plenário. ADI 2631, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 29/08/02.
(MPPR-2019): Sobre a intervenção é correto afirmar: É inconstitucional a atribuição conferida por
Constituição Estadual ao Tribunal de Contas, para requerer ao Governador do Estado a intervenção em
Município. BL: Entend. Jurisprud.

(PCES-2022-CESPE): É autorizada a intervenção do estado no município quando não tiver sido aplicado
o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino. BL: art. 35, III, CF.

(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): Acerca de assuntos relacionados à disciplina da saúde e da educação


na CF, julgue o item que se segue: É permitida a intervenção do estado nos seus municípios nas situações
em que não for aplicado o mínimo exigido da receita municipal nas ações e nos serviços públicos de
saúde. BL: art. 35, III, CF.

(TJPE-2013-FCC): O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados
em Território Federal, exceto quando, entre outras hipóteses, não tiver sido aplicado o mínimo exigido
da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino. BL: art. 35, III, CF.

147
IV - o Tribunal de Justiça DER provimento a representação para assegurar a observância de
princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão
judicial. (TJMG-2008) (PCSC-2008) (MPSP-2010) (TRF5-2009/2011) (TRF2-2011) (PGEPR-2011) (MPTO-2012)
(DPESC-2012) (MPMS-2011/2013) (TJPE-2013) (DPEAM-2013) (DPETO-2013) (TRF1-2013) (PCPR-2013)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEMA-2015) (TRT23-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMT-2011/2016) (MPRS-2016) (PGEAM-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEAC-
2017) (MPT-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGETO-2018) (PCRS-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPPR-
2008/2019) (MPSC-2019) (PCES-2022)

OBS: Existem duas hipóteses de intervenção constitucionalmente previstos:

Intervenção Federal: Quando a União intervém no Estado/DF ou ainda no Município do Território


Federal.

Intervenção Estadual: Quando o Estado intervém no Município.

Observe que a única possibilidade de intervenção da União em Municípios se dá quando estes


pertencerem a Território Federal. Em nenhuma outra hipótese, a União poderá intervir em Municípios
em respeito ao Pacto Federativo.

(DPEMT-2016-UFMT): Quanto à competência constitucional do Tribunal de Justiça, assinale a


afirmativa correta: Ao Tribunal de Justiça compete o julgamento da representação interventiva para
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de
lei, de ordem ou de decisão judicial descumprida por ente municipal. BL: art. 35, IV, CF.

(MPRS-2014): Assinale a alternativa correta: O Estado não intervirá em seus Municípios, salvo quando:
deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; não forem
prestadas contas devidas, na forma da lei; não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal
na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; ou o Tribunal der
provimento à representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição
Estadual ou para prover a execução de lei ou de decisão judicial. BL: art. 35, I a IV, CF.

(TJSP-2013-VUNESP): O Estado intervirá em seus Municípios para assegurar a observância de


princípios indicados na Constituição Estadual, mediante representação provida pelo Tribunal de Justiça
com essa finalidade. BL: art. 35, IV, CF.

Art. 36. A DECRETAÇÃO DA INTERVENÇÃO DEPENDERÁ:

I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou
impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a COAÇÃO FOR EXERCIDA CONTRA o
Poder Judiciário; (DPEGO-2010) (TRF2-2011) (TJMS-2012) (MPGO-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (TRF4-
2012) (MPSP-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (TRF1-2011/2015) (MPMS-2013/2015) (TRT6-2015) (TJRS-2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (MPT-2017) (PGESP-2018) (TJAL-2019) (MPSC-2019)

IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;

(TJAL-2019-FCC): Dentre as medidas excepcionais de controle do pacto federativo, encontra-se a


intervenção, que, à luz da Constituição Federal, cabe ser decretada para garantir o livre exercício do
Poder Legislativo Estadual, após solicitação dele. BL: art. 36, I, c/c art. 34, IV, CF.

(TJRS-2016-Faurgs): Em consonância com a previsão constitucional sobre intervenção, assinale a


alternativa correta: A decretação da intervenção para garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes
nos entes federativos dependerá de solicitação do Legislativo ou do Executivo coacto ou impedido, ou de
requisição do STF, se a coação for contra o Judiciário. BL: art. 36, I, c/c art. 34, IV, CF.

##Atenção: ##DICA: Se for SOLICITAÇÃO somente o Poder Legislativo e o Executivo.

II - no caso de DESOBEDIÊNCIA a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo


Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; (TJPI-2007) (PCSC-

148
2008) (DPEMT-2009) (AGU-2010) (TRF2-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (TRF4-2012) (MPSP-2013) (MPPE-
2014) (DPERS-2014) (TRF5-2009/2015) (TRF1-2011/2013/2015) (MPMS-2013/2015) (TJAL-2015) (DPEMA-
2015) (PGEPA-2015) (PGEPR-2015) (TRT6-2015) (TRT23-2015) (TJRS-2016) (TJSP-2017) (MPMG-2017) (PCAC-
2017) (PGESP-2018) (TJMS-2020)

(TJSP-2017-VUNESP): Nos termos do art. 34 da CF/88, a intervenção da União nos Estados e Distrito
Federal tem caráter excepcional. Na hipótese de intervenção para garantir ordem ou decisão judicial, será
ela provocada e vinculada e dependerá de requisição do STF, do STJ ou do TSE. BL: art. 34, VI c/c art. 36,
II, CF.

##Atenção:
1)São hipóteses de intervenção federal espontânea:
a) para a defesa da unidade nacional (CF, art. 34, I e II);
b) para a defesa da ordem pública (CF, art. 34, III);
e) para a defesa das finanças públicas (CF, art. 34, V).
Portanto, nessas hipóteses de intervenção espontânea (ou de oficio), previstas no art. 34, I, II, III e V, da
Constituição Federal, o próprio Presidente da República poderá tomar a iniciativa e decretar a
intervenção federal.

2) Intervenção federal provocada: Há intervenção provocada quando a medida depende de provocação


de algum órgão ao qual a Constituição conferiu tal competência. Nessas hipóteses, não poderá o Chefe
do Executivo tomar a iniciativa e executar, de oficio, a medida. A intervenção dependerá da manifestação
de vontade do órgão que recebeu tal incumbência constitucional. Segundo a Constituição, a provocação
poderá dar-se mediante "solicitação" ou "requisição". Nos casos de solicitação, entende-se que o Chefe do
Executivo não estará obrigado a decretar a intervenção. Ao contrário, diante de requisição, o Chefe do
Poder Executivo não dispõe de discricionariedade, isto é, estará obrigado a decretar a intervenção.
A provocação mediante requisição está prescrita nos seguintes dispositivos constitucionais: art. 34, IV
(requisição do STF), art. 34, VI (requisição do STF, STJ ou TSE), e art. 34, VII (requisição do STF).

A provocação mediante solicitação está prevista no art. 34, IV, na defesa dos Poderes Executivo ou
Legislativo. Na hipótese do art. 34, IV, da Constituição ("garantir o livre exercício de qualquer dos
Poderes nas unidades da Federação"), esses Poderes locais solicitarão ao Presidente da República a
intervenção federal, a fim de que a União venha garantir o livre exercício de suas funções. Nessas
hipóteses, a solicitação do Poder Legislativo ou Executivo local não vincula o Presidente da República,
haja vista tratar-se de solicitação (e não de requisição). (Fonte: livro Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino
e site Qconcursos).

(MPMG-2017): Em relação à intervenção federal, é correto afirmar: O STF será competente para apreciar
o pedido de intervenção, se a decisão desrespeitada foi proferida em causa que tiver conteúdo
constitucional. Se a decisão se fundou em normas infraconstitucionais, a competência será do STJ. BL:
art. 36, II, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2015: ##CESPE: Além do que consta no inciso II do art. 36 da CF, veja a IF n.
2.792, julgada em 2003, onde o STF entendeu que o pedido de intervenção “define-se a competência pela
matéria, cumprindo ao STF o julgamento quando o ato inobservado lastreia-se na CF; ao STF, quando
envolvida matéria legal e ao TSE em se tratando de matéria de índole eleitoral”. STF. Plenário. IF 2257,
Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Ac. Gilmar Mendes, j. 26/03/03.

##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##TRF5-2015: ##CESPE: Cabe exclusivamente ao STF a requisição


de intervenção para assegurar a execução de decisões da Justiça do Trabalho ou da Justiça Militar,
ainda quando fundadas em direito infraconstitucional: fundamentação. O pedido de requisição de
intervenção dirigida pelo Presidente do Tribunal de execução ao STF há de ter motivação quanto à
procedência e também com a necessidade da intervenção. STF. Plenário. IF 230 QO, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, j. 24/04/96.
(AGU-2010-CESPE): Com relação às competências do STF, do STJ e da justiça federal, julgue o item
seguinte: De acordo com a jurisprudência, é da competência do STF o julgamento do pedido de intervenção
federal por falta de cumprimento de decisão judicial proferida pela justiça do trabalho, mesmo quando
referida decisão não contiver matéria de cunho constitucional. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##PGEPA-2015: ##PGEPR-2015: ##DPEAC-2017: ##PCAC-2017: ##CESPE:


##PUCPR: O descumprimento voluntário e intencional de decisão transitada em julgado configura
pressuposto indispensável ao acolhimento do pedido de intervenção federal. A ausência de
149
voluntariedade em não pagar precatórios, consubstanciada na insuficiência de recursos para satisfazer
os créditos contra a Fazenda Estadual no prazo previsto no § 1º do art. 100 da Constituição da
República, não legitima a subtração temporária da autonomia estatal, mormente quando o ente
público, apesar da exaustão do erário, vem sendo zeloso, na medida do possível, com suas obrigações
derivadas de provimentos judiciais. STF. IF 1.917 AgR, Rel. Min. Maurício Corrêa, j. 17/3/04.
(PGEPR-2015-PUCPR): Sobre intervenção federal nos Estados, assinale a alternativa correta: O Supremo
Tribunal Federal, para deferimento de intervenção federal por não pagamento de dívidas judiciárias
(precatórios), fixa como pressuposto o descumprimento voluntário e intencional de decisão judicial
transitada em julgado. BL: Entend. Jurisprud.

(TJRS-2016-Faurgs): Em consonância com a previsão constitucional sobre intervenção, assinale a


alternativa correta: A decretação da intervenção dependerá, no caso de desobediência à ordem ou à
decisão judiciária, de requisição do STF, do STJ ou do TSE. BL: art. 36, II, CF.

(TJAL-2015-FCC): Em caso de desobediência à ordem ou decisão judicial, fica condicionada a decretação


de intervenção federal nos Estados à requisição do STJ caso a ordem judicial inobservada seja
proveniente do próprio Tribunal, ainda que seus fundamentos estejam amparados em preceitos inscritos
na Constituição. BL: art. 36, II, CF.

III - DE PROVIMENTO, pelo Supremo Tribunal Federal, DE REPRESENTAÇÃO do Procurador-


Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de RECUSA À EXECUÇÃO de lei federal.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJMG-2008) (PCSC-2008) (MPES-2010) (DPEGO-
2010) (TRF4-2010) (PGEPR-2011) (TJBA-2012) (TJPI-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (PCSP-
2012) (TRF2-2011/2013) (MPMS-2013) (PCGO-2013) (TJPA-2014) (TJPR-2014) (MPPE-2014) (Cartórios/TJMT-
2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (TRF1-2011/2015) (TRF5-2011/2013/2015) (TJDFT-2015) (DPEMA-
2015) (TRT6-2015) (TJRS-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMA-2016) (MPT-2015/2017) (MPMG-2017) (PGEAC-
2017) (PCAC-2017) (MPBA-2018) (PGESP-2018) (MPGO-2012/2019) (TJRJ-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
(Anal. Judic./TRF3-2019) (MPM-2021)

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: [obs.: sensíveis]
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente
de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

(PGM-Campo Grande/MS-2019-CESPE): Com relação à organização do Estado e às funções essenciais à


justiça, julgue o item subsecutivo: Situação hipotética: Determinado estado da Federação violou
autonomia municipal por ter repassado a seus municípios, em valor menor do que o devido e com
atraso, receitas tributárias obrigatórias determinadas pela Constituição Federal de 1988. Assertiva: Nessa
situação, o presidente da República não pode decretar de ofício intervenção federal no referido estado.
BL: art. 34, VII, “c” c/c art. 36, III, CF.

##Atenção: No caso em tela, é correto afirmar que o presidente da República não pode decretar de ofício
intervenção federal no referido estado. Isso porque dependerá de provimento, pelo STF e de
representação do Procurador-Geral da República. Cumpre destacar que nas hipóteses em que a
intervenção depende de decisão judicial que dê provimento a representação interventiva, o
procedimento de intervenção é deflagrado, na esfera federal, exclusivamente pelo Procurador-Geral da
República, que, em razão de sua independência funcional, não está obrigado a ajuizar a representação
quando entender que não se configura alguma das hipóteses constitucionais autorizadoras. Assim, nas
hipóteses de intervenção provocada, o chefe do Executivo não tem a iniciativa da intervenção,
dependendo de ato de outro órgão para deflagração do procedimento.

(MPBA-2018): Sobre a temática da intervenção federal, julgue o item a seguir à luz da CF/1988: O
Procurador-Geral da República é o único legitimado para propor, perante o STF, ação direta de
inconstitucionalidade interventiva da União nos Estados. BL: art. 2º da Lei 12.562/11 c/c art. art. 36, III,
CF.

(TJRS-2016-Faurgs): Em consonância com a previsão constitucional sobre intervenção, assinale a


150
alternativa correta: A intervenção federal será decretada pelo Presidente da República, tendo como
pressuposto, no caso de violação do sistema representativo, decisão do STF que declare a
inconstitucionalidade do ato a esse ofensivo. BL: art. 84, X32; art. 34, VII, “a” e art. 36, III, CF.

##Atenção: ##DICA: Se for PROVIMENTO só será correta a questão se citar o STF.

##Atenção: ##DICA: Se for REPRESENTAÇÃO somente no caso do PGR.

##Atenção: ##DICA: O decreto interventivo é ato normativo pelo qual o Presidente da República
materializa a intervenção federal (art. 84, X). Sua eficácia é condicionada à posterior aprovação pelo
Congresso (art. 49, IV).

(TJDFT-2015-CESPE): Depois de várias derrotas políticas nas votações de projetos de lei na respectiva
assembleia legislativa, o governador de determinado estado da Federação editou decreto dissolvendo a
referida assembleia e proibindo a entrada dos deputados estaduais no prédio do órgão legislativo. Nessa
situação hipotética, o instrumento adequado para questionar a constitucionalidade da lei é a ADI
interventiva proposta pelo procurador-geral da República. BL: art. 2º da Lei 12.562/1133 c/c art. 34, VII,
“a” c/c e art. 36, III, CF.

(TRF5-2015-CESPE): Haja vista que, em situações excepcionais textualmente previstas na CF, cabe à
União preservar a integridade política, jurídica e física da Federação por meio da intervenção federal, da
mesma forma que cabe a estado-membro intervir em município nos casos previstos na CF, assinale a
opção correta de acordo com essas regras: A intervenção federal para pôr termo a grave
comprometimento da ordem pública independe de provimento do Poder Judiciário. BL: art. 34, III34 c/c
art. 36, III, CF.

##Atenção: Trata-se de Intervenção Espontânea: O Presidente da República decreta a intervenção sem


nenhuma provocação nas hipóteses previstas no art. 34, I, II, III e V, da CF/88.

(PCGO-2013-UEG): A Ação Direta de Inconstitucionalidade interventiva é proposta em desfavor da


unidade federada, com o fim de assegurar a observância dos chamados princípios constitucionais
sensíveis. São legitimados para a sua propositura: o Procurador Geral da República, atuando como
substituto processual, na defesa da coletividade. BL: art. 34, VII c/c art. 36, III, CF e art. 2º da Lei
12.562/11.

(DPESE-2012-CESPE): Acerca da organização do Estado e da intervenção na CF, assinale a opção


correta: A intervenção da União em estado, para assegurar a observância dos chamados princípios
constitucionais sensíveis, depende do provimento, pelo STF, de representação interventiva ajuizada pelo
procurador-geral da República. BL: art. 34, VIII c/c art. 36, III, CF.

§ 1º O DECRETO DE INTERVENÇÃO, que ESPECIFICARÁ a amplitude, o prazo e as condições


de execução e que, se couber, NOMEARÁ o interventor, SERÁ SUBMETIDO à apreciação do Congresso
Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. (TJMG-2008) (PCSC-
2008) (TJGO-2009) (TJSP-2009) (DPEMT-2009) (DPEGO-2010) (TRF2-2011) (TJMS-2012) (MPAL-2012)
(MPPI-2012) (MPTO-2012) (TJAM-2013) (MPMS-2013) (PCPR-2013) (TJPA-2014) (MPPA-2014) (DPERS-2014)
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPR-2015) (TJRS-2016) (PGEMT-2016) (MPBA-2018) (PGETO-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (MPGO-2012/2019) (TJAL-2019) (TJRJ-2019) (MPPR-2019) (MPSC-2019)

(PGM-João Pessoa/PB-2018-CESPE): Determinado município deixou de pagar, por vários anos


consecutivos e sem motivo de força maior, sua dívida fundada. Com relação a essa situação hipotética,
assinale a opção correta: O governador do respectivo estado-membro poderá decretar intervenção no
município, submetendo, no prazo de vinte e quatro horas, o respectivo decreto interventivo à apreciação

32
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) X - decretar e executar a intervenção federal;”
e, segundo art. 34 – “A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VII - assegurar a
observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime
democrático; (...)
33
Art. 2º. A representação será proposta pelo Procurador-Geral da República, em caso de violação aos princípios
referidos no inciso VII do art. 34 da Constituição Federal, ou de recusa, por parte de Estado-Membro, à execução
de lei federal.
34
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (...) III - pôr termo a grave
comprometimento da ordem pública; (...)
151
da assembleia legislativa estadual. BL: art. 35, I c/c art. 36, §1º, CF.

##Atenção: Essa é uma modalidade de intervenção chamada “de ofício”, não dependendo da
provocação de terceiros, nem de provimento judicial. Obedece-se, então, ao procedimento padrão da
intervenção.

##Atenção: ##MPPI-2012: ##CESPE: ##MPGO-2019: Perceba que o interventor será nomeado


diretamente pelo chefe do executivo no decreto, e este, por sua vez, será submetido à apreciação
posterior do Congresso Nacional ou Assembleia Legislativa do Estado.

##Atenção: ##TJAL-2019: ##FCC: A CF/88 não fixou nenhum prazo máximo de duração da
intervenção, limitando-se apenas a estabelecer que o decreto interventivo especificará tal prazo. Na
verdade, o que a CF/88 delimitou no tempo foi a duração do estado de defesa – que não poderá ser
superior a 30 dias, ressalvada a possibilidade de uma prorrogação por igual período – e do estado de
sítio, no caso de comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a
ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa – que também não poderá perdurar por mais de
30 dias, prorrogáveis indefinidas e sucessivas vezes, mas por no máximo 30 dias a cada vez.

(TJPA-2014-VUNESP): Em relação à Intervenção Federal, com fundamento no texto constitucional, é


correto afirmar que o decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de
execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional
no prazo de vinte e quatro horas. BL: art. 36, §1º, CF.

(PCPR-2013): Assinale a alternativa correta: O decreto de intervenção é ato do chefe do Poder Executivo
e deverá especificar a amplitude, o prazo e as condições de execução da intervenção e, se couber,
nomeará o interventor. BL: art. 36, §1º, CF.

(TJSP-2009-VUNESP): Quanto à intervenção da União nos Estados visando a manter a integridade


nacional, é correto afirmar que o decreto de intervenção será submetido à apreciação do Congresso
Nacional no prazo de 24 horas. BL: art. 36, §1º, CF.

§ 2º SE NÃO ESTIVER FUNCIONANDO o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa,


FAR-SE-Á CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. (TJSP-2009)
(MPTO-2012) (TJAM-2013) (DPERS-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPSC-2019)

§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, DISPENSADA a apreciação pelo Congresso
Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o DECRETO LIMITAR-SE-Á A SUSPENDER a EXECUÇÃO
DO ATO IMPUGNADO, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. (TJSP-2009)
(DPEMT-2009) (TJPI-2012) (TJMS-2012) (TJBA-2012) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (PCSP-2012)
(DPEAM-2013) (PCGO-2013) (MPPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
(TRT6-2015) (PGEMT-2011/2016) (PGEAM-2016) (PGEMA-2016) (PGEAC-2017) (MPT-2017) (TJAL-2019) (TJRJ-
2019) (MPSC-2019)

Art. 34 (...)
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente
de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (...)

Art. 35 (...)
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios
indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

(MPBA-2018): Sobre a temática da intervenção federal, julgue o item a seguir à luz da CF/1988: Descabe
ao Congresso Nacional deliberar acerca da intervenção da União nos Estados nas hipóteses de
152
inexecução de lei federal, decisão judicial ou de inobservância dos princípios constitucionais sensíveis.
BL: art. art. 36, §3º c/c art. 34, VI e VII, CF.35

(PGEMT-2016-FCC): Determinado Município do Estado de Mato Grosso vem reiteradamente violando


princípios indicados na Constituição Estadual. Neste caso, a CF/1988 admite, excepcionalmente, a
intervenção do Estado no Município, que será decretada pelo Governador do Estado e dependerá
necessariamente de provimento de representação pelo Tribunal de Justiça, dispensada apreciação do
decreto de intervenção pela Assembleia Legislativa. BL: art. 35, IV c/c art. 36, § 3º, CF.

(DPEMA-2015-FCC): Vencido o prazo para pagamento de precatório expedido contra determinado


Município, pelo Tribunal de Justiça do Estado cujo território integra, cabe, em tese, a decretação de
intervenção, mediante provimento de representação pelo próprio Tribunal de Justiça, dispensada a
apreciação da decretação pela Assembleia Legislativa do Estado respectivo. BL: art. 35, IV c/c art. 36, §
3º, CF.

##Atenção: A partir dos elementos narrados na questão, de início, deve-se perguntar se situação é de
intervenção federal (União intervindo nos Estados) ou de intervenção estadual (Estado intervindo nos
Municípios ou a União intervindo nos Municípios localizados em territórios federais). Constata-se no
enunciado que foi descumprido por determinado município uma decisão judicial proferida pelo Tribunal
de Justiça do Estado em que localizado aquele. O município em questão descumpriu o pagamento de
precatório expedido contra ele. Assim, percebe-se que se trata de uma intervenção estadual. A situação
tratada na questão (prover a execução de ordem judicial) corresponde ao inciso IV, do art.35 da CF.
Nessa situação, excepcionalmente, a CF dispensa a apreciação pela Assembleia Legislativa Estadual,
sendo que o decreto, nesses casos, limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado se essa medida
bastar ao restabelecimento da normalidade, nos termos do §3º do art. 36 da CF.

(MPSP-2010): Assinale a alternativa em que a intervenção do Estado no Município dispensa apreciação


pela Assembleia Legislativa: no caso de o Tribunal de Justiça der provimento a representação para
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição estadual, ou para prover a execução de
lei, de ordem ou de decisão judicial. BL: art. 35, IV c/c art. 36, § 3º, CF.

##Atenção: ##PCGO-2013: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##PGEAM-2016: ##MPSC-2019: ##CESPE: A


intervenção é mecanismo de defesa da CF/1988 que tem por objetivo restringir, excepcionalmente, a
autonomia dos entes federados para sanar anomalias e restaurar a ordem constitucional, art. 34 a 36 da
CF/88. Por ser ato excepcional, a intervenção pode estar sujeita a controle jurídico e político, dependendo
do caso concreto. Conforme art. 36, §3º da CF, o controle político, em intervenção estadual, é exercido
pela Assembleia Legislativa e é dispensado nas hipóteses dos art. 34, VI e 34, VII e, por simetria, na
hipótese do art. 35, IV.

(TJGO-2009-FCC): Há hipótese constitucional em que eventualmente a suspensão de execução de ato


ensejador de intervenção federal ou estadual pode ser determinada pelo decreto interventivo. BL: art. 36,
§3º.

(TJAP-2008-FGV): No que tange à intervenção do Estado em seus Municípios, é correto afirmar que: o
Estado pode intervir em seu Município quando o Tribunal de Justiça der provimento à representação
para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução da lei, de ordem ou de decisão judicial. Nesses casos, está dispensada a apreciação do decreto
interventivo pela Assembleia Legislativa. BL: art. 35, IV c/c art. 36, § 3º, CF.

§ 4º CESSADOS os MOTIVOS DA INTERVENÇÃO, as autoridades afastadas de seus cargos a


estes voltarão, SALVO IMPEDIMENTO LEGAL. (TJSP-2009) (DPEMT-2009) (PGEMT-2011) (MPTO-
2012) (DPERS-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (Cartórios/TJSP-2016) (MPMG-
2010/2017) (PGETO-2018) (PCPI-2018) (MPPR-2019)

(TJMG-2008): A ação direta de inconstitucionalidade interventiva tem como objetivo a defesa dos
princípios sensíveis estabelecidos no art. 34, VII da CF, de que são exemplos a forma republicana, o
sistema representativo e o regime democrático, e somente poderá ser proposta pelo Procurador-Geral da
República.

##Atenção: ADI Interventiva tem como objetivo a defesa dos princípios sensíveis estabelecidos no art.
35
##Atenção: Tema cobrado na prova do MPPA-2014 (FCC).
153
34, VII da CF e somente poderá ser proposta pelo PGR, consoante art. 36.

CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública DIRETA e INDIRETA de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios OBEDECERÁ aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (MPPE-2008) (PGEPB-2008) (MPRN-2009) (DPEPI-2009) (PGEPE-2009) (PCDF-
2009) (PCPB-2009) (PCRN-2009) (AGU-2009) (PGEAM-2010) (PGERS-2010/2011) (MPPB-2011) (DPEAM-2011)
(DPERS-2011) (PGEMT-2011) (PGESP-2009/2012) (MPSC-2010/2012) (MPRS-2012) (DPEES-2012)
(PGEMG-2012) (PGEPA-2012) (PFN-2012) (TRF2-2009/2013) (MPF-2012/2013) (TJSC-2013) (DPETO-2013)
(Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPT-2013) (MPM-2013) (PCPI-2009/2014) (DPEGO-2010/2014)
(TJPR-2012/2014) (DPEMS-2012/2014) (PCSP-2012/2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (PGEBA-2014) (PCSC-2014) (PCTO-2014) (TRF5-2011/2015) (DPEMA-2015)
(DPERN-2015) (PGEPR-2015) (PCCE-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TRF4-2009/2010/2016) (Cartórios/TJSP-
2011/2014/2016) (TRT2-2015/2016) (TJDFT-2016) (DPEBA-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-
2016) (PCPE-2016) (TRT3-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PCGO-2012/2013/2017)
(DPEPR-2012/2014/2017) (MPRO-2017) (DPEAC-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(PGM-Fortaleza/CE-2017) (TRF3-2011/2013/2016/2018) (MPPR-2008/2019) (DPESP-2009/2010/2012/2019)
(MPGO-2010/2012/2019) (MPSP-2005/2013/2019) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (Cartórios/TJMG-
2015/2016/2017/2018/2019) (MPMG-2019) (DPEDF-2019) (DPEMG-2019) (MPCPA-2019) (TJSP-
2015/2017/2021) (MPAP-2021) (TJMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJSP-2015: ##DPERN-2015: ##TRF5-2015: ##PGM-Salvador/BA-


2015: ##TRF4-2016: ##MPRO-2017: ##PCMS-2017: ##MPGO-2019: ##CESPE: ##FAPEMS: É legítima a
publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes de seus
servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. STF. Plenário. ARE
652777/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 23/4/15 (repercussão geral) (Info 782)
(TJSP-2015-VUNESP): A divulgação, nos sites dos respectivos órgãos administrativos, de nomes e
vencimentos de servidores públicos, observado o decidido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento
do ARE 652.777, é medida que deve ser reconhecida como legítima diante dos princípios constitucionais que
regulam a atividade pública e da Lei federal nº 12.527/11. BL: Info 782, STF.

##Atenção: ##STF: ##MPPR-2019: O art. 4º da Lei 3.769/06, que veda a realização de processo seletivo
para o recrutamento de estagiários pelos órgãos e entidades do Poder Público do Distrito Federal.
Violação aos princípios da igualdade (art. 5º, caput) e da impessoalidade (caput do art. 37). STF.
Plenário. Rel. Min. Ayres Britto, j. 24/02/2011.
##Comentários sobre o julgado acima: O Plenário do STF julgou procedente a ADI 3795 proposta pelo
governo do Distrito Federal contra o art. 4º da Lei Distrital 3.769/06. Além de vedar a realização de processo
seletivo e a cobrança de taxa para admissão em estágio, o dispositivo determinava que a indicação dos
estudantes ficaria sob responsabilidade única e exclusiva das instituições de ensino. “Não se pode proibir a
Administração Pública de fazer qualquer processo seletivo para recrutar estudantes a título de estágio”, disse o relator
do processo, ministro Ayres Britto. Ele ressaltou o valor republicano de “tratamento igualitário” para
indivíduos e cidadãos, destacando que, no caso dos “cidadãos estudantes”, essa igualdade é garantida por
meio da realização de “um processo seletivo, no âmbito do que se convencionou chamar de meritocracia”.

(MPAP-2021-CESPE): Com relação aos princípios da administração pública, assinale a opção correta: O
princípio da eficiência foi introduzido na Constituição Federal de 1988 como parte do esforço para a
reforma gerencial da administração pública. BL: art. 37, caput, CF.

154
##Atenção: ##PGEPB-2008: ##PGERS-2010: ##MPRS-2012: ##DPEPR-2012: ##PGEMG-2012:
##PCSP-2012: ##DEPTO-2013: ##DPEGO-2014: ##Cartórios/TJSP-2014: ##PGEBA-2014: ##PCPI-
2014: ##PCSC-2014: ##Cartórios/TJMG-2016: ##PCPE-2016: ##PGM-São Luís/MA-2016: ##PCGO-
2013/2017: ##PGM-BH/MG-2017: ##Cartórios/TJPR-2019: ##MPCPA-2019: ##MPAP-2021: ##CESPE:
##Consulplan: ##FCC: ##Fumarc: ##Fundatec: ##UFPR: ##VUNESP: O princípio da eficiência tem
sede constitucional e se reporta ao desempenho da administração pública. O princípio da eficiência não
se restringe à racionalidade econômica. Segundo Di Pietro o princípio pode ser considerado em relação à
forma de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atuações e
atribuições, para lograr os resultados melhores, como também em relação ao modo racional de organizar,
estruturar, disciplinar a Administração Pública, também quanto ao intuito de alcance de resultados na
prestação do serviço público. Rafael Oliveira explica que “o princípio da eficiência foi inserido no art. 37
da CRFB, por meio da EC 19/1998, com o objetivo de substituir a Administração Pública burocrática
pela Administração Pública gerencial. A ideia de eficiência está intimamente relacionada com a necessidade de
efetivação célere das finalidades públicas elencadas no ordenamento jurídico. Ex.: duração razoável dos processos
judicial e administrativo (art. 5º, LXXVIII, da CRFB, inserido pela EC 45/2004), contrato de gestão no interior da
Administração (art. 37 da CRFB) e com as Organizações Sociais (Lei 9.637/1998)”. (OLIVEIRA, Rafael Carvalho
Rezende. Curso de direito administrativo. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021 p. 37). Alexandre Mazza
explica que “a eficiência não pode ser usada como pretexto para a Administração Pública descumprir a lei. Assim,
o conteúdo jurídico do princípio da eficiência consiste em obrigar a Administração a buscar os melhores resultados
por meio da aplicação da lei.” (MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo, 2013, p. 108).
(MPRS-2012): A Eficiência é moderno princípio da função administrativa e determina que esta seja exercida
com presteza e perfeição, exigindo resultados positivos para o serviço público, com atendimento satisfatório
das necessidades dos administrados. BL: art. 37, caput, CF.
(PGEPB-2008-CESPE): O princípio da eficiência, introduzido expressamente na Constituição Federal na
denominada Reforma Administrativa, traduz a ideia de uma administração gerencial. BL: art. 37, caput, CF.

(MPGO-2019): O poder discricionário é a faculdade administrativa conferida ao administrador de, em


certas circunstâncias, escolher entre várias opções possíveis. Partindo dessa afirmativa, assinale a
alternativa correta: O âmbito de discricionariedade do administrador é vinculado aos princípios regentes
da Administração Pública, previstos no art. 37, caput, da CF/1988. BL: art. 37, caput, CF.

##Atenção: ##DPEPR-2012: ##PGESE-2017: ##MPGO-2019: ##TJSP-2021: ##CESPE: ##FCC:


##VUNESP: O poder discricionário tem como limites os princípios da Administração Pública previstos
no art. 37, caput, da CF/88. Também devem ser observados os demais princípios jurídicos
administrativos, notadamente os da razoabilidade e proporcionalidade. Aliás, uma atuação contrária aos
princípios administrativos configura arbitrariedade.

(MPMG-2019): Assinale a afirmativa correta à luz da ordem jurídica brasileira: Não existe no
ordenamento a previsão normativa expressa do direito à boa administração ou à boa governança. BL: art.
37, caput, CF. (adm.)

##Atenção: De fato, os referidos direitos são extraídos, notadamente, do princípio da eficiência, previsto
no art. 37, caput, da CF/88, mas não há base normativa expressa que contemple o direito à boa
administração ou à boa governança.

(DPEMG-2019): Sobre os princípios aplicáveis à administração pública, assinale a alternativa correta:


Os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência,
inscritos no caput do art. 37 da CF/88, aplicam-se ao Poder Judiciário no exercício da função
administrativa. BL: art. 37, caput, CF. (adm.)

(TRF3-2018): São princípios constitucionais implícitos ou reconhecidos da Administração Pública,


porquanto consectários lógicos dos preceitos da Lei Maior: Prevalência do interesse público e
proporcionalidade. BL: art. 37, caput, CF. (adm.)

(PCMG-2018-FUMARC): Sobre os princípios da Administração Pública, é correto afirmar que o princípio


da supremacia do interesse público não se radica em dispositivo específico da CR/88, ainda que
inúmeros aludam ou impliquem manifestações concretas dele. BL: art. 37, caput, CF. (adm.)

##Atenção: ##PGERS-2010: ##DPEMS-2014: ##PCCE-2015: ##Cartórios/TJSP-2016: ##PGESE-2017:


##PCMG-2018: ##DPEMG-2019: ##MPAP-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FUMARC: ##Fundatec:

155
##VUNESP: É expressão utilizada por Celso Antônio Bandeira de Mello para o qual: “Princípio da
supremacia do interesse público sobre o interesse privado é princípio geral de Direito inerente a
qualquer sociedade. É a própria condição de sua existência. Assim, não se radica em dispositivo
específico algum da Constituição (…). Afinal, o princípio em causa é um pressuposto lógico do convívio
social”. (Curso de Direito Administrativo, 32ª edição, p. 99. Também é citado no livro do Professor Hely
Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 42ª edição, p. 114).

(TJSP-2017-VUNESP): O conteúdo jurídico do princípio da moralidade administrativa pode ser


conceituado como aquele que vincula a administração pública a um comportamento ético, conforme
discurso da modernidade, com dimensão autônoma em relação ao princípio da legalidade.

##Atenção: ##PGERS-2011: ##Cartórios/TJPE-2013: ##Cartórios/TJRS-2013: ##Cartórios/TJSP-2014:


##PCPI-2014: ##PCSP-2014: ##PGM-POA/RS-2016: ##TJSP-2017/2021: ##MPAP-2021: ##CESPE:
##FCC: ##Fundatec: ##VUNESP: Embora o princípio da moralidade normalmente esteja associado ao
princípio da legalidade, não significa dizer que aquele é desprovido de autonomia específica, motivo
pelo qual é possível afirmar que o princípio da moralidade possui dimensão autônoma em relação ao
princípio da legalidade. Além disso, cumpre ressaltar que há clara distinção entre a moral comum e a
administrativa: Enquanto a moral comum direciona o homem em sua conduta externa, permitindo-lhe
distinguir o bem do mal, a moral administrativa o faz em sua conduta interna, a partir das ideias de boa
administração e de função administrativa, conforme os princípios que regem a atividade administrativa
(MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 24. ed. São Paulo: Malheiros, p.83.)

(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: O princípio da razoabilidade está previsto expressamente em


lei ordinária e, ademais, aplica-se à Administração Pública Federal como decorrência do sistema
estabelecido na Constituição. BL: art. 37, caput, CF e art. 2º Lei 9784.

##Atenção: ##PGERS-2010: ##PGEMG-2012: ##TRF4-2009/2010/2014: ##TRF1-2015: ##DPEMT-


2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##CESPE: ##Fumarc: ##Fundatec: ##UFMT: O princípio da razoabilidade,
bem como o da proporcionalidade, previstos na Lei de Processo Administrativo, são imprescindíveis na
atuação administrativa.
(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta: Conquanto não previsto explicitamente no art. 37, caput, da
CF/88, o princípio da razoabilidade informa o regime jurídico administrativo brasileiro, prestando-se como
balizador para a verificação da higidez da ação administrativa, notadamente quando esta tem
características discricionárias. BL: art. 37, caput, CF e art. 2º Lei 9784.

I - os CARGOS, EMPREGOS e FUNÇÕES PÚBLICAS SÃO ACESSÍVEIS aos BRASILEIROS que


PREENCHAM os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos ESTRANGEIROS, na forma da lei;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007) (MPMT-2008) (TRF4-2009) (PCPI-2009)
(PCDF-2009) (MPMG-2011) (TJCE-2012) (DPEAC-2012) (DPESE-2012) (PGEPA-2012) (PFN-2012) (TJSC-
2009/2013) (MPGO-2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPM-2013) (MPPR-2008/2013/2014)
(DPEMS-2012/2014) (DPEPR-2014) (TRF2-2014) (PGEPI-2014) (PCSC-2014) (TRF5-2009/2015) (TJGO-2015)
(DPEMA-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPE-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGESE-2017) (PCGO-2017) (PCMS-2017) (PGESC-2014/2018) (TJRS-2018) (TRF3-
2018) (PF-2018) (DPEMG-2019) (TJSP-2021)

##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tema 22: ##DOD: ##TJSP-2021: ##VUNESP: Não é legítima a
cláusula de edital de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo simples fato de
responder a inquérito ou a ação penal, salvo se essa restrição for instituída por lei e se mostrar
constitucionalmente adequada: Sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é
legítima a cláusula de edital de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo
simples fato de responder a inquérito ou a ação penal. STF. Plenário. RE 560900/DF, Rel. Min. Roberto
Barroso, j. 5 e 6/2/20 (Info 965).

##Atenção: ##STJ: ##DOD: Candidato só pode ser excluído de concurso público por não se enquadrar
na cota para negros se houver contraditório e ampla defesa: A exclusão do candidato, que concorre à
vaga reservada em concurso público, pelo critério da heteroidentificação, seja pela constatação de
fraude, seja pela aferição do fenótipo ou por qualquer outro fundamento, exige o franqueamento do
contraditório e da ampla defesa. STJ. 2ª T. RMS 62040-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 17/12/19

156
(Info 666).

##Atenção: ##STF: ##DPEMS-2012: ##DPERR-2013: ##MPPR-2013: ##MPM-2013: ##DPEMA-


2015: ##PGM-São Luís/MA-2016: ##PCMS-2017: ##PF-2018: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC:
##VUNESP: O STF fixou entendimento no sentido de que o art. 37, I, da CF/88 [redação após a EC
19/98], consubstancia, relativamente ao acesso aos cargos públicos por estrangeiros, preceito
constitucional dotado de eficácia limitada, dependendo de regulamentação para produzir efeitos,
sendo assim, não auto-aplicável. STF. 2ª T., RE 544.655-AgR, Rel. Min. Eros Grau, DJE 10.10.2008.
(MPPR-2013): Considerando entendimento consolidado no STF em tema de administração pública, assinale
a alternativa correta: O art. 37, inc. I da CF/88, ao prever que, “na forma da lei”, também são acessíveis aos
estrangeiros os cargos, empregos e funções públicas, constitui-se em exemplo de preceito constitucional de
eficácia limitada ou reduzida, não sendo autoaplicável. BL: art. 37, I, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: (...) CONCURSO PÚBLICO - PONTUAÇÃO - EXERCÍCIO


PROFISSIONAL NO SETOR ENVOLVIDO NO CERTAME - IMPROPRIEDADE. Surge a conflitar
com a igualdade almejada pelo concurso público o empréstimo de pontos a desempenho profissional
anterior em atividade relacionada com o concurso público. CONCURSO PÚBLICO - CRITÉRIOS DE
DESEMPATE - ATUAÇÃO ANTERIOR NA ATIVIDADE - AUSÊNCIA DE RAZOABILIDADE.
Mostra-se conflitante com o princípio da razoabilidade eleger como critério de desempate tempo
anterior na titularidade do serviço para o qual se realiza o concurso público. STF. Plenário. ADI 3522,
Rel. Marco Aurélio, j. 24/11/05.
(TRF3-2018): É obrigatória a aprovação prévia em concurso público para a ocupação de cargos e empregos
públicos efetivos. Trata-se da realização do princípio da igualdade de acesso ao serviço público. Com base
nesse enunciado, indique a afirmação correta: Conflita com o princípio da razoabilidade a eleição, como
critério de desempate, do desempenho profissional anterior, relacionado com a titularidade do serviço para
o qual se realiza o concurso. BL: art. 37, I, CF e Entend. Jurisprud.

(MPMG-2018): Os cargos, empregos e funções públicas, da Administração Pública direta e indireta de


qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos legais, bem como aos estrangeiros, na forma da lei. BL: art. 37, I,
CF. (adm.)

##Atenção: Com a edição da EC n.º 19, o direito positivo constitucional de acesso aos cargos, empregos e
funções públicas estendeu-se também aos estrangeiros, "na forma da lei".

II - a investidura em CARGO ou EMPREGO PÚBLICO DEPENDE de aprovação prévia em


CONCURSO PÚBLICO de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, RESSALVADAS as nomeações para CARGO EM
COMISSÃO declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998) (PGESP-2002) (TJDFT-2007) (MPRO-2008) (PCPB-2009) (TJPB-2011) (TJRJ-2011) (MPPB-2011)
(DPEES-2009/2012) (TJPR-2008/2010/2011/2012) (MPPI-2012) (DPEMS-2012) (PCAL-2012) (PCMA-2012)
(PCRJ-2012) (PFN-2012) (DPEAM-2011/2013) (MPF-2012/2013) (DPERR-2013) (PCBA-2013) (PCES-2013)
(MPM-2013) (MPPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014)
(Cartórios/TJSP-2014) (PGEBA-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (PCSC-2014) (PCDF-2009/2015) (AGU-
2009/2015) (MPDFT-2013/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (TJGO-2015) (MPAM-2015) (MPBA-2015) (MPSP-
2015) (DPERN-2015) (PGEPR-2015) (TRT2-2015) (TRF4-2009/2012/2014/2016) (MPSC-2010/2013/2016)
(PGEMS-2014/2016) (TJRS-2016) (DPEMT-2016) (PGEAM-2016) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEAC-2012/2017) (PGEAC-2012/2017) (DPEPR-
2012/2014/2017) (TRF5-2009/2013/2015/2017) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (PGESE-2017) (PCAC-2017) (PCAP-
2017) (PCMS-2017) (TRF3-2013/2018) (TRF2-2014/2014/2018) (PGESC-2014/2018) (DPEPE-2015/2018) (PCGO-
2012/2017/2018) (TJCE-2018) (PGEAP-2018) (PCMG-2018) (MPMT-2008/2019) (DPEMG-2009/2019) (MPPR-
2008/2013/2014/2019) (MPGO-2010/2012/2013/2019) (TJSC-2009/2010/2013/2019) (DPESP-2019) (PGM-Boa
Vista/RR-2019) (MPT-2012/2020) (TJMS-2020) (MPAP-2021) (MPMG-2021) (MPRS-2021) (PF-2021) (TJMG-
2018/2022) (TJAP-2022)

Súmula Vinculante 13-STF: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica

157
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: Pandemia, crise econômica e limite prudencial atingido para despesas com
pessoal não são motivos suficientes para se deixar de nomear o candidato aprovado dentro do número
de vagas do concurso público: Para a recusa à nomeação de aprovados dentro do número de vagas em
concurso público devem ficar comprovadas as situações excepcionais elencadas pelo STF no RE
598.099/MS, não sendo suficiente a alegação de estado das coisas - pandemia, crise econômica, limite
prudencial atingido para despesas com pessoal -, tampouco o alerta da Corte de Contas acerca do
chamado limite prudencial. A recusa à nomeação dos candidatos aprovados dentro do número de
vagas deve ser a última das alternativas, somente sendo adotada quando realmente já não houver
outra saída para a Administração Pública. STJ. 1ª T. RMS 66316-SP, Rel. Min. Manoel Erhardt (Des.
Conv. do TRF da 5ª Região), j. 19/10/21 (Info 715).

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 992: ##DOD: Cabe à Justiça Comum (estadual ou federal)
julgar ações contra concurso público realizado por órgãos e entidades da Administração Pública para
contratação de empregados celetistas: Compete à Justiça Comum processar e julgar controvérsias
relacionadas à fase pré-contratual de seleção e de admissão de pessoal e eventual nulidade do certame
em face da Administração Pública, direta e indireta, nas hipóteses em que adotado o regime celetista
de contratação de pessoas, salvo quando a sentença de mérito tiver sido proferida antes de 6 de junho
de 2018, situação em que, até o trânsito em julgado e a sua execução, a competência continuará a ser da
Justiça do Trabalho. STF. Plenário RE 960429 ED-segundos, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 15/12/20
(Repercussão Geral – Tema 992).

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PCDF-2015: ##TRF2-2018: ##MPPI-2019: ##CESPE: ##MPGO-2019:


##MPPR-2019: Os candidatos possuem direito à segunda chamada nos testes físicos em concursos
públicos?
 REGRA: NÃO. Os candidatos em concurso público NÃO têm direito à prova de segunda
chamada nos testes de aptidão física em razão de circunstâncias pessoais, ainda que de caráter
fisiológico ou de força maior, salvo se houver previsão no edital permitindo essa possibilidade.
STF. Plenário. RE 630733/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 15/5/13 (repercussão geral) (Info 706).
STJ. 1ª T. REsp 1.597.570/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 25/10/18. STJ. 2ª T REsp
1.721.068/MT, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 8/5/18.
(MPPI-2019-CESPE): Edital de concurso público para o cargo de policial civil de determinado estado
da Federação vedou a possibilidade de remarcação de teste de aptidão física dos candidatos em razão
de eventual problema temporário de saúde. De acordo com o entendimento jurisprudencial do STF, a
referida cláusula editalícia coaduna-se com a Constituição Federal de 1988. BL: Info 706, STF.

 EXCEÇÃO: as candidatas gestantes possuem. É constitucional a remarcação do teste de aptidão


física de candidata que esteja grávida à época de sua realização, independentemente da previsão
expressa em edital do concurso público. STF. Plenário. RE 1058333/PR, Rel. Min. Luiz Fux, j.
21/11/18 (repercussão geral) (Info 924). (...) É constitucional a remarcação de curso de formação
para o cargo de agente penitenciário feminino de candidata que esteja lactante à época de sua
realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público. STJ. 1ª T.
RMS 52622-MG, Rel. Min. Gurgel de Faria, j. 26/3/19 (Info 645).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O STF entendeu que a situação da candidata grávida
merece tratamento diferente do caso de candidatos doentes ou que não compareceram ao teste por
motivo de força maior. Assim, justifica-se fazer um distinguishing em relação ao que foi decidido no RE
630733/DF (Info 706).

(TRF2-2018): A proteção constitucional à maternidade e à gestante autoriza o tratamento diferenciado


à candidata gestante, com designação de outra data para a realização do teste de aptidão física,
especialmente se comprovado que a realização da prova na condição em que se encontra pode
prejudicar a saúde do feto. BL: Info 924, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##MPPR-2019: ##MPMG-2021: A nomeação tardia a cargo público em


decorrência de decisão judicial não gera direito à promoção retroativa: A nomeação tardia de
candidatos aprovados em concurso público, por meio de ato judicial, à qual atribuída eficácia
retroativa, não gera direito às promoções ou progressões funcionais que alcançariam se houvesse
ocorrido, a tempo e modo, a nomeação. STF. Plenário. RE 629392 RG/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, j.
8/6/17 (repercussão geral) (Info 868).

158
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Em casos excepcionais, em que a restauração da estrita legalidade
ocasionaria mais danos sociais que a manutenção da situação consolidada pelo decurso do tempo, a
jurisprudência do STJ é firme no sentido de admitir a aplicação da teoria do fato consumado: Em regra,
o STJ acompanha o entendimento do STF e decide que é inaplicável a teoria do fato consumado aos
concursos públicos, não sendo possível o aproveitamento do tempo de serviço prestado pelo servidor
que tomou posse por força de decisão judicial precária, para efeito de estabilidade. Contudo, em
alguns casos, o STJ afirma que há a solidificação de situações fáticas ocasionada em razão do excessivo
decurso de tempo entre a liminar concedida e os dias atuais, de maneira que, a reversão desse quadro
implicaria inexoravelmente em danos desnecessários e irreparáveis ao servidor. Em outras palavras, o
STJ entende que existem situações excepcionais nas quais a solução padronizada ocasionaria mais
danos sociais do que a manutenção da situação consolidada, impondo-se o distinguishing, e
possibilitando a contagem do tempo de serviço prestado por força de decisão liminar, em necessária
flexibilização da regra. Caso concreto: determinado indivíduo prestou concurso para o cargo de
Policial Rodoviário Federal e foi aprovado nas provas teóricas, tendo sido, contudo, reprovado em um
dos testes práticos. O candidato propôs mandado de segurança questionando esse teste. O juiz
concedeu a liminar determinando a nomeação e posse, o que ocorreu em 1999. Em sentença, o
magistrado confirmou a liminar e julgou procedente o pedido do autor. Anos mais tarde, o TRF, ao
julgar a apelação, entendeu que a exigência do teste prático realizado não continha nenhum vício. Em
virtude disso, reformou a sentença. O servidor, contudo, continuou cautelarmente no cargo até 2020,
quando houve o trânsito em julgado da decisão contrária ao seu pleito. O STJ assegurou a manutenção
definitiva do impetrante no cargo. STJ. 1ª T. AREsp 883574-MS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j.
20/02/20 (Info 666). STJ. 2ª T. AgInt no REsp 1569719/SP, Rel. Min. Og Fernandes, j. 08/10/19.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##MPDFT-2015: ##PCDF-2015: ##TJCE-2018: ##MPGO-2019:


##DPEMG-2019: ##TJMG-2022: ##CESPE: ##FGV: Em regra, não se aplica a teoria do fato
consumado a candidato que assumiu o cargo por força de decisão precária posteriormente revertida: Não
é compatível com o regime constitucional de acesso aos cargos públicos a manutenção no cargo, sob
fundamento de fato consumado, de candidato não aprovado que nele tomou posse em decorrência de
execução provisória de medida liminar ou outro provimento judicial de natureza precária,
supervenientemente revogado ou modificado. Igualmente incabível, em casos tais, invocar o princípio
da segurança jurídica ou o da proteção da confiança legítima. A posse ou o exercício em cargo público
por força de decisão judicial de caráter provisório não implica a manutenção, em definitivo, do
candidato que não atende a exigência de prévia aprovação em concurso público (art. 37, II, da CF/88),
valor constitucional que prepondera sobre o interesse individual do candidato, que não pode invocar,
na hipótese, o princípio da proteção da confiança legítima, pois conhece a precariedade da medida
judicial. Em suma, não se aplica a teoria do fato consumado para candidatos que assumiram o cargo
público por força de decisão judicial provisória posteriormente revista. STF. Plenário. RE 608482/RN,
Rel. Min. Teori Zavascki, j. 7/8/14 (repercussão geral) (Info 753). O STJ possui o mesmo entendimento:
STJ. 1ª T. AgRg no AREsp 474423/RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 04/04/17. Obs: a situação
será diferente se o servidor se aposentou antes do fim do processo: STJ. 1ª S. MS 20.558-DF, Rel. Min.
Herman Benjamin, j. 22/2/2017 (Info 600).
(MPGO-2019): Com relação ao concurso público, aponte a alternativa que representa a jurisprudência do
STF: Viola a Constituição Federal a manutenção no cargo, sob o fundamento de fato consumado, de
candidato não aprovado que nele tomou posse em virtude de medida liminar ou outro provimento judicial
de natureza precária, supervenientemente revogado ou modificado. BL: Info 753, STF.
(TJCE-2018-CESPE): O princípio da proteção da confiança legítima não autoriza a manutenção em cargo
público de servidor público empossado por força de decisão judicial de caráter provisório posteriormente
revista, ainda que decorridos mais de cinco anos da investidura no cargo. BL: Info 753, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGM-POA/RS-2016: ##DPEPR-2017: ##PGEAC-2017: ##PCAC-2017:


##TJMG-2018: ##PGEAP-2018: ##MPGO-2019: ##MPPR-2019: ##MPMG-2021: ##FCC: ##FMP:
##Fundatec: Na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão judicial, o servidor não
faz jus a indenização, sob fundamento de que deveria ter sido investido em momento anterior, salvo
situação de arbitrariedade flagrante. STF. Plenário. RE 724347/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/
o acórdão Min. Roberto Barroso, j. 26/2/2015 (repercussão geral) (Info 775).
(MPMG-2021): Quanto à responsabilidade do poder público em caso de posse em cargo público
determinada por decisão judicial, à luz do que foi decidido pelo STF no julgamento do RE 724.347/DF, em
regime de repercussão geral (Tema nº 671), é correto afirmar que: Apenas em situação de flagrante
arbitrariedade o servidor faz jus a indenização, com o fundamento de que deveria ter sido investido em
momento anterior. BL: Info 775, STF.
(MPGO-2019): Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta: No caso de posse em
cargo público determinada por decisão judicial, entende o STF que o servidor não faz jus à indenização sob
fundamento de que deveria ter sido investido em momento anterior, salvo situação de flagrante
159
arbitrariedade. BL: Info 775, STF.
(TJMG-2018-Consulplan): Com relação à responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta: O
Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral e firmou a tese de que, na hipótese
de posse em cargo público determinada por decisão judicial, o servidor não faz jus à indenização, sob
fundamento de que deveria ter sido investido em momento anterior, salvo situação de arbitrariedade
flagrante. BL: Info 775, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STJ: ##MPMG-2021: A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso


público não gera direito à indenização, ainda que a demora tenha origem em erro reconhecido pela
própria Administração Pública. STJ. 1ª T. REsp 1.238.344-MG, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 30/11/17 (Info
617).

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##MPRR-2017: ##DPEAC-2017: ##PGEPE-2018: ##TRF2-2018:


##PCGO-2018: ##MPRS-2021: ##CESPE: ##UEG: Restrição a candidatos com tatuagem: Editais de
concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações
excepcionais em razão de conteúdo que viole valores constitucionais. STF. Plenário. RE 898450/SP, Rel.
Min. Luiz Fux, j. 17/8/16 (repercussão geral) (Info 835).
(MPRS-2021): Em relação à jurisprudência consolidada do STF sobre direitos fundamentais, assinale a
alternativa correta: É inconstitucional ato do Estado que impede o provimento de cargo, emprego ou função
pública de qualquer pessoa pelo fato de seu corpo conter tatuagem, ou que exija que a tatuagem do
candidato tenha determinado tamanho e padrão estético, permitida a restrição a candidatos portadores de
tatuagens incompatíveis com a dignidade humana, o desempenho da função pública e que representem
incitação à violência iminente, ameaças reais ou obscenidades. BL: Info 835, STF.
(MPRR-2017-CESPE): De acordo com o entendimento do STF, no que se refere à inscrição de candidatos
que possuam tatuagens gravadas na pele, não havendo lei que disponha sobre o tema, os editais de
concursos públicos estão impedidos de restringi-la, com exceção dos casos em que essas tatuagens violem
valores constitucionais. BL: Info 835, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##DPEPE-2015: ##TRF4-2016: ##PGEMS-2016: ##PCPA-2016: ##PGM-


São Luís/MA-2016: ##PGEAC-2017: ##PGESE-2017: ##PCGO-2017: ##PCMS-2017: ##TRF2-2018:
##PGEAP-2018: ##TJPA-2019: ##DPEDF-2019: ##TJAP-2022: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC:
##FMP: Aprovação e direito à nomeação: tese fixada pelo STF em repercussão geral: O surgimento de
novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do
certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das
vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da
administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar
a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser
demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato
aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: a) quando a aprovação ocorrer dentro
do número de vagas dentro do edital; b) quando houver preterição na nomeação por não observância
da ordem de classificação; e c) quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a
validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por
parte da administração nos termos acima. STF. Plenário. RE 837311/PI, Rel. Min. Luiz Fux, j. 09/12/15
(repercussão geral) (Info 811).
(TJAP-2022-FGV): Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo de analista processual do
Estado Delta e classificada em quinto lugar. O edital do concurso ofereceu apenas quatro vagas, não
obstante houvesse dez cargos efetivos vagos. O resultado final do concurso foi regularmente homologado e,
durante o seu prazo de validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana, o Estado Delta
convocou e nomeou os quatro primeiros classificados. Maria logrou obter informações e documentos que
comprovam, de forma cabal, que o Estado Delta recentemente nomeou, sem prévio concurso público, para
cargo em comissão, três pessoas para exercerem exatamente as mesmas funções afetas ao cargo de analista
processual, de necessidade permanente para o Estado, sendo que, para desempenho da mesma função, há
ainda servidores temporários com prorrogações sucessivas de seus contratos de trabalho. Assim, Maria
impetrou mandado de segurança, pleiteando sua convocação, nomeação e posse. Consoante a atual
jurisprudência do STF, a ordem deve ser: concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à nomeação,
na medida em que foi preterida de forma arbitrária e imotivada por parte da administração pública, em
comportamento expresso que revela a inequívoca necessidade de sua nomeação. BL: Info 811, STF.
##Atenção: Partindo-se do entendimento do STF, e considerando as nuances fáticas colocadas pela Banca
no enunciado da questão, é de se concluir que, no caso em exame, a segurança postulada na ação
mandamental deveria ser concedida à impetrante. Afinal, a conduta da Administração, consistente em
nomear, sem prévio concurso público, para cargo em comissão, três pessoas para exercerem exatamente as
mesmas funções afetas ao cargo objeto do certame, de necessidade permanente para o Estado, bem assim,
para a mesma função, outros servidores temporários com prorrogações sucessivas de seus contratos de

160
trabalho, constitui, sim, preterição de candidatos aprovados, ainda que fora das vagas divulgadas no edital,
de maneira arbitrária e imotivada, exatamente na linha defendida pelo STF.
(DPEDF-2019-CESPE): Considerando as disposições da CF/1988 e a jurisprudência do STF a respeito de
agentes públicos, julgue o item a seguir: Segundo o STF, o surgimento de novas vagas ou a abertura de
novo concurso para o mesmo cargo de certame anterior cujo prazo de validade ainda não tenha terminado,
em regra, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados no certame anterior
fora das vagas previstas no edital. BL: Info 811, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGEMS-2016: ##PGEAC-2017: ##PGESE-2017: ##PCGO-2017:


##TRF2-2018: ##TJPA-2019: ##DPEDF-2019: ##DPEMG-2019: ##CESPE: ##FMP: ##Entend.
Diverso do veiculado no julgado veiculado no Info 811, STF (citado acima): Surgimento de vaga durante
o período validade do concurso e abertura de novo certame logo depois do primeiro concurso expirar :
Determinado candidato foi aprovado fora do número de vagas. Todos os aprovados dentro do número
de vagas foram nomeados e empossados. Durante o prazo de validade do concurso, um servidor se
aposentou, mas não houve autorização do Ministério do Planejamento para que o órgão federal
fizesse o provimento desta vaga. Um mês após o fim do prazo de validade do concurso, a
Administração Pública abriu novo concurso para este cargo. O STF entendeu que este candidato não
possui direito líquido e certo à nomeação porque: i) foi aprovado fora do número de vagas previsto no
edital; ii) o prazo de validade do concurso em que ele foi aprovado expirou antes da abertura do novo
certame; e iii) realmente surgiu uma vaga decorrente da aposentadoria, mas não houve manifestação
do órgão competente se havia disponibilidade orçamentária para que este cargo fosse imediatamente
provido. O mero surgimento de vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo não gera
direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado fora do número de vagas, cabendo a ele
demonstrar, de forma inequívoca, que houve preterição arbitrária e imotivada por parte da
administração pública. No caso concreto, o STF entendeu que isso não ficou comprovado. Assim, para
o Tribunal, a situação não se enquadra nas hipóteses previstas no RE 837311/PI. STF. 1ª T. RMS
31478/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, j. 9/8/16 (Info 834).

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TJPR-2017: ##TRF5-2017: ##TRF2-2018: ##PCMG-2018: ##MPGO-


2019: ##CESPE: ##Fumarc: É possível que o Poder Judiciário anule questão objetiva de concurso
público que foi elaborada de maneira equivocada? É possível que seja alterada a pontuação dada ao
candidato na questão sob o argumento de que a correção feita pela banca foi inadequada?
 Regra: NÃO. Os critérios adotados por banca examinadora de concurso público não podem ser
revistos pelo Poder Judiciário. Não é possível controle jurisdicional sobre o ato administrativo
que corrige questões de concurso público. Não compete ao Poder Judiciário substituir a banca
examinadora para reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados.
 Exceção: apenas em casos de flagrante ilegalidade ou inconstitucionalidade, a Justiça poderá
ingressar no mérito administrativo para rever critérios de correção e de avaliação impostos pela
banca examinadora.
Portanto, não compete ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca
examinadora para avaliar respostas dadas pelos candidatos e notas a elas atribuídas.
Excepcionalmente, é permitido ao Judiciário juízo de compatibilidade do conteúdo das questões
do concurso com o previsto no edital do certame. STF. Plenário. RE 632853/CE, Rel. Min. Gilmar
Mendes, j. 23/4/15 (repercussão geral) (Info 782).
(MPGO-2019): Com relação ao concurso público, aponte a alternativa que representa a jurisprudência do
STF: O Poder Judiciário não pode agir como instância revisora de banca de concurso público para
reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados, a não ser que o juízo realizado se
refira à compatibilidade do conteúdo das questões do concurso com o previsto no edital do certame. BL:
Info 782, STF.
(TRF5-2017-CESPE): Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta: Conforme o STF, o Poder
Judiciário não detém competência para substituir banca examinadora de concurso público para reexaminar
o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados, admitindo-se, no entanto, o controle do
conteúdo das provas ante os limites expressos no edital. BL: Info 782, STF.
(TJPR-2017-CESPE): No que se refere à discricionariedade administrativa e ao controle judicial dos atos
administrativos, assinale a opção correta: Segundo o entendimento do STF, não havendo flagrante
ilegalidade ou inconstitucionalidade, o Poder Judiciário não pode interferir em critérios fixados por banca
examinadora de concurso público. BL: art. Info 782, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##DPERN-2015: ##PCDF-2015: ##AGU-2015: ##DPEAC-2017:


##DPEAL-2017: ##PCMS-2017: ##CESPE: ##FAPEMS: Os serviços sociais autônomos precisam
realizar concurso público para contratar seu pessoal? NÃO. Os serviços sociais autônomos, por
possuírem natureza jurídica de direito privado e não integrarem a Administração Pública, mesmo que

161
desempenhem atividade de interesse público em cooperação com o ente estatal, NÃO estão sujeitos à
observância da regra de concurso público (art. 37, II, da CF) para contratação de seu pessoal. Obs.: vale
ressaltar, no entanto, que o fato de as entidades do Sistema “S” não estarem submetidas aos ditames
constitucionais do art. 37, não as exime de manterem um padrão de objetividade e eficiência na
contratação e nos gastos com seu pessoal. STF. Plenário. RE 789874/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, j.
17/9/14 (repercussão geral) (Info 759).
(DPEAC-2017-CESPE): Conforme entendimento do STF, as entidades de serviços sociais autônomos
integrantes do sistema “S” não se submetem à exigência do concurso público para a contratação de pessoal.
BL: Info 759, STF.
(Auditor Fisc. Munic.-Cuiabá/MT-2016-FGV): Edinaldo e Pedro, estudantes de direito, travaram intenso
debate a respeito da sujeição, ou não, dos serviços sociais autônomos à exigência constitucional de que a
investidura em cargo ou emprego público dependa de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos. À luz da sistemática constitucional e da interpretação que lhe vem sendo dispensada
pelo STF, é correto afirmar que os serviços sociais autônomos, na medida em que não integram a
Administração Pública, não devem observar a referida exigência constitucional. BL: Info 759, STF.

##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: O STF possui a orientação pacífica de que é legítima a limitação de
idade máxima para a inscrição em concurso público, desde que instituída por lei e justificada pela
natureza do cargo a ser provido. 2. Segundo o firme entendimento desta Corte, os requisitos para a
inscrição em concurso público devem ser aferidos com base na legislação vigente à época de realização
do certame. STF. 2ª T., RE 595893 AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 10/06/14. Portanto, eventuais
limitações para participação em concurso público devem estar estabelecidas em lei, não sendo
suficiente que conste exclusivamente do edital ou do regulamento do concurso. No mesmo sentido, há
necessidade de lei para que se exija exame psicotécnico como requisito de admissibilidade em
concurso público (enunciado 44 da súmula vinculante – citada acima).

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##DPEPE-2018: ##MPGO-2019: ##DPEMG-2019: ##CESPE: Cláusula


de barreira em concurso público é constitucional: É constitucional a regra denominada “cláusula de
barreira”, inserida em edital de concurso público, que limita o número de candidatos participantes de
cada fase da disputa, com o intuito de selecionar apenas os concorrentes mais bem classificados para
prosseguir no certame. STF. Plenário. RE 635739/AL, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 19/2/14 (repercussão
geral) (Info 736).
(MPGO-2019): Com relação ao concurso público, aponte a alternativa que representa a jurisprudência do
STF: Com o fim de selecionar os candidatos mais bem classificados para prosseguir no certame, não viola a
Constituição Federal regra que insere no edital de concurso público a denominada cláusula de barreira. BL:
Info 736, STF.
(DPEPE-2018-CESPE): Com referência às disposições constitucionais aplicáveis aos agentes públicos,
julgue o seguinte item, com base no entendimento do STF: Não viola o princípio do concurso público a
denominada cláusula de barreira que, constante do edital, seleciona apenas os concorrentes mais bem
classificados nas fases iniciais, limitando o número de candidatos para as fases subsequentes do certame.
BL: Info 736, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##DPEAC-2017: ##CESPE: Prova de títulos: classificatória: As provas


de títulos em concurso público para provimento de cargos públicos efetivos na Administração
Pública, em qualquer dos Poderes e em qualquer nível federativo, não podem ter natureza
eliminatória. A finalidade da prova de títulos é, unicamente, a de classificar os candidatos, sem jamais
justificar sua eliminação do certame. STF. 1ª T. MS 31176/DF e MS 32074/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j.
2/9/14 (Info 757)

##Atenção: ##STJ: ##MPGO-2013/2016: ##DPEMT-2016: ##UFMT: Admite-se a exigência de


aprovação em exame físico para preenchimento de cargo público, desde que claramente previsto em
lei, guarde pertinência com a função a ser exercida e seja pautado em critérios objetivos,
possibilitando ao candidato o conhecimento da fundamentação do resultado. STJ. 5ª T., RMS
25.703/MS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 02/06/09.
(MPGO-2016): A regra do concurso público consubstancia norma jurídica realizadora, entre outros, dos
princípios da isonomia e da impessoalidade, assegurando a liberdade de oportunidades iguais de acesso ao
serviço público. Nesse domínio, segundo a jurisprudência dominante do STJ, é correto afirmar que: Admite-
se a exigência de aprovação em exame físico para preenchimento de cargo público, desde que claramente
previsto em lei e pautado em critérios objetivos, de sorte que a prova de aptidão física pode consistir em
etapa eliminatória do concurso, representando condição para a matrícula do candidato no curso de
formação profissional. BL: Entend. Jurisprud.

162
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 11: ##DPEAC-2012: ##DPEPR-2012: ##MPGO-2016:
##TRF4-2016: ##PGESE-2017: ##TRF2-2018: ##CESPE: ##FCC: Tese 04: O candidato aprovado fora do
número de vagas previsto no edital possui mera expectativa de direito à nomeação, que se convola em
direito subjetivo caso haja preterição na convocação, observada a ordem classificatória.

##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 11: ##MPGO-2013/2016: ##PGESE-2017: ##PCGO-2017:


##CESPE: Tese 02: A desistência de candidatos convocados, dentro do prazo de validade do concurso,
gera direito subjetivo à nomeação para os seguintes, observada a ordem de classificação e a quantidade
de vagas disponibilizadas.

##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 09: ##MPGO-2016: Tese 19: O encerramento do concurso
público não conduz à perda do objeto do mandado de segurança que busca aferir suposta ilegalidade
praticada em alguma das etapas do processo seletivo.

##Atenção: ##STF: ##PCAL-2012: ##TRF3-2013: ##MPF-2013: ##PGM-POA/RS-2016: ##MPMS-2018:


##Fundatec: Pela vigente ordem constitucional, em regra, o acesso aos empregos públicos opera-se
mediante concurso público, que pode não ser de igual conteúdo, mas há de ser público. As autarquias,
empresas públicas ou sociedades de economia mista estão sujeitas à regra, que envolve a
administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios. Sociedade de economia mista destinada a explorar atividade
econômica está igualmente sujeita a esse princípio, que não colide com o expresso no art. 173, § 1º .
STF. MS 21.322, Rel. Min. Paulo Brossard, j. 3-12-92. (...) STF. 2ª T., RE 558.833 AgR, Rel. Min. Ellen
Gracie, j. 08/09/09.
(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: O acesso ao emprego em sociedade de economia mista opera-
se mediante concurso público. BL: art. 37, II, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPPI-2012: ##MPGO-2014: ##PGEMS-2014: ##AGU-2015: ##TRF4-2009/2016:


##PGESE-2017: ##CESPE: A CF/88 não admite o enquadramento, sem concurso público, de servidor
em cargo diverso daquele que é titular. Não há direito adquirido à incorporação de vencimentos de
cargo exercido de maneira irregular, em afronta às exigências contidas no art. 37, II, da CF/1988. (...)
STF. 1ª T., RE nº 311.371/SP-AgR-ED, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 5/8/05.

(TJMG-2022-FGV): Acerca do provimento de cargo efetivo, assinale a afirmativa correta: Se dá por


concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de classificação do certame. BL:
art. 37, II, CF c/c art. 10, caput, Lei 8112/90.36

(MPGO-2019): Sobre os servidores de entes governamentais de direito privado, assinale a opção correta:
Sujeitam-se ao concurso público para preenchimento dos empregos, ressalvadas a exceções previstas no
ordenamento jurídico. BL: art. 37, II, CF.

(MPMG-2018): A investidura em cargo ou emprego público depende de prévia aprovação em concurso


de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou do emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração. BL: art. 37, II, CF (adm.)

(MPMT-2019-FCC): Em matéria de servidor público: Há distinção entre cargo e emprego público, pois o
vínculo que une o servidor à Administração pública é diferente. BL: art. 37, II, CF.

##Atenção: ##PGESP-2002: ##PCDF-2009: ##DPEAM-2011: ##DPEES-2009/2012: ##DPEMS-


2012: ##TRF4-2012: ##PCBA-2013: ##MPM-2013: ##TRF2-2014: ##PCSC-2014: ##MPBA-2015:
##TRF5-2015: ##MPGO-2016: ##MPMT-2019: ##DPEMG-2019: ##MPMG-2021: ##TJMG-2022:
##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##VUNESP: Diferenças entre cargo público, função pública e emprego
público: O cargo público é o lugar dentro da organização funcional da Administração Direta e de suas
autarquias e fundações públicas que, ocupado por servidor público, tem funções específicas fixadas em
lei ou diploma a ela equivalente. Por sua vez, o emprego público é caracterizado pela relação funcional
trabalhista. Assim, verifica-se que o cargo público possui vínculo estatutário, enquanto o emprego
público possui vínculo celetista. Nesse contexto, José dos Santos Carvalho Filho afirma que, “cargo
público é o lugar dentro da organização funcional da Administração Direta e de suas autarquias e fundações

36
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia
habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo
de sua validade.
163
públicas que, ocupado por servidor público, tem funções específicas e remuneração fixadas em lei ou diploma a
ela equivalente. (...) Todo cargo tem função, porque não se pode admitir um lugar na Administração que
não tenha a predeterminação das tarefas do servidor. Mas nem toda função pressupõe a existência do cargo.
O titular do cargo se caracteriza como servidor público estatutário. O cargo, ao ser criado, já pressupõe as
funções que lhe são atribuídas. Não pode ser instituído cargo com funções aleatórias ou indefinidas: é a
prévia indicação das funções que confere garantia ao servidor e ao Poder Público. Por tal motivo, é ilegítimo o
denominado desvio de função, fato habitualmente encontrado nos órgãos administrativos, que consiste no exercício,
pelo servidor, de funções relativas a outro cargo, que não o que ocupa efetivamente”. Por outro lado, a função
pública “é a atividade em si mesma, ou seja, função é sinônimo de atribuição e corresponde às inúmeras
tarefas que constituem o objeto dos serviços prestados pelos servidores públicos. Nesse sentido, fala-se
em função de apoio, função de direção, função técnica.” Por fim, quanto à noção de emprego público, o
referido doutrinador explica: "(...) a expressão emprego público é utilizada para identificar a relação
funcional trabalhista, assim como se tem usado a expressão empregado público como sinônima da de
servidor público trabalhista. Para bem diferenciar as situações, é importante lembrar que o servidor
trabalhista tem função (no sentido de tarefa, atividade), mas não ocupa cargo. O servidor estatutário tem o
cargo que ocupa e exerce as funções atribuídas ao cargo”. (Fonte: CARVALHO FILHO, José dos Santos.
Manual de direito administrativo. 30. Ed. São Paulo: Atlas, 2016, p. 642). Por fim, vejamos o teor do art. 3º
da Lei 8.112/90, que traz o conceito de cargo público: “Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único.
Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento
pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.”
(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: Todo cargo público tem função, posto ser inaceitável que
alguém ocupe um lugar na Administração que não tenha a predeterminação das atribuições do servidor.
(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: A expressão emprego público é utilizada para identificar a
relação funcional trabalhista, ressaltando-se que o empregado público tem função, mas não ocupa cargo.

(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: Quadro funcional consiste no conjunto de carreiras, cargos
isolados e funções públicas, remuneradas, integrantes de uma mesma pessoa federativa ou de seus
órgãos internos.

##Atenção: José dos Santos Carvalho Filho indica que “quadro funcional é o conjunto de carreiras, cargos
isolados e funções públicas remuneradas integrantes de uma mesma pessoa federativa ou de seus órgãos internos. O
quadro funcional é o verdadeiro espelho do quantitativo de servidores públicos da Administração”.

(TJSP-2015-VUNESP): O regime jurídico dos servidores públicos tem um amplo tratamento na CF/1988,
além de ser disciplinado em lei estatutária de cada ente da federação. Com relação ao regime geral dos
servidores públicos, é correto afirmar que no direito brasileiro é possível que um não servidor público
exerça função pública sem que o agente seja ocupante de cargo público em que tenha sido regularmente
investido. BL: art. 37, II da CF (adm.)

(MPSP-2015): Sobre a proibição da prática de nepotismo, é correto afirmar que ressalvada situação de
fraude à lei, a nomeação de parentes para cargos públicos de natureza política não configura nepotismo
na Administração Pública. BL: SV 13, STF. (adm.)

##Atenção: ##STF: ##PCGO-2017: ##CESPE: A jurisprudência do STF preconiza que, ressalvada


situação de fraude à lei, a nomeação de parentes para cargos públicos de natureza política não
desrespeita o conteúdo normativo do enunciado da Súmula Vinculante 13." (RE 825682 AgR, Relator
Ministro Teori Zavascki, 2ª Turma, j. 10.2.15)

III - o PRAZO DE VALIDADE do concurso público SERÁ de até dois anos, PRORROGÁVEL uma
vez, por igual período; (TJPR-2008) (MPMT-2008) (TJRO-2011) (MPMG-2011/2012) (MPGO-2012) (TJSC-
2010/2013) (MPPR-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (MPSP-2017)
(TRT/Unificado-2017) (PGESC-2014/2018)

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso


público de provas ou de provas e títulos SERÁ CONVOCADO COM PRIORIDADE sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; (TJPR-2008) (TJRO-2011) (MPDFT-2011) (MPMG-
2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (MPT-2012) (MPMS-2013) (Cartórios/TJRS-2015) (Cartórios/TJMG-2019)

(MPMG-2018): O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por
igual período. Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para

164
assumir cargo ou emprego, na carreira. BL: art. 37, III e IV, CF. (adm.)

V - as FUNÇÕES DE CONFIANÇA, EXERCIDAS EXCLUSIVAMENTE por servidores ocupantes


de cargo efetivo, e os CARGOS EM COMISSÃO, A SEREM PREENCHIDOS por servidores de carreira
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, DESTINAM-SE APENAS às atribuições de
direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJMG-2009)
(DPESP-2009) (MPT-2009) (DPEGO-2010) (TRF4-2010) (TRF1-2011) (DPEES-2009/2012) (DPEMS-
2012) (PCGO-2012) (PCPA-2012) (DPERR-2013) (MPM-2013) (MPSC-2012/2013/2014) (MPMA-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PGERN-2014) (PGESC-2014) (DPEMA-2009/2015) (TJPB-
2011/2015) (MPBA-2015) (TRF5-2013/2015/2016) (TRT3-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPPR-2008/2011/2014/2017)
(PCMS-2017) (DPEAM-2011/2018) (PGEPE-2018) (PGETO-2018) (PCPI-2018) (MPSP-2005/2019)
(Cartórios/TJMG-2017/2019) (MPMG-2010/2013/2018/2019) (DPEMG-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPAP-
2021)

##Atenção: ##STF: ##Tese 1010/Reperc. Geral: ##MPMG-2019: ##MPSP-2019: ##TJMS-2020: ##FCC: I


- A criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de direção, chefia e
assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas, técnicas ou
operacionais; II - Tal criação deve pressupor a necessária relação de confiança entre a autoridade
nomeante e o servidor nomeado; III - O número de cargos comissionados criados deve guardar
proporcionalidade com a necessidade que eles visam suprir e com o número de servidores ocupantes
de cargos efetivos no ente federativo que os criar; IV - As atribuições dos cargos em comissão devem
estar descritas, de forma clara e objetiva, na própria lei que os instituir. STF. RE 1041210 RG, Min. Rel.
Dias Toffoli, j. 27/09/18.
(TJMS-2020-FCC): Ao dispor sobre a criação de cargos em comissão, o legislador deve observar as normas
constitucionais e a jurisprudência do STF nessa matéria, segundo as quais a criação de cargos em comissão
somente se justifica para o exercício de funções de direção, chefia e assessoramento, não se prestando ao
desempenho de atividades burocráticas, técnicas ou operacionais, pressupondo necessária relação de
confiança entre a autoridade nomeante e o servidor nomeado. BL: Tese 1010, STF.
(MPSP-2019): Em relação ao regime jurídico dos agentes públicos, assinale a alternativa correta: A criação
de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de direção, chefia e assessoramento,
não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas, técnicas ou operacionais. Tal criação deve
pressupor a necessária relação de confiança entre a autoridade nomeante e o servidor nomeado. BL: Tese
1010, STF.
(MPMG-2019): Na decisão paradigmática do STF (RE 1041210/SP) sobre os cargos em comissão, é correto
afirmar que a criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de direção,
chefia e assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas, técnicas ou
operacionais. BL: Tese 1010, STF.
(MPMG-2019): Na decisão paradigmática do STF (RE 1041210/SP) sobre os cargos em comissão, é correto
afirmar que o número de cargos em comissão criados deve guardar proporcionalidade com a necessidade
que eles visam suprir e com o número de servidores ocupantes de cargos efetivos no ente federativo que os
criar. BL: Tese 1010, STF.
(MPMG-2019): Na decisão paradigmática do STF (RE 1041210/SP) sobre os cargos em comissão, é correto
afirmar que a criação de cargo em comissão deve pressupor a necessária relação de confiança entre a
autoridade nomeante e o servidor nomeado, o que é detectável na descrição das atribuições dos cargos. BL:
Tese 1010, STF.

##Atenção: ##Trecho da Ementa que gerou a Tese 1010/Reperc. Geral: ##STF: (...) 1. A criação de cargos
em comissão é exceção à regra de ingresso no serviço público mediante concurso público de provas ou
provas e títulos e somente se justifica quando presentes os pressupostos constitucionais para sua
instituição. (...).

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2009: ##MPPR-2017: ##PGETO-2018: ##TJMS-2020: ##CESPE: ##FCC:


Segundo o STF, é inconstitucional a delegação ao Chefe do Poder Executivo para dispor por decreto
sobre as competências e atribuições de cargos públicos, o que implicaria burla ao princípio da reserva
legal para criação desses cargos. Nesse sentido, o julgamento pelo Plenário da ADI 4125: “(...) 6. A criação
de cargos em comissão para o exercício de atribuições técnicas e operacionais, que dispensam a confiança pessoal da
autoridade pública no servidor nomeado, contraria o art. 37, inc. V, da Constituição da República. 7. A delegação
de poderes ao Governador para, mediante decreto, dispor sobre ‘as competências, as atribuições, as
denominações das unidades setoriais e as especificações dos cargos, bem como a organização e reorganização
administrativa do Estado’, é inconstitucional porque permite, em última análise, sejam criados novos
cargos sem a aprovação de lei." (STF. Plenário. ADI 4125, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 10/06/10). No

165
mesmo sentido, “São inconstitucionais a lei que autorize o Chefe do Poder Executivo a dispor, mediante
decreto, sobre criação de cargos públicos remunerados, bem como os decretos que lhe deem execução.
(...)Portanto, é admissível controle concentrado de constitucionalidade de decreto que, dando execução a
lei inconstitucional, crie cargos públicos remunerados e estabeleça as respectivas denominações,
competências, atribuições e remunerações.”. (STF. Plenário. ADI 3232, Rel. Min. Cezar Peluso, j.
14/08/08).

##Atenção: ##STF: ##TJMS-2020: ##FCC: Na ADI 3.174/SE, o Relator, Min. Barroso, destacou que o
art. 37, V, da CF/88 não restringe as atividades de assessoramento aos cargos de nível superior e ou às
funções estritamente técnico-científicas. Segundo ele, o dispositivo exige apenas que o cargo em
comissão tenha natureza de diretoria, chefia ou assessoramento, que pode exigir níveis educacionais
diferenciados a depender do cargo, cabendo à lei de criação especificá-los caso a caso. Portanto, reputa-
se constitucional a lei que exija formação em curso nível superior a depender do cargo em comissão.
(STF. Plenário. ADI 3174, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 23/08/2019).

##Atenção: ##STF: ##MPM-2013: ##MPMA-2014: A norma inscrita no art. 37, V, da Carta da


República é de eficácia contida, pendente de regulamentação por lei ordinária. STF. 2ª T., RMS 24.287,
Rel. Min. Maurício Corrêa, j. 26/11/02.

(MPMG-2021): Sobre o tema do servidor público, assinale a alternativa correta: Cargos em comissão, ou
de confiança, destinam-se somente a funções de chefia, direção e assessoramento, e podem ser ocupados
por pessoas que não pertencem aos quadros funcionais da administração, ao passo que as funções de
confiança, ou gratificadas, são reservadas exclusivamente aos servidores ocupantes de cargo efetivo. BL:
art. 37, V, CF (adm.)

(TJRS-2018-VUNESP): De acordo com a CF/88, a respeito dos agentes públicos, é correto afirmar que as
funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. BL: art. 37, V, CF (adm.)

(TJGO-2015-FCC): As normas constitucionais que delineiam os contornos do regime jurídico dos


servidores públicos preconizam a possibilidade de contratação sem prévio concurso público de provas e
títulos para cargos em comissão, destinados exclusivamente a funções de chefia, direção e
assessoramento. BL: art. 37, V, CF (adm.)

##Atenção: As funções de confiança são exercidas exclusivamente por ocupantes de cargo efetivo e
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Os cargos de confiança, por sua
vez, se destinam às mesmas funções e serão preenchidos por agentes estranhos à Administração e por
servidores de carreira – estes últimos nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei (art.
37, V, CF/88).

##Atenção: ##DPEMA-2015: ##FCC: Ao disciplinar os direitos e deveres dos servidores públicos, a CF


estabeleceu que, para ocupar a funções de confiança não é requisito que os servidores tenham alcançado
a estabilidade em cargo efetivo, mas sim que eles sejam apenas ocupantes de tal cargo efetivo.

(PGERN-2014-FCC): Lei estadual criou vários cargos em comissão de médico, de livre provimento pelo
Secretário de Saúde, para atender a necessidade imediata da população. Segundo a lei, os titulares dos
cargos devem exercer suas atividades no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, prestando seus
serviços diretamente aos pacientes necessitados, por prazo indeterminado. A referida lei estadual é
incompatível com a Constituição Federal, uma vez que os cargos em comissão somente podem ser
criados para as atribuições de direção, chefia e assessoramento, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei. BL: art. 37, V, CF.

VI - É GARANTIDO ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; (TJDFT-2007)


(PGEAL-2009) (MPT-2009) (TJPR-2010) (DPEES-2012) (DPEPR-2012) (DPESC-2012) (DPESE-2012)
(PCGO-2012) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPM-2013) (Cartórios/TJMT-
2014) (Cartórios/TJPR-2014) (TRT3-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PCPI-
2014/2018) (PCMG-2018)

Súmula 679-STF: A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção
coletiva”.

166
(DPESE-2012-CESPE): Assinale a opção correta com referência à administração pública direta e
indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do DF e dos municípios: É garantido ao servidor
público civil o direito à livre associação sindical. BL: art. 37, VI, CF.

VII - o DIREITO DE GREVE SERÁ EXERCIDO nos termos e nos limites definidos EM LEI
ESPECÍFICA; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPPR-2008) (TJMG-2009) (PGEAL-
2009) (DPEMA-2011) (TJPR-2008/2010/2012) (MPAL-2012) (DPEES-2012) (PGESP-2012) (MPT-2009/2013)
(DPERR-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (AGU-2010/2015) (TRT1-2015) (TRT15-2015)
(PFN-2015) (TJSP-2017) (PGEMS-2016) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PCGO-
2012/2018) (PCPI-2014/2018) (TRF3-2018) (PF-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPGO-2013/2019)
(Cartórios/TJMG-2017/2019) (TJBA-2019) (MPMG-2021) (MPM-2021) (TCDF-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##CESPE: Compete à Justiça Comum (estadual


ou federal) decidir se a greve realizada por servidor público da Administração Pública direta,
autarquias e fundações é ou não abusiva: A justiça comum, federal ou estadual, é competente para
julgar a abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta,
autarquias e fundações de direito público. STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/
o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 1º/8/17 (Repercussão Geral - Tema 544) (Info 871).
(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Considerando a jurisprudência do STF a respeito do direito de greve dos
servidores públicos, julgue o item seguinte: A competência para analisar a legalidade de uma greve de
servidores públicos de autarquias e fundações é da justiça comum, estadual ou federal, ainda que eles sejam
regidos pela CLT. BL: Info 871, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPPR-2008: ##PGEAL-2009: ##DPEMA-2011: ##TRF4-2012:


##MPAL-2012: ##DPEES-2012: ##MPT-2009/2013: ##MPGO-2013: ##DPERR-2013: ##TRT15-
2015: ##PGM-Curitiba/PR-2015: ##PGEMS-2016: ##TRT/Unificado-2017: ##PGM-Manaus/AM-2018:
##TJBA-2019: ##CESPE: ##FCC: O STF decidiu que, mesmo sem ter sido ainda editada a lei de que trata
o art. 37, VII, da CF, os servidores públicos podem fazer greve, devendo ser aplicadas as leis que
regulamentam a greve para os trabalhadores da iniciativa privada (Lei nº 7.701/88 e Lei nº 7.783/89).
STF. Plenário. MI 708, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 25/10/07.
(PGM-Curitiba/PR-2015): Conforme posicionamento do STF, o direito de greve do servidor público é
assegurado e, diante da ausência de lei específica e observado o princípio da continuidade do serviço
público, aplica-se a Lei nº 7.783/89. BL: art. 37, VII da CF e STF, MI 708.
(MPPR-2008): O STF entendeu que, enquanto não disciplinado em lei o direito de greve do servidor público
civil, aplica-se, no que couber, a Lei 7.783/89, que dispõe sobre o exercício do direito de greve na iniciativa
privada. art. 37, VII da CF e STF, MI 708.

##Atenção: ##DOD: Assim, duas conclusões podem ser expostas: 1ª) Mesmo não havendo ainda lei
tratando sobre o tema, os servidores podem fazer greve e isso não é considerado um ato ilícito; 2ª)
Enquanto não há norma regulamentando este direito, aplicam-se aos servidores públicos as leis que
regem o direito de greve dos trabalhadores celetistas.

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 531: ##DOD: ##PGEMS-2016: ##TJSP-2017:


##TRT/Unificado-2017: ##PGM-BH/MG-2017: ##TRF3-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##TJBA-2019:
##MPGO-2019: ##CESPE: A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação
decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do
vínculo funcional que dela decorre. É permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será,
contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder
Público. STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 27/10/16 (Info 845).

##Atenção: ##Em resumo:


 REGRA = Desconta da remuneração a quantia correspondente aos dias parados.
 EXCEÇÃO = Não caberá o desconto caso a paralisação tenha ocorrido em consequência de conduta
ilícita da administração.
(TJBA-2019-CESPE): Se os servidores estatutários de uma autarquia ambiental deflagrarem greve e pararem
de trabalhar, a greve poderá ser declarada legal, porém a administração pública deverá, em regra, descontar
da remuneração dos servidores os dias parados. BL: Info 845, STF.
(TRF3-2018): A jurisprudência do STF é firme no sentido de que o direito de greve do servidor público é
assegurado, ainda que não tenha sido publicada a lei complementar de que trata o inciso VII do art. 37 da
Constituição Federal. Além disso, também de acordo com o STF: O servidor público tem direito à
remuneração pelos dias parados, somente se o movimento grevista foi motivado por conduta ilícita do

167
Poder Público. BL: Info 845, STF.
(TJSP-2017-VUNESP): O direito de greve reconhecido constitucionalmente aos servidores públicos implica
que do seu exercício, todavia, poderá resultar o desconto dos dias paralisados a ser efetuado pela
Administração Pública, com possibilidade de compensação na hipótese de acordo. BL: Info 845, STF.

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 541: ##DOD: ##PCMS-2017: ##TRT/Unificado-2017:


##MPBA-2018: ##TRF3-2018: ##PCGO-2018: ##PF-2018: ##TJBA-2019: ##MPGO-2019: ##MPMG-
2021: ##MPM-2021: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC: ##UEG: O exercício do direito de greve, sob
qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que
atuem diretamente na área de segurança pública. É obrigatória a participação do Poder Público em
mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165
do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min.
Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 5/4/17 (Info 860).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: ##Pergunta-se: 1º) A greve é um direito de todos os
servidores públicos? NÃO. Existem determinadas categorias para quem a greve é proibida; 2º)
Os policiais militares podem fazer greve? NÃO. A CF/88 proíbe expressamente que os Policiais Militares,
Bombeiros Militares e militares das Forças Armadas façam greve (art. 142, 3º, IV c/c art. 42, § 1º); 3º) O
art. 142, § 3º, IV, da CF/88 não menciona os policiais civis. Em verdade, não existe nenhum dispositivo na
Constituição que proíba expressamente os policiais civis de fazerem greve. Diante disso, indaga-se:
os policiais civis possuem direito de greve? NÃO. Apesar de não haver uma proibição expressa na CF/88,
o STF decidiu que os policiais civis não podem fazer greve. Aliás, o Supremo foi além e afirmou que
nenhum servidor público que trabalhe diretamente na área da segurança pública pode fazer greve. É o que
foi decidido no STF.
##Questões de concurso:
(MPGO-2019): Quanto ao direito de greve, a luz da jurisprudência atual do STF, podemos afirmar que O
exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os
servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança. BL: Info 860, STF.
(PF-2018-CESPE): Acerca da disciplina constitucional da segurança pública, julgue o seguinte item: A
vedação absoluta ao direito de greve dos integrantes das carreiras da segurança pública é compatível com o
princípio da isonomia, segundo o STF. BL: Info 860, STF.
##Atenção: Explicando a aplicação do princípio da ISONOMIA neste caso: A proibição de Greve para estes
trabalhadores é compatível com o princípio da ISONOMIA, segundo o qual deve-se tratar de maneira
DESIGUAL os DESIGUAIS, na medida de suas desigualdades. Os servidores da segurança pública
desempenham papel de extrema importância para a sociedade. Portanto, justifica-se tratá-los
desigualmente, vedando de maneira absoluta o direito de greve.
(TRT/Unificado-2017-FCC): Avizinhando-se o período de eleições para governador, policiais civis e
auditores fiscais de um determinado estado-membro promovem greve, com a finalidade de influenciar a
não reeleição do candidato da situação. Diante de tais fatos, segundo o entendimento do STF, caso seja
instaurada mediação pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, para vocalização dos
interesses da categoria, será obrigatória a participação do Poder Público na tentativa de solução consensual
de conflito. BL: Info 860, STF.

##Atenção: ##STF: ##MPGO-2013: ##MPT-2013: ##AGU-2010/2015: ##PGEMS-2016:


##Cartórios/TJMG-2017: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##CESPE: ##Consulplan: 1. Ação Direta de
Inconstitucionalidade. 2. Parágrafo único do art. 1º do Decreto estadual 1.807, publicado no Diário Oficial
do Estado de Alagoas de 26 de março de 2004. 3. Determinação de imediata exoneração de servidor
público em estágio probatório, caso seja confirmada sua participação em paralisação do serviço a título
de greve. 4. Alegada ofensa do direito de greve dos servidores públicos (art. 37, VII) e das garantias do
contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV). 5. Inconstitucionalidade. 6. O STF, nos termos dos
Mandados de Injunção n.ºs 670/ES, 708/DF e 712/PA, já manifestou o entendimento no sentido da
eficácia imediata do direito constitucional de greve dos servidores públicos, a ser exercício por meio da
aplicação da Lei 7.783/89, até que sobrevenha lei específica para regulamentar a questão . 7. Decreto
estadual que viola a Constituição Federal, por (a) considerar o exercício não abusivo do direito
constitucional de greve como fato desabonador da conduta do servidor público e por (b) criar
distinção de tratamento a servidores públicos estáveis e não estáveis em razão do exercício do direito
de greve. STF. Plenário. ADI 3235, Rel. Carlos Velloso, Rel. p/ Ac. Gilmar Mendes (art. 38, II, RISTF), j.
04/02/10. (...) A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é
justificativa para demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista por período
superior a trinta dias. STF. 1ª T., RE 226966, Rel. Min. Menezes Direito, j. 11/11/08.

##Atenção: ##STF: ##PGESP-2012: ##MPGO-2013: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##TCDF-2021:


##CESPE: ##VUNESP: A jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que a norma constitucional
que reconheceu o direito de greve ao servidor público civil constitui norma de eficácia LIMITADA.
STF. Plenário. MI 20, Rel. Min. Celso de Mello, j. 19/05/94.

168
VIII - a lei RESERVARÁ percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e DEFINIRÁ os critérios de sua admissão; [obs.: norma de eficácia LIMITADA] (TJDFT-2008)
(MPPE-2008) (MPMS-2011) (MPMG-2014) (DPEGO-2014) (MPAM-2015) (DPEPA-2015) (MPRO-2017)
(TRF3-2018) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ”É constitucional norma de Constituição Estadual que preveja que ‘o
Estado e os Municípios reservarão vagas em seus respectivos quadros de pessoal para serem
preenchidas por pessoas portadoras de deficiência.’ Apesar de, em tese, a Constituição Estadual não
poder dispor sobre servidores municipais, sob pena de afronta à autonomia municipal, neste caso não
há inconstitucionalidade, considerando que se trata de mera repetição de norma da CF/88 (art. 37,
VIII). STF. Plenário. ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 25/10/18 (Info 921).

##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: (...) – INADMISSIBILIDADE DA EXIGÊNCIA ADICIONAL DE A


SITUAÇÃO DE DEFICIÊNCIA TAMBÉM PRODUZIR “DIFICULDADES PARA O DESEMPENHO
DAS FUNÇÕES DO CARGO” – PARECER FAVORÁVEL DA PROCURADORIA-GERAL DA
REPÚBLICA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. PROTEÇÃO JURÍDICO-
CONSTITUCIONAL E INTERNACIONAL ÀS PESSOAS VULNERÁVEIS. LEGITIMIDADE DOS
MECANISMOS COMPENSATÓRIOS QUE, INSPIRADOS PELO PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA
DIGNIDADE PESSOAL (CF, ART. 1º, III), RECOMPÕEM, PELO RESPEITO À ALTERIDADE, À
DIVERSIDADE HUMANA E À IGUALDADE DE OPORTUNIDADES, O PRÓPRIO SENTIDO DE
ISONOMIA INERENTE ÀS INSTITUIÇÕES REPUBLICANAS. - O tratamento diferenciado em favor
de pessoas portadoras de deficiência, tratando-se, especificamente, de acesso ao serviço público, tem
suporte legitimador no próprio texto constitucional (CF, art. 37, VIII), cuja razão de ser, nesse tema,
objetiva compensar, mediante ações de conteúdo afirmativo, os desníveis e as dificuldades que afetam
os indivíduos que compõem esse grupo vulnerável. Doutrina. - A vigente Constituição da República,
ao proclamar e assegurar a reserva de vagas em concursos públicos para os portadores de deficiência,
consagrou cláusula de proteção viabilizadora de ações afirmativas em favor de tais pessoas, o que veio
a ser concretizado com a edição de atos legislativos, como as Leis nº 7.853/89 e nº 8.112/90 (art. 5º, § 2º),
e com a celebração da Convenção Internacional das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência (2007), já formalmente incorporada, com força, hierarquia e eficácia constitucionais (CF,
art. 5º, § 3º), ao plano do ordenamento positivo interno do Estado brasileiro. - Essa Convenção das
Nações Unidas, que atribui maior densidade normativa à cláusula fundada no inciso VIII do art. 37 da
Constituição da República, legitima a instituição e a implementação, pelo Poder Público, de
mecanismos compensatórios destinados a corrigir as profundas desvantagens sociais que afetam as
pessoas vulneráveis, em ordem a propiciar-lhes maior grau de inclusão e a viabilizar a sua efetiva
participação, em condições equânimes e mais justas, na vida econômica, social e cultural do País.
HERMENÊUTICA E DIREITOS HUMANOS: O PRINCÍPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL
COMO CRITÉRIO QUE DEVE REGER A INTERPRETAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. - O Poder
Judiciário, no exercício de sua atividade interpretativa, deve prestigiar, nesse processo hermenêutico,
o critério da norma mais favorável (que tanto pode ser aquela prevista no tratado internacional de
direitos humanos como a que se acha positivada no próprio direito interno do Estado), extraindo, em
função desse postulado básico, a máxima eficácia das declarações internacionais e das proclamações
constitucionais de direitos, como forma de viabilizar o acesso dos indivíduos e dos grupos sociais,
notadamente os mais vulneráveis, a sistemas institucionalizados de proteção aos direitos
fundamentais da pessoa humana. Precedentes: HC 93.280/SC, Rel. Min. Celso de Mello, v.g.. STF. 2ª T.,
RMS 32732 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 03/06/14. Portanto, entende o STF que as pessoas
portadoras de deficiência têm direito a reserva de vagas independentemente da eventual dificuldade no
exercício da função. Além disso, entende o STF que interpretação em contrário vulneraria a própria ideia
fundante das ações afirmativas, desprotegendo minorias

##Atenção: ##STF: ##MPSE-2010: ##CESPE: ##MPAM-2015: ##FMP: A exigência constitucional de


reserva de vagas para portadores de deficiência em concurso público se impõe ainda que o percentual
legalmente previsto seja inferior a um, hipótese em que a fração deve ser arredondada. Entendimento
que garante a eficácia do art. 37, VIII, da CF, que, caso contrário, restaria violado. (STF. Plenário. RE
227.299, Rel. Min. Ilmar Galvão, j. 14/6/00).

IX - a lei ESTABELECERÁ os casos de CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO PARA


ATENDER a necessidade temporária de excepcional interesse público; (TJPR-2008) (DPEES-2009)
(PCPB-2009) (MPPB-2011) (DPEAM-2011) (DPESE-2012) (PGEMG-2012) (PCGO-2012) (PFN-2012)
(MPDFT-2013) (DPEDF-2013) (TRF5-2013) (PF-2013) (MPMT-2008/2014) (DPEPR-2012/2014) (MPRS-2014)
(Cartórios/TJPR-2014) (PGEMS-2014) (PGERN-2014) (PGESC-2014) (PGEPR-2011/2015) (TJGO-2015) (MPGO-

169
2010/2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESE-2017) (TJMG-2018) (PCPI-2018) (MPSP-
2012/2019) (MPMG-2014/2019) (MPPR-2017/2019) (DPEMG-2019) (PGEPB-2021)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: Se houve determinação judicial para que o Município fizesse contratação
temporária em razão da Covid-19, não se pode dizer que isso configure preterição ilegal de pessoa
aprovada no concurso para o mesmo cargo, sendo que o certame era para cadastro de reserva : A
contratação temporária de terceiros para o desempenho de funções do cargo de enfermeiro, em
decorrência da pandemia causada pelo vírus Sars-CoV-2, e determinada por decisão judicial, não
configura preterição ilegal e arbitrária nem enseja direito a provimento em cargo público em favor de
candidato aprovado em cadastro de reserva. STJ. 2ª T. RMS 65757-RJ, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, j. 04/05/21 (Info 695).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPSP-2019: A LC 22/2000, do Estado do Ceará, autoriza a contratação


de professores, por tempo determinado, para atender necessidade temporária de excepcional interesse
público nas escolas estaduais. O art. 3º da referida Lei prevê diversas hipóteses nas quais é possível a
referida contratação. O STF afirmou que, em tese, é possível a contratação temporária por excepcional
interesse público (art. 37, IX, da CF/88) mesmo para atividades permanentes da Administração (como é
o caso de professores). No entanto, o legislador tem o ônus de especificar, em cada circunstância, os
traços de emergencialidade que a justificam. As alíneas "a, b, c, d, e" preveem a contratação temporária
caso o titular se afaste para gozar de licenças ou para fazer cursos de capacitação. O STF reputou que
tais hipóteses são constitucionais já que elas descrevem situações que são alheias ao controle da
Administração Pública, ou seja, hipóteses que estão fora do controle do Poder Público e que, se este
não tomasse nenhuma atitude, poderia resultar em desaparelhamento transitório do corpo docente.
Logo, para tais situações está demonstrada a emergencialidade. A alínea "f" previa que poderia haver a
contratação temporária para suprir "outros afastamentos que repercutam em carência de natureza
temporária". O STF entendeu que esta situação é extremamente genérica, de forma que não cumpre o
art. 37, IX, da CF/88. O parágrafo único do art. 3º autoriza a contratação temporária para que a
Administração Pública pudesse implementar "projetos educacionais, com vista à erradicação do
analfabetismo, correção do fluxo escolar e qualificação da população cearense". O STF entendeu que
esta previsão também é inconstitucional porque estes são objetivos corriqueiros (normais, ordinários)
da política educacional. Desse modo, esse tipo de ação não pode ser implementado por meio de
contratos episódicos (temporários), já que não constitui contingência especial a ser atendida. STF.
Plenário. ADI 3721/CE, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 9/6/16 (Info 829).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPPR-2017: São inconstitucionais, por violarem o art. 37, IX, da CF, a
autorização legislativa genérica para contratação temporária e a permissão de prorrogação indefinida
do prazo de contratações temporárias. STF. Plenário. ADI 3662/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 23/3/17
(Info 858).

##Atenção: ##Reperc. Geral – STF – Tese 916: ##TJMG-2018: ##DPEMG-2019: A contratação por
tempo determinado para atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público
realizada em desconformidade com os preceitos do art. 37, IX, da CF não gera quaisquer efeitos
jurídicos válidos em relação aos servidores contratados, com exceção do direito à percepção dos
salários referentes ao período trabalhado e, nos termos do art. 19-A da Lei 8.036/90, ao levantamento
dos depósitos efetuados no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS.
(TJMG-2018-Consulplan): O STF firmou a tese de que a contratação por tempo determinado para
atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público em desconformidade com os
preceitos do art. 37, IX, da CF, não gera quaisquer efeitos jurídicos válidos, com exceção do direito à
percepção dos salários referentes ao período trabalhado e ao levantamento dos depósitos efetuados no
FGTS. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##Reperc. Geral – STF – Tese 612: ##DOD: ##PGM-POA/RS-2016: ##MPMG-2019:


##MPPR-2019: ##Fundatec: Nos termos do art. 37, IX, da CF/1988, para que se considere válida a
contratação temporária de servidores públicos, é preciso que: a) os casos excepcionais estejam
previstos em lei; b) o prazo de contratação seja predeterminado; c) a necessidade seja temporária; d) o
interesse público seja excepcional; e) a contratação seja indispensável, sendo vedada para os serviços
ordinários permanentes do Estado que estejam sob o espectro das contingências normais da
Administração. STF. Plenário. RE 658026, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 09/04/14 (Info 742).
(MPMG-2019): O STF, no leading case referente a contratações temporárias (RE 658026/MG), elencou
requisitos de validade da contratação temporária, indicando expressamente: apenas a previsão em lei, o
prazo de contratação predeterminado, a necessidade temporária, o interesse público excepcional, e a
necessidade de contratação indispensável, sendo vedada a contratação para os serviços ordinários

170
permanentes do Estado, e que devam estar sob o espectro das contingências normais da Administração. BL:
Info 742, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGEPR-2015: ##PGEPB-2021: ##CESPE: ##PUCPR: Competência para


julgar demandas propostas por servidores temporários contra a Administração: A justiça comum é
competente para processar e julgar causas em que se discuta a validade de vínculo jurídico-
administrativo entre o poder público e servidores temporários. Dito de outra forma: a Justiça
competente para julgar litígios envolvendo servidores temporários (art. 37, IX, da CF/88) e a
Administração Pública é a JUSTIÇA COMUM (estadual ou federal). A competência NÃO é da Justiça
do Trabalho, ainda que o autor da ação alegue que houve desvirtuamento do vínculo e mesmo que ele
formule os seus pedidos baseados na CLT ou na lei do FGTS. STF. Plenário. Rcl 4351 MC-AgR/PE, rel.
orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, j. 11/11/15 (Info 807)
(PGEPB-2021-CESPE): Conforme a jurisprudência do STF, a justiça comum dos estados possui competência
jurisdicional para julgar ação judicial proposta por servidor estadual temporário para discutir a validade e a
eficácia de sua contratação por regime administrativo. BL: Info 807, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##MPGO-2016: A natureza da atividade a ser desempenhada (se


permanente ou eventual) não será o fator determinante para se definir se é possível ou não a
contratação de servidor com base no art. 37, IX, da CF/88. Para saber se é legítima a contratação com
base no art. 37, IX, deverão ser analisados dois aspectos: a) a necessidade da contratação deve ser
transitória (temporária); b) deve haver um excepcional interesse público que a justifique. Ex.: no caso
concreto julgado pelo STF, estava sendo impugnada uma lei do Estado do Maranhão que permite a
contratação, com base no art. 37, IX, da CF/88, de professores para os ensinos fundamental e médio,
desde que não existam candidatos aprovados em concurso público e devidamente habilitados. A Lei
maranhense prevê que essa contratação deverá ocorrer pelo prazo máximo de 12 meses e o STF
conferiu interpretação conforme para que esse prazo seja contado do último concurso realizado para a
investidura de professores. Desse modo, durante o período de 1 ano, haveria necessidade temporária
que justificaria a contratação sem concurso até que fosse concluído o certame. STF. Plenário. ADI
3247/MA, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 26/3/14 (Info 740).

(PFN-2015-ESAF): Sobre os servidores públicos: A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. BL: art. 37, IX, CF.

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 SOMENTE


PODERÃO SER fixados ou alterados POR LEI ESPECÍFICA, OBSERVADA a iniciativa privativa em
cada caso, ASSEGURADA REVISÃO GERAL ANUAL, sempre na mesma data e sem distinção de
índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007) (MPRN-2009) (DPEMT-
2009) (TRF5-2009) (PGEAL-2009) (AGU-2009) (MPMG-2010) (PGEAM-2010) (TJPB-2011) (PCES-2011) (TJBA-
2012) (MPRR-2012) (MPSP-2012) (DPEPR-2012) (DPESC-2012) (PFN-2012) (PGEGO-2010/2013) (MPSC-
2013) (TJCE-2014) (DPERN-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-
2016) (PGESE-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TRF2-2018) (PGESP-2018) (PCMG-2018) (Cartórios/TJMG-
2015/2019) (TJMS-2020) (TJMG-2022)

Súmula 679-STF: A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção
coletiva.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4) (...)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 624: ##DOD: Judiciário não pode obrigar que o chefe do Poder
Executivo encaminhe o projeto de lei para revisão geral anual dos servidores: O Poder Judiciário não
possui competência para determinar ao Poder Executivo a apresentação de projeto de lei que vise a
promover a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos, tampouco para fixar o
respectivo índice de correção. STF. Plenário. RE 843112, Rel. Luiz Fux, j. 22/09/20 (Info 998).

171
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 19: ##DOD: Revisão anual de vencimentos não é obrigatória,
mas chefe do Executivo deve justificar: O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos
vencimentos dos servidores públicos, previsto no inciso X do art. 37 da CF/88, não gera direito
subjetivo a indenização. Deve o Poder Executivo, no entanto, se pronunciar, de forma fundamentada,
acerca das razões pelas quais não propôs a revisão. STF. Plenário. RE 565089 /SP, rel. orig. Min. Marco
Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, j. 25/9/19 (Info 953).

##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: Revisão geral anual x reajuste setorial: A revisão geral
anual, aplicável a todos os servidores públicos sem distinção de índices, é diferente do reajuste setorial
realizado para beneficiar apenas determinada carreira. Compare:
REVISÃO GERAL ANUAL REAJUSTE SETORIAL (REVISÃO ESPECÍFICA)
Trata-se de revisão que beneficia todos os Trata-se de reajuste que beneficia somente
servidores, de forma genérica (sem distinções). determinada carreira de servidores.
Segundo o texto da Constituição, esta revisão deve Não há previsão expressa no texto da Constituição.
ocorrer todos os anos, sempre na mesma data.
Segundo aponta a doutrina, o objetivo seria repor É feito com o objetivo de conferir um aumento real
as perdas decorrentes da inflação. para determinada carreira cuja remuneração esteja
abaixo do que deveria (corrigir distorções).
O projeto de lei prevendo a revisão geral anual A iniciativa será do dirigente máximo daquele Poder
deve ser apresentado pelo chefe do Poder ou órgão autônomo (ex: MP). Ex: é do próprio Poder
Executivo de cada ente federado (art. 61, § 1º, II, Legislativo a iniciativa para conceder reajuste setorial
“a”, da CF/88). aos seus servidores.

##Atenção: ##STF: ##DOD: A jurisprudência do STF firmou entendimento de que não viola o
princípio constitucional da isonomia, nem da revisão geral anual, a concessão de reajustes salariais
setoriais com o fim de corrigir eventuais distorções remuneratórias. STF. 1ª T. ARE 993058 AgR, Rel.
Min. Roberto Barroso, j. 17/02/17.

##Atenção: ##STF: ##DOD: É possível a concessão de reajustes setoriais de vencimentos com a


finalidade de corrigir desvirtuamentos salariais verificados no serviço público, sem que isso implique
violação dos princípios da isonomia e da revisão geral anual. STF. 2ª T. ARE 1101936 AgR, Rel. Min.
Dias Toffoli, j. 20/4/18.

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2009: ##CESPE: Afronta ao art. art. 37, da CF/88, que exige a edição de lei
específica para a fixação de remuneração de servidores públicos, o que não se mostrou compatível com
o disposto na Lei estadual n. 227/89. Competência privativa do Estado para legislar sobre política
remuneratória de seus servidores. Autonomia dos Estados-membros. Precedentes. STF. Plenário. ADI 64,
Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 21/11/07.

(TJMG-2022-FGV): Sobre a remuneração do servidor público, analise a afirmativa a seguir: Somente


poderá ser fixada ou alterada por lei específica, observada a iniciativa privativa. BL: art. 37, X, CF.

(MPSP-2012): Em relação às normas regentes da Administração Pública, é correto afirmar: A


remuneração dos servidores públicos e o subsídio somente poderão ser fixados ou alterados por lei
específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de índice. BL: art. 37, X, CF.

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da


administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, PERCEBIDOS cumulativamente ou
não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, NÃO PODERÃO EXCEDER o
SUBSÍDIO MENSAL, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, APLICANDO-SE como
limite, nos Municípios, o SUBSÍDIO do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o SUBSÍDIO
MENSAL do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
LIMITADO a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do SUBSÍDIO MENSAL, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, APLICÁVEL este limite aos
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 41, 19.12.2003) (TJPR-2008) (MPPE-2008) (PGEES-2008) (PCSC-2008) (DPEMG-2009)
(DPEMT-2009) (DPEPI-2009) (PGESP-2009) (PCPB-2009) (MPT-2009) (MPPB-2010) (MPRO-2010)
(PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (MPMG-2010/2011) (PGEPA-2011) (PGERO-2011) (TJGO-2012) (TJPA-2012)

172
(MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPSP-2012) (DPEES-2012) (DPESP-2012) (PGEMG-2012) (TRF5-2011/2013)
(MPMS-2013) (MPF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPR-2013) (MPM-2013) (TJCE-2014) (MPRS-2014) (PGEMS-
2014) (PGERN-2014) (DPEMA-2009/2015) (TJDFT-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEPR-2015) (TRT2-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (TRF3-2013/2016) (TJRS-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (TJSC-2009/2017) (TRF5-2011/2017) (DPEPR-2012/2017) (DPESC-2017) (PGEAC-
2017) (PGESE-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEPE-2018) (TRF2-2018) (PGEAP-2018) (PGEPE-2018)
(PCMG-2018) (Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPPR-2019) (DPEDF-2019) (TCEAM-2021) (TRF4-2009/2012/2022)
(TJAP-2014/2022) (MPGO-2013/2019/2022)

##Atenção: ##Reperc. Gera/STF – Tema 359: ##DOD: Se o servidor público recebe remuneração (ou
aposentadoria) mais pensão, a soma dos dois valores não pode ultrapassar o teto: Ocorrida a morte do
instituidor da pensão em momento posterior ao da Emenda Constitucional 19/1998, o teto
constitucional previsto no inciso XI do art. 37 da CF/1988 incide sobre o somatório de remuneração ou
provento e pensão percebida por servidor. STF. Plenário. RE 602584/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j.
6/8/20 (Info 985). Obs.: Cuidado para não confundir com esse outro entendimento veiculado no Info
862 do STF (citado abaixo).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPGO-2019: A expressão "Procuradores", contida na parte final do


inciso XI do art. 37 da CF/88, compreende os procuradores municipais, uma vez que estes se inserem
nas funções essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de 90,25% (noventa inteiros e
vinte e cinco centésimos por cento) do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF. STF.
Plenário. RE 663696/MG, Rel. Min. Luiz Fux, j. 28/2/19 (Info 932).

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF: ##DOD: ##DPESC-2017: ##PGEAC-2017: ##PGESE-2017: ##TRF2-


2018: ##PGEAP-2018: ##MPGO-2019: ##Cartórios/TJRS-2019: ##MPPR-2019: ##FCC: ##FMP:
##VUNESP: Se a pessoa acumular licitamente dois cargos públicos ela poderá receber acima do teto:
Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência
do art. 37, XI, da CF/88 pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a
observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público. Ex: se
determinado Ministro do STF for também professor da UnB, ele irá receber seu subsídio integral
como Ministro e mais a remuneração decorrente do magistério. Nesse caso, o teto seria considerado
especificamente para cada cargo, sendo permitido que ele receba acima do limite previsto no art. 37, XI
da CF se considerarmos seus ganhos globais. STF. Plenário. RE 612975/MT e RE 602043/MT, Rel. Min.
Marco Aurélio, j. 26 e 27/4/17 (repercussão geral) (Info 862).
(Cartórios/TJRS-2019-VUNESP): Suponha que determinado servidor ocupe um cargo de juiz de direito e
um cargo de professor universitário. Embora haja a compatibilidade de horários para a prestação dos
serviços, a carga horária relativa a cada cargo é de 40 horas semanais e as remunerações, quando
cumuladas, ultrapassam o subsídio dos Ministros do STF. Com base na jurisprudência do STF e na
Constituição Federal, assinale a alternativa correta: A cumulação de cargos e de remunerações é válida, pois
o teto constitucional deve ser avaliado em relação a cada vínculo e a Constituição não fixa carga horária
limite para os casos de cumulação. BL: Info 862, STF.
(PGEAP-2018-FCC): Acerca das normas constitucionais relativas ao chamado regime do “teto
constitucional”, concernentes aos limites máximos de remuneração dos servidores públicos (art. 37, XI, da
CF/88), o STF definiu, em decisão proferida em regime de repercussão geral, que devem ser consideradas
de forma separada, nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e
funções, as remunerações referentes a cada um dos vínculos do servidor, afastada a observância do teto
remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público. BL: Info 862, STF.
(DPESC-2017-FCC): No tema da remuneração dos servidores públicos, o STF, pela via dos RE 602.043 e
RE 612.975, decidiu que nos casos autorizados, constitucionalmente, de acumulação de cargos, empregos e
funções, a incidência do art. 37, inciso XI, da CF/1988, pressupõe consideração de cada um dos vínculos
formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente
público. BL: Info 862, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##TRF3-2016: ##PGEAP-2018: ##CESPE:


##FCC: O STF decidiu, em sede de repercussão geral, que o teto fixado pela EC 41/03 é de eficácia
imediata e todas as verbas de natureza remuneratória recebidas pelos servidores públicos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios devem se submeter a ele, ainda que adquiridas de
acordo com regime legal anterior. A aplicação imediata da EC 41/03 e a redução das remunerações
acima do teto não afrontou o princípio da irredutibilidade nem violou a garantia do direito adquirido.
Em outras palavras, com a EC 41/03, quem recebia acima do teto fixado teve a sua remuneração

173
reduzida para respeitar o teto. Essa redução foi legítima. STF. Plenário. RE 609381/GO, Rel. Min. Teori
Zavascki, j. 2/10/14 (Info 761).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##TRF3-2016: ##PGM-POA/RS-2016:


##PGM-São Luís/MA-2016: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: Mesmo após a
decisão do STF no RE 609381/GO, alguns servidores continuavam tentando excluir do teto as vantagens
pessoais que haviam adquirido antes da EC 41/03 (que implementou, na prática, o teto no
funcionalismo). Argumentavam que a garantia da irredutibilidade de vencimentos, modalidade
qualificada de direito adquirido, impediria que as vantagens percebidas antes da vigência da EC 41/03
fossem por ela alcançadas. O STF acolheu esse argumento? As vantagens pessoais anteriores à EC 41/03
estão fora do teto? NÃO. Computam-se, para efeito de observância do teto remuneratório do art. 37,
XI, da CF/88, também os valores percebidos pelo servidor público anteriormente à vigência da EC
41/03 a título de vantagens pessoais. O art. 37, XI, da CF/88, na redação da EC 41/03, é expresso ao
incluir as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza para fins de limitação dos ganhos ao teto
remuneratório do serviço público. A EC 41/03 não violou a cláusula do direito adquirido, porque o
postulado da irredutibilidade de vencimentos, desde sua redação original, já indicava que deveria ser
respeitado o teto remuneratório (art. 37, XI, da CF/88). Em outras palavras, a Constituição assegurou a
irredutibilidade, mas no mesmo dispositivo já mencionou que deveria ser respeitado o teto
remuneratório. Assim, a Constituição não só autoriza, como exige, o cômputo, para efeito de
incidência do teto, de adicionais por tempo de serviço, sexta parte, prêmio de produtividade e
gratificações, ainda que qualificados como vantagens de natureza pessoal percebidas antes do advento
da EC 41/03. STF. Plenário. RE 606358/SP, Rel. Min. Rosa Weber, j. 18/11/15 (repercussão geral) (Info
808).

##Atenção: E os servidores que receberam vantagens pessoais acima do teto antes dessa decisão do STF
deverão devolver os valores? A Administração Pública poderá ingressar com ações cobrando o
ressarcimento dessas quantias recebidas acima do teto a título de vantagens pessoais? NÃO. O STF
afirmou que os servidores não estão obrigados a restituir os valores eventualmente recebidos em excesso
e de boa-fé até o dia 18/11/2015 (data da decisão do STF).

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF: ##DOD: ##TRF3-2016: ##MPGO-2019: Em todos os julgamentos de


recursos extraordinários com repercussão geral reconhecida o STF elabora uma frase que resume a tese
adotada pelo Tribunal. A tese fixada pela Corte neste caso foi a seguinte : Computam-se para efeito de
observância do teto remuneratório do art. 37, XI, da Constituição da República, também os valores
percebidos anteriormente à vigência da EC 41/03 a título de vantagens pessoais pelo servidor público,
dispensada a restituição de valores eventualmente recebidos em excesso e de boa-fé até o dia 18/11/15 .
STF. Plenário. RE 606358/SP, Rel. Min. Rosa Weber, j. 18/11/15 (Info 808).
(MPGO-2019): Sobre a disciplina constitucional do teto remuneratório dos agentes públicos e tendo em
conta o entendimento do STF sobre a matéria, assinale a alternativa correta: Para observância do teto
remuneratório estabelecido no artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, computam-se, também, os
valores percebidos anteriormente á EC 41/2003, a título de vantagens pessoais pelo servidor público,
impondo-se o corte dos valores remuneratórios acima do teto. BL: Info 808, STF.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPM-2013: Teto remuneratório e servidor que ocupa dois cargos
acumuláveis: A acumulação de proventos de servidor aposentado em decorrência do exercício
cumulado de dois cargos de profissionais da área de saúde legalmente exercidos, nos termos
autorizados pela CF/88, não se submete ao teto constitucional, devendo os cargos ser considerados
isoladamente para esse fim. STJ. 2ª T. RMS 38682-ES, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 18/10/12 (Info 508).

XII - os VENCIMENTOS DOS CARGOS do Poder Legislativo e do Poder Judiciário NÃO


PODERÃO SER superiores aos pagos pelo Poder Executivo; (MPMS-2011) (MPMG-2012) (MPTO-2012)
(TJSC-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPM-2013) (MPMT-2014) (PFN-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TRF2-
2018) (PGESC-2018)

(Cartórios/TJBA-2013-CESPE): Em relação ao disposto na CF a respeito da administração pública,


assinale a opção correta: Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. BL: art. 37, XII, CF.

XIII - É VEDADA a VINCULAÇÃO ou EQUIPARAÇÃO de quaisquer espécies remuneratórias


para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998) (TJSC-2009) (DPEAL-2009) (DPEMA-2009) (TRF5-2009) (PGEAL-2009) (AGU-2009) (DPU-2010)
(MPMS-2011) (DPEAM-2011) (MPGO-2012) (DPEAC-2012) (DPESC-2012) (DPESE-2012) (PFN-2012)
174
(MPDFT-2013) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PGESC-2014) (Cartórios/TJRS-
2015) (TRF3-2016) (TRT/Unificado-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TRF2-2014/2018) (PGEPE-2018) (MPSP-
2012/2019) (Cartórios/TJMG-2019)

Súmula Vinculante 42: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou


municipais a índices federais de correção monetária.

##Atenção: ##STF: ##MPSP-2019: Revela-se inconstitucional a vinculação dos subsídios devidos aos
agentes políticos locais (Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores) à remuneração estabelecida em favor
dos servidores públicos municipais. STF. 2ª T., RE 411156 AgR, Min. Rel. Celso de Mello, j. 29/11/11.
(MPSP-2019): Em relação ao regime jurídico dos agentes públicos, assinale a alternativa correta: É
inconstitucional a vinculação dos subsídios devidos aos agentes políticos locais (Prefeito, Vice-Prefeito e
Vereadores) à remuneração estabelecida em favor dos servidores públicos municipais. BL: Entend.
Jurisprud.

(PFN-2015-ESAF): Sobre os servidores públicos: É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer


espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. BL: art. 37, XIII,
CF.

XIV - os ACRÉSCIMOS PECUNIÁRIOS PERCEBIDOS por servidor público NÃO SERÃO


computados NEM acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007) (TJRS-2012) (MPMG-2012) (MPMS-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (MPGO-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (TRT3-2016) (ABIN-2018)

##Atenção: ##STJ e STF: ##MPGO-2014: ##ABIN-2018: ##CESPE: ##STF: Por efeito repique entende-
se que as vantagens pecuniárias não incidem “em cascata” (cumulativamente, uma sobre outras). Ou
seja, o valor do vencimento-base é parâmetro para que seja feito o cálculo das vantagens, sem haja
interferência de uma sobre a outra. Nesse sentido, vejamos o seguinte trecho do julgado do STF: “(...) I -
O art. 37, XIV, da Constituição Federal, redação da EC 19/1998, veda o cômputo de vantagem recebida
no cálculo de vantagem posterior (cálculo em cascata ou efeito repique), porém não proíbe a concessão
de mais de uma vantagem sob o mesmo fundamento, desde que calculadas de forma singela sobre o
vencimento básico. II - Agravo regimental improvido”. (05/03/13, RE 633.077 MG, Min. RICARDO
LEWANDOWSKI). ##STJ: (...) Embora o art. 24, § 3º, do citado normativo estipule o reajuste da
vantagem pessoal nos mesmos índices de reajuste do vencimento básico, isso não implica autorização
para que aquela verba integre a base de cálculo das demais vantagens e adicionais auferidos pelo
servidor. Entender de maneira diversa ensejaria a admissibilidade do efeito cascata que é vedado no
Texto Constitucional, além de inserir na mesma classificação parcelas remuneratórias de natureza e
finalidade diversas. Precedentes: AgRg no AgRg no REsp 1105124/MS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze,
5ª T., j. 5/3/13, DJe 11/3/13; AgRg no RMS 30.155/MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, 6ª T., j. 6/12/12,
DJe 18/12/12. STJ. 2ª T., RMS 44.954/MS, Rel. Min. Og Fernandes, j. 22/05/14.

XV - o SUBSÍDIO e os VENCIMENTOS dos ocupantes de cargos e empregos públicos SÃO


IRREDUTÍVEIS, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e
153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEES-2008) (PGEAL-2009) (DPU-2010)
(TJPA-2012) (MPRR-2012) (PCGO-2012) (PCMA-2012) (TJRN-2013) (MPF-2013) (MPGO-2014) (MPMA-2014)
(DPEGO-2014) (PGEMS-2014) (PGEPI-2014) (PCPI-2014) (MPBA-2015) (MPDFT-2015) (TRF5-2015) (PCDF-
2015) (AGU-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TRT3-2016) (PGESE-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TRF2-2018)
(Cartórios/TJMG-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (TJPR-2021) (MPMG-2021) (MPSC-2021) (TJMG-2012/2022)

Art. 37. (...)


XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério

175
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) (...)
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (...)

Art. 39. (...)


§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (...)

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a
autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (...)
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (...)
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37,
incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso
XVI, alínea "c"; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014) (...)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (...)

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...)


III - renda e proventos de qualquer natureza; (...)
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da
lei; (...)

##Atenção: ##STF: ##MPRR-2012: ##PCGO-2012: ##PCMA-2012: ##TRF3-2013: ##MPF-2013:


##MPGO-2014: ##MPMA-2014: ##DPEGO-2014: ##PGEMS-2014: ##PGEPI-2014: ##MPBA-2015:
##MPDFT-2015: ##TRF5-2015: ##PCDF-2015: ##AGU-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##PGESE-
2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##TRF2-2018: ##Cartórios/TJMG-2018: ##Anal. Judic./STJ-2018:
##TJPR-2021: ##MPMG-2021: ##CESPE: ##Consulplan: ##FGV: A jurisprudência do STF consolidou-se
no sentido de que não existe direito adquirido nem a regime jurídico, nem aos critérios que
determinaram a composição da remuneração ou dos proventos, desde que o novo sistema normativo
assegure a irredutibilidade dos ganhos anteriormente percebidos. STF. 2ª T., ARE 672401 AgR, Rel.
Min. Teori Zavascki, j. 03/09/13. (...) A jurisprudência do STF firmou entendimento no sentido de que
não há direito adquirido do servidor público a regime jurídico pertinente à composição dos
vencimentos, desde que a eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente
preserve o montante global da remuneração e, em consequência, não provoque decesso de caráter
pecuniário. STF. 2ª T., ARE 772833 AgR, Rel. Ricardo Lewandowski, j. 11/02/14.
(TRF2-2018): A remuneração do servidor público é a soma dos vencimentos do cargo e de vantagens
pecuniárias. Com relação ao regime remuneratório dos servidores públicos é correto afirmar que a garantia
da irredutibilidade dos vencimentos não veda a redução de parcelas que compõem a remuneração ou
mesmo a alteração no modo de cálculo de gratificações e outras vantagens, desde que preservado o valor da
remuneração total. BL: art. 37, XV, CF e Entend. Jurisprud.

(TJMG-2022-FGV): Sobre a remuneração do servidor público, analise a afirmativa a seguir: As


modificações do regime jurídico alteram a remuneração do servidor público, mas o valor recebido deve
ser mantido, em razão do princípio da irredutibilidade da remuneração. BL: art. 37, XV, CF.

(TJMG-2012-VUNESP): Com relação ao princípio do “direito adquirido”, o STF já consolidou o


entendimento de que a garantia constitucional de irredutibilidade de vencimentos dos servidores
públicos é “modalidade qualificada” de “direito adquirido”. BL: STF, RE 105.137.

176
XVI - É VEDADA a ACUMULAÇÃO REMUNERADA de cargos públicos, EXCETO, quando
HOUVER compatibilidade de horários, OBSERVADO em qualquer caso o disposto no inciso XI [obs.: o
teto do funcionalismo público.]: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJPR-2008)
(MPMT-2008) (TJMG-2009) (PGEAL-2009) (PGEPE-2009) (TJSC-2010) (MPPB-2010) (PGERO-2011) (PGEPA-
2011/2012) (PGESP-2012) (MPF-2012) (PFN-2012) (TRF5-2009/2013) (MPDFT-2013) (DPEPR-2012/2014)
(MPSC-2013/2014) (MPMG-2014) (MPRS-2014) (DPEMG-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCPI-2014) (PCCE-
2015) (TRT15-2015) (TRT23-2015) (PGEMS-2014/2016) (DPEMT-2016) (TRT3-2016) (Cartórios/TJMG-2017)
(PGEAC-2017) (TRF2-2013/2014/2018) (TJRS-2018) (PGEAP-2018) (PCMG-2018) (PF-2018) (MPGO-2012/2019)
(Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPPR-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (TJMS-2020)

a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPMT-
2008) (TRF5-2009) (PGEPE-2009) (MPPB-2010) (PGERO-2011) (MPF-2012) (PGESP-2012) (PFN-2012) (MPDFT-
2013) (PCES-2013) (DPEPR-2012/2014) (MPMG-2014) (DPEMG-2014) (PGEMS-2014) (PCCE-2015) (TRT15-
2015) (TRT23-2015) (TJDFT-2016) (TRT3-2016) (PGEAC-2017) (TRF2-2013/2014/2018) (PCMG-2018)
(Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPGO-2019) (MPPR-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (TJMS-2020)

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (TJSE-2008) (MPMT-2008) (PGEPE-2009) (MPPB-2010) (PGERO-2011) (MPF-2012)
(PFN-2012) (MPDFT-2013) (TRF5-2013) (PCES-2013) (PF-2013) (DPEPR-2012/2014) (MPMG-2014)
(DPEMG-2014) (PGEMS-2014) (PCPI-2014) (PCCE-2015) (TRT15-2015) (TRT23-2015) (TRT3-2016) (PGEAC-
2017) (TRF2-2013/2014/2018) (PGEAP-2018) (Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPGO-2019) (MPPR-2019)
(Cartórios/TJDFT-2019) (TJMS-2020)

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001) (TJPR-2008) (TJSE-2008) (TRF5-
2009) (PGEPE-2009) (MPPB-2010) (PGERO-2011) (PGEPA-2011/2012) (MPF-2012) (PFN-2012) (MPDFT-2013)
(PCES-2013) (DPEPR-2012/2014) (MPMG-2014) (DPECE-2014) (DPEMG-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(PCCE-2015) (TRT15-2015) (TRT23-2015) (PGEMS-2014/2016) (TJDFT-2016) (TRT3-2016) (Cartórios/TJMG-2017)
(PGEAC-2017) (TRF2-2013/2014/2018) (PGEAP-2018) (MPGO-2012/2019) (Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPPR-
2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (TJMS-2020)

##Atenção: ##STF e STJ: ##DOD: ##TRF2-2018: ##TJPA-2019: ##MPPR-2019: ##Cartórios/TJDFT-


2019: ##CESPE: A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art.
37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional,
pois inexiste tal requisito na CF/1988. O único requisito estabelecido para a acumulação é a
compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela
administração pública. STF. Plenário. ARE 1246685, Rel. Min. Min. Dias Toffoli, j. 19/03/20. (Tema 1081
- Repercussão Geral). STF. 1ª T. RE 1176440/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 9/4/19 (Info 937).
STF. 2ª T. RMS 34257 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 29/6/18. STJ. 1ª S. REsp 1767955/RJ, Rel.
Min. Og Fernandes, j. 27/3/19 (Info 646).
(TRF2-2018): Assinale a alternativa correta: É lícita a acumulação de dois cargos privativos da área de saúde,
bastando a demonstração concreta da compatibilidade de horários, mesmo que a soma das horas semanais
trabalhadas ultrapasse o limite de jornada estipulado em ato administrativo. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##DOD: NOVIDADE LEGISLATIVA de 2019:


-EC 101/19: estende o inciso XVI do art. 37 da CF/88 (acumulação de cargos) para os militares dos
Estados e do Distrito Federal - O que fez a EC 101/19?
Acrescentou um parágrafo ao art. 42 da CF/88, deixando expresso que todo o inciso XVI do art. 37
é aplicado aos militares estaduais. Veja a redação do dispositivo inserido: “Art. 42 (...) § 3º Aplica-
se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI, com
prevalência da atividade militar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 101/2019)”
-Se o militar acumular cargos em uma dessas hipóteses elencadas no inciso XVI do art. 37 da CF,
ele poderá receber acima do teto? Em caso de acumulação lícita de cargos, o teto será considerado
para a remuneração de cada cargo isoladamente? SIM. O limite do teto deverá ser considerado
separadamente para cada um dos vínculos. Vejamos a seguinte decisão do STF: “Nos casos
autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do
art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração de cada um dos vínculos
formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do
agente público. STF. Plenário. RE 612975/MT e RE 602043/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 26 e
27/4/17 (repercussão geral) (Info 862). Ex: se Coronel PM Médico for também médico professor
177
da UnB, ele irá receber seu subsídio integral como Ministro e mais a remuneração decorrente do
magistério. Nesse caso, o teto seria considerado especificamente para cada cargo, sendo permitido
que ele receba acima do limite previsto no art. 37, XI da CF se considerarmos seus ganhos globais.
- A EC 101/2019 pode ser aplicada aos militares das Forças Armadas? NÃO. O novo § 3º do art.
42 da CF/88, inserido pela EC 101/19, é exclusivo dos militares dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios. As regras do art. 42 não se aplicam aos militares das Forças Armadas, que
possuem regramento próprio no art. 142 da CF/88. Assim, temos o seguinte cenário:
• aos militares dos Estados/DF: são permitidas as hipóteses de acumulação de cargos
previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” do inciso XVI do art. 37 da CF/88;
• aos militares das Forças Armadas: somente é permitida a hipótese de acumulação de
cargos tratada na alínea “c” do inciso XVI do art. 37 (“dois cargos ou empregos privativos
de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas”).

(MPSP-2012): É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver


compatibilidade de horários, observado, em qualquer caso, o teto remuneratório do funcionalismo
público, nas hipóteses de acumulação de dois cargos de professor; a de um cargo de professor com outro,
técnico ou científico; a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas. BL: art. 37, XI e XVI, CF.

XVII - a PROIBIÇÃO DE ACUMULAR ESTENDE-SE a empregos e funções e ABRANGE


autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998) (TJDFT-2007/2008) (TJPR-2008) (TJMG-2009) (MPDFT-2009) (TJSC-2010) (MPRO-2010) (PGEGO-2010)
(TJPB-2011) (PGERO-2011) (DPESE-2012) (MPF-2013) (PCES-2013) (MPSC-2013/2014) (MPMG-2014) (TRF2-
2014) (Cartórios/TJMT-2014) (DPEMA-2009/2015) (Cartórios/TJRS-2015) (TRT3-2016) (PGEAC-2017)
(TRT/Unificado-2017) (MPMS-2018) (Cartórios/TJMG-2017/2019) (MPGO-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (PGM-
Boa Vista/RR-2019)

(MPGO-2019): Sobre os servidores de entes governamentais de direito privado, assinale a opção correta:
Salvo nas hipóteses expressamente permitidas pela CF/1988, esses servidores se submetem ao chamado
regime de não acumulação de cargos e empregos. BL: art. 37, XVII, CF e art. 118, §1º, Lei 8112/90.37

(TRT/Unificado-2017-FCC): Em relação à Administração pública, em sua conformação constitucional


atual, é correto afirmar que a vedação de acumulação de cargos públicos estende-se a empregos e
funções e abrange empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público. BL: art. 37, XVII, CF.

(MPF-2013): A proibição concernente à acumulação de cargos públicos estende-se a empregos e funções,


abrangendo, também, autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias e sociedades controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público. BL: art. 37,
XVII, CF. (adm.)

XVIII - a ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA e SEUS SERVIDORES FISCAIS TERÃO, dentro de


suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da
lei; (TJDFT-2007) (PGEPI-2008) (TJSC-2009) (DPEMA-2009) (MPMS-2011) (MPTO-2012) (MPMS-2013)
(MPMT-2014) (PFN-2015) (PGM-POA/RS-2016) (TJSP-2018) (Cartórios/TJMG-2019)

(MPMS-2011): No tocante às disposições constitucionais e legais pertinentes à Administração Pública,


assinale a alternativa correta: a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas
áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
BL: art. 37, XVIII, CF.

(DPEMA-2009-FCC): Considere a seguinte afirmação sobre a disciplina constitucional da


Administração Pública no Estado brasileiro: A Administração Fazendária e seus servidores fiscais terão,
dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos,

37
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos. § 1º. A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações
públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos
Territórios e dos Municípios.
178
na forma da lei. BL: art. 37, XVIII, CF.

XIX – SOMENTE por lei específica PODERÁ SER CRIADA autarquia e AUTORIZADA a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, CABENDO à LEI
COMPLEMENTAR, neste último caso, DEFINIR as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (TJMS-2008) (PGECE-2008) (TJSP-2009) (DPEMA-2009) (PGEAL-2009) (PCPI-
2009) (TJES-2011) (PGERO-2011) (PCES-2011) (DPESP-2009/2012) (TRF4-2010/2012) (TJPI-2012) (TJBA-2012)
(MPRR-2012) (DPEPR-2012) (DPESE-2012) (PCSP-2012) (MPMS-2011/2013) (TRF1-2011/2013) (TJSC-2013)
(DPERR-2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (AGU-2013) (PCPR-2013)
(MPT-2013) (PGEPI-2008/2014) (MPMG-2014) (MPMT-2014) (PGEBA-2014) (PCRO-2014) (TRF5-2011/2015)
(PGERS-2015) (MPPR-2012/2016) (TJRS-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (DPEAL-2017)
(Cartórios/TJMG-2017) (PCAC-2017) (PCAP-2017) (PCMS-2017) (PCMT-2017) (TJCE-2018) (MPPB-2018)
(DPEAM-2018) (DPERS-2018) (TRF3-2018) (MPPI-2012/2019) (TJRO-2019) (DPEDF-2019) (MPSC-2021)
(DPEPI-2022)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: As fundações públicas de direito privado não fazem jus à isenção das
custas processuais. A isenção das custas processuais somente se aplica para as entidades com
personalidade de direito público. Dessa forma, para as Fundações Públicas receberem tratamento
semelhante ao conferido aos entes da Administração Direta é necessário que tenham natureza jurídica
de direito público, que se adquire no momento de sua criação, decorrente da própria lei. STJ. 4ª Turma.
REsp 1409199-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 10/03/20 (Info 676)

##Atenção: ##STF: ##DOD: A qualificação de uma fundação instituída pelo Estado como sujeita ao
regime público ou privado depende: i) do estatuto de sua criação ou autorização e ii) das atividades
por ela prestadas. As atividades de conteúdo econômico e as passíveis de delegação, quando definidas
como objetos de dada fundação, ainda que essa seja instituída ou mantida pelo poder público, podem
se submeter ao regime jurídico de direito privado. STF. Plenário.RE 716378/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
1º e 7/8/19 (repercussão geral) (Info 946).
(TJRO-2019-VUNESP): O ente personalizado, integrante da Administração Pública indireta, cuja criação é
autorizada por lei, mas adquire existência jurídica após o registro dos seus estatutos, é fundação de direito
privado. BL: art. 37, XIX, CF e Info 946, STF.
##Atenção: ##DOD: É possível identificar duas espécies de fundação pública (fundação instituída pelo
Estado):
Fundação pública de direito PÚBLICO Fundação pública de direito PRIVADO
Estão sujeitas ao regime público. Estão sujeitas ao regime privado.
São criadas por lei específica (são uma espécie de Deve ser editada uma lei específica autorizando
autarquia, por isso também chamadas de que o Poder Público crie a fundação. Em seguida,
“fundações autárquicas”). será necessário fazer a inscrição do estatuto dessa
fundação no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
quando, então, ela adquire personalidade jurídica.

##Atenção: ##DOD: Pelas características trazidas no enunciado, é possível concluir que trata-se de uma
fundação pública de direito privado. O entendimento da doutrina majoritária é no sentido de que as
fundações públicas podem possuir personalidade jurídica de direito público ou de direito privado,
conforme definido na lei instituidora. Assim, o legislador pode optar por uma lei criando ou autorizando a
criação de uma fundação pública. Caso a criação emane diretamente da lei, teremos fundação pública de
direito público. Na hipótese de a lei simplesmente autorizar a sua criação, os seus atos constitutivos
deverão ser inscritos no registro civil das pessoas jurídicas e, a partir de então, nascerá uma fundação
pública de direito privado.

(TJPR-2019-CESPE): As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração pública são
criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legislativa. BL: art. 37,
XIX, CF (adm.)

##Atenção: ##MPMG-2012: Enquanto as autarquias e as fundações públicas de direito público são


criadas por lei, as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Indireta (empresa
pública, sociedade de economia mista e fundação pública de direito privado) são constituídas mediante
179
autorização legal (art. 37, XIX, CF) e registro de seus atos constitutivos no Cartório de Pessoas Jurídicas
ou na Junta Comercial, conforme tenha, respectivamente, natureza cível ou empresarial, tal qual as
pessoas jurídicas não estatais (privadas) em geral.
(MPMG-2012): As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado e integram a
Administração Pública indireta.

(MPSC-2019): Conforme a Constituição da República Federativa do Brasil, somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. BL:
art. 37, XIX, CF.

(TRF4-2012): Somente mediante lei específica pode ser criada entidade autárquica nos três níveis da
Federação. BL: art. 37, XIX, CF. (adm.) (DPEPI-2022)

(MPSE-2010-CESPE): Com base nas normas constitucionais referentes à administração direta e indireta,
assinale a opção correta: Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nesse
último caso, definir as áreas de sua atuação. BL: art. 37, XIX, CF.

(TJAL-2008-CESPE): As empresas públicas necessitam, para sua instituição, de autorização legislativa e


da transcrição dos seus atos constitutivos no cartório competente. (adm.)

##Atenção: As empresas públicas somente poderão ser criadas mediante autorização de lei, nos termos
do art. 37, XIX, CF. Contudo, diferentemente das autarquias, as empresas públicas somente passaram a
existir, após o registro dos atos constitutivos no órgão competente, seja no Cartório de Registro de
Pessoas Jurídicas quando de natureza civil, seja na Junta Comercial quando de natureza empresarial.

XX - DEPENDE de autorização legislativa, em cada caso, A CRIAÇÃO DE SUBSIDIÁRIAS das


entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa
privada; (PCPI-2009) (TJBA-2012) (TJPI-2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (PCRJ-2012) (DPETO-2013) (TRF1-
2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TRF2-2009/2014) (PGERS-2015) (MPPR-2016) (PGEMA-2016) (DPEPR-2017)
(TRF3-2018) (MPSC-2021)

##Atenção: ##STF: ##TJBA-2012: ##Cartórios/TJBA-2013: ##TRF2-2009/2014: ##PGERS-2015:


##PGEMA-2016: ##TRF3-2018: ##MPSC-2021: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: Entende a doutrina que
esta autorização não precisa ser específica de dada entidade, sendo possível que a lei disciplinadora
da entidade primária autorize desde logo a posterior instituição das subsidiárias, antecipando o objeto
a que se destinarão (Fonte: CARVALHO FILHO). O STF, interpretando o art. 37, XX da CF/88, firmou o
entendimento no sentido da desnecessidade de leis específicas para cada subsidiária a ser instituída,
bastando, portanto, autorização genérica contida na lei de criação da empresa estatal matriz, por assim
dizer. Vejamos o seguinte trecho do julgado: “(...) É dispensável a autorização legislativa para a criação
de empresas subsidiárias, desde que haja previsão para esse fim na própria lei que instituiu a empresa de
economia mista matriz, tendo em vista que a lei criadora é a própria medida autorizadora”. STF,
Plenário, ADIN 1.649. Plenário. Min. Rel. Maurício Corrêa, j. 24/03/2004 (Info 341).
(TJBA-2012-CESPE): Assinale a opção correta acerca dos entes da administração indireta: Exige-se
autorização legislativa para a criação de subsidiárias das empresas públicas e sociedades de economia
mista, sendo suficiente, para tanto, a previsão genérica na lei que as instituir, ou seja, não há necessidade de
autorização legislativa específica a cada vez que uma subsidiária é criada. BL: art. 37, XX, CF e Entend.
Jurisprud.

(MPPR-2016): Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação. Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação
de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer
delas em empresa privada. BL: art. 37, XX, CF.

XXI - RESSALVADOS os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações SERÃO CONTRATADOS mediante PROCESSO DE LICITAÇÃO PÚBLICA que ASSEGURE
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que ESTABELEÇAM obrigações de

180
pagamento, MANTIDAS as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual SOMENTE
PERMITIRÁ as exigências de qualificação técnica e econômica INDISPENSÁVEIS à garantia do
cumprimento das obrigações. (MPRO-2008) (DPEMA-2009) (PGESP-2009) (PGEAM-2010) (PGEPR-2011)
(TRF4-2012) (DPESP-2012/2013) (MPES-2013) (MPSC-2013) (TJAP-2008/2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014)
(PCDF-2015) (DPEBA-2016) (PGEMA-2016) (TRF2-2014/2017) (TRF5-2017) (Cartórios/TJMG-2018) (MPMG-
2014/2019) (MPSP-2017/2019) (TJSC-2019) (MPMT-2019)

##Atenção: ##STF: ##PGEMA-2016: ##TRF5-2017: ##MPMG-2019: ##MPMT-2019: ##CESPE: ##FCC:


A igualdade de condições dos concorrentes em licitações, embora seja enaltecida pela CF/88 (art. 37,
XXI), pode ser relativizada por duas vias: (a) pela lei, mediante o estabelecimento de condições de
diferenciação exigíveis em abstrato; e (b) pela autoridade responsável pela condução do processo
licitatório, que poderá estabelecer elementos de distinção circunstanciais, de qualificação técnica e
econômica, sempre vinculados à garantia de cumprimento de obrigações específicas. Somente a lei
federal poderá, em âmbito geral, estabelecer desequiparações entre os concorrentes e assim restringir
o direito de participar de licitações em condições de igualdade. Ao direito estadual (ou municipal)
somente será legítimo inovar neste particular se tiver como objetivo estabelecer condições específicas,
nomeadamente quando relacionadas a uma classe de objetos a serem contratados ou a peculiares
circunstâncias de interesse local. Ao inserir a Certidão de Violação aos Direitos do Consumidor no rol
de documentos exigidos para a habilitação, o legislador estadual se arvorou na condição de intérprete
primeiro do direito constitucional de acesso a licitações e criou uma presunção legal, de sentido e
alcance amplíssimos, segundo a qual a existência de registros desabonadores nos cadastros públicos
de proteção do consumidor é motivo suficiente para justificar o impedimento de contratar com a
Administração local. Ao dispor nesse sentido, a Lei Estadual 3.041/05 se dissociou dos termos gerais
do ordenamento nacional de licitações e contratos, e, com isso, usurpou a competência privativa da
União de dispor sobre normas gerais na matéria (art. 22, XXVII, da CF). STF. Plenário. ADI 3735, Rel.
Min. Teori Zavascki, j. 08/09/16 (Info 838)
(MPMG-2019): Marque a afirmativa verdadeira sobre licitações: A igualdade de condições dos concorrentes
em licitações, embora seja enaltecida pela CF/88 (art. 37, XXI), pode ser relativizada pela lei, mediante o
estabelecimento de condições de diferenciação exigíveis em abstrato, e pela autoridade responsável pela
condução do processo licitatório, que poderá estabelecer elementos de distinção circunstanciais, de
qualificação técnica e econômica, sempre vinculados à garantia de cumprimento de obrigações específicas.
BL: Info 838, STF.

##Atenção: ##STF: ##MPPR-2019: ##MPSP-2019: É inconstitucional o preceito, segundo o qual, na


análise de licitações, serão considerados, para averiguação da proposta mais vantajosa, entre outros
itens os valores relativos aos impostos pagos à Fazenda Pública daquele Estado-membro. Afronta ao
princípio da isonomia, igualdade entre todos quantos pretendam acesso às contratações da
Administração. A Constituição do Brasil proíbe a distinção entre brasileiros. A concessão de vantagem ao
licitante que suporta maior carga tributária no âmbito estadual é incoerente com o preceito constitucional
desse inciso III do artigo 19. STF. STF. Plenário. ADI 3070, Min. Rel. Eros Grau, j. 29/11/07.
(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: É inconstitucional o preceito segundo o qual, na análise de
licitações, serão considerados, para averiguação da proposta mais vantajosa, entre outros itens, os valores
relativos aos impostos pagos à Fazenda Pública do Estado-membro contratante, por descumprimento ao
princípio da isonomia. BL: Entend. Jurisprud.

(MPMG-2018): As obras, serviços, compras e alienações, ressalvados os casos especificados na legislação,


serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas
da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. BL: art. 37, XXI, CF (adm.).

(MPDFT-2013): No que concerne a licitações e contratos administrativos, é correto afirmar: A lei pode,
sem violação do princípio da igualdade, distinguir situações a fim de conferir a uma tratamento diverso
do que atribui a outra. Para que possa fazê-lo, contudo, sem que tal violação se manifeste, é necessário
que a discriminação guarde compatibilidade com o conteúdo do princípio. A Constituição exclui
quaisquer exigências de qualificação técnica e econômica que não sejam indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações. BL: art. 37, XXI, CF.

181
XXII - as ADMINISTRAÇÕES TRIBUTÁRIAS da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, EXERCIDAS por servidores de carreiras
específicas, TERÃO recursos prioritários para a realização de suas atividades e ATUARÃO de forma
integrada, INCLUSIVE com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou
convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJSE-2008) (TJPI-2012) (PFN-2012)
(MPMT-2014) (Cartórios/TJMG-2019)

(TJPI-2012-CESPE): Caracterizadas como atividades essenciais ao funcionamento do Estado, as


administrações tributárias da União, dos Estados, do DF e dos municípios devem atuar de forma
integrada, inclusive no que concerne ao compartilhamento de dados cadastrais e de informações fiscais,
na forma da lei ou do contrato. BL: Art. 37, XXII, CF (adm.)

§ 1º A PUBLICIDADE dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
DEVERÁ TER caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela NÃO PODENDO CONSTAR
nomes, símbolos ou imagens que CARACTERIZEM promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos. (DPEMA-2009) (TRF2-2009) (PCDF-2009) (MPGO-2010) (MPMG-2011) (MPPB-2011) (TJBA-2012)
(TJPA-2012) (MPSP-2012) (DPESP-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (MPSC-2013/2014) (MPMT-2014)
(DPEGO-2014) (PGEBA-2014) (PCTO-2014) (PGERS-2010/2015) (TJDFT-2007/2016) (MPPR-2016) (DPEMT-
2016) (DPEPR-2012/2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TCEMG-2018) (TJRO-2011/2019)
(MPAP-2021) (MPSC-2021) (TCEAM-2021) (TJRS-2012/2022)

##Atenção: ##STF: ##MPAP-2021: ##CESPE: (...) O rigor do dispositivo constitucional que assegura o
princípio da impessoalidade vincula a publicidade ao caráter educativo, informativo ou de orientação
social é incompatível com a menção de nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans, que
caracterizem promoção pessoal ou de servidores públicos. A possibilidade de vinculação do conteúdo
da divulgação com o partido político a que pertença o titular do cargo público mancha o princípio da
impessoalidade e desnatura o caráter educativo, informativo ou de orientação que constam do
comando posto pelo constituinte dos oitenta. STF. 1ª T., RE 191.668, Rel. Min. Menezes Direito, j.
15/4/08.

(MPSC-2021-CESPE): Acerca do tratamento conferido pela CF/1988 à administração pública direta e


indireta e aos seus agentes, julgue o item a seguir: A publicidade dos atos praticados pelo agente público,
no exercício de suas atribuições, para fins de promoção individual é vedada pela CF, em razão da
natureza institucional da atuação administrativa do agente público. BL: art. 37, §1º, CF.

(TCEMG-2018-CESPE): O tribunal de contas de um estado, ao analisar as contas de determinado


prefeito, verificou que houve gasto de recursos públicos com a elaboração de cartilhas escolares com
nomes, símbolos e imagens que caracterizavam a promoção pessoal de autoridades públicas do
município. Nessa situação, a conduta do prefeito afrontou especialmente o princípio da impessoalidade.
BL: art. 37, §1º, CF.

(MPGO-2010): Sobre os princípios constitucionais da administração pública, assinale a alternativa


correta: Pode-se afirmar que, em decorrência do princípio da impessoalidade, os efeitos dos atos e
provimentos administrativos são imputáveis não ao agente público que os pratica, mas sim ao órgão ou
entidade administrativa em nome do qual aquele age. BL: art. 37, §1º, CF.

§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III IMPLICARÁ a NULIDADE DO ATO e a


PUNIÇÃO DA AUTORIDADE RESPONSÁVEL, nos termos da lei. (MPPR-2011) (TJBA-2012)
(Cartórios/TJSE-2014) (TRT2-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPDFT-2021)

Art. 37. (...)


II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;

##Atenção: ##DOD: Caso uma pessoa assuma cargo ou emprego público sem concurso público (fora das
hipóteses permitidas pela Constituição), qual será a consequência? O § 2º do art. 37 da CF/88 determina

182
que: i) o ato de investidura seja declarado nulo; e ii) a autoridade responsável pelo ato seja punida, nos
termos da lei (ex.: improbidade).

##Atenção: ##STF – Reperc. Geral – Tema 308: ##DOD: ##Cartórios/TJSE-2014: ##PGM-POA/RS-2016:


##MPDFT-2021: ##CESPE: ##Fundatec: É nula a contratação de pessoal pela Administração Pública
sem a observância de prévia aprovação em concurso público, razão pela qual não gera quaisquer
efeitos jurídicos válidos em relação ao empregado eventualmente contratado, ressalvados: i) o direito
de ele receber os salários referentes ao período trabalhado; e ii) o direito de ele levantar os depósitos
do FGTS (art. 19-A da Lei 8.036/90). STF. Plenário. RE 705140/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 28/8/14
(Info 756).

(MPSP-2019): Em relação ao regime jurídico dos agentes públicos, assinale a alternativa correta: A não
observância do princípio do concurso público inscrito no art. 37, II, da CF/1988, implicará a nulidade do
ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. BL: art. 37, caput, II e §2º, CF.

§ 3º A lei DISCIPLINARÁ as FORMAS DE PARTICIPAÇÃO do usuário na administração pública


direta e indireta, REGULANDO especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(TJDFT-2007) (PFN-2012) (PGDF-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJPB-2015) (TRT3-2016) (TJBA-2019) (TJRJ-
2019) (MPSP-2019) (DPEMG-2019)

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção


de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGDF-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJPB-2015)
(TRT3-2016) (TJRJ-2019) (DPEMG-2019)

(TJRJ-2019-VUNESP): A respeito da Lei 13.460/17, que dispõe sobre participação, proteção e defesa dos
direitos dos usuários dos serviços públicos da administração pública, é correto afirmar que se aplica
também à atividade administrativa prestada pelos Poderes Judiciário e Legislativo, conforme disposto no
artigo 37 da Constituição Federal. BL: art. 1º, §1º c/c art. 2º, II e III, Lei 13460/1738 e art. 37, §3º, I, CF.

##Atenção: ##DOD: A CF/88 prevê, em seu art. 37, § 3º, I, que os usuários dos serviços públicos devem
ter meios de “participação” na Administração Pública. Uma das formas de participação é a possibilidade
de fazer reclamações a respeito da qualidade dos serviços públicos. A Lei 13.460/17 tem por objetivo,
dentre outros, o de regulamentar esse dispositivo constitucional, dispondo também sobre a
participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública. A
partir da leitura do art. 37, § 3º, I, da CF c/c o § 1º do art. 1º da Lei 13.460/17, constata-se, portanto, que
esta Lei se aplica a toda a Administração Pública brasileira, direta e indireta, de todos os Poderes.

II - o ACESSO dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo,


observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PFN-2012)
(PGDF-2013) (TJPB-2015) (TRT3-2016) (TJBA-2019) (MPSP-2019)

(MPSP-2019): Com relação à participação popular no controle da administração pública, assinale a


alternativa correta: O acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de
governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII, da CF/1988, traduz uma das formas de participação
do usuário na administração pública direta e indireta. BL: art. 37, §3º, CF (adm.)

III - a disciplina da REPRESENTAÇÃO contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego


ou função na administração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007)
(TJPB-2015) (TRT3-2016)

(TJPB-2015-CESPE): Normas jurídicas que garantam ao usuário do serviço público o poder de reclamar

38
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos
serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela administração pública. § 1º O disposto nesta Lei aplica-
se à administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos
termos do inciso I do § 3º do art. 37 da Constituição Federal. (...). Art. 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: (...)
II - serviço público - atividade administrativa ou de prestação direta ou indireta de bens ou serviços à
população, exercida por órgão ou entidade da administração pública; III - administração pública - órgão ou
entidade integrante da administração pública de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública; (...).
183
da deficiência na prestação do serviço expressam um dos princípios aplicáveis à administração pública,
como forma de assegurar a participação do usuário na administração pública direta e indireta. BL: art.
37, §3º, CF (adm.)

§ 4º - Os ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA IMPORTARÃO a Suspensão dos


direitos políticos, a Perda da função pública, a Indisponibilidade dos bens e o Ressarcimento ao erário,
na forma e gradação previstas em lei, SEM PREJUÍZO da Ação penal cabível. [Dica: PARIS ou SUSPIRE]
(TJTO-2007) (TJDFT-2007) (PGEPI-2008) (PCSC-2008) (TJMG-2009) (TJMT-2009) (TJPR-2010) (DPEMA-2011)
(PGEMT-2011) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (MPSC-2010/2013) (TJSC-2013) (MPES-2013) (DPERR-2013)
(Cartórios/TJPE-2013) (MPM-2013) (MPMA-2014) (MPPR-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSP-2014) (MPMS-2011/2015) (MPF-2011/2015) (AGU-
2009/2012/2015) (MPBA-2015) (PGEPA-2015) (PGERS-2015) (TRF4-2012/2014/2016) (MPGO-2013/2014/2016)
(TRT3-2016) (MPT-2009/2017) (PGEAC-2017) (PCGO-2017) (TJCE-2018) (DPEAM-2018) (PGEPE-2018)
(PGESC-2018) (MPMG-2010/2011/2019) (TJRO-2011/2019) (MPSP-2012/2019) (DPEDF-2019) (DPEMG-2019)
(Cartórios/TJMG-2019) (TJSP-2021) (MPDFT-2021) (TJRS-2009/2022)

(MPMG-2018): Em relação à ação de improbidade administrativa, é correto afirmar: Possui dupla face,
sendo repressivo-reparatória naquilo que concerne ao ressarcimento ao erário e repressivo-punitiva no
que respeita à aplicação de sanções. BL: art. 37, §4º da CF.

##Atenção: ##MPMG-2018: ##MPDFT-2021: A ação de improbidade tem fundamento na CF/1988 que,


em seu art. 37, § 4º. Sobre o tema, a lição do Ministro Teori Albino Zavascki, em sede doutrinária, ao
esclarecer: “A característica fundamental da ação de improbidade administrativa, repita-se, é a de ser uma ação
tipicamente repressiva: destina-se a impor sanções. Todavia, é uma ação de dupla face: é repressiva-
reparatória, no que se refere à sanção de ressarcimento ao erário; e é repressiva-punitiva, no que se refere às
demais sanções. Quanto ao primeiro aspecto, ela é semelhante à ação civil pública comum; mas quanto ao segundo
aspecto, ela assume características incomuns e inéditas, sem similar em nosso sistema processual civil. O seu objeto
específico, de aplicar sanções substancialmente semelhantes às impostas nas infrações penais, não só a afasta dos
padrões civis comuns, como a aproxima necessariamente da ação penal”. (Processo Coletivo, 1ª edição, São
Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2006, pp. 114/115).

(PGEPE-2018-CESPE): Com base nas disposições constitucionais a respeito da administração pública,


assinale a opção correta: Os direitos políticos do agente público que usa de seu cargo ou função para
auferir enriquecimento ilícito poderão ser suspensos e seus bens poderão ser decretados indisponíveis.
BL: art. 37, §4º, CF.

(TJSC-2015-FCC): Existe certa polêmica entre os juristas quanto à constitucionalidade da “multa civil",
prevista como espécie de sanção cabível por ato de improbidade administrativa, no art. 12 da Lei
8.429/92. No entanto, já houve oportunidade de manifestação do STF sobre a matéria, tal como se passou
no RE 598588 AgR, assim ementado: “AGRAVOS REGIMENTAIS NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. MULTA CIVIL. ARTIGO 12, III, DA LEI n°8.429/92. As sanções civis
impostas pelo artigo 12 da Lei n° 8.429/92 aos atos de improbidade administrativa estão em sintonia com os
princípios constitucionais que regem a Administração Pública. Agravos regimentais a que se nega provimento".
Independentemente do entendimento jurisprudencial sobre essa polêmica, são argumentos
adequadamente pertinentes a ela: A não previsão da multa civil dentre as sanções arroladas no
dispositivo constitucional que trata da improbidade administrativa. BL: art. 37, §4º, CF (adm.)

##Atenção: ##DICA: De acordo com a CF, quem pratica improbidade é mandado para PARIS:
P erda da função pública
A ção penal cabível
R essarcimento ao erário
I ndisponibilidade dos bens
S uspensão dos direitos políticos

##Atenção: Por tratar a regra do § 4º do art. 37 da CF de norma de caráter intimidativo, tem que ser
estritamente observada quanto ao seu conteúdo, sob pena de inconstitucionalidade material. In casu, a
sanção de multa civil prevista pela LIA é passível de controle de constitucionalidade via difusa ou

184
concentrada, sendo até urgente a manifestação do STF a respeito da constitucionalidade da norma, tendo
em vista que, caso inconstitucional, centenas ou milhares de cidadãos podem estar sendo prejudicados ao
serem punidos com uma pena excessiva, não albergada constitucionalmente.

(MPGO-2010): Sobre os princípios constitucionais da administração pública, analise as assertivas abaixo


e assinale a alternativa correta: A suspensão dos direitos políticos por improbidade administrativa pode
ser aplicada independentemente da existência de um processo criminal. BL: art. 37, §4º, parte final, CF.

§ 5º A lei ESTABELECERÁ os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que CAUSEM prejuízos ao erário, RESSALVADAS as respectivas AÇÕES DE
RESSARCIMENTO. (PGEPB-2008) (DPESP-2009) (TJDFT-2007/2010) (TJRO-2011) (MPMG-2011) (MPMS-
2011) (TRF4-2009/2010/2012) (MPGO-2010/2012) (MPPR-2011/2013) (TRF1-2013) (MPF-2013) (PGDF-2013)
(MPAC-2014) (MPPR-2014) (TRF2-2014) (AGU-2012/2015) (PCDF-2009/2015) (TJAL-2015) (MPBA-2015) (TRF5-
2015) (PGEPA-2015) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (PGEAC-2017) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017)
(TJCE-2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018) (TJBA-2012/2019) (MPPI-2012/2019) (MPSP-2008/2011/2013/2019)
(MPCE-2009/2020) (MPSC-2010/2013/2019/2021) (MPAP-2021) (MPDFT-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF2-2018: ##TJCE-2018: ##TJBA-2019: ##MPPI-2019: ##MPSP-2019:


##DPEDF-2019: ##MPCE-2020: ##MPSC-2019/2021: ##MPAP-2021: ##MPDFT-2021: ##CESPE: São
imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei
de Improbidade Administrativa. STF. Plenário. RE 852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel.
p/ ac. Min. Edson Fachin, j. 8/8/18 (repercussão geral) (Info 910).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Qual é o prazo prescricional para a propositura de ações
de improbidade administrativa?
• Antes da Lei nº 14.230/2021:
I - 5 anos após o término do mandato, cargo em comissão ou função de confiança;
II - prazo prescricional previsto na lei para faltas disciplinares puníveis com demissão, nos casos de
exercício de cargo efetivo ou emprego.
III - 5 anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final.
• Depois da Lei nº 14.230/2021: 8 anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações
permanentes, do dia em que cessou a permanência. Assim, o texto anterior do art. 23 estipulava três
hipóteses de prazo de prescrição antes de a ação ser proposta. A nova redação do art. 23, caput, unifica
em 8 anos contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que
cessou a permanência, o prazo de prescrição para a ação de improbidade.39
A fixação da data do fato como termo inicial torna a contagem do prazo prescricional mais segura. Isso
porque, no regime anterior, esse início variava de acordo com a qualidade do sujeito ativo do ato. E, na
prática, reuniam-se numa mesma ação ou investigação sujeitos ativos de diferentes naturezas. Sem contar
que a redação anterior não previa expressamente regras de prescrição para o terceiro (particular) que
participava do ato de improbidade administrativa em conjunto com o agente público. A Lei 8.429/92 prevê,
em seu art. 12, uma lista de cominações a que estarão sujeitas as pessoas condenadas por ato de
improbidade administrativa. São elas: a) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente; b) perda da
função pública; c) suspensão dos direitos políticos; d) multa civil; e) proibição de contratar com o poder
público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios; e f) ressarcimento integral do dano (obs:
esta última, tecnicamente, não é uma sanção, mas sim uma consequência do ato). Uma das cominações
acima é imprescritível: o ressarcimento integral do dano. O fundamento para isso está na parte final do § 5º
do art. 37 da CF/88: “Art. 37 (...) § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações
de ressarcimento.”
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Tese contrária à imprescritibilidade: Apesar da redação do
§ 5º do art. 37, muitas vozes se levantavam contra a tese da imprescritibilidade. Argumentavam que a
intenção do Poder Constituinte não foi a de fixar a imprescritibilidade das ações de ressarcimento ao erário.
Segundo essa tese, a correta interpretação dos §§ 4º e 5º do art. 37 deveria ser a seguinte: a) o constituinte
deu um comando ao legislador infraconstitucional: faça uma lei prevendo atos de improbidade
administrativa (§ 4º); b) as sanções para os atos de improbidade são a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário (§ 4º); c) a lei deverá
prever prazos prescricionais para a imposição dessas sanções (§ 5º); d) enquanto não houver lei prevendo
quais são os atos de improbidade administrativa, não poderão ser ajuizadas ações de improbidade
administrativa pedindo a aplicação das sanções previstas no § 4º; e) ficam ressalvadas dessa proibição as

39
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, contados a
partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a
permanência. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
185
ações de ressarcimento (parte final do § 5º), ou seja, mesmo sem lei expressa, as ações de ressarcimento já
poderiam ser propostas. Desse modo, para essa tese, o que a parte final do § 5º quis dizer foi unicamente
que, mesmo sem Lei de Improbidade Administrativa, poderiam ser ajuizadas ações pedindo o
ressarcimento ao erário. Isso porque o § 5º deve ser interpretado em conjunto com o § 4º. Como reforço a
esse argumento, alegaram que a Lei de Improbidade somente foi editada em 1992 (Lei 8.429/92). Logo, o
objetivo do constituinte foi o de evitar que se alegasse que o ressarcimento ao erário somente poderia ser
exigido com a edição de lei. Por fim, argumentavam que a CF/1988, quando quis, determinou a
imprescritibilidade de forma expressa. Ex: art. 5º, XLII (racismo) e XLIV (ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático). Veja as palavras do Min. Alexandre de
Moraes, um dos adeptos dessa tese: “A preocupação do legislador constituinte foi legítima, pois, em virtude da
exigência do § 4º de edição de lei específica para a definição dos “atos de improbidade administrativa”, bem como da
forma e gradação da aplicação das sanções de suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, poderiam surgir dúvidas sobre a recepção do ordenamento
jurídico que, desde a década de 1940, permitia ações de ressarcimento no caso de improbidade administrativa, apesar da
inexistência de conceituação e de tipificação específica dos denominados “atos de improbidade administrativa. Em
outras palavras, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, que ampliou a possibilidade de sanções por atos
de improbidade administrativa, e em respeito aos princípios da reserva legal e da anterioridade, passou-se a exigir a
edição de lei específica para tipificar as condutas correspondentes a atos de improbidade administrativa. Nesse
momento, houve o justo receio do legislador constituinte quanto à ocorrência de interpretações que passassem a
impossibilitar ações de ressarcimento ao erário pela prática de atos ilícitos tradicionalmente entendidos como
improbidade administrativa, desde a década de 1940, mas ainda não tipificados pela nova legislação, que somente foi
editada em 1992. A ressalva prevista no § 5º do art. 37 da CF não pretendeu estabelecer uma exceção implícita de
imprescritibilidade, mas obrigar constitucionalmente a recepção das normas legais definidoras dos instrumentos
processuais e dos prazos prescricionais para as ações de ressarcimento do erário, inclusive referentes a condutas
ímprobas, mesmo antes da tipificação legal de elementares do denominado “ato de improbidade” (Decreto 20.910/1932,
Lei 3.164/1957, Lei 3.502/1958, Lei 4.717/1965, Lei 7.347/1985, Decreto-Lei 2.300/1986); mantendo, dessa maneira,
até a edição da futura lei e para todos os atos pretéritos, a ampla possibilidade de ajuizamentos de ações de
ressarcimento. (...) Portanto, a ressalva do § 5º do art. 37 permitiu a recepção dos prazos prescricionais existentes para
as ações de ressarcimento decorrentes de graves condutas de enriquecimento ilícito, por influência ou com abuso de
cargo ou função pública pela legislação então em vigor, até que fosse editada a lei específica exigida pelo §4º do mesmo
artigo; não tendo, portanto, estabelecido qualquer hipótese implícita de imprescritibilidade.”
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O STF concordou com essa tese? O ressarcimento ao erário
em caso de atos de improbidade administrativa também prescreve da mesma forma que as demais sanções?
NÃO. O STF entendeu que a ação de ressarcimento decorrente de ato doloso de improbidade é realmente
imprescritível.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: A regra no ordenamento jurídico é, de fato, a
prescritibilidade: A prescrição é um instituto pensado para garantir a estabilização das relações sociais,
sendo, portanto, uma expressão do princípio da segurança jurídica, que faz parte da estrutura do Estado de
Direito.

Prescrição → estabilização das relações sociais → segurança jurídica → Estado de Direito

Justamente por isso, a regra geral no ordenamento jurídico é a de que as pretensões devem ser exercidas
dentro de um marco temporal limitado. Em outras palavras, a regra geral é que exista prescrição. Há, no
entanto, algumas exceções explícitas no texto constitucional, nas quais se reconhece a imprescritibilidade em
determinadas situações. É o caso, por exemplo, dos crimes de racismo (art. 5º, XLII, CF/88) e da ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 5º, XLIV).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O art. 37, § 5º da CF/88 é uma dessas exceções: Vamos
relembrar a redação do art. 37, § 5º: “Art. 37 (...) § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.” Em sua primeira parte, o dispositivo prevê que: a) a lei deverá estabelecer os prazos de
prescrição para ilícitos; b) praticados por qualquer pessoa (servidor ou não); c) que gerem prejuízo ao erário.
Na segunda parte, o constituinte disse o seguinte: não se aplica o que eu falei antes para as ações de
ressarcimento. O que isso quer dizer? Que a lei não poderá estabelecer prazos de prescrição para tais ações,
sendo elas, portanto, imprescritíveis. Assim, o texto constitucional é expresso ao prever a ressalva da
imprescritibilidade da ação de ressarcimento ao erário.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Imprescritibilidade não vale para ressarcimento
decorrente de outros ilícitos civis: O § 5º do art. 37 da CF/88 deve ser lido em conjunto com o § 4º, de forma
que ele se refere apenas aos casos de improbidade administrativa. Se fosse realizada uma interpretação
ampla da ressalva final contida no § 5º, isso faria com que toda e qualquer ação de ressarcimento movida
pela Fazenda Pública fosse imprescritível, o que seria desproporcional. A prescrição é um instituto
importante para se garantir a segurança e estabilidade das relações jurídicas e da convivência social. É uma
forma de se assegurar a ordem e a paz na sociedade. Desse modo, a ressalva contida na parte final do § 5º
do art. 37 da CF/88 deve ser interpretada de forma estrita e não se aplica para danos causados ao Poder
Público por força de ilícitos civis. Foi como decidiu o STF ainda em 2016: “É prescritível a ação de reparação de
danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil. Dito de outro modo, se o Poder Público sofreu um dano ao erário
decorrente de um ilícito civil e deseja ser ressarcido, ele deverá ajuizar a ação no prazo prescricional previsto em lei.
186
STF. Plenário. RE 669069/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 03/02/2016 (repercussão geral).” Ex: João
dirigia seu carro quando, por imprudência, acabou batendo no carro de um órgão público estadual em
serviço. Ficou provado, por meio da perícia, que o particular foi o culpado pelo acidente. O órgão público
consertou o veículo, tendo isso custado R$ 10 mil. Sete anos depois do acidente, o Estado ajuizou ação de
indenização contra João cobrando os R$ 10 mil gastos com o conserto do automóvel. A defesa de João
alegou que houve prescrição. A alegação da defesa está correta. Isso porque o prejuízo ao erário não
decorreu de um ato de improbidade administrativa, mas foi decorrente de um ilícito civil. Logo, incide
prazo prescricional neste caso.
##Questão de concurso:
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário
fundadas na prática de ato doloso descrito na Lei de Improbidade Administrativa. BL: Info 910, STF.
(TRF2-2018): Segundo o STF: São imprescritíveis as ações de ressarcimento decorrentes de ato de
improbidade administrativa praticado com dolo. BL: Info 910, STF.
(TRF2-2018): Segundo o STF: É prescritível a ação de ressarcimento decorrente de ato de improbidade
administrativa praticado com culpa. BL: Info 910, STF. [obs.: aplica-se o art. 23 da LIA]

##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 38: ##PGM-POA/RS-2016: ##TJCE-2018: ##TJBA-2019:


##MPSC-2019: ##MPCE-2020: ##CESPE: ##Fundatec: Tese 07: A eventual prescrição das sanções
decorrentes dos atos de improbidade administrativa não obsta o prosseguimento da demanda quanto
ao pleito de ressarcimento dos danos causados ao erário, que é imprescritível (art. 37, § 5º, da CF). (...)
A prescrição apenas das sanções pela prática de atos de improbidade não impede o prosseguimento da
ação quanto ao pedido de ressarcimento de danos. STJ. 1ª T., REsp 1299292/MG, Rel. Min. Napoleão
Nunes Maia Filho, j. 27/08/13. (...) Admitida a ação civil pública por ato de improbidade
administrativa, o posterior reconhecimento da prescrição da ação quanto ao pedido condenatório não
impede o prosseguimento da demanda quanto ao pedido de reparação de danos. STJ. 1ª S., EREsp
1218202/MG, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, j. 22/08/12.
(TJCE-2018-CESPE): O prefeito de determinado município contratou diretamente empresa prestadora de
serviços à prefeitura, dispensando indevidamente a licitação e causando prejuízos ao erário, razão pela qual
respondeu a ação civil por ato de improbidade administrativa. O juízo competente, anteriormente à citação
do prefeito e sem sua prévia manifestação, deferiu medida cautelar de bloqueio de bens e, ao término da
instrução processual, julgou procedentes os pedidos condenatórios formulados na ação. A respeito dessa
situação hipotética, assinale a opção correta, considerando o disposto na Lei 8.429/92 e o entendimento
jurisprudencial: Eventual reconhecimento de prescrição da ação de improbidade administrativa não
impedirá o prosseguimento da demanda relativa ao pedido de ressarcimento do prejuízo ao erário. BL: Info
910, STF (acima). e Jurisprud. em Teses/STJ (Ed. 38, Tese 07)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGM-POA/RS-2016: ##TJSC-2017: ##PGEAC-2017: ##MPSC-


2016/2021: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: É prescritível a ação de reparação de danos à
Fazenda Pública decorrente de ilícito civil. Dito de outro modo, se o Poder Público sofreu um dano ao
erário decorrente de um ilícito civil e deseja ser ressarcido, ele deverá ajuizar a ação no prazo
prescricional previsto em lei. Vale ressaltar, entretanto, que essa tese não alcança prejuízos que
decorram de ato de improbidade administrativa que são considerados imprescritíveis (art. 37, § 5º).
STF. Plenário. RE 669069/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 3/2/16 (repercussão geral) (Info 813).
(TRF2-2018): Segundo o STF: É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrentes de
ilícito civil. BL: Info 813, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: Em embargos de declaração opostos contra esta decisão (publicada no
Info 813), o STF afirmou que: a) O conceito de ilícito civil deve ser buscado pelo método de exclusão:
não se consideram ilícitos civis aqueles que decorram de infrações ao direito público, como os de
natureza penal, os decorrentes de atos de improbidade e assim por diante. b) As questões relacionadas
com o início do prazo prescricional não foram examinadas no recurso extraordinário porque estão
relacionadas com matéria infraconstitucional, que devem ser decididas segundo a interpretação da
legislação ordinária. c) Não deveria haver modulação dos efeitos, considerando que na jurisprudência
do STF não havia julgados afirmando que as pretensões de ilícito civil seriam imprescritíveis. Logo, o
acórdão do STF não frustrou a expectativa legítima da Administração Pública. STF. Plenário. RE 669069
ED/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 16/6/16 (Info 830).

##Atenção: ##Divergência entre o STJ e o STF: ##DOD: ##MPBA-2015: ##PGEPA-2015: ##PCDF-2015:


##AGU-2015: ##TRT/Unificado-2017: ##PGESP-2018: ##PGETO-2018: ##TJBA-2019: ##TJPA-2019:
##MPSC-2021: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP:
 Prazo de 5 anos: posição pacífica do STJ: A jurisprudência do STJ é no sentido de que a
prescrição contra a Fazenda Pública é quinquenal, mesmo em ações indenizatórias, uma vez
que é regida pelo Decreto 20.910/32, norma especial que prevalece sobre lei geral. (...) 5. O STJ
tem entendimento jurisprudencial no sentido de que o prazo prescricional da Fazenda Pública

187
deve ser o mesmo prazo previsto no Decreto 20.910/32, em razão do princípio da isonomia. (...)
(STJ. 2ª T. AgRg no AREsp 768.400/DF, Rel. Min. Humberto Martins, j. 3/11/15)
 Prazo de 3 anos: posição do STF.
(TJBA-2019-CESPE): Determinado taxista dirigia embriagado quando colidiu contra o prédio de
determinada secretaria estadual, que foi danificado com a batida. Nessa situação hipotética, conforme o
entendimento do STJ, o estado federado prejudicado deverá propor ação de ressarcimento no prazo
prescricional de cinco anos, com base em aplicação analógica do Decreto Federal n.º 20.910/1932. BL: BL:
art. 1º do Dec. 20910/32 e Entendimento do STJ (vide teor do julgado acima).

(MPBA-2015): O prefeito da Cidade de Metrópole, ao longo do mandato, juntou-se a servidores e


vereadores para a prática de desvio de verbas públicas, sendo apurado, através de inquérito civil, o
desvio de 10 (dez) milhões de reais. O promotor de Justiça substituto da comarca de Metrópole alegou
acúmulo de serviço e não ajuizou o competente processo em relação aos envolvidos, consumando-se a
prescrição para punir os atos de improbidade. Neste caso, é correto afirmar que a prescrição atinge
apenas a pretensão punitiva, podendo ser ajuizada a ação para ressarcimento ao erário. BL: art. 37, §5º,
CF (proc. civil)

##Atenção: ##STJ: "A 1ª Seção do STJ firmou entendimento no sentido da imprescritibilidade da


pretensão de ressarcimento de danos causados ao Erário por atos de improbidade administrativa.
Precedentes também da Primeira e Segunda Turmas do STJ" (REsp 1.312.071).

(MPAC-2014-CESPE): A respeito da ação de improbidade administrativa, assinale a opção correta: A


ação de ressarcimento dos prejuízos causados ao erário é imprescritível, ainda que cumulada com a ação
de improbidade administrativa. BL: art. 37, §5º, CF/88 (proc. civil)

§ 6º As pessoas jurídicas de DIREITO PÚBLICO e as de DIREITO PRIVADO prestadoras de


serviços públicos RESPONDERÃO pelos danos que seus agentes, NESSA QUALIDADE, causarem a
terceiros, ASSEGURADO o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. (TJSE-
2008) (TJRR-2008) (PGEES-2008) (PGEPB-2008) (MPCE-2009) (DPEPA-2009) (PGEAL-2009) (PCPI-2009)
(PCRN-2009) (MPSE-2010) (DPEGO-2010) (PCMG-2008/2011) (MPDFT-2009/2011) (TJRO-2011) (TJRJ-2011)
(TJES-2011) (PGEMT-2011) (PGERO-2011) (PGESP-2002/2009/2012) (TJAC-2012) (TJGO-2012) (MPAL-2012)
(MPRR-2012) (DPEMS-2012) (DPESC-2012) (DPESE-2012) (PGEMG-2012) (PCMA-2012) (PCRJ-2012)
(PFN-2012) (PGEGO-2010/2013) (TJAM-2013) (TJSC-2013) (TJRN-2013) (MPES-2013) (MPMG-2013) (DPERR-
2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPR-
2013) (DPECE-2008/2014) (PCSC-2008/2014) (TRF4-2009/2010/2012/2014) (TJPA-2012/2014) (DPEPR-
2012/2014) (Cartórios/TJSP-2012/2014) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (MPRS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJPR-2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PCRO-2014) (PCTO-2014) (PGM-Recife/PE-
2014) (PCDF-2009/2015) (DPEMA-2009/2011/2015) (DPESP-2012/2015) (TRF1-2009/2011/2013/2015) (AGU-
2010/2013/2015) (TJPE-2013/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (TJPB-2015) (MPAM-2015) (DPERN-2015)
(PGEPA-2015) (PGEPR-2015) (PGEAM-2010/2016) (TRF3-2013/2016) (PGEMS-2014/2016) (TJDFT-
2012/2014/2015/2016) (DPEBA-2016) (DPEES-2016) (DPEBA-2016) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (PGM-
POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (DPEAL-2009/2017) (MPPR-2008/2011/2017) (DPEAC-2012/2017)
(DPERO-2012/2017) (PGEAC-2012/2017) (TRF2-2009/2011/2013/2017) (PCGO-2013/2017) (TRF5-
2011/2015/2017) (MPSP-2005/2011/2012/2013/2015/2017) (DPU-2015/2017) (DPEAL-2017) (MPF-2017) (PGESE-
2017) (PCAC-2017) (PCAP-2017) (PCMS-2017) (PCMT-2017) (TRT/Unificado-2017) (MPT-2017) (PGM-
Fortaleza/CE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPEAM-2011/2013/2018) (MPBA-2010/2015/2018) (DPEPE-
2015/2018) (TJCE-2018) (TJSP-2018) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPMT-
2008/2019) (DPEDF-2013/2019) (MPGO-2012/2014/2019) (DPEMG-2014/2019) (Cartórios/TJMG-
2016/2017/2019) (PGECE-2008/2021) (TJPR-2008/2011/2012/2017/2019/2021) (MPSC-2019/2021) (MPAP-2021)
(MPMG-2021) (PF-2021) (TCEAM-2021) (TJMG-2009/2022) (DPEPI-2009/2022) (MPAC-2014/2022) (DPERS-
2014/2022) (TJRS-2012/2016/2022) (TJAP-2022) (TJMA-2022)

##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tema 1055: ##DOD: Em regra, o Estado responde de forma objetiva
188
pelos danos causados a profissional de imprensa ferido, por policiais, durante cobertura jornalística de
manifestação pública: O Estado responde de forma objetiva pelos danos causados a profissional de
imprensa ferido, por policiais, durante cobertura jornalística de manifestação pública em que ocorra
tumulto ou conflito, desde que o jornalista não haja descumprido ostensiva e clara advertência quanto
ao acesso a áreas definidas como de grave risco à sua integridade física, caso em que poderá ser
aplicada a excludente da responsabilidade por culpa exclusiva da vítima. Tese fixada pelo STF: “É
objetiva a Responsabilidade Civil do Estado em relação a profissional da imprensa ferido por agentes
policiais durante cobertura jornalística, em manifestações em que haja tumulto ou conflitos entre
policiais e manifestantes. Cabe a excludente da responsabilidade da culpa exclusiva da vítima, nas
hipóteses em que o profissional de imprensa descumprir ostensiva e clara advertência sobre acesso a
áreas delimitadas, em que haja grave risco à sua integridade física”. STF. Plenário. RE 1209429/SP, Rel.
Min. Marco Aurélio, redator do ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 10/6/21 (Info 1021).

##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tema 362 e Jurisprud. Teses/STJ Ed. 61: ##DOD: ##TRF2-2017:
##PGESE-2017: ##PCAC-2017: ##TJPR-2021: ##MPMG-2021: ##TJMA-2022: ##DPERS-2022:
##CESPE: ##FGV: ##STF: Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por
presos foragidos; exceção: quando demonstrado nexo causal direto: Nos termos do art. 37, § 6º, da CF,
não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime
praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto
entre o momento da fuga e a conduta praticada. STF. Plenário. RE 608880, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel.
p/ Acórdão Alexandre de Moraes, j. 08/09/20 (Repercussão Geral – Tema 362) (Info 993). ##Jurisprud.
Teses/STJ – Ed. 61 – Tese 11: O Estado não responde civilmente por atos ilícitos praticados por
foragidos do sistema penitenciário, salvo quando os danos decorrem direta ou imediatamente do ato
de fuga.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Confira o seguinte julgado do STF que, apesar de antigo, é
emblemático: “A responsabilidade do Estado, embora objetiva, não dispensa, obviamente, o requisito,
também objetivo, do nexo de causalidade entre a ação ou a omissão atribuída a seus agentes e o dano
causado a terceiros. Em nosso sistema jurídico, a teoria adotada quanto ao nexo de causalidade é a teoria
do dano direto e imediato, também denominada teoria da interrupção do nexo causal. O dano decorrente
do assalto por uma quadrilha de que participava um dos evadidos da prisão não foi o efeito necessário da
omissão da autoridade pública que o acórdão recorrido teve como causa da fuga dele, mas resultou de
concausas, como a formação da quadrilha, e o assalto ocorrido cerca de vinte e um meses após a evasão.”
STF. 1ª T. RE 130764, Rel. Moreira Alves, j. 12/05/92.
##Questão de concurso:
(TJMA-2022-CESPE): Após um plano de fuga bem sucedido, um presidiário praticou o crime de estupro de
vulnerável, mediante violência, causando a morte da vítima. Indignados com o ocorrido, os pais da vítima
ingressaram com ação judicial na qual requereram a condenação do Estado à concessão de pensão vitalícia e
pagamento de indenização por danos morais, alegando a responsabilidade objetiva estatal e a falha na
prestação do serviço de segurança pública como fundamentos do pedido. Nessa situação hipotética,
considerada a jurisprudência do STF sobre o tema, a demanda deverá ser julgada improcedente, pois não é
possível estabelecer o nexo causal entre a fuga do preso e o dano causado em decorrência do crime. BL: Info
993, STF.
(TJPR-2021-FGV): João cumpria pena em regime fechado no sistema penitenciário do Estado Alfa e
conseguiu fugir, em verdadeira fuga cinematográfica feita com helicóptero blindado, que o resgatou
quando tomava banho de sol. Seis meses após sua fuga, João se associou a outros criminosos e entrou na
casa de Antônio, cometendo crime de latrocínio e ceifando a vida de sua nova vítima. Os filhos de Antônio
buscaram a Defensoria Pública e ajuizaram ação indenizatória em face do Estado Alfa, com base em sua
responsabilidade civil objetiva, pleiteando reparação por danos morais decorrentes da morte de seu pai.
Alegam os autores que ocorreu omissão do Estado Alfa por não prover medidas eficazes de segurança
carcerária. Na hipótese narrada, de acordo com o entendimento do STF e o Art. 37, § 6º, da CF/1988, a
responsabilidade civil objetiva do Estado Alfa: não está caracterizada, diante da ausência de nexo causal
direto entre o momento da fuga e a conduta praticada por João. BL: Info 993, STF.

##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tema 512: ##DOD: ##TCEAM-2021: ##FGV: Estado responde
subsidiariamente caso a prova do concurso público seja suspensa ou cancelada por indícios de fraude; a
responsabilidade direta é da instituição organizadora: O Estado responde subsidiariamente por danos
materiais causados a candidatos em concurso público organizado por pessoa jurídica de direito
privado (art. 37, § 6º, da CF/88), quando os exames são cancelados por indícios de fraude. STF.
Plenário. RE 662405, Rel. Luiz Fux, j. 29/06/20 (Info 986).

##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tema 366: ##DOD: ##TJAP-2022: ##FGV: Para que o Município seja
responsável por acidente em loja de fogos de artifício, é necessário comprovar que ele violou dever
jurídico específico de agir (concedeu licença sem as cautelas legais ou tinha conhecimento de
irregularidades que estavam sendo praticadas pelo particular): Para que fique caracterizada a

189
responsabilidade civil do Estado por danos decorrentes do comércio de fogos de artifício, é necessário
que exista a violação de um dever jurídico específico de agir, que ocorrerá quando for concedida a
licença para funcionamento sem as cautelas legais ou quando for de conhecimento do poder público
eventuais irregularidades praticadas pelo particular. STF. Plenário. RE 136861/SP, rel. orig. Min. Edson
Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 11/3/20 (Info 969).
(TJAP-2022-FGV): A sociedade empresária Alfa exercia a venda de produtos alimentícios em uma
mercearia, com licença municipal específica para tal atividade. No entanto, os proprietários do comércio
também desenvolviam comercialização de fogos de artifício, de forma absolutamente clandestina, pois sem
a autorização do poder público. Durante as inspeções ordinárias, o poder público nunca encontrou indícios
de venda de fogos de artifício, tampouco o fato foi alguma vez noticiado à municipalidade. Certo dia,
grande explosão e incêndio ocorreram no comércio, causados pelos fogos de artifício, que atingiram a casa
de João, morador vizinho à mercearia, que sofreu danos morais e materiais. João ajuizou ação indenizatória
em face do Município, alegando que incide sua responsabilidade objetiva por omissão. No caso em tela,
valendo-se da jurisprudência do STF, o magistrado deve julgar: improcedente o pedido, pois, para que
ficasse caracterizada a responsabilidade civil do Município, seria necessária a violação de um dever jurídico
específico de agir, seja pela concessão de licença para funcionamento sem as cautelas legais, seja pelo
conhecimento do poder público de eventuais irregularidades praticadas pelo particular, o que não é o caso.
BL: Info 969, STF.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: O art. 927, § único, do CC/02 pode ser aplicado para a responsabilidade
civil do Estado: Aplica-se igualmente ao estado o que previsto no art. 927, § único, do CC, relativo à
responsabilidade civil objetiva por atividade naturalmente perigosa, irrelevante o fato de a conduta
ser comissiva ou omissiva. STJ. 2ª T REsp 1869046-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 09/06/20 (Info
674).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPGO-2014: ##TJGO-2015: ##TRF1-2015: ##TRF3-2016: ##PGEAM-


2016: ##DPEAC-2017: ##PGESE-2017: ##PCAP-2017: ##PCGO-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017:
##DPEMG-2019: ##TJPR-2021: ##MPMG-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: A teor do disposto no
art. 37, § 6º, da CF/88, a ação por danos causados por agente público deve ser ajuizada contra o Estado
ou a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima para a ação
o autor do ato, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. STF.
Plenário. RE 1027633/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 14/8/19 (repercussão geral) (Info 947).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: ##DPEAC-2017: ##DPEAL-2017: ##DPERO-2017:
##TRF5-2017: ##PCGO-2017: ##:DPEMG-2019: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##FGV: ##VUNESP: Teoria
da dupla garantia: Apesar de o Min. Marco Aurélio não ter mencionado isso expressamente em seu voto, a
posição acima exposta ficou conhecida no meio jurídico como “teoria da dupla garantia”. Essa expressão
foi cunhada pelo então Min. Carlos Ayres Britto, no RE 327904, j. 15/08/06: “O § 6º do artigo 37 da Magna
Carta autoriza a proposição de que somente as pessoas jurídicas de direito público, ou as pessoas jurídicas
de direito privado que prestem serviços públicos, é que poderão responder, objetivamente, pela reparação
de danos a terceiros. Isto por ato ou omissão dos respectivos agentes, agindo estes na qualidade de agentes
públicos, e não como pessoas comuns. Esse mesmo dispositivo constitucional consagra, ainda, dupla
garantia: uma, em favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa jurídica de
direito público, ou de direito privado que preste serviço público, dado que bem maior, praticamente certa, a
possibilidade de pagamento do dano objetivamente sofrido. Outra garantia, no entanto, em prol do
servidor estatal, que somente responde administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a cujo quadro
funcional se vincular. STF. 1ª T., RE 327904, Rel. Min. Carlos Britto, j. 15/08/06.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Cartórios/TJMG-2019: ##TJPR-2021: ##Consulplan: ##FGV: O Estado


responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas
funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de
dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa. O Estado possui responsabilidade civil
direta, primária e objetiva pelos danos que notários e oficiais de registro, no exercício de serviço
público por delegação, causem a terceiros. STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, j. 27/2/19
(repercussão geral) (Info 932).

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEDF-2019: ##CESPE: Concessionária de rodovia não responde por
roubo e sequestro ocorridos nas dependências de estabelecimento por ela mantido para a utilização de
usuários. A segurança que a concessionária deve fornecer aos usuários diz respeito ao bom estado de
conservação e sinalização da rodovia. Não tem, contudo, como a concessionária garantir segurança
privada ao longo da estrada, mesmo que seja em postos de pedágio ou de atendimento ao usuário. O
roubo com emprego de arma de fogo é considerado um fato de terceiro equiparável a força maior, que
exclui o dever de indenizar. Trata-se de fato inevitável e irresistível e, assim, gera uma
190
impossibilidade absoluta de não ocorrência do dano. STJ. 3ª T. REsp 1749941-PR, Rel. Min. Nancy
Andrighi, j. 4/12/18 (Info 640).

##Cuidado: ##STF: ##DOD: O STF já reconheceu a responsabilidade civil da concessionária que


administra a rodovia por FURTO ocorrido em seu pátio. STF. 1ª T. RE 598356/SP, Rel. Min. Marco
Aurélio, j. 8/5/18 (Info 901).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPB-2015: ##MPAM-2015: ##TJDFT-2014/2015/2016:


##PGM-POA/RS-2016: ##DPEAL-2017: ##PGEAC-2017: ##PGESE-2017: ##PCAC-2017: ##PCMS-
2017: ##MPT-2017: ##MPBA-2018: ##DPERS-2018: ##MPGO-2014/2019: ##TJBA-2019: ##MPMG-
2021: ##MPAC-2022: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: Considerando que é dever
do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de
humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º,
da CF/88, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos
em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento. Portanto, a violação a
direitos fundamentais causadora de danos pessoais a detentos em estabelecimentos carcerários não
pode ser simplesmente relevada ao argumento de que a indenização não tem alcance para eliminar o
grave problema prisional globalmente considerado, que depende da definição e da implantação de
políticas públicas específicas, providências de atribuição legislativa e administrativa, não de
provimentos judiciais. STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min.
Gilmar Mendes, j. 16/2/17 (repercussão geral) (Info 854).
(MPMG-2021): Sobre o tema da responsabilidade civil do poder público, assinale a alternativa correta: O
Estado possui o dever, imposto pelo sistema normativo, de manter em seus presídios os padrões mínimos
de humanidade previstos no ordenamento jurídico, devendo ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos pela falta ou insuficiência das condições legais de
encarceramento, nos termos do art. 37, § 6º, da CF/88. BL: Info 854, STF.

##Atenção: ##STF e STJ: ##DOD: ##TJPB-2015: ##MPAM-2015: ##TJDFT-2014/2016: ##DPEBA-


2016: ##TRF3-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##TJPR-2017: ##DPEAL-2017: ##MPF-2017: ##PGEAC-
2017: ##PGESE-2017: ##PCAC-2017: ##PCMS-2017: ##PGM-BH/MG-2017: ##TJCE-2018: ##TJMG-
2018: ##MPBA-2018: ##TJBA-2019: ##TJMS-2020: ##MPAP-2021: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC:
##FMP: ##Fundatec: ##STF: Em caso de inobservância de seu dever específico de proteção previsto no
art. 5º, inciso XLIX, da CF/88, o Estado é responsável pela morte de detento. STF. Plenário. RE
841526/RS, Rel. Min. Luiz Fux, j. 30/3/16 (repercussão geral) (Info 819).40 ##STJ: Não haverá
responsabilidade civil do Estado se o Tribunal de origem, com base nas provas apresentadas, decide
que não se comprovou que a morte do detento foi decorrente da omissão do Poder Público e que o
Estado não tinha como montar vigilância a fim de impedir que o preso ceifasse sua própria vida.
Tendo o acórdão do Tribunal de origem consignado expressamente que ficou comprovada causa
impeditiva da atuação estatal protetiva do detento, rompeu-se o nexo de causalidade entre a suposta
omissão do Poder Público e o resultado danoso. STJ. 2ª T. REsp 1305259/SC, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, j. 08/02/18.

40
Trecho da Ementa: “A responsabilidade civil estatal, segundo a CF/1988, em seu art. 37, § 6º, subsume-se à teoria do
risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras as omissivas, posto rejeitada a teoria do risco
integral. A omissão do Estado reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em
que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso . É
dever do Estado e direito subjetivo do preso que a execução da pena se dê de forma humanizada, garantindo-se os direitos
fundamentais do detento, e o de ter preservada a sua incolumidade física e moral (artigo 5º, inciso XLIX, da CF/1988). O
dever constitucional de proteção ao detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de
garantir os seus direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal,
na forma do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que nos casos em que não é
possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o
nexo de causalidade, afastando-se a responsabilidade do Poder Público, sob pena de adotar-se contra legem e a opinio
doctorum a teoria do risco integral, ao arrepio do texto constitucional. A morte do detento pode ocorrer por várias causas,
como, v. g., homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, sendo que nem sempre será possível ao Estado evitá-la, por mais
que adote as precauções exigíveis. A responsabilidade civil estatal resta conjurada nas hipóteses em que o Poder
Público comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da
sua omissão com o resultado danoso. Repercussão geral constitucional que assenta a tese de que: em caso de
inobservância do seu dever específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o
Estado é responsável pela morte do detento. In casu, o tribunal a quo assentou que inocorreu a comprovação do
suicídio do detento, nem outra causa capaz de romper o nexo de causalidade da sua omissão com o óbito
ocorrido, restando escorreita a decisão impositiva de responsabilidade civil estatal. Recurso extraordinário
DESPROVIDO.” (STF. Plenário. RE 841526, Rel. Min. Luiz Fux, j. 30/03/16).
191
(TJMS-2020-FCC): Em conhecido acórdão proferido em regime de repercussão geral, versando sobre a
morte de detento em presídio − Recurso Extraordinário n° 841.526 (Tema 592) – o STF confirmou decisão do
TJRS, calcada em doutrina que, no tocante ao regime de responsabilização estatal em condutas omissivas,
distingue-a conforme a natureza da omissão. Segundo tal doutrina, em caso de omissão específica, deve ser
aplicado o regime de responsabilização objetiva; em caso de omissão genérica, aplica-se o regime de
responsabilização subjetiva. BL: Info 819, STF (vide trechos destacados ema amarelo na nota de rodapé).
##Atenção: ##Em resumo: No julgamento do RE nº 841.526 (Tema 592), firmado em sede de repercussão
geral, o STF solucionou a questão a partir da contraposição entre omissão genérica, em que o Estado
responde subjetivamente, sendo necessário demonstrar a culpa do serviço, e omissão específica, na qual a
responsabilidade é objetiva, em virtude de o Estado ter descumprido um dever jurídico específico e, assim,
causado um dano certo, especial e anormal. Vale a pena a leitura da ementa do julgado. Portanto, temos o
seguinte: a) Omissão específica: responsabilidade civil objetiva; b) Omissão genérica: responsabilidade
civil subjetiva.
(TJPR-2017-CESPE): Em recente decisão, o STF entendeu que, quando o poder público comprovar causa
impeditiva da sua atuação protetiva e não for possível ao Estado agir para evitar a morte de detento (que
ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o
nexo causal da sua omissão com o resultado danoso terá sido rompido. BL: Info 819, STF.
##Atenção: Em regra: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento. Isso porque houve
inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88. - Exceção: o
Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a morte do detento não podia ser
evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade entre o resultado morte e a omissão estatal.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGESE-2017: ##CESPE: Responsabilidade da União por plano


econômico e congelamento de tarifas (“caso Varig”): O STF reconheceu que a União deve indenizar
companhia aérea que explorava os serviços de aviação sob o regime de concessão, pelos prejuízos
causados decorrentes de plano econômico que determinou o congelamento das tarifas de aviação. STF.
Plenário. RE 571969/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 12/3/14 (Info 738).

##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 61: ##TJPB-2015: ##DPEAC-2017: ##TJPR-2019: ##PGECE-


2021: ##CESPE: Tese 13: No caso de atropelamento de pedestre em via férrea, configura-se a
concorrência de causas, impondo a redução da indenização por dano moral pela metade, quando: (i) a
concessionária do transporte ferroviário descumpre o dever de cercar e fiscalizar os limites da linha
férrea, mormente em locais urbanos e populosos, adotando conduta negligente no tocante às
necessárias práticas de cuidado e vigilância tendentes a evitar a ocorrência de sinistros; e (ii) a vítima
adota conduta imprudente, atravessando a via férrea em local inapropriado. (Recurso Repetitivo -
Tema 518)
(PGECE-2021-CESPE): Considerando os enunciados e teses decorrentes de julgamentos de recursos
repetitivos do STJ em matéria de direito civil, assinale a opção correta: Haverá responsabilidade de
indenizar pela empresa delegatária que explora serviço de transporte ferroviário, havendo concorrência de
causas, quando a concessionária do transporte ferroviário descumprir o dever de cercar e fiscalizar os
limites da linha férrea, especialmente em locais urbanos e populosos, adotando conduta negligente quanto
ao cuidado e vigilância para evitar sinistros, e a vítima adotar conduta imprudente, atravessando a via
férrea em local inadequado. BL: Entend. Jurisprud.
(DPEAC-2017-CESPE): Após falecimento de Pedro, vítima de atropelamento em linha férrea, seus
herdeiros compareceram à DP para que fosse ajuizada ação indenizatória por danos morais contra a
empresa concessionária responsável pela ferrovia onde havia acontecido o acidente, localizada em área
urbana. Na ocasião, seus parentes informaram que, apesar de Pedro ter atravessado a ferrovia em local
inadequado, inexistia cerca na linha férrea ou sinalização adequada. Com base nessa situação hipotética e
no entendimento dos tribunais superiores acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção
correta: A demonstração da omissão no isolamento por cerca ou na sinalização do local do acidente
acarretará a responsabilização civil da empresa concessionária, embora possa haver redução da indenização
dada a conduta imprudente de Pedro. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 61: ##DPEDF-2013: ##DPERR-2013: ##CESPE: Tese 01:
Os danos morais decorrentes da responsabilidade civil do Estado somente podem ser revistos em sede
de recurso especial quando o valor arbitrado é exorbitante ou irrisório, afrontando os princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade.

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2017: ##CESPE: ARTS. 23, 37 A 47 E 53 DA LEI 12.663/12 (LEI GERAL DA
COPA). EVENTOS DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES FIFA 2013 E DA COPA DO MUNDO FIFA
2014. ASSUNÇÃO PELA UNIÃO, COM SUB-ROGAÇÃO DE DIREITOS, DOS EFEITOS DA
RESPONSABILIDADE CIVIL PERANTE A FIFA POR DANOS EM INCIDENTES OU ACIDENTES
DE SEGURANÇA. OFENSA AO ART. 37, § 6º, DA CF, PELA SUPOSTA ADOÇÃO DA TEORIA DO

192
RISCO INTEGRAL. INOCORRÊNCIA. (...). I – A disposição contida no art. 37, § 6º, da CF não esgota
a matéria relacionada à responsabilidade civil imputável à Administração, pois, em situações
especiais de grave risco para a população ou de relevante interesse público, pode o Estado ampliar a
respectiva responsabilidade, por danos decorrentes de sua ação ou omissão, para além das balizas do
supramencionado dispositivo constitucional, inclusive por lei ordinária, dividindo os ônus
decorrentes dessa extensão com toda a sociedade. II – Validade do oferecimento pela União, mediante
autorização legal, de garantia adicional, de natureza tipicamente securitária, em favor de vítimas de
danos incertos decorrentes dos eventos patrocinados pela FIFA, excluídos os prejuízos para os quais a
própria entidade organizadora ou mesmo as vítimas tiverem concorrido. Compromisso livre e
soberanamente contraído pelo Brasil à época de sua candidatura para sediar a Copa do Mundo FIFA
2014. (...) STF. Plenário. ADI 4976, Rel. Min. Ricardo Lewandowski j. 07/05/14.
(TRF5-2017-CESPE): Acerca da responsabilidade civil, assinale a opção correta de acordo com a doutrina e a
jurisprudência dos tribunais superiores: Situação hipotética: Lei de determinado estado da Federação
estabeleceu a responsabilidade do estado durante a realização de evento internacional na capital dessa
unidade federativa: o estado assumiria os efeitos da responsabilidade civil perante os organizadores do
evento, por todo e qualquer dano resultante ou que surgisse em função de qualquer incidente ou acidente
de segurança relacionado ao referido evento, exceto na situação em que organizadores ou vítimas
concorressem para a ocorrência do dano. Assertiva: Conforme entendimento do STF, a referida lei estadual
é constitucional, pois a CF não esgota matéria relacionada à responsabilidade civil. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DPEDF-2013: ##PCSC-2014: ##DPESP-2015: ##PCDF-2015: ##MPAC-2022:


##CESPE: ##FCC: O Tribunal de Justiça concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que não
restaram demonstrados, na origem, os pressupostos necessários à configuração da responsabilidade
extracontratual do Estado, haja vista que o processo criminal e a prisão aos quais foi submetido o ora
agravante foram regulares e se justificaram pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, não
caracterizando erro judiciário a posterior absolvição do réu pelo júri popular. (...) A jurisprudência da
Corte firmou-se no sentido de que, salvo nas hipóteses de erro judiciário e de prisão além do tempo
fixado na sentença, previstas no art. 5º, inciso LXXV, da CF/1988, bem como nos casos previstos em lei,
a regra é a de que o art. 37, § 6º, da CF não se aplica aos atos judiciais quando emanados de forma
regular e para o fiel cumprimento do ordenamento jurídico. STF. 1ª T., AI 803831 AgR, Rel. Min. Dias
Toffoli, j. 19/03/13.
(DPESP-2015-FCC): Considere as assertivas abaixo acerca do tema Responsabilidade Civil do Estado: Em
princípio, os atos judiciais, aqueles praticados por membros do Poder Judiciário como exercício típico da
função jurisdicional, não acarretam a responsabilização objetiva do Estado em indenizar o jurisdicionado,
salvo nas hipóteses de erro judiciário, prisão além do período definido em sentença e em outros casos
expressos em lei. BL: Entend. Jurisprud.
(DPEDF-2013-CESPE): A respeito da responsabilidade civil do Estado, julgue o item seguinte: Considere
que o Poder Judiciário tenha determinado prisão cautelar no curso de regular processo criminal e que,
posteriormente, o cidadão aprisionado tenha sido absolvido pelo júri popular. Nessa situação hipotética,
segundo entendimento do STF, não se pode alegar responsabilidade civil do Estado, com relação ao
aprisionado, apenas pelo fato de ter ocorrido prisão cautelar, visto que a posterior absolvição do réu pelo
júri popular não caracteriza, por si só, erro judiciário. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STJ: ##AGU-2010: ##PCTO-2014: ##TJDFT-2016: ##PCAC-2017: ##MPAC-2022:


##CESPE: A questão controversa diz respeito à responsabilidade civil estatal por prisão preventiva,
seguida de posterior absolvição. A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que a prisão processual
e posterior absolvição no processo criminal não enseja, por si só, direito à indenização. (STJ, 2ª T., EDcl
no REsp 1034818/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 13/10/09).

##Atenção: ##PGECE-2008: ##PGESP-2002/2009: ##DPEPI-2009: ##PCPI-2009: ##DPEGO-2010:


##PGEGO-2010: ##MPDFT-2011: ##MPPR-2011: ##DPEMA-2011: ##PGERO-2011: ##PCMG-2011:
##MPAL-2012: ##DPEES-2012: ##DPEMS-2012: ##DPESE-2012: ##Cartórios/TJSP-2012:
##MPES-2013: ##DPERR-2013: ##DPETO-2013: ##Cartórios/TJES-2013: ##PCGO-2013: ##PCPR-
2013: ##MPGO-2012/2014: ##DPEPR-2012/2014: ##MPMA-2014: ##DPECE-2014:
##Cartórios/TJDFT-2014: ##Cartórios/TJPR-2014: ##PGEBA-2014: ##PCSC-2014: ##DPESP-2015:
##TRF1-2015: ##PGEPR-2015: ##PCDF-2015: ##AGU-2015: ##PGEAM-2010/2016: ##TRF3-2013/2016:
##TJDFT-2016: ##Cartórios/TJMG-2016: ##PGEMA-2016: ##PGEMS-2016: ##PGM-POA/RS-2016:
##MPSP-2006/2011/2017: ##DPERO-2012/2017: ##TRF2-2013/2017: ##DPEAC-2017: ##DPEAL-
2017: ##TRF5-2017: ##PGEAC-2017: ##PCAP-2017: ##PCMT-2017: ##TRT/Unificado-2017: ##MPT-

193
2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##DPEAM-2011/2013/2018: ##MPBA-2015/2018: ##TJSP-2018:
##DPEAP-2018: ##TJBA-2019: ##TJPR-2021: ##MPMG-2021: ##TJMG-2022: ##DPERS-2022:
##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: ##FGV: ##UEG: ##VUNESP: A CF/88 optou
pela adoção de uma variante moderada da responsabilidade estatal: a teoria do risco administrativo,
tendo como excludentes do dever de indenizar do Estado as seguintes: i) força maior; ii) caso fortuito;
iii) atos de terceiros e; iv) culpa exclusiva da vítima. Mas atenção: Para Maria Sylvia Z. Di Pietro, 41 o
caso fortuito não é considerada causa excludente da responsabilidade do Estado. O caso fortuito acontece
quando o dano for decorrente de ato humano ou falha na Administração. Fernanda Marinela aponta que
“na hipótese de caso fortuito, há divergência doutrinária quanto ao seu reconhecimento como excludente
da responsabilidade objetiva, apesar de a doutrina majoritária o incluir na lista. 42 Alguns autores reconhecem
que ele não pode ser indicado como excludente, já que pouco importa o porquê de o Estado praticar o ato”. Por
outro lado, há causas que atenuam/reduzem a responsabilidade civil do Estado: i) culpa concorrente
da vítima e; ii) culpa concorrente de terceiro.
(MPGO-2019): Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta: É possível constatar
divergência doutrinária quanto ao reconhecimento do caso fortuito como excludente da responsabilidade
objetiva, uma vez que parcela dos autores, para os quais ele não pode ser considerado uma excludente,
afirma que pouco importa perscrutar o porquê de o Estado ter praticado o ato. BL: art. 37, §6º, CF e Entend.
Dout.
(DPEAP-2018-FCC): As teorias relativas à responsabilização civil extracontratual do Estado passaram por
significativa evolução desde o postulado absolutista que predicava a total irresponsabilidade estatal
fundado na máxima “The King can do no wrong”. Uma dessas teorias é a do risco administrativo, de acordo
com a qual o Estado responde objetivamente pelos atos comissivos de seus agentes, independentemente de
culpa ou dolo, bastando a comprovação do nexo de causalidade, admitindo, contudo, excludentes de
responsabilidade como caso fortuito e culpa exclusiva da vítima. BL: art. 37, §6º, CF.
(DPESP-2015-FCC): Considere as assertivas abaixo acerca do tema Responsabilidade Civil do Estado:
Para configurar a hipótese de responsabilidade objetiva do Estado deverão concorrer requisitos, quais sejam
o fato administrativo, assim compreendido o comportamento de agente do Poder Público,
independentemente de culpa ou dolo, ainda que fora de suas funções, mas a título de realizá-las, o dano,
patrimonial ou moral, que acarrete um prejuízo ao administrado e a relação de causalidade entre o fato e o
dano percebido. BL: art. 37, §6º, CF.
##Atenção: Para que haja Responsabilidade Civil Objetiva do Estado é necessário que coexistam três
elementos: i) conduta oficial (ação administrativa); ii) dano (material, moral ou estético) e; iii) nexo causal
(comprovação de que o dano foi causado pela conduta oficial). A Teoria da Responsabilidade Objetiva do
Estado adotada no ordenamento jurídico brasileiro, como regra, insere-se na modalidade do risco
administrativo, ou seja, a responsabilidade é objetiva, mas o Estado pode deixar de responder ou ter a
responsabilidade diminuída se estiverem presentes as excludentes ou atenuantes da responsabilidade: força
maior, caso fortuito, culpa de terceiro ou culpa da vítima.

##Atenção: ##STF: ##DPEAC-2012: ##CESPE: A discussão relativa à responsabilidade


extracontratual do Estado, referente ao suicídio de paciente internado em hospital público, no caso, foi
excluída pela culpa exclusiva da vítima, sem possibilidade de interferência do ente público. STF. 2ª T.,
RE 318.725-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 16/12/08.
(DPEAC-2012-CESPE): Um paciente internado em hospital público de determinado estado da Federação
cometeu suicídio, atirando-se de uma janela próxima a seu leito, localizado no quinto andar do hospital.
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta acerca da responsabilidade civil do Estado:
Exclui-se a responsabilidade do Estado, por ter sido a culpa exclusiva da vítima, sem possibilidade de
interferência do referido ente público. BL: art. 37, §6º, CF e Entend. Dout.

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2009: ##PCPI-2009: ##MPBA-2010: ##MPPR-2011: ##DPEAM-2011:


##PCMG-2011: ##DPERO-2012: ##Cartórios/TJSP-2012: ##DPERR-2013: ##DPETO-2013:
##Cartórios/TJES-2013: ##MPGO-2014: ##MPMA-2014: ##DPECE-2014: ##PGERN-2014: ##PCSC-
2014: ##DPEPE-2015: ##PGEPR-2015: ##PCDF-2015: ##TJDFT-2016: ##TRF3-2016: ##PGEAM-2016:
##PGEMS-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##PCGO-2013/2017: ##DPEAC-2017: ##DPEAL-2017:
##TRF5-2017: ##PCAP-2017: ##PCMT-2017: ##MPT-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##DPEMG-
2019: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: ##VUNESP: A legitimidade passiva é da pessoa jurídica de
direito público para arcar com a sucumbência de ação promovida pelo MP na defesa de interesse do

41
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
42
MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
194
ente estatal. (...) É assegurado o direito de regresso na hipótese de se verificar a incidência de dolo ou
culpa do preposto, que atua em nome do Estado. (...) Responsabilidade objetiva do Estado
caracterizada. (STF, 2ª T., AI: 552366 MG, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 28/10/09).

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##DPEPE-2015: ##DPESP-2015: ##PCDF-2015: ##PGEMS-2016:


##PCPA-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##DPEAC-2017: ##DPEAL-2017: ##PGEAC-2017: ##PCAP-
2017: ##DPEAM-2018: ##DPEAP-2018: ##DPEMG-2019: ##MPMG-2021: ##MPSC-2021:
##DPERS-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: A jurisprudência do STF tem entendido
que também é objetiva a responsabilidade civil decorrente de omissão, seja das pessoas jurídicas de
direito público, seja das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público. Nesse
sentido: No tocante ao art. 37, § 6º, da CF, o entendimento do STF a respeito da matéria encontra-se
firmado no sentido de que as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público
respondem objetivamente por suas ações ou omissões em face de reparação de danos materiais
suportados por terceiros. STF. 1ª T. ARE 1043232 AgR, Rel. Alexandre de Moraes, j. 01/09/17. (...) A
jurisprudência desta CORTE, inclusive, entende ser objetiva a responsabilidade civil decorrente de
omissão, seja das pessoas jurídicas de direito público ou das pessoas jurídicas de direito privado
prestadoras de serviço público. STF. Plenário. RE 608880, Rel. Min. Marco Aurélio, Relator p/ Ac.
Alexandre de Moraes, j. 08/09/20.
(MPSC-2021-CESPE): Acerca do tratamento conferido pela CF/1988 à administração pública direta e
indireta e aos seus agentes, julgue o item a seguir: Conforme entendimento do STF, a omissão de pessoa
jurídica de direito privado prestadora de serviços públicos enseja a incidência da responsabilidade civil
objetiva. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##PGECE-2008: ##PGESP-2009: ##PCPI-2009: ##PGEGO-2010: ##PCMG-


2008/2011: ##Cartórios/TJSP-2012: ##Cartórios/TJES-2013: ##Cartórios/TJDFT-2014:
##Cartórios/TJPR-2014: ##PGEBA-2014: ##PGERN-2014: ##PCSC-2014: ##DPESP-2015: ##PGEPR-
2015: ##PCDF-2015: ##AGU-2015: ##PGEAM-2010/2016: ##Cartórios/TJMG-2016: ##PGEMS-2016:
##PGM-POA/RS-2016: ##DPEAL-2017: ##PGEAC-2017: ##PCAP-2017: ##PCMT-2017:
##TRT/Unificado-2017: ##MPT-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##DPEAM-2018: ##DPEAP-
2018: ##DPEMG-2019: ##TJPR-2021: ##MPMG-2021: ##TJMG-2022: ##DPERS-2022: ##CESPE:
##Consulplan: ##FCC: ##FGV: ##FMP: ##Fundatec: ##VUNESP: A responsabilidade civil das pessoas
jurídicas de direito público e das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público,
responsabilidade objetiva, com base no risco administrativo, admite pesquisa em torno da culpa da
vítima, para o fim de abrandá-la ou mesmo excluí-la. STF. 2ª T., AI 636814 AgR, Rel. Min. Eros Grau, j.
22/05/07.

##Atenção: ##PGECE-2008: ##PGESP-2002/2009: ##PCPI-2009: ##PGEGO-2010: ##DPEMA-


2009/2011: ##MPPR-2011: ##PCMG-2011: ##MPAL-2012: ##DPEES-2012: ##DPEMS-2012:
##DPESE-2012: ##TRF4-2012: ##Cartórios/TJSP-2012: ##MPES-2013: ##DPETO-2013:
##Cartórios/TJES-2013: ##PCGO-2013: ##PCPR-2013: ##DPEPR-2012/2014: ##MPAC-2014:
##MPMA-2014: ##DPECE-2014: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##Cartórios/TJPR-2014: ##PGEBA-2014:
##PGERN-2014: ##PCSC-2014: ##PCDF-2009/2015: ##DPEPE-2015: ##TRF1-2015: ##PGEPR-2015:
##AGU-2015: ##PGEAM-2010/2016: ##TRF3-2013/2016: ##Cartórios/TJMG-2016: ##PGEMA-2016:
##PGEMS-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##MPSP-2006/2017: ##DPEAC-2012/2017: ##DPERO-
2012/2017: ##TRF2-2013/2017: ##TRF5-2015/2017: ##DPEAL-2017: ##PGEAC-2017: ##PCAP-2017:
##PCMT-2017: ##TRT/Unificado-2017: ##MPT-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##DPEAM-
2011/2013/2018: ##MPBA-2018: ##DPEAP-2018: ##MPGO-2012/2014/2019: ##TJPR-2021: ##MPMG-
2021: ##PF-2021: ##TJMG-2022: ##DPERS-2022: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: ##FGV:
##Fundatec: ##UEG: ##VUNESP: O §6º do art. 37 da CF consagra, em nosso sistema jurídico, a regra
da responsabilidade civil objetiva do Estado, baseada na teoria do risco administrativo, que
independe da configuração do elemento culpa (ou dolo), bastando que esteja presente a conduta
estatal, o dano e o nexo de causalidade. Por outro lado, quanto à responsabilidade do agente público, é
necessária a presença de comportamento culposo ou doloso, consoante parte final do citado preceito
constitucional (“nos casos de dolo ou culpa”). Logo, cuida-se, de fato, de responsabilidade subjetiva.

195
(TJMG-2022-FGV): A CF/1988 adotou a teoria da responsabilidade objetiva do Estado, através da qual o
Estado responde, em razão de sua atividade, se causar danos a terceiros. Sobre a responsabilidade objetiva
do Estado, analise a afirmativa a seguir: Na responsabilidade objetiva, o particular deve demonstrar o ato da
administração pública, o dano e o nexo de causalidade, preenchendo os requisitos para a indenização. BL:
art. 37, §6º, CF.
(MPGO-2019): Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta: Como regra, o Brasil
adota a teoria do risco administrativo, segundo a qual é possível excluir a responsabilidade diante da
ausência de qualquer de seus elementos definidores. BL: art. 37, §6º, CF.
(DPEAL-2017-CESPE): Por imperícia, um policial militar disparou, acidentalmente, sua arma de fogo, ao
manuseá-la em via pública, ferindo um transeunte. No que tange à responsabilidade civil do Estado nessa
situação hipotética, assinale a opção correta: A responsabilidade civil do Estado independe da análise da
culpa da conduta estatal. BL: art. 37, §6º, CF.
(DPEES-2012-CESPE): Julgue o item subsecutivo, relativo à responsabilidade civil do Estado: A
responsabilidade civil da administração pública por atos comissivos é objetiva, embasada na teoria do risco
administrativo, isto é, independe da comprovação da culpa ou dolo. BL: art. 37, §6º, CF.

(TJPR-2019-CESPE): Considerando a jurisprudência do STJ, julgue o seguinte item, relativo à


responsabilidade civil do Estado: O Estado responde civilmente por danos decorrentes de atos praticados
por seus agentes, mesmo que eles tenham agido sob excludente de ilicitude penal. BL: art. 37, §6º, CF e
Posição do STJ; jurisprudência em teses do STJ (Ed. nº. 61, tese 05). (adm.)

##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 61: ##MPPR-2011: ##DPEMA-2011: ##PGERO-2011:


##DPEMS-2012: ##DPERO-2012: ##Cartórios/TJSP-2012: ##MPES-2013: ##DPERR-2013:
##PCGO-2013: ##MPGO-2012/2014: ##MPAC-2014: ##MPMA-2014: ##DPEPR-2014: ##PGERN-
2014: ##PCSC-2014: ##MPAM-2015: ##PCDF-2015: ##TRF3-2013/2016: ##PCPA-2016:
##PGM-POA/RS-2016: ##TRF2-2013/2017: ##DPEAC-2017: ##TRF5-2017: ##PGEAC-2017: ##PCAC-
2017: ##MPBA-2018: ##MPMS-2018: ##DPEAP-2018: ##TJPR-2019: ##DPEDF-2019: ##MPAP-
2021: ##TJMG-2022: ##DPERS-2022: ##CESPE: ##FGV: ##FMP: ##Fundatec: ##UEG: ##VUNESP:
Tese 05: A responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser
comprovados a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade. STJ. 2ª T., AgRg no
AREsp 501.507/RJ, Rel. Min. Humberto Martins, j. 27/05/14. Isso porque, apesar da não
responsabilização penal dos agentes públicos envolvidos no evento danoso, eventual excludente de
ilicitude penal não será capaz de excluir a responsabilidade civil pelos danos provocados.

(TJPR-2019-CESPE): Considerando a jurisprudência do STJ, julgue o seguinte item, relativo à


responsabilidade civil do Estado: O Estado responde civilmente por danos decorrentes de atos praticados
por seus agentes, mesmo que eles tenham agido sob excludente de ilicitude penal. BL: art. 37, §6º, CF e
Posição do STJ; jurisprudência em teses do STJ (Ed. nº. 61, tese 07). (adm.)

##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 61: ##PCAC-2017: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##TJPR-2019:


##MPAP-2021: ##CESPE: Tese 07: A Administração Pública pode responder civilmente pelos danos
causados por seus agentes, ainda que estes estejam amparados por causa excludente de ilicitude
penal. STJ. 2ª T., REsp 1266517/PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 04/12/12. Isso porque, apesar
da não responsabilização penal dos agentes públicos envolvidos no evento danoso, eventual excludente
de ilicitude penal não será capaz de excluir a responsabilidade civil pelos danos provocados.
(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): A respeito do entendimento do STJ sobre a responsabilidade civil do
Estado, julgue o item seguinte: A existência de causa excludente de ilicitude penal não impede a
responsabilidade civil do Estado pelos danos causados por seus agentes. BL: art. 37, §6º, CF e Posição do
STJ; jurisprudência em teses do STJ (Ed. nº. 61, tese 07).

(TJSC-2019-CESPE): De acordo com o entendimento majoritário e atual do STJ, a responsabilidade civil


do Estado por condutas omissivas é subjetiva, sendo necessário comprovar negligência na atuação
estatal, o dano causado e o nexo causal entre ambos. BL: art. 37, §6º, CF e Posição do STJ; Jurisprud.
teses/STJ (Ed. nº. 61, tese 05). (adm.)

##Atenção: ##STJ e Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 61: ##TRF4-2010: ##MPDFT-2011: ##MPPR-2011:


##DPEMA-2011: ##DPEMS-2012: ##MPES-2013: ##DPEAM-2013: ##DPERR-2013: ##TRF2-
2013: ##Cartórios/TJES-2013: ##MPGO-2012/2014: ##MPAC-2014: ##DPECE-2014: ##DPEPR-
2014: ##PGERN-2014: ##PCSC-2014: ##PCDF-2015: ##TRF3-2013/2016: ##TJDFT-2015/2016: ##PCPA-

196
2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##DPEAC-2017: ##TRF5-2017: ##PGEAC-2017: ##PCAP-2017: ##MPT-
2017: ##MPBA-2010/2015/2018: ##TJSP-2018: ##DPEAP-2018: ##DPEMG-2014/2019: ##DPEDF-
2019: ##MPAP-2021: ##TJMG-2022: ##DPERS-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##FMP: ##Fundatec:
##VUNESP: A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que “a responsabilidade civil do Estado por
condutas omissivas é subjetiva, sendo necessário, dessa forma, comprovar a negligência na atuação
estatal, o dano e o nexo causal entre ambos”. (STJ, AgInt no AREsp 1249851/SP, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, 1ª T., j. 20/09/18). No mesmo sentido: “(...) Nos casos em que a omissão do ente público
concorre para o dano, prevalece o entendimento que a vítima deve comprovar o defeito no serviço, a
chamada culpa do serviço ou culpa anônima. Trata-se de aplicação da teoria francesa da “faute du
service”, de acordo com a qual é necessária demonstrar a culpa genérica do serviço, isto é, que a prestação do
serviço foi inexistente, atrasada ou falha, não sendo necessário, contudo, identificar o agente ou a culpa específica”.
(STJ, AgRg no REsp 1345620/RS, j. 24/11/15). É o teor também da jurisprudência em teses do STJ (Ed.
61): Tese 05: “A responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser
comprovados a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade.” Por fim, o Min.
Alexandre de Moraes explica: “A falta do serviço público não depende de falta do agente, mas do funcionamento
deficiente, insatisfatório, ou na terminologia moderna, ineficiente do serviço público prestado, do que decorre o
dano. Assim, a falta do serviço ocorre quando o serviço público simplesmente não funciona, ou, ainda, funciona de
forma precária e insatisfatória. Dessa forma, a faute du service fundamenta-se ou na culpa individual do agente
causador do dano, ou na culpa do próprio serviço (denominada: culpa anônima), já que não é possível individualizá-
la. Caberá, portanto, à vítima a comprovação da não prestação do serviço ou de sua prestação ineficiente,
insatisfatória, a fim de ficar configurada a culpa do serviço, e, consequentemente, a responsabilidade do
Estado, a quem incumbe prestá-lo.”
(TRF3-2013): Assinale a alternativa correta: O Estado deve necessariamente responder pelos danos causados
por fatos da natureza quando, devendo obstá-lo, a sua atuação tiver sido insuficiente. BL: art. 37, §6º, CF e
Entend. Jurisprud.
##Atenção: Perceba que, se o Estado, de fato, nas circunstâncias do caso concreto, tinha o dever de impedir
o resultado, e falhou neste mister, configura-se a falha do serviço. Nesse caso, o ente público responderá
com base na teoria da culpa anônima do serviço (faute de service), de índole subjetiva, uma vez que exige a
comprovação do elemento culpa. Ocorre que o próprio enunciado da questão esclareceu que, de fato, houve
falha na prestação do serviço. Afinal, afirmou-se que as providências adotadas revelaram-se insuficientes,
bem assim que havia dever de impedir o resultado. Diante de tal cenário, haverá, sim, dever indenizatório
atribuível ao Estado.
(DPEAM-2013-FCC): Paciente internada em UTI de hospital público municipal falece em razão da
ocorrência de interrupção do fornecimento de energia elétrica, decorrente de uma tempestade na região,
sendo que o referido hospital não possuía geradores de emergência. Em sua defesa, o Município alega que
se trata de situação de força maior, o que afasta a responsabilidade estatal. Tal argumento não se sustenta,
pois a situação ocorrida está no horizonte de previsibilidade da atividade, ensejando a responsabilidade
subjetiva da entidade municipal, que tinha o dever de evitar o evento danoso. BL: art. 37, §6º, CF e Entend.
Jurisprud.
##Atenção: No caso, a Administração deixou de fazer, isto é, não cumpriu seu dever, que era o de fornecer
energia elétrica em hospital público. Sendo o funcionamento de um hospital contínuo e sabendo-se que a
qualquer momento pode haver chuvas e tempestades, bem como outros elementos advindos da natureza,
não é possível alegar que a situação é de força maior suficiente para eximir a Administração de se
responsabilizar. A responsabilidade é por omissão, sendo, assim, uma responsabilidade subjetiva, sendo
necessária a comprovação da culpa do Estado.

##Cuidado: ##Divergência entre o STJ e o STF: ##DOD: Qual é o tipo de responsabilidade civil
aplicável nos casos de omissão do Estado? Se a Administração Pública causa um dano ao particular em
virtude de uma conduta omissa, a responsabilidade nesta hipótese também será objetiva? Existe intensa
divergência sobre o tema:
Doutrina tradicional e STJ Jurisprudência do STF
Na doutrina, ainda hoje, a posição majoritária é a Na jurisprudência do STF, contudo, tem ganhado força
de que a responsabilidade civil do Estado em nos últimos anos o entendimento de que a
caso de atos omissivos é SUBJETIVA, baseada na responsabilidade civil nestes casos também é
teoria da culpa administrativa (culpa anônima). OBJETIVA. Isso porque o art. 37, § 6º da CF/88
Assim, em caso de danos causados por omissão, determina a responsabilidade objetiva do Estado sem
o particular, para ser indenizado, deveria provar: fazer distinção se a conduta é comissiva (ação) ou
a) a omissão estatal; omissiva. Não cabe ao intérprete estabelecer distinções
b) o dano; onde o texto constitucional não o fez. Se a CF/88 previu
c) o nexo causal; a responsabilidade objetiva do Estado, não pode o
d) a culpa administrativa (o serviço público não intérprete dizer que essa regra não vale para os casos de
funcionou, funcionou de forma tardia ou omissão. Dessa forma, a responsabilidade objetiva do
ineficiente). Estado engloba tanto os atos comissivos como os

197
omissivos, desde que demonstrado o nexo causal entre o
Esta é a posição que você encontra na maioria dano e a omissão específica do Poder Público.
dos Manuais de Direito Administrativo.
(...) A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que
O STJ ainda possui entendimento majoritário no as pessoas jurídicas de direito público respondem
sentido de que a responsabilidade seria objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, com
subjetiva. Vide: STJ. 2ª T. AgRg no REsp fundamento no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, tanto
1345620/RS, Rel. Min. Assusete Magalhães, j. por atos comissivos quanto por atos omissivos, desde que
24/11/15. demonstrado o nexo causal entre o dano e a omissão do
Poder Público. (...) STF. 2ª T. ARE 897890 AgR, Rel. Min.
Dias Toffoli, j. 22/09/15. No mesmo sentido: STF. 2ª T. RE
677283 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17/04/12.
##Deve-se fazer, no entanto, uma advertência: ##DOD: ##STF: ##TRF3-2016: ##TRF2-2017: ##TJCE-2018:
##DPEAP-2018: ##MPAP-2021: ##DPERS-2022: ##CESPE: ##FCC: Para o STF, o Estado responde de
forma objetiva pelas suas omissões. No entanto, o nexo de causalidade entre essas omissões e os danos
sofridos pelos particulares só restará caracterizado quando o Poder Público tinha o dever legal específico
de agir para impedir o evento danoso e mesmo assim não cumpriu essa obrigação legal. Assim, o Estado
responde de forma objetiva pelas suas omissões, desde que ele tivesse obrigação legal específica de agir
para impedir que o resultado danoso ocorresse. A isso se chama de "omissão específica" do Estado. Dessa
forma, para que haja responsabilidade civil no caso de omissão, deverá haver uma omissão específica do
Poder Público (STF. Plenário. RE 677139 AgR-EDv-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 22/10/15).

(TJSP-2018-VUNESP): Conforme o ordenamento jurídico pátrio, pode-se afirmar, sobre a


responsabilidade objetiva do Estado: se lícito o ato do agente público que causou o dano, este só
implicará dever de indenizar se for antijurídico, ou seja, anormal e especial. BL: art. 37, §6º, CF (adm.)

##Atenção: ##DPEMA-2009: ##DPEPI-2009: ##TRF4-2009: ##MPPR-2011: ##PGESP-2012:


##MPES-2013: ##DPEMG-2014: ##PGEMS-2014: ##PCSC-2014: ##TRF3-2013/2016: ##PGM-São
Luís/MA-2016: ##MPSP-2017: ##TRF5-2017: ##MPT-2017: ##TJCE-2018: ##MPAP-2021: ##CESPE:
##FCC: ##VUNESP: Para parcela da doutrina, “o Estado só responde se o dano decorrer de ato
antijurídico, o que deve ser entendido em seus devidos termos. Ato antijurídico não pode ser entendido,
para esse fim, como ato ilícito, pois é evidente que a licitude ou ilicitude do ato é irrelevante para fins de
responsabilidade objetiva; caso contrário, danos decorrentes de obra pública, por exemplo, ainda que
licitamente realizada, não seriam indenizados pelo Estado. Somente se pode aceitar como pressuposto
da responsabilidade objetiva a prática de ato antijurídico se este, mesmo sendo lícito, for entendido
como ato causador de dano anormal e específico a determinadas pessoas, rompendo o princípio da
igualdade de todos perante os encargos sociais. Por outras palavras, ato antijurídico, para fins de
responsabilidade objetiva do Estado, é o ato ilícito e o ato lícito que cause dano anormal e específico".
(Fonte: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 32. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. p.
828).
(MPAP-2021-CESPE): A respeito da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta: Para a
configuração da responsabilidade civil do Estado por dano, é desnecessário que o ato lesivo seja ilícito,
bastando que haja nexo de causalidade entre a ação estatal e o dano anormal e específico, ou seja, que o
dano tenha ultrapassado os inconvenientes normais da vida em sociedade, em desfavor de pessoas ou
grupos determinados.
(MPSP-2017): Assinale a alternativa correta: Nos atos comissivos, a responsabilidade do Estado pode incidir
sobre os atos lícitos e ilícitos, desde que causem prejuízo a terceiros.
(MPT-2017): Sobre o preceito que consagra a responsabilidade extracontratual do Estado, considerando a
Constituição da República e a jurisprudência dominante do STF, assinale a alternativa correta: Permite a sua
incidência tanto para responsabilizar o Poder Público quando pratica danos aos cidadãos em decorrência de
seus atos ilícitos, quanto para aqueles gerados por atos lícitos; sendo relevante, nesta hipótese, aferir acerca
da anormalidade e da especialidade dos danos.

(DPEAM-2018-FCC): Carlos, servidor público municipal que atua em hospital da rede pública
estadual, no exercício regular de sua função, aplicou determinada medicação em um paciente, que, sendo
alérgico à mesma, acabou vindo a óbito. No procedimento instaurado para apuração de
responsabilidades, restou comprovada a ausência de culpa de Carlos, eis que o mesmo apenas seguiu a
prescrição do médico responsável, também servidor do mesmo hospital. Inconformados, os familiares do
falecido solicitaram à Defensoria Pública a adoção das medidas judiciais cabíveis para a
responsabilização civil pelos danos sofridos. Diante da situação narrada, cabe a responsabilização
objetiva do Estado, independentemente da comprovação de dolo ou culpa de quaisquer dos servidores,
sendo esta última circunstância necessária apenas para fins de direito de regresso. BL: art. 37, §6º, CF

198
(adm.)

##Atenção: Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo esse dispositivo constitucional consagrou, no
Brasil, a responsabilidade objetiva da administração pública, na modalidade risco administrativo, pelos
danos causados por atuação de seus agentes. Explicita o preceito constitucional que o agente somente
será responsabilizado se for comprovado que ele atuou com dolo ou culpa, ou seja, a sua
responsabilidade é subjetiva, na modalidade culpa comum - e o ônus da prova da culpa do agente é da
pessoa jurídica em nome da qual ele atuou e que já foi condenada a indenizar o particular que sofreu o
dano (a pessoa jurídica deverá ajuizar ação contra o seu agente a fim de obter o ressarcimento da quantia
que foi condenada a indenizar).

##Atenção: ##PGECE-2008: ##PGEPB-2008: ##PGESP-2002/2009: ##PCPI-2009: ##PGEGO-2010:


##MPDFT-2011: ##MPPR-2011: ##PCMG-2011: ##DPEPR-2012: ##DPESE-2012: ##TRF4-2012:
##Cartórios/TJSP-2012: ##DPERR-2013: ##Cartórios/TJES-2013: ##MPGO-2012/2014: ##MPMA-
2014: ##MPRS-2014: ##DPECE-2014: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##Cartórios/TJPR-2014: ##PGEBA-
2014: ##PGERN-2014: ##PCSC-2014: ##DPEPE-2015: ##TRF1-2015: ##PGEPR-2015: ##PCDF-2015:
##AGU-2015: ##PGEAM-2010/2016: ##TRF3-2016: ##Cartórios/TJMG-2016: ##PGEMA-2016:
##PGEMS-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##DPEAC-2012/2017: ##DPERO-2012/2017: ##TRF2-
2013/2017: ##PCGO-2013/2017: ##DPEAL-2017: ##TRF5-2017: ##PGEAC-2017: ##PCAP-2017:
##PCMT-2017: ##TRT/Unificado-2017: ##MPT-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##DPEAM-
2011/2013/2018: ##MPBA-2015/2018: ##DPEAP-2018: ##DPEMG-2019: ##TJPR-2021: ##MPMG-
2021: ##TJMG-2022: ##DPERS-2022: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: ##FGV: ##FMP: ##Fundatec:
##UEG: ##VUNESP: Teoria do risco administrativo: i) A administração pública responde objetivamente
pelos danos causados, sendo necessário apenas a demonstração do nexo causal, independente de
comprovação de dolo/culpa (responsabilidade civil objetiva); ii) Assegurando-se o direito de regresso
(denunciação à lide) da ADM X AGENTE PÚBLICO causador do dano, sendo necessário neste último
além da demonstração do nexo de causalidade, o dolo/culpa do agente (responsabilidade civil
subjetiva).

(TJRJ-2016-VUNESP): Considere a seguinte situação hipotética. Integrantes de movimento popular


invadiram imóvel rural pertencente à empresa X, localizada no Município São Fidélis, Estado do Rio de
Janeiro. Os integrantes do movimento permaneceram no local, embora a empresa X tenha tomado todas
as providências judiciais cabíveis a fim de obter a reintegração de posse, até mesmo com pedido de
intervenção federal deferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em virtude do
descumprimento, por parte da Polícia Militar Estadual, de requisição de força policial, judicialmente
determinada. Decide a Empresa X ajuizar ação de indenização em face do Estado do Rio de Janeiro. A
respeito deste caso, é correto afirmar que a ação indenizatória poderá ser julgada procedente para
imputar ao Estado a responsabilidade pelos danos causados pela ação coletiva de terceiros, desde que
comprovada a omissão culposa do Poder Público, como ocorreu no caso em tela. BL: art. 37, §6º, CF,
entendimento doutrinário e do STF. (adm.)

##Atenção: A presente opção revela-se em linha com o entendimento que sempre preponderou, no
âmbito doutrinário, em se tratando de hipótese de responsabilidade civil do Estado por atos omissivos,
vale dizer, no sentido de ser necessária a demonstração de uma conduta culposa das autoridades
competentes a evitar o resultado danoso. No caso, tal comportamento omissivos teria partido da polícia
militar, ao deixar de dar cumprimento, sem motivo justificável, à ordem de reintegração de posse
emanada do Poder Judiciário. Sem embargo, mais recentemente, o STF parece ter firmado compreensão
jurisprudencial um tanto divergente, ao afirmar que, mesmo no caso de condutas omissivas, a
responsabilidade civil do Estado é de índole objetiva. Exige-se que reste comprovado o nexo de
causalidade entre a omissão estatal e dano ao particular. Ora, referido nexo, de certa forma, acaba por
derivar de uma demora excessiva ou mesmo da simples inação do Estado, razão porque, na espécie,
ainda que se aplique a jurisprudência atual do STF, tem-se que a ação proposta pela empresa X deveria
ser julgada procedente, porquanto seria perfeitamente possível estabelecer o nexo de causalidade entre
os danos experimentados por tal pessoa jurídica e a falta de cumprimento da decisão judicial pela polícia
militar do Estado do Rio de Janeiro.

(MPSC-2016): A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadora de serviço
público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço público. BL: art. 37, §6º da
CF. (adm.)
199
##Atenção: ##MPDFT-2009: ##DPEPI-2009: ##PGEAL-2009: ##DPEGO-2010: ##PGEAM-2010:
##PCMG-2011: ##TRF4-2010/2012: ##DPEMS-2012: ##Cartórios/TJSP-2012: ##PFN-2012: ##AGU-
2010/2013: ##MPES-2013: ##PGDF-2013: ##DPECE-2008/2014: ##MPAC-2014: ##MPMA-2014:
##MPRS-2014: ##PGEMS-2014: ##PGEPI-2014: ##PGM-Recife/PE-2014: ##TRF1-2011/2013/2015:
##DPERN-2015: ##DPESP-2015: ##TRF5-2015: ##PGEPA-2015: ##PCDF-2015: ##TRF3-2013/2016:
##MPSC-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##MPSP-2011/2017: ##DPEAC-2012/2017: ##MPPR-2017:
##DPU-2017: ##PGESE-2017: ##PCAP-2017: ##TRT/Unificado-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017:
##MPBA-2015/2018: ##DPEAM-2018: ##MPGO-2012/2014/2019: ##DPEMG-2019: ##MPAP-2021:
##TCEAM-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##Fundatec: ##VUNESP: Segundo o STF, a
responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é
objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º,
da CF/88. (...) A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano
causado ao terceiro não-usuário do serviço público, é condição suficiente para estabelecer a
responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado. STF. Plenário. RE 591874, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, j. 26.8.09.
(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o
próximo item: De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço público de
transporte responde objetivamente pelos danos causados à família de vítima de atropelamento provocado
por motorista de ônibus da empresa. BL: art. 37, §6º, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF5-2015-CESPE): Acerca da responsabilidade civil do Estado e da responsabilidade administrativa, civil
e penal do servidor, assinale a opção correta: A responsabilidade das concessionárias e permissionárias de
serviços públicos será objetiva, independentemente de a vítima ser usuário ou terceiro. BL: art. 37, §6º, CF e
Entend. Jurisprud.
(TRF1-2015-CESPE): Determinado motorista de uma empresa de transporte coletivo de pessoas causou,
sem dolo ou culpa, um acidente de trânsito, o qual provocou danos materiais aos passageiros e a pessoas
que transitavam na rua. O serviço de transporte coletivo tinha como fundamento um contrato de concessão
da empresa de transporte com a administração pública, de modo que os passageiros eram usuários do
serviço prestado pela empresa e as pessoas que transitavam na rua não tinham qualquer relação contratual
decorrente do serviço prestado pela empresa. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção
correta de acordo com a jurisprudência do STF acerca da responsabilidade civil do Estado: A empresa será
responsabilizada de forma objetiva tanto no que tange aos usuários quanto aos não usuários do serviço,
uma vez que, embora não seja pessoa jurídica de direito público, ela atua por delegação do Estado na
prestação de serviço público. BL: art. 37, §6º, CF e Entend. Jurisprud.
(DPERN-2015-CESPE): A respeito da prestação de serviço público por concessionárias ou
permissionárias, assinale a opção correta: De acordo com entendimento do STF, é objetiva a
responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, em se tratando de
danos causados a terceiros não usuários desse serviço. BL: art. 37, §6º, CF e Entend. Jurisprud.
(AGU-2010-CESPE): Julgue o seguinte item, que versa sobre responsabilidade civil do Estado: A
responsabilidade civil objetiva da concessionária de serviço público alcança também não usuários do
serviço por ela prestado. BL: art. 37, §6º, CF e Entend. Jurisprud.

(TJGO-2015-FCC): Suponha que um servidor público tenha cometido erro na alimentação do sistema
informatizado de distribuição de ações judiciais, o que levou a constar, equivocadamente, a existência de
antecedente criminal para determinado cidadão. Essa situação gerou prejuízos concretos para o cidadão,
que foi preterido em processo de seleção para emprego de vigilante e também obrigado a desocupar o
quarto na pensão onde residia. Diante dessa situação, referido cidadão possui direito de ser indenizado
pelo Estado pelos prejuízos decorrentes da conduta do servidor público, independentemente da
comprovação de dolo ou culpa deste. BL: art. 37, §6º, CF. (adm.)

(MPAM-2015-FMP): Em se tratando da responsabilidade civil extracontratual do Estado, assinale a


alternativa correta: O dispositivo constitucional pertinente ao tema não demanda que o agente público
tenha agido no exercício de suas funções, mas na qualidade de agente público. BL: art. 37, §6º, CF. (adm.)

##Atenção: ##STF: ##PGECE-2008: ##PGEPB-2008: ##DPEPI-2009: ##PGEAL-2009: ##PGEGO-


2010: ##PCMG-2008/2011: ##MPGO-2012: ##TRF4-2012: ##Cartórios/TJSP-2012: ##MPES-2013:
##MPMA-2014: ##DPECE-2014: ##DPERS-2014: ##Cartórios/TJPR-2014: ##PGERN-2014:
##PCSC-2014: ##MPAM-2015: ##MPBA-2015: ##DPEPE-2015: ##DPESP-2015: ##TRF1-2015:
##PCDF-2015: ##AGU-2015: ##TRF3-2013/2016: ##PGEAM-2016: ##PGEMS-2016: ##PGM-POA/RS-

200
2016: ##PCGO-2013/2017: ##DPEAL-2017: ##TRF5-2017: ##PCAP-2017: ##PCMT-2017: ##MPT-
2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##DPEAP-2018: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: ##UEG:
##VUNESP: Além do que consta no §6º do art. 37 da CF, vejamos o seguinte trecho de julgado do STF:
“(...) O Estado é responsável pelos atos ou omissões de seus agentes, de qualquer nível hierárquico,
independentemente de terem agido ou não dentro de suas competências, ainda que, no momento do dano,
estejam fora do horário de expediente. O preceito inscrito no artigo 37, parágrafo 6, da Constituição, não exige
que o agente público tenha agido no exercício de suas funções, mas na qualidade de agente público . Foi o
que se decidiu no caso do servidor público que, ao fazer uso da arma pertencente ao Estado, mesmo não estando em
serviço, matou um menor na via pública (STF, RE 135.310).” (...) “De fato, a CF/88 exige que os danos sejam
causados por agentes públicos, agindo nesta qualidade, o que também inclui as hipóteses em que o
agente atue a pretexto de exercer sua função pública. Este entendimento restou consagrado pelo STF por
ocasião do julgamento do RE 363.423/SP, rel. Ministro Ayres Britto, j. 16.11.04, do qual se extrai o
seguinte trecho, por relevante: “(...) o art. 37, §6º, da CF exige, para a configuração da responsabilidade objetiva
do Estado, que a ação causadora do dano a terceiro tenha sido praticada por agente público, nessa qualidade, não
podendo o Estado ser responsabilizado senão quando o agente estatal estiver a exercer seu ofício ou função, ou a
proceder como se estivesse a exercê-la”.
(DPERS-2014-FCC): Acerca da responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar: Há responsabilidade
civil do Estado pelos danos causados a particular por seus agentes no exercício de suas funções ou a
pretexto de exercê-las. BL: art. 37, §6º, CF.

(TJPA-2014-VUNESP): Sobre a concessão de serviços públicos, é correto afirmar que a responsabilidade


do concessionário por prejuízos causados a terceiros será objetiva, nos termos da CF. BL: art. 37, §6º, CF.

(DPERR-2013-CESPE): Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta: A


responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva
em decorrência dos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. BL: art. 37, §6º, CF.

##Atenção: ##PGECE-2008: ##DPEMA-2009: ##DPEAL-2009: ##PGEAL-2009: ##PCPI-2009:


##DPEGO-2010: ##PGEGO-2010: ##PCMG-2008/2011: ##DPEMS-2012: ##DPESE-2012:
##PGESP-2012: ##PCRJ-2012: ##DPEDF-2013: ##DPERR-2013: ##DPETO-2013:
##Cartórios/TJBA-2013: ##AGU-2013: ##DPECE-2014: ##DPERS-2014: ##PCSC-2014:
##DPESP-2012/2015: ##TRF5-2015: ##PCDF-2015: ##TRF3-2016: ##PGEAM-2016: ##PGEMS-2016:
##PGM-POA/RS-2016: ##DPEAC-2017: ##PGESE-2017: ##MPT-2017: ##DPEAM-2011/2013/2018:
##DPEMG-2019: ##MPAP-2021: ##MPMG-2021: ##PF-2021: ##TCEAM-2021: ##CESPE: ##FCC:
##FGV: ##Fundatec: ##VUNESP: De maneira resumida:
- Quem responde OBJETIVAMENTE:
- Administração direta, as autarquias e as fundações de direito público, independentemente da
atividade que realizam;
- Empresas públicas, as sociedade de economia mista, QUANDO forem prestadoras de serviço
público;
- Delegatárias de serviço público.

- Quem responde SUBJETIVAMENTE:


- Empresas públicas e sociedade de economia mista, QUANDO exploradora de atividade
econômica.

(TJPB-2011-CESPE): Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta: Mediante


expressa determinação legal, o Estado poderá responder civilmente por danos causados a terceiros, ainda
que sua atuação tenha ocorrido de modo regular e conforme com o direito. BL: art. 37, §6º, CF. (adm.)

(TJMS-2010-FCC): Todos os criadores de gado bovino de corte de determinado município foram


proibidos de promover o abate de seu rebanho por prazo suplementar de três meses, tendo em vista que
a Administração Estadual decidiu, por meio de procedimento regular e válido, prolongar o período de
segurança necessário para se certificar da efetividade de nova vacina cuja aplicação foi imposta àqueles,
em caráter experimental. A medida foi extremamente prejudicial aos produtores locais, na medida em
que já haviam adiado o cronograma de abate por anteriores três meses, nos termos da regulamentação da
aplicação da vacina, obrigação imposta pela Administração Estadual. A proibição imposta pelo poder
público configura ato lícito, podendo ensejar indenização por parte do Estado pelos danos
201
experimentados pelos produtores durante o período em que perdurar a prorrogação da proibição. BL:
art. 37, §6º, CF.

##Atenção: O cerne para esta questão está no fato de que o procedimento em que a administração
decidiu prolongar o prazo foi regular e válido, tornando, portanto, o ato lícito. O fato de a medida ter
sido extremamente prejudicial ao particular não enseja a ilicitude ou ilegalidade do ato, já que o interesse
coletivo prevalece sobre o interesse individual, mas somente gera direitos subjetivos, entre eles o de ser
ressarcido pela administração, posteriormente, dos prejuízos por ela causados. Portanto, a proibição
imposta pelo poder público configura ato lícito, podendo ensejar indenização por parte do Estado pelos
danos experimentados pelos produtores durante o período em que perdurar a prorrogação da proibição.
Note-se que esta presunção não é absoluta, e deverá ser analisada à luz do caso concreto, além de
depender da real comprovação do dano.

(TJSC-2010): Na responsabilidade civil objetiva cabe à Administração Pública defender-se provando a


inexistência do fato administrativo, a inexistência do dano ou a ausência do nexo causal entre o fato e o
dano. BL: art. 37, §6º, CF. (adm.)

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da


administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJRO-2011) (PGM-POA/RS-2016)

§ 8º A AUTONOMIA GERENCIAL, ORÇAMENTÁRIA e FINANCEIRA dos órgãos e entidades


da administração direta e indireta PODERÁ SER AMPLIADA mediante CONTRATO, A SER
FIRMADO entre seus administradores e o poder público, que TENHA POR OBJETO a fixação de metas
de desempenho para o órgão ou entidade, CABENDO à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (TJAP-2008) (TJMA-2008) (MPPE-2008) (PGEAL-2009) (MPGO-2010) (DPEAM-
2011) (TRF4-2012) (PCGO-2012) (AGU-2012) (TJSC-2013) (TRF1-2013) (MPMG-2014) (TJPB-2015) (DPERN-
2015) (TRF5-2015) (PGEPR-2015) (TJDFT-2007/2016) (PGEMS-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGEAC-2017)
(PCAC-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TRF2-2009/2018) (TRF3-2011/2018)

##Atenção: Conforme o art. 37, §8º da CF/88, é possível que se amplie a autonomia gerencial,
orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta, mediante contrato, a
ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgãos ou entidade.

##Atenção: ##DOD: ##Novidade Legislativa: A Lei 13.934/19 regulamenta o contrato referido no § 8º


do art. 37 da CF/88, denominado “contrato de desempenho”, no âmbito da administração pública
federal direta de qualquer dos Poderes da União e das autarquias e fundações públicas federais. A
doutrina denominava esse instrumento de “contrato de gestão”. Todavia, com a Lei 13.934/19 passa a
ser chamado de “contrato de desempenho”.

##Atenção: ##DOD: ##Novidade Legislativa: A Lei 13.934/2019 conferiu nome diverso daquele que era
dado pela doutrina: A doutrina denominou de “contrato de gestão” o ajuste previsto no art. 37, § 8º da
CF/88. A Lei nº 13.934/2019, contudo, adotou outra nomenclatura e denominou este ajuste de “contrato
de desempenho”. Agiu corretamente o legislador considerando que a Lei nº 9.637/1998 fala em
“contrato de gestão” para um ajuste completamente diferente. Com isso, evita-se confusões. Desse modo,
a partir da Lei nº 13.934/2019, acabam as duas espécies de “contrato de gestão” e temos agora o
seguinte cenário:
• Contrato do § 8º do art. 37 da CF/88: contrato de desempenho (Lei nº 13.934/2019);
• Contrato entre o Poder Público e a organização social: contrato de gestão (Lei nº 9.637/98).

##Atenção: ##DOD: Conceito de contrato de desempenho (art. 2º da Lei 13.934/19)43: Contrato de


desempenho é o acordo celebrado entre...
- o órgão ou entidade supervisora (de um lado)
- e o órgão ou entidade supervisionada (de outro)
- tendo como objetivo estabelecer metas de desempenho para o órgão ou entidade supervisionada
- devendo ser estipulados prazos para a execução das tarefas e indicadores de qualidade

43
Art. 2º Contrato de desempenho é o acordo celebrado entre o órgão ou entidade supervisora e o órgão ou
entidade supervisionada, por meio de seus administradores, para o estabelecimento de metas de desempenho do
supervisionado, com os respectivos prazos de execução e indicadores de qualidade, tendo como contrapartida a
concessão de flexibilidades ou autonomias especiais.
202
- e, em contrapartida, o órgão ou entidade supervisionada recebe flexibilidades ou autonomias
especiais.

(TRF4-2012): A autonomia gerencial, orçamentária e financeira de órgãos e entidades da administração


direta municipal pode ser ampliada mediante contrato que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou a entidade. BL: art. 37, §8º, CF/88 (adm.)

(TRF5-2009-CESPE): “No meio, entre as atividades exclusivas de Estado e a produção de bens e serviços para o
mercado, temos hoje, dentro do Estado, uma série de atividades na área social e científica que não lhe são exclusivas,
que não envolvem poder de Estado. Incluem-se nessa categoria as escolas, as universidades, os hospitais etc. Se o seu
financiamento em grandes proporções é uma atividade exclusiva do Estado, sua execução definitivamente não o é.
Pelo contrário, estas são atividades competitivas, que podem ser controladas não apenas pela administração pública
gerencial, mas também e principalmente pelo controle social e pela constituição de quase-mercados. Nesses termos,
não há razão para que essas atividades permaneçam dentro do Estado, sejam monopólio estatal. Mas também não se
justifica que sejam privadas.” Luiz Carlos Bresser Pereira. A Reforma do Estado dos anos 90: lógica e
mecanismos de controle. In: Lua Nova - Revista de Cultura Política, n.º 45, 1998, p. 49-95 (com
adaptações). Com relação à reforma do Estado brasileiro e ao tema abordado no texto acima, assinale a
opção correta: A administração pública gerencial deve dar ênfase na avaliação que tem como parâmetro
os resultados obtidos, especialmente quando se trata da prestação de serviços sociais e científicos. Por
essa razão, tanto a lei que trata das organizações sociais quanto a que trata das OSCIPs preveem que o
instrumento firmado entre o poder público e as entidades qualificadas - contrato de gestão e termo de
parceria, respectivamente - deve estipular as metas e os resultados a serem atingidos e os critérios
objetivos de avaliação e desempenho. BL: art. 37, §8º, CF/88 (adm.)

I - o prazo de duração do contrato; (TJMG-2008) (MPMG-2014) (DPERN-2015) (TRF5-2015) (PGM-


POA/RS-2016)

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade


dos dirigentes; (TJMG-2008) (MPMG-2014) (DPERN-2015) (TRF5-2015) (PGM-POA/RS-2016)

III - a remuneração do pessoal. (TJMG-2008) (MPMG-2014) (DPERN-2015) (TRF5-2015) (PGM-


POA/RS-2016)

§ 9º O disposto no inciso XI APLICA-SE às EMPRESAS PÚBLICAS e às SOCIEDADES DE


ECONOMIA MISTA, e SUAS SUBSIDIÁRIAS, que RECEBEREM recursos da União, dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEES-2008) (TJMG-2009) (PGEAM-2010) (TJPB-2011)
(TRF1-2011) (PGEPA-2011) (MPAL-2012) (TRF4-2012) (MPGO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJAP-2014)
(TJDFT-2015) (DPEMA-2015) (TRT2-2015) (TRT15-2015) (TRT23-2015) (DPEES-2016) (PGEMA-2016)
(PGESP-2009/2018) (DPEPE-2018)

Art. 37. (...).


XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003)

(MPGO-2019): Sobre os servidores de entes governamentais de direito privado, assinale a opção correta:
Como regra, estão limitados ao teto remuneratório previsto no art. 37, XI, da CF/88. O texto
constitucional, não obstante, afirma que as empresas públicas, as sociedades de economia e suas
subsidiárias não precisam observar o mencionado teto remuneratório quando não receberem recursos da
União, Estados, Municípios e DF para o pagamento de despesas de pessoal ou para custeio em geral. BL:

203
art. 37, caput, XI c/c §9º, CF.

##Atenção: ##Cartórios/TJBA-2013: ##DPEPE-2018: ##MPGO-2013/2019: ##CESPE: No que tange


aos empregados públicos das empresas públicas (EP) e sociedades de economia mista (SEM): o teto
somente se aplica se a empresa pública ou a sociedade de economia mista que receber recursos da
União, dos Estados, do DF ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
geral (art. 37, § 9º). De outra sorte, caso um ente público com participação em determinada sociedade de
economia mista não aporte, para a sociedade, recursos para despesas de pessoal ou custeio em geral, será
legítimo que os diretores dessa sociedade percebam remuneração além do teto constitucional. Noutros
termos, admite-se uma hipótese de inaplicabilidade do teto remuneratório no caso de empresas
estatais autossuficientes, ou seja, que não recebam recursos da União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios para CUSTEIO de DESPESAS de PESSOAL ou de CUSTEIO GERAL.

(TRF5-2017-CESPE): A respeito de agentes públicos, assinale a opção correta: Caso um ente público com
participação em determinada sociedade de economia mista não aporte, para a sociedade, recursos para
despesas de pessoal ou custeio em geral, será legítimo que os diretores dessa sociedade percebam
remuneração além do teto constitucional. BL: art. 37, §9º, CF.

##Atenção: O art. 37, § 9º, da CF/88 dispõe que a regra de submissão ao teto. Sendo assim, não
recebendo recursos dos entes federativos para custeio ou manutenção de pessoal, a empresa pode
efetivar o pagamento acima do teto remuneratório do serviço público aos seus empregados.

(TRF5-2011-CESPE): A respeito da administração pública, assinale a opção correta: A CF submeteu os


empregados das empresas públicas e das sociedades de economia mista ao teto remuneratório da
administração pública, limitando expressamente a aplicação de tal determinação aos casos em que tais
empresas recebam recursos da fazenda pública para custeio em geral ou gasto com pessoal. BL: art. 37,
§9º, CF.

§ 10. É VEDADA a PERCEPÇÃO SIMULTÂNEA DE PROVENTOS DE APOSENTADORIA


decorrentes do art. 40 [RPPS] ou dos arts. 42 [Militares] e 142 [Forças Armadas] com a remuneração de
cargo, emprego ou função pública, RESSALVADOS os CARGOS ACUMULÁVEIS na forma desta
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (TJPR-2008) (MPPR-2008) (TRF1-2009)
(PGEPE-2009) (MPPB-2010) (MPSE-2010) (PGERS-2011) (MPF-2012) (TRF5-2009/2013) (MPAC-2014) (MPGO-
2014) (PGEMS-2014) (DPEMA-2015) (TRT15-2015) (TRT23-2015) (TJRS-2018) (PGEAP-2018) (TJRO-2019)
(TJMS-2020)

(TJRO-2019-VUNESP): De acordo com a CF/88, é correto afirmar que é vedada a percepção simultânea
de proventos de aposentadoria decorrentes do regime próprio de previdência ou do regime de
previdência militar com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma da Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração. BL: art. 37, §10, CF.

(DPEMA-2015-FCC): Ao disciplinar os direitos e deveres dos servidores públicos, a Constituição


Federal permitiu a percepção acumulada de proventos de aposentadoria concedida pelo regime próprio
de previdência do servidor com remuneração de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração. BL: art. 37, §10, CF.

(MPAC-2014-CESPE): Em relação às regras constitucionais aplicáveis à administração pública e ao


entendimento do STF sobre a matéria, assinale a opção correta: É constitucionalmente permitido o
acúmulo de proventos de aposentadoria de servidor aposentado em cargo efetivo estadual com a
remuneração percebida em razão de exercício de cargo em comissão, declarado em lei como de livre
nomeação e exoneração. BL: art. 37, §10, CF.

§ 11. NÃO SERÃO COMPUTADAS, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI
do caput deste artigo, as parcelas DE CARÁTER INDENIZATÓRIO previstas em lei. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) (PGEPA-2011) (TJPA-2012) (MPMS-2013) (MPAC-2014)
(Cartórios/TJMG-2015) (DPEES-2012/2016) (DPEMT-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF5-2017) (PGM-
Fortaleza/CE-2017) (PGEAP-2018) (MPDFT-2021)

204
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGEAP-2018: ##MPDFT-2021: ##FCC: A jurisprudência do STJ
orienta-se no sentido de que em se tratando de cumulação legítima de cargos, a remuneração do
servidor público não se submete ao teto constitucional, devendo os cargos, para este fim, ser
considerados isoladamente. Precedentes: AgRg no RMS 32.917/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia
Filho, 1ª T., DJe 30/3/15; RMS 40.895/TO, Rel. Min. Og Fernandes, 2ª T., DJe 26/9/14; AgRg no AgRg no
RMS 33.100/DF, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., DJe 15/5/13. STJ. 1ª T., AgRg no RMS 45.937/DF, Rel.
Min. Benedito Gonçalves, j. 05/11/15.
(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: Nas hipóteses de acumulação lícita de cargos públicos, o teto
remuneratório de regência incide isoladamente em cada uma das parcelas remuneratórias, sendo vedada a
incidência do referido limitador sobre o somatório dos vencimentos. BL: Entend. Jurisprud.

(DPEES-2012-CESPE): Acerca das regras constitucionais aplicáveis à administração pública, julgue o


item que se segue: De acordo com a CF, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei não são
computadas para efeito de cumprimento do teto constitucional da remuneração dos servidores públicos..
BL: art. 37, §11, CF.

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, FICA FACULTADO aos Estados e
ao Distrito Federal FIXAR, em seu âmbito, mediante EMENDA às respectivas Constituições e Lei
Orgânica, como limite único, o SUBSÍDIO MENSAL dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, LIMITADO a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento DO SUBSÍDIO MENSAL
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, NÃO SE APLICANDO o disposto neste parágrafo aos
SUBSÍDIOS dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 47, de 2005) (PCSC-2008) (TRF4-2009) (MPT-2009) (MPRO-2010) (PGEGO-2010) (PGEPA-2011) (MPF-2013)
(PGEMA-2016) (TJSC-2009/2017) (DPEDF-2019) (TJAP-2009/2022)

Art. 37. (...)


XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003)

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TJAP-2022: ##FGV: O teto aplicável aos servidores municipais é, em
regra, o subsídio do prefeito, não podendo se aplicar o modelo facultativo do § 12 do art. 37 da CF aos
servidores municipais: No que tange ao teto remuneratório, os Estados-membros e o Distrito Federal
possuem duas opções: a) escolher estipular um teto por Poder (chamado de modelo geral): a.1)
Executivo: subsídio do Governador. a.2) Legislativo: subsídio dos Deputados Estaduais. a.3) Judiciário
(inclui MP, Defensoria e Procuradoria): subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF. b) escolher estipular um subteto único para todos
os Poderes. Este subteto único corresponderia ao subsídio dos Desembargadores do TJ, para todo e
qualquer servidor de qualquer poder, ficando de fora desse subteto apenas o subsídio dos Deputados.
Essa segunda opção é chamada de modelo facultativo e está prevista no § 12 do art. 37 da CF/88,
inserido pela EC 47/2005. Para adotar o modelo facultativo, os Estados ou DF precisam de uma emenda
à Constituição estadual ou à Lei orgânica distrital. Vale ressaltar, contudo, que esse modelo facultativo
do § 12 do art. 37 da CF/88 não pode ser aplicado para os servidores municipais. O teto remuneratório
aplicável aos servidores municipais, excetuados os vereadores*, é o subsídio do prefeito municipal.
Assim, é inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que fixe o subsídio dos membros do TJ
local como teto remuneratório aplicável aos servidores municipais. STF. Plenário. ADI 6811/PE, Rel.
Min. Alexandre de Moraes, j. 20/8/21 (Info 1026).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Apesar de o julgado ter ressalvado apenas a situação dos
vereadores, podemos apontar uma segunda exceção: os procuradores municipais. Segundo decidiu o STF
em outra oportunidade: A expressão - Procuradores - contida na parte final do inciso XI do art. 37 da
Constituição da República, compreende os procuradores municipais, uma vez que estes se inserem nas
funções essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de 90,25% (noventa inteiros e vinte e
205
cinco centésimos por cento) do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF. Assim, o teto
remuneratório de Procuradores Municipais é o subsídio de Desembargador de TJ. STF. Plenário. RE
663696/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/2/2019 (Info 932).

##Atenção: ##DOD: ##STF: Lei do Estado da Bahia fixava um teto remuneratório exclusivo para os
servidores do Poder Judiciário. O STF entendeu que essa lei é inconstitucional. O teto para o
funcionalismo estadual somente pode ser fixado por meio de emenda à Constituição estadual, não
sendo permitido mediante lei estadual. Além disso, a Constituição do Estado da Bahia adotou subteto
único (§ 12º do art. 37 da CF) e a lei viola a sistemática escolhida porque fixou um teto apenas para os
servidores do Poder Judiciário, excluindo-o para os demais Poderes. STF. Plenário. ADI 4900/DF, rel.
orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, j. 11/2/2015 (Info 774).

##Atenção: ##STF: ##MPT-2009: ##MPRO-2010: ##MPF-2013: ##TJSC-2017: ##DPEDF-2019:


##CESPE: ##FCC: Magistratura. Remuneração. Limite ou teto remuneratório constitucional. Fixação
diferenciada para os membros da magistratura federal e estadual. Inadmissibilidade. Caráter nacional do
Poder Judiciário. Distinção arbitrária. Ofensa à regra constitucional da igualdade ou isonomia.
Interpretação conforme dada ao art. 37, inc. XI, e § 12, da CF. Aparência de inconstitucionalidade do
art. 2º da Res. 13/06 e do art. 1º, § único, da Res. 14/06, ambas do CNJ. Ação direta de
inconstitucionalidade. Liminar deferida. Voto vencido em parte. Em sede liminar de ação direta,
aparentam inconstitucionalidade normas que, editadas pelo Conselho Nacional da Magistratura,
estabelecem tetos remuneratórios diferenciados para os membros da magistratura estadual e os da
federal. STF, Tribunal Pleno, ADI 3854 MC, Rel. Cezar Peluso, j. 28/02/07 (Info 457).
(TJSC-2017-FCC): Lei estadual, de iniciativa parlamentar, determinou que o limite máximo de remuneração
dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional
dos membros dos poderes estaduais passará a ser o valor correspondente a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do STF, não se aplicando o referido limite
remuneratório, todavia, aos magistrados e deputados estaduais, para os quais se previu como teto,
respectivamente, o subsídio mensal dos Ministros do STF e o valor equivalente a setenta e cinco por cento
daquele estabelecido para os Deputados Federais. À luz da CF/88 e da jurisprudência do STF a referida lei
estadual é formalmente inconstitucional, uma vez que apenas emenda à Constituição do Estado poderia
estabelecer o limite máximo remuneratório, mas materialmente compatível com a Constituição Federal, na
medida em que os limites se adequam às normas constitucionais. BL: art. 37, XI c/c §12 da CF e Info 457,
STF.
##Atenção: No caso em tela, deve ser analisada a lei estadual em questão em seus aspectos formais e
materiais. Considerando o que a CF/88 dispõe sobre o tema, tem-se que o art. 37, §12 faculta aos Estados e
ao DF fixar, em seu âmbito, mediante EMENDA às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite
único, o SUBSÍDIO MENSAL dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% do
subsídio mensal dos Ministros do STF, com a ressalva de que isso não se aplica aos subsídios dos deputados
estaduais e distritais e dos vereadores, isto é, a fixação deste limite não poderia ser feita por lei estadual,
mas sim por emenda à Constituição daquele Estado (inconstitucionalidade formal, portanto). Em outros
termos, o chamado "teto único" somente poderia ser fixado mediante EMENDA À CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL. Como a questão diz que foi feita por lei de iniciativa parlamentar, esta lei é formalmente
inconstitucional. Todavia, o STF, julgamento da ADI 3854-1 (MC), entendeu que este limite previsto no §12
do art. 37 da CF não se aplica aos membros da magistratura estadual, de modo que, observando o
enunciado, o conteúdo material da norma é compatível com os dispositivos constitucionais aplicáveis (art.
37, XI e §12, CF) e com a jurisprudência do STF. Em outras palavras, sob o aspecto material, tem-se que é
constitucional a previsão, pois exclui da limitação ao subsídio dos Desembargadores (90,25% do subsídio do
STF) os Juízes Estaduais e os Deputados Estaduais, em consonância com o §12º do art. 37 da CF/88 e a
liminar concedida na ADI 3.854-1. Cumpre complementar, ainda, que, nos termos do art. 27, §1º, da CF, o
subsídio dos Deputados Estaduais deverá ser fixado à razão de, no máximo 75% daquele estabelecido para
Deputados Federais, sendo, tal limite foi respeitado no caso concreto. Logo, não há inconstitucionalidade
material quanto a tal limitação ali imposta para os Deputados Estaduais.

##Atenção: Exceções à regra do teto único: O próprio artigo excepciona desse teto único o subsídio a ser
pago por DEPUTADOS ESTADUAIS e VEREADORES. No caso dos DEPUTADOS, porém, existe outro
limite constitucional previsto pelo art. 27,§2º da CF (75% do subsídio dos Deputados Federais). Portanto,
a lei é materialmente constitucional neste ponto. Outra exceção diz respeito aos MAGISTRADOS. Apesar
de o art. 37, inciso XI; e §12º, determinarem que o subsídio dos membros do Poder Judiciário ficará
limitado ao valor de 90,25% do subsídio dos ministros do STF, o Supremo, na ADI 3854-1, em decisão
liminar, decidiu que essa interpretação não se aplica a JUÍZES e DESEMBARGADORES. Estes continuam
com teto de 100% do subsídio dos ministros do STF. Por isso, a lei também foi materialmente
constitucional neste ponto. No entanto, cuidado, pois este limite de 90,25% continua aplicável para os
demais servidores do Poder Judiciário (art. 37, XI, CF), bem como para os servidores dos três poderes,
caso adotado o “teto único” do art. 37, §12º CF.

206
##Atenção: ##DOD:
- Teto NACIONAL: subsídio dos Ministros do STF. Ninguém poderá receber acima desse valor; as
Constituições estaduais e leis orgânicas podem fixar subtetos para Estados/DF e Municípios; tais
subtetos também deverão respeitar o teto nacional.
- Subteto nos Estados/DF: Existem duas opções:
Opção 1 (subtetos diferentes para cada um dos Poderes):
 Executivo: subsídio do Governador.
 Legislativo: subsídio dos Deputados Estaduais.
 Judiciário (inclui MP, Defensoria e Procuradoria): subsídio dos Desembargadores do TJ.
Opção 2 (subteto único para todos os Poderes): subsídio dos Desembargadores do TJ.
Obs.1: o subsídio do Desembargador é 90,25% do subsídio do Ministro do STF.
Obs.2: o subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais seguirá regras próprias (§ 2º do art. 27),
não estando sujeito ao subsídio dos Desembargadores. Vale ressaltar que quem define se o
Estado-membro adotará subtetos diferentes ou único é a Constituição estadual.

##Atenção: ##Em resumo: Nos dias atuais, tem-se que os Estados podem, mediante EMENDA
CONSTITUCIONAL, limitar o valor da remuneração dos servidores públicos a um limite único no
âmbito do respectivo Estado, que corresponde a 90,25% do subsídio dos ministros do STF, excluindo-se
dessa regra os deputados estaduais, vereadores e juízes estaduais. Para os juízes estaduais, portanto,
aplica-se a regra geral do art. 37, XI, da CF, isto é, remuneração limitada ao subsídio mensal dos
ministros do STF, e não a 90,25% do subsídio dos Desembargadores.

(TJAP-2022-FGV): O Estado Gama, por meio de emenda constitucional, acresceu à sua Constituição
Estadual norma instituindo o teto remuneratório dos servidores públicos estaduais limitado ao valor do
subsídio mensal dos ministros do STF. De acordo com a CF/88 e a jurisprudência do STF, a mencionada
norma é: inconstitucional, pois a CF/88 dispõe que é facultado aos Estados fixar, em seu âmbito,
mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o teto remuneratório dos servidores públicos
estaduais, exceto no que se refere aos subsídios dos deputados estaduais, adotando, como limite único, o
valor do subsídio mensal dos desembargadores dos respectivos Tribunais de Justiça, limitado a 90,25%
do subsídio mensal dos ministros do STF. BL: art. 37, caput, XI e §12, CF.

(TJAP-2009-FCC): Na organização federativa brasileira, inclusive no que se refere a repartição de


competências entre entes federados, os Estados e o Distrito Federal podem fixar, em seu âmbito,
mediante emenda as respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, mas esta
faculdade não se aplica aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. BL: art. 37,
§12, CF.

§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas
atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de
escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJRJ-2019)

§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo,


emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento
do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019) (TJGO-2021)

##Atenção: ##Reperc. Gera/STF – Tema 606: ##DOD: A concessão de aposentadoria ao empregado


público, com utilização do tempo de contribuição, acarreta obrigatoriamente o rompimento do vínculo
trabalhista?: A justiça comum é competente para processar e julgar ação em que se discute a
reintegração de empregados públicos dispensados em face da concessão de aposentadoria espontânea.
A concessão de aposentadoria, com utilização do tempo de contribuição, leva ao rompimento do
vínculo trabalhista nos termos do art. 37, § 14, da CF. Entretanto, é possível a manutenção do vínculo
trabalhista, com a acumulação dos proventos com o salário, se a aposentadoria se deu pelo RGPS antes
da promulgação da EC 103/2019. Tese fixada pelo STF: “A natureza do ato de demissão de empregado
público é constitucional-administrativa e não trabalhista, o que atrai a competência da Justiça comum
para julgar a questão. A concessão de aposentadoria aos empregados públicos inviabiliza a
permanência no emprego, nos termos do art. 37, § 14, da Constituição Federal, salvo para as

207
aposentadorias concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor da
Emenda Constitucional 103/19, nos termos do que dispõe seu art. 6º.” STF. Plenário. RE 655283/DF, Rel.
Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Dias Toffoli, j. 16/6/21 (Info 1022).

§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões por morte a


seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em
lei que extinga regime próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem realizar


avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados
alcançados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

Art. 38. Ao servidor público da administração DIRETA, AUTÁRQUICA e FUNDACIONAL, no


exercício de mandato eletivo, APLICAM-SE as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (PF-2013) (TRT/Unificado-2017)

##Atenção: ##PF-2013: ##CESPE: Os afastamentos previstos no art. 38, da CF, aplicam-se aos servidores
da administração direta, autárquica e fundacional, não se aplicando àqueles que possuem contrato
temporário com a Administração.

I - TRATANDO-SE de MANDATO ELETIVO federal, estadual ou distrital, FICARÁ AFASTADO


de seu cargo, emprego ou função; (DPEES-2009) (TJGO-2012) (MPSP-2012) (DPEDF-2013) (PF-2013)
(MPAC-2014) (MPMG-2014) (PCPI-2014) (PCSC-2014) (MPRS-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGESC-2018)

II - INVESTIDO no MANDATO DE PREFEITO, SERÁ AFASTADO do cargo, emprego ou função,


SENDO-LHE FACULTADO OPTAR pela sua remuneração; (TJSE-2008) (PGEGO-2010) (TJBA-2012)
(TJGO-2012) (PGEMG-2012) (DPEDF-2013) (TRF2-2013) (PF-2013) (MPMG-2014) (DPEMG-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PCPI-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TJRS-2016) (PGEMS-2016) (TRT3-2016) (MPRS-
2017) (PGESC-2018) (PGESP-2018) (MPSP-2012/2022)

(DPEMG-2014): João Marcelo, Defensor Público estadual, estável, pretende candidatar-se nas
próximas eleições municipais. Nessa hipótese, o Defensor Público João Marcelo: Poderá candidatar-se ao
cargo de prefeito e, se eleito, não obstante obrigado a afastar-se do cargo de Defensor Público, poderá
optar por receber a remuneração do cargo efetivo. BL: art. 38, II, CF.

(MPSP-2012): O servidor público, no exercício de mandato eletivo, investido no mandato de Prefeito,


será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. BL: art. 38,
II, CF.

##Atenção: ##STF: ##TRF2-2013: ##Cartórios/TJSE-2014: ##CESPE: Servidor público investido no


mandato de Vice-Prefeito. Aplicam-se-lhe, por analogia, as disposições contidas no inciso II do art. 38
da CF. STF. Plenário. ADI 199, Rel. Min. Maurício Corrêa, j. 22/04/98. (...) Vice-Prefeito, que é titular de
emprego remunerado em empresa pública. 3. Não pode o Vice-Prefeito acumular a remuneração
decorrente de emprego em empresa pública estadual com a representação estabelecida para o exercício
do mandato eletivo (CF art. 29, V). 4. Constituição, art. 38, II. 5. O que a CF/88 excepcionou, no art. 38,
III, no âmbito municipal, foi apenas a situação do Vereador, ao possibilitar-lhe, se servidor público,
no exercício do mandato, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, quando houver compatibilidade de horários; se não se comprovar a
compatibilidade de horários, será aplicada a norma relativa ao Prefeito (CF, art. 38, II). 6. Hipótese em
que o acórdão não reconheceu ao Vice-Prefeito, que exercia emprego em empresa pública, o direito a
perceber, cumulativamente, a retribuição estabelecida pela Câmara Municipal. STF. 2ª T., RE 140269,
Rel. Min. Néri da Silveira, j. 01/10/96.

III - INVESTIDO no MANDATO DE VEREADOR, HAVENDO compatibilidade de horários,


PERCEBERÁ as vantagens de seu cargo, emprego ou função, SEM PREJUÍZO da remuneração do cargo
eletivo, e, NÃO HAVENDO compatibilidade, SERÁ APLICADA a norma do inciso anterior; (PGEGO-
2010) (MPPB-2011) (TJBA-2012) (TJGO-2012) (DPEDF-2013) (TRF2-2013) (MPAC-2014) (MPMG-2014)
(MPPA-2014) (DPEMG-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TRT23-2015) (TJRS-2016) (Cartórios/TJSP-2016)

208
(PGEMS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017) (PGESP-2009/2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018)
(MPSP-2012/2022)

##Atenção: Quantos aos incisos I a III do art. 38 da CF, vale ressaltar que a ÚNICA e EXCLUSIVA
hipótese de se acumular função pública + mandato eletivo, é no caso de VEREADOR. Porém, ainda
sim, se houver compatibilidade de horários, a regra é o afastamento!

(DPEDF-2013-CESPE): Considerando as disposições constitucionais acerca da administração pública e


de seus servidores, julgue o item a seguir: Servidor público da administração direta, autárquica ou
fundacional eleito vereador poderá acumular o exercício de seu cargo público com o do mandato.
Entretanto, sendo ele eleito para os demais cargos eletivos, deverá ficar afastado de seu cargo, emprego
ou função pública. BL: art. 38, I, II e III, CF.

##Atenção: A REGRA é que o servidor se AFASTE do seu cargo, emprego ou função, temos uma exceção
o caso de mandato de Vereador (inciso III do art. 38, CF).

IV - em qualquer caso que EXIJA o AFASTAMENTO para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço SERÁ CONTADO para todos os efeitos legais, EXCETO para PROMOÇÃO POR
MERECIMENTO; (TJDFT-2007) (TJMS-2008) (DPEES-2009) (TJGO-2012) (PCSP-2012) (TRF2-2013) (PF-
2013) (MPAC-2014) (MPMG-2014) (DPEMG-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (TRT23-2015) (MPPR-2016) (MPRS-
2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGESC-2018) (PGESP-2018) (PCSE-2018) (MPSC-2019)

(PGESP-2018-VUNESP): Ana Maria, titular de cargo efetivo, foi eleita vereadora do Município de São
José do Rio Preto. Assim que soube do fato, o órgão de recursos humanos a que se vincula solicitou à
Consultoria Jurídica orientações sobre a situação funcional da servidora caso viesse a assumir o mandato
eletivo. O Procurador do Estado instado a responder à consulta poderá apresentar, sem risco de incorrer
em equívoco, os seguintes esclarecimentos acerca da situação: caso haja compatibilidade de horários, a
servidora fará jus à percepção das vantagens do seu cargo, sem prejuízo da remuneração do mandato
eletivo e, caso não haja compatibilidade de horários, fará jus ao afastamento do cargo efetivo, com a
faculdade de optar pela melhor remuneração. O tempo de afastamento do cargo efetivo para exercício de
mandato eletivo será computado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
BL: art. 38, III e IV, CF.

(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): De acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o


item subsecutivo, relativos a servidores públicos: Caso um procurador municipal assuma mandato de
deputado estadual, ele deve, obrigatoriamente, se afastar de seu cargo efetivo, devendo seu tempo de
serviço ser contado para todos os efeitos legais durante o afastamento, exceto para promoção por
merecimento. BL: art. 38, I e IV, CF.

(MPPR-2016): Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, em qualquer caso


que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para
todos os efeitos legais, inclusive para fins de promoção na carreira. BL: art. 38, IV, CF (administ.)

V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse
regime, no ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios INSTITUIRÃO, no âmbito de sua
competência, REGIME JURÍDICO ÚNICO e PLANOS DE CARREIRA para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) (PGEPB-
2008) (DPEAL-2009) (PCDF-2009) (PCPB-2009) (MPDFT-2011) (TJBA-2012) (TJRS-2012) (DPEMS-2012)
(DPESP-2012) (PCGO-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (TRF3-2011/2013) (TRF2-2013) (PGEGO-2013) (MPT-
2013) (TJAP-2014) (DPEPR-2014) (PCSC-2014) (TRF1-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (MPT-2015)
(DPEES-2016) (PGESE-2017) (Cartórios/TJMG-2018) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(Cartórios/TJPR-2019)

209
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)

(TRF5-2015-CESPE): No que concerne ao regime jurídico do servidor estatutário e do empregado público


e ao regime de previdência social para ambos, assinale a opção correta: Em que pese a alteração
promovida pela EC n.º 19, que implementou, em 1998, a reforma da administração pública, permanece
válida a norma constitucional que determina que todos os entes federativos devem instituir regime
jurídico único para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações de
direito público. BL: art. 39, caput, CF e ADI 2135.

##Atenção: ##PCDF-2009: ##DPEMS-2012: ##DPESP-2012: ##PCGO-2012: ##AGU-2012: ##PFN-


2012: ##TRF2-2013: ##TRF3-2013: ##PGEGO-2013: ##DPEPR-2014: ##TRF1-2011/2015: ##TRF5-
2015: ##PGEPR-2015: ##MPT-2015: ##PGESE-2017: ##Cartórios/TJMG-2018: ##CESPE:
##Consulplan: ##FCC: ##PUCPR: ##VUNESP: A CF/88, na redação originária do art. 39, tivemos a
instituição de um regime jurídico único (RJU), ou seja, quando falamos em um regime de contratação
para trabalhar na Administração Pública há um regime estatutário (calcada no estatuto dos servidores
públicos) ou um regime celetista (baseado no Direito do Trabalho, nas regras da CLT). Em 1988, na
redação originária do art. 39 da CF existia a regra de um RJU. Isso significa dizer que, por exemplo um
determinado município teria que optar por um dos dois regimes jurídicos de contratação. Ocorre que
tivemos a Emenda Constitucional nº 19/98 que alterou a redação do art. 39, acabando com essa exigência
do RJU. Ou seja, de 1998 para frente seria possível ter, por exemplo, em um município os dois regimes
jurídicos (estatutário e celetista). Porém, pode-se afirmar que foi um fim entre aspas do regime jurídico
único. Percebe-se, então, que foi retirado do texto constitucional a exigência do RJU. E isso persistiu
durante um longo período até que o STF, analisando uma medida cautelar na ADI 2.135-4,
SUSPENDEU, a redação dada pela EC 19/98. Em outras palavras, o STF, através de uma decisão cautelar
(provisória) suspendeu a eficácia da redação dada pela EC 19/98. Portanto, temos duas redações do art.
39 da CF/88. Em resumo, o STF deferiu medida cautelar para o fim de suspender a eficácia do art. 39,
caput, da CF, com redação dada pela EC 19/98, o que rendeu ensejo ao retorno da redação anterior, pela
qual havia sido instituído o regime jurídico único. Considerou a Corte a existência de aparentes indícios
de inconstitucionalidade formal, tendo em vista erro de procedimento da tramitação daquela Emenda. A
decisão, porém, teve eficácia ex nunc, subsistindo a legislação editada sob o império do dispositivo
suspenso.
(DPEPR-2014-UFPR): Sobre os agentes públicos, assinale a alternativa correta: O regime jurídico único
está vigente, pois o STF julgou inconstitucional a EC 19/98 no tocante à alteração do caput do art. 39 da
CF/88. BL: art. 39, CF e ADI 2135.
(TRF1-2011-CESPE): Relativamente à disciplina constitucional sobre a administração pública, assinale a
opção correta: Segundo decisão liminar exarada pelo STF, permanece em vigor a redação original do
dispositivo da CF que consagra o regime jurídico único no âmbito da administração direta, das autarquias e
das fundações, tanto na esfera federal como estadual e municipal. BL: art. 39, CF e ADI 2135.

(MPCE-2009-FCC): Consoante a disciplina constitucional e jurisprudencial relativa aos servidores


públicos, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. BL: art. 39, CF.

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório


OBSERVARÁ: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada


carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPDFT-2011) (TJBA-2012) (TJPR-2012) (TRF2-
2018) (MPSP-2022)

II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPDFT-2011)
(TJBA-2012) (TRF2-2018) (MPSP-2022)

III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPDFT-2011)
(TJBA-2012) (TRF2-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (MPSP-2022)

(MPSP-2022): Assinale a alternativa correta: Determina a Constituição que a União, Estados, DF e


Municípios considerem os seguintes aspectos na fixação dos padrões de vencimento de seus servidores
210
públicos: natureza, grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos de cada uma das carreiras, os
requisitos para investidura e as peculiaridades dos cargos. BL: art. 39, §1º, CF.

##Atenção: ##TRF2-2018: A regra do art. 39, §1º da CF estabelece que a fixação dos padrões de
vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: I - a natureza, o grau de
responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; II - os requisitos para a
investidura; III - as peculiaridades dos cargos. Portanto, remuneração deverá ser definida levando em
conta esses critérios objetivos. Além disso, EC 19 eliminou qualquer possibilidade de isonomia de
vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

(TJBA-2012-CESPE): Assinale a opção correta acerca da administração e dos servidores públicos:


Segundo a CF, para a fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema
remuneratório dos servidores públicos, devem ser observados, além da natureza, do grau de
responsabilidade e da complexidade dos cargos componentes de cada carreira, os requisitos para a
investidura e as peculiaridades dos cargos. BL: art. 39, §1º, CF (administ.)

§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal MANTERÃO ESCOLAS DE GOVERNO para a


formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, CONSTITUINDO-SE a participação nos cursos
um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou
contratos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJRO-2011)
(MPMG-2011) (Cartórios/TJMG-2017) (Cartórios/TJPR-2019)

§ 3º APLICA-SE aos SERVIDORES OCUPANTES DE CARGO PÚBLICO o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX , PODENDO a lei ESTABELECER
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (MPSE-2010) (TJRO-2011) (DPEMA-2011) (TRF3-2011) (MPMG-2012) (MPRR-
2012) (DPEDF-2013) (DPECE-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TRF1-2015) (Cartórios/TJRS-2015)
(PGERS-2015) (PCCE-2015) (TRT6-2015) (TJDFT-2016) (TJRS-2016) (PCPE-2016) (TRT1-2016) (TRT3-2016)
(PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEAM-2018) (TJSC-2019)

(TJDFT-2016-CESPE): São direitos sociais atribuídos pela CF aos servidores públicos estatutários a
remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento do valor normal.
BL: art. 39, §3º c/c art. 7º, XVI, da CF.

##Atenção: Segundo art. 7º da CF, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social: [...] XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal.

##Atenção: ##DICA: Aplicam-se aos servidores: art. 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII,
XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX.
SA-GA-NOTURNA , JORNADA-EXTRA, MULHER-RISCOS. NÃO-DIFERE-SEXO

SA= XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos
da lei;

GA= VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;

NOTURNA=IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

JORNADA=XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;

EXTRA= XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por


cento à do normal;

MULHER=XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da lei;

211
RISCOS= XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;

NÃO-DIFERE-SEXO= XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de


critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários


Estaduais e Municipais SERÃO REMUNERADOS EXCLUSIVAMENTE POR SUBSÍDIO fixado em
parcela única, VEDADO o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPPE-2008) (MPCE-2009) (DPEAL-2009) (DPEMT-
2009) (PGEGO-2010) (TJES-2011) (MPRR-2012) (DPEES-2012) (DPEPR-2012) (PGEMG-2012) (MPMG-
2013) (TRT2-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PCGO-2013/2018) (PGEPE-2018) (PGETO-2018) (DPEDF-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (TJMS-2020) (TJPR-2021) (TJMG-2022) (TCEPB-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: Não é possível conceder pensão vitalícia aos
dependentes de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador que morreram no exercício do mandato : A concessão
de pensão vitalícia à viúva, à companheira e a dependentes de prefeito, vice-prefeito e vereador,
falecidos no exercício do mandato, não é compatível com a Constituição Federal. STF. Plenário. ADPF
764/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 27/8/21 (Info 1027).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: É inconstitucional o pagamento de subsídio mensal


e vitalício a ex-Vereadores, assim, como o pagamento de pensão por morte aos dependentes dos ex-
ocupantes deste cargo: Algumas leis municipais preveem que a pessoa que tiver exercido o cargo de
Vereador fará jus, após deixar o mandato, a um subsídio mensal e vitalício. Alguns chamam isso de
representação, outros de pensão vitalícia e outros de pensão civil. A previsão desse pagamento é
compatível com a CF/88? NÃO. O STF fixou a seguinte tese a respeito do tema: Lei municipal a versar
a percepção, mensal e vitalícia, de “subsídio” por ex-vereador e a consequente pensão em caso de
morte não é harmônica com a CF/1988. Lei municipal versando subsídio vitalício considerado o
exercício de mandatos de vereador e a consequente pensão em caso de morte é incompatível com a
CF/1988. STF. Plenário. RE 638307/MS, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 19/12/19 (Tema 672 – repercussão
geral) (Info 964).
(TJPR-2021-FGV): Antônio exerceu o cargo eletivo de Vereador junto ao Legislativo municipal durante
dezesseis anos. No Município em análise, existe lei municipal dispondo que a pessoa que tiver exercido o
cargo de Vereador durante quatro Legislaturas ou dezesseis anos de vereança faz jus, a título de pensão,
após o término do mandato, a um subsídio mensal e vitalício igual parte fixa da remuneração dos membros
da edilidade. No caso em tela, de acordo com o entendimento do STF, a mencionada lei municipal: não é
harmônica com a CF/1988, pois configura tratamento privilegiado em favor de ex-membro do Legislativo
municipal, que não mais é agente político, com violação aos princípios da moralidade e da isonomia. BL:
Info 964, STF e Info 1027, STF (citado acima).

##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF decidiu que o art. 39, § 4º, da CF/88 não é incompatível com o
pagamento de terço de férias e décimo terceiro salário (Tema 484 da Repercussão Geral). Cumpre
registrar que a CF/88 prevê, em seu art. 39, § 3º, que os servidores públicos gozam de terço de férias e
13º salário, não sendo vedado o seu pagamento de forma cumulada com o subsídio. Assim, os
Vereadores, mesmo recebendo sua remuneração por meio de subsídio (parcela única), podem ter
direito ao pagamento de terço de férias e de décimo terceiro salário. Vale ressaltar, no entanto, que o
pagamento de décimo terceiro e do terço constitucional de férias aos agentes políticos com mandato
eletivo não é um dever, mas sim uma opção, que depende do legislador infraconstitucional. Assim, a
definição sobre a adequação de percepção dessas verbas está inserida no espaço de liberdade de
conformação do legislador infraconstitucional. Em outras palavras, o legislador municipal decide se
irá ou não conceder tais verbas aos Vereadores. Se não houver lei concedendo, eles não terão direito.
Desse modo, é possível o pagamento de terço de férias e de décimo terceiro salário aos Vereadores,
mas desde que a percepção de tais verbas esteja prevista em lei municipal. STF. 1ª T. Rcl 32483
AgR/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 3/9/19 (Info 950).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TCEPB-2022: ##CESPE: O § 4º do art. 39 da CF/88 prevê que os


servidores remunerados pelo regime de subsídio recebem “parcela única” mensal, sendo “vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória”. Vale ressaltar, no entanto, que o art. 39, § 4º, da CF/88 não estabelece uma vedação
absoluta ao pagamento de outras verbas além do subsídio. O modelo de remuneração por subsídio
tem por objetivo evitar que atividades “normais” exercidas pelo servidor público, ou seja, atividades
212
que são inerentes ao cargo que ele ocupa (e que já são remuneradas pelo subsídio) sejam também
remuneradas com o acréscimo de outras parcelas adicionais. Dito de outra forma: o subsídio remunera
o servidor pelas atividades que ele realiza e que são inerentes ao seu cargo, ou seja, as atividades
“normais” de seu cargo. O art. 39, § 4º proíbe que este servidor receba outras verbas (além do
subsídio) para exercer essas atividades “normais”. Contudo, o art. 39, § 4º, não proíbe que o servidor
receba: a) valores que não ostentam caráter remuneratório, como os de natureza indenizatória; e b)
valores pagos como retribuição por eventual execução de encargos especiais não incluídos no plexo
das atribuições normais e típicas do cargo considerado. O que o art. 39, § 4º, da CF impede é a
acumulação do subsídio com outras verbas destinadas a retribuir o exercício de atividades próprias e
ordinárias do cargo. Justamente por isso, é constitucional lei estadual que preveja o pagamento de
gratificação para servidores que já recebem pelo regime de subsídio quando eles realizarem
atividades que extrapolam as funções próprias e normais do cargo. Essas atividades, a serem
retribuídas por esta parcela própria, detêm conteúdo ocupacional estranho às atribuições ordinárias
do cargo e, portanto, podem ser remuneradas por gratificação além da parcela única do subsídio, sem
que isso afronte o art. 39, § 4º, da CF. Essa gratificação somente seria inconstitucional se ficasse
demonstrado que estaria havendo um duplo pagamento pelo exercício das mesmas funções normais
do cargo. STF. Plenário. ADI 4941/AL, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, j.
14/8/19 (Info 947).

##Questiona-se: ##DOD: Quais categorias recebem por subsídio? Segundo o § 4º do art. 39 são
remunerados exclusivamente por subsídio: a) os membros de Poder (Presidente, Governador, Prefeito,
parlamentares, magistrados); b) os detentores de mandato eletivo; c) os Ministros de Estado; d) os
Secretários Estaduais e Municipais. Além disso, existem alguns dispositivos esparsos da CF/88 que
exigem o regime de subsídio para as seguintes carreiras: a) membros do Ministério Público (art. 128, §
5º, I, “c”); b) membros da Defensoria Pública (art. 135); c) membros da Advocacia Pública (art. 135); d)
Ministros do TCU (art. 73, § 3º); e) servidores policiais (art. 144, § 9º). As carreiras acima listadas
devem obrigatoriamente receber por meio de subsídio. A lei não pode estipular forma diferente, sob
pena de ser inconstitucional.

##Questiona-se: ##DOD: Além desses, outros servidores também podem receber por subsídio? SIM.
O § 8º do art. 39 afirma que a remuneração de todos os servidores públicos que são organizados em
carreira poderá ser fixada por meio do regime de subsídio. Assim, com base nessa previsão do § 8º, a
lei poderá prever o regime de subsídio para outros servidores públicos além dos que foram acima
listados. O conceito de subsídio não se aplica, portanto, unicamente aos agentes políticos, como
ocorria anteriormente, comportando extensão a todas as categorias de servidores organizadas em
carreira, nos termos do art. 39, § 8º, da CF/88.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGETO-2018: ##TJMG-2022: ##FCC: ##FGV: Regime de subsídio e


pagamento de 13º e férias a Prefeito e Vice-Prefeito: O art. 39, § 4º, da Constituição Federal não é
incompatível com o pagamento de terço de férias e décimo terceiro salário. STF. Plenário. RE
650898/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, j. 1º/2/17 (repercussão
geral) (Info 852).

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no
art. 37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e


da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(PGEAM-2010) (PCSC-2014)

§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e
fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento
e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a
forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJPA-
2012) (PCSC-2014) (PGM-Salvador/BA-2015)

(PGM-Salvador/BA-2015-CESPE): À luz do disposto na CF, assinale a opção correta a respeito do


servidor público: Os municípios, os estados, o DF e a União disciplinarão, nos termos de lei, editada por
cada um deles, a aplicação de recursos orçamentários resultantes da economia com despesas correntes
em cada órgão, autarquia e fundação, para desenvolvimento de programas de qualidade e

213
produtividade, entre outros fins. BL: art. 39, §4º, CF/88.

§ 8º A REMUNERAÇÃO dos servidores públicos organizados em carreira PODERÁ SER FIXADA


nos termos do § 4º. [obs.: por SUBSÍDIO] [obs.2: é facultativo] (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998) (MPCE-2009) (DPEAL-2009) (TJSC-2010) (TJES-2011) (TJRS-2012) (PGEMG-2012) (MPMG-2013)

§ 9º É VEDADA a INCORPORAÇÃO DE VANTAGENS de caráter temporário ou vinculadas ao


exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (Cartórios/TJAL-2019) (TJMG-2022)

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJRO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-
2019) (TJGO-2021)

§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

I - POR INCAPACIDADE PERMANENTE PARA O TRABALHO, no cargo em que estiver


investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações
periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na
forma de lei do respectivo ente federativo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(MPSC-2021)

II - COMPULSORIAMENTE, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70


(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGEAP-2018) (PGESC-
2018) (PGETO-2018) (TJMS-2020) (TJGO-2021) (TJSP-2021)

##Atenção: ##STF – Reperc. Geral – Tese 763: ##DOD: ##MPPR-2017: ##DPEPR-2017: ##DPEPE-
2018: ##PGEAP-2018: ##PGETO-2018: ##Anal. Judic./TRF4-2019: ##TJMS-2020: ##TJGO-2021: ##FCC:
A aposentadoria compulsória não se aplica para cargo em comissão: Os servidores ocupantes de cargo
exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória prevista no art.
40, § 1º, II, da CF/88. Este dispositivo atinge apenas os ocupantes de cargo de provimento efetivo. Por
conta disso, não existe qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo em comissão . Ressalvados
impedimentos de ordem infraconstitucional, não há óbice constitucional a que o servidor efetivo,
aposentado compulsoriamente, permaneça no cargo comissionado que já desempenhava ou a que seja
nomeado para cargo de livre nomeação e exoneração, uma vez que não se trata de continuidade ou
criação de vínculo efetivo com a Administração. STF. Plenário. RE 786540, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
15/12/16 (repercussão geral) (Info 851). STJ. 2ª T. RMS 36.950-RO, Rel. Min. Castro Meira, DJe 26/4/13
(Info 523). Portanto, o STF entende que “os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se
submetem à regra da aposentadoria compulsória prevista no art. 40, § 1º, II, da CF, a qual atinge apenas os
ocupantes de cargo de provimento efetivo, inexistindo, também, qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo
em comissão”.
(DPEPE-2018-CESPE): Com referência às disposições constitucionais aplicáveis aos agentes públicos,
julgue o seguinte item, com base no entendimento do STF: A aposentadoria compulsória por idade para os
servidores públicos, prevista na CF/1988, não atinge os ocupantes de cargos exclusivamente em comissão.
BL: Info 736, STF.

##Atenção: ##STF: ##MPF-2011: ##TJMG-2012: ##PGEMS-2014: "O art. 40, § 1º, II, da Constituição do
Brasil, na redação que lhe foi conferida pela EC 20/1998, está restrito aos cargos efetivos da União, dos
Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios – incluídas as autarquias e fundações. Os
serviços de registros públicos, cartorários e notariais são exercidos em caráter privado por delegação do
Poder Público – serviço público não privativo. Os notários e os registradores exercem atividade estatal,
entretanto não são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são
servidores públicos, não lhes alcançando a compulsoriedade imposta pelo mencionado art. 40 da
CF/1988 – aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade." (ADI 2.602, Rel. p/ o ac. Min. Eros
Grau, j. 24/11/05, Plenário) No mesmo sentido: AI 494.237-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j.
23/11/10, 2ª T.; RE 478.392-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 14/10/08, 2ª T., j 21/11/08; Rcl 5.526-AgR,

214
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 25/6/08, Plenário; AI 655.378-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j.
26/2/08, 2ª T. Vide: RE 556.504-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 10/8/10, 1ª T.; MS 28.440 ED-AgR, Rel.
Min. Teori Zavascki, j. 19/6/13.
(PGEMS-2014): A aposentadoria compulsória de tabelião era possível até o advento da EC nº 20/98,
conforme entendimento atual do STF, isto porque segundo este somente até a promulgação da emenda
20/98, o ordenamento constitucional estendia o instituto da aposentadoria compulsória a tabeliães e
registradores. BL: Entend. Jurisprud.

(MPSC-2019): A aposentadoria compulsória de membro do Ministério Público que completa 75 (setenta e


cinco) anos de idade é um ato administrativo vinculado. BL: art. 40, §1º, II, CF.

III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco)
anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima
estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de
contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o §
2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social,
observado o disposto nos §§ 14 a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJPR-2021)

Art. 201. (...)


§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado
terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (...)
§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios
previdenciários e de contagem recíproca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia mista
e das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do tempo mínimo de
contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, na forma estabelecida em lei.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo


ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (DPEDF-2019) (PGERS-2021)

§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios em


regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a
avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente
socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput
do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com
efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes,
vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)

##Atenção: ##STF – Reperc. Geral – Tese 942: ##DOD: Até a edição da EC 103/19, o direito à conversão,
em tempo comum, do prestado sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física de servidor público decorre da previsão de adoção de requisitos e critérios diferenciados para a

215
jubilação daquele enquadrado na hipótese prevista no então vigente inciso III do § 4º do art. 40 da
CF/88, devendo ser aplicadas as normas do regime geral de previdência social relativas à
aposentadoria especial contidas na Lei 8.213/91 para viabilizar sua concretização enquanto não
sobrevier lei complementar disciplinadora da matéria. Após a vigência da EC 103/19, o direito à
conversão em tempo comum, do prestado sob condições especiais pelos servidores obedecerá à
legislação complementar dos entes federados, nos termos da competência conferida pelo art. 40, § 4º-
C, da CF/88. STF. Plenário.RE 1014286, Rel. Luiz Fux, Relator p/ Acórdão Edson Fachin, j. 31/08/20
(Info 992)

§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação às
idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo
exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei
complementar do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 6º RESSALVADAS as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta


Constituição, É VEDADA a percepção de mais de uma aposentadoria À CONTA DE REGIME PRÓPRIO
DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, APLICANDO-SE outras vedações, regras e condições para a acumulação
de benefícios previdenciários ESTABELECIDAS no REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA
SOCIAL. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJMS-2020) (PGERS-2021)

(PGERS-2021-Fundatec): Emendas ao texto da Constituição Federal, especialmente a partir de 1998, têm


promovido uma paulatina aproximação entre os regimes próprios de previdências social (RPPS) e o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Corresponde a norma constitucional que corrobora a
assertiva acima: Aplicação, aos RPPS, de vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários estabelecidas no RGPS. BL: art. 40, §6º, CF.

(TJMS-2020-FCC): Juan Mesquita é brasileiro naturalizado, tem 55 anos de idade e acaba de se aposentar.
Antes da aposentadoria, ocupava emprego público de fisioterapeuta em Hospital Municipal.
Candidatou-se em concurso público para o cargo efetivo de fiscal de rendas do Estado e foi aprovado.
Sabe-se que dispõe da escolaridade exigida para o cargo, goza de boa saúde física e mental, está em dia
com suas obrigações militares e eleitorais e em pleno gozo de seus direitos políticos. Considerando a
situação descrita, é correto concluir que Juan poderá tomar posse no cargo público, pois não há nenhum
impedimento para tanto. BL: art. 40, §6º, CF

##Atenção: O art. 37, caput, XVI da CF veda a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, quando se tratar de dois cargos de professor, um de
professor e outro técnico ou científico, e dois cargos ou empregos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas. Além disso, o art. 40, § 6º, da CF, proíbe, ressalvadas as aposentadorias
decorrentes dos cargos acumuláveis, a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do RPPS. No
caso em tela, o Juan cumularia uma aposentadoria pelo RPPS com um cargo público, não incidindo em
nenhuma das hipóteses defesas pela Constituição.

##Atenção: ##TRF4: ##TJMS-2020: ##FCC: Não há vedação ao recebimento simultâneo de benefício


de aposentadoria alcançada pelo Regime Geral de Previdência Social com salários decorrentes do
exercício do cargo público, porquanto a EC 20/98, estabeleceu somente a impossibilidade de
acumulação de remuneração de emprego público ou cargo público com proventos de aposentadoria
decorrentes dos arts. 40, 42 e 143 da CF/88, ou seja, resultantes do regime previdenciário especial,
destinado aos servidores públicos efetivos, regidos pelos respectivos estatutos. (TRF4 5009856-
84.2019.4.04.0000, CORTE ESPECIAL, Rel. Maria de Fátima Freitas Labarrère, juntado aos autos em
3/0/19)

§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda formal
auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do respectivo
ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-
B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Algumas Constituições estaduais preveem que a pessoa que tiver
exercido o cargo de Governador do Estado fará jus, após deixar o mandato, a um subsídio mensal e
vitalício. Alguns chamam isso de representação, outros de pensão vitalícia e outros de pensão civil. A
previsão desse pagamento é compatível com a CF/88? NÃO. A instituição de prestação pecuniária
mensal e vitalícia a ex-governadores corresponde à concessão de benesse que não se compatibiliza
216
com a CF/1988 (notadamente com o princípio republicano e o princípio da igualdade, consectário
daquele), por configurar tratamento diferenciado e privilegiado sem fundamento jurídico razoável,
em favor de quem não exerce função pública ou presta qualquer serviço à administração . Os ex-
Governadores (ou as viúvas) que foram beneficiados com esse “subsídio” ou com a “pensão” dela
decorrente terão que devolver as quantias que receberam antes do STF declarar inconstitucional a
previsão da Constituição Estadual? NÃO. Não é necessária a devolução dos valores percebidos até o
julgamento da ação. Isso por conta dos princípios da boa-fé, da segurança jurídica e, ainda, da
dignidade da pessoa humana. STF. Plenário. ADI 4545/PR, Rel. Min. Rosa Weber, j. 5/12/19 (Info 962).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Natureza dessa verba: É difícil definir a natureza jurídica
desse valor pago aos ex-Governadores. Ele não pode ser considerado “representação” uma vez que essa
verba é recebida pela autoridade para custear as despesas de um gabinete com servidores etc., como é o
caso dos Deputados e Senadores. Os ex-Governadores não são mais autoridades nem administram qualquer
gabinete. Não se pode dizer que se trata “pensão previdenciária” considerando que, no serviço público, a
pensão previdenciária é o benefício pago aos dependentes do agente público que faleceu (art. 40, § 7º,
CF/88), o que não tem nada a ver com a presente situação. De igual modo, não há possibilidade de
enquadrar essa verba como “pensão civil”, haja vista que esta seria devida para o caso de lesão ou outra
ofensa à saúde (art. 949 do CC), sendo paga pelo causador do dano à vítima.

§ 8º É ASSEGURADO o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente,


o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) (PGEPE-2009) (MPMG-2010) (PGEGO-2010) (TRF1-2011) (PGEGO-2013) (TJAP-2014) (PGERS-2015)
(PGM-BH/MG-2017) (PCRO-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCRO-2022: ##CESPE: Lei estadual não pode prever paridade e
integralidade para os policiais civis nem conceder a eles adicional de final de carreira para que recebam
aposentadoria em classe superior ao que estavam na ativa: É inconstitucional norma que preveja a
concessão de aposentadoria com paridade e integralidade de proventos a policiais civis. É
inconstitucional norma que preveja a concessão de “adicional de final de carreira” a policiais civis.
STF. Plenário. ADI 5039/RO, Rel. Min. Edson Fachin, j. 10/11/20 (Info 998).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: A situação concreta foi a seguinte: Em Rondônia, foi
editada a Lei Complementar estadual 672/12 que estabeleceu regras próprias para a concessão e
manutenção dos benefícios previdenciários concedidos aos policiais civis do Estado.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Paridade: Um dos pontos polêmicos dessa lei foi que ela
previu a paridade de vencimentos entre os policiais civis ativos e inativos. Princípio da paridade era uma
garantia que os servidores públicos aposentados possuíam segundo a qual todas as vezes que havia um
aumento na remuneração percebida pelos servidores da ativa, esse incremento também deveria ser
concedido aos aposentados. Ex.: João é servidor aposentado do Ministério da Fazenda, tendo se aposentado
com os proventos do cargo de técnico A1. Quando fosse concedido algum reajuste na remuneração do cargo
técnico A1, esse aumento também deveria ser estendido aos proventos de João. No dicionário paridade
significa a qualidade de ser igual. Assim, o princípio da paridade enunciava que os proventos deveriam ser
iguais à remuneração da ativa. Os pensionistas, ou seja, os dependentes dos servidores públicos falecidos
beneficiados com pensão por morte também tinham direito à paridade. Ex.: João, quando faleceu, era
servidor aposentado do Ministério da Fazenda ocupante do cargo de técnico A1. Sua esposa passou a
receber pensão por morte em valor igual à remuneração do cargo de técnico A1. Se fosse concedido algum
reajuste para o cargo de técnico A1, esse aumento também deveria ser estendido à pensão por morte. A
regra da paridade estava prevista no art. 40, § 8º, da CF/88, incluído pela EC 20/1998.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O legislador estadual poderia ter conferido essa paridade?
NÃO. O princípio da paridade “foi revogado, restando somente para os servidores com direito adquirido, que já
preenchiam os requisitos para a aposentadoria antes da edição da EC nº 41 (art. 3º, EC nº 41), ficando também
resguardado o direito para aqueles que estão em gozo do benefício (art. 7º, EC nº 41) e os que se enquadrarem nas
regras de transição do art. 6º da EC nº 41 e do art. 3º da EC nº 47 .” (MARINELA, Fernanda. Direito
Administrativo. 7ª ed., Niterói: Impetus, 2013, p. 774). Desse modo, se você ingressar no serviço público
hoje, não terá a garantia da paridade quando se aposentar, já que ela foi extinta com a EC nº 41/03. Da
mesma forma, caso seja servidor público e morra, seus dependentes poderão receber pensão por morte, mas
não terão direito à paridade. No lugar da paridade, existe hoje o chamado “princípio da preservação do
valor real”, previsto no art. 40, § 8º, da CF/88, segundo o qual os proventos do aposentado devem ser
constantemente reajustados para que seja sempre garantido o seu poder de compra.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: A CF/88 garantia, até o advento da EC 41/03, a paridade
entre servidores ativos e inativos, o que significava exatamente a revisão dos proventos de aposentadoria,
na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificasse a remuneração dos servidores em
atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em atividade. O § 8º do art. 40 da CF/88, na redação que lhe
conferiu a EC 41/2003, substituiu a paridade pela determinação quanto ao reajustamento dos benefícios
217
para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. De igual
modo, a integralidade, que se traduz na possibilidade de o servidor aposentar-se ostentando os mesmos
valores da última remuneração percebida quando em exercício no cargo efetivo por ele titularizado no
momento da inativação, foi extinta pela mesma EC 41/2003.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Adicional de fim de carreira: Outro ponto controverso foi o
fato de que a lei previu um adicional de final de carreira aos policiais civis. Assim, a lei determinou que o
policial civil, ao se aposentar, faria jus a provento igual à remuneração ou subsídio integral da classe
imediatamente superior, ou remuneração normal acrescida de 20% para o Policial Civil do Estado na última
classe, nos últimos cinco anos que antecederam a passagem para a inatividade, considerando a data de seu
ingresso na Categoria da Polícia Civil. O STF considerou essa previsão inconstitucional.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O art. 40, § 2º, da CF/88, na redação dada pela EC 41/03,
dispõe que os proventos de aposentadoria e as pensões, quando de sua concessão, “não poderão exceder a
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
concessão da pensão”.* Assim, a remuneração do cargo efetivo no qual se der a aposentadoria é o limite para a
fixação do valor dos proventos. É verdade que esse benefício existe para os policiais militares. No entanto,
policiais civis e militares possuem regimes de previdência distintos e, portanto, o fato de alguns deles
conterem previsão quanto à possibilidade de aposentadoria dos militares em classe imediatamente superior
à que ocupava, quando em atividade, não é fundamento legal para a extensão dessa vantagem aos policiais
civis.
* Obs: a EC 103/2019 - que não era aplicável ao caso concreto - alterou a redação do § 2º do art. 40, que
atualmente dispõe o seguinte: “Art. 40 (...) § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor
mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de
Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)”

§ 9º. O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente
será contado para fins de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(TJRO-2019)

§ 10. A lei NÃO PODERÁ ESTABELECER qualquer forma de contagem de tempo de


CONTRIBUIÇÃO FICTÍCIO. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) (DPESP-2009)
(TJRO-2011) (PGERO-2011) (TRF4-2012) (TJSC-2013) (TJDFT-2014) (PGEMS-2014) (PGESP-2018)

(PGESP-2018-VUNESP): Maria de Oliveira efetuou inscrição definitiva na Ordem dos Advogados do


Brasil logo após sua colação de grau, no início de 1987. Vocacionada ao exercício da advocacia pública,
optou por dedicar-se exclusivamente aos estudos para o concurso da Procuradoria Geral do Estado de
São Paulo, tendo sido aprovada no concurso de 1993, ano em que tomou posse e iniciou o exercício do
cargo. Ultrapassados 25 anos de efetivo exercício do cargo de Procuradora do Estado de São Paulo, Maria
de Oliveira, que hoje conta 56 anos, solicitou aposentadoria com lastro no artigo 3° da Emenda
Constitucional 47/05. No mesmo instante, ciente de que lei estadual vigente quando de sua posse
assegurava aos Procuradores do Estado o cômputo do tempo de inscrição na OAB como tempo de
serviço público para todos os efeitos, apresentou certidão emitida por tal entidade ao setor de recursos
humanos, requerendo a contagem do período como tempo de contribuição. Examinando o pleito, é
possível concluir que a Procuradora do Estado de São Paulo faz jus à aposentadoria requerida, pois o
artigo 4° da Emenda Constitucional 20/98 consagrou o direito adquirido à qualificação jurídica do
tempo. BL: art. 4º, EC 20/9844 e art. 40, §10, CF.

##Atenção: É bem verdade que o § 10 do art. 40 da CF/88, estabelece que “a lei não poderá estabelecer
qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício”. Todavia, não se pode esquecer que a referida
redação foi dada pelo multicitada Emenda Constitucional, de forma que, por força do princípio tempus
regit actum, não pode ela, norma abstrata e geral, retroagir para ser aplicada nas situações pretéritas já
consolidadas à luz do ordenamento jurídico anterior, sob pena de incorrer em violação a direito
adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada. Nessa linha de raciocínio, em homenagem ao princípio da
irretroatividade da lei e ao direito adquirido, dúvida não há de que o período anterior à EC 20/98 será
considerado à luz da legislação vigente à época. Em suma, a lei vigente na época da posse assegurava o
tempo de serviço que, diante do disposto na EC nº 20, em respeito ao direito adquirido, será contado
como tempo de contribuição.

44
Art. 4º - Observado o disposto no art. 40, § 10, da Constituição Federal, o tempo de serviço considerado pela
legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até que a lei discipline a matéria, será contado como
tempo de contribuição.
218
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive
quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades
sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de
proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 15/12/98) (PGEPR-2011) (TRF5-2013) (PGEMS-2014) (PGERN-2014) (Cartórios/TJRS-
2015) (PGESE-2017)

§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social, no
que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (PGERS-2021)

(PGERS-2021-Fundatec): Emendas ao texto da Constituição Federal, especialmente a partir de 1998, têm


promovido uma paulatina aproximação entre os regimes próprios de previdências social (RPPS) e o
Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Corresponde a norma constitucional que corrobora a
assertiva acima: Observação, pelos RPPS, no que couber, de requisitos e critérios fixados para o RGPS,
além do quanto disposto no Art. 40 da Constituição Federal. BL: art. 40, §12, CF.

§ 13. APLICA-SE ao agente público ocupante, EXCLUSIVAMENTE, de cargo em comissão


declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, INCLUSIVE mandato
eletivo, ou de emprego público, o REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJRO-2019) (TJMS-2020) (TJGO-2021) (TJPR-2021)

##Atenção: ##TJRO-2019: ##TJMS-2020: ##FCC: ##VUNESP: O Regime Próprio de Previdência Social


(RPPS) não se aplica para os ocupantes exclusivamente de cargos em comissão, função temporária,
inclusive mandato eletivo, e emprego público. Para estes, aplica-se o Regime Geral de Previdências Social
(RGPS), consoante dispõe a nova redação dada pela EC 103/2019 ao §13º do art. 40 da CF/88.

§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa do
respectivo Poder Executivo, REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR para servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo, OBSERVADO o limite máximo dos benefícios do REGIME GERAL DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL para o valor das aposentadorias e das pensões em REGIME PRÓPRIO DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL, RESSALVADO o disposto no § 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019) (PGEGO-2021) (PGERS-2021)

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios


somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por
intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (PGEGO-2021)

§ 16 - SOMENTE mediante sua prévia e expressa OPÇÃO, o disposto nos §§ 14 e 15 PODERÁ SER
APLICADO ao servidor que TIVER INGRESSADO no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do CORRESPONDENTE REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) (TRF1-2009) (TJRR-2015) (PGERS-2011/2021) (PGEGO-2021)

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3°


serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
(DPEPA-2015)

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime
de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores
titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (TRF1-2009) (MPMG-2010)
(PGEMG-2012) (TRF5-2013) (PGERS-2015) (PGM-POA/RS-2016) (DPERO-2017) (PGESE-2017) (PCGO-2017)
(TJRO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor
titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por
permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor

219
da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJRO-2019)

§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais de um


órgão ou entidade gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e
entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento, observados os
critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o § 22. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 21. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 22. VEDADA a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar
federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e de
responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) (MPDFT-2021) (Cons. Tesouro Estad.-SEFAZ/ES-2022)

(Cons. Tesouro Estad.-SEFAZ/ES-2022-FGV): Após ampla mobilização dos servidores públicos civis do
Município Alfa, o Prefeito Municipal, no presente exercício, apresentou projeto de lei que deu origem à
Lei ordinária nº XX/21, criando o regime próprio de previdência social. Irresignado com a promulgação
desse diploma normativo, um partido político de oposição solicitou que sua assessoria analisasse a
compatibilidade formal com a Constituição da República, sendo respondido corretamente que a Lei
ordinária nº XX/21 é inconstitucional, pois é vedada a criação de novos regimes próprios de previdência
social. BL: art. 40, §22, CF.

##Atenção: Atualização da EC 103/2019:


-Como funcionava antes: A Lei 9.717/98, lei que regulamenta as regras gerais para organização e
funcionamento dos regimes próprios de previdência social, veda a criação do RPPS sem que o ente da
federação possua um número mínimo de segurados que consigam manter o equilíbrio financeiro e
atuarial do sistema.
-Como funciona agora: Com a EC 103/19, foi inserido o § 22 no art. 40 da CF, o qual veda a instituição
de novos regimes próprios de previdência social.
i) Os RPPS EXISTENTES na data da entrada em vigor da EC n. 103/19 persistem enquanto não
forem extintos;
ii) NÃO PODEM SER CRIADOS NOVOS RPPS.
-EXEMPLO: Um município da federação preenche todos os requisitos previstos na CF e na Lei 9.717/98
para fins de criação de RPPS, mas, na data da entrada em vigor da EC n. 103/19, não possuía tal regime a
favor destes servidores. Após a EC, o município deseja criar RPPS a favor de seus servidores públicos
efetivos. Dessa forma, não será possível a criação do RPPS. Uma vez que não pode mais ser criado RPPS
pelo ente da federação que não criou o regime antes da reforma, os servidores públicos efetivos ficam
vinculados ao RGPS.

I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência Social;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 103, de 2019)

III - fiscalização pela União e controle externo e social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)

IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para
vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer
natureza; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,


de 2019)

VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacionados


com governança, controle interno e transparência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

220
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições
relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)

IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições ordinárias e


extraordinárias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Art. 41. SÃO ESTÁVEIS após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998) (MPPE-2008) (PGEPI-2008) (TJSC-2009) (TRF2-2009) (PGESP-2009) (PCPB-2009) (MPRO-2010)
(DPEGO-2010) (AGU-2010) (MPPB-2011) (PGERO-2011) (MPSP-2008/2012) (TJPA-2012) (MPTO-2012)
(DPESE-2012) (PGEMG-2012) (PCRJ-2012) (TRF5-2009/2013) (DPEAM-2013) (DPERR-2013) (TRF3-2013)
(MPF-2013) (MPMA-2014) (MPRS-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PGESC-2014) (PCSC-2014) (DPERN-2015)
(Cartórios/TJRS-2015) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (TRF4-2014/2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEPR-2014/2017)
(Cartórios/TJMG-2017) (TJRS-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-
2020) (MPMG-2011/2013/2021) (MPSC-2016/2021) (PF-2021) (TJMG-2022)

(TJCE-2012-CESPE): Considerando as disposições constitucionais, legais e doutrinárias acerca de


servidores e cargos públicos, assinale a opção correta: A vitaliciedade somente é possível com relação aos
cargos que a CF define como de provimento vitalício, não podendo a legislação ordinária ampliar os
cargos dessa natureza. BL: art. 41, caput e art. 95, I, CF (adm.).

##Atenção: ##TJCE-2012: ##MPF-2013: ##MPMG-2021: ##TJMG-2022: ##CESPE: ##FGV: Maria Sylvia


Zanella Di Pietro explica que somente é possível com relação aos cargos que a CF/1988 define como de
provimento vitalício, uma vez que a vitaliciedade constitui exceção à regra geral da estabilidade, definida
no artigo 41. Logo, a lei ordinária não poderá ampliar os cargos dessa natureza. (DI PIETRO, p.573).

(TJRJ-2011-VUNESP): Estabilidade é a garantia constitucional de permanência no serviço público,


outorgada ao servidor que, nomeado para cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público,
tenha transposto o estágio probatório de três anos, após ser submetido a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade. Nesse contexto, é correto asseverar que não há
que se confundir efetividade com estabilidade, porque aquela é uma característica da nomeação, e esta é
um atributo pessoal do ocupante do cargo, adquirido após a satisfação de certas condições de seu
exercício. BL: arts. 37, II e 41, CF.

##Atenção: ##TJRJ-2011: ##DPEMG-2019: ##MPMG-2021: ##TJMG-2022: ##FGV: ##VUNESP:


Portanto, não há que se confundir estabilidade com efetividade. Esta é atributo do cargo, designando o
funcionário desde o instante da nomeação, enquanto aquela é aderência no serviço público,
posteriormente ao preenchimento dos requisitos legais. A efetividade é adquirida com a nomeação para
cargo público após aprovação em concurso público, na forma dos art, 37, II e 41 da CF (RTJ 165/684).

##Atenção: ##MPRO-2010: ##AGU-2010: ##TRF3-2013: ##TRF5-2013: ##DPEMG-2019: ##MPMG-


2021: ##TJMG-2022: ##CESPE: ##FGV: A estabilidade é adquirida no serviço público, em razão do
provimento em um determinado cargo público, após a aprovação no estágio probatório. Não obstante,
sempre que o servidor entrar em exercício em um novo cargo público, mediante aprovação em
concurso público, deverá ser submetido ao respectivo estágio probatório, não havendo impedimento
de que o servidor estável seja "reprovado" em estágio probatório relativo a outro cargo público para o
qual foi posteriormente aprovado em concurso. (...) STJ. 5ª T., RMS 20.934/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, j.
01/12/09. (...) 1. O servidor estável, ao ser investido em novo cargo, não está dispensado de cumprir o
estágio probatório. STJ. 5ª T., AgRg no REsp 1015473/RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j.
22/03/11.

(TRF5-2009-CESPE): A Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco editou a Lei n.º X/2008, de


iniciativa do governador, reformulando vários aspectos (criação de cargos, regime jurídico dos
servidores, remuneração, transferência de detentos, procedimentos etc.) do sistema penitenciário do
Estado. Entre os dispositivos dessa lei, incluem-se os seguintes: “Art. 4.º Fica criado, na estrutura
organizacional da Secretaria de Estado da Justiça e de Direitos Humanos, o quadro suplementar de assistente

221
jurídico penitenciário, sendo assegurado ao servidor estadual investido na função de assistente jurídico de
estabelecimento penitenciário o direito de permanecer nessa função, que será extinta com a respectiva vacância.
Parágrafo único - Fica limitado a cinquenta o número de funções do quadro suplementar a que se refere o caput
deste artigo, sendo atribuída a seus ocupantes a remuneração correspondente à de defensor público de 1.ª classe,
observada a carga horária deste. (...) Art. 5.º O estágio probatório dos servidores ocupantes do quadro criado no
artigo 4.º é de dois anos. (...)” Em face dos aspectos hipotéticos da Lei n.º X/2008 e das disposições
constitucionais relativas à administração pública e aos servidores públicos, assinale a opção correta:
Segundo o entendimento do STJ, a redação do art. 5.º da Lei n.º X/2008 seria incompatível com o
dispositivo constitucional, que confere estabilidade ao servidor público após três anos de efetivo
exercício. BL: art. 41, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STJ: ##TRF5-2009: ##TRF3-2013: ##DPEPR-2014/2017: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020:


##CESPE: ##FCC: O STJ firmou orientação no sentido de que, após a EC 19/98, o prazo do estágio
probatório passou a ser de 3 anos, acompanhando a alteração para aquisição da estabilidade, não
obstante se tratar de institutos distintos. STJ. 5ª T. AgRg no REsp 1171995/RS, Rel. Min. Adilson Vieira
Macabu (Des. Conv. do TJ/RJ), j. 16/08/11.

§ 1º O SERVIDOR PÚBLICO ESTÁVEL SÓ PERDERÁ o cargo: (Redação dada pela Emenda


Constitucional nº 19, de 1998) (TJAP-2008) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (TJPR-2010) (PGEGO-2010) (AGU-
2010) (TJRO-2011) (MPMG-2011) (MPSP-2008/2012) (TJCE-2012) (TJPA-2012) (MPRJ-2012) (DPESE-2012)
(Cartórios/TJSP-2012) (PGEMG-2012) (DPEAM-2013) (DPERR-2013) (MPPE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJPR-2014) (PCSC-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGEPA-2015) (MPT-2015) (TRF4-2016) (TRT2-
2016) (TRT3-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGESE-2017) (TJRS-2018) (MPSC-2012/2013/2016/2021) (Aud. Fiscal-
SEFAZ/AL-2021) (TJMG-2022)

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998) (TJDFT-2007) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (PGEGO-2010) (MPSP-2008/2012) (TJCE-2012) (MPRJ-
2012) (DPESE-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEMG-2012) (DPERR-2013) (MPMG-2014) (Cartórios/TJPR-
2014) (PCSC-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPT-2015) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGESE-2017)

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (AGU-2010) (MPSP-
2008/2012) (TJCE-2012) (MPRJ-2012) (DPESE-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEMG-2012) (DPERR-2013)
(Cartórios/TJPR-2014) (PCSC-2014) (MPT-2015) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGESE-2017)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2021)

Súmula 21-STF: Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou
sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,


ASSEGURADA ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PCTO-2008) (DPEES-
2009) (DPEPI-2009) (AGU-2010) (MPSP-2008/2012) (MPRJ-2012) (DPESE-2012) (Cartórios/TJSP-2012)
(PGEMG-2012) (DPEAM-2013) (DPERR-2013) (MPMG-2014) (MPPE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJPR-2014) (PCSC-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGEPA-2015) (MPT-2015) (TRF4-2016) (TRT3-
2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRT2-2016) (PGESE-2017) (TJRS-2018) (MPSC-2012/2016/2021) (Aud. Fiscal-
SEFAZ/AL-2021) (TJMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##PGEPA-2015: ##MPT-2015: ##MPSC-2016: ##TRF4-


2016: ##TJRS-2018: ##VUNESP: Nos termos do art. 41 da CF/88, são estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Os
empregados públicos são regidos pela CLT e devem ter sido previamente aprovados em concurso
público. Todavia, os empregados públicos não possuem a garantia da estabilidade uma vez que não
são detentores de cargo público, mas sim, contratados pelo regime celetista. Como referido, aqueles
empregados públicos admitidos em período anterior ao advento da EC nº 19/18, farão jus à
estabilidade prevista no art. 41 da CF. Ressalte-se o teor da Súmula 390 do TST: "Ao empregado de empresa
pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é

222
garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988". Por fim, entende o STF que empregados públicos
não fazem jus à estabilidade: “EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT.
DEMISSÃO IMOTIVADA DE SEUS EMPREGADOS. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE
MOTIVAÇÃO DA DISPENSA. RE PARCIALMENTE PROVIDO. I - Os empregados públicos não fazem
jus à estabilidade prevista no art. 41 da CF, salvo aqueles admitidos em período anterior ao advento da
EC nº 19/1998. Precedentes. II - Em atenção, no entanto, aos princípios da impessoalidade e isonomia, que
regem a admissão por concurso público, a dispensa do empregado de empresas públicas e sociedades de
economia mista que prestam serviços públicos deve ser motivada, assegurando-se, assim, que tais
princípios, observados no momento daquela admissão, sejam também respeitados por ocasião da
dispensa. III – A motivação do ato de dispensa, assim, visa a resguardar o empregado de uma possível
quebra do postulado da impessoalidade por parte do agente estatal investido do poder de demitir. IV -
Recurso extraordinário parcialmente provido para afastar a aplicação, ao caso, do art. 41 da CF, exigindo-se,
entretanto, a motivação para legitimar a rescisão unilateral do contrato de trabalho.” STF. Plenário. RE
589.998/PI, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 20.3.13.. A estabilidade a que alude o art. 41 da CF atinge
os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo.

(TJMG-2022-FGV): O direito ao contraditório e à ampla defesa é consagrado no inciso LV, do Art. 5º da


Constituição Federal. Em relação ao processo administrativo, assinale a afirmativa correta: O servidor
público estável poderá perder o cargo, mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,
desde que observados os princípios constitucionais. BL: art. 41, §1º, III, CF.

(MPPE-2014-FCC): Possui eficácia limitada a norma constitucional segundo a qual o servidor público
estável só perderá o cargo mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de
lei complementar, assegurada ampla defesa. BL: art. 41, §1º, III, CF.

(DPEAM-2013-FCC): A Emenda Constitucional nº 19, de 4/06//98, trouxe uma série de alterações nos
dispositivos constitucionais referentes à Administração Pública, no bojo do que veio a ser alcunhado de
Reforma Administrativa, baseada no chamado Modelo Gerencial de Administração Pública. Trata-se de
medida introduzida por essa Emenda: flexibilização da estabilidade dos servidores titulares de cargo
efetivo, com a previsão de perda do cargo em decorrência de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada a ampla defesa. BL: art. 41, §1º, III, CF.

§ 2º INVALIDADA por sentença judicial a DEMISSÃO do servidor estável, SERÁ ele


REINTEGRADO, e o eventual ocupante da vaga, se estável, RECONDUZIDO ao cargo de origem, SEM
direito a indenização, APROVEITADO em outro cargo ou posto em disponibilidade COM
REMUNERAÇÃO PROPORCIONAL ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998) (TRF2-2009) (PCPI-2009) (TJPR-2010) (MPPB-2011) (PGERO-2011) (TJDFT-2012) (PGESP-2012) (PCSP-
2012) (TRF5-2013) (PCES-2013) (TRF4-2012/2014) (MPMA-2014) (MPMG-2014) (MPRS-2014) (PCSC-2014)
(TRT2-2015) (TJAM-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (DPERS-2018) (TJRJ-2019)

(DPERS-2018-FCC): Sobre provimento e deslocamento de cargo público, é correto afirmar:


Reintegração é o retorno do servidor estável ao cargo que ocupava e do qual foi ilegalmente desligado.
BL: art. 41, §2º, CF c/c art. 28, Lei 8112/90.

(TJSC-2017-FCC): Rafael Da Vinci foi nomeado Delegado de Polícia Federal e, ao fim do período de
estágio probatório, foi reprovado na avaliação de desempenho e exonerado do cargo. Inconformado,
ajuizou ação visando anular o processo administrativo que culminou em sua exoneração. Nesse ínterim,
prestou concurso para Delegado de Polícia Estadual, sendo aprovado e empossado no referido cargo.
Sobreveio, então, decisão definitiva na ação judicial por ele ajuizada, anulando o ato expulsório. Neste
caso, para ser reintegrado no cargo de Delegado de Polícia Federal, Rafael deverá requerer a exoneração
do cargo de Delegado de Polícia Estadual. BL: art. 37, XVI45 e art. 41, §2º, CF c/c art. 28, Lei 8112/9046

##Atenção: ##STF: ##DPERR-2013: ##TRF5-2013: ##DPERS-2018: ##CESPE: ##FCC: A

45
Art. 37. (...) XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de
professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos
privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
46
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens.
223
reintegração é a reinvestidura do servidor ESTÁVEL no cargo anteriormente ocupado quando invalidada
a sua demissão por decisão administrativa ou judicial (art. 28 da Lei 8112/90). No caso em tela, para ser
REINTEGRADO ao cargo de Delegado da Polícia Federal, Rafael deverá pedir exoneração do cargo de
Delegado da Polícia Estadual, dada a inacumulabilidade de ambos os cargos (art. 37, XVI da CF.
Portanto, por se tratar de cargos inacumuláveis, o retorno ao cargo anterior teria por pressuposto, de
fato, a exoneração a pedido formulada no novo cargo. Sobre o tema, o STF assim se manifestou: “O
servidor público ocupante de cargo efetivo, ainda que em estágio probatório, não pode ser exonerado ad
nutum, com base em decreto que declara a desnecessidade do cargo, sob pena de ofensa à garantia do devido
processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Incidência da Súmula 21 do STF. Recurso a que se dá
provimento, para determinar a reintegração dos autores no quadro de pessoal da Prefeitura Municipal de
Bicas/MG”. (STF. 1ª T., RE 378041, Rel. Min. Ayres Britto, j. 21/09/04).

##Atenção: No caso em tela, parcela da doutrina evita utilizar a expressão “reintegração”, já que esta
terminologia estaria associada ao retorno de um servidor já estável. Porém, embora não a utilizem,
ninguém ignora que os efeitos serão exatamente os mesmos, isto é, o servidor retornará ao cargo que
ocupava recebendo todos os direitos e vantagens do período em que esteve afastado, e todo o tempo será
contado como se estivesse em efetivo exercício. Para fins de concurso público, a redação literal da CF/88
prega a necessidade do servidor ser estável para que haja a reintegração, Por outro lado, na
jurisprudência, há posição firmada pelo próprio STF admitindo a reintegração, mesmo na hipótese do
servidor ainda não ter a proteção da estabilidade.

§ 3º EXTINTO o cargo ou DECLARADA a sua desnecessidade, o servidor estável FICARÁ EM


DISPONIBILIDADE, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2008)
(TJAP-2008) (PGEPI-2008) (TRF2-2009) (PGESP-2009) (PGERO-2011) (TJPA-2012) (PCSP-2012) (PCES-2013)
(TRF4-2009/2014) (MPMA-2014) (MPRS-2014) (PGESC-2014) (PCSC-2014) (PFN-2015) (DPEMT-2016) (TRT2-
2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (MPMS-2018) (DPERS-2018) (TJRJ-2019) (TJMG-2022)

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, É obrigatória a AVALIAÇÃO ESPECIAL DE


DESEMPENHO por comissão INSTITUÍDA para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998) (PCRJ-2012) (TRF3-2013) (MPMG-2013/2014) (PCSC-2014) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-
2015/2017) (PCMS-2017) (MPPR-2019) (MPSC-2021) (TJMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJMG-2017: ##MPPR-2019: ##Consulplan: (...) Reprovação de servidor


em estágio probatório. Exoneração posterior. Possibilidade. Ato meramente declaratório. Precedentes.
Honorários advocatícios. Valor mantido. A jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que o ato
de exoneração do servidor é meramente declaratório, podendo ocorrer após o prazo de 3 anos fixados
para o estágio probatório, desde que as avaliações de desempenho sejam efetuadas dentro do prazo
constitucional. STF. 2ª T., RE 805491 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 23/02/16.
(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: O ato de exoneração do servidor é meramente declaratório,
podendo ocorrer após o prazo de 3 anos fixados para o estágio probatório, desde que as avaliações de
desempenho sejam efetuadas dentro do prazo constitucional. BL: art. 41, CF e Entend. Jurisprud.

Seção III
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

Art. 42. Os membros das POLÍCIAS MILITARES e CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES,


instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, SÃO militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (TJRR-2008) (PCGO-2018)

§ 1º APLICAM-SE aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier
a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, CABENDO a lei
estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, SENDO as PATENTES DOS
OFICIAIS conferidas pelos respectivos governadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
15/12/98) (TJRR-2008) (DPEMA-2015) (PGEMA-2016) (MPGO-2019) (MPMG-2021) (MPM-2021)

(DPEMA-2015-FCC): À luz da CF/1988, está correto: Lei estadual específica que dispõe sobre ingresso,
224
limites de idade, estabilidade e condições de transferência para a inatividade, em relação aos membros
da Polícia Militar do Estado, prevendo, ainda, que compete ao Governador conferir as patentes de seus
oficiais. BL: art. 42, §1º c/c art. 142, §3º, X, CF.47

(TJRR-2008-FCC): Relativamente aos militares dos Estados, prevê a CF/88 que cabe à lei estadual
específica dispor, entre outros assuntos, sobre seus direitos, deveres, remuneração e prerrogativas. BL:
art. 42, §1º c/c art. 142, §3º, X48 da CF/88.

##Atenção: Quanto aos militares dos Estados, prevê a CF que a eles se aplicam as condições de
elegibilidade previstas para os militares da União que contem com mais de 10 anos de serviço.

##Atenção: Se aplicam também as mesmas regras que aos servidores civis quanto à contagem de tempo
de contribuição para efeito de aposentadoria, e também, quanto a tempo de serviço para fins de
disponibilidade.

§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o
que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) (TJRR-2008) (PGEPR-2011) (DPEMA-2015)

(DPEMA-2015-FCC): À luz da CF/1988, está correto: Pensionista de membro de Corpo de Bombeiros


Militar que percebe o benefício previdenciário em conformidade com o quanto fixado em lei específica
do Estado respectivo. BL: art. 42, §2º, CF.

§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37,
inciso XVI, com prevalência da atividade militar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 101, de 2019)

Seção IV
DAS REGIÕES

Art. 43. Para efeitos administrativos, a União PODERÁ ARTICULAR sua ação em um mesmo
complexo GEOECONÔMICO e SOCIAL, VISANDO a seu desenvolvimento e à redução das
desigualdades regionais. (MPRO-2008) (MPF-2008) (DPERR-2013) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPT-2020)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPAP-2021)

§ 1º. Lei complementar disporá sobre:

I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento;

II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais,
integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com
estes. (PCMG-2011)

§ 2º. Os INCENTIVOS REGIONAIS COMPREENDERÃO, além de outros, na forma da lei:

I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do


Poder Público;

47
Art. 142. (...). § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (...) X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os
limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade , os direitos, os
deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as
peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de
guerra.
48
Art. 142. (...). § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (...) X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os
limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os
deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as
peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de
guerra.
225
(MPRO-2008-CESPE): Quanto à organização do Estado, assinale a opção correta: Para efeitos
administrativos, a União poderá articular a sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social,
visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais, inclusive, por meio de isenções
tributárias ou mesmo igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de
responsabilidade do poder público. BL: art. 43, caput e §2º, I, CF.

II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;

III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou
jurídicas;

IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas
ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.

§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e
cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes
de água e de pequena irrigação.

TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)

CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I
DO CONGRESSO NACIONAL

Art. 44. O PODER LEGISLATIVO É EXERCIDO pelo Congresso Nacional, que SE COMPÕE da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal. (PCTO-2008) (MPDFT-2009) (PGEGO-2010) (Cartórios/TJSP-
2012) (PGM-Curitiba/PR-2019)

##Atenção: ##PCTO-2008: ##MPDFT-2009: ##Cartórios/TJSP-2012: ##CESPE: ##VUNESP: No Poder


Legislativo federal/nacional, a CF/88 incorporou o sistema bicameral, no qual o Congresso Nacional é
composto por duas Casas: i) a dos Deputados Federais (representantes do povo) e; ii) e dos senadores
(representantes dos Estados-membros e Distrito Federal). Todavia, no âmbito estadual (Assembleia
Legislativa Estadual), distrital (Câmara Legislativa Distrital) e municipal (Câmara Municipal), o
constituinte optou pelo sistema unicameral.

Parágrafo único. CADA LEGISLATURA TERÁ a duração de quatro anos. (PGEPB-2008) (TJPR-2010)
(PGEGO-2010) (MPTO-2012) (DPEDF-2013) (PCGO-2013) (DPERS-2014) (PCSC-2014) (TJDFT-2016)
(DPEPR-2017) (PGM-Curitiba/PR-2019)

Art. 45. A Câmara dos Deputados COMPÕE-SE de representantes do povo, ELEITOS, pelo
SISTEMA PROPORCIONAL, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. (PCAP-2010)
(DPEAM-2011) (TRF3-2011) (MPF-2011) (TJAC-2012) (MPRR-2012) (TJRN-2013) (PGEGO-2013)
(Cartórios/TJMT-2014) (PCSC-2014) (TJSC-2013/2017) (PCGO-2018) (MPPI-2019)

§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal,
SERÁ ESTABELECIDO por LEI COMPLEMENTAR, proporcionalmente à população, PROCEDENDO-
SE aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da
Federação TENHA menos de oito ou mais de setenta Deputados. (TJGO-2009) (DPEAM-2011) (TRF3-
2011) (TJAC-2012) (MPRR-2012) (TJRN-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (PCSC-2014) (DPERN-
2015) (TJSC-2013/2017) (MPMS-2018)

(MPMS-2018): É correto afirmar, segundo dispõe a CF/1988 sobre direitos políticos, que o voto tem valor
igual para todos, sendo que nenhuma unidade da Federação pode ter menos de oito ou mais de setenta
Deputados. BL: art. 14, caput e art. 45, §1º, CF.
226
(TJGO-2009-FCC): Ao dispor sobre direitos políticos, a CF/88 determina que o voto tem valor igual para
todos, mas que nenhuma unidade da Federação pode ter menos de oito ou mais de setenta Deputados.
BL: art. 14, caput e art. 45, §1º, CF.

##Atenção: Vejamos o teor do art. 2º da LC 78/93: “Art. 2º. Nenhum dos Estados membros da Federação terá
menos de oito deputados federais. Parágrafo único. Cada Território Federal será representado por quatro
deputados federais. (...).”

§ 2º CADA TERRITÓRIO ELEGERÁ quatro Deputados. (DPEAM-2011) (TRF2-2013) (PGEGO-


2013) (Cartórios/TJMT-2014) (PCSC-2014) (DPERN-2015) (DPEMA-2015) (PCPE-2016)

##Atenção: ##TRF2-2013: ##PGEGO-2013: ##DPEMA-2015: ##DPERN-2015: ##CESPE: ##FCC: O


Território não possui Senadores.

##Atenção: Vejamos o teor do art. 3º da LC 78/93: “Art. 3º. O Estado mais populoso será representado por
setenta deputados federais.”

Art. 46. O Senado Federal COMPÕE-SE de representantes dos Estados e do Distrito Federal,
ELEITOS segundo o PRINCÍPIO MAJORITÁRIO. (TJSC-2009) (TRF4-2009) (MPRO-2010) (PCAP-2010)
(TJPB-2011) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (MPF-2011) (TJPI-2012) (MPPR-2012) (DPESC-2012) (PGEGO-2013)
(PCES-2013) (DPECE-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSC-2014)
(MPSP-2015) (DPEMA-2015) (DPERN-2015) (MPGO-2016) (PCGO-2018) (MPPI-2019) (TJMG-2014/2022)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)

(MPSP-2015): Assinale a alternativa correta: O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados
e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. BL: art. 46, CF.

(PGEGO-2013): A respeito do Congresso Nacional, é correto afirmar que o Senado Federal compõe-se de
representantes dos estados e do Distrito Federal, que serão eleitos segundo o princípio majoritário, assim
como os prefeitos, governadores e presidente da República. BL: art. 46 c/c art. 29 c/c art. 32, §2º c/c art. 77,
§2º CF.49

(TJPI-2012-CESPE): De acordo com a CF, os territórios federais, uma vez criados, não elegem
representantes para o Senado Federal, mas sua população tem a prerrogativa de eleger quatro deputados
para representá-la na Câmara dos Deputados. BL: art. 45, §2º e art. 46, CF.

§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal ELEGERÃO três Senadores, COM MANDATO de oito anos.
(MPRO-2010) (TJPB-2011) (PCBA-2013) (DPECE-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TJDFT-2016) (MPGO-2016)
(PCGO-2018)

(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados
e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário, sendo que cada Estado e o Distrito Federal
elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. BL: art. 46, caput e §1º, CF.

49
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...) II - eleição do
Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato
dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77**, no caso de Municípios com mais de duzentos mil
eleitores; (...) Art. 32. (...) § 2º. A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77**,
e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual
duração.
**Art. 77. (...) §2º. Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a
maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
227
§ 2º A REPRESENTAÇÃO de cada Estado e do Distrito Federal SERÁ RENOVADA de quatro em
quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. (TRF4-2009) (MPRO-2010) (TJPB-2011) (PGEGO-2013)
(Cartórios/TJMT-2014) (PCGO-2018) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

§ 3º Cada Senador SERÁ ELEITO com dois suplentes. (TJSC-2009) (TJPB-2011) (MPPR-2012) (PCBA-
2013) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCGO-2018) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: Cada Senador será eleito com dois suplentes, que não são submetidos a voto.

Art. 47. SALVO disposição constitucional em contrário, as DELIBERAÇÕES de cada Casa e de


suas Comissões SERÃO TOMADAS POR MAIORIA DOS VOTOS, PRESENTE a MAIORIA
ABSOLUTA de seus membros. (PCAP-2010) (MPDFT-2011) (TJPI-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012)
(DPEPR-2012) (PGEAC-2012) (PFN-2012) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013)
(DPERS-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPSP-2015) (MPGO-2016) (TRF2-2017)

(DPERS-2014-FCC): No que se refere ao Legislativo brasileiro, é correto afirmar: As deliberações de


cada Casa do Congresso Nacional e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a
maioria absoluta de seus membros, salvo disposição constitucional em contrário. BL: art. 47, CF.

##Atenção: ##TRF2-2017: A maioria absoluta é atingida ao se alcançar o primeiro número inteiro acima
da metade do Órgão Colegiado. Assim, no Pleno do Supremo Tribunal Federal a maioria absoluta é 6.
No Plenário do TRF-2 a maioria absoluta é 14, e não 15. No Senado Federal, a maioria absoluta é 41.

Seção II
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL

Art. 48. CABE ao CONGRESSO NACIONAL, com a sanção do Presidente da República, NÃO
EXIGIDA esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, DISPOR sobre todas as matérias DE
COMPETÊNCIA DA UNIÃO, especialmente sobre: (PCRN-2009) (MPT-2009) (DPEGO-2010) (MPPR-
2011) (TRF5-2011) (MPRR-2012) (AGU-2009/2012/2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (DPERS-2014)
(TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (DPEMA-2015) (PGEPR-2015) (TRT8-2015) (MPGO-2016)
(DPEBA-2016) (PCPE-2016) (TRT1-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (DPESC-2012/2017) (Cartórios/TJMG-
2015/2017) (PGESE-2017) (PCGO-2017) (TRF2-2011/2018) (TRF3-2011/2018) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (PCES-
2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPSC-2021) (MPM-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-
2021) (TCERJ-2021) (PCSP-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022) (TCESC-2022)

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; (TRF1-2009) (MPPB-2010) (TJES-2011)


(DPERS-2014)

II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida


pública e emissões de curso forçado; (TJAP-2008) (MPCE-2009) (MPRR-2012) (AGU-2012) (Cartórios/TJPE-
2013) (MPGO-2016) (TRF3-2018)

(MPGO-2016): Assinale a alternativa correta: Compete ao Congresso Nacional dispor sobre o plano
plurianual da União, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública da
União e dos Estados e Distrito Federal, e emissões de curso forçado, dispensada, nestes casos, a sanção
do Presidente da República. BL: art. 48, II, CF.

III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; (TJSC-2010) (TJBA-2012) (TRT1-2016)
(PCSP-2022)

IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; (TRT1-2016)

V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;


(DPEMT-2009) (TRT1-2016)

228
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, OUVIDAS
as respectivas Assembléias Legislativas; (MPT-2009) (TJRN-2013) (DPEMA-2015)

VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; (TRT1-2016)

VIII - concessão de anistia; (PCRN-2009) (MPPB-2010) (MPPR-2011) (DPEMS-2012) (TJPE-2013)


(DPETO-2013) (MPGO-2014) (MPMG-2014) (TRF4-2014) (MPSP-2015) (DPEMA-2015) (TRT1-2016)
(PCGO-2013/2017) (MPBA-2018) (DPEPE-2018) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (PCES-2019) (MPSC-2021)
(MPM-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

(MPM-2021): Assinale a alternativa correta: A anistia será concedida pelo Congresso Nacional, com a
sanção do Presidente da República. BL: art. 48, VIII, CF.

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2014: A anistia é ato político, concedido mediante lei, assim da
competência do Congresso e do chefe do Executivo, correndo por conta destes a avaliação dos critérios
de conveniência e oportunidade do ato, sem dispensa, entretanto, do controle judicial, porque pode
ocorrer, por exemplo, desvio do poder de legislar ou afronta ao devido processo legal substancial . STF.
Plenário. ADI 1.231, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 15/12/05.

IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da


União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (TJSC-2013) (Cartórios/TJMG-2015) (DPEBA-2016) (PGM-
Curitiba/PR-2019)

(DPEBA-2016-FCC): A respeito da competência para legislar sobre assistência jurídica e Defensoria


Pública, é correto: Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre
todas as matérias de competência da União, entre elas a organização administrativa da Defensoria
Pública da União e dos Territórios. BL: art. 48, IX, CF.

X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que


estabelece o art. 84, VI, b; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TRF2-2011) (DPESC-
2012) (AGU-2012) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJMG-2017) (Anal. Judic./TRF4-2019)

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VI - dispor, mediante decreto, sobre:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (...)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001);

XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; (Redação dada pela


Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (DPEMT-2009) (TRF2-2011) (PGERN-2014) (MPSP-2015) (TRT8-2015)
(PCPE-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (DPESC-2017) (PCMG-2018)

(MPSP-2015): Assinale a alternativa correta: Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da
República, dentre outras matérias da competência da União, dispor sobre concessão de anistia; criação e
extinção de Ministérios e órgãos da administração pública. BL: art. 48, VIII e XI, CF.

XII - telecomunicações e radiodifusão; (MPAL-2012)

XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;

##Atenção: ##STF: ##TJPR-2017: ##CESPE: Conforme jurisprudência reiterada do STF, não cabe ao
Poder Judiciário autorizar a correção monetária da tabela progressiva do imposto de renda na ausência
de previsão legal nesse sentido. Entendimento cujo fundamento é o uso regular do poder estatal de
organizar a vida econômica e financeira do país no espaço próprio das competências dos Poderes
Executivo e Legislativo. (STF. Plenário. RE 388312, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min.
Cármen Lúcia, j. 01/08/11). Segundo o Min. Ayres Britto, no artigo “Regime Constitucional da Correção
229
Monetária”, publicado na Revista Trimestral de Direito Público 14/1996, reconhece que as obrigações em
dinheiro sem direta regração constitucional quanto à incidência da correção monetária “ficam na
dependência de expedição de lei federal, pois cabe ao Congresso Nacional legislar sobre ‘matéria financeira,
cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações’ (inciso XIII do art. 48 da CF)”.

XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. (TRF2-2011) (TRF5-
2013) (AGU-2013) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##Dica: Competência:


- Emitir moeda: União (Art. 21, VII, CF);
- Limites de emissão: Congresso Nacional (Art. 48, XIV, CF);
- Exercício da emissão: BACEN (Art. 164, CF).

XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os
arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
(DPEGO-2010) (MPPR-2011) (PCMG-2018)

Art. 49. É da COMPETÊNCIA EXCLUSIVA do Congresso Nacional:

I - RESOLVER definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que ACARRETEM


encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; (PGEES-2008) (DPESP-2009) (PCPI-2009)
(TJSP-2011) (TJDFT-2011) (PGEPA-2011) (TJBA-2012) (TJCE-2012) (MPRR-2012) (PFN-2012) (TRF1-2011/2013)
(PGDF-2013) (MPAC-2014) (DPEGO-2014) (TRF5-2013/2015) (DPU-2015) (TRT21-2015) (TRF3-2013/2016)
(PGEMA-2016) (PCPE-2016) (TRF2-2009/2014/2017) (DPEPR-2017) (PCRS-2018) (MPGO-2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (MPT-2020) (MPMG-2021) (MPPR-2021) (TJMG-2022) (DPETO-2022) (TCESC-2022)

##Atenção: ##Doutrina: ##STF: ##PGEES-2008: ##MPES-2010: ##PGEPA-2011: ##TJBA-2012: ##PFN-


2012: ##TRF1-2011/2013: ##PGDF-2013: ##TRF5-2013/2015: ##MPAC-2014: ##DPU-2015: ##TRF3-
2013/2016: ##PGEMA-2016: ##TRF2-2009/2014/2017: ##DPEPR-2017: ##MPGO-2019: ##MPMG-
2021: ##MPPR-2021: ##TJMG-2022: ##CESPE: ##ESAF: ##FCC: ##FGV: Ricardo Alexandre explica
que, “No Brasil, o inciso VIII do art. 84 da CF atribui privativamente ao Presidente da República a competência
para firmar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. A aprovação
parlamentar (CF, art. 49, I), é manifestada por meio de decreto legislativo, fase imprescindível para que o ato
produza efeitos no território nacional. O Supremo Tribunal Federal entende que, enquanto não completo todo o
procedimento constitucional para a incorporação do tratado ao direito interno, não haverá qualquer
produção doméstica de efeitos do ato firmado pelo Presidente da República. Nos autos da Carta Rogatória
8.279-4 (AgRg), o STF, de maneira extremamente didática, resumiu as fases necessárias e suficientes para o efeito
de ulterior execução, no plano interno, das regras contidas no tratado já firmado pelo Chefe de Estado. São
elas: 1. Aprovação pelo Congresso Nacional, mediante decreto legislativo; 2. Ratificação pelo Presidente
da República, mediante depósito do respectivo instrumento; 3. Promulgação pelo Presidente da
República, mediante decreto presidencial, em ordem a viabilizar a produção dos seguintes efeitos básicos,
essenciais à sua vigência interna: a) publicação oficial do texto do tratado, e b) executoriedade do ato de
direito internacional público, que passa, então – e somente então – a vincular e a obrigar no plano do
direito positivo interno (STF, CR/8.729, Rel. Min. Presidente, DJ 26.05.1999).” (Fonte: ALEXANDRE,
Ricardo. Direito Tributário. 14ª ed. 2020, p. 284)
(TJBA-2012-CESPE): Tratado internacional sobre matéria tributária assinado pelo Brasil passa a vigorar no
ordenamento jurídico interno na data de início da vigência do decreto que o promulgar. BL: art. 49, I c/c art.
84, VIII da CF c/c art. 98 do CTN50 e Entend. Jurisprud.
(MPES-2010-CESPE): No ordenamento jurídico interno brasileiro, tratado internacional acerca de matéria
tributária celebrado entre a República Federativa do Brasil e outro Estado da sociedade internacional passa
a vigorar na data de início da vigência do decreto que o promulgar. BL: art. 49, I c/c art. 84, VIII da CF c/c
art. 98 do CTN e Entend. Jurisprud.
(TRF2-2009-CESPE): Considerando que o presidente da República Federativa do Brasil tenha assinado
tratado com três países da América do Sul, no qual ficou deliberado que os produtos originários de um
gozarão, nos outros países, do mesmo tratamento tributário aplicado ao produto nacional, assinale a opção
correta: O tratado incorporado ao sistema tributário nacional por decreto legislativo tem prevalência sobre a
lei ordinária. BL: art. 49, I c/c art. 84, VIII da CF c/c art. 98 do CTN e Entend. Jurisprud.
50
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e
serão observados pela que lhes sobrevenha.
230
(DPETO-2022-CESPE): Na criação de normas de direito tributário, é da competência exclusiva do
Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. BL: art. 49, I, CF.

(MPPR-2021): Assinale a alternativa correta: A resolução de Tratado Internacional é de competência


exclusiva do Congresso Nacional. BL: art. 49, I, CF.

(TRF1-2013-CESPE): No que concerne aos tratados internacionais, assinale a opção correta: É


exclusividade do Congresso Nacional a resolução definitiva de questões controvertidas que tratem de
tratados internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. BL:
art. 49, I, CF.

##Atenção: ##PGDF-2013: ##CESPE: O ordenamento jurídico constitucional brasileiro dispõe que é


prerrogativa exclusiva do Presidente da República celebrar tratados com outras Nações (art. 84, VIII, CF),
sendo que o Congresso Nacional tem a função de aprovar ou rejeitar tais acordos internacionais (art. 49,
I, CF). Desta forma, se houver aceitação, através do Decreto Legislativo, pelos Deputados Federais e
Senadores, o instrumento deverá retornar ao Executivo para que haja promulgação, mediante Decreto
presidencial, e ratificação. (Fonte: http://www.derechoycambiosocial.com/revista001/mercosur.htm).

II - AUTORIZAR o Presidente da República a DECLARAR GUERRA, a CELEBRAR A PAZ, a


PERMITIR que FORÇAS ESTRANGEIRAS TRANSITEM pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; (TRF2-2009) (TJSP-2011) (PFN-2012)
(DPERR-2013) (AGU-2013) (PCGO-2018) (PCSP-2022)

##Atenção: ##PCSP-2022: ##VUNESP: Quem declara a guerra ou celebra a paz é o Presidente da


República (art. 84, XIX e XX), o congresso apenas AUTORIZA tais atos. (art. 49, II).

III - AUTORIZAR o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando


A AUSÊNCIA exceder a quinze dias; (TJES-2011) (MPMG-2012) (DPEAC-2012) (PGEAC-2012)
(DPEMA-2015) (DPERS-2018)

##Atenção: ##STF: ##DOD: A exigência de prévia autorização da assembleia legislativa para o


governador e o vice-governador do Estado ausentarem-se, “em qualquer tempo”, do território nacional
mostra-se incompatível com os postulados da simetria e da separação dos Poderes. A Constituição
Federal, em seu art. 49, III e em seu art. 83, prevê que é da competência do Congresso Nacional
autorizar o Presidente e o Vice-presidente da República a se ausentarem do País quando a ausência
for por período superior a 15 dias. Logo, afronta os princípios da separação dos Poderes e da simetria a
norma da Constituição estadual que exige prévia licença da Assembleia Legislativa para que o
Governador e o Vice-governador se ausentem do País por qualquer prazo. Os Estados-membros não
podem criar novas ingerências de um Poder na órbita de outro que não derivem explícita ou
implicitamente de regra ou princípio previsto na Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5373
MC/RR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 9/5/19 (Info 939).

##Atenção: ##STF: ##DOD: A Constituição Estadual do Amapá trouxe regra dizendo que se o Prefeito
ou o Vice-Prefeito for viajar ao exterior, “por qualquer tempo”, ele deverá pedir uma licença prévia da
Câmara Municipal para a viagem. O STF considerou inconstitucional a expressão “por qualquer
tempo”. Essa regra de “por qualquer tempo” está em desacordo com o princípio da simetria. Isso
porque a CF/88 somente exige autorização do Congresso Nacional se a ausência do Presidente da
República for superior a 15 dias (art. 49, III). De igual modo, a Constituição do Estado do Amapá
também só exige autorização da Assembleia Legislativa se a ausência do Governador (ou do Vice) for
superior a 15 dias (art. 118, § 1º). Logo, a exigência de autorização da Câmara Municipal para que o
Prefeito possa se ausentar por períodos menores que 15 dias quebra a simetria existente em relação ao
Governador. STF. Plenário. ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 25/10/18 (Info 921).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEMA-2015: ##FCC: A Constituição Estadual não pode exigir
autorização da ALE para que o Governador (ou o Vice) se ausente do país qualquer que seja o prazo: É
inconstitucional norma da Constituição estadual que exija autorização da Assembleia Legislativa para
que o Governador e o Vice possam se ausentar do país por menos de 15 dias. A CE somente poderia
prever a autorização se a ausência fosse superior a esse prazo. STF. Plenário. ADI 775/RS, Rel. Min.
231
Dias Toffoli, j. 3/4/14 (Info 741). STF. Plenário. ADI 2453/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 3/4/14 (Info
741)

IV - APROVAR o estado de defesa e a intervenção federal, AUTORIZAR o estado de sítio, ou


SUSPENDER qualquer uma dessas medidas; (MPSP-2006) (PCPI-2009) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (MPAL-
2012) (MPGO-2012) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TRF1-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015)
(TRT21-2015) (PCPE-2016) (PCAP-2010/2017) (MPMG-2017) (MPBA-2018) (PGESP-2018) (TJAL-2019) (TJPA-
2019) (MPSC-2019) (PCES-2019)

(TJPA-2019-CESPE): A competência para aprovar o estado de defesa é exclusiva do Congresso Nacional.


BL: art. 49, IV, CF.

##Atenção: Não há participação do Presidente da República nessa decisão.

V - SUSTAR os atos normativos do Poder Executivo que EXORBITEM do poder regulamentar ou


dos limites de delegação legislativa; (MPAM-2007) (DPEMA-2009) (TRF2-2009) (MPGO-2010) (TRF4-2010)
(PCAP-2010) (TJPB-2011) (TJPI-2012) (TJCE-2012) (MPAL-2012) (DPEES-2012) (DPEMS-2012) (DPERO-
2012) (PCPA-2012) (PCRJ-2012) (TJSP-2013) (MPDFT-2013) (MPES-2013) (DPEDF-2013) (DPERR-2013)
(PCBA-2013) (PCSC-2008/2014) (TJMT-2014) (MPAC-2014) (DPEGO-2014) (PGERN-2014) (AGU-2009/2015)
(TJDFT-2012/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCDF-2015) (TRT16-2015) (TRT21-2015)
(DPEMT-2016) (PGEAM-2016) (PGEMS-2016) (DPEPR-2017) (PCGO-2017) (TRT/Unificado-2017) (MPBA-
2018) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPT-2009/2013/2020) (MPAP-2021) (MPSE-2010/2022) (PCSP-2022)

(Anal. Judic./TRF4-2019-FCC): Certo grupo de senadores apresentou proposta de edição de resolução,


pelo Senado Federal, para suspender os efeitos de decreto editado pelo Presidente da República, por
entender que esse ato extrapolou os limites do poder regulamentar. A edição da referida medida pelo
Senado mostra-se incompatível com a Constituição Federal, uma vez que se trata de ato da competência
exclusiva do Congresso Nacional. BL: art. 49, V, CF.

(AGU-2015-CESPE): Foi editada portaria ministerial que regulamentou, com fundamento direto no
princípio constitucional da eficiência, a concessão de gratificação de desempenho aos servidores de
determinado ministério. Com referência a essa situação hipotética e ao poder regulamentar, julgue o
próximo item. A portaria em questão poderá vir a ser sustada pelo Congresso Nacional, se essa casa
entender que o ministro exorbitou de seu poder regulamentar. BL: art. 49, V, CF.

(TJSP-2013-VUNESP): Ato Normativo do Presidente da República que exorbita dos limites de delegação
legislativa autoriza o Congresso Nacional a sustar a parte do Ato Normativo do Poder Executivo que
exorbitou dos limites de delegação legislativa, por meio de Decreto Legislativo. BL: art. 49, V, CF.

(DPEDF-2013-CESPE): Acerca do controle de constitucionalidade, julgue o item seguinte: Embora a


regra geral do controle de constitucionalidade brasileiro seja o controle judicial repressivo, admite-se o
controle político repressivo, por exemplo, quando o Congresso Nacional susta atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem os limites da delegação legislativa. BL: art. 49, V, CF.

##Atenção: ##TRF2-2009: ##AGU-2009: ##DPEES-2012: ##PCPA-2012: ##MPT-2013: ##PGEAM-


2016: ##PGEMS-2016: ##Anal. Judic./TRF4-2019: ##MPAP-2021: ##CESPE: ##FCC: Cumpre destacar
que, o controle repressivo, por regra, é exercido pelo Poder Judiciário, tanto de forma concentrada como
difusamente. No entanto, a essa regra surgem exceções, fixando-se hipóteses de controle repressivo pelo
Poder Legislativo e pelo Poder Executivo. Em se tratando da exceção do controle repressivo realizado
Poder Legislativo, o art. 49, V, CF/88 dispõe ser competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os
atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa. A CF/88 atribuiu competência ao Presidente da República para elaborar a lei delegada,
mediante delegação do Congresso, através de resolução, especificando o conteúdo e os termos de seu
exercício (art. 68). Assim, no caso de elaboração de lei delegada pelo Presidente da República,
extrapolando os limites da aludida resolução, poderá o Congresso, através de decreto legislativo, sustar o
referido ato que exorbitou dos limites da delegação legislativa.

(TRF2-2009-CESPE): Quanto à atuação do Poder Legislativo federal e às espécies normativas, assinale a


opção correta: Caso o presidente da República extrapole os limites fixados na resolução concedente da
232
delegação legislativa, o Congresso Nacional, mediante decreto legislativo, pode sustar a lei delegada,
com efeitos ex nunc. BL: art. 49, V, CF.

##Atenção: ##TRF2-2009: ##DPEES-2012: ##CESPE: A CF/88 outorgou ao Congresso a competência


para sustar os atos do Executivo que exorbitem os limites da delegação legislativa (art. 49, V da CF). É
importante ter sempre em mente que a delegação legislativa deve ter conteúdo determinado, preciso,
definido, não podendo constituir um "cheque em branco" para a atuação legislativa do Presidente da
República. O ato de sustação do Congresso surtirá efeitos ex nunc, porquanto não se cuida de pronúncia
de inconstitucionalidade, mas sim de sustação de eficácia.

##Atenção: ##DPEGO-2014: ##PGEAM-2016: ##PGEMS-2016: ##MPAP-2021: ##CESPE: O controle


legislativo, também denominado como parlamentar ou político, aborda aspectos de legalidade na
atuação da Administração Pública, como, por exemplo, se pode bem depreender do teor do art. 49, V, da
CF, que permite ao Congresso Nacional sustar atos normativos que transbordem do poder regulamentar
ou dos limites de delegação legislativa, sendo óbvio que, quando assim agir, estará o Executivo atuando
de forma ilegal.

(MPAM-2007-CESPE): Assinale a opção correta acerca do controle da administração pública: A sustação,


pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar
configura controle externo. BL: art. 49, V, CF (adm.).

VI - MUDAR temporariamente sua sede; (PCPI-2009) (PCES-2019)

VII - FIXAR idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998) (TRF2-2018) (MPGO-2019) (MPSP-2019/2022)

##Atenção: ##TRF2-2018: ##MPGO-2019: Trata-se de competência exclusiva do Congresso Nacional


fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais. E na competência exclusiva não há que se falar em
sanção ou veto do Presidente da República em relação a tal projeto de lei.

VIII - FIXAR os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de


Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJES-2011) (MPMG-2011) (PGEPR-2015) (TRF2-2018) (PCMG-2018)

IX - JULGAR ANUALMENTE as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os


relatórios sobre a execução dos planos de governo; (TJDFT-2007) (MPMG-2010) (MPSE-2010) (TJES-2011)
(TJPB-2011) (TRF5-2011) (PGEPA-2011) (MPAP-2012) (DPERO-2012) (MPF-2012) (TJPE-2013) (MPES-2013)
(MPMS-2013) (TRF2-2013) (DPEMG-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (DPEMA-2015) (Cartórios/TJRS-2015)
(TRF4-2014/2016) (PGEAM-2016) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPTO-2022)

(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020-CESPE): Quanto à organização dos Poderes Executivo, Legislativo e


Judiciário, julgue o item a seguir: A competência do Tribunal de Contas da União para julgar as contas
dos responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos não abrange as contas do presidente da
República. BL: art. 49, IX c/c art. 71, I, CF.

##Atenção: A competência do Tribunal de Contas da União para julgar as contas dos responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos não abrange as contas do presidente da República. Isso porque o TCU
tão somente aprecia as contas apresentadas pelo Presidente da República mediante parecer prévio, o qual
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento (art. 71, I, CF). Por outro lado, no
julgamento das contas, anualmente, a competência é do Congresso Nacional (art. 49, IX, CF).

(TRF2-2013-CESPE): No Brasil, o órgão que tem competência exclusiva para julgar anualmente as contas
prestadas pelo presidente da República é o Congresso Nacional. BL: art. 49, IX c/c art. 71, I, CF.

##Atenção: Vejamos o seguinte resumo:


 Quem julga as contas do Presidente da República é o Congresso Nacional;
 Quem as aprecia é o TCU;
 Quem as examina e emite parecer sobre elas é a Comissão mista permanente de deputados e
senadores (Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização).
233
(TJES-2011-CESPE): Ao Congresso Nacional cabe fixar os subsídios do presidente, do vice-presidente da
República e dos ministros de Estado e julgar anualmente as contas prestadas pelo presidente da
República. BL: art. 49, VIII e IX, CF.

X - FISCALIZAR e CONTROLAR, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder


Executivo, INCLUÍDOS os da administração indireta; (MPCE-2009) (TJMT-2014) (DPEMG-2014)
(Cartórios/TJRS-2015) (TJAM-2016) (TCERJ-2021)

XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros
Poderes;

XII - APRECIAR os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;


(PCPI-2009) (PCAP-2010) (MPAL-2012) (PCRJ-2012) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEAM-2016) (PGESP-2018)
(PGM-Boa Vista/RR-2019) (DPECE-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(PGM-Teresina/PI-2022-FCC): No que se refere ao Poder Legislativo nacional, compete exclusivamente


ao Congresso Nacional apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e
televisão. BL: art. 49, XII, CF.

(PGM-Boa Vista/RR-2019-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca das disposições constitucionais a


respeito de direito administrativo: Cabe ao Congresso Nacional o exercício do controle externo dos atos
administrativos de concessões e permissões de emissoras de rádio e televisão. BL: art. 49, XII, CF.

XIII - ESCOLHER dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; (TJAC-2012) (MPPR-
2012) (TJSC-2013) (MPSP-2015) (PCSP-2022)

(PCSP-2022-VUNESP): É da competência exclusiva do Congresso Nacional: escolher dois terços dos


membros do Tribunal de Contas da União. BL: art. 49, XIII, CF.

(MPSP-2015): Assinale a alternativa correta: É da competência exclusiva do Congresso Nacional escolher


dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União. BL: art. 49, XIII, CF.

XIV - APROVAR iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; (TRF5-2011)


(PGM-São Paulo/SP-2014) (PGEAM-2016)

XV - AUTORIZAR REFERENDO e CONVOCAR PLEBISCITO; (DPEMS-2008) (TJSP-2008/2011)


(DPERS-2011) (TJGO-2012) (MPAL-2012) (TJPR-2013) (MPPR-2013) (MPF-2013) (MPT-2013) (TRF1-
2013/2015) (AGU-2015) (TRF4-2016) (PCPA-2016) (TRT/Unificado-2017) (PCES-2019)

(TJSP-2008-VUNESP): No ordenamento jurídico-constitucional brasileiro, o plebiscito constitui consulta


popular prévia sobre matéria política ou institucional, antes de sua formulação legislativa, enquanto o
referendo constitui consulta posterior à aprovação de projeto de lei ou de emenda constitucional, para
ratificação ou rejeição, configurando um e outro instrumento de exercício da soberania popular. As
noções conceituais de plebiscito e referendo aqui expendidas estão corretas, aduzindo-se que a
autorização de referendo e a convocação de plebiscito são da competência exclusiva do Congresso
Nacional. BL: art. 49, XV, CF.

##Atenção: ##AGU-2015: ##CESPE: No Brasil, é da competência exclusiva do Congresso Nacional a


autorização de referendo e a convocação de plebiscito e que será materializada por meio de Decreto
Legislativo. Trata-se, portanto, de função deliberativa do Congresso Nacional (distinta, portanto da
função legislativa), que se expressará na forma de Decreto Legislativo. Não poderá ser por meio de
medida provisória, uma vez que esta possui função única e exclusivamente de fazer as vezes de lei
ordinária, ou seja, ato normativo exarado pelo Congresso no exercício de sua função legislativa.

XVI - AUTORIZAR, EM TERRAS INDÍGENAS, a exploração e o aproveitamento de recursos


hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; (TRF2-2009) (MPF-2012) (PGDF-2013) (TRF4-2014)
(PGEBA-2014) (TRF5-2015) (PGEPR-2015) (TRT6-2015) (TJDFT-2016) (DPEAM-2021) (PGERS-2021)

234
(DPEAM-2021-FCC): Autorizar a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e
lavra de riquezas minerais em terras indígenas, segundo a Constituição Federal, é competência exclusiva
do Congresso Nacional. BL: art. 49, XVI, CF.

XVII - APROVAR, previamente, a ALIENAÇÃO ou CONCESSÃO DE TERRAS PÚBLICAS com


área superior a dois mil e quinhentos hectares. [Obs.: norma constitucional AUTOAPLICÁVEL] (TJPI-2012)
(TRF4-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEMA-2016) (MPRR-2017)

XVIII - DECRETAR o ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA de âmbito nacional previsto nos


arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
109, de 2021) (MPSP-2022) (PCSP-2022) (TCU-2022)

##Atenção: ##PCSP-2022: ##VUNESP: O congresso DECRETA e não AUTORIZA a decretação do


estado de calamidade pública (art. 49, XVII). Vale lembrar que ao Presidente da República incumbe a
competência de PROPOR a decretação do estado de calamidade pública ao Congresso Nacional (art. 84,
XXVIII).

Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, PODERÃO
CONVOCAR Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à
Presidência da República PARA PRESTAREM, PESSOALMENTE, informações sobre assunto
previamente determinado, IMPORTANDO CRIME DE RESPONSABILIDADE a ausência sem
justificação adequada. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 1994) (TJSC-2009) (TJES-
2011) (DPEMS-2012) (PFN-2012) (TJRN-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJPR-2014) (PCSC-2014) (PCDF-2015)
(MPM-2021)

##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##CESPE: Os dispositivos impugnados contemplam a possibilidade


de a Assembleia Legislativa capixaba convocar o Presidente do Tribunal de Justiça para prestar,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de
responsabilidade a ausência injustificada desse chefe de Poder. Ao fazê-lo, porém, o art. 57 da
Constituição capixaba não seguiu o paradigma da CF, extrapolando as fronteiras do esquema de freios
e contrapesos – cuja aplicabilidade é sempre estrita ou materialmente inelástica – e maculando o
princípio da separação de Poderes. Ação julgada parcialmente procedente para declarar a
inconstitucionalidade da expressão ‘Presidente do Tribunal de Justiça’, inserta no § 2º e no caput do
art. 57 da Constituição do Estado do Espírito Santo. (ADI 2911, Rel. Min. Carlos Britto, Tribunal Pleno, j.
em 10/8/06).

(TJRN-2013-CESPE): Com relação à organização dos poderes estabelecida na CF, assinale a opção
correta: A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas comissões, podem convocar
ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à presidência da
República para prestarem, pessoalmente, informações acerca de assunto previamente determinado,
configurando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. BL: art. 50, CF.

§ 1º Os MINISTROS DE ESTADO PODERÃO COMPARECER ao Senado Federal, à Câmara dos


Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa
respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério. (TJES-2011) (DPEMS-2012)

§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal PODERÃO ENCAMINHAR


pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste
artigo, IMPORTANDO em CRIME DE RESPONSABILIDADE a recusa, ou o não-atendimento, no prazo
de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 2, de 1994) (MPRR-2008) (MPT-2009) (DPEMS-2012) (PFN-2012) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJCE-
2018)

##Atenção: ##STF: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##TJCE-2018: ##CESPE: O direito de requerer


informações aos Ministros de Estado foi conferido pela Constituição tão somente às Mesas da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal e não a parlamentares individualmente. Precedentes. II - O
entendimento pacífico desta Corte é no sentido de que o parlamentar individualmente não possui
legitimidade para impetrar mandado de segurança para defender prerrogativa concernente à Casa
Legislativa a qual pertence. III – No caso, não está caracterizada a legitimidade passiva do Ministro de

235
Estado da Fazenda, uma vez que o projeto de implantação do teleférico no Complexo do Alemão, no
âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento, foi elaborado pelo Departamento de Urbanização de
Assentamentos Precários do Ministério das Cidades, cabendo a este o fornecimento das informações
pretendidas. (...) (STF. 2ª T., RMS 28251 AgR, Rel. Ricardo Lewandowski, j. 18/10/11).

(MPRR-2008-CESPE): A CF prevê que as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão
encaminhar, por escrito, pedidos de informação a ministros de Estado, importando em crime de
responsabilidade o não-atendimento do pedido no prazo de 30 dias, bem como a prestação de
informações falsas. BL: art. 50, §2º, CF.

Seção III
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Art. 51. COMPETE PRIVATIVAMENTE à Câmara dos Deputados: (MPRS-2017)

I - AUTORIZAR, por dois terços de seus membros, a INSTAURAÇÃO DE PROCESSO CONTRA


o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; (PGEPI-2008) (TJSC-2009) (PCPB-
2009) (MPRO-2010) (MPDFT-2011) (TJBA-2012) (TJPI-2012) (MPPR-2012) (PCRJ-2012) (Cartórios/TJBA-2013)
(PCSC-2008/2014) (Cartórios/TJMT-2014) (MPSP-2005/2015) (MPRS-2017) (TRT/Unificado-2017) (DPERS-
2018) (PGESP-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Imunidade do art. 51, I, e art. 86 da CF/88 não se estende para
codenunciados que não sejam Presidente da República, Vice ou Ministro de Estado: A imunidade formal
prevista no art. 51, I, e no art. 86, caput, da CF/88 não se estende para os codenunciados que não se
encontrem investidos nos cargos de Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministro
de Estado. A finalidade dessa imunidade é proteger o exercício regular desses cargos, razão pela qual
não é extensível a codenunciados que não se encontrem ocupando tais funções. STF. Plenário. Inq 4483
AgR-segundo/DF e Inq 4327 AgR-segundo/DF, rel. Min. Edson Fachin, j. 14 e 19/12/17 (Info 888).

II - PROCEDER à TOMADA DE CONTAS do Presidente da República, quando NÃO


APRESENTADAS ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
(TJPB-2011) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (TJSC-2013) (MPMG-2013) (MPSC-2014) (PCSC-2014) (DPEMA-2015)
(TRT6-2015) (MPRS-2017) (Cartórios/TJMG-2019) (TCERJ-2021) (MPTO-2022)

(DPEMA-2015-FCC): A CF/1988 autoriza que a tomada de contas do Presidente da República seja


realizada pela Câmara dos Deputados, caso as contas não tenham sido apresentadas ao Congresso
Nacional dentro do prazo de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. BL: art. 51, II, CF.

##Atenção: A "tomada de contas em caso de omissão do Presidente" trata-se de competência da Câmara


de Deputados. Mas é interessante lembrar também que quem julga as contas do Presidente, não é nem a
Câmara, nem o Senado, mas sim o Congresso Nacional, nos termos do art. 49, IX da CF/88:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...)
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da Republica e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo.

##Atenção: ##DICA:
 TCU  Aprecia (Art. 71, I, CF)
 CONGRESSO NACIONAL  Julga (Art. 49, IX, CF)
 CÂMARA DOS DEPUTADOS  Procede à tomada de contas (Art. 51, II, CF)

III - ELABORAR seu regimento interno; (MPPR-2012) (MPRS-2017)

IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias ; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (MPAL-2012) (PCES-2013) (MPMA-2014) (PCSC-
2014) (MPRS-2017) (PGESE-2017)

V - ELEGER membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. (PCSC-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPRS-2017) (PGM-Teresina/PI-2022)
236
Seção IV
DO SENADO FEDERAL

Art. 52. COMPETE PRIVATIVAMENTE ao SENADO FEDERAL:

I - PROCESSAR e JULGAR o Presidente e o Vice-Presidente da República NOS CRIMES DE


RESPONSABILIDADE, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e
da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 23, de 02/09/99) (MPSP-2005) (MPPE-2008) (PCSC-2008) (DPEES-2009) (PCPB-2009)
(PCAP-2010) (AGU-2009/2012) (TJAC-2012) (TJBA-2012) (MPTO-2012) (PCRJ-2012) (TRF2-2009/2013) (MPSC-
2012/2013) (TJRN-2013) (MPMG-2013) (DPERR-2013) (MPM-2013) (DPECE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (PCPI-2014) (TJMS-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEPA-2015) (PGM-Salvador/BA-
2015) (TJDFT-2014/2016) (TRF3-2016) (MPRS-2017) (PCGO-2017) (DPERS-2018) (PGESP-2018) (PCSP-2018)
(PCES-2019)

II - PROCESSAR e JULGAR os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho


Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o
Advogado-Geral da União NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (MPPE-2008) (PGECE-2008) (PCSC-2008) (MPRN-2009) (DPEES-2009) (PCRN-
2009) (TRF2-2009/2011) (TJPB-2011) (DPEMA-2011) (TRF1-2011) (TJCE-2012) (TJPI-2012) (MPPI-2012)
(MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPEMS-2012) (PFN-2012) (AGU-2009/2013) (MPSC-2012/2013) (TJRN-2013)
(TJSP-2013) (DPERR-2013) (TRF5-2013) (PCES-2013) (DPECE-2014) (TRF4-2014) (MPMS-2015) (MPSP-
2015) (PGERS-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCDF-2015) (TRT6-2015) (TJRJ-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGM-
São Luís/MA-2016) (PCPI-2018) (MPMT-2019)

(TJRJ-2016-VUNESP): Os membros do CNJ serão julgados, no caso de crime de responsabilidade, pelo


Senado Federal. BL: art. 52, II, CF.

##Atenção: ##Cartórios/TJSP-2016: ##MPMT-2019: ##FCC: ##VUNESP: CRIME COMUM: Os


membros do CNJ e do CNMP não dispõem, pelo exercício dessa função, de foro especial por crime
comum, pois cada membro responderá normalmente perante o seu foro de origem. Portanto, não há que
se falar em prerrogativa de foro em relação aos crimes comuns, mas tão somente no que tange aos crimes
de responsabilidade.

(MPSP-2015): Assinale a alternativa correta: Compete privativamente ao Senado Federal processar e


julgar os Ministros do STF, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do
Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade. BL: art. 52, II, CF.

(MPMS-2015): Nos crimes de responsabilidade, processar e julgar os membros do Conselho Nacional do


Ministério Público compete: ao Senado Federal. BL: art. 52, II, CF.

III - APROVAR previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: (DPEMS-
2008) (MPES-2010) (TRF2-2011) (TRF5-2011) (TJPI-2012) (MPMG-2012) (TRF4-2014) (TJDFT-2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (TRT/Unificado-2017) (TJCE-2018) (MPAP-2021) (MPTO-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
(PGM-Teresina/PI-2022)

a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; (TRF2-2011) (TRF4-2014) (MPAP-2021)

b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; (DPEMS-


2008) (TJPI-2012)

c) Governador de Território;

d) Presidente e diretores do banco central; (TRF5-2011) (MPTO-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

237
(MPTO-2022-CESPE): Acerca das atribuições do Poder Legislativo, assinale a opção correta: Compete
privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a
escolha de presidente e diretores do Banco Central do Brasil. BL: art. 52, III “d”, CF.

e) Procurador-Geral da República; (TRF5-2011) (PGERS-2015) (TRT/Unificado-2017) (PGM-


Florianópolis/SC-2022)

f) titulares de outros cargos que a lei determinar; (MPES-2010) (MPMG-2012) (TJDFT-2016) (TJCE-
2018)

IV - APROVAR previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a ESCOLHA DOS
CHEFES DE MISSÃO DIPLOMÁTICA de caráter permanente; (TRF4-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)

V - AUTORIZAR OPERAÇÕES EXTERNAS DE NATUREZA FINANCEIRA, de interesse da


União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; (MPCE-2011) (TRF3-2011) (TJPI-
2012) (TJBA-2012) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (Cartórios/TJMG-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (DPEPE-2018) (PGM-Manaus/AM-2018)

(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Acerca de crédito público, julgue o seguinte item: Nem todo


empréstimo público tomado pelo município precisa, para sua realização, de autorização específica do
Senado Federal. BL: art. 52, V, CF e art. 32, §1º, IV da LRF.51

##Atenção: Logo, apenas o empréstimo público EXTERNO tomado pelo município precisa, para sua
realização, de autorização específica do Senado Federal. Os empréstimos público nacionais não precisam.

(Cartórios/TJDFT-2014-CESPE): No que se refere ao Poder Legislativo e aos tribunais de contas, assinale


a opção correta: A autorização de operações externas de natureza financeira de interesse do DF é de
competência privativa do Senado Federal, sem sanção presidencial. BL: art. 52, V, CF.

##Atenção: O art. 52, V, da CF/88, prevê que compete privativamente ao Senado Federal autorizar
operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios. Nesse caso, não é necessária a sanção presidencial, nos termos do art. 48,
caput, da CF: cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União.

(MPCE-2011-FCC): Considere a seguinte afirmação a respeito da disciplina constitucional do controle da


Administração Pública: Compete privativamente ao Senado Federal autorizar operações externas de
natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios. BL: art. 52, V, CF.

VI - FIXAR, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (TRF2-2011) (TJAC-2012) (TRF2-
2013) (Cartórios/TJMT-2014) (TJPB-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (PGM-São Luís/MA-2016)
(PGM-BH/MG-2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)

(PGM-São Luís/MA-2016-FCC): De acordo com a Constituição Federal, compete ao Senado Federal: fixar
limites globais para o montante da dívida consolidada dos Municípios, por proposta do Presidente da
República. BL: art. 52, VI, CF.

(TRF2-2013-CESPE): A competência privativa para fixar limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos estados, do DF e dos municípios pertence ao Senado Federal. BL: art. 52, VI,
CF.

##Atenção: Dica importante:


 Fixar limites globais para dívida consolidada para todos os entes federativos  Compete ao
51
Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de
operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou
indiretamente. § 1o O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos
técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o
atendimento das seguintes condições: (...) IV - autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de
operação de crédito externo;
238
Senado Federal (é o caso tratado na questão acima).
 Fixar limites globais para dívida mobiliária para os Estados, DF e Municípios  Compete ao
Senado Federal (é o caso do art. 52, inciso IX, CF).
 [...] o montante da dívida mobiliária federal  Compete ao Congresso Nacional (art. 48, XIV,
CF).

VII - DISPOR sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal; (TRF5-2011) (TJAC-2012) (MPAL-2012) (MPMG-2013)
(Cartórios/TJSP-2014) (PGM-BH/MG-2017) (PCMA-2018) (PCPI-2018) (MPPI-2019) (TJMS-2020) (PGEGO-2021)
(MPTO-2022) (PGEAM-2022)

VIII - DISPOR sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de
crédito EXTERNO e INTERNO; (TRF5-2011) (MPAL-2012) (MPMG-2013) (PGM-São Paulo/SP-2014)
(DPEPE-2015) (TRT21-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPERS-2018)
(DPEMG-2019) (PGEGO-2010/2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

(TJSP-2017-VUNESP): Sobre a impenhorabilidade dos bens públicos, pode-se afirmar que admite
exceção para a hipótese de sequestro de bens, nos termos do artigo 100, parágrafo 6°, da CF/88, e para a
concessão de garantia, em condições especialíssimas, em operações de crédito externo, cabendo ao
Senado Federal dispor sobre limite e concessões, nos termos do art. 52, VIII, da CF/88. BL: art. 52, VIII
c/c art. 100, §6º, CF.

##Atenção: Exceções:
 A autorização do sequestro da quantia em caso de preterimento do direito de precedência ou de
não alocação orçamentária, prevista no § 6º do art. 100, é sanção excepcional, que confirma a regra.
 Em ação para fornecimento de medicamentos, o juiz pode determinar o bloqueio e sequestro de
verbas públicas em caso de descumprimento da decisão. Tratando-se de fornecimento de
medicamentos, cabe ao Juiz adotar medidas eficazes à efetivação de suas decisões, podendo, se
necessário, determinar, até mesmo, o sequestro de valores do devedor (bloqueio), segundo o seu
prudente arbítrio, e sempre com adequada fundamentação. STJ. 1ª Seção. REsp 1.069.810-RS, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 23/10/2013 (recurso repetitivo). 52

Vale ressaltar que o Poder Judiciário não deve compactuar com a desídia do Estado, que condenado pela
urgência da situação a entregar medicamentos imprescindíveis à proteção da saúde e da vida de cidadão
necessitado, revela-se indiferente à tutela judicial deferida e aos valores fundamentais da vida e da
saúde. Nesse sentido: AgRg no REsp 1002335/RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 22.09.2008.

Mas os bens públicos não são impenhoráveis? Isso não seria uma forma de penhora de bens públicos?
Ademais, não haveria uma quebra na regra dos precatórios? Sim. No entanto, entendeu-se que o direito
à saúde, garantido constitucionalmente (arts. 6º e 196), deveria prevalecer sobre princípios de Direito
Financeiro ou Administrativo.

IX - ESTABELECER limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios; (TRF2-2011) (PGERS-2011) (TRF2-2013) (TRF5-2013) (PGDF-2013)
(PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017) (PCMA-2018) (TJMS-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)
(PGM-Teresina/PI-2022)

(PGDF-2013-CESPE): Julgue o item a seguir, referente ao controle do endividamento e a operações de


crédito: O Senado Federal estabeleceu o limite global de endividamento para os estados, o DF e os
municípios. BL: art. 52, IX, CF.

52
(DPEMG-2019): Quanto ao tema saúde, é correto afirmar: É possível ao julgador determinar o bloqueio de
verba pública para garantir o cumprimento da obrigação do Poder Público de fornecer medicamento para
portadores de doença grave, desde que comprovada a desídia do ente público e o risco à vida do paciente,
podendo, ainda, haver cumulação referente a aplicação de astreintes.
(DPERS-2018-FCC): Em relação aos bens públicos, é correto afirmar: É possível haver sequestro de valores nas
contas de ente público, por meio de comando judicial, quando a pretensão visa a assegurar direitos fundamentais,
como educação e saúde.
(DPEPE-2015-CESPE): Em relação à efetivação dos direitos sociais, julgue o item a seguir: Conforme
jurisprudência do STJ, o juiz pode determinar o bloqueio de verbas públicas para garantir o fornecimento de
medicamentos.
239
X - SUSPENDER a execução, no todo ou em parte, de LEI DECLARADA INCONSTITUCIONAL
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; (DPEMA-2009) (TJRS-2012) (TJPA-2012) (PFN-2012)
(AGU-2013) (MPT-2013) (TRF4-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPDFT-2015) (TRF5-
2015) (MPT-2015) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (PCGO-2017) (DPERS-2018) (MPPI-2019) (MPSC-2019) (PGM-
Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##TJPA-2012: ##CESPE: As resoluções da Câmara dos Deputados e do Senado Federal têm
aptidão para produzir efeitos externos, a exemplo daquela emitida por força do art. 52, X da CF/88, em
que o Senado Federal suspende a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por
decisão definitiva do STF.

XI - APROVAR, por maioria absoluta e por voto secreto, a EXONERAÇÃO, de ofício, do


Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato ; (TRF2-2011) (TRF5-2011) (TRF1-2013)
(MPPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPTO-2022)

(MPPA-2014-FCC): A Constituição da República prevê que se dê por votação secreta a aprovação, pelo
Senado Federal, da exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu
mandato. BL: art. 52, XI, CF.

XII - elaborar seu regimento interno;

XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias ; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (MPAL-2012) (PGESE-2017)

XIV - ELEGER membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. (MPAL-2012)

XV - AVALIAR PERIODICAMENTE a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua


estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do
Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJES-2011)
(MPMG-2013) (TRF1-2013) (TRT8-2015) (DPEMA-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

(TJES-2011-CESPE): Considerando as atribuições do Poder Legislativo e as do Executivo no que se refere


ao Sistema Tributário Nacional, as limitações ao poder de tributar e a repartição das receitas tributárias,
conforme o disposto na CF, assinale a opção correta: Compete privativamente ao Senado Federal avaliar
periodicamente a funcionalidade do STN, em sua estrutura e seus componentes, assim como o
desempenho das administrações tributárias da União, dos estados, do DF e dos municípios. BL: art. 52,
XV, CF.

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, FUNCIONARÁ como PRESIDENTE o do
Supremo Tribunal Federal, LIMITANDO-SE a condenação, que SOMENTE SERÁ PROFERIDA por dois
terços dos votos do Senado Federal, à PERDA DO CARGO, com inabilitação, por oito anos, para o
exercício de função pública, SEM PREJUÍZO das demais sanções judiciais cabíveis. (TJRS-2012) (TJPA-
2012) (MPSC-2013) (TJDFT-2014) (DPECE-2014) (TRF3-2016)

(TRF3-2016): Em relação ao Presidente da República é correto afirmar: O processo por crime de


responsabilidade é levado a efeito pelo Senado Federal , mas sob a presidência do Presidente do STF. BL:
art. 52, caput, I e § único, CF.

Seção V
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES

Art. 53. Os Deputados e Senadores SÃO INVIOLÁVEIS, CIVIL e PENALMENTE, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos. [obs.: imunidade material - inviolabilidade] (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 35, de 2001) (TJMG-2008) (MPRO-2008) (PGECE-2008) (PGEPI-2008) (PGEPE-2009) (PCDF-
2009) (PGEAM-2010) (PCAP-2010) (TJPE-2011) (MPDFT-2011) (PGERS-2011) (TJAC-2012) (TJMS-2012) (MPRS-
2012) (MPSP-2012) (DPERO-2012) (PCMA-2012) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCBA-2013) (TJAP-

240
2014) (TJCE-2014) (MPGO-2014) (MPMG-2014) (MPMT-2014) (DPECE-2014) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (PCPI-2014) (PCRO-2014)
(PCSP-2014) (TJDFT-2015) (DPERN-2015) (TRF3-2011/2016) (MPPR-2016) (TRF4-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-
2016) (TJSC-2017) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017) (MPBA-2018) (MPPB-2018) (TRF2-2018) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (MPT-2020) (TJPR-2014/2021) (DPERS-2014/2022)

##Atenção: ##STF: ##MPT-2020: A jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que, quando as


declarações do parlamentar são proferidas dentro do Congresso Nacional, a imunidade material incide
de forma absoluta. STF. 2ª T., Pet 7634 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 27/09/19.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPT-2020: Imunidade parlamentar e "Caso Bolsonaro": A imunidade


parlamentar material (art. 53 da CF/88) protege os Deputados Federais e Senadores, qualquer que seja
o âmbito espacial (local) em que exerçam a liberdade de opinião. No entanto, para isso é necessário
que as suas declarações tenham conexão (relação) com o desempenho da função legislativa ou tenham
sido proferidas em razão dela. Para que as afirmações feitas pelo parlamentar possam ser consideradas
como "relacionadas ao exercício do mandato", elas devem ter, ainda de forma mínima, um teor
político. Exemplos de afirmações relacionadas com o mandato: declarações sobre fatos que estejam
sendo debatidos pela sociedade; discursos sobre fatos que estão sendo investigados por CPI ou pelos
órgãos de persecução penal (Polícia, MP); opiniões sobre temas que sejam de interesse de setores da
sociedade, do eleitorado, de organizações ou grupos representados no parlamento etc. Palavras e
opiniões meramente pessoais, sem relação com o debate democrático de fatos ou ideias não possuem
vínculo com o exercício das funções de um parlamentar e, portanto, não estão protegidos pela
imunidade material. No caso concreto, as palavras do Deputado Federal dizendo que a parlamentar
não merecia ser estuprada porque seria muito feia não são declarações que possuem relação com o
exercício do mandato e, por essa razão, não estão amparadas pela imunidade material. STF. 1ª T. Inq
3932/DF e Pet 5243/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 21/6/16 (Info 831).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: A imunidade parlamentar é uma proteção adicional
ao direito fundamental de todas as pessoas à liberdade de expressão, previsto no art. 5º, IV e IX, da
CF/88. Assim, mesmo quando desbordem e se enquadrem em tipos penais, as palavras dos
congressistas, desde que guardem alguma pertinência com suas funções parlamentares, estarão
cobertas pela imunidade material do art. 53, “caput”, da CF/88. STF. 1ª T. Inq 4088/DF e Inq 4097/DF,
Rel. Min. Edson Fachin, j. 1º/12/15 (Info 810).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPGO-2014: ##MPMT-2014: ##Cartórios/TJSE-2014: ##TRF4-2016:


##PCPE-2016: ##PCMS-2017: ##TRF2-2018: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FGV: A
imunidade material de parlamentar (art. 53, “caput”, da CF/88) quanto a crimes contra a honra só
alcança as supostas ofensas irrogadas fora do Parlamento quando guardarem conexão com o exercício
da atividade parlamentar. No caso concreto, determinado Deputado Federal afirmou, em seu blog
pessoal, que certo Delegado de Polícia teria praticado fato definido como prevaricação. A 1ª Turma do
STF recebeu a denúncia formulada contra o Deputado por entender que, no caso concreto, deveria ser
afastada a tese de imunidade parlamentar apresentada pela defesa. A Min. Rel. Rosa Weber ressaltou
que a imunidade parlamentar material (art. 53 da CF/88) só é absoluta quando as afirmações de um
parlamentar sobre qualquer assunto ocorrem dentro do Congresso Nacional. No entendimento da
Ministra, fora do parlamento é necessário que as afirmações tenham relação direta com o exercício do
mandato. Na hipótese, o STF entendeu que as declarações do Deputado não tinha relação direta com o
exercício de seu mandato. STF. 1ª T. Inq 3672/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, j. 14/10/14 (Info 763).

##Atenção: ##STF: ##MPT-2020: Ao dar nova redação ao art. 53, caput, da Constituição Federal, a EC
nº 35/01 apenas explicitou entendimento do STF, que já reconhecia, em favor do membro do Poder
Legislativo, a exclusão de sua responsabilidade civil, “como decorrência da garantia fundada na
imunidade parlamentar material, desde que satisfeitos determinados pressupostos legitimadores da
incidência dessa excepcional prerrogativa jurídica”. STF. 2ª T., AI 401600 AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
j. 01/02/11.

(MPPB-2018-FCC): A inviolabilidade parlamentar no Direito Constitucional brasileiro é restrita a


palavras, opiniões e votos, ou seja, não abrange, por exemplo, atos de violência física. BL: art. 53, caput,
CF.

(TJMG-2008): A imunidade parlamentar material obsta a propositura de ação penal ou indenizatória


contra o membro do Poder Legislativo pelas opiniões, palavras e votos que proferir e exige relação de

241
pertinência com o exercício da função. BL: art. 53, caput, CF.

§ 1º Os Deputados e Senadores, DESDE A EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA, SERÃO SUBMETIDOS a


julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. [obs.: Foro especial por prerrogativa de função.]
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) (PGECE-2008) (PGEPI-2008) (TJPA-2009) (PGEAM-
2010) (TJPB-2011) (TJPE-2011) (TRF3-2011) (TJAC-2012) (TJPI-2012) (TJBA-2012) (MPRS-2012) (TJRN-2013)
(MPF-2013) (PCBA-2013) (PCPR-2013) (TJAP-2008/2014) (TJCE-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJPR-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (PCPI-2014) (PCSP-2014) (TJDFT-2015) (DPERN-2015) (PCDF-2015)
(MPPR-2016) (DPEMT-2016) (TRF4-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (TJSC-2015/2017) (Cartórios/TJMG-
2017) (PCMS-2017) (TJRS-2018) (MPBA-2018) (DPEAM-2018) (DPEMA-2018) (PGESC-2018) (PCGO-2018)
(PCMG-2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019) (MPCE-
2020) (MPDFT-2011/2021) (MPAP-2012/2021) (TJPR-2014/2021) (MPMG-2014/2021) (DPERS-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJRS-2018: ##PCGO-2018: ##MPGO-2019: ##TJPA-2019: ##Anal.


Judic./TRF3-2019: ##Anal. Judic./TRF4-2019: ##MPCE-2020: ##TJPR-2021: ##MPAP-2021: ##MPMG-
2021: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##VUNESP: Restrição ao foro por prerrogativa de função: As normas
da CF/1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa de função devem ser interpretadas
restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do
cargo e em razão dele. Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser
diplomado como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele ser julgado
pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o crime
tenha sido cometido após a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as
funções exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: “O foro
por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas.” STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, j.
3/5/18 (Info 900).
(TJPR-2021-FGV): Francisco, que tomou posse como Deputado Federal, a fim de exercer livremente o seu
mandato como representante do povo, consultou advogado para se informar das prerrogativas e
imunidades às quais faria jus, em razão do exercício do cargo para o qual foi eleito. Sobre o tema, é correto
afirmar que: a prerrogativa de foro de Francisco se limita aos crimes cometidos no exercício do cargo e em
razão dele, e a jurisdição do STF se perpetua caso tenha havido o encerramento da instrução processual
antes da extinção do mandato. BL: Info 900, STF.
##Atenção: Por isso, como regra, a perda do cargo público, implica a remessa dos autos para a instância
ordinária. Acontece que, para fins de segurança jurídica, o STF estabeleceu um marco temporal a partir do
qual a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de posterior
investidura ou desinvestidura do cargo por parte do acusado. Ficou assim: i) Se o réu deixou de ocupar o
cargo antes de a instrução terminar: cessa a competência do STF e o processo deve ser remetido para a 1ª
instância; ii) Se o réu deixou de ocupar o cargo depois de a instrução se encerrar: o STF permanece sendo
competente para julgar a ação penal. Assim, com a publicação do despacho de INTIMAÇÃO para
apresentação de alegações finais, fica prorrogada a competência do juízo para julgar a ação penal mesmo
que ocorra alguma mudança no cargo ocupado pelo réu. Desse modo, mesmo que o agente público venha a
ocupar outro cargo ou deixe o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo, isso não acarretará
modificação de competência.
(MPCE-2020-CESPE): Deputado federal eleito pelo estado do Ceará que praticar crime de estelionato em
São Luís/MA antes de entrar em exercício no cargo eletivo deverá ser processado na justiça estadual
comum do Maranhão, na comarca de São Luís. BL: Info 900, STF e art. 70, CPP.
##Atenção: A questão trata da prerrogativa de foro dos congressistas, cobrando um recente julgado do STF,
que ocasionou a mudança na interpretação deste instituto. A razão de ser do foro por prerrogativa é a
garantia de que essas pessoas que ocupam cargos ou funções públicas tenham um julgamento imparcial e
livre de pressões, por órgãos colegiados. Na AP 937 QO, o STF realizou uma redução teleológica das regras
do foro por prerrogativa de função, fixando o seguinte entendimento: “O foro por prerrogativa de função
aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções
desempenhadas.” Perceba que o caso em tela está inserido neste entendimento do STF, pois o Deputado
Federal praticou o crime de estelionato em São Luís/MA, antes de entrar em exercício no cargo eletivo. Por
isso, o STF entende que, nestes casos, deve ser julgado pela 1ª instância. O segundo ponto a ser enfrentado é
definir o foro competente para julgar o fato. Com efeito, a competência é definida pelo lugar em que se
consuma a infração, nos termos do art. 70 do CPP. Dessa forma, cuidando-se de crime de estelionato, tem-se
que a consumação se dá no momento da obtenção da vantagem indevida. Por isso, é competente a justiça
estadual comum do Maranhão, na comarca de São Luís/MA.
(MPGO-2019): Sobre o tem a relacionado à competência, marque a alternativa correta: O Plenário do STF
firmou entendimento no sentido de que o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes

242
cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. Na mesma ocasião, fixou
a tese de que ao final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para
apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada
em razão de o agente público vir a ocupar cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.
BL: Info 900, STF.
(TJRS-2018-VUNESP): No ano de 2017, o Min. Rel. Luís Roberto Barroso suscitou, no âmbito do STF, uma
questão de ordem na Ação Penal (AP) 937, defendendo a tese de que o foro de prerrogativa de função deve
ser aplicado somente aos delitos cometidos por um deputado federal no exercício do cargo público ou em
razão dele. O julgamento se encontra suspenso por um pedido de vistas, mas, se prevalecer o entendimento
do Ministro Relator, haverá uma mudança de posicionamento do STF em relação ao instituto do foro de
prerrogativa de função, que ocorrerá independentemente da edição de uma Emenda Constitucional. A
hermenêutica constitucional denomina esse fenômeno de mutação informal da Constituição. BL: Info 900,
STF.
(PCGO-2018-UEG): O foro por prerrogativa de função, segundo o STF, por mutação constitucional, passou
a aplicar-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e diretamente relacionados às suas
funções, de modo que o crime cometido por parlamentar após a diplomação, mas sem relação direta com o
cargo, será processado e julgado em primeiro grau. BL: Info 900, STF.

##Atenção: ##STF: ##PCBA-2013: ##Cartórios/TJPR-2014: ##Cartórios/TJSE-2014: ##CESPE: As


imunidades parlamentares não se estendem aos suplentes, a não ser que assumam o cargo ou estejam em
seu efetivo exercício (Inf. 595/STF). Vejamos: “Suplente de Senador. Interinidade. Competência do STF para
o julgamento de ações penais. Inaplicabilidade dos arts. 53, § 1.º, e 102, I, ‘b’, da Constituição Federal.
Retorno do titular ao exercício do cargo. Baixa dos autos. Possibilidade. (...) Os membros do Congresso Nacional,
pela condição peculiar de representantes do povo ou dos Estados que ostentam, atraem a competência jurisdicional
do STF. O foro especial possui natureza intuitu funcionae, ligando-se ao cargo de Senador ou Deputado e
não à pessoa do parlamentar. Não se cuida de prerrogativa intuitu personae, vinculando-se ao cargo,
ainda que ocupado interinamente, razão pela qual se admite a sua perda ante o retorno do titular ao
exercício daquele. A diplomação do suplente não lhe estende automaticamente o regime político-jurídico
dos congressistas, por constituir mera formalidade anterior e essencial a possibilitar a posse interina ou definitiva
no cargo na hipótese de licença do titular ou vacância permanente” (Inq 2.453-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, j. 17.05.2007, DJ de 29.06.2007). Nesse sentido, cf., ainda, Inq 2.421-AgR, Rel. Min. Menezes
Direito, j. 14.02.2008, DJE de 04.04.2008. No mesmo sentido: Inq 2.800, Rel. Min. Celso de Mello, decisão
monocrática, j. 23.06.2010, DJE de 19.08.2010.”
(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): Acerca da imunidade parlamentar, assinale a opção correta: O suplente do
detentor de cargo legislativo, enquanto nessa condição, não goza de qualquer tipo de imunidade
parlamentar. BL: Entend. Jurisprud.

§ 2º Desde a expedição DO DIPLOMA, os MEMBROS DO CONGRESSO NACIONAL NÃO


PODERÃO SER PRESOS, SALVO em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os AUTOS SERÃO
REMETIDOS dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus
membros, RESOLVA sobre a prisão. [obs.: imunidade formal = imunidade processual ou adjetiva = em
relação à prisão.] (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) (TJMG-2007/2008) (PGECE-2008)
(PGEPI-2008) (PCMG-2008) (PCSC-2008) (PCTO-2008) (TJPA-2009) (PGEAM-2010) (TJPB-2011) (TJPE-2011)
(MPPB-2011) (TJCE-2012) (TJBA-2012) (MPRS-2012) (MPTO-2012) (DPERO-2012) (TJRN-2013) (DPETO-
2013) (PCBA-2013) (PCES-2013) (PCPR-2013) (TJAP-2014) (TJCE-2014) (MPMG-2014) (MPMT-2014) (MPPA-
2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-
2014) (PGERN-2014) (PCRO-2014) (PCSP-2014) (PCDF-2009/2015) (TJDFT-2012/2015) (TJMS-2012/2015) (MPSC-
2013/2016) (TJAM-2016) (MPPR-2016) (TRF4-2012/2014) (TJSC-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PCMS-2017)
(PCGO-2012/2018) (MPBA-2018) (DPEAM-2018) (PGESC-2018) (TJPR-2014/2021) (MPDFT-2021) (DPERS-
2014/2022)

(DPEAM-2018-FCC): Durante deslocamento em carro de sua propriedade, no período noturno, por


estradas do território nacional, determinado Deputado Federal é parado por policiais rodoviários, para
averiguação aleatória e de rotina da documentação veicular, e acaba sendo preso em flagrante, em
virtude de terem os agentes identificado, no interior do veículo, elementos de prova que revelavam a
prática de conduta tipificada em lei como tráfico ilícito de drogas. Nessa situação, em conformidade com
a CF/1988, a prisão é legítima, devendo, no entanto, os autos referentes à prisão do Deputado Federal ser
encaminhados dentro de vinte e quatro horas à Câmara dos Deputados, para que, pelo voto da maioria
de seus membros, resolva sobre sua manutenção. BL: art. 5º, XLIII c/c art. 53, §2º, CF.

243
(TJAP-2014-FCC): Féres, Deputado Federal, foi preso em flagrante pela prática de ato que configura
crime de racismo. Considerando a disciplina das imunidades parlamentares na Constituição da
República, Féres poderia ter sido preso, uma vez que racismo constituiu crime inafiançável, devendo os
autos, nesse caso, ser remetidos dentro de 24 horas à Câmara dos Deputados para que, pelo voto da
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. BL: art. 5º, XLII c/c art. 53, §2º, CF.

##Atenção: A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei, nos moldes do art. 5º, XLII, da CF/88.

(TJMG-2007): A imunidade formal é garantia legislativa que impede a prisão de congressista, desde a
expedição do diploma, salvo em flagrante de crime inafiançável. BL: art. 53, §2º, CF.

##Atenção: ##DOD: Imunidade formal quanto à prisão (art. 53, § 2º):


IMUNIDADE FORMAL QUANTO À PRISÃO
Em REGRA, Deputados Federais e Senadores não poderão ser presos.
Exceção 1: Exceção 2:
Poderão ser presos em flagrante de crime O Deputado ou Senador condenado por sentença judicial
inafiançável. transitada pode ser preso para cumprir pena.
Trata-se de exceção prevista expressamente na Trata-se de exceção construída pela jurisprudência do
CF/88. STF.
Obs: os autos do flagrante serão remetidos, em até Poderíamos ter, em tese, a esdrúxula situação de um
24h, à Câmara ou ao Senado, para que se decida, Deputado condenado ao regime semiaberto que, durante
pelo voto aberto da maioria de seus membros, pela o dia vai até o Congresso Nacional trabalhar e, durante a
manutenção ou não da prisão do parlamentar. noite, fica recolhido no presídio.

##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional resolução da Assembleia Legislativa que, com base na
imunidade parlamentar formal (art. 53, § 2º c/c art. 27, § 1º da CF/88), revoga a prisão preventiva e as
medidas cautelares penais que haviam sido impostas pelo Poder Judiciário contra Deputado Estadual,
determinando o pleno retorno do parlamentar ao seu mandato. O Poder Legislativo estadual tem a
prerrogativa de sustar decisões judiciais de natureza criminal, precárias e efêmeras, cujo teor resulte
em afastamento ou limitação da função parlamentar. STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824
MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ ac. Min. Marco Aurélio, j. 8/5/19 (Info
939).

##Atenção: ##STF: ##DOD: Judiciário pode impor aos parlamentares as medidas cautelares do art. 319
do CPP, no entanto, a respectiva Casa legislativa pode rejeitá-las (caso Aécio Neves): O Poder
Judiciário possui competência para impor aos parlamentares, por autoridade própria, as medidas
cautelares previstas no art. 319 do CPP, seja em substituição de prisão em flagrante delito por crime
inafiançável, por constituírem medidas individuais e específicas menos gravosas; seja
autonomamente, em circunstâncias de excepcional gravidade. Obs: no caso de Deputados Federais e
Senadores, a competência para impor tais medidas cautelares é do STF (art. 102, I, “b”, da CF).
Importante, contudo, fazer uma ressalva: se a medida cautelar imposta pelo STF impossibilitar, direta
ou indiretamente, que o Deputado Federal ou Senador exerça o seu mandato, então, neste caso, o STF
deverá encaminhar a sua decisão, no prazo de 24 horas, à Câmara dos Deputados ou ao Senado
Federal para que a respectiva Casa delibere se a medida cautelar imposta pela Corte deverá ou não ser
mantida. Assim, o STF pode impor a Deputado Federal ou Senador qualquer das medidas cautelares
previstas no art. 319 do CPP. No entanto, se a medida imposta impedir, direta ou indiretamente, que
esse Deputado ou Senador exerça seu mandato, então, neste caso, a Câmara ou o Senado poderá
rejeitar (“derrubar”) a medida cautelar que havia sido determinada pelo Judiciário. Aplica-se, por
analogia, a regra do §2º do art. 53 da CF/88 também para as medidas cautelares diversas da prisão. STF.
Plenário. ADI 5526/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 11/10/17
(Info 881).

§ 3º RECEBIDA a DENÚNCIA contra o SENADOR ou DEPUTADO, por crime OCORRIDO


APÓS A DIPLOMAÇÃO, o Supremo Tribunal Federal DARÁ CIÊNCIA à Casa respectiva, que, por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros [maioria
absoluta], PODERÁ, até a decisão final, SUSTAR o ANDAMENTO DA AÇÃO. [obs.: imunidade formal
= imunidade processual, adjetiva ou prisional = em relação ao processo.] (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 35, de 2001) (TJMG-2008) (PGECE-2008) (PGEPI-2008) (PGEPB-2008) (PCMG-2008) (PCSC-
2008) (PCDF-2009) (PGEAM-2010) (TJPB-2011) (TJRO-2011) (MPSP-2005/2012) (TJMS-2012) (TJPI-2012) (TJBA-
2012) (MPSC-2012) (DPERO-2012) (DPETO-2013) (TJCE-2012/2014) (TJPR-2014) (TJAP-2014) (MPMT-2014)
(DPECE-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCSP-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJDFT-2012/2015)

244
(PGEMA-2016) (TJSC-2017) (DPEPR-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPPB-2011/2018) (MPBA-2018)
(DPEMA-2018) (DPERS-2022)

(TJSC-2017-FCC): De acordo com o sistema de imunidades parlamentares previsto na CF/88, os


deputados federais e estaduais, apesar de gozarem de imunidade processual, podem ser processados
penalmente por crime cometido antes da diplomação, não sendo cabível, nesse caso, a sustação do
andamento do processo pela respectiva casa legislativa. BL: art. 53, §3º, CF.

##Atenção: Os deputados federais e estaduais poderão ser processados penalmente por crime cometido
antes da diplomação. Destaca-se que, nesse caso, não é cabível a sustação do andamento do processo pela
respectiva casa legislativa. A sustação do processo só pode ocorrer por crime ocorrido após a
diplomação. Portanto, a imunidade processual parlamentar somente é prerrogativa para aqueles que
cometem o crime após a diplomação, enquanto ocupantes do cargo eletivo.

(DPECE-2014-FCC): Considere a seguinte afirmação: O partido político cujo único representante no


Congresso Nacional é Deputado Federal não tem legitimidade para instar o Senado Federal, mediante
requerimento, a deliberar sobre a sustação de processo decorrente de denúncia recebida contra Deputado
Federal em face de delito praticado em seguida à sua diplomação. BL: art. 53, §3º, CF.

(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: A imunidade material ou inviolabilidade exclui da incidência


penal determinadas pessoas, retirando-lhes a qualidade de destinatários da lei criminal. Já a imunidade
formal, da qual são destinatários, por exemplo, os deputados, diz respeito à prisão, ao processo, à
prerrogativa do foro. BL: art. 53, caput e §§2º e 3º, CF.

§ 4º O PEDIDO DE SUSTAÇÃO SERÁ APRECIADO pela Casa respectiva no prazo improrrogável


de quarenta e cinco dias DO SEU RECEBIMENTO pela Mesa Diretora. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 35, de 2001) (TJMG-2007) (PCSC-2008) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJDFT-2015) (DPERS-2022)

§ 5º A sustação do processo SUSPENDE a PRESCRIÇÃO, enquanto durar o mandato. (Redação


dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) (PCDF-2009) (MPSP-2005/2012) (TJMS-2012) (TJBA-2012)
(DPERO-2012) (TJPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCSP-2014) (TJDFT-2015)

(MPSP-2005): Sobre o Poder Legislativo: Além das causas suspensivas da prescrição penal previstas no
art. 116 do Código Penal, a Constituição Federal prevê uma outra causa especial de suspensão referente à
sustação do processo penal perante o STF, no qual seja réu senador ou deputado federal. BL: art. 53, §§3º
e 5º, CF.

§ 6º Os Deputados e Senadores NÃO SERÃO OBRIGADOS a TESTEMUNHAR sobre


informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, NEM sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)
(PGEES-2008) (TJPA-2009) (PCGO-2012) (PCRJ-2012) (PCPR-2013) (DPEPR-2014) (PGERN-2014) (PCDF-
2015) (TJSC-2017) (MPBA-2018) (DPEMA-2018) (PGESC-2018) (MPMT-2019)

(DPEMA-2018-FCC): A imunidade parlamentar que consiste na não obrigatoriedade do parlamentar


em testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre
as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações, é conhecida como imunidade probatória.
BL: art. 53, §6º, CF.

##Atenção: Imunidade probatória: O parlamentar também conta com certa imunidade probatória, isto é,
não é obrigado a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do
mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações (CF, art. 53, § 6.º).
Tal regra tem o propósito de preservar sua liberdade de atuação assim como a independência do
Parlamento.

(MPMS-2018): Quanto às comissões parlamentares de inquérito (CPIs), é correto afirmar que Deputados
e Senadores não são obrigados a testemunhar em CPI sobre informações recebidas ou prestadas, em

245
razão do exercício do mandato. BL: art. 53, §6º, CF.

##Atenção: Em regra, os parlamentares também são obrigados a depor, tal como ocorre com o cidadão
comum. Todavia, para preservar sua liberdade de atuação, assim como a independência do Parlamento,
acham-se desobrigados desse dever em relação a informações recebidas ou prestadas em razão do
exercício do mandato.

(PGERN-2014-FCC): No curso de investigações promovidas por Comissão Parlamentar de Inquérito -


CPI instalada no âmbito da Câmara dos Deputados, referente a suposto desvio de verbas na execução de
contratos celebrados por órgão da Administração federal, o Presidente da Comissão revela aos demais
membros da Comissão ter recebido informações relacionadas tanto ao objeto da CPI, como ao de ação
penal que tramita perante órgão judicial de primeira instância na qual figuram como réus os sócios de
empresa que mantém contrato com o órgão administrativo investigado pelo parlamento. Nesse caso, o
Presidente da CPI não estará obrigado a testemunhar sobre as informações que recebeu, tampouco sobre
quem as forneceu, ainda que intimado judicialmente para esse fim. BL: art. 53, §6º, CF.

§ 7º A INCORPORAÇÃO ÀS FORÇAS ARMADAS de Deputados e Senadores, embora militares e


AINDA QUE em tempo de guerra, DEPENDERÁ de PRÉVIA LICENÇA da Casa respectiva. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) (TJPR-2010) (TJPE-2011) (TJPA-2012) (TJMA-2013) (MPGO-
2014) (MPMG-2014)

§ 8º As IMUNIDADES de Deputados ou Senadores SUBSISTIRÃO DURANTE O ESTADO DE


SÍTIO, SÓ PODENDO SER SUSPENSAS mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que SEJAM
INCOMPATÍVEIS com a execução da medida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) (MPSP-
2005) (TJMG-2007) (TJAL-2008) (PGECE-2008) (PCMG-2008) (PCSC-2008) (TRF2-2009) (TJPE-2011) (TJCE-2012)
(PCRJ-2012) (MPGO-2014) (MPMG-2014) (MPMT-2014) (PCPI-2014) (PCRO-2014) (PCSP-2014) (MPPR-2016)
(PCPE-2016) (MPBA-2018) (TJSC-2019) (TJPR-2014/2021) (TJMA-2013/2022)

Art. 54. Os Deputados e Senadores NÃO PODERÃO:

I - desde a expedição do DIPLOMA: (PCSC-2008) (MPPB-2010) (TJRO-2011) (MPTO-2012) (DPESC-


2012) (PFN-2012) (MPES-2013) (PCES-2013) (TJPR-2014) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGM-São
Luís/MA-2016) (PGESC-2018) (MPSP-2005/2022) (TJMMG-2022)

a) FIRMAR ou MANTER contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, SALVO quando o
contrato OBEDECER a CLÁUSULAS UNIFORMES; (PCSC-2008) (MPPB-2010) (TJRO-2011) (MPTO-2012)
(DPESC-2012) (PFN-2012) (MPES-2013) (PCES-2013) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGESC-2018)
(MPSP-2022) (TJMMG-2022)

b) ACEITAR ou EXERCER cargo, função ou emprego remunerado, INCLUSIVE os de que sejam


demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; (MPTO-2012) (MPES-2013) (MPPA-
2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGESC-2018) (MPSP-2005/2022)

II - desde A POSSE: (PCSC-2008) (TRF2-2011) (DPESC-2012) (PCES-2013) (DPECE-2014) (PCPI-


2014) (PGESC-2018) (MPPR-2019) (TJMMG-2022)

a) SER proprietários, controladores ou diretores de empresa que GOZE DE FAVOR decorrente de


contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela EXERCER função remunerada; (PCSC-2008)
(TRF2-2011) (PCES-2013) (PCPI-2014) (PGESC-2018) (MPPR-2019) (TJMMG-2022)

(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: Os Deputados e Senadores não poderão, desde a posse, ser
proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada. BL: art. 54, II, “a”, CF.

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso
I, "a"; (PCSC-2008)
246
c) PATROCINAR causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I,
"a"; (PCSC-2008) (DPESC-2012) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014)

d) SER titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. (PCSC-2008) (TJMMG-2022)

Art. 55. PERDERÁ O MANDATO o Deputado ou Senador:

I - que INFRINGIR qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; (PCPR-2013)


(DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (DPERS-2018)

II - cujo procedimento FOR DECLARADO incompatível com o decoro parlamentar; (MPSP-2005)


(PCSC-2008) (PGESP-2009) (MPDFT-2011) (PCPR-2013) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PCDF-2015)
(DPEPR-2014/2017) (DPERS-2018) (PGETO-2018)

III - que DEIXAR DE COMPARECER, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias da Casa a que pertencer, SALVO licença ou missão por esta autorizada; (MPSP-2005) (PGEPB-
2008) (TRF3-2011) (TJPE-2013) (PCPR-2013) (PCPI-2014) (PCPA-2016) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (PCSP-2018)

IV - que PERDER ou TIVER SUSPENSOS os direitos políticos; (PGEAM-2010) (MPSC-2012) (PCPR-


2013) (MPSP-2005/2017) (DPEPR-2017) (PCMT-2017) (MPMS-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (MPGO-2019)
(MPMT-2019)

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;

VI - que SOFRER condenação criminal em sentença transitada em julgado. (PCSC-2008) (TRF4-2009)


(PGEAM-2010) (PCPR-2013) (DPECE-2014) (DPEMG-2014) (MPSP-2017) (PCMT-2017) (MPMS-2011/2018)
(DPERS-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (PCRS-2018) (MPGO-2019) (MPMT-2019)

§ 1º. É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o
abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens
indevidas. (TJMA-2013) (TRT1-2015)

§ 2º. Nos casos dos incisos I, II e VI, a PERDA DO MANDATO SERÁ DECIDIDA pela Câmara
dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa
ou de partido político representado no Congresso Nacional, ASSEGURADA ampla defesa. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013) (DPERR-2013) (PCPR-2013) (MPPA-2014) (DPECE-2014)
(DPEMG-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGERS-2015) (PCDF-2015) (TJRJ-2016) (PCPA-2016) (DPEPR-
2014/2017) (MPSP-2015/2017) (PCMT-2017) (MPMS-2018) (DPERS-2018) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (PCRS-
2018) (PCSP-2018) (MPGO-2019) (MPMT-2019)

##Atenção: ##STF: ##MPSP-2017: ##PCRS-2018: ##Fundatec: Notícia no site do STF - Sexta-feira, 22


de maio de 2015: Mantida liminar que decretou perda de mandato de vereador por condenação
transitada em julgado: (...) Quanto aos efeitos políticos da condenação criminal transitada em julgado, o
entendimento do STF é de que o parlamentar condenado perde o mandato independentemente de
deliberação da casa legislativa, como consequência da suspensão de seus direitos políticos. Ele citou
trechos de seu voto na Ação Penal 470, no sentido de que a suspensão dos direitos políticos decorrentes
da condenação transitada em julgado traz como consequência a perda do mandato eletivo, à exceção
apenas de deputados e senadores, conforme o art. 55, § 2º, da Constituição Federal, que remete à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal a decisão. “A regra da cassação imediata dos mandatos, no
entanto, aplica-se, por inteiro e de imediato, aos vereadores, bem como aos prefeitos, governadores e ao
próprio presidente da República”, afirmou o ministro naquele voto, citando o artigo 15, inciso III, da
Constituição. “Nessa perspectiva, inexiste a alegada lesão hábil a alijar os efeitos da decisão proferida, uma vez
que, no ordenamento vigente, as normas são explícitas ao dispor que somente a grave lesão à ordem, à saúde, à
segurança e à economia públicas autoriza a suspensão da liminar”, concluiu.53

53
Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=292098
247
(MPSP-2017): É consequência automática da condenação criminal transitada em julgado: a perda do
mandato eletivo do Vereador. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: A regra constitucional insculpida no art. 15, III, determina que “a cassação de direitos políticos,
cuja perda ou suspensão só se dará, dentre outras possibilidades, pela condenação criminal transitada em julgado,
enquanto durarem seus efeitos”. A exceção a esta regra, todavia, é encontrada no art. 55, VI, §2º da CF. Assim,
somente é excepcionada a regra de perda automática quanto aos deputados ou senadores, não estando
abrangidos os vereadores na exceção ora mencionada.

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a PERDA SERÁ DECLARADA pela Mesa da Casa
respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, ASSEGURADA ampla defesa. (PGESP-2009) (TRF3-2011) (TJPE-
2013) (DPERR-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (PCPA-2016) (MPSP-2017) (DPEPR-2017) (PCMT-2017)
(MPMS-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (PCMG-2018) (PCRS-2018) (PCSP-2018) (Anal. Judic./STJ-2018)
(MPGO-2019) (MPMT-2019)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPSP-2017: ##PCMT-2017: ##MPMS-2018: ##PGETO-2018: ##PCGO-


2018: ##PCMG-2018: ##PCRS-2018: ##Anal. Judic./STJ-2018: ##MPGO-2019: ##MPMT-2019:
##CESPE: ##FCC: ##Fumarc: ##Fundatec: ##UEG: A condenação criminal transitada em julgado é
suficiente, por si só, para acarretar a perda automática do mandato eletivo de Deputado Federal ou de
Senador?: Se o STF condenar criminalmente um Deputado Federal ou Senador, haverá a perda
automática do mandato ou isso ainda dependerá de uma deliberação (decisão) da Câmara ou do
Senado, respectivamente? A condenação criminal transitada em julgado é suficiente, por si só, para
acarretar a perda automática do mandato eletivo de Deputado Federal ou de Senador?
1ª Turma do STF: DEPENDE:
• Se o Deputado ou Senador for condenado a mais de 120 dias em regime fechado: a perda do
cargo será uma consequência lógica da condenação. Neste caso, caberá à Mesa da Câmara ou do
Senado apenas declarar que houve a perda (sem poder discordar da decisão do STF), nos
termos do art. 55, III e § 3º da CF.
• Se o Deputado ou Senador for condenado a uma pena em regime aberto ou semiaberto: a
condenação criminal não gera a perda automática do cargo. O Plenário da Câmara ou do
Senado irá deliberar, nos termos do art. 55, § 2º, da CF, se o condenado deverá ou não perder o
mandato.
STF. 1ª T. AP 694/MT, Rel. Min. Rosa Weber, j. 2/5/17 (Info 863). STF. 1ª T. AP 968/SP, Rel. Min.
Luiz Fux, j. 22/5/18 (Info 903).
2ª Turma do STF: NÃO. A perda não é automática. A Casa é que irá deliberar. O STF apenas
comunica, por meio de ofício, à Mesa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal informando
sobre a condenação do parlamentar. A Mesa da Câmara ou do Senado irá, então, deliberar (decidir)
como entender de direito (como quiser) se o parlamentar irá perder ou não o mandato eletivo,
conforme prevê o art. 55, VI, § 2º, da CF. Assim, mesmo com a condenação criminal, quem decide se
haverá a perda do mandato é a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal. STF. 2ª T. AP 996/DF, Rel.
Min. Edson Fachin, j. 29/5/18 (Info 904) (obs: o Relator Edson Fachin ficou vencido neste ponto).

(PCSP-2018-VUNESP): Supondo que o Senador Y deixe de comparecer, em cada sessão legislativa, à


terça parte das sessões ordinárias do Senado Federal, é correto assinalar que perderá o seu mandato,
mediante decisão declaratória do Senado Federal, salvo se a ausência decorra de licença ou missão
autorizada pela Casa legislativa. BL: art. 55, caput, III c/c §3º, CF.

##Atenção: ##Dica:
RESUMO: “PERDA DO MANDATO”
Decidida X Declarada

Decidida pela respectiva Casa Legislativa: por maioria absoluta, mediante provocação de partido ou
do congresso:
- Infringir as proibições do art. 54 da CF;
- Falta de decoro parlamentar: ¹Abuso de prerrogativas, ²vantagens indevidas, ³casos do RI;
- Condenação Criminal Transitada em Julgado.

Declarada pela Mesa da respectiva Casa: de ofício, provocação de qualquer membro ou de partido.
- Deixar de comparecer a 1/3 das sessões legislativas ordinárias, salvo licença ou missão autorizada;
- Perder ou ter suspensos os direitos políticos;

248
- Quando decretar a justiça eleitoral.

OBS: A renúncia após instauração do processo de perda do mandato, terá seus efeitos suspensos até
o fim das deliberações.

Não perderá o mandato: o deputado ou senador:


- Investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;
- Licenciado por doença, ou sem remuneração para assunto pessoal em até 120 dias.

(TJPE-2013-FCC): Perderá o mandato o Deputado ou Senador, perda essa que será declarada pela Mesa
da Casa respectiva, assegurada ampla defesa, que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à
terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada.
BL: art. 55, III, c/ art. 56, incisos I e II, CF.

§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato,
nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º.
(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 6, de 1994) (PGESP-2009) (PGEPA-2012) (DPECE-2014)
(PGM-Recife/PE-2014) (PCPA-2016)

(PGM-Recife/PE-2014-FCC): A renúncia ao mandato comunicada formal e publicamente por Senador,


após a instauração de processo disciplinar voltado à perda de mandato parlamentar em face de conduta
incompatível com o decoro parlamentar tem seus efeitos suspensos até a deliberação final do Senado
Federal sobre a perda do mandato. BL: art. 55, caput II e §§2º a 4º, CF.

##Atenção: A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do
mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais (art. 55, §4º, CF).
Se o parlamentar renunciar ao mandato ANTES do início do processo, a renúncia será plenamente
VÁLIDA, hipótese em que o referido processo sequer será iniciado. Se DEPOIS de iniciado o processo, a
renúncia do parlamentar ficará com os efeitos suspensos, ATÉ AS DELIBERAÇÕES FINAIS DA CASA, a
respeito da perda, ou não, do mandato. Ao final das deliberações, se a Casa Legislativa decidir pela
perda do mandato, a renúncia do parlamentar não produzirá nenhum efeito, hipótese em que será
arquivada. Ao contrário, se a Casa Legislativa decidir pela manutenção do mandato, a renúncia
produzirá os seus efeitos e o parlamentar perderá o mandato em virtude de SUA PRÓPRIA
MANIFESTAÇÃO DE VONTADE, isto é, pela declaração de renúncia. Em resumo, caso determinado
deputado federal, acusado de corrupção, renuncie ao seu mandato no transcurso de procedimento de
cassação, a renúncia só produzirá efeitos após decisão final decorrente do referido procedimento. Como
o processo já foi iniciado, a renúncia não produzirá efeitos, eles ficarão SUSPENSOS até que a decisão
final seja proferida.

Art. 56. NÃO PERDERÁ o MANDATO o Deputado ou Senador:

I - INVESTIDO no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado,


do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;
(MPSP-2005) (TJSC-2009) (TJMA-2013) (MPM-2013) (TRF4-2012/2014) (MPGO-2014) (DPECE-2014)
(DPERS-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (MPMS-2015) (DPERN-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGESP-
2018) (DPERS-2022) (TJMMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##DPERN-2015: ##CESPE: (...) embora licenciado para o desempenho de cargo de
secretário de Estado, nos termos autorizados pelo art. 56, I, da Constituição da República, o membro do
Congresso Nacional não perde o mandato de que é titular e mantém, em consequência, nos crimes
comuns, a prerrogativa de foro, ratione muneris, perante o STF. [Inq 3.357, rel. min. Celso de Mello,
dec. monocrática, j. 25-3-2014, DJE de 22-4-2014.]

(DPERS-2022-CESPE): Antônio foi eleito Senador da República para exercer o mandato durante o
período de 2019 a 2026. Partindo dessa premissa, julgue o item que se segue: Caso Antônio assuma o
cargo de Secretário de Saúde do município de Chuí – RS, pode vir a perder o mandato, uma vez que não
existe permissão constitucional para compatibilizar tais atividades. BL: art. 56, I, CF.

249
##Atenção: Para responder à questão, é necessário que o candidato fique atento à literalidade do art. 56,
I, CF/88. Desta forma, é possível perceber que, no âmbito municipal, apenas não perderá o mandato de
Senador caso ocupe o cargo de Secretário de Prefeitura da Capital. Como a questão menciona o
Município de Chuí/RS, o Senador em questão poderá perder o mandato, por não se enquadrar nas
exceções previstas no art. 56 da CF/88.

(TJMMG-2022): De acordo com a CF/88, os Deputados e Senadores não perderão o mandato se


investidos no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito
Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária. BL: art. 56, I,
CF.

II - LICENCIADO pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, SEM
REMUNERAÇÃO, de interesse particular, DESDE QUE, neste caso, o AFASTAMENTO NÃO
ULTRAPASSE cento e vinte dias por sessão legislativa. (MPSP-2005) (TJAP-2009) (PCBA-2013) (MPGO-
2014) (DPECE-2014) (PCPI-2014)

§ 1º O SUPLENTE SERÁ CONVOCADO nos casos de vaga, de investidura em funções previstas


neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. (TJAP-2009) (MPRO-2010) (TJPA-2012) (PCBA-2013)
(MPM-2013) (DPECE-2014) (PGM-São Luís/MA-2016)

§ 2º OCORRENDO vaga e NÃO HAVENDO suplente, FAR-SE-Á ELEIÇÃO para preenchê-la SE


FALTAREM mais de quinze meses para o término do mandato. (TJMS-2012) (DPEPR-2014) (MPGO-
2019)

§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.


(MPM-2013) (PGM-São Luís/MA-2016)

Seção VI
DAS REUNIÕES

Art. 57. O Congresso Nacional REUNIR-SE-Á, ANUALMENTE, na Capital Federal, de 2 de


fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50,
de 2006) (DPEMS-2008) (PGECE-2008) (PGEPB-2008) (TRF2-2009) (TRF4-2009) (MPRO-2010) (PGEGO-2010)
(TJBA-2012) (MPTO-2012) (PCRJ-2012) (PCGO-2013) (MPPR-2014) (DPERS-2014)

(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: A legislatura do Congresso Nacional tem duração de quatro
anos coincidentes com o mandato dos Deputados Federais, período em que vigoram as composições das
comissões permanentes e findo o qual extinguem-se as comissões temporárias; a sessão legislativa tem
duração de um ano, divide-se em dois períodos legislativos e suspende-se durante o recesso
parlamentar. BL: art. 57, CF.

##Atenção: Sessão legislativa é ANUAL, subdividindo-se em 2 períodos legislativos:


 02 de fevereiro a 17 de julho;
 08 de agosto a 22 de dezembro.

##Atenção: Legislatura = tem o período de 4 anos (art. 44, § único).

§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente,
quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.

§ 2º A SESSÃO LEGISLATIVA NÃO SERÁ INTERROMPIDA sem a aprovação do projeto de lei


de diretrizes orçamentárias. (MPTO-2012) (PGEPA-2012) (TRF5-2013) (TRT6-2015) (TJMG-2018) (PGEAP-
2018)

(TJMG-2018-Consulplan): A Constituição da República dispõe expressamente que a sessão legislativa


não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. BL: art. 57, §2º, CF.

250
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
REUNIR-SE-ÃO EM SESSÃO CONJUNTA para: (MPSP-2005) (DPEMS-2008) (MPRO-2010) (PGEPA-
2012) (PCRJ-2012)

I - INAUGURAR a sessão legislativa; (PGEPA-2012)

II - ELABORAR o regimento comum e REGULAR a criação de serviços comuns às duas Casas;


(PGEPA-2012)

III - RECEBER o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; (DPEMS-2008)


(PGEPA-2012)

IV - CONHECER do veto e sobre ele deliberar. (MPSP-2005) (DPEMS-2008) (MPRO-2010) (PGEPA-


2012)

(MPSP-2005): Sobre o Poder Legislativo: Haverá reunião conjunta das duas Casas do Congresso
Nacional para deliberar sobre o veto. BL: art. 57, §3º, III, CF.

§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em SESSÕES PREPARATÓRIAS, a partir de 1º de fevereiro,


no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para
mandato de 2 (dois) anos, VEDADA a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (TJDFT-2007) (PGEPB-2008) (TRF4-
2009) (MPPB-2011) (MPMG-2012) (PCRJ-2012) (PGM-Recife/PE-2014) (DPEMA-2009/2015) (DPERN-2015)

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009: ##MPMG-2012: ##DPEMA-2015: ##DPERN-2015: ##CESPE:


##FCC: A norma do § 4º do art. 57 da C.F. que, cuidando da eleição das Mesas das Casas Legislativas
federais, veda a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente, não é de
reprodução obrigatória nas Constituições dos Estados-membros, porque não se constitui num
princípio constitucional estabelecido. (...). STF. Plenário. ADI 793, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 03/04/97.
(MPMG-2012): Assinale a alternativa correta: É constitucional preceito inserido em Lei Orgânica Municipal
que permite a reeleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores. BL: Entend. Jurisprud.

§ 5º A MESA DO CONGRESSO NACIONAL SERÁ PRESIDIDA pelo Presidente do Senado


Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na
Câmara dos Deputados e no Senado Federal. (TRF1-2011) (MPGO-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (DPEMA-
2015) (TRF4-2016)

(DPEMA-2015-FCC): Em seguida ao falecimento do Presidente do Senado Federal, assume as funções


de Presidente do Congresso Nacional: o primeiro Vice-Presidente da Câmara dos Deputados. BL: art. 57,
§5º, CF; art. 46, caput do RI do Senado Federal54 e art. 14, §1º do RI da Câmara de Deputados.55

##Atenção: Dessa forma, a sequência será a seguinte: i) Presidente do Congresso Nacional: Presidente
do Senado Federal; ii) 1º Vice-Presidente do Congresso Nacional: 1º Vice-Presidente da Câmara dos
Deputados; iii) 2º Vice-Presidente do Congresso Nacional: 2º Vice-Presidente do Senado. E assim
sucessivamente. Assim, da interpretação conjunta do art. 57, § 5º da CF, do art. 46, caput do RISF e do art.
14, §1º do RICD, temos que: em seguida ao falecimento do Presidente do Senado Federal, assume as
funções de Presidente do Congresso Nacional: o primeiro Vice-Presidente da Câmara dos Deputados.

##Atenção: ##Dica1: A Mesa do Congresso Nacional é formada por:


- 1 PRESIDENTE (Presidente do Senado Federal)
- 2 VICE-PRESIDENTES

54
Art. 46. A Mesa se compõe de Presidente, dois Vice-Presidentes e quatro Secretários.
55
Art. 14. À Mesa, na qualidade de Comissão Diretora, incumbe a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços
administrativos da Câmara. § 1º A Mesa compõe-se de Presidência e de Secretaria, constituindo-se, a primeira, do
Presidente e de dois Vice-Presidentes e, a segunda, de quatro Secretários..
251
1 vice  1 Vice-presidente da Câmara dos Deputados;
2 vice  2 Vice-presidente do Senado Federal
- 4 SECRETÁRIOS:
1 Secretário  1 Secretário da Câmara de Deputados;
2 Secretário  2 Secretário do Senado Federal;
3 Secretário  3 Secretário da Câmara de Deputados;
4 Secretário  4 Secretario do Senado Federal.

##Atenção: ##Dica2: Para saber a composição da mesa do CONGRESSO é só ir pulando um a um em


negrito e amarelo, fazendo tipo uma escadinha...
CÂMARA SENADO
PRESIDENTE PRESIDENTE
1 VICE PRESIDENTE 1 VICE PRESIDENTE
2 VICE PRESIDENTE 2 VICE PRESIDENTE
1 SECRETÁRIO 1 SECRETÁRIO
2 SECRETÁRIO 2 SECRETÁRIO
3 SECRETÁRIO 3 SECRETÁRIO
4 SECRETÁRIO 4 SECRETÁRIO

(MPSP-2005): De acordo com a organização dos poderes, pode-se dizer que as reuniões do Congresso
Nacional serão presididas pelo Presidente do Senado Federal. BL: art. 57, §5º, CF.

§ 6º A CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA do Congresso Nacional FAR-SE-Á: (Redação dada


pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (TJAL-2008) (TRF4-2009) (AGU-2009) (TRF2-2011) (TRF5-2011)
(TJCE-2012) (PCRJ-2012) (PCGO-2013) (MPPA-2014) (MPSC-2014) (TJDFT-2016) (TJPA-2019)

I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção


federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do
Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; (TJAL-2008) (TRF4-2009) (AGU-2009) (TRF2-
2011) (TRF5-2011) (PCGO-2013) (MPPA-2014) (MPSC-2014) (TRT6-2015) (TJPA-2019)

(MPPA-2014-FCC): A intervenção federal, nos termos da Constituição da República, enseja a convocação


extraordinária do Congresso Nacional, pelo Presidente do Senado Federal, se decretada. BL: art. 57, §6º,
I, CF.

II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de URGÊNCIA ou INTERESSE
PÚBLICO RELEVANTE, em todas as hipóteses deste inciso COM A APROVAÇÃO da maioria absoluta
de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)
(TRF4-2009) (AGU-2009) (TRF2-2011) (TJCE-2012) (PCGO-2013) (MPSC-2014) (TRT6-2015) (TJDFT-2016)

§ 7º Na SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA, o Congresso Nacional SOMENTE


DELIBERARÁ sobre a matéria para a qual foi convocado, RESSALVADA a hipótese do § 8º deste artigo,
VEDADO o pagamento de PARCELA INDENIZATÓRIA, em razão da convocação. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (PGECE-2008) (TRF1-2009) (TRF4-2009) (MPRO-2010) (MPDFT-2011)
(TRF5-2011) (TJBA-2012) (MPTO-2012) (PGEPA-2012) (DPEPR-2014)

§ 8º HAVENDO MEDIDAS PROVISÓRIAS em vigor na data de convocação extraordinária do


Congresso Nacional, SERÃO elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (PGECE-2008) (TRF1-2009) (TRF4-2009) (MPRO-2010) (TJBA-2012)
(PGEPA-2012) (DPEPR-2014)

(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: A convocação extraordinária do Congresso Nacional


autoriza exclusivamente a deliberação da matéria para a qual foi convocado e a apreciação de medidas
provisórias, ainda que não incluídas na motivação da convocação, vedado o pagamento de parcela
indenizatória aos parlamentares. BL: art. 57, §§7º e 8º, CF.

Seção VII
DAS COMISSÕES

252
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas TERÃO COMISSÕES PERMANENTES e
TEMPORÁRIAS, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato
de que resultar sua criação. (MPTO-2012) (AGU-2012) (DPEDF-2013) (PCGO-2013) (TRT6-2015) (TRF2-
2018) (MPGO-2019)

§ 1º Na constituição DAS MESAS e DE CADA COMISSÃO, É ASSEGURADA, tanto quanto


possível, a REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL dos partidos ou dos blocos parlamentares que
PARTICIPAM da respectiva Casa. (TJTO-2007) (PGERS-2010) (TJPA-2012) (MPM-2013) (DPEBA-2021)

(PGERS-2010-Fundatec): No âmbito do Congresso Nacional, as Comissões Parlamentares de Inquérito:


Sua composição deve contemplar, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou
blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. BL: art. 58, §1º, CF.

(TJTO-2007-CESPE): Considerando a organização dos poderes, na forma da Constituição Federal e dos


precedentes do STF, assinale a opção correta: Na constituição de comissões no âmbito parlamentar, será
assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos
parlamentares que participam da respectiva Casa. BL: art. 58, §1º, CF.

§ 2º Às COMISSÕES, em razão da matéria de sua competência, CABE:

(TJSP-2011-VUNESP): As Comissões Permanentes organizam-se em função da matéria de sua


competência. BL: art. 58, §2º, CF.

I - DISCUTIR e VOTAR projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do


Plenário, SALVO SE HOUVER RECURSO de um décimo dos membros da Casa; [obs.: processo
legislativo abreviado.] (TRF1-2009) (TJRO-2011) (TJES-2011) (TJPA-2012) (MPTO-2012) (AGU-2012)
(DPEDF-2013) (MPDFT-2015) (TRF2-2018) (MPSC-2019)

(MPSC-2019): O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, cabendo
a tais comissões, em razão da matéria de sua competência, discutir e votar projeto de lei que dispensar,
na forma do regimento, a competência do plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros
da Casa. BL: art. 58, §2º, I, CF.

##Atenção: ##TJES-2011: ##DPEDF-2013: ##CESPE: O mencionado dispositivo contempla aquilo


que a doutrina constitucional denomina de procedimento legislativo abreviado, o qual, segundo Gilmar
Mendes, constitui a possibilidade de as Comissões discutirem e votarem projeto de Lei que dispense, na
forma regimental, a competência do Plenário, de sorte que, segundo afirmam os referidos autores, em
nosso sistema Constitucional, é possível, portanto, que “um projeto de Lei seja aprovado sem jamais
haver sido apreciado pelo Plenário, quer da Câmara, quer do Senado” (MENDES, Gilmar Ferreira;
BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. p.
790).

##Atenção: ##AGU-2012: ##CESPE: Marcelo Novelino explica: “A votação ocorre, em regra, no plenário de
ambas as Casas. Quando o regimento interno dispensa tal competência, a votação pode ser feita nas comissões,
salvo recurso de um décimo dos membros da Casa {CF, art. 58, § 2º, I) .” (Fonte: Manual de Direito
Constitucional, 14ª Ed. 2019, p. 695).

##Atenção: ##TRF2-2018: As comissões, em razão da matéria de sua competência, poderão, além de


discutir e emitir pareceres sobre o projeto de lei, aprová-los, desde que, na forma do regimento interno
da Casa, haja dispensa da competência do plenário (delegação interna corporis) e inexista, também,
interposição de recurso de 1/10 dos membros da Casa. Este tipo de delegação, interna corporis, elimina o
debate e a votação em plenário, dando mais agilidade ao processo legislativo (art. 58, §2º, I, CF).

##Atenção: ##TRF2-2018: Perceba que nem todos os projetos de lei chegam a ser levados a Plenário. As
comissões possuem o chamado poder de apreciação conclusiva (art. 58, § 2º, I, CF), que permite que elas
mesmas concluam o destino das proposições (se elas devem ser aprovadas integralmente, aprovadas
parcialmente, rejeitadas ou emendadas). Se as próprias comissões chegarem a uma conclusão comum
sobre uma proposição, ou seja, se houver consenso de que a matéria deve ser aprovada, rejeitada, ou
alterada, ela nem precisa ir para o Plenário. A delegação interna corporis é constitucional.

253
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; (PGEPB-2008)

III - CONVOCAR Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas
atribuições; (MPCE-2009) (TJPR-2014) (PGEPR-2015)

IV - RECEBER petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou


omissões das autoridades ou entidades públicas; (DPEMT-2016)

V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; (PGEPI-2014) (PGEPR-2015)

VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e


sobre eles emitir parecer. (PGEPI-2014)

§ 3º As COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO, que TERÃO poderes de investigação


próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas,
SERÃO CRIADAS pela CÂMARA DOS DEPUTADOS e pelo SENADO FEDERAL, EM CONJUNTO ou
SEPARADAMENTE, mediante requerimento de UM TERÇO DE SEUS MEMBROS, para a apuração de
fato determinado e por prazo certo, SENDO suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao
MINISTÉRIO PÚBLICO, para que PROMOVA a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
(MPSP-2006) (PGEES-2008) (PGEPB-2008) (MPCE-2009) (MPRN-2009) (DPEMA-2009) (DPEPI-2009)
(PGEAL-2009) (PCPB-2009) (PCRN-2009) (PCRO-2009) (MPPB-2010) (PGERS-2010) (PCAP-2010) (AGU-2010)
(MPDFT-2009/2011) (TJDFT-2011) (TJSP-2011) (TRF1-2011) (MPRR-2008/2012) (PCRJ-2009/2012) (TJCE-2012)
(TJAC-2012) (MPTO-2012) (DPEMS-2012) (DPERO-2012) (PGEPA-2012) (PCAL-2012) (PCMA-2012)
(DPEAM-2013) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPA-2013) (PF-2013)
(MPAC-2014) (MPPE-2014) (MPRS-2014) (DPECE-2014) (DPEPB-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PCDF-2009/2015) (MPF-
2008/2013/2015) (TRF5-2015) (PGEPR-2015) (PCCE-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PFN-2015) (MPPR-
2012/2016) (TJAM-2013/2016) (DPEMT-2016) (PGEAM-2016) (PCPE-2016) (PCAP-2010/2017) (PCMS-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (PCGO-2012/2013/2018) (DPERS-2014/2018) (TRF3-2011/2016/2018) (TRF2-
2014/2017/2018) (TJMT-2018) (MPBA-2018) (MPMS-2018) (DPEMA-2018) (DPEPE-2018) (PGEAP-2018)
(PGESP-2018) (PCBA-2018) (PCPI-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (Anal./MPU-2018) (MPGO-2013/2014/2019)
(Cartórios/TJMG-2017/2019) (TJMS-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (TJPR-2014/2021) (PCMS-2021) (TCDF-
2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (TJMA-2022)

##Atenção: ##DOD: Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é uma...


- comissão (conjunto de parlamentares)
- temporária (PCMA-2012) (TRF3-2016) (DPEMA-2018) (PGESP-2018) (MPGO-2019)
- constituída dentro de qualquer uma das Casas Legislativas existentes (Câmara dos Deputados,
Senado Federal, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, Câmara Distrital)
- com o objetivo de investigar um fato determinado (PGEES-2008) (PCDF-2009) (PCRO-2009) (TJSP-
2011) (PCMA-2012) (TRF2-2014) (PCCE-2015) (PFN-2015) (TRF3-2016) (PCPE-2016) (DPEMA-2018)
(DPERS-2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (TJPR-2021)
- por um prazo certo (TJSP-2011) (PCMA-2012) (PCPA-2013) (PCCE-2015) (DPEMA-2018) (TRF3-2018)
(Cartórios/TJMG-2019)
- gozando, para isso, de poderes de investigação próprios das autoridades judiciais (além de outros
previstos no Regimento Interno). (PCRJ-2009) (PCRN-2009) (MPPR-2012) (DPERO-2012) (PCMA-
2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPA-2013) (TRF2-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PCPE-2016) (TRF3-
2016/2018) (DPERS-2018) (Anal./MPU-2018)

##Atenção: ##DOD: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021: ##CESPE: Criação de uma CPI: Exige unicamente
o preenchimento de três requisitos taxativos:
1) requerimento subscrito (assinado) por, no mínimo, 1/3 dos membros daquela Casa Legislativa.
Ex: com o requerimento de 1/3 dos Deputados Federais, pode ser instituída uma CPI na Câmara
dos Deputados. (PGERS-2010) (PCMA-2012) (PGEPR-2015) (PCCE-2015) (PFN-2015) (PCPE-2016)
(DPEMA-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)

254
2) indicação de fato determinado que será objeto de apuração; (PCRO-2009) (MPTO-2012) (PCMA-
2012) (PCPA-2013) (PCCE-2015) (PCPE-2016) (DPEMA-2018) (Cartórios/TJMG-2019)
3) temporariedade da comissão parlamentar de inquérito (por prazo certo). (PCRO-2009) (PCCE-
2015) (PCPE-2016) (DPEMA-2018)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021-CESPE): A respeito de comissões parlamentares de inquérito (CPI), julgue o
item a seguir: Em termos quantitativos, para a instauração de comissão parlamentar de inquérito mista, são
necessárias as assinaturas de, no mínimo, 27 senadores e 171 deputados federais. BL: art. 58, §3º, CF.
##Atenção: ##Dica1: O quórum é o seguinte: i) 1/3 de 81 senadores = 27; ii) 1/3 de 513 deputados = 171.
##Atenção: ##Dica2:
- 171- (só lembrar de estelionato).
- 27 - (só desmembrar o 171) = 1+1+7=27.

##Atenção: ##DOD: Preenchidos esses três requisitos, a CPI deve ser instalada, não podendo o
Presidente do Poder Legislativo ou a Mesa Diretora criar empecilhos:
Preenchidos os requisitos constitucionais (CF, art. 58, § 3º), impõe-se a criação da CPI, que não
depende, por isso mesmo, da vontade aquiescente da maioria legislativa. Atendidas tais exigências
(CF, art. 58, § 3º), cumpre, ao Presidente da Casa legislativa, adotar os procedimentos subsequentes
e necessários à efetiva instalação da CPI, não se revestindo de legitimação constitucional o ato que
busca submeter, ao Plenário da Casa legislativa, quer por intermédio de formulação de Questão de
Ordem, quer mediante interposição de recurso ou utilização de qualquer outro meio regimental, a
criação de qualquer comissão parlamentar de inquérito. STF. Plenário. MS 26441, Rel. Min. Celso de
Mello, j. 25/4/07.

##Atenção: ##DOD: ##MPF-2005/2008: ##PGERS-2010: ##PCMA-2012: ##MPGO-2013: ##DPEDF-


2013: ##Cartórios/TJSE-2014: ##PGEPR-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##PFN-2015: ##PCPE-2016:
##DPEMA-2018: ##DPERS-2018: ##PCPI-2018: ##MPSP-2017/2019: ##TJSC-2019: ##TJMS-2020:
##CESPE: ##ESAF: ##FCC: ##FGV: ##Fundatec: ##PUCPR: Ainda que a maioria dos parlamentares
não queira a CPI, ela deve ser instalada se houver a subscrição do requerimento por, no mínimo, 1/3
dos parlamentares e o cumprimento dos outros dois requisitos. A maioria não pode impedir essa
instalação, sendo a criação da CPI considerada como um direito das minorias que compõem o
parlamento:
A norma inscrita no art. 58, § 3º, da CF/88 destina-se a ensejar a participação ativa das minorias
parlamentares no processo de investigação legislativa, sem que, para tanto, mostre-se necessária a
concordância das agremiações que compõem a maioria parlamentar. A maioria legislativa não
pode frustrar o exercício, pelos grupos minoritários que atuam no Congresso Nacional, do direito
público subjetivo que lhes é assegurado pelo art. 58, § 3º, da Constituição e que lhes confere a
prerrogativa de ver efetivamente instaurada a investigação parlamentar, por período certo, sobre
fato determinado. (...) A prerrogativa institucional de investigar, deferida ao Parlamento
(especialmente aos grupos minoritários que atuam no âmbito dos corpos legislativos), não pode
ser comprometida pelo bloco majoritário existente no Congresso Nacional, que não dispõe de
qualquer parcela de poder para deslocar, para o Plenário das Casas legislativas, a decisão final
sobre a efetiva criação de determinada CPI, sob pena de frustrar e nulificar, de modo inaceitável e
arbitrário, o exercício, pelo Legislativo (e pelas minorias que o integram), do poder constitucional
de fiscalizar e de investigar o comportamento dos órgãos, agentes e instituições do Estado,
notadamente daqueles que se estruturam na esfera orgânica do Poder Executivo. A rejeição de ato
de criação de CPI, pelo Plenário da Câmara dos Deputados, ainda que por expressiva votação
majoritária, proferida em sede de recurso interposto por Líder de partido político que compõe a
maioria congressual, não tem o condão de justificar a frustração do direito de investigar que a
própria CF/88 outorga às minorias que atuam nas Casas do Congresso Nacional. (STF. Plenário. MS
26441, Rel. Min. Celso de Mello, j. 25/04/07). Em resumo, não depende de aprovação do Plenário,
visto ser um direito dos minorias.
(MPSP-2017): Vinte e oito Senadores da República Federativa do Brasil firmaram, em conjunto,
requerimento para a instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito, com o objetivo de investigar fato
determinado, por prazo certo. Suponha que o Presidente da Casa Legislativa, em face de hipotético preceito
constante do respectivo Regimento Interno, tenha determinado fosse o tema previamente submetido ao
Plenário, sede em que a maioria dos Senadores votou contra a Instauração da CPI, o que levou ao
arquivamento do pleito formulado. A propósito, é possível afirmar que a decisão de arquivamento
encontra-se: incorreta, vez que, inexistindo óbice de outra natureza, é direito subjetivo das minorias
parlamentares requererem a instauração de Comissões Parlamentares de Inquérito, vedando-se a
interferência do Plenário no sentido de derrubar a iniciativa pelo critério da maioria. BL: art. 58, §3º, CF e
Entend. Jurisprud.
##Atenção: O total de senadores no Brasil é igual a 81. Um terço de 81 é igual a 27. Então, o valor mínimo

255
de senadores que é necessário para se firmar uma comissão parlamentar de inquérito é igual a 27. Já que
houve a presença de 28 senadores na criação dessa comissão parlamentar de inquérito, então esta atingiu o
quórum mínimo exigido.
(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): Com base no disposto na CF, assinale opção correta: Ofenderá a CF a decisão
do plenário da Câmara dos Deputados que, com base no princípio majoritário, rejeitar a criação de comissão
parlamentar de inquérito para apurar fato certo e determinado, objeto de requerimento de um terço dos
membros da referida casa legislativa. BL: art. 58, §3º, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPGO-2013: ##DPEDF-2013: ##PGEPR-2015: ##PGEAM-2016: ##TJSC-2019:


##TJMS-2020: ##CESPE: ##FCC: ##PUCPR: A CF/88 assegura a um terço dos membros da Câmara
dos Deputados e a um terço dos membros do Senado Federal a criação da comissão parlamentar de
inquérito, deixando porém ao próprio parlamento o seu destino. A garantia assegurada a um terço dos
membros da Câmara ou do Senado estende-se aos membros das assembleias legislativas estaduais -
garantia das minorias. O modelo federal de criação e instauração das comissões parlamentares de
inquérito constitui matéria a ser compulsoriamente observada pelas casas legislativas estaduais. A
garantia da instalação da CPI independe de deliberação plenária, seja da Câmara, do Senado ou da
Assembleia Legislativa. Precedentes. Não há razão para a submissão do requerimento de constituição
de CPI a qualquer órgão da Assembléia Legislativa. Os requisitos indispensáveis à criação das
comissões parlamentares de inquérito estão dispostos, estritamente, no art. 58 da CF/88. (STF. Plenário.
ADI 3619, Rel. Min. Eros Grau, j. 1/8/06). Desse modo, é certo que, em decorrência do pacto federativo,
o modelo federal de criação e instauração das comissões parlamentares de inquérito constitui matéria
a ser compulsoriamente observada pelas casas legislativas estaduais. Todavia, não há necessidade de
aprovação pelo plenário da casa legislativa federal, não havendo que se falar em exigência
equivalente em âmbito estadual, em obediência ao princípio da simetria. Portanto, é inconstitucional
a criação de CPI por assembleia legislativa de estado federado ficar condicionada à aprovação de seu
requerimento no plenário do referido órgão.
(DPEDF-2013-CESPE): Com relação ao Poder Legislativo, julgue o item subsequente: Uma CPI poderá ser
instalada mediante requerimento de um terço dos membros da Câmara dos Deputados, não se exigindo que
o requerimento seja submetido a deliberação plenária da Casa. BL: art. 58, §3º, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJSE-2014: ##DPERS-2018: ##PGESP-2018: ##CESPE: ##FCC:


##VUNESP: Compete ao STF processar e julgar, em sede originária, mandados de segurança e habeas
corpus impetrados contra Comissões Parlamentares de Inquérito constituídas no âmbito do Congresso
Nacional ou no de qualquer de suas Casas. É que a Comissão Parlamentar de Inquérito, enquanto
projeção orgânica do Poder Legislativo da União, nada mais é senão a longa manus do próprio
Congresso Nacional ou das Casas que o compõem, sujeitando-se, em conseqüência, em tema de
mandado de segurança ou de habeas corpus, ao controle jurisdicional originário do STF (CF, art. 102, I,
"d" e "i"). STF. Plenário. MS 23452, Rel. Min. Celso de Mello, j. 16/09/99.
(DPERS-2018-FCC): As Comissões Parlamentares de Inquérito, constituídas no âmbito do Congresso
Nacional ou de qualquer de suas Casas, conforme entendimento do STF, são projeção orgânica do Poder
Legislativo e estão sujeitas ao controle jurisdicional originário do STF. BL: art. 58, §3º, CF e Entend.
Jurisprud.
(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): Acerca do Poder Judiciário, do Poder Legislativo e dos tribunais de contas,
assinale a opção correta: Compete ao STF processar e julgar, em sede originária, mandados de segurança e
habeas corpus impetrados contra CPIs constituídas no âmbito do Congresso Nacional ou em qualquer de
suas Casas. BL: art. 58, §3º, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: ##TJMS-2020: ##FCC: Toda CPI feita pelo Congresso Nacional tem
que terminar dentro da sessão legislativa, se não acabar, poderá ser prorrogada, desde que não
ultrapasse a legislatura. O STF, julgando o HC nº 71.193-SP, decidiu que a locução "prazo certo",
inscrita no § 3º do art. 58 da CF/88, não impede prorrogações sucessivas dentro da legislatura, nos
termos da Lei 1.579/52 (art. 5º, §2º). (STF. Plenário. HC 71231, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 05/05/94).

##Atenção: ##DOD: Poderes da CPI: No exercício de suas atribuições, as CPI’s poderão:


• determinar diligências que reputarem necessárias;
• intimação deve ser pessoal (não pode ser feita por telefone, via postal);
• requerer a convocação de Ministros de Estado, Secretários de Estado ou Secretários Municipais
(de acordo com a esfera de atuação da CPI); (PCRJ-2012) (Cartórios/TJMT-2014) (DPEMA-2018)
• tomar o depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais; (DPEMA-
2018)
• ouvir os investigados;
256
• inquirir testemunhas sob compromisso; (PCRJ-2012) (PCMS-2017)
• requisitar da administração pública direta, indireta ou fundacional informações e documentos;
• pedir perícias, exames e vistorias, inclusive busca e apreensão (proibida se for em domicílio); e
(PCPB-2009) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (PCMS-2017)
• transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença (“inspeção”);
• ir a qualquer ponto do território nacional para investigações e audiências públicas; (DPEMA-
2018)
• efetuar prisões em flagrante em caso de crime praticado na presença dos membros da comissão.
• determinar ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de inspeções e auditorias;

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2009: ##MPPB-2010: ##DPESP-2012: ##PCRJ-2012: ##PFN-2015:


##MPPR-2016: ##PCPE-2016: ##TRF3-2016/2018: ##TJMT-2018: ##DPEPE-2018: ##MPGO-2019:
##CESPE: ##ESAF: ##FCC: ##VUNESP:: O princípio constitucional da reserva de jurisdição alcança as
prisões cautelares, mas não as prisões em flagrante. STF. Plenário. MS 23652, Rel. Min. Celso de Mello,
j. 22/11/00.
(TJMT-2018-VUNESP): No tocante ao Poder Legislativo, a CF/1988 estabeleceu que as Comissões
Parlamentares de Inquérito terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros
previstos nos regimentos das respectivas Casas. Nesse sentido, portanto, no que diz respeito às CPIs,
assinale a alternativa correta: A decretação de prisão pelas CPIs somente se admite no caso de crime em
estado de flagrância. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##PGEES-2008: ##PCDF-2009: ##MPPB-2010: ##MPTO-2012: ##MPGO-2013:


##CESPE: Ampliação do objeto de investigação de comissão parlamentar de Inquérito no curso dos
trabalhos. Possibilidade. STF. Plenário. Inq 2.245, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 28/8/07.

##Atenção: ##STF: ##MPGO-2013: A CPI poderá estender o âmbito de sua apuração a fatos ilícitos ou
irregulares que, no curso do procedimento investigatório, se revelarem conexos à causa determinante
da criação da comissão. STF. Plenário. HC 100341/AM , Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 04/11/10.

##Atenção: ##DOD: ##PGEES-2008: ##MPF-2008: ##MPCE-2009: ##MPPB-2010: ##TRF4-2010:


##PGERS-2010: ##MPSP-2011: ##TJCE-2012: ##MPTO-2012: ##DPERO-2012: ##PCAL-2012:
##PCRJ-2012: ##MPGO-2013: ##Cartórios/TJPE-2013: ##PF-2013: ##MPAC-2014: ##MPPE-2014:
##MPRS-2014: ##DPEPB-2014: ##DPERS-2014: ##Cartórios/TJMT-2014: ##PGEPI-2014:
##PCDF-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##PFN-2015: ##TJAM-2016: ##PCPE-2016: ##PCAP-2017:
##PCMS-2017: ##PCGO-2012/2018: ##TRF3-2011/2016/2018: ##TJMT-2018: ##MPBA-2018:
##DPEPE-2018: ##TRF2-2018: ##PGEAP-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##TJAC-2012/2019:
##TJMS-2020: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##ESAF: ##FAPEMS: ##FCC: ##FGV: ##FMP: ##Fundatec:
##UEG: ##VUNESP: CPI pode determinar a “quebra” de sigilos?
• CPI federal, estadual ou distrital (STF ACO 730): SIM. Pode determinar a quebra de sigilos
fiscal, bancário e de dados telefônicos.56-57
• CPI municipal: prevalece que CPI municipal não pode. Isso porque os Municípios não possuem
Poder Judiciário. Logo, não se pode dizer que a CPI municipal teria os poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais.58 Pelo princípio da simetria constitucional, o legislativo
municipal poderá instaurar suas próprias CPI’s, vez que é função típica do Poder Legislativo o
controle da atividade administrativa. Todavia, as CPI municipais não têm poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais. Isso decorre da posição peculiar ocupada pelos Municípios na
Federação. Segundo Pedro Lenza, “os Municípios não elegem Senador e, assim, não têm uma
representação direta na Federação. Ainda, o Município, dentro da ideia de autogoverno, não tem
Judiciário próprio, (...) Por esse motivo, ou seja, por ter uma posição bastante particular na

56
(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta, segundo a jurisprudência do STF: Os sigilos bancário e fiscal
podem ser afastados por decisão de comissão parlamentar de inquérito de assembleia legislativa estadual.
##Atenção: ##STF: ##PGEES-2008: ##TJCE-2012: ##MPAC-2014: ##PGEPI-2014: ##PGM-Salvador/BA-2015:
##TJAM-2016: ##TRF3-2018: ##PGEAP-2018: ##TJAC-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: Para o STF,
“Poderes de CPI estadual: ainda que seja omissa a LC 105/01, podem essas comissões estaduais requerer
quebra de sigilo de dados bancários, com base no art. 58, § 3º, CF”. (STF. ACO 730, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j.
22-9-04).
57
##Atenção: Tema cobrado nas provas: i) MPAC-2014 (CESPE); ii) TJAM-2016 (CESPE); iii) TJAC-2019
(VUNESP).
58
##Atenção: Tema cobrado nas provas: i) MPGO-2013; ii) MPAC-2014 (CESPE); iii) MPSP-2019; iv) TJMS-2020
(FCC).
257
Federação, sustentamos que as Câmaras Legislativas de Municípios, apesar de poderem instaurar
CPIs, não poderão, por ato próprio, determinar a quebra de sigilo bancário.” Marcelo Novelino
explica: “Os poderes investigatórios das comissões municipais não são tão amplos quantos os
conferidos às instauradas no âmbito federal ou estadual. Por não haver Poder Judiciário no
Município, não lhe são atribuídos poderes de investigação próprios de autoridade judicial.” (Fonte:
Curso de Direito Constitucional. Marcelo Novelino. 2019. p. 675.). Esse é o entendimento do STF:
“Com relação à CPI municipal, já antecipei as razões pelas quais considero que os poderes
instrutórios judiciais não lhe são extensíveis. É porque se trata, no modelo de separação de poderes
da Constituição Federal, de uma excepcional derrogação deste poder para dar a uma casa legislativa
poderes jurisdicionais, posto que instrutórios. Essa transferência de poderes jurisdicionais não se
pode dar no âmbito do município, exatamente porque o município não dispõe de jurisdição nem de
poder jurisdicional, a transferir, na área da CPI, do Judiciário ao Legislativo” (Voto do Min.
Joaquim Barbosa, ACO 730, Rel. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, j. 22/09/04.
(MPSP-2019): A quebra do sigilo fiscal e bancário de qualquer pessoa sujeita a investigação legislativa pode
ser legitimamente decretada pela CPI, desde que mediante deliberação adequadamente fundamentada e na
qual indique a necessidade objetiva da adoção dessa medida extraordinária.
(DPEPE-2018-CESPE): No âmbito do Poder Legislativo Federal, as comissões parlamentares de inquérito
têm poderes para quebrar sigilo de dados telefônicos.
(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): À luz do entendimento do STF e da doutrina sobre as CPI, julgue o item
subsequente: A quebra de sigilo bancário e fiscal são medidas compreendidas na esfera de competência das
CPI instauradas pelo Congresso Nacional.
(TRF3-2018): A par das funções representativa e legislativa, o Congresso Nacional recebeu do Constituinte
atribuições investigativas. Estas manifestam-se na esfera político-administrativa por meio de Comissões
Parlamentares de Inquérito. A respeito desses órgãos é correto dizer: As CPIs podem, sem a necessidade de
intervenção judicial, por decisão fundamentada, determinar quebra de sigilo fiscal, bancário e de dados.

##Atenção: ##STF: ##DPERS-2018: ##FCC: A quebra de sigilo, por ato de CPI, deve ser
necessariamente fundamentada, sob pena de invalidade. STF. Plenário. MS 23.868, Rel. Min. Celso de
Mello, j. 30/08/01.

##Atenção: ##STF: ##TRF2-2014: As razões expendidas a título de causas de pedir surgem com
relevância maior. Valores precisam ser conciliados, preservando-se princípios caros à República
Federativa do Brasil. Em um primeiro exame, a interpretação sistemática do Texto Maior conduz a
afastar-se a possibilidade de comissão parlamentar de inquérito, atuando com os poderes inerentes
aos órgãos do Judiciário, vir a convocar, quer como testemunha, quer como investigado, Governador.
Os estados, formando a união indissolúvel referida no art. 1º da CF/1988, gozam de autonomia e esta
apenas é flexibilizada mediante preceito da própria CF/88. STF. MS 31689 MC, Rel. Marco Aurélio,
decisão publicada em 22/11/2012.
(TRF2-2014): Comissão parlamentar de inquérito é instaurada no Congresso Nacional para investigar o
aumento do valor dos imóveis e do preço dos hotéis no Rio de Janeiro nos últimos 5 anos, em decorrência
da realização da Copa e das Olimpíadas. Em sua primeira reunião, ela decide convocar o Prefeito do
Município do Rio de Janeiro. Considere a seguinte proposição: A comissão parlamentar de inquérito não
pode convocar o Chefe do Poder Executivo, em especial o de outra unidade da federação, pois se trataria de
violação da separação de poderes e da autonomia federativa. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##DPERO-2012: ##MPAC-2014: ##TRF2-2014: ##DPEPE-2018: ##TJMS-2020:


##CESPE: ##FCC: “Em obediência ao princípio federativo (pacto federativo), a CPI nacional investiga
questões nacionais (de interesse ou impacto nacional) e não devem investigar questões estaduais ou
locais (municipais). Tais questões incubem, respectivamente, às Assembleias Legislativas estaduais e às Câmaras
de Vereadores municipais” (FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional - 9. ed.
rev. ampl. e atual. - Salvador. JusPODIVM, 2017. p. 975/976). Sobre o tema, Gilmar Mendes e Paulo
Gonet Branco lecionam que “não se controverte que tudo quanto se inclua no âmbito da competência do
Parlamento pode ser objeto de investigação. Numa federação, isso permite enxergar uma limitação de competência
específica: uma CPI no legislativo federal não deve invadir área de competência constitucional dos Estados ou
Municípios”. (MENDES, Gilmar; GONET BRANCO, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 12ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2017, p. 932). No mesmo sentido, Bernardo Brasil Campinho explica: “Segundo Canotilho,
não é fácil delimitar o âmbito das comissões de inquérito. A regra é a de que o direito de inquérito existe em relação
a assuntos para os quais o Parlamento é competente, mas não para questões que são de exclusiva competência de
outro órgão da soberania. Assim, seguindo essa linha de raciocínio, a competência das CPIs estaria delimitada pela
competência atribuída pela Constituição a cada Câmara, em cada nível da federação, ou seja, uma Casa do
Congresso Nacional não pode interferir numa CPI instalada na outra, ou mesmo numa CPI estadual ou
municipal, sob pena de estar invadindo a esfera de competência.” (CAMPINHO, Bernardo Brasil. A

258
importância atual de uma CPI. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 5, n. 45, 1 set. 2000.
Disponível em: . Acesso em: 5 fev. 2018.).
(TRF2-2014): Comissão parlamentar de inquérito é instaurada no Congresso Nacional para investigar o
aumento do valor dos imóveis e do preço dos hotéis no Rio de Janeiro nos últimos 5 anos, em decorrência
da realização da Copa e das Olimpíadas. Em sua primeira reunião, ela decide convocar o Prefeito do
Município do Rio de Janeiro. Considere a seguinte proposição: Uma comissão parlamentar de inquérito não
pode ser instaurada pelo Congresso Nacional para investigar assunto de interesse local. BL: Entend. Dout. e
Jurisprud.

##Atenção: ##DOD: ##PCRO-2009: ##MPPB-2010: ##PGERS-2010: ##MPSP-2011: ##MPTO-2012:


##DPERO-2012: ##PCRJ-2012: ##PF-2013: ##MPAC-2014: ##Cartórios/TJMT-2014: ##PCDF-2015:
##PFN-2015: ##PCPE-2016: ##PCAP-2017: ##PCMS-2017: ##TRF3-2016/2018: ##DPEPE-2018:
##TRF2-2018: ##TJMT-2018: ##PGEAP-2018: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##ESAF: ##FAPEMS: ##FCC:
##FGV: ##FMP: ##Fundatec: ##VUNESP: CPI pode determinar interceptação telefônica? NÃO. A
interceptação telefônica, ou seja, a determinação para que as conversas telefônicas sejam gravadas,
somente pode ser decretada pelo Poder Judiciário (art. 5º, XII, da CF/88).

##Atenção: ##DOD: Não confundir:


• Quebra do sigilo telefônico: ter acesso à relação dos números para os quais o investigado ligou
ou recebeu ligações, as datas das chamadas e a duração das conversas.
• Interceptação telefônica: significa gravar as conversas telefônicas.

##Atenção: ##STF: ##MPTO-2012: ##PCRJ-2012: ##MPPE-2014; ##MPF-2015: ##PGEPR-2015:


##PFN-2015: ##MPPR-2016: ##PCPE-2016: ##PCMS-2017: ##TRF3-2016/2018: ##TJMT-2018:
##MPMS-2018: ##DPEPE-2018: ##TRF2-2018: ##PGEAP-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##TJAC-
2019: ##CESPE: ##ESAF: ##FAPEMS: ##FCC: ##PUCPR: ##VUNESP: CPI pode decretar a
indisponibilidade dos bens do investigado ou outras medidas cautelares como essa? NÃO. Tais medidas
cautelares somente podem ser decretadas pelo Poder Judiciário.59 Vale ressaltar, contudo, que a CPI
pode pedir ao Judiciário a concessão dessas medidas. Veja o que prevê a Lei 1.579/52: “Art. 3º-A. Caberá
ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, por deliberação desta, solicitar, em qualquer fase da
investigação, ao juízo criminal competente medida cautelar necessária, quando se verificar a existência de indícios
veementes da proveniência ilícita de bens.” Nesse sentido, vejamos o seguinte julgado do STF:
“Incompetência da CPI para expedir decreto de indisponibilidade de bens de particular, que não é medida
de instrução – a cujo âmbito se restringem os poderes de autoridade judicial a elas conferidos no art. 58, §
3º, mas de provimento cautelar de eventual sentença futura, que só pode caber ao juiz competente para proferi-la.
Quebra ou transferência de sigilos bancário, fiscal e de registros telefônicos que, ainda quando se admita, em tese,
susceptível de ser objeto de decreto de CPI – porque não coberta pela reserva absoluta de jurisdição que resguarda
outras garantias constitucionais –, há de ser adequadamente fundamentada: aplicação no exercício pela CPI dos
poderes instrutórios das autoridades judiciárias da exigência de motivação do art. 93, IX, da CF/1988”. (STF, MS
23.480, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 4/5/00). Portanto, a CPI não tem poderes para decretar
indisponibilidade de bens. Trata-se de matéria com reserva de jurisdição. Gilmar Mendes afirma que,
“dado que os poderes cautelares do juiz não foram atribuídos à CPI, a jurisprudência do STF nega às comissões
competência para atribuir o afastamento do País ou para decretar a indisponibilidade de bens dos indiciados.
Justamente por não poder desempenhar poderes cautelares, a CPI não está apta a decretar arresto, sequestro ou
hipoteca judiciária.” (MENDES e BRANCO, 2013, p. 862).
(TJDFT-2015-CESPE): Acerca dos Poderes Legislativo e Executivo, assinale a opção correta de acordo com a
CF e com a jurisprudência do STF: Uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) instalada para apurar
denúncias de desvios de verbas em determinada empresa pública não tem competência para ordenar a
indisponibilidade dos bens dos envolvidos, ainda que haja fortes indícios da materialidade das condutas.

##Atenção: ##DOD: Relatório: O art. 6º da Lei 1.579/52 prevê o seguinte: “Art. 6º-A. A Comissão
Parlamentar de Inquérito encaminhará relatório circunstanciado, com suas conclusões, para as devidas
providências, entre outros órgãos, ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, com cópia da
documentação, para que promovam a responsabilidade civil ou criminal por infrações apuradas e adotem outras
medidas decorrentes de suas funções institucionais. (Incluído pela Lei nº 13.367/2016)” Vale ressaltar, no
59
##Atenção: ##STF: ##MPTO-2012: ##PCRJ-2012: ##MPPE-2014: ##MPF-2015: ##PGEPR-2015: ##MPPR-
2016: ##PCPE-2016: ##PCMS-2017: ##TRF3-2016/2018: ##TJMT-2018: ##DPEPE-2018: ##PGEAP-2018:
##PGM-Manaus/AM-2018: ##TJAC-2019: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC: ##PUCPR: ##VUNESP:
Incompetência da CPI para expedir decreto de indisponibilidade de bens de particular, que não é medida de
instrução - a cujo âmbito se restringem os poderes de autoridade judicial a elas conferidos no art. 58, § 3º - mas
de provimento cautelar de eventual sentença futura, que só pode caber ao Juiz competente para proferi-la. STF.
Plenário. MS 23480, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 04/05/00.
259
entanto, que o STF possui um entendimento mais amplo e afirma que: “As CPI’s possuem permissão
legal para encaminhar relatório circunstanciado não só ao Ministério Público e à Advocacia-Geral da
União, mas, também, a outros órgãos públicos, podendo veicular, inclusive, documentação que
possibilite a instauração de inquérito policial em face de pessoas envolvidas nos fatos apurados (art. 58,
§ 3º, CF/88, c/c art. 6º-A da Lei 1.579/52, incluído pela Lei 13.367/16).” STF. Plenário. MS 35216 AgR, Rel.
Min. Luiz Fux, j. 17/11/2017.
(TJMS-2020-FCC): A Câmara Municipal de uma Capital estadual pretende instalar Comissão Parlamentar
de Inquérito para investigar possível ilicitude na conduta de empresas que, embora prestem serviço na
Capital, recolhem o Imposto sobre Serviços em Município vizinho, onde tais empresas têm filiais, e no qual
a alíquota incidente sobre a base de cálculo do imposto é menor, prática que, entendem os Vereadores, tem
redundado em sonegação fiscal vultosa, causadora de prejuízos à Prefeitura da Capital. Nesse caso,
considerada a disciplina da matéria na CF/1988 e a jurisprudência pertinente do STF, para seu
funcionamento, a CPI estará sujeita ao prazo determinado em seu ato de instalação, admitidas prorrogações,
igualmente determinadas e devidamente justificadas, dentro da legislatura respectiva, cabendo-lhe, se for o
caso, o encaminhamento de suas conclusões ao Ministério Público, para promoção da responsabilidade civil
ou criminal dos infratores. BL: art. 58, §3º da CF c/c arts. 1º 60 c/c art. 5º, §2º61c/c art. 6-A da Lei 1.579/52 e
Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: O STF, julgando o HC nº 71.193-SP, decidiu que a locução "prazo certo",
inscrita no § 3º do art. 58 da CF/88, não impede prorrogações sucessivas dentro da legislatura, nos termos
da Lei 1.579/52. (STF. Plenário. HC 71231, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 05/05/94).
(TJCE-2018-CESPE): Concluídos os trabalhos, a CPI poderá encaminhar o seu relatório circunstanciado à
autoridade policial. (Verdadeira).
##Atenção: ##STF: ##MPMS-2018: O STF já entendeu que, concluídos os trabalhos, a CPI pode encaminhar
relatório circunstanciado à autoridade policial, ao Ministério Público e à AGU, dentre outros (MS n. 35.216,
STF).

##Atenção: ##DOD: Limitações aos poderes da CPI: A CPI não pode:62


• decretar medidas cautelares, tais como o arresto, sequestro ou indisponibilidade de bens dos
investigados, hipoteca judiciária, proibição de ausentar-se da comarca ou do País; (PCRJ-2012)
(PGEPR-2015) (PCPE-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (DPEPE-2018) (PGEAP-2018) (PGM-Manaus/AM-
2018) (TJPR-2021)
• decretar busca domiciliar; (PCPB-2009) (PCRO-2009) (PCRJ-2012) (Cartórios/TJBA-2013)
(Cartórios/TJPE-2013) (PCPE-2016) (PCMS-2017) (TJCE-2018) (DPEPE-2018) (PGEAP-2018) (TJPR-
2021)
• decretar prisões preventivas (vimos acima que é possível a prisão em flagrante); (PCPE-2016)
• decretar interceptação telefônica;
• investigar atos de conteúdo jurisdicional (A CPI não possui poderes de investigação para os
chamados atos de natureza jurisdicional, assim considerados aqueles praticados por membros do
Poder Judiciário no desempenho de sua atividade típica, haja vista que a ingerência de outros
poderes atentaria contra o Princípio Constitucional da Separação dos Poderes); (PCRN-2009)63
(PGEPR-2015) (PGEAP-2018)
• impedir que o cidadão deixe o território nacional e determinar apreensão de passaporte;
• Não podem convocar Chefe do Executivo.
• Não possuem todos os poderes instrutórios dos juízes. A CPI’s apenas investigam fatos
determinados, mas não processam e julgam. (Anal./MPU-2018)

60
Art. 1o As Comissões Parlamentares de Inquérito, criadas na forma do § 3o do art. 58 da Constituição Federal,
terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com ampla ação nas pesquisas destinadas a apurar fato
determinado e por prazo certo. (Redação dada pela Lei nº 13.367, de 2016) Parágrafo único. A criação de
Comissão Parlamentar de Inquérito dependerá de requerimento de um terço da totalidade dos membros da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em conjunto ou separadamente. (Redação dada pela Lei nº 13.367,
de 2016)
61
Art. 5º. As Comissões Parlamentares de Inquérito apresentarão relatório de seus trabalhos à respectiva Câmara,
concluindo por projeto de resolução. (...) § 2º - A incumbência da Comissão Parlamentar de Inquérito termina com
a sessão legislativa em que tiver sido outorgada, salvo deliberação da respectiva Câmara, prorrogando-a dentro
da Legislatura em curso.
62
(MPGO-2019): A respeito da Comissões Parlamentares de Inquérito, assinale a alternativa correta: As
comissões não poderão praticar determinados atos de jurisdição atribuídos exclusivamente ao Poder
Judiciário, devendo sempre ser respeitado o postulado da reserva constitucional da jurisdição.
63
(PCRN-2009-CESPE): À luz do direito constitucional e da jurisprudência do STF, assinale a opção correta:
Apesar de possuir amplos poderes investigatórios, CPI não pode indiciar juízes por fatos relativos à atividade
tipicamente jurisdicional, que é absolutamente imune à investigação realizada por CPI.
260
(TJAC-2019-VUNESP): Considerando o disposto na Constituição Federal no tocante às Comissões
Parlamentares de Inquérito, à luz do direito pátrio vigente, assinale a alternativa correta: A CPI tem poderes
para determinar a busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa diligência não se
efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares. BL: MS 33.663-MC/DF, STF.
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2015: ##PGEPR-2015: ##PCPE-2016: ##TRF2-2017: ##PCMS-2017: ##TJCE-
2018: ##DPEPE-2018: ##TRF3-2018: ##PGEAP-2018: ##PCPI-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018:
##TJAC-2019: ##MPGO-2019: ##MPSP-2019: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC: ##FGV:
##PUCPR: ##VUNESP: “Impossibilidade jurídica de CPI praticar atos sobre os quais incida a cláusula
constitucional da reserva de jurisdição, como a busca e apreensão domiciliar. (...) Possibilidade, contudo,
de a CPI ordenar a busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa diligência não se
efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares, sob pena, em tal hipótese, de invalidade da
diligência e de ineficácia probatória dos elementos informativos dela resultantes. Deliberação da
CPI/Petrobras que, embora não abrangente do domicílio dos impetrantes, ressentir-se-ia da falta da
necessária fundamentação substancial. Ausência de indicação, na espécie, de causa provável e de fatos
concretos que, se presentes, autorizariam a medida excepcional da busca e apreensão, mesmo a de caráter
não domiciliar” (STF. Decisão monocrática. MS 33.663-MC/DF, rel. Min. Celso de Mello, j. 19.06.15).
##Atenção: ##STF: ##PGEAL-2009: ##PCRO-2009: ##MPPB-2010: ##PGERS-2010: ##MPDFT-2011:
##MPTO-2012: ##PCMA-2012: ##PCRJ-2012: ##MPPE-2014: ##TRF5-2015: ##PCMS-2017: ##TRF3-
2016/2018: ##TJCE-2018: ##TJSC-2019: ##MPMS-2018: ##MPGO-2019: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC:
##FGV: ##Fundatec: “CPI. Prova. Interceptação telefônica. Decisão judicial. Sigilo judicial. Segredo de
justiça. Quebra. Requisição, às operadoras, de cópias das ordens judiciais e dos mandados de interceptação.
Inadmissibilidade. Poder que não tem caráter instrutório ou de investigação. Competência exclusiva do
juízo que ordenou o sigilo. Aparência de ofensa a direito líquido e certo. Liminar concedida e referendada.
Voto vencido. Inteligência dos arts. 5º, X e LX, e 58, § 3º, da CF, art. 325 do CP, e art. 10, cc. art. 1º da Lei
federal nº 9.296/96. CPI não tem poder jurídico de, mediante requisição, a operadoras de telefonia, de
cópias de decisão nem de mandado judicial de interceptação telefônica, quebrar sigilo imposto a
processo sujeito a segredo de justiça. Este é oponível a CPI, representando expressiva limitação aos seus
poderes constitucionais.” (STF. Plenário. MS 27483 MC-REF, Rel. Cezar Peluso, j. 14/8/08).

##Atenção: ##DOD: Intimação dos indiciados e testemunhas: Eles deverão ser intimados de acordo
com as regras estabelecidas no CPP e demais leis processuais penais. O depoente poderá fazer-se
acompanhar de advogado, ainda que em reunião secreta.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: Governador não pode ser obrigado a depor em
CPI instaurada no Congresso Nacional: Em juízo de delibação, não é possível a convocação de
governadores de estados-membros da Federação por Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
instaurada pelo Senado Federal. A convocação viola o princípio da separação dos Poderes e a
autonomia federativa dos estados-membros. STF. Plenário. ADPF 848 MC-Ref/DF, Rel. Min. Rosa
Weber, j. 25/6/21 (Info 1023).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPDFT-2021: O investigado pode se recusar a comparecer na sessão da


CPI na qual seria ouvido? A) 1ª corrente: SIM (Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello). O
comparecimento do investigado perante a CPI para ser ouvido é facultativo. Cabe a ele decidir se irá
ou não comparecer. Se decidir comparecer, ele terá direito: a) ao silêncio; b) à assistência de advogado;
c) de não prestar compromisso de dizer a verdade; d) de não sofrer constrangimentos. Caso o
investigado não compareça, a CPI não pode determinar a sua condução coercitiva. Aplica-se para as
CPIs o mesmo entendimento da ADPF 395/DF. B) 2ª corrente: NÃO (Ministros Edson Fachin e
Cármen Lúcia). O comparecimento do investigado perante a CPI para ser ouvido é compulsório. Ele
tem que comparecer. No entanto, chegando lá, o investigado tem direito: a) ao silêncio; b) à assistência
de advogado; c) de não prestar compromisso de dizer a verdade; d) de não sofrer constrangimentos.
Caso o investigado não compareça, a CPI poderia determinar a sua condução coercitiva. Desse modo,
tivemos dois votos favoráveis à tese de que o paciente não estava obrigado a comparecer à CPI e dois
votos contrários. Em caso de empate, prevalece a decisão mais favorável ao paciente. Assim, a 2ª
Turma do STF concedeu a ordem de habeas corpus para transformar a compulsoriedade de
comparecimento em facultatividade e deixar a cargo do paciente a decisão de comparecer ou não à
Câmara dos Deputados, perante a CPI, para ser ouvido na condição de investigado. STF. 2ª T. HC
171438/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 28/5/19 (Info 942).
(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: As Comissões Parlamentares de Inquérito têm poderes
próprios de autoridades judiciais e, segundo o STF, têm poder para decretar a condução coercitiva de
testemunha que, intimada, não compareceu à sessão designada para sua oitiva nem se justificou. Portanto,
não dependem as Comissões Parlamentares de Inquérito de autorização judicial para essa finalidade. BL:
Info 942, STF.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPDFT-2021: As CPI’s possuem poderes de investigação próprios das
261
autoridades judiciais, conforme previsão constitucional (art. 58, §3º, da CF). Na instrução criminal,
dentre as provas passíveis de produção está a inquirição de pessoas que, de algum modo, possam
contribuir para a elucidação dos fatos. A essas pessoas dá-se o nome de testemunhas, as quais, nos
termos do art. 206 do CPP, não podem eximir-se da obrigação de depor. Ou seja, trata-se de um múnus
público. Conforme precedentes deste STJ, bem como do STF, o direito de não comparecer para prestar
esclarecimentos relacionados a ilícitos restringe-se aos acusados, não podendo ser estendido às
testemunhas. STJ. 5ª T. AgRg no RHC 133.829/ES, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j. 09/03/21.
##Atenção: ##STJ: Vejamos o seguinte trecho do voto do Min. Rel. Ribeiro Dantas: “Cumpre reforçar que o
precedente do Supremo Tribunal Federal, que dispensou o comparecimento à Comissão Parlamentar de Inquérito,
tratou de caso diverso do presente nestes autos, pois cuidava-se de investigado, assim como no caso da interpretação
dada pela Suprema Corte ao art. 260 CPP, cuja não recepção pela Constituição de 1988 foi restrita à expressão "para
interrogatório" (STF. Plenário. ADPF 395/DF e ADPF 444/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 13 e
14/6/2018). Não se estendeu às testemunhas, tratadas no art. 218 do mesmo diploma processual.”

##Atenção: ##STF: ##MPTO-2012: ##TRF2-2014: ##MPGO-2013: ##TJDFT-2016: ##CESPE: É


jurisprudência pacífica desta Corte a possibilidade de o investigado, convocado para depor perante
CPI, permanecer em silêncio, evitando-se a autoincriminação, além de ter assegurado o direito de ser
assistido por advogado e de comunicar-se com este durante a sua inquirição. STF. Plenário. HC
100.200/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 27.08.10.
(MPSP-2019): O privilégio contra a autoincriminação, por se tratar de direito assegurado a qualquer pessoa
na condição de testemunha, de indiciado ou de réu, é invocável perante as Comissões Parlamentares de
Inquérito. BL: Entendimento do STF.

##Atenção: ##STF: ##TJMT-2018: ##VUNESP: (...) As CPIs, à semelhança do que ocorre com qualquer
outro órgão do Estado ou com qualquer dos demais Poderes da República, submetem-se, no exercício
de suas prerrogativas institucionais, às limitações impostas pela autoridade suprema da Constituição.
Desse modo, não se revela legítimo opor, ao advogado, restrições, que, ao impedirem, injusta e
arbitrariamente, o regular exercício de sua atividade profissional, culminem por esvaziar e nulificar a
própria razão de ser de sua intervenção perante os órgãos do Estado, inclusive perante as próprias
CPIs. STF. Plenário. MS 30.906/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 05/10/11. Portanto, além do direito de
participação do advogado no interrogatório na CPI, o mesmo poderá intervir no depoimento.

##Atenção: ##STF: ##MPMS-2018: O mandado de segurança não é meio hábil para questionar
relatório parcial de CPI, cujo trabalho, presente o § 3º do art. 58 da CF, deve ser conclusivo. STF.
1ªTurma. MS 25.991 AgR, rel. Min. Marco Aurélio, j. 25/08/15.

##Atenção: ##STF: ##PGEPR-2015: ##PUCPR: (...). COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO.


CONVOCAÇÃO DE MAGISTRADO PARA PRESTAR DEPOIMENTO EM FACE DE DECISÕES
JUDICIAIS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. 1. Configura constrangimento
ilegal, com evidente ofensa ao princípio da separação dos Poderes, a convocação de magistrado a fim
de que preste depoimento em razão de decisões de conteúdo jurisdicional atinentes ao fato
investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito. Precedentes. STF. Plenário. HC 80539, Rel. Min.
Maurício Corrêa, j. 21/03/01. (...) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO. CONVOCAÇÃO
DE JUIZ. PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DOS PODERES. Convocação de Juiz para depor em
CPI da Câmara dos Deputados sobre decisão judicial, caracteriza indevida ingerência de um poder em
outro. STF. Plenário. HC 80089, Rel. Min. Nelson Jobim, j. 21/06/00.

##Atenção: ##STF: ##PGEPR-2015: ##PUCPR: O pedido de restrição da mídia e de jornalistas fica


indeferido, por tratar-se de questão interna do Poder Legislativo. STF. Decisão Monocrática. HC 89.226,
Rel. Min. Ellen Gracie, j. 4/7/06. (...) Entendo não competir, ao Poder Judiciário, sob pena de ofensa ao
postulado da separação de poderes, substituir-se, indevidamente, à CPMI/Correios na formulação de
um juízo – que pertence, exclusivamente, à própria Comissão Parlamentar de Inquérito – consistente
em restringir a publicidade da sessão a ser por ela realizada, em ordem a vedar o acesso, a tal sessão,
de pessoas estranhas à mencionada CPMI, estendendo-se essa mesma proibição a jornalistas,
inclusive. Na realidade, a postulação em causa, se admitida, representaria claro (e inaceitável) ato de
censura judicial à publicidade e divulgação das sessões dos órgãos legislativos em geral, inclusive das
Comissões Parlamentares de Inquérito. Não cabe, ao STF, interditar o acesso dos cidadãos às sessões
dos órgãos que compõem o Poder Legislativo, muito menos privá-los do conhecimento dos atos do
Congresso Nacional e de suas Comissões de Inquérito, pois, nesse domínio, há de preponderar um
valor maior, representado pela exposição, ao escrutínio público, dos processos decisórios e
investigatórios em curso no Parlamento. Não foi por outra razão que o Plenário do STF – apoiando-se
em valioso precedente histórico firmado, por esta Corte, em 5-6-1914, no julgamento do HC 3.536, Rel.
Min. Oliveira Ribeiro (Revista Forense, vol. 22/301-304) – não referendou, em data mais recente (18-3-

262
04), decisão liminar, que, proferida no MS 24.832-MC/DF, havia impedido o acesso de câmeras de
televisão e de particulares em geral a uma determinada sessão de CPI, em que tal órgão parlamentar
procederia à inquirição de certa pessoa, por entender que a liberdade de informação (que compreende
tanto a prerrogativa do cidadão de receber informação quanto o direito do profissional de imprensa de
buscar e de transmitir essa mesma informação) deveria preponderar no contexto então em exame. (MS
25.832-MC, rel. min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 14-2-06, DJ de 20-2-06).
(PGEPR-2015-PUCPR): Sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), na linha com o
entendimento do STF, é correto afirmar: Compete à CPI, e não ao Poder Judiciário, o juízo sobre a restrição à
publicidade da sessão da CPI. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##PGEES-2008: ##TJAC-2019: ##TJMS-2020: ##TJMS-2020: ##CESPE: ##FCC:


##VUNESP: O STF entende “prejudicadas as ações de mandado de segurança e de habeas corpus,
sempre que – impetrados tais writs constitucionais contra CPIs – vierem estas a extinguir-se, em
virtude da conclusão de seus trabalhos investigatórios, independentemente da aprovação, ou não, de
seu relatório final”. (MS 23.852 QO, Rel. Min. Celso de Mello, j. 28-6-01).
(PGEES-2008-CESPE): Quanto às comissões parlamentares de inquérito (CPIs), julgue o seguinte item: Deve
ser julgada prejudicada a ação de mandado de segurança impetrada contra ato de CPI que vier a se
extinguir em decorrência da conclusão de seus trabalhos investigatórios. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##AGU-2007: ##MPF-2013: ##TJSC-2019: ##CESPE: CPI: intimação de indígena


para prestar depoimento na condição de testemunha, fora do seu habitat: violação às normas
constitucionais que conferem proteção específica aos povos indígenas. (CF, arts. 215, 216 e 231). (STF.
Plenário. HC 80.240/RR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 20.06.01).
(TJSC-2019-CESPE): Com relação à disciplina constitucional das comissões parlamentares de inquérito,
assinale a opção correta de acordo com a doutrina e a jurisprudência do STF: Para o STF, é nula a intimação
de indígena não aculturado para oitiva em CPI, na condição de testemunha, fora de sua comunidade. BL:
Entend. Jurisprud.
(MPF-2013): Assinale a alternativa correta: O STF já decidiu que a intimação de indígenas para prestar
depoimento, na condição de testemunha, fora de suas terras, constrange a sua liberdade de locomoção, por
força de dispositivo constitucional que veda a remoção dos grupos indígenas de suas terras. BL: Entend.
Jurisprud.
(AGU-2007-CESPE): Em relação aos direitos e interesses das populações indígenas, julgue o item que se
segue: Caso uma comissão parlamentar de inquérito com funcionamento em Brasília intime um indígena,
que mora no estado de Mato Grosso, a prestar depoimento na condição de testemunha, no DF, haverá
violação às normas constitucionais que conferem proteção específica aos povos indígenas, uma vez que a
intimação do indígena configuraria, em tese, constrangimento à sua liberdade de locomoção, por ser vedada
pela CF a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo nas hipóteses constitucionalmente elencadas.
BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##PGEAL-2009: ##MPDFT-2011: ##PCMA-2012: ##PGEPR-2015: ##PGM-BH/MG-


2017: ##TRF3-2018: ##TJSC-2019: ##CESPE: ##FGV: ##PUCPR: À CPI É OPONÍVEL o sigilo imposto
a processos judiciais que tramitem sob o segredo de justiça. Nesse sentido, vejamos trecho de julgado
publicado no Info 515 do STF: “Em regra, o segredo de justiça é oponível à Comissão Parlamentar de
Inquérito e representa uma expressiva limitação aos seus poderes de investigação. Com base nesse
entendimento, o Tribunal, por maioria, referendou decisão concessiva de pedido de liminar, formulado em mandado
de segurança, impetrado por Tim Celular S/A e outras operadoras de telefonia fixa e móvel, contra ato do Presidente
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Escutas Telefônicas Clandestinas, que lhes
determinara a remessa de informações cobertas por sigilo judicial. Em 4.8.2008, o Min. Cezar Peluso, deferira a
cautelar, autorizando, até decisão contrária nesta causa, as impetrantes a não encaminharem à CPI o conteúdo dos
mandados judiciais de interceptação telefônica cumpridos no ano de 2007 e protegidos por segredo de justiça, exceto
se os correspondentes sigilos fossem quebrados prévia e legalmente. Reputou que aparentava razoabilidade jurídica
(fumus boni iuris) a pretensão das impetrantes de se guardarem da pecha de ato ilícito criminoso, por força do
disposto no art. 325 do CP e no art. 10, c/c o art. 1º, da Lei federal 9.296/96, que tipifica como crime a quebra de
segredo de justiça, sem autorização judicial, ou, ainda, por deixarem de atender ao que se caracterizaria como
requisição da CPI, bem como que estaria presente o risco de dano grave, porque na referida data se esgotava o prazo
outorgado, sob cominação implícita, no ato impugnado, a cujo descumprimento poderia corresponder medida

263
imediata e suscetível de lhes acarretar constrangimento à liberdade. Naquela sessão, considerou o relator a
jurisprudência pacífica da Corte no sentido de que, nos termos do art. 58, § 3º da CF, as CPIs têm todos os
"poderes de investigação próprios das autoridades judiciais", mas apenas esses, restando elas sujeitas
aos mesmos limites constitucionais e legais, de caráter formal e substancial, oponíveis aos juízes de
qualquer grau, no desempenho de idênticas funções. (...) O relator asseverou que, sob esse ponto de vista, o
qual é o da qualidade e extensão dos poderes instrutórios das CPIs, estas se situam no mesmo plano teórico dos
juízes, sobre os quais, no exercício da jurisdição, que lhes não é compartilhada às Comissões, nesse aspecto, pela
Constituição, não têm elas poder algum, até por força do princípio da separação dos poderes, nem têm poder sobre as
decisões jurisdicionais proferidas nos processos, entre as quais relevam, para o caso, as que decretam o chamado
segredo de justiça, previsto como exceção à regra de publicidade, a contrario sensu, no art. 5º, LX, da CF.
Esclareceu, no ponto, que as CPIs carecem, ex autoritate propria, de poder jurídico para revogar, cassar,
compartilhar, ou de qualquer outro modo quebrar sigilo legal e constitucionalmente imposto a processo
judiciário, haja vista tratar-se de competência privativa do Poder Judiciário, ou seja, matéria da chamada
reserva jurisdicional, onde o Judiciário tem a primeira e a última palavra. Aduziu, ainda, ser intuitiva a razão
última de nem a Constituição nem a lei haverem conferido às CPIs, no exercício de suas funções, poder de interferir
na questão do sigilo dos processos jurisdicionais, porque se cuida de medida excepcional, tendente a resguardar a
intimidade das pessoas que lhe são submissas, enquanto garantia constitucional explícita (art. 5º, X), cuja
observância é deixada à estima exclusiva do Poder Judiciário, a qual é exercitável apenas pelos órgãos jurisdicionais
competentes para as respectivas causas - o que implica que nem outros órgãos jurisdicionais podem quebrar esse
sigilo, não o podendo, a fortiori, as CPIs. Concluiu que é essa também a razão pela qual não pode violar tal sigilo
nenhuma das pessoas que, ex vi legis, lhe tenham acesso ao objeto, assim porque intervieram nos processos, como
porque de outro modo estejam, a título de destinatários de ordem judicial, sujeitas ao mesmo dever jurídico de
reserva.” STF. Plenário. MS 27.483/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 14.08.08.
(PCMA-2012-FGV): Para apurar suposto desvio de recursos públicos na construção de uma usina nuclear,
foi instaurada Comissão Parlamentar de Inquérito pela Câmara dos Deputados. A Comissão foi instalada
após requerimento de um terço dos Deputados, com prazo certo de duração. Uma das determinações da
Comissão foi que se transladassem cópias das provas obtidas em processo judicial previamente instaurado,
que corre sob segredo de justiça. A respeito do caso sugerido, assinale a afirmativa correta: A criação da
Comissão observou os requisitos constitucionais, mas a prova não pode ser obtida, pois o segredo de justiça
não pode ser levantado por Comissão Parlamentar de Inquérito. BL: art. 58, §3º, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPTO-2012: ##PGESP-2018: ##TJSC-2019: ##CESPE: ##VUNESP: O STF


entende que, tanto às investigações policiais quanto ao procedimento das CPI, caracterizam-se pela
UNILATERALIDADE. Nesse sentido, vejamos o seguinte julgado: “Não se questiona a asserção de que a
investigação parlamentar reveste-se de caráter unilateral, à semelhança do que ocorre no âmbito da
investigação penal realizada pela Polícia Judiciária (...) A unilateralidade das investigações preparatórias da
ação penal não autoriza a Polícia Judiciária a desrespeitar as garantias jurídicas que assistem ao indiciado, que não
mais pode ser considerado mero objeto de investigações.” (STF. Dec. monocrática. MS 25.617, Rel. Min. Celso
de Mello, j. 24.10.05). A unilateralidade do procedimento refere-se à sua condução; tanto no inquérito
quanto na CPI, o procedimento é guiado pela autoridade competente, com base em sua
discricionariedade, o que, contudo, não importa em flexibilização de garantias individuais.

##Atenção: ##STF: ##TJSC-2019: ##CESPE: É CONSTITUCIONAL norma regimental da Câmara dos


Deputados que limite o número de CPI em funcionamento simultâneo. Desse modo, a restrição
estabelecida no § 4º do art. 35 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que limita em cinco o
número de CPIs em funcionamento simultâneo, está em consonância com os incisos III e IV do art. 51
da CF/1988, que conferem a essa Casa Legislativa a prerrogativa de elaborar o seu regimento interno e
dispor sobre sua organização. Tais competências são um poder-dever que permite regular o exercício
de suas atividades constitucionais. Desse modo, o STF considerou constitucional a limitação ao número
de comissões em funcionamento. (STF. Plenário. ADI 1.635/DF, Rel. Min. Maurício Correa, j. 25.09.97).
(Anal. Legisl.-Câm. Deputados-2014-CESPE): Com referência às comissões parlamentares de inquérito,
julgue o item a seguir: A CPI deve ter por objeto acontecimento de relevante interesse para a vida pública e
a ordem constitucional, legal, econômica e social do país, que esteja devidamente caracterizado no
requerimento de sua constituição. No âmbito da Câmara dos Deputados, é regimentalmente definido o
limite de até cinco CPIs em funcionamento simultâneo. BL: art. 35, §§1º e 4º do Regit. Int. Câmara de

264
Deputados.64

##Atenção: ##STF: ##PCDF-2009: ##TRF1-2011: ##TJCE-2018: ##DPERS-2018: ##PGESP-2018:


##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: O controle jurisdicional de abusos praticados por CPI não ofende o
princípio da separação de poderes. O STF, quando intervém para assegurar as franquias
constitucionais e para garantir a integridade e a supremacia da Constituição, neutralizando, desse
modo, abusos cometidos por CPI, desempenha, de maneira plenamente legítima, as atribuições que
lhe conferiu a própria CF/88. O regular exercício da função jurisdicional, nesse contexto, porque
vocacionado a fazer prevalecer a autoridade da Constituição, não transgride o princípio da separação de
poderes. STF. Plenário. MS 25668, Rel. Min. Celso de Mello, j. 23/3/06.

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2011: ##MPTO-2012: ##PGEPA-2012: ##DPERS-2014: ##TJCE-2018:


##PGESP-2018: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: O princípio da colegialidade traduz diretriz de
fundamental importância na regência das deliberações tomadas por qualquer CPI, notadamente
quando esta, no desempenho de sua competência investigatória, ordena a adoção de medidas
restritivas de direitos, como aquelas que importam na revelação ("disclosure") das operações
financeiras ativas e passivas de qualquer pessoa. A legitimidade do ato de quebra do sigilo bancário,
além de supor a plena adequação de tal medida ao que prescreve a Constituição, deriva da
necessidade de a providência em causa respeitar, quanto à sua adoção e efetivação, o princípio da
colegialidade, sob pena de essa deliberação reputar-se nula. STF. Plenário. MS 24817, Rel. Min. Celso de
Mello, j. 3/2/05.
(MPTO-2012-CESPE): Assinale a opção correta com referência às CPIs: O princípio da colegialidade traduz
diretriz de fundamental importância na regência das deliberações tomadas por qualquer CPI, notadamente
quando esta, no desempenho de sua competência investigatória, ordena a adoção de medidas restritivas de
direitos, como aquelas que impliquem a revelação das operações financeiras ativas e passivas de qualquer
pessoa. BL: Entend. Jurisprud.

(PF-2021-CESPE): No que concerne a controle da administração pública, julgue o item subsequente:


Embora as comissões parlamentares de inquérito estejam, como uma modalidade de controle legislativo,
aptas a investigar fatos determinados em prazos determinados, elas são desprovidas de poder
condenatório. BL: art. 58, §3º, CF.

##Atenção: ##PCDF-2009: ##PCRJ-2009: ##PCRN-2009: ##PGERS-2010: ##PCAP-2010:


##Cartórios/TJPR-2014: ##PCPE-2016: ##PCMS-2017: ##TRF3-2016/2018: ##DPEMA-2018:
##Anal./MPU-2018: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020: ##PF-2021: ##TCDF-2021: ##CESPE: ##FAPEMS:
##FCC: ##FGV: ##Fundatec: A atuação das CPI’s insere-se no âmbito da função fiscalizatória do
Poder Legislativo, considerada função típica desse poder. Elas são instrumentos de controle externo
destinados a investigar fato determinado em prazo determinado, mas desprovidos de poder
condenatório. Em outras palavras, as CPIs não possuem todos os poderes instrutórios dos juízes. Elas
apenas investigam fatos determinados, mas não processam e julgam. As CPI'S tem como atribuição
realizar a investigação parlamentar, produzindo o inquérito legislativo. Desse modo, a CPI não julga,
não acusa e não promove responsabilidade de ninguém. Sua função é meramente investigatória, suas
conclusões, quando for o caso, serão encaminhadas ao MP para que, esse sim, promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020-CESPE): Quanto à organização dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, julgue o item a seguir: A atuação das comissões parlamentares de inquérito insere-se no âmbito
da função fiscalizatória do Poder Legislativo, considerada função típica desse poder. BL: art. 58, §3º, CF.

(MPGO-2019): A respeito da Comissões Parlamentares de Inquérito, assinale a alternativa correta: Terão


poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das
respectivas casas. BL: art. 58, §3º, CF.

64
Art. 35. A Câmara dos Deputados, a requerimento de um terço de seus membros, instituirá Comissão
Parlamentar de Inquérito para apuração de fato determinado e por prazo certo, a qual terá poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos em lei e neste Regimento. § 1º
Considera-se fato determinado o acontecimento de relevante interesse para a vida pública e a ordem
constitucional, legal, econômica e social do País, que estiver devidamente caracterizado no requerimento de
constituição da Comissão. (...) § 4º Não será criada Comissão Parlamentar de Inquérito enquanto estiverem
funcionando pelo menos cinco na Câmara, salvo mediante projeto de resolução com o mesmo quorum de
apresentação previsto no caput deste artigo.
265
(MPGO-2019): A respeito da Comissões Parlamentares de Inquérito, assinale a alternativa correta: Serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante
requerimento de um terço dos seus membros. BL: art. 58, §3º, CF.

(MPSC-2014): As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento
de 1/3 de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões,
se for o caso, encaminhadas ao MP, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores. BL: art. 58, §3º, CF.

§ 4º DURANTE O RECESSO, HAVERÁ uma Comissão representativa do Congresso Nacional,


eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no
regimento comum, cuja composição REPRODUZIRÁ, quanto possível, a proporcionalidade da
representação partidária. (TRF4-2009) (PGERS-2010) (TJSP-2011) (TJPA-2012) (MPM-2013) (TJPE-2015) (TRT6-
2015)

(TJSP-2011-VUNESP): A Comissão Representativa tem por atribuição representar o Congresso Nacional


durante o recesso parlamentar. BL: art. 58, §4º, CF.

Seção VIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO

Subseção I
Disposição Geral

Art. 59. O PROCESSO LEGISLATIVO COMPREENDE a elaboração de:

I - emendas à Constituição; (TJSC-2009) (TRF4-2012) (PGESC-2014) (TRT2-2016) (MPMG-2018) (MPPB-


2018) (MPPR-2014/2019) (MPT-2020)

II - leis complementares; (TJSC-2009) (TRF4-2012) (PGEAC-2012) (DPERS-2014) (PGEPI-2014)


(PGESC-2014) (TRT2-2016) (TRF2-2017) (MPMG-2018) (MPPB-2018) (MPT-2020) (MPPR-2014/2019/2021)

III - leis ordinárias; (TJSC-2009) (TRF4-2012) (PGEAC-2012) (DPERS-2014) (PGEMS-2014) (PGEPI-


2014) (PGESC-2014) (TRT2-2016) (TRF2-2017) (MPMG-2018) (MPPB-2018) (MPT-2020) (MPPR-2014/2019/2021)

##Atenção: ##STF: ##TRF2-2017: Não há empecilho constitucional à edição de leis sem caráter geral e
abstrato, providas apenas de efeitos concretos e individualizados. Há matérias a cujo respeito a
disciplina não pode ser conferida por ato administrativo, demandando a edição de lei, ainda que em
sentido meramente formal. É o caso da concessão de pensões especiais. STF. 2ª T., RE 405386, Rel. Min.
Ellen Gracie, Rel. p/ Ac. Min. Teori Zavascki, j. 26/02/13.
(TRF2-2017): Assinale a opção correta: No sistema pátrio, não há empecilho constitucional à edição de leis
sem caráter geral e abstrato, providas apenas de efeitos concretos e individualizados. BL: Entend.
Jurisprud.

##Atenção: ##MPAL-2012: ##DPEPR-2012: ##PGEAC-2012: ##MPRO-2013: ##DPEMS-2014:


##DPERS-2014: ##PGEPI-2014: ##MPBA-2015: ##TRF3-2016: ##TRF2-2017: ##MPGO-2013/2019:
##MPT-2020: ##MPPR-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##VUNESP: “De acordo com o posicionamento
doutrinário majoritário e entendimento consolidado no STF não há hierarquia entre lei ordinária e lei
complementar, estando ambas no mesmo patamar normativo, afinal, as duas são espécies primárias, logo,
possuidoras do mesmo status hierárquico-normativo: o de normas infraconstitucionais. Por isso, se uma lei
ordinária dispuser sobre matéria para a qual a Constituição impôs o regramento mediante lei complementar,
padecerá de vício de inconstitucionalidade, por óbvia e direta ofensa ao disposto no texto constitucional, mas não
por antinomia hierárquica.” (MASSON, Nathalia, Manual de Direito Constitucional. 6ª edição. Salvador -
BA: JusPodivm, 2018, p. 915.). Nesse sentido, Michel Temer explica: “não há hierarquia alguma entre a lei
complementar e a lei ordinária. O que há são âmbitos materiais diversos atribuídos pela Constituição a
cada qual destas espécies normativas” (TEMER, 2010, p. 150). Vejamos os seguintes trechos de julgados
do STF: “STF - RE 377.457: “Contribuição Social sobre o Faturamento (COFINS) (CF, art. 195, I). Revogação

266
pelo art. 56 da Lei 9.430/1996 da isenção concedida às sociedades civis de profissão regulamentada pelo art. 6º, II,
da LC 70/1991. Legitimidade. Inexistência de relação hierárquica entre lei ordinária e lei complementar.
Questão exclusivamente constitucional, relacionada à distribuição material entre as espécies legais.
Precedentes. A LC 70/1991 é apenas formalmente complementar, mas materialmente ordinária, com relação
aos dispositivos concernentes à contribuição social por ela instituída. ADC 1, Rel. Moreira Alves, RTJ 156/721.”
(g.n.) (...) STF - RE 509.300: "O conflito entre lei complementar e lei ordinária não se resolve com base no
princípio da hierarquia, mas pela análise do campo material delimitado pela Constituição. A CF/88
reservou determinadas matérias para serem tratadas por meio de complementar, não sendo permitido que, em tais
casos, seja editada lei ordinária para regulá-las. As matérias que não forem reservadas à lei complementar poderão
ser tratadas por lei ordinária (matérias residuais). Assim, não existe relação hierárquica entre lei ordinária e lei
complementar, mas sim campos de atuação diferentes. Vale ressaltar, no entanto, que, se lei ordinária tratar sobre
matéria reservada à lei complementar, haverá inconstitucionalidade. (...)”
(MPT-2020): Concernente ao processo legislativo, é correto afirmar que, infere-se da teoria de Kelsen,
quanto ao fundamento de validade, que o fato de as leis complementares solicitarem maioria absoluta para
aprovação não lhes outorga superioridade hierárquica em relação às leis ordinárias, cujo quorum para
aprovação se limita à maioria simples ou relativa, ainda que o artigo 59 da Constituição de 1988 tenha
estabelecido que o processo legislativo brasileiro compreenda a elaboração de emendas à constituição, leis
complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções,
localizando as espécies normativas em incisos distintos, e levando a supor que estariam escalonadas de
acordo com a superioridade hierárquica. Logo, exceção feita às emendas constitucionais, todas as demais
espécies normativas estão em idêntico patamar hierárquico.
(MPGO-2019): Sobre o processo legislativo assinale a resposta correta: A lei ordinária que destoa da lei
complementar é inconstitucional por invadir âmbito normativo que lhe é alheio, e não por ferir o princípio
da hierarquia das leis, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal.
(TRF3-2016): Indique a alternativa correta: A Constituição Federal não estabelece hierarquia entre lei
complementar e lei ordinária, nem entre lei federal e lei estadual, tampouco prevê iniciativa popular para
emendar a Carta Magna.
##Atenção: Embora a lei complementar possua forma mais dificultosa para ser alterada, possui o mesmo
valor que a lei ordinária, bem como lei federal e estadual estão no mesmo patamar. Neste caso, somente a
CF/1988 é hierarquicamente superior. A Constituição, por sua vez, não admite iniciativa popular para ser
emendada, devendo ser observados os legitimados previstos no art. 60.
(DPERS-2014-FCC): Considerando a espécie normativa Lei Complementar, é correto afirmar: Não há
hierarquia entre Lei Ordinária e Lei Complementar, mas apenas âmbitos materiais de atuação distintos.
(PGEAC-2012-FMP): Sobre as leis ordinárias e as leis complementares, pode-se afirmar: Ambas têm o
mesmo patamar normativo no âmbito da hierarquia das normas no entendimento do STF.

##Atenção: ##DPEPR-2012: ##MPGO-2013: ##PGEGO-2013: ##PGEMS-2014: ##PGEPI-2014:


##MPBA-2015: ##CESPE: ##FCC: Conforme Gilmar Mendes (2015, p. 843), “o critério de repartição de
competências adotado pela Constituição não permite que se fale em superioridade hierárquica das leis federais sobre
as leis estaduais. Há, antes, divisão de competências entre esses entes. Há inconstitucionalidade tanto na invasão da
competência da União pelo Estado-membro como na hipótese inversa”.

IV - leis delegadas; (TJSC-2009) (TRF1-2011) (MPAL-2012) (TRF4-2012) (PGESC-2014) (TRT2-2016)


(MPMG-2014/2018) (MPPB-2018) (MPPR-2014/2019)

V - medidas provisórias; (TJSC-2009) (TRF1-2011) (TRF4-2012) (PGEGO-2013) (PGESC-2014) (TRT2-


2016) (MPMG-2018) (MPPB-2018) (DPEAP-2018) (MPPR-2014/2019)

VI - decretos legislativos; (TJSC-2009) (TRF1-2011) (TRF4-2012) (Cartórios/TJES-2013) (PGESC-2014)


(TRT2-2016) (MPMG-2014/2018) (MPPB-2018) (MPPR-2014/2019) (MPT-2020)

##Atenção: ##MPT-2020: O Decreto Legislativo é uma espécie normativa primária, em regra, com
efeitos externos às Casas e que serve para veicular matérias de competência exclusiva do Congresso
Nacional. Exemplos: art. 49, I e V, CF/88. Trata-se de lei tanto em sentido formal, como material. Nesse
contexto, os decretos legislativos e as resoluções são espécies normativas primárias, com hierarquia de lei
ordinária. Não estão sujeitos à sanção ou veto do Presidente da República. Os decretos legislativos são
atos editados pelo Congresso Nacional para o tratamento de matérias de sua competência exclusiva (art.
49 da CF), dispensada a sanção presidencial. Segundo o Prof. José Afonso da Silva, os decretos
legislativos são atos com efeitos externos ao Congresso Nacional.

##Atenção: ##Cartórios/TJES-2013: ##PGESC-2014: ##MPMG-2018: ##CESPE: Atente-se para o fato de


que apenas os decretos legislativos se enquadram como normas criadas por meio do processo
267
legislativo, não fazendo parte destes os decretos executivos e os judiciários. Caso a questão mencione
“decretos", genericamente, ou ainda, “decretos-leis", estes não se encontram no rol de espécies
normativas do art. 59 da CF. Portanto, apenas os decretos LEGISLATIVOS é que se configuram normas
criadas através do processo legislativo.

VII - resoluções. (TJSC-2009) (TRF4-2012) (PGESC-2014) (PGEMA-2016) (TRT2-2016) (MPMG-


2014/2018) (MPPB-2018) (MPPR-2014/2019)

(MPT-2020): Concernente ao processo legislativo, é correto afirmar que a expressão “processo


legislativo” pode também ser entendida num sentido sociológico quando se refere ao conjunto de fatores
reais ou fáticos que põem em movimento os legisladores e ao modo como eles costumam proceder ao
realizar a tarefa legislativa. BL: art. 59, CF.

##Atenção: Conforme leciona Bernardo Gonçalves Fernandes, em seu Curso de Direito Constitucional, 9ª
edição, ed. Jus Podivm, “(...) sociologicamente, ele (processo legislativo) pode ser definido como um conjunto de
fatores políticos e ideológicos que condicionam a elaboração das leis em nosso ordenamento. Como exemplos, temos
fatores econômicos, políticos, geográficos, ambientais, religiosos, etc. Sem dúvida, o conceito sociológico nos
remonta à clássica ideia das fontes de direito e, no caso especifico, da fonte material do direito”.

(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: O processo legislativo compreende a elaboração de emendas


à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos
legislativos e resoluções. BL: art. 59, CF.

Parágrafo único. LEI COMPLEMENTAR DISPORÁ sobre a elaboração, redação, alteração e


consolidação das leis. (PGEMS-2016) (MPPR-2017)

(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: Há reserva de lei formal quando a matéria somente puder
ser tratada por ato normativo primário editado pelo Parlamento, elaborado segundo o procedimento
legislativo ordinário fixado na Constituição. BL: arts. 49 a 59, CF.

##Atenção: Em sentido formal, entende-se por lei toda norma que seja produzida em atenção ao
processo legislativo previsto nos arts. 49 a 59 da CF/88. Assim, uma norma que tenha respeitado o
comando constitucional acerca da iniciativa, do quórum de aprovação, da revisão, da sanção/veto,
dentre outros critérios, pode ser considerada lei em sentido formal, não importando o conteúdo que
veicule. Vê-se, portanto, que a ideia central da classificação da lei em sentido formal é a "forma", o rito, o
processo pelo qual a norma passa para ser produzida. Com efeito, nesse prisma, em nada interfere o
conteúdo da norma.

##Atenção: ##STF: ##MPPR-2017: O princípio constitucional da reserva de lei formal traduz limitação
ao exercício das atividades administrativas e jurisdicionais do Estado. A reserva de lei - analisada sob tal
perspectiva - constitui postulado revestido de função excludente, de caráter negativo, pois veda, nas
matérias a ela sujeitas, quaisquer intervenções normativas, a título primário, de órgãos estatais não-
legislativos. STF. Plenário. ADI 2075 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. 07/02/01.

(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: Em hipóteses de reserva de lei material, o tema pode ser
tratado por intermédio de medidas provisórias. BL: arts. 59 e 62, CF.

##Atenção: Em relação à lei em sentido material, já não mais se investiga o processo pelo qual a norma
foi editada. Em verdade, este pouco importa. O que se tem em alta consideração é a matéria de que trata
a norma, o assunto nela veiculado. Nessa concepção, lei em sentido material é toda norma de caráter
geral e abstrato que disciplina as relações jurídicas entre os sujeitos de direito. 65 A lei material revela
conteúdo próprio de lei, mas não constitui ato necessariamente editado pelo processo legislativo
ordinário. Logo, matérias submetidas à reserva de lei material podem ser disciplinadas por medida
provisória (ex.: direito tributário).

(TJCE-2012-CESPE): Acerca do processo legislativo na ordem jurídica pátria, assinale a opção correta: Lei
ordinária posterior pode revogar lei formalmente complementar, desde que materialmente ordinária. BL:
art. 59, CF.

65
https://www.impetus.com.br/artigo/150/a-lei-como-fonte-do-direito-administrativo
268
##Atenção: ##TJCE-2012: ##DPEPR-2012: ##PGEPI-2014: ##CESPE: ##FCC: Caso uma lei
denominada “complementar” versar sobre matéria relativa a lei ordinária, isto é, para a qual não seria
exigível lei complementar, então, ela poderá ser revogada também por lei ordinária posterior. A
propósito, este é o entendimento do STF sobre o tema: “Contribuição social sobre o faturamento - COFINS
(CF, art. 195, I). 2. Revogação pelo art. 56 da Lei 9.430/96 da isenção concedida às sociedades civis de profissão
regulamentada pelo art. 6º, II, da Lei Complementar 70/91. Legitimidade. 3. Inexistência de relação hierárquica
entre lei ordinária e lei complementar. Questão exclusivamente constitucional, relacionada à distribuição
material entre as espécies legais. Precedentes. 4. A LC 70/91 é apenas formalmente complementar, mas
materialmente ordinária, com relação aos dispositivos concernentes à contribuição social por ela instituída. ADC
1, Rel. Moreira Alves, RTJ 156/721. 5. Recurso extraordinário conhecido mas negado provimento”. (STF, RE
377457, Min. Rel. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgado em 17/09/2008).

##Atenção: ##Doutrina: ##MPGO-2013: Aos regimentos internos das Casas Legislativas, portanto, não
se coaduna o enquadramento na categoria taxionômica dos atos infralegais. Sobre o tema, é precisa a
lição de José Afonso da Silva (Processo Constitucional de Formação das Leis, 2ª ed., São Paulo:
Malheiros, 2007, p. 344), verbis: “A questão da relação entre lei e regimento interno está definitivamente
solucionada. Acentue-se que são normas de natureza diversa, bastando relembrar que o regimento interno se
destina a regular as atividades internas das Casas Legislativas, portanto, são normas de efeitos interna corporis,
enquanto as leis se destinam a regular as condutas humanas em geral em torno do setor da vida que lhes constitui
objeto de regulação. Porém, nenhum dos dois tipos de normas está acima do outro, porque não se trata de
aplicar o princípio da hierarquia das normas, mas o princípio da competência. Trata-se de reconhecer uma
reserva constitucional do regimento interno e, dentro dessa reserva, ele é soberano. Se a lei penetrar nele, ela se
revelará inconstitucional. E, ao contrário, se o regimento interno extrapolar o âmbito que lhe foi reservado, ele é que
padecerá de inconstitucionalidade.” (ênfase acrescentada) Manifesto o caráter de ato normativo primário de
que resulta a paridade entre normas regimentais parlamentares e as de leis em sentido formal
(MIRANDA, Pontes de, Dez Anos de Pareceres, Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1974, v. 1/43, v. g.). São,
pois, os regimentos internos das Casas Legislativas suscetíveis de controle abstrato de
constitucionalidade (BARROSO, Luís Roberto, ob. cit., p. 200-201, v. g.)

Subseção II
Da Emenda à Constituição

Art. 60. A Constituição PODERÁ SER EMENDADA mediante proposta: (PCSC-2008) (PGEMT-2011)
(PCRJ-2009/2012) (MPRJ-2012) (TJSP-2013) (MPMS-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCPR-2013) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJSP-2014) (PGEBA-2014) (PCSP-2014) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (TRF3-2016) (PCPE-2016)
(TRT/Unificado-2017) (PGESP-2009/2012/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (PCGO-2018) (TCERJ-2021)
(MPMG-2011/2022)

I - de UM TERÇO, no mínimo, dos MEMBROS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS OU do


SENADO FEDERAL; (PCSC-2008) (MPES-2010) (MPSP-2010) (MPPR-2011) (PGEMT-2011) (PCRJ-2009/2012)
(TJSC-2013) (MPMS-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCPR-2013) (DPECE-2014) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGERN-2014) (PGESC-2014) (PCSP-2014) (PGM-Cuiabá/MT-
2014) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (TRF3-2016) (PCPE-2016) (TRF2-2013/2017) (PCAC-2017) (TRT/Unificado-2017)
(PGESP-2009/2012/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (MPBA-2018) (PCGO-2018) (TJRO-2019) (MPDFT-2021)
(TCERJ-2021) (TJRS-2022) (MPMG-2022) (DPERS-2022)

##Atenção: “O início da tramitação da proposta de emenda no Senado Federal está em harmonia com o
disposto no art. 60, I, da CF, que confere poder de iniciativa a ambas as Casas Legislativas.” (ADI 2.031,
Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 3-10-2002, Plenário).

II - do Presidente da República; (PCSC-2008) (MPES-2010) (MPPR-2011) (PGEMT-2011) (PGEPA-2011)


(PCRJ-2009/2012) (MPTO-2012) (MPMS-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCPR-2013) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEBA-2014) (PCSP-2014) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (TRF3-2016)
(PCPE-2016) (TRT/Unificado-2017) (PGESP-2009/2012/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (MPBA-2018)
(DPEMA-2018) (PCGO-2018) (TJRO-2019) (TCERJ-2021) (MPMG-2011/2022)

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,


MANIFESTANDO-SE, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. (PCSC-2008) (MPRN-2009)
(MPES-2010) (MPGO-2010) (PGEMT-2011) (PCRJ-2009/2012) (MPPR-2011/2012) (MPMS-2013) (TJSC-2013)

269
(MPF-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCPR-2013) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEBA-2014) (PCRO-
2014) (PCSP-2014) (DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (TRF3-2016) (PCPA-2016)
(PCPE-2016) (TRF2-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGESP-2009/2012/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (MPBA-
2018) (PCGO-2018) (TJRO-2019) (MPDFT-2021) (TCERJ-2021) (MPMG-2011/2022) (TJRS-2018/2022) (DPERS-
2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É possível que uma emenda constitucional seja julgada formalmente
inconstitucional se ficar demonstrado que ela foi aprovada com votos “comprados” dos parlamentares e
que esse número foi suficiente para comprometer o resultado da votação: Em tese, é possível o
reconhecimento de inconstitucionalidade formal no processo constituinte reformador quando eivada
de vício a manifestação de vontade do parlamentar no curso do devido processo constituinte derivado,
pela prática de ilícitos que infirmam a moralidade, a probidade administrativa e fragilizam a
democracia representativa. Caso concreto: ADEPOL ajuizou ADI pedindo a declaração de
inconstitucionalidade formal da EC 41/03 e da EC 47/05 sob o argumento de que elas foram aprovadas
com votos “comprados” de Deputados Federais condenados no esquema do “Mensalão” (AP 470). O
STF afirmou que, sob o aspecto formal, as emendas constitucionais devem respeitar o devido processo
legislativo, que inclui, entre outros requisitos, a observância dos princípios da moralidade e da
probidade. Assim, é possível o reconhecimento de inconstitucionalidade formal no processo de
reforma constituinte quando houver vício de manifestação de vontade do parlamentar, pela prática de
ilícitos.Porém, para tanto, é necessária a demonstração inequívoca de que, sem os votos viciados pela
ilicitude, o resultado teria sido outro. No caso, apenas sete Deputados foram condenados pelo
Supremo na AP 470, por ficar comprovado que eles participaram do esquema de compra e venda de
votos e apoio político conhecido como Mensalão. Portanto, o número comprovado de “votos
comprados” não é suficiente para comprometer as votações das ECs 41/03 e 47/05. Ainda que retirados
os votos viciados, permanece respeitado o rígido quórum estabelecido na Constituição Federal para
aprovação de emendas constitucionais, que é 3/5 em cada casa do Congresso Nacional. STF. Plenário.
ADI 4887/DF, ADI 4888/DF e ADI 4889/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 10/11/20 (Info 998).
##Comentários ao julgado acima: ##Contribuição @ileidesampaio.profa: Segundo entendimento de Pedro
Lenza, o vício de decoro parlamentar é uma das espécies de vício de inconstitucionalidade, ao lado da
formal e da material. Consubstancia-se quando, na votação de determinada matéria, ocorre a situação
descrita no art. 55, parágrafo primeiro, da CF/88. Assim, por exemplo, quando se comprova que no
processo legislativo de uma emenda constitucional ocorreu a compra de votos, deveria tal lei ser tida por
inconstitucional pelo vício no decoro. (Fonte: https://projetoquestoescritaseorais.com/direito-constitucional/vicio-
de-decoro-parlamentar/).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMG-2022: É possível que a Constituição do Estado preveja iniciativa
popular para a propositura de emenda à Constituição Estadual: A iniciativa popular de emenda à
Constituição Estadual é compatível com a Constituição Federal, encontrando fundamento no art. 1º, §
único, no art. 14, II e III e no art. 49, VI, da CF. Embora a CF não autorize proposta de iniciativa
popular para emendas ao próprio texto, mas apenas para normas infraconstitucionais, não há
impedimento para que as Constituições Estaduais prevejam a possibilidade, ampliando a
competência constante da Carta Federal. STF. Plenário. ADI 825/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j.
25/10/18 (Info 921).

##Atenção: ##STF: ##MPF-2013: ##MPBA-2018: ##MPGO-2019: Processo de reforma da Constituição


estadual. Necessária observância dos requisitos estabelecidos na CF (art. 60, § 1º a § 5º).
Impossibilidade constitucional de o Estado-membro, em divergência com o modelo inscrito na Lei
Fundamental da República, condicionar a reforma da Constituição estadual à aprovação da respectiva
proposta por 4/5 da totalidade dos membros integrantes da Assembleia Legislativa (...). STF. Plenário.
ADI 486, Rel. Min. Celso de Mello, j. 03/04/97.

(TJRS-2022-Faurgs): A respeito do Poder Constituinte, é correto afirmar que a Constituição brasileira


poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades
da Federação. BL: art. 60, III, CF.

(TJRS-2018-VUNESP): A iniciativa popular no processo de reforma da Constituição Federal de 1988 não


é prevista expressamente pelo texto constitucional, muito embora seja admitida por alguns autores, com
fundamento em uma interpretação sistemática da Constituição Federal. BL: art. 60, I a III, CF.

##Atenção: ##MPES-2010: ##PGEMT-2011: ##PCRJ-2012: ##TRT2-2015: ##TJRS-2018: ##MPBA-2018:


##PCGO-2018: ##MPDFT-2021: ##TCERJ-2021: ##MPMG-2022: ##CESPE: ##FCC: ##UEG:
##VUNESP: A iniciativa popular não é prevista expressamente como instrumento de reforma da CF/88,
270
apenas como forma de propositura de projetos de lei (art. 61, §2º, CF). Por outro lado, o cabimento da
iniciativa popular ao processo legislativo de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de forma
analógica, ao previsto para os Projetos de Leis (PL), é defendido pelos doutrinadores Fábio Konder
Comparato e José Afonso da Silva. Eles argumentam que o rol do art. 60 da CF/88 não é taxativo, o que
tornaria possível, através de uma interpretação sistemática, a inclusão do referido mecanismo de
democracia direta para apresentação de Propostas de Emendas à Constituição.
(MPMG-2022): Analise a assertiva a seguir, envolvendo emenda à Constituição da República: A
Constituição da República não autoriza proposta de iniciativa popular para emendas ao próprio texto.

(TRF5-2017-CESPE): Foi proposta, por um terço das assembleias legislativas das unidades da Federação,
emenda constitucional com o objetivo de alterar dispositivo referente à Defensoria Pública, visando-se
aprimorar a estrutura orgânico-institucional desse órgão. Votada em dois turnos nas duas casas do
Congresso Nacional, a emenda foi aprovada mediante três quintos dos votos dos membros de cada uma
delas. Nesta situação hipotética, a referida proposta deve ser considerada inconstitucional, já que a
emenda fere limitação formal ao poder constituinte derivado reformador. BL: art. 60, III, CF.

##Atenção: No caso há um vício formal, pois a iniciativa de PEC pelas assembleias legislativas exige a
propositura por mais da metade delas, mediante manifestação da maioria simples de seus parlamentares.

(TJSP-2013-VUNESP): O exercício do Poder Constituinte Derivado, nos termos expressos da CF/88,


pode revelar-se nas Emendas à Constituição, iniciadas por proposta de mais da metade das Assembleias
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus
membros. BL: art. 60, III, CF.

(MPPR-2013): A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das
Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros. BL: art. 60, III, CF.

(MPSC-2013): Poderá a Constituição Federal ser emendada mediante proposta de todas as Assembleias
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus
membros. BL: art. 60, III, CF.

##Atenção: O QUÓRUM é mais da metade. É quórum mínimo para alterar a CF/88 pelas assembleias
legislativas. Se houver bem mais da metade, ou seja, todas as assembleias legislativas, a CF/88 pode sim
ser alterada nesse caso. Se mais da metade das assembleias pode alterar, todas as assembleias poderão
também alterar. O que não pode é menos da metade das assembleias legislativas de cada unidade da
federação poder alterar.

(PCRJ-2009): Quanto ao processo legislativo previsto na CF/1988, assinale a alternativa correta: A


iniciativa legislativa para a proposição de emenda constitucional é concorrente. BL: art. 60, caput, CF.

§ 1º A Constituição NÃO PODERÁ SER EMENDADA NA VIGÊNCIA de intervenção federal, de


estado de defesa ou de estado de sítio. (TJAL-2008) (PCSC-2008) (DPEPI-2009) (PGEGO-2010) (DPESE-
2012) (TRF4-2012) (PGESP-2012) (TRF1-2013) (PCPR-2013) (MPPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJPR-2014) (PGEAC-2014) (PGEPI-2014) (PCRO-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEMA-2015)
(DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (MPT-2015) (TRT1-2016) (PGESE-2017)
(PCAP-2017) (MPBA-2015/2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PCGO-2018) (PCRS-2018) (Cartórios/TJMG-
2018/2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (TJRS-2016/2022) (MPMG-2019/2022) (DPERS-2022) (PGM-
Teresina/PI-2022)

(MPMG-2022): Analise a assertiva a seguir, envolvendo emenda à Constituição da República: A


Constituição da República não pode ser emendada durante a vigência de intervenção federal, de estado
de defesa ou de estado de sítio. BL: art. 60, §1º, CF.

(TJRS-2022-Faurgs): A respeito do Poder Constituinte, é correto afirmar que a Constituição brasileira não
poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. BL:
art. 60, §1º, CF.

(TJRS-2016-Faurgs): Em consonância com a previsão constitucional sobre intervenção, assinale a


alternativa correta: A intervenção federal é uma das limitações circunstanciais impostas à atividade do

271
poder constituinte derivado previstas no artigo 60. BL: art. 60, §1º, CF.

(MPPA-2014-FCC): A intervenção federal, nos termos da Constituição da República, funciona como


limite circunstancial ao poder de reforma constitucional. BL: art. 60, §1º, CF.

§ 2º A PROPOSTA SERÁ DISCUTIDA e VOTADA EM CADA CASA do Congresso Nacional, EM


DOIS TURNOS, CONSIDERANDO-SE APROVADA SE OBTIVER, em ambos, TRÊS QUINTOS dos
votos dos respectivos membros. (PCSC-2008) (MPRN-2009) (PCPB-2009) (PCRJ-2009) (PCRO-2009) (AGU-
2009) (PGEGO-2010) (TJAC-2012) (MPPI-2012) (MPRS-2012) (PCAL-2012) (PCMA-2012) (TJSC-2009/2013)
(DPEDF-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPM-2013) (MPPR-2011/2013/2014) (TJPA-2014) (DPECE-2014)
(PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPAM-2015) (MPSP-2015) (DPEMA-2015)
(TRF1-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (TRT2-2015) (PCPA-2016) (PGEAC-2017) (MPT-2017)
(PGESP-2012/2018) (TJSP-2013/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (PGESC-2018) (MPGO-2019) (PGM-Campo
Grande/MS-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (MPDFT-2021) (MPMG-2019/2022) (TJRS-2022) (DPERS-
2022) (PGM-Teresina/PI-2022) (TCETO-2022)

(MPMG-2022): Analise a assertiva a seguir, envolvendo emenda à Constituição da República: A emenda


à Constituição da República somente será aprovada se obtiver o quórum de 3/5 da totalidade dos
membros em dois turnos de votação, nas duas casas do Congresso Nacional. BL: art. 60, §2º, CF.

(MPT-2017): Assinale a alternativa correta: Inexiste determinação constitucional de interstício temporal


mínimo entre os dois turnos de votação das Casas do Congresso Nacional, para fins de aprovação de
emendas à Constituição da República. BL: art. 60, §2º, CF.

(TJPA-2014-FCC): O Governador do Amapá apresentou proposta de emenda à Constituição (PEC) do


Estado para ter a prerrogativa de editar medidas provisórias conforme as regras básicas do processo
legislativo previstas na Constituição da República. O processo de discussão e votação desta PEC
encontra-se em trâmite na Assembleia Legislativa do Amapá. Neste caso, a referida proposta é
constitucional, considerando-se aprovada se obtiver, no mínimo, 3/5 dos votos dos Deputados
Estaduais, em dois turnos de votação. BL: art. 25 e art. 60, §2º da CF.

§ 3º A emenda à Constituição SERÁ PROMULGADA PELAS MESAS da Câmara dos Deputados e


do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. (PCSC-2008) (TJSC-2009) (MPRN-2009) (PCPB-
2009) (PCRJ-2009) (AGU-2009) (PGEGO-2010) (MPPR-2011) (PGEMT-2011) (TJRS-2009/2012) (MPPI-2012)
(MPRS-2012) (Cartórios/TJSE-2014) (PCRO-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPAM-2015) (TRF1-2015)
(Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (TRT2-2015) (TRT16-2015) (PCPE-2016) (PGEAC-2017) (PGESE-2017)
(TRT/Unificado-2017) (PGESP-2009/2012/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (MPPB-2018) (MPGO-2019)
(MPMG-2019) (MPCE-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (DPERS-2022)

(MPCE-2020-CESPE): Acerca da teoria do poder constituinte, julgue o seguinte item: Uma vez aprovada
proposta de emenda constitucional pelo Congresso Nacional em exercício do seu poder constituinte
derivado reformador, não haverá sanção ou veto pelo presidente da República. BL: art. 60, I e §3º, CF.

##Atenção: ##PCPB-2009: ##AGU-2009: ##PGEMT-2011: ##MPPI-2012: ##Cartórios/TJSE-2014:


##MPAM-2015: ##TRF1-2015: ##PGEAC-2017: ##PGESE-2017: ##PGESP-2018: ##MPCE-2020:
##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##VUNESP: Nos termos do §3º do art. 60 da CF/88, a emenda à Constituição
será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número
de ordem. Assim, aprovada a PEC, ela não se submeterá à sanção ou veto presidencial.

(TJSC-2009): É correto asseverar, em tema de processo legislativo: Não há sanção, pelo Chefe do Poder
Executivo, em emenda constitucional, nem tampouco em resolução editada pelo Poder Legislativo. BL:
art. 60, §3º, CF.

##Atenção: ##TJRS-2009: ##TJSC-2009: ##PCPB-2009: ##AGU-2009: ##PGEMT-2011: ##MPPI-2012:


##TRF5-2015: ##PGEAC-2017: ##PGESE-2017: ##PGESP-2018: ##MPCE-2020: ##CESPE: ##FCC:
##FMP: ##VUNESP: Não há sanção, pelo Chefe do Poder Executivo, em emenda constitucional, pois as
emendas são promulgadas pelo Poder Legislativo (art. 60, §3º, CF). Também não há sanção presidencial
em resolução editada pelo Poder Legislativo, pois compreende um ato normativo por meio do qual será
regulamentada de competência privativa da Câmara dos Deputados (art. 51, CF) e do Senado (art. 52,
272
CF).

§ 4º NÃO SERÁ objeto de deliberação a PROPOSTA DE EMENDA tendente a abolir: (MPES-2010)


(TJDFT-2011) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (PGEPR-2011) (MPRJ-2012) (MPTO-2012) (PCAL-2012) (PCGO-2012)
(PCMA-2012) (DPESP-2009/2013) (PGEGO-2010/2013) (AGU-2012/2013) (TJSC-2013) (Cartórios/TJPE-2013)
(PCPR-2013) (MPM-2013) (DPEMG-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSE-
2014) (PGEAC-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014)
(DPEMA-2009/2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (PGERS-2015) (PCDF-2015) (TRT16-2015)
(PGEMS-2014/2016) (TRT1-2015/2016) (TRT2-2015/2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-
2016) (MPF-2011/2012/2017) (DPU-2015/2017) (PGESE-2017) (PCAC-2017) (MPT-2017) (PGESP-2009/2012/2018)
(TJSP-2018) (MPBA-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (PCSP-2018) (PF-2018) (Anal. Judic./STJ-
2018) (MPGO-2013/2019) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (Cartórios/TJMG-2015/2018/2019) (MPSC-2019) (PGM-
Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (MPDFT-2015/2021)
(DPESC-2021) (PCMG-2021) (DPERS-2011/2022) (TJMA-2022) (TJRS-2022) (MPMG-2022) (PGM-
Teresina/PI-2022)

I - a forma federativa de Estado; (TJMS-2008) (MPRO-2008) (PCMG-2008) (TRF4-2009) (PGEAL-2009)


(MPES-2010) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (PGEPR-2011) (PCAL-2012) (PCMA-2012) (TRF5-2013) (DPESP-
2009/2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGEGO-2013) (PCPR-2013) (MPM-2013) (DPEMG-2014) (TRF2-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEAC-2014)
(PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TJGO-2009/2015) (DPEMA-2009/2015) (TRF1-
2011/2015) (MPDFT-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (PGERS-2015) (PCDF-2015) (TRT2-2015)
(TRT16-2015) (TCECE-2015) (PGEMS-2014/2016) (TRT1-2015/2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPF-
2011/2017) (DPERO-2012/2017) (DPU-2015/2017) (PGESE-2017) (PGESP-2009/2012/2018) (TJSP-2018) (MPBA-
2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (PCSP-2018) (PF-2018) (MPGO-2013/2019) (Cartórios/TJMG-
2015/2018/2019) (MPPR-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(MPCE-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (DPESC-2021) (TJMA-2022) (TJRS-2022) (MPMG-2022)
(DPERS-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(MPDFT-2015): Considere a seguinte circunstância: “A Constituição confiou um determinado tributo à


competência dos Estados, na forma da legislação ordinária local. Os Estados cobravam o tributo. Passados alguns
anos, uma Emenda Constitucional passou a competência sobre o tributo em questão para a União, na forma de lei
complementar.” Neste contexto é correto afirmar que a modificação de competência em favor da União,
desde que não comprometa a autonomia financeira dos Estados, revela-se constitucional. BL: art. 60, §4º,
I, CF.

##Atenção: ##PCMA-2012: ##PCPR-2013: ##TRF2-2014: ##PGEAC-2014: ##PGEMS-2014: ##MPDFT-


2015: ##PGM-Campo Grande/MS-2019: ##TJMA-2022: ##CESPE: ##FGV: ##FMP: Acerca do tema, o
professor Dirley da Cunha Júnior explica: “Devemos entender que quando a Constituição veda proposta de
emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado, ela na verdade está proibindo suprimir os elementos
constitutivos e conceituais da federação brasileira, como por exemplo, a autonomia dos Estados e Municípios.”
(Fonte: CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de direito constitucional. 6ª edição. Salvador: Juspodivm,
2012, p. 255). Por conta disso, conclui-se que a supressão da autonomia dos Estados e Municípios
corresponde à violação da cláusula pétrea da forma federativa de Estado. Isso porque tal autonomia
precisa ser preservada em suas três vertentes: autonomia financeira, administrativa e política. Nesse
sentido, o STF já decidiu que violar a autonomia financeira dos Estados é ferir a cláusula pétrea da forma
federativa de Estado, vejamos: (...) “Na espécie, cuida-se da autonomia do Estado, base do princípio federativo
amparado pela Constituição, inclusive como cláusula pétreas (art. 60, §4°, I). Na forma da jurisprudência desta
Corte, se a majoração da despesa pública estadual ou municipal, com a retribuição dos seus servidores, fica
submetida a procedimentos, índices ou atos administrativos de natureza federal, a ofensa à autonomia do ente
federado está configurada.” (STF. 2ª T., ADPF 33-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 29/10/03). Desse modo,
com base numa interpretação sistemática e considerando o entendimento dos Tribunais Superiores sobre
o tema, constata-se que o ordenamento jurídico brasileiro não veda a alteração de competência tributária
de um ente político para outro, devendo, somente, preservar a autonomia financeira de cada um para
que se abasteçam de verbas para dar conta de suas máquinas públicas e executar seus serviços. Não há
clausula pétrea que proíba diretamente a alteração de competência tributária, mas para garantir os
preceitos do Estado Federal, o qual é sim cláusula pétrea, faz-se necessário observar a autonomia
financeira das pessoas jurídicas de direito público interno. Por fim, cumpre destacar os ensinamentos do

273
Ministro Gilmar Mendes: “(...) a repartição de competências é crucial para a caracterização do Estado Federal,
mas não deve ser considerada insuscetível de alterações. Não há obstáculo à transferência de competências de uma
esfera da Federação para outra, desde que resguardado certo grau de autonomia de cada qual. ” (MENDES, Gilmar
Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 7ª edição. São Paulo:
Saraiva, 2012, p. 143).

(TCECE-2015-FCC): A Constituição Federal, embora preveja a emenda constitucional como instrumento


de alteração de seu texto, veda a aprovação de emenda constitucional que suprima a autonomia de
Estados e Municípios em relação à União. BL: art. 60, §4º, I, CF.

(DPEMG-2014): Sobre os princípios fundamentais da Constituição Brasileira, assinale a afirmativa


correta: O princípio republicano, que traduz a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e
a relação entre governantes e governados, está mantido na ordem constitucional, porém não está
protegido formalmente contra a emenda constitucional, pois não está previsto no art. 60, §4º, da CF/1988.
BL: art. 60, §4º, CF.

##Atenção: ##MPRO-2008: ##PCMG-2008: ##MPRN-2009: ##TJPR-2010: ##DPERO-2012:


##Cartórios/TJPE-2013: ##DPEMG-2014: ##Cartórios/TJMT-2014: ##Cartórios/TJSE-2014:
##PGERN-2014: ##TRF1-2011/2015: ##Cartórios/TJRS-2015: ##PCDF-2015: ##TRT1-2015/2016:
##PGEMS-2016: ##PGESE-2017: ##PGEPE-2018: ##PCSP-2018: ##PGM-Campo Grande/MS-2019:
##MPCE-2020: ##DPESC-2021: ##CESPE: ##Faurgs: ##FCC: ##FMP: ##VUNESP: Pela CF/88,
apenas a forma de Estado (forma federativa de Estado) é considerada cláusula pétrea expressa (art. 60,
§4º). Porém, a forma de governo (princípio republicano) está prevista como princípio sensível (art. 34,
VII, a), a cuja violação caracteriza hipótese de intervenção.
(PGM-Campo Grande/MS-2019-CESPE): Com relação à organização do Estado e às funções essenciais à
justiça, julgue o item subsecutivo: A forma federativa de Estado é cláusula pétrea, porque a Constituição
Federal de 1988 veda a possibilidade de emenda constitucional tendente a aboli-la, não fazendo o mesmo
em relação à forma de governo, que constitui princípio sensível da ordem federativa, podendo ser
autorizada intervenção federal no ente federado que a desrespeitar. BL: art. 60, §4º e art. 34, VII, “a”, CF.
(TJPR-2010): A Constituição Federal de 1988 não considerou a forma republicana de governo uma matéria
petrificada no texto. Ou seja, hodiernamente, a forma de governo República não tem "status" de cláusula
pétrea. BL: art. 60, §4º e art. 34, VII, “a”, CF.

(PGEMS-2014): Indique a alternativa correta: O pacto federativo, apesar de ser cláusula pétrea, também
contém a cláusula rebus sic standibus. BL: art. 60, §4º, I, CF.

##Atenção: O pacto federativo é cláusula rebus sic stantibus porque pode ser alterado na medida em que
se alterem as condições fáticas da realidade. Assim, pode ser feita uma reforma tributária alterando a
forma de divisão da receita tributária entre os entes para, por exemplo, aumentar a porcentagem dos
Estados e Municípios.

(DPESP-2009-FCC): Assinale a afirmativa correta: O princípio republicano, que traduz a maneira como
se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e governados, mantém-se na
ordem constitucional mas hoje não mais protegido formalmente contra emenda constitucional. BL: art.
60, §4º, I, CF.

##Atenção: De início, atente-se ao que a alternativa diz: “(...) mas hoje não mais protegido formalmente (...)”.
A nossa Constituição nunca petrificou a forma republicana de governo. Contudo, a Constituição de 1864
(do Império) já o havia feito. Nesse contexto, nota-se que o enunciado não se refere diretamente à
proteção da forma republicana pela nossa atual Constituição, mas sim àquela.

II - o voto direto, secreto, universal e periódico; (MPES-2010) (MPGO-2010) (PGEMT-2011) (PGEPR-


2011) (DPESE-2012) (PCAL-2012) (PCGO-2012) (PCMA-2012) (AGU-2012) (DPESP-2013) (PGEGO-2013)
(MPM-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-São
Paulo/SP-2014) (DPEMA-2009/2015) (PGEPA-2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (TRT16-2015) (PGEMS-2016)
(PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPU-2015/2017) (MPF-2017) (PGESE-2017) (PGESP-2009/2012/2018) (TJSP-
2018) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (PF-2018) (MPGO-2013/2019) (Cartórios/TJPR-2014/2019)
(Cartórios/TJMG-2015/2018/2019) (TJRO-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (TJRS-
2022) (MPMG-2022) (DPERS-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

274
##Atenção: Vide art. 14, CF.

##Atenção: ##PGEMT-2011: ##AGU-2012: ##PGM-Cuiabá/MT-2014: ##TJRO-2019: ##CESPE: ##FCC:


##VUNESP: O voto obrigatório não é uma cláusula pétrea expressa. Há alguns autores que sustentam
que o voto obrigatório seria uma cláusula pétrea implícita, o que é um entendimento minoritário.
Marcelo Novelino também não acha que o voto obrigatório seja uma cláusula pétrea implícita. Diante
disso, o voto obrigatório poderia ser extinto por emenda. Além disso, cumpre ressaltar que o voto
proporcional não é cláusula pétrea.

III - a separação dos Poderes; (TJAP-2009) (MPDFT-2009) (MPES-2010) (MPMS-2011) (PGEPR-2011)


(PCAL-2012) (PCMA-2012) (DPESP-2013) (PGEGO-2013) (PCPR-2013) (MPM-2013) (AGU-2013)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014)
(DPEMA-2009/2015) (DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPA-2015) (DPU-2015) (TRT2-2015) (TRT16-
2015) (TRT1-2015/2016) (DPEES-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPF-2017) (PGESE-
2017) (PGESP-2009/2012/2018) (TJSP-2018) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (PF-2018) (MPGO-
2013/2019) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (Cartórios/TJMG-2015/2018/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (MPCE-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (TJRS-2022) (MPMG-2022) (DPERS-
2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(DPEES-2016-FCC): No tocante às cláusulas pétreas, conforme disposição expressa da Constituição


Federal de 1988, não será objeto de deliberação a proposta de emenda constitucional tendente a abolir a
Separação dos Poderes. BL: art. 60, §4º, III, CF.

(MPDFT-2009): Assinale a alternativa correta: Uma das manifestações do princípio da separação de


poderes é o princípio da simetria, que obriga o constituinte estadual a seguir as escolhas, de organização
e relacionamento entre os poderes, acolhidas pelo constituinte federal. BL: art. 60, §4º, III, CF.

##Atenção: A CF/88 impede que o Congresso Nacional edite emenda constitucional tendente a abolir a
separação dos poderes (art. 60, §4º, III, CF), mas não veda, por exemplo, que se acrescente órgão novo ao
Poder Judiciário.

IV - os direitos e garantias individuais. (DPEMT-2009) (DPEPA-2009) (PCRJ-2009) (MPES-2010)


(PGEPR-2011) (PCAL-2012) (PCGO-2012) (PCMA-2012) (AGU-2012) (PGEGO-2010/2013) (TRF1-2011/2013)
(PCPR-2013) (MPM-2013) (MPMT-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-
2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGEPA-2015) (PGEPB-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRT16-2015) (TRT2-
2015/2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPF-2011/2017) (DPU-
2015/2017) (TJPR-2017) (DPESC-2017) (PGESE-2017) (PCAC-2017) (MPT-2017) (PGESP-2009/2012/2018)
(DPEMA-2009/2011/2015/2018) (TJSP-2018) (MPBA-2018) (DPEAM-2018) (TRF2-2018) (TRF3-2018)
(PGESC-2018) (PCPI-2018) (PF-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (MPGO-2013/2019) (DPESP-2013/2019)
(Cartórios/TJPR-2014/2019) (Cartórios/TJMG-2015/2019) (MPPR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (MPDFT-2021) (PCMG-2021) (DPERS-2011/2022) (TJMA-
2022) (TJRS-2022) (MPMG-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STJ: ##MPPR-2019: Em razão de os atos administrativos de provimento serem


absolutamente inconstitucionais e, logo, nulos, por violação ao direito, que nem mesmo o Poder
Constituinte derivado poderia relevar (art. 60, § 4º, inciso IV, da CF), não há falar em prescrição nem
em decadência para o MP buscar, em juízo, as providências cabíveis para restaurar a necessidade de
observância do princípio constitucional do concurso público, não importando o tempo que o cidadão
permaneceu, ilicitamente, no exercício do cargo. Nesse sentido: STF, RE 216443, Rel. p/ Ac. Min.
Marco Aurélio, 1ª T., DJe-026. Deve-se esclarecer que o caso não enseja pronunciamento a respeito da
constitucionalidade do art. 54 da Lei 9.784/99 nem do art. 1º do Decreto 20.910/32, pois, na verdade, em
atenção ao princípio da especialidade e à luz do art. 60, § 4º, inciso IV, da CF, as disposições desses
dispositivos não alcançam situações fático-jurídicas cuja ocorrência tenha-se dado com a não
observância de direitos e garantias individuais. STJ. 2ª T., REsp 1310857/RN, Rel. Min. Humberto
Martins, j. 25/11/14. (...) O STJ tem o entendimento de que, nas hipóteses em que o MP busca, em
juízo, providências cabíveis para proteger o princípio constitucional do concurso público, não
incidem os institutos da prescrição e decadência, tendo em vista que o decurso do tempo não tem o

275
condão de convalidar atos de provimento efetivo em cargos públicos de pessoas que não foram
previamente aprovadas em concurso público, sendo a situação flagrantemente inconstitucional. STJ. 1ª
T., AgInt no AREsp 283.944/RN, Rel. Min. Gurgel de Faria, j. 05/06/18.
(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: Nas hipóteses em que o Ministério Público busca, em juízo,
providências cabíveis para proteger o princípio constitucional do concurso público, não incidem os
institutos da prescrição e decadência, tendo em vista que o decurso do tempo não tem o condão de
convalidar atos de provimento efetivo em cargos públicos de pessoas que não foram previamente
aprovadas em concurso público, sendo a situação flagrantemente inconstitucional. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TJPR-2017: ##PCAC-2017: ##MPT-2017: ##DPEAM-2018: ##TRF2-2018:


##TRF3-2018: ##Anal. Judic./STJ-2018: ##MPPR-2019: ##CESPE: ##FCC: Superação legislativa da
jurisprudência (reação legislativa): As decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF no
julgamento de ADI, ADC ou ADPF possuem eficácia contra todos (erga omnes) e efeito vinculante (§
2º do art. 102 da CF/88). O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar, não fica vinculado.
Assim, o STF não proíbe que o Poder Legislativo edite leis ou emendas constitucionais em sentido
contrário ao que a Corte já decidiu. Não existe uma vedação prévia a tais atos normativos. O legislador
pode, por emenda constitucional ou lei ordinária, superar a jurisprudência. Trata-se de uma reação
legislativa à decisão da Corte Constitucional com o objetivo de reversão jurisprudencial. No caso de
reversão jurisprudencial (reação legislativa) proposta por meio de emenda constitucional, a
invalidação somente ocorrerá nas restritas hipóteses de violação aos limites previstos no art. 60, e seus
§§, da CF/88. Em suma, se o Congresso editar uma emenda constitucional buscando alterar a
interpretação dada pelo STF para determinado tema, essa emenda somente poderá ser declarada
inconstitucional se ofender uma cláusula pétrea ou o processo legislativo para edição de emendas. No
caso de reversão jurisprudencial proposta por lei ordinária, a lei que frontalmente colidir com a
jurisprudência do STF nasce com presunção relativa de inconstitucionalidade, de forma que caberá ao
legislador o ônus de demonstrar, argumentativamente, que a correção do precedente se afigura
legítima. Assim, para ser considerada válida, o Congresso Nacional deverá comprovar que as
premissas fáticas e jurídicas sobre as quais se fundou a decisão do STF no passado não mais
subsistem. O Poder Legislativo promoverá verdadeira hipótese de mutação constitucional pela via
legislativa. STF. Plenário. ADI 5105/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 1º/10/15 (Info 801).
(TRF3-2018): A ADI coloca em movimento a chamada jurisdição constitucional orgânica, tutelando a
validade da lei e de atos normativos. No que concerne aos efeitos da decisão definitiva de mérito no
processo de controle abstrato, por meio do qual a ADI é veiculada, é correto afirmar: Norma criada por lei e
declarada inconstitucional pelo STF no processo objetivo ainda assim é suscetível de revogação pelo
Congresso. BL: Info 801, STF.
##Atenção: O enunciado está correta. Isso porque, apesar de adotar-se a teoria da nulidade (a norma
declarada inconstitucional nunca foi, de fato, uma norma), defende-se, no nosso sistema, a independência
do Legislativo em criar normas em sentido contrário aos posicionamentos do STF (reação legislativa).
Assim, sendo, apesar da inexistência de efeitos práticos, admite-se a revogação, pelo Legislativo, da norma
declarada inconstitucional.
(TJPR-2017-CESPE): O juiz constitucional já não interpreta, no processo constitucional, de forma isolada:
muitos são os participantes do processo; as formas de participação se ampliam acentuadamente. Os
instrumentos de informação dos juízes constitucionais — não apesar, mas em razão da própria vinculação à
lei — devem ser ampliados e aperfeiçoados, especialmente no que se refere às formas gradativas de
participação e à própria possibilidade de participação no processo constitucional (especialmente nas
audiências e nas “intervenções”). Devem ser desenvolvidas novas formas de participação das potências
públicas pluralistas como intérpretes em sentido amplo da Constituição. Peter Häberle. Hermenêutica
constitucional: a sociedade aberta dos intérpretes da Constituição. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris
Editor, 2000, p. 47-8 (com adaptações). Tendo o texto precedente como referência inicial, assinale a opção
correta acerca dos modelos e dos diversos instrumentos de controle de constitucionalidade do ordenamento
jurídico brasileiro. Será constitucional o processo legislativo em que assembleia legislativa aprove lei com
idêntico conteúdo de norma declarada inconstitucional pelo STF em sede de controle abstrato. BL: Info 801,
STF.
##Atenção: A eficácia geral e o efeito vinculante de decisão, proferida pelo STF, em ação direta de
constitucionalidade ou de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, só atingem os demais
órgãos do Poder Judiciário e todos os do Poder Executivo, NÃO ALCANÇANDO o legislador, que pode
editar nova lei com idêntico conteúdo normativo, sem ofender a autoridade daquela decisão. (RTJ 193/858,
Rel. Min. CEZAR PELUSO)

(PCMG-2021-Fumarc): Cláusulas pétreas são: consideradas limites materiais para emendas à


Constituição, pois constituem conteúdo que não pode ser modificado no texto constitucional no sentido
de o abolir (extinguir) ou tender a tanto.

276
##Atenção: ##DPU-2015: ##MPF-2017: ##TJSP-2018: ##MPGO-2013/2019: ##PCMG-2021: ##CESPE:
##Fumarc: ##VUNESP: A expressão “tendente a abolir”, prevista no §4º do art. 60 da CF não significa
uma intangibilidade literal do dispositivo, isto é, que a cláusula pétrea não pode ser tocada, não pode ser
modificado. Essa cláusula apenas protege o núcleo essencial de princípios e institutos consagrados por
ela. Em outras palavras, a expressão “tendente a abolir” deve ser interpretada no sentido de proteger o
núcleo essencial dos princípios e institutos elencados no dispositivo, e não como uma intangibilidade
literal. Contudo, pode haver cláusulas pétreas ampliadas e restringidas, contanto que não haja o
esvaziamento (supressão) do núcleo essencial. É nesse sentido, o entendimento do STF: A "forma
federativa de Estado" – elevado a princípio intangível por todas as Constituições da República – não pode ser
conceituada a partir de um modelo ideal e apriorístico de Federação, mas, sim, daquele que o constituinte originário
concretamente adotou e, como o adotou, erigiu em limite material imposto às futuras emendas à Constituição; de
resto as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art. 60, § 4º, da Lei Fundamental enumera,
não significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas
a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege. STF.
Plenário. ADI 2.024, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 3/5/07, P, DJ de 22-6-07.] Como exemplo, pode ser
mencionada a legítima mudança introduzida no texto do dispositivo que consagra o princípio da
anterioridade eleitoral (CF, art. 16), embora se trate de uma cláusula pétrea.
(MPGO-2019): Sobre as limitações do Poder Constituinte, assinale a alternativa correta: Segundo
entendimento do Supremo Tribunal Federal, as limitações materiais do Poder Constituinte de reforma,
previstas no artigo 60, § 4º, da CF/88, não significam intangibilidade literal da respectiva disciplina na
Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja
preservação nelas se protege.
(MPF-2017): Assinale a alternativa correta: As cláusulas pétreas protegem os conteúdos que, na sua
essência, compõem a identidade e a estrutura da Constituição, não se opondo a desenvolvimentos ou
modificações que preservem os princípios ali contidos.
(DPU-2015-CESPE): A proteção dos limites materiais ao poder de reforma constitucional não alcança a
redação do texto constitucional, visando sua existência a evitar a ruptura com princípios que expressam o
núcleo essencial da CF.
##Atenção: O que a questão quer afirmar é que os limites materiais impostos ao poder de reforma não obsta
que o texto frio seja alterado. Deveras, os princípios norteadores das limitações materiais que são
intangíveis. Para ficar fácil segue uma indagação: pode o poder reformador alterar o texto (formal) de uma
cláusula pétrea? A resposta só pode ser positiva. O que não se pode é alterar o núcleo principiológico em
que se assenta o texto petrificado limitador material do poder reformador. A mera alteração redacional de
uma norma originária, mesmo se for componente do rol de cláusulas pétreas, não importa em
inconstitucionalidade. Isto porque, "as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art. 60, §
4º, da Lei Fundamental enumera, não significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na
Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja
preservação nelas se protege" (STF, ADI 2.024). Assim, a cláusula pétrea não implica na intangibilidade do
dispositivo por ela abrangido, mas, sim, na impossibilidade de modificações tendentes a abolir o seu
conteúdo normativo essencial.

(TJPB-2015-CESPE): O poder constituinte de reforma está sujeito a limitações materiais que podem estar
presentes nas denominadas cláusulas pétreas implícitas.

##Atenção: Trata-se de exemplo de cláusula pétrea implícita os princípios constitucionais sensíveis,


previstos no art. 34 da CF, os quais são de observância obrigatória, sob pena de intervenção federal.

(PCMA-2012-FGV): Com relação aos limites ao exercício do Poder Constituinte, assinale a única
afirmativa correta: Além dos limites expressos na Constituição ao Poder Constituinte Reformador,
podem ser identificados limites implícitos, exemplificados pelo próprio dispositivo que prevê as matérias
que não podem ser objeto de Emenda.

##Atenção: ##PCAL-2012: ##PCMA-2012: ##AGU-2012: ##PCPR-2013: ##MPM-2013:


##Cartórios/TJDFT-2014: ##Cartórios/TJPR-2014: ##Cartórios/TJSE-2014: ##PGEPI-2014: ##PGERN-
2014: ##PGM-São Paulo/SP-2014: ##PGEPA-2015: ##PGERS-2015: ##TRT16-2015: ##Cartórios/TJSP-
2016: ##PGEMS-2016: ##PCPE-2016: ##TRT2-2016: ##PGESE-2017: ##PGESC-2018: ##PF-2018:
##Anal. Judic./STJ-2018: ##Cartórios/TJMG-2015/2019: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020: ##PCMG-2021:
##DPERS-2022: ##PGM-Teresina/PI-2022: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: ##FEPESE: ##FGV:
##Fumarc: ##Fundatec: ##VUNESP: É certo que duas são as espécies de limitações impostas pela CF ao
Poder Constituinte Reformador, as primeiras são limitações expressas ou explícitas, que como o próprio
nome sugere, estão expressas na CF, como por exemplo, as limitações formais (art. 60, §2º, CF), e as
limitações materiais (art. 60, §4º, CF - cláusulas pétreas). A frase da questão que lhe suscitou dúvidas
“podem ser identificados limites implícitos, exemplificados pelo próprio dispositivo que prevê as matérias que não
277
podem ser objeto de Emenda”, diz respeito ao princípio da proibição da dupla revisão. É que se você
analisar bem, o “dispositivo que prevê as matérias que não podem ser objeto de Emenda” (art. 60, §4º, CF) não
expressa que ele próprio não pode ser objeto de Emenda, ou seja, nada impediria o Poder Constituinte
Derivado de modificar as matérias do próprio § 4º para poder atingir, por exemplo, os direitos
fundamentais. Por essa razão, a existência dos limites implícitos, ou seja, o Poder Constituinte Derivado
não poderá, por exemplo, modificar o art. 60, §4º da CF, para burlar os limites expressos, proibindo,
assim, a dupla revisão. No STF prevalece o entendimento ora defendido no sentido da impossibilidade
da dupla revisão: “Ao Poder Legislativo, federal ou estadual, não está aberta a via da introdução, no cenário
jurídico, do instituto da revisão constitucional." (ADI 1.722-MC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 10-12-
1997, Plenário, DJ de 19-9-2003.) "Emenda ou revisão, como processos de mudança na Constituição, são
manifestações do poder constituinte instituído e, por sua natureza, limitado. Está a 'revisão' prevista no artigo 3º
do ADCT de 1988 sujeita aos limites estabelecidos no parágrafo 4º e seus incisos do artigo 60 da Constituição. O
resultado do plebiscito de 21 de abril de 1933 não tornou sem objeto a revisão a que se refere o artigo 3º do ADCT.
Após 5 de outubro de 1993, cabia ao Congresso Nacional deliberar no sentido da oportunidade ou necessidade de
proceder à aludida revisão constitucional, a ser feita 'uma só vez'" (ADI 981-MC, Rel. Min. Néri da Silveira,
julgamento em 17-3-1993, Plenário, DJ de 5-8-1994.)”. Assim, você poderia ler a questão da seguinte forma,
para melhor entendê-la: “Além dos limites expressos na Constituição ao Poder Constituinte Reformador,
podem ser identificados limites implícitos, exemplificados pelo próprio dispositivo do art. 60, §4º.”
(PGERS-2015-Fundatec): É promulgada Emenda à Constituição abolindo a garantia do habeas data, sob o
argumento de que a Lei nº 12.527/11 já estaria a proteger o direito constitucional de acesso às informações
públicas. Essa Emenda é: Inconstitucional, porque viola a cláusula pétrea atinente aos direitos e garantias
individuais.
(Cartórios/TJSE-2014-FCC): Acerca do conceito de Constituição, da interpretação das normas
constitucionais e do poder constituinte, assinale a opção correta: A CF possui cláusulas pétreas implícitas,
existindo limitações ao poder de reforma constitucional que não estão expressamente indicadas em seu
texto.
(PGERN-2014-FCC): Proposta de emenda à Constituição subscrita por 27 Senadores pretende alterar os
dispositivos da Constituição relativos à chefia do Poder Executivo federal, bem como à forma de escolha
dos Ministros de Estado, para estabelecer que: a) o Poder Executivo será exercido pelo Presidente da
República, na qualidade de chefe de Estado, com o auxílio dos Ministros de Estado, dentre os quais caberá
ao Primeiro-Ministro a chefia de governo; b) o Primeiro-Ministro será escolhido dentre brasileiros natos,
maiores de trinta e cinco anos, integrantes de uma das Casas legislativas, pelo voto da maioria absoluta dos
membros do Congresso Nacional; c) o Primeiro-Ministro poderá ser destituído do cargo pelo voto de dois
terços dos membros do Congresso Nacional, mediante requerimento de qualquer membro das Casas
legislativas, nas hipóteses estabelecidas na Constituição. Se eventualmente aprovada, a emenda
constitucional resultante de proposição com essas características violaria limite material implícito ao poder
de reforma constitucional, referente ao sistema de governo adotado pela Constituição, bem como limite
explícito, relativo à separação de poderes.
##Atenção: Ingo Wolfgang Sarlet explica: “Os direitos fundamentais sociais como ‘cláusulas pétreas’”, p. 56:
“Mais recentemente, sustentou-se – em nosso sentir, com boas razões – a inalterabilidade da forma de governo
republicana e do sistema presidencialista, argumentando-se, neste sentido, que, com base na consulta
popular efetuada em abril de 1993, a República e o Presidencialismo passaram a corresponder à vontade
expressa e diretamente manifestada do titular do Poder Constituinte, não se encontrando, portanto, à
disposição do poder de reforma da Constituição. Ressalte-se, neste contexto, que a decisão, tomada pelo
Constituinte, no sentido de não enquadrar estas decisões fundamentais no rol das ‘cláusulas pétreas’ (artigo 60, § 4.°),
somada à previsão de um plebiscito sobre esta matéria, autoriza a conclusão de que se pretendeu conscientemente deixar
para o povo (titular do Poder Constituinte) esta opção”. (Fonte: SARLET, Ingo Wolfgang. “Os direitos
fundamentais sociais como ‘cláusulas pétreas’”, p. 56). Marcelo Novelino, citando Ivo Dantas, afirma que há
quem sustente “a impossibilidade de alteração do sistema presidencialista e da forma republicana de governo, sob a
alegação de terem sido submetidos a plebiscito para se tornarem definitivos (ADCT, art. 2.°). A previsão de
realização do plebiscito é interpretada como “uma transferência, por parte do constituinte e em favor do
povo, da decisão soberana sobre aqueles dois assuntos”. Outra linha de raciocínio, complementar a esta, é no
sentido da incompatibilidade do sistema parlamentarista com o princípio da separação dos poderes nos termos em
que foi consagrado pela Constituição. Nesse caso, o plebiscito realizado em 1993 é visto como a única e excepcional
possibilidade de adoção do parlamentarismo”. (Fonte: Manual de Direito Constitucional, 14ª Ed. 2019, pp. 90-91).

§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada NÃO PODE
SER objeto de NOVA PROPOSTA na mesma sessão legislativa. (PCSC-2008) (DPEPI-2009) (TRF5-2009)
(PCPB-2009) (PCRJ-2009) (PCRO-2009) (MPGO-2010) (PGEGO-2010) (TJDFT-2011) (MPDFT-2011) (MPRJ-2012)
(MPPR-2011/2013) (TJSC-2013) (MPMS-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014)
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TRF1-2015) (PCDF-2015) (TRT8-2015) (PCPA-2016) (PCPE-
2016) (TRT/Unificado-2017) (PGESP-2009/2012/2018) (DPEMA-2018) (DPEPE-2018) (PGESC-2018) (Anal.

278
Judic./STJ-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018/2019) (MPMG-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PCMG-2021)
(TJRS-2022) (DPERS-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(TJRS-2022-Faurgs): A respeito do Poder Constituinte, é correto afirmar que a matéria constante de


proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na
mesma sessão legislativa. BL: art. 60, §5º, CF.

(MPPR-2014): O art. 60, §5º, da CF/88, ao vedar expressamente a possibilidade de matéria constante de
proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada ser objeto de nova proposta na mesma sessão
legislativa, contempla hipótese de limitação formal ao poder reformador.

(MPAP-2012-FCC): Proposta de emenda à Constituição de iniciativa de 27 Senadores, tendo por objetivo


transferir do Ministério Público para as Defensorias Públicas a função de defesa judicial dos direitos e
interesses das populações indígenas, é submetida à votação em dois turnos, no Senado Federal, obtendo
52 e 47 votos em favor da aprovação, em primeiro e segundo turno, respectivamente. Nessa situação, a
referida proposta de emenda à Constituição foi rejeitada em segundo turno de votação no Senado
Federal, razão pela qual a matéria de que trata não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão
legislativa. BL: art. 60, §§ 2º e 5º, CF/88.

##Atenção: 3/5 de 81 equivale a 49 senadores. No segundo turno foi rejeitada a matéria.

##Atenção: ##PGESP-2012: ##PCPR-2013: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##Cartórios/TJSE-2014: ##PGM-


São Paulo/SP-2014: ##Anal. Judic./STJ-2018: ##Cartórios/TJMG-2015/2019: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-
2020: ##PCMG-2021: ##TJRS-2022: ##PGM-Teresina/PI-2022: ##CESPE: ##Consulplan: ##Faurgs:
##FCC: ##Fumarc: ##VUNESP: ##Resumo: Poder Constituinte Derivado Reformador tem limitações:
1) Temporais: estabelece um período durante o qual o seu texto não pode ser modificado. Há previsão na
CF para Poder Revisor (art. 3º, ADCT).
2) Circunstanciais: veda a modificação da CF em situações determinadas/excepcionais, em que a livre
manifestação do Poder Constituinte pode ser ameaçada: Intervenção federal, estado de defesa ou estado
de sítio (art. 60, §1º, CF).
3) Materiais ou substanciais: enumera certas matérias que não poderão ser abolidas do seu texto pelo
reformador;
3.1) Expressas: forma federativa de Estado; voto direto, secreto, universal e periódico; separação
dos Poderes; direitos e garantias individuais (art. 60, §4º, CF).
3.2) Implícitas: titularidade do poder constituinte originário e derivado; o próprio processo de
modificação (revisão e emenda);
4) Processuais ou formais: exigências no processo legislativo, ou seja, dizem respeito ao procedimento
durante o processo de elaboração de emendas.
4.1) Subjetivas: iniciativa de apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (art. 60, I, II
e III);
4.2) Objetivas: deliberação para aprovação da proposta (art. 60, § 2.º); promulgação da emenda
(art. 60, § 3.º); vedação de reapreciação de proposta rejeitada ou havida por prejudicada (art. 60, §
5.º).

##Atenção: ##PGESP-2012: ##FCC: Segundo Marcelo Novelino, “a limitação temporal consiste na proibição
de reforma de determinados dispositivos durante certo período de tempo após a promulgação da Constituição (...).
Na Constituição de 1988 não foi imposta limitação temporal ao poder derivado reformador” . (NOVELINO,
Marcelo, Curso de Direito Constitucional, 14 ed., 2019, p. 81).

Subseção III
Das Leis

Art. 61. A INICIATIVA DAS LEIS complementares e ordinárias CABE a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e
aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. (TJMG-2008) (PCTO-2008) (TJGO-2009)
(MPT-2009) (TJPR-2010) (PGEAM-2010) (MPF-2011) (PCES-2011) (PCMG-2011) (MPTO-2012) (PCRJ-2012)
(MPMS-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PF-2013) (MPMG-2012/2014) (MPMT-2014) (DPECE-2014) (PGM-
Recife/PE-2014) (TRT2-2015) (PGEMS-2014/2016) (MPPR-2012/2016/2017) (PGESE-2017) (TRT/Unificado-2017)
(Cartórios/TJMG-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (TJPR-2021) (Anal. Judic./TJCE-2022)

279
(TRT/Unificado-2017-FCC): A CF/1988 define diversos procedimentos legislativos, semelhantes em
alguns aspectos, diferentes em outros. Em relação a pessoas, instituições e poderes envolvidos nesses
procedimentos legislativos, ela estabelece que o Presidente da República pode propor tanto projetos de
lei ordinária quanto propostas de emenda constitucional. BL: art. 60, caput, II c/c art. 61, caput, CF.

(PCES-2011-CESPE): Com relação ao processo legislativo, julgue o item seguinte: A iniciativa para
elaboração de leis complementares e ordinárias constitui exemplo da denominada iniciativa concorrente.
BL: art. 61, caput, CF.

##Atenção: ##PCES-2011: ##PGEMS-2016: ##CESPE: O processo legislativo é resultado de atos


concatenados e consecutivos. O primeiro deles, aquele que deflagra o processo de elaboração de norma
jurídica, é a iniciativa, que é o poder de propor a edição de uma regra jurídica nova. A iniciativa pode ser:
a) Concorrente (art. 61, CF): Qualquer Membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal ou do Congresso Nacional, o Presidente da República, o Supremo Tribunal Federal, os Tribunais
Superiores, o Procurador-Geral da República e os cidadãos em geral podem ter iniciativa de projeto de
lei. O Presidente da República, as Assembleias Legislativas e os Parlamentares podem iniciar também
propostas de emenda à Constituição.; b) Reservada, privativa ou exclusiva: 1. Para o Presidente da
República (arts. 61, § 1º, 84, 62 - CF); 2. Para o STF (arts. 93, 96, II, e 99, I - CF); 3. Para os Tribunais
Superiores (art. 96, II - CF).; c) Vinculada (arts. 84, XXIII, e 165 - CF): Tem caráter obrigatório e
compulsório imposto pela própria Constituição. O Presidente da República deve encaminhar os projetos
de lei do Plano Plurianual (PPA), de diretrizes orçamentárias (LDO), do Orçamento Anual da União
(LOA). O descumprimento de tal obrigatoriedade implica crime de responsabilidade (Lei nº 1.079, de
1950). (Fonte: www.senado.gov.br).

§ 1º São de INICIATIVA PRIVATIVA do Presidente da República as leis que:

I - FIXEM ou MODIFIQUEM os efetivos das Forças Armadas; (TJMG-2007) (PGEAM-2010) (PGEGO-


2010) (PGEMT-2011) (TJRS-2012) (TJAC-2012) (DPESC-2012) (TRF1-2013) (DPECE-2014) (TJDFT-2015)
(MPDFT-2015) (PGEMS-2016) (TJMSP-2016) (DPEPR-2017) (TRF2-2017) (PGESE-2017) (TJRO-2019) (MPGO-
2019) (TJPR-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

(TJRO-2019-VUNESP): Considere a seguinte situação: um Deputado Federal apresentou um projeto de


lei modificando o efetivo das Forças Armadas. Após a devida tramitação perante as Comissões da
respectiva Casa e sua aprovação, o projeto foi encaminhado ao Senado Federal, que confirmou a sua
aprovação. O projeto de lei foi encaminhado ao Presidente da República que o sancionou imediatamente
e, posteriormente, publicou-o no Diário Oficial. Nesse caso, a partir da previsão constitucional sobre o
processo legislativo, é correto afirmar que a lei é inconstitucional sob o prisma formal, por vício de
iniciativa, uma vez que a competência para iniciativa de projetos de lei tratando sobre o tema
apresentado é exclusiva do Presidente da República, de modo que a sanção posterior não convalida o
vício indicado. BL: art. 61, §1º, I, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DPECE-2008: ##PGEAM-2010: ##PGEMT-2011: ##DPESC-2012: ##TRF1-


2013: ##TJDFT-2015: ##MPDFT-2015: ##PGEMS-2016: ##TJMSP-2016: ##DPEPR-2017: ##TRF2-
2017: ##PGESE-2017: ##TJRO-2019: ##MPGO-2019: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FGV:
##VUNESP: O modelo estruturador do processo legislativo, tal como delineado em seus aspectos
fundamentais pela Constituição da República, impõe-se, enquanto padrão normativo de compulsório
atendimento, à observância incondicional dos Estados-membros. Precedentes. A usurpação do poder
de instauração do processo legislativo em matéria constitucionalmente reservada à iniciativa de outros
órgãos e agentes estatais configura transgressão ao texto da Constituição da República e gera, em
consequência, a inconstitucionalidade formal da lei assim editada. A sanção do projeto de lei não
convalida o vício de inconstitucionalidade resultante da usurpação do poder de iniciativa. A ulterior
aquiescência do Chefe do Poder Executivo, mediante sanção do projeto de lei, ainda quando dele seja a
prerrogativa usurpada, não tem o condão de sanar o vício radical da inconstitucionalidade.
Insubsistência da Súmula nº 5/STF. STF. Plenário. ADI 2867, Rel. Min. Celso de Mello, j. 03/12/03.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: Conforme jurisprudência do STF, a sanção presidencial de
projeto de lei não convalida vício formal subjetivo de iniciativa. BL: Entend. Jurisprud.

II - DISPONHAM sobre:
280
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração; (TJMG-2008) (TJRR-2008) (PGEES-2008) (DPEAL-2009) (DPEES-2009)
(PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (MPPR-2008/2011) (TJES-2011) (TJSP-2011) (AGU-2009/2012) (TJRS-2012)
(MPSC-2012) (DPEMS-2012) (PCMA-2012) (DPEDF-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGDF-2013)
(DPECE-2014) (PGEPI-2014) (TJPE-2013/2015) (TJGO-2015) (TRT15-2015) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016)
(PCPE-2016) (TRF2-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESE-2017) (PCAP-2017) (PGEAP-2018) (PGETO-2018)
(MPGO-2014/2019) (TJPR-2019) (TJRO-2019) (MPAP-2021) (TJAP-2022)

(TJPR-2019-CESPE): À luz dos dispositivos constitucionais e do entendimento jurisprudencial acerca de


processo legislativo, é correto afirmar que as leis que dispõem sobre o aumento da remuneração de
servidores em cargos públicos na esfera estadual da administração direta é de iniciativa privativa do
governador do estado, sendo inconstitucional a vinculação desse reajuste aos índices federais de correção
monetária. BL: art. 61, §1º, II, “a”, CF e SV 42 do STF.

##Atenção: As leis que versam sobre “a criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração
direta e autárquica ou aumento de sua remuneração” são de iniciativa do chefe do poder executivo, na forma
do art. 61, §1º, II, “a”, da CF/88, aplicável a todos os entes federados por simetria com o modelo da
União Federal. Além disso, veja o teor da SV-42: “É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos
de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária”.

(PGDF-2013-CESPE): Julgue o item que se segue, à luz das disposições constitucionais sobre a repartição
de competências, o processo legislativo e a questão federativa: Será considerado formalmente
inconstitucional projeto de lei distrital de iniciativa parlamentar que confira aumento de remuneração
aos servidores do governo do DF. BL: art. 61, §1º, II, “a”, CF.

##Atenção: Trata-se de inconstitucionalidade por vício formal subjetivo, que ocorre quando não se
respeita regra de competência para deflagração do processo legislativo, que no presente caso pertence ao
Governador do DF (art. 100, X, LODF). Em outras palavras, será de iniciativa privativa do Chefe do
Poder Executivo para a propositura de leis que tratem sobre aumento da remuneração dos servidores
públicos (art. 61, § 1º, II, a, CF e precedente do STF, RE 241.494-DF). Assim, o vício formal de
inconstitucionalidade refere-se ao legitimado para a propositura do referido projeto de lei, que é do
CHEFE DO PODER EXECUTIVO (aplicação do princípio da paralelismo das formas ou da simetria).
Logo, a iniciativa será do governador do DF e, não do parlamentar como mencionado na questão.

(TJSP-2011-VUNESP): A Câmara Legislativa de Canguçu do Norte edita lei, por sua iniciativa,
transformando cargos e funções de servidores públicos da Prefeitura Municipal que prestam,
eventualmente, serviço junto ao Poder Judiciário local. É correto afirmar que em se tratando de
servidores públicos do executivo municipal, é inadmissível tal conduta, vez que tal transformação só
pode ocorrer por meio de lei de iniciativa do executivo local. BL: art. 61, §1º, II, “a”, CF.

##Atenção: Trata-se da aplicação do princípio da simetria ou paralelelismo constitucional, pelo qual as


constituições estaduais e as leis orgânicas dos municípios devem atender às diretrizes da CF/88. O Poder
Legislativo pode dispor sobre organização, funcionamento, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, conforme estabelecido no art. 51, IV e no art. 52, XIII da
CF/88. Mas isso diz respeito apenas aos serviços, ou seja, os cargos, os empregos, os órgãos no âmbito do
Poder Legislativo. Por outro lado, a CF/88 estabelece em seu art. 61, § 1º, II, alínea "a" que é de iniciativa
privativa do Presidente da República, portanto, do chefe do Poder Executivo, as leis que disponham
sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica. Desta
forma, pelo princípio da simetria, apenas ao Chefe do Executivo municipal caberia a iniciativa de tal lei.

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e


pessoal da administração DOS TERRITÓRIOS; (TJSE-2008) (PGEES-2008) (DPEAL-2009) (DPEMT-
2009) (TRF5-2009) (PCRN-2009) (PCRO-2009) (PGEAM-2010) (AGU-2010) (TRF1-2011) (TJCE-2012) (MPSC-
2012) (PCMA-2012) (TJMA-2013) (MPMS-2013) (DPECE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014)
(PGEPR-2015) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGESE-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGETO-2018) (TJAL-2015/2019) (TJRO-2019) (MPDFT-2021) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tese 682: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##PGEMS-2014: ##PCDF-2015:


##PGM-POA/RS-2016: ##TJAL-2019: ##PGM-Teresina/PI-2022: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec:

281
Inexiste, na CF/1988, reserva de iniciativa para leis de natureza tributária, inclusive para as que
concedam renúncia fiscal. A norma não reserva à iniciativa privativa do presidente da República toda
e qualquer lei que cuide de tributos, senão apenas a matéria tributária dos Territórios. STF. Plenário.
ARE 743480 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 10/10/13.
(PGM-Teresina/PI-2022-FCC): São de iniciativa privativa do Presidente da República, EXCETO as leis que
versarem sobre matéria tributária da competência da União. BL: art. 61, §1º, II, “b”, CF e Entend. Jurisprud.
(TJAL-2019-FCC): Prefeito Municipal Aristóbulo ajuizou ADI contra lei de iniciativa do Poder Legislativo
Municipal que acrescentou artigo ao Código Tributário Municipal, concedendo isenção do pagamento da
Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP) às unidades consumidoras dos
órgãos da Administração direta e indireta do Município, situado no Estado de Alagoas. À luz da disciplina
constitucional pertinente e da jurisprudência do STF, trata-se de ato constitucional, diante do
reconhecimento da natureza tributária da COSIP, bem como da competência concorrente para iniciar
processo legislativo em matéria tributária. BL: art. 61, caput e §1º, II, “b” c/c art. 149, caput,66 da CF e
Entendimento do STF.
##Atenção: A competência concorrente a que se refere a questão é entre os Poderes Legislativo e Executivo.
De fato, ambos possuem a iniciativa da lei que concede a isenção do pagamento do COSIP. Portanto, a lei é
constitucional, uma vez que a iniciativa de lei de natureza tributária é concorrente entre Poder Executivo e
Legislativo. Cumpre registrar que, nos termos caput do art. 61 da CF: “A iniciativa das leis complementares
e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador Geral da
República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.” Logo, poderia mesmo integrante da
Casa Legislativa municipal apresentar projeto de lei concessiva de isenção da contribuição municipal.

##Atenção: ##TJSE-2008: ##PGEES-2008: ##PGEAM-2010: ##TJCE-2012: ##TJMA-2013: ##MPMS-


2013: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: ##FCC: Quanto à correção interpretação do art. 61, §1º, II,
“b” da CF/88, assim se pronunciou o STF: “Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 7.616/02, do Estado de
Mato Grosso. Prorrogação de prazo. - Improcede a alegação de que a lei estadual ora atacada, por dizer respeito a
matéria tributária, seria da iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo Estadual pela aplicação aos Estados do
disposto, no tocante ao Presidente da República, no art. 61, § 1º, II, "b", da CF/88, o qual seria aplicável aos
Estados-membros. E improcede porque esse dispositivo diz respeito apenas à iniciativa exclusiva do
Presidente da República no tocante às leis que versem matéria tributária e orçamentária dos
TERRITÓRIOS." (STF, Tribunal Pleno, ADIMC 2.599/MT, rel. Min. Moreira Alves, DJ de 13.12.02). A
propósito, vejamos outro julgado da Corte Suprema: "Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 553/00, do
Estado do Amapá. Concessão de benefícios tributários. Lei de iniciativa parlamentar. Ausência de ofensa ao art.
61, § 1º, II, b, da CF/88, pois as regras insertas nesse dispositivo se referem tão somente a Territórios
Federais, não sendo de observância obrigatória por parte dos Estados-membros. Precedentes: ADIns nºs
352/DF e 2.304/RS. O inciso II do art. 165 da Carta Magna, por aludir a normas relativas a diretrizes
orçamentárias, não se aplica a normas que dizem respeito a direito tributário, como o são aquelas que concedem
benefícios fiscais. Precedente: ADI 724/RS. Medida liminar indeferida." (STF, Tribunal Pleno, ADIMC nº
2.464/AP, Rel. Min. Ellen Gracie, pub. no DJ de 28.6.02, p.88)

##Atenção: ##PGEAM-2010: ##TJMA-2013: ##MPMS-2013: ##PGEMS-2014: ##PCDF-2015: ##PGM-


Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: ##FCC: Segundo o STF, o art. 61, § 1º, II, "b" da CF/88, ao se referir à
iniciativa privativa do Presidente da República em matéria tributária, aplica-se exclusivamente aos
tributos que digam respeito aos Territórios Federais. Em qualquer outro caso relativo ao Direito
Tributário, não há iniciativa legislativa privativa. Logo, membros do Poder Legislativo também podem
propor projeto de lei sobre matéria tributária, isto é, a iniciativa de lei que verse sobre matéria tributária é
concorrente entre o chefe do Poder Executivo e os membros do Legislativo. Sobre o tema, vejamos a
seguinte decisão do STF: “A Constituição de 1988 admite a iniciativa parlamentar na instauração do
processo legislativo em tema de direito tributário. A iniciativa reservada, por constituir matéria de direito
estrito, não se presume e nem comporta interpretação ampliativa, na medida em que, por implicar limitação ao
poder de instauração do processo legislativo, deve necessariamente derivar de norma constitucional explícita e
inequívoca. O ato de legislar sobre direito tributário, ainda que para conceder benefícios jurídicos de ordem fiscal,
não se equipara, especialmente para os fins de instauração do respectivo processo legislativo, ao ato de legislar sobre
o orçamento do Estado. [ADI 724 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 7-5-1992, P, DJ de 27-4-2001.] = RE 590.697
ED, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 23-8-2011, 2ª T, DJE de 6-9-2011.” Portanto, no âmbito da União,
Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, a iniciativa de leis sobre matéria tributária é
concorrente entre os Chefes do Executivo e os membros do Legislativo (Parlamentares), podendo-se,
ainda, sustentar a iniciativa popular de lei sobre matéria tributária, desde que observado o art. 62, §2º da
CF.

66
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal PODERÃO INSTITUIR CONTRIBUIÇÃO, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (...)
282
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (PGESP-2002) (TJSC-
2009) (DPEAL-2009) (DPEES-2009) (DPEMT-2009) (TRF4-2009/2010) (PGEAM-2010) (TJDFT-2012)
(MPMG-2012) (PGEAC-2012) (PCMA-2012) (TJCE-2014) (DPECE-2014) (PGEPI-2014) (AGU-2009/2015)
(DPERN-2015) (PGEPR-2015) (TJAM-2013/2016) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (TJMSP-2016) (TRF2-2017)
(MPBA-2018) (MPDFT-2021) (PCMG-2021) (TJAP-2022) (TJMG-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional emenda à Constituição Estadual, de iniciativa


parlamentar, que trate sobre as competências da Procuradoria Geral do Estado. Isso porque esta
matéria é de iniciativa reservada ao chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, da CF/88). É do Governador
do Estado a iniciativa de lei ou emenda constitucional que discipline a organização e as atribuições
dos órgãos e entidades da Administração Pública estadual. STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min.
Cármen Lúcia, j. 27 e 28/3/19 (Info 935).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMG-2022: ##FGV: A regra da iniciativa privativa do art. 61, § 1º, II,
“c” da CF/88 deve ser aplicada também no âmbito municipal?: SIM. Ex: a Lei Orgânica de Cambuí/MG
concedeu benefícios a servidores públicos daquela municipalidade. O STF julgou a referida lei
inconstitucional por ofender justamente o art. 61, § 1º, II, “c” da CF, a ensejar sua
inconstitucionalidade formal. Por vício de iniciativa, o Plenário deu provimento a recurso
extraordinário para declarar a inconstitucionalidade dos incisos II, III, VIII, bem como dos §§ 1º e 2º
do art. 55 da Lei Orgânica de Cambuí/MG, que concede benefícios a servidores públicos daquela
municipalidade. Na espécie, a norma questionada decorrera de iniciativa de câmara legislativa
municipal. A Corte asseverou que lei orgânica de município não poderia normatizar direitos de
servidores, porquanto a prática afrontaria a iniciativa do chefe do Poder Executivo. STF. Plenário. RE
590829/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 5/3/15 (Info 776).
(TJMG-2022-FGV): Um servidor público municipal foi exonerado em 2021, e, no mesmo ano, ingressou com
ação de cobrança, em face da Fazenda Municipal, objetivando a percepção de gratificação durante o período
de 10 (dez) anos em que trabalhou para a municipalidade. A gratificação foi criada e aprovada pela Câmara
Municipal e entrou em vigor em 2015. Com base nestes dados hipotéticos, analise a afirmativa a seguir:
Deve ser incidentalmente reconhecida a inconstitucionalidade da lei municipal, pois a iniciativa compete ao
prefeito e houve usurpação de competência. BL: Info 776, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEPR-2015: ##TJAM-2016: ##CESPE: ##PUCPR: É inconstitucional


lei estadual, de iniciativa parlamentar, que conceda anistia a servidores públicos punidos em virtude
de participação em movimentos reivindicatórios. Existe um vício formal. Isso porque a CF/88 prevê
que compete ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa de lei que trate sobre os direitos e deveres dos
servidores públicos (art. 61, § 1º, II, “c”, da CF/88). STF. Plenário. ADI 1440/SC, Rel. Min. Teori
Zavascki, j. 15/10/14 (Info 763).

##Atenção: ##STF: ##AGU-2009: ##TJCE-2014: ##PGEPI-2014: ##PGEPR-2015: ##PGEMA-2016:


##PGEMT-2016: ##TRF2-2017: ##CESPE: ##FCC: ##PUCPR: É da iniciativa privativa do chefe do
Poder Executivo lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e
autárquica ou aumento de sua remuneração, bem como que disponha sobre regime jurídico e
provimento de cargos dos servidores públicos. Afronta, na espécie, ao disposto no art. 61, § 1º, II, a e c,
da CF/1988, o qual se aplica aos Estados-membros, em razão do princípio da simetria. [ADI 2.192, rel.
min. Ricardo Lewandowski, j. 4-6-2008.]
(TJCE-2014-FCC): No processo de elaboração da lei de revisão geral da remuneração dos servidores
estaduais deve ser respeitada norma da Constituição da República sobre reserva de iniciativa, ainda que
não tenha sido reproduzida pela Constituição estadual. BL: art. 61, §1º, II, “a” e “c”, CF e Entend. STF.

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009/2010: ##TRF2-2017: A norma questionada contém vício de


inconstitucionalidade formal pois impõe ao Chefe do Poder Executivo, e em prazo determinado, o
encaminhamento de projeto de lei, que, segundo a CF/88 depende exclusivamente de sua própria
iniciativa, por tratar de regime jurídico de servidor público. (art. 61, § 1°, ”c"). STF. Plenário. ADI 2393,
Rel. Min. Sydney Sanches, j. 13/02/03.

(TJSC-2009): É correto asseverar, em tema de processo legislativo: São de iniciativa privativa do Chefe do
Poder Executivo, entre outras, leis versantes sobre servidores públicos, seu regime jurídico, provimento
de cargos, estabilidade e aposentadoria. BL: art. 61, §1º, II, “c”, CF.

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais
para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
283
Territórios; (TJGO-2009) (MPDFT-2009) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (TRF4-2009) (DPEBA-2010)
(MPPI-2012) (DPESC-2012) (PCMA-2012) (MPSC-2012/2013) (MPPR-2011/2014) (MPAC-2014) (DPECE-
2014) (MPAM-2015) (PFN-2015) (DPEMT-2009/2016) (MPMS-2018) (MPPB-2018) (MPSP-2019) (PGM-
Teresina/PI-2022)

(DPEBA-2016-FCC): A respeito da competência para legislar sobre assistência jurídica e Defensoria


Pública, é correto: É de iniciativa privativa do Presidente da República lei que disponha sobre a
organização da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização da Defensoria
Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. BL: art. 61, §1º, II, “d”, CF.

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art.


84, VI; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (MPAM-2007) (DPEMT-2009) (MPES-2010)
(PGESP-2012) (PCMA-2012) (DPECE-2014) (TRF2-2014) (PGEPI-2014) (TJAM-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-
2016) (DPEPE-2018) (PGETO-2018) (DPEDF-2013/2019) (TJAP-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJAP-2022: ##FGV: É inconstitucional lei estadual de iniciativa


parlamentar, que imponha obrigações ao DETRAN: Aplica-se, em âmbito estadual, o art. 61, § 1º, da
Constituição Federal, que consagra reserva de iniciativa do Chefe do Poder Executivo para iniciar o
processo legislativo das matérias nele constantes. A criação de atribuições, por meio de lei oriunda de
projeto de iniciativa parlamentar, a órgão vinculado à estrutura do Poder Executivo revela-se colidente
com a reserva de iniciativa do Governador do Estado (arts. 61, § 1º, II, e, 84, VI, “a”, CF/88). STF.
Plenário. ADI 6132/GO, Rel. Min. Rosa Weber, j. 26/11/21 (Info 1039).

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional emenda à Constituição Estadual, de iniciativa


parlamentar, que trate sobre as competências da Procuradoria Geral do Estado. Isso porque esta
matéria é de iniciativa reservada ao chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, “c” e “e”, CF/88). É do
Governador do Estado a iniciativa de lei ou emenda constitucional que discipline a organização e as
atribuições dos órgãos e entidades da Administração Pública estadual. STF. Plenário. ADI 5262
MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 27 e 28/3/19 (Info 935).

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tese 917: ##TJAP-2022: ##FGV: Ação Direta de


Inconstitucionalidade estadual. Lei 5.616/13, do Município do Rio de Janeiro. Instalação de câmeras de
monitoramento em escolas e cercanias. 3. Inconstitucionalidade formal. Vício de iniciativa.
Competência privativa do Poder Executivo municipal. Não ocorrência. Não usurpa a competência
privativa do chefe do Poder Executivo lei que, embora crie despesa para a Administração Pública, não
trata da sua estrutura ou da atribuição de seus órgãos nem do regime jurídico de servidores públicos.
O STF fixou a seguinte tese em sede de repercussão geral: “Não usurpa competência privativa do
Chefe do Poder Executivo lei que, embora crie despesa para a Administração, não trata da sua estrutura
ou da atribuição de seus órgãos nem do regime jurídico de servidores públicos (art. 61, § 1º, II,"a", "c" e
"e", da Constituição Federal).” STF. Plenário. ARE 878911 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 29/09/16.
(TJAP-2022-FGV): Um grupo de deputados da Assembleia Legislativa do Estado Beta apresentou projeto de
lei dispondo sobre a obrigatoriedade de instalação de duas câmeras de segurança em cada unidade escolar
mantida pelo Estado. O projeto foi aprovado no âmbito da Casa legislativa e sancionado pelo governador
do Estado, daí resultando a promulgação da Lei estadual nº XX. À luz dos aspectos do processo legislativo
descrito na narrativa e da sistemática constitucional, a Lei estadual nº XX: não apresenta vício de iniciativa,
pois, embora tenha criado obrigação para o Poder Executivo, não instituiu nova atribuição para os seus
órgãos. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPBA-2018: É inconstitucional disciplina, na Carta do Estado, de


matéria cuja iniciativa de projeto é reservada ao Governador. STF. Plenário. ADI 3848/RJ, Rel. Min.
Marco Aurélio, j. 11/2/15 (Info 774).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJAM-2016: ##MPRR-2017: ##CESPE: A disciplina normativa


pertinente ao processo de criação, estruturação e definição das atribuições dos órgãos e entidades
integrantes da Administração Pública estadual, ainda que por meio de emenda constitucional, revela
matéria que se insere, por sua natureza, entre as de iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo
local, pelo que disposto no art. 61, § 1º, inciso II, alínea “e”, da CF. STF. Plenário. ADI 2654/AL, Rel.
Min. Dias Toffoli, j. 13/8/14 (Info 754).

284
##Cuidado: ##Questiona-se: ##STF: ##DOD: ##MPRR-2017: ##DPEPR-2017 ##TRF2-2017:
##DPEPE-2018: ##DPEDF-2019: ##CESPE: ##FCC: Esse entendimento acima exposto vale também
para os casos de emenda à Constituição Federal? NÃO. Não existe iniciativa privativa (reservada) para
a propositura de emendas à CF/88. A proibição de que emendas constitucionais tratem sobre as
matérias do art. 61, § 1º da CF/88 só vale para emendas à Constituição Estadual. Dito de outro modo: É
possível que emenda à CF/88 proposta por iniciativa parlamentar trate sobre as matérias previstas no
art. 61, § 1º da CF/88. As regras de reserva de iniciativa fixadas no art. 61, § 1º da CF/88 não são
aplicáveis ao processo de emenda à CF/88, que é disciplinado em seu art. 60. STF. Plenário. ADI 5296
MC/DF, Rel. Min. Rosa Weber, j. 18/5/16 (Info 826).

##Questiona-se: ##DOD: É possível emenda constitucional de iniciativa parlamentar tratando sobre os


assuntos que, em caso de propositura de projeto de lei, seriam de iniciativa reservada ao chefe do Poder
Executivo (art. 61, § 1º, da CF/88)?
 Emenda à Constituição Federal proposta por parlamentares federais: SIM.

 Emenda à Constituição Estadual proposta por parlamentares estaduais: NÃO.

##Questiona-se: ##DOD: Por que existe essa diferença de tratamento entre emenda à Constituição
Federal e emenda à Constituição Estadual? O poder constituinte estadual não é originário. É poder
constituído, cercado por limites mais rígidos do que o poder constituinte federal. A regra da simetria é
um exemplo dessa limitação. Por essa razão, as Assembleias Legislativas se submetem a limites mais
rigorosos quando pretendem emendar as Constituições Estaduais. Assim, se os Deputados Estaduais
apresentam emenda à Constituição Estadual tratando sobre os assuntos do art. 61, § 1º, da CF/88 eles
estão, em última análise, violando a própria regra da CF/1988.

##Atenção: ##STF: ##DPEAL-2009: ##MPF-2011: ##TRF1-2013: ##MPRR-2017: ##CESPE: ADI.


Emenda Constitucional nº 35/05, do Estado do Rio de Janeiro, que cria instituição responsável pelas
perícias criminalística e médico-legal. Inconstitucionalidade formal: matéria de iniciativa privativa do
Chefe do Poder Executivo. Violação, pelo poder constituinte decorrente, do princípio da separação de
poderes, tendo em vista que, em se tratando de Emenda à Constituição estadual, o processo legislativo
ocorreu sem a participação do Poder Executivo. STF. Plenário. ADI 3644, Rel. Min. Gilmar Mendes, j.
04/03/09.
(MPF-2011): Para o STF, as emendas às constituições estaduais não podem criar novos órgãos públicos no
Estado-membro. BL: art. 61, §1º, “e”, CF e Entend. Jurisprud.

(TRF1-2013-CESPE): Com relação às entidades da administração indireta, assinale a opção correta: Tanto
a criação quanto a extinção de autarquia só podem ocorrer por lei de competência privativa do chefe do
Executivo. BL: art. 37, XIX c/c art. 61, §1º, II, “e”, CF.

##Atenção: ##TRF1-2013: ##DPEDF-2019: ##CESPE: De fato, tanto a criação quanto a extinção de


uma autarquia dependem da edição de lei específica, cuja iniciativa a CF atribuiu, de forma privativa,
ao Chefe do Poder Executivo. É a conclusão que extrai dos arts. 37, XIX, e 61, §1º, II, “e” da CF. Este
último dispositivo, é válido acentuar, a despeito de se referir a “órgãos da Administração Pública”, deve
merecer interpretação teleológica, em ordem a abraçar não apenas a criação de entes despersonalizados
(órgãos públicos, em sentido estrito), mas também as pessoas jurídicas integrantes da Administração
indireta, no que se inserem as autarquias. No que se refere especificamente à extinção de autarquias,
aplica-se o princípio da simetria das formas jurídicas, segundo o qual, em suma, para se desfazer algo
em Direito, deve-se percorrer o mesmo caminho traçado em sua construção. No ponto, confira-se a lição
de José dos Santos Carvalho Filho: “Para a extinção de autarquias, é também a lei o instrumento jurídico
adequado. As mesmas razões que inspiraram o princípio da legalidade, no tocante à criação de pessoas
administrativas, estão presentes no processo de extinção. Trata-se, na verdade, de irradiação do princípio da
simetria das formas jurídicas, pelo qual a forma de nascimento dos institutos jurídicos deve ser a mesma para sua
extinção. Ademais, não poderia ato administrativo dar por finda a existência de pessoa jurídica instituída por lei, já
que se trata de ato de inferior hierarquia.” (Manual de Direito Administrativo, 26ª edição, 2013, p. 472).
Assim, não é cabível que um parlamentar proponha lei para a criação ou autorização de criação dessas
entidades ou suas subsidiárias, sob pena de ser considerada inconstitucional, por vício de iniciativa.

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. (Incluída pela Emenda Constitucional nº

285
18, de 1998) (PGEAC-2012) (PCMA-2012) (DPECE-2014) (PGEPR-2015) (AGU-2015) (PGEMT-2016)
(DPEPR-2017) (MPDFT-2021) (PCMG-2021)

##Atenção: ##STF: ##TJPE-2015: ##PGEPR-2015: ##AGU-2015: ##PGEMT-2016: ##DPEPR-2017:


##TJPR-2019: ##MPDFT-2021: ##PCMG-2021: ##CESPE: ##FCC: ##Fumarc: ##PUCPR: É
inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que disponha sobre o regime jurídico dos
servidores públicos e dos miliares estaduais (seus direitos e deveres). O art. 61, § 1º, II, “c” e “f”, da CF
prevê que compete ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa de lei que trate sobre os direitos e deveres
dos servidores públicos e sobre o regime jurídico dos militares. Essa regra também é aplicada no
âmbito estadual por força do princípio da simetria. O fato de o Governador do Estado sancionar esse
projeto de lei não faz com que o vício de iniciativa seja sanado (corrigido). A Súmula 5 do STF há
muitos anos foi cancelada. STF. Plenário. ADI 3920/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 5/2/15 (Info 773).
STF. Plenário. ADI 3627/AP, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 6/11/14. (Info 766).
(AGU-2015-CESPE): Acerca de aspectos diversos relacionados à atuação e às competências dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, do presidente da República e da AGU, julgue o item a seguir: Caso uma
lei de iniciativa parlamentar afaste os efeitos de sanções disciplinares aplicadas a servidores públicos que
participarem de movimento reivindicatório, tal norma padecerá de vício de iniciativa por estar essa matéria
no âmbito da reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo. BL: Info 766, STF.

##Atenção: As leis que disponham sobre regime jurídico dos militares das Forças Armadas são de
iniciativa privativa do Presidente da República (art. 61, §1º, II, “f”, CF). Por isso, projeto de lei que trate
dessa matéria deve, sim, ser vetado pelo presidente da República, porque sofre de vício de
constitucionalidade formal.

§ 2º A INICIATIVA POPULAR PODE SER EXERCIDA pela apresentação à Câmara dos


Deputados de PROJETO DE LEI SUBSCRITO por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,
DISTRIBUÍDO pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de
cada um deles. (PCRO-2009) (MPPB-2010) (TJSP-2011) (DPERS-2011) (PGEMT-2011) (TJDFT-2012) (TJGO-
2012) (PGEPA-2012) (PCRJ-2012) (MPPR-2011/2012/2013) (MPMS-2013) (DPESP-2013) (MPF-2013) (PCES-
2013) (PF-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPT-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEMS-2014) (TRF1-2015) (PGEPR-
2015) (PCPA-2016) (TRF2-2017) (TRT/Unificado-2017) (TJRS-2018) (MPBA-2018) (DPEAP-2018)
(Cartórios/TJMG-2018) (PCGO-2018) (TJRO-2011/2019) (MPGO-2019) (MPSC-2019) (DPEBA-2021) (TCERJ-
2021)

(MPGO-2019): A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular (art.
14 da CF/88). Sobre os direitos políticos, assinale a alternativa correta: A iniciativa popular pode ser
exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por
cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos
por cento dos eleitores de cada um deles. BL: art. 61, §2º, CF (mesmo teor, vide art. 13, caput da Lei
9.709/98).67

##Atenção: Dica de memorização para lei de iniciativa popular: Lembre-se do número 1503 (1% do
eleitorado nacional; dividido em pelo menos 5 estados; com não menos de 0,3% dos eleitores em cada
um dos estados).

(TRF1-2015-CESPE): Com relação à iniciativa popular de lei, assinale a opção correta: Os projetos de lei
de iniciativa popular devem ser apresentados à Câmara dos Deputados, que fará sua apreciação inicial.
BL: art. 61, §2º, CF.

67
Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por,
no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de
três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. § 1 O projeto de lei de iniciativa popular deverá
circunscrever-se a um só assunto. § 2 O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de
forma, cabendo à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais
impropriedades de técnica legislativa ou de redação.
286
Art. 62. Em caso de RELEVÂNCIA e URGÊNCIA, o Presidente da República PODERÁ ADOTAR
MEDIDAS PROVISÓRIAS, com força de lei, DEVENDO SUBMETÊ-LAS de imediato ao Congresso
Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TJMG-2008) (PGECE-2008) (TJSC-2009)
(MPDFT-2009) (TRF5-2009) (AGU-2009) (DPEGO-2010) (PGEPA-2011) (PGERO-2011) (TJMS-2012) (MPMT-
2012) (MPTO-2012) (DPESC-2012) (DPESP-2012) (PCPA-2012) (PCRJ-2012) (MPSC-2012/2013) (MPMG-
2013) (PGEGO-2013) (PCES-2013) (PGEAC-2012/2014) (TRF2-2009/2013/2014) (TJDFT-2014) (DPEPR-2014)
(TRF4-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEBA-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEPA-2009/2015) (TJPE-2015)
(TJAL-2015) (TRT2-2015) (TRT6-2015) (TCMRJ-2015) (PGEMS-2016) (DPERO-2017) (PCGO-2017) (MPPB-
2018) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (PGETO-2018) (TJRO-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (PGERS-
2010/2015/2021) (MPPR-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (DPEPI-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

Súmula Vinculante 54: A medida provisória não apreciada pelo congresso nacional podia, até a Emenda
Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei
desde a primeira edição.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPPR-2021: É possível o controle judicial dos pressupostos de


relevância e urgência para a edição de medidas provisórias, no entanto, esse exame é de domínio estrito,
somente havendo a invalidação quando demonstrada a inexistência cabal desses requisitos: Inexistindo
comprovação da ausência de urgência, não há espaço para atuação do Poder Judiciário no controle dos
requisitos de edição de medida provisória pelo chefe do Poder Executivo. STF. Plenário. ADI 5599/DF,
Rel. Min. Edson Fachin, j. 23/10/20 (Info 996).
(MPPR-2021): Assinale a alternativa correta: É possível o controle judicial de medida provisória no que se
refere à existência dos pressupostos de urgência e relevância. BL: Info 996, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMT-2019: ##FCC: Análise dos requisitos constitucionais de


relevância e urgência: O art. 62 da CF prevê que o Presidente da República somente poderá editar
medidas provisórias em caso de relevância e urgência. A definição do que seja relevante e urgente
para fins de edição de medidas provisórias consiste, em regra, em um juízo político (escolha
política/discricionária) de competência do Presidente da República, controlado pelo Congresso
Nacional. Desse modo, salvo em caso de notório abuso, o Poder Judiciário não deve se imiscuir na
análise dos requisitos da MP. STF. Plenário. ADI 4627/DF e ADI 4350/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j.
23/10/14 (Info 764). STF. Plenário. ARE 704520/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 23/10/14 (repercussão
geral) (Info 764).
(MPMT-2019-FCC): De acordo com o ordenamento jurídico brasileiro e a jurisprudência do STF acerca das
medidas provisórias, a definição do que seja relevante e urgente para fins de edição de medidas provisórias
consiste, em regra, em um juízo político de competência do Presidente da República, controlado pelo
Congresso Nacional, não cabendo ao Poder Judiciário, salvo em caso de notório abuso, imiscuir-se na
análise dos referidos pressupostos constitucionais. BL: Info 764, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPGO-2016: ##PGEMS-2016: ##DPERO-2017: ##PGEAP-2018:


##PGETO-2018: ##MPMT-2019: ##PGM-Boa Vista/RR-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: Durante
a tramitação de uma medida provisória no Congresso Nacional, os parlamentares poderão apresentar
emendas? SIM, no entanto, tais emendas deverão ter relação de pertinência temática com a medida
provisória que está sendo apreciada. Assim, a emenda apresentada deverá ter relação com o assunto
tratado na medida provisória. Desse modo, é incompatível com a Constituição a apresentação de
emendas sem relação de pertinência temática com medida provisória submetida à sua apreciação. A
inserção, por meio de emenda parlamentar, de assunto diferente do que é tratado na medida
provisória que tramita no Congresso Nacional é chamada de "contrabando legislativo", sendo uma
prática vedada. O STF declarou que o contrabando legislativo é proibido pela CF/88. STF. Plenário.
ADI 5127/DF, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, j. 15/10/15 (Info 803).
(MPGO-2016): Em relação às medidas provisórias, aponte o item que corresponde à jurisprudência
dominante do STF: Em processo legislativo de conversão de medida provisória em lei, não é possível a
apresentação de emenda parlamentar sem pertinência lógico-temática com o objeto da mesma medida
provisória. Sendo esta última espécie normativa de competência exclusiva do Presidente da República, não
é permitido ao Poder Legislativo tratar de temas diversos daqueles fixados como relevantes e urgentes, sob
pena de enfraquecimento de sua legitimidade democrática. BL: Info 803, STF.
(PGEMS-2016): O processo legislativo estabelecido na Constituição Cidadã de 1988 contém como um de
seus elementos as denominadas medidas provisórias. Sobre as medidas provisórias é correto afirmar: Os
denominados “jabutis”, emendas parlamentares que não guardam pertinência temática com a medida
provisória, foram consideradas violações à Constituição da República pelo STF. BL: Info 803, STF.

287
##Atenção: ##STF: ##PGERS-2010: ##TCMRJ-2015: ##FCC: ##Fundatec: Conforme entendimento
consolidado da Corte, os requisitos constitucionais legitimadores da edição de medidas provisórias,
vertidos nos conceitos jurídicos indeterminados de "relevância" e "urgência" (art. 62 da CF), apenas em
caráter excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da separação de
poderes (art. 2º da CF). STF. Plenário. ADC 11 MC, voto do min. Cezar Peluso, j. 28/3/07. Portanto, os
requisitos são urgência e relevância, requisitos estes eminentemente políticos, não cabendo ao Judiciário,
salvo em situações teratológicas, a sua análise.
(PGERS-2010-Fundatec): Considere a seguinte afirmação sobre medidas provisórias, à luz da Constituição
da República e da jurisprudência do STF: Os pressupostos constitucionais de edição das medidas
provisórias apenas em caráter excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, tendo em vista o
princípio da separação dos poderes. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DPESC-2012: ##PGEGO-2013: ##Cartórios/TJSE-2014: ##PGEAC-2014:


##PGEBA-2014: ##DPEPA-2009/2015: ##PGERS-2010/2015: ##DPEAP-2018: ##MPPR-2021:
##Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021: ##PGM-Teresina/PI-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: Os
Governadores de Estados podem editar Medidas Provisórias, em caso de relevância e urgência, desde
que elas sejam convertidas em leis pelas respectivas assembleias legislativas. Mas as Medidas
Provisórias devem estar previstas nas Constituições estaduais. STF. ADI 425, Rel. Min. Maurício
Corrêa, DJ 19.12.03. (...) No julgamento da ADI 425, rel. min. Maurício Corrêa, DJ de 19/12/03, o
Plenário desta Corte já havia reconhecido, por ampla maioria, a constitucionalidade da instituição de
medida provisória estadual, desde que, primeiro, esse instrumento esteja expressamente previsto na
Constituição do Estado e, segundo, sejam observados os princípios e as limitações impostas pelo
modelo adotado pela CF, tendo em vista a necessidade da observância simétrica do processo
legislativo federal. Outros precedentes: ADI 691, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 19/6/92, e ADI
812 MC, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 14/5/93. Entendimento reforçado pela significativa indicação
na CF, quanto a essa possibilidade, no capítulo referente à organização e à regência dos Estados, da
competência desses entes da Federação para "explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços
locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação (art. 25, § 2º). STF. Plenário. ADI 2.391, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 16/8/06.
(PGM-Teresina/PI-2022-FCC): As medidas provisórias podem ser editadas por governador de Estado
desde que haja previsão na constituição local, respeitado o modelo adotado pela Constituição Federal. BL:
Entend. Jurisprud.
(MPPR-2021): Assinale a alternativa correta: Medida provisória pode ser editada não só pelo Presidente da
República, mas também por Governadores dos Estados e por Prefeitos Municipais. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: Embora o STF não tenha se manifestado, nos mesmos termos, entende-se de forma ampla que
também pode haver edição de MP por municípios, cumprindo os requisitos que também são exigidos dos
Estados-membros (Fonte: Bernardo Gonçalves).
(Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021-CESPE): O princípio das fontes formais primárias ou principais do direito
tributário deve ser observado quando o auditor for chamado pelo chefe do Poder Executivo estadual para
ajudar na elaboração de dispositivo legal em matéria tributária. Em relação a esse assunto, é correto afirmar
que é permitida a edição de medida provisória pelo governador, desde que exista a respectiva previsão na
constituição estadual. BL: Entend. Jurisprud.
(DPEPA-2015-FMP): Considerando-se que determinadas normas da Constituição Federal entre as quais
se destacam as constantes dos arts. 25 a 28, arts. 29 a 31 e do art. 34, são de observância obrigatória, seja de
modo implícito, seja explicitamente nas constituições estaduais, é correto afirmar que: somente será cabível
a edição de medidas provisórias pelo Governador do Estado quando expressamente prevista tal
possibilidade na Constituição Estadual. BL: Entend. Jurisprud.

(TRF2-2014): Sobre as Medidas Provisórias é correto afirmar: As medidas provisórias que estavam
pendentes de apreciação pelo Congresso Nacional na data de edição da EC 32/2001 tiveram sua vigência
prorrogada de forma indeterminada, até que medida provisória posterior as revogue explicitamente ou
até que haja deliberação definitiva do Congresso Nacional. BL: art. 62, CF e art. 2º da EC 32/2001.

##Atenção: ##PGERS-2010: ##DPESP-2012: ##PGEGO-2013: ##TRF2-2014: ##FCC: ##Fundatec:


Dispõe o art. 2º da Emenda Constitucional 32/2001: “Art. 2º As medidas provisórias editadas em data anterior
à da publicação desta emenda continuam em vigor até que medida provisória ulterior as revogue
explicitamente ou até deliberação definitiva do Congresso Nacional.”

(TJSP-2013-VUNESP): As medidas provisórias, com força de lei, podem ser adotadas pelo Presidente da
288
República em caso de relevância e urgência. BL: art. 62, CF.

(TJGO-2009-FCC): Considere a seguinte assertiva, relativa ao Direito brasileiro vigente: Já houve caso em
que, por decreto, alterou-se o texto de lei.

##Atenção: ##TJGO-2009: ##TRF2-2014: ##FCC: O decreto-lei é um decreto com força de lei, que
emana do Poder Executivo, previsto nos sistemas legislativos de alguns países. Os decretos-leis podem
aplicar-se à ordem econômica, fiscal, social, territorial e de segurança, com legitimidade efetiva de uma
norma administrativa e poder de lei desde a sua edição, sanção e publicação no diário ou jornal oficial.
Os decretos-leis foram muito utilizados, durante o governo militar. A CF/1988 não elencou, no processo
legislativo, a figura de decreto-lei que, na prática, foi substituído pela medida provisória. Assim, no
passado, o sistema permitia que o decreto possuísse força de lei e, dessa forma, alterasse a legislação.

§ 1º É VEDADA a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 32, de 2001)

I – relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TJMG-2007) (TJDFT-2008) (DPEMT-2009) (TJRO-2011) (TJRJ-2012)
(MPSC-2012) (DPEMS-2012) (PGEGO-2013) (TJSP-2014) (TJPA-2014) (TRF2-2014) ( DPE PR- 2014) (PGEMS-
2014) (PCPI-2014) (MPMS-2013/2015) (PCDF-2015) (AGU-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPA-2016) (DPEAL-
2017) (TRT/Unificado-2017) (DPEMA-2018) (PGESC-2018) (DPESC-2012/2021) (TJPR-2021) (MPPR-2021)

(DPESC-2021-FCC): É expressamente vedada a edição de medidas provisórias sobre partidos políticos.


BL: art. 62, §1º, “a”, CF.

b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001) (TJDFT-2008) (MPMT-2008) (TJRS-2009) (PGEPE-2009) (PCPB-2009) (MPES-2010) (DPEMS-2012)
(DPESC-2012) (PGEPA-2012) (PGEGO-2013) (MPAC-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014) (PCRO-2014) (PCCE-
2015) (TRT2-2015) (MPT-2015) (DPEAL-2017) (PCPI-2014/2018) (MPMS-2013/2015/2018) (PGESC-2018)
(MPPR-2021) (MPSC-2021) (PCPA-2021)

(PCPA-2021-AOCP): No tocante ao Direito Penal, assinale a alternativa correta: É vedada a edição de


medidas provisórias sobre matéria relativa a Direito Penal (art. 62, §1º, I, alínea b, CF). Nada obstante, o
STF firmou jurisprudência no sentido de que as medidas provisórias podem ser utilizadas na esfera
penal, desde que benéficas ao agente. BL: art. 62, §1º, I, “b”, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##Doutrina: ##STF: ##PGEPE-2009: ##PCPI-2018: ##MPSC-2021: ##PCPA-2021:


##AOCP: ##CESPE: Segundo explica Cleber Masson, “É vedada a edição de medidas provisórias sobre
matéria relativa a Direito Penal (CF, art. 62, § 1.º, I, alínea b), seja ela prejudicial ou mesmo favorável ao réu. Nada
obstante, o Supremo Tribunal Federal historicamente firmou jurisprudência no sentido de que as medidas
provisórias podem ser utilizadas na esfera penal, desde que benéficas ao agente”. (MASSON, Cleber. Direito
Penal. Parte Geral. Volume 1. 13ª edição. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2019, p. 97). Sobre o
assunto, vejamos o seguinte julgado: “Medida provisória: sua inadmissibilidade em matéria penal,
extraída pela doutrina consensual da interpretação sistemática da Constituição, não compreende a de normas
penais benéficas, assim, as que abolem crimes ou lhes restringem o alcance, extingam ou abrandem penas ou
ampliam os casos de isenção de pena ou de extinção de punibilidade. [RE 254.818, rel. min. Sepúlveda Pertence, j.
8-11-2000, P, DJ de 19-12-2002.]”

c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus


membros; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TJDFT-2008) (DPEGO-2010) (TRF2-2011)
(DPEMS-2012) (DPESC-2012) (MPMS-2013) (TJSP-2014) (PCPI-2014) (MPBA-2015) (MPMS-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (TRT8-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGESC-2018) (DPEMG-2019) (MPPR-2021)

289
(MPMS-2015): Sobre as medidas provisórias é correto afirmar: É vedada edição de medidas provisórias
sobre matéria relativa a direito processual civil e organização do MP. BL: art. 62, §1º, “b” e “c”, CF.

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,


RESSALVADO o previsto no art. 167, § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (PCRN-2009)
(PGEPA-2011) (DPEMS-2012) (DPESC-2012) (MPMS-2013) (MPRO-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGEGO-
2013) (AGU-2013) (TJPA-2014) (PGEPI-2014) (PCRO-2014) (TJDFT-2008/2015) (TRT2-2015) (PFN-2015)
(Cartórios/TJMG-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (TRF2-2013/2017) (DPEAL-2017) (PGESC-2018)
(Cartórios/TJPR-2019) (TCERO-2019) (MPPR-2014/2021)

Art. 167. São vedados: (...)


§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e
urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art.
62.

(DPEAL-2017-CESPE): O instituto da medida provisória pode ser utilizado pelo presidente da


República para abrir crédito extraordinário para atender a despesa imprevisível e urgente, como as
decorrentes de calamidade pública. BL: art. 62, §1º,“d” c/c art. 167, §3º, CF.

II – que VISE a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TJRS-2012) (DPEMS-2012) (DPESC-2012)
(DPEPR-2014) (PGESC-2018) (MPPR-2014/2021) (PGERS-2021)

III – RESERVADA a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TJMG-
2008) (PGEPI-2008) (TJSP-2009) (PGESP-2009) (DPEAM-2011) (PGERS-2011) (DPEMS-2012) (DPESC-
2012) (MPMS-2013) (TRF2-2013) (MPF-2013) (PGEGO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPMT-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PCRO-2014) (TRT23-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TRF3-2013/2016) (PGEMS-
2014/2016) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (DPEPR-2014/2017) (DPEAL-2017) (Cartórios/TJMG-
2017) (PGESC-2014/2018) (DPEPE-2018) (DPEMG-2009/2019) (TJAC-2019) (MPGO-2019) (Cartórios/TJPR-
2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (TJMS-2008/2020) (MPPR-2021) (PGERS-2021) (TJSC-2022) (PGM-
Teresina/PI-2022)

(MPGO-2019): Sobre o processo legislativo assinale a resposta correta: Conforme a CF/1988 é vedada a
edição de medidas provisórias sobre matéria reservada a lei complementar. BL: art. 62, §1º, III, CF.

(PGEMS-2014): Assinale a alternativa correta: A Constituição de 1988, em seu texto atual (EC nº 32), não
admite que o Presidente da República possa editar medida provisória que contenha matéria reservada a
lei complementar, tais como as normas que regulam outras hipóteses de inelegibilidade no processo
eleitoral, além das já previstas no texto constitucional. BL: art. 62, §1º, I, “a” e III, CF.

IV – JÁ DISCIPLINADA em PROJETO DE LEI aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de


sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (TJDFT-
2008) (PCSC-2008) (TJPA-2009) (TJSC-2009) (TRF5-2009) (PGEAM-2010) (MPDFT-2011) (DPEMS-2012)
(DPESC-2012) (TJSP-2013) (DPEPR-2014) (TRT2-2015) (PGESC-2018) (TJRO-2019) (MPPR-2021)

(TJSC-2009): Assinale a alternativa correta no tocante ao instituto da medida provisória: Dentre outras
hipóteses, é defeso editá-la sobre matéria já disciplinada em projeto de lei pendente de sanção ou veto.
BL: art. 62, §1º, IV, CF.

(TJDFT-2008): Não podem ser objeto de Medida Provisória matéria que vise à detenção ou sequestro de
bens de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; matéria reservada a Lei Complementar;
matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção do
Presidente da República. BL: art. 62, §1º, II a IV, CF.

§ 2º MEDIDA PROVISÓRIA que IMPLIQUE INSTITUIÇÃO ou MAJORAÇÃO de impostos,


EXCETO os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V [Obs.: II; IE; IPI; IOF], e 154, II [Obs.: impostos

290
extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa], SÓ PRODUZIRÁ EFEITOS no exercício
financeiro seguinte SE HOUVER SIDO CONVERTIDA em lei até o último dia daquele em que foi
editada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (PGEPB-2008) (TJRS-2009) (DPEMG-2009)
(TRF2-2009) (PCPB-2009) (PCRO-2009) (TJSC-2010) (DPEGO-2010) (DPEAM-2011) (PGEPA-2011) (PGERS-
2011) (TJCE-2012) (DPESC-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (TJPE-2013) (TJMA-2013) (TRF2-2013) (MPF-2013)
(PGEGO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGEGO-2013) (TJPA-2009/2012/2014) (MPRS-2014) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGESC-2014) (MPMS-2015) (TRT16-2015) (TRT23-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015)
(PGEMS-2016) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (PGM-BH/MG-2017) (TRF3-2013/2016/2018) (DPEAP-2018)
(DPEPE-2018) (TJMS-2008/2020) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (Aud. Fiscal-
SEFAZ/DF-2020) (MPDFT-2011/2015/2021) (MPPR-2021)

(TJMS-2020-CESPE): A respeito do princípio da anterioridade tributária, é correto afirmar: Medida


provisória pode instituir ou majorar imposto e, neste caso, a obediência à anterioridade anual tributária
pressupõe a sua conversão em lei até o último dia do exercício financeiro em que for editada, para que a
nova norma possa ser aplicada no ano seguinte. BL: art. 62, §2º, CF (trib.)

##Atenção: As exceções previstas pelo §2º do art. 62 da CF (IE, II, IPI, IOF e imposto de guerra) são
exceções ao princípio da anterioridade anual – motivo pela qual a medida provisória que os regula não
precisaria estar convertida em lei até o término do exercício financeiro. Portanto, em regra, a MP
precisará ser convertida em lei até o último dia do ano em que foi editada. Porém, como ressaltado, há
algumas exceções previstas nesse dispositivo. Como a questão não aponta nenhum imposto específico,
deve-se ater à regra geral.

(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: As medidas provisórias podem instituir ou majorar tributos
para os quais não é exigida lei complementar. BL: art. 62, §1º, III e §2º, CF (trib.)

##Atenção: ##DPEMG-2009: ##PCPB-2009: ##PCRO-2009: ##PGERS-2011: ##MPF-2013:


##Cartórios/TJES-2013: ##Cartórios/TJSE-2014: ##PGEMS-2016: ##Cartórios/TJMG-2016/2017:
##TRF3-2016/2018: ##DPEAP-2018: ##DPEPE-2018: ##Cartórios/TJPR-2019: ##CESPE:
##Consulplan: ##FCC: ##Fundatec: ##UFPR: Acerca do tema, Ricardo Alexandre explica: “Em sede
jurisprudencial, o STF não demorou a definir que, em se tratando de matéria tributária, o uso da medida
provisória era plenamente possível, desde que observados os seus requisitos constitucionais (relevância e
urgência). Com o advento da Emenda Constitucional 32/2001, a Constituição Federal passou a prever que,
ressalvados o II, o IE, o IPI, o IOF e os impostos extraordinários de guerra, a medida provisória que
implique majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se for convertida
em lei até o último dia daquele em que foi editada (CF, art. 62, § 2º). Assim, estabelecidos requisitos para o
uso da medida provisória em matéria tributária, fica claro que a utilização é lícita. Ressalte-se que a restrição
relativa à necessidade da conversão em lei no exercício da edição da medida provisória aplica-se
exclusivamente aos impostos, de forma que, no tocante às demais espécies tributárias, a regra da
anterioridade deve ser observada, tomando como referência a data da publicação da MP e não de sua
conversão em lei. (...) Há impedimento constitucional à utilização de medida provisória em matéria
tributária cuja disciplina está reservada à lei complementar (CF, art. 62, § 1º, III). (...) Por fim, a
Constituição Federal estatui uma última restrição à utilização de medidas provisórias que pode ter
importantes repercussões em matéria tributária. Trata-se de regra também decorrente da Emenda
Constitucional 32/2001, que deu ao art. 246 da CF/1988 a seguinte redação: ‘Art. 246. É vedada a adoção de
medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio de
emenda promulgada entre 1.º de janeiro de 1995 até a promulgação desta emenda, inclusive’. Registre-se que, em
termos práticos, está impedida a edição de medidas provisórias para regulamentar artigos da CF/1988
cujas redações tenham sido alteradas pelas Emendas Constitucionais de n. 5/1995 a 32/2001. No que
concerne à matéria tributária, a restrição aplica-se às seguintes Emendas: - EC 12/1996 (que outorgou
competência à União para a instituição da CPMF, hoje extinta); - EC 20/1998 (com importantes repercussões sobre
as contribuições para financiamento da seguridade social); - EC 21/1999 (que prorrogou a CPMF, hoje extinta); -
EC 29/2000 (que autorizou a progressividade fiscal do IPTU e a diferenciação das respectivas alíquotas com base no
uso e na localização do imóvel); - EC 31/2000 (que instituiu o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza -
vinculando-lhe a receita de diversos tributos).” (Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 14ª ed.
2020, p. 142/144).
(TRF3-2018): Indique a alternativa correta: Medida provisória pode estabelecer a extinção de tributo. BL: art.
62, §2º, CF.
##Atenção: A doutrina é bastante dividida sobre o assunto. Autores como Paulo de Barros Carvalho, Roque

291
Antônio Carrazza, José Eduardo Soares de Melo e Ives Gandra Martins são contrários à medida provisória
como instrumento normativo de matéria tributária. São favoráveis, exemplificativamente, Celso Ribeiro
Bastos, Hugo de Brito Machado e Sacha Calmon. O STF também admite a edição de medida provisória em
matéria tributária (STF. 2ª T. RE 370.451 AgR/MG, rel. Min. Ellen Gracie, j. 21.03.06). Em razão da
generalidade da assertiva, presume-se que a banca tenha adotado o entendimento do STF.
(DPEPE-2018-CESPE): Em matéria tributária, as medidas provisórias podem instituir ou majorar
impostos. BL: art. 62, §2º, CF.
(DPEMG-2009): Medida Provisória pode dispor sobre matéria tributária, exceto a que for reservada à lei
complementar. BL: art. 62, §1º, III, c/c art. 62, §2º, CF.

(MPDFT-2015): O Presidente da República, no final do mês de setembro de um dado ano, editou medida
provisória que instituiu uma taxa. O Congresso Nacional, no mês de fevereiro do ano seguinte, rejeitou a
medida provisória. Neste contexto, o contribuinte que recolheu o tributo no mês de janeiro não tem
direito à repetição de indébito porque não houve nenhum pagamento indevido. BL: art. 62, §2º, CF.

##Atenção: De início, perceba que o art. 62, §2º da CF refere-se apenas a impostos. Desse modo,
interpretando-se literalmente o referido dispositivo, conclui-se que para as demais espécies tributárias
não há a exigência de conversão em lei até o último dia do ano de edição da medida provisória. Acerca
do tema, Eduardo Sabbag explica que, no plano específico da anterioridade tributária, à luz do art. 62, §
2°, da CF/88, a medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos só produzirá
efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que
foi editada. Entretanto, não se curvam à exigência de “conversão em lei até o último dia do ano de edição da
medida provisória” alguns tributos, dentre eles as taxas e contribuições de melhoria. Dessa forma, caso se
tenha uma taxa ou uma contribuição de melhoria, instituídas ou majoradas por medida provisória – o
que se mostra, em tese, plenamente cabível, haja vista não serem exações dependentes de lei
complementar –, a incidência da MP deverá atrelar-se ao princípio da anterioridade (anual e
nonagesimal), independentemente da conversão em lei. (Fonte: SABBAG, Eduardo, Manual de Direito
Tributário. 1ª Ed., São Paulo, Saraiva. 2009, p. 81). Logo, as relações jurídicas do período em que vigorou
a MP são válidas e seus efeitos jurídicos são mantidos (considerando que não houve a edição do decreto
legislativo, previsto no §3º do art. 62 da CF).

(AGU-2012-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca da ordem econômica e financeira e da edição de


medida provisória sobre matéria tributária: A CF admite a edição de medida provisória que institua ou
majore impostos, desde que seja respeitado o princípio da anterioridade tributária. BL: art. 62, §2º, CF.

(TJSC-2010): A medida provisória editada pela União poderá implicar na instituição ou aumento de
impostos, exceto o imposto de importação de produtos estrangeiros, imposto sobre produtos
industrializados, imposto de importação para o exterior de produtos nacionais, imposto extraordinário e
imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros, só produzindo efeitos no exercício financeiro
seguinte, se convertida em lei até o último dia daquele em que for editada. BL: art. 62, §2º, CF.

(TJRS-2009): Sobre medida provisória, assinale a assertiva correta: Aquela que aumentar alíquota de
imposto de renda e proventos de qualquer natureza só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte
se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. BL: art. 62, §2º, CF (trib.)

##Atenção: A MP que implique instituição ou majoração de impostos, como regra, só produzirá efeitos
no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi
editada.

§ 3º As MEDIDAS PROVISÓRIAS, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 PERDERÃO eficácia,


desde a edição, SE NÃO FOREM CONVERTIDAS EM LEI no prazo de sessenta dias, PRORROGÁVEL,
nos termos do § 7º, uma vez por igual período, DEVENDO o Congresso Nacional DISCIPLINAR, POR
DECRETO LEGISLATIVO, as relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
32, de 2001) (PCSC-2008) (TJRS-2009) (MPDFT-2009) (AGU-2009) (TJSC-2009/2010) (MPES-2010) (PGERS-2010)
(TJAC-2012) (TJCE-2012) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (DPESC-2012) (PGEAC-2012) (PGESP-2012) (MPSC-2013)
(PGEGO-2013) (TRF2-2012/2013/2014) (TJPA-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (MPMS-2015) (TRT6-2015) (TRT16-
2015) (PGEMS-2016) (DPEPR-2014/2017) (PCGO-2017) (MPPB-2018) (PGESC-2018)

Art. 62. (...).


§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de
eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua

292
vigência conservar-se-ão por ela regidas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-
se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001)

(MPBA-2018): Assinale a alternativa correta: As medidas provisórias perderão eficácia desde a sua
edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável uma vez por igual
período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas
decorrentes. BL: art. 62, §3º, CF.

##Atenção: O texto constitucional admite a aprovação de projeto de lei por decurso do tempo (art. 66,
§3º), mas não admite a aprovação de medida provisória, pois, se esta não for convertida em lei no prazo
de 60 dias (ou 120 dias, se tiver havido a aprovação), esta perderá sua eficácia.

(PGEMS-2016): O processo legislativo estabelecido na Constituição Cidadã de 1988 contém como um de


seus elementos as denominadas medidas provisórias. Sobre as medidas provisórias é correto afirmar: A
rejeição tácita da MP ocorre se não houver sua apreciação pelo Congresso Nacional no prazo de 60 dias,
prorrogável por igual período, caso em que perderá eficácia desde sua edição. BL: art. 62, §3º, CF.

(MPPE-2008-FCC): Lei ordinária assegura aos servidores públicos a percepção do Abono de Natal
correspondente a 1 mês de remuneração. Ocorre que medida provisória ampliou esse benefício para
conceder mais 50% por cento por ocasião do aniversário do servidor. Entretanto, a medida provisória foi
rejeitada pelo Congresso Nacional. Nesse caso, para a solução dos que já receberam o benefício entre o
período da edição dessa espécie normativa e sua rejeição, o Congresso Nacional deverá disciplinar por
meio de decreto legislativo, no prazo constitucionalmente estabelecido, as relações jurídicas consolidadas
durante a vigência da medida provisória. BL: art. 62, §3º, CF.

§ 4º O prazo a que se refere o § 3º CONTAR-SE-Á da publicação da MEDIDA PROVISÓRIA,


SUSPENDENDO-SE durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001) (TRF5-2011) (TRF2-2014) (PCPI-2014) (TJPE-2015) (TRT6-2015) (PGEMS-2016)
(DPEPR-2017)

(PGEMS-2016): O processo legislativo estabelecido na Constituição Cidadã de 1988 contém como um de


seus elementos as denominadas medidas provisórias. Sobre as medidas provisórias é correto afirmar: O
prazo de eficácia da MP de 60 dias fica suspenso durante o recesso do Congresso Nacional. BL: art. 62,
§4º, CF.

##Atenção: ##DOD: O prazo fica suspenso (ou seja, não corre) durante os períodos de recesso do
Congresso Nacional (art. 62, § 4º). Vale ressaltar que a MP continua produzindo efeitos. O que fica
suspenso é a contagem do prazo para que ela perca sua vigência.

§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas
provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (PGECE-2008) (TRF5-2009) (DPEMS-2012) (TJPE-2015)
(TRT6-2015) (TRT8-2015) (MPT-2015) (TCMRJ-2015) (PGEMS-2016) (PCGO-2017) (TJSP-2018)

(TJSP-2018-VUNESP): É possível afirmar que, no sistema constitucional brasileiro, embora o controle


repressivo de constitucionalidade seja, em regra, exercido pelo Judiciário, existem exceções, uma delas
correspondente ao juízo sobre a constitucionalidade das medidas provisórias que cada uma das Casas do
Congresso Nacional realiza antes de deliberar sobre o seu mérito. BL: art. 62, §5º, CF.

##Atenção: ##DPEMS-2012: ##TRT6-2015: ##PGEMS-2016: ##TJSP-2018: ##FCC: ##VUNESP:


Quando o Presidente da República elabora uma Medida Provisória, ela já possui força de lei, isto é, ela já
produz efeitos desde a sua edição. Todavia, nos termos do caput do art. 62 da CF/88, o Presidente da
República, deverá submeter a MP, de imediato, ao Congresso Nacional (Poder Legislativo), que
verificará se ela é ou não compatível com a CF/88. Se o Congresso rejeitar a medida provisória, ele estará
reparando uma inconstitucionalidade que já ocorreu, sendo, portanto, um exemplo de controle político
repressivo exercido pelo Poder Legislativo. Desse modo, o controle de constitucionalidade político é
aquele exercido por órgãos sem poder jurisdicional. Em que pese o controle de constitucionalidade, no
Brasil, ser preponderantemente exercido pelo Poder Judiciário, a doutrina registra exemplos de controle
293
repressivo feito pelo Poder Legislativo como o exercido pelo Congresso Nacional na rejeição de medida
provisória inconstitucional.

##Atenção: A deliberação nunca ocorrerá em sessão conjunta, mas sim em sessão única.

§ 6º Se a medida provisória NÃO FOR APRECIADA em até quarenta e cinco dias contados de sua
publicação, ENTRARÁ EM REGIME DE URGÊNCIA, subseqüentemente, em cada uma das Casas do
Congresso Nacional, FICANDO SOBRESTADAS, até que se ultime a votação, todas as demais
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001) (DPEPA-2009) (TJMS-2012) (MPPR-2012) (TJSP-2013) (MPSC-2013) (TRF2-2013) (PGEGO-2013) (TJRJ-
2014) (PCPI-2014) (MPMS-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (TCMRJ-2015) (PCGO-2017) (MPPB-2018) (DPEMA-
2018) (MPDFT-2021)

##Atenção: ##DOD: ##TRF5-2017: ##MPBA-2018: ##MPMT-2019: ##MPDFT-2021: ##CESPE: ##FCC:


O trancamento da pauta por conta de MPs não votadas no prazo de 45 dias só alcança projetos de lei
que versem sobre temas passíveis de serem tratados por MP: Apesar de o art. 62, §6º falar em “todas as
demais deliberações”, o STF, ao interpretar esse § 6º, não adotou uma exegese literal e afirmou que
ficarão sobrestadas (paralisadas) apenas as votações de projetos de leis ordinárias que versem sobre
temas que possam ser tratados por medida provisória. Assim, por exemplo, mesmo havendo medida
provisória trancando a pauta pelo fato de não ter sido apreciada no prazo de 45 dias (art. 62, § 6º),
ainda assim a Câmara ou o Senado poderão votar normalmente propostas de emenda constitucional,
projetos de lei complementar, projetos de resolução, projetos de decreto legislativo e até mesmo
projetos de lei ordinária que tratem sobre um dos assuntos do art. 62, § 1º, da CF/88. Isso porque a MP
somente pode tratar sobre assuntos próprios de lei ordinária e desde que não incida em nenhuma das
proibições do art. 62, § 1º. STF. Plenário. MS 27931/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 29/6/17 (Info 870).
(TRF5-2017-CESPE): “Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua
publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando
sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.”
(CF, art. 62, § 6.º). Considerando o artigo referido e interpretando o limite do sobrestamento das
deliberações legislativas, o STF fixou entendimento de que o sobrestamento alcança projetos de lei ordinária
sobre temas passíveis de regramento por medida provisória. BL: Info 870, STF.

(TCMRJ-2015-FCC): Medida provisória não implica nenhum prejuízo automático à tramitação de


proposta de emenda constitucional. BL: art. 62, §6º, CF.

##Atenção: Não há prejuízo automático à tramitação de PEC. O que pode ocorrer é o seguinte:
decorridos 45 dias sem que seja apreciada a MP, haverá o trancamento da pauta da Casa legislativa em
que estiver tramitando (v. art. 62, §6º, CF). Só esse dispositivo já é suficiente para justificar o gabarito, já
que não existe sobrestamento automático. Ademais, ao julgar o MS 27931 o STF ratificou o entendimento
de que esse sobrestamento alcança apenas os projetos de lei sobre temas passíveis de serem tratados por
medida provisória e não toda a pauta. Ficam fora do bloqueio, portanto, PEC's, projetos de lei
complementar, decretos legislativos, resoluções e projetos de lei ordinária cuja matéria não possa ser
tratada por medida provisória. Merece atenção o entendimento de Michel Temer, no seguinte sentido:
como as medidas provisórias só podem tratar de matéria de lei ordinária (matérias residuais), sujeitas às
sessões ordinárias, somente nestas sessões haveria o trancamento da pauta (é o chamado poder de
agenda do Congresso Nacional). Nas sessões extraordinárias e nas ordinárias cujo objeto da lei não possa
ser veiculado por MP (como proposta de emenda à Constituição, resoluções, decretos legislativos), os
congressistas estariam livres para tratar da matéria que quiserem. Esse artifício foi adotado para evitar o
trancamento constante e desobstruir a pauta do Congresso. Trata-se do chamado poder de agenda (art.
62, §6º, CF).

§ 7º PRORROGAR-SE-Á uma única vez por igual período A VIGÊNCIA DE MEDIDA


PROVISÓRIA que, no prazo de sessenta dias, CONTADO de sua publicação, NÃO TIVER a sua votação
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
(TJMG-2008) (PCSC-2008) (TJAC-2012) (MPSC-2013) (PGEGO-2013) (TJSP-2014) (TRT16-2015) (DPEPR-2017)
(PGM-Teresina/PI-2022)

##Questiona-se: ##DOD: Qual é o prazo de eficácia da medida provisória? 60 dias, podendo ser
prorrogada, apenas uma vez, por mais 60 dias. Isso está previsto no art. 62, §§ 3º e 7º da CF/88.

294
##Atenção: ##DOD: Prorrogação é automática: A prorrogação da vigência da MP é automática. Assim,
terminado o prazo de 60 dias, se a MP ainda não tiver sido votada nas duas Casas do Congresso
Nacional, ela será automaticamente prorrogada (o Presidente não precisa pedir a prorrogação). Essa
prorrogação pode ocorrer uma única vez.

##Questiona-se: ##DOD: O que acontece se uma MP não é convertida em lei no prazo de eficácia +
prorrogação (120 dias)? Se uma MP não for convertida em lei no prazo, ela perde eficácia desde a sua
edição (sua eficácia fica exaurida). Ocorrendo essa situação, o Congresso Nacional deverá editar um
decreto legislativo disciplinando como ficarão as relações jurídicas que foram afetadas pela MP no
período em que ela vigorou (art. 62, § 3º). Em outras palavras, este decreto legislativo irá dizer se os
efeitos produzidos pela MP no período em que ela vigorou continuam ou não, mesmo ela não tendo sido
aprovada.

##Questiona-se: ##DOD: O que acontece se uma MP é rejeitada? Se uma MP é votada dentro do prazo
e rejeitada, ela também perde eficácia desde a sua edição, sendo, então, arquivada.

##Atenção: ##DOD: Possibilidades da MP: Podemos identificar três ocorrências possíveis para as
medidas provisórias:
A MP é votada dentro do seu prazo de duração, O texto é promulgado e, com isso, a
1) Aprovação
sendo aprovada pelo Congresso. MP é convertida em lei ordinária.
A MP é votada dentro do seu prazo de duração, A MP é arquivada.
2) Rejeição
mas não obtém os votos necessários para ser
EXPRESSA
aprovada (maioria simples).
A MP não é votada dentro do prazo de duração. A MP é arquivada.
3) Rejeição
Diz-se que a eficácia foi exaurida pelo decurso do
TÁCITA
prazo (perdeu eficácia por decurso do prazo).

(TJSP-2014-VUNESP): De acordo com a CF/88, assinale a opção correta a respeito da Medida Provisória:
A vigência da MP pode ser prorrogada por uma única vez, pelo prazo de 60 dias. BL: art. 62, §7º, CF.

§ 8º As medidas provisórias TERÃO sua votação iniciada na CÂMARA DOS DEPUTADOS.


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (PGECE-2008) (PCSC-2008) (TJRS-2009) (TJMS-2012)
(TJAC-2012) (DPESC-2012) (TJSP-2013) (MPMS-2013) (TJPA-2014) (PCRO-2014) (PGM-Recife/PE-2014)
(PCDF-2015) (TRT2-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGESC-2018) (PGERS-2021)

(PGERS-2021-Fundatec): Assinale a alternativa correta de acordo com as disposições constitucionais:


Após o Presidente da República editar uma medida provisória, sua votação para conversão em lei será
sempre iniciada pela Câmara dos Deputados. BL: art. 62, §8º, CF.

(TJSP-2013-VUNESP): As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. BL:
art. 62, §8º, CF.

§ 9º CABERÁ à COMISSÃO MISTA de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e


sobre elas emitir parecer, ANTES DE SEREM APRECIADAS, em sessão separada, pelo plenário de cada
uma das Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (PGEPA-2011)
(TJMS-2012) (TJAC-2012) (TJPI-2012) (MPMT-2012) (MPM-2013) (TJPA-2014) (PGEBA-2014) (Cartórios/TJRS-
2015) (MPT-2015) (MPPB-2018) (DPEPI-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEBA-2014: ##TRT6-2015: ##DPEPI-2022: ##CESPE: ##FCC:


Emissão de parecer pela comissão mista de Deputados e Senadores: A emissão de parecer sobre as
medidas provisórias, por comissão mista de deputados e senadores antes do exame, em sessão
separada, pelo plenário de cada uma das casas do Congresso Nacional (CF, art. 62, § 9º) configura fase
de observância obrigatória no processo constitucional de conversão dessa espécie normativa em lei
ordinária. Vale ressaltar, no entanto, que o parecer da comissão mista (previsto no § 9º do art. 62 da
CF) é obrigatório apenas para as medidas provisórias assinadas e encaminhadas ao Congresso
Nacional a partir do julgamento da ADI 4029. As medidas provisórias anteriores a essa ADI 4029 não
precisaram passar, obrigatoriamente, pela comissão mista por estarem regidas pelas regras da
Resolução n.º 01, do Congresso Nacional. Os arts. 5º, caput e 6º, §§ 1º e 2º da Resolução nº 1, do CN
295
foram reconhecidos inconstitucionais pelo STF, no entanto, a Corte determinou que essa declaração de
inconstitucionalidade somente produz efeitos ex nunc (a partir da decisão). Todas as leis aprovadas
segundo a tramitação da Resolução nº 1 (ou seja, sem parecer obrigatório da comissão mista após o 14º
dia) são válidas e não podem ser questionadas por esta razão. STF. Plenário. ADI 4029/AM, Rel. Min.
Luiz Fux, julgado em 7 e 8/3/2012 (Info 657).

§ 10. É VEDADA a REEDIÇÃO, na mesma sessão legislativa [obs.: ordinária], de medida


provisória que TENHA SIDO REJEITADA ou que TENHA PERDIDO sua eficácia por decurso de prazo.
(Incluído pela EC nº 32, de 2001) (TJMG-2008) (PCSC-2008) (TJSC-2009) (TRF5-2009) (PCPB-2009) (PCRJ-2009)
(PGEAM-2010) (TJMS-2012) (MPPI-2012) (MPPR-2012) (DPEMS-2012) (PGEAC-2012) (TRF2-2013) (TJPA-
2009/2012/2014) (Cartórios/TJMG-2015) (TRT6-2015) (PCPE-2016) (TRF2-2017) (MPPB-2018) (MPMT-2019)
(MPDFT-2021) (MPPR-2021)

##Questiona-se: ##DOD: É possível a reedição de medidas provisórias? SIM, mas desde que isso
ocorra em outra sessão legislativa. Veja o que diz o § 10 do art. 62 da CF/88. Interpretando esse
dispositivo a contrario sensu, é possível a reedição, em outra sessão legislativa, de medida provisória que
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

##Atenção: ##DOD: Sessão legislativa: Quando o § 10 do art. 62 fala em “sessão legislativa”, está se
referindo à sessão legislativa ordinária. Sessão legislativa é o período anual de trabalho ordinário dos
parlamentares no Congresso Nacional. Inicia-se em 02 de fevereiro, é interrompido em 17 de julho para
o recesso do meio do ano e recomeça em 1º de agosto, indo até 22 de dezembro. Desse modo, a sessão
legislativa ordinária vai de 02 de fevereiro até 22 de dezembro, com uma pausa (intervalo) entre 18 de
julho até 31 de julho. Fala-se em sessão legislativa ordinária porque é possível a convocação dos
parlamentares para deliberações extraordinárias. É a chamada convocação extraordinária, prevista no
art. 57, § 7º: “Art. 57 (...) § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre
a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela
indenizatória, em razão da convocação”.

##Questiona-se: ##DOD: O Presidente da República pode “desistir” da MP que ele editou? Ele pode
pedir a “retirada” da MP que está tramitando no CN? NÃO. Não existe essa possibilidade na CF/1988.

##Questiona-se: ##DOD: ##MPDFT-2011: ##TJCE-2012: ##PGEAC-2012: ##TRF2-2017: ##CESPE:


##FMP: É possível que o Presidente da República edite MP revogando medida provisória anterior que
está tramitando no CN? SIM. O Presidente, embora não tenha disponibilidade sobre medida
provisória já editada (não pode retirar do Congresso Nacional), possui legitimidade para editar outra
medida provisória com efeito ab-rogante (revogando a MP anterior). O STF entende que não existe, na
CF/88, proibição explícita a respeito para a edição de nova MP revogando MP anterior. Vale ressaltar,
no entanto, que a segunda MP irá apenas suspender a eficácia jurídica da medida provisória revogada.
Isso significa que o Congresso permanece com o poder de deliberar sobre a validade da MP. Ex: o
Congresso pode decidir rejeitar a segunda MP (MP “revogadora”) e aprovar a primeira (que o Presidente
queria revogar com a segunda). Veja esta elucidativo precedente da Corte sobre o tema:
(...) 1. Porque possui força de lei e eficácia imediata a partir de sua publicação, a MP não pode
ser “retirada” pelo Presidente da República à apreciação do Congresso Nacional. (...). 2. Como
qualquer outro ato legislativo, a Medida Provisória é passível de ab-rogação mediante diploma
de igual ou superior hierarquia. Precedentes. 3. A revogação da MP por outra MP apenas
suspende a eficácia da norma ab-rogada, que voltará a vigorar pelo tempo que lhe reste para
apreciação, caso caduque ou seja rejeitada a MP ab-rogante. 4. Consequentemente, o ato
revocatório não subtrai ao Congresso o exame da matéria contida na MP revogada. (...) STF.
Plenário. ADI 2984 MC, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 4/09/03.
(TRF2-2017): Marque a opção correta: As Medidas Provisórias possuem força de lei e eficácia
imediata desde a sua publicação. Após editadas, o Presidente da República não pode meramente
cancelá-las e, assim, retirá-las da apreciação do Poder Legislativo, impedindo que este examine
plena e integralmente seus efeitos, o que não impede que uma MP revogue outra ainda não
convertida em lei. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##DOD: Observação importante: Presidente, ao revogar a MP anterior, admite que aquele
assunto não é urgente: O STF entende que o chefe do Poder Executivo da União, ao revogar
determinada medida provisória, abre mão do poder de disposição sobre aquela matéria, com o caráter
de urgência que justificava a edição do ato normativo. Ora, se o próprio Presidente revogou a MP
anterior, significa que aquele assunto que era nela tratado pode esperar (não é urgente) e, portanto, não
deve ser tratado por meio de MP (art. 62, CF). A hipótese corresponde, portanto, à figura da rejeição.

296
Confira precedente neste sentido:
(...) o ato de revogação pura e simples de uma MP outra coisa não é senão uma auto-rejeição; ou
seja, o autor da medida a se antecipar a qualquer deliberação legislativa para proclamar, ele
mesmo (Poder Executivo), que sua obra normativa já não tem serventia. Logo, reeditá-la
significaria artificializar os requisitos constitucionais de urgência e relevância, já categoricamente
desmentidos pela revogação em si. (...) STF. Plenário. ADI 3964 MC, Rel. Min. Carlos Britto, j.
12/12/2007.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMT-2019: ##MPPR-2021: ##FCC: É inconstitucional medida


provisória ou lei decorrente de conversão de medida provisória cujo conteúdo normativo caracterize a
reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória anterior rejeitada, de eficácia exaurida
por decurso do prazo ou que ainda não tenha sido apreciada pelo Congresso Nacional dentro do prazo
estabelecido pela CF/88. STF. Plenário. ADI 5717/DF, ADI 5709/DF, ADI 5716/DF e ADI 5727/DF, Rel.
Min. Rosa Weber, j. 27/3/19 (Info 935).

##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF declarou inconstitucional dispositivo da MP 886/19, que transferia
para o Ministério da Agricultura a competência para realizar a demarcação de terras indígenas. Essa
disposição foi declarada inconstitucional porque o Congresso Nacional já havia rejeitado uma outra
proposta, com esse mesmo teor, prevista em outra medida provisória (MP 870), editada no mesmo
ano/sessão legislativa (2019). Assim, o STF entendeu que houve a reedição, na mesma sessão
legislativa, de proposta que já havia sido rejeitada pelo Congresso Nacional, o que violou o § 10 do
art. 62 da CF/88. Nos termos expressos da CF/88, é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de
medida provisória que tenha sido rejeitada. STF. Plenário.ADI 6062 MC-Ref/DF, ADI 6172 MC-Ref/DF,
ADI 6173 MC-Ref/DF, ADI 6174 MC-Ref/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 1º/8/19 (Info 946).

(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de


medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. BL:
art. 62, §10, CF.

§ 11. NÃO EDITADO o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a
REJEIÇÃO ou PERDA de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes
de atos praticados durante sua vigência CONSERVAR-SE-ÃO por ela regidas. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001) (MPPE-2008) (PCSC-2008) (TJRS-2009) (AGU-2009) (MPES-2010) (PGESP-2012)
(TRF2-2013/2014) (TJPA-2014) (PCPI-2014) (MPDFT-2015) (MPT-2015) (PCPE-2016) (DPEPR-2014/2017)

Art. 62. (...).


§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se
não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual
período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas
decorrentes.. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

(TJPA-2014-VUNESP): Presidente da República abre crédito extraordinário por meio de medida


provisória para atendimento de despesas imprevistas e urgentes, decorrente de calamidade pública
ocorrida no Estado do Pará. Passados os sessenta dias iniciais e a prorrogação de igual prazo, o
Congresso Nacional não deliberou acerca da medida provisória em questão. É correto afirmar que não
editado decreto legislativo do Congresso Nacional, até sessenta dias após a perda de eficácia da medida
provisória, o crédito extraordinário terá validade. BL: art. 62, §§ 3º e 11, CF.

(PGESP-2012-FCC): A medida provisória rejeitada pelo Congresso Nacional perde a eficácia, com efeitos
desde a data de sua rejeição, se o Congresso Nacional não editar Decreto Legislativo disciplinando as
relações jurídicas dela decorrentes, em até sessenta dias, após a rejeição. BL: art. 62, §§ 3º e 11, CF.

##Atenção: ##Dica:
1. CN - Editou Decreto legislativo: perda da eficácia desde a EDIÇÃO. (art; 62. § 3º da CF).
2. CN - NÃO Editou Decreto legislativo: perda da eficácia desde a REJEIÇÃO. (art. 62, § 11 º da
CF).

(MPES-2010-CESPE): Acerca do processo legislativo na CF, assinale a opção correta: De acordo com o
STF, a não conversão da medida provisória tem efeito repristinatório sobre o direito com ela colidente.
BL: art. 62, §§ 3º e 11, CF.

##Atenção: Manoel Gonçalves Ferreira Filho explica que “uma das consequências da força de lei é revogar, ou

297
derrogar, as leis anteriores. Daí decorre que a edição de medida provisória válida importa na revogação das leis, ou
das normas de leis, que com o seu texto colidirem. Todavia, a medida provisória é um ato sob a condição resolutiva
de sua conversão em lei, motivo por que a falta desta implica a extinção de seus efeitos, donde a restauração do
Direito anterior.” Por fim, refere que “a não conversão da medida provisória tem, portanto, efeito
repristinatório sobre o Direito com ela colidente”. (Fonte: FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do
processo legislativo, 5ª ed. 2002. pp. 244-245.).

(TJRS-2009): A rejeição de medida provisória pelo Poder Legislativo não produz a automática ineficácia
das relações jurídicas constituídas sob sua égide. BL: art. 62, §§3º e 11, CF.

##Atenção: Caso não sejam convertidas em lei no prazo estabelecido constitucionalmente, as medidas
provisórias perderão sua eficácia desde sua edição (ex tunc) (art. 62, §3º, CF), devendo o Congresso
Nacional disciplinar por meio de DECRETO LEGISLATIVO no prazo de 60 DIAS contados da
REJEIÇÃO ou PERDA DA EFICÁCIA POR DECURSO DE PRAZO as relações jurídicas delas
decorrentes. Se o Congresso NÃO editar o DECRETO LEGISLATIVO no prazo de 60 DIAS as relações
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da medida provisória
permanecerão por ela regidas.

§ 12. APROVADO PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO ALTERANDO o texto original da medida


provisória, esta MANTER-SE-Á integralmente em vigor até que SEJA SANCIONADO ou VETADO o
PROJETO. [obs.: pelo Presidente da República] (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (PCSC-
2008) (AGU-2009/2010) (TJSC-2015) (TJPE-2015) (TRT6-2015) (PFN-2015) (PGEMS-2016) (MPPB-2018)

(PGEMS-2016): O processo legislativo estabelecido na Constituição Cidadã de 1988 contém como um de


seus elementos as denominadas medidas provisórias. Sobre as medidas provisórias é correto afirmar:
Ocorrendo alterações no texto original da MP por meio de emendas, o projeto de lei de conversão será
encaminhado a sanção ou veto do Presidente da República. BL: art. 62, §12, CF.

(TRT6-2015-FCC): O processo de conversão em lei das medidas provisórias dispensa o encaminhamento


à sanção presidencial do texto aprovado, caso não tenha sofrido alterações no âmbito do Congresso
Nacional. BL: art. 62, §12, CF.

##Atenção: Portanto, a conversão em lei de medida provisória sem que o Congresso Nacional tenha
promovido alterações em seu texto dispensa a sanção presidencial, cabendo ao Presidente da Mesa do
Congresso Nacional a sua promulgação. Em outras palavras, só haverá necessidade de sanção
presidencial caso ocorra alteração do texto original da MP (art. 62, §12 da CF). Como não houve
alterações em seu texto, a MP é promulgada pelo Congresso.

Art. 63. NÃO SERÁ ADMITIDO AUMENTO DA DESPESA PREVISTA:

I - nos projetos de INICIATIVA EXCLUSIVA do Presidente da República, RESSALVADO o


disposto no art. 166, § 3º e § 4º; (TJMG-2008) (TJSC-2009) (DPEPA-2009) (DPU-2010) (AGU-2010) (TJES-
2011) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (TJPR-2012) (PCMA-2012) (MPMG-2012/2014) (TJDFT-2014) (TRF2-2014)
(PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (TJPE-2015) (TRT8-2015) (TRT15-2015) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (DPEPR-
2017) (DPERO-2017) (PGESE-2017) (PCAP-2017) (MPBA-2018) (PGEAP-2018) (PGETO-2018)

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum. (...)
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem
ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando

298
incompatíveis com o plano plurianual.

##Atenção: ##STF: ##DPU-2010: ##PCMA-2012: ##TRF2-2014: ##PGEMA-2016: ##DPERO-2017:


##PGESE-2017: ##PGEAP-2018: ##PGETO-2018: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##VUNESP: As emendas
parlamentares aos projetos de lei de iniciativa privativa do Poder Executivo e Judiciário são
admitidas, desde que guardem pertinência temática com o projeto e não importem em aumento de
despesas. STF. Plenário. ADI 2583, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 01/08/11. (...) As normas constitucionais
de processo legislativo não impossibilitam, em regra, a modificação, por meio de emendas
parlamentares, dos projetos de lei enviados pelo Chefe do Poder Executivo no exercício de sua
iniciativa privativa. Essa atribuição do Poder Legislativo brasileiro esbarra, porém, em duas
limitações: a) a impossibilidade de o parlamento veicular matérias diferentes das versadas no projeto
de lei, de modo a desfigurá-lo; e b) a impossibilidade de as emendas parlamentares aos projetos de lei
de iniciativa do Presidente da República, ressalvado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 166, implicarem
aumento de despesa pública (inciso I do art. 63 da CF). STF. Plenário. ADI 3114, Rel. Min. Carlos Britto,
j. 24/08/05.
(PGEMA-2016-FCC): O Governador de determinado Estado encaminhou à Assembleia Legislativa projeto
de lei ordinária criando órgão vinculado à Secretaria da Saúde, bem como criando cargos públicos com
atribuições para a execução de atividades junto a esse órgão, tendo estabelecido a respectiva remuneração.
No âmbito da Assembleia Legislativa o referido projeto de lei foi aprovado com duas emendas
parlamentares. A primeira delas aumentou o número de cargos públicos previstos na proposta inicial,
acarretando aumento da despesa. A segunda alterou as regras do regime jurídico dos servidores públicos
em geral junto ao Poder Executivo, regime esse disciplinado em lei específica que não foi objeto do projeto
de lei encaminhado pelo Governador. Considerando as normas da Constituição Federal que regem o
processo legislativo, bem como a jurisprudência do STF na matéria, a aprovação das duas emendas
parlamentares é inconstitucional, uma vez que em projeto de iniciativa privativa do Chefe do Poder
Executivo, como é o caso, é vedada emenda parlamentar que aumente despesas e que discipline matéria
distinta daquela prevista inicialmente. BL: Entend. Jurisprud.
(TRF2-2014): O Presidente da República remete ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre
criação de Ministério Extraordinário de Assuntos Especiais, estruturado em cinco departamentos. Emenda
parlamentar suprime um dos departamentos, por considerá-lo desnecessário. Assinale a alternativa correta:
A emenda está em conformidade com a CF/1988, já que, em projetos de iniciativa exclusiva do Presidente
da República, a Constituição Federal veda é o aumento de despesa. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: Consoante dispõe a ressalva na parte final do inciso I do art. 63 da CF, a vedação não é
completa, já que se o projeto de lei se referir a leis orçamentárias, poderá haver emenda parlamentar no
sentido de aumento de despesa.

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. (TJGO-2009) (MPDFT-2011) (PGEBA-2014)
(TJPE-2015) (TRT8-2015) (PGEMT-2016) (DPEPR-2017)

##Atenção: É admitido aumento de despesas por emenda parlamentar quando não seja em projeto de lei
relacionado nos incisos I e II do art. 63 da CF, pois a restrição alcança estes casos.

Art. 64. A DISCUSSÃO e VOTAÇÃO DOS PROJETOS DE LEI de iniciativa do Presidente da


República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores TERÃO início na Câmara dos
Deputados. (TJRR-2008) (PCSC-2008) (DPEPA-2009) (MPES-2010) (PGEGO-2010) (TRF3-2011) (TJRS-
2009/2012) (TJPR-2012) (TJRJ-2012) (MPPR-2012) (MPMG-2013) (MPMT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRT1-
2014/2015) (TRT6-2015) (MPSC-2016) (PGESP-2018) (MPDFT-2021) (PGERS-2021) (Anal. Judic./TJCE-2022)

§ 1º O Presidente da República PODERÁ SOLICITAR URGÊNCIA para apreciação de projetos de


sua iniciativa. (PCSC-2008) (DPEPA-2009) (TRF3-2011) (TJDFT-2012) (MPMT-2014) (TRT6-2015) (PGESP-
2018) (MPDFT-2021) (DPEBA-2021)

§ 2º Se, no caso do § 1º, a CÂMARA DOS DEPUTADOS e o SENADO FEDERAL NÃO SE


MANIFESTAREM sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias,
SOBRESTAR-SE-ÃO todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, COM EXCEÇÃO das
que TENHAM prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001) (TJRR-2008) (DPEPA-2009) (AGU-2010) (TJDFT-2012) (TJRJ-2012) (MPMT-
2014) (DPEPR-2014) (TRT6-2015) (PGESP-2018) (MPDFT-2021)
299
(DPEPR-2014-UFPR): A respeito do Processo Legislativo Brasileiro, é correto afirmar: O procedimento
legislativo sumário consiste na discussão e votação de projetos de lei de iniciativa apenas do Presidente
da República quando este solicitar urgência. Neste caso, ambas as Casas do Congresso Nacional deverão
se manifestar em até quarenta e cinco dias, cada qual, sucessivamente, e não o fazendo em tal prazo,
sobrestar-se-ão as deliberações legislativas das respectivas Casa, com exceção daquelas que tenham
prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação. BL: art. 64, §§1º e 2º, CF.

##Atenção: Conforme Marcelo Novelino (2014), o que difere o processo legislativo sumário do ordinário
é a fixação de prazo máximo para apreciação do projeto de lei. O Presidente da República poderá
solicitar ao Congresso Nacional urgência na apreciação de projeto de lei de sua iniciativa (CF, art. 64, §
1°). Nessa hipótese, cada Casa terá 45 dias para apreciá-lo, sendo que o prazo não corre durante o
período de recesso parlamentar, nem se aplica aos projetos de código (CF, art. 64, § 4°). Findo o prazo
estabelecido, o projeto deverá ser incluído na ordem do dia, sobrestando-se as demais deliberações
legislativas, salvo se também tiverem prazo constitucionalmente determinado (CF, art. 64, § 2°), como
ocorre com as medidas provisórias (CF, art. 62, § 6°).

(TJRR-2008-FCC): Projeto de lei ordinária de iniciativa do Presidente da República, visando à criação de


cargos e empregos públicos na administração direta e autárquica federal, tramita em regime de urgência,
em atendimento à solicitação do próprio Chefe do Poder Executivo federal. Nessa hipótese, terão as
Casas do Congresso Nacional o prazo de quarenta e cinco dias, cada qual, para se manifestar sobre a
proposição, sob pena de sobrestamento das demais deliberações legislativas da Casa respectiva, exceto as
que tenham prazo constitucional determinado, até o fim da votação. BL: art. 64, §§1º e 2º, CF.

§ 3º A APRECIAÇÃO DAS EMENDAS do Senado Federal pela Câmara dos Deputados FAR-SE-Á
no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior. (PCRJ-2009) (TJPR-2012)
(MPMG-2013) (TRT6-2015)

(MPMG-2013): Assinale a alternativa correta: No processo legislativo sumário, a apreciação do projeto de


lei deverá ocorrer no prazo máximo de noventa dias, podendo ser ampliado por mais dez, caso haja
emenda do Senado Federal. BL: art. 64, §§1º a 3º, CF.

##Atenção: O processo legislativo sumário é aquele em que o chefe do Executivo, nos projetos de lei de
sua iniciativa, solicita urgência (art. 64, § 1º, CF). Conforme art. 64, § 2º, CF, Câmara dos Deputados e
Senado Federal terão, cada um, 45 dias para se manifestarem quanto à proposição. Por fim, o art. 64, § 3º,
CF nos diz que a apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no
prazo de dez dias.

§ 4º Os prazos do § 2º NÃO CORREM nos períodos de recesso do Congresso Nacional, NEM SE


APLICAM aos projetos de código. (DPEPA-2009) (AGU-2010) (TJRJ-2011) (TJPA-2012) (TRT6-2015)

Art. 65. O PROJETO DE LEI aprovado por uma Casa SERÁ REVISTO pela outra, em um só turno
de discussão e votação, e ENVIADO à SANÇÃO ou PROMULGAÇÃO, se a Casa revisora O APROVAR,
ou ARQUIVADO, SE O REJEITAR. (PCSC-2008) (MPCE-2009) (TRF2-2009) (DPEGO-2010) (MPPR-2011)
(TJAC-2012) (TJPR-2012) (PGEAC-2012) (TJRJ-2011/2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGESC-2014)
(PGM-Recife/PE-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (DPEPR-2017) (Anal. Judic./TJCE-2022)

Parágrafo único. SENDO o projeto EMENDADO, VOLTARÁ à Casa iniciadora. (PCSC-2008)


(TJGO-2009) (MPCE-2009) (PCRJ-2009) (DPEGO-2010) (MPPR-2011) (TJPR-2012) (PGEAC-2012) (DPEPR-
2017) (Anal. Judic./TRF3-2019) (Anal. Judic./TJCE-2022)

Art. 66. A Casa na qual TENHA SIDO CONCLUÍDA a votação ENVIARÁ o PROJETO DE LEI ao
Presidente da República, que, AQUIESCENDO, o sancionará. (PCSC-2008) (TJGO-2009) (MPCE-2009)
(MPRO-2010) (TJPB-2011) (TJPR-2012) (PGEAC-2012) (PGEPA-2012) (Cartórios/TJSE-2014) (PGM-Recife/PE-
2014) (TJSC-2015) (MPDFT-2015) (TRT15-2015) (MPT-2013/2017) (PCMS-2017) (MPPB-2018) (DPERS-2018)
(Cartórios/TJSP-2018) (PCBA-2018) (Anal. Judic./TJCE-2022)

(TJSC-2015-FCC): A medida provisória que, no processo de conversão em lei, for aprovada pelo
Congresso Nacional sem alterações, não cabe ser submetida à sanção ou veto do Presidente da República,

300
diferentemente do que ocorre com os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República aprovados,
sem modificações, pelo Congresso Nacional. BL: art. 62, §12 e art. 66 da CF/88.

§ 1º. Se o Presidente da República CONSIDERAR o projeto, no todo ou em parte,


INCONSTITUCIONAL [obs.: veto jurídico] ou CONTRÁRIO AO INTERESSE PÚBLICO [obs.: veto
político], VETÁ-LO-Á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias ÚTEIS, CONTADOS da data do
recebimento, e COMUNICARÁ, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os
motivos do veto. (PCSC-2008) (DPEMA-2009) (PGEGO-2010) (TJPB-2011) (TJRJ-2011) (TJPR-2012) (PGEAC-
2012) (TRF5-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (AGU-2010/2015) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (TRT15-2015) (PFN-2015)
(PGEAM-2010/2016) (TJDFT-2016) (PGEMS-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPT-2013/2017) (PCAP-2017) (PCMS-
2017) (TRT/Unificado-2017) (TRF2-2013/2014/2018) (Cartórios/TJSP-2016/2018) (MPBA-2018) (PCBA-2018)
(Cartórios/TJRS-2019) (MPDFT-2021) (DPERS-2018/2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: O poder de veto previsto no art. 66, § 1º, da Constituição não pode ser
exercido após o decurso do prazo constitucional de 15 dias: A prerrogativa do poder de veto
presidencial somente pode ser exercida dentro do prazo expressamente previsto na Constituição, não
se admitindo exercê-la após a sua expiração. No caso concreto, apenas no dia imediatamente seguinte
à expiração do prazo (16º dia), a Presidência da República providenciou a publicação de edição extra
do Diário Oficial da União para a divulgação de novo texto legal com a aposição adicional de veto a
dispositivo que havia sido sancionado anteriormente. Esse tipo de procedimento não se coaduna com
a Constituição Federal, de modo que, ultrapassado o período do art. 66, § 1º, da CF, o texto do projeto
de lei é, necessariamente, sancionado (art. 66, § 3º) e o poder de veto não pode mais ser exercido.
Portanto, a manutenção de veto extemporâneo na forma do art. 66, § 4º, da CF não retira a sua
inconstitucionalidade, pois o ato apreciado pelo Congresso Nacional sequer poderia ter sido
praticado. Nessa hipótese, caso o Legislativo deseje encerrar a vigência de dispositivo legal por ele
aprovado, deve retirá-lo da ordem jurídica por meio da sua revogação. STF. Plenário. ADPF 893/DF,
Rel. Min. Cármen Lúcia, redator do acórdão Min. Roberto Barroso, j. 20/6/22 (Info 1059).

(Cartórios/TJRS-2019-VUNESP): Assinale a alternativa correta a respeito do veto presidencial: Se o


Presidente da República vetar o projeto de lei, total ou parcialmente, deverá comunicar ao Presidente do
Senado Federal os motivos do veto, dentro do prazo de quarenta e oito horas. BL: art. 66, §1º, CF.

(PCBA-2018-VUNESP): A Casa na qual tenha sido concluída a votação de projeto de lei deverá enviá-lo
ao Presidente da República que, ao considerar o projeto no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da
data do recebimento. BL: art. 66, caput e §1º, CF.

(MPT-2017): Assinale a alternativa correta: A Casa do Congresso Nacional na qual tenha sido concluída a
votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. Nos termos
da Constituição Federal, poderá o Presidente da República vetar o projeto, no todo ou em parte, no prazo
de quinze dias úteis. BL: art. 66, caput e §1º, CF.

(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: Na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o veto é


irretratável. BL: art. 66, §1º, CF e Entend. Doutrinário e Jurisprud.

##Atenção: ##Doutrina: ##STF: ##TRF4-2014: ##AGU-2015: ##CESPE: Acerca da possibilidade ou não


de retratação do veto, explica Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz: “A Constituição Federal de 1988,
seguindo a tradição constitucional desde a Carta Imperial de 1824, mantém o instituto do veto, isto é, autoriza a Lei
Maior que o Chefe do Poder Executivo recuse sanção a projeto de lei já aprovado pelo Legislativo, dessa forma
impedindo a sua transformação em lei (art. 66, § 1º, da CF/88). (...) O ponto nodal da questão está em se saber
se a Constituição admite a possibilidade de retratação de um veto pelo titular do Poder Executivo. A
doutrina, em expressiva maioria, responde pela negativa, concluindo que o uso do veto não permite
arrependimento e, uma vez lançado, é irretratável. Pontes de Miranda, com insuperável clareza, expõe esse
princípio de Direito Constitucional com estas palavras, verbis: “Vetado o projeto de lei, não pode o Poder
Legislativo resolver corrigi-lo e submetê-lo a novas discussões. A fortiori, pedir que o Presidente da República lho
devolva, para que, antes da sanção, se emende. Os trâmites da elaboração das leis são irreversíveis. Também o
Presidente da República que exerceu o direito de vetar não pode penitenciar-se e revogar ou modificar o veto. Se
vetou totalmente o projeto de lei, não lhe é permitido passar ao veto parcial. Se só parcialmente o vetou, não se lhe
concede vetá-lo duas vezes, em parte, ou mais de uma vez no todo.” (...) O Supremo Tribunal Federal, ao julgar
a Representação nº 432-DF, em 22 de janeiro de 1960, sendo relator o Ministro Ary Franco, teve a oportunidade
de se pronunciar a respeito de retratação do veto. O acórdão possui a seguinte ementa, verbis: “O poder de veto, se
usado pelo executor, não pode ser retratado.” (...) A gravidade dessa medida, quando utilizada pelo titular do
301
Executivo pois o coloca na posição de defensor da Carta Magna, exercendo um verdadeiro controle preventivo para
resguardá-la de qualquer violação ao seu texto, resultante da entrada em vigor de uma lei inconstitucional implica,
uma vez aposto o veto, a impossibilidade de sua posterior retratação.” (Fonte: Carlos Eduardo Thompson Flores
Lenz, in: A retratação do veto. https://www.editorajc.com.br/a-retratacao-do-veto/). Portanto, o veto é
irretratável, pois, uma vez manifestado e comunicadas as razões ao Poder Legislativo, tornar-se-á
insuscetível de alteração a opinião do Presidente da República, somente podendo ser revogado pelo voto
da maioria absoluta do Congresso Nacional, em sessão unicameral. Inteligência do art. 66, da CF.

##Atenção: ##Doutrina: ##STF: ##AGU-2015: ##CESPE: O veto constitui um ato político do Chefe do
Executivo, insuscetível de ser enquadrado no conceito de ato do Poder Público, para fim de controle
judicial. Assim, não se admite o controle judicial das razões do veto, em homenagem ao postulado da
separação dos poderes, cabendo exclusivamente ao Congresso Nacional deliberar sobre a validade de
tais motivações do Presidente (Direito Constitucional Descomplicado, 2017, p. 523). Ademais, na ADPF
1-QO, o STF afirmou não ser possível o controle judicial sobre o veto pendente de deliberação pelo
Legislativo, justamente por que não existe, in casu, um “ato do Poder Público”. Não poderia, portanto, o
Judiciário imiscuir-se em competência do Legislativo. (STF. Plenário. ADPF 1 QO, Rel. Min. Néri da
Silveira, j. 03/02/00.). Em suma, o veto é ato político e, portanto, insuscetível de apreciação judicial, seja
na via difusa, seja na via concentrada.

§ 2º O VETO PARCIAL SOMENTE ABRANGERÁ texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso


ou de alínea. (TRF1-2009) (PCPB-2009) (PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (TJPB-2011) (TJCE-2012) (MPTO-2012)
(PGEAC-2012) (MPSC-2012/2013) (DPESP-2013) (TRF5-2015) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (AGU-2015)
(PGEMS-2016) (TRF2-2014/2018) (MPBA-2018) (DPEMA-2018) (DPERS-2018) (PCBA-2018) (TJRO-2019)
(Cartórios/TJRS-2019)

(TJRO-2019-VUNESP): A respeito do processo legislativo brasileiro, é correto afirmar que o veto parcial
somente poderá abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea, mas nunca poderá
recair sobre palavras individualmente. BL: art. 66, § 2º, CF.

##Atenção: ##DPESP-2013: ##PCDF-2015: ##PGEMS-2016: ##MPBA-2018: ##TJRO-2019: ##FCC:


##VUNESP: Não confundir o veto parcial do presidente da república (que só pode abranger, ao menos,
texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea) com a redução parcial de texto de lei pelo
STF no controle de constitucionalidade, que diferente do veto parcial, pode incidir sobre uma
determinada palavra ou expressão de artigo, parágrafo e etc, desde que não altere o significado do
dispositivo. Portanto, segundo Pedro Lenza, “o veto parcial só abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo,
de inciso ou de alínea. Assim, pode-se afirmar que não existe veto de palavras, o que poderia alterar profundamente,
o sentido do texto.” (LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 21. Ed. São Paulo: Saraiva,
2017, p. 642).

(DPERS-2018-FCC): Um projeto de lei ordinária foi aprovado, por maioria simples, em ambas as Casas
do Congresso Nacional. O Presidente da República, ao considerar o referido projeto integralmente
inconstitucional, exerceu seu poder de veto. De acordo com as normas do processo legislativo pátrio, se o
veto não for mantido pelo Poder Legislativo, o projeto será enviado ao Presidente da República, para
promulgação. BL: art. 66, § 2º, CF.

(TRF5-2015-CESPE): Assinale a opção correta com referência ao controle de constitucionalidade no


Brasil: Diferentemente do STF, que pode declarar a inconstitucionalidade parcial de expressões ou
palavras de artigo de lei, o veto parcial do presidente da República com base na inconstitucionalidade da
norma deverá abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. BL: art. 66, § 2º, CF.

##Atenção: ##PCPB-2009: ##PGEAM-2010: ##DPESP-2013: ##PCDF-2015: ##PGEMS-2016:


##MPBA-2018: ##TRF2-2018: ##TJRO-2019: ##Cartórios/TJRS-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP:
Declaração de inconstitucionalidade parcial é distinta do veto parcial: O veto parcial (CF, art. 66, § 2º)
deve abranger, necessariamente, todo o artigo, todo o parágrafo, toda a alínea ou todo o inciso . Por
outro lado, a declaração de inconstitucionalidade parcial pode abranger apenas uma palavra ou uma
expressão dentro de um dispositivo. No entanto, é vedado declarar inconstitucional uma palavra ou
expressão de modo a modificar o restante do sentido do dispositivo. Ex.: a lei proíbe algo. Tribunal
declara inconstitucional a expressão “não” contida na Lei. A norma proibitiva tornar-se-á norma
impositiva. Nesse sentido, vejamos o teor da ementa da ADI 347 do STF, que, declarou inconstitucional

302
uma expressão do art. 74, XI da Constituição de São Paulo) e da ementa da ADI 2645, nessa ordem:
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO.
ART. 74, XI. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE, PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, DE LEI OU
ATO NORMATIVO MUNICIPAL EM FACE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PROCEDÊNCIA. É pacífica a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, antes e depois de 1988, no sentido de que não cabe a tribunais de
justiça estaduais exercer o controle de constitucionalidade de leis e demais atos normativos municipais em face da
Constituição federal. Precedentes. Inconstitucionalidade do art. 74, XI, da Constituição do Estado de São Paulo.
Pedido julgado procedente. (ADI 347, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em
20/09/06, DJ 20-10-06)” (...) “I. Ação direta de inconstitucionalidade da parte final do art. 170 da L. est. 1284-TO,
de 17/12/01 - Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado: inadmissibilidade, dado que, em tese, a
inconstitucionalidade parcial argüida imporia a declaração de invalidade da lei em extensão maior do
que a pedida. II. Ação direta de inconstitucionalidade parcial: incindibilidade do contexto do diploma
legal: impossibilidade jurídica. 1. Da declaração de inconstitucionalidade adstrita à regra de aproveitamento
automático decorreria, com a subsistência da parte inicial do art. 170, a inversão do sentido inequívoco do
pertinente conjunto normativo da L. 1284/01: a disponibilidade dos ocupantes dos cargos extintos - que a lei quis
beneficiar com o aproveitamento automático - e, com essa disponibilidade, a drástica conseqüência - não pretendida
pela lei benéfica - de reduzir-lhes a remuneração na razão do tempo de serviço público, imposta por força do novo
teor ditado pela EC 19/98 ao art. 41, § 3º, da Constituição da República. 2. Essa inversão do sentido inequívoco da
lei - de modo a fazê-la prejudicial àqueles que só pretendeu beneficiar -, subverte a função que o poder concentrado
de controle abstrato de constitucionalidade de normas outorga ao Supremo Tribunal. (ADI 2645 MC, Relator(a):
Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, julgado em 11/11/04, DJ 29-09-06).”

(MPSC-2013): Em vetando parcialmente algum projeto de lei, a Presidência da República não poderá,
ainda que fundamentadamente, limitar seu ato a alguma expressão ou conjunto de palavras, devendo
fazer com que abranja, ao menos, texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. BL: art. 66,
§ 2º, CF.

§ 3º DECORRIDO o prazo de quinze dias, O SILÊNCIO do Presidente da República


IMPORTARÁ SANÇÃO [sanção tácita]. (TJMG-2008) (TJSE-2008) (PCSC-2008) (MPES-2010) (PGEGO-2010)
(TRF5-2011) (TJPR-2012) (DPESC-2012) (PGEAC-2012) (MPDFT-2015) (TRT15-2015) (PGEMS-2016) (PGESE-
2017) (PCAP-2017) (TRF2-2013/2018) (MPPB-2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJRS-2019)

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2015: ##PGESE-2017: ##CESPE: A sanção tácita da lei não supre o vício
formal por falta de iniciativa do Chefe do Poder Executivo. Precedentes citados: Rp 890-GB (RTJ
69/625); ADInMC 1.070-MS (DJU de 15.995); ADInMC 1.963-PR (DJU de 7.5.99).

(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, o silêncio do


Presidente da República importará em sanção do projeto de lei. BL: art. 66, § 3º, CF.

(TRF2-2018): Assinale a alternativa correta: Na hipótese de o Presidente sancionar expressamente apenas


parte do projeto de lei, silenciando quanto ao restante do projeto, estará, na verdade, sancionando-o
tacitamente no todo. BL: art. 66, §3º, CF.

##Atenção: Sanção é a concordância e anuência do Presidente da República com projeto de lei ordinária
ou complementar aprovado pelo Congresso. O prazo para ocorrer a sanção é de 15 dias. Nesse contexto,
a denominada sanção tácita acontece quando, recebido o projeto de lei, o Presidente não se manifesta no
prazo de 15 dias. Em outras palavras, caso o presidente não sancione o projeto nesse período, este será
tido como sancionado tacitamente. O seu silêncio, nesse caso, importa em sanção. Nesse sentido, não está
equivocado afirmar que, na hipótese de o Presidente sancionar expressamente apenas uma parte do
projeto de lei, silenciando quanto ao restante do projeto, estará, na verdade, sancionando-o tacitamente
no todo.

(PCAP-2017-FCC): O Presidente da República encaminhou à Câmara dos Deputados projeto de lei


fixando o quadro de cargos da Polícia Federal e a respectiva remuneração. A proposta, todavia, foi
aprovada com emenda parlamentar que aumentou o número de cargos previsto inicialmente.
Descontente com a redação final do projeto, o Presidente da República deixou de sancioná-lo,
restituindo-o ao Poder Legislativo. Considerando as disposições da Constituição Federal, ao deixar de ser
expressamente sancionado pelo Presidente da República, o projeto de lei será tacitamente sancionado
decorridos 15 dias úteis. BL: art. 66, §§1º e 3º, CF.

303
##Atenção: Apesar do §3º do art. 66 não falar expressamente que são 15 dias ÚTEIS para sanção tácita,
há que se compatibilizá-lo com o §1º desse mesmo artigo que trata do prazo para o veto. Uma vez que
ficaria incoerente o prazo para vetar ser de 15 dias ÚTEIS e o prazo para sanção tácita ser 15 dias
CORRIDOS.

(TRF2-2013-CESPE): A respeito das disposições constitucionais sobre o processo legislativo, assinale a


opção correta: Nos casos em que o presidente da República, transcorrido o prazo de quinze dias úteis do
recebimento de projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, não se manifestar expressamente no
sentido de sancionar ou de vetar o projeto, ocorrerá a sanção tácita, que terá como fase seguinte a
promulgação da lei. BL: art. 66, §§1º e 3º, CF.

§ 4º O VETO SERÁ APRECIADO EM SESSÃO CONJUNTA, dentro de trinta dias A CONTAR de


seu recebimento, SÓ PODENDO SER REJEITADO pelo VOTO da maioria absoluta dos Deputados e
Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013) (MPPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(PGM-Recife/PE-2014) (PGERS-2015) (TJRJ-2011/2016) (TJDFT-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGM-POA/RS-
2016) (DPEPR-2017) (Cartórios/TJMG-2018) (TCEMG-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (MPDFT-2021)
(DPEBA-2021) (DPERS-2018/2022)

##Atenção: Com o advento da EC n° 76/2013, a votação para decidir se o veto será mantido ou rejeitado
passa a ser aberta (na redação originária da CF/88 essa votação era secreta).

§ 5º Se o VETO NÃO FOR mantido, SERÁ o projeto ENVIADO, PARA PROMULGAÇÃO, ao


Presidente da República. (AGU-2010) (PGEAC-2012) (MPDFT-2015) (DPEPR-2017) (Cartórios/TJRS-2019)

§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da
sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001) (DPESC-2012) (TCEMG-2018)

(TCEMG-2018): A respeito do veto a projeto de lei, é correto afirmar: Se o veto não for apreciado no
prazo de trinta dias, a contar de seu recebimento, ocorrerá o sobrestamento das demais proposições, até a
votação final do veto. BL: art. 66, §§4º e 6º, CF.

§ 7º Se a lei NÃO FOR PROMULGADA dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da
República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente DO SENADO A PROMULGARÁ, e, se este NÃO O
FIZER em igual prazo, CABERÁ ao Vice-Presidente DO SENADO FAZÊ-LO. (PCSC-2008) (AGU-2010)
(TJRJ-2011/2012) (TJPI-2012) (TJPR-2012) (MPDFT-2015) (DPEPR-2017) (PCAP-2017) (MPPB-2018)

(MPPB-2018-FCC): A promulgação é da competência privativa do Presidente da República nos casos de


lei ordinária e de lei complementar, mas pode passar ao Presidente ou ao Vice-Presidente do Senado. BL:
art. 66, §7º, CF.

##Atenção: VETO: i) Se o presidente sancionar (ratificar) o projeto, ele se torna lei e é publicado no
Diário Oficial da União. Mas o presidente pode vetar uma parte do projeto ou todo ele; ii) Se vetar
alguns trechos, a parte sancionada vira lei, e os vetos voltam para análise do Congresso Nacional (sessão
conjunta da Câmara e do Senado); iii) Se esses vetos forem mantidos, a lei fica como está; iv) Se forem
derrubados, os trechos antes vetados passam a integrar a lei. (https://www.camara.leg.br/entenda-o-
processo-legislativo/)

(MPDFT-2015): Relativamente à disciplina constitucional da sanção e do veto, decorrido o prazo de


quinze dias úteis, o silêncio do Presidente da República importa sanção tácita, o que não exclui a
possibilidade de o Chefe do Poder Executivo promulgar a lei. BL: art. 66, caput e §§3º, 5º e 7º, 1ª parte,
CF.

(TJPI-2012-CESPE): Considerando as disposições constitucionais acerca do processo legislativo, assinale


a opção correta: A promulgação é entendida como o atestado de existência da lei; desse modo, os efeitos
da lei somente se produzem depois daquela. BL: art. 66, §7º, CF.

304
Art. 67. A matéria constante de PROJETO DE LEI REJEITADO SOMENTE PODERÁ
CONSTITUIR objeto de NOVO PROJETO, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. (MPCE-2009) (DPEPA-2009)
(TRF5-2009) (PCPB-2009) (PCRJ-2009) (TJDFT-2011) (MPDFT-2011) (TRF3-2011) (PGEPA-2012) (TRF2-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEBA-2014) (TJGO-2015) (MPBA-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCDF-2015) (TRT8-
2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PCPE-2016) (MPGO-2019) (MPMG-2019)

(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das casas do Congresso Nacional. BL: art. 67, CF.

(PCPE-2016-CESPE): Assinale a opção correta acerca do processo legiferante e das garantias e atribuições
do Poder Legislativo: Se um projeto de lei for rejeitado no Congresso Nacional, outro projeto do mesmo
teor só poderá ser reapresentado, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta
dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. BL: art. 67, CF.

(PCDF-2015): No que se refere a processo legislativo, assinale a alternativa correta segundo previsão da
CF: Um projeto de lei que tratava da matéria X foi rejeitado. Nesse caso, essa mesma matéria X pode ser
objeto de outro projeto de lei na mesma sessão legislativa, desde que proposta pela maioria absoluta dos
membros de qualquer das casas do Congresso Nacional. BL: art. 67, CF.

Art. 68. As LEIS DELEGADAS SERÃO ELABORADAS pelo Presidente da República, que
DEVERÁ SOLICITAR a delegação ao CONGRESSO NACIONAL. (MPRN-2009) (TRF5-2009) (AGU-2009)
(TJMS-2010) (TJPR-2010) (TJSC-2010) (TJPI-2012) (TJCE-2012) (MPAL-2012) (PCRJ-2012) (TJRJ-2013) (MPMG-
2013) (DPEDF-2013) (TRF2-2013) (MPMT-2014) (MPPR-2014) (PGERN-2014) (TJGO-2009/2015) (TRT2-2015)
(MPT-2013/2017) (DPERO-2017) (PCGO-2017) (MPBA-2018) (MPGO-2019)

(MPGO-2019): Sobre o processo legislativo assinale a resposta correta: As leis delegadas serão elaboradas
pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. BL: art. 68, CF.

##Atenção: Nathalia Masson explica que, “em termos formais, as leis delegadas são elaboradas pelo chefe do
poder executivo, que primeiro deverá apresentar solicitação ao Poder Legislativo (iniciativa solicitadora). Este irá
avaliá-la e, se acatá-la, externará sua aceitação por meio de uma resolução. [...] Ademais, segundo o Supremo
Tribunal Federal, a delegação legislativa só pode ser veiculada mediante resolução, único meio idôneo para
consubstanciar o ato de outorga parlamentar de funções normativas as chefe do Poder Executivo. A substituição por
lei ordinária, portanto, não é válida.” (MASSON, Nathalia, Manual de Direito Constitucional. 6ª edição.
Salvador - BA: JusPodivm, 2018, p. 917)

(TJSC-2010): Sobre as Leis Delegadas, é correto afirmar: Só é possível delegar ao Presidente da República
se este solicitar. Em outras palavras, o Legislativo não pode obrigar o Presidente da República a legislar.
BL: art. 68, CF.

##Atenção: Leis Delegadas: Elaboradas pelo Presidente da República em virtude de autorização do


Poder Legislativo, devem ser aprovadas por maioria simples ou relativa (não absoluta), mesmo porque
elas nem podem ter como objeto matéria reservada à lei complementar (que exigiria aprovação por
maioria absoluta), conforme arts. 68 e 69, CF.

§ 1º NÃO SERÃO OBJETO DE DELEGAÇÃO os atos de competência exclusiva DO CONGRESSO


NACIONAL, os de competência privativa DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ou DO SENADO
FEDERAL, a matéria reservada à LEI COMPLEMENTAR, NEM a legislação sobre: [obs.: matérias
proibidas através de lei delegada] (TJMG-2005) (TJAP-2008) (TJSC-2010) (MPSE-2010) (MPAL-2012) (TJPE-
2013) (TJRJ-2013) (TRF2-2013) (MPPR-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (TJGO-2015) (DPERN-2015)
(PCDF-2015) (TRT2-2015) (TRT15-2015) (MPT-2013/2017) (PCGO-2017)

I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus


membros; (TJSC-2010) (MPSE-2010) (TJRJ-2013) (TRT15-2015) (MPT-2017)

(TJSC-2010): Sobre as Leis Delegadas, é correto afirmar: São também indelegáveis os atos de competência
exclusiva do Congresso Nacional, as leis sobre organização do Poder Judiciário e do Ministério Público e
305
as matérias reservadas à lei complementar. BL: art. 68, §1º, I, CF.

II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; (MPAL-2012) (TJRJ-2013)


(MPPR-2014) (PGERN-2014) (MPT-2013/2017)

III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. (TJMG-2005) (TJAP-2008) (TJPE-2013)


(TJRJ-2013) (TRT2-2015) (MPT-2017)

##Atenção: Vejamos o teor do art. 48, inciso II da CF: “Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do
Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de
competência da União, especialmente sobre:(...) II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual,
operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; (...)”.

§ 2º A DELEGAÇÃO ao Presidente da República TERÁ a forma de RESOLUÇÃO do Congresso


Nacional, que ESPECIFICARÁ seu conteúdo e os termos de seu exercício. (TJDFT-2007) (MPRN-2009)
(TJSC-2010) (TJAC-2012) (TJPA-2012) (TJPI-2012) (TJCE-2012) (MPAL-2012) (MPPR-2012) (TJRJ-2013) (TRF2-
2013) (MPMT-2014) (PGERN-2014) (TJGO-2009/2015) (Cartórios/TJSP-2016) (DPERO-2017) (MPT-2020)

(MPT-2020): Concernente ao processo legislativo, é correto afirmar que o veículo normativo autorizatório
de lei delegada é a resolução delegativa. BL: art. 68, §2º, CF.

(MPMT-2014): Em relação ao processo legislativo brasileiro, assinale a alternativa correta: As leis


delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República mediante resolução do Congresso Nacional,
autorizando-o a legislar sobre matérias específicas e delimitando os termos de seu exercício. BL: art. 68,
caput e §2º, CF.

(TJPA-2012-CESPE): Com relação ao processo legislativo, assinale a opção correta: Para que o presidente
da República edite lei delegada, é necessária autorização do Congresso Nacional, por meio de resolução.
BL: art. 68, §2º, CF.

(TJSC-2010): Sobre as Leis Delegadas, é correto afirmar: A delegação ao Presidente da República se faz
por meio de resolução do Congresso Nacional. BL: art. 68, §2º, CF.

##Atenção: ##TJAC-2012: ##CESPE: O controle exercido pelo CN sobre a lei delegada opera efeito ex
nunc, ou seja, não retroativo, mediante sustação do ato normativo que exorbite dos limites da delegação
legislativa. Portanto, se o Presidente da República extrapolar os limites fixados na resolução concedente
da delegação legislativa, o Congresso poderá, através de decreto legislativo, sustar a lei delegada,
paralisando seus efeitos normativos. Nesse caso, a sustação não será retroativa, surtindo efeitos ex nunc,
isto é, a partir da publicação do Decreto Legislativo, visto que não há declaração de nulidade da lei
delegada, mas sustação dos seus efeitos. Além disso, a existência desta espécie de controle político,
criada pelo Poder Legislativo, não será óbice por eventual declaração de inconstitucionalidade pelo
Poder Judiciário, por violação aos requisitos formais e materiais do processo legislativo da lei delegada,
expressamente delineados no art. 68 da CF/88. Com isso, constata-se existe um duplo controle repressivo
da constitucionalidade da edição das leis delegadas: legislativo e judiciário. Porém, a diferença consiste
no que, em eventual declaração de inconstitucionalidade da lei delegada pelo STF, terá efeitos retroativos
desde a edição da lei delegada.

##Atenção: O art. 68, §2º, da CF é exemplo de elaboração de resolução bicameral.

§ 3º Se a RESOLUÇÃO DETERMINAR a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a


FARÁ em votação única, VEDADA QUALQUER EMENDA. (PCRJ-2009) (TJSC-2010) (TRF5-2011) (TJRJ-
2013) (PGERN-2014) (TJGO-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (MPPR-2017) (DPEPR-2017) (DPERO-2017)

(MPPR-2017): A Constituição Federal de 1988 admite casos de delegação de atos normativos. BL: art. 68,
CF.

(TJGO-2015-FCC): O Presidente da República solicita ao Congresso Nacional autorização para legislar


sobre a instituição de gratificação de atividades para servidores públicos civis da Administração direta
federal. O Congresso edita, então, resolução, autorizando-o a legislar sobre aspectos que especifica da

306
matéria, dentro do prazo de até 4 meses contados de sua publicação. No período estabelecido, o
Presidente edita lei delegada, sobre os aspectos cogitados, dispondo que entrará em vigor 180 dias após
sua publicação. A lei delegada em questão atende aos requisitos materiais e procedimentais previstos na
CF/88, para fins de delegação legislativa. BL: art. 68, CF.

Art. 69. As LEIS COMPLEMENTARES SERÃO APROVADAS por maioria absoluta. (TJSC-2010)
(PCMG-2011) (TJRS-2012) (PGEAC-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (MPMT-2014) (MPSP-2015) (TRT1-
2015) (DPEPR-2012/2017) (TRF2-2017) (DPERS-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Mudança de Entendimento: A Constituição Estadual não pode ampliar
as hipóteses de reserva de lei complementar, ou seja, não pode criar outras hipóteses em que é exigida
lei complementar, além daquelas que já são previstas na Constituição Federal. Se a Constituição
Estadual amplia o rol de matérias que deve ser tratada por meio de lei complementar, isso restringe
indevidamente o “arranjo democrático-representativo desenhado pela Constituição Federal”. Caso
concreto: STF declarou a inconstitucionalidade de dispositivo da CE/SC que exigia a edição de lei
complementar para dispor sobre: a) regime jurídico único dos servidores estaduais; b) organização da
Polícia Militar; c) organização do sistema estadual de educação e d) plebiscito e referendo. Esses
dispositivos foram declarados inconstitucionais porque a CF/88 não exige lei complementar para
disciplinar tais assuntos. STF. Plenário. ADI 5003/SC, Rel. Min. Luiz Fux, j. 5/12/2019 (Info 962).

##Atenção: ##STF: ##PFN-2012: ##DPEPR-2017: ##TRF2-2017: ##ESAF: ##FCC: O ato de


internalização do tratado se sujeita ao regime jurídico do Decreto Legislativo e, mesmo que aprovado
com maioria suficiente para a Lei Complementar (maioria absoluta), não deixará de ser um Decreto
Legislativo e, como tal, não escapa ao vício de inconstitucionalidade formal, nos termos da decisão do
STF na ADIMC 1480, Rel. Min. Celso de Mello: “TRATADO INTERNACIONAL E RESERVA
CONSTITUCIONAL DE LEI COMPLEMENTAR. - O primado da Constituição, no sistema jurídico
brasileiro, é oponível ao princípio pacta sunt servanda, inexistindo, por isso mesmo, no direito positivo
nacional, o problema da concorrência entre tratados internacionais e a Lei Fundamental da República,
cuja suprema autoridade normativa deverá sempre prevalecer sobre os atos de direito internacional
público. Os tratados internacionais celebrados pelo Brasil - ou aos quais o Brasil venha a aderir - não
podem, em consequência, versar matéria posta sob reserva constitucional de lei complementar. É que, em
tal situação, a própria Carta Política subordina o tratamento legislativo de determinado tema ao
exclusivo domínio normativo da lei complementar, que não pode ser substituída por qualquer outra
espécie normativa infraconstitucional, inclusive pelos atos internacionais já incorporados ao direito
positivo interno.” STF. Plenário. ADI 1480 MC, Rel. Min. Celso de Melo, j. 04/09/97.

(Cartórios/TJPE-2013-FCC): O exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do


plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual devem ser
regulamentados por lei complementar. É correto afirmar: O quórum de votação ou instalação da sessão
de votação da lei ordinária é o mesmo exigido na lei complementar, sendo que na fase da votação, a lei
complementar exige quórum de maioria absoluta, enquanto a lei ordinária, quórum simples. BL: arts.
4768 e 69, CF.

##Atenção: Após o projeto ter passado pelo crivo inicial das comissões de determinada casa, será
enviado ao plenário para discussão e votação, sendo necessário um quórum mínimo para instalação da
Sessão, bem como um quórum mínimo para aprovação da norma, sendo este último, variável de acordo
com a norma jurídica a ser editada. A lei ordinária para sua aprovação pelo Poder Legislativo faz-se por
maioria simples. Enquanto, a lei complementar tem sua aprovação apenas por maioria absoluta.
Vemos que a maioria simples está intimamente ligada ao número de presentes na sessão de votação
iniciada. Enquanto a maioria absoluta refere-se diretamente ao número de componentes da Casa
Legislativa. Ou seja, ele é estático, não varia, a não ser que se aumente ou diminua o número de
representantes da respectiva Casa.

Seção IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 70. A FISCALIZAÇÃO contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União


e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
68
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão
tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
307
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, SERÁ EXERCIDA pelo Congresso Nacional, mediante
CONTROLE EXTERNO, e pelo SISTEMA DE CONTROLE INTERNO de cada Poder. (PGESP-2002)
(PFN-2007) (DPEPI-2009) (DPESP-2009) (DPERS-2011) (TRF2-2011) (PGEMT-2011) (PGERO-2011)
(PCES-2011) (TJPI-2012) (TJCE-2012) (TJBA-2012) (MPSP-2012) (AGU-2012) (TRF3-2011/2013) (DPERR-2013)
(PCPR-2013) (MPM-2013) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEAC-2014) (MPF-2011/2015) (PGEPR-
2015) (PCDF-2015) (TRF4-2012/2016) (TJRS-2016) (TJDFT-2016) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (PGEAM-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (PCGO-2017) (PCMS-2017) (PCMT-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJSP-2018) (MPAP-
2012/2021) (TCERJ-2021) (TCETO-2022)

(DPEGO-2014-UFG): O controle da Administração Pública consiste em exercer a fiscalização e a


revisão das atividades administrativas, como mecanismo de garantia dos administrados e da própria
Administração. Com base nessas premissas, tem-se que o controle financeiro realizado pelo Poder
Legislativo na Administração Pública envolve o denominado controle de economicidade, de modo a
permitir o exame do mérito, com a finalidade de verificar se o órgão procedeu da forma mais econômica
na aplicação da despesa pública, atendendo à relação custo-benefício. BL: art. 70, caput, CF.

##Atenção: ##PFN-2007: ##DPEES-2009: ##AGU-2012: ##DPEGO-2014: ##MPF-2015: ##PGEPR-


2015: ##CESPE: ##ESAF: ##PUCPR: O controle financeiro, a cargo do Poder Legislativo, nos moldes
desenhados pela CF/1988, de fato, abrange o aspecto de economicidade. Além disso, quanto à
possibilidade de exame do mérito, bem como no tocante ao sentido do critério de economicidade,
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo lecionam: “Abrimos um parêntese para registrar que é frequente os
autores afirmarem que, exatamente em razão do viés político do controle financeiro externo, chega ele ao
ponto de possibilitar o questionamento de aspectos que envolvem a própria discricionariedade do
administrador público. (...) Portanto, o que se pretende dizer com a asserção de que o controle financeiro externo
envolve aspectos relacionados à discricionariedade é que ele não se restringe à análise meramente formal
de legalidade e que ele possibilita o questionamento até mesmo da atuação discricionária do
administrador (...). O controle de economicidade relaciona-se à noção de racionalidade e eficiência na
realização da despesa pública. A verificação do atendimento à exigência de economicidade implica valorar se o
administrador de recursos públicos procedeu, na realização da despesa pública, do modo mais econômico - não tem o
significado de mero corte de despesas, mas sim de racionalidade e eficiência, evitando desperdícios, aquisições de
bens e serviços em quantidades superiores ou inferiores às necessárias, ou que desatendam a padrões satisfatórios de
qualidade, ou que estejam com preços acima dos habitualmente praticados no mercado etc.” (Fonte:
ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 20ª ed. São Paulo:
Método, 2012). Em resumo, o controle de economicidade relaciona-se à noção de racionalidade e
eficiência na realização da despesa pública, devendo-se buscar não apenas gastar menos, mas gastar
bem, adquirindo bens e serviços de qualidade, na quantidade necessária (nem mais, nem menos) e a
preços compatíveis com o mercado.
(DPEES-2009-CESPE): No exercício de suas atribuições, a administração pública sujeita-se a controle.
Julgue o item seguinte, de acordo com a doutrina aplicável ao tema: O controle financeiro realizado pelo
Poder Legislativo em face da administração pública envolve o denominado controle de economicidade, de
modo a permitir o exame do mérito, com a finalidade de verificar se o órgão procedeu da forma mais
econômica na aplicação da despesa pública, atendendo à relação custo-benefício. BL: art. 70, caput, CF.
(PFN-2007-ESAF): O Tribunal de Contas, como órgão auxiliar do controle externo da fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União, a cargo do Congresso Nacional, com base no
princípio da economicidade, toma em consideração a relação custo/benefício no fornecimento de serviços
públicos, em vista da despesa para tanto realizada. BL: art. 70, caput, CF.

##Atenção: ##STF: ##PCDF-2015: ##AGU-2015: ##PCMS-2017: ##CESPE: ##FAPEMS: 1. Os serviços


sociais autônomos integrantes do denominado Sistema “S”, vinculados a entidades patronais de grau
superior e patrocinados basicamente por recursos recolhidos do próprio setor produtivo beneficiado,
ostentam natureza de pessoa jurídica de direito privado e não integram a Administração Pública,
embora colaborem com ela na execução de atividades de relevante significado social. Tanto a
Constituição Federal de 1988, como a correspondente legislação de regência (como a Lei 8.706/93, que
criou o Serviço Social do Trabalho – SEST) asseguram autonomia administrativa a essas entidades,
sujeitas, formalmente, apenas ao controle finalístico, pelo Tribunal de Contas, da aplicação dos
recursos recebidos. Presentes essas características, não estão submetidas à exigência de concurso
público para a contratação de pessoal, nos moldes do art. 37, II, da Constituição Federal. Precedente:
ADI 1864, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 2/5/2008. 2. Recurso extraordinário a que se nega
provimento.. STF. Plenário. RE 789874/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 17/9/14 (repercussão geral) (Info
759).

308
(AGU-2015-CESPE): Com relação ao controle da administração pública e à responsabilidade patrimonial do
Estado, julgue o seguinte item: Em consonância com o entendimento do STF, os serviços sociais autônomos
estão sujeitos ao controle finalístico do TCU no que se refere à aplicação de recursos públicos recebidos. BL:
Info 759, STF.

(DPERS-2011-FCC): Assinale a alternativa correta: O controle externo exercerá a fiscalização contábil,


financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da administração, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas. BL: art. 70, caput, CF.

(DPESP-2009-FCC): Fiscalização contábil, financeira e orçamentária do Poder Público: A Constituição


reza que quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de
receitas a fiscalização será exercida internamente pelo próprio poder e externamente pelo Poder
Legislativo. BL: art. 70, caput, CF.

Parágrafo único. PRESTARÁ CONTAS qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (DPU-2007) (TRF2-2011) (PGEMT-2011) (PGERO-2011) (MPF-2011/2012)
(MPAP-2012) (MPT-2012) (TRF3-2011/2013) (PGEGO-2013) (MPM-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCPE-2016)

(Agente da Polícia/DFT-2013-CESPE): Membros da direção de entidades privadas que prestem serviços


sociais autônomos, a exemplo do Serviço Social da Indústria (SESI), estão sujeitos a prestar contas ao
Tribunal de Contas da União (TCU), haja vista receberem recursos públicos provenientes de
contribuições parafiscais. BL: art. 70, § único da CF e art. 183 do Dec-Lei 200/67 (adm.)

##Atenção: Está correta a assertiva, pois a parafiscalidade é a delegação da capacidade tributária, ou


seja, da aptidão para cobrar tributos (cuidado, não é para criá-los). Assim, essas entidades privadas que
prestam serviços sociais autônomos podem receber recursos dessa cobrança, o que consequentemente as
levará a prestar contas ao TCU. Ainda, de acordo com o que foi definido pelo Tribunal de Contas nos
autos do Acórdão 2314/2004, da Primeira Câmara: “o TCU tem decidido que o chamado ‘Sistema S’
não integra a Administração Pública. É pacífica, contudo, a posição do Tribunal de que há sujeição
dos componentes do ‘Sistema S’ à fiscalização do Tribunal, como decorrência do caráter público dos
recursos colocados à sua disposição.” (Marcos Bemquerer Costa – Relator).

Art. 71. O CONTROLE EXTERNO, a cargo do Congresso Nacional, SERÁ EXERCIDO com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual COMPETE: (PGEPB-2008) (DPEES-2009) (DPEPI-
2009) (DPESP-2009) (PCPB-2009) (DPEBA-2010) (MPCE-2009/2011) (TRF5-2009/2011) (TJES-2011) (PGEPA-
2011) (PGERS-2011) (MPSP-2005/2012) (TJAC-2012) (MPRJ-2012) (MPRR-2012) (PGEMG-2012) (AGU-
2009/2010/2012/2013) (MPES-2013) (MPMG-2013) (MPMS-2013) (DPERR-2013) (TRF3-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (PGDF-2013) (PCPA-2013) (PCPR-2013) (MPM-2013) (DPEMG-2009/2014) (TJPR-2011/2013/2014)
(MPAC-2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGM-São
Paulo/SP-2014) (DPEMA-2009/2015) (MPF-2012/2015) (MPT-2012/2015) (TJPE-2013/2015) (MPAM-2015)
(DPERN-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEAM-
2010/2016) (PGEMT-2011/2016) (TJRS-2016) (TJDFT-2016) (DPEMT-2016) (TRF4-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-
2016) (PCGO-2012/2017) (TRF2-2011/2013/2017) (PCMT-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGESP-2002/2012/2018)
(MPBA-2015/2018) (TJMG-2018) (DPEAM-2018) (DPEAP-2018) (PGETO-2018) (PCPI-2018)
(Cartórios/TJMG-2018/2019) (TJRJ-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPAP-2012/2021) (MPRS-2012/2021)
(MPDFT-2021) (PGEGO-2021) (TCERJ-2021) (PGM-POA/RS-2016/2022) (MPSE-2022) (TCETO-2022)

##Atenção: ##DPEPI-2009: ##MPF-2012: ##PGEPR-2015: ##TJMG-2018: ##CESPE: ##PUCPR: Em


simetria ao que dispõe o art. 71 da CF/88, o Tribunal de Contas é órgão auxiliar do Poder Legislativo, e
não órgão componente do Poder Judiciário. Ademais, não necessariamente, competirá ao Tribunal de
Contas do Estado a fiscalização patrimonial e orçamentária dos municípios do Estado. Isso porque é
possível que o município possua Tribunal de Contas próprio (anterior à CF/88), caso em que este
desempenhará as funções fiscalizatórias.

##Atenção: ##AGU-2009/2012: ##TCERJ-2021: ##CESPE: O controle externo do cumprimento


309
orçamentário é feito, ordinariamente, pelo Poder Legislativo - com o auxílio do TCU, que é um órgão
auxiliar independente – e, extraordinariamente, pelo Poder Judiciário.

##Atenção: ##DPEPI-2009: ##MPF-2012: ##AGU-2012: ##PGEPR-2015: ##TJRS-2016: ##TCERJ-


2021: ##CESPE: ##PUCPR: Os Tribunais de Contas são órgãos previstos na CF/88 com a finalidade de
auxiliar o Poder Legislativo no exercício do controle externo da Administração. Tais cortes
especializadas não integram a estrutura administrativa do Parlamento nem com ele mantém qualquer
relação hierárquica. (Fonte: Ricardo Alexandre, Esquematizado, 2015).

##Atenção: ##STF: ##DPEES-2009: ##TRF5-2009/2011: ##TRF4-2016: ##PGM-POA/RS-2016:


##DPEAM-2018: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: O art. 71 da CF/88 não insere na competência do
TCU a aptidão para examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo
Poder Público. Atividade que se insere no acervo de competência da Função Executiva. É
inconstitucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame
prévio de validade de contratos firmados com o Poder Público. STF. Plenário. ADI 916-MT Rel. Min.
Joaquim Barbosa, j. 02/02/09.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: É inconstitucional norma local que estabeleça a competência do
Tribunal de Contas da União para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com o Poder
Público. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TCERJ-2021: ##CESPE: A Teoria dos Poderes Implícitos defende a premissa de
que quando a CF/88 defere a atribuição de uma competência a um órgão, haverá a imprescindibilidade
de se conceder a esse mesmo órgão os poderes necessários à execução da referida competência ou a
possibilidade de consecução do prelecionado fim. Assim, quando a Constituição determinar um fim,
ela também deve assegurar, mesmo que implicitamente, os meios necessários à sua efetivação. Nesse
sentido, o STF reconhece ter o TCU legitimidade para expedição de medidas cautelares, a fim de
garantir a efetividade de suas decisões e, assim, prevenir a ocorrência de lesão ao erário. Portanto, as
atribuições expressas no art. 71 da CRFB implicam reconhecer a outorga implícita dos meios
necessários ao desempenho dessas funções, entre eles a concessão de medida cautelar. Conforme
entendimento do STF: “(...) a atribuição de poderes explícitos, ao Tribunal de Contas, tais como
enunciados no art. 71 da Lei Fundamental da República, supõe que se lhe reconheça, ainda que por
implicitude, a titularidade de meios destinados a viabilizar a adoção de medidas cautelares
vocacionadas a conferir real efetividade às suas deliberações finais, permitindo, assim, que se
neutralizem situações de lesividade, atual ou iminente, ao erário público. Impende considerar, no ponto,
em ordem a legitimar esse entendimento, a formulação que se fez em torno dos poderes implícitos, cuja
doutrina, construída pela Suprema Corte dos Estados Unidos da América, no célebre caso McCulloch v.
Maryland (1819), enfatiza que a outorga de competência expressa a determinado órgão estatal importa
em deferimento implícito, a esse mesmo órgão, dos meios necessários à integral realização dos fins que
lhe foram atribuídos. (...) É por isso que entendo revestir-se de integral legitimidade constitucional a
atribuição de índole cautelar, que, reconhecida com apoio na teoria dos poderes implícitos, permite, ao
TCU, adotar as medidas necessárias ao fiel cumprimento de suas funções institucionais e ao pleno
exercício das competências que lhe foram outorgadas, diretamente, pela própria Constituição da
República. STF. Plenário. MS 24.510, Rel. Min. Ellen Gracie, voto do min. Celso de Mello, j. 19/11/03.
(TCERJ-2021-CESPE): A respeito da adoção de medidas cautelares pelos tribunais de contas, julgue o item
que se segue: De acordo com o entendimento do STF, a teoria dos poderes implícitos permite aos tribunais
de contas adotarem medidas cautelares. BL: Entend. Jurisprud.

(MPSC-2014): O Tribunal de Contas é órgão provido de autonomia constitucional, exerce função auxiliar
do Poder Legislativo e sua atuação fiscalizatória integra o chamado controle externo da Administração
Pública. BL; art. 71 da CF (adm.)

(TRF4-2009): O Tribunal de Contas da União não tem personalidade jurídica.

##Atenção: ##STF: ##MPRO-2008: ##CESPE: "TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO; NÃO TEM


PERSONALIDADE JURÍDICA, E O SEU PROCURADOR NÃO É REPRESENTANTE DA UNIÃO
FORA DA ESTRITA ÓRBITA DE ATIVIDADE FUNCIONAL DO TRIBUNAL". (STF. 1ª T., RE:
23322/DF, Rel. Min. Nelson Hungria, j. 01/01/70). Além disso, o TCU é um órgão constitucional sui
generis, auxiliar do Poder Legislativo, com independência em suas funções e sem relação hierárquica
alguma com os três Poderes.

310
##Atenção: As Cortes de Contas não têm personalidade jurídica, contudo têm, necessariamente,
capacidade processual, para estarem em juízo em seu próprio nome, quando na defesa de suas
prerrogativas funcionais e direito próprios inerentes à instituição, porque se a Corte de Contas possui
deveres e direitos subjetivos há de ter meios judiciais e capacidade processual para defendê-los. O que se
recusa às Cortes de Contas é a personalidade jurídica, esta sim, pertencente ao Estado na forma do art.
41, II, do Código Civil Brasileiro.

I - APRECIAR as contas prestadas anualmente pelo PRESIDENTE DA REPÚBLICA, mediante


parecer prévio que DEVERÁ SER ELABORADO em sessenta dias A CONTAR de seu recebimento;
(MPMG-2010) (TJPB-2011) (TRF2-2011) (TRF5-2011) (PGEPA-2011) (TJAC-2012) (MPAP-2012) (MPF-2012)
(PCGO-2012) (TJPE-2013) (MPES-2013) (MPMS-2013) (MPSP-2013) (DPEMG-2009/2014) (MPAC-2014)
(MPAM-2015) (DPEMA-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (PGEMT-2011/2016) (TRF4-2014/2016)
(TJRS-2016) (MPSC-2016) (MPBA-2018) (DPEAP-2018) (TJRJ-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (Aud. Fiscal-
SEFAZ/AL-2020)

(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020-CESPE): Quanto à organização dos Poderes Executivo, Legislativo e


Judiciário, julgue o item a seguir: A competência do Tribunal de Contas da União para julgar as contas
dos responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos não abrange as contas do presidente da
República. BL: art. 49, IX c/c art. 71, I, CF.

##Atenção: A competência do Tribunal de Contas da União para julgar as contas dos responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos não abrange as contas do presidente da República. Isso porque o TCU
tão somente aprecia as contas apresentadas pelo Presidente da República mediante parecer prévio, o qual
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento (art. 71, I, CF). Por outro lado, no
julgamento das contas, anualmente, a competência é do Congresso Nacional (art. 49, IX, CF).

(TRF2-2013-CESPE): No Brasil, o órgão que tem competência exclusiva para julgar anualmente as contas
prestadas pelo presidente da República é o Congresso Nacional. BL: art. 49, IX c/c art. 71, I, CF.

##Atenção: Vejamos o seguinte resumo:


 Quem julga as contas do Presidente da República é o Congresso Nacional;
 Quem as aprecia é o TCU;
 Quem as examina e emite parecer sobre elas é a Comissão mista permanente de deputados e
senadores (Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização).

(TJSP-2009-VUNESP): O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete apreciar as contas prestadas anualmente pelo
Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em 60 (sessenta) dias a
contar de seu recebimento. BL: art. 49, IX69 c/c art. 71, I, CF.

(TJMG-2006): No exercício do controle externo, envolvendo a fiscalização contábil, financeira,


orçamentária e operacional da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, cabe ao
Tribunal de Contas da União: apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. BL: art.
71, I, CF.

II - JULGAR as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, INCLUÍDAS as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que RESULTE prejuízo ao erário público; (DPEMA-2009) (TRF5-2009) (MPMG-2010)
(DPEBA-2010) (TRF2-2011) (PGERS-2011) (TJAC-2012) (MPRR-2012) (MPF-2012) (PGEMG-2012) (PGESP-
2012) (TRF3-2011/2013) (MPMS-2013) (MPRO-2013) (MPSP-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPA-2013)
(DPEMG-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (DPERN-2015)
(MPF-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEAM-2010/2016) (TJAM-2016)

69
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: IX: JULGAR anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República (...)
311
(MPSC-2016) (TRF4-2016) (PGEMT-2016) (TJCE-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (TJRO-2019) (TJRJ-2019)
(MPAP-2012/2021) (TCDF-2021)

##Questiona-se: O TCU tem competência para fiscalizar o Banco do Brasil? SIM. O Banco do Brasil
integra a Administração Pública federal indireta e, portanto, está sujeito à fiscalização do TCU, nos
termos do art. 71, II, da CF/88:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...)
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

##Questiona-se: O TCU tem competência para fiscalizar a Fundação Banco do Brasil? Em regra, não
deveria ter. Isso porque como se trata de uma fundação de caráter privado, em regra, ela não está sujeita
à fiscalização do TCU nem se submete aos princípios e à legislação aplicáveis à Administração Pública.
Como fundação de direito privado, a FBB está, em regra, submetida apenas à fiscalização do Ministério
Público estadual, nos termos do art. 66 do Código Civil:
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.

##Questiona-se: Quando a FBB for transferir dinheiro para alguma entidade social, de pesquisa etc.,
precisará observar os princípios que regem a Administração Pública (ex: a Lei nº 8.666/93)? Essa
transferência está sujeita à fiscalização do TCU? Depende. É necessário analisar a natureza jurídica do
recurso transferido pela FBB (se são recursos públicos ou eminentemente privados) para que se possa
aferir, com exatidão, a necessidade de submissão aos princípios norteadores da gestão pública,
consequentemente, ao crivo do controle externo. A situação é, portanto, a seguinte:
 se os recursos que a FBB estiver transferindo para terceiros forem provenientes do Banco do
Brasil ou de alguma outra entidade do poder público (o BB transferiu esses recursos para a FBB
e agora a FBB está repassando para terceiros): haverá fiscalização do TCU. Isso porque, neste
caso, tais recursos, como são provenientes do BB, têm caráter público.
 se os valores que a FBB estiver transferindo forem “recursos próprios” (excluídas as dotações
que recebe do Banco do Brasil): não haverá fiscalização do TCU porque a FBB não é uma
entidade da Administração Pública. Logo, se são recursos eminentemente seus (recursos
próprios), a verba é privada.

##Questiona-se: A FBB não poderia ser considerada como uma fundação instituída e mantida “pelo
Poder Público federal”, atraindo sempre a fiscalização do TCU com base no art. 71, II, da CF/88? NÃO.
Isso porque o STF entende que o Banco do Brasil, apesar de integrar a Administração Pública federal,
não pode ser considerado como “poder público”:
O Banco do Brasil, entidade da Administração Indireta dotada de personalidade jurídica de
direito privado, voltada à exploração de atividade econômica em sentido estrito, não pode ser
concebida como poder público. STF. Plenário. MS 24427, Rel. Min. Eros Grau, DJ 24/11/06.

Logo, a FBB consiste em entidade privada não instituída pelo poder público.

##EM SUMA: Vejamos o que dispõe o julgado veiculado no Info 897 do STF:
Não compete ao TCU adotar procedimento de fiscalização que alcance a Fundação Banco do
Brasil quanto aos recursos próprios, de natureza eminentemente privada, repassados por
aquela entidade a terceiros, eis que a FBB não integra o rol de entidades obrigadas a prestar
contas àquela Corte de Contas, nos termos do art. 71, II, da CF. A FBB é uma pessoa jurídica de
direito privado não integrante da Administração Pública. Assim, a FBB não necessita se
submeter aos ditames da gestão pública quando repassar recursos próprios a terceiros por meio
de convênios. Por outro lado, quando a FBB recebe recursos provenientes do Banco do Brasil
— sociedade de economia mista que sofre a incidência dos princípios da Administração
Pública previstos no art. 37, caput, da CF/88, — ficará sujeita à fiscalização do TCU. Isso
porque, neste caso, tais recursos, como são provenientes do BB, têm caráter público. STF. 2ª T.
MS 32703/DF, Rel. Min. Dias Tóffoli, j. 10/4/18 (Info 897).

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGEAM-2016: ##PCGO-2018: ##CESPE: ##UEG: É inconstitucional


norma da CE que preveja competir à ALE julgar as contas do Poder Legislativo: É inconstitucional
norma da Constituição Estadual que preveja que compete privativamente à Assembleia Legislativa
julgar as contas do Poder Legislativo estadual. Seguindo o modelo federal, as contas do Poder
Legislativo estadual deverão ser julgadas pelo TCE, nos termos do art. 71, II c/c art. 75, da CF/88. STF.

312
Plenário. ADI 3077/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 16/11/16 (Info 847).

##Atenção: ##STF: ##PGEMG-2012: ##PGESP-2012: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##TRF4-2016:


##MPAP-2021: ##CESPE: ##FCC: Ao Tribunal de Contas da União compete julgar as contas dos
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta
e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as
contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário (CF, art. 71, II; Lei 8.443, de 1992, art. 1º, I). As empresas públicas e as sociedades de economia
mista, integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, não
obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista. (...). STF. Plenário. MS 25092, Rel. Min.
Carlos Velloso, j. 10/11/05.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: As sociedades de economia mista e as empresas públicas
federais estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas da União. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##PGEAM-2016: ##CESPE: Tribunal de Contas dos Estados: competência:


observância compulsória do modelo federal: inconstitucionalidade de subtração ao Tribunal de
Contas da competência do julgamento das contas da Mesa da Assembléia Legislativa - compreendidas
na previsão do art. 71, II, da Constituição Federal, para submetê-las ao regime do art. 71, c/c. art. 49, IX,
que é exclusivo da prestação de contas do Chefe do Poder Executivo. I. O art. 75, da Constituição
Federal, ao incluir as normas federais relativas à "fiscalização" nas que se aplicariam aos Tribunais de
Contas dos Estados, entre essas compreendeu as atinentes às competências institucionais do TCU, nas
quais é clara a distinção entre a do art. 71, I - de apreciar e emitir parecer prévio sobre as contas do
Chefe do Poder Executivo, a serem julgadas pelo Legislativo - e a do art. 71, II - de julgar as contas dos
demais administradores e responsáveis, entre eles, os dos órgãos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário. II. A diversidade entre as duas competências, além de manifesta, é tradicional, sempre
restrita a competência do Poder Legislativo para o julgamento às contas gerais da responsabilidade do
Chefe do Poder Executivo, precedidas de parecer prévio do Tribunal de Contas: cuida-se de sistema
especial adstrito às contas do Chefe do Governo, que não as presta unicamente como chefe de um dos
Poderes, mas como responsável geral pela execução orçamentária: tanto assim que a aprovação
política das contas presidenciais não libera do julgamento de suas contas específicas os responsáveis
diretos pela gestão financeira das inúmeras unidades orçamentárias do próprio Poder Executivo,
entregue a decisão definitiva ao Tribunal de Contas. STF. Plenário. ADI 849, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, j. 11/02/99.

(TJAM-2016-CESPE): O TCU é competente para julgar as contas dos administradores e demais


responsáveis por valores públicos da administração direta e indireta, tendo eficácia de título executivo as
decisões desse tribunal das quais resulte imputação de débito ou multa. BL: art. 71, II, CF.

III - APRECIAR, para fins de registro, a LEGALIDADE DOS ATOS de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, INCLUÍDAS as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, EXCETUADAS as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a
das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não
alterem o fundamento legal do ato concessório; (TJSE-2008) (TRF5-2009) (PCPB-2009) (MPMG-2010) (AGU-
2010) (TJPB-2011) (PGEMT-2011) (TJAC-2012) (MPAP-2012) (PGEMG-2012) (PCGO-2012) (TRF2-2013) (PCPA-
2013) (DPEMG-2009/2014) (TJPA-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (TJRS-
2016) (TJAM-2016) (MPRS-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (TJMSP-2016) (DPEAM-2018) (PGM-
POA/RS-2016/2022)

IV - REALIZAR, por iniciativa própria [leia-se: de ofício], da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; (TJMG-2006) (TJES-2011) (PGEPA-2011)
(TRF4-2012) (MPSP-2013) (TJPA-2014) (DPEMG-2014) (MPT-2012/2015) (DPEMT-2016)

(TRE4-2012): Assinale a alternativa correta: O Congresso Nacional exerce controle externo sobre a
administração pública federal com auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete, entre
outras atribuições, a de, por iniciativa própria, realizar inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial em unidades do Poder Judiciário. BL: art. 71, IV, CF.

313
V - FISCALIZAR as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo CAPITAL SOCIAL a
União PARTICIPE, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; (MPMG-2010) (MPCE-
2011) (PGERS-2011) (MPRR-2012) (MPMS-2013) (DPEDF-2013) (MPM-2013) (MPT-2015) (TJAM-2016)

VI - FISCALIZAR a aplicação de quaisquer recursos REPASSADOS pela União mediante


convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município; (TJSE-2008) (DPEMG-2009) (TRF5-2009) (MPBA-2010) (PGEAM-2010) (MPCE-2011) (PGEMT-
2011) (PGEPA-2011) (AGU-2009/2013) (MPMG-2013) (MPMS-2013) (DPEDF-2013) (TJRS-2016) (PGEMA-
2016) (PCPE-2016) (PCMT-2017) (PGESP-2012/2018) (PCPI-2018)

(PGESP-2018-VUNESP): Ao escrever sobre a relação entre liberdade política, democracia e poder, no


Livro XI da obra clássica “O Espírito das Leis”, Montesquieu já afirmava: ‘Para que não se possa abusar do
poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder limite o poder.”. A ideia foi incorporada pela
Constituição brasileira de 1988, sendo correto afirmar sobre a independência e harmonia dos Poderes:
cabe ao Congresso Nacional, mediante controle externo, fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos
repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste a outros instrumentos congêneres, a Estado, ao
Distrito Federal ou a Município. BL: art. 71, VI, CF.

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; (PGEPB-2008) (AGU-
2013) (Cartórios/TJMG-2015)

(AGU-2013-CESPE): Com relação ao controle interno da administração pública e ao TCU, julgue o item
consecutivo: O TCU tem o dever de prestar ao Congresso Nacional, a qualquer de suas Casas ou de suas
comissões, informações sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
que executar, bem como sobre os resultados das auditorias e inspeções que realizar.. BL: art. 71, VII, CF.

VIII - APLICAR aos responsáveis, em caso de ILEGALIDADE DE DESPESA ou


IRREGULARIDADE DE CONTAS, as sanções previstas em lei, que ESTABELECERÁ, entre outras
cominações, MULTA PROPORCIONAL ao dano causado ao erário; (MPSP-2005) (TJMG-2006) (PGEPB-
2008) (PGEAM-2010) (MPCE-2009/2011) (TRF2-2011) (PGEMT-2011) (PGERS-2011) (MPRR-2012) (MPMS-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (AGU-2013) (TJPA-2014) (TJRS-2016) (DPEAM-2018) (DPEAP-2018) (TJRJ-2019)
(TCDF-2021) (PGM-POA/RS-2022)

(AGU-2013-CESPE): Ainda sobre a organização e o funcionamento de diversas instituições públicas


brasileiras, julgue o item seguinte: Compete ao TCU, entre outras atribuições, fiscalizar a aplicação de
quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres, a estado, ao DF ou a município, aplicando aos responsáveis, em caso de ilegalidade de
despesa ou de irregularidade de contas, as sanções previstas em lei. BL: art. 71, VI e VIII, CF.

IX - ASSINAR prazo para que o órgão ou entidade ADOTE as PROVIDÊNCIAS NECESSÁRIAS


ao exato cumprimento da lei, SE VERIFICADA ilegalidade; (MPCE-2009) (PGEAM-2010) (DPERR-2013)
(TRF2-2013) (TJPA-2014) (DPEMT-2016) (DPEAM-2018) (MPRS-2021)

(MPRS-2021): Em relação ao tema do controle da administração pública, considere a seguinte afirmação:


Nos termos da CF/1988, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete, dentre outras atividades, assinar prazo para que o
órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada
ilegalidade.. BL: art. 71, IX, CF.

X - SUSTAR, se não atendido, a EXECUÇÃO DO ATO IMPUGNADO, COMUNICANDO a


decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; (PGESP-2002) (TJMG-2006) (TJSP-2009) (DPEMG-
2009) (PGEMT-2011) (MPRJ-2012) (PCGO-2012) (DPERR-2013) (TJPR-2014) (DPEGO-2014) (TRF4-2014)
(MPBA-2015) (PCDF-2015) (TJRS-2016) (TJAM-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (DPEAM-2018)
(DPEAP-2018) (MPAP-2012/2021) (PGEGO-2021)

314
XI - REPRESENTAR ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. (PGEMG-
2012) (DPEAM-2018) (DPEAP-2018)

§ 1º No caso de contrato, o ATO DE SUSTAÇÃO SERÁ ADOTADO DIRETAMENTE pelo


Congresso Nacional, que SOLICITARÁ, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. (PGEAM-
2010) (TRF2-2011) (TJAC-2012) (MPAP-2012) (MPRJ-2012) (MPES-2013) (DPERR-2013) (TJPA-2014) (TJPR-
2014) (TJPE-2015) (MPBA-2015) (PCDF-2015) (PGEMT-2011/2016) (TJAM-2016) (PGEMA-2016) (DPEAM-
2018) (DPEAP-2018) (PGEGO-2021) (MPSE-2022)

(TJAC-2012-CESPE): Com relação ao controle da administração pública, assinale a opção correta: No


exercício do controle externo, o Congresso Nacional dispõe de poderes para, sem a manifestação do
Poder Judiciário, sustar contratos administrativos eivados de ilegalidade ou atos normativos do Poder
Executivo que extravasarem os limites do poder regulamentar ou da delegação legislativa. BL: art. 71,
§1º c/c art. 49, V da CF.

##Atenção: No caso de exorbitação de poderes delegados, vejamos o teor do art. 49, V, da CF/88: “ Art.
49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;”

##Atenção: ##TJAM-2016: ##CESPE: Se a irregularidade for constatada em contrato administrativo, não


tem o TCU, desde logo, competência para sustá-lo. É o que se extrai do art. 71, inciso X e §1º, da CF/88.

§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, NÃO EFETIVAR as


MEDIDAS previstas no parágrafo anterior, o Tribunal DECIDIRÁ a respeito. (PGEAM-2010) (MPRJ-2012)
(MPES-2013) (MPBA-2015) (TJAM-2016) (DPEAM-2018) (DPEAP-2018) (PGEGO-2021)

§ 3º As decisões do Tribunal de que RESULTE imputação de débito ou multa TERÃO EFICÁCIA


DE TÍTULO EXECUTIVO. (PGESP-2002) (TJSE-2008) (DPEMG-2009) (AGU-2009) (PGERS-2010)
(DPESE-2012) (PGDF-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (MPRS-2012/2016) (TRF4-2016)
(PGEMT-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGEAC-2014/2017) (DPEAL-2017) (TRF2-2017) (PGM-Fortaleza/CE-
2017) (DPEAP-2018) (MPGO-2013/2019) (TJBA-2019) (TJSC-2019) (MPCPA-2019) (TCDF-2021)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TCDF-2021: ##CESPE: De quem é a legitimidade para a execução de


crédito decorrente de multa aplicada por Tribunal de Contas estadual a agente público municipal? : Os
Estados não têm legitimidade ativa para a execução de multas aplicadas, por Tribunais de Contas
estaduais, em face de agentes públicos municipais, que, por seus atos, tenham causado prejuízos a
municípios. O Município prejudicado é o legitimado para a execução de crédito decorrente de multa
aplicada por Tribunal de Contas estadual a agente público municipal, em razão de danos causados ao
erário municipal. STF. Plenário. RE 1003433/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min.
Alexandre de Moraes, j. 14/9/21 (Repercussão Geral – Tema 642) (Info 1029). STJ. 2ª T. AgInt no AREsp
926189-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 15/02/22 (Info 725).

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TRF2-2017: É constitucional a criação de órgãos jurídicos na estrutura


de Tribunais de Contas estaduais, vedada a atribuição de cobrança judicial de multas aplicadas pelo
próprio tribunal. É inconstitucional norma estadual que preveja que compete à Procuradoria do
Tribunal de Contas cobrar judicialmente as multas aplicadas pela Corte de Contas. A CF não outorgou
aos Tribunais de Contas competência para executar suas próprias decisões. As decisões dos Tribunais
de Contas que acarretem débito ou multa têm eficácia de título executivo, mas não podem ser
executadas por iniciativa do próprio Tribunal. STF. Plenário. ADI 4070/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
19/12/16 (Info 851).

##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##Cartórios/TJSE-2014: ##PGM-POA/RS-2016: ##PGEAC-


2014/2017: ##TRF2-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##MPGO-2013/2019: ##TJSC-2019: ##MPCPA-
2019: ##CESPE: ##FMP: ##Fundatec: O MP possui legitimidade para ajuizar a execução de título
executivo extrajudicial decorrente de condenação proferida pelo Tribunal de Contas? NÃO. A
legitimidade para a propositura da ação executiva é apenas do ente público beneficiário. O Ministério
Público, atuante ou não junto às Cortes de Contas, seja federal, seja estadual, é parte ilegítima. Essa é
a posição tanto do STF (Plenário. ARE 823347 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 2/10/14. Repercussão
315
geral), como do STJ (2ª T. REsp 1.464.226-MA, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 20/11/14). STJ. 2ª
T. REsp 1.464.226-MA, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 20/11/14 (Info 552).
(TJSC-2019-CESPE): De acordo com o STF, a legitimidade ativa para execução de condenação patrimonial
imposta por tribunal de contas estadual é do ente público beneficiado com a condenação. BL: Entendimento
do STF e STJ.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TRF2-2017: ##PGEAC-2017: ##FMP: A execução da decisão do Tribunal


de Contas é feita mediante o procedimento da execução fiscal (Lei 6.830/80)? NÃO. O que se executa é
o próprio acórdão do Tribunal de Contas (e não uma CDA). Assim, trata-se de execução civil de título
extrajudicial, seguindo as regras dessa espécie de execução previstas no CPC. Não se aplica a Lei
6.830/80 à execução de decisão condenatória do Tribunal de Contas da União quando não houver
inscrição em dívida ativa. Tais decisões já são títulos executivos extrajudiciais, de modo que
prescindem da emissão de Certidão de Dívida Ativa — CDA, o que determina a adoção do rito do
CPC quando o administrador discricionariamente opta pela não inscrição. STJ. 2ª T., REsp 1390993/RJ,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 10/09/13 (Info 530).
(TRF2-2017): À luz do entendimento dominante dos Tribunais Superiores, marque a opção correta: A
inscrição de multas impostas pelo Tribunal de Contas da União na dívida ativa da União é opcional. BL:
Info 530, STJ.

##Atenção: As decisões do Tribunal de Contas que imputam de débitos ou aplicação de multas tem
natureza de título executivo extrajudicial. Outrossim, importante ressaltar, conforme decisão do STF a
seguir, quem terá competência para executar o referido título executivo o ente da federação beneficiado.
Sendo a União, será ela quem ajuizará a demanda executiva, da mesma forma que em relação aos
Municípios e Estados. Vejamos: “Tribunal de Contas do Estado do Acre. Irregularidades no uso de bens
públicos. Condenação patrimonial. Cobrança. Competência. Ente público beneficiário da condenação. Em
caso de multa imposta por Tribunal de Contas estadual a responsáveis por irregularidades no uso de
bens públicos, a ação de cobrança somente pode ser proposta pelo ente público beneficiário da
condenação do Tribunal de Contas. Precedente.” (RE 510.034-AgR, Rel. Min. Eros Grau, j. 24-6-08, 2ª T.,
DJE de 15-8-08). No mesmo sentido: AI 826.676-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 8-2-11, 2ª T, DJE de 24-2-
2011.

(TJAM-2016-CESPE): Sabendo que o controle externo a cargo do Congresso Nacional é exercido com o
auxílio do TCU, assinale a opção correta: O TCU é competente para julgar as contas dos administradores
e demais responsáveis por valores públicos da administração direta e indireta, tendo eficácia de título
executivo as decisões desse tribunal das quais resulte imputação de débito ou multa. BL: art. 71, II, c/c
§3º, CF.

§ 4º O Tribunal [TCU] ENCAMINHARÁ ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente,


RELATÓRIO de suas atividades. (PGERS-2011) (MPT-2015) (TJAM-2016)

Art. 72. A COMISSÃO MISTA PERMANENTE a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de
despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, PODERÁ SOLICITAR à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
PRESTE os esclarecimentos necessários. (TJSP-2011) (DPEMG-2014)

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais
comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

OBS: As comissões mistas podem ser também permanentes, a teor do art. 72 da CF.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao


Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. (MPF-2005)

§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano
irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
316
Art. 73. O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, INTEGRADO por nove Ministros, TEM sede no
Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, EXERCENDO, no
que couber, as ATRIBUIÇÕES previstas no art. 96. (PCDF-2009) (TJPR-2011) (TRF5-2011) (TJMA-2013)
(TRF3-2013) (PGDF-2013) (TJDFT-2016) (PGEPE-2018) (PGETO-2018) (TJMS-2020) (DPESC-2021)

§ 1º Os MINISTROS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SERÃO NOMEADOS dentre


brasileiros [obs.: não precisa ser brasileiro nato.] que SATISFAÇAM os seguintes requisitos: (TJAC-2012)
(TJDFT-2012) (TRF3-2013) (MPSC-2014) (DPERN-2015) (MPT-2015)

I - mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 122, de 2022)

II - idoneidade moral e reputação ilibada; (TJDFT-2012) (TRF3-2013) (MPSC-2014) (DPERN-2015)

III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração


pública; (TJAC-2012) (TRF3-2013) (MPSC-2014) (DPERN-2015) (MPT-2015)

IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior. (TRF3-2013) (MPSC-2014) (DPERN-2015) (MPT-2015)

§ 2º Os MINISTROS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SERÃO ESCOLHIDOS:

I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, SENDO dois
ALTERNADAMENTE dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal,
INDICADOS em lista tríplice pelo Tribunal, SEGUNDO os critérios de antigüidade e merecimento;
(PGEMG-2012) (TJMSP-2016) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (TJMS-2020) (DPESC-2021)

II - dois terços pelo Congresso Nacional. (TJPI-2012) (TJMSP-2016) (PGEPE-2018) (PGESC-2018)


(DPESC-2021)

§ 3° Os MINISTROS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TERÃO as mesmas garantias,


prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça,
aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (MPSP-2008) (TJAC-2012) (TJPA-2012) (MPTO-2012) (TJMA-2013)
(TJDFT-2016) (DPESC-2021)

§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do


titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional
Federal.

(MPSC-2014): Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: a) 1/3 (um terço) pelo
Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo 2 (dois) alternadamente dentre
auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal,
segundo os critérios de antiguidade e merecimento; b) 2/3 (dois terços) pelo Congresso Nacional. O
auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e,
quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. BL:
art. 73, §2º, I e II e §4º da CF/88.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário MANTERÃO, de forma integrada,


SISTEMA DE CONTROLE INTERNO com a finalidade de: (PGESP-2002) (PCAP-2010) (DPERS-2011)
(TRF1-2011) (PGERS-2011) (MPSP-2012) (MPT-2012) (AGU-2012) (MPMG-2013) (Cartórios/TJES-2013) (AGU-
2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (DPEPE-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (TJRS-2016) (PGEAM-2016)
(PGM-BH/MG-2017) (TJSP-2018) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (TCERJ-2021)

I - AVALIAR o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União; (PCAP-2010) (PGESC-2018) (PCPI-2018)
317
II - COMPROVAR a legalidade e AVALIAR os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; (Cartórios/TJES-2013) (PGESC-2018)

III - EXERCER o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União; (PGESP-2002) (MPT-2012) (PGESC-2018)

IV - APOIAR o CONTROLE EXTERNO no exercício de sua missão institucional. (DPERS-2011)


(Cartórios/TJRS-2015) (TJRS-2016) (PGESC-2018)

(TJRS-2016-Faurgs): Acerca do controle externo e interno da Administração Pública, assinale a


alternativa correta: Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno, com a finalidade de, entre outras, apoiar o controle externo no exercício da sua
missão institucional. BL: art. 74, IV, CF/88.

§ 1º Os responsáveis pelo CONTROLE INTERNO, AO TOMAREM conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, dela DARÃO CIÊNCIA ao Tribunal de Contas da União, SOB PENA de
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. (MPAM-2007) (DPERS-2011) (TRF1-2011) (PGEPA-2011) (MPMG-
2013) (Cartórios/TJES-2013) (AGU-2013) (DPEPE-2015) (MPF-2015) (MPSC-2016) (DPEAM-2018) (MPSP-
2019)

(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem


conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob
pena de responsabilidade solidária. BL: art. 74, §1º, CF.

(DPEAM-2018-FCC): Pedro, diretor da área responsável pelo controle interno da Administração direta
e autárquica de determinado Estado, teve conhecimento, em auditoria realizada em entidade autárquica
da área de apoio à pesquisa universitária, de desvios de recursos públicos praticados por gestores
responsáveis por indicar projetos contemplados com verbas de programa gerenciado naquele âmbito.
Considerando o escopo da atividade de controle interno e as disposições constitucionais que disciplinam
o tema, Pedro deverá dar ciência da irregularidade ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de
responsabilidade solidária. BL: art. 74, §1º, CF.

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato É PARTE LEGÍTIMA para, na


forma da lei, DENUNCIAR irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
(TJDFT-2007) (DPESP-2009) (PGEPA-2011) (MPT-2009/2012) (PCPA-2012) (AGU-2012) (MPRO-2013)
(DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPF-2011/2013/2015) (TJDFT-2016) (MPSP-2019) (DPESC-2021)
(TCDF-2021) (TCERJ-2021) (TCETO-2022)

(DPESC-2021-FCC): Acerca do Tribunal de Contas da União: Qualquer cidadão, partido político,


associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades
perante o Tribunal de Contas da União. BL: art. 74, §2º, CF.

(TCERJ-2021-CESPE): Com base na CF, julgue o seguinte item: Partidos políticos têm legitimidade para
denunciar ao Tribunal de Contas da União irregularidades na aplicação de recursos públicos. BL: art. 74,
§2º, CF.

(MPSP-2019): Com relação à participação popular no controle da administração pública, assinale a


alternativa correta: Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas. BL: art. 74, §2º, CF (adm.)

(TJDFT-2016-CESPE): No que se refere ao tema controle interno e externo e seus respectivos órgãos
estatais, assinale a opção correta: Qualquer cidadão ou sindicato é parte legítima para denunciar
irregularidades ou ilicitudes ao tribunal de contas. BL: art. 74, §2º, CF.

(DPECE-2014-FCC): Considere a seguinte afirmação: O partido político que não conta com
representante no Congresso Nacional tem legitimidade para, nos termos da Constituição, denunciar
318
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. BL: art. 74, §2º, CF.

(MPF-2013): Indique, dentre as alternativas a seguir, no tocante à Seção “DA FISCALIZAÇÃO


CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA”, aquela que encerra inovação inaugurada pela CF/1988:
Controle privado da execução orçamentária. BL: art. 74, §2º, CF.

(AGU-2012-CESPE): No que se refere aos orçamentos e ao controle de sua execução, julgue o item
seguinte: Os cidadãos são partes legítimas para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o
Tribunal de Contas da União. BL: art. 74, §2º, CF.

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção APLICAM-SE, NO QUE COUBER, à organização,
composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos
Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. (TRF5-2011) (PGERS-2011) (TJAC-2012) (TJPI-2012)
(TJCE-2012) (TJBA-2012) (MPSP-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (MPF-2012) (PGDF-2013) (TJDFT-2014)
(MPAC-2014) (TRF4-2012/2016) (MPRS-2016) (PGEAM-2016) (TJSP-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (TJMA-
2022) (TCETO-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: O art. 75 da CF/88 estabelece que deverá haver um “espelhamento
obrigatório” do modelo de controle externo do TCU previsto na CF/88 para os Tribunais de Contas dos
Estados/DF e para os Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Isso significa que é
materialmente inconstitucional norma da Constituição Estadual que trate sobre a organização ou
funcionamento do TCE de forma diferente do modelo federal. Caso isso ocorra, haverá uma violação
ao art. 75 da Carta Maior. Diante disso, é inconstitucional dispositivo da CE que preveja que, se o TCE
reconhecer a boa-fé do infrator e se este fizer a liquidação tempestiva do débito ou da multa , a Corte
deverá considerar saneado o processo. Esta regra é inconstitucional porque não há previsão
semelhante na CF/88. STF. Plenário. ADI 5323/RN, Rel. Min. Rosa Weber, j. 11/4/19 (Info 937).

##Atenção: ##STF: ##TJDFT-2014: ##MPAC-2014: ##TRF4-2012/2016: ##PGEAM-2016: ##CESPE: O


modelo federal de organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas, fixado pela
Constituição, é de observância compulsória pelos Estados, nos termos do caput art. 75 da CF/88. Em
observância à simetria prescrita, entre os três indicados pelo Chefe do Poder Executivo estadual, dois,
necessariamente e de forma alternada, devem integrar a carreira de Auditor do Tribunal de Contas ou
ser membro do Ministério Público junto ao Tribunal. Enunciado de Súmula n. 653 do STF. Precedentes.
III. O art. 307, §3º, da Constituição do Estado do Pará, acrescido pela Emenda Constitucional n. 40, de
19/12/07, vai de encontro a esse modelo estabelecido na Constituição da República, ao prever que, caso
não haja auditores ou membros do Ministério Público que preencham os requisitos estabelecidos na
Constituição, a vaga passara à “livre escolha do governador”. STF. Plenário. ADI 4416, Rel. Min. Edson
Fachin, j. 23/08/19. (...) A CF/1988 é clara ao determinar, em seu art. 75, que as normas constitucionais
que conformam o modelo federal de organização do Tribunal de Contas da União são de observância
compulsória pelas Constituições dos Estados-membros. No âmbito das competências institucionais do
Tribunal de Contas, o Supremo Tribunal Federal tem reconhecido a clara distinção entre: 1) a
competência para apreciar e emitir parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo Chefe do
Poder Executivo, especificada no art. 71, inciso I, CF/88; 2) e a competência para julgar as contas dos
demais administradores e responsáveis, definida no art. 71, inciso II, CF/88. Precedentes. Na segunda
hipótese, o exercício da competência de julgamento pelo Tribunal de Contas não fica subordinado ao
crivo posterior do Poder Legislativo. Precedentes. STF. Plenário. ADI 3715, Rel. Min. Gilmar Mendes, j.
21/08/14.

(TJSP-2014-VUNESP): O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo funciona como órgão auxiliar da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Legislativo estadual. BL: arts. 71 e 75,
CF e art. 33 da Constituição Estadual de São Paulo.

##Atenção: Quanto ao controle exercido pelos Tribunais de Contas, há que se observar os ditames dos
arts. 70 e seguintes da CF/88. Isto porque, apesar de serem normas dirigidas ao Tribunal de Contas da
União, o art. 75 é expresso ao determinar que suas disposições sejam aplicadas, também, no que couber, à
organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem
como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Incide, aqui, o denominado princípio da
simetria constitucional. Firmada esta premissa, se o TCU auxilia o Congresso Nacional na tarefa de
exercer controle externo ali versado, é de se concluir, por simetria, que o Tribunal de Contas do Estado
de São Paulo atua em auxílio ao respectivo Parlamento estadual, ou seja, à Assembleia Legislativa de São

319
Paulo. Destaque, por fim, o teor do art. 33 da Constituição Estadual de São Paulo: “Artigo 33 - O controle
externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com auxílio do Tribunal de Contas do Estado, ao qual
compete”.

##Atenção: ##MPF-2012: ##TJPI-2012: ##PGDF-2013: ##MPAC-2014: ##PGEAM-2016: ##CESPE: De


acordo com o Princípio da Simetria, os Estados, Distrito Federal e Municípios, na elaboração de suas
Constituições e Leis Orgânicas, são obrigados a observar as regras e os princípios contidos na CF/88.
Assim, as normas dos arts. 70 a 75 da CF/88, que tratam da fiscalização contábil, financeira e
orçamentária aplicam-se, também, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios.

Parágrafo único. As CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS DISPORÃO sobre os Tribunais de Contas


respectivos, que SERÃO INTEGRADOS POR SETE CONSELHEIROS. (TRF1-2011) (PGERS-2011) (TJPI-
2012) (DPEAC-2012) (DPESC-2012) (MPAC-2014) (TJRS-2016) (PGEAM-2016) (PGESC-2018) (PGM-
Florianópolis/SC-2022) (TCETO-2022)

CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO

Seção I
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Art. 76. O PODER EXECUTIVO É EXERCIDO pelo Presidente da República, AUXILIADO pelos
Ministros de Estado. (MPMG-2010) (TJAL-2015) (MPPR-2017) (PGESC-2018)

Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente,


no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo
turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente . (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 16, de 1997) (Cartórios/TJMG-2015)

§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.

§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a
maioria absoluta de votos, NÃO COMPUTADOS os em branco e os nulos. (MPCE-2009) (TJPR-2011)
(DPESC-2012) (PGEGO-2013) (Cartórios/TJMG-2017) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (PGESP-2018) (MPPI-2019)
(TJMG-2014/2022)

(MPPI-2019-CESPE): Acerca de aspectos relativos aos sistemas eleitorais, é correto afirmar que o sistema
majoritário simples é usado para definir as eleições de senador da República e de prefeito de municípios
com menos de duzentos mil eleitores. BL: art. 29, II c/c art. 46, CF.70

##Atenção: ##DPESC-2012: ##PGEGO-2013: ##TJMT-2018: ##PGESP-2018: ##MPPI-2019:


##TJMG-2022: ##CESPE: ##FGV: ##VUNESP: No direito brasileiro, temos dois sistemas eleitorais, a
saber: I) sistema majoritário: subdivide-se em: I.1) sistema majoritário absoluto: para estar eleito no
primeiro turno de votação, o candidato precisa obter a maioria dos votos válidos (50% + 1, excluindo-se
da contagem os votos nulos e os em branco) (se não obtiver a maioria absoluta dos votos, haverá um
segundo turno de votação entre os dois candidatos mais votados); é adotado tal sistema para Presidente
da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e Prefeitos de municípios com mais de
duzentos mil eleitores, com seus respectivos vices; I.2) sistema majoritário relativo ou simples: o
candidato estará eleito se obtiver a maioria simples dos votos (não se exige a obtenção de 50% + 1 dos
votos válidos) (não há previsão de segundo turno); é acolhido tal sistema na eleição de Senadores da
República, com seus respectivos suplentes, bem como para Prefeitos e vice-prefeitos municipais, em

70
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...)
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao
término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais
de duzentos mil eleitores; (...) Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do
Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
320
municípios com menos de duzentos mil eleitores; e II) sistema proporcional: esse sistema tem por
objetivo assegurar às diversas agremiações partidárias um número de lugares no parlamento
proporcional às suas respectivas forças junto ao eleitorado (proporção de votos e vagas no parlamento);
para se saber o número de candidatos eleitos por partido político, há de se passar pelo cálculo do
quociente eleitoral, cálculo do quociente partidário e se promover, ao final, a distribuição das sobras; é
adotado em eleições para deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador.
(ALMEIDA, Roberto Moreira. Curso de direito eleitoral. 14ª ed. Salvador: JusPodivm, 2020, p. 503/506).
(TJMG-2022-FGV): Assinale a alternativa correta: Conforme a Constituição Federal de 1988, serão eleitos
pelo sistema majoritário os prefeitos e vices, governadores e vices, senadores e o presidente da República e
vice.
(TJMT-2018-VUNESP): As eleições para Presidente da República, para Governadores e para Prefeitos de
municípios com mais de 200 mil eleitores obedecerão ao sistema majoritário absoluto. BL: art. 77, §2º, CF
(vide art. 83 do Cód. Eleitoral 71 e arts. 2º e 3º da Lei das Eleições 72); art. 28, CF73 (eleição de Governador);
art. 29, II, CF74 (eleição municipal).

§ 3º Se nenhum candidato ALCANÇAR maioria absoluta na primeira votação, FAR-SE-Á NOVA


ELEIÇÃO em até vinte dias após a proclamação do resultado, CONCORRENDO os dois candidatos mais
votados e CONSIDERANDO-SE ELEITO aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. (PGESP-2018)

§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. (MPSC-2010) (TJSC-2013)
(Cartórios/TJMG-2017) (TJSP-2018)

§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato
com a mesma votação, QUALIFICAR-SE-Á o mais idoso.

(Investig. Polícia/PCBA-2018-VUNESP): Suponha que, nas Eleições de 2018, candidataram-se ao cargo


de Presidente da República X, Y e Z, respectivamente com 40, 45 e 50 anos. Nesse caso, é correto afirmar
que se, por exemplo, o candidato X tiver obtido a maior votação, mas desistido do cargo antes do
segundo turno, e os candidatos Y e Z obtiveram a mesma votação, será qualificado como Presidente o
candidato Z.. BL: art. 77, §5º, CF.

Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República TOMARÃO POSSE em sessão do


Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar
as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do
Brasil. (PCAP-2010) (MPSP-2011) (TJAC-2012) (TJSC-2013)
71
Art. 83. Na eleição direta para o Senado Federal, para Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o princípio
majoritário (Código Eleitoral, redação dada pela Lei nº 6.534/78).
72
Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta de
votos, não computados os em branco e os nulos. § 1º. Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira
votação, far-se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e
considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. § 2º. Se, antes de realizado o segundo turno,
ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de
maior votação. § 3º. Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em segundo lugar mais de um
candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. § 4º. A eleição do Presidente importará a do
candidato a Vice-Presidente com ele registrado, o mesmo se aplicando à eleição de Governador. (...) Art. 3º. Será
considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e os
nulos. § 1º. A eleição do Prefeito importará a do candidato a Vice-Prefeito com ele registrado. § 2º. Nos
Municípios com mais de duzentos mil eleitores, aplicar-se-ão as regras estabelecidas nos §§ 1º a 3º do artigo
anterior.
73
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro) anos, realizar-
se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se
houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do
ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta Constituição. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
74
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...) II - eleição do
Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato
dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)
321
Parágrafo único. Se, DECORRIDOS dez dias da data fixada PARA A POSSE, o Presidente ou o
Vice-Presidente, SALVO motivo de força maior, NÃO TIVER ASSUMIDO o cargo, este SERÁ
DECLARADO VAGO. (MPSP-2011) (TJAC-2012) (TJPI-2012) (TJSC-2013)

Art. 79. SUBSTITUIRÁ o Presidente, no caso de impedimento, e SUCEDER-LHE-Á, no de vaga, o


VICE-PRESIDENTE. (TRF4-2009) (MPSP-2011/2012) (PGESP-2012) (DPEMA-2015) (MPT-2015) (PGEMS-
2016)

Parágrafo único. O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, além de outras atribuições que lhe


forem conferidas por lei complementar, AUXILIARÁ o Presidente, sempre que por ele convocado para
MISSÕES ESPECIAIS. (TRF4-2009) (MPSP-2011) (MPMG-2012) (PGESP-2012) (DPEMA-2015) (MPT-2015)
(PGEMS-2016)

(MPMG-2012): Substituirá o Presidente da República, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de


vaga, o Vice-Presidente, que, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar,
auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais. BL: art. 79, § único, CF.

Art. 80. Em caso de IMPEDIMENTO do Presidente e do Vice-Presidente, ou VACÂNCIA DOS


RESPECTIVOS CARGOS, SERÃO sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente
da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. (TJSP-2008) (PCAP-
2010) (MPSP-2005/2011) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (PFN-2012) (TJDFT-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (PCDF-2015) (MPT-2015) (TRF4-2016) (PGEMS-2016) (TRT1-2016) (Cartórios/TJMG-
2017) (PGESC-2018) (PCGO-2018)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCGO-2018: ##UEG: Os substitutos eventuais do Presidente da


República a que se refere o art. 80 da CF/88, caso ostentem a posição de réus criminais perante o STF,
ficarão impossibilitados de exercer o ofício de Presidente da República. No entanto, mesmo sendo
réus, podem continuar na chefia do Poder por eles titularizados. Ex: o Presidente do Senado Renan
Calheiros tornou-se réu em um processo criminal; logo, ele não poderá assumir a Presidência da
República na forma do art. 80 da CF/88; porém, ele pode continuar normalmente como Presidente do
Senado, não precisando ser afastado deste cargo. STF. Plenário. ADPF 402 MC-REF/DF, Rel. Min.
Marco Aurélio, j. 7/12/16 (Info 850).

(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Nos casos de impedimentos do Presidente e do Vice-


Presidente da República, ou de vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao
exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do STF. BL: art.
80, CF.

(TJSP-2008-VUNESP): Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente da República ou


vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência: o
Presidente da Câmara, o do Senado e o do STF. BL: art. 80, CF.

Art. 81. VAGANDO os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, FAR-SE-Á ELEIÇÃO


noventa dias depois de aberta a ÚLTIMA VAGA. (PCAP-2010) (TJPR-2011) (MPSP-2011) (PGEPA-2011)
(TJAC-2012) (TJMS-2012) (DPESP-2012) (TJSC-2013) (TRF2-2013) (MPF-2013) (DPERS-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGESC-2014) (PCPI-2014) (TJDFT-2014/2015) (DPEMA-2015) (MPT-2015) (TRF3-
2016) (PGEMS-2016) (PGEMT-2016) (MPGO-2019) (MPSC-2019)

§ 1º - OCORRENDO a VACÂNCIA nos últimos dois anos do período presidencial, a ELEIÇÃO


para ambos os cargos SERÁ FEITA trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional [obs.:
eleição indireta], na forma da lei. (TJTO-2007) (TJPR-2011) (MPSP-2011) (PGEPA-2011) (TJMS-2012)
(DPESP-2012) (TJSC-2013) (TRF2-2013) (MPF-2013) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCPI-2014)
(TJDFT-2014/2015) (DPEMA-2015) (MPT-2015) (TRF4-2016) (PGEMS-2016) (PGEMT-2016) (MPGO-2019)
(MPSC-2019)

(MPSC-2019): Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, nos últimos dois anos do
período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo
Congresso Nacional, na forma da lei. BL: art. 81, §1º, CF.

322
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Quando ocorre a dupla vacância dos cargos de Presidente e
de Vice-Presidente da República, o sistema constitucional brasileiro admite a eleição, na forma da lei, nos
últimos 2 anos do período presidencial, para ambos os cargos, pelo Congresso Nacional. BL: art. 81, §1º,
CF.

##Atenção: ##DICA:
 Eleições DIRETAS: 2 primeiros anos = ocorre em 90 dias depois de aberta a última vaga.
 Eleições INDIRETAS: 2 últimos anos = ocorre em 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso
Nacional (art. 81 §1º).

§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos DEVERÃO COMPLETAR o período de seus antecessores.


(PCAP-2010) (MPSP-2011) (TJMS-2012) (DPESP-2012)

(MPSP-2011): Assinale a alternativa correta acerca das regras constitucionais de sucessão no caso de
vacância definitiva dos cargos de Presidente e Vice-presidente da República: Se a vacância ocorrer antes
do início dos dois últimos anos de mandato presidencial, convocar-se-á eleição direta para 90 dias depois
da última vaga. Se a última vaga se der nos dois últimos anos do mandato, a eleição será indireta, em 30
dias, pelo Congresso Nacional. Em qualquer das hipóteses, a nova eleição será para “mandato tampão”,
a fim de completar o período de seus antecessores. BL: art. 81, caput e §§1º e 2º, CF.

##Atenção: Assim, podemos resumir no caso de vacância de PR + VPR:


- 2 primeiros anos = Eleição direta pelo povo
- 2 últimos anos = Eleição indireta pelo Congresso Nacional em 30 dias

**Neste interstício, assumirão o cargo interinamente, na seguinte ordem: Presid. da CD, Presid. do SF e
Presid. do STF.

Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do
ano seguinte ao de sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República NÃO PODERÃO, sem licença do


Congresso Nacional, AUSENTAR-SE DO PAÍS por período superior a quinze dias, SOB PENA de
PERDA DO CARGO. (TRF4-2009) (MPES-2010) (PCAP-2010) (TJES-2011) (TJAC-2012) (TJPI-2012) (MPMG-
2012) (MPSC-2012) (DPEAC-2012) (DPESP-2012) (PGESP-2012) (Cartórios/TJMT-2014) (PGM-Recife/PE-
2014) (DPEMA-2015) (PGEAM-2016) (PGEMS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESC-2018)

##Atenção: ##STF: ##DOD: A exigência de prévia autorização da assembleia legislativa para o


governador e o vice-governador do Estado ausentarem-se, “em qualquer tempo”, do território nacional
mostra-se incompatível com os postulados da simetria e da separação dos Poderes. A Constituição
Federal, em seu art. 49, III e em seu art. 83, prevê que é da competência do Congresso Nacional
autorizar o Presidente e o Vice-presidente da República a se ausentarem do País quando a ausência
for por período superior a 15 dias. Logo, afronta os princípios da separação dos Poderes e da simetria a
norma da Constituição estadual que exige prévia licença da Assembleia Legislativa para que o
Governador e o Vice-governador se ausentem do País por qualquer prazo. Os Estados-membros não
podem criar novas ingerências de um Poder na órbita de outro que não derivem explícita ou
implicitamente de regra ou princípio previsto na Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5373
MC/RR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 9/5/19 (Info 939).

##Atenção: ##STF: ##PGESP-2012: ##PGM-Recife/PE-2014: ##FCC: Afronta os princípios


constitucionais da harmonia e independência entre os Poderes e da liberdade de locomoção norma
estadual que exige prévia licença da Assembleia Legislativa para que o governador e o vice-
governador possam ausentar-se do País por qualquer prazo. Espécie de autorização que, segundo o
modelo federal, somente se justifica quando o afastamento exceder a quinze dias. Aplicação do
princípio da simetria. STF. Plenário. ADI 738, Rel. Min. Maurício Corrêa, j. 13/11/02. No mesmo
sentido: RE 317.574, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 1º/12/10, Plenário; ADI 775-MC, Rel. Min. Celso de Mello,
j. 23/10/92, Plenário.
(PGESP-2012-FCC): Norma de Constituição Estadual que exige prévia licença da Assembleia Legislativa
para que o Governador possa ausentar-se do país por qualquer prazo é inconstitucional, por violação do
princípio da simetria. BL: Entend. Jurisprud.

323
Seção II
Das Atribuições do Presidente da República

Art. 84. COMPETE PRIVATIVAMENTE ao PRESIDENTE DA REPÚBLICA:

I - NOMEAR e EXONERAR os Ministros de Estado; (MPDFT-2004) (MPF-2005) (MPSP-2006)


(PGEPA-2011) (TRF2-2013) (TRF4-2014) (PGESC-2014) (TRT21-2015) (PGESC-2018) (PCPI-2018)

II - EXERCER, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
(MPMG-2010) (TJAL-2015) (TJRJ-2019)

(TCM/BA-2018-CESPE): A direção superior da administração federal é competência privativa do


presidente da República, com o auxílio dos ministros de Estado. BL: art. 76, c/c art. 84, II, CF.

III - INICIAR o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; (DPEMT-
2009) (MPMG-2012) (TJPE-2013) (MPMT-2014) (PGEPI-2014) (PGEMS-2016)

(TJPE-2013-FCC): A Constituição Federal vigente prevê, no caput de seu art. 37, a observância, pela
Administração Pública, do princípio da legalidade. Interpretando-se essa norma em harmonia com os
demais dispositivos constitucionais, tem-se que o Chefe do Poder Executivo participa do processo
legislativo, tendo iniciativa privativa para propor certos projetos de lei, como aqueles sobre criação de
cargos públicos na Administração direta federal. BL: art. 84, III c/c art. 61, §1º, II, “a”, CF.

IV - SANCIONAR, PROMULGAR e FAZER PUBLICAR as leis, bem como EXPEDIR decretos e


regulamentos para sua fiel execução; (MPSP-2006) (TJGO-2009) (DPEMT-2009) (DPESP-2009) (TRF4-
2009) (AGU-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2010/2011) (TJPB-2011) (MPF-2011) (PGEMT-2011) (MPAL-2012)
(DPEES-2012) (TJMT-2014) (DPEMS-2014) (DPERS-2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (PCSC-2014)
(TRF1-2009/2015) (DPERN-2015) (TRF5-2015) (PGEMS-2016) (TRT2-2016) (PGM-BH/MG-2017) (TRF3-
2011/2013/2018) (MPBA-2018) (MPPB-2018) (PGETO-2018) (TJRJ-2019) (MPGO-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(MPMG-2010/2017/2021) (TCEAM-2021)

(TJMT-2014-FMP): O poder normativo pode ser definido como o que cabe ao Chefe do Poder Executivo
de editar normas complementares à lei, para sua fiel execução. BL: art. 84, IV, CF.

(TJPB-2011-CESPE): O decreto é o instrumento por meio do qual o presidente da República exerce o


poder regulamentar que a CF lhe confere, visando dar plena e fiel exequibilidade às leis que necessitem
de regulamentação. BL: art. 84, IV, CF.

V - VETAR projetos de lei, total ou parcialmente; (DPEMT-2009) (PGEAC-2014) (TJPE-2015)

VI – DISPOR, mediante DECRETO, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
(DPEMA-2009) (DPESP-2009) (PCDF-2009) (PCPB-2009) (PGEGO-2010) (PGERS-2010/2011) (TJES-2011)
(MPF-2011) (PGEPR-2011) (PGESP-2009/2012) (TJBA-2012) (MPAL-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PFN-2012)
(AGU-2009/2012/2013) (TJMA-2013) (DPEAM-2013) (PCES-2013) (MPT-2013) (MPMA-2014) (DPEMS-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEAC-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-
2009/2011/2015) (TJAL-2015) (DPERN-2015) (TRT8-2015) (TRT21-2015) (TRF4-2010/2012/2014/2016) (PGEMA-
2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF2-2011/2014/2017) (MPPR-2017)
(DPESC-2017) (TRF5-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJSP-
2018) (DPEPE-2018) (DPERS-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (MPGO-2012/2019) (TJRO-2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPMG-2010/2012/2021) (TRF3-2011/2013/2022) (PGEAM-2022)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando NÃO IMPLICAR aumento de


despesa NEM criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

324
(MPSP-2006) (TJDFT-2007) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (DPEMA-2009) (DPESP-2009) (PCDF-2009) (PCPB-
2009) (PGERS-2010/2011) (MPDFT-2011) (PGEPR-2011) (PGESP-2009/2012) (TJPA-2012) (TJBA-2012) (PFN-2012)
(AGU-2009/2013) (TJPE-2013) (TJSC-2013) (TJMA-2013) (DPEAM-2013) (PCES-2013) (MPT-2013) (TRF4-
2010/2012/2014) (TJCE-2014) (DPECE-2014) (DPEMS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEAC-2014) (PGEPI-
2014) (PGERN-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-2009/2011/2015) (TJAL-2015) (DPERN-2015) (TRT8-2015)
(TRF4-2010/2012/2014/2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
(TRF2-2011/2014/2017) (DPESC-2017) (TRF5-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-
BH/MG-2017) (DPEPE-2018) (DPERS-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (MPGO-2012/2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020) (MPMG-2010/2012/2021) (TRF3-2011/2013/2022) (PGEAM-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É cabível ADI contra decreto presidencial que, com fundamento no art.
84, VI, “a”, da CF/88, extingue colegiados da Administração Pública federal. Isso porque se trata de
decreto autônomo, que retira fundamento de validade diretamente da CF/1988 e, portanto, é dotado de
generalidade e abstração. STF. Plenário. ADI 6121 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 12 e 13/6/19
(Info 944).

##Atenção: ##STF: ##AGU-2009: ##PGEMA-2016: ##PGETO-2018: ##CESPE: ##FCC: À luz do


princípio da simetria, são de iniciativa do chefe do Poder Executivo estadual as leis que versem sobre
a organização administrativa do Estado, podendo a questão referente à organização e funcionamento
da administração estadual, quando não importar aumento de despesa, ser regulamentada por meio de
decreto do chefe do Poder Executivo (...). Inconstitucionalidade formal, por vício de iniciativa da lei
ora atacada. STF. Plenário. ADI 2.857, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 30/8/07.
(AGU-2009-CESPE): Acerca da organização e atuação dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, no
Estado brasileiro, julgue o item seguinte: Em decorrência da aplicação do princípio da simetria, o chefe do
Poder Executivo estadual pode dispor, via decreto, sobre a organização e funcionamento da administração
estadual, desde que os preceitos não importem aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2016: Ausência de ofensa ao princípio da reserva legal, diante da nova
redação atribuída ao inciso VI do art. 84 pela EC nº 32/01, que permite expressamente ao Presidente da
República dispor, por decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal,
quando isso não implicar aumento de despesa ou criação de órgãos públicos, exceções que não se
aplicam ao Decreto atacado. STF. Plenário. ADI 2564, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 08/10/03.

(TJAL-2019-FCC): Considerando as medidas de organização da Administração Pública necessárias para


o desempenho de suas atividades, operadas a partir dos mecanismos de desconcentração e de
descentralização, nos limites estabelecidos pela CF/88, tem-se que a criação de órgãos públicos é uma
expressão da desconcentração, porém extravasa a competência do Chefe do Executivo para dispor,
mediante decreto, sobre organização da Administração, sendo matéria de reserva de lei formal. BL: 84,
VI, “a” CF. (adm.)

##Atenção: A criação e extinção de órgãos públicos é exemplo de desconcentração, no entanto extravasa


a competência do Presidente da República, uma vez que a competência para dispor, mediante decreto,
sobre a organização e funcionamento da administração federal não inclui a criação ou extinção de órgãos
públicos (art. 84, VI, "a" da CF/88). Acrescente-se, ainda, que no exercício do poder regulamentar, o
Poder Executivo pode editar regulamentos autônomos de organização administrativa, desde que esses
não impliquem aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.

(TJGO-2015-FCC): O regime jurídico administrativo compreende um conjunto de prerrogativas e


sujeições aplicáveis à Administração e expressa-se sob a forma de princípios informativos do Direito
Público, bem como pelos poderes outorgados à Administração, entre os quais se insere o poder
normativo, que não se restringe ao poder regulamentar, abarcando também atos originários relativos a
matéria de organização administrativa. BL: art. 84, VI, “a” CF. (adm.)

b) extinção de funções ou cargos públicos, QUANDO VAGOS; (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001) (MPSP-2006) (TJSE-2008) (MPRO-2008) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (DPEMA-2009) (DPESP-
2009) (PCDF-2009) (PCPB-2009) (PGEGO-2010) (PGERS-2010) (PGEPR-2011) (TJDFT-2007/2012) (PGESP-
2009/2012) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (TJPE-2013)
(TJSC-2013) (TJMA-2013) (DPEAM-2013) (DPEDF-2013) (PCES-2013) (MPMA-2014) (DPEMS-2014)

325
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEAC-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-2009/2011/2015) (TJAL-
2015) (DPERN-2015) (TRT8-2015) (TRT21-2015) (TRF4-2010/2012/2014/2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016)
(PCPE-2016) (TRT2-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF2-2014/2017) (MPPR-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017)
(TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPERS-2018) (PGETO-2018) (PCGO-2018) (MPGO-2012/2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (MPMG-2010/2012/2021) (TRF3-2011/2013/2022) (PGEAM-2022)

##Atenção: ##STF: ##PGM-Cuiabá/MT-2014: ##TRF1-2015: ##MPMG-2017: ##TJSP-2018: ##PGM-


Curitiba/PR-2019: ##CESPE: ##FCC: ##UFPR: ##VUNESP: Enquanto o decreto regulamentar é
expedido apenas para complementar uma lei, para que seja possível sua fiel execução, o decreto
autônomo, previsto no art. 84, VI da CF tem o poder de inovar na ordem jurídica, criando direitos ou
impondo obrigações. Desse modo, com a EC 32/01 que deu nova redação ao art. 84, VI, CF, nosso
ordenamento passou a prever os regulamentos autônomos ou independentes. Tais regulamentos são
fontes primárias de direito e inauguram a ordem jurídica. Eles não se sujeitam à lei, pois a ela se
equivalem, retirando sua validade da CF e não da lei (por isso é preexistente, não precisa de uma lei
anterior para o validar) sendo possível, inclusive, controle abstrato de constitucionalidade (STF, ADI
3239). Portanto, apenas a EC 32/01 previu a hipótese de decreto autônomo (art. 84, VI), revestido de
conteúdo normativo, fonte primária do direito. A partir dessa emenda, o STF reconheceu a existência
de decretos autônomos (ADI 3673-MC).
(MPMG-2017): A respeito da legalidade administrativa, é correto dizer: O decreto regulamentar não cria,
altera ou constitui direitos, apenas viabiliza na perspectiva operacional a adequada interpretação e aplicação
da lei, ao passo que o decreto autônomo é espécie normativa primária, preexistente à lei. BL: art. 84, VI, CF.
(TRF1-2015-CESPE): Relativamente ao poder regulamentar e à regulação, assinale a opção correta: O
regulamento autônomo diferencia-se do regulamento de execução porque, enquanto este é editado com
fundamento na lei, aquele possui fundamento direto na Constituição, sendo possível, portanto, que inove
na ordem jurídica. BL: art. 84, VI, CF.

(TRF3-2022): É competência privativa do Presidente da República: Extinguir, por decreto, funções ou


cargos públicos, criados por lei, quando vagos. BL: art. 84, VI, “b”, CF.

(MPAP-2021-CESPE): Acerca da relação dos entes federativos com os seus servidores e com as demais
organizações que compõem a máquina pública, assinale a opção correta: A criação de cargo público, por
implicar potencialmente uma despesa pública, é determinada por lei, porque compete ao Poder
Legislativo a criação de despesa pública, ao passo que a extinção de cargo público vago se dá por decreto
do chefe do Poder Executivo. BL: art. 84, VI, “b”, CF.

(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: Cargos e funções, no âmbito do Poder Executivo, somente
podem ser criados por lei, mas podem ser extintos por decreto, desde que estejam vagos. BL: art. 61, II,
“a”75 c/c art. 84, VI, “b”, CF.

(MPAL-2012-FCC): Embora haja controvérsia acerca da existência do poder regulamentar autônomo em


nossa ordem constitucional, é fato que a Constituição Federal autoriza o Chefe do Poder Executivo
Federal a dispor diretamente, mediante decreto, sobre extinção de funções ou cargos públicos, quando
vagos. BL: art. 84, VI, “b”, CF.

##Atenção: O denominado “decreto autônomo”, de competência do Chefe do Poder Executivo, jamais


poderá criar ou extinguir órgãos públicos, conforme disposto no art. 84, VI, da CF: a) organização e
funcionamento da Administração, desde que não implique aumento de despesa nem criação ou extinção
de ÓRGÃOS públicos; b) extinção de funções ou CARGOS públicos, quando vagos.

(PGESP-2012-FCC): Assinale a alternativa correta: Cabe ao Chefe do Poder Executivo dispor, mediante
decreto, sobre organização e funcionamento da administração pública, quando não implicar aumento de
despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos. BL: art. 84, VI, CF.

(TJGO-2009-FCC): É corrente a expedição de decretos ainda que não para dar específica execução a
dispositivo de lei. BL: art. 84, VI, CF.

##Atenção: Existe um rol de atribuições que serão dispostos mediante decreto. Todavia, o art. 84, VI da
75
Art. 61. (...). § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...) II - disponham sobre: a)
criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração.
326
CF elenca duas hipóteses que não serão “a fiel execução da lei”. É a figura do “decreto autônomo” como é
denominada pela doutrina. Nessas duas hipóteses, o decreto não estaria regulando nenhum dispositivo
legal.

VII - MANTER relações com Estados estrangeiros e ACREDITAR seus representantes


diplomáticos; (MPDFT-2004) (PCMG-2011) (TRF4-2016) (TRF2-2013/2017) (PCPI-2018)

(TRF2-2013-CESPE): Assinale a opção correta acerca do Poder Executivo na ordem constitucional


brasileira: Tanto as funções de chefe de Estado como as de chefe de governo integram o rol de
competências privativas do presidente da República. BL: art. 84, I e VII, CF.

##Atenção: É o teor dos incisos I e VII do art. 84 da CF. No caso do inciso I ( “nomear e exonerar os
Ministros de Estado;”) o Presidente da República exerce a função de chefe de Governo. Já no inciso VII
(“manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;”) o Presidente estará
exercendo a função de chefe de Estado. Ambas as situações integram o rol de competências privativas do
Presidente.

(MPDFT-2004): O Presidente da República, como Chefe de Estado, mantém relações com Estados
estrangeiros e acredita seus representantes diplomáticos. BL: art. 84, VII, CF.

VIII - CELEBRAR tratados, convenções e atos internacionais, SUJEITOS a REFERENDO do


Congresso Nacional; (MPSP-2006) (TJPR-2008) (PGEES-2008) (DPESP-2009) (PCPB-2009) (TJSP-2011)
(TRF1-2011) (PGEPA-2011) (TJCE-2012) (MPRR-2012) (PGDF-2013) (MPAC-2014) (DPEGO-2014) (TRF5-
2013/2015) (TRF4-2009/2016) (TRF3-2013/2016) (PGEMA-2016) (TRF2-2014/2017) (DPEPR-2017) (DPEPE-
2018) (MPGO-2019) (MPMG-2021) (MPPR-2021) (TJMG-2022) (TCESC-2022)

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2016: A Soberania Nacional no plano transnacional funda-se no princípio


da independência nacional, efetivada pelo Presidente da República, consoante suas atribuições
previstas no art. 84, VII e VIII, da Lei Maior. A soberania, dicotomizada em interna e externa, tem na
primeira a exteriorização da vontade popular (art. 14 da CF) através dos representantes do povo no
parlamento e no governo; na segunda, a sua expressão no plano internacional, por meio do Presidente
da República. No campo da soberania, relativamente à extradição, é assente que o ato de entrega do
extraditando é exclusivo, da competência indeclinável do Presidente da República, conforme
consagrado na Constituição, nas Leis, nos Tratados e na própria decisão do Egrégio Supremo Tribunal
Federal na Extradição nº 1.085. O descumprimento do Tratado, em tese, gera uma lide entre Estados
soberanos, cuja resolução não compete ao STF, que não exerce soberania internacional, máxime para
impor a vontade da República Italiana ao Chefe de Estado brasileiro, cogitando-se de mediação da
Corte Internacional de Haia, nos termos do art. 92 da Carta das Nações Unidas de 1945. STF. Plenário.
Rcl 11243, Rel. Gilmar Mendes, Rel. p/ Ac. Luiz Fux, j. 08/06/11.

(TJSP-2011-VUNESP): Sobre os tratados internacionais, assinale a alternativa correta: Celebrados pela


autoridade competente, precisam ser referendados pelo Congresso Nacional. BL: art. 84, VIII, CF.

##Atenção: ##DPESP-2009: ##TJCE-2012: ##MPAC-2014: ##TRF5-2013/2015: ##TRF3-2013/2016:


##PGEMA-2016: ##TRF2-2014/2017: ##DPEPR-2017: ##MPGO-2019: ##MPMG-2021: ##MPPR-
2021: ##TJMG-2022: ##TCESC-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: Segundo os arts. 49, I e 84, VIII da CF,
celebrado tratado, convenção ou ato internacional pelo Presidente da República, caberá ao Congresso
Nacional o correspondente referendo ou aprovação, mediante edição de Decreto Legislativo, exigido
para todas as matérias do art. 49 da CF.

##Atenção: ##PCPB-2009: ##CESPE: Quando o presidente da República celebra um tratado


internacional, o faz como Chefe de Estado. Desse modo, no exercício da chefia de Estado, o Presidente da
República representa a unidade interna da República Federativa do Brasil, bem assim representa o
Estado brasileiro nas suas relações internacionais, com outros Estados e Organizações estrangeiros

IX - DECRETAR o estado de defesa e o estado de sítio; (MPSP-2006) (TRF5-2009/2011) (PGEAC-2014)


(PGM-São Paulo/SP-2014) (TRT6-2015) (PCPE-2016) (TRT1-2016) (MPBA-2018) (PGEPE-2018) (TJPA-2019)
(MPSC-2019) (PGECE-2021)

327
X - DECRETAR e EXECUTAR a intervenção federal; (MPSP-2006) (MPBA-2010) (TRF5-2009/2011)
(Cartórios/TJES-2013) (TJPR-2014) (PGEAC-2014) (MPMS-2015) (TRF1-2015) (TRT23-2015) (TJRS-2016)
(MPMG-2017) (PGESP-2018) (PCGO-2018) (TJAL-2019)

##Atenção: ##Cartórios/TJES-2013: ##MPMS-2015: ##TRF1-2015: ##TJAL-2019: ##CESPE: ##FCC: O


decreto interventivo é ato normativo pelo qual o Presidente da República materializa a intervenção
federal (art. 84, X). Sua eficácia é condicionada à posterior aprovação pelo Congresso (art. 49, IV). Trata-
se de competência privativa do Presidente da República.

XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da


sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; (MPF-
2005)

XII - CONCEDER INDULTO e COMUTAR PENAS, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei; (TRF1-2009) (PGESP-2009) (PCPB-2009) (PCPI-2009) (PCRN-2009) (TJRJ-2011) (TJES-2011)
(MPDFT-2011) (MPPR-2011) (PGEPR-2011) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPSC-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-
2012) (AGU-2012) (TJPE-2013) (TJMA-2013) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (MPGO-2012/2014) (DPEMA-
2015) (PCDF-2015) (PGEMS-2016) (PCMS-2017) (DPEPE-2015/2018) (PCGO-2017/2018) (MPBA-2018)
(PGETO-2018) (PCES-2019) (MPSC-2021)

XIII - EXERCER o comando supremo das Forças Armadas, NOMEAR os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, PROMOVER seus oficiais-generais e NOMEÁ-LOS para os cargos que lhes
são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) (MPAL-2012) (AGU-2012)
(TRT1-2016)

XIV - NOMEAR, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o
presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; (TJRJ-2011)
(PGEPA-2011) (TJBA-2012) (MPRR-2012) (PFN-2012) (TRF5-2013) (TRF4-2014) (PGEAC-2014) (DPEMA-2015)

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; (MPT-
2009)

XVI - NOMEAR os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da


União; (TJRJ-2011) (TJBA-2012) (PFN-2012)

##Atenção: Não precisa de aprovação do Senado Federal.

XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;

XVIII - convocar e PRESIDIR o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; (PCPB-


2009) (Cartórios/TJMG-2017)

XIX - DECLARAR GUERRA, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional
ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições,
decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; (PGESP-2009) (TJAC-2012) (MPSC-2013) (PCBA-2013)
(AGU-2013) (PCSP-2022)

XX - CELEBRAR A PAZ, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; (DPU-2007) (TJAC-


2012) (AGU-2013) (DPEPE-2018) (PCSP-2022)

(TJAC-2012-CESPE): A respeito do Poder Executivo e das atribuições, prerrogativas e responsabilidades


do presidente da República, assinale a opção correta: Compete ao presidente da República, na condição
de chefe de Estado, declarar guerra no caso de agressão estrangeira e celebrar a paz, mediante
autorização ou referendo do Congresso Nacional. BL: art. 84, XIX e XX, CF.

##Atenção: ##PCSP-2022: ##VUNESP: Quem declara a guerra ou celebra a paz é o Presidente da


República (art. 84, XIX e XX), o congresso apenas AUTORIZA tais atos. (art. 49, II).
328
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;

XXII - PERMITIR, nos casos previstos em lei complementar, que FORÇAS ESTRANGEIRAS
TRANSITEM pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; (TRF2-2009) (TJSP-2011)
(DPERR-2013) (PCMA-2018)

XXIII - ENVIAR ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes


orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; (PCRN-2009) (MPDFT-2011)
(Cartórios/TJPE-2013) (PGEPR-2015) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

XXIV - PRESTAR, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as CONTAS referentes ao exercício anterior; (PCRN-2009) (MPES-2010) (MPF-2012)
(TRT1-2016)

##Atenção: ##STF: ##PCRN-2009: ##MPES-2010: ##CESPE: Prestação trimestral de contas à


Assembleia Legislativa. Desconformidade com o parâmetro federal (CF, art. 84, XXIV), que prevê
prestação anual de contas do Presidente da República ao Congresso Nacional. STF. Plenário. ADI
2.472-MC, Rel. Min. Maurício Corrêa, j. 13/3/02.

XXV - PROVER e EXTINGUIR os cargos públicos federais, na forma da lei; (PGESP-2009) (PCPB-
2009) (TJES-2011) (PGEPR-2011) (TJPA-2012) (MPGO-2012) (MPRR-2012) (PFN-2012) (TJMA-2013) (MPDFT-
2013) (MPPR-2013) (DPECE-2014) (DPERS-2014) (PGEPI-2014) (TRF4-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016)
(Anal. Judic./TRF4-2019) (TRF3-2022)

XXVI - EDITAR MEDIDAS PROVISÓRIAS com força de lei, nos termos do art. 62; (MPSP-2006)
(TJMG-2008) (PGERO-2011)

XXVII - EXERCER outras atribuições previstas nesta Constituição. (TJDFT-2014) (DPERS-2018)

##Atenção: ##TJDFT-2014: ##DPERS-2018: ##CESPE: ##FCC: Da leitura do inciso XXVII do art. 84


da CF, conclui-se que o Presidente da República poderá exercer funções que não estão no rol do art. 84
(rol exemplificativo).

XXVIII - PROPOR ao Congresso Nacional a decretação do ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA


de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (PCSP-2022)

##Atenção: ##PCSP-2022: ##VUNESP: O congresso DECRETA e não AUTORIZA a decretação do


estado de calamidade pública (art. 49, XVII). Vale lembrar que ao Presidente da República incumbe a
competência de PROPOR a decretação do estado de calamidade pública ao Congresso Nacional (art. 84,
XXVIII).

Parágrafo único. O Presidente da República PODERÁ DELEGAR as ATRIBUIÇÕES


MENCIONADAS nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-
Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas
delegações. (TRF1-2009) (PCPB-2009) (PCRN-2009) (PGEAM-2010) (TJES-2011) (PGEPR-2011) (PGESP-
2009/2012) (TJCE-2012) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPGO-2012) (MPSC-2012) (DPEAC-2012) (AGU-2012)
(TJMA-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (DPECE-2014) (DPERS-2014) (PGEPI-2014) (TJAL-2015) (DPEPE-
2015) (PCDF-2015) (TRT8-2015) (TRT21-2015) (TRF4-2009/2016) (MPPR-2016) (PGEMS-2016) (TRF2-2017)
(TRF5-2017) (PCGO-2017/2018) (PCES-2019)

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2009: ##PGESP-2009: ##PGEAM-2010: ##TJCE-2012: ##DPERS-2014:


##TRF4-2016: ##CESPE: ##FCC: Presidente da República: competência para prover cargos públicos
(CF, art. 84, XXV, 1ª parte), que abrange a de desprovê-los, a qual, portanto é susceptível de delegação a
Ministro de Estado (CF, art. 84, parágrafo único): validade da Portaria do Ministro de Estado que, no uso
de competência delegada, aplicou a pena de demissão ao impetrante. (...). STF. Plenário. MS 25518, Rel.
Min. Sepúlveda Pertence, j. 14/06/06. (...) Nos termos do § único do art. 84 da CF, o Presidente da

329
República pode delegar aos Ministros de Estado a competência para julgar processos administrativos
e aplicar pena de demissão aos servidores públicos federais. Para esse fim é que foi editado o Decreto
nº 3.035/99. Facultado ao servidor o exercício da ampla defesa, e inexistente qualquer irregularidade na
condução do respectivo processo administrativo disciplinar, convalida-se o ato que demitiu o acusado
por conduta incompatível com a moralidade administrativa. STF. 1ª T. RMS 25367, Rel. Min. Carlos
Britto, j. 04/10/05.
(TRF5-2009-CESPE): Acerca do Poder Executivo, assinale a opção correta: Conforme entendimento do STF,
o presidente da República pode delegar aos ministros de Estado, por meio de decreto, a atribuição de
demitir, no âmbito das suas respectivas pastas, servidores públicos federais. BL: art. 84, XXV, 1ª parte e §
único c/c Entend. Jurisprud.
##Comentários sobre o julgado acima: No STF, o MS 25.518, de relatoria do Min. Sepúlveda Pertence, por
unanimidade, assentou-se entendimento segundo o qual, nos termos do art. 84, parágrafo único, a
competência do Presidente da República para julgar processos administrativos, bem como de aplicar
pena de demissão aos servidores públicos federais, é delegável a Ministros de Estado. Assim, verificada a
regularidade do processo administrativo disciplinar, e observados o contraditório e a ampla defesa, verifica-
se a legalidade do ato demissório subscrito por autoridade portadora de poderes delegados pelo Chefe do
Poder Executivo.

(PCMS-2017-FAPEMS): As fontes do Direito Processual Penal são classificadas pela doutrina com a
distinção daquelas que criam a norma das que a exteriorizam. Sobre esse tema, afirma-se, com exatidão,
que o Presidente da República, somente por meio de Decreto, pode legislar sobre indulto e comutação de
penas. Trata-se de competência privativa instituída pela Constituição Federal vigente, embora possa tal
atribuição ser delegada por aquele aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República e ao
Advogado-Geral da União. BL: art. 84, caput, XII c/c § único, CF.

##Atenção: ##MPSP-2006: ##PCMS-2017: O § único do art. 84 da CF dispõe sobre quais matérias o


Presidente da República pode delegar, o que não inclui a edição de medida provisória, que é
competência privativa do Chefe do Executivo.
(MPSP-2006): É competência privativa do Presidente da República: Conceder indulto e comutar penas, com
audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei, podendo delegar tal atribuição ao Procurador-Geral
da República. BL: art. 84, XII e § único, CF.

(TRF1-2015-CESPE): Com relação às atribuições do presidente da República, assinale a opção correta:


Conforme a CF, algumas atribuições privativas do presidente da República podem ser delegadas aos
ministros de Estado, ao procurador-geral da República ou ao advogado-geral da União, os quais devem
observar, no exercício dessas atribuições, os limites constantes nas respectivas delegações. BL: art. 84, §
único, CF.

(PCDF-2015): Acerca do Poder Executivo, assinale a alternativa correta: O presidente da República


poderá delegar sua competência privativa de conceder indulto e comutar penas. BL: art. 84, caput, XII,
c/c § único, CF.

(MPMT-2014): Em relação ao processo legislativo brasileiro, assinale a alternativa correta: A iniciativa


privativa do Presidente da República para as leis ordinárias e leis complementares não pode ser delegada
a outros legitimados. BL: art. 84, caput, III, c/c § único, CF.

(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: Compete privativamente ao Presidente da República


sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução, mas é possível a delegação a Ministro de Estado para dispor, mediante decreto, sobre
organização e funcionamento da administração federal. BL: art. 84, caput, VI, “a” c/c § único, CF.

(PGEPI-2014-CESPE): De acordo com previsão constitucional, é possível a delegação, por parte do


respectivo titular, de competência do chefe do Poder Executivo para expedição de decretos autônomos.
BL: art. 84, caput, VI, “a” e “b” c/c § único, CF.

(MPRO-2008-CESPE): A respeito da organização dos poderes, assinale a opção correta: Conforme


preceitua a CF, o presidente da República poderá delegar ao procurador-geral da República o poder de
extinguir cargos públicos, quando vagos. BL: art. 84, caput, VI, “b” c/c § único, CF.

Seção III
Da Responsabilidade do Presidente da República

330
Art. 85. SÃO CRIMES DE RESPONSABILIDADE os atos do Presidente da República que
ATENTEM contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: (PCDF-2009) (PFN-2012) (Cartórios/TJES-
2013) (AGU-2013) (MPMT-2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (Cartórios/TJMG-2016) (TRT1-2016) (MPMG-
2010/2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (PCES-2019)

I - a existência da União; (AGU-2013) (MPMG-2018)

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação; (MPSE-2010) (MPRR-2012) (AGU-2013) (Cartórios/TJMG-2016)
(MPMG-2018) (Cartórios/TJDFT-2019)

(MPSE-2010-CESPE): Acerca das autonomias constitucionais, da estrutura organizacional e do regime


jurídico do MP na CF, julgue o item a seguir: A CF erigiu à condição de crime de responsabilidade do
presidente da República os seus atos que atentem contra o livre exercício do MP.. BL: art. 85, II, CF.

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais ; (MPMT-2014) (Cartórios/TJMG-2016)


(TRT1-2016) (MPMG-2010/2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (PCES-2019)

IV - a segurança interna do País; (PGESC-2014) (Cartórios/TJMG-2016) (Cartórios/TJDFT-2019)

V - a probidade na administração; (PCSC-2008) (MPMG-2010) (MPGO-2012) (MPES-2013) (TJDFT-


2014) (MPMT-2014)

VI - a lei orçamentária; (TRF4-2009) (TJBA-2012) (PGEPI-2014) (TJAM-2016) (MPMG-2010/2018)

(PGEPI-2014-CESPE): A respeito da LOA, assinale a opção correta: Tamanha é a relevância das normas
orçamentárias que a CF prevê que todo ato do presidente da República que atente contra a LOA será
considerado crime de responsabilidade. BL: art. 85, VI, CF.

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. (PCPB-2009) (MPMG-2010) (TJBA-2012)
(Cartórios/TJES-2013) (TJAM-2016) (Cartórios/TJDFT-2019)

(TJAM-2016-CESPE): Os atos do presidente da República que atentem especialmente contra a probidade


na administração, a lei orçamentária e o cumprimento das leis e das decisões judiciais são crimes de
responsabilidade classificados como crimes funcionais. BL: art. 85, incisos VI e VII, CF.

##Atenção: Conforme preleciona José Afonso da Silva os crimes de responsabilidade podem


ser classificados em dois grupos:
(i) infrações políticas (art. 85, incisos I a IV, da CF/88): condutas que impliquem atentado contra a
existência da União, contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério
Público e dos Poderes Constitucionais das unidades da federação, contra o exercício dos
direitos políticos, individuais e sociais e contra a segurança interna do país;
(ii) crimes funcionais (art. 85, incisos V a VIl, da CF/88): atos que atentem contra a probidade na
administração, a lei orçamentária e o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Parágrafo único. Esses crimes SERÃO DEFINIDOS em LEI ESPECIAL, que ESTABELECERÁ as
normas de processo e julgamento. (TJAC-2012) (TJPA-2012) (TRF3-2016)

(TJPA-2012-CESPE): Assinale a opção correta, em relação aos ministros de Estado e às atribuições,


prerrogativas e responsabilidades do presidente da República: É meramente exemplificativo o rol de
crimes de responsabilidade do presidente da República previstos no texto constitucional. BL: art. 85, CF.

##Atenção: A enumeração do art. 85 da CF/88 não é exaustiva, mas, sim, meramente exemplificativa,
podendo outras condutas ser enquadradas na definição de crime de responsabilidade, desde que haja
definição legal, por meio de lei federal, no caso, a Lei 1.079/50, especialmente em seu artigo 4º.

##Atenção: ##Dica: ‘’ELE fez PL- SC ‘’


E xistência da União.
L ivre exercício do Poder Legislativo...
E xercício dos direitos políticos, individuais e sociais.
fez
331
P robidade na administração.
L ei orçamentária.
S egurança interna do País.
C umprimento das leis e das decisões judiciais.

Art. 86. ADMITIDA a ACUSAÇÃO contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara
dos Deputados, SERÁ ELE SUBMETIDO a julgamento perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, nas
infrações penais comuns, ou perante o SENADO FEDERAL, nos crimes de responsabilidade. (MPPE-
2008) (PGEPI-2008) (PCMG-2008) (PCTO-2008) (MPCE-2009) (DPEMA-2009) (PCPB-2009) (MPT-2009) (TRF5-
2009/2011) (PGEPA-2011) (TJBA-2012) (TJPA-2012) (MPGO-2012) (MPMG-2012) (MPRR-2012) (PCMA-2012)
(TJSC-2013) (MPPR-2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(PGEMS-2014) (TRF1-2009/2011/2015) (TRF4-2009/2016) (MPSC-2014/2016) (TRF3-2016) (PCPA-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-2017) (DPERS-2014/2018) (TJPR-2011/2019) (MPMT-2014/2019)
(Cartórios/TJDFT-2019) (PCES-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Imunidade do art. 51, I, e art. 86 da CF/88 não se estende para
codenunciados que não sejam Presidente da República, Vice ou Ministro de Estado: A imunidade formal
prevista no art. 51, I, e no art. 86, caput, da CF/88 não se estende para os codenunciados que não se
encontrem investidos nos cargos de Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministro
de Estado. A finalidade dessa imunidade é proteger o exercício regular desses cargos, razão pela qual
não é extensível a codenunciados que não se encontrem ocupando tais funções. STF. Plenário. Inq 4483
AgR-segundo/DF e Inq 4327 AgR-segundo/DF, rel. Min. Edson Fachin, j. 14 e 19/12/2017 (Info 888).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMT-2019: ##FCC: Imagine que foi formulada denúncia contra o
Presidente da República por infrações penais comuns. O STF deverá encaminhar esta denúncia para a
Câmara dos Deputados exercer o seu juízo político. É possível que, antes desse envio, o STF analise
questões jurídicas a respeito desta denúncia, como a validade dos elementos informativos (“provas”)
que a embasaram? NÃO. Não há possibilidade de o STF conhecer e julgar qualquer questão ou
matéria defensiva suscitada pelo Presidente antes que a matéria seja examinada pela Câmara dos
Deputados. O juízo político de admissibilidade exercido pela Câmara dos Deputados precede a
análise jurídica pelo STF para conhecer e julgar qualquer questão ou matéria defensiva suscitada pelo
denunciado. A discussão sobre o valor probatório dos elementos de convicção (“provas”), ou mesmo a
respeito da validade desses elementos que eventualmente embasarem a denúncia, constitui matéria
relacionada com a chamada “justa causa”, uma das condições da ação penal, cuja constatação ou não se
dará por ocasião do juízo de admissibilidade, a ser levado a efeito pelo Plenário do STF após eventual
autorização da Câmara dos Deputados. STF. Plenário. Inq 4483 QO/DF, Rel. Min. Edson Fachin, j. 20 e
21/9/17 (Info 878).
(MPMT-2019-FCC): De acordo com a disciplina relativa à Organização dos Poderes na Constituição Federal
e a jurisprudência do STF na matéria, ante uma acusação pela prática de crime comum contra o Presidente
da República, não cabe ao STF proceder à análise de questões jurídicas eventualmente atinentes à denúncia
antes do exercício de juízo político de admissibilidade pela Câmara dos Deputados. BL: Info 878, STF.

##Atenção: ##STF: ##MPMT-2014: A existência, no "impeachment" brasileiro, segundo a Constituição


e o direito comum (C.F., 1988, art. 52, parag. único; Lei n. 1.079, de 1950, artigos 2., 33 e 34), de duas
penas: a) perda do cargo; b) inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública. A renúncia
ao cargo, apresentada na sessão de julgamento, quando ja iniciado este, não paralisa o processo de
"impeachment". STF. Plenário. MS 21689, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 16/12/93.

(TJPR-2019-CESPE): Tratando-se de processo referente a crime de responsabilidade cometido por


presidente da República, a CF/88 exige que o juízo de admissibilidade seja realizado pela Câmara dos
Deputados. BL: art. 51, inciso I76 c/c art. 86, CF.

##Atenção: ##Dica:
 Crime de responsabilidade: admissibilidade  Câmara (2/3); julgamento  Senado. O
Presidente da República ficará suspenso a partir da instauração do processo pelo Senado.
 Crime comum: admissibilidade  Câmara (2/3); julgamento  STF. O Presidente da República
ficará suspenso a partir do recebimento da denúncia ou queixa pelo STF.

§ 1º O Presidente FICARÁ SUSPENSO de suas funções:


76
Art. 51: Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; (...)
332
I - NAS INFRAÇÕES PENAIS COMUNS, SE RECEBIDA a denúncia ou queixa-crime pelo
Supremo Tribunal Federal; (TRF5-2009) (TRF1-2011) (TJPA-2012) (MPGO-2012) (MPRR-2012) (PCMA-2012)
(Cartórios/TJBA-2013) (MPSC-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCDF-2015) (MPRS-2016) (TRF3-
2016) (PCPA-2016) (TRT1-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGESC-2014/2018)

(MPRS-2016): Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o
Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Nesta perspectiva, nos termos do art. 86 da CF/88, é
correto afirmar que o Presidente ficará suspenso de suas funções nas infrações penais comuns, se
recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF. BL: art. 86, §§ 1º, I, da CF. [adaptada]

II - NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE, após a instauração do processo pelo Senado Federal.


(MPPE-2008) (TRF5-2009) (TJAC-2012) (TJPA-2012) (MPGO-2012) (MPRR-2012) (PCMA-2012) (Cartórios/TJBA-
2013) (MPMT-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCDF-2015) (MPSC-2014/2016) (MPRS-2016)
(TRF3-2016) (PCPA-2016) (PGESC-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (PCES-2019)

(MPRS-2016): Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o
Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Nesta perspectiva, nos termos do art. 86 da CF/88, é
correto afirmar que o Presidente ficará suspenso de suas funções nos crimes de responsabilidade, após a
instauração do processo pelo Senado Federal. BL: art. 86, §§ 1º, II, da CF. [adaptada]

§ 2º Se, DECORRIDO o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído,
CESSARÁ O AFASTAMENTO DO PRESIDENTE, SEM PREJUÍZO do regular prosseguimento do
processo. (TRF5-2009/2011) (MPSC-2014) (MPRS-2016) (PCPA-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (Cartórios/TJDFT-
2019)

(MPSC-2014): Admitida a acusação contra o Presidente da República, por 2/3 (dois terços) da Câmara
dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante
o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. O Presidente ficará suspenso de suas funções: a) nas
infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF; b) nos crimes de
responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. Se, decorrido o prazo de 180 dias,
o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo. BL: art. 86, §§ 1º e 2º da CF.

§ 3º Enquanto NÃO SOBREVIER SENTENÇA CONDENATÓRIA, NAS INFRAÇÕES COMUNS,


o Presidente da República NÃO ESTARÁ SUJEITO A PRISÃO. (MPPE-2008) (PCMG-2008) (PCSC-2008)
(PCTO-2008) (TRF1-2009) (AGU-2010) (MPGO-2012) (PCGO-2012) (PCMA-2012) (TRF5-2011/2013) (MPPR-
2013) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (PCDF-2015) (TRF4-2009/2016) (MPRS-2016) (PGEAM-2016) (PCAP-2017)
(DPERS-2018) (MPMT-2019) (TCERJ-2021)

(MPRS-2016): Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais
comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Nesta perspectiva, nos termos do
art. 86 da CF/1988, é correto afirmar que o Presidente da República, nas infrações comuns, não estará
sujeito à prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória. BL: art. 86, § 3º, CF. [adaptada]

§ 4º O Presidente da República, NA VIGÊNCIA DE SEU MANDATO, NÃO PODE SER


RESPONSABILIZADO POR ATOS ESTRANHOS ao exercício de suas funções. (MPPE-2008) (MPCE-
2009) (TRF1-2009) (TRF4-2009) (AGU-2010) (TJPA-2012) (DPESP-2012) (PCMA-2012) (MPPR-2013) (TRF5-
2013) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (TRF1-2011/2015) (PGEPA-2012/2015) (MPRS-2016) (PGEAM-2016) (PCAP-
2017) (DPERS-2018) (PGESC-2018) (PCGO-2018) (MPMT-2019) (PCES-2019) (TCERJ-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEAM-2016: ##PCAP-2017: ##DPERS-2018: ##PCGO-2018:


##MPMT-2019: ##CESPE: ##FCC: ##UEG: Não é possível aplicar o art. 86, § 4º, da CF/88 para o
Presidente da Câmara dos Deputados, considerando que a garantia prevista neste dispositivo é
destinada expressamente ao chefe do Poder Executivo da União (Presidente da República). Desse
modo, por se tratar de um dispositivo de natureza restritiva, não é possível qualquer interpretação que

333
amplie a sua incidência a outras autoridades, notadamente do Poder Legislativo.” STF. Plenário. Inq
3983/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 02 e 03/03/16 (Info 816).

##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##TRF4-2009: ##AGU-2010: ##TRF5-2013: ##MPF-2013: ##MPAC-


2014: ##PGEPA-2015: ##PGEAM-2016: ##PCAP-2017: ##DPERS-2018: ##TCERJ-2021: ##CESPE:
##FCC: Os Estados-membros não podem reproduzir em suas próprias constituições o conteúdo
normativo dos preceitos inscritos no art. 86, §§ 3º e 4º, da CF, pois as prerrogativas contempladas
nesses preceitos da Lei Fundamental – por serem unicamente compatíveis com a condição
institucional de chefe de Estado – são apenas extensíveis ao presidente da República. [ADI 978, rel. p/
o ac. min. Celso de Mello, j. 19-10-1995, P, DJ de 24-11-1995.]
(MPAC-2014-CESPE): Acerca dos Poderes Legislativo e Executivo, assinale a opção correta: De acordo com
o STF, são inaplicáveis aos governadores o instituto da imunidade formal relativa à prisão do presidente da
República e a cláusula de responsabilidade relativa, mesmo que haja previsão a tal respeito nas
constituições estaduais. BL: Entend. Jurisprud.
(MPF-2013): Assinale a alternativa que está de acordo com o entendimento do STF: não é possível a
extensão, aos governadores de Estado, das regras que consagram a irresponsabilidade penal relativa e a
imunidade à prisão cautelar do Presidente da República. BL: Entend. Jurisprud.
(AGU-2010-CESPE): Julgue o item seguinte, que versa sobre as competências dos entes federativos no
Estado brasileiro: Para o STF, é inconstitucional norma inserida no âmbito de constituição estadual que
outorgue imunidade formal, relativa à prisão, ao chefe do Poder Executivo estadual, por configurar ofensa
ao princípio republicano. BL: Entend. Jurisprud.

(MPRS-2016): Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o
Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Nesta perspectiva, nos termos do art. 86 da CF/1988, é
correto afirmar que o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. BL: art. 86, §4º da CF. [adaptada]

(TJDFT-2015-CESPE): A respeito da organização do Estado e do Poder Executivo, assinale a opção


correta considerando a jurisprudência do STF: É lícita a prisão em flagrante de governador de estado da
Federação que cometa tentativa de homicídio, uma vez que os governadores não gozam da prerrogativa
extraordinária da imunidade a esse tipo de prisão. BL: art. 86, §§3º e 4º da CF.

(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: O Presidente da República não pode ser processado
criminalmente durante a vigência do mandato por delitos cometidos antes da posse ou mesmo por
aqueles praticados durante a investidura, salvo se se tratarem de crimes funcionais, prerrogativa essa
que não se estende aos chefes do Poder Executivo das demais esferas. BL: art. 86, §4º, CF.

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009: ##TRF1-2015: ##CESPE: Perceba que, durante a vigência de seu
mandato, o Presidente da República somente poderá ser responsabilizado por crimes que tenham relação
com o exercício da sua função, de modo que se ele tiver cometido um crime que não tenha relação com o
exercício de sua função, ele apenas poderá ser responsabilizado após o término de tal mandato. Em
resumo, o Presidente poderá ser processado pela prática de infrações penais comuns “por atos praticados
em razão do exercício de suas funções (in officio ou propter officium)” (LENZA, Pedro. Direito Constitucional
Esquematizado. 13ª Ed. – São Paulo: Saraiva, 2009. p. 478).

Seção IV
DOS MINISTROS DE ESTADO

Art. 87. Os MINISTROS DE ESTADO SERÃO ESCOLHIDOS dentre brasileiros maiores de vinte
e um anos e no exercício dos direitos políticos. (MPT-2009) (TJPA-2012) (MPRR-2012) (PCPI-2014) (TRT21-
2015) (PCSP-2018) (MPM-2021)

(PCSP-2018-VUNESP): Supondo que o Presidente da República decida nomear como novo Ministro de
Defesa FULANO DE TAL, é correto afirmar que referido Ministro obrigatoriamente, deverá possuir mais
de 21 anos de idade e ser exclusivamente brasileiro nato, no gozo de seus direitos políticos. BL: art. 12, §3º,
VII77 c/c art. 87, CF.

77
Art. 12. (...) § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: (...) VII - de Ministro de Estado da Defesa.
334
Parágrafo único. COMPETE ao MINISTRO DE ESTADO, além de outras atribuições estabelecidas
nesta Constituição e na lei:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal


na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República ; (MPF-
2005) (PFN-2012) (TRT8-2015)

II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos ; (TRF1-2009) (PFN-2012)
(PGESC-2014) (TJDFT-2015) (TRT21-2015)

##Atenção: ##STF: ##TJDFT-2015: ##CESPE: O poder regulamentar deferido aos ministros de Estado,
embora de extração constitucional, não legitima a edição de atos normativos de caráter primário (STF
ADI 1.075-MC, rel. min. Celso de Mello, j. 17-6-1998, Plenário, DJ de 24-11-2006.)

III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério; (TRT21-
2015)

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República. (Cartórios/TJRS-2015)

Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) [obs.: lei ORDINÁRIA] (MPT-2009) (TJAC-2012)
(MPM-2013)

Seção V
DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL

Subseção I
Do Conselho da República

Art. 89. O CONSELHO DA REPÚBLICA é órgão superior de consulta do Presidente da República,


e dele participam: (TJDFT-2007) (TRF5-2009/2011) (TJES-2011) (TRF2-2013) (PCPI-2014) (TRF1-2009/2011/2015)
(MPMS-2015) (TRF4-2016) (MPMG-2017) (DPEAC-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PCBA-2018)

I - o Vice-Presidente da República; (TRF4-2016) (Cartórios/TJMG-2017)

II - o Presidente da Câmara dos Deputados; (TRF2-2013) (TRF4-2016) (Cartórios/TJMG-2017)

III - o Presidente do Senado Federal; (TRF2-2013) (TRF4-2016) (DPEAC-2017) (Cartórios/TJMG-2017)

IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; (DPERR-2013) (TRF2-2013)


(PCSP-2018)

V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; (TJDFT-2007) (DPERR-2013) (TRF2-2013)


(DPEAC-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PCSP-2018)

(PCSP-2018-VUNESP): É correto afirmar sobre o Conselho da República: dele participam como membros,
dentre outros, os líderes da maioria e da minoria, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado
Federal. BL: art. 89, IV e V, CF.

(TJDFT-2007): Sobre os Conselhos da República e de Defesa Nacional, tal como disciplinados no texto da
Constituição da República de 1988, é correto afirmar: O líder na minoria no Senado Federal participa do
Conselho da República, mas não participa do Conselho de Defesa Nacional. BL: art. 89, V c/c art. 91, CF.

VI - o Ministro da Justiça; (TRF2-2013) (TRF4-2016) (Cartórios/TJMG-2017)

335
VII - SEIS cidadãos brasileiros NATOS, com mais de trinta e cinco anos de idade, SENDO DOIS
NOMEADOS pelo Presidente da República, DOIS ELEITOS pelo Senado Federal e DOIS ELEITOS pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, VEDADA a RECONDUÇÃO. (TRF5-2009/2011)
(TRF1-2011) (TJSC-2013) (DPERR-2013) (TRF2-2013) (PCPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF4-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (MPT-2017) (PCSP-2018) (MPSC-2019) (MPAP-2021)

##Atenção: ##TRF1-2009/2011/2015: ##CESPE: O art. 89, caput, da CF, aduz que o Conselho da República
é órgão superior de consulta. Dessa forma, “suas manifestações não terão, em hipótese alguma, caráter
vinculatório aos atos a serem tomados pelo Presidente da República” (LENZA, Pedro. Direito Constitucional
Esquematizado. 13ª Ed. - São Paulo: Saraiva, 2009. p. 474).

##Atenção: ##DPERR-2013: ##TRF4-2016: ##MPAP-2021: ##CESPE: A CF não exige que os líderes da


maioria e da minoria da Câmara dos Deputados e do Senado Federal sejam brasileiros natos, mas apenas
dos cidadãos brasileiros (art. 89, IV, V e VII, da CF).

##Atenção: ##TRF5-2009: ##CESPE: O Conselho da República é composto, além do Presidente da


República, de mais 14 pessoas. Destes, apenas 2 pessoas são escolhidos pelo Presidente da República (art.
89, VII, CF).

Art. 90. COMPETE ao CONSELHO DA REPÚBLICA PRONUNCIAR-SE sobre:

I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio; (TJDFT-2007) (TJAL-2008) (MPDFT-2009)


(TJES-2011) (TRF2-2011) (PGERO-2011) (PCMG-2011) (TJBA-2012) (TJMS-2012) (MPTO-2012) (MPPA-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (PGEPI-2014) (MPMS-2015) (TRF1-2015) (TRF5-2015) (MPMG-2012/2017)
(Cartórios/TJMG-2017) (PCAC-2017) (MPBA-2018) (PCBA-2018) (TJSC-2019) (MPGO-2019)

(MPM-2021): Compete ao Conselho da República: Pronunciar-se sobre intervenção federal, estado de


defesa e estado de sítio. BL: art. 90, I, CF.

II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. (PGERO-2011) (MPMG-


2012) (MPTO-2012) (MPSC-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEPI-2014) (TRF1-2015) (TRF5-2015) (DPEAC-
2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPM-2021)

(MPSC-2014): Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre as questões relevantes para a


estabilidade das instituições democráticas; estado de defesa; estado de sítio; intervenção federal. BL: art.
90, CF.

##Atenção: Ajuda a lembrar: o Conselho da República se PRONUNCIA. O Conselho de Defesa Nacional


OPINA.

§ 1º O Presidente da República PODERÁ CONVOCAR MINISTRO DE ESTADO para participar


da REUNIÃO DO CONSELHO, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo
Ministério. (TRF5-2011) (Cartórios/TJMG-2017)

§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.

Subseção II
Do Conselho de Defesa Nacional

Art. 91. O CONSELHO DE DEFESA NACIONAL é órgão de consulta do Presidente da República


nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele
PARTICIPAM como MEMBROS NATOS: (TJDFT-2007) (TRF5-2009) (TJES-2011) (MPTO-2012) (MPF-2012)
(MPM-2013) (DPERS-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCPI-2014) (TRF1-2009/2011/2015) (MPMS-2015) (TRF4-
2016) (MPMG-2017) (DPEAC-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PCBA-2018) (PCSP-2018) (Anal. Judic./TJCE-
2022)

(DPEAC-2017-CESPE): O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta para assuntos relacionados

336
à soberania nacional. BL: art. 91, caput CF.

I - o Vice-Presidente da República; (TRF1-2015) (TRF4-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (Anal.


Judic./TJCE-2022)

II - o Presidente da Câmara dos Deputados ; (TRF5-2009) (TRF1-2015) (TRF4-2016) (Cartórios/TJMG-


2017)

III - o Presidente do Senado Federal; (TRF1-2015) (TRF4-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (Anal.


Judic./TJCE-2022)

IV - o Ministro da Justiça; (TRF1-2015) (TRF4-2016) (Cartórios/TJMG-2017)

V - o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) (TJBA-
2012) (TRF1-2009/2015)

VI - o Ministro das Relações Exteriores; (TJBA-2012) (TRF1-2015)

VII - o Ministro do Planejamento. (TJDFT-2007) (TRF1-2009/2015) (PCSP-2018)

VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 23, de 1999) (MPM-2013) (TRF1-2009/2015)

##Atenção: ##TRF1-2015: ##CESPE: O art. 2ª da Lei nº 8.183/91, que dispõe sobre a organização e
funcionamento do Conselho de Defesa Nacional, prevê que o órgão é presidido pelo Presidente da
República.

§ 1º COMPETE ao CONSELHO DE DEFESA NACIONAL:

I - OPINAR nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição; (TJAL-2008) (TJES-2011) (TRF1-2011) (PGERO-2011) (TRF2-2013) (PCSP-2018)

II - OPINAR sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;


(MPDFT-2009) (TRF5-2009) (PGERO-2011) (TJMS-2012) (TJBA-2012) (TRF2-2011/2013) (MPPA-2014) (MPMS-
2015) (MPMG-2017) (PCAC-2017) (MPBA-2018) (PCBA-2018) (TJSC-2019) (MPGO-2019)

(MPPA-2014-FCC): A intervenção federal, nos termos da Constituição da República, é matéria incluída


nas competências tanto do Conselho da República, quanto do Conselho de Defesa Nacional. BL: art. 90, I
c/c art. 91, §1º, II, CF.

III - PROPOR os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do


território nacional e OPINAR sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; (MPF-2012) (TRF5-
2015) (Cartórios/TJMG-2017) (MPM-2021)

IV - ESTUDAR, PROPOR e ACOMPANHAR o desenvolvimento de iniciativas necessárias a


garantir a INDEPENDÊNCIA NACIONAL e a DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO. (TJDFT-2007)
(TRF5-2009) (PGERO-2011) (Cartórios/TJMG-2017) (PCSP-2018) (MPM-2021)

§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.

CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO

Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 92. SÃO ÓRGÃOS do Poder Judiciário: (TJMG-2012)

337
I - o Supremo Tribunal Federal; (TCETO-2022)

I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJMS-2008)
(TJSE-2008) (PGECE-2008) (TJRS-2009) (MPRN-2009) (DPEPI-2009) (DPESP-2009) (DPEMA-2011) (MPF-
2011) (MPPI-2012) (MPSP-2012) (TJDFT-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (TCETO-2022)

(MPRN-2009-CESPE): Com relação ao CNJ, assinale a opção correta: O CNJ é órgão integrante do Poder
Judiciário. BL: art. 92, I-A, CF.

II - o Superior Tribunal de Justiça; (TCETO-2022)

II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) (TCETO-
2022)

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; (MPT-2015) (TCETO-2022)

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; (TCETO-2022)

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; (TJPR-2011) (MPT-2015) (TCETO-2022)

(TJMS-2010-FCC): A Justiça Eleitoral brasileira faz parte do Poder Judiciário da União. BL: art. 92, V, CF.

VI - os Tribunais e Juízes Militares; (MPT-2015) (TCETO-2022)

VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. (TCETO-2022)

§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede
na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território


nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DISPORÁ sobre o
Estatuto da Magistratura, OBSERVADOS os seguintes princípios: (TJPB-2011) (TRF1-2011) (PFN-2012)
(Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEPI-2014) (TRT1-2015) (TRT8-2015)
(TRF4-2009/2016) (PGEMT-2016) (DPEAL-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESC-2018) (DPEMG-2019)
(DPEGO-2021)

(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Temas relacionados ao Estatuto da Magistratura só poderão


ser disciplinados por lei complementar de iniciativa exclusiva do STF. BL: art. 93, CF.

(TRF1-2011-CESPE): Com relação às normas constitucionais que versam sobre o processo legislativo,
assinale a opção correta: Compete ao STF a iniciativa de proposição de lei complementar que disponha
sobre o Estatuto da Magistratura. BL: art. 93, CF.

I - ingresso na carreira, cujo CARGO INICIAL SERÁ o de juiz substituto, mediante concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas
nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2005)
(TJAP-2009) (TJMG-2012) (TJBA-2012) (PCBA-2013) (DPECE-2014) (TRT16-2015) (PGEMT-2016) (TRT4-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (TJPR-2017) (DPESC-2017) (PGEAP-2018) (DPEGO-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei ordinária que fixa idades mínima e máxima para
ingresso na magistratura: É inconstitucional norma estadual que estabelece limites etários para ingresso
na magistratura. Normas estaduais (sejam leis ou normas da Constituição Estadual), que disponham
sobre o ingresso na carreira da magistratura violam o art. 93, caput, inciso I da CF, por usurpar
iniciativa legislativa privativa do STF. STF. Plenário. ADI 6794/CE, ADI 6795/MS e ADI 6796/RO, Rel.
338
Min. Roberto Barroso, j. 24/9/21 (Info 1031).

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei ordinária que fixa idades mínima e máxima para
ingresso na magistratura: A fixação de limite etário, máximo e mínimo, como requisito para o ingresso
na carreira da magistratura viola o disposto no art. 93, I, da Constituição Federal. STF. Plenário. ADI
5329/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 14/12/20 (Info 1002).

##Atenção: ##STJ: ##DOD: A readmissão na carreira da Magistratura não encontra amparo na Lei
Orgânica da Magistratura Nacional nem na CF/88: Após a promulgação da CF/88, o servidor exonerado
não possui o direito de reingresso no cargo. Isso porque o atual ordenamento constitucional impõe a
prévia aprovação em concurso público como condição para o provimento em cargo efetivo da
Administração Pública. O STF já declarou a inconstitucionalidade de lei estadual que previa a
possibilidade de o magistrado exonerado reingressar nos quadros da magistratura: ADI 2983, Rel. Min.
Carlos Velloso, j. 23/02/05. O CNJ também já expediu orientação normativa vinculante afirmando que
não são possíveis formas de provimentos dos cargos relacionados à carreira da Magistratura que não
estejam explicitamente previstas na Constituição Federal nem na LOMAN. Assim, o magistrado que
pediu exoneração não tem direito de readmissão no cargo mesmo que essa possibilidade esteja prevista
em lei estadual. STJ. 2ª T. RMS 61880-MT, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 03/03/20 (Info 666).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGM-POA/RS-2016: ##TJPR-2017: ##PGEAP-2018: ##CESPE: ##FCC:


##Fundatec: A comprovação do triênio de atividade jurídica exigida para o ingresso no cargo de juiz
substituto, nos termos do art. 93, I, da CF, deve ocorrer no momento da inscrição definitiva no concurso
público. STF. Plenário. RE 655265/DF, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, j.
13/4/16 (repercussão geral) (Info 821).
(TJPR-2017-CESPE): O ingresso na carreira de juiz se dá mediante concurso público de provas e títulos, com
a participação da OAB em todas as fases, exigindo-se do candidato que ele seja bacharel em direito com, no
mínimo, três anos de atividade jurídica. Nesse sentido, de acordo com o entendimento do STF, a exigência de
comprovação do triênio de prática forense, quando houver ausência de especificação de data no edital,
deverá ser cumprida no ato de inscrição definitiva no concurso. BL: Info 821, STF.

II - promoção de entrância para entrância, ALTERNADAMENTE, por antiguidade e merecimento,


atendidas as seguintes normas:

a) É OBRIGATÓRIA a PROMOÇÃO do juiz que FIGURE por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento; (TJPA-2009) (TJRO-2011) (TJMG-2012) (Cartórios/TJSP-2014) (TRF5-
2013/2015) (TJPI-2015) (PGEMT-2016)

b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar
o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos
quem aceite o lugar vago; (TJRO-2011) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (TJPI-2015) (PGEMT-
2016)

(TJPI-2015-FCC): A promoção dos juízes de entrância para entrância será feita alternadamente, por
antiguidade e merecimento, observando-se que a promoção por merecimento pressupõe dois anos de
exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte de lista de antiguidade desta,
salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. BL: art. 93, II, “b”, CF.

(Cartórios/TJBA-2013-CESPE): A respeito do Poder Judiciário, assinale a opção correta: A promoção de


juiz por merecimento requer dois anos de exercício na respectiva entrância, devendo o juiz integrar a
primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o
lugar vago. BL: art. 93, II, “b”, CF.

c) AFERIÇÃO DO MERECIMENTO conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de


produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos
oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(TRF4-2010) (TRF2-2013) (TJPI-2015) (TRT4-2016) (PGEMT-2016)

d) NA APURAÇÃO DE ANTIGÜIDADE, o tribunal SOMENTE PODERÁ RECUSAR o juiz mais


antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e
assegurada ampla defesa, REPETINDO-SE a votação até fixar-se a indicação; (Redação dada pela Emenda
339
Constitucional nº 45, de 2004) (MPDFT-2011) (TJPA-2009/2012) (TJMG-2012) (TJSC-2013) (TJPI-2015) (TRT16-
2015) (PGEMT-2016)

(TJPA-2009-FGV): A respeito dos princípios constitucionais aplicáveis à carreira da magistratura: Na


promoção por antiguidade, poderá ser recusada a promoção do juiz mais antigo pelo voto fundamentado
de dois terços do órgão responsável pela votação, assegurada a ampla defesa. BL: art. 93, II, “d”, CF.

e) NÃO SERÁ PROMOVIDO o juiz que, INJUSTIFICADAMENTE, RETIVER autos em seu poder
além do prazo legal, NÃO PODENDO DEVOLVÊ-LOS ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRF4-2010) (TJSP-2013) (TRF2-2014) (Cartórios/TJSP-2014)
(TJPI-2015) (PGEMT-2016)

##Atenção: ##STF: ##PGEMT-2016: ##FCC: (...) ART. 78, § 1º, INCS. III, IV E V, DA LEI
COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 10/1996. PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE NA
MAGISTRARURA TOCANTINENSE. INOBSERVÂNCIA DOS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS NA
LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA NACIONAL – LOMAN. IMPOSSIBILIDADE DE
RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO PÚBLICO NO ESTADO OU DE TEMPO DE
SERVIÇO PÚBLICO. CONTRARIEDADE AO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
VALIDADE DA ADOÇÃO DO CRITÉRIO DE IDADE PARA DESEMPATE: PRECEDENTE.
CONFIRMAÇÃO DA MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA PARCIALMENTE À UNANIMIDADE.
AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE PARA DECLARAR A
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 78, § 1º, INCS. III E IV, DA LEI COMPLEMENTAR
TOCANTINENSE N. 10/1996. STF. Plenário. ADI 4462, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 18/08/16.
(PGEMT-2016-FCC): Sobre o Poder Judiciário, de acordo com a Constituição Federal e a jurisprudência do
STF, considere: Lei Complementar Estadual que instituiu a Lei Orgânica do Poder Judiciário de determinado
Estado estabeleceu critérios diversos dos previstos na Lei Orgânica da Magistratura Nacional para desempate
na lista de antiguidade da Magistratura Estadual. Trata-se de dispositivo inconstitucional por versar sobre
matéria própria do Estatuto da Magistratura, de iniciativa do STF. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009: ##TJSP-2013: ##PGEMT-2016: ##FCC: ##VUNESP: A aplicabilidade


das normas e princípios inscritos no art. 93 da CF/88 independe da promulgação do Estatuto da
Magistratura, em face do caráter de plena e integral eficácia de que se revestem aqueles preceitos. É
inconstitucional a cláusula constante de ato regimental, editado por Tribunal de Justiça, que estabelece,
como elemento de desempate nas promoções por merecimento, o fator de ordem temporal - a
antiguidade na entrância -, desestruturando, desse modo, a dualidade de critérios para acesso aos
tribunais de segundo grau, consagrada no art. 93 da Lei Fundamental da Republica . STF. Plenário. ADI
189, Rel. Min. Celso de Mello, j. 09/10/1991.
(TJSP-2013-VUNESP): A promoção na carreira da magistratura, de entrância para entrância, alternadamente,
por antiguidade e merecimento, nos termos do Inciso II, e alíneas, do art. 93 da Constituição Federal está
escorada em dispositivos autoaplicáveis, pois a exigência de edição de lei complementar para estabelecer o
Estatuto da Magistratura não impede a imediata utilização dos preceitos constitucionais básicos que regem o
Poder Judiciário e a magistratura. BL: art. 93, II, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: Os princípios atinentes à carreira da magistratura, previstos
explicitamente na Constituição da República, independem da promulgação do Estatuto da Magistratura, em
face do caráter de plena e integral eficácia de que se revestem tais preceitos. BL: art. 93, CF e Entend.
Jurisprud.

III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento,
alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJSP-2014)

IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,


CONSTITUINDO etapa obrigatória do PROCESSO DE VITALICIAMENTO a participação em curso
oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJPA-2009)

(TJPA-2012-CESPE): Acerca do Poder Judiciário, assinale a opção correta: Constitui etapa obrigatória do
processo de vitaliciamento do magistrado a sua participação em curso de formação e aperfeiçoamento
oficial ou reconhecido por escola nacional. BL: art. 93, IV, CF.

340
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento
do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais
magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas
categorias da estrutura judiciária nacional, NÃO PODENDO a diferença entre uma e outra ser superior a
dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal
dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, §
4º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPPR-2008) (TRT1-2015)

VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes OBSERVARÃO o disposto


no art. 40; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (TRF5-2011) (Cartórios/TJMG-2015)

VII - o juiz titular RESIDIRÁ na respectiva comarca, SALVO AUTORIZAÇÃO do tribunal;


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJPR-2010) (PCPA-2013) (Cartórios/TJSE-2014)
(TRT8-2015) (TRT16-2015) (TJRS-2016) (TRF3-2022)

Lei Complementar nº 35/1979.


Art. 35 - São deveres do magistrado: (...)
V - residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar a que estiver subordinado;

VIII - o ATO DE REMOÇÃO ou DE DISPONIBILIDADE do magistrado, por interesse público,


FUNDAR-SE-Á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
Nacional de Justiça, ASSEGURADA ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019) (MPPR-2008) (TRF4-2010) (TJRJ-2011) (TRF1-2011) (TJCE-2012) (TJGO-2012) (TJBA-2012) (PGESP-2012)
(TJSC-2013) (MPM-2013) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TJDFT-2007/2008/2012/2014/2015) (MPBA-
2015) (Cartórios/TJRS-2015) (TRT8-2015) (PGEMA-2016) (PGEAC-2017) (MPT-2017) (TJMG-2012/2018) (TJSP-
2018) (PCMG-2021) (TRF3-2022) (TJMMG-2022)

(TRF3-2022): Conforme o Estatuto constitucional da Magistratura, o juiz poderá ser removido ou


colocado em disponibilidade, por interesse público, em virtude de decisão adotada pelo voto da maioria
absoluta do Conselho Nacional de Justiça. BL: art. 93, VIII, CF.

(PGESP-2012-FCC): O ato de remoção compulsória de magistrado, por interesse público, só pode ser
efetivado pelo voto da maioria absoluta dos membros do respectivo Tribunal ou de seu Órgão Especial
ou do Conselho Nacional de Justiça. BL: art. 93, VIII, CF.

##Atenção: ##Dica: Poder Judiciário:


- O que necessita de quórum de 2/3?
1) Promoção de juízes: na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz
mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros;
- O que precisa de quórum da maioria absoluta?
1) o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público,
fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
2) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as
disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
3) Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão
especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.

VIII-A - a REMOÇÃO a pedido ou a PERMUTA DE MAGISTRADOS de comarca de igual


entrância ATENDERÁ, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (DPU-2007) (PGEMT-2016) (MPPR-2019) (TRF3-2022)

Art. 93. (....)


II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as
seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de
merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz
a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o
lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e

341
presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (...)
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não
podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; (Incluída pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)

##Atenção: ##STF: ##PGEMT-2016: ##MPPR-2019: ##FCC: Criação, por Lei estadual, de Varas
especializadas em delitos praticados por organizações criminosas. (...) Os juízes integrantes de Vara
especializada criada por Lei estadual devem ser designados com observância dos parâmetros
constitucionais de antiguidade e merecimento previstos no art. 93, II e VIII-A, da CF/88, sendo
inconstitucional, em vista da necessidade de preservação da independência do julgador, previsão
normativa segundo a qual a indicação e nomeação dos magistrados que ocuparão a referida Vara será
feita pelo Presidente do Tribunal de Justiça, com a aprovação do Tribunal. STF. Plenário. ADI 4414, Rel.
Min. Luiz Fux, j. 31/05/12.
(MPPR-2019): Sobre o Poder Judiciário, é correto afirmar: Os juízes integrantes de vara especializada criada
por lei estadual devem ser designados com observância dos parâmetros constitucionais de antiguidade e
merecimento previstos no art. 93, II e VIII-A, da CF/1988, sendo inconstitucional, em vista da necessidade de
preservação da independência do julgador, previsão normativa segundo a qual a indicação e nomeação dos
magistrados que ocuparão a referida vara será feita pelo presidente do tribunal de justiça, com a aprovação
do tribunal. BL: Entend. Jurisprud.

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário SERÃO PÚBLICOS, e


FUNDAMENTADAS TODAS AS DECISÕES, sob pena de nulidade, PODENDO a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos
quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo NÃO PREJUDIQUE o interesse
público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJAP-2009) (MPRO-2010)
(TRF4-2010) (TJRO-2011) (TJPR-2011) (MPSP-2011) (DPEPR-2012) (PCRJ-2012) (MPT-2012) (PFN-2012) (TJRJ-
2011/2013) (TJSC-2013) (DPEDF-2013) (PCPA-2013) (AGU-2013) (TJMT-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJRS-2015) (TRT8-2015) (TJDFT-2007/2008/2016) (TJAM-2016) (PCMS-2017) (DPEMA-2009/2018)
(TJCE-2012/2018) (TRF2-2013/2018) (TJCE-2018) (TJSP-2018) (PCBA-2018) (MPGO-2012/2019) (DPESP-
2012/2019) (TJMS-2015/2020) (TJGO-2021) (MPRS-2021) (MPSC-2021) (DPEGO-2021) (PCPR-2021) (TJMG-
2009/2022) (TJMMG-2022)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEDF-2013: ##MPF-2015: ##MPMG-2017: ##PCMS-2017: ##TJCE-


2018: ##TRF2-2018: ##Oficial de Justiça/TJSC-2018: ##MPGO-2019: ##PCPR-2021: ##CESPE: ##FGV:
##UFPR: ##VUNESP: Limites à fundamentação per relationem: É nulo o acórdão que se limita a
ratificar a sentença e a adotar o parecer ministerial, sem sequer transcrevê-los, deixando de afastar as
teses defensivas ou de apresentar fundamento próprio. Isso porque, nessa hipótese, está caracterizada
a nulidade absoluta do acórdão por falta de fundamentação. A jurisprudência admite a chamada
fundamentação per relationem, mas desde que o julgado faça referência concreta às peças que
pretende encampar, transcrevendo delas partes que julgar interessantes para legitimar o raciocínio
lógico que embasa a conclusão a que se quer chegar. STJ. 6ª T. HC 214.049-SP, Rel. orig. Min. Nefi
Cordeiro, Rel. p. ac. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 5/2/15 (Info 557).

##Atenção: ##STF: ##PCRJ-2012: A exigência de fundamentação das decisões judiciais, mais do que
expressiva imposição consagrada e positivada pela nova ordem constitucional (art. 93, IX), reflete uma
poderosa garantia contra eventuais excessos do Estado-Juiz, pois, ao torná-la elemento imprescindível
e essencial dos atos sentenciais, quis o ordenamento jurídico erigi-la como fator de limitação dos
poderes deferidos aos magistrados e Tribunais". STF, HC 68.202, Rel. Min. Celso de Mello, DJ, 15-3-
1991.

(TJMG-2012-VUNESP): De acordo com a Constituição Republicana de 1988, o Poder Judiciário reger-se-


á pelo princípio da publicidade de seus julgamentos, sob pena de nulidade, podendo, contudo, a lei, se o
interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes. BL: art. 93, IX, CF.

X - as DECISÕES ADMINISTRATIVAS dos tribunais SERÃO motivadas e em sessão pública,


SENDO as DISCIPLINARES TOMADAS pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada
342
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRF4-2010) (MPF-2011) (TJPA-2009/2012) (PGESP-2012) (PCRJ-
2012) (TRF2-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPA-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2007/2008/2009/2014)
(MPAC-2014) (MPMG-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TRT1-2015) (DPESC-2017)
(MPGO-2019) (TJMG-2009/2022) (TJMMG-2022)

(AGU-2013-CESPE): Julgue o item a seguir, que trata da organização de instituições do Estado brasileiro
e de seu funcionamento: De acordo com a CF, os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos e todas as decisões administrativas dos tribunais ocorrerão em sessões públicas. BL: art. 93, IX e
X, CF.

XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, PODERÁ SER CONSTITUÍDO
ÓRGÃO ESPECIAL, [obs.: é uma faculdade] com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco
membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do
tribunal pleno, PROVENDO-SE metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo
tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2008) (MPPR-2008) (TRF1-
2009) (TRF4-2009) (TJRJ-2011) (TJPI-2012) (PGESP-2012) (TJSC-2013) (TJSP-2013) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (TJCE-2018) (TJAP-2022) (TJMMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##MPF-2015: ##TJCE-2018: ##CESPE: ##STJ: É nulo o acórdão que se limita a
ratificar a sentença e a adotar o parecer ministerial, sem sequer transcrevê-los, deixando de afastar as
teses defensivas ou de apresentar fundamento próprio. Isso porque, nessa hipótese, está caracterizada
a nulidade absoluta do acórdão por falta de fundamentação. A jurisprudência admite a chamada
fundamentação per relationem, mas desde que o julgado faça referência concreta às peças que
pretende encampar, transcrevendo delas partes que julgar interessantes para legitimar o raciocínio
lógico que embasa a conclusão a que se quer chegar. STJ. 6ª T. HC 214.049-SP, Rel. originário Min. Nefi
Cordeiro, Rel. para acórdão Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 5/2/15 (Info 557). ##STF: O STF tem
salientado, em seu magistério jurisprudencial, a propósito da motivação “per relationem”, que inocorre
ausência de fundamentação quando o ato decisório – o acórdão, inclusive – reporta-se, expressamente,
a manifestações ou a peças processuais outras, mesmo as produzidas pelo MP, desde que nelas
achem-se expostos os motivos, de fato ou de direito, justificadores da decisão judicial proferida. STF.
2ª T. HC 127228 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 01/09/15. (...) A fundamentação per relationem
constitui motivação válida e não ofende o disposto no art. 93, IX, da Constituição da República. STF. 2ª
T. Inq 2725, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 08/09/15.
(MPF-2015): Sobre Prisões no Processo Penal: O STF tem sua jurisprudência no sentido de não ser nula a
decisão do juiz de primeiro grau que, incorporando per relationem as razões declinadas pelo MP em sua
manifestação, defere pedido de prisão preventiva de réu em processo penal. BL: art. 93, IX, CF e Entend.
Jurisprud.

(TJSP-2013-VUNESP): Nos Tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser
constituído Órgão Especial: o Plenário do Tribunal, nos termos da Constituição, tem absoluta
discricionariedade em decidir ou não pela criação de seu Órgão Especial, em seu regimento interno. BL:
art. 93, XI, CF.

##Atenção: ##STF: Poder Judiciário: órgão especial dos Tribunais: competência do próprio Tribunal, e
não da lei, para criá-lo, que pressupõe, no entanto, composição efetiva superior a 25 juízes. A
competência para criar o Órgão Especial se contém no poder dos Tribunais – segundo o art. 96, I, a, CF
– para dispor, no Regimento Interno, 'sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos' (ADIn 410/SC-MC, Lex 191/166). STF. Plenário. AO 232, Rel.
Min. Sepúlveda Pertence, j. 3-5-95.

##Atenção: Órgão Especial:


- Tribunais com mais de 25 membros;
- Criação facultativa;
- Exerce atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da de competência do tribunal pleno;
- Mínimo de 11 e máximo de 25;
- Metade das vagas por antiguidade e outra metade por eleição.

XII - a atividade jurisdicional SERÁ ININTERRUPTA, SENDO VEDADO férias coletivas nos
juízos e tribunais de segundo grau, FUNCIONANDO, nos dias em que não houver expediente forense
normal, juízes em plantão permanente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2008)

343
(TJRR-2008) (DPEES-2009) (TJPB-2011) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPA-2013) (MPM-2013) (MPMG-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (MPT-2017) (PCBA-2018) (TJMMG-2022)

(TJRR-2008-FCC): Dispõem o art. 66, caput, e seu § 1°, da Lei Complementar n° 35/79, a Lei Orgânica da
Magistratura: “Art. 66 - Os magistrados terão direito a férias anuais, por sessenta dias, coletivas ou individuais. §
1° - Os membros dos Tribunais, salvo os dos Tribunais Regionais do Trabalho, que terão férias individuais, gozarão
de férias coletivas, nos períodos de 2 a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho. Os Juízes de primeiro grau gozarão de
férias coletivas ou individuais, conforme dispuser a lei.” Referidos dispositivos legais são incompatíveis com a
Constituição da República quanto à previsão de férias coletivas para juízes e membros de Tribunais. BL:
art. 66, §1º da LC 35 c/c art. 93, XII, CF.

XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional SERÁ proporcional à efetiva demanda judicial e
à respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRT8-2015) (Cartórios/TJMG-
2017)

XIV - os servidores RECEBERÃO DELEGAÇÃO para a prática de atos de administração e atos de


mero expediente sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2005)
(TJMG-2009) (TJRJ-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPMG-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (TRT8-2015) (PCBA-2018)

(PCBA-2018-VUNESP): O Poder Judiciário é um dos poderes constituídos da República Federativa do


Brasil, cujo regime jurídico vem tratado nos artigos 92 e seguintes da Constituição Federal e assevera que
os servidores receberão delegação para a prática de atos de mero expediente sem caráter decisório. BL:
art. 93, XIV, CF.

(TJMG-2009): Quanto ao Poder Judiciário: A prática de atos de mero expediente, no Poder Judiciário,
pode ser atribuída aos servidores. BL: art. 93, XIV, CF.

XV - a distribuição de processos SERÁ IMEDIATA, em todos os graus de jurisdição. (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2005) (TJDFT-2014) (MPMG-2014) (PCBA-2018)

(TJDFT-2014-CESPE): No que se refere ao funcionamento do Poder Judiciário, assinale a opção correta:


A distribuição de processos deve ser imediata, em todos os graus de jurisdição. BL: art. 93, XV, CF.

Art. 94. UM QUINTO DOS LUGARES dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos
Estados, e do Distrito Federal e Territórios SERÁ COMPOSTO de membros, do MINISTÉRIO
PÚBLICO, com mais de dez anos de carreira, e de ADVOGADOS de notório saber jurídico e de
reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, INDICADOS EM LISTA
SÊXTUPLA pelos órgãos de representação das respectivas classes. (MPPR-2008) (PGECE-2008) (TJSP-2009)
(DPEPI-2009) (TRF4-2009) (MPDFT-2011) (TJMG-2012) (TJPA-2012) (TJSC-2013) (PCPA-2013) (TJRJ-
2011/2013/2014) (TJCE-2014) (MPMA-2014) (PCPI-2014) (TRF1-2015) (TRT1-2015) (TRT16-2015) (TJDFT-2016)
(TRT4-2016) (MPSC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019)

(DPEPI-2009-CESPE): Tendo em vista as competências dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,


assinale a opção correta: Pela regra do quinto constitucional, na composição dos tribunais regionais
federais, dos tribunais dos estados, do DF e territórios, e dos tribunais do trabalho, um quinto dos seus
lugares será composto de membros do MP com mais de dez anos de carreira e de advogados de notório
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional. BL: art. 94,
CF.

(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: A garantia de participação na quinta parte dos tribunais de
membros externos à carreira da magistratura impõe que se observe a fração constitucional como mínimo e
não máximo, sendo possível, quando o total de vagas de um tribunal não for divisível por cinco, que ele
tenha mais de um quinto de membros oriundos da advocacia e do Ministério Público, mas nunca menos.
BL: art. 94, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009: ##MPDFT-2011: ##TRT4-2016: Tribunal de Justiça. Se o número total


de sua composição não for divisível por cinco, arredonda-se a fração restante (seja superior ou inferior à
metade) para o número inteiro seguinte, a fim de alcançar-se a quantidade de vagas destinadas ao
quinto constitucional destinado ao provimento por advogados e membros do Ministério Público. STF.
1ª T., AO 493, Rel. Min. Octávio Gallotti, j. 06/06/00. (...) Provimento de vaga de Desembargador pelo
344
Quinto Constitucional: Número indivisível por cinco. Arredondamento para o número inteiro seguinte
conforme jurisprudência do STF. Agravo Regimental ao qual se nega provimento. STF. 2ª T., RE 678957
AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 19/11/13.

Parágrafo único. RECEBIDAS as indicações, o tribunal FORMARÁ LISTA TRÍPLICE,


ENVIANDO-A ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, ESCOLHERÁ um de seus
integrantes para nomeação. (PGECE-2008) (TJPA-2012) (TJCE-2014) (MPMA-2014) (PCPI-2014) (TJDFT-2016)
(MPSC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019)

(MPSC-2019): No que pertine ao quinto constitucional para composição dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios, formada a lista tríplice pelo
tribunal, será enviada ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus
integrantes para nomeação. BL: art. 94, caput e § único, CF.

(Cartórios/TJDFT-2019-CESPE): No Poder Judiciário, composto majoritariamente por juízes de carreira, há um


instituto que visa à oxigenação de ideias, ao ampliar sua representatividade. Todavia, alega-se que o referido
instituto pode ser um meio de perpetrar a prática de nepotismo, porque os seus critérios legais para a assunção ao
cargo da magistratura são formais, não prevendo requisitos qualitativos. Logo, critérios subjetivos e discricionários
podem privilegiar candidatos que detenham heranças de capitais simbólicos. (Willian Carneiro Bianeck. A porta
dos fundos do Judiciário: o quinto constitucional e o nepotismo. Internet: - com adaptações). É correto
afirmar que o quinto constitucional, referido no texto, será composto por membros do Ministério Público
e da advocacia que serão nomeados após escolha, pelo Poder Executivo, a partir de lista tríplice enviada
pelo respectivo tribunal. BL: art. 94, § único, CF.

Art. 95. Os JUÍZES GOZAM das seguintes garantias:

I - VITALICIEDADE, que, no primeiro grau, SÓ SERÁ ADQUIRIDA após dois anos de exercício,
DEPENDENDO a PERDA DO CARGO, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; (TJSP-2008) (MPSP-2008)
(TRF2-2009) (TRF4-2009/2010) (PCAP-2010) (MPCE-2011) (TRF1-2011) (MPF-2011) (TJPI-2012) (TJGO-2012)
(TJCE-2012) (PCRJ-2012) (TRF5-2013) (MPF-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (TJDFT-2014/2015) (MPT-2009/2017)
(TJMG-2008/2009/2018) (TJPA-2009/2019) (TJMMG-2022)

(TJMMG-2022): Das disposições constitucionais sobre o Poder Judiciário, assinale a alternativa correta: A
perda do cargo do juiz, no período e vitaliciamento, depende de deliberação do tribunal a que ele estiver
vinculado e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado. BL: art. 95, I, parte final, CF.

(TJMG-2018-Consulplan): Salvo por vontade própria, por sentença judicial transitada em julgado, por
disponibilidade ou por aposentadoria compulsória, os juízes estaduais togados de 1º grau não perdem a
garantia funcional da vitaliciedade. BL: art. 95, I, CF.

##Atenção: José Afonso da Silva leciona: "Uma vez tornado vitalício, isto é, titular do cargo por toda a vida, o
juiz dele só pode ser afastado por vontade própria e apenas o perderá por sentença judiciária ou aposentadoria
compulsória ou disponibilidade" (Curso de Direito Constitucional Positivo, 2017, p. 597).

(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): Assinale a opção correta acerca da organização da carreira, dos direitos, das
garantias e das prerrogativas da magistratura: O magistrado da justiça de primeiro grau adquire
vitaliciedade após dois anos de exercício, e os ministros de tribunais superiores que não sejam egressos da
magistratura de primeiro grau adquirem-na com a posse no cargo de ministro. BL: art. 95, I, CF.

##Atenção: Segundo o art. 95, I, da CF, os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que, no primeiro
grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de
deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada
em julgado. Os ministros de tribunais superiores que não sejam egressos da magistratura de primeiro grau
adquirem-na com a posse no cargo de ministro.

(TJCE-2012-CESPE): Considerando as disposições constitucionais, legais e doutrinárias acerca de


servidores e cargos públicos, assinale a opção correta: A vitaliciedade somente é possível com relação aos
cargos que a CF define como de provimento vitalício, não podendo a legislação ordinária ampliar os
cargos dessa natureza. BL: art. 41, caput e art. 95, I, CF (adm.).

345
##Atenção: Maria Sylvia Zanella Di Pietro explica que somente é possível com relação aos cargos que a
CF/1988 define como de provimento vitalício, uma vez que a vitaliciedade constitui exceção á regra geral
da estabilidade, definida no artigo 41. Logo, a lei ordinária não poderá ampliar os cargos dessa natureza.
(DI PIETRO, p.573).

(TJSP-2008-VUNESP): No momento em que é investido no cargo de membro de um tribunal do Poder


Judiciário brasileiro, um advogado ou membro do MP adquire vitaliciedade, sem necessidade de cumprir
estágio probatório. BL: art. 95, I, CF/88 c/c art. 22, I, da LOMAN.

II - INAMOVIBILIDADE, SALVO por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
(PCAP-2010) (TRF5-2011) (TJGO-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (PCRJ-2012) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (TJDFT-2007/2008/2015) (DPERN-2015) (TRT4-2016) (MPT-2017) (TJMG-
2008/2012/2018) (PCMG-2021)

Art. 93. (...)


VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão
por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla
defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

##Atenção: A inamovibilidade não é absoluta, conforme entendimento do STF e do CNJ. No MS n.


27.938 do DF, o Min. Luiz Fux assentou que “é perfeitamente possível a designação do juiz substituto para
atender situações excepcionais, notadamente quando presente o interesse público justificador do ato”. No mesmo
julgamento, o Min. Ayres Britto externou entendimento de que “é possível a alteração inicial do magistrado
substituto por motivo de interesse público, devidamente justificado, mas sem aquela necessidade de decisão colegiada
do respectivo tribunal”, que será – segundo o STF – logicamente necessária quando se tratar de “remoção
sanção”. Também o CNJ proferiu decisões favoráveis à movimentação do juiz substituto (CNJ. Número do
Processo 0004109-62.2015.2.00.0000. Classe Processual PCA - Procedimento de Controle Administrativo.
Subclasse Processual RA – Recurso Administrativo. Rel. CARLOS AUGUSTO DE BARROS
LEVENHAGEN. Sessão 15ª Sessão Virtual. Data de Julgamento 21.06.16; CNJ. Número do Processo
0000486-87.2015.2.00.0000. Classe Processual PCA - Procedimento de Controle Administrativo. Subclasse
Processual RA – Recurso Administrativo. Rel. GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA. Sessão
207, j. 28.04.15).

##Atenção: No mesmo sentido, reforça o Conselheiro do CNJ, Dr. Bruno Ronchetti, ao afirmar que: “por
evidente, esse interesse público deve estar prévia e devidamente justificado, devendo a respectiva deliberação da
administração do Tribunal ser motivada, a fim de que a designação possa ser passível de controle, evitando-se assim
desvios do ato administrativo, tais como abusos, perseguições ou mesmo eventual propósito de frustrar a apreciação
dos processos pelo juiz substituto natural” (CNJ. Número do Processo 0005766-73.2014.2.00.0000. Classe
Processual PP - Pedido de Providências – Conselheiro. Subclasse Processual RA – Recurso Administrativo.
Relator BRUNO RONCHETTI. Sessão 251ª Sessão Ordinária. Data de Julgamento 16.05.2017).

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJSE-2014: ##TRT4-2016: ##CESPE: A inamovibilidade é, nos termos


do art. 95, II, da CF, garantia de toda a magistratura, alcançando não apenas o juiz titular como também
o substituto. O magistrado só poderá ser removido por designação, para responder por determinada
vara ou comarca ou para prestar auxílio, com o seu consentimento, ou, ainda, se o interesse público o
exigir, nos termos do inciso VIII do art. 93 da CF. STF. Plenário. MS 27.958, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, j. 17/5/12.

(TJMG-2008): O ingresso na carreira da magistratura implica a obtenção de determinadas garantias e a


necessidade de serem observadas certas vedações, todas especificadas na Constituição da República: O
Juiz é inamovível, salvo por motivo de interesse público a ser reconhecido em decisão da maioria absoluta
do respectivo Tribunal. BL: art. 95 II c./c art. 93 VIII, CF.

III - IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO, RESSALVADO o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJMG-2012) (TJGO-
2012) (Cartórios/TJSE-2014) (TRF3-2022)

Art. 37. (...)


X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser
fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de

346
1998) (Regulamento)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

Art. 39. (...)


§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais
e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: (...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...)


III - renda e proventos de qualquer natureza; (...)
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJSE-2014: ##CESPE: Vencimentos de magistrados. Não há direito


líquido e certo à percepção de vencimentos constantes de tabela vinculada a dispositivo legal alcançado
por declaração de inconstitucionalidade proferida pela Suprema Corte. STF. 1ª T., RE 137.797, Rel. Min.
Menezes Direito, j. 8/4/08.

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJSE-2014: ##CESPE: A redução de proventos de aposentadoria,


quando concedida em desacordo com a lei, não ofende o princípio da irredutibilidade de vencimentos.
STF. Plenário. MS 25.552, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 7/4/08.

Parágrafo único. Aos juízes É VEDADO:

I - EXERCER, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, SALVO UMA DE


MAGISTÉRIO; (TJSP-2008) (MPPR-2008) (TRF5-2009) (PCAP-2010) (PGERO-2011) (TJMG-2006/2012) (MPSC-
2012) (MPT-2012) (TJSP-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJGO-2012/2015) (Cartórios/TJMG-2017) (MPGO-2019)
(Cartórios/TJRS-2019)

##Atenção: ##STF: ##PGM-Recife/PE-2014: ##MPGO-2019: ##FCC: ADI ajuizada contra a Resolução nº


336, de 2.003, do Presidente do CNJ, que dispõe sobre o acúmulo do exercício da magistratura com o
exercício do magistério, no âmbito da Justiça Federal de primeiro e segundo graus. Alegação no sentido
de que a matéria em análise já encontra tratamento na Constituição Federal (art. 95, § único, I), e caso
comportasse regulamentação, esta deveria vir sob a forma de lei complementar, no próprio Estatuto da
Magistratura. Suposta incompetência do CNJ para editar o referido ato, porquanto fora de suas
atribuições definidas no art. 105, § único, da Carta Magna. Considerou-se, no caso, que o objetivo da
restrição constitucional é o de impedir o exercício da atividade de magistério que se revele
incompatível com os afazeres da magistratura. Necessidade de se avaliar, no caso concreto, se a
atividade de magistério inviabiliza o ofício judicante. Referendada a liminar, nos termos em que foi
concedida pelo Ministro em exercício da presidência do Supremo Tribunal Federal, tão-somente para
suspender a vigência da expressão "único (a)", constante da redação do art. 1o da Resolução nº 336/03,
do Conselho de Justiça Federal. STF. Plenário. ADI 3126 MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17/02/05.

II - RECEBER, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; (TJMG-2006/2008)


(MPPR-2008) (MPDFT-2011) (MPT-2012) (DPECE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJRS-2016)

347
III - DEDICAR-SE à atividade político-partidária. (TJPR-2010) (PCAP-2010) (MPMS-2011) (TJMG-
2007/2008/2012) (MPTO-2012) (PGEPA-2012) (MPT-2012) (TJSP-2014) (MPMA-2014) (DPECE-2014) (TRT8-
2015) (MPPR-2008/2017)

IV - RECEBER, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,


entidades públicas ou privadas, RESSALVADAS as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (TJMG-2006) (MPPR-2008) (TRF2-2011) (MPT-2012) (TJRJ-2013) (TJSP-2014)
(TRT16-2015)

(TJSP-2014-VUNESP): De acordo com o regime constitucional brasileiro, assinale a opção correta: É


vedado aos juízes receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, com exceção dos casos previstos em lei. BL: art. 95, § único, IV, CF.

V - EXERCER a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos TRÊS


ANOS do afastamento do cargo por APOSENTADORIA ou EXONERAÇÃO. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (TJMG-2006) (MPCE-2009) (PGESP-2009) (TJSC-2010) (MPMG-2010) (MPRO-
2010) (MPSE-2010) (PCAP-2010) (TRF2-2011) (TJGO-2012) (MPPI-2012) (DPERO-2012) (AGU-2012) (MPT-
2012) (TJRJ-2013) (TJRN-2013) (DPEDF-2013) (TJDFT-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PCPI-2014) (MPAM-2015) (MPBA-2015) (TJSP-2009/2015/2018) (MPPR-2008/2019)
(TJMMG-2022)

(TJSP-2018-VUNESP): Com relação aos direitos e deveres dos magistrados, pode-se afirmar que a
garantia da imparcialidade é estabelecida pelo art. 95, § único, da CF/1988 sob a forma de vedações aos
juízes, às quais se acrescentam aquelas previstas no art. 36 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LC
35/75). BL: art. 95, § único, CF c/c art. 36 da LC 35.78

##Atenção: ##TJSP-2018: ##VUNESP: As vedações do art. 36 da LOMAN foram sim recepcionadas. Por
duas razões: 1) São compatíveis com a CF/88; e 2) O art. 95 da CF/88 não regulou integralmente a
matéria, de forma que permanecem válidas as vedações já existentes na LOMAN.

##Atenção: ##STF: ##MPPI-2012: ##MPPR-2019: ##CESPE: É incompatível com o Estatuto


Constitucional da Magistratura lei estadual que assegura a membro do Poder Judicante a participação
em Conselho de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente. Nesse sentido, vejamos o seguinte
julgado do STF: “(...) Inconstitucionalidade da expressão “Poder Judiciário”, porquanto a participação
de membro do Poder Judicante em Conselho administrativo tem a potencialidade de quebrantar a
necessária garantia de imparcialidade do julgador”. STF. Plenário. ADI 3463, Rel. Min. Ayres Britto, j.
27/10/11.

(DPEDF-2013-CESPE): Julgue o item a seguir, que versa sobre o Poder Judiciário, conforme o disposto
na CF: A regra constitucional que proíbe o magistrado de exercer a advocacia no juízo ou no tribunal do
qual se tenha afastado, antes de decorrido o período de três anos, contados do afastamento do cargo,
aplica-se tanto ao Poder Judiciário estadual quanto ao federal de qualquer instância, incluindo-se o STF,
o STJ e os demais tribunais superiores. BL: art. 95, § único, V, CF.

##Atenção: O art. 95, § único, V, da CF, prevê que é vedado aos juízes exercer a advocacia no juízo ou
tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração. Essa restrição atinge todos os magistrados, incluindo tanto ao Poder Judiciário estadual
quanto ao federal de qualquer instância, incluindo-se o STF, o STJ e os demais tribunais superiores.

Art. 96. COMPETE PRIVATIVAMENTE:

I - aos tribunais:

78
Art. 36. É vedado ao magistrado: I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de
economia mista, exceto como acionista ou quotista; II - exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil,
associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração; III
- manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de
outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos
autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério.
348
a) ELEGER seus órgãos diretivos e ELABORAR seus regimentos internos, com observância das
normas de processo e das garantias processuais das partes, DISPONDO sobre a competência e o
funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; (MPPB-2010) (TJPR-2011) (TJMG-
2012) (PFN-2012) (TJMA-2013) (TJDFT-2014) (DPERN-2015) (PCGO-2017) (MPT-2017) (TJRS-2018) (PCPI-
2018) (MPPR-2019)

(TJRS-2018-VUNESP): Em relação à jurisprudência, aos crimes e infrações administrativas previstas no


ECA, e à Organização Judiciária e demais peculiaridades e competências do Poder Judiciário do Rio
Grande do Sul, é correto afirmar: o Conselho da Magistratura do Rio Grande do Sul pode,
excepcionalmente, atribuir às varas da Infância e Juventude competência para processar e julgar o crime
de estupro de vulnerável cuja vítima seja criança ou adolescente. BL: art. 96, I, “a”, CF e Entend. Jurisp.

##Atenção: ##STF: HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. LEI ESTADUAL.


TRANSFERÊNCIA DE COMPETÊNCIA. DELITOS SEXUAIS DO CÓDIGO PENAL PRATICADOS
CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. JUIZADOS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE. VIOLAÇÃO DO
ART. 22 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E OFENSA AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. NÃO
OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA. I – A lei estadual apontada como inconstitucional conferiu ao Conselho
da Magistratura poderes para atribuir aos 1º e 2º Juizados da Infância e Juventude, entre outras competências, a de
processar e julgar crimes de natureza sexuais praticados contra crianças e adolescentes, nos exatos limites da
atribuição que a Carta Magna confere aos Tribunais. II – Não há violação aos princípios constitucionais da
legalidade, do juiz natural e do devido processo legal, visto que a leitura interpretativa do art. 96, I, a ,
da Constituição Federal admite que haja alteração da competência dos órgãos do Poder Judiciário por
deliberação dos Tribunais. [...] (HC 113018, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª T., j. 29/10/13).

(TJDFT-2014-CESPE): Em relação ao Poder Judiciário, seus tribunais e magistrados, assinale a opção


correta: Tribunais de justiça estaduais e TRFs não podem ampliar, por meio de normas regimentais
internas, o leque de possíveis concorrentes à eleição para seus respectivos cargos diretivos. BL: art. 96, I,
“a”, CF e entendimento jurisprudencial.

##Atenção: ##STF: “(...) o regramento relativo à escolha dos cargos diretivos dos tribunais brasileiros, por tratar
de tema eminentemente institucional, situa-se como matéria própria ao Estatuto da Magistratura, dependendo,
portanto, para uma nova regulamentação, da edição de lei complementar federal, nos termos do que dispõe a
Constituição. Por fim, enfatizou que somente os magistrados mais antigos seriam elegíveis aos cargos diretivos.”
(STF, Rcl 9723/RS, rel. Min. Luiz Fux, 27.10.11).

##Atenção: ##STF: ##MPPR-2019: "(...) atual Constituição, que, no art. 96, I, a, preceitua que compete
privativamente aos tribunais elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das
garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos. Portanto, em face da atual Carta Magna, os tribunais têm amplo poder de
dispor, em seus regimentos internos, sobre a competência de seus órgãos jurisdicionais, desde que respeitadas as
regras de processo e os direitos processuais das partes." (STF. 1ª T.HC 74.190, Rel. Min. Moreira Alves, j.
15/10/96).

##Atenção: ##STF: ##MPT-2017: A escolha dos órgãos diretivos compete privativamente ao próprio
tribunal, nos termos do art. 96, I, a, da Carta Magna. Tribunal, na dicção constitucional, é o órgão
colegiado, sendo inconstitucional, portanto, a norma estadual possibilitar que juízes vitalícios, que não
apenas os desembargadores, participarem da escolha da direção do tribunal. STF. Plenário. ADI 2.012,
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 27/10/11.

b) ORGANIZAR suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes FOREM vinculados,
velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; (TJSC-2010) (TJPB-2011) (DPESP-2012)
(Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJMG-2015)

(TJPB-2011-CESPE): Assinale a opção em que é apresentada disposição do Código Eleitoral em


consonância com a CF: Compete, privativamente, ao TSE organizar a sua secretaria e a corregedoria-
geral e propor ao Congresso Nacional a criação e a extinção dos cargos administrativos e a fixação dos
respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei. BL: art. 96, I, “b”, CF c/c art. 23, II, Código
Eleitoral.

OBS: Vejamos o teor do art. 23, II do Código Eleitoral: “Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal

349
Superior: (...) II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou
extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei;”

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;

d) PROPOR a criação de novas varas judiciárias; (TJRS-2009) (TRF1-2009) (TRF2-2009) (MPSE-2010)


(PCPA-2016)

##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##TRF2-2009: ##CESPE: O Poder Judiciário tem competência para
dispor sobre especialização de varas, porque é matéria que se insere no âmbito da organização
judiciária dos Tribunais. O tema referente à organização judiciária não se encontra restrito ao campo de
incidência exclusiva da lei, eis que depende da integração dos critérios preestabelecidos na CF/1988, nas
leis e nos regimentos internos dos tribunais. A leitura interpretativa do disposto nos arts. 96, I, a e d, II,
d, da CF/1988, admite que haja alteração da competência dos órgãos do Poder Judiciário por
deliberação do tribunal de justiça, desde que não haja impacto orçamentário, eis que houve simples
alteração promovida administrativamente, constitucionalmente admitida, visando a uma melhor
prestação da tutela jurisdicional, de natureza especializada. STF. 2ª T., HC 91024, Rel. Min. Ellen Gracie, j.
05/08/08.
(TRF1-2009-CESPE): No tocante ao Poder Judiciário brasileiro, assinale a opção correta: Em consonância
com o entendimento do STF, o Poder Judiciário pode dispor acerca da especialização de varas, desde que
não haja impacto orçamentário, por se tratar de matéria inserida no âmbito da organização judiciária dos
tribunais. BL: Entend. Jurisprud.

e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169,
parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos
em lei; (DPEMS-2012)

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes
forem imediatamente vinculados; (PCRJ-2012) (TRT1-2015)

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça PROPOR ao
PODER LEGISLATIVO RESPECTIVO, observado o disposto no art. 169: (MPPR-2008) (PCDF-2009)
(PGEPR-2015) (TRT15-2015) (PFN-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (DPEAL-2017) (PGETO-2018) (PGM-
João Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2019) (TCERJ-2021)

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; (MPPR-2008) (DPEAL-2017)


(Cartórios/TJMG-2017) (DPEMG-2019) (TCERJ-2021)

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que
lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos
tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (TJAL-2008)
(MPPR-2008) (MPPE-2008) (DPEES-2009) (PCDF-2009) (DPEDF-2013) (DPEAM-2013) (PGEPR-2015)
(TJAM-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (DPEAL-2017) (DPEPE-2018) (PGETO-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2019) (TCERJ-2021)

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; (TRT15-2015) (PFN-2015) (DPEAL-2017)


(Cartórios/TJMG-2017) (DPEMG-2019) (TCERJ-2021)

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; (TJRS-2009) (PCDF-2009) (PGEPR-2015) (TJAM-


2016) (DPEMT-2016) (DPEAL-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (DPEMG-2019) (TCERJ-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF1-2011: ##Cartórios/TJMG-2017: ##TCERJ-2021: ##CESPE:

350
##Consulplan: É inconstitucional lei estadual, de origem (iniciativa) parlamentar, que discipline a
organização e o funcionamento do Tribunal de Contas estadual (TCE). Isso porque os Tribunais de
Contas possuem reserva de iniciativa (competência privativa) para apresentar os projetos de lei que
tenham por objetivo tratar sobre a sua organização ou o seu funcionamento (art. 96, II c/c arts. 73 e 75
da CF/88). Os Tribunais de Contas, conforme reconhecido pela CF/88 e pelo STF, gozam das
prerrogativas da autonomia e do autogoverno, o que inclui, essencialmente, a iniciativa privativa para
instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e funcionamento. STF. Plenário.
ADI 4643/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, j. 15/5/19 (Info 940). As cortes de contas seguem o exemplo dos
tribunais judiciários no que concerne às garantias de independência, sendo também detentoras de
autonomia funcional, administrativa e financeira, da quais decorre, essencialmente, a iniciativa
reservada para instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e funcionamento,
conforme interpretação sistemática dos arts. 73, 75 e 96, II, d, da Constituição Federal. STF. Plenário. ADI
4418, Min. Rel. Dias Toffoli, j. 15/12/16. (...) STF. Plenário. ADI 4418 MC, Min. Rel. Dias Toffoli, j.
06/10/10.
(TRF5-2011-CESPE): No que se refere ao Poder Legislativo, assinale a opção correta: Segundo entendimento
do STF, as cortes de contas gozam de autonomia, autogoverno e iniciativa reservada para a instauração de
processo legislativo que pretenda alterar a sua organização e funcionamento, razão por que é
inconstitucional lei estadual de iniciativa parlamentar que altere ou revogue dispositivos da lei orgânica do
tribunal de contas do estado, que estabelece preceitos concernentes à forma de atuação, competências e
organização do órgão. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DOD: Os Tribunais de Contas possuem reserva de iniciativa (competência


privativa) para deflagrar o processo legislativo que tenha por objeto alterar a sua organização ou o seu
funcionamento (art. 96, II c/c arts. 73 e 75 da CF/88). Trata-se de uma prerrogativa que decorre da
independência e autonomia asseguradas às Cortes de Contas. Assim, é inconstitucional lei estadual ou
mesmo emenda à Constituição do Estado, de iniciativa parlamentar, que trate sobre organização ou
funcionamento do TCE. A promulgação de emenda à Constituição Estadual não constitui meio apto
para contornar (burlar) a cláusula de iniciativa reservada. STF. Plenário. ADI 5323/RN, Rel. Min. Rosa
Weber, j. 11/4/19 (Info 937).

##Questiona-se: ##DOD: Mas esse art. 96 da CF/88 aplica-se aos Tribunais de Contas? SIM. Por força
de expressa remissão feita pelo art. 73 da CF/88: “O Tribunal de Contas da União, integrado por nove
Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional,
exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.” Desse modo, os Tribunais de Contas,
assim como o Poder Judiciário, possuem competência privativa para iniciar o processo legislativo
relativamente às matérias previstas no art. 96, II, da CF/88. Logo, uma emenda constitucional aprovada
pela Assembleia Legislativa, de iniciativa parlamentar, ao tratar sobre as competências do Tribunal de
Constas, viola a reserva de iniciativa legislativa privativa do próprio Tribunal de Contas.

##Questiona-se: ##DOD: O art. 73 fala que o art. 96 é aplicado para o Tribunal de Contas da União...
Ele pode ser utilizado também para os Tribunais de Contas dos Estados? SIM. Os Tribunais de Contas
dos Estados são organizados pelas Constituições Estaduais. Contudo, por força do princípio da
simetria, as regras do TCU também são aplicadas, no que couber, aos TCE’s, conforme determina o art.
75 da CF: “Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de
Contas dos Municípios. Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas
respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.” Assim, o art. 96 da CF/88, que se aplica ao TCU (por
força do art. 73) também vale para os TCE´s, com base no art. 75.

##Questiona-se: ##DOD: Esse mesmo raciocínio acima explicado vale para uma emenda
constitucional? Se os Deputados Estaduais tivessem apresentado uma proposta de EC tratando sobre a
organização e o funcionamento do TCE e esta proposição fosse aprovada, ela também seria
inconstitucional? SIM. No modelo federativo a autonomia dos Estados não é plena, uma vez balizada
pela CF/1988. Assim, o poder constituinte reformador nos Estados não ostenta a mesma amplitude do
poder constituinte reformador da Constituição Federal. Desse modo, as regras de reserva de iniciativa
previstas na Constituição Federal não podem ser burladas pelo poder constituinte reformador dos
Estados. Em virtude disso, não é possível que uma emenda à Constituição Estadual, de iniciativa
parlamentar, trate sobre os assuntos previstos no art. 96, II, da CF/88. É o que foi decidido no Info 937
do STF (vide resumo do julgado acima).

III - aos Tribunais de Justiça JULGAR os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem
como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, RESSALVADA a
competência da Justiça Eleitoral. (TJPR-2008) (MPPE-2008) (MPPR-2008) (PCSC-2008) (TJAP-2009) (MPES-

351
2010) (TJDFT-2011) (TJAC-2012) (TJCE-2012) (TJMS-2012) (MPPI-2012) (DPEMS-2012) (TRF4-2012) (PCGO-
2012) (MPSC-2014) (MPF-2011/2015) (MPSP-2015) (DPEMA-2015) (TRT15-2015) (DPEMT-2016) (PCMT-
2017) (PCMG-2018) (TJMG-2022) (MPTO-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMG-2022: ##FGV: Compete aos tribunais de justiça estaduais
processar e julgar os delitos comuns, não relacionados com o cargo, em tese praticados por Promotores
de Justiça: Situação hipotética: João estava de passagem por Aracaju (SE) e ali praticou um crime. Vale
ressaltar que João é Promotor de Justiça no Estado do Ceará. Importante também registrar que o delito
por ele praticado não tem nenhuma relação com o cargo ocupado. O feito foi inicialmente distribuído
ao Juízo de Direito da Vara Criminal de Aracaju (1ª instância da Justiça estadual de Sergipe). O juiz,
contudo, reconheceu sua incompetência sob o fundamento de que, nos termos do art. 96, III, da CF/88,
compete ao Tribunal de Justiça julgar os crimes praticados por Promotores de Justiça. O TJ/CE,
entretanto, disse o seguinte: no julgamento da AP 937 QO/RJ, o STF conferiu nova interpretação
(restritiva) ao art. 102, I, alíneas “b” e “c”, da CF/88, fixando a competência daquela Corte para julgar
os membros do Congresso Nacional exclusivamente quanto aos crimes praticados no exercício e em
razão da função pública exercida. Pelo princípio da simetria, esta interpretação restritiva do foro por
prerrogativa de função deveria ser aplicada também pelo Tribunal de Justiça. Logo, como o crime
praticado pelo Promotor de Justiça não foi cometido em razão da função pública por ele exercida, a
competência seria do juiz de 1ª instância. O STJ afirmou que a competência é, de fato, do Tribunal de
Justiça. A Corte Especial do STJ, no julgamento da QO na APN 878/DF reconheceu sua competência
para julgar Desembargadores acusados da prática de crimes com ou sem relação ao cargo, não
identificando simetria com o precedente do STF. Naquela oportunidade, firmou-se a compreensão de
que se Desembargadores fossem julgados por Juízo de Primeiro Grau vinculado ao Tribunal ao qual
ambos pertencem, criar-se-ia, em alguma medida, um embaraço ao Juiz de carreira responsável pelo
julgamento do feito. Em resumo, o STJ apontou discrímen relativamente aos magistrados para manter
interpretação ampla quanto ao foro por prerrogativa de função, aplicável para crimes com ou sem
relação com o cargo, com fundamento na necessidade de o julgador desempenhar suas atividades
judicantes de forma imparcial. Nesse contexto, considerando que a previsão da prerrogativa de foro da
Magistratura e do Ministério Público encontra-se descrita no mesmo dispositivo constitucional (art.
96, III, da CF/88), seria desarrazoado conferir-lhes tratamento diferenciado. STJ. 3ª S. CC 177.100-CE,
Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, j. 08/09/21 (Info 708).

(DPEMT-2016-UFMT): Quanto à competência constitucional do Tribunal de Justiça, assinale a


afirmativa correta: Compete ao Tribunal de Justiça julgar os juízes estaduais e os membros do Ministério
Público nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. BL: art.
96, III, CF.

(TJCE-2012-CESPE): Assinale a opção correta acerca da organização político-administrativa do Estado


brasileiro, de acordo com o posicionamento do STF: Cabe ao tribunal de justiça, como juiz natural ou
constitucional dos magistrados locais, processá-los e julgá-los, mesmo na hipótese de prática de crime de
competência da justiça federal. BL: art. 96, III, CF e Entendimento do STF.

##Atenção: ##STF: “(...) Matéria criminal. Crime de competência da Justiça Federal praticado por magistrado.
Art. 96, inciso III, da Constituição Federal. Competência do Tribunal de Justiça estadual. Juiz Natural.
Precedentes. 1. O acórdão recorrido está em perfeita consonância com a jurisprudência desta Suprema Corte no
sentido de que ‘mesmo nas hipóteses que configurem crimes de competência da Justiça Federal, cabe ao
Tribunal de Justiça, como juiz natural ou constitucional dos magistrados locais, processá-los e julgá-los pela
prática de tais infrações’.” (HC nº 68.935/RJ, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de
25/10/91). (...) (AI-AgR 809602, DIAS TOFFOLI, grifos acrescidos)

(TJDFT-2011): Da competência pelo lugar da infração. Juiz de Direito Substituto do Distrito Federal, em
férias na cidade de Fortaleza/CE, que se envolvendo em acidente de trânsito abate a tiros seu
antagonista causando-lhe a morte, foi preso em flagrante. Anote a opção correta: Por haver sido preso em
flagrante, o magistrado deve ser processado e julgado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios – TJDFT. BL: art. 96, III, CF.

Art. 97. SOMENTE pelo VOTO DA MAIORIA ABSOLUTA de seus membros ou dos membros do
respectivo órgão especial PODERÃO os tribunais DECLARAR a INCONSTITUCIONALIDADE de lei
ou ato normativo do Poder Público. (MPPE-2008) (TJMG-2009) (TJMT-2009) (PGEAL-2009) (PCPB-2009)
(MPPB-2010) (TRF4-2010) (MPF-2011) (TJBA-2012) (TJAC-2012) (MPMG-2012) (MPRR-2012) (DPEAC-2012)

352
(PGEAC-2012) (PCPA-2012) (PFN-2012) (MPDFT-2011/2013) (MPGO-2013) (TRF1-2013) (Cartórios/TJBA-2013)
(PGDF-2013) (PF-2013) (MPPR-2013/2014) (TJDFT-2014) (TJPR-2014) (TJCE-2014) (MPAC-2014) (DPEGO-
2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TJSP-2008/2014/2015) (TJRR-2015)
(MPAM-2015) (DPEMA-2015) (DPEPA-2015) (PCDF-2015) (TRT23-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJAM-
2016) (Cartórios/TJMG-2016) (TRT2-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPERO-2012/2017) (DPU-2015/2017) (TRF5-
2011/2015/2017) (MPRO-2013/2017) (DPEPR-2017) (PCAP-2017) (PCGO-2017) (TRT/Unificado-2017) (MPT-
2017) (MPBA-2010/2018) (DPEAM-2011/2018) (TRF3-2016/2018) (TRF2-2013/2014/2017/2018) (DPERS-2018)
(Cartórios/TJSP-2018) (PCBA-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (TJAC-2012/2019) (DPESP-2012/2019) (MPSP-
2006/2013/2019) (Cartórios/TJDFT-2014/2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019)
(Anal. Judic./TRF4-2019) (TJMS-2008/2020) (MPCE-2009/2020) (PGEGO-2013/2021) (TJSC-2010/2022) (TJMMG-
2022)

Súmula Vinculante nº 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário
de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.
Art. 949 do CPC/2015: Art. 949. Se a arguição for:
I - rejeitada, prosseguirá o julgamento;
II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, onde houver.
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a
arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo
Tribunal Federal sobre a questão.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMS-2020: ##FCC: O afastamento de norma legal por órgão
fracionário, de modo a revelar o esvaziamento da eficácia do preceito, implica contrariedade à cláusula
de reserva de plenário e ao Enunciado 10 da Súmula Vinculante. Caso concreto: a 4ª Turma do TRF da
1ª Região, ou seja, um órgão fracionário do TRF1, ao julgar apelação, permitiu que uma empresa
comercializasse determinada espécie de cigarro mesmo isso sendo contrário às regras do Decreto
7.212/10. Embora não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do Decreto, a 4ª Turma
afirmou que ele seria contrário ao princípio da livre concorrência, que é previsto no art. 170, IV, da
CF/88. Ao desobrigar a empresa de cumprir as regras do decreto afirmando que ele violaria o princípio
da livre iniciativa, o que a 4ª Turma fez foi julgar o decreto inconstitucional. Ocorre que isso deveria
ter sido feito respeitando-se a cláusula de reserva de plenário, conforme dispõe a SV 10 . STF. 1ª T. RE
635088 AgR-segundo/DF, rel. Min. Marco Aurélio, j. 4/2/20 (Info 965).

##Atenção: ##STF: ##TJAC-2019: ##VUNESP: Segundo o STF, não há falar em contrariedade à Súmula
Vinculante 10, a autorizar o cabimento da reclamação, nos moldes do art. 103-A, §3º, da CF/1988,
quando o ato judicial reclamando se utiliza de raciocínio decisório de controle de constitucionalidade,
deixando de aplicar a lei, quando já existente pronunciamento acerca da matéria por este STF. STF. 1 ª
T. Rcl 16.526, Rel. Min. Rosa Weber, j. 07/03/17.

##Atenção: ##STF: ##MPBA-2010: ##DPEAC-2012: ##MPPR-2013/2014: ##Cartórios/TJDFT-2014:


##Cartórios/TJSE-2014: ##TRF3-2016: ##TRF2-2014/2017: ##DPEAM-2018: ##DPERS-2018:
##TJAC-2019: ##TJRO-2019: ##TJSC-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##VUNESP: Apenas há que se
falar na incidência da cláusula de reserva de plenário para evitar a proclamação de
inconstitucionalidade. É nesse sentido a posição do STF: “(...) É que as regras que, em prestígio da
presunção de constitucionalidade das leis, restringem a atuação dos órgãos fracionários dos Tribunais, a
exemplo do art. 97 da CF/88, dos arts. 480 e seguintes do CPC e dos arts. 176 e 177 do RISTF, apenas incidem
para evitar a proclamação de inconstitucionalidade (...).”STF. Plenário. AgR-segundo no RE 636.359/AP,
Rel. Min. Luiz Fux, j. 03/11/11.
(TJSC-2022-FGV): Servidor público municipal ajuizou mandado de segurança, aludindo à ilegalidade de
conduta omissiva estatal, consubstanciada no não pagamento de determinada gratificação, prevista na
legislação de seu Município. Regularmente cientificadas da demanda, a autoridade impetrada e a pessoa
jurídica de direito público ofertaram, respectivamente, informações e peça impugnativa, nas quais
deduziram um argumento defensivo comum, a saber, a inconstitucionalidade da lei que previu a
gratificação pretendida pelo autor, daí inocorrendo, em sua ótica, qualquer vício de ilegalidade na postura
estatal. Após a vinda da manifestação final do Ministério Público, o juiz da causa concluiu pela
constitucionalidade da lei municipal invocada pelo impetrante e concedeu a segurança, determinando à
Administração Pública municipal que procedesse ao pagamento da gratificação em tela. Inconformada com
a sentença, apenas a autoridade impetrada interpôs recurso de apelação, visando à sua reforma pelo órgão
ad quem. Nesse contexto, é correto afirmar que: o órgão fracionário do tribunal, concluindo pela

353
constitucionalidade da lei municipal, deverá prosseguir no julgamento do processo, sem suscitar o incidente
de arguição de inconstitucionalidade ao plenário ou ao órgão especial. BL: art. 97, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: Quando declarada a CONSTITUCIONALIDADE não haverá a cláusula de reserva de plenário,
pois esta apenas se aplica em caso de declaração de INCONSTITUCIONALIDADE, nos termos do art. 97 da
CF.
(TJRO-2019-VUNESP): Suponha que o Estado de São Paulo tenha, mediante a Lei Estadual Z, aprovado o
reajuste da cobrança do Imposto X, de sua competência. Matteo, por entender que a mencionada lei viola a
CF/1988, ajuíza uma ação ordinária com pedido de devolução de todos os valores pagos a título do Imposto
X perante a Fazenda Pública do Estado de São Paulo em desfavor do Estado, defendendo como causa de
pedir a inconstitucionalidade da lei. Ao analisar o pedido inicial, o Juiz de primeiro grau entendeu que a Lei
Estadual Z respeitou os ditames estabelecidos pela Constituição Estadual e julgou improcedentes os
pedidos iniciais. Inconformado com a questão, Matteo interpõe recurso de apelação perante o Tribunal de
Justiça do Estado, pedindo a revisão do julgado. A partir desse caso hipotético e considerando as regras a
respeito da Cláusula da Reserva de Plenário, assinale a alternativa correta: Caso entenda pela
constitucionalidade da norma, a Câmara/Turma do Tribunal pode dispensar a aplicação da cláusula da
reserva de plenário. BL: art. 97, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##CESPE: ##DPEPR-2017: ##TJMS-2020:


##FCC: Não viola a Súmula Vinculante 10, nem a regra do art. 97 da CF/88, a decisão do órgão
fracionário do Tribunal que deixa de aplicar a norma infraconstitucional por entender não haver
subsunção aos fatos ou, ainda, que a incidência normativa seja resolvida mediante a sua mesma
interpretação, sem potencial ofensa direta à Constituição. Além disso, a reclamação constitucional
fundada em afronta à SV 10 não pode ser usada como sucedâneo (substituto) de recurso ou de ação
própria que analise a constitucionalidade de normas que foram objeto de interpretação idônea e
legítima pelas autoridades jurídicas competentes. STF. 1ª T. Rcl 24284/SP, rel. Min. Edson Fachin, j.
22/11/16 (Info 848).

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 856: ##PGM-POA/RS-2016: ##DPERO-2017: ##MPBA-


2018: ##DPERS-2018: ##TRF2-2018: ##TJAC-2019; ##Cartórios/TJDFT-2019: ##TJMS-2020:
##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: ##VUNESP: É desnecessária a submissão à regra da reserva de
plenário quando a decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do Plenário ou em Súmula deste
Supremo Tribunal Federal. (STF. Plenário. ARE 914045 RG, Min. Rel. Edson Fachin, j. 15/10/15).
Portanto, temos a seguinte premissa básica: se o STF já teve a oportunidade de se manifestar acerca da
inconstitucionalidade de determinada norma, seguindo o Tribunal local este entendimento, não seria
necessária a obediência da regra do full bench. Assim, se mesmo os julgamentos isoladamente
considerados do STF são suficientes a afastar a norma em comento, com muito mais razão esta seria
afastada se o tema já fosse sumulado: a edição de súmula sobre a matéria pressupõe a deliberação
(reiterada, unânime ou ambas) do STF sobre o tema.
(TRF2-2018): Assinale a alternativa correta: A despeito da previsão contida no artigo 97 da CF/88, é
desnecessária a submissão à regra da reserva de plenário por turma de Tribunal Regional Federal, quando a
decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do Plenário ou em Súmula do Supremo Tribunal Federal.
BL: art. 97, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##DOD: ##STF (julgado antes do CPC/15): ##TJRJ-2014: ##TJSP-2014: ##TRF2-2014:


##PGERN-2014: ##Anal. Judic./TJDFT-2015: ##DPERO-2017: ##MPBA-2018: ##DPERS-2018:
##Anal. Judic./TRF4-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: Se já houve pronunciamento anterior,
emanado do Plenário do STF ou do órgão competente do TJ local declarando determinada lei ou ato
normativo inconstitucional, será possível que o Tribunal julgue que esse ato é inconstitucional de
forma monocrática (um só Ministro) ou por um colegiado que não é o Plenário (uma câmara, p. ex.),
sem que isso implique violação à cláusula da reserva de plenário. Ora, se o próprio STF, ou o Plenário
do TJ local, já decidiram que a lei é inconstitucional, não há sentido de, em todos os demais processos
tratando sobre o mesmo tema, continuar se exigindo uma decisão do Plenário ou do órgão especial.
Nesses casos, o próprio Relator monocraticamente, ou a Câmara (ou Turma) tem competência para
aplicar o entendimento já consolidado e declarar a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo. STF.
2ª T. Rcl 17185 AgR/MT, Rel. Min. Celso de Mello, j. 30/9/14 (Info 761).
(Anal. Judic./TJDFT-2015-CESPE): O STF, mitigando norma constitucional, entende que é dispensável a
submissão da demanda judicial à regra da reserva de plenário quando a decisão do tribunal basear-se em
jurisprudência do plenário ou em súmula do STF. BL: art. 949, § único, CPC, Info 761 do STF e art. 97, CF.
(TJRJ-2014-VUNESP): A cláusula de reserva de plenário pode ser afastada pelo órgão fracionário do
tribunal quando houver pronunciamento anterior do STF a respeito da inconstitucionalidade da lei ou do
ato normativo. BL: art. 949, § único, CPC, Info 761 do STF e art. 97, CF.

354
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Decisão que decreta a nulidade de ato administrativo contrário à CF/88: O
STJ afirmou que não há ofensa à cláusula da reserva de plenário quando o órgão fracionário do
Tribunal reconhece, com fundamento na CF/88 e em lei federal, a nulidade de um ato administrativo
fundado em lei estadual, ainda que esse órgão julgador tenha feito menção, mas apenas como reforço
de argumentação, à inconstitucionalidade da lei estadual. No caso concreto, o Tribunal de Justiça, por
meio de uma de suas Câmaras (órgão fracionário) julgou que determinado ato administrativo concreto
que renovou a concessão do serviço público sem licitação seria nulo por violar os arts. 37, XXI, e 175 da
CF e a Lei 8.987/95. Além disso, mencionou, como mais um argumento, que a Lei Estadual que
autorizava esse ato administrativo seria inconstitucional. Não houve violação porque o ato
administrativo que foi declarado nulo não era um ato normativo. Ademais, a menção de que a lei
estadual seria inconstitucional foi apenas um reforço de argumentação, não tendo essa lei sido
efetivamente declarada inconstitucional. STJ. 2ª T. AgRg no REsp 1435347-RJ, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, j. 19/8/14 (Info 546).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEAC-2012: ##DPESP-2019: ##TJMS-2020: ##CESPE: ##FCC: A


simples ausência de aplicação de uma dada norma jurídica ao caso sob exame não caracteriza, apenas
por isso, violação da orientação firmada pelo STF. Para caracterização da contrariedade à SV 10, do
STF, é necessário que a decisão fundamente-se na incompatibilidade entre a norma legal tomada
como base dos argumentos expostos na ação e a Constituição. (STF. Plenário. Rcl 6944, Min. Rel.
Cármen Lúcia, j. 23/6/10). Segundo a Min. Cármen Lúcia, “é possível que dada norma não sirva para
desate do quadro submetido ao crivo jurisdicional pura e simplesmente porque não há subsunção ”. (Rcl
6944), isto é, a lei ou ato normativo não se enquadra no caso concreto. Logo, conclui-se que, para que
haja violação da cláusula de reserva de plenário, é necessário que o órgão fracionário do tribunal
tenha afastado a lei ou ato normativo sob o argumento, expresso ou implícito, de que a norma
infraconstitucional é incompatível com os critérios previstos na CF/88. Se o afastamento da lei ou ato
normativo foi por causa de falta de subsunção, não há ofensa ao art. 97 da CF/88.

##Atenção: ##STF: ##TJMG-2005: ##MPDFT-2011: ##TRF4-2012: ##DPEGO-2014: ##TRF2-2014:


##TRF5-2015/2017: ##TJAC-2019: ##Cartórios/TJDFT-2019: ##TJMS-2020: ##CESPE: ##FCC:
##VUNESP: Conforme o STF, o art. 97 da CF/88, ao subordinar o reconhecimento da
inconstitucionalidade de preceito normativo a decisão nesse sentido da “maioria absoluta de seus membros
ou dos membros dos respectivos órgãos especiais”, está se dirigindo aos tribunais indicados no art. 92 e aos
respectivos órgãos especiais de que trata o art. 93, XI. A referência, portanto, não atinge juizados de
pequenas causas (art. 24, X) e juizados especiais (art. 98, I), os quais, pela configuração atribuída pelo
legislador, não funcionam, na esfera recursal, sob regime de plenário ou de órgão especial. STF. 2ª T.,
ARE 792.562 AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 18/3/14.
(TRF5-2015-CESPE): Desde a Constituição de 1937, adotou-se, no Brasil, a chamada cláusula de reserva de
plenário (full bench), prevista atualmente no art. 97 da CF, que preceitua que “somente pelo voto da maioria
absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público”. A respeito dessa cláusula, assinale a opção
correta: A cláusula de reserva de plenário não atinge juizados de pequenas causas e juizados especiais, pois,
segundo a configuração que lhes foi atribuída pelo legislador, esses juizados não funcionam, na esfera
recursal, sob o regime de plenário ou de órgão especial. BL: art. 97 da CF e STF, RE AgR n. 453.744.
(TRF4-2012): Assinale a alternativa correta: Conquanto a estrita observância do postulado da reserva de
plenário atue como pressuposto de validade e eficácia jurídica da declaração jurisdicional de
inconstitucionalidade, a exigência constitucional não se impõe nas hipóteses em que a decisão é proferida
por Turma Recursal de Juizados Especiais Federais. BL: art. 97 da CF e STF, RE AgR n. 453.744.

##Atenção: ##STF: ##MPSP-2019: O STF entende que não há violação ao princípio da reserva de
plenário quando o acórdão recorrido apenas interpreta norma infraconstitucional, sem declará-la
inconstitucional ou afastar sua aplicação com apoio em fundamentos extraídos da Lei Maior. STF. 2ª
T., ARE 784179 AgR, Min. Rel. Ricardo Lewandowski, j. 04/02/14.79
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A jurisprudência do Egrégio Supremo Tribunal Federal é firme
no sentido de que não há violação ao princípio da reserva de plenário quando o acórdão recorrido apenas
interpreta norma local, sem declará-la inconstitucional. BL: art. 97, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##PGEGO-2013: ##MPPR-2014: ##DPU-2015: ##DPERS-2018: ##MPGO-


2013/2019: ##Cartórios/TJDFT-2014/2019: ##MPSP-2019: ##CESPE: ##FCC: Vejamos os seguintes
trechos de julgados do STF: ARE 705.316 AgR/DF: As normas editadas quando da vigência das
79
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A jurisprudência do Egrégio Supremo Tribunal Federal é firme no
sentido de que não há violação ao princípio da reserva de plenário quando o acórdão recorrido apenas interpreta
norma local, sem declará-la inconstitucional. BL: art. 97, CF e Entend. Jurisprud.
355
Constituições anteriores se submetem somente ao juízo de recepção ou não pela atual ordem
constitucional, o que pode ser realizado por órgão fracionário dos Tribunais sem que se tenha por
violado o art. 97 da CF. (...) Ag Rg. Rcl 15.786: (...) A norma cuja incidência teria sido afastada possui natureza
pré-constitucional, a exigir, como se sabe, um eventual juízo negativo de recepção (por incompatibilidade
com as normas constitucionais supervenientes), e não um juízo declaratório de inconstitucionalidade, para o
qual se imporia, certamente, a observância da cláusula de reserva de plenário. (...); AgIN 851.849 AgRg: (...) "A
cláusula de reserva de plenário (full bench) é aplicável somente aos textos normativos erigidos sob a égide
da atual Constituição".(...)
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A controvérsia em torno da incidência, ou não, do postulado da
recepção, por não envolver qualquer juízo de inconstitucionalidade, mas, sim, quando for o caso, o de
simples revogação de diploma pré-constitucional, dispensa a aplicação do princípio da reserva de plenário,
legitimando a possibilidade de reconhecimento, por órgão fracionário do Tribunal, de que determinado ato
estatal não foi recebido pela nova ordem constitucional, além de inviabilizar, porque incabível, a
instauração do processo de fiscalização normativa abstrata. BL: art. 97, CF e Entend. Jurisprud.
(MPGO-2019): Com relação ao controle de constitucionalidade no plano estadual, assinale a alternativa
correta: Se o acórdão, no controle de constitucionalidade difuso-incidental nos Estados, reconhece que a
norma não foi recepcionada em face da Constituição em vigor, não é necessário observar a cláusula de
reserva de plenário. BL: art. 97, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJSE-2014: ##TRF2-2017: ##TRF5-2017: ##DPEAM-2018:


##DPESP-2019: ##CESPE: ##FCC: A norma inscrita no art. 97 da CF, porque exclusivamente
dirigida aos órgãos colegiados do Poder Judiciário, não se aplica aos magistrados singulares quando
no exercício da jurisdição constitucional (RT 554/253). STF. 1ª T., HC 69921, Rel. Min. Celso de Mello, j.
09/02/93.
(TRF5-2017-CESPE): À luz do entendimento do STF, julgue o seguinte item, acerca do controle incidental de
constitucionalidade: A regra da reserva de plenário não se aplica a julgamento de competência singular,
podendo o juiz, mesmo de ofício, deixar de aplicar preceitos normativos que considere contrários ao texto
constitucional. BL: art. 97, CF.

##Atenção: ##Dicas: A cláusula de reserva de plenário NÃO é necessária nos casos:


- Reconhecimento de constitucionalidade, inclusive interpretação conforme a Constituição;80
- Pronunciamento do próprio Tribunal ou do STF sobre o tema;
- Decisões de juízes singulares, das turmas recursais e dos juizados especiais;
- Não recepção de normas anteriores à Constituição (porque ocorre a não recepção da norma, e
não a inconstitucionalidade);
- Medidas cautelares, pois não é decisão definitiva, sendo inapta a expurgar normas do
ordenamento, não havendo declaração de inconstitucionalidade em decisão liminar: “2. Decisão
proferida em sede cautelar: desnecessidade de aplicação da cláusula de reserva do plenário estabelecida no
art. 97 da Constituição da República” (STF. Plenário. Rcl 10.864/AP, rel. Min. Carmen Lúcia, j.
24/03/11).81
- Para atos de efeitos concretos (Info 844, STF). 82

(TJMS-2020-FCC): A cláusula de reserva de plenário (regra do full bench), nos termos da Constituição
Federal e da jurisprudência do STF, tem aplicabilidade à decisão que declara a inconstitucionalidade de
lei, ainda que parcial, inexistindo violação à referida cláusula na decisão de órgão fracionário quando
houver declaração anterior proferida pela maioria absoluta do órgão especial ou Plenário do Tribunal
respectivo. BL: SV 10, STF e RE 544.246/SE do STF c/c art. 97, CF/88.

##Atenção: ##STF: ##DPESP-2019: ##TJMS-2020: ##FCC: O STF entende que mesmo a declaração
parcial de inconstitucionalidade, pressupõe a obediência à norma do art. 97 da CF (STF. 1ª T. RE
544.246/SE, rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 13.02.07). Por outro lado, não há violação da regra se houve
manifestação do órgão especial ou do plenário do tribunal respectivo; é justamente essa a aplicação literal
do art. 97 da CF/88.

(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A declaração de inconstitucionalidade de qualquer ato


estatal, considerando a presunção de constitucionalidade das leis, só pode ser declarada pelo voto da
maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão
especial, sob pena de nulidade da decisão judicial que venha a ser proferida. BL: art. 97, CF.
80
##Atenção: Tema cobrado nas provas: i) PGM-São Paulo/SP-2014 (VUNESP); ii) MPAM-2015 (FMP); iii) PGM-
Salvador/BA-2015 (CESPE); iv) MPBA-2018; v) TRF3-2018.
81
##Atenção: Tema cobrado na prova da DPERS-2018 (FCC).
82
##Atenção: Tema cobrado nas provas: i) DPERS-2018 (FCC); ii) Cartórios/TJDFT-2019 (CESPE).
356
##Atenção: Um de seus fundamentos teóricos é a presunção de constitucionalidade de atos normativos e
a estabilidade das relações jurídicas – requerendo, portanto, um colegiado (com maior legitimidade
democrática, a despeito do déficit de legitimação inerente ao Judiciário) para se deliberar sobre o tema.

(DPESP-2019-FCC): A Defensoria Pública de São Paulo ingressou com ação civil pública alegando, em
síntese, que a Resolução 18/15, da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo − que
exige, em todos os concursos públicos na esfera estadual, que as candidatas mulheres apresentem
exames médicos de mamografia (mulheres acima de 40 anos) e colpocitologia oncótica (Papanicolau) na
avaliação de aptidão das candidatas para posse em cargos públicos − violaria a dignidade humana, a
intimidade, a privacidade e integridade física e psicológica das mulheres, além de ferir os princípios da
igualdade de gênero e da isonomia, uma vez que não há exigência de previsão equivalente aos
candidatos homens. Após decisão parcialmente favorável na primeira instância, houve recurso e a
Câmara do Tribunal de Justiça determinou a remessa dos autos ao Órgão Especial. A respeito do caso é
correto afirmar: Se o órgão fracionário declara expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público ou mesmo afasta sua incidência, no todo ou em parte, viola a Súmula
Vinculante nº 10 do STF, bem como o art. 97 da CF/88. BL: SV 10 e art. 97, CF.

(ABIN-2018-CESPE): No que se refere ao controle de constitucionalidade, julgue o item subsequente. A


decisão de órgão fracionário de tribunal de justiça que deixa de aplicar lei por motivo de
inconstitucionalidade não precisa observar a regra da reserva de plenário, caso se baseie em
jurisprudência consolidada do plenário do STF. BL: art. 949, § único, NCPC e art. 97, CF.

##Atenção: Exceções à cláusula de reserva de plenário: Existem duas mitigações à cláusula de reserva
de plenário, ou seja, duas hipóteses em que o órgão fracionário poderá decretar a inconstitucionalidade
sem necessidade de remessa dos autos ao Plenário (ou órgão especial): i) quando o Plenário (ou órgão
especial) do Tribunal que estiver decidindo já tiver se manifestado pela inconstitucionalidade da
norma; ii) quando o Plenário do STF já tiver decidido que a norma em análise é inconstitucional. Tais
exceções estão também consagradas no § único do art. 949 do CPC/15.

(DPEPR-2017-FCC): Sobre a aplicação da cláusula de reserva de plenário, é correto afirmar: Há


precedente do STF afirmando que, mesmo sendo órgãos fracionários, as Turmas do STF não se
submetem à cláusula de reserva de plenário. BL: STF, RE 361.829-ED e art. 97, CF.

##Atenção: ##STF: ##MPBA-2010: ##MPF-2011: ##MPGO-2013: ##Cartórios/TJBA-2013:


##DPEGO-2014: ##TRF2-2014: ##DPEPR-2017: ##TJAC-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: O
STF, em sede de julgamento de Recurso Extraordinário, deve observar a cláusula de reserva de plenário?
Pelo teor da CF/88, deveria. Entretanto, no julgamento do RE n. 361829/ED, o STF adotou o
entendimento de que a própria Turma poderia declarar a inconstitucionalidade, pois seria da própria
natureza do STF declarar a inconstitucionalidade. O envio da questão ao Plenário, no entendimento do
STF, é uma faculdade. Vejamos: O encaminhamento de recurso extraordinário ao Plenário do STF é
procedimento que depende da apreciação, pela Turma, da existência das hipóteses regimentais previstas
e não, simplesmente, de requerimento da parte. O STF exerce, por excelência, o controle difuso de
constitucionalidade quando do julgamento do recurso extraordinário, tendo os seus colegiados
fracionários competência regimental para fazê-lo sem ofensa ao art. 97 da CF. STF. 2ª T. RE 361829 ED,
Rel. Min. Ellen Gracie, j. 02/03/10.
(MPF-2011): O princípio da reserva de plenário não se aplica ao próprio STF, no julgamento de recursos
extraordinários. BL: STF, RE 361.829-ED e art. 97 da CF.

(DPESC-2017-FCC): A cláusula de reserva de plenário estabelece que somente pelo voto da maioria
absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. BL: art. 97, CF/88.

(TJPA-2014-VUNESP): O princípio constitucional da reserva de plenário exige sua observância no


controle difuso e concentrado da constitucionalidade. BL: art. 97 da CF.

##Atenção: ##Cartórios/TJBA-2013: ##PGEGO-2013: ##DPEGO-2014: ##TRF2-2014:


##Cartórios/TJSE-2014: ##PGM-São Paulo/SP-2014: ##TJSP-2015: ##DPEMA-2015: ##PGM-
Salvador/BA-2015: ##DPERS-2018: ##DPESP-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: Marcelo
Novelino leciona que: "(...) A exigência, conhecida como cláusula de reserva de plenário, deve ser observada
357
não apenas no controle difuso, mas também no concentrado, sendo que neste a Lei n. 9.868/99 exigiu o
quórum de maioria absoluta também para a hipótese de declaração de constitucionalidade.”

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados CRIARÃO:

I - JUIZADOS ESPECIAIS, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a
conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de
menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses
previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; (DPECE-
2008) (MPES-2010) (TJSC-2013) (DPESP-2015) (MPPR-2016)

(MPBA-2018): Assinale a alternativa correta: A conciliação e a transação instituídos pela Constituição


Federal vigente caracterizam hipóteses de desjudiciarização de infrações penais de menor potencial
lesivo. BL: art. 98, I, CF.

##Atenção: e acordo com o art. 98, I, da CF/88, a criação da conciliação e transação tem o objetivo de
tenta-se evitar que a questão vire um processo. Tanto a conciliação, quanto a transação, além da
composição de danos, são extraprocessuais.

II - JUSTIÇA DE PAZ, remunerada, COMPOSTA de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, CELEBRAR casamentos,
VERIFICAR, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e EXERCER
atribuições conciliatórias, SEM caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. (TJAL-2008)
(TJPR-2011) (TJES-2011) (MPDFT-2011) (DPECE-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCSC-2014)
(MPPR-2016) (MPPB-2018) (DPEAM-2021)

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##CESPE: (...) 4. Os juízes de paz, na qualidade de


agentes públicos, ocupam cargo cuja remuneração deve ocorrer com base em valor fixo e
predeterminado, e não por participação no que é recolhido aos cofres público. Além disso, os juízes de
paz integram o Poder Judiciário e a eles se impõe a vedação prevista no art. 95, parágrafo único, II, da
Constituição, a qual proíbe a percepção, a qualquer título ou pretexto, de custas ou participação em
processo pelos membros do Judiciário. STJ. Plenário. ADI 954, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 24/02/11.
(Cartórios/TJDFT-2014-CESPE): Com referência ao Poder Judiciário, assinale a opção correta de acordo com
o disposto na CF e o entendimento do STF: Os juízes de paz integram o Poder Judiciário e, por esse motivo,
a eles é vedado receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo. BL: Entend.
Jurisprud.
##Atenção: De acordo com o julgamento da ADI 954, o STF entendeu que a vedação do inciso II, do
parágrafo único, do art. 95, da CF/88, também alcança os juízes de paz, isto é, aos juízes é vedado receber, a
qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo.

##Atenção: ##STF: ##TJAL-2008: ##DPECE-2014: ##CESPE: ##FCC: (...) Lei estadual que disciplina
os procedimentos necessários à realização das eleições para implementação da justiça de paz [art. 98,
II, da CB/88] não invade, em ofensa ao princípio federativo, a competência da União para legislar
sobre direito eleitoral [art. 22, I, da CB/88]. (...) ADI 2938, Relator Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, j.
9/06/05.

(DPEAM-2021-FCC): De acordo com o texto da Constituição Federal, a Justiça de Paz celebrará


casamentos e exercerá atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na
legislação. BL: art. 98, II, CF.

§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.
(Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º As CUSTAS e EMOLUMENTOS SERÃO DESTINADOS EXCLUSIVAMENTE ao custeio dos


serviços afetos às atividades específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(TRF4-2009) (PGEAL-2009) (PCPI-2009) (Cartórios/TJPE-2013) (PGEPA-2015) (TJDFT-2015) (DPEAP-2018)
(PGETO-2018) (TJPA-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (PGECE-2021) (PGEMS-2021)

358
(TJDFT-2015-CESPE): A União alterou o Regimento de Custas da Justiça do DF, estabelecendo que 5%
da arrecadação decorrente do pagamento de custas da justiça deveriam ser repassados à uma associação
representativa de um segmento de serventuários da justiça. Nessa situação hipotética, a alteração do
regimento deve ser considerada inválida porque o produto da arrecadação em questão não pode ser
revertido em benefício de pessoas jurídicas de direito privado, a exemplo da Associação de Magistrados
X. BL: art. 98, §2º da CF e Entendimento do STF (ADI 2982).

##Atenção: ##TRF4-2009: De fato, é vedada a destinação do produto das taxas judiciárias a entidades
privadas ou de representação de classes (STF, ADI 2982). No mais, a CF exige que o produto de custas e
emolumentos (taxas judiciárias) sejam destinados ao custeio dos serviços públicos ligados à prestação
jurisdicional, nos termos do §2º do art. 98.

##Atenção: ##TRF4-2009: ##PGEAL-2009: ##Cartórios/TJPE-2013: ##DPEAP-2018: ##PGETO-2018:


##TJPA-2019: ##Cartórios/TJAL-2019: ##PGECE-2021: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: As custas, a taxa
judiciária e os emolumentos constituem espécie tributária, são TAXAS, segundo a jurisprudência
iterativa do STF. Precedentes do STF. A Constituição, art. 167, IV, não se refere a tributos, mas a
impostos. Sua inaplicabilidade às taxas. Impossibilidade da destinação do produto da arrecadação, ou
de parte deste, a instituições privadas, entidades de classe e Caixa de Assistência dos Advogados.
Permiti-lo, importaria ofensa ao princípio da igualdade. Precedentes do STF. STF. Plenário. ADI 1.145.
Rel. Min. Carlos Velloso, j. 03/10/02. (...) O STF já firmou o entendimento, sob a vigência da emenda
constitucional n. 1/69, de que as custas e os emolumentos tem a natureza de taxas, razão por que só
podem ser fixadas em lei, dado o princípio constitucional da reserva legal para a instituição ou
aumento de tributo. (STF. Plenário. RE 116.208/MG, Min. Rel. Moreira Alves, j. 20/04/90. (...) Não
sendo as custas e os emolumentos judiciais ou extrajudiciais preços públicos, mas, sim, taxas, não
podem eles ter seus valores fixados por decreto, sujeitos que estão ao princípio constitucional da
legalidade (par. 29 do artigo 153 da emenda constitucional n. 1/69), garantia essa que não pode ser
ladeada mediante delegação legislativa. STF. Plenário. Rp 1094/SP, Min. Rel. Soares Munoz, Rel. p./ac.
Min. Moreira Alves. j. 08/08/84.

##Atenção: ##TRF4-2009: ##PGEPA-2011: Primeiramente, temos que conhecer a natureza jurídica das
custas que, segundo o STF (STF ADI MC 1378/ES), têm natureza de taxa remuneratória de serviço
público, ou seja, a sua cobrança está vinculada à prestação daquele destino, sendo inconstitucional
vinculação de sua arrecadação para outro fim (como o apresentado na questão acima – tributo de
arrecadação vinculada), cuja competência para sua alteração caberá a União. A propósito, vale lembrar
que a justiça do DF quem legisla é a União, nos termos art. 22, XVII da CF.

Art. 99. Ao PODER JUDICIÁRIO É ASSEGURADA autonomia administrativa e financeira. (TJMS-


2008) (MPSE-2010) (TJAC-2012) (MPT-2012) (TJAM-2013) (TRF1-2009/2015) (Cartórios/TJMG-2015) (TJSC-
2010/2017) (TJMG-2018) (PGEMS-2021)

§ 1º Os tribunais ELABORARÃO SUAS PROPOSTAS ORÇAMENTÁRIAS dentro dos limites


estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. (TRF2-2009) (TRF4-
2009) (TRF5-2009) (MPSE-2010) (TJAC-2012) (MPT-2012) (TJAM-2013) (TJDFT-2014) (TRF1-2009/2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (DPEMT-2016) (TJSC-2017) (TJMG-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (PGEMS-
2021) (TCERJ-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que trate sobre
isenção de custas judiciais: Isso porque, os órgãos superiores do Poder Judiciário possuem reserva de
iniciativa (competência privativa) para apresentar os projetos de lei que tenham por objetivo tratar
sobre redução das custas judiciais (arts. 98, § 2º, e 99, caput e § 1º da CF). STF. Plenário. ADI 3629, Rel.
Min. Gilmar Mendes, j. 03/03/20.

(TJMG-2018-Consulplan): No tocante à auto-organização da magistratura, a Constituição da República


não veda o legislador estadual de legislar sobre as garantias institucionais do Poder Judiciário,
consubstanciadas na autonomia orgânico-administrativa e financeira preconizadas pela “Lex Mater”. BL:
art. 99, §1º, CF.

##Atenção: As garantias institucionais são a autonomia administrativa e financeira, previstas no artigo


99 da CF e que podem realmente tratadas pelo legislador estadual, pois a ele o Tribunal de Justiça
encaminha sua proposta orçamentária. As garantias institucionais não se confundem com as garantias
FUNCIONAIS (vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios), as quais não cabe ao

359
legislador estadual tratar.

(TRF1-2015-CESPE): No exercício da autonomia administrativa e financeira de que dispõe o Poder


Judiciário, os tribunais têm competência para elaborar suas propostas orçamentárias dentro dos limites
estipulados conjuntamente com os demais poderes na lei de diretrizes orçamentárias. BL: art. 99, §1º, CF.

§ 2º O ENCAMINHAMENTO DA PROPOSTA, OUVIDOS os outros tribunais interessados,


COMPETE: (TRF4-2009) (TRF5-2009) (DPESP-2010) (DPEAC-2012) (DPESE-2012) (MPT-2012) (TJDFT-
2014) (DPU-2010/2017) (DPEAL-2017) (DPEPR-2017) (DPEMA-2015/2018) (DPEPE-2018) (PGEAP-
2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEGO-2021) (DPERS-2022)

I - NO ÂMBITO DA UNIÃO, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais


Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; (TRF4-2009) (TRF5-2009) (DPESP-2010)
(DPEAC-2012) (DPESE-2012) (MPT-2012) (TJDFT-2014) (DPU-2010/2017) (DPEAL-2017) (DPEPR-
2017) (DPEMA-2015/2018) (DPEPE-2018) (PGEAP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEGO-2021)
(DPERS-2022)

II - NO ÂMBITO DOS ESTADOS e no DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS, aos


Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. (TRF4-2009) (DPESP-
2010) (DPEAC-2012) (DPESE-2012) (MPT-2012) (TJDFT-2014) (DPU-2010/2017) (DPEAL-2017)
(DPEPR-2017) (DPEMA-2015/2018) (DPEPE-2018) (PGEAP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(DPEGO-2021) (DPERS-2022)

§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º NÃO ENCAMINHAREM as RESPECTIVAS PROPOSTAS


ORÇAMENTÁRIAS dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo
CONSIDERARÁ, PARA FINS DE CONSOLIDAÇÃO da proposta orçamentária anual, os valores
aprovados na lei orçamentária vigente, AJUSTADOS de acordo com os limites estipulados na forma do §
1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRF4-2009) (TRF5-2009) (TJAC-2012)
(PGEPI-2014) (DPEMA-2015)

§ 4º Se as PROPOSTAS ORÇAMENTÁRIAS de que trata este artigo FOREM ENCAMINHADAS


em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo PROCEDERÁ aos ajustes
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004) (TJAM-2013) (TJSC-2017) (DPEPE-2018) (TCERJ-2021)

(TCERJ-2021-CESPE): Com relação a aspectos constitucionais, legais, doutrinários e jurisprudenciais do


direito financeiro, julgue o item subsequente: Caso o Poder Executivo estadual discorde de proposta
orçamentária encaminhada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que obedece aos limites
estipulados na lei de diretrizes orçamentárias, o governador não poderá alterar essa proposta ao
encaminhar o projeto de lei orçamentária anual à Assembleia Legislativa.. BL: art. 99, §§1º e 4º, CF.

##Atenção: ##Dica.
-Tribunal encaminhou proposta de acordo com a LDO → Executivo não pode fazer ajustes
(caso da questão);

-Tribunal encaminhou proposta em desacordo com a LDO → Executivo faz ajustes dentro dos
limites da LDO;

-Tribunal não encaminhou proposta no prazo → Executivo considera os valores aprovados na


LOA vigente (ajustados de acordo com limites da LDO).

§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a


assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,

360
EXCETO SE previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPMG-2010) (DPEGO-2021)

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e
Municipais, em virtude de sentença judiciária, FAR-SE-ÃO EXCLUSIVAMENTE na ordem cronológica
de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, PROIBIDA a designação de casos ou
de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais ABERTOS para este fim. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009) (PGESP-2009) (MPMG-
2010) (PGEAM-2010) (MPTO-2012) (PFN-2012) (DPEAM-2011/2013) (MPF-2012/2013) (Cartórios/TJRS-2013)
(PCPA-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (TRF1-2009/2015) (TJDFT-2014/2015) (TJPB-2015) (PGEPA-2015) (PGERS-
2015) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRF5-2011/2013/2017) (TRF2-2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017)
(PCMS-2017) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (PGEPE-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPGO-2019)
(DPEMG-2019) (MPCPA-2019) (MPT-2020) (MPDFT-2011/2013/2021) (MPPR-2019/2021) (TJPR-2021)
(TCEAM-2021) (TCDF-2021) (TJMG-2022) (PGERO-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) está


submetida ao regime constitucional dos precatórios: O Metrô-DF é sociedade de economia mista
prestadora de serviço público essencial, atividade desenvolvida em regime de exclusividade (não
concorrencial) e sem intuito lucrativo. Por essa razão, os seus débitos devem se submeter ao regime de
precatórios (art. 100 da CF/88). STF. Plenário. ADPF 524 MC-Ref, Rel. Min. Edson Fachin, Rel. p/ Ac.
Min. Alexandre de Moraes, j. 13/10/20 (Info 984)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPGO-2019: ##MPDFT-2021: É inconstitucional determinação judicial


que decreta a constrição de bens de sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos em
regime não concorrencial, para fins de pagamento de débitos trabalhistas. Sociedade de economia
mista prestadora de serviço público não concorrencial está sujeita ao regime de precatórios (art. 100,
CF/88) e, por isso, impossibilitada de sofrer constrição judicial de seus bens, rendas e serviços, em
respeito ao princípio da legalidade orçamentária (art. 167, VI, CF/88) e da separação funcional dos
poderes (art. 2º c/c art. 60, § 4º, III). STF. Plenário. ADPF 275/PB, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j.
17/10/18 (Info 920).

##Atenção: ##STF: ##DOD: Não se submetem ao regime de precatório as empresas públicas dotadas
de personalidade jurídica de direito privado com patrimônio próprio e autonomia administrativa que
exerçam atividade econômica sem monopólio e com finalidade de lucro. STF. 1ª T. RE 892727/DF, rel.
orig. Min. Alexandre de Morais, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, j. 7/8/18 (Info 910).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGESE-2017: ##DPEMG-2019: ##TCDF-2021: ##CESPE: Obrigação


de fazer não está sujeita a precatório: A execução provisória de obrigação de fazer em face da Fazenda
Pública não atrai o regime constitucional dos precatórios. Assim, em caso de “obrigação de fazer”, é
possível a execução provisória contra a Fazenda Pública, não havendo incompatibilidade com a
Constituição Federal. Ex: sentença determinando que a Administração institua pensão por morte para
dependente de ex-servidor. A jurisprudência do STF firmou-se no sentido da inaplicabilidade ao
Poder Público do regime jurídico da execução provisória de prestação de pagar quantia certa , após o
advento da EC 30/00. A sistemática constitucional dos precatórios não se aplica às obrigações de fato
positivo ou negativo, dado a excepcionalidade do regime de pagamento de débitos pela Fazenda
Pública, cuja interpretação deve ser restrita. Por consequência, a situação rege-se pela regra geral de
que toda decisão não autossuficiente pode ser cumprida de maneira imediata, na pendência de
recursos não recebidos com efeito suspensivo. Não se encontra parâmetro constitucional ou legal que
obste a pretensão de execução provisória de sentença condenatória de obrigação de fazer relativa à
implantação de pensão de militar, antes do trânsito em julgado dos embargos do devedor opostos pela
Fazenda Pública. Há compatibilidade material entre o regime de cumprimento integral de decisão
provisória e a sistemática dos precatórios, haja vista que este apenas se refere às obrigações de pagar
quantia certa. (...) STF. Plenário.RE 573872/RS, Rel. Min. Edson Fachin, j. 24/5/17 (repercussão geral)
(Info 866).
(TCDF-2021-CESPE): Julgue o item a seguir, referente aos meios de impugnação das decisões judiciais e ao
processo de execução: De acordo com o entendimento do STF, é possível a execução provisória de obrigação
de fazer em face da fazenda pública, porque a essa modalidade executória não se aplica o regime
constitucional de precatórios. BL: Info 866, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF2-2017: ##TRF5-2017: ##PCMS-2017: ##MPGO-2019: ##MPPR-

361
2019: ##MPCPA-2019: ##MPDFT-2021: ##TJPR-2021: ##TCDF-2021: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FGV: É
possível aplicar o regime de precatórios às empresas públicas e sociedades de economia mista? As
empresas públicas e sociedades de economia mista não têm direito à prerrogativa de execução via
precatório. STF. 1ª T. RE 851711 AgR/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12/12/17 (Info 888). (...)
Em regra, as empresas estatais estão submetidas ao regime das pessoas jurídicas de direito privado
(execução comum). No entanto, é possível sim aplicar o regime de precatórios para empresas públicas
e sociedades de economia mista que prestem serviços públicos e que não concorram com a iniciativa
privada. Assim, é aplicável o regime dos precatórios às empresas públicas e sociedades de economia
mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial. STF. 1ª T. RE
627242 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, j. 02/05/17. STF. Plenário.
ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 23/3/17 (Info 858).
(TJPR-2021-FGV): A empresa pública estadual Alfa, que exerce exclusivamente atividade econômica sem
monopólio e com finalidade de lucro, foi condenada em processo judicial à obrigação de pagar a quantia de
duzentos mil reais a João. Iniciada a fase de cumprimento de sentença, os advogados da empresa pública
Alfa pleitearam ao juízo a aplicação do regime de precatório, na forma do Art. 100, da CF/1988, o que foi
deferido. Inconformado, João recorreu da decisão. Consoante entendimento do STF sobre a matéria, a
decisão judicial recorrida: merece ser reformada, pois a empresa pública Alfa não se submete ao sistema de
precatório, pois se lhe aplica o regime jurídico de execução direta das empresas privadas, por ser
exploradora de atividade econômica em caráter concorrencial. BL: art. 100, CF e Infos 858 e 888, STF.
(TRF5-2017-CESPE): Pagamentos devidos pela fazenda pública federal, estadual, distrital e municipal em
virtude de sentença judiciária deverão ser feitos exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios. Conforme o entendimento do STF, é aplicável o regime de precatório apenas à União, aos
estados, ao Distrito Federal, aos municípios, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas e às
sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado. BL: art. 100, CF e Infos 858
e 888, STF.
(TRF2-2017): Pagamentos devidos pela fazenda pública federal, estadual, distrital e municipal em virtude
de sentença judiciária deverão ser feitos exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios. Conforme o entendimento do STF, é aplicável o regime de precatório apenas à União, aos
estados, ao Distrito Federal, aos municípios, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas e às
sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado. BL: art. 100, CF e Infos 858
e 888, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF5-2017: ##PGEPE-2018: ##MPPR-2021: ##CESPE: Conselhos


profissionais não estão sujeitos ao regime de precatórios: Os pagamentos devidos, em razão de
pronunciamento judicial, pelos Conselhos de Fiscalização (exs: CREA, CRM, COREN, CRO) não se
submetem ao regime de precatórios. STF. Plenário. RE 938837/SP, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o
ac. Min. Marco Aurélio, j. 19/4/17 (repercussão geral) (Info 861).

##Atenção: ##Repec. Geral/STF – Tese 831: ##TRF4-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##PGEPE-2018:


##CESPE: ##Fundatec: O pagamento dos valores devidos pela Fazenda Pública entre a data da
impetração do mandado de segurança e a efetiva implementação da ordem concessiva deve observar o
regime de precatórios previsto no art. 100 da Constituição Federal. ##Tema 831: Obrigatoriedade de
pagamento, mediante o regime de precatórios, dos valores devidos pela Fazenda Pública entre a data
da impetração do mandado de segurança e a efetiva implementação da ordem concessiva. STF.
Plenário. RE 889173 RG, Rel. Min. Luiz Fux, j. 07/08/15.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPDFT-2013: ##MPF-2013: ##PGEPA-2015: ##TRF5-2013/2017:


##TRF2-2017: ##MPGO-2019: ##MPPR-2019: ##TJPR-2021: ##TCDF-2021: ##CESPE: ##FGV: Não
atuar em regime de concorrência e não objetivar lucro: Segundo o STF, para que a sociedade de
economia mista goze dos privilégios da Fazenda Pública, é necessário que ela não atue em
regime de concorrência com outras empresas e que não tenha objetivo de lucro. Confira: (...) Os
privilégios da Fazenda Pública são inextensíveis às sociedades de economia mista que executam
atividades em regime de concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus
acionistas. Portanto, a empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte não pode se
beneficiar do sistema de pagamento por precatório de dívidas decorrentes de decisões judiciais (art.
100 da Constituição). (...) (STF. Plenário. RE 599628, Rel. Min. Ayres Britto, Relator p/ Acórdão Min.
Joaquim Barbosa, j. 25/5/11). Assim, se a sociedade de economia mista atuar em mercado sujeito à
concorrência ou permitir a acumulação ou a distribuição de lucros, neste caso ela se submeterá ao regime
de execução comum aplicável às demais empresas do setor privado.
(MPGO-2019): Acerca da Administração Indireta do Estado, assinale a alternativa correta: Segundo
entendimento do STF, as empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos
essenciais e próprios do Estado, em condições não concorrenciais, sujeitam-se ao regime de precatórios. BL:
art. 100, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF5-2013-CESPE): Considerando a Lei do Processo Administrativo Fiscal — Decreto 70.235/72 —, a

362
doutrina de referência e a jurisprudência do STF sobre a matéria, assinale a opção correta: As sociedades de
economia mista que exerçam atividade econômica em regime de concorrência ou que tenham como objetivo
distribuir lucros aos seus acionistas não podem beneficiar-se do sistema de pagamento por precatório de
dívidas decorrentes de decisões judiciais. BL: art. 100, CF e Entend. Jurisprud.
(MPF-2013): Com relação às empresas públicas, sociedades de economia mista e entidades estatais, a
jurisprudência do Eg. Supremo Tribunal Federal é no seguinte sentido: Os privilégios da Fazenda Pública
são inextensíveis às sociedades de economia mista que executam atividades econômicas em regime de
concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas. BL: art. 100, CF e Entend.
Jurisprud.

(MPRS-2014): O sistema de precatórios requisitórios é a fórmula adotada, nos termos da Constituição


Federal, para que a Fazenda Pública pague a seus credores quantia certa à qual foi condenada por
decisão transitada em julgado, assegurado o recebimento pelo orçamento público. BL: art. 100, CF.

##Atenção: Segundo Alexandre Herculano Verçosa, “a adoção doutrinária da expressão “precatório-


requisitório”, embora contraditória, parece querer minimizar os efeitos que a sinonímia constitucional adotada para
este instrumento poderia, eventualmente, deixar transparecer, no sentido de favor, de solicitação.” (Fonte:
http://jus.com.br/artigos/21606/precatorio-requisitorio-e-requisicao-de-pequeno-valor-
rpv#ixzz3IHoOXX00)

§ 1º Os DÉBITOS DE NATUREZA ALIMENTÍCIA COMPREENDEM aqueles decorrentes de


salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou por invalidez, FUNDADAS em responsabilidade civil, em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, e SERÃO PAGOS COM PREFERÊNCIA sobre todos os demais
débitos, EXCETO sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
62, de 2009). (MPMG-2010) (PGEAM-2010) (TRF5-2009/2011) (MPDFT-2011) (MPF-2012) (PGEMG-2012) (AGU-
2012) (TJSC-2010/2013) (DPEAM-2013) (PCPA-2013) (TRF1-2009/2015) (MPAM-2015) (TRT8-2015) (TRF4-
2016) (TRF2-2017) (PGEAC-2017) (TCERO-2019) (MPPR-2021) (TCEAM-2021) (PGERO-2011/2022) (TJMG-2022)

(TJMG-2022-FGV): Sobre o regime jurídico dos precatórios, analise a afirmativa a seguir: Os débitos de
natureza alimentícia serão pagos com preferência sobre os demais débitos. BL: art. 100, §1º, CF.

(TCERO-2019-CESPE): No que se refere a precatórios, assinale a opção correta: Indenizações por


invalidez fundadas em responsabilidade civil, decorrentes de decisão judicial, são consideradas créditos
de natureza alimentar, que serão pagos com prioridade frente à lista de precatórios gerais. BL: art. 100,
§1º, CF.

§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária,


tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência,
assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor
equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, ADMITIDO o
FRACIONAMENTO para essa finalidade, sendo que o restante SERÁ PAGO na ordem cronológica de
apresentação do precatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016) (TRF4-2016) (TRF2-
2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (TRF3-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPT-2020) (MPPR-2021)
(TCEAM-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: Para a obtenção da preferência no pagamento de precatório, faz-se


necessária a conjugação dos requisitos constantes do art. 100, § 2º, da CF/88, ou seja, dívida de natureza
alimentar e titular idoso ou portador de doença grave: O § 2º do art. 100 prevê que os débitos de
natureza alimentícia que tenham como beneficiários: a) pessoas com idade igual ou superior a 60 anos;
b) pessoas portadoras de doenças graves; c) pessoas com deficiência; ... terão uma preferência no
recebimento dos precatórios. O simples fato de o titular do precatório ser idoso é motivo suficiente
para ele se enquadrar no § 2º do art. 100 da CF/88? Não. É necessário que, além da idade, o crédito que
ele tem para receber seja de natureza alimentar. Requisitos cumulativos do § 2º do art. 100 da CF/88: i)
requisito 1: o titular deve ser: a) idoso; b) pessoa portadora de doença grave; ou c) pessoa com
deficiência; ii) requisito 2: o débito deve ter natureza alimentícia. Se a dívida não tem natureza
alimentar, o seu titular receberá segundo a regra do caput do art. 100 (sem qualquer preferência). STJ.
2ª T. RMS 65747/SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, j. 16/03/21 (Info 689).

§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIOS NÃO SE


APLICA aos pagamentos de obrigações definidas em leis como DE PEQUENO VALOR que as Fazendas
referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda
363
Constitucional nº 62, de 2009). (PGESP-2009) (MPMG-2010) (PGEGO-2010) (MPF-2012) (PGEMG-2012)
(PGEPA-2012) (TJRN-2013) (PGEPR-2015) (TRF1-2015) (PGEPR-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMT-2016)
(TRF2-2017) (PGEAC-2017) (PGEAP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPPI-2019)
(MPPR-2021) (TCEAM-2021) (TJMG-2022) (PGERO-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É cabível a expedição de precatório referente a parcela incontroversa, em


sede de execução ajuizada em face da Fazenda Pública: Surge constitucional expedição de precatório ou
requisição de pequeno valor para pagamento da parte incontroversa e autônoma do pronunciamento
judicial transitada em julgado observada a importância total executada para efeitos de
dimensionamento como obrigação de pequeno valor. STF. Plenário. RE 1205530, Rel. Marco Aurélio, j.
08/06/20 (Repercussão Geral – Tema 28) (Info 984).
(MPPR-2021): Assinale a alternativa correta: De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
é “constitucional expedição de precatório ou requisição de pequeno valor para pagamento da parte incontroversa e
autônoma do pronunciamento judicial transitada em julgado observada a importância total executada para efeitos de
dimensionamento como obrigação de pequeno valor”. BL: Info 984, STF.

(TJMG-2022-FGV): Sobre o regime jurídico dos precatórios, analise a afirmativa a seguir: O regime de
expedição de precatório não se aplica a pagamento de pequeno valor (RPV), conforme previsto em leis
próprias dos respectivos entes federados. BL: art. 100, §3º, CF.

(TCEAM-2021-FGV): Considere um crédito decorrente de sentença que condenou o Estado Alfa a pagar
atrasados de pensão por morte no valor de R$ 60.000,00 a José, de 55 anos; e outro crédito oriundo de
sentença que condenou o mesmo Estado a pagar diferenças salariais à servidora estadual Maria, de 61
anos, no valor de R$ 90.000,00. Observando que lei estadual fixa em R$ 20.000,00 o limite máximo para
expedição de requisição de pequeno valor, é correto afirmar que Maria deverá receber R$ 60.000,00 com
preferência sobre José, e os outros R$ 30.000,00 não têm preferência sobre o crédito de José. BL: art. 100,
§§1º a 3º, CF.

##Atenção: No caso em tela, o Estado Alfa foi condenado pelo judiciário a pagar atrasados de pensão
por morte no valor de R$ 60.000,00 a José, de 55 anos; e a pagar diferenças salariais à servidora estadual
Maria, de 61 anos, no valor de R$ 90.000,00. Tanto o valor devido a José quanto a Maria são considerados
– nos termos do § 1.º do art. 100 da CF – débitos de natureza alimentícia. Portanto, devem ser
considerados preferenciais. Ocorre que, no caso de Maria, além de se tratar de débito de natureza
alimentícia, ela possui mais de 60 anos de idade, fato que a coloca em situação prioritária (de acordo com
§ 2.º do art. 100 da LRF) diante de José (que tem 55 anos); sendo considerado um pagamento
superpreferencial (preferencial dentre os preferenciais). No entanto, como o valor do pagamento
superpreferencial é limitado ao triplo do limite destinado às Requisições de Pequeno Valor (3x o valor da
RPV) – consoante o § 3.º do art. 100 da CF –, ela só receberá com preferência sobre José o valor de 60 mil
reais (20 mil x 3), isso porque no Estado Alfa definiu o limite para expedição de RPV em 20 mil reais,
conforme consta no comando da questão. Diante do exposto, podemos concluir que Maria deverá receber
R$ 60.000,00 com preferência sobre José, e os outros R$ 30.000,00 não têm preferência sobre o crédito de
José.

(MPPI-2019-CESPE): De acordo com as normas constitucionais para os pagamentos devidos em


decorrência de sentença judiciária, deve a administração pública pagar seus débitos da seguinte forma:
inicialmente os créditos equivalentes a requisições de pequeno valor e, depois, os demais. BL: art. 100,
§3º, CF.

##Atenção: ORDEM DE PAGAMENTO DOS PRECATÓRIOS (art. 100, §§ 1º e 2º, CF):


1) Débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60
(sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim
definidos na forma da lei - até o valor equivalente a 3x o valor considerado para fins de RPV;
2) Débitos de natureza alimentícia (decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas
em responsabilidade civil);

##Atenção: Não se encaixam na ordem de pagamento acima, conforme art. 100, § 3º, CF: os pagamentos
de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em
virtude de sentença judicial transitada em julgado. Assim sendo, as obrigações equivalentes a
requisições de pequeno valor serão pagas primeiro e, depois, as demais (segundo a ordem prevista
pelo art. 100, §§ 1º e 2º, CF).

364
(TRF2-2017): Sobre o regime constitucional dos precatórios, marque a alternativa correta: Os credores de
débitos de natureza alimentícia, com 60 (sessenta) anos de idade ou mais, ou que sejam portadores de
doença grave ou deficiência, assim definidos na forma da lei, gozam do benefício de receber o valor do
precatório com preferência sobre os demais, obedecido o limite de montante equivalente ao triplo fixado
em lei para requisições de pequeno valor. BL: art. 100, §§2º e 3º, CF.

§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, PODERÃO SER FIXADOS, por leis próprias, valores
distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o
mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (TRF2-2009) (MPMG-2010) (PGEGO-2010) (MPMS-2011) (AGU-2012)
(PGEPR-2015) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPPR-2019) (TCEAM-2021) (PGERO-
2011/2022)

(PGERO-2022-CESPE): Relativamente à disciplina constitucional dos precatórios, assinale a opção


correta: Leis próprias poderão fixar valores distintos para os pagamentos de obrigações de pequeno
valor para as entidades de direito público, segundo as suas capacidades econômicas. BL: art. 100, §§3º e
4º, CF.

(AGU-2012-CESPE): No que se refere à execução contra a fazenda pública, julgue o item seguinte:
Considere que, em fase de execução de sentença, apresentados os cálculos pelo exequente, a fazenda
pública tenha se insurgido por meio de embargos apenas contra parte do valor. Nesse caso, entende o
STF que é constitucional a expedição de precatório relativo à parte pela qual houve concordância. BL:
art. 100, §4º, CF e jurisprudência do STF.

##Atenção: É certo que havendo impugnação apenas de parte do valor cobrado em execução de
sentença, a parcela incontroversa do mesmo deve ser paga imediatamente pelo Poder Público, seja na
forma de precatórios, seja por meio de requisição de pequeno valor. Este é o entendimento do STF:
“PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EMBARGOS À EXECUÇÃO PARCIAIS – PRECATÓRIO - PARTE
INCONTROVERSA – ADMISSIBILIDADE – INCIDÊNCIA DO § 2º DO ART. 739 DO CPC –
INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ART. 100 DA CF. 1. A jurisprudência de ambas as Turmas que compõem a
Primeira Seção deste Tribunal é firme no sentido de ser admissível, quando se cuidar de embargos apenas parciais, a
expedição de precatório no tocante à parte incontroversa da dívida, tendo em vista a alteração prevista na Lei nº
8.953, de 13.12.94. Incidência do disposto no § 2º do art. 739 do CPC. Precedentes. 2. A expedição de precatório
da parte incontroversa do valor da execução não ofende o disposto no § 4º do art. 100 da Constituição
Federal, eis que tal dispositivo refere-se à proibição de fracionamento, repartição ou quebra do valor da
execução, com vistas à expedição do requisitório de pequeno valor. 3. Agravo de instrumento improvido.
[...]" (STF. RE nº 458.110. Info 433).

§ 5º É OBRIGATÓRIA a inclusão no orçamento das entidades de direito público de verba


necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado constantes de
precatórios judiciários apresentados até 2 de abril, fazendo-se o pagamento até o final do exercício
seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente . (Incluído pela Emenda Constitucional nº
114, de 2021) (PGECE-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

Súmula Vinculante 17: Durante o período previsto no parágrafo 1º (obs: atual § 5º) do artigo 100 da
Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.

##Atenção: ##STF e STJ: ##DOD: Durante o período previsto no § 5º do art. 100 da CF, não incidem
juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos: Durante o período previsto no § 5º do art. 100
da CF, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos. Não incidem juros de
mora no período compreendido entre a data da expedição do precatório e seu efetivo pagamento,
desde que realizado no prazo estipulado constitucionalmente. Trata-se de entendimento sumulado do
STF: SV 17-STF: Durante o período previsto no parágrafo 1º (obs: atual § 5º) do artigo 100 da
Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos. STF. Plenário. RE
594892 AgR-ED-EDv/RS, Rel. Min. Luiz Fux, j. 1/7/20 (Info 984). (...) Em 10/11/09, o STF editou a SV 17
afirmando que “durante o período previsto no parágrafo 1º do art. 100 da CF, não incidem juros de
mora sobre os precatórios que nele sejam pagos”. Pouco tempo depois, em 09/12/09, foi promulgada a
Emenda Constitucional 62, que promoveu ampla reformulação no art. 100 da CF. Não obstante a
norma à qual se refere a SV 17 tenha sido deslocada do § 1º para o § 5º do art. 100, tal modificação não
altera o sentido do enunciado sumular - que, aliás, não foi afetado por qualquer disposição da

365
Emenda 62. O período previsto no art. 100, § 5º, da CF (precatórios apresentados até 1º de julho,
devendo ser pagos até o final do exercício seguinte) costuma ser chamado de “período de graça
constitucional”. Nesse interregno, não cabe a imposição de juros de mora, pois o ente público não está
inadimplente. Caso não haja o pagamento integral dentro deste prazo, os juros de mora passam a
correr apenas a partir do término do “período de graça”. Tese fixada para fins de repercussão geral: “O
enunciado da Súmula Vinculante 17 não foi afetado pela superveniência da Emenda Constitucional
62/2009, de modo que não incidem juros de mora no período de que trata o § 5º do art. 100 da
Constituição. Havendo o inadimplemento pelo ente público devedor, a fluência dos juros inicia-se
após o ‘período de graça’”. STF. Plenário. RE 1169289, Rel. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão
Alexandre de Moraes, j. 16/06/20 (Repercussão Geral – Tema 1037) (Info 984 – clipping).

##Atenção: ##STF e STJ: ##DOD: ##PGEPE-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##MPCE-2020:


##PGECE-2021: ##CESPE: Incidem os juros da mora no período compreendido entre a data da
realização dos cálculos e a da requisição de pequeno valor (RPV) ou do precatório. STF. Plenário. RE
579431/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 19/4/17 (repercussão geral) (Info 861). STJ. Corte Especial. QO
no REsp 1665599-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 20/03/19 (recurso repetitivo) (Info 645).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: cuidado para não confundir com a SV 17: Durante o
período previsto no parágrafo 1º (obs: atual § 5º) do artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora
sobre os precatórios que nele sejam pagos. O período de que trata este RE 579431/RS é anterior à requisição
do precatório, ou seja, anterior ao interregno tratado pela SV 17.
##Questão de concurso:
(DPEPE-2018-CESPE): No que concerne à execução contra a fazenda pública, ao regime de
pagamento por precatórios e RPVs, assinale a opção correta de acordo com a jurisprudência do STF:
Na execução contra a fazenda pública, incidem juros de mora no período compreendido entre a data
de realização dos cálculos e a de expedição da requisição para pagamento. BL: Info 861, STF.

§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder


Judiciário, CABENDO ao Presidente do Tribunal que PROFERIR a decisão exequenda DETERMINAR o
pagamento integral e AUTORIZAR, a requerimento do credor e EXCLUSIVAMENTE para os casos de
preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à
satisfação do seu débito, o SEQUESTRO da quantia respectiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 62, de 2009). (TRF2-2009) (PGEPE-2009) (PGESP-2009) (MPMG-2010) (MPTO-2012) (AGU-2012) (TRF4-2014)
(DPEPE-2015) (TRF5-2015) (PGEAM-2010/2016) (TJSP-2017) (PGEAC-2017) (DPERS-2018) (DPEMG-
2019) (PGERO-2022)

(TJSP-2017-VUNESP): Sobre a impenhorabilidade dos bens públicos, pode-se afirmar que admite
exceção para a hipótese de sequestro de bens, nos termos do artigo 100, parágrafo 6°, da CF/88, e para a
concessão de garantia, em condições especialíssimas, em operações de crédito externo, cabendo ao
Senado Federal dispor sobre limite e concessões, nos termos do art. 52, VIII, da CF/88. BL: art. 52, VIII
c/c art. 100, §6º, CF.

##Atenção: Exceções:
 A autorização do sequestro da quantia em caso de preterimento do direito de precedência ou de
não alocação orçamentária, prevista no § 6º do art. 100, é sanção excepcional, que confirma a regra.
 Em ação para fornecimento de medicamentos, o juiz pode determinar o bloqueio e sequestro de
verbas públicas em caso de descumprimento da decisão. Tratando-se de fornecimento de
medicamentos, cabe ao Juiz adotar medidas eficazes à efetivação de suas decisões, podendo, se
necessário, determinar, até mesmo, o sequestro de valores do devedor (bloqueio), segundo o seu
prudente arbítrio, e sempre com adequada fundamentação. STJ. 1ª S. REsp 1.069.810-RS, Rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho, j. 23/10/13 (recurso repetitivo).83
83
(DPEMG-2019): Quanto ao tema saúde, é correto afirmar: É possível ao julgador determinar o bloqueio de
verba pública para garantir o cumprimento da obrigação do Poder Público de fornecer medicamento para
portadores de doença grave, desde que comprovada a desídia do ente público e o risco à vida do paciente,
podendo, ainda, haver cumulação referente a aplicação de astreintes.
(DPERS-2018-FCC): Em relação aos bens públicos, é correto afirmar: É possível haver sequestro de valores nas
contas de ente público, por meio de comando judicial, quando a pretensão visa a assegurar direitos fundamentais,
como educação e saúde.
(DPEPE-2015-CESPE): Em relação à efetivação dos direitos sociais, julgue o item a seguir: Conforme
jurisprudência do STJ, o juiz pode determinar o bloqueio de verbas públicas para garantir o fornecimento de
medicamentos.
366
Vale ressaltar que o Poder Judiciário não deve compactuar com a desídia do Estado, que condenado pela
urgência da situação a entregar medicamentos imprescindíveis à proteção da saúde e da vida de cidadão
necessitado, revela-se indiferente à tutela judicial deferida e aos valores fundamentais da vida e da
saúde. Nesse sentido: AgRg no REsp 1002335/RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 22.09.2008.

Mas os bens públicos não são impenhoráveis? Isso não seria uma forma de penhora de bens públicos?
Ademais, não haveria uma quebra na regra dos precatórios? Sim. No entanto, entendeu-se que o direito
à saúde, garantido constitucionalmente (arts. 6º e 196), deveria prevalecer sobre princípios de Direito
Financeiro ou Administrativo.

§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, RETARDAR ou


TENTAR FRUSTRAR a liquidação regular de precatórios INCORRERÁ em CRIME DE
RESPONSABILIDADE e RESPONDERÁ, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (TRF4-2009) (TJSC-2010) (PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (DPEMA-
2011) (TRF5-2011) (AGU-2012) (Cartórios/TJRS-2015) (TRT8-2015) (PGESE-2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018)

(AGU-2012-CESPE): Julgue o próximo item, relativo aos precatórios: Incorrerá em crime de


responsabilidade e responderá perante o Conselho Nacional de Justiça o presidente do tribunal
competente que retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios. BL: art. 100, §7º, CF.

(DPEMA-2011-CESPE): Em relação ao CNJ, assinale a opção correta: Cabe ao CNJ, conforme previsão
na CF, a deliberação acerca da conduta de presidente de tribunal que, por ato comissivo ou omissivo,
retarde ou tente frustrar a liquidação regular de precatório. BL: art. 100, §7º, CF.

§ 8º É VEDADA a EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIOS complementares ou suplementares de valor


pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento
de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo [obs.: o §3º trata das obrigações definidas em leis
como de pequeno valor]. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (MPMG-2010) (AGU-2013)
(TJDFT-2015) (TRF5-2015) (PGEPR-2015) (TRT8-2015) (PGEPE-2018) (TRF3-2018) (MPCPA-2019)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Não é possível fracionar o crédito de honorários advocatícios em


litisconsórcio ativo facultativo simples em execução contra a Fazenda Pública por frustrar o regime do
precatório. A quantia devida a título de honorários advocatícios é uma só, fixada de forma global, pois
se trata de um único processo, e, portanto, consiste em título a ser executado de forma una e
indivisível. STF. Plenário. RE 919269 ED-EDv/RS, ARE 930251 AgR-ED-EDv/RS, ARE 797499 AgR-
EDv/RS, RE 919793 AgR-ED-EDv/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 7/2/19 (Info 929).

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tese 873: ##MPT-2017: ##TJMG-2018: ##PGEPE-2018: ##MPCPA-


2019: ##CESPE: ##Consulplan: Tese: “Não viola o art. 100, § 8º, da Constituição Federal a execução
individual de sentença condenatória genérica proferida contra a Fazenda Pública em ação coletiva
visando à tutela de direitos individuais homogêneos.” Vejamos o trecho de julgado do STF, que
fundamenta a questão: "No recurso extraordinário, sustenta-se violação do art. 100, § 8º, CF/88. Decido. A
irresignação não merece prosperar, uma vez que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do
ARE nº 925.754/PR, o Ministro Teori Zavascki, reconheceu a repercussão geral do tema em debate e reafirmou o
entendimento desta Suprema Corte no sentido da constitucionalidade da execução individual de sentença
condenatória genérica proferida contra a Fazenda Pública em ação coletiva que visa a tutela de direitos
individuais homogêneos (...). Conforme sustentei em sede doutrinária, a diferença é que, enquanto no
litisconsórcio ativo facultativo, a sentença fará juízo não apenas sobre o núcleo de homogeneidade dos direitos
afirmados na demanda, mas também sobre as suas particularidades próprias, a sua margem de heterogeneidade, na
ação coletiva, há repartição da atividade cognitiva, de modo que a sentença de mérito limitar-se-á à análise do
núcleo de homegeneidade dos direitos controvertidos, devendo o restante ser enfrentado e decidido por
outra sentença, proferida em outra ação...".(...) STF. Plenário. ARE 925754 RG, Rel. Min. Teori Zavascki, j.
17/12/15.
(TJMG-2018-Consulplan): Avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I) “Não ofende o
preconizado pelo art. 100, §8º, da Constituição da República – segundo o qual é vedado o fracionamento, repartição ou
quebra de valores da execução, para fins de enquadramento – a execução individual de sentença condenatória genérica
proferida em ação coletiva que tem, como objeto, a tutela a direitos individuais homogêneos.” PORQUE, II) “Na
hipótese, a sentença de mérito limita-se à análise do núcleo dos direitos controvertidos.”. A respeito dessas asserções,
assinale a alternativa correta: As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. BL: art.
100, §8º, CF e Entend. Jurisprud.

367
(MPT-2017): Sobre a sistemática da liquidação e execução nas ações coletivas, marque a alternativa correta:
Analisando questão afeta aos precatórios, o STF fixou tese de que não viola o art. 100, § 8º, da CF/88 a
execução individual de sentença condenatória genérica proferida contra a Fazenda Pública em ação coletiva
visando à tutela de direitos individuais homogêneos. BL: art. 100, §8º, CF e Entend. Jurisprud.

§ 9º Sem que haja interrupção no pagamento do precatório e mediante comunicação da Fazenda


Pública ao Tribunal, o valor correspondente aos eventuais débitos inscritos em dívida ativa contra o credor
do requisitório e seus substituídos deverá ser depositado à conta do juízo responsável pela ação de
cobrança, que decidirá pelo seu destino definitivo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para
resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos
que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009). [Obs.: declarado INCONSTITUCIONAL pelo STF]

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEPR-2015: ##TRT6-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##PGESE-


2017: ##PGEAP-2018: ##MPCPA-2019: ##MPPR-2021: ##CESPE: ##FCC: ##PUCPR: O STF entendeu
que os §§ 9º e 10 do art. 100 da CF/1988 são INCONSTITUCIONAIS. Para o STF, este regime de
compensação obrigatória trazido pelos §§ 9º e 10, ao estabelecer uma enorme superioridade processual
à Fazenda Pública, viola a garantia do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, da
coisa julgada, da isonomia e afeta o princípio da separação dos Poderes. STF. Plenário. ADI 4357/DF,
ADI 4425/DF, ADI 4372/DF, ADI 4400/DF, rel. Min. Ayres Britto, 6 e 7/3/13.

§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei do ente federativo devedor, com auto
aplicabilidade para a União, a oferta de créditos líquidos e certos que originalmente lhe são próprios ou
adquiridos de terceiros reconhecidos pelo ente federativo ou por decisão judicial transitada em julgado
para: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021) (TCDF-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

I - quitação de débitos parcelados ou débitos inscritos em dívida ativa do ente federativo devedor,
inclusive em transação resolutiva de litígio, e, subsidiariamente, débitos com a administração autárquica e
fundacional do mesmo ente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

II - compra de imóveis públicos de propriedade do mesmo ente disponibilizados para venda ;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021) (TCDF-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

(TCDF-2021-CESPE): No que se refere às normas constitucionais sobre controle dos orçamentos e sobre
precatórios, julgue o item que se segue: Se uma pessoa for credora de um precatório, ela poderá, em
conformidade com o que for estabelecido em lei da entidade federativa devedora, comprar imóveis
públicos do respectivo ente federado, por meio da entrega de créditos em precatórios. BL: art. 100, §11,
II, CF.

III - pagamento de outorga de delegações de serviços públicos e demais espécies de concessão


negocial promovidas pelo mesmo ente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

IV - aquisição, inclusive minoritária, de participação societária, disponibilizada para venda, do


respectivo ente federativo; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

V - compra de direitos, disponibilizados para cessão, do respectivo ente federativo, inclusive, no caso
da União, da antecipação de valores a serem recebidos a título do excedente em óleo em contratos de
partilha de petróleo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios,


após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice
oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão
juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a
incidência de juros compensatórios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). [Obs.: expressões
riscadas foram declaradas INCONSTITUCIONAIS pelo STF]

368
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEPR-2015: ##TRT6-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##PGESE-
2017: ##PGEAP-2018: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##CESPE: ##FCC: ##PUCPR: O § 12 do art. 100,
inserido pela EC 62/09, também foi questionado. O que decidiu a Corte? O STF declarou a
inconstitucionalidade da expressão “índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança”,
constante do § 12 do art. 100 da CF. Para os Ministros, o índice oficial da poupança não consegue evitar
a perda de poder aquisitivo da moeda. Este índice é fixado ex ante, ou seja, previamente, a partir de
critérios técnicos não relacionados com a inflação considerada no período. Todo índice definido ex
ante é incapaz de refletir a real flutuação de preços apurada no período em referência. Dessa maneira,
como este índice (da poupança) não consegue manter o valor real da condenação, ele afronta à garantia
da coisa julgada, tendo em vista que o valor real do crédito previsto na condenação judicial não será o
valor real que o credor irá receber efetivamente quando o precatório for pago (este valor terá sido
corroído pela inflação). A finalidade da correção monetária consiste em deixar a parte na mesma
situação econômica que se encontrava antes. Nesse sentido, o direito à correção monetária é um
reflexo imediato da proteção da propriedade. Vale ressaltar, ainda, que o Poder Público tem seus
créditos corrigidos pela taxa SELIC, cujo valor supera, em muito, o rendimento da poupança, o que
reforça o argumento de que a previsão do § 12 viola a isonomia. O art. 1º-F. da Lei 9.494/97, com
redação dada pelo art. 5º da Lei 11.960/09, também previa que, nas condenações impostas à Fazenda
Pública, os índices a serem aplicados eram os da caderneta de poupança. Logo, com a declaração de
inconstitucionalidade do § 12 do art. 100 da CF, o STF também declarou inconstitucional, por
arrastamento (ou seja, por consequência lógica), o art. 5º da Lei 11.960/2009, que deu a redação atual ao
art. 1º-F. da Lei n.° 9.494/97. O STF também declarou a inconstitucionalidade da expressão
“independentemente de sua natureza”, presente no § 12 do art. 100 da CF, com o objetivo de deixar
claro que, para os precatórios de natureza tributária se aplicam os mesmos juros de mora incidentes
sobre o crédito tributário. STF. Plenário. ADI 4357/DF, ADI 4425/DF, ADI 4372/DF, ADI 4400/DF, rel.
Min. Ayres Britto, 6 e 7/3/13.

§ 13. O credor PODERÁ CEDER, total ou parcialmente, seus créditos EM PRECATÓRIOS A


TERCEIROS, INDEPENDENTEMENTE da concordância do devedor, NÃO SE APLICANDO ao
cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (TJSC-2010)
(PGEAM-2010) (DPU-2010) (TRF5-2011) (MPF-2012) (PGESP-2012) (AGU-2012/2013) (DPEAM-2013) (TRF1-
2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGESE-2017) (PGERO-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(TRF1-2015-CESPE): Aos sessenta e cinco anos de idade, Antônio foi atropelado culposamente por um
automóvel da administração pública federal o que lhe ocasionou invalidez para o exercício do trabalho.
A vítima ingressou com uma ação fundada em responsabilidade civil do Estado, na qual logrou êxito,
uma vez que a sentença que condenou a União a lhe pagar indenização transitou em julgado. O
precatório gerado foi inscrito no orçamento aprovado para o exercício fiscal do ano de 2015.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta em conformidade com a disciplina
constitucional dos precatórios: Antônio, independentemente da concordância do ente ou órgão devedor,
poderá ceder seu precatório a terceiros. BL: art. 100, §13, CF.

(DPU-2010-CESPE): O credor pode ceder a terceiros, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios,
de qualquer valor e natureza, independentemente da concordância do devedor. BL: art. 100, §13, CF.

§ 14. A cessão de precatórios, observado o disposto no § 9º deste artigo, somente produzirá efeitos
após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao Tribunal de origem e ao ente federativo devedor .
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá
estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e
Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF declarou inconstitucionais o § 15 do art. 100 da CF/88 e todo o art.
97 do ADCT. STF. Plenário. ADI 4357/DF, ADI 4425/DF, ADI 4372/DF, ADI 4400/DF, rel. Min. Ayres
Britto, 6 e 7/3/13.

§ 16. A SEU CRITÉRIO EXCLUSIVO e NA FORMA DE LEI, a UNIÃO PODERÁ ASSUMIR


DÉBITOS, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, REFINANCIANDO-OS
DIRETAMENTE. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009) (TJSC-2010) (TRF5-2011) (PGESP-2012)
(Cartórios/TJRS-2015) (TRF2-2017) (MPPR-2021)

369
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios AFERIRÃO MENSALMENTE, EM
BASE ANUAL, o comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas COM O
PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS e OBRIGAÇÕES DE PEQUENO VALOR. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 94, de 2016) (Cartórios/TJMG-2019)

§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata o § 17, o somatório das
receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, de
transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição
Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência e
os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e deduzidas: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 94, de 2016)

I - na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios por
determinação constitucional; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

II - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para
custeio de seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de
2016)

§ 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de condenações judiciais em precatórios e


obrigações de pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a média do comprometimento
percentual da receita corrente líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores, a parcela que exceder
esse percentual poderá ser financiada, excetuada dos limites de endividamento de que tratam os incisos VI
e VII do art. 52 da Constituição Federal e de quaisquer outros limites de endividamento previstos, não se
aplicando a esse financiamento a vedação de vinculação de receita prevista no inciso IV do art. 167 da
Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze por cento) do montante dos precatórios
apresentados nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor deste precatório serão pagos
até o final do exercício seguinte e o restante em parcelas iguais nos cinco exercícios subsequentes, acrescidas
de juros de mora e correção monetária, ou mediante acordos diretos, perante Juízos Auxiliares de
Conciliação de Precatórios, com redução máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito
atualizado, desde que em relação ao crédito não penda recurso ou defesa judicial e que sejam observados os
requisitos definidos na regulamentação editada pelo ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
94, de 2016)

§ 21. Ficam a União e os demais entes federativos, nos montantes que lhes são próprios, desde que
aceito por ambas as partes, autorizados a utilizar valores objeto de sentenças transitadas em julgado
devidos a pessoa jurídica de direito público para amortizar dívidas, vencidas ou vincendas: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

I - nos contratos de refinanciamento cujos créditos sejam detidos pelo ente federativo que figure
como devedor na sentença de que trata o caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de
2021)

II - nos contratos em que houve prestação de garantia a outro ente federativo; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 113, de 2021)

III - nos parcelamentos de tributos ou de contribuições sociais; e (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 113, de 2021)

IV - nas obrigações decorrentes do descumprimento de prestação de contas ou de desvio de recursos.


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

§ 22. A amortização de que trata o § 21 deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de
2021)

370
I - nas obrigações vencidas, será imputada primeiramente às parcelas mais antigas; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

II - nas obrigações vincendas, reduzirá uniformemente o valor de cada parcela devida, mantida a
duração original do respectivo contrato ou parcelamento . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de
2021)

Seção II
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Art. 101. O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL COMPÕE-SE de onze Ministros, ESCOLHIDOS


dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022)

Parágrafo único. Os MINISTROS do Supremo Tribunal Federal SERÃO NOMEADOS pelo


Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela MAIORIA ABSOLUTA do Senado Federal.
(TJSC-2009) (PCRN-2009) (DPEGO-2010) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEAC-2014) (TRF1-2015) (TRT8-2015)

Art. 102. COMPETE ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, A GUARDA DA


CONSTITUIÇÃO, CABENDO-LHE: [rol taxativo] (TJSC-2009) (MPPR-2011) (TJPI-2012) (AGU-2012) (TJPR-
2013) (TRT8-2015) (DPEMA-2018) (DPERS-2018)

(TJSP-2017-VUNESP): No âmbito do direito constitucional brasileiro, pode-se afirmar que o Supremo


Tribunal Federal desempenha dois papéis distintos: I) – o primeiro na teoria constitucional, denominado
de contra majoritário, que implica proteção às regras da vida democrática e dos direitos fundamentais; II)
– o outro papel, denominado representativo, implica o atendimento de demandas sociais e anseios
políticos que não foram objeto de deliberação pelo Parlamento, não podendo deixar de decidir em face
da garantia de acesso à jurisdição. BL: art. 102, CF.

##Atenção: "O que cabe destacar aqui é que Corte desempenha, claramente, dois papéis distintos e
aparentemente contrapostos. O primeiro papel é apelidado, na teoria constitucional, de
contramajoritário: em nome da Constituição, da proteção das regras do jogo democrático e dos direitos
fundamentais, cabe a ela a atribuição de declarar a inconstitucionalidade de leis (i. e., de decisões
majoritárias tomadas pelo Congresso) e de atos do Poder Executivo (cujo chefe foi eleito pela maioria
absoluta dos cidadãos). Vale dizer: agentes públicos não eleitos, como juízes e Ministros do STF, podem
sobrepor a sua razão à dos tradicionais representantes da política majoritária. Daí o termo
contramajoritário. O segundo papel, menos debatido na teoria constitucional, pode ser referido como
representativo. Trata-se, como o nome sugere, do atendimento, pelo Tribunal, de demandas sociais e
de anseios políticos que não foram satisfeitos a tempo e a hora pelo Congresso Nacional”. (Fonte: livro
do Min. Barroso).

##Atenção: ##STF: ##TJSC-2009: ##MPPR-2011: ##TJPI-2012: ##AGU-2012: ##DPEMA-2018:


##DPERS-2018: ##TJPR-2013: ##CESPE: ##FCC: A competência do STF — cujos fundamentos
repousam na Constituição da República — submete-se a regime de direito estrito. A competência
originária do STF, por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de extração
essencialmente constitucional — e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida — não
comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus
clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da Constituição da República. Precedentes. O regime
de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o STF, por
efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições
jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham
inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações
ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da
República ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem
de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão
sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes. (Pet. 1.738-AgR, Rel. Min.
Celso de Mello, DJ 01/10/99)

I - processar e julgar, originariamente:

371
a) a AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE de lei ou ato normativo FEDERAL ou
ESTADUAL E a AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE de lei ou ato normativo
FEDERAL; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 19 93) (MPMT-2008) (PCSC-2008) (TJAP-2009)
(TJGO-2009) (DPESP-2009) (PCRJ-2009) (TJSC-2009/2010) (TJPR-2010) (MPPB-2010) (MPRO-2010)
(DPEBA-2010) (PGEAM-2010) (TJRJ-2011) (MPMG-2011) (PGESP-2009/2012) (MPSC-2010/2012) (TJPI-2012)
(MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPRJ-2012) (PGEAC-2012) (PGEMG-2012) (DPEAM-2011/2013) (TRF3-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGDF-2013) (PCES-2013) (TRF4-2009/2010/2014) (TJPA-2014)
(DPECE-2014) (DPEPR-2014) (PCPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJMS-
2010/2015) (PFN-2012/2015) (TRF1-2015) (TRF5-2015) (PCDF-2015) (TRT16-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016)
(MPRS-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (PCAP-2010/2017) (TRF2-2014/2017) (MPPR-
2011/2012/2016/2017) (DPEAL-2017) (MPF-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPMS-
2013/2018) (Cartórios/TJSP-2018) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (Cartórios/TJRS-2015/2019) (MPGO-2016/2019)
(Anal. Judic./TRF4-2019) (Cartórios/TJSC-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (PGEPA-2015/2022) (MPSE-2022)
(PGM-Teresina/PI-2022)

(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: Não se admite Ação Direta de Inconstitucionalidade, no


STF, para a declaração de inconstitucionalidade de ato normativo municipal, contestado em face da
Constituição Federal. BL: art. 102, I, “a”, CF.

##Atenção: Embora seja cabível ADPF contra lei municipal, a CF/88 somente autoriza que seja proposta
ADI no STF contra lei ou ato normativo federal ou estadual (art. 102, I, “a”, CF).

(MPGO-2016): O fato de a ação declaratória ter sido criada pela EC nº 3/1993, não a impede de ter por
objeto lei ou ato normativo produzido anteriormente à data da promulgação da referida emenda, desde
que posterior ao parâmetro constitucional invocado (adaptada).

##Atenção: ##PGESP-2009: ##MPPR-2012: ##Cartórios/TJPR-2019: ##FCC: ##UFPR: A ADC foi


instituída pela Emenda Constitucional nº 03/93. Por conta disso, conclui-se que ela não foi
originariamente criada pela Assembleia Nacional Constituinte de 1988.

(MPGO-2016): Podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade as decisões proferidas em


processo administrativo, quando a extensão dessas mesmas decisões seja tal que as torne um verdadeiro
ato administrativo normativo genérico.

##Atenção: A ADC, no âmbito do STF, pode versar apenas sobre norma federal (art. 102, I, “a”).

(TJMS-2015-VUNESP): No tocante ao controle concentrado de constitucionalidade, é correto afirmar


sobre a ação direta de inconstitucionalidade (ADI): ato normativo, de caráter autônomo, geral e abstrato
expedido por pessoa jurídica de direito público estadual e decreto editado com força de lei podem ser
objeto de ADI perante STF. BL: art. 102, I, “a”, CF.

##Atenção: Com a ADI 4049-DF, o STF passou a admitir qualquer LEI, inclusive leis de efeitos
concretos (aquela que tem um objeto certo e o destinatário determinado). Para o ato normativo, há a
necessidade de GENERALIDADE e ABSTRAÇÃO (a lei pode ter efeito concreto, o ato normativo
não) e a violação à Constituição deve ser DIRETA, não pode ser apenas indireta (tem que violar
diretamente a Constituição).

(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: A Ação Declaratória de Constitucionalidade foi introduzida


no Direito Constitucional brasileiro pela: Emenda Constitucional nº 3/93. BL: art. 102, I, “a”, CF.

##Atenção: A ADC foi introduzida no Direito Constitucional brasileiro pela EC nº 3/93 (art. 102, I, a, 2ª
parte e § 4º do art. 103 da CF), e, após, regulamentada pela Lei nº 9.868 de 1999.

(PGDF-2013-CESPE): A respeito do sistema de controle de constitucionalidade de leis no âmbito da


União e do DF, julgue o seguinte item: A aferição de inconstitucionalidade de lei distrital em face da CF,
em controle concentrado, compete ao STF. BL: art. 102, I, “a”, CF.

##Atenção: Sempre que houver ofensa à CF, ainda mais na via direta de controle (o concentrado), o STF
será competente para aferir a (in)constitucionalidade da lei ou do ato impugnado, seja ele proveniente de
Estado, do DF ou município. Isso porque o fator determinante na competência do STF é a salvaguarda da
CF, bastando a ofensa direta ao seu texto. Por outro lado, fica subtendido no art. 102 da CF as lei e os atos
372
normativos do DF, por ser este ente federado de atribuições semelhantes às dos Estados Federados.
Nesse contexto, temos as seguintes situações:
i) Lei ou ato normativo Distrital que contrariar a CF:
- se a lei for de natureza estadual - compete ao STF
- se a lei for de natureza municipal - Não cabe ADI, mas cabe ADPF.
ii) Lei ou ato normativo Distrital que contrariar a LODF: compete ao TJDF.

b) nas infrações penais COMUNS, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do


Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; (MPPE-2008) (PCSC-
2008) (PCTO-2008) (DPEES-2009) (PCPB-2009) (MPSE-2010) (PCAP-2010) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (PCSP-
2012) (MPSC-2013) (MPF-2013) (PCGO-2013) (PCPR-2013) (AGU-2013) (MPM-2013) (DPERS-2014) (PCDF-
2009/2015) (TJMS-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEPA-2015) (PCDF-2015) (MPPR-2014/2016) (DPEBA-2016)
(TRF4-2016) (TRF2-2013/2017) (MPAP-2012/2021) (DPEPB-2022) (PGM-Recife/PE-2022) (Anal. Judic./TJCE-
2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: A competência originária do STF para processar e julgar parlamentar
federal alcança a supervisão de investigação criminal. Atos investigatórios praticados sem a
supervisão do STF são nulos. STF. 1ª T. Inq 3.438, Rel. Min. Rosa Weber, j. 11/11/14.

##Atenção: O Procurador-Geral da República será julgado:


 Nas infrações penais: pelo STF (art. 102, I, 'b', CF).
 Nos "crimes" de responsabilidade (infrações político-administrativas): pelo Senado (art. 52, II, CF).

c) nas infrações penais COMUNS e nos crimes DE RESPONSABILIDADE, os Ministros de Estado


e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, RESSALVADO o disposto no art. 52, I, os
membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão
diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) (MPPE-2008)
(TJMT-2009) (DPEES-2009) (PCRN-2009) (MPGO-2010) (PCAP-2010) (TJPB-2011) (DPEMA-2011) (MPRR-
2008/2012) (AGU-2009/2012) (TJPA-2012) (MPPI-2012) (MPDFT-2013) (DPERR-2013) (MPM-2013) (MPAC-
2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCDF-2009/2015) (TJMS-2015) (TRF1-2015) (PGEPA-2015) (PCDF-2015) (TJDFT-
2011/2016) (MPPR-2016) (DPEBA-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF2-2013/2017) (PCSP-2012/2018) (TJRO-
2019) (TJAC-2019) (MPMT-2019) (MPAP-2012/2021) (DPEPB-2022)

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TRF2-2017: ##MPAP-2021: ##CESPE: Investigação criminal envolvendo


autoridades com foro privativo no STF: As investigações envolvendo autoridades com foro privativo
no STF somente podem ser iniciadas após autorização formal do STF. De igual modo, as diligências
investigatórias envolvendo autoridades com foro privativo no STF precisam ser previamente
requeridas e autorizadas pelo STF. Diante disso, indaga-se: depois de o PGR requerer alguma
diligência investigatória, antes de o Ministro-Relator decidir, é necessário que a defesa do investigado
seja ouvida e se manifeste sobre o pedido? NÃO. As diligências requeridas pelo MPF e deferidas pelo
Ministro-Relator são meramente informativas, não suscetíveis ao princípio do contraditório. Desse
modo, não cabe à defesa controlar, “ex ante”, a investigação, o que acabaria por restringir os poderes
instrutórios do Relator. Assim, o Ministro poderá deferir, mesmo sem ouvir a defesa, as diligências
requeridas pelo MP que entender pertinentes e relevantes para o esclarecimento dos fatos. STF. 2ª T.
Inq 3387 AgR/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 15/12/15 (Info 812).

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TRF2-2017: Pluralidade de investigados tendo um deles foro privativo
no STF: Compete ao STF decidir quanto à conveniência de desmembramento de procedimento de
investigação ou persecução penal quando houver pluralidade de investigados e um deles tiver
prerrogativa de foro perante a Corte. Em outras palavras, se, durante a investigação criminal, houver
investigados com foro por prerrogativa de função no STF e outros sem foro privativo, o STF poderá
decidir desmembrar os feitos e permanecer investigando apenas as autoridades, circunstância em que
a investigação dos demais será feita em 1ª instância. STF. 2ª T. AP 871, 872, 873, 874, 875, 876, 877 e 878
QO/PR, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 10/6/14 (Info 750).

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TRF2-2017: Regra geral: desmembramento dos processos quando houver
corréus sem prerrogativa: O desmembramento de inquéritos ou de ações penais de competência do
STF deve ser regra geral, admitida exceção nos casos em que os fatos relevantes estejam de tal forma

373
relacionados que o julgamento em separado possa causar prejuízo relevante à prestação jurisdicional.
STF. Plenário. Inq 3515 AgR/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 13/2/14 (Info 735)

(TJAC-2012-CESPE): Compete ao STF processar e julgar originariamente os ministros de Estado nas


infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade. BL: art. 102, I, “c”, CF. (proc. penal)

(MPDFT-2004): Em caso de contravenção penal comum cometido por Ministro do Supremo Tribunal
Federal, membro do Conselho Nacional de Justiça, cabe ao STF o julgamento. BL: art. 102, I, “c”, CF.

##Atenção: Cumpre ressaltar que os ministros dos Tribunais Superiores serão julgados, originariamente,
perante o STF, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, a teor do art. 102, I, “c”,
CF. Desse modo, caso um desses ministros for nomeado para ser membro do CNJ, ele continuará sendo
julgado pelo STF nas infrações penais comuns. Entretanto, a competência será deslocada para o Senado
Federal em se tratando de crimes de responsabilidade, consoante dispõe o art. 52, II da CF.

d) o HABEAS CORPUS, SENDO PACIENTE qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores;
o MANDADO DE SEGURANÇA e o HABEAS DATA CONTRA ATOS do Presidente da República, das
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; (PFN-2007) (TJDFT-2008) (MPRO-2008)
(PGECE-2008) (PCSC-2008) (PCPB-2009) (PCRN-2009) (MPMG-2011) (MPPB-2011) (TJES-2011/2012) (TJPI-2012)
(TJRJ-2012) (TJPA-2012) (DPESE-2012) (AGU-2012) (MPM-2013) (TJMT-2014) (TJCE-2014) (MPAC-2014)
(MPPE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJSE-2008/2015) (TRF5-2009/2015) (TJMS-2015) (TRF1-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (DPEBA-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJPR-2017) (DPU-2017) (MPBA-2010/2018)
(DPERS-2018) (PGEPE-2018) (TJAC-2019) (TJSP-2009/2021) (DPEPB-2022)

Súmula 624-STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de
segurança contra atos de outros tribunais.

(TJRJ-2011-VUNESP): Na hipótese de um Deputado Federal e um membro do Tribunal de Contas do


Estado serem pacientes do habeas corpus, a competência originária para processar e julgar esse remédio
constitucional será, respectivamente do STF e do STJ. BL: art. 102, I “d” e art. 105, I, “c”, CF.

(TJPA-2009-FGV): Caio Túlio, brasileiro, casado, economista, residente à Rua do Bispo nº 01, Belém/PA,
pretende candidatar-se ao cargo de Procurador da República, sem que ter concluído o tempo de
atividade jurídica exigido após a EC nº 45, que incluiu tal requisito. O edital do concurso foi redigido em
obediência à decisão do CNMP. A autoridade coatora indicada foi o Procurador-Geral da República. A
medida liminar foi deferida e o candidato obteve aprovação em todas as fases do concurso público. A
decisão final do Tribunal competente concluiu que não houve a caracterização de ato abusivo ou ilegal
por parte da autoridade indicada no mandamus. Observado o enunciado acima, analise a afirmativa a
seguir: Sendo a autoridade impetrada o Procurador-Geral da República, o órgão competente para
julgamento seria o STF. BL: art. 102, I “d”, CF. (proc. civil)

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito


Federal ou o Território; (PGECE-2008) (PCPB-2009) (TJSC-2010) (PCAP-2010) (AGU-2010) (MPMG-2011)
(MPMS-2011) (PCSP-2012) (TRF1-2013) (TRF5-2013) (TRF4-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PCPI-2014) (TJMS-
2015) (TJGO-2015) (PGERS-2015) (TRT21-2015) (MPPR-2017) (MPSC-2019)

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e
outros, INCLUSIVE as respectivas entidades da ADMINISTRAÇÃO INDIRETA; (MPRO-2008) (PGECE-
2008) (PGEPB-2008) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (PGEAL-2009) (PCPB-2009) (MPT-2009) (TJSC-2010) (TJPR-
2010) (AGU-2010) (TJRO-2011) (MPMS-2011) (PCMG-2011) (MPSC-2012) (PCRJ-2012) (TRF5-2009/2011/2013)
(MPMG-2013) (DPERR-2013) (MPF-2013) (MPGO-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGERN-2014) (TJMS-2015)
(TRT21-2015) (TJDFT-2014/2016) (TRF2-2014/2017) (MPBA-2018) (PGESP-2018) (TJAC-2019) (Anal. Judic./TRF3-
2019)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Não compete ao STF julgar ação proposta contra a União e o Banco do
Brasil para obrigar que a instituição financeira cumpra lei estadual que determina o repasse de parte
dos valores dos depósitos judiciais para o caixa único do Estado. Trata-se de controvérsia meramente
patrimonial, não justificando sequer a presença da União no polo passivo. STF. Plenário. ACO 989/BA,

374
Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2019 (Info 951).

##Atenção: ##STF: ##DOD: Compete ao STF processar e julgar “as causas e os conflitos entre a União
e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da
administração indireta” (art. 102, I, “f”, CF/88). O STF confere interpretação restritiva a esse
dispositivo e entende que, para se caracterizar a hipótese do art. 102, I, “f”, da CF/88 é indispensável
que, além de haver uma causa envolvendo União e Estado, essa demanda tenha densidade suficiente
para abalar o pacto federativo. Em outras palavras, não é qualquer causa envolvendo União contra
Estado que irá ser julgada pelo STF, mas somente quando essa disputa puder resultar em ofensa às
regras do sistema federativo. Configura conflito federativo a ação na qual a União e o Estado-membro,
em polos antagônicos, discutem se determinado projeto se enquadra como atividade de transporte de
gás canalizado (art. 177, IV, da CF/88) ou fornecimento de gás canalizado (art. 25, § 2º). STF. 2ª T. Rcl
4210/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 26/3/19 (Info 935).

##Atenção: ##STF: ##TRF2-2014/2017: ##PGESP-2018: ##VUNESP: A regra de competência originária


prevista no art. 102, I, “f”, da CF/1988 somente se verifica nos casos em que se divisa potencialidade
lesiva apta a vulnerar a harmonia do pacto federativo. Precedentes: Rcl 3152, Rel. Min. Cármen Lúcia,
Dje 13.03.09; RE 512468 AgR, Rel. Min. Eros Grau, DJe 06.06.08; ACO 359 QO, Rel. Min. Celso de Mello,
DJ 11.03.94; ACO 1295 AgR-segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, Tribunal Pleno, DJe 02.12.10. A mera
existência de demandas – ação anulatória e ações civis públicas - em que discutidos os requisitos e a
atribuição para a condução de licenciamento ambiental de empreendimento turístico de interesse da
agravante, porque insuscetível de abalar o equilíbrio do pacto federativo, não é hábil a atrair a
competência originária deste STF. STF. Plenário. Rcl 15293 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, j. 10/04/14.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF5-2013: ##TRF2-2017: ##CESPE: Para se caracterizar a hipótese do


art. 102, I, “f”, da CF/88, é indispensável que, além de haver uma causa envolvendo União e Estado/DF
ou Estado contra Estado, essa demanda deve ter densidade suficiente para abalar o pacto federativo.
Diferença entre conflito entre entes federados e conflito federativo: enquanto no primeiro, pelo
prisma subjetivo, observa-se a litigância judicial promovida pelos membros da Federação, no
segundo, para além da participação desses na lide, a conflituosidade da causa importa em potencial
desestabilização do próprio pacto federativo. Há, portanto, distinção de magnitude nas hipóteses
aventadas, sendo que o legislador constitucional restringiu a atuação da Corte à última delas, nos
moldes fixados na CF/88, e não incluiu os litígios e as causas envolvendo Municípios como
ensejadores de conflito federativo apto a exigir a competência originária da Corte. STF. Plenário. ACO
1.295-AgR-segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 14/10/10.

##Atenção: ##STF: ##DOD: Quadro-resumo:


Mero conflito entre entes federados Conflito federativo
Trata-se da disputa judicial envolvendo União (ou Trata-se da disputa judicial envolvendo União (ou
suas entidades) contra Estado-membro (ou suas suas entidades) contra Estado-membro (ou suas
entidades). entidades) e que, em razão da magnitude do tema
discutido, pode gerar uma desestabilização do
próprio pacto federativo.
Em regra, é julgado pelo juiz federal de 1ª instância. É julgado pelo STF (art. 102, I, “f” da CF/88).

##Atenção: ##MPGO-2013: ##TRF2-2017: O art. 102, I, “f” da CF trata do processo e julgamento,


originariamente, dos litígios federativos, ou seja, das causas e dos conflitos entre determinados entes
federados (União, Estados-membros e Distrito Federal), inclusive as respectivas entidades da
administração indireta. Desse modo, será o STF competente quando o conflito for um dos seguintes: 84

União
X
Estado-membro

Estado-membro Estado-membro
X X
Estado-membro STF Distrito Federal

União
X
Distrito Federal

84
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 3ª Ed., Editora Juspodivm, 2015, pp. 926-927.
375
##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##CESPE: COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA. CONFLITO ENTRE
AUTARQUIA FEDERAL E ESTADO-MEMBRO. AUSÊNCIA DE RISCO AO PACTO FEDERATIVO.
INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 102, I, "F", DA CB/88. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.
1. O STF fixou entendimento no sentido de que a competência originária que lhe é atribuída pelo
artigo 102, I, "f", da CF/1988, tem caráter de absoluta excepcionalidade, restringindo-se a sua incidência
às hipóteses de litígios cuja potencialidade ofensiva revele-se apta a vulnerar a harmonia do pacto
federativo. Precedentes. 2. Incompetência deste STF para processar e julgar, originariamente, causas
entre Estado-membro e autarquia federal com sede ou estrutura regional de representação no
território estadual respectivo. Competência da Justiça Federal. Precedentes. Agravo regimental a que
se nega provimento. STF. 2ª T., RE 512468 AgR, Rel. Eros Grau, j. 13/05/08.

##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##MPF-2013: ##PGRN-2014: ##TRT21-2015: ##CESPE: ##FCC:


CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA. STF. AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. ART. 102, I, "F", DA
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - EBCT.
EMPRESA PÚBLICA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POSTAL E CORREIO AÉREO NACIONAL.
SERVIÇO PÚBLICO. ART. 21, X, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A prestação do serviço postal
consubstancia serviço público [art. 175 da CB/88]. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é uma
empresa pública, entidade da Administração Indireta da União, como tal tendo sido criada pelo
decreto-lei nº 509, de 10 de março de 1969. 2. O Pleno do Supremo Tribunal Federal declarou, quando
do julgamento do RE 220.906, Relator o Ministro MAURÍCIO CORRÊA, DJ 14.11.2002, à vista do
disposto no artigo 6o do decreto-lei nº 509/69, que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é
"pessoa jurídica equiparada à Fazenda Pública, que explora serviço de competência da União (CF,
artigo 21, X)". 3. Impossibilidade de tributação de bens públicos federais por Estado-membro, em
razão da garantia constitucional de imunidade recíproca. 4. O fato jurídico que deu ensejo à causa é a
tributação de bem público federal. A imunidade recíproca, por sua vez, assenta-se basicamente no
princípio da Federação. Configurado conflito federativo entre empresa pública que presta serviço
público de competência da União e Estado-membro, é competente o STF para o julgamento da ação
cível originária, nos termos do disposto no art. 102, I, "f", da CF/1988. 5. Questão de ordem que se
resolve pelo reconhecimento da competência do STF para julgamento da ação. STF. Plenário. ACO 765
QO, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Ac. Eros Grau, j. 01/06/05.
(AGU-2010-CESPE): Com relação às competências do STF, do STJ e da justiça federal, julgue o item
seguinte: O STF reconhece sua competência originária para julgar ação judicial tendo como partes entidade
da administração indireta federal, de um lado, e estado-membro, de outro, na hipótese de discussão acerca
de imunidade recíproca. BL: Entende. Jurisprud.
##Atenção: O STF é o guardião da CF/88, fundamental para a harmonia da Federação brasileira. Não
obstante sua competência de processar e julgar, originariamente, as causas e os conflitos entre a União e os
Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da
administração indireta, conforme previsto no art. 102, I, “f”, da CF/88, este Tribunal entende que, nestas
hipóteses, só deve atuar quando tenha potencialidade para lesionar o pacto federativo; caso contrário, a
competência incide na esfera da Justiça Federal. No caso em questão, a imunidade recíproca está contida no
princípio da federação e qualquer litígio que envolva esta matéria pode ocasionar danos à Federal e,
portanto, configura competência do STF.

(PGESP-2012-FCC): A ação judicial envolvendo duas pessoas jurídicas de direito público de esferas
diversas de poder e que implique conflito federativo será processada e julgada pelo STF. BL: art. 102, I
“f”, CF.

##Atenção: ##DOD: Podemos imaginar as seguintes situações que serão de competência do STF com
base na previsão acima:
a) União contra Estado(s);
b) União contra Distrito Federal;
c) Estado(s) contra Estado(s);
d) Estado(s) contra Distrito Federal.

##Atenção: ##DOD: Não importa quem seja o autor ou o réu; se as partes acima estiverem em polos
antagônicos, estará preenchida a hipótese do art. 102, I, “f”.

##Atenção: ##DOD: A ação poderá envolver a administração direta ou indireta da União, Estados ou
DF. Ex: uma ação judicial do IPHAN (autarquia federal) contra o Estado do Amazonas (STF Rcl
12957/AM).

376
g) a extradição SOLICITADA por Estado estrangeiro; (TRF5-2009) (PCPB-2009) (MPMG-2010) (PCAP-
2010) (TJPR-2013) (TRF2-2014) (PCDF-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (Anal. Judic./TRF3-2019) (MPDFT-2021)

h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

i) o HABEAS CORPUS, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente
FOR autoridade ou funcionário cujos atos ESTEJAM SUJEITOS diretamente à JURISDIÇÃO do
Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999) (PCRN-2009) (MPMG-2011) (TJPA-2012) (TJDFT-
2014) (MPAC-2014) (TRT8-2015) (DPEBA-2016) (TRF4-2016) (DPU-2017)

(MPSC-2012): Ao STF cabe processar e julgar, originariamente, o habeas corpus quando o coator ou o
paciente for funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do STF. BL: art. 102, I, “i”,
CF.

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2016: Ao STF compete exercer, originariamente, o controle jurisdicional


sobre atos de comissão parlamentar de inquérito que envolvam ilegalidade ou ofensa a direito
individual, dado que a ele compete processar e julgar habeas-corpus e mandado de segurança contra
atos das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, art. 102, I, i, da CF/1988, e a comissão
parlamentar de inquérito procede como se fora a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal ou o
Congresso Nacional. Construção constitucional consagrada, MS 1959, de 1953 e HC 92.678, de 1953 .
STF. Plenário. HC 71039, Rel. Paulo Brossard, j. 07/04/94.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Compete ao STF o controle jurisdicional dos atos de Comissão
Parlamentar de Inquérito que envolvam ilegalidade ou ofensa a direitos individuais, na medida em que a
Comissão Parlamentar de Inquérito procede como se fosse a Câmara dos Deputados, o Senado Federal ou o
Congresso Nacional como um todo. BL: art. 102, I, “i”, CF e Entend. Jurisprud.

j) a REVISÃO CRIMINAL e a AÇÃO RESCISÓRIA de seus julgados; (TJPR-2008) (MPPR-2014)


(TJRR-2015)

l) a RECLAMAÇÃO para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas


decisões; (MPRO-2008) (PGEAL-2009) (MPMS-2011) (DPEPR-2012) (DPESC-2012) (TJAM-2013) (MPGO-
2013) (MPPE-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJDFT-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRT16-2015)
(MPF-2017)

m) a EXECUÇÃO DE SENTENÇA nas causas de sua competência originária, FACULTADA a


delegação de atribuições para a prática de atos processuais; (TRF2-2011) (TRT8-2015)

n) a AÇÃO em que todos os membros da magistratura SEJAM direta ou indiretamente


interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem ESTEJAM impedidos
ou SEJAM direta ou indiretamente interessados; (PGECE-2008) (PGEPB-2008) (TJPR-2011) (MPMG-2013)
(MPRO-2013) (DPERR-2013) (MPM-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (TRT1-2015) (TRT8-2015) (TJDFT-2014/2016)
(TRF4-2016) (Cartórios/TJRJ-2017) (PCMS-2017) (TRT/Unificado-2017) (PCPI-2018) (TJAC-2019) (TJPA-2019)
(Anal. Judic./TRF3-2019) (PGERS-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Compete ao STF julgar a apelação criminal interposta contra sentença de
1ª instância caso mais da metade dos membros do Tribunal de Justiça estejam impedidos ou sejam
interessados (art. 102, I, “n”, CF/88). STF. 2ª T. AO 2093/RN, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 3/9/19 (Info
950).

##Atenção: ##STF: ##DOD: Compete ao STF julgar mandado de segurança impetrado pelo Tribunal
de Justiça contra ato do Governador do Estado que atrasa o repasse do duodécimo devido ao Poder
Judiciário. Nesta hipótese, todos os magistrados do TJ possuem interesse econômico no julgamento do
feito, uma vez que o pagamento dos subsídios está condicionado ao cumprimento do dever
constitucional de repasse das dotações consignadas ao Poder Judiciário estadual pelo chefe do Poder
Executivo respectivo. Logo, a situação em tela se amolda ao art. 102, I, "n", da CF/88. STF. 1ª T. MS
34483-MC/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 22/11/16 (Info 848).

377
##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF tem competência para processar e julgar causas em que se discute
prerrogativa dos juízes de portar arma de defesa pessoal, por se tratar de ação em que todos os
membros da magistratura são direta ou indiretamente interessados (art. 102, I, “n”, CF/88). STF.
Plenário. Rcl 11323 AgR/SP, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ ac. Min. Teori Zavascki, j. 22/4/15 (Info
782).

o) os CONFLITOS DE COMPETÊNCIA entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer


tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; (MPRO-2008) (DPECE-
2008) (PGECE-2008) (TRF5-2009) (TJPB-2011) (MPCE-2011) (PCMG-2011) (MPRR-2012) (PGESP-2012) (MPT-
2012) (DPERR-2013) (TRT8-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (TJAC-2019) (MPDFT-2021)

##Atenção: Compete ao STF resolve os conflitos de competência entre o STJ e quaisquer tribunais, entre
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal.

p) o PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR das ações diretas de inconstitucionalidade; (MPSC-2012)


(TJMT-2014)

(TJMT-2014-FMP): É possível a concessão de medida liminar nas ações diretas de inconstitucionalidade


de lei ou ato normativo federal. BL: art. 10, Lei 9868/99 e art. 102, I, “p”, CF.

q) o MANDADO DE INJUNÇÃO, quando a elaboração da norma regulamentadora FOR


atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos
Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal; (TJPI-2012) (PGEPA-2012) (PGESP-2012)
(AGU-2013) (TJMT-2014) (DPEBA-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (DPEPE-2018) (TJAC-2019) (Anal.
Judic./TRF3-2019)

(AGU-2013-CESPE): Ainda sobre a organização e o funcionamento de diversas instituições públicas


brasileiras, julgue o item seguinte: Compete ao STF processar e julgar originariamente o mandado de
injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do TCU.. BL: art. 102, I, “q”, CF.

r) as ações CONTRA o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério


Público; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2007) (MPPE-2008) (PGECE-2008) (TJSP-
2008/2009) (DPU-2010) (MPCE-2011) (DPEMA-2011) (MPPI-2012) (PGEPA-2012) (PGESP-2012) (TJRN-2013)
(DPEPR-2014) (PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (DPEES-2016) (TJPR-2017)
(DPESC-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (TJCE-2012/2018) (Anal./MPU-2018) (PGEPB-2021) (TJMA-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEPB-2021: ##TJMA-2022: ##CESPE: Compete ao STF processar e


julgar originariamente ações propostas contra o CNJ e contra o CNMP no exercício de suas atividades-
fim: Nos termos do art. 102, I, “r”, da CF/88, é competência exclusiva do STF processar e julgar,
originariamente, todas as ações ajuizadas contra decisões do Conselho CNJ e do CNMP proferidas no
exercício de suas competências constitucionais, respectivamente, previstas nos arts. 103-B, § 4º, e 130-
A, § 2º, da CF/88. STF. Plenário. Pet 4770 AgR/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 18/11/20 (Info 1000).
STF. Plenário. Rcl 33459 AgR/PE, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, j. 18/11/20 (Info 1000).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O art. 102, I, “r”, da CF não restringiu a competência para
determinadas ações: A CF determina que o STF julgue as ações propostas contra o CNJ e CNMP, não
havendo, no art. 102, I, “r”, nenhuma restrição ou diferenciação quanto ao instrumento processual a ser
utilizado. Quando a CF/88 quis restringir a competência do STF para determinados tipos de “ação”, ela o
fez expressamente, como é o caso do art. 102, I, “d”. Na alínea “r” não houve, portanto, nenhuma restrição,
razão pela qual não se deve fazer essa interpretação restritiva.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Isso não significa que o STF vá julgar toda e qualquer ação
ordinária contra os Conselhos, mas apenas quando o CNJ ou o CNMP atuar no exercício de suas
competências: Vimos que a alínea “r” é ampla, não diferenciando o tipo de ação. Logo, aquela distinção
antiga que era feita entre o instrumento processual (se ação ordinária ou ação tipicamente constitucional),
não faz sentido e foi abandonada. A despeito disso, o STF afirmou que ele não irá julgar toda e qualquer
ação ordinária contra atos daqueles conselhos constitucionais. A regra de competência deve ser interpretada
de acordo com os fins que justificaram a inclusão dessa alínea “r” pela EC 45/04. A competência do STF
para julgar ações contra o CNJ e CNMP somente se justifica se o ato praticado tiver um cunho finalístico,
estando relacionado com os objetivos precípuos que justificaram a criação dos conselhos, a fim de garantir

378
uma proteção institucional a eles. A outorga da atribuição ao STF para processar e julgar ações contra os
Conselhos é mecanismo constitucional delineado pelo legislador com o objetivo de proteger e viabilizar a
atuação desses órgãos de controle. A realização da missão constitucional ficaria impossibilitada ou
seriamente comprometida se os atos por eles praticados estivessem sujeitos ao crivo de juízos de primeira
instância. Não raramente, a atuação do CNJ recai sobre questões locais delicadas e que mobilizam diversos
interesses. O distanciamento das instâncias de controle jurisdicional é elemento essencial para o
desempenho apropriado das funções. Ademais, o órgão de controle atua em questões de abrangência
nacional que demandam tratamento uniforme e ação coordenada. Por essa razão, não poderiam ser
adequadamente enfrentadas por juízos difusos. A submissão de atos do CNJ à análise de órgãos
jurisdicionais distintos do STF representaria a subordinação da atividade da instância fiscalizadora aos
órgãos e agentes públicos por ele fiscalizados, o que subverte o sistema de controle proposto
constitucionalmente. Deve ser mantida a higidez do sistema e preservada a hierarquia e a autoridade do
órgão de controle. Desse modo, compete ao STF julgar todas as ações ajuizadas contra decisões do
Conselho CNJ e do CNMP (não importando se ações ordinárias ou writs constitucionais), mas desde que
proferidas no exercício de suas competências constitucionais, o que está previsto nos arts. 103-B, § 4º, e
130-A, § 2º, da CF/88.

##Atenção: ##STF: ##DOD: Decisões administrativas do CNJ devem ser cumpridas mesmo que exista
decisão judicial em sentido contrário proferida por outro órgão judiciário que não seja o STF: O art. 106
do Regimento Interno do CNJ prevê o seguinte: “Art. 106. O CNJ determinará à autoridade
recalcitrante, sob as cominações do disposto no artigo anterior, o imediato cumprimento de decisão ou
ato seu, quando impugnado perante outro juízo que não o Supremo Tribunal Federal.” O STF afirmou
que essa previsão é constitucional e decorre do exercício legítimo de poder normativo atribuído
constitucionalmente ao CNJ, que é o órgão formulador da política judiciária nacional. Assim, o CNJ
pode determinar à autoridade recalcitrante o cumprimento imediato de suas decisões, ainda que
impugnadas perante a Justiça Federal de primeira instância, quando se tratar de hipótese de
competência originária do STF. STF. Plenário. ADI 4412/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 18/11/20 (Info
1000).

##Atenção: ##PGECE-2008: ##MPPI-2012: ##PGESP-2012: ##DPEPR-2014: ##PGM-Recife/PE-2014:


##DPEPE-2015: ##TJDFT-2016: ##TJCE-2018: ##TJRS-2018: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: CNJ.
Órgão de natureza exclusivamente administrativa. Atribuições de controle da atividade
administrativa, financeira e disciplinar da magistratura. Competência relativa apenas aos órgãos e
juízes situados, hierarquicamente, abaixo do STF. Preeminência deste, como órgão máximo do Poder
Judiciário, sobre o Conselho, cujos atos e decisões estão sujeitos a seu controle jurisdicional.
Inteligência dos arts. 102, caput, I, r, e 103-B, § 4º, da CF. O CNJ não tem nenhuma competência sobre
o STF e seus ministros, sendo este o órgão máximo do Poder Judiciário nacional, a que aquele está
sujeito. (ADI 3.367, rel. min. Cezar Peluso, j. 13-4-2005, P, DJ de 22-9-2006). A propósito, registre-se
seguinte do referido trecho do histórico voto preferido pelo e. Min. Cesar Peluso, relator da ADI 3367:
“Como consectário do princípio da unidade do Judiciário como Poder nacional, o Conselho [CNJ] recebeu
ainda competência de reexame dos atos administrativos dos órgão judiciais inferiores, ou seja, o poder
de controle interno da constitucionalidade e legitimidade desses atos Ora, tal competência em nada
conflita com as competências de controle exterior e posterior, atribuídas ao Legislativo e aos tribunais
de contas”.
(TJRS-2018-VUNESP): Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre o Conselho Nacional de
Justiça: O Conselho Nacional de Justiça não tem nenhuma competência sobre o STF e seus ministros, sendo
esse o órgão máximo do Poder Judiciário nacional, a que aquele está sujeito. BL: arts. 102, caput, I, “r” e art.
103-B, §4º, CF e ADI 3367, STF.
(DPEPE-2015-CESPE): Com relação ao Conselho Nacional de Justiça, julgue o seguinte item: O Conselho
Nacional de Justiça não tem qualquer competência sobre o STF e seus ministros. BL: arts. 102, caput, I, “r” e
art. 103-B, §4º, CF e ADI 3367, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: A competência para julgar mandados de segurança impetrados contra o
CNJ e o CNMP é do STF (art. 102, I, “r”, CF/88). Algumas vezes o interessado provoca o CNJ ou o
CNMP, mas tais órgãos recusam-se a tomar alguma providência no caso concreto porque alegam que
não tem competência para aquela situação ou que não é hipótese de intervenção. Nessas hipóteses,
dizemos que a decisão do CNJ ou CNMP foi “NEGATIVA” porque ela nada determina, nada aplica,
nada ordena, nada invalida. Nesses casos, a parte interessada poderá impetrar MS contra o CNJ/CNMP
no STF? NÃO. O STF não tem competência para processar e julgar ações decorrentes de decisões
negativas do CNMP e do CNJ. Segundo entende o STF, como o conteúdo da decisão do CNJ/CNMP foi
“negativo”, ele não decidiu nada. Se não decidiu nada, não praticou nenhum ato. Se não praticou
nenhum ato, não existe ato do CNJ/CNMP a ser atacado no STF. STF. 1ª Turma. MS 33163/DF, rel. orig.
Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, j. 5/5/15 (Info 784).
379
II - JULGAR, em RECURSO ORDINÁRIO:

a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção DECIDIDOS


EM ÚNICA INSTÂNCIA pelos Tribunais Superiores [obs.: STJ, TST, STM e TSE], SE DENEGATÓRIA a
decisão; (MPRO-2008/2010) (MPPB-2010) (MPSC-2012) (MPMG-2012) (DPESE-2012) (TJSC-2013)
(DPERR-2013) (TRF1-2013) (TJMT-2014) (PCDF-2015) (TJRS-2016) (MPBA-2010/2018) (PGESP-2018) (TJRJ-
2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPCE-2020) (PF-2021)

(TRF4-2014): Nos mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, só cabe
recurso ordinário quando for denegatória a decisão, cabendo, nas hipóteses de concessão, recurso
extraordinário, desde que preenchidos os seus pressupostos. BL: art. 102, II, “a” e III, CF. (proc. civil)

(MPSC-2013): Serão julgados em recurso ordinário pelo STF, os mandados de segurança, os habeas data
e os mandados de injunção decididos em única instância pelos Tribunais superiores, quando denegatória
a decisão. BL: art. 102, II, “a”, CF. (proc. civil)

b) o crime político; (PCRN-2009) (MPPR-2011) (MPSC-2012) (TRF1-2013) (PCDF-2015) (MPF-2015)


(MPBA-2018) (PGM-Recife/PE-2022)

III - JULGAR, mediante RECURSO EXTRAORDINÁRIO, as causas decididas em única ou última


instância, quando a decisão recorrida: (TJAP-2009) (PCPB-2009) (MPMG-2011) (MPPB-2011) (TJPI-2012)
(MPAL-2012) (MPAP-2012) (PCRJ-2012) (PFN-2012) (MPPR-2013) (MPF-2013) (TJSP-2014) (MPGO-2014)
(PGEMS-2014) (PCTO-2014) (TRT6-2015) (MPT-2015) (DPESC-2012/2017) (PCAP-2017) (TRT/Unificado-2017)
(MPBA-2018) (Anal. Judic./TRF4-2019)

##Atenção: ##STJ: ##MPPR-2019: (...) A análise de suposta ofensa a dispositivos constitucionais


compete exclusivamente ao STF, nos termos do art. 102, III, da CF/1988, sendo defeso o seu exame, no
âmbito do Recurso Especial, sob pena de invasão da competência do STF. STJ. 6ª T., AgRg no REsp
1267786/SC, Rel. Min. Assusete Magalhães, j. 06/08/13.

a) CONTRARIAR dispositivo desta Constituição; (PCPB-2009) (MPPB-2011) (MPAL-2012) (MPAP-


2012) (DPESE-2012) (TJSP-2014) (TJPR-2014) (MPGO-2014) (MPMA-2014) (MPPR-2019) (Anal. Judic./TRF4-
2019)

b) DECLARAR a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; (PCPB-2009) (MPMG-2010) (MPPB-


2011) (MPAP-2012) (MPMT-2012) (MPF-2013) (TJPR-2014) (MPGO-2014) (DPERO-2017) (MPBA-2018)

c) JULGAR VÁLIDA lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. (PCPB-
2009) (MPPB-2011) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (TRF3-2013) (TJPR-2014) (MPGO-2014) (TRF2-2014) (DPESP-
2015) (MPBA-2018)

d) JULGAR VÁLIDA lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2007) (DPEMS-2008) (PCPB-2009) (MPCE-2011) (MPMG-2011) (MPPB-
2011) (MPAP-2012) (PCRJ-2012) (PFN-2012) (TJPR-2014) (TJPA-2014) (TJSP-2014) (MPGO-2014) (DPEGO-
2014) (TRF2-2014) (TJGO-2015) (DPEPA-2015) (DPESP-2015) (MPT-2015) (DPESC-2012/2017) (MPBA-
2018)

(TJSP-2014-VUNESP): Assinale, dentre as opções seguintes, aquela que contém modelo de decisão
impugnável por recurso extraordinário, segundo a CF/88: Decisão colegiada do Tribunal de Justiça que
julgar válida lei local contestada em face de lei federal. BL: art. 102, III, “d”, CF.

(DPESC-2012-FEPESE): O STF é competente para: julgar válida lei local contestada em face de lei
federal. BL: art. 102, III, “d”, CF. (proc. civil)

(MPMG-2011): Concedida a ordem no mandado de segurança – em cujo feito foi considerada inválida lei
local contestada em face de lei federal – e interposto recurso de apelação, o Tribunal de Justiça, por

380
maioria, reformou a sentença. Indaga-se: qual o meio processual adequado para a impugnação do
respectivo acórdão? Recurso extraordinário. BL: art. 102, III, “d”, CF.

##Atenção: Em outras palavras, pode-se dizer o seguinte: O TJ, ao reformar a sentença em sede de
apelação, inverteu a decisão prolatada no mandado de segurança, daí a conclusão de que julgou "válida
lei local contestada em face de lei federal", cabendo, neste caso, o Recurso Extraordinário.

##Dica2:
 LEI X LEI (lei local X lei federal) = STF = REXT.
 LEI X ATO ( lei federal X ato de governo local) = STJ

##Dica2:
 RESP: STJ : Julgar ato de governo local contestado em face de lei federal.
 REXT: STF : julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

§ 1º. A ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL, decorrente desta


Constituição, SERÁ APRECIADA pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. (Transformado do
parágrafo único em § 1º pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93) (MPPE-2008) (PGEPB-2008) (DPEMA-
2009) (DPEMT-2009) (DPESP-2009) (PGEAM-2010) (TJPB-2011) (PGEPR-2011) (TJDFT-2012) (MPAL-2012)
(MPTO-2012) (DPERO-2012) (MPMS-2013) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPAM-2015) (DPEPA-2015)
(DPERN-2015) (TRT1-2015) (PGEMA-2016) (TRT2-2016) (DPEAL-2017) (MPF-2017) (MPMG-2010/2018)
(TRF2-2014/2018) (MPBA-2018) (DPEAM-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPSP-
2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TJPR-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Contribuição da @mafaldaleitora: Cabe ADPF para declarar a


constitucionalidade de dispositivo de lei cuja eficácia já foi exaurida. Dado o seu perfil subsidiário, a
ADPF se apresenta como medida processual mais adequada para afirmar a constitucionalidade do art.
38 da Lei 8.880/94, dispositivo de natureza transitória e de eficácia já exaurida que instrumentalizou a
instituição do Plano Real. STF. Plenário. ADPF 77/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 16/5/19 (Info 940).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Contribuição da @mafaldaleitora: É possível que seja celebrado um


acordo no bojo de uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF)? SIM. É
possível a celebração de acordo num processo de índole objetiva, como a ADPF, desde que fique
demonstrado que há no feito um conflito intersubjetivo subjacente (implícito), que comporta solução
por meio de autocomposição. Vale ressaltar que, na homologação deste acordo, o STF não irá
chancelar ou legitimar nenhuma das teses jurídicas defendidas pelas partes no processo. O STF irá
apenas homologar as disposições patrimoniais que forem combinadas e que estiverem dentro do
âmbito da disponibilidade das partes. A homologação estará apenas resolvendo um incidente
processual, com vistas a conferir maior efetividade à prestação jurisdicional. STF. Plenário. ADPF
165/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 1º/3/18 (Info 892).

(MPRS-2016): Consoante preceituam os arts. 102 e 103 da Carta da República, assinale a alternativa
CORRETA: A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente da Constituição
Federal, será apreciada pelo STF, na forma da lei. BL: art. 102, §1º, CF. [adaptada]

§ 2º As DECISÕES DEFINITIVAS DE MÉRITO, PROFERIDAS pelo Supremo Tribunal Federal,


nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade
PRODUZIRÃO EFICÁCIA CONTRA TODOS e EFEITO VINCULANTE, relativamente aos demais
órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJMG-2005) (MPMT-2008) (TJSC-2009)
(DPESP-2009) (PCPB-2009) (PCRJ-2009) (AGU-2009) (DPEBA-2010) (PCAP-2010) (TJRO-2011) (MPSP-
2011) (TJCE-2012) (TJRJ-2012) (MPTO-2012) (DPEPR-2012) (PGEMG-2012) (PCGO-2012) (PCPA-2012)
(MPGO-2013) (MPMS-2013) (DPETO-2013) (TRF2-2013) (TRF3-2013) (PGEGO-2013) (MPF-2013) (MPT-
2013/2015) (PGEPR-2015) (TRT1-2015) (PFN-2015) (TJRS-2009/2016) (MPSC-2010/2016) (MPRS-2016) (PGEMS-
2016) (DPEPR-2017) (DPESC-2017) (MPMG-2011/2018) (DPEAM-2018) (DPERS-2018) (Anal.
Judic./STJ-2018) (Cartórios/TJRS-2015/2019) (TJAL-2019) (PGEPA-2011/2022)

(PGEPA-2022-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca do controle de constitucionalidade: As decisões


381
definitivas de mérito proferidas pelo STF nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações
declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente
aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal. BL: art. 102, §2º, CF.

(MPMG-2018): É correto afirmar que as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ações
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade, produzirão eficácia
contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. BL: art. 102, §2º, CF.

(DPESC-2017-FCC): As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ações diretas de
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e
efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. BL: art. 102, §2º, CF.

##Atenção: De acordo com a jurisprudência do STF, as decisões definitivas de mérito, por ele proferidas
nas ações diretas de inconstitucionalidade, produzem eficácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e aos do Poder Executivo, quando proferidas após a
vigência da EC n.º 3, de 17.03.93. Em outras palavras, o efeito vinculante veio com a EC 45/04, mas o
STF, desde a EC 03/93, que criou a ADC com eficácia erga omnes e efeito vinculante, já entendia que a
ADIN e ADC eram ações de sinais trocados e tinham a mesma natureza, por conta desse entendimento o
efeito vinculante da ADC foi estendido à ADIN.

§ 3º No recurso extraordinário o recorrente DEVERÁ DEMONSTRAR a REPERCUSSÃO GERAL


das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a
admissão do recurso, SOMENTE PODENDO RECUSÁ-LO pela manifestação de dois terços de seus
membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPCE-2009) (PCPB-2009) (PCRJ-2009) (AGU-
2009) (MPSC-2010) (TJRO-2011) (TJRJ-2012) (TJGO-2012) (TJDFT-2012) (MPAP-2012) (MPGO-2013) (PGEGO-
2013) (TJPR-2014) (TJSP-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014) (PFN-2015) (TRT/Unificado-2017)
(MPBA-2018) (DPERS-2018) (Anal. Judic./TRF3-2019)

(TJSP-2014-VUNESP): Assinale a opção correta a respeito da repercussão geral das questões


constitucionais discutidas em recurso extraordinário: A repercussão geral deve ser demonstrada pelo
recorrente em preliminar de recurso extraordinário, e o STF só pode inadmitir o recurso pela
manifestação de dois terços de seus membros. BL: art. 102, §3º, CF.

##Atenção: Segundo o art. 543-A, § 2º, CPC/73, o recorrente deveria arguir obrigatoriamente em
preliminar de recurso extraordinário a existência da repercussão geral das questões constitucionais nele
versadas, demonstrando a relevância dessa questão do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, ou ainda a circunstância de essas questões ultrapassarem os interesses subjetivos da causa;
elementos alternativos para configurar a repercussão geral. Todavia, no § 2.º do art. 1.035, do Novo CPC,
ainda que seja mantida a exigência de demonstração da existência de repercussão geral pelo
recorrente, é suprimida a previsão de que tal demonstração seja elaborada como preliminar do
recurso. Pode-se argumentar que a mudança tem pouca repercussão prática, porque o recorrente
continua obrigado a demonstrar a repercussão geral, podendo fazê-lo em parte final do recurso
extraordinário – o que sempre pareceu mais lógico, considerando-se que a repercussão geral é
demonstrada pelas razões recursais – e não mais em sede preliminar. (Fonte: Daniel Amorim Assumpção
Neves – Manual Direito Processual Civil – Vol. Único – 8 ed., 2016). Embora o novo CPC tenha
suprimido a exigência da demonstração da repercussão geral, no recurso extraordinário, em preliminar
de recurso, o Regimento Interno do STF manteve a previsão, no seu art. 327, que dispõe o seguinte: “A
Presidência do Tribunal recusará recursos que não apresentem preliminar formal e fundamentada de repercussão
geral, bem como aqueles cuja matéria carecer de repercussão geral, segundo precedente do Tribunal, salvo se a tese
tiver sido revista ou estiver em procedimento de revisão”. No entanto, temos um Enunciado do FPPC em
sentido contrário, vejamos: “Enunciado 224 - FPPC - (art. 1.035, § 2º) A existência de repercussão geral terá de
ser demonstrada de forma fundamentada, sendo dispensável sua alegação em preliminar ou em tópico específico.
(Grupo: Recursos Extraordinários)”.

Art. 103. PODEM PROPOR a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJGO-2009) (MPSP-2010)
(DPESC-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (MPT-2013) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014)

382
(Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PCPA-2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018)
(PGESP-2018)

I - o Presidente da República; (TJSC-2009) (PCRJ-2009) (PGEAM-2010) (TJPR-2012) (DPESC-2012)


(DPESP-2012) (PGEAC-2012) (PCBA-2013) (MPT-2013) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014)
(Cartórios/TJSP-2014) (PCPI-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PCPA-2016) (PCPE-2016)
(MPPR-2008/2014/2017) (PGESC-2014/2018) (MPBA-2018) (MPMG-2018) (PGESP-2018) (PCES-2019) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

(PCPR-2007-UFPR): Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


constitucionalidade as pessoas e órgãos adiante nominados, exceto o Vice-Presidente da República.

II - a Mesa do Senado Federal; (TJSC-2009) (PCAP-2010) (TJPR-2012) (TJBA-2012) (DPEMS-2012)


(DPESC-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (DPERR-2013) (PCBA-2013) (MPT-2013) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJSP-2014) (PCPI-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (PCPA-2016)
(PCPE-2016) (MPPR-2008/2014/2017) (PGESC-2014/2018) (PGESP-2018) (PCES-2019) (PGM-Florianópolis/SC-
2022)

III - a Mesa da Câmara dos Deputados; (TJSC-2009) (PCAP-2010) (TJPR-2012) (TJBA-2012) (DPEMS-
2012) (DPESC-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (DPERR-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCBA-2013)
(MPT-2013) (DPEPR-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSP-2014) (Cartórios/TJMG-2015)
(Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (MPPR-2008/2014/2017) (PGESC-
2014/2018) (MPMG-2018) (PGESP-2018) (PCES-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: A Mesa do Congresso Nacional não tem legitimidade para propor estas ações.

IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada


pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJSC-2009) (PCRJ-2009) (TJDFT-2011) (TJBA-2012) (TJPA-2012)
(MPAP-2012) (MPSP-2012) (DPEMS-2012) (DPESP-2012) (TRF4-2012) (PGEAC-2012) (PCBA-2013) (MPT-
2013) (DPECE-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (Cartórios/TJMG-2015)
(PGERS-2015) (TRT2-2015) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018)
(MPBA-2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (PCES-2019) (DPESC-2012/2021)

(DPESC-2021-FCC): A partir da Emenda Constitucional nº 45/2004, pode propor a ação declaratória


de constitucionalidade a Mesa da Assembleia Legislativa. BL: art. 103, IV, CF.

V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004) (TJSC-2009) (PGEAM-2010) (PGEPR-2011) (MPAL-2012) (MPSP-2012) (DPESC-2012) (DPESP-
2012) (PGEAC-2012) (MPRO-2013) (PCBA-2013) (MPT-2013) (DPEPR-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJSP-
2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018)
(MPBA-2018) (MPMS-2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (PCES-2019) (MPMG-2021)

##Atenção: ##STF: ##MPMG-2021: Os governadores dos estados e do DF, as Mesas das Assembleias
Legislativas ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal as confederações sindicais e entidades de
classe de âmbito nacional são designados como legitimados especiais. Isso significa que, ao ajuizar
uma ADI, eles precisam demonstrar o efetivo interesse na declaração de inconstitucionalidade da
norma. Esse interesse é chamado de pertinência temática, que é definida pelo STF como “a existência
de correlação direta entre o objeto do pedido de declaração de declaração de inconstitucionalidade e os
objetivos instituições do legitimado especial”. STF, Plenário. ADI 4474 AgR, Rel. Min. Alexandre De
Moraes, j. 18/12/17.

##Atenção: ##STF: ##TRT8-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##PCPA-2016: ##PCPE-2016:


##Cartórios/TJRS-2019: ##MPMG-2021: ##CESPE: ##VUNESP: O Governador de um Estado pode
impugnar lei de outro Estado, desde que demonstre que há uma repercussão do ato para os interesses

383
do seu Estado em razão da exigência de pertinência temática. Portanto, em se tratando de impugnação
a diploma normativo a envolver outras Unidades da Federação, o Governador há de demonstrar a
pertinência temática, ou seja, a repercussão do ato considerados os interesses do Estado. STF. Plenário.
ADI 2747, Rel. Marco Aurélio, j. 16/05/07.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJAC-2019: ##Cartórios/TJRS-2019: ##VUNESP: O Estado-membro não


possui legitimidade para recorrer contra decisões proferidas em sede de controle concentrado de
constitucionalidade: O Estado-membro não possui legitimidade para recorrer contra decisões
proferidas em sede de controle concentrado de constitucionalidade, ainda que a ADI tenha sido
ajuizada pelo respectivo Governador. A legitimidade para recorrer, nestes casos, é do próprio
Governador (previsto como legitimado pelo art. 103 da CF/88). Os Estados-membros não se incluem no
rol dos legitimados a agir como sujeitos processuais em sede de controle concentrado de
constitucionalidade. STF. Plenário ADI 4420 ED-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 05/04/18. (....)
Embora dos legitimados especiais, como o Governador de Estado, devam comprovar a pertinência temática, os
Estados-membros da Federação não estão no rol dos legitimados a agir como sujeitos processuais em
sede de controle concentrado de constitucionalidade, sendo indevida, no modelo de processo objetivo,
a intervenção de terceiros subjetivamente interessados no feito. STF. Plenário. ADI 3.013 ED-AgR, rel.
Min. Ellen Gracie, j. 31.05.06.

(PCBA-2013-CESPE): A respeito do controle de constitucionalidade, julgue o item que se segue: Ao


governador de estado é permitido questionar, por via principal e concentrada, a validade de
determinada lei, ainda que não tenha vetado, na ocasião própria, o projeto dessa lei. BL: art. 103, V, CF.

##Atenção: O Governador de estado tem legitimidade ativa para instaurar controle concentrado de
constitucionalidade nos termos do art. 103, V da CF. Importante ressaltar que para tanto deve
demonstrar interesse de agir, vez que não integra o rol de legitimados universais devendo haver,
portanto, pertinência temática. O Governador pode ajuizar ação de controle concentrado em relação à lei
que não vetou, com o argumento de que ele entendeu que errou e não quer permanecer no erro. Outro
argumento é a possibilidade de inconstitucionalidade progressiva, ou seja, o governador sancionou a lei
porque entendia que era constitucional, passado um tempo a lei por circunstâncias fáticas, políticas,
econômicas, morais ou éticas se tornou inconstitucional na perspectiva do próprio governador.

VI - o Procurador-Geral da República; (DPU-2007) (TJMA-2008) (TJSC-2009) (PCRJ-2009) (TJPR-2010)


(MPPI-2012) (MPRS-2012) (MPSC-2012) (DPESC-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (PGDF-2013) (PCBA-
2013) (PCGO-2013) (MPT-2013) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSP-2014) (Cartórios/TJMG-2015)
(PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (MPPR-2008/2014/2017)
(PGESC-2014/2018) (MPBA-2018) (DPEAM-2018) (PGESP-2018) (PCES-2019)

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; (DPU-2007) (TJGO-2009) (TJSC-2009)
(TJPR-2010) (PGEAM-2010) (MPRS-2012) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (TJMA-2013) (PCBA-
2013) (MPT-2013) (DPECE-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
(Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-
2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPPR-2008/2014/2017) (PGESC-2014/2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018)
(PCMG-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (PCES-2019) (DPESC-2021) (TJMG-2022)

(PCMG-2018-Fumarc): Segundo precedentes do STF, a comprovação da relação de pertinência temática


em ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade NÃO é exigida para o
Conselho Federal das Ordem dos Advogados do Brasil. BL: art. 2º, VII Lei 9868 e art. 103, VII, CF.

(TJGO-2009-FCC): Conforme a disciplina do controle de constitucionalidade no ordenamento jurídico


brasileiro, o Conselho Federal da OAB pode propor ADI, ADC e ADPF, perante o STF, sem exigência de
pertinência temática. BL: art. 2º, VII Lei 9868 e art. 103, VII, CF.

VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; (MPRO-2008) (TJSC-2009) (PCRJ-
2009) (TJRJ-2011) (MPRJ-2012) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (TRF4-2012) (PGEAC-2012) (PGEPA-2012) (TJMA-
2008/2013) (PCBA-2013) (MPT-2013) (MPMT-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014) (TRF2-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRF5-2015) (Cartórios/TJMG-2015)

384
(Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016)
(MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018) (PCSP-2014/2018) (MPMG-2018) (DPEAM-2018) (PGESP-2018)
(PGETO-2018) (MPSP-2012/2019) (TJAC-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PCES-2019) (DPESC-2012/2021) (TJPR-
2021) (Cartórios/TJSC-2021) (MPSE-2022)

(TJAC-2019-VUNESP): Assinale a alternativa que está de acordo com o direito pátrio no que tange ao
controle de constitucionalidade concentrado: A perda superveniente de representação parlamentar de
Partido Político não o desqualifica para permanecer no polo ativo da ação direta de
inconstitucionalidade. BL: art. 2º, § único, VIII, Lei 9868; art. 103, VIII, CF e Entend. Jurisprud.

(Cartórios/TJRS-2019-VUNESP): No que diz respeito ao controle de constitucionalidade brasileiro, é


correto afirmar sobre a pertinência temática na ação direta de inconstitucionalidade (ADI): Os partidos
políticos com representação no Congresso Nacional podem ajuizar a ADI, independentemente de seu
conteúdo material, eis que não incide sobre as agremiações partidárias a restrição da pertinência
temática. BL: art. 2º, VIII da Lei 9868 e art. 103, VIII, CF.

##Atenção: ##STF: ##PCRJ-2009: ##PGEGO-2010: ##MPT-2013: ##TRF2-2014: ##Cartórios/TJDFT-


2014: ##TRF5-2015: ##MPSP-2019: ##TJPR-2021: ##CESPE: ##FGV: Conforme o STF, “Partido político.
Legitimidade ativa. Aferição no momento da sua propositura. Perda superveniente de representação
parlamentar. Não desqualificação para permanecer no polo ativo da relação processual. Objetividade e
indisponibilidade da ação” (ADI 2.618 AgR-AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 12/8/04).

(TJMS-2015-VUNESP): Segundo a CF/88 e a jurisprudência do STF, são dois exemplos de legitimados


universais para a propositura da ação declaratória de constitucionalidade: o Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil e os partidos políticos com representação no Congresso Nacional. BL: art. 2º, §
único, VII e VIII da Lei 9868 e art. 103, VII e VIII, CF.

(DPESE-2012-CESPE): Com base no que determina a CF, no que dispõe a legislação pertinente e no
entendimento do STF, assinale a opção correta a respeito das ações de controle concentrado de
constitucionalidade: O partido político com representação na Câmara dos Deputados possui
legitimidade universal, podendo ajuizar, no STF, ação direta de inconstitucionalidade contra emenda
constitucional, sem a necessidade de demonstração de pertinência temática. BL: art. 103, VIII, CF.

IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. (TJSC-2009) (PCRJ-2009)


(PGEAM-2010) (DPEAM-2011) (TJCE-2012) (MPSC-2012) (MPSP-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012)
(PCMA-2012) (PFN-2012) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (PCBA-2013) (MPT-2013) (DPEPR-2014)
(DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSP-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-
2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (DPEBA-2016) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (MPPR-2008/2017) (PCMS-2017)
(PGESC-2014/2018) (MPBA-2018) (MPMG-2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (Cartórios/TJRS-
2019) (PCES-2019) (DPESC-2012/2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: A jurisprudência do STF construiu a tese de que alguns dos legitimados do
art. 103 da CF/88 poderiam ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade questionando leis ou atos
normativos que tratassem sobre todo e qualquer assunto. Tais legitimados seriam, portanto, legitimados
ativos universais. Por outro lado, o STF afirmou que os demais legitimados, ao proporem a ADI,
deveriam comprovar que possuem legítimo interesse na ação. São, por isso, chamados de legitimados
ativos especiais. Este legítimo interesse que precisa ser demonstrado é chamado de pertinência
temática.

##Atenção: ##DOD: Quadro-resumo sobre os legitimados ativos da ADI e da ADC:


Legitimados ativos da ADI e ADC
UNIVERSAIS (NEUTROS) ESPECIAIS (NÃO UNIVERSAIS)
São aqueles que podem propor ADI e ADC São aqueles que somente podem propor ADI e ADC
contra leis ou atos normativos que versem sobre contra leis ou atos normativos que tratem sobre
qualquer matéria, sem a necessidade de matérias que digam respeito às funções ou objetivos do
comprovar interesse específico no julgamento da órgão ou entidade. O autor especial terá que provar o
ação. seu interesse específico no julgamento daquela ação.
Terá que ser provada a pertinência temática entre a
norma impugnada e os objetivos do autor da ação.

385
Quem são os legitimados universais: Quem são os legitimados especiais:
• Presidente da República; • Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara
• Mesa do Senado e Mesa da Câmara; Legislativa do DF;
• Procurador-Geral da República; • Governador de Estado/DF;
• Conselho Federal da OAB • Confederação sindical;
• Partido político com representação no CN. • Entidade de classe de âmbito nacional.

##Atenção: ##STF: ##PCRJ-2009: ##TJCE-2012: ##DPERR-2013: ##DPERS-2014: ##CESPE:


##FCC: Conforme o STF, “(...) os sindicatos e as federações, mercê de ostentarem abrangência nacional,
não detêm legitimidade ativa ad causam para o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade, na
forma do art. 103, IX, da CF/88. 2. As confederações sindicais organizadas na forma da lei ostentam legitimidade ad
causam exclusiva para provocar o controle concentrado da constitucionalidade de normas”. (Precedentes: ADI
1.343-MC, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ de 6.10.95; ADI 1.562-QO, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 9.5.97 e
ADI 3.762-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 24.11.06).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCMA-2012: ##DPERR-2013: ##CESPE: ##FGV: A entidade de classe


de âmbito nacional, por ser um legitimado especial, deverá provar que a legislação questionada
guarda relação de pertinência temática com as finalidades institucionais dessa entidade. STF. Plenário.
ADI 2903, Rel. Min. Celso de Mello, j. 1/12/05.

##Atenção: ##STF: ##AGU-2012: ##TJPA-2014: ##MPGO-2016: ##CESPE: ##VUNESP: O CFM


(“Conselho Federal de Medicina”.) possui legitimidade para ajuizar ADC? NÃO. Essa pergunta foi
cobrada na prova da 2ª Fase do concurso da AGU. A banca deu como resposta o seguinte: “ O CFM, por
não ser entidade de classe, mas uma entidade de fiscalização profissional, não é legitimado para propor
ADC, pois, conforme previsto no art. 103 da CF, o rol dos legitimados para propor ADC é taxativo e não
inclui esse tipo de entidade de fiscalização. Nessa lógica, destacou-se que: “De fato, jurisprudência deste Supremo
Tribunal Federal fixou-se no sentido de que os conselhos de fiscalização de classe não detêm legitimidade para o
ajuizamento das ações de controle concentrando, por serem entidades autárquicas, detentoras, portanto, de
personalidade jurídica de direito público, não se enquadrando no conceito de 'entidade de classe de âmbito nacional'
constante artigo 103 (inciso IX) da Constituição Federal". A única exceção, entre os conselhos de classe, é o
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em virtude de menção expressa na CF. Assim, não se
mostra viável a ADC apresentada, por ilegitimidade ativa ad causam. Nesse sentido, a ADI 641 MC, Rel. para
Acordão Min. Marco Aurélio, DJ 12/03/93; ADI 1997, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 8/6/99.”
(TJPA-2014-VUNESP): Conselho Federal de Medicina propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn)
que tem por objeto Emenda à Constituição. Segundo o entendimento do STF, a referida ação: não deverá ser
conhecida sob o fundamento de que o Conselho Federal de Medicina não se enquadra na previsão
constitucional relativa às entidades de classe de âmbito nacional.

(TJMA-2013-CESPE): À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta em relação ao exercício do


controle concentrado ou abstrato de constitucionalidade: Para ajuizar ação declaratória de
constitucionalidade, o partido político com representação no Congresso Nacional deve estar
representado por advogado.

##Atenção: ##PGERS-2011: ##TJRS-2012: ##TJMA-2013: ##DPERS-2014: ##Cartórios/TJDFT-2014:


##TRF1-2015: ##PGEMS-2016: ##CESPE: ##FCC: Sobre os legitimados em geral (CF, art. 103), não
possuem capacidade postulatória, isto é, precisam ser representados por advogado: (i) Partidos
políticos; (ii) confederações sindicais; e (iii) entidades de classe de âmbito nacional.
(TJRS-2012): Com exceção de confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional e de
partidos políticos com representação no Congresso Nacional, todos os demais legitimados para propor ação
direta de inconstitucionalidade dispõem de capacidade postulatória especial, podendo praticar, no
processo, quaisquer atos ordinariamente privativos de advogados. BL: art. 103, VIII e IX, CF.

(MPT-2013): De acordo com o texto constitucional sobre controle de constitucionalidade, assinale a


alternativa correta: As ações diretas de inconstitucionalidade e as ações declaratórias de
constitucionalidade podem ser propostas pelos mesmos legitimados. BL: art. 103, caput, CF.

§ 1º O PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA DEVERÁ SER previamente ouvido nas ações de


inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. (MPMT-
2008) (TJMA-2008) (MPSC-2010) (TRF2-2011) (PGEPR-2011) (TJPR-2010/2012) (TJAC-2012) (PGEPA-2012)
(PCGO-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (DPERS-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGESC-2014) (MPMG-
2011/2018) (MPBA-2018) (DPEAM-2018)

386
(DPERS-2014-FCC): No que se refere ao controle de constitucionalidade de leis ou atos normativos
federais em face da CF/1988 e às decisões do STF nos processos de sua competência, o Procurador-Geral
da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos
de competência do STF. BL: art. 103, §1º, CF.

§ 2º DECLARADA a INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO de medida para tornar


efetiva norma constitucional, SERÁ DADA ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para FAZÊ-LO em trinta dias. (TJPR-2008) (TJGO-
2009) (PGEAL-2009) (MPES-2010) (MPGO-2010) (TRF4-2010) (TJRO-2011) (TRF2-2011) (MPAL-2012) (MPRJ-
2012) (PGEMG-2012) (MPMS-2011/2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPT-2013) (AGU-2013) (TJCE-2014)
(DPERS-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGESC-2014) (TJDFT-2015) (TRF1-2015) (MPMG-2011/2018) (MPPR-
2012/2016/2019) (TJAC-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPSC-2016/2019/2021) (PCBA-2022)

(MPBA-2018): Sobre o controle de constitucionalidade, levando em conta a legislação constitucional,


assinale a alternativa correta: Declarada a inconstitucionalidade por omissão para tornar efetiva norma
constitucional será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em
caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30
dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo STF, tendo em vista as circunstâncias
específicas do caso e o interesse público envolvido. BL: art. 12-H, caput e §§1º e 2º, da Lei 9868 85 e art.
103, §2º, CF.

(MPRS-2016): Consoante preceituam os artigos 102 e 103 da Carta da República, assinale a alternativa
correta: Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em
se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. BL: art. 103, §2º, CF. [adaptada]

(PGEMG-2012-Fumarc): Assinale a alternativa correta: A Ação Direta de Inconstitucionalidade por


Omissão visa reparar a falta de medida regulamentadora de artigo com eficácia limitada da Constituição
Federal, gerando determinações administrativas ou apelos ao legislador para que preencham a lacuna do
ordenamento, gerada pela falta de norma regulamentadora. BL: art. 12-H, caput e §1º, da Lei 9868 e art.
103, §2º, CF.

§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal APRECIAR a inconstitucionalidade, em tese, de norma


legal ou ato normativo, CITARÁ, previamente, o ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, que DEFENDERÁ
o ato ou texto impugnado. (TJSE-2008) (TJPR-2008) (TJSC-2009) (TRF1-2009) (MPSC-2010) (TRF2-2009/2011)
(TJRO-2011) (MPPI-2012) (DPERO-2012) (PCGO-2012) (PFN-2012) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEMS-2014) (PGERN-2014) (PGESC-2014) (AGU-
2009/2015) (TJRR-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (MPT-2013/2017) (MPRR-2017) (PGEAC-
2017) (MPBA-2018) (PGETO-2018) (TJAC-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPRR-2017: ##CESPE: É válida norma da Constituição do Estado que
atribui ao Procurador da Assembleia Legislativa ou, alternativamente, ao Procurador-Geral do Estado,
a incumbência de defender a constitucionalidade de ato normativo estadual questionado em controle
abstrato de constitucionalidade na esfera de competência do Tribunal de Justiça. Essa previsão não
afronta o art. 103, § 3º da CF/88 já que não existe, quanto a isso, um dever de simetria para com o
modelo federal. Ademais, essa norma estadual não viola o art. 132 da CF/88 uma vez que a atuação do
Procurador-Geral da ALE nos processos de controle de constitucionalidade não se confunde com o
papel de representação judicial do Estado, esse sim de exclusividade da Procuradoria-Geral do Estado.
STF. Plenário. ADI 119/RO, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 19/2/14 (Info 736).

##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##MPPI-2012: ##TRF5-2013: ##PGEMS-2014: ##AGU-2015: ##MPT-


2017: ##PGETO-2018: ##TJAC-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: A regra é de que tanto o AGU, em
âmbito federal, quanto o PGE, em nível estadual, defendam a constitucionalidade da norma. A
jurisprudência do STF, no entanto, criou uma exceção, retirando a obrigatoriedade da defesa da
constitucionalidade da norma quando já houver manifestação anterior da Suprema Corte no sentido da
85
Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art. 22, será dada
ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias. § 1o Em caso de omissão imputável a
órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a
ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse
público envolvido. § 2o Aplica-se à decisão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, o
disposto no Capítulo IV desta Lei
387
inconstitucionalidade da lei ou ato normativo. É o que se observa: “(...) O múnus a que se refere o
imperativo constitucional (CF, art. 103, § 3º) deve ser entendido com temperamentos. O Advogado-Geral
da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre ela esta Corte já fixou entendimento pela
sua inconstitucionalidade. (...). Nesse contexto, o STF entende ser dispensável a atuação do Advogado-
Geral da União em ADI na hipótese de já haver pronunciamento prévio da Corte sobre a
(in)constitucionalidade da norma” (ADI 1616, Rel. Min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, j. 24/5/01). De
outro lado, a doutrina costuma defender a dispensa do AGU nas ações diretas de
inconstitucionalidade por omissão. Isso porque a função do AGU se resume, em síntese, à defesa da
norma cuja constitucionalidade fora arguida; deve ele defender a presunção de constitucionalidade das
leis. No caso da ADO, não há lei a ser presumida constitucional, não subsistindo a função primordial do
AGU.
(TRF1-2009-CESPE): Quanto às funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir: A norma constitucional
que impõe a citação prévia do advogado-geral da União para promover a defesa de ato ou texto impugnado
em ação direta de inconstitucionalidade é compreendida com moderação, pelo STF, pois o advogado-geral
da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre a inconstitucionalidade dela a Corte Suprema já
fixou entendimento. BL: art. 103, §3º, CF e Entend. STF.

##Atenção: ##MPPI-2012: ##CESPE: O AGU não atua na ADC porque não existe ato impugnado, pois
quem propôs esta ação já levou os motivos da constitucionalidade da lei.

##Atenção: Na ADPF o AGU não é citado, pois segundo a lei, a própria autoridade responsável pela
elaboração do ato é que irá defender.

##Atenção: Importante ressaltar que na ADI por omissão, ADC e ADPF o AGU não será citado para
defender o ato, mas poderá ser ouvido.

(MPRS-2016): Consoante preceituam os arts 102 e 103 da CF/1988, assinale a alternativa correta: Quando
o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o
Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. BL: art. 103, §3º, CF/88. [adaptada]

(MPPR-2011): Relativamente à ação direta de inconstitucionalidade é correto afirmar: No desenrolar do


processo perante o STF deve ser citado o Advogado Geral da União para proceder a defesa do ato ou
texto impugnado. BL: art. 103, §3º, CF.

(TJMA-2008): O Advogado Geral da União não tem legitimidade para propor ação direta de
inconstitucionalidade, perante o STF. BL: art. 103, §3º da CF/88.

##Atenção: O AGU não tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade, perante o
STF, pois, nos termos do art. 103, §3º, cabe a ele a defesa do ato ou texto impugnado.

§ 4.º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal PODERÁ, de ofício ou por provocação, mediante decisão
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, APROVAR
SÚMULA que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, TERÁ EFEITO VINCULANTE em relação
aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal, bem como PROCEDER à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em
lei. (Incluído pela EC nº 45, de 2004) (PGECE-2008) (TJMT-2009) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (PGESP-2009)
(PCPB-2009) (MPSE-2010) (DPU-2010) (TJSP-2011) (PGEPR-2011) (PGERO-2011) (TJMS-2008/2012) (TJPR-
2010/2012) (MPSP-2012) (MPMG-2012) (MPRS-2012) (DPESP-2012) (PFN-2012) (TJSC-2009/2013) (MPGO-
2010/2013) (PGEGO-2010/2013) (TJRN-2013) (TRF5-2013) (PCPA-2013) (MPT-2013) (MPPE-2014) (MPSC-2014)
(DPECE-2014) (DPEGO-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEAC-2014) (PCPI-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (MPBA-2015) (DPEMA-2015) (TRT6-2015) (TRT16-2015) (TRT23-2015) (DPEMT-
2009/2016) (TJDFT-2007/2012/2015/2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (PCAP-2010/2017) (TRF2-2013/2017) (MPPR-2008/2011/2014/2017) (MPF-2017) (Cartórios/TJMG-
2017) (DPEAM-2013/2018) (DPERS-2014/2018) (TJCE-2018) (DPEAM-2018) (PGEAP-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (Cartórios/TJRS-2013/2019) (TJAL-2015/2019) (MPPI-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019)
(Cartórios/TJSC-2021) (TJAP-2014/2022) (TJMG-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STF: ##MPGO-2019: Considerado o que dispõe o art. 103-A, “caput”, da Constituição,
388
somente a partir da data em que o enunciado sumular é publicado em órgão da imprensa oficial é que
passa a ter eficácia vinculante, impondo-se, em consequência, à observância dos demais juízes e
Tribunais, excluídos do seu alcance todos os atos decisórios anteriores à sua publicação. – A parte
reclamante, para ter legítimo acesso à via reclamatória, deve demonstrar que o ato reclamado tenha sido
proferido posteriormente à publicação, na imprensa oficial, do enunciado de súmula vinculante
invocado como paradigma. STF. 2ª T., Rcl 24393 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 20/09/19.

(PGEPE-2018-CESPE): A súmula vinculante, aprovada pelo STF e publicada na imprensa oficial, produz
efeito vinculante em relação aos órgãos da administração pública direta e indireta em todas as esferas
federativas. BL: art. 103-A, CF.

(PGEAP-2018-FCC): A partir de sua publicação na imprensa oficial, a súmula vinculante editada pelo
STF terá efeito em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta ou
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. BL: art. 103-A, CF e art. 2º, Lei 11417.

##Atenção: ##DPU-2007: ##CESPE: Segundo professor Marcelo Novelino, no tocante ao aspecto


espacial, em que pese a ausência de referência expressa ao Distrito Federal, tanto na Constituição
Federal (art.103-A), quanto da Lei 11.417/06 (art. 2º), a súmula vinculante produz efeitos em todo o
território brasileiro. Seria descabida uma interpretação no sentido de que a súmula produz efeitos nas
esferas federal, estadual e municipal, mas não se aplica no Distrito Federal ou mesmo nos Territórios
que venham a ser criados.

##Atenção:
SÚMULA VINCULANTE: 2/3 dos ministros do STF, portanto, 8 ministros precisam votar no sentido de
concretizar a súmula vinculante.

APLICA-SE o EFEITO VINCULANTE:


 PODER EXECUTIVO e
 DEMAIS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO.

NÃO SE APLICA o EFEITO VINCULANTE:


 PRÓPRIO STF que, em determinadas circunstâncias, PODERÁ REVER SUAS DECISÕES.
 PODER LEGISLATIVO (legislador) que, em tese, poderá editar uma nova lei com conteúdo
material idêntico ao do texto normativo declarado inconstitucional.

##Atenção: Qual o requisito deve ser observado para que as atuais súmulas do STF produzam efeito
vinculante? Para que as mencionadas súmulas produzam efeito vinculante, devem as mesmas ser
confirmadas por 2/3 de seus integrantes e publicadas na imprensa oficial. É o que dispõe o art. 8° da EC
nº 45/04: “Art. 8º As atuais súmulas do Supremo Tribunal Federal somente produzirão efeito vinculante após
sua confirmação por dois terços de seus integrantes e publicação na imprensa oficial.”.

(TJSP-2013-VUNESP): Súmula do STF aprovada por 2/3 de seus membros, com efeito vinculante, nos
termos do art. 103-A, da Constituição Federal, não pode ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade. BL: art. 103-A, CF.

##Atenção: O entendimento doutrinário-jurisprudencial majoritário é no sentido de não ser possível a


propositura de ADI contra súmulas vinculantes. Dois são os fundamentos básicos: 1º) As súmulas
vinculantes não são marcadas pela generalidade e abstração, requisitos indispensáveis dos atos
normativos combatidos pela ADI; 2º) Existe um procedimento próprio para atacá-las, que é o pedido de
cancelamento de SV (CF, art. 103-A e Lei 11.417/06)

##Atenção: Possibilidade de recurso: Há uma decisão monocrática tomada no HC – 96301/SP, em que a


Ministra Ellen Gracie entendeu ser possível a propositura de ADI contra Súmula Vinculante. Porém, a
questão em exame questionou o teor do que consta na CF/88.

§ 1º A súmula TERÁ POR OBJETIVO a validade, a interpretação e a eficácia de normas


determinadas, acerca das quais HAJA CONTROVÉRSIA ATUAL entre órgãos judiciários ou entre esses
e a administração pública que ACARRETE grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de
processos sobre questão idêntica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (DPEPA-2009)
(TRF5-2009) (PGESP-2009) (PGEGO-2010) (PCAP-2010) (TJPR-2012) (MPSP-2012) (DPESP-2012) (DPEAM-

389
2013) (MPPE-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEMA-2015) (DPEMT-2016) (TRF2-2017) (TJAL-2019)
(MPGO-2019) (MPPI-2019) (TJMG-2022)

(TJPR-2012): Constitui requisito para a aprovação de súmulas vinculantes a existência de controvérsia


atual sobre a matéria em questão entre órgãos judiciários ou entre estes e a Administração Pública, que
esteja a suscitar grave insegurança jurídica. BL: art. 103-A, §1º, CF.

##Atenção: Qual o objeto da denominada Súmula vinculante? Referida Súmula terá por objeto a
validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual
entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica
e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica (art. 103-A, §1º, da CF, com redação dada
pela EC n.45/04).

§ 2º SEM PREJUÍZO do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula PODERÁ SER PROVOCADA por aqueles que PODEM PROPOR a AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJMT-2009) (MPSE-
2010) (TJPR-2010/2011) (PGEPR-2011) (MPGO-2012) (MPMG-2012) (DPESP-2012) (PGEGO-2010/2013)
(DPEAM-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPT-2013) (TJSP-2011/2013/2014) (MPPE-2014) (MPBA-2015)
(DPEMA-2015) (DPEMT-2009/2016) (PGEMS-2016) (TRF2-2013/2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Anal.
Judic./TRF3-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: Vejamos o teor do art. 3º da Lei 11.417/2006, que dispõe acerca dos legitimados para propor
a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante:
Art. 3o São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula
vinculante:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - o Defensor Público-Geral da União;
VII – partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;
IX – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os
Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os
Tribunais Militares.
§ 1o O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a
revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo.
§ 2o No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o relator
poderá admitir, por decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal.

(PGM-Teresina/PI-2022-FCC): Quanto à súmula vinculante, é correto afirmar: A sua aprovação, revisão


ou cancelamento poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade, além de outros previstos em lei. BL: art. 103-A, §2º, CF.

(MPPI-2019-CESPE): Acerca de súmula vinculante, assinale a opção correta: Aprovação, revisão ou


cancelamento de súmula vinculante poderá ser provocado pelos mesmos legitimados para propor ação
direta de inconstitucionalidade. BL: art. 103-A, §2º, CF.

(MPT-2013): De acordo com o texto constitucional sobre controle de constitucionalidade, assinale a


alternativa correta: Qualquer uma das assembleias legislativas estaduais, através da sua mesa, pode
provocar a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula vinculante do STF. BL: art. 103-A, §2º c/c art.
103, IV, CF.

(MPSP-2005): Sobre o Poder Judiciário, é correto dizer que a súmula com efeito vinculante pode ser
aprovada por provocação de entidade de classe de âmbito nacional. BL: art. 103-A, §2º e art. 103, IX, CF.

390
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, CABERÁ RECLAMAÇÃO ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL que,
JULGANDO-A PROCEDENTE, ANULARÁ o ato administrativo ou CASSARÁ a decisão judicial
reclamada, e DETERMINARÁ que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o
caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPRO-2008) (TJMG-2009) (TJMT-2009) (DPEMT-
2009) (PGEPE-2009) (PCPB-2009) (PGEGO-2010) (DPU-2010) (MPMS-2011) (PGERO-2011) (DPESP-2012)
(MPGO-2012/2013) (TJSC-2013) (MPSC-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PCPA-2013) (TJSP-2011/2014) (TJPA-2014)
(MPPE-2014) (DPECE-2014) (DPEGO-2014) (TRF4-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPR-2011/2015)
(MPBA-2015) (TRT6-2015) (TRT15-2015) (TRT16-2015) (TRT23-2015) (TJDFT-2007/2016) (TJAM-2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCAP-2017) (MPPR-2013/2014/2017) (MPF-2017)
(DPEAM-2013/2018) (TRF2-2017/2018) (DPEAM-2018) (DPERS-2018) (MPPI-2012/2019) (Anal.
Judic./TRF3-2019) (TJMS-2020) (Cartórios/TJSC-2021) (TJAP-2014/2022) (TJMG-2022)

(TJMG-2022-FGV): Sobre os efeitos da súmula vinculante publicada pelo STF, analise a afirmativa a
seguir: As decisões judiciais em desconformidade com a súmula vinculante poderão ser objeto de
reclamação. A súmula terá por objetivo a validade, interpretação e a eficácia de normas determinadas,
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgão judiciário ou entre esse e a administração pública
que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
BL: art. 103-A, §§1º e 3º, CF.

(TJMG-2022-FGV): Sobre os efeitos da súmula vinculante publicada pelo STF, analise a afirmativa a
seguir: Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao STF, que, julgando-a procedente, anulará o ato
administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou
sem a aplicação da súmula, conforme o caso. BL: art. 103-A, §3º, CF.

(PF-2021-CESPE): No que concerne a controle da administração pública, julgue o item subsequente: A


reclamação para anular ato administrativo que confronte súmula vinculante é uma modalidade de
controle externo da atividade administrativa. BL: art. 103-A, §3º, CF.

##Atenção: Em se tratando de hipótese de controle judicial sobre ato da Administração, é de se concluir


que o caso é, de fato, de um Poder da República (Judiciário) exercendo crivo sobre ato de outro Poder da
República (Executivo), de sorte que está acertada aduzir que a hipótese é mesmo de controle externo.
Nos termos dos arts. 102, I, “l” e 105, I, “f”, ambos da CF/88, a Reclamação Constitucional é instrumento
processual que as partes têm à disposição para assegurar que as decisões judiciais não discrepem dos
entendimentos já proferidos. Como é um controle exercido por um poder sobre o outro, trata-se de
controle externo.

(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: O ato administrativo ou a decisão judicial que contrariar
súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar está sujeito à Reclamação ao STF somente após a
publicação da súmula na imprensa oficial. BL: art. 103-A, caput e §3º, CF.

(TJPA-2014-VUNESP): A inobservância da súmula vinculante em sentença proferida por juiz singular


pode ser corrigida mediante Reclamação ao STF. BL: art. 103-A, CF.

Art. 103-B. O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA COMPÕE-SE de 15 (quinze) membros com


mandato de 2 (dois) anos, ADMITIDA 1 (uma) recondução, SENDO: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 61, de 2009) (TJRS-2009) (MPF-2011) (TJMS-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (TJPR-
2010/2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (AGU-2013) (DPEPR-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJSE-2014)
(PGERN-2014) (MPSP-2012/2015) (DPESP-2015) (PCDF-2015) (TJDFT-2016) (TJRS-2016) (PGEAM-2016)
(PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (PCPA-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGESE-2017) (TJSP-2009/2011/2018)
(PGESC-2018) (TJRO-2019) (MPM-2021) (TCERJ-2021)

(TCERJ-2021-CESPE): Com base na CF/88, julgue o seguinte item: Não há representantes da justiça
eleitoral nem da justiça militar no plenário do Conselho Nacional de Justiça. BL: art. 103-B, CF.

##Atenção: ##DPEPR-2014: ##TJRS-2018: ##VUNESP: O STF declarou ser constitucional a criação


do CNJ, a sua forma de composição e as suas competências. Ademais, consignou-se que a composição

391
de membros de outros poderes no CNJ “não pode equiparar-se a nenhuma forma de intromissão
incompatível com a ideia de política e o perfil constitucional da separação e independência dos
Poderes”, bem como que o Legislativo “sempre teve o poder superior de fiscalização dos órgãos
jurisdicionais quanto às atividades de ordem orçamentária, financeira e contábil” – e se isso não é
violação de autonomia, também não o é a mera representação de outros Poderes no CNJ. (trechos do
julgado: STF. Plenário. ADI 3.367/DF, rel. Min. Cezar Peluso, j. 13.04.2005).

I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 61, de
2009) (TJPR-2010) (MPSP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (PGEMA-2016) (TJRO-2019)

II - UM Ministro do Superior Tribunal de Justiça, INDICADO pelo respectivo tribunal; (Incluído


pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (PCGO-2013) (Cartórios/TJMG-2017)

III - UM Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, INDICADO pelo respectivo tribunal;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (PCGO-2013)

IV - UM desembargador de Tribunal de Justiça, INDICADO pelo Supremo Tribunal Federal;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (PCGO-2013)

V - UM juiz estadual, INDICADO pelo Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013)

VI - UM juiz de Tribunal Regional Federal, INDICADO pelo Superior Tribunal de Justiça;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013)

VII - UM juiz federal, INDICADO pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (PGEMT-2016)

(PGEMT-2016-FCC): O Conselho Nacional de Justiça, nos termos preconizados pela CF/88, é composto
de 15 membros, com mandato de dois anos, admitida uma recondução. Dentre os seus componentes
haverá necessariamente um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo STJ. BL: art. 103-B, VII, CF.

VIII - UM juiz de Tribunal Regional do Trabalho, INDICADO pelo Tribunal Superior do


Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-
2013) (PGEMT-2016)

IX - UM juiz do trabalho, INDICADO pelo Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013)

X - UM membro do Ministério Público da União, INDICADO pelo Procurador-Geral da


República; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPDFT-2004) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-
2013) (TJRS-2016) (PGEMT-2016)

XI - UM membro do Ministério Público estadual, ESCOLHIDO pelo Procurador-Geral da


República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPDFT-2004) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (TJRS-2016)

##Atenção: Segundo art. 103-B, incisos X e XI da CF/88, o CNJ é composto por um membro do MP da
União, indicado pelo Procurador-Geral da República e um membro do MP Estadual, escolhido pelo
Procurador-Geral da República dentre nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição
estadual. Nesse caso, NÃO SÃO AMBOS INDICADOS PELO PROCURADOR-GERAL DA
REPÚBLICA.

XII - DOIS advogados, INDICADOS pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPDFT-2004) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (TJRO-
2019)

(TJRO-2019-VUNESP): A partir do quanto previsto pela CF/88 a respeito do Conselho Nacional de


Justiça, assinale a alternativa correta: Dos 15 membros que integram o órgão, dois deles serão advogados

392
indicados pelo Conselho Federal da OAB. BL: art. 103-B, XII, CF.

XIII - DOIS cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, INDICADOS UM pela Câmara
dos Deputados e OUTRO pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(PGESP-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (PGEMT-2016) (PCPA-2016)

Composição do CNJ:
 1 Presidente do STF - Preside o CNJ e é substituído pelo Vice-Presidente do STF nas
ausências e impedimentos
 1 Ministro STJ - Este será também corregedor do conselho
 1 Ministro TST
 2 Juiz do Trabalho e Desembargador TRT - Escolhido pelo TST
 2 Juiz de direito e Desembargador TJ - Escolhido pelo STF
 2 Juiz Federal e Juiz do TRF - Escolhido pelo STJ
 1 Membro MPE - Escolhido pelo PGR
 1 Membro MPU - Escolhido pelo PGR
 1 Cidadão - Escolhido pela Câmara
 1 Cidadão - Escolhido pelo Senado
 2 Advogados - Escolhido pelo Conselho Federal da OAB
 = 15 Membros

##Atenção: O PGR não é membro do Conselho Nacional de Justiça.

##Atenção: ##DPESP-2015: ##FCC: Conforme art. 103-B, incisos I ao XIII da CF, Defensor Público não
integra o CNJ.

§ 1º O Conselho SERÁ PRESIDIDO pelo PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL e,


nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009) (PCMG-2011) (TJAC-2012) (TJRS-2012) (TJBA-2012) (MPAL-2012)
(TJPR-2013) (AGU-2013) (DPEPR-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMA-2016) (PCPA-2016)
(PGESE-2017) (Cartórios/TJMG-2017/2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJSP-2022)

§ 2º Os demais membros do Conselho SERÃO NOMEADOS pelo PRESIDENTE DA REPÚBLICA,


depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 61, de 2009) (TJAC-2012) (TJBA-2012) (MPAL-2012) (AGU-2013) (PCPA-2016) (TJRO-2019)
(Cartórios/TJMG-2019)

(TJAC-2012-CESPE): No que concerne à organização e às competências dos órgãos do Poder Judiciário e


do CNJ, assinale a opção correta: O CNJ é presidido pelo presidente do STF e, na ausência ou no
impedimento deste, pelo seu vice-presidente; os demais membros do CNJ serão nomeados pelo
presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. BL: art. 103-B, §§1ºe
2º, CF.

##Atenção: ##AGU-2013: ##CESPE: ##Dica:


-Membros do CNJ = Com exceção do presidente do STF (e vice), os demais membros são nomeados
pelo Presidente da República (art. 103-B, §§1º e 2º). Somente uma recondução.
-Membros do CNMP = Todos nomeados pelo Presidente da República, inclusive o PGR (art. 130-A).
Somente uma recondução.

(TJSP-2011-VUNESP): Sobre o CNJ, é correto afirmar que será presidido pelo Presidente do STF, sendo
os demais membros do Conselho nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a
indicação pela maioria absoluta do Senado Federal. BL: art. 103-B, §§1ºe 2º, CF.

§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao
Supremo Tribunal Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRT1-2015)

§ 4º COMPETE ao CONSELHO o controle da atuação administrativa e financeira do Poder


Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, CABENDO-LHE, além de outras
atribuições que LHE FOREM CONFERIDAS pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (PGECE-2008) (MPRN-2009) (DPEMT-2009) (PGEAL-2009) (MPT-2009) (TJSC-

393
2010) (TRF4-2010) (DPEMA-2011) (MPF-2011) (TJMS-2012) (TJPA-2012) (TJRS-2012) (MPAL-2012)
(DPERO-2012) (DPESE-2012) (PCSP-2012) (TJSC-2013) (MPMS-2013) (Cartórios/TJBA-2013)
(Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PCGO-2013) (MPM-2013) (DPEPR-2012/2014) (DPECE-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGEMS-2014) (PGERN-2014) (DPESP-2010/2015) (MPSP-2015) (PGEPR-2015) (TRT2-
2015) (TRT8-2015) (TJDFT-2015/2016) (PGEAM-2016) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (TRT3-2016) (TRF2-
2009/2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJSP-2017/2018) (TJCE-2018) (PGETO-2018) (PCMA-2018)
(PCPI-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Anal./MPU-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2017/2018/2019) (TJPR-2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (MPDFT-2021) (TCERJ-2021) (Cartórios/TJSP-2022) (TJMMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF2-2017: ##TJCE-2018: ##CESPE: Não cabe ao CNJ, cujas atribuições
são exclusivamente administrativas, o controle de controvérsia que está submetida à apreciação do
Poder Judiciário. STF. 1ª T. MS 28845/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 21/11/17 (Info 885).

##Atenção: ##STF: ##PGECE-2008: ##MPDFT-2011: ##MPPI-2012: ##DPEPR-2014:


##Cartórios/TJSE-2014: ##PGEMS-2014: ##TRF2-2017: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##CESPE: CNJ.
Órgão de natureza exclusivamente administrativa. Atribuições de controle da atividade administrativa,
financeira e disciplinar da magistratura. Competência relativa apenas aos órgãos e juízes situados,
hierarquicamente, abaixo do STF. Preeminência deste, como órgão máximo do Poder Judiciário, sobre o
Conselho, cujos atos e decisões estão sujeitos a seu controle jurisdicional. Inteligência dos arts. 102, caput,
I, r, e 103-B, § 4º, da CF. O CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF e seus ministros, sendo este
o órgão máximo do Poder Judiciário nacional, a que aquele está sujeito. STF. Plenário. ADI 3.367, Rel.
Min. Cezar Peluso, j. 13/04/05.
(TJRS-2018-VUNESP): Assinale a alternativa que corretamente discorre sobre o Conselho Nacional de
Justiça: O Conselho Nacional de Justiça não tem nenhuma competência sobre o STF e seus ministros, sendo
esse o órgão máximo do Poder Judiciário nacional, a que aquele está sujeito. BL: arts. 102, caput, I, “r e art.
103-B, §4º, CF e ADI 3367, STF.

##Atenção: ##TJSP-2018: ##VUNESP: O CNJ não pode criar novas vedações para os juízes, com base no
§4º do art. 103-B da CF/88. O que o CNJ pode fazer é regulamentar e explicitar as vedações já existentes.
Exemplo é a recomendação recentemente emanada pelo CNJ para que os juízes adotem postura mais
comedida nas redes sociais durante as eleições. Trata-se de regulamentação da vedação de atividade
político-partidária. Note que não foi criada nova vedação, somente regulamentada uma já existente.

(Cartórios/TJSP-2022-VUNESP): Analisando-se o art. 103-B da Constituição Federal, pode-se afirmar,


com relação ao Conselho Nacional de Justiça: dentre suas funções, insere-se o controle da atuação
financeira e administrativa do Poder Judiciário. BL: art. 103-B, §4º, CF.

(TJSP-2018-VUNESP): Com relação aos tribunais estaduais, pode-se afirmar que sua atuação
administrativa e financeira está sujeita a controle do Conselho Nacional de Justiça, enquanto a
fiscalização contábil, financeira e orçamentária é feita pelo Legislativo dos respectivos Estados, com o
auxílio dos respectivos Tribunais de Contas. BL: art. 103-B, §4º c/c arts. 70, 71, 74 e 75 da CF86.

(MPSP-2012): A EC n 45/04 estabeleceu o Conselho Nacional de Justiça, sobre a Presidência do


Presidente do Supremo Tribunal Federal, com sede na Capital Federal, como órgão de cúpula
administrativa do Poder Judiciário, com funções administrativas, composto por 15 membros, cuja
maioria é formada por membros do Poder Judiciário. BL: art. 103-B, caput, incisos I a IX c/c §4º, CF.

I - ZELAR pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura,


PODENDO EXPEDIR ATOS REGULAMENTARES, no âmbito de sua competência, ou RECOMENDAR
providências; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (DPEMT-2009) (PGEAL-2009) (MPT-

86
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades
da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder. (...) Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União. (...) Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...). Art. 75. As normas
estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de
Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. (...)
394
2009) (DPEPR-2012) (DPERO-2012) (MPMS-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPM-2013) (DPESP-2015)
(TRT3-2016) (TJSP-2017) (TRF2-2009/2017) (PGESE-2017) (TJMMG-2022)

##Atenção: ##MPPI-2012: ##DPEPR-2012: ##DPERO-2012: ##DPESP-2015: ##TJSP-2017:


##TRF2-2017: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: O CNJ, embora seja órgão
integrante do Poder Judiciário possui atribuições meramente administrativas. O que o CNJ possui é
atuação em todo território nacional, mas não jurisdição em todo território nacional.

II - ZELAR pela observância do art. 37 e APRECIAR, de ofício ou mediante provocação, a


LEGALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS praticados por membros ou órgãos do Poder
Judiciário, PODENDO DESCONSTITUÍ-LOS, REVÊ-LOS ou FIXAR prazo para que SE ADOTEM as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, SEM PREJUÍZO da competência do Tribunal de
Contas da União; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (DPEMT-2009) (PGEAL-2009) (MPT-
2009) (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PCGO-2013) (TJMT-2014) (DPESP-2010/2015)
(DPEMA-2015) (TRT2-2015) (TRT3-2016) (TRF2-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJCE-2012/2018) (TJRS-2018)
(PGETO-2018) (PCMA-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Cartórios/TJMG-2018/2019) (TJPR-2019) (DPEMG-
2019) (TCERJ-2021) (TJMMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGM-BH/MG-2017: ##TJCE-2018: ##TJRS-2018: ##PGETO-2018:


#DPEMG-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: CNJ, no exercício de controle administrativo, pode
deixar de aplicar lei inconstitucional: CNJ pode determinar que Tribunal de Justiça exonere servidores
nomeados sem concurso público para cargos em comissão que não se amoldam às atribuições de
direção, chefia e assessoramento, contrariando o art. 37, V, da CF. Esta decisão do CNJ não configura
controle de constitucionalidade, sendo exercício de controle da validade dos atos administrativos do
Poder Judiciário. STF. Plenário. Pet 4656/PB, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 19/12/16 (Info 851).

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2011: ##TJPA-2012: ##MPPI-2012: ##TJDFT-2015: ##DPESP-2015:


##TRF2-2017: ##PGM-BH/MG-2017: ##TJCE-2012/2018: ##Cartórios/TJMG-2018: ##PGETO-2018:
##TJPR-2019: #DPEMG-2019: ##CESPE: ##Consuplan: ##FCC: O CNJ, embora seja órgão do Poder
Judiciário, nos termos do art. 103-B, § 4º, II, da CF/88, possui, tão somente, atribuições de natureza
administrativa e, nesse sentido, não lhe é permitido apreciar a constitucionalidade dos atos
administrativos, mas somente sua legalidade. STF. Plenário. MS 28872 AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, j. 24/02/11.

(TJRS-2016-Faurgs): Assinale a alternativa correta sobre os Conselhos Nacionais de Justiça e do


Ministério Público, de acordo com as previsões dos arts. 103-B e 130-A: Os Conselhos têm competência
para desconstituir atos administrativos ilegais praticados pelos órgãos das instituições a que pertencem,
sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas. BL: arts. 103-B, §4º, II e 130, §2º II, CF.

III - RECEBER e CONHECER das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,
INCLUSIVE contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de
registro que ATUEM por delegação do poder público ou oficializados, SEM PREJUÍZO da
COMPETÊNCIA DISCIPLINAR e CORREICIONAL dos tribunais, PODENDO AVOCAR processos
disciplinares em curso, DETERMINAR a remoção ou a disponibilidade e APLICAR outras sanções
administrativas, ASSEGURADA ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(TJSE-2008) (MPRN-2009) (DPEMT-2009) (PGEAL-2009) (MPT-2009) (TRF4-2010) (TJPR-2011) (MPF-2011)
(PCMG-2011) (TJMS-2012) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (DPEPR-2012) (TJSC-2013) (TJAM-2013) (MPMS-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (MPM-2013) (PGERN-2014) (DPEMA-2015)
(DPESP-2015) (PGEPR-2015) (TJDFT-2014/2016) (PGEMA-2016) (TRT3-2016) (TJSP-2011/2017) (TJRS-2018)
(PGM-João Pessoa/PB-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2017/2018/2019) (TJPR-2019) (MPDFT-2021) (TJMMG-2022)

IV - REPRESENTAR ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de


abuso de autoridade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPRN-2009) (MPT-2009) (MPMS-
2013) (Cartórios/TJPE-2013) (DPEMA-2015) (TJDFT-2016) (Anal./MPU-2018) (Cartórios/TJSP-2022)

395
V - REVER, de ofício ou mediante provocação, os PROCESSOS DISCIPLINARES de juízes e
membros de tribunais JULGADOS há menos de um ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004) (MPSP-2005) (TJSE-2008) (DPEMT-2009) (PGEAL-2009) (MPT-2009) (DPEPR-2012) (DPERO-2012)
(PCSP-2012) (TJPR-2013) (TJAM-2013) (TJRN-2013) (MPMS-2013) (MPRO-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-
2013) (MPM-2013) (TJMT-2014) (DPEMA-2015) (DPESP-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEPR-2015)
(TJDFT-2016) (PGEAM-2016) (TRT3-2016) (PGESE-2017) (TJCE-2018) (PCPI-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(TJRO-2019) (MPPR-2019)

##Atenção: ##STF: ##DOD: O prazo de 1 ano previsto no art. 103-B, § 4º, V da CF/88 incide apenas
para revisões de PADs, não se aplicando para atuação originária do CNJ. A competência originária do
CNJ para a apuração disciplinar, ao contrário da revisional, não se sujeita ao parâmetro temporal
previsto no art. 103-B, § 4º, V da CF/88. STF. 2ª T. MS 34685 AgR/RR, rel. Min. Dias Toffoli, j. 28/11/17
(Info 886).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEPR-2012: ##DPESP-2015: ##PGEPR-2015: ##TRT3-2016:


##TJCE-2018: ##MPPR-2019: ##CESPE: ##FCC: ##PUCPR: Competência originária e concorrente do
CNJ: A CF conferiu competência originária e concorrente ao CNJ para aplicação de medidas
disciplinares. Assim, a competência do CNJ é autônoma (e não subsidiária). Assim, o CNJ pode atuar
mesmo que a corregedoria local não tenha investigado o caso ou tenha arquivado a apuração. STF. 1ª T.
MS 30361 AgR/DF, Rel. Min. Rosa Weber, j. 29/8/17 (Info 875). STF. 2ª T. MS 28513/DF, Rel. Min. Teori
Zavascki, j. 15/9/15 (Info 799). (...) A jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de
que o Conselho Nacional de Justiça detém competência originária e concorrente com os Tribunais de
todo o país para instaurar processos administrativo-disciplinares em face de magistrados. Precedentes:
MS 29.187/DF, Min. Rel. Dias Toffoli, Plenário, DJe 18/2/14, MS 28.513/DF, Min. Rel. Teori Zavascki, 2ª
T, DJe 25/9/15.
(TJCE-2018-CESPE): A respeito da organização, das funções e das decisões do CNJ, assinale a opção correta:
É concorrente a competência da corregedoria do CNJ para o exercício do poder correicional e disciplinar.
BL: Info 875, STF.
(PGEPR-2015-PUCPR): A accountability do Poder Judiciário fortaleceu-se com o advento do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), em 2004. Sobre o órgão e sua competência disciplinar, na esteira da compreensão
do STF, assinale a alternativa correta: O CNJ detém competência originária e concorrente para instaurar
procedimentos administrativos disciplinares aplicáveis a magistrados. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: Segundo o STF, o prazo estabelecido no art. 103-B, § 4º, V, da CF/88 para o CNJ rever
processo disciplinar instaurado contra magistrado começa a fluir da publicação da decisão do TJ em
órgão oficial. [MS 26.540, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-6-2014, 2ª T, DJE de 1º-8-2014.]

##Atenção: ##STF: O pedido de revisão disciplinar para o CNJ deve ser feito até um ano após o
julgamento do processo disciplinar pelo respectivo Tribunal, nos termos do art. 103-B, § 4º, V, da CF/88.
Dessa forma, esgotado tal prazo só restará ao interessado socorrer-se da via judicial para discutir a
punição que lhe foi aplicada. [MS 27.767 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 23-3-11, P, DJE de 8-4-
2011.]

(TJSP-2017-VUNESP): A emenda constitucional 45, ao criar o Conselho Nacional de Justiça, alocou-o


entre os órgãos do Poder Judiciário, circunstância da qual decorre a seguinte consequência: o Conselho
Nacional de Justiça poderá rever, de ofício ou por provocação, os processos disciplinares em curso e os já
julgados há menos de um ano. BL: arts. 103-B, §4º, V, CF.

VI - ELABORAR semestralmente RELATÓRIO ESTATÍSTICO sobre processos e sentenças


prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (MPT-2009) (MPAL-2012) (TRT3-2016) (TJRO-2019)

VII - ELABORAR RELATÓRIO ANUAL, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a
situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do
Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura
da sessão legislativa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPAL-2012) (Cartórios/TJPE-2013)
(TJRO-2019)

§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça EXERCERÁ a função de MINISTRO-


CORREGEDOR e FICARÁ EXCLUÍDO da distribuição de processos no Tribunal, COMPETINDO-LHE,
além das atribuições que LHE FOREM CONFERIDAS pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:

396
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2008) (TJSE-2008) (TJSP-2011) (PCMG-2011)
(TJRS-2009/2012) (TJMS-2012) (TJPI-2012) (TJPR-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PGEBA-2014) (PGEMA-2016)
(PCPA-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (PGM-Curitiba/PR-2019)

(PGEBA-2014-CESPE): No que se refere ao Poder Judiciário, julgue o item seguinte, considerando que
STJ se refere ao Superior Tribunal de Justiça: A função de ministro-corregedor do Conselho Nacional de
Justiça deve ser exercida por ministro do STJ. BL: arts. 103-B, §5º, CF.

I - RECEBER as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos


serviços judiciários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2008) (PCMG-2011)
(Cartórios/TJRS-2013) (PGEMA-2016) (Cartórios/TJMG-2017)

II - EXERCER funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2008)

III - REQUISITAR e DESIGNAR magistrados, DELEGANDO-LHES atribuições, e requisitar


servidores de juízos ou tribunais, INCLUSIVE nos Estados, Distrito Federal e Territórios. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2008) (TJMS-2012) (Cartórios/TJMG-2017)

§ 6º JUNTO AO CONSELHO OFICIARÃO o Procurador-Geral da República e o Presidente do


Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(TJSE-2008) (TJDFT-2011) (MPSC-2014) (MPT-2017) (Cartórios/TJMG-2019) (MPM-2021)

§ 7º A União, INCLUSIVE no Distrito Federal e nos Territórios, CRIARÁ OUVIDORIAS DE


JUSTIÇA, competentes para receber RECLAMAÇÕES e DENÚNCIAS de qualquer interessado contra
membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, REPRESENTANDO
diretamente ao CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004) (MPT-2009) (TJES-2011) (DPESP-2015) (TJRS-2018)

(DPESP-2015-FCC): Sobre o CNJ, é correto afirmar: A União, inclusive no Distrito Federal e nos
Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer
interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares,
representando diretamente ao CNJ. BL: art. 103-B, §7º, CF.

##Atenção: O art. 103-B, §7º, da CF/88 prevê que as reclamações e denúncias poderão ser encaminhadas
tanto para as ouvidorias dos Tribunais locais quanto diretamente para o CNJ.

Seção III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 104. O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA COMPÕE-SE de, no mínimo, trinta e três
Ministros. (TJDFT-2014) (TJSP-2014) (TRF1-2015) (TRF5-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (PGM-Florianópolis/SC-
2022)

Parágrafo único. Os MINISTROS DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA SERÃO


NOMEADOS pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de
setenta anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada, DEPOIS DE APROVADA a escolha
pela maioria absoluta do SENADO FEDERAL, SENDO: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122,
de 2022)

I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores
dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; (TJMT-2009) (TJSC-
2009) (TJDFT-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TRF5-2015) (TRT16-2015) (PGESC-2018)

II - um terço, EM PARTES IGUAIS, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,


Estadual, do Distrito Federal e Territórios, ALTERNADAMENTE, indicados na forma do art. 94. (TJMT-
2009) (TJSC-2009) (TJDFT-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TRT16-2015) (PGESC-2018)

(TJSC-2009): O STJ é composto de um terço de desembargadores federais, outro terço de

397
desembargadores estaduais e o terço restante, de metade de advogados e metade de membros do
Ministério Público. BL: art. 104,§ único, I e II, CF.

Art. 105. COMPETE ao SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA:

I - PROCESSAR e JULGAR, ORIGINARIAMENTE:

a) NOS CRIMES COMUNS, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos DE
RESPONSABILIDADE, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal,
os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de
Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que OFICIEM perante tribunais; (TJPR-2008)
(MPPE-2008) (TJMG-2009) (TJRS-2009) (TJSP-2009) (TRF1-2009) (PCPB-2009) (PCPI-2009) (PCRN-2009) (TJPB-
2011) (DPEMA-2011) (TRF5-2011) (TJCE-2012) (TJMS-2012) (MPMG-2012) (MPPI-2012) (MPPR-2012)
(MPTO-2012) (PCSP-2012) (MPF-2011/2013) (TJPE-2013) (TJSC-2013) (PGDF-2013) (MPM-2013) (TJDFT-
2011/2014) (MPAC-2014) (MPPA-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TJMS-2015) (MPDFT-2015)
(PGEPA-2015) (PCDF-2015) (TRT6-2015) (MPT-2015) (DPEES-2016) (PGEMS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
(TRF2-2011/2017) (PCGO-2012/2017) (DPESC-2017) (PCAP-2017) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018)
(PCMG-2018) (TJRO-2011/2019) (TJAC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPAP-2021) (TCDF-2021) (TCERJ-2021)
(PGM-Recife/PE-2022) (Anal. Judic./TJCE-2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 453: ##MPF-2015: ##TRT6-2015: ##TRF2-2017: ##FCC: A


aposentadoria do magistrado, ainda que voluntária, transfere a competência para processamento e
julgamento de eventual ilícito penal para o 1º grau de jurisdição. STF. Plenário. RE 549560, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, j. 22/03/12. Logo, a aposentadoria implica em perda do foro por prerrogativa de
função, em relação aos Magistrados e membros do MP.
(MPF-2015): Juiz estadual que tenha cometido delito contra os interesses da união federal, presente a
hipótese do art. 109, IV, CF/88, é denunciado perante o tribunal de justiça do estado respectivo. dois dias
após o recebimento da peça acusatória, o magistrado se aposenta voluntariamente, quando então o tribunal
de justiça determina a remessa dos autos ao juiz estadual em 1º grau, que imediatamente reconhece sua
incompetência e envia os autos ao juiz federal na mesma cidade. Encaminhados os autos ao MPF em 1º
grau, ao recebê-los, deverá o membro do Parquet: Por serem absolutamente válidos todos os atos já
praticados, com a perda da prerrogativa de foro a competência se transfere para o Juiz Federal que a detém,
razão pela qual e hipótese de pedir o regular processamento segundo o rito próprio para o crime em relação
ao qual houve a denúncia, cujo recebimento e hígido e não necessita de ratificação. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: Os crimes cometidos contra o interesse da União são de competência da justiça federal (juiz de
1° grau), em regra, conforme o art. 109, inc. IV da CF. Porém, de acordo com o enunciado da questão o crime
foi cometido por um juiz estadual. Os juízes tem foro por prerrogativa de função e são julgados pelo
tribunal de justiça ao qual são vinculados, conforme a regra do art. 96, III da CF. Dessa forma, como o crime
cometido foi praticado em detrimento dos interesses da União a competência, em regra, seria da Justiça
Federal, mas como o crime foi cometido por um membro da magistratura a competência é do Tribunal de
Justiça ao qual o magistrado é vinculado. Assim, deverá ser oferecida a denúncia contra o juiz no Tribunal
de Justiça. Todavia, o enunciado da questão afirma que dois dias após o oferecimento da denúncia o
magistrado aposentou-se, com isso perde a prerrogativa de função e passa-se ser aplicada a regra, ou seja, a
competência para o julgamento (do agora ex-magistrado) passa a ser da Justiça Federal, conforme o
entendimento da STF.

##Atenção: ##STF: ##TJCE-2012: ##PCDF-2015: ##CESPE: ##CPP: O STF decidiu que “compete,
originariamente, ao STJ, processar e julgar os membros dos Tribunais de Contas estaduais nos crimes de
responsabilidade e nos ilícitos penais comuns, assim definidos em legislação emanada da União Federal.
Mostra-se incompatível com a Constituição da República - e com a regra de competência inscrita em seu
art. 105, I, "a" - o deslocamento, para a esfera de atribuições da Assembleia Legislativa local, ainda que
mediante emenda à Constituição do Estado, do processo e julgamento dos Conselheiros do Tribunal de Contas
estadual nas infrações político-administrativas”. (ADI 4190 MC-REF, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal
Pleno, j. 10/03/10).

##Atenção: ##STJ: ##TRF1-2009: ##CESPE: ##CPP: Os juízes de 1º grau, quando convocados para os
Tribunais de Justiça para exercer a função de desembargador, não possuem a prerrogativa de foro
previsto pelo art. 105, I, da CF/88. A prerrogativa de foro é inerente ao cargo, e não a eventual exercício
da função em substituição, uma vez que o convocado mantém sua investidura no cargo de origem, ou
seja, juiz de 1º grau. Precedente citado: HC 86.218-DF, DJ 2/8/07. STJ. AgRg na RP 368/BA , Rel. Min.
Arnaldo Esteves Lima, j. 5/3/08.

398
(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: Compete ao STJ processar e julgar nos crimes de
responsabilidade os membros dos Tribunais de Contas dos Municípios. BL: art. 105, I, “a”, CF.

##Atenção: Nos crimes comuns e nos de responsabilidade, compete ao STJ julgar os desembargadores
dos TJs e os membros dos Tribunais de 2ª instância (TRF, TRT e TRE). Veja que todos os membros do
Judiciário que atuam em Tribunais de 2ª instância (TJ, TRF, TRT e TRE) são julgados no STJ pelos dois
crimes (comuns + responsabilidade). Quanto aos Tribunais de Contas, a competência do STJ fica para
TCE, TCDF e TCM (onde houver). Só ficam de fora os Ministros do TCU, que são julgados no STF
pelos dois crimes (comuns + responsabilidade). Sintetizando, fica assim:
- Membros do TJ, TRF, TRT e TRE (tribunais de segunda instância);
- Membros do TCE, TCDF e TCM;
- Membros do MPU que oficiem perante Tribunais.

(TCDF-2021-CESPE): Com relação ao Poder Legislativo, ao Poder Judiciário e ao Ministério Público,


julgue o item seguinte: Membro de tribunal de contas estadual que, no exercício da sua função, cometer
ato previsto como crime comum deverá ser processado e julgado originariamente pelo Superior Tribunal
de Justiça. BL: art. 105, I, “a”, CF.

(TCERJ-2021-CESPE): Com relação aos poderes da República, julgue o item a seguir: Compete ao STJ
julgar os membros dos tribunais de contas estaduais que tenham cometido crime de responsabilidade.
BL: art. 105, I, “a”, CF.

(TRT6-2015-FCC): Considere: É inconstitucional disposição normativa da Constituição Estadual que


reconheça ao Tribunal de Justiça competência para processar e julgar originariamente, nos crimes
comuns, membros de Tribunal de Contas dos Municípios. BL: art. 105, I, “a”, CF.

(TJPA-2014-VUNESP): Imagine que magistrado integrante do TRE, durante sessão de julgamento e em


razão de controvérsia relativa a votos divergentes, atente dolosamente contra a vida de seu colega. A
competência para julgamento é do STJ. BL: art. 105, I, “a”, CF.

b) os MANDADOS DE SEGURANÇA e os HABEAS DATA contra ato de Ministro de Estado, dos


Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 23, de 1999) (PFN-2007) (TJAL-2008) (MPRO-2008) (PGEPB-2008) (PCSC-2008) (TJSP-
2009) (DPEPA-2009) (MPBA-2010) (PGEGO-2010) (DPEAM-2011) (TJES-2011) (MPSC-2012) (DPEMS-
2012) (DPERO-2012) (DPESC-2012) (PCSP-2012) (DPERR-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJPA-2014)
(MPAC-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (TJMS-2015) (MPDFT-
2015) (TJGO-2015) (DPERN-2015) (TJRS-2016) (DPEBA-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGEPE-2018)
(PF-2021) (DPEPB-2022) (PGERO-2022)

Súmula 41-STJ: O Superior Tribunal de Justiça não tem competência para processar e julgar,
originariamente, mandado de segurança contra ato de outros tribunais ou dos respectivos órgãos.

##Atenção: ##STJ: ##DPERR-2013: ##CESPE: O art. 105, I, 'b', da CF, delimita competência absoluta
do STJ, estabelecendo expressamente as restritas hipóteses de impetração de mandado de segurança
originário, sem prever qualquer exceção que lhe confira atribuição de atuar em situação não fixada.
(AgRg no MS 16.984/RN, Rel. Min. Nancy Andrighi, 2ª S., DJe 31/8/11). Não é competência do STJ
julgar mandamus contra ato proveniente de Desembargador do Tribunal de Justiça Estadual ou de
Tribunal Regional Federal. Nesse sentido, o teor da Súmula 41/STJ. (AgRg no MS 14.632/SP, Rel. Min.
Humberto Martins, 1ª S., DJe 6/11/09). STJ. 1ª S., AgRg no MS 19.960/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves
Lima, j. 24/04/13.

##Atenção: ##STJ: ##Cartórios/TJBA-2013: ##CESPE: A teor do parág. único, do art. 1º, da Lei nº
8.682/93, goza o ocupante do cargo de Advogado-Geral da União, todos os direitos, deveres e
prerrogativas de Ministro de Estado. Competente esta Corte, nesta esteira, para processar e julgar
mandados de segurança contra seus atos. Inteligência do art. 105, I, letra "b", da Constituição Federal.
STJ. 3ª S., MS 7.076/DF, Rel. Min. Jorge Scartezzini, j. 13/12/00.

(DPEPB-2022-CESPE): O STJ é competente para julgar mandado de segurança e habeas data em face
de Ministro de Estado. BL: art. 105, I, “b”, CF.
399
(PGERO-2022-CESPE): João, Lucas e Maria pretendem impugnar ato omissivo, de competência de
ministro de Estado, lesivo ao direito material dos três. Nessa situação hipotética, João, Lucas e Maria
podem impetrar mandado de segurança individual perante o STJ. BL: art. 105, I, “b”, CF.

##Atenção: O ato omissivo é a omissão da autoridade pública ou delegada, a despeito da obrigação


constitucional, legal ou regimental da prática de um ato comissivo a tempo e modo. Tanto o ato
comissivo quanto o ato omissivo são impugnáveis mediante mandado de segurança.

(MPBA-2018): Assinale a alternativa correta: Compete ao STJ processar e julgar, originariamente, os


mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado. BL: art. 105, I, “b”, CF.

c) os HABEAS CORPUS, quando o coator ou paciente FOR qualquer das pessoas mencionadas na
alínea "a", ou quando o coator FOR tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante
da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, RESSALVADA a competência da JUSTIÇA ELEITORAL;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) (PCRN-2009) (TJRJ-2011) (TJDFT-2014) (TJMT-2014)
(MPAC-2014) (MPPA-2014) (TJGO-2015) (PGEMA-2016) (DPU-2017)

(MPPA-2014-FCC): Habeas corpus impetrado em favor de membro de Tribunal Regional do Trabalho


que figure como réu em ação penal será de competência originária do Superior Tribunal de Justiça. BL:
art. 105, I, “a” e “c”, CF.

(TJRJ-2011-VUNESP): Na hipótese de um Deputado Federal e um membro do Tribunal de Contas dos


Estados serem pacientes do habeas corpus, a competência originária para processar e julgar esse remédio
constitucional será, respectivamente do STF e do STJ. BL: art. 102, I “d” e art. 105, I, “c”, CF.

d) os CONFLITOS DE COMPETÊNCIA entre quaisquer tribunais, RESSALVADO o disposto no


art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais
diversos; (MPRO-2008) (PGECE-2008) (MPDFT-2009) (DPEPA-2009) (TRF5-2009) (PCDF-2009) (MPPB-2010)
(MPMS-2011) (PCMG-2011) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (TJSC-2013) (MPAC-2014) (PGEBA-2014) (TJDFT-
2015) (DPERN-2015) (TRT2-2015) (TJRJ-2014/2016) (TRF3-2016) (TRF2-2017) (MPF-2017) (Cartórios/TJMG-
2017) (Anal. Judic./TRETO-2017) (TJAC-2019) (TJRO-2019) (MPGO-2019)

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente: (...)
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais
Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##Anal. Judic./TRETO-2017: ##CESPE: Em regra, as ações tratando sobre
divergências internas ocorridas no âmbito do partido político são julgadas pela Justiça Estadual.
Exceção: se a questão interna corporis do partido político puder gerar reflexos diretos no processo
eleitoral, então, neste caso a competência será da Justiça Eleitoral. Assim, compete à Justiça Eleitoral
processar e julgar as causas em que a análise da controvérsia é capaz de produzir reflexos diretos no
processo eleitoral. STJ. 2ª Seção. CC 148.693-BA, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 14/12/16 (Info
596).

##Atenção: ##TJRO-2019: ##VUNESP: Os TRE’s não são competentes para processar e julgar os
conflitos de competência verificados entre Juiz Eleitoral e o Juiz de Direito de Vara comum nos crimes
eleitorais. De fato, nos termos do art. 105, inc. I, “d", da CF/88, o STJ é o juízo competente para processar
e julgar conflitos de competência entre juízes vinculados a tribunais diversos (Juiz de Direito - TJ e Juiz
Eleitoral - TRE).

(PGEBA-2014-CESPE): No que se refere ao Poder Judiciário, julgue o item seguinte, considerando que
STJ se refere ao STJ: Compete ao STJ processar e julgar, originariamente, o conflito de competência
instaurado entre juiz federal e juiz do trabalho. BL: art. 105, I, “d”, CF.

##Atenção: ##Dica: Se houver conflito de qualquer Tribunal Superior, será julgado pelo STF. Não
havendo participação de pelo menos um TS (Tribunal Superior), será julgado pelo STJ.

##Atenção: ##Dica: SE VOCÊ SOUBER ESTAS TRÊS REGRAS VOCÊ NÃO ERRA CONFLITO ENTRE
TRIBUNAIS:

400
- 1ª REGRA – TEM TRIBUNAL SUPERIOR NO MEIO? COMPETÊNCIA STF.

- 2ª REGRA – COMPETÊNCIA ENTRE QUALQUER TRIBUNAL (1ª E 2ª INST) NÃO SUPERIOR 


COMPETÊNCIA STJ.

- 3ª REGRA – CONFLITO INTERNO (MESMO ÂMBITO) DE QUALQUER TRIBUNAL  RESPECTIVO


TRIBUNAL SUPERIOR (ROUPA SUJA SE LAVA EM CASA).

e) as REVISÕES CRIMINAIS e as AÇÕES RESCISÓRIAS de seus julgados; (DPEPA-2009) (MPF-


2011) (TJRR-2015) (PGM-Recife/PE-2022)

f) a RECLAMAÇÃO para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas


decisões; (PGEPA-2012) (TJRJ-2013) (TJAM-2013) (MPGO-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGDF-
2013) (MPF-2017) (DPERJ-2021)

g) os CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou


entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as
deste e da União; (MPPR-2008) (TJSP-2009) (DPEPA-2009) (PCMG-2011) (Cartórios/TJMT-2014) (TJMS-
2015) (DPEMA-2015) (TRT21-2015) (DPEES-2016) (PCPI-2018) (TJMMG-2022)

h) o MANDADO DE INJUNÇÃO, quando a elaboração da norma regulamentadora FOR atribuição


de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, EXCETUADOS os CASOS
DE COMPETÊNCIA do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral,
da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; (PGECE-2008) (TJSC-2010) (PGESP-2012) (MPT-2012) (MPSP-
2013) (TJMT-2014) (TJSE-2015) (DPEES-2016) (DPEPE-2018)

(MPSP-2013): Com relação ao mandado de injunção: É cabível no âmbito da competência do STJ, quando
a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da
administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do STF e dos órgãos da Justiça
Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal. BL: art. 105, I “h”, CF.

(MPT-2012): Sobre o mandado de injunção é correto afirmar: Segundo a Constituição da República, a


Justiça do Trabalho tem competência para conhecer e julgar mandados de injunção, quando o ato
omissivo for da alçada de autoridade não sujeita à competência constitucional de outro Tribunal e desde
que se encaixe na competência material disciplinada pelo art. 114 da Constituição. Nestes casos, o
Ministério Público do Trabalho é legitimado para promover a ação constitucional, na própria Justiça do
Trabalho. BL: art. 105, I “h”, CF.

##Atenção: A Justiça do Trabalho tem sua competência referida no art. 105, I, “h”, da CF, que a ressalva,
ao lado da competência dos outros ramos especializados do Judiciário, para conhecer dos mandados de
injunção. Essa previsão há de ser interpretada em harmonia com o art. 114 da CF, que disciplina a
competência material da Justiça do Trabalho. A Lei Orgânica do MPU (LC 75/93), por sua vez, no art. 83,
X, legitima, expressamente, o MPT para impetrar mandado de injunção perante a Justiça Especializada
Trabalhista: “Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos
órgãos da Justiça do Trabalho: (...) X - promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do
Trabalho;” A atuação deverá, obviamente, ser compatível com a finalidade institucional do “Parquet”, ou
seja, “defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis” (CF, art. 127, “caput”), imbricada com a necessidade de viabilizar o exercício de direitos
constitucionais obstados pela falta de regulamentação, responsabilizando seja aquele que não cumprir o
dever de expedir a regulamentação, seja quem suportará os efeitos da injunção.

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída


pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPPR-2008) (PGECE-2008) (PCSC-2008) (TJSP-2009) (DPESP-
2009) (PGEPE-2009) (TJSC-2010) (DPU-2010) (PCAP-2010) (MPCE-2011) (TRF1-2011) (PCSP-2012) (PFN-2012)
(TRF5-2011/2013) (TRF4-2010/2014) (TJPA-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJSP-
2014) (PCTO-2014) (AGU-2007/2013/2015) (TJMS-2015) (TJGO-2015) (DPEPE-2015) (TJAM-2016) (TJRS-2016)
(DPEES-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (DPESC-2012/2017) (TRF2-2017) (TRF3-2016/2018) (TJAC-2019)
(Cartórios/TJRS-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (PGERS-2021)

401
(TJAC-2019-VUNESP): É competência, respectivamente, do STF e do STJ processar e julgar,
originariamente, as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre
uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; e a homologação de sentenças
estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias. BL: art. 102, I, “f” e art. 105, I, “i”, CF.

II - JULGAR, em RECURSO ORDINÁRIO: (MPCE-2011) (MPPR-2013) (MPF-2015) (Cartórios/TJMG-


2015)

a) os habeas corpus DECIDIDOS EM ÚNICA ou ÚLTIMA INSTÂNCIA pelos Tribunais Regionais


Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão FOR
DENEGATÓRIA; (MPAP-2012) (MPRJ-2012) (DPESE-2012) (MPPR-2013) (TJGO-2015) (MPSP-2015) (DPU-
2015) (TJRS-2016) (MPBA-2018) (Cartórios/TJDFT-2019)

(MPRS-2014): Virgilino, preso preventivamente por tráfico de entorpecentes em 05/06/14, através de


advogado, impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que foi
denegado por 2 a 1, em 25/06/14. O paciente, inconformado, contatou o causídico e solicitou que ele
continuasse buscando sua liberdade. O advogado, considerando a lei formal e a jurisprudência atual dos
pretórios superiores, deve usar o seguinte remédio jurídico: recurso ordinário constitucional perante o
STJ. BL: art. 105, II, “a”, CF.

b) os mandados de segurança DECIDIDOS EM ÚNICA INSTÂNCIA pelos Tribunais Regionais


Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando DENEGATÓRIA a
decisão; (AGU-2007) (MPRR-2008) (MPRO-2008) (TJSE-2008) (MPPR-2013) (TRF4-2012/2014) (Cartórios/TJES-
2013) (TJGO-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJMSP-2016) (DPEPR-2017)
(TRT/Unificado-2017) (DPEAM-2011/2018) (MPBA-2018) (PGESP-2018) (TCEMG-2018) (Anal. Judic./STJ-
2018) (Cartórios/TJDFT-2019)

(TCEMG-2018): Analise o caso hipotético a seguir. Maria impetrou, junto ao órgão judicial competente,
mandado de segurança contra a Presidência da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. A
matéria objeto do mandado de segurança não se refere à competência de justiça especializada. O órgão
judicial competente denegou o pedido da impetrante. Para reformar a decisão, Maria deverá interpor
recurso ordinário. BL: art. 105, II, “b”, CF/88.

(AGU-2007-CESPE): Quanto aos recursos no processo civil, julgue o item subsequente: Compete ao STJ
julgar, em recurso ordinário, os mandados de segurança decididos em única instância pelos TRFs,
quando essa decisão for denegatória. BL: art. 105, II, “b”, CF.

c) as causas em que FOREM partes ESTADO ESTRANGEIRO ou ORGANISMO


INTERNACIONAL, de um lado, e, do outro, MUNICÍPIO ou PESSOA RESIDENTE ou DOMICILIADA
no País; (DPECE-2008) (PGECE-2008) (PCPB-2009) (TJSC-2010) (MPPB-2010) (TJDFT-2011) (MPCE-2011)
(MPRS-2012) (TRF4-2012) (MPPR-2013) (TRF5-2013) (TJGO-2015) (PCDF-2015) (DPESC-2017) (MPBA-2018)
(MPSC-2012/2013/2019) (TJRJ-2019) (MPDFT-2021) (TJAP-2022)

(MPSC-2013): As causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo


internacional e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País serão processadas e
julgadas perante a Justiça Federal de primeira instância, com recurso ordinário para o Superior Tribunal
de Justiça. BL: art. 105, II, “c”, CF.

(DPECE-2008-CESPE): Em relação aos tribunais superiores, julgue o item que se segue: O julgamento
das causas em que forem partes organismo internacional, de um lado, e de outro, um município será
realizado pela justiça federal, devendo eventual recurso ordinário interposto contra a sentença ser
julgado pelo STJ. BL: art. 105, II, “c”, CF.

##Atenção: RESUMO SOBRE COMPETÊNCIA JUDICIAL NOS CONFLITOS QUE ENVOLVAM


ESTADOS ESTRANGEIROS OU ORGANISMOS INTERNACIONAIS:

(1) Litígios entre a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território e Estado estrangeiro ou organismo
internacional:

402
STF: processar e julgar

(2) Causas que envolvam Município ou pessoa residente ou domiciliada no País com Estado estrangeiro
ou organismo internacional:
Juízes Federais: processar e julgar
STJ: julgar, em recurso ordinário

(3) Causas que envolvam tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional:
Juízes Federais: processar e julgar

##Atenção: Esquema:
Nomenclatura: EE = estado estrangeiro; OI = organismo internacional

EE ou OI x U, E, DF, T -> STF (originariamente)


EE ou OI x Município ou pessoas -> JF (originariamente) e STJ (recurso)
EE ou OI x U (tratado) -> JF (originariamente)

III - JULGAR, em RECURSO ESPECIAL, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
QUANDO a decisão recorrida: (PGEES-2008) (PGEAL-2009) (MPT-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2011) (TJPI-
2012) (MPRS-2012) (MPRJ-2012) (PFN-2012) (TJRJ-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (TJPA-2014) (DPEGO-2014)
(TJGO-2015) (DPESP-2015) (TRF3-2016) (TJMSP-2016) (DPESC-2012/2017) (MPPR-2013/2017) (MPF-
2013/2015/2017) (DPEAC-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-2018) (Anal. Judic./TRF3-2019)

a) CONTRARIAR tratado ou lei federal, ou NEGAR-LHES vigência; (PGEAL-2009) (MPT-2009)


(MPSE-2010) (PGERS-2011) (MPRS-2012) (MPRJ-2012) (DPESE-2012) (PFN-2012) (MPF-2013) (TRF3-2016)
(DPESC-2012/2017) (MPPR-2013/2017) (DPEAC-2017) (MPBA-2018)

(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: Compete ao STJ julgar, em recurso especial, as causas
decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou negar-lhe
vigência. BL: art. 105, III, “a”, CF.

b) JULGAR válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PGEAL-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2011) (MPRJ-2012) (TJPA-2014)
(DPEGO-2014) (TJGO-2015) (MPPR-2013/2017) (DPESC-2017) (MPBA-2018)

c) DER a lei federal interpretação divergente da que lhe HAJA ATRIBUÍDO outro tribunal. (MPSE-
2010) (PGERS-2011) (MPRJ-2012) (DPESC-2012) (PFN-2012) (MPPR-2013/2017) (DPESC-2017) (MPF-2017)
(Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-2018)

##Atenção: ##STJ: ##MPF-2017: Segundo o STJ, “a falta de indicação dos dispositivos legais federais
que teriam dado causa a interpretações divergentes impede o conhecimento do recurso especial pela
alínea "c". Incidência da Súmula 284/STF". (AREsp 648.898/ES, Rel. Min. Og Fernandes, 2ª T., j.
20/02/2018).

(MPBA-2018): Os recursos especial e extraordinário visam combater ofensa à Constituição Federal ou às


leis infraconstitucionais, por isso o seu procedimento, quando encartado no CPC, nos permite dizer
correto que: Os dois possuem pressupostos primários na Constituição Federal. BL: art. 102, III, alíneas e
§3º c/c art. 105, III, alíneas, CF.

(MPPR-2017): O Ministério Público foi cientificado de acórdão exarado pela 4ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Paraná, que não acolheu pronunciamento da Procuradoria de Justiça e deu
provimento a recurso de apelação da Defesa do réu, por maioria de votos. Na análise da fundamentação
judicial, verifica-se que a solução dada pela Corte Paranaense beneficiou o réu e contrariou lei federal,
estando a matéria já prequestionada no acórdão. Discordando do que foi decidido, o recurso correto a ser

403
interposto pelo Ministério Público é o: Recurso especial dirigido ao STJ. BL: art. 105, III, CF. (proc. penal)

(PGERS-2011-Fundatec): Impetrado mandado de segurança perante o Tribunal de Justiça do Estado do


Rio Grande do Sul, contra ato de Secretário de Estado, a segurança é parcialmente concedida para anular
sanção imposta ao Impetrante, mantendo, porém, processo administrativo cuja extinção se postulava no
mandamus. A matéria possui repercussão geral. Neste caso, é correto afirmar que caberá recurso ordinário
do Impetrante e recursos especial e extraordinário do Estado. BL: art. 18, LMS e art. 105, II, “b”, CF c/c
arts. 105, III, e 102, III, CF.

##Atenção: Em razão de a ação de mandado de segurança ter sido decidida em única instância pelo
Tribunal de Justiça de Estado, e tendo ela denegado a segurança, será impugnável por meio de recurso
ordinário, dirigido ao STJ, por força do art. 105, II, “b", CF. É importante notar que a segurança foi
denegada ao impetrante, que sucumbiu em relação ao pedido de extinção do processo administrativo,
motivo pelo qual ele dispõe de interesse para interpor esse recurso. Por outro lado, ao Estado, réu da
ação, não foi denegada nenhuma segurança, motivo pelo qual ele não poderá lançar mão do recurso
ordinário mencionado, podendo apenas fazer uso do recurso especial ou do recurso extraordinário, caso
a decisão impugnada se enquadre em suas hipóteses de cabimento, elencadas no art. 105, III, e 102, III, da
CF.

§ 1º. FUNCIONARÃO junto ao Superior Tribunal de Justiça: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

I - a ESCOLA NACIONAL DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE MAGISTRADOS,


CABENDO-LHE, dentre outras funções, REGULAMENTAR os cursos oficiais para o ingresso e
promoção na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPPR-2008) (PGEAL-2009)
(DPECE-2014)

(DPECE-2014-FCC): Considere a seguinte afirmação: Não se encontra sujeita à reserva de lei a


regulamentação dos cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira da magistratura a serem
desenvolvidos pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, que funciona junto
ao Superior Tribunal de Justiça. BL: art. 105, § 1º, I, CF.

II - o CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL, CABENDO-LHE EXERCER, na forma da lei, a


supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão
central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões TERÃO CARÁTER VINCULANTE.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPPR-2008) (PGECE-2008) (TRF2-2009) (PGEAL-2009)
(TJSC-2010) (TRF4-2010) (DPECE-2014) (TRF1-2015) (TRF3-2011/2016) (Anal./MPU-2018) (PGM-Curitiba/PR-
2019)

(TRF3-2016): Em relação ao Poder Judiciário a afirmativa correta é: O Conselho da Justiça Federal/CJF


funciona junta ao STJ, exercendo na forma da lei a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça
Federal e possui poderes correcionais, cujas decisões terão caráter vinculante. BL: art. 105, § 1º, II, CF.

(DPECE-2014-FCC): Considere a seguinte afirmação: É assegurado constitucionalmente caráter


vinculante às decisões do Conselho da Justiça Federal, que funciona junto ao STJ. BL: art. 105, § 1º, II, CF.

(TRF2-2009-CESPE): No que se refere ao Poder Judiciário, assinale a opção correta: O Conselho da


Justiça Federal funciona junto ao STJ, cabendo-lhe a supervisão administrativa e orçamentária da justiça
federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes de correição, cujas
decisões são dotadas de caráter vinculante. BL: art. 105, § 1º, II, CF.

§ 2º No recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de direito federal
infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão do recurso seja examinada
pelo Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer com base nesse motivo pela manifestação de 2/3
(dois terços) dos membros do órgão competente para o julgamento . (Incluído pela Emenda Constitucional nº
125, de 2022)

404
§ 3º Haverá a relevância de que trata o § 2º deste artigo nos seguintes casos : (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 125, de 2022)

I - ações penais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 125, de 2022)

II - ações de improbidade administrativa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 125, de 2022)

III - ações cujo valor da causa ultrapasse 500 (quinhentos) salários mínimos ; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 125, de 2022)

##Atenção: Vejamos o teor do art. 2º da EC 125/22: “Art. 2º A relevância de que trata o § 2º do art. 105 da
Constituição Federal será exigida nos recursos especiais interpostos após a entrada em vigor desta Emenda
Constitucional, ocasião em que a parte poderá atualizar o valor da causa para os fins de que trata o inciso III do § 3º
do referido artigo.”

IV - ações que possam gerar inelegibilidade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 125, de 2022)

V - hipóteses em que o acórdão recorrido contrariar jurisprudência dominante o Superior Tribunal


de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 125, de 2022)

VI - outras hipóteses previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 125, de 2022)

Seção IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS

Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:

I - os Tribunais Regionais Federais;

II - os Juízes Federais.

Art. 107. Os TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS COMPÕEM-SE de, no mínimo, sete juízes,
RECRUTADOS, quando possível, na respectiva região e NOMEADOS pelo Presidente da República
dentre brasileiros com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 122, de 2022)

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;

II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por
antigüidade e merecimento, alternadamente.

§ 1º A lei DISCIPLINARÁ a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e


determinará sua jurisdição e sede. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004) (TRF1-2011) (TRF3-2011)

§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a JUSTIÇA ITINERANTE, com a realização de


audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(TJPI-2012) (DPEDF-2013) (PGEBA-2014)

§ 3º Os Tribunais Regionais Federais PODERÃO FUNCIONAR descentralizadamente,


constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas
as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Cartórios/TJRS-2013)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGEBA-2014)

Art. 108. COMPETE aos TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS:

I - PROCESSAR e JULGAR, originariamente:


405
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, INCLUÍDOS os da Justiça Militar e da Justiça do
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (PCPB-2009) (TJDFT-2011) (MPDFT-2011) (TRF4-2012) (MPM-
2013) (MPM-2013) (MPF-2013/2015) (MPSP-2015) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (TJMSP-2016) (TRF3-2016)
(TRT/Unificado-2017) (MPAP-2021)

(TRF2-2017): Sobre a figura do foro por prerrogativa de função, assinale a opção correta: Os juízes
federais de 1º grau possuem foro por prerrogativa de função junto aos Tribunais (TRFs) em que exercem
jurisdição, foro que abrange também os juízes do trabalho de Io grau. BL: art. 108, I, “a”, CF.

(PGEMA-2016-FCC): Juiz do Trabalho ao qual seja imputada a prática de crime de homicídio será
processado e julgado, criminalmente, perante o Tribunal Regional Federal da área de sua jurisdição,
sendo do Superior Tribunal de Justiça a competência para processar e julgar habeas corpus em caso de
ilegalidade ou abuso de poder que ameace ou lese a liberdade de locomoção do magistrado. BL: art. 108,
I, “a” c/c art. 105, I, “c”, CF.87

##Atenção: A alternativa está correta, pois o foro do juiz o trabalho será o TRF pertinente, conforme o
art. 108, I, "a", da CF, sendo que o habeas corpus contra decisão desse tribunal será apreciado pelo STJ, nos
termos do art. 105, I, "c", da CF.

(MPM-2013): Assinale a alternativa correta: Compete ao Tribunal Regional Federal da Região que
abarcar a Auditoria Militar respectiva processar e julgar o Juiz Militar que cometa crime comum ou de
responsabilidade. BL: art. 108, I, “a”, CF.

b) as REVISÕES CRIMINAIS e as AÇÕES RESCISÓRIAS de julgados seus ou dos juízes federais


da região; (PCPI-2009) (TJMA-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: Compete à Justiça Federal processar e julgar
ações rescisórias movidas por ente federal contra acórdão ou sentença da Justiça estadual: Compete ao
Tribunal Regional Federal processar ação rescisória proposta pela União com o objetivo de
desconstituir sentença transitada em julgado proferida por juiz estadual, quando afeta interesses de
órgão federal. STF. Plenário. RE 598650/MS, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min.
Alexandre de Moraes, j. 8/10/21 (Repercussão Geral – Tema 775) (Info 1033).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Imagine agora a seguinte situação hipotética: Lucas
ajuizou execução contra João, na Justiça Estadual. O juiz julgou o pedido procedente. João não recorreu e,
portanto, a sentença transitou em julgado. Depois do trânsito em julgado, a União tomou conhecimento
dessa sentença e entendeu que ela seria contrária aos seus interesses. A União deseja agora ajuizar ação
rescisória pedindo a desconstituição dessa sentença. Em regra, a ação rescisória ajuizada contra sentença
proferida por juiz de Direito é de competência do Tribunal de Justiça. Ocorre que, no caso concreto, temos
uma peculiaridade: essa ação será proposta pela União e o art. 109, I, da CF/88 prevê que, se a União estiver
na lide, a competência deve ser da Justiça Federal: “Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as
causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho; (...)” Logo, ganha força a ideia de que a competência para julgar essa ação rescisória seria do
Tribunal Regional Federal. Por outro lado, alguns poderiam argumentar que a competência seria do
Tribunal de Justiça porque o art. 108 da CF/88, ao tratar sobre a competência dos Tribunais Regionais
Federais, não prevê a possibilidade de o TRF julgar ação rescisória contra sentença proferida por Juiz de
Direito.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Expostos os principais argumentos dos dois lados, indaga-
se: a competência para julgar essa ação rescisória é da Justiça Estadual (Tribunal de Justiça)ou da Justiça
Federal (TRF)? Da Justiça Federal (TRF). É o que foi decidido no julgado veiculado no Info 1033 do STF. De
fato, o art. 108, da CF não prevê expressamente a possibilidade de o TRF julgar ação rescisória proposta
contra sentença proferida por Juiz de Direito. No entanto, o art. 108 não traz uma previsão fechada, taxativa.
É preciso ler tal norma em conjunto com o art. 109, I, da CF, que nada mais é do que uma expressão do
princípio federativo e que impede a submissão da União à Justiça dos estados — com exceção da
competência federal delegada (art. 109, § 3º, da CF): “Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I -
as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras,
rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
87
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: (...) c) os habeas
corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator
for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de
1999)
406
do Trabalho; (...) § 3º Lei poderá autorizar que as causas de competência da Justiça Federal em que forem parte
instituição de previdência social e segurado possam ser processadas e julgadas na justiça estadual quando a comarca do
domicílio do segurado não for sede de vara federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)” No
presente caso temos um aparente conflito de normas constitucionais. No entanto, não se trata de hipótese de
colisão entre preceitos constitucionais, mas sim de complementaridade entre as disposições. Desse modo, a
intervenção da União em ação rescisória de decisão proferida por tribunal estadual desloca a competência
para a Justiça Federal..

c) os MANDADOS DE SEGURANÇA e os HABEAS DATA contra ato do próprio Tribunal ou de


juiz federal; (PFN-2007) (PCPB-2009) (TJRS-2016)

(TJRS-2016-Faurgs): Assinale a alternativa correta sobre as Ações Constitucionais: Compete aos


Tribunais Regionais Federais processar e julgar originariamente os habeas data contra ato do próprio
Tribunal. BL: art. 108, I, “c”, CF.

d) os HABEAS CORPUS, quando a autoridade coatora FOR juiz federal; (TRF5-2009) (TJRJ-2013)
(TJMT-2014) (TRF3-2016) (MPF-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-2018)

(MPBA-2018): Assinale a alternativa correta: Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e
julgar, originariamente, os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal. BL: art. 108, I,
“d”, CF.

e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; (PCPI-2009) (TRF2-


2013/2017)

II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no
exercício da competência federal da área de sua jurisdição. (TRF1-2013)

Art. 109. Aos JUÍZES FEDERAIS COMPETE processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal FOREM


INTERESSADAS NA CONDIÇÃO DE autoras, rés, assistentes ou oponentes, EXCETO as de falência, as
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; (TJPI-2007) (MPRO-2008)
(TJRS-2009) (PCPB-2009) (MPBA-2010) (DPEBA-2010) (MPMS-2011) (PGEPR-2011) (TJBA-2012) (MPGO-
2012) (MPRR-2012) (DPEES-2012) (DPERO-2012) (DPESE-2012) (PCRJ-2012) (AGU-2004/2013) (TJRN-
2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPAC-2014) (MPMT-2014) (TRF1-2009/2011/2013/2015) (TRT2-
2015) (TRF3-2011/2016) (PGEAM-2016) (MPF-2011/2012/2013/2017) (MPPR-2012/2014/2017) (TRF2-
2011/2013/2014/2017) (TRF5-2009/2015/2017) (DPU-2015/2017) (TJSC-2017) (PCMT-2017) (MPMG-
2011/2014/2018) (TJMT-2018) (DPEAM-2018) (DPERS-2018) (PCGO-2018) (TJPA-2019) (PGEPB-2008/2021)
(MPAP-2021) (MPDFT-2021) (TJPR-2021) (DPERJ-2021) (PF-2021) (TJMA-2022) (DPEPI-2022)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: A parte interpôs recurso especial contra acórdão
do TJ; no STJ, a União pede e é admitida como assistente simples da recorrente; o STJ determina o
retorno dos autos ao Tribunal de origem para novo julgamento; o processo deverá ser remetido para o
TRF (e não para o TJ): Existindo interesse jurídico da União no feito, na condição de assistente
simples, a competência afigura-se da Justiça Federal, conforme prevê o art. 109, I, da CF/88, motivo
pelo qual compete ao Tribunal Regional Federal o julgamento de embargos de declaração opostos
contra acórdão proferido pela Justiça Estadual. STJ. Corte Especial. EREsp 1265625-SP, Rel. Min.
Francisco Falcão, j. 30/03/22 (Info 731).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O art. 5º, § único, da Lei 9.469/97 traz em sua redação a
previsão legal da modalidade da intervenção anômala. Referida norma legal possibilita que, nas demandas
que figurarem como parte - na qualidade de autoras ou rés - autarquias, fundações públicas, sociedades de
economia mista e empresas públicas, a União e demais pessoas jurídicas de direito público intervenham de
maneira ampla, não sendo necessária a demonstração de interesse jurídico, bastando que os atos realizados
no processo possam lhes gerar algum reflexo, ainda que meramente econômico: “Art. 5º A União poderá
intervir nas causas em que figurarem, como autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia
mista e empresas públicas federais. Parágrafo único. As pessoas jurídicas de direito público poderão, nas causas cuja

407
decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza econômica, intervir, independentemente da demonstração de
interesse jurídico, para esclarecer questões de fato e de direito, podendo juntar documentos e memoriais reputados úteis
ao exame da matéria e, se for o caso, recorrer, hipótese em que, para fins de deslocamento de competência, serão
consideradas partes.” Outrossim, no que diz respeito à competência por ocasião da ocorrência da intervenção
anômala, conforme entendimento desta Corte Superior, a intervenção anômala da União no processo não é
causa para o deslocamento da competência para a Justiça Federal. A assistência simples, por seu turno,
encontra previsão nos arts. 119 a 123 do CPC/15. Segundo o CPC, o assistente simples deve atuar como
auxiliar da parte principal, na qual exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais
que o assistido, sendo ainda que do art. 119 extraem-se pressupostos de admissibilidade da assistência,
quais sejam: i) a existência de uma relação jurídica entre uma das partes do processo e o terceiro e; ii) a
possibilidade de a sentença influir na relação jurídica. Dessa forma, verifica-se que, na assistência simples,
pela própria dicção do CPC, o terceiro interessado necessita ter interesse jurídico na causa, diferentemente
do que ocorre na intervenção anômala, na qual basta, tão somente, o interesse meramente de natureza
econômica. No caso concreto, a União foi admitida na qualidade de assistente simples (art. 119 do CPC).
Isso significa que ficou reconhecido seu interesse jurídico na causa. O interesse jurídico específico da União
a ser tutelado encontra-se presente, tendo em conta que reflete em evidente interesse público demonstrado -
consubstanciado no abastecimento nacional de combustíveis, considerado de utilidade pública, conforme §
1º do art. 1º da Lei 9.847/99, uma vez que, com a condenação da assistida, poderá ser afetada a continuidade
das atividades desta e, consequentemente a atividade de distribuição de combustíveis no âmbito nacional.
Com efeito, o art. 109, I, da CF/88 dispõe que compete à Justiça Federal processar e julgar as causas em que
a União for interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente, fato que implicaria a remessa dos
autos ao Juízo federal. Assim, existindo o interesse da União no feito, na condição de assistente simples, a
competência afigura-se como da Justiça Federal, conforme prevê o art. 109, I, da CF/88, motivo pelo qual
devem ser acolhidos os embargos de declaração opostos pela União para determinar a baixa não mais ao
Tribunal de origem, mas ao Tribunal Regional Federal competente para a análise do feito. Vale ressaltar que
não tem influência o fato de o acórdão ter sido inicialmente proferido na Justiça Estadual, uma vez que se
trata de matéria atinente à competência absoluta, não sujeita à perpetuatio jurisdictionis, consoante expresso
no art. 43 do CPC, parte final: “Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da
petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.” Dessa forma, deve-se
reconhecer a competência da Justiça Federal, sendo o Tribunal Regional Federal competente para novo
julgamento dos embargos de declaração.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: Compete à Justiça estadual julgar insolvência
civil mesmo que envolva a participação da União, de entidade autárquica ou empresa pública federal : A
insolvência civil está entre as exceções da parte final do art. 109, I, da CF/88, para fins de definição da
competência da Justiça Federal. STF. Plenário. RE 678162/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do
acórdão Min. Edson Fachin, j. 26/3/21 (Repercussão Geral – Tema 859) (Info 1011).

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2021: ##PGEPB-2021: ##CESPE: COMPETÊNCIA – ORDEM DOS


ADVOGADOS DO BRASIL – ANUIDADES. Ante a natureza jurídica de autarquia corporativista,
cumpre à Justiça Federal, a teor do disposto no art. 109, inciso I, da CF/88, processar e julgar ações em
que figure na relação processual quer o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, quer
seccional. STF. Plenário. RE 595332, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 31/08/2016 (repercussão geral).

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2017: ##CESPE: (...) Instituição privada de ensino superior. Demora na
expedição do diploma. Sistema Federal de Ensino. Interesse da União. Competência. Justiça Federal.
Precedentes. As instituições privadas de ensino integram o Sistema Federal de Ensino e subordinam-
se à supervisão pedagógica do Ministério da Educação e da Cultura (MEC), a quem compete a
autorização, o reconhecimento e o credenciamento dos cursos superiores por elas ministrados. Haja
vista o interesse da União, compete à Justiça Federal o conhecimento e o julgamento de ação proposta
em razão da demora na expedição de diploma de conclusão de curso superior em instituição privada
de ensino. STF. 2ª T., ARE 754849 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 14/4/15. (...) STF. 2ª T., RE 1026887 AgR,
Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 29/09/17.

##Atenção: ##STJ: ##TRF5-2015: ##CESPE: O fato de a instituição financeira estar sob regime de
liquidação extrajudicial (Lei 6.024/75), sob intervenção do Banco Central, não lhe altera a
personalidade jurídica e não retira a competência da justiça estadual para apreciar o litígio.
Precedentes. Por força do disposto no art. 34 da Lei 6.024/75, é possível aplicar a legislação falimentar
subsidiariamente ao procedimento de liquidação extrajudicial de instituições financeiras, mas com a
ressalva expressa de que somente lhe serão aplicáveis "no que couberem e não colidirem" com os
preceitos daquela. Atribuições distintas do liquidante e do Banco Central, que não se sobrepõem, não
se excluem e devem ser compatibilizadas visando o melhor aproveitamento da liquidação
extrajudicial das instituições financeiras. STJ. 3ª T., REsp 459.352/RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, j. 23/10/12. (...) Inexiste previsão no art. 109 da Constituição da República que atribua a
408
competência para processar e julgar demanda envolvendo sociedade de economia mista à Justiça
Federal, ainda que a instituição financeira esteja sob a intervenção do Banco Central. Ao revés, o
referido dispositivo constitucional é explícito ao excluir da competência da Justiça Federal as causas
relativas à falência - cujo raciocínio é extensível aos procedimentos concursais administrativos, como
soem ser a intervenção e a liquidação extrajudicial -, o que aponta inequivocamente para a
competência da Justiça comum, a qual ostenta caráter residual. STJ. 4ª T., REsp 1093819/TO, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, j. 19/03/13.

##Atenção: ##STJ: ##DPERJ-2021: ##FGV: CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUNTA


COMERCIAL. ANULAÇÃO DE ALTERAÇÃO CONTRATUAL. ATO FRAUDULENTO.
TERCEIROS. INDEVIDO REGISTRO DE EMPRESA. Compete à Justiça Comum [leia-se: Estadual]
processar e julgar ação ordinária pleiteando anulação de registro de alteração contratual efetivado
perante a Junta Comercial, ao fundamento de que, por suposto uso indevido do nome do autor e de
seu CPF, foi constituída, de forma irregular, sociedade empresária, na qual o mesmo figura como
sócio. Nesse contexto, não se questiona a lisura da atividade federal exercida pela Junta Comercial,
mas atos antecedentes que lhe renderam ensejo. Conflito conhecido para declarar competente o
Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, o suscitado. STJ. 2ª S., CC 90.338/RO, Rel. Min. Fernando
Gonçalves, j. 12/11/08.

(PF-2013-CESPE): A respeito de competência, julgue o item subsecutivo: Em regra, a competência da


justiça federal decorre da identidade das partes envolvidas na relação processual, de modo que a
natureza da lide pode não ser fator determinante para a fixação da competência. BL: art. 109, I da CF.

##Atenção: "O STJ orienta-se no sentido de que a competência da Justiça Federal, prevista no art. 109, I, da
CF/88, é fixada, em regra, em razão da pessoa (competência ratione personae), levando-se em conta não a natureza
da lide, mas a identidade das partes na relação processual." (STF, RE 737203/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
25/3/13).

(TRF3-2013): A respeito da competência federal para processar e julgar, é correto afirmar que: as causas
em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à
Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho, serão da competência da Justiça Federal. BL: art. 109, I, CF.

(TRF5-2009-CESPE): Um TRF, ao julgar determinado recurso interposto contra decisão de juiz federal,
reconheceu a ilegitimidade ad causam da União, que, até então, integrava a lide no polo passivo, em
litisconsórcio com outras pessoas. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta: Caso o
recurso julgado tivesse sido um agravo, não subsistiria motivo para justificar a competência da justiça
federal, devendo ocorrer a remessa dos autos à justiça estadual, visto que da lide não mais participa o
ente federal. BL: art. 109, I, CF (CPC)

##Atenção: ##TRF5-2009: ##MPMG-2014: ##CESPE: Fredie Didier explica: “(...)se o TRF, ao julgar uma
apelação interposta pela União, em processo em que ela litiga em litisconsórcio com um ente privado, reconhecendo
a sua ilegitimidade ad causam, excluí-la do feito, não será caso de remessa dos autos à Justiça Estadual nem de
reconhecimento de uma eventual incompetência absoluta da Justiça Federal para ter processado a causa até então.
Caberá ao TRF prosseguir no julgamento do recurso, a despeito da exclusão do ente federal. Em primeiro lugar, cabe
ao TRF, e não ao TJ, julgar o recurso interposto contra decisão de juiz federal. Em segundo lugar, a Justiça Federal
não era incompetente, pois até então a União estava no processo, tanto que, no caso citado, o magistrado a quo lhe
reconhecera legitimidade ad causam. Lembre-se: a competência do TRF não é determinada em razão da pessoa;
trata-se de competência funcional, hierárquica (julgar recurso). A situação seria outra se o recurso fosse o
agravo de instrumento: é que, excluído o ente federal, e não tendo terminado o processo em primeira
instância, que prosseguia, caberá ao juiz federal, tendo em vista que não mais subsiste o fato que lhe imputava a
competência (presença do ente federal no processo, art. 109, I, CF/88), remeter os autos à Justiça Estadual.”
(Fonte: http://www.frediedidier.com.br/wp-content/uploads/2012/02/competencia-para-a-execucao-
de-titulo-executivo-judicial.pdf)

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa


domiciliada ou residente no País; (PGECE-2008) (PGEPB-2008) (PCPB-2009) (TJSC-2010) (MPPB-2010)
(TJDFT-2011) (TJRJ-2013) (TRF1-2013) (TRF5-2013) (MPGO-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TJMS-
2015) (PGEPR-2015) (TRT21-2015) (PFN-2015) (TRF3-2013/2016) (TRF2-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-
2018) (TJRJ-2019) (MPSC-2019) (TJAP-2022)

(TJAP-2022-FGV): Joana, vereadora no Município Alfa, alugou imóvel de sua propriedade, situado no

409
mesmo município, para o Estado estrangeiro XX, que ali instalou um serviço assistencial para pessoas
carentes. Após alguns anos, momento em que o contrato de locação, nos termos da lei brasileira, se
encontrava vigendo por prazo indeterminado, o Estado estrangeiro XX “comunicou” a Joana que ele,
consoante a sua legislação, se tornara proprietário do imóvel, fazendo cessar o pagamento de aluguéis.
Joana, sentindo-se esbulhada em sua propriedade, decidiu ajuizar ação em face do Estado estrangeiro
XX. Consoante a ordem constitucional brasileira, a referida ação deve ser ajuizada perante: a primeira
instância da Justiça comum federal, com recurso ordinário para o STJ. BL: art. 109, II c/c art. 105, II, “c”,
CF.88

##Atenção: No caso em tela, temos uma ação ajuizada por pessoa domiciliada no Brasil, situação que
atrai a competência da primeira instância da justiça federal comum, nos termos do art. 109, II da CF.
Também por disposição constitucional o respectivo recurso a essa ação será o Recurso Ordinário
Constitucional dirigido ao STJ (art. 105, II, c, CF).

##Atenção: "Estado estrangeiro ou organismo internacional" X "Município ou pessoa residente ou


domiciliada no país"
 Competência: JUIZ FEDERAL (CF, art. 109, II)
 Recurso: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (CF, art. 105, II, c)

(TRF2-2017): Marque a opção correta: Por força de regra constitucional, caso o Município resolva
executar dívida de IPTU de Estado estrangeiro, a Justiça Federal será a competente. BL: art. 109, II, CF.

##Atenção: É importante frisar que a competência para julgar, as causas em que forem parte Estado
estrangeiro ou organismo internacional e MUNICÍPIO ou pessoa residente e domiciliada no país, é do
JUIZ FEDERAL segundo a CF em seu art. 109, II. Sendo o STJ responsável para julgar a questão, apenas,
em RECURSO ORDINÁRIO.

III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional; (MPF-2011) (DPESC-2012) (TRF3-2013) (PFN-2015) (TRF5-2013/2017)

(TRF2-2018): O art. 109 da Constituição Federal prevê a competência da Justiça Federal para “III - as
causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional ”. A que tipo
de tratados se refere o dispositivo? Aos tratados que demandem uma contraprestação específica do
Estado brasileiro, também denominados tratados-contrato. BL: art. 109, I da CF.

##Atenção: ##Justificativa da Banca: "O atual art. 109, III da CF é dispositivo tradicional na história
legislativa brasileira. Desde o Decreto nº 848 de 1890 a regra é adotada no Brasil, sem, todavia, que a doutrina ou
jurisprudência tenha bem delimitado a sua extensão. Ainda que a questão seja controvertida, trata-se de
resposta por exclusão das demais alternativas, conforme o que tem sido decidido pela jurisprudência.
Em matéria de sequestro de crianças (Convenção da Haia sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional de
Crianças), o STJ tem decidido que se trata da competência da Justiça Federal (STJ, CC 100345, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão), ainda que a AGU não atue no feito. Na mesma linha, questões envolvendo a aplicação da
Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil em Danos Causados por Poluição por Óleo (STJ, CC 16953,
Rel. Min. Ari Pargendler). Por outro lado, ações envolvendo a aplicação da Convenção de Varsóvia para a
Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional, de 1929, e atualmente a Convenção de
Montreal para a Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional, de 1999, bem como as
que envolvam as convenções de Genebra sobre letras de câmbio e notas promissórias, têm sido decididas pela Justiça
Estadual. Em suma, para facilitar, tem-se adotado o critério dos tratados-contrato para fixar a competência da
Justiça Federal.." (STF, RE 737203/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 25/3/13). (Fonte:
http://www10.trf2.jus.br/ai/wp-content/uploads/sites/3/2018/03/extrato-explicativo-prova-objetiva-
seletiva.pdf).

##Atenção: ##TRF5-2013: ##CESPE: ##TRF2-2018: "(...) b) Quanto ao critério do tipo de efeitos, temos o
tratado-lei e o tratado-contrato. A distinção entre tratados contratuais e tratados normativos vem padecendo de
uma incessante perda de prestigio. É nítida, segundo Rousseau, a diferença funcional entre os tratados-
contratos, assim chamado porque através deles as partes realizam uma operação jurídica - tais acordos de
comércio, de aliança, de cessão territorial - e os tratados-leis ou tratados normativos, por cujo meio as partes
editam uma regra de direito objetivamente válida. Os tratados-leis são geralmente celebrados entre
muitos Estados com o objetivo de fixar as normas de Direito Internacional. As convenções multilaterais
88
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...) II - julgar, em recurso ordinário: (...) c) as causas em que
forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa
residente ou domiciliada no País;
410
como as de Viena são um exemplo perfeito deste tipo de tratado. Os tratados-contratos procuram regular os
interesses recíprocos dos Estados, isto é, buscam regular interesses recíprocos e são geralmente de
natureza bilateral, mas, existem diversos exemplos de tratados multilaterais restritos. Os tratados-
contratos podem ser executados ou executórios. Os primeiros, também chamados transitórios ou de
efeito limitado, são os que devem ser logo executados e que, levados a efeito, dispõem sobre matéria
permanentemente, como ocorrem nos tratados de cessão ou de permuta de territórios. Os tratados executórios
ou de efeito sucessivo são os prevêem atos a serem executados regularmente, toda vez que apresentem as
condições necessárias, como nos tratados de comércio e nos de extradição”. (Fonte: http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7652). Em resumo, os
tratados-contrato são aqueles que criam obrigações recíprocas para as partes (atraem competência da
Justiça Federal); contrapõem-se aos chamados tratados-lei, que indicam normas gerais de
comportamento.

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou


interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, EXCLUÍDAS as
contravenções e RESSALVADA a competência da JUSTIÇA MILITAR e da JUSTIÇA ELEITORAL;
(TJTO-2007) (TJDFT-2008) (MPRR-2008) (PCPB-2009) (MPES-2010) (MPRO-2010) (TJES-2011) (DPEMA-2011)
(MPPR-2011/2012) (PGEMG-2012) (TRF4-2012) (PCRJ-2012) (MPGO-2010/2012/2013) (Cartórios/TJES-2013)
(PCES-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (MPSP-2006/2015) (PCDF-2009/2015) (AGU-2010/2015) (TRF1-
2009/2011/2013/2015) (MPBA-2015) (PCDF-2015) (DPU-2015) (PGEAM-2016) (PCPE-2016) (MPF-2013/2015/2017)
(TRF5-2017) (PGESE-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PCAP-2017) (PCMT-2017) (TRF3-2013/2018) (PCGO-
2013/2017/2018) (TRF2-2009/2014/2017/2018) (MPMG-2018) (DPEAM-2018) (PCGO-2018) (PGM-Manaus/AM-
2018) (Anal./MPU-2018) (PCES-2013/2019) (TJBA-2019) (MPPI-2019) (MPSC-2012/2021) (PF-2013/2021) (TJPR-
2021) (DPERJ-2021) (PGERS-2021) (TJAP-2022) (TJMG-2022)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJAP-2022: ##FGV: Beneficiário do auxílio emergencial transferiu o


dinheiro para a conta de terceiro que deveria sacar a quantia e entregar ao beneficiário; compete à
Justiça Estadual julgar a conduta do terceiro que decidiu não mais entregar o valor: Não compete à
Justiça Federal processar e julgar o desvio de valores do auxílio emergencial pagos durante a
pandemia da covid-19, por meio de violação do sistema de segurança de instituição privada, sem que
haja fraude direcionada à instituição financeira federal. Caso concreto: Regina era beneficiária do
auxílio emergencial. O dinheiro do benefício foi transferido da Caixa para a conta de Regina no
Mercado Pago. Foi então que Regina combinou de transferir a parcela do auxílio emergencial (R$
600,00) para a conta de Pedro, um conhecido. O objetivo da transferência seria possibilitar o
recebimento antecipado do auxílio emergencial. O combinado seria Pedro sacar o dinheiro e repassá-
lo para Regina. Ocorre que Pedro não cumpriu e ficou com o dinheiro. Foi instaurado inquérito
policial para apurar o crime de furto mediante fraude que teria sido praticado por Pedro. A Justiça
Estadual é competente para julgar esse delito. STJ. 3ª Seção. CC 182940-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik,
j. 27/10/21 (Info 716).
(TJAP-2022-FGV): Determinada investigação foi instaurada para apurar estelionato consistente em fraude,
ocorrido em 02 de julho de 2020, em Macapá, na obtenção de auxílio emergencial concedido pelo Governo
Federal, por meio da Caixa Econômica Federal, em decorrência da pandemia da Covid-19. Jack declarou na
investigação que realizou depósito em sua conta do “ComércioRemunerado”, no valor de R$ 600,00 e
depois percebeu que aquela quantia foi transferida para Russel, sendo que não foi Jack quem realizou a
operação financeira nem a autorizou. Russel assinalou que a aludida quantia foi realmente transferida para
sua conta no “ComércioRemunerado” e foi declarada como pagamento de conserto de motocicleta, para
enganar os órgãos competentes e conseguir a antecipação do auxílio emergencial. Disse que foi Fênix,
proprietária de uma loja de manutenção de telefones celulares, quem lhe propôs a prática de tais condutas,
acrescentando que seria um procedimento legal, e ainda ofereceu R$ 50,00 para cada antecipação passada
em sua máquina do “ComércioRemunerado”, sendo que Jack praticou a conduta quatro vezes. Disse ainda
que o dinheiro entrava em sua conta no “ComércioRemunerado” e era transferido para a conta de Fênix. O
auxílio emergencial era disponibilizado pela União, por meio da Caixa Econômica Federal. A competência
para o processo e julgamento do presente caso é do(a): Justiça Estadual em primeiro grau. BL: Info 716, STJ.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de esbulho possessório
de imóvel vinculado ao Programa Minha Casa Minha Vida: O art. 161, § 1º, inciso II, do CP, incrimina a
conduta de invadir terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório, com violência a
pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas. A vítima do crime de esbulho
possessório, tipificado no art. 161, § 1º, II, do CP é o possuidor direto, pois é quem exercia o direito de
uso e fruição do bem. Na hipótese de imóvel alienado fiduciariamente, é o devedor fiduciário que
ostenta essa condição, pois o credor fiduciário possui tão-somente a posse indireta. A Caixa
Econômica Federal, enquanto credora fiduciária e, portanto, possuidora indireta, não é a vítima do

411
referido delito. Contudo, no âmbito cível, a empresa pública federal possui legitimidade concorrente
para propor eventual ação de reintegração de posse, diante do esbulho ocorrido. A sua legitimação
ativa para a ação possessória demonstra a existência de interesse jurídico na apuração do crime, o que
é suficiente para fixar a competência penal federal, nos termos do art. 109, IV, da CF. Os imóveis que
integram o Programa Minha Casa Minha Vida são adquiridos, em parte, com recursos orçamentários
federais. Tal fato evidencia o interesse jurídico da União na apuração do crime de esbulho possessório
em relação a esse bem, ao menos enquanto for ele vinculado ao mencionado Programa, ou seja,
quando ainda em vigência o contrato por meio do qual houve a compra do bem e no qual houve o
subsídio federal, o que é a situação dos autos. STJ. 3ª S. CC 179467-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, j. 09/06/21
(Info 700).

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPSC-2021: ##CESPE: Compete à Justiça Estadual julgar o crime de
homicídio praticado contra policiais militares estaduais, ainda que no contexto do delito federal de
contrabando (STJ. 3ª Seção. CC 153.306/RS, Rel. p/ Acórdão Min. Maria Thereza de Assis Moura, j.
22/11/17). Ex: o sujeito ativo trazia cigarros importados em seu veículo e, para fugir de uma blitz,
atirou e matou um dos policiais militares. Situação diversa, entretanto, é aquela em que o crime contra
a vida em desfavor de agentes estatais, consumado ou tentado, é praticado no contexto de crime de
roubo armado contra órgãos, autarquias ou empresas públicas da União. Isso porque, nesta hipótese, a
íntima relação entre a violência, elementar do crime de roubo, e o crime federal (roubo armado) atrai a
conexão. Ex: o sujeito ativo cometeu roubo contra os Correios (empresa pública federal); depois de
consumado, passou a ser perseguido por policiais militares e atirou contra eles, matando um e ferindo
o outro. O roubo e os delitos de homicídio serão julgados conjuntamente pela Justiça Federal. STJ. 3ª
Seção. CC 165117-RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j. 23/10/19 (Info 659).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Para o STJ, as duas situações são diferentes. Na situação
em que o crime de homicídio ou tentativa de homicídio é praticado no contexto do delito federal de
contrabando, a competência para o julgamento do crime contra a vida é da Justiça Estadual, conforme vimos
acima: CC 153.306/RS. Porém, quando o crime contra a vida é executado ou tentado no contexto de crime
de roubo armado contra órgãos, autarquias ou empresas públicas da União, cuja tipificação traz as
elementares da violência ou da grave ameaça, o STJ entende que deve ser reconhecida a competência da
Justiça Federal. Segundo a doutrina, quando um crime ocorre para garantir a impunidade ou vantagem de
outro, tem-se a conexão objetiva consequencial ou sequencial. (LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de
processo penal. 4ª ed. Salvador: Juspodvim, 2016, p. 555). No caso de roubo praticado em detrimento de
empresa pública federal (ECT), havendo a imediata perseguição com troca de tiros, eventual homicídio,
consumado ou tentado, implicará conexão consequencial entre os dois delitos. O crime contra a vida,
nessa hipótese, só existe em razão do delito contra a empresa federal e seu objetivo último é o
exaurimento da infração patrimonial. Em outras palavras, no mundo fenomenológico, esse homicídio
gravita em torno do roubo em detrimento da empresa pública federal em total dependência deste. Note-se
que, mesmo que o delito do art. 121 do CP seja praticado contra Policial Militar estadual, este agente
público está atuando na defesa da esfera jurídico-patrimonial da empresa pública federal. Ademais, não é
possível distinguir a linha tênue entre os disparos integrantes do crime de roubo com o fim de intimidar
(violência ou grave ameaça) e aqueles efetuados com animus necandi contra o agente público estadual. Vale
destacar que não se está adotando o critério subjetivo para definição da competência, mas sim temporal e
circunstancial. Ou seja, o que repercute sobre a definição da competência não é a intenção do autor do
delito, mas sim o fato objetivo de o homicídio ou a tentativa de homicídio ter sido praticado(a), durante o
roubo a empresa pública federal e para assegurar a vantagem deste delito.

##Atenção: ##STJ: ##TJPR-2021: ##FGV: (...) 4. A mera descoberta de vários delitos em uma mesma
diligência não implica, necessariamente, na existência de conexão entre eles. Precedentes da 3ª Seção.
O fato de possíveis delitos de inserção de informações falsas em declarações de imposto de renda, de
utilização de documentos forjados em ação judicial para saque de FGTS ou de solicitação fraudulenta
de pensão por morte perante o INSS terem sido descobertos na mesma investigação em que foram
apurados delitos estaduais, e de, eventualmente, terem sido compartilhados dados sobre eles entre a
Polícia Civil e a Polícia Federal, ou entre o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal,
não induz à conclusão de que haveria conexão entre os delitos de competência da Justiça Estadual e os
de competência da Justiça Federal. 5. O fato de a mesma organização criminosa praticar tanto crimes
estaduais quanto federais não induz necessariamente à reunião de processos na Justiça Federal para o
julgamento de todos os delitos por ela praticados se não houver conexão entre eles. STJ. 5ª T., RHC
107.002/RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 04/08/20.

##Atenção: ##STF: ##DOD: O crime de corrupção passiva praticado por Senador da República, se não
estiver relacionado com as suas funções, deve ser julgado em 1ª instância (e não pelo STF). Não há
foro por prerrogativa de função neste caso. O fato de o agente ocupar cargo público não gera, por si só,
a competência da Justiça Federal de 1ª instância. Esta é definida pela prática delitiva. Assim, se o
crime não foi praticado em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades

412
autárquicas ou empresas públicas (inciso IV do art. 109, CF/88) e não estava presente nenhuma outra
hipótese do art. 109, a competência para julgar o delito será da Justiça comum estadual. STF. 1ª T. Inq
4624 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 8/10/19 (Info 955).

##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##TRF2-2018: Quem julga, no Brasil, crime cometido por brasileiro
no exterior e cuja extradição tenha sido negada? i) STJ: Justiça Federal (pacífico); ii) STF: Justiça
Federal (é o que tem prevalecido). ##STJ: Compete à Justiça Federal o processamento e o julgamento
da ação penal que versa sobre crime praticado no exterior, o qual tenha sido transferido para a
jurisdição brasileira, por negativa de extradição, aplicável o art. 109, IV, da CF/88. STJ. 3ª S. CC 154.656-
MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j. 25/4/18 (Info 625). STJ. 6ª T. RHC 88.432/AP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j.
19/2/19. ##STF: Em se tratando de cooperação internacional em que o Estado Brasileiro se
compromete a promover o julgamento criminal de indivíduo cuja extradição é inviável em função de
sua nacionalidade, exsurge o interesse da União, o que atrai a competência da Justiça Federal para o
processamento e julgamento da ação penal, conforme preceitua o art. 109, III, da CF. No caso dos
autos, trata-se de imputação da prática dos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de
cadáver e roubo, praticados por brasileiro em território português. Diante desse cenário, faz-se
imperiosa a incidência do art. 5º, 1, da Convenção de Extradição entre os Estados Membros da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, promulgada pelo Decreto 7.935/13. STF. 1ª T. RE
1270585 AgR, Rel. Alexandre de Moraes, j. 31/08/20.

##Atenção: ##STF: ##PCAP-2017: ##PCMT-2017: ##PCGO-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##TJBA-


2019: ##PGERS-2021: ##PF-2021: ##PCPR-2021: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: ##UFPR:
Competência para julgar crimes ambientais envolvendo animais silvestres, em extinção, exóticos ou
protegidos por compromissos internacionais: Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime
ambiental de caráter transnacional que envolva animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes
exóticas ou protegidas por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. STF. Plenário. RE
835558/SP, Rel. Min. Luiz Fux, j. 9/2/17 (repercussão geral) (Info 853)
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Nem todo crime ambiental de caráter transacional será de
competência da Justiça Federal.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Nem todo crime que envolva animais silvestres,
ameaçados de extinção, espécimes exóticas, ou protegidos por compromissos internacionais assumidos pelo
Brasil será de competência da Justiça Federal.
- animais silvestres;
- animais ameaçados de extinção;
Compete à JUSTIÇA FEDERAL - espécimes exóticas; ou ... desde que haja caráter
julgar crime ambiental que - animais protegidos por transnacional.
envolva... compromissos internacionais
assumidos pelo Brasil

##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Caráter transnacional: Para que o crime seja de
competência da Justiça Federal é necessário que, além de ele envolver os animais acima listados, exista, no
caso concreto, um caráter transnacional na conduta. Diz-se que existe caráter transnacional (também
chamado de "relação de internacionalidade") quando: i) iniciada a execução do crime no Brasil, o resultado
tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro; ou; ii) iniciada a execução do crime no estrangeiro, o resultado
tenha ou devesse ter ocorrido no Brasil. Se ocorrer uma dessas duas situações há caráter transnacional na
conduta.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Interesse direto, específico e imediato da União: Segundo
argumentou o Min. Luiz Fux: “A razão de ser das normas consagradas no direito interno e no direito convencional
conduz à conclusão de que a transnacionalidade do crime ambiental de exportação de animais silvestres atinge interesse
direto, específico e imediato da União, voltado à garantia da segurança ambiental no plano internacional, em atuação
conjunta com a comunidade das nações. Portanto, o envio clandestino de animais silvestres ao exterior reclama
interesse direto da União no controle de entrada e saída de animais do território nacional, bem como na observância dos
compromissos do Estado brasileiro com a comunidade internacional, para a garantia conjunta de concretização do que
estabelecido nos acordos internacionais de proteção do direito fundamental à segurança ambiental. Assim, a natureza
transnacional do delito ambiental de exportação de animais silvestres atrai a competência da Justiça Federal, nos
termos do art. 109, IV, da CF/1988.”
##Questão de concurso:
(PCPR-2021-UFPR): Sobre os crimes contra o meio ambiente (Lei 9.605/98), considere a seguinte afirmativa:
De acordo com o STF, compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter
transnacional que envolva animais silvestres ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por
compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. BL: Info 853, STF.
(PGERS-2021-Fundatec): Assinale a alternativa correta: Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime
ambiental de caráter transnacional que envolva animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes
exóticas ou protegidas por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. BL: Info 853, STF.
(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Com base na jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item a

413
seguir, acerca da responsabilidade por dano ambiental e dos crimes ambientais: Para o STF, o envio
clandestino de animais silvestres ao exterior tem natureza de delito transnacional, razão por que seu
processamento compete à justiça federal. BL: Info 853, STF.

##Atenção: ##DOD: ##STJ: ##PCDF-2015: ##PF-2021: ##CESPE: Transporte irregular de carga tóxica e
competência: Em regra, cabe à Justiça Estadual processar e julgar os crimes contra o meio ambiente,
excetuando-se apenas os casos em que se demonstre interesse jurídico direto e específico da União,
suas autarquias e fundações. Se uma transportadora, contratada pela Marinha, faz o transporte
irregular de carga tóxica e comete o crime do art. 56 da Lei 9.605/98, este delito será de competência da
Justiça Estadual porque embora a Marinha fosse a proprietária do material transportado, é de se
reconhecer que eventual interesse do ente federal estaria restrito à existência de irregularidades no
contrato de transporte pactuado. STJ. 3ª S. AgRg no CC 115159-SP, Rel. Min. Og Fernandes, j. 13/6/2012.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: O fato de os agentes, utilizando-se de formulários falsos da Receita


Federal, terem se passado por Auditores desse órgão com intuito de obter vantagem financeira ilícita
de particulares não atrai, por si só, a competência da Justiça Federal. Isso porque, em que pese tratar-se
de uso de documento público, observa-se que a falsidade foi empregada, tão somente, em detrimento
de particular. Assim sendo, se se pudesse cogitar de eventual prejuízo sofrido pela União, ele seria
apenas reflexo, na medida em que o prejuízo direto está nitidamente limitado à esfera individual da
vítima, uma vez que as condutas em análise não trazem prejuízo direto e efetivo a bens, serviços ou
interesses da União, de suas entidades autárquicas ou empresas públicas (art. 109, IV, da CF). STJ. 3ª S.
CC 141.593-RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 26/8/15 (Info 568).

##Atenção: ##STJ: ##MPF-2017: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA FEDERAL


X JUSTIÇA ESTADUAL. AÇÃO PENAL. PESCA, EM RIO INTERESTADUAL, DE ESPÉCIMES COM
TAMANHOS INFERIORES AOS PERMITIDOS E COM A UTILIZAÇÃO DE PETRECHOS NÃO
PERMITIDOS - ART. 34, PARÁGRAFO ÚNICO, I E II, DA LEI 9.605/98. PREJUÍZO LOCAL.
AUSÊNCIA DE LESÃO A BENS, SERVIÇOS OU INTERESSES DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA ESTADUAL. 1. A preservação do meio ambiente é matéria de competência comum da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do art. 23, incisos VI e VII, da
Constituição Federal. 2. Com o cancelamento do enunciado n. 91 da Súmula STJ, após a edição da Lei
9.605/98, esta Corte tem entendido que a competência federal para julgamento de crimes contra a
fauna demanda demonstração de que a ofensa atingiu interesse direto e específico da União, de suas
entidades autárquicas ou de empresas públicas federais. Precedentes. 3. Assim sendo, para atrair a
competência da Justiça Federal, o dano decorrente de pesca proibida em rio interestadual deveria
gerar reflexos em âmbito regional ou nacional, afetando trecho do rio que se alongasse por mais de
um Estado da Federação, como ocorreria se ficasse demonstrado que a atividade pesqueira ilegal teria
o condão de repercutir negativamente sobre parte significativa da população de peixes ao longo do
rio, por exemplo, impedindo ou prejudicando seu período de reprodução sazonal. 4. Situação em que
os danos ambientais afetaram apenas a parte do rio próxima ao Município em que a infração foi
verificada, visto que a denúncia informa que apenas dois espécimes, dentre os 85 Kg (oitenta e cinco
quilos) de peixes capturados, tinham tamanho inferior ao mínimo permitido e os apetrechos de pesca
apresentavam irregularidades como falta de plaquetas de identificação, prejuízos que não chegam a
atingir a esfera de interesses da União. 5. Conflito conhecido, para declarar a competência do Juízo de
Direito da Vara Única da Comarca de Coromandel/MG, o suscitado. STJ. 3ª S., CC 146.373/MG, Rel.
Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 11/05/16.
(MPF-2017): Assinale a alternativa correta: É entendimento consolidado na jurisprudência do STJ que, para
atrair a competência da Justiça Federal, o dano decorrente de pesca proibida em rio interestadual, que é
bem da União, deveria gerar reflexos em âmbito regional ou nacional, afetando trecho do rio que se
alongasse por mais de um Estado da Federação, de modo que se os danos afetaram apenas pequena parte
do rio interestadual próximo a determinado município em que verificada a infração, a competência não
será da Justiça Federal. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##Cartórios/TJSE-2014: ##CESPE: As juntas comerciais subordinam-se


administrativamente ao Governo Estadual e, tecnicamente, ao Departamento Nacional de Registro do
Comércio (órgão federal). Os crimes envolvendo a Junta Comercial somente serão de competência da
Justiça Federal se houver ofensa DIRETA a bens, serviços ou interesses da União, conforme o art. 109,
IV, CF/88. Nos demais casos, a competência será da Justiça Estadual. STJ. 3ª S. CC 130.516-SP, Rel. Min.
Rogerio Schietti Cruz, j. 26/2/14 (Info 536).
(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): Com relação ao direito processual penal e considerando a jurisprudência do
STJ, assinale a opção correta: Compete à justiça estadual processar e julgar suposta prática de delito de
falsidade ideológica praticado contra junta comercial. BL: Info 536, STJ.

414
##Atenção: ##STF: ##DOD: Segundo o tratado internacional assinado e promulgado pelo nosso país
(Convenção de Viena sobre Relações Consulares), a proteção das repartições consulares é de
incumbência e interesse do Estado receptor, ao qual compete impedir eventuais invasões e atentados
aos Consulados e respectivos agentes, assim como o ocorrido no caso em análise. Em outras palavras, o
Brasil comprometeu-se, por tratado internacional, a proteger as repartições consulares. Logo, é
responsabilidade da União garantir a incolumidade de agentes e agências consulares, já que o
funcionamento de uma repartição consular é decorrência direta das relações diplomáticas que a União
mantém com Estados estrangeiros. Dessa feita, as condutas ilícitas praticadas ofenderam diretamente
interesse da União, situação na qual se fixa a competência da Justiça Federal, nos termos do art. 109, IV,
da CF/88. STF. Decisão Monocrática. RE 831996, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 12/11/15.

##Atenção: ##DOD: ##STJ: ##PCMT-2017: ##CESPE: Competência no caso de crimes cometidos contra
agências dos Correios::
- Agência própria: competência da Justiça Federal.
- Agência franqueada: competência da Justiça Estadual.
- Agência comunitária: competência da Justiça Federal.
STJ. 3ª S. CC 122596-SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j. 8/8/2012 (Info 501).
(TJMG-2022-FGV): A respeito da competência no Processo Penal, considerando as disposições do CPP, da
Constituição da República, das leis processuais penais especiais e da jurisprudência atualizada do STJ,
assinale a alternativa correta: A competência para julgar crimes contra agência franqueada dos Correios é da
Justiça Estadual. BL: Info 501, STJ.
##Atenção: ##STJ: A competência para julgar crimes contra agência franqueada dos Correios é da Justiça
Estadual. Nos casos de delitos praticados em detrimento da Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos
EBCT, a competência será estadual quando o crime for perpetrado contra banco postal (situação
assemelhada à de agência franqueada) e houver ocasionado efetivo prejuízo unicamente a bens jurídicos
privados. Por outro lado, incidirá o artigo 109, IV, da Constituição Federal CF, nos casos em que a ofensa for
direta à EBCT, ou seja, ao serviço-fim dos correios (os serviços postais), ou quando houver prejuízo ao
patrimônio dos correios, atraindo, assim, a competência federal (STJ, CC 174.265).
(PCMT-2017-CESPE): A polícia civil instaurou e concluiu o inquérito policial relativo a roubo havido em
uma agência franqueada dos Correios. Encaminhados os autos à justiça estadual, o órgão do MP ofereceu
denúncia contra os autores, a qual foi recebida pelo juízo competente. Nessa situação hipotética, conforme o
posicionamento dos tribunais superiores acerca dos aspectos processuais que definem a competência para
processar e julgar delitos, por se tratar de uma agência franqueada de uma empresa pública, a competência
para o processo e o julgamento do crime será da justiça estadual. BL: Info 501, STJ.

##Cuidado: ##Atenção: ##STJ: De quem é a competência para julgar um roubo praticado contra
carteiro dos Correios? O crime de roubo praticado contra carteiro dos Correios, no exercício de suas
funções, é de competência da Justiça Federal, nos termos do art. 109, IV, da CF/88. (STJ. 5ª T., HC
210.416/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 06/12/11.

##Atenção: ##STJ: ##TJES-2011: ##PGESE-2017: ##TJBA-2019: ##CESPE: Todas as contravenções


penais são apuradas pela Justiça Comum Estadual, ainda que atinjam bens, serviços ou interesses da
União. Isso porque o art. 109 , IV, da CF/88 exclui a competência da Justiça Federal para o julgamento
das contravenções penais. Entretanto, há uma exceção: se o autor da contravenção tiver foro especial na
Justiça Federal (ex. juiz federal) a competência para julgamento será da Justiça Federal. (Maciel, Silvio.
Legislação Criminal Especial. Vol. 6, Editora Revista dos Tribunais, São Paulo: 2009, p. 53). A
propósito, a prática de contravenção penal contra bens e serviços da União em conexão probatória com
crime de competência da justiça federal resultará na separação dos processos, cabendo à justiça
estadual processar e julgar a contravenção penal. Vale registrar a seguinte decisão do STJ: “É da
competência da Justiça estadual o julgamento de contravenções penais, mesmo que conexas com delitos de
competência da Justiça Federal.” (STJ. 3ª S. CC 120406-RJ, Rel. Min. Alderita Ramos de Oliveira (Desa. conv.
do TJ-PE), j. 12/12/12).
(TJES-2011-CESPE): Assinale a opção correta com referência ao Poder Judiciário: São da competência da
justiça comum estadual o processo e o julgamento de todas as contravenções penais, ainda que tenham sido
praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União. BL: art. 109, IV, CF e S. 38, STJ.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPF-2013: ##Anal./MPU-2018: ##CESPE: E se a contravenção penal for


conexa com crime federal? Haverá a cisão dos processos, de forma que o crime será julgado pela Justiça
Federal e a contravenção pela Justiça Estadual (STJ. CC 20454/RO. j. 3.12.1999).
(Anal../MPU-2018-CESPE): Em relação a competência, julgue o próximo item, de acordo com o
entendimento da doutrina majoritária e dos tribunais superiores: Havendo a prática de contravenção penal
contra bens e serviços da União em conexão probatória com crime de competência da justiça federal, opera-
se a separação dos processos, cabendo à justiça estadual processar e julgar a contravenção penal. BL: art.
109, IV, CF e S 38, STJ e Entend. Jurisprud.

415
(MPF-2013): Não obstante evidente conexão entre crimes de competência da Justiça Federal e contravenções
penais, compete à Justiça Estadual julgar acusado da contravenção penal, devendo haver desmembramento
da persecução penal. BL: art. 109, IV, CF e S 38, STJ e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STJ: ##MPMG-2019: (...) CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIME COMUM


PRATICADO CONTRA JUIZ ELEITORAL. INTERESSE DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
FEDERAL. A competência criminal da Justiça Eleitoral se restringe ao processo e julgamento dos crimes
tipicamente eleitorais. O crime praticado contra Juiz Eleitoral, ou seja, contra órgão jurisdicional de
cunho federal, evidencia o interesse da União em preservar a própria administração. Conflito
conhecido para declarar a competência do Juízo Federal do Juizado Especial Cível e Criminal da Seção
Judiciária do Estado de Rondônia, ora suscitado. STJ. 3ª S. CC 45.552/RO, Rel. Min. Arnaldo Esteves
Lima, j. 08/11/06.
(MPMG-2019): Sobre competência, sua fixação e modificação no processo penal, é correto afirmar que:
configurado desacato à autoridade de juiz de Direito no exercício de funções eleitorais, a competência para o
julgamento do crime será da Justiça Federal. BL: art. 109, IV e Entend. Jurisprud.
##Atenção: Em resumo, temos as seguintes possibilidades:
- Crimes tipicamente eleitorais: competência da Justiça Eleitoral
- Crimes atipicamente eleitorais: competência da Justiça Federal
- Desacato não é tipicamente eleitoral; logo, Justiça Federal.

(TRF3-2018): Relativamente aos crimes de menor potencial ofensivo (Lei 9.099/95 e Lei 10.259/01), é
correto afirmar que: Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo, no âmbito da Justiça Federal,
aquelas a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, cumuladas ou não com multa, exceto
as contravenções penais. BL: art. 1º Lei 10.259/01 89 c/c art. 61, Lei 9.099/95 90 c/c art. 109, IV, CF e S. 38,
STJ91.

##Atenção: O art. 1º da Lei 10.259/01 determina a aplicação da Lei 9.099/95 naquilo em que não for
incompatível. Por ausência de previsão legal na Lei dos Juizados Federais, aplica-se a definição de
infrações de menor potencial ofensivo constante da Lei 9.099/95, art. 61: crimes ou contravenções com
pena máxima não superior a dois anos, cumulada ou não com multa. Como a Justiça Federal não julga
contravenções (art. 109, IV, da CF; Súmula 38 do STJ), a competência recai exclusivamente sobre crimes.
Em resumo, a Lei 10.259/01 (Lei dos Juizados Federais), não traz a definição de crimes de menor
potencial ofensivo, aplicando-se, pois, neste ponto, a Lei 9099/95, nos termos do art. 1º da Lei 10.259/01.

(TJSP-2009-VUNESP): No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra agência bancária da
Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a subtração de dinheiro do caixa, a competência para a
ação penal é da Justiça Federal. BL: art. 109, IV da CF/88. (proc. penal)

V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no


País, o resultado TENHA ou DEVESSE TER OCORRIDO no estrangeiro, ou reciprocamente; (PCRN-
2009) (MPES-2010) (DPEMA-2011) (PCRJ-2012) (MPM-2013) (PCPI-2014) (TRF1-2015) (DPU-2015) (TRT21-
2015) (TRF3-2013/2016) (TJRJ-2016) (TRF5-2017) (PCMS-2017) (TRF2-2018) (PCGO-2018) (PF-2018) (PGERS-
2021) (TJMG-2022)

##Atenção: ##DOD: ##TRF2-2018: Todo crime praticado pela internet é de competência da Justiça
Federal com base neste inciso V? Obviamente que não. Segundo entendimento pacífico da
jurisprudência, o fato de o delito ter sido cometido pela rede mundial de computadores não atrai, por si
só, a competência da Justiça Federal. Para que o delito cometido por meio da internet seja julgado pela
Justiça Federal, é necessário que ele preencha os requisitos: a) que o fato seja previsto como crime em
tratado ou convenção; b) que o Brasil tenha assinado tratado/convenção internacional se
comprometendo a combater essa espécie de delito; c) que exista uma relação de internacionalidade
entre a conduta criminosa praticada e o resultado produzido que foi produzido ou que deveria ter sido
produzido.

89
Art. 1o São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça Federal, aos quais se aplica, no que
não conflitar com esta Lei, o disposto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
90
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
91
Súmula 38-STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por
contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas
entidades.
416
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (TRF5-2011) (DPESC-2012) (MPF-2012) (PGEMG-2012) (PCRJ-2012) (TJRN-
2013) (MPRO-2013) (DPEDF-2013) (TRF1-2013) (TRF3-2013) (MPPR-2013/2014) (DPEPB-2014) (DPERS-
2014) (DPEBA-2016) (DPEMT-2016) (PCMS-2017) (TRF3-2011/2016/2018) (PF-2018) (DPEMG-2019)

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema
financeiro e a ordem econômico-financeira; (PGEPI-2008) (DPEMG-2009) (TRF1-2009) (TRF2-2009) (TRF4-
2009) (PCPB-2009) (TRF5-2011) (MPF-2012) (AGU-2010/2015) (TRT2-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (PCMT-
2017) (DPEAM-2018) (TRF3-2018) (PF-2013/2021) (Anal. Judic./TJCE-2022)

(AGU-2013-CESPE): Acerca da competência, julgue o item a seguir à luz do entendimento dos tribunais
superiores e da doutrina majoritária: Aos juízes federais compete processar e julgar, nos casos
determinados por lei, os crimes contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira. BL: art. 109,
VI, CF.

##Atenção: ##Dica: É interessante observar que NEM SEMPRE será da Justiça Federal, mas somente nos
casos determinados em LEI, conforme dispõe o art. 109, VI da CF. A título de exemplo:
1) Lei 1521/51 (economia popular): Justiça ESTADUAL (Súmula 498, STF)92 - lei é omissa;
2) Lei 4595/54 (concessão de empréstimos vedados): Justiça ESTADUAL - lei é omissa
3) Lei 7442/86 (Crimes contra o sistema financeiro nacional) - Justiça FEDERAL (art. 26) - MPF
perante a Justiça Federal;
4) Lei 8137/90: Crimes contra a ordem tributária, contra a ordem econômica e contra a relação de
consumo - Justiça ESTADUAL. ##CUIDADO: Em CRIMES TRIBUTÁRIOS - pode ser Justiça
FEDERAL (impostos federais).
5) Lei 8176/91 (crimes de adulteração de combustíveis): Justiça ESTADUAL - lei omissa. Pouco
importa a fiscalização da ANP.
6) Lei 9613/98 (crime de lavagem de capitais): ##REGRA: Justiça ESTADUAL, EXCETO: Art. 2º,
III - Justiça FEDERAL: a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-
financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de suas entidades
autárquicas ou empresas públicas E b) quando a infração penal antecedente for de competência da
Justiça Federal.

(AGU-2010-CESPE): Os crimes contra a organização do trabalho podem ofender o sistema de órgãos e


instituições destinados a preservar coletivamente o trabalho - caso em que são de competência da justiça
federal -, ou apenas violar os direitos de determinados trabalhadores, configurando interesses
individualizados - caso em que competem à justiça estadual. BL: art. 109, VI, CF.

##Atenção: ##AGU-2010/2013: ##CESPE: Interpretando-se a CF/88, a jurisprudência tem entendido que


compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes perpetrados contra a organização do trabalho,
quando violados direitos dos trabalhadores considerados coletivamente. Por outro lado, a infringência
dos direitos individuais de trabalhadores, sem que configurada lesão ao sistema de órgãos e
instituições destinadas a preservar a coletividade trabalhista, afasta a competência da Justiça Federal.
Nesse contexto, vejamos o teor da Súmula 115 do extinto Tribunal Federal de Recursos: “Compete à Justiça
Federal processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho, quando tenham por objeto a organização geral
do trabalho ou direitos dos trabalhadores considerados coletivamente”. Logo, quanto aos crimes contra a
Organização d Trabalho, temos o seguinte:
- Preservam COLETIVAMENTE o trabalho (direito dos trabalhadores coletivamente
considerados)  justiça FEDERAL.
- Preservam INDIVIDUALMENTE o trabalho (organização geral do trabalho)  justiça
ESTADUAL.

VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento


PROVIER de autoridade cujos atos NÃO ESTEJAM diretamente sujeitos a outra jurisdição; (TRF4-2012)
(TRF1-2015) (TRF3-2016)

VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os
casos de competência dos tribunais federais; (PFN-2007) (PCPB-2009) (TRF3-2013) (TRF1-2009/2015) (TRF5-
2015) (DPU-2015)
92
Súmula 498-STF: Compete a justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes
contra a economia popular.
417
IX - os crimes COMETIDOS A BORDO de navios ou aeronaves, RESSALVADA a competência da
Justiça Militar; (MPRO-2008) (PGEAL-2009) (PCRN-2009) (TRF5-2011) (MPF-2012) (PCRJ-2012) (TRF1-2015)
(Cartórios/TJMG-2016)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: Compete à Justiça Estadual o julgamento de crimes ocorridos a bordo de
balões de ar quente tripulados. Os balões de ar quente tripulados não se enquadram no conceito de
“aeronave” (art. 106 da Lei 7.565/86 – Código Brasileiro de Aeronáutica), razão pela qual não se aplica a
competência da Justiça Federal prevista no art. 109, IX, da CF. STJ. 3ª S. CC 143.400-SP, Rel. Min. Ribeiro
Dantas, j. 24/04/19 (Info 648).

##Atenção: ##STJ: ##MPRO-2008: ##CESPE: A expressão "a bordo de navio", constante do art. 109,
inciso IX, da CF/88, significa interior de embarcação de grande porte. Realizando-se uma interpretação
teleológica da locução, tem-se que a norma visa abranger as hipóteses em que tripulantes e passageiros,
pelo potencial marítimo do navio, possam ser deslocados para águas territoriais internacionais. Se à
vítima não é implementado este potencial de deslocamento internacional, inexistindo o efetivo
ingresso no navio, resta afastada a competência da Justiça Federal. Conflito conhecido para declarar a
competência do Juízo de Direito da 6ª Vara Criminal da Comarca de Santos/SP, suscitante. STJ. 3ª S. CC
43.404/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, j. 14/02/05.

(MPRS-2014): Uma embarcação nacional de grande calado, destinada ao comércio internacional, viajava
de Itajaí/SC para o porto de Rio Grande para receber alguns contêineres e depois rumar para a África do
Sul. Contudo, nas proximidades de Rio Grande, o marinheiro Temístocles, natural de Porto Alegre, se
envolveu numa luta corporal contra o colega Guido, acabando por assassiná-lo. A ação penal deverá ser
processada no Tribunal do Júri da Justiça Federal de Rio Grande. BL: art. 109, IX, CF c/c arts. 74, §1º e 89,
CPP.

(TRF1-2013-CESPE): Assinale a opção correta a respeito das competências da justiça federal e da justiça
estadual: Compete aos juízes federais julgar os crimes cometidos a bordo de avião, ainda que se trate de
voo doméstico, ressalvados os crimes militares. BL: art. 109, IX, CF.

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória,


após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade,
inclusive a respectiva opção, e à naturalização; (TJSP-2009) (TRF1-2009) (TRF4-2010) (MPF-2011) (MPRO-
2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PF-2013) (PCTO-2014) (TRT1-2016) (TRF2-2011/2014/2017) (Anal. Judic./TRF3-2019)

(TRF2-2017): Ainda que o litígio envolva apenas pessoas de direito privado e interesses privados, a carta
rogatória deve ser cumprida por juiz federal. BL: art. 965, NCPC e art. 109, X, CF (CPC).

##Atenção: Vejamos o teor do Art. 965 do NCPC: "Art. 965. O cumprimento de decisão estrangeira far-se-á
perante o juízo federal competente, a requerimento da parte, conforme as normas estabelecidas para o cumprimento
de decisão nacional.". A propósito, ao ler o inciso X do art. 109 da CF, percebe-se que a norma não faz
distinção entre a natureza jurídica das partes envolvidas ou dos interesses em jogo, ou seja, O Min. Rel.
Humberto Gomes de Barros, julgando o CC 89791/SP, assim se pronunciou: “(...) A teor do Art. 109, X, da
Constituição Federal aos juízes federais compete dar cumprimento a carta rogatória após o exequatur. A
Constituição não faz ressalvas ou reservas: qualquer que seja o tema de direito discutido na lide que deu
origem à rogatória, a competência para cumprimento, após o exequatur , será da Justiça Federal. (...)” (CC
89.791/SP, 2ª S., j. 14/11/2007).

XI - a disputa sobre direitos indígenas. (TRF2-2009) (TRF4-2010) (TRF1-2011/2013) (DPERR-2013)


(PF-2013) (PCDF-2015) (TRF3-2011/2016) (Cartórios/TJMG-2016) (MPF-2008/2011/2017) (PCMS-2017) (PCMT-
2017) (PCES-2019) (TJMG-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

Súmula 140-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure
como autor ou vítima.

##Atenção: ##STJ: ##PCDF-2015: ##TJMG-2022: ##FGV: Conforme o STJ: “O fato do autor ou do réu
de uma determinada ação ser índio, por si só, não é capaz de ensejar a competência da Justiça Federal,
principalmente quando a ação visar um interesse ou direito particular”. (AgRg no CC 112.250/AM, Rel.
Ministro SIDNEI BENETI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 13/10/2010, DJe 28/10/2010). “(...) 1. Não
havendo prejuízo a interesses de comunidade indígena considerada como um todo, ou disputa por suas
terras, não há falar em competência da Justiça Federal. 2. Aplicação do Verbete Sumular n.º 140 desta Corte.

418
3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da Comarca de Itaiópolis/SC.” (STJ - CC: 52194
SC 2005/0108456-2, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento:
14/03/2007, S3 - TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJ 26/03/2007 p. 198)

(MPAP-2021-CESPE): Conforme o Censo Demográfico de 2010, no Amapá há mais de sete mil indígenas
que habitam quatro diferentes territórios indígenas, tanto em zonas rurais quanto em zonas urbanas dos
municípios. A respeito das comunidades e populações indígenas, julgue o item a seguir: Compete à
justiça federal julgar as disputas sobre direitos indígenas. BL: art. 109, XI, CF.

(AGU-2015-CESPE): A respeito do meio ambiente e dos direitos e interesses das populações indígenas,
julgue o item seguinte: Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingresso
em juízo em defesa de seus direitos e interesses, competindo à justiça federal processar e julgar os crimes
relacionados aos direitos dos índios. BL: art. 109, XI e art. 232, CF.

##Atenção: A alternativa está correta, já que é a justiça federal aquela encarregada de julgar delitos
cometidos em face de direitos indígenas. Devemos ter cuidado com um detalhe: o simples fato de um
índio ter sido vítima do delito não desloca a competência para a justiça federal, devendo haver relação do
crime com a condição de indígena de seu sujeito passivo.

##Atenção: ##Dica:
 Crime contra direitos dos índios (ou que sofreu por ser índio) = Justiça Federal.
 Crime "comum" contra índios (índio que foi na cidade e foi morto em assalto) = Justiça Estadual.

§ 1º As causas em que a União FOR AUTORA SERÃO AFORADAS na seção judiciária onde tiver
domicílio a outra parte. (PGEPB-2008) (MPMG-2011) (TRF2-2011) (TJPI-2012) (TRF1-2013/2015)

##Atenção: ##DOD: Se a União for a autora: As causas em que a União for autora serão proposta na
seção (ou subseção) judiciária onde tiver domicílio a outra parte, ou seja, no foro do domicílio do réu
(art. 109, §1º, CF).

§ 2º As causas intentadas CONTRA a União PODERÃO SER AFORADAS na seção judiciária em


que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou
onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. (DPEMG-2009) (MPMG-2011) (TJMA-2013)
(TRF1-2013/2015)

##Atenção: ##STF: ##DOD: O art. 109, § 2º, da CF/88 encerra a possibilidade de a ação contra a União
ser proposta no domicílio do autor, no lugar em que ocorrido o ato ou fato ou em que situada a coisa,
na capital do estado-membro, ou ainda no Distrito Federal. Desse modo, o autor, se quiser ajuizar
demanda contra a União, terá cinco opções, podendo propor a ação: a) no foro do domicílio do autor;
b) no lugar em que ocorreu o ato ou fato que deu origem à demanda; c) no lugar em que estiver
situada a coisa; d) na capital do Estado-membro; ou e) no Distrito Federal. STF. 1ª T. RE 463101 AgR-
AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 27/10/15. STF. 2ª T. ARE 1151612 AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
19/11/19 (Info 960).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Se a União for a ré: Pela redação literal do § 2º, o autor
teria quatro opções. A jurisprudência, no entanto, acrescenta uma quinta opção: se o autor for domiciliado
no interior, ele poderá também propor a ação na capital do Estado. Logo, a parte autora pode optar pelo
ajuizamento da ação contra a União na capital do Estado-membro, mesmo que exista Vara Federal instalada
no município em que ela for domiciliada. Cada Estado-membro constitui uma seção judiciária, sediada em
sua Capital (art. 110, CF). O processo de descentralização da Justiça Federal, com a instalação de diversas
Varas em cidades do interior dos Estados não configura regra de competência absoluta, podendo, mesmo
assim, o autor da demanda, optar por propô-la na Capital do respectivo Estado.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF1-2015: ##CESPE: A regra de competência prevista no § 2º do art.


109 da CF também se aplica às ações propostas contra autarquias federais. Vale ressaltar que o § 2º do
art. 109 foi idealizado pelo legislador constituinte para facilitar a propositura das ações pelo
jurisdicionado contra o ente público. Logo, excluir as ações intentadas contra as autarquias federais do
âmbito de incidência do § 2º significaria minar a intenção do constituinte de simplificar o acesso à Justiça.
Assim, apesar de o dispositivo somente falar em “União”, o STF entende que a regra de competência
prevista no § 2º do art. 109 da CF/88 também se aplica às ações propostas contra autarquias federais.
STF. Plenário. RE 627709/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 20/8/2014 (Info 755).

##Atenção: ##STJ: ##DOD: O § 2º do art. 109 da CF/88 se aplica também para mandados de

419
segurança? SIM! A competência para conhecer do mandado de segurança é absoluta e, de forma geral,
define-se de acordo com a categoria da autoridade coatora e pela sua sede funcional. Todavia,
considerando a jurisprudência do STF no sentido de que, nas causas aforadas contra a União, pode-se
eleger a seção judiciária do domicílio do autor (RE 627.709/DF), esta Corte de Justiça, em uma evolução
de seu entendimento jurisprudencial, vem se manifestando sobre a matéria no mesmo sentido. (...) STJ. 1ª
S. AgInt no CC 150.269/AL, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 14/06/2017.

§ 3º Lei poderá autorizar que as causas de competência da Justiça Federal em que forem parte
instituição de previdência social e segurado possam ser processadas e julgadas na justiça estadual
quando a comarca do domicílio do segurado NÃO FOR sede de vara federal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) (TJPR-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: A competência prevista no § 3º do art. 109 da CF, da Justiça comum,
pressupõe inexistência de Vara Federal na Comarca do domicílio do segurado: O § 3º do art. 109 da CF
afirma que, se não existir vara federal na comarca do domicílio do segurado, a lei poderá autorizar que
esse segurado ajuíze a ação contra o INSS na justiça estadual. A delegação de competência de que
trata esse dispositivo constitucional foi feita pelo art. 15, III, da Lei 5.010/66, com redação dada pela Lei
13.876/19. Vale ressaltar que o que importa é que não exista vara federal na comarca. Algumas vezes
uma mesma comarca abrange mais de um Município. Se no Município não existir vara federal, mas
houver na Comarca, então, neste caso, o segurado terá que se deslocar até lá para ajuizar a ação. Ex: em
Itatinga (SP) não existe vara federal; no entanto, Itatinga faz parte da comarca de Botucatu. Em
Botucatu existe vara federal. Logo, o segurado terá que se deslocar até lá para ajuizar a ação contra o
INSS. STF. Plenário. RE 860508/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 6/3/21 (Repercussão Geral – Tema 820)
(Info 1008).

##Atenção: ##TRF1-2011: ##TRF5-2011: ##DPEES-2012: ##DPESE-2012: ##TRF2-2013: ##TJRJ-


2014: ##DPERN-2015: ##MPMG-2018: ##MPPR-2019: ##CESPE: A 1ª Seção do STJ, no julgamento
dos EDcl no CC 27676/BA, deliberou pelo cancelamento da Súmula 183 do STJ 93, com alicerce na decisão
do Pleno do STF (RE 228955/RS. Rel.: Min. Ilmar Galvão. DJ 24.3.01), in verbis:
"AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROMOVIDA PELO MPF. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.
ART. 109, I E § 3º, DA CF/88. ART. 2º DA LEI 7.347/85. O dispositivo contido na parte final do § 3º do
art. 109 da CF/88 é dirigido ao legislador ordinário, autorizando-o a atribuir competência (rectius
jurisdição) ao Juízo Estadual do foro do domicílio da outra parte ou do lugar do ato ou fato que deu origem à
demanda, desde que não seja sede de Varas da Justiça Federal, para causas específicas dentre as previstas no
inciso I do referido art. 109. No caso em tela, a permissão não foi utilizada pelo legislador que, ao revés, se
limitou, no art. 2º da Lei 7.347/85, a estabelecer que as ações nele previstas "serão propostas no foro do local
onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa". Considerando
que o Juiz Federal também tem competência territorial e funcional sobre o local de qualquer
dano, impõe-se a conclusão de que o afastamento da jurisdição federal, no caso, somente poderia
dar-se por meio de referência expressa à Justiça Estadual, como a que fez o constituinte na
primeira parte do mencionado § 3º em relação às causas de natureza previdenciária, o que no
caso não ocorreu. Recurso conhecido e provido.94

93
Súmula 183-STJ: Compete ao Juiz Estadual, nas Comarcas que não sejam sede de vara da Justiça Federal,
processar e julgar ação civil pública, ainda que a União figure no processo. (CANCELADA)
94
(MPMG-2018): A mata atlântica, um dos mais importantes biomas do território brasileiro, dada sua riquíssima
biodiversidade, foi erigida, pelo §4º do artigo 225 da Constituição Federal, à condição de patrimônio nacional,
juntamente com a Floresta Amazônica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. O Promotor
de Justiça com atribuições para a defesa do meio ambiente da comarca de Manhumirim recebeu relatório da
Polícia Militar Florestal local, dando conta da ocorrência de grave dano ambiental na zona rural do Município de
Alto Caparaó, integrante da Comarca, consistente no desmatamento de considerável área de mata atlântica no
interior do Parque Nacional do Caparaó, unidade de preservação criada pelo Decreto Federal n.º 50.646/61.
Nesse contexto, sabendo-se que Manhumirim não é sede de juízo federal, assinale a medida CORRETA a ser
adotada pelo órgão de execução ministerial: encaminhar o relatório da polícia ambiental para o Ministério Público
Federal com atuação junto à Subseção Judiciária da Justiça Federal mais próxima, para conhecimento e adoção
das medidas cabíveis, por se tratar de dano ambiental causado no interior de parque nacional.
##Atenção: De início, cumpre ressaltar que não há delegação de competência da justiça Federal para a Justiça
estadual em matéria de Ação Civil Pública. O fato de não existir Justiça Federal no local do dano não acarreta a
competência da Justiça Estadual. Não havendo justiça federal no local, a competência será da justiça federal da
localidade mais próxima. Além disso, há houve muita controvérsia acerca do § 3º do art. 109 da CF. O problema
todo está na parte final do dispositivo: § 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos
segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a
comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
420
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Entendeu-se, no caso, que art. 109, § 3º, in fine, da CF seria
dirigido ao legislador ordinário, autorizando-o a atribuir competência ao Juízo Estadual do foro do
domicílio da outra parte ou do lugar do ato ou fato que deu origem à demanda, desde que não seja sede de
Varas da Justiça Federal, para causas específicas dentre as previstas no inciso I do referido art. 109. No
caso da competência para o julgamento de ACP, a permissão não foi utilizada pelo legislador que, ao
revés, se limitou, no art. 2º da Lei nº 7.347/85, a estabelecer que as ações nele previstas "serão propostas no
foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa".
Considerando que o Juiz Federal também tem competência territorial e funcional sobre o local de
qualquer dano, impõe-se a conclusão de que o afastamento da jurisdição federal, no caso, somente
poderia dar-se por meio de referência expressa à Justiça Estadual, como a que fez o constituinte na
primeira parte do mencionado § 3º em relação às causas de natureza previdenciária, o que no caso não
ocorreu.

##Atenção: ##TRF2-2013: ##CESPE: O STJ orienta-se no sentido de que a competência da Justiça


Federal, prevista no art. 109, I, da CF/88, é fixada, em regra, em razão da pessoa (competência ratione
personae), levando-se em conta não a natureza da lide, mas, sim, a identidade das partes na relação
processual. Na hipótese, cuida-se de ação civil pública em que figura como um dos autores o Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, autarquia federal criada pelas Leis 8.029/90 e
8.113/90, na qual se busca a proteção do imóvel conhecido como "Casa do Barão de Vassouras",
localizado no município de Vassouras-RJ, tombado pelo Poder Público federal. Figurando como parte
uma autarquia federal, a competência para processar e julgar a ação é da Justiça Federal, consoante
disposto no art. 109, I, da CF/88. 4. A interpretação do art. 2º da Lei 7.347/85 - que disciplina a ação civil
pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico -, deve ser realizada à luz do disposto no art.
109, I, § 3º, da CF/88, consoante precedentes do STF e desta Corte. Conflito conhecido para declarar
competente a Justiça Federal, anulando-se a decisão proferida pelo Juízo estadual. STJ. 1ª S. CC
105.196/RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 9/12/09.

(TJMS-2015-VUNESP): Nas Comarcas que não sejam sede de Vara da Justiça Federal, é competente para
processar e julgar ação civil pública, objetivando a proteção ao meio ambiente em que a União figure no
processo, o juiz federal da Seção Judiciária Federal que tenha jurisdição sobre a área territorial onde
ocorreu o dano. BL: art. 109, I c/c §3º, CF (CPC)

§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível SERÁ SEMPRE para o TRIBUNAL


REGIONAL FEDERAL na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. (PFN-2007) (TRF5-2011) (PFN-2012)
(TRF3-2013) (PCPI-2014)

§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, COM


A FINALIDADE DE ASSEGURAR o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais
de direitos humanos dos quais o Brasil SEJA PARTE, PODERÁ SUSCITAR, perante o Superior Tribunal
de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE
COMPETÊNCIA para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJMT-2009)
(TRF2-2009) (TJSP-2011) (MPF-2008/2011/2012) (MPMT-2012) (PGEMG-2012) (PGESP-2012) (PCRJ-2012)
(MPRO-2008/2013) (TJRJ-2013) (TJRN-2013) (MPGO-2013) (DPEDF-2013) (TRF1-2013) (MPPR-2014)
(DPEPB-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PCPI-2014) (DPESP-2015) (PCCE-2015) (PCDF-2015) (DPEMT-
2016) (TRF2-2011/2017) (DPESC-2012/2017) (DPEAC-2017) (TRF5-2017) (PCMS-2017) (TRF3-
2011/2016/2018) (DPEAM-2018) (PF-2018) (MPMG-2019) (DPEMG-2019) (DPEBA-2016/2021) (MPM-
2021) (PCRR-2022)

##Atenção: ##STJ: ##DPESC-2012: ##MPGO-2013: ##MPRO-2013: ##DPERS-2014: ##TRF2-

causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.” A discussão girou em torno do art. 2º da Lei
da Ação Civil Pública: "As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo
terá competência funcional para processar e julgar a causa.” Para uns, tal dispositivo se encaixava na previsão da CF.
Para outros, não. Depois de alguma divergência, o STJ editou a Súmula 183: Compete ao juiz estadual, nas
Comarcas que não sejam sede de Vara da Justiça Federal, processar e julgar Ação Civil Pública, ainda que a União figure no
processo. Entretanto, o STF, ao julgar o RE nº 228.955-9, pelo Pleno, adotou entendimento contrário e, em
virtude disso, o STJ, no julgamento dos Embargos de Declaração interpostos no CC 27.676/BA, cancelou a
Súmula 183. Assim, segundo o entendimento atual, o § 3º do art. 109 da CF não se aplica à ação civil pública, e,
se esta se encaixar em qualquer das hipóteses do art. 109, ela deve tramitar na Justiça Federal.
421
2017: ##TRF5-2017: ##DPEAM-2018: ##DPEBA-2021: ##CESPE: ##FCC: A teor do § 5.º do art.
109 da CF, introduzido pela EC 45/04, o incidente de deslocamento de competência para a Justiça
Federal fundamenta-se, essencialmente, em três pressupostos: a existência de grave violação a
direitos humanos; o risco de responsabilização internacional decorrente do descumprimento de
obrigações jurídicas assumidas em tratados internacionais; e a incapacidade das instâncias e
autoridades locais em oferecer respostas efetivas. STJ. 3ª S. IDC 2/DF, Rel. Min. Laurita Vaz, j.
27/10/10. (...) A EC 45/04 introduziu no ordenamento jurídico a possibilidade de deslocamento da
competência originária, em regra da Justiça Estadual, à esfera da Justiça Federal, no que toca à
investigação, processamento e julgamento dos delitos praticados com grave violação de direitos
humanos (art. 109, § 5º, da CF). A 3ª Seção deste STJ, ao apreciar o mérito de casos distintos - IDCs n.
1/PA; 2/DF; 5/PE -, fixou como principal característica do incidente constitucional a excepcionalidade.
À sua procedência não só é exigível a existência de grave violação a direitos humanos, mas também a
necessidade de assegurar o cumprimento de obrigações internacionais avençadas, em decorrência de
omissão ou incapacidade das autoridades responsáveis pela apuração dos ilícitos. A expressão grave
violação a direitos humanos coaduna-se com o cenário da prática dos crimes de tortura e homicídio,
ainda mais quando levados a efeito por agentes estatais da segurança pública. A República Federativa
do Brasil experimenta a preocupação internacional com a efetiva proteção dos direitos e garantias
individuais, tanto que com essa finalidade subscreveu acordo entre os povos conhecido como Pacto de
San José da Costa Rica. O desmazelo aos compromissos ajustados traz prejudiciais consequências ao
Estado-membro, pois ofende o respeito mútuo, global e genuíno entre os entes federados para com os
direitos humanos. Para o acolhimento do Incidente de Deslocamento de Competência é obrigatória a
demonstração inequívoca da total incapacidade das instâncias e autoridades locais em oferecer
respostas às ocorrências de grave violação aos direitos humanos. No momento do exame dessa
condição devem incidir os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, estes que, embora não
estejam expressamente positivados, já foram sacramentados na jurisprudência pátria. STJ. 3ª S. IDC
3/GO, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 10/12/14.
(DPEBA-2021-FCC): Conforme previsão constitucional, são requisitos, dentre outros, para a federalização
de um crime, visar o cumprimento das obrigações internacionais decorrentes de tratados de direitos
humanos. BL: art. 109, §5º, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF5-2017-CESPE): A respeito da responsabilidade internacional do Estado e da proteção aos direitos
humanos, assinale a opção correta: Para que ocorra o Incidente de Deslocamento de Competência para a
Justiça Federal, é obrigatória a demonstração inequívoca da total incapacidade das instâncias e autoridades
locais em oferecer respostas às ocorrências de grave violação aos direitos humanos. BL: art. 109, §5º, CF e
Entend. Jurisprud (IDC n. 3).
(MPRO-2013-CESPE): Determinado advogado, integrante da Comissão de Defesa de Direitos Humanos da
Seccional de Rondônia da OAB, morreu, no município de Ji-Paraná/RO, após ter atingido por vinte
disparos de arma de fogo efetuados por duas pessoas não identificadas. O advogado havia feito diversas
denúncias relacionadas a supostos atos de corrupção e maus-tratos aos detentos de determinado presídio
localizado no referido município. A CIDH, então, expressando preocupação com a possível represália
cometida contra o advogado, instou o Estado brasileiro a investigar o crime, esclarecê-lo judicialmente e
punir os responsáveis. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta acerca do incidente
de deslocamento de competência para a justiça federal nas hipóteses de grave violação de direitos humanos:
O deferimento do deslocamento de competência para a justiça federal só será possível, nessa situação, de
acordo com o STJ, se houver risco de responsabilização internacional decorrente do descumprimento de
obrigações jurídicas assumidas em tratados internacionais, entre outros requisitos. BL: art. 109, §5º, CF e
Entend. Jurisprud.
(MPGO-2013): É correto dizer, sobre o incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal,
previsto no §5° do art. 109 da CF/88, introduzido pela Emenda Constitucional n. 45/04, que: fundamenta-
se, essencialmente, nos seguintes pressupostos: existência de grave violação a direitos humanos, risco de
responsabilização internacional do Brasil decorrente do descumprimento de obrigações jurídicas assumidas
em tratados internacionais; e a incapacidade das instâncias e autoridades locais em oferecer respostas
efetivas. BL: art. 109, §5º, CF e Entend. Jurisprud (IDC n. 2).

(MPCE-2020-CESPE): Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, a fim de se assegurar o


cumprimento de obrigações decorrentes de tratado internacional, o incidente de deslocamento de
competência para a justiça federal poderá ser suscitado ao STJ pelo procurador-geral da República. BL:
art. 109, §5º, CF.

(MPGO-2019): No que se refere às ações penais, assinale a alternativa correta: Há doutrina que entende
que nos casos de incidente de deslocamento de competência (IDC) (CF, art. 109, V-A c/c § 5ª), na
hipótese de haver ação penal em curso perante a Justiça Estadual e sendo deferido o deslocamento da

422
competência para a Justiça Federal, haveria uma ação penal pública subsidiaria da pública. BL: art. 109,
V-A, c/c art. 109, § 5º, CF.

##Atenção: ##DPEAM-2018: ##MPMG-2019: ##FCC: O incidente de deslocamento de competência


foi inserido na CF/88 pela EC 45/04 (art. 109, V-A, c/c art. 109, §5º), estando o deslocamento da
competência subordinado à presença de 02 requisitos: 1) crime com grave violação aos direitos humanos;
2) risco de descumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos
dos quais o Brasil seja parte, em virtude da inércia do Estado-membro em proceder à persecução penal.
Registre-se que o STJ acrescentou um 3° requisito, consistente na incapacidade – oriunda de inércia,
omissão, ineficácia, negligência, falta de vontade política, de condições pessoais e/ou materiais etc. – de
o Estado-membro, por suas instituições e autoridades, levar a cabo, em toda a sua extensão, a persecução
penal. Como o IDC importa em deslocamento da competência da Justiça Estadual, onde atua o
Ministério Público dos Estados, para a Justiça Federal, onde funciona o Ministério Público Federal, tem-
se aí mais uma espécie de ação penal pública subsidiária da pública.

(TRF3-2018): “(...) a União, na qualidade de ente federado com personalidade jurídica na esfera internacional,
quem tem o poder de contrair obrigações jurídicas internacionais em matéria de direitos humanos, mediante
ratificação de tratados. Consequentemente, a sistemática de monitoramento e fiscalização de tais obrigações recai na
pessoa jurídica da União. Deste modo, por coerência, há de caber à União a responsabilidade para apurar, processar
e julgar casos de violação de direitos humanos (...)” (extraído do Boletim dos Procuradores da República nº 14,
junho 1999). Sob esse enfoque, a reforma constitucional de 2004 trouxe importante contribuição e pode-se
julgar correto: A primeira federalização de grave violação de direitos humanos deu-se no caso do
homicídio do defensor de direitos humanos Manoel Mattos. BL: art. 109, §5º, CF.

##Atenção: ##DPESC-2017: ##DPEAM-2018: ##TRF3-2018: ##FCC: “Por se tratar de caso de grave


violação a direitos humanos, a 3ª Seção do STJ decidiu que o crime contra o ex-vereador Manoel Mattos será
julgado pela Justiça Federal. O assassinato ocorreu em janeiro de 2009 e a apuração do episódio e do
envolvimento de cinco suspeitos ocorreria na Justiça estadual da Paraíba, caso a Procuradoria-Geral da República
(PGR) não tivesse pedido a federalização. Este é a primeira vez que o instituto do deslocamento, também
chamado de Incidente de Deslocamento de Competência, é aplicado. A possibilidade foi criada pela Emenda
Constitucional 45/2004, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos. O primeiro caso a ser julgado foi
o da missionária Dorothy Stang, assassinada no Pará, em 2005. Porém, o deslocamento foi negado pelo
STJ.” (Fonte: https://www.conjur.com.br/2010-out-28/manuel-mattos-federalizado-grave-violacao-
direitos-humanos). Portanto, não houve o deslocamento da competência suscitado. (IDC 1/PA, Relator
Ministro Arnaldo Esteves Lima, j. 8.6.05). O caso de Manoel Mattos foi a 1ª vez que o IDC foi aplicado.
(IDC 2 DF 2009/0121262-6).
(DPEAM-2018-FCC): Acerca do Incidente de Deslocamento de Competência, nas hipóteses de grave
violação de direitos humanos: o STJ concedeu a primeira federalização de grave violação de direitos
humanos no caso do defensor de direitos humanos Manoel Mattos, assassinado após ter denunciado a
atuação de grupos de extermínio nos Estados de Pernambuco e Paraíba. BL: art. 109, §5º, CF.
(DPESC-2017-FCC): A federalização dos crimes contra os direitos humanos é uma ferramenta
introduzida em nossa Constituição pelo poder constituinte reformador. Sobre esta moderna ferramenta, é
correto afirmar: O caso Manoel Mattos foi federalizado sob o fundamento de existência de grave violação a
direitos humanos − é o primeiro caso do tipo no Brasil. BL: art. 109, §5º, CF.

(MPMG-2017): O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,


incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis (art. 127 da CF/88). Partindo dessas premissas, analise a seguinte assertiva: Nas hipóteses
de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar
o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o
Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o STJ, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para a Justiça Federal. BL: art. 109, §5º, CF.

(DPERS-2014-FCC): Na disciplina constitucional brasileira sobre o Incidente de Deslocamento de


Competência, também conhecido como Incidente de “federalização dos crimes contra os direitos humanos”,
há previsão expressa de que apenas o Procurador-Geral da República é legitimado para a propositura do
incidente. BL: art. 109, §5º, CF.

Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, CONSTITUIRÁ uma seção judiciária que terá
por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei [obs.: lei ORDINÁRIA].
(TRF1-2011)
423
(TRF3-2011-CESPE): Acerca da organização e das competências da justiça federal, assinale a opção
correta: No âmbito da justiça federal comum, cada unidade da Federação deve constituir uma seção
judiciária com sede na respectiva capital; a localização das varas federais deve ser estabelecida em lei
ordinária. BL: art. 110, CF.

Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais
caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei. (TRF1-2011)

Seção V
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)

Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais


do Trabalho e dos Juízes do Trabalho

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:

I - o Tribunal Superior do Trabalho; (TRT8-2015) (PGEAL-2021)

II - os Tribunais Regionais do Trabalho; (TRT8-2015) (PGEAL-2021)

III - Juízes do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999) (TRT8-2015)
(PGEAL-2021)

§§ 1º a 3º (Revogados pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 111-A. O TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO COMPÕE-SE de vinte e sete Ministros,


escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável
saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria
absoluta do SENADO FEDERAL, SENDO: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022)

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no
art. 94; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PGECE-2008) (TJPR-2010) (TRF1-2015) (TRT16-
2015) (Cartórios/TJDFT-2019)

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo,
que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da


carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(PGECE-2008)

(PGECE-2008-CESPE): Com base na Constituição Federal vigente, assinale a opção correta em relação à
composição do Tribunal Superior do Trabalho (TST): Entre os ministros do TST, 21 devem ser oriundos
da magistratura de carreira. BL: art. 111-A, CF.

##Atenção: Perceba que 1/5 deve ser de advogados e 1/5 de membros do MPT, ou seja, 3 advogados e 3
membros do MPT. Logo, do total de 27 membros do TSE, descontando-se os 6 membros oriundos da
advocacia e do MPT, restará 21 vagas a serem ocupadas por juízes dos TRTs.

§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

§ 2º FUNCIONARÃO junto ao TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO: (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 45, de 2004)

424
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe,
dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira ; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRT1-2015) (TRT6-2015)

II - o CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO, CABENDO-LHE EXERCER, na


forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho
de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões TERÃO EFEITO
VINCULANTE. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPT-2009) (TRT6-2015)

§ 3º COMPETE ao TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO processar e julgar, originariamente, a


reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões . (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) (PGEAP-2018)

Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, ATRIBUÍ-LA aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PGEPI-2008) (PGEAM-2010) (TJDFT-
2015) (MPT-2015) (PGEAP-2018)

Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e
condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de
1999)

Art. 114. COMPETE à JUSTIÇA DO TRABALHO PROCESSAR e JULGAR: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da


administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (DPEMS-2008) (PGECE-2008) (PGEES-2008) (MPCE-
2009) (MPGO-2010) (TRF1-2011) (PGESP-2012) (TJRJ-2013) (MPPR-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(PGEAC-2014) (PGEMS-2014) (TJPE-2015) (TRT8-2015) (DPEAM-2018)

##Atenção: ##STF: ##DOD: Justiça do Trabalho não tem competência para julgar as causas
instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária : A
interpretação adequadamente constitucional da expressão “relação do trabalho” deve excluir os
vínculos de natureza jurídico-estatutária, em razão de que a competência da Justiça do Trabalho não
alcança as ações judiciais entre o Poder Público e seus servidores. Vale ressaltar também que o
processo legislativo para edição da Emenda Constitucional 45/04, que deu nova redação ao inciso I do
art. 114 da CF/88, é, do ponto de vista formal, constitucionalmente hígido (não houve qualquer
inconstitucionalidade formal). STF. Plenário. ADI 3395, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 15/04/20
(Info 984). No mesmo sentido: Compete à Justiça comum processar e julgar demandas em que se
discute o recolhimento e o repasse de contribuição sindical de servidores públicos regidos pelo
regime estatutário. STF. Plenário. RE 1089282, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 04/12/20 (Repercussão Geral
– Tema 994).

II - as ações que ENVOLVAM exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004) (PGEMG-2012) (PGEPA-2012) (TRT1-2015) (PGESP-2012/2018)

III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PGECE-2008) (TRF2-2011)
(PGEMG-2012) (PGESP-2012) (TRT2-2015) (TRT21-2015) (TJMA-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: A Súmula 222 do STJ abarca apenas situações em
que a contribuição sindical diz respeito a servidores estatutários, mantendo-se a competência da Justiça
do Trabalho para julgar as ações relativas à contribuição sindical referentes a celetistas (servidores
públicos ou não): A Súmula 222 do STJ prevê o seguinte: Compete à Justiça Comum processar e julgar
as ações relativas à contribuição sindical prevista no art. 578 da CLT. O STJ, depois do que o STF
decidiu no RE 1089282/AM (Tema 994), teve que conferir nova interpretação a esse enunciado. O que
prevalece atualmente é o seguinte: a) Compete à Justiça Comum julgar as ações em que se discute a
contribuição sindical de servidor público estatutário. b) Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações
em que se discute a contribuição sindical de empregado celetista (seja ele servidor público ou

425
trabalhador da iniciativa privada). STJ. 1ª S. CC 147784/PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j.
24/03/21 (Info 690).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: Justiça do Trabalho não tem competência para
julgar ação na qual entidade sindical discute recolhimento de contribuição sindical envolvendo
servidores públicos estatutários: Compete à Justiça comum processar e julgar demandas em que se
discute o recolhimento e o repasse de contribuição sindical de servidores públicos regidos pelo
regime estatutário. STF. Plenário. RE 1089282/AM, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 4/12/20 (Repercussão
Geral – Tema 994(Info 1001).

IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado


ENVOLVER matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PGECE-
2008) (PGESP-2012) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014)

(PGESP-2012-FCC): É da competência da Justiça do Trabalho: Habeas corpus e habeas data quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. BL: art. 114, IV, CF.

(PGECE-2008-CESPE): A competência da justiça do trabalho, a partir da Emenda Constitucional n.º


45/2004, passou a envolver, no plano constitucional, os mandados de segurança, quando o ato
questionado envolver matéria de representação sindical. BL: art. 114, III e IV, CF.

V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, RESSALVADO o disposto


no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PGECE-2008) (PGESP-2012) (MPT-2012)
(TRT2-2015) (TRT8-2015)

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente: (...)
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais
Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PFN-2007) (DPEMS-2008) (MPGO-2010) (PGERS-2010)
(AGU-2010) (PGEMG-2012) (PGESP-2012) (PGEAC-2014) (PGEMS-2014) (TRT2-2015) (PGEMA-2016)
(DPERS-2018) (PGEAL-2021)

VII - as ações relativas às PENALIDADES ADMINISTRATIVAS impostas aos empregadores pelos


órgãos de fiscalização das relações de trabalho ; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRF4-
2009) (PGEAM-2010) (PGERO-2011) (TRF2-2011) (PGEMG-2012) (PGESP-2012) (TRT/Unificado-2017) (PGEAP-
2018)

VIII - a execução, de ofício, das CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS previstas no art. 195, I, a , e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(TRF5-2009) (PGEAC-2012) (PGEAP-2018) (MPT-2020) (PGEAL-2021)

Súmula Vinculante 53-STF: A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da CF, alcança a
execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças
que proferir e acordos por ela homologados.

IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (MPT-2012) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014) (TRT8-2015) (DPEAM-
2018)

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##CESPE: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Justiça do


Trabalho. Ações penais. Processo e julgamento. Jurisdição penal genérica. Inexistência. Interpretação
conforme dada ao art. 114, incs. I, IV e IX, da CF, acrescidos pela EC nº 45/2004. Ação direta de
inconstitucionalidade. Liminar deferida com efeito ex tunc. O disposto no art. 114, incs. I, IV e IX, da
Constituição da República, acrescidos pela Emenda Constitucional nº 45, não atribui à Justiça do
Trabalho competência para processar e julgar ações penais. (ADI 3684-MC/DF, 2007)
(Cartórios/TJDFT-2014-CESPE): À luz do disposto na CF e na jurisprudência do STF, assinale a opção
correta com relação ao Poder Judiciário: A justiça do trabalho não tem competência para julgar ações penais
426
condenatórias. BL: Entend. Jurisprud.

§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes PODERÃO ELEGER árbitros. (TRT8-2015)

§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, É FACULTADO às


mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, PODENDO a Justiça do
Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem
como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRT8-
2015) (PGERS-2021)

##Atenção: ##STF: ##PGERS-2021: ##Fundatec: Tese de repercussão geral (Tema 841): “É constitucional
a exigência de comum acordo entre as partes para ajuizamento de dissídio coletivo de natureza econômica,
conforme o artigo 114, § 2º, da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional 45/2004”.

§ 3º Em caso de GREVE EM ATIVIDADE ESSENCIAL, com possibilidade de lesão do interesse


público, o Ministério Público do Trabalho PODERÁ AJUIZAR DISSÍDIO COLETIVO, COMPETINDO
à JUSTIÇA DO TRABALHO DECIDIR o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(DPECE-2008) (TRT8-2015) (TRT4-2016) (PGESP-2018)

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com
mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122,
de 2022) (Anal. Judic./TRT9-2022)

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no
art. 94; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TRF1-2015) (TRT16-2015) (Anal.
Judic./TRT9-2022)

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo,
que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento,


alternadamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Anal. Judic./TRT9-2022)

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a JUSTIÇA ITINERANTE, com a realização de


audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(TJPI-2012) (DPEDF-2013)

§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo


Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do
processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular . (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

Parágrafo único. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

Art. 117. e Parágrafo único. (Revogados pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

Seção VI
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS

427
(TJGO-2021-FCC): A respeito da organização da Justiça Eleitoral, considere: A Justiça Eleitoral
desempenha, além das funções administrativa, jurisdicional e normativa, a função consultiva.

##Atenção: Conforme Jaime Barreiros Neto, “são quatro, portanto, as funções exercidas pela Justiça Eleitoral: a
função jurisdicional, a função executiva (também chamada de administrativa), a função legislativa [ou normativa] e
a função consultiva”. (Direito Eleitoral, sinopses para concursos v. 40, 9 ed., Salvador: Juspodivm, 2019, p.
120)

(TJMG-2012-VUNESP): É correto afirmar que a criação da Justiça Eleitoral ocorreu após a Revolução de
1930, durante o governo de Getúlio Vargas.

##Atenção: A Revolução de 1930 tinha como um dos princípios a moralização do sistema eleitoral. Um
dos primeiros atos do governo provisório foi a criação de uma comissão de reforma da legislação
eleitoral, cujo trabalho resultou no primeiro Código Eleitoral do Brasil. O Código Eleitoral de 1932 criou
a Justiça Eleitoral, que passou a ser responsável por todos os trabalhos eleitorais – alistamento,
organização das mesas de votação, apuração dos votos, reconhecimento e proclamação dos eleitos. Além
disso, regulou em todo o país as eleições federais, estaduais e municipais.

Art. 118. SÃO ÓRGÃOS da Justiça Eleitoral: (MPPB-2010) (TJRO-2011) (TJPR-2011) (TJMS-2010/2012)
(MPSP-2012) (TRF1-2013) (TJCE-2018) (PGESC-2018) (TJGO-2021)

I - o Tribunal Superior Eleitoral; (MPPB-2010) (TJRO-2011) (TJPR-2011) (TJMS-2010/2012) (MPSP-2012)


(TRF1-2013) (TJCE-2018) (PGESC-2018) (TJGO-2021)

II - os Tribunais Regionais Eleitorais; (MPPB-2010) (TJRO-2011) (TJPR-2011) (TJMS-2010/2012) (MPSP-


2012) (TRF1-2013) (TJCE-2018) (PGESC-2018) (TJGO-2021)

III - os Juízes Eleitorais; (MPPB-2010) (TJRO-2011) (TJPR-2011) (TJMS-2010/2012) (MPSP-2012) (TRF1-


2013) (TJCE-2018) (PGESC-2018) (TJGO-2021)

IV - as Juntas Eleitorais. (MPPB-2010) (TJRO-2011) (TJPR-2011) (TJMS-2010/2012) (MPSP-2012) (TRF1-


2013) (TJCE-2018) (PGESC-2018) (TJGO-2021)

Art. 119. O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL COMPOR-SE-Á, no mínimo, de sete membros,


escolhidos: [obs.: dica: TSE = "3, 2, 2"] (TJMT-2009) (TJBA-2012) (TJMS-2012) (MPMT-2012) (TJMA-2013)
(PCBA-2013) (TJDFT-2014) (TJMG-2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (TRF1-2013/2015) (MPAM-
2015) (PGESC-2018) (TJAL-2019) (TJPR-2019)

I - mediante eleição, pelo voto secreto: (MPMT-2012) (PCBA-2013) (MPPA-2014) (TRF1-2013/2015)


(PGESC-2018)

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; [3] (TJBA-2012) (MPMT-2012)
(TJMA-2013) (PCBA-2013) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (TRF1-2013/2015) (PGESC-2018) (TJPR-2019)

(TRF4-2014): Assinala a alternativa correta: O Tribunal Superior Eleitoral é integrado por, no mínimo,
sete membros, dentre os quais três escolhidos entre os Ministros do STF. BL: art. 119, I, “a”, CF.

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; [2] (TJBA-2012) (MPMT-2012)
(TJMA-2013) (PCBA-2013) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (TRF1-2013/2015) (PGESC-2018) (TJPR-2019)

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral, INDICADOS pelo Supremo Tribunal Federal. [2] (TJMS-2012) (MPMT-2012)
(TJMA-2013) (PCBA-2013) (TJDFT-2014) (TJMG-2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (TRF1-2013/2015) (MPAM-
2015) (TJAL-2019) (TJPR-2019)

##Atenção: ##TRF1-2013: ##PCBA-2013: ##MPAC-2014: ##TJPR-2019: ##CESPE: A composição do


TSE é diferenciada. Assim, não há previsão em lei de membro do Ministério Público como ministro do
TSE (art. 16 do Código Eleitoral e art. 119 da CF/1988).

428
Parágrafo único. O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ELEGERÁ seu Presidente e o Vice-
Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça . (TJAP-2009) (TJMS-2010) (TJPB-2011) (MPMT-2012) (TJRN-2013)
(TJMA-2013) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPMG-2014) (MPPE-2014) (MPSC-2014) (TRF1-2013/2015) (TJRR-
2015)

(TJDFT-2014-CESPE): Com relação à composição do TSE, determinada pela CF, assinale a opção correta:
O texto constitucional fixou em sete o número mínimo de ministros que devem compor o TSE, mas não
estabeleceu um número exato de ministros para esse colegiado. BL: art. 119, caput e § único, CF
(eleitoral).

##Atenção: ##TJDFT-2014: ##CESPE: ##DICA: Eleição no TSE:


Presidente e Vice: Ministros do STF
Corregedor Eleitoral: Ministros do STJ

##Atenção: ##TJDFT-2014: ##CESPE: Composição do TSE:


 3 Membros do STF (escolhidos por voto secreto, dos quais DOIS serão também escolhidos o
presidente e vice);
 2 Membros do STJ (escolhidos por voto secreto, dos quais UM será escolhido o corregedor
geral).
 2 Membros da classe dos advogados (juristas), sendo 6 indicados pelos ministro do STF, sendo
que o Presidente da República irá nomear DOIS.

(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: O Corregedor do Tribunal Superior Eleitoral é um Ministro


do STJ. BL: art. 119, § único, CF.

##Atenção: ##TJBA-2012: ##TJDFT-2014: ##CESPE: ##MPMA-2014: Segundo o § único do art. 119 da


CF, o Corregedor Eleitoral deverá ser um dos ministros do STJ, enquanto o vice-presidente do TSE será
um dos ministros do STF. Portanto, não há que se falar em acúmulo da função de corregedor eleitoral
pelo vice-presidente do TSE.

##Atenção: ##TJDFT-2014: ##CESPE: Segundo o § único do art. 119 da CF, a presidência do TSE será
exercida, mediante eleição, por um dos três ministros do STF.

##Atenção: É válido lembrar que seus “suplentes” também deverão ser escolhidos na mesma ocasião e
obedecendo a mesma regra.

Art. 120. HAVERÁ um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
(TJPR-2010) (MPMT-2012) (MPMS-2013) (TRF1-2013) (MPMA-2014)

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais COMPOR-SE-ÃO: [obs.: dica: TSE = "2, 2, 1, 2"] (TJAL-
2008) (TJPR-2010) (TJES-2011) (TJMS-2010/2012) (TJGO-2012) (MPMT-2012) (MPMS-2013) (TRF1-2013)
(MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPPA-2014)

I - mediante eleição, pelo VOTO SECRETO: (MPMT-2012) (MPPA-2014)

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; [2] (MPPE-2008) (TJGO-2012)


(MPMS-2013) (TRF1-2013) (MPMT-2012/2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (TJAM-2016)

(TJMT-2009-VUNESP): Assinale a alternativa correta no que tange ao disposto na CF/88 sobre o Poder
Judiciário: Dois desembargadores estaduais deverão compor o Tribunal Regional Eleitoral mediante
eleição, pelo voto secreto. BL: art. 120, §1º, I, “a”, CF.

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, ESCOLHIDOS pelo Tribunal de Justiça; [2] (MPPE-2008)
(MPMS-2013) (TRF1-2013) (MPMT-2012/2014) (TJCE-2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (TJAM-
2016)

II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal,
ou, NÃO HAVENDO, de juiz federal, ESCOLHIDO, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal
respectivo; [1] (MPPE-2008) (TJPR-2010) (MPMS-2013) (TRF1-2013) (MPMT-2012/2014) (TJCE-2014) (MPAC-
2014) (MPMA-2014) (TJAM-2016)

429
(TJMA-2013-CESPE): Considerando a composição e o funcionamento dos órgãos da justiça eleitoral,
assinale a opção correta: Entre os membros de cada tribunal regional eleitoral inclui-se um juiz federal.
BL: art. 120, §1º, II, “b”, CF.

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, INDICADOS pelo Tribunal de Justiça. [2] (TJPI-2012) (TJMS-2012)
(TJRN-2013) (MPMS-2013) (MPSP-2013) (TRF1-2013) (PCBA-2013) (MPMT-2012/2014) (TJCE-2014) (MPAC-
2014) (MPMA-2014) (MPPE-2014) (MPAM-2015) (TJAM-2016)

(TJPA-2014-VUNESP): Os Tribunais Regionais Eleitorais são compostos por dois juízes dentre os
desembargadores; dois juízes dentre juízes de direito; um juiz federal escolhido pelo Tribunal Regional
Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal e por dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicado pelo Tribunal de Justiça e nomeado pelo Presidente
da República. BL: art. 120, §1º, CF. (eleitoral)

(TJSP-2011-VUNESP): Os Tribunais Regionais Eleitorais são órgãos da Jurisdição Eleitoral em cada


Estado, compostos de sete membros: dois desembargadores eleitos entre os desembargadores do
Tribunal de Justiça; dois entre os juízes de direito escolhidos pelo Tribunal de Justiça; um juiz federal
escolhido pelo respectivo Tribunal Regional Federal e dois advogados nomeados pelo Presidente da
República, dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal
de Justiça. BL: art. 120, §1º, CF. (eleitoral)

##Atenção: ##DICA: Não há participação da OAB na indicação dos advogados para o TSE ou TRE's.

§ 2º - O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL ELEGERÁ seu Presidente e o Vice-Presidente


dentre os desembargadores. (TRF1-2013) (MPMT-2012/2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (PGEBA-2014)
(TJAL-2019)

Art. 121. LEI COMPLEMENTAR DISPORÁ sobre a organização e competência dos tribunais, dos
juízes de direito e das juntas eleitorais. (TJDFT-2008) (TJMS-2010/2012)

§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no


exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, GOZARÃO DE PLENAS GARANTIAS e SERÃO
INAMOVÍVEIS. (TJRO-2011) (TJPR-2011) (TJCE-2018) (TJPR-2019) (TJGO-2021)

§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, SALVO MOTIVO JUSTIFICADO, SERVIRÃO por dois
anos, NO MÍNIMO, e NUNCA por mais de dois biênios consecutivos, SENDO os substitutos
ESCOLHIDOS na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. (TJDFT-
2008) (TJPR-2019) (MPMT-2019) (TJGO-2021) (TJMG-2022)

##Atenção: ##TJPR-2019: ##CESPE: No âmbito da Justiça Eleitoral, não há vitaliciedade, mas


temporariedade das funções eleitorais, nos termos do §2º do art. 121 da CF/88. Nesse sentido, a garantia
da vitaliciedade é do juiz de direito e a função eleitoral é sempre temporária. A inamovibilidade, por sua
vez, encontra-se assegurada no § 1º do art. 121 da CF/88

§ 3º SÃO IRRECORRÍVEIS as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, SALVO as que


CONTRARIAREM esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
(DPU-2007) (TJDFT-2008) (MPPR-2008) (TJGO-2009) (TJMT-2009) (MPT-2009) (TJPR-2010) (MPPB-2010)
(MPRR-2012) (MPF-2013) (MPMA-2014) (TJRS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPCE-2020)

##Atenção: Vide art. 281 do Código Eleitoral: “Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior,
salvo as que declararem a invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de "habeas
corpus" ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, interposto
no prazo de 3 (três) dias. § 1º Juntada a petição nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes, os autos serão conclusos ao
presidente do Tribunal, que, no mesmo prazo, proferirá despacho fundamentado, admitindo ou não o recurso. § 2º
Admitido o recurso será aberta vista dos autos ao recorrido para que, dentro de 3 (três) dias, apresente as suas
razões. § 3º Findo esse prazo os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal.”

§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente CABERÁ RECURSO quando:
(TJMT-2009) (TJPR-2010) (MPMA-2014)

430
##Atenção: Vide art. 276 do Código Eleitoral: “Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas,
salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior: I - especial: a) quando forem proferidas
contra expressa disposição de lei; b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais
eleitorais. II - ordinário: a) quando versarem sôbre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais; b) quando
denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. § 1º É de 3 (três) dias o prazo para a interposição do recurso,
contado da publicação da decisão nos casos dos nº I, letras a e b e II, letra b e da sessão da diplomação no caso do nº
II, letra a. § 2º Sempre que o Tribunal Regional determinar a realização de novas eleições, o prazo para a
interposição dos recursos, no caso do nº II, a, contar-se-á da sessão em que, feita a apuração das sessões renovadas,
fôr proclamado o resultado das eleições suplementares.”

I - FOREM PROFERIDAS contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; (TJRO-2011)


(MPF-2013) (MPMA-2014)

II - OCORRER divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; (MPRO-
2010) (MPF-2013) (MPMA-2014) (MPCE-2020)

(TJSP-2014-VUNESP): Sobre o recurso especial em matéria eleitoral, assinale a opção correta: Tem
cabimento, dentre outras hipóteses, contra decisão dos Tribunais Regionais Eleitorais que forem
proferidas contra disposição expressa da Constituição Federal ou de lei. BL: art. 276, I, “a” e “b”, CE c/c
art. art. 121, § 4.º, I e II da CF. (eleitoral)

III - VERSAREM sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou


estaduais; (MPPB-2011) (MPMA-2014) (MPF-2015)

IV - ANULAREM diplomas ou DECRETAREM a perda de mandatos eletivos federais ou


estaduais; (TJRO-2011) (PGESP-2012) (MPMA-2014) (MPF-2015)

V - DENEGAREM habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.


(MPPE-2008) (TJRO-2011) (MPSP-2013) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (DPEPE-2018)

(TJAL-2008-CESPE): A CF prevê a utilização de mandado de injunção na justiça eleitoral. (eleitoral).

Seção VII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES

Art. 122. São órgãos da Justiça Militar: (STM-2013)

I - o Superior Tribunal Militar;

II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei. (MPPB-2010)

Art. 123. O SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR COMPOR-SE-Á de quinze Ministros vitalícios,


NOMEADOS pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo
três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-
generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis . (PGEPA-
2012) (STM-2013) (TRF1-2015) (MPBA-2018)

(MPBA-2018): Assinale a alternativa correta: O Superior Tribunal Militar compor-se-á de Ministros


vitalícios, em número fixado pela Constituição Federal, nomeados pelo Presidente da República, depois
de aprovada a indicação pelo Senado Federal. BL: art. 123, CF.

##Atenção: Para que um tribunal constitua um Órgão Especial é necessário no mínimo 25


membros. Como o STM possui apenas 15 ministros, não é possível criar um órgão especial.

Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 122, de 2022)

431
I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional;

II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça
Militar.

Art. 124. À JUSTIÇA MILITAR COMPETE processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
(DPU-2007/2010) (DPEBA-2010) (TRF4-2012) (MPGO-2013) (DPESP-2019)

Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça


Militar.

Seção VIII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS

Art. 125. Os Estados ORGANIZARÃO SUA JUSTIÇA, OBSERVADOS os princípios estabelecidos


nesta Constituição. (MPPR-2008) (TJSC-2010) (TJAM-2013) (DPEAM-2013) (TRF1-2013) (Cartórios/TJRS-
2013) (MPAC-2014) (Cartórios/TJMG-2015)

§ 1º A COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS SERÁ DEFINIDA na Constituição do Estado, SENDO a


lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. (TJDFT-2007) (TJSC-2010) (MPPB-2010)
(PCAP-2010) (TJAC-2012) (TJAM-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPAC-2014) (PGEPI-2014) (TJPI-2012/2015)
(TRT15-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-2018) (PGEPE-2018) (MPPR-2008/2019)

(MPBA-2018): Assinale a alternativa correta: Os tribunais dos Estados têm sua competência definida na
Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. BL: art.
125 e §1º, CF.

§ 2º CABE aos Estados a instituição de REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE de


leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, VEDADA a
atribuição da legitimação para agir a um único ÓRGÃO. (PGESP-2002) (PCSC-2008) (TJSC-2010) (MPES-
2010) (TJRJ-2011) (PGEMT-2011) (TJMS-2010/2012) (MPRO-2008/2013) (DPERR-2013) (TRF1-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (PGDF-2013) (MPPR-2008/2011/2014) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (DPECE-2014)
(DPEMS-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PGEPI-2014) (DPEMA-2009/2015) (DPESP-
2009/2015) (TJPI-2015) (TJRR-2015) (TJSE-2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (MPF-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEAM-2016) (MPRR-2012/2017) (PGEAC-2012/2017) (MPT-
2015/2017) (DPERO-2017) (TRF2-2017) (PCAP-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPEAM-
2011/2013/2018) (MPSP-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (TJPR-2012/2021) (MPDFT-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-
2021) (TJAP-2008/2022) (TJMG-2022) (PGEPA-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(MPSP-2019): Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos


normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual. BL: art. 125, §2º, CF/88.

(DPEAM-2018-FCC): Considere que o Prefeito de determinado Município do Estado do Amazonas


ajuíza ação direta de inconstitucionalidade, perante o Tribunal de Justiça do Estado, em face de lei
municipal que instituíra a obrigatoriedade de os veículos de uso oficial pela Administração serem
licenciados no Município. Fundamenta a ação em dispositivo da Constituição estadual que veda ao
Estado e aos Municípios que o integram criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. O
Tribunal de Justiça julga a ação improcedente, por entender inexistir ofensa ao dispositivo constitucional
em questão. Nessa hipótese, à luz da Constituição do Estado, bem como do que dispõe a Constituição
Federal e da jurisprudência do STF, estaria o Prefeito legitimado para interpor recurso extraordinário em
face do acórdão do Tribunal de Justiça, que exerceu controle de constitucionalidade de lei municipal em
face de norma da Constituição estadual que reproduz norma constitucional federal de observância
obrigatória pelos Estados, adotando interpretação que contraria o sentido e o alcance desta. BL: art. 19,
III, c/c art. 125, §2º, CF e STF, RE 246903 AgR.

##Atenção: Estaria o Prefeito (POR SIMETRIA AO "GOVERNADOR" CONSTANTE DO ROL DO art.


103 da CF/88) legitimado para interpor recurso extraordinário em face do acórdão do Tribunal de
432
Justiça.

##Atenção: ##DPEPA-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##PGM-BH/MG-2017: ##DPEAM-2018:


##TJPR-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##FMP: STF, RE 246903 AgR: [...] Tratando-se de ação direta de
inconstitucionalidade da competência do Tribunal de Justiça local – lei estadual ou municipal em face da
Constituição estadual –, somente é admissível o recurso extraordinário diante de questão que envolva
norma da Constituição Federal de reprodução obrigatória na Constituição estadual. [...]

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TJAP-2022: ##FGV: Tribunal de Justiça pode julgar ADI contra lei
municipal tendo como parâmetro a Constituição Federal, desde que seja uma norma de reprodução
obrigatória: É constitucional o dispositivo de constituição estadual que confere ao tribunal de justiça
local a prerrogativa de processar e julgar ação direta de inconstitucionalidade contra leis e atos
normativos municipais tendo como parâmetro a Constituição Federal, desde que se trate de normas de
reprodução obrigatória pelos estados. Admite-se o controle abstrato de constitucionalidade, pelo
Tribunal de Justiça, de leis e atos normativos estaduais e municipais em face da Constituição da
República, apenas quando o parâmetro de controle invocado for norma de reprodução obrigatória ou
exista, no âmbito da Constituição estadual, regra de caráter remissivo à Carta federal. STF. Plenário.
ADI5647/AP, Rel. Min. Rosa Weber, j. 3/11/21 (Info 1036).

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGEAM-2016: ##CESPE: CE pode prever que o ato impugnado em adi
seja defendido pelo procurador-geral do estado ou pelo procurador-geral da ALE: É válida norma da
Constituição do Estado que atribui ao Procurador da Assembleia Legislativa ou, alternativamente, ao
Procurador-Geral do Estado, a incumbência de defender a constitucionalidade de ato normativo
estadual questionado em controle abstrato de constitucionalidade na esfera de competência do
Tribunal de Justiça. Essa previsão não afronta o art. 103, § 3º da CF/88 já que não existe, quanto a isso,
um dever de simetria para com o modelo federal. Ademais, essa norma estadual não viola o art. 132 da
CF/88 uma vez que a atuação do Procurador-Geral da ALE nos processos de controle de
constitucionalidade não se confunde com o papel de representação judicial do Estado, esse sim de
exclusividade da Procuradoria-Geral do Estado. STF. Plenário. ADI 119/RO, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
19/2/14 (Info 736).
(PGEAM-2016-CESPE): Julgue o item que se segue, acerca do poder de auto-organização atribuído aos
estados-membros no âmbito da Federação brasileira: Ao instituir sistema estadual de controle abstrato de
normas, o estado não estará obrigado a prever em sua Constituição um rol de legitimados para a ação
necessariamente equivalente àquele previsto para o controle abstrato de normas no STF. BL: Info 736, STF.

(TJPI-2015-FCC): O Tribunal de Justiça do Estado pode conhecer de representação para fiscalização


abstrata de inconstitucionalidade ajuizada individualmente por Deputado Estadual, caso assim permita a
Constituição do Estado. BL: art. 125, §2º, CF/88 e RE 261677/PR, STF.

##Atenção: ##STF: ##DPU-2010: ##TJPI-2015: ##DPEMA-2015: ##CESPE: ##FCC: Vejamos o RE n.º


261.677/PR: “[...] Legitimação ativa de Deputado Estadual para propor ação direta de
inconstitucionalidade de normas locais em face da Constituição do Estado, à vista do art. 125, § 2.º da
Constituição Federal. Precedente: ADI 558- 9 MC, Pertence, DJ 26.3.93".
(DPU-2010-CESPE): Considere que o art.Y da Constituição do estado X estabeleça a legitimidade de
deputado estadual para propor ação de inconstitucionalidade de lei municipal ou estadual em face da
Constituição estadual. Nesse caso, conforme entendimento do STF, o referido art. Y poderá ser considerado
constitucional. BL: art. 125, §2º, CF/88 e RE 261677/PR, STF.

(TJSE-2015-FCC): Lei de Município sergipano disciplinou a exploração, direta ou mediante concessão, de


serviços locais de gás canalizado. À luz das disposições normativas pertinentes e considerando que a
Constituição do Estado reproduziu a disciplina da Constituição Federal nessa matéria, referida Lei
municipal é incompatível com a Constituição da República e com a Constituição do Estado, por ofensa à
competência atribuída ao Estado-membro, sendo passível de questionamento mediante ação direta de
inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do Estado. BL: art. 125§2º c/c art. 25, §2º da CF/88.

(DPEMS-2014-VUNESP): No que tange ao controle de constitucionalidade no âmbito estadual, é


correto afirmar que cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou
atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da
legitimação para agir a um único órgão. BL: art. 125, §2º da CF/88.

(MPRR-2012-CESPE): Assinale a opção correta no que concerne ao controle de constitucionalidade:


Embora a CF não indique, de modo taxativo, os legitimados para apresentarem a representação de

433
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face das constituições
estaduais, ela veda a atribuição da legitimação para um único órgão agir. BL: art. 125, §2º, CF.

##Atenção: ##MPF-2015: Apesar do art. 125, §2º da CF somente fazer menção a representação de
inconstitucionalidade (ADI) também é possível a representação de constitucionalidade (ADC) e o
fundamento é o caráter dúplice e ambivalente de que são dotadas essas ações. Conforme explica o
ministro Gilmar Mendes, “tendo a Constituição de 1988 autorizado o constituinte estadual a criar a
representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da Carta Magna
estadual (CF, art. 125, § 2º) e restando evidente que tanto a representação de inconstitucionalidade, no modelo da
Emenda 16, de 1965, e da Constituição de 1967/69, quanto a ação declaratória de constitucionalidade prevista na
Emenda Constitucional nº 3, de 1993, possuem caráter dúplice ou ambivalente, parece legítimo concluir que,
independentemente de qualquer autorização expressa do legislador constituinte federal, estão os Estados-membros
legitimados a instituir a ação declaratória de constitucionalidade.” [ Cf. MENDES, Gilmar. O Controle de
Constitucionalidade do Direito Estadual e Municipal na Constituição Federal de 1988. In: Revista Jurídica
Virtual, Brasília, volume 1, número 3, julho 1999.].

##Atenção: ##DOD: ##PGM-Teresina/PI-2022: ##FCC: ADPF estadual: “A Constituição Federal não


previu a arguição no âmbito dos Estados-membros como fez com a ação direta de inconstitucionalidade (art. 125, §
2º) , mas, a exemplo do que se passa com a ação direta de constitucionalidade, pode ser instituída pelo constituinte
estadual, com base no princípio da simetria com o modelo federal [...] sua importância, todavia, será limitada, por
pelo menos duas razões: (i) os preceitos fundamentais haverão de ser os que decorrem da Constituição Federal; (ii)
os atos municipais e os estaduais já são passíveis de ADPF federal. Portanto, a arguição em âmbito estadual não
terá nem paradigma nem objeto próprio. Ignorada pela maioria dos Estados, foi instituída em alguns deles, como
Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Alagoas.” (O Controle de Constitucionalidade no Direito
Brasileiro: exposição sistemática e análise crítica da jurisprudência. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p.
220/221)

§ 3º A LEI ESTADUAL PODERÁ CRIAR, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a JUSTIÇA


MILITAR ESTADUAL, CONSTITUÍDA, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de
Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, OU por Tribunal de Justiça Militar NOS
ESTADOS em que o efetivo militar SEJA SUPERIOR a vinte mil integrantes. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2007) (MPPR-2008) (PGEES-2008) (PCSC-2008) (DPEPI-2009) (MPPB-
2010) (TJBA-2012) (TRF4-2012) (MPGO-2013) (MPAC-2014) (MPT-2015) (MPMS-2018)

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2012: Ação direta de inconstitucionalidade. §§ 1º e 3º do art. 104 da


Constituição do Estado do Rio Grande do Sul. Composição do Tribunal Militar do Estado. -
Inconstitucionalidade formal, porque, pelo disposto no art. 125, § 3º, da CF/1988, há expressa reserva
constitucional federal em favor da lei ordinária estadual, de iniciativa exclusiva do Tribunal de
Justiça, para criação da Justiça Militar estadual, e, sendo certo que, competindo a essa lei ordinária a
criação dessa Justiça a ela também compete a sua organização e a sua extinção, não pode a Carta
Magna estadual criar, ou manter a criação já existente, organizar ou extinguir a Justiça Militar
estadual. Ação que se julga procedente, para declarar-se a inconstitucionalidade dos §§ 1º e 3º do artigo
104 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul. STF. Plenário. ADI 725, Rel. Min. Moreira Alves, j.
15/12/97.

§ 4º COMPETE à JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL processar e julgar os militares dos Estados, nos
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, RESSALVADA
a COMPETÊNCIA DO JÚRI quando a vítima FOR civil, CABENDO ao tribunal competente DECIDIR
sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2007) (MPPR-2008) (PCSC-2008) (DPEPI-2009) (MPPB-2010)
(DPEBA-2010) (DPU-2010) (PCAP-2010) (DPERS-2011) (TRF2-2011) (MPRR-2008/2012) (MPGO-2013)
(MPSC-2013) (MPSP-2013) (DPEMA-2015) (MPF-2015) (TJMSP-2016) (TJPR-2017) (DPEAM-2018) (TJBA-
2012/2019) (DPESP-2019) (MPDFT-2011/2021)

Súmula 53-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar civil acusado de prática de crime
contra instituições militares estaduais.

##Atenção: ##MPGO-2013: Da leitura do art. 125, § 4º da CF/88, depreende-se que a Justiça Militar
estadual só tem competência para processar e julgar os militares dos Estados. Nesse sentido é o teor da
Súmula 53, STJ (vide teor acima). Por outro lado, em relação à competência da Justiça Militar da União,
434
dispõe o art. 124 da CF o seguinte: “Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes
militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência
da Justiça Militar.” Como se percebe, ao fazer remissão à competência da Justiça Militar da União, a CF
não estabelece qualquer restrição quanto à figura do acusado. Assim, diversamente da Justiça Militar
Estadual, a Justiça Militar da União possui competência para processar e julgar tanto militares quanto
civis. A competência da Justiça Militar da União é estabelecida, tão-somente, em razão da matéria
(ratione materiae), ou seja, crimes militares. Já a competência da Justiça Militar Estadual é estabelecida em
razão da matéria E também com base na condição pessoal do acusado, sendo, portanto, ratione materiae e
ratione personae.

§ 5º COMPETE aos JUÍZES DE DIREITO DO JUÍZO MILITAR PROCESSAR e JULGAR,


singularmente, os CRIMES MILITARES cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos
disciplinares militares, CABENDO ao CONSELHO DE JUSTIÇA, sob a presidência de juiz de direito,
PROCESSAR e JULGAR os demais crimes militares. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(MPPR-2008) (PCSC-2008) (MPBA-2010) (MPES-2010) (MPPB-2010) (DPEBA-2010) (MPRR-2008/2012)
(MPGO-2013) (TJDFT-2014) (TJMSP-2016) (TJPR-2017) (MPDFT-2011/2021)

§ 6º O Tribunal de Justiça PODERÁ FUNCIONAR DESCENTRALIZADAMENTE,


CONSTITUINDO Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em
todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJSC-2009/2010) (PCAP-2010)
(Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJMG-2015)

§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a JUSTIÇA ITINERANTE, com a realização de audiências e


demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, SERVINDO-SE
de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-2007)
(TJPI-2012) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJMG-2017)

(TJPI-2012-CESPE): A CF permite que os tribunais de justiça, os tribunais regionais federais e os


tribunais regionais do trabalho instalem a justiça itinerante, visando à realização de audiências e demais
funções jurisdicionais, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, e autoriza que, para esse fim,
sejam utilizados equipamentos públicos e comunitários. BL: art. 107, §2º; art. 115, §1º e art. 125, §7º, CF.

Art. 126. Para dirimir CONFLITOS FUNDIÁRIOS, o Tribunal de Justiça PROPORÁ a criação de
varas especializadas, com COMPETÊNCIA EXCLUSIVA para questões agrárias. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPAM-2007) (TJPA-2009) (TJSC-2010)

(TJRO-2011-PUCPR): Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas
especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. BL: art. 126, CF.

Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz FAR-SE-Á
PRESENTE no local do litígio. (TJPA-2009) (Cartórios/TJMG-2017)

CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)

(PCGO-2017-CESPE): No modelo de funcionamento da justiça montado no Brasil, entendeu-se ser


indispensável a existência de determinadas funções essenciais à justiça. Nesse sentido, a CF considera
como funções essenciais à justiça o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública e a
advocacia. BL: art. 127 a 134, CF (Capítulo IV do Título IV da CF).

SEÇÃO I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
INCUMBINDO-LHE a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis. (MPRR-2008) (PGECE-2008) (MPCE-2009) (MPRN-2009) (DPEBA-2010)
(DPEMA-2011) (TRF2-2011) (MPF-2011) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPRJ-2012) (DPESE-2012) (MPT-2012)

435
(TJMA-2013) (MPES-2013) (MPPR-2013) (DPEDF-2013) (PCPR-2013) (MPM-2013) (MPAC-2014) (MPMG-
2014) (MPMS-2011/2015) (MPAM-2015) (DPERN-2015) (MPGO-2012/2014/2016) (TJAM-2016) (MPRO-
2008/2013/2017) (DPEAC-2017) (PCGO-2017) (MPBA-2015/2018) (MPMT-2008/2019) (MPSP-2008/2011/2019)
(MPDFT-2009/2011/2021) (MPSC-2014/2016/2019/2021) (PCMG-2021) (MPTO-2012/2022) (TJMG-2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tese 471: ##MPMS-2015: ##MPRO-2017: ##TRF5-2017: ##MPBA-


2015/2018: ##MPSC-2019/2021: ##MPDFT-2021: ##MPTO-2022: ##CESPE: ##FMP: Com fundamento
no art. 127 da CF/88, o MP está legitimado a promover a tutela coletiva de direitos individuais
homogêneos, mesmo de natureza disponível, quando a lesão a tais direitos, visualizada em seu
conjunto, em forma coletiva e impessoal, transcender a esfera de interesses puramente particulares,
passando a comprometer relevantes interesses sociais. STF. Plenário. RE 631111, Min. Rel. Teori
Zavascki, j. 07/08/14.
(MPSC-2019): De acordo com o entendimento do STF, com fundamento no art. 127 da CF/88, o MP está
legitimado a promover a tutela coletiva de direitos individuais homogêneos, mesmo de natureza disponível,
quando a lesão a tais direitos, visualizada em seu conjunto, em forma coletiva e impessoal, transcender a
esfera de interesses puramente particulares, passando a comprometer relevantes interesses sociais. BL: art.
127, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##MPBA-2018: ##TJSC-2019: ##MPGO-2019: ##MPPR-2019:


##MPPI-2019: ##MPSC-2019/2021: ##MPCE-2020: ##MPDFT-2021: ##TJMG-2022: ##MPTO-2022:
##CESPE: ##FGV: ##STJ: O MP é parte legítima para pleitear tratamento médico ou entrega de
medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes federativos, mesmo quando se tratar
de feitos contendo beneficiários individualizados, porque se refere a direitos individuais
indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público). 95 STJ.
1ª S. REsp 1682836-SP, Rel. Min. Og Fernandes, j. 25/4/18 (recurso repetitivo) (Info 624). ##STF: O MP é
parte legítima para ajuizamento de ação civil pública que vise o fornecimento de remédios a
portadores de certa doença. STF. Plenário. RE 605533/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 15/8/18
(repercussão geral) (Info 911)
(MPCE-2020-CESPE): Em demanda na qual beneficiários individualizados pretendem o fornecimento
público de medicamento necessário ao próprio tratamento de saúde, o MP é parte legítima para pleitear a
entrega do medicamento, porque se trata de direitos individuais homogêneos indisponíveis. BL: Info 624,
STJ e Info 911, STF.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: O direito à saúde, consequência do direito à vida, constitui
direito fundamental, direito individual indisponível, que legitima o Ministério Público para a propositura
de ação em defesa desse direito por meio da ação civil pública, que lhe permite invocar a tutela jurisdicional
do Estado com o objetivo de fazer com que os Poderes Públicos respeitem, em favor da coletividade, os
serviços de relevância pública. BL: Info 624, STJ e Info 911, STF.
(MPSC-2019): O MP é parte legítima para propor demandas de saúde com beneficiários individualizados,
contra entes federativos, ainda que não se tratem de direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos.
BL: Info 624, STJ.
(MPSC-2019): Segundo entendimento do STJ, tratando-se de direito individual indisponível ou de
relevância social, o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar demanda individual, mesmo sem
repercussão para interesses difusos ou coletivos. BL: Info 624, STJ.

##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ - Ed. nº 19: ##MPSC-2021: ##MPTO-2022: ##CESPE: Tese 03: O
Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo de assegurar os
interesses individuais indisponíveis, difusos ou coletivos em relação à infância, à adolescência e aos
idosos, mesmo quando a ação vise à tutela de pessoa individualmente considerada.

##Atenção: ##STJ: ##DPERN-2015: ##CESPE: Hipótese em que o MP ajuizou ACP em defesa de


mutuários de baixa renda cujos imóveis foram construídos em sistema de mutirão, com compromisso
de compra e venda firmado com o Município de Andradas, pelo prazo de 15 anos. Após o pagamento
por 13 anos na forma contratual, o Município editou lei que majorou as prestações para até 20% da
renda dos mutuários. O Tribunal de origem declarou a ilegitimidade ad causam do MP. O art. 127 da
CF e a legislação federal autorizam o MP a agir em defesa de interesse individual indisponível,
categoria na qual se insere o direito à moradia, bem como na tutela de interesses individuais
homogêneos, mesmo que disponíveis, como, p. ex., na proteção do consumidor. O direito à moradia
contém extraordinário conteúdo social, tanto pela ótica do bem jurídico tutelado - a necessidade
humana de um teto capaz de abrigar, com dignidade, a família -, quanto pela situação dos sujeitos

95
Art. 1º O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-
lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
436
tutelados, normalmente os mais miseráveis entre os pobres. STJ. 2ª T., REsp 950.473/MG, Rel. Min.
Herman Benjamin, j. 25/08/09.

##Atenção: ##STF: ##MPPI-2012: ##CESPE: A outorga constitucional de autonomia, ao MP, traduz um


natural fator de limitação dos poderes dos demais órgãos do Estado, notadamente daqueles que se
situam no âmbito institucional do Poder Executivo. STF. Plenário. ADI 2.513-MC, Rel. Min. Celso Mello,
j. 3/4/02.

##Atenção: ##Doutrina: ##MPM-2013: ##MPGO-2012/2019: Fredie Didier Júnior e Hermes Zaneti


Júnior96 afirmam que na doutrina há quatro posições referentes à legitimidade do Ministério Público para
a tutela dos interesses individuais homogêneos:
i) teoria ampliativa: o MP sempre tem atuação como autor e interveniente custus juris, ou seja,
reconhece a legitimação para a tutela de todos os direitos individuais homogêneos, pois estes são
subespécies dos direitos coletivos.97
Palavras-chave: Teoria Ampliativa: Todos os Direitos Individuais Homogêneos.

ii) teoria restritiva absoluta: não reconhece a legitimação do Ministério Público para a tutela de
nenhum direito individual homogêneo, pois o art. 129, III da CF, fala apenas em direitos difusos e
coletivos. Portanto, tem-se a inexistência de legitimação do MP nos casos que envolvam litígios que
versem sobre direitos individuais homogêneos, por falta de previsão expressa no art. 129, III, da CF.98
Palavras-chave: Teoria Restritiva Absoluta: Nenhum Direito Individual Homogêneo.

iii) teoria restritiva: restringe-se aos direitos individuais homogêneos indisponíveis, ou seja, o MP
tem legitimação para tutela apenas dos direitos individuais de caráter indisponível. 99
Palavras-chave: Teoria Restritiva: Apenas Direitos Individuais Homogêneos indisponíveis.

iv) teoria ampliativa eclética ou mista: reconhece a legitimação do Ministério Público para a tutela
dos direitos individuais homogêneos indisponíveis e disponíveis, desde que neles seja
identificada relevância social.
Palavras-chave: Teoria Ampliativa Eclética/Mista: DIH (indispon. ou dispon.) com relevância social.

(PCGO-2017-CESPE): À luz da CF, assinale a opção correta a respeito do Ministério Público: Foi com a
CF que a atividade do Ministério Público adquiriu o status de função essencial à justiça. BL: art. 127 e ss,
CF.

##Atenção: ##MPSE-2010: ##PCGO-2017: ##CESPE: Com o advento da Constituição Federal de 1988,


o Ministério Público deixou de fazer parte do Poder Executivo, como estava disposto na Constituição
de 1969, e atualmente, não pertence a nenhum dos três poderes do Estado, pois recebeu um tratamento
constitucional destacado, pelo qual deixou de ser um mero órgão do Executivo, passando a ser
considerado uma função essencial à justiça (GUIMARÃES, 2002). Nesse sentido, o ilustre
constitucionalista Alexandre de Moraes (2006 p. 1675) destaca: “A Constituição atual situa o Ministério
Público em capítulo especial, fora da estrutura dos demais poderes da República, consagrando sua total
autonomia e independência e ampliando-lhe as funções, sempre em defesa dos direitos, garantias e
prerrogativas da sociedade. (...) O Ministério Público, atualmente, não se encontra no âmbito de qualquer dos

96
DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: processo coletivo I Fredie Didier Jr., Hermes Zaneti Jr.- 10ª
ed.- Salvador. Ed. JusPodivm, 2016". V4
97
(MPGO-2019): Conforme lição de Fredie Didier Júnior e Hermes Zaneti Júnior, existem, na doutrina, quatro
posições referentes à legitimidade do Ministério Público para a tutela dos interesses individuais homogêneos.
Sobre as quatro posições doutrinárias mencionadas, É correto afirmar: Segundo a teoria ampliativa, o Ministério
Público tem legitimidade para a tutela de todos os direitos individuais homogêneos, pois estes são subespécies
dos direitos coletivos.
98
(MPGO-2019): Conforme lição de Fredie Didier Júnior e Hermes Zaneti Júnior, existem, na doutrina, quatro
posições referentes à legitimidade do Ministério Público para a tutela dos interesses individuais homogêneos.
Sobre as quatro posições doutrinárias mencionadas, É correto afirmar: Segundo a teoria restritiva absoluta, o
Ministério Público não tem legitimidade para a defesa de nenhum direito individual homogêneo, pois o artigo
129, III, da Constituição Federal fala apenas de direitos difusos e coletivos.
99
(MPGO-2019): Conforme lição de Fredie Didier Júnior e Hermes Zaneti Júnior, existem, na doutrina, quatro
posições referentes à legitimidade do Ministério Público para a tutela dos interesses individuais homogêneos.
Sobre as quatro posições doutrinárias mencionadas, É correto afirmar: Segundo a teoria restritiva aos direitos
individuais homogêneos, caberia ao Ministério Público apenas a tutela dos direitos individuais de caráter
indisponível.
437
Poderes do Estado, constituindo-se, nos temos da própria definição constitucional, instituição permanente, essencial
à função jurisdicional do Estado (princípio da essencialidade), incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”. (Fonte:
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5952).
(MPSE-2010-CESPE): Acerca das autonomias constitucionais, da estrutura organizacional e do regime
jurídico do MP na CF, julgue o item a seguir: A CF conferiu elevado status constitucional ao MP,
desvinculando-o dos capítulos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. BL: “CAPÍTULO IV - DAS
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA. SEÇÃO I - DO MINISTÉRIO PÚBLICO” (arts. 127 e ss da CF).

(MPMG-2010): Em se tratando de proteção e defesa da saúde pública, pode-se afirmar que compete ao
Ministério Público promover todas as medidas necessárias visando garantir à coletividade o direito à
saúde pública. BL: art. 127, CF.

§ 1º SÃO PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a


independência funcional. (MPES-2010) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (MPSP-2011) (MPPI-2012) (MPRJ-2012)
(DPERO-2012) (MPDFT-2009/2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPR-2013) (MPM-2013) (MPPR-2011/2014)
(MPMG-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (DPERN-2015) (MPSC-2016) (PCPE-2016) (DPEAL-2017) (PCGO-
2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPMS-2011/2013/2015/2018) (MPBA-2015/2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(MPGO-2012/2014/2019) (TJBA-2019) (DPEDF-2019) (MPCE-2009/2020) (MPMG-2019/2021) (PCPB-2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral - STF: ##MPGO-2019: ##MPMG-2019: Os Ministérios Públicos dos


Estados e do Distrito Federal têm legitimidade para propor e atuar em recursos e meios de
impugnação de decisões judiciais em trâmite no STF e no STJ, oriundos de processos de sua
atribuição, sem prejuízo da atuação do Ministério Público Federal. STF. Plenário. RE 985392 RG, Rel.
Min. Gilmar Mendes, j. 25/05/17.
(MPGO-2019): De acordo com o posicionamento do STF é correto afirmar que: O Ministério Público de
estado-membro não está vinculado, nem subordinado, no plano processual, administrativo e institucional, à
chefia do Ministério Público da União, o que lhe confere ampla possibilidade de postular, autonomamente,
perante o STF, em recursos e processos nos quais o próprio Ministério Público Estadual seja um dos sujeitos
da relação processual. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2009: ##MPRO-2010: ##MPSE-2010: ##MPPR-2011: ##MPSP-2011:


##PCPE-2016: ##MPMS-2015/2018 ##MPSC-2016/2021: ##MPMG-2021: ##CESPE: O princípio do
promotor natural está implícito no ordenamento jurídico. Sua concepção deriva do conhecido
princípio do juiz natural, segundo o qual “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente” (art. 5º, LIII, CF). Pelo princípio do promotor natural, a designação de um membro do MP
para atuar em determinado processo deve obedecer a regras objetivas, segundo critérios
preestabelecidos. Com isso, busca-se evitar designações casuísticas e arbitrárias, impedindo-se, dessa
maneira, a figura do “acusador de exceção”. O promotor deve ser escolhido por critérios objetivos e
abstratos, previamente definidos na Legislação específica, não sendo autorizada a escolha deste ou
daquele Promotor para exercer suas funções em determinado processo. Assim, tal princípio limita os
Poderes do Chefe do MP, que não poderá designar Promotor diverso do que o previamente definido de
acordo com a lei. O Promotor Natural consagra a garantia de imparcialidade dos Membros do MP,
impedindo designações casuístas e arbitrárias (retirar um Promotor de um caso para colocar outro que
atenda a determinados interesses). O entendimento do STF é o de que o princípio do promotor natural
está implícito no ordenamento jurídico e não viola o princípio da indivisibilidade. O membro do MP
pode ser substituído no decorrer do processo, mas tal substituição não poderá ser arbitrária. As bases
sobre as quais se assentam o princípio do promotor natural são a independência funcional e a garantia
de inamovibilidade dos membros do MP. Nesse sentido, o STF já reconheceu que “a matriz
constitucional desse princípio assenta-se nas cláusulas da independência funcional e da inamovibilidade
dos membros da instituição” (HC 67.759/RJ). (Fontes: Prof Nádia Carolina /Prof. Ricardo Gomes).
(MPSC-2021-CESPE): A partir das disposições do ordenamento processual penal em vigor, julgue o
próximo item: De acordo com o princípio do promotor natural, reconhecido pelos tribunais superiores, a
atribuição para um promotor de Justiça atuar em determinado caso deve ser fixada a partir de regras
abstratas e preestabelecidas, o que é incompatível com a designação casuística do promotor de justiça pelo
procurador-geral de justiça para atuar em casos que não sejam de sua atribuição.
(PCPE-2016-CESPE): Em consonância com a doutrina majoritária e com o entendimento dos tribunais
superiores, assinale a opção correta acerca dos sujeitos do processo e das circunstâncias legais relativas a
impedimentos e suspeições: As disposições relativas ao princípio do juiz natural são analogamente
aplicadas ao MP.
(MPDFT-2009): Assinale a alternativa correta: O princípio do “promotor natural” materializa-se na garantia
da inamovibilidade do membro do Ministério Público, a impedir designações aleatórias e afastamento

438
imotivado do cargo ou funções estabelecidas em lei.

##Atenção: ##STF e STJ: ##MPMS-2018: ##MPSP-2019: ##DPEDF-2019: ##CESPE: ##STF: O STF já


teve de enfrentar situação em que após a interposição de recurso em sentido estrito, determinado
procurador de justiça emitiu parecer pela impronúncia. Contudo, na sessão de julgamento, outro
procurador de justiça se manifestou pelo desprovimento do recurso e confirmação da sentença de
pronúncia. Nesse caso, o STF admitiu a ocorrência de opiniões colidentes em momentos sucessivos
por membros do MP oficiantes. Entendeu ser possível a divergência opinativa porquanto tais
pronunciamentos se legitimam em face da autonomia intelectual que qualifica a atuação do membro
do Ministério Público. Tal situação, segundo a Corte, não ofende ao postulado do promotor natural.
Vejamos a seguinte decisão: “O postulado do Promotor Natural “consagra uma garantia de ordem
jurídica, destinada tanto a proteger o membro do Ministério Público, na medida em que lhe assegura o
exercício pleno e independente do seu ofício, quanto a tutelar a própria coletividade, a quem se reconhece
o direito de ver atuando, em quaisquer causas, apenas o Promotor cuja intervenção se justifique a partir
de critérios abstratos e pré-determinados, estabelecidos em lei” (HC 102.147/GO, rel. min. Celso de
Mello, DJe nº 22 de 02.02.11). No caso, a designação prévia e motivada de um promotor para atuar na
sessão de julgamento do Tribunal do Júri da Comarca de Santa Izabel do Pará se deu em virtude de
justificada solicitação do promotor titular daquela localidade, tudo em estrita observância aos artigos
10, inc. IX, alínea “f”, parte final, e 24, ambos da Lei nº 8.625/93. 100 Ademais, o promotor designado já
havia atuado no feito quando do exercício de suas atribuições na Promotoria de Justiça da referida
comarca. (...)” STF. 2ª T., HC 103038, Min. Rel. Joaquim Barbosa, j. 11/10/11. (...) ##STJ: A ocorrência de
opiniões colidentes - manifestadas em momentos distintos por promotores de Justiça que atuam na
área penal e após a realização de diligências - não traduz ofensa ao princípio do promotor natural. STJ.
6ª T., HC 132.544/PR, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j. 17/05/12.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: O princípio do Promotor Natural decorre das garantias da
inamovibilidade dos membros do Ministério Público, da independência funcional, do devido processo legal,
e do postulado da autoridade natural inerente à cláusula do devido processo legal, o que impede ao
Procurador-Geral de Justiça designar, livremente, os membros do Ministério Público ou escolher, segundo
critérios de conveniência e oportunidade, quem deva apreciar este ou aquele fato. BL: art. 127, §1º, CF e
Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPSE-2010: ##MPMG-2021: ##CESPE: A violação ao princípio do promotor


natural visa a impedir que haja designação de promotor ad hoc ou de exceção com a finalidade de
processar uma pessoa ou caso específico. (...) STF. 1ª T., HC 95447, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.
19/10/10.

##Atenção: ##STF: ##MPCE-2009: ##MPSP-2011: ##MPMG-2021: ##FCC: PROMOTOR NATURAL -


ALCANCE. O princípio do promotor natural está ligado à persecução criminal, não alcançando
inquérito, quando, então, ocorre o simples pleito de diligências para elucidar dados relativos à prática
criminosa. A subscrição da denúncia pelo promotor da comarca e por promotores auxiliares não a
torna, ante a subscrição destes últimos, à margem do Direito. STF. 1ª T., RHC 93247, Rel. Min. Marco
Aurélio, j. 18/3/08.

##Atenção: ##MPSE-2010: ##MPPI-2012: ##MPGO-2012: ##MPBA-2015: ##PGM-Fortaleza/CE-2017:


##MPMS-2018: ##TJBA-2019: ##DPEDF-2019: ##MPSC-2021: ##CESPE: ##STJ: ##CPP: Para o STJ,
“(...) O princípio da unidade e da indivisibilidade do Ministério Público não implica vinculação de
pronunciamentos de seus agentes no processo, de modo a obrigar que um promotor que substitui outro
observe obrigatoriamente a linha de pensamento de seu antecessor." (RHC 8025/PR, 6.ª T, Rel. Min.
Vicente Leal, DJ 18/12/98). A circunstância de o Promotor Público, com atuação no processo, na fase das
alegações finais, ter formulado pedido de absolvição, o qual foi acolhido na sentença, não impede que
um outro membro do Parquet interponha recurso pugnando para que se preserve a acusação inicial.
(...).”. (AgRg no Ag 1322990/RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, 5ª T., j. 12/4/11). “(...) Eventual pedido de
absolvição formulado pelo Ministério Público em alegações finais não impede a interposição de recurso
de apelação contra a absolvição. Com efeito, apesar de o Ministério Público ser uno e indivisível, há a
autonomia funcional de seus membros, não havendo subordinação intelectual entre eles, permitindo que cada um
atue dentro de sua convicção e dos limites impostos pela lei. Precedentes do STJ e do STF. Hipótese que apresenta
particularidade, uma vez que o pedido de absolvição nas alegações finais e o de condenação no recurso de apelação

100
Art. 10. Compete ao Procurador-Geral de Justiça: (...) IX - designar membros do Ministério Público para: (...) f)
assegurar a continuidade dos serviços, em caso de vacância, afastamento temporário, ausência, impedimento ou
suspeição de titular de cargo, ou com consentimento deste; (...) Art. 24. O Procurador-Geral de Justiça poderá,
com a concordância do Promotor de Justiça titular, designar outro Promotor para funcionar em feito
determinado, de atribuição daquele.
439
foram formulados pelo mesmo membro do Ministério Público. Embora a situação retratada possa revelar
comportamento contraditório, o qual é vedado pelo ordenamento jurídico, tem-se que a independência funcional bem
como a atuação como fiscal da ordem jurídica autorizam, ainda que ao mesmo membro, recorrer do pedido de
absolvição, desde que justifique, motivadamente, a mudança de entendimento ou o surgimento de novos fatos.”
(STJ. 5ª T., AgRg no AREsp 1664921/RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 17/08/21.

##Atenção: ##STF: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: A jurisprudência do STF é no sentido de


que a pretensão de um órgão do Ministério Público não vincula os demais, garantindo-se a
legitimidade para recorrer, em face do princípio da independência funcional. STF, 1ª T., ARE 978746
AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 02/09/16.

##Atenção: ##STF: ##MPMS-2015/2018: ##MPSP-2019: A independência funcional garantida ao


Impetrante pelo art. 127, § 1º, da CF/1988 não é irrestrita, pois o membro do Ministério Público deve
respeito à Constituição da República e às leis. STF. 2ª T., MS 28408, Min. Rel. Cármen Lúcia, j. 18/03/14.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A independência funcional garantida pelo art. 127, § 1o, da
Constituição da República, não é irrestrita, pois o membro do Ministério Público deve respeito à
Constituição da República e às leis. BL: art. 127, §1º, CF e Entend. Jurisprud.

(MPSC-2021-CESPE): No que diz respeito ao Ministério Público, julgue o item a seguir: Pelo princípio
institucional da unidade do Ministério Público, não há unidade entre os Ministérios Públicos de
diferentes estados nem entre eles e os vários ramos do Ministério Público da União. BL: art. 127, §1º, CF.

##Atenção: Hugo Mazzilli explica: “Para serem corretamente aplicados entre nós, os princípios da unidade e da
indivisibilidade do Ministério Público precisam, pois, ser devidamente entendidos. Unidade é apenas o conceito de
que os membros do mesmo Ministério Público (p. ex., os membros do Ministério Público Federal, ou, então, os
membros do Ministério Público de determinado Estado) integram um só órgão (o respectivo Ministério Público) sob
a direção administrativa de um só chefe (o respectivo Procurador-Geral). E indivisibilidade significa apenas que
os membros do mesmo Ministério Público, no exercício da mesma função, podem ser substituídos uns pelos outros,
não arbitrariamente, porém, sob pena de grande desordem, mas segundo a forma estabelecida na lei”. E continua:
“Em face de quanto se expôs, seremos levados a crer que inexista qualquer hierarquia no Ministério Público? Não é
bem assim. Apesar de ter a Constituição garantido o princípio da independência funcional no Ministério Público,
existe, em parte, hierarquia na instituição, para fins administrativos. A Constituição Federal diz que o Ministério
Público “tem por chefe” o Procurador-Geral (art. 128, § 1º). E as Leis Orgânicas do Ministério Público atribuem ao
Procurador-Geral os poderes de delegação e designação (Lei n. 8.625/93, art. 10, IX, e 29, IX; Lei Complementar n.
75/93, art. 49, VI e XV). Mas, já que existe hierarquia no Ministério Público, até que ponto vai ela? Hélio Tornaghi
diz que não vai longe, pois, no Brasil “et la plume et la parole sont libres”.Para outros, porém, a hierarquia é plena e
eficaz, apenas limitada pela discricionariedade do ato do Procurador-Geral de Justiça. Com quem a razão? A
Constituição Federal dá a fonte da hierarquia no Ministério Público quando institui chefia para os diversos
Ministérios Públicos e quando assegura os princípios de unidade e indivisibilidade; mas, se ela impõe hierarquia,
também traça seus limites, quando institui vários ministérios públicos, com autonomia recíproca, e quando
assegura o princípio da independência funcional, a garantia da inamovibilidade e o princípio implícito do promotor
natural. A independência funcional, portanto, é um princípio da instituição do Ministério Público, segundo o qual
cada um de seus órgãos toma as decisões que a lei lhe cometeu balizado apenas pela própria lei ”. (Fonte: “A
NATUREZA DAS FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO E SUA POSIÇÃO NO PROCESSO PENAL” -
Artigo publicado na Revista dos Tribunais, 805/464, nov. 2002). No site do CNMP, encontramos o
seguinte conceito do princípio da unidade: “Um princípio institucional do Ministério Público (artigo 127,
parágrafo 1º, da Constituição da República). Diz-se que o MP é uno porque os procuradores integram um só órgão,
sob a direção de um só chefe. A unidade só existe dentro de cada Ministério Público, inexistindo entre o MPF e o
MP Estadual ou entre o MP de cada estado.” (https://www.cnmp.mp.br/portal/institucional/476-
glossario/7755-unidade)

(MPCE-2020-CESPE): Um membro do Ministério Público que atua em tribunal de justiça discorda do


decidido em um acórdão da corte e pretende recorrer. Percebe, contudo, que o tribunal acolhera
integralmente o que fora preconizado para o caso pelo promotor com atuação no primeiro grau. Nesse
caso, o membro do parquet poderá recorrer, devido ao princípio institucional da independência
funcional. BL: art. 127, §1º, CF.

(MPBA-2018): Em relação ao Princípio da Independência Funcional do Ministério Público, assinale a


alternativa correta: O princípio da independência funcional está diretamente relacionado ao exercício da
atividade finalística dos agentes ministeriais, evitando que fatores exógenos, estranhos ou não à
instituição, influam no desempenho de seu múnus. BL: art. 127, §1º, CF.

440
(TRF1-2015-CESPE): No que tange ao MP, assinale a opção correta: Dado o princípio da indivisibilidade,
o MP é uma instituição una, podendo seus membros, que não se vinculam aos processos nos quais
atuam, ser substituídos uns pelos outros de acordo com as normas legais. BL: art. 127, §1º, CF.

##Atenção: ##MPSE-2010: ##MPPI-2012: ##MPGO-2012: ##MPMS-2013: ##MPM-2013: ##MPPR-


2014: ##TRF1-2015: ##CESPE: Marcelo Novelino explica que o princípio da unidade compreende que só
existirá uma unidade dentro de cada Ministério Público (art. 128, CF), não podendo o membro de um
determinado ramo exercer as atribuições inerentes a outro; o princípio da indivisibilidade, por sua vez,
possibilita a substituição recíproca entre os membros de um mesmo ramo do Ministério Público, desde
que observadas as normas legais. (Fonte: Manual de Direito Constitucional, 14ª Ed. 2019, p. 825). De fato,
em razão do princípio da indivisibilidade, que é corolário lógico do princípio da unidade, o MP é uma
instituição una, apesar de seus diversos ramos, podendo seus membros, que não se vinculam aos
processos nos quais atuam, ser substituídos uns pelos outros de acordo com as normas legais.
(MPPR-2014): Analise as assertivas abaixo que dispõem sobre os Princípios Institucionais do MP e assinale a
opção correta: O MP é considerado uno porque compõe um só corpo institucional orientado para o interesse
público e o bem comum, da nação “pro populo” e não do Estado “pro domo sua”. BL: art. 127, §1º, CF.
##Atenção: O MP é instituição una, tendo dois ramos: o Ministério Público da União e o Ministério Público
dos Estados. O MP como um todo trabalha para o povo e esse é o seu objetivo maior.
(MPPR-2014): Analise as assertivas abaixo que dispõem sobre os Princípios Institucionais do MP e assinale a
opção correta: A indivisibilidade se mantém nos esquadros de competências federativas, na medida em que
não há um MP superior a outro, mas um só MP com funções diversas e complementares dentro das
unidades federativas e dos respectivos graus de jurisdição. BL: art. 127, §1º, CF.
##Atenção: As funções dos ramos dos Ministérios Públicos (da União e Estaduais) são diferentes, contudo,
não há subordinação alguma entre eles.
(MPMS-2013): Segundo o art. 127, § 1º, da CF/88, são princípios institucionais do MP, a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional. Assim, é correto afirmar-se que a unidade e indivisibilidade
vigoram dentro de cada uma das Instituições Ministeriais, nos limites da lei. BL: art. 127, §1º, CF.
(MPPI-2012-CESPE): À luz da CF, assinale a opção correta a respeito do MP: O MP é, conforme se
depreende do disposto na CF, nacional e unitário, caracterizando-se, ainda, por possuir individualidade.
BL: art. 127, §1º, CF.101
(MPRO-2010-CESPE): A respeito do MP, assinale a opção correta: Os membros do MP não se vinculam aos
processos em que atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros na forma prevista na lei. BL: art. 127,
§1º, CF.
(MPSE-2010-CESPE): Julgue o item a seguir, relativo aos princípios institucionais do MP: Pelo princípio da
unidade, todos os membros de determinado MP formam parte de único órgão, sob a direção do mesmo
chefe, guiados pelos mesmos fundamentos e com as mesmas finalidades, constituindo, pois, uma única
instituição. BL: art. 127, §1º, CF.
(MPSE-2010-CESPE): Julgue o item a seguir, relativo aos princípios institucionais do MP: Pelo princípio da
indivisibilidade, quem está presente em qualquer processo é o MP, ainda que por intermédio de
determinado promotor ou procurador de justiça, podendo os membros da instituição ser substituídos uns
por outros no processo, nos casos legalmente previstos, sem que isso constitua alteração processual. BL: art.

101
##Atenção: ##MPPI-2012: ##CESPE: Sobre o Ministério Público, dados os princípios da unidade e
indivisibilidade, todos os membros falam em nome da instituição. Assim, cada promotor de justiça assume uma
responsabilidade que supera o círculo individual (todos resumem em si o destino da instituição). Como as
instituições são governadas por pessoas, a passa individualidade a ser um elemento a incluir na conduta
institucional (Thompson, 1967, p. 155). Se os membros de uma instituição procedem errado ou de forma
inadequada, se usam os meios (garantias e prerrogativas) como fins, o resultado ruinoso é sentido pela
instituição. Se, por outro lado, atuam dentro de padrões de comprometimento com a causa pública, os
resultados benéficos são distribuídos em cotas equânimes de prestígio entre os agentes e a instituição. No
somatório final, a instituição acaba sendo defraudada em seu patrimônio moral. (...) A Constituição ao dotar o
Ministério Público de unidade e indivisibilidade (art. 127, § 1º, CF), possibilitou a qualquer agente ministerial
que, ao atuar, impute sua vontade funcional à instituição (Carneiro, 1995, pp. 43-44). Qualquer ato praticado por
um promotor ou procurador de justiça, no exercício de suas funções, automaticamente é atribuído ao Ministério
Público. Não há dualidade de pessoas (ente curador dos direitos ou interesses – MP – e a pessoa que os exerce –
membro) como na representação, legal ou voluntária. Há unidade: é uma só pessoa – a pessoa coletiva, a
instituição – que persegue o seu interesse, mas mediante pessoas físicas – as que formam a vontade, as que são
suportes ou titulares dos órgãos. Diante disso, seria extremamente traumática para a instituição a existência de
tantos interesses ou vontades quantos fossem o número de membros a compô-la. Ou ainda, a justaposição de
promotorias mais ou menos especializadas, sem diálogo e sem cooperação entre si. Não haveria convergência
de energias, mas o caos anárquico e improdutivo conducente a uma espécie de anomia institucional. Os
múltiplos agentes independentes devem repousar suas individualidades e idiossincrasias sobre um núcleo
irredutível que confira uma base segura para o desempenho linear das funções da instituição. Este núcleo não é
outro senão a ordem jurídica e o diálogo institucional. (Fonte: http://jus.com.br/artigos/17076/ministerio-
publico-de-resultados#ixzz3f8tnmp66)
441
127, §1º, CF.

(MPPR-2014): Analise as assertivas abaixo que dispõem sobre os Princípios Institucionais do Ministério
Público e assinale a opção correta: A independência funcional refere-se à instituição como um todo
(independência externa ou orgânica) e a cada membro individualmente (independência interna), de
maneira que seus integrantes se acham vinculados somente aos deveres funcionais próprios segundo a
consciência que desenvolvem a partir do complexo fático-normativo que os regula. BL: art. 127, §1º, CF.

##Atenção: ##MPPI-2012: ##MPMS-2013: ##MPPR-2014: ##MPBA-2018: ##DPEDF-2019:


##CESPE: A INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL se refere tanto à instituição como um todo
(independência externa ou orgânica), como a cada membro individualmente (independência interna).
Em seu aspecto externo, significa que, no âmbito de suas atribuições, o MP atua sem interferência de
nenhum outro órgão ou Poder. Em seu caráter interno, a independência funcional torna os membros da
instituição vinculados apenas à sua consciência jurídica e guiados tão somente pela CF e pelas leis em
geral, não havendo, no desempenho de suas atividades funcionais, hierarquia ou subordinação entre
membros, órgãos ou instâncias internas da instituição. Hugo Mazzilli ensina: “Além da autonomia
funcional, a CF assegura aos agentes do MP a independência funcional. Os membros do MP (promotores e
procuradores) e os órgãos do MP (tanto os órgãos individuais quanto os colegiados, como o Conselho Superior ou o
Colégio de Procuradores), no exercício da atividade-fim, só estão adstritos ao cumprimento da CF e das leis; não
estão obrigados a observar portarias, instruções, ordens de serviço ou quaisquer comandos nem mesmo dos órgãos
superiores da própria instituição, no que diga respeito ao que devam ou não fazer”.

§ 2º Ao Ministério Público É ASSEGURADA AUTONOMIA FUNCIONAL e


ADMINISTRATIVA, PODENDO, observado o disposto no art. 169, PROPOR ao Poder Legislativo a
criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, PROVENDO-OS por concurso público de provas
ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização
e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPMT-2008) (MPCE-2009)
(MPDFT-2009) (MPSE-2010) (TRF2-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (DPERO-2012) (PCPR-2013) (MPT-2015)
(PFN-2015) (TJSC-2017) (MPMS-2011/2013/2018) (MPBA-2018) (PGEAP-2018) (MPSP-2008/2019) (DPEDF-
2013/2019)

##Atenção: ##STF: ##MPSP-2019: 1. “Não obstante a autonomia institucional que foi conferida ao
Ministério Público pela Carta Política, permanece na esfera exclusiva do Poder Executivo a competência
para instaurar o processo de formação das leis orçamentárias em geral. A CF/1988 autoriza, apenas, a
elaboração, na fase pré-legislativa, de sua proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na lei
de diretrizes.”(ADI 514 MC, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ. 18/3/94). 2. As Procuradorias
e as Promotorias de Justiça são órgãos públicos e, como tais, apenas por lei podem ser criadas. 3. Lei de
iniciativa do Procurador-Geral de Justiça não pode dispor sobre o enquadramento de servidores de
outros poderes em quadro de pessoal específico do Ministério Público. Violação à iniciativa do chefe do
Poder Executivo. Ademais, a previsão em análise configura provimento derivado inconstitucional, por
ofensa à regra do concurso público (art. 37, II, CF). 4. A iniciativa legislativa prevista no art. 127, § 2º, da
Constituição para a criação de cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de
carreira do Ministério Público é privativa do Procurador-Geral de Justiça, no âmbito estadual, e do
Procurador-Geral da República, na esfera federal. STF. Plenário. ADI 1757, Min. Rel. Alexandre de
Moraes, j. 20/09/18.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A iniciativa legislativa prevista no art. 127, § 2º, da CF/1988,
para a criação de cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira do Ministério
Público, no âmbito estadual, é privativa do Procurador-Geral de Justiça. BL: art. 127, §2º, CF e Entend.
Jurisprud.

##Atenção: ##MPBA-2018: A AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, segundo Alexandre de Moraes,


refere-se a legitimidade de: "Praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal,
ativo e inativo, da carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros próprios; elaborar suas
folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos; adquirir bens e contratar serviços,
efetuando a respectiva contabilização; propor ao Legislativo a criação e a extinção dos cargos, bem
como a fixação e o reajuste dos vencimentos de seus membros; propor ao Legislativo a criação e a
extinção de seus cargos de seus serviços auxiliares, bem como a fixação e o reajuste dos vencimentos de
seus servidores; prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxiliares, bem como nos casos de
remoção, promoção e demais formas de provimento derivado; editar atos de aposentadoria, exoneração e
outros que importem em vacância de cargos de carreira e dos serviços auxiliares, bem como os de
disponibilidade de membros do MP e de seus servidores; organizar secretarias e os serviços auxiliares

442
das Procuradorias e Promotorias de Justiça; compor seus órgãos de administração; elaborar seus
regimentos internos; exercer outras competências dela decorrente. Já a AUTONOMIA FINANCEIRA é a
atribuição concedida pela CF de elaborar sua própria proposta orçamentária, bem como de remanejar o
orçamento percebido, devendo estar em conformidade com a LDO, elaborada pelo Executivo.

§ 3º O Ministério Público ELABORARÁ SUA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA dentro dos limites


estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. (MPMT-2008) (MPRN-2009) (MPES-2010) (TRF1-2011)
(MPRJ-2012) (MPTO-2012) (MPSC-2013) (PCPA-2013) (PGEPI-2014) (DPERN-2015) (PFN-2015) (MPGO-2016)
(TJSC-2009/2017) (PGEAP-2018)

§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo


estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo
com os limites estipulados na forma do § 3º . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJDFT-
2007) (MPCE-2009) (MPRN-2009) (MPRJ-2012) (PGEPI-2014) (MPGO-2016)

(MPRJ-2012): Quanto à proposta orçamentária do MP, analise a seguinte alternativa: Se o MP não


encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual,
os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estabelecidos na lei
de diretrizes orçamentárias. BL: art. 127, §4º, CF.

§ 5º Se a PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA de que trata este artigo FOR ENCAMINHADA em


desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo PROCEDERÁ aos ajustes
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual . (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004) (MPMS-2011) (MPRJ-2012) (DPERN-2015) (MPT-2015) (MPGO-2016) (TJSC-2017) (MPBA-
2018)

(MPSC-2013): Se a proposta orçamentária do MP for encaminhada em desacordo com os limites


estipulados na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para
fins de consolidação da proposta orçamentária anual. BL: art. 127, §§3º e 5º, CF.

§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a


assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,
EXCETO SE previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPMG-2010) (MPRJ-2012) (MPGO-2016) (DPEGO-
2021)

Art. 128. O MINISTÉRIO PÚBLICO ABRANGE:

I - o Ministério Público da União, que COMPREENDE: (MPRN-2009) (TRF1-2011) (MPTO-2012)


(TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJMSP-2016) (MPRO-2017)
(Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-2017) (MPDFT-2009/2021)

a) o Ministério Público Federal; (MPRN-2009) (TRF1-2011) (MPTO-2012) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-


2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPRO-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-2017) (MPDFT-
2009/2021)

b) o Ministério Público do Trabalho; (MPRN-2009) (TRF1-2011) (MPTO-2012) (TRF2-2013)


(Cartórios/TJBA-2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPT-2015) (MPRO-2017) (Cartórios/TJMG-2017)
(PCGO-2017) (MPDFT-2009/2021)

c) o Ministério Público Militar; (MPRN-2009) (TRF1-2011) (MPTO-2012) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-


2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPRO-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-2017) (MPDFT-
2009/2021)

d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios ; (MPRN-2009) (TRF1-2011) (MPTO-2012)


(TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPRO-2017) (Cartórios/TJMG-2017)
(PCGO-2017) (MPDFT-2009/2021)

443
II - os Ministérios Públicos dos Estados. (MPRN-2009) (PCPR-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCGO-
2017) (MPDFT-2009/2021)

(MPMS-2011): Assinale a alternativa correta: Segundo a CF/88, o Ministério Público abrange: O


Ministério Público dos Estados e o Ministério Público da União, que compreende o Ministério Público
Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios. BL: art. 128, caput, CF.

(MPSE-2010-CESPE): Assinale a opção correta acerca das atribuições, da autonomia e da estrutura


organizacional do MP: Inexiste, no Brasil, MP eleitoral como instituição; existem apenas funções
eleitorais do MP. BL: art. 128, caput, CF.

##Atenção: ##MPSE-2010: ##TRF1-2011: ##MPTO-2012: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##PCGO-2017:


##CESPE: Não existe Ministério Público Eleitoral como instituição. O MPF exerce as funções de
Ministério Público perante a Justiça Eleitoral. Entretanto, os membros do Ministério Público estadual
recebem delegações federais para atuarem como Promotores eleitorais, estando submetidos à
Procuradoria Regional Eleitoral quando no desempenho de tais funções. Enfim, o MP Eleitoral trabalha
para garantir que a vontade do eleitor seja expressa livremente (sem coação), para isso, combatendo o
abuso de poder econômico e político e a corrupção eleitoral. “O Ministério Público Eleitoral não tem
estrutura própria: é composto por membros do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual. O
procurador-geral da República exerce a função de procurador-geral Eleitoral perante o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) e indica membros para também atuarem no TSE (subprocuradores) e nos Tribunais Regionais Eleitorais
(procuradores regionais eleitorais, que chefiam o Ministério Público Eleitoral nos estados). Os promotores eleitorais
são promotores de Justiça (membros do Ministério Público Estadual) que exercem as funções por delegação do
MPF.” (http://eleitoral.mpf.mp.br/institucional/estrutura-do-mpe). No entanto, tal composição não
está prevista expressamente pela Constituição brasileira.

§ 1º O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO TEM por chefe o Procurador-Geral da República,


NOMEADO pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de
dois anos, PERMITIDA a recondução. (MPPE-2008) (MPRR-2008) (PCSC-2008) (MPES-2010) (TJRO-2011)
(DPEMA-2011) (TJCE-2012) (MPAP-2012) (MPMG-2012) (DPETO-2013) (TRF2-2013) (TRF5-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPAC-2014) (MPRS-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJAM-
2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (MPT-2015/2017) (PCGO-2017) (MPPB-2018) (TJPR-2019) (MPGO-2019)
(PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPDFT-2021) (MPSE-2022) (Anal. Judic./TJCE-2022)

(TJCE-2012-CESPE): Acerca das funções essenciais à justiça, assinale a opção correta: O MP do Trabalho
não dispõe de legitimidade para atuar perante o STF, atribuição privativa do procurador-geral da
República. BL: art. 128, §1º, CF e Entendimento do STF.

##Atenção: ##STF: ##TJCE-2012: ##DPETO-2013: ##CESPE: O MPT não dispõe de legitimidade


para atuar perante o STF, porque a representação institucional do MPU, nas causas instauradas nesta
Corte, inclusive em tema de reclamação, está inserida na esfera de atribuições do Procurador-Geral da
República, chefe do MPU (CF, art. 128, § 1º) e em cujo âmbito está estruturado o MPT. Com base nesse
entendimento, o Tribunal, por maioria, não conheceu de agravo regimental interposto pelo MPT contra
decisão que deferira pedido de medida liminar em reclamação proposta pelo Instituto Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos - Iema do Espírito Santo. A reclamante sustenta que o Juízo da 10ª Vara do
Trabalho de Vitória/ES — ao reconhecer, em sede de ação civil pública ajuizada pelo MPT, a
competência da Justiça do Trabalho para apreciar e julgar referida ação, que veio a ser declarada
procedente, em tema de contratações, sem concurso público, de pessoal temporário e de investidura,
alegadamente inconstitucional, de servidores públicos em cargos comissionados — teria desrespeitado a
eficácia vinculante que é inerente aos pronunciamentos do Supremo em sede de fiscalização normativa
abstrata (ADI 3395/DF). (...) (STF, Rcl 5873 AgR/ES, rel. Min. Celso de Mello, 9.12.2009. (Rcl-5873).

##Atenção: ##STF: ##DOD: O MPT tem legitimidade para atuar diretamente no STF e STJ? NÃO. A
jurisprudência continua entendendo que o MPT não pode atuar diretamente no STF e STJ. Nesse
sentido: STF. Plenário. RE 789874/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 17/9/14 (repercussão geral) (Info 759).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Se for necessário, por exemplo, propor uma reclamação no
STF e que seja do interesse do MPT, quem deve manejar essa reclamação é o Procurador-Geral da
República. O Procurador do Trabalho não pode atuar diretamente no STF (nem mesmo o Procurador-Geral
do Trabalho). O exercício das funções do MPU junto ao STF cabe privativamente ao Procurador-Geral da

444
República (ou aos Subprocuradores por ele designados), nos termos do art. 46 da LC 75/93.

§ 2º A DESTITUIÇÃO do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da


República, DEVERÁ SER PRECEDIDA de AUTORIZAÇÃO da maioria absoluta do Senado Federal.
(PCSC-2008) (MPCE-2009) (MPES-2010) (MPMS-2011) (DPEMA-2011) (TRF2-2011) (MPAP-2012) (MPMT-
2012) (MPPI-2012) (PGEPA-2012) (MPDFT-2013) (MPSC-2013) (TRF1-2013) (PCPA-2013) (Cartórios/TJDFT-2014)
(TRF4-2016) (PCES-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPTO-2022) (Anal. Judic./TJCE-2022)

(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: A destituição do Procurador-Geral da República, por


iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do
Senado Federal. BL: art. 128, §2º, CF.

##Atenção: ##Dica: NOMEAÇÃO e DESTITUIÇÃO do Procurador-Geral da República (PGR):


 Nomeação: O PGR será nomeado pelo PR (Presidente) após aprovação por MAIORIA
ABSOLUTA do SENADO FEDERAL.
 Destituição: O PGR será destituído por iniciativa do PR (Presidente) após aprovação por
MAIORIA ABSOLUTA do SENADO FEDERAL.

##Atenção: ##Dica: Lembrem-se: Princípio da Paridade das formas.

##Atenção: Em complemento, vide § único do art. 25 da LC 75: “Parágrafo único. A exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da
maioria absoluta do Senado Federal, em votação secreta.”

§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios FORMARÃO LISTA


TRÍPLICE dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha DE SEU
PROCURADOR-GERAL, que SERÁ NOMEADO pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
anos, PERMITIDA UMA RECONDUÇÃO. (MPRR-2008) (TJGO-2009) (MPBA-2010) (MPSP-2008/2012)
(MPMG-2010/2012) (MPAP-2012) (TRF5-2013) (MPAC-2014) (MPT-2015) (MPPR-2008/2016) (TJAM-2016)
(PGEMT-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (MPRO-2017) (PCGO-2017) (MPPB-2018) (MPGO-2019) (PGM-
Campo Grande/MS-2019) (MPDFT-2021) (MPSE-2022)

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2013: ##PGM-Campo Grande/MS-2019: ##CESPE: A escolha do


Procurador-Geral da República deve ser aprovada pelo Senado (CF, art. 128, § 1º). A nomeação do
Procurador-Geral de Justiça dos Estados não está sujeita à aprovação da Assembléia Legislativa.
Compete ao Governador nomeá-lo dentre lista tríplice composta de integrantes da carreira (CF, art.
128, § 3º). Não-aplicação do princípio da simetria. Precedentes. STF. Plenário. ADI 452, Rel. Maurício
Corrêa, j. 28/08/02.

§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios PODERÃO SER


DESTITUÍDOS POR DELIBERAÇÃO da maioria absoluta DO PODER LEGISLATIVO, na forma da lei
complementar respectiva. (MPBA-2010) (MPES-2010) (MPPR-2011) (TJCE-2012) (MPDFT-2013) (TRF5-2013)
(MPMG-2010/2014) (MPSP-2012/2015) (MPSC-2012/2016) (MPPB-2018) (PCES-2019)

(MPSP-2012): É garantia institucional dos Ministérios Públicos estaduais, visando a sua independência
de atuação, o modo de nomeação e destituição do Procurador-Geral de Justiça, que será nomeado pelo
Chefe do Poder Executivo, a partir de escolha em lista tríplice composta por integrantes da carreira, na
forma da lei respectiva, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, e que somente poderá
ser destituído por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar
respectiva. BL: art. 128, §§3º e 4º, CF.

(MPMG-2010): Considerando os princípios institucionais do Ministério Público, é correto afirmar: Os


Procuradores-Gerais de Justiça poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder
Legislativo respectivo. BL: art. 128, §4º, CF.

§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja INICIATIVA É FACULTADA aos


respectivos Procuradores-Gerais, ESTABELECERÃO a organização, as atribuições e o estatuto de cada
Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: (MPF-2008) (PCSC-2008) (MPCE-2009)
(TRF4-2009) (PCPB-2009) (MPSE-2010) (MPMG-2010) (MPMS-2011) (MPPB-2011) (PGERO-2011) (MPPI-2012)
445
(MPTO-2012) (DPEMS-2012) (MPRO-2013) (MPSC-2013) (DPEAM-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPA-
2013) (PCPR-2013) (AGU-2013) (MPPR-2011/2014) (Cartórios/TJPR-2014) (MPAM-2015) (MPBA-2015) (MPT-
2015) (PCPI-2018) (MPSP-2010/2011/2019) (MPGO-2013/2019) (MPDFT-2009/2021)

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2021: O Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos


Estados são disciplinados por leis complementares próprias, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, as quais estabelecem a organização, as atribuições e o estatuto de cada
Ministério Público (art. 128, § 5º, CF). Por força do princípio da unidade do Ministério Público (art.
127, § 1º, CF), os membros do Ministério Público integram um só órgão sob a direção única de um só
Procurador-Geral. Só existe unidade dentro de cada Ministério Público, não havendo unidade entre o
Ministério Público de um Estado e o de outro, nem entre esses e os diversos ramos do Ministério
Público da União. A remoção, por permuta nacional, entre membros do Ministério Público dos
Estados e entre esses e membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, admitida na
decisão impugnada, equivale à transferência, ou seja, forma de ingresso em carreira diversa daquela
para a qual o servidor público ingressou por concurso, vedada pelo art. 37, II, da Constituição Federal
e pela Súmula Vinculante 43, segundo a qual “é inconstitucional toda modalidade de provimento que
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido”. STF. Plenário.
ADPF 482, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 03/03/20 (Info 969).
(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: Segundo o STF, é inconstitucional a remoção por permuta
nacional entre membros de Ministérios Públicos dos Estados. BL: Info 969, STF.

##Atenção: ##STF: ##MPPR-2011: ##MPMS-2015: ##TJSC-2019: ##CESPE: “(...) 1. Competência


exclusiva do Procurador-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul para propor a ação civil
pública contra autoridades estaduais específicas. (...) 4. A Lei Complementar objeto desta ação não
configura usurpação da competência legislativa da União ao definir as atribuições do Procurador-
Geral. Não se trata de matéria processual. A questão é atinente às atribuições do Ministério Público
local, o que, na forma do art. 128, § 5º, da CF/88, é da competência dos Estados-membros.” (STF.
Plenário. ADI 1916, Rel. Min. Eros Grau, j. 14/04/10). (STF. Decisão monocrática. Reclamação 13.100/DF,
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 25/6/14).

(TRF1-2013-CESPE): A respeito da repartição, entre os entes federados, de competências legislativas,


judiciais ou materiais, assinale a opção correta de acordo com o disposto na CF: A competência para
legislar sobre o estatuto do MP é da União e dos estados-membros, facultada a iniciativa da lei aos
procuradores-gerais. BL: art. 128, §5º, CF.

##Atenção: ##MPGO-2019: ##MPSP-2019: Nos termos do § 5°, do art. 128, da CF, a organização, as
atribuições e os estatutos de cada Ministério Público serão estabelecidos por Leis complementares da
União e dos Estados, sendo a iniciativa facultada aos respectivos Procuradores-Gerais. Portanto, tais
matérias são submetidas à reserva legal, cabendo ao Procurador-Geral de Justiça, na esfera estadual, e
ao Procurador-Geral da República, na esfera federal, apenas a iniciativa para iniciar o processo
legislativo.

I - as seguintes GARANTIAS:

a) VITALICIEDADE, após dois anos de exercício, NÃO PODENDO PERDER o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado; (MPSP-2008) (MPCE-2009) (MPDFT-2009) (MPRN-2009) (MPBA-
2010) (MPPB-2011) (MPPR-2011) (DPEMA-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (DPEMS-2012) (MPF-
2011/2013) (DPEAM-2013) (PCPR-2013) (MPMS-2015) (DPU-2015) (MPSC-2016) (MPRO-2017)

b) INAMOVIBILIDADE, SALVO por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão


colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada
ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (PCSC-2008) (MPCE-2009) (MPDFT-
2009) (MPMG-2010) (MPSP-2008/2011) (MPPR-2011) (TRF5-2011) (MPTO-2012) (DPEAC-2012)
(Cartórios/TJDFT-2014) (MPBA-2010/2015) (DPU-2015) (TJSC-2017) (PCGO-2017)

c) IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto


nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I ; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(MPBA-2010) (MPPR-2011) (DPU-2015)

446
II - as seguintes VEDAÇÕES:

a) RECEBER, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas


processuais; (PCDFT-2015) (PCPI-2018) (PCES-2019)

b) EXERCER a advocacia; (MPPR-2008) (MPCE-2009) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCPA-


2013) (Cartórios/TJPR-2014) (PCPI-2018)

c) PARTICIPAR de sociedade comercial, na forma da lei; (PCSC-2008) (TRF2-2011) (PGEAP-2018)


(PCPI-2018)

d) EXERCER, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, SALVO uma de
magistério; (TJSE-2008) (MPCE-2009) (MPRO-2010) (MPMS-2011) (PGERO-2011) (MPAP-2012) (MPTO-2012)
(MPRO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPSC-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-2018) (PCPI-2018) (MPGO-
2019) (MPDFT-2021) (MPMG-2021)

##Atenção: ##STF: ##TJSE-2008: ##MPAP-2012: ##MPTO-2012: ##MPRO-2013: ##Cartórios/TJMG-


2017: ##MPBA-2018: ##MPGO-2019: ##MPDFT-2021: ##MPMG-2021: ##CESPE: ##Consulplan:
##FCC: Ação Direta de Inconstitucionalidade. Lei Complementar do Estado de Sergipe. MP Estadual.
Exercício de outra função. Art. 128, § 5º, II, “d”, da CF/88. I. O afastamento de membro do Parquet para
exercer outra função pública viabiliza-se apenas nas hipóteses de ocupação de cargos na administração
superior do próprio MP. II. Os cargos de Ministro, Secretário de Estado ou do Distrito Federal,
Secretário de Município da Capital ou Chefe de Missão Diplomática não dizem respeito à
administração do Ministério Público, ensejando, inclusive, se efetivamente exercidos, indesejável
vínculo de subordinação de seus ocupantes com o Executivo. III. Ação direta julgada procedente para
declarar a inconstitucionalidade dos itens 2 e 3 do § 2º do art. 45 da Lei Complementar sergipana 2/90.
STF. Plenário. ADI 3574, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 16/5/07. Vejamos, a propósito, julgado mais
recente do STF: “Membros do MP não podem ocupar cargos públicos fora do âmbito da Instituição,
salvo cargo de professor e funções de magistério. A Resolução 72/11 do CNMP, ao permitir que membro do
Parquet exerça cargos fora do MP, é flagrantemente contrária ao art. 128, § 5º, II, "d", da CF/88.
Consequentemente, a nomeação de membro do MP para o cargo de Ministro da Justiça viola o texto
constitucional.” STF. Plenário. ADPF 388, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 9/3/16 (Info 817).
(MPMG-2021): Sobre as garantias e vedações dos membros do Ministério Público, assinale a alternativa
correta: É vedado aos membros do Ministério Público que ingressaram na instituição após a Constituição de
1988 o exercício de cargos comissionados no Poder Executivo, ainda que com funções inerentes às funções
institucionais do Parquet. BL: art. 128, §5º, “d”, CF e Entend. Jurisprud.
(MPGO-2019): De acordo com o posicionamento do STF é correto afirmar que: Os membros do MP não
podem ocupar cargos públicos, fora do‚ âmbito da Instituição, salvo cargo de professor e funções de
magistério. BL: art. 128, §5º, “d”, CF e Entend. Jurisprud.
(TJSE-2008-CESPE): Em relação às funções essenciais à justiça, assinale a opção correta: É vedado o
afastamento de membro do Ministério Público para exercer cargo de secretário de Estado. BL: art. 128, §5º,
“d”, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2011: ##MPMG-2021: ##CESPE: Mandado de Segurança. Resolução 5/06


do Conselho Nacional do Ministério Público: Exercício de cargo de Diretor de Planejamento,
Administração e Logística do IBAMA por Promotor de Justiça. Impossibilidade de membro do
Ministério Público que ingressou na instituição após a promulgação da CF/1988 exercer cargo ou
função pública em órgão diverso da organização do Ministério Público. Vedação do art. 128, § 5º, II,
alínea “d”, da CF/1988. STF. Plenário. MS 26595, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 07/04/10.

e) EXERCER atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(MPSP-2008) (MPPR-2008) (MPES-2010) (MPMS-2011) (MPMT-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (MPDFT-
2009/2013) (TRF2-2013) (AGU-2013) (MPSC-2016) (PGEAP-2018) (PCPI-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(MPMG-2010/2021)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 172: ##TRF2-2013: ##AGU-2013: ##CESPE: Reeleição de


membro do MP para o exercício de atividade político-partidária após a Emenda Constitucional nº
45/2004: (...). ELEITORAL. MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. RECANDIDATURA. DIREITO
ADQUIRIDO. DIREITO ATUAL. AUSÊNCIA DE REGRA DE TRANSIÇÃO. PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS. ARTIGOS 14, § 5º E 128, § 5º, II, "e" DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
AUSÊNCIA DE CONTRADIÇÃO. SITUAÇÃO PECULIAR A CONFIGURAR EXCEÇÃO. EXCEÇÃO
CAPTURADA PELO ORDENAMENTO JURÍDICO. INTERPRETAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO NO SEU

447
TODO. Não há, efetivamente, direito adquirido do membro do Ministério Público a candidatar-se ao
exercício de novo mandado político. O que socorre a recorrente é o direito, atual --- não adquirido no
passado, mas atual --- a concorrer a nova eleição e ser reeleita, afirmado pelo art. 14, § 5º, da CF/1988.
Não há contradição entre os preceitos contidos no § 5º do art. 14 e no art. 128, § 5º, II, "e", da CF/1988. A
interpretação do direito, e da Constituição, não se reduz a singelo exercício de leitura dos seus textos,
compreendendo processo de contínua adaptação à realidade e seus conflitos. A ausência de regras de
transição para disciplinar situações fáticas não abrangidas por emenda constitucional demanda a
análise de cada caso concreto à luz do direito enquanto totalidade. A exceção é o caso que não cabe no
âmbito de normalidade abrangido pela norma geral. Ela está no direito, ainda que não se encontre nos
textos normativos de direito positivo. Ao Judiciário, sempre que necessário, incumbe decidir
regulando também essas situações de exceção. Ao fazê-lo não se afasta do ordenamento. STF. Plenário.
RE 597994, Rel. Min. Ellen Gracie, Rel. p/ Ac.: Min. Eros Grau, j. 04/06/09.
(TRF2-2013-CESPE): De acordo com os dispositivos constitucionais e o entendimento do STF atinentes ao
exercício de mandato eletivo por detentor de cargo no serviço público, assinale a opção correta: Considere a
seguinte situação hipotética. Júlio foi aprovado em concurso de promotor de justiça estadual, tendo sido
empossado no cargo em 8/12/84 e exercido esse cargo durante dez anos, após os quais resolveu se
candidatar ao cargo de deputado federal de seu estado, tendo sido eleito com votação expressiva. Após o
exercício do mandato eletivo, ele tentou a reeleição, mas não obteve sucesso, razão por que reassumiu suas
funções no MP de seu estado. Nas eleições gerais de 2006, Júlio tentou novamente concorrer a uma cadeira
na Câmara dos Deputados, mas sua candidatura não foi aceita, tendo em vista vedação ao exercício de
atividade político-partidária. Nessa situação, segundo o entendimento dominante no STF, foi correta a não
aceitação da candidatura de Júlio. BL: art. 128, §5º, II, “e”, CF e Entend. Jurisprud.

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades


públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei . (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

§ 6º APLICA-SE aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.
[obs.: a denominada “quarentena”.] (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPCE-2009)
(MPDFT-2009) (MPRN-2009) (MPMG-2010) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (TJMA-2013) (MPBA-2015) (PCGO-
2017)

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: (...)


Parágrafo único. Aos juízes é vedado: (...)
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

(MPRN-2009-CESPE): Assinale a opção correta com relação ao que dispõe a CF acerca do MP: Quando
um membro do MP se aposenta, é vedado a ele advogar no juízo ou tribunal em que atuava, antes de que
hajam transcorrido três anos da aposentadoria. BL: art. 128, §6º c/c art. 95, § único, V102, da CF.

Art. 129. SÃO FUNÇÕES INSTITUCIONAIS do Ministério Público:

I - PROMOVER, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; (TJSP-2008) (MPRN-2009)


(MPSE-2010) (DPEAM-2011) (MPF-2011) (MPSP-2006/2010/2011) (MPPI-2012) (DPESE-2012) (MPMS-2013)
(TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJDFT-2014) (DPEPB-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (DPEPE-2015)
(DPU-2015) (MPBA-2015/2018) (TJPA-2019)

II - ZELAR pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados nesta Constituição, PROMOVENDO as medidas necessárias a sua garantia; (TJMS-
2008) (MPRR-2008) (MPSE-2010) (MPSP-2010) (MPPI-2012) (DPESE-2012) (MPES-2013) (MPMS-2013)
(MPGO-2012/2014) (MPAM-2015) (MPBA-2015) (MPDFT-2021)

(MPDFT-2021): O MP possui previsão na CF/1988 e as funções institucionais estão previstas no art. 129
da CF. Deste modo pode ser afirmado o seguinte: Configura, entre outras, a função institucional de
direito processual civil a função de zelar pelos serviços de relevância pública. BL: art. 129, II, CF.

102
Art. 95. (...). Parágrafo único. Aos juízes é vedado: (...) V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
448
##Atenção: Quando exerce tal função, o membro do MP atua como verdadeiro defensor do povo,
exercendo seu mister de ombudsman da sociedade. A função constitucional de Ombudsman do MP
relaciona-se diretamente com sua atuação na tutela coletiva (judicial e extrajudicial).

(MPSE-2010-CESPE): Acerca das autonomias constitucionais, da estrutura organizacional e do regime


jurídico do MP na CF, julgue o item a seguir: Cabe ao MP zelar pelo efetivo respeito dos poderes
públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na CF e promover as medidas
necessárias à sua garantia. Essa é função autenticamente de defensor do povo, o chamado ombudsman.
BL: art. 129, II, CF.

III - PROMOVER o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; [Atenção: não é privativa!] (TJMS-
2008) (TJMG-2009) (TJPA-2009) (MPRN-2009) (TRF5-2009) (MPSP-2006/2010) (MPSE-2010) (DPEMA-2011)
(TJPI-2012) (TJBA-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (TJPR-2011/2013) (MPES-
2013) (MPMS-2013) (MPPR-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPM-2013) (TJCE-
2014) (MPAC-2014) (MPPA-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT16-2015)
(MPT-2015) (PFN-2015) (DPEBA-2016) (TRF3-2016) (MPRO-2008/2017) (MPPB-2010/2018) (MPBA-2018)
(DPEPE-2018) (PGEAP-2018) (PGESC-2018) (MPPI-2012/2019) (TJRJ-2011/2016/2019) (MPMG-2019) (MPMT-
2019) (MPSC-2012/2021) (MPDFT-2009/2013/2021) (MPGO-2012/2013/2014/2019/2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tese 561: ##DOD: ##TJSC-2019: ##MPCPA-2019: ##MPGO-


2019/2022: ##CESPE: ##FGV: O MP tem legitimidade para ajuizar ACP que vise anular ato
administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público (art. 129, III, CF). STF.
Plenário. RE 409356/RO, Rel. Min. Luiz Fux, j. 25/10/18 (Info 921).
(MPGO-2022-FGV): O MP recebeu representação dando conta de que o policial militar João, apesar de não
contar com o tempo de serviço necessário, foi transferido para a reserva remunerada pelo Estado Alfa. A
Promotoria de Justiça com atribuição em tutela coletiva instaurou inquérito civil para apurar os fatos e,
finda a investigação, concluiu que o policial militar, de fato, não preencheu os requisitos legais para a
transferência para a reserva remunerada. Com base na jurisprudência do STF, o promotor de justiça deve:
ajuizar ação civil pública contra o Estado Alfa e o policial militar João, postulando a anulação do ato
administrativo que o transferiu para a reserva e importou em lesão ao patrimônio público, pois o combate
em juízo à dilapidação ilegal do Erário configura atividade de defesa da ordem jurídica, dos interesses
sociais e do patrimônio público que cabe ao MP. BL: Info 921, STF.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: O MP é parte legítima para
o ajuizamento de ação coletiva que visa anular ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao
patrimônio público. BL: Info 921, STF.

##Atenção: ##STJ: ##TJMS-2008: #DPEMA-2011: ##DPEBA-2010: ##MPPI-2012: ##MPGO-2012:


##MPRR-2012: ##DPESE-2012: ##MPES-2013: ##MPPR-2013: ##MPSC-2013/2014: ##MPAC-2014:
##MPPA-2014: ##MPRO-2017: ##MPDFT-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##VUNESP: A
jurisprudência desta Corte vem se sedimentando em favor da legitimidade ministerial para promover
ação civil pública visando a defesa de direitos individuais homogêneos, ainda que disponíveis e
divisíveis, quando na presença de relevância social objetiva do bem jurídico tutelado (a dignidade da
pessoa humana, a qualidade ambiental, a saúde, a educação, apenas para citar alguns exemplos) ou
diante da massificação do conflito em si considerado. Oportuno notar que é evidente que a CF/1988 não
poderia aludir, no art. 129, inc. II, à categoria dos interesses individuais homogêneos, que só foi criada
pela lei consumerista. Contudo, o STF já enfrentou o tema e, adotando a dicção constitucional em
sentido mais amplo, posicionou-se a favor da legitimidade do Ministério Público para propor ação civil
pública para proteção dos mencionados direitos. No presente caso, pelo objeto litigioso deduzido pelo
MP (causa de pedir e pedido), o que se tem é pretensão de tutela de um bem divisível de um grupo: a
suposta invalidade da limitação do número de concessões de isenção de taxas para exame vestibular de
universidades federais em Pernambuco. Assim, atua o MP em defesa de típico direito individual
homogêneo, por meio da ação civil pública, em contraposição à técnica tradicional de solução
atomizada, a qual se justifica não só por dizer respeito à educação, interesse social relevante, mas
sobretudo para evitar as inumeráveis demandas judiciais (economia processual), que sobrecarregam o
Judiciário, e evitar decisões incongruentes sobre idênticas questões jurídicas. Nesse sentido, é patente a
legitimidade ministerial, seja em razão da proteção contra eventual lesão ao interesse social relevante
de um grupo de consumidores ou da massificação do conflito. STJ. 2ª T., REsp 1225010/PE, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, j. 01/03/11.
449
(MPSC-2013): De acordo com o entendimento predominante na jurisprudência dos Tribunais Superiores, o
MP encontra-se legitimado à promoção do inquérito civil público e da respectiva ação coletiva quando se
tratar de direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos, disponíveis ou não, desde
que apresentem característica de interesse social. BL: art. 129, III, CF e Entend. Jurisprud.

(MPT-2015): Analise a seguinte proposição a respeito das ações constitucionais: A ação civil pública foi
introduzida no sistema jurídico nacional por lei ordinária do direito pré-constitucional, sendo
posteriormente elevada à categoria de ação constitucional pela Constituição da República de 1988, a qual
ampliou os interesses que podem ser objeto de sua tutela.

##Atenção: A ação civil pública é o instrumento processual, previsto na Constituição Federal brasileira e
em leis infraconstitucionais, de que podem se valer o Ministério Público e outras entidades legitimadas
para a defesa de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. Em outras palavras, a ação civil
pública não pode ser utilizada para a defesa de direitos e interesses puramente privados e disponíveis. O
instituto, embora não possa ser chamado de ação constitucional, tem, segundo a doutrina, um "status
constitucional", já que a Constituição coloca a sua propositura como função institucional do Ministério
Público (art. 129, II e III da CF), mas sem dar-lhe exclusividade (art. 129, § 1º, da CF), pois sua
legitimidade é concorrente e disjuntiva com a de outros colegitimados (Lei 7.347/85, art. 5º). Disciplinada
pela Lei 7.347, de 24 de julho de 1985, a Ação Civil Pública tem por objetivo reprimir ou mesmo prevenir
danos ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio público, aos bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico e turístico, por infração da ordem econômica e da economia popular, ou à ordem
urbanística, podendo ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer
ou não fazer. (Fonte: Wikipedia).

(MPTO-2012-CESPE): Tendo em vista que o membro do MP está sujeito às mesmas regras de


impedimento e suspeição dos juízes, assinale a opção correta: A participação de membro do MP em
inquérito civil não impede a sua atuação na ACP. BL: art. 129, III, CF (proc. civil)

##Atenção: Segundo Hugo Mazzilli, o inquérito civil é uma investigação administrativa a cargo do MP,
que tem como finalidade básica a reunião de elementos de convicção para eventual propositura de ação
civil pública. De maneira subsidiária, serve para que o MP: (i) prepare a tomada de compromissos de
ajustamento de conduta ou realize audiências públicas e expeça recomendações dentro de suas
atribuições; (ii) colha elementos necessários para o exercício de qualquer ação pública ou para se equipar
ao exercício de qualquer outra atuação de sua competência.

##Atenção: ##Dica:
 InquErito civil = Exclusivo MP
 Ação Civil pública = Concorrente
 Ação Penal = Privativo
 MP não instaura IP

(TJSP-2011-VUNESP): O som produzido por templo religioso durante os ofícios causa desconforto a
moradores da vizinhança. O MP propõe ação civil pública e a defesa argui sua ilegitimidade, além de
invocar a liberdade de culto – inciso VI do art. 5º da CF/88. A decisão adequada à espécie deverá julgar
procedente a ação civil pública, pois o MP é parte legítima e o som excessivo configura poluição sonora.
BL: art. 5º, LACP e art. 129, I e III da CF/88 e art. 54, caput da Lei 9605/98. (ambiental)

##Atenção: Consoante o art. 129, I da CF, é função institucional do MP, privativamente, promover ação
penal pública, na forma da lei. De acordo com o art. 129, III da CF, é função institucional do MP
“promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e
de outros interesses difusos e coletivos”. Além disso, o art. 54 da Lei 9605/98 prevê a configuração do crime
de poluição para o ato causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar à saúde humana.

(TRF1-2011-CESPE): Para a efetiva proteção do meio ambiente, a CF concede funções diferenciadas ao


MP, ao Poder Judiciário e à administração pública. A esse respeito, assinale a opção correta: Ao MP é
reconhecida legitimidade para atuar, como parte e como fiscal da lei, na defesa dos interesses individuais
e coletivos, dentro dos limites constitucionais e institucionais, incluindo-se os que se refiram ao meio
ambiente. BL: art. 129, III, CF.

450
IV - PROMOVER a AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE ou REPRESENTAÇÃO para fins de
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; (TJPA-2009) (MPES-2010)
(MPMS-2013) (MPPR-2013) (MPPA-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (MPT-2015)

(MPES-2010-CESPE): Com relação ao perfil constitucional do MP, assinale a opção correta: Constitui
função institucional do MP promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de
intervenção da União, nas hipóteses constitucionalmente estabelecidas. BL: art. 129, IV, CF.

V - DEFENDER judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; (TJPA-2009)


(MPSP-2010) (TRF1-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPRS-2014)
(MPAP-2012/2021) (MPSC-2021)

##Atenção: ##DOD: ##STJ: ##MPSC-2021: ##CESPE: O MPF é parte legítima para pleitear
indenização por danos morais coletivos e individuais em decorrência do óbito de menor indígena: Caso
concreto: uma criança indígena faleceu no interior do Mato Grosso do Sul em razão da má prestação
do serviço público de saúde. O MPF ingressou com ação civil pública contra a União e uma fundação
estadual de saúde pedindo o pagamento de indenização por danos morais individuais (em favor dos
pais da criança) e por danos morais coletivos. O STJ reconheceu a legitimidade do MPF. A relevância
social do bem jurídico tutelado e a vulnerabilidade dos povos indígenas autoriza, em face da peculiar
situação do caso, a defesa dos interesses individuais dos índios pelo MP, em decorrência de sua
atribuição institucional. A Constituição reconhece, em seu art. 232, a peculiar vulnerabilidade dos
índios e das populações indígenas, motivo pelo qual o art. 37, II, da LC 75/93 confere legitimidade ao
MPF “para defesa de direitos e interesses dos índios e das populações indígenas”, o que se mostra
consentâneo com o art. 129, V e IX, da CF. STJ. 2ª T. AgInt no AREsp 1688809-SP, Rel. Min. Assusete
Magalhães, j. 26/04/21 (Info 696).

##Atenção: ##STJ e Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 19: ##MPSC-2021: ##CESPE: ##STJ: No campo da
proteção da saúde e dos índios, a legitimidade do Ministério Público para propor Ação Civil Pública é
- e deve ser - a mais ampla possível, não derivando de fórmula matemática, em que, por critério
quantitativo, se contam nos dedos as cabeças dos sujeitos especialmente tutelados. Nesse domínio, a
justificativa para a vasta e generosa legitimação do Parquet é qualitativa, pois leva em consideração a
natureza indisponível dos bens jurídicos salvaguardados e o status de hipervulnerabilidade dos
sujeitos tutelados, consoante o disposto no art. 129, V, da CF/88, e no art. 6º da LC 75/93. A Lei 8.080/90
e o Decreto 3.156/99 estabelecem, no âmbito do SUS, um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena,
financiado diretamente pela União e executado pela Funasa, que dá assistência aos índios em todo o
território nacional, coletiva ou individualmente, e sem discriminações. STJ. 2ª T., REsp n. 1.064.009/SC,
Rel. Min. Herman Benjamin, j. 4/8/09. ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 19 – Tese 04: O Ministério Público
tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo de assegurar assistência médica e
odontológica à comunidade indígena, em razão da natureza indisponível dos bens jurídicos
salvaguardados e o status de hipervulnerabilidade dos sujeitos tutelados.
(MPSC-2021-CESPE): À luz da jurisprudência do STJ, julgue o item a seguir, acerca de ações coletivas e
interesse e legitimação na atuação do Ministério Público na defesa dos interesses sociais, metaindividuais e
individuais indisponíveis: O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o fim
de assegurar assistência odontológica a comunidades indígenas. BL: Entend. Jurisprud.

(MPAP-2021-CESPE): Conforme o Censo Demográfico de 2010, no Amapá há mais de sete mil indígenas
que habitam quatro diferentes territórios indígenas, tanto em zonas rurais quanto em zonas urbanas dos
municípios. A respeito das comunidades e populações indígenas, julgue o item a seguir: As funções
institucionais do MP incluem a defesa judicial dos direitos e interesses das populações indígenas. BL: art.
129, V, CF.

VI - EXPEDIR notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,


REQUISITANDO informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
(TJPA-2009) (MPSP-2011) (MPTO-2012) (MPRO-2013) (MPF-2013) (MPSC-2016) (MPGO-2019)

VII - EXERCER o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada
no artigo anterior; (TJMG-2008) (TJPA-2009) (MPSE-2010) (MPSP-2010) (MPMS-2013) (PCTO-2008/2014)
(TJSP-2014) (DPEGO-2014) (PCGO-2012/2018) (MPPB-2018) (PCRS-2018) (MPPR-2014/2019) (DPEMG-
2019)

(MPPR-2014): Pela CF/1988, é função institucional do “parquet” exercer o controle externo da atividade
policial, na forma da lei complementar, a qual estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto de
451
cada Ministério Público. BL: art. 129, VII c/c art. 128, §5º da CF.

(TJMG-2008): Ao Ministério Público compete, dentre outras funções institucionais, exercer o controle
externo da atividade policial, na forma da lei complementar. BL: art. 129, VII, CF.

VIII - REQUISITAR diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, INDICADOS


os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; (PCTO-2008) (MPRN-2009) (MPSE-2010)
(MPSP-2011) (MPMS-2013) (MPRO-2013) (MPF-2013) (MPSC-2016) (PCGO-2012/2017) (MPGO-2013/2019)

IX - EXERCER outras funções que lhe forem conferidas, DESDE QUE compatíveis COM SUA
FINALIDADE, SENDO-LHE VEDADA a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
públicas. (MPCE-2009) (TRF2-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (MPAP-2012) (MPGO-2012) (MPPI-2012)
(MPTO-2012) (DPEES-2012) (MPDFT-2013) (MPES-2013) (DPETO-2013) (MPM-2013) (AGU-2013)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TRF1-2009/2015) (MPAM-2015) (MPBA-2015) (PCDF-2015)
(PCAC-2017) (PCGO-2017/2018) (DPEAM-2018) (PCRS-2018) (MPSP-2011/2019) (MPRS-2021) (MPSC-2021)

##Atenção: ##STF: ##MPPI-2012: ##MPSP-2019: ##CESPE: O art. 128, § 5º, da CF/88, não substantiva
reserva absoluta à lei complementar para conferir atribuições ao MP ou a cada um dos seus ramos, na
União ou nos Estados-membros. A tese restritiva é elidida pelo art. 129 da CF/88, que, depois de
enumerar uma série de "funções institucionais do Ministério Público", admite que a elas se acresçam a
de "exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe
vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas". Trata-se, como acentua a
doutrina, de uma "norma de encerramento", que, à falta de reclamo explícito de legislação
complementar, admite que leis ordinárias - qual acontece, de há muito, com as de cunho processual -
possam aditar novas funções às diretamente outorgadas ao MP pela Constituição, desde que
compatíveis com as finalidades da instituição e às vedações de que nelas se incluam "a representação
judicial e a consultoria jurídica das entidades públicas". STF. Plenário. ADI 2794, Min. Rel. Sepúlveda
Pertence, j. 14/12/06.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: O art. 128, § 5o, da Constituição da República, não substantiva
reserva absoluta à lei complementar para conferir atribuições ao Ministério Público ou a cada um dos seus
ramos, na União ou nos Estados-membros, porque a Constituição Federal admite que a Instituição possa
exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe
vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Leis ordinárias, portanto,
podem aditar novas funções às diretamente outorgadas ao Ministério Público pela Constituição. BL: art.
128, §5º c/c art. 129, IX da CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: Portanto, apesar de o art. 128, §5º da CF, estabelecer a obrigatoriedade de Lei
Complementar para normatizar algumas matérias atinentes ao Ministério Público (inclusive suas
"atribuições"), o art. 129, IX da CF permite que lhe sejam atribuídas novas funções mediante Lei
Ordinária (visto que inexiste no dispositivo exigência expressa de lei complementar).

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tese 184: ##DOD: ##TJPB-2011: ##MPPR-2012: ##TJAL-2015:


##TRF1-2015: ##PCDF-2015: ##TRF4-2016: ##TJPR-2017: ##PCAC-2017: ##DPEAM-2018: ##PCGO-
2018: ##PCRS-2018: ##MPGO-2019: ##MPRS-2021: ##MPSC-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FGV:
##Fundatec: ##UEG: O STF reconheceu a legitimidade do MP para promover, por autoridade própria,
investigações de natureza penal, mas ressaltou que essa investigação deverá respeitar alguns
parâmetros que podem ser a seguir listados: 1) Devem ser respeitados os direitos e garantias
fundamentais dos investigados; 2) Os atos investigatórios devem ser necessariamente documentados e
praticados por membros do MP; 3) Devem ser observadas as hipóteses de reserva constitucional de
jurisdição, ou seja, determinadas diligências somente podem ser autorizadas pelo Poder Judiciário
nos casos em que a CF/88 assim exigir (ex: interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário etc); 4)
Devem ser respeitadas as prerrogativas profissionais asseguradas por lei aos advogados; 5) Deve ser
assegurada a garantia prevista na Súmula vinculante 14 do STF (“É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa”); 6) A investigação deve ser realizada dentro de prazo razoável; 7) Os atos de
investigação conduzidos pelo MP estão sujeitos ao permanente controle do Poder Judiciário. Portanto,
o MP dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável,
investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer
indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado. A tese fixada em repercussão geral foi a
seguinte: “O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria, e por
prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que
452
assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre,
por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas
profissionais de que se acham investidos, em nosso País, os advogados (Lei 8.906/1994, art. 7º,
notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade – sempre presente
no Estado democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente
documentados (Enunciado 14 da Súmula Vinculante), praticados pelos membros dessa Instituição.” STF.
Plenário. RE 593727/MG, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, j. 14/5/15
(Info 785).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: A CF/88 expressamente menciona que o MP tem poder para
investigar crimes? A CF/88 não fala isso de forma expressa. Adota-se aqui a teoria dos poderes implícitos.
Segundo essa doutrina, nascida nos EUA (Mc CulloCh vs. Maryland – 1819), se a Constituição outorga
determinada atividade-fim a um órgão, significa dizer que também concede todos os meios necessários
para a realização dessa atribuição. A CF/88 confere ao MP as funções de promover a ação penal pública
(art. 129, I). Logo, ela atribui ao Parquet também todos os meios necessários para o exercício da denúncia,
dentre eles a possibilidade de reunir provas para que fundamentem a acusação. Ademais, a CF/88 não
conferiu à Polícia o monopólio da atribuição de investigar crimes. Em outras palavras, a colheita de provas
não é atividade exclusiva da Polícia. Desse modo, não é inconstitucional a investigação realizada
diretamente pelo MP. Esse é o entendimento do STF e do STJ.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Qual é o fundamento constitucional? Além da doutrina
dos poderes implícitos, podemos citar como fundamento constitucional que autoriza, de forma implícita,
o poder de investigação do MP, o art. 129, incisos I, VI, VII, VIII e IX da CF/88.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Existe algum fundamento legal? O art. 8º, incisos I, V e
VII da LC 75/1993,103 também de forma implícita, autoriza a realização de atos de investigação.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Resolução 181/2017 do CNMP: A Resolução 181/2017
disciplina a instauração e tramitação do procedimento investigatório criminal a cargo do MP.
##Questões de concurso:
(DPEAM-2018-FCC): O MP dispõe de atribuição para promover, por autoridade própria, e por prazo
razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a
qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes,
as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais de que se
acham investidos, em nosso país, os advogados e defensores públicos. BL: Info 785 e Info 787, STF.
(TRF4-2016): O Ministério Público dispõe de competência para promover, por autoridade própria e por
prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e as garantias que
assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por
seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais
de que se acham investidos, em nosso País, os advogados, sem prejuízo da possibilidade – sempre presente
no Estado Democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente
documentados, praticados pelos membros daquela instituição. BL: Info 785 e Info 787, STF.
(TJAL-2015-FCC): A investigação de uma infração penal poderá ser conduzida pelo Ministério Público,
conforme recente decisão do STF. BL: Info 785 e Info 787, STF.

(MPMS-2013): O poder de investigação criminal pelo Ministério Público, diz respeito a função
Institucional-meio de natureza Constitucional e Infraconstitucional em razão da sua atividade-fim, no
exercício do “Jus puniendi” Estatal. Diante de tal assertiva, é correto afirmar que: Trata-se de função
supletiva do Órgão Ministerial, na fase preliminar de investigação, decorrente da teoria dos poderes
implícitos da Constituição Federal, que se concebe por interpretação aberta da primeira parte do art. 129,
inc. IX, da Lei Maior, que diz: “São funções institucionais do Ministério Público:...IX – exercer outras funções
que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade...”. BL: art. 129, IX, CF.

##Atenção: ##MPDFT-2013: ##MPMS-2013: ##TRF1-2015: ##CESPE: Segundo a teoria dos poderes


implícitos, quando a CF/88 outorga competências explícitas para a realização de determinados fins, faz-
se necessário reconhecer que implicitamente foram concedidos os meios para a sua adequada realização.
Nesse contexto, para conferir real efetividade às atribuições constitucionalmente conferidas ao MP, é
imperativo reconhecer aos membros da Instituição a titularidade dos meios destinados ao seu alcance,
sob pena de serem esvaziadas as atribuições conferidas em sede de persecução penal, tanto em sua fase
judicial quando em seu momento pré-processual (art. 129, IX da CF). (Fonte: NOVELINO, Marcelo.

103
Art. 8º Para o exercício de suas atribuições, o Ministério Público da União poderá, nos procedimentos de sua
competência: I - notificar testemunhas e requisitar sua condução coercitiva, no caso de ausência injustificada;
(...) V - realizar inspeções e diligências investigatórias; (...) VII - expedir notificações e intimações necessárias
aos procedimentos e inquéritos que instaurar;

453
Manual de Direito Constitucional, 8 ed, p. 960. São Paulo: Editora Método, 2013).

(DPEDF-2013-CESPE): Julgue o item a seguir, que versa sobre o MP, conforme o disposto na CF: É
exemplificativo o rol de funções atinentes ao MP no texto constitucional, cumprindo à legislação
infraconstitucional conferir-lhe outras funções, desde que compatíveis com sua finalidade institucional.
BL: art. 129, IX, CF.

##Atenção: ##MPDFT-2009: ##TRF1-2009: ##TRF2-2009: ##MPRO-2010: ##MPPI-2012: ##DPEDF-


2013: ##MPBA-2015: ##CESPE: As funções institucionais do MP elencadas no art. 129 da CF/88 não têm
rol taxativo, pois permitem o exercício de outras funções compatíveis com a finalidade da Instituição. Em
outras palavras, o rol das funções institucional é exemplificativo, consoante o teor do inciso IX do art. 129
da CF.

§ 1º A LEGITIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO para as ações civis previstas neste artigo NÃO
IMPEDE a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. (TJMG-
2008) (MPRN-2009) (MPSP-2010) (TJPI-2012) (TJPA-2012) (PGEPA-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (TJCE-2014)
(MPAC-2014) (DPEBA-2016) (MPSP-2017) (MPGO-2022)

(MPSP-2017): A Constituição Federal atribui, de forma expressa e direta, legitimidade ativa para a
propositura de ação civil pública para a defesa de interesses difusos, ao Ministério Público, permitindo a
instituição de concorrência de iniciativas no âmbito legal. BL: art. 129. III e §1º da CF.

##Atenção: Pela literalidade do art. 129, III da CF, o único legitimado ativo expresso para a propositura
de ação civil pública é o MP. Por outro lado, consoante dispõe o §1º do art. 129 da CF, assegura-se a
possibilidade de as ações civis previstas no referido dispositivo serem propostas, também, por terceiros,
sendo certo que a definição desses terceiros foi delegada à legislação infraconstitucional, o que pode ser
visto pela análise do microssistema de tutela coletiva brasileiro.

§ 2º As FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO SÓ PODEM SER EXERCIDAS por integrantes da


carreira, que DEVERÃO RESIDIR na comarca da respectiva lotação, SALVO autorização do chefe da
instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJPR-2008) (TJSE-2008) (MPRN-2009)
(MPSP-2011) (MPMT-2012) (MPSC-2013) (MPAP-2021)

§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e


títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do
bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem
de classificação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJMG-2012) (PGM-POA/RS-2016)
(MPBA-2018)

§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93 . (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPT-2015) (PGEAC-2017) (MPRS-2021)

§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público SERÁ IMEDIATA. (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 45, de 2004) (MPSP-2005/2008) (MPT-2009)

(MPMS-2015): Assinale a alternativa correta: O Ministério Público deve promover a imediata


distribuição dos processos. BL: art. 129, §5º, CF.

Art. 130. Aos membros do Ministério Público JUNTO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS APLICAM-
SE as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. (MPSP-2005)
(DPEMA-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (MPGO-2013) (TRF2-2013) (PGESC-2014) (TJDFT-2015)
(DPERN-2015) (TJMSP-2016) (MPBA-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (MPDFT-2021) (MPSC-2021) (TCDF-2021)
(TCETO-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPGO-2019: O Ministério Público de Contas não tem legitimidade
para impetrar mandado de segurança em face de acórdão do Tribunal de Contas perante o qual atua.
STF. Plenário virtual. RE 1178617 RG, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 25/4/19 (repercussão geral).
454
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPRO-2017: ##MPDFT-2021: ##MPSC-2021: ##TCDF-2021: ##TCETO-
2022: ##CESPE: ##FMP: O MP junto ao Tribunal de Contas não dispõe de fisionomia institucional
própria, não integrando o conceito de MP enquanto ente despersonalizado de função essencial à
Justiça (CF, art. 127), cuja abrangência é disciplina no art. 128 da CF/88. STF. 2ª T. Rcl 24162 AgR, Rel.
Min. Dias Toffoli, j. 22/11/16.

##Atenção: ##DOD: ##DPEMA-2011: ##MPPI-2012: ##TRF2-2013: ##MPGO-2013: ##Anal.


Judic./STJ-2018: ##MPDFT-2021: ##TCETO-2022: ##CESPE: Ausência de autonomia: As autonomias
previstas no art. 127, § 2º, da CF/88 não se aplicam ao Ministério Público especial junto aos Tribunais
de Contas. Assim, esse “Parquet” continua sendo, na linha da tradição jurídica consagrada pela prática
republicana, parte integrante da própria estruturação orgânica dos Tribunais de Contas (Min. Celso de
Mello).
(MPGO-2013): Aponte a alternativa que traz a correta informação acerca do MP junto aos Tribunais de
Contas: não detém autonomia administrativa, pois se encontra vinculado à estrutura do Tribunal de Contas.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPPI-2012: ##TRF2-2013: ##Anal. Judic./STJ-2018: ##MPDFT-2021:


##MPSC-2021: ##TCDF-2021: ##TCETO-2022: ##CESPE: Nos termos do art. 128 da CF/88, o MP junto
aos Tribunais de Contas não compõe a estrutura do Ministério Público comum da União e dos Estados,
sendo apenas atribuídas aos membros daquele as mesmas prerrogativas funcionais deste (art. 130). As
atribuições do Ministério Público comum, entre as quais se inclui sua legitimidade processual
extraordinária e autônoma, não se estendem ao Ministério Público junto aos Tribunais de Contas, cuja
atuação está limitada ao controle externo a que se refere o art. 71 da CF/88 . STF. 1ª T. Rcl 24159 AgR,
Rel. Min. Roberto Barroso, j. 8/11/16.

Art. 130-A. O CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO COMPÕE-SE de quatorze


membros NOMEADOS pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria
absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, ADMITIDA UMA RECONDUÇÃO, sendo:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (MPCE-2009) (MPPB-2011) (MPAL-2012) (MPAP-2012)
(MPPI-2012) (MPRO-2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (AGU-2013) (MPMG-2012/2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (MPMS-2011/2015) (MPBA-2015) (MPRS-2012/2016) (TJRS-2016) (MPSC-2016) (MPSP-
2005/2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPT-2017/2020) (MPDFT-2021) (MPM-2021)

##Atenção: ##AGU-2013: ##CESPE: ##Dica:


-Membros do CNJ = Com exceção do presidente do STF (e vice), os demais membros são nomeados
pelo Presidente da República (art. 103-B, §§1º e 2º). Somente uma recondução.
-Membros do CNMP = Todos nomeados pelo Presidente da República, inclusive o PGR (art. 130-A).
Somente uma recondução.

I - o Procurador-Geral da República, que o preside; (MPRN-2009) (MPAP-2012) (MPRO-2013)


(MPMG-2012/2014) (MPRS-2016) (MPT-2017/2020) (MPCE-2020)

II - QUATRO MEMBROS do Ministério Público da União, ASSEGURADA a representação de


cada uma de suas carreiras; (MPSP-2005) (MPAP-2012) (MPMS-2011/2013) (MPRS-2016) (MPSC-2016) (MPT-
2020)

(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios tem
assento fixo de representação perante o Conselho Nacional do Ministério Público, sem a necessidade de
alternância com outros membros do Ministério Público da União. BL: art. 130-A, I, CF.

##Atenção: Em sua composição, o CNMP conta com quatorze membros, sendo oito deles da própria
carreira, enquanto outros seis vêm de fora da estrutura da instituição. Senão vejamos: i) 1 PGR (É o
presidente do CNMP); ii) 4 MPU (1 de cada ramo do MPU - MPF, MPT, MPM e MPDFT); iii) 3 MPE (1
indicado pelo STF e 1 indicado pelo STJ); iv) 2 Cidadãos (1 indicado pelo SF e 1 pela CD); v) 2 Juízes ((1
indicado pelo STF e 1 indicado pelo STJ); vi) 2 Advogados (Indicados pelo Conselho Federal da OAB). A
questão é importante porque, de fato, tramita no Congresso Nacional uma PEC que tem, entre as
propostas, a retirada do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios da cota dos representantes
do Ministério Público da União, para fins de inclui-lo entre os representantes dos estados. Assim,
haveria três indicados do Ministério Público da União (MPF, MPT e MPM), em vez dos quatro atuais, e o
DF concorreria com os Estados para as três vagas dos representantes estaduais.

455
III - TRÊS MEMBROS do Ministério Público dos Estados; (MPSP-2005) (MPBA-2010) (MPAP-2012)
(MPMS-2011/2013) (MPMG-2014) (MPRS-2016)

IV - DOIS JUÍZES, INDICADOS um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior
Tribunal de Justiça; (MPAP-2012) (MPMS-2011/2013) (MPMG-2014) (TJRS-2016) (MPRS-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (MPCE-2020)

V - DOIS ADVOGADOS, INDICADOS pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do


Brasil; (MPBA-2010) (MPAP-2012) (MPMS-2011/2013) (MPRO-2013) (MPRS-2016) (MPCE-2020)

##Atenção: ##MPCE-2020: ##CESPE: Na composição do CNMP não há exigência obrigatória que os


advogados sejam PÚBLICOS. Na CF/88 há menção apenas da indicação de 2 advogados pelo Conselho
Federal da OAB.

VI - DOIS CIDADÃOS de notável saber jurídico e reputação ilibada, INDICADOS um pela


Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. (MPBA-2010) (MPSE-2010) (MPPB-2011) (MPAP-2012)
(MPMS-2011/2013) (MPMG-2014) (MPRS-2016)

§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público SERÃO INDICADOS pelos


respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. (Cartórios/TJSE-2014)

§ 2º COMPETE ao CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO o controle da atuação


administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus
membros, CABENDO-LHE: (MPMG-2010) (MPSE-2010) (MPMS-2011) (MPPB-2011) (MPAL-2012) (MPMT-
2012) (MPRO-2008/2013) (MPSC-2013) (MPAC-2014) (MPGO-2014) (MPBA-2010/2015) (DPERN-2015) (TRT2-
2015) (MPRS-2012/2016) (TJRS-2016) (PCMA-2018) (DPEMG-2019) (MPCE-2020) (MPT-2020) (MPDFT-2021)
(DPESC-2021) (MPCSC-2022)

(MPCE-2020-CESPE): Segundo a CF, o Conselho Nacional do Ministério Público é competente para


exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público. BL: art. 130-A, §2º, CF.

I - ZELAR pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, PODENDO EXPEDIR


atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou RECOMENDAR providências; (MPRO-2008)
(TJSC-2009) (MPMG-2010) (MPMS-2011) (MPPR-2013) (MPSP-2013) (MPAC-2014) (MPAM-2015) (MPBA-2015)
(MPRS-2016) (PCMA-2018) (MPCE-2020) (DPESC-2021)

(MPRS-2016): Nos termos do art. 130-A da CF/88, compete ao Conselho Nacional do Ministério Público
o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres
funcionais de seus membros, cabendo lhe zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério
Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar
providências. BL: art. 130-A, §2º, I da CF.

II - ZELAR pela observância do art. 37 e APRECIAR, de ofício ou mediante provocação, a


LEGALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS praticados por membros ou órgãos do Ministério
Público da União e dos Estados, PODENDO DESCONSTITUÍ-LOS, revê-los ou fixar prazo para que se
adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, SEM PREJUÍZO da competência dos
Tribunais de Contas; (MPSE-2010) (MPPR-2013) (MPSP-2013) (MPBA-2010/2015) (TRT2-2015) (MPSC-
2013/2016) (TJRS-2016) (MPRS-2016) (PCMA-2018) (DPESC-2021)

(TJRS-2016-Faurgs): Assinale a alternativa correta sobre os Conselhos Nacionais de Justiça e do


Ministério Público, de acordo com as previsões dos artigos 103-B e 130-A: Os Conselhos têm competência
para desconstituir atos administrativos ilegais praticados pelos órgãos das instituições a que pertencem,
sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas. BL: arts. 103-B, §4º, II e 130, §2º II, da CF/88.

(MPRS-2016): Nos termos do art. 130-A da CF/88, compete ao CNMP o controle da atuação
administrativa e financeira do MP e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-
lhe zelar pela observância do artigo 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos
atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados,

456
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas. BL: art. 130-A, §2º, II,
da CF.

III - RECEBER e CONHECER das RECLAMAÇÕES contra membros ou órgãos do Ministério


Público da União ou dos Estados, INCLUSIVE contra seus serviços auxiliares, SEM PREJUÍZO da
COMPETÊNCIA DISCIPLINAR e CORREICIONAL da instituição, PODENDO AVOCAR processos
disciplinares em curso, DETERMINAR a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
(MPRN-2009) (MPMG-2010) (MPPB-2011) (MPAL-2012) (DPEMS-2012) (MPPR-2013) (MPSC-2013) (MPSP-
2013) (MPBA-2010/2015) (MPMS-2011/2015) (MPRS-2016) (MPT-2020) (MPDFT-2021) (DPESC-2021)
(MPCSC-2022)

(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: Admite-se a avocação de procedimento ou processo


administrativo disciplinar em curso contra membro ou servidor do Ministério Público, a qual se dará
mediante proposição de qualquer Conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ou
representação fundamentada de qualquer cidadão que seja dirigida ao Presidente daquele colegiado. BL:
art. 130-A, §2º, III, CF e art. 106 da Resolução 92/13 do CNMP (Regimento Interno).104

(DPESC-2021-FCC): Nos termos da CF/88, compete ao Conselho Nacional do Ministério Público


receber e conhecer das reclamações apenas contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou
dos Estados, ou seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correcional da
instituição. BL: art. 130-A, §2º, III, CF.

IV - REVER, de ofício ou mediante provocação, os PROCESSOS DISCIPLINARES de membros do


Ministério Público da União ou dos Estados JULGADOS há menos de um ano; (TJAM-2013) (MPPR-2013)
(MPRO-2013) (MPSP-2013) (MPMG-2010/2014) (MPAC-2014) (MPMS-2011/2015) (MPBA-2015) (MPRS-
2012/2016) (MPSC-2013/2016) (MPGO-2016) (MPCE-2020) (MPT-2020) (MPDFT-2013/2021) (DPESC-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPDFT-2013: ##MPRO-2013: ##MPGO-2016: ##CESPE: O CNMP não


possui competência para rever processos disciplinares instaurados e julgados contra servidores do
Ministério Público pela Corregedoria local. A competência revisora conferida ao CNMP limita-se aos
processos disciplinares instaurados contra os membros do Ministério Público da União ou dos
Estados (inciso IV do § 2º do art. 130-A da CF), não sendo possível a revisão de processo disciplinar
contra servidores. STF. 1ª T. MS 28827/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, j. 28/8/12 (Info 677).

(MPRS-2016): Nos termos do art. 130-A da CF/88, compete ao CNMP o controle da atuação
administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus
membros, cabendo-lhe rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros
do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano. BL: art. 130-A, §2º, IV, CF.

V - ELABORAR RELATÓRIO ANUAL, propondo as providências que julgar necessárias sobre a


situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem
prevista no art. 84, XI. (MPAL-2012) (MPBA-2015) (MPRS-20216) (DPESC-2021)

(MPRS-2016): Nos termos do art. 130-A da CF/1988, compete ao CNMP o controle da atuação
administrativa e financeira do MP e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-
lhe elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do
Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art.
84, inciso XI, da Carta (compete privativamente ao Presidente da República remeter mensagem e plano

104
Art. 106. A avocação de procedimento ou processo administrativo disciplinar em curso contra membro ou
servidor do Ministério Público dar-se-á mediante proposição de qualquer Conselheiro ou representação
fundamentada de qualquer cidadão, dirigida ao Presidente do Conselho, a quem caberá determinar sua
autuação e distribuição a um Relator. Parágrafo único. Se o processo objeto do pedido de avocação estiver sendo
acompanhado em sede de reclamação disciplinar no âmbito da Corregedoria Nacional, o Relator solicitará
informações ao Corregedor Nacional sobre o andamento do feito e as alegações do pedido.

457
de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do
País e solicitando as providências que julgar necessárias). BL: art. 130-A, §2º, V c/c art. 84, XI, da CF.

§ 3º O Conselho ESCOLHERÁ, em votação secreta, UM CORREGEDOR NACIONAL, dentre os


membros do Ministério Público que o integram, VEDADA a recondução, competindo-lhe, além das
atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: (MPBA-2010) (MPSE-2010) (MPPI-2012) (MPSP-
2005/2013) (DPERR-2013) (AGU-2013) (MPMS-2011/2015) (MPRS-2012/2016) (TJRS-2016) (PCMA-2018)
(MPSC-2014/2019) (MPCE-2020)

I - RECEBER reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do


Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; (MPSP-2013)

II - EXERCER funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;

III - REQUISITAR e DESIGNAR membros do Ministério Público, DELEGANDO-LHES


atribuições, e REQUISITAR servidores de órgãos do Ministério Público. (PCMA-2018)

§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil OFICIARÁ junto ao


Conselho. (MPPI-2012) (MPMG-2014) (MPT-2017) (MPM-2021)

(MPMG-2014): O Conselho Nacional do Ministério Público é presidido pelo Procurador-Geral da


República, e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados oficiará junto ao Conselho. BL:
art. 130-A, I c/c §4º, CF.

§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber
reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público,
inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério
Público.

Seção II
DA ADVOCACIA PÚBLICA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Art. 131. A ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO É a instituição que, diretamente ou através de órgão


vinculado, REPRESENTA a União, judicial e extrajudicialmente, CABENDO-LHE, nos termos da lei
complementar [obs.: LC nº 73/93] que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. (PCSC-2008) (TJMG-2009) (TJGO-2009) (PGESP-
2009) (MPSE-2010) (TJPB-2011) (DPEMA-2011) (TJPI-2012) (TJPA-2012) (TJMS-2012) (MPPI-2012) (MPRR-
2012) (MPTO-2012) (DPEES-2012) (PFN-2012) (TRF2-2009/2011/2013) (DPERR-2013) (TRF5-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (MPM-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (AGU-2009/2012/2015)
(TRF1-2011/2015) (MPPR-2016) (PCGO-2012/2017) (PGEAC-2017) (MPBA-2018) (PGETO-2018) (PCES-2019)
(MPDFT-2021) (PCMG-2021)

##Atenção: ##STF: ##AGU-2015: ##CESPE: Representação processual. Pessoa jurídica de direito


público. União. Instrumento de mandato. Dispensa. Uma vez subscrito o ato por detentor do cargo de
advogado da União, dispensável é a apresentação de instrumento de mandato, da procuração. STF. 1ª
T., AO 1.757, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 3/12/13.
(AGU-2015-CESPE): Acerca de aspectos diversos relacionados à atuação e às competências dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, do presidente da República e da AGU, julgue o item a seguir: Compete à
AGU a representação judicial e extrajudicial da União, sendo que o poder de representação do ente
federativo central pelo advogado da União decorre da lei e, portanto, dispensa o mandato. BL: Entend.
Jurisprud.

(DPERR-2013-CESPE): Assinale a opção correta a respeito das funções essenciais à justiça: Compete à
Advocacia-Geral da União a representação judicial da União, circunstância que lhe autoriza a
representação judicial não somente do Poder Executivo, como também do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário. BL: art. 131, CF.

##Atenção: A assertiva está correta, uma vez que a representação judicial e extrajudicial da União é

458
ampla e engloba todos os poderes públicos (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e órgãos públicos
que exercem Função Essencial à Justiça). Porém, apenas as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico estão restritas ao Poder Executivo.

(TJPB-2011-CESPE): A AGU é o órgão que, de modo direto, ou mediante órgão vinculado, representa a
União, judicial e extrajudicialmente, cumprindo-lhe realizar a consultoria e o assessoramento jurídico do
Poder Executivo. BL: art. 131, CF.

(AGU-2009-CESPE): Julgue o item a seguir, relacionados à organização e à atuação da Advocacia-Geral


da União: Na concepção da AGU pela CF, observa-se nítida influência do modelo de advocacia do
Estado adotado na Itália (avvocatura dello Stato), no qual uma única instituição assume tanto a defesa
judicial do Estado quanto a consultoria jurídica de órgãos da administração pública. Tal modelo parte da
consideração unitária dos interesses do Estado e da necessidade de sua defesa com base em critérios
uniformes. BL: art. 131, CF.

##Atenção: “Advocacia do Estado (Avvocatura dello Stato) na Itália é uma instituição que possui dupla
competência: de um lado, desenvolve uma atuação contenciosa, representando e defendendo o Estado os interesses
patrimoniais e não patrimoniais do Estado; e, de outro, uma atividade consultiva, desempenhando a consultoria
legal da Administração, sem qualquer limite em relação às matérias apreciadas. Tais atribuições da Advocacia do
Estado são, em regra, exercidas com exclusividade, albergando a consultoria, a representação e a defesa em juízo da
Administração em todas as suas articulações (...).” Conforme observa Belli (1959, p. 670-671), “a Advocacia do
Estado na Itália não é um órgão que representa tão-somente o Poder Executivo, mas sim todos os poderes estatais
enquanto exerçam uma atividade substancialmente administrativa, os quais devem comparecer em juízo por
intermédio da Advocacia do Estado” (p. 64-65). (Fonte: Advocacia-Geral da União na Constituição de 1988,
escrito por Rommel Macedo).

§ 1º A Advocacia-Geral da União TEM POR CHEFE o Advogado-Geral da União, de livre


nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada. (PGEAM-2010) (TRF1-2011) (TJBA-2012) (MPRR-2012) (DPEAC-2012) (PFN-
2012) (AGU-2009/2013) (TRF2-2011/2013) (TJMA-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJDFT-
2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPPR-2016) (MPT-2017) (MPBA-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (MPM-2021)

##Atenção: ##AGU-2013: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##MPT-2017: ##PGM-


João Pessoa/PB-2018: ##CESPE: O Advogado-Geral da União não precisa ser integrante da carreira,
por força do art. 131, §1º, CF. A CF exige que seja dentre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada. Além disso, a Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral
da União, de livre nomeação pelo Presidente da República (independente de aprovação do Senado
Federal).

§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á
mediante concurso público de provas e títulos. (PCGO-2012) (PFN-2012) (TRT1-2015)

§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União CABE à


PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL, observado o disposto em lei. (PCSC-2008) (TRF2-
2009) (TJRO-2011) (AGU-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (TRT1-2015) (PCES-
2019)

(AGU-2012-CESPE): Acerca da AGU, julgue o item a seguir: A CF estabelece expressamente que a


representação da União, na execução da dívida ativa de natureza tributária, cabe à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. BL: art. 131, §3º, CF.

##Atenção: ##Resumo: ##QConcursos: AGU:


→ Representa a União, judicial e extrajudicialmente.
→ Realiza as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo, nos termos de lei
complementar.
→ Chefe - Advogado-Geral da União - Nomeado dentre CIDADÃOS pelo PR.
→ Deve possuir + de 35 anos (não tem idade máxima).
→ Reputação ilibada + notável saber jurídico.
→ O mandato NÃO tem prazo determinado.
→ ADVOCACIA PÚBLICA NÃO TEM, AUTONOMIA FUNCIONAL, ADMINISTRATIVA E
FINANCEIRA.
459
Art. 132. Os PROCURADORES DOS ESTADOS e DO DISTRITO FEDERAL, organizados em
carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, EXERCERÃO a representação judicial e a
consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998) (TJDFT-2007) (PGECE-2008) (DPEMA-2009) (PGEAM-2010) (TJPB-2011) (PGESP-2002/2009/2012)
(DPERR-2013) (PCPA-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-
2014) (PGEPA-2015) (MPT-2015) (PGEMT-2016) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (PCGO-2017)
(PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGEPE-2009/2018) (DPEPE-2018) (PGETO-2018) (MPDFT-2021) (PCMG-2021)
(TCDF-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TCDF-2021: ##CESPE: É inconstitucional lei estadual que confira à
Procuradoria-Geral do Estado (PGE) competência para controlar os serviços jurídicos e para fazer a
representação judicial de empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive com a
possibilidade de avocação de processos e litígios judiciais dessas estatais. Essa previsão cria uma
ingerência indevida do Governador na administração das empresas públicas e sociedades de
economia mista, que são pessoas jurídicas de direito privado. O art. 132 da CF/88 confere às
Procuradorias dos Estados/DF atribuição para as atividades de consultoria jurídica e de representação
judicial apenas no que se refere à administração pública direta, autárquica e fundacional. STF.
Plenário. ADI 3536/SC, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 2/10/19 (Info 954).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: O art. 132 da CF/88 abrange quais órgãos e entidades da
Administração Pública? Administração direta, autárquica e fundacional. Assim, a PGE (PGDF) é
responsável pela representação judicial e pela consultoria jurídica da (s): a) administração direta (órgãos);
b) autarquias; e c) fundações. Nesse sentido: “A Constituição Federal estabeleceu um modelo de exercício
exclusivo, pelos procuradores do estado e do Distrito Federal, de toda a atividade jurídica das unidades federadas
estaduais e distrital – o que inclui as autarquias e as fundações -, seja ela consultiva ou contenciosa”. STF. Plenário.
ADI 145, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 20/06/2018.
##Questão de concurso:
(TCDF-2021-CESPE): Acerca das funções essenciais à justiça, julgue o item que se segue, à luz do
entendimento do STF: As procuradorias dos estados possuem atribuições constitucionais de atividades de
consultoria jurídica e representação judicial das respectivas unidades federadas, mas apenas relativamente à
administração pública direta, autárquica e fundacional. BL: Info 954, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que
“a representação judicial e extrajudicial dos órgãos da administração indireta é de competência dos
profissionais do corpo jurídico que compõem seus respectivos quadros e integram advocacia pública
cujas atividades são disciplinadas em leis especificas.” Essa previsão viola o princípio da unicidade da
representação judicial dos Estados e do Distrito Federal. O art. 132 da CF/88 atribuiu aos Procuradores
dos Estados e do DF exclusividade no exercício da atividade jurídica contenciosa e consultiva não
apenas dos órgãos, mas também das entidades que compõem a administração pública indireta. STF.
Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 27 e 28/3/19 (Info 935)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que cria o cargo
de procurador autárquico em estrutura paralela à Procuradoria do Estado. Também é inconstitucional
dispositivo de Constituição Estadual que transforma os cargos de gestores jurídicos, advogados e
procuradores jurídicos em cargos de procuradores autárquicos. STF. Plenário. ADI 5215/GO, Rel. Min.
Roberto Barroso, j. 27 e 28/3/19 (Info 935).

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que
os procuradores autárquicos e os advogados de fundação terão competência privativa para a
representação judicial e o assessoramento jurídico dos órgãos da Administração Estadual Indireta aos
quais vinculados, e que, para os efeitos de incidência de teto remuneratório, eles serão considerados
“procuradores”, nos termos do art. 37, XI, da CF/88. STF. Plenário. ADI 4449/AL, Rel. Min. Marco
Aurélio, j. 27 e 28/3/19 (Info 935).

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que a
Procuradoria Geral do Estado ficará responsável pelas atividades de representação judicial e de
consultoria jurídica apenas “do Poder Executivo”. Essa previsão viola o princípio da unicidade da
representação judicial dos Estados e do Distrito Federal. De acordo com o art. 132 da CF/88 as
atribuições da PGE não ficam restritas ao Poder Executivo, abrangendo também os demais Poderes.
Desse modo, compete à PGE a representação estadual como um todo, independentemente do Poder.
STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 27 e 28/3/19 (Info 935).

460
##Atenção: ##DOD: Princípio da unicidade da representação judicial dos Estados e do Distrito
Federal: Segundo tal “princípio”, os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal serão os únicos
responsáveis pela representação judicial e pela consultoria jurídica das respectivas unidades
federadas, ou seja, só um órgão pode desempenhar as funções de representação judicial e de
consultoria jurídica nos Estados e DF e este órgão é a Procuradoria-Geral do Estado (ou PGDF). Este
“princípio” está previsto no art. 132 da CF/88.

##Atenção: ##DOD: Exceções: A jurisprudência do STF reconhece a existência de duas exceções ao


princípio da unicidade da representação judicial dos Estados e do Distrito Federal:
 Primeira exceção: Procuradorias do Legislativo e do Tribunal de Contas: é uma criação
jurisprudencial e consiste na possibilidade de criação de procuradorias vinculadas ao Poder
Legislativo e ao Tribunal de Contas, para a defesa de sua autonomia e independência perante os
demais Poderes, hipótese em que se admite a consultoria e assessoramento jurídico dos órgãos por
parte de seus próprios procuradores.
 Segunda exceção: art. 69 do ADCT: Encontra-se prevista expressamente na CF/88, mais
especificamente no art. 69 do ADCT: “Será permitido aos Estados manter consultorias jurídicas
separadas de suas Procuradorias-Gerais ou Advocacias-Gerais, desde que, na data da promulgação da
Constituição, tenham órgãos distintos para as respectivas funções”. O art. 69 do ADCT foi uma exceção
transitória ao princípio da unicidade orgânica da Procuradoria estadual. Esta exceção foi
prevista com o objetivo de garantir a continuidade dos serviços de representação e consultoria
jurídicas que existiam na Administração Pública no período logo em seguida à promulgação da
CF/88, quando algumas Procuradorias estaduais ainda não estavam totalmente estruturadas. Em
outras palavras, foi pensada como uma forma de evitar lacunas e uma desorganização da
Administração Pública. Vale ressaltar que só foram mantidas as consultorias jurídicas que já
existiam antes da promulgação da Constituição.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGERN-2014: ##PGEPA-2015: ##PGETO-2018: ##FCC:


Inconstitucionalidade de cargo em comissão de assessor jurídico no poder executivo: É inconstitucional
lei estadual que crie cargos em comissão de “consultor jurídico”, “coordenador jurídico”, “assistente
jurídico” etc. e que tenham por função prestar assessoria jurídica para os órgãos da Administração
Pública. Essa norma viola o art. 132 da CF, que confere aos Procuradores de Estado a representação
exclusiva do Estado-membro em matéria de atuação judicial e de assessoramento jurídico, sempre
mediante investidura fundada em prévia aprovação em concurso público. STF. Plenário. ADI 4843 MC-
Referendo/PB, rel. Min. Celso de Mello, j.11/12/14 (Info 771). Vale ressaltar a existência de outro
precedente do STF no mesmo sentido: (...) 2. A atividade de assessoramento jurídico do Poder
Executivo dos Estados é de ser exercida por procuradores organizados em carreira, cujo ingresso
depende de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em todas as suas fases, nos termos do art. 132 da Constituição Federal. Preceito que se destina à
configuração da necessária qualificação técnica e independência funcional desses especiais agentes
públicos. 3. É inconstitucional norma estadual que autoriza a ocupante de cargo em comissão o
desempenho das atribuições de assessoramento jurídico, no âmbito do Poder Executivo. Precedentes.
(...) STF. Plenário. ADI 4261, Rel. Min. Ayres Britto, j. 02/08/10.
(PGETO-2018-FCC): A Constituição de determinado Estado determina que as Secretarias de Estado serão
assessoradas juridicamente por advogados de livre nomeação e exoneração, cabendo-lhes o desempenho de
atividade de consultoria jurídica, ao passo que a representação judicial da unidade federada será exercida
por Procuradores do Estado admitidos por concurso público e organizados em carreira. Trata-se de norma
estadual que se mostra incompatível com a Constituição Federal, uma vez que a consultoria jurídica e a
representação judicial referidas devem ser exercidas por Procuradores do Estado admitidos por concurso
público e organizados em carreira. BL: Entend. Jurisprud.
(PGERN-2014-FCC): Lei estadual criou cargos em comissão de assessor jurídico junto aos Gabinetes de
Secretários de Estado, de livre provimento por estes, dentre bacharéis em direito com inscrição na Ordem
dos Advogados do Brasil. De acordo com a lei, aos titulares dos cargos cabe exercer a consultoria jurídica a
respeito da legalidade dos atos administrativos, normativos e contratos de interesse da Secretaria, bem
como atuar em juízo em defesa dos atos praticados pelo Secretário. A referida lei é incompatível com a
Constituição Federal, uma vez que a consultoria jurídica aos Gabinetes de Secretários e a representação do
Estado em juízo são atribuições dos Procuradores do Estado. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção; ##STF: ##PGESP-2012: ##TJMA-2013: ##PGESE-2017: ##DPEPE-2018: ##CESPE:


##FCC: A forma de provimento do cargo de Procurador-Geral do Estado, não prevista pela CF/1988
(art. 132), pode ser definida pela Constituição Estadual, competência esta que se insere no âmbito de
autonomia de cada Estado-membro, orientação que já havia sido afirmada no julgamento da ADI
2.581. Asseverou-se, assim, que o Estado-membro não está obrigado a observar o modelo federal para
o provimento do cargo de Advogado-Geral da União (art. 131, § 1º). STF, Plenário, ADI 2682, Min. Rel.

461
Gilmar Mendes, j. 12/02/09.

##Atenção: ##STF: ##PGESP-2012: ##PGEPA-2015: ##PGEMT-2016: ##PGEAC-2017: ##PGESE-2017:


##PGETO-2018: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: O cargo de Procurador Geral do Estado é de livre
nomeação e exoneração pelo Governador do Estado, que pode escolher o Procurador Geral entre
membros da carreira ou não. STF. Plenário. ADI 291, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 07/04/10.
(PGESE-2017-CESPE): De acordo com a CF e a jurisprudência do STF, o procurador-geral de estado ocupa
cargo comissionado de livre nomeação e exoneração pelo governador do estado. BL: art. 132, CF e Entend.
Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##PGESP-2012: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##PGM-Recife/PE-204: ##PGEAC-2017:


##PGESE-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: A garantia da inamovibilidade
é conferida pela CF apenas aos magistrados, aos membros do Ministério Público e aos membros da
Defensoria Pública, não podendo ser estendida aos procuradores do Estado. STF. Plenário. ADI 291,
Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 07/04/10.

##Atenção: ##STF: ##PGESP-2012: ##FCC: Orçamento anual. Competência privativa. Por força de
vinculação administrativo-constitucional, a competência para propor orçamento anual é privativa do
Chefe do Poder Executivo. Em outras palavras, a elaboração da proposta orçamentária é competência
do Chefe do Executivo e, portanto, não cabe à Procuradoria-Geral do Estado tal competência. STF.
Plenário. ADI 882.
(PGESP-2012-FCC): De acordo com a jurisprudência recente do STF, a norma de Constituição Estadual que
possibilita à Procuradoria Geral do Estado a elaboração de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias é inconstitucional. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STJ: ##PGEAM-2010: ##FCC: Os Procuradores dos Estados estão desobrigados de


provar sua capacidade postulatória, pois trata-se de delegação de poderes decorrentes de sua
nomeação. Assim, não se há de exigir, como obrigatória, cópia da procuração no agravo de
instrumento. STJ. 2ª T., AgRg no Ag 1319991/MG, Rel. Min. Castro Meira, j. 02/09/10.

##Atenção: ##STF: ##TJPB-2011: ##CESPE: Representação judicial não excludente da Constituição de


mandatário ad judicia para causa específica. Ao conferir aos procuradores dos Estados e do Distrito
Federal a sua representação judicial, o art. 132 da CF/1988 veicula norma de organização
administrativa, sem tolher a capacidade de tais entidades federativas para conferir mandato ad judicia
a outros advogados para causas especiais. STF. Plenário. Pet 409-AgR, Rel. p/ o Ac. Min. Sepúlveda
Pertence, j. 18-04-90.

(MPBA-2018): No que se refere à Advocacia Pública e à Defensoria Pública, assinale a alternativa correta:
O ingresso na carreira de Procurador do Estado ou do Distrito Federal é feito por meio de concurso
público de provas e títulos, no qual é necessária a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as suas fases. BL: art. 132, CF.

(TJDFT-2015-CESPE): A respeito do Poder Judiciário, do controle de constitucionalidade e das funções


essenciais à justiça, assinale a opção correta considerando a CF e a jurisprudência do STF: Se o resultado
de uma eleição para a presidência de um tribunal de justiça estadual for questionado judicialmente,
competirá à procuradoria-geral do estado a representação do tribunal de justiça para defender o ato
impugnado. BL: art. 132, CF.

Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo É ASSEGURADA ESTABILIDADE após
três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado das corregedorias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(TJDFT-2007) (PGEAM-2010) (DPERR-2013) (PCPA-2013) (DPERN-2015) (MPT-2015) (PGEPE-2009/2018)
(PGEAP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)

SEÇÃO III
DA ADVOCACIA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)

Art. 133. O ADVOGADO é indispensável à administração da justiça, SENDO INVIOLÁVEL por


seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. (TJDFT-2007) (TJMG-2008) (TJSP-
2008) (TJSC-2009) (PGEPE-2009) (TRF2-2011) (MPTO-2012) (MPF-2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJES-2013)

462
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TJGO-2015) (TRT6-2015) (PCGO-
2012/2017) (PGEAC-2017) (PCES-2019) (PCMG-2021) (PCPA-2021)

(TJDFT-2007): No trato das Funções Essenciais à Justiça, tal como preconizado na CF/1988, é correto
afirmar: A lei pode disciplinar a inviolabilidade do advogado por seus atos e manifestações exarados no
exercício da profissão. BL: art. 133, CF.

##Atenção: O advogado é indispensável à administração da justiça, mas não é inviolável por todos os
atos, sendo apenas em relação àqueles praticados no exercício da profissão.

##Atenção: ##STJ: ##MPF-2013: ##Cartórios/TJSE-2014: ##CESPE: A imunidade profissional,


indispensável ao desempenho independente e seguro da advocacia (função essencial à Justiça, com
previsão constitucional no art. 133), e que tem por desiderato garantir a inviolabilidade do advogado por
seus atos e manifestações no exercício profissional, desde que dentro dos limites da lei, deverá ser
exercida sem violar direitos inerentes à personalidade (igualmente resguardados pela CF/1988), como a
honra e a imagem, de quem quer que seja, sob pena de responsabilização civil pelos danos decorrentes
de tal conduta. STJ. 3ª T., REsp 1065397/MT, Rel. Min. Massami Uyeda, j. 04/11/10.

##Atenção: ##STF: ##DPERR-2013: ##Cartórios/TJSE-2014: ##CESPE: Advogado: imunidade


judiciária (CF, art. 133): não compreensão de atos relacionados a questões pessoais. A imunidade do
advogado – além de condicionada aos ‘limites da lei’, o que, obviamente, não dispensa o respeito ao
núcleo essencial da garantia da libertas conviciandi – não alcança as relações do profissional com o seu
próprio cliente. STF. 1ª T., RE 387.945, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 14/2/06.

SEÇÃO IV
DA DEFENSORIA PÚBLICA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)

Art. 134. A DEFENSORIA PÚBLICA é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, INCUMBINDO-LHE, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente,
a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma
do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de
2014) (TJCE-2014) (TJDFT-2014) (DPECE-2014) (DPEGO-2014) (DPEPB-2014) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (DPERN-2015) (MPT-2015) (DPEES-2016) (DPEMT-2016) (DPU-2015/2017)
(DPEAL-2017) (DPERO-2017) (PCGO-2017) (DPEPE-2015/2018) (MPBA-2018) (MPPB-2018) (DPEMA-
2018) (PGEAP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2014/2019) (DPESP-2015/2019) (DPEDF-2019)
(DPEMG-2019) (DPEBA-2016/2021) (DPESC-2017/2021) (DPEAM-2018/2021) (MPAP-2021) (DPERJ-
2021) (PGEPB-2021) (PCMG-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2021) (DPEPA-2015/2022) (PCES-2019/2022)
(DPERS-2022)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEAM-2021: ##FCC: A Defensoria Pública pode prestar assistência
jurídica às pessoas jurídicas que preencham os requisitos constitucionais: A Defensoria Pública, por
obrigação, deve prestar assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos. Todavia, suas funções a essas não se restringem ao aspecto econômico. A Defensoria Pública
deve zelar pelos direitos e interesses de todos os necessitados, não apenas sob o viés financeiro, mas
também sob o prisma da hipossuficiência e vulnerabilidade decorrentes de razões outras (idade,
gênero, etnia, condição física ou mental etc.). Conclui-se que a Defensoria Pública, agente de
transformação social, tem por tarefa assistir aqueles que, de alguma forma, encontram barreiras para
exercitar seus direitos. Naturalmente. sua atribuição precípua é o resguardo dos interesses dos
carentes vistos sob o prisma financeiro. Todavia não é a única. Isso porque, como sabemos, as
desigualdades responsáveis pela intensa instabilidade social não são apenas de ordem econômica.
Não há, em princípio, impedimento insuperável a que pessoas jurídicas venham, também, a ser
consideradas titulares de direitos fundamentais, não obstante estes, originalmente, terem por
referência a pessoa física. As expressões “insuficiência de recursos” e “necessitados” podem aplicar-se
tanto às pessoas físicas quanto às pessoas jurídicas. Portanto, há a possibilidade de que pessoas
jurídicas sejam, de fato, hipossuficientes e, portanto, sejam assistidas pela Defensoria Pública. STF.

463
Plenário. ADI 4636/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 3/11/21 (Info 1036).

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEMG-2019: ##MPCE-2020: ##DPEBA-2021: ##PGEPB-2021:


##DPERS-2022: ##CESPE: ##FCC: Custos vulnerabilis significa “guardiã dos vulneráveis” (“fiscal
dos vulneráveis”). Enquanto o MP atua como custos legis (fiscal ou guardião da ordem jurídica), a
Defensoria Pública possui a função de custos vulnerabilis. Assim, segundo a tese da Instituição, em
todo e qualquer processo onde se discuta interesses dos vulneráveis seria possível a intervenção da
Defensoria Pública, independentemente de haver ou não advogado particular constituído. Quando a
Defensoria Pública atua como custos vulnerabilis, a sua participação processual ocorre não como
representante da parte em juízo, mas sim como protetor dos interesses dos necessitados em geral. O
STJ afirmou que deve ser admitida a intervenção da DPU no feito como custos vulnerabilis nas
hipóteses em que há formação de precedentes em favor dos vulneráveis e dos direitos humanos. STJ.
2ª S. EDcl no REsp 1712163-SP, Rel. Min. Moura Ribeiro, j. 25/09/19 (Info 657).
(DPERS-2022-CESPE): Julgue o item a seguir, considerando a dinâmica dos núcleos especializados e a
atuação do defensor público como instrumento de transformação social: Conforme entendimento do STJ, a
intervenção da Defensoria Pública na condição de custos vulnerabilis, em nome próprio, poderá ocorrer em
processos individuais e coletivos, nas hipóteses em que haja formação de precedentes em favor dos
vulneráveis e dos direitos humanos. BL: Info 657, STJ.
(PGEPB-2021-CESPE): De acordo com as regras previstas no direito processual civil para a Defensoria
Pública, julgue o próximo item: De acordo com o STJ, é legítima a intervenção da Defensoria Pública para
atuar em nome próprio como custus vulnerabilis, quando no julgamento de causa repetitiva existir a
possibilidade de formação de precedente favorável a grupo de vulneráveis e a direitos humanos. BL: Info
657, STJ.
(MPCE-2020-CESPE): Em determinada seção do STJ, durante julgamento de recurso especial repetitivo
acerca de discussão referente ao custeio de medicamento por plano de saúde, questão que se reflete em
diversas demandas de consumidores economicamente vulneráveis, foi admitido o ingresso da Defensoria
Pública da União na qualidade de guardião dos vulneráveis (custos vulnerablis). Nessa hipótese, de acordo
com a jurisprudência atual do STJ, a atuação como guardião dos vulneráveis representa uma forma
interventiva da Defensoria Pública em nome próprio e em favor de seus interesses institucionais, sendo-lhe
permitida a interposição de recurso. BL: Info 657, STJ.

##Atenção: ##STJ: ##DPEAL-2017: ##DPEMG-2019: ##DPESP-2019: ##CESPE: ##FCC: O


direito à educação legitima a propositura da Ação Civil Pública, inclusive pela Defensoria Pública,
cuja intervenção, na esfera dos interesses e direitos individuais homogêneos, não se limita às relações
de consumo ou à salvaguarda da criança e do idoso. Ao certo, cabe à Defensoria Pública a tutela de
qualquer interesse individual homogêneo, coletivo stricto sensu ou difuso, pois sua legitimidade ad
causam, no essencial, não se guia pelas características ou perfil do objeto de tutela (= critério objetivo),
mas pela natureza ou status dos sujeitos protegidos, concreta ou abstratamente defendidos, os
necessitados (= critério subjetivo). STJ, 2ª T., AgInt no REsp 1573481/PE, Rel. Min. Herman Benjamin, j.
26/04/16.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPERN-2015: ##DPEES-2016: ##DPEMT-2016: ##DPU-


2015/2017: ##PGESE-2017: ##DPEAM-2018: ##DPEPE-2018: ##DPESP-2015/2019: ##TJSC-2019:
##DPEDF-2019: ##DPEMG-2019: ##DPEBA-2016/2021: ##DPESC-2017/2021: ##MPAP-2021:
##DPEPA-2022: ##CESPE: ##FCC: A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil
pública em defesa de interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram plano
de saúde reajustado em razão da mudança de faixa etária, ainda que os titulares não sejam carentes de
recursos econômicos. A atuação primordial da Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica
e a defesa dos necessitados econômicos. Entretanto, também exerce suas atividades em auxílio a
necessitados jurídicos, não necessariamente carentes de recursos econômicos. A expressão
"necessitados" prevista no art. 134, caput, da CF/88, que qualifica e orienta a atuação da Defensoria
Pública, deve ser entendida, no campo da Ação Civil Pública, em sentido amplo. Assim, a Defensoria
pode atuar tanto em favor dos carentes de recursos financeiros como também em prol do necessitado
organizacional (que são os "hipervulneráveis"). STJ. Corte Especial. EREsp 1.192.577-RS, Rel. Min.
Laurita Vaz, j. 21/10/15 (Info 573)
(TJSC-2019-CESPE): A respeito da defesa do consumidor em juízo, assinale a opção correta: A Defensoria
Pública tem legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de direitos individuais homogêneos de
consumidores idosos, independentemente da comprovação de hipossuficiência econômica dos beneficiários.
BL: Info 573, STJ.
(DPEPE-2018-CESPE): A respeito do ajuizamento de ação civil pública pela Defensoria Pública para tutela

464
de defesa de interesses individuais homogêneos de consumidores, assinale a opção correta de acordo com o
entendimento jurisprudencial do STJ: A legitimidade da Defensoria Pública abrange diversas formas de
vulnerabilidades sociais, não se limitando à atuação em nome de carente de recursos econômicos. BL: Info
573, STJ.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: O STJ, ao interpretar os requisitos legais para a atuação coletiva da
Defensoria Pública, adota exegese ampliativa da condição jurídica de “necessitado”, de modo a
possibilitar sua atuação em relação aos necessitados jurídicos em geral, não apenas aos
hipossuficientes sob o aspecto econômico. STJ. 1ª T. AgInt nos EDcl no REsp 1.529.933/CE, Rel. Min.
Benedito Gonçalves, j. 20/5/19.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPECE-2014: ##DPEPE-2015: ##DPEES-2016: ##DPU-2015/2017:


##DPESC-2017: ##PGESE-2017: ##DPEAM-2013/2018: ##DPEMG-2019: ##CESPE: ##FCC: A
expressão “necessitados” (art. 134, caput, da CF/88), que qualifica, orienta e enobrece a atuação da
Defensoria Pública, deve ser entendida, no campo da Ação Civil Pública, em sentido amplo, de modo
a incluir, ao lado dos estritamente carentes de recursos financeiros - os miseráveis e pobres -, os
hipervulneráveis (isto é, os socialmente estigmatizados ou excluídos, as crianças, os idosos, as
gerações futuras), enfim todos aqueles que, como indivíduo ou classe, por conta de sua real
debilidade perante abusos ou arbítrio dos detentores de poder econômico ou político, 'necessitem' da
mão benevolente e solidarista do Estado para sua proteção, mesmo que contra o próprio Estado . Vê-se,
então, que a partir da ideia tradicional da instituição forma-se, no Welfare State, um novo e mais
abrangente círculo de sujeitos salvaguardados processualmente, isto é, adota-se uma compreensão de
minus habentes impregnada de significado social, organizacional e de dignificação da pessoa humana.
STJ. 2ª T., REsp 1.264.116/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 18/10/11.

##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##TRF5-2013: ##DPEPB-2014: ##DPESP-2015: ##DPERO-


2017: ##DPEMG-2019: ##DPESC-2021: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2021: ##CESPE: ##FCC:
##VUNESP: Norma estadual que atribui à Defensoria Pública do estado a defesa judicial de
servidores públicos estaduais processados civil ou criminalmente em razão do regular exercício do
cargo extrapola o modelo da CF/1988 (art. 134), o qual restringe as atribuições da Defensoria Pública à
assistência jurídica a que se refere o art. 5º, LXXIV. STF. Plenário. ADI 3022, Rel. Min. Joaquim Barbosa,
j. 02/08/04.
(DPEMG-2019): Analise a assertiva a seguir: As normas da CF/88 previstas no art. 134, e seus respectivos
parágrafos, devem ser consideradas todas de reprodução obrigatória no âmbito dos Estados-membros e do
Distrito Federal. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: Tendo em vista tratar-se de normas que instituem garantias em relação à organização das
funções essenciais à justiça, por força do princípio da simetria e do art. 25 da CF, são normas de reprodução
obrigatória.
(DPERO-2017-VUNESP): Suponha-se que a Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado de Rondônia
seja alterada para contemplar, no rol de suas funções institucionais, a defesa judicial de servidores públicos
estaduais processados civil ou criminalmente em razão do regular exercício do cargo. Essa modificação
deve ser considerada inconstitucional, porque extrapola o modelo delineado pela Constituição Federal, que
prevê que a Defensoria Pública prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos. BL: Entend. Jurisprud.
(DPESP-2015-FCC): Ao avaliar o tema Defensoria Pública, o STF, no exercício jurisdicional do controle
concentrado de constitucionalidade, decidiu: É inconstitucional norma estadual que atribui à Defensoria
Pública do Estado a defesa judicial de servidores públicos estaduais processados civil ou criminalmente em
razão do regular exercício do cargo. BL: Entend. Jurisprud.
(DPEPB-2014-FCC): Acerca da disciplina da Defensoria Pública na Constituição Federal e do
entendimento do STF sobre a matéria, é correto afirmar que é inconstitucional a norma estadual que atribua
à Defensoria Pública do Estado a defesa judicial de servidores públicos estaduais processados civil ou
criminalmente em razão do regular exercício do cargo. BL: Entend. Jurisprud.

(DPEDF-2019-CESPE): A respeito da Defensoria Pública, julgue o item a seguir: A assistência jurídica


do Estado aos que não tenham condições financeiras abrange as fases pré-processual, endoprocessual e
pós-processual. BL: art. 134, caput, CF e art. 1º, caput, LC 80/94.

(MPBA-2018): No que se refere à Advocacia Pública e à Defensoria Pública, assinale a alternativa correta:
465
As atribuições dos integrantes da Defensoria Pública, instituição que faz parte das funções essenciais à
Justiça, abrangem atividades de representação judicial e extrajudicial, de advocacia contenciosa e
consultiva. BL: art. 134, caput, CF.

(DPEAM-2018-FCC): Considerando as disposições da Constituição Federal, bem como de suas


emendas, relacionadas ao funcionamento das Defensorias Públicas, é correto afirmar: A Defensoria
Pública passou a contar com Seção própria na CF/1988 a partir da EC n° 80/2014. BL: art. 134, caput, CF.

(DPU-2017-CESPE): A respeito do tratamento constitucional conferido à DP, da organização e do


funcionamento da DPU e da responsabilidade funcional de seus membros, julgue o item a seguir: Entre
os modelos de assistência jurídica dos Estados contemporâneos, o Brasil adotou, na CF, o sistema
salaried staff model, o que significa que incumbe à DP a prestação de assistência jurídica integral e
gratuita aos necessitados. BL: art. 5º, LXXIV e art. 134, caput, CF.

##Atenção: ##DPEPR-2012: ##DPEGO-2014: ##DPERN-2015: ##DPU-2017: ##DPEAM-


2013/2018: ##DPEMA-2018: ##DPESP-2013/2019: ##DPERJ-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FGV:
Modelos Jurídico-assistenciais: i) Pro bono: Assistência é prestada por profissionais liberais
(advogados), sem contraprestação monetária.; ii) Judicare: Assistência é prestada por advogados, porém,
nesse caso poderá ocorrer remuneração pelos cofres públicos, através da indicação e remuneração de
advogados dativos; iii) Salaried Staff Model: Também denominado de advocacia pública em razão de a
prestação de assistência ser realizada por profissionais que recebem uma remuneração fixa para o
desempenho da função como um todo (e não caso a caso, como ocorre no judicare), um corpo de
profissionais é remunerado para atuar em todas as causas. No “modelo de pessoal assalariado” a
assistência tanto pode ser prestada por entidades não estatais subvencionadas por verbas públicas,
geralmente sem fins lucrativos, quando pode haver a criação de um organismo estatal responsável pela
prestação da assistência por meio de seu próprio corpo de servidores. Neste último caso se enquadra a
Defensoria Pública.; iv) Híbrido ou misto: mesclam as fórmulas dos sistemas mencionados acima . (Fonte:
http://emporiododireito.com.br/tag/edilson-santana-g-filho/).
(DPEAM-2018-FCC): O modelo de assistência judiciária gratuita adotado pela Constituição Federal
vigente no país denomina-se salaried staff model. BL: art. 5º, LXXIV e art. 134, caput, CF.

(DPU-2017-CESPE): A respeito da organização do Estado e do Poder Judiciário, julgue o item


subsequente com base no texto constitucional: No que se refere à defesa dos interesses dos necessitados,
cabe à DP a defesa de direitos individuais e coletivos, mesmo no âmbito da esfera extrajudicial. BL: art.
134, caput, CF.

(DPESP-2015-FCC): A partir da EC n° 80/2014, o legislador parece ter decidido transformar em


passado a célebre frase de Ovídio (43 a.C. a 18 d.C.) cura pauberibus clausa est (o tribunal está fechado
para os pobres). Partindo dos avanços trazidos pela recente reforma constitucional à Defensoria Pública,
analise a assertiva a seguir: Criou seção autônoma − A Defensoria Pública sai da Seção III (Da Advocacia
e da Defensoria Pública) e passa a ter uma seção própria, a Seção IV, assim como já havia para a
Advocacia Pública. BL: arts. 133 e 134, CF. (DPEES-2016) (DPESC-2021)

(DPU-2015-CESPE): Em relação à DP, julgue o item subsecutivo: A orientação jurídica e a defesa judicial
e extrajudicial dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, função essencial em um Estado
democrático de direito, é realizada, no Brasil, pela DP. BL: art. 134, caput, CF.

(DPEPB-2014-FCC): Em relação às terminologias “assistência judiciária gratuita” e “assistência


jurídica integral e gratuita”, é correto afirmar que “assistência judiciária gratuita” refere-se à
assistência processual gratuita. BL: art. 134, caput, CF.

##Atenção: ##DOD: ##DPECE-2014: ##DPEPB-2014: ##DPEAC-2017: ##DPESP-2019:


##DPEAM-2021: ##DPEPA-2022: ##CESPE: ##FCC: Assistência jurídica integral e gratuita X
Gratuidade da justiça (Assistência Judiciária Gratuita – AJG):
I – Assistência jurídica integral e gratuita: Fornecimento pelo Estado de ORIENTAÇÃO e
DEFESA JURÍDICA, de forma integral e gratuita, a ser prestada pela Defensoria Pública, em
todos os graus, aos necessitados (art. 134 da CF). Regulada pela Lei Complementar 80/94.
II – Gratuidade da justiça (Assistência Judiciária Gratuita – AJG): Isenção das despesas que
forem necessárias para que a pessoa necessitada possa defender seus interesses em um
466
PROCESSO judicial. Era regulada pela Lei 1.060/50, mas o CPC/15 passou a tratar sobre o tema,
revogando quase toda essa lei.

§ 1º Lei complementar ORGANIZARÁ a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos


Territórios e PRESCREVERÁ normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira,
PROVIDOS, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, ASSEGURADA a seus
integrantes a garantia da INAMOVIBILIDADE e VEDADO o EXERCÍCIO DA ADVOCACIA fora das
atribuições institucionais. (Renumerado do parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (TJSE-
2008) (DPECE-2008) (DPEES-2009) (DPEPI-2009) (PGEPE-2009) (MPES-2010) (DPEMA-2009/2011)
(TJRO-2011) (TJMG-2005/2012) (TJPI-2012) (TJAC-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (DPERR-2013)
(DPETO-2013) (DPEPB-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(Cartórios/TJPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (DPEPA-2009/2015) (DPERN-2015) (PGM-Salvador/BA-2015)
(DPEBA-2016) (DPEMT-2016) (DPEAC-2012/2017) (TJSC-2013/2017) (DPEPR-2012/2014/2017) (DPU-
2015/2017) (DPEAL-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEAM-2011/2013/2018) (DPEPE-2015/2018)
(MPBA-2018) (PGEAP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Anal./MPU-2018) (DPEMG-2014/2019) (DPESP-
2012/2015/2019) (DPESC-2017/2021) (PCES-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro
por prerrogativa de função, no Tribunal de Justiça, para Procuradores do Estado, Procuradores da
ALE, Defensores Públicos e Delegados de Polícia. A CF/88, apenas excepcionalmente, conferiu
prerrogativa de foro para as autoridades federais, estaduais e municipais. Assim, não se pode permitir
que os Estados possam, livremente, criar novas hipóteses de foro por prerrogativa de função. STF.
Plenário. ADI 2553/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 15/5/19
(Info 940).

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEMG-2019: Os Defensores Públicos NÃO precisam de inscrição na


OAB para exerceram suas atribuições. O art. 3º, § 1º, da Lei 8.906/94 deve receber interpretação
conforme à Constituição de modo a se concluir que não se pode exigir inscrição na OAB dos membros
das carreiras da Defensoria Pública. O art. 4º, § 6º, da LC 80/94 afirma que a capacidade postulatória
dos Defensores Públicos decorre exclusivamente de sua nomeação e posse no cargo público, devendo
esse dispositivo prevalecer em relação ao Estatuto da OAB por se tratar de previsão posterior e
específica. Vale ressaltar que é válida a exigência de inscrição na OAB para os candidatos ao concurso
da Defensoria Pública porque tal previsão ainda permanece na Lei. STJ. 2ª T. REsp 1.710.155-CE, Rel.
Min. Herman Benjamin, j. 1/3/18 (Info 630).

##Atenção: ##STF: ##DPERR-2013: ##DPEPB-2014: ##DPEPE-2015: ##PGM-Salvador/BA-


2015: ##DPEBA-2016: ##CESPE: ##FCC: O STF decidiu que com base no art. 134, §1°, da CF, é
inconstitucional regra inserida em constituição estadual que reconheça ao DP a possibilidade de exercer
a advocacia privada: O § 1º do art. 134 da CF/88 repudia o desempenho, pelos membros da Defensoria
Pública, de atividades próprias da advocacia privada. Improcede o argumento de que o exercício da
advocacia pelos Defensores Públicos somente seria vedado após a fixação dos subsídios aplicáveis às
carreiras típicas de Estado. Os § 1º e § 2º do art. 134 da CF veiculam regras atinentes à estruturação das
defensorias públicas, que o legislador ordinário não pode ignorar. Pedido julgado procedente para
declarar a inconstitucionalidade do art. 137 da LC 65, do Estado de Minas Gerais. STF. Plenário. ADI
3.043, Rel. Min. Eros Grau, j. 26/4/06.

(DPEMG-2019): Analise a assertiva a seguir: O art. 134, §1º, da CF/88, consagra o “princípio do
defensor público natural” ao estabelecer que a Defensoria Pública deve ser organizada em cargos de
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos. BL: art. 134, § 1º, CF.

##Atenção:: O princípio do defensor natural protege não apenas o membro da Defensoria durante o seu
dever de atuação, garantindo que não será arbitrariamente impedido de atuar ou removido do exercício
de suas atribuições funcionais, mas constitui, também, uma proteção legal aos próprios destinatários da
assistência jurídica, já que garante a estes o direito de serem patrocinados apenas pelo defensor público
que tenha atribuição territorial e funcional para atuação, sem remoção, destituição ou retirada da
demanda, assim analisados de maneira objetiva e com base em critérios pré-determinados de
competência de atuação, sem que isso viole o princípio de indivisibilidade institucional. Conforme
467
JUNKES (2006), analogicamente ao Princípio do Promotor Natural, o Princípio do Defensor Natural veda
que o Defensor Público seja afastado de casos em que, por critérios legais predeterminados, deveria
oficiar. Tal como o do Promotor Natural, esse Princípio apresenta dupla garantia, uma vez que se dirige
tanto aos membros da Defensoria Pública, como, para a Sociedade. (Fonte: JUNKES, Sérgio Luiz.
Defensoria pública e o princípio da justiça social. Curitiba: Juruá, 2006.).

(DPECE-2014-FCC): Projeto de lei ordinária, de iniciativa do Presidente da República, pretende


introduzir modificações na estrutura da Defensoria Pública da União, bem como autorizar os Estados a
prescreverem normas gerais próprias para organização das respectivas Defensorias Públicas. A
proposição legislativa em questão é incompatível com a Constituição da República, uma vez que a
organização da Defensoria Pública da União, assim como as normas gerais para organização das
Defensorias Públicas do Estado, são matérias reservadas à lei complementar. BL: art. 134, § 1º, CF.

(DPEBA-2010-CESPE): Acerca da DP, de acordo com a CF, e da atuação da DP no estado da Bahia,


julgue o item seguinte: A CF veda aos membros da DP o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais. BL: art. 134, § 1º, CF.

§ 2º Às DEFENSORIAS PÚBLICAS ESTADUAIS SÃO ASSEGURADAS autonomia funcional e


administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004) (TJDFT-2007) (TJMG-2008) (TJSE-2008) (TJGO-2009) (DPEPI-2009) (TRF2-2011) (TRF5-2011)
(MPTO-2012) (DPEAC-2012) (DPESE-2012) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (DPECE-2014) (DPEPB-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSE-2014)
(DPEPA-2009/2015) (DPERN-2015) (DPU-2015) (MPT-2015) (DPEES-2009/2016) (DPEBA-2016)
(DPEMT-2016) (DPEAL-2009/2017) (TJSC-2013/2017) (DPU-2010/2015/2017) (DPEAC-2017) (DPEAL-
2017) (DPEPR-2017) (DPERO-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEAM-
2011/2013/2018) (DPEMA-2011/2015/2018) (DPEPE-2015/2018) (MPBA-2018) (PGEAP-2018) (PCRS-2018)
(PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEDF-2013/2019) (DPEMG-2014/2019) (DPESP-
2009/2010/2012/2013/2015/2019) (DPEGO-2014/2021) (DPESC-2017/2021) (DPERS-2014/2022) (DPEMS-
2022) (PCES-2022)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: Ao impor a nomeação de Defensores para atuar em processos na Justiça
Militar do Distrito Federal, em discordância com critérios de alocação de pessoal previamente
aprovados pelo Conselho Superior da Defensoria Pública do DF, a autoridade judiciária interfere na
autonomia funcional e administrativa do órgão. Reconhecida a inexistência de profissionais
concursados em número suficiente para atender toda a população do DF, os critérios indicados pelo
Conselho Superior da Defensoria Pública do DF para a alocação e distribuição dos Defensores
Públicos (locais de maior concentração populacional e de maior demanda, faixa salarial familiar até 5
salários mínimos) revestem-se de razoabilidade. STJ. 5ª T. RMS 59.413-DF, Rel. Min. Reynaldo Soares
da Fonseca, j. 7/5/19 (Info 648).

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJSC-2017: ##DPEPE-2018: ##CESPE: ##FCC: Não configura o crime
de desobediência (art. 330 do CP) a conduta de Defensor Público Geral que deixa de atender à
requisição judicial de nomeação de defensor público para atuar em determinada ação penal. A
Constituição Federal assegura às Defensorias Públicas autonomia funcional e administrativa (art. 134,
§2º). A autonomia administrativa e a independência funcional asseguradas constitucionalmente às
Defensorias Públicas não permitem que o Poder Judiciário interfira nas escolhas e nos critérios de
atuação dos Defensores Públicos que foram definidos pelo Defensor Público-Geral. STJ. 6ª T. HC
310.901-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j. 16/6/16 (Info 586).

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPU-2017: ##DPEPE-2018: ##DPEMG-2019: ##CESPE: É


inconstitucional a Lei de Diretrizes Orçamentárias que seja elaborada sem contar com a participação
da Defensoria Pública para elaborar as respectivas propostas orçamentárias. Assim, a LDO enviada
pelo Governador do Estado à Assembleia Legislativa deve contar com a participação prévia da
Defensoria Pública. Isso porque a LDO fixa limites do orçamento anual que será destinado à
Instituição. Além do § 2º, também deve ser aplicado o 1º do art. 99 da CF/88 às Defensorias Públicas .

468
STF. Plenário. ADI 5381 Referendo-MC/PR, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 18/5/16 (Info 826).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPESP-2015: ##DPU-2015/2017: ##DPEPR-2017: ##DPEMA-


2018: ##DPEPE-2018: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##DPEMG-2019: ##DPERS-2022:
##CESPE: ##FCC: Governador não pode reduzir proposta orçamentária da Defensoria elaborada de
acordo com a LDO: Governador do Estado, ao encaminhar para a Assembleia Legislativa o projeto de
lei orçamentária, não pode reduzir a proposta orçamentária elaborada pela Defensoria Pública e que
estava de acordo com a LDO. Há, neste caso, violação ao § 2º do art. 134 da CF. Assim, é
inconstitucional a redução unilateral pelo Poder Executivo dos orçamentos propostos pelos outros
Poderes e por órgãos constitucionalmente autônomos, como o Ministério Público e a Defensoria
Pública, na fase de consolidação do projeto de lei orçamentária anual, quando tenham sido elaborados
em obediência às leis de diretrizes orçamentárias e enviados conforme o art. 99, § 2º, da CF. Caso o
Governador do Estado discorde da proposta elaborada, ele poderá apenas pleitear ao Poder
Legislativo a redução pretendida, visto que a fase de apreciação legislativa é o momento
constitucionalmente correto para o debate de possíveis alterações no projeto de lei orçamentária. Não
pode, contudo, já encaminhar o projeto com a proposta alterada. Portanto, nos termos do art. 134, § 2º,
da CF, não é dado ao chefe do Poder Executivo estadual, de forma unilateral, reduzir a proposta
orçamentária da Defensoria Pública quando essa é compatível com a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Caberia ao Governador do Estado incorporar ao PLOA a proposta nos exatos termos definidos pela
Defensoria, podendo, contudo, pleitear à Assembleia Legislativa a redução pretendida, visto ser o
Poder Legislativo a seara adequada para o debate de possíveis alterações no PLOA. A inserção da
Defensoria Pública em capítulo destinado à proposta orçamentária do Poder Executivo, juntamente
com as Secretarias de Estado, constitui desrespeito à autonomia administrativa da instituição, além de
ingerência indevida no estabelecimento de sua programação administrativa e financeira. STF.
Plenário. ADI 5287/PB, Rel. Min. Luiz Fux, j. 18/5/16 (Info 826). STF. Plenário. ADPF 307 Referendo-
MC/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 19/12/13 (Info 733).
(DPERS-2022-CESPE): Com relação à autonomia, aos princípios institucionais e à competência dos
órgãos da DPE/RS, julgue o item subsequente: Conforme entendimento do STF, às defensorias públicas
dos estados é assegurada autonomia funcional e administrativa, bem como a prerrogativa de formulação de
sua própria proposta orçamentária, não podendo o chefe do Poder Executivo estadual realizar qualquer
juízo de valor sobre o montante ou o impacto financeiro da proposta orçamentária apresentada pelo
defensor público-geral do estado quando esta for compatível com a lei de diretrizes orçamentárias. BL:
Entend. Jurisprud. (vide abaixo o teor do item 4 da Ementa da ADI 5287/STF).
##Atenção: “(... )4. O Poder Executivo, que detém a competência para deflagrar o processo legislativo (art. 165, I, II e
III, da CRFB/88), uma vez atendida essa dupla de requisitos, não pode realizar qualquer juízo de valor sobre o
montante ou o impacto financeiro da proposta orçamentária apresentada pela Defensoria Pública
Estadual, preconizada nos termos dos artigos 99, § 2º, c/c 134, § 2º, da CRFB/88, cabendo-lhe tão somente consolidar
a proposta encaminhada e remetê-la ao órgão legislativo correspondente, sem introduzir nela quaisquer reduções ou
modificações. 5. A lei orçamentária deve ser apreciada pelo Poder Legislativo correspondente, ao qual caberá deliberar
sobre a proposta apresentada pela Defensoria Pública Estadual, fazendo-lhe as modificações que julgar necessárias
dentro dos limites constitucionalmente estabelecidos (§§ 3º e 4º do art. 166 da CRFB/88). (...)”
(DPEMA-2018-FCC): Sobre a autonomia funcional, administrativa e financeira conferidas à Defensoria
Pública dos Estados, é correto afirmar que a Defensoria Pública do Estado encaminhará sua proposta
orçamentária ao Chefe do Poder Executivo que, apesar de não poder realizar a redução unilateral do
orçamento proposto, quando tenha sido elaborado em obediência à lei de diretrizes orçamentárias e
enviado conforme as diretrizes constitucionais, poderá pleitear ao Poder Legislativo a redução
eventualmente pretendida. BL: Entend. Jurisprud.
(DPESP-2015-FCC): Considere as seguintes afirmações sobre a Defensoria Pública e sua jurisprudência
no STF: Na medida cautelar da ADPF n° 307, o STF decidiu que o chefe do Executivo estadual não pode
reduzir a proposta orçamentária da Defensoria Pública quando essa é compatível com a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, devendo submeter à Assembleia Legislativa o pleito de redução. Além disso, o governador
do Estado não pode incluir a Defensoria Pública em capítulo destinado à proposta orçamentária do Poder
Executivo, juntamente com as Secretarias de Estado. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEAC-2017: ##CESPE: A autonomia administrativa e a


independência funcional asseguradas constitucionalmente às defensorias públicas não permitem a
ingerência do Poder Judiciário acerca da necessária opção de critérios de atuação pelo Defensor Geral
e a independência da atividade da advocacia. STJ. 6ª T. HC 310.901/SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j.
16/06/16.

469
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEPB-2014: ##DPESP-2015: ##DPU-2015: ##DPEBA-2016:
##DPEAL-2017: ##DPESC-2017: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##DPEMG-2019: ##CESPE:
##FCC: É inconstitucional a legislação do Estado de São Paulo que prevê a celebração de convênio
exclusivo e obrigatório entre a Defensoria Pública de SP e a OAB-SP. Esta previsão ofende a
autonomia funcional, administrativa e financeira da Defensoria Pública estabelecida no art. 134, § 2º,
da CF/88. Somente é possível a prestação, pelo Poder Público, de assistência jurídica à população
carente por não Defensores Públicos em caso de situação excepcional e temporária. STF. Plenário. ADI
4163/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 29/2/12 (Info 656).
(DPESC-2017-FCC): Ao decidir, o STF, no julgamento da ADI 4.163, que qualquer política pública que
desvie pessoas ou verbas para outra entidade, com o mesmo objetivo de prestar assistência jurídica gratuita,
em prejuízo da Defensoria, insulta a Constituição da República, reforçou o modelo público de assistência
jurídica gratuita. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DPESP-2012: ##Cartórios/TJBA-2013: ##DPEPR-2017: ##DPEPE-


2015/2018: ##DPEMA-2018: ##DPEDF-2019: ##CESPE: ##FCC: A Defensoria Pública dos Estados
tem autonomia funcional e administrativa, incabível relação de subordinação a qualquer Secretaria de
Estado. STF. Plenário. ADI 3965, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 07/03/12.

##Atenção: ##STF: ##DPEDF-2013: ##Cartórios/TJBA-2013: ##DPEAM-2018: ##DPEPE-2018:


##DPESP-2019: ##DPERS-2022: ##CESPE: ##FCC: A EC 45/04 reforçou a autonomia funcional e
administrativa às defensorias públicas estaduais, ao assegurar-lhes a iniciativa para a propositura de
seus orçamentos (art. 134, § 2º). Qualquer medida normativa que suprima essa autonomia da
Defensoria Pública, vinculando-a a outros Poderes, em especial ao Executivo, implicará violação à
Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 4056, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 07/03/12.

##Atenção: ##STJ: ##DPEAL-2009: ##DPESE-2012: ##DPESP-2012: ##Cartórios/TJBA-2013:


##DPEPB-2014: ##DPEPE-2015: ##DPEPR-2017: ##DPEAM-2018: ##CESPE: ##FCC: A EC
45/04 outorgou expressamente autonomia funcional e administrativa às defensorias públicas
estaduais, além da iniciativa para a propositura de seus orçamentos (art. 134, § 2º): donde, ser
inconstitucional a norma local que estabelece a vinculação da Defensoria Pública a Secretaria de
Estado. A norma de autonomia inscrita no art. 134, § 2º, da CF pela EC 45/04 é de eficácia plena e
aplicabilidade imediata, dado ser a Defensoria Pública um instrumento de efetivação dos direitos
humanos. STF. Plenário. ADI 3569, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 2/4/07.105

##Atenção: ##STF: ##DPESP-2015: ##DPEPE-2018: ##DPERS-2022: ##CESPE: ##FCC:


ORGANIZAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA NOS ESTADOS-MEMBROS -
ESTABELECIMENTO, PELA UNIÃO FEDERAL, MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR NACIONAL,
DE REQUISITOS MÍNIMOS PARA INVESTIDURA NOS CARGOS DE DEFENSOR PÚBLICO-
GERAL, DE SEU SUBSTITUTO E DO CORREGEDOR-GERAL DA DEFENSORIA PÚBLICA DOS
ESTADOS-MEMBROS - NORMAS GERAIS, QUE, EDITADAS PELA UNIÃO FEDERAL, NO
EXERCÍCIO DE COMPETÊNCIA CONCORRENTE, NÃO PODEM SER DESRESPEITADAS PELO
ESTADO-MEMBRO - LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL QUE FIXA CRITÉRIOS DIVERSOS -
INCONSTITUCIONALIDADE. - Os Estados-membros e o Distrito Federal não podem, mediante
legislação autônoma, agindo "ultra vires", transgredir a legislação fundamental ou de princípios que a
União Federal fez editar no desempenho legítimo de sua competência constitucional, e de cujo
exercício deriva o poder de fixar, validamente, diretrizes e bases gerais pertinentes a determinada
matéria ou a certa Instituição, como a organização e a estruturação, no plano local, da Defensoria
Pública. - É inconstitucional lei complementar estadual, que, ao fixar critérios destinados a definir a
escolha do Defensor Público-Geral do Estado e demais agentes integrantes da Administração Superior
da Defensoria Pública local, não observa as normas de caráter geral, institutivas da legislação
fundamental ou de princípios, prévia e validamente estipuladas em lei complementar nacional que a
União Federal fez editar com apoio no legítimo exercício de sua competência concorrente . STF.
Plenário. ADI 2903, Rel. Celso de Mello, j. 01/12/05.

##Atenção: ##DPESP-2015: ##DPEES-2016: ##DPEAM-2018: ##DPEPE-2018: ##DPEDF-


105
(DPEAL-2009-CESPE): Julgue os itens que se seguem, relativos às funções essenciais à justiça: De acordo com o
entendimento do STF, é inconstitucional lei editada pelo estado-membro que prevê a vinculação da DPE a
determinada secretaria de estado.
470
2019: ##DPEGO-2014/2021: ##DPESC-2017/2021: ##CESPE: ##FCC: Emendas Constitucionais que
garantiram a autonomia administrativa da DP:
-EC nº 45/2004: Reconheceu a autonomia funcional, financeira e orçamentária da DP Estadual. 106
-EC nº 69/2012: Reconheceu a autonomia funcional e administrativa da DP do DF. 107
-EC nº 74/2013: Estendeu autonomia funcional e administrativa à DPU.
-EC nº 80/2014: i) A DP passou a contar com Seção própria (IV) na CF/88, separada das demais
funções essenciais à justiça; ii) Deu nova redação ao art. 134 da CF; iii) A DP passou a ser considerada
uma instituição permanente; iv) Deixou explícito que a DP irá defender os necessitados seja na esfera
judicial ou extrajudicial; v) Estabeleceu que são princípios institucionais da DP a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional. Ressalte-se que esses princípios já estavam previstos na
Lei Orgânica da Defensoria Pública; com a EC nº 80/14, eles apenas foram constitucionalizados; vi)
Incluiu o §4º ao art. 134 que previu os PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS: unidade, indivisibilidade e
independência funcional; vii) Incluiu o art. 98 do ADCT que previu o prazo de 08 anos para que todas
as unidades jurisdicionais do país tenham defensores públicos; viii) As regras de organização da
Magistratura (promoção, ingresso no cargo, distribuição imediata de processos, dentre outras),
previstas no art. 93, CF, serão aplicadas, no que couber, à DP; ix) A DP passou a ter iniciativa
privativa para apresentar projetos de lei sobre: a) a alteração do número dos seus membros; b) a
criação e extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares, bem como a fixação do
subsídio de seus membros; c) a criação ou extinção dos seus órgãos; e d) a alteração de sua
organização e divisão. Com essa medida, reforçou-se a ideia de autonomia da Defensoria Pública,
que não está, portanto, subordinada a nenhum dos Poderes.

§ 3º APLICA-SE o disposto no § 2º às Defensorias Públicas DA UNIÃO e DO DISTRITO


FEDERAL. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013) (DPEAM-2013) (Cartórios/TJES-2013)
(DPECE-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (DPU-2015) (DPEBA-2016) (DPEMT-2016)
(TJSC-2017) (DPEPR-2017) (DPESC-2017) (MPBA-2018) (PGEAP-2018) (DPEDF-2019)

(MPBA-2018): No que se refere à Advocacia Pública e à Defensoria Pública, assinale a alternativa correta:
É assegurada à Defensoria Pública da União a autonomia funcional e administrativa, e, aos seus
integrantes, a garantia da inamovibilidade, sendo vedado o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais. BL: art. 134, §§ 2º e 3º, CF.

§ 4º SÃO PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS da Defensoria Pública a UNIDADE, a


INDIVISIBILIDADE e a INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL, APLICANDO-SE TAMBÉM, no que couber,
o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 80, de 2014) (DPERN-2015) (DPESP-2015) (DPU-2015) (MPPR-2016) (DPEMT-2016)
(DPEAL-2017) (DPEPR-2017) (DPERO-2017) (DPEPE-2015/2018) (MPBA-2018) (MPPB-2018)
(DPEMA-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEMG-2014/2019) (DPEDF-2019) (DPESC-2017/2021)
(DPEGO-2021) (PCES-2022) (PCPB-2022)

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e
títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em
direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as
106
(DPEGO-2021-FCC): A Emenda Constitucional n° 45/2004 fortaleceu as Defensorias Públicas Estaduais,
garantindo-lhes, expressamente, autonomia funcional e administrativa. BL: art. 134, §2º, CF.
(DPEAM-2018-FCC): Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 45, a Constituição Federal passou a
prever a autonomia funcional, administrativa e a iniciativa de proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias apenas para as Defensorias Públicas Estaduais. BL: art. 134, §2º,
CF.
107
(DPESP-2015-FCC): A Emenda Constitucional 69/2012 estabeleceu que se aplicam à Defensoria Pública do
Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da Constituição Federal, regem as Defensorias
Públicas dos Estados. BL: art. 2º da EC 69/13.
##Atenção: Vide teor do art. 2º da EC 69/13: “Art. 2º Sem prejuízo dos preceitos estabelecidos na Lei Orgânica do
Distrito Federal, aplicam-se à Defensoria Pública do Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da
Constituição Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados.”
471
seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de
merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz
a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o
lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e
presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto
fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa,
repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não
podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; (Incluída pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente,
apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN
3392)
IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo
etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do
subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados
serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura
judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco
por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais
Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em
decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada
ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que
couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a
seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado
no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial,
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas
e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e
a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de
segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão
permanente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à
respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente
sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 96. Compete privativamente: (...)


II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder
Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes
forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais
inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
472
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

(DPEBA-2016-FCC): A Emenda Constitucional nº 80/2014 reforçou e ampliou de forma significativa o


regime jurídico-constitucional da Defensoria Pública, destacando-se a consagração normativa expressa
dos princípios institucionais da unidade, da indivisibilidade e da independência funcional. BL: art. 134,
§4º, CF.

(DPESP-2015-FCC): A partir da EC n° 80/2014, o legislador parece ter decidido transformar em


passado a célebre frase de Ovídio (43 a.C. a 18 d.C.) cura pauberibus clausa est (o tribunal está fechado
para os pobres). Partindo dos avanços trazidos pela recente reforma constitucional à Defensoria Pública,
analise a assertiva a seguir: Atribuiu iniciativa de projetos de Lei que versem sobre alteração do número
de membros, criação e extinção de cargos, remuneração dos seus serviços auxiliares, fixação do subsídio
de seus membros, criação ou extinção de órgãos e alteração de sua organização e divisão. BL: arts. 134,
§4º c/c art. 96, II, “b”, CF.

##Atenção: ##DPEDF-2019: ##CESPE: A independência funcional da Defensoria Pública é norma de


eficácia plena e deriva da própria Constituição, portanto, não há necessidade de que se edite lei para
que seja garantido este direito.

##Atenção: ##DPEDF-2019: ##CESPE: Embora o princípio da indivisibilidade impeça o


fracionamento da defensoria e de seus atos, de modo que a atuação institucional deva se realizar de
forma uníssona, o princípio da independência funcional, na sua dimensão subjetiva, assegura ao
defensor a liberdade necessária ao adequado desempenho de suas atribuições, resguardando a atuação
profissional de interferências indevidas.

##Atenção: ##DPEPE-2015: ##DPU-2015: ##DPEAL-2017: ##CESPE: Princípio da Independência


Funcional: Acerca do tema, Caio Paiva explica: “como garantia dos membros da Defensoria Pública, a
independência funcional, conforme a redação prevista na LC 80/94, se relaciona apenas com o “desempenho de suas
atribuições”, ou seja, para o exercício da atividade-fim: a prestação de assistência jurídica integral e gratuita. Logo,
não há que se confundir independência funcional com independência administrativa. Os defensores públicos estão
vinculados à uma estrutura hierárquica administrativa, sujeitos, portanto, à uma divisão de tarefas, fixação de
atribuições, expedientes organizacionais internos, dever de prestar informações aos órgãos de administração
superior da instituição etc.” (Fonte: https://www.conjur.com.br/2015-jun-16/tribuna-defensoria-alem-
principio-independencia-funcional-garantia-defensor)

Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo
SERÃO REMUNERADOS na forma do art. 39, § 4º [obs.: por subsídio]. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (DPECE-2008) (DPEMA-2009) (DPEMA-2011) (DPEES-2012) (DPESE-
2012) (PGEPE-2018) (Anal./MPU-2018) (DPEDF-2019)

Art. 39. (...)


§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

(DPEDF-2019-CESPE): No que se refere à Defensoria Pública, julgue o seguinte item: Aplica-se à


Defensoria Pública a regra constitucional que prevê remuneração por meio de subsídio em parcela única,
sendo vedado o acréscimo de qualquer outra espécie remuneratória. BL: art. 135 c/c art. 39, §4º, CF.

(PGEPE-2018-CESPE): No que se refere às regras constitucionais aplicáveis à carreira de procurador do


estado, assinale a opção correta: A remuneração do procurador consiste exclusivamente em subsídio
fixado em parcela única. BL: art. 135 c/c art. 39, §4º, CF.

(DPEMA-2009-FCC): A Constituição da República estabelece que, assim como os membros das


carreiras da Advocacia Pública, os integrantes das Defensorias Públicas serão remunerados por subsídio

473
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória. BL: art. 135 c/c art. 39, §4º, CF.

TÍTULO V
Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas

CAPÍTULO I
DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO

Seção I
DO ESTADO DE DEFESA

Art. 136. O Presidente da República PODE, OUVIDOS o Conselho da República e o Conselho de


Defesa Nacional, DECRETAR ESTADO DE DEFESA para PRESERVAR ou PRONTAMENTE
RESTABELECER, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social AMEAÇADAS por
grave e iminente instabilidade institucional ou ATINGIDAS por calamidades de grandes proporções na
natureza. (TJMG-2007) (TJTO-2007) (TJSC-2009) (MPGO-2010) (TRF5-2009/2011) (PCMG-2011) (PCRJ-
2009/2012) (TJCE-2012) (MPAL-2012) (MPPR-2012) (DPESC-2012) (PCGO-2012) (TJRN-2013) (TJSP-2013)
(MPMG-2013) (TRF3-2013) (PCES-2013) (PCSC-2008/2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-
2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TRF1-2011/2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PCDF-2015) (MPT-2015) (TRT2-2016)
(PCAP-2010/2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGEPE-2009/2018) (MPBA-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGESC-2018)
(PCBA-2018) (PCRS-2018) (PCSP-2018) (MPSC-2014/2019) (TJAL-2019) (DPESP-2019) (PGECE-2021) (MPSP-
2022) (Anal. Judic./TJMG-2022)

##Atenção: ##Dica:
 SÍTIO- S DE SOLICITA
 DEFESA- D DE DECRETA

##Atenção: ##PGECE-2021: ##CESPE: É competência privativa do Presidente da República decretar o


estado de defesa (art. 84, IX, CF). Desse modo, a decretação do estado de defesa pelo presidente da
República NÃO dependerá de autorização do Congresso Nacional.

##Atenção: ##PGECE-2021: ##CESPE: O texto constitucional prevê rol taxativo das hipóteses para o
estado de defesa.

§ 1º O decreto que INSTITUIR o ESTADO DE DEFESA DETERMINARÁ o tempo de sua duração,


ESPECIFICARÁ as áreas a serem abrangidas e INDICARÁ, nos termos e limites da lei, as MEDIDAS
COERCITIVAS A VIGORAREM, dentre as seguintes: [obs.: norma de eficácia CONTIDA] (PCSC-2008)
(PGEPE-2009) (MPGO-2010) (TJES-2011) (MPAL-2012) (DPESC-2012) (PCRJ-2012) (TRF5-2009/2013) (TJRN-
2013) (TRF3-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (TRF1-2015) (PCDF-2015) (TRT2-2016) (DPEAL-2017) (PCAP-
2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (PCBA-2018) (PCSP-2018) (DPEMG-2019) (DPESP-
2019) (PGECE-2021) (MPSP-2022) (PCRO-2022)

(PCBA-2018-VUNESP): Assinale a alternativa que corretamente trata do sistema constitucional de crises:


Os pareceres emitidos pelos Conselhos da República e de Defesa Nacional não são vinculantes, cabendo
a decretação do estado de defesa ao Presidente da República, que expedirá decreto estabelecendo a
duração da medida. BL: art. 136, caput e §1º, CF.

##Atenção: A decretação do estado de defesa exige a prévia audiência do Conselho da República (CF,
arts. 89 e 90) e do conselho de Defesa Nacional (CF, art. 91). A manifestação desses dois Conselhos é
obrigatória, sob pena de inconstitucionalidade da decretação da medida. Porém, a manifestação deles é
meramente opinativa, não vinculante. (Fonte: Resumo de Direito Constitucional Descomplicado.
Alexandrino & Paulo, 12ª ed.).

(TJES-2011-CESPE): O estado de defesa é instituído por decreto do presidente da República, após oitiva
do Conselho da República e do CDN, devendo constar, no referido ato presidencial, entre outras

474
determinações, o tempo de sua duração e as áreas a serem abrangidas. BL: art. 136, §1º, CF.

I - RESTRIÇÕES aos direitos de:

a) reunião, AINDA QUE exercida no seio das associações; (TJAL-2008) (PCSC-2008) (TJES-2011)
(TJAC-2012) (TJMS-2012) (TJDFT-2012) (MPAL-2012) (DPESC-2012) (PCRJ-2012) (MPMG-2013) (TRF3-2013)
(TRF5-2013) (PCES-2013) (TJPR-2014) (MPPE-2014) (DPEPB-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCAP-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (PCSP-2018) (DPESP-2019) (MPSP-2022)

(DPESE-2012-CESPE): No que diz respeito ao estado de defesa, assinale a opção correta: O decreto que
instituir o estado de defesa poderá restringir, nos termos e limites da lei, o direito de reunião, inclusive
no âmbito das associações. BL: art. 136, §1º, I, “a”, CF.

b) sigilo de correspondência; (TJAL-2008) (TJES-2011) (TJMS-2012) (MPAL-2012) (TRF3-2013) (TRF5-


2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCES-2013) (PCPR-2013) (TJPR-2014) (DPEPB-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(PCAP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (PCSP-2018) (DPESP-2019) (MPSP-2022)

c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; (TJAL-2008) (PCSC-2008) (TJES-2011) (TJMS-2012)


(MPAL-2012) (TRF3-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCES-2013) (PCPR-2013)
(TJPR-2014) (DPEPB-2014) (PCAP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (PCSP-2018)
(DPESP-2019) (MPSP-2022) (PCRO-2022)

(PCRO-2022-CESPE): A decretação do estado de defesa, de acordo com o disposto na CF, autoriza a


adoção das medidas de restrição ao direito de sigilo de comunicação telefônica. BL: art. 136, §1º, I, “c”,
CF.

(PCSP-2018-VUNESP): Suponha que o Presidente da República, depois de ouvir o Conselho da


República e o Conselho de Defesa Nacional, decretou estado de defesa para restabelecer a paz social
ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional no local X. Nesse caso, é certo assinalar que o
decreto poderá restringir tanto o sigilo de comunicação telegráfica como telefônica. BL: art. 136, caput e
§1º, I, “b” e “c”, CF.

(MPBA-2018): De acordo com o regramento constitucional alusivo ao estado de defesa e ao estado de


sítio, é correto dizer: O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração,
especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as restrições aos direitos
de reunião, ainda que exercida no seio das associações, e ao sigilo de correspondência, dentre outras
medidas coercitivas que poderão vigorar. BL: art. 136, §1º, I, CF.

(PCAP-2017-FCC): Ao disciplinar a Defesa do Estado e das Instituições Democráticas, a Constituição


Federal prescreve que o decreto que instituir o estado de defesa deve, dentre outros requisitos,
especificar as medidas coercitivas que vigorarão no período de sua vigência, dentre as quais são
admissíveis restrições aos direitos de sigilo de correspondência, de sigilo de comunicação telegráfica e
telefônica e de reunião. BL: art. 136, §1º, I, CF.

II - OCUPAÇÃO e USO TEMPORÁRIO de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade


pública, RESPONDENDO a União pelos danos e custos decorrentes. (TJDFT-2007) (TJMS-2008) (PGEPE-
2009) (MPAL-2012) (TRF3-2013) (MPPE-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCDF-2015) (TRF5-2013/2017) (DPEAL-
2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPEMG-2019) (MPAP-2021) (MPSP-2022)

(Cartórios/TJSP-2014-VUNESP): O estado de defesa delimitado na Constituição Federal prevê: ocupação


e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União
pelos danos e custos decorrentes. BL: art. 136, §1º, II, CF.

(TJMS-2008-FGV): É inadmissível a requisição de hospitais municipais pela União, em situação de

475
normalidade institucional, sem a decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio. BL: art. 136, §1º, II
e art. 139, da CF.

§ 2º O tempo de duração DO ESTADO DE DEFESA NÃO SERÁ superior a trinta dias, PODENDO
SER PRORROGADO uma vez, por igual período, SE PERSISTIREM as razões que justificaram a sua
decretação. (TJMG-2007) (MPPR-2012) (DPESE-2012) (PCRJ-2012) (TJRN-2013) (TJMA-2013) (PCSC-
2008/2014) (MPSC-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (MPT-2015)
(DPEAL-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGEPE-2018) (PCSP-2018) (PCES-2022)

(MPSC-2014): O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa


Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e
determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade
institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. O decreto que instituir o
estado de defesa determinará o tempo de sua duração, que não poderá ser superior 30 dias, podendo ser
renovado, por igual período, sempre que persistirem as razões que justificaram a sua decretação. BL: art.
136, §2º, CF.

(MPPR-2012): Assinale a alternativa correta: O tempo de duração do estado de defesa, previsto na


Constituição Federal, não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual
período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. BL: art. 136, § 2º, CF.

§ 3º Na vigência do ESTADO DE DEFESA:

I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, SERÁ por este
comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, FACULTADO ao preso
REQUERER exame de corpo de delito à autoridade policial; (TJRS-2009) (PCRJ-2009) (PCGO-2012) (PCES-
2013) (PCSC-2014) (DPEAL-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGESC-2018) (MPSP-2022)

(TJRS-2009): Durante a vigência do estado de defesa, é constitucional a prisão efetuada sem ordem
judicial, ainda que não em flagrante delito. BL: art. 136, § 3º, I da CF/88.

##Atenção: Nos termos do art. 136, §3º, I da CF, na vigência do estado de defesa a prisão por crime
contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz
competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à
autoridade policial.

II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do


detido no momento de sua autuação; (PCGO-2012) (PCSC-2014)

III - a PRISÃO ou DETENÇÃO de qualquer pessoa NÃO PODERÁ SER superior a dez dias,
SALVO quando autorizada pelo PODER JUDICIÁRIO; (TJMG-2007) (TJRS-2009) (DPESE-2012) (PCGO-
2012) (PCRJ-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCSC-2014) (DPEAL-2017) (PCSP-2018)
(DPESP-2019) (MPDFT-2021) (TJMA-2022) (MPSP-2022)

IV - É VEDADA a incomunicabilidade do preso. (MPDFT-2009) (PCRJ-2009) (DPESE-2012) (PCRJ-


2012) (Cartórios/TJES-2013) (PCES-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (PCGO-2012/2018) (PGESC-2018) (PCBA-2018)
(DPEMG-2019) (DPESP-2019) (PCRO-2022)

§ 4º DECRETADO o ESTADO DE DEFESA ou SUA PRORROGAÇÃO, o Presidente da


República, dentro de vinte e quatro horas, SUBMETERÁ o ato com a respectiva justificação AO
CONGRESSO NACIONAL, que DECIDIRÁ por maioria absoluta. (TJTO-2007) (PCRJ-2009) (MPGO-2010)
(TJCE-2012) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCGO-2013) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSC-2014) (TRF1-2011/2015) (TJSE-2015) (DPEAL-2017)
(PCAP-2017) (MPBA-2018) (TJPA-2019) (TJSC-2019) (PGECE-2021) (TJMA-2022) (PCES-2022)

476
(PCES-2022-CESPE): Acerca da defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a opção
correta: Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o presidente da República, dentro de vinte e
quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por
maioria absoluta. BL: art. 136, § 4º, CF.

(TJPA-2019-CESPE): No que se refere ao estado de defesa e ao estado de sítio, julgue o item a seguir: O
estado de defesa, decretado pelo presidente da República, deve ser aprovado pelo Congresso Nacional.
BL: art. 136, § 4º, CF.

##Atenção: ##Dica:
 SÍTIO- S DE SOLICITA
 DEFESA- D DE DECRETA

(MPPE-2014-FCC): Tendo os Municípios situados na região serrana de determinado Estado da federação


sido atingidos por dias seguidos de chuvas torrenciais, que provocaram destruição e perdas de grandes
proporções para a população local, o Presidente da República decreta estado de defesa, a vigorar por 30
dias nas localidades em questão, determinando, entre outras medidas, restrições ao direito de reunião,
inclusive se exercida no seio das associações, e a ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos,
prevendo a responsabilidade da União pelos danos e custos decorrentes. Nesta hipótese, a decretação do
estado de defesa é compatível com a disciplina constitucional da matéria, no que se refere aos fatos que a
ensejaram, à duração e abrangência do estado de exceção, bem como às medidas restritivas
determinadas. BL: art. 136, §1º, inciso I alíneas “a” e inciso II c/c §§2º e 4º, CF.

§ 5º Se o Congresso Nacional ESTIVER EM RECESSO, SERÁ CONVOCADO,


EXTRAORDINARIAMENTE, no prazo de cinco dias. (TRF1-2011) (DPESE-2012) (Cartórios/TJDFT-2014)
(TJSE-2015) (PCES-2022)

(TJSE-2015-FCC): Na hipótese de o Presidente da República decretar, no mês de janeiro, estado de


exceção em determinada região do país, em função de ameaças à ordem pública e paz social decorrentes
de desastres provocados pelas chuvas torrenciais do início do ano, sem que tenha havido anterior decreto
de exceção pelo mesmo fato, deverá o Congresso Nacional ser convocado, extraordinariamente, no prazo
de cinco dias, pelo Presidente do Senado Federal, para decidir, por maioria absoluta, sobre o estado de
defesa. BL: art. 136, §§ 4º e 5º da CF/88.

§ 6º O Congresso Nacional APRECIARÁ o decreto dentro de dez dias CONTADOS de seu


recebimento, DEVENDO CONTINUAR FUNCIONANDO enquanto vigorar o ESTADO DE DEFESA.
(TRF1-2015) (PCES-2022)

§ 7º REJEITADO o decreto, CESSA imediatamente o ESTADO DE DEFESA. (TRF2-2013)


(DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TRF1-2015)

Seção II
DO ESTADO DE SÍTIO

Art. 137. O Presidente da República PODE, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de


Defesa Nacional, SOLICITAR ao Congresso Nacional AUTORIZAÇÃO PARA DECRETAR o ESTADO
DE SÍTIO nos casos de: (TJMG-2007) (TJTO-2007) (MPGO-2010) (PCAP-2010) (TRF5-2009/2011) (PCMG-2011)
(PCRJ-2009/2012) (DPESC-2012) (TJRN-2013) (DPEDF-2013) (TRF3-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PCES-
2013) (PCPR-2013) (MPM-2013) (PCSC-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-2011/2015) (TJSP-2015) (PGM-
BH/MG-2017) (MPBA-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PCBA-2018) (PCRS-2018)
(TJPA-2019) (MPMG-2019) (MPSC-2019) (DPESP-2019) (PGECE-2021) (TJMA-2013/2022) (DPERS-
2014/2022)

(PGECE-2021-CESPE): Com relação ao sistema constitucional de crises e à defesa do Estado e das


instituições democráticas, assinale opção correta: O controle político exercido pelo Congresso Nacional
sobre a decretação do estado de sítio é sempre prévio. BL: art. 137, CF.

##Atenção: ##TJRN-2013: ##PGECE-2021: ##DPERS-2022: ##CESPE: É necessária a prévia


autorização do Congresso Nacional para a decretação de sítio, nos termos do caput do art. 137 da CF.

477
Consiste na autorização prévia e expressa do Congresso Nacional, decidida por maioria absoluta, em
resposta ao pedido do Presidente da República. Ela está presente apenas no Estado de Sítio. Marcelo
Novelino explica: ‘O controle político, exercido pelo Congresso Nacional, pode realizar-se em três momentos
distintos. O controle prévio consiste na análise das circunstâncias a fim de autorizar a decretação da medida
(...). O controle simultâneo é realizado por comissão de cinco parlamentares designados pela Mesa do Congresso
Nacional para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas adotadas (...). O controle posterior a cessação do
estado de sítio, ocorre através da análise das medidas e restrições aplicadas durante sua vigência (...)"
(NOVELINO, 2021, p. 881).

(TJPA-2019-CESPE): No que se refere ao estado de defesa e ao estado de sítio, julgue o item a seguir: O
presidente da República deve solicitar ao Congresso Nacional a autorização para decretar o estado de
sítio. BL: art. 137, CF.

##Atenção: É competência privativa do Presidente da República decretar o estado de sítio (art. 84, IX,
CF).

##Atenção: ##Dica:
 SÍTIO- S DE SOLICITA
 DEFESA- D DE DECRETA

I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que COMPROVEM a ineficácia


de medida tomada durante o estado de defesa; (PCRJ-2009) (MPGO-2010) (PCAP-2010) (TRF5-2009/2011)
(PCMG-2011) (TJCE-2012) (TRF4-2012) (TJSP-2013) (DPEDF-2013) (TRF3-2013) (PCES-2013) (PCPR-2013)
(MPM-2013) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF1-2011/2015) (DPEAL-2017) (MPBA-2018) (Cartórios/TJSP-2018)
(PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PCBA-2018) (TJSC-2019) (MPMG-2019) (DPESP-2019) (TJMA-2022)
(DPERS-2022)

(MPMG-2019): Assinale a opção correta, segundo a CF/1988: O Presidente da República pode, ouvidos o
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização
para decretar o estado de sítio nos casos de comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de
fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa. BL: art. 137, I, CF.

(TJSP-2013-VUNESP): É caso de decretação do Estado de Sítio: ocorrência de fatos que comprovem a


ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa. BL: art. 137, I, CF.

##Atenção: ##TJCE-2012: ##CESPE: “Depois de publicado o decreto de instituição do estado de sítio, o


Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. Dessa
forma as áreas abrangidas pelo estado de sítio não precisarão constar, especificamente, do decreto que o
instituir, devendo ser ulteriormente designadas pelo Presidente da República. Em verdade, a motivação
para a decretação do estado de sítio será, em regra, uma anormalidade de caráter nacional (em princípio,
na hipótese de a anormalidade atingir apenas locais restritos e determinados, será cabível apenas a
decretação do estado de defesa). Não obstante, apesar de os pressupostos para a decretação de estado de
sítio serem situações de alcance ou repercussão nacional, as medidas coercitivas não necessariamente
abrangerão todas as áreas do território nacional (mas podem ter tal abrangência, se necessário,
diferentemente do que ocorre na decretação de estado de defesa). Sejam quais forem as áreas
abrangidas pelas medidas, repita-se, o Presidente da República só precisará designá-las depois de
editado o decreto de instituição do estado de sítio.” (Fonte: Direito Constitucional Descomplicado.
Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino – 4ª Ed. Ed. Método, p. 862).

II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. (PCRJ-2009) (MPGO-


2010) (PCAP-2010) (TRF5-2011) (PCMG-2011) (DPEDF-2013) (TRF3-2013) (PCES-2013) (MPM-2013)
(DPERS-2014) (PCSC-2014) (TRF1-2011/2015) (MPBA-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-
2018) (PCBA-2018) (TJSC-2019) (MPMG-2019) (TJMA-2022)

(DPEDF-2013-CESPE): Julgue o item a seguir, a respeito da defesa do Estado e das instituições


democráticas: A decretação do estado de sítio, medida excepcional, pode ocorrer tanto em caso de guerra
ou resposta a agressão armada estrangeira, quanto de comoção grave de repercussão nacional ou
ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa. BL: art.

478
137, I e II, CF.

Parágrafo único. O Presidente da República, AO SOLICITAR autorização para decretar o


ESTADO DE SÍTIO ou SUA PRORROGAÇÃO, RELATARÁ os motivos determinantes do pedido,
DEVENDO o Congresso Nacional DECIDIR por maioria absoluta. (TJTO-2007) (TJSC-2009) (TRF2-2009)
(PCRJ-2009) (MPGO-2010) (TRF5-2011) (TRF3-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCES-2013) (PCGO-2013)
(DPERS-2014) (DPEAL-2017) (MPBA-2018) (MPSC-2019)

##Atenção: ##Dica:
 Estado de Defesa: Decreta (art. 136)  Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o
Presidente da República, dentro de 24 horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao
Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
 Estado de Sítio: Solicita (art. 137, § único)  A solicitação é decidida pela maioria absoluta do
Congresso Nacional.

Art. 138. O decreto do ESTADO DE SÍTIO INDICARÁ sua duração, as normas necessárias a sua
execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, DEPOIS DE PUBLICADO, o Presidente
da República DESIGNARÁ o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. (PCRJ-2009)
(MPGO-2010) (TJES-2011) (MPF-2011) (TJCE-2012) (TJMA-2013) (TJRN-2013) (TRF3-2013) (PCES-2013) (PCPR-
2013) (PCAP-2017) (MPBA-2018)

(TJRN-2013-CESPE): A respeito da defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a opção


correta: No decreto do estado de sítio, devem constar a duração da medida, as normas necessárias a sua
execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, devendo o presidente da República, após a
publicação do decreto, designar o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. BL: art. 138,
CF.

(TJCE-2012-CESPE): Assinale a opção correta acerca dos preceitos relativos à defesa do Estado e das
instituições democráticas: As especificações da amplitude do estado de sítio podem ser feitas após a sua
decretação. BL: art. 138, parte final, CF.

##Atenção: A questão, ao falar em “amplitude do estado de sítio”, deve estar se referindo à área de
abrangência. Portanto, no Estado de Defesa, o decreto que instituir o estado de defesa determinará o
tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as
medidas coercitivas a vigorarem. Porém, o decreto de estado de sítio indicará sua duração, as normas
necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas e, depois de publicado, o
Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. Está no
art. 138, caput, parte final da CF.

§ 1º. O ESTADO DE SÍTIO, no caso do art. 137, I, NÃO PODERÁ SER DECRETADO por mais de
trinta dias, NEM prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, PODERÁ SER
DECRETADO por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira. (PCRJ-2009)
(MPGO-2010) (PCES-2013) (TJPI-2015) (MPT-2015) (MPBA-2018)

§ 2º. SOLICITADA autorização para decretar o ESTADO DE SÍTIO durante o recesso


parlamentar, o Presidente do SENADO FEDERAL, DE IMEDIATO, CONVOCARÁ
EXTRAORDINARIAMENTE o Congresso Nacional PARA SE REUNIR dentro de cinco dias, a fim de
apreciar o ato. (TJSC-2009) (TRF2-2009) (TRF5-2011) (TJMA-2013) (PCGO-2013) (DPERS-2014) (TJPI-2015)
(MPT-2015)

##Atenção: Controle político PRÉVIO (leitura conjunta dos art. 137, § único e art. 138, §2º, CF).

§ 3º. O Congresso Nacional PERMANECERÁ EM FUNCIONAMENTO até o término das medidas


coercitivas. (TRF2-2009) (PCAP-2010) (PCGO-2013)

Art. 139. Na vigência do ESTADO DE SÍTIO decretado com fundamento no art. 137, I, SÓ
PODERÃO SER TOMADAS contra as pessoas as seguintes medidas: [obs.: norma de eficácia CONTIDA]
(DPEAL-2009) (PCRJ-2009) (MPAL-2012) (TRF4-2012) (PCMA-2012) (PCPR-2013) (MPM-2013) (PCSC-

479
2008/2014) (MPPE-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (Cartórios/TJMG-2016) (TRT2-2016) (PCAP-2010/2017)
(DPEMG-2019) (DPESP-2019) (PCES-2013/2022) (TJMA-2022) (PCRO-2022)

Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa;

I - obrigação de permanência em localidade determinada; (DPEAL-2009) (PCRJ-2009) (TRF4-2012)


(PCES-2013) (PCPR-2013) (PCSC-2008/2014) (DPESP-2019) (PCRO-2022)

II - detenção em edifício NÃO DESTINADO a acusados ou condenados por crimes comuns; (PCRJ-
2009) (TRF4-2012) (PCES-2013) (PCSC-2008/2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPESP-2019)

III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à


prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; (PCRJ-2009)
(TRF4-2010/2012) (TJMS-2012) (PCES-2013) (DPEPB-2014) (PCSC-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
(Cartórios/TJMG-2016) (PCAP-2010/2017) (MPBA-2018) (PGEPE-2018) (DPESP-2019) (TJMA-2022) (PCRO-
2022)

(TJMA-2022-CESPE): A respeito do sistema constitucional de crises e da defesa do Estado e das


instituições democráticas, assinale a opção correta: No estado de sítio, é constitucional a determinação,
pelo presidente da República, de restrição à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão. BL: art. 139,
III, CF.

(PGEPE-2018-CESPE): Acerca do sistema constitucional de defesa do Estado e das instituições


democráticas em tempos de crises, assinale a opção correta: Na vigência do estado de sítio decretado em
decorrência de comprovada a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa, poderá haver
restrição relativa à liberdade de imprensa. BL: art. 139, III c/c art. 137, I, CF.

IV - suspensão da liberdade de reunião; (PCRJ-2009) (TJAC-2012) (TRF4-2012) (PCMA-2012) (PCES-


2013) (MPPE-2014) (DPEPB-2014) (PCSC-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEMG-2019) (DPESP-2019)

(DPEMG-2019): Em relação ao sistema constitucional brasileiro de defesa do estado e das instituições


democráticas, é correto afirmar: Na vigência do estado de sítio por comoção grave de repercussão
nacional, admite-se a suspensão do direito de reunião. BL: art. 139, IV, CF.

V - busca e apreensão em domicílio; (PCRJ-2009) (PCMA-2012) (TRF5-2013) (PCES-2013) (MPM-2013)


(PCSC-2008/2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPESP-2019) (PCRO-2022)

(DPESP-2019-FCC): No tocante à possibilidade de restrições aos direitos fundamentais sem violação


da Constituição Federal de 1988, é correto afirmar: Na vigência do Estado de Sítio, em virtude de
comoção grave de repercussão nacional, poderá ser suspensa a liberdade de reunião e determinada a
busca e apreensão em domicílio. BL: art. 137, I c/c art. 139, IV e V, CF.

VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; (DPEAL-2009) (PCMA-2012) (PCES-2013)


(PCSC-2008/2014) (DPESP-2019) (PCRO-2022)

VII - requisição de bens. (PCMA-2012) (PCES-2013) (PCSC-2008/2014) (MPAP-2021)

Parágrafo único. NÃO SE INCLUI NAS RESTRIÇÕES do inciso III a difusão de pronunciamentos
de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, DESDE QUE LIBERADA pela respectiva Mesa.
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (Cartórios/TJMG-2016) (MPBA-2018) (TJMA-2022)

480
(TJTO-2007-CESPE): Acerca da defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a opção
correta: Conforme a doutrina majoritária, o Poder Judiciário pode reprimir abusos e ilegalidades
cometidos nos estados de defesa e de sítio, mas não pode perquirir acerca da existência ou não da
conveniência e oportunidade política para a sua decretação.

##Atenção: Segundo Alexandre de Moraes, “será possível ao Poder Judiciário reprimir eventuais abusos e
ilegalidades cometidas durante a execução das medidas do Estado de Defesa ou de Sítio, inclusive por meio de
mandado de segurança e habeas corpus. Em relação, porém, à análise do mérito discricionário do Poder Executivo
(no caso de Estado de Defesa) e desse juntamente com o Poder Legislativo (no caso de Estado de Sítio), a doutrina
dominante entende impossível, por parte do Poder Judiciário, a análise da conveniência e oportunidade política para
a decretação”.

##Atenção: Para decretar o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, o Presidente da República deve ouvir,
sem caráter vinculativo, os Conselhos da República e da Defesa Nacional (arts. 136 e 137 da CF.

Seção III
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, OUVIDOS os líderes partidários, DESIGNARÁ


COMISSÃO COMPOSTA de cinco de seus membros para ACOMPANHAR e FISCALIZAR a execução
das medidas referentes ao ESTADO DE DEFESA e ao ESTADO DE SÍTIO. (MPGO-2010) (TRF5-2011)
(TRF3-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCGO-2013) (MPPR-2014) (TJPI-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (MPT-2015)
(DPEAL-2017) (MPSC-2019) (PGECE-2021)

##Atenção: Controle político SIMULTÂNEO ou CONCOMITANTE (leitura dos art. 140 e art. 138, §3º,
CF).

(MPSC-2019): Decretado o estado de defesa pelo Presidente da República, a mesa do Congresso


Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará comissão composta de cinco de seus membros para
acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa. BL: arts. 136108 e 140, CF.

Art. 141. CESSADO o ESTADO DE DEFESA ou o ESTADO DE SÍTIO, CESSARÃO TAMBÉM


seus efeitos, SEM PREJUÍZO da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou
agentes. (MPT-2009) (TJCE-2012) (Cartórios/TJES-2013) (PCGO-2013) (PGESC-2018) (PCBA-2018) (TJSC-2019)
(DPEMG-2019) (PGECE-2021) (PCES-2022)

(TJSC-2019-CESPE): A respeito da organização dos poderes e da defesa do estado e das instituições


democráticas, assinale a opção correta: É viável o controle judicial da legalidade dos atos praticados por
agentes públicos na vigência de estado de sítio. BL: art. 141, CF.

##Atenção: O estado de sítio não atua à revelia da Constituição ou do Estado de Direito. É uma situação
constitucionalmente prevista e constitucionalmente delimitada – de modo que eventual excesso, durante
sua vigência, deve ser reprimido.

Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em
sua vigência SERÃO RELATADAS pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional,
com especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e
indicação das restrições aplicadas. (TRF2-2009) (TRF5-2011) (TJCE-2012) (PCGO-2013) (TJPI-2015) (PCBA-
2018) (PGECE-2021)

##Atenção: Controle político POSTERIOR (art. 141, § único, CF).

(TJPI-2015-FCC): O estado de sítio será objeto de controle a posteriori pelo Congresso Nacional, com
base em mensagem enviada pelo Presidente da República, na qual serão especificadas as medidas
adotadas e os sujeitos atingidos. BL: art. 141, § único da CF.

108
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,
decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a
ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por
calamidades de grandes proporções na natureza. (...)
481
(TRF2-2009-CESPE): Quanto à defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a opção correta:
De acordo com a doutrina, no estado de sítio há controle político prévio, concomitante e sucessivo. BL:
art. 137, § único; art. 138, §§2º e 3º e art. 141, § único da CF.

##Atenção: ##TRF2-2009: ##TRF5-2011: ##PCGO-2013: ##PGECE-2021: ##CESPE: ##UEG: Marcelo


Novelino explica que “a decretação do estado de sítio - assim como a do estado de defesa -, embora seja ato
discricionário do Presidente da República, submete-se ao controle dos demais poderes. O controle político,
exercido pelo Congresso Nacional, pode realizar-se em três momentos distintos. O controle prévio consiste na
análise das circunstancias a fim de autorizar a decretação da medida (CF, art. 137, parágrafo único). Caso solicitada
durante o período de recesso parlamentar, o Congresso deve se reunir em até cinco dias para a apreciação do ato
(CF, art. 138, § 2.°). O controle simultâneo é realizado por comissão de cinco parlamentares designados pela
Mesa do Congresso Nacional para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas adotadas (CF, art. 140).
Enquanto subsistirem as medidas coercitivas, o Congresso deverá permanecer em funcionamento (CF, art. 138, § 3.
º). O controle posterior a cessação do estado de sítio ocorre através da análise das medidas e restrições aplicadas
durante sua vigência, devendo o Presidente da República especificar e justificar as providências adotadas, além de
apresentar a relação nominal dos atingidos (CF, art. 141, parágrafo único). O controle jurisdicional pode ocorrer
simultaneamente à execução do estado de sítio, caso seja cometida alguma arbitrariedade por seus agentes e
executores, ou em momento posterior à cessação, para fins de responsabilização por eventuais ilícitos praticados
(CF, art. 141).” (Fonte: Manual de Direito Constitucional, 14ª Ed. 2019, p. 867).
(PCGO-2013-UEG): A Constituição Federal consagra um sistema para o controle das crises e dos estados de
exceção, composto por normas jurídicas e informado por princípios norteadores, entre os quais se encontra
o princípio do controle político e judicial, segundo o qual as medidas de exceção são submetidas ao controle
político do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. BL: art. 137, § único; art. 138, §§2º e 3º e art. 141, §
único da CF.

CAPÍTULO II
DAS FORÇAS ARMADAS

Art. 142. As FORÇAS ARMADAS, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (PCDF-2009) (PCMG-2011)
(DPERS-2014) (PCDF-2015) (PCRS-2018) (Anal. Judic./TJMG-2022)

§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo


e no emprego das Forças Armadas. (DPERS-2022)

§ 2º NÃO CABERÁ HABEAS CORPUS em relação a punições disciplinares militares. (MPSP-2010)


(TJSP-2011) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (TRF4-2012) (MPF-2012) (Cartórios/TJES-2013) (MPM-2013) (PCSC-
2008/2014) (PCPI-2009/2014) (Cartórios/TJMT-2014) (MPDFT-2011/2015) (DPEMA-2011/2015) (TJMS-2015)
(TRF1-2015) (TJMT-2014/2018) (TJCE-2018)

(TJMT-2018-VUNESP): É correto afirmar a respeito do habeas corpus que é incabível para discutir o
mérito de decisão administrativa que imponha sanções disciplinares a integrante de corporação. BL: art.
142, §2º, CF. (CPP)

##Atenção: ##STF: ##PCSC-2008: ##MPTO-2012: ##TRF4-2012: ##MPF-2012: ##Cartórios/TJES-2013:


##MPM-2013: ##PCPI-2009/2014: ##MPDFT-2011/2015: ##DPEMA-2011/2015: ##TRF1-2015:
##CESPE: ##FCC: Não há que se falar em violação ao art. 142, § 2º, da CF, se a concessão de habeas
corpus, impetrado contra punição disciplinar militar, volta-se tão-somente para os pressupostos de sua
legalidade, excluindo a apreciação de questões referentes ao mérito. Concessão de ordem que se
pautou pela apreciação dos aspectos fáticos da medida punitiva militar, invadindo seu mérito. A punição
disciplinar militar atendeu aos pressupostos de legalidade, quais sejam, a hierarquia, o poder disciplinar,
o ato ligado à função e a pena susceptível de ser aplicada disciplinarmente, tornando, portanto, incabível
a apreciação do habeas corpus. STF. 2ª T., RE 338840, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 19/08/03.
(DPEMA-2015-FCC): À luz da CF/1988, está correto: Membro de Polícia Militar que impetra habeas
corpus contra a imposição de punição disciplinar militar, com vistas a questionar-lhe os pressupostos de

482
legalidade. BL: art. 142, §2º, CF e Entend. Jurisprud.
(MPM-2013): Assinale a alternativa correta: Pela atual jurisprudência do STF, é cabível o habeas corpus
impetrado para discutir os pressupostos de legalidade de punição disciplinar militar. BL: art. 142, §2º, CF e
Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##MPSP-2010: ##MPTO-2012: ##TRF4-2012: ##MPF-2012: ##Cartórios/TJES-2013:


##MPDFT-2011/2015: #TJMS-2015: ##TRF1-2015: ##TJMT-2018: ##TJCE-2018: ##CESPE: ##VUNESP:
##CPP: Via de regra, não cabe habeas corpus contra punição disciplinar aplicada a militar. Essa é a
mesma redação contida na CF/88. No entanto, excepcionalmente, os tribunais superiores admitem o
HC para tal, desde que se trate de manifesta ilegalidade (exemplo: incompetência). De acordo com o
STJ, "não obstante o disposto no art. 142, § 2º, da CF, admite-se habeas corpus contra punições
disciplinares militares para análise da regularidade formal do procedimento administrativo ou de
manifesta teratologia." (Fonte: Site do STJ, Jurisprudência em Teses, Edição nº 36: Habeas Corpus, nº 08).
No mesmo sentido, vejamos recente julgado do STJ: O STF e o STJ não têm admitido o habeas corpus
como sucedâneo do meio processual adequado, seja o recurso ou a revisão criminal, salvo em situações
excepcionais, quando manifesta a ilegalidade ou sendo teratológica a decisão apontada como coatora.
STJ. 5ª T., HC 418.896/MA, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j. 06/02/18.

§ 3º Os membros das Forças Armadas SÃO DENOMINADOS MILITARES, APLICANDO-SE-


LHES, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 18, de 1998) (TRF1-2009) (TRF5-2009) (DPECE-2014) (PCSC-2014) (PGEMA-2016)

I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente
da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes
privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das
Forças Armadas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (TRF1-2009)

II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente,
RESSALVADA a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", SERÁ TRANSFERIDO para a
reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014) (DPECE-2014)

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)

(TJSP-2009-VUNESP): O militar em atividade, que tomar posse em cargo ou emprego público civil
permanente, será transferido para a reserva, nos termos da lei. BL: art. 142, § 3º, II da CF.

III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública
civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, RESSALVADA a hipótese prevista no
art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto
permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas
para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos
ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de
2014) (DPECE-2014)

IV - ao militar SÃO PROIBIDAS a sindicalização e a greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº


18, de 1998) (TJSP-2009) (PGEAL-2009) (PGERO-2011) (DPESC-2012) (PGESP-2012) (Cartórios/TJBA-2013)
(PCSC-2008/2014) (TJPA-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TJMSP-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (PCMS-2017)
(TRT/Unificado-2017) (MPBA-2018) (TRF3-2018) (PCGO-2018) (PCMG-2018) (PF-2018) (PGM-Manaus/AM-
2018) (TJBA-2019) (MPGO-2019) (MPMG-2021) (MPM-2021)

483
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 541: ##DOD: ##PCMS-2017: ##TRT/Unificado-2017:
##MPBA-2018: ##TRF3-2018: ##PCGO-2018: ##PF-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##TJBA-2019:
##MPGO-2019: ##MPMG-2021: ##MPM-2021: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC: ##UEG: O exercício do
direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os
servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. É obrigatória a participação
do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública,
nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE
654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 5/4/17 (Info 860).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: ##Pergunta-se: 1º) A greve é um direito de todos os
servidores públicos? NÃO. Existem determinadas categorias para quem a greve é proibida; 2º)
Os policiais militares podem fazer greve? NÃO. A CF/88 proíbe expressamente que os Policiais Militares,
Bombeiros Militares e militares das Forças Armadas façam greve (art. 142, 3º, IV c/c art. 42, § 1º); 3º) O
art. 142, § 3º, IV, da CF/88 não menciona os policiais civis. Em verdade, não existe nenhum dispositivo na
Constituição que proíba expressamente os policiais civis de fazerem greve. Diante disso, indaga-se:
os policiais civis possuem direito de greve? NÃO. Apesar de não haver uma proibição expressa na CF/88,
o STF decidiu que os policiais civis não podem fazer greve. Aliás, o Supremo foi além e afirmou que
nenhum servidor público que trabalhe diretamente na área da segurança pública pode fazer greve. É o que
foi decidido no STF.
##Questões de concurso:
(MPGO-2019): Quanto ao direito de greve, a luz da jurisprudência atual do STF, podemos afirmar que O
exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os
servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança. BL: Info 860, STF.
(PF-2018-CESPE): Acerca da disciplina constitucional da segurança pública, julgue o seguinte item: A
vedação absoluta ao direito de greve dos integrantes das carreiras da segurança pública é compatível com o
princípio da isonomia, segundo o STF. BL: Info 860, STF.
##Atenção: Explicando a aplicação do princípio da ISONOMIA neste caso: A proibição de Greve para estes
trabalhadores é compatível com o princípio da ISONOMIA, segundo o qual deve-se tratar de maneira
DESIGUAL os DESIGUAIS, na medida de suas desigualdades. Os servidores da segurança pública
desempenham papel de extrema importância para a sociedade. Portanto, justifica-se tratá-los
desigualmente, vedando de maneira absoluta o direito de greve.
(TRT/Unificado-2017-FCC): Avizinhando-se o período de eleições para governador, policiais civis e
auditores fiscais de um determinado estado-membro promovem greve, com a finalidade de influenciar a
não reeleição do candidato da situação. Diante de tais fatos, segundo o entendimento do STF, caso seja
instaurada mediação pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, para vocalização dos
interesses da categoria, será obrigatória a participação do Poder Público na tentativa de solução consensual
de conflito. BL: Info 860, STF.

V - o militar, ENQUANTO EM SERVIÇO ATIVO, NÃO PODE ESTAR FILIADO a partidos


políticos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (MPAM-2007) (TJSP-2009) (TRF4-2009) (MPPB-
2010) (MPM-2013) (PCSC-2008/2014) (MPMA-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TJMSP-2016) (MPPR-2017) (TJPA-
2014/2019)

VI - o oficial SÓ PERDERÁ o posto e a patente SE FOR JULGADO INDIGNO do oficialato ou


COM ELE INCOMPATÍVEL, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou
de tribunal especial, em tempo de guerra; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (TRF4-2012)
(TJPA-2014) (PCSC-2014)

VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois
anos, por sentença transitada em julgado, SERÁ SUBMETIDO ao julgamento previsto no inciso anterior;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (TJPA-2014)

(TJPA-2014-VUNESP): Segundo o que estabelece o texto constitucional em relação às forças armadas, é


correto afirmar que o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade
superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido a julgamento por Tribunal
Militar e só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível. BL:
art. 142, § 3º, VI e VII, CF.

VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37,
incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37,
inciso XVI, alínea "c"; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)

484
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social: (...)
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; (...)
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (...)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa;

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais
e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) (...)
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)

##Atenção: ##STF: ##TJAM-2016: ##CESPE: As servidoras públicas e empregadas gestantes,


independentemente do regime jurídico de trabalho, têm direito à licença-maternidade de cento e vinte
dias e à estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, conforme
o art. 7º, XVIII, da Constituição e o art. 10, II, b, do ADCT. Demonstrada a proteção constitucional às
trabalhadoras em geral, prestigiando-se o princípio da isonomia, não há falar em diferenciação entre
servidora pública civil e militar. (STF. 1ª T., RE 597989 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.
09/11/10). (...) A estabilidade provisória advinda de licença-maternidade decorre de proteção
constitucional às trabalhadoras em geral. O direito amparado pelo art. 7º, XVIII, da CF, nos termos do
art. 142, VIII, da CF/88, alcança as militares. (STF. 2ª T., RE 523.572-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, j.
6/10/09).

(DPECE-2014-FCC): Membro de Polícia Militar do Estado em atividade, que venha a ser aprovado em
concurso público para cargo civil permanente da Administração direta, poderá, com prevalência da
atividade militar e na forma da lei, cumular os cargos civil e militar, desde que se trate de cargos
privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. BL: art. 142, § 3º, VIII c/c art. 37,
XVI, “c”, CF.

IX - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19.12.2003)

485
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras
condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as
prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas
atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) (DPEMA-2015) (PGEMA-2016) (TJMSP-2016) (MPDFT-2021)

##Atenção: ##STF- Reperc. Geral/Tese 121: ##MPDFT-2021: Não foi recepcionada pela CF/88 a
expressão “nos regulamentos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica” do art. 10 da Lei 6.880/80, dado
que apenas lei pode definir os requisitos para ingresso nas Forças Armadas, notadamente o requisito
de idade, nos termos do art. 142, § 3º, X, da CF/88. Descabe, portanto, a regulamentação por outra
espécie normativa, ainda que por delegação legal. STF. Plenário. RE 600885, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
09/02/11.
(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: Segundo a CF/1988 e o STF, nos concursos públicos para o
Exército, Marinha e Aeronáutica, a fixação de limite de idade tem que ser por lei, em sentido formal, não se
admitindo a definição do limite por regulamento ou edital do concurso. BL: art. 142, §3º, X, CF e Entend.
Jurisprud.

Art. 143. O SERVIÇO MILITAR É obrigatório nos termos da lei. (TRF5-2011) (MPGO-2019)

§ 1º Às FORÇAS ARMADAS COMPETE, na forma da lei, ATRIBUIR serviço alternativo aos que,
EM TEMPO DE PAZ, após alistados, ALEGAREM IMPERATIVO DE CONSCIÊNCIA, ENTENDENDO-
SE como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de
atividades de caráter ESSENCIALMENTE MILITAR. (Regulamento) (PGESP-2009) (TRF5-2011) (PGEMT-
2011) (MPMT-2012) (TRF5-2013) (Cartórios/TJES-2013) (DPERN-2015) (MPBA-2018) (MPGO-2019)

(MPGO-2019): Conforme a CF/88, o serviço militar é obrigatório nos termos da lei e que as Forças
Armadas compete atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem
imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção
filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. BL: art. 143,
caput e §1º, CF.

(MPMT-2012): A norma “Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em
tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo - se como tal o decorrente de crença
religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar” (art.
143, § 1º, CF/88) é de eficácia limitada.

(TRF5-2011-CESPE): Com relação à defesa do Estado e das instituições democráticas e aos direitos
políticos, assinale a opção correta: Apesar de a prestação de serviço militar ser obrigatória, a recusa em
cumpri-la é admitida sob a alegação do direito de escusa de consciência, cabendo, nesse caso, às forças
armadas atribuir àquele que exercer esse direito serviço alternativo em tempo de paz, cuja recusa enseja
como sanção a declaração da perda dos direitos políticos. BL: art. 143, caput e §1º, CF.

##Atenção: ##PGESP-2009: ##TRF5-2011: ##CESPE: ##FCC: De início, cumpre destacar que o


imperativo de consciência somente é admissível em tempo de paz. Por outro lado, em tempo de guerra, a
lei não admite que se alegue imperativo de consciência para se eximir. Esse impedimento não viola
uma cláusula pétrea, pois se trata de uma norma originária da CF e não se admite no Brasil normas
originárias inconstitucionais. Portanto, a regra geral é que se pode alegar escusa de consciência; a exceção
é que em tempos de guerra ela não pode ser alegada. Ademais, esta obrigação do serviço militar
obrigatório não é para todos, excluindo-se as mulheres e os eclesiásticos. Em outras palavras, nos
termos da lei, o serviço militar será obrigatório a todos os brasileiros, com exceção das mulheres e
eclesiásticos, em tempo de paz. Todavia, em caso de mobilização, ambos ficarão sujeitos aos encargos
relacionados com a defesa nacional, de acordo com suas aptidões, consoante dispõe o art. 143, §2º, CF.
Portanto, a escusa de consciência, prevista no art. 5º, VIII da CF, poderá ser invocada, em tempo de paz,
para que o alistado possa se eximir das atividades de caráter essencialmente militar, nos termos do art.
143, § 1º da CF. Por se tratar de uma obrigação legal imposta a todos, terá que cumprir prestação
alternativa, fixada em lei. Em caso de descumprimento, poderá haver suspensão dos direitos políticos,
consoante dispõe o art. 15, IV da CF. A regulamentação citada pelo § 1º está contida na Lei n. 8.239/91,
art. 3º, § 2º, que dispõe sobre a prestação de serviço alternativo obrigatório, vejamos: “ Entende-se por
Serviço Alternativo o exercício de atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou
486
mesmo produtivo, em substituição às atividades de caráter essencialmente militar”.

§ 2º As mulheres e os eclesiásticos FICAM ISENTOS do SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO em


tempo de paz, SUJEITOS, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir. (Regulamento) (TJSP-2009)
(Cartórios/TJES-2013) (PCSC-2008/2014) (Cartórios/TJMT-2014)

CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 144. A SEGURANÇA PÚBLICA, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, É


EXERCIDA para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através
dos SEGUINTES ÓRGÃOS: (MPSE-2010) (TRF3-2011) (PGEPA-2011) (MPF-2012) (PCAL-2012) (MPM-2013)
(TJSP-2011/2014) (PCPE-2016) (PCAP-2010/2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PCRS-2018) (PCSE-2018) (MPCE-2020)
(DPESC-2021) (MPM-2021) (Anal. Judic./TJMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##PCRS-2018: ##Fundatec: Conforme o STF, o conceito jurídico de ordem pública
não se confunde com incolumidade das pessoas e do patrimônio (art. 144 da CF/1988). Sem embargo,
ordem pública se constitui em bem jurídico que pode resultar mais ou menos fragilizado pelo modo
personalizado com que se dá a concreta violação da integridade das pessoas ou do patrimônio de
terceiros, tanto quanto da saúde pública (nas hipóteses de tráfico de entorpecentes e drogas afins). Daí
sua categorização jurídico-positiva, não como descrição do delito nem cominação de pena, porém
como pressuposto de prisão cautelar; ou seja, como imperiosa necessidade de acautelar o meio social
contra fatores de perturbação que já se localizam na gravidade incomum da execução de certos crimes.
Não da incomum gravidade abstrata deste ou daquele crime, mas da incomum gravidade na
perpetração em si do crime, levando à consistente ilação de que, solto, o agente reincidirá no delito.
Donde o vínculo operacional entre necessidade de preservação da ordem pública e acautelamento do
meio social. Logo, conceito de ordem pública que se desvincula do conceito de incolumidade das
pessoas e do patrimônio alheio (assim como da violação à saúde pública), mas que se enlaça
umbilicalmente à noção de acautelamento do meio social. STF. 2ª T., HC 101.300, Rel. Min. Ayres Britto,
j. 5/10/10.

(PCSE-2018-CESPE): Conforme disposições constitucionais a respeito da organização da segurança


pública, julgue o item a seguir: A segurança pública, exercida para preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, é responsabilidade de todos. BL: art. 144, caput, CF.

I - polícia federal; (Cartórios/TJMG-2017) (Anal. Judic./TJMG-2022)

II - polícia rodoviária federal; (Cartórios/TJMG-2017) (Anal. Judic./TJMG-2022)

III - polícia ferroviária federal; (Cartórios/TJMG-2017) (Anal. Judic./TJMG-2022)

IV - polícias civis; (Cartórios/TJMG-2017) (PCAP-2017) (Anal. Judic./TJMG-2022)

V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. (PGEPA-2011) (Cartórios/TJMG-2017)


(DPEMG-2019) (TJPR-2021) (MPSC-2021) (TCERJ-2021) (Anal. Judic./TJMG-2022)

VI - polícias PENAIS federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104,
de 2019) (DPESC-2021) (MPM-2021) (Anal. Judic./TJMG-2022)

(MPMG-2019): Sobre o poder de polícia e o exercício da segurança pública municipal, é correto afirmar,
à luz do posicionamento consolidado no STF, que o poder de polícia não se confunde com segurança
pública; o exercício do primeiro não é prerrogativa exclusiva das entidades policiais, a quem a
Constituição outorgou, com exclusividade, no art. 144, apenas as funções de promoção da segurança
pública. BL: art. 144, CF.

##Atenção: ##STF: ##MPSP-2015: ##MPGO-2016: ##MPSC-2016: ##TRF3-2016: ##PGM-São


Luís/MA-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##MPRO-2017: ##PCRS-2018: ##MPMG-2019: ##FCC: ##FMP:
##Fundatec: O Poder de polícia não se confunde com segurança pública. O exercício do primeiro não é
487
prerrogativa exclusiva das entidades policiais, a quem a Constituição outorgou, com exclusividade, no
art. 144, apenas as funções de promoção da segurança pública. A fiscalização do trânsito, com
aplicação das sanções administrativas legalmente previstas, embora possa se dar ostensivamente,
constitui mero exercício de poder de polícia, não havendo, portanto, óbice ao seu exercício por
entidades não policiais. O Código de Trânsito Brasileiro, observando os parâmetros constitucionais,
estabeleceu a competência comum dos entes da federação para o exercício da fiscalização de trânsito.
Dentro de sua esfera de atuação, delimitada pelo CTB, os Municípios podem determinar que o poder
de polícia que lhe compete seja exercido pela guarda municipal. O art. 144, §8º, da CF, não impede
que a guarda municipal exerça funções adicionais à de proteção dos bens, serviços e instalações do
Município. Até mesmo instituições policiais podem cumular funções típicas de segurança pública
com exercício de poder de polícia. Entendimento que não foi alterado pelo advento da EC nº 82/14.
Desprovimento do recurso extraordinário e fixação, em repercussão geral, da seguinte tese: é
constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito,
inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas. STF. Plenário.RE
658570/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, j. 6/8/15 (Info
793).109

##Atenção: ##STF: ##MPF-2012: ##PCAL-2012: ##TRF5-2013: ##PCRS-2018: ##CESPE: ##VUNESP:


(...) Emenda Constitucional nº 19, de 16 de julho de 1997, à Constituição do Estado do Rio Grande do
Sul; expressão “do Instituto-Geral de Perícias” contida na Emenda Constitucional nº 18/97, à
Constituição do Estado do Rio Grande do Sul; e Lei Complementar nº 10.687/1996, com as alterações
introduzidas pela Lei Complementar nº 10.998/1997, ambas do Estado do Rio Grande do Sul. Criação do
Instituto-Geral de Perícias e inserção do órgão no rol daqueles encarregados da segurança pública. 4.
O requerente indicou os dispositivos sobre os quais versa a ação, bem como os fundamentos jurídicos do
pedido. Preliminar de inépcia da inicial rejeitada. Observância obrigatória, pelos Estados-membros, do
disposto no art. 144 da Constituição da República. Precedentes. Taxatividade do rol dos órgãos
encarregados da segurança pública, contidos no art. 144 da Constituição da República. Precedentes.
Impossibilidade da criação, pelos Estados-membros, de órgão de segurança pública diverso daqueles
previstos no art. 144 da Constituição. Precedentes. Ao Instituto-Geral de Perícias, instituído pela norma
impugnada, são incumbidas funções atinentes à segurança pública. Violação do artigo 144 c/c o art. 25
da Constituição da República. STF. Plenário. ADI 2827, Relator(a): GILMAR MENDES, j. 16/09/2010

§ 1º A POLÍCIA FEDERAL, INSTITUÍDA por lei como órgão permanente, ORGANIZADO e


MANTIDO pela União e ESTRUTURADO em carreira, DESTINA-SE a: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007) (TRF2-2009) (TRF5-2009) (PCPA-2009) (PCPB-2009) (PCRN-2009)
(MPSE-2010) (PGERS-2010) (PCAP-2010) (TJSP-2011) (DPEPR-2012) (PCAL-2012) (PCRJ-2012) (TJMA-2013)
(PGERN-2014) (PCPI-2014) (PCSC-2014) (PCDF-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-2012/2017/2018) (PCMA-
2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (PCES-2019) (PCMS-2017/2021) (PF-2013/2018/2021) (DPESC-2021) (PCRO-
2022)

I - APURAR infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e
interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, ASSIM COMO outras
infrações cuja prática TENHA repercussão interestadual ou internacional e EXIJA repressão uniforme,
segundo se dispuser em lei; (TRF2-2009) (TRF5-2009) (PCPA-2009) (PCPB-2009) (PGERS-2010) (PCAL-2012)
(PCRJ-2012) (PGERN-2014) (PCDF-2015) (PCGO-2012/2018) (PF-2013/2018) (PCMA-2018) (PCES-2019)
(DPESC-2021) (PCMS-2021) (PCRO-2022)

(PGERN-2014-FCC): Considere a afirmativa a seguir sobre a disciplina constitucional da segurança


pública: A polícia federal, entre outras finalidades, destina- se a apurar infrações penais contra a ordem
política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades
autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão
interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei. BL: art. 144, §1º, I,
109
(MPRO-2017-FMP): Assinale a alternativa correta quanto ao poder de polícia: O poder de polícia não se limita
à atuação do Estado no concernente à prestação de segurança pública direcionada à coletividade. BL: Info 793,
STF.
(MPRO-2017-FMP): Assinale a alternativa correta quanto ao poder de polícia: As atribuições da guarda
municipal previstas na Constituição da República são definidas em sentido exemplificativo, e não exaustivo. BL:
Info 793, STF.
(MPRO-2017-FMP): Assinale a alternativa correta quanto ao poder de polícia: Até mesmo instituições policiais
podem cumular funções típicas de segurança pública com exercício de poder de polícia. BL: Info 793, STF.
488
CF.

(PF-2013-CESPE): Acerca das atribuições da Polícia Federal, julgue o item a seguir: A Polícia Federal
dispõe de competência para proceder à investigação de infrações penais cuja prática tenha repercussão
interestadual ou internacional, exigindo-se repressão uniforme. BL: art. 144, §1º, I, CF.

##Atenção: ##Dica:
 Empresa Pública  Caixa Econômica Federal; Correios = Polícia federal
 Sociedade de Economia Mista  Banco do Brasil = Polícia civil

##Atenção: ##STF: ##DOD: Em regra, os crimes cometidos contra as sociedades de economia mista
federal são julgados pela Justiça Estadual. Excepcionalmente, competirá à Justiça Federal julgar o
delito praticado contra sociedade de economia mista federal quando ficar demonstrado que existe
interesse jurídico da União no fato. Isso ocorre nos casos em que os delitos praticados contra a
sociedade de economia mista estiverem relacionados com: a) os serviços de concessão, autorização ou
delegação da União; ou b) se houver indícios de desvio das verbas federais recebidas por sociedades
de economia mista e sujeitas à prestação de contas perante o órgão federal. STF. 1ª Turma. RE 614115
AgR/PA, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 16/9/2014 (Info 759).

II - PREVENIR e REPRIMIR o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o


descaminho, SEM PREJUÍZO da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de
competência; (TJDFT-2007) (PGERS-2010) (PCAP-2010) (PCAL-2012) (PCGO-2012/2017) (PCMS-2017) (PF-
2013/2018) (DPESC-2021) (PCRO-2022)

III - EXERCER as funções de POLÍCIA MARÍTIMA, AEROPORTUÁRIA e DE FRONTEIRAS;


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PCRN-2009) (PGERS-2010) (DPEPR-2012) (PCGO-
2012) (PCSC-2014) (PCMA-2018) (PCMS-2021) (PF-2021)

(PF-2021-CESPE): Com base no disposto na Constituição Federal de 1988, julgue o item subsequente:
Compete à Polícia Federal exercer as funções de polícia marítima. BL: art. 144, §1º, III, CF.

IV - EXERCER, COM EXCLUSIVIDADE, as funções de POLÍCIA JUDICIÁRIA DA UNIÃO.


(MPSE-2010) (PGERS-2010) (TJSP-2011) (PCGO-2012) (TJMA-2013) (PGERN-2014) (PCPI-2014)
(Cartórios/TJMG-2017) (PGM-Manaus/AM-2018) (PCMS-2021)

##Atenção: ##DOD: A Polícia Federal investiga apenas crimes de competência da Justiça Federal?
NÃO.
Em regra, a Polícia Federal é responsável pela investigação dos crimes que são de competência da
Justiça Federal. Isso porque uma das principais funções da PF é exercer, com exclusividade, as funções
de polícia judiciária da União. No entanto, a Polícia Federal investiga também outros delitos que não
são de competência da Justiça Federal. As atribuições da Polícia Federal estão previstas inicialmente
no art. 144 da CF/88.

##Atenção: ##DOD: Inciso I do § 1º do art. 144 da CF/88: Se você observar a redação do inciso I do § 1º
do art. 144 da CF, verá que ela é bem ampla, especialmente na sua parte final, que diz que compete à
Polícia Federal apurar “outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e
exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei”. Desse modo, a Polícia Federal tem atribuição
para investigar crimes que tenham repercussão interestadual ou internacional e exijam repressão
uniforme.

##Atenção: ##DOD: Que crimes são esses? A CF/88 afirma que a relação desses crimes deverá ser
prevista em lei.

##Atenção: ##DOD: Que lei é esta? A Lei 10.446/02, cuja ementa é a seguinte: “Dispõe sobre infrações
penais de repercussão interestadual ou internacional que exigem repressão uniforme, para os fins do
disposto no inciso I do § 1º do art. 144 da Constituição.” A Lei 10.446/02, em seu art. 1º, traz uma lista
de crimes que foram escolhidos pelo legislador e que podem ser investigados pela Polícia Federal. No
caso dos delitos previstos neste art. 1º, não importa se eles serão ou não julgados pela Justiça Federal.
A atribuição para investigá-los poderá ser da Polícia Federal independentemente disso.110
110
Art. 1o Na forma do inciso I do § 1o do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão interestadual ou
internacional que exija repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça,
489
##Atenção: ##DOD: A Polícia Federal irá investigá-los sem prejuízo da responsabilidade das Polícias
Militares e Civis dos Estados, ou seja, tais órgãos de segurança pública também poderão contribuir
com as investigações.

##Atenção: ##DOD: ##STF: Caso concreto: A Polícia Federal, sob a supervisão do Ministério Público
estadual e do Juízo de Direito, conduziu inquérito policial destinado a apurar crimes de competência
da Justiça Estadual. Entendeu-se que a Polícia Federal não tinha atribuição para apurar tais delitos
considerando que não se enquadravam nas hipóteses do art. 144, § 1º da CF/88 e do art. 1º da Lei
10.446/02. A despeito disso, o STF entendeu que não havia nulidade na ação penal instaurada com
base nos elementos informativos colhidos. O fato de os crimes de competência da Justiça Estadual
terem sido investigados pela Polícia Federal não geram nulidade. Isso porque esse procedimento
investigatório, presidido por autoridade de Polícia Federal, foi supervisionado pelo Juízo estadual
(juízo competente) e por membro do Ministério Público estadual (que tinha a atribuição para a causa).
O inquérito policial constitui procedimento administrativo, de caráter meramente informativo e não
obrigatório à regular instauração do processo-crime, cuja finalidade consiste em subsidiar eventual
denúncia a ser apresentada pelo MP, razão pela qual irregularidades ocorridas não implicam, de regra,
nulidade de processo-crime. O art. 5º, LIII, da CF/88, afirma que “ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente”. Esse dispositivo contempla o chamado “princípio do
juiz natural”, princípio esse que não se estende para autoridades policiais, considerando que estas não
possuem competência para julgar. Logo, não é possível anular provas ou processos em tramitação com
base no argumento de que a Polícia Federal não teria atribuição para investigar os crimes apurados. A
desconformidade da atuação da Polícia Federal com as disposições da Lei 10.446/02 e eventuais abusos
cometidos por autoridade policial, embora possam implicar responsabilidade no âmbito
administrativo ou criminal dos agentes, não podem gerar a nulidade do inquérito ou do processo
penal. STF. 1ª T. HC 169348/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 17/12/19 (Info 964).

##Atenção: ##STF: A cláusula de exclusividade inscrita no art. 144, § 1º, inciso IV, da CF – que não inibe
a atividade de investigação criminal do Ministério Público – tem por única finalidade conferir à Polícia
Federal, dentre os diversos organismos policiais que compõem o aparato repressivo da União Federal
(polícia federal, polícia rodoviária federal e polícia ferroviária federal), primazia investigatória na
apuração dos crimes previstos no próprio texto da Lei Fundamental ou, ainda, em tratados ou
convenções internacionais. STF. 2ª T., HC 89.837, Rel. Min. Celso de Mello, j. 20/10/09.

§ 2º A POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, órgão permanente, organizado e mantido pela União e


estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPT-2009) (TJMA-2013) (PCDF-2015) (PCES-2019)
(PCMS-2021)

§ 3º A POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL, órgão permanente, organizado e mantido pela União


e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPT-2009) (PCDF-2015) (PCMA-2018) (PCES-
2019) (PCMS-2021)

sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição Federal,
em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação, dentre outras, das seguintes
infrações penais: I – seqüestro, cárcere privado e extorsão mediante seqüestro (arts. 148 e 159 do Código Penal), se
o agente foi impelido por motivação política ou quando praticado em razão da função pública exercida pela
vítima; II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990); e III –
relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir em
decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive
bens e valores, transportadas em operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de
quadrilha ou bando em mais de um Estado da Federação. V - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do
produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado (art. 273 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 - Código Penal). (Incluído pela Lei nº 12.894, de 2013); VI - furto, roubo ou dano contra instituições
financeiras, incluindo agências bancárias ou caixas eletrônicos, quando houver indícios da atuação de associação
criminosa em mais de um Estado da Federação. (Incluído pela Lei nº 13.124, de 2015); VII – quaisquer crimes
praticados por meio da rede mundial de computadores que difundam conteúdo misógino, definidos como
aqueles que propagam o ódio ou a aversão às mulheres. (Incluído pela Lei nº 13.642, de 2018) Parágrafo único.
Atendidos os pressupostos do caput, o Departamento de Polícia Federal procederá à apuração de outros casos,
desde que tal providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de Estado da Justiça.
490
§ 4º Às POLÍCIAS CIVIS, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,
RESSALVADA a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, EXCETO AS MILITARES. (TJDFT-2007) (TJAL-2008) (PCTO-2008) (PGEAL-2009) (PCPB-2009)
(PCRN-2009) (MPSE-2010) (PGERS-2010) (DPEPR-2012) (PCAL-2012) (PCPI-2009/2014) (PGERN-2014) (PCPI-
2014) (PCSC-2014) (PCSP-2014) (TRF1-2015) (PCDF-2015) (PCPA-2009/2016) (DPEMT-2016) (PCPE-2016)
(PCAP-2010/2017) (PCGO-2018) (PCMA-2018) (PCMG-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (PCMS-2017/2021)
(MPCE-2020) (DPESC-2021) (PCRO-2022)

##Mudança de Entendimento: ##Atenção: ##STF: ##DOD: Requisitos necessários para a direção da


polícia civil deverão seguir o art. 144 da CF/88: Norma estadual pode prever exigir que o Chefe da
Polícia Civil seja um Delegado integrante da classe final da carreira? Se for uma previsão originária
da CE estadual: SIM. Se for uma previsão oriunda de um projeto de iniciativa do Governador do
Estado: SIM. Se for uma previsão oriunda de projeto de iniciativa parlamentar: NÃO. Não há
qualquer óbice constitucional de índole material à estipulação normativa de critérios razoáveis e
objetivos à escolha do Chefe da Polícia Civil pelo Governador do Estado, tal como a exigência de que
o ocupante do cargo seja eleito entre os integrantes da última classe da carreira. Vale ressaltar, no
entanto, que a veiculação de critérios restritivos da escolha do Diretor da Polícia Civil pelo
Governador do Estado, para se mostrar válida no plano formal, deve observar a cláusula de reversa de
iniciativa prevista no art. 61, § 1º, II, “c” e “e” (aplicáveis aos Estados por força do art. 25 da CF),
motivo pelo qual somente o Chefe do Poder Executivo dispõe de legitimação para instaurar o processo
legislativo pertinente ou propor o respectivo projeto de emenda à Constituição estadual quanto a esse
específico tema. Tratando-se de norma originária da Constituição estadual, não há falar em usurpação
da prerrogativa de iniciativa do Governador estadual, pois as regras da Constituição Federal
estipuladoras de reserva de iniciativa legislativa não sujeitam o exercício do poder constituinte
decorrente instituidor titularizado pelas Assembleias Legislativas estaduais (art. 11 do ADCT),
ressalvada a constatação objetiva de burla ou fraude às prerrogativas institucionais do Chefe do Poder
Executivo. STF. Plenário. ADI 3922, Rel. Min. Rosa Weber, j. 25/10/21.

(PCRO-2022-CESPE): Nos termos da CF/1988, incumbe(m) à Polícia Civil as funções de polícia judiciária
e apuração de infrações penais. BL: art. 144, §4º, CF.

(PCMA-2018-CESPE): Conforme a CF, às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira,
cabe exercer as funções de polícia judiciária e apurar as infrações penais, excetuadas as de natureza
militar. BL: art. 144, §4º, CF.

(PGERN-2014-FCC): Considere a afirmativa a seguir sobre a disciplina constitucional da segurança


pública: Ressalvada a competência da União, cujas funções de polícia judiciária são exercidas, com
exclusividade, pela polícia federal, incumbem às polícias civis, subordinadas aos Governadores de
Estados, Distrito Federal e Territórios e dirigidas por delegados de polícia de carreira, as funções de
polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. BL: art. 144, §1º, IV c/c §4º, CF.

(MPSE-2010-CESPE): Com relação à segurança pública, à polícia ostensiva e à polícia judiciária, assinale
a opção correta: Às polícias civis competem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. BL: art. 144, §4º, CF.

(PGERS-2010-Fundatec): No que tange à disciplina constitucional da segurança pública, analise a


seguinte afirmação: As polícias civis são órgãos estaduais que desempenham exclusivamente funções de
polícia judiciária, ressalvada a competência da União e a apuração das infrações penais militares. BL: art.
144, §4º, CF.

§ 5º Às POLÍCIAS MILITARES CABEM a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos


CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES, além das atribuições definidas em lei, INCUMBE a execução
de atividades de defesa civil. (TJDFT-2007) (PCTO-2008) (PGEAL-2009) (PGEPA-2011) (DPEPR-2012)
(PCSC-2014) (PCDF-2015) (PCPA-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (PCMA-2018) (DPEMG-2019) (PCES-2019)
(TJPR-2021) (MPSC-2021) (DPESC-2021) (TCERJ-2021) (PCRO-2022)

491
§ 5º-A. Às POLÍCIAS PENAIS, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade
federativa a que pertencem, CABE a segurança dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 104, de 2019) (DPESC-2021) (PCMS-2021) (PCRO-2022)

(DPESC-2021-FCC): Às polícias penais compete a segurança dos estabelecimentos penais. BL: art. 144,
§5º-A, CF.

(PCMS-2021-FAPEC): Nos exatos termos do artigo 144 da Constituição Federal, está correto o que se
afirma em: às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa
a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais. BL: art. 144, §5º-A, CF.

§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército


SUBORDINAM-SE, juntamente com as polícias civis e as polícias PENAIS estaduais e distrital, aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios . (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 104, de 2019) (PCRO-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCRO-2022: ##CESPE: É inconstitucional norma estadual que assegure
a independência funcional a delegados de polícia, bem como que atribua à polícia civil o caráter de
função essencial ao exercício da jurisdição e à defesa da ordem jurídica: A Constituição Federal, ao
tratar dos órgãos de Administração Pública, escolheu aqueles que deveria ter assegurada autonomia.
Além de não assegurar autonomia à Polícia Civil, a Constituição Federal afirmou expressamente, no
seu art. 144, § 6º, que ela deveria estar subordinada ao Governador do Estado. A norma do poder
constituinte decorrente que venha a atribuir autonomia funcional, administrativa ou financeira a
outros órgãos ou instituições que não aquelas especificamente constantes da CF/1988, padece de vicio
de inconstitucionalidade material, por violação ao princípio da separação dos poderes. STF. Plenário.
ADI 5522/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 18/2/22 (Info 1044).

§ 7º A lei (ordinária) disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela


segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. (PCRN-2009) (TJDFT-2012)

§ 8º Os Municípios PODERÃO CONSTITUIR GUARDAS MUNICIPAIS destinadas à proteção de


seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. (TJDFT-2007) (TRF2-2009) (MPSE-2010) (PGERS-
2010) (TJSP-2011) (DPEPR-2012) (TRF4-2012) (PCAL-2012) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (PCPI-2014) (PCSP-2014) (MPSP-2015) (MPGO-2016) (MPSC-2016) (TRF3-
2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PCAP-2010/2017) (MPRO-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(PCGO-2018) (PCRS-2018) (MPMG-2012/2019) (MPCE-2020)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPSP-2015: ##MPGO-2016: ##MPSC-2016: ##TRF3-2016: ##PGM-São


Luís/MA-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##MPRO-2017: ##PGM-BH/MG-2017: ##PCRS-2018:
##MPMG-2019: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: As guardas municipais podem realizar a
fiscalização de trânsito? SIM. As guardas municipais, desde que autorizadas por lei municipal, têm
competência para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de trânsito e impor multas. O STF
definiu a tese de que é constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício do poder de
polícia de trânsito, inclusive para a imposição de sanções administrativas legalmente previstas (ex:
multas de trânsito). STF. Plenário.RE 658570/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min.
Roberto Barroso, j. 6/8/15 (Info 793).
(PCRS-2018-Fundatec): Reza a Constituição que a segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio. Assinale a alternativa correta em relação às atribuições dos órgãos da segurança pública:
Conforme dispositivo da CF/88, os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à
proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. Destarte, é constitucional a atribuição
às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções
administrativas legalmente previstas. BL: Info 793, STF e art. 144, §8º, CF.
(MPRO-2017-FMP): Assinale a alternativa correta quanto ao poder de polícia: É constitucional a atribuição
às guardas municipais do exercício do poder de polícia de trânsito, inclusive para a imposição de sanções
administrativas previstas em lei. BL: Info 793, STF.
(TRF3-2016): Sobre o poder de polícia, assinale a alternativa correta: Segundo o STF, o art. 144, §8º, da CF
(“Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
conforme dispuser a lei”), não impede que a guarda municipal exerça funções adicionais à de proteção dos
bens, serviços e instalações do Município, incluindo o exercício do poder de polícia para fiscalização do
trânsito, que não é prerrogativa exclusiva das entidades policiais. BL: Info 793, STF.
492
(MPGO-2016): No que se refere às funções constitucionalmente conferidas às guardas municipais, indique a
assertiva que encontra arrimo na jurisprudência dominante do STF: É constitucional a lei local que confira
às guardas municipais o exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive com a imposição de sanções
administrativas legalmente prevista, observada, sempre, a esfera de atuação do Município, delimitada pelo
Código de Trânsito Brasileiro. BL: Info 793, STF.
(MPSC-2016): A fiscalização do trânsito, com aplicação das sanções administrativas legalmente previstas,
embora possa se dar ostensivamente, constitui mero exercício de poder de polícia, não havendo, portanto,
óbice ao seu exercício por entidades não policiais. BL: Info 793, STF.

(MPCE-2020-CESPE): Conforme as previsões constitucionais e a jurisprudência do STF sobre segurança


pública, em especial sua estrutura e organização, admite-se que lei municipal constitua guardas
municipais destinadas à proteção dos bens, dos serviços e das instalações do município. BL: art. 144, §8º,
CF.

(TJSP-2011-VUNESP): Quanto à segurança pública: Os Municípios poderão constituir guardas


municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações. BL: art. 144, §8º, CF.

§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será
fixada na forma do § 4º do art. 39. [obs.: por SUBSÍDIO] (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(PCPB-2009) (MPMG-2013) (PCGO-2013/2018) (PCMG-2018)

§ 10. A SEGURANÇA VIÁRIA, EXERCIDA para a preservação da ordem pública e da


incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
82, de 2014) (DPECE-2014) (PGERN-2014) (DPEMT-2016) (PCSE-2018) (PCES-2019) (PCRO-2022)

I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades


previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 82, de 2014) (DPECE-2014) (PCES-2019) (PCRO-2022)

(DPECE-2014-FCC): A Emenda Constitucional n. 82, de 16 de julho de 2014, introduziu no Título V da


Constituição (Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas) disciplina específica sobre a
segurança viária. Nos termos de suas disposições, a segurança viária compreende a educação, engenharia
e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito
à mobilidade urbana eficiente. BL: art. 144, §10, I, CF.

II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos
ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei . (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014) (DPECE-2014) (PGERN-2014) (DPEMT-2016) (PCRO-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PCRO-2022: ##CESPE: Lei distrital não pode conferir porte de arma
nem determinar o exercício de atividades de segurança pública a agentes e inspetores de trânsito : A
CF/88, nos incisos do art. 144, estabelece quais são os órgãos de segurança pública. Esse rol é taxativo e
de observância obrigatória pelo legislador infraconstitucional. Como consequência, os Estados-
membros não podem atribuir o exercício de atividades de segurança pública a órgãos diversos
daqueles previstos na CF/88. Assim, a lei distrital, ao estabelecer que os agentes de trânsito exercem
atividades de segurança pública, possui vício de inconstitucionalidade material porque violou o rol
taxativo dos órgãos encarregados da segurança pública previsto no art. 144 da CF/88. Compete aos
órgãos e agentes de trânsito estaduais, distritais e municipais o exercício da “segurança viária”, que
compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em
lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente (art. 144, § 10, da CF/88). As
atividades de segurança viária não se confundem com “segurança pública”. Compete à União, nos
termos do art. 21, VI; e 22, I, da CF/88, a definição dos requisitos para a concessão do porte de arma de
fogo e dos possíveis titulares de tal direito, inclusive no que se refere a servidores públicos estaduais
ou municipais, em prol da uniformidade da regulamentação do tema no país, questão afeta a políticas
de segurança pública de âmbito nacional. Desse modo, é inconstitucional a lei distrital que disponha
sobre porte de arma de fogo, criando hipóteses não previstas na legislação federal de regência,
notadamente a Lei federal nº 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento). STF. Plenário. ADI 3996, Rel. Luiz

493
Fux, j. 15/04/20 (Info 987).

(PGERN-2014-FCC): Considere a afirmativa a seguir sobre a disciplina constitucional da segurança


pública: A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas, compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em
carreira, na forma da lei. BL: art. 144, 10, II, CF.

TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Seção I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

(TJPB-2011-CESPE): Os princípios constitucionais tributários são expressão da soberania estatal e


traduzem-se em limitações ao poder de tributar, o que não impede que o Estado exija dos indivíduos,
por atividade vinculada, parcela do seu patrimônio.

##Atenção: ##DPEMG-2009: ##DPEPI-2009: ##TRF4-2009: ##TJPB-2011: ##PGEPR-2011:


##PGERS-2011: ##PGEMG-2012: ##PGESP-2012: ##PCGO-2012: ##MPDFT-2013: ##TRF5-2013:
##PGEGO-2013: ##PGEAM-2016: ##DPESP-2006/2019: ##PGM-Campo Grande/MS-2019: ##CESPE:
##FCC: ##Fundatec: Os princípios constitucionais tributários, apresentam-se, juntamente com as
imunidades, em limitações constitucionais ao poder de tributar, podendo o Estado exigir do particular
mediante atividade vinculada, ou seja, através de lei (princípio da legalidade), o pagamento dos tributos
com a constrição de parte do seu patrimônio. Assim, por exemplo, as normas da legalidade e da
anterioridade tributárias constituem cláusulas pétreas que não podem ser retiradas do ordenamento
jurídico nem mesmo por emenda constitucional.

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios PODERÃO INSTITUIR os


seguintes tributos:

(TJMA-2013-CESPE): São funções da CF outorgar competência tributária aos entes federados, inaugurar
as limitações constitucionais ao poder de tributar, enumerar exaustivamente as espécies tributárias e
prever as hipóteses de repartição de receita.

##Atenção: ##PGESP-2002: ##DPEPA-2009: ##TRF4-2009: ##PGERS-2011: ##MPF-2012:


##DPEPA-2015: ##PGEAM-2016: ##PGEMS-2016: ##TRF3-2018: ##Cartórios/TJMG-2016/2018/2019:
##Cartórios/TJPR-2019: ##TJSP-2021: ##Consulplan: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: ##UFPR:
##VUNESP: A competência tributária pode ser conceituada como sendo a delimitação do poder de
tributar. Por sua vez, o poder de tributar compreende o poder de criação de um tributo por lei própria.
Desse modo, pode-se afirmar que apenas podem criar tributos os entes federativos. A doutrina
majoritária define competência tributária como a aptidão, isto é, a possibilidade outorgada pela CF/88
para que o ente, mediante lei, crie tributos. Não há um tributo no país que seja pago por força da
Constituição, o que ela faz é outorgar competência, possibilitando ao ente federado a criação do tributo.
Portanto, a CF/88 não institui tributos, apenas citando quais são que podem ser instituídos e quem que
deve instituir, ou seja, a CF não criou nenhum tributo, ela apenas estabeleceu competência para que as
pessoas políticas os criassem através de lei. Além disso, as limitações constitucionais ao poder de
tributar também estão previstas no texto constitucional, que são as imunidades tributárias previstas no
art. 150 e seguintes da CF, bem como enumera exaustivamente as espécies tributárias. Por fim, também
encontra-se previsto na CF/88 a repartição de receitas (art. 157, CF), que envolvem questões referentes
à própria competência tributária.

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2010: ##MPPR-2011: ##Cartórios/TJSP-2012: ##PGEPA-2012: ##PGEGO-


2013: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##TJPA-2019: ##MPRS-2021: ##CESPE: ##VUNESP: O CTN, no seu
art. 5.º, dispõe que os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria, claramente adotando a
teoria da tripartição das espécies tributárias. Alguns doutrinadores entendem que a CF/88 segue a
mesma teoria, ao estabelecer, no seu art. 145, que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
494
podem instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. Na realidade, tal dispositivo não se
restringe a tais espécies tributárias, mas apenas agrupa aquelas cuja competência para criação é atribuída
simultaneamente aos três entes políticos. Trata-se de norma atributiva de competência e não de norma
que objetive listar exaustivamente as espécies de tributo existentes no ordenamento jurídico brasileiro. O
STF tem adotado a teoria da pentapartição, incluindo entre as espécies de tributos os empréstimos
compulsórios e contribuições especiais. Nesse contexto, deve-se ter muito cuidado com o enunciado da
questão: se afirmar “segundo o CTN”, deve-se adotar a teoria da tripartição. Por outro lado, se cobrar o
entendimento do STF, adota-se a teoria da pentapartição.

(TJPI-2012-CESPE): O poder de criar tributos é repartido entre os vários entes políticos, e a CF assinala a
esfera de competência dos níveis federal, estadual e municipal. BL: art. 145, CF.

(MPF-2012): Ante a higidez como característica inerente ao Sistema Tributário Nacional, é correto
asseverar que, no texto constitucional, dentre as diferentes maneiras por meio das quais o legislador
constituinte outorga competência tributária, pode-se distinguir aquela exercitada mediante a exclusiva
identificação do aspecto material da hipótese de incidência do tributo. BL: art. 145, CF.

##Atenção: A CF delimita o fato gerador do tributo, isto é, o aspecto material da hipótese de incidência.
É o que ocorre, por exemplo, como os impostos (no Imposto de Renda o aspecto material é o acréscimo
patrimonial).

I - IMPOSTOS; (PGECE-2008) (TRF2-2009) (MPPR-2011) (PGEPR-2011) (PGERS-2011) (PGEAC-2014)


(DPEPA-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017)

II - TAXAS, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de


serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição ; (TJMG-
2008) (MPRO-2008) (PGEAL-2009) (PCPI-2009) (PCRN-2009) (PGEGO-2010) (PGEPR-2011) (PGEPA-2011/2012)
(MPRR-2012) (DPERO-2012) (AGU-2012/2013) (TJRJ-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013)
(MPT-2013) (MPM-2013) (PGEPI-2008/2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSP-2014)
(PGEAC-2014) (PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRF1-2009/2015) (PGERS-2011/2015) (MPF-2013/2015)
(DPEPA-2015) (PCDF-2015) (AGU-2015) (TRF3-2011/2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (TRF2-2009/2017)
(MPPR-2011/2014/2017) (PCGO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (Cartórios/TJMG-
2015/2017/2018) (TJRS-2018) (DPEAP-2018) (DPERS-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018)
(Anal. Judic./STJ-2018) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (TJSC-2017/2019) (TJRO-2019) (DPEMG-2019)
(Cartórios/TJAL-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (PGECE-2008/2021) (MPSC-
2012/2021) (TJPR-2021) (TJSP-2021) (MPMG-2021) (PF-2021) (TCDF-2021) (TCERJ-2021) (TCEPB-2022)

Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
Súmula Vinculante 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da
base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e
outra.
Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da
Constituição Federal.

##Atenção: ##DOD: O que são as taxas? A taxa é uma espécie de tributo paga pelo contribuinte em
virtude de um serviço prestado pelo Poder Público ou em razão do exercício da atividade estatal de
poder de polícia.

##Atenção: ##DOD: ##PGERS-2011: ##PGEPA-2012: ##Cartórios/TJBA-2013: ##DPEPA-2015:


##PGEMA-2016: ##Cartórios/TJMG-2017: ##DPERS-2018: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC:
##FMP: ##Fundatec: Características: Diz-se que a taxa é um tributo bilateral, contraprestacional,
sinalagmático ou vinculado. Isso porque a taxa é um tributo vinculado a uma atividade estatal
específica, ou seja, a Administração só pode cobrar se, em troca, estiver prestando um serviço público ou
exercendo poder de polícia. Há, portanto, obrigações de ambas as partes. O poder público tem a
obrigação de prestar o serviço ou exercer poder de polícia e o contribuinte a de pagar a taxa
correspondente.

495
##Atenção: ##DOD: ##MPF-2013: Espécies de taxas: As taxas podem ter dois fatos geradores: a) o
exercício regular do poder de polícia; ou b) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico
e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 77 do CTN). Com base nisso, pode-se
dizer que existem duas espécies de taxa: 1ª) taxa de polícia; e 2ª) taxa de serviço.

##Atenção: ##DOD: Base de cálculo das taxas: Base de cálculo é o valor sobre o qual a alíquota irá
incidir. Ex: a alíquota do tributo é de 5%. A base de cálculo é 1000 reais. Logo, o valor do tributo será 5%
de 1000 reais (50 reais). A base de cálculo deve estar prevista na própria lei.

##Atenção: ##DOD: ##TRF4-2014: ##DPEPA-2015: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: ##FMP:


Quem pode instituir taxa? A União, os Estados, o DF e os Municípios. Trata-se de tributo de
competência comum. A taxa será instituída de acordo com a competência de cada ente. Ex.: Município
não pode instituir uma taxa pela emissão de passaporte, uma vez que essa atividade é de competência
federal. Logo, a competência para a instituição das taxas está diretamente relacionada com as
competências constitucionais de cada ente.

##Atenção: ##DOD: Qual critério o legislador deve adotar par a fixar a base de cálculo das taxas?
Vimos acima que a taxa é um tributo contraprestacional. Logo, sua base de cálculo deve estar
relacionada com o custo do serviço ou do poder de polícia exercido. Vale ressaltar, no entanto, que não
é necessário que a base de cálculo seja exatamente igual ao custo do serviço público prestado . A base
de cálculo da taxa deve estar relacionada com o custo. Deve haver uma “equivalência razoável entre o custo
real dos serviços e o montante a que pode ser compelido o contribuinte a pagar. ” (Min. Moreira Alves, STF Rp
1077/RJ). Assim, o que não pode ocorrer é o valor da base de cálculo ser muito superior ao custo do
serviço, uma vez que, nesse caso, haveria enriquecimento sem causa por parte do Estado ou até mesmo
uma forma de confisco (STF. ADI 2551).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##MPSC-2021: ##TCERJ-2021: ##CESPE: ##FGV: É


inconstitucional a criação de taxa de combate a incêndios: A atividade desenvolvida pelo Estado no
âmbito da segurança pública é mantida ante impostos, sendo imprópria a substituição, para tal fim, de
taxa. STF. Plenário. ADI 4411, Rel. Marco Aurélio, j. 18/08/20 (Info 992).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: ##STF: ##PCDF-2015: Prevenção e combate a incêndios é
atividade de segurança pública: A prevenção e o combate a incêndios são atividades desenvolvidas pelo
Corpo de Bombeiros, sendo consideradas atividades de segurança pública, nos termos do art. 144, V e § 5º
da CF/88.111 A segurança pública é atividade essencial do Estado sendo, por isso, sustentada por meio de
impostos (e não por taxa). Nesse sentido: “(...) A jurisprudência do STF se consolidou no sentido de que a
atividade de segurança pública é serviço público geral e indivisível, logo deve ser remunerada mediante
imposto, isto é, viola o artigo 145, II, do Texto Constitucional, a exigência de taxa para sua fruição. (...)” STF.
Plenário. ADI 1942, Rel. Min. Edson Fachin, j. 18/12/15.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: ##Reperc. Geral/STF – Tema 16: O STF já tinha um
precedente envolvendo a proibição dos Municípios instituírem taxa nesse sentido: “A segurança pública,
presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo da atividade precípua, pela unidade da Federação, e,
porque serviço essencial, tem como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a
criação de taxa para tal fim.” STF. Plenário. RE 643247/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 1º/8/17 (Info 871).
##Questão de concurso:
(TJPR-2021-FGV): Marcos, domiciliado em imóvel próprio localizado no Município Alfa (Estado Beta),
recebeu notificação em 2021 referente ao pagamento de taxa municipal de combate a incêndio quanto a esse
imóvel, bem como outra notificação do Estado Beta cobrando taxa estadual de combate a incêndio. À luz do
conceito de taxa presente na CF/1988 e no CTN, bem como do entendimento do STF, tal taxa de combate a
incêndio: não poderia ser cobrada nem pelo Município Alfa nem pelo Estado Beta. BL: Info 992, STF e Info
871, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEMG-2019: ##TJPR-2021: ##MPSC-2021: ##CESPE: ##FGV:


Inconstitucionalidade de taxa de combate a sinistros instituída por lei municipal: É inconstitucional
taxa de combate a sinistros instituída por lei municipal. A prevenção e o combate a incêndios são
atividades desenvolvidas pelo Corpo de Bombeiros, sendo consideradas atividades de segurança
pública, nos termos do art. 144, V e § 5º da CF. A segurança pública é atividade essencial do Estado e,
por isso, é sustentada por meio de impostos (e não por taxa). Desse modo, não é possível que, a
111
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: (...)
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. (...) § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe
a execução de atividades de defesa civil.
496
pretexto de prevenir sinistro relativo a incêndio, o Município venha a se substituir ao Estado, com a
criação de tributo sob o rótulo de taxa. Tese fixada pelo STF: “A segurança pública, presentes a
prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo da atividade precípua, pela unidade da Federação,
e, porque serviço essencial, tem como a viabilizá-la a arrecadação de impostos, não cabendo ao
Município a criação de taxa para tal fim.” STF. Plenário. RE 643247/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j.
1º/8/17 (repercussão geral) (Info 871). O Estado-membro poderia criar uma taxa de combate a
incêndio? Também não. Posteriormente a esse julgado, o STF pacificou que a cobrança da taxa de
incêndio inclusive por Estado-membro é inconstitucional: STF. Plenário. ADI 2908, Rel. Cármen Lúcia,
julgado em 11/10/2019.

##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF declarou a inconstitucionalidade de Lei do Estado do Amapá, que
instituiu a Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Exploração e
Aproveitamento de Recursos Hídricos (TFRH). A Corte entendeu que o valor cobrado é muito
superior em relação ao custo da atividade estatal relacionada (fiscalização das empresas que exploram
recursos hídricos). Logo, não há proporcionalidade entre o custo da atividade estatal e o valor que será
pago pelos particulares pela taxa. Isso viola as características da taxa, que é um tributo orientado pelo
princípio da retributividade e que possui caráter contraprestacional e sinalagmático. Além disso, a lei
previa que apenas 30% dos valores arrecadados com a taxa seriam utilizados em atividades
relacionadas com a política de recursos hídricos e os 70% restantes iriam para a conta única do
Tesouro Estadual. Isso demonstra o caráter arrecadatório desta taxa. Por fim, ao onerar excessivamente
as empresas que exploram recursos hídricos, a referida taxa adquiriu feições verdadeiramente
confiscatórias, dificultando, ou mesmo inviabilizando, o desenvolvimento da atividade econômica.
Houve, portanto, violação ao que prevê o art. 150, IV, da CF/88, que proíbe que os tributos sejam
utilizados com efeito de confisco. STF. Plenário. ADI 6211/AP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 4/12/19
(Info 962).

##Atenção: ##STF: ##MPSC-2021: ##CESPE: Estados podem instituir taxa de polícia por expedição de
atestados de idoneidade para porte de arma de fogo: Os Estados possuem competência para dispor
sobre instituição de taxas de polícia cobradas em função de atividades tais como: i) fiscalização e
vistoria em estabelecimentos comerciais abertos ao público (casas noturnas, restaurantes, cinemas,
shows); ii) expedição de alvarás para o funcionamento de estabelecimentos de que fabriquem,
transportem ou comercializem armas de fogo, munição, explosivos, inflamáveis ou produtos
químicos; iii) expedição de atestados de idoneidade para porte de arma de fogo, tráfego de explosivos,
trânsito de armas em hipóteses determinadas; e iv) atividades diversas com impacto na ordem social,
no intuito de verificar o atendimento de condições de segurança e emitir as correspondentes
autorizações essenciais ao funcionamento de tais estabelecimentos. STF. Plenário ADI 3770, Rel. Min.
Alexandre de Moraes, j. 13/09/19.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF3-2016: ##PCGO-2017: ##Anal. Judic./STJ-2018: ##CESPE: Nos


termos da jurisprudência da Corte, a taxa de renovação de licença de funcionamento é constitucional,
desde que haja o efetivo exercício do poder de polícia, o qual é demonstrado pela mera existência de
órgão administrativo que possua estrutura e competência para a realização da atividade de
fiscalização. A base de cálculo da taxa de fiscalização e funcionamento fundada na área de fiscalização
é constitucional, na medida em que traduz o custo da atividade estatal de fiscalização. Quando a
Constituição se refere às taxas, o faz no sentido de que o tributo não incida sobre a prestação, mas em
razão da prestação de serviço pelo Estado. A área ocupada pelo estabelecimento comercial revela-se
apta a refletir o custo aproximado da atividade estatal de fiscalização. STF. 1ª T., RE 856185 AgR, Rel.
Roberto Barroso, j. 04/08/15.
(PCGO-2017-CESPE): O estado de Goiás instituiu, por lei ordinária, um departamento de fiscalização de
postos de gasolina com objetivo de aferir permanentemente as condições de segurança e vigilância de tais
locais, estabelecendo um licenciamento especial e anual para o funcionamento de tais estabelecimentos e
instituindo uma taxa anual de R$ 1.000 a ser paga pelos empresários, relacionada a tal atividade estatal. A
respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta: A instituição do departamento de fiscalização de
postos de gasolina como órgão competente com funcionamento regular é suficiente para caracterizar o
exercício efetivo do poder de polícia. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPF-2013: ##TRF4-2014: ##AGU-2015: ##Cartórios/TJMG-2017: ##CESPE:


##Consulplan: É condição constitucional para a cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia a
competência do ente tributante para exercer a fiscalização da atividade específica do contribuinte (art.
145, II da CF). Por não serem mutuamente exclusivas, as atividades de fiscalização ambiental exercidas
pela União e pelo estado não se sobrepõem e, portanto, não ocorre bitributação. Ao não trazer à
discussão o texto da lei estadual que institui um dos tributos, as razões recursais impedem que se
examine a acumulação da carga tributária e, com isso, prejudica o exame de eventual efeito

497
confiscatório da múltipla cobrança. STF. 2ª T., RE 602089 AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 24/04/12.
(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: É condição constitucional para a cobrança de taxa pelo exercício
de poder de polícia a competência do ente tributante para exercer a fiscalização da atividade específica do
contribuinte. BL: art. 145, II, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPF-2013: ##Anal. Judic./STJ-2018: ##MPSC-2021: ##CESPE: A


cobrança da taxa de localização e funcionamento, pelo município, dispensa a comprovação da atividade
fiscalizadora, face à notoriedade do exercício do poder de polícia pela Municipalidade: É prescindível
(dispensável) a comprovação, pelo ente tributante, do efetivo exercício do poder de polícia, a fim de
legitimar a cobrança da Taxa de Fiscalização de Anúncios, da Taxa de Fiscalização de Localização e
Funcionamento e da Taxa de Fiscalização Sanitária. STJ. 1ª T. AgRg no Ag 1320125/MG, Rel. Min.
Arnaldo Esteves Lima, j. 20/11/12.
(MPSC-2021-CESPE): Acerca de conceitos e definições referentes às espécies tributárias e de temas afins do
direito tributário, julgue o item a seguir: É lícita a fixação de taxa, por lei federal, em razão do regular
exercício do poder de polícia sanitária. BL: art. 145, II e art. 23, caput, Lei 9.782/99112 e Entend. Jurisprud.
##Atenção: Taxas são tributos vinculados (pois depende de uma contraprestação pelo estado), destinados e
não restituíveis. A competência para instituir taxas é comum, desde que tenha uma compatibilidade entre o
ente instituidor e suas finalidades. As taxas de fiscalização de vigilância sanitária, instituída por lei federal,
estão previstas na Lei 9.782/99.

##Atenção: ##STF: ##PCRN-2009: ##TRF5-2011: ##PGEPA-2011: ##MPRR-2012: ##DPERO-2012:


##TJMA-2013: ##MPT-2013: ##MPM-2013: ##DPEGO-2014: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##PGERN-
2014: ##MPF-2015: ##TJPR-2017: ##TJRS-2018: ##TRF2-2018: ##PGESC-2018: ##TJPA-2019: ##TJMS-
2020: ##MPMG-2021: ##MPSC-2021: ##PGECE-2021: ##TCDF-2021: ##TCERJ-2021: ##TCEPB-2022:
##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: O STF fixou balizas quanto à interpretação dada ao art. 145, II, da CF/88,
no que concerne à cobrança de taxas pelos serviços públicos de limpeza prestados à sociedade. Com
efeito, a Corte entende como específicos e divisíveis os serviços públicos de coleta, remoção e
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades sejam
completamente dissociadas de outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população
em geral (uti universi) e de forma indivisível, tais como os de conservação e limpeza de logradouros e
bens públicos (praças, calçadas, vias, ruas, bueiros). Decorre daí que as taxas cobradas em razão
exclusivamente dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou
resíduos provenientes de imóveis são constitucionais, ao passo que é inconstitucional a cobrança de
valores tidos como taxa em razão de serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens
públicos. (STF. Plenário. RE 576321 RG-QO, Min. Rel. Ricardo Lewandowski, j. 4.12.2008, com repercussão
geral - tema 146). A denominada “taxa de limpeza de logradouros” é inconstitucional por ser um serviço
público uti universi e, assim como a taxa de iluminação pública, não permite a real aferição da
“quantidade de serviço” usufruída por cada contribuinte. (STF. 2ª T. RE 433335 AgR, Min. Rel. Joaquim
Barbosa, j. 03/03/2009).

##Atenção: ##STF: ##TJMG-2007: ##TRF4-2009: ##PGEAL-2009: ##PCRN-2009: ##TRF5-2011:


##PGEPA-2011: ##Cartórios/TJPE-2013: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##PGERN-2014:
##Cartórios/TJMG-2015/2017/2018: ##DPEAP-2018: ##DPERS-2018: ##PGETO-2018: ##TJPA-
2019: ##Cartórios/TJAL-2019: ##TJSP-2021: ##PGECE-2021: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC:
##VUNESP: A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os
emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais possuem natureza tributária,
qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no
que concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime jurídico-
constitucional pertinente a essa especial modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios
fundamentais que proclamam, dentre outras, as garantias essenciais (a) da reserva de competência
impositiva, (b) da legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade. STF. Plenário. ADI 1378 MC, Rel.
Min. Celso de Mello, j. 30/11/95.
(TJMG-2007): A jurisprudência do STF consagrou, no domínio do sistema tributário nacional, a
obrigatoriedade de o Poder Público respeitar, como princípio para a instituição de taxas: isonomia. BL: STF,
ADI 1378-MC.

##Atenção: ##TRF4-2009: ##PGEAL-2009: ##PCRN-2009: ##TRF5-2011: ##Cartórios/TJPE-2013:


##Cartórios/TJMG-2015/2017: ##TRF2-2017: ##DPEAP-2018: ##PGEPE-2018: ##PGETO-2018:
##TJPA-2019: ##Cartórios/TJAL-2019: ##PGECE-2021: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: ##VUNESP:
As custas, a taxa judiciária e os emolumentos constituem espécie tributária, são TAXAS, segundo a

112
Art. 23. Fica instituída a Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária.
498
jurisprudência iterativa do STF. Precedentes do STF. A Constituição, art. 167, IV, não se refere a
tributos, mas a impostos. Sua inaplicabilidade às taxas. Impossibilidade da destinação do produto da
arrecadação, ou de parte deste, a instituições privadas, entidades de classe e Caixa de Assistência dos
Advogados. Permiti-lo, importaria ofensa ao princípio da igualdade. Precedentes do STF. STF.
Plenário. ADI 1.145. Rel. Min. Carlos Velloso, j. 03/10/02. (...) O STF já firmou o entendimento, sob a
vigência da emenda constitucional n. 1/69, de que as custas e os emolumentos tem a natureza de taxas,
razão por que só podem ser fixadas em lei, dado o princípio constitucional da reserva legal para a
instituição ou aumento de tributo. (STF. Plenário. RE 116.208/MG, Min. Rel. Moreira Alves, j. 20/04/90.
(...) Não sendo as custas e os emolumentos judiciais ou extrajudiciais preços públicos, mas, sim, taxas,
não podem eles ter seus valores fixados por decreto, sujeitos que estão ao princípio constitucional da
legalidade (par. 29 do artigo 153 da emenda constitucional n. 1/69), garantia essa que não pode ser
ladeada mediante delegação legislativa. STF. Plenário. Rp 1094/SP, Min. Rel. Soares Munoz, Rel. p./ac.
Min. Moreira Alves. j. 08/08/84.

(TJAL-2008-CESPE): Os serviços públicos justificadores da cobrança de taxas são sempre específicos e


divisíveis. BL: art. 145, II, CF e art. 77, CTN.

III - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, decorrente de obras públicas. (TRF2-2011) (PGEPR-2011)


(PGERS-2011) (MPMT-2012) (MPPR-2012) (DPERO-2012) (PGEPA-2012) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPI-
2014) (PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PCDF-2015) (TRF3-2011/2016) (PGEMS-2016) (PGM-Fortaleza/CE-
2017) (PGESC-2018) (Cartórios/TJRS-2013/2019) (PGM-Curitiba/PR-2015/2019) (Cartórios/TJMG-
2015/2017/2019) (Cartórios/TJPR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPRS-2014/2021)

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2011: ##PGM-Curitiba/PR-2015: ##PGESC-2018: ##CESPE: ##UFPR:


Contribuição de melhoria. Art. 18, II, da CF/67, com redação dada pela EC n. 23/83. Recapeamento
asfaltico. Não obstante alterada a redação do inciso II do art. 18 pela Emenda Constitucional n. 23/83, a
valorização imobiliaria decorrente de obra pública - requisito ínsito a contribuição de melhoria -
persiste como fato gerador dessa espécie tributaria. Hipótese de recapeamento de via pública já
asfaltada: simples serviço de manutenção e conservação que não acarreta valorização do imóvel, não
rendendo ensejo a imposição desse tributo. STF. 2ª T., RE 115863, Min. Rel. Célio Borja, j. 29/10/91. (...)
Contribuição de melhoria. Recapeamento de via pública já asfaltada, sem configurar a valorização do
imóvel, que continua a ser requisito ínsito para a instituição do tributo, mesmo sob a egide da redação
dada, pela Emenda n. 23, ao art. 18, II, da Constituição de l967. STF. 1ª T., RE 116148, Min. Rel. Octávio
Gallotti, j. 16/02/93.

##Atenção: ##TRF2-2011: ##PGM-Curitiba/PR-2015: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020: ##MPRS-2021:


##CESPE: ##UFPR: As contribuições de melhoria são de competência comum (União, Estados-
membros, DF e Municípios) e não de competência exclusiva dos entes municipais (art. 145, III, CF/88 e
art. 81, CTN).

§ 1º Sempre que possível, os IMPOSTOS TERÃO caráter pessoal e SERÃO GRADUADOS


segundo a capacidade econômica do contribuinte, FACULTADO à administração tributária,
ESPECIALMENTE para conferir efetividade a esses objetivos, IDENTIFICAR, RESPEITADOS os
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do
contribuinte. [obs.: princípio da capacidade contributiva.] (TJMG-2006) (MPDFT-2009) (MPRN-2009) (TRF4-
2009) (MPT-2009) (TJRO-2011) (TJCE-2012) (TJPA-2012) (MPAP-2012) (MPRR-2012) (DPESC-2012) (PFN-
2012) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PCGO-2013) (DPEGO-2014) (DPEMG-2014) (TRF2-
2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEAC-2014) (PGEMS-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGM-São
Paulo/SP-2014) (DPEPA-2015) (MPF-2015) (PGEPR-2015) (PGERS-2015) (PGEAM-2016) (PGEMT-2016)
(PCPE-2016) (PGEAC-2017) (PCGO-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGEPE-2018) (TJSC-2013/2019) (DPESP-
2015/2019) (Cartórios/TJAL-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020)
(TJMA-2013/2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral – STF – Tema 21: ##DOD: ##Cartórios/TJES-2013: ##Cartórios/TJRS-2013:


##DPEGO-2014: ##PGEAC-2014: ##DPEPA-2015: ##MPF-2015: ##PGEPR-2015: ##PGERS-2015:
##PGEAM-2016: ##Cartórios/TJAL-2019: ##PGM-Campo Grande/MS-2019: ##TJMS-2020: ##CESPE:
##FCC: ##FMP: ##Fundatec: ##PUCPR: ##VUNESP: A lei pode prever a técnica da progressividade
tanto para os impostos pessoais como também para os reais. O § 1º do art. 145 da CF/88 não proíbe que
os impostos reais sejam progressivos. O ITCMD (que é um imposto real) pode ser progressivo mesmo

499
sem que esta progressividade esteja expressamente prevista na CF/88. Ao contrário do que ocorria com
o IPTU (Súmula 668-STF), não é necessária a edição de uma EC para que o ITCMD seja progressivo.
Portanto, é constitucional a previsão de sistema progressivo de alíquotas para o imposto sobre a
propriedade territorial rural mesmo antes da EC 42/03. O STF fixou a seguinte tese em sede de
repercussão geral: “É constitucional a fixação de alíquota progressiva para o Imposto sobre
Transmissão Causa Mortis e Doação — ITCD.” STF. Plenário. RE 562045/RS, rel. orig. Min. Ricardo
Lewandowski, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, 6/2/13 (Info 694).
(TJMS-2020-FCC): A respeito dos impostos estaduais e municipais, é correto afirmar: O Estado-Membro
pode instituir Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) progressivo, com base no valor
da doação ou da sucessão causa morte. BL: Info 694, STF.
(MPF-2015): Lei estadual estabelece progressividade de alíquota do Imposto sobre Transmissão Causa
Mortis e Doação de Bens e Direitos. Neste caso, segundo o STF: É cabível a cobrança do referido imposto de
forma progressiva com vistas a assegurar a aferição da capacidade econômica do contribuinte. BL: Info 694,
STF.

(DPESP-2019-FCC): Acerca do regime dos princípios tributários, considere a assertiva a seguir: O


princípio da capacidade contributiva autoriza a graduação dos impostos de caráter pessoal, segundo a
capacidade econômica do contribuinte. BL: art. 145, §1º, CF.

##Atenção: ##PCGO-2013: ##PGEMS-2014: ##PGEAC-2017: ##PGEPE-2018: ##DPESP-2019:


##TJMA-2013/2022: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##UEG: Segundo Ricardo Alexandre, "em matéria de
tributação, o principal parâmetro de desigualdade a ser levado em consideração para a atribuição de tratamento
diferenciado às pessoas é, exatamente, sua capacidade contributiva. É exato, portanto, afirmar que o princípio
da capacidade contributiva está umbilicalmente ligado ao da isonomia, dele decorrendo diretamente.”
(Fonte: Ricardo Alexandre, Direito Tributário, 2017, p. 147-148). Patrícia Brandão Paoliello, citando
Luciano Amaro, explica: “Outro preceito que se aproxima do princípio da capacidade contributiva é o da
progressividade, previsto para certos impostos, como o de renda. A progressividade não é uma decorrência
necessária da capacidade contributiva, mas sim um refinamento desse postulado. A progressividade faz com que as
alíquotas dos impostos sejam cada vez mais altas, quanto maior for a riqueza, ou seja, quanto maior seja a
capacidade contributiva. Trata-se de um instrumento para alcançar equidade na tributação, objetivo primordial do
Princípio da Capacidade Contributiva.” (Fonte: PAOLIELLO, Patrícia Brandão . O princípio da capacidade
contributiva. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 8 , n. 66, 1 jun. 2003 . Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/4138. Acesso em: 1 set. 2022.)
(PCGO-2013-UEG): A Constituição Federal, ao tratar do sistema tributário nacional, estabelece um conjunto
de princípios que norteiam a criação de tributos e a arrecadação no país. Entre esses, está o princípio da
capacidade contributiva, segundo o qual os impostos, em princípio, devem ser progressivos, de maneira
que quanto maior a base imponível do imposto, maior a sua alíquota. BL: art. 145, §1º, CF.

(TJSP-2018-VUNESP): Com relação à administração tributária, é correto afirmar que a CF/88 dispõe que
à administração tributária é facultado identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte com a finalidade precípua de assegurar o respeito ao caráter de pessoalidade
dos impostos e à capacidade econômica do contribuinte. BL: art. 145, §1º, CF.

##Atenção: Este tipo de fiscalização é para dar efetividade ao princípio da capacidade contributiva.
Além disso, a administração tributária pode se valer de meios materiais de fiscalização.

(PGEPE-2018-CESPE): A técnica de tributação que observa o princípio da capacidade contributiva


consiste em fixar alíquotas percentualmente menores para os contribuintes que tenham menor
patrimônio pessoal. BL: art. 145, §1º, CF.

##Atenção: Nas palavras de Eduardo Sabbag (em Manual de Direito Tributário, 2020, p. 169): “A
´capacidade econômica ou contributiva´ (taxable capacity) é a capacidade de pagar o tributo (ability to pay), estando
prevista, como importante princípio, no art. 145, § 1º, da Constituição de 1988. (...) E esse mesmo autor
continua (pp. 178-179): “O princípio da capacidade contributiva impõe, na esteira da justiça
distributiva, que aqueles cidadãos dotados de maior poder aquisitivo devem pagar impostos com
alíquotas maiores, de forma que o sacrifício econômico por eles sentido seja proporcionalmente maior
do que o suportado pelos contribuintes mais economicamente vulneráveis. Na lição de Roque Carrazza,
“em nosso sistema jurídico, todos os impostos, em princípio, devem ser progressivos. Por quê? Porque é graças à
progressividade que eles conseguem atender ao princípio da capacidade contributiva”. A progressividade traduz-se
em técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo aumento se dá à medida que se majora a base de cálculo do
gravame. O critério da progressividade diz com o aspecto quantitativo, desdobrando-se em duas modalidades: a
500
progressividade fiscal e a progressividade extrafiscal. A primeira alia-se ao brocardo “quanto mais se ganha, mais se
paga", caracterizando-se pela finalidade meramente arrecadatória, que permite onerar mais gravosamente a riqueza
tributável maior e contempla o grau de “riqueza presumível do contribuinte". A segunda, por sua vez, fia-se à
modulação de condutas, no bojo do interesse regulatório.”

(PCPE-2016-CESPE): No que diz respeito ao STN, assinale a opção correta: Sempre que for possível, os
impostos terão caráter pessoal, facultado à administração tributária identificar o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. BL: art. 145, §1º, CF.

(TRF2-2014): Assinale a opção correta: O direito fundamental à igualdade fiscal não é violado quando a
legislação infraconstitucional estabelece gradação de alíquotas do imposto sobre a renda e proventos de
qualquer natureza baseada no montante da renda auferida. BL: art. 145, §1º, CF.

(DPEMG-2014): Sobre os princípios fundamentais da Constituição Brasileira, assinale a afirmativa


correta: O O princípio da capacidade contributiva, expresso na primeira parte do §1º, do art. 145 da
CRFB/1988, reforça o princípio republicano, pois, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal
e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. BL: art. 145, §1º, CF.

(TJPA-2012-CESPE): Dados os princípios da personalização e da capacidade contributiva, os impostos


devem, sempre que possível, ter caráter pessoal e ser graduados de acordo com a capacidade econômica
do contribuinte, sendo facultado à administração, respeitados os direitos individuais e os termos da lei,
identificar os rendimentos do contribuinte, seu patrimônio e suas atividades econômicas. BL: art. 145,
§1º, CF.

(MPRN-2009-CESPE): A instituição de tributo com alíquotas progressivas sem ser exageradamente


oneroso, não podendo, portanto, ser considerado confisco, faz transparecer, no direito tributário, na
instituição do referido tributo, o cuidado com o princípio da capacidade contributiva. BL: art. 145, §1º,
CF.

§ 2º As TAXAS NÃO PODERÃO ter base de cálculo própria de impostos. (TJMG-2008) (TJPA-2009)
(PGESP-2009) (PGEGO-2010) (TRF4-2010/2012) (TJGO-2012) (MPF-2012) (TRF5-2011/2013) (PGM-Recife/PE-
2014) (PFN-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMS-2016) (MPPR-2011/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2017)
(TJPR-2017) (PCGO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJRS-2012/2018) (PGM-Curitiba/PR-
2019) (TJMS-2020) (MPRS-2021)

Súmula vinculante 29-STF: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos
da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e
outra.
Súmula 595-STF: É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de
cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural.

(TJRS-2018-VUNESP): O prefeito do Município X pretende instituir uma taxa para custear o serviço de
coleta, remoção e destinação do lixo doméstico produzido no Município. A taxa será calculada em função
da frequência da realização da coleta, remoção e destinação dos dejetos e da área construída do imóvel
ou da testada do terreno. Acerca dessa taxa, é correto afirmar que ela é legal se houver equivalência
razoável entre o valor cobrado do contribuinte e o custo individual do serviço que lhe é prestado. BL: art.
145, §2º, CF; SV 29 do STF e RE 232.393/SP.

##Atenção: Acerca da base de cálculo das taxas, o STF, no RE 232.393/SP, analisou um caso muito
interessante, em que o Município de São Carlos/SP criou uma taxa pela coleta domiciliar de lixo que era
calculada em função da área construída do imóvel, de modo que, quanto maior a área, maior seria a taxa
a ser paga por aquele imóvel. Em contestação, foi alegado pelos contribuintes que tal taxa estava sendo
calculada, levando em conta um elemento utilizado também para firmar a base de cálculo do IPTU, o que
acarretaria a violação da CF/1988, no art. 145, § 2º, que dispõe que taxas não podem ter as bases de
cálculo próprias de imposto. Assim, do que foi analisado no RE 232.393/SP pelo STF, podemos extrair
três conclusões:
1º) É razoável presumir que imóveis maiores produzam mais lixo que os menores, sendo justa a
cobrança da taxa com valores proporcionais a essa utilização presumida do serviço;
2º) A Corte Suprema percebeu que, ao cobrar a taxa proporcionalmente à área do imóvel, a taxa
acaba sendo graduada de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. A CF, em seu art.
145, § 1º, conforme interpretação do dispositivo, diz que não há proibição para que as taxas
sejam graduadas, apesar de o princípio da capacidade contributiva referir-se aos
impostos. Perceba que, em relação aos impostos, há obrigatoriedade da aplicação do princípio
501
da capacidade contributiva, se possível (para o ICMS, por exemplo, não é possível a aplicação tal
princípio);
3º) A CF/88 proíbe que as taxas possuam base de cálculo idêntica a dos impostos. A base de
cálculo da taxa – levando em conta a área – é igual à base de cálculo do imposto? Não. Na base de
cálculo da taxa, a área foi utilizada apenas como um elemento. E mesmo que a base de cálculo
fosse exatamente a área, ainda assim, não seria idêntica à base de cálculo do IPTU. Desse modo, a
área é só um elemento para se chegar à base de cálculo do IPTU (utilização do valor venal).
Portanto, o STF afirmou que não é inconstitucional utilizar para fixar uma taxa um ou mais
elementos próprios da base de cálculo do imposto, desde que não haja integral
correspondência entre uma base e outra., entendimento esse que, em 2008, resultou na edição
da Súmula Vinculante 29 do STF. (Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 14ª ed. 2020,
p. 70/71).

##Atenção: ##STF: O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU - a
metragem da área construída do imóvel - que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha
de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base
de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de
aferir, em cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel, certo que a
alíquota não se confunde com a base imponível do tributo. Tem-se, com isto, também, forma de
realização da isonomia tributária e do princípio da capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, §
1º. II. - R.E. não conhecido. (STF. Plenário. RE 232393/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 12/08/99). A
propósito, vejamos o seguinte trecho do julgado: “Numa outra perspectiva, deve-se entender que o cálculo da
taxa de lixo, com base no custo do serviço dividido proporcionalmente às áreas construídas dos imóveis,
é forma de realização da isonomia tributária, que resulta na justiça tributária (CF, art. 150, II). É que a
presunção é no sentido de que o imóvel de maior área produzirá mais lixo do que o imóvel menor. O lixo
produzido, por exemplo, por imóvel com mil metros quadrados de área construída, será maior do que o lixo
produzido por imóvel de cem metros quadrados. A previsão é razoável e, de certa forma, realiza também o
princípio da capacidade contributiva do art. 145, §1º, da C.F., que, sem embaraço de ter como
destinatária os impostos, nada impede que possa aplicar-se, na medida do possível, às taxas.” (...)

(MPMT-2012): A norma “As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos” (art. 145, § 2º,
CF/88) é de eficácia plena e aplicabilidade imediata. BL; art. 145, §2º, CF.

Art. 146. CABE à LEI COMPLEMENTAR: (TJMG-2005) (DPU-2007) (TJSE-2008) (MPPE-2008) (PGECE-
2008) (PGEES-2008) (TJRS-2009) (TJMG-2009) (MPDFT-2009) (MPRN-2009) (DPEES-2009) (PGESP-2009)
(PCRN-2009) (MPES-2010) (TRF1-2009/2011) (TJES-2011) (MPMS-2011) (TJBA-2012) (TJPI-2012) (TJPR-
2008/2013) (MPRO-2008/2013) (TJSC-2010/2013) (PGEGO-2010/2013) (TRF5-2011/2013) (TJMA-2013)
(DPEAM-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGEPI-2008/2014) (TJDFT-2007/2011/2014) (TRF2-2011/2014) (TRF4-
2009/2010/2012/2014) (MPAC-2014) (DPERS-2014) (PGERS-2010/2011/2015) (PGEPA-2011/2015) (PFN-
2007/2012/2015) (MPF-2013/2015) (MPSP-2015) (DPEMA-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMS-2014/2016) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (TRT3-2016)
(PGEAC-2014/2017) (MPRR-2017) (DPEAC-2017) (DPEAL-2017) (PGEPE-2009/2018) (TRF3-2013/2018)
(Cartórios/TJMG-2015/2016/2017/2018) (DPEPE-2018) (PGEPE-2018) (PCSE-2018) (Anal. Judic./STJ-2018)
(DPESP-2009/2019) (MPPR-2011/2014/2019) (MPSC-2014/2019) (TJAC-2019) (TJPA-2019) (Cartórios/TJPR-
2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020) (TJSP-2018/2021) (MPRS-2021)
(DPESC-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (DPEPB-2022)

I - DISPOR sobre CONFLITOS DE COMPETÊNCIA, em matéria tributária, entre a União, os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (TJMG-2005) (MPPE-2008) (TJRS-2009) (TJES-2011) (TJPI-2012)
(PGEGO-2010/2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPPR-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014) (MPSP-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMT-2016) (MPRR-2017) (DPEAC-2017) (PGEAC-2017)
(DPEPE-2018) (TRF3-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (MPRS-2021) (DPESC-2021)

(PGEAC-2017-FMP): No que tange ao direito tributário, é correto dizer que cabe à lei complementar
resolver eventuais conflitos de competência que possam surgir entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios. BL: art. 146, I CF/88.

502
II - REGULAR as limitações constitucionais ao poder de tributar; (DPESP-2009) (TRF1-2009)
(PGEPE-2009) (TJES-2011) (TJPI-2012) (Cartórios/TJES-2013) (PGEGO-2013) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (TRF4-
2014) (PGERS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (PGEMA-2016) (PGEAC-2014/2017)
(DPEAL-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (DPEPE-2018) (TJPA-2019) (TJSP-2021) (DPESC-2021) (DPEPB-
2022)

(DPESC-2021-FCC): Segundo expressamente previsto no texto da CF/88, sobre o sistema tributário


nacional, caberá à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. BL: art.
146, II, CF.

(TJDFT-2014-CESPE): O DF promulgou lei ordinária, na qual se estabelecia que não estariam abrangidos
pela imunidade tributária os serviços prestados, no DF, por instituição de educação ou de assistência
social sem fins lucrativos a tomadores de serviços sediados fora do território nacional. O Hospital
Beneficente X, sem fins lucrativos, celebrou contrato de R$ 1.000.000 para prestar assistência médica e
hospitalar a funcionários credenciados pela FIFA, tendo sido autuado por não recolher o tributo. Em
relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. A definição dos limites da regra constitucional
de imunidade é matéria reservada a lei complementar, sendo, portanto, inconstitucional a lei ordinária
em questão. BL: art. 146, II, CF.

III - ESTABELECER NORMAS GERAIS em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:


(DPU-2007) (TJSE-2008) (PGECE-2008) (TJMG-2009) (MPDFT-2009) (MPRN-2009) (DPEES-2009) (PGESP-
2009) (PCRN-2009) (MPES-2010) (TJDFT-2007/2011) (TRF1-2009/2011) (PGERS-2010/2011) (MPMS-2011) (TRF5-
2011) (TJPI-2012) (TJPR-2008/2013) (TJSC-2010/2013) (PGEGO-2010/2013) (MPRO-2011/2013) (TJMA-2013)
(DPEAM-2013) (PGEPI-2008/2014) (TRF2-2011/2014) (TRF4-2009/2010/2012/2014) (DPERS-2014) (PGEPA-
2011/2015) (PFN-2007/2012/2015) (MPF-2013/2015) (DPEMA-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (PGEMS-2014/2016) (PCPE-2016) (TRT3-2016) (PGEAC-2014/2017) (DPEAC-2017) (TRF3-
2013/2018) (Cartórios/TJMG-2016/2017/2018) (TJSP-2018) (DPEPE-2018) (PGEPE-2018) (PCSE-2018) (Anal.
Judic./STJ-2018) (MPPR-2011/2019) (MPSC-2014/2019) (TJAC-2019) (TJPA-2019) (DPESP-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020) (Aud. Fiscal-
SEFAZ/RR-2021)

503
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 13: ##TRF2-2011: ##PFN-2012: ##TRF4-2014: ##TJMS-2020:
##CESPE: ##FCC: ##ESAF: 1. Todas as espécies tributárias, entre as quais as contribuições de
seguridade social, estão sujeitas às normas gerais de direito tributário. 2. O CTN estabelece algumas
regras matrizes de responsabilidade tributária, como a do art. 135, III, bem como diretrizes para que o
legislador de cada ente político estabeleça outras regras específicas de responsabilidade tributária
relativamente aos tributos da sua competência, conforme seu art. 128. (...) 5. O art. 135, III, do CTN
responsabiliza apenas aqueles que estejam na direção, gerência ou representação da pessoa jurídica e
tão-somente quando pratiquem atos com excesso de poder ou infração à lei, contrato social ou
estatutos. Desse modo, apenas o sócio com poderes de gestão ou representação da sociedade é que
pode ser responsabilizado, o que resguarda a pessoalidade entre o ilícito (mal gestão ou
representação) e a consequência de ter de responder pelo tributo devido pela sociedade. 6. O art. 13 da
Lei 8.620/93 não se limitou a repetir ou detalhar a regra de responsabilidade constante do art. 135 do
CTN, tampouco cuidou de uma nova hipótese específica e distinta. Ao vincular à simples condição de
sócio a obrigação de responder solidariamente pelos débitos da sociedade limitada perante a
Seguridade Social, tratou a mesma situação genérica regulada pelo art. 135, III, do CTN, mas de modo
diverso, incorrendo em inconstitucionalidade por violação ao art. 146, III, da CF. 7. O art. 13 da Lei
8.620/93 também se reveste de inconstitucionalidade material, porquanto não é dado ao legislador
estabelecer confusão entre os patrimônios das pessoas física e jurídica, o que, além de impor
desconsideração ex lege e objetiva da personalidade jurídica, descaracterizando as sociedades
limitadas, implica irrazoabilidade e inibe a iniciativa privada, afrontando os arts. 5º, XIII, e 170,
parágrafo único, da Constituição. 8. Reconhecida a inconstitucionalidade do art. 13 da Lei 8.620/93 na
parte em que determinou que os sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada
responderiam solidariamente, com seus bens pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social. STF.
Plenário. RE 562276, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 03/11/10 (Info 607).
(TJMS-2020-FCC): À luz do CTN e da jurisprudência atualmente sedimentada a respeito da
responsabilidade dos sócios de empresas limitadas e desconsideração da personalidade jurídica, por ser
matéria afeita a lei complementar, lei ordinária não pode criar hipótese de responsabilidade solidária
relativa a sócio sem poder de gestão em empresa constituída na forma de sociedade limitada. BL: art. 135,
III, CTN113 e art. 146, III da CF e Info 607, STF.
(TRF2-2011-CESPE): A respeito da ordem constitucional econômica, assinale a opção correta: É
inconstitucional, por infringir o princípio da razoabilidade e inibir a iniciativa privada, norma de lei
ordinária que imponha aos sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada a responsabilidade
solidária, mediante seus bens pessoais, pelos débitos da pessoa jurídica para com a seguridade social. BL:
Info 607, STF.

(TJAC-2019-VUNESP): A respeito da hierarquia das normas tributárias no ordenamento jurídico


brasileiro, é correto afirmar, com base no CTN, que o CTN é formalmente lei ordinária, mas
materialmente lei complementar, motivo pelo qual apenas pode ser alterado por lei complementar no
que refere às normas gerais sobre tributação. BL: art. 146, III, CF/88 e art. 2º do CTN.

##Atenção: ##PFN-2012: ##DPERS-2014: ##TRF4-2014: ##PGEMS-2014/2016: ##TJAC-2019:


##ESAF: ##FCC: ##VUNESP: Com fundamento na teoria da recepção, segundo a qual as normas
materialmente compatíveis com a nova Constituição seriam por esta recepcionadas, passando a ter o
mesmo status da espécie legislativa exigida pela nova Carta para disciplinar a matéria. Desse modo,
recepcionada uma lei ordinária que trata de uma matéria cuja disciplina o novo ordenamento atribui à lei
complementar, a lei ordinária não deixa de ser ordinária, mas passa a ter status de lei complementar,
somente podendo ser revogada ou alterada por esta espécie normativa. Por conta disso, é correto
afirmar que as normas gerais em matéria tributária constante do CTN possuem, hoje, status de lei
complementar, só podendo ser alteradas por lei complementar. Porém, é errado afirmar que o CTN é lei
complementar. A maneira correta de se referir ao fenômeno ocorrido com o CTN é afirmar que foi
editado como lei ordinária (Lei 5.172/66), tendo sido recepcionado com força de lei complementar pela
Constituição Federal de 1967, e mantido tal status com o advento da Constituição Federal de 1988, uma
vez que, tanto esta quanto aquela Magna Carta reservaram à lei complementar a veiculação das normas
gerais em matéria tributária, a regulação das limitações ao poder de tributar e as disposições sobre
conflitos de competência. Portanto, o CTN não foi recepcionado com força de lei complementar pela
CF/1988, mas sim pela Constituição Federal de 1967, que criou no direito brasileiro a espécie normativa
da lei complementar, isto é, a atual CF/1988 apenas manteve o status de lei complementar. (Fonte:
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 14ª ed. 2020, p. 262/263).
113
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de
atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: (...) III - os diretores,
gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
504
(TJSC-2010): Dentre as afirmações abaixo, qual está de acordo com a teoria da recepção das normas
gerais contidas no CTN: O Código Tributário Nacional continua sendo lei ordinária, mas com força de lei
complementar. BL: art. 146, III, CF/88 e art. 2º do CTN.

(MPDFT-2009): Segundo a CF/1988 a edição de normas gerais em matéria de direito tributário depende
de lei complementar, e mesmo tendo sido o Código Tributário Nacional editado como lei ordinária no
ano de 1966, essa lei foi recepcionada pela CF/1988. BL: art. 146, III, CF/88 e art. 2º do CTN.

##Atenção: ###MPDFT-2009: ##PFN-2012: ##DPERS-2014: ##TRF4-2014: ##PGEMS-2014/2016:


##ESAF: ##FCC: De acordo com a jurisprudência, o CTN é lei ordinária recepcionada pelas
Constituições de 1967 e 1988 com “status de lei complementar”. Isso significa dizer que as normas gerais
em matéria de legislação tributária contidas no referido Código somente podem ser alteradas por lei
complementar. Entretanto, segundo o entendimento do STF, se eventualmente a matéria contida no
CTN, ou em qualquer lei complementar, não foi reservada pela Constituição para lei complementar, ela
poderá ser alterada por lei ordinária.

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos IMPOSTOS discriminados
nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; (DPU-2007) (PFN-
2007) (TJMG-2009) (TRF1-2009/2011) (MPMS-2011) (TRF5-2011) (TJPI-2012) (MPRO-2008/2013) (TJMA-2013)
(MPF-2013) (TRF2-2014) (TRF4-2014) (PCDF-2015) (PGEMS-2016) (PGEAC-2014/2017) (DPEAC-2017) (TRF3-
2013/2018) (MPSC-2019) (DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/RR-2021)

(TJMA-2013-CESPE): A CF não cria tributo, mas outorga competência tributária a cada ente federado,
devendo o exercício dessa competência ser regulado por lei, por expressa previsão constitucional. BL: art.
146, III, CF.

##Atenção: A CF/88, de fato, não institui nenhum tributo, pois este é instituído, em regra, por meio de
lei ordinária pelo ente político que detém a competência tributária descrita na CF/88. Cumpre ressaltar
que, nos termos do art. 146, III da CF, dispõe que lei complementar estabelecerá as normas gerais em
matéria tributária, que, no caso é o CTN (Lei Ordinária com status de Lei Complementar).

(DPU-2007-CESPE): Consoante o texto constitucional, a definição da espécie tributária empréstimo


compulsório cabe à lei complementar. BL: art. 146, III, “a”, CF/88.

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (PGEPI-2008) (MPRN-2009)


(DPEES-2009) (PGESP-2009) (PCRN-2009) (PGEPA-2011) (PGERS-2011) (TRF4-2009/2010/2012) (TJPI-2012)
(PFN-2012) (TJPR-2008/2013) (PGEGO-2010/2013) (DPEAM-2013) (TRF5-2013) (TRF2-2011/2014) (MPSC-2014)
(PGEBA-2014) (DPEMA-2015) (PCDF-2015) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (MPRR-2017) (PGEAC-2017)
(Cartórios/TJMG-2016/2018) (PGEPE-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (TJPA-2019) (MPPR-2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-2020) (MPAP-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021)

Súmula Vinculante 8: São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1.569/77 e os artigos
45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 874: ##DOD: ##MPAP-2021: É inconstitucional, por afronta
ao art. 146, III, b, da CF, a expressão ’ou parcelados sem garantia’ constante do parágrafo único do art.
73, da Lei 9.430/96,114 incluído pela Lei 12.844/13, na medida em que retira os efeitos da suspensão da
exigibilidade do crédito tributário prevista no CTN. Em síntese, não é possível que uma lei ordinária
condicione a suspensão do crédito tributário à apresentação de garantia do valor objeto de
parcelamento, por não haver previsão na lei complementar, como ensina o art. 146, III, b da CF. STF.
Plenário RE 917285, Rel. Min Dias Toffoli, j. 18/08/20 (Repercussão Geral – Tema 874).

114
Art. 73. A restituição e o ressarcimento de tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
ou a restituição de pagamentos efetuados mediante DARF e GPS cuja receita não seja administrada pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil será efetuada depois de verificada a ausência de débitos em nome do
sujeito passivo credor perante a Fazenda Nacional. Parágrafo único. Existindo débitos, não parcelados ou
parcelados sem garantia, inclusive inscritos em Dívida Ativa da União, os créditos serão utilizados para
quitação desses débitos, observado o seguinte: (...)
505
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD:
- DA COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA - EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA - LEI
COMPLEMENTAR: De início, a compensação tributária é regulada pelo art. 170 do CTN, que por si só, não
gera direito subjetivo à compensação. A lei complementar remete a lei ordinária a disciplina das condições e
das garantias, cabendo a lei autorizar a compensação de créditos do sujeito passivo líquidos e certos,
vencidos ou vincendos. Nessa linha, o art. 74 da Lei 9.430/96 trata sobre a compensação, inclusive com
créditos judiciais relativos a tributo e contribuição administrados pela Secretaria da Receita Federal. Dispõe
o art. 146, III, b, da CF caber a lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. Nesse
sentido, a extinção das obrigações constitui matéria de normas gerais de direito tributário, sob reserva de
lei complementar. A compensação vem prevista no inciso II do art. 156 do CTN como forma de extinção
do crédito tributário e deve observar as peculiaridades estabelecidas no art. 170 do CTN.
- DO PARCELAMENTO – SUSPENSÃO DA EXIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: No caso
tratado, não está em debate a razoabilidade da compensação de ofício de que trata o art. 73 da Lei 9.430/96.
O instituto jurídico da compensação é, em si, instrumento de justiça e de eficiência na disciplina das relações
obrigacionais, desde que observadas as peculiaridades definidas no CTN, norma geral de Direito Tributário.
Todavia, é circunstância objetiva da validade da compensação unilateral da Fazenda Pública que o crédito
do sujeito passivo objeto do encontro de contas seja exigível. Ocorre que, existente o crédito tributário, em
razão da ocorrência do fato gerador da obrigação, com ou sem lançamento, sua exigibilidade pode ser
submetida a regras de proibição. Os arts. 151 a 155-A do CTN arrolam os casos de suspensão do crédito
tributário. O art. 151, VI, do CTN prevê o parcelamento como hipótese de suspensão da exigibilidade do
crédito tributário. Ocorrendo, por mútuo consentimento, acordo entre o sujeito passivo, por força de sua
vontade, e o sujeito ativo, com a permissão da lei, sobre o parcelamento, fica o Fisco impedido de exigir a
totalidade do crédito enquanto perdurar o acordo. O art. 151, VI, do CTN, ao prever que o parcelamento
suspende a exigibilidade do crédito tributário, não condiciona a existência ou não de garantia. Dessa
forma, o parágrafo único do art. 73 da Lei 9.430/96 (incluído pela Lei 12.844/13), ao permitir que o Fisco
realize compensação de ofício de débito parcelado sem garantia, condiciona a eficácia plena da hipótese de
suspensão do crédito tributário - no caso, o 'parcelamento' (CTN - art. 151, VI) - a condição não prevista em
lei complementar. Em outras palavras, essa norma legal retira os efeitos da própria suspensão da
exigibilidade do crédito tributário prevista em lei complementar. Logo, sempre que uma lei ordinária
discrepar de normas gerais de direito tributário, a incompatibilidade se resolve a favor do texto integrado
em lei complementar ou com força de lei complementar, reconhecendo-se, no caso, vício de
inconstitucionalidade, por invasão por lei ordinária de competência reservada, constitucionalmente, a lei
complementar.
##Questões de concurso:
(MPAP-2021-CESPE): Acerca do instituto tributário do parcelamento, o STF firmou o entendimento de que
a lei ordinária que condicionar a suspensão do crédito tributário à apresentação de garantia do valor objeto
de parcelamento será considerada inconstitucional, porque a suspensão de crédito tributário é matéria de lei
complementar e, como o CTN estabelece que o parcelamento suspende o crédito tributário, sem condicionar
a suspensão à apresentação de garantia, a lei ordinária não pode criar tal restrição. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: A CF/1988 não reservou à lei complementar o tratamento das modalidades de
extinção e suspensão dos créditos tributários, a exceção da prescrição e decadência, previstos no art.
146, III, b, da CF. (...) A partir dessa ideia, e considerando também que as modalidades de extinção de
crédito tributário, estabelecidas pelo CTN (art. 156), não formam um rol exaustivo, tem-se a
possibilidade de previsão em lei estadual de extinção do credito por dação em pagamento de bens
moveis. STF. Plenário. ADI 2405, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 20/09/19.

##Atenção: ##STF: ##PGEPI-2008: ##PFN-2012: ##MPSC-2014: ##PGEBA-2014: ##CESPE: ##ESAF:


Ação direta de inconstitucionalidade. ICMS. Lei estadual 7.098, de 30-12-98, do Estado de Mato
Grosso. Inconstitucionalidade formal. Matéria reservada à disciplina de lei complementar.
Inexistência. Lei complementar federal (não estadual) é a exigida pela Constituição (arts. 146, III, e
155, § 2º, XII) como elo indispensável entre os princípios nela contidos e as normas de direito local .
STF. Plenário. ADI 1.945-MC, Rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, j. 26-5-10.
(MPSC-2014): A Constituição Federal reserva à lei complementar federal aptidão para dispor sobre
decadência em matéria tributária, de forma que será inconstitucional a norma Estadual, Distrital ou
Municipal, mesmo que trate exclusivamente de espécie de tributo da própria competência tributária, que
estabelecer hipótese de decadência do crédito tributário não prevista em lei complementar federal. BL: art.
146, III, “b”, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF e STJ: ##TRF5-2013: ##CESPE: ##STF: A determinação do arquivamento de


processo administrativo tributário por decurso de prazo, sem a possibilidade de revisão do
lançamento equivale à extinção do crédito tributário cuja validade está em discussão no campo
administrativo. Em matéria tributária, a extinção do crédito tributário ou do direito de constituir o
crédito tributário por decurso de prazo, combinado a qualquer outro critério, corresponde à

506
decadência. Nos termos do CTN (Lei 5.172/96), a decadência do direito do Fisco ao crédito tributário,
contudo, está vinculada ao lançamento extemporâneo (constituição), e não, propriamente, ao decurso
de prazo e à inércia da autoridade fiscal na revisão do lançamento originário. Extingue-se um crédito
que resultou de lançamento indevido, por ter sido realizado fora do prazo, e que goza de presunção de
validade até a aplicação dessa regra específica de decadência. O lançamento tributário não pode durar
indefinidamente, sob risco de violação da segurança jurídica, mas a CF/1988 reserva à lei
complementar federal aptidão para dispor sobre decadência em matéria tributária. Viola o art. 146, III,
b, da CF/1988 norma que estabelece hipótese de decadência do crédito tributário não prevista em lei
complementar federal. STF. Plenário. ADI 124, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 01/08/08. (...) ##STJ: (...)
Perempção. O tempo que decorre entre a notificação do lançamento fiscal e a decisão final da
impugnação ou do recurso administrativo corre contra o contribuinte, que, mantida a exigência
fazendária, responderá pelo debito originário acrescido dos juros e da correção monetária; a demora
na tramitação do processo-administrativo fiscal não implica a "perempção" do direito de constituir
definitivamente o credito tributário, instituto não previsto no CTN. STJ. 2ª T., REsp 53.467/SP, Rel.
Min. Ari Pargendler, j. 05/09/1996.
(TRF5-2013-CESPE): Com base na jurisprudência dos tribunais superiores sobre o processo judicial
tributário e o direito tributário, assinale a opção correta: A instituição, por meio de norma estadual, de
hipótese de extinção de crédito tributário por transcurso de prazo para apreciação de recurso administrativo
fiscal (perempção) ofende a reserva de lei complementar constitucionalmente estabelecida para a matéria.
BL: art. 146, III, “b”, CF e Entend. Jurisprud.

(TJPI-2012-CESPE): Qualquer alteração no CTN deve ser feita por lei complementar ou por normas
superiores, dada a determinação constitucional acerca da fixação de normas gerais de direito tributário.

##Atenção: O art. 146, inciso III da CF/88 deixa para lei complementar a disciplina de expedir normas
gerais em matéria tributária.

(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta: Alterações de prazos de decadência e prescrição como as


feitas pelo art. 5º do Decreto-Lei 1.569/77 e pelos arts. 45 e 46 da Lei 8.212/91 são inconstitucionais por
exigir-se Lei Complementar para reger tais matérias. BL: SV 8, STF e art. 146, III, “b”, CF.

##Atenção: ##MPRN-2009: ##TJRO-2011: ##TRF4-2010/2012: ##TRF5-2013: ##Anal. Judic./STJ-2018:


##TJMS-2020: ##CESPE: ##ESAF: ##FCC: O art. 146, III, “b”, CF, que trata das normas gerais de direito
tributário, sendo que esse dispositivo expressamente nomeia a prescrição e decadência como temas que
demandam edição de lei complementar. O STF, analisando o tema, acabou editando a SV 8 e, por via de
consequência, julgou inconstitucional leis ordinárias que tratavam de prescrição e decadência de crédito
tributário.
(MPRN-2009-CESPE): Com base na CF e considerando que lei ordinária estadual tenha criado contribuição
previdenciária e estabelecido em 10 anos o prazo prescricional do crédito tributário, assinale a opção
correta: É inconstitucional a alteração do prazo prescricional, pois a alteração deveria ser feita apenas por lei
complementar federal. BL: SV 8, STF e art. 146, III, “b”, CF.

c) adequado tratamento tributário ao ATO COOPERATIVO praticado pelas sociedades


cooperativas. (TJDFT-2007/2011) (TJSC-2013) (TJMA-2013) (TRF3-2013) (MPRS-2014) (DPERS-2014) (TRF4-
2014) (PFN-2015) (PGEMS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (TJPA-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021)

(TRF3-2013-CESPE): As cooperativas receberam atenção especial do constituinte originário em diversos


assuntos. A esse respeito é correta a seguinte afirmação: cabe à lei complementar estabelecer normas
gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre o adequado tratamento tributário ao ato
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. BL: art. 146, III, “c”, CF.

##Atenção: ##STF: ##TJMA-2013: ##CESPE: O STF, em repercussão geral, assentou que “o adequado
tratamento tributário referido no art. 146, III, “c” da CF/88 é dirigido ao ato cooperativo. A norma constitucional
concerne à tributação do ato cooperativo, e não nos tributos dos quais as cooperativas possam vir a ser
contribuintes”. (RE 599.362).

d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de


pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II
[ICMS], das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13 [obs.: contribuição do empregador, da
empresa e da entidade a ela equiparada para a seguridade social], e da contribuição a que se refere o art.

507
239 [obs.: PIS e PASEP]. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJPR-2008) (TJSE-2008)
(PGECE-2008) (TJSC-2010) (MPES-2010) (PGERS-2010) (TRF5-2011) (TRF2-2014) (PGEPI-2014) (PGEPA-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TRT3-2016) (DPEAC-2017) (PGEAC-2017) (PGEPE-
2018) (PCSE-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPESC-2021)

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (...)

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (...)
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma
dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado pela
Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta
Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego, outras ações da
previdência social e o abono de que trata o § 3º deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)
§ 1º Dos recursos mencionados no caput, no mínimo 28% (vinte e oito por cento) serão destinados para o
financiamento de programas de desenvolvimento econômico, por meio do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remuneração que preservem o seu valor. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 2º Os patrimônios acumulados do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público são preservados, mantendo-se os critérios de saque nas situações previstas nas
leis específicas, com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando vedada a distribuição da
arrecadação de que trata o "caput" deste artigo, para depósito nas contas individuais dos participantes.
§ 3º Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o Programa de Integração
Social ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, até dois salários mínimos de
remuneração mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, computado neste valor o
rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já participavam dos referidos programas, até a data
da promulgação desta Constituição.
§ 4º O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice
de rotatividade da força de trabalho superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma estabelecida por
lei.
§ 5º Os programas de desenvolvimento econômico financiados na forma do § 1º e seus resultados serão
anualmente avaliados e divulgados em meio de comunicação social eletrônico e apresentados em reunião da
comissão mista permanente de que trata o § 1º do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)

(PGM-Campo Grande/MS-2019-CESPE): Com referência às normas constitucionais relativas a tributos e


contribuições, julgue os item que se segue: É constitucional lei complementar que institua regime
tributário especial ou simplificado para microempresas e empresas de pequeno porte relativamente ao
pagamento do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e serviços (ICMS), à
contribuição do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada para a seguridade social e às
contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio
do Servidor Público (PASEP). BL: art. 146, III, “d” c/c art. 155, II c/c art. 195, I c/c art. 239, CF.

(TJPR-2008): Cabe à lei complementar a definição de tratamento diferenciado e favorecido para as


microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no
caso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. BL: art. 146, III, “d”, CF.
508
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, TAMBÉM PODERÁ INSTITUIR
um REGIME ÚNICO de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, OBSERVADO que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(DPU-2007) (TJAP-2008) (TJSE-2008) (TJSC-2010) (PGEPA-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PCPE-2016)
(PGEAC-2017) (PCSE-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPESC-2021)

(TJSC-2010): A União pode, por lei complementar, instituir um regime único de arrecadação dos
impostos e contribuições da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para as microempresas e
empresas de pequeno porte. BL: art. 146, § único c/c art. 146, caput, III, “d”, CF.

(TJSE-2008-CESPE): A lanchonete Comer Bem é uma empresa de pequeno porte enquadrada entre
aquelas às quais a CF oferece tratamento diferenciado, nos termos de legislação complementar. Essa
empresa está sujeita, em razão de seu porte, a norma constitucional aplicável especificamente a esse
grupo, que se refere a regime único de arrecadação de impostos e contribuições federais. BL: art. 146, III,
“d” e § único, CF.

I - SERÁ OPCIONAL para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(DPU-2007) (TJAP-2008) (PGEPA-2015) (DPESC-2021)

II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes


aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança PODERÃO SER COMPARTILHADAS pelos entes


federados, ADOTADO CADASTRO NACIONAL ÚNICO de contribuintes. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (PCSE-2018) (DPESC-2021)

(PCSE-2018-CESPE): Determinada sociedade empresária, enquadrada como empresa de pequeno porte e


optante pelo Simples Nacional, instituiu representante legal para solicitar ao órgão competente o registro
e o arquivamento da sua última alteração do contrato social consolidada. Na oportunidade, a sociedade
não anexou à documentação a ser apresentada à junta comercial a certidão negativa de débitos (CND)
relativa aos tributos federais e à dívida ativa da União, administrados pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil (SRF) e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Com referência a essa situação
hipotética, julgue o item que se segue: O regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização
de tributos utilizado pela sociedade empresária abrange a participação de todos os entes federados —
União, estados, Distrito Federal e municípios. BL: art. 146, caput, III, “d” c/c § único, IV, CF.

##Atenção: Para responder a essa questão, temos que nos lembrar que estamos tratando de uma
empresa enquadrada no Simples Nacional (LC 123/06). Então, devemos nos direcionar ao local em que
ela recebe tratamento constitucional, qual seja, o art. 146, III, “d” da CF. Agora, que entendemos que
estamos lidando com o Simples, vamos ver o parágrafo único desse artigo em comento, mais
especificamente o seu inciso IV, que repete o texto do enunciado.

Art. 146-A. Lei complementar PODERÁ ESTABELECER CRITÉRIOS ESPECIAIS DE


TRIBUTAÇÃO, com o objetivo de PREVENIR desequilíbrios da concorrência, SEM PREJUÍZO da
competência de a UNIÃO, por lei, ESTABELECER normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TRF1-2013) (DPERS-2014) (PGEAC-2017) (TCETO-2022)

(TCETO-2022-FGV): A deputada federal Sônia, ao perceber sérios desequilíbrios na concorrência em


determinado setor econômico, solicitou que sua assessoria analisasse a compatibilidade, com a ordem
constitucional, de uma proposição legislativa que estabelecesse critérios especiais de tributação,
aplicáveis em todos os níveis federativos, com o objetivo de contornar esse quadro, prevenindo tais
desequilíbrios. A assessoria respondeu, corretamente, que tal proposição é: compatível com a ordem
constitucional, desde que veiculada em lei complementar, o que não afasta a competência da União para,
por lei ordinária, buscar igual objetivo. BL: art. 146-A, CF.

509
(PGEAC-2017-FMP): O princípio da isonomia tributária impacta diretamente os princípios da livre
concorrência e da livre iniciativa, uma vez que o Estado deve garantir as mesmas regras do jogo para
todos os contribuintes. BL: art. 146-A, CF.

(TRF1-2013-CESPE): Considerando as disposições constitucionais relativas ao Sistema Tributário


Nacional, assinale a opção correta: Desequilíbrios na concorrência podem ser prevenidos pela adoção de
critérios especiais de tributação, nos termos constitucionais. BL: art. 146-A, CF.

Art. 147. COMPETEM à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não
for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os
impostos municipais. (TJDFT-2007) (AGU-2010) (PGEPR-2011) (TJPI-2007/2012) (Cartórios/TJES-2013)
(MPPA-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (PCCE-2015) (PCDF-2015) (TJAM-2016) (MPSC-
2016) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (Cartórios/TJPR-2019)
(Cartórios/TJRS-2019)

##Atenção: ##STF: Vide art. 32 da CF/88.


Distrito Federal: Vedada a sua divisão em Municípios, tal ente político acumula as competências
tributárias dos Estados e dos Municípios.
 Tem competência para instituir 6 Tributos: 3 estaduais (art. 155) e 3 municipais (art. 156).
 Tem competência para instituir taxas e contribuição de melhoria de competência dos Estados e
Municípios, a contribuição previdenciária dos seus servidores e a contribuição de iluminação
pública.

Territórios: A regra é semelhante. Hoje inexistentes, mas de criação possível (art. 18, §2º, CF). Não são
entes políticos, não tendo status de membros da federação, os impostos estaduais que lhe caberiam
fazem parte da competência da União, assim como os impostos municipais, caso o Território não seja
dividido em municípios. Se o for, os impostos municipais caberão a cada município.
 A mesma observação: os demais tributos estaduais (e municipais, em caso de não divisão do
território e municípios) também serão de competência da União.

(Cartórios/TJRS-2019-VUNESP): No âmbito de sua competência tributária, conforme estabelecida pela


Constituição Federal, podem exigir o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) os
Municípios e o Distrito Federal. BL: art. 147 e art. 156, I, CF.

(PGEMA-2016-FCC): Sobre a competência tributária, considere o item a seguir: Muito embora a


competência tributária seja privativa, a União pode instituir impostos de competência dos Estados e do
Distrito Federal no âmbito dos Territórios Federais. BL: art. 147, CF.

(PCCE-2015-VUNESP): Cabe ao Distrito Federal o imposto sobre a propriedade predial e territorial


urbana (IPTU). BL: art. 147 e art. 156, I, CF.

(Cartórios/TJES-2013-CESPE): Assinale a opção correta no que se refere ao imposto sobre transmissão de


bens imóveis (ITBI): A competência para instituir o ITBI é dos municípios e do DF, e da União, em
território federal que não seja dividido em municípios. BL: art. 147 e art. 156, II, CF.

(TJDFT-2007): Sobre o Sistema Constitucional Tributário: Competem à União, em Território Federal, os


impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos
municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. BL: art. 147, CF.

Art. 148. A União, mediante lei complementar, PODERÁ INSTITUIR EMPRÉSTIMOS


COMPULSÓRIOS: (PGESP-2002) (PGEPB-2008) (MPDFT-2009) (MPT-2009) (DPESP-2010) (PGEGO-2010)
(PGERS-2010/2011) (PGEPR-2011) (TJBA-2012) (MPSC-2012) (PGEAC-2012) (PGEPA-2012) (MPF-
2008/2012/2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PCDF-2013) (DPERS-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMS-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPU-2015) (TRF3-2016) (PGM-
POA/RS-2016) (TRF5-2013/2017) (DPEAC-2017) (PCGO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMT-2018) (DPEPE-
2018) (Cartórios/TJSP-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2017/2019) (TJPA-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-
Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPRS-2021) (DPESC-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

OBS: Competência exclusiva.

510
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de CALAMIDADE PÚBLICA, de GUERRA
EXTERNA ou SUA IMINÊNCIA; (PGESP-2002) (PGEPB-2008) (MPDFT-2009) (MPGO-2010) (DPESP-2010)
(PGEGO-2010) (PGERS-2010/2011) (PGEPR-2011) (MPSC-2012) (PGEAC-2012) (MPF-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (PCDF-2013) (DPERS-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPI-2014) (TJDFT-
2015) (TRF5-2013/2017) (MPRR-2017) (PCGO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (Cartórios/TJMG-2015/2017/2019)
(TJPA-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPRS-2021) (DPESC-2021) (PGM-Teresina/PI-
2022)

(MPRS-2021): Assinale a alternativa correta do Sistema Tributário Nacional: A União, mediante lei
complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. BL: art. 148, I, CF.

(TJPA-2019-CESPE): Assinale a opção que apresenta hipótese de instituição de empréstimos


compulsórios prevista na Constituição Federal de 1988: guerra externa. BL: art. 148, I, CF.

(DPESP-2010-FCC): Nos termos do artigo 148, inciso I da CF/88, a União poderá, mediante lei
complementar, instituir empréstimo compulsório para atender a despesas extraordinárias, sem sujeição
ao princípio da anterioridade tributária, anual e nonagesimal, em situação de iminência de guerra
externa. BL: art. 148, I, CF.

II - no caso de INVESTIMENTO PÚBLICO de caráter urgente e de relevante interesse nacional,


OBSERVADO o disposto no art. 150, III, "b" [Obs.: anterioridade e noventena – vide art. 150, §1º, CF].
(PGESP-2002) (PGEPB-2008) (MPDFT-2009) (DPESP-2010) (PGEGO-2010) (PGERS-2010/2011) (PGEPR-2011)
(MPSC-2012) (PGEAC-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (DPERS-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPU-2015) (PGM-POA/RS-2016) (TRF5-
2013/2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-2017) (Cartórios/TJSP-2018) (TJPA-2019) (Cartórios/TJPR-2019)
(PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPESC-2021)

(DPU-2015-CESPE): Se, devido a necessidade urgente, a União instituir empréstimo compulsório para
custear um investimento público de relevante interesse nacional em determinada data, nesse caso,
devido ao princípio da anterioridade, a aplicação do referido tributo só poderá ocorrer no início do
exercício fiscal subsequente. BL: art. 148, II, CF.

(Cartórios/TJBA-2013-CESPE): Assinale a opção correta acerca das limitações do poder de tributar:


Aplica-se o princípio da anterioridade anual tributária ao empréstimo compulsório para investimento
público de caráter urgente. BL: art. 148, II, CF.

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SERÁ


VINCULADA à despesa que fundamentou sua instituição. (TJDFT-2007) (MPT-2009) (PGEGO-2010) (MPF-
2012) (PGEPA-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (PCDF-2013) (TRF4-2014) (TJSP-2015) (TRF5-2013/2017)
(Cartórios/TJMG-2017)

(Cartórios/TJMG-2017-Consulplan): Relativamente aos empréstimos compulsórios, é certo dizer: A


aplicação dos recursos arrecadados é vinculada às despesas que fundamentaram sua instituição. BL: art.
148, § único, CF.

(TJSP-2015-VUNESP): Quanto ao chamado empréstimo compulsório, assinale a opção correta. Seu


aspecto mais relevante é a restituibilidade, podendo-se falar em uma simultaneidade de deveres; um,
para o contribuinte, que é o dever de pagar; outro, para o fisco, que é a devolução da quantia paga. BL:
art. 148, § único, CF.

##Atenção: ##DOD: A lei complementar que instituir o empréstimo compulsório já deverá fixar o seu
prazo e as condições de resgate (art. 15, parágrafo único, do CTN).

Art. 149. COMPETE EXCLUSIVAMENTE À UNIÃO INSTITUIR contribuições sociais, de


intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I
(legalidade) e III (irretroatividade, anterioridade e noventena), e SEM PREJUÍZO do previsto no art. 195,

511
§ 6º (noventena), relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (TJMG-2008) (DPECE-2008)
(TRF2-2009) (TRF4-2009) (PGEPE-2009) (MPRO-2010) (PGERS-2010/2011) (PGEPR-2011) (TJPA-2012) (MPF-
2012) (AGU-2012) (PFN-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PCDF-2013) (PGEGO-2013)
(Cartórios/TJSP-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPDFT-2009/2015) (TRF5-2009/2015) (PGEPA-
2011/2012/2015) (DPERN-2015) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-
2012/2015/2017) (TJSC-2017) (PGEAC-2017) (TRF3-2016/2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-
2018) (Cartórios/TJPR-2019) (MPMG-2021) (PGEAL-2021) (PGECE-2021) (DPETO-2013/2022) (TCEPB-2022)

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##TRF2-2018: No caso específico do SEBRAE, para fins de concurso
público, não há dúvida de que se trata de uma contribuição de intervenção no domínio econômico
porque se trata da posição do STF: “A contribuição do SEBRAE - Lei 8.029/90, art. 8º, § 3º, redação das Leis
8.154/90 e 10.668/03 - é contribuição de intervenção no domínio econômico, não obstante a lei a ela se referir
como adicional às alíquotas das contribuições sociais gerais relativas às entidades de que trata o art. 1º do D.L.
2.318/86, SESI, SENAI, SESC, SENAC. Não se inclui, portanto, a contribuição do SEBRAE, no rol do art. 240,
C.F”. STF. Plenário. RE 396266, Rel. Min. Carlos Velloso, j. 26/11/03. (...) “A contribuição destinada ao
SEBRAE possui natureza de contribuição de intervenção no domínio econômico (art. 149 da CF/88) e não
necessita de edição de lei complementar para ser instituída”. STF. Plenário. RE 635682/RJ, Rel. Min. Gilmar
Mendes, j. 25/4/2013 (Info 703).
(TRF2-2018): A contribuição ao SEBRAE é qualificada, pelo STF, como tendo natureza de contribuição de
intervenção no domínio econômico — CIDE, e não como contribuição social de interesse de categorias
profissionais e econômicas. BL: art. 149, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##DOD: ##Divergência STF X STJ: ##TRF2-2018: A anuidade cobrada pela OAB possui
natureza tributária? Os Tribunais Superiores divergem sobre o tema: ##STJ: NÃO. Os créditos
decorrentes da relação jurídica travada entre a OAB e os advogados não compõem o erário e,
consequentemente, não têm natureza tributária. STJ. 1ª T. REsp 1574642/SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, j.
16/02/16. ##STF: SIM. As anuidades cobradas pelos conselhos profissionais caracterizam-se como
tributos da espécie contribuições de interesse das categorias profissionais, nos termos do art. 149 da
Constituição da República. STF. Plenário. RE 647885, Rel. Edson Fachin, j. 27/04/20.

##Atenção: ##STJ: ##TRF3-2018: 1. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento do EREsp 770.451/SC
(acórdão ainda não publicado), após acirradas discussões, decidiu rever a jurisprudência sobre a
matéria relativa à contribuição destinada ao INCRA. 2. Naquele julgamento discutiu-se a natureza
jurídica da contribuição e sua destinação constitucional e, após análise detida da legislação pertinente,
concluiu-se que a exação não teria sido extinta, subsistindo até os dias atuais e, para as demandas em
que não mais se discutia a legitimidade da cobrança, afastou-se a possibilidade de compensação dos
valores indevidamente pagos a título de contribuição destinada ao INCRA com as contribuições
devidas sobre a folha de salários. 3. Em síntese, estes foram os fundamentos acolhidos pela Primeira
Seção: a) a referibilidade direta NÃO é elemento constitutivo das CIDE's; b) as contribuições especiais
atípicas (de intervenção no domínio econômico) são constitucionalmente destinadas a finalidades não
diretamente referidas ao sujeito passivo, o qual não necessariamente é beneficiado com a atuação
estatal e nem a ela dá causa (referibilidade). Esse é o traço característico que as distingue das
contribuições de interesse de categorias profissionais e de categorias econômicas; c) as CIDE's afetam
toda a sociedade e obedecem ao princípio da solidariedade e da capacidade contributiva, refletindo
políticas econômicas de governo. Por isso, não podem ser utilizadas como forma de atendimento ao
interesse de grupos de operadores econômicos; d) a contribuição destinada ao INCRA, desde sua
concepção, caracteriza-se como CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO
ECONÔMICO, classificada doutrinariamente como CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL ATÍPICA (CF/67,
CF/69 e CF/88 - art. 149); e) o INCRA herdou as atribuições da SUPRA no que diz respeito à promoção
da reforma agrária e, em caráter supletivo, as medidas complementares de assistência técnica,
financeira, educacional e sanitária, bem como outras de caráter administrativo; f) a contribuição do
INCRA tem finalidade específica (elemento finalístico) constitucionalmente determinada de
promoção da reforma agrária e de colonização, visando atender aos princípios da função social da
propriedade e a diminuição das desigualdades regionais e sociais (art. 170, III e VII, da CF/88); g) a
contribuição do INCRA não possui REFERIBILIDADE DIRETA com o sujeito passivo, por isso se
distingue das contribuições de interesse das categorias profissionais e de categorias econômicas; h) o
produto da sua arrecadação destina-se especificamente aos programas e projetos vinculados à reforma
agrária e suas atividades complementares. Por isso, não se enquadram no gênero Seguridade Social
(Saúde, Previdência Social ou Assistência Social), sendo relevante concluir ainda que: h.1) esse
entendimento (de que a contribuição se enquadra no gênero Seguridade Social) seria incongruente
com o princípio da universalidade de cobertura e de atendimento, ao se admitir que essas atividades
fossem dirigidas apenas aos trabalhadores rurais assentados com exclusão de todos os demais
512
integrantes da sociedade; h.2) partindo-se da pseudo-premissa de que o INCRA integra a "Seguridade
Social", não se compreende por que não lhe é repassada parte do respectivo orçamento para a
consecução desses objetivos, em cumprimento ao art. 204 da CF/88; i) o único ponto em comum entre o
FUNRURAL e o INCRA e, por conseguinte, entre as suas contribuições de custeio, residiu no fato de
que o diploma legislativo que as fixou teve origem normativa comum, mas com finalidades
totalmente diversas; j) a contribuição para o INCRA, decididamente, não tem a mesma natureza
jurídica e a mesma destinação constitucional que a contribuição previdenciária sobre a folha de
salários, instituída pela Lei 7.787/89 (art. 3º, I), tendo resistido à Constituição Federal de 1988 até os
dias atuais, com amparo no art. 149 da Carta Magna, não tendo sido extinta pela Lei 8.212/91 ou pela
Lei 8.213/91. 4. Impossibilidade de compensar-se, nos termos do art. 66 da Lei 8.383/91, os valores
pagos a título de contribuição para o INCRA com a contribuição incidente sobre a folha de salário
porque não possuem elas a mesma natureza jurídica e destinação constitucional. STJ. 1ª S., EREsp
724.789/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 09/05/07.
(TRF3-2018): A 1ª Seção do STJ firmou orientação no sentido de que “as contribuições especiais atípicas (de
intervenção no domínio econômico) são constitucionalmente destinadas a finalidades não diretamente referidas ao
sujeito passivo, o qual não necessariamente é beneficiado com a atuação estatal e nem a ela dá causa (referibilidade).
Esse é o traço característico que as distingue das contribuições de interesse de categorias profissionais e de categorias
econômicas” (EREsp 724.789/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, 1ª Seção, DJ 28.5.07). À luz dessa decisão, é
correto afirmar que A referibilidade é condição constitucional necessária para a incidência das contribuições
de interesse de categoria profissional. BL: art. 149, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##PGEGO-2013: ##TRF3-2018: O que significa a referibilidade de um tributo? Qual sua


importância na configuração do equilíbrio federativo? A referibilidade constitui uma relação de
pertinência entre a atividade estatal realizada pelo Poder Público em contraprestação ao contribuinte
pela submissão desse ao pagamento do tributo. No contexto do Direito Tributário, significa que é
vinculado, ou seja, é um tributo que possui destinação certa. Quando a atuação do estado está voltada
ao sujeito passivo do tributo que a remunera e não à coletividade como um todo. O TRF4, por exemplo,
entende que as contribuições de intervenção no domínio econômico (parafiscais do Sistema "S"),
referentes a SEBRAE, SESC, SESI, são tributos sem referibilidade, porque não se voltam necessariamente
ao bem-estar do pagante e pode se reverter em atividades gerais. Por isso, formulou a tese de que “ a
ausência de referibilidade não obsta a cobrança do tributo”. Vejamos a seguinte decisão do TRF4:
“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO AO INCRA E AO SEBRAE. CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO
DOMÍNIO ECONÔMICO. REFERIBILIDADE. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 33/2001.
EXIGIBILIDADE. As contribuições de intervenção no domínio econômico são constitucionalmente destinadas a
finalidades não diretamente referidas ao sujeito passivo, o qual não necessariamente é beneficiado com a atuação
estatal e nem a ela dá causa. Assim, o fato de inexistir correlação direta ou indireta entre o contribuinte e a
atividade estatal específica à qual se destina a respectiva contribuição (referibilidade) não obsta a sua
cobrança. As contribuições ao INCRA e ao SEBRAE permanecem exigíveis após o advento da EC nº 33/2001, não
havendo incompatibilidade de suas bases de cálculo com as bases econômicas mencionadas no art. 149, § 2º, inciso
III, alínea a, da CF. (TRF-4 - AC: 50091797120174047001 PR 5009179-71.2017.4.04.7001, Rel. Andrei Pitten
Velloso, Data de Julgamento: 29/05/18, SEGUNDA TURMA)”

##Atenção: ##PGEPA-2012: ##PGEGO-2013: As contribuições possuem referibilidade INDIRETA: Nas


contribuições, essa atividade do estado não precisa diretamente atingir aquele que a paga. A
referibilidade pode ser indireta (ex.: contribuição ao INSS e contribuição de pessoa jurídica sobre folha
de pagamento - quem paga é o empregador em benefício do empregado). Porém, tal característica
diferencia as contribuições das taxas - quem paga taxa o faz ou porque obteve a prestação do serviço
público ou o poder de polícia diretamente, já nas contribuições a atividade do Estado não tem que
atingir diretamente aquele que paga, a referibilidade ao contribuinte pode ser indireta, já na taxa é
necessariamente DIRETA. E há uma característica semelhante entre elas, que é a necessidade de
atividade do Estado. (Fonte: https://danielamelomonzani.jusbrasil.com.br/artigos/241555529/sistema-
tributario-constitucional).

(TJBA-2019-CESPE): Conforme a CF, as contribuições de intervenção no domínio econômico são de


competência exclusiva da União. BL: art. 149, caput, CF (trib.).

##Atenção ##CESPE: ##TRF2-2009: ##PGEPE-2009: ##PGEPR-2011: ##TJBA-2019:


##Cartórios/TJPR-2019: ##CESPE: ##PUCPR: ##UFPR: As contribuições de intervenção sobre o
domínio econômico são espécies tributárias. Por isso devem observar o art. 150, II, CF, que trata da
isonomia tributária. Nesse dispositivo está expressa a proibição de qualquer distinção em razão de
ocupação profissional.

##Atenção: ##TRF4-2009: A CIDE foi instituída para custear a intervenção do Estado, em atividades e

513
programas definidos, pela própria Constituição, como de interesse direto dos atingidos pela tributação,
aos quais se reverte um benefício específico. Não se avista, pois, mero interesse fiscal de arrecadação,
mas hipótese congruente de extrafiscalidade, motivo bastante para legitimar a cobrança de tal
contribuição.

(TJSP-2018-VUNESP): Com relação às contribuições sociais, pode-se afirmar: constituem espécie de


tributo e diferem dos impostos pela destinação do produto da arrecadação. BL: art. 149, caput c/c art.
195115 e art. 167, IV116 da CF (trib.).

##Atenção: ##PGERS-2011: ##DPEPA-2015: ##PGEMS-2016: ##TJSP-2018: ##Cartórios/TJPR-2019:


##FMP: ##Fundatec: ##UFPR: ##VUNESP: Os impostos são tributos não vinculados, não destinados e
não restituíveis, ao passo que as contribuições especiais são tributos não vinculados, destinados e não
restituíveis. Logo, a diferença entre as contribuições especiais e os impostos reside na destinação do
produto da sua arrecadação.

##Atenção: ##PGERS-2011: ##PGDF-2013: ##Cartórios/TJSP-2014: ##PGEPI-2014: ##DPEPA-2015:


##TRF5-2015: ##PGEMS-2016: ##Cartórios/TJMG-2017: ##TJSP-2018: ##Cartórios/TJPR-2019:
##PGECE-2021: ##CESPE: ##Consulplan: ##FMP: ##Fundatec: ##UFPR: ##VUNESP: A CF/88 fixa a
natureza tributária das contribuições sociais ao estabelecer, com base em seu art. 149, que estas só
poderiam ser exigidas por meio de lei complementar, respeitando-se os princípios da irretroatividade
da lei e da anterioridade (art. 150, inciso III, alíneas a e b). Além disso, o referido art. 149 exige a
observância ao inciso III do art. 146 da CF/88 (exigência de observância a Lei Complementar para fixação
do fato gerador, base de cálculo e contribuinte). Por serem espécies de tributos, as normas gerais de
direito tributário também são aplicáveis às contribuições sociais. Acrescente, ainda, que as
contribuições sociais possuem função parafiscal, pois suprem entidades paraestatais com recursos
vinculados a atividades especificas de interesse do Estado.

(TRF5-2015-CESPE): Assinale a opção correta acerca das contribuições parafiscais: Apesar de as


contribuições parafiscais serem tributos, nem todas são destinadas a órgãos e entidades públicas. BL: art.
149 e outros dispositivos da CF.

##Atenção: ##Cartórios/TJSP-2014: ##PGEPI-2014: ##TRF5-2015: ##PGEMS-2016: ##PGM-João


Pessoa/PB-2018: ##Cartórios/TJPR-2019: ##CESPE: ##UFPR: ##VUNESP: As contribuições especiais
(ou contribuições parafiscais – expressão em em desuso, apesar de alguns doutrinadores ainda
adotarem) são tributos finalísticos qualificados pela destinação. Assim, decorre do fato de que essas
contribuições, em sua origem, eram instituídas com o objetivo de arrecadar recursos em favor de
entidades não integrantes da administração pública, mas que realizavam atividades de interesse público
(atuando paralelamente ao Estado). Desse modo, o elemento que confere identidade às contribuições,
diante dos demais tributos, é a finalidade para a qual são instituídas, que não necessariamente precise ser
órgãos ou entidades públicas. Enquanto nas outras espécies tributárias a competência constitucional para
criação é definida basicamente a partir do fato gerador, nas contribuições a CF/1988 estabelece a base de
cálculo e a finalidade do tributo. Note-se, por exemplo, que a CF/1988 prevê a criação de diversas
contribuições sempre definindo qual a finalidade de sua instituição: i) PARA intervenção no domínio
econômico (art. 149); ii) PARA custeio das categorias profissionais ou econômicas (art. 149); iii) PARA
custeio do serviço de iluminação pública (art. 149-A); iv) PARA financiamento da Seguridade Social (art.
195); v) PARA custeio de entidades privadas de serviço social e formação profissional (art. 240); vi)
PARA custeio da educação básica pública (art. 212, § 5º, da CF). Nesse contexto, é possível perceber que
as contribuições têm sua natureza definida pela finalidade a que a Constituição vincula sua existência.
Daí o conceito de “tributos qualificados pela destinação”. Em resumo, tributo é parafiscal quando o seu
objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio de atividades que, em princípio, não integram
funções próprias do Estado, mas este as desenvolve através de entidades específicas (públicas ou
privadas).
(PGM-João Pessoa/PB-2018-CESPE): No que concerne à classificação das receitas, assinale a opção correta:

115
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
das seguintes contribuições sociais: (...)
116
Art. 167. São vedados: (...) IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de
atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e
a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o
disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
514
Receitas parafiscais são as arrecadadas com destinação às entidades que não fazem parte do núcleo da
administração do Estado.

(DPEPA-2015-FMP): Assinale a alternativa correta: As Contribuições de Intervenção no Domínio


Econômico podem ser instituídas, de modo exclusivo, pela União Federal. BL: art. 149, CF.

(TJRJ-2012-VUNESP): As contribuições especiais, estabelecidas constitucionalmente, são tributos


finalisticamente afetados.

##Atenção: ##TJRJ-2012: ##PGEPA-2012: ##Cartórios/TJPR-2019: ##UFPR: ##VUNESP: Significa que


são tributos de receita vinculada e que devem atender a quatro pressupostos para a sua validade: a)
finalidade adequada ao Texto Constitucional; b) existência de um grupo ou setor que receberá a atuação
do destino do tributo; c) entidade específica para o setor beneficiado; d) arrecadação destinada à
finalidade.

§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios INSTITUIRÃO, por meio de lei,


CONTRIBUIÇÕES PARA CUSTEIO DE REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, COBRADAS
dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que PODERÃO TER ALÍQUOTAS
PROGRESSIVAS de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de
pensões. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TCERJ-2021)

§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas
poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, é
facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos,
dos aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída simultaneamente com
outras medidas para equacionamento do deficit e vigorará por período determinado, contado da data de
sua instituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 2º As CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS e DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO de que


trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJMG-2007) (MPRO-2010)
(TJRO-2011) (DPEAM-2011) (TRF1-2011) (PGEPR-2011) (TRF4-2012) (TJSC-2013) (Cartórios/TJRS-2013)
(Cartórios/TJDFT-2014) (TRF5-2009/2015) (MPF-2011/2015) (PGEPA-2015) (DPEMT-2016) (TRF3-2016) (PCPE-
2016) (Cartórios/TJMG-2012/2017) (TJBA-2019) (DPETO-2013/2022)

I - NÃO INCIDIRÃO sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 33, de 2001) (TJMG-2007) (MPRO-2010) (TJRO-2011) (DPEAM-2011) (TRF1-2011)) (PGEPR-
2011) (TRF4-2012) (TJSC-2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (TRF5-
2009/2015) (MPF-2011/2015) (PGEPA-2015) (Cartórios/TJMG-2012/2017) (TJBA-2019) (DPETO-2013/2022)

##Atenção: ##STF: ##MPF-2015: (...) IMUNIDADE. HERMENÊUTICA. CONTRIBUIÇÃO AO PIS E


COFINS. NÃO INCIDÊNCIA. TELEOLOGIA DA NORMA. VARIAÇÃO CAMBIAL POSITIVA.
OPERAÇÃO DE EXPORTAÇÃO. I - Esta Suprema Corte, nas inúmeras oportunidades em que
debatida a questão da hermenêutica constitucional aplicada ao tema das imunidades, adotou a
interpretação teleológica do instituto, a emprestar-lhe abrangência maior, com escopo de assegurar à
norma supralegal máxima efetividade. II - O contrato de câmbio constitui negócio inerente à
exportação, diretamente associado aos negócios realizados em moeda estrangeira. Consubstancia
etapa inafastável do processo de exportação de bens e serviços, pois todas as transações com
residentes no exterior pressupõem a efetivação de uma operação cambial, consistente na troca de
moedas. III – O legislador constituinte - ao contemplar na redação do art. 149, § 2º, I, da Lei Maior as
“receitas decorrentes de exportação” - conferiu maior amplitude à desoneração constitucional,
suprimindo do alcance da competência impositiva federal todas as receitas que resultem da
exportação, que nela encontrem a sua causa, representando consequências financeiras do negócio
jurídico de compra e venda internacional. A intenção plasmada na Carta Política é a de desonerar as

515
exportações por completo, a fim de que as empresas brasileiras não sejam coagidas a exportarem os
tributos que, de outra forma, onerariam as operações de exportação, quer de modo direto, quer
indireto. IV - Consideram-se receitas decorrentes de exportação as receitas das variações cambiais
ativas, a atrair a aplicação da regra de imunidade e afastar a incidência da contribuição ao PIS e da
COFINS. V - Assenta esta Suprema Corte, ao exame do leading case, a tese da inconstitucionalidade
da incidência da contribuição ao PIS e da COFINS sobre a receita decorrente da variação cambial
positiva obtida nas operações de exportação de produtos. VI - Ausência de afronta aos arts. 149, § 2º, I,
e 150, § 6º, da Constituição Federal. STF. Plenário. RE 627815, Rel. Min. Rosa Weber, j. 23/05/13. ##Tese
329 (repercussão geral): “É inconstitucional a incidência da contribuição ao PIS e da COFINS sobre a
receita decorrente da variação cambial positiva obtida nas operações de exportação de produtos.”
(MPF-2015): Dispõe o art. 149, § 2°, inc. I, da constituição da república: “Art. 149 (...) § 2° - As contribuições
sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas
decorrentes de exportação.” Ante este texto, é exato afirmar no tocante as Contribuições para o Financiamento
da Seguridade Social-COFINS e Programa de Integração Social-PIS: Na cláusula “receitas decorrentes de
exportação" inserem-se receitas das variações cambiais ativas de sorte a suprimir o alcance da competência
impositiva federal. BL: art. 149, §2º, I, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPF-2015: IMUNIDADE – CAPACIDADE ATIVA TRIBUTÁRIA. A imunidade


encerra exceção constitucional à capacidade ativa tributária, cabendo interpretar os preceitos
regedores de forma estrita. IMUNIDADE – EXPORTAÇÃO – RECEITA – LUCRO. A imunidade
prevista no inciso I do § 2º do art. 149 da Carta Federal não alcança o lucro das empresas exportadoras.
LUCRO – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – EMPRESAS EXPORTADORAS.
Incide no lucro das empresas exportadoras a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. STF. Plenário.
RE 564413, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 12/08/10. ##Tese 08 (repercussão geral): “A Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido – CSLL incide sobre o lucro decorrente das exportações. A imunidade prevista no
artigo 149, § 2º, inciso I, da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº
33/2001, não o alcança.”

##Atenção: ##TRF4: ##MPF-2015: TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. IMUNIDADE.


ART. 149, § 2º, INC. I, DA CF. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO. CSLL.
ABRANGÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A imunidade objetiva prevista no art. 149, § 2º, inc. I, da
CF, abrange apenas as contribuições sociais que possuem o faturamento ou receita como base de
cálculo, não abarcando aquelas incidentes sobre o lucro. 2. Nesse sentido foi o entendimento
proferido pelo Supremo Tribunal Federal em julgamento dos Recursos Extraordinários nºs 474132,
564413 e 566259. 3. Apelação desprovida. (TRF-4 - AC: 7807 RS 2008.71.08.007807-5, Rel.: Joel Ilan
Paciornik, Data de Julgamento: 16/11/11, 1ª T., Data de Publicação: D.E. 23/11/11).

(TRF3-2016): As contribuições sociais e as contribuições de intervenção no domínio econômico não


incidirão sobre receitas decorrentes de exportação. BL: art. 149, §2º, I, CF.

II - INCIDIRÃO TAMBÉM sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (Redação dada


pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (MPRO-2010) (TJRO-2011) (TRF1-2011) (PGEPR-2011) (TRF4-
2012) (TJSC-2013) (TRF5-2009/2015) (PGEPA-2015) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJMG-2012/2017) (TJBA-2019)
(DPETO-2013/2022)

(TRF4-2012): Assinale a alternativa correta: Nas operações de comércio exterior, as contribuições sociais e
de intervenção no domínio econômico incidirão na importação de produtos estrangeiros ou serviços, não
incidindo, porém, sobre as receitas decorrentes de exportação. BL: art. 149, §2º, I e II, CF.

III - PODERÃO TER ALÍQUOTAS: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

a) AD VALOREM [obs.: aplica um percentual sobre o valor a ser tributado], tendo por base o
faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJMG-2007) (TJRO-2011) (TJSC-2013) (TRF5-2015) (PCPE-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (TJBA-2019) (DPETO-2022)

(TJRO-2011): As contribuições de intervenção no domínio econômico poderão ter alíquotas ad valorem,


tendo por base o valor da operação, e no caso de importação, o valor aduaneiro. BL: art. 149, §2º, III, “a”,
CF.

516
b) ESPECÍFICA [obs.: tomam por base a unidade de medida adotada], tendo por base a unidade de
medida adotada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJMG-2007) (TJRO-2011) (PCPE-2016)
(Cartórios/TJMG-2012/2017) (TJBA-2019) (DPETO-2022)

(DPETO-2022-CESPE): Uma contribuição de intervenção no domínio econômico pode ter alíquota


específica. BL: art. 149, §2º, III, “b”, CF.

(TJMG-2007): As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, cuja instituição é de


competência da União poderão ter alíquota específica, tendo por base a unidade de medida adotada. BL:
art. 149, §2º, III, “b”, CF.

##Atenção: ##DOD: A alteração promovida pela EC 33/01 no art. 149, § 2º, III da CF/88 não estabeleceu
delimitação exaustiva das bases econômicas passíveis de tributação por toda e qualquer contribuição
social e de intervenção do domínio econômico (CIDE). Em outras palavras, o inciso III do § 2º do art.
149 da CF/88 não exclui a possibilidade de que as contribuições sociais incidam sobre outras bases
econômicas. A taxatividade pretendida por uma interpretação meramente literal aplica-se tão somente,
nos termos da EC 33/01 e em conjunto com o art. 177, § 4º, da CF/88 , em relação às contribuições
incidentes sobre a indústria do petróleo e seus derivados. Porém, para as CIDEs e as contribuições em
geral, a EC 33/01 manteve a mera exemplificação, não esgotando todas as possibilidades legislativas.
Portanto, a materialidade econômica para a incidência dessas contribuições não se esgota na previsão
de faturamento, receita bruta, valor da operação e valor aduaneiro (no caso de importação), podendo
comportar, também, a incidência sobre folha de salários. Por essa razão, o art. 149, § 2º, III, da CF/88
utiliza a expressão “poderão ter alíquotas”. Assim, garante a ideia de facultatividade a abranger tanto as
alíquotas quanto as bases de cálculo das contribuições sociais e das CIDEs. Além disso, a exposição de
motivos da EC 33/01 demonstra que as alterações implementadas pretenderam apenas possibilitar a
cobrança da CIDE-combustíveis quando da importação de derivados do petróleo e do gás natural,
retirando obstáculos à tributação de insumos vindos do exterior.

§ 3º A pessoa natural DESTINATÁRIA das operações de importação PODERÁ SER


EQUIPARADA a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
(TJMG-2007) (TJRO-2011)

§ 4º A LEI DEFINIRÁ as hipóteses em que as contribuições INCIDIRÃO uma única vez. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJMG-2007) (PGEMS-2016)

Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal PODERÃO INSTITUIR CONTRIBUIÇÃO, na


forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, OBSERVADO o disposto no
art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) (PGESP-2002) (TJDFT-2007) (TJMG-2008)
(DPECE-2008) (PCPB-2009) (MPSE-2010) (PGEPR-2011) (PGERS-2011) (TJRS-2009/2012) (TJAC-2012) (TJBA-
2012) (TRF4-2012) (TRF1-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (MPAC-2014) (MPRS-2014) (DPEPR-2014)
(PGEAC-2014) (PGERN-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPA-2011/2012/2015) (Cartórios/TJMG-2012/2015)
(MPDFT-2015) (TRF5-2015) (MPF-2015) (PCDF-2015) (PFN-2015) (MPRO-2010/2017) (DPERO-2017) (PGM-
Fortaleza/CE-2017) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (TJAL-2019) (MPMG-2021) (MPSC-2021) (PGECE-2021)
(TCDF-2021) (DPERS-2022) (TCEPB-2022) (Aud. Est./ES-2022)

Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

(PGEPE-2018-CESPE): Determinado município deseja criar um novo tributo com a finalidade específica
de custear o serviço de iluminação pública. O valor arrecadado ficará afetado exclusivamente a esse tipo
de despesa. De acordo com a CF, nesse caso, o município deve criar uma contribuição. BL: art. 149-A, CF.

(MPRO-2017-FMP): Tendo presente o quanto dispõe o art. 149-A da CF/1988, é correto afirmar que os
Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. BL: art. 149-A, CF.

(DPECE-2008-CESPE): Em relação ao Sistema Tributário Nacional, julgue o item subsequente: Lei


municipal pode instituir contribuição de iluminação pública para o custeio da iluminação pública. BL:
art. 149-A, CF.

517
##Atenção: Competência privativa.

Parágrafo único. É FACULTADA a COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO a que se refere o caput, na


fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) (TJDFT-2007)
(TJAC-2012) (TJBA-2012) (TRF4-2012) (MPRS-2014) (DPEPR-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
(Cartórios/TJMG-2012/2015) (MPDFT-2015) (TRF5-2015) (PFN-2015) (DPERS-2022)

(DPEPR-2014-UFPR): A respeito da Tributação, é correto afirmar: Os Municípios e o Distrito Federal


podem instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, sendo facultada, por
previsão expressa na Constituição Federal, a cobrança desta contribuição na fatura de consumo de
energia elétrica. BL: art. 149-A, caput e §único, CF.

(TJBA-2012-CESPE): Aos municípios e ao DF é permitido instituir contribuição, na forma das respectivas


leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, sendo facultado cobrar o valor da contribuição na
fatura de consumo de energia elétrica. BL: art. 149-A, caput e §único, CF.

Seção II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

##Atenção: ##PGERS-2010/2011: ##TJPI-2012: ##PGEMG-2012: ##PGESP-2012: ##PCGO-2012:


##TRF2-2014: ##TRT16-2015: ##PGEAM-2016: ##PGEPE-2018: ##DPESP-2006/2019: ##PGM-
Campo Grande/MS-2019: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: O STF entende que os direitos e garantias
individuais, considerados cláusulas pétreas pela CF não se restringem àqueles expressos no elenco do
art. 5º, admitindo interpretação extensiva para definição de direitos análogos, o que restou claro na
ADI 939/93, que considerou direito e garantia individual a anterioridade tributária, consoante art. 5º,
§2º; art. 60, §4º, IV e art. 150, III, “b”, todos da CF. STF. Plenário. ADI 939, Rel. Min. Sydney Sanches, j.
15/12/93. (...) O poder constituinte derivado não é ilimitado, visto que se submete ao processo
consignado no art. 60, §§ 2º e 3º, da CF, bem assim aos limites materiais, circunstanciais e temporais
dos §§ 1º, 4º e 5º do aludido artigo. A anterioridade da norma tributária, quando essa é gravosa,
representa uma das garantias fundamentais do contribuinte, traduzindo uma limitação ao poder
impositivo do Estado. STF. Plenário. RE 587.008, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 02/02/11.
(TRF2-2014): Assinale a opção correta: As normas constitucionais que garantem a observância da
anterioridade na criação e majoração de determinados tributos integram o bloco de direitos fundamentais
dos contribuintes e, como tal, não podem ser eliminadas em eventual reforma da Constituição. BL: art. 150,
III, “b”, CF e Entend. Jurisprud.
(TJPI-2012-CESPE): Apesar de não constar do elenco de direitos fundamentais previstos expressamente no
art. 5.º da CF, o princípio da anterioridade tributária constitui garantia individual fundamental, conforme
reconhece a jurisprudência do STF. BL: art. 150, III, “b”, CF e Entend. Jurisprud.
(PGESP-2012-FCC): Referente à modificação formal da Constituição, é correto afirmar: A anterioridade
tributária, prevista no artigo 150, inciso III, “b”, da Constituição Federal configura cláusula pétrea e, assim,
não pode ser afastada por Emenda Constitucional. BL: art. 150, III, “b”, CF e Entend. Jurisprud.

(TJRS-2012): As limitações constitucionais ao poder de tributar são direitos e garantias fundamentais do


cidadão, mesmo fora do catálogo do Título II da CF/1988. (tributário)

Art. 150. Sem prejuízo DE OUTRAS GARANTIAS asseguradas ao contribuinte, É VEDADO à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [obs.: rol exemplificativo.] (Cartórios/TJPR-2019)
(PGM-Teresina/PI-2022)

I - EXIGIR ou AUMENTAR TRIBUTO sem lei que o estabeleça; (TJDFT-2007) (DPU-2010) (TJES-
2011) (TRF5-2011) (PFN-2012) (TJPR-2012/2013) (TJPE-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013)
(PGEGO-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPF-2015)
(PGEMT-2016) (PGEMS-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017) (PGEPE-
2009/2018) (TRF2-2009/2013/2018) (TJMT-2018) (TJRS-2018) (MPMG-2018) (DPEAP-2018) (PGESC-2018)
(PCGO-2018) (TJAC-2012/2019) (Cartórios/TJMG-2015/2018/2019) (MPSC-2016/2019) (TJPA-2019) (TJSC-2019)
(Cartórios/TJAL-2019) (TJMS-2008/2012/2020) (PGECE-2021) (TCDF-2021) (MPPE-2022) (DPERS-2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 829: ##DOD: ##TJSC-2019: ##CESPE: ##TJMS-2020: ##FCC:

518
Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal
fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse que não pode
ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual superior aos índices de
correção monetária legalmente previstos. STF. Plenário. RE 838284/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, j.
19/10/16 (Info 844).
(TJMS-2020-FCC): Mostra-se compatível com as normas constitucionais que regem o Sistema Tributário
Nacional a edição de lei que, ao instituir taxa pelo exercício de poder de polícia, fixa-lhe o limite máximo e
prescreve que o respectivo valor será definido em regulamento a ser editado pelo Poder Executivo estadual,
em proporção razoável com os custos da atuação estatal. BL: Infos 842 e 844, STF.
(TJSC-2019-CESPE): Determinada lei tributária prevê o valor do teto para a cobrança de uma taxa de
fiscalização, permitindo que ato do Poder Executivo fixe o valor específico do tributo e autorizando o
ministro da Economia a corrigir monetariamente, a partir de critérios próprios, esse valor. A respeito dessa
lei hipotética, considerando-se a jurisprudência do STF acerca do princípio da legalidade tributária, é
correto afirmar que a fixação do valor da taxa por ato normativo infralegal, se em proporção razoável com
os custos da atuação estatal, é permitida, devendo sua correção monetária ser atualizada em percentual não
superior aos índices legalmente previstos. BL: Infos 842 e 844, STF.

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 540: ##DOD: ##PGM-POA/RS-2016: ##TRF2-2018: ##TJSC-


2019: ##PGECE-2021: ##TCDF-2021: ##CESPE: ##Fundatec: É inconstitucional o art. 2º da Lei
11.000/04117 quando delega aos conselhos profissionais a competência para definir as anuidades sem
parâmetro legal: É inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que delega
aos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas a competência de fixar ou majorar, sem
parâmetro legal, o valor das contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas,
usualmente cobradas sob o título de anuidades, vedada, ademais, a atualização desse valor pelos
conselhos em percentual superior aos índices legalmente previstos. STF. Plenário. RE 704292/PR, Rel.
Min. Dias Toffoli, j. 19/10/16 (Info 844).
(TCDF-2021-CESPE): No que diz respeito às limitações do poder de tributar, aos mecanismos de freios e
contrapesos e ao regime de precatórios, julgue o item a seguir: Afronta limitações constitucionais do poder
de tributar lei federal que autorize, sem parâmetro legal, conselhos de fiscalização de profissões
regulamentadas a fixar genericamente, cobrar e executar as contribuições anuais devidas por pessoas físicas
ou jurídicas, bem como as multas e os preços de serviços relacionados com suas atribuições legais que
constituam receitas próprias de cada conselho. BL: Info 844, STF.

##Atenção: ##STF: Ao remeter a disciplina do parcelamento às regras atinentes à moratória, a lei


complementar exigiu que a legislação definidora do instituto promovesse a especificação mínima das
condições e dos requisitos para sua outorga em favor do contribuinte. Em matéria de delegação
legislativa, a jurisprudência da Corte tem acompanhado um movimento de maior flexibilização do
Princípio da Legalidade, desde que o legislador estabeleça um desenho mínimo que evite o arbítrio. O
grau de indeterminação com que operou a Lei estadual 11.453/00, ao meramente autorizar o Poder
Executivo a conceder o parcelamento, provocou a degradação da reserva legal, consagrada pelo art. 150,
I, da CF. Isso porque a remessa ao ato infralegal não pode resultar em desapoderamento do legislador no
trato de elementos essenciais da obrigação tributária. Para o respeito do princípio da legalidade, seria
essencial que a lei (em sentido estrito), além de prescrever o tributo a que se aplica (IPVA) e a categoria
de contribuintes afetados pela medida legislativa (inadimplentes), também definisse o prazo de duração
da medida, com indicação do número de prestações, com seus vencimentos, e as garantias que o
contribuinte deva oferecer, conforme determina o art. 153 do CTN. STF. Plenário. ADI 2304, Min. Rel.
Dias Toffoli, j. 12/04/18.

##Atenção: ##STF: ##PGEPE-2009: ##Cartórios/TJDFT-2014: ##PGERN-2014: ##DPEAP-2018:


##TJAC-2019: ##Cartórios/TJAL-2019: ##PGECE-2021: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: A instituição
dos emolumentos cartorários pelo Tribunal de Justiça afronta o princípio da reserva legal. Somente a
lei pode criar, majorar ou reduzir os valores das taxas judiciárias. Inércia da União Federal em editar
normas gerais sobre emolumentos. Vedação aos Estados para legislarem sobre a matéria com
fundamento em sua competência suplementar. Inexistência. STF. Plenário. ADI 1709, Min. Rel. Maurício
Corrêa, j. 10/02/00.

(DPERS-2022-CESPE): Quanto às limitações ao poder de tributar, julgue o item seguinte: Sem prejuízo

117
Art. 2º Os Conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas são autorizados a fixar, cobrar e executar as
contribuições anuais, devidas por pessoas físicas ou jurídicas, bem como as multas e os preços de serviços,
relacionados com suas atribuições legais, que constituirão receitas próprias de cada Conselho. § 1º Quando da
fixação das contribuições anuais, os Conselhos deverão levar em consideração as profissões regulamentadas de
níveis superior, técnico e auxiliar. (...)
519
de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos
municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. BL: art. 150, I, CF.

(TJPA-2019-CESPE): Assinale a opção que indica matéria de ordem tributária que pode ser
instrumentalizada por lei ordinária, conforme a CF: Instituição de impostos expressamente previstos na
CF.

##Atenção: A utilização da expressão “lei”, pura e simplesmente, pela CF/88, remete a elaboração da
“lei ordinária”. Isso porque a CF/88 disciplina expressamente as hipóteses em que a instrumentalização
se dá por meio de “lei complementar”. Desse modo, via de regra, a instituição de impostos
expressamente previstos na CF é realizada através de lei ordinária, à luz do princípio da legalidade (art.
150, I, da CF e art. 97, do CTN).

(TJPE-2013-FCC): Prefeito Municipal que entrou em exercício no dia 01/01/13 baixou um decreto
corrigindo monetariamente, conforme índice de correção lá indicado, a Planta Genérica de Valores
utilizada para apuração da base de cálculo do IPTU e sobre o ITBI. Fez constar o Prefeito que a vigência
do decreto é imediata, a partir da data da publicação, já valendo para o exercício de 2013. Inconformados
com esta medida, que acabou por majorar a base de cálculo do IPTU e do ITBI, alguns proprietários
ingressaram em juízo questionando a constitucionalidade do decreto. Considerando-se os fatos relatados,
é correto afirmar que esse decreto é constitucional porque a correção monetária da base de cálculo não
equivale a majoração, razão pela qual não se submete às regras de anterioridade e da legalidade. BL: art.
97, §2º, CTN e S. 160, STJ. (tributário)

##Atenção: ##MPMG-2018: O inciso I, do art. 150 da CF/88 não faz referência a diminuir tributos.
Apenas há vedação para exigir ou aumentar sem lei que o estabeleça.

(PGEGO-2013): Quanto às limitações constitucionais do poder de tributar, está correta a seguinte


proposição: O princípio da legalidade tributária, previsto no artigo 150, I, CF, é mais exigente que o
princípio da legalidade previsto no art. 5º, II, CF, na medida em que não comporta delegação do Poder
Legislativo para outro Poder estabelecer a obrigação através de ato normativo secundário. BL: art. 150, I,
CF.

##Atenção: Consoante o ensinamento de Carrazza, o princípio da legalidade, contido na CF/88, seria


bastante e suficiente para vincular, à lei, a criação e a cobrança de tributos. Não obstante isso, o legislador
constituinte, visando a dar maior proteção ao contribuinte, não se contentou em submeter a tributação ao
aludido princípio da legalidade, o qual se espraia sobre todo e qualquer ramo do Direito (Civil, Penal,
Comercial, Tributário, etc); muito pelo contrário, fez o legislador constituinte absoluta questão de inserir
na Constituição da República outras disposições sobre legalidade, só que esta para aplicação específica
ao ramo tributário e acha-se assim redigida: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo
sem lei que o estabeleça;” Tendo em vista essa disposição constitucional, complementa CARRAZZA
ensinando que: “Não é por outro motivo que se tem sustentado que em nosso ordenamento jurídico vige, mais do
que o princípio da legalidade tributária, o princípio da estrita legalidade.” De fato, a preocupação no sentido de
proteger o contribuinte contra eventuais arroubos do Fisco levou o legislador constituinte a imprimir
maior severidade ao princípio da legalidade quando operante na órbita do Direito Tributário. Surge,
então, o princípio da estrita legalidade da tributação. O princípio em questão não se contém nos
quadrantes da Constituição; inversamente como, aliás, não poderia deixar de ser -, espalha-se por todo o
ordenamento, sendo inclusive encontrado na própria definição de tributo, constante do Artigo 3º do
Código Tributário Nacional (CTN). Enfim, nullum tributum sine lege. (Fonte:
https://www.scielo.br/j/rae/a/ssDPswPyhKFZfPjXqVt3SsF/?lang=pt).

(TJPR-2012-PUCPR): É proibido à União, Estados, Distrito Federal e Municípios instituir tributo sem lei
que o estabeleça, sem exceção. BL: art. 150, I da CF. (tributário)

##Atenção: Instituir tributo através de lei não possui exceção. As hipóteses que majoram alíquota
(através de decreto ou outro ato do poder executivo) é que sofrem mitigações. Contudo, a assertiva
mencionou “instituir tributo”.

(TJES-2011-CESPE): No sistema jurídico brasileiro, é juridicamente possível a instituição de


determinados tributos por meio de leis complementares. (tributário)

##Atenção: Regra geral, os tributos são instituídos por lei ordinária. Excepcionalmente serão instituídos
por LC: 1) Impostos sobre grandes fortunas; II) Impostos residuais da União; III) Contribuições da
seguridade social) e IV) empréstimos compulsórios.
520
##Atenção: O conteúdo taxativo do princípio da legalidade tributária está previsto no art. 97 do CTN.

II - INSTITUIR tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,


PROIBIDA QUALQUER DISTINÇÃO em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
INDEPENDENTEMENTE da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (TJRS-2009)
(PCRN-2009) (TRF4-2010) (MPMS-2011) (TRF5-2011) (PCGO-2012) (PFN-2012) (TJMA-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (MPT-2013) (TJDFT-2014) (DPEGO-2014) (TRF2-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJAM-2016) (PGEMS-
2016) (MPRS-2017) (PGESE-2017) (Cartórios/TJMG-2016/2018) (MPMG-2018) (PGEPE-2018) (TJAC-2012/2019)
(TJSC-2013/2019) (TJAC-2019) (TJBA-2019) (DPESP-2019) (MPCE-2020) (TJSP-2021) (MPPE-2014/2022)

##Atenção: ##STF: ##TJAC-2019: ##VUNESP: Concessão de isenção à operação de aquisição de


automóveis por oficiais de justiça estaduais. (...) A isonomia tributária (CF, art. 150, II) torna inválidas
as distinções entre contribuintes “em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida”,
máxime nas hipóteses nas quais, sem qualquer base axiológica no postulado da razoabilidade,
engendra-se tratamento discriminatório em benefício da categoria dos oficiais de justiça estaduais.
Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente. STF. Plenário. ADI 4276, Min. Rel. Luiz Fux, j.
20/08/14.

##Atenção: ##STF: ##PGEPE-2009: ##PCRN-2009: ##TRF5-2011: ##MPPE-2014: ##DPEGO-2014:


##TJSP-2021: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: A lei complementar estadual que isenta os membros do
MP do pagamento de custas judiciais, notariais, cartorárias e quaisquer taxas ou emolumentos fere o
disposto no art. 150, II, da CF/1988. O texto constitucional consagra o princípio da igualdade de
tratamento aos contribuintes. Ação direta julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade do
art. 271 da Lei Orgânica e Estatuto do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte – LC
141/96. (ADI 3.260, Rel. Min. Eros Grau, j. 29-3-07, Plenário, DJ de 29-6-07.) No mesmo sentido: ADI
3.334, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 17-3-11, Plenário, DJE de 5-4-11.

(DPESP-2019-FCC): Acerca do regime dos princípios tributários, considere a assertiva a seguir: O


princípio da igualdade tributária, que se encontra expressamente previsto na CF/1988, permite ao
legislador ordinário estabelecer critérios de diferenciação entre contribuintes, com a finalidade de
promover a igualdade material.. BL: art. 150, II, CF.

##Atenção: O princípio da igualdade/isonomia tributária encontra-se expressamente previsto no art.


150, II, da CF. Essa norma, contudo, tratou da isonomia no seu sentido horizontal, exigindo que se
dispense tratamento igual aos que estão em situação equivalente, mas deixou implícita a necessidade de
tratamento desigual aos que se encontram em situações distintas (sentido vertical). Nesse sentido,
Ricardo Alexandre leciona, exemplificando, que “haveria inconstitucionalidade (por omissão) se a lei do
imposto de renda não previsse as chamadas deduções da base de cálculo do imposto (saúde, educação, dependentes),
pois a inexistência das deduções redundaria num tratamento idêntico dispensado a pessoas em situações claramente
distintas”. Fazendo essa diferenciação é que se é possível atingir a igualdade material.

(MPMG-2018): Consoante o art. 150 da CF/88, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, instituir tratamento
desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em
razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica
dos rendimentos, títulos ou direitos. BL: art. 150, II, CF.

(TJAM-2016-CESPE): Acerca da competência tributária no âmbito constitucional, assinale a opção


correta: É vedada qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função exercida pelos
contribuintes, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. BL: art.
150, II, CF.

(TJMA-2013-CESPE): Segundo o STF, não haverá ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei
complementar, por motivos extrafiscais, imprimir tratamento desigual a microempresas e empresas de
pequeno porte de capacidade contributiva distinta, afastando do regime diferenciado aquelas cujos
sócios tenham condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado. BL: STF, AI
496183 AgR.

(MPT-2013): À luz da doutrina e da jurisprudência do STF, analise a assertiva seguinte: O princípio da


igualdade tributária relaciona-se com a justiça distributiva em matéria fiscal, dizendo respeito à
521
repartição do ônus fiscal do modo mais justo possível. BL: art. 150, II, CF.

III - COBRAR TRIBUTOS:

a) em relação a fatos geradores ocorridos ANTES do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado; (TJMS-2008) (TRF1-2009) (MPMS-2011) (PGEPR-2011) (PGERS-2011) (TJPA-2012)
(MPRR-2012) (PCGO-2012) (MPDFT-2009/2013) (TJPR-2013) (TJDFT-2014) (TJPB-2015) (AGU-2015) (MPSC-
2016) (TRF3-2016) (PGEMT-2016) (PGEMS-2016) (PGEMT-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (Cartórios/TJMG-
2016/2017) (MPRS-2017) (TJMG-2018) (TJMT-2018) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGEPE-2018)
(PGETO-2018) (TJSC-2019) (DPESP-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEBA-2021)

(MPSC-2016): A CF/88 houve por limitar o poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, vedando, dentre outras hipóteses, a exigência ou o aumento de tributo sem prévia
previsão legislativa, bem como a cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do
início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. BL: art. 150, I e III, “a”, CF.

(AGU-2015-CESPE): Conforme o princípio da irretroatividade da lei tributária, não se admite a


cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos em período anterior à vigência da lei que os
instituiu ou aumentou. Entretanto, o CTN admite a aplicação retroativa de lei que estabeleça penalidade
menos severa que a prevista na norma vigente ao tempo da prática do ato a que se refere, desde que não
tenha havido julgamento definitivo. BL: art. 150, III, “a” da CF/88 e art. 106, II, “c” do CTN.

##Atenção: ##TRF3-2016: Princípio da irretroatividade tributária, também conhecido apenas como


irretroatividade, é o princípio de Direito Tributário que estabelece que não haverá cobrança de tributo
sobre fatos que aconteceram antes da entrada em vigor da lei que o instituiu. Segundo a doutrina
majoritária, tal princípio decorre da ideia de irretroatividade das normas, segundo a CF, art. 5º, segundo
a qual “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada ”. De forma mais
específica, a irretroatividade tributária encontra seu fundamento legal na CF, em seu art. 150, III, “a”.

b) no mesmo exercício financeiro em que HAJA SIDO PUBLICADA a lei que os instituiu ou
aumentou; (PGEAL-2009) (PGERS-2010/2011) (TJPB-2011) (PGEPR-2011) (MPRR-2012) (PGEMG-2012)
(PGESP-2012) (TRF5-2009/2011/2013) (MPF-2011/2013) (TJMA-2013) (TJPR-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-
2013) (PGEGO-2013) (TJDFT-2007/2014) (MPPR-2014) (PGEMS-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRF1-2009/2015)
(DPU-2015) (AGU-2015) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2017) (PGESE-2017) (PCGO-
2012/2017/2018) (TRF3-2011/2016/2018) (Cartórios/TJMG-2016/2017/2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (DPEAP-
2018) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGEAP-2018) (PGEPE-2018) (PGETO-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (DPESP-2010/2019) (TJAC-2019) (TJPA-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-
Campo Grande/MS-2019) (TJMS-2020) (MPDFT-2009/2013/2021) (MPMG-2021) (DPEBA-2021) (PF-2021)
(TRF4-2009/2012/2014/2022)

(TRF3-2016): O princípio da anterioridade genérica significa que: as pessoas políticas não podem exigir
tributos no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que os instituiu ou aumentou. BL: art.
150, III, “b”, CF.

##Atenção: Na alínea “b” do inciso III do art. 150 da CF, tem-se a previsão da regra clássica da
anterioridade, denominada “anterioridade genérica” ou “de exercício” ou “anual”. Tal regra existe
desde o poder constituinte originário. A lei tributária que institua tributo, revoga benefício ou majora a
tributação, deve respeitar obrigatoriamente o decurso do prazo do exercício financeiro. Em outras
palavras, a lei tributária deve gerar os seus efeitos apenas a partir do primeiro dia do exercício financeiro
seguinte. Quer dizer que, uma lei tributária qualquer publicada no meio do exercício, instituindo um
determinado tributo (ou aumentando sua base de cálculo, aumentando sua alíquota, instituindo um
novo sujeito passivo, revogando uma isenção, entre outra forma de majoração), somente passará a
produzir os seus efeitos a partir do primeiro dia do exercício seguinte.

##Atenção: ##TJMA-2013: ##TRF3-2016: ##Cartórios/TJMG-2018: ##PGEAP-2018: ##PGM-João


Pessoa/PB-2018: ##PGM-Campo Grande/MS-2019: ##DPEBA-2021: ##TRF4-2022: ##CESPE:
##Consulplan: ##FCC: Princípio da Anualidade: Atualmente, não é mais observado. O art. 146, § 34, 2ª
parte, da Constituição Federal de 1946 afirmava que um tributo somente poderia ser cobrado em cada

522
exercício se tivesse autorizado pelo orçamento anual: daí a anualidade, porque, em todos os anos, o
orçamento a ser executado teria de arrolar todos os tributos a serem cobrados, sob pena de entender-se
não autorizada a exigência. Contudo, esse preceptivo foi abolido do texto constitucional em 1967,
reaparecendo, alguns anos depois, por meio da EC nº 18, na Constituição Federal de 1967. E, dois anos
após, na emenda constitucional de 1969 voltou a ser abolida, perdurando até os tempos atuais. A
sistemática do princípio da anualidade é bem simples. O tributo, para que seja instituído ou majorado,
teria que ser incluído na lei orçamentária anual para que fosse aprovada e aplicada no exercício seguinte.
Com efeito, primeiramente teria que criar a lei instituidora ou majoradora do tributo e publicá-la. Após
isso, inseri-la na lei orçamentária anual para que fosse autorizado. Depois de aprovada a lei
orçamentária, estariam os entes federativos autorizados a exigir o novo tributo ou o tributo majorado. O
que extraímos dessa situação é que os tributos poderiam ser criados ou majorados a qualquer momento,
mas somente passariam a ser exigíveis com a autorização da lei orçamentária. Diante disso, a lei
remodeladora, que conseguiu entrar a tempo na aprovação da lei orçamentária poderia ser exigida no
exercício seguinte, caso contrário, teria que esperar a próxima lei orçamentária, que é anual. Atualmente,
o princípio da anterioridade (art. 150, III, “b”) veio abrandar o extinto princípio da anualidade. O que
se denota do exposto é que o princípio da anterioridade dispensou a exigência de que a lei
remodeladora do tributo fosse previamente autorizada pela lei do orçamento, além da necessidade de
aprovação pelo Legislativo. O princípio da anterioridade apenas se atém ao fato de que a lei instituidora
ou majoradora seja aprovada no exercício anterior ao qual se pretenda exigir o novo tributo ou aumento
dos já existentes. Cabe ressaltar que o princípio da anualidade não encontra respaldo no ordenamento
constitucional atual, em vista da sua revogação expressa na EC de 1969, vigorando, atualmente, o
princípio da anterioridade. Nas palavras de Eduardo de Moraes Sabbag: “o princípio da anualidade
não mais existe no direito positivo brasileiro, de tal sorte que uma lei que institua ou majore tributo pode ser
aplicada no ano seguinte, a despeito de não haver específica autorização orçamentária, bastando que atenda ao
princípio da anterioridade.” Em resumo, a necessidade de prévia autorização orçamentária era
exigência do princípio da ANUALIDADE, previsto no art. 141, § 34, 2ª parte, da Constituição de 1946.
Entretanto, o referido princípio foi revogado expressamente pela EC de 1969. No ordenamento
constitucional atual vigora o princípio da ANTERIORIDADE.

c) antes de decorridos noventa dias da data em que HAJA SIDO PUBLICADA a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003) (PGEAL-2009) (PGEPB-2008) (MPT-2009) (DPU-2010) (TJES-2011) (TJPB-2011) (PGEPR-2011) (TJBA-
2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (TRF5-2009/2011/2013) (MPF-2011/2013) (TJMA-2013) (TRF2-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (TJDFT-2007/2014) (DPERS-2014) (PGEAC-2014) (PGM-Recife/PE-
2014) (TRF1-2009/2015) (PGERS-2010/2011/2015) (AGU-2015) (PGEMS-2014/2016) (PGEMT-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (MPRS-2017) (PCGO-2017)
(MPPB-2011/2018) (TRF3-2011/2016/2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (DPEAP-2018) (DPEPE-2018) (PGEPE-
2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (TJPA-2019) (TJRO-2019) (MPMG-2019) (DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-
2019) (TJMS-2020) (MPDFT-2009/2013/2021) (PF-2021)

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##MPMG-2019: O ato normativo que revoga um benefício fiscal
anteriormente concedido configura aumento indireto do tributo e, portanto, está sujeito ao princípio
da anterioridade tributária. A jurisprudência do STF concebe que não apenas a majoração direta de
tributos atrai a eficácia da anterioridade nonagesimal, mas também a majoração indireta decorrente
de revogação de benefícios fiscais. Assim, a alteração em programa fiscal, quando acarretar
indiretamente a majoração de tributos, deve respeitar o princípio da anterioridade nonagesimal. É a
posição que prevalece. STF. 1ª T. RE 1053254 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 26/10/18. STF. 1ª T. RE
983821 AgR, Rel. Min. Rosa Weber, j. 03/04/18. STF. 2ª T. RE 1091378 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, j.
31/08/18.

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##MPMG-2019: Aplica-se o princípio da anterioridade tributária, geral e


nonagesimal, nas hipóteses de redução ou de supressão de benefícios ou de incentivos fiscais, haja
vista que tais situações configuram majoração indireta de tributos. STF. Plenário. RE 564225 AgR-EDv-
AgR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 20/11/19.

##Atenção: ##STF: ##Reperc. Geral – Tema 382: ##TJMS-2020: ##FCC: A postergação do direito do
contribuinte do ICMS de usufruir de novas hipóteses de creditamento, por não representar aumento
do tributo, não se sujeita à anterioridade nonagesimal prevista no art. 150, III, c, da CF/88. (STF.
Plenário. RE 603917, Rel. Min. Rosa Weber, j. 25/10/19). Porém, cumpre consignar que alguns
precedentes mais recentes da 1ª Turma adotaram entendimento mais amplo para o princípio da

523
anterioridade nonagesimal. É o caso do RE 564.225, julgado em 02.9.14, da relatoria do Min. Marco
Aurélio, onde a maioria concluiu no sentido de que revogação de benefício fiscal equivale a aumento
indireto do tributo, pelo que necessária a observância da anterioridade nonagesimal. Essa decisão,
porém, além de não proveniente do Plenário e ter sido adotada por maioria, diz respeito a caso diverso
do presente, embora com ele guarde semelhança. No precedente, tratava-se de efetivo aumento da
carga tributária por força da eliminação de isenção. No caso sob exame, a questão diz respeito à
postergação de esperada redução dos níveis reais do imposto.

(DPEPE-2018-CESPE): A respeito dos princípios da anterioridade e da irretroatividade, ambos


princípios constitucionais do sistema tributário, assinale a opção correta: O princípio da irretroatividade
aplica-se a todo tributo; o da anterioridade, por sua vez, admite exceções. BL: art. 150, III, alíneas “a” a
“c” e §1º, CF.

##Atenção: ##Cartórios/TJMG-2017: ##TJSP-2018: ##DPEAP-2018: ##DPEPE-2018: ##MPDFT-


2021: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: O princípio da irretroatividade dispõe que não é possível cobrar
tributo relativo a fatos geradores ocorridos antes da lei que o instituiu ou aumentou (art. 150, III, “a”,
CF). Não possui qualquer exceção. O princípio da anterioridade (de exercício ou nonagesimal) se aplica
a tributos em geral, e não exclusivamente a impostos (art. 150, III, ‘b’ e ‘c’) Além disso, existem diversas
exceções, como ocorre com os impostos de importação e exportação (art. 150, §1º, CF118).
(Cartórios/TJMG-2017-Consulplan): Em geral, os tributos submetem-se tanto à anterioridade anual quanto
à nonagesimal. BL: art. 150, III, “b” e “c”, CF.

##Atenção: ##TRF3-2016: Princípio da anterioridade mínima ou nonagesimal: É o princípio da


anterioridade mínima de 90 dias, advindo da EC 42/03, que proíbe que sejam cobrados tributos antes de
decorridos 90 dias da data de publicação da lei que os instituiu ou aumentou. Isso qualificou o princípio
da anterioridade porque não basta que a lei que majore ou institua impostos seja anterior ao exercício
financeiro. É necessário que a norma aguarde 90 dias para que irradie seus efeitos, garantindo mais
segurança ao contribuinte.

(TJBA-2012-CESPE): Considere que determinada lei, publicada no dia 30/12/11, que instituiu taxa de
coleta domiciliar de lixo, tenha sido omissa em relação à data de início de sua vigência. Nesse caso, é
correto afirmar que a taxa somente poderá ser cobrada a partir de 90 dias após a data de publicação dessa
lei. BL: art. 149-A, § único c/c art. 150, III, “c” CF/88. (tributário)

##Atenção: ##TRF1-2009: ##CESPE: A taxa só poderá ser cobrada 90 dias após a data de publicação da
lei, em abono ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal, previsto no art. 150, III, “c”, CF.

IV - UTILIZAR tributo com efeito de confisco; (MPCE-2009) (TRF2-2009) (PGEPA-2011) (PGERS-2011)


(TJMG-2012) (TJCE-2012) (TJPA-2012) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (TJRN-2013) (TRF5-2013) (MPF-2013)
(PGEGO-2013) (MPPE-2014) (PGEAC-2014) (AGU-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TRF4-2016) (PGEMS-2016)
(PCGO-2012/2018) (TRF3-2013/2016/2018) (TJSP-2018) (DPEAP-2018) (MPMG-2018) (Cartórios/TJMG-2018)
(PGEPE-2018) (DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPSC-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STF: ##MPPE-2014: ##TRF3-2013/2018: ##TJSP-2018: ##Cartórios/TJMG-2018:


##Consulplan: ##FCC: ##VUNESP: O STF entende ser inconstitucional a multa cujo valor é superior
ao do tributo devido, por violação ao princípio do não-confisco. (STF. 1ª T. RE 833106 AgR, Min. Rel.
Marco Aurélio, j. 25/11/14; STF. 2ª T. RE 754.554/GO, rel. Min. Celso de Mello, j. 21/08/13). Além disso,
o STF entende que valor da obrigação principal deve funcionar como limitador da norma
sancionatória, de modo que a abusividade se revela nas multas arbitradas acima do montante de 100%.
(STF. 1ª T., AI 838302 AgR, Min. Rel. Roberto Barroso, j. 25/02/14). (...) Quanto ao valor máximo das
multas punitivas, esta Corte tem entendido que são confiscatórias aquelas que ultrapassam o
percentual de 100% (cem por cento) do valor do tributo devido. STF. 1ª T., ARE 1058987 AgR, Rel. Min.

118
Art. 150. (...) § 1º A VEDAÇÃO DO INCISO III, b [obs.: Anterioridade de Exercício], NÃO SE APLICA aos
tributos previstos nos arts. 148, I, [Emp. Compuls. dec. calam. púb, guerra ext. ou a sua iminência], 153, I [II], II
[IE], IV [IPI] e V [IOF]; e 154, II [impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa]; e a
VEDAÇÃO DO INCISO III, c, [obs.: Anterioridade Nonagesimal] NÃO SE APLICA aos tributos previstos nos
arts. 148, I [Emp. Compuls. dec. calam. púb, guerra ext. ou a sua iminência], 153, I [II], II [IE], III [IR] e V [IOF]; e
154, II [impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra externa], NEM à fixação da base de cálculo
dos impostos previstos nos arts. 155, III [IPVA], e 156, I [IPTU]. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
42, de 19.12.2003)
524
Roberto Barroso, j. 01/12/17.
(TJSP-2018-VUNESP): Com relação à competência tributária e aos princípios e limitações constitucionais ao
poder de tributar, é correto afirmar: o STF tem adotado entendimento no sentido de que, embora o confisco
seja conceito jurídico indeterminado, o princípio da vedação do confisco deve ser utilizado para limitar o
percentual de multa imposta ao contribuinte. BL: art. 150, IV, CF e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##Dica:
- MULTA PUNITIVA = Até 100% do VALOR DO TRIBUTO
- MULTA MORATÓRIA – Até 20% da OBRIGAÇÃO PRINCIPAL

##Atenção: ##STF: ##TRF3-2018: Entende o STF que a falta de atualização monetária da tabela de
incidência do Imposto de Renda não configura, por si só, confisco. Isso porque o confisco deve ser
analisado caso a caso, analisando-se o patrimônio do contribuinte. A análise pura da lei, assim, não seria
suficiente a caracterizar o confisco. Vejamos a seguinte decisão do STF: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
DIREITO CONSTITUCIONAL E ECONÔMICO. CORREÇÃO MONETÁRIA DAS TABELAS O
IMPOSTO DE RENDA. LEI N. 9.250/1995. NECESSIDADE DE LEI COMPLEMENTAR E
CONTRARIEDADE AOS PRINCÍPIOS DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA E DO NÃO CONFISCO.
RECURSO CONHECIDO EM PARTE E, NA PARTE CONHECIDA, A ELE NEGADO PROVIMENTO. [...]
2. A vedação constitucional de tributo confiscatório e a necessidade de se observar o princípio da
capacidade contributiva são questões cuja análise dependem da situação individual do contribuinte,
principalmente em razão da possibilidade de se proceder a deduções fiscais, como se dá no imposto sobre a renda.
Precedentes. [...]” (STF. Plenário. RE 388.312/MG, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Cármen
Lúcia, j. 01.08.2011)

##Atenção: ##STF: ##TRF2-2009: ##PGEPA-2011: ##PGEAC-2014: ##AGU-2015:


##PGM-Salvador/BA-2015: ##DPEAP-2018: ##TRF3-2018: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ADI. §§ 2.º E
3.º DO ART. 57 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. FIXAÇÃO DE
VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO-RECOLHIMENTO E SONEGAÇÃO DE
TRIBUTOS ESTADUAIS. VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 150 DA CARTA DA REPÚBLICA. A
desproporção entre o desrespeito à norma tributária e sua consequência jurídica, a multa, evidencia o
caráter confiscatório desta, atentando contra o patrimônio do contribuinte, em contrariedade ao
mencionado dispositivo do texto constitucional federal. STF. Plenário. ADI 551, Rel. Min. Ilmar Galvão,
j. 24/10/02.
(DPEAP-2018-FCC): À luz das normas constitucionais sobre as limitações do poder de tributar e da
jurisprudência do STF, a multa moratória, embora não seja tributo, não pode ter um importe que lhe confira
característica confiscatória, inviabilizando inclusive o recolhimento de futuros tributos. BL: art. 150, IV, CF e
ADI 551/RJ.
(AGU-2015-CESPE): O princípio da vedação à utilização de tributo com efeito de confisco, previsto
expressamente na CF, aplica-se igualmente às multas tributárias, de modo a limitar, conforme
jurisprudência pacífica do STF, o poder do Estado na instituição e cobrança de penalidades. BL: art. 150, IV,
CF e ADI 551/RJ.

##Atenção: ##STF: ##PGEAC-2014: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##MPSC-2021: ##CESPE: ##FMP: A


taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não pode superar a relação de
razoável equivalência que deve existir entre o custo real da atuação estatal referida ao contribuinte e o
valor que o Estado pode exigir de cada contribuinte, considerados, para esse efeito, os elementos
pertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei. - Se o valor da taxa, no entanto, ultrapassar
o custo do serviço prestado ou posto à disposição do contribuinte, dando causa, assim, a uma situação
de onerosidade excessiva, que descaracterize essa relação de equivalência entre os fatores referidos (o
custo real do serviço, de um lado, e o valor exigido do contribuinte, de outro), configurar-se-á, então,
quanto a essa modalidade de tributo, hipótese de ofensa à cláusula vedatória inscrita no art. 150, IV,
da Constituição da República. Jurisprudência. Doutrina. STF. Plenário. ADI 2551 MC-QO, Rel. Min.
Celso de Mello, j. 02/04/03.
(MPSC-2021-CESPE): Acerca de conceitos e definições referentes às espécies tributárias e de temas afins do
direito tributário, julgue o item a seguir: A onerosidade excessiva do valor total exigido para determinada
taxa em relação ao custo da atividade estatal configura ofensa à cláusula vedatória constitucional do não
confisco. BL: art. 150, IV, CF e ADI 2551/MC.

##Atenção: ##STF: ##TRF2-2009: ##PGEPA-2011: ##PGERS-2011: ##TJRN-2013: ##TRF3-2013:


##TRF5-2013: ##PGEAC-2014: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##TRF4-2016: ##DPESP-2019: ##MPSC-
2021: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: A proibição constitucional do confisco em matéria
tributária nada mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão
governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou

525
em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela
insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática de
atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais (educação,
saúde e habitação, por exemplo). A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da
totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade de que dispõe o contribuinte -
considerado o montante de sua riqueza (renda e capital) - para suportar e sofrer a incidência de todos
os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política que os
houver instituído (a União Federal, no caso), condicionando-se, ainda, a aferição do grau de
insuportabilidade econômico-financeira, à observância, pelo legislador, de padrões de razoabilidade
destinados a neutralizar excessos de ordem fiscal eventualmente praticados pelo Poder Público.
Resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo -
resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal - afetar,
substancialmente, de maneira irrazoável, o patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte. STF.
Plenário. ADC 8 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. 13/10/99.
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Segundo entendimento da doutrina e do STF, a proibição do
efeito confiscatório da exação tributária não está estabelecida em critérios objetivos, e a sua aplicação
depende da análise da razoabilidade, da proporcionalidade e da moderação. BL: art. 150, IV, CF e ADC 8
MC.
(TJRN-2013-CESPE): O princípio do não confisco deve ser observado em relação à totalidade da carga
tributária, levando-se em consideração a capacidade de que dispõe o contribuinte para suportar e sofrer a
incidência de todos os tributos instituídos pelo mesmo ente político. BL: art. 150, IV, CF e ADC 8 MC.
(TRF5-2013-CESPE): Assinale a opção correta de acordo com a CF, as normas gerais de direito tributário e a
jurisprudência do STF sobre essa matéria: Configura-se o caráter confiscatório de determinado tributo
sempre que o efeito cumulativo, resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma
entidade estatal, afetar, substancialmente e de maneira irrazoável, o patrimônio ou os rendimentos do
contribuinte. BL: art. 150, IV, CF e ADC 8 MC.

##Atenção: ##STF: ##TJSP-2009: ##TRF2-2009: ##MPRO-2010: ##PGEPA-2011: ##TJPA-2012:


##TJCE-2012: ##MPPI-2012: ##PGEGO-2013: ##MPPE-2014: ##PGEAC-2014: ##TRF3-2013/2016:
##DPESP-2019: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##VUNESP: É cabível, em sede de controle normativo
abstrato, a possibilidade de o STF examinar se determinado tributo ofende, ou não, o princípio
constitucional da não-confiscatoriedade consagrado no art. 150, IV, da CF/88. Hipótese que versa o
exame de diploma legislativo (Lei 8.846/94, art. 3º e seu § único) que instituiu multa fiscal de 300%
(trezentos por cento). A proibição constitucional do confisco em matéria tributária - ainda que se trate
de multa fiscal resultante do inadimplemento, pelo contribuinte, de suas obrigações tributárias - nada
mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão governamental que
possa conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do
patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da
carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática de atividade profissional
lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais básicas. O Poder Público, especialmente
em sede de tributação (mesmo tratando-se da definição do "quantum" pertinente ao valor das multas
fiscais), não pode agir imoderadamente, pois a atividade governamental acha-se essencialmente
condicionada pelo princípio da razoabilidade que se qualifica como verdadeiro parâmetro de aferição da
constitucionalidade material dos atos estatais. STF. Plenário. ADI 1075 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j.
17/06/98.
(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: As multas fiscais também são alcançadas pelo princípio da não-
confiscatoriedade. BL: STF, ADI 1.075 MC.
(TRF3-2013): A respeito do princípio constitucional da vedação de utilização de tributo com efeito de
confisco, é correto afirmar: a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão governamental que possa
conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos
rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício
do direito a uma existência digna, ou a prática de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação
de suas necessidades vitais básicas. BL: STF, ADI 1.075 MC.
(TJPA-2012-CESPE): Considerando a majoração, para o patamar de 25%, da contribuição previdenciária dos
servidores públicos de determinado ente federado, associada à incidência do imposto de renda de 27,5%,
assinale a opção correta a respeito do efeito confiscatório e da contribuição previdenciária: A vedação do
efeito confiscatório aplica-se tanto aos tributos propriamente ditos quanto às multas pelo descumprimento
da legislação tributária. BL: STF, ADI 1.075 MC.
(MPPI-2012-CESPE): O princípio da vedação do confisco é extensível às multas, apesar de estas terem
natureza jurídica diversa dos tributos. BL: STF, ADI 1.075 MC.
(TJSP-2009-VUNESP): O art. 150, IV, da CF/88, impõe a vedação ao confisco. Pode-se concluir que o
conceito “efeito de confisco” permite que o Poder Judiciário o reconheça em sede de controle normativo
abstrato, ainda que se trate de multa fiscal. BL: STF, ADI 1075-MC.

526
##Atenção: ##STF: ##TRF2-2009: ##MPF-2013: ##CESPE: Pena de Perdimento X Confisco: A pena de
perdimento de bens foi recepcionada pelo art. 5º, XLVI, “b” da CF/88: “Art. 5º. (...) XLVI - a lei regulará a
individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: (...) b) perda de bens; (...)”. Perceba que não há
como confundir a possibilidade de aplicação da pena de perdimento de bens com tributo
confiscatório, vejamos: i) a pena de perdimento tem, como o próprio nome já expressa, caráter punitivo;
ii) o tributo, consoante dispõe o art. 3º do CTN, não é sanção por ato ilícito. Por conta disso, nada
impede que, em casos de comprovação de graves infrações tributárias, a legislação específica preveja
como punição o perdimento de bens. É o entendimento do STF sobre o tema: “(...) Importação -
Regularização fiscal - Confisco. Longe fica de configurar concessão, a tributo, de efeito que implique confisco decisão
que, a partir de normas estritamente legais, aplicáveis a espécie, resultou na perda de bem móvel importado" (STF,
2ª T., Al-AgR 173.689/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 12/03/96).

##Atenção: ##Parêntese: O princípio do não-confisco veda fixação de tributo com efeito de confisco.
Sendo assim, o permissivo constitucional de expropriação de bens utilizados para produção ou tráfico
de entorpecentes ou drogas afins (art. 243, CF/88) decorre do princípio da função social da
propriedade, e não do princípio do não-confisco.

(MPMA-2014): O tributo de cunho confiscatório não se define por intermédio de um percentual, mas
pelo ônus econômico que se torne insuportável para o contribuinte.

(MPMA-2014): A dificuldade de se aferir o caráter confiscatório de um tributo encontra-se justamente na


determinação prática do que se deve entender como grau abusivo de exigência do patrimônio do
contribuinte, sendo que tal determinação deve se processar em cada situação concreta. BL: STF, Ag.Reg.
no RE com Ag. 712.285.

(Téc. Tributário/RO-2018-FGV): Lei de determinado Estado da Federação cria taxa de expediente no


valor de R$ 10,00 por veículo, cobrando este valor das empresas seguradoras pelo fornecimento de dados
de cadastro de proprietários de veículos automotores, para fins de cobrança do DPVAT – Seguro
Obrigatório. Está provado que o custo do serviço é de R$ 0,50 e que o valor exigido suplanta a parcela do
prêmio do seguro obrigatório que toca às seguradoras. Nesse caso, a taxa de expediente é
inconstitucional, por seu caráter confiscatório e inviabilizador da atividade empresarial. BL: art. 150, IV,
CF.

##Atenção: ##TRF3-2013: ##Téc. Tributário/RO-2018: ##FGV: As taxas têm caráter contraprestacional,


remunerando o Estado por uma atividade especificamente voltada para o contribuinte. Justamente por
conta disso, a verificação de caráter confiscatório da taxa é feita comparando-se o custo da atividade
estatal com o valor cobrado a título de taxa." Deste modo, verificada uma desproporcionalidade do valor
real e o valor cobrado se verifica a utilização do tributo com efeito confiscatório (Art. 150, IV, CF). (Fonte:
Ricardo Alexandre, 2017).

(MPMA-2014): O tributo de cunho confiscatório não se define por intermédio de um percentual, mas
pelo ônus econômico que se torne insuportável para o contribuinte.

(MPMA-2014): A dificuldade de se aferir o caráter confiscatório de um tributo encontra-se justamente na


determinação prática do que se deve entender como grau abusivo de exigência do patrimônio do
contribuinte, sendo que tal determinação deve se processar em cada situação concreta. BL: STF, Ag.Reg.
no RE com Ag. 712.285.

(MPF-2013): É certo afirmar: A capacidade contributiva, ao lado da propriedade, como princípio,


fundamenta a vedação do confisco. BL: art. 150, IV, CF.

##Atenção: O princípio do não confisco está previsto no art. 150, IV da CF. O confisco representa a perda
da propriedade sem a devida contrapartida pecuniária. Portanto, tal princípio está intimamente
relacionado com o direito de propriedade, significando que o tributo não pode ser tão elevado ao ponto
de significar a perda, direta ou indireta, da propriedade. Também será confiscatório o tributo que
exceder a capacidade contributiva, avançando sobre a parte que deve ser preservada para manutenção
do mínimo existencial. O princípio do não confisco apresenta alto grau de abstração, pois deve ser
ponderado com os princípios da capacidade contributiva, propriedade, razoabilidade e
proporcionalidade.

V - ESTABELECER limitações ao TRÁFEGO DE PESSOAS ou BENS, por meio de tributos


interestaduais ou intermunicipais, RESSALVADA a cobrança DE PEDÁGIO pela utilização de vias
conservadas pelo Poder Público; (AGU-2010) (TJES-2011) (TJPE-2011) (TJPR-2013) (TJMG-2012/2014) (MPPR-
527
2014) (PGEPA-2011/2012/2015) (DPEPA-2015) (TRF1-2015) (TRF3-2011/2016) (PGEMT-2011/2016) (PGEMS-
2014/2016) (MPRS-2017) (TJMT-2018) (MPMG-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (PGEPE-2018) (Aud. Fiscal-
SEFAZ/AL-2020)

##Atenção: Princípio da Liberdade do Tráfego de Pessoas ou Bens.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPPR-2014: ##DPEPA-2015: ##TRF1-2015: ##PGEPA-2015:


##TRF3-2016: ##PGEMT-2016: ##Cartórios/TJMG-2018: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: ##FMP: O
pedágio não é taxa. O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias NÃO tem natureza tributária,
mas de preço público, consequentemente, não está sujeito ao princípio da legalidade estrita. STF.
Plenário. ADI 800/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 11/6/14 (Info 750).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD:
- Em que consiste: Pedágio é um valor pago pelo condutor do veículo para que tenha direito de trafegar por
uma determinada via de transporte terrestre, como uma estrada, uma ponte, um túnel etc. Essa quantia é
paga a um órgão ou entidade da Administração Pública ou, como é mais comum, a uma empresa privada
concessionária que faz a exploração da via. A finalidade do pedágio é custear a conservação das vias de
transporte.
- Previsão constitucional: A CF/88 trata sobre o pedágio em um único dispositivo (art. 150, V).
- Qual é a natureza jurídica do pedágio? Trata-se de questão extremamente controvertida na doutrina. As
três correntes principais sobre o tema são as seguintes:
1ª corrente: Três argumentos para se considerar o pedágio como taxa:
TAXA (TRIBUTO) a) a CF/88 trata sobre o pedágio no art. 150, ao falar sobre as limitações
constitucionais ao poder de tributar. Em outras palavras, o pedágio está
inserido topograficamente em uma seção que trata sobre tributos;
b) o pedágio seria o pagamento pela utilização de um serviço específico ou
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição, conceito
coincidente com o de taxa;
c) não seria possível remunerar os serviços públicos por outro meio que não
fosse a taxa.
Sendo uma espécie de tributo, somente pode ser instituída e reajustada por
meio de lei. Está sujeita ao princípio da legalidade estrita. É a corrente
majoritária na doutrina. Exs.: Antônio Roque Carrazza, Luciano Amaro,
Leandro Paulsen.
2ª corrente: Três respostas para se considerar pedágio como tarifa:
TARIFA (PREÇO a) a posição topográfica não é determinante e o que a CF/88 quis dizer é que,
PÚBLICO) apesar de não incidir tributo sobre o tráfego de pessoas ou bens, poderia ser
cobrado o pedágio, espécie jurídica diferenciada;
b) o pedágio somente pode ser cobrado pela utilização efetiva do serviço. Não
é possível sua cobrança em caso de utilização potencial. Logo, não se
enquadra no conceito;
c) é possível, sim, remunerar serviços públicos por meio de tarifa, desde que
esses serviços não sejam de utilização compulsória. No caso, a utilização de
rodovias não é obrigatória. A pessoa pode optar por não utilizar.
Como não é tributo, o pedágio pode ser instituído e reajustado por meio de
atos infralegais. NÃO está sujeito ao princípio da legalidade estrita.
Sustentada por Ricardo Lobo Torres, Sacha Calmon.
3ª corrente: Essa posição é baseada no seguinte raciocínio: se não houver via alternativa, a
Depende: utilização daquela estrada com pedágio será compulsória. Logo, o valor
- Se HOUVER via cobrado a título de pedágio será considerado taxa. Se houver alternativa
alternativa: tarifa. gratuita, a utilização da via com pedágio é uma faculdade do motorista.
- Se NÃO houver via Então, o valor cobrado seria reputado como tarifa. É a posição de Andrei
alternativa: taxa. Pitten Velloso.

-E para o STF, qual é a natureza jurídica do pedágio? Trata-se de TARIFA (2ª corrente). O pedágio é tarifa
(espécie de preço público) em razão de não ser cobrado compulsoriamente de quem não utilizar a rodovia;
ou seja, é uma retribuição facultativa paga apenas mediante o uso voluntário do serviço. Assim, o pedágio
não é cobrado indistintamente das pessoas, mas somente daquelas que desejam trafegar pelas vias e
somente naquelas em que é exigido esse valor a título de conservação. Para o STF, o elemento nuclear para
distinguir taxa e preço público é a compulsoriedade.

528
TAXA TARIFA
É uma prestação compulsória. É uma prestação voluntária.
O contribuinte paga a taxa de serviço não por É chamada de voluntária porque a pessoa só irá
conta de uma escolha que ele faça. Ele paga porque pagar se ela escolher utilizar aquele determinado
a lei determina que é obrigado a isso, mesmo que o serviço que é efetivamente prestado.
serviço esteja apenas à sua disposição, sem que O indivíduo escolhe se submeter a um contrato, no
haja uma utilização efetiva. qual irão lhe fornecer um serviço e, em
A lei determina que ele pague, mesmo que não contraprestação, ele irá pagar o valor.
utilize de forma efetiva. Ex.: pedágio.
Ex.: custas judiciais.

Essa distinção foi consagrada pelo STF em um enunciado: “Súmula 545-STF: Preços de serviços públicos e
taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias (...).”

-E por que o STF não adota a 3ª corrente? Segundo o Min. Teori Zavascki, é irrelevante, para a definição da
natureza jurídica do pedágio, a existência ou não de via alternativa gratuita para o usuário trafegar. Isso
porque essa condição não está estabelecida na CF/88. Dessa forma, esse traço distintivo trazido pela 3ª
corrente não encontra amparo na CF/88. Além disso, mesmo que não exista uma estrada alternativa
gratuita, na visão do STF, a utilização da via com pedágio continua sendo facultativa. Isso porque a pessoa
tem a possibilidade de simplesmente não dirigir o seu veículo, ir a pé, de bicicleta, de ônibus, de avião etc.
Enfim, existem outras opções.119 No mesmo sentido: RIBEIRO, Ricardo Lodi. Tributos. Teoria Geral e
Espécies. Niterói: Impetus, 2013, p. 45.
-Se a única forma de acesso terrestre a determinada localidade for por meio daquela estrada, mesmo assim
será possível cobrar pedágio, ou essa exigência seria inconstitucional por violar a liberdade de locomoção?
Ainda assim seria possível cobrar o pedágio. Realmente, em alguns casos, a cobrança de pedágio pode,
indiretamente, acabar limitando o tráfego de pessoas naquela localidade. No entanto, a CF/88 autoriza a
instituição do pedágio mesmo nessas hipóteses. Isso porque não se pode dizer que haverá violação à
liberdade de locomoção, já que sempre irão existir outras opções de acesso. O direito de ir e vir não será
impedido por conta do pedágio. Resumindo, não é inconstitucional a cobrança de pedágio, ainda que não
exista nenhuma outra via alternativa gratuita para o usuário trafegar.
-Quadro-resumo:120
TAXA TARIFA OU PREÇO PÚBLICO
Sujeita a regime jurídico de direito público. Sujeita a regime jurídico de direito privado.121
É espécie de tributo. Não é receita tributária.
Trata-se de receita derivada. Trata-se de receita originária.122

119
(TRF1-2015-CESPE): A União concedeu a determinada empresa a administração de um conjunto de rodovias
federais, o que abrangia a exploração da infraestrutura, a prestação do serviço público de recuperação, a
operação, a manutenção, o monitoramento, a conservação, a implantação de melhorias e a ampliação de
capacidade da rodovia. Iniciado o funcionamento do pedágio, o MPF ingressou com ação na justiça para
impedir a sua cobrança. A alegação do promotor era de que não se disponibilizou alternativa viária gratuita aos
cidadãos, o que impossibilitava a cobrança de pedágio. Nessa situação hipotética, o pedido deve ser julgado
improcedente por inexistir norma jurídica legal ou constitucional que imponha a obrigatoriedade da existência
de via alternativa gratuita à rodovia com pedágio. BL: Entend. Jurisprud.
120
Fonte do quadro: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. São Paulo: Método, 2012, p. 38.
121
(TRF3-2016): Aponte a alternativa correta: A tarifa pública e o preço público não se submetem ao regime
jurídico tributário porque sua natureza é contratual. BL: S. 545, STF.
(DPEPA-2015-FMP): Assinale a alternativa correta: As taxas podem ser cobradas em razão do exercício do
poder de polícia e da utilização efetiva ou potencial de um serviço público, enquanto os preços públicos podem
ser cobrados em face de um serviço público de utilização efetiva. BL: S. 545, STF.
(PGEAL-2009-CESPE): O valor cobrado pela prestação de um serviço público feito por uma concessionária ou
permissionária corresponde tão-somente a um preço público. BL: S. 545, STF.
122
(AGU-2010-CESPE): Com relação a despesas e receitas públicas, julgue o item: A cobrança de tarifas ou preço
público corresponde a uma receita originária.
(TRF2-2009-CESPE): Determinado comerciante resolveu aumentar a área de seu estabelecimento e, nos limites
legais, passou a pagar, mensalmente, um valor ao ente da Federação para poder utilizar área pública contígua a
seu estabelecimento. A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta: O ingresso do valor
classifica-se como receita originária, uma vez que se trata de preço público. BL: S. 545, STF.
##Atenção: O valor a ser pago pelo comerciante ao ente da federação é receita originária porque são aquelas
que provêm do próprio patrimônio do estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à
disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e valores. Nesse caso, são receitas voluntárias, o
Estado não obriga, não exerce o seu poder de império. Ex.: receitas de aluguéis (é o caso da questão), venda de
bens, etc. Já as receitas derivadas é o contrário, são aquelas obtidas pelo estado mediante sua autoridade
coercitiva. Aqui o Estado exerce o seu poder de império. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela
exigência do estado para que o particular entregue de forma compulsória (obrigatória) uma determinada
quantia na forma de tributos ou de multas. Ex.: receitas de tributos, contribuições sociais, etc.
529
Instituída e majorada por lei. Ato de vontade bilateral, independe de lei
(instituída por contrato).
Independe de vontade (é compulsória). Dotada de voluntariedade.
O fundamento para sua cobrança é o princípio da O fundamento para sua cobrança é a manutenção
retributividade. do equilíbrio econômico e financeiro dos contratos.
Obediência à anterioridade e aos demais princípios Não se submete ao princípio da anterioridade nem
tributários. aos demais princípios tributários.
Natureza legal-tributária (não admite rescisão). Natureza contratual (admite rescisão).
O serviço à disposição autoriza a cobrança. A cobrança só ocorre com o uso do serviço.123
Ex.: custas judiciais Ex.: serviço de fornecimento de água.

-Selo-pedágio: Existia uma cobrança chamada de “selo-pedágio” (criado pela Lei 7.712/88). Era um tributo
cobrado de forma compulsória de todos os usuários de rodovias federais e que deveria ser pago
mensalmente, mesmo que a pessoa não utilizasse efetivamente a rodovia. Assim, todos os motoristas que
trafegassem por rodovias federais eram obrigados a adquirir mensalmente um selo que seria colado no
vidro da frente do carro. O STF chegou a decidir que esse “selo-pedágio” possuía natureza jurídica de
taxa (RREE 181.475-RS e 194.862-RS, rel. Min. Carlos Velloso, 04/05/99). Ocorre que o selo-pedágio foi
extinto pela Lei 8.075/90 e não pode ser confundido com os atuais pedágios cobrados nas rodovias
brasileiras. Há várias diferenças entre o citado “selo-pedágio” e o pedágio. A principal delas é que o
pedágio somente é cobrado se, quando e a cada vez que houver efetivo uso da rodovia. Já o “selo-pedágio”
era um valor fixo, exigido todos os meses, independentemente do número de vezes que o contribuinte
fizesse uso das estradas. Desse modo, se em uma prova perguntarem sobre o extinto selo-pedágio (só se o
concurso for muito difícil), saiba que ele tinha natureza de taxa. Os atuais pedágios, por outro lado,
constituem-se em tarifa.

(MPMG-2018): Consoante o art. 150 da CF/88, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estabelecer limitações
ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público. BL: art. 150, V, CF. (trib.)

(TJES-2011-CESPE): A cobrança do pedágio justifica-se constitucionalmente pelo fato de ser gravame


exigido pela utilização das rodovias conservadas pelo poder público, e não pela mera transposição de
município ou de estado. BL: art. 150, V, CF/88.

VI - instituir IMPOSTOS sobre: (TRF1-2011) (TRF5-2011) (MPF-2011) (AGU-2013) (PGERS-2011/2015)


(PGEMS-2016) (MPPR-2017) (TRF2-2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPMG-2018) (PGESC-2018) (PF-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (Cartórios/TJMG-2018/2019) (TJPA-2019) (MPGO-2019) (TJPR-2021) (TCDF-2021)

##Atenção: ##STF: ##MPPR-2017: ##TRF2-2017: ##PGM-BH/MG-2017: ##Cartórios/TJMG-2018/2019:


##TJPR-2021: ##CESPE: ##Consulplan: ##FGV: A imunidade tributária subjetiva é aplicada se a
entidade imune for contribuinte de fato? A imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus
beneficiários na posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo
irrelevante, para a verificação da existência do beneplácito constitucional, a repercussão econômica do
tributo envolvido. Desse modo, temos o seguinte: i) Se a entidade imune for contribuinte de direito:
incide a imunidade subjetiva; ii) Se a entidade imune for contribuinte de fato: não incide a imunidade
subjetiva. STF. Plenário. RE 608872/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 22 e 23/2/17 (repercussão geral) (Info
855).

(MPRS-2014): As imunidades constam em diversos artigos do texto constitucional, e, conforme o


dispositivo, dizem respeito a impostos, a contribuições ou mesmo a taxa, não se podendo, onde a
imunidade é relativa a impostos, pretender estendê-la a outras espécies tributárias. BL: art. 150, VI, CF.

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; [imunidade recíproca] (PCPB-2009) (PCRN-2009)
(MPSE-2010) (TJPB-2011) (TRF5-2011) (MPSC-2010/2012) (TJMG-2012) (DPESC-2012) (TRF4-2012) (PGESP-
2012) (PCGO-2012) (AGU-2012) (TRF1-2009/2013) (PGEGO-2010/2013) (TJRN-2013) (MPDFT-2013) (DPEDF-
2013) (TJDFT-2014) (TJPR-2014) (MPAC-2014) (MPPE-2014) (PGEAC-2014) (PGEBA-2014) (PGERN-2014)
(PGM-São Paulo/SP-2014) (PGERS-2010/2011/2015) (TRF1-2011/2015) (MPF-2011/2012/2013/2015)

123
(MPSC-2019): A tarifa não é cobrada do sujeito que não utilizar, de forma individualizada e efetiva, o serviço
cujo custo deve ser suportado por este valor. BL: S. 545, STF.
530
(Cartórios/TJRS-2013/2015) (PCDF-2013/2015) (MPT-2013/2015) (MPAM-2015) (DPEPA-2015) (DPU-2015)
(PGEPR-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGEMT-2011/2016) (Cartórios/TJSP-2011/2012/2016) (TRF3-2016)
(PGEAM-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2017) (Cartórios/TJRJ-2017) (PCMS-
2017) (PGM-BH/MG-2017) (TRF2-2011/2014/2017/2018) (TJRS-2018) (MPMG-2018) (TJMT-2018) (DPEAP-
2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PF-2018) (DPESP-2009/2012/2019) (Cartórios/TJPR-2014/2019) (TJAL-
2008/2015/2019) (TJPA-2012/2019) (Cartórios/TJMG-2018/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (TJMS-
2008/2020) (MPCE-2009/2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (TCDF-2021) (TCERJ-2021) (TJAP-2022) (DPERS-
2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 1140: As empresas públicas e as sociedades de economia


mista delegatárias de serviços públicos essenciais, que não distribuam lucros a acionistas privados
nem ofereçam risco ao equilíbrio concorrencial, são beneficiárias da imunidade tributária recíproca
prevista no artigo 150, VI, a, da Constituição Federal, independentemente de cobrança de tarifa como
contraprestação do serviço. STF. Plenário. RE 1320054 RG, Rel. Ministro Presidente, j. 06/05/21.

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 508: Sociedade de economia mista, cuja participação acionária
é negociada em Bolsas de Valores, e que, inequivocamente, está voltada à remuneração do capital de
seus controladores ou acionistas, não está abrangida pela regra de imunidade tributária prevista no
art. 150, VI, ‘a’, da Constituição, unicamente em razão das atividades desempenhadas. STF. Plenário.
RE 600867, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Rel. p/ Ac. Luiz Fux, j. 29/06/20.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJAP-2022: ##FGV: Incide a imunidade tributária recíproca (art. 150,
VI, “a”, da CF), no caso de contrato de alienação fiduciária em que pessoa jurídica de direito público
figure como devedora: Não incide IPVA sobre veículo automotor adquirido, mediante alienação
fiduciária, por pessoa jurídica de direito público. STF. Plenário. RE 727851, Rel. Marco Aurélio, j.
22/06/20 (Repercussão Geral – Tema 685) (Info 985).
(TJAP-2022-FGV): O Município X, situado no Estado Y, resolveu renovar a frota de automóveis que utiliza
em sua fiscalização ambiental, adquirindo, para tanto, novos veículos mediante alienação fiduciária em
garantia ao Banco Lucro 100 S/A. O Estado Y então pretende cobrar IPVA desses automóveis, invocando
dispositivo expresso de sua legislação estadual de que, em se tratando de alienação fiduciária em garantia,
o devedor fiduciário responde solidariamente com o proprietário pelo pagamento do IPVA. À luz da
Constituição da República de 1988 e do entendimento dominante do STF, o Estado Y: não poderá cobrar
IPVA nem do Município X nem do Banco Lucro 100 S/A. BL: Info 985, STF.
##Atenção: ##DOD: O IPVA é imposto estadual que tem como fato gerador a “propriedade de veículos
automotores” (art. 155, III, da CF/88). A “propriedade” mencionada pela Constituição Federal deve ser
interpretada em sentido amplo, de maneira a alcançar a posse a qualquer título. Como na alienação
fiduciária há o desdobramento das faculdades da propriedade, ou seja, como a posse é separada dos demais
poderes inerentes à propriedade, o critério para se aplicar a regra da imunidade deve ser a titularidade da
posse direta.Nas exatas palavras do Min. Marco Aurélio: “Considerando ser a alienação fiduciária o negócio
jurídico por meio do qual o devedor fiduciante, em garantia de direito creditório, transfere ao credor fiduciário a
propriedade resolúvel de bem móvel ou imóvel, mantendo-se na posse direta, é de assentar a aplicação da regra de
imunidade versada no artigo 150, inciso VI, alínea “a”, da Constituição Federal quando o devedor fiduciante for
pessoa jurídica de direito público.”

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 737: ##TJRS-2018: ##Cartórios/TJMG-2019: ##Consulplan:


##VUNESP: Incide o IPTU, considerado imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a pessoa
jurídica de direito privado, devedora do tributo. STF. Plenário. RE 601720, Rel. Min. Edson Fachin, Rel.
p/ Ac. Marco Aurélio, j. 19/4/17).

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 385: ##TJRS-2018: ##VUNESP: ##MPGO-2019: A imunidade


recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da CF/88 não se estende a empresa privada arrendatária de imóvel
público, quando seja ela exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é
constitucional a cobrança do IPTU pelo Município. STF. Plenário. RE 594015/DF, Rel. Min. Marco
Aurélio, j. 6/4/17 (Info 860).
(MPGO-2019): A imunidade tributária recíproca funda-se no princípio federativo e na falta de capacidade
contributiva do ente público. Partindo dessa afirmação, assinale a alternativa correta: Segundo
entendimento do STF, a imunidade recíproca não se estende a empresa privada arrendatária de imóvel
público, quando seja ela exploradora de atividade econômica om fins lucrativos, hipótese em que é
constitucional a cobrança do IPTU pelo Município. BL: Info 860, STF.
(TJRS-2018-VUNESP): O governo estadual quer fomentar as áreas de lazer e turismo do Estado com a
construção de um complexo multiuso com arena coberta que comporte a realização de shows e outros
eventos de lazer, além de um aquário. Para tanto, pretende conceder à iniciativa privada a realização das

531
obras de construção do complexo, que deverá ser levantado em área pública predefinida, e sua posterior
exploração pelo prazo de 30 (trinta anos). O concessionário será remunerado exclusivamente pelas receitas
advindas da exploração econômica do novo equipamento, inclusive acessórias. Para que o projeto tenha
viabilidade econômica, está prevista a possibilidade de construção de restaurantes, de um centro comercial,
de pelo menos um hotel dentro da área do novo complexo, além da cobrança de ingresso para visitação do
aquário e dos eventos e shows que vierem a ser realizados na nova arena. Há previsão de pagamento de
outorga para o Estado em razão da concessão. Em relação à cobrança do IPTU pelo município onde se situa
a área do complexo, é correto afirmar que apesar do imóvel ser de propriedade do Estado, o Município
poderá cobrar IPTU porque a área foi cedida a pessoa jurídica de direito privado para a realização de
atividades com fins lucrativos, sendo o concessionário o contribuinte do imposto. BL: Entendimento do
STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJRS-2018: ##VUNESP: A imunidade recíproca, prevista no art. 150,
VI, “a”, da CF/88, não se estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela
exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é constitucional a cobrança
do IPTU pelo Município. Ex: a União, proprietária de um grande terreno localizado no Porto de
Santos, arrendou este imóvel para a Petrobrás (sociedade de economia mista), que utiliza o local para
armazenar combustíveis. Antes do arrendamento, a União não pagava IPTU com relação a este imóvel
em virtude da imunidade tributária recíproca. Depois que houve o arrendamento, a Petrobrás passa a
ter que pagar o imposto. STF. Plenário. RE 594015/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 6/4/17 (repercussão
geral) (Info 860).

##Atenção: ##STF: ##DOD: Os bens e direitos que integram o patrimônio do fundo vinculado ao
Programa de Arrendamento Residencial (PAR), criado pela Lei 10.188/01, beneficiam-se da imunidade
tributária prevista no art. 150, VI, “a”, da CF/88. STF. 1ª T. RE 928902/SP, Rel. Min. Alexandre de
Moraes, j. 17/10/18 (Info 920).

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 224: ##PGEAC-2014: ##PGEPR-2015: ##TRF2-2018:


##MPGO-2019: ##FMP: ##PUCPR: A imunidade tributária recíproca não exonera o sucessor das
obrigações tributárias relativas aos fatos jurídicos tributários ocorridos antes da sucessão. STF.
Plenário. RE 599176, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 05/06/14.
(MPGO-2019): A imunidade tributária recíproca funda-se no princípio federativo e na falta de capacidade
contributiva do ente público. Partindo dessa afirmação, assinale a alternativa correta: Nos termos da
jurisprudência do STF, a imunidade tributária recíproca não exonera o sucessor das obrigações tributárias
relativas a fatos jurídicos tributários ocorridos antes da sucessão, não havendo que cogitar de aplicação
retroativa da imunidade tributária. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Cartórios/TJMG-2019: ##Consulplan: As Caixas de Assistência de


Advogados encontram-se tuteladas pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, “a”, da CF/1988.
A Caixa de Assistência dos Advogados é um “órgão” integrante da estrutura da OAB, mas que possui
personalidade jurídica própria. Sua finalidade principal é prestar assistência aos inscritos no
respectivo no Conselho Seccional (art. 62 da Lei 8.906/94). As Caixas de Assistências prestam serviço
público delegado e possuem status jurídico de ente público. Vale ressaltar ainda que elas não
exploram atividades econômicas em sentido estrito com intuito lucrativo. Diante disso, devem gozar
da imunidade recíproca, tendo em vista a impossibilidade de se conceder tratamento tributário
diferenciado a órgãos integrantes da estrutura da OAB. STF. Plenário. RE 405267/MG, Rel. Min. Edson
Fachin, j. 6/9/2018 (Info 914).

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF: ##TJAL-2015: ##MPAM-2015: ##DPEPA-2015: ##TRF1-2015:


##PGEPR-2015: ##PGEMS-2016: ##PGEMT-2016: ##PCMS-2017: ##TRF2-2018: ##DPESP-2019:
##FAPEMS: ##FCC: ##FMP: ##PUCPR: ##CESPE: Não incide o ICMS sobre o serviço de transporte de
bens e mercadorias realizado pelos Correios: Os Correios gozam de imunidade tributária porque são
uma empresa pública que desempenha serviços públicos. Ocorre que os Correios, além das atividades
que desenvolvem de forma exclusiva, como é o caso da entrega de cartas, também realizam alguns
serviços em concorrência com a iniciativa privada (ex.: entrega de encomendas). Mesmo quando os
Correios realizam o serviço de transporte de bens e mercadorias, concorrendo, portanto, com a
iniciativa privada, ainda assim gozam de imunidade e ficam livres de pagar ICMS. Assim, o STF
decidiu que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos — ECT goza de imunidade tributária
recíproca mesmo quando realiza o transporte de bens e mercadorias. STF. Plenário. RE 627051/PE, Rel.
Min. Dias Toffoli, j. 12/11/14 (repercussão geral) (Info 767).
(TJAL-2015-FCC): Tema de difícil equacionamento na prática do operador do direito, é a distinção, no caso
concreto, entre serviço público e atividade econômica. Questões sobre esse tema usam chegar ao STF pelo
viés da aplicação de certo regime jurídico a empresas públicas ou sociedades de economia mista. Exemplo
532
concreto se passa com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Uma frase que adequadamente ilustra
o modo pelo qual o STF trata da matéria é: A jurisprudência do STF orienta-se no sentido de que a
imunidade recíproca deve ser reconhecida em favor da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ainda
que o patrimônio, renda ou serviço desempenhado pela entidade não esteja necessariamente relacionado ao
privilégio postal. BL: Info 767, STF.

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 688: ##TCERJ-2021: ##CESPE: (...) 2. Imposto Sobre Serviços
de Qualquer Natureza (ISSQN). Incidência sobre serviços de registros públicos, cartorários e
notariais. Constitucionalidade. 3. Imunidade recíproca. Inaplicabilidade. 4. Constitucionalidade da lei
municipal. 5. Repercussão geral reconhecida. Recurso provido. Reafirmação de jurisprudência. STF.
Plenário. RE 756915 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17/10/13. ##Tese 688: “É constitucional a
incidência do ISS sobre a prestação de serviços de registros públicos, cartorários e notariais,
devidamente previstos em legislação tributária municipal.”

##Atenção: ##DOD: ##STJ: ##TRF1-2011: ##TRF2-2014: ##MPF-2015: ##PGEMS-2016:


##Cartórios/TJRJ-2017: ##DPESP-2019: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: Cuidado com o §2º do art. 150: “§
2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais
ou às delas decorrentes”. Se houver esse vínculo à finalidade essencial, haverá imunidade. Ela é
presumida. O ônus é do fisco. Destaca-se o julgado do STJ:
DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. ÔNUS DA PROVA RELACIONADO AO
AFASTAMENTO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVISTA NO § 2º DO ART. 150 DA CF. O
ônus de provar que o imóvel não está afetado a destinação compatível com os objetivos e
finalidades institucionais de entidade autárquica recai sobre o ente tributante que pretenda,
mediante afastamento da imunidade tributária prevista no § 2º do art. 150 da CF, cobrar IPTU
sobre o referido imóvel. Isso porque, conforme orientação jurisprudencial predominante no STJ,
presume-se que o imóvel de entidade autárquica está afetado a destinação compatível com
seus objetivos e finalidades institucionais. STJ, AgRg no AREsp 304.126-RJ, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, j. 13/8/13. (Info 527).
(MPF-2015): Assinale a alternativa correta: A imunidade do IPTU deferida as autarquias goza da
presunção de que os imóveis se destinam aos seus fins institucionais. BL: Info 527, STJ.

##Atenção: ##STF: ##TRF2-2011: ##PGEPR-2015: ##CESPE: ##PUCPR: A imunidade tributária


prevista no art. 150, VI, a da CF aplica-se às operações de importação de bens realizadas por
municípios, quando o ente público for o importador do bem (identidade entre o "contribuinte de
direito" e o "contribuinte de fato"). Compete ao ente tributante provar que as operações de importação
desoneradas estão influindo negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da Constituição.
Impossibilidade de presumir risco à livre-iniciativa e à concorrência. STF. 2ª T., AI 518405 AgR, Min.
Rel. Joaquim Barbosa, j. 06/04/10.

##Atenção: ##STF: ##PCPB-2009: ##PCRN-2009: ##PGEGO-2013: ##TRF2-2009/2014: ##PGEAC-


2014: ##PGEBA-2014: ##TRF3-2016: ##PGEMS-2016: ##DPESP-2019: ##Cartórios/TJMG-2019:
##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: ##FMP: A INFRAERO, que é empresa pública, executa, como
atividade-fim, em regime de monopólio, serviços de infraestrutura aeroportuária constitucionalmente
outorgados à União Federal, qualificando-se, em razão de sua específica destinação institucional,
como entidade delegatária dos serviços públicos a que se refere o art. 21, inciso XII, alínea "c", da
CF/88, o que exclui essa empresa governamental, em matéria de impostos, por efeito da imunidade
tributária recíproca (CF, art. 150, VI, "a"), do poder de tributar dos entes políticos em geral.
Consequente inexigibilidade, por parte do Município tributante, do ISS referente às atividades
executadas pela INFRAERO na prestação dos serviços públicos de infraestrutura aeroportuária e
daquelas necessárias à realização dessa atividade-fim. O ALTO SIGNIFICADO POLÍTICO-
JURÍDICO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA, QUE REPRESENTA VERDADEIRA
GARANTIA INSTITUCIONAL DE PRESERVAÇÃO DO SISTEMA FEDERATIVO. DOUTRINA.
PRECEDENTES DO STF. INAPLICABILIDADE, À INFRAERO, DA REGRA INSCRITA NO ART.
150, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO. A submissão ao regime jurídico das empresas do setor privado,
inclusive quanto aos direitos e obrigações tributárias, somente se justifica, como consectário natural
do postulado da livre concorrência (CF, art. 170, IV), se e quando as empresas governamentais
explorarem atividade econômica em sentido estrito, não se aplicando, por isso mesmo, a disciplina
prevista no art. 173, § 1º, da Constituição, às empresas públicas (caso da INFRAERO), às sociedades
de economia mista e às suas subsidiárias que se qualifiquem como delegatárias de serviços públicos.
STF. 2ª T., RE 363412 AgR, Min. Rel. Celso de Mello, j. 07/08/07.
(TRF2-2009-CESPE): Considerando que a União pretenda criar uma empresa pública subsidiária da

533
INFRAERO para exercer serviços de infraestrutura aeroportuária, assinale a opção correta acerca dessa
situação e da organização da administração pública: De acordo com o entendimento do STF, os serviços
prestados pela INFRAERO, no exercício da sua atividade-fim, são imunes ao imposto sobre serviços. BL:
art. 150, VI, “a”, CF e Entend. Juisprud.

##Atenção: ##STF: ##PCPB-2009: ##PCRN-2009: ##PGEGO-2013: ##PGEAC-2014: ##PGEBA-2014:


##DPEPA-2015: ##TRF3-2016: ##PGEMS-2016: ##PGEMA-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##TRF2-
2014/2017: ##DPESP-2009/2019: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##Fundatec: Empresas públicas e
sociedades de economista mista (ECT, Infraero, GHC): prestadoras de serviço público típico em regime
de monopólio ou em caráter gratuito, sem concorrência com o setor privado, gozam da imunidade em
apreço: “As características determinantes para afastamento da proteção constitucional são (a) o intuito
lucrativo da operação (distribuição de lucros, ainda que ao Estado) e (b) a lesão à livre iniciativa e à
concorrência, desequilibradas artificialmente pelo benefício” (STF, ACO 2179 TA/DF).

##Atenção: ##STF: ##TRF2-2018: Casa da Moeda do Brasil (CMB) – empresa governamental


delegatária de serviços públicos – emissão de papel moeda, cunhagem de moeda metálica, fabricação
de fichas telefônicas e impressão de selos postais – regime constitucional de monopólio (cf, art. 21,
VII) – outorga de delegação à CMB, mediante lei, que não descaracteriza a estatalidade do serviço
público, notadamente quando constitucionalmente monopolizado pela pessoa política (a União
Federal, no caso) que é dele titular – a delegação da execução de serviço público, mediante outorga
legal, não implica alteração do regime jurídico de direito público, inclusive o de direito tributário, que
incide sobre referida atividade – consequente extensão, a essa empresa pública, em matéria de
impostos, da proteção constitucional fundada na garantia da imunidade tributária recíproca (cf, art.
150, VI “a”) – o alto significado político-jurídico dessa prerrogativa constitucional, que traduz uma
das projeções concretizadoras do princípio da federação – imunidade tributária da casa da moeda do
brasil, em face do ISS, quanto às atividades executadas no desempenho do encargo que, a ela
outorgado mediante delegação, foi deferido, constitucionalmente, à União Federal – doutrina (Regina
Helena Costa, “inter alios”) – Precedentes. STF. 2ª T., RE 610517 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j.
03/06/14.

##Atenção: ##STF: ##MPRO-2010: ##TJMA-2013: ##PF-2018: ##TCDF-2021: ##CESPE: A imunidade


tributária, inclusive a recíproca, restringe-se aos impostos, não abrangendo as contribuições. STF. 1ª T.,
RE 450314 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 25/09/12. (...) É da jurisprudência do STF que o princípio da
imunidade tributária recíproca (CF, art. 150, VI, a) - ainda que se discuta a sua aplicabilidade a outros
tributos, que não os impostos - não pode ser invocado na hipótese de contribuições previdenciárias.
STF. Plenário. ADI 2024, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, j. 03/05/07. Portanto, a vedação
à tributação recíproca está adstrita apenas aos impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, de modo
que não abrange as contribuições.
(TJMA-2013-CESPE): O princípio da imunidade tributária recíproca não pode, à luz do posicionamento
firmado pelo STF, ser invocado na hipótese de contribuições previdenciárias. BL: art. 150 VI, “a”, CF e
Entend. Jurisprud.
(MPRO-2010-CESPE): Assinale a opção correta com relação aos preceitos constitucionais e à jurisprudência
referentes a tributação e orçamento: A imunidade tributária conferida aos entes da Federação diz respeito
aos impostos, não alcançando as contribuições. BL: art. 150 VI, “a”, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 115: ##AGU-2012: ##DPEDF-2013: ##MPT-2013: ##TRF4-


2012/2014/2018: ##DPESP-2019: ##CESPE: ##FCC: A saúde é direito fundamental de todos e dever
do Estado (arts. 6º e 196 da CF). Dever que é cumprido por meio de ações e serviços que, em face de
sua prestação pelo Estado mesmo, se definem como de natureza pública (art. 197 da Lei das leis). A
prestação de ações e serviços de saúde por sociedades de economia mista corresponde à própria
atuação do Estado, desde que a empresa estatal não tenha por finalidade a obtenção de lucro. As
sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo capital social seja
majoritariamente estatal, gozam da imunidade tributária prevista na alínea “a” do inciso VI do art. 150
da CF. STF. Plenário. RE 580264, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Rel. p/ Ac. Ayres Britto, j. 16/12/10.124
(TRF2-2018): À luz da jurisprudência atual do STF sobre a extensão do reconhecimento da imunidade
tributária recíproca às empresas estatais, assinale a alternativa correta: empresa estatal que presta serviços
de saúde exclusivamente pelo SUS, não tendo por finalidade a obtenção de lucro, goza da imunidade

124
##Atenção: Não foi fixada tese de repercussão geral, visto que a decisão de mérito do RE 580.264 vale apenas
para o caso concreto, em razão de suas peculiaridades. Obs: Redação da tese aprovada nos termos do item 2 da
Ata da 12ª Sessão Administrativa do STF, realizada em 09/12/15. Tema 115: Aplicação da imunidade tributária
recíproca às sociedades de economia mista que prestam serviços de saúde exclusivamente pelo SUS.
534
tributária recíproca. BL: art. 150 VI, “a”, CF e Entend. Jurisprud.
(TRF4-2014): Considerando a jurisprudência do STF, assinale a alternativa correta: A prestação de ações e
serviços de saúde por sociedades de economia mista corresponde à própria atuação do Estado, razão pela
qual a elas se estende a imunidade tributária prevista na alínea a do inciso VI do art. 150 da Constituição
Federal, desde que a empresa estatal não tenha por finalidade a obtenção de lucro e o capital social seja
majoritariamente estatal. BL: art. 150 VI, “a”, CF e Entend. Jurisprud.
(MPT-2013): Em relação à Ordem Social, considerando-se o texto constitucional e a jurisprudência do STF,
considere a seguinte proposição: A prestação de ações e serviços de saúde por sociedades de economia
mista corresponde à própria atuação do Estado, desde que a empresa estatal não tenha por finalidade a
obtenção de lucro. BL: art. 150 VI, “a”, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF3-2016: IOF. Lei 8.088/90. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. MUNICÍPIO.


CF/88, art. 150, VI, "a". IOF: não incidência sobre os ativos financeiros dos Municípios, tendo em vista
a imunidade tributária destes (CF/88, art. 150, VI, "a"). STF. 2ª T., RE 192888, Min. Rel. Carlos Velloso, j.
11/06/96.

##Atenção: ##STF: ##TJMS-2008: ##TJSP-2009: ##PGERS-2010/2011: ##TRF5-2013: ##PGEGO-2013:


##TRT16-2015: ##PGEAM-2016: ##PGEPE-2018: ##DPESP-2006/2019: ##PGM-Campo Grande/MS-
2019: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##Fundatec: ##VUNESP: “[...] o princípio da imunidade tributária
recíproca (que veda a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a instituição de
impostos sobre o patrimônio, rendas ou serviços uns dos outros) e que é garantia da Federação (art. 60,
par. 4., inciso I,e art. 150, VI, "a", da C.F.); [...]” STF. Plenário. ADI 939, Rel. Min. Sydney Sanches, j.
15/12/93. (...) A imunidade tributária recíproca é uma decorrência pronta e imediata do postulado da
isonomia dos entes constitucionais, sustentado pela estrutura federativa do Estado brasileiro e pela
autonomia dos Municípios. STF. Ag nº 174808-8 (AgRg) Rel.: Min. Maurício Corrêa. Data: 26/06/1996
(Info 36).
(TRF5-2013-CESPE): Ainda com base na CF, nas normas gerais de direito tributário e na jurisprudência do
STF sobre essa matéria, assinale a opção correta: A imunidade tributária recíproca é princípio garantidor da
Federação, motivo pelo qual não pode ser restringida nem mesmo por emenda constitucional. BL: art. 150,
VI, “a”, CF e Entend. Jurisprud.
(TJSP-2009-VUNESP): A imunidade tributária recíproca, sob o prisma teleológico, assegura, confirma e
preserva o regime constitucional federativo. BL: art. 1º, § único c/c art. 150, VI, “a”, CF.
##Atenção: ##TJMS-2008: ##FGV: A imunidade tributária recíproca consiste na vedação constitucional de
se instituir imposto sobre o patrimônio, renda ou serviços dos entes federativos entre si. Nesse sentido, ela
assegura, confirma e preserva o regime constitucional federativo. Em outras palavras, a garantia
constitucional da imunidade recíproca entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios é corolário do
princípio federativo.

##Atenção: ##DPEGO-2014: Vetor axiológico da alínea “a”: Pacto Federativo, Federalismo de


Equilíbrio, Federalismo de Cooperação.

(TCEMG-2018): A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios poderão instituir taxas, em


contraprestação à prestação de serviços públicos, uns dos outros.

##Atenção: ##MPAC-2014: ##PGEBA-2014: ##PGERS-2011/2015: ##Cartórios/TJRS-2013/2015:


##DPU-2015: ##PGEMS-2016: ##TRF2-2017: ##PGM-BH/MG-2017: ##DPEAP-2018:
##Cartórios/TJMG-2018: ##PF-2018: ##MPCE-2020: ##TCDF-2021: ##CESPE: ##Consulplan:
##Faurgs: ##FCC: ##Fundatec: Pela CF/88, a imunidade recíproca veda a cobrança de IMPOSTOS um
dos outros, e não de taxa, o que é completamente admissível. Em outras palavras, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas para contraprestação dos serviços prestados uns
aos outros.

(PGESE-2017-CESPE): Considerando-se as limitações ao poder de tributar previstas no texto


constitucional, é juridicamente admissível que um ente público estadual institua a cobrança de taxa
referente a um serviço prestado à União. BL: art. 150, VI, “a”, CF/88.

(TJPR-2009): A imunidade recíproca veda a instituição do imposto sobre propriedade predial e territorial
urbana sobre imóvel de propriedade da União. BL: art. 150, VI, “a”, CF. (trib.) (TJAL-2008)

b) templos de qualquer culto; [imunidade religiosa] (DPECE-2008) (PGEPI-2008) (PCRN-2009)


(MPSE-2010) (PGEPA-2011) (TJPA-2012) (TJMG-2012) (DPESC-2012) (TJPE-2013) (DPESP-2013) (TRF1-

535
2013) (Cartórios/TJPE-2013) (TJDFT-2014) (DPEGO-2014) (TRF2-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-
Recife/PE-2014) (DPEPA-2015) (PGEPR-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TRF4-2009/2012/2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (PGEMT-2016) (TJSP-2017) (MPMG-2018) (PCGO-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJPR-
2021) (TJAP-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: Imóveis locados, lotes vagos e prédios comerciais: também são imunes desde que existente
vínculo com as finalidades essenciais (art. 150, § 4º, CF) (*);

##Atenção: Art. 150, § 4º, CF. As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.

##Atenção: ##DPEGO-2014: Vetor axiológico da alínea “b”: Liberdade de Crença no Brasil, Liberdade
de Culto (art. 5º, VI a VIII, CF).

##Atenção: ##DPEGO-2014: ##TRF2-2014: ##PCGO-2018: ##UEG: São imunes de impostos os


templos religiosos, assim entendidos os prédios dedicados ao culto de religião, devendo tal
imunidade ser interpretada de forma ampliativa, uma vez que o Estado brasileiro é laico. Desse modo,
restrições ao alcance da imunidade dos templos de qualquer culto são admitidas apenas em casos
excepcionais. Nesse sentido, ensina Leandro Paulsen: “A expressão ‘templos de qualquer culto’ deve ser
interpretada de maneira ampla, abarcando toda e qualquer forma de expressão da religiosidade, ainda
que não diga respeito às religiões que tradicionalmente predominam em nossa sociedade. O único limite
seria o respeito à dignidade da pessoa humana, razão pela qual não se deve admitir religiões que
descambam para o absurdo, com inspirações para dominação, exclusão social ou sacrifício dos fiéis. ”
(PAULSEN, Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da
jurisprudência. 12ª Ed., Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010, pg. 229).

##Atenção: ##STF: ##TJPR-2021: ##TJAP-2022: ##FGV: ICMS - SERVIÇOS PÚBLICOS ESTADUAIS


PRÓPRIOS, DELEGADOS, TERCEIRIZADOS OU PRIVATIZADOS DE ÁGUA, LUZ, TELEFONE E
GÁS - IGREJAS E TEMPLOS DE QUALQUER CRENÇA - CONTAS - AFASTAMENTO - "GUERRA
FISCAL" - AUSÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO. Longe fica de exigir consenso dos Estados a outorga de
benefício a igrejas e templos de qualquer crença para excluir o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços nas contas de serviços públicos de água, luz, telefone e gás. STF. Plenário. ADI
3421, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 05/05/10. (...) A imunidade de templos não afasta a incidência de
tributos sobre operações em que as entidades imunes figurem como contribuintes de fato.
Precedentes. 2. A norma estadual, ao pretender ampliar o alcance da imunidade prevista na
Constituição, veiculou benefício fiscal em matéria de ICMS, providência que, embora não viole o art.
155, § 2º, XII, “g”, da CF – à luz do precedente da CORTE que afastou a caracterização de guerra fiscal
nessa hipótese (ADI 3421, Rel. Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, j. 5/5/10) –, exige a apresentação
da estimativa de impacto orçamentário e financeiro no curso do processo legislativo para a sua
aprovação. 3. A Emenda Constitucional 95/16, por meio da nova redação do art. 113 do ADCT,
estabeleceu requisito adicional para a validade formal de leis que criem despesa ou concedam
benefícios fiscais, requisitos esse que, por expressar medida indispensável para o equilíbrio da
atividade financeira do Estado, dirige-se a todos os níveis federativos. STF. Plenário. ADI 5816, Rel.
Min. Alexandre de Moraes, j. 05/11/19.
##Comentários sobre o julgado acima: Da leitura o voto do min. Marco Aurélio na ADI 3421-PR, pode-se
extrair as seguintes lições: i) A imunidade tributária prevista no inciso VI, parágrafo 4º, do artigo 150, CF
refere-se ao patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais dos cultos religiosos,
nos quais essas entidades figuram como contribuintes de direito.; ii) O ICMS incidente sobre circulação de
mercadorias e serviços públicos como fornecimento de água, luz e outros impostos contidos nos preços
públicos têm as entidades religiosas como contribuintes de fato (entende-se que os contribuintes de direito
são as concessionárias de serviços públicos).
##Questão de concurso:
(TJPR-2021-FGV): Lei ordinária do Estado X, acompanhada de estimativa de impacto orçamentário e
financeiro, proibiu a cobrança de ICMS nas contas de energia elétrica fornecida a templos de qualquer culto,
desde que o imóvel esteja comprovadamente na propriedade ou posse da entidade religiosa e seja usado
para a prática religiosa. Diante desse cenário e à luz do entendimento do STF, é correto afirmar que: a
concessão de tal benefício não enseja guerra fiscal nem indevida competição entre os Estados. BL: Entend.
Jurisprud.
##Atenção: Destarte, segundo entendimento pretoriano do STF, considerando que houve a apresentação da
estimativa de impacto orçamentário e financeiro no curso do processo legislativo para a aprovação da Lei
ordinária do Estado X, não há falar em guerra fiscal e muito menos em competição indevida entre estados

536
da federação.

##Atenção: ##STF: ##PCRN-2009: ##MPES-2013: ##TRF2-2014: ##TJSP-2017: ##PCGO-2018:


##CESPE: ##UEG: ##VUNESP: Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho
religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil.
Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. A imunidade aos tributos de que gozam os
templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da
Constituição é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, "b". Portanto, os cemitérios são
extensões de entidades de cunho religioso, sendo aplicável tal imunidade. STF. Plenário. RE 578562,
Rel. Min. Eros Grau, j. 21/05/08.

##Atenção: ##MPES-2013: ##DPEPA-2015: ##TJSP-2017: ##FMP: ##VUNESP: -A imunidade


tributária conferida pelo art. 150, VI, b, é restrita aos templos de qualquer culto religioso, não se
aplicando à maçonaria, em cujas lojas não se professa qualquer religião. Portanto, o templo maçônico
não é imune. STF. 1ª T., RE 562351/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 04/09/12.

(TJPE-2013-FCC): A imunidade sobre o templo de qualquer culto apenas alcança os impostos, sendo
devidas, portanto, as taxas e contribuição de melhoria incidentes sobre o imóvel destinado ao templo.
BL: art. 150, VI, “b”, CF/88. (trib.)

##Atenção: Eduardo Sabbag explica que “Não é demasiado relembrar que a imunidade para os templos de
qualquer culto trata da desoneração de impostos que possam recair sobre a propriedade daqueles bens imóveis.
Nessa medida, não estão exonerados os demais tributos, diversos dos impostos, que terão a normal incidência, pois,
uma vez que o texto constitucional fala em ‘impostos’, relaciona-se ao fato de tal imunidade (...) não se aplicar ‘às
taxas, contribuições de melhoria, às contribuições sociais ou parafiscais e aos empréstimos
compulsórios’”. (Manual de Direito Tributário. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 322)

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, INCLUSIVE suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
ATENDIDOS os requisitos da lei; [imunidades de partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e
instituições de educação e assistência social] (TJTO-2007) (PGEPI-2008) (TJMG-2009) (PCDF-2009) (PCRN-
2009) (PGEPA-2011) (DPESP-2009/2012) (TJMS-2012) (DPESC-2012) (TJPE-2013) (TJSC-2013) (MPES-2013)
(AGU-2013) (TJPR-2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (DPEGO-2014) (PGEAC-2014) (PGEBA-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPT-2009/2015) (PGERS-2011/2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEMT-
2011/2016) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (TJDFT-2014/2016) (DPEMT-2016) (PGEMS-2016) (PGEMT-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (TRF5-2011/2017) (TRF2-2014/2017) (MPMG-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (PGESC-
2018) (TJPA-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPPE-2022)

Súmula Vinculante 52-STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c” da Constituição Federal, desde que o valor
dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas (antiga Súmula 724 do
STF). Atenção: É aplicável a referida súmula também para a alínea “b”.

##Atenção: ##STF: ##DOD: Somente as entidades fechadas de previdência social privada nas quais
não há contribuição dos beneficiários gozam de imunidade tributária (Súmula 730 do STF). STF. 1ª
Turma. RE 163164 AgR/SP, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, j. 12/6/12.

##Atenção: “fundos de pensão” (COMSHELL): caráter não contributivo (art. 203 da CF): imunidade. É
um regime de assistência social, diferente do regime previdenciário, que cobra a contribuição de seus
beneficiários. Nesse sentido, é o que consta da Súmula 730 do STF: “A imunidade tributária conferida a
instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente
alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos
beneficiários.”

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF5-2017: ##PGESC-2018: ##CESPE: O art. 150, VI, c, da CF é norma
autoaplicável, embora de eficácia contida. Antes do advento da Lei Complementar 104/01, as entidades
sindicais de trabalhadores não se sujeitavam à observância dos requisitos do art. 14 do CTN para o
gozo da imunidade constitucionalmente prevista, por ausência de previsão legal. STF. 2ª T., RE 386474
AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 10/06/14.
(TRF5-2017-CESPE): A CF/88 veda a instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços
relacionados às finalidades essenciais dos partidos políticos, dos sindicatos e das instituições de educação e

537
de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. De acordo com a classificação
tradicional da eficácia das normas constitucionais, tal norma é de aplicabilidade imediata, embora de
eficácia contida. BL: art. 150, VI, “c”, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2011: ##TRF2-2014: ##CESPE: A jurisprudência do STF é no sentido de que


a imunidade tributária do art. 150, VI, c, da CF/88, estende-se às entidades assistenciais relativamente
ao IOF . STF. 2ª T., RE 228525 AgR, Min. Rel. Carlos Velloso, j. 25/02/03. (...)

##Atenção: Consoante dispõe a parte final do art. 150, VI, “c” para a concessão de imunidade às
entidades educacionais e assistenciais sem fins lucrativos encontra-se previsto no art. 14 do CTN, que
assim dispõe: “Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º [obs.: equivalente à alínea “c” do art.
150, inciso VI da CF] é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I – não
distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº
104, de 2001) II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes
de assegurar sua exatidão. § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a
autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. § 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso
IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que
trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.”

##Atenção: Vetores axiológicos da alínea “c”: Há três vetores:


“(...) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações (...)” = Vetor:
Pluralismo Político.
“(...) das entidades sindicais dos trabalhadores, (...)” = Vetor: Direitos Sociais.
“(...) das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;” = Vetores: Proteção Constitucional da Educação e artigos 203 e 204 da CF.

(DPERO-2017-VUNESP): Estado da Federação aprovou lei autorizando a cobrança de contribuição


para custeio do serviço de iluminação pública, com publicação em 31 de dezembro de 2016. Com base
nessa lei, instituição de assistência social sem fins lucrativos recebeu notificação de lançamento realizado
em 1º de janeiro de 2017, referente ao exercício anterior. As instituições de assistência social não são
imunes à cobrança de contribuição para custeio do serviço de iluminação pública. BL: art. 150, VI, “c” da
CF/88.

##Atenção: O principal dispositivo que trata sobre imunidades em nossa CF/88 é o art. 150, inciso VI;
este deixa claro que as imunidades ali abrangentes são em relação a IMPOSTOS. Sabemos que imposto
é uma espécie do gênero tributo, ao lado das contribuições e taxas (aqui adotando superficialmente a
teoria tripartida que é a que obedece à literalidade da CF). Sendo assim, tratando o enunciado da
instituição de CONTRIBUIÇÃO para custeio do serviço de iluminação pública, a instituição em questão
não estaria abrangida por qualquer imunidade, ante a falta de previsão constitucional nesse sentido.
Ademais, por tratar-se de contribuição, mais especificamente aquela prevista no art. 149-A da CF
(COSIP), deverá obedecer regularmente aos princípios da anterioridade e também da noventena, tendo
em vista que tal tributo não é tratado pela CF como exceção a essas regras.

(MPRR-2017-CESPE): A imunidade tributária assegurada às instituições de educação sem fins lucrativos


garante imunidade apenas para os impostos, não vedando a instituição de outras modalidades de
tributos. BL: art. 150, VI, “c”, CF/88.

(Cartórios/TJRS-2015-faurgs): As entidades educacionais imunes não têm de comprovar, no momento


da aquisição de terreno, que destinarão o imóvel para a promoção das suas finalidades essenciais, a fim
de que seja dispensada a cobrança do ITBI.

(TJCE-2012-CESPE): Está abrangida pela imunidade estabelecida na CF eventual renda que, obtida por
instituição de assistência social mediante cobrança de estacionamento de veículos em área interna da
entidade, destine-se ao custeio das atividades desta. BL: STF, 1ª Turma, RE 144900, j. 22/04/97. (trib.)

(TJES-2011-CESPE): A obtenção do registro no TSE é condição para a fruição da imunidade pelos


partidos políticos. (trib.)

(TJRJ-2011-VUNESP): A instituição de assistência social “Criança Feliz” não paga IPTU porque não tem
fins lucrativos e, atendendo aos requisitos da lei, está abrangida pela imunidade. BL: art. 150, VI, “c” e

538
§4º da CF/88 e art. 14 do CTN. (trib.)

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão [imunidade cultural]. (DPESP-
2009) (TRF4-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (TRF1-2009/2011) (PGEPA-2011) (DPESC-2012) (TJPE-2013)
(DPEPA-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (TJDFT-2016) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMT-2016)
(PGESE-2017) (MPMG-2018) (PGESC-2018) (Cartórios/TJMG-2018/2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPCE-
2009/2020) (TJSP-2017/2021) (PF-2021) (TJMA-2022) (MPPE-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

Súmula Vinculante 57: A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se à importação e
comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (e-book) e dos suportes exclusivamente utilizados
para fixá-los, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que possuam funcionalidades acessórias.
Súmula 657-STF: A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos
necessários à publicação de jornais e periódicos.

##Atenção: ##STF: ##PGEPA-2011: ##DPEPA-2015: ##FMP: Conteúdo: informações genéricas de


utilidade pública; álbum de figurinhas (STF, RE 221.239); manuais técnicos; periódicos fesceninos
(revista pornográfica).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJSP-2021: ##VUNESP: O maquinário para impressão de livros não
goza de imunidade tributária: A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da CF, não abarca o
maquinário utilizado no processo de produção de livros, jornais e periódicos. A imunidade tributária
visa à garantia e efetivação da livre manifestação do pensamento, da cultura e da produção cultural,
científica e artística. Assim, é extensível a qualquer material assimilável a papel utilizado no processo
de impressão e à própria tinta especial para jornal, mas não é aplicável aos equipamentos do parque
gráfico, que não são assimiláveis ao papel de impressão, por não guardarem relação direta com a
finalidade constitucional do art. 150, VI, “d” da CF. STF. 1ª T. ARE 1100204/SP, rel. orig. Min. Marco
Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 29/5/18 (Info 904).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPPR-2017: ##Cartórios/TJMG-2018/2019: ##Cartórios/TJPR-2019:


##TJSP-2017/2021: ##PF-2021: ##TJMA-2022: ##CESPE: ##Consulplan: ##UFPR: ##VUNESP: Os
livros eletrônicos gozam de imunidade tributária. Desse modo, a imunidade tributária constante do
art. 150, VI, “d”, da CF/88, aplica-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes
exclusivamente utilizados para fixá-lo. STF. Plenário. RE 330817/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 8/3/17
(repercussão geral) (Info 856).
(TJSP-2017-VUNESP): Considerando-se o disposto no artigo 150, VI, “d” da CF/88, notadamente a
expressão “...e o papel destinado à sua impressão”, é de se concluir corretamente que a imunidade deve ser
estendida também aos livros com suportes em CD e outros meios eletrônicos, em face das interpretações
evolutiva e teleológica. BL: Info 856 do STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: Os componentes eletrônicos que fazem parte de curso em fascículos de
montagem de placas gozam de imunidade tributária. Em outras palavras, a imunidade da alínea “d”
do inciso VI do art. 150 da CF/88 alcança componentes eletrônicos destinados, exclusivamente, a
integrar unidade didática com fascículos. STF. Plenário. RE 595676/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, j.
8/3/17 (repercussão geral) (Info 856).

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009: ##MPRO-2010: ##CESPE: O STF entende que o fato de as edições das
listas telefônicas veicularem anúncios e publicidade não afasta o benefício constitucional da
imunidade. A inserção visa a permitir a divulgação das informações necessárias ao serviço público a
custo zero para os assinantes, consubstanciando acessório que segue a sorte do principal. .STF, 2.ª T., RE
199.183/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 17.04.1998.
(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: O STF iterativamente asseverou que a imunidade constitucional
concernente à publicação de periódicos abrange a cobrança de ISS (Imposto sobre Serviços) sobre as listas
telefônicas. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: Imunidade tributária e serviço de impressão gráfica: As prestadoras de serviços de


composição gráfica, que realizam serviços por encomenda de empresas jornalísticas ou editoras de livros,
não estão abrangidas pela imunidade tributária prevista no art. 150, VI, d, da CF. Com base nesta
orientação, a 2ª Turma, em conclusão de julgamento e por maioria, negou provimento a agravo
regimental em recurso extraordinário em que discutida a exigibilidade do ISS relativamente à
confecção/impressão (insumos intangíveis) de jornais para terceiros — v. Informativos 497, 541 e 550. A

539
Turma destacou que a garantia da imunidade estabelecida pela Constituição, em favor dos livros, dos
jornais, dos periódicos e do papel destinado à sua impressão revestir-se-ia de significativa importância
de ordem político-jurídica, destinada a preservar e a assegurar o próprio exercício das liberdades de
manifestação do pensamento e de informação jornalística. Pontuou que a mencionada imunidade
objetivaria preservar direitos fundamentais — como a liberdade de informar e o direito do cidadão de ser
informado —, a evitar situação de submissão tributária das empresas jornalísticas. Frisou que, no ponto,
os serviços de composição gráfica realizados por empresas contratadas para realizar esses trabalhos,
seriam meros prestadores de serviço e, por isso, a eles não se aplicaria a imunidade tributária. Vencido o
Ministro Eros Grau, que dava provimento ao recurso. (STF, RE 434826 AgR/MG, rel. orig. Min. Cezar
Peluso, red. p/ o acórdão Min. Celso de Mello, 19.11.2013). (Informativo 729, 2ª Turma).

(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: É vedado instituir imposto sobre livros, jornais, periódicos e
o papel destinado à sua impressão, mesmo quando a comercialização destes seja realizada por pessoa
jurídica com o objetivo de auferir lucros com a atividade. BL: art. 150, VI, “d”, CF.

##Atenção: ##Cartórios/TJRS-2015: ##TJRS-2016: ##DPEMT-2016: ##Faurgs: Imunidade objetiva ou


real: A denominada imunidade cultural (art. 150, VI, “d”, CF) é puramente objetiva ou real. Com isso,
visa-se a impedir apenas a cobrança dos impostos que incidem diretamente sobre os livros, jornais,
periódicos e sobre o papel destinado à sua impressão, ou seja, pouco importa quem é o proprietário do
livro, quem vende, quem o adquire.

(DPEGO-2014-UFG): As imunidades tributárias são consectárias de direitos fundamentais que o


constituinte pretendeu prestigiar. A esse respeito, a Constituição Federal prevê que a imunidade dos
livros, jornais, periódicos e do papel destinado à sua impressão é decorrente do direito fundamental à
livre manifestação de ideias e pensamentos. BL: art. 150, VI, “d”, CF.

##Atenção: Vetor axiológico da alínea “d”: Liberdade de Expressão; Difusão do conhecimento, da


cultura, de pensamento formalmente considerado; utilidade social do bem.

(MPSC-2013): Não incide ICMS - (Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação), imposto de
competência dos Estados e do Distrito Federal, quanto a operações com livros, jornais e periódicos,
inclusive sobre o papel destinado exclusivamente à impressão de tais produtos. BL: art. 150, VI, “d” da
CF e Súmula 657 do STF.

(DPESP-2012-FCC): Dentre as hipóteses constitucionais de vedação à União, aos Estados, ao Distrito


Federal e aos Municípios para instituir impostos é autoaplicável a imunidade sobre livros, jornais,
periódicos e o papel destinado a sua impressão. BL: art. 150, VI, “d”, CF.

e) FONOGRAMAS e VIDEOFONOGRAMAS MUSICAIS produzidos no Brasil CONTENDO


obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas
brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, SALVO NA ETAPA
DE REPLICAÇÃO INDUSTRIAL de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 75, de 15.10.2013) [Obs.: imunidade musical] (TJCE-2014) (DPEPR-2014) (TRF2-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (TJMS-2015) (TJRR-2015) (DPEPA-2015) (MPT-2015) (PGM-São Luís/MA-2016)
(MPRS-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (TJGO-2021) (MPPE-2014/2022)

##Atenção: Quadro-resumo (Fonte: site qconcursos):


LOCAL AUTOR OBRA
Produzido no Brasil (requisito obrigatório) Autor brasileiro Brasileira = IMUNIDADE
Produzido no Brasil (requisito obrigatório) Autor estrangeiro Brasileira = IMUNIDADE
Produzido no Brasil (requisito obrigatório) Autor brasileiro Estrangeira = IMUNIDADE
Produzido no Brasil (requisito obrigatório) Autor estrangeiro Estrangeira = NÃO TÊM
IMUNIDADE

##Atenção: Necessidade da presença dos elementos de conexão nacional.

##Atenção: Detém aplicabilidade imediata (é norma constitucional de eficácia jurídica plena); não se
sujeita à anterioridade tributária;

540
##Atenção: Não-incidência sobre bens/operações até a fase de replicação – ICMS, ISS, IPI;

##Atenção: ##DPEGO-2014: Vetor axiológico da alínea “a”: cultura, educação, etc.

(TJGO-2021-FCC): O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações


de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) é da competência dos
Estados e do Distrito Federal. De acordo com a Constituição Federal, esse imposto NÃO incidirá sobre os
suportes materiais que contenham videofonogramas musicais produzidos no Brasil, com obras de
autores nacionais ou estrangeiros e interpretadas por artistas brasileiros. BL: art. 150, VI, “e”, CF. (trib.)

(MPRS-2017): Considerando o regramento constitucional sobre limitações do poder de tributar, é correto


afirmar que é vedado: à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre
fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como
os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de
mídias ópticas de leitura a laser. BL: art. 150, VI, “e”, CF. (trib.)

(TJCE-2014-FCC): Raquel, violonista, Flávia, flautista e Beatriz, pianista, também são cantoras de música
popular brasileira. Essas três artistas brasileiras decidiram, em novembro de 2013, gravar um DVD com
canções, cujas letras e melodias são de autores brasileiros. Decidiram produzir o DVD no Estado do
Ceará, porque, além de ser mais barato do que produzi-lo em outro Estado, ou até mesmo no exterior,
foram informadas de que o DVD já estaria nas lojas a tempo para as vendas de Natal. A criação desse
DVD está sujeita ao Imposto sobre Produtos Industrializados, na fase de multiplicação industrial de seus
suportes materiais gravados. BL: art. 150, VI, “e”, parte final, CF. (trib.)

§ 1º A VEDAÇÃO DO INCISO III, b [obs.: Anterioridade de Exercício], NÃO SE APLICA aos


tributos previstos nos arts. 148, I, [Emp. Compuls. dec. calam. púb, guerra ext. ou a sua iminência], 153, I
[II], II [IE], IV [IPI] e V [IOF]; e 154, II [impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra
externa]; e a VEDAÇÃO DO INCISO III, c, [obs.: Anterioridade Nonagesimal] NÃO SE APLICA aos
tributos previstos nos arts. 148, I [Emp. Compuls. dec. calam. púb, guerra ext. ou a sua iminência], 153, I
[II], II [IE], III [IR] e V [IOF]; e 154, II [impostos extraordinários, na iminência ou no caso de guerra
externa], NEM à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III [IPVA], e 156, I
[IPTU]. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJRR-2008) (PGEPB-2008) (TJRS-2009)
(DPEPA-2009) (DPEMG-2009) (PGEAL-2009) (DPU-2010) (TJES-2011) (TJPB-2011) (TJPE-2011) (PGEPR-
2011) (MPAP-2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (TRF5-2009/2011/2013) (TRF2-2011/2013) (MPF-2011/2012/2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (PGEAC-2012/2014) (TJDFT-2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014) (TRF1-
2009/2015) (PGERS-2010/2011/2015) (AGU-2015) (PGEMT-2011/2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-
2012/2016/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2017) (MPRO-2017) (PCGO-2017) (TRF3-2011/2016/2018) (TJSP-
2018) (MPPB-2018) (DPEAP-2018) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018)
(TJPA-2012/2014/2019) (TJBA-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (TJMS-
2020) (MPCE-2020) (MPDFT-2009/2013/2021) (TJPR-2019/2021) (MPMG-2021) (PF-2021)

##Atenção: Exceções à Anterioridade:


 II, IE, IPI e IOF;
 Imposto Extraordinário de Guerra;
 Empréstimo Compulsório: i) guerra ou; ii) calamidade;
 Contribuições para Financiamento da Seguridade Social (art. 195, §6º);
 ICMS monofásico sobre Combustíveis (Exceção parcial, ver CF/88, art. 155, §4º, inc. IV);
 CIDE-Combustíveis (Exceção parcial, ver CF/88, art. 177, §4º, inciso I, “b”).

##Atenção: Exceções à Noventena:


 II, IE, IOF;
 Imposto Extraordinário de Guerra;
 Empréstimo Compulsório: i) guerra ou; ii) calamidade;
 Imposto de Renda;
 Base de Cálculo do IPTU;
 Base de Cálculo do IPVA;

##Atenção: ##DICA:
Não respeita nada (Nem a anterioridade nem a noventena) (bagunceiro)

541
1- II
2- IE
3- IOF
4- Guerra e calamidade: Empréstimo Compulsório e Imposto extraordinário

Não respeita anterioridade, mas respeita 90 dias (noventena) (respeita o filho – noventena - mas não
respeita a mãe - anterioridade)
1- ICMS combustíveis
2- CIDE combustíveis
3- IPI
4- Contribuição Social
5- investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional: Empréstimo Compulsório.

Não respeita noventena, mas respeita a anterioridade (respeita a mãe - anterioridade - mas não
respeita o filho - noventena)
1- IR
2- IPVA base de calculo
3- IPTU base de calculo

(TJPR-2021-FGV): Decreto do Governador do Estado X de 30/12/2020 majorou o valor a ser pago de


IPVA por meio da incorporação de índices oficiais de atualização monetária à base de cálculo do
imposto. O Decreto também determinou que produziria efeitos a partir de 01/01/2021. Diante desse
cenário e à luz do entendimento do STJ, tal Decreto: não viola o princípio da legalidade tributária nem o
da anterioridade tributária. BL: art. 97, §2º, CTN e Súmula 160, STJ e art. 150, §1º, CF.

##Atenção: Com relação ao princípio da legalidade, o art. 97, §2º, do CTN, afirma que “não constitui
majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da
respectiva base de cálculo”. Assim, há permissão que ocorra a recomposição inflacionária por decreto. Há,
inclusive, súmula do STJ que afirma ser proibido ao Município atualizar o IPTU, mediante decreto, em
percentual superior ao índice oficial de correção monetária (STJ, Súmula 160), ou seja, até o valor da
inflação é possível atualizar mediante decreto. Com relação ao princípio da anterioridade, por sua vez,
há permissivo constitucional afastando o princípio da anterioridade nonagesimal da base de cálculo do
IPVA (CF, art. 150, §1º).

(PF-2021-CESPE): Considerando os princípios e as normas do direito tributário, julgue o item que se


segue: Para a instituição de novas taxas, deve-se observar tanto a anterioridade anual quanto a
anterioridade nonagesimal. BL: art. 150, §1º, CF.

##Atenção: A regra da anterioridade anual (ou princípio da anterioridade anual) veda que as entidades
federativas cobrem tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou. A regra da anterioridade nonagesimal (ou princípio da anterioridade
nonagesimal) impede que as entidades federativas cobrem tributos antes de decorrido noventa dias da
data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. A regra geral é a de que ambas as
regras se aplicam cumulativamente. Há algumas exceções constitucionais, mas as taxas não fazem parte
do rol das exceções. Logo, com relação às taxas, deve-se observar tanto a anterioridade anual quanto a
anterioridade nonagesimal.

(MPCE-2020-CESPE): Considerando as limitações constitucionais ao poder de tributar, assinale a opção


correta: A fixação da base de cálculo do IPVA está sujeita à anterioridade anual, mas não à anterioridade
nonagesimal. BL: art. 150, §1º c/c art. 155, III, CF. (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (PGETO-
2018)

(TJRO-2019-VUNESP): A vedação constitucional à cobrança de tributos antes de decorridos noventa


dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou aplica-se, entre outros, aos
seguintes tributos: aos impostos residuais criados pela União, às taxas, às contribuições previdenciárias e
ao imposto sobre circulação de bens e serviços. BL: art. 150, §1º, CF. (DPEAP-2018)

(TJPR-2019-CESPE): A CF/88 prevê exceções ao princípio tributário da anterioridade, como ocorre nos
casos dos impostos sobre importação e sobre exportação. Nesses casos, a exceção é justificada pela
necessidade de ajuste do tributo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. De acordo com
a doutrina majoritária, a referida hipótese de exceção ao princípio tributário da anterioridade é explicada
em razão de os tributos citados terem finalidade extrafiscal. BL: art. 150, §1º, CF.

542
##Atenção: ##TJMS-2020: ##MPDFT-2021: ##FCC: As exceções à anterioridade anual são, em sua
maioria, tributos federais. Na forma do art. 150, §1º da CF/88, são os seguintes: II, IE, IPI, IOF, imposto
de guerra e CIDE-combustível. Entretanto, há mais uma exceção: o ICMS-monofásico (art. 155, §2º, XII,
‘h’), que, de acordo com o art. 155, §4º, IV, ‘c’, da CF, somente está sujeito à anterioridade nonagesimal.
Sendo o ICMS-monofásico um tributo estadual, é incorreto afirmar que apenas tributos federais são
indenes à regra.

(TJBA-2019-CESPE): De acordo com as limitações constitucionais ao poder de tributar, a fixação da base


de cálculo do IPVA se submete à anterioridade anual, sem necessidade de observância da anterioridade
nonagesimal. BL: art. 150, §1º c/c art. 155, III, CF. (trib.) (PGEPB-2008) (PGM-POA/RS-2016)

(MPRO-2017-FMP): É correto afirmar que o Princípio da Anterioridade Nonagesimal previsto no art.


150, III, “c”, da CF/88, não se aplica aos empréstimos compulsórios que sirvam ao atendimento de
despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ao
imposto sobre a importação de produtos estrangeiros; ao imposto sobre a exportação de produtos
nacionais ou nacionalizados; ao imposto sobre a renda e os proventos de qualquer natureza; ao imposto
sobre operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; aos impostos
extraordinários, previstos no art. 154, II, do Texto Constitucional; à fixação da base de cálculo do imposto
sobre a propriedade de veículos automotores e à fixação da base de cálculo do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana. BL: art. 150, §1º, 2ª parte, CF/88. (trib.)

(MPRS-2016): No âmbito do exercício do poder de tributar, é conduta permitida cobrar imposto sobre
produtos industrializados no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou. BL: art. 150, III, “b” e §1º c/c art. 153, IV, CF.

(TRF1-2015-CESPE): Lei federal referente ao imposto de renda publicada em 25/11/14 introduziu


majoração da alíquota do imposto, entretanto não dispôs sobre o início de sua vigência. Nessa situação
hipotética, a nova norma teria eficácia a partir de 1.º/1/15, aplicando-se o princípio da anterioridade
anual e sem se considerar o princípio da anterioridade nonagesimal. BL: art. 150, III, “b” e §1º, CF c/c
art. 104, I, CTN.125

##Atenção: No caso em tela, afirmou-se que lei federal majorou a alíquota do Imposto de Renda, porém
não dispôs sobre o início de sua vigência. Perceba que, em relação à vigência da lei, a questão induziu
para que o candidato adotasse a regra geral, prevista no art. 1º da LINDB, qual seja, o período de vacatio
legis de 45 dias. Ocorre que tal regra da LINDB não se aplica ao caso, uma vez que há norma específica
no CTN (art. 104, I), que dispõe que “entra em vigor no primeiro dia do exercício seguinte”. Logo, a questão
seria respondida apenas com base no art. 104, I do CTN, de modo que o IR entra em vigor no 1º dia do
exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação.

##Atenção: ##Doutrina: ##Complementação questão anterior: A questão indaga a data da EFICÁCIA


da nova norma, o que no campo da legislação tributária (e geral) não se confunde com VALIDADE e
VIGÊNCIA da norma. O art. 104 do CTN fala explicitamente da VIGÊNCIA da norma e não da
EFICÁCIA: “Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os
dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: (...)” A expressão “vigor” é um dos
motivos pelos quais a doutrina diverge acerca da interpretação da ser dada ao dispositivo: 1ª Corrente
(majoritária na doutrina): defendida, entre outros, por Hugo de Brito Machado e Paulo de Barros
Carvalho. Afirma que o termo "vigor" é uma atecnia do legislador, que na verdade queria expressar
"eficácia". Assim, o art. 104 do CTN (que, lembre-se, é de 1966) seria mera repetição do art. 150, III, “b”,
da CF e, logo, inócuo; 2ª Corrente: diz que “o dispositivo traz uma nova garantia, diferente da anterioridade,
desta feita referente à vigência. O fundamento dessa doutrina seria o fato de o caput do art. 150 da Constituição
Federal afirmar expressamente que as garantias ali expressas existem sem prejuízo de outras. Esta segunda tese
não tem sido acatada na jurisprudência (...)” (Ricardo Alexandre. Direito Tributário. 2017, p. 293); 3ª
Corrente: defendida, entre outros, por Ricardo Alexandre, que alega que apenas o inciso III do art. 104 do
CTN foi recepcionado pela CF/88. Logo, os incisos I e II não teriam mais validade. De toda forma, as 3
correntes concordam que a EFICÁCIA da legislação tributária é regulada pelo art. 150, III, da CF, o que
justifica o gabarito dado pela Banca CESPE, já que o Imposto de Renda se submete apenas à
anterioridade de exercício - e não à noventena (art. 150, § 1°, CF). Por fim, vale uma última observação:
caso a questão indagasse a VIGÊNCIA haveria certa margem para questionamento. A LINDB tem, sim,
aplicação no direito tributário se não houver disposição em outro sentido. Todavia, exclusivamente
“referente a impostos sobre o patrimônio ou a renda” o art. 104 do CTN dispõe que a vigência ocorre no
125
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os
dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: I - que instituem ou majoram tais
impostos; (...)
543
“primeiro dia do exercício seguinte”.

(TJPA-2014-VUNESP): A Constituição veda que determinados tributos sejam cobrados no mesmo


exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Trata-se da limitação
constitucional ao poder de tributar conhecida por princípio da anterioridade. Assinale a alternativa da
qual consta um tributo que excepciona tal princípio: Imposto sobre operações de crédito, câmbio e
seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. BL: art. 150, III, “b” e §1º c/c art. 153, V, CF. (trib.)

##Atenção: ##DPEMG-2009: ##MPRS-2012: ##TRF5-2013: ##Cartórios/TJBA-2013: ##TJPA-2014:


##MPPE-2014: ##TRF3-2016/2018: ##Cartórios/TJSP-2018: ##Cartórios/TJPR-2019: ##CESPE:
##UFPR: ##VUNESP: Registre-se que uma elevação da alíquota do IOF pode ser exigida no dia seguinte
à publicação do decreto que promover o referido aumento, nos termos do §1º do art. 150 da CF.
(MPRS-2012): O Imposto sobre Operações Financeiras não está sujeito ao princípio da anterioridade do
exercício financeiro. BL: art. 150, III, “b” e §1º c/c art. 153, V, CF.

(MPF-2012): É correto afirmar quanto ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que: Submete-se
ao princípio da anterioridade mitigada, a nonagesimal. BL: art. 150, III, “b”, §1º c/c art. 153, IV, CF 126
(trib.) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (MPPE-2014) (PGM-POA/RS-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (PGESC-2018)

(MPF-2011): Assinale a alternativa correta: o imposto de renda, de finalidade preponderantemente fiscal,


não se submete ao princípio da noventena. BL: art. 150, III, “b”, §1º c/c art. 153, III, CF. (trib.) (PGEPR-
2011) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJRO-2019)

(TJPE-2011-FCC): A regra da anterioridade, que veda cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou não se aplica aos impostos de importação e
exportação. BL: art. 150, III, “b”, §1º c/c art. 153, incisos I e II, CF (trib.)

(TRF5-2009-CESPE): Suponha que, em 28/12/08, tenha sido publicada uma lei que, destinada a
desestimular o uso de amianto, tenha elevado o IPI incidente sobre certos produtos industriais
originários daquela substância e reduzido o IPI sobre os mesmos produtos quando fabricados com PVC.
Suponha, ainda, que, em 25/1/09, tenha sido publicada a aprovação, pelo Brasil, de um tratado
internacional que isente de IPI os produtos que tenham como insumo o amianto e que as duas normas
citadas traziam cláusula de vigência a iniciar-se na respectiva publicação. Nessa situação, as indústrias
produtoras de caixas-d'água de PVC pagarão IPI reduzido sobre as vendas realizadas em 1.º/1/09. BL:
art. 150, III, “b” e “c” c/c §1º c/c art. 153, III, CF (trib.)

##Atenção: ##TRF3-2011: ##TRF5-2009/2013: ##Cartórios/TJBA-2013: ##PGEGO-2013: ##MPPE-2014:


##PGM-POA/RS-2016: ##CESPE: ##FCC: ##Fundatec: O IPI é uma exceção ao Princípio da
Anterioridade, que pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro da lei que o haja majorado.
Entretanto, o IPI deve observar as regras do Princípio da Noventena, ou seja, deve respeitar o período de
90 dias para que ocorra sua cobrança. No caso em tela, foi narrado que a lei foi publicada em 28/12/08,
na parte que eleva o IPI incidente sobre produtos industriais originários do amianto, somente terá
eficácia após o dia 28/03/09. Porém, essa mesma lei, na parte que reduz o IPI incidente sobre produtos
industriais fabricados com PVC, terá eficácia a partir da data de sua publicação, 28/12/08, tendo em
vista que é mais benéfica ao contribuinte. Todavia, observa-se que posteriormente à referida Lei, houve
a aprovação de um Tratado Internacional, isentando do IPI os produtos fabricado com amianto, e de
acordo com as disposições do CTN, os tratados e convenções internacionais revogam ou modificam a
legislação tributária interna. Dessa forma, a lei que aumentou as alíquotas do IPI, e que produziria
efeitos a partir de 28/03/09, acaba por ter sua eficácia suspensa em função das disposições do Tratado
Internacional que concedem isenções aos mesmos produtos. Em resumo, temos as seguintes conclusões:
i) a Lei de 28/12/08, na parte que majora o IPI sobre produtos com amianto: está revogada pelo Tratado
Internacional; ii) a Lei de 28/12/08, na parte que isenta do IPI sobre produtos com PVC = Entra em
vigor e produz efeitos já na data de sua publicação; e iii) O Tratado Internacional: Entra em vigor e
produz efeitos na data de sua publicação.

(TRF1-2009-CESPE): Assinale a opção correta com relação aos princípios constitucionais da


anterioridade e da legalidade: Atende ao princípio da anterioridade de exercício a publicação, no Diário
Oficial, da lei instituidora de imposto no dia 31/12, sábado, apesar de a sua circulação dar-se apenas na
segunda-feira. BL: art. 150, III da CF e Entend. Jurisprud.

126
(TJMG-2009): Ao IPI não se aplica o princípio da anterioridade. BL: art. 150, II, “b” c/c art. 153, IV da CF.
544
##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009: ##CESPE: Ricardo Alexandre explica que, além da garantia de que
não se cobrar tributo em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado (irretroatividade – art. 150, III, a, CF), o legislador constituinte apenas
impediu a cobrança no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que instituiu ou
aumentou a exação (anterioridade – CF, art. 150, III, b). Ocorre que, na prática, tal garantia mostrou-se
frágil e insuficiente. O costume de “deixar tudo para a última hora” fazia com que, em dezembro, o
Governo resolvesse desesperadamente em busca de aprovar no parlamento diversas inovações
tributárias, já sabendo que, se a aprovação ficasse para janeiro, os respectivos efeitos seriam adiados por
um precioso ano. Basta imaginar que, no dia 31/12/94, um sábado, o Presidente da República à época
editou e fez publicar a Medida Provisória 812/94, limitando a compensação de prejuízos no cálculo do
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (tornando-o mais oneroso). O Diário Oficial daquele dia só
circulou, de fato, na segunda-feira, 02/01/95. O STJ analisou o caso, entendendo o seguinte: “(...) Quando
da publicação da Medida Provisória 812/94, em 31 de dezembro de 1994, ainda estava em curso o período de
apuração do imposto de renda do ano-base de 1994. Pouco importa que o Diário Oficial só tenha circulado no dia 02
de janeiro de 1995, pois, o que determina a vigência da lei, neste caso, é a data de sua publicação. Recurso especial
provido” (STJ, 2ª T., REsp 318.849/SP, Rel. Min. Franciulli Netto, j. 07.03.02). O STF também seguiu o
mesmo entendimento (Info 184), o que denota que se a garantia, por si só, já era frágil, o modo como o
Poder Judiciário a tratava acabava por torná-la um quase inútil ornamento constitucional. (Fonte:
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 14ª ed. 2020, p. 161/162).

(TJRS-2009): As contribuições sociais de seguridade não estão sujeitas à exigência de anterioridade de


exercício. BL: art. 195, §6º, CF e art. 150, §1º da CF. (trib.)

(TJRR-2008-FCC): Diante da majoração da contribuição social sobre o lucro líquido das empresas através
de decreto presidencial, para que tenha eficácia no mesmo exercício financeiro da sua publicação, é
possível afirmar que é inconstitucional, pois depende de lei tal majoração, ainda que tenha eficácia no
mesmo exercício financeiro ao da sua publicação. (trib.)

##Atenção: A majoração da CSLL não se verifica como exceção ao princípio da legalidade, razão pela
qual imprescinde da previsão em lei formal. Ademais, conforme permissivo insculpido no art. 150, §1º da
CF, a referida contribuição, caso majorada, não se submete ao princípio da anterioridade do exercício
financeiro, apenas ao princípio da irretroatividade e da anterioridade nonagesimal, ou noventena.

§ 2º A VEDAÇÃO do inciso VI, "a" [obs.: imunidade recíproca], É EXTENSIVA às autarquias e às


fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços, VINCULADOS a SUAS FINALIDADES ESSENCIAIS ou às DELAS DECORRENTES. (PCPB-
2009) (PCRN-2009) (MPSC-2010) (MPSE-2010) (TJPB-2011) (TJPA-2012) (TJMG-2012) (PGESP-2012) (TRF1-
2009/2011/2013) (TJRN-2013) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGDF-2013) (PGEGO-2013) (TJDFT-2014)
(MPPE-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PGEBA-2014) (PGERN-2014) (MPF-2011/2012/2013/2015)
(MPAM-2015) (DPEPA-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015) (PFN-2015) (PGEMT-
2011/2016) (Cartórios/TJSP-2012/2016) (TJRS-2016) (PGEAM-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-
2016) (Cartórios/TJRJ-2017) (PCMS-2017) (TRF2-2011/2013/2014/2017/2018) (Cartórios/TJMG-2018) (PGESC-
2018) (DPESP-2009/2012/2019) (TJMS-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (DPERS-2022)

##Atenção: ##STJ: ##PFN-2015: ##ESAF: A ECT, empresa pública federal, presta em exclusividade o
serviço postal, que é um serviço público e assim goza de algumas prerrogativas da Fazenda Pública,
como prazos processuais, custas, impenhorabilidade de bens e imunidade recíproca. STJ. 2ª T. AgRg
no REsp 1400238/RN, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 05/05/2015.

##Atenção: ##STF: ##PGEGO-2013: ##PGEBA-2014: ##MPF-2015: ##PGEAM-2016: ##PGEMS-2016:


##TRF2-2018: ##DPESP-2019: ##CESPE: ##FCC: Definem o alcance da imunidade tributária
recíproca sua vocação para servir como salvaguarda do pacto federativo, para evitar pressões políticas
entre entes federados ou para desonerar atividades desprovidas de presunção de riqueza. É aplicável a
imunidade tributária recíproca às autarquias e empresas públicas que prestem inequívoco serviço
público, desde que, entre outros requisitos constitucionais e legais não distribuam lucros ou
resultados direta ou indiretamente a particulares, ou tenham por objetivo principal conceder
acréscimo patrimonial ao poder público (ausência de capacidade contributiva) e não desempenhem
atividade econômica, de modo a conferir vantagem não extensível às empresas privadas (livre
iniciativa e concorrência). 3. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto é imune à tributação por impostos
(art. 150, VI, a e §§ 2º e 3º da Constituição). A cobrança de tarifas, isoladamente considerada, não altera
a conclusão. STF. 2ª T., RE 399307 AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 16/03/10.

545
##Atenção: ##STF: ##PCRN-2009: ##TJMG-2012: ##PGESP-2012: ##MPF-2011/2013: ##TJRN-2013:
##TRF1-2013: ##PGDF-2013: ##PGEGO-2013: ##PGEBA-2014: ##PGERN-2014: ##MPAM-2015:
##TRF3-2015: ##PCDF-2015: ##DPEMT-2016: ##TRF4-2016: ##PGEMS-2016: ##PGM-POA/RS-
2016: ##Cartórios/TJRJ-2017: ##PCMS-2017: ##TRF2-2011/2013/2014/2017/2018: ##PGESC-2018:
##DPESP-2009/2019: ##MPGO-2019: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FCC: ##FEPESE: ##VUNESP:
##FGV: ##FMP: ##Fundatec: O STF entende que a imunidade recíproca também abrange as empresas
públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos de prestação obrigatória e
exclusiva do Estado Um exemplo são os Correios, que são imunes nos termos das autarquias, ou seja, no
que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços. Nesse sentido, vejamos o seguintes julgados do STF:
“As empresas públicas prestadoras de serviço público distinguem-se das que exercem atividade
econômica. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é prestadora de serviço público de prestação
obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida pela imunidade tributária recíproca:
C.F., art. 150, VI, a”. STF. 2ª T., RE 407099 RS, Rel. Min. Carlos Velloso, 22/6/04. (...) “O Tribunal
concedeu medida cautelar em ação cautelar ajuizada pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia -
CAERD para suspender os efeitos de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do referido Estado-membro em
apelação, até julgamento de agravo de instrumento interposto contra decisão que não admitira recurso
extraordinário da empresa no qual pretende seja reconhecido seu direito à imunidade recíproca incidente
sobre o fato gerador do IPTU (CF, art. 150, VI, a). Considerou-se que, no caso, o acórdão objeto do recurso
extraordinário parece afrontar jurisprudência da Corte firmada no julgamento do RE 407099/RS (DJU de
6.8.2004), tendo em conta que a CAERD é sociedade de economia mista prestadora do serviço público
obrigatório de saneamento básico, portanto, abrangida pela aludida imunidade tributária. Além disso,
ressaltou-se ser manifesta a urgência da pretensão cautelar, porquanto, com a execução do acórdão recorrido, a
companhia será obrigada a pagar os débitos tributários em discussão, gerando a inscrição em dívida ativa e as
conseqüências oriundas desse fato”. STF. 2ª T., AC 1550, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 06/02/07. (...) Por fim,
em relação aos Correios, vejamos o teor da Tese 235 de repercussão geral: “ Os serviços prestados pela
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, inclusive aqueles em que a empresa não age em regime de
monopólio, estão abrangidos pela imunidade tributária recíproca (CF, art. 150, VI,a e §§ 2º e 3º). ” STF. Plenário.
RE 601392, Rel. Joaquim Barbosa, Rel. p/ Ac. Gilmar Mendes, j. 28/02/13. Neste último julgado do STF,
perceba que o STF, ao examinar a incidência ou não de IPTU sobre imóveis da ECT, já tinha deixado
claro que, para fins de imunidade tributária, é irrelevante que os Correios exerçam naquele imóvel,
simultaneamente, atividades em regime de exclusividade e em concorrência com a iniciativa privada.
Isso porque o serviço postal possui peculiaridades que justificam esse tratamento diferenciado.
(TRF3-2015): A imunidade recíproca prevista para as pessoas políticas alcança empresas públicas e
sociedades de economia mista delegatárias de serviços públicos que atuam em regime de monopólio. BL:
STF, RE 407.099/RS e AC 1550-2.
(TJMG-2012-VUNESP): Com relação ao entendimento do STF acerca dos serviços postais, assinale a
alternativa correta: O serviço postal é serviço público exclusivo da União, prestado pela Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (ECT) em situação de privilégio.

##Atenção: ##MPMG-2018: Refere José do Santos Carvalho Filho que o art. 150, § 2º, da CF dispõe que o
princípio da imunidade tributária, relativa aos impostos sobre a renda, o patrimônio e os serviços
federais, estaduais e municipais (art. 150, VI, a), é extensivo às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público. Empregando essa expressão, de amplo alcance e sem qualquer restrição, desnecessário se
torna, nesse aspecto, distinguir os dois tipos de fundações públicas. Ambas as modalidades fazem jus à
referida imunidade, não incidindo, pois, impostos sobre a sua renda, o seu patrimônio e os seus serviços.
A despeito da controvérsia existente, a jurisprudência se consolidou no sentido de que há uma
presunção iuris tantum em favor da imunidade das fundações públicas. Resulta, então, que caberá à
Administração tributária comprovar a eventual tredestinação dos bens protegidos pela imunidade,
matéria, obviamente, objeto de prova.

(TJPR-2014): A imunidade recíproca das entidades políticas pode ser estendida às autarquias e às
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. BL: art. 150, §2º, CF/88. (administrativo)

(TJMG-2012-VUNESP): O princípio da imunidade tributária recíproca é extensivo às autarquias e às


fundações instituídas e mantidas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. BL: art. 150, §2º, CF. (trib.)

§ 3º As VEDAÇÕES do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior NÃO SE APLICAM ao patrimônio, à


renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente

546
ao bem imóvel. (TJDFT-2007) (MPSE-2010) (TJPB-2011) (TRF3-2011) (MPPI-2012) (AGU-2012) (TRF1-
2009/2013) (MPF-2012/2013) (MPDFT-2013) (PCDF-2013) (TRF2-2011/2013/2014) (TJPR-2014) (DPEPA-2015)
(Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TJMT-2018) (TJRS-2018)
(DPESP-2009/2019) (TCERJ-2021)

##Atenção: ##STF: ##TCERJ-2021: ##CESPE: TRIBUTÁRIO. ITENS 21 E 21.1. DA LISTA ANEXA À


LEI COMPLEMENTAR 116/2003. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER
NATUREZA - ISSQN SOBRE SERVIÇOS DE REGISTROS PÚBLICOS, CARTORÁRIOS E
NOTARIAIS. CONSTITUCIONALIDADE. Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada contra os
itens 21 e 21.1 da Lista Anexa à Lei Complementar 116/2003, que permitem a tributação dos serviços de
registros públicos, cartorários e notariais pelo Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN.
Alegada violação dos arts. 145, II, 156, III, e 236, caput, da Constituição, porquanto a matriz
constitucional do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza permitiria a incidência do tributo tão-
somente sobre a prestação de serviços de índole privada. Ademais, a tributação da prestação dos
serviços notariais também ofenderia o art. 150, VI, a e §§ 2º e 3º da Constituição, na medida em que
tais serviços públicos são imunes à tributação recíproca pelos entes federados. As pessoas que
exercem atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem
os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição.
O recebimento de remuneração pela prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva.
A imunidade recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de entidades políticas federativas, e
não de particulares que executem, com inequívoco intuito lucrativo, serviços públicos mediante
concessão ou delegação, devidamente remunerados. Não há diferenciação que justifique a tributação
dos serviços públicos concedidos e a não-tributação das atividades delegadas. Ação Direta de
Inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente. STF. Plenário. ADI 3089, Rel. Min. Carlos
Britto, Rel. p/ Ac. Joaquim Barbosa, j. 13/02/08.

(TJPR-2014): A imunidade recíproca das entidades políticas não se aplica ao patrimônio, à renda e aos
serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário. BL: art. 150, §3º, CF/88 (tributário)

(TRF3-2011-CESPE): Considere que, em determinada autarquia estadual cuja finalidade essencial seja a
prestação de serviços à população mediante pagamento de tarifas pelos beneficiários, a prestação dos
serviços não configure exploração de atividade econômica regida pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados. Nesse caso, a autarquia é imune ao pagamento do imposto predial e
territorial urbano. BL: art. 150, §3º, CF/88 (tributário)

§ 4º As VEDAÇÕES EXPRESSAS no inciso VI, alíneas "b" e "c", COMPREENDEM SOMENTE o


patrimônio, a renda e os serviços, RELACIONADOS com as FINALIDADES ESSENCIAIS das entidades
nelas mencionadas. (TJTO-2007) (DPECE-2008) (MPSE-2010) (MPCE-2011) (TJPA-2012) (DPESC-2012)
(TRF4-2012) (PGEMG-2012) (TRF1-2009/2013) (TJSC-2013) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (AGU-2013)
(MPMA-2014) (MPRS-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (PGEPR-2015) (PGM-Curitiba/PR-
2015) (TRF2-2014/2017) (TJPA-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TJPR-2013/2021)

(TJSC-2013): É vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios instituir impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, relacionados a
suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. BL: art. 150, VI, alínea “b”, CF/88 c/c seu §4º. (trib.)

(TJPR-2013): A imunidade das entidades sem fins lucrativos compreende somente o patrimônio, a renda
e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais dos partidos políticos, inclusive suas fundações,
das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, atendidos
os requisitos da lei. BL: art. 150, VI, “c”, CF. (trib.)

(MPCE-2011-CESPE): O patrimônio, a renda e os serviços relacionados às finalidades essenciais dos


templos de qualquer culto são imunes de impostos. BL: art. 150, VI, alínea “c”, CF c/c seu §4º, CF. (trib.)

547
§ 5º A lei DETERMINARÁ medidas para que os CONSUMIDORES SEJAM ESCLARECIDOS
acerca dos impostos que INCIDAM sobre mercadorias e serviços. (DPEAM-2011) (TRF2-2013/2014)
(DPU-2015) (DPEAP-2018)

(TRF2-2013-CESPE): “O número excessivo de impostos embutidos nos preços dos produtos tem impacto direto na
mesa do brasileiro. Do valor total de um pacote de arroz, por exemplo, 18,65% representam cobrança de impostos.
O tradicional peru, que custa, em média, R$ 58,80, sairia para o consumidor por R$ 41,72 sem a incidência de
tributos. Já uma garrafa de espumante, com custo de R$ 22,00, valeria R$ 8,80 sem a cobrança dos impostos. Os
preços impressionaram as pessoas que participaram de uma mobilização a favor da maior transparência tributária
para os consumidores e que, na ocasião, visitaram um minimercado instalado no vão livre do MASP, em São Paulo,
onde estava discriminada a porcentagem dos tributos embutidos nos alimentos. Internet: (com adaptações).” Com
referência ao texto acima e ao que disciplina a CF acerca da transparência tributária para o consumidor,
assinale a opção correta: A informação exigida pelos consumidores é um direito assegurado
explicitamente pela CF, no âmbito das limitações ao poder tributário do Estado. BL: art. 150, §5º, CF.

§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,


anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, SÓ PODERÁ SER CONCEDIDO
mediante LEI ESPECÍFICA, federal, estadual ou municipal, que REGULE EXCLUSIVAMENTE as
matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, SEM PREJUÍZO do disposto
no art. 155, § 2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (TJDFT-2007) (TJRR-2008)
(MPRO-2008) (PGECE-2008) (PGEPB-2008) (TRF1-2009/2011) (DPEAM-2011) (TRF5-2011) (MPF-2011)
(Cartórios/TJSP-2011) (TJAC-2012) (MPRR-2012) (AGU-2012) (TJSC-2013) (TJSP-2013) (PGDF-2013) (PGEPI-
2008/2014) (DPEMS-2014) (DPERS-2014) (PGEBA-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEPA-2015) (MPT-2015)
(TJAM-2016) (MPSC-2016) (TRF4-2016) (PGEMT-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF2-2017) (PGEAC-2017)
(Anal. Judic./STJ-2018) (DPESP-2013/2019) (TJAL-2019) (TJMS-2020) (MPCE-2020)

(MPSC-2016): A isenção é uma das causas de exclusão do crédito tributário a qual depende de lei
específica, consoante se infere do art. 150, § 6°, da CF/1988. Contudo, ao excluir o crédito, não se afasta o
sujeito passivo de cumprir as obrigações acessórias. BL: art. 175, § único, CTN e art. 150, §6º da CF/88.

(TJRR-2008-FCC): Determinado Estado da Federação concedeu, em 2005, isenção de ICMS pelo período
de 5 anos para as indústrias automobilísticas que ali se instalassem e empregassem cinco mil
funcionários. Agora, em 2008, foi publicado no Diário Oficial do Estado um decreto revogando a isenção
a partir de julho de 2008, quando as indústrias enquadradas na isenção deverão passar a recolher o ICMS
mensalmente. Esta medida adotada pelo Fisco Estadual é incorreta, porque a isenção concedida nestas
condições é irrevogável e, ainda que não fosse, dependeria de lei. BL: arts. 176 e 178, CTN127 e art. 150,
§6º, CF e S. 544 do STF. 128

§ 7º A lei PODERÁ ATRIBUIR a sujeito passivo de obrigação tributária A CONDIÇÃO DE


RESPONSÁVEL pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador DEVA OCORRER
POSTERIORMENTE, ASSEGURADA a imediata e preferencial restituição da quantia paga, CASO NÃO
SE REALIZE o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (PFN-2007)
(TJAP-2008) (MPDFT-2009) (PCDF-2009) (PGERS-2010) (TJPR-2011) (PGEPA-2011) (DPESP-2012) (PGEPI-
2008/2014) (MPPA-2014) (PGEMS-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (TJGO-2012/2015) (TJDFT-2015) (AGU-
2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJAM-2016) (PGEMA-2016) (MPF-2013/2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJMG-
2014/2018) (TJRS-2018) (TJMT-2018) (Cartórios/TJMG-2017/2019) (TJPA-2019) (MPPI-2019) (MPSC-2019)
(MPMG-2021) (TCDF-2021) (DPERS-2022)

##Atenção: ##STF: ##AGU-2015: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##TJMG-2018: ##TJPA-2019: ##MPPI-


2019: ##Cartórios/TJMG-2019: ##MPMG-2021: ##DPERS-2022: ##CESPE: ##Consulplan: É devida a
restituição da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago a mais,
no regime de substituição tributária para a frente, se a base de cálculo efetiva da operação for inferior
à presumida. STF. Plenário. ADI 2675/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski e ADI 2777/SP, red. p/ o ac.

127
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as
condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua
duração. (...) Art. 178. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições,
pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.
128
Súmula 544-STF: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas.
548
Min. Ricardo Lewandowski, j. 19/10/16 (Info 844). STF. Plenário. RE 593849/MG, Rel. Min. Edson
Fachin, j. 19/10/16 (repercussão geral) (Info 844).
(MPPI-2019-CESPE): Determinada lei atribuiu a uma empresa não contribuinte do imposto de circulação de
mercadorias e serviços (ICMS) a condição de responsável pelo pagamento do referido tributo em relação a
um fato gerador ainda não ocorrido. Considerando-se as limitações constitucionais ao poder de tributar, é
correto afirmar que a referida norma é constitucional, sendo assegurada a imediata e preferencial restituição
da quantia paga caso não se realize o fato gerador presumido. BL: art. 150, §7º, CF e Info 844, STF.
(TJPA-2019-CESPE): A respeito das limitações constitucionais ao poder de tributar, assinale a opção correta,
de acordo com as disposições da CF: O responsável pelo pagamento de imposto cujo fato gerador deva
ocorrer posteriormente tem assegurada a restituição da quantia paga se o fato gerador presumido não
ocorrer. BL: art. 150, §7º, CF e Info 844 do STF.
(TJMG-2018-Consulplan): De acordo com o art. 150, §7º, da CR, à luz da cláusula de restituição do excesso e
respectivo direito à restituição, é devido ao contribuinte passivo a diferença do pago a mais no regime de
substituição tributária para frente se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à que se concretize
empiricamente no fato gerador presumido. BL: art. 150, §7º, CF e Info 844 do STF.
##Atenção: Segundo o STF, de acordo com o Art. 150, §7º, in fine, da CF, a cláusula de restituição do excesso
e respectivo direito à restituição se aplicam a todos os casos em que o fato gerador presumido não se
concretize empiricamente da forma como antecipadamente tributado.

(MPMG-2021): Assinale a alternativa correta: A obrigação tributária nasce com a ocorrência do fato
gerador, mas a lei pode atribuir ao sujeito passivo a responsabilidade pelo pagamento antecipado do
tributo, antes de concretizada a hipótese de incidência. BL: art. 150, §7º, CF c/c art. 113, §1º, CTN. 129

(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): O instituto denominado substituição para frente se refere à antecipação


do pagamento de uma obrigação tributária por um substituto localizado na cadeia econômica em posição
anterior à do contribuinte. BL: art. 150, §7º da CF.

##Atenção: A substituição tributária progressiva, também chamada de substituição tributária para a


frente ou subsequente, é uma técnica de arrecadação de alguns impostos, em especial o ICMS. Na
substituição tributária para a frente, a lei prevê que o tributo deverá ser recolhido antes mesmo que
ocorra o fato gerador. Desse modo, primeiro há o recolhimento do imposto e, em um momento posterior,
ocorre o fato gerador. Diz-se, então, que o fato gerador é presumido porque haver á́ o pagamento do
tributo sem se ter certeza de que ele irá acontecer.

(MPF-2017): Sobre a responsabilidade tributária, é correto afirmar que a lei poderá atribuir a sujeito
passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição,
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da
quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. BL: art. 150, §7º, CF.

(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: É autorizado por lei atribuir a sujeito passivo da obrigação
tributária a responsabilidade pelo pagamento do tributo, ainda que o fato gerador não tenha ocorrido,
fenômeno este denominado substituição tributária. BL: art. 150, §7º, CF.

(PGEMA-2016-FCC): Quando a lei atribui a qualidade de responsável tributário sobre fato gerador que
ainda não ocorreu, mas que deva ocorrer posteriormente, estar-se-á diante de substituição tributária para
frente, permitida expressamente pela CF/88. BL: art. 150, §7º, CF.

(MPF-2013): MONTADORA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, AO VENDÊ-LOS À CONCESSIONÁRIA,


É COMPELIDA A RECOLHER O ICMS SOB PRESUNÇÃO LEGAL DE QUE SERÃO REVENDIDOS.
NO CASO: Ocorre substituição tributária progressiva. BL: art. 150, §7º, CF.

##Atenção: De acordo com Eduardo Sabbag, substituição progressiva, subsequente ou "para frente": é a
antecipação do recolhimento do tributo cujo fato gerador ocorrerá (se ocorrer) em um momento
posterior, com lastro em base de cálculo presumida. Assim, sem que o fato gerador tenha ocorrido,
antecipa-se o pagamento do tributo. Trata-se de uma hipótese de fato gerador presumido ou fictício. O
exemplo tratado na questão é um dos mais notáveis acerca de tal modalidade de substituição. Isso
porque quando os veículos novos deixam a indústria em direção à concessionária, há o recolhimento do
ICMS que seria devido com a venda do produto ao consumidor final. (Fonte: Sabbag, Eduardo. Manual

129
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do
fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o
crédito dela decorrente..
549
de Direito Tributário, Editora Saraiva, 2013, págs. 717/722.).

(TRF1-2011-CESPE): Considerando o que dispõe a CF acerca da CSLL, assinale a opção correta: É


possível, desde que por meio de lei, estabelecer a substituição tributária da CSLL. BL: art. 150, §7º, CF.

(TRF4-2009): Assinale a alternativa correta: A responsabilidade tributária por substituição comporta


espécie apelidada “para trás”, em que há postergação do pagamento do tributo, transferindo-se a terceiro
a obrigação de reter e recolher o montante devido.

##Atenção: O professor Ricardo Alexandre que, na responsabilidade tributária por substituição para
trás, regressiva ou antecedente ocorrerá nos casos em que as pessoas ocupantes das posições anteriores
nas cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por aquelas que
ocupam as posições posteriores nessas mesmas cadeias. Por outro lado, na responsabilidade tributária
para frente, progressiva ou subsequente ocorrerá nos casos em que as pessoas ocupantes das posições
posteriores das cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por
aquelas que ocupam as posições anteriores nessas mesmas cadeias. (Fonte: ALEXANDRE, Ricardo.
Direito Tributário. 14ª ed. 2020, p. 394 e 396).

Art. 151. É VEDADO à UNIÃO:

I - INSTITUIR tributo que NÃO SEJA UNIFORME em todo o território nacional ou que
IMPLIQUE DISTINÇÃO ou PREFERÊNCIA em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em
detrimento de outro, ADMITIDA a CONCESSÃO DE INCENTIVOS FISCAIS DESTINADOS A
PROMOVER o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
(TJPR-2008) (TJMS-2008) (TJRS-2009) (TRF1-2009) (PGESP-2009) (MPRO-2010) (TJES-2011) (TJPB-2011)
(PGEMT-2011) (MPF-2008/2012) (TJBA-2012) (TJAC-2012) (TJDFT-2012) (MPMT-2012) (TRF5-2009/2013) (TJSC-
2013) (PGDF-2013) (TRF2-2009/2014) (TJMG-2014) (PGERN-2014) (MPT-2009/2015) (PGEAC-2017) (TJMT-2018)
(TRF3-2018) (PGEPE-2018) (TJPA-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2021) (Aud. Fiscal-SEAZ/CE-2021) (TJMA-2022)

##Atenção: Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação.

(TJMT-2018-VUNESP): As limitações ao poder de tributar são decorrência do direito fundamental à


propriedade, previsto na Constituição Federal, protegendo os cidadãos contra a expropriação de seus
bens sem que estejam presentes os pressupostos autorizadores da ação arrecadatória do Estado. A esse
respeito, é correto afirmar que é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o
território nacional, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. BL: art. 151, I, CF.

(PGEAC-2017-FMP): Em matéria de direito constitucional tributário é correto afirmar que a lei tributária
pode ser editada com o objetivo de prevenir distorções de concorrência mercadológica. BL: art. 151, I, CF.

(TRF2-2014): Assinale a opção correta: É vedado à União instituir imposto que não seja uniforme em
todo o território nacional ou que implique diferenciação em relação a determinada região do país, em
detrimento de outra, salvo nas hipóteses de incentivos fiscais destinados a promover o desenvolvimento
equilibrado do país. BL: art. 151, I, CF.

II - TRIBUTAR a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, EM NÍVEIS
SUPERIORES aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; (PGESP-2002) (TJDFT-2012) (TJSC-
2013) (TRF5-2013) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPRS-2017) (Cartórios/TJMG-2016/2017) (TJMA-2022)

(PGM-Salvador/BA-2015-CESPE): Com relação à disciplina legal do crédito público, assinale a opção


correta: A União não poderá tributar a renda das obrigações da dívida pública dos estados e municípios
em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações. BL: art. 151, II, CF.

(TJSC-2013): É vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios tributar a renda das obrigações da
dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os
proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e
para seus agentes. BL: art. 151, II, CF.

550
III - INSTITUIR ISENÇÕES de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios. (TRF1-2009) (PGESP-2009) (TJRO-2011) (TRF2-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (TRF4-2009/2012)
(AGU-2009/2012) (MPF-2011/2012) (TJBA-2012) (MPMT-2012) (DPERO-2012) (TJSP-2013) (DPESP-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (PCDF-2013) (PGEGO-2013) (MPMA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TRF5-2013/2015)
(PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017)
(Cartórios/TJMG-2015/2018) (PGEPE-2018) (TJAL-2019) (TJRJ-2019) (TJMS-2020) (TJMA-2022)

##Atenção: Princípio da Vedação de Isenções Heterônomas ou Heterotópicas.

##Atenção: ##PGEMA-2016: ##TJRJ-2019: ##VUNESP: ##FCC: Há previsão constitucional de restrição


à concessão de isenções heterônomas pela União. Está no art. 151, III, CF. Além disso, a CF elenca duas
exceções expressas à regra, ambas referentes à exportação, ambas partes integrantes da diretriz
econômica universalmente seguida de que não se deve exportar tributos, mas sim mercadorias, a saber:
i) Possibilita que a União conceda, por meio de lei complementar, isenção heterônoma do ICMS
sobre serviços e outros produtos destinados ao exterior; às operações que destinem mercadorias ao
exterior; e aos serviços prestados a destinatários no exterior (art. 155, § 2º, XII, “e”, CF);
ii) Possibilita que a União conceda, também por meio de lei complementar, isenção heterônoma do
ISS, da competência dos municípios, nas exportações de serviços para o exterior (art. 156, § 3º, II,
CF).

##Atenção: ##STF: ##MPMT-2012: ##TRF4-2012: ##DPESP-2013: ##PGEGO-2013: ##TRF5-


2013/2015: ##TJRJ-2019: ##TJMS-2020: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: (...) GASODUTO BRASIL-
BOLÍVIA – ISENÇÃO DE TRIBUTO MUNICIPAL (ISS) CONCEDIDA PELA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL MEDIANTE ACORDO BILATERAL CELEBRADO COM A REPÚBLICA
DA BOLÍVIA – A QUESTÃO DA ISENÇÃO DE TRIBUTOSESTADUAIS E/OU MUNICIPAIS
OUTORGADA PELO ESTADO FEDERAL BRASILEIRO EM SEDE DE CONVENÇÃO OU
TRATADO INTERNACIONAL - POSSIBILIDADE CONSTITUCIONAL – DISTINÇÃO
NECESSÁRIA QUE SE IMPÕE, PARA ESSE EFEITO, ENTRE O ESTADO FEDERAL BRASILEIRO
(EXPRESSÃOINSTITUCIONAL DA COMUNIDADE JURÍDICA TOTAL), QUE DETÉM “O
MONOPÓLIO DA PERSONALIDADE INTERNACIONAL”, E A UNIÃO, PESSOA JURÍDICA DE
DIREITO PÚBLICO INTERNO (QUE SE QUALIFICA, NESSA CONDIÇÃO, COMO SIMPLES
COMUNIDADE PARCIAL DE CARÁTER CENTRAL) - NÃOINCIDÊNCIA, EM TAL HIPÓTESE, DA
VEDAÇÃO ESTABELECIDA NO ART. 151, III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CUJA
APLICABILIDADE RESTRINGE-SE, TÃO SOMENTE, À UNIÃO, NA CONDIÇÃO DE PESSOA
JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO INTERNO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A cláusula de
vedação inscrita no art. 151, inciso III, da CF - que proíbe a concessão de isenções tributárias
heterônomas - é inoponível ao Estado Federal brasileiro (vale dizer, à República Federativa do Brasil),
incidindo, unicamente, no plano das relações institucionais domésticas que se estabelecem entre as
pessoas políticas de direito público interno. Doutrina. Precedentes. - Nada impede, portanto, que o
Estado Federal brasileiro celebre tratados internacionais que veiculem cláusulas de exoneração
tributária em matéria de tributos locais (como o ISS, p. ex.), pois a República Federativa do Brasil, ao
exercer o seu treaty-making power, estará praticando ato legítimo que se inclui na esfera de suas
prerrogativas como pessoa jurídica de direito internacional público, que detém - em face das unidades
meramente federadas - o monopólio da soberania e da personalidade internacional. - Considerações
em torno da natureza político-jurídica do Estado Federal. Complexidade estrutural do modelo
federativo. Coexistência, nele, de comunidades jurídicas parciais rigorosamente parificadas e
coordenadas entre si, porém subordinadas, constitucionalmente, a uma ordem jurídica total. Doutrina.
STF. 2ª T., RE 543943 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 30/11/10.
(TJRJ-2019-VUNESP): O Presidente da República Federativa do Brasil assina tratado internacional de
comércio no qual se compromete a isentar os impostos federais, estaduais e municipais incidentes sobre os
bens e serviços importados de país estrangeiro. Posteriormente, o referido tratado é ratificado pelo Poder
Legislativo federal. Considerando o previsto na Constituição Federal e a jurisprudência do STF, é correto
afirmar que não se aplica a vedação à concessão de isenções heterônomas pela União quando esta atua
como representante da República Federativa do Brasil. BL: art. 151, III, CF e Entend. jurisprud.
##Atenção: ##Explicação: A CF veda que os entes da federação concedam isenções heterônomas, ou seja,
nenhum ente federado pode dar a isenção de um tributo que não lhe pertence. Deve-se seguir a
regra: apenas pode isentar o ente que pode tributar. Nessa linha, um Estado não poderia conceder isenção
de IPTU, imposto pertencente aos Municípios. Em se tratando de impostos estaduais, apenas o estado
pode conceder a isenção. O que se buscou com tal preceito, trazido pela Constituição Federal de 1988, foi
efetivar a autonomia entres os entes da Federação e, eliminar, definitivamente, as ingerências da União nos
temas de interesses dos Estados, DF e Municípios. Trata-se de decorrência lógica do princípio do
federalismo. Contudo, nenhuma restrição haverá nas hipóteses em que a União agir em nome da
República Federativa do Brasil, no âmbito internacional. Para ficar mais fácil a percepção, imagine

551
um Tratado Internacional celebrado entre o Brasil e a Bolívia, acerca da importação de gás natural. Por ser
derivado de petróleo, haveria nessa operação a incidência de ICMS, imposto próprio dos Estados. No
entanto, visando baratear os custos desse produto, a União pode prever a isenção desse tributo. Isso é
possível, porque a União está agindo em nome do Brasil (STF, RE 543.943).
(TRF5-2013-CESPE): Considerando a CF, as normas gerais de direito tributário e a jurisprudência do STJ e
do STF sobre a matéria, assinale a opção correta: Nas suas relações exteriores, a República Federativa do
Brasil pode firmar tratado internacional que estabeleça isenção de quaisquer tributos, sejam eles federais,
estaduais ou municipais, visto que o âmbito de aplicação das restrições previstas no artigo 151 do CTN é o
das relações das entidades federadas entre si. BL: art. 151, III, CF e Entend. jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPMT-2012: ##MPF-2012: ##PGDF-2013: ##TRF5-2013/2015: ##TJSP-2015:


##Aud. Fiscal-Rec.Estadual/MA-2016: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: A isenção de tributos estaduais
prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comércio para as mercadorias importadas dos países signatários
quando o similar nacional tiver o mesmo benefício foi recepcionada pela CF/1988. O art. 98 do CTN
"possui caráter nacional, com eficácia para a União, os Estados e os Municípios" (voto do eminente
Ministro Ilmar Galvão). No direito internacional apenas a República Federativa do Brasil tem
competência para firmar tratados (art. 52, § 2º, da CF/1988), dela não dispondo a União, os Estados-
membros ou os Municípios. O Presidente da República não subscreve tratados como Chefe de
Governo, mas como Chefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma,
vedada pelo art. 151, inc. III, da CF/1988. STF. Plenário. RE 229096, Min. Rel. Ilmar Galvão, Rel. p/ Ac.
Cármen Lúcia, j. 16/08/07.
(Aud. Fiscal-Rec. Estadual/MA-2016-FCC): Tratado internacional em matéria tributária pode criar hipótese
de isenção de tributos estaduais e municipais. BL: art. 151, III, CF e Entend. jurisprud.
##Atenção: ##STF: A vedação da isenção heterônoma que alude a CF no art. 151, III é para União
(presidente na qualidade de chefe de governo), Todavia, quando o Presidente age na qualidade de chefe de
estado, ele não é alcançando pela referida vedação, sendo possível, assim criar hipótese de isenção de
tributos estaduais e municipais. (RE 229.096/RS).
(TJSP-2015-VUNESP): Na hipótese da União, mediante tratado internacional, abrir mão de tributos de
competência de Estados e Municípios, nos termos do decidido pelo STF (RE 229096), é correto afirmar que
se insere a medida na competência privativa do Presidente da República, sujeita a referendo do Congresso
Nacional, com prevalência dos tratados em relação à legislação tributária interna. BL: art. 98, CTN130 c/c art.
151, III, CF e Entend. jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPMT-2012: ##MPF-2012: ##TRF5-2013: ##PGEMS-2016: ##CESPE: Tratados


internacionais (STF, ADI 1600): Cabível a isenção, tratando-se a União de pessoa jurídica na ordem
internacional (externo). Logo, no âmbito externo, não há qualquer problema em relação ao óbice do
inciso III do art. 151 da CF/88. Vejamos: “OPERAÇÕES DE TRÁFEGO AÉREO INTERNACIONAL.
TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL DE CARGAS. TRIBUTAÇÃO DAS EMPRESAS NACIONAIS.
QUANTO ÀS EMPRESAS ESTRANGEIRAS, VALEM OS ACORDOS INTERNACIONAIS -
RECIPROCIDADE. VIAGENS NACIONAL OU INTERNACIONAL - DIFERENÇA DE TRATAMENTO.
(...) ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO ART. 151, CF É O DAS RELAÇÕES DAS ENTIDADES FEDERADAS
ENTRE SI. NÃO TEM POR OBJETO A UNIÃO QUANDO ESTA SE APRESENTA NA ORDEM
EXTERNA. NÃO INCIDÊNCIA SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE AÉREO, DE
PASSAGEIROS - INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL.
INCONSTITUCIONALIDADE DA EXIGÊNCIA DO ICMS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL DE CARGAS PELAS EMPRESAS AÉREAS NACIONAIS,
ENQUANTO PERSISTIREM OS CONVÊNIOS DE ISENÇÃO DE EMPRESAS ESTRANGEIRAS.” STF.
Plenário. ADI 1600, Rel. Min. Sydney Sanches, Rel. p/ Ac. Nelson Jobim, j. 26/11/01.

(TJMA-2022-CESPE): Em relação ao exercício do poder de tributar, a Constituição Federal de 1988 veda à


União instituir isenções de taxas que sejam de competência dos municípios. BL: art. 151, III, CF.

(MPPR-2016): É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes
públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes, assim como
instituir isenções de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. BL: art.
151, II e III, CF.

Art. 152. É VEDADO aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios ESTABELECER
DIFERENÇA TRIBUTÁRIA entre bens e serviços, de qualquer natureza, EM RAZÃO DE sua
procedência ou destino. (PGESP-2002) (DPECE-2008) (PGEPB-2008) (DPESP-2009) (Cartórios/TJSP-2011)
130
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e
serão observados pela que lhes sobrevenha.
552
(TJAC-2012) (TJRN-2013) (DPU-2013) (PCDF-2013) (TJDFT-2012/2014) (MPSC-2013/2014) (TJMG-2014)
(PGERN-2014) (TJSC-2015) (TJPB-2015) (TJDFT-2016) (MPPR-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMT-2016)
(MPRS-2017) (PCGO-2017) (TJMT-2018) (PGEPE-2018) (TJMA-2022)

(MPRS-2017): Considerando o regramento constitucional sobre limitações do poder de tributar, é correto


afirmar que é vedado: aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. BL: art. 152, CF.
(trib.)

(TJDFT-2016-CESPE): O estabelecimento de diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em


razão de sua procedência ou de seu destino, é proibido aos estados, ao DF e aos municípios. BL: art. 11,
CTN e art. 152, CF/88.

##Atenção: Princípio da não-diferença tributária ou princípio da não-discriminação baseada na


procedência ou destino. Esse princípio é aplicável exclusivamente aos Estados, DF e Municípios. Se tem
também uma importante regra protetiva do pacto federativo, visto que se proíbe que os entes locais se
discriminem entre si. Entretanto, a União - e somente ela - está autorizada a estipular tratamento
tributário diferenciado entre os Estados da federação tendo por meta diminuir as desigualdades
socioeconômicas tão comuns no Brasil.

##Atenção: A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido da impossibilidade dos Estados-membros e do


Distrito Federal estabelecerem alíquotas de IPVA diferenciadas entre veículos nacionais e importados
(STJ, RMS 13.502). Idem o STF, AI 203845.

Seção III
DOS IMPOSTOS DA UNIÃO

Art. 153. COMPETE à UNIÃO instituir impostos sobre: (MPPR-2014) (Cartórios/TJPR-2019)

I - importação de produtos estrangeiros; (II) (TRF2-2009) (TJRO-2011) (PGEAC-2012) (PGEPA-2012)


(TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PCCE-2015) (TRF3-2018) (DPESP-2019)
(Cartórios/TJPR-2019)

##Atenção: Caráter extrafiscal.

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; (IE) (TRF2-2009) (TJRO-


2011) (PGEPA-2012) (TRF4-2012/2014) (TRF5-2015) (PCCE-2015) (PGEAM-2016) (Cartórios/TJPR-2019)

##Atenção: Caráter extrafiscal.

III - renda e proventos de qualquer natureza; (IR) (PGERS-2011) (MPRR-2012) (PGEPA-2012)


(Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (MPF-2015) (PCDF-2015) (PGM-POA/RS-
2016) (Cartórios/TJSP-2018) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021)

##Atenção: Caráter fiscal.

##Atenção: ##STJ: ##TRF4-2009: O imposto de renda é tributo cujo fato gerador tem natureza
complexiva. Assim, a completa materialização da hipótese de incidência de referido tributo ocorre
apenas em 31 de dezembro de cada ano-calendário (STJ. 2ª T., AgRg no AgRg no Ag 1395402/SC, Rel.
Min. Eliana Calmon, j. 15/10/2013.

(PGESC-2018): Considerando-se os critérios tradicionais de classificação dos tributos, são características


gerais do Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza da Pessoa Física: progressivo,
proporcional e direto.

##Atenção: Será: i) Progressivo: a alíquota do IR aumenta de acordo com o aumento da base de cálculo.;
ii) Proporcional: a base de cálculo do IR pode variar. Uma pessoa pode auferir 50, 100 ou 200 mil por
ano.; e iii) Direto: quem auferir renda é quem irá arcar com o valor do IR. Não há repasse do custo do
tributo.

553
IV - produtos industrializados; (IPI) (TJSP-2008) (TJMG-2009) (TRF5-2009) (PGESP-2009) (MPSP-2010)
(PGEPA-2012) (TRF1-2013) (PGEGO-2013) (MPPE-2014) (DPEMS-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCCE-2015) (PCDF-2015) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-
2016) (MPRS-2017) (MPF-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPERS-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (TJPA-
2019) (Cartórios/TJPR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020)

##Atenção: ##MPF-2011: ##PGEGO-2013: Caráter extrafiscal – divergência doutrinária.

##Atenção: ##TRF2-2014: Imposto indireto.

V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; (IOF)


(PGEPA-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (MPPE-2014) (TRF4-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PCCE-2015) (PCDF-
2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF3-2016/2018) (Cartórios/TJPR-2019) (MPRS-2021) (PGEAL-2021)

##Atenção: ##TRF3-2016: Caráter extrafiscal.

VI - propriedade territorial rural; (ITR) (PGERS-2011) (MPAP-2012) (DPESC-2012) (PGEPA-2012)


(Cartórios/TJES-2013) (DPEMS-2014) (TRF2-2014) (DPU-2015) (PCCE-2015) (PCDF-2015) (Cartórios/TJMG-
2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRR-2017) (DPERO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGESC-2018) (PCPI-
2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Cartórios/TJDFT-2014/2019) (Cartórios/TJRS-2013/2015/2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (Aud. Fiscal-SEAZ/CE-2021) (Cartórios/TJSP-2014/2018/2022)

##Atenção: Caráter extrafiscal – vide art. 153, §4º, CF.

VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. (IGF) (PGEPB-2008) (MPSE-2010) (TRF4-
2010) (PGERS-2010) (MPAL-2012) (MPMG-2012) (PGEPA-2012) (MPF-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGEGO-
2013) (PCDF-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (DPEAP-2018) (PGESC-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (MPCE-
2020) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##MPCE-2020: ##CESPE: Norma constitucional de eficácia LIMITADA.

§ 1º É FACULTADO ao Poder Executivo, ATENDIDAS as condições e os limites estabelecidos em


lei, ALTERAR as ALÍQUOTAS DOS IMPOSTOS enumerados nos incisos I, II, IV e V. (II, IE, IPI, IOF)
(TJSP-2008) (DPU-2010) (MPF-2011) (PGEPR-2011) (TJCE-2012) (MPAP-2012) (MPRR-2012) (Cartórios/TJMG-
2012) (MPES-2013) (Cartórios/TJES-2013) (TRF4-2012/2014) (MPPE-2014) (TJSC-2015) (PGERS-2015) (MPRS-
2017) (TRF3-2016/2018) (DPEAP-2018) (TJPA-2012/2019) (DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-2019)

##Atenção: ##STF: ##DPU-2010: ##TJPA-2012: ##CESPE: O STF entende como compatível com a Carta
Magna, sobretudo o art. 153, §1°, a norma infraconstitucional que atribui a órgão integrante do Poder
Executivo da União a faculdade de estabelecer as alíquotas do Imposto de Exportação, uma vez que não é
competência que não é privativa do Presidente da República (RE 570.680, DJE de 4-12-2009).
(TJPA-2012-CESPE): A respeito dos impostos da União, assinale a opção correta: Está de acordo com a CF
norma infraconstitucional que atribua a órgão integrante do Poder Executivo da União a faculdade de
estabelecer as alíquotas do imposto de exportação. BL: art. 153, §1º, CF e Entend. Jurisprud.
(DPU-2010-CESPE): A competência para a fixação das alíquotas do imposto de exportação de produtos
nacionais ou nacionalizados não é exclusiva do presidente da República; pode ser exercida por órgão que
integre a estrutura do Poder Executivo. BL: art. 153, §1º, CF e Entend. Jurisprud.

(TJPA-2019-CESPE): A atribuição de alíquota zero do imposto sobre produtos industrializados (IPI) a


determinado produto pode ser determinada por decreto presidencial, atendidos os limites da lei. BL: art.
153, IV e §1º, CF.

(TRF3-2018): Indique a afirmação correta: O Poder Executivo Federal pode alterar a alíquota do imposto
sobre a importação de produtos estrangeiros, por meio de decreto, desde que atendidas as condições e os
limites previstos em lei. BL: art. 153, I e §1º, CF.

(TRF3-2018): Indique a afirmação correta: O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou
relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF): Pode ter sua alíquota alterada por meio de decreto do

554
Poder Executivo e sem observância do princípio da anterioridade, desde que obedecidas as condições e os
limites previstos em lei. BL: art. 153, V e §1º c/c art. 150, §1º, CF.

(MPPE-2014-FCC): O Presidente da República, através de Decreto, elevou a alíquota do IPI incidente sobre
carro zero. É correto afirmar que este ato é constitucional, desde que esta elevação de alíquota tenha
ocorrido dentro de condições e limites estabelecidos em lei. BL: art. 153, IV e §1º, CF.

§ 2º O imposto previsto no inciso III: (IR)

I - SERÁ INFORMADO pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade,


na forma da lei; (PGERS-2011) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPF-2015) (DPU-
2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PCDF-2015) (TJSP-2018)

II - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 3º O imposto previsto no inciso IV: (IPI)

I - SERÁ SELETIVO, em função da essencialidade do produto; (TJMS-2008) (PGESP-2009) (TJES-


2011) (TJRJ-2011) (TRF5-2009/2011/2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJPE-2011/2015) (TJSC-2015) (PCDF-2015)
(TRF4-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (MPF-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TRF3-2018) (PGEPE-2018)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020)

(TJPE-2015-FCC): O chamado critério da seletividade é uma das técnicas de tributação expressamente


previstas na Constituição Federal de 1988 para a concretização do princípio da capacidade contributiva.

(TJSC-2015-FCC): Wagner, pequeno empresário, domiciliado na cidade de Mafra/SC, desejando ampliar


seus negócios, pensou em transformar seu estabelecimento comercial em estabelecimento industrial. Sua
preocupação era ter de pagar um imposto que até então lhe era desconhecido: o IPI. Para melhor conhecer
esse imposto, conversou com alguns amigos que também eram proprietários de indústria e cada um deles
lhe passou as informações que tinham sobre esse imposto. Disseram-lhe, por exemplo, que a competência
para instituir esse imposto está prevista na CF/88 e que, de acordo com o texto constitucional, o IPI é
imposto seletivo, em função da essencialidade do produto, mas não o é em função do porte do
estabelecimento industrial que promove seu fato gerador. BL: art. 153, §3º, I da CF/88.

(TRF5-2013-CESPE): Assinale a opção correta de acordo com a CF, as normas gerais de direito tributário:
A seletividade implica tributação diferenciada conforme a qualidade do que é objeto da tributação, não se
confundindo com a progressividade, que se refere ao simples agravamento do ônus tributário conforme a
base de cálculo aumenta. BL: art. 153, §3º, I, CF.

##Atenção: Leandro Paulsen (2009, p. 84), ao tratar do imposto sobre o imposto sobre produtos
industrializados, explica que a seletividade implica tributação diferenciada conforme a qualidade do que é
objeto da tributação, não se confundindo com a progressividade, em que se tem simples agravamento do
ônus tributário conforme aumenta a base de cálculo.

(TJES-2011-CESPE): A forma de concretização do postulado da capacidade contributiva de certos tributos


indiretos é a seletividade, de natureza obrigatória para o imposto sobre produtos industrializados.

##Atenção: A seletividade consiste num critério de variação de alíquotas em função da essencialidade dos
produtos, aplicada sobre o consumo, consoante dispõe o art. 153, §3º, I da CF. E essencialidade está
completamente ligada à ideia de capacidade contributiva, pois pessoas com pouco poder aquisitivo
tendem a comprar bens mais essenciais do que supérfluos.

II - SERÁ NÃO-CUMULATIVO, compensando-se o que for devido em cada operação com o


montante cobrado nas anteriores; (PGESP-2009) (TJPE-2011) (TJRO-2011) (TRF5-2009/2011/2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (TJSC-2015) (TRF3-2016) (TRF4-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(MPF-2017) (TJPA-2019)

Súmula Vinculante 58: Inexiste direito a crédito presumido de IPI relativamente à entrada de insumos isentos,
sujeitos à alíquota zero ou não tributáveis, o que não contraria o princípio da não cumulatividade.

555
##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##TRF3-2016: ##PGM-POA/RS-2016: ##TJPA-2019: ##CESPE:
##Fundatec: Incide o IPI em importação de veículos automotores por pessoa natural, ainda que não
desempenhe atividade empresarial, e o faça para uso próprio. STF. Plenário. RE 723651/PR, Rel. Min.
Marco Aurélio, j. 03/02/16 (Info 813). Incide IPI sobre veículo importado para uso próprio, haja vista
que tal cobrança não viola o princípio da não cumulatividade nem configura bitributação. STJ. 1ª S.
REsp 1396488-SC, Rel. Min. Francisco Falcão, j. 25/09/19 (recurso repetitivo – revisão Tema 695) (Info
657).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Não há bitributação e o princípio da não cumulatividade
não autoriza a dispensa do imposto: A cobrança do IPI não afronta o princípio da não cumulatividade nem
implica bitributação. Não há que se falar em bitributação porque o IPI só incidirá uma vez: no momento do
desembaraço aduaneiro. Caso posteriormente ele decida vender o carro, não terá que pagar novamente o IPI.
Não há que se falar em não exigência do imposto por conta do princípio da não cumulatividade. Isso
porque o fato de não haver uma operação posterior na qual o importador pudesse fazer o abatimento do
valor pago na importação não conduz à conclusão de que o tributo, nesta hipótese, será indevido , pois tal
conclusão equivaleria a conceder uma isenção de tributo, ao arrepio da lei. Nas importações para uso próprio,
o importador age como substituto tributário do exportador, que não pode ser alcançado pelas leis brasileiras,
descaracterizando o IPI como tributo indireto, em tais hipóteses.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Princípio da isonomia: A cobrança do IPI para importação
de veículos está de acordo com o princípio da isonomia, uma vez que promove igualdade de condições
tributárias entre o fabricante nacional, já sujeito ao imposto em território nacional, e o fornecedor
estrangeiro. Isso porque o fornecedor estrangeiro, como está exportando o produto, não paga imposto no país
de origem e este chegaria ao Brasil em condições muito mais favoráveis que os produtos produzidos na
indústria nacional.
(TJPA-2019-CESPE): Segundo a assentada jurisprudência do STJ, quando um cidadão brasileiro importa
diretamente um veículo automotor, a incidência de imposto sobre produtos industrializados (IPI) é
imponível, mesmo que o bem se destine a uso próprio. BL: Info 657, STJ.

##Atenção: ##DOD: O IPI é um imposto não cumulativo (art. 153, § 3º, II, da CF/88), o que significa que é
possível compensar o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores , ou seja,
o valor pago na operação imediatamente anterior pode ser abatido do mesmo imposto em operação
posterior (art. 49 do CTN).

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2013: ##CESPE: Segundo o STF (ADI 939), a não-cumulatividade não é
cláusula pétrea, eis que não constitui garantia individual e direito fundamental dos contribuintes. O STF
entende que a não-cumulatividade apenas vincula o legislador ordinário e não o poder constituinte
derivado. Nesse ponto, o Min. Edson Fachin citando o voto do Ministro Carlos Velloso, explica: “Com
efeito: a não-cumulatividade do imposto novo e que não tenham esse fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados na Constituição, não constituem, propriamente, direito individuais, mas técnica de tributação,
que, se observada, acaba resultando em benefício para os indivíduos, mas que não ostenta, essa técnica, nem por isso,
as galas de direito fundamental. Não pode, portanto, essa técnica de tributação ser considerada cláusula
pétrea, a teor do disposto no art. 60, § 4º, IV, da Constituição Federal. (…) Ora, impedir que o poder constituinte
derivado, mediante emenda constitucional, altere técnicas de tributação, sob o pretexto de que tais técnicas constituem
direito fundamentais do homem, é impedir qualquer reforma tributária, é gessar o sistema tributário, com prejuízo,
muita vez, para as classes mais pobres.” (Trecho do voto no RE 480099, de relatoria o Min. Min. Edson Fachin,
j. 26/03/18).

(TJRO-2011): A isenção do IPI não tem disciplina expressa e explícita sobre seu crédito no texto
constitucional. BL: art. 153, IV e §3º, II, CF.

##Atenção: De fato, a CF/88 não trata da questão dos créditos de IPI nos casos de isenção. O IPI está
previsto no art. 153, IV, da CF e suas regras estão no §3º do mesmo dispositivo. A não cumulatividade é
tratada apenas no inciso II e nada dispõe sobre isenção.

##Atenção: ##PGEMS-2016: A Constituição Federal de 1988 adotou o princípio da não-cumulatividade no


âmbito do Direito Tributário Brasileiro, inicialmente com relação ao Imposto sobre Produtos
Industrializados e ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, estendendo-o, posteriormente,
às contribuições sociais PIS/PASEP e COFINS. (Fonte: https://revistadoutrina.trf4.jus.br/index.htm?;
https://revistadoutrina.trf4.jus.br/artigos/Edicao018/Rodrigo_Ribeiro.htm).

III - NÃO INCIDIRÁ sobre produtos industrializados destinados ao exterior. (TRF5-2009/2011)


(PGEMG-2012) (TRF1-2013) (TRF4-2012/2016) (TRF3-2016)

(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: O IPI (imposto sobre produtos industrializados) não incide

556
sobre produtos industrializados destinados à exportação.

(TRF5-2009-CESPE): Entre as características de determinados impostos, estão a seletividade obrigatória, a


não cumulatividade e a não incidência quando o bem ou o serviço destina-se ao exterior. Assinale a opção
em que é apresentado imposto sobre o qual se aplicam as três características mencionadas: imposto sobre
produtos industrializados. BL: art. 153, IV e §3º, II, CF.

##Atenção: Imunidade.

IV - TERÁ REDUZIDO seu impacto sobre a aquisição de bens de capital PELO CONTRIBUINTE
DO IMPOSTO, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (PGEPB-2008)
(TJRO-2011) (TJSC-2015) (PCCE-2015)

(TJRO-2011): O IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do
imposto. BL: art. 153, §3º, IV, CF.

§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003) (ITR)

I - SERÁ PROGRESSIVO e TERÁ suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de


propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJMS-2008) (MPGO-
2010) (PGERS-2011) (TJMS-2012) (TJRJ-2012) (TRF4-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013)
(Cartórios/TJDFT-2014) (TJGO-2015) (DPU-2015) (TRF4-2016) (MPRR-2017) (Cartórios/TJSP-2018) (Aud. Fiscal-
SEAZ/CE-2021)

II - NÃO INCIDIRÁ sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel ; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(PGERS-2011) (TJMS-2012) (TJRJ-2012) (DPESC-2012) (Cartórios/TJES-2013) (DPU-2015) (PCCE-2015) (TRF4-
2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019)

(Cartórios/TJRS-2019-VUNESP): O Imposto Territorial Rural (ITR), por disposição constitucional, não


incide sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua
outro imóvel. Referida disposição consiste em imunidade. BL: art. 153, §4º, II, CF.

(DPU-2015-CESPE): A respeito das limitações ao poder de tributar e da competência tributária, julgue o


item que se segue: A União tem competência para instituir o imposto territorial rural, o qual terá como fato
gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil,
localizado fora da zona urbana do município, todavia não poderá esse imposto incidir sobre pequenas
glebas rurais exploradas pelo proprietário que não possua outro imóvel, tratando-se, nesse caso, de uma
imunidade específica. BL: art. 153, caput, VI c/c §4º, II, CF c/c art. 29, CTN.131

(TJRJ-2012-VUNESP): A União não poderá exigir o ITR sobre pequenas glebas rurais, assim definidas em
lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel. A situação em questão diz respeito ao
instituto tributário da imunidade. BL: art. 153, §4º, II, CF (trib.) (PCCE-2015)

III - SERÁ FISCALIZADO e COBRADO pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei,
desde que NÃO IMPLIQUE REDUÇÃO DO IMPOSTO ou qualquer OUTRA FORMA DE RENÚNCIA
FISCAL. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Regulamento) (PGEPB-2008) (TJSC-2009)
(DPEPA-2009) (MPGO-2010) (Cartórios/TJES-2013) (MPPA-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJRS-2013/2015)
(PCDF-2015) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRR-2017) (PGM-BH/MG-2017) (Cartórios/TJSP-2018)
(PGESC-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019)

##Atenção: ##STJ: ##TRF2-2014: O ITR possui função extrafiscal de proteção ao meio ambiente, razão
pela qual a legislação pertinente prevê, no art. 10, II, a da Lei 9.393/96, a possibilidade de dedução da
base de cálculo do imposto o percentual relativo à reserva legal, conceituada como a área localizada no

131
Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a
propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da
zona urbana do Município.
557
interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso
sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação
da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. STJ. 2ª T., REsp 1158999/SC, Rel. Min.
Eliana Calmon, j. 05/08/10.
(TRF2-2014): A questão da tributação ligada à proteção ambiental é cada vez mais presente. Entre os tributos
abaixo listados, assinale aquele cujo caráter extrafiscal é manifesto (já na Constituição Federal) e, como
reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça e deduzido de texto de lei, tem esse caráter hoje ligado à
proteção ambiental: Imposto territorial rural. BL: art. 153, §4º, CF c/c art. 11 da Lei 9393/96 132 e Entend.
Jurisprud.
##Atenção: A lei que trata do ITR é a Lei 9.393/96. Tal lei prevê uma progressividade extrafiscal. De modo
que no cálculo do ITR é tomada a área tributável, deduzidas áreas sujeitas a preservação ambiental. O VTNt,
o valor da terra nua tributável, é obtido pela multiplicação do VTN pelo quociente entre a área tributável e a
área total (art. 10). Nesse sentido é o teor do art. 11 da referida lei (citado em nota de rodapé). Quanto maior a
relação entre área preservada-área total, menos imposto se paga, pois menos a área tributável e mais
favorável o grau de utilização da terra. Desse modo, existe, de fato, uma função tributária que vai além da
arrecadação, pois se busca no ITR promover VALORES e FINS SOCIAIS, quais sejam, a preservação
ambiental e a produtividade.

(Cartórios/TJSP-2018-VUNESP): A respeito do imposto sobre propriedade territorial rural (ITR), assinale


alternativa correta: O ITR será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem, na forma da lei,
desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. BL: art. 153,
caput, VI c/c §4º, CF.

(PGM-BH/MG-2017-CESPE): Em determinado município, uma associação de produtores rurais solicitou


que o prefeito editasse lei afastando a incidência do ITR para os munícipes que tivessem idade igual ou
superior a sessenta e cinco anos e fossem proprietários de pequenas glebas rurais, assim entendidas as
propriedades de dimensão inferior a trezentos hectares. O prefeito, favorável ao pedido, decidiu consultar
a procuradoria municipal acerca da viabilidade jurídica dessa norma. Com relação a essa situação
hipotética, assinale a opção correta de acordo com as normas constitucionais e a legislação tributária
vigente: O ITR é um imposto de competência da União, não podendo o município reduzi-lo ou adotar
qualquer renúncia fiscal. BL: art. 153, caput, VI c/c §4º, III, CF.

(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: O imposto sobre a propriedade territorial rural será
progressivo, terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades
improdutivas, não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel e será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim
optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal. BL: art. 153, caput, VI c/c §4º, CF.

(MPPA-2014-FCC): A Lei Federal 11.250/05, prevê que a União poderá celebrar convênios com o Distrito
Federal e os Municípios que assim optarem, visando a delegar as atribuições de fiscalização e cobrança do
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural. Referida previsão legislativa é compatível com a
Constituição da República, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal. BL: art. 153, caput, VI c/c §4º, III, CF c/c art. 1º da Lei 11.250/05133.

§ 5º O OURO, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, SUJEITA-
SE EXCLUSIVAMENTE à incidência do imposto de que trata o inciso V [IOF] do "caput" deste artigo,
132
Art. 11. O valor do imposto será apurado aplicando-se sobre o Valor da Terra Nua Tributável - VTNt a alíquota
correspondente, prevista no Anexo desta Lei, considerados a área total do imóvel e o Grau de Utilização - GU. §
1º Na hipótese de inexistir área aproveitável após efetuadas as exclusões previstas no art. 10, § 1º, inciso IV, serão
aplicadas as alíquotas, correspondentes aos imóveis com grau de utilização superior a 80% (oitenta por cento),
observada a área total do imóvel. § 2º Em nenhuma hipótese o valor do imposto devido será inferior a R$ 10,00
(dez reais).
133
Art.1º A União, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, para fins do disposto no inciso III do § 4º
do art. 153 da Constituição Federal, poderá celebrar convênios com o Distrito Federal e os Municípios que
assim optarem, visando a delegar as atribuições de fiscalização, inclusive a de lançamento dos créditos
tributários, e de cobrança do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural, de que trata o inciso VI do art. 153
da Constituição Federal, sem prejuízo da competência supletiva da Secretaria da Receita Federal. § 1º Para fins
do disposto no caput deste artigo, deverá ser observada a legislação federal de regência do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural. § 2º A opção de que trata o caput deste artigo não poderá implicar redução do
imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
558
devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do
montante da arrecadação nos seguintes termos : (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (MPPI-2012)
(PGEMG-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (TJAL-2015) (PCDF-2015) (PGM-São Luís/MA-
2016) (PGM-BH/MG-2017) (MPPB-2018) (MPMG-2021) (TJGO-2021) (PGEAL-2021)

I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
(Cartórios/TJBA-2013) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017) (MPMG-2021) (PGEAL-2021)

(PGEAL-2021-CESPE): A respeito da repartição de receitas, consoante a CF/88, julgue o item a seguir:


Pertencem ao estado, ao Distrito Federal ou ao território de origem 30% do que for arrecadado a título de
IOF incidente sobre ouro, quando este é definido como ativo financeiro ou instrumento cambial.. BL: art.
153, §5º, I, CF.

II - setenta por cento para o Município de origem. (Cartórios/TJBA-2013) (TJAL-2015) (PGM-São


Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017) (MPMG-2021)

(TJAL-2015-FCC): De acordo com a Constituição Federal, as operações com ouro sujeitam-se à


incidência do ICMS, exceto quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial. BL: art.
153, §5º, II c/c art. 155, §2º da CF/88 (tributário)

##Atenção: Conforme a CF: “Art. 155 § 2º (ICMS) X - não incidirá: [...] c) sobre o ouro, nas hipóteses
definidas no art. 153, § 5º. O art. 153, §5º, por sua vez, assim refere: “Art. 153 § 5º O ouro, quando definido
em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de
que trata o inciso V do "caput" [IOF] deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de
um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: [...]”

##Atenção: Resumindo:
 Ativo financeiro ou Instrumento cambial = IOF (alíquota de 1% na CF).
a) 30% Estados/DF de origem
b) 70% Municípios de origem

 Mercadoria = ICMS

Art. 154. A União PODERÁ INSTITUIR:

I - mediante LEI COMPLEMENTAR, IMPOSTOS NÃO PREVISTOS NO ARTIGO ANTERIOR,


desde que SEJAM não-cumulativos e NÃO TENHAM fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados nesta Constituição; [obs.: impostos residuais.] (TJMG-2006) (TJAP-2008) (DPEPA-2009)
(AGU-2009/2010) (MPRO-2010) (DPU-2010) (PGERS-2010/2011) (TJPE-2011) (TRF5-2011) (TJBA-2012)
(DPEES-2012) (PGEPA-2012) (DPETO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGEGO-2013)
(PGEPI-2008/2014) (TRF2-2009/2013/2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGERN-2014) (PCDF-2009/2015) (TJSE-2015)
(TJSP-2015) (TRF4-2009/2016) (TRF3-2011/2016) (TJAM-2016) (DPEMT-2016) (PGEMT-2016) (MPF-
2011/2012/2017) (MPRR-2012/2017) (PGEAC-2012/2014/2017) (PGESE-2017) (PGESP-2002/2018) (PGESC-2018)
(TJRO-2011/2019) (Cartórios/TJMG-2015/2017/2019) (TJAC-2019) (TJPA-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGEAL-
2009/2021) (MPDFT-2021) (DPEPI-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(TJAC-2019-VUNESP): Os empréstimos compulsórios e os impostos residuais poderão ser instituídos


pela União, mediante lei complementar, nas hipóteses autorizadas pela CF/88. BL: arts. 148, I e 154, I, CF
(trib.)

(TJSP-2015-VUNESP): Considerando o disposto no art. 24 da Constituição Federal, ao tratar da


competência concorrente da União, Estados e Municípios, em matéria tributária, é correto afirmar que a
competência residual tributária quanto aos impostos é da União, observado o disposto no art. 154, I, da
Constituição Federal. BL: art. 154, I, CF (trib.)

(TJSE-2015-FCC): Sobre a instituição de tributo que tenha como fato gerador a movimentação financeira
caracterizada por saques e transferências bancárias de dinheiro, é correto afirmar que pode ser instituído
pela União, no campo da competência residual, desde que por lei complementar e que não
seja cumulativo, pois o fato gerador não está discriminado na Constituição. BL: art. 154, I, CF (trib.)

559
(TRF2-2013-CESPE): A União poderá instituir impostos não previstos na CF, desde que eles não sejam
cumulativos nem tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados, mediante lei
complementar. BL: art. 154, I, CF (trib.)

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não


em sua competência tributária, os quais SERÃO SUPRIMIDOS, gradativamente, cessadas as causas de
sua criação. (MPF-2005) (PGEGO-2010) (PGERS-2011) (DPESC-2012) (PGEAC-2012) (TRF2-2014) (PGEMS-
2014) (TJSC-2015) (DPEMT-2016) (TRF4-2016) (PGESP-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPDFT-2021)
(PGEAL-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021)

(Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021-CESPE): O caixa dos estados, do Distrito Federal e dos municípios conta
com as repartições orçamentárias previstas na CF, e o atraso no repasse ou a falta deste compromete
significativamente a execução de suas políticas públicas. Quanto a esse assunto, assinale a opção correta:
Um dos impostos federais não repartidos pela União com os estados, o Distrito Federal e os municípios é
o imposto extraordinário na iminência ou no caso de guerra externa. BL: art. 154, II, CF.

##Atenção: ##PGEAL-2021: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021: ##CESPE: O imposto extraordinário foi


criado em razão da premente urgência em conseguir uma fonte de renda para fazer frente aos gastos
decorrentes de conflito armado declarado, cessando a sua cobrança quando posta à termo a conflagração
armada. Nesse ínterim, estabelece o art. 154, II, CF que a União poderá instituir na iminência ou no caso
de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os
quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Assim, justamente por sua
natureza transitória e excepcional, que envolve a União, o Imposto Extraordinário não há repartição de
receitas.

(TJSC-2015-FCC): Autoridades brasileiras constataram que as relações internacionais com determinado


país vizinho começaram a se deteriorar velozmente, e todas as medidas diplomáticas ao alcance de
nossas autoridades foram inúteis para reverter o quadro que apontava para a eclosão de guerra iminente.
Em razão disso, o País teve de começar a tomar medidas defensivas, visando a aparelhar as forças
armadas brasileiras de modo a que pudessem defender o território nacional e sua população. Os
ministérios das áreas competentes constataram que seria necessário incrementar a arrecadação de
tributos em, pelo menos, 20%, para fazer face às despesas extraordinárias que essa situação estava
ocasionando. Com base na situação hipotética descrita e nas regras da Constituição Federal, a União,
tendo ou não tendo despesas extraordinárias a atender, poderá instituir, na iminência de guerra externa,
mediante lei, impostos extraordinários, dispensada a observância dos princípios da anterioridade e da
noventena (anterioridade nonagesimal). BL: art. 154, II c/c art. 150, §1º da CF (tributário)

(PGERS-2011-Fundatec): Em relação ao Sistema Constitucional Tributário, analise a assertiva a seguir: A


instituição de impostos extraordinários se faz mediante lei ordinária. BL: art. 154, II, CF.

Seção IV
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL

Art. 155. COMPETE aos ESTADOS e ao DISTRITO FEDERAL INSTITUIR IMPOSTOS sobre:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (MPRN-2009) (MPSP-2010) (Cartórios/TJES-2013)
(MPPR-2012/2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPPB-2018) (Cartórios/TJPR-2019)

I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993) (ITCMD) (TJDFT-2007) (TJSP-2008) (PGEPI-2008) (TJSC-2009) (PGEPE-2009)
(PGESP-2009) (MPGO-2010) (PGEAM-2010) (PGERS-2010) (PGEPR-2011) (PGERO-2011) (MPAP-2012) (MPPR-
2012) (MPRR-2012) (DPESC-2012) (AGU-2012) (TJAM-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013)
(PGEGO-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (PCDF-2015) (PGEMT-2011/2016) (PGEMS-2016)
(Cartórios/TJSP-2012/2014/2016) (DPERO-2017) (PGEAC-2017) (Cartórios/TJSP-2011/2012/2016/2018) (MPPB-
2018) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (PCPI-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (Cartórios/TJRS-2013/2019)
(Cartórios/TJMG-2015/2016/2017/2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo
Grande/MS-2019) (TJMS-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPRS-2021) (Aud. Fiscal-SEAZ/CE-2021)
(TJMA-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

##Atenção: Caráter fiscal.

560
(DPEMS-2014-VUNESP): Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. BL: art. 155, I, CF.

##Atenção: O legislador não faz nenhuma ressalva ao exercício da referida competência tributária.

(TJRS-2009): Compete aos Estados instituir impostos sobre transmissão causa mortis sobre quaisquer
direitos. BL: art. 155, I, CF/88.

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte


interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações SE INICIEM no
exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (ICMS) (MPF-2008) (PGEPI-2008) (TJSP-
2009) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (MPMG-2010) (DPU-2010) (TJRJ-2011) (TJRO-2011) (TRF1-2011) (TRF3-
2011) (PGEPR-2011) (TJAC-2012) (MPPI-2012) (DPERO-2012) (PFN-2012) (TJPR-2013) (TJMA-2013) (MPSC-
2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (PCPA-2013) (TRF2-2011/2014) (TJAP-2014) (MPAC-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEBA-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (AGU-2012/2015) (PCDF-
2013/2015) (PGEAM-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PGEMT-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJMG-2009/2018) (PGEPE-2009/2018) (PGESP-
2009/2018) (TJCE-2018) (MPPB-2018) (DPERS-2018) (DPEPE-2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2019) (MPPR-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-
2020) (TJGO-2021) (MPRS-2021) (TCDF-2021) (TCERJ-2021)

Súmula 112-STF: O imposto de transmissão “causa mortis” é devido pela alíquota vigente ao tempo da
abertura da sucessão.

##Atenção: ##DOD: ##PGEMS-2016: ##DPERS-2018: ##FCC: ICMS e serviço de transporte terrestre


de passageiros e de cargas: É devida a cobrança de ICMS nas operações ou prestações de serviço de
transporte terrestre interestadual e intermunicipal de passageiros e de cargas. STF. Plenário. ADI
2669/DF, rel. orig. Min. Nelson Jobim, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, j. 5/2/14 (Info 734).
(PGEMS-2016): Assinale a alternativa correta: O STF, julgando ação direta de inconstitucionalidade, decidiu
pela constitucionalidade da cobrança do ICMS sobre a prestação de serviços de transporte terrestre
intermunicipal e interestadual de passageiros e de cargas. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPAM-2007: ##CESPE: As normas constitucionais, que impõem disciplina nacional
ao ICMS, são preceitos contra os quais não se pode opor a autonomia do Estado, na medida em que são
explícitas limitações. (STF, Plenário, ADI 2.377-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 22/2/01).

##Atenção: ##DOD: ##MPRN-2009: ##TRF2-2014: ##PCDF-2015: ##CESPE: Tributos indiretos: São


aqueles que permitem a transferência do seu encargo econômico para uma pessoa diferente daquela
definida em lei como sujeito passivo. Exemplos mais conhecidos: IPI, ICMS, ISS e IOF. Como explica
Ricardo Alexandre: "O ICMS é tributo indireto. Todo o seu ônus econômico-financeiro é transferido para o
consumidor que, ao pagar o preço da mercadoria, paga também o valor do imposto que naquele preço se acha
embutido". (ob. cit., p. 225).

##Atenção: ##PGEGO-2013: O ICMS é um imposto real: Luiz Felipe explica que, “como noção, pode-se dizer
que impostos reais são aqueles que incidem sobre um objeto material, uma coisa (res, em latim); impostos
pessoais, aqueles em que a tributação incide devido a certas características da pessoa do sujeito passivo.
[...] Exemplo de imposto pessoal é o imposto de renda. De impostos reais, o IPI, o ICMS e os impostos sobre o
patrimônio (IPTU, ITR etc.).” (DIFINI, Luiz Felipe Silveira. Manual de Direito Tributário. São Paulo: Saraiva,
2003, p. 28)".

##Atenção: Caráter fiscal.

(TJMT-2018-VUNESP): Assinale a alternativa que está em conformidade com o disposto na Constituição


Federal acerca da Tributação e do Orçamento: Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos
sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos e sobre operações relativas à

561
circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. BL: art. 155, I e II, CF/88.

(TJRS-2016-Faurgs): Sobre o ITCD, assinale a alternativa correta: Havendo apenas bens móveis, o ITCD é
devido ao Estado em que o inventário será processado, apurando-se o imposto pela alíquota vigente por
ocasião da abertura da sucessão. BL: art. 155, II, CF e Súmula 112 do STF (citada acima).

III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
(IPVA) (DPECE-2008) (PGEPB-2008) (PGEPE-2009) (PGESP-2009) (PGEAM-2010) (MPMS-2011) (TJCE-2012)
(MPAP-2012) (DPERO-2012) (DPETO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PGERN-2014)
(PGEPR-2015) (PCDF-2015) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (MPPB-2018)
(Cartórios/TJPR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPRS-2021) (PF-2021)

(PGEMA-2016-FCC): Considerando as funções do tributo, considera-se na concepção de tributo com


finalidade extrafiscal a aplicação de alíquotas diferenciadas para o Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores – IPVA em razão do tipo de combustível. BL: art. 155, III, CF.

##Atenção: O IPVA, como é conhecido esse imposto, tem função predominantemente fiscal. Foi criado
para melhorar a arrecadação dos Estados e Municípios. Tem, todavia, função extrafiscal, quando
discrimina, por exemplo, em função do combustível utilizado. (Fonte: Hugo de Brito Machado. Curso de
Direito Tributário, 26ª ed., p. 383)

##Atenção: ##STF: ##PGEPB-2008: ##PGEPE-2009: ##PGESP-2009: ##DPERO-2012: ##TJDFT-2014:


##PGEPR-2015: ##CESPE: ##FCC: ##PUCPR: IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos
Automotores (CF, art. 155, III; CF 69, art. 23, III e § 13, cf. EC 27/85): campo de incidência que não inclui
embarcações e aeronaves. (RE 134.509/AM, Pleno, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 29-5-2002).134

§ 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (ITCMD)

I - relativamente a BENS IMÓVEIS e RESPECTIVOS DIREITOS, COMPETE ao Estado da situação


do bem, ou ao Distrito Federal; (TJTO-2007) (PGEPI-2008) (PGEAM-2010) (TRF2-2011) (PGEMT-2011)
(PGERO-2011) (MPMG-2012) (PGEGO-2010/2013) (TJSC-2013) (TJRJ-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJCE-2014)
(TJPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (TJRR-2015) (PGEMS-2014/2016) (MPRO-2017) (DPERO-
2017) (PGEAC-2017) (Cartórios/TJSP-2016/2018) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (TJAL-2015/2019) (TJRO-2019)
(MPMT-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (Aud. Fiscal-
SEFAZ/AL-2020) (Aud. Fiscal-SEAZ/CE-2021) (TJAP-2022)

(MPRO-2017-FMP): De acordo com o disposto no art. 155, § 1º, da CF/1988, é correto o que se afirma
acerca do imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos na alternativa:
Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem ou ao
Distrito Federal. BL: art. 155, §1º, I, CF.

II - relativamente a BENS MÓVEIS, TÍTULOS e CRÉDITOS, COMPETE ao Estado onde se


processar o inventário ou arrolamento, ou TIVER domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; (TJTO-2007)
(PGEPI-2008) (PGESP-2009) (PGEAM-2010) (PGEGO-2010) (TRF2-2011) (PGERO-2011) (MPMG-2012) (TJSP-
2008/2013) (TJRJ-2013) (Cartórios/TJES-2013) (TJPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJRR-2015) (TJAL-2015)
(TJSC-2015) (PGEMT-2011/2016) (PGEMS-2014/2016) (MPRO-2017) (PGEAC-2017) (Cartórios/TJSP-
2011/2012/2016/2018) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (TJRO-2019) (MPMT-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (PGM-
Campo Grande/MS-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020)

(TJRO-2019-VUNESP): Beltrano faleceu no Município de Maceió, Estado de Alagoas, onde viveu toda a
sua vida, deixando aos seus herdeiros como herança: (i) depósito em dinheiro em instituição financeira
com sede no Município de São Paulo, Estado de São Paulo; (ii) ações de companhia de capital aberto
negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, Estado de São Paulo; (iii) automóvel que se encontra em
posse de seu filho Beltraninho, domiciliado no Município de Cuiabá, Estado do Mato Grosso; e (iv)
134
(PGEPB-2008-CESPE): Em relação ao imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), julgue o
item subsequente: A incidência do IPVA só alcança os veículos terrestres, de acordo com a jurisprudência do STF.
BL: Entend. Jurispud.
562
direito de superfície constituído sobre imóvel rural localizado no Município de Apiúna, Estado de Santa
Catarina. O inventário e a partilha estão sendo processados no Município de Maceió, Estado de Alagoas,
conforme as regras processuais. A respeito da situação hipotética, é correto afirmar, com base nas normas
de competência tributária previstas na Constituição Federal, que o ITCMD sobre o depósito em dinheiro,
sobre as ações e sobre o automóvel deve ser recolhido ao Estado de Alagoas; e o ITCMD sobre o direito
de superfície, ao Estado de Santa Catarina. BL: art. 155, §1º, I e II, CF (trib.).

##Atenção: O ITCMD é um imposto de competência estadual, previsto no art. 155, I, CF. O fato gerador
do imposto é a transmissão não onerosa de quaisquer bens ou direitos, seja por causa mortis (herança),
seja por doação. Um aspecto importante para entender em qual Estado é devido o ITCMD é saber a
natureza do bem que está sendo transmitido. Se o bem for imóvel, o imposto compete ao Estado da
situação do bem. Já se o bem for móvel, o que inclui títulos e créditos, o imposto é devido no domicílio
do doador, ou onde se processar o inventário (se for causa mortis). No caso em tela, o depósito em
dinheiro, as ações e o automóvel são bens móveis. Logo, o imposto sobre esses bens deve ser recolhido ao
Estado de Alagoas, que é onde se processou o inventário. Já o direito de superfície é um direito real,
conforme previsto no art. 1225, II, do CC/02. Por conta disso, esse direito é considerado bem imóvel, nos
termos do art. 80, I do CC/02.

(TJSC-2015-FCC): Klaus, viúvo, domiciliado em Blumenau/SC, faleceu em 2013 e deixou bens no valor
de R$ 1.800.000,00 a seus quatro filhos: Augusto, Maria, Marcos e Teresa. Augusto, domiciliado em
Chapecó/SC, em pagamento de seu quinhão, recebeu o terreno localizado em Maringá/PR. Maria,
domiciliada em Belo Horizonte/MG, renunciou a seu quinhão a favor de sua irmã, Teresa. Marcos,
domiciliado em São Paulo/SP, em pagamento de seu quinhão, recebeu o montante depositado na conta
corrente que Klaus mantinha em São Paulo e com o imóvel localizado à beira-mar, em Torres/RS. A
Teresa, domiciliada em Campo Grande/MS, em pagamento de seu quinhão, couberam os bens móveis
deixados pelo falecido. Marcos renunciou ao imóvel localizado em Torres a favor de sua irmã, Teresa. O
processo judicial de arrolamento dos bens deixados por Klaus correu em Blumenau/SC. Considerando
as informações acima e a disciplina estabelecida na Constituição Federal acerca da sujeição ativa do
ITCMD, compete ao Estado de Minas Gerais o imposto incidente sobre a transmissão inter vivos, não
onerosa, de bens móveis integrantes do quinhão recebido por Teresa, em razão da renúncia efetivada por
Maria. BL: art. 155, §1º, II, CF (trib.).

##Atenção: Minas Gerais o imposto incidente sobre a transmissão inter vivos, não onerosa, de bens
móveis integrantes do quinhão recebido por Teresa, em razão da renúncia efetivada por Maria.
(CORRETO: transmissão de bens móveis cabe ao Estado do Doador. No caso, Minas Gerais é o local de
domicílio da doadora Maria).

(TJSP-2013-VUNESP): A respeito do Imposto de Transmissão “Causa Mortis” e Doações, quando, ao


tempo do óbito, o de “cujus” era residente no Rio de Janeiro, seus herdeiros em Pernambuco, e foi a eles
transferida a titularidade de ações de Companhia sediada em São Paulo, a quem compete o lançamento
do tributo? Rio de Janeiro. BL: art. 155, §1º, II, CF (tributário).

##Atenção: Se a transmissão é decorrente de sucessão causa mortis, o ITCMD compete ao Estado em que
se processar o inventário ou arrolamento, haja vista a previsão contido no art. 155, § 1º, II da CF. Como a
assertiva afirma que o "de cujus" era residente no Rio de Janeiro, a este Estado compete o lançamento do
tributo.

III - TERÁ competência para sua instituição regulada por LEI COMPLEMENTAR:

a) se o doador TIVER domicilio ou residência no exterior; (PGEPB-2008) (PGEGO-2010) (PGERS-


2010) (DPESC-2012) (TJPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (Cartórios/TJSP-
2018) (MPMT-2019)

(DPESP-2009-FCC): Assinale a alternativa correta: O imposto de transmissão causa mortis e doação,


de quaisquer bens ou direitos, que compete aos Estados e ao Distrito Federal, terá sua instituição
regulada por lei complementar, quando o doador tiver domicílio ou residência no exterior. BL: art. 155,
§1º, III, “a”, CF (trib.).

b) se o de cujus POSSUÍA bens, ERA residente ou domiciliado ou TEVE o seu inventário


processado no exterior; (PGEPB-2008) (PGERS-2010) (DPESC-2012) (TJRJ-2013) (TJPA-2014)

563
(Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (Cartórios/TJMG-2017) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (MPMT-2019)
(Cartórios/TJAL-2019)

(TJPA-2014-VUNESP): No que respeita ao imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de


quaisquer bens ou direitos (ITCMD), cuja titularidade impositiva pertence aos Estados e ao Distrito
Federal, é correto afirmar que terá a competência para sua instituição regulada por lei complementar se o
de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve seu inventário processado no exterior. BL:
art. 155, §1º, III, “b”, CF (trib.).

##Atenção: Definição do Estado (ou Distrito Federal) competente para a cobrança do ITCMD:

Bens Imóveis e A competência é do Estado


respectivos Direitos onde se encontra o imóvel.

A competência é do Estado em que for


Causa mortis processado o arrolamento ou inventário.
Bens Móveis,
Títulos e Créditos
Doação A competência é do Estado onde for
domiciliado o doador.

Casos do art. 155, Enquanto não editada, cada


§1º, inciso III da Definição em lei Estado define a competência
CF/88 complementar em lei própria.

IV - TERÁ suas ALÍQUOTAS MÁXIMAS fixadas pelo Senado Federal; [Obs.: O exercício desta
competência senatorial é obrigatório.] (TJSP-2008) (TJSC-2009) (PGEPE-2009) (MPGO-2010) (DPESC-2012)
(PGEGO-2010/2013) (TJRJ-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJPA-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(PGERN-2014) (PGERS-2010/2015) (PGEPR-2011/2015) (MPF-2015) (PCDF-2015) (PGEAM-2016) (MPRO-2017)
(Cartórios/TJSP-2011/2018) (Cartórios/TJRS-2013/2019) (MPMT-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (TJMS-2008/2020)
(MPRS-2021) (TJMA-2022)

(MPRS-2021): Assinale a alternativa correta referente à competência tributária estabelecida na


Constituição Federal de 1988: Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, que terão suas alíquotas máximas
fixadas pelo Senado Federal. BL: art. 155, caput, I e §1º, IV, CF.

(Cartórios/TJDFT-2014-CESPE): Assinale a opção correta acerca das normas constitucionais referentes ao


DF: O DF possui competência para instituir imposto sobre transmissão causa mortis e doação de bens ou
direitos, devendo, todavia, respeitar a alíquota máxima para o tributo fixada pelo Senado Federal. BL:
art. 155, caput, I e §1º, IV, CF.

(MPGO-2010): No imposto previsto no art. 155, I, da CF/88 (transmissão causa mortis), a competência
estadual é limitada, pois as alíquotas máximas são fixadas pelo Senado Federal. BL: art. 155, §1º, IV, CF.

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJBA-2013: ##DPEGO-2014: ##MPF-2015: ##PGERS-2015:


##PGEPR-2015: ##PGEAM-2016: ##Cartórios/TJAL-2019: ##TJMS-2020: ##CESPE: ##FCC:
##Fundatec: ##PUCPR: ##VUNESP: É permitida e, portanto, constitucional a instituição de alíquotas
progressivas para o ITCMD, apesar de se tratar de um imposto real, considerando inexistir vedação
pelo art. 145, § 1º da CF. A técnica da progressividade não se mostra exclusiva para os impostos
pessoais. STF. Plenário. RE 562045/RS, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o acórdão Min.
Cármen Lúcia, j. 6/2/2013 (Info 694). Acrescente-se, ainda, que competirá ao Senado Federal fixar as
alíquotas máximas do ITCMD, nos termos do art. 155, § 1º, IV da CF.

564
V - não incidirá sobre as doações destinadas, no âmbito do Poder Executivo da União, a projetos
socioambientais ou destinados a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e às instituições federais de
ensino. (Incluído pela Emenda Constituicional nº 126, de 2022)

§ 2º O imposto previsto no inciso II ATENDERÁ ao seguinte: (Redação dada pela Emenda


Constitucional nº 3, de 1993) [ICMS]

I - SERÁ NÃO-CUMULATIVO, COMPENSANDO-SE o que for devido em cada operação relativa


à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo
ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; (TRF5-2009) (PGESP-2009) (TJRO-2011) (TJSC-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (TJPR-2014) (TJPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJAL-2015) (AGU-2015) (PGEMS-
2016) (PGEMT-2016) (MPF-2017) (TJMG-2018) (MPSC-2019)

(TJMG-2012-VUNESP): Trata-se de uma imposição constitucional a não cumulatividade do ICMS. BL:


art. 155, §2º, I, CF. (tributário)

II - a ISENÇÃO ou NÃO-INCIDÊNCIA, SALVO determinação em contrário da legislação:

a) NÃO IMPLICARÁ crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes; (TJMT-2009) (AGU-2009) (MPSC-2010) (MPMG-2010) (PGEAM-2010) (TJRO-2011)
(TJSC-2013) (MPRO-2013) (PCPA-2013) (TJPR-2014) (TJPA-2014) (PGEAC-2014) (PGERS-2015) (TJRS-
2009/2016) (PGEMA-2016) (MPF-2017) (PGESP-2009/2018)

(TJMG-2009): Quanto ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias, é correto


afirmar: A isenção ou não-incidência não implicará crédito para compensação com o montante devido
nas operações ou prestações seguintes. BL: art. 155, II, “a”, CF. (tributário)

b) ACARRETARÁ a ANULAÇÃO DO CRÉDITO relativo às operações anteriores; [obs.: Esta


“anulação de crédito” é denominada de “estorno de crédito”.] (PGEPE-2009) (TJRO-2011) (TJSC-2013)
(MPRO-2013) (TJPR-2014) (PGEAC-2014) (DPEPA-2015) (PGERS-2015) (TJRS-2016) (PGEMA-2016) (MPF-
2017) (PGESP-2009/2018)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEPA-2015: ##PGESP-2018: ##FMP: ##VUNESP: Princípio da não-


cumulatividade e redução da base de cálculo equiparada a isenção parcial: A redução da base de cálculo
de ICMS equivale à hipótese de isenção parcial, a acarretar a anulação proporcional de crédito desse
mesmo imposto, relativo às operações anteriores, salvo disposição em lei estadual em sentido
contrário. Assim, reduzida a base de cálculo, tem-se impossibilitado o creditamento integral, sem que
se possa falar em ofensa ao princípio da não-cumulatividade (art. 155, § 2º, II, “b”, da CF/88). Para o
STF, a redução de base de cálculo deve ser considerada como se fosse uma “isenção parcial”. Logo,
também acarreta a anulação proporcional do crédito do ICMS relativo às operações anteriores, salvo
disposição em lei estadual em sentido contrário. Assim, se foi reduzida a base de cálculo do ICMS,
não será permitido que a empresa faça o creditamento integral, sem que se possa falar em ofensa ao
princípio da não-cumulatividade (CF, art. 155, § 2º, II, “b”). Em outras palavras, se houver redução na
base de cálculo em uma das operações da cadeia de circulação de mercadorias, aplica-se a regra do art.
155, § 2º, II, “b”, da CF/88. STF. Plenário. RE 635688/RS, Min. Gilmar Mendes, j. 16/10/14 (repercussão
geral) (Info 763). STF. Plenário. RE 477323/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 16/10/14 (Info 763).
(PGESP-2018-VUNESP): Lei estadual confere benefício fiscal previamente aprovado pelos Estados e pelo
Distrito Federal, nos termos do art. 155, parágrafo 2° , XII, letra g, da CF/88. O benefício é de redução de
base de cálculo do ICMS para operações internas com produtos de limpeza, de forma que a carga final do
imposto fica reduzida a 50% da incidência normal. A empresa Delta usufrui do benefício em todas as suas
operações internas, pois comercializa exclusivamente produtos de limpeza. Não há, na legislação tributária,
qualquer outra previsão de benefício que Delta possa usufruir. Todas as operações interestaduais de Delta
sofrem tributação normal do imposto. Todos os seus fornecedores estão estabelecidos na mesma unidade da
federação que Delta e nenhum deles goza de benefício fiscal. Considerada essa situação hipotética, a
empresa Delta deve anular parcialmente o crédito do imposto, relativamente aos bens adquiridos para
posteriores operações beneficiadas, na mesma proporção da redução da base de cálculo, pois tal benefício
corresponde à isenção parcial. BL: Info 763, STJ.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEPA-2015: ##FMP: Imposto sobre Circulação de Mercadorias.


ICMS. Créditos relativos à entrada de insumos usados em industrialização de produtos cujas saídas
foram realizadas com redução da base de cálculo. Caso de isenção fiscal parcial. Previsão de estorno
565
proporcional. Art. 41, inc. IV, da Lei estadual nº 6.374/89, e art. 32, inc. II, do Convênio ICMS nº 66/88.
Constitucionalidade reconhecida. Segurança denegada. Improvimento ao recurso. Aplicação do art.
155, § 2º, inc. II, letra "b", da CF. Voto vencido. São constitucionais o art. 41, inc. IV, da Lei nº 6.374/89,
do Estado de São Paulo, e o art. 32, incs. I e II, do Convênio ICMS nº 66/88. STF. Plenário. RE 174478,
Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Ac. Cezar Peluso, j. 17/03/05.

(TJCE-2018-CESPE): Segundo a CF, a isenção do ICMS, salvo previsão legal específica, acarretará a
anulação do crédito relativo às operações anteriores e não implicará crédito para compensação com o
montante devido nas operações seguintes. BL: art. 155, caput, II c/c §2º, II, alíneas “a” e “b”, CF. (trib.)

(DPU-2017-CESPE): A isenção ou não incidência do ICMS acarretará a anulação do crédito relativo às


operações anteriores, salvo se houver determinação legal em contrário. BL: art. 155, caput, II c/c §2º, II,
alínea “b”, CF. (trib.)

##Atenção: ##TJRO-2011: Consoante dispõe o art. 155, §2º, I, CF, o ICMS é imposto não-cumulativo,
compensando-se o que for devido em cada operação relativa às operações anteriores. Entretanto, o inciso
II desse dispositivo prevê que no caso de isenção não haverá direito ao crédito para compensação e
acarretará a anulação do crédito relativo às operações seguintes.

III - PODERÁ SER SELETIVO, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
(TJMG-2009) (TJRS-2009) (TJMT-2009) (TRF5-2009) (PGESP-2009) (TJSC-2010) (MPMG-2010) (TJRJ-2011)
(Cartórios/TJBA-2013) (TJPR-2014) (TJPA-2014) (TJAP-2014) (PGERS-2015) (PGEMA-2016) (PGM-Fortaleza/CE-
2017) (TRF3-2018) (PGEPE-2018) (MPSC-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020)

(TJRJ-2014-VUNESP): De acordo com o regramento constitucional, é correto afirmar, a respeito do ICMS


(imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviço de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação), que atenderá ao seguinte: poderá ser
seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. BL: art. 155, §2º, III, CF (trib.)

(MPRN-2009-CESPE): Acerca do ICMS, segundo a CF e o CTN, assinale a opção correta: O tributo pode
ser cobrado considerando a essencialidade das mercadorias objeto da operação comercial. BL: art. 155,
§2º, III da CF (trib.)

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República OU de um terço dos


Senadores, APROVADA pela maioria absoluta de seus membros, ESTABELECERÁ as ALÍQUOTAS
aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; [Obs.: O exercício da competência
senatorial, nesse caso, é obrigatório – vide art. 155, §2º, “a”.]. (TJPB-2011) (TJAC-2012) (MPTO-2012) (TJRN-
2013) (PGEGO-2013) (PCPA-2013) (TJPR-2014) (TJDFT-2014) (PGEAC-2014) (PGEBA-2014) (TJRR-2015)
(PGERS-2015) (PGESP-2002/2018) (TJRJ-2019) (TJMS-2020) (MPMG-2010/2021)

(TJAC-2012-CESPE): No que concerne às disposições constitucionais sobre o Sistema Tributário


Nacional, assinale a opção correta: As alíquotas de ICMS aplicáveis às operações interestaduais e de
exportação de mercadorias e sobre prestação de serviços são estabelecidas por resolução do Senado
Federal. BL: art. 155, §2º, IV, CF (tributário)

##Atenção: Segundo Ricardo Alexandre, o exercício da competência senatorial, nesse caso, é obrigatório.
Entretanto, com o advento da EC 42/03, a imunidade das exportações ao ICMS (CF, art. 155 § 2.º, X, a)
passou a abranger todas as mercadorias. Assim, não mais faz sentido a atribuição do Senado de fixar as
alíquotas de exportação, dada a impossibilidade constitucional de incidência do ICMS sobre operações
que destinem mercadorias para o exterior. É mais uma das várias falhas da EC 42/03. Como o citado art.
155, §2º, IV da CF não foi expressamente alterado, as bancas de concurso continuam considerando a
atribuição senatorial existente.

##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: O que o Senado Federal poderá fazer é estabelecer as alíquotas
aplicáveis às operações e prestações interestaduais (art. 155, §2º, IV, CF), não podendo, nos dias atuais,
estabelecer as aplicáveis às exportações, porque a EC 42/03 trouxe regra de imunidade nestas situações.
Ademais, “as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal”
(art. 155, §4º, IV, CF), competência essa atualmente desempenhada pelo CONFAZ. Por fim, apenas o
ICMS-monofásico será desobrigado da anterioridade anual; as demais hipóteses devem obediência tanto
à regra da noventena quanto da anualidade.

##Atenção: ##TJRR-2015: ##FCC: A fixação das alíquotas interestaduais e das operações destinadas ao
566
exterior no ICMS, ocorrerá obrigatoriamente por resolução do Senado Federal (art. 155, § 2º, IV, da CF).
INICIATIVA - do presidente ou 1/3 dos membros do Senado Federal;
APROVAÇÃO – Maioria Absoluta.

V - É FACULTADO ao Senado Federal:

a) ESTABELECER ALÍQUOTAS MÍNIMAS nas operações internas, mediante resolução de


iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; [Obs.: O exercício da
competência senatorial, nesse caso, é facultativo.]. (TJMS-2008) (TJSP-2009) (TJSC-2010) (MPSC-2010) (TJPB-
2011) (PGEPR-2011) (MPPI-2012) (AGU-2012) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEBA-2014) (TJRR-2015) (PGESP-2018)
(MPMG-2021)

(PGESP-2018-VUNESP): Tendo em mente as disposições constitucionais sobre a fixação de alíquotas do


ICMS, assinale a alternativa correta: O ICMS pode ter alíquotas mínimas para operações internas fixadas
pelo Senado Federal. BL: art. 155, §2º, V, “a”, CF (tribut.)

b) FIXAR ALÍQUOTAS MÁXIMAS nas mesmas operações para resolver conflito específico que
ENVOLVA interesse de Estados, mediante RESOLUÇÃO de iniciativa da maioria absoluta e
APROVADA por dois terços de seus membros; [Obs.: O exercício da competência senatorial, nesse caso, é
facultativo]. (PGEPB-2008) (TJSP-2009) (MPSC-2010) (TJPB-2011) (PGEPR-2011) (MPPI-2012) (AGU-2012)
(TJSC-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEBA-2014) (TJRR-2015) (PGESP-2018) (MPMG-2021)

(MPMG-2021): Compete ao Senado Federal fixar, por resolução, as alíquotas do ICMS nas operações
interestaduais. Também é facultado ao Senado Federal regular as alíquotas mínimas do ICMS nas
operações internas e as alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que
envolva interesse de Estados. BL: art. 155, §2º, IV e V “a” e “b”, CF (tribut.)

##Atenção: ##TJRR-2015: ##FCC: Quanto à fixação das alíquotas internas mínima e máxima, tal se dará
facultativamente por resolução do SF (art. 155, § 2º, V, da CF). No caso de alíquota mínima, a iniciativa é
de 1/3 do Senado Federal e aprovação por maioria. No caso de alíquota máxima, a iniciativa é da maioria
absoluta do Senado Federal e aprovação de 2/3 dos seus membros.

VI - SALVO deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no
inciso XII, "g", as ALÍQUOTAS INTERNAS, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
prestações de serviços, NÃO PODERÃO SER INFERIORES às previstas para as operações
interestaduais; (PGESP-2002/2009) (MPRN-2009) (TJSC-2010) (PGEAM-2010) (TJPB-2011) (AGU-2012) (MPRO-
2013) (TJAP-2014) (TJCE-2014) (PGERN-2014)

VII - nas operações e prestações que DESTINEM bens e serviços a consumidor final, contribuinte
ou não do imposto, LOCALIZADO em outro Estado, ADOTAR-SE-Á a ALÍQUOTA INTERESTADUAL
e CABERÁ ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a
ALÍQUOTA INTERNA do Estado destinatário e a ALÍQUOTA INTERESTADUAL; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 87, de 2015) (TJAL-2015) (PGEPA-2015) (PGEPR-2015) (MPGO-2016) (PGEAM-2016)
(PGEMT-2016) (PGESP-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (TCERJ-2021)

a) e b) (revogadas); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)

(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020-CESPE): Acerca de ICMS, julgue o item a seguir: Nas operações e


prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado
em outro estado, será adotada a alíquota interestadual e caberá ao estado de localização do destinatário o
imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do estado destinatário e a alíquota
interestadual. BL: art. 155, §2º, VII, CF.

VIII - a responsabilidade pelo recolhimento [= pelo pagamento] do imposto correspondente à


diferença entre a ALÍQUOTA INTERNA e a INTERESTADUAL de que trata o inciso VII SERÁ
ATRIBUÍDA: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)

a) ao DESTINATÁRIO, quando este for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 87, de 2015)

b) ao REMETENTE, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 87, de 2015)
567
(TJRO-2019-VUNESP): A empresa ABC Ltda., contribuinte do ICMS, por meio de estabelecimento
sediado em específico estado da Federação, vendeu, no ano de 2019, à empresa XYZ Ltda., sediada em
outro estado da Federação e não contribuinte do ICMS, mercadorias sujeitas à alíquota no estado de
origem e no estado de destino de 18%. A alíquota interestadual para vendas com origem no estado do
estabelecimento da empresa ABC Ltda. com destino para o estado do estabelecimento da empresa XYZ
Ltda. é de 12%. Considerando que a empresa XYZ Ltda. seja a consumidora final das mercadorias, é
correto afirmar que se adotará a alíquota interestadual de 12% e caberá ao estado de localização do
destinatário o imposto correspondente a 6%, que deverá ser recolhido pela empresa ABC Ltda.,
remetente das mercadorias. BL: art. 155, §2º, VII e VII, “b”, CF. (trib.)

##Atenção: Na primeira situação narrada deve ser aplicada a alíquota interestadual, que é de 12%,
consoante dispõe o art. 155, §2º, VII da CF. Esse valor é recolhido ao Estado de origem da mercadoria. Já
ao Estado de destino deve ser recolhido o diferença de alíquota, também conhecido como DIFAL, que é a
subtração entre a alíquota interna e a alíquota interestadual. Nesse caso, a alíquota interna é de 18%, e a
interestadual é de 12%. Assim, o DIFAL é de 6% (18 - 12). Como o destinatário (XYZ) não é contribuinte
do ICMS, caberá ao remetente (ABC), que é contribuinte do ICMS, a responsabilidade pelo recolhimento
do imposto, nos termos do art. 155, §2º, VIII, “b” da CF.

IX - INCIDIRÁ também:

a) sobre A ENTRADA DE BEM ou MERCADORIA IMPORTADOS DO EXTERIOR por pessoa


física ou jurídica, AINDA QUE NÃO SEJA contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua
finalidade, assim como sobre o SERVIÇO PRESTADO NO EXTERIOR, CABENDO O IMPOSTO AO
ESTADO onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou
serviço; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (MPF-2008) (TJMG-2006/2009) (TJGO-2009)
(TJMT-2009) (DPESP-2009) (PGEPE-2009) (PGESP-2009) (TJPR-2010/2012) (MPTO-2012) (MPSC-2013)
(PCPA-2013) (PGERN-2014) (DPEPA-2015) (PGEMS-2016) (PGM-BH/MG-2017) (TJAL-2015/2019) (MPMT-
2019) (TJMS-2020) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020)

Súmula vinculante 48-STF: Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS
por ocasião do desembaraço aduaneiro.

##Atenção: ##STF: ##DOD: É válida lei estadual que dispõe acerca da incidência do ICMS sobre
operações de importação editada após a vigência da EC 33/01, mas antes da LC 114/02; esta lei, contudo,
somente produz efeitos a partir da vigência da LC 114/02: I - Após a Emenda Constitucional 33/01, é
constitucional a incidência de ICMS sobre operações de importação efetuadas por pessoa, física ou
jurídica, que não se dedica habitualmente ao comércio ou à prestação de serviços, devendo tal
tributação estar prevista em lei complementar federal. II - As leis estaduais editadas após a EC 33/01 e
antes da entrada em vigor da Lei Complementar 114/02, com o propósito de impor o ICMS sobre a
referida operação, são válidas, mas produzem efeitos somente a partir da vigência da LC 114/02. STF.
Plenário. RE 1221330, Rel. Luiz Fux, Relator p/ Acórdão: Alexandre de Moraes, j. 16/06/20 (Repercussão
Geral – Tema 1094) (Info 987 – clipping).

##Atenção: ##Repercussão Geral/STF – Tese 171: ##MPSC-2013: ##DPEPA-2015: ##TJSP-2018:


##TJMS-2020: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: ##FMP: Após a EC 33/01,
é constitucional a incidência de ICMS sobre operações de importação efetuadas por pessoa, física ou
jurídica, que não se dedica habitualmente ao comércio ou à prestação de serviços. (STF. Plenário. RE
439796, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 06/11/13). 135 Alguns pontos importantes extraídos da ementa
julgado:
1. Existência e suficiência de legislação infraconstitucional para instituição do tributo (violação dos arts.

135
##Atenção: ##DOD: ##Repercussão Geral/STF – Tese 171: ##TJSP-2018: ##TJMS-2020: ##FCC: ##VUNESP:
Após a EC 33/01, é CONSTITUCIONAL a instituição do ICMS incidente sobre a importação de bens, sendo
irrelevante a classificação jurídica do ramo de atividade da empresa importadora. Antes da EC 33/2001 essa
prática era inconstitucional. As leis estaduais anteriores à EC 33/01 que previam a cobrança de ICMS
importação para pessoas que não fossem contribuintes habituais de imposto são inválidas, considerando que
o sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente. Para ser
constitucionalmente válida a incidência do ICMS sobre operações de importação de bens, as modificações no
critério material na base de cálculo e no sujeito passivo da regra-matriz deveriam ter sido realizadas em lei
posterior à EC 33/01. A súmula 660 do STF está superada. STF. Plenário. RE 439796/PR; RE 474267/RS, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, j. 6/11/13 (Info 727).
568
146, II e 155, XII, § 2º, i da CF). A validade da constituição do crédito tributário depende da existência
de lei complementar de normas gerais (LC 114/02) e de legislação local resultantes do exercício da
competência tributária, contemporâneas à ocorrência do fato jurídico que se pretenda tributar.
2. Modificações da legislação federal ou local anteriores à EC 33/01 não foram convalidadas, na
medida em que inexistente o fenômeno da “constitucionalização superveniente” no sistema
jurídico brasileiro. A ampliação da hipótese de incidência, da base de cálculo e da sujeição passiva
da regra-matriz de incidência tributária realizada por lei anterior à EC 33/01 e à LC 114/02 não
serve de fundamento de validade à tributação das operações de importação realizadas por
empresas que não sejam comerciais ou prestadoras de serviços de comunicação ou de transporte
intermunicipal ou interestadual. (##Atenção: Caiu no TJSP-2018!!!)
3. A tributação somente será admissível se também respeitadas as regras da anterioridade e da
anterioridade, cuja observância se afere com base em cada legislação local que tenha modificado
adequadamente a regra-matriz e que seja posterior à LC 114/02.
(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020-CESPE): Acerca de ICMS, julgue o item a seguir: É possível a cobrança de
ICMS sobre as importações de bens realizadas por pessoas físicas e pessoas jurídicas não contribuintes
habituais do referido imposto, estando a tributação condicionada à edição de lei complementar
estabelecendo normas gerais e de leis estaduais, reveladoras do exercício da competência tributária. BL: art.
155, §2º, IX da CF e Entend. STF.
(TJSP-2018-VUNESP): Com relação à operação de importação por não contribuinte, é correto afirmar que,
segundo a jurisprudência consolidada do STF, a EC 33/01 criou nova competência tributária para estender
o campo de incidência do ICMS à operação de importação de bem por não contribuinte, cuja tributação há
de ter fundamento de validade em lei complementar de normas gerais e legislação local supervenientes. BL:
art. 155, §2º, IX da CF e Entend. STF.

##Atenção: ##DOD: LC 114/02: A fim de adequar a legislação do ICMS à nova disciplina da EC 33/01, o
Congresso Nacional editou a LC 114/02, alterando a LC 87/96 (que trata do ICMS) para regular os casos
de ICMS importação. Dessa forma, a LC 114/02, que entrou em vigor em 17/12/02, foi editada com o
objetivo de prever expressamente, na legislação infraconstitucional, a possibilidade de ICMS sobre a
importação.

##Atenção: ##STF: ##TJSP-2018: ##VUNESP: ##TJMS-2020: ##FCC: O STF, ao julgar o RE 474.267/RS-


RG (Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 20/3/14), fixou a orientação de que o ICMS previsto no art. 155,
§ 2º, IX, “a”, da CF/88 somente é exigível às importações ocorridas após a edição de legislação local
estadual (ou distrital) que tenha cumprido as previsões da EC 33/01 e da LC 114/02. (STF. 2ª T., RE
797294 AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, j.. 24/02/15).

##Atenção: ##STF: ##TJAL-2019: ##FCC: Para o STF, o sujeito ativo da relação jurídico-tributária do
ICMS é o Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário jurídico da
mercadoria (alínea 'a' do inciso IX do § 2º do art. 155 da CF/88); pouco importando se o desembaraço
aduaneiro ocorreu por meio de ente federativo diverso. (RE 299.079-5/RJ; Rel. Min. Carlos Britto; v.u.; j.
30/6/04; DJ 16/6/06). Destaca-se do voto do Min. Rel. Carlos Britto: “8. O ICMS, incidente na importação
de mercadoria, não tem como sujeito ativo da relação jurídico-tributária o Estado onde ocorreu o desembaraço
aduaneiro – momento do fato gerador –, mas o Estado onde se localiza o sujeito passivo do tributo; ou seja, aquele
que promove juridicamente o ingresso do produto. No presente caso, o Estado de Pernambuco. 9. De mais a mais, o
dispositivo constitucional, ao se referir a ‘estabelecimento destinatário’, não especifica o tipo de estabelecimento: se é
o final, ou se não é. 10. Dessa forma, quando a operação se inicia no Exterior, o ICMS é devido ao Estado
em que está localizado o destinatário jurídico do bem, isto é, o importador. (...). 11. Assim, em face do
exposto, confirmo o Estado de Pernambuco como sujeito ativo da relação tributária e nego provimento ao recurso
extraordinário.”. Também foi essa a conclusão adotada pelo Min. Marco Aurélio: “No caso, trata-se de
tributo sobre a importação, e não possuindo a recorrida estabelecimento no Estado do Rio de Janeiro, mas em
Pernambuco, a este cabe o imposto. Impossível valorizar-se o desembarque de modo a se afastar do cenário
jurídico a norma constitucional definidora do Estado titular do tributo.”

(MPMG-2021): Constitui um dos fatos geradores do ICMS a entrada de bem ou mercadoria importados
do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer
que seja a sua finalidade, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço. BL: art. 155, §2º, IX, “a”, CF (tribut.)

(TJMG-2018-Consulplan): Acerca do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e


sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS),
assinale a alternativa correta: O imposto incidirá também sobre a entrada de bem ou mercadoria
importadas do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto
ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou
569
serviço. BL: art. 155, §2º, IX, “a”, CF e art. 2º, §1º e art. 11, IV, LC 87/96. (tribut.)

##Atenção: Vide o teor do art. 2º, §1º e art. 11 da LC/87/96 (Lei Kandir): “Art. 2º, §1º: O imposto incide
também: I - sobre a entrada de mercadoria ou de bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que
não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; (...) II - sobre o serviço prestado no
exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; (...) “Art. 11: O local da operação ou da prestação, para
efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: (...) IV - tratando-se de serviços
prestados ou iniciados no exterior, o do estabelecimento ou do domicílio do destinatário.”

(TJPA-2014-VUNESP): Assinale a alternativa correta acerca do imposto sobre operações relativas à


circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação (ICMS), segundo a disciplina constitucional que lhe é conferida: Incidirá sobre a entrada
de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja
contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço
prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento
do destinatário da mercadoria, bem ou serviço. BL: art. 155, §2º, IX, “a”, CF (tribut.)

b) sobre o VALOR TOTAL DA OPERAÇÃO, quando mercadorias FOREM FORNECIDAS com


serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; (MPMG-2010) (PGEMS-2016)
(TJMG-2009/2018) (DPEPE-2018) (MPMT-2019) (DPESP-2019)

(MPPB-2018-FCC): O Sistema Tributário Nacional, disciplinado no texto da Constituição Federal, atribui


competência às diferentes pessoas jurídicas de direito público interno para instituir impostos e para
legislar sobre os impostos de sua competência. De acordo com o texto constitucional, as prestações de
serviços de comunicação e o fornecimento de mercadorias com serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios estão sujeitos à incidência do ICMS. BL: art. 155, caput, II136 c/c
§2º, IX, “b”, CF.

##Atenção: Nos termos do art. 155, II, CF, o serviço de comunicação é fato gerador do ICMS. Por sua vez,
o inciso IX, do art. 155, §2º, dispõe o ICMS incide sobre o total das operações quando mercadorias forem
fornecidas com serviços não compreendidos na competência do ISS municipal.

X - NÃO INCIDIRÁ:

a) sobre operações que DESTINEM MERCADORIAS PARA O EXTERIOR, NEM sobre


SERVIÇOS PRESTADOS A DESTINATÁRIOS NO EXTERIOR, ASSEGURADA a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJMG-2009) (TJMT-2009) (PGEPE-2009) (MPF-2011) (PGEPR-
2011) (TJPR-2010/2012) (TJBA-2012) (MPPI-2012) (PGEMG-2012) (TJPA-2014) (TJAP-2014) (PGEAC-2014)
(PGERS-2015) (TJRS-2009/2016) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (PGM-BH/MG-2017) (TJAL-2019) (MPMT-2019)
(MPSC-2019) (TJGO-2021)

Súmula 649-STJ: Não incide ICMS sobre o serviço de transporte interestadual de mercadorias destinadas
ao exterior.

(TJRS-2016-Faurgs): As operações que destinem mercadorias para o exterior não são isentas de ICMS.
BL: art. 155, §2º, X, “a”, CF.

##Atenção: Operações de exportação são IMUNES, e não isentas, de ICMS, já que a vedação à tributação
advém da CF, e não por meio de lei, pressuposto básico para caracterização de uma isenção.

(TJRS-2009): À luz das disposições em vigor da CF/88 com relação ao imposto sobre operações relativas
à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação é correto afirmar que não incide sobre operações que destinem mercadorias para o
exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento dos créditos relativos às operações e prestações
anteriores. BL: art. 155, §2º, X, “a”, CF.

136
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
570
b) sobre operações que DESTINEM a outros Estados PETRÓLEO, INCLUSIVE LUBRIFICANTES,
COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E GASOSOS dele derivados, e ENERGIA ELÉTRICA; (PGEES-2008)
(TJMG-2009) (DPESP-2009) (TJRO-2011) (TRF1-2011) (TJPR-2010/2011/2012) (MPPI-2012) (PGEMG-2012)
(PGEPI-2014) (PGEPR-2015) (PGM-BH/MG-2017) (PGETO-2018) (TJAL-2019) (TJGO-2021)

(TJPR-2011): A imunidade de ICMS sobre operações de combustíveis e lubrificantes derivados de


petróleo em operações interestaduais poderá ser afastada por lei complementar, mas o imposto incidirá,
neste caso, uma única vez, qualquer que seja sua finalidade. BL: art. 155, §2º, X, “b”, CF c/c inciso XII,
“h” da CF.

(TJMG-2009): Em relação ao ICMS: Não incide sobre operações que destinem a outros Estados petróleo,
combustíveis dele derivados e energia elétrica. BL: art. 155, §2º, X, “b”, CF.

(DPESP-2009-FCC): Assinale a alternativa correta: De acordo com a CF/88, o ICMS não incide sobre
operações que destinem petróleo, combustíveis e energia elétrica a outros Estados. BL: art. 155, §2º, X,
“b”, CF.

c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; (MPPI-2012) (PGEMG-2012) (TJPR-
2012/2014) (MPPB-2018) (TJGO-2021)

(TJAL-2015-FCC): De acordo com a Constituição Federal, as operações com ouro sujeitam-se à


incidência do ICMS, exceto quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial. BL:
art. 153, §4º, II c/c art. 155, §2º da CF/88 (tributário)

##Atenção: Conforme a CF: “Art. 155 § 2º (ICMS) X - não incidirá: [...] c) sobre o ouro, nas hipóteses
definidas no art. 153, § 5º. O art. 153, §5º, por sua vez, assim refere: “Art. 153 § 5º O ouro, quando
definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do
imposto de que trata o inciso V do "caput" [IOF] deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota
mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes
termos: [...]”

##Atenção: Resumindo:
 Ativo financeiro ou Instrumento cambial = IOF (alíquota de 1% na CF).
c) 30% Estados/DF de origem
d) 70% Municípios de origem
 Mercadoria = ICMS

d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e


imagens de recepção LIVRE e GRATUITA; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJPE-
2011) (MPPI-2012) (PGEMG-2012) (TJPR-2011/2014) (TJAL-2015) (PGEMS-2016) (MPMT-2019) (TJGO-2021)

(MPMT-2019-FCC): No tocante ao ICMS, e de acordo com a Constituição Federal, lei estadual de Mato
Grosso pode definir como fato gerador do ICMS as prestações de serviço de comunicação, sejam estas
prestações de âmbito intramunicipal, intermunicipal e interestadual, nas modalidades de radiodifusão
sonora e de sons e imagens, desde que a recepção não seja livre e gratuita. BL: art. 155, caput, II c/c §2º,
“d”, CF.

##Atenção: Portanto, nos termos do art. 155, §2º, X, “d”, CF, apenas são imunes do ICMS quando se
tratar de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita

(TJPE-2011-FCC): O art. 155, §2º, “d” da CF/88, enuncia que o ICMS “não incidirá” sobre prestação de
serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão e transmissão de imagens. Bem observado, o
dispositivo consagra, segundo a melhor doutrina do direito, imunidade tributária. BL: art. 155, §2º, “d”,
CF.

##Atenção: Trata-se de imunidade tributária específica do ICMS. A imunidade é uma limitação


constitucional ao Poder de Tributar que corresponde a uma hipótese de incompetência das pessoas
políticas para instituir tributos, ou seja, é norma constitucional que afasta a tributação.

571
XI - NÃO COMPREENDERÁ, EM SUA BASE DE CÁLCULO, o montante do imposto sobre
produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto
DESTINADO à industrialização ou à comercialização, CONFIGURE FATO GERADOR dos dois
impostos; (TRF2-2009) (MPMG-2010) (TJPR-2012) (MPPI-2012) (TJAP-2014) (PGERN-2014) (TJPA-2019)

##Atenção: ##TRF2-2009: ##MPMG-2010: ##CESPE: Há possibilidade de inserir o valor de outro


tributo na base de cálculo, ao exemplo do IPI integrar a base de cálculo do ICMS quando: i) a operação
não for realizada entre contribuintes; ii) o objeto da operação for produto não destinado à
industrialização ou à comercialização; e iii) a operação não configurar fato gerador de ambos os
impostos. Base Legal: § 2º do art. 13, da LC 87/96137; e do inciso XI do § 2º do art. 155 da CF.

XII - CABE à LEI COMPLEMENTAR:

a) DEFINIR seus contribuintes; (TJMG-2009) (TJRR-2015) (MPPB-2018)

b) DISPOR sobre substituição tributária; (TJMG-2005) (PGEPI-2008) (TJRR-2015) (TJMG-2009/2018)


(MPPB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018)

c) DISCIPLINAR o regime de compensação do imposto; (TJRR-2015) (PGEPA-2015) (PGEMT-2016)


(MPPB-2018)

d) FIXAR, para efeito de sua COBRANÇA e DEFINIÇÃO DO ESTABELECIMENTO


RESPONSÁVEL, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;
(TJRR-2015) (MPPB-2018)

(MPPB-2018-FCC): Embora o ICMS seja um dos impostos mais minuciosamente disciplinados no texto
constitucional, a própria CF/1988 estabeleceu que algumas matérias deveriam ser disciplinadas por meio
de lei complementar federal. Em razão disso, no âmbito do ICMS, cabe à lei complementar disciplinar o
regime de compensação do imposto; definir seus contribuintes; e fixar, para efeito de sua cobrança e
definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e
das prestações de serviços. BL: art. 155, §2º, XII, “a”, “c” e “d”, CF.

e) EXCLUIR da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos
além dos mencionados no inciso X, "a"; [obs.: isenção heterônoma] (TJRS-2009) (MPF-2012) (TJRR-2015)
(PGEMA-2016) (MPPB-2018) (TJRJ-2019)

f) PREVER CASOS DE MANUTENÇÃO DE CRÉDITO, relativamente à remessa para outro Estado


e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; (TJRR-2015) (MPPB-2018)

g) REGULAR A FORMA como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções,
incentivos e benefícios fiscais SERÃO concedidos e revogados. (TJAL-2008) (PGEPI-2008) (PGESP-
2002/2009) (MPRN-2009) (PGEPE-2009) (TRF2-2011) (AGU-2007/2012) (TJAC-2012) (DPERO-2012) (TJSP-
2008/2013) (MPRO-2008/2013) (MPDFT-2013) (DPESP-2013) (PCDF-2013) (PGEGO-2013) (TJAP-2014)
(TJDFT-2014) (MPAC-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEBA-2014) (PGERN-2014) (PGEPR-
2011/2015) (TJRR-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEAM-2010/2016) (TJAM-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
(PGM-BH/MG-2017) (MPPB-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (PGECE-2008/2021) (TCDF-2021) (DPETO-
2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 817: ##DOD: ##PGECE-2021: ##CESPE: É cabível a concessão
de remissão, com amparo em convênios CONFAZ, de créditos de ICMS oriundos de benefícios fiscais
declarados inconstitucionais: É constitucional a lei estadual ou distrital que, com amparo em convênio
do CONFAZ, conceda remissão de créditos de ICMS oriundos de benefícios fiscais anteriormente
julgados inconstitucionais. STF. Plenário. RE 851421/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 17/12/21
(Repercussão Geral – Tema 817) (Info 1042).

137
Art. 13. A base de cálculo do imposto é: (...) § 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do
Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto
destinado à industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos.
572
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 705: ##DOD: A inadimplência do usuário não afasta a
incidência ou a exigibilidade do ICMS sobre serviços de telecomunicações: As vendas inadimplidas não
podem ser excluídas da base de cálculo do tributo, pois a inadimplência do consumidor final — por se
tratar de evento posterior e alheio — não obsta a ocorrência do fato gerador do ICMS-comunicação.
STF. Plenário. RE 1003758/RO, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes,
j. 14/5/21 (Repercussão Geral – Tema 705) (Info 1017).

##Atenção: ##STF: ##PGECE-2021: ##CESPE: (...). § 2º DO ART. 2º E ART. 4º DA LEI


COMPLEMENTAR N. 24/75. NORMAS ANTERIORES À CONSTITUIÇÃO DE 1988. CABIMENTO
DA ADPF. ICMS. EXIGÊNCIA DE UNANIMIDADE ENTRE OS ENTES FEDERADOS
REPRESENTADOS NO CONFAZ PARA A CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO CONCESSIVO DE
BENEFÍCIO FISCAL. RATIFICAÇÃO POSTERIOR DO ACORDO POR DECRETO LOCAL.
EFETIVIDADE DO DISPOSTO NA AL. G DO INC. XII DO § 2º DO ART. 155 DA CONSTITUIÇÃO
DE 1988. RECEPÇÃO DAS NORMAS IMPUGNADAS PELO ORDENAMENTO
CONSTITUCIONAL VIGENTE. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE AFRONTA AO PRINCÍPIO
FEDERATIVO E DEMOCRÁTICO. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO
FUNDAMENTAL JULGADA IMPROCEDENTE. STF. Plenário. ADPF 198, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
18/08/20.
##Comentários sobre o julgado acima: ADPF nº 198 - Exigência de unanimidade no CONFAZ para
aprovação de incentivos fiscais pelos Estados: O STF reafirmou a jurisprudência e julgou constitucional a
exigência de unanimidade entre os Estados e Distrito Federal para concessão de benefícios fiscais de ICMS
no Conselho Nacional de Política Fazendária ("CONFAZ"). A ação fora proposta pelo Governador do
Distrito Federal contra dispositivo da Lei Complementar nº 24/1975, sob argumento de violação aos
princípios democrático, federativo e da proporcionalidade, na medida em que o poder de veto poderia ser
utilizado de forma arbitrária e discricionária por qualquer Estado, em prejuízo ao Estado menos
desenvolvido. A maioria dos Ministros entendeu que a regra da unanimidade no CONFAZ fortalece o
modelo federativo, pois o consenso entre todos os Estados evitaria a indesejável guerra fiscal. (Fonte:
www.bmalaw.com.br/conteudo/institucional/exigencia-de-unanimidade-no-confaz-para-aprovacao-de-
incentivos-fiscais-pelos-estados). Portanto, no julgamento da ADPF 198, os ministros do STF decidiram que
é constitucional a concordância unânime de todos os Estados-membros e do DF para a concessão de
benefícios tributários em matéria de ICMS.
##Questão de concurso:
(PGECE-2021-CESPE): Com referência às limitações constitucionais ao poder de tributar e à repartição das
receitas tributárias na ordem constitucional, assinale a opção correta: É inconstitucional a concessão de
incentivos fiscais relativos ao ICMS sem que haja decisão unânime dos estados representados em
deliberação do Conselho Nacional de Política Fazendária. BL: art. 155, §2º, XII, “g”, CF e arts. 1º, caput e
art. 2º, §2º, LC 24/75138 e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020: ##CESPE: A jurisprudência do Supremo Tribunal


Federal consolidou-se no sentido de que a concessão de benefícios fiscais relativos ao Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços pressupõe não somente a autorização por meio de convênio
celebrado entre os Estados e o Distrito Federal, nos termos da Lei Complementar nº 24/1975, mas
também da edição de lei em sentido formal de cada um daqueles entes. STF. 1ª T., RE 579630 AgR, Rel.
Min. Roberto Barroso, j. 02/08/16.
##Comentários sobre o julgado acima: "Ora, considerando que, no âmbito interno da Federação Brasileira, os
convênios interestaduais equivalem aos tratados e acordos internacionais, dúvidas não restam no sentido de que, até
por questão de simetria, devem ser aprovados, pelas Assembleias Legislativas" (CARRAZZA, Roque Antônio.
ICMS. 17ª. Ed. São Paulo: Malheiros, 2015, p. 621)

##Atenção: ##STF: ##PGEGO-2013: ##PGEPR-2015: ##PUCPR: (...) VI - O controle de


constitucionalidade concentrado não encontra obstáculo na norma constitucional de eficácia contida.
A regulamentação relegada à lei federal deve necessariamente respeitar os fins e os limites traçados
pela norma constitucional, razão pela qual, quando violados algum destes, perfeitamente possível o
exercício do controle de constitucionalidade. VII - O art. 155, § 2º, inciso XII, g, da Constituição
Federal dispõe competir à lei complementar, mediante deliberação dos Estados membros e do Distrito
Federal, a regulamentação de isenções, incentivos e benefícios fiscais a serem concedidos ou
revogados, no que diz respeito ao ICMS. Evidente necessidade de consenso entre os entes federativos,

138
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou
revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta
Lei. (...) Art. 2º - Os convênios a que alude o art. 1º, serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido
convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência de representantes do
Governo federal. (...) § 2º - A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos Estados
representados; a sua revogação total ou parcial dependerá de aprovação de quatro quintos, pelo menos, dos
representantes presentes.
573
justamente para evitar o deflagramento da perniciosa “guerra fiscal” entre eles. À lei complementar
restou discricionária apenas a forma pela qual os Estados e o Distrito Federal implementarão o ditame
constitucional. A questão, por sua vez, está regulamentada pela Lei Complementar 24/1975, que
declara que as isenções a que se faz referência serão concedidas e revogadas nos termos dos convênios
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal. STF. Plenário. ADI 2549, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, j. 01/06/11.
(PGEGO-2013): O art. 155 da Constituição Federal, que trata da competência dos Estados e do Distrito
Federal para instituir impostos, dispõe em seu § 2º: “[..] XII - cabe à lei complementar: [..] g) regular a forma
como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados.” De acordo com o STF, trata-se de norma de eficácia contida. BL: art. 155, §2º, XII, “’g”, CF e
Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TCDF-2021: ##CESPE: A jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que a


isenção tributária configura “ato discricionário” fundado no “juízo de conveniência e oportunidade
do Poder Público” e que não cabe ao Poder Judiciário estendê-la a quem não beneficiado por ela, pois
isso caracterizaria ofensa ao princípio constitucional da separação dos poderes. Vejamos o seguinte
julgado: “(...) A concessão do benefício da isenção fiscal é ato discricionário, fundado em juízo de
conveniência e oportunidade do Poder Executivo, cujo controle é vedado ao Judiciário. Precedentes.
(...)”(STF. 2ª T., RE 480.107-AgR, Rel. Min. Eros Grau, DJe 27.3.09).

##Atenção: ##STF: ##TCDF-2021: ##CESPE: INCENTIVO FISCAL INSTITUÍDO POR DECRETO


ESTADUAL SEM PRÉVIA DELIBERAÇÃO CONJUNTA DOS ESTADOS E DO DISTRITO
FEDERAL. NULIDADE. PRECEDENTES. 1. A norma constante do art. 155, § 2º, XII, "g", da
Constituição do Brasil pressupõe a deliberação dos Estados e do Distrito Federal para a concessão e
revogação de benefícios fiscais concernentes ao ICMS (ADI 2.157, Moreira Alves, DJ de 07/12/00). STF.
1ª T., AI 449522 AgR, Rel. Min. Eros Grau, j. 21/09/04.

(TJSP-2013-VUNESP): A respeito das isenções de ICMS, é correto afirmar que somente podem ser
instituídas após aprovação de convênio autorizativo no Conselho Nacional de Política Fazendária. BL:
art. 155, §2º, XII, “’g”, CF. (trib.)

(MPRN-2009-CESPE): Lei complementar estadual, de forma autônoma e sem outro fundamento anterior,
instituiu benefício fiscal para os contribuintes do ICMS, em virtude da necessidade de se aumentar as
receitas desse estado, o que ocasionou a redução da alíquota abaixo da alíquota mínima já estabelecida e
cobrada nas operações geradoras do referido tributo e a diminuição da arrecadação de ICMS nos estados
vizinhos. Com relação a essa lei, assinale a opção correta: O ICMS é um tributo que tem importância
nacional e, por isso, deve seguir regulamentação estabelecida na CF, o que não ocorreu no referido caso.
BL: art. 155, caput c/c §2º, XII, “g”, CF. (trib.)

##Atenção: ##MPRN-2009: ##DPESP-2013: ##CESPE: ##FCC: "O artigo 155, parágrafo 2º, XII, “g” da
Constituição Federal determina que cabe a lei complementar regular a forma como – mediante deliberação dos
Estados e do Distrito Federal – isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados, em matéria de
ICMS. Essa lei a que alude o dispositivo já havia sido editada antes da entrada em vigor da Constituição de 1988
que a recepcionou. Trata-se da Lei Complementar n. 24/75, que prevê a necessidade de convênios
(celebrados no Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ), com aprovação unânime de todos
os Estados, para que isenções e benefícios fiscais sejam concedidos. Ela veicula, assim, norma geral em
matéria tributária, pois uniformiza a disciplina desse assunto no sistema jurídico tributário brasileiro. Trata-se de
norma fundada no princípio da homogeneidade que deve presidir um modelo federativo, como assina Tércio Ferraz
Júnior, eis que a União fixa padrões legais harmônicos na matéria, objetivando impedir a ocorrência da guerra fiscal
entre os Estados componentes da Federação. Há um risco permanente de que, na disciplina de benefícios fiscais,
uma unidade federativa possa prejudicar outra". (Seabra de Moura, Frederico Araújo. LEI COMPLEMENTAR
TRIBUTÁRIA. p. 275)

##Atenção: ##PGEAM-2016: ##CESPE: Os convênios citados no art. 100 do CTN (normas


complementares), abrangidos pela expressão “legislação tributária”, se destinam à mútua colaboração
entre os entes políticos no que concerne à administração dos seus tributos, podendo dispor, por exemplo,
sobre troca de informações sigilosas ou sobre a extraterritorialidade de legislação tributária, bem como
outras regras relativas à fiscalização tributária. Contudo, no que diz respeito aos Convênios ICMS,
regulados na Lei Complementar nº 24, de 1975, e com previsão constitucional no art. 155, §2º, XII, “g”,
da CF/88, aqueles são considerados como normas primárias, com status semelhante aos das leis em
sentido estrito, que inovam no ordenamento jurídico. Logo, eles não são normas que complementam o
sentido de outras leis, de tratados e de convenções internacionais, e muito menos de decretos executivos.
No mesmo sentido, Ricardo Alexandre assim refere: "No que concerne ao ICMS, alguns convênios têm
574
previsão constitucional, sendo, portanto, normas primárias, de hierarquia legal, não podendo ser
classificados como atos meramente complementares."

(TJAL-2008-CESPE): O governador de determinado estado decidiu criar uma política fiscal atrativa de
investimentos para sua unidade federada e, sem nenhum procedimento anterior, encaminhou, por meio
de projeto de lei, proposta de concessão de benefícios fiscais em relação ao tributo de ICMS para
empresas que se instalarem em seu território. Com relação a essa situação hipotética e às normas que
regem os benefícios fiscais, assinale a opção correta: Qualquer benefício fiscal concedido ao tributo de
ICMS depende de deliberação entre os estados e o DF, o que é pressuposto para a criação da legislação
específica. BL: art. 155, §2º, XII, “’g”, CF. (trib.)

h) DEFINIR os COMBUSTÍVEIS e LUBRIFICANTES sobre os quais o imposto INCIDIRÁ uma


única vez [obs.: monofásica], qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que NÃO SE APLICARÁ o
disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (PGEES-2008) (MPF-2008/2011)
(TJRO-2011) (TJAL-2015/2019)

(TJRO-2011): A imunidade dos ICMS sobre combustíveis e lubrificantes, quando em operação


interestadual, pode ser afastada por determinação expressa em lei complementar, que também fixará
incidência única desse imposto sobre esses produtos, independentemente de sua finalidade. BL: art. 155,
§2º, X, “b” c/c art. 155, §2º, XII, “h”, CF. (tributário)

##Atenção: O art. 155, §2º, X, b, da CF, dispõe que o ICMS não incidirá sobre operações interestaduais
com combustíveis e lubrificantes. No entanto, o inciso XII, alínea h, do mesmo dispositivo, prevê que
cabe à lei complementar definir quais combustíveis e lubrificantes terão incidência única (i.e.,
monofásica), não se aplicando a imunidade prevista no inciso X, alínea b, do mesmo parágrafo.

i) FIXAR a BASE DE CÁLCULO, de modo que o montante do imposto a integre, também na


importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
(PGESP-2009) (PGERN-2014) (TJRR-2015)

(TJRR-2015-FCC): O ICMS é imposto de competência estadual. Não obstante isso, a Constituição Federal
estabelece que determinadas matérias deverão ser disciplinadas por meio de lei complementar federal.
Assim, dentre as matérias que devem ser necessariamente disciplinadas por meio de lei complementar,
encontram-se: A fixação de sua base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também
na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço; a definição de seus contribuintes; a disciplina
do regime de compensação do imposto. BL: art. 155, §2º, XII, “a”, “c” e “i”, CF. (tribut.)

§ 3º À EXCEÇÃO DOS IMPOSTOS de que tratam o inciso II [ICMS] do caput deste artigo e o art.
153, I e II [II e IE], nenhum outro imposto PODERÁ INCIDIR sobre operações relativas a ENERGIA
ELÉTRICA, SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES, DERIVADOS DE PETRÓLEO, COMBUSTÍVEIS
e MINERAIS do País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJDFT-2007) (DPU-2010)
(TRF5-2009/2011) (TJRO-2011) (TRF1-2011) (TJMG-2009/2012) (TJRS-2012) (MPPI-2012) (PFN-2012) (TJPR-2013)
(TJAP-2014) (PGEMS-2016) (TJMT-2018) (DPERS-2018) (PGESC-2018) (MPPR-2019) (TCERJ-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2013: ##PGEMS-2016: ##DPERS-2018: ##MPPR-2019:


##TCERJ-2021: ##CESPE: ##FCC: Não incide ICMS sobre serviço de fornecimento de água encanada:
Serviço de fornecimento de água encanada: NÃO está sujeito ao pagamento de ICMS (não é objeto de
comercialização, mas sim de prestação de serviço público). Fornecimento de água envasada
(embalada): Está sujeito ao pagamento de ICMS (há circulação de mercadoria). STF. Plenário. RE
607056/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 10/4/13 (Info 701).
(TCERJ-2021-CESPE): Acerca do Sistema Tributário Nacional, julgue o item que se segue: Viola a
Constituição Federal de 1988 a cobrança de ICMS sobre serviços de fornecimento de água potável por
empresas concessionárias de serviço público. BL: Info 701, STF.

(TJAL-2019-FCC): A Constituição do Estado de Alagoas estabelece que os Municípios têm competência


para instituir o imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto sobre o óleo
diesel, determina que esse imposto compete ao Município em que se completa sua venda a varejo e ainda
estabelece que o referido imposto não exclui a incidência concomitante do ICMS sobre as mesmas
operações. Por sua vez, a Lei Orgânica do Município de Maceió estabelece que compete ao Município
575
instituir o imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos ou gasosos, exceto sobre o óleo diesel,
quando o negócio se completar no território do Município de Maceió, que sua incidência não exclui a
incidência do ICMS sobre a mesma operação e que suas alíquotas não poderão ultrapassar os limites
superiores estabelecidos em lei complementar federal. De acordo com a Constituição Federal, os
Municípios não têm competência para instituir esse imposto em seus territórios. BL: art. 155, §3º, CF.

##Atenção: O caso em tela, tenta induzir a acreditar estarem os entes federados – Estado de Alagoas e
Município de Maceió – no exercício regular de sua competência tributária, notadamente ao afirmar que a
incidência do tributo municipal não excluiria a incidência do tributo estatual (o ICMS). Pela narrativa do
caso, a questão leva a crer que se está tratando de instituição de ISSQN “sobre vendas a varejo de
combustíveis líquidos e gasosos, exceto sobre o óleo diesel”. Entretanto, a questão cobrou unicamente o
conhecimento de um caso específico de imunidade previsto na CF/88. Vejamos: “Art. 155, §3º. À exceção
dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto
poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de
petróleo, combustíveis e minerais no País”. Portanto, salvo o ICMS, o II e o IE, nenhum outro imposto
poderá incidir sobre combustíveis líquidos e gasosos – de modo que as previsões da Constituição
Estadual e a legislação municipal são, neste contesto, inconstitucionais. Por fim, vale registrar que, no
caso de combustíveis, é possível a instituição do chamado ICMS monofásico, cuja competência é dos
Estados (art. 155, §2º, XII, ‘h’, da CF/88).

##Atenção: ##TJAL-2019: ##FCC: O Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e


Gasosos (IVVC) é um extinto imposto brasileiro extinto pela EC 03/93: “Art. 4.º A eliminação do
imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, de competência dos Municípios,
decorrente desta Emenda Constitucional, somente produzirá efeitos a partir de 1.º de janeiro de 1996, reduzindo-se
a correspondente alíquota, pelo menos, a um e meio por cento no exercício financeiro de 1995.” Portanto, os
municípios não têm mais competência para instituir tal tributo, no entanto, ainda consta em algumas
Leis Orgânicas municipais. Como se sabe, as leis orgânicas dos municípios são normas que regulam a
vida política na cidade, sempre respeitando a Constituição Federal e a Constituição do Estado em que o
município está inserido.

(PGEPB-2008-CESPE): Com referência ao Sistema Tributário Nacional, assinale a opção correta: As


operações relativas a derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País submetem-se apenas à
incidência dos impostos sobre circulação de mercadorias e serviços, importação de produtos estrangeiros
e exportação. BL: art. 155, §3º, CF.

§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, OBSERVAR-SE-Á o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional


nº 33, de 2001)

XII - cabe à lei complementar:


h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que
seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001) (Vide Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

I - nas operações com os LUBRIFICANTES e COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO, o


imposto CABERÁ ao Estado onde ocorrer o consumo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
(PGESP-2002) (TJAL-2019)

II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes
e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de
origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais
mercadorias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TJAL-2019)

III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não
incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto CABERÁ ao Estado de
origem; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (MPF-2008) (PGESP-2002/2009)

IV - as ALÍQUOTAS DO IMPOSTO SERÃO DEFINIDAS mediante deliberação dos Estados e


Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 33, de 2001) (PGESP-2009) (TJMT-2018) (TJMS-2020)

576
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da
operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre
concorrência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

c) PODERÃO SER reduzidas e restabelecidas, NÃO SE LHES APLICANDO o disposto no art. 150,
III, b.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (MPF-2011) (TJCE-2014) (TJMS-2020)

(TJSP-2017-VUNESP): Sobre a hipótese de ICMS incidente sobre operações com combustíveis e


lubrificantes, é correto afirmar: incide a anterioridade especial no que se refere à diminuição e
reestabelecimento de alíquotas. BL: art. 155, §4º, IV, “c”, CF/88.

##Atenção: No caso do ICMS-Combustíveis, aplica-se o princípio da anterioridade especial.

##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: O que o Senado Federal poderá fazer é estabelecer as alíquotas
aplicáveis às operações e prestações interestaduais (art. 155, §2º, IV, CF), não podendo, nos dias atuais,
estabelecer as aplicáveis às exportações, porque a EC 42/03 trouxe regra de imunidade nestas situações.
Ademais, “as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal”
(art. 155, §4º, IV, CF), competência essa atualmente desempenhada pelo CONFAZ. Por fim, apenas o
ICMS-monofásico será desobrigado da anterioridade anual; as demais hipóteses devem obediência tanto à
regra da noventena quanto da anualidade.

(TJRO-2011): O ICMS poderá ser aumentado no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que
o instituiu ou aumentou, quando se tratar de combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá
uma única vez. BL: art. 155, §5º, IV, c, CF/88.

§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração e à


destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos
termos do § 2º, XII, g. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) [IPVA]

I - TERÁ ALÍQUOTAS MÍNIMAS fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) [Obs.: O exercício desta competência senatorial é obrigatório.] (PGEPB-
2008) (TJSC-2009) (PGESP-2009) (PGEAM-2010) (TJRO-2011) (MPMS-2011) (TRF2-2011) (AGU-2012) (PGERN-
2014) (PGEPR-2011/2015) (MPPB-2018) (Cartórios/TJMG-2019)

II - PODERÁ TER ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS em função do tipo e utilização. (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJDFT-2007) (DPECE-2008) (PGEPB-2008) (PGESP-2009)
(PGEAM-2010) (MPMS-2011) (TRF2-2011) (PGERS-2011) (TJCE-2012) (PGERN-2014) (PGEPR-2015) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (MPRS-2021)

(MPRS-2021): Assinale a alternativa correta referente à competência tributária estabelecida na Constituição


Federal de 1988: Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre a propriedade de
veículos automotores, que poderão ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. BL: art. 155,
caput, III e §6º, II, CF.

Seção V
DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS

Art. 156. COMPETE aos MUNICÍPIOS instituir impostos sobre: (DPESP-2009) (TJSP-2013) (MPT-
2013) (MPPR-2014) (MPRS-2014) (DPEPR-2014) (PCCE-2015) (PGESE-2017) (Cartórios/TJPR-2019)

I - propriedade predial e territorial urbana; (IPTU) (PGEPB-2008) (DPESP-2009) (PGERS-2011)


(TJAC-2012) (MPRR-2012) (TRF1-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGDF-2013) (MPT-2013)
(MPRS-2014) (DPECE-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEAC-2014) (MPF-

577
2015) (PCCE-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (TJAM-2016) (PGEMA-2016)
(PGEMT-2016) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PCPI-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJRO-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJMS-
2020) (DPEPA-2022)

##Atenção: Caráter fiscal e extrafiscal.

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, POR ATO ONEROSO, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, EXCETO os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição; (ITBI) (TJMG-2005) (DPECE-2008) (PGEPB-2008) (TJSC-2009) (DPESP-2009)
(MPAP-2012) (MPMG-2012) (TJAM-2013) (TRF2-2013) (PGEGO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-
2013) (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (MPT-2013) (MPRS-2014) (DPEMS-2014) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PCDF-2013/2015) (TJGO-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (TJRS-2016) (PGEMT-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGEAC-
2017) (PGESE-2017) (Cartórios/TJSP-2014/2016/2018) (TJMT-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(Cartórios/TJDFT-2014/2019) (TJAC-2019) (MPMT-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TJPR-
2021) (DPEPA-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: O fato gerador do ITBI somente ocorre com a
transferência efetiva da propriedade no cartório de registro de imóveis: O fato gerador do imposto
sobre transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) somente ocorre com a efetiva transferência da
propriedade imobiliária, que se dá mediante o registro. STF. Plenário. ARE 1294969 RG, Rel. Min.
Presidente, j. 11/02/21 (Repercussão Geral – Tema 1124).
(TJPR-2021-FGV): José comprou de João, em julho de 2021, um imóvel situado em Curitiba (PR), tendo sido
lavrada a escritura pública de compra e venda sem o recolhimento do Imposto sobre a Transmissão de Bens
Imóveis (ITBI). O Fisco Municipal pretende lavrar auto de infração para fins de lançamento e cobrança do
ITBI, que entende devido, acrescido de multa de 10% sobre o valor do imposto. À luz do entendimento do
STF, no momento da lavratura desta escritura pública de compra e venda: o tabelião, o comprador e o
vendedor não poderão ser responsabilizados pelo pagamento de tal ITBI não recolhido. BL: Entend.
Jurisprud.
##Atenção: No caso em tela, foi lavrada a escritura pública de compra e venda, que deve ser levada a
registro no cartório de imóveis. Assim, percebe-se que o fato gerador do ITBI ainda não ocorreu, pois,
conforme o STF, só se dá mediante o registro do imóvel.

(MPRS-2021): Assinale a alternativa correta referente à competência tributária estabelecida na


Constituição Federal de 1988: Compete aos Municípios instituir impostos sobre transmissão “inter vivos”,
a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição. BL: art. 156, caput, II,
CF.

##Atenção: Caráter fiscal.

##Atenção: Se for gratuito, cabe ITCMD, de competência dos Estados (art. 155, CF).

(Cartórios/TJDFT-2019-CESPE): Proprietário de imóvel situado no Distrito Federal solicitou a um


tabelião de notas a formalização de transmissão de direito real, com o exclusivo propósito de instituir
garantia sobre o referido bem em decorrência de empréstimo que havia realizado na condição de
mutuário. Nessa situação, em relação à incidência do ITBI, o notário não deverá exigir comprovação de
pagamento desse tributo, pois não há incidência de ITBI nesse caso.. BL: art. 156, caput, II, CF.

##Atenção: Nos termos do art. 156, II, CF, o ITBI não incide sobre a transmissão de direitos reais sobre
imóveis em garantia.

(Cartórios/TJBA-2013-CESPE): No que se refere ao Sistema Tributário Nacional e à repartição de receitas


tributárias, assinale a opção correta: O imposto sobre transmissão inter vivos, de competência do
município, não incide sobre direitos reais de garantia. BL: art. 156, caput, II, CF.

578
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (ISSQN) (MPDFT-2009) (DPESP-
2009) (PGEAL-2009) (PGERS-2010) (Cartórios/TJPE-2013) (MPT-2013) (MPAC-2014) (MPRS-2014) (DPEPR-
2014) (TRF2-2014) (PGEAC-2014) (PGM-POA/RS-2016) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-
2017) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018/2019) (MPSC-2019) (DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-2019)
(PGM-Campo Grande/MS-2019) (Cartórios/TJSC-2021) (DPEPA-2009/2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(DPEPA-2022-CESPE): As espécies tributárias de competência dos municípios incluem o ISSQN, o


ITBI e o IPTU. BL: art. 156, I a III, CF.

(PGM-Campo Grande/MS-2019-CESPE): Com referência às normas constitucionais relativas a tributos e


contribuições, julgue o item que se segue: Medida provisória não é instrumento válido para inclusão de
fato gerador relacionado ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), de competência
municipal, ainda que essa matéria seja urgente e relevante para o equilíbrio de contas públicas
municipais. BL: art. 156, III c/c art. 62, §1º, III, CF.

##Atenção: ##PGM-Campo Grande/MS-2019: ##CESPE: Os fatos geradores de um tributo devem ser


previstos na legislação do ente que tem competência para instituir a exação. A questão trata
especificamente de ISS, que é um tributo municipal. No Brasil, é completamente incomum medidas
provisórias na esfera municipal. No entanto, em se tratando de ISS, sabe-se que o art. 156, III, CF prevê
que os serviços de qualquer natureza são definidos em lei complementar, que tem abrangência nacional.
É por isso que a LC 116/2003 prevê um anexo com uma lista de serviços que podem ser tributados pelos
municípios. A partir dessa lista que os municípios podem exercer sua competência tributária, instituindo
o ISS por meio de lei municipal. Como os fatos gerados do ISS precisam ser definidos em lei
complementar, por consequência também é vedado o uso da medida provisória, nos termos do art. 62,
§1º, III, CF. Em suma, a competência para que os municípios instituam o ISS está prevista no art. 156, III,
CF, que prevê expressamente que os serviços serão definidos em lei complementar, de modo que não é
possível que isso seja feito por medida provisória, em função do art. 62, §1º, III, CF.

(DPESP-2009-FCC): Assinale a alternativa correta: São de competência dos Municípios os seguintes


tributos: imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana; imposto sobre serviços de qualquer
natureza, definidos em lei complementar, desde que não compreendidos na tributação do ICMS e, por
fim, o imposto sobre a transmissão inter vivos, a qual quer título, por ato oneroso. BL: art. 156, I a III, CF.

(TJSP-2009-VUNESP): Na ADI 3089/DF, o STF inclinou-se pela orientação de que os serviços de


registros públicos, notariais e cartorários embora públicos, não são imunes ao ISSQN. (tributário)

##Atenção: ##TJSP-2009: ##Cartórios/TJPE-2013: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##Cartórios/TJMG-


2015/2018: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: ##VUNESP: O STF, em julgado veiculado no Info 494,
compreende como constitucional os Municípios instituírem ISSQN sobre os serviços de registros
públicos, cartorários e notariais, entendendo que, no caso, trata-se de atividade estatal delegada, tal como
a exploração de serviços públicos essenciais, mas que, enquanto exercida em caráter privado, com intuito
lucrativo, seria serviço sobre o qual incidiria o ISSQN. Vejamos o seguinte trecho do julgado: “Incidência
do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN sobre serviços de registros públicos, cartorários e
notariais. Constitucionalidade. Ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra os itens 21 e 21.1 da Lista
Anexa à LC 116/2003, que permitem a tributação dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais pelo
ISSQN. (...) As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a circunstância de
desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da
Constituição. O recebimento de remuneração pela prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva.
A imunidade recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de entidades políticas federativas, e não de
particulares que executem, com inequívoco intuito lucrativo, serviços públicos mediante concessão ou delegação,
devidamente remunerados. Não há diferenciação que justifique a tributação dos serviços públicos concedidos e a não
tributação das atividades delegadas. (ADI 3.089, Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 13-2-2008,
Plenário, DJE de 1º-8-2008.)”.

(TJMG-2009): Quanto ao imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS, marque a alternativa
CORRETA: Incide sobre a prestação de serviços de informática e congêneres. BL: art. 156, III, CF e Item 1
da LC 116/03.

##Atenção: Vide teor do Item 1 da Lei 116/03: “Serviços de informática e congêneres.”

579
##Atenção: ##TRF2-2014: Imposto indireto.

IV - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

§ 1º Sem prejuízo da PROGRESSIVIDADE NO TEMPO a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II
[Obs.: progressividade no tempo], o imposto previsto no inciso I [Obs.: IPTU] PODERÁ: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (TJMG-2009) (TJRS-2009) (TJSC-2009) (MPGO-2010) (PGERS-2011)
(MPAP-2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (TRF1-2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013)
(Cartórios/TJPE-2013) (MPRS-2014) (DPECE-2014) (DPEGO-2014) (DPERS-2014) (PGM-Cuiabá/MT-
2014) (TJGO-2012/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (MPSP-2015) (DPESP-2015) (MPF-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (TJSP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-
Manaus/AM-2018) (TJRO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

I – SER PROGRESSIVO em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29,
de 2000) (TJRS-2009) (TJSC-2009) (MPGO-2010) (PGERS-2011) (MPAP-2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (TRF1-
2013) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPRS-2014) (DPECE-
2014) (DPEGO-2014) (TJGO-2012/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (MPSP-2015) (DPESP-2015) (MPF-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (PGEMA-2016) (TJSP-2017) (PGM-Manaus/AM-2018)
(Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

(TJSP-2017-VUNESP): Considerando o disposto no artigo 156, parágrafo 1° , inciso I, da Constituição


Federal, pode-se afirmar que foi instituída a denominada progressividade fiscal específica do IPTU. BL:
art. 156, §1º, CF (tributário).

##Atenção: ##TRF4-2012: ##MPF-2015: ##Cartórios/TJMG-2015: ##DPEMT-2016: ##TJSP-2017:


##Cartórioss/TJPR-2019: ##Consulplan: ##VUNESP: ##UFMT: ##UFPR: Vejamos a diferença entre
progressividade fiscal e extrafiscal no IPTU:
-PROGRESSIVIDADE FISCAL: A EC 29/00 autorizou, no art. 156, § 1º, I, da CF/88, que as
alíquotas do IPTU sejam progressivas em razão do valor do imóvel. No que concerne à
progressividade de alíquotas com base no valor do imóvel, devem ser observados os seguintes
requisitos e características:
a) somente é legítima a partir do advento da Emenda Constitucional 29, de 13 de setembro de
2000 - conforme a Súmula 668, STF
b) tem objetivo fiscal, pois, ao aumentar as alíquotas incidentes sobre os imóveis mais valiosos -
presumivelmente pertencentes a pessoas de maior capacidade econômica-, visa a incrementar a
arrecadação, retirando mais de quem mais pode pagar;
c) deve-se ater aos limites do razoável, sob pena de incidir em efeito confiscatório, vedado pelo
art. 150, IV, da CF/88.
-PROGRESSIVIDADE EXTRAFISCAL: Segundo o art. 182, § 4º, da CF, é facultado ao Poder
Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da
lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova
seu adequado aproveitamento. A previsão desse art. 182, § 4º, já constava do texto originário da
CF/88 não decorrendo de emenda. No caso de o particular não atender à exigência do Poder Público,
o próprio dispositivo prevê um conjunto de providências sucessivas. A segunda delas, logo após o
parcelamento ou edificação compulsórios, é a adoção de IPTU progressivo no tempo:
a) Tem objetivo extrafiscal, pois o escopo da regra é estimular o cumprimento da função social da
propriedade por meio de um agravamento da carga tributária suportada pelo proprietário do solo
urbano que não promove seu adequado aproveitamento. A arrecadação advinda de tal situação é
mero efeito colateral do tributo.
b) O parâmetro para a progressividade não é o valor do imóvel, mas, sim, o passar do tempo sem
o adequado aproveitamento do solo urbano.

##Atenção: Logo, na PROGRESSIVIDADE FISCAL prevista no art. 156, § 1º, I, da CF, quanto mais
valioso o imóvel, maior a alíquota incidente. Já na PROGRESSIVIDADE EXTRAFISCAL, prevista no
art. 182, § 4º, II, da CF, quanto mais tempo mantida a situação agressiva à finalidade social da
propriedade, maior será a alíquota aplicável no lançamento do lPTU.

(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Considerando o que dispõe a CF, julgue o item a seguir, a respeito das

580
limitações do poder de tributar, da competência tributária e das normas constitucionais aplicáveis aos
tributos: O IPTU pode ter alíquotas superiores para os imóveis de maior valor. BL: art. 156, §1º, I, CF.

##Atenção: A progressividade e a regressividade estão relacionados com a variabilidade da alíquota de


acordo com o aumento da base de cálculo. Assim, se a alíquota aumenta na medida em que a base de
cálculo também aumenta, o tributo é progressivo. Pelo contrário, se alíquota diminui na medida em que
a base de cálculo aumenta, o tributo é regressivo. O IPTU é um imposto de competência municipal (art.
156, caput, I, CF). A resposta da questão encontra fundamento no art. 156, §1º, I, CF, no qual dispõe acerca
da progressividade do IPTU em razão do valor do imóvel. Por fim, vale ressaltar que o IPTU sujeita-se a
três sistemas diferenciados de alíquotas: a) alíquotas progressivas no tempo em razão do uso inadequado
do solo urbano (art. 182, § 4º, II, da CF); b) alíquotas progressivas em função do valor do imóvel (art. 156,
§ 1º, I, da CF); c) alíquotas diferenciada, de acordo com a localização e o uso do imóvel (art. 156, §1º, II, da
CF).

(TJRS-2009): À luz das disposições em vigor da Constituição Federal, com relação ao imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana, é correto afirmar que são admitidas tanto a sua progressividade
fiscal quanto a extrafiscal. BL: art. 156, I, §1º, I c/c art. 182, §4º, II, CF. (tributário).

II – TER ALÍQUOTAS DIFERENTES [obs.: = seletivas] de acordo com a localização e o uso do


imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (TJSC-2009) (MPGO-2010) (PGERS-2011) (MPAP-
2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (Cartórios/TJES-2013) (MPRS-2014) (DPEGO-2014) (DPERS-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (TJGO-2012/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (MPSP-2015) (DPESP-2015) (MPSC-2016)
(PGM-BH/MG-2017) (TJRO-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

(MPSC-2016): Estabelecendo divisão de tributos entre os entes federativos, a Constituição Federal


conferiu aos Municípios a instituição de imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana,
permitindo sua progressividade em razão do valor do imóvel, bem como a diferenciação de alíquotas de
acordo com a localização e o uso do imóvel. BL: art. 156, §1º, CF.

(MPSP-2015): O imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana pode ser progressivo no tempo
e em razão do valor do imóvel, bem como ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do
imóvel. BL: art. 156, §1º, CF.

(TJGO-2015-FCC): O IPTU, poderá ter alíquotas progressivas em razão do valor venal do imóvel ou no
tempo, e seletivas de acordo com a localização e o uso do imóvel, conforme o caso. BL: art. 156, §1º, CF.

(MPRS-2014): Considere a seguinte afirmação sobre o sistema tributário nacional: Em relação ao IPTU, a
CF/88 contempla dois critérios a serem atendidos na aplicação da progressividade e outros dois na
diferenciação de alíquotas, respectivamente: tempo e valor, localização e uso. BL: art. 156, §1º c/c art. 182,
§4º, II, CF.

§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste artigo não incide sobre templos de qualquer
culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea b do inciso VI do caput do
art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
116, de 2022)

§ 2º O imposto previsto no inciso II:

I - NÃO INCIDE sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa


jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão,
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, SALVO SE, nesses casos, a ATIVIDADE
PREPONDERANTE do adquirente FOR a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil; (TJMG-2005) (TJMS-2008) (DPEMS-2008) (Cartórios/TJPE-2013)
(PCDF-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (TJGO-2015) (TJRS-2016) (PGEMT-2016)
(PGEAC-2017) (Cartórios/TJSP-2014/2016/2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJAC-2019) (Cartórios/TJAL-2019)
(Cartórios/TJPR-2019)

(TJAC-2019-VUNESP): Determinado investidor realiza investimento em empresa do ramo imobiliário


por meio do aporte, nesta empresa, de imóvel de sua propriedade. A empresa investida extrai e sempre
extraiu 100% da sua receita a partir de transações imobiliárias. A respeito dessa situação hipotética, é

581
correto afirmar, com base na Constituição Federal, que incide imposto de competência dos municípios
sobre a transferência do imóvel à empresa em realização do seu capital. BL: art. 156, II c/c art. §2º, I, CF.

##Atenção: De início, cumpre destacar que a transmissão da propriedade imóvel de forma onerosa e
inter vivos é fato gerador de ITBI (art. 156, II da CF). O art. 156, §2º, I da CF/88 prevê que não incide ITBI
sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de
capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção
de pessoa jurídica. Trata-se de imunidade. Ocorre que no próprio dispositivo há exceção que diz que,
“se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de
bens imóveis ou arrendamento mercantil”, haverá incidência do ITBI. O enunciado da questão exigiu
conhecimento previsto na CF/88, de modo que a situação fática narrada deixa claro que o objetivo do
investimento (transmissão do imóvel) foi o de integralizar capital na pessoa jurídica e que a empresa atua
no ramo de comercialização de imóveis.

(DPECE-2008-CESPE): Em relação ao Sistema Tributário Nacional, julgue o item subsequente: Não


incide imposto de transmissão inter vivos sobre bens que não tenham relação com a atividade da empresa
e sejam incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital. BL: art. 156, §2º, I, CF.

(TJMG-2005): A CF/88, literalmente, prevê a imunidade: da transmissão de bens imóveis decorrente de


extinção de pessoa jurídica, a não ser que o adquirente tenha como atividade preponderante a compra e
venda e a locação de imóveis ou o arrendamento mercantil, em relação ao ITBI (Imposto sobre a
Transmissão de Bens Imóveis). BL: art. 156, §2º, I, CF.

II - COMPETE ao Município da situação do bem. (MPPE-2002) (PGEPB-2008) (Cartórios/TJRS-2013)


(Cartórios/TJDFT-2014) (TJGO-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-BH/MG-2017) (Cartórios/TJSP-2018)
(Cartórios/TJAL-2019)

(MPPE-2002-FCC): João e Maria compraram um apartamento de 150 m2, e respectiva vaga na garagem,
pelo preço de R$ 60.000,00, cujos proprietários eram Paulo e Sílvia. O imóvel situa-se em Recife, mas a
escritura de venda e compra foi lavrada no Tabelião de Caruaru, onde foi feito o pagamento do negócio,
e também local de domicílio e residência dos compradores e vendedores. Nesse caso, considerando o fato
gerador da obrigação principal, terá incidência o imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título,
de bem imóvel, que deverá ser recolhido em Recife. BL: art. 156, II c/c §2º, II, CF/88.

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo [ISSQN], CABE à LEI
COMPLEMENTAR [obs.: LC 116/03]: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (TJDFT-2007)
(MPRO-2008) (PGEPB-2008) (PGERS-2010) (MPF-2011) (TJPR-2010/2013) (TRF2-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJAM-2016) (TJRS-2016) (PGEMA-
2016) (PGM-BH/MG-2017) (TJRJ-2019) (DPESP-2019)

I - FIXAR as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de
2002) (PGEPB-2008) (PGERS-2010) (MPAP-2012) (TRF2-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015)
(TJAM-2016)

II - EXCLUIR da sua incidência exportações de serviços para o exterior. [obs.: isenção heterônoma]
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (TJDFT-2007) (MPRO-2008) (PGERS-2010) (MPF-2011)
(TJPR-2010/2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJRS-2016) (PGEMA-2016) (TJRJ-2019)
(DPESP-2019)

III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos
e revogados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (PGERS-2010) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-
Recife/PE-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJAM-2016) (PGEMA-2016) (PGM-BH/MG-2017)

§ 4º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

Seção VI
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

Art. 157. PERTENCEM aos ESTADOS e ao DISTRITO FEDERAL:

582
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem; (DPEAL-2009) (DPU-2010) (TJPR-2011) (TJRO-2011) (PGEPA-
2011) (PGERS-2011) (MPRR-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (TRF4-2014) (TJPE-2015) (PGEPR-2015) (TRF2-
2013/2017) (PGESC-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
(TCDF-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021)

##Atenção: ##STF: ##TCDF-2021: ##CESPE: (...) 2. Pretensão de assegurar ao Estado, na condição de


pagante, o produto da arrecadação de imposto de renda retido na fonte relativo ao pagamento de
complementações de aposentadorias e pensões a aposentados e pensionistas de suas empresas
públicas. (...) 4. O art. 157, inciso I, da Constituição Federal, que dispõe acerca da destinação aos
estados do produto de arrecadação do IRPF, não contempla os pagamentos originados das estatais,
integrantes da Administração Pública Indireta, não cabendo interpretação ampliativa. STF. Plenário.
ACO 571 AgR, Rel. Dias Toffoli, j. 07/03/17.

(MPRR-2012-CESPE): Com base na CF, assinale a opção correta acerca do Sistema Tributário Nacional,
dos impostos e da repartição das receitas tributárias: Compete à União instituir o imposto sobre renda e
proventos de qualquer natureza, mas pertence aos estados e ao DF o produto da arrecadação desse
imposto, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por tais entes federativos, suas
respectivas autarquias e fundações. BL: art. 153 c/c art. 157, I, CF.

(TJRO-2011): Sobre a repartição das receitas tributárias: Os recursos arrecadados pelas Fundações
Distritais a título de imposto de renda sobre os rendimentos pagos aos seus servidores, diretamente na
fonte, ficam nos cofres do Distrito Federal. BL: art. 157, I, CF.

##Atenção: Nos termos do art. 157, I, CF, o produto do imposto de renda incidente na fonte pago pelo
Distrito Federal ou suas fundações são arrecadação do próprio ente, e não devem ser repassados para a
União Federal.

II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I . [obs.: impostos residuais.] (DPEMS-2008) (PCRN-2009)
(DPU-2010) (Cartórios/TJMG-2016) (PGESC-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019) (PGEAL-
2021)

Art. 154. A União poderá instituir:


I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; (...)

##Atenção: A competência residual da União Federal está prevista no art. 154, I, CF. Segundo o art. 157,
II, CF, no caso de a União Federal instituir imposto residual, 25% do produto da arrecadação pertencem
aos Estados e ao DF.

Art. 158. PERTENCEM aos MUNICÍPIOS:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,


incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem; (DPEAL-2009) (PCRN-2009) (TJPR-2011) (TJRO-2011) (TRF1-
2011) (PGEPA-2011) (PGERS-2011) (MPMG-2012) (TJMT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TJPE-2015) (PGEPR-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (Cartórios/TJMG-
2015/2016/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021) (PGM-POA/RS-2016/2022)
(TJMA-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021: ##PGM-POA/RS-2022: ##CESPE:


##Fundatec: Os Estados, DF e Municípios possuem direito à arrecadação do IR retido na fonte,
incidente sobre rendimentos pagos por eles, suas autarquias e fundações a pessoas físicas ou jurídicas
contratadas para a prestação de bens ou serviços: Pertence ao Município, aos Estados e ao Distrito
Federal a titularidade das receitas arrecadadas a título de imposto de renda retido na fonte incidente
sobre valores pagos por eles, suas autarquias e fundações a pessoas físicas ou jurídicas contratadas
para a prestação de bens ou serviços, conforme disposto nos arts. 158, I, e 157, I, da Constituição
Federal. STF. Plenário. RE 1293453/RS, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 8/10/21 (Repercussão Geral –
Tema 1130) (Info 1033).
583
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEPE-2018: ##Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021: ##CESPE: União pode
conceder incentivos relacionados com o IR e o IPI mesmo que isso diminua os repasses destinados ao
FPM: É constitucional a concessão regular de incentivos, benefícios e isenções fiscais relativos ao
Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados por parte da União em relação ao Fundo
de Participação de Municípios e respectivas quotas devidas às Municipalidades. STF. Plenário. RE
705423/SE, Rel. Min. Edson Fachin, j. 17/11/16 (repercussão geral) (Info 847).

(TJMT-2014-FMP): A competência tributária não se confunde com a repartição das receitas tributárias. A
competência diz respeito à instituição de tributos; a repartição das receitas, à divisão do produto da sua
arrecadação. A Constituição Federal, ao dispor sobre a repartição das receitas tributárias, prevê que
determinados impostos da competência da União serão repartidos com os Estados e com os Municípios e
que determinados impostos estaduais serão repartidos com os Municípios. Sobre a matéria, é correto
afirmar que pertence aos Municípios o produto da arrecadação do imposto de renda incidente na fonte,
sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e fundações que instituírem e
mantiverem, do que é exemplo o retido no pagamento dos vencimentos dos seus servidores. BL: art. 158,
I, CF.

##Atenção: Nos termos do art. 158, I, CF, o produto do imposto de renda incidente na fonte pago pelos
Municípios ou suas autarquias são arrecadação do próprio ente, e não devem ser repassados para a
União Federal.

II - CINQÜENTA POR CENTO do produto da arrecadação do imposto da União sobre a


propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, CABENDO a TOTALIDADE na
hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003) (MPSC-2010) (TRF1-2011) (TRF2-2011) (TJAC-2012) (PGEMG-2012) (Cartórios/TJBA-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (TRF4-2012/2014) (TJMT-2014) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSC-
2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019)

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...)


VI - propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não
implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: Caberá ao Município cem por cento do valor relativo ao
Imposto Territorial Rural sempre que, na forma da lei, optar o ente federativo por fiscalizar e cobrar a
exação e desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. BL:
art. 158, I c/c art. 153, §4º, III, CF.

III - CINQÜENTA POR CENTO do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a


propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; (PGEPB-2008) (DPESP-2009)
(MPRO-2010) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (MPPI-2012) (DPERO-2012) (TRF4-2012) (Cartórios/TJBA-2013)
(TJMT-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGEMT-2016) (PGM-
POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGESC-2018) (Cartórios/TJMG-2016/2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(Aud. Fiscal-SEFAZ/AL-2020) (PGEAL-2021)

(MPPI-2012-CESPE): Assinale a opção correta a respeito da repartição das receitas tributárias: Pertencem
aos municípios cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados em seu território. BL: art. 158, III, CF.

IV - VINTE E CINCO POR CENTO do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre


operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação. (TJDFT-2007) (TJSP-2008) (PCRN-2009) (TJRO-2011) (PGEPR-2011)
(MPAP-2012) (TRF4-2012) (TJRN-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJMT-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGEMT-
2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSC-2017) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2019)

Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV,
serão creditadas conforme os seguintes critérios: (TJRO-2011) (TJRN-2013)

584
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações
relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios ; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de
melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico
dos educandos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

Art. 159. A UNIÃO ENTREGARÁ: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

(TRF1-2011-CESPE): Por força de dispositivo constitucional, a União repassa, a cada mês, para estados e
municípios uma parcela da arrecadação de alguns tributos. Toda a arrecadação de outros tributos,
entretanto, permanece com a União, a exemplo do imposto sobre a importação. BL: art. 159, CF.

##Atenção: ##Dica: A União não reparte: i) imposto sobre a importação (II); ii) imposto sobre a
exportação (IE); e iii) Imposto sobre grandes fortunas (IGF); iv) Impostos Extraordinários de Guerra.

##Atenção: ##Dica: Sentido do verbo “entregar”: “inicialmente”, o produto é entregue apenas à União, a
qual, “posteriormente”, repassa aos estados, municípios e DF.

I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre
produtos industrializados, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 112, de 2021) (PGEGO-2021) (TCDF-2021)

a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS
E DO DISTRITO FEDERAL; (MPAM-2007) (DPEMS-2008) (PCRN-2009) (TRF4-2012) (MPSC-2013)
(Cartórios/TJBA-2013) (PGEPR-2015) (TJAM-2016) (MPPI-2012/2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (PGEGO-2021)

b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS; (TJRO-2011) (MPSC-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEPR-2015) (TJAM-2016) (MPPI-
2012/2019) (TJPA-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)

##Atenção: Nos termos do art. 159, I, CF, a União Federal entregará 50% do produto da arrecadação do
Imposto de Renda e IPI. Porém, esse valor não se destina apenas ao Fundo de Participação dos
Municípios. Desse total, apenas 22,5% se destinam ao FPM (art. 159, I, b, CF).

c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ATRAVÉS de suas instituições financeiras de caráter regional, de
acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a
metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; (Cartórios/TJBA-2013) (TJAM-
2016) (TRF2-2011/2017) (MPPI-2012/2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)

d) um por cento ao FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS, que SERÁ ENTREGUE no


primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)
(TJPR-2011) (Cartórios/TJBA-2013) (MPPI-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)

e) 1% (um por cento) ao FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS, que SERÁ


ENTREGUE no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional nº
84, de 2014) (TRF2-2017) (MPPI-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)

(TRF2-2017): Acerca da repartição constitucional de receitas tributárias, marque a opção correta: A União
entregará parcela do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer
natureza (IR) e sobre produtos industrializados (IPI) diretamente ao Fundo de Participação dos
Municípios no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano. BL: art. 159, I, “e”, CF.

f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de setembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021)

##Atenção: Vejamos o teor do art. 2º da EC 112/2021: “Art. 2º Para os fins do disposto na alínea "f" do inciso
585
I do caput do art. 159 da Constituição Federal, a União entregará ao Fundo de Participação dos Municípios, do
produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos
industrializados, 0,25% (vinte e cinco centésimos por cento), 0,5% (cinco décimos por cento) e 1% (um por cento),
respectivamente, em cada um dos 2 (dois) primeiros exercícios, no terceiro exercício e a partir do quarto exercício em
que esta Emenda Constitucional gerar efeitos financeiros.”

II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos
Estados e ao Distrito Federal, PROPORCIONALMENTE ao valor das respectivas exportações de
produtos industrializados. (MPAM-2007) (TJPR-2011) (PGEPR-2011) (Cartórios/TJBA-2013) (TRF4-2014)
(PGM-Recife/PE-2014) (TRF2-2017) (PGESC-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2019) (MPPI-2019) (TCDF-2021)

(MPPI-2019-CESPE): Considerando-se o esquema constitucional de repartição das receitas tributárias, é


correto afirmar que, descontada a parcela do fundo de participação dos estados e do Distrito Federal, do
fundo de participação dos municípios e do percentual de aplicação em programas de financiamento ao
setor produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o produto da arrecadação do imposto sobre
produtos industrializados (IPI) será inicialmente entregue à União, aos estados e ao DF, sendo certo que
a proporção do repasse a cada ente é fixada proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de
produtos industrializados. BL: art. 159, I e II, CF.

##Atenção: A questão exigia que soubéssemos se, feitos todos os repasses descritos no inciso I do art. 159
da CF, o qual trata de entrega do produto da arrecadação de IR e IPI, a União ainda teria algum repasse a
realizar ou ficaria com o restante da arrecadação. Questão queria que lembrássemos da literalidade do
art. 159, em especial do Inciso II, que era a pedra de toque para resolver a questão.

III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no


art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da
lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 44, de 2004) (MPAM-2007) (TJPR-2011) (MPPI-2012) (PGEPA-2012) (TRF4-2014)
(Cartórios/TJMG-2015) (PGEMA-2016) (TRF2-2017) (PGEAL-2021) (TCDF-2021)

Art. 177. (...)


§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível
deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150, III, b;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
II - os recursos arrecadados serão destinados: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados
e derivados de petróleo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001)

(PGEAL-2021-CESPE): A respeito da repartição de receitas, consoante a CF/88, julgue o item a seguir: A


União entregará aos estados e ao Distrito Federal 29% do produto da arrecadação da contribuição de
intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e
seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. BL: art. 159, III c/c art. 177, §4º, CF.

(PGEMA-2016-FCC): Ao disciplinar a contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às


atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e
álcool combustível, a Constituição Federal determina que 29% do produto de sua arrecadação seja
entregue pela União aos Estados e ao Distrito Federal, distribuídos na forma da lei e destinados ao
financiamento de programas de infraestrutura de transportes, sendo que 25% do montante de cada
Estado serão destinados aos seus Municípios, na forma da mesma lei. BL: art. 159, III c/c art. 177, §4º, CF.

§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á
a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.

586
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do
montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais
participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.

§ 3º Os Estados ENTREGARÃO aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos
que RECEBEREM nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo
único, I e II. (MPAM-2007) (TRF4-2014) (TRF2-2017)

Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007) (...)
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e
ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. (...).

Art. 158. Pertencem aos Municípios: (...)


IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão
creditadas conforme os seguintes critérios:
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas
à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de
melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos
educandos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que CABE a cada Estado, vinte e cinco por
cento SERÃO DESTINADOS aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (MPAM-2007) (TRF2-2017)

Art. 160. É VEDADA a RETENÇÃO ou QUALQUER RESTRIÇÃO à entrega e ao emprego dos


recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, NELES
COMPREENDIDOS adicionais e acréscimos relativos a impostos. (PCRN-2009) (TJPA-2012) (TRF4-2012)
(PGEMS-2014) (AGU-2012/2015) (PCPE-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)

§ 1º. A VEDAÇÃO prevista neste artigo NÃO IMPEDE a União e os Estados de


CONDICIONAREM a entrega de recursos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (TJES-
2011) (TJPA-2012) (TRF4-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (TRF2-2014) (PGEMS-2014) (PGEMA-2016) (PCPE-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (TJSC-2017) (MPPR-2019)

(PCPE-2016-CESPE): Considerando os dispositivos constitucionais relativos ao STN e à ordem


econômica e financeira, assinale a opção correta: Embora a CF vede a retenção ou qualquer outra
restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos aos estados, ao DF e aos municípios, neles
compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos, a União e os estados podem condicionar a
entrega de recursos. BL: art. 160, caput c/c § único, CF.

I – ao pagamento de seus créditos, INCLUSIVE de suas autarquias; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 29, de 2000) (TJPA-2012) (TRF4-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (TRF2-2014) (PGEMS-2014)
(PGEMA-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSC-2017) (MPPR-2019)

II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 29, de 2000) (TRF4-2012) (TRF2-2014) (PGEMS-2014) (PGEMA-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSC-2017)

Art. 198. (...)


§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços
públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o
art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que
forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere
o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.(Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)
587
(TRF2-2014): O Banco do Brasil celebra contrato de mútuo com o Estado do Espírito Santo, com
interveniência da União Federal, e insere cláusula autorizando a retenção dos créditos do referido Estado
no fundo de participação dos estados em caso de inadimplemento, com a compensação da dívida.
Sobrevindo o inadimplemento, o Banco executa a cláusula, retendo créditos do Estado e compensando-os
com a dívida. Assinale a alternativa correta: A retenção é inconstitucional, pois o fundo de participação
dos estados só pode ser retido se houver crédito da própria União Federal ou de suas autarquias ou para
exigir o cumprimento do gasto mínimo com o sistema único de saúde. BL: art. 160, § único, I e II, CF.

§ 2º Os contratos, os acordos, os ajustes, os convênios, os parcelamentos ou as renegociações de


débitos de qualquer espécie, inclusive tributários, firmados pela União com os entes federativos conterão
cláusulas para autorizar a dedução dos valores devidos dos montantes a serem repassados relacionados às
respectivas cotas nos Fundos de Participação ou aos precatórios federais . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 113, de 2021)

Art. 161. Cabe à lei complementar:

I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I; (PCRN-2009)
(PGEMT-2016)

II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os
critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-
econômico entre Estados e entre Municípios; (PGEMT-2016)

III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das
participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. (PGESP-2012)

Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos
de participação a que alude o inciso II.

Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios DIVULGARÃO, até o último dia
do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos
recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de
rateio. (PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TCDF-2021)

(TCDF-2021-CESPE): Julgue o item a seguir, relativo à repartição das receitas tributárias, considerando o
entendimento do STF e a legislação aplicável: O Distrito Federal tem obrigação constitucional de
divulgar o montante recebido da União a título de repartição de receitas tributárias. BL: art. 162, CF.

Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município;
os dos Estados, por Município.

CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Seção I
NORMAS GERAIS

Art. 163. LEI COMPLEMENTAR DISPORÁ sobre: (TRF2-2009) (PGDF-2013) (PGEBA-2014) (PGEPI-
2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF3-2018) (MPTO-2022)

I - finanças públicas; (TRF4-2010) (TJPI-2012) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (PGDF-2013)


(PGEBA-2014) (PGEPI-2014)

(PGEBA-2014-CESPE): No que se refere ao direito financeiro, julgue o próximo item: O instrumento


legislativo exigido pela CF, na esfera federal, para dispor sobre normas de finanças públicas é sempre a
lei complementar. BL: art. 163, I, CF.

(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta, em matéria de Finanças Públicas: As disposições legislativas


relativas às Finanças Públicas deverão ser feitas mediante lei complementar. BL: art. 163, I, CF.
588
II - dívida pública externa e interna, INCLUÍDA a das autarquias, fundações e demais entidades
controladas pelo Poder Público; (MPRR-2012) (PGM-São Luís/MA-2016) (TRF3-2018) (MPTO-2022)

III - concessão de garantias pelas entidades públicas; (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)

IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública ; (Cartórios/TJES-2013) (PGM-Cuiabá/MT-2014)


(PGM-São Luís/MA-2016) (TRF3-2018) (MPTO-2022)

(TRF3-2018): Indique a afirmação correta: Lei ordinária não pode dispor sobre dívida pública e sobre
emissão e resgate de títulos da dívida pública. BL: art. 163, II e IV, CF.

V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 40, de 2003) (MPDFT-2011) (TRF5-2011) (TRF4-2014) (PGEPI-2014)

VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios; (TRF5-2011) (MPRR-2012) (PGEPI-2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJRO-2019)

VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. (TRF2-2009)

VIII - sustentabilidade da dívida, especificando: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

a) indicadores de sua apuração; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida ; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)

c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em legislação ; (Incluído


pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da dívida. Parágrafo único.
A lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste artigo pode autorizar a aplicação das vedações
previstas no art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

Art. 163-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas


informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais, conforme periodicidade, formato e sistema
estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, de forma a garantir a rastreabilidade, a
comparabilidade e a publicidade dos dados coletados, os quais DEVERÃO SER DIVULGADOS em
meio eletrônico de amplo acesso público. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) (PCRN-2021)

Art. 164. A competência da União para emitir moeda SERÁ EXERCIDA EXCLUSIVAMENTE pelo
BANCO CENTRAL. (TJMG-2006) (MPCE-2009) (TRF5-2009) (TRF4-2010/2012) (TJMS-2012) (MPRR-2012)
(TRF1-2013) (Cartórios/TJES-2013) (AGU-2013) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF2-2011/2018) (TRF3-2018) (TJMA-
2022)

(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta, em matéria de Finanças Públicas: A União somente pode
emitir moeda pelo Banco Central. BL: art. 164, CF.

##Atenção: ##Dica: Competência:


- Emitir moeda: União (Art. 21, VII, CF);
- Limites de emissão: Congresso Nacional (Art. 48, XIV, CF);
- Exercício da emissão: BACEN (Art. 164, CF).

(TJMG-2006): Relativamente às finanças públicas, é correto afirmar que a competência da União para
emitir moeda será exercida exclusivamente pelo Banco Central. BL: art. 164, CF.

§ 1º É VEDADO ao banco central CONCEDER, direta ou indiretamente, EMPRÉSTIMOS ao


Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que NÃO SEJA instituição financeira. (TJMG-2006)
589
(MPCE-2009) (PGEMT-2011) (TJAC-2012) (TJMS-2012) (TRF4-2012) (TRF2-2011/2013) (TRF1-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGM-Salvador/BA-2015)

(PGEMT-2011-FCC): Em matéria de finanças públicas, a Constituição da República veda ao banco


central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira. BL: art. 164, §1º, CF.

§ 2º O banco central PODERÁ COMPRAR e VENDER títulos de emissão do TESOURO


NACIONAL, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. (MPPE-2002) (TJMG-2006)
(PGECE-2008) (MPCE-2009) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (TRF1-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGM-Cuiabá/MT-
2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (TRF2-2011/2017) (MPBA-2018)

(MPPE-2002-FCC): A União tem competência para emitir moeda. Essa competência é exercida, com
exclusividade, pelo Banco Central, que pode comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional,
com o objetivo de regular a oferta de moeda. BL: art. 164, §2º, CF.

##Atenção: Apenas para esclarecimento: A Casa da Moeda não emite moeda! Trata-se apenas de uma
empresa pública (uma gráfica, na verdade) que imprime o papel moeda. Quem faz a emissão da moeda é
o Banco Central.

§ 3º As disponibilidades de caixa da União SERÃO DEPOSITADAS NO BANCO CENTRAL; as


dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das
empresas por ele controladas, EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OFICIAIS, RESSALVADOS os casos
previstos em lei. (TJMG-2006) (MPPE-2008) (TRF2-2011) (MPRR-2012) (PFN-2012) (DPEDF-2013) (MPPA-
2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGERS-2015) (PGEAM-2016) (TJSC-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPBA-
2018) (PGEPE-2009/2018) (PGEGO-2013/2021) (TCERJ-2021)

##Atenção: ##STF: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: As disponibilidades de caixa dos Estados-


membros, dos órgãos ou entidades que os integram e das empresas por eles controladas deverão ser
depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo, unicamente, à União Federal, mediante lei
de caráter nacional, definir as exceções autorizadas pelo art. 164, § 3º, da Constituição da República.
STF. Plenário. ADI 2.661 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. 5/6/02.
(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): Acerca de tributação e finanças públicas, julgue os itens subsequentes,
conforme as disposições da CF e a jurisprudência do STF: As disponibilidades financeiras do município
devem ser depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo unicamente à União, mediante lei
nacional, definir eventuais exceções a essa regra geral. BL: art. 164, §3º, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPPA-2014: ##PGEAM-2016: ##CESPE: ##FCC: As disponibilidades de caixa


dos Estados-membros, dos órgãos ou entidades que os integram e das empresas por eles controladas
deverão ser depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo, unicamente, à União Federal,
mediante lei de caráter nacional, definir as exceções autorizadas pelo art. 164, § 3º da Constituição da
República. - O Estado-membro não possui competência normativa, para, mediante ato legislativo
próprio, estabelecer ressalvas à incidência da cláusula geral que lhe impõe a compulsória utilização de
instituições financeiras oficiais, para os fins referidos no art. 164, § 3º da Carta Política. O desrespeito,
pelo Estado-membro, dessa reserva de competência legislativa, instituída em favor da União Federal,
faz instaurar situação de inconstitucionalidade formal, que compromete a validade e a eficácia
jurídicas da lei local, que, desviando-se do modelo normativo inscrito no art. 164, § 3º da Lei
Fundamental, vem a permitir que as disponibilidades de caixa do Poder Público estadual sejam
depositadas em entidades privadas integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Precedente: ADI
2.600-ES, Rel. Min. Ellen Gracie. STF. Plenário. ADI 2661 MC, Plenário. Rel. Min. Celso de Mello, j.
05/06/02.
(MPPA-2014-FCC): Será incompatível com as diretrizes constitucionais referentes às finanças públicas a
autorização, por lei estadual, para que as disponibilidades de caixa do poder público estadual sejam
depositadas em entidades privadas integrantes do Sistema Financeiro Nacional. BL: art. 164, §3º, CF e
Entend. Jurisprud.

Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas políticas
fiscais de forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei complementar referida no
inciso VIII do caput do art. 163 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

590
Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade
dos indicadores fiscais com a sustentabilidade da dívida . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de
2021)

Seção II
DOS ORÇAMENTOS

Art. 165. Leis [= leis ordinárias] de iniciativa do Poder Executivo ESTABELECERÃO: (PGECE-2008)
(MPDFT-2011) (AGU-2009/2010/2012) (TRF2-2009/2011/2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGEGO-2013)
(Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPR-2015) (PGEMT-2016) (PGESE-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
(PCRN-2009/2021) (TCERO-2019) (MPRS-2021) (DPEBA-2021) (TRF4-2022) (PCAM-2022)

I - o plano plurianual; (DPESP-2009) (AGU-2010/2012) (TRF2-2009/2011/2013) (Cartórios/TJPE-2013)


(PGEGO-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPR-2015) (PGESE-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (TCERO-2019) (PCRN-
2009/2021) (MPRS-2021) (TRF4-2022) (PCAM-2022)

II - as diretrizes orçamentárias; (PGEES-2008) (AGU-2010) (MPRR-2012) (TRF2-2009/2011/2013)


(Cartórios/TJPE-2013) (PGEGO-2013) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (PGEPR-2015) (PGESE-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
(TCERO-2019) (PCRN-2009/2021) (MPRS-2021) (TRF4-2022) (PCAM-2022)

III - os orçamentos anuais. (PGECE-2008) (TRF5-2009) (AGU-2009/2010) (TRF2-2009/2011/2013)


(Cartórios/TJPE-2013) (PGEGO-2013) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TJPB-2015) (PGEPR-2015)
(PGEMT-2016) (TJSC-2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (TCERO-2019) (PCRN-2009/2021) (MPRS-2021)
(DPEBA-2021) (TRF4-2022) (PCAM-2022)

(TRF4-2022): Assinale a alternativa correta: As três espécies de leis orçamentárias são de iniciativa do
Poder Executivo: Lei do Plano Plurianual (PPA), Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei
Orçamentária Anual (LOA). BL: art. 165, I a III, CF.

(MPRS-2021): No que respeita às finanças públicas, conforme disciplina a CF/1988 quanto aos
orçamentos, assinale a alternativa correta: Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o plano
plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. BL: art. 165, I a III, CF.

##Atenção: ##TJSC-2017: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##DPEBA-2021: ##CESPE: ##FCC: O


princípio da anualidade compreende, em suma, que as receitas e as despesas, correntes e de capital,
devem ser previstas com base em planos e programas com duração de um ano (art. 2º da Lei 4.320/64 139 e
art. 165, III da CF/88).

##Atenção: ##AGU-2010: ##PGESE-2017:: ##CESPE: O orçamento participativo consiste na


participação da sociedade na elaboração do orçamento o que, no entanto, não se aplica aos projetos de lei
orçamentária, vez que são de iniciativa do Poder Executivo, conforme dispõe o art. 165 da CF/88. Em
outras palavras, no orçamento participativo há a participação da população - principalmente através de
associações, sindicatos, ONGs - na elaboração do orçamento, porém, a iniciativa de apresentação do
projeto de lei orçamentária permanece sendo do Executivo.

§ 1º A lei que INSTITUIR o PLANO PLURIANUAL ESTABELECERÁ, de forma regionalizada, as


diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada . (PGECE-2008) (DPESP-2009)
(TRF2-2009/2011) (PGERO-2011) (AGU-2012) (PGEPR-2015) (DPERO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPBA-
2018) (PGEAP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPMG-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGEAL-
2009/2021) (MPRS-2021) (TCEAM-2021) (MPTO-2022) (TRF4-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

139
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade
e anualidade.
591
(DPERO-2017-VUNESP): A CF/1988 prevê que uma lei deve estabelecer, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada, denominando-a de Plano
Plurianual. BL: art. 165, §1º, CF.

##Atenção: ##TRF2-2009: ##CESPE: A lei que institui o Plano Plurianual (PPA) é uma lei ORDINÁRIA,
nos termos do art. 165, §1º da CF.

(AGU-2012-CESPE): No que se refere aos orçamentos e ao controle de sua execução, julgue o item
seguinte: O PPA, que define o planejamento das atividades governamentais e estabelece as diretrizes e as
metas públicas, abrange as despesas de capital e as delas decorrentes, bem como as relativas aos
programas de duração continuada. BL: art. 165, caput, I e §1º, CF.

§ 2º A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS COMPREENDERÁ as metas e prioridades da


administração pública federal, ESTABELECERÁ as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em
consonância com trajetória sustentável da dívida pública, ORIENTARÁ a elaboração da lei orçamentária
anual, DISPORÁ sobre as alterações na legislação tributária e ESTABELECERÁ a política de aplicação
das agências financeiras oficiais de fomento . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
(MPRS-2021) (PGEAL-2021) (MPTO-2022) (PGERO-2022) (TCEPB-2022)

(PGERO-2022-CESPE): A lei de diretrizes orçamentárias: compreenderá as metas e prioridades da


administração pública federal. BL: art. 165, §2º, CF.

(PGERO-2022-CESPE): A lei de diretrizes orçamentárias: estabelecerá as diretrizes de política fiscal e


respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública. BL: art. 165, §2º, CF.

(PGERO-2022-CESPE): A lei de diretrizes orçamentárias: orientará a elaboração da lei orçamentária


anual. BL: art. 165, §2º, CF.

(PGERO-2022-CESPE): A lei de diretrizes orçamentárias: disporá sobre as alterações na legislação


tributária. BL: art. 165, §2º, CF.

(PGERO-2022-CESPE): A lei de diretrizes orçamentárias: estabelecerá a política de aplicação das


agências financeiras oficiais de fomento. BL: art. 165, §2º, CF.

(TCEPB-2022-CESPE): Em relação às normas de direito financeiro, julgue o item a seguir à luz da CF/88:
Entre as funções constitucionais das leis de diretrizes orçamentárias está o estabelecimento das diretrizes
de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública. BL:
art. 165, §2º, CF.

(PGEAL-2021-CESPE): A lei de diretrizes orçamentárias deve prever a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento. BL: art. 165, §2º, CF.

(MPRS-2021): No que respeita às finanças públicas, conforme disciplina a CF/1988 quanto aos
orçamentos, assinale a alternativa correta: A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas
metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. BL: art. 165, §2º, CF.

§ 3º O Poder Executivo PUBLICARÁ, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária. (TRF5-2011) (DPEGO-2014) (AGU-2015) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (TCDF-2021) (PGESC-2022)

(PGM-João Pessoa/PB-2018-CESPE): Acerca das espécies e da tramitação legislativa das leis


orçamentárias, assinale a opção correta: O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento
de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. BL: art. 165, §3º, CF.

§ 4º Os PLANOS e PROGRAMAS nacionais, regionais e setoriais PREVISTOS nesta Constituição


SERÃO ELABORADOS em consonância com o plano plurianual e APRECIADOS pelo Congresso
Nacional. (PGEAL-2009) (PGERO-2011) (MPRS-2021) (TRF4-2022)
592
(MPRS-2021): No que respeita às finanças públicas, conforme disciplina a CF/1988 quanto aos
orçamentos, assinale a alternativa correta: Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos na Constituição Federal serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados
pelo Congresso Nacional. BL: art. 165, §4º, CF.

§ 5º A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL COMPREENDERÁ: (PGECE-2008) (MPRN-2009) (AGU-2009)


(TRF5-2009/2011) (TRF2-2011) (PGERS-2011) (TJPI-2012) (MPPI-2012) (PGESP-2012) (AGU-2009/2013) (TRF1-
2013) (PGEGO-2013) (DPEGO-2014) (PGEPI-2014) (TJPB-2015) (PGEPR-2015) (TJRJ-2016) (PGM-POA/RS-
2016) (MPBA-2018) (TRF3-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPGO-2019) (TCERO-2019) (PGEAL-2009/2021)
(MPRS-2021) (TCERJ-2021) (MPTO-2022) (TRF4-2022) (TCEPB-2022) (TCERJ-2022)

I - o ORÇAMENTO FISCAL referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, INCLUSIVE fundações INSTITUÍDAS e MANTIDAS pelo Poder
Público; (PGECE-2008) (MPRN-2009) (TRF5-2009) (PGEAL-2009) (TRF2-2011) (PGERS-2011) (MPPI-2012)
(PGESP-2012) (AGU-2009/2013) (TRF1-2013) (PGEGO-2013) (DPEGO-2014) (PGEPI-2014) (TJPB-2015)
(PGEPR-2015) (TJRJ-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPBA-2018) (TRF3-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPGO-
2019) (MPMG-2019) (TCERO-2019) (MPRS-2021) (TCERJ-2021) (MPTO-2022) (TRF4-2022)

(MPTO-2022-CESPE): Com relação às normas de finanças públicas previstas na Constituição, assinale a


opção correta: A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal referente aos Poderes da União,
seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo poder público. BL: art. 165, §5º, I, CF.

(MPRS-2021): No que respeita às finanças públicas, conforme disciplina a CF/1988 quanto aos
orçamentos, assinale a alternativa correta: A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal
referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. BL: art. 165, §5º, I, CF.

(MPGO-2019): Acerca da Administração Indireta do Estado, assinale a alternativa correta: As despesas e


receitas das entidades integrantes da Administração Indireta do Estado integram o orçamento fiscal da
pessoa política a que estão vinculadas. BL: art. 165, §5º, I, CF.

(TJRJ-2016-VUNESP): O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público está compreendido na lei do orçamento anual. BL: art. 165, §5º, CF.

II - o ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO das empresas em que a União, direta ou indiretamente,


detenha a maioria do capital social com direito a voto; (PGECE-2008) (MPRN-2009) (TRF2-2011) (MPPI-
2012) (PGESP-2012) (AGU-2009/2013) (TRF1-2013) (PGEGO-2013) (DPEGO-2014) (PGEPI-2014) (TJPB-2015)
(PGM-POA/RS-2016) (MPBA-2018) (TRF3-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TCERO-2019) (PGEAL-2021) (TRF4-
2022) (TCERJ-2022)

(TCERJ-2022-CESPE): À luz das normas constitucionais relativas a finanças e orçamento, julgue o item
subsequente: A lei orçamentária anual deve compreender o orçamento de investimento das empresas em
que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. BL: art. 165,
§5º, II, CF.

(MPBA-2018): Sobre as finanças públicas, de acordo com a CF/1988 e suas alterações, é correto afirmar
que se inclui na lei orçamentária anual da União o orçamento de investimento das empresas em que ela,
mesmo indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. BL: art. 165, §5º, II, CF.

III - o ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público. (PGECE-2008) (MPRN-2009) (AGU-2009) (TRF5-2011) (MPPI-2012) (PGESP-2012) (TRF1-
2013) (PGEGO-2013) (DPEGO-2014) (TJPB-2015) (TRF3-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TCERO-2019)
(TCEPB-2022)

§ 6º O PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA SERÁ ACOMPANHADO de demonstrativo


regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,

593
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia . (AGU-2009) (DPEMS-2014) (PGM-
São Luís/MA-2016) (TRF5-2017) (TRF2-2011/2018) (PGEAP-2018) (PGESP-2018) (Anal. Judic./TRF4-2019)
(PGEAL-2009/2021) (PGERS-2021) (MPTO-2022)

##Atenção: ##TRF5-2017: ##CESPE: O princípio da transparência orçamentária é extraído do que


dispõe o art. 165, § 6º, da CF/88. Determina que o projeto de lei orçamentária deve ser acompanhado de
demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias,
remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, de molde a possibilitar, no
futuro, a fiscalização e o controle interno e externo da execução orçamentária.
(https://www.conjur.com.br/2013-dez-05/toda-prova-principios-orcamentarios-otica-concursos-publicos)

§ 7º Os ORÇAMENTOS previstos no § 5º, I e II, deste artigo, COMPATIBILIZADOS com o plano


plurianual, TERÃO entre suas funções a de REDUZIR desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. (AGU-2007) (TRF1-2013) (TCEPB-2022)

(AGU-2007-CESPE): Com base no direito financeiro, julgue o item subsequente: Entre as finalidades do
orçamento fiscal e do orçamento de investimento, observa-se a de reduzir desigualdades interregionais,
segundo critério populacional. BL: art. 165, §5º, I e II e §7º, CF.

##Atenção: O princípio da regionalização é extraído do que dispõem o art. 165, § 7º, da CF e art. 35 do
ADCT140. Preconiza que o orçamento público deve ser elaborado sobre a base territorial com o maior
nível de especificação possível, de forma a reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. (https://www.conjur.com.br/2013-dez-05/toda-prova-principios-orcamentarios-otica-
concursos-publicos)

§ 8º A lei orçamentária anual NÃO CONTERÁ dispositivo estranho à previsão da receita e à


fixação da despesa, NÃO SE INCLUINDO na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, AINDA QUE por antecipação de receita, nos
termos da lei. [obs.: orçamento “rabilongo” ou “cauda orçamentária”.] (PGECE-2008) (MPRN-2009)
(PGEAL-2009) (TRF3-2011) (PGEMT-2011) (PGESP-2012) (AGU-2009/2013) (TRF2-2013) (TRF5-2013) (TJDFT-
2014) (PGEPI-2014) (TRF1-2009/2011/2013/2015) (PGEPR-2015) (PGEAM-2016) (MPRS-2017)
(PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGEPE-2009/2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TCERO-
2019) (DPEBA-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (TRF4-2009/2014/2022) (PGM-POA/RS-2016/2022) (PCAM-
2022) (TCEPB-2022)

(TRF4-2022): Assinale a alternativa correta: É vedada a inclusão na lei orçamentária anual de dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei. BL: art. 165, §8º, CF.

(DPEBA-2021-FCC): No que diz respeito ao orçamento público, o princípio da exclusividade diz


respeito à lei orçamentária anual não conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa. BL: art. 165, §8º, CF.

##Atenção: A lei orçamentária deverá conter apenas matéria orçamentária ou financeira. Ou seja, dela

140
Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de forma progressiva, no prazo de até dez anos,
distribuindo-se os recursos entre as regiões macroeconômicas em razão proporcional à população, a partir da
situação verificada no biênio 1986-87. § 1º Para aplicação dos critérios de que trata este artigo, excluem-se das
despesas totais as relativas: I - aos projetos considerados prioritários no plano plurianual; II - à segurança e defesa
nacional; III - à manutenção dos órgãos federais no Distrito Federal; IV - ao Congresso Nacional, ao Tribunal de
Contas da União e ao Poder Judiciário; V - ao serviço da dívida da administração direta e indireta da União,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público federal. § 2º Até a entrada em vigor da lei
complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: I - o projeto do plano
plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente, será
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção
até o encerramento da sessão legislativa; II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do
primeiro período da sessão legislativa; III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.
594
deve ser excluído qualquer dispositivo estranha à estimativa de receita e à fixação de despesa. O objetivo
deste princípio é evitar a presença de "caudas e rabilongos". Não se inclui na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita. Este princípio encontra-se expresso no art. 165, § 8º da CF/88.

##Atenção: ##TRF5-2013: ##CESPE: “Caudas orçamentárias” e “Orçamento rabilongo”: O termo


“cauda orçamentária” refere-se a matérias estranhas à receita e à despesa, que eram juntadas aos projetos
de lei orçamentária, em tempos idos. Os responsáveis pela junção dessas matérias pretendiam
aproveitar-se do rápido processo legislativo característico da lei de orçamento para concretizar seus
interesses. Com a positivação do princípio orçamentário da exclusividade, inclusive na atual
Constituição (art. 165, § 8º - "A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa"), as caudas orçamentárias saíram de cena. Outra expressão relativa ao
tema, que pode ser encontrada em provas vez ou outra, é "orçamento rabilongo", que seria o orçamento
em que estivesse embutida uma cauda orçamentária. São expressões atribuídas a Rui Barbosa.

(PGM-Boa Vista/RR-2019-CESPE): De acordo com a Constituição Federal de 1988, julgue o seguinte


item, acerca de direito financeiro e princípios orçamentários: É viável incluir na lei orçamentária
municipal autorização para a contratação, pelo município, de operação de crédito por antecipação de
receita. BL: art. 165, §8º, CF.

(PGEAM-2016-CESPE): Considerando as disposições constitucionais pertinentes a finanças e orçamento,


julgue o seguinte item: Dado o modo como está constitucionalmente enunciado, o princípio da
exclusividade não impede que a lei orçamentária anual do Estado contenha autorização para que o
Poder Executivo realize operações de crédito. BL: art. 165, §8º, CF.

(AGU-2013-CESPE): A respeito de finanças públicas na CF, julgue o próximo item: A lei orçamentária
anual deve contemplar apenas dispositivos relacionados à previsão da receita e à fixação da despesa,
ressalvada, nos termos da lei, a autorização para a abertura de créditos suplementares e a contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. BL: art. 165, §8º, CF.

(PGEAL-2009-CESPE): A LOA, de acordo com a CF, conterá a previsão da receita e a fixação da despesa,
além da autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operação de crédito. BL:
art. 165, §8º, CF.

(AGU-2009-CESPE): Acerca das normas constitucionais que regem os orçamentos, julgue o item a seguir:
A LOA poderá conter contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. BL: art.
165, §8º, CF.

§ 9º CABE à LEI COMPLEMENTAR: (DPESP-2009) (TRF2-2009) (TRF4-2009/2014) (DPECE-2014)


(PGEPI-2014) (MPF-2015) (PGEPR-2015) (TRT8-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGESP-2009/2018) (PCRN-
2021) (TCEPB-2022)

Art. 35, ADCT:


Art. 35. (...)
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as
seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

I - DISPOR sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do


plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; (DPESP-2009) (TRF2-
2009) (TRF4-2009) (DPECE-2014) (PGEPI-2014) (PGEPR-2015) (TRT8-2015) (PGM-São Luís/MA-2016)
(PGESP-2009/2018) (PCRN-2021) (TCEPB-2022)

595
(TCEPB-2022-CESPE): Em relação às normas de direito financeiro, julgue o item a seguir à luz da CF/88:
A elaboração e a organização do plano plurianual é matéria a ser tratada por meio de lei complementar.
BL: art. 165, §9º, I, CF.

(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: É matéria reservada à lei complementar dispor sobre o
exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. BL: art. 165, §9º, I, CF.

(PGEPI-2014-CESPE): Acerca do PPA, assinale a opção correta: Não existe, atualmente, dispositivo de lei
complementar nacional que disponha acerca de vigência, prazos, elaboração e organização dos PPAs.
BL: art. 165, §9º, I, CF.

##Atenção: O art. 165, §9º da CF/88 remete a competência à lei complementar para dispor sobre
vigência, prazos, elaboração e organização do plano plurianual (ou seja, trata-se de temática nacional e
não pode ser descentralizada para os diversos estados e municípios do Brasil). Ocorre que tal lei ainda
não foi editada, de sorte que os referidos detalhes acima referidos são tratados no §2º do art. 35 do
ADCT.

II - ESTABELECER normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta


bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. (TRF4-2009/2014) (DPECE-2014)
(MPF-2015) (PGESP-2009/2018)

III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166 . (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019)

§ 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os meios e


as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade .
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019) (PGESC-2022)

§ 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias : (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (PGESC-2022)

I - subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam metas


fiscais ou limites de despesas e não impede o cancelamento necessário à abertura de créditos adicionais;

II - não se aplica nos casos de impedimentos de ordem técnica devidamente justificados;

III - aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias. (PGESC-2022)

(PGESC-2022-FGV): Acerca do regramento do orçamento público previsto na Constituição da República


de 1988, analise a afirmativa a seguir: Aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias o
dever da Administração de executar as programações orçamentárias, adotando os meios e as medidas
necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. BL: art. 165, §10
e §1º, III, CF.

§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo menos, para os
2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para
investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento .
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)

§ 13. O disposto no inciso III do § 9º e nos §§ 10, 11 e 12 deste artigo aplica-se exclusivamente aos
orçamentos fiscal e da seguridade social da União. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)

§ 14. A lei orçamentária anual PODERÁ CONTER previsões de despesas para exercícios seguintes,
com a especificação dos investimentos plurianuais e daquele sem andamento . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 102, de 2019) (MPTO-2022)

596
§ 15. A União organizará e manterá registro centralizado de projetos de investimento contendo, por
Estado ou Distrito Federal, pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e informações sobre a
execução física e financeira. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (Produção de efeito)

§ 16. As leis de que trata este artigo devem observar, no que couber, os resultados do monitoramento
e da avaliação das políticas públicas previstos no § 16 do art. 37 desta Constituição . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)

Art. 166. Os PROJETOS DE LEI relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao


orçamento anual e aos créditos adicionais SERÃO APRECIADOS pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum. (MPCE-2009) (PGEAL-2009) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (TJPI-2012)
(AGU-2012) (Cartórios/TJES-2013) (PGEGO-2013) (PF-2013) (DPEPR-2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014)
(DPERN-2015) (TRT21-2015) (DPERO-2017) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPPI-2019)
(TCERO-2019) (PCRN-2021) (TCDF-2021) (MPGO-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(PCRN-2021-FGV): Na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, instaurou-se


celeuma entre os membros sobre a necessidade de lei complementar para aprovação do plano plurianual
(PPA), da lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA). O relator da matéria
emitiu parecer pela desnecessidade de tal espécie normativa em todos estes casos. Diante desse cenário, o
relator: tem razão, pois a Constituição da República de 1988 não exige lei complementar para instituir o
PPA, a LDO e a LOA. BL: art. 166, caput, CF.

##Atenção: Segundo o professor Marcus Abraham, “finalmente, revela um aspecto jurídico, por se
materializar através de três leis: a lei orçamentária anual, a lei de diretrizes orçamentárias e a lei do plano
plurianual. No Brasil, a iniciativa do orçamento é do Poder Executivo, cabendo ao Poder Legislativo votá-lo e
aprová-lo como LEI ORDINÁRIA e, posteriormente, controlar sua execução”. O próprio caput do art. 166 da
CF/88 afirma que essas leis serão aprovados pelo regimento comum (lei ordinária). Logo, diante desse
cenário, o relator tem razão, pois a CF/88 não exige lei complementar para instituir o PPA, a LDO e a
LOA.

(PGEAL-2009-CESPE): Os projetos relativos à LDO e ao PPA, no âmbito federal, serão apreciados por
ambas as casas do Congresso Nacional. BL: art. 166, caput, CF.

##Atenção: O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual e os créditos adicionais


devem ser aprovados mediante projetos de lei.

§ 1º CABERÁ a uma COMISSÃO MISTA PERMANENTE de Senadores e Deputados: (DPESP-


2009) (PGEAL-2009) (TRF2-2011) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (PFN-2012) (PCBA-2013)
(PCGO-2013) (DPEPR-2014) (DPERO-2017)

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República; (TRF2-2011) (TRF5-2011) (TJAC-2012) (TRF4-2012) (PCGO-2013)
(PF-2013) (DPEPR-2014)

(PF-2013-CESPE): No que concerne ao direito financeiro, julgue o seguinte item: Cabe à comissão mista
permanente de senadores e deputados federais examinar e emitir parecer sobre as contas apresentadas
pelo presidente da República. BL: art. 166, §1º, I, CF.

(MPRR-2012-CESPE): Acerca da disciplina constitucional aplicável a finanças públicas e orçamentos,


assinale a opção correta: Antes de ser apreciado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, o
projeto de lei relativo ao orçamento anual, entre outros projetos, será objeto de exame por uma comissão
mista permanente de senadores e deputados, à qual caberá a emissão de parecer. BL: art. 166, §1º, I, CF.

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. (TJAC-
2012) (PCGO-2013)

597
§ 2º As emendas SERÃO APRESENTADAS na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. (DPESP-2009)
(PGEAL-2009) (MPRR-2012) (DPERO-2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Anal. Judic./TRF4-2019) (TCDF-
2021)

§ 3º As EMENDAS ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem


SOMENTE PODEM SER APROVADAS caso: (AGU-2009/2010) (DPU-2010) (TJES-2011) (TRF5-2011)
(MPRR-2012) (PF-2013) (TJDFT-2014) (TRF2-2014) (PGEBA-2014) (TJPE-2015) (PGEMT-2016) (DPERO-
2012/2017) (MPPR-2017) (DPEPR-2017) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPPI-2019) (PGM-Boa
Vista/RR-2019) (TCERO-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGEGO-2021) (TCDF-2021) (TCEPI-2021)
(MPGO-2022) (PCPB-2022)

I - SEJAM compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; (AGU-
2009/2010) (DPU-2010) (MPRR-2012) (PF-2013) (TRF2-2014) (PGEBA-2014) (TJPE-2015) (PGEMT-2016)
(DPEPR-2017) (PGETO-2018) (MPPI-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TCERO-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-
2020) (PGEGO-2021) (TCDF-2021)

(PGEBA-2014-CESPE): No que concerne ao projeto de lei orçamentária anual, julgue o próximo item:
Para ser aprovada, a emenda ao projeto de lei orçamentária anual deve ser também compatível com o
plano plurianual.. BL: art. 166, §3º, I, CF.

II - indiquem os recursos necessários, ADMITIDOS APENAS os provenientes de anulação de


despesa, EXCLUÍDAS as que incidam sobre: (DPU-2010) (AGU-2010) (MPRR-2012) (PF-2013) (TRF2-2014)
(PGEBA-2014) (PGEMT-2016) (DPEPR-2017) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPPI-2019) (PGM-
Boa Vista/RR-2019) (TCERO-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGEGO-2021) (TCEPI-2021) (MPGO-2022)
(PCPB-2022)

a) dotações para pessoal e seus encargos; (DPU-2010) (AGU-2010) (MPRR-2012) (PF-2013) (TRF2-2014)
(PGEBA-2014) (PGEMT-2016) (DPEPR-2017) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPPI-2019) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGEGO-2021) (MPGO-2022) (PCPB-2022)

b) serviço da dívida; (DPU-2010) (AGU-2010) (MPRR-2012) (PF-2013) (TRF2-2014) (PGEBA-2014)


(PGEMT-2016) (DPEPR-2017) (PGETO-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPPI-2019) (TCERO-2019) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGEGO-2021) (TCEPI-2021) (MPGO-2022) (PCPB-2022)

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou (DPU-


2010) (AGU-2010) (MPRR-2012) (PF-2013) (TRF2-2014) (PGEBA-2014) (PGEMT-2016) (DPEPR-2017) (PGETO-
2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPPI-2019) (TCERO-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGEGO-2021)
(MPGO-2022) (PCPB-2022)

(PCPB-2022-CESPE): Na tramitação de um projeto de lei de orçamento, admite-se a inclusão de despesas


não previstas na proposta inicial. Para fazer face a tal inclusão, é necessária a redução ou a eliminação de
outra(s) despesa(s). Conforme a Constituição Federal, é admissível, para tanto, a eliminação de despesa
com investimentos. BL: art. 166, §3º, CF.

##Atenção: Perceba que apenas “investimentos" não consta no rol apresentado no §3º do art. 166 da CF.
Logo, conforme a CF, é admissível, para tanto, a eliminação de despesa com investimentos.

(MPPI-2019-CESPE): Durante a tramitação de um projeto de lei orçamentária no Congresso Nacional, foi


decidida a inclusão, por emenda, de determinada dotação, para o que foi reduzida, em mesmo valor,
outra dotação. Nesse caso, de acordo com a determinação constitucional, pode ter sido reduzida dotação
para: investimentos. BL: art. 166, §3º, CF.

III - SEJAM RELACIONADAS:

598
a) com a correção de erros ou omissões; ou (PF-2013) (PGEBA-2014) (MPPR-2017) (DPEPR-2017)
(PGETO-2018) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGEGO-2021)

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. (PF-2013) (PGEBA-2014) (PGM-Boa Vista/RR-2019)


(Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (PGEGO-2021)

§ 4º As EMENDAS ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias NÃO PODERÃO SER


APROVADAS quando incompatíveis com o plano plurianual. (AGU-2009/2010) (DPU-2010) (TJES-2011)
(TRF5-2011) (TJDFT-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014) (PGEBA-2014) (TJPE-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015)
(PGEMT-2016) (DPERO-2012/2017) (DPEPR-2017) (TCERO-2019) (TCDF-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2017: ##CESPE: Salvo em situações graves e excepcionais, não
cabe ao Poder Judiciário, sob pena de violação ao princípio da separação de Poderes, interferir na
função do Poder Legislativo de definir receitas e despesas da Administração Pública, emendando
projetos de leis orçamentárias, quando atendidas as condições previstas no art. 166, §§ 3º e 4º, da
Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5468/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 29 e 30/6/2016 (Info 832).

§ 5º O Presidente da República PODERÁ ENVIAR mensagem ao Congresso Nacional PARA


PROPOR MODIFICAÇÃO NOS PROJETOS a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação,
na Comissão mista, da parte cuja alteração É PROPOSTA. (MPCE-2009) (TJBA-2012) (AGU-2012) (PGEBA-
2014) (DPERN-2015) (PGEAM-2016) (PGM-BH/MG-2017) (TRF2-2018) (TCERO-2019) (Anal. Judic./TRF4-
2019) (TCDF-2021) (TCEPI-2021) (PCPB-2022)

(PGEAM-2016-CESPE): Considerando as disposições constitucionais pertinentes a finanças e orçamento,


julgue o seguinte item: De acordo com a CF, o presidente da República não pode propor alterações ao
projeto de lei orçamentária em relação a matéria cuja votação já tenha se iniciado na comissão mista
permanente competente para emitir parecer no âmbito do Congresso Nacional. BL: art. 166, §5º, CF.

§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual


serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a
que se refere o art. 165, § 9º. (PGEPI-2014) (TRT2-2015) (PGESE-2017)

Art. 165. (...).


§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como
condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando
houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de
caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 100, de 2019)

##Atenção: ##PGESE-2017: ##CESPE: Até que venha lei complementar regulamentando o art. 166, §6°,
da CF/88, são os prazos para o encaminhamento das propostas das leis orçamentárias:
(a) Plano Plurianual (PPA): até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício de cada novo
mandato executivo (30/ago), sendo devolvido para sanção até o fim da sessão legislativa (fim do ano),
para duração de quatro anos;
(b) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): até oito meses e meio antes do encerramento de cada
exercício (15/abr), sendo devolvido para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa (fim
do primeiro semestre), para duração de um ano;
(c) Lei Orçamentária Anual (LOA): até quatro meses antes do encerramento de cada exercício (30/ago),
sendo devolvido para sanção até o final da sessão legislativa (fim do ano), para duração de um ano.

§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção,
as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária


anual, ficarem sem despesas correspondentes PODERÃO SER UTILIZADOS, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. (PGEAL-2009) (TRF5-

599
2013) (PGEBA-2014) (TRT8-2015) (PFN-2015) (MPPR-2017) (PGEAP-2018) (TCERO-2019) (Anal. Judic./TRF4-
2019)

(TCERO-2019-CESPE): As emendas individuais de deputados e senadores ao projeto de lei orçamentária


anual podem anular despesas de material de consumo, sem atribuir a outra finalidade os recursos que
ficaram livres. BL: art. 166, §8º, CF.

§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2% (dois


por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, observado
que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde . (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco centésimos
por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos por cento) às de
Senadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º,
inclusive custeio, SERÁ COMPUTADA para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada
a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86,
de 2015) (PGEGO-2021)

Art. 198. (...)


§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços
públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser
inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações oriundas de emendas


individuais, em montante correspondente ao limite a que se refere o § 9º deste artigo, conforme os critérios
para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165 desta
Constituição, observado o disposto no § 9º-A deste artigo . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 126,
de 2022)

§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações
incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito
Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício
anterior. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019) (TCERO-2019) (PGEGO-2021)

§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de execução
obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
100, de 2019) (TCERO-2019) (PGEGO-2021)

§ 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os órgãos de execução
deverão observar, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias, cronograma para análise e verificação de
eventuais impedimentos das programações e demais procedimentos necessários à viabilização da execução
dos respectivos montantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019)

I - (revogado);

II - (revogado);

III - (revogado);

IV - (revogado).

§ 15. (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019)

§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos §§
11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência
do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de
aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 100, de 2019)

600
§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste
artigo poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 1% (um
por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto de lei
orçamentária, para as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por
cento), para as programações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do
Distrito Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não
cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes
previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação
incidente sobre o conjunto das demais despesas discricionárias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
100, de 2019)

§ 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe
critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas,
independentemente da autoria, observado o disposto no § 9º-A deste artigo . (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 126, de 2022)

§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início de
investimentos com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada,
deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do
empreendimento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019)

Art. 166-A. As EMENDAS INDIVIDUAIS IMPOSITIVAS APRESENTADAS ao projeto de lei


orçamentária anual PODERÃO ALOCAR recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por
meio de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (PGEGO-2021) (PF-2021)

I - transferência especial; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (PGEGO-2021) (PF-
2021)

II - transferência com finalidade definida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
(PGEGO-2021) (PF-2021)

§ 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo NÃO INTEGRARÃO a receita do


Estado, do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites da
despesa com pessoal ativo e inativo, nos termos do § 16 do art. 166, e de endividamento do ente federado,
VEDADA, em qualquer caso, a aplicação dos recursos a que se refere o caput deste artigo no pagamento
de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (PGEMS-2021)

I - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (PGEMS-2021)

II - encargos referentes ao serviço da dívida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
(PGEMS-2021)

(PGEMS-2021-CESPE): A partir de 2019, os parlamentares federais passaram a ter o poder de alocar


recursos financeiros no orçamento federal para os estados, o DF e os municípios. Os beneficiários
poderão utilizar tais recursos para pavimentação de ruas. BL: art. 166-A, §1º, CF.

##Atenção: A questão deve ser respondida por eliminação ao se ter conhecimento do art. 166-A, §1º, da
CF/88. Os incisos do art. 166-A §1º, da CF/88 PROÍBEM que os recursos oriundos das emendas
individuais impositivas sejam usadas para pagamento de pessoal ativo ou inativo e para encargos
atinentes ao serviço da dívida.

§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (PF-2021) (TCEAM-2021)

I - SERÃO REPASSADOS diretamente ao ente federado beneficiado, INDEPENDENTEMENTE


de celebração de convênio ou de instrumento congênere; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de
2019) (PF-2021) (TCEAM-2021)

II - PERTENCERÃO ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (TCEAM-2021)

601
(TCEAM-2021-FGV): Por ocasião das discussões a respeito do projeto de lei orçamentária anual,
encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, os parlamentares dos partidos
políticos Alfa e Beta deliberaram que as emendas individuais impositivas iriam alocar recursos, para os
Municípios escolhidos, por meio de transferência especial. Ao tomar conhecimento dessa deliberação,
um jornal de grande circulação afirmou que essa espécie de transferência: pertenceria ao respectivo
Município no ato da efetiva transferência financeira. BL: art. 166-A, §2º, II, CF.

III - SERÃO APLICADAS em programações finalísticas das áreas de competência do Poder


Executivo do ente federado beneficiado, OBSERVADO o disposto no § 5º deste artigo. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (TCEAM-2021)

(TCEAM-2021-FGV): Por ocasião das discussões a respeito do projeto de lei orçamentária anual,
encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, os parlamentares dos partidos
políticos Alfa e Beta deliberaram que as emendas individuais impositivas iriam alocar recursos, para os
Municípios escolhidos, por meio de transferência especial. Ao tomar conhecimento dessa deliberação,
um jornal de grande circulação afirmou que essa espécie de transferência: seria aplicada em
programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo municipal, sendo uma parte em
despesas de capital, observados os balizamentos constitucionais. BL: art. 166-A, §2º, III c/c §5º, CF.

§ 3º O ente federado beneficiado da transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste
artigo poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o acompanhamento da execução
orçamentária na aplicação dos recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)

§ 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo, os
recursos serão: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)

I - vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 105, de 2019)

II - aplicados nas áreas de competência constitucional da União. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 105, de 2019)

§ 5º Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I do
caput deste artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que se refere o
inciso II do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019) (TCEAM-2021)

Art. 167. SÃO VEDADOS:

I - o INÍCIO DE PROGRAMAS ou PROJETOS não incluídos na lei orçamentária anual; (PGEAL-


2009) (DPERN-2015) (TJPA-2019) (TJRO-2019) (TCERO-2019)

(DPERN-2015-CESPE): Assinale a opção correta acerca do regime constitucional dos gastos públicos:
O início de programas e projetos governamentais não será possível sem a inclusão deles na LOA. BL: art.
167, I, CF.

II - a REALIZAÇÃO DE DESPESAS ou a ASSUNÇÃO DE OBRIGAÇÕES DIRETAS que


EXCEDAM os créditos orçamentários ou adicionais; (PGEAL-2009) (PGEES-2008) (PCGO-2012) (PGEPR-
2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPBA-2018) (TJPA-2019) (TCERO-2019) (MPTO-2022)

III - a REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITOS que EXCEDAM o montante das despesas


de capital, RESSALVADAS as autorizadas mediante CRÉDITOS SUPLEMENTARES ou ESPECIAIS
com finalidade precisa, APROVADOS pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; (Vide Emenda
constitucional nº 106, de 2020) (TRF2-2009) (TRF4-2010) (PGEAM-2010) (PCGO-2012) (PGEPR-2015) (PGERS-
2015) (TRT21-2015) (MPRS-2016) (TJSC-2017) (TRF5-2017) (PGESP-2012/2018) (PGEAP-2018) (PGEPE-2018)
(TJPA-2019) (MPPI-2019) (DPEBA-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PGECE-2021) (PGEGO-2021) (PGEPB-2021)
(PGEPA-2022) (PCAM-2022) (TCU-2022)

(PGECE-2021-CESPE): A denominada “regra de ouro das finanças públicas” veda a realização de operações
de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante

602
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por
maioria absoluta. BL: art. 167, III, CF.

##Atenção: ##PGEAP-2018: ##PGESP-2018: ##Cartórios/TJSC-2021: ##PGECE-2021: ##CESPE:


##FCC: ##FGV: ##VUNESP: Regra de ouro da Administração: Veda a realização de operações de
créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta. Ou seja, não é razoável realizar-se empréstimo em valores vultosos que excedam o valor das
despesas de capital, pois fatalmente eles seriam para pagar despesas correntes, como folha de
pagamento, contas de consumo, ou coisas dessa ordem. E ente federativo que realiza empréstimo para
outras áreas que não investimento, com certeza não terá condições de quitá-lo (Manual de Direito
Financeiro / Harrison Leite - 2020).

##Atenção: A Regra de Ouro é um mecanismo que proíbe o poder público de realizar operações de
crédito (empréstimo, v.g.) para cobrir despesas de capital (salários, custeios em geral etc.). Ocorre que o
art. 167, III da CF/88 estabelece exceção: As operações de crédito poderão ser realizadas para cobrir
despesas de capital, de forma excepcional, quando autorizadas mediante créditos suplementares ou
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Legislativo por maioria absoluta. A LRF também
estabelece no art. 12, §2º141 a mesma regra, mas não prevê exceção. Por essa razão, no julgamento da ADI
2.238 (2020) o STF deu interpretação conforme ao art. 12, §2º da LRF para o fim de explicitar que a
proibição de que trata esse artigo não abrange operações de crédito autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta (previsão constitucional). Assim, a previsão de limite textualmente diverso da regra do art. 167,
III, da CF/88 enseja interpretações distorcidas do teto a ser aplicado às receitas decorrentes de operações
de crédito. (Fonte: Mege + DOD). Segundo o art. 167, inciso III, da CF, é vedada a realização de operações
de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por
maioria absoluta. Tal princípio, denominado Regra de Ouro das finanças públicas, visa a coibir o
endividamento do Estado para custear despesas correntes. A legislação infraconstitucional que
regulamenta a Regra de Ouro estabelece que sua aferição deve ser realizada quando da elaboração e
aprovação da peça orçamentária, com base nos valores propostos e autorizados, e após o encerramento
do exercício financeiro, com base nos valores executados. (Fonte://sites.tcu.gov.br/contas-do-governo-
2019/regra-de-ouro.htm).

(TJPA-2019-CESPE): Conforme as normas constitucionais a respeito do orçamento público, é possível a


realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, se autorizadas
mediante créditos suplementares com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo. BL: art. 167,
III, CF.

(TRF5-2017-CESPE): A respeito dos princípios orçamentários, assinale a opção correta: O princípio do


equilíbrio orçamentário foi alterado para considerar a possibilidade da previsão de déficit nas contas
públicas, desde que mantido em níveis controláveis e nos parâmetros impostos pela legislação. BL: art.
167, III da CF e art. 4º, I, “alínea “a”, LC 101/00.142

##Atenção: ##PGEPR-2015: ##TRF5-2017: ##DPEBA-2021: ##CESPE: ##FCC: ##PUCPR: O


princípio do equilíbrio orçamentário é extraído do que dispõe o art. 167, III, da CF 143 e o art. 4º, inciso I,
alínea “a”, da Lei de Responsabilidade Fiscal. Pressupõe que o governo não absorva da coletividade mais
do que o necessário para o financiamento das atividades a seu cargo, condicionando-se a realização de
dispêndios à capacidade efetiva de obtenção dos ingressos capazes de financiá-los (UFRJ – IPHAN –
2005). Em suma, tem por objetivo assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas.

141
LC 101/2000. Art. 12. (...) § 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser
superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.
142
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e: I - disporá
também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas;
143
(Anal. Administrat./ANA-2009-ESAF): Assinale a opção verdadeira a respeito do princípio orçamentário do
equilíbrio: É o princípio pelo qual o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser
superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período.
##Atenção: Pelo Princípio do Equilíbrio Orçamentário, almeja-se que em cada exercício financeiro o montante da
despesa não deve ultrapassar a receita prevista para o período, para que não haja um desequilíbrio acentuado nos
gastos públicos. Uma das finalidades da adoção de tal princípio é a tentativa de limitar os gastos públicos sem
previsão de receitas, com a finalidade de se impedir o endividamento estatal.
603
Em suma, tem por objetivo assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas,
devendo o total de receita nominal ser igual ao total de despesa nominal (CESPE – AGU – 2008). De
modo geral, somente é respeitado por meio da realização de operações de crédito (CESPE – Ministério da
Saúde – 2008). (https://www.conjur.com.br/2013-dez-05/toda-prova-principios-orcamentarios-otica-
concursos-publicos)

IV - a VINCULAÇÃO DE RECEITA DE IMPOSTOS a órgão, fundo ou despesa, RESSALVADAS a


repartição do produto da arrecadação dos impostos a que SE REFEREM os arts. 158 e 159144, a
DESTINAÇÃO DE RECURSOS para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJAP-2008) (TJSE-2008) (PGEAL-2009)
(PGESP-2009) (MPRO-2010) (PGEAM-2010) (TRF3-2011) (PGEPA-2011/2012) (TJPI-2012) (AGU-
2009/2009/2010/2012/2013) (TJDFT-2014) (MPAC-2014) (MPRS-2014) (DPEGO-2014) (TRF4-2014) (PGERN-
2014) (TRF1-2009/2011/2015) (MPF-2015) (PGEPR-2015) (PGERS-2015) (PCDF-2015) (PGM-POA/RS-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (PCGO-2012/2017) (TJSC-2017) (TRF5-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGM-
Fortaleza/CE-2017) (TJSP-2018) (PGEAP-2018) (PGESC-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJAL-2019) (MPMG-
2019) (MPCPA-2019) (PGEGO-2013/2021) (DPERJ-2021) (PGECE-2021) (PGEGO-2021) (PF-2021) (TCEAM-
2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021) (TCEPB-2022) (MPCSC-2022)

Art. 158. Pertencem aos Municípios:


I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que
instituírem e mantiverem;
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial
rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art.
153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de
veículos automotores licenciados em seus territórios;
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão
creditadas conforme os seguintes critérios:
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas
à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de
melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos
educandos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007)


I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre
produtos industrializados, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 112, de 2021)
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito
Federal;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos
regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos
destinados à Região, na forma que a lei estabelecer;
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do
mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014)
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de setembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021)
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e

144
Os arts. 158 e 159 da CF/88 tratam da repartição constitucional de tributos.
604
ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art.
177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei,
observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 44, de 2004)
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a
parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a
que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido,
em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que
receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento
serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III - participação da comunidade. (...)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços
públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente
de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto
neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de
ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do
ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos
do plano nacional de educação.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão
financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do
salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53,
de 2006)
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão
distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes
públicas de ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
§ 7º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ 5º e 6º deste artigo para pagamento de
aposentadorias e de pensões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
§ 8º Na hipótese de extinção ou de substituição de impostos, serão redefinidos os percentuais referidos
no caput deste artigo e no inciso II do caput do art. 212-A, de modo que resultem recursos vinculados à
manutenção e ao desenvolvimento do ensino, bem como os recursos subvinculados aos fundos de que trata o
art. 212-A desta Constituição, em aplicações equivalentes às anteriormente praticadas. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)
§ 9º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de avaliação e de controle das despesas com educação nas
esferas estadual, distrital e municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

Art. 37. (...)


XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão
recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 165. (...)


§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
605
##Atenção: ##STF: ##PGEPR-2015: ##Cartórios/TJMG-2017: ##Consulplan: ##PUCPR: AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. INCISO III DO ART. 4º DA LEI Nº 4.664, DE 14 DE
DEZEMBRO DE 2005, DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. TAXA INSTITUÍDA SOBRE AS
ATIVIDADES NOTARIAIS E DE REGISTRO. PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DESTINADO AO
FUNDO ESPECIAL DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. É
constitucional a destinação do produto da arrecadação da taxa de polícia sobre as atividades notariais
e de registro, ora para tonificar a musculatura econômica desse ou daquele órgão do Poder Judiciário,
ora para aportar recursos financeiros para a jurisdição em si mesma. O inciso IV do art. 167 da
Constituição passa ao largo do instituto da taxa, recaindo, isto sim, sobre qualquer modalidade de
imposto. O dispositivo legal impugnado não invade a competência da União para editar normais
gerais sobre a fixação de emolumentos. Isto porque esse tipo de competência legiferante é para dispor
sobre relações jurídicas entre o delegatário da serventia e o público usuário dos serviços cartorários.
Relação que antecede, logicamente, a que se dá no âmbito tributário da taxa de polícia, tendo por base
de cálculo os emolumentos já legalmente disciplinados e administrativamente arrecadados. STF.
Plenário. ADI 3643, Rel. Min. Carlos Britto, j. 08/11/06.
(PGEPR-2015-PUCPR): Para aparelhamento da Defensoria Pública, alguns Estados-membros, a exemplo do
Estado do Paraná, vêm vinculando, por lei, uma fração da receita das custas e emolumentos das atividades
notariais e de registro a fundo daquele órgão. Diante disso, é correto afirmar: O Supremo Tribunal Federal
consolidou entendimento de que o produto da arrecadação de taxa sobre as atividades notariais e de
registro não está restrito ao reaparelhamento do Poder Judiciário, mas ao aperfeiçoamento da jurisdição e,
portanto, não existe inconstitucionalidade. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: A teor do disposto no inciso IV do art. 167


da CF, é vedado vincular receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. A regra apanha situação
concreta em que lei local implicou majoração do ICMS, destinando-se o percentual acrescido a um
certo propósito – aumento de capital de caixa econômica, para financiamento de programa
habitacional. Inconstitucionalidade dos arts. 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º da Lei 6.556, de 30/11/1989, do
Estado de São Paulo. STF. Plenário. RE 183.906, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 18-9-97.
(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): Dado o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as
receitas e despesas da União, de qualquer natureza, procedência ou destino, incluída a dos fundos dos
empréstimos e dos subsídios. Tal princípio é de grande importância para o direito financeiro e se concretiza
na norma do art. 165, § 5.º, da CF e em diversas constituições modernas. A respeito do orçamento público na
CF e dos princípios orçamentários vigentes no ordenamento jurídico brasileiro, julgue o item que se segue:
De acordo com o entendimento do STF, a destinação de determinado percentual da receita de ICMS ao
financiamento de programa habitacional ofende a vedação constitucional de vincular receita de impostos a
órgão, fundo ou despesa. BL: art. 167, IV, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##AGU-2008/2010: ##TRF1-2011: ##MPF-2015: ##TRF5-2017: ##MPCSC-2022: ##CESPE:


O princípio da não-vinculação ou não afetação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa é
extraído do que dispõem os art. 167, IV, da CF 145 e art. 8º, § único da Lei de Responsabilidade Fiscal 146-147.
Refere-se à impossibilidade de vinculação da receita de alguns impostos – espécie do gênero tributo - a
órgãos, fundo ou despesa, com exceção de alguns casos previstos na norma constitucional (CESPE –
AGU – 2008): a) repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159 da
Carta Maior; b) a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde; c) a destinação de
recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino; d) a destinação de recursos para realização de
atividades da administração tributária; e) a prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita; f) a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos
para com esta; g) vinculação a programa de apoio à inclusão e promoção social de até cinco décimos por
cento da receita tributária líquida dos Estados e do Distrito Federal; h) vinculação a fundo estadual de
145
(AGU-2010-CESPE): A respeito de finanças públicas e orçamento, de acordo com a CF, julgue os itens
seguintes: A vinculação de receita de impostos para a realização de atividades da administração tributária não
fere o princípio orçamentário da não afetação.
146
Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. (Vide Decreto nº 4.959, de 2004)
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para
atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
147
(Téc. Administ./ANTT-2013-CESPE): A respeito dos princípios orçamentários, julgue os itens a seguir: O
impedimento à apropriação de receitas de impostos, com exceção das ressalvas previstas na Constituição Federal
de 1988 (CF), tipifica o princípio da não vinculação das receitas.
(Anal. Judic./CNJ-2013-CESPE): Julgue os próximos itens, relativos a orçamento público: Caso uma prefeitura
crie, por meio da vinculação de receitas de impostos, uma garantia de recursos para a colocação de asfalto em
todas as vias municipais, ela violará o princípio da não afetação de receitas.
606
fomento à cultura de até cinco décimos por cento da receita tributária líquida dos Estados e do Distrito
Federal, para o financiamento de programas e projetos culturais. O princípio em questão rege tanto o
direito financeiro quanto o tributário (CESPE – TRF 1ª Região – 2011). (https://www.conjur.com.br/2013-
dez-05/toda-prova-principios-orcamentarios-otica-concursos-publicos)

(TCEAM-2021-FGV): Estabelecidos e disciplinados por normas constitucionais, infraconstitucionais e


pela doutrina, os princípios orçamentários visam a estabelecer diretrizes norteadoras básicas para o
processo orçamentário. Nesse contexto, a destinação de recursos para atividades da administração
tributária constitui uma exceção ao princípio do(a): não afetação de receitas. BL: art. 167, IV, CF.

(PCGO-2017-CESPE): Sabendo que, por disposição constitucional expressa, em regra, os princípios


tributários e as limitações ao poder de tributar não se aplicam de forma idêntica a todas as espécies
tributárias, assinale a opção correta a respeito da aplicação desses institutos: A aplicação do princípio da
não vinculação de receita a despesa específica é limitada aos impostos. BL: art. 167, IV, CF.

(TRF1-2011-CESPE): De acordo com o princípio da não afetação da receita de impostos, que rege tanto o
direito financeiro quanto o tributário, o legislador é proibido de vincular a receita de impostos a órgão,
fundo ou despesa. Todavia, a despeito desse princípio, o legislador pode vincular a receita do imposto de
renda a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita. BL: art. 167, IV, CF.

(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta, em matéria de Finanças Públicas: É vedada a vinculação de


receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções expressas na Constituição. BL: art. 167, IV,
CF.

(AGU-2009-CESPE): Ainda acerca dos orçamentos, julgue o item que se segue: O princípio da não-
afetação refere-se à impossibilidade de vinculação da receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa,
com exceção de alguns casos previstos na norma constitucional. BL: art. 167, IV, CF.

(PGEAL-2009-CESPE): As vedações constitucionais em matéria orçamentária não incluem a vinculação


de receita de impostos para a realização de atividades da administração tributária. BL: art. 167, IV, CF.

##Atenção: ##STF: ##DPERJ-2021: ##FGV: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.


VINCULAÇÃO DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS A FUNDO DESTINADO A PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. § 1º DO ART. 226 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E ART. 56 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. ALEGAÇÃO DE
CONTRARIEDADE AOS ARTS. 158, 159, 165, § 8º, 167, INC. IV, E 212 DA CF/1988. EXAURIMENTO
DOS EFEITOS DA REGRA POSTA NO ART. 56 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO QUANTO AO § 1º DO ART. 226 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO 1. O STF assentou serem inconstitucionais as normas que estabelecem
vinculação de parcelas das receitas tributárias a órgãos, fundos ou despesas, por desrespeitarem a
vedação contida no art. 167, inc. IV, da CF/1988. 2. Ação julgada prejudicada quanto ao art. 56 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição estadual por ser norma cuja eficácia se
exauriu e procedente quanto ao § 1o. do art. 226 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. STF.
Plenário. ADI 553, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 13/06/18.

##Atenção: Pela leitura do inciso IV do art. 167 da CF, percebe-se que o legislador constituinte derivado
acrescentou uma nova hipótese de exceção à não vinculação da receita de impostos, qual seja: vinculação
da receita de impostos para a realização de atividades da administração tributária. Com isso, passamos a
ter as seguintes exceções ao princípio da não vinculação de impostos: a) a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159 (repartição das receitas tributárias, entre os
entes federados); b) a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde (CF, art. 198, §
2º); c) a destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino (CF, art. 212); d) a
destinação de recursos para realização de atividades da administração tributária (CF, art. 37, XXII); e) a
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita (CF, arts. 165, § 8º, e 167, § 4º).

V - a abertura de CRÉDITO SUPLEMENTAR ou ESPECIAL sem prévia autorização legislativa e


sem indicação dos recursos correspondentes; (TJMS-2008) (TRF2-2009) (PGEAL-2009) (PGEAM-2010) (TRF3-
2011) (PGEMT-2011) (TRF1-2011/2015) (DPERN-2015) (PFN-2015) (PGEMA-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
(TJPA-2019) (PCECE-2021) (TCEAM-2021)

(PGECE-2021-CESPE): O governador de determinado estado da Federação pretende iniciar


607
imediatamente a construção de uma biblioteca na respectiva capital, mas os recursos necessários à obra
não estão previstos na lei orçamentária anual do exercício em curso. Em face dessa situação hipotética,
para viabilizar a execução da obra em questão, dever-se-á abrir crédito especial, após autorização
legislativa e indicação dos recursos correspondentes. BL: art. 167, V, CF c/c art. 41, II c/c arts. 42 e 43,
caput, Lei 4320/64.148

##Atenção: No caso em tela, deve-se abrir crédito adicional especial, pois se trata de despesa nova sem
caráter urgente e imprevisto. Em razão da situação hipotética narrada na questão, para viabilizar a
execução da obra em questão, dever-se-á abrir crédito especial, após autorização legislativa e indicação
dos recursos correspondentes (art. 167, V, CF).

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de RECURSOS de uma categoria de


programação para outra ou de um órgão para outro, SEM PRÉVIA autorização legislativa; (PGEPI-2008)
(AGU-2009) (MPSE-2010) (PGEAM-2010) (MPMG-2011) (PGEMT-2011) (TJPI-2012) (DPERN-2015) (PGERS-
2015) (PFN-2015) (TRF4-2016) (MPPR-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TRF2-2018) (PGEAP-2018) (PGEGO-2021)
(PGEPB-2021) (TCDF-2021) (PGESC-2022)

(TJPI-2012-CESPE): É vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma


categoria para outra, ou de um órgão para outro, salvo mediante prévia autorização legislativa. BL: art.
167, VI, CF.

(AGU-2009-CESPE): De acordo com o que estabelece a CF acerca das finanças públicas, julgue o item
subsequente: É possível a transposição de recursos de uma categoria de programação para outra, com a
prévia autorização legislativa. BL: art. 167, VI, CF.

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; (PGEAL-2009) (TRF1-2015) (PGESP-2018)

(TRF1-2015-CESPE): No que se refere aos princípios orçamentários estabelecidos na CF, assinale a opção
correta: Na elaboração de lei orçamentária, é proibida a concessão de créditos sem limite de valor
estabelecido. BL: art. 167, VII da CF.

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive
dos mencionados no art. 165, § 5º; (TRF2-2009) (PGEPI-2014) (PFN-2015) (MPRS-2016) (PGM-São Luís/MA-
2016) (PGEPB-2021)

IX - a INSTITUIÇÃO DE FUNDOS DE QUALQUER NATUREZA, sem prévia autorização


legislativa. (PGEPE-2009) (PGEAM-2010) (PGEMT-2011) (PF-2013) (TRF4-2014) (DPERN-2015) (MPF-2015)
(PFN-2015) (MPRS-2016) (PGEMA-2016)

X - a TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA DE RECURSOS e a CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS,


INCLUSIVE por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições
financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (AGU-2009) (PGEPA-
2011) (AGU-2012) (MPAC-2014) (TJPB-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGESE-2017) (TJPA-2019) (PGM-Boa
Vista/RR-2019) (PGEGO-2021) (TJPE-2022) (PCAM-2022)

(TJPB-2015-CESPE): A respeito da disciplina constitucional sobre finanças públicas e orçamentos,


assinale a opção correta: É vedada a concessão de empréstimos pelas instituições financeiras públicas
para pagamento de despesas com pessoal ativo e inativo dos estados, do DF e dos municípios. BL: art.
167, X, CF.

(MPAC-2014-CESPE): Considerando as normas constitucionais aplicáveis ao sistema tributário nacional,


às finanças públicas e à ordem econômica, assinale a opção correta: Viola disposição da CF o convênio
firmado entre estado e município com o objetivo de realizar transferência voluntária de recursos

148
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: (...) II - especiais, os destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica; (...) Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e
abertos por decreto executivo. (...) Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
608
financeiros para pagamento de despesas com professores integrantes da rede pública de ensino. BL: art.
167, X, CF.

(AGU-2009-CESPE): De acordo com o que estabelece a CF acerca das finanças públicas, julgue o item
subsequente: Não é possível a transferência voluntária de recursos, pelo governo federal, aos estados
para o pagamento de despesas de pessoal ativo, inativo e pensionista. BL: art. 167, X, CF.

XI - a utilização dos RECURSOS PROVENIENTES DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS de que trata


o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de BENEFÍCIOS DO REGIME
GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998) (PGEAL-2009) (TRF4-2010) (TJPA-2012) (AGU-2012) (TRF5-2013) (TRF1-2011/2013/2015) (PGM-São
Luís/MA-2016) (PGESP-2018)

(TRF4-2010): Assinale a alternativa correta, em matéria de Finanças Públicas: É vedada a utilização de


recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a e II, para realização de
despesas distintas do pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência Social de que trata o art.
201, todos da Constituição Federal. BL: art. 167, XI, CF.

XII - na forma estabelecida na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40, a utilização de recursos
de regime próprio de previdência social, incluídos os valores integrantes dos fundos previstos no art. 249,
para a realização de despesas distintas do pagamento dos benefícios previdenciários do respectivo fundo
vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua organização e ao seu funcionamento; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

XIII - a transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e as subvenções pela


União e a concessão de empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras federais aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na hipótese de descumprimento das regras gerais de
organização e de funcionamento de regime próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) (PGEPB-2021)

XIV - a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante a
vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por programação
orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021) (PGEPB-2021)

§ 1º NENHUM INVESTIMENTO cuja execução ULTRAPASSE um exercício financeiro PODERÁ


SER INICIADO sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, SOB PENA
de CRIME DE RESPONSABILIDADE. (MPSE-2010) (TJAC-2012) (PF-2013) (DPEGO-2014) (PGEPI-2014)
(DPERN-2015) (TRT8-2015) (TRF4-2009/2016) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (TCERO-2019) (Aud. Fiscal-
SFEAZ/AL-2020) (MPSC-2021)

(PGM-Campo Grande/MS-2019-CESPE): A respeito do plano plurianual (PPA), da lei de diretrizes


orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA), julgue o item a seguir: Constitui crime de
responsabilidade fiscal o início de investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, sem
prévia inclusão no PPA ou sem autorização de sua inclusão mediante lei. BL: art. 167, §1º, CF.

(TRF4-2016): Acerca do orçamento público, tendo em conta as disposições constitucionais, assinale a


alternativa correta: Constitui crime de responsabilidade a realização de investimento cuja execução
ultrapasse um exercício financeiro sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a
inclusão. BL: art. 167, §1º, CF.

§ 2º Os CRÉDITOS ESPECIAIS e EXTRAORDINÁRIOS terão vigência no exercício financeiro em


que forem autorizados, salvo se o ato de autorização FOR PROMULGADO nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subseqüente. (TRT21-2015) (PFN-2015) (PGEMA-2016) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020)

(Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020-CESPE): Considerando as regras constitucionais de direito financeiro,


julgue o item a seguir: O crédito especial cujo ato de autorização seja promulgado nos últimos quatro
609
meses do exercício financeiro pode ser reaberto e incorporado ao orçamento do ano seguinte, desde que
respeitado o limite do seu saldo. BL: art. 167, §2º, CF.

##Atenção: Perceba que a regra é que a vigência dos créditos especiais e extraordinários seja limitada ao
exercício financeiro em que forem autorizados. Todavia, caso o ato de autorização do crédito especial
tenha ocorrido nos últimos quatro meses daquele exercício, ele poderá ser reaberto (prorrogado), nos
limites do seu saldo, até o término do exercício financeiro subsequente.

§ 3º A abertura de CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO SOMENTE SERÁ ADMITIDA para atender a


despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, observado o disposto no art. 62 [obs.: dispõe sobre as medidas provisórias]. (TJDFT-2008) (TJMS-
2008) (MPCE-2009) (TRF5-2009) (PCDF-2009) (TRF3-2011) (PGEPA-2011) (AGU-2013) (MPPR-2012/2014)
(PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (TRF1-2011/2015) (PFN-2015) (TRF4-2012/2016) (PGEMA-2016) (TRF2-
2009/2013/2017) (DPEAL-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJPA-2014/2019) (TCERO-
2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)

(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Conforme as disposições pertinentes ao orçamento municipal, a


abertura de crédito extraordinário é admitida apenas nas hipóteses de atendimento a despesas de
natureza urgente e imprevisível, tais como aquelas que decorram de situação de calamidade pública. BL:
art. 167, §3º, CF.

(PGM-BH/MG-2017-CESPE): Assinale a opção correta de acordo com as normas de direito financeiro


constantes na CF: A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes. BL: art. 167, §3º, CF.

§ 4º É PERMITIDA a VINCULAÇÃO DAS RECEITAS a que SE REFEREM os arts. 155, 156, 157,
158 e as alíneas "a", "b", "d" e "e" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para
pagamento de débitos com a União e para prestar-lhe garantia ou contragarantia. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (PGECE-2021) (PGEGO-2021) (PF-2021)

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão
física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
IV - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:


I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que
instituírem e mantiverem;
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.

Art. 158. Pertencem aos Municípios:


I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que
instituírem e mantiverem;
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial
rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art.
153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de
veículos automotores licenciados em seus territórios;

610
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão
creditadas conforme os seguintes critérios:
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas
à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de
melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos
educandos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007)


I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre
produtos industrializados, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 112, de 2021)
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito
Federal;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; (...)
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do
mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014) (...)
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e
ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. (...)

(PF-2021-CESPE): Com base no texto da CF e nos princípios e nas normas do direito financeiro, julgue o
item a seguir: É permitida aos estados a vinculação de receitas próprias geradas pela cobrança do IPVA
para a prestação de contragarantia à União. BL: art. 167, §4º c/c art. 155, III, CF.

(PGECE-2021-CESPE): Assinale a opção correta relativamente aos empréstimos contraídos por estado da
Federação: É permitida a vinculação da receita do imposto sobre a propriedade de veículos automotores
para pagamentos de débitos com a União. BL: art. 167, §4º c/c art. 155, III, CF.

##Atenção: Esse princípio encontra-se expressamente previsto no art. 167, VI, da CF, que diz que é
vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. O administrador
público não pode, portanto, remanejar ou transferir verbas de um órgão para outro nem alterar a
categoria de programação sem prévia autorização legislativa. Se houver insuficiência orçamentária ou
carência de novas dotações, deve-se recorrer à abertura de crédito suplementar ou especial, mediante
autorização do Poder Legislativo, contida na própria LOA ou em lei específica de crédito adicional. A
exceção é apenas de uma categoria de programação para outra, não sendo válida de um órgão para
outro. Atente para as exceções: a) O § 5º do art. 167 permite a transposição, remanejamento ou
transferência de recursos de uma categoria para outra para atividades de ciência, tecnologia e inovação,
mediante ato direto do poder executivo; b) O poder executivo pode transpor, remanejar, transferir- se
decorrente de extinção, transformação, transferência, incorporação ou desmembramento de órgãos/
entidades (ou alterações de suas competências/atribuições), mantida a categoria de programação. Logo,
vemos que o Art. X do referido projeto de lei viola o art. 167, VI da CF/88, conhecido como princípio da
vedação ao estorno.

§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de


programação para outra PODERÃO SER ADMITIDOS, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e
inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato
do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste
artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) (PGERS-2015) (PFN-2015) (MPRS-2016) (TRF4-
2016) (MPPR-2017) (TRF2-2018) (PGEAP-2018) (PGEGO-2021) (PGEPB-2021) (TCDF-2021) (PGESC-2022)

Art. 167. São vedados: (...)


VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

(PGESC-2022-FGV): Acerca do regramento do orçamento público previsto na Constituição da República


de 1988, analise a afirmativa a seguir: A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de

611
uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência,
tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções,
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa. BL: art. 167, caput,
VI c/c §5º, CF.

(PGEPB-2021-CESPE): De acordo com as normas de direito financeiro previstas na Constituição Federal


de 1988, é possível a transposição, sem prévia autorização legislativa, de recursos de uma categoria de
programação para outra, no âmbito das atividades de ciência e tecnologia, desde que o objetivo seja
viabilizar os resultados de projetos dessas funções. BL: art. 167, caput, VI c/c §5º, CF.

(PGEAP-2018-FCC): Considere a seguinte situação hipotética: Solicita-se da Procuradoria Especializada


parecer quanto à legalidade e constitucionalidade de um Projeto de Lei Orçamentária Anual com a
seguinte disposição: “Art. X. As transferências de recursos orçamentários, exceto daqueles no âmbito das
atividades de ciência, tecnologia e inovação, de uma entidade para outra somente poderão ocorrer sem autorização
legislativa até o limite de 5%.” Tal dispositivo: viola o art. 167, VI da CF/1988, conhecido como princípio da
vedação ao estorno. BL: art. 167, caput, VI c/c §5º, CF.

##Atenção: Esse princípio encontra-se expressamente previsto no art. 167, VI, da CF, que diz que é
vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. O administrador
público não pode, portanto, remanejar ou transferir verbas de um órgão para outro nem alterar a
categoria de programação sem prévia autorização legislativa. Se houver insuficiência orçamentária ou
carência de novas dotações, deve-se recorrer à abertura de crédito suplementar ou especial, mediante
autorização do Poder Legislativo, contida na própria LOA ou em lei específica de crédito adicional. A
exceção é apenas de uma categoria de programação para outra, não sendo válida de um órgão para
outro. Atente para as exceções: a) O § 5º do art. 167 permite a transposição, remanejamento ou
transferência de recursos de uma categoria para outra para atividades de ciência, tecnologia e inovação,
mediante ato direto do poder executivo; b) O poder executivo pode transpor, remanejar, transferir- se
decorrente de extinção, transformação, transferência, incorporação ou desmembramento de órgãos/
entidades (ou alterações de suas competências/atribuições), mantida a categoria de programação. Logo,
vemos que o Art. X do referido projeto de lei viola o art. 167, VI da CF/88, conhecido como princípio da
vedação ao estorno.

(MPRS-2016): Tendo em vista o tratamento constitucional dos orçamentos, admite-se, sem a necessidade
de prévia autorização legislativa, a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o
objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder
Executivo. BL: art. 167, §5º, CF.

§ 6º Para fins da apuração ao término do exercício financeiro do cumprimento do limite de que trata o
inciso III do caput deste artigo, as receitas das operações de crédito efetuadas no contexto da gestão da
dívida pública mobiliária federal somente serão consideradas no exercício financeiro em que for realizada a
respectiva despesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 7º A lei não imporá nem transferirá qualquer encargo financeiro decorrente da prestação de serviço
público, inclusive despesas de pessoal e seus encargos, para a União, os Estados, o Distrito Federal ou os
Municípios, sem a previsão de fonte orçamentária e financeira necessária à realização da despesa ou sem a
previsão da correspondente transferência de recursos financeiros necessários ao seu custeio, ressalvadas as
obrigações assumidas espontaneamente pelos entes federados e aquelas decorrentes da fixação do salário
mínimo, na forma do inciso IV do caput do art. 7º desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 128, de 2022)

Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes e
receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, É FACULTADO aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público,
ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação, APLICAR o
mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-
2021) (PGERO-2022)

I - concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração de


membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de militares, exceto dos derivados

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de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das
medidas de que trata este artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

II - criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)

III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-2021)

IV - admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, RESSALVADAS: (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-2021)

a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-2021)

c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição;


e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos de formação


de militares; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

V - realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no inciso IV deste
caput; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

VI - criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou


benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de Poder, do
Ministério Público ou da Defensoria Pública e de servidores e empregados públicos e de militares, ou ainda
de seus dependentes, exceto quando derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de
determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

VII - criação de despesa obrigatória; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-
2021)

VIII - adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da inflação,
observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do art. 7º desta Constituição;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

IX - criação ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como remissão,


renegociação ou refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação das despesas com subsídios e
subvenções; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-2021)

X - concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária. (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-2021)

§ 1º Apurado que a despesa corrente supera 85% (oitenta e cinco por cento) da receita corrente, sem
exceder o percentual mencionado no caput deste artigo, as medidas nele indicadas podem ser, no todo ou
em parte, implementadas por atos do Chefe do Poder Executivo com vigência imediata, facultado aos
demais Poderes e órgãos autônomos implementá-las em seus respectivos âmbitos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)

§ 2º O ato de que trata o § 1º deste artigo deve ser submetido, em regime de urgência, à apreciação do
Poder Legislativo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 3º O ato perde a eficácia, reconhecida a validade dos atos praticados na sua vigência, quando:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

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I - rejeitado pelo Poder Legislativo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

II - transcorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias sem que se ultime a sua apreciação; ou (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

III - apurado que não mais se verifica a hipótese prevista no § 1º deste artigo, mesmo após a sua
aprovação pelo Poder Legislativo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 4º A apuração referida neste artigo deve ser realizada bimestralmente. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)

§ 5º As disposições de que trata este artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

I - não constituem obrigação de pagamento futuro pelo ente da Federação ou direitos de outrem
sobre o erário; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

II - não revogam, dispensam ou suspendem o cumprimento de dispositivos constitucionais e legais


que disponham sobre metas fiscais ou limites máximos de despesas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
109, de 2021)

§ 6º Ocorrendo a hipótese de que trata o caput deste artigo, até que todas as medidas nele previstas
tenham sido adotadas por todos os Poderes e órgãos nele mencionados, de acordo com declaração do
respectivo Tribunal de Contas, É VEDADA: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (TCEAM-
2021) (PGERO-2022)

I - a concessão, por qualquer outro ente da Federação, de garantias ao ente envolvido; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (PGERO-2022)

II - a tomada de operação de crédito por parte do ente envolvido com outro ente da Federação,
diretamente ou por intermédio de seus fundos, autarquias, fundações ou empresas estatais dependentes,
ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente,
ressalvados os financiamentos destinados a projetos específicos celebrados na forma de operações
típicas das agências financeiras oficiais de fomento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
(TCEAM-2021) (PGERO-2022)

(PGERO-2022-CESPE): A Emenda Constitucional n.º 109/21 introduziu alterações no texto


constitucional com a previsão de mecanismos de ajuste fiscal destinados a todos os entes da Federação,
além de conter dispositivos que orientam a sustentabilidade da dívida pública na condução da política
fiscal e que dispõem sobre o regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações decorrente da
decretação de estado de calamidade pública de âmbito nacional. Com relação a esse assunto, é correto
afirmar que, caso seja apurado, em um estado da Federação, que a relação entre despesas correntes e
receitas correntes supera 95% no período de 12 meses, as medidas de ajuste fiscal previstas na referida
emenda constitucional serão de aplicação facultativa para o respectivo estado, além de incidirem
automaticamente vedações de concessão de garantia e de tomada de operação de crédito por qualquer
outro ente federativo em relação ao estado envolvido, até que todos os seus poderes e órgãos adotem as
medidas previstas. BL: art. 167-A, caput c/c §6º, I e II, CF.

Art. 167-B. Durante a vigência de ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA DE ÂMBITO


NACIONAL, decretado pelo Congresso Nacional por iniciativa privativa do Presidente da República, a
União DEVE ADOTAR REGIME EXTRAORDINÁRIO fiscal, financeiro e de contratações para atender
às necessidades dele decorrentes, SOMENTE naquilo em que a URGÊNCIA FOR incompatível com o
REGIME REGULAR, nos termos definidos nos arts. 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (MPSP-2022)

(MPSP-2022): Assinale a alternativa correta: Durante a vigência do estado de calamidade pública de


âmbito nacional, a União deve adotar regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações, limitado
ao que a urgência for incompatível com o regime regular, nos termos da Constituição. BL: art. 167-B, CF.

Art. 167-C. Com o propósito exclusivo de enfrentamento da calamidade pública e de seus efeitos
sociais e econômicos, no seu período de duração, o Poder Executivo federal PODE ADOTAR

614
PROCESSOS SIMPLIFICADOS DE CONTRATAÇÃO DE PESSOAL, em caráter temporário e
emergencial, e de obras, serviços e compras que assegurem, quando possível, competição e igualdade de
condições a todos os concorrentes, dispensada a observância do § 1º do art. 169 na contratação de que
trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição, limitada a dispensa às situações de que trata o
referido inciso, sem prejuízo do controle dos órgãos competentes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
109, de 2021) (TCU-2022)

Art. 167-D. As proposições legislativas e os atos do Poder Executivo com propósito exclusivo de
enfrentar a calamidade e suas consequências sociais e econômicas, com vigência e efeitos restritos à sua
duração, DESDE QUE NÃO IMPLIQUEM despesa obrigatória de caráter continuado, ficam dispensados
da observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao aperfeiçoamento de ação
governamental que acarrete aumento de despesa e à concessão ou à ampliação de incentivo ou benefício
de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de
2021) (TCU-2022)

Parágrafo único. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata o art. 167-
B, não se aplica o disposto no § 3º do art. 195 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109,
de 2021)

Art. 167-E. FICA DISPENSADA, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a
calamidade pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167 desta
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (TCU-2022)

Art. 167-F. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata o art. 167-B
desta Constituição: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

I - são dispensados, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade


pública, os limites, as condições e demais restrições aplicáveis à União para a contratação de operações de
crédito, bem como sua verificação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

II - o superávit financeiro apurado em 31 de dezembro do ano imediatamente anterior ao


reconhecimento pode ser destinado à cobertura de despesas oriundas das medidas de combate à
calamidade pública de âmbito nacional e ao pagamento da dívida pública. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)

§ 1º Lei complementar pode definir outras suspensões, dispensas e afastamentos aplicáveis durante a
vigência do estado de calamidade pública de âmbito nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109,
de 2021)

§ 2º O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica às fontes de recursos: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

I - decorrentes de repartição de receitas a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

II - decorrentes das vinculações estabelecidas pelos arts. 195, 198, 201, 212, 212-A e 239 desta
Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

III - destinadas ao registro de receitas oriundas da arrecadação de doações ou de empréstimos


compulsórios, de transferências recebidas para o atendimento de finalidades determinadas ou das receitas
de capital produto de operações de financiamento celebradas com finalidades contratualmente
determinadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

Art. 167-G. Na hipótese de que trata o art. 167-B, aplicam-se à União, até o término da calamidade
pública, as vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109,
de 2021) (PGERO-2022)

§ 1º Na hipótese de medidas de combate à calamidade pública cuja vigência e efeitos não


ultrapassem a sua duração, não se aplicam as vedações referidas nos incisos II, IV, VII, IX e X do caput do
art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

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§ 2º Na hipótese de que trata o art. 167-B, não se aplica a alínea "c" do inciso I do caput do art. 159
desta Constituição, devendo a transferência a que se refere aquele dispositivo ser efetuada nos mesmos
montantes transferidos no exercício anterior à decretação da calamidade. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)

§ 3º É facultada aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a aplicação das vedações
referidas no caput, nos termos deste artigo, e, até que as tenham adotado na integralidade, estarão
submetidos às restrições do § 6º do art. 167-A desta Constituição, enquanto perdurarem seus efeitos para
a União. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (PGERO-2022)

Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos


suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na
forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004) (DPEMS-2008) (DPEPI-2009) (DPEDF-2013) (TRF5-2013) (DPECE-2014) (DPEMA-2015)
(TRT2-2015) (TRF4-2009/2016) (DPEMT-2016)

(TRF4-2016): Acerca do orçamento público, tendo em conta as disposições constitucionais, assinale a


alternativa correta: Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na
forma da lei complementar. BL: art. 168, CF.

(DPEDF-2013-CESPE): Considerando as disposições da CF sobre os orçamentos e as finanças públicas,


julgue o item subsecutivo: Os recursos orçamentários destinados aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao
MP e à DP devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia vinte de cada mês. BL:
art. 168, CF.

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2013: ##CESPE: A norma inscrita no art. 168 da Constituição reveste-se de
caráter tutelar, concebida que foi para impedir o Executivo de causar, em desfavor do Judiciário, do
Legislativo e do Ministério Público, um estado de subordinação financeira que comprometesse, pela
gestão arbitraria do orçamento - ou, até mesmo, pela injusta recusa de liberar os recursos nele
consignados -, a própria independência político-jurídica daquelas Instituições. Essa prerrogativa de
ordem jurídico-institucional, criada, de modo inovador, pela CF/88, pertence, exclusivamente, aos
órgãos estatais para os quais foi deferida. STF. STF. Plenário. MS 21291 AgR-QO, Rel. Celso de Mello, j.
12/04/91.

§ 1º É vedada a transferência a fundos de recursos financeiros oriundos de repasses


duodecimais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 2º O saldo financeiro decorrente dos recursos entregues na forma do caput deste artigo deve ser
restituído ao caixa único do Tesouro do ente federativo, ou terá seu valor deduzido das primeiras parcelas
duodecimais do exercício seguinte. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em lei complementar. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,


empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, INCLUSIVE
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, SÓ PODERÃO SER FEITAS: (Renumerado do
parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGECE-2008) (PGEPI-2008) (DPESP-2009)
(PCPB-2009) (TRF4-2012) (PGEMG-2012) (MPSC-2013) (TRF5-2013) (DPECE-2014) (PGEPI-2014)
(Cartórios/TJMG-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (MPPR-2017) (DPEPR-2017)
(PGESE-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGEAP-2018) (PGETO-2018) (TJPA-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019)
(TCERO-2019) (MPCPA-2019) (PGM-Teresina/PI-2022)

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I - SE HOUVER prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGECE-2008)
(PGEPI-2008) (DPESP-2009) (TRF4-2012) (PGEMG-2012) (MPSC-2013) (TRF5-2013) (DPECE-2014) (PGEPI-
2014) (Cartórios/TJMG-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (MPPR-2017) (PGESE-
2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGEAP-2018) (PGETO-2018) (TJPA-2019) (MPCPA-2019) (PGM-Teresina/PI-
2022)

II - SE HOUVER autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, RESSALVADAS as


empresas públicas e as sociedades de economia mista. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(PGECE-2008) (PGEPI-2008) (DPESP-2009) (PCPB-2009) (TRF4-2012) (PGEMG-2012) (MPSC-2013) (TRF5-
2013) (DPECE-2014) (PGEPI-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (PGEMA-2016)
(PGEMT-2016) (MPPR-2017) (PGESE-2017) (PGEAP-2018) (TJPA-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TCERO-
2019) (MPCPA-2019) (PGM-Teresina/PI-2022)

(PGM-Teresina/PI-2022-FCC): Acerca das despesas orçamentárias, a Constituição Federal dispõe: A


concessão de vantagens ao servidor, que acarretam despesas com pessoal, é autorizada pela Constituição
se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos
acréscimos dela decorrentes; e desde que haja previsão específica em lei orçamentária, ressalvadas as
empresas públicas e sociedades de economia mista. BL: art. 169, §1º, I e II, CF.

(PGM-Boa Vista/RR-2019-CESPE): De acordo com a Constituição Federal de 1988, julgue o seguinte


item, acerca de direito financeiro e princípios orçamentários: A admissão de pessoal por empresa pública
municipal dispensa autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias. BL: art. 169, §1º, II, CF.

§ 2º DECORRIDO o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação
aos parâmetros ali previstos, SERÃO IMEDIATAMENTE SUSPENSOS todos os repasses de verbas
federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que NÃO OBSERVAREM os
referidos limites. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007) (PGEGO-2010) (MPF-
2011) (MPPI-2012) (PGERN-2014)

§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado
na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
ADOTARÃO as seguintes providências: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEGO-2010)
(MPAL-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEMG-2012) (MPSC-2013) (DPERR-2013) (PGERN-2014) (PGEPR-
2015) (PGERS-2015) (TRT23-2015) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-2017)
(DPEPR-2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGEAP-2018) (MPMT-2019) (TCERO-2019) (MPCPA-
2019) (MPSC-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEGO-2010) (MPAL-2012) (Cartórios/TJSP-
2012) (PGEMG-2012) (PGERN-2014) (PGEPR-2015) (PGERS-2015) (TRT23-2015) (PGEMA-2016)
(PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-2017) (DPEPR-2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-
2017) (PGEAP-2018) (MPMT-2019) (TCERO-2019) (MPCPA-2019) (MPSC-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEGO-2010) (MPAL-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEMG-2012)
(DPERR-2013) (PGERN-2014) (TJPB-2015) (PGEPR-2015) (TRT23-2015) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-2017) (DPEPR-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGEAP-2018) (MPMT-2019)
(TCERO-2019) (MPCPA-2019) (MPSC-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

(PGERN-2014-FCC): A Constituição Federal determina que a despesa com pessoal ativo e inativo da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em
lei complementar. Para o cumprimento desse limite, a Constituição Federal autoriza, dentre outras
medidas, que sejam exonerados, durante o prazo fixado na lei complementar referida, servidores
estaduais não estáveis. BL: art. 169, §§3º, II, CF.

§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o
cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o SERVIDOR ESTÁVEL
617
PODERÁ PERDER o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TJDFT-2007) (TJAP-2008) (DPEPI-2009) (TJPR-2010) (PGEGO-2010)
(TJRJ-2011) (MPMG-2011) (MPAL-2012) (PGEMG-2012) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TJPB-2015) (PGEPA-2015)
(PGEPR-2015) (TRT23-2015) (TRT2-2016) (TRT3-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-
2017) (DPEPR-2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGEAP-2018) (TCERO-2019) (MPCPA-2019)
(MPSC-2012/2013/2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

§ 5º O servidor que PERDER o cargo na forma do parágrafo anterior FARÁ JUS a INDENIZAÇÃO
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998) (PGEPA-2015) (TRT23-2015) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-BH/MG-2017)
(PGEAP-2018) (TCERO-2019)

(PGEAP-2018-FCC): Na hipótese de o Estado extrapolar o limite de gastos com pessoal previsto em lei
complementar federal, essa situação pode justificar a exoneração de servidores titulares de cargos
públicos estáveis, observados os requisitos constitucionais, dentre os quais o pagamento de indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. BL: art. 169, §§3ºa 5º, CF.

§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores SERÁ CONSIDERADO extinto,
VEDADA a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de
quatro anos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (TRT23-2015) (PGM-São Luís/MA-2016)
(TJSP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TCERO-2019)

(TJSP-2017-VUNESP): Atingindo-se o limite global de despesas com pessoal, nos termos do artigo 169
da CF/88, os cargos públicos objeto de redução serão extintos e só poderão ser criados após 4 (quatro)
anos, respeitado o limite de gastos com pessoal. BL: art. 169, §§3º, 4º e 6º, CF.

§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

TÍTULO VII
Da Ordem Econômica e Financeira

CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA

Art. 170. A ORDEM ECONÔMICA, FUNDADA na valorização do trabalho humano e na livre


iniciativa, TEM por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
OBSERVADOS os SEGUINTES PRINCÍPIOS: (PGECE-2008) (PGEES-2008) (MPES-2010) (PGEPA-2011)
(PGERO-2011) (TJPA-2012) (DPESC-2012) (PGEMG-2012) (PGESP-2012) (TRF3-2011/2013) (AGU-
2009/2010/2012/2013) (PGEGO-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPPE-2014) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGM-Cuiabá/MT-
2014) (TRF1-2011/2013/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (PCDF-2015) (TRT1-2015)
(PFN-2015) (TJDFT-2007/2016) (TRF4-2010/2016) (MPGO-2014/2016) (DPEMT-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016)
(TRT3-2016) (TRT4-2016) (TRF5-2011/2015/2017) (MPF-2015/2017) (Cartórios/TJRJ-2017) (PGEAC-2017) (PCMT-
2017) (PCMG-2008/2018) (PGEPE-2009/2018) (DPEMA-2011/2018) (PGESC-2014/2018) (TRF2-
2009/2011/2013/2014/2017/2018) (DPEAP-2018) (DPEPE-2018) (PCGO-2018) (PCMA-2018) (PCPI-2018)
(TJAL-2019) (DPEMG-2019) (MPT-2020) (TJPR-2010/2011/2021) (TJSP-2021) (MPSC-2021) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEMG-2019: São inconstitucionais leis estaduais ou municipais que
obriguem o supermercado a manter empacotador para as compras: São inconstitucionais as leis que
obrigam supermercados ou similares à prestação de serviços de acondicionamento ou embalagem das
compras, por violação ao princípio da livre iniciativa (art. 1º, IV e art. 170 da CF/88). STF. Plenário. ADI
907/RJ, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, j. 1º/8/17 (Info 871). STF.
Plenário. RE 839950/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 24/10/2018 (repercussão geral) (Info 921).

618
##Atenção: ##STF: ##PGESP-2012: ##FCC: O STF assentou que o princípio da livre iniciativa não
pode ser invocado para afastar regras de regulamentação do mercado e de defesa do consumidor. STF.
2ª T., RE 349.686, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 14/06/05. STF, 1ª T., AI 636.883-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia,
j. 08/02/11.
(PGESP-2012-FCC): Consoante a jurisprudência do STF, o fundamento da livre iniciativa, previsto no artigo
1o , inciso IV, da Constituição Federal, é de ser interpretado no sentido de que não pode ser invocado para
afastar regras de regulação de mercado. BL: Entend. Jurisprud.

(PCMA-2018-CESPE): Elencado na CF como princípio geral da atividade econômica, o princípio


econômico que só se realiza por meio da equitativa distribuição das riquezas, permitindo que cada um
disponha dos meios materiais para viver dignamente, denomina-se princípio da justiça social. BL: art.
170, caput, CF.

##Atenção: “[...] Com efeito, malgrado tenha a Constituição de 1988 consagrado uma economia de livre
mercado, de natureza capitalista - porque instrumentalizou uma ordem econômica apoiada na apropriação privada
dos meios de produção e na livre iniciativa econômica privada -, instituiu ela no art. 170 numerosos princípios
limitando e condicionando o processo econômico, no intuito de direcioná-lo a proporcionar o bem-estar
social ou melhoria da qualidade de vida. O primeiro – e de todos o mais importante -, em direção ao
qual todos os demais princípios se encaminham e se encontram, está cosubstanciado como o próprio fim
da ordem econômica: assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social. Como
modo de garantir uma ordem econômica que assegure a todos existência digna e a efetividade dos
princípios da atividade econômica, a Constituição consagrou entre nós um modelo de Estado
intervencionista, capacitando-o a intervir na ordem econômica sempre que necessário ao bem-estar
social e à concretização daqueles valores.” (CUNHA, NOVELINO, 2016, pgs. 864 e 865)

(MPSP-2015): Nos termos da Constituição Federal: A ordem econômica nacional tem por finalidade
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social. BL: art. 170, caput, CF.

(TRF1-2013-CESPE): No que se refere à intervenção do Estado no domínio econômico, assinale a opção


correta: As falhas de mercado que ensejam a regulação estatal das atividades econômicas, como forma de
intervenção indireta, incluem a assimetria informativa. BL: art. 170, caput, CF.

##Atenção: Segundo Leonardo Vizeu Figueiredo, via de regra, o Estado não intervirá na economia,
somente o fazendo quando se configure estritamente necessário para garantir a observância dos
princípios constitucionais que norteiam a Ordem Econômica, notadamente os princípios da livre
iniciativa e da liberdade de concorrência. Somente haverá motivo para promover a regulação de algum
setor da economia se existir uma das chamadas falhas de mercado, que se manifestam das formas a
seguir listadas, aliadas a uma insatisfação social e politicamente inaceitável(condição política): a)
Deficiência na distribuição dos bens essenciais coletivos; b) Externalidades; c) Assimetria informativa; d)
Poderio e desequilíbrio de mercado.

(TRF3-2013): Com relação à ordem econômica, marque a alternativa correta: A ordem econômica na
Constituição de 1988 é uma ordem econômica aberta, porquanto não prescreve um modelo econômico
acabado. BL: art. 170, caput, CF.

##Atenção: ##TRF3-2013: A ordem econômica é composta de fundamentos, fins e princípios. Os


fundamentos compõem o ponto de partida, os fins explicitam comando-valores e elasticidade ao
ordenamento jurídico, indicando prescrições a serem atendidas pelo Poder Público, com verdadeiro
conteúdo programático, apresentando-se como o ponto de chegada. Como os instrumentos, estão os
princípios. Esses institutos somados e atuando de forma harmônica, visam em última análise e através da
indissociável relação entre a ciência jurídica e econômica, a regulação pública econômica ao orientar a
atividade produtiva pelo particular, limitar a ação estatal na economia e impor o controle do poder
econômico.

##Atenção: ##PGESP-2012: ##TRF3-2013: ##CESPE: ##FCC: Segundo o entendimento do art. 170, da


CF, não é possível definir com exatidão a extensão nem os limites do intervencionismo do Estado.
Assim é que a vinculação do princípio da livre iniciativa ao da justiça social tem sido, por exemplo,
usada em muitos casos para permitir o controle de preços em áreas sensíveis, como ocorrido com as
mensalidades escolares: ADIn n°. 319-DF, in RTJ 149/666 — onde o STF decidiu pela constitucionalidade
da Lei 8.039, de 30.5 1990, que dispõe sobre os critérios de reajuste das mensalidades escolares.
(SALOMÃO FILHO, Calixto. Direito Concorrencial — as condutas, EU. Malheiros, São Paulo, 2003, p.

619
106).

(TRF3-2013): Com relação à ordem econômica, marque a alternativa correta: A livre iniciativa (CF, art. 1º,
IV e 170, caput) manifesta-se sob um duplo aspecto, pois garante, de um lado, a liberdade de acesso ao
mercado, com livre criação e fundação de empresa e, de outro, a livre atuação de empresas já criadas, isto
é, liberdade de atuação e permanência no mercado. BL: art. 1º, IV c/c art. 170, caput, CF.

(TRF5-2011-CESPE): No que se refere à ordem jurídico-econômica, assinale a opção correta: A mudança


dos paradigmas liberais na atividade econômica, com a inclusão da obrigatória observância de princípios
como o da dignidade da pessoa humana, deveu-se à atuação do próprio Estado, que passou a intervir no
mercado em busca do bem coletivo. BL: art. 170, caput, CF.

##Atenção: ##PGEES-2008: ##TRF5-2011: ##CESPE: José Afonso da Silva explica que: “um regime de
justiça social será aquele em que cada um deve poder dispor dos meios materiais para viver confortavelmente
segundo as exigências de sua natureza física, espiritual e política. Não aceita as profundas desigualdades, a pobreza
absoluta e a miséria. O reconhecimento dos direitos sociais, como instrumentos de tutela dos menos favorecidos, não
teve, até aqui, a eficácia necessária para reequilibrar a posição de inferioridade que lhes impede o efetivo exercício das
liberdades garantidas. Assim, no sistema anterior, a promessa constitucional de realização da justiça social não se
efetivara na prática. A Constituição de 1988 é ainda mais incisiva no conceber a ordem econômica sujeita aos
ditames da justiça social para o fim de assegurar a todos existência digna. Dá à justiça social um conteúdo preciso.
Preordena alguns princípios da ordem econômica – a defesa do consumidor, a defesa do meio ambiente, a redução
das desigualdades regionais e pessoais e a busca do pleno emprego – que possibilitam a compreensão de que o
capitalismo concebido há de humanizar-se (se é que isso seja possível). Traz, por outro lado, mecanismos na ordem
social voltados à sua efetivação” (Fonte: SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo.
10ª Ed. São Paulo: Ed. Malheiros, 1995, p. 721-722).

##Atenção: ##TRF5-2011: ##PGEPI-2014: ##CESPE: As normas econômicas previstas na CF são de


natureza essencialmente diretiva. Acerca do tema, explica Eros Roberto Grau: “Ora, se tomarmos a
Constituição dirigente como aquela oposta à Constituição estatutária ou orgânica, teremos que a atual
Constituição Brasileira permanece dirigente”. (GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na
Constituição de 1988. 12. ed. São Paulo: Malheiros, 2007, p. 364). Vale ressaltar, conforme esclarece Eros
Grau, que Constituição dirigente ou programática é aquela que é mais do que um instrumento de
governo, pois enuncia diretrizes, programas e fins a serem seguidos pelo Estado e sociedade, são mais
do que um mero estatuto jurídico (Constituição estatutária), a Constituição dirigente é um verdadeiro
plano normativo (GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988. 12. ed. São Paulo:
Malheiros, 2007, p. 78).

##Atenção: ##TRF5-2011: ##CESPE: Do pontos de vista conceitual, “regime político” e “ordem


econômica” são conceitos distintos. “Regime político” é a forma como o governo administra seu
poder, isto é, como ele se relaciona com a sociedade e como lida com a sua sucessão. Por outro lado,
“ordem econômica” é um conceito muito próximo de Constituição Econômica, como aponta Eros
Roberto Grau, é uma parcela da ordem jurídica, ou seja, “um conjunto de princípios jurídicos de conformação
do processo econômico, desde uma visão macrojurídica, conformação que se opera mediante o condicionamento da
atividade econômica a determinados fins políticos do Estado” (GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na
Constituição de 1988. 12. ed. São Paulo: Malheiros, 2007, p. 70).

##Atenção: ##TRF3-2011: ##TRF5-2011: ##CESPE: A ordem jurídico-econômica não prevê limites ao


exercício da atividade econômica e nem define, de maneira exclusiva, a estrutura do sistema econômico a
ser adotado pelo Estado brasileiro. Desse modo, como pode se observar da análise do art. 170, a CF/88
não estabelece limites, mas sim parâmetros, isto é, fins a serem alcançados.

(TRF5-2011-CESPE): No que se refere a liberalismo e intervencionismo, assinale a opção correta: O


objetivo do liberalismo foi o de livrar o indivíduo da usurpação e dos abusos do poder estatal na
condução da atividade econômica.

##Atenção: Neste contexto, explica Marilena Chauí: “O liberalismo consolida-se com os acontecimentos de
1789, na França, isto é, a Revolução Francesa que derrubou o Antigo Regime. (...) O término do Antigo Regime se
consuma quando a teoria política consagra a propriedade privada como direito natural dos indivíduos, desfazendo a
imagem do rei como marido da terra, senhor dos bens e das riquezas do reino, decidindo segundo sua vontade e seu
capricho quanto a impostos, tributos e taxas. A propriedade ou é individual e privada, ou é estatal e pública, jamais
patrimônio pessoal do monarca”. (Fonte: CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática,
2006, p. 376).

620
##Atenção: ##TRF5-2011: ##CESPE: Quanto ao liberalismo e ao intervencionismo: A atuação do Estado,
seja por meio do condicionamento da atividade econômica, seja por meio da exploração direta de
determinada atividade econômica, não anula a forma econômica capitalista prevista na CF/88.

##Atenção: ##PGEES-2008: ##TRF5-2011: ##CESPE: Quanto ao liberalismo e ao intervencionismo: No


liberalismo, não há o ideal de se buscar atingir justiça social, entendendo-se esta por distribuição de
renda, conforme ensina José Afonso da Silva: “É que a justiça social só se realiza mediante equitativa
distribuição da riqueza” (Fonte: SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 10ª Ed.
São Paulo: Ed. Malheiros, 1995, p. 721).

##Atenção: ##TRF5-2011: ##CESPE: Quanto ao liberalismo e ao intervencionismo: O intervencionismo


visava proteger o indivíduo (e não o Estado) dos abusos advindos do liberalismo, como foi o caso da
concorrência desleal entre os indivíduos. Nesse contexto, afirma Leonardo V. Figueiredo que “a política
intervencionista não visa ferir os postulados liberais, mas, tão somente, fazer com que o Estado coíba o exercício
abusivo e pernicioso do liberalismo”. (Fonte: FIGUEIREDO. Leonardo Vizeu. Lições de direito econômico. 6.
ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013, p. 41)

(PGERO-2011): Que setor de atividade gera mais externalidades positivas? Saneamento básico. BL: art.
170, caput, CF.

##Atenção: Externalidades, também chamadas economias (ou deseconomias) externas, cujos efeitos
podem ser positivos ou negativos - em termos de custos ou de benefícios - gerados pelas atividades de
produção ou consumo exercidas por um agente econômico e que atingem os demais agentes, sem que
haja incentivos econômicos para que seu causador produza ou consuma a quantidade referente ao custo
de oportunidade social. Na presença de externalidade, o custo de oportunidade social de um bem ou
serviço se difere do custo de oportunidade privado, fazendo com que haja incentivos não eficientes do
ponto de vista social. Portanto, externalidades referem-se ao impacto de uma decisão sobre aqueles que
não participaram dessa decisão. A externalidade pode ser negativa, quando gera custos para os demais
agentes - a exemplo, de uma fábrica que polui o ar, afetando a comunidade próxima. Pode ser positiva,
quando os demais agentes, involuntariamente, se beneficiam, a exemplo dos investimentos
governamentais em infraestrutura e equipamentos públicos.

I - soberania nacional; (TRF1-2009) (MPPR-2011) (MPDFT-2013) (MPSP-2013) (TJMT-2014) (MPPE-


2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGERN-2014) (PGESC-2014) (TRT8-2015) (TJDFT-2016) (TRF4-
2016) (MPF-2017) (TRF2-2017/2018) (MPMG-2018) (PGEPE-2018) (PCPI-2018)

(PGEPE-2018-CESPE): Acerca da ordem econômica e financeira nacional, assinale a opção correta: Com a
aplicação do princípio da soberania nacional à atividade econômica, visa-se evitar a influência
descontrolada de outros países na economia brasileira. BL: art. 170, I, CF.

##Atenção: “A Soberania Nacional Econômica recebe tratamento destacado dentro da ordem constitucional por
ser, certamente através da economia que um país irá firmar sua posição de independência no cenário internacional.
Uma nação dependente econômica e tecnologicamente não concretizará sua soberania política. Por isso a carta de
1988, no seu Título VII, Art. 170, ao tratar da Ordem Econômica e Financeira refere-se à Soberania Nacional
Econômica, como um de seus princípios.” (Fonte:
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1854/Soberania-economica-e-a-OMC). “A soberania é
fundamento da República Federativa do Brasil (art. 1°, I) e, ao ser prevista como princípio da ordem econômica,
busca evitar a influência descontrolada de outros países em nossa economia.” (Fonte: LENZA, Pedro. Direito
Constitucional Esquematizado, 14 ed, 2010, Saraiva, p. 985.).

(TRF2-2011-CESPE): Assinale a opção correta acerca dos princípios gerais da atividade econômica: O
conceito de soberania foi desenvolvido pelo filósofo francês Jean Bodin, e, segundo a atual doutrina, o
princípio da soberania nacional somente se efetiva quando a nação alcança patamares de
desenvolvimento econômico e social que lhe garantam a plena independência das decisões políticas, sem
a necessidade de auxílios internacionais, de forma que somente existirá Estado soberano onde houver
independência econômica. BL: art. 170, I, CF.

##Atenção: Jean Bodin (1530 a 1596) foi o principal responsável pela formulação do conceito de
“soberania”, como o “poder perpétuo e absoluto de uma República”. Cumpre registrar que, nos dias
atuais, a soberania só prevalece quando se alcança o desenvolvimento econômico e social. Dito de outro
modo, sem independência econômica não se tem soberania política.

621
##Atenção: A soberania nacional significa supremacia no plano interno e independência no plano
internacional. Por sua vez, a soberania econômica significa que as decisões relativas à política
econômica a serem adotadas pelo País devem levá-lo a estabelecer uma posição de independência em
relação aos demais países, importando na possibilidade de autodeterminação de sua política econômica.
Nesse contexto, explica Eugênio Rosa de Araújo que a soberania nacional é um dos fundamentos da
República Federativa do Brasil e do estado Democrático de Direito (art. 1º, I), sendo que o que se trata
no inciso I do art. 170 da CF/88 é a soberania nacional econômica, visando estabelecer, no plano
externo, a independência, a coordenação e a não-submissão em relação à economia e tecnologia
estrangeiras. Registre-se, também, que a soberania política (art. 1, I, CF/88) não sobrevive sem a
soberania econômica, havendo entre ambas uma relação de complementação. De sorte que a soberania
política é assegurada na medida em que o Estado goza e desfruta da soberania econômica. Esse
princípio está fortemente corroído em sua conceituação tradicional pelo avanço da ordem jurídica
internacional e da globalização. A ação dos Estados é movida pela incessante busca de níveis de
competitividade internacional. Porém, em atendimento a esse princípio, a colaboração internacional não
pode chegar ao ponto de subtrair do país as possibilidades de autodeterminação. (Fonte: Resumos TRFs)

II - propriedade privada; (TRF1-2009) (TJPR-2010) (TRF4-2010) (MPPR-2011) (TRF3-2011) (AGU-


2010/2013) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJES-2013) (TJMT-2014) (MPPE-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJMT-
2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (MPSP-2015) (TJDFT-2016) (TRF2-2017) (MPF-2017) (DPEPE-2018) (PCPI-
2018)

III - função social da propriedade; (DPESP-2009) (MPPR-2011) (TJGO-2012) (MPMT-2012)


(DPESC-2012) (TRF3-2011/2013) (MPSP-2013) (AGU-2013) (MPMA-2014) (MPPE-2014) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (TRF1-2009/2013/2015) (Cartórios/TJRS-2015)
(TRT2-2015) (TRT8-2015) (TJRS-2016) (TJDFT-2016) (TJAM-2016) (MPGO-2016) (MPF-2017) (TRF2-2017/2018)
(MPMG-2018) (DPEPE-2018) (PCMA-2018) (PCPI-2018) (TJAC-2019) (TJPR-2010/2011/2021)

IV - livre concorrência; (PGEES-2008) (TJSP-2009) (MPES-2010) (DPESP-2010) (MPPR-2011) (TRF4-


2010/2012) (AGU-2010/2012) (DPESE-2012) (PGESP-2012) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJES-2013) (TRF2-
2011/2013/2014) (TJMT-2014) (TJCE-2014) (MPPE-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEBA-2014)
(PGEPI-2014) (PGESC-2014) (TRF1-2009/2011/2015) (TRT8-2015) (TJDFT-2008/2016) (MPF-2017)
(Cartórios/TJRJ-2017) (PCMT-2017) (PCMG-2008/2018) (TRF2-2011/2017/2018) (PGEPE-2018) (PCMA-2018)
(PCPI-2018) (TJAL-2008/2019) (MPT-2020) (MPMG-2010/2019/2021) (TJPR-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2021: ##FGV: É constitucional a chamada cota de tela, ou seja, a
obrigatoriedade de que os cinemas brasileiros exibam filmes nacionais durante um número mínimo de
dias por ano: São constitucionais a cota de tela, consistente na obrigatoriedade de exibição de filmes
nacionais nos cinemas brasileiros, e as sanções administrativas decorrentes de sua inobservância. A
denominada “cota de tela” promove intervenção voltada a viabilizar a efetivação do direito à cultura,
sem, por outro lado, atingir o núcleo dos direitos à livre iniciativa, à livre concorrência e à propriedade
privada, apenas adequando as liberdades econômicas à sua função social. STF. Plenário. RE 627432/RS,
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 18/3/2021 (Repercussão Geral – Tema 704) (Info 1010).
(TJPR-2021-FGV): A Lei Federal nº XX dispôs que as salas de cinema do território brasileiro estão obrigadas
a exibir filmes nacionais por determinado lapso temporal, contado a partir do seu lançamento. Foi estatuído,
ainda, que a inobservância dessa determinação acarretaria a imposição da penalidade administrativa de
multa. Insatisfeito, o proprietário de algumas salas de cinema questionou sua assessoria a respeito da
compatibilidade dessa determinação com a ordem constitucional, sendo respondido, corretamente, que a
referida determinação: busca assegurar, de maneira proporcional, a promoção e a defesa da cultura
nacional, sem atingir o núcleo do direito à propriedade privada, sendo, portanto, constitucional. BL: Info
1010, STF.

##Atenção: ##STF: ##DOD: São inconstitucionais leis municipais que proíbam o serviço de transporte
de passageiros mediante aplicativo. Em outras palavras, a proibição ou restrição da atividade de
transporte privado individual por motorista cadastrado em aplicativo é inconstitucional, por violação
aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência. STF. Plenário. ADPF 449/DF, Rel. Min. Luiz
Fux; RE 1054110/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 8 e 9/5/19 (repercussão geral) (Info 939).

##Atenção: ##STF: ##PCMG-2008: ##TRF4-2012: ##PGESP-2012: ##AGU-2012: ##CESPE: ##FCC: Em


face da atual Constituição, para conciliar o fundamento da livre iniciativa e do princípio da livre
622
concorrência com os da defesa do consumidor e da redução das desigualdades sociais, em
conformidade com os ditames da justiça social, pode o Estado, por via legislativa, regular a política de
preços de bens e de serviços, abusivo que é o poder econômico que visa ao aumento arbitrário dos
lucros." ST. Plenário. ADI 319-QO, Rel. Min. Moreira Alves, j. 03/03/93.
(AGU-2012-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca da ordem econômica e financeira e da edição de medida
provisória sobre matéria tributária: Não ofende o princípio da livre iniciativa edição de lei que regule a
política de preços de bens e serviços em face da configuração de circunstância em que o poder econômico,
com vistas ao aumento arbitrário dos lucros, atue de forma abusiva. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##TRF1-2009: ##DPEGO-2014: ##TRF4-2010/2016: ##TRF2-2017/2018: A livre iniciativa


é fundamento da ordem econômica, enquanto a livre concorrência é princípio desta (art. 170, IV, da
CF).

##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##CESPE: Na atual ordem constitucional, a livre concorrência não
significa a liberdade dos agentes econômicos em estabelecer suas próprias regras de mercado; tal função
é conferida ao Estado, que intervém normativamente a fim de reprimir o abuso do poder econômico (CF,
art. 173, § 4º), garantindo, aí sim, a livre concorrência. Nesse sentido é a lição de LAFAYETE PETTER
(Direito Econômico - doutrina e questões de concursos, Verbo Jurídico, 2009, p. 73): “A partir da adoção de
um regime de economia de mercado o princípio da livre concorrência visa a garantir aos agentes econômicos a
oportunidade de competirem no mercado de forma justa, isto é, a ideia de conquista de mercado e de lucratividade
deverá estar ancorada em motivos jurídico-econômicos lícitos (v. g., inovação, oportunidade, eficiência) e não serem
decorrentes de hipóteses de abuso do poder econômico (v. g., adoção de práticas anticompetitivas ou
anticoncorrenciais, entre outras). Nesse quadro, assume o Estado a tarefa de estabelecer um conjunto de
regras com vistas a garantir a competição entre as empresas, evitando as práticas abusivas. Traduz-se,
portanto, numa das vigas mestras do êxito da economia de mercado”.

V - defesa do consumidor; (TJPI-2007) (TJMS-2008) (DPEES-2009) (TRF1-2009) (MPPR-2011) (TRF3-


2011) (TRF5-2011) (TJPA-2012) (MPDFT-2013) (MPSP-2013) (DPETO-2013) (PGEGO-2013) (TJMT-2014)
(MPPE-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (TRT8-2015) (TJDFT-
2016) (TJAM-2016) (TRF2-2011/2017) (MPF-2017) (MPMG-2018) (DPEAP-2018) (PGEPE-2018) (PCPI-2018)
(TJAL-2019) (MPGO-2019)

##Atenção: ##STF: ##MPPR-2019: Vejamos o seguinte julgado do STF: “(...) Estabelecimento de norma
para a consignação em folha de pagamento de empregados pertencentes ao quadro de pessoal das
empresas públicas e sociedades de economia mista do Distrito Federal. Exclusividade de concessão de
empréstimo consignado pactuado entre determinada instituição financeira e o ente federado.
Inconstitucionalidade declarada pelo tribunal de origem. Violação dos princípios da livre concorrência
e da livre escolha do consumidor. O acórdão do Tribunal de origem não divergiu do entendimento que
vem sendo firmado pela Suprema Corte no sentido de que os contratos de exclusividade pactuados
entre instituição financeira e ente federado violam os princípios da livre concorrência e da livre
escolha do consumidor”. (STF, 2ª T. ARE 884.000 AgR-segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 8/6/18.).
(MPPR-2019): Viola o princípio da livre iniciativa contrato pactuado entre ente federativo e instituição
financeira, que assegura exclusividade de concessão de empréstimo consignado em folha de pagamento aos
servidores da pessoa jurídica. BL: STF, ARE 884.000 AgR-segundo.

(MPSC-2021-CESPE): A respeito dos direitos do consumidor e do CDC, julgue o item a seguir: A defesa
do consumidor é um dos princípios traçados pela CF/1988 para a ordem econômica. BL: art. 170, V, CF.

(TRF1-2009-CESPE): Acerca dos princípios gerais da atividade econômica, assinale a opção correta: O
princípio da defesa do consumidor é corolário da livre concorrência, sendo princípio de integração e
defesa de mercado. BL: art. 170, V, CF.

##Atenção: A CF estabelece a defesa do consumidor como princípio explícito (art. 170, V, da CF), que
tem íntima ligação com o princípio da livre concorrência. Assim, trata-se de um princípio integrador e de
proteção.

VI - defesa do meio ambiente, INCLUSIVE mediante tratamento diferenciado conforme o impacto


ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TJAP-2008) (TJMS-2008) (PGECE-2008) (PGEPB-2008) (MPDFT-
623
2009) (TRF1-2009) (TJSC-2010) (MPMG-2010) (DPEMA-2009/2011) (TJPR-2011) (TJRO-2011) (MPPR-2011)
(PGEPA-2011) (DPESC-2012) (DPESP-2012) (AGU-2010/2013) (MPSP-2011/2013) (DPETO-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (TJMT-2014) (MPPE-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEBA-2014)
(PGEPI-2014) (PGERN-2014) (PGESC-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPMS-2013/2015) (PCDF-2015) (TRT8-
2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJDFT-2008/2016) (TJRS-2016) (MPGO-2016) (DPEMT-2016) (PCPA-2016)
(PCPE-2016) (TRF5-2009/2011/2017) (TRF2-2011/2017) (MPF-2017) (PGEAC-2017) (TRT/Unificado-2017) (TJCE-
2014/2018) (TRF3-2018) (PCGO-2018) (TJAL-2019) (TJBA-2019) (TJPA-2019) (MPCE-2020) (TJSP-2021)

##Atenção: ##STF: ##TJMS-2008: ##PGECE-2008: ##TJSC-2010: ##AGU-2010: ##MPSP-2011:


##PGEPA-2011: ##MPMS-2013: ##PCDF-2015: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##DPEMT-2016:
##PCPA-2016: ##TRT/Unificado-2017: ##TRF3-2018: ##PCGO-2018: ##TJBA-2019: ##TJPA-2019:
##MPCE-2020: ##TJSP-2021: ##CESPE: #FCC: ##UEG: ##VUNESP: A atividade econômica não pode
ser exercida em desarmonia com os princípios destinados a tornar efetiva a proteção ao meio
ambiente. A incolumidade do meio ambiente não pode ser comprometida por interesses empresariais
nem ficar dependente de motivações de índole meramente econômica, ainda mais se se tiver presente
que a atividade econômica, considerada a disciplina constitucional que a rege, está subordinada,
dentre outros princípios gerais, àquele que privilegia a “defesa do meio ambiente” (CF, art. 170, VI),
que traduz conceito amplo e abrangente das noções de meio ambiente natural, de meio ambiente
cultural, de meio ambiente artificial (espaço urbano) e de meio ambiente laboral. Doutrina. Os
instrumentos jurídicos de caráter legal e de natureza constitucional objetivam viabilizar a tutela
efetiva do meio ambiente, para que não se alterem as propriedades e os atributos que lhe são
inerentes, o que provocaria inaceitável comprometimento da saúde, segurança, cultura, trabalho e
bem-estar da população, além de causar graves danos ecológicos ao patrimônio ambiental,
considerado este em seu aspecto físico ou natural. (...) O princípio do desenvolvimento sustentável,
além de impregnado de caráter eminentemente constitucional, encontra suporte legitimador em
compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro e representa fator de obtenção do justo
equilíbrio entre as exigências da economia e as da ecologia, subordinada, no entanto, a invocação
desse postulado, quando ocorrente situação de conflito entre valores constitucionais relevantes, a uma
condição inafastável, cuja observância não comprometa nem esvazie o conteúdo essencial de um dos
mais significativos direitos fundamentais: o direito à preservação do meio ambiente, que traduz bem
de uso comum da generalidade das pessoas, a ser resguardado em favor das presentes e futuras
gerações. (STF. Plenário. ADI 3.540-MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. 1-9-05). Portanto, entre os princípios
gerais da atividade econômica está o da defesa do meio ambiente, lato sensu, ou seja, abrangendo a noção
de meio ambiente natural, cultural, artificial e laboral.
(TJBA-2019-CESPE): De acordo com a jurisprudência do STF, o conceito de meio ambiente inclui as noções
de meio ambiente cultural, artificial, natural e do trabalho. BL: art. 170, VI, CF e Entend. STF.
(TRF3-2018): A respeito dos princípios que sustentam o direito ambiental brasileiro é correto afirmar: O
princípio do desenvolvimento sustentável envolve a substituição de norma de expansão quantitativa por
uma melhoria qualitativa como caminho para o progresso, trazendo a integração entre a proteção ambiental
e o desenvolvimento econômico para o benefício das presentes e futuras gerações. BL: art. 170, VI, CF e
Entend. STF.
(TJSC-2010): O princípio do desenvolvimento sustentável vem sempre impregnado de caráter
constitucional, representando fator de obtenção do justo equilíbrio entre os interesses do poder econômico e
as exigências concretas da ecologia. BL: art. 170, VI, CF e Entend. STF.
##Atenção: O art. 170, caput e inciso VI da CF, conjugado com o art. 225 formam o princípio do
desenvolvimento sustentável.
(AGU-2010-CESPE): Acerca dos princípios e da proteção constitucional que se aplicam ao direito ambiental,
julgue o item subsequente: A proteção ao meio ambiente é um princípio da ordem econômica, o que limita
as atividades da iniciativa privada. BL: art. 170, VI, CF e Entend. STF.

(MPBA-2018): Sobre a Ordem Econômica e Financeira, de acordo com a CF/88 e suas alterações, é
correto afirmar que os princípios da ordem econômica brasileira permitem instituir, no que se refere à
defesa do meio ambiente, normatização diferenciada, em conformidade com o impacto ambiental dos
produtos e serviços. BL: art. 170, VI, CF.

(TRF2-2018): Quanto aos princípios gerais da atividade econômica previstos na Constituição brasileira,
assinale a opção correta: A Constituição Federal adota o princípio de defesa do meio ambiente, inclusive
mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus
processos de elaboração e prestação. BL: art. 170, VI, CF.

(PCPE-2016-CESPE): A respeito da legislação penal extravagante brasileira, assinale a opção correta: O

624
direito penal econômico visa tutelar os bens jurídicos de interesse coletivo e difuso, coibindo condutas
que lesem ou que coloquem em risco o regular funcionamento do sistema econômico-financeiro,
podendo estabelecer como crime ações contra o meio ambiente sustentável. BL: art. 170, VI, CF. (penal)

(TJSE-2015-FCC): Determinado Banco público estabeleceu uma linha de crédito com juros diferenciados
para empresas de acordo com o impacto ambiental gerado pelos respectivos produtos e serviços, bem
como pelo impacto ambiental gerado pelos processos de elaboração e prestação destes produtos e
serviços. Segundo a CF/88, é possível estabelecer este tipo de tratamento diferenciado, que encontra
amparo em um dos princípios da ordem econômica. BL: art. 170, VI, CF. (amb.)

##Atenção: Tem-se, nesse ponto, previsão expressa de tratamento diferenciado, conforme impacto
ambiental. Essa norma possibilita tratamento diferenciado tanto para o mal quanto para o bem. Isto é,
aquele que polui pode ser tratado de forma mais gravosa. E aquele que evita poluição, pode ser
compensado por isso. Como exemplo de tratamento favorecido, tem-se o IPVA ecológico, com redução
de alíquotas para veículos que utilizem fontes alternativas de combustível à gasolina e ao diesel.

##Atenção: ##TJSP-2021: ##VUNESP: Os valores contemplados nos arts. 170 e 225 da CF/88 devem ser
considerados de forma harmônica com a liberdade de iniciativa econômica com fundamento no princípio
do desenvolvimento sustentável.

VII - redução das desigualdades regionais e sociais; (TRF1-2009) (MPPR-2011) (DPESP-2013)


(MPPE-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJMT-2014) ( (DPEPA-2015) (TRT8-2015) (TJRS-2016) (TJDFT-
2016) (MPGO-2016) (DPEMT-2016) (TRF2-2017) (MPF-2017) (PGESC-2014/2018) (DPEPE-2018)

(DPESP-2013-FCC): A Constituição Federal brasileira prevê como um dos objetivos fundamentais da


República Federativa do Brasil e também como um dos princípios da ordem econômica: a redução das
desigualdades sociais e regionais. BL: art. 3º, III149 c/c art. 170, VII, CF.

VIII - busca do pleno emprego; (TRF1-2009) (AGU-2009) (MPPR-2011) (MPPE-2014) (DPEGO-2014)


(DPEPR-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (MPSP-2013/2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (TJDFT-2016) (TRT3-2016)
(TRF2-2013/2017) (MPF-2017) (PGESC-2014/2018) (MPMG-2018) (DPEPE-2018) (PCMA-2018)

(TRF5-2011-CESPE): Em relação aos princípios da constituição econômica, assinale a opção correta: Os


princípios gerais da atividade econômica denominados integração objetivam resolver os problemas da
marginalização regional e(ou) social. BL: art. 170, X, VI, VII e VIII, CF.

##Atenção: ##TRF5-2011: ##DPEPE-2018: ##CESPE: Segundo José Afonso da Silva, os princípios


econômicos de integração são aqueles dirigidos a resolver os problemas da marginalização regional ou
social. Na CF/88, dentre os princípios positivados no art. 170 (constituição econômica formal), os
princípios econômicos de integração são quatro: i) defesa do consumidor; ii) defesa do meio ambiente; iii)
redução das desigualdades sociais e regionais; iv) busca do pleno emprego. Além disso, cumpre ressaltar
que os princípios da constituição econômica formal equivalem aos princípios da constitucionais da
ordem econômica, previstos no art. 170, caput da CF. (Fonte: SILVA, José Afonso da. Curso de Direito
Constitucional Positivo. 10ª Ed. São Paulo: Ed. Malheiros, 1995, p. 723 e 728).

##Atenção: ##TRF1-2009: ##DPEPE-2018: ##CESPE: A CF/88 estabelece o primado do trabalho


como a base da ordem social (art. 193, caput, da CF), nascendo daí a relação com a seguridade social e a
busca do pleno emprego.

IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte CONSTITUÍDAS sob as leis


brasileiras e que TENHAM sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
6, de 1995) (PGECE-2008) (PGEPE-2009) (MPES-2010) (DPEMA-2009/2011) (MPPR-2011) (TJPI-2012) (TJPA-
2012) (TRF1-2009/2013) (Cartórios/TJRS-2013) (TJMT-2014) (MPPE-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJDFT-

149
Art. 3º. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: (...) III - erradicar a pobreza e a
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
625
2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGESC-2014) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (MPSP-2015) (DPEPA-2015) (TJDFT-
2014/2016) (MPGO-2016) (TRF4-2016) (PCPE-2016) (TRF2-2014/2017) (MPF-2015/2017) (PGM-Florianópolis/SC-
2022)

(TJAP-2008-FGV): Conforme a CF/88, são princípios da ordem econômica a soberania nacional, a


propriedade privada, a função social da propriedade, a livre concorrência, a defesa do consumidor, a
defesa do meio ambiente, a redução das desigualdades regionais e sociais, busca do pleno emprego,
tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras que tenham
sua sede e administração no País.

Parágrafo único. É ASSEGURADO a todos o LIVRE EXERCÍCIO de qualquer atividade


econômica, INDEPENDENTEMENTE de autorização de órgãos públicos, SALVO nos casos previstos em
lei. (PGEPI-2008) (PGEPE-2009) (DPESP-2010) (DPEMA-2009/2011) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (PGESP-
2012) (AGU-2012) (Cartórios/TJRS-2013) (MPGO-2014) (PGERN-2014) (MPSP-2010/2015) (TRT2-2015) (TJPE-
2015) (TRT8-2015) (PFN-2015) (TJDFT-2016) (TRF4-2016) (TRT4-2016) (TRF2-2009/2014/2017) (PCAC-2017)
(PCGO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJSP-2018) (TCDF-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##STF: ##TJMS-2020: ##PGM-Florianópolis/SC-2022: ##FCC: ##FEPESE: O STF tem


reiteradamente entendido que é inconstitucional restrição imposta pelo Estado ao livre exercício de
atividade econômica ou profissional, quanto aquelas forem utilizadas como meio de cobrança indireta
de tributos. (...) (STF. Plenário. ARE 914045 RG, Min. Rel. Edson Fachin, j. 15/10/15 – repercussão geral).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGERN-2014: ##TRF5-2015: ##PFN-2015: ##PCGO-2017: ##PGM-


BH/MG-2017: ##TJSP-2018: ##CESPE: ##FCC: ##ESAF: ##VUNESP: Lei estadual não pode exigir
garantia de empresa inadimplente para que esta emita nota fiscal: É INCONSTITUCIONAL a lei que
exija que a empresa em débito com a Fazenda Pública tenha que oferecer uma garantia (ex.: fiança)
para que possa emitir notas fiscais. Tal previsão configura “sanção política” (cobrança do tributo por
vias oblíquas), o que viola as garantias do livre exercício do trabalho, ofício ou profissão (art. 5º, XIII),
da atividade econômica (art. 170, parágrafo único) e do devido processo legal (art. 5º, LIV). STF.
Plenário. RE 565048/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/5/2014 (repercussão geral) (Info 748).
(TRF5-2015-CESPE): Com relação aos direitos e garantias fundamentais, assinale a opção correta conforme
o entendimento do STF: Viola as garantias do livre exercício do trabalho, ofício ou profissão a exigência,
pela fazenda pública, de prestação de fiança para a impressão de notas fiscais de contribuintes em débito
com o fisco. BL: Info 748, STF.
(PGERN-2014-FCC): É incompatível com a Constituição da República, por afronta aos princípios da livre
iniciativa e da liberdade de exercício de atividade econômica, a seguinte situação: Exigência, pela Fazenda
Pública, de prestação de fiança, garantia real ou fidejussória para a expedição de notas fiscais de
contribuintes em débito com o fisco. BL: Info 748, STF.

##Atenção: ##STF: ##PGEPA-2012: ##PGERN-2014: ##FCC: 1. Adequação da arguição pela correta


indicação de preceitos fundamentais atingidos, a saber, o direito à saúde, direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado (arts. 196 e 225 da CF) e a busca de desenvolvimento econômico
sustentável: princípios constitucionais da livre iniciativa e da liberdade de comércio interpretados e
aplicados em harmonia com o do desenvolvimento social saudável. Multiplicidade de ações judiciais,
nos diversos graus de jurisdição, nas quais se têm interpretações e decisões divergentes sobre a
matéria: situação de insegurança jurídica acrescida da ausência de outro meio processual hábil para
solucionar a polêmica pendente: observância do princípio da subsidiariedade. Cabimento da presente
ação. 2. Argüição de descumprimento dos preceitos fundamentais constitucionalmente estabelecidos:
decisões judiciais nacionais permitindo a importação de pneus usados de Países que não compõem o
Mercosul: objeto de contencioso na Organização Mundial do Comércio – OMC, a partir de 20.6.05,
pela Solicitação de Consulta da União Europeia ao Brasil. 3. Crescente aumento da frota de veículos
no mundo a acarretar também aumento de pneus novos e, consequentemente, necessidade de sua
substituição em decorrência do seu desgaste. Necessidade de destinação ecologicamente correta dos
pneus usados para submissão dos procedimentos às normas constitucionais e legais vigentes.
Ausência de eliminação total dos efeitos nocivos da destinação dos pneus usados, com malefícios ao
meio ambiente: demonstração pelos dados. 4. Princípios constitucionais (art. 225) a) do
desenvolvimento sustentável e b) da equidade e responsabilidade intergeracional. Meio ambiente
ecologicamente equilibrado: preservação para a geração atual e para as gerações futuras.
Desenvolvimento sustentável: crescimento econômico com garantia paralela e superiormente
respeitada da saúde da população, cujos direitos devem ser observados em face das necessidades
atuais e daquelas previsíveis e a serem prevenidas para garantia e respeito às gerações futuras.
Atendimento ao princípio da precaução, acolhido constitucionalmente, harmonizado com os demais

626
princípios da ordem social e econômica. 5. Direito à saúde: o depósito de pneus ao ar livre, inexorável
com a falta de utilização dos pneus inservíveis, fomentado pela importação é fator de disseminação de
doenças tropicais. Legitimidade e razoabilidade da atuação estatal preventiva, prudente e precavida,
na adoção de políticas públicas que evitem causas do aumento de doenças graves ou contagiosas.
Direito à saúde: bem não patrimonial, cuja tutela se impõe de forma inibitória, preventiva,
impedindo-se atos de importação de pneus usados, idêntico procedimento adotado pelos Estados
desenvolvidos, que deles se livram. 6. Recurso Extraordinário n. 202.313, Rel. Min. Carlos Velloso,
Plenário, DJ 19.12.96, e Recurso Extraordinário n. 203.954, Rel. Min. Ilmar Galvão, Plenário, DJ 7.2.97:
Portarias emitidas pelo Departamento de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior – Decex harmonizadas com o princípio da legalidade; fundamento
direto no art. 237 da CF. 7. Autorização para importação de remoldados provenientes de Estados
integrantes do Mercosul limitados ao produto final, pneu, e não às carcaças: determinação do Tribunal
ad hoc, à qual teve de se submeter o Brasil em decorrência dos acordos firmados pelo bloco
econômico: ausência de tratamento discriminatório nas relações comerciais firmadas pelo Brasil. 8.
Demonstração de que: a) os elementos que compõem o pneus, dando-lhe durabilidade, é responsável
pela demora na sua decomposição quando descartado em aterros; b) a dificuldade de seu
armazenamento impele a sua queima, o que libera substâncias tóxicas e cancerígenas no ar; c) quando
compactados inteiros, os pneus tendem a voltar à sua forma original e retornam à superfície,
ocupando espaços que são escassos e de grande valia, em especial nas grandes cidades; d) pneus
inservíveis e descartados a céu aberto são criadouros de insetos e outros transmissores de doenças; e) o
alto índice calorífico dos pneus, interessante para as indústrias cimenteiras, quando queimados a céu
aberto se tornam focos de incêndio difíceis de extinguir, podendo durar dias, meses e até anos; f) o
Brasil produz pneus usados em quantitativo suficiente para abastecer as fábricas de remoldagem de
pneus, do que decorre não faltar matéria-prima a impedir a atividade econômica. Ponderação dos
princípios constitucionais: demonstração de que a importação de pneus usados ou remoldados afronta
os preceitos constitucionais de saúde e do meio ambiente ecologicamente equilibrado (arts. 170, inc. I
e VI e seu parágrafo único, 196 e 225 da Constituição do Brasil). 9. Decisões judiciais com trânsito em
julgado, cujo conteúdo já tenha sido executado e exaurido o seu objeto não são desfeitas: efeitos
acabados. Efeitos cessados de decisões judiciais pretéritas, com indeterminação temporal quanto à
autorização concedida para importação de pneus: proibição a partir deste julgamento por submissão
ao que decidido nesta arguição. STF. Plenário. ADPF 101, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 24/06/09.
##Comentários sobre o julgado acima: Na sequência, a Min. Cármen Lúcia deixou consignado histórico
sobre a utilização do pneu e estudos sobre os procedimentos de sua reciclagem, que demonstraram as
graves conseqüências geradas por estes na saúde das populações e nas condições ambientais, em absoluto
desatendimento às diretrizes constitucionais que se voltam exatamente ao contrário, ou seja, ao direito à
saúde e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Asseverou que, se há mais benefícios financeiros no
aproveitamento de resíduos na produção do asfalto borracha ou na indústria cimenteira, haveria de se ter
em conta que o preço industrial a menor não poderia se converter em preço social a maior, a ser pago com a
saúde das pessoas e com a contaminação do meio ambiente. Fez ampla consideração sobre o direito ao meio
ambiente — salientando a observância do princípio da precaução pelas medidas impostas nas normas
brasileiras apontadas como descumpridas pelas decisões ora impugnadas —, e o direito à saúde. Afastou,
também, o argumento de que as restrições que o Brasil quer aplicar aos atos de comércio não poderiam
ser veiculadas por ato regulamentar, mas apenas por lei em sentido formal. No ponto, reputou
plenamente atendido o princípio da legalidade, haja vista que o Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior tem como área de competência o desenvolvimento de políticas de comércio
exterior e a regulamentação e execução das atividades relativas a este, sendo que as normas editadas pelo
seu Departamento de Comércio Exterior - DECEX, responsável pelo monitoramento e pela fiscalização do
comércio exterior, seriam imediatamente aplicáveis, em especial as proibitivas de trânsito de bens, ainda
não desembaraçados, no território nacional. Citou diversas normas editadas pelo DECEX e SECEX que,
segundo jurisprudência da Corte, teriam fundamento direto na Constituição (art. 237). Após relembrar
não ter havido tratamento discriminatório nas relações comerciais adotado pelo Brasil, no que respeita à
exceção da importação de pneus remoldados dos países do MERCOSUL, que se deu ante à determinação do
Tribunal ad hoc a que teve de se submeter, a relatora anotou que os países da União Europeia estariam se
aproveitando de brechas na legislação brasileira ou em autorizações judiciais para descartar pneus
inservíveis tanto no Brasil quanto em outros países em desenvolvimento. Ressaltou que, se a OMC tivesse
acolhido a pretensão da União Europeia, o Brasil poderia ser obrigado a receber, por importação, pneus
usados de toda a Europa, que detém um passivo da ordem de 2 a 3 bilhões de unidades.

##Atenção: ##TRF3-2011: ##CESPE: Considerado um princípio implícito da ordem econômica (art. 170
da CF), o Princípio da Subsidiariedade determina que cabe ao Poder Público, enquanto agente
regulador, atuar na ordem econômica apenas de forma subsidiária à iniciativa privada. Assim, a
intervenção somente será cabível em casos expressamente previstos na Constituição. Sendo assim, o
Estado só deve atuar quando o particular não tiver condições de atuar sozinho, hipótese em que deve
estimular, ajudar, subsidiar a iniciativa privada. [...] de um lado, a de respeito aos direitos individuais,

627
pelo reconhecimento de que a iniciativa privada [...] tem primazia sobre a iniciativa estatal; em
consonância com essa ideia, o Estado deve abster-se de exercer atividades que o particular tem
condições de exercer por sua própria iniciativa e com seus próprios recursos; em consequência, sob esse
aspecto, o princípio implica uma limitação à intervenção estatal. (FONTE: Di Pietro. Direito
Administrativo. p. 79).

(AGU-2012-CESPE): Com base na ordem constitucional econômica, julgue o item subsequente: Com
exceção dos casos especificados em lei, toda pessoa dispõe de liberdade para exercer qualquer atividade
econômica, independentemente de autorização concedida por órgãos públicos. BL: art. 170, § único, CF.

(DPEMA-2011-CESPE): O parágrafo único do art. 170 da CF, que assegura a todos o livre exercício de
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei, traduz norma de eficácia contida. BL: art. 170, § único, CF.

##Atenção: ##DPEMA-2011: ##PCAC-2017: ##CESPE: O art. 170, § único, da CF, é considerado uma
norma constitucional de eficácia contida, pois ela tem condições de produzir todos os seus efeitos, mas
poderá ser limitada por norma infraconstitucional posterior. Conforme afirma José Afonso da Silva,
“normas de eficácia contida, portanto, são aquelas em que o legislador constituinte regulou suficientemente os
interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência
discricionária do Poder Público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos dos conceitos nelas enunciado”
(SILVA, 1998, p. 116).

Art. 171. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)

Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro,
INCENTIVARÁ os reinvestimentos e REGULARÁ a remessa de lucros. (PGEPB-2008) (DPEMA-2009)
(AGU-2012) (TRT8-2015) (MPT-2015)

(PGEPB-2008-CESPE): Acerca da ordem econômica, assinale a opção correta: Segundo a CF, os


investimentos de capital estrangeiro serão, com base no interesse nacional, disciplinados por lei, a qual
incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros. BL: art. 172, CF.

Art. 173. RESSALVADOS os casos previstos nesta Constituição, a EXPLORAÇÃO DIRETA de


atividade ECONÔMICA pelo Estado SÓ SERÁ PERMITIDA quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. (AGU-2007) (TJRR-2008)
(MPPR-2008) (PGEES-2008) (PGEPB-2008) (TJAP-2008/2009) (PGEAL-2009) (MPES-2010) (DPEGO-2010)
(PGEAM-2010) (DPEMA-2009/2011) (MPCE-2011) (MPMS-2011) (PGEMT-2011) (PGESP-2009/2012) (TJMS-
2012) (MPRR-2012) (DPEPR-2012) (DPESE-2012) (PCGO-2012) (DPESP-2012/2013) (MPF-2012/2013)
(TJPE-2013) (MPSC-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGEPI-2008/2014) (MPAC-2014) (MPGO-2014) (MPPE-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEMS-2014) (PGEPI-2014) (TRF1-2009/2011/2013/2015) (TRF5-
2009/2011/2013/2015) (MPDFT-2011/2013/2015) (MPSP-2013/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (TJAL-2015)
(TJPB-2015) (MPBA-2015) (PCDF-2015) (PFN-2015) (TRF4-2010/2012/2014/2016) (TJDFT-2015/2016) (DPEMT-
2016) (TRF3-2016) (PCPE-2016) (DPU-2017) (PCMS-2017) (MPT-2017) (TJSP-2008/2009/2018) (TRF2-
2009/2011/2014/2018) (PGESC-2014/2018) (TJMT-2018) (PGEPE-2018) (TJPA-2014/2019) (Cartórios/TJPR-2019)
(MPMG-2012/2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

(MPDFT-2015): O art. 173 da Constituição dispõe que “ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos de
segurança nacional ou relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei". Esse dispositivo constitucional
consagra o princípio da subsidiariedade. BL: art. 173, caput, CF.

##Atenção: A exploração de atividade econômica pelo Estado é marcada pela subsidiariedade, somente
sendo permitida quando necessária à segurança nacional e a relevante interesse coletivo. BL: art. 173, CF.

(TRF2-2014): Assinale a opção que, além de condizente com o sistema legal pátrio, melhor expressa,
entre as cinco, consectário das ideias da livre concorrência e da liberdade de iniciativa: A exploração
direta de atividade econômica pelo Estado há de ser limitada. BL: art. 170, caput, III c/c art. 173, caput,

628
CF.

##Atenção: ##Justificativa da Banca: A questão exige que a opção a ser escolhida seja condizente com o
sistema legal e, comparativamente às outras, melhor expresse consectário da livre concorrência e da
liberdade de iniciativa. Isso já mostra que apenas a letra b pode ser escolhida. Da leitura do art. 173,
caput, da CR/88, extrai-se que a prestação direta de atividade econômica pelo Estado é excepcional.
Devido à manifesta desigualdade, a atuação estatal não se pode balizar, desde a origem, como
concorrência igualitária e livre (cf. art. 170, III, da Lei Maior). A atividade econômica deve ser aberta ao
particular, conforme se depreende da regra do art. 170, parágrafo único, da CF (“É assegurado a todos o
livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos
casos previstos em lei.”). Nesse contexto, correta a assertiva “b”, que afirma a ideia de limite à exploração
direta de atividade econômica pelo Estado.

(TJSP-2009-VUNESP): Estabelecido no texto constitucional que a atividade econômica pertence à


iniciativa privada sob regime da livre concorrência, é de se concluir que a intervenção direta do Estado
no domínio econômico ocorre por exceção e justificadamente. BL: art. 173, CF.

§ 1º A lei ESTABELECERÁ o ESTATUTO JURÍDICO da empresa pública, da sociedade de


economia mista e de suas subsidiárias que EXPLOREM atividade ECONÔMICA de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, DISPONDO SOBRE: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (AGU-2007) (PGEAL-2009) (PCPI-2009) (MPES-2010) (PGEAM-2010) (MPDFT-
2011) (TRF1-2011) (PGERO-2011) (TJAC-2012) (MPRR-2012) (PCGO-2012) (MPF-2011/2012/2013) (MPSC-2013)
(MPSP-2013) (DPESP-2013) (TRF3-2013) (PF-2013) (TRF4-2010/2012/2014) (TJPA-2014) (MPPE-2014) (PGEPI-
2014) (TRF5-2011/2015) (TJAL-2015) (TJPB-2015) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJDFT-
2015/2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (PCMS-2017) (MPT-2017) (TJSP-
2008/2018) (PGESP-2009/2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJPR-2019)

(MPT-2017): A exploração direta de atividade econômica pelo Estado somente será permitida quando
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, ressalvados casos
previstos na Constituição da República. Em todos os casos, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado será exclusivamente realizada mediante empresa pública, sociedade de economia mista e
suas subsidiárias. BL: art. 173, caput e §1º, CF. (adm.)

I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (PGESP-2009) (PCGO-2012) (TRF5-2017) (Cartórios/TJPR-2019)

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, INCLUSIVE quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(TJPI-2007) (MPPR-2008) (PGEAL-2009) (PCPI-2009) (PGEGO-2010) (TRF4-2010) (PGEAM-2010) (TRF1-2011)
(PGERO-2011) (TJAC-2012) (DPEMS-2012) (PCGO-2012) (PF-2013) (TJAL-2015) (TJDFT-2015) (PGERS-2015)
(TRT2-2015) (TRF3-2013/2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (PGESP-2009/2018) (MPGO-
2019) (Cartórios/TJPR-2019)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: A Caixa Econômica Federal, embora vinculada como empresa pública ao
Estado, executa uma atividade econômica em ambiente de concorrência. A terceirização pela Caixa
Econômica Federal dos serviços jurídicos não se revela ilegal, considerando que esses serviços não
estão relacionados com a atividade-fim da empresa. STJ. 2ª T. REsp 1318740-PR, Rel. Min. Herman
Benjamin, Rel. Acd. Min. Og Fernandes, j. 16/10/18 (Info 659).
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Finalidade da CEF: É uma empresa pública criada para
funcionar como instituição financeira. Sua atividade principal, portanto, não é de natureza jurídica. As
atividades jurídicas envolvendo a CEF, embora importantes para a consecução dos seus objetivos, não são
consideradas como sua atividade-fim. A atividade-fim da referida empresa é a prestação de serviços
bancários. A CEF é uma instituição financeira que visa ao lucro. Assim, ainda que a contratação de seus
empregados deva ser feita mediante aprovação em concurso público, por força de norma constitucional, não
há como proibir a terceirização, especialmente em épocas nas quais a CEF possui uma demanda bastante
elevada, e comumente sazonal, de serviços jurídicos.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Terceirização é necessária para que a CEF possa manter
sua competitividade em relação aos demais bancos: Como empresa pública inserida no cenário econômico,
sujeito à concorrência com outros bancos, não pode ser impedida, mesmo observada a necessidade de
admitir empregados de seu quadro de pessoal mediante concurso público, de lançar mão, em

629
determinadas situações, dessa ferramenta gerencial, mesmo porque o art. 173, § 1º, II, da CF, afirma que a
empresa pública que explore atividade econômica sujeita-se ao regime próprio das empresas privadas.
Assim, tanto a realização de concurso público para provimento de emprego de advogado, quanto a
terceirização, mediante contratação de escritórios de advocacia, são alternativas legais à CEF, e em
conformidade com a moralidade administrativa. O que se exige é que essa decisão seja tomada levando-
se em consideração o princípio da economicidade, especialmente considerando-se ser a CEF uma empresa
pública que, por definição, visa ao lucro e à qual devem ser garantidas condições de manter-se no mercado
concorrencial em que se insere.

(TRF5-2017-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca dos princípios constitucionais relativos à atividade
econômica: Estatuto jurídico de sociedade de economia mista que explore atividade econômica de
prestação de serviços, além de estar sujeito ao regime jurídico próprio das empresas privadas, deverá
dispor, entre outros, sobre as formas de fiscalização pela sociedade. BL: art. 173, §1º, I e II, CF.

III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da


administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGESP-2009) (TRF4-2010)
(PGEAM-2010) (PCGO-2012) (DPESP-2012/2013) (MPSC-2013) (MPGO-2014) (MPPE-2014) (PCDF-2015)
(TRT8-2015) (TJDFT-2015) (PF-2021)

IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação


de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGESP-2009) (TRT8-2015)

V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPSC-2016: ##TRF2-2017: ##PCMS-2017: ##TJPR-2021: ##MPDFT-2021:


##TCDF-2021: ##CESPE: ##FAPEMS: ##FGV: As sociedades de economia mista prestadoras de serviço
público de atuação própria do Estado e de natureza não concorrencial submetem-se ao regime de
precatório. O caso concreto no qual o STF decidiu isso envolvia uma sociedade de economia mista
prestadora de serviços de abastecimento de água e saneamento que prestava serviço público primário e
em regime de exclusividade. O STF entendeu que a atuação desta sociedade de economia mista
correspondia à própria atuação do Estado, já que ela não tinha objetivo de lucro e o capital social era
majoritariamente estatal. Logo, diante disso, o STF reconheceu que ela teria direito ao processamento da
execução por meio de precatório. STF. 2ª T. RE 852302 AgR/AL, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 15/12/15 (Info
812).

##Atenção: ##STF: ##MPF-2012: ##MPAC-2014: ##MPGO-2019: ##TJPR-2021: ##TCDF-2021:


##CESPE: ##FGV: Distinção entre empresas estatais prestadoras de serviço público e empresas estatais
que desenvolvem atividade econômica em sentido estrito. (...) As sociedades de economia mista e as
empresas públicas que explorem atividade econômica em sentido estrito estão sujeitas, nos termos do
disposto no § 1º do art. 173 da Constituição do Brasil, ao regime jurídico próprio das empresas privadas.
(...) O § 1º do art. 173 da Constituição do Brasil não se aplica às empresas públicas, sociedades de
economia mista e entidades (estatais) que prestam serviço público. STF. ADI 1.642, rel. min. Eros Grau, j.
3-4-2008, P, DJE de 19-9-2008.] = ARE 689.588 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 27-11-2012, 1ª T, DJE de 13-2-12.

§ 2º As EMPRESAS PÚBLICAS e as SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA NÃO PODERÃO


GOZAR de privilégios fiscais NÃO EXTENSIVOS às do setor privado. (TJMS-2008) (TJRR-2008) (TJSP-
2008) (PGEAL-2009) (PCPB-2009) (PGEAM-2010) (MPCE-2011) (MPDFT-2011) (MPF-2012) (PCGO-2012) (AGU-
2012) (TRF1-2011/2013) (MPSP-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (TJPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (TJDFT-2007/2015) (TRT2-2015) (TRT21-2015) (PFN-2015) (TRF3-2016) (TRF4-2016)
(PCPE-2016) (DPESC-2017) (PGESP-2009/2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (MPBA-2018) (Cartórios/TJSP-2018)
(Cartórios/TJPR-2014/2019) (DPESP-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020) (MPMG-2021) (Cartórios/TJSC-2021)

(MPDFT-2011): Julgue a seguinte inferência: As empresas públicas e as sociedades de economia mista


não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. BL: art. 173, §2º, CF.

(TJRR-2008-FCC): É vedada a concessão às sociedades de economia mista e empresas públicas de


privilégios fiscais que não sejam extensivos às empresas do setor privado. BL: art. 173, §2º, CF.

(TJSP-2008-VUNESP): A respeito da ordem econômica e financeira, assinale a opção correta: Considere a

630
seguinte situação hipotética: O Estado de São Paulo é o único acionista de uma empresa pública que
explora determinada atividade econômica, relevante para a sociedade. Devido ao interesse do Estado de
São Paulo no bom funcionamento e também no aperfeiçoamento dessa atividade, sua Assembleia
Legislativa aprovou lei concedendo determinados incentivos fiscais apenas àquela empresa, não às
outras do mesmo segmento econômico. Nesse caso, apesar dos relevantes fundamentos que pudesse
haver em favor da empresa, a lei seria inconstitucional. BL: art. 173, §2º, CF.

§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade. (PGESC-2018)

§ 4º. A lei REPRIMIRÁ o ABUSO DO PODER ECONÔMICO que VISE à dominação dos
mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. (MPF-2008) (PCMG-2008)
(TRF1-2009) (MPES-2010) (TRF4-2010) (MPDFT-2011) (TRF3-2011) (TJMS-2012) (DPEPR-2012) (PCGO-2012)
(Cartórios/TJRS-2013) (PGEPI-2014) (TRT8-2015) (DPESC-2017) (PGESC-2014/2018) (PGESP-2018) (MPPR-
2019)

##Atenção: ##STF: ##MPPR-2019: O percentual de desconto obrigatório e linear nas vendas de


determinados medicamentos ao Poder Público, chamado Coeficiente de Adequação de Preço (CAP),
opera como fator de ajuste de preços, permitindo, assim, que se chegue ao “Preço Máximo de Venda
ao Governo” (PMVG), o que vai ao encontro da reprovação constitucional do aumento arbitrário de
lucros (art. 173, § 4º, CF/88). 4. A CF/88 agrega preocupação social aos princípios gerais da atividade
econômica, resultando em legítima atuação do Estado na promoção do acesso universal e igualitário à
saúde, direito social garantido pelo art. 196 da CF/88, cuja responsabilidade é partilhada pelo Estado e
por toda a sociedade. (STF, 1ª T. RMS 28487, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 26/02/13.).
(MPPR-2019): O percentual de desconto obrigatório e linear nas vendas de determinados medicamentos ao
poder público, chamado Coeficiente de Adequação de Preço (CAP), opera como fator de ajuste de preços,
permitindo, assim, que se chegue ao Preço Máximo de Venda ao Governo (PMVG), o que vai ao encontro da
reprovação constitucional do aumento arbitrário de lucros (art. 173, § 4º, CF/1988).. BL: STF, RMS 28487.

(PGESP-2018-VUNESP): A exploração direta de atividade econômica pelo Estado, nos limites delineados
pela Constituição da República, sujeita-se às disposições da legislação antitruste relativas à prevenção e à
repressão às infrações contra a ordem econômica, mesmo quando exercida em regime de monopólio
legal. BL: art. 31, Lei 12529150 c/c art. 173, §1º, II e §4º, CF.

(TRF1-2015-CESPE): Assinale a opção correta relativamente às disposições constitucionais sobre a ordem


econômica: A CF prevê expressamente a edição de lei que reprima o abuso do poder econômico que vise
à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. BL: art. 173,
§4º, CF.

§ 5º A lei, SEM PREJUÍZO da RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL dos dirigentes da pessoa


jurídica, ESTABELECERÁ a RESPONSABILIDADE desta, SUJEITANDO-A às punições compatíveis
com sua natureza, nos atos praticados CONTRA a ordem econômica e financeira e CONTRA a economia
popular. (TRF4-2009) (MPBA-2010) (TJPR-2012) (TRF5-2013) (MPSP-2015) (TRF1-2015) (DPEMT-2016) (TCU-
2022)

(DPEMT-2016-UFMT): A respeito das normas constitucionais de proteção do meio ambiente,


considere a afirmativa: É passível de responsabilização a pessoa jurídica, sem prejuízo da
responsabilidade individual de seus dirigentes, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza,
nos atos praticados contra a ordem econômica, que tem como um de seus princípios a defesa do meio
ambiente. BL: art. 173, §5º c/c art. 170, VI, CF.

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado EXERCERÁ, na
forma da lei, as FUNÇÕES de fiscalização, incentivo e planejamento, SENDO este DETERMINANTE
para o setor público e INDICATIVO para o setor privado. (TJAP-2008) (TJRR-2008) (PGEES-2008) (PGEPE-
2009) (MPES-2010) (PGERS-2010) (DPEMA-2009/2011) (MPDFT-2011) (TRF2-2011) (AGU-2007/2009/2012)

150
Art. 31. Esta Lei aplica-se às pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, bem como a quaisquer
associações de entidades ou pessoas, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente, com ou sem
personalidade jurídica, mesmo que exerçam atividade sob regime de monopólio legal.
631
(DPEPR-2012) (PGESP-2012) (TRF3-2011/2013) (PGEPI-2008/2014) (TJPA-2014) (TRF1-2013/2015)
(Cartórios/TJRS-2013/2015) (TJPB-2015) (TRF4-2010/2012/2016) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (PGEMT-2016)
(TRF5-2011/2013/2015/2017) (MPMG-2017) (MPRS-2017) (DPESC-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGESC-
2014/2018) (TJAL-2015/2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPT-2020) (PGEAL-2021)

(TJAL-2015-FCC): No âmbito do regime constitucional brasileiro em matéria de intervenção do Estado


no domínio econômico, considere: Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento. BL: art. 174, CF.

##Cuidado: ##AGU-2009/2012: ##TRF1-2015: ##MPSC-2016: ##MPMG-2017: ##TRF5-2017: ##TJAL-


2015/2019: ##CESPE: ##FCC: O planejamento realizado pelo Estado é:
- determinante para o setor PÚBLICO;
- indicativo para o setor PRIVADO.

(TJPA-2014-VUNESP): No que se refere à possibilidade da Intervenção do Estado na economia,


disciplinada pela CF/1988, é correto afirmar que a intervenção estatal na economia pode ocorrer como
agente econômico e como agente normativo regulador. BL: art. 174, CF.

(TRF5-2011-CESPE): A respeito da intervenção do Estado na economia, assinale a opção correta: O


planejamento da atividade econômica pelo Estado, na nova ordem constitucional econômica, é sempre
indicativo para o setor privado, em harmonia com o princípio da livre iniciativa. BL: art. 174, CF.

##Atenção: ##TRF3-2011: ##TRF5-2011: ##CESPE: Quanto ao liberalismo e ao intervencionismo: O


intervencionismo, dependendo da forma que seja realizado, pode, ou não, valorizar o indivíduo como
agente econômico. E o ente responsável pela condução das regras de mercado é o Estado, nos termos do
art. 174 da CF.

§ 1º A lei ESTABELECERÁ as diretrizes e bases do PLANEJAMENTO DO DESENVOLVIMENTO


NACIONAL EQUILIBRADO, o qual INCORPORARÁ e COMPATIBILIZARÁ os planos nacionais e
regionais de desenvolvimento. (PGESP-2009) (TRF3-2013) (TJAL-2015) (MPRS-2017) (TJSP-2021)

(TJAL-2015-FCC): No âmbito do regime constitucional brasileiro em matéria de intervenção do Estado


no domínio econômico, considere: A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do
desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e
regionais de desenvolvimento. BL: art. 174, §1º, CF.

(TRF3-2013-CESPE): As cooperativas receberam atenção especial do constituinte originário em diversos


assuntos. A esse respeito é correta a seguinte afirmação: cabe à lei complementar estabelecer normas
gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre o adequado tratamento tributário ao ato
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. BL: art. 146, III, “c”, CF.

§ 2º A lei APOIARÁ e ESTIMULARÁ o cooperativismo e outras formas de associativismo.


(PGESP-2009) (TRF3-2013) (MPRS-2017) (DPESC-2017)

(TRF3-2013-CESPE): As cooperativas receberam atenção especial do constituinte originário em diversos


assuntos. A esse respeito é correta a seguinte afirmação: como agente normativo e regulador da atividade
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento,
sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado, sendo que a lei apoiará e
estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo. BL: art. 174, caput e §2º, CF.

§ 3º O Estado FAVORECERÁ a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em


conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros. (PGESP-2009)
(MPDFT-2013) (TRF3-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (MPT-2015) (PGEMA-2016) (MPRS-2017) (PGM-BH/MG-
2017)

(MPDFT-2013): Assinale a alternativa correta: A atividade garimpeira será exercida sempre levando em
conta a promoção econômico-social dos garimpeiros. BL: art. 174, §3º, CF.

632
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou
concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam
atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei. (PGEMA-2016) (MPRS-2017)

Art. 175. INCUMBE ao Poder Público, na forma da lei, DIRETAMENTE ou sob regime de
CONCESSÃO ou PERMISSÃO, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. [obs.: Não
há exigência de licitação na autorização de serviços públicos]. (PGESP-2002/2009) (DPEAL-2009)
(DPEMT-2009) (PCPB-2009) (DPESP-2009/2010) (PGERS-2010/2011) (MPCE-2011) (MPMS-2011) (TRF2-
2011) (TRF3-2011) (TRF5-2011) (TRF4-2010/2012) (TJMS-2012) (MPRR-2012) (DPEAC-2012) (PCRJ-2012)
(AGU-2007/2013) (TJRJ-2012/2013) (MPES-2013) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (Cartórios/TJES-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (MPSC-2013/2014) (TJCE-2014) (DPEMS-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-
2014) (PGEPI-2014) (PGERN-2014) (TJPB-2015) (DPEPA-2015) (PCCE-2015) (TRT2-2015) (TRT21-2015) (MPT-
2015) (PFN-2015) (TJDFT-2016) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (TJSC-2017) (MPSP-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(TJMT-2014/2018) (TJSP-2018) (MPPB-2018) (DPEAM-2018) (PGETO-2018) (MPPR-2008/2019) (TJPR-
2011/2012/2019) (TJPA-2012/2019) (TJBA-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TCERO-2019) (MPAP-2021)
(Cartórios/TJSC-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##STF: ##PGM-Florianópolis/SC-2022: ##FEPESE: SERVIÇO DE TRANSPORTE


INDIVIDUAL DE PASSAGEIROS. TÁXIS. SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA.
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. AUSÊNCIA DE OFENSA AO ART. 175 DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. DESPROVIMENTO. 1. O Plenário desta Corte, no julgamento do RE 359.444, reconheceu a
desnecessidade de submissão a procedimento licitatório para autorização da exploração da atividade
de transporte individual de passageiros. 2. In casu, o Tribunal de origem dissentiu da orientação
firmada na jurisprudência desta Corte, segundo a qual não há falar em violação ao disposto no art. 175
da Constituição Federal, uma vez que a exploração de transporte individual de passageiros não se
encaixa na modalidade de serviço público, mas tão somente de “serviço de utilidade pública”. STF. 2ª
T., RE 967479 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, j. 29/04/19.
(PGM-Florianópolis/SC-2022-FEPESE): Considere que foi proposta Ação Direita de Inconstitucionalidade
contra lei do Município de Florianópolis no Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina que, no âmbito
da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal 12.587/2012), disciplinou a autorização para
prestação de serviço de táxi e prorrogou por tempo determinado as autorizações e permissões que até então
estavam vigentes. A solução constitucionalmente correta é: que seja julgado improcedente o pedido e
reconhecida a constitucionalidade da norma impugnada, uma vez que a exploração de transporte
individual de passageiros não se encaixa na modalidade de serviço público, a exigir contratação exclusiva
por meio de licitação. Trata-se tão somente de serviço de utilidade pública, cuja autorização para exploração
foi delegada ao poder público local. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TJMT-2018: ##MPMS-2018: ##PGETO-2018: ##TJRO-2019: ##MPGO-2019:


##FCC: ##VUNESP: (...) 2. Os setores de saúde (CF, art. 199, caput), educação (CF, art. 209, caput),
cultura (CF, art. 215), desporto e lazer (CF, art. 217), ciência e tecnologia (CF, art. 218) e meio ambiente
(CF, art. 225) configuram serviços públicos sociais, em relação aos quais a Constituição, ao mencionar
que “são deveres do Estado e da Sociedade” e que são “livres à iniciativa privada”, permite a atuação,
por direito próprio, dos particulares, sem que para tanto seja necessária a delegação pelo poder
público, de forma que não incide, in casu, o art. 175, caput, da Constituição. STF. Plenário. ADI 1923,
Rel. Min. Ayres Britto, Rel. p/ Ac. Luiz Fux, j. 16/04/15 (Info 781).
(TJRO-2019-VUNESP): De acordo com a jurisprudência do STF, as áreas da saúde, educação, cultura,
desporto e lazer, ciência e tecnologia e meio ambiente configuram serviços sociais, para os quais a
Constituição Federal autoriza que particulares atuem, por direito próprio, sem que, para tanto, seja
necessária delegação pelo poder público. BL: Info 781, STF.
##Atenção: ##DOD: ##MPGO-2019: As organizações sociais que celebrarem contrato de gestão com o
Poder Público podem ser consideradas delegatárias de serviços públicos? NÃO. As organizações sociais
exercem em nome próprio serviços públicos, mas não são consideradas delegatárias considerando que não
recebem uma concessão ou permissão de serviço do Poder Público. Os setores de saúde, educação, cultura,
desporto e lazer, ciência e tecnologia e meio ambiente são classificados como serviços públicos sociais.
Segundo a CF/88, tais serviços devem ser desempenhados não apenas pelo Estado como também pela
sociedade (são “deveres do Estado e da Sociedade”). Assim, é permitida a atuação, por direito próprio, dos
particulares, sem que para tanto seja necessária a delegação pelo Poder Público. Não se aplica, portanto, o
art. 175, “caput”, da CF/88 às atividades desenvolvidas pelas organizações sociais.
(TJMT-2018-VUNESP): De acordo com a jurisprudência do STF, os serviços públicos sociais admitem a
atuação, por direito próprio, dos particulares, sem que para tanto seja necessária delegação pelo poder
público sob regime de concessão ou permissão. BL: Info 781, STF.
633
##Atenção: ##TJBA-2019: ##CESPE: O fornecimento de água é um serviço que poderá ser prestado por
pessoa jurídica de direito privado, ainda que não integrante da Administração Pública, visto que, para a
sua prestação, não há necessidade de exercício de poder de autoridade estatal. Incide, na espécie, a
norma do art. 175 da CF/88, nos termos do qual, em suma, caberá ao Estado decidir pela prestação direta
do serviço ou pela maneira indireta, via concessões ou permissões, sempre através de licitação.

Parágrafo único. A lei DISPORÁ sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial


de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da
concessão ou permissão; (MPDFT-2013) (TRF5-2015) (TRT2-2015) (MPT-2015) (PGEMA-2016)

(MPDFT-2013): Assinale a alternativa correta: O regime das empresas concessionárias de serviços


públicos deve ser estabelecido por meio de lei. BL: art. 175, § único, I, CF.

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária; (TRF2-2009) (PGESP-2012) (PCGO-2012) (TJMA-2013)

IV - a obrigação de manter serviço adequado. (MPT-2015)

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia
hidráulica CONSTITUEM propriedade distinta da do solo, PARA EFEITO de exploração ou
aproveitamento, e PERTENCEM à UNIÃO, GARANTIDA ao concessionário a propriedade do produto
da lavra. (TJTO-2007) (PGECE-2008) (AGU-2010) (MPCE-2011) (PGEPA-2011) (TJPI-2012) (TJPR-2012) (MPF-
2012) (MPSP-2006/2013) (TRF1-2011/2013) (TRF2-2009/2014) (TJRR-2008/2015) (PFN-2015) (TRF4-2012/2014/2016)
(TJDFT-2016) (DPEES-2016) (TRF3-2016) (TRF5-2009/2011/2017) (TJSP-2018) (TJPA-2012/2019) (MPDFT-
2011/2021) (TJMG-2022)

(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: As jazidas em lavra ou não e demais recursos minerais e os
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou
aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
BL: art. 176, CF.

(TJPA-2019-CESPE): De acordo com a CF/1988, as jazidas em lavra e demais recursos minerais e


potenciais de energia hidráulica constituem, para efeito de exploração e aproveitamento, propriedade
distinta da do solo e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
BL: art. 176, CF.

§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o


"caput" deste artigo SOMENTE PODERÃO SER EFETUADOS mediante AUTORIZAÇÃO ou
CONCESSÃO da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis
brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições
específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995) (AGU-2007/2010) (MPDFT-2009/2011) (TJRJ-2011) (PGEPA-2011)
(TJPA-2012) (TJPR-2012) (MPF-2012) (TRF1-2013) (TRF2-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TRF4-2012/2014/2016)
(TJDFT-2015/2016) (DPEES-2016) (TRF5-2009/2011/2015/2017) (TJSP-2018) (TJMG-2022)

(TJMG-2022-FGV): No tocante à exploração minerária, assinale a afirmativa correta: A pesquisa e a lavra


de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica somente poderão ser
concedidos, ou autorizados, no interesse nacional, aos brasileiros ou empresa constituída sob as leis
brasileiras e que tenha sua sede e administração no País. BL: art. 176, caput e §1º CF.

(TRF5-2017-CESPE): Julgue o item a seguir, acerca dos princípios constitucionais relativos à atividade
econômica: O aproveitamento dos potenciais de energia elétrica será realizado por brasileiros ou por
empresa constituída sob as leis brasileiras com sede e administração no país. BL: art. 176, caput e §1º CF.

(AGU-2010-CESPE): Julgue o item seguinte, relativo à ordem econômica: Segundo entendimento do STF,

634
a distinção entre atividade e propriedade permite que o domínio do resultado da lavra das jazidas de
petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos seja atribuído a terceiro pela União, sem que
tal conduta configure afronta à reserva de monopólio. BL: art. 176, caput e §1º CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##AGU-2007/2010: ##CESPE: A assertiva é o exato entendimento do STF relativo ao


art. 176 da CF/88, que considera a propriedade exclusiva por si só, sendo o monopólio a atividade
econômica desenvolvida por um único agente, conforme a seguinte transcrição: “O conceito de monopólio
pressupõe apenas um agente apto a desenvolver as atividades econômicas a ele correspondentes. Não se presta a
explicitar características da propriedade, que é sempre exclusiva, sendo redundantes e desprovidas de significado as
expressões ‘monopólio da propriedade’ ou ‘monopólio do bem’. (...) A Constituição do Brasil enumera atividades que
consubstanciam monopólio da União (art. 177) e os bens que são de sua exclusiva propriedade (art. 20). A
existência ou o desenvolvimento de uma atividade econômica sem que a propriedade do bem empregado no processo
produtivo ou comercial seja concomitantemente detida pelo agente daquela atividade não ofende a Constituição. O
conceito de atividade econômica (enquanto atividade empresarial) prescinde da propriedade dos bens de produção. A
propriedade não consubstancia uma instituição única, mas o conjunto de várias instituições, relacionadas a diversos
tipos de bens e conformadas segundo distintos conjuntos normativos – distintos regimes – aplicáveis a cada um
deles. A distinção entre atividade e propriedade permite que o domínio do resultado da lavra das jazidas
de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos possa ser atribuída a terceiros pela
União, sem qualquer ofensa à reserva de monopólio (art. 177 da CF/1988). A propriedade dos produtos ou
serviços da atividade não pode ser tida como abrangida pelo monopólio do desenvolvimento de determinadas
atividades econômicas...(...)...” (ADI 3.273 e ADI 3.366, Rel. p/ o ac. Min. Eros Grau, julgamento em 16-3-
2005, Plenário, DJ de 2-3-2007.).

§ 2º. É ASSEGURADA participação ao proprietário do solo NOS RESULTADOS DA LAVRA, na


forma e no valor que dispuser a lei. (TJRJ-2011) (MPDFT-2011) (MPF-2005/2012) (TRF1-2013) (DPEES-2016)
(TRF3-2016) (TRF4-2016) (TRF5-2017) (MPBA-2018)

(TJRJ-2011-VUNESP): A intervenção na propriedade privada é todo ato do Poder Público que, fundado
em lei, compulsoriamente retira ou restringe direitos dominiais privados ou sujeita o uso de bens
particulares a uma destinação de interesse público. Um dos meios de intervenção na propriedade
privada se dá pela desapropriação e, nesse sentido, é correto afirmar que a desapropriação de áreas de
jazidas de petróleo e minérios nucleares deve ser precedida de ocupação provisória. Não havendo a
autorização de lavra, não cabe indenização por jazidas de minério existentes no subsolo do imóvel
desapropriado, pois a lavra, em si, é um bem de domínio da União. BL: art. 176 e §§1º e 2º, CF.

##Atenção: José dos Santos Carvalho Filho explica: “No que tange às jazidas, é preciso partir do mandamento
contido do art. 176/CF. Segundo esse dispositivo, as jazidas, em lavra ou não, constituem propriedade distinta do
solo, para efeito de exploração e aproveitamento, e pertencem à União, sendo, contudo, assegurada ao concessionário
a propriedade do produto da lavra. Emana daí que, no caso de desapropriação, não cabe indenização das jazidas
existentes no subsolo do imóvel. Entretanto, se já tiver sido outorgada a autorização para a lavra, garantida será a
indenização ao concessionário, vez que o título que formaliza o ato é passível de apreciação econômica, o que não
ocorre com a lavra em si”.

§ 3º A AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA SERÁ sempre por prazo determinado, e as


AUTORIZAÇÕES e CONCESSÕES previstas neste artigo NÃO PODERÃO SER CEDIDAS ou
TRANSFERIDAS, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente. (MPDFT-2011) (MPF-
2012) (TRF1-2013) (TJDFT-2015) (PFN-2015) (TRF3-2016) (TJMG-2022)

(TRF3-2016): Sobre a exploração de jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais, conforme
previsto na CF/1988 e no Código de Mineração (Decreto nº 227/67), pode-se afirmar: A autorização de
pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e concessões não poderão ser cedidas ou
transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente. BL: art. 176, §3º, CF.

§ 4º NÃO DEPENDERÁ de AUTORIZAÇÃO ou CONCESSÃO o aproveitamento do potencial de


energia renovável de capacidade reduzida. (AGU-2007/2010) (MPCE-2011) (MPDFT-2011) (TJSP-2013)
(MPSP-2013) (TRF1-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJDFT-2014) (MPF-2015) (MPBA-2018) (TJMA-
2022)

(AGU-2007-CESPE): Com base no direito econômico, seus princípios e normas, julgue o item a seguir: A
construção de pequena represa em propriedade rural, para o aproveitamento do potencial de energia
635
hídrica, a fim de suprir a demanda de energia elétrica da casa dos proprietários, independe de
autorização ou concessão. BL: art. 176, §4º, CF.

##Atenção: ##TJSP-2013: ##VUNESP: "Não há no texto constitucional exigência de autorização de outro


Poder para celebração de contrato administrativo que tenha por objeto construção de obra (...). É
importante esclarecer, entretanto, que a ausência de previsão constitucional exigindo autorização
legislativa não infirma a possibilidade, respeitado o princípio da razoabilidade, de a lei estabelecer
hipótese de exigência de autorização legislativa para a contratação em determinados casos. Assim, por
exemplo, o faz a Lei n. 11.079/2004 (lei de parcerias público-privadas), que, em seu artigo 10, § 3º, dispõe
que as licitações patrocinadas em que mais de 70% da remuneração do parceiro privado for paga pela
Administração Pública dependerão de autorização legislativa". (Fonte: Revisaço VUNESP, Editora
Juspodivm, 2018, pg. 285).

Art. 177. CONSTITUEM MONOPÓLIO DA UNIÃO: (DPEPR-2012) (AGU-2012)

I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; (PFN-
2007) (MPF-2008) (PCDF-2009) (MPCE-2011) (TRF2-2011) (AGU-2010/2012) (TJAC-2012) (TRF1-2013)
(Cartórios/TJES-2013) (PGEPI-2014) (MPDFT-2011/2013/2015) (TJDFT-2015) (TRF4-2014/2016) (TRF2-2017)
(TRF5-2017) (TJSP-2018) (Cartórios/TJMG-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020)

II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; (TJPI-2007) (MPCE-2011) (TRF3-2011) (TRF5-2011)


(PGEPA-2012) (AGU-2012) (MPDFT-2011/2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TRF4-2014) (PGEPI-2014) (PFN-
2007/2015) (TJDFT-2015/2016) (TRF2-2014/2017) (Cartórios/TJMG-2019)

(TRF2-2014): Embora a regra seja a livre iniciativa, a CF/1988 estabelece hipóteses de monopólio.
Constitui monopólio da União Federal: A refinação do petróleo nacional ou estrangeiro. BL: art. 177, II,
CF.

III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades
previstas nos incisos anteriores; (MPCE-2011) (AGU-2012) (MPDFT-2011/2013) (TRF4-2014) (PGEPI-2014)
(TJDFT-2015) (TRF2-2014/2017) (Cartórios/TJMG-2019)

IV - o TRANSPORTE MARÍTIMO do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos


de petróleo produzidos no País, bem assim o TRANSPORTE, POR MEIO DE CONDUTO, de petróleo
bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem; (PFN-2007) (PGEPB-2008) (TJRS-2009) (MPCE-2011)
(AGU-2012) (MPDFT-2011/2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TRF4-2014) (PGEPI-2014) (TJDFT-2015) (TRF2-
2009/2014/2017) (Cartórios/TJMG-2019) (TCDF-2021)

(TCDF-2021-CESPE): Considerando a legislação e o entendimento jurisprudencial acerca de direito


financeiro e econômico, julgue o item a seguir: De acordo com a Constituição Federal de 1988, o
transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional e o transporte, por meio de conduto, de
petróleo bruto constituem monopólio da União. BL: art. 177, IV, CF.

(TRF2-2009-CESPE): Com referência à ordem econômica, assinale a opção correta: Constitui monopólio
da União o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer
origem. BL: art. 177, IV, CF.

##Atenção: ##Dica:
 Transporte marítimo de petróleo bruto = só nacional

 Transporte por meio de conduto de petróleo bruto = qualquer origem

V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de


minérios e minerais nucleares e seus derivados, COM EXCEÇÃO DOS RADIOISÓTOPOS cuja
produção, comercialização e utilização PODERÃO SER AUTORIZADAS sob regime DE PERMISSÃO,
conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) (PFN-2007) (MPF-2008) (TRF5-2011) (AGU-2007/2012) (MPDFT-2013)
(TRF1-2013) (TJPR-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPI-2014) (TJDFT-2015) (TJAM-2016) (TRF2-
2011/2014/2017)

(PGEPI-2014-CESPE): No que concerne à intervenção do Estado no domínio econômico, assinale a opção


636
correta: As hipóteses de monopólio estatal estão previstas expressamente na CF, não se admitindo a
ampliação dessas hipóteses por legislação infraconstitucional. BL: art. 177, caput, CF e Entend. Dout.

##Atenção: Conforme a lição de LEONARDO VIZEU FIGUEIREDO: “As hipóteses de monopólio estatal
encontram-se taxativamente previstas no artigo 177 da CRFB, não cabendo ao legislador ordinário ampliá-
las, uma vez que a Ordem Econômica brasileira fundamenta-se na livre-iniciativa, tendo como princípio regedor a
liberdade de concorrência. Assim, somente ao poder constituinte derivado reformador cabe a ampliação dos casos de
monopólio estatal. Da leitura do artigo 177 da CRFB depreende-se que o Estado reservou para si, tão somente, o
monopólio estatal das duas principais matrizes energéticas mundiais, a saber, o combustível fóssil derivado e os
materiais nucleares. Embora a Carta Política de outubro de 1988 tenha limitado taxativamente as hipóteses de
intervenção econômica do Estado por absorção, houve flexibilização dos referidos monopólios decorrente de exercício
de poder constituinte derivado reformador. Por força da Emenda Constitucional n. 09/1995, o monopólio sobre os
combustíveis fósseis derivados foi relativizado, permitindo a contratação, por parte da União, de empresas estatais
ou privadas, para as atividades relacionadas ao abastecimento de petróleo. Some-se a isso que a Emenda
Constitucional n. 49/2006 flexibilizou o monopólio de minérios e minerais nucleares para retirar a exclusividade da
União sobre a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos de meia-vida curta, para usos medicinais,
agrícolas e industriais, delegando-a ao particular sob regime de permissão.” (Lições de Direito Econômico. 7ª ed.
2014)

§ 1º A UNIÃO PODERÁ CONTRATAR com empresas estatais ou privadas a REALIZAÇÃO DAS


ATIVIDADES previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995) (TJMG-2005) (TJRS-2009) (AGU-2007/2010) (MPMG-
2010) (MPCE-2011) (TRF2-2011) (TJAC-2012) (DPEAM-2013) (TRF1-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TJPR-2014)
(PGEPI-2014) (MPDFT-2013/2015) (TJDFT-2015/2016) (TRF4-2016) (TRF5-2011/2015/2017) (TJSP-2018)
(Cartórios/TJMG-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2020)

(TJSP-2018-VUNESP): É correto afirmar que, em seu Título VII (Da Ordem Econômica e Financeira), a
Constituição dispõe que a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros
hidrocarbonetos fluidos constituem monopólio da União, que poderá contratar a sua realização com
empresas estatais ou privadas, observadas as condições estabelecidas em lei. BL: art. 177, caput, I c/c §1º,
CF.

(TRF5-2017-CESPE): A respeito do regime jurídico dos recursos minerais e dos terrenos de marinha,
assinale a opção correta de acordo com a doutrina e a jurisprudência vigentes: A propriedade exclusiva
da União dos recursos minerais, inclusive os do subsolo, não implica domínio do resultado da lavra de
jazidas de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluídos: a União pode atribuir a terceiros
a exploração desses recursos, sem qualquer ofensa à reserva de monopólio para pesquisa e lavra. BL: art.
177, caput, I c/c §1º, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2017: ##CESPE: (...) A Constituição do Brasil enumera atividades que
consubstanciam monopólio da União [art. 177] e os bens que são de sua exclusiva propriedade [art.
20]. A existência ou o desenvolvimento de uma atividade econômica sem que a propriedade do bem
empregado no processo produtivo ou comercial seja concomitantemente detida pelo agente daquela
atividade não ofende a Constituição. (...) A distinção entre atividade e propriedade permite que o
domínio do resultado da lavra das jazidas de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos
fluídos possa ser atribuída a terceiros pela União, sem qualquer ofensa à reserva de monopólio [art.
177 da CB/88]. A propriedade dos produtos ou serviços da atividade não pode ser tida como abrangida
pelo monopólio do desenvolvimento de determinadas atividades econômicas. A propriedade do
produto da lavra das jazidas minerais atribuídas ao concessionário pelo preceito do art. 176 da
Constituição do Brasil é inerente ao modo de produção capitalista. (...) Embora o art. 20, IX, da CB/88
estabeleça que os recursos minerais, inclusive os do subsolo, são bens da União, o art. 176 garante ao
concessionário da lavra a propriedade do produto de sua exploração. STF. Plenário. ADI 3273, Rel. Min.
Carlos Britto, Rel. p/ Ac. Eros Grau, j. 16/03/05.

(Cartórios/TJBA-2013-CESPE): Assinale a opção correta a respeito da ordem econômica, financeira e


social e do Sistema Financeiro Nacional: Embora detenha o monopólio da refinação do petróleo natural
ou estrangeiro, a União pode contratar empresa privada para realizar tal atividade, desde que
observadas as condições estabelecidas em lei. BL: art. 177, caput, II e §1º, CF.

(TJAC-2012-CESPE): Considerando as disposições constitucionais sobre finanças públicas, orçamentos e


princípios gerais da atividade econômica, assinale a opção correta: A CF estabelece o monopólio da

637
União na pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural, permitindo, entretanto, a contratação de
empresas estatais e privadas para a realização dessas atividades, observadas as condições estabelecidas
em lei. BL: art. 177, caput, I e §1º, CF.

(AGU-2010-CESPE): A respeito do direito econômico, julgue o item que se segue: É legal a contratação
pela União de empresa estatal ou privada para realizar atividades de pesquisa e lavra das jazidas de
petróleo e gás natural em território nacional. BL: art. 177, caput, I e §1º, CF.

(TJMG-2005): Constitui monopólio da União, indelegável a empresas estatais ou privadas, a realização


das atividades de industrialização e comércio de derivados de minerais nucleares. BL: art. 177, V e c/c
§1º, CF.

##Atenção: ##TJMG-2005: ##TJRS-2009: O transporte, por meio de conduto, de gás natural, de qualquer
origem, constitui monopólio da União, mas poderá ser contratado com empresas estatais ou privadas,
nos termos do art. 177, §1º da CF.

##Atenção: Como regra, é vedada a formação de monopólios e oligopólios, restringindo-se a admissão


de monopólios públicos (mas, não privados) às hipóteses taxativamente previstas no texto constitucional
(art. 177, CF).

§ 2º A lei a que se refere o § 1º DISPORÁ sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)

I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território nacional; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 9, de 1995)

II - as condições de contratação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)

III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União; [obs.: ANP] (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 9, de 1995) (MPMG-2010) (TRF3-2011) (TRF2-2011/2013) (TJRN-2013) (TRF5-2015)
(MPF-2015) (DPEMT-2016)

(TRF2-2011-CESPE): No que se refere à intervenção do Estado no domínio econômico, assinale a opção


correta: O poder constituinte derivado reformador alterou o texto original da CF, no que se refere à
disciplina dos monopólios estatais em relação aos combustíveis fósseis derivados, e permitiu a
contratação, por parte da União, de empresas estatais ou privadas para as atividades relacionadas ao
abastecimento de petróleo. BL: art. 177, §1º e §2º, III, CF.

§ 3º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais radioativos no território nacional.


(Renumerado de § 2º para 3º pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995) (Cartórios/TJBA-2013) (PFN-2015)

§ 4º A lei que INSTITUIR CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO


relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus
derivados e álcool combustível DEVERÁ ATENDER aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001) (MPAM-2007) (AGU-2007) (TJDFT-2008) (TRF1-2009) (MPRO-2010) (MPCE-2011)
(PGERS-2011) (MPPI-2012) (TRF2-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (TRF5-2009/2015) (MPDFT-2015) (PGEMA-2016)
(MPMG-2021) (PGEAL-2021)

(TRF5-2009-CESPE): Suponha que uma empresa de combustíveis, além de produzir álcool e


combustíveis fósseis e realizar compras e vendas de petróleo e desses combustíveis no mercado
internacional, também possua um laboratório que preste serviços de análise da qualidade de
combustíveis para outras empresas. Nessa situação, assinale a opção que apresenta um tributo que deve
ser aplicado à empresa e o seu correspondente fato gerador: contribuição de intervenção no domínio
econômico, em razão da importação de petróleo. BL: art. 177, §4º, CF.

##Atenção: A CF/1988 alberga a viabilidade de criação, exclusivamente através de lei, de contribuição


de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de
petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível (art. 177, §4º, CF).

638
I - a ALÍQUOTA DA CONTRIBUIÇÃO PODERÁ SER: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33,
de 2001)

a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TRF5-2011)
(TRF2-2013) (TJCE-2014) (PGEMA-2016)

b) REDUZIDA e RESTABELECIDA por ato do Poder Executivo, NÃO SE LHE APLICANDO o


disposto no art. 150, III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TRF1-2009) (TRF5-2011)
(MPF-2011) (PGERS-2011) (TRF2-2013) (TJCE-2014) (MPDFT-2015) (PGEMA-2016) (TJMT-2018) (MPMG-2021)

(TJCE-2014-CESPE): De acordo com a CF/88, a alíquota da contribuição de intervenção no domínio


econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e de seus derivados, de
gás natural e de seus derivados e de álcool combustível - CIDE-COMBUSTÍVEL - poderá ser reduzida e
restabelecida por ato do Poder Executivo da União, não se lhe aplicando o princípio da anterioridade.
BL: art. 177, §4º, I, da CF.

##Atenção: ##TRF1-2009: ##CESPE: O Executivo poderá apenas reduzir e restabelecer as alíquotas da


CIDE-Combustíveis e, ainda assim, nas condições previstas em lei.

II - os recursos arrecadados SERÃO DESTINADOS: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de


2001)

a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus


derivados e derivados de petróleo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TRF2-2013) (TRF3-
2013)

b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (TRF2-2013) (TRF3-2013) (PGEMA-2016)

c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 33, de 2001) (MPAM-2007) (AGU-2007) (MPCE-2011) (TRF2-2013) (TRF3-2013)
(Cartórios/TJBA-2013)

(Cartórios/TJBA-2013-CESPE): Considerando o disposto na CF acerca da ordem econômica e financeira,


assinale a opção correta: Há previsão constitucional para que recursos arrecadados com a contribuição de
intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e
seus derivados sejam destinados ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. BL:
art. 177, §4º, II, “c”, CF.

(MPCE-2011-FCC): Relativamente à atuação do Estado no domínio econômico, prevê a CF/1988 os


recursos arrecadados com a contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool
combustível serão destinados, entre outras finalidades, ao financiamento de programas de infraestrutura
de transportes. BL: art. 177, §4º, II, “c”, CF.

(AGU-2007-CESPE): Com base no direito econômico, seus princípios e normas, julgue o item a seguir: O
produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de
importação e comercialização de petróleo e seus derivados será destinado, entre outros fins, ao
financiamento de programa de infraestrutura de transportes. BL: art. 177, §4º, II, “c”, CF.

Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo,
quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o
princípio da reciprocidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 7, de 1995) (PGEPI-2008) (MPDFT-
2021) (TJAP-2022)

(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e
terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela
União, atendido o princípio da reciprocidade. BL: art. 178, caput, CF.

639
Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei estabelecerá as condições em que o
transporte de mercadorias na cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos por embarcações
estrangeiras. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 7, de 1995) (PFN-2007)

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios DISPENSARÃO às


microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, TRATAMENTO JURÍDICO
DIFERENCIADO, VISANDO A INCENTIVÁ-LAS pela simplificação de suas obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio
de lei. (PGEPB-2008) (PGESP-2009) (TRF5-2011) (PGEMG-2012) (TRF2-2009/2014) (TJDFT-2015) (TRT8-2015)
(TRF4-2016) (TJSC-2017) (MPBA-2018) (MPDFT-2021) (MPMG-2021)

(TJDFT-2015-CESPE): Com base no disposto na CF e na jurisprudência do STF, assinale a opção correta


acerca da ordem econômica: Com a edição da norma jurídica que instaurou o regime do SIMPLES
Nacional, concretizou-se a diretriz do texto constitucional que institui a obrigatoriedade de tratamento
favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte. BL: art. 179, CF.

Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios PROMOVERÃO e


INCENTIVARÃO o TURISMO como fator de desenvolvimento social e econômico. (PGESP-2009)
(TJDFT-2016) (MPDFT-2013/2021) (TCDF-2021)

(TJDFT-2016-CESPE): Considerando-se as normas contidas na CF acerca da ordem econômica, é correto


afirmar que a União, os estados, o DF e os municípios devem incentivar o turismo, como fator de
desenvolvimento social e econômico. BL: art. 180, CF.

Art. 181. O atendimento de requisição de documento ou informação de natureza comercial, feita por
autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no
País dependerá de autorização do Poder competente.

CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA

Art. 182. A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO, EXECUTADA pelo Poder Público


municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, TEM POR OBJETIVO ORDENAR o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e GARANTIR o bem-estar de seus habitantes. (PGEPI-
2008) (MPT-2009) (MPES-2010) (TRF2-2011) (TJBA-2012) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (DPERO-2012)
(DPETO-2013) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPEMG-2014) (MPSP-2015) (DPEMA-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (DPEBA-2010/2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (MPRR-2012/2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPMG-2011/2013/2018) (MPMS-2013/2018)
(PGETO-2018) (TJRO-2019) (DPEGO-2021)

(TJPI-2012-CESPE): A política de desenvolvimento urbano deve ficar a cargo do município, a partir de


diretrizes comuns fixadas por lei federal. BL: art. 182 c/c art. 21, XX, CF.151

§ 1º O PLANO DIRETOR, APROVADO pela Câmara Municipal, OBRIGATÓRIO para cidades


com mais de vinte mil habitantes, É o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão
urbana. (PGESE-2005) (TJPI-2007) (MPRN-2009) (PGEAL-2009) (MPT-2009) (MPES-2010) (TRF5-2011) (TJBA-
2012) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (DPERO-2012) (TRF2-2011/2013) (DPESP-2013) (PGDF-2013)
(PCGO-2013) (MPMA-2014) (MPPE-2014) (DPECE-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PGEBA-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (MPSP-2010/2015) (TRF1-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (MPSC-2012/2016) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPMG-
2010/2011/2012/2013/2014/2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (Cartórios/TJSP-2014/2018)
(MPMS-2013//2015/2018) (DPEMA-2015/2018) (MPBA-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPMT-2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (MPCE-2020) (MPT-2020) (MPMG-2010/2021) (PCRN-2021) (DPEPA-2022)

(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal,
151
Art. 21. Compete à União: (...) XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos;
640
obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana. BL: art. 182, §1º, CF.

(MPSC-2016): Quanto à política urbana, dispôs a Constituição Federal que o instrumento básico da
política de desenvolvimento e de expansão urbana é o plano diretor, que será obrigatório para cidades
com mais de vinte mil habitantes. BL: art. 182, §1º, CF/88.

(TJPA-2012-CESPE): Considerando que o município A, com 30.000 habitantes e sem plano diretor,
decida utilizar instrumentos de política urbana previstos no Estatuto da Cidade ao detectar que diversos
imóveis localizados em seu perímetro urbano não são utilizados, o que configura claro desrespeito à
função social de propriedade, neste caso o referido município deverá elaborar plano diretor. BL: art. 182,
§1º, CF (amb.).

##Atenção: O referido município deve elaborar plano diretor, já que este é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e expansão urbana, obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes,
onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no §4º do art. 182 da CF/88
(que estabelece as diretrizes gerais da política urbana).

§ 2º A PROPRIEDADE URBANA CUMPRE sua função social quando ATENDE às exigências


fundamentais de ordenação da cidade EXPRESSAS NO PLANO DIRETOR. (TJMS-2008) (TJSC-2009)
(MPES-2010) (MPSP-2011) (TRF1-2011) (TJPR-2012) (TJCE-2012) (MPMT-2012) (MPMS-2013) (TRF3-2013)
(TJDFT-2007/2014) (TRF2-2011/2014) (MPPE-2014) (MPRS-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (DPEMA-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPPR-2016) (PGM-POA/RS-2016)
(PGM-São Luís/MA-2016) (MPRR-2012/2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEMA-2009/2018) (MPMG-
2010/2011/2017/2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJAC-2019) (TJRO-2019) (DPEGO-2021) (PCRN-2021)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)

(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: A propriedade urbana cumpre sua função social quando
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. BL: art. 182, §2º,
CF.

§ 3º As desapropriações de IMÓVEIS URBANOS SERÃO FEITAS com prévia e justa indenização


em dinheiro. (TJMS-2008) (MPT-2009) (TJPR-2012) (TJPA-2012) (MPRJ-2012) (DPERO-2012) (PGEAC-2012)
(PCMA-2012) (Cartórios/TJRS-2013) (PCGO-2013) (TRF2-2011/2014) (MPPA-2014) (Cartórios/TJMT-2014)
(Cartórios/TJSP-2014) (TRF1-2013/2015) (TJAL-2015) (TJDFT-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (TJAM-2016) (PGM-
São Luís/MA-2016) (DPEMA-2015/2018) (MPGO-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)

(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com
prévia e justa indenização em dinheiro. BL: art. 182, §3º, CF.

§ 4º É FACULTADO ao Poder Público municipal, mediante LEI ESPECÍFICA para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, SOB PENA,
SUCESSIVAMENTE, de: [obs.: rol TAXATIVO] (TJPI-2007) (TJAL-2008) (DPEMT-2009) (DPU-2010) (TJRJ-
2011) (MPCE-2011) (TRF3-2011) (PGERS-2011) (TJPA-2012) (TJGO-2012) (MPAL-2012) (MPMT-2012) (MPRR-
2012) (PFN-2012) (TJSC-2013) (TRF1-2013) (PGDF-2013) (PCGO-2013) (AGU-2013) (MPT-2013) (DPEMG-
2009/2014) (TRF2-2009/2011/2013/2014) (MPPA-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-
Cuiabá/MT-2014) (MPAM-2015) (DPEMA-2015) (MPF-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015)
(DPEBA-2010/2016) (PGEAM-2010/2016) (MPPR-2016) (PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São
Luís/MA-2016) (MPMG-2010/2017) (PGESE-2017) (PGM-BH/MG-2017) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (TJSP-
2017/2018) (MPMS-2018) (PGESC-2018) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-
Curitiba/PR-2019) (TJPR-2017/2021) (MPRS-2017/2021) (PGEAL-2021) (PCRN-2021)

I - parcelamento ou edificação compulsórios; (TJPI-2007) (TJAL-2008) (PGEAM-2010) (MPCE-2011)


(MPMT-2012) (PFN-2012) (PCGO-2013) (AGU-2013) (MPT-2013) (DPEMG-2009/2014) (TRF2-
2009/2011/2013/2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPAM-2015) (DPEMA-2015) (MPPR-

641
2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJSP-2017) (MPMG-2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPMS-
2018) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TJPR-2017/2021) (PCRN-2021)

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana PROGRESSIVO NO TEMPO; (TJPI-


2007) (TJAL-2008) (PGEAM-2010) (MPCE-2011) (MPSP-2011) (PGERS-2011) (MPMT-2012) (MPRR-2012) (PFN-
2012) (TRF1-2013) (PCGO-2013) (AGU-2013) (MPT-2013) (DPEMG-2009/2014) (TRF2-2009/2011/2013/2014)
(DPERS-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TJGO-2015) (MPAM-2015) (DPEMA-2015)
(DPESP-2015) (MPF-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (MPPR-2016) (DPEMT-2016)
(PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPMG-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJSP-
2017/2018) (MPMS-2018) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)
(TJPR-2017/2021) (MPRS-2017/2021)

(TJSP-2017-VUNESP): O princípio da função social da propriedade tem incidência no âmbito do direito


tributário, uma vez que pressupõe manifestação de riqueza e se liga à ideia de justiça distributiva. BL:
art. 182, §4º, CF/88 (tributário).

##Atenção:
- CF | Art. 182. (...) § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de: (...) II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo
no tempo;
- CF | Art. 156. (...) § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º,
inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: I - ser progressivo em razão do valor do imóvel;
e II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
- Súmula 668 do STF - É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda
Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade urbana.

- CONCLUSÃO: A questão da progressividade (no tempo/espaço/valor) do IPTU é um exemplo no


Direito Tributário de contribuição efetiva para a concretização da função social da propriedade urbana.

(MPMG-2013): A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu artigo XXV, nº1, diz: “Toda pessoa
tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação,
vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de
desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu
controle”. Expressamente, a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 6º, por
introdução da Emenda Constitucional nº 26, prevê a moradia como direito social, no mesmo patamar da
educação, da saúde, do trabalho, do lazer, da segurança, da previdência social, da proteção à
maternidade e à infância e da assistência aos desamparados. Com base no ordenamento constitucional
brasileiro, pode-se afirmar Pelo ordenamento constitucional brasileiro, a propriedade é um direito
fundamental, mas não possui um caráter absoluto, pois deve cumprir uma função social, que se dá, entre
outras formas, pelo atendimento das exigências fundamentais de ordenamento das cidades, expressadas
nos planos diretores, podendo estes estabelecerem áreas para que o Poder Público municipal, mediante
lei específica, exija do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que
promova o seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de parcelamento ou edificação
compulsórios, imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo e
desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública. BL: art. 182, §4º, CF.

(TJRS-2009): À luz das disposições em vigor da Constituição Federal, com relação ao imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana, é correto afirmar que são admitidas tanto a sua progressividade
fiscal quanto a extrafiscal. BL: art. 156, I, §1º, I c/c art. 182, §4º, II, CF. (tributário).

III - desapropriação COM PAGAMENTO mediante títulos da dívida pública de emissão


previamente aprovada pelo Senado Federal, COM PRAZO DE RESGATE de até dez anos, em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais . (TJAL-2008) (TJRR-
2008) (MPRO-2008) (DPEMT-2009) (DPU-2010) (MPCE-2011) (TRF3-2011) (TJMS-2008/2012) (TJPA-2012)
(MPAL-2012) (MPMT-2012) (DPERO-2012) (PFN-2012) (TRF1-2013) (PGDF-2013) (PCGO-2013) (DPEMG-
2009/2014) (TRF2-2009/2011/2013/2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSP-2014)
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (TJGO-2015) (MPAM-2015) (DPEMA-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (DPEBA-

642
2010/2016) (PGEAM-2010/2016) (MPPR-2011/2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPMG-
2011/2017) (MPSP-2017) (PGESE-2017) (TJSP-2018) (MPMS-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (MPGO-2019) (PGM-
Boa Vista/RR2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJPR-2017/2021) (PGEAL-2021)

(TJPR-2021-FGV): O Município Beta, em matéria de política pública de desenvolvimento urbano, deseja


adotar medidas que tenham por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade
e garantir o bem-estar de seus habitantes. Assim, de acordo com o que dispõe a CF/1988, o Município
Beta, com base no Estatuto da Cidade e em lei específica para área incluída em seu plano diretor, pode
exigir do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: parcelamento ou edificação compulsórios;
imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; desapropriação com
pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal,
com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real
da indenização e os juros legais. BL: art. 182, §4º, CF.

(MPDFT-2011): É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente,
de: parcelamento ou edificação compulsórios; imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo; desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais,
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. BL: art. 182, §4º, CF.

Art. 183. Aquele que POSSUIR como sua ÁREA URBANA de até duzentos e cinqüenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, UTILIZANDO-A para SUA MORADIA
ou DE SUA FAMÍLIA, ADQUIRIR-LHE-Á O DOMÍNIO, desde que NÃO SEJA proprietário de outro
imóvel urbano ou rural. (TJPI-2007) (MPAM-2007) (AGU-2009) (MPES-2010) (MPPR-2012) (MPRR-2012)
(DPERO-2012) (TRF4-2012) (MPMG-2010/2013) (PGEGO-2010/2013) (DPEDF-2013) (Cartórios/TJRS-2013)
(PCGO-2013) (PGEAC-2012/2014) (TJAP-2014) (TJDFT-2014) (MPPA-2014) (PGEPI-2014) (PGM-Cuiabá/MT-
2014) (DPEPA-2009/2015) (MPSP-2012/2015) (TJGO-2015) (DPEMA-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (TJAM-2016) (DPEES-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRF2-2013/2017) (DPEAL-2017)
(DPESC-2017) (DPU-2017) v (PCAC-2017) (PCMS-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJCE-2012/2018) (TJMT-2018)
(MPMS-2018) (MPPB-2018) (DPEAM-2018) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGESP-2018) (DPESP-
2015/2019) (DPEGO-2010/2021) (MPDFT-2011/2021) (MPRS-2017/2021) (DPERJ-2021) (PGECE-2021)
(PCMG-2021) (PCRN-2021)

##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##TJAM-2016: ##PGESE-2017: ##PCAC-2017: ##MPMS-2018:


##DPEAM-2018: ##MPRS-2021: ##PGECE-2021: ##CESPE: ##FCC: Usucapião especial urbana e
possibilidade de a área do imóvel ser inferior ao "módulo urbano": Determinada pessoa preencheu os
requisitos para obter o direito à usucapião especial urbana, prevista no art. 183 da CF. Ocorre que o
juiz negou o pedido alegando que o plano diretor da cidade proíbe a existência de imóveis urbanos
registrados com metragem inferior a 100m2. Em outras palavras, fixou que o módulo mínimo dos
lotes urbanos naquele Município seria de 100m2 e, como a área ocupada pela pessoa seria menor que
isso, ela não poderia registrar o imóvel em seu nome. A decisão do magistrado está correta? O fato de
haver essa limitação na lei municipal impede que a pessoa tenha direito à usucapião especial urbana?
NÃO. Se forem preenchidos os requisitos do art. 183 da CF/88, a pessoa terá direito à usucapião
especial urbana e o fato de o imóvel em questão não atender ao mínimo dos módulos urbanos
exigidos pela legislação local para a respectiva área (dimensão do lote) não é motivo suficiente para se
negar esse direito, que tem índole constitucional. Para que seja deferido o direito à usucapião especial
urbana basta o preenchimento dos requisitos exigidos pelo texto constitucional, de modo que não se
pode impor obstáculos, de índole infraconstitucional, para impedir que se aperfeiçoe, em favor de
parte interessada, o modo originário de aquisição de propriedade. STF. Plenário. RE 422349/RS, Rel.
Min. Dias Toffoli, j. 29/4/15 (repercussão geral) (Info 783). STJ. 3ª T. REsp 1360017-RJ, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, j. 5/5/16 (Info 584).
(MPRS-2021): Em relação à jurisprudência consolidada do STF sobre direitos fundamentais, assinale a
alternativa correta: Preenchidos os requisitos previstos no art. 183 da CF/88, o reconhecimento do direito à
aquisição da propriedade por meio da usucapião especial urbana constitucional não pode ser restringido
por lei municipal que estabeleça módulo urbano superior a 250 metros quadrados. BL: Info 783, STF.

643
(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: Aquele que possuir como sua área urbana até duzentos e
cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. BL:
art. 183, CF.

§ 1º O TÍTULO DE DOMÍNIO e a CONCESSÃO DE USO SERÃO CONFERIDOS ao homem ou à


mulher, ou a ambos, INDEPENDENTEMENTE do estado civil. (MPMG-2010) (MPSC-2012) (DPEDF-
2013) (PGEGO-2013) (DPEPA-2015) (DPEES-2016) (PGEMA-2016) (DPEMA-2018)

§ 2º Esse direito NÃO SERÁ RECONHECIDO ao mesmo possuidor mais de uma vez. (MPAM-
2007) (MPSP-2015) (DPEES-2016) (MPRS-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMT-2018)

##Atenção: ##MPAM-2007: ##CESPE: Essa restrição é apenas para a usucapião especial urbana (art.
183, CF). Logo, não se aplica para a usucapião rural constitucional, prevista no art. 191 da CF.

§ 3º Os imóveis públicos NÃO SERÃO ADQUIRIDOS POR USUCAPIÃO. (MPRR-2008) (TJMS-


2008) (TJRS-2009) (MPDFT-2009) (DPEPA-2009) (TRF1-2009) (MPES-2010) (DPEGO-2010) (TJPB-2011)
(TRF4-2010/2012) (DPETO-2013) (TRF5-2013) (PGDF-2013) (TJAP-2014) (MPAC-2014) (DPEMS-2014)
(Cartórios/TJPR-2014) (PGEAC-2014) (PGESC-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEPE-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (AGU-2015) (MPGO-2016) (DPEES-2016) (TRF2-2009/2017) (TJPR-2017) (DPEAC-
2017) (DPU-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (DPEMA-2018) (DPERS-2018) (PGEAP-2018) (MPSP-
2010/2011/2015/2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPCE-2020)

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2010: ##TRF2-2017: USUCAPIÃO DE DOMÍNIO ÚTIL DE BEM PÚBLICO


(TERRENO DE MARINHA). VIOLAÇÃO AO ART. 183, § 3º, DA CF/88. INOCORRÊNCIA. O
ajuizamento de ação contra o foreiro, na qual se pretende usucapião do domínio útil do bem, não
viola a regra de que os bens públicos não se adquirem por usucapião. Precedente: RE 82.106, RTJ
87/505. (...) STF. 2ª T., RE 218324 AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 20/04/10.
(TRF4-2010): Sobre os bens públicos, assinale a alternativa correta: O ajuizamento de ação contra o
foreiro, na qual se pretende usucapião do domínio útil do bem, não viola a regra de que os bens
públicos não se adquirem por usucapião, prevista no artigo 183, § 3º, da CF/88. BL: Entend.
Jurisprud.

##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##PGESE-2017: ##MPMS-2018: ##DPEAM-2018: ##CESPE:


##FCC: Usucapião especial urbana e possibilidade de a área do imóvel ser inferior ao "módulo urbano":
Determinada pessoa preencheu os requisitos para obter o direito à usucapião especial urbana,
prevista no art. 183 da CF/88. Ocorre que o juiz negou o pedido alegando que o plano diretor da
cidade proíbe a existência de imóveis urbanos registrados com metragem inferior a 100m2. Em outras
palavras, fixou que o módulo mínimo dos lotes urbanos naquele Município seria de 100m2 e, como a
área ocupada pela pessoa seria menor que isso, ela não poderia registrar o imóvel em seu nome. A
decisão do magistrado está correta? O fato de haver essa limitação na lei municipal impede que a
pessoa tenha direito à usucapião especial urbana? NÃO. Se forem preenchidos os requisitos do art.
183 da CF/88, a pessoa terá direito à usucapião especial urbana e o fato de o imóvel em questão não
atender ao mínimo dos módulos urbanos exigidos pela legislação local para a respectiva área
(dimensão do lote) não é motivo suficiente para se negar esse direito, que tem índole constitucional.
Para que seja deferido o direito à usucapião especial urbana basta o preenchimento dos requisitos
exigidos pelo texto constitucional, de modo que não se pode impor obstáculos, de índole
infraconstitucional, para impedir que se aperfeiçoe, em favor de parte interessada, o modo originário
de aquisição de propriedade. STF. Plenário. RE 422349/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 29/4/15
(repercussão geral) (Info 783). STJ. 3ª T. REsp 1360017-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 5/5/16
(Info 584).

(TJRJ-2019-VUNESP): Foi registrado um loteamento que, entretanto, nunca foi implantado. Judas e sua
família construíram e começaram a morar numa área que seria destinada a ser um logradouro público.
Após 10 anos de ocupação mansa e pacífica, mediante moradia com sua família, Judas ajuizou uma ação

644
de usucapião. É correto afirmar que a usucapião não poderá ser reconhecida, pois os bens públicos são
imprescritíveis. BL: art. 22, caput e § único da LPS152 e art. 102, CC e arts. 183, §3º e 191, CF e art. 200, do
DL 9.760/46 e Súmula 340 do STF.

##Atenção: Em se tratando de registro de área de uso público em loteamento irregular, temos os


seguintes requisitos cumulativos: i) o parcelamento de solo implantado e não registrado; ii) a
apresentação de planta de parcelamento elaborado pelo loteador ou aprovada pelo Município; iii)
declaração do Município de que o parcelamento se encontra implantado. Cumpre ressaltar que, ao
contrário do que normalmente ocorre, quem prove o registro das áreas destinadas ao uso público em
loteamento irregular implantado é o próprio Município, e não o loteador. No caso em tela, cumpre
destacar que o loteamento nunca foi implantado e que a área seria destinada a um logradouro público.
Como o referido loteamento foi registrado e mesmo que não tenha sido implantado, já é considerado um
bem público. Logo, a área construída pelo Judas e sua família não poderá ser adquirida por usucapião,
nos termos da Súmula 340 do STF. Por outro lado, caso o loteamento não tivesse sido registrado, não
seria considerado bem público e poderia ser adquirido por usucapião.

(TJSC-2017-FCC): A propósito do uso dos bens públicos pelos particulares, é correto afirmar que o
concessionário de uso de bem público exerce posse ad interdicta, mas não exerce posse ad usucapionem. BL:
art. 102, CC e arts. 183, §3º e 191, CF/88. (adm.)

##Atenção: A posse ad interdicta é aquela por meio da qual o possuidor poderá se valer dos interditos
possessórios na defesa da posse, seja para recuperar o poder sobre a coisa, no caso da reintegração, seja
para conservar a posse (manutenção), seja, ainda, para fins de se defender de violência iminente. Por
outro lado, a posse ad usucapionem é aquela que permite gerar o direito à usucapião, sendo necessário,
portanto, que o agente detenha o poder de fato sobre a coisa com o chamado animus domini. Partindo da
análise de tais noções conceituais mínimas, é correto afirmar que o concessionário de uso de bem pública
ostenta a posse ad interdicta, na medida em que está autorizado a defender sua posse perante terceiros
que venham a molestá-la. Nada obstante, jamais deterá a posse ad usucapionem, já que bens públicos não
são, por expressa vedação constitucional, sujeitos à usucapião (CF/88, arts. 183, §3º e 191, § único). Trata-
se da característica da imprescritibilidade dos bens públicos. Por fim, vale registrar os ensinamentos de
Maria Sylvia Di Pietro: “A extracomerciabilidade exclui a posse ad usucapionem (porque incompatível com a
inalienabilidade dos bens públicos), porém admite a posse ad interdicta à medida que seja necessária para proteger a
pública destinação dos bens.” (Fonte: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª ed. São
Paulo: Atlas, 2013. p. 759 e 771).

(TJAL-2015-FCC): No ano de 1963, o STF adotou, em sua Súmula, o seguinte enunciado, sob o n° 340:
“Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por
usucapião”. Independentemente de eventual opinião doutrinária minoritária em sentido contrário, tal
conclusão, atualmente, resta compatível com o direito vigente, eis que a CF/88 prevê a não sujeição à
usucapião dos bens públicos imóveis, e o CC/02 prevê a mesma não sujeição quanto aos bens públicos
em geral, sem excepcionar os dominicais. BL: art. 102, CC e arts. 183, §3º e 191, CF e S. 340, STF e art.
200, do DL 9.760/46.

##Atenção: Ainda como garantia decorrente dos privilégios estatais, seus bens não se sujeitam a
usucapião, gozando da prerrogativa de imprescritibilidade. Essa norma está estampada no art. 102 do
CC, que estabelece genericamente que os bens públicos não se sujeitam à usucapião e também no art.
200, do Decreto lei 9.760/46, que trata da imprescritibilidade de bens imóveis. Ainda nesses termos, o art.
183, §3° e art. 191, § único, CF/88 define que "Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião”.

CAPÍTULO III
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁRIA

Art. 184. COMPETE à UNIÃO DESAPROPRIAR por interesse social, para fins de reforma agrária,
o imóvel rural que NÃO ESTEJA CUMPRINDO sua função social, mediante PRÉVIA e JUSTA
INDENIZAÇÃO em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
RESGATÁVEIS no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização

152
Art. 22. Desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o domínio do Município as vias e praças, os
espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e
do memorial descritivo. Parágrafo único. Na hipótese de parcelamento do solo implantado e não registrado
[obs.: RREGULAR], o Município poderá requerer, por meio da apresentação de planta de parcelamento
elaborada pelo loteador ou aprovada pelo Município e de declaração de que o parcelamento se encontra
implantado, o registro das áreas destinadas a uso público, que passarão dessa forma a integrar o seu domínio.
645
será definida em lei. (TJSE-2008) (MPRR-2008) (PGECE-2008) (TJRS-2009) (DPEMT-2009) (MPRO-
2008/2010) (DPEBA-2010) (PGERS-2010) (DPU-2010) (TJRJ-2011) (MPCE-2011) (MPPR-2011) (PGEMT-2011)
(TJCE-2012) (TJMG-2012) (MPAL-2012) (MPMT-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEAC-2012) (PCMA-2012)
(TRF1-2011/2013) (AGU-2012/2013) (TJSC-2013) (MPES-2013) (DPEDF-2013) (DPERR-2013) (DPETO-
2013) (TRF3-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEGO-2013) (PGDF-2013) (TJPA-2009/2014) (TRF2-2009/2011/2014)
(TJRJ-2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TJRR-2008/2015) (TRF5-
2011/2015) (PGEPR-2011/2015) (TJDFT-2012/2015) (TJGO-2012/2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (TRF1-
2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGEAM-2010/2016) (TJAM-2016) (DPEES-2016)
(PGEMA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPSP-2011/2017) (DPERO-2017) (PCMS-2017) (PGESC-2014/2018)
(DPEMA-2009/2015/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (MPMG-2018) (MPGO-
2012/2016/2019) (TJPR-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPAP-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##STF: ##MPGO-2016: ##TJMT-2018: ##PGM-Boa Vista/RR-2019: ##CESPE: ##VUNESP:


Os Estados-membros e os Municípios não dispõem do poder de desapropriar imóveis rurais, por
interesse social, para efeito de reforma agrária, inclusive para fins de implementação de projetos de
assentamento rural ou de estabelecimento de colônias agrícolas. STF. 2ª T., RE 496861 AgR, Rel. Min.
Celso de Mello, j. 30/06/15.

##Atenção: ##STF: ##MPAM-2007: ##CESPE: Para o STF, “a teor do disposto no art. 184 da CF/88, o
alvo da reforma agrária é o ‘imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social', pouco
importando a existência, sob o ângulo da propriedade, de condomínio.” (MS 24503, Rel. Min. Marco
Aurélio, j. 7/8/03, Plenário). No mesmo sentido: MS 26087, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 1º/8/13).

(PGEAM-2016-CESPE): Acerca da intervenção do Estado no direito de propriedade, julgue o item


subsequente: A desapropriação para fins de reforma agrária, prevista na CF, incide sobre imóveis rurais
que não estejam cumprindo sua função social, sendo o expropriante exclusivamente a União Federal, e a
indenização paga por meio de títulos, e não em dinheiro. BL: art. 184, CF.

(DPEMA-2015-FCC): Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária,
o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em
títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte
anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. BL: art. 184, CF.

(MPRS-2012): O Município, com finalidade de promover a reforma agrária, não tem competência para
declarar de interesse social um imóvel rural situado nos limites de sua circunscrição. BL: art. 184, CF.

§ 1º As benfeitorias ÚTEIS e NECESSÁRIAS SERÃO INDENIZADAS em dinheiro. (TJMG-2008)


(MPRR-2008) (TJPA-2009) (DPU-2010) (PGEMT-2011) (TJCE-2012) (TJDFT-2012) (TJGO-2012) (PGEGO-2013)
(AGU-2013) (TJRJ-2014) (TRF2-2014) (TRF4-2014) (DPEPA-2015) (TRF5-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
(Cartórios/TJRS-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPSP-2017) (DPEMA-2009/2015/2018)

(TJRJ-2014-VUNESP): A desapropriação por interesse social do imóvel rural que não cumpra sua função
social importa prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, e as benfeitorias úteis e
necessárias serão indenizadas em dinheiro. BL: art. 184, caput e §1º, CF (adm.)

(TJCE-2012-CESPE): No que se refere aos direitos fundamentais na ordem jurídica nacional, assinale a
opção correta: Tratando-se de desapropriação para fins de reforma agrária, a indenização das
benfeitorias úteis e necessárias será prévia e em dinheiro, ao passo que a das voluptuárias será paga em
títulos da dívida agrária. BL: art. 184, caput e §1º, CF

§ 2º O decreto que DECLARAR o imóvel como de interesse social, PARA FINS DE REFORMA
AGRÁRIA, AUTORIZA a União A PROPOR a AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. (TJSP-2008) (TJRR-2008)
(TJGO-2012) (DPETO-2013) (DPEMA-2015) (Cartórios/TJSP-2018)

(DPETO-2013-CESPE): Em relação à desapropriação de imóvel rural para fins de reforma agrária,

646
assinale a opção correta: O decreto que declarar o imóvel como de interesse social para fins de reforma
agrária autoriza a União a propor a ação de desapropriação. BL: art. 184, caput e §2º, CF. (agrário)

§ 3º CABE à LEI COMPLEMENTAR [obs.: LC nº 76/1993] ESTABELECER procedimento


contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. (TJMG-2007) (TJRR-
2008) (MPRR-2008) (TJGO-2012) (TJPA-2012) (DPEMA-2015)

§ 4º O ORÇAMENTO FIXARÁ ANUALMENTE o volume total de títulos da dívida agrária, assim


como o montante de recursos PARA ATENDER ao programa de reforma agrária no exercício. (TJMG-
2007) (TJGO-2012)

§ 5º SÃO ISENTAS de IMPOSTOS FEDERAIS, ESTADUAIS e MUNICIPAIS as operações de


transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. (TJMG-2007) (TJRR-2008) (MPRR-
2008) (TRF2-2009) (TRF5-2011) (TJPI-2007/2012) (TJGO-2012) (MPF-2012) (MPES-2013) (DPEDF-2013)
(DPETO-2013) (PGEGO-2013) (MPMG-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (PGEAC-2014)
(MPPR-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (DPEMA-2018) (TJPR-2021)

(DPEMA-2018-FCC): A desapropriação para fins de reforma agrária isenta as operações de


transferência do imóvel desapropriado de impostos federais, estaduais e municipais. BL: art. 184, §5º,
CF.

Art. 185. SÃO INSUSCETÍVEIS de DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA:

I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, DESDE QUE seu proprietário
NÃO POSSUA outra; (TJMG-2007/2008) (TJSE-2008) (TJSP-2008) (TJRR-2008) (PGEPI-2008) (TJRS-2009)
(AGU-2010) (PGEMT-2011) (TJPA-2009/2012) (TJGO-2012) (MPRR-2012) (PFN-2012) (TJSC-2013) (DPETO-
2013) (PCGO-2013) (TJDFT-2014) (TRF2-2014) (MPSP-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT21-2015)
(DPERO-2017) (PGESE-2017) (DPEMA-2015/2018) (MPGO-2019) (MPAP-2021)

(DPETO-2013-CESPE): Assinale a opção correta em relação ao imóvel rural: A pequena propriedade


rural bem como a média, legalmente consideradas, desde que seu proprietário não possua outra, são
insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária. BL: art. 185, I, CF. (agrário)

II - a propriedade PRODUTIVA. (TJMG-2008) (PGEPI-2008) (AGU-2010) (TJPA-2012) (TJGO-2012)


(TJSC-2013) (PCGO-2013) (TJDFT-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT21-2015)
(DPERO-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (MPGO-2019)

Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para
o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social. (PGEPI-2008) (AGU-2010) (MPMT-2012)
(MPMG-2014)

Art. 186. A FUNÇÃO SOCIAL É CUMPRIDA quando a propriedade rural ATENDE,


SIMULTANEAMENTE, segundo critérios e graus de exigência ESTABELECIDOS em lei [norma de
eficácia limitada], aos seguintes requisitos: (TJMG-2006) (TJMS-2008) (PGEPB-2008) (DPEPA-2009)
(MPPR-2011) (MPSP-2011) (PGEMT-2011) (PGEPR-2011) (TJPR-2012) (MPMT-2012) (DPESC-2012) (TJSC-
2009/2013) (AGU-2010/2013) (MPMS-2013) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (TRF3-2013) (PGDF-2013)
(PGEGO-2013) (PCGO-2013) (TJPA-2014) (TJDFT-2014) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPERS-
2014) (TRF2-2014) (PGESC-2014) (TRF5-2011/2015) (TJGO-2012/2015) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (TRT4-2016)
(MPRR-2012/2017) (PGESE-2017) (MPMG-2011/2018) (DPEMA-2009/2015/2018) (TJSP-2018) (TJAC-2019)
(PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEAM-2021) (DPEGO-2021) (PCRN-2021)

I - aproveitamento racional e adequado; (PGEPB-2008) (MPPR-2011) (MPSP-2011) (PGEMT-2011)


(TJGO-2012) (DPESC-2012) (AGU-2010/2013) (MPMS-2013) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013)

647
(PCGO-2013) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014) (TRF2-2014) (PGESC-2014)
(DPEMA-2009/2015) (TRF5-2011/2015) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (MPRR-2017) (PGESE-2017) (MPMG-
2011/2018) (TJSP-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEAM-2021) (DPEGO-2021)

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; (TJMG-
2008) (TJAP-2008) (PGEPB-2008) (DPEPA-2009) (MPPR-2011) (MPSP-2011) (PGEMT-2011) (PGEPR-2011)
(DPESC-2012) (AGU-2010/2013) (MPMS-2013) (DPERR-2013) (TRF1-2013) (PGEGO-2013) (PCGO-2013)
(MPMA-2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014) (TRF2-2014) (PGESC-2014) (DPEMA-2009/2015)
(TRF5-2011/2015) (TJGO-2012/2015) (TJAM-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (TRT4-2016) (MPRR-2017)
(PGESE-2017) (MPMG-2011/2018) (TJSP-2014/2018) (TJAC-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEAM-
2021) (DPEGO-2021) (PCRN-2021)

(TJGO-2015-FCC): Joaquim é proprietário de um imóvel rural cortado por diversos cursos d’água com
150 hectares integralmente utilizados para o plantio de soja. Joaquim ganhou prêmio de produtor rural
do ano, diante da alta produtividade de seu imóvel rural. Segundo a CF/1988, seu imóvel rural não
cumpre com sua função social, diante da ausência de preservação do meio ambiente. BL: art. 186, II, CF
(agrário)

III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; (PGEPB-2008) (MPPR-2011)
(MPSP-2011) (PGEMT-2011) (TJGO-2009/2012) (DPESC-2012) (PGEPA-2012) (AGU-2010/2013) (MPMS-2013)
(DPERR-2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013) (PCGO-2013) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014)
(TRF2-2014) (PGESC-2014) (DPEMA-2009/2015) (TRF5-2011/2015) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (MPRR-2017)
(PGESE-2017) (MPMG-2011/2018) (TJSP-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEAM-2021) (DPEGO-
2021)

IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. (PGEPB-2008)


(DPEPA-2009) (MPPR-2011) (MPSP-2011) (PGEMT-2011) (TJGO-2012) (DPESC-2012) (AGU-2010/2013)
(MPMS-2013) (DPERR-2013) (DPETO-2013) (PGDF-2013) (PCGO-2013) (MPPA-2014) (MPPE-2014)
(DPERS-2014) (TRF2-2014) (PGESC-2014) (TJPI-2007/2015) (DPEMA-2009/2015) (TRF5-2015) (PGEAM-
2016) (PCPA-2016) (MPRR-2017) (PGESE-2017) (MPMG-2011/2018) (TJSP-2018) (PGM-Campo Grande/MS-
2019) (DPEAM-2021) (DPEGO-2021)

(DPEGO-2021-FCC): Na reforma agrária, segundo expressa disposição da CF/1988, a função social da


propriedade é cumprida quando se atende, simultaneamente, aos seguintes requisitos: aproveitamento
racional e adequado; utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente; observância das disposições que regulam as relações de trabalho; exploração que favoreça o
bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. BL: art. 186, I a IV, CF.

Art. 187. A POLÍTICA AGRÍCOLA será planejada e executada na forma da lei, com a participação
efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de
comercialização, de armazenamento e de transportes, LEVANDO EM CONTA, especialmente: (AGU-
2010/2013) (TJSC-2013) (MPPA-2014) (TRT21-2015) (DPERR-2021)

##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##CESPE: O art. 187 da CF/1988 é norma programática na medida em
que prevê especificações em lei ordinária. Ausência, à primeira abordagem, da tese da
inconstitucionalidade material. Isso porque, de acordo com a referida regra, a política agrícola será
planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo
produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de
transportes, levando em conta diversos preceitos indicados no referido dispositivo. (...). STF. Plenário.
ADI 1.330-MC, Rel. Min. Francisco Rezek, j. 10.08.95.

(MPPA-2014-FCC): A política agrícola será planejada e executada com a participação efetiva do setor de
produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de

648
armazenamento e de transportes. BL: art. 187, CF (agrário).

I - os instrumentos creditícios e fiscais; (DPERR-2021)

II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização; (DPERR-


2021)

III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia; (DPERR-2021)

IV - a assistência técnica e extensão rural; (DPERR-2021)

V - o seguro agrícola; (DPERR-2021)

VI - o cooperativismo; (MPPA-2014) (DPERR-2021)

(DPERR-2021-FCC): Segundo a Constituição Federal, a política agrícola, que será planejada e


executada na forma da lei, com a participação do setor de produção, envolvendo produtores e
trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes,
levará em conta, especialmente, os preceitos, dentre outros, do cooperativismo e dos preços compatíveis
com os custos de produção e a garantia da comercialização. BL: art. 187, caput, II e VI, CF.

VII - a eletrificação rural e irrigação; (TJSC-2013) (DPERR-2021)

VIII - a habitação para o trabalhador rural. (TRT21-2015) (DPERR-2021)

§ 1º INCLUEM-SE NO PLANEJAMENTO AGRÍCOLA as atividades agro-industriais,


agropecuárias, pesqueiras e florestais. (MPPA-2014)

§ 2º Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária. (AGU-2013)


(DPEPA-2015)

Art. 188. A destinação de TERRAS PÚBLICAS e DEVOLUTAS SERÁ COMPATIBILIZADA com a


política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária. (TRF4-2012) (TRF3-2013) (TJGO-2015)
(DPEPA-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (MPRR-2017) (PGEAP-2018)

(TJGO-2015-FCC): A destinação de terras devolutas será compatibilizada com a política agrícola e com o
plano nacional de reforma agrária. BL: art. 188, CF (agrário)

§ 1º A alienação ou a concessão, a qualquer título, DE TERRAS PÚBLICAS com área superior a


dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, AINDA QUE por interposta pessoa,
DEPENDERÁ de PRÉVIA APROVAÇÃO do Congresso Nacional. (TJPI-2012) (TRF4-2012) (TRF3-2013)
(MPPA-2014) (TJGO-2015) (DPEMA-2015) (DPEPA-2015) (PGEPA-2015) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016)
(MPMG-2017) (MPRR-2017)

§ 2º EXCETUAM-SE do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de terras


públicas PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. (TRF3-2013) (TJGO-2015) (DPEMA-2015) (DPEPA-
2015) (PGEPA-2015) (MPMG-2017) (MPRR-2017)

(MPRR-2017-CESPE): A Lei de Terras de 1850 — Lei n.º 601/1850 — foi uma das primeiras leis a tratar
da questão das terras devolutas no Brasil, isto é, das terras a que o poder público não deu nenhuma
destinação especial. A respeito desse assunto, assinale a opção correta: Para a alienação ou a concessão de
terras públicas para fins de reforma agrária, é desnecessária a aprovação do Congresso Nacional. BL: art.

649
188, §§1º e 2º, CF. (agrário)

(MPMG-2017): Analise a seguinte assertiva sobre bens públicos: A alienação ou a concessão, a qualquer
título, de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica,
ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional, exceto quando
a alienação ou concessão de terras públicas tiver por finalidade reforma agrária. BL: art. 188, §§1º e 2º,
CF.

(DPEMA-2015-FCC): O Estado do Maranhão, compatibilizando sua política agrária com a política


agrícola e com o plano nacional de reforma agrária, alienou uma área de três mil hectares de terras
devolutas para reforma agrária. Esta alienação, segundo a CF/1988, é válida, uma vez que a
Administração Pública pode, no contexto citado, alienar suas terras devolutas para fins de reforma
agrária sem prévia aprovação do Congresso Nacional. BL: art. 188, §§1º e 2º, CF.

Art. 189. Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela REFORMA AGRÁRIA


RECEBERÃO títulos de domínio ou de concessão de uso, INEGOCIÁVEIS pelo prazo de dez anos.
(TJPA-2012) (TJSC-2013) (PGEGO-2013) (MPSC-2014) (TJPI-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEPA-2015)
(TRT21-2015) (PGM-BH/MG-2017) (MPDFT-2021)

(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma
agrária receberão títulos de domínio ou de concessão de uso inegociáveis pelo prazo de dez anos. BL: art.
189, caput, CF.

(TJPI-2015-FCC): Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão


APENAS títulos de domínio ou de concessão de uso, sendo ambos inegociáveis pelo prazo de dez
anos. BL: art. 189, caput, CF (agrário)

Parágrafo único. O TÍTULO DE DOMÍNIO e a CONCESSÃO DE USO SERÃO CONFERIDOS ao


homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos
em lei. (TJPA-2012) (TJSC-2013) (PGEPA-2015)

(TJPA-2012-CESPE): No que diz respeito à política urbana, agrícola e fundiária e à reforma agrária,
assinale a opção correta: Os imóveis rurais desapropriados para fins de reforma agrária serão
distribuídos mediante título de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos,
nos termos e condições previstos em lei. BL: art. 189, caput e § único, CF.

Art. 190. A lei REGULARÁ e LIMITARÁ a aquisição ou o arrendamento DE PROPRIEDADE


RURAL por pessoa física ou jurídica estrangeira e ESTABELECERÁ os casos que DEPENDERÃO de
autorização do Congresso Nacional. (MPT-2009) (PGEMT-2011) (TJGO-2012) (MPPA-2014) (MPSC-2014)
(PGEBA-2014) (PGEPA-2012/2015)

(MPPA-2014-FCC): Segundo a Constituição Federal, o arrendamento de propriedade rural por pessoa


física estrangeira será regulado e limitado por lei, que também estabelecerá os casos que dependerão de
autorização do Congresso Nacional. BL: art. 190, CF (agrário)

Art. 191. Aquele que, NÃO SENDO proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por
cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, EM ZONA RURAL, não superior a cinqüenta
hectares, TORNANDO-A PRODUTIVA por seu trabalho ou de sua família, TENDO nela sua moradia,
ADQUIRIR-LHE-Á a propriedade. (TJTO-2007) (TJMG-2009) (DPEPA-2009) (TRF2-2009) (DPEMA-2011)
(PGEMT-2011) (MPPR-2012) (DPERO-2012) (DPESE-2012) (PGEPA-2012) (AGU-2010/2013) (DPERR-
2013) (TRF3-2013) (PGEGO-2013) (PCBA-2013) (PCGO-2013) (MPAC-2014) (PGEPI-2014) (TJGO-2015)
(DPEPE-2015) (TJAM-2016) (MPGO-2016) (TRF4-2016) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (Cartórios/TJSP-
2016/2018) (TJCE-2018) (DPERS-2018) (PGEAP-2018) (MPSP-2010/2011/2019) (DPEGO-2010/2021)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJAM-2016: ##DPEMT-2016: ##PGESE-2017: ##CESPE: ##UFMT:


Usucapião especial rural e área do imóvel inferior ao módulo rural: Determinada pessoa preencheu os
requisitos para obter o direito à usucapião especial rural, prevista no art. 191 da CF/88. Ocorre que o
juiz negou o pedido alegando que a área usucapienda era muito inferior ao mínimo legal permitido
650
para desmembramento ou divisão de gleba rural. Em outras palavras, o magistrado juiz argumentou,
que apesar de o autor preencher os requisitos constitucionais, a legislação não permite que uma área
tão pequena seja desmembrada e se torne um imóvel com matrícula própria. A decisão do magistrado
está correta? O fato de haver essa limitação na legislação infraconstitucional impede que a pessoa
tenha direito à usucapião especial rural? NÃO. Presentes os requisitos exigidos no art. 191 da CF/88, o
imóvel rural cuja área seja inferior ao "módulo rural" estabelecido para a região poderá ser adquirido
por meio de usucapião especial rural. A CF/88, ao instituir a usucapião rural, prescreveu um limite
máximo de área a ser usucapida, sem impor um tamanho mínimo. Assim, estando presentes todos os
requisitos exigidos pelo texto constitucional, não se pode negar a usucapião alegando que o imóvel é
inferior ao módulo rural previsto para a região. STJ. 4ª T. REsp 1.040.296-ES, Rel. originário Min. Marco
Buzzi, Rel. p./ ac. Min. Luis Felipe Salomão, j. 2/6/15 (Info 566).

(MPSP-2019): Em relação à aquisição da propriedade imóvel, assinale a alternativa correta: Adquire a


propriedade de área de terra em zona rural não superior a 50 hectares aquele que a possua como sua, por
cinco anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo
nela sua moradia, desde que não seja proprietário de imóvel rural ou urbano. BL: art. 1239, CC e art. 191,
CF.

(DPEMT-2016-UFMT): Acerca da aquisição de propriedade por meio de usucapião, assinale a


alternativa correta: Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por
cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares,
tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
propriedade, ainda que inexistente o justo título. BL: art. 191, CF e art. 1239, CC.

##Atenção: ##DOD: ##TJPA-2009: ##DPEPA-2009: ##PGEMT-2011: ##AGU-2010/2013: ##PCBA-


2013: ##DPEMT-2016: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: Requisitos: a) 50 hectares: a pessoa deve estar na
posse de uma área rural de, no máximo, 50ha; b) 5 anos: a pessoa deve ter a posse mansa e pacífica dessa
área por, no mínimo, 5 anos ininterruptos, sem oposição de ninguém; c) tornar a terra produtiva: o
possuidor deve ter tornado a terra produtiva por meio de seu trabalho ou do trabalho de sua família,
tendo nela sua moradia. Em outras palavras, o possuidor, além de morar no imóvel rural, deve ali
desenvolver alguma atividade produtiva (agricultura, pecuária, extrativismo etc). d) Não ter outro
imóvel: a pessoa não pode ser proprietária de outro bem imóvel (urbano ou rural). Não se exige que a
pessoa prove que tinha um justo título ou que estava de boa-fé.
(TJPA-2009-FGV): No que diz respeito à usucapião especial rural, ou pro labore, é correto afirmar que
dispensa tanto o justo título como a posse de boa-fé. BL: art. 191, CF e art. 1239, CC (agrário)

(DPETO-2013-CESPE): Para a aquisição da propriedade imobiliária por intermédio da usucapião


constitucional rural, o usucapiente deve ter o animus domini bem como moradia na área objeto da
usucapião. BL: art. 191, CF e art. 1239, CC (agrário)

(TJGO-2012-FCC): Assinale a alternativa correta: A procedência do pedido na ação de usucapião especial


rural ocorrerá quando: não for o autor proprietário de imóvel rural ou urbano, for a posse quinquenária,
ininterrupta e sem oposição, estiver o imóvel em zona rural, não for a área superior a 50 hectares, tiver o
autor tornado o imóvel produtivo com seu trabalho ou de sua família, for o imóvel sua morada e, por
fim, não se tratar de imóvel público. BL: art. 191, CF e art. 1239, CC (agrário)

Parágrafo único. Os IMÓVEIS PÚBLICOS NÃO SERÃO ADQUIRIDOS por usucapião. (TJMS-
2008) (TJPA-2009) (MPDFT-2009) (DPEPA-2009) (TRF1-2009) (DPEGO-2010) (TRF4-2010) (MPSP-
2010/2011) (PGEMT-2011) (TJGO-2012) (DPERO-2012) (DPESE-2012) (PGEAC-2012) (DPERR-2013)
(TRF5-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PGDF-2013) (MPAC-2014) (DPEMS-2014) (TJAL-2015) (AGU-2015)
(MPGO-2016) (TJSC-2017) (DPEAC-2017) (PCMS-2017) (TJRJ-2019) (MPCE-2020)

(TJGO-2009-FCC): Segundo enunciado da Súmula nº 340, do STF, aprovada em 13/12/63, "desde a


vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por
usucapião". Esse entendimento permanece válido face à CF/88, que expressamente veda a aquisição por
usucapião de imóveis públicos urbanos e rurais, bem como face ao novo Código Civil, que afirma não
estarem os bens públicos sujeitos a usucapião. BL: S. 340, STF e art. 183, §3º c/c art. 191, § único, CF.

651
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento


equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem,
ABRANGENDO as cooperativas de crédito, SERÁ REGULADO por leis complementares que disporão,
inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 40, de 2003) (TRF1-2011) (PFN-2012) (TRF3-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (PGEAM-
2016) (PGEAL-2021)

(TRF3-2013-CESPE): As cooperativas receberam atenção especial do constituinte originário em diversos


assuntos. A esse respeito é correta a seguinte afirmação: o sistema financeiro nacional, estruturado de
forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em
todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que
o integram. BL: art. 192, CF.

##Atenção: ##PGEAM-2016: ##CESPE: SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: Consiste no sistema das


finanças privadas e do seu controle efetuado pelo governo. Pela classificação constitucional, não se
confunde o sistema das finanças públicas, que alcança os subsistemas tributário, orçamentário, os
gastos públicos e o sistema monetário (arts. 145 a 169), com o sistema financeiro nacional, que
compreende as instituições privadas, inclusive os bancos pertencentes aos poderes públicos que
operem sob a forma de pessoa jurídica de direito privado. (Fonte: LEITE, Harrison. Manual de Direito
Financeiro, 2016, p. 399.

(PFN-2012-ESAF): O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento


equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, é regulado pela Lei n. 4.595, de 1964, criada
sob a forma de lei ordinária, mas recebida pela Constituição de 1988 como lei complementar. BL: art. 192,
CF.

##Atenção: A Constituição da República definiu no caput de seu art. 192, que a estrutura do sistema
financeiro nacional só poderá ser regulado por Lei Complementar. O Pleno do STF firmou o
entendimento de que a Lei 4.595, de 1964, foi recepcionada pela CF/1988 com status de Lei
Complementar, regulando o sistema financeiro nacional e as atribuições do Banco Central do Brasil.
Assim, embora a Lei 4.595/64 não seja lei complementar no aspecto formal, a mesma possui nítido
caráter de lei complementar, erigida a tal categoria pela edição da CF/88. A natureza de lei
complementar da Lei 4.595/64 é pacífica na doutrina e na jurisprudência.

I a VIII - (Revogados). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)

§ 1° a 3º - (Revogados) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)

TÍTULO VIII
Da Ordem Social

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEMS-2016: ##MPF-2017: ##DPEMA-2018: ##PCGO-2018:


##MPMG-2021: ##DPERS-2018/2022: ##CESPE: ##FCC: ##UEG: ##Judicialização da Política:
##Contribuição @mafaldaleitora: O Estado de Coisas Inconstitucional ocorre quando verifica-se a
existência de um quadro de violação generalizada e sistêmica de direitos fundamentais, causado pela
inércia ou incapacidade reiterada e persistente das autoridades públicas em modificar a conjuntura,
de modo que apenas transformações estruturais da atuação do Poder Público e a atuação de uma
pluralidade de autoridades podem modificar a situação inconstitucional. O STF reconheceu que o
sistema penitenciário brasileiro vive um "Estado de Coisas Inconstitucional", com uma violação
generalizada de direitos fundamentais dos presos. As penas privativas de liberdade aplicadas nos
presídios acabam sendo penas cruéis e desumanas. Vale ressaltar que a responsabilidade por essa
situação deve ser atribuída aos três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), tanto da União como
dos Estados-Membros e do Distrito Federal. A ausência de medidas legislativas, administrativas e
orçamentárias eficazes representa uma verdadeira "falha estrutural" que gera ofensa aos direitos dos
presos, além da perpetuação e do agravamento da situação. Assim, cabe ao STF o papel de retirar os
demais poderes da inércia, coordenar ações visando a resolver o problema e monitorar os resultados
alcançados. Diante disso, o STF, em ADPF, concedeu parcialmente medida cautelar determinando

652
que: 1º) juízes e Tribunais de todo o país implementem, no prazo máximo de 90 dias , a audiência de
custódia; 2º) a União libere, sem qualquer tipo de limitação, o saldo acumulado do Fundo
Penitenciário Nacional para utilização na finalidade para a qual foi criado, proibindo a realização de
novos contingenciamentos. Na ADPF havia outros pedidos, mas estes foram indeferidos, pelo menos
na análise da medida cautelar. STF. Plenário. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 9/9/15
(Info 798)153

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 193. A ORDEM SOCIAL TEM como BASE o primado do trabalho, e como OBJETIVO o bem-
estar e a justiça sociais. (MPF-2005) (TRF1-2009) (TJPR-2010) (PCAP-2010) (MPMS-2011) (TRT3-2016) (MPRO-
2017) (Cartórios/TJPR-2019)

(TJPR-2010): O ser humano deve ter um padrão de vida capaz de "assegurar saúde e bem-estar", conceito
este ligado ao "bem-estar social" contemplado na Declaração Universal dos Direitos do Homem subscrita
pelo Brasil. BL: art. 193, CF e art. 29, 2 da Decl.

##Atenção: O bem-estar social foi contemplado pela CF/88 em seu art. 193, e na Declaração Universal
no número 2 do artigo 29, abaixo colacionado : “2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará
sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento
e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do
bem-estar de uma sociedade democrática.”

(DPEMG-2009-Fumarc): A Constituição da República almeja, em termos de ordem social: O bem-estar


social e a justiça social. BL: art. 193, CF.

Parágrafo único. O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na
forma da lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de controle e de
avaliação dessas políticas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL

Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 194. A SEGURIDADE SOCIAL COMPREENDE um conjunto integrado de ações de iniciativa


dos Poderes Públicos e da sociedade, DESTINADAS A ASSEGURAR os direitos relativos à Saúde, à
Previdência e à Assistência social. [Dica Mnemônica: “PAS”] (PGEPI-2008) (DPEPA-2009) (PCDF-2009)
(PGERS-2010) (PCAP-2010) (PGEMT-2011) (PGERO-2011) (MPPI-2012) (DPEAC-2012) (PCGO-2012) (PCMA-
2012) (PFN-2012) (TRF1-2009/2013) (AGU-2012/2013) (DPEAM-2013) (DPEDF-2013) (DPERR-2013)
(MPT-2013) (DPEPR-2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014) (PCSP-2014) (TRF5-2011/2015) (TJPB-2015) (TRT16-
2015) (DPEMT-2009/2016) (TRF4-2009/2016) (DPEES-2012/2016) (MPSC-2013/2016) (Cartórios/TJMG-
2015/2016) (TRF3-2016) (PGESE-2017) (TRF2-2011/2018) (TJCE-2018) (Cartórios/TJSP-2019) (TJPR-2021) (TJSP-
2021) (TJMG-2022) (TCEPB-2022)

(TJSP-2021-VUNESP): Em termos de seguridade social, a Constituição estabelece ou implica seja


reconhecido que embora não referida textualmente nos artigos 194 e ss, a solidariedade é a base do
sistema constitucional previdenciário. A Seguridade social é financiada por meio de recursos de
orçamentos públicos, por contribuições sociais e por toda sociedade, direta ou indiretamente. BL: art. 194

153
(DPERS-2018-FCC): À luz da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, considere a assertiva a seguir: Conforme previsão da Convenção Americana sobre Direitos
Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à
presença de um juiz ou de outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais, o que determina,
segundo a jurisprudência do STF, a obrigatoriedade da implantação da chamada audiência de apresentação ou de
custódia. BL: art. 7º, item 5 da CADH e Entend. Jurisprud.
653
e ss., CF.

##Atenção: O princípio da solidariedade indica cooperação da maioria em favor da minoria, em certos


casos, da totalidade em direção à individualidade. Trata-se de princípio não expresso, mas implícito na
CF.

(TRF2-2018): Marque a opção certa: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à Previdência
social, assistência social e saúde. BL: art. 194, CF.

Parágrafo único. COMPETE ao Poder Público, nos termos da lei, ORGANIZAR a SEGURIDADE
SOCIAL, com base nos SEGUINTES OBJETIVOS:

I - universalidade da cobertura e do atendimento; (TJMG-2005) (DPEPA-2009) (TRF1-2009) (TRF4-


2010) (PGEMT-2011) (PFN-2012) (DPEAM-2013) (DPERR-2013) (AGU-2013) (DPEPR-2014) (DPEMA-
2015) (TRT1-2015) (MPSC-2013/2016) (DPEMT-2016) (TRF3-2016) (DPU-2017) (PGESE-2017) (TJMG-2022)

##Atenção: ##TJMG-2022: ##FGV: Os Princípios Constitucionais da Seguridade Social estão dispostos


no parágrafo único do artigo 194 do referido diploma. Dentre eles destacamos o princípio da
UNIVERSALIDADE DE COBERTURA E DO ATENDIMENTO: i) A universalidade da cobertura
significa que os riscos sociais, toda e qualquer situação de vida que possa levar ao estado de necessidade,
devem ser amparados pela Seguridade. Tais como: maternidade, velhice, doença, acidente, invalidez,
reclusão e morte. No entanto, os recursos são limitados, devendo o legislador optar.; ii) A
universalidade do atendimento diz respeito à proteção dos titulares: todos os residentes do território
nacional, isto é, todas as pessoas indistintamente deverão ser acolhidas pela Seguridade Social.154

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;


(DPEPA-2009) (TRF4-2010) (PGEMT-2011) (DPEAM-2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJES-2013) (AGU-
2013) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (TRF3-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGESE-2017) (TJCE-2018)
(DPEMA-2018) (TJPR-2021)

(TJPR-2021-FGV): Diante dos princípios e regras constitucionais da seguridade social brasileira, é correto
afirmar que: o princípio constitucional da uniformidade e equivalência dos benefícios às populações
urbana e rural não impede a concessão de benefícios com requisitos de elegibilidade distintos entre as
referidas parcelas da sociedade brasileira. BL: art. 194, § único, I, CF.

##Atenção: O princípio constitucional da Uniformidade e Equivalência dos Benefícios às populações


urbanas e rurais (UEBS) segue o alinhamento do Direito do Trabalho, presente CF/88, e prevê que, em
regra, não deve haver diferença entre trabalhadores urbanos e rurais. Tal princípio, garante, em
condições equivalentes, benefícios equivalentes. Entretanto, permite a concessão de benefícios com
requisitos de elegibilidade distintos entre as referidas parcelas da sociedade brasileira. Escrevendo sobre
este assunto, Miguel Horvath Júnior (2014, p. 103) ensina que “a Constituição vedou o tratamento desigual
para a população urbana e rural, corrigindo distorção histórica”, tendo em vista que os direitos previdenciários
somente foram assegurados aos trabalhadores rurais em 1963, quando foi criado o Fundo de Assistência
ao Trabalhador Rural (FUNRURAL).

(AGU-2013-CESPE): Julgue o item seguinte, relativo à seguridade social: A seguridade social


compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade,
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, sendo que a
universalidade da cobertura e do atendimento, bem como a uniformidade e equivalência dos benefícios e
serviços às populações urbanas e rurais estão entre os objetivos em que se baseia a organização da
seguridade social no Brasil. BL: art. 194, caput e § único, I e II, CF.

154
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1766362/o-que-se-entende-pelo-principio-da-universalidade-da-cobertura-e-do-
atendimento-da-seguridade-social-kelli-aquotti-ruy#:~:text=A%20universalidade%20da%20cobertura%20significa,%2C
%20invalidez%2C%20reclus%C3%A3o%20e%20morte.
654
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; (AGU-2007) (PGEMT-
2011) (DPEPR-2014) (TRT1-2015) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (TRF3-2016) (PGESE-2017) (DPEMA-
2018)

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; (TJMG-2005) (DPEPA-2009) (TRF4-2010) (PGEMT-


2011) (DPEAC-2012) (PFN-2012) (TRF5-2011/2015) (TRF1-2013/2015) (AGU-2015) (MPSC-2016)
(Cartórios/TJMG-2016)

V - eqüidade na forma de participação no custeio; (TRF4-2010) (DPEAM-2013) (DPERR-2013)


(DPEPR-2014) (MPSC-2016) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (PGESE-2017)

VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para


cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado
o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante GESTÃO


QUADRIPARTITE, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do
Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (TJMG-2005)
(PGEPI-2008) (MPRO-2010) (TRF4-2010) (PGERS-2010) (PGEMT-2011) (DPEES-2012) (PCGO-2012) (PFN-
2012) (DPEAM-2013) (DPEDF-2013) (DPERR-2013) (DPEPR-2014) (TRF1-2009/2015) (AGU-2015)
(MPSC-2016) (DPEMT-2016) (TRF4-2016) (PGM-Manaus/AM-2018)

##Atenção: ##Dica: Gestão Quadripartite: = G-A-T-E = Governo; Aposentados; Trabalhadores;


Empregadores

Art. 195. A SEGURIDADE SOCIAL SERÁ FINANCIADA por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: (PGEAL-2009) (MPRO-
2010) (PGEAM-2010) (PGERS-2010) (PCAP-2010) (PGEMT-2011) (PFN-2007/2012) (DPERO-2012) (TRF4-2012)
(PGEPA-2012) (AGU-2012) (DPEDF-2013) (DPERR-2013) (TRF2-2013/2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014)
(DPEPA-2009/2015) (TRF5-2009/2011/2015) (TRF1-2009/2013/2015) (DPEMA-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-
2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (TRT16-2015) (DPEMT-2016) (MPF-2012/2015) (TJSC-2017) (DPEAL-2017)
(DPU-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESE-2017) (PCGO-2017) (TRF3-2009/2011/2018) (TJSP-2018) (PGEPE-
2018) (PGESP-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Campo
Grande/MS-2019) (TJMG-2022) (DPEPI-2022)

655
(TJMG-2022-FGV): Os direitos sociais abrangem os benefícios previdenciários que se baseiam, entre
outros, nos princípios da solidariedade, universalidade do atendimento, integralidade e fonte de custeio.
Na Constituição Federal de 1988, é cabível afirmar que o princípio da solidariedade tem como base a
proteção da sociedade, através de um sistema solidário, em consonância com a dignidade humana, eixo
axiológico da Constituição Federal de 1988. BL: arts. 194 e 195, caput, CF.

##Atenção: O princípio constitucional da solidariedade, em termos de Direito Previdenciário, serve


como meio de realização da dignidade da pessoa humana, de modo a atender aos fins da justiça social.
No que tange ao conteúdo normativo do princípio da solidariedade, há variação quanto aos seus limites
e às suas possibilidades. Ocorre que a proteção social deverá ser ministrada até que debele a necessidade
resultante de uma contingência social, sendo que o dever do estado e o direito do indivíduo não
abrangem todas as carências nem sua completa extensão. (PINHO, Leda de Oliveira. O conteúdo
normativo do princípio da solidariedade no sistema da seguridade social. In: LUGON, Luiz Carlos de
Castro; LAZZARI, João Batista (Coord.). Curso modular de Direito Previdenciário. Florianópolis:
Conceito, 2007. p. 66.). Portanto, além de objetivo fundamental da República (art. 3º, I, CF), a
solidariedade é um dos pilares do sistema de seguridade social como sistema de proteção social, em sua
vertente financeira, visto que ela deve ser financiada por toda a sociedade de forma direta ou indireta,
assim como de recursos provenientes dos orçamentos públicos e das contribuições sociais previstas no
art. 195 da CF.

(TJSP-2018-VUNESP): Com relação às contribuições sociais, pode-se afirmar: constituem espécie de


tributo e diferem dos impostos pela destinação do produto da arrecadação. BL: art. 149, caput155 c/c art.
195 e art. 167, IV156 da CF (trib.).

##Atenção: Os impostos são tributos não vinculados, não destinados e não restituíveis, ao passo que as
contribuições especiais são tributos não vinculados, destinados e não restituíveis. Logo, a diferença entre
as contribuições especiais e os impostos reside na destinação do produto da sua arrecadação.

(PGEPA-2012-UEPA): Assinale a alternativa correta: No caso específico das contribuições sociais, não
haverá juízo de referibilidade a condicionar a posição de contribuinte, já que o art. 195 da Constituição
determinou o seu custeio por toda a sociedade. BL: art. 195, caput, CF.

##Atenção: A referibilidade desfruta de status constitucional o qual restringe o âmbito do exercício da


competência tributária relativamente ao critério pessoal da regra-matriz de incidência do tributo,
determinando a necessária relação entre a finalidade e o grupo de sujeitos passivos. No caso das
contribuições sociais, o conceito constitucional do caput do art. 195 da CF já estipulou a seguridade social
será financiada por toda a sociedade.

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (DPEPA-2009) (PGEAL-2009) (PGERS-2010)
(PGEMT-2011) (TJPI-2012) (DPEDF-2013) (TRF2-2014) (PGERN-2014) (TRF1-2013/2015) (DPEMA-2015)
(TRF5-2015) (MPF-2015) (TJSC-2017) (DPU-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESP-2018) (Cartórios/TJAL-2019)
(PGM-Campo Grande/MS-2019) (PF-2021)

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à


pessoa física que LHE PRESTE SERVIÇO, MESMO sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998) (DPEPA-2009) (PGEAL-2009) (MPRO-2010) (PGEMT-2011) (TJPI-2012) (MPF-
2012) (TJPE-2013) (DPEDF-2013) (DPERR-2013) (TRF2-2014) (PGERN-2014) (TRF1-2013/2015) (TRF5-2015)
(TJSC-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESP-2018) (PF-2021)

155
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (...)
156
Art. 167. São vedados: (...) IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de
atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e
a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o
disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
656
(DPERR-2013-CESPE): Com base no que dispõe a CF sobre a seguridade social, assinale a opção
correta: A seguridade social é financiada por, entre outros recursos, os provenientes da contribuição
social do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente sobre a folha
de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que
lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. BL: art. 195, caput, I, “a”, CF.

b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (PGERS-2010) (TJPI-
2012) (TRF4-2012) (MPF-2012) (DPEDF-2013) (TRF2-2013/2014) (PGERN-2014) (TRF1-2013/2015) (TRF5-2015)
(TJSC-2017) (Cartórios/TJAL-2019) (PF-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Cartórios/TJAL-2019: ##VUNESP: Portaria nº 655/93 e parcelamento de


débitos de COFINS: Não viola o princípio da isonomia e o livre acesso à jurisdição a restrição de
ingresso no parcelamento de dívida relativa à Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
- COFINS, instituída pela Portaria nº 655/93, dos contribuintes que questionaram o tributo em juízo
com depósito judicial dos débitos tributários. STF. Plenário. RE 640905/SP, Rel. Min. Luiz Fux, j.
15/12/16 (repercussão geral) (Info 851).
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: Programa de parcelamento para contribuintes da COFINS:
A COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) é uma espécie de tributo instituída pela
Lei Complementar 70/91, nos termos do art. 195, I, “b”, da CF/88. Em 1993, o Ministério da Fazenda editou
uma portaria (Portaria 655/93) possibilitando que as pessoas que estivessem devendo COFINS pudessem
parcelar estes débitos. Veja o que disse o art. 1º: “Art. 1º Os débitos para com a Fazenda nacional, decorrentes da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social-COFINS, instituída pela Lei Complementar nº 70, de 30 de
dezembro de 1991, vencidos até 30 de novembro de 1993, poderão ser objeto de parcelamento em até oitenta prestações
mensais e sucessivas, se requerido até 15 de março de 1994.” Ocorre que o art. 4º da Portaria afirmou que os
débitos que fossem objeto de depósito judicial, em razão do questionamento do tributo na Justiça, não
seriam incluídos no parcelamento: “Art. 4º Os débitos que foram objeto de depósito judicial não poderão ser
parcelados.” Diversos contribuintes que ficaram impedidos de aderir ao parcelamento por conta desta
vedação ingressaram com ações judiciais questionando a constitucionalidade do art. 4º da Portaria.
Argumentavam que este ato violou os princípios da isonomia e da universalidade do acesso à jurisdição,
considerando que deram tratamento diferente aos contribuintes pelo simples fato de eles terem recorrido ao
Poder Judiciário para questionar o tributo.
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: O argumento dos contribuintes foi aceito pelo STF? O art.
4º da Portaria 655/93 é inconstitucional? NÃO. É o que o foi decidido pelo Info 851 do STF. A exceção feita
ao parcelamento do débito fiscal, prevista no art. 4º da Portaria, não ofende os princípios da isonomia e do
livre acesso à Justiça.
##Questão de concurso:
(Cartórios/TJAL-2019-VUNESP): Sobre o parcelamento do crédito tributário, é correto afirmar que segundo
o STF, não viola a isonomia e o livre acesso a justiça a lei que, concedendo parcelamento, não permite a
inclusão de débitos cujo depósito integral foi efetuado em Juízo. BL: Info 851, STF.

c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (PGERS-2010) (TJPI-2012) (DPEDF-
2013) (TRF2-2013/2014) (PGERN-2014) (MPF-2012/2015) (TRF1-2013/2015) (TRF5-2015) (TJSC-2017) (PF-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL),
instituída pela Lei 7.689/88, sendo também constitucionais as majorações de alíquotas efetivadas pela
Lei 7.856/89, por obedecerem à anterioridade nonagesimal. Por sua vez, a ampliação da base de
cálculo, conforme o art. 1º, II, da Lei 7.988/89, a fim de se compatibilizar com a anterioridade
nonagesimal, só pode ser efetivada a partir do ano base de 1990. STF. Plenário. RE 211446 ED-ED/GO,
Rel. Min. Luiz Fux, j. 20/9/18 (Info 916).

##Atenção: A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é um tributo federal instituído pela Lei
7.689/88. A Lei 7.689/88 foi fruto da MP 22/88. Veja o que diz o art. 1º da Lei: “Art. 1º Fica instituída
contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, destinada ao financiamento da seguridade social”.
Tem como fundamento constitucional o art. 195, I, “c” da CF.

##Características principais da CSLL:


 Tributo de competência da União;
 É tributo pessoal, direto, proporcional, complexivo e com finalidade fiscal;
 Fato gerador: é o lucro das pessoas jurídicas (por isso, é assemelhado ao imposto de renda);
 Base de cálculo: é o valor do resultado do exercício (“lucro líquido”), antes da provisão para o
657
imposto de renda;
 Contribuintes: pessoas jurídicas domiciliadas no País e as que lhes são equiparadas pela
legislação tributária.
 Lançamento: lançamento por homologação;
 Destinação: a arrecadação da CSLL é destinada ao financiamento da seguridade social;
 Aplicam-se à CSLL, no que couber, as disposições da legislação do imposto de renda
referentes à administração, ao lançamento, à consulta, à cobrança, às penalidades, às garantias
e ao processo administrativo.

(PF-2021-CESPE): No que se refere ao financiamento da seguridade social, julgue o item subsequente: As


contribuições sociais do empregador compõem o financiamento da seguridade social e são incidentes
sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro. BL: art. 195, I, alíneas “a” a “c” CF.

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, NÃO INCIDINDO contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) (DPEPI-2022)

III - sobre a receita de concursos de prognósticos. (PGERS-2010) (PGEMT-2011) (TJPI-2012)


(DPEDF-2013) (TRF2-2011/2014) (PGERN-2014) (DPEMA-2015) (TRT1-2015) (TJSC-2017) (PGEPE-2018)

##Atenção: ##STF: ##DPEMA-2015: ##FCC: Conforme entende o STF, “(...) de fato, o art. 195, III, da
Carta Magna, estabeleceu tão somente a possibilidade da seguridade social ser financiada por receitas de
prognóstico. Por conseguinte, tal disposição não se refere à exploração de jogos de azar mediante
pagamento, feita por particular, a qual, além disso, não se constitui sequer como atividade autorizada por
lei”. (RE 502.271 AgR, voto da rel. min. Ellen Gracie, j. 10-6-2008, 2ª T, DJ de 27-6-2008).

IV - do importador de bens ou serviços DO EXTERIOR, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído


pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (DPU-2010) (PGEMT-2011) (MPF-2012) (DPEDF-2013)
(TRF2-2013/2014) (PGERN-2014) (TRF1-2015) (TJSC-2017) (PGM-Manaus/AM-2018)

(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Julgue o próximo item, relativo à organização, aos princípios e ao


custeio da seguridade social: Constitui fonte de financiamento da seguridade social a arrecadação de
contribuições sociais do importador de bens ou serviços do exterior. BL: art. 195, caput, IV, CF.

§ 1º. As RECEITAS dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios DESTINADAS à


SEGURIDADE SOCIAL CONSTARÃO dos respectivos orçamentos, NÃO INTEGRANDO o orçamento
da União. (TRF2-2009) (PCDF-2009) (MPRO-2010) (PGEMT-2011) (MPMG-2012) (DPEAM-2013) (PCSC-
2014)

§ 2º. A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, ASSEGURADA a cada área a gestão de seus recursos.
(TRF2-2009) (DPEAM-2013) (PCSC-2014) (TRF3-2018)

§ 3º A pessoa jurídica EM DÉBITO COM O SISTEMA DA SEGURIDADE SOCIAL, como


estabelecido em lei, NÃO PODERÁ CONTRATAR com o Poder Público NEM DELE RECEBER
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. (TJPI-2007) (PGECE-2008) (TRF5-2009) (PGERS-2010) (PCGO-
2012) (TRF2-2014) (PCSC-2014) (TRT8-2015) (PFN-2015) (TJSP-2021) (DPEPI-2022)

##Atenção: ##TJSP-2021: ##VUNESP: A regra contida no art. 195, §3º, da CF/88 possui uma exceção,
proveniente da EC 106/2020, a qual institui regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações
para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de pandemia. Assim dispõe o art. 3º, §
único da EC/106/2020: “Art. 3º (...) Parágrafo único. Durante a vigência da calamidade pública nacional de que
trata o art. 1º desta Emenda Constitucional, não se aplica o disposto no § 3º do art. 195 da Constituição
Federal.”

658
§ 4º A lei PODERÁ INSTITUIR outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão DA
SEGURIDADE SOCIAL, OBEDECIDO o disposto no art. 154, I. (PGESP-2002) (PGECE-2008) (PGEAL-
2009) (AGU-2009/2010) (MPRO-2010) (DPU-2010) (PGERS-2011) (TRF5-2011) (TJPI-2012) (TJBA-2012)
(DPEES-2012) (DPERO-2012) (DPEDF-2013) (DPETO-2013) (PGEPI-2008/2014) (Cartórios/TJSP-2014)
(PGEAC-2014) (PGERN-2014) (PCDF-2009/2015) (TRF4-2009/2016) (TRF3-2016) (MPF-2011/2013/2017) (TJSC-
2017) (MPRR-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (PGESE-2017) (TRF2-2009/2018) (Cartórios/TJPR-2019) (DPEPI-
2022)

Art. 154. A União poderá instituir:


I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJMG-2017: ##TRF2-2018: ##Consulplan: A contribuição do SEBRAE -


Lei 8.029/90, art. 8º, § 3º, redação das Leis 8.154/90 e 10.668/03 - é contribuição de intervenção no
domínio econômico, não obstante a lei a ela se referir como adicional às alíquotas das contribuições
sociais gerais relativas às entidades de que trata o art. 1º do D.L. 2.318/86, SESI, SENAI, SESC,
SENAC. Não se inclui, portanto, a contribuição do SEBRAE, no rol do art. 240, C.F. III. -
Constitucionalidade da contribuição do SEBRAE. Constitucionalidade, portanto, do § 3º, do art. 8º, da
Lei 8.029/90, com a redação das Leis 8.154/90 e 10.668/03. STF. Plenário. RE 396266, Rel. Min. Carlos
Velloso, j. 26/11/03. (...) Esta colenda Corte, no julgamento do RE 396.266, Rel. Min. Carlos Velloso,
firmou o entendimento de que a contribuição para o SEBRAE configura contribuição de intervenção
no domínio econômico, sendo legítima a sua cobrança de empresa que exerce atividade econômica.
Precedentes: RE 396.266, Rel. Min. Carlos Velloso; RE 399.653-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE
404.919-AgR, Rel. Min. Eros Grau; e RE 389.016-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence. STF. 1ª T., RE
437839 AgR, Rel. Min. Carlos Britto, j. 05/04/05.
(TRF2-2018): Acerca das contribuições sociais de interesse de categorias profissionais e econômicas, à luz da
jurisprudência atual dos Tribunais Superiores, assinale a alternativa correta: a contribuição ao SEBRAE é
qualificada, pelo STF, como tendo natureza de contribuição de intervenção no domínio econômico — CIDE,
e não como contribuição social de interesse de categorias profissionais e econômicas. BL: Entend. Jurisprud.

(TRF5-2011-CESPE): Com relação a taxas e contribuições, assinale a opção correta: As contribuições


sociais residuais devem ser instituídas por lei complementar, ser não cumulativas e ter bases de cálculo e
fatos geradores diferentes dos de outras contribuições sociais. BL: art. 195, §4º c/c art. 154, I, CF.

##Atenção: ##TRF5-2011: ##PGEPI-2014: ##PCDF-2015: ##Cartórios/TJPR-2019: ##DPEPI-2022:


##CESPE: ##UFPR: Desse modo, as contribuições sociais residuais devem ser instituídas por lei
complementar, ser não cumulativas e ter bases de cálculo e fatos geradores diferentes dos de outras
contribuições sociais. Assim, a União, com base no que dispõe o art. 195, §4º, da CF, fazendo uso da sua
competência residual tributária, poderá criar novas contribuições sociais além daquelas que já estão
previstas na Constituição Federal. Para tanto, as novas contribuições sociais devem ser criadas mediante
lei complementar, observando o disposto no art. 154, I, da CF.

(MPRO-2010-CESPE): A respeito da ordem social na CF, assinale a opção correta: A União pode instituir,
mediante lei complementar, outras fontes destinadas à obtenção de receita para a manutenção da
seguridade social, além das previstas na CF. BL: art. 195, §4º c/c art. 154, I, CF.

##Atenção: Novas contribuições para a seguridade social – deve ser por lei complementar, nos termos do
art. 154, I da CF.

§ 5º NENHUM benefício ou serviço da seguridade social PODERÁ SER CRIADO, MAJORADO


ou ESTENDIDO SEM a correspondente fonte de custeio total. (DPEPA-2009) (PCDF-2009) (MPRO-2010)
(DPU-2010) (DPEES-2012) (TRF2-2009/2014) (PCSC-2014) (TRF1-2011/2015) (AGU-2012/2015) (PGESE-2017)
(PGM-Manaus/AM-2018) (DPERJ-2021) (TJAP-2022) (TJMG-2022)

(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Julgue o próximo item, relativo à organização, aos princípios e ao


custeio da seguridade social: Por força da regra da contrapartida, os benefícios e serviços da seguridade
social somente poderão ser criados, majorados ou estendidos se existente a correspondente fonte de

659
custeio total. BL: art. 195, §5º, CF.

##Atenção: Trata-se do Princípio da Preexistência, Contrapartida ou Antecedência da Fonte de Custeio.


Também se encontra previsto no art. 24 da LC 101/00: “Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à
seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total, nos termos do §
5o do art. 195 da Constituição, atendidas ainda as exigências do art. 17.” Surgiu no Brasil através da EC
11/1965, que alterou a CF/46, sendo aplicável naquela época aos benefícios da previdência e da
assistência social. Este princípio não poderá ser excepcionado nem em hipóteses anormais, pois a CF é
taxativa.

(TRF2-2014): Sobre a seguridade social, está expresso na Constituição Federal: Nenhum benefício ou
serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de
custeio total. BL: art. 195, §5º, CF.

§ 6º As CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS de que trata este artigo SÓ PODERÃO SER EXIGIDAS após
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, NÃO SE
LHES APLICANDO o disposto no art. 150, III, "b". (PGECE-2008) (TRF2-2009) (PGERS-2010) (MPF-2011)
(PGEPR-2011) (TJPA-2012) (DPERO-2012) (TRF4-2012) (AGU-2012) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJRS-2013)
(TJSP-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (DPEPA-2015) (TRF1-2015) (TRT23-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (PCGO-
2017) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TCERJ-2021) (DPEPI-2022)

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2012: ##MPDFT-2013: O STF fixou entendimento no sentido de que a


alteração do prazo para recolhimento das contribuições sociais, por não gerar criação ou majoração de
tributo, não ofende o Princípio da Anterioridade Tributária [art. 195, § 6º, CB/88]. STF. 2ª T., RE 295992
AgR, Rel. Eros Grau, j. 10/06/08.

##Atenção: ##Doutrina: ##TRF4-2012: Quanto ao tema “princípio da anterioridade nonagesimal ou


noventena”, Ricardo Alexandre explica que, “quando da promulgação da Constituição Federal, a
obediência a um prazo mínimo de noventa dias entre a data da publicação de uma lei que majorasse ou
criasse tributo era aplicável exclusivamente às contribuições para financiamento da seguridade social,
por força do art. 195, § 6.º, da Magna Carta. Parte da doutrina denominava o princípio de anterioridade
mitigada. O interessante é que, ao denominar de mitigada (sinônimo de suavizada, aliviada), a “anterioridade”
aplicável a tais contribuições, a doutrina parecia imaginar que o princípio consistiria uma garantia menor ao
contribuinte, uma restrição menor ao Estado. Na prática, o que se percebeu foi justamente o contrário. A
anterioridade do exercício transformou-se numa garantia meramente formal, dado o costume de concentrar
a publicação das alterações na legislação tributária no final do exercício. Assim, a anterioridade dita mitigada
acabava por ser uma garantia bem mais eficiente para o contribuinte, pois lhe assegurava um período mínimo de
dias para que readequasse seu orçamento, preparando-o para o aumento de carga tributária. Tornou-se um clamor
dos contribuintes que a “noventena” passasse a ser regra geral e, num raro caso de Emenda Constitucional que
beneficiou o contribuinte, a EC 42/2003 promoveu a mudança desejada, incluindo, no art. 150, III, da Constituição,
uma alínea c, cujo texto é bastante parecido com aquele constante no art. 195, § 6.º, da CF/1988, destinado
exclusivamente às contribuições para a seguridade social. A única diferença aparentemente relevante é que o
texto inserido pela EC 42/2003 exige o cumprimento do prazo de 90 dias nos casos de instituição ou
aumento de tributo, enquanto o art. 195, § 6.º, exige o cumprimento em caso de instituição ou
modificação, parecendo, pela literalidade, ser uma regra mais ampla. Entretanto, o STF, entendendo que a
anterioridade nonagesimal existe para proteger o contribuinte contra mudanças que repercutam negativamente no
seu patrimônio, decidiu que o art. 195, § 6.º, só é aplicável no caso de instituição ou majoração. O
legislador constituinte derivado, já conhecendo o posicionamento do Tribunal, ao estender a regra aos
demais tributos, o fez já com uma redação mais clara, coincidente com o pensamento da Suprema Corte.
Alguns autores continuam atribuindo à regra do art. 195, § 6.º, o título de “anterioridade nonagesimal”,
enquanto se referem à extensão feita pela EC 42/2003 como “noventena”. Assim, a anterioridade
nonagesimal (ou mitigada) seria um princípio aplicável às contribuições para financiamento da
seguridade social, enquanto a noventena seria outro princípio, aplicável às demais espécies tributárias
(com exceções). Não há sentido, contudo, na atribuição de nomenclaturas diferentes a um único princípio que
submete as diferentes espécies tributárias às mesmas restrições. É o caso de se aplicar a lição doutrinária segundo a
qual somente se devem classificar institutos jurídicos em espécies diferenciadas, se os respectivos regimes jurídicos
forem diferentes. Portanto, não havendo qualquer diferença relevante entre a restrição estatuída pelo art.
195, § 6.º, e aquela prevista no art. 150, III, c, ambos da Constituição Federal, as duas serão
denominadas de princípio da noventena ou anterioridade nonagesimal. (...) Controvérsias
terminológicas à parte, em termos práticos, o relevante é entender que, a partir do advento da EC 42/2003,
em homenagem ao princípio da não surpresa, anterioridade (anual ou “do exercício”) e noventena

660
(anterioridade nonagesimal) passaram a ser, em regra, cumulativamente exigíveis. Dessa forma, se um
tributo vier a ser majorado ou instituído por lei publicada após o dia 3 de outubro (quando faltam 90 dias para o
término do exercício financeiro), a cobrança não mais pode ser feita a partir de 1.º de janeiro seguinte, sob pena de
infringir a noventena (publicada a lei “em meados de outubro”, a cobrança deve se verificar “em meados de
janeiro”). Já se a publicação da lei instituidora ou majoradora ocorrer no início do ano, a cobrança não pode ser feita
imediatamente após o transcorrer de noventa dias, pois o princípio da anterioridade do exercício exige que se espere
o início do ano subsequente. Resumindo, instituído ou majorado tributo, a respectiva cobrança só poder ser
realizada após o transcorrer de, no mínimo, noventa dias da data da publicação da lei instituidora/majoradora e
desde que já atingido o início do exercício subsequente. (...)’ (Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário.
14ª ed. 2020, p. 177/178).

(TJSE-2015-FCC): À luz da CF/88 e da jurisprudência do STF, a alteração do prazo de recolhimento


de contribuição social incidente sobre o faturamento da empresa, de modo a antecipá-lo em relação ao
vigente, não requer edição de lei complementar, tampouco se sujeita a qualquer anterioridade, sendo
passível de exigência imediata. BL: art. 195, I, “b” e §6º da CF/88 e Súmula Vinculante 50 do STF.

(DPU-2015-CESPE): A União pode instituir uma contribuição social cobrada do empregador e incidente
sobre as aplicações financeiras da empresa, desde que se submeta ao princípio da anterioridade
nonagesimal. BL: art. 195, caput, I, “c” e §§4ºe 6º, CF (trib.).

(TJRS-2009): As contribuições sociais de seguridade não estão sujeitas à exigência de anterioridade de


exercício. BL: art. 195, §6º, CF e art. 150, §1º da CF. (trib.)

##Atenção: ##TJRS-2009: ##DPEPI-2022: ##CESPE: As contribuições sociais já existentes no texto


constitucional e as que forem criadas posteriormente devem respeitar o princípio da noventena (ou prazo
nonagesimal), de modo que a cobrança somente será possível depois de decorridos noventa dias após a
publicação da lei que as instituiu ou as modificou. O referido princípio, portanto, não se confunde com o
princípio da anterioridade (não aplicável neste caso).

§ 7º SÃO ISENTAS de CONTRIBUIÇÃO PARA A SEGURIDADE SOCIAL as entidades


beneficentes de assistência social que ATENDAM às exigências estabelecidas em lei. (PGECE-2008)
(DPEPA-2009) (PGERS-2010) (DPESC-2012) (TJPE-2013) (MPMA-2014) (TRF2-2014) (TRF1-2015) (PGEPR-
2015) (PGERS-2015) (TRT8-2015) (PFN-2015) (DPEMT-2016) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPPR-2017/2021)
(TCDF-2021) (DPEPI-2022)

##Atenção: ##DOD: Imunidade para entidades beneficentes de assistência social: O art. 195, §7º da
CF/88 conferiu imunidade para as entidades beneficentes de assistência social afirmando que elas
estão dispensadas de pagar contribuições para a seguridade social.

##Atenção: ##DOD: Requisitos do § 7º do art. 195: O § 7º do art. 195 da CF/88 traz dois requisitos para
o gozo desta imunidade:
1) que se trate de pessoa jurídica que desempenhe atividades beneficentes de assistência social.157
2) que esta entidade atenda a parâmetros previstos na lei [lei complementar].
##Atenção: ##DOD: ##TJSP-2017: ##VUNESP: ##MPPR-2017/2021: ##VUNESP: A lei complementar é
forma exigível para a definição do modo beneficente de atuação das entidades de assistência social
contempladas pelo art. 195, § 7º, da CF/88: A lei complementar é forma exigível para a definição do
modo beneficente de atuação das entidades de assistência social contempladas pelo art. 195, § 7º, da
CF, especialmente no que se refere à instituição de contrapartidas a serem por elas observadas. STF.
Plenário. RE 566622/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 23/2/17 (repercussão geral – Tema 32) (Info 855).
STF. Plenário. RE 566622 ED/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, j.
18/12/19 (Info 964).

(Cartórios/TJDFT-2019-CESPE): De acordo com a CF/1988, são isentos(as) de contribuições para a


seguridade social os(as) entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências

157
##Atenção: ##DOD: A assistência social é tratada no art. 203 da CF/88. O STF, contudo, confere um sentido
mais amplo e afirma que os objetivos da assistência social elencados nos incisos do art. 203 podem ser
conseguidos também por meio de serviços de saúde e educação. Assim, se a entidade prestar serviços de saúde
ou educação também poderá, em tese, ser classificada como de “assistência social”.
661
estabelecidas em lei. BL: art. 195, §7º, CF/88.

(TJPE-2013-FCC): Possui imunidade de contribuição social para seguridade social a entidade beneficente
de assistência social que atenda às exigências estabelecidas em lei sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço,
mesmo sem vínculo empregatício. BL: art. 195, §7º, CF/88. (trib.)

##Atenção: Dispõe exatamente a imunidade contida no art. 195, §7º da CF, referindo-se especificamente
às contribuições da previdência social estipuladas pelo inciso I, alínea “a” do caput do dispositivo.

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os


respectivos cônjuges, que EXERÇAM suas atividades EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR, SEM
empregados permanentes, CONTRIBUIRÃO para a seguridade social mediante a aplicação de uma
alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (MPRO-2010) (TRF2-2014) (TRF3-2016/2018)

§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas
diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de
cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput . (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações
de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os
Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998) (MPT-2013)

§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses e, na forma
de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e
o inciso II do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 12. A lei DEFINIRÁ os setores de atividade econômica para os quais as CONTRIBUIÇÕES


INCIDENTES na forma dos incisos I, b; e IV do caput, SERÃO NÃO-CUMULATIVAS. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (TRF4-2012) (DPETO-2013) (DPEPA-2015) (PGEMS-2016)
(MPF-2017)

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (...)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (...)
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

(DPETO-2013-CESPE): No que concerne às contribuições, assinale a opção correta: As contribuições


sociais do empregador incidentes sobre a receita poderão ser não cumulativas, conforme o setor da
atividade econômica. BL: art. 195, caput, I, “b” c/c §12º, CF.

§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima mensal
exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

Seção II
DA SAÚDE

662
Art. 196. A SAÚDE É direito de todos e dever do Estado, GARANTIDO mediante POLÍTICAS
SOCIAIS e ECONÔMICAS que VISEM à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às AÇÕES e SERVIÇOS para sua promoção, proteção e recuperação. (MPPR-2008)
(MPDFT-2009) (DPEMT-2009) (MPBA-2010) (MPMG-2010) (PCAP-2010) (TJRS-2012) (MPPI-2012)
(DPEPR-2012) (PGEAC-2012) (PCMA-2012) (MPT-2012) (MPES-2013) (MPSC-2013) (DPETO-2013)
(DPERS-2014) (PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (PGEPA-2012/2015) (DPEPA-2015) (DPEPE-2015)
(TRF5-2015) (PGEPR-2015) (TRT1-2015) (TRT16-2015) (AGU-2015) (TJAM-2016) (DPEBA-2016) (DPEES-
2016) (TRF3-2016) (TRT4-2016) (MPRO-2010/2017) (DPEAC-2017) (DPU-2017) (DPEAM-2013/2018) (TJCE-
2018) (TRF2-2018) (MPMT-2008/2019) (MPSP-2011/2012/2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (DPESC-2017/2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPRO-2017: ##TRF5-2017: ##CESPE: ##FMP: É inconstitucional a Lei


13.269/16, que autorizou o uso da fosfoetanolamina sintética ("pílula do câncer) por pacientes
diagnosticados com neoplasia maligna mesmo sem que existam estudos conclusivos sobre os efeitos
colaterais em seres humanos e mesmo sem que haja registro sanitário da substância perante a
ANVISA. Ante o postulado da separação de Poderes, o Congresso Nacional não pode autorizar,
atuando de forma abstrata e genérica, a distribuição de medicamento. Compete à ANVISA permitir a
distribuição de substâncias químicas, segundo protocolos cientificamente validados. O controle dos
medicamentos fornecidos à população leva em conta a imprescindibilidade de aparato técnico
especializado, supervisionado pelo Poder Executivo. O direito à saúde não será plenamente
concretizado se o Estado deixar de cumprir a obrigação de assegurar a qualidade de droga mediante
rigoroso crivo científico, apto a afastar desengano, charlatanismo e efeito prejudicial. STF. Plenário.
ADI 5501/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 23/10/20 (Info 996). STF. Plenário. ADI 5501 MC/DF, Rel.
Min. Marco Aurélio, j. 19/5/16 (Info 826).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRT4-2016: ##DPU-2017: ##TJCE-2018: ##TRF2-2018: ##MPGO-2019:


##MPSP-2019: ##CESPE: É inconstitucional a possibilidade de um paciente do Sistema Único de
Saúde (SUS) pagar para ter acomodações superiores ou ser atendido por médico de sua preferência, a
chamada "diferença de classes". Existe uma portaria do Ministério da Saúde (Portaria 113/97) que
proíbe a diferença de classe. Este ato estava sendo questionado e o STF, em recurso extraordinário
submetido à repercussão geral, declarou que ele é constitucional, firmando a seguinte tese, que vale
de forma ampla para todos os casos envolvendo diferença de classe: "É constitucional a regra que
veda, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, a internação em acomodações superiores, bem
como o atendimento diferenciado por médico do próprio SUS, ou por médico conveniado, mediante o
pagamento da diferença dos valores correspondentes." STF. Plenário. RE 581488/RS, Rel. Min. Dias
Toffoli, j. 3/12/15 (repercussão geral) (Info 810).
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: É constitucional a regra que veda, no âmbito do SUS, a
internação em acomodações superiores, bem como o atendimento diferenciado por médico do próprio SUS,
ou por médico conveniado, mediante o pagamento da diferença dos valores correspondentes. BL: Info 810,
STF.
(TRF2-2018): Assinale a alternativa correta: O STF entende ser constitucional atos normativos que, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), vedam a internação em acomodações superiores, bem como o
atendimento diferenciado por médico do próprio SUS ou conveniado, mediante o pagamento da diferença
dos valores correspondentes. BL: Info 810, STF.
(DPU-2017-CESPE): Lúcio foi internado em um hospital da rede privada para submeter-se a tratamento
médico eletivo a ser realizado pelo SUS. Na unidade hospitalar onde ele foi internado, os quartos
individuais superiores são reservados a pacientes particulares, e àqueles que desfrutam do atendimento
gratuito são disponibilizados quartos coletivos de nível básico. Com o intuito de utilizar um quarto
individual, por ser mais confortável, Lúcio se prontificou a pagar o valor da diferença entre as modalidades
dos quartos, o que foi recusado pelo hospital, que informou ser vedado o uso das acomodações superiores
por pacientes atendidos pelo SUS, mesmo mediante pagamento complementar. Considerando essa situação
hipotética, julgue o seguinte item com base na posição majoritária e atual do STF: A vedação à internação de
Lúcio em acomodações superiores mediante o pagamento da diferença é constitucional: o atendimento pelo
SUS é orientado, entre outros critérios, pela isonomia. BL: Info 810, STF.

##Atenção: ##STF: ##MPPI-2012: ##MPT-2012: ##MPAM-2015: ##DPEPE-2015: ##PGEPA-2015:


##PGEPR-2015: ##MPRO-2017: ##MPSP-2019: ##CESPE: ##FMP: ##PUCPR: O direito à saúde é
prerrogativa constitucional indisponível, garantido mediante a implementação de políticas públicas,
impondo ao Estado a obrigação de criar condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal
serviço. (AI 734.487 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 3-8-10). (...) Consolidou-se a jurisprudência do STF no
sentido de que, embora o art. 196 da CF/1988 traga norma de caráter programático, o Município não

663
pode furtar-se do dever de propiciar os meios necessários ao gozo do direito à saúde por todos os
cidadãos. Se uma pessoa necessita, para garantir o seu direito à saúde, de tratamento médico adequado,
é dever solidário da União, do Estado e do Município providenciá-lo (AI 550.530 AgR, rel. min. Joaquim
Barbosa, j. 26-6-12).

##Atenção: ##MPPI-2012: ##DPEPA-2015: ##PGEPR-2015: ##MPRO-2017: ##DPESC-2017:


##MPSP-2019: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##PUCPR: O direito à saúde é tido como um direito
social, uma verdadeira norma programática, que, por isso mesmo, tem aplicação indireta e eficácia
mediata. Porém, o fato de a saúde ser uma norma programática não quer dizer que ela possa ser
compreendida como uma “promessa vazia” ou um "compromisso constitucional inconsequente”. Vale
dizer que, por compor o mínimo existencial necessário a propiciar uma vida digna ao cidadão, o STF
tem entendimento de que o Estado deve lutar para concretizar o direito social à saúde. Desse modo, o
art. 196 da CF traz uma norma de caráter programático pertinente à realização de políticas públicas que
visa a efetivação do direito à saúde, traçando-se como um "Programa de Estado”, uma vez que tais
políticas são estabelecidas na CF/88 e transcendem os governos e suas ideologias. Portanto, tais políticas
devem ser implementadas independentemente de quem esteja exercendo o papel de governante.

(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: Ao disciplinar o sistema público de saúde, a CF/1988 fincou
o princípio da universalidade, no sentido de que os serviços públicos de saúde são destinados a todos,
independentemente de situação jurídica, econômica, ou social, e o princípio da igualdade, segundo o
qual situações clínicas iguais reclamam tratamentos iguais, expurgando a possibilidade de tratamento
diferenciado com critério no pagamento. BL: art. 196, CF.

##Atenção: ##MPSP-2019: De fato, por conta deste princípio, o acesso à saúde é universal e gratuito,
sendo irrelevante a demonstração de carência de recursos econômicos.

(TJAM-2016-CESPE): Tendo em vista que o direito à vida — valor central do ordenamento jurídico —
desdobra-se em direito à existência física e direito a uma vida digna, assinale a opção correta: O direito à
saúde efetiva-se mediante ações distributivas e alocativas relacionadas à promoção, proteção e
recuperação da saúde. BL: art. 196, caput, parte final, CF.

(MPSC-2013): O “direito à saúde”, consagrado na Constituição da República, enquanto “direito


fundamental do ser humano” (Lei 8.080/90, art. 2º), pode incorporar tanto a forma de um direito
fundamental de liberdade (v.g. direito à integridade física), como a de um direito fundamental social
(v.g. direito a determinado tratamento medicamentoso). BL: art. 6º c/c art. 196, CF e art. 2º, caput, Lei
8080/90.158

(MPPR-2011): A norma constitucional do art. 196 é hoje reconhecida como direito público subjetivo e não
como direito subjetivo individual. BL: art. 196, CF.

Art. 197. SÃO DE RELEVÂNCIA PÚBLICA as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, DEVENDO sua execução SER
FEITA diretamente ou através de terceiros e, TAMBÉM, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
(MPPR-2008) (MPBA-2010) (MPMG-2010) (PGEPR-2011) (MPPI-2012) (MPSC-2013) (DPERS-2014) (MPSP-
2011/2015) (TJRS-2016) (MPRO-2017) (MPMT-2019) (DPEPR-2022)

(DPEPR-2022-AOCP): Sobre o direito à saúde, assinale a alternativa correta: São de relevância pública
as ações e os serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de
terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. BL: art. 197, CF.

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde INTEGRAM uma rede regionalizada e
hierarquizada e CONSTITUEM UM SISTEMA ÚNICO, ORGANIZADO de acordo com as SEGUINTES
DIRETRIZES: (PCPB-2009) (MPBA-2010) (PGERS-2010) (PGEPR-2011) (MPTO-2012) (DPEAC-2012)
(PGEPA-2012) (MPT-2012) (MPPR-2011/2013) (DPEAM-2013) (TRF1-2013) (MPMA-2014) (MPPA-2014)
(MPRS-2014) (DPERS-2014) (TRF5-2009/2015) (MPSP-2011/2012/2015) (TJGO-2015) (MPMS-2015) (TRF3-
158
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis
ao seu pleno exercício.
664
2011/2016) (TJAM-2016) (DPEES-2016) (MPRO-2013/2017) (PGEPE-2018) (MPMT-2019) (MPGO-2019) (MPPI-
2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPDFT-2009/2021) (DPEPB-2022) (DPEPR-2022)

(MPRS-2014): Considere as seguintes afirmações sobre Ordem Social: Enunciado no art. 198 da CF/1988,
o Sistema Único de Saúde assume a condição de garantia institucional fundamental, inclusive como
limite material à reforma constitucional. BL: art. 198, CF.

##Atenção: Cumpre registrar que o direito fundamental à saúde é concretizado pelo SUS. Desse modo,
sua existência é protegida pelo limite material imposto à reforma constitucional. Pedro Lenza explica:
“Deve ser observado o princípio da vedação do retrocesso, isso quer dizer, uma vez concretizado o direito, ele não
poderia ser diminuído ou esvaziado, consagrando aquilo que a doutrina francesa chamou de effet cliquet”. (LENZA,
2013, p. 1167). Sendo assim, por sua íntima ligação com o direito à vida e com a dignidade da pessoa
humana, o direito à saúde possui um caráter de fundamentalidade que o inclui, não apenas dentre os
direitos fundamentais sociais (art. 6º CF), mas também no seleto grupo de direitos que compõem o
mínimo existencial. É norma principiológica que estabelece fins a serem buscados pelo Estado sem, no
entanto, especificar os meios a serem utilizados para tanto.

I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; (PCPB-2009) (MPBA-2010)


(PGERS-2010) (PGEPR-2011) (PGERO-2011) (TJDFT-2012) (MPTO-2012) (MPPR-2011/2013) (DPERS-2014)
(MPSP-2012/2015) (MPMS-2015) (TJAM-2016) (DPEES-2016) (TRF3-2016) (MPRO-2017) (MPGO-2019)
(MPMG-2019) (MPPI-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPDFT-2009/2021) (DPEPB-2022) (DPEPR-2022)

(DPEES-2016-FCC): A respeito do direito fundamental à saúde e da regulamentação das políticas


públicas de saúde na Constituição Federal de 1988, considere: As ações e serviços públicos de saúde
integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, tendo por diretriz a
descentralização, com direção única em cada esfera de governo. BL: art. 198, I, CF.

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, SEM PREJUÍZO dos
serviços assistenciais; (MPDFT-2009) (PCPB-2009) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (PGEPA-2012)
(MPPR-2011/2013) (DPERS-2014) (TRF3-2016) (MPRO-2013/2017) (PGEPE-2018) (MPMT-2019) (MPGO-2019)
(PGM-Curitiba/PR-2019) (DPEPR-2022)

(PGEPE-2018-CESPE): Considerando o que preconiza a CF a respeito da ordem social, que objetiva o


bem-estar e a justiça social, assinale a opção correta: Uma das diretrizes do serviço público de saúde é o
atendimento integral, com prioridade às atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.
BL: art. 198, caput, II, CF.

III - participação da comunidade. (MPDFT-2009) (PCPB-2009) (PGERO-2011) (MPSP-2012) (MPTO-


2012) (MPPR-2011/2013) (MPPA-2014) (MPRS-2014) (DPERS-2014) (TRF3-2016) (MPMG-2017) (MPRO-2017)
(MPGO-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (DPEPB-2022) (DPEPR-2022)

(DPEPB-2022-CESPE): Segundo texto expresso da CF/1988, uma diretriz das ações e serviços públicos
que integram a saúde em sistema único é a participação da comunidade. BL: art. 198, caput, III, CF.

(DPEPR-2022-AOCP): Sobre o direito à saúde, assinale a alternativa correta: As ações e os serviços


públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único,
organizado de acordo com as seguintes diretrizes: descentralização, com direção única em cada esfera de
governo; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais; participação da comunidade.. BL: art. 198, caput, CF.

§ 1º O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SERÁ FINANCIADO, nos termos do art. 195, com recursos
do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de
outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (PGERS-2010)
(MPSP-2010/2011) (MPPR-2008/2012) (TJDFT-2012) (MPPI-2012) (DPEAM-2013) (TRF1-2013) (MPMA-2014)

665
(DPEMS-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TRF3-2011/2016) (MPRO-
2013/2017) (TJRO-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)

§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios APLICARÃO, ANUALMENTE, em


ações e serviços públicos de saúde RECURSOS MÍNIMOS derivados da aplicação de percentuais
calculados sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (TJMG-2009) (MPRO-2013) (MPPA-
2014) (TJGO-2015) (TRF3-2016) (TJRO-2019) (MPPR-2019)

I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser
inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) (TRF3-2016)

II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere
o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas
que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
(MPRO-2013) (MPPA-2014) (TJGO-2015) (MPPR-2019)

III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000) (TJMG-2009) (MPRO-2013) (MPPA-2014) (TJRO-2019) (MPPR-2019)

##Atenção: ##MPPR-2008: ##Sanitário: A EC nº 29/2000 incluiu o parágrafo 2º ao art. 198 da CF e


estabeleceu critérios específicos de retirada de recursos para a destinação deles ao financiamento na área
da saúde nos âmbitos federal, estadual, distrital e municipal.

§ 3º Lei complementar, que SERÁ REAVALIADA pelo menos a cada cinco anos, ESTABELECERÁ:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (PGERS-2010) (MPPA-2014) (TJGO-2015)

I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
86, de 2015)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Contribuição @mafaldaleitora: A LC federal 141/12 fixa os valores


mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e
serviços públicos de saúde. O art. 11 desta Lei estabelece que as Constituições dos Estados ou as Leis
Orgânicas dos Municípios podem fixar valores mais altos do que o previsto na LC 141/12 de repasses
em prol da saúde. O STF julgou inconstitucional esse art. 11 da LC 141/12 porque, segundo o art. 198, §
3º, I, da CF/88, os percentuais mínimos que os Estados, DF e Municípios são obrigados a aplicar na
saúde devem estar previstos em lei complementar federal editada pelo Congresso Nacional, não
podendo isso ser delegado para os Estados/DF e Municípios. Além disso, o STF afirmou que são
inconstitucionais normas da Constituição Estadual que prevejam percentuais de aplicação mínima na
saúde em patamares diferentes daquele fixado pela Lei complementar federal. STF. Plenário. ADI
5897/SC, Rel. Min. Luz Fux, j. 24/4/19 (Info 938).

II – os CRITÉRIOS DE RATEIO DOS RECURSOS da União vinculados à saúde DESTINADOS


aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, E dos Estados DESTINADOS a seus respectivos
Municípios, OBJETIVANDO a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000) (PGERS-2010) (TJGO-2015)

(TJGO-2015-FCC): Ao estabelecer saúde e educação como direitos de todos e um dever do Estado, a


Constituição da República determina que lei complementar, a ser reavaliada pelo menos a cada cinco
anos, estabelecerá os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios,
objetivando a progressiva redução das disparidades regionais. BL: art. 198, §3º, II, CF.

III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal,
estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

IV - (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

§ 4º Os GESTORES LOCAIS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE PODERÃO ADMITIR agentes


comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de PROCESSO SELETIVO

666
PÚBLICO, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua
atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) (TJMG-2009) (TRF2-2013) (PCSC-2014)
(Cartórios/TJMG-2017) (MPMG-2010/2012/2021)

(MPMG-2021): Sobre o tema do servidor público, assinale a alternativa correta: Os agentes comunitários
de saúde e os agentes de combate às endemias podem ser recrutados pelos gestores locais do Sistema
Único de Saúde por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e a complexidade de
suas atribuições e requisitos para seu desempenho. BL: art. 198, §4º, CF.

§ 5º Lei federal DISPORÁ sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as
diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e
agente de combate às endemias, COMPETINDO à União, nos termos da lei, prestar assistência
financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do
referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de 2010) (PGERO-2011) (TRF2-2013)
(PCSC-2014) (TRT2-2015) (PGM-Curitiba/PR-2019)

(TRF2-2013-CESPE): Com relação à ordem econômica, financeira e social, assinale a opção correta: Os
gestores locais do SUS poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias
por meio de processo seletivo público, porém caberá à legislação federal dispor sobre o regime jurídico e
o piso salarial profissional nacional de tais agentes. BL: art. 198, §§4º e 5º, CF.

§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o


servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às
endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei,
para o seu exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006)

§ 7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias fica sob
responsabilidade da União, e cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer, além de
outros consectários e vantagens, incentivos, auxílios, gratificações e indenizações, a fim de valorizar o
trabalho desses profissionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)

§ 8º Os recursos destinados ao pagamento do vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos


agentes de combate às endemias serão consignados no orçamento geral da União com dotação própria e
exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)

§ 9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias não será
inferior a 2 (dois) salários mínimos, repassados pela União aos Municípios, aos Estados e ao Distrito
Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)

§ 10. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias terão também, em razão
dos riscos inerentes às funções desempenhadas, aposentadoria especial e, somado aos seus vencimentos,
adicional de insalubridade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)

§ 11. Os recursos financeiros repassados pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
para pagamento do vencimento ou de qualquer outra vantagem dos agentes comunitários de saúde e dos
agentes de combate às endemias não serão objeto de inclusão no cálculo para fins do limite de despesa com
pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022)

§ 12. Lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de
enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, a serem observados por pessoas jurídicas de direito
público e de direito privado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 124, de 2022)

§ 13. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, até o final do exercício financeiro em
que for publicada a lei de que trata o § 12 deste artigo, adequarão a remuneração dos cargos ou dos
respectivos planos de carreiras, quando houver, de modo a atender aos pisos estabelecidos para cada
categoria profissional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 124, de 2022)

§ 14. Compete à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios e às entidades filantrópicas, bem como aos prestadores de serviços
contratualizados que atendam, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo sistema único

667
de saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o § 12 deste artigo . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 127, de 2022)

§ 15. Os recursos federais destinados aos pagamentos da assistência financeira complementar aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às entidades filantrópicas, bem como aos prestadores de
serviços contratualizados que atendam, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo sistema
único de saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o § 12 deste artigo serão consignados
no orçamento geral da União com dotação própria e exclusiva . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127,
de 2022)

Art. 199. A ASSISTÊNCIA À SAÚDE É LIVRE à iniciativa privada. (TRF4-2009) (TRF5-2009) (MPBA-
2010) (PCAP-2010) (MPPB-2011) (PGEPR-2011) (TJRS-2012) (MPPI-2012) (PGEPA-2012) (MPT-2012) (MPES-
2013) (MPMG-2010/2014) (DPEGO-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (PCSC-
2014) (TJGO-2015) (MPMS-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRF3-2011/2016) (MPPR-2012/2016) (MPSC-
2013/2016) (MPRO-2013/2017) (TJMT-2018) (TJRO-2011/2019) (MPSP-2015/2019) (MPMT-2019) (MPDFT-2021)
(DPESC-2021) (DPEPR-2022)

§ 1º As instituições privadas PODERÃO PARTICIPAR de forma complementar do SISTEMA


ÚNICO DE SAÚDE, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, TENDO
PREFERÊNCIA as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. (TRF5-2009) (MPMG-2010) (PGERS-
2010) (PCAP-2010) (MPPB-2011) (TJRS-2012) (TJPI-2012) (MPT-2012) (MPES-2013) (MPSC-2013) (DPEGO-
2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014) (MPMS-2015) (TRF3-2011/2016) (MPPR-2012/2016) (PGEMA-2016) (MPRO-
2013/2017) (DPU-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEMA-2018) (PGETO-2018) (TJRO-2011/2019) (MPSP-
2015/2019) (TJGO-2021) (MPDFT-2021) (DPESC-2021) (DPEPR-2012/2022)

(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): Acerca de assuntos relacionados à disciplina da saúde e da educação


na CF, julgue o item que se segue: A rede privada de saúde pode integrar o Sistema Único de Saúde, de
forma complementar, por meio de contrato administrativo ou convênio. BL: art. 199, §1º, CF.

(PGEMA-2016-FCC): Instituição privada com fins lucrativos que pretenda exercer atividades de
assistência à saúde no País poderá participar, de forma complementar, do Sistema Único de Saúde, ainda
que as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos tenham preferência. BL: art. 199, §1º, CF.

(PGERN-2014-FCC): Entidade privada com fins lucrativos que pretenda participar do Sistema Único de
Saúde - SUS de forma complementar poderá fazê-lo, mediante contrato de direito público firmado com a
Administração pública, mas a Constituição Federal assegura preferência às entidades filantrópicas e às
sem fins lucrativos. BL: art. 199, §1º, CF.

§ 2º É VEDADA a destinação DE RECURSOS PÚBLICOS para auxílios ou subvenções às


instituições privadas com fins lucrativos. (TJMG-2009) (MPMG-2010) (TRF3-2011) (TJPI-2012) (MPPR-2012)
(TRF4-2012) (MPT-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPAC-2014) (MPGO-2014) (DPEGO-
2014) (PGERN-2014) (PCSC-2014) (TJGO-2015) (MPSC-2013/2016) (PGEMA-2016) (PGEPE-2018) (PGETO-2018)
(MPSP-2015/2019) (TJRO-2019) (MPMT-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)

(MPMT-2019-FCC): De acordo com o ordenamento jurídico e o entendimento do STF sobre a disciplina


da Ordem Social na Constituição Federal, a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, sendo,
contudo, vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas
com fins lucrativos. BL: art. 199, caput e §2º, CF.

##Atenção: ##TJPI-2012: ##CESPE: O §2º do art. 199 da CF/88 é uma regra sem exceção.

(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: Pela interpretação sistemática dos dispositivos da CF/1988,
os serviços de assistência à saúde, financiados pelo SUS, deverão ser prestados diretamente pelo Poder
Público, podendo este, excepcionalmente, e de forma complementar, apenas, contar com a ajuda da
iniciativa privada, sendo vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às
instituições privadas com fins lucrativos. BL: art. 199, §§1º e 2º, CF.

(MPAC-2014-CESPE): No tocante à ordem social, assinale a opção correta: No âmbito da saúde, existe
proibição constitucional para o repasse de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições

668
privadas com fins lucrativos. BL: art. 199, §2º, CF.

§ 3º - É VEDADA a participação direta ou indireta DE EMPRESAS ou CAPITAIS


ESTRANGEIROS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE NO PAÍS, SALVO nos casos previstos em lei. [Atenção:
não é uma regra absoluta.] (TJMG-2009) (MPMG-2010) (TJDFT-2012) (MPPI-2012) (MPPR-2012) (TRF4-2012)
(PGEPA-2012) (MPT-2012) (Cartórios/TJES-2013) (PCSC-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJAL-2015) (MPMS-
2015) (TJRS-2016)

(TJRS-2016-Faurgs): Considere a seguinte afirmação referente à saúde, tendo em vista as normas


previstas no Título VIII, Da Seguridade Social: É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou
capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. BL: art. 199, § 3º, CF.

(MPMS-2015): Em atenção ao Sistema Único de Saúde e à assistência à saúde, é correto afirmar: Salvo os
casos previstos em lei, é vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na
assistência à saúde no País. BL: art. 199, § 3º, CF.

§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento
e transfusão de sangue e seus derivados, SENDO VEDADO todo tipo de comercialização. (PGEPI-2008)
(MPBA-2010) (MPDFT-2013) (PCSC-2014) (MPMS-2015) (PGERS-2015) (TJPR-2017) (DPEPR-2017) (PCMG-
2021)

##Atenção: ##STF: ##MPBA-2010: ##MPDFT-2013: ##TJPR-2017: ##DPEPR-2017: ##CESPE:


##FCC: A CF/88, em seu art. 199, §4º, veda todo tipo de comercialização de sangue, entretanto,
estabelece que a lei infraconstitucional disporá sobre as condições e requisitos que facilitem a coleta de
sangue. Segundo o STF, é constitucional a lei estadual que garante meia-entrada aos doadores
regulares de sangue, uma vez que, na composição entre o princípio da livre iniciativa e o direito à
vida, há de ser preservado o interesse da coletividade. A Egrégia Corte entendeu que essa lei é uma
tentativa de incentivar as pessoas a doar sangue e considerou constitucionais todos os seus dispositivos.
Além disso, afastou o argumento apresentado pelo governador de que a concessão de meia entrada seria
uma remuneração ao doador de sangue, o que é proibido pela CF/88. Isso porque o ato normativo
estadual não determina recompensa financeira à doação ou estimula a comercialização de sangue. (...)
(ADI 3512, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, j. 15/02/2006).
(MPBA-2010): Adote como premissa verdadeira que um Estado-membro, através de lei estadual, incentiva a
doação de sangue, mediante instituição de ½ (meia) entrada para doadores regulares, em locais públicos de
cultura, esporte e lazer, mantidos por entidades e órgãos das administrações direta e indireta. Sobre esta
afirmação, marque a resposta correta: A norma é constitucional porque não estimula a comercialização de
sangue. BL: Entend. STF.

Art. 200. Ao SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE COMPETE, além de outras atribuições, nos termos da
lei:

I - CONTROLAR e FISCALIZAR procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde


e PARTICIPAR da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e
outros insumos; (TRF2-2013)

II - EXECUTAR as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do


trabalhador; (TJGO-2009) (MPMG-2010) (MPSP-2012) (TRF4-2012) (MPT-2012) (MPPR-2013) (TRF3-2016)

(MPMG-2010): Em se tratando de proteção e defesa da saúde pública, pode-se afirmar que as ações e
serviços de saúde são de relevância pública, competindo ao Sistema Único de Saúde executar as ações de
vigilância sanitária e epidemiológica. BL: art. 197 c/c art. 200, § único, II, CF.

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - PARTICIPAR da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; (TJGO-


2009) (DPEAM-2013) (TJDFT-2014) (MPSP-2015) (TRT21-2015) (DPEES-2016)

669
(DPEES-2016-FCC): A respeito do direito fundamental à saúde e da regulamentação das políticas
públicas de saúde na Constituição Federal de 1988, considere: Ao sistema único de saúde compete
participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico. BL: art. 200, IV, CF.

V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

VI - FISCALIZAR e INSPECIONAR alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional,


bem como bebidas e águas para consumo humano; (PGERS-2010) (DPEES-2012) (DPEPR-2012)
(MPMG-2013) (DPEGO-2014) (TJRS-2016)

(TJRS-2016-Faurgs): Considere a seguinte afirmação referente à saúde, tendo em vista as normas


previstas no Título VIII, Da Seguridade Social: Compete ao Sistema Único de Saúde fiscalizar e
inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para
consumo humano.. BL: art. 200, § único, VI, CF.

VII - PARTICIPAR do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de


substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; (TJGO-2009) (MPT-2012) (TRF2-2013) (PGM-
Recife/PE-2014) (MPMS-2015) (TRT21-2015) (TJRS-2016)

(TJRS-2016-Faurgs): Considere a seguinte afirmação referente à saúde, tendo em vista as normas


previstas no Título VIII, Da Seguridade Social: São de relevância pública as ações e serviços de saúde,
cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou
jurídica de direito privado. BL: art. art. 197, CF.

VIII - COLABORAR na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. (TJGO-2009)


(TJCE-2012) (MPRR-2012) (MPT-2012) (PGM-Recife/PE-2014) (MPSP-2015) (TJRS-2016) (MPGO-2016)

(TJRS-2016-Faurgs): Considere a seguinte afirmação referente à saúde, tendo em vista as normas


previstas no Título VIII, Da Seguridade Social: Compete ao Sistema Único de Saúde, nos termos da lei,
colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. BL: art. 200, VIII, CF.

(TJCE-2012-CESPE): Ao estabelecer a tutela do meio ambiente, a CF dispõe que a proteção do meio


ambiente, nele compreendido o meio ambiente do trabalho, constitui um dos objetivos do Sistema Único
de Saúde. BL: art. 200, VIII, CF. (ambiental)

Seção III
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 201. A PREVIDÊNCIA SOCIAL será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência
Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019) (PFN-2007) (MPPR-2008) (PGEGO-2010) (TRF5-2011) (PGERO-2011) (DPEAC-2012) (Cartórios/TJSP-
2014) (PCSC-2014) (TRF1-2009/2013/2015) (TJPB-2015) (MPMS-2015) (DPEMA-2015) (TRT1-2015) (TRT2-
2015) (TRT16-2015) (AGU-2015) (TRF4-2010/2012/2016) (DPEES-2016) (PGEMS-2016) (TRF2-2017) (PGESE-
2017) (TRF3-2011/2018) (TJCE-2018) (PGEPE-2018) (PGESP-2018) (TJSP-2021) (TJMMG-2022)

##Atenção: ##TJPB-2015: ##TRT16-2015: ##TJCE-2018: ##CESPE: A ASSISTÊNCIA SOCIAL (art. 203,


CF) “será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social”. A
PREVIDÊNCIA SOCIAL (art. 201, CF), por sua vez, “será organizada sob a forma de regime geral, de
CARÁTER CONTRIBUTIVO e de filiação obrigatória”.

I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade


avançada; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJMMG-2022)

670
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
20, de 1998) (TRF5-2011) (TRT16-2015) (TRF4-2016) (PGEPE-2018) (TJMMG-2022)

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998) (DPEAM-2013) (TRF1-2015) (TRF4-2016)

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; (Redação


dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (DPEBA-2010) (TRF4-2016) (TRF3-2018) (TJMMG-2022)

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes,


OBSERVADO o disposto no § 2º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (TRT2-2015)
(TRF4-2009/2016) (TRF3-2016) (TJMMG-2022)

§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios,


ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição
distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe


multiprofissional e interdisciplinar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do


segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998) (DPESP-2006) (PGESP-2009) (PCDF-2009) (DPEBA-2010) (PGERO-2011) (TRF4-2012) (PCMA-2012)
(DPEAM-2013) (PCSC-2014) (TRF5-2009/2013/2015) (PGEPR-2015) (TJAM-2016) (TJMMG-2022)

##Atenção: ##DOD: ##TJAM-2016: ##CESPE: O art. 7º, IV da CF afirma que é vedada a vinculação do
salário mínimo para qualquer fim. É nesse sentido o teor da Súmula Vinculante 4 do STF dispõe: “Salvo
nos casos previstos na Constituição, o salário-mínimo não pode ser utilizado como indexador de base de cálculo de
vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial”. Há, no entanto, no
próprio texto constitucional situações em que o salário mínimo é utilizado como parâmetro (ex: art. 201,
§2º).

§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente


atualizados, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (DPESP-2006)
(Cartórios/TJSP-2014) (PCSC-2014) (TRF3-2016)

§ 4º É ASSEGURADO o REAJUSTAMENTO DOS BENEFÍCIOS para preservar-lhes, em caráter


permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
20, de 1998) (DPEPA-2009) (PGERS-2010) (DPERO-2012) (TRF1-2013) (TRF2-2014) (PGEPI-2014) (PCSC-
2014) (AGU-2013/2015) (TRF5-2015) (TRF4-2010/2016) (TRF3-2016)

§ 5º É VEDADA a filiação ao REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, na qualidade de


segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (PGERO-2011) (TRF5-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSC-2014) (TRF1-
2013/2015) (PGEPR-2015) (PGERS-2015) (TRT15-2015) (MPPR-2016) (TRF2-2017) (PGESE-2017) (TCERJ-2021)

(TCERJ-2021-CESPE): Com relação aos regimes próprios de previdência social, julgue o item que se
segue: Servidor público titular de cargo efetivo vinculado a um regime próprio de previdência social de
qualquer dos entes da Federação não pode se filiar ao regime geral de previdência social na condição de
segurado facultativo. BL: art. 201, §5º, CF.

(MPPR-2016): Assinale a alternativa correta: Nos termos do artigo 201, §5º, da Constituição Federal, é
vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa
671
participante do regime próprio de previdência. BL: art. 201, §5º, CF. (previd.)

§ 6º A GRATIFICAÇÃO NATALINA dos aposentados e pensionistas TERÁ por base o valor dos
proventos do mês de dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
(MPMG-2012) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSC-2014) (TRT15-2015) (TRF2-2017)

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas
as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher,
observado tempo mínimo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para os
trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)

§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o
professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio fixado em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)

§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição


entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes entre si,
observada a compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021)

§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. 42, 142 e 143 e o
tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a regime próprio de previdência social
terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e a compensação financeira será
devida entre as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de contribuição aos demais
regimes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os
decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdência
Social e pelo setor privado. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 11. Os GANHOS HABITUAIS do empregado, a qualquer título, SERÃO INCORPORADOS ao


salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e
na forma da lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (MPMG-2012) (PCSC-2014)
(PGEPR-2015) (PGESP-2018)

§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informalidade, e
àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua
residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)

§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-
mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios
previdenciários e de contagem recíproca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia
mista e das suas subsidiárias SERÃO APOSENTADOS COMPULSORIAMENTE, observado o

672
cumprimento do tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § 1º
do art. 40, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (TJGO-2021)
(TJSP-2021)

##Atenção: ##TJGO-2021: ##TJSP-201: ##FCC: ##VUNESP: Na redação, proveniente da EC 103/19,


aplicam-se aos empregados de consórcios públicos, de empresas públicas, de sociedades de economia
mista e de suas subsidiárias, a regra relativa à aposentadoria compulsória.

Art. 202. O REGIME DE PREVIDÊNCIA PRIVADA, de caráter complementar e organizado de


forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, SERÁ FACULTATIVO, BASEADO na
constituição de reservas que GARANTAM o benefício contratado, e REGULADO por lei complementar.
[obs.: Lei Complementar 109/2001] (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (TRF5-2009)
(PGEAL-2009) (TRF4-2010/2012) (DPEES-2012) (MPMG-2014) (PCSC-2014) (AGU-2009/2012/2015)
(DPEMA-2015) (TRF1-2015) (TRT2-2015) (PGEAM-2016) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJPR-2021)

(PGEAM-2016-CESPE): No que se refere à previdência complementar, julgue o próximo item: A


previdência complementar privada é de caráter facultativo, possui natureza jurídica contratual sui
generis e é organizada de forma autônoma relativamente ao regime geral de previdência social. BL: art.
202, CF.

##Atenção: É sui generis porque embora a vinculação às entidades de previdência complementar privada
se faça mediante contrato há forte ingerência estatal nessa relação. Com efeito, a autonomia da vontade -
traço característico dos contratos - é mitigada. Daí se dizer que é um contrato, mas sui generis, isto é, com
peculiaridades de direito público/social. (Fonte: Direito Previdenciário - SInopses para Concurso - Vol 27
- Frederico Amado - Ed. Juspodivum - 2017 – p. 641.).

(TRF1-2015-CESPE): Acerca do regime de previdência privada, assinale a opção correta: O regime de


previdência privada tem como características a complementaridade, a autonomia em relação ao RGPS,
bem como o caráter facultativo, e baseia-se na constituição de reservas que assegurem o benefício
contratado. BL: art. 202, CF.

(TRF4-2010): Acerca dos princípios informadores da Seguridade Social e da Previdência Social, assinale a
alternativa correta: Por força de princípio constitucional, há possibilidade de instituição de regime de
previdência privada facultativo, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação
ao Regime Geral de Previdência Social, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício
contratado, e regulado por lei complementar. BL: art. 202, CF.

§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios
de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos
planos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (MPF-2012)

§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos


estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada NÃO INTEGRAM
o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram
a remuneração dos participantes, nos termos da lei . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998) (DPEES-2012) (TRT2-2015)

§ 3º É VEDADO o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados,


Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia
mista e outras entidades públicas, SALVO NA QUALIDADE DE PATROCINADOR, situação na qual,
em hipótese alguma, SUA CONTRIBUIÇÃO NORMAL PODERÁ EXCEDER a do segurado. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (PF-2004) (DPEES-2012) (TRF4-2012) (PGEPI-2008/2014)
(DPECE-2014) (AGU-2012/2015) (TRT8-2015)

§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios,
inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou
indiretamente, enquanto patrocinadores de planos de benefícios previdenciários, e as entidades de
previdência complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

673
§ 5º A lei complementar de que trata o § 4º aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas
permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de planos de
benefícios em entidades de previdência complementar . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)

§ 6º Lei complementar estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das
entidades fechadas de previdência complementar instituídas pelos patrocinadores de que trata o § 4º e
disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam
objeto de discussão e deliberação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação
dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos
participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e
deliberação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Seção IV
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 203. A ASSISTÊNCIA SOCIAL SERÁ PRESTADA a quem dela necessitar,


INDEPENDENTEMENTE de contribuição à seguridade social, e TEM POR OBJETIVOS: (PFN-2007)
(MPPR-2008) (PGEPI-2008) (DPEMT-2009) (PGEAL-2009) (PGEGO-2010) (DPERS-2011) (AGU-2007/2012)
(MPMG-2012) (PGEPA-2012) (PCGO-2012) (PCMA-2012) (MPT-2012) (DPETO-2013) (DPEPR-2014)
(Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGERN-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPDFT-2015) (MPMS-
2015) (MPSP-2015) (TJSC-2015) (TRF1-2015) (DPU-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015)
(TRT16-2015) (DPEES-2016) (TRF5-2015/2017) (DPEAL-2017) (TRF3-2016/2018) (TJCE-2018) (PGEAP-2018)
(DPESP-2009/2019) (DPEMG-2019) (DPESC-2017/2021) (TJPR-2021) (DPERJ-2021) (TJMG-2009/2022)

(DPEMG-2019): No tocante ao tratamento constitucional da ordem social brasileira, analise a


afirmativa a seguir: A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social. BL: art. 203, CF.

##Atenção: ##Dica: A ASSISTÊNCIA SOCIAL (art. 203, CF) “será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social”. A PREVIDÊNCIA SOCIAL (art. 201, CF), por
sua vez, “será organizada sob a forma de regime geral, de CARÁTER CONTRIBUTIVO e de filiação
obrigatória”.

(DPERS-2011-FCC): Conforme estatuído na CF/1988 no que se refere aos direitos sociais e à ordem
social, é correto afirmar: A assistência social será prestada a todos que dela necessitarem,
independentemente de contribuição para o seu custeio, por se tratar de direito subjetivo. BL: art. 203, CF.

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; (DPU-2007) (AGU-2007)


(PFN-2007) (MPSP-2011) (DPEAM-2011) (PCGO-2012) (MPPA-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (DPEMA-2018)
(DPESP-2019)

II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; (Cartórios/TJMT-2014) (DPEMG-2019) (DPESP-


2019)

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; (DPEAM-2011) (PCGO-2012) (MPT-2012)


(Cartórios/TJMT-2014) (PGERS-2015) (DPESP-2019)

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua


integração à vida comunitária; (DPU-2007) (PFN-2007) (DPEAM-2011) (TRF1-2013) (PGM-Recife/PE-2014)
(MPDFT-2015) (DPESP-2019)

674
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à PESSOA PORTADORA DE
DEFICIÊNCIA e ao IDOSO que COMPROVEM NÃO POSSUIR meios de prover à própria manutenção
ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. (PFN-2007) (MPCE-2009) (DPEMT-2009)
(DPEPA-2009) (MPSP-2011) (DPEAM-2011) (PCMA-2012) (MPT-2012) (DPETO-2013) (TRF1-2013)
(DPEPR-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (MPAM-2015) (MPDFT-2015) (DPEES-2016) (MPRO-
2008/2017) (TRF5-2015/2017) (TRF3-2016/2018) (PGEAP-2018) (MPGO-2019) (DPESP-2019) (DPESC-
2017/2021) (DPERJ-2021) (TJMG-2022)

##Atenção: ##Reper. Geral/STF – Tese 173: ##MPGO-2019: Os estrangeiros residentes no País são
beneficiários da assistência social prevista no art. 203, V, da CF/1988, uma vez atendidos os requisitos
constitucionais e legais. STF. Plenário. RE 587970/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 19 e 20/4/17 (Info
861).
(MPGO-2019): Sobre os direitos sociais, aponte a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: Os
estrangeiros residentes no país podem obter benefício assistencial, desde que atendidos os requisitos
constitucionais e legais. BL: art. Info 861, STF.

##Atenção: ##Reper. Geral/STF – Tese 27: ##TRF2-2014: ##MPRO-2017: ##FMP: É inconstitucional o §


3º do artigo 20 da Lei 8.742/1993, que estabelece a renda familiar mensal per capita inferior a um quarto
do salário mínimo como requisito obrigatório para concessão do benefício assistencial de prestação
continuada previsto no artigo 203, V, da Constituição. STF. Plenário. RE 567985, Rel. Min. Marco Aurélio,
Rel. p/ Ac. Gilmar Mendes, j. 18/04/13.

##Atenção: ##STF: ##DPERJ-2021: ##FGV: Art. 203, V, da Constituição Federal. Dispositivo não
auto-aplicável. Eficácia após edição da Lei nº 8.742, de 07.12.93. (...) STF. 2ª T., RE 401127 ED, Rel. Min.
Gilmar Mendes, j. 30/11/04.

VI - a redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação de pobreza ou de


extrema pobreza. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021) (DPESC-2021)

Art. 204. As AÇÕES GOVERNAMENTAIS na área da assistência social serão realizadas com
recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas
com base NAS SEGUINTES DIRETRIZES: (TRF5-2011) (TJAC-2012) (MPT-2012) (DPEDF-2013) (AGU-
2013) (TRF3-2016) (DPEMA-2018) (DPEMG-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (DPESC-2017/2021)
(DPERJ-2021)

I - descentralização político-administrativa, CABENDO a coordenação e as normas gerais à esfera


federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem
como a entidades beneficentes e de assistência social; (TRF5-2011) (TJAC-2012) (MPT-2012) (DPEDF-
2013) (AGU-2013) (TRF3-2016) (PGM-Curitiba/PR-2019) (DPESC-2017/2021)

(TRF5-2011-CESPE): A respeito da saúde, da assistência social, da manutenção e da perda da qualidade


de segurado da previdência social, assinale a opção correta: As ações governamentais na área da
assistência social caracterizam-se pela descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e
a edição de normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às
esferas estadual e municipal bem como a entidades beneficentes e de assistência social. BL: art. 204, I, CF.

II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das


políticas e no controle das ações em todos os níveis. (MPT-2012) (AGU-2013) (TRF3-2016) (DPEMA-2018)
(DPEMG-2019) (DPESC-2017/2021) (DPERJ-2021)

(DPESC-2021-FCC): Sobre seguridade social, saúde e assistência social: As ações governamentais na


área da assistência social serão organizadas com base nas diretrizes de descentralização político-
administrativa e de participação da população. BL: art. 204, I e II, CF.

675
(DPEMG-2019): No tocante ao tratamento constitucional da ordem social brasileira, analise a
afirmativa a seguir: Nas ações governamentais, é assegurada a participação da população, por meio de
organizações representativas, na formulação das políticas e no controle dessas ações em todos os níveis.
BL: art. 204, II, CF.

Parágrafo único. É FACULTADO aos Estados e ao Distrito Federal VINCULAR a PROGRAMA DE


APOIO À INCLUSÃO E PROMOÇÃO SOCIAL até cinco décimos por cento de sua receita tributária
líquida, VEDADA a aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
42, de 19.12.2003) (DPEMT-2009) (TRF1-2011) (TRF4-2012) (AGU-2013) (PGERN-2014) (PGM-São Luís/MA-
2016) (DPESC-2017)

(TRF4-2012): Assinale a alternativa correta: É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a
programa de apoio a inclusão e a promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária
líquida. BL: art. 204, § único, CF.

I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(AGU-2013) (PGERN-2014) (DPESC-2017)

II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (AGU-2013) (PGERN-
2014)

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (AGU-2013) (PGERN-2014)

CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Seção I
DA EDUCAÇÃO

Art. 205. A EDUCAÇÃO, direito de todos e dever do Estado e da família, SERÁ PROMOVIDA e
INCENTIVADA com a colaboração da sociedade, VISANDO ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (MPF-2005) (MPPR-2008)
(DPESP-2010) (PGEMT-2011) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (DPERS-2014) (MPBA-2015)
(Cartórios/TJPR-2019) (MPMG-2021)

(DPERS-2014-FCC): Tendo em vista os termos do disposto na norma do art. 205 da CF/1988, “ A


educação é direito de todos e dever do Estado e da família”: a educação deve ser promovida e incentivada com
a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho. BL: art. 205, CF.

Art. 206. O ensino SERÁ MINISTRADO com base nos SEGUINTES PRINCÍPIOS:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; (Cartórios/TJRS-2015) (TRT6-2015)


(MPBA-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)

(MPBA-2018): No que se refere às normas constitucionais aplicáveis à Educação, assinale a alternativa


correta: A igualdade de condições para o acesso e permanência na escola é princípio constitucional
aplicável à educação. BL: art. 206, I, CF.

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;


(Cartórios/TJRS-2015) (DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TJPR-2021)

676
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino; (DPEPI-2009) (MPSP-2011) (PGEMT-2011) (DPECE-2014) (Cartórios/TJRS-2015)
(DPESP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TJPR-2021)

##Atenção: ##Trecho ADPF 548 MC-Ref/DF: ##Info 922, STF: ##DOD: A liberdade de cátedra (também
chamada de liberdade acadêmica) é um princípio segundo o qual o professor deve ter a liberdade de
pesquisar e ensinar, ou seja, divulgar seu pensamento, arte e saber. Por outro lado, o aluno tem
também a liberdade de aprender e pesquisar, sem a imposição de censuras. A liberdade de cátedra está
prevista nos incisos II e III do art. 206 da CF/88.

(TJSP-2008-VUNESP): Quanto à ordem social, assinale a alternativa correta: O ensino será ministrado
com base, dentre outros, nos princípios da igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber e do
pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino. BL: art. 206, I a III, CF.

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; (PGEMT-2011) (AGU-2010/2013)


(TRF5-2013) (MPM-2013) (DPECE-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGM-Recife/PE-2014)
(Cartórios/TJRS-2015) (DPEAC-2017) (TJPA-2019) (MPGO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (TJMA-
2022)

##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tese 535: ##DPEAC-2017: ##TJPA-2019: ##MPGO-2019:


##MPMT-2019: ##TJMA-2022: ##CESPE: ##FCC: A garantia constitucional da gratuidade de ensino
não obsta a cobrança por universidades públicas de mensalidade em cursos de especialização. STF.
Plenário. RE 597854/GO, Rel. Min. Edson Fachin, j. 26/4/17 (Info 862).
(MPGO-2019): Sobre os direitos sociais, aponte a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: A
garantia constitucional da gratuidade de ensino não impede a cobrança de mensalidade em curso de
especialização, por universidades públicas. BL: art. Info 862, STF.

Súmula Vinculante 12-STF: A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no
art. 206, IV, da Constituição Federal.

V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de


carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (DPECE-2014) (MPBA-2018) (PCES-2019)

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; (PGM-Curitiba/PR-2019)

VII - garantia de padrão de qualidade. (DPECE-2014) (PCES-2019)

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos
termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (TRF4-2009) (MPF-2012) (MPT-
2012) (PGEAC-2014) (PCES-2019)

IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 108, de 2020)

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da


educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
53, de 2006)

Art. 207. As universidades GOZAM de AUTONOMIA didático-científica, administrativa e de


gestão financeira e patrimonial, e OBEDECERÃO ao princípio de indissociabilidade entre ensino,

677
pesquisa e extensão. (PGEPI-2008) (TRF2-2009) (AGU-2007/2010) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (PCSC-
2014) (DPEBA-2016) (MPMT-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TCERJ-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TCERJ-2021: ##CESPE: É inconstitucional dispositivo da CE que


confere autonomia financeira e orçamentária para a Universidade Estadual, assim como a criação de
Procuradoria Jurídica própria e a escolha do reitor sem participação do chefe do Poder Executivo : É
inconstitucional emenda à Constituição Estadual que confere autonomia financeira e orçamentária
próprias de órgãos de Poder à universidade estadual. É constitucional o repasse de recursos
orçamentários para universidade estadual na forma de duodécimos. Não pode o Estado-membro, por
meio de sua Constituição ou legislação, instituir procuradoria jurídica própria para universidade
estadual. É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que preveja que a Universidade
Estadual escolherá seu reitor sem qualquer participação do Chefe do Poder Executivo no processo.
Também é inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que preveja iniciativa privativa da
Universidade Estadual para propor projeto de lei que disponha sobre sua estrutura e funcionamento
administrativo, bem como sobre suas atividades pedagógicas. STF. Plenário. ADI 5946/RR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, j. 21/5/21 (Info 1018).

##Atenção: ##STF: ##DOD: É constitucional lei estadual que preveja o cargo em comissão de
Procurador-Geral da universidade estadual. Esta previsão está de acordo com o princípio da
autonomia universitária (art. 207 da CF/88). STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
27 e 28/3/19 (Info 935)

##Atenção: ##STF: ##DOD: São inconstitucionais os atos judiciais ou administrativos que


determinem ou promovam:
• o ingresso de agentes públicos em universidades públicas e privadas;
• o recolhimento de documentos (ex: panfletos);
• a interrupção de aulas, debates ou manifestações de docentes e discentes universitários;
• a realização de atividade disciplinar docente e discente e a coleta irregular de depoimentos desses
cidadãos pela prática de manifestação livre de ideias e divulgação do pensamento nos ambientes
universitários ou em equipamentos sob a administração de universidades públicas e privadas.
STF. Plenário. ADPF 548 MC-Ref/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 31/10/18 (Info 922).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJBA-2019: ##CESPE: É inconstitucional lei estadual que preveja que o
escritório de prática jurídica da Universidade Estadual deverá manter plantão criminal nos finais de
semana e feriados para atender pessoas hipossuficientes que sejam presas em flagrante. Esta lei viola
a autonomia administrativa, financeira, didática e científica assegurada às universidades no art. 207 da
CF/88 (inconstitucionalidade material). Além disso, contém vício de iniciativa (inconstitucionalidade
formal), na medida em que foi usurpada a iniciativa privativa do Governador (art. 61, § 1º, II, "c", CF).
STF. Plenário. ADI 3792/RN, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 22/9/16 (Info 840).
(TJBA-2019-CESPE): Considerando a pouca quantidade de defensores públicos indispensáveis ao
atendimento adequado dos necessitados na forma da lei, determinado estado da Federação aprovou o
respectivo projeto e sancionou a lei Y, que criou a obrigatoriedade de estágio curricular no atendimento da
assistência jurídica gratuita por núcleo de prática jurídica integrante do departamento de direito de
universidade estadual, estabelecendo sua organização, seu funcionamento e seus horários, inclusive
determinando sua atuação em regime de plantão, bem como vinculando a certificação da conclusão do
curso de bacharelado pelos alunos ao cumprimento do referido estágio. Conforme a CF, a doutrina e a
jurisprudência do STF, a lei Y é inconstitucional por ferir a autonomia didático-científica e administrativa da
universidade. BL: Info 840, STF.

##Atenção: ##STF: ##TJMS-2020: ##FCC: A transferência de alunos entre universidades congêneres é


instituto que integra o sistema geral de ensino, não transgredindo a autonomia universitária, e é
disciplina a ser realizada de modo abrangente, não em vista de cada uma das universidades existentes
no País, como decorreria da conclusão sobre tratar-se de questão própria ao estatuto de cada qual. (...)
(STF. 1ª T. RE 362074 AgR, Min. Rel. Eros Grau, j. 29/03/05).

##Atenção: ##Teses nº 57 de Repercussão Geral - STF: ##TJMS-2020: ##FCC: É constitucional a previsão


legal que assegure, na hipótese de transferência ex officio de servidor, a matrícula em instituição pública,
se inexistir instituição congênere à de origem.

##Atenção: ##TCERJ-2021: ##CESPE: As universidades públicas possuem autonomia segundo o art. 207
da CF/88. No entanto, essa autonomia é no sentido gerir seus próprios recursos financeiros. Por
exemplo, decide se vai usar o recurso da LOA para manutenção física para pintar as salas ou fazer
rampas de acessibilidade. Mas, isso não significa que ela não deve obedecer à legislação orçamentária.
678
Além disso, perceba que que as universidades públicas são autarquias. Logo, devem obedecer ao que
determina o art. 165, §5º, I , da CF/88: “Art. 165. (...) § 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I - o
orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; (...)”. Logo, as universidades públicas ESTÃO
submetidas às normas orçamentárias previstas na CF/1988. Nesse sentido: “As universidades públicas
devem ser submetidas a diversas outras normas gerais previstas na Constituição, como as que regem o orçamento
(art. 165, § 5º, I), a despesa com pessoal (art. 169), a submissão dos seus servidores ao regime jurídico único (art.
39). Destarte, as universidades públicas são dotadas de autonomia suficiente para gerir seu pessoal, bem como o
próprio patrimônio financeiro. O exercício desta autonomia não pode, contudo, sobrepor-se ao quanto dispõem a
Constituição e as leis.” (Fonte: Parecer n°COG-824/2008 ESTADO DE SANTA CATARINA. TRIBUNAL
DE CONTAS DO ESTADO. CONSULTORIA GERAL).

(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): Com base nas normas constitucionais que tratam da ordem econômica e
financeira e da ordem social, assinale a opção correta: De acordo com a CF, as universidades, entes com
autonomia didático-científica, patrimonial, administrativa e de gestão financeira, devem tratar como
indissociáveis as atividades de ensino, pesquisa e extensão. BL: art. 210, caput, CF.

§ 1º É FACULTADO às UNIVERSIDADES ADMITIR professores, técnicos e cientistas


estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) (AGU-2007) (TRF2-2009)
(TRF4-2009) (MPT-2009) (MPDFT-2013) (TJRJ-2014) (PCSC-2014) (TRT16-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2017)

§ 2º O disposto neste artigo APLICA-SE às instituições de pesquisa científica e tecnológica.


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) (AGU-2007) (TRF2-2009) (MPDFT-2013)

Art. 208. O DEVER DO ESTADO COM A EDUCAÇÃO SERÁ EFETIVADO mediante a garantia
de:

I - EDUCAÇÃO BÁSICA OBRIGATÓRIA e GRATUITA dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de


idade, ASSEGURADA INCLUSIVE sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na
idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de
2009) (MPDFT-2009) (MPPB-2010) (TRF3-2011) (MPT-2012) (DPEAM-2011/2013) (MPES-2013) (TRF2-2013)
(DPEPR-2012/2014) (MPMT-2014) (MPPA-2014) (MPPR-2014) (DPERS-2014) (TJRR-2015) (TJGO-2015)
(MPAM-2015) (MPBA-2015) (TRT6-2015) (TJAM-2016) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (DPEAC-2017) (MPPI-
2012/2019) (DPESC-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

(DPESC-2021-FCC): Conforme previsão expressa da Constituição Federal de 1988, o dever do Estado


com a educação é efetivado mediante educação básica obrigatória e gratuita na faixa etária dos 4 aos 17
anos. BL: art. 208, I, CF.

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 14, de 1996) (MPF-2005) (TJMG-2007) (DPEPA-2009) (MPAP-2012) (DPEPR-2014) (TJRR-2015)
(DPEAP-2018) (MPMG-2019)

(MPMG-2019): O dever do Estado em relação à educação, consoante a CF/1988, será efetivado mediante
a garantia de progressiva universalização do ensino médio gratuito. BL: art. 208, II, CF.

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


PREFERENCIALMENTE na rede regular de ensino; (PGEPI-2008) (DPEPA-2009) (MPPB-2010) (PGEAM-
2010) (MPMT-2014) (DPEGO-2014) (TJRR-2015) (MPAM-2015) (MPBA-2015) (MPSP-2012/2013/2017)
(DPEAC-2017) (DPEAM-2018) (MPMG-2019) (MPPI-2019)

(MPMG-2019): O dever do Estado em relação à educação, consoante a CF/1988, será efetivado mediante
a garantia de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino. BL: art. 208, III, CF.

679
IV - EDUCAÇÃO INFANTIL, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (TJMG-2007) (PGEPI-2008) (PGEPE-2009) (PCRN-
2009) (MPPB-2010) (AGU-2010) (DPEAM-2011) (DPEMA-2011) (TRF3-2011) (DPESP-2010/2012) (MPAP-
2012) (DPEPR-2012) (DPEAM-2013) (MPAC-2014) (MPPR-2014) (DPEGO-2014) (PGM-Recife/PE-2014)
(TJRR-2015) (MPBA-2015) (MPMS-2015) (TRT6-2015) (PCPA-2016) (MPSP-2013/2014/2015/2017) (MPF-2017)
(MPPI-2012/2019) (TJRJ-2019) (MPMG-2019) (PCES-2019)

##Atenção: ##STF: ##DPEMA-2011: ##DPEAM-2013: ##MPAM-2015: ##MPRO-2017: ##MPSP-


2015/2019: ##CESPE: ##FMP: A educação infantil representa prerrogativa constitucional indisponível,
que, deferida às crianças, a estas assegura, para efeito de seu desenvolvimento integral, e como primeira
etapa do processo de educação básica, o atendimento em creche e o acesso à pré-escola (CF, art. 208, IV).
Essa prerrogativa jurídica, em consequência, impõe, ao Estado, por efeito da alta significação social de
que se reveste a educação infantil, a obrigação constitucional de criar condições objetivas que
possibilitem, de maneira concreta, em favor das “crianças até 5 (cinco) anos de idade” (CF, art. 208, IV), o
efetivo acesso e atendimento em creches e unidades de pré-escola, sob pena de configurar-se inaceitável
omissão governamental, apta a frustrar, injustamente, por inércia, o integral adimplemento, pelo Poder
Público, de prestação estatal que lhe impôs o próprio texto da Constituição Federal. A educação infantil,
por qualificar-se como direito fundamental de toda criança, não se expõe, em seu processo de
concretização, a avaliações meramente discricionárias da Administração Pública nem se subordina a
razões de puro pragmatismo governamental. STF. 2ª T., ARE 639337 AgR, Min. Rel. Celso de Mello, j.
23/08/11.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A educação infantil, por qualificar-se como direito fundamental
de toda criança, não se expõe, em seu processo de concretização, a avaliações meramente discricionárias da
Administração Pública, caracterizando-se inconstitucional a abstenção do dever de implementar políticas
públicas definidas no próprio texto constitucional. BL: Entend. Jurisprud.
(DPEMA-2011-CESPE): O MP ajuizou ação para garantir o efetivo acesso de crianças com idades de zero
a seis anos em creches públicas e unidades de pré-escola de determinado município, que contestou a ação
sob o argumento de que não tinha obrigação constitucional de garantir tal direito. Com referência a essa
situação hipotética, assinale a opção correta de acordo com o entendimento dominante no STF: Foi
improcedente a contestação, visto que a educação infantil, por qualificar-se como direito fundamental de
toda criança, não se expõe, em seu processo de concretização, a avaliações meramente discricionárias da
administração pública, tampouco se subordina a razões de pura conveniência e oportunidade
governamental. BL: Entend. Jurisprud.

(MPSP-2015): A educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 anos de idade, é obrigatória e
gratuita. BL: art. 208, IV, CF e art. 4º, II da Lei 9394.

(DPEPR-2012-FCC): A Defensoria Pública recebe a demanda de algumas mães que têm filhos
pequenos em creches municipais que fecham, todos os anos, em janeiro e julho e que enfrentam sérias
dificuldades para cuidar de seus filhos nessa época do ano sem deixar de trabalhar. Ao analisar a
situação conclui-se que não pode haver interrupção do serviço, pois é dever do Estado garantir a
educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 anos de idade, bem como é direito social das
trabalhadoras assistência gratuita aos filhos desde o nascimento em creches e pré-escolas. BL: art. 7º,
XXV c/c art. 208, IV, CF.159

V - ACESSO AOS NÍVEIS MAIS ELEVADOS do ensino, da pesquisa e da criação artística,


segundo a capacidade de cada um; (MPSP-2013) (TJRR-2015) (MPMS-2015) (MPMG-2019) (MPPI-2019)
(DPESP-2019)

(MPMG-2019): O dever do Estado em relação à educação, consoante a CF/1988, será efetivado mediante
a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um. BL: art. 208, V, CF.

159
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: (...) XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas;
680
VI - oferta de ensino NOTURNO REGULAR, ADEQUADO às CONDIÇÕES DO EDUCANDO;
(TJMG-2007) (TRT8-2015)

VII - atendimento ao educando, EM TODAS AS ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, por meio de


programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (MPAP-2012) (MPRO-2013) (MPAC-2014) (MPPA-
2014) (MPAM-2015) (MPBA-2018) (DPEAM-2018) (MPPI-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019)

(MPBA-2018): No que se refere às normas constitucionais aplicáveis à Educação, assinale a alternativa


correta: O atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas
suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde constitui dever
do Estado. BL: art. 208, VII, CF.

§ 1º O acesso ao ensino OBRIGATÓRIO e GRATUITO É direito público subjetivo. (MPF-2005)


(MPDFT-2009) (PGEPE-2009) (AGU-2010) (DPEMA-2011) (DPERS-2011) (PCSC-2014) (MPBA-2015)
(MPSP-2015) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (MPSP-2017)

(DPEBA-2016-FCC): A respeito dos direitos sociais: A Constituição Federal consagra expressamente o


direito à educação como direito público subjetivo. BL: art. 208, §1º, CF.

(MPSP-2015): O acesso ao ensino infantil (creche e pré-escola) constitui direito público subjetivo. BL: art.
208, §1º, CF.

§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular,


IMPORTA RESPONSABILIDADE da autoridade competente. (DPEMA-2011) (DPERS-2011)
(DPEGO-2014) (MPBA-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCPA-2016)

§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a


chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola. (DPEAM-2011)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPMT-2019: ##MPAP-2021: ##Cartórios/TJSC-2021: ##CESPE: ##FCC:


##FGV: Não é possível, atualmente, o ensino domiciliar (homeschooling) como meio lícito de
cumprimento, pela família, do dever de prover educação. Não há, na CF/88, uma vedação absoluta ao
ensino domiciliar. A CF/88, apesar de não o prever expressamente, não proíbe o ensino domiciliar. No
entanto, o ensino domiciliar não pode ser atualmente exercido porque não há legislação que
regulamente os preceitos e as regras aplicáveis a essa modalidade de ensino. Assim, o ensino
domiciliar somente pode ser implementado no Brasil após uma regulamentação por meio de lei na
qual sejam previstos mecanismos de avaliação e fiscalização, devendo essa lei respeitar os
mandamentos constitucionais que tratam sobre educação. STF. Plenário. RE 888815/RS, rel. orig. Min.
Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes, j. 12/9/18 (repercussão geral) (Info 915).
(Cartórios/TJSC-2021-FGV): Os pais de Alexandre, criança com 4 anos de idade, consultaram um advogado
sobre a possibilidade de lhe oferecerem educação domiciliar, em vez de o matricularem em uma escola
regular. Como os pais tinham formação em pedagogia e ampla experiência com a docência, entendiam que
poderiam maximizar o tempo disponível e obter melhores resultados com a educação domiciliar. O
advogado respondeu, corretamente, que, de acordo com a ordem constitucional brasileira: a matrícula em
escola regular, ainda que Alexandre se encontrasse na educação infantil, era obrigatória, o que não poderia
ser substituído pela educação domiciliar. BL: art. 208, caput, I, CF e Info 915, STF.

Art. 209. O ENSINO É livre à iniciativa privada, ATENDIDAS as SEGUINTES CONDIÇÕES:


(MPBA-2010) (PGEAM-2010) (MPDFT-2011) (PGEMT-2011) (MPMG-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-
2014) (MPMS-2015) (TJMT-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; (MPDFT-2011) (PGEMT-2011) (DPERS-


2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPMS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2019)

681
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. (MPBA-2010) (PGEAM-2010) (MPDFT-
2011) (PGEMT-2011) (DPERS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPMS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2019) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2011: Os serviços de educação, seja os prestados pelo Estado, seja os
prestados por particulares, configuram serviço público não privativo, podendo ser desenvolvidos pelo
setor privado independentemente de concessão, permissão ou autorização. STF. Plenário. ADI 1007,
Relator(a): EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 31/08/2005.

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º O ENSINO RELIGIOSO, de matrícula facultativa, CONSTITUIRÁ disciplina dos horários


normais das escolas públicas de ENSINO FUNDAMENTAL. (PGEPI-2008) (DPEPA-2009) (PCRN-2009)
(PGEAM-2010) (DPERR-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (PCSC-2014) (TJSC-2015) (PCDF-
2015) (TRT21-2015) (PCPA-2016) (DPEAC-2017) (MPBA-2010/2018) (DPEAP-2018) (Anal. Judic./STJ-2018)
(MPGO-2019) (MPSC-2019) (MPMT-2019) (DPESP-2019) (MPRS-2014/2021) (TJMA-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPBA-2018: ##Anal. Judic./STJ-2018: ##MPSC-2019: ##MPGO-2019:


##MPMT-2019: ##DPESP-2019: ##MPRS-2021: ##TJMA-2022: ##CESPE: ##FCC: A CF/88 prevê que
“o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.” (art. 210, § 1º). Diante disso, nas escolas públicas são oferecidas aulas
de ensino religioso, normalmente vinculadas a uma religião específica. É o chamado ensino religioso
confessional. O PGR ajuizou ADI pedindo que fosse conferida interpretação conforme a Constituição
ao art. 33, §§ 1º e 2º da LDB e ao art. 11, § 1º do acordo Brasil-Santa Sé. Na ação, o PGR afirmava que
não é permitido que se ofereça ensino religioso confessional (vinculado a uma religião específica).
Para o autor, o ensino religioso deve ser voltado para a história e a doutrina das várias religiões,
ensinadas sob uma perspectiva laica e deve ser ministrado por professores regulares da rede pública
de ensino, e não por pessoas vinculadas às igrejas. O STF julgou improcedente a ADI e decidiu que o
ensino religioso nas escolas públicas brasileiras pode ter natureza confessional, ou seja, pode sim ser
vinculado a religiões específicas. A partir da conjugação do binômio Laicidade do Estado (art. 19, I) e
Liberdade religiosa (art. 5º, VI), o Estado deverá assegurar o cumprimento do art. 210, § 1º, CF/88,
autorizando na rede pública, em igualdade de condições o oferecimento de ensino confessional das
diversas crenças, mediante requisitos formais previamente fixados pelo Ministério da Educação.
Assim, deve ser permitido aos alunos, que expressa e voluntariamente se matricularem, o pleno
exercício de seu direito subjetivo ao ensino religioso como disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental, ministrada de acordo com os princípios de sua confissão religiosa,
por integrantes da mesma, devidamente credenciados a partir de chamamento público e,
preferencialmente, sem qualquer ônus para o Poder Público. Dessa forma, o STF entendeu que a
CF/88 não proíbe que sejam oferecidas aulas de uma religião específica, que ensine os dogmas ou
valores daquela religião. Não há qualquer problema nisso, desde que se garanta oportunidade a todas
as doutrinas religiosas. STF. Plenário. ADI 4439/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, j. 27/9/17 (Info 879).
(MPGO-2019): Segundo jurisprudência recente do STF, o ensino religioso nas escolas públicas de ensino
fundamental, que constituirá disciplina dos horários normais, poderá ter natureza confessional, na medida
que sua matrícula é facultativa nos termos do artigo 210, § 1°, da CF/88. BL: Info 879, STF.
(DPESP-2019-FCC): O art. 19, I, CF/88, proíbe que a União, Estados, Distrito Federal e Municípios
estabeleçam cultos religiosos ou igrejas, que os subvencionem ou mantenham com eles relação de
dependência ou aliança. Ao mesmo tempo, a CF/88 garante a liberdade de consciência e de crença (art. 5º,
VI), bem como assegura que ninguém pode ser privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política (art. 5º , VIII). Tais normas compõem o que se denomina de Estado Laico.
Sobre a laicidade estatal, no julgamento da ADI 4439, entendeu-se que o ensino religioso nas escolas
públicas não viola a laicidade estatal sob o argumento, dentre outros, de que seria de matrícula facultativa,
podendo ser até mesmo confessional, pois a laicidade estatal tem significado de “neutralidade” e não de
“oposição” ou “beligerância” às religiões. BL: Info 879, STF.
(MPBA-2018): Sobre os direitos fundamentais em espécie positivados na Constituição Federal, tal qual
interpretados pelo STF, responda: O ensino religioso em escolas públicas pode ter natureza confessional,
não havendo que se falar em violação à cláusula da laicidade do Estado e ao direito fundamental à
liberdade religiosa. BL: Info 879, STF.

682
(TJSC-2015-FCC): É inconstitucional lei que proíba o ensino religioso como disciplina a ser ministrada
nos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. BL: art. 210, §1º, CF.

(MPRS-2014): Considere a seguinte afirmação sobre Direitos Fundamentais: Uma das posições
jusfundamentais que decorre do regime constitucional da liberdade religiosa é o direito subjetivo ao
ensino religioso em escola pública de ensino fundamental. BL: art. 210, §1º, CF.

(DPERR-2013-CESPE): O ensino religioso deve existir obrigatoriamente nas escolas públicas de ensino
fundamental, sem que tal circunstância caracterize afronta à liberdade de crença. BL: art. 210, §1º, CF.

§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, ASSEGURADA às


comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem. (PCRN-2009) (PCSC-2014) (TRT21-2015) (DPEAC-2017) (PCES-2019)

(DPEAC-2017-CESPE): Segundo a CF, o Estado proverá a educação mediante, entre outras, a oferta de
ensino fundamental ministrado no idioma vernáculo, sendo assegurada às comunidades indígenas a
utilização de suas línguas maternas. BL: art. 210, §2º, CF.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ORGANIZARÃO em regime de


colaboração SEUS SISTEMAS DE ENSINO. (PGESP-2009) (MPAP-2012) (DPERS-2014) (TJGO-2015)
(MPBA-2015) (MPSP-2017) (PCES-2019) (MPMG-2021)

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições


de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de
forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino
mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) (MPBA-2015)

§ 2º Os Municípios ATUARÃO PRIORITARIAMENTE no ensino fundamental e na educação


infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) (PCRN-2009) (DPESP-2010) (DPEMA-
2011) (MPAP-2012) (MPGO-2012) (TJRJ-2014) (MPAC-2014) (MPMT-2014) (DPERS-2014) (MPBA-2015)
(TRF1-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (DPEBA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPSP-2012/2013/2015/2017) (TJSC-
2017) (MPF-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEAP-2018) (PCES-2019) (MPT-2020) (MPMG-2012/2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJPR-2017: ##MPF-2017: ##MPBA-2018: ##PCES-2019: ##MPT-2020:


##CESPE: Poder Judiciário pode obrigar Município a fornecer vaga em creche: O Poder Judiciário
pode obrigar o Município a fornecer vaga em creche a criança de até 5 anos de idade. A educação
infantil, em creche e pré-escola, representa prerrogativa constitucional indisponível garantida às
crianças até 5 anos de idade, sendo um dever do Estado (art. 208, IV, da CF/88). Os Municípios, que
têm o dever de atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da
CF/88), não podem se recusar a cumprir este mandamento constitucional, juridicamente vinculante,
que lhes foi conferido pela Constituição Federal. STF. Decisão monocrática. RE 956475, Rel. Min. Celso
de Mello, j. 12/05/16 (Info 827).

§ 3º Os Estados e o Distrito Federal ATUARÃO PRIORITARIAMENTE no ensino fundamental e


médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) (PGEPI-2008) (PCRN-2009) (MPAP-2012) (MPGO-
2012) (TJRJ-2014) (DPERS-2014) (MPSP-2013/2015) (MPBA-2015) (TRF1-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
(DPEBA-2016) (PCPA-2016) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (DPEAP-2018) (MPMG-2021) (DPERJ-2021)

(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): Acerca de assuntos relacionados à disciplina da saúde e da educação


na CF, julgue o item que se segue: Os municípios devem atuar prioritariamente no ensino fundamental e
na educação infantil, ao passo que os estados devem atuar prioritariamente no ensino fundamental e no
médio. BL: art. 211, §§1º e 2º, CF.

683
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a
equidade do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006)

(DPEAP-2018-FCC): A Constituição Federal, ao dispor sobre a Educação, estabelece que a educação


básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. BL: art. 211, §5º, CF.

§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão ação redistributiva em relação a


suas escolas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

§ 7º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § 1º deste artigo considerará as condições


adequadas de oferta e terá como referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de
colaboração na forma disposta em lei complementar, conforme o parágrafo único do art. 23 desta
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

Art. 212. A UNIÃO APLICARÁ, anualmente, NUNCA MENOS DE DEZOITO, e os ESTADOS, o


DISTRITO FEDERAL e os MUNICÍPIOS VINTE E CINCO POR CENTO, no mínimo, da receita
resultante de impostos, COMPREENDIDA a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento DO ENSINO. (TJMG-2007) (TJRR-2008) (PGEAL-2009) (PGEAM-2010) (PGESP-2009/2012)
(MPTO-2012) (MPAC-2014) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (MPPR-2014) (DPERS-2014) (TJGO-2015) (MPBA-
2015) (TRF1-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPRS-2014/2016) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (PGM-POA/RS-
2016) (PGM-Curitiba/PR-2019)

##Atenção: ##STF: ##PGM-Salvador/BA-2015: ##CESPE: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MINISTÉRIO


PÚBLICO. MUNICÍPIO: APLICAÇÃO, NO ENSINO, DO PERCENTUAL DE 25% DA RECEITA
PROVENIENTE DE IMPOSTOS. INTERESSE SOCIAL RELEVANTE: LEGITIMIDADE ATIVA DO
MINISTÉRIO PÚBLICO. C.F., art. 127, art. 129, III, art. 212. I. - Ação civil pública promovida pelo
Ministério Público contra Município para o fim de compeli-lo a incluir, no orçamento seguinte,
percentual que completaria o mínimo de 25% de aplicação no ensino. C.F., art. 212. II. - Legitimidade
ativa do Ministério Público e adequação da ação civil pública, dado que esta tem por objeto interesse
social indisponível (C.F., art. 6º, arts. 205 e segs, art. 212), de relevância notável, pelo qual o Ministério
Público pode pugnar (C.F., art. 127, art. 129, III). STF. 2ª T., RE 190938, Rel. Min. Carlos Velloso, Rel. p/
Ac. Gilmar Mendes, j. 14/03/06.
(PGM-Salvador/BA-2015-CESPE): Assinale a opção correta no que diz respeito à disciplina das funções
essenciais à justiça: O MP estadual tem legitimidade ativa para promover ACP com a finalidade de obter
provimento judicial que obrigue o município a aplicar o mínimo constitucionalmente exigido da receita
resultante de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino. BL: Entend. Jurisprud.

(MPRS-2016): Nos moldes fixados pelo art. 212 da Carta da República, é correto afirmar que a União
aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e
cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. BL: art. 212, caput, da CF. [adaptada]

OBS: Dica:
 A União = Nunca menos de 18%
 Os Estados/DF e Municípios = No mínimo, 25%

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, NÃO É CONSIDERADA, para efeito do
cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. (TJRR-2008) (MPTO-2012) (MPPA-2014)
(MPRS-2016)

(MPRS-2016): Nos moldes fixados pelo art. 212 da Carta da República, é correto afirmar que a parcela da
arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou
pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo,

684
receita do governo que a transferir. BL: art. 212, §1º da CF. [adaptada]

§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas
de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.

§ 3º A DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS ASSEGURARÁ prioridade ao atendimento


das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de
qualidade e equidade, nos termos do PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 59, de 2009) (MPTO-2012) (MPPA-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPRS-2016)

(MPRS-2016): Nos moldes fixados pelo artigo 212 da Carta da República, é correto afirmar que a
distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino
obrigatório, no que se refere à universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos
do plano nacional de educação. BL: art. 212, §3º da CF. [adaptada]

§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII,


serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários .
(MPPA-2014)

§ 5º A EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA TERÁ como fonte adicional de financiamento a


CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO, RECOLHIDA pelas empresas na forma da lei.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) (PGEPB-2008) (PCMG-2008) (MPTO-2012)
(Cartórios/TJPE-2013) (AGU-2013) (MPPA-2014) (MPRS-2016)

Súmula 732-STF: É constitucional a cobrança da contribuição do salário-educação, seja sob a Carta de


1969, seja sob a CF de 1988, e no regime da Lei 9.424/1996.

(MPRS-2016): Nos moldes fixados pelo artigo 212 da Carta da República, é CORRETO afirmar que a
educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-
educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. BL: art. 212, §5, CF. [adaptada]

§ 6º As COTAS ESTADUAIS e MUNICIPAIS da arrecadação da contribuição social do salário-


educação SERÃO DISTRIBUÍDAS proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação
básica nas respectivas REDES PÚBLICAS DE ENSINO. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
(MPTO-2012) (MPRS-2016)

(MPPA-2014-FCC): Ao disciplinar as formas de financiamento e aplicação de recursos públicos na


educação, a Constituição da República estabelece que a contribuição social do salário-educação
funcionará como fonte adicional de financiamento da educação básica pública, devendo as cotas
estaduais e municipais de sua arrecadação ser distribuídas proporcionalmente ao número de alunos
matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. BL: art. 212, §§5º e 6º, CF.

(TJRR-2008-FCC): Sobre a aplicação de recursos públicos na educação, estabelece a Constituição da


República que as cotas estaduais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão
distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica na respectiva
rede de ensino. BL: art. 212, §6º, CF.

§ 7º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ 5º e 6º deste artigo para pagamento de
aposentadorias e de pensões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

§ 8º Na hipótese de extinção ou de substituição de impostos, serão redefinidos os percentuais


referidos no caput deste artigo e no inciso II do caput do art. 212-A, de modo que resultem recursos
vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, bem como os recursos subvinculados aos
fundos de que trata o art. 212-A desta Constituição, em aplicações equivalentes às anteriormente praticadas .
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

§ 9º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de avaliação e de controle das despesas com educação
nas esferas estadual, distrital e municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se
refere o caput do art. 212 desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na educação
685
básica e à remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas as seguintes disposições : (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus


Municípios é assegurada mediante a instituição, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb), de natureza contábil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

II - os fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão constituídos por 20% (vinte por cento)
dos recursos a que se referem os incisos I, II e III do caput do art. 155, o inciso II do caput do art. 157, os
incisos II, III e IV do caput do art. 158 e as alíneas "a" e "b" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta
Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

III - os recursos referidos no inciso II do caput deste artigo serão distribuídos entre cada Estado e seus
Municípios, proporcionalmente ao número de alunos das diversas etapas e modalidades da educação
básica presencial matriculados nas respectivas redes, nos âmbitos de atuação prioritária, conforme
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição, observadas as ponderações referidas na alínea "a"
do inciso X do caput e no § 2º deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

IV - a União complementará os recursos dos fundos a que se refere o inciso II do caput deste artigo;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

V - a complementação da União será equivalente a, no mínimo, 23% (vinte e três por cento) do total
de recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, distribuída da seguinte forma : (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

a) 10 (dez) pontos percentuais no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, sempre que o valor
anual por aluno (VAAF), nos termos do inciso III do caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido
nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

b) no mínimo, 10,5 (dez inteiros e cinco décimos) pontos percentuais em cada rede pública de ensino
municipal, estadual ou distrital, sempre que o valor anual total por aluno (VAAT), referido no inciso VI
do caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido nacionalmente ; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 108, de 2020)

c) 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais nas redes públicas que, cumpridas
condicionalidades de melhoria de gestão previstas em lei, alcançarem evolução de indicadores a serem
definidos, de atendimento e melhoria da aprendizagem com redução das desigualdades, nos termos do
sistema nacional de avaliação da educação básica; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

VI - o VAAT será calculado, na forma da lei de que trata o inciso X do caput deste artigo, com base
nos recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, acrescidos de outras receitas e de
transferências vinculadas à educação, observado o disposto no § 1º e consideradas as matrículas nos termos
do inciso III do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

VII - os recursos de que tratam os incisos II e IV do caput deste artigo serão aplicados pelos Estados e
pelos Municípios exclusivamente nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme estabelecido nos
§§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

VIII - a vinculação de recursos à manutenção e ao desenvolvimento do ensino estabelecida no art. 212


desta Constituição suportará, no máximo, 30% (trinta por cento) da complementação da União,
considerados para os fins deste inciso os valores previstos no inciso V do caput deste artigo; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

IX - o disposto no caput do art. 160 desta Constituição aplica-se aos recursos referidos nos incisos II e
IV do caput deste artigo, e seu descumprimento pela autoridade competente importará em crime de
responsabilidade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

X - a lei disporá, observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput e no § 1º do
art. 208 e as metas pertinentes do plano nacional de educação, nos termos previstos no art. 214 desta
Constituição, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
686
a) a organização dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo e a distribuição proporcional
de seus recursos, as diferenças e as ponderações quanto ao valor anual por aluno entre etapas,
modalidades, duração da jornada e tipos de estabelecimento de ensino, observados as respectivas
especificidades e os insumos necessários para a garantia de sua qualidade ; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)

b) a forma de cálculo do VAAF decorrente do inciso III do caput deste artigo e do VAAT referido no
inciso VI do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

c) a forma de cálculo para distribuição prevista na alínea "c" do inciso V do caput deste
artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

d) a transparência, o monitoramento, a fiscalização e o controle interno, externo e social dos fundos


referidos no inciso I do caput deste artigo, assegurada a criação, a autonomia, a manutenção e a
consolidação de conselhos de acompanhamento e controle social, admitida sua integração aos conselhos de
educação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

e) o conteúdo e a periodicidade da avaliação, por parte do órgão responsável, dos efeitos


redistributivos, da melhoria dos indicadores educacionais e da ampliação do atendimento ; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

XI - proporção não inferior a 70% (setenta por cento) de cada fundo referido no inciso I
do caput deste artigo, excluídos os recursos de que trata a alínea "c" do inciso V do caput deste artigo, será
destinada ao pagamento dos profissionais da educação básica em efetivo exercício, observado, em relação
aos recursos previstos na alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, o percentual mínimo de 15% (quinze
por cento) para despesas de capital; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

XII - lei específica disporá sobre o piso salarial profissional nacional para os profissionais do
magistério da educação básica pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

XIII - a utilização dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212 desta Constituição para a
complementação da União ao Fundeb, referida no inciso V do caput deste artigo, é vedada. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

§ 1º O cálculo do VAAT, referido no inciso VI do caput deste artigo, deverá considerar, além dos
recursos previstos no inciso II do caput deste artigo, pelo menos, as seguintes disponibilidades : (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

I - receitas de Estados, do Distrito Federal e de Municípios vinculadas à manutenção e ao


desenvolvimento do ensino não integrantes dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

II - cotas estaduais e municipais da arrecadação do salário-educação de que trata o § 6º do art. 212


desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

III - complementação da União transferida a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios nos termos
da alínea "a" do inciso V do caput deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

§ 2º Além das ponderações previstas na alínea "a" do inciso X do caput deste artigo, a lei definirá
outras relativas ao nível socioeconômico dos educandos e aos indicadores de disponibilidade de recursos
vinculados à educação e de potencial de arrecadação tributária de cada ente federado, bem como seus
prazos de implementação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

§ 3º Será destinada à educação infantil a proporção de 50% (cinquenta por cento) dos recursos globais
a que se refere a alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, nos termos da lei. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)

Art. 213. Os RECURSOS PÚBLICOS SERÃO DESTINADOS às escolas públicas, PODENDO SER
DIRIGIDOS a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, DEFINIDAS em lei, que: (AGU-2007)
(TJRR-2008) (PGESP-2009) (PGEMT-2011) (TRF4-2012) (MPPA-2014)

687
I - COMPROVEM finalidade não-lucrativa e APLIQUEM seus excedentes financeiros em
educação; (PGESP-2009) (TRF4-2012) (MPPA-2014)

II - ASSEGUREM a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou


confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. (TRF4-2012) (MPPA-2014)

(MPBA-2018): No que se refere às normas constitucionais aplicáveis à Educação, assinale a alternativa


correta: Recursos públicos podem ser dirigidos a escolas comunitárias, desde que assegurem a
destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder
Público, no caso de encerramento de suas atividades. BL: art. 213, CF.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo PODERÃO SER DESTINADOS a bolsas de estudo para o
ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do
educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na
localidade. (TJRR-2008) (PGEMT-2011)

§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por


universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio
financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de
articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e
estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus
diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes
esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (DPECE-
2014) (PGM-Recife/PE-2014)

I - erradicação do analfabetismo; (PGM-Recife/PE-2014)

##Atenção: ##STF: ##MPGO-2019: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR


OMISSÃO EM RELAÇÃO AO DISPOSTO NOS ARTS. 6º, 23, INC. V, 208, INC. I, e 214, INC. I, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ALEGADA INÉRCIA ATRIBUÍDA AO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA PARA ERRADICAR O ANALFABETISMO NO PAÍS E PARA IMPLEMENTAR O
ENSINO FUNDAMENTAL OBRIGATÓRIO E GRATUITO A TODOS OS BRASILEIROS. 1. Dados
do recenseamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística demonstram redução do índice da
população analfabeta, complementado pelo aumento da escolaridade de jovens e adultos. 2. Ausência
de omissão por parte do Chefe do Poder Executivo federal em razão do elevado número de programas
governamentais para a área de educação. 3. A edição da Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional) e da Lei 10.172/01 (Aprova o Plano Nacional de Educação) demonstra atuação do
Poder Público dando cumprimento à Constituição. STF. Plenário. ADI 1698, Rel. Min. Cármen Lúcia, j.
25/02/10.
(MPGO-2019): Sobre os direitos sociais, aponte a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: Em
virtude do elevado número de programas governamentais para área da educação, bem como da edição da
Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e da Lei 10.172/01 (Plano Nacional de Educação), o STF
decidiu pela ausência de omissão do Chefe do Poder Executivo Federal na erradicação do analfabetismo.
BL: Entend. Jurisprud.

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho; (DPECE-2014)

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

688
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do
produto interno bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

Seção II
DA CULTURA

Art. 215. O Estado GARANTIRÁ a todos o PLENO EXERCÍCIO dos direitos culturais e ACESSO
ÀS FONTES da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações
culturais. (MPPR-2008) (TRF1-2009) (PCGO-2013) (MPF-2011/2017) (Cartórios/TJPR-2019) (MPMG-2022)

(MPMG-2022): Sobre a tutela do patrimônio cultural, é correto afirmar: É dever do Estado garantir a
todos o exercício pleno dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional, bem como apoiar e
incentivar a valorização e a difusão das manifestações culturais. BL: art. 215, caput, CF.

§ 1º O Estado PROTEGERÁ as MANIFESTAÇÕES DAS CULTURAS populares, indígenas e afro-


brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. (DPEBA-2010)
(DPERS-2011) (MPMG-2013) (PCGO-2013) (PGEPI-2014) (MPF-2011/2015/2017) (DPEAM-2021)

(DPEAM-2021-FCC): A Constituição Federal de 1988 consolidou regras, mais gerais ou mais


específicas, que contemplam interesses da população negra. Assim, o texto constitucional,
expressamente, atribui ao Estado o dever de proteger as manifestações das culturas populares afro-
brasileiras e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. BL: art. 215, §1º, CF.

##Atenção: ##MPF-2015: A Constituição Federal, em seu art. 215, § 1º, ao estabelecer que “O Estado
protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes
do processo civilizatório nacional”, analógica do tratamento dado à questão indígena aos demais grupos
étnicos. Segundo Débora Duprat, “(...) corolário do [...] preceito constitucional é o banimento definitivo das
categorias, positivadas no ordenamento jurídico pretérito no trato da questão indígena, de aculturados ou
civilizados”. (Fonte: DUPRAT, Deborah. O Estado Pluriétnico. In: LIMA, Antonio Carlos de Souza,
BARROSO-HOFFMANN, Maria. Além da Tutela: bases para uma nova política indigenista III, Rio de
Janeiro: LACED, 2002, pp. 43 e 44).

§ 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes
segmentos étnicos nacionais.

§ 3º A lei estabelecerá o PLANO NACIONAL DE CULTURA, de duração plurianual, visando ao


desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005) (PCGO-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (Cartórios/TJMG-2015)

I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro ; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48,
de 2005) (PCGO-2013)

II - produção, promoção e difusão de bens culturais ; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de
2005) (PCGO-2013)

III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões ;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005) (PCGO-2013) (PGM-Recife/PE-2014)

IV - democratização do acesso aos bens de cultura ; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de
2005) (PCGO-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (Cartórios/TJMG-2015)

V - valorização da diversidade étnica e regional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
(PCGO-2013) (PGM-Recife/PE-2014)

Art. 216. CONSTITUEM PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO os bens de natureza material e


imaterial, TOMADOS individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais SE INCLUEM: (TJAP-2008)
(PGEPA-2011) (TJDFT-2012) (TJRJ-2012) (MPPI-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (Cartórios/TJPE-2013)

689
(PGDF-2013) (PCGO-2013) (TJMT-2014) (TRF5-2011/2015) (MPAM-2015) (DPEPA-2015) (PGEPR-2015)
(PGEAM-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPF-2015/2017) (DPESC-2017) (PGEAC-2017) (MPMG-
2010/2012/2013/2014/2019) (PCES-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

(MPMG-2018): O patrimônio cultural brasileiro é constituído pelos bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. BL: art. 216, CF.

I - as formas de expressão; (MPMG-2010) (PGEPA-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (PGDF-2013)


(PCGO-2013) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

II - os modos de criar, fazer e viver; (MPMG-2010) (PGEPA-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (PGDF-


2013) (PCGO-2013) (TRF5-2011/2015) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; (MPMG-2010) (PGEPA-2011) (MPPI-2012)


(MPTO-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PGDF-2013) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações


artístico-culturais; (MPMG-2010) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (PGDF-2013) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,


paleontológico, ecológico e científico. (MPPI-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (MPMG-2010/2013) (MPDFT-
2013) (PCGO-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGDF-2013) (TJMT-2014) (MPAM-2015) (DPEPA-2015) (MPF-
2015) (PGEAC-2017) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##PGDF-2013: ##CESPE: O art. 216 da CF/88 determina que caberá ao Poder Público
promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro incluindo-se no rol exemplificativo de elementos
caracterizadores do mesmo, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais,
bem como sítios de valor histórico e artístico. Portanto, a CF/88 não enquadra todos os bens que
integram o patrimônio cultural brasileiro, ou seja, o rol ali elencado é meramente exemplificativo,
podendo existir outros não especificados pelo texto constitucional.

§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, PROMOVERÁ e PROTEGERÁ o


PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e
desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. (TJTO-2007) (MPPB-2010) (TRF5-2011)
(PGERS-2011) (TJRJ-2012) (MPPI-2012) (TRF4-2012) (TJMA-2013) (PGDF-2013) (PGEGO-2013) (TJAP-2014)
(TJCE-2014) (TJPR-2014) (MPSC-2014) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJDFT-2012/2016) (PGEAM-2016) (PGEAC-
2014/2017) (MPRS-2017) (TJMG-2018) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (MPGO-2019) (MPMG-
2010/2012/2013/2018/2019/2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

(MPMG-2022): Sobre a tutela do patrimônio cultural, é correto afirmar: Ao Poder Público, com a
colaboração da comunidade, cabe o dever de promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro, por
meio de inventários, registros, vigilância, tombamento, desapropriação e outras formas de acautelamento
e preservação. BL: art. 216, §1º, CF.

(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta: O Poder Público, com a colaboração da comunidade,


promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância,
tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. BL: art. 216, §1º, CF.

(MPMG-2018): São formas de promoção e de proteção do patrimônio cultural brasileiro o inventário, o


registro, a vigilância, o tombamento e a desapropriação, sem prejuízo de outras formas de acautelamento
e preservação. BL: art. 216, §1º, CF.

(TJDFT-2016-CESPE): Assinale a opção correta, segundo a qual a modalidade de intervenção na


propriedade privada sujeita o bem, cuja conservação seja de interesse público, por sua importância
histórica, artística, arqueológica, bibliográfica ou etnológica, a restrições parciais, mediante procedimento
administrativo: tombamento. BL: art. 216, §1º, CF e art. 1º do Dec.-Lei 25/37160.
160
Art. 1º Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no
país e cuja conservação seja de interêsse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do
Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.
690
(TJCE-2014-FCC): O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de determinado Município estudou
uma dança folclórica típica do local, pretendendo preservá-la. Para tanto, poderá registrar tal dança
folclórica por se tratar de patrimônio imaterial. BL: art. 216, I e II, CF.

##Atenção: O Decreto 3.551/00 foi instituído justamente por conta da lacuna constitucional em afirmar
qual instrumento adequado para a proteção de bem imaterial, onde constam as formas de expressão
(inciso I), e os modos de criar, fazer e viver (inciso II), ambos do art. 216 da CF. Para tanto, o referido
decreto instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial.

##Atenção: O registro do patrimônio imaterial é comumente confundido com o tombamento. No


entanto, diferencia-se deste, pois por considerar manifestações puramente simbólicas, não se presta a
imobilizar ou impedir modificações nessa forma de patrimônio. Seu propósito é inventariar e registrar as
características dos bens intangíveis, de modo a manter viva e acessível as tradições e suas referências
culturais. No Brasil, o registro em nível federal foi instituído pelo Decreto 3.551/00 (Fonte: Wikipedia).

(PGDF-2013-CESPE): Acerca do patrimônio cultural e da proteção ambiental das terras indígenas, julgue
o item que segue: A promoção e proteção do patrimônio cultural brasileiro é responsabilidade do poder
público, com a colaboração da comunidade, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e
desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. BL: art. 216, §1º, CF.

§ 2º CABEM à ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, na forma da lei, a gestão da documentação


governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. (PGDF-2013)
(MPRS-2017) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

§ 3º A lei ESTABELECERÁ INCENTIVOS para a produção e o conhecimento de bens e valores


culturais. [Obs.: norma constitucional de eficácia LIMITADA.] (MPRS-2017) (PGESE-2017)

§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei. (MPF-2011)

§ 5º FICAM TOMBADOS todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas


dos ANTIGOS QUILOMBOS. (TJAP-2008) (MPMG-2010/2013/2014) (TRF4-2014) (DPEPA-2015) (PGEPR-
2015) (MPF-2011/2017) (MPRS-2017) (DPESC-2017) (TJMG-2018) (TJRS-2018) (PCES-2019) (DPEAM-2021)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)

##Atenção: ##Doutrina: ##STF: ##TJRS-2018: ##VUNESP: Possibilidade ou não de instituição do


tombamento por meio da lei: A doutrina majoritária entende que ressalvado a hipótese instituída pelo
art. 216, §5º da CF/88161, o tombamento somente poderá ser instituído por ato do Poder Executivo,
sendo inviável a formalização por meio da legislação. Um dos argumentos contrários à
impossibilidade tombamento legal diz respeito à necessidade de análise técnica da presença do valor
cultural do bem, o que se dá por meio da instauração do devido processo administrativo perante o
órgão ou entidade administrativa composta por especialistas no assunto, com a observância da ampla
defesa e do contraditório. Portanto, ressalvada a hipótese trazida pela CF/88, o tombamento apenas será
instituído por meio de atos administrativos. (OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Administrativo. Ed.
Método, 2020, p. 596-597). Todavia, o STF já admitiu o tombamento provisório por lei de efeitos
concretos, o que demandaria a continuidade dos atos de pelo Poder Executivo. É nesse sentido, a
conclusão que se extrai do seguinte trecho da ACO 1208, julgada pelo STF: “a Lei estadual 1.526/1994
configura tombamento de ofício e provisório, o qual é possível de ocorrer por ato legislativo, necessitando de
posterior implementação pelo Poder Executivo, mediante notificação ao ente federativo proprietário do bem,
nos termos do art. 5º do Decreto-Lei 25/37, oportunidade em que será exercido o contraditório e a ampla defesa.”
Desse modo, o Relator entendeu que não existe vedação ao tombamento feito por ato legislativo, visto
que tal providência possui caráter provisório, ficando o tombamento permanente, este sim, restrito a ato
do Executivo.

§ 6º É FACULTADO aos Estados e ao Distrito Federal VINCULAR a FUNDO ESTADUAL DE


FOMENTO À CULTURA até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o
financiamento de programas e projetos culturais, VEDADA a aplicação desses recursos NO
PAGAMENTO DE: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (PGEPB-2008) (TRF1-2009)
161
Art. 216. (...) § 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências
históricas dos antigos quilombos.
691
(MPMG-2013) (MPAC-2014) (PGERN-2014) (PGEMA-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017)
(DPEBA-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
(PGEPB-2008) (MPMG-2013) (MPAC-2014) (PGERN-2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (PGEPB-2008) (MPMG-
2013) (MPAC-2014) (PGERN-2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017)

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (PGEPB-2008) (MPAC-2014) (PGERN-
2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017)

Art. 216-A. O SISTEMA NACIONAL DE CULTURA, ORGANIZADO em regime de colaboração,


de forma descentralizada e participativa, INSTITUI um processo de gestão e promoção conjunta de
políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a
sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno
exercício dos direitos culturais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012) (MPMG-2022)

§ 1º O SISTEMA NACIONAL DE CULTURA FUNDAMENTA-SE na política nacional de cultura


e nas suas diretrizes, ESTABELECIDAS no Plano Nacional de Cultura, e REGE-SE pelos SEGUINTES
PRINCÍPIOS: Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 ) (MPRS-2014) (DPECE-2014) (PGEBA-
2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJPE-2015) (TJSC-2015) (DPEMA-2015) (DPEBA-2021)

I - diversidade das expressões culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (MPRS-
2014) (DPECE-2014) (TJPE-2015) (DPEMA-2015)

II - universalização do acesso aos bens e serviços culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº
71, de 2012 (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJPE-2015) (DPEMA-2015)

III - fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais; Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (PGM-Recife/PE-2014) (DPEMA-2015)

IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públicos e privados atuantes na área cultural ;
Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

V - integração e interação na execução das políticas, programas, projetos e ações desenvolvidas ;


Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (DPECE-2014)

VI - complementaridade nos papéis dos agentes culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71,
de 2012 (DPECE-2014) (PGEBA-2014) (TJPE-2015) (DPEBA-2021)

VII - transversalidade das políticas culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012
(PGM-Recife/PE-2014) (TJPE-2015) (DPEBA-2021)

VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil; Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012 (DPECE-2014) (DPEBA-2021)

IX - transparência e compartilhamento das informações; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71,


de 2012 (DPECE-2014) (TJPE-2015)

(TJPE-2015-FCC): Nos termos do texto constitucional, o Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na


política nacional de cultura e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Nacional de Cultura, e rege-se,
entre outros, pelos princípios da transversalidade das políticas culturais e da transparência e
692
compartilhamento das informações. BL: art. 216-A, §1º, VII e IX, CF.

X - democratização dos processos decisórios com participação e controle social; Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (TJMT-2014) (DPECE-2014) (TJPE-2015)

XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações; Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (DEPBA-2021)

(DPEBA-2021-FCC): O Sistema Nacional de Cultura rege-se, dentre outros, pelos princípios da


transversalidade das políticas culturais e da descentralização articulada e pactuada da gestão, dos
recursos e das ações. BL: art. 216-A, §1º, VII e XI, CF.

XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamentos públicos para a cultura . Incluído
pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TJPE-2015) (DPEBA-2021)

##Atenção: ##Cartórios/TJPR-2019: O Sistema Nacional de Cultural é orientado, de modo primordial,


pelo plano nacional de cultura, que tem duração plurianual. A Lei Rouanet é apenas um dos
instrumentos de um sistema de cultura.

§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cultura, nas respectivas esferas da Federação :


Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

I - órgãos gestores da cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

II - conselhos de política cultural; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

III - conferências de cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

IV - comissões intergestores; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

V - planos de cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

VI - sistemas de financiamento à cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

VII - sistemas de informações e indicadores culturais ; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de
2012

VIII - programas de formação na área da cultura; e Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

IX - sistemas setoriais de cultura. Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

§ 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sistema Nacional de Cultura, bem como de sua
articulação com os demais sistemas nacionais ou políticas setoriais de governo . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 71, de 2012)

§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão seus respectivos sistemas de


cultura em leis próprias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012) (PGEMA-2016)

Seção III
DO DESPORTO

Art. 217. É DEVER do Estado FOMENTAR práticas desportivas formais e não-formais, como
direito de cada um, observados: (MPSP-2010) (TRF2-2013) (TJDFT-2014) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e


funcionamento; (TRF2-2013)

693
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em
casos específicos, para a do desporto de alto rendimento; (PGM-Florianópolis/SC-2022)

III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional;

IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.

§ 1º O Poder Judiciário SÓ ADMITIRÁ ações relativas à DISCIPLINA e às COMPETIÇÕES


DESPORTIVAS após esgotarem-se as instâncias DA JUSTIÇA DESPORTIVA, regulada em lei. (TJDFT-
2007) (DPERS-2011) (TRF3-2011) (TJPA-2012) (DPERO-2012) (TRF2-2013) (TJMT-2014) (MPRS-2014)
(Cartórios/TJSE-2014) (DPU-2017) (PGEAC-2017) (TJMS-2020) (MPMG-2013/2021)

(TJAL-2019-FCC): Em relação à jurisdição, é correto afirmar que só haverá atividade jurisdicional relativa
à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva reguladas
em lei. BL: art. 217, §1º, CF (CPC).

##Atenção: ##STF: ##TRF2-2013: ##CESPE: A Justiça Desportiva é instância administrativa específica,


não vinculada ao Poder Judiciário, inexistindo previsão constitucional sobre a cumulação de cargos dos
magistrados neste caso. Nesse sentido, vejamos o teor do arts. 1º e 2º da Resolução 10/2005 do CNJ: “Art.
1º. É vedado o exercício pelos integrantes do Poder Judiciário de funções nos Tribunais de Justiça
Desportiva e em suas Comissões Disciplinares (Lei n° 9.615, de 24.03.98, arts. 52 e 53). (...) Art. 2º É
determinado aos atuais membros do Poder Judiciário que exercem funções nos Tribunais de Justiça Desportiva e em
suas Comissões Disciplinares que se desliguem dos referidos órgãos até o dia 31 de dezembro de 2005”. Acerca do
tema, o STF assim se pronunciou: “Mandado de segurança. Resolução 10/2005 do CNJ. Vedação ao
exercício de funções, por parte dos magistrados, em tribunais de justiça desportiva e suas comissões
disciplinares. Estabelecimento de prazo para desligamento. Norma proibitiva de efeitos concretos. Inaplicabilidade
da Súmula 266/STF. Impossibilidade de acumulação do cargo de juiz com qualquer outro, exceto o de
magistério. A proibição jurídica é sempre uma ordem, que há de ser cumprida sem que qualquer outro provimento
administrativo tenha de ser praticado. O efeito proibitivo da conduta – acumulação do cargo de integrante do Poder
Judiciário com outro, mesmo sendo este o da Justiça Desportiva – dá-se a partir da vigência da ordem e impede que
o ato de acumulação seja tolerado. A Resolução 10/2005 do CNJ consubstancia norma proibitiva, que incide, direta
e imediatamente, no patrimônio dos bens juridicamente tutelados dos magistrados que desempenham funções na
Justiça Desportiva e é caracterizada pela autoexecutoriedade, prescindindo da prática de qualquer outro ato
administrativo para que as suas determinações operem efeitos imediatos na condição jurídico-funcional dos
impetrantes. Inaplicabilidade da Súmula 266/STF. As vedações formais impostas constitucionalmente aos
magistrados objetivam, de um lado, proteger o próprio Poder Judiciário, de modo que seus integrantes sejam dotados
de condições de total independência e, de outra parte, garantir que os juízes dediquem-se, integralmente, às funções
inerentes ao cargo, proibindo que a dispersão com outras atividades deixe em menor valia e cuidado o desempenho
da atividade jurisdicional, que é função essencial do Estado e direito fundamental do jurisdicionado. O art. 95,
parágrafo único, I, da CR vinculou-se a uma proibição geral de acumulação do cargo de juiz com
qualquer outro, de qualquer natureza ou feição, salvo uma de magistério.” STF. Plenário. MS 25.938, Rel.
Min. Cármen Lúcia, j. 24/4/08.

(TRF4-2009): Até que sejam esgotadas as instâncias legais da justiça desportiva, no prazo constitucional,
não caberá ao Poder Judiciário conhecer de ações relativas à disciplina e às competições esportivas. BL:
art. 217, §1º, CF.

§ 2º A JUSTIÇA DESPORTIVA TERÁ o prazo máximo de sessenta dias, CONTADOS da


instauração do processo, para proferir decisão final. [obs.: norma formalmente constitucional] (MPMG-2013)
(Cartórios/TJMG-2019)

§ 3º O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social. (PGM-Florianópolis/SC-


2022)

CAPÍTULO IV
DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação


científica e tecnológica e a inovação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) (MPMG-2017)

694
§ 1º A pesquisa científica básica e tecnológica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em
vista o bem público e o progresso da ciência, tecnologia e inovação . (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015) (MPMG-2017)

§ 2º A PESQUISA TECNOLÓGICA VOLTAR-SE-Á preponderantemente para a solução dos


problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional . (MPPB-2010)
(TJAL-2015) (MPMG-2017) (Cartórios/TJPR-2019) (PCRO-2022)

§ 3º O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa, tecnologia e
inovação, inclusive por meio do apoio às atividades de extensão tecnológica, e CONCEDERÁ aos que
delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85,
de 2015) (TJAL-2015)

§ 4º A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia


adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de
remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos
econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho. (TJAL-2015) (Cartórios/TJPR-2019)

§ 5º É FACULTADO aos Estados e ao Distrito Federal VINCULAR PARCELA DE SUA RECEITA


ORÇAMENTÁRIA a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.
(TRF2-2009) (TRF5-2009) (TRF1-2015) (MPMG-2017) (PCRO-2022)

(MPMG-2017): Sobre a pesquisa, ciência, tecnologia e inovação, previstas na Constituição Federal, é


correto dizer: É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a
entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica. BL: art. 218, §5º, CF.

##Atenção: ##TRF1-2015: ##CESPE: De fato, conquanto a CF vede, como regra, a vinculação de receita a
órgão, fundo ou despesa (art. 167), ela faculta somente aos “Estados e ao Distrito Federal” vincular
parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e
tecnológica (§ 5º do art. 218). Logo, a União e os Municípios não podem vincular parcela de suas receitas
orçamentárias a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

§ 6º O Estado, na execução das atividades previstas no caput , estimulará a articulação entre entes,
tanto públicos quanto privados, nas diversas esferas de governo . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85,
de 2015)

§ 7º O Estado promoverá e incentivará a atuação no exterior das instituições públicas de ciência,


tecnologia e inovação, com vistas à execução das atividades previstas no caput . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015)

Art. 219. O MERCADO INTERNO integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a
viabilizar o desenvolvimento cultural e socioeconômico, o bem-estar da população e a autonomia
tecnológica do País, nos termos de lei federal. (TJDFT-2014) (TRF1-2015) (PGERS-2021)

(PGERS-2021-Fundatec): Assinale a alternativa correta: O mercado interno integra o patrimônio público


nacional e será incentivado nos termos de Lei Federal. BL: art. 219, CF.

(TJDFT-2014-CESPE): Acerca do direito concorrencial, assinale a opção correta: Por disposição


constitucional, o mercado interno integra o patrimônio nacional e deve ser incentivado, de forma a
viabilizar o desenvolvimento socioeconômico do país. BL: art. 219, CF (empresarial).

Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortalecimento da inovação nas empresas, bem
como nos demais entes, públicos ou privados, a constituição e a manutenção de parques e polos
tecnológicos e de demais ambientes promotores da inovação, a atuação dos inventores independentes e a
criação, absorção, difusão e transferência de tecnologia. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

Art. 219-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão firmar instrumentos de
cooperação com órgãos e entidades públicos e com entidades privadas, inclusive para o
compartilhamento de recursos humanos especializados e capacidade instalada, para a execução de
projetos de pesquisa, de desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação, mediante contrapartida

695
financeira ou não financeira assumida pelo ente beneficiário, na forma da lei . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015) (PCRO-2022)

Art. 219-B. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) SERÁ ORGANIZADO
em regime de colaboração entre entes, TANTO públicos QUANTO privados, COM VISTAS A
PROMOVER o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015) (TJAL-2015) (TJSC-2015) (PCRO-2022)

(TJSC-2015-FCC): Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação − SNCTI, segundo expressa


disposição constitucional, será organizado em regime de colaboração entre entes, tanto públicos quanto
privados, com vistas a promover o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação. BL: art. 219-B,
CF.

§ 1º Lei federal disporá sobre as normas gerais do SNCTI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85,
de 2015) (PCRO-2022)

§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios LEGISLARÃO CONCORRENTEMENTE sobre


suas peculiaridades. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) (PCRO-2022)

(PCRO-2022-CESPE): Com base nas disposições constitucionais acerca de ciência, tecnologia e inovação,
assinale a opção correta. Considere que a sigla SNCTI, sempre que utilizada, refere-se ao Sistema
Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação: Os estados, o Distrito Federal e os municípios legislarão
concorrentemente sobre as peculiaridades relacionadas ao SNCTI. BL: art. 219-B, §2º, CF.

##Atenção: Há na CF/88 uma previsão expressa de competência legislativa concorrente do MUNICÍPIO


(art. 219-B, CF).

CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer


forma, processo ou veículo NÃO SOFRERÃO QUALQUER RESTRIÇÃO, observado o disposto nesta
Constituição. (TJPR-2008) (TRF5-2009) (MPPB-2011) (MPSP-2011) (TRF3-2011) (PGEMT-2011) (MPTO-2012)
(DPEMA-2015) (DPU-2015) (TJBA-2019) (DPEAM-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de
informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, OBSERVADO o disposto no art. 5º,
IV, V, X, XIII e XIV. (MPPB-2011) (MPTO-2012) (DPEMA-2015) (DPU-2015) (PGESP-2018) (TJBA-2019)

Art. 5º. (...).


IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem; (...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (...)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional; (...)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF2-2018: ##MPGO-2019: ##MPCSC-2022: ##CESPE: É


inconstitucional norma que proíbe proselitismo em rádios comunitárias: É inconstitucional o § 1º do
art. 4º da Lei nº 9.612/98. Esse dispositivo proíbe, no âmbito da programação das emissoras de
radiodifusão comunitária, a prática de proselitismo, ou seja, a transmissão de conteúdo tendente a
converter pessoas a uma doutrina, sistema, religião, seita ou ideologia. O STF entendeu que essa
proibição afronta os arts. 5º, IV, VI e IX, e 220, da CF. A liberdade de pensamento inclui o discurso
persuasivo, o uso de argumentos críticos, o consenso e o debate público informado e pressupõe a livre
troca de ideias e não apenas a divulgação de informações. O art. 220 da CF expressamente consagra a
liberdade de expressão sob qualquer forma, processo ou veículo, hipótese que inclui o serviço de
radiodifusão comunitária. STF. Plenário. ADI 2566/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o
ac. Min. Edson Fachin, j. 16/5/18 (Info 902).
696
§ 2º É VEDADA toda e qualquer CENSURA de natureza política, ideológica e artística. (TRF3-2011)
(MPTO-2012) (DPEMA-2015) (DPU-2015) (TJBA-2019) (PGM-Teresina/PI-2022)

§ 3º COMPETE à LEI FEDERAL: (TJMG-2005) (TJPR-2008) (TRF5-2009) (PCPB-2009) (TRF3-2011)


(DPEAC-2012) (TRF2-2013) (TJMT-2014) (DPEMA-2015) (TRF1-2015) (PGM-Teresina/PI-2022)

I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a


natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se
mostre inadequada; (TJPR-2008) (TRF5-2009) (PCPB-2009) (TRF3-2011) (DPEMA-2015) (TRF1-2015) (PGM-
Teresina/PI-2022)

(TRF1-2015-CESPE): No que se refere à proteção constitucional à comunicação social, assinale a opção


correta: De acordo com a CF, lei federal pode, entre outros objetivos, regular as diversões e espetáculos
públicos, cabendo ao poder público informar sobre a natureza desses eventos, as faixas etárias a que não
se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada. BL: art. 220, §3º, I, CF.

II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem


de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da
propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente . (TJMG-
2005) (DPEAC-2012) (TRF2-2013) (TJMT-2014) (PGESP-2018) (PGM-Teresina/PI-2022)

§ 4º A PROPAGANDA COMERCIAL de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e


terapias ESTARÁ SUJEITA a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e
CONTERÁ, sempre que necessário, ADVERTÊNCIA sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
(PGEGO-2013) (TRF2-2013) (MPF-2013) (PCSC-2014) (PGM-Teresina/PI-2022)

§ 5º Os meios de comunicação social NÃO PODEM, direta ou indiretamente, SER objeto de


MONOPÓLIO ou OLIGOPÓLIO. (MPSP-2011) (Cartórios/TJMG-2015) (DPEAM-2021) (PGM-Teresina/PI-
2022)

§ 6º A publicação de veículo impresso de comunicação INDEPENDE DE LICENÇA de autoridade.


(TJPR-2008) (TRF4-2009) (PGEMT-2011) (DPESP-2012) (MPDFT-2013) (PCSC-2014) (Cartórios/TJMG-2015)
(DPEAM-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão ATENDERÃO aos
SEGUINTES PRINCÍPIOS: (TJMG-2005) (DPEMA-2015) (PGESP-2018) (DPEAM-2021) (DPECE-2022)
(PGM-Teresina/PI-2022)

I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas ; (TJMG-2005)


(DPEMA-2015) (PGESP-2018) (DPECE-2022) (PGM-Teresina/PI-2022)

(DPECE-2022-FCC): Acerca da regulamentação da comunicação social na Constituição Federal,


considere o seguinte item: A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão ao
princípio da preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. BL: art. 221, I, CF.

II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua
divulgação; (TJMG-2005) (DPEMA-2015) (PGM-Teresina/PI-2022)

III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais


estabelecidos em lei; (TJMG-2005) (DPEMA-2015) (PGM-Teresina/PI-2022)

IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família . (TJMG-2005) (DPEMA-2015)


(DPEAM-2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

697
(DPEAM-2021-FCC): Ao tratar da comunicação social, a Constituição Federal dispõe expressamente
que a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão, entre outros, ao princípio
do respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. BL: art. 221, IV, CF.

Art. 222. A propriedade de EMPRESA JORNALÍSTICA e de RADIODIFUSÃO sonora e de sons e


imagens É PRIVATIVA de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas
jurídicas CONSTITUÍDAS sob as leis brasileiras e que TENHAM sede no País. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 36, de 2002) (TRF1-2009) (TRF2-2009) (PGEPE-2009) (TJDFT-2011) (MPPB-2011)
(TRF3-2011) (TRF5-2011) (PCSC-2014) (TJSE-2015) (TRT16-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (MPSC-2019)
(MPAP-2021) (DPEAM-2021) (DPEAP-2022)

(DPEAP-2022-FCC): Em se tratando da distinção entre brasileiros natos e naturalizados, as hipóteses


devem estar previstas pela Constituição Federal. Dentre elas, é possível a distinção para os casos que
envolvam propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens. BL: art. 222,
caput, CF.

§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das
empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou
indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que EXERCERÃO
obrigatoriamente a gestão das atividades e ESTABELECERÃO o conteúdo da programação. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) (PGEPE-2009) (TRF5-2011) (PGEMT-2011) (Cartórios/TJDFT-
2014) (DPEAP-2022) (DPECE-2022) (Cons. Tesouro Estad.-SEFAZ/ES-2022)

(Cons. Tesouro Estad.-SEFAZ/ES-2022-FGV): A sociedade empresária XX, constituída sob as leis brasileiras
e com sede no País, recebeu do Poder Executivo federal concessão do serviço de radiodifusão sonora. Os
controladores da sociedade empresária debateram a respeito do melhor modelo a ser atribuído à gestão
das atividades e ao estabelecimento do conteúdo da programação. Para tanto, consultaram um advogado
a respeito da existência de alguma restrição quanto à nacionalidade da pessoa que será responsável por
essas atividades, já que a sociedade empresária XX também contava com acionistas estrangeiros, que
possuíam vinte por cento do capital votante. O advogado respondeu, corretamente, que o referido
responsável deve ser obrigatoriamente brasileiro nato ou naturalizado há mais de dez anos. BL: art. 222,
§1º, CF.

§ 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada


são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de
comunicação social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) (PGEMT-2011) (PCSC-2014)
(DPECE-2022)

(DPECE-2022-FCC): Acerca da regulamentação da comunicação social na Constituição Federal,


considere o seguinte item: A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da
programação veiculada são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em
qualquer meio de comunicação social. BL: art. 222, §2º, CF.

§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, INDEPENDENTEMENTE da tecnologia utilizada


para a prestação do serviço, DEVERÃO OBSERVAR os princípios enunciados no art. 221, na forma de lei
específica, que também garantirá a prioridade de profissionais brasileiros na execução de produções
nacionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) (PGESP-2018) (DPECE-2022)

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes
princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua
divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em
lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

(DPECE-2022-FCC): Acerca da regulamentação da comunicação social na Constituição Federal,


698
considere o seguinte item: Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia
utilizada para a prestação do serviço, deverão garantir a prioridade de profissionais brasileiros na
execução de produções nacionais. BL: art. 222, §3º, CF.

(PGESP-2018-VUNESP): Assinale a alternativa correta a respeito do direito à comunicação social: Os


meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia utilizada para a prestação do
serviço, deverão observar os princípios constitucionais que regem a produção e a programação das
emissoras de rádio e televisão, como dar preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e
informativas. BL: art. 222, §3º c/c art. 221, I, CF.

§ 4º Lei DISCIPLINARÁ a PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL ESTRANGEIRO nas empresas de que


trata o § 1º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) (TRF5-2011) (PGEMT-2011)

§ 5º As alterações de controle societário das empresas de que trata o § 1º SERÃO


COMUNICADAS ao Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) (PGEMT-
2011) (PCSC-2014)

Art. 223. COMPETE ao Poder Executivo OUTORGAR e RENOVAR CONCESSÃO, PERMISSÃO e


AUTORIZAÇÃO para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, OBSERVADO o
PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIDADE dos sistemas privado, público e estatal. (TRF2-2009) (TRF4-
2009) (MPMS-2011) (MPF-2012) (PCMA-2012) (MPDFT-2013) (PGEMS-2014) (TJSE-2015) (PGESP-2018) (Aud.
Fiscal-SEFAZ/RS-2019) (DPEAM-2021) (DPECE-2022)

(Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2019-CESPE): A exploração de serviços de radiodifusão sonora bem como de


sons e imagens pode ocorrer mediante autorização, permissão e concessão. BL: art. 21, XII, “a” e art. 223,
CF.

§ 1º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, § 2º e § 4º, a contar do recebimento
da mensagem. (AGU-2010)

§ 2º A não renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no mínimo, dois


quintos do Congresso Nacional, em votação nominal. (PGESP-2012) (TJSE-2015)

§ 3º O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após deliberação do


Congresso Nacional, na forma dos parágrafos anteriores. (TRF2-2009) (MPF-2012) (PGESP-2012)

§ 4º O CANCELAMENTO da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, DEPENDE de


decisão judicial. (PGEMT-2011) (TRF4-2012) (PGESP-2012) (TJSE-2015)

(TRF4-2012): Assinale a alternativa correta: Antes de vencido o prazo, dependerá de decisão judicial o
cancelamento da concessão do serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens. BL: art. 223, §4º, CF.

§ 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de quinze
para as de televisão. (PGESP-2012) (TJSE-2015)

(TJSE-2015-FCC): Ao disciplinar a exploração do serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, a


Constituição da República estabelece que, o prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as
emissoras de rádio e de quinze para as de televisão, dependendo de decisão judicial o cancelamento da
concessão ou da permissão, antes de vencido o prazo. BL: art. 223, §§ 4º e 5º da CF/88.

OBS: PRAZO DA CONCESSÃO OU PERMISSÃO:


 10 ANOS = RÁDIO
 15 ANOS = TELEVISÃO

- Só pode extinguir antes do prazo por meio de decisão judicial.

Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional INSTITUIRÁ, como seu
órgão auxiliar, o CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, na forma da lei. (TJSE-2015) (DPEAM-
2021)

699
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos TÊM DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, IMPONDO-SE ao Poder Público e à
coletividade O DEVER de DEFENDÊ-LO e PRESERVÁ-LO para as presentes e futuras gerações. (TJAP-
2008) (PGECE-2008) (PGEES-2008) (PGEAL-2009) (TJSC-2010) (MPES-2010) (TJRO-2011) (MPSP-2011)
(DPEMA-2011) (DPERS-2011) (TJPR-2010/2011/2012) (TJBA-2012) (DPEPR-2012) (DPESE-2012)
(PGEMG-2012) (PGEPA-2012) (MPDFT-2009/2013) (AGU-2009/2010/2013) (PGEGO-2010/2013) (TJRJ-2011/2013)
(MPPR-2011/2013) (TJRN-2013) (TJPE-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGEPI-2008/2014) (TRF4-2009/2010/2014)
(TRF2-2011/2013/2014) (TJCE-2012/2014) (TJDFT-2014) (MPMA-2014) (PGEBA-2014) (PGERN-2014) (PCSC-
2014) (PCDF-2009/2015) (PGEPR-2011/2015) (TRF1-2009/2011/2013/2015) (MPAM-2015) (DPESP-2015) (PGM-
Salvador/BA-2015) (TJAM-2016) (DPEMT-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (TRT4-2016) (MPRO-2010/2017)
(PGEAC-2012/2017) (TRF5-2009/2011/2015/2017) (MPF-2011/2015/2017) (DPEAC-2017) (PGESE-2017)
(TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGEPE-2009/2018) (PGESP-2009/2018)
(MPMS-2013/2018) (MPBA-2010/2015/2018) (TRF3-2013/2016/2018) (PCGO-2017/2018) (PGEAP-2018) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (MPMT-2008/2019) (MPGO-2010/2014/2016/2019) (MPMG-2010/2013/2017/2019) (TJAC-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (MPCE-2009/2020) (MPT-2020) (TJSP-2013/2014/2017/2021) (PCPA-2016/2021) (MPAP-
2021) (MPSC-2021) (DPEAM-2021) (PGEPB-2021) (PCRN-2021) (TJRS-2016/2022) (PCAM-2022) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

#Atenção: #STF: #DOD: #TJSP-2021: #VUNESP: É inconstitucional a revogação de Resolução do


Conama que protegia o meio ambiente sem que ela seja substituída ou atualizada por outra que também
garanta proteção: O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado se configura como direito
fundamental da pessoa humana. A mera revogação de normas operacionais fixadoras de parâmetros
mensuráveis necessários ao cumprimento da legislação ambiental, sem sua substituição ou
atualização, aparenta comprometer a observância da CF/88, da legislação vigente e de compromissos
internacionais. STF. Plenário. ADPF 747 MC-Ref/DF, ADPF 748 MC-Ref/DF e ADPF 749 MC-Ref/DF,
Rel. Min. Rosa Weber, j. 27/11/20 (Info 1000).

#Atenção: #STF e STJ: #DOD: #AGU-2013: #PGEPR-2015: #PCPA-2016: #DPEAC-2017: #PGEAC-


2017: #PGM-BH/MG-2017: #PGESP-2018: #PGM-João Pessoa/PB-2018: #MPAP-2021: #TJRS-2022:
#CESPE: #Faurgs: #PUCPR: #VUNESP: ##STF: A reparação do dano ao meio ambiente é direito
fundamental indisponível, sendo imperativo o reconhecimento da imprescritibilidade no que toca à
recomposição dos danos ambientais. É imprescritível a pretensão de reparação civil de dano
ambiental. STF. Plenário. RE 654833, Rel. Alexandre de Moraes, j. 20/04/20 (Repercussão Geral – Tema
999) (Info 983). ##STJ: Em sua dimensão coletiva, a jurisprudência desta Corte superior entende que a
pretensão de reparação do dano ambiental não é atingida pela prescrição, em função da essencialidade
do meio ambiente. STJ. 3ª T. REsp 1641167/RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 13/03/18. As infrações ao
meio ambiente são de caráter continuado, motivo pelo qual as ações de pretensão de cessação dos
danos ambientais são imprescritíveis. STJ. 2ª T. AgRg no REsp 1421163/SP, Rel. Min. Humberto
Martins, j. 06/11/14. O direito ao pedido de reparação de danos ambientais, dentro da logicidade
hermenêutica, também está protegido pelo manto da imprescritibilidade, por se tratar de direito
inerente à vida, fundamental e essencial à afirmação dos povos, independentemente de estar expresso
ou não em texto legal. STJ. 1ª T. REsp 1.120.117-AC, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 10/11/09.
(MPAP-2021-CESPE): À luz do entendimento do STF, assinale a opção correta, referente a dano civil
ambiental: A reparação do dano ao meio ambiente é direito fundamental indisponível, dado o
reconhecimento da imprescritibilidade relativa à recomposição dos danos ambientais. BL: Info 983, STF.
##Atenção: Segundo Hugo Nigro Mazzilli, “(...) tratando-se de direito fundamental, indisponível, comum a toda a
humanidade, não se submete à prescrição, pois uma geração não pode impor às seguintes o eterno ônus de
suportar a prática de comportamentos que podem destruir o próprio habitat dos ser humano. Também a
atividade degradadora contínua não se sujeita a prescrição: a permanência da causação do dano também elide a
prescrição, pois o dano da véspera é acrescido diuturnamente.” (MAZZILLI, Hugo Nigro. A Defesa dos Interesses
Difusos em Juízo, 25ª Edição, Editora Saraiva, 2012, pág. 515)

#Atenção: #STF: #DOD: #TRF5-2017: #TJCE-2018: #DPERS-2018: #PGESP-2018: #TJSC-2019:


#CESPE: #FCC: #VUNESP: As leis estaduais que proíbem o uso do amianto são constitucionais. O art.
2º da Lei federal 9.055/95, que autorizava a utilização da crisotila (espécie de amianto), é
inconstitucional. Houve a inconstitucionalidade superveniente (sob a óptica material) da Lei 9.055/95,
por ofensa ao direito à saúde (art. 6º e 196, CF/88); ao dever estatal de redução dos riscos inerentes ao

700
trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança (art. 7º, inciso XXII, CF/88); e à proteção do
meio ambiente (art. 225, CF/88). Com isso, é proibida, em todo o Brasil, a utilização de qualquer forma
de amianto. STF. Plenário. ADI 3937/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, j.
24/8/17 (Info 874). STF. Plenário. ADI 3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, j. 29/11/17 (Info
886).

#Atenção: #STJ: #MPF-2017: #MPMG-2019: Vejamos o seguinte trecho do voto do Min. Gurgel de Faria:
“(...) ainda que assim não fosse, em se tratando de questão ambiental, como no caso, há de ser mitigado o
princípio da congruência, privilegiando o ativismo judicial, de forma que o órgão julgador possa adequar
a sua decisão, na melhor forma possível, com a visão intertemporal sempre voltada para a defesa e a
preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, em prol das presentes e futuras gerações (CF, art.
225, caput). Acerca do tema, a jurisprudência do STJ tem firmado a compreensão de que não há ofensa ao
princípio da congruência ou da adstrição "quando o juiz promove uma interpretação lógico-sistemática
dos pedidos deduzidos, ainda que não expressamente formulados pela parte autora." (REsp 1355574/SE,
Rel. Min. Diva Malerbi (Des. Conv. TRF 3ª REGIÃO), 2ª Turma, j. 16/08/16, DJe 23/08/16). Na hipótese, a
ausência de pedido expresso acerca da condenação dos réus à recomposição dos danos ambientais, não
há se falar em provimento extra petita, pois tal pretensão decorre, inequivocamente, da interpretação lógico-
sistemática do pedido exordial (...)”. STJ, Decisão Monocrática. REsp 1290281. Rel. Min. Gurgel de Faria.
Data da Publicação: 23/02/2018)

#Atenção: #STJ: #MPRO-2010: #TRF4-2010: #PGEGO-2010: #MPMS-2011: #DPEMA-2011: #TJBA-


2012: #TJMG-2012: #DPEPR-2012: #DPESP-2012: #MPPR-2013: #Cartórios/TJPE-2013: #TJDFT-
2014: #TRF2-2014: #PGEBA-2014: #PGEPI-2014: #DPESP-2015: #MPF-2015: #PGEPR-2015: #PCDF-
2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PCPA-2016: #TJPR-2017: #PGEAC-2017: #PGESE-2017:
#PGM-BH/MG-2017: #TRF2-2011/2013/2018: #TRF3-2013/2016/2018: #MPMG-2013/2019: #MPGO-2019:
#TJSP-2021: #DPEAM-2021: #PGEPB-2021: #PCRN-2021: ##PCAM-2022: #CESPE: #FCC: ##FGV:
#VUNESP: Em ação ambiental, impõe-se a inversão do ônus da prova, cabendo ao empreendedor, no
caso concreto o próprio Estado, responder pelo potencial perigo que causa ao meio ambiente, em
respeito ao princípio da precaução. (STJ. 2ª T., REsp 1237893/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 24/09/13).
Registre-se que não é vedado ao juiz inverter o ônus da prova em ACP ajuizada pelo MP na defesa de
interesses difusos de consumidores, haja vista que o MP possui o instrumento do inquérito civil
público para fins de produção de provas. Vejamos o seguinte julgado do STJ: “Trata-se da inversão do
ônus probatório em ação civil pública que objetiva a reparação de dano ambiental. O STJ entendeu que,
nas ações civis ambientais, o caráter público e coletivo do bem jurídico tutelado - e não eventual
hipossuficiência do autor da demanda em relação ao réu - conduz à conclusão de que alguns direitos do
consumidor também devem ser estendidos ao autor daquelas ações, pois essas buscam resguardar (e
muitas vezes reparar) o patrimônio público coletivo consubstanciado no meio ambiente. A essas regras,
soma-se o princípio da precaução. Esse preceitua que o meio ambiente deve ter em seu favor o benefício
da dúvida no caso de incerteza (por falta de provas cientificamente relevantes) sobre o nexo causal entre
determinada atividade e um efeito ambiental nocivo. Assim, ao interpretar o art. 6º, VIII, da Lei 8.078/90
c/c o art. 21 da Lei 7.347/85, conjugado com o princípio da precaução, justifica-se a inversão do ônus da
prova, transferindo para o empreendedor da atividade potencialmente lesiva o ônus de demonstrar a
segurança do empreendimento.” STJ, 2ª T., REsp 972.902-RS, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 25/8/09 (Info
404). (...) Como corolário do princípio in dubio pro natura, "justifica-se a inversão do ônus da prova,
transferindo para o empreendedor da atividade potencialmente perigosa o ônus de demonstrar a
segurança do empreendimento, a partir da interpretação do art. 6º, VIII, da Lei 8.078/1990 c/c o art. 21 da
Lei 7.347/1985, conjugado ao Princípio Ambiental da Precaução" (REsp 972.902/RS, Rel. Min. Eliana
Calmon, Segunda Turma, DJe 14.9.09), técnica que sujeita aquele que supostamente gerou o dano
ambiental a comprovar "que não o causou ou que a substância lançada ao meio ambiente não lhe é
potencialmente lesiva" (REsp 1.060.753/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., DJe 14.12.09). A inversão do
ônus da prova, prevista no art. 6º, VIII, do CDC, contém comando normativo estritamente processual,
o que a põe sob o campo de aplicação do art. 117 do mesmo estatuto, fazendo-a valer, universalmente,
em todos os domínios da Ação Civil Pública, e não só nas relações de consumo . STJ. 2ª T., REsp
1720576/RO, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 05/06/18. (...) Vejamos mais um trecho do seguinte julgado
do STJ: “A jurisprudência do STJ firmou orientação no sentido de que o princípio da precaução
pressupõe a inversão do ônus probatório. STJ. 2ª T., AgInt no AREsp 1151766/MS, Rel. Min. Assusete
Magalhães, j. 21/06/18.
(DPEAM-2021-FCC): In dubio pro ambiente ou in dubio pro natura: na dúvida sobre o perigo de uma certa
atividade para o ambiente, decide-se a favor do ambiente e contra o potencial poluidor. Tal afirmação, no
âmbito do Direito Ambiental, relaciona-se, direta ou indiretamente, ao princípio da precaução.
(MPMG-2019): Com relação ao processo coletivo ambiental, assinale a alternativa correta: Admite-se a

701
possibilidade de inversão do ônus da prova pela aplicação dos princípios da precaução e do in dubio pro
natura, hipótese que reclama prévia e expressa decisão judicial, com oportunidade ao réu de se desincumbir
do referido encargo. BL: Entend. Jurisprud.
(TRF2-2018): A respeito do princípio da precaução em relação ao Direito Ambiental, é correto afirmar que:
compete a quem supostamente promoveu o dano ambiental comprovar que não o causou ou que a
substância lançada ao meio ambiente não lhe é potencialmente lesiva. BL: Entend. Jurisprud.
(TJPR-2017-CESPE): O MP ajuizou ACP por dano ambiental contra um estado federado que permitiu a uma
empresa agrícola reflorestar uma grande área degradada com mudas de árvores transgênicas. O MP alegou
que, quando crescessem, tais árvores poderiam ter impacto na hidrologia da região, entre outras
repercussões desconhecidas, por serem mudas modificadas. Na defesa, o réu alegou que a empresa agrícola
tinha de ser citada em litisconsórcio necessário; que o MP não se desincumbiu do ônus de provar o dano à
hidrologia do terreno; que a utilização das mudas transgênicas decorreu de força maior, por terem as
nativas sido destruídas em um incêndio pouco antes da época própria para o plantio. Nessa situação
hipotética, de acordo com a jurisprudência do STJ, é aplicável o princípio da precaução, impondo-se a
inversão do ônus probatório. BL: art. 225, caput da CF e Entendimento do STJ.
(TJMG-2012-VUNESP): Em se considerando que o princípio da precaução e o princípio da prevenção já se
encontram instrumentalizado no art. 225, caput, da CF/1988, é correto afirmar que o princípio da precaução
pressupõe a inversão do ônus probatório. BL: art. 225, caput da CF e Entendimento do STJ.
(DPESP-2012-FCC): A inversão do ônus da prova em Ação Civil Pública em matéria ambiental, conforme
entendimento jurisprudencial do STJ, consolidado no julgamento do Recurso Especial no 1.060.753/SP, de
relatoria da Min. Eliana Calmon, tem como fundamento normativo principal, além da relação
interdisciplinar entre as normas de proteção ao consumidor e as de proteção ambiental e o caráter público e
coletivo do bem jurídico tutelado, o princípio da precaução. BL: art. 225, caput da CF e Entend. do STJ.
(MPRO-2010-CESPE): O princípio da precaução pode ser invocado para inverter o ônus da prova em
procedimento ambiental. BL: art. 225, caput da CF e Entendimento do STJ.
(TRF4-2010): O princípio da precaução legitima a inversão do ônus da prova nas ações ambientais, segundo
orientação do STJ. BL: art. 225, caput da CF e Entendimento do STJ.
#Atenção: ##PGECE-2008: #MPBA-2010: #TRF4-2010: #PGEGO-2010: #AGU-2010: #DPEMA-2011:
#TJBA-2012: #MPMS-2013: #Cartórios/TJPE-2013: #PGEPI-2008/2014: #PGEBA-2014: #PGEPR-2015:
#PCDF-2015: #MPF-2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PCPA-2016: #PGEAC-2017: #PGESE-2017: #PGM-
BH/MG-2017: #TRF3-2013/2016/2018: #TRF2-2018: #PGEPE-2018: #TJSP-2021: #PGEPB-2021: #PCRN-
2021: #PCAM-2022: #CESPE: #FCC: #FGV: #VUNESP: O princípio da precaução determina que não se
podem produzir intervenções no meio ambiente antes que as incertezas científicas sejam equacionadas, de
modo que a intervenção não seja adversa ao meio ambiente. Assim, transfere-se àquele que pretende utilizar
os recursos naturais todo o encargo de provar que sua conduta não foi lesiva. Cabe, na situação, a inversão
do ônus da prova calcada no princípio da precaução.

#Atenção: #PGECE-2008: #MPRO-2010: #DPEMA-2011: #TRF2-2011: #MPRR-2012: #DPEPR-


2012: #PGEPA-2012: #AGU-2010/2013: #TJSP-2013: #MPDFT-2013: #TRF1-2011/2015: #MPGO-2016:
#DPEMT-2016: #TRF3-2016: #PCPA-2016: #TRF5-2017: #TRT/Unificado-2017: #PGM-BH/MG-2017:
#PGESP-2018: #TJPA-2019: #TJPR-2019: #MPCE-2020: #TJSP-2021: #CESPE: #FCC: #VUNESP: O
direito à integridade do meio ambiente – típico direito de terceira geração – constitui prerrogativa
jurídica de titularidade coletiva, refletindo, dentro do processo de afirmação dos direitos humanos, a
expressão significativa de um poder atribuído, não ao indivíduo identificado em sua singularidade, mas,
num sentido verdadeiramente mais abrangente, à própria coletividade social. (...), os direitos de terceira
geração, que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as
formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem um momento importante no
processo de desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados,
enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial inexauribilidade. STF.
Plenário. MS 22164, Rel. Min. Celso de Mello, j. 30/10/95.
(TJPA-2019-CESPE): Segundo a jurisprudência do STF, o direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado constitui um direito fundamental de terceira geração, pautado na solidariedade. BL: art. 225,
CF.
(TJPR-2019-CESPE): Considerando-se o surgimento e a evolução dos direitos fundamentais em gerações, é
correto afirmar que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é considerado, pela doutrina,
direito de terceira geração. BL: art. 225, CF.
(TJSP-2013-VUNESP): O direito ao meio ambiente, como direito de terceira geração ou terceira dimensão,
apresenta uma estrutura bifronte, cujo significado consiste em contemplar direito de defesa e direito
prestacional.
##Atenção: #PGECE-2008: #MPRO-2010: #PGEPA-2012: #AGU-2010/2013: #TRF1-2011/2015: #MPGO-
2016: #DPEMT-2016: #TRF3-2016: #TRT/Unificado-2017: #PGM-BH/MG-2017: #TJPA-2019: #TJPR-
2019: #CESPE: #FCC: O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é exemplo de direito de
terceira geração/dimensão, com expressa previsão na CF/88. Trata-se de um direito de defesa (ou seja, que

702
busca defender o meio ambiente por meio de proibições às pessoas) e prestacional (exige prestações
comissivas ou positivas do Estado e da coletividade).

(PCAM-2022-FGV): A CF/1988, em seu Art. 225, dispõe que todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações. A parte final do dispositivo deixa claro que as presentes gerações devem observar a
preservação do meio ambiente, adotando políticas ambientais que permitam às presentes e futuras
gerações a utilização do meio ambiente, não podendo usufruir dos recursos ambientais de forma a privar
seus descendentes desses recursos naturais. Trata-se do princípio de Direito Ambiental da solidariedade
intergeracional. BL: art. 225, CF.

#Atenção: #MPSP-2011: #DPEPR-2012: #TRF2-2013: #AGU-2013: #TJRR-2015: #MPMS-2015:


#TJRS-2016: #PCPA-2016: #MPRO-2017: #PGESE-2017: #MPT-2020: #TJSP-2021: #PCRN-2021:
#PCAM-2022: #PGM-Florianópolis/SC-2022: #CESPE: #Faurgs: #FCC: #FGV: #FEPESE: #FMP:
#VUNESP: Ao tratar sobre o princípio da solidariedade intergeracional ou equidade, Frederico Amado
explica: “Por este princípio, que inspirou a parte final do caput do artigo 225 da CRFB, as presentes gerações
devem preservar o meio ambiente e adotar políticas ambientais para a presente e as futuras gerações, não podendo
utilizar os recursos ambientais de maneira irracional de modo que prive seus descendentes do seu desfrute. Não é
justo utilizar recursos naturais que devem ser reservados aos que ainda não existem. Na realidade, o Princípio do
Desenvolvimento Sustentável busca a realização deste. Há um pacto fictício com as gerações futuras, que devem
também ter acesso aos recursos ambientais para ter uma vida digna, razão pela qual as nações devem tutelar com
maior intensidade os animais e vegetais ameaçados de extinção. Sob essa perspectiva, informa o Princípio 03, da
Declaração do RIO: ‘O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas
equitativamente as necessidades de desenvolvimento e de meio ambiente das gerações presentes e futuras’”. (Fonte:
AMADO, Frederico. Direito Ambiental Esquematizado. Editora Método, 5ª Ed. p. 72).
(TJRR-2015-FCC): Tomando por fato real e cientificamente comprovado que o rápido avanço do
desmatamento irregular da floresta amazônica é um fator gerador da grave e crescente crise hídrica que
atinge as regiões nordeste e sudeste brasileiras, essa atividade fere o Princípio da Solidariedade
Intergeracional. BL: art. 225, CF/88.
(PGM-Florianópolis/SC-2022-FEPESE): O STJ editou a Súmula 613 com a seguinte redação: “Não se admite a
aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental”. Dentre os precedentes que deram origem à tal
verbete sumular cita-se o seguinte: “[…] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. […] FUNÇÃO SOCIAL E FUNÇÃO
ECOLÓGICA DA PROPRIEDADE E DA POSSE. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. RESERVA
LEGAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA PELO DANO AMBIENTAL. OBRIGAÇÃO PROPTER REM.
DIREITO ADQUIRIDO DE POLUIR. […] Inexiste direito adquirido a poluir ou degradar o meio ambiente. O tempo
é incapaz de curar ilegalidades ambientais de natureza permanente, pois parte dos sujeitos tutelados - as gerações
futuras - carece de voz e de representantes que falem ou se omitam em seu nome. 3. Décadas de uso ilícito da
propriedade rural não dão salvo-conduto ao proprietário ou posseiro para a continuidade de atos proibidos ou tornam
legais práticas vedadas pelo legislador, sobretudo no âmbito de direitos indisponíveis, que a todos aproveita, inclusive
às gerações futuras, como é o caso da proteção do meio ambiente. 4. As APPs e a Reserva Legal justificam-se onde há
vegetação nativa remanescente, mas com maior razão onde, em consequência de desmatamento ilegal, a flora local já
não existe, embora devesse existir. 5. Os deveres associados às APPs e à Reserva Legal têm natureza de obrigação
propter rem, isto é, aderem ao título de domínio ou posse. […]”. (REsp 948921 SP, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/10/2007, DJe 11/11/2009). O princípio do Direito
Ambiental que reflete as razões determinantes expostas no excerto do citado precedente jurisdicional é o
princípio: da equidade intergeracional.
(TJRS-2016-Faurgs): Acerca dos princípios de Direito Ambiental, assinale a alternativa correta: O princípio
da solidariedade intergeracional está interligado ao princípio da sustentabilidade, considerando que a
preocupação dos defensores do princípio da solidariedade intergeracional (intergenerational equity) é
assegurar o aproveitamento racional dos recursos ambientais, de forma que as gerações futuras também
possam deles tirar proveito. BL: Princípio 3 da Declaração do RIO e art. 225, caput, CF.
#Atenção: Segundo a doutrina, o Princípio 3 da Declaração do Rio162 refere-se ao desenvolvimento
sustentável, levando-nos a concluir que ele está, como diz a assertiva, interligado ao princípio da
solidariedade intergeracional.
(MPMS-2015): Em atenção à proteção do meio ambiente, assinale a alternativa correta: O princípio da
solidariedade intergeracional busca assegurar que não só as presentes, mas também as futuras gerações
possam usufruir dos recursos naturais de forma sustentável. BL: art. 225, CF.

(TJSP-2021-VUNESP): No que tange aos princípios em matéria ambiental, é correto afirmar que o
162
PRINCÍPIO 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas
equitativamente as necessidades de gerações presentes e futuras.
703
princípio do ambiente ecologicamente equilibrado constitui extensão do direito à vida, cláusula pétrea e
direito-dever fundamental. BL: art. 225, CF. (amb.)

#Atenção: #PGECE-2008: #AGU-2009: #DPEMA-2011: #TJBA-2012: #TJDFT-2014: #TJRJ-2016:


#DPEMT-2016: #PGM-BH/MG-2017: #PGESP-2018: #TJSP-2021: #CESPE: #VUNESP: Edis Milaré
explica: “[...] adequadas condições de vida em um ambiente saudável ou, na literalidade da lei, ‘ecologicamente
equilibrado’, como disposto no caput do art. 225 da CF/88, fazem parte dos direitos e deveres individuais e coletivos
dispostos no art. 5º da Magna Carta, direito esse já reconhecido na Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente Humano, no ano de 1972. Por estar umbilicalmente ligado ao direito à vida, a fundamentalidade
do Direito Ambiental ostenta, a nosso ver, o status de verdadeira cláusula pétrea”. (MILARÉ, Edis.
Direito do Ambiente. 2. Ed. – São Paulo: Editora RT, 2001. P. 44-48). Sobre o assunto, José Afonso da Silva
leciona: “Em razão da aderência do direito ao ambiente ao direito à vida, conforme a lição de Silva, há a
contaminação da proteção ambiental com uma qualidade que impede sua eliminação por via de emenda
constitucional, estando, por via de consequência, inserido materialmente no rol das matérias componentes dos
limites materiais ao poder de reforma constantes do art. 60, § 4º, da CF/1988, de modo a conferir ao direito
fundamental ao meio ambiente o status de cláusula pétrea. Outra não poderia ser a interpretação constitucional
dada ao direito ao meio ambiente, em vista da consagração da sua jusfundamentalidade. A consolidação
constitucional da proteção ecológica como cláusula pétrea corresponde à decisão essencial da Lei Fundamental
brasileira, em razão da sua importância do desfrute de uma vida com qualidade ambiental à proteção e equilíbrio de
todo o sistema de valores e direitos constitucionais, e especialmente à dignidade humana, inclusive por meio do
reconhecimento da sua dimensão ecológica e do direito-garantia ao mínimo existencial ecológico, como já
se manifestou a nossa Corte Constitucional. ( SILVA, José Afonso da. “Fundamentos constitucionais da proteção do
meio ambiente”. In: Revista de Direito Ambiental, n. 27, Jul-Set, 2002, p. 55.).
(TJRJ-2016-VUNESP): No que diz respeito ao direito ambiental e à aplicação das normas constitucionais
ambientais, assinale a opção correta: O reconhecimento material do direito fundamental ao ambiente
justifica-se na medida em que tal direito é extensão do direito à vida, sob os aspectos da saúde e da
existência digna com qualidade de vida, ostentando o status de cláusula pétrea, consoante entendimento do
STF. BL: art. 225, CF e RE 134297 do STF. (amb.)

(MPAP-2021-CESPE): Assinale a opção que indica o princípio do direito ambiental segundo o qual os
cidadãos têm o direito de participar da elaboração de políticas públicas ambientais e de obter de órgãos
públicos informações referentes à defesa do meio ambiente: princípio democrático. BL: art. 225, caput,
CF.

#Atenção: #PGEAL-2009: #MPBA-2010: #DPEPR-2012: #MPMA-2014: #PGEBA-2014: #MPMS-2015:


#TRF5-2015: #PCDF-2015: #PCPE-2016: #PGM-BH/MG-2017: #PGEPE-2009/2018: #MPAP-2021:
##CESPE: #FCC: Princípio participação comunitária ou princípio democrático: O princípio da
informação é a base para o princípio da participação. A defesa do meio ambiente deve ser feita por todos,
pelo poder público e pela coletividade. Por “poder público” entende-se todos os entes federados: União,
DF, estados e municípios. Por “coletividade” entende-se toda a pessoa física ou jurídica de direito
público ou privado. Pressupõe o direito à informação para que a coletividade possa participar da defesa
do meio ambiente. Desse modo, o princípio da participação comunitária ou princípio democrático, no
âmbito do Direito Ambiental, atribui ao cidadão o direito à informação e participação, mediante
audiências públicas, ação popular, ação civil pública, órgãos colegiados e etc., da elaboração de políticas
públicas de preservação ambiental, assegurando aos mesmos o acesso aos meios judiciais, legislativos e
administrativos que tutelam o meio ambiente. Previsão constitucional: Está previsto na CF no caput do
art. 225, caput, da CF: Declaração do Rio-92: Há menção ao princípio da participação no “Princípio 10”
da Rio/92: Princípio 10 – A melhor maneira de tratar as questões ambientais é assegurar a participação no
nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo terá acesso adequado às
informações relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas, inclusive informações acerca de
materiais e atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar dos processos
decisórios. Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a participação popular, colocando as
informações à disposição de todos. Será proporcionado o acesso efetivo a mecanismos judiciais e
administrativos, inclusive no que se refere à compensação e reparação de danos.” Quanto às formas de
participação popular, temos: i) medidas legislativas: plebiscito (art. 14, I, CF); referendo (art. 14, II, CF); e
iniciativa popular (art. 14, III, CF); ii) medidas administrativas: direito de informação (art. 5º, XXXIII,
CF); direito de petição (art. 5º, XXXIV, CF); iii) medidas processuais: ação popular (art. 5º, LXXIII, CF);
ação civil pública (art. 129, III, CF).
(MPMS-2015): Em atenção à proteção do meio ambiente, assinale a alternativa correta: O princípio da
participação comunitária na defesa do meio ambiente pressupõe o direito de informação. BL: art. 225, caput,
CF.

(MPCE-2020-CESPE): Com relação ao tratamento constitucional dado à questão ambiental, é correto


704
§ 1º Para assegurar a EFETIVIDADE DESSE DIREITO, INCUMBE ao Poder Público: (PGEAL-2009)
(MPSP-2011) (TRF5-2011) (MPRR-2012) (MPGO-2019) (MPMT-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

I - PRESERVAR e RESTAURAR os processos ecológicos essenciais e PROVER o manejo ecológico


das espécies e ecossistemas; (MPPE-2008) (TRF4-2009) (PGESP-2012) (TJMA-2013) (TRF3-2013) (TJSP-2015)
(TRF2-2018) (PGETO-2018) (MPGO-2019) (MPMG-2019) (MPMT-2019) (Cartórios/TJPR-2019)

(TRE2-2018): “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida” (trecho do art. 225, da CF/1988). De modo a assegurar o cumprimento e
a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: preservar e restaurar os processos ecológicos
essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas. (amb.)

II - PRESERVAR a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e FISCALIZAR as


entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; (PGECE-2008) (PGEPI-2008)
(DPEMA-2009) (TRF4-2009) (TRF5-2009) (PGEAL-2009) (PGEGO-2010) (AGU-2010) (TJBA-2012) (MPMG-
2012) (DPEPR-2012) (PGESP-2012) (TRF1-2011/2013) (TJMA-2013) (MPMS-2013) (Cartórios/TJPE-2013)
(PGEBA-2014) (PGESC-2014) (PCDF-2009/2015) (MPF-2015) (PGEPR-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJRS-
2016) (PCPA-2016) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (PCGO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMT-2009/2018) (TRF2-
2013/2018) (TRF3-2013/2018) (PGEPE-2018) (TJAC-2019) (MPGO-2019) (MPMT-2019) (Cartórios/TJPR-2019)
(PGM-Campo Grande/MS-2019) (TJSP-2015/2021) (PGEPB-2021) (PCRN-2021) (PCAM-2022) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

(TJAC-2019-VUNESP): Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (Caput do art. 225 da CF/88)
Nesse sentido, é correto afirmar que incumbe ao Poder Público preservar a diversidade e a integridade
do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético. BL: art. 225, §1º, II, CF (amb.)

(TJBA-2012-CESPE): Como a CF determina que a fiscalização da pesquisa e da manipulação de material


genético deve ser realizada sob a perspectiva ambiental, aplica-se o princípio da precaução a esse tema.
(amb.)

#Atenção: #PGECE-2008: #PGEPI-2008: #DPEMA-2009: #PGEGO-2010: #AGU-2010: #TJBA-2012:


#DPEPR-2012: #MPMS-2013: #MPMG-2013: #Cartórios/TJPE-2013: #PGEBA-2014: #MPF-2015:
#PGEPR-2015: #PCDF-2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PCPA-2016: #PGEAC-2017: #PGESE-2017:
#PGM-BH/MG-2017: #TRF3-2013/2018: ##TRF2-2018: #PGEPE-2018: #TJSP-2021: #PGEPB-2021:
#PCRN-2021: #PCAM-2022: #CESPE: #FCC: #FGV: #FMP: #VUNESP: O princípio da precaução é a
garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não podem ser
ainda identificados. A ausência de certeza científica absoluta não deve servir de pretexto para postergar a
adoção de medidas efetivas de modo a evitar a degradação ambiental. É ele o princípio aplicável em caso
de fiscalização da pesquisa e da manipulação de material genético.

163
Princípio 1: O homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida
adequadas em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem-estar,
tendo a solene obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras. A este
respeito, as políticas que promovem ou perpetuam o apartheid, a segregação racial, a discriminação, a opressão
colonial e outras formas de opressão e de dominação estrangeira são condenadas e devem ser eliminadas.
164
##Atenção: ##TJRO-2011: ##MPGO-2014: ##PGESP-2018: ##VUNESP: “A fase holística é marcada pela
compreensão do meio ambiente como um todo integrado, em que cada uma de suas partes é interdependente das outras e não
fragmentada, sendo a partir daí que começou a existir realmente uma intenção de defender o meio ambiente.” (Fonte:
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1545). A
evolução histórica do Direito Ambiental compreende 3 fases distintas, a saber: i) Fase individualista (do
descobrimento até 1950): Ausência de preocupação com o meio ambiente; ii) Fase fragmentária (de 1950 a 1980):
Controle de algumas atividades exploratórias de recursos naturais em razão de seu valor econômico; e iii) Fase
holística (de 1981 até os dias atuais): Compreensão do meio ambiente como um todo integrado e interdependente.
Cumpre destacar que somente com a fase holística do Direito Ambiental, cujo marco de surgimento foi a Lei nº
6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente), é que o meio ambiente passou a ser considerado como um bem
jurídico autônomo.
705
III - DEFINIR, em todas as unidades da Federação, ESPAÇOS TERRITORIAIS e seus componentes
a SEREM ESPECIALMENTE PROTEGIDOS, sendo a alteração e a supressão permitidas SOMENTE
através de lei, VEDADA qualquer utilização que COMPROMETA a integridade dos atributos que
JUSTIFIQUEM sua proteção; (TJPI-2007) (PGECE-2008) (PGEAL-2009) (TRF5-2009/2011) (TJRJ-2011) (TRF1-
2011) (PGEPA-2011) (PGEPR-2011) (PGESP-2009/2012) (AGU-2009/2012) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPRR-
2012) (PGEMG-2012) (TJMA-2013) (TJPE-2013) (MPDFT-2013) (PGDF-2013) (MPAC-2014) (TRF2-2014)
(PGESC-2014) (TJSP-2015) (TJPB-2015) (DPEPA-2015) (TJAM-2016) (PGEAM-2016) (PCPE-2016) (MPF-
2011/2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJCE-2012/2018) (TJMT-2014/2018) (PCGO-2017/2018) (MPBA-2018) (PGETO-
2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TJAL-2019) (TJPR-2019) (MPGO-2019) (MPMT-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019)
(MPSC-2013/2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PCPA-2021) (TJAP-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

#Atenção: #STF: #DOD: É inconstitucional lei estadual prevendo que é possível a supressão de vegetal
em Área de Preservação Permanente (APP) para a realização de “pequenas construções com área
máxima de 190 metros quadrados, utilizadas exclusivamente para lazer”. Essa lei possui vícios de
inconstitucionalidade formal e material. Há inconstitucionalidade formal porque o Código Florestal
(lei federal que prevê as normas gerais sobre o tema, nos termos do art. 24, § 1º, CF/88) não permite a
instalação em APP de qualquer tipo de edificação com finalidade meramente recreativa. Existe
também inconstitucionalidade material porque houve um excesso e abuso da lei estadual ao
relativizar a proteção constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cujo titular é a
coletividade, em face do direito de lazer individual, violando o art. 225, caput e § 1º, III, da CF/88. STF.
Plenário. ADI 4988/TO, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 19/9/18 (Info 916).

#Atenção: #STF: #DOD: #PGETO-2018: #PCGO-2018: #MPGO-2019: #MPSC-2021: #TJAP-2022:


#CESPE: #FCC: #FGV: #UEG: É inconstitucional a redução ou a supressão de espaços territoriais
especialmente protegidos, como é o caso das unidades de conservação, por meio de medida provisória.
Isso viola o art. 225, § 1º, III, da CF/88. Assim, a redução ou supressão de unidade de conservação
somente é permitida mediante lei em sentido formal. A medida provisória possui força de lei, mas o
art. 225, § 1º, III, da CF/88 exige lei em sentido estrito. Portanto, é possível a edição de medidas
provisórias tratando sobre matéria ambiental, mas sempre veiculando normas favoráveis ao meio
ambiente. A proteção ao meio ambiente é um limite material implícito à edição de medida provisória,
ainda que não conste expressamente do elenco das limitações previstas no art. 62, § 1º, da CF/88. As
alterações promovidas pela Lei 12.678/12 importaram diminuição da proteção dos ecossistemas
abrangidos pelas unidades de conservação por ela atingidas, acarretando ofensa ao princípio da
proibição de retrocesso socioambiental, pois atingiram o núcleo essencial do direito fundamental ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado previsto no art. 225 da CF/88. STF. Plenário. ADI 4717/DF,
Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 5/4/18 (Info 896).165
#Comentário sobre o julgado acima: #DOD: Mas o art. 225, § 1º, III, da CF/88 fala em espaços territoriais

165
(PGEAC-2017-FMP): Considerando o trecho a seguir reproduzido, identifique o princípio de direito ambiental:
“...apesar de não se encontrar, com nome e sobrenome, consagrado na nossa Constituição, nem em normas
infraconstitucionais, e não obstante sua relativa imprecisão - compreensível em institutos de formulação recente e ainda em
pleno processo de consolidação -, transformou-se em princípio geral de Direito Ambiental, a ser invocado na avaliação da
legitimidade de iniciativas legislativas destinadas a reduzir o patamar de tutela legal do meio ambiente” (BENJAMIN):
princípio da vedação de retrocesso ambiental.
#Atenção: #MPBA-2010: #PGEMT-2011: #TJPE-2013: #DPESP-2013: #MPRS-2014: #PGEPI-2014: #PCPE-
2016: #TRF3-2018: #CESPE: #FCC: Ao tratar do princípio da vedação ao retrocesso ecológico, Frederico Amado
explica: “De acordo com este princípio, especialmente voltado ao Poder Legislativo, é defeso o recuo dos patamares legais de
proteção ambiental, salvo temporariamente em situações calamitosas, pois a proteção ambiental deve ser crescente, não
podendo retroagir, máxime os índices de poluição no Planta Terra crescem a cada ano. Decorre da natureza fundamental do
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, vez que uma de suas características é a proibição ao retrocesso ”. (Fonte:
AMADO, Frederico. Direito Ambiental Esquematizado. Editora Método, 5ª Ed. p. 80).
(MPBA-2010): Assinale a alternativa correta: O princípio da proibição do retrocesso ecológico limita a
discricionariedade do legislador a só legislar progressivamente, com o fito de não diminuir ou mitigar o direito
fundamental ao Meio Ambiente.
(MPBA-2010): Assinale a alternativa correta: O princípio do mínimo existencial ecológico postula que, por trás
da garantia constitucional do mínimo existencial, subjaz a idéia de que a dignidade humana está intrinsecamente
relacionada à qualidade ambiental. Ao conferir dimensão ecológica ao núcleo normativo, assenta premissa de que
não existe patamar mínimo de bem-estar sem respeito ao direito fundamental do meio ambiente sadio.
#Atenção: Frederico Amado explica: “Com base em notícia publicada no sítio do STJ, em 31.05.2010, ainda é possível
invocar o Princípio do Mínimo Existencial Ecológico. Postula que, por trás da garantia constitucional do mínimo
existencial, subjaz a ideia de que a dignidade da pessoa humana está intrinsecamente relacionada à qualidade ambiental. Ao
conferir dimensão ecológica ao núcleo normativo, assenta a premissa de que não existe patamar mínimo de bem-estar sem
respeito ao direito fundamental do meio ambiente sadio”. (Fonte: AMADO, Frederico. Direito Ambiental
Esquematizado. Editora Método, 5ª Ed. p. 80).
706
especialmente protegidos... isso abrange as unidades de conservação? SIM. As unidades de conservação são
uma das espécies de espaços territoriais especialmente protegidos. Podemos citar outros dois exemplos:
• Áreas de Preservação Permanente (APP);
• Áreas de Reserva Legal.
#Questões de concurso:
(TJAP-2022-FGV): Tendo em vista a grande especulação imobiliária do Município X, o prefeito decide
reduzir a área de determinada Unidade de Conservação, para permitir a construção de novas unidades
imobiliárias. Sobre o caso, é correto afirmar que o prefeito: não pode mudar as dimensões da Unidade de
Conservação por decreto, o que apenas pode ser feito por lei específica. BL: art. 225, §1º, III, CF, art. 22, §7º,
SNUC166 e Info 896, STF.
(PGETO-2018-FCC): Dentro do sistema de proteção e preservação do meio ambiente, na forma prevista na
Constituição Federal, emerge o instituto dos espaços territoriais especialmente protegidos, cuja instituição
não se sujeita à reserva de lei, porém, uma vez criados, ainda que por decreto, a proteção ambiental assim
instituída somente pode ser suprimida por lei em sentido formal. BL: art. 225, §1º, III, CF, art. 22, §7º,
SNUC e Info 896, STF.

(TJAL-2019-FCC): A disciplina constitucionalmente estabelecida para a proteção do meio ambiente


introduziu, como obrigação do poder público, a definição dos espaços territoriais a serem especialmente
protegidos, impondo tal obrigação a todas as unidades da federação, sem, contudo, estabelecer um
conceito único de espaço territorial especialmente protegido, podendo tal proteção alcançar áreas
públicas ou privadas. BL: art. 225, §1º, III, CF. (amb.)

(PCPE-2016-CESPE): Considere que, em 1999, a União tenha criado, por decreto presidencial,
determinada unidade de conservação. Nessa situação, de acordo com a CF, a União somente poderá
alterá-la ou suprimi-la por meio de lei. BL: art. 225, §1º, III, CF. (amb.)

(TJPE-2013-FCC): Suponha a existência de determinada lei ordinária que permita o exercício de


determinadas atividades econômicas em áreas de preservação permanente, sob o fundamento de
interesse público ou de indispensabilidade à segurança nacional. Esta lei ainda confere à autoridade
ambiental a competência de permitir, em cada caso concreto, o exercício dessas atividades econômicas
sempre que o permissivo legal estiver configurado. Tendo em vista a disciplina constitucional sobre a
matéria, semelhante lei, em tese, seria constitucional, desde que as atividades econômicas permitidas na
área de preservação permanente não comprometam a integridade dos atributos que justificaram a sua
proteção especial. BL: art. 225, §1º, III, CF. (amb.)

#Atenção: Transpondo-se o conteúdo do artigo especificamente para o caso em tela, pode-se declarar a
constitucionalidade da lei sob exame, já que a utilização econômica da APP, da forma como ventilada
na assertiva, não compromete a integridade dos atributos que justificaram a proteção especial.

(TJMA-2013-CESPE): As unidades de conservação são espécies do gênero definido como espaço


territorial especialmente protegido, que comporta, entre outros espaços protegidos, os territórios
indígenas. BL: art. 2º, I, SNUC e art. 225, §1º, III, CF/88.

#Atenção: A CF estabeleceu, no art. 225, §1º, III, que incumbe ao Poder Público o dever de definir, em
todas as unidades da federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos. O legislador pátrio, por sua vez, preconizou, no art. 2º, I da Lei 9985/00, que a unidade de
conservação é o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com
características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de
conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias
adequadas de proteção. Portanto, as unidades de conservação, assim como as áreas de preservação
permanente, a reserva legal e asa terras indígenas são espaços territoriais especialmente protegidos, com

166
Art. 22. (...) § 7º A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita
mediante lei específica.
707
requisitos diferenciados para sua exploração e preservação (art. 231, §3º, CF). Assim sendo, percebe-se
que a unidade de conservação é uma dentre várias espécies de espaço territorialmente protegido.
Cumpre ressaltar que as terras indígenas (assim como os sítios remanescentes de quilombos) não foram
previstas na Lei 9985/00, razão pela qual não são consideradas espécies de unidades de conservação da
natureza. No entanto, constituem espaços territorialmente protegidos.

IV - EXIGIR, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de


significativa degradação do meio ambiente, ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL, a que SE
DARÁ publicidade; (TJRR-2008) (MPPR-2008) (PGECE-2008) (PGEES-2008) (DPEMA-2009) (DPESP-
2009) (PGEAL-2009) (MPRO-2010) (TJPB-2011) (TJRO-2011) (MPSP-2011) (PGEPA-2011) (TJBA-2012) (TJGO-
2012) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (DPEPR-2012) (PGESP-2012) (AGU-2009/2010/2012/2013) (MPES-2010/2013)
(PGEGO-2010/2013) (TJMA-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (TJAP-2008/2014) (PGEPI-2008/2014)
(TRF2-2011/2013/2014) (TJDFT-2014) (TJMG-2014) (MPMA-2014) (PGEBA-2014) (PGESC-2014) (TJSP-2008/2015)
(PCDF-2009/2015) (MPF-2012/2015) (TRF1-2009/2013/2015) (MPMS-2013/2015) (MPAM-2015) (DPEPA-2015)
(DPESP-2015) (PGEPR-2015) (PCCE-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TJRS-2016) (DPEES-2016) (TRF4-
2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRR-2012/2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (TRT/Unificado-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGEPE-2009/2018) (TJMT-2014/2018) (TRF3-2013/2016/2018)
(PCGO-2017/2018) (TJCE-2018) (MPBA-2018) (MPMG-2010/2019) (TJPA-2019) (TJAC-2019) (TJSC-2019)
(MPMT-2019) (MPPI-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (TJMS-2020) (MPCE-2020) (TJSP-2014/2021)
(PCPA-2013/2016/2021) (MPSC-2021) (DPEAM-2021) (PGEPB-2021) (PGERS-2021) (PCRN-2021) (PCAM-
2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

#Atenção: #STF: #DOD: #PCPA-2016: #TJSC-2019: ##CESPE: Princípio da precaução, campo


eletromagnético e legitimidade dos limites fixados pela Lei 11.934/09: No atual estágio do conhecimento
científico, que indica ser incerta a existência de efeitos nocivos da exposição ocupacional e da
população em geral a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos gerados por sistemas de
energia elétrica, não existem impedimentos, por ora, a que sejam adotados os parâmetros propostos
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), conforme estabelece a Lei nº 11.934/2009. STF. Plenário.
RE 627189/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 8/6/16 (repercussão geral) (Info 829).
(TJSC-2019-CESPE): Uma associação de moradores de um bairro de determinado município da Federação
propôs uma ação civil pública (ACP) em desfavor da concessionária de energia local, para que seja
determinada a redução do campo eletromagnético em linhas de transmissão de energia elétrica localizadas
nas proximidades das residências dos moradores do bairro, alegando eventuais efeitos nocivos à saúde
humana em decorrência desse campo eletromagnético. Apesar de estudos desenvolvidos pela Organização
Mundial da Saúde afirmarem a inexistência de evidências científicas convincentes que confirmem a relação
entre a exposição humana a valores de campos eletromagnéticos acima dos limites estabelecidos e efeitos
adversos à saúde, a entidade defende que há incertezas científicas sobre a possibilidade de esse serviço
desequilibrar o meio ambiente ou atingir a saúde humana, o que exige análise dos riscos. Nessa situação
hipotética, o pedido da associação feito na referida ACP se pauta no princípio ambiental da precaução. BL:
Info 829, STF.

(TJMS-2020-FCC): O MP ajuizou uma ação civil pública visando à declaração de nulidade de


licenciamento ambiental conduzido por estudo ambiental diverso do Estudo de Impacto Ambiental e
Respectivo Relatório (EIA-RIMA). O Magistrado deverá determinar a produção de prova pericial para
aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA no licenciamento ambiental. BL: art. 3º, Res. 237/97167 e
art. 225, §1º, IV, CF.

#Atenção: #PGEAL-2009: #PGEGO-2010: #MPF-2012: #AGU-2009/2010/2012/2013: #MPES-2010/2013:


#MPMS-2013: #TRF5-2013: #TRF2-2011/2014: #MPAM-2015: #TRF1-2015: #PGEPR-2015: #TRF3-
2013/2016: #PGM-BH/MG-2017: #PGEPE-2009/2018: #PGM-Campo Grande/MS-2019: #TJMS-2020:
#PCPA-2013/2016/2021: #CESPE: #VUNESP: #FCC: De início, vale ressaltar que apenas quando a obra o
167
Art. 3º. A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente
causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo
relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de
audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação. Parágrafo único. O órgão ambiental
competente, verificando que a atividade ou empreendimento não é potencialmente causador de significativa
degradação do meio ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de
licenciamento.
708
atividade for potencialmente causadora de significativa degradação ambiental será imprescindível a
realização de estudo prévio de impacto ambiental, sob pena de nulidade da licença ambiental, nos
termos do art. 225, §1º, IV, da CF. Portanto, segundo a CF/88, nem sempre será exigido estudo de
impacto ambiental. Tal compreensão também pode ser extraída do art. 3º da Res. 237/97. Desta forma, a
produção de prova pericial é imprescindível para a aferição da necessidade ou não do EIA-RIMA.168

(MPCE-2020-CESPE): Ao avaliar um pedido de autorização do uso de determinado agrotóxico, o órgão


ambiental competente, pautado em estudos científicos, autorizou o uso do produto. Para decidir,
considerou que, no atual estágio do conhecimento científico, inexiste comprovação de efeitos nocivos à
saúde humana decorrentes da exposição ao referido agrotóxico, conforme parâmetros propostos pela
Organização Mundial de Saúde: Considerando-se que, nessa situação hipotética, o risco de exposição ao
agrotóxico possa ser mensurado, é correto afirmar, com base na jurisprudência do STF, que a decisão do
órgão ambiental está pautada no princípio da prevenção. BL: art. 225, §1º, IV, CF.

#Atenção: ##PGECE-2008: #PGEAL-2009: #TRF1-2009: #PGEAL-2009: #MPES-2010: #MPRO-2010:


#PGEGO-2010: #AGU-2010: #DPEMA-2009/2011: #TJBA-2012: #DPEPR-2012: #MPMG-2013:
#Cartórios/TJPE-2013: #PGEPI-2008/2014: #MPMA-2014: #PCDF-2009/2015: #MPAM-2015:
#DPESP-2015: #MPF-2015: #PGEPR-2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PCPA-2016: #PCPE-2016:
#MPRR-2017: #PGEAC-2017: #PGESE-2017: #PGM-BH/MG-2017: #PGM-Fortaleza/CE-2017: #PGEPE-
2009/2018: #TRF2-2018: #MPBA-2010/2018: #MPMS-2013/2018: #TRF3-2016/2018: #TJAC-2019: #MPSC-
2019: #TJSP-2021: #DPEAM-2021: #PGEPB-2021: #PCRN-2021: #PCAM-2022: #CESPE: #FCC: #FGV:
#FMP: #VUNESP: O princípio da PREVENÇÃO incide naquelas hipóteses em que os riscos são
conhecidos e PREVISÍVEIS, gerando o dever de o Estado exigir do responsável pela atividade a adoção
de providências buscando ou eliminar ou minimizar os danos causados ao meio ambiente. Por outro
lado, o princípio da PRECAUÇÃO incide nas situações em que os riscos são desconhecidos e
IMPREVISÍVEIS. Por meio dele, impõe-se à Administração um comportamento muito mais restritivo,
fiscalizando atividades potencialmente poluidoras e, inclusive, negando o pedido de licença ambiental,
porquanto entende-se que o meio ambiente deve ter em seu favor o benefício da dúvida no caso de
incerteza (in dubio pro natura). Logo, o princípio da precaução não se se confunde com o princípio da
prevenção. Vejamos o quadro abaixo:
Princípio da PreVenção Princípio da PreCaução
Trata-se de uma Verdade científica sobre a Trata-se de uma Controvérsia, dúvida sobre os
ocorrência de dano. Nesse ínterim, em se tratando riscos causadores de danos ambientais. Nessa
de meio ambiente, quando um dano ocorre trilha, havendo dúvida sobre os riscos trazidos
dificilmente o ambiente será reestabelecido ao com o desenvolvimento de determinada atividade
status quo ante. Uma flora atingida não retorna, o caminho a ser trilhado deve ser a não autorização
uma fauna extinta não mais existe. Assim, do desenvolvimento dela. Pode-se ver, por
verificada a potencialidade de dano que uma conseguinte, que o princípio da precaução atua
atividade traz consigo não deverá ser antes do da prevenção pois busca evitar riscos
desenvolvida. mínimos ao meio ambiente num cenário de
Trabalha com uma circunstância científica. Se eu incerteza científica a respeito da potencialidade
tenho certeza cientifica de que aquele dano lesiva da atividade. Ressalte-se que o ônus da
ambiental é possível, eu vou fazer tudo para prova sobre é do proponente à atividade.
prevenir que ele não ocorra ou ocorra em O Princípio da Precaução tem quatro componentes
circunstâncias controláveis. No fundo, esse básicos que podem ser, assim resumidos:
princípio no âmbito do direito ambiental é uma (i) a incerteza passa a ser considerada na avaliação
restrição a uma atividade diante da evidência de de risco;
um dano possível. (ii) o ônus da prova cabe ao proponente da
É uma diretriz para a restrição de uma atividade atividade;
diante da evidência de perigo ou dano possível, (iii) na avaliação de risco, um número razoável de
quando houver um risco já diagnosticado. Já é alternativas ao produto ou processo, devem ser
científico, certo, previsível. estudadas e comparadas;
Há um risco em concreto de que aquele dano irá (iv) para ser precaucionária, a decisão deve ser
acontecer (risco in concreto). democrática, transparente e ter a participação dos
interessados no produto ou processo.
#Questão de concurso:
(PGEPB-2021-CESPE): Considere as seguintes assertivas: I) A incerteza de conhecimentos científicos, longe
de desculpar deveria incitar a mais prudência.; II) A ignorância não pode ser um pretexto para ser
imprudente.; III) Na dúvida, opta-se pela solução que proteja imediatamente o ser humano. As assertivas I,
II e III invocam o conteúdo do seguinte princípio geral do direito ambiental: princípio da precaução. BL: art.
168
(MPF-2012): Em se tratando de atividades ou obras potencialmente causadoras de significativa degradação do
meio ambiente, a ausência de estudo prévio de impacto ambiental vicia o procedimento de licenciamento,
sujeitando-o a nulidade. BL: art. 3º, Res. 237/97 e art. 225, §1º, IV, CF.
709
225, §1º, IV, CF.
(MPSC-2019): O princípio ambiental da prevenção não se confunde com o princípio ambiental da
precaução. O princípio da prevenção se aplica quando existem elementos seguros para afirmar que uma
determinada atividade é perigosa, sendo que têm por objetivo impedir a ocorrência de danos ao meio
ambiente, por meio da imposição de medidas acautelatórias antes da implantação de empreendimentos e
atividades consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras. BL: art. 225, §1º, IV, CF.
(PGEAC-2017-FMP): Considerando o trecho a seguir reproduzido, identifique o princípio de direito
ambiental: “Sempre que houver perigo da ocorrência de um dano grave ou irreversível, a ausência de certeza cientifica
absoluta não deverá ser utilizada como razão para se adiar a adoção de medidas eficazes a fim de impedir a degradação
ambiental” (LEITE & AYALA): princípio da precaução. BL: art. 225, §1º, IV, CF.

(MPPI-2019-CESPE): O estudo prévio de impacto ambiental é previsto expressamente na CF/88. BL: art.
225, §1º, IV, CF.

(TJMT-2018-VUNESP): O art. 225 da CF/88 impõe ao Poder Público diversas incumbências destinadas a
assegurar a efetividade do direito de todos a um meio ambiente sadio. Para assegurar a efetividade desse
direito, incumbe ao Poder Público: exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade. BL: art. 225, §1º, IV, CF.

(MPRR-2017-CESPE): Para a realização de determinada atividade econômica, a pessoa física interessada


solicitou ao órgão estadual ambiental competente a licença necessária. Entretanto, por ser a atividade
econômica considerada potencialmente causadora de degradação ao meio ambiente, o referido ente
público informou ao interessado da necessidade do prévio estudo de impacto ambiental. Na situação
apresentada, a realização do referido estudo consagra a aplicação do princípio ambiental da prevenção.
BL: art. 225, §1º, IV, CF.

#Atenção: #PGECE-2008: #PGEAL-2009: #MPES-2010: #PGEGO-2010: #Cartórios/TJPE-2013: #TJMG-


2014: #MPMA-2014: #PCDF-2009/2015: #MPF-2015: #TRF3-2013/2016: #PCPE-2016: #MPRR-2017:
#PGESE-2017: #PGM-BH/MG-2017: #PGM-Fortaleza/CE-2017: #MPBA-2018: #TJSP-2014/2021:
#PCAM-2022: #CESPE: #FCC: #FGV: #VUNESP: A relação do princípio da prevenção com o EIA é
evidente. Existe, inclusive, lições doutrinária que apresentam essa relação. Na prática, o princípio da
prevenção tem como objetivo impedir a ocorrência de danos ao meio ambiente, através da imposição de
medidas acautelatórias, antes da implementação de empreendimentos e atividades consideradas efetiva
ou potencialmente poluidoras. O estudo de impacto ambiental, previsto no art. 225, § 1º, IV, da CF/1988,
é exemplo típico desse direcionamento preventivo (MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 9ª ed., Revista
dos Tribunais, 2014, p. 266). Portanto, indubitavelmente, este é um dos reflexos do princípio da
prevenção, segundo o qual é impossível ou extremamente difícil a reconstituição do meio ambiente, daí a
necessidade de adoção de medidas que previnam a possibilidade de danos ao meio ambiente.
(PCPE-2016-CESPE): Conforme previsto na CF, é necessária a realização de estudo prévio de impacto
ambiental antes da implantação de empreendimentos e de atividades consideradas efetiva ou
potencialmente causadoras de degradação ambiental, que constitui exigência que atende ao princípio do(a)
prevenção. BL: art. 225, §1º, IV, da CF.
(TJMG-2014): O estudo prévio de impacto ambiental constitui exigência feita pelo poder público em
cumprimento ao princípio da prevenção, de ordem constitucional. BL: art. 225, §1º, IV, da CF.
(TJSP-2014-VUNESP): O EIA – Estudo de Impacto Ambiental constitui-se em um dos mais importantes
instrumentos de proteção ao meio ambiente. Sua existência encontra-se calcada no princípio da prevenção.
BL: art. 225, §1º, IV, da CF.

(TJAP-2014-FCC): O Estudo de Impacto Ambiental e respectivo relatório (EIA-RIMA) é exigido no


licenciamento de obra ou atividade potencialmente causadora de significativo impacto ambiental. BL:
art. 225, §1º, IV, da CF.

V - CONTROLAR a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias


que COMPORTEM RISCO para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (PGEAL-2009) (MPRO-
2010) (PGEPA-2011) (MPAL-2012) (PGESP-2012) (PCGO-2017) (TRF2-2011/2018) (MPMS-2015/2018) (TJMT-
2018) (TRF3-2018) (MPMT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPCE-2020)

(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: As Resoluções do CONAMA que tratam de padrões


máximos de emissão de poluentes têm por fundamento o princípio do limite ou controle. BL: art. 225,
§1º, V, CF.

#Atenção: #MPMS-2015/2018: #MPCE-2020: #CESPE: Princípio do Limite ou Controle: Estabelece que


a fixação dos padrões ambientais compatíveis com o meio ambiente equilibrado deve ser estabelecido
710
pelo Poder Público. Cabe ao Poder Público definir o limite do que se considera socialmente tolerável.
Cuida-se do dever estatal de editar e efetivar normas jurídicas que instituam padrões máximos de
poluição, a fim de mantê-la dentro de bons níveis para não afetar o equilíbrio ambiental e a saúde
pública. Encontramos nas Resoluções do CONAMA padrões relativos à qualidade da água, à emissão de
ruídos, à emissão de gases poluentes, etc. Previsão constitucional: Art. 225, § 1º, V da CF.

VI - PROMOVER a EDUCAÇÃO AMBIENTAL em todos os níveis de ensino e a conscientização


pública para a preservação do meio ambiente; (MPPR-2008) (PGEAL-2009) (MPBA-2010) (MPRO-2010)
(MPSP-2010) (TJPB-2011) (DPERS-2011) (TJPI-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (DPEPR-2012) (PGEAC-
2012) (MPMA-2014) (PGEBA-2014) (TRF5-2015) (PCDF-2015) (PGM-BH/MG-2017) (PGEPE-2009/2018) (TJMT-
2018) (TRF2-2018) (MPMG-2019) (MPMT-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

(TJPI-2012-CESPE): Em consonância com o princípio da participação e informação, a CF determina


expressamente que o Poder Público promova educação ambiental em todos os níveis de ensino. BL: art.
225, §1º, VI, CF. (ambiental)

(TJPB-2011-CESPE): A necessidade da educação ambiental é princípio consagrado pelas Nações Unidas


e pelo ordenamento jurídico brasileiro, e, nesse sentido, a CF determina ao poder público a incumbência
de promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino. BL: art. 225, §1º, VI, CF. (ambiental)

#Atenção: O marco inicial da educação ambiental em âmbito internacional é a Conferência das Nações
Unidas para o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972. A partir dessa data, a
educação ambiental foi conquistando uma importância crescente no âmbito internacional e nacional. A
educação ambiental é regulamentada pela Lei 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental.

VII - PROTEGER a FAUNA e a FLORA, VEDADAS, na forma da lei, AS PRÁTICAS que


COLOQUEM em risco sua função ecológica, PROVOQUEM a extinção de espécies ou SUBMETAM os
animais a crueldade. (MPCE-2009) (TRF5-2009) (PGEAL-2009) (MPRO-2010) (MPF-2011) (PGERS-2011)
(PGESP-2009/2012) (DPESP-2013) (TRF4-2014) (PGEPI-2014) (DPEPA-2015) (PCPA-2016) (TJMG-2018)
(TJMT-2018) (TRF2-2018) (TRF3-2018) (PGESC-2018) (PCGO-2018) (MPMG-2010/2019) (MPT-2020) (MPDFT-
2021) (MPSC-2021) (PCAM-2022) (PCPB-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

#Atenção: #STF: #DOD: #MPSC-2021: #PCAM-2022: #PCPB-2022: #CESPE: #FGV: Não é permitido o
abate de animais apreendidos em situação de maus-tratos: É inconstitucional a interpretação da
legislação federal que possibilita o abate imediato de animais apreendidos em situação de maus-
tratos. O art. 225, § 1º, VII, da CF impõe a proteção à fauna e proíbe qualquer espécie de maus-tratos
aos animais. O art. 25, § 1º da Lei 9.605/98 afirma que os animais apreendidos serão prioritariamente
libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias,
entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a
responsabilidade de técnicos habilitados. Até que os animais sejam entregues às instituições, o órgão
autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e
transporte que garantam o seu bem-estar físico. Assim, não é constitucionalmente adequada a
interpretação segundo a qual os animais devam ser resgatados de situações de maus-tratos para, logo
em seguida, serem abatidos. STF. Plenário. ADPF 640 MC-Ref/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17/9/21
(Info 1030).
(PCAM-2022-FGV): João praticou crime ambiental de maus-tratos contra animais silvestres,
consistentes em cinco micos-leões-dourados encontrados machucados e desnutridos. Os animais
foram devidamente apreendidos pela Autoridade Policial responsável pela operação, que lavrou o
respectivo auto. Conforme dispõe a legislação de regência e a jurisprudência do STF, os animais serão
prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por
questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda
e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados, de maneira que é inconstitucional a
interpretação da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais apreendidos em
situação de maus-tratos. BL: art. 225, §1º, VII, CF, art. 25, §1º, LCA e Info 1030, STF.

#Atenção: ##STF: #MPPE-2008: #MPCE-2009: #MPF-2011: #DPESP-2013: #PGEPI-2014: #PCPA-


2016: #PCGO-2018: ##CESPE: #FCC: #UEG: Lei 7.380/98, do Estado do Rio Grande do Norte.
Atividades esportivas com aves das raças combatentes. ‘Rinhas’ ou ‘Brigas de galo’. Regulamentação.
Inadmissibilidade. Meio ambiente. Animais. Submissão a tratamento cruel. Ofensa ao art. 225, § 1º,
VII, da CF. Ação julgada procedente. Precedentes. É inconstitucional a lei estadual que autorize e
711
regulamente, sob título de práticas ou atividades esportivas com aves de raças ditas combatentes, as
chamadas ‘rinhas’ ou ‘brigas de galo’. STF. Plenário. ADI 3.776, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 14-6-07. No
mesmo sentido: STF. Plenário. ADI 1.856, Rel. Min. Celso de Mello, j. 26-5-11; ADI 2.514, Rel. Min. Eros
Grau, j. 29-6-05.
(DPESP-2013-FCC): Ao apreciar as Ações Diretas de Inconstitucionalidade nos 1.856, 2.514 e 3.776, por
meio das quais foram questionadas, em face da Constituição Federal brasileira, leis estaduais destinadas a
disciplinar atividades esportivas com aves de raças combatentes (“rinhas” ou “brigas de galo”), o STF,
assentando o entendimento da Corte sobre o tema, julgou-as procedentes, uma vez que consta na
Constituição Federal brasileira a vedação, na forma da lei, às práticas que submetam os animais a crueldade.
BL: art. 225, §1º, VII, CF e Entend. Jurisprud.
(MPPE-2008-FCC): Tendo em vista os aspectos constitucionais relativos à necessidade de um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, é correto afirmar que a edição de uma lei estadual, a exemplo daquela que
autorize ou regulamente a realização de “briga de galo” é considerada inconstitucional, em razão das regras
norteadoras do meio ambiente. BL: art. 225, §1º, VII, CF e Entend. Jurisprud.

VIII - manter regime fiscal favorecido para os biocombustíveis destinados ao consumo final, na forma
de lei complementar, a fim de assegurar-lhes tributação inferior à incidente sobre os combustíveis fósseis,
capaz de garantir diferencial competitivo em relação a estes, especialmente em relação às contribuições de
que tratam a alínea "b" do inciso I e o inciso IV do caput do art. 195 e o art. 239 e ao imposto a que se refere
o inciso II do caput do art. 155 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)

##Atenção: Vejamos o teor do art. 4º da EC 123/22: “Art. 4º Enquanto não entrar em vigor a lei
complementar a que se refere o inciso VIII do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, o diferencial competitivo dos
biocombustíveis destinados ao consumo final em relação aos combustíveis fósseis será garantido pela manutenção,
em termos percentuais, da diferença entre as alíquotas aplicáveis a cada combustível fóssil e aos biocombustíveis que
lhe sejam substitutos em patamar igual ou superior ao vigente em 15 de maio de 2022. § 1º Alternativamente ao
disposto no caput deste artigo, quando o diferencial competitivo não for determinado pelas alíquotas, ele será
garantido pela manutenção do diferencial da carga tributária efetiva entre os combustíveis. § 2º No período de 20
(vinte) anos após a promulgação desta Emenda Constitucional, a lei complementar federal não poderá estabelecer
diferencial competitivo em patamar inferior ao referido no caput deste artigo. § 3º A modificação, por proposição
legislativa estadual ou federal ou por decisão judicial com efeito erga omnes, das alíquotas aplicáveis a um
combustível fóssil implicará automática alteração das alíquotas aplicáveis aos biocombustíveis destinados ao
consumo final que lhe sejam substitutos, a fim de, no mínimo, manter a diferença de alíquotas existente
anteriormente. § 4º A lei complementar a que se refere o inciso VIII do § 1º do art. 225 da Constituição Federal
disporá sobre critérios ou mecanismos para assegurar o diferencial competitivo dos biocombustíveis destinados ao
consumo final na hipótese de ser implantada, para o combustível fóssil de que são substitutos, a sistemática de
recolhimento de que trata a alínea "h" do inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal. § 5º Na aplicação
deste artigo, é dispensada a observância do disposto no inciso VI do § 2º do art. 155 da Constituição Federal.”

§ 2º Aquele que EXPLORAR RECURSOS MINERAIS FICA OBRIGADO a recuperar o meio


ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da
lei. (MPPE-2008) (MPDFT-2009) (DPEPA-2009) (TJDFT-2011) (MPSP-2011) (PGEPA-2011) (TJBA-2012)
(MPAL-2012) (MPT-2012) (PCSC-2014) (TRF1-2013/2015) (MPAM-2015) (TRF5-2015) (TJAM-2016) (MPAM-
2016) (TRF2-2011/2017) (TJPR-2012/2017) (PGEAC-2017) (TRF3-2013/2018) (TJAC-2019) (MPGO-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (PCPA-2021) (TJAP-2009/2022)

(TRF3-2018): Considerando o art. 225 da Constituição Federal, assinale a alternativa correta: A


exploração dos recursos minerais está condicionada à reparação do meio ambiente degradado, de acordo
com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. BL: art. 225, §2º, CF (amb.)

(TJPR-2017-CESPE): Com relação à tutela constitucional ao meio ambiente e à PNMA, assinale a opção
correta: A recuperação de áreas degradadas é exigida das mineradoras por previsão constitucional
expressa e, sob aspectos gerais, é prevista na lei como um dos princípios da PNMA. BL: art. 225, §2º, CF
e art. 2º, VIII da Lei 6838/81 (PNMA)169 (amb.).

169
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico,
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes
princípios: (...) VIII - recuperação de áreas degradadas; (...)
712
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente SUJEITARÃO os infratores,
PESSOAS FÍSICAS ou JURÍDICAS, a sanções penais e administrativas, INDEPENDENTEMENTE da
obrigação de reparar os danos causados. (TJMS-2008) (MPPE-2008) (PGEES-2008) (TJMG-2009) (DPEPA-
2009) (PCPB-2009) (PCRN-2009) (MPES-2010) (MPSP-2006/2011) (TJSP-2011) (TJPB-2011) (MPMS-2011)
(DPEMA-2011) (PGEPA-2011) (PGERO-2011) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (PGEMG-2012) (MPPR-2013)
(DPERR-2013) (TRF1-2013) (PGEGO-2013) (TJRJ-2011/2014) (TJDFT-2011/2014) (TJPA-2012/2014) (MPMA-
2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGESC-2014) (PCSC-2014) (PCDF-2009/2015) (AGU-2010/2015) (PGEPR-
2011/2015) (MPAM-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TRF4-2009/2010/2012/2014/2016)
(TJAM-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCPE-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRO-2010/2017) (TJPR-
2011/2012/2013/2017) (MPF-2012/2015/2017) (TRF5-2011/2013/2015/2017) (DPEAC-2017) (DPU-2017)
(Cartórios/TJRJ-2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (PCAC-2017) (TRT/Unificado-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(PGEPE-2009/2018) (PGESP-2009/2018) (MPBA-2010/2018) (TJMT-2014/2018) (TJRS-2009/2012/2016/2018) (TRF3-
2013/2016/2018) (TRF2-2011/2013/2014/2017/2018) (PCGO-2013/2017/2018) (TJCE-2018) (PGEAP-2018) (PCBA-
2018) (PCSE-2018) (PF-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPMT-2008/2014/2019)
(TJRO-2011/2019) (TJBA-2012/2019) (MPMG-2013/2019) (TJAL-2015/2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Boa
Vista/RR-2019) (MPT-2020) (PGECE-2008/2021) (MPSC-2010/2014/2021) (PCPA-2013/2016/2021) (TJSP-
2014/2018/2021) (MPDFT-2021) (PGERS-2021) (PCPR-2021) (TCDF-2021) (TJAP-2008/2009/2014/2022) (TJMG-
2012/2014/2022) (MPGO-2010/2016/2019/2022) (TJMA-2022) (PGEAM-2022) (PCAM-2022)

#Atenção: #STJ: #DOD: #TJAP-2022: #TJMG-2022: #MPGO-2022: #PCAM-2022: #FGV: O erro na


concessão de licença ambiental não configura fato de terceiro capaz de interromper o nexo causal na
reparação por lesão ao meio ambiente: Os danos ambientais são regidos pela teoria do risco integral. A
pessoa que explora a atividade econômica ocupa a posição de garantidor da preservação ambiental,
sendo sempre considerado responsável pelos danos vinculados à atividade. Logo, não se pode admitir
a exclusão da responsabilidade pelo fato exclusivo de terceiro ou força maior. No caso concreto, a
construção de um posto de gasolina causou danos em área ambiental protegida. Mesmo tendo havido
a concessão de licença ambiental – que se mostrou equivocada – isso não é causa excludente da
responsabilidade do proprietário do estabelecimento. Mesmo que se considere que a instalação do
posto de combustível somente tenha ocorrido em razão de erro na concessão da licença ambiental, é o
exercício dessa atividade, de responsabilidade do empreendedor, que gera o risco concretizado no
dano ambiental, razão pela qual não há possibilidade de eximir-se da obrigação de reparar a lesão
verificada. STJ. 3ª T. REsp 1612887-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 28/04/20 (Info 671).
(TJAP-2022-FGV): A sociedade Alfa Ltda., após obter licença ambiental para construção de estacionamento
em área inserida em Estação Ecológica, é processada em ação civil pública, em razão do dano ambiental
causado. O autor da ação comprova erro na concessão da licença, tendo em vista que é vedada a construção
dentro da referida Unidade de Conservação. Em defesa, a sociedade Alfa Ltda. alega que realizou a
construção amparada em licença ambiental presumidamente válida. Sobre o caso, é correto afirmar que a
ação deve ser: acolhida, tendo em vista que os danos ambientais são regidos pelo modelo da
responsabilidade objetiva e pela teoria do risco integral. BL: Info 671, STJ.

#Atenção: #STJ: #DOD: #TJRO-2019: #MPMG-2019: #PGEAM-2022: #CESPE: #VUNESP: A aplicação


de penalidades administrativas não obedece à lógica da responsabilidade objetiva da esfera cível
(para reparação dos danos causados), mas deve obedecer à sistemática da teoria da culpabilidade, ou
seja, a conduta deve ser cometida pelo alegado transgressor, com demonstração de seu elemento
subjetivo, e com demonstração do nexo causal entre a conduta e o dano. Assim, a responsabilidade
CIVIL ambiental é objetiva; porém, tratando-se de responsabilidade administrativa ambiental, a
responsabilidade é SUBJETIVA. STJ. 1ª S. EREsp 1318051/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j.
8/5/19 (Info 650).
#Comentários ao julgado acima: #DOD: #TJRS-2012: #PCBA-2018: #VUNESP: Tríplice responsabilização
ambiental: O art. 225, § 3º, da CF prevê a tríplice responsabilização ambiental, estando, portanto, o
causador de danos ambientais sujeito à responsabilização administrativa, cível e penal, de modo
independente e simultâneo. Portanto, a CF/88 previu a responsabilização do poluidor, em virtude do
mesmo dano ambiental, nas esferas civil, administrativa e penal, de forma independente. Eis a tríplice
responsabilização. A responsabilidade civil por dano ambiental é OBJETIVA. Por outro lado, as
responsabilidades penal e administrativa são de natureza SUBJETIVA.
#Comentários ao julgado acima: #DOD: #TJAM-2016: #PCPA-2021: #PCAM-2022: #AOCP: #CESPE:
#FGV: Responsabilidade civil x responsabilidade administrativa: A responsabilidade por danos ambientais
na esfera cível é objetiva. Isso significa, por exemplo, que, se o MP propuser uma ação contra determinado
poluidor, ele não precisará provar a culpa ou dolo do réu. Por outro lado, para a aplicação de penalidades
administrativas, não se obedece a essa mesma lógica. A responsabilidade administrativa ambiental
apresenta caráter subjetivo, exigindo dolo ou culpa para sua configuração. Assim, adota-se a sistemática
da teoria da culpabilidade, ou seja, deverá ser comprovado o elemento subjetivo do agressor, além da
demonstração do nexo causal entre a conduta e o dano. A diferença entre os dois âmbitos de punição e
713
suas consequências fica bem estampada da leitura do art. 14, caput e § 1º, da Lei 6.938/81. No § 1º do art. 14
está prevista a responsabilidade na esfera cível. Lá ele fala que esta é independente da existência de culpa.
Já o caput do art. 14, que trata sobre a responsabilidade administrativa, não dispensa a existência de
culpa. Logo, interpreta-se que ele exige dolo ou culpa.
#Comentários ao julgado acima: #DOD: A aplicação e a execução das penas (responsabilidade
administrativa) limitam-se aos transgressores (somente podem ser aplicadas a quem efetivamente praticou
a infração). Por outro lado, a reparação ambiental, de cunho civil, pode atingir todos os poluidores, a
quem a própria legislação define como “a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental” (art. 3º, V, Lei
6.938/81). Assim, o uso do vocábulo “transgressores” no caput do art. 14, comparado à utilização da
palavra “poluidor” no § 1º do mesmo dispositivo, deixa a entender aquilo que já se podia inferir da vigência
do princípio da intranscendência das penas: a responsabilidade civil por dano ambiental é
subjetivamente mais abrangente do que as responsabilidades administrativa e penal, não admitindo
estas últimas que terceiros respondam a título objetivo por ofensas ambientais praticadas por outrem.
#Questões de concurso:
(PGEAM-2022-CESPE): Segundo atual jurisprudência do STJ, a responsabilidade administrativa por dano
ambiental é subjetiva, sendo necessária a comprovação de dolo ou culpa. BL: Info 650, STJ.
(TJRO-2019-VUNESP): Segundo o art. 225, § 3°, da CF/88, as condutas e atividades consideradas lesivas ao
Meio Ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas e jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Acerca da tríplice responsabilidade
ambiental, assinale a alternativa correta: A Primeira Seção do STJ consolidou o entendimento de que a
responsabilidade administrativa ambiental é subjetiva. BL: Info 650, STJ.

#Atenção: #DOD: #Quadro-resumo:


RESPONSABILIDADE POR DANOS AMBIENTAIS
Responsabilidade CIVIL Responsabilidade Responsabilidade PENAL
ADMINISTRATIVA
Objetiva Subjetiva Subjetiva
§ 1º do art. 14 da Lei 6.938/81. Caput do art. 14 da Lei 6.938/81. É vedada a responsabilidade
penal objetiva.

#Atenção: #STJ: #MPSP-2011: #PCPA-2013: ##PGEPI-2014: #MPBA-2015: #PGM-Curitiba/PR-2015:


#PCPA-2016: #PGM-POA/RS-2016: #TRF2-2011/2014/2017: #MPMG-2017: #PGEAP-2018: #TJPA-2019:
#MPMT-2019: #CESPE: #FCC: #Fundatec: A jurisprudência predominante no STJ é no sentido de que,
em matéria de proteção ambiental, há responsabilidade civil do Estado quando a omissão de
cumprimento adequado do seu dever de fiscalizar for determinante para a concretização ou o
agravamento do dano causado pelo seu causador direto. Trata-se, todavia, de responsabilidade
subsidiária, cuja execução poderá ser promovida caso o degradador direto não cumprir a obrigação, seja
por total ou parcial exaurimento patrimonial ou insolvência, seja por impossibilidade ou incapacidade,
por qualquer razão, inclusive técnica, de cumprimento da prestação judicialmente imposta, assegurado,
sempre, o direito de regresso (art. 934 do CC/02), com a desconsideração da personalidade jurídica,
conforme preceitua o art. 50 do CC/02. Vejamos o seguinte trecho de julgado do STJ: “(...) 3. A
Administração é solidária, objetiva e ilimitadamente responsável, nos termos da Lei 6.938/1981, por
danos urbanístico-ambientais decorrentes da omissão do seu dever de controlar e fiscalizar, na medida em
que contribua, direta ou indiretamente, tanto para a degradação ambiental em si mesma, como para o seu
agravamento, consolidação ou perpetuação, tudo sem prejuízo da adoção, contra o agente público relapso ou
desidioso, de medidas disciplinares, penais, civis e no campo da improbidade administrativa. (...) 14. No caso de
omissão de dever de controle e fiscalização, a responsabilidade ambiental solidária da Administração é de
execução subsidiária (ou com ordem de preferência). 15. A responsabilidade solidária e de execução subsidiária
significa que o Estado integra o título executivo sob a condição de, como devedor-reserva, só ser convocado a quitar
a dívida se o degradador original, direto ou material (= devedor principal) não o fizer, seja por total ou parcial
exaurimento patrimonial ou insolvência, seja por impossibilidade ou incapacidade, inclusive técnica, de
cumprimento da prestação judicialmente imposta, assegurado, sempre, o direito de regresso (art. 934 do Código
Civil), com a desconsideração da personalidade jurídica (art. 50 do Código Civil) (...)” STJ. 2ª T., REsp
1071741/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 24/03/09; STJ. 1ª T. AgRg no REsp 1001780/PR, Rel. Min.
Teori Albino Zavaski, j. 27/09/11.170

170
#Atenção: #STJ: #PGEPI-2014: #PGEAP-2018: #TJPA-2019: #CESPE: #FCC: A jurisprudência do STJ firmou-
se no sentido de reconhecer a legitimidade passiva de pessoa jurídica de direito público (no caso, estado-
membro) na ação que busca a responsabilidade pela degradação do meio ambiente, em razão da conduta
omissiva quanto a seu dever de fiscalizá-lo. Essa orientação coaduna-se com o art. 23, VI, da CF/88, que firma ser
competência comum da União, estados, Distrito Federal e municípios a proteção do meio ambiente e o combate à
poluição em qualquer de suas formas. Anote-se que o art. 225, caput, da CF/88 prevê o direito de todos a um
meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de impor ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo em benefício das presentes e futuras gerações. STJ. 2ª T. AgRg no REsp 958.766-MS, Rel. Min.
714
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 30: #PGEPI-2014: #PGM-Curitiba/PR-2015: #PCPA-2016:
#PGEAP-2018: #TJPA-2019: #CESPE: #FCC: Tese 08: Em matéria de proteção ambiental, há
responsabilidade civil do Estado quando a omissão de cumprimento adequado do seu dever de
fiscalizar for determinante para a concretização ou o agravamento do dano causado.
(TJPA-2019-CESPE): Com base na jurisprudência do STJ, é correto afirmar que, em matéria de proteção
ambiental em que se verifiquem omissão no cumprimento de fiscalizar, por falta de recursos, e, em
consequência, o agravamento do dano causado, o Estado poderá ser civilmente responsabilizado, em razão
da sua omissão no dever de fiscalizar. BL: REsp 1071741/SP e REsp 1001780/PR e Jurisprud. em tese.

#Atenção: #STJ: #DOD: #TJRS-2018: #PGEAP-2018: #PGEPE-2018: #PCPA-2021: #AOCP: #CESPE:


#FCC: #VUNESP: As empresas adquirentes da carga transportada pelo navio Vicuña no momento de
sua explosão, no Porto de Paranaguá/PR, em 15/11/04, não respondem pela reparação dos danos
alegadamente suportados por pescadores da região atingida, haja vista a ausência de nexo causal a
ligar tais prejuízos (proibição temporária da pesca) à conduta por elas perpetrada (mera aquisição
pretérita do metanol transportado). Situação concreta: três indústrias químicas adquiriam uma grande
quantidade de “metanol”, substância utilizada como matéria-prima para a produção de alguns
medicamentos. Elas adquiriram o metanol da METHANEX CHILE LIMITED, empresa chilena que
ficou responsável tanto pela contratação quanto pelo pagamento do frete marítimo. O navio
contratado pela empresa chilena para o transporte foi o “BTG Vicuña”, de bandeira do Chile. Ocorre
que quando já estava atracado no porto de Paranaguá/PR, o navio explodiu. Isso provocou uma
tragédia ambiental porque houve o vazamento de milhões de litros de óleo e de metanol. Em razão do
derramamento, a pesca na região ficou temporariamente proibida. STJ. 2ª S. REsp 1.602.106-PR, Rel.
Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 25/10/17 (Info 615).

##Atenção: #STJ: #MPMT-2014: #PGEPR-2015: #TRF4-2016: #PCPE-2016: #TRF5-2015/2017: #TJPR-


2017: #MPF-2017: #DPU-2017: #TRF3-2016/2018: #PGEAP-2018: #PGEPE-2018: #PCSE-2018: #PCPA-
2016/2021: #AOCP: #CESPE: #FCC: Tratando-se de direito difuso, a reparação civil ambiental assume
grande amplitude, com profundas implicações na espécie de responsabilidade do degradador que é
objetiva, fundada no simples risco ou no simples fato da atividade danosa, independentemente da
culpa do agente causador do dano. A cumulação de obrigação de fazer, não fazer e pagar não
configura bis in idem, porquanto a indenização, em vez de considerar lesão específica já
ecologicamente restaurada ou a ser restaurada, põe o foco em parcela do dano que, embora causada
pelo mesmo comportamento pretérito do agente, apresenta efeitos deletérios de cunho futuro,
irreparável ou intangível. (STJ. 2ª T., REsp 1454281/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 16/8/16).
(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: Tratando-se de direito difuso, a reparação civil de danos
ambientais assume grande amplitude, com profundas implicações na espécie de responsabilidade do
degradador, que é objetiva e fundada no simples risco ou no simples fato da atividade danosa,
independentemente da culpa do agente causador do dano. BL: Entend. Jurisprud.

#Atenção: #STJ: #MPMG-2017: O termo inicial da contagem do prazo prescricional, para ajuizamento
de ação de reparação de dano decorrente de prejuízos à saúde advindos do acidente ambiental, é a
data da ciência inequívoca dos efeitos danosos à saúde, e não a do acidente ambiental. STJ. 4ª T., AgRg
no AREsp 233914/RS. Rel. Min. Marco Buzzi. j. 03/12/15.

#Atenção: #STJ: #DOD: #AGU-2015: #PGEAP-2018: #PGEPE-2018: #CESPE: #FCC: João é pescador
artesanal e vive da pesca que realiza no rio Paranapanema, que faz a divisa dos Estados de São Paulo e
Paraná. A empresa "XXX", após vencer a licitação, iniciou a construção de uma usina hidrelétrica neste
rio. Ocorre que, após a construção da usina, houve uma grande redução na quantidade de alguns
peixes existentes no rio, em especial "pintados", "jaú" e "dourados". Vale ressaltar que estes peixes
eram os mais procurados pela população e os que davam maior renda aos pescadores do local. Diante
deste fato, João ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais contra a empresa
(concessionária de serviço público) sustentando que a construção da usina lhe causou negativo
impacto econômico e sofrimento moral, já que ele não mais poderia exercer sua profissão de pescador.
O pescador terá direito à indenização em decorrência deste fato? Danos materiais: SIM. Danos morais:
NÃO. STJ. 4ª T. REsp 1371834-PR, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, j. 5/11/15 (Info 574)

#Atenção: #STJ e STF: #DOD:: #MPAM-2015: #MPDFT-2015: #TJRS-2016: #TRF3-2016: #PCPA-2016:


#MPF-2015/2017: #MPRS-2017: #DPEAC-2017: #TRF2-2017: #Cartórios/TJRJ-2017: #PGESE-2017:

Mauro Campbell Marques, j. 16/3/10. O STJ firmou o entendimento de que o ente federado tem o dever de
fiscalizar e preservar o meio ambiente e combater a poluição (CF/88, art. 23, VI, e art. 3º da Lei 6.938/81),
podendo sua omissão ser interpretada como causa indireta do dano (poluidor indireto), o que enseja sua
responsabilidade objetiva. STJ, 2ª T. REsp 1666027/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 19/10/17.
715
#PCAC-2017: #TRT/Unificado-2017: #PCGO-2017/2018: #TJCE-2018: #PGESP-2018: #PCBA-2018:
#PCSE-2018: #PF-2018: #TJRO-2019: #TJRJ-2019: #MPPI-2019: #MPDFT-2021: #MPSC-2021: #PGECE-
2021: #PGERS-2021: #PCPR-2021: #CESPE: ##FCC: #FGV: #Fundatec: #UFPR: #VUNESP: É possível a
responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente da
responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome. Desse modo, o art. 225, § 3º,
da CF/88 não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à
simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A
jurisprudência não mais adota a chamada teoria da "dupla imputação". STJ. 6ª T. RMS 39.173-BA, Rel.
Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 6/8/15 (Info 566). STF. 1ª T. RE 548181/PR, Rel. Min. Rosa Weber, j.
6/8/13 (Info 714).
(TJRJ-2019-VUNESP): Acerca da responsabilidade em matéria ambiental, é correto afirmar que o STF
reconhece a possibilidade de se processar penalmente a pessoa jurídica, mesmo não havendo ação penal em
curso contra pessoa física com relação ao crime ambiental praticado. BL: Info 714, STF.
(PGESP-2018-VUNESP): A CF/1988, ao incorporar a questão ambiental de forma ampla e expressa, trouxe
para o seio do STF uma “pauta verde”. Assim, o destino de grandes temas ambientais também teve de ser
enfrentado na Corte, como decorrência lógica da necessidade de concretização de seus comandos. Nesse
contexto, sobre a jurisprudência do STF em matéria ambiental, assinale a alternativa correta: Segundo o STF,
o art. 225, § 3° , da CF/1988, não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes
ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. BL:
Info 714, STF.
(TRF3-2016): Relativamente à responsabilidade penal da pessoa jurídica, é possível afirmar que: Independe
da responsabilização das pessoas físicas envolvidas, conforme decidiu o STF, ao julgar o RE 548181/PR, de
relatoria da Ministra Rosa Weber. BL: Info 714, STF.
(PCPA-2016): Considerando os entendimentos do STF e do STJ, assim como a disciplina constitucional e
legal, assinale a alternativa correta quanto à responsabilização criminal da pessoa jurídica por crimes
ambientais: O STF, por meio de julgado da 1ª Turma, entendeu que a CF/1988 não condiciona a
responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa
física em tese responsável no âmbito da empresa. Em outras palavras, a norma constitucional não impõe a
necessária dupla imputação. Info 714, STF.
(MPF-2015): No que diz respeito às denúncias no processo penal: É entendimento atual no STF que, nos
crimes ambientais, para ser admitida a denúncia oferecida contra pessoa jurídica não é essencial a
concomitante imputação dos fatos correlatos as pessoas físicas em tese responsáveis no âmbito da empresa.
BL: Info 714, STF.

#Atenção: #STJ: #DOD: #TRF4-2014: #PGEBA-2014: #MPAM-2015: #MPBA-2015: #PGEPR-2015:


#PCDF-2015: #AGU-2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PGEMA-2016: #PCPE-2016: #TJPR-2017:
#TRF5-2017: #MPF-2017: #DPU-2017: #TRF3-2016/2018: #TRF2-2014/2017/2018: #TJMT-2018: #TJRS-
2018: #PGEAP-2018: #PGEPE-2018: #PCSE-2018: #PGM-Manaus/AM-2018: #MPMG-2017/2019:
#TJBA-2019: #PCPA-2016/2021: #TCDF-2021: #TJMG-2022: #MPGO-2022: #PCAM-2022 #CESPE:
#AOCP: #FCC: #FGV: #VUNESP: Determinada empresa de mineração deixou vazar resíduos de lama
tóxica (bauxita), material que atingiu quilômetros de extensão e se espalhou por cidades dos Estados
do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, deixando inúmeras famílias desabrigadas e sem seus bens
móveis e imóveis. O STJ, ao julgar a responsabilidade civil decorrente desses danos ambientais, fixou
as seguintes teses em sede de recurso repetitivo: a) a responsabilidade por dano ambiental é objetiva,
informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite
que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo
dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar; b)
em decorrência do acidente, a empresa deve recompor os danos materiais e morais causados e c) na
fixação da indenização por danos morais, recomendável que o arbitramento seja feito caso a caso e
com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao nível socioeconômico do autor, e, ainda, ao
porte da empresa, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e jurisprudência, com
razoabilidade, valendo-se de sua experiência e bom senso, atento à realidade da vida e às
peculiaridades de cada caso, de modo que, de um lado, não haja enriquecimento sem causa de quem
recebe a indenização e, de outro, haja efetiva compensação pelos danos morais experimentados por
aquele que fora lesado. STJ. 2ª S. REsp 1.374.284-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 27/8/14 (Info
545).
(PCAM-2022-FGV): A sociedade empresária Alfa, que possui regular licença ambiental de operação e vem
cumprindo todas as condicionantes da licença, durante o desenvolvimento de sua atividade empresarial
deixou vazar, por acidente, grande quantidade de lama tóxica (bauxita), que atingiu quilômetros de
extensão, se espalhou por três cidades do Estado Beta e deixou inúmeras famílias desabrigadas e sem seus
bens móveis e imóveis. No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,
aplica-se a responsabilidade objetiva por dano ambiental, informada pela teoria do risco integral, sendo o
nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato. BL: Info 545,
STJ.

716
(TJBA-2019-CESPE): Por equívoco de um de seus empregados, uma empresa alimentícia deixou vazar
acidentalmente parte de seu insumo em um rio, o que causou a morte de 5 t de peixes. Nessa situação
hipotética, relativamente à responsabilidade civil ambiental, a empresa responderá pelo dano, porque a
responsabilidade civil ambiental é objetiva e pautada na teoria do risco integral. BL: Infos 538 e 545, STJ.
(TJRS-2018-VUNESP): Supondo-se que um grande navio com cargas explodiu em um porto brasileiro,
despejando milhões de litros de óleo e metanol que causou a degradação do meio ambiente marinho,
inviabilizando a pesca pelos moradores próximos ao local, pois o Poder Público estabeleceu uma proibição
temporária da pesca em razão da poluição ambiental. Em razão disso, os pescadores prejudicados
ingressaram com ação judicial, calcado em responsabilidade civil. De acordo com a jurisprudência
dominante do STJ, assinale a alternativa correta: A responsabilidade por dano ambiental é objetiva,
informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o
risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano
ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar. BL: art. 225, §3º
e Info 545, STJ.
(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): Com base na jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item a
seguir, acerca da responsabilidade por dano ambiental e dos crimes ambientais: De acordo com o STJ, a
responsabilidade por dano ambiental é objetiva e regida pela teoria do risco integral. BL: art. 225, §3º e Info
545, STJ.
(MPMG-2017): Conforme jurisprudência recente do STJ: A responsabilidade por dano ambiental é objetiva,
informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o
risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano
ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar. BL: art. 225, §3º
e Info 545, STJ.
(PGM-Salvador/BA-2015-CESPE): O rompimento da barragem de uma empresa de mineração provocou o
vazamento de um bilhão de litros de resíduos de lama tóxica, a qual percorreu vários quilômetros, atingiu
várias cidades nos arredores e inundou casas, provocando o desabrigamento de várias famílias. Em razão
disso, o MP entrou com ACP contra a empresa, a fim de buscar indenização pelos danos ambientais
causados à coletividade e, além disso, o ressarcimento dos prejuízos materiais e morais sofridos pelos
moradores. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta: De acordo com a teoria do
risco integral, não basta a ocorrência do ato ilícito para a configuração da obrigação de indenizar por parte
da empresa mineradora, sendo necessária a configuração do nexo causal entre o evento danoso e o dano
causado. BL: art. 225, §3º e Info 545, STJ.

#Atenção: #STJ: #DOD: #TRF4-2014: #PGEBA-2014: #TJDFT-2015: #MPAM-2015: #MPBA-2015:


#PGEPR-2015: #PCDF-2015: #AGU-2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PCPE-2016: #TRF5-2017: #MPF-
2017: #DPU-2017: #PGESE-2017: #TRF3-2016/2018: #TRF2-2013/2014/2017/2018: #PGEAP-2018:
#PGEPE-2018: #PCSE-2018: #PGM-Manaus/AM-2018: #PCPA-2016/2021: #TJMG-2022: #MPGO-2022:
#PCAM-2022: #AOCP: #CESPE: #FCC: #FGV: O particular que deposite resíduos tóxicos em seu
terreno, expondo-os a céu aberto, em local onde, apesar da existência de cerca e de placas de
sinalização informando a presença de material orgânico, o acesso de outros particulares seja fácil,
consentido e costumeiro, responde objetivamente pelos danos sofridos por pessoa que, por conduta
não dolosa, tenha sofrido, ao entrar na propriedade, graves queimaduras decorrentes de contato com
os resíduos. A responsabilidade civil por danos ambientais, seja por lesão ao meio ambiente
propriamente dito (dano ambiental público), seja por ofensa a direitos individuais (dano ambiental
privado), é objetiva, fundada na teoria do risco integral, em face do disposto no art. 14, § 1º, Lei
6.938/81, que consagra o princípio do poluidor-pagador. A teoria do risco integral constitui uma
modalidade extremada da teoria do risco em que o nexo causal é fortalecido de modo a não ser
rompido pelo implemento das causas que normalmente o abalariam (v.g. culpa da vítima; fato de
terceiro, força maior). Essa modalidade é excepcional, sendo fundamento para hipóteses legais em que
o risco ensejado pela atividade econômica também é extremado, como ocorre com o dano nuclear (art.
21, XXIII, "c", CF e Lei 6.453/77) (...) STJ. 3ª T. REsp 1.373.788-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, j.
6/5/14 (Info 544). (...) 2.1. É assente na jurisprudência deste STJ o entendimento de que, não obstante
seja objetiva a responsabilidade civil do poluidor-pagador, em razão de danos ambientais causados
pela exploração de atividade comercial, a configuração do dever de indenizar demanda a prova do
dano e do nexo causal. STJ, 4ª T., AgInt no AREsp 1624918/SP, j. 28/09/20.
(TCDF-2021-CESPE): A respeito de responsabilidade ambiental, de áreas de preservação permanente e de
servidão ambiental, julgue o item a seguir: Embora seja objetiva a responsabilidade civil do poluidor-
pagador por danos ambientais causados pela exploração de atividade comercial, o dever de indenizar
requer a prova do dano e do nexo causal. BL: art. 225, §3º e Entend. Jurisprud.
(TJDFT-2015-CESPE): Antônio depositou, a céu aberto, resíduos tóxicos em terreno de sua propriedade.
Embora a área fosse cercada e houvesse placas de sinalização informando a presença de material tóxico, o
acesso ao terreno era fácil, consentido e costumeiro. Joaquim, um morador que não conhecia bem a
vizinhança, passou pelo local e sofreu, por conduta não dolosa, graves queimaduras decorrentes do contato
com os resíduos tóxicos, pois, ao ver esse material, ficou curioso, se aproximou e o tocou. A conduta de
Antônio enquadra-se no conceito de dano ambiental e a ela devem ser aplicados o princípio do poluidor-

717
pagador e a responsabilidade objetiva por risco integral. BL: art. 225, §3º e Info 544, STJ.

#Atenção: #Rec. Repetitivo/STJ – Tema 680: #DOD: #TJMA-2013: #PCGO-2013: #TRF4-2014: #MPAM-
2015: #MPBA-2015: #PGEPR-2015: #PCDF-2015: #AGU-2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PCPA-
2013/2016: #PGEMA-2016: #PCPE-2016: #TJPR-2017: #MPMG-2017: #TRF5-2017: #DPU-2017: #TRF3-
2016/2018: #TRF2-2013/2017/2018: #TJMT-2018: #TJRS-2018: #PGEAP-2018: #PGEPE-2018: #PCSE-
2018: #PGM-Manaus/AM-2018: #TJBA-2019: #TJMG-2022: #PCAM-2022: #CESPE: #FCC: #FGV: #UEG:
#VUNESP: A responsabilidade por dano ambiental é OBJETIVA, informada pela teoria do RISCO
INTEGRAL. Não são admitidas excludentes de responsabilidade, tais como o caso fortuito, a força
maior, fato de terceiro ou culpa exclusiva da vítima. O registro de pescador profissional e o
comprovante do recebimento do seguro-defeso são documentos idôneos para demonstrar que a pessoa
exerce a atividade de pescador. Logo, com tais documentos é possível ajuizar a ação de indenização
por danos ambientais que impossibilitaram a pesca na região. Se uma empresa causou dano ambiental
e, em decorrência de tal fato, fez com que determinada pessoa ficasse privada de pescar durante um
tempo, isso configura dano moral. O valor a ser arbitrado como dano moral não deverá incluir um
caráter punitivo. É inadequado pretender conferir à reparação civil dos danos ambientais caráter
punitivo imediato, pois a punição é função que incumbe ao direito penal e administrativo. Assim, não
há que se falar em danos punitivos (punitive damages) no caso de danos ambientais. STJ. 2ª S. REsp
1.354.536-SE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 26/3/14 (Info 538).
(TJBA-2019-CESPE): Por equívoco de um de seus empregados, uma empresa alimentícia deixou vazar
acidentalmente parte de seu insumo em um rio, o que causou a morte de 5 t de peixes. Nessa situação
hipotética, relativamente à responsabilidade civil ambiental, a empresa responderá pelo dano, porque a
responsabilidade civil ambiental é objetiva e pautada na teoria do risco integral. BL: Infos 538 e 545, STJ.
(TRF4-2014): Sobre a reparação do dano ambiental, assinale a alternativa correta: Conforme orientação
dominante do STJ, a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral,
sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de
responsabilidade civil para afastar a sua obrigação de indenizar. BL: Info 538, STJ.

#Atenção: #STJ: #DOD: #MPF-2012: #MPMG-2013: #TRF1-2013: #MPMT-2014: #PGEBA-2014:


#PGEPR-2015: #TRF4-2014/2016: #PCPA-2016: #TRF2-2013/2017: #TRF5-2017: #TJMT-2018: #TJSP-
2021: #CESPE: #VUNESP: Na hipótese de ação civil pública proposta em razão de dano ambiental, é
possível que a sentença condenatória imponha ao responsável, cumulativamente, as obrigações de
recompor o meio ambiente degradado e de pagar quantia em dinheiro a título de compensação por
dano moral coletivo. STJ. 2ª T. REsp 1.328.753-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 28/5/13 (Info 526).

#Atenção: #STJ: #AGU-2015: #MPMG-2017: #PGEAP-2018: #PCPA-2021: #MPGO-2022: #PCAM-2022:


#AOCP: #CESPE: #FCC: #FGV: A alegação de culpa exclusiva de terceiro pelo acidente em causa,
como excludente de responsabilidade, deve ser afastada, ante a incidência da teoria do risco integral e
da responsabilidade objetiva ínsita ao dano ambiental (art. 225, § 3º, da CF e do art. 14, § 1º, da Lei nº
6.938/81), responsabilizando o degradador em decorrência do princípio do poluidor-pagador. STJ. 2ª S.
REsp 1114398/PR Rel. Min. Sidnei Beneti, j. 08/02/12 (recurso repetitivo)
(MPGO-2022-FGV): Na região da bacia do rio Araguaia, uma tentativa de assalto resultou em desastre
ambiental. Conforme apurado pela Polícia Rodoviária Estadual, dois homens em um veículo de passeio
tentaram roubar um caminhão que transportava 20 mil litros de agrotóxico. Após manobra empreendida
pelos assaltantes na tentativa de fechar o caminhão, o motorista perdeu o controle e a carreta tombou na
margem do curso hídrico, despejando quase toda a sua carga no leito do rio Araguaia. O agrotóxico
provocou a morte de várias toneladas de peixes, justamente na época da piracema, quando os cardumes
sobem o rio para desovar, o que deixou centenas de pescadores sem poder trabalhar e causou inúmeros
prejuízos às populações ribeirinhas. Sabe-se que o caminhão pertencia à sociedade empresária Alfa, que
explora a atividade econômica de produção, transporte e distribuição de defensivos agrícolas. Em face da
situação hipotética formulada, de acordo com a jurisprudência sedimentada pelo STJ, é correto afirmar que
a sociedade empresária Alfa deve indenizar os prejuízos mencionados, uma vez que a responsabilidade por
dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, o que torna descabida a invocação de
excludentes de responsabilidade civil, como fato de terceiro, para afastar a obrigação de indenizar. BL:
Entend. Jurisprud.
(MPMG-2017): Conforme jurisprudência recente do STJ: A alegação de culpa exclusiva de terceiro pelo
acidente, como excludente de responsabilidade, deve ser afastada, ante a incidência da teoria do risco
integral e da responsabilidade objetiva ínsita ao dano ambiental, responsabilizando-se o degradador em
decorrência do princípio do poluidor-pagador. BL: Entend. Jurisprud.

#Atenção: #STJ: #TRF2-2013: #TRF4-2014: #PGEPE-2018: #CESPE: Configura dano moral a privação
das condições de trabalho em consequência de dano ambiental - fato por si só incontroverso quanto ao
prolongado ócio indesejado imposto pelo acidente, sofrimento, à angústia e à aflição gerados ao
pescador, que se viu impossibilitado de pescar e imerso em incerteza quanto à viabilidade futura de

718
sua atividade profissional e manutenção própria e de sua família. STJ. 4ª T., REsp 1346430/PR, Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, j. 18/10/12.
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD:O STJ entende que se uma empresa causa dano ambiental
e, em decorrência de tal fato, faz com que determinada pessoa fique privada das condições de trabalho,
isso configura dano moral. Estando o trabalhador impossibilitado de trabalhar, revela-se patente seu
sofrimento, angústia e aflição. O ócio indesejado imposto pelo acidente ambiental gera a incerteza
quanto à viabilidade futura de sua atividade profissional e manutenção própria e de sua família.

#Atenção: #STJ: #TRF1-2013: #TRF2-2013: #PGM-Curitiba/PR-2015: #TRF4-2010/2016: #PCPA-2016:


#MPF-2012/2017: #TRF5-2013/2017: #TJMT-2018: #TJSP-2021: #VUNESP: #CESPE: A reparação
ambiental deve ser feita da forma mais completa possível, de modo que a condenação a recuperar a
área lesionada não exclui o dever de indenizar, sobretudo pelo dano que permanece entre a sua
ocorrência e o pleno restabelecimento do meio ambiente afetado (= dano interino ou intermediário),
bem como pelo dano moral coletivo e pelo dano residual (= degradação ambiental que subsiste, não
obstante todos os esforços de restauração). (STJ. 2ª T., REsp 1180078/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j.
02/12/10)
(TJSP-2021-VUNESP): No que se refere à reparação do dano ambiental, é reconhecido que a reparação
ambiental deve ser feita da forma mais completa possível, de modo que a condenação a recuperar a área
lesionada não exclui o dever de indenizar, sobretudo, pelo dano que permanece entre a ocorrência e o
restabelecimento do meio ambiente lesado, bem como, quando o caso, pelo dano moral coletivo e pelo dano
residual. BL: art. 225, §3º, CF e Entend. Jurisprud.

#Cuidado: #STJ: #DOD: #MPMG-2013: #TRF4-2016: #MPF-2017: A 2ª Turma do STJ decidiu que é
possível que a sentença condene o infrator ambiental ao pagamento de quantia em dinheiro a título
de compensação por dano moral coletivo (STJ, REsp 1.328.753-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j.
28/5/13). Assim, apesar de existirem precedentes da 1ª Turma em sentido contrário (STJ, AgRg no
REsp 1305977/MG, j. 09/04/13), a posição majoritária (não pacífica) é no sentido de ser cabível a
condenação por dano moral coletivo.

(TJAC-2019-VUNESP): Sobre os princípios constitucionais ambientais, é correto afirmar que o princípio


da responsabilização integral envolve o dever do poluidor, pessoa física ou jurídica, de arcar com as
consequências de sua conduta lesiva contra o meio ambiente, tanto na seara civil e administrativa,
quanto na penal. BL: art. 225, §3º, CF. (amb.)

#Atenção: A responsabilidade penal da pessoa jurídica está prevista no Direito Ambiental no art. 225, §3º
da CF/88 e no art. 3º da Lei 9605/98. O STF e o STJ admitem a responsabilidade penal da pessoa jurídica
em crimes ambientais.

(TJMT-2018-VUNESP): Sobre a responsabilidade civil ambiental, tem-se que, em matéria ambiental, o


dano pode decorrer de atividade lícita, pois o empreendedor, ainda que em situação regular, é
responsável em caso de dano provocado por sua atividade. BL: art. 225, §3º, CF. (amb.)

#Atenção: #PGECE-2008: #MPES-2010: #MPSP-2011: #DPEMA-2011: #TRF2-2011: #MPF-2012:


#DPERR-2013: #TRF5-2013: #PCGO-2013: #PGEBA-2014: #PGEPI-2014: #PCPA-2013/2016: #PCPE-
2016: #PGEAP-2018: #PGEPE-2018: #PCSE-2018: #TJAP-2022: #PCAM-2022: #CESPE: #FCC: #FGV:
#UEG: O dano poderá decorrer de atividade lícita ou ilícita. Nesse sentido, basta imaginar a situação da
atividade ambiental devidamente licenciada pela autoridade ambiental competente e que, mesmo assim,
causa danos ao meio ambiente. Mesmo que haja certa discussão acerca da mitigação da indenização
devida pelo dano ambiental – em razão o licenciamento regular, no caso hipotético –, não se questiona
haver responsabilidade do causador do dano, justamente em razão da aplicação da teoria do risco
integral.
(MPSP-2011): Assinale a alternativa correta: O caráter objetivo da responsabilidade civil por danos
ambientais fundamenta-se na teoria do risco, pois aquele que exerce uma atividade deve responder por
eventuais danos dela resultantes, independentemente de culpa, ainda que a atividade danosa seja lícita.

(TJSC-2017-FCC): Lavrado Auto de Infração Ambiental por supressão ilegal de vegetação nativa em área
de preservação permanente, aplicou-se pena de multa, que foi adimplida pelo autuado. A Administração
Pública, neste caso, deverá noticiar o fato aos órgãos competentes (MP e Polícia Civil) para verificar
eventual prática de crime ambiental e buscar, administrativamente ou por meio do Poder Judiciário, a
reparação do dano ambiental. BL: art. 129, I171 c/c art. 225, §3º172, CF e art. 5º, III e IV, LACP. (amb.)

171
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública,
na forma da lei; (...)
719
(TJRS-2016-Faurgs): Quanto à proteção ambiental, assinale a alternativa correta: A cláusula contida no §
3º do artigo 225 da Constituição Federal consagra o regime da tríplice responsabilização do poluidor,
deixando patente o amplo feixe de imputações a que se sujeita o causador do agravo ambiental. BL: art.
225, §3º, CF. (amb.)

(DPEMT-2016-UFMT): A respeito das normas constitucionais de proteção do meio ambiente,


considere a afirmativa: As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, sem prejuízo da obrigação de
reparação dos danos causados. BL: art. 225, §3º, CF.

(DPEES-2016-FCC): No que tange à proteção conferida ao meio ambiente pela Constituição Federal de
1988, é reconhecida expressamente a tríplice responsabilidade (civil, administrativa e penal) do poluidor
pelo dano ambiental. BL: art. 225, §3º, CF.173

(MPGO-2014): A Constituição Federal não se limita a fazer uma declaração formal de tutela ao meio
ambiente, mas estabelece a imposição de medidas coercitivas aos transgressores, o que se denomina
mandato expresso de criminalização. BL: art. 225, §3º da CF. (amb.)

(TJSC-2013): A Constituição Federal de 1988 acolheu o princípio do poluidor-pagador ao determinar que


as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores a sanções penais
e administrativas, independentemente da responsabilidade civil (art. 225, §3º). BL: art. 225, §3º, CF.
(amb.)

#Atenção: #MPPE-2008: ##PGECE-2008: #MPBA-2010: #MPRO-2010: #TRF4-2010: #PGEGO-2010:


#DPEMA-2011: ##TRF1-2011: #MPF-2012: #MPPR-2013: #TRF3-2013: #MPMA-2014: #TRF2-2014:
#PGEBA-2014: #PGEPI-2014: #PCDF-2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PCPE-2016: #PGESE-2017:
#PGM-BH/MG-2017: #PGEAP-2018: #MPGO-2010/2019: #MPMT-2014/2019: #TJRO-2019: #TJSP-
2014/2021: #PGERS-2021: #PCAM-2022: #CESPE: #FCC: #FGV: #Fundatec: #VUNESP: O princípio do
poluidor-pagador não configura o “direito de poluir mediante pagamento”, mas representa o instrumento
econômico que exige do poluidor, uma vez identificado, suportar não apenas as despesas de reparação e
de repressão, mas também aquelas relacionadas à prevenção dos danos ambientais.

(TJPR-2012): O MP do Mato Grosso do Sul propôs ACP contra sociedade comercial que explora posto de
gasolina e que, segundo laudo do órgão ambiental estadual, vem causando poluição nas águas
subterrâneas decorrente do vazamento de seu tanque de armazenamento. A ré defendeu-se, dizendo que
comprou o posto havia 4 meses e que a responsabilidade é da empresa que a antecedeu, que explorou o
local por 15 anos. Em termos de responsabilidade civil pelo dano ambiental, a ré responderá civilmente,
em caráter solidário, porque, além de sucessora, omitiu-se no dever de preservação ambiental da
propriedade. (ambiental)

#Atenção: A responsabilidade por danos ambientais é solidária, o que, em tese, confere maior grau de
proteção ao meio ambiente, já que é particularmente difícil precisar qual foi exatamente a conduta do
poluidor, bem como quem foi seu autor.

(TJPE-2011-FCC): O MP propôs ação civil pública contra proprietário de indústria clandestina (sociedade
de fato), que vinha causando poluição hídrica e sonora na localidade em que estava instalada e também
contra o proprietário do imóvel arrendado pelo poluidor. Em termos de responsabilidade civil pelo dano
ambiental, o proprietário arrendador responde civilmente, em caráter solidário, porque omitiu-se no
dever de preservação ambiental da propriedade. BL: art. art. 4º, VII e 14, §1º da Lei 6839/81. (ambiental)

#Atenção: #PGECE-2008: #MPES-2010: ##TJPE-2011: #DPEMA-2011: #MPF-2012: #PGEMG-2012:


#DPERR-2013: #PCGO-2013: #PGEBA-2014: #PGEPI-2014: #AGU-2010/2015: #PGEPR-2015:
#PCDF-2015: #PCPE-2016: #TRF5-2017: #TRF3-2016/2018: #PGEAP-2018: #PGEPE-2018: #PCSE-2018:

172
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de
2007). (...) III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). IV - a
autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007)
173
(MPSC-2014): Em caso de infração às normas ambientais, a Constituição Federal assegura a possibilidade de
tripla responsabilização: penal, civil e administrativa. BL: art. 225, §3º da CF.
720
#PGM-Manaus/AM-2018: #PGM-Boa Vista/RR-2019: #PCPA-2016/2021: #TCDF-2021: #TJAP-2022:
#TJMG-2022: #MPGO-2022: #PCAM-2022: #AOCP: #CESPE: #FCC: #FGV: #UEG: Além de objetiva e,
para a maioria, calcada na teoria do risco integral, a responsabilidade civil por dano ao meio ambiente no
Brasil é também solidária, ou seja, todos os responsáveis diretos ou indiretos pelo dano causado ao meio
ambiente responderão solidariamente, podendo a obrigação ser reclamada de qualquer dos devedores
(poluidores). Tal artifício técnico é utilizado para facilitar e agilizar a reparação do dano ambiental. No
caso em apreço, o proprietário arrendador será responsabilizado pela omissão em relação ao dever de
preservação ambiental da propriedade, ou seja, por ter deixado de agir no sentido de não provocar
poluição hídrica e sonora na localidade.

(TRF3-2011-CESPE): Relativamente à responsabilização por dano ambiental e ao poder de polícia


ambiental, assinale a opção correta: O prejuízo do dano ambiental alcança o próprio ambiente e terceiros,
e, nesse sentido, o poluidor é obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou
reparar os danos causados em razão de sua atividade. BL: art. art. 14, §1º, Lei 6839/81 e art. 225, §3º, CF.

(TRF5-2009-CESPE): Acerca da responsabilidade civil no direito ambiental, assinale a opção correta: A


responsabilidade civil por dano causado por atividade poluidora é objetiva, razão pela qual o poluidor é
obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio
ambiente e a terceiros afetados por sua atividade. BL: art. art. 14, §1º, Lei 6839/81 e art. 225, §3º, CF.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense


e a Zona Costeira SÃO PATRIMÔNIO NACIONAL, e sua utilização FAR-SE-Á, na forma da lei, dentro
de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, INCLUSIVE quanto ao uso dos recursos
naturais. (MPPE-2008) (PGEES-2008) (MPGO-2010) (MPRO-2010) (MPSP-2010) (TJRO-2011) (TJPB-2011)
(PGEPA-2011) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (PGEAC-2012) (PGEMG-2012) (PGESP-2012) (PGEGO-2010/2013)
(TJRN-2013) (TRF3-2013) (TRF5-2013) (PF-2013) (TJPR-2013/2014) (TJMT-2014) (MPSC-2014) (TRF2-2014)
(PGESC-2014) (PCSC-2014) (AGU-2009/2012/2013/2015) (MPAM-2015) (TRF1-2015) (PCDF-2015) (DPEES-
2016) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (TRT1-2016) (MPF-2011/2017) (MPBA-2018) (PCSE-2018) (TJAC-2019)
(Cartórios/TJPR-2019)

(PGESP-2012-FCC): O art. 225 da CF/88 estabelece que constituem patrimônio nacional, com utilização
prevista na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive
quanto ao uso dos recursos naturais, as seguintes regiões do Brasil: a Floresta Amazônica brasileira, a
Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. BL: art. 225, §4º, CF
(amb.).

#Atenção: A Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona
Costeira não são considerados bens da União, mas sim patrimônio nacional pela CF/88, sendo que
utilização dar-se-á na forma da lei e em condições tais que permitam a preservação de seus atributos
biológicos.

#Atenção: #STJ: ##PF-2013: #AGU-2015: #CESPE: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.


DESMATAMENTO. FLORESTA AMAZÔNICA. DANO OCORRIDO EM PROPRIEDADE
PRIVADA. ÁREA DE PARQUE ESTADUAL. COMPETÊNCIA ESTADUAL. 1. Não há se confundir
patrimônio nacional com bem da União. Aquela locução revela proclamação de defesa de interesses
do Brasil diante de eventuais ingerências estrangeiras. Tendo o crime de desmatamento ocorrido em
propriedade particular, área que já pertenceu – hoje não mais – a Parque Estadual, não há se falar em
lesão a bem da União. Ademais, como o delito não foi praticado em detrimento do IBAMA, que
apenas fiscalizou a fazenda do réu, ausente prejuízo para a União. 2. Conflito conhecido para julgar
competente o JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA DE CEREJEIRAS – RO, suscitante. STJ. 3ª S., CC
99.294/RO, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 12/08/09.

(AGU-2012-CESPE): Com relação ao meio ambiente e aos interesses difusos e coletivos, julgue o item a
seguir: Apesar de a floresta amazônica, a mata atlântica, a serra do Mar, o pantanal mato-grossense e a
zona costeira serem, conforme dispõe a CF, patrimônio nacional, não há determinação constitucional que
converta em bens públicos os imóveis particulares situados nessas áreas. BL: art. 225, §4º, CF.

#Atenção: Além do que consta no §4º do art. 225 da CF, de fato, não há previsão constitucional acerca da
conversão de imóveis particulares situados nessas áreas em bens públicos, o que se depreende da
disposição supracitada é apenas que a utilização desse patrimônio nacional deverá ser prevista em lei, de
forma que seja assegurada a preservação ambiental. A propósito, vejamos o seguinte julgado do STF: “O
entendimento do STF é de que o preceito constitucional, além de não haver convertido em bens públicos os

721
imóveis particulares abrangidos pelas florestas e pelas matas nele referidas, ‘também não impede a utilização,
pelos próprios particulares, dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam sujeitas ao
domínio privado, desde que observadas as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à
preservação ambiental’. RE 134.297-8/SP, Rel. min. Celso de Mello, DJ de 22/9/1995”.

§ 5º SÃO INDISPONÍVEIS as TERRAS DEVOLUTAS ou ARRECADADAS pelos Estados, por


ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. (TJMS-2008) (MPPE-2008) (AGU-
2009) (MPRO-2010) (TJRO-2011) (TJDFT-2011) (TJBA-2012) (TJGO-2012) (DPEMS-2012) (PGEMG-2012)
(MPT-2012) (PGEGO-2010/2013) (TJRN-2013) (TRF3-2013) (TRF4-2012/2014) (TJCE-2014) (MPPA-2014) (PGEBA-
2014) (PCSC-2014) (MPSP-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PGEMA-2016) (TRF5-2009/2017) (MPRR-2017)
(PGEAC-2017) (DPEMA-2018) (TJAC-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCPA-2021)

(MPPA-2014-FCC): O Estado Beta, após autorização legislativa, lançou edital de concorrência para
alienação de terras devolutas necessárias à proteção de um relevante ecossistema natural. A alienação
pretendida é nula, diante da indisponibilidade das terras devolutas necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais. BL: art. 225, §5º, CF (agrário).

##Atenção: ##MPPA-2014: ##PGEMA-2016: ##FCC: “Como bem público, as terras devolutas são
bens dominicais (não afetadas a nenhuma finalidade pública) e patrimoniais disponíveis (podem ser alienadas
nos termos e condições que a lei estabelecer). Entretanto, determina a CF/88 que a destinação de terras públicas e
devolutas deverá ser compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária (art. 188),
além de declarar indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados por ações
discriminatórias, que sejam necessárias à proteção dos ecossistemas naturais (art. 225, § 5º).” (Coleção
Resumos para Concursos, Direito Agrário, Juspodivm)
(PGEMA-2016-FCC): O Estado do Maranhão ofertou à União uma área devoluta para a criação de um
assentamento para fins de reforma agrária. O Ministério Público ajuizou ação civil pública visando à
nulidade de tal ato porque, segundo a petição inicial, a área é necessária à proteção de ecossistemas
naturais. Para que o pedido seja julgado improcedente, o Estado deverá alegar e provar a irrelevância da
área para a proteção dos ecossistemas naturais.
##Atenção: Regra geral, as terras devolutas dos Estados são bens dominiais, e, portanto, disponíveis.
Ocorre que a CF/88, em seu art. 225, §5º, traz uma exceção ao prescrever que as terras devolutas
pertencentes aos Estados, caso sejam necessárias à proteção dos ecossistemas naturais, são indisponíveis,
não podendo ser destinadas a outras finalidades (mitigação da discricionariedade). Portanto, para que a
ação civil pública ajuizada pelo MP seja julgada improcedente o Estado do Maranhão deverá alegar e provar
que a área em questão não é necessária para a proteção dos ecossistemas naturais. Em resumo, a situação é a
seguinte: o Estado do Maranhão pretende ceder uma área de terra para a União para que este ente
federativo possa criar um assentamento para fazer reforma agrária. Ao tomar conhecimento deste ato (a
cessão da terra), o Ministério Público impetra uma Ação Civil Pública, argumentando que a faixa de terra
em questão não poderia ser cedida para fins de reforma agrária, pois consiste em área necessária para a
proteção de ecossistemas naturais. Diante da ACP proposta pelo Ministério Público qual seria o argumento
que deveria ser utilizado pela PGEMA do Maranhão? Deve a PGE-MA alegar e provar, em sede contestação
da ACP, que a área de terra em questão é irrelevante (sem importância) para a finalidade de promover a
proteção de ecossistemas naturais. Caso consiga provar o fato acima alegado, o Estado do Maranhão estará
autorizado a ceder a faixa de terra para a União. Isso, porque, nos termos da CF/88, mesmo as terras
devolutas ou as terras arrecadadas pelos Estados por ações discriminatórias, são consideradas indisponíveis
quando necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. Qual o fundamento jurídico? O art. 225, § 5º da
CF/88.

(TJRN-2013-CESPE): No que concerne à tutela constitucional do meio ambiente e à repartição de


competência em matéria ambiental, assinale a opção correta: As terras devolutas ou arrecadadas pelos
estados por ações discriminatórias são indisponíveis quando necessárias à proteção dos ecossistemas
naturais. BL: art. 225, §5º, CF (amb.).

§ 6º As USINAS que OPEREM com reator nuclear DEVERÃO ter sua localização definida em LEI
FEDERAL, sem o que NÃO PODERÃO ser instaladas. (TJMS-2008) (MPPE-2008) (AGU-2009) (MPRO-2010)
(PGERS-2010) (MPPR-2011) (PGEMG-2012) (TJRN-2013) (MPDFT-2013) (MPMS-2013) (TRF2-2013) (TJDFT-
2011/2014) (TJPR-2012/2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJPI-2015) (PGEAM-2016) (PGEMS-2016) (PCPA-2016)
(PGEAC-2017) (PGESE-2017) (TJCE-2018) (MPBA-2018) (PCGO-2018)

722
(TJPI-2015-CESPE): Diante de uma crise energética gerada pela seca prolongada, as usinas que operam
com reator nuclear constituem uma alternativa possível, devendo sua localização ser definida em lei
federal. BL: art. 225, §6º, CF (ambiental).

#Atenção: #TJDFT-2014: #CESPE: A CF não exige lei específica para disciplinar a localização das usinas
que operem reator nuclear.

§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, NÃO SE CONSIDERAM
CRUÉIS as práticas desportivas que UTILIZEM animais, DESDE QUE SEJAM MANIFESTAÇÕES
CULTURAIS, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, REGISTRADAS como bem de
natureza imaterial integrante do PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO, DEVENDO SER
REGULAMENTADAS por lei específica que ASSEGURE o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 96, de 2017) (DPEAC-2017) (MPBA-2018) (TRF3-2018) (PGESC-2018) (PCGO-
2018) (PCSE-2018) (MPT-2020) (MPDFT-2021) (MPSC-2021) (MPCSC-2022)

(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: A CF estabelece a não crueldade da utilização de animais


para práticas desportivas no Brasil, no caso de manifestações culturais registradas como patrimônio
cultural brasileiro, assegurado o bem-estar dos animais envolvidos, conforme regulamentação por lei
específica. BL: art. 225, §7º, CF.

(MPBA-2018): No que se refere ao dever imposto ao Poder Público e à coletividade quanto a defender e
preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações, é correto afirmar que a Constituição
Federal autoriza práticas desportivas em que são utilizados animais, desde que sejam manifestações
culturais registradas como bem de natureza imaterial, devendo ainda ser regulamentadas por lei
específica, a fim de evitar a crueldade contra os animais. BL: art. 225, §7º, CF. (ambiental).

CAPÍTULO VII
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

Art. 226. A família, base da sociedade, TEM ESPECIAL PROTEÇÃO DO ESTADO. (MPSP-2012)
(MPGO-2014) (MPDFT-2015) (DPEMA-2015) (DPU-2015) (MPPB-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPEBA-
2021) (TJMG-2022)

##Atenção: ##MPGO-2014: ##MPDFT-2015: ##DPEMA-2015: ##DPU-2015: ##Cartórios/TJDFT-


2019: ##TJMG-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: Família Eudemomista ou afetiva: Significa “’doutrina
que admite ser a felicidade individual ou coletiva o fundamento da conduta humana moral ", o que a aproxima da
afetividade.”174. Em outras palavras, a família eudemonista é um conceito moderno que se refere à família
que busca a realização plena de seus membros, caracterizando-se pela comunhão de afeto recíproco, a
consideração e o respeito mútuos entre os membros que a compõe, independente do vínculo biológico. 175
Por fim, Cristiano Chaves explica que “a família existe em razão de seus componentes, e não estes em função
daquela, valorizando de forma definitiva e inescondível a pessoa humana. É o que se convencionou chamar de
família eudemonista, caracterizada pela busca da felicidade pessoal e solidária de cada um de seus membros.
Trata-se de um novo modelo familiar, enfatizando a absorção do deslocamento do eixo fundamental do Direito das
Famílias da instituição para a proteção especial da pessoa humana e de sua realização existencial dentro da
sociedade.” (Fonte: FARIAS, Cristiano Chaves de Curso de direito civil: famílias / Cristiano Chaves de
Farias, Nelson Rosenvald - 9. ed. rev. e atual - Salvador: Ed JusPodivm, 2016, pp. 41-42).
(Cartórios/TJDFT-2019-CESPE): Acerca dos novos arranjos familiares e da separação judicial, assinale a
opção correta à luz do entendimento dos tribunais superiores e da doutrina: A família eudemonista resulta
do arranjo familiar que busque a felicidade individual com o propósito de emancipação de seus membros.
(MPDFT-2015): Quanto ao pluralismo das entidades familiares, assinale a alternativa correta: Família
eudemonista é um conceito que se refere ao deslocamento da proteção jurídica da instituição para o sujeito.
(MPGO-2014): São inovações do Direito de Família: A valorização do afeto e da estabilidade como padrão
mínimo para o reconhecimento entidade familiar como modelo eudemônico.

##Atenção: ##TJMG-2022: ##FGV: As disposições acerca de assuntos relacionados à família não se

174
BIRMANN, Sidnei Hofer. O direito a filiação frente à inconstitucionalidade do art. 10 do novo Código Civil .
In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 35, 01/12/2006 [Internet]. Disponível em
http://www.ambito-jurídico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1553.
175
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/492747/o-que-se-entende-por-familia-eudemonista.
723
restringem ao CC/02, uma vez que é possível observá-los tanto na CF/88 como em leis específicas, como
é o caso do ECA, que aborda especialmente regramentos relacionados à convivência familiar.

§ 1º O casamento É civil e gratuita a celebração. (DPEMT-2009) (MPRO-2010) (PCSC-2014) (PGM-


Recife/PE-2014) (DPEMA-2015) (Cartórios/TJSP-2014/2016) (MPPB-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPECE-
2022)

§ 2º O casamento religioso TEM efeito civil, nos termos da lei. (DPEGO-2014) (PCSC-2014)
(Cartórios/TJSP-2011/2014/2016) (MPPB-2018) (DPECE-2022)

§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento . (MPMT-2012) (DPEAC-
2012) (PGEPA-2012) (MPT-2012/2013) (Cartórios/TJRS-2013) (AGU-2013) (TJDFT-2014) (MPGO-2014)
(DPEGO-2014) (PGEMS-2014) (MPDFT-2013/2015) (DPEMA-2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015)
(TRF1-2015) (DPU-2015) (MPRR-2017) (DPESC-2017) (DPEAM-2013/2018) (Cartórios/TJSP-2014/2016/2018)
(DPEPE-2018) (TRF3-2018) (PCMG-2018) (PCSP-2018) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPRS-
2021) (Cartórios/TJSC-2021) (TJAP-2022) (TJMG-2022)

##Atenção: ##STF: ##MPMT-2012: ##DPEAC-2012: ##PGEPA-2012: ##MPT-2012/2013:


##DPESP-2013: ##AGU-2013: ##Cartórios/TJRS-2013: ##TJDFT-2014: ##MPGO-2014: ##DPEGO-
2014: ##MPDFT-2013/2015: ##DPEMA-2015: ##DPEPA-2015: ##DPERN-2015: ##MPRR-2017:
##DPESC-2017: ##DPEAM-2013/2018: ##DPEPE-2018: ##TRF3-2018: ##Cartórios/TJSP-2018:
##PCMG-2018: ##PCSP-2018: ##Cartórios/TJDFT-2019: ##MPRS-2021: ##Cartórios/TJSC-2021:
##TJAP-2022: ##TJMG-2022: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##FMP: ##Fumarc: ##VUNESP: No
julgamento da ADPF 132/RJ e da ADI 4.277/DF. em 05 de maio de 2011, o STF entendeu pela aplicação,
por analogia, de todas as regras da união estável heteroafetiva para união estável homoafetiva. Como a
decisão tem efeitos vinculantes e erga omnes, não se pode admitir outras forma de interpretação que não
seja o enquadramento da união homoafetiva como família, com incidência dos mesmos dispositivos
legais relativos à união estável. Nesse sentido, destaca-se o seguinte trecho do julgado: “Ante a
possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do Código
Civil, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de ‘interpretação
conforme à Constituição’. Isso para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o
reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família .
Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união
estável heteroafetiva. (...) Prevaleceu o voto do Ministro Ayres Britto, relator, que deu interpretação
conforme a Constituição Federal ao art. 1.723 do Código Civil para dele excluir qualquer significado que
impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como
entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família.” STF. ADPF 132. Plenário. Rel.
Min. Ayres Britto, j. 05/05/11 (Info 625). (...) UNIÃO HOMOAFETIVA E SEU RECONHECIMENTO
COMO INSTITUTO JURÍDICO. CONVERGÊNCIA DE OBJETOS ENTRE AÇÕES DE NATUREZA
ABSTRATA. JULGAMENTO CONJUNTO. Encampação dos fundamentos da ADPF nº 132-RJ pela ADI
4.277-DF, com a finalidade de conferir “interpretação conforme à Constituição” ao art. 1.723 do Código
Civil. Atendimento das condições da ação. 2. PROIBIÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO DAS PESSOAS EM
RAZÃO DO SEXO, SEJA NO PLANO DA DICOTOMIA HOMEM/MULHER (GÊNERO), SEJA NO
PLANO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL DE CADA QUAL DELES. A PROIBIÇÃO DO PRECONCEITO
COMO CAPÍTULO DO CONSTITUCIONALISMO FRATERNAL. HOMENAGEM AO PLURALISMO
COMO VALOR SÓCIO-POLÍTICO-CULTURAL. LIBERDADE PARA DISPOR DA PRÓPRIA
SEXUALIDADE, INSERIDA NA CATEGORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO INDIVÍDUO,
EXPRESSÃO QUE É DA AUTONOMIA DE VONTADE. DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA
PRIVADA. CLÁUSULA PÉTREA. O sexo das pessoas, salvo disposição constitucional expressa ou
implícita em sentido contrário, não se presta como fator de desigualação jurídica. Proibição de
preconceito, à luz do inciso IV do art. 3º da CF/1988, por colidir frontalmente com o objetivo
constitucional de “promover o bem de todos”. Silêncio normativo da Carta Magna a respeito do concreto
uso do sexo dos indivíduos como saque da kelseniana “norma geral negativa”, segundo a qual “o que
não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido”. Reconhecimento do
direito à preferência sexual como direta emanação do princípio da “dignidade da pessoa humana”:
direito a auto-estima no mais elevado ponto da consciência do indivíduo. Direito à busca da felicidade.
724
Salto normativo da proibição do preconceito para a proclamação do direito à liberdade sexual. O
concreto uso da sexualidade faz parte da autonomia da vontade das pessoas naturais. Empírico uso da
sexualidade nos planos da intimidade e da privacidade constitucionalmente tuteladas. Autonomia da
vontade. Cláusula pétrea. 3. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DA INSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA.
RECONHECIMENTO DE QUE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL NÃO EMPRESTA AO
SUBSTANTIVO “FAMÍLIA” NENHUM SIGNIFICADO ORTODOXO OU DA PRÓPRIA TÉCNICA
JURÍDICA. A FAMÍLIA COMO CATEGORIA SÓCIO-CULTURAL E PRINCÍPIO ESPIRITUAL.
DIREITO SUBJETIVO DE CONSTITUIR FAMÍLIA. INTERPRETAÇÃO NÃO-REDUCIONISTA. O
caput do art. 226 confere à família, base da sociedade, especial proteção do Estado. Ênfase constitucional
à instituição da família. Família em seu coloquial ou proverbial significado de núcleo doméstico, pouco
importando se formal ou informalmente constituída, ou se integrada por casais heteroafetivos ou por
pares homoafetivos. A Constituição de 1988, ao utilizar-se da expressão “família”, não limita sua
formação a casais heteroafetivos nem a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa.
Família como instituição privada que, voluntariamente constituída entre pessoas adultas, mantém com o
Estado e a sociedade civil uma necessária relação tricotômica. Núcleo familiar que é o principal lócus
institucional de concreção dos direitos fundamentais que a própria Constituição designa por “intimidade
e vida privada” (inciso X do art. 5º). Isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos que
somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma
autonomizada família. Família como figura central ou continente, de que tudo o mais é conteúdo.
Imperiosidade da interpretação não-reducionista do conceito de família como instituição que também
se forma por vias distintas do casamento civil. Avanço da Constituição Federal de 1988 no plano dos
costumes. Caminhada na direção do pluralismo como categoria sócio-político-cultural. Competência do
STF para manter, interpretativamente, o Texto Magno na posse do seu fundamental atributo da
coerência, o que passa pela eliminação de preconceito quanto à orientação sexual das pessoas. 4. UNIÃO
ESTÁVEL. NORMAÇÃO CONSTITUCIONAL REFERIDA A HOMEM E MULHER, MAS APENAS
PARA ESPECIAL PROTEÇÃO DESTA ÚLTIMA. FOCADO PROPÓSITO CONSTITUCIONAL DE
ESTABELECER RELAÇÕES JURÍDICAS HORIZONTAIS OU SEM HIERARQUIA ENTRE AS DUAS
TIPOLOGIAS DO GÊNERO HUMANO. IDENTIDADE CONSTITUCIONAL DOS CONCEITOS DE
“ENTIDADE FAMILIAR” E “FAMÍLIA”. A referência constitucional à dualidade básica homem/mulher,
no §3º do seu art. 226, deve-se ao centrado intuito de não se perder a menor oportunidade para favorecer
relações jurídicas horizontais ou sem hierarquia no âmbito das sociedades domésticas. Reforço
normativo a um mais eficiente combate à renitência patriarcal dos costumes brasileiros.
Impossibilidade de uso da letra da Constituição para ressuscitar o art. 175 da Carta de 1967/1969. Não há
como fazer rolar a cabeça do art. 226 no patíbulo do seu parágrafo terceiro. Dispositivo que, ao utilizar da
terminologia “entidade familiar”, não pretendeu diferenciá-la da “família”. Inexistência de hierarquia ou
diferença de qualidade jurídica entre as duas formas de constituição de um novo e autonomizado núcleo
doméstico. Emprego do fraseado “entidade familiar” como sinônimo perfeito de família. A Constituição
não interdita a formação de família por pessoas do mesmo sexo. Consagração do juízo de que não se
proíbe nada a ninguém senão em face de um direito ou de proteção de um legítimo interesse de outrem,
ou de toda a sociedade, o que não se dá na hipótese sub judice. Inexistência do direito dos indivíduos
heteroafetivos à sua não-equiparação jurídica com os indivíduos homoafetivos. Aplicabilidade do §2º do
art. 5º da Constituição Federal, a evidenciar que outros direitos e garantias, não expressamente listados
na Constituição, emergem “do regime e dos princípios por ela adotados”, verbis: “Os direitos e garantias
expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”. 5.
DIVERGÊNCIAS LATERAIS QUANTO À FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO. Anotação de que os
Ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cezar Peluso convergiram no particular
entendimento da impossibilidade de ortodoxo enquadramento da união homoafetiva nas espécies de
família constitucionalmente estabelecidas. Sem embargo, reconheceram a união entre parceiros do
mesmo sexo como uma nova forma de entidade familiar. Matéria aberta à conformação legislativa, sem
prejuízo do reconhecimento da imediata auto-aplicabilidade da Constituição. 6. INTERPRETAÇÃO DO
ART. 1.723 DO CÓDIGO CIVIL EM CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL (TÉCNICA
DA “INTERPRETAÇÃO CONFORME”). RECONHECIMENTO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO
FAMÍLIA. PROCEDÊNCIA DAS AÇÕES. Ante a possibilidade de interpretação em sentido
preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do Código Civil, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se
necessária a utilização da técnica de “interpretação conforme à Constituição”. Isso para excluir do
dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e
duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as
mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. STF. Plenário. ADI 4277,
Rel. Min. Ayres Britto, j. 05/05/11. (...) 1. Se as uniões homoafetivas já são reconhecidas como entidade
familiar, com origem em um vínculo afetivo, a merecer tutela legal, não há razão para limitar a adoção,
criando obstáculos onde a lei não prevê. (STF - RE: 846102 PR - PARANÁ, Relator: Min. CÁRMEN
LÚCIA, Data de Julgamento: 05/03/2015, Data de Publicação: DJe-052 18/03/2015).

725
(TJMG-2022-FGV): Um antigo texto do jurista Orlando Gomes pontuava: “Diversas disposições novas, que
interessam a número cada vez mais copioso de indivíduos, estruturam, à margem do Código, um direito de família
diferente, o único que conhecem amplos setores da população. Toda essa vegetação, exuberante de seiva humanitária,
cresce nas barrancas da corrente tranquila do direito codificado, sem que por sua existência deem os que a singram
alheios ao que se passa de redor. No entanto, diante desses fatos novos, um novo direito está procurando discipliná-los,
com a preocupação de criar as condições elementares à estabilidade dos grupos familiares, constituídos ou não segundo
o modelo oficial, para surpresa e alarme dos indiferentes à marcha da História. Um Código Civil atualizado não pode
ignorá-los. É de admitir-se até que os regule diferentemente. O que se não tolera é seu desconhecimento, e, muito
menos, a confirmação da atual postura aristocrática, que levaria o reformador a menosprezar esses novos aspectos das
relações familiares sob o falso fundamento de que constituem matéria estranha à sua órbita ” (GOMES, Orlando.
Direito de Família. Rio de Janeiro: Forense, 7ª ed., 1990, p. XI-XII.). Entraram em vigor a Constituição
Federal de 1988 e o Código Civil de 2002. Sobre a evolução do Direito de Família no Brasil, conforme a
perspectiva de Orlando Gomes, analise a afirmativa a seguir: A jurisprudência ainda contribui de modo
considerável para a evolução do Direito de Família. BL: Entend. Jurisprud.
(PCSP-2018-VUNESP): Em recente julgamento nos autos da ADPF no 132, o STF, diante da possibilidade de
duas ou mais interpretações razoáveis sobre o art. 1.723 do Código Civil, que trata sobre a união estável
entre homem e mulher, reconheceu a união homoafetiva como família. Nesse caso, é correto afirmar que a
técnica de interpretação utilizada foi interpretação conforme. BL: Entend. Jurisprud.
(MPRR-2017-CESPE): Tendo em vista que o surgimento de novos tipos de estruturas familiares demanda
do direito civil uma revisão constante do conceito de família, julgue o item a seguir: O reconhecimento de
união estável homoafetiva acarreta aos seus partícipes os mesmos direitos garantidos aos componentes de
união estável heterossexual. BL: Info 625, STF.
(DPESC-2017-FCC): No julgamento histórico da ADI 4.277 e da ADPF 132, o STF reconheceu como
constitucional a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A respeito do tema, considere: O STF conferiu
interpretação conforme à Constituição para excluir qualquer significado do art. 1.723 do CC que
impossibilite o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. BL: Info
625, STF.
(DPESC-2017-FCC): No julgamento histórico da ADI 4.277 e da ADPF 132, o STF reconheceu como
constitucional a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A respeito do tema, considere: O STF
reconheceu, na decisão em questão, a eficácia contramajoritária inerente aos direitos fundamentais. BL: Info
625, STF.
##Atenção: “Por meio da função contramajoritária, os direitos fundamentais servem justamente como um
“escudo protetor” em face da vontade da dita maioria, isto é, existem justamente para conter a maioria. E
essa contenção ocorre quando a Carta Magna estabelece meios para se evitar a imposição da “vontade
majoritária” a qualquer custo. Assim, os direitos fundamentais têm como característica o fato de conformarem a
atuação do legislador ordinário, em um fenômeno denominado de “paradoxo da democracia”, que, nas palavras de
Robert Alexy[3], “se refere ao antigo problema da abolição democrática da democracia”. (FONTE:
http://www.conjur.com.br/2015-abr-27/mp-debate-funcao-contramajoritaria-direitos-fundamentais).176
(DPESC-2017-FCC): No julgamento histórico da ADI 4.277 e da ADPF 132, o STF reconheceu como
constitucional a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A respeito do tema, considere: Além do
princípio da dignidade da pessoa humana, também serviram de fundamento jurídico para a decisão
adotada o direito à intimidade, o direito à igualdade e o direito a não discriminação. BL: Info 625, STF.
##Atenção: O STF utilizou a técnica da “interpretação conforme à Constituição” para excluir qualquer
interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do CC, reconheceu a eficácia
contramajoritária dos direitos fundamentais, atuando em sua proteção e indicou os direitos à intimidade,
igualdade e à não-discriminação como fundamentos da decisão.177

176
Integra do acórdão: “No mais, ressalto o caráter tipicamente contramajoritário dos direitos fundamentais. De
nada serviria a positivação de direitos na Constituição, se eles fossem lidos em conformidade com a opinião pública
dominante. (...) A função contramajoritária do Supremo Tribunal Federal no Estado democrático de direito: a proteção
das minorias analisada na perspectiva de uma concepção material de democracia constitucional (...) pôs-se em
relevo a função contramajoritária do Poder Judiciário no Estado Democrático de Direito, considerada a
circunstância de que as pessoas que mantêm relações homoafetivas representam “parcela minoritária (...) da
população”, como esclarecem dados que a Fundação IBGE coligiu no Censo/2010 e que registram a existência declarada, em
nosso país, de 60.000 casais homossexuais. Assim, muito embora o texto constitucional tenha sido taxativo ao dispor que a
união estável é aquela formada por pessoas de sexos diversos, tal ressalva não significa que a união homoafetiva pública,
continuada e duradoura não possa ser identificada como entidade familiar apta a merecer proteção estatal, diante do rol
meramente exemplificativo do art. 226, quando mais não seja em homenagem aos valores e princípios basilares do texto
constitucional. O que se pretende, ao empregar-se o instrumento metodológico da integração, não é, à evidência, substituir a
vontade do constituinte por outra arbitrariamente escolhida, mas apenas, tendo em conta a existência de um vácuo
normativo, procurar reger uma realidade social superveniente a essa vontade, ainda que de forma provisória, ou seja, até que
o Parlamento lhe dê o adequado tratamento legislativo. Cuida-se, em outras palavras, de retirar tais relações, que ocorrem no
plano fático, da clandestinidade jurídica em que se encontram, reconhecendo-lhes a existência no plano legal, mediante seu
enquadramento no conceito abrangente de entidade familiar. (...)” ADI 4277/DF, rel. Min. Ayres Britto, 4 e 5.5.2011.
(ADI-4277) e ADPF 132/RJ, rel. Min. Ayres Britto e 5.5.2011. (ADPF-132)
726
(MPT-2013): A respeito dos direitos constitucionais da família, da criança, do adolescente, do jovem e do
idoso, assinale a alternativa correta: A decisão do STF que declarou a aplicabilidade do regime de união
estável às uniões entre pessoas do mesmo sexo tem eficácia erga omnes e efeito vinculante. BL: Entend.
Jurisprud.

##Atenção: ##Resolução 175/13 do CNJ: ##DPEGO-2014: ##DPEPA-2015: ##DPEPE-2018:


##Cartórios/TJSP-2018: ##CESPE: ##FMP: ##VUNESP: Vejamos o teor dos arts. 1º e 2º da Resolução:
“Art. 1º É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão
de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo. Art. 2º A recusa prevista no artigo 1º implicará a
imediata comunicação ao respectivo juiz corregedor para as providências cabíveis.”

§ 4º ENTENDE-SE, também, como ENTIDADE FAMILIAR a comunidade formada por qualquer


dos pais e seus descendentes. (MPSP-2012) (MPGO-2014) (DPEGO-2014) (PCSC-2014) (DPEMA-2015)
(TRF1-2015) (TJRS-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (DPEBA-2021)

##Atenção: ##MPGO-2014: ##DPEMA-2015: ##DPEBA-2021: ##FCC: Não só a CF/88 prevê


também ser entidade familiar a comunidade formada por apenas um dos genitores (e não ambos) e os
filhos (art. 226, §4º), como o STF, em mais de uma oportunidade (veja-se, v.g., o RE 878.694), afirmou que
a Constituição abriga diversos modelos de família, dentre as quais podemos incluir as famílias
anaparental e monoparental, por exemplo. Portanto, até 1988, uma família somente era formada pelo
casamento. Após, o art. 226 passa a permitir a tutela de diversos "arranjos familiares", como o casamento,
a união estável e a família monoparental (quaisquer dos pais e seus descendentes, como a viúva e sua
filha). Além do mais, esses arranjos são exemplificativos, dada a liberdade permitida pelo Estado,
principalmente com base no afeto (eudemonia). Ex.: família anaparental (dois irmãos); reconstituída
(novas núpcias), união homoafetiva (mesmo sexo) etc. E não custa perceber que a união estável não é
"periférica", sendo protegida pela CF assim como o casamento. Portanto, segundo a doutrina, para
formação da família é necessário a junção do elemento comunhão com o afetividade. Estes sujeitos
podem estar inseridos em uma relação conjugal ou parental. A CF, de forma expressa, em seu art. 226,
consagra três espécies de Família, sendo elas a matrimonial, monoparental ou convivencial: i) A
matrimonial é certamente a mais comum de todas, consubstanciada em uma relação conjugal entre dois
indivíduos de sexo distinto, fazendo a magna carta referência ao Homem e Mulher (casamento); ii) Já a
monoparental, por sua vez, é formada por só um dos genitores e sua prole, isto é, apenas um dos pais,
como a mãe e o filho, por exemplo; iii) A família convivencial é caracterizada pela união estável, ou seja,
uma união de pessoas sem a presença do casamento. Em que pese a CF somente fazer referência a essas
espécies, é pacífico que essas não são as únicas tuteladas pelo ordenamento jurídico: a) A família
paralela ou simultânea é aquela pautada em uma relação de concubinato impuro (amante). É a
circunstância de alguém que se colocar concomitantemente como componente de duas ou mais
entidades familiares diversas entre si, na perspectiva do vínculo parental ou conjugal. É, portanto,
decorrente de uma relação extraconjugal, pautada na não eventualidade e na continuidade.; b) A família
parental é o tipo de família que encontra respaldo em uma relação parental, a exemplo da relação com os
primos.; c) A família poliafetiva ou Poliamor é a relação conjugal e afetiva existente entre mais de duas
pessoas.; d) Anaparental: o prefixo ANA significa a FALTA, razão pela qual esse tipo de família é
caracterizada pela falta dos pais. Segundo Maria Berenice Dias, ela se constitui basicamente pela
convivência entre parentes ou pessoas, em um mesmo lar, “[...] dentro de uma estruturação com identidade
de propósito” (DIAS, 2009). Em outras palavras, é aquela formada entre irmãos, primos ou pessoas que
têm uma relação de parentesco entre si, sem que haja conjugalidade entre elas e sem vínculo de
ascendência ou descendência. Um exemplo seria o caso de vários irmãos que foram abandonados pelos
pais, que continuaram por muitos anos a viverem juntos.; e) Família mosaico ou pluriparental é aquela
que resulta de uma da pluralidade das relações parentais, especialmente provocadas pelo divórcio, pela
separação, pelo recasamento, seguidos das famílias não-matrimoniais e das desuniões”, ou seja, essa se
constitui pela reconstituição de outras famílias desfeitas. Em outras palavras, é aquela que decorre de
vários casamentos, uniões estáveis ou simples relacionamentos afetivos de seus membros. Exemplo: Caio
já foi casado por três vezes, tendo um filho do primeiro casamento, dois do segundo e um do terceiro.
Dissolvida a última união, Caio passa a viver em união estável com Maria, que tem cinco filhos: dois do
177
(TCEAM-2013-FCC): Diante da “possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art.
1.723 do Código Civil”, que reconhece como entidade familiar “a união estável entre o homem e a mulher, configurada
na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família” , o STF, ao apreciar
sua constitucionalidade, à luz do princípio da igualdade, deu-lhe interpretação de forma a “excluir do dispositivo
em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo
sexo como família” (ADI 4.277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Britto, Plenário, DJE de 14-10-11). Nesta hipótese, o STF
procedeu à interpretação conforme a Constituição do art. 1.723 do Código Civil.
727
primeiro casamento, um do segundo, um do terceiro e um de união estável também já dissolvida. Nesse
caso, os dois formarão uma família pluriparental. É denominada, também, de família mosaico, por causa
das várias cores do mosaico, que representam as várias origens.; f) Família unipessoal é aquela formada
por apenas uma pessoa, seja solteira, viúva, separada ou divorciada. Desta maneira, a proteção legal
estende-se a ela.; g) Família socioafetiva é aquela em que os pais tratam a criança como se filho fosse
independente de laços sanguíneos ou laços civis (sentença), estando tal relação fundamentada no
elemento primordial das relações familiares da contemporaneidade: o amor!; g) Família eudemonista é o
tipo de família que rompe com aquela ideia clássica de que as relações serão pautadas em uma relação
parental ou conjugal, sendo que, nesse caso, tal vínculo é prescindível. Para sua caracterização faz-se
necessário apenas dois elementos que materializam na presença de um LAÇO AFETIVO e na BUSCA
DA FELICIDADE.
(DPEBA-2021-FCC): Paula, 17 anos, ficou órfã de pai e mãe e reside juntamente com dois irmãos mais
novos em um barraco construído por sua falecida mãe. Paula, apesar de muito jovem, assumia a
responsabilidade da família, guardava os documentos dos irmãos, incluindo cartão de vacinação, e se
apresentava para tratar das demandas de todos. Tal situação retrata claramente uma hipótese de família
anaparental.

§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e
pela mulher. (MPSP-2012) (DPEGO-2014) (DPEAM-2018) (Cartórios/TJPR-2019)

##Atenção: ##DPEAM-2018: ##FCC: O patriarcalismo foi totalmente superado com o advento da


CF/88, sendo que a administração do patrimônio comum compete a qualquer um dos cônjuges (art.
1.663 do CC). Além disso, a CF/88 igualou homens e mulheres em direitos e obrigações no que se refere
à sociedade conjugal (art. 225, §5º), o CC, seguindo as premissas lançados pelo Texto Maior, prevê,
expressamente, a divisão do poder familiar entre ambos os pais (art. 1.634), a direção da sociedade
conjugal exercida por colaboração entre marido e mulher (art. 1.567). Assim, percebe-se, claramente, que
houve a extinção da ideia retrógrada de patriarcalismo.

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional
nº 66, de 2010) (TJPB-2011) (MPSP-2011) (TRF3-2011) (DPEAM-2013) (DPERR-2013) (MPGO-2014)
(DPEPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (MPMG-2017/2018) (TRF2-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPECE-
2022)

(MPGO-2014): São inovações do Direito de Família: A facilitação do divórcio após a Emenda


Constitucional 66/2010, que dispensou a observância do intervalo de tempo ou a necessidade de
motivação para o desfazimento da relação conjugal. BL: art. 226, §6º, CF.

§ 7º FUNDADO nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o


PLANEJAMENTO FAMILIAR É LIVRE DECISÃO DO CASAL, COMPETINDO ao Estado PROPICIAR
recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, VEDADA QUALQUER FORMA
COERCITIVA por parte de instituições oficiais ou privadas. (TJMG-2008) (TJAL-2008) (PCPB-2009)
(MPRO-2010) (MPSE-2010) (MPSP-2010) (TRF5-2009/2011) (DPEGO-2014) (MPBA-2018) (MPPB-2018)
(DPEMG-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (DPECE-2022)

§ 8º O Estado ASSEGURARÁ a ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA na pessoa de cada um dos que a


integram, CRIANDO mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. (MPF-2015)
(DPECE-2022)

(DPECE-2022-FCC): A proteção constitucional da família se dá, expressamente, por meio da assistência


à família e da criação de mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. BL: art. 226, §8º,
CF.

(MPF-2015): Assinale a alternativa correta: O § 8° do art. 226 da Constituição Federal rompe com a visão
instrumental da mulher como garantidora da família. BL: art. 226, §8º, CF.

728
##Atenção: Como primeira consequência, o § 8º do art. 226 da Constituição brasileira determina ao
Estado a criação de mecanismos para coibir a violência no âmbito das relações familiares. A norma
rompe com a visão instrumental da mulher como garantidora da família. Tal visão instrumental levou o
Poder Público, inclusive o Judiciário, durante muitos anos, a ignorar as violências sofridas pela mulher
no âmbito doméstico, em favor da preservação da unidade familiar. (Fonte:
http://www.brasilpost.com.br/anpr/10-anos-de-lei-maria-da-penha_b_11371746.html).

Art. 227. É DEVER da família, da sociedade e do Estado ASSEGURAR à criança, ao adolescente e


ao jovem, COM ABSOLUTA PRIORIDADE, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) (TJMG-2008)
(MPPR-2008) (TRF5-2009) (MPSC-2010) (DPERS-2011) (TJMS-2012) (TJAC-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-
2012) (DPEES-2012) (DPESP-2012) (TJRN-2013) (DPEGO-2014) (PCSC-2014) (PGM-Recife/PE-2014)
(DPERN-2015) (DPU-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (TRT21-2015) (MPT-2015) (TJRJ-2016) (TRT1-2016)
(MPRO-2010/2017) (MPSP-2011/2017) (DPEAM-2018) (DPEPE-2018) (TJPR-2019) (Cartórios/TJPR-2019)
(DPECE-2022) (Cartórios/TJSP-2022)

(Cartórios/TJSP-2022-VUNESP): De acordo com o art. 227, “caput” da Constituição Federal, são


considerados direitos fundamentais especiais das crianças e adolescentes: direito à convivência familiar,
direito à profissionalização e direito ao lazer. BL: art. 227, caput, CF.

(TJRJ-2016-VUNESP): Com relação à Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, tratado


internacional de proteção de direitos humanos, com início de vigência em 1990, é correto afirmar que ao
estabelecer a obrigação dos Estados de respeitar responsabilidades, direitos e obrigações dos pais,
apropriados para o exercício, pela criança, dos direitos que contempla, adotou o princípio do best interest
of the child, encampada pelo artigo 227, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil. BL: art.
227, caput, CF c/c art. Art. 3º, item 2 da Conv. Internacional sobre os Direitos da Criança c/c art. 3º e 4º
do ECA.

(MPRO-2010-CESPE): Adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de setembro de 1989, a
Convenção sobre os Direitos da Criança trata de matéria contemplada, em linhas gerais, em artigo da CF,
o qual é considerado síntese do tratado da Organização das Nações Unidas.

##Atenção: O art. 227 da CF afirma o princípio da prioridade absoluta dos direitos da criança, do
adolescente e do jovem, tendo como destinatários da norma a família, a sociedade e o Estado. Pretende,
pois, que a família responsabilize-se pela manutenção da integridade física e psíquica; a sociedade pela
convivência coletiva harmônica; e o Estado pelo constante incentivo à criação de políticas públicas. Trata-
se de uma responsabilidade que, para ser realizada, necessita de uma integração, de um conjunto
devidamente articulado de políticas públicas. Essa competência difusa, que responsabiliza uma
diversidade de agentes pela promoção da política de atendimento à criança e ao adolescente, tem por
objetivo ampliar o próprio alcance da proteção dos direitos infanto-juvenis. Dentro da estrutura chamada
ordem social, está englobada a chamada Seguridade Social, esta compreendida como um conjunto
integrado de ações de iniciativas dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. E a assistência social, que será prestada
independentemente de contribuição à seguridade social, tem, dentre os seus objetivos, a proteção e
amparo à criança e ao adolescente, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a
coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal. E o ECA é uma
dessas normas gerais, pelo qual estabelece uma política de atendimento. Essa política de atendimento
deve ser, segundo o art. 204 da CF, descentralizada política e administrativamente (sendo dever dos
Estados, Municípios e das entidades não governamentais de assistência social a coordenação e execução
destes programas). Também impõe a participação popular, por meio de organizações representativas,
para formulação de políticas públicas em todos os níveis. Já o §1º do art. 227 determina que o Estado
promova, admitida a participação da sociedade civil, programas de assistência integral à saúde da
criança e do adolescente. A CF também faz menção à assistência integral à saúde da criança e do
adolescente, estabelecendo que parte dos recursos públicos destinados à saúde será dirigida à assistência
materno-juvenil, cabendo-lhe, ainda, a criação de programas de prevenção e atendimento especializado
para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental.

729
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do
jovem, ADMITIDA a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e
obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) (MPSP-2015)
(Cartórios/TJPR-2019)

I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-


infantil; (TJPR-2008) (Cartórios/TJPE-2013) (MPSP-2015)

(TJPR-2008): É dever do poder público assegurar, com prioridade a efetivação dos direitos fundamentais
referentes à criança e ao adolescente. A garantia de prioridade compreende a destinação privilegiada de
recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e a juventude. BL: art. 227, caput e
§1º, inc. I da CF/88. (ECA)

II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de


deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem
portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso
aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de
discriminação. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) (DPETO-2013)

(DPEPR-2012-FCC): Analise a afirmação a seguir sobre a proteção jurídica da criança e do adolescente


com deficiência: A Emenda Constitucional n. 65 incluiu, no art. 227, a previsão de criação de programas
de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou
mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o
treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a
eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. BL: art. 227, §1º, II, CF.

§ 2º A lei DISPORÁ sobre NORMAS DE CONSTRUÇÃO dos logradouros e dos edifícios de uso
público e DE FABRICAÇÃO de veículos de transporte coletivo, a fim de GARANTIR acesso adequado
às pessoas portadoras de deficiência. (MPSP-2011) (MPAM-2015) (TJRS-2018) (Cartórios/TJPR-2019)

§ 3º O DIREITO A PROTEÇÃO ESPECIAL ABRANGERÁ os seguintes aspectos: (TRT6-2015)


(MPSP-2015/2017) (MPRO-2017)

I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º,
XXXIII; (MPT-2013) (TRT6-2015) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJPR-2019)

II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; (MPPR-2008) (PGM-Recife/PE-2014) (TRT6-


2015) (MPT-2015)

III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; (Redação dada Pela Emenda
Constitucional nº 65, de 2010) (DPERS-2011) (MPT-2013) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRT6-2015)
(DPEPE-2018)

IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação


processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;
(MPPR-2008) (DPERS-2011) (Cartórios/TJPE-2013) (MPT-2013) (PCDF-2015) (TRT6-2015)

V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de


pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade; (MPPR-
2008) (DPERS-2011) (PGM-Recife/PE-2014) (DPEMA-2015) (TRT6-2015)

(DPEMA-2015-FCC): Ante o regime estatuído pela Constituição, a obediência aos princípios de brevidade,
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer
medida privativa da liberdade: consiste em aspecto abrangido pelo direito à proteção especial. BL: art. 227,
§3º, V, CF.

730
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos
termos da lei, ao ACOLHIMENTO, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou
abandonado; (MPPR-2008) (Cartórios/TJPE-2013) (DPECE-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (TRT6-2015) (MPSP-
2015/2017) (TJRS-2018)

VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem


dependente de entorpecentes e drogas afins. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
(DPERS-2011) (Cartórios/TJPE-2013) (MPSP-2015) (TRT6-2015)

§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do


adolescente. (MPT-2013) (TRT6-2015)

§ 5º A ADOÇÃO SERÁ ASSISTIDA pelo Poder Público, na forma da lei, que ESTABELECERÁ
casos e condições de sua efetivação POR PARTE DE ESTRANGEIROS. (TJMG-2008) (PCDF-2009)
(MPMS-2015) (DPESP-2015) (TRT6-2015) (Cartórios/TJPR-2019)

##Atenção: Segundo a CF/88, a adoção por estrangeiros é permitida, nos termos da Lei Específica. É de
se registrar que o Brasil é signatário da Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em
Matéria de Adoção Internacional. O Estatuto foi alterado pela Lei 12.010/09, quando houve a inclusão
das regras da aludida convenção ao texto do Estatuto.

§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e
qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. (TJCE-2012) (PCSC-
2014) (MPSP-2015) (TJAM-2016) (DPEAM-2018)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPF-2017: Capacidade para suceder é regida pela lei da época da
abertura da sucessão: O art. 377 do CC/16 previa que o filho adotivo, nessa situação, não tinha direito à
sucessão hereditária. Essa regra vigorou e foi válida até a promulgação da CF/88, quando, então, não
foi recepcionada pelo art. 227, § 6º. Se a morte ocorreu antes da CF/88, o juiz, ao analisar se a pessoa
tem ou não capacidade para suceder (ser herdeiro), deverá levar em consideração o art. 377 do CC/16,
não podendo ser aplicado retroativamente o disposto no art. 227, § 6º, da CF/88 para considerar o art.
377 inválido. STF. Plenário. AR 1811/PB, rel. orig. Min. Eros Grau, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, j
3/4/14 (Info 741).

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPF-2017: A sucessão regula-se por lei vigente à data de sua abertura,
não se aplicando a sucessões verificadas antes do seu advento a norma do art. 227, § 6º, da CF/88, que
eliminou a distinção, até então estabelecida pelo Código Civil (art. 1.605 e § 2º), entre filhos legítimos e
filhos adotivos, para esse efeito. Discriminação que, de resto, se assentava em situações desiguais, não
afetando, portanto, o princípio da isonomia. STF. 1ª T., RE 163167, Rel. Min. Ilmar Galvão, j. 5/8/97.
(MPF-2017): O STF entendeu que a vedação constitucional à discriminação entre filhos não alcançava
inventários pendentes, de pessoas falecidas antes da promulgação da CF/88, tendo em vista o princípio de
que a sucessão deve ser regida pelas normas vigentes à época do óbito.

##Atenção: A CF estabelece a isonomia entre os filhos, independentemente da sua condição de havidos


ou não da relação de casamento.

§ 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto


no art. 204.

§ 8º A lei ESTABELECERÁ: (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; (Incluído Pela Emenda
Constitucional nº 65, de 2010) (DPEAC-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (MPMS-2015)

II - o PLANO NACIONAL DE JUVENTUDE, de duração decenal, VISANDO à articulação das


várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas. (Incluído Pela Emenda Constitucional
nº 65, de 2010) (DPEAC-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PGM-Recife/PE-2014) (MPMS-2015) (Cartórios/TJPR-
2019) (MPDFT-2021)

731
(MPMS-2015): Sobre os aspectos da CF/88 na Tutela dos Interesses Difusos e Coletivos, assinale a
alternativa correta: Preceitua que a lei estabelecerá o estatuto da juventude, destinado a regular os
direitos dos jovens, bem como o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação
das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas. BL: art. 227, §8º, CF.

Art. 228. SÃO PENALMENTE INIMPUTÁVEIS os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da
legislação especial. (PCDF-2009) (TJPB-2015) (MPSP-2015/2017) (PCGO-2018) (MPSP-2019) (DPESP-2019)
(DPEPI-2022)

(MPSP-2019): A inimputabilidade penal do menor de 18 anos é absoluta e sua presunção decorre da lei,
por meio do critério etário. BL: art. 2º, ECA e art. 228, CF.

##Atenção: O art. 228 da CF estabelece a garantia da inimputabilidade aos menores de dezoito anos,
assegurando ao adolescente o direito de ser submetido a um tribunal especial, regido por uma legislação
especial e presidido por um juiz especial, o Juiz da Infância e da Juventude. Assim, por se tratar de
direito fundamental, não pode ser alterado, nem mesmo por Emenda Constitucional, de modo que,
segundo Luciano Rossato, faz-se impossível a redução da maioridade penal.

(DPESP-2019-FCC): Encontra-se em tramitação no Senado Federal a proposta de Emenda à CF/1988 nº


4/19, que modifica o art. 228 para determinar a inimputabilidade dos menores de 16 anos. O Poder
Constituinte Reformador tem limites materiais encontrados na proteção dos direitos e garantias
individuais, que se encontram ao longo de toda a Constituição conforme entendimento do STF. BL: art.
228, CF e Entend. Jurisprud.

##Atenção: O Poder Constituinte Reformador encontra limites na proteção dos direitos fundamentais,
ainda que não se encontrem no capítulo a eles destinados na Constituição. Por exemplo, o STF na ADI
939-7/DF entendeu que o princípio da anterioridade tributária (art. 150, CF) seria uma cláusula pétrea.
Além disso, Luiz Flávio Gomes explica que a menoridade penal no Brasil integra o rol dos direitos
fundamentais, por ter força de cláusula pétrea, através da Convenção dos Direitos da Criança pela
ONU (Organização das Nações Unidas): “(...) Do ponto de vista jurídico é muito questionável que se possa
alterar a Constituição brasileira para o fim de reduzir a maioridade penal. A inimputabilidade do menor de dezoito
anos foi constitucionalizada (CF, art. 228). Há discussão sobre tratar-se (ou não) de cláusula pétrea (CF, art. 60, §
4.º). Pensamos positivamente, tendo em vista o disposto no art. 5.º, § 2.º, da CF, c/c arts. 60, § 4.º e 228. O art. 60,
§ 4º, antes citado, veda a deliberação de qualquer emenda constitucional tendente a abolir direito ou garantia
individual. Com o advento da Convenção da ONU sobre os direitos da criança (Convenção Sobre os Direitos da
Criança, adotada pela Resolução I.44 (XLIV), da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 20.11.1989. Aprovada
pelo Decreto Legislativo 28, de 14;09.1990, e promulgada pela Decreto 99.710, de 21.11.1990. Ratificada pelo Brasil
em 24.09.1990), que foi ratificada pelo Brasil em 1990, não há dúvida que a idade de 18 anos passou a ser referência
mundial para a imputabilidade penal, salvo disposição em contrário adotada por algum país. Na data em que o
Brasil ratificou essa Convenção a idade então fixada era de dezoito anos (isso consta tanto do Código Penal como da
Constituição Federal - art. 228). Por força do § 2º do art. 5º da CF esse direito está incorporado na Constituição.
Também por esse motivo é uma cláusula pétrea. Mas isso não pode ser interpretado, simplista e apressadamente, no
sentido de que o menor não deva ser responsabilizado pelos seus atos infracionais.” (Fonte: GOMES, Luiz Flávio.
Menoridade Penal: cláusula pétrea?).

Art. 229. OS PAIS TÊM O DEVER de assistir, criar e educar os filhos menores, e OS FILHOS
MAIORES TÊM O DEVER de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. (TJMG-
2008) (TJPE-2011) (MPT-2013) (DPEGO-2014) (PCSC-2014) (TRT8-2015) (TRT21-2015) (MPRO-2017) (MPBA-
2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJPR-2019)

(MPGO-2019): Segundo doutrina de Samuel Sales Fonteles, “em toda a história do Direito Constitucional,
jamais a Constituição recebeu tanto protagonismo como nos dias atuais. Hoje, todos os ramos da árvore jurídica
gravitam em torno da Constituição, de onde emana uma força irradiante, o que se pode denominar de
constitucionalização do Direito”. Tendo por base tal assertiva, é correto afirmar: O Direito da Criança e do
Adolescente também sofreu sensíveis transformações a partir da influência dos Direitos Fundamentais,
tendo suas normas sido positivadas constitucionalmente nos arts. 227 a 229 da Carta Magna. BL: arts. 227
a 229, CF.

(MPBA-2018): À luz da doutrina e da jurisprudência contemporâneas aplicáveis ao direito das famílias,


assinale a alternativa correta: O princípio da solidariedade familiar que implica em cooperação e respeito

732
mútuos em relação aos membros das famílias, quando violado, justifica a imposição de reparação de
danos. BL: art. 3º, I c/c art. 229, CF (direito civil)

##Atenção: Ressalte-se que a solidariedade é um dos objetivos fundamentais da República, com previsão
no art. 3º, I e, no âmbito familiar, tem previsão no art. 229 do texto constitucional. Flavio Tartuce,
inclusive, tem um artigo em que trata do referido princípio e, segundo ele, serve de fundamento para o
REsp 1.159.242-SP): “Penso que esse último acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça
representa correta concretização jurídica do princípio da solidariedade; sem perder de vista a função
pedagógica ou de desestímulo que deve ter a responsabilidade civil. Sempre pontuei, assim, que esse
último posicionamento deve prevalecer na nossa jurisprudência, visando também a evitar que outros
pais abandonem os seus filhos". (disponível em http://professorflaviotartuce.blogspot.com/2017/07).

(TJMG-2008): A Constituição da República dedica um capítulo especial à família, à criança, ao


adolescente e ao idoso e especifica normas de aplicabilidade imediata e outras dirigidas ao legislador
ordinário: Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o
dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. BL: art. 229, CF/88.

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado TÊM o dever de amparar as PESSOAS IDOSAS,
ASSEGURANDO sua participação na comunidade, DEFENDENDO sua dignidade e bem-estar e
GARANTINDO-LHES o direito à vida. (TJSP-2008) (MPPE-2008) (MPCE-2009) (TRF1-2009) (TRF2-2009)
(TJRO-2011) (DPERS-2011) (MPDFT-2013) (DPERR-2013) (MPT-2013) (DPEPR-2014) (PCSC-2014)
(MPMS-2015) (MPRO-2008/2017) (MPBA-2018) (DPECE-2022)

§ 1º Os PROGRAMAS DE AMPARO aos idosos SERÃO EXECUTADOS preferencialmente em


seus lares. (MPPE-2008) (TJRO-2011) (DPERS-2011) (DPEGO-2014) (PCSC-2014) (MPMS-2015)

§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos É GARANTIDA a GRATUIDADE dos transportes


coletivos urbanos. (TJPI-2007) (TJMS-2008) (TJMG-2008) (PGEPB-2008) (MPCE-2009) (DPEAL-2009) (TRF1-
2009) (MPRO-2008/2010) (DPEBA-2010) (TJRO-2011) (MPSP-2011) (DPEAM-2011) (DPESP-2012)
(MPDFT-2013) (DPERR-2013) (MPT-2013) (DPEGO-2014) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJSE-2014)
(PGEBA-2014) (PCSC-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPMS-2015) (Cartórios/TJMG-2017) (TJRS-2018) (MPBA-
2018) (MPSC-2019)

##Atenção: ##STJ: ##DOD: A reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda
igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos, prevista no art. 40, I, do Estatuto do Idoso, não se limita
ao valor das passagens, abrangendo eventuais custos relacionados diretamente com o transporte, em
que se incluem as tarifas de pedágio e de utilização dos terminais. STJ. 1ª Turma. REsp 1543465-RS, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 13/12/18 (Info 641).

##Atenção: ##STF: ##PGEPB-2008: ##DPEAL-2009: ##TRF1-2009: ##DPEBA-2010: ##MPSP-2011:


##MPDFT-2013: ##DPERR-2013: ##MPGO-2014: ##DPEPR-2014: ##Cartórios/TJSE-2014:
##CESPE: O art. 230, § 2º, da CF estabelece que aos maiores de 65 anos é garantida a gratuidade dos
transportes coletivos urbanos. Essa é uma norma de eficácia plena, pois é capaz de produzir todos os
seus efeitos desde o momento que entra em vigor. O dispositivo não depende de norma
infraconstitucional. Nesse sentido, vejamos trecho de julgado do STF: “O art. 39 da Lei 10.741/03 (Estatuto
do Idoso) apenas repete o que dispõe o § 2º do art. 230 da CF. A norma constitucional é de eficácia plena e
aplicabilidade imediata, pelo que não há eiva de invalidade jurídica na norma legal que repete os seus termos e
determina que se concretize o quanto constitucionalmente disposto. (...)”. (STF, ADI 3.768, Rel. Min. Cármen
Lúcia, j. 19.09.07).
(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): De acordo com o STF, a regra constitucional que assegura a gratuidade nos
transportes coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos de idade é norma de eficácia plena e
aplicabilidade imediata. BL: art. 230, §2º, CF e Entend. Jurisprud.
(MPGO-2014): A respeito do art. 230, § 2º, da CF/88, segundo cujo teor é garantida, aos maiores de sessenta
e cinco anos, a gratuidade dos transportes coletivos urbanos, pode-se afirmar, com base na jurisprudência
do STF, cuidar-se de norma de eficácia plena e aplicabilidade imediata. BL: art. 230, §2º, CF e Entend.
Jurisprud.
(DPERR-2013-CESPE): Assinale a opção correta referente à classificação das constituições e à
aplicabilidade e interpretação das normas constitucionais: De acordo com o STF, o artigo da CF que

733
assegura a gratuidade nos transportes coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos de idade
constitui norma de eficácia plena e de aplicabilidade imediata. BL: art. 230, §2º, CF e Entend. Jurisprud.

CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS

Art. 231. SÃO RECONHECIDOS aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, COMPETINDO à União
DEMARCÁ-LAS, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. (PGECE-2008) (TRF2-2009) (PGERO-2011)
(TJDFT-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (MPT-2012) (AGU-2009/2010/2013) (TJRN-2013) (DPEAM-2013)
(DPERR-2013) (DPESP-2013) (PGDF-2013) (PF-2013) (MPPA-2014) (TRF4-2014) (PGEAC-2014) (PGEBA-
2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TJPB-2015) (PGEPA-2015) (PGEPR-2015) (TRF3-2011/2013/2016) (TJDFT-2016)
(MPPR-2016) (PGEMA-2016) (MPRR-2012/2017) (MPF-2008/2011/2012/2013/2015/2017) (TRF5-
2009/2013/2015/2017) (MPRO-2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PCES-2019)
(DPECE-2022)

##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##PGM-Cuiabá/MT-2014: ##PGEPA-2015: ##PGEMA-2016:


##TRF5-2017: ##PGM-BH/MG-2017: ##CESPE: ##FCC: Impossibilidade de remarcação ampliativa de
terra indígena: Em 2000, João comprou uma fazenda que fica ao lado da reserva indígena Wassú-Cocal.
Essa reserva indígena foi demarcada em 1987, ou seja, antes da CF/88. Em 2012, o Ministro da Justiça, a
partir de estudo da FUNAI, editou portaria ampliando os limites da reserva indígena Wassú-Cocal.
Pela nova demarcação proposta, João perderia a sua fazenda, que passaria a fazer parte da reserva
indígena. Segundo argumentaram a FUNAI e o Ministério da Justiça, a remarcação agora realizada é
um procedimento destinado a "corrigir falhas" cometidas na demarcação originária já que esta não
teria observado os parâmetros impostos pela CF. Desse modo, seria uma correção para adequar a
demarcação às regras da CF. A jurisprudência concorda com essa prática? Se uma terra indígena foi
demarcada antes da CF, é possível que agora ela seja “remarcada”, ampliando-se a área anteriormente
já reconhecida? NÃO. Tanto o STF como o STJ condenam essa prática. A alegação de que a
demarcação da terra indígena não observou os parâmetros estabelecidos pela CF/88 não justifica a
remarcação ampliativa de áreas originariamente demarcadas em período anterior à sua promulgação.
Desde o julgamento da Pet 3.388-RR (Caso Raposa Serra do Sol), a jurisprudência passou a entender
que é vedada a ampliação de terra indígena já demarcada, salvo em caso de vício de ilegalidade do ato
de demarcação e, ainda assim, desde que respeitado o prazo decadencial. É inegável que a CF mudou
o enfoque atribuído à questão indígena e trouxe novas regras mais favoráveis a tais povos, permitindo
a demarcação das terras com critérios mais elásticos, a partir da evolução de uma perspectiva
integracionista para a de preservação cultural do grupamento étnico. Isso, contudo, não é motivo
suficiente para se promover a revisão administrativa das demarcações de terras indígenas já
realizadas, especialmente nos casos em que se passou o prazo decadencial. STJ. 1ª S. MS 21572-AL, Rel.
Min. Sérgio Kukina, j. 10/6/15 (Info 564). STF. 2ª T. RMS 29542/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 30/9/14
(Info 761).

##Atenção: ##STF: ##PGEPA-2015: ##TRF3-2016: A demarcação de terra indígena é ato meramente


formal, que apenas reconhece direito preexistente e constitucionalmente assegurado (art. 231 da CF).
Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade e veracidade, não afastada na hipótese.
Necessidade de aguardar a análise da validade da portaria ministerial. STF. Plenário. SL 610 AgR, Rel.
Min. Ricardo Lewandowski, j. 04/02/15.
(TRF3-2016): Assinale a assertiva correta, a respeito dos indígenas e as suas terras: A demarcação de terra
indígena é ato meramente formal, que apenas reconhece direito preexistente e constitucionalmente
assegurado (art. 231 da CF). BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##AGU-2010: ##PGEMA-2016: ##CESPE: ##FCC: Cabe à União demarcar as terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios (caput do artigo 231 da Constituição Federal). Donde competir
ao Presidente da República homologar tal demarcação administrativa. A manifestação do Conselho de
Defesa Nacional não é requisito de validade da demarcação de terras indígenas, mesmo daquelas
situadas em região de fronteira. Não há que se falar em supressão das garantias do contraditório e da
ampla defesa se aos impetrantes foi dada a oportunidade de que trata o artigo 9º do Decreto 1.775/96
(MS 24.045, Rel. Min. Joaquim Barbosa). STF. Rel. Min. Carlos Britto. MS 25.483/DF, DJ 19.09.2007.
(AGU-2010-CESPE): No que se refere aos direitos e deveres das populações indígenas, julgue o item abaixo:
No processo de demarcação de terra indígena situada em região de fronteira, o STF considera dispensável a
734
manifestação do Conselho de Defesa Nacional no processo homologatório. BL: Entend. Jurisprud.

(MPF-2015): A demarcação de terras indígenas deve ser precedida de trabalho antropológico, que revele
a organização social e espacial desses grupos, bem como projete o seu crescimento, de modo a assegurar
os direitos das gerações futuras. BL: art. 231, CF.

##Atenção: Tendo vista o disposto no art. 231 da Constituição, a demarcação de terras indígenas fora
regulamentada pelo Decreto n.º 1.775/96, o qual, por sua vez, estabeleceu que a demarcação de terras
indígenas deve ser precedida de processo administrativo, de iniciativa do órgão federal de assistência ao
índios – no caso, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) –, por meio do qual são realizados diversos
estudos de natureza etno-histórica, antropológica, sociológica, jurídica, cartográfica e ambiental,
necessários à comprovação de que a área a ser delimitada constitui terra tradicionalmente ocupada pelos
índios. O procedimento de demarcação de terras indígenas é constituído de diversas fases, definidas,
atualmente, nos arts. 2º, 5º e 6º do Decreto 1.775/96. Vejamos o teor do art. 2º do referido decreto: “Art.
2°. A demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios será fundamentada em trabalhos desenvolvidos
por antropólogo de qualificação reconhecida, que elaborará, em prazo fixado na portaria de nomeação baixada pelo
titular do órgão federal de assistência ao índio, estudo antropológico de identificação”.

(MPF-2013): Assinale a alternativa correta: O tratamento constitucional da atualidade no que se refere à


questão indígena tem como seu pressuposto central o pluralismo. BL: art. 231, CF.

##Atenção: A CF/88, ao assegurar em seu art. 231 a organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições indígenas, os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam e suas formas de
criar, fazer e viver, inaugura um Estado pluriétnico (multicultural), em que a regra é o respeito à
diversidade, descabendo falar-se, pois, em um ideário homogeneizante da sociedade, â luz de um direito
à diferença cultural.

(MPF-2011): Assinale a alternativa correta: A Constituição de 88 abre-se ao multiculturalismo, ao


reconhecer direitos culturais aos povos tradicionais, dentre os quais o respeito e a valorização dos seus
modos próprios de criar, fazer e viver. BL: art. 231 da CF e art. 68, ADCT.178

§ 1º SÃO TERRAS TRADICIONALMENTE OCUPADAS PELOS ÍNDIOS as por eles habitadas


em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação
dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural,
segundo seus usos, costumes e tradições. (TJSP-2008) (PGEPR-2011) (PGERO-2011) (MPF-2008/2011/2012)
(TJDFT-2012) (MPRR-2012) (DPEAC-2012) (MPT-2012) (TJRN-2013) (DPEAM-2013) (DPESP-2013) (PF-
2013) (TRF4-2010/2014) (MPPA-2014) (PGEBA-2014) (TJPB-2015) (TRT8-2015) (TRF5-2009/2017) (DPEPE-2018)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TRF3-2016: ##TRF5-2017: ##CESPE: Renitente esbulho e desocupação


forçada ocorrida no passado: Como regra, se os índios não estavam na posse da área em 05/10/88, ela
não será considerada terra indígena (art. 231 da CF/88). Existe, contudo, uma exceção a essa regra.
Trata-se do chamado renitente esbulho. Assim, se, na época da promulgação da CF/88, os índios não
ocupavam a terra porque dela haviam sido expulsos em virtude de conflito possessório, considera-se
que eles foram vítimas de esbulho e, assim, essa área será considerada terra indígena para os fins do
art. 231. O renitente esbulho se caracteriza pelo efetivo conflito possessório, iniciado no passado e
persistente até o marco demarcatório temporal da data da promulgação da CF/88, materializado por
circunstâncias de fato ou por controvérsia possessória judicializada. Vale ressaltar que, para que se
caracterize o renitente esbulho, é necessário que, no momento da promulgação da CF/88, os índios
ainda estivessem disputando a posse da terra ou tivessem sido delas expulsos há pouco tempo. Se eles
foram dela expulsos muitos anos antes de entrar em vigor a CF/88, não se configura o chamado
“renitente esbulho”. Exemplo: no caso concreto apreciado pelo STF, a última ocupação indígena na
área ocorreu no ano de 1953, data em que os índios foram expulsos da região. Nessa situação, a Corte
entendeu que não estava caracterizado o renitente esbulho, mas sim “a desocupação forçada ocorrida
no passado” já que, no momento da promulgação da CF/88, já havia se passado muitos anos da saída
dos índios do local e eles não mais estavam em conflito possessório por aquelas terras. STF. 2ª T. ARE
803462 AgR/MS, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 9/12/14 (Info 771).

(MPRS-2016): São reconhecidos aos índios, nos moldes do art. 231 da CF/88, sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente

178
Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida
a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.
735
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Com base nessa
informação, assinale a alternativa correta: São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles
habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à
preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física
e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. BL: art. 231, §1º, CF.

##Atenção: ##DOD: Vale ressaltar que se a terra já foi habitada pelos índios, porém quando foi editada a
CF/88 o aldeamento já estava extinto, ela não será considerada terra indígena. Confira: “Súmula 650-
STF: Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que
ocupadas por indígenas em passado remoto.” Segundo critério construído pelo STF, somente são
consideradas “terras tradicionalmente ocupadas pelos índios” aquelas que eles habitavam na data da
promulgação da CF/88 (marco temporal) e, complementarmente, se houver a efetiva relação dos índios
com a terra (marco da tradicionalidade da ocupação). Assim, se, em 05/10/1988, a área em questão não
era ocupada por índios, isso significa que ela não terá a natureza indígena de que trata o art. 231 da
CF/88.

(TRF3-2011-CESPE): No que diz respeito ao patrimônio genético e à proteção jurídica do conhecimento


tradicional associado, assinale a opção correta: Entre outros critérios, consideram-se terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios as que são necessárias à sua reprodução física e cultural segundo
seus usos, costumes e tradições. BL: art. 231, §1º, CF.

§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios DESTINAM-SE a sua POSSE


PERMANENTE, CABENDO-LHES o USUFRUTO EXCLUSIVO das riquezas do solo, dos rios e dos
lagos nelas existentes. (PGECE-2008) (AGU-2009) (TJSP-2011) (PGEPR-2011) (PGERO-2011) (MPF-2011/2012)
(TJDFT-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (MPT-2012) (TJRN-2013) (DPEAM-2013) (DPESP-2013)
(TRF4-2010/2014) (TJRJ-2014) (MPPA-2014) (PGEAC-2014) (PGEBA-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEPA-
2015) (PGEPA-2015) (MPPR-2016) (MPRS-2016) (TRF3-2016) (PGEMA-2016) (TRF5-2009/2015/2017) (PGM-
BH/MG-2017) (TJRS-2018) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PCES-2019) (DPECE-2022)

(TJRS-2018-VUNESP): A CF/1988 propicia amparo a alguns grupos sociais vulneráveis, sendo um


exemplo disso a posse permanente, pelos índios, das terras por eles tradicionalmente ocupadas, cabendo-
lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. BL: art. 20, IX e art.
231, §2º, CF.

##Atenção: As populações indígenas têm posse das terras, e não sua propriedade. As terras
tradicionalmente ocupadas pelas populações indígenas são bens da União (art. 20, XI, CF).

##Atenção: ##STF: ##PGERO-2011: ##MPTO-2012: ##DPEAC-2012: ##DPESP-2013: ##PGM-


Cuiabá/MT-2014: ##TRF5-2015: ##PGEPA-2015: ##MPPR-2016: ##TRF3-2016: ##PGEMA-2016:
##PGM-BH/MG-2017: ##CESPE: ##FCC: 4. A decisão proferida em ação popular é desprovida de força
vinculante, em sentido técnico. Nesses termos, os fundamentos adotados pela Corte não se estendem,
de forma automática, a outros processos em que se discuta matéria similar. (...) 7. AS TERRAS
INDÍGENAS COMO CATEGORIA JURÍDICA DISTINTA DE TERRITÓRIOS INDÍGENAS. O
DESABONO CONSTITUCIONAL AOS VOCÁBULOS "POVO", "PAÍS", "TERRITÓRIO", "PÁTRIA" OU
"NAÇÃO" INDÍGENA. Somente o "território" enquanto categoria jurídico-política é que se põe como o
preciso âmbito espacial de incidência de uma dada Ordem Jurídica soberana, ou autônoma. O
substantivo "terras" é termo que assume compostura nitidamente sócio-cultural, e não política. A
Constituição teve o cuidado de não falar em territórios indígenas, mas, tão-só, em "terras indígenas". A
traduzir que os "grupos", "organizações", "populações" ou "comunidades" indígenas não constituem
pessoa federada. Não formam circunscrição ou instância espacial que se orne de dimensão política. Daí
não se reconhecer a qualquer das organizações sociais indígenas, ao conjunto delas, ou à sua base
peculiarmente antropológica a dimensão de instância transnacional. Pelo que nenhuma das
comunidades indígenas brasileiras detém estatura normativa para comparecer perante a Ordem
Jurídica Internacional como "Nação", "País", "Pátria", "território nacional" ou "povo" independente.
Sendo de fácil percepção que todas as vezes em que a Constituição de 1988 tratou de "nacionalidade" e
dos demais vocábulos aspeados (País, Pátria, território nacional e povo) foi para se referir ao Brasil por
inteiro. (...) 14. A CONCILIAÇÃO ENTRE TERRAS INDÍGENAS E A VISITA DE NÃO-ÍNDIOS, TANTO
QUANTO COM A ABERTURA DE VIAS DE COMUNICAÇÃO E A MONTAGEM DE BASES FÍSICAS
PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS OU DE RELEVÂNCIA PÚBLICA.A exclusividade de
usufruto das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nas terras indígenas é conciliável com a eventual

736
presença de não índios, bem assim com a instalação de equipamentos públicos, a abertura de estradas e
outras vias de comunicação, a montagem ou construção de bases físicas para a prestação de serviços
públicos ou de relevância pública, desde que tudo se processe sob a liderança institucional da União,
controle do Ministério Público e atuação coadjuvante de entidades tanto da administração federal
quanto representativas dos próprios indígenas. O que já impede os próprios índios e suas comunidades,
por exemplo, de interditar ou bloquear estradas, cobrar pedágio pelo uso delas e inibir o regular
funcionamento das repartições públicas. (...) 17. COMPATIBILIDADE ENTRE FAIXA DE FRONTEIRA E
TERRAS INDÍGENAS. Há compatibilidade entre o usufruto de terras indígenas e faixa de fronteira.
Longe de se pôr como um ponto de fragilidade estrutural das faixas de fronteira, a permanente
alocação indígena nesses estratégicos espaços em muito facilita e até obriga que as instituições de
Estado (Forças Armadas e Polícia Federal, principalmente) se façam também presentes com seus
postos de vigilância, equipamentos, batalhões, companhias e agentes. Sem precisar de licença de
quem quer que seja para fazê-lo. Mecanismos, esses, a serem aproveitados como oportunidade ímpar
para conscientizar ainda mais os nossos indígenas, instruí-los (a partir dos conscritos), alertá-los contra a
influência eventualmente malsã de certas organizações não-governamentais estrangeiras, mobilizá-los
em defesa da soberania nacional e reforçar neles o inato sentimento de brasilidade. Missão favorecida
pelo fato de serem os nossos índios as primeiras pessoas a revelar devoção pelo nosso País (eles, os
índios, que em toda nossa história contribuíram decisivamente para a defesa e integridade do território
nacional) e até hoje dar mostras de conhecerem o seu interior e as suas bordas mais que ninguém. STF.
Plenário. Pet 3.388, Rel. Min. Ayres Britto, j. 19/3/09.
(TRF3-2016): Assinale a assertiva correta, a respeito dos indígenas e as suas terras: Conforme entendimento
do STF, há compatibilidade entre o usufruto de terras indígenas e faixa de fronteira, visto que a permanente
alocação indígena nesses estratégicos espaços em muito facilita e até obriga que as instituições de Estado se
façam também presentes. BL: Entend. Jurisprud.

(MPRS-2016): São reconhecidos aos índios, nos moldes do art. 231 da CF/88, sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Com base nessa
informação, assinale a alternativa correta: As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se
a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos
nelas existentes. BL: art. 231, §2º, CF.

(MPPA-2014-FCC): De acordo com Constituição Federal, as terras tradicionalmente ocupadas pelos


índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos
rios e dos lagos nelas existentes. BL: art. 231, §2º, CF (agrário).

§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, INCLUÍDOS os potenciais energéticos, a pesquisa e a


lavra das riquezas minerais em terras indígenas SÓ PODEM SER EFETIVADOS com autorização DO
CONGRESSO NACIONAL, OUVIDAS as COMUNIDADES AFETADAS, FICANDO-LHES
ASSEGURADA participação nos resultados da lavra, na forma da lei. (TRF2-2009) (TJSP-2011) (PGEMT-
2011) (PGERO-2011) (MPF-2008/2012) (PGDF-2013) (MPPA-2014) (TRF4-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TJPB-
2015) (PGEPR-2015) (TJDFT-2012/2014/2016) (TRF5-2009/2013/2015/2017) (Cartórios/TJSP-2018) (DPEAM-
2013/2021) (DPECE-2022)

(DPECE-2022-FCC): Acerca dos direitos dos povos indígenas na Constituição Federal, o


aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das
riquezas minerais em terras indígenas, somente pode ser efetivado com autorização do Congresso
Nacional. BL: art. 231, §3º, CF.

(TJPB-2015-CESPE): Conforme está previsto na CF, os recursos minerais existentes em terras indígenas
pertencem à União, sendo permitido, na forma da lei, que atividades de mineração sejam exercidas
nessas áreas. BL: art. 20, IX e art. 231, §3º da CF. (ambiental)

(TRF4-2014): Relativamente às terras indígenas, assinale a alternativa correta: É da competência exclusiva


do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, autorizar o aproveitamento dos recursos
hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras
indígenas, ficando- lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. BL: art. 231,
§3º, CF.

737
§ 4º As terras de que trata este artigo SÃO INALIENÁVEIS e INDISPONÍVEIS, e os direitos sobre
elas, IMPRESCRITÍVEIS. (PGECE-2008) (PGEMT-2011) (PGEPR-2011) (PGERO-2011) (DPESE-2012) (MPF-
2012) (MPT-2012) (TJRN-2013) (DPEAM-2013) (TRF3-2013) (PF-2013) (MPPA-2014) (PGEAC-2014) (PGESC-
2014) (PGEPA-2015) (TRT8-2015) (MPGO-2016) (MPRS-2016) (TRF4-2016) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJSP-
2018) (PCES-2019)

(MPRS-2016): São reconhecidos aos índios, nos moldes do art. 231 da CF/88, sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Com base nessa
informação, assinale a alternativa correta: As terras de que trata o art. 231 da Carta da República são
inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. BL: art. 231, §4º, CF.

(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: Todas as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são
um bem público nacional. Elas são inalienáveis e indisponíveis. Entretanto, os índios têm a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas
existentes. BL: art. 231, §§1º, 2º e 4º, CF.

##Atenção: ##DOD: Qual é a proteção conferida às terras tradicionalmente ocupadas por índios? A
CF/88 garante aos índios os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
exercendo sobre elas o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos (§2º). Essas terras
são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas são imprescritíveis (§4º). Para que os índios
possam exercer seus direitos compete à União fazer a demarcação dessas terras.

##Atenção: ##STF: ##PGEMT-2011: ##PF-2013: ##PGESC-2014: ##PGEPA-2015: ##Cartórios/TJSP-


2018: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios incluem-se no
domínio constitucional da União Federal. As áreas por elas abrangidas são inalienáveis, indisponíveis
e insuscetíveis de prescrição aquisitiva. A Carta Política, com a outorga dominial atribuída à União,
criou, para esta, uma propriedade vinculada ou reservada, que se destina a garantir aos índios o
exercício dos direitos que lhes foram reconhecidos constitucionalmente (CF, art. 231, § 2º, §3º e § 7º),
visando, desse modo, a proporcionar às comunidades indígenas bem-estar e condições necessárias à
sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. STF. 1ª T., RE 183.188, Rel.
Min. Celso de Mello, j. 10/12/96.

§ 5º É VEDADA a REMOÇÃO DOS GRUPOS INDÍGENAS DE SUAS TERRAS, SALVO, "ad


referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional,
GARANTIDO, EM QUALQUER HIPÓTESE, o retorno imediato logo que cesse o risco. [obs.: princípio
da irremovibilidade dos índios de suas terras.] (TJRO-2011) (TJPB-2011) (TJSP-2011) (PGEMT-2011) (PGEPR-
2011) (TJDFT-2012) (MPF-2012) (TJRN-2013) (MPPA-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPRS-2016)
(Cartórios/TJSP-2018) (PCES-2019) (MPDFT-2021) (DPECE-2022)

(MPDFT-2021): Assinale a alternativa correta: É vedada a remoção de grupos indígenas de suas terras,
salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. BL: art. 231, §5º, CF.

(MPRS-2016): São reconhecidos aos índios, nos moldes do art. 231 da CF/88, sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Com base nessa
informação, assinale a alternativa correta: É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras,
salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua
população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. BL: art. 231, §5º, CF.

§ 6º SÃO NULOS e EXTINTOS, NÃO PRODUZINDO efeitos jurídicos, os atos que tenham por
objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas
naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, RESSALVADO RELEVANTE INTERESSE
PÚBLICO DA UNIÃO, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção
direito a indenização ou a ações contra a União, SALVO, na forma da lei, quanto às benfeitorias

738
derivadas da ocupação de boa fé. (TJSE-2008) (TJSP-2011) (MPRR-2012) (TJRN-2013) (MPPA-2014) (PGEBA-
2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPF-2012/2015) (TRF3-2013/2016) (MPRS-2016) (PGEMA-2016) (TRF5-
2009/2017) (MPRO-2017)

##Atenção: ##STF: ##TRF3-2016: TERRAS INDÍGENAS E TÍTULOS DOMINIAIS PRIVADOS – A


eventual existência de registro imobiliário em nome de particular, a despeito do que dispunha o art.
859 do Código Civil de 1916 ou do que prescreve o art. 1.245 e §§ do vigente Código Civil, não torna
oponível à União Federal esse título de domínio privado, pois a Constituição da República pré-excluiu
do comércio jurídico as terras indígenas (“res extra commercium”), proclamando a nulidade e
declarando a extinção de atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse de tais áreas,
considerando ineficazes, ainda, as pactuações negociais que sobre elas incidam, sem possibilidade de
quaisquer consequências de ordem jurídica, inclusive aquelas que provocam, por efeito de expressa
recusa constitucional, a própria denegação do direito à indenização ou do acesso a ações judiciais
contra a União Federal, ressalvadas, unicamente, as benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé (CF,
art. 231, § 6º). Doutrina. Precedentes. – Foi a própria Constituição da República que proclamou a
invalidade de títulos dominiais existentes sobre áreas qualificadas como terras indígenas (CF, art. 231,
§ 6º), posto que integram, constitucionalmente, o domínio patrimonial da União Federal (CF, art. 20,
XI). STF. 2ª T., RMS 29193 AgR-ED, Rel. Min. Celso de Mello, j. 16/12/14.
(TRF3-2016): Assinale a assertiva correta, a respeito dos indígenas e as suas terras: A eventual existência de
registro imobiliário em nome de particular, a despeito do que dispunha o art. 859 do CC/1916 ou do que
prescreve o art. 1.245 e §§ do vigente CC, não torna oponível à União Federal esse título de domínio
privado, pois a Constituição da República pré-excluiu do comércio jurídico as terras indígenas (“res extra
commercium”), proclamando a nulidade e declarando a extinção de atos que tenham por objeto a ocupação, o
domínio e a posse de tais áreas, considerando ineficazes, ainda, as pactuações negociais que sobre elas
incidam, sem possibilidade de quaisquer consequências de ordem jurídica, inclusive aquelas que provocam,
por efeito de expressa recusa constitucional, a própria denegação do direito à indenização ou do acesso a
ações judiciais contra a União Federal, ressalvadas, unicamente, as benfeitorias derivadas da ocupação de
boa-fé. BL: Entend. Jurisprud.

(PGEBA-2014-CESPE): No que concerne às terras indígenas, julgue o item a seguir: São nulos e extintos,
não produzindo efeitos jurídicos, os atos que objetivem a ocupação, o domínio e a posse de terras
indígenas, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado
relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade
e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias
derivadas da ocupação de boa-fé. BL: art. 231, §6º, CF.

§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º. (PGEMA-2016)

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei,
as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo
para o setor privado. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) (...).
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a
proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão
para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e
naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.

Art. 232. Os ÍNDIOS, SUAS COMUNIDADES e ORGANIZAÇÕES SÃO PARTES LEGÍTIMAS


para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, INTERVINDO o MINISTÉRIO
PÚBLICO em todos os atos do processo. (MPAM-2007) (TRF2-2009) (MPRO-2008/2010) (TJSP-2011) (MPTO-
2012) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TRF5-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015) (AGU-2015) (TRT21-2015) (DPEAC-
2017) (PCES-2019) (DPECE-2022)

(AGU-2015-CESPE): A respeito do meio ambiente e dos direitos e interesses das populações indígenas,
julgue o item seguinte: Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingresso
em juízo em defesa de seus direitos e interesses, competindo à justiça federal processar e julgar os crimes
relacionados aos direitos dos índios. BL: art. 109, XI e art. 232, CF.

##Atenção: A alternativa está correta, já que é a justiça federal aquela encarregada de julgar delitos
cometidos em face de direitos indígenas. Devemos ter cuidado com um detalhe: o simples fato de um
índio ter sido vítima do delito não desloca a competência para a justiça federal, devendo haver relação do
crime com a condição de indígena de seu sujeito passivo.
739
##Atenção: ##Dica:
 Crime contra direitos dos índios (ou que sofreu por ser índio) = Justiça Federal.
 Crime "comum" contra índios (índio que foi na cidade e foi morto em assalto) = Justiça Estadual.

TÍTULO IX
Das Disposições Constitucionais Gerais

Art. 233. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)

Art. 234. É vedado à União, direta ou indiretamente, assumir, em decorrência da criação de Estado,
encargos referentes a despesas com pessoal inativo e com encargos e amortizações da dívida interna ou
externa da administração pública, inclusive da indireta.

Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, SERÃO OBSERVADAS as seguintes normas
básicas:

I - a Assembléia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a população do Estado for


inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro, se igual ou superior a esse número, até um milhão
e quinhentos mil; (TJMG-2007)

II - o Governo terá no máximo dez Secretarias;

(TJMG-2007): A limitação constitucional à autonomia do Estado-Membro, consubstanciada em que o


Governo estadual terá no máximo dez Secretarias, aplica-se aos dez primeiros anos da criação de Estado.
BL: art. 235, II da CF (constitucional)

III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre brasileiros de
comprovada idoneidade e notório saber;

IV - o Tribunal de Justiça terá sete Desembargadores; (TJMG-2007)

(TJPI-2015-FCC): O Tribunal de Justiça do Estado será necessariamente composto por sete


desembargadores nos dez primeiros anos de criação da unidade federada. BL: art. 235, IV, CF.

V - os primeiros Desembargadores serão nomeados pelo Governador eleito, escolhidos da seguinte


forma:

a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em exercício na área do novo
Estado ou do Estado originário;

b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e advogados de comprovada idoneidade e saber
jurídico, com dez anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na
Constituição;

VI - no caso de Estado proveniente de Território Federal, os cinco primeiros Desembargadores


poderão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do País;

VII - em cada Comarca, o primeiro Juiz de Direito, o primeiro Promotor de Justiça e o primeiro
Defensor Público serão nomeados pelo Governador eleito após concurso público de provas e títulos;

VIII - até a promulgação da Constituição Estadual, responderão pela Procuradoria-Geral, pela


Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado advogados de notório saber, com trinta e cinco anos de
idade, no mínimo, nomeados pelo Governador eleito e demissíveis "ad nutum";

IX - se o novo Estado for resultado de transformação de Território Federal, a transferência de


encargos financeiros da União para pagamento dos servidores optantes que pertenciam à Administração
Federal ocorrerá da seguinte forma:

740
a) no sexto ano de instalação, o Estado assumirá vinte por cento dos encargos financeiros para fazer
face ao pagamento dos servidores públicos, ficando ainda o restante sob a responsabilidade da União;

b) no sétimo ano, os encargos do Estado serão acrescidos de trinta por cento e, no oitavo, dos
restantes cinqüenta por cento;

X - as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos mencionados neste artigo, serão
disciplinadas na Constituição Estadual;

XI - as despesas orçamentárias com pessoal não poderão ultrapassar cinqüenta por cento da receita
do Estado.

Art. 236. Os SERVIÇOS NOTARIAIS e DE REGISTRO SÃO EXERCIDOS em caráter privado, por
delegação do Poder Público. (DPEGO-2010) (DPESP-2010) (MPSP-2011) (TJMG-2012) (MPRJ-2012)
(Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (PGEPR-2015) (Cartórios/TJSP-2014/2016) (Cartórios/TJRJ-2017)
(PGM-João Pessoa/PB-2018) (Cartórios/TJDFT-2014/2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPAP-
2021)

(Cartórios/TJSP-2016-VUNESP): O artigo 236 da Constituição Federal de 1988 estabelece que os serviços


notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. O princípio do
exercício privado da delegação está presente nas disposições constitucionais gerais.

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJDFT-2019: ##CESPE: PROVIMENTOS N. 747/2000 E 750/2001, DO


CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE SÃO PAULO, QUE
REORGANIZARAM OS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO, MEDIANTE ACUMULAÇÃO,
DESACUMULAÇÃO, EXTINÇÃO E CRIAÇÃO DE UNIDADES. 1. REGIME JURÍDICO DOS
SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO. I – Trata-se de atividades jurídicas que são próprias do
Estado, porém exercidas por particulares mediante delegação. Exercidas ou traspassadas, mas não por
conduto da concessão ou da permissão, norma das pelo caput do art. 175 da Constituição como
instrumentos contratuais de privatização do exercício dessa atividade material (não jurídica) em que se
constituem os serviços públicos. II – A delegação que lhes timbra a funcionalidade não se traduz, por
nenhuma forma, em cláusulas contratuais. III – A sua delegação somente pode recair sobre pessoa
natural, e não sobre uma empresa ou pessoa mercantil, visto que de empresa ou pessoa mercantil é que
versa a Magna Carta Federal em tema de concessão ou permissão de serviço público. IV – Para se tornar
delegatária do Poder Público, tal pessoa natural há de ganhar habilitação em concurso público de
provas e títulos, e não por adjudicação em processo licitatório, regrado, este, pela Constituição como
antecedente necessário do contrato de concessão ou de permissão para o desempenho de serviço
público. V – Cuida-se ainda de atividades estatais cujo exercício privado jaz sob a exclusiva fiscalização
do Poder Judiciário, e não sob órgão ou entidade do Poder Executivo, sabido que por órgão ou entidade
do Poder Executivo é que se dá a imediata fiscalização das empresas concessionárias ou permissionárias
de serviços públicos. Por órgãos do Poder Judiciário é que se marca a presença do Estado para conferir
certeza e liquidez jurídica às relações inter-partes, com esta conhecida diferença: o modo usual de
atuação do Poder Judiciário se dá sob o signo da contenciosidade, enquanto o invariável modo de
atuação das serventias extra-forenses não adentra essa delicada esfera da litigiosidade entre sujeitos de
direito. VI – Enfim, as atividades notariais e de registro não se inscrevem no âmbito das remuneráveis
por tarifa ou preço público, mas no círculo das que se pautam por uma tabela de emolumentos,
jungidos estes a normas gerais que se editam por lei necessariamente federal. 2. CRIAÇÃO E
EXTINÇÃO DE SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS. As serventias extrajudiciais se compõem de um
feixe de competências públicas, embora exercidas em regime de delegação a pessoa privada.
Competências que fazem de tais serventias uma instância de formalização de atos de criação,
preservação, modificação, transformação e extinção de direitos e obrigações. Se esse feixe de
competências públicas investe as serventias extrajudiciais em parcela do poder estatal idônea à
colocação de terceiros numa condição de servil acatamento, a modificação dessas competências estatais
(criação, extinção, acumulação e desacumulação de unidades) somente é de ser realizada por meio de lei
em sentido formal, segundo a regra de que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei. Precedentes. 3. PROCESSO DE INCONSTITUCIONALIZAÇÃO.
NORMAS “AINDA CONSTITUCIONAIS”. Tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal indeferiu
o pedido de medida liminar há mais de dez anos e que, nesse período, mais de setecentas pessoas foram
aprovadas em concurso público e receberam, de boa-fé, as delegações do serviço extrajudicial, a
desconstituição dos efeitos concretos emanados dos Provimentos n. 747/2000 e 750/2001 causaria
desmesurados prejuízos ao interesse social. Adoção da tese da norma jurídica “ainda constitucional”.
Preservação: a) da validade dos atos notariais praticados no Estado de São Paulo, à luz dos provimentos
741
impugnados; b) das outorgas regularmente concedidas a delegatários concursados (eventuais vícios na
investidura do delegatário, máxime a ausência de aprovação em concurso público, não se encontram a
salvo de posterior declaração de nulidade); c) do curso normal do processo seletivo para o recrutamento
de novos delegatários. 4. Ação direta julgada improcedente. STF. Plenário. ADI 2415, Rel. Ayres Britto, j.
22/09/11.
(Cartórios/TJDFT-2019-CESPE): Apesar de o STF ter determinado a obrigatoriedade de concurso público
para designar delegatários para preencher serventias vagas, diversas serventias mantiveram-se
temporariamente preenchidas por delegatários não concursados, em razão de medidas liminares. Diante
disso, o STF decidiu validar os atos notariais praticados nesse período por esses delegatários não concursados,
invocando expressamente o princípio ou a tese da norma jurídica ainda constitucional. BL: Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##TJSP-2009: ##Cartórios/TJSP-2014: ##VUNESP: O art. 40, § 1º, II, da CF/1988, na
redação que lhe foi conferida pela EC 20/1998, está restrito aos cargos efetivos da União, dos Estados-
membros, do Distrito Federal e dos Municípios – incluídas as autarquias e fundações. Os serviços de
registros públicos, cartorários e notariais são exercidos em caráter privado por delegação do Poder
Público – serviço público não privativo. Os notários e os registradores exercem atividade estatal,
entretanto não são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são
servidores públicos, não lhes alcançando a compulsoriedade imposta pelo mencionado art. 40 da
CF/1988 – aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade. (ADI 2.602, Rel. p/ o ac. Min. Eros Grau,
j. 24-11-05, Plenário). No mesmo sentido: RE 478.392-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 14-10-08, 2ª T., DJE de
21-11-08; Rcl 5.526-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 25-6-08, Plenário; AI 655.378-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, j. 26-2-08, 2ª T., DJE de 28-3-08.
(TJSP-2009-VUNESP): O Supremo Tribunal Federal (in AG 655.378-AGR) estabeleceu premissas a respeito da
condição jurídico-administrativa dos registradores, cartorários e notariais, destacando que estes não são
servidores públicos. BL: Entend. Jurisprud.

§ 1º Lei REGULARÁ as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários,


dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário.
(DPEGO-2010) (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRS-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEPR-2015)
(Cartórios/TJAL-2019)

§ 2º Lei federal ESTABELECERÁ normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos
praticados pelos serviços notariais e de registro. (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRJ-2017)
(Cartórios/TJAL-2019) (PGECE-2021)

§ 3º O ingresso na atividade notarial e de registro DEPENDE de concurso público de provas e


títulos, NÃO SE PERMITINDO que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de
provimento ou de remoção, por mais de seis meses. (Cartórios/TJSP-2011) (MPRJ-2012) (Cartórios/TJRS-
2013) (MPAC-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (DPU-2017) (Cartórios/TJRJ-2017) (Cartórios/TJAL-2019) (MPAP-
2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: O concurso público é providência necessária tanto para o ingresso nas
serventias extrajudiciais quanto para a remoção e para a permuta (art. 236, § 3º, do CRFB/88). STF.
Plenário. Rel. Min. Luiz Fux, j. 31/8/18.

##Atenção: ##STF: ##DOD: A jurisprudência da Corte se consolidou no sentido da autoaplicabilidade do


art. 236, § 3º, da CF/88, e, portanto, de que, após a promulgação da CF/88, é inconstitucional o acesso a
serviços notarial e de registro, inclusive por remoção ou permuta, sem prévia aprovação em concurso
público. STF. 2ª T. MS 29083 ED-ED-AgR, Rel. p/ Ac. Min. Dias Toffoli, j. 16/5/17.

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPAC-2014: ##DPU-2017: ##CESPE: Não existe direito adquirido à
efetivação na titularidade de cartório quando a vacância do cargo ocorre na vigência da CF/88, que exige
a submissão a concurso público (art. 236, § 3º). O prazo decadencial do art. 54 da Lei 9.784/99 não se
aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal. O art. 236, § 3º, da CF é
uma norma constitucional autoaplicável. Logo, mesmo antes da edição da Lei 8.935/94 ela já tinha plena
eficácia e o concurso público era obrigatório como condição para o ingresso na atividade notarial e de
registro. STF. Plenário. MS 26860/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 2/4/14 (Info 741).

##Atenção: ##STF: ##Cartórios/TJRS-2013: Constitui afronta ao § 3º do art. 236 da CF dispositivo de lei


estadual que autoriza a remoção de notários e registradores por meio de simples requerimento do

742
interessado, sujeito à aprovação discricionária do Conselho de Magistratura local, independentemente
de concurso. A declaração de inconstitucionalidade não exclui a necessidade de confirmação dos atos
praticados pelos notários ou registradores removidos com base no dispositivo inconstitucional até o
ingresso de serventuário removido após a realização de concurso. Isso porque, com fundamento na
aparência de legalidade dos atos por eles praticados, deve-se respeitar os efeitos que atingiram terceiros de
boa-fé.” STF. Plenário. ADI 3.248, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 23-2-11.

(Cartórios/TJAL-2019-VUNESP): Assinale a alternativa correta: O Ingresso na atividade notarial e de


registro depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique
vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses. BL: art. 235, §3º,
CF.

(Cartórios/TJSP-2011-VUNESP): A Constituição Federal, quanto aos serviços notariais e de registro, não


permite que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por
mais de seis meses. BL: art. 235, §3º, CF.

Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses
fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda. (TRT8-2015)

Art. 238. A lei ordenará a venda e revenda de combustíveis de petróleo, álcool carburante e outros
combustíveis derivados de matérias-primas renováveis, respeitados os princípios desta Constituição.

Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado
pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da
promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-
desemprego, outras ações da previdência social e o abono de que trata o § 3º deste artigo . (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

§ 1º Dos recursos mencionados no caput, no mínimo 28% (vinte e oito por cento) serão destinados
para o financiamento de programas de desenvolvimento econômico, por meio do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remuneração que preservem o seu valor. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 2º Os patrimônios acumulados do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do


Patrimônio do Servidor Público são preservados, mantendo-se os critérios de saque nas situações previstas
nas leis específicas, com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando vedada a distribuição da
arrecadação de que trata o "caput" deste artigo, para depósito nas contas individuais dos participantes.

§ 3º Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o Programa de


Integração Social ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, até dois salários
mínimos de remuneração mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, computado
neste valor o rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já participavam dos referidos
programas, até a data da promulgação desta Constituição. (PGEAL-2009)

§ 4º O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo


índice de rotatividade da força de trabalho superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma
estabelecida por lei. (PGEAL-2009)

§ 5º Os programas de desenvolvimento econômico financiados na forma do § 1º e seus resultados


serão anualmente avaliados e divulgados em meio de comunicação social eletrônico e apresentados em
reunião da comissão mista permanente de que trata o § 1º do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 103, de 2019)

Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos
empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação
profissional vinculadas ao sistema sindical. (TRF2-2011) (MPF-2012)

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios DISCIPLINARÃO por meio de lei
os CONSÓRCIOS PÚBLICOS e os CONVÊNIOS DE COOPERAÇÃO entre os entes federados,
AUTORIZANDO a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de

743
encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (PGEPR-2011) (PGEAC-2012) (PFN-2012) (DPERR-2013) (DPETO-
2013) (MPAC-2014) (DPEMS-2014) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PCDF-2015) (DPEAM-2018)
(PGETO-2018) (TJAL-2019) (TJPR-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (PCRN-2021)

(TJPR-2019-CESPE): Após autorização legislativa, foi firmado um acordo de vontades entre entes
públicos, criando-se um novo sujeito de direito, dotado de uma estrutura de bens e pessoal com
permanência e estabilidade. Nessa situação hipotética, o pacto firmado consiste em um contrato de
consórcio público, que deve ser firmado exclusivamente por entes da administração direta. BL: art. 1º,
caput e §1º da Lei 11.107179 e art. 241 da CF.

##Atenção: A Lei 11.107/05 permite que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
contratem entre si consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum (art. 1º). Os
consórcios públicos são previstos pelo art. 241 da CF/88 e foram regulamentados pela Lei 11.107/05.
Dito de outro modo, o consórcio público é como se fosse uma "parceria" firmada por dois ou mais entes
da federação para que estes, juntos, tenham mais força para realizar objetivos de interesse comum. Ex.:
três municípios decidem fazer um consórcio público entre si para construção de um hospital que atenda
à população das três localidades. A partir de informações trazidas no enunciado da questão de que
através do acordo de vontades cria-se uma nova pessoa jurídica, é possível concluir que estamos diante
de um consórcio público, que consiste na gestão associada de entes federativos para a prestação de
serviços de interesse comum a todos eles. Dessa forma, os entes federativos podem se associar para a
formação do consórcio público, criando uma nova entidade com personalidade jurídica. Por fim, cumpre
registrar que somente se admite a participação de entes políticos no ajuste.

##Atenção: Cumpre destacar que entidades privadas não podem participar de consórcios públicos.

(DPEMS-2014-VUNESP): Considerando as várias formas de gestão de serviços públicos previstas no


direito brasileiro, é correto afirmar que é possível a gestão associada de serviços públicos entre entes
federativos, por meio de convênios de cooperação ou consórcios públicos. BL: art. 241, CF.

(Cartórios/TJDFT-2014-CESPE): Acerca de serviços públicos, assinale a opção correta: Após a reforma


administrativa do Estado realizada pela Emenda Constitucional n.º 19/1998, a CF autorizou a gestão
associada na prestação de serviços públicos por meio de convênios de cooperação entre os entes
federados, admitindo a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à
continuidade dos serviços transferidos. BL: art. 241, CF.

(DPETO-2013-CESPE): A respeito dos serviços públicos e da organização da administração pública,


assinale a opção correta: A CF passou a prever, após a reforma administrativa do Estado promovida pela
Emenda Constitucional n.º 19/1998, a gestão associada na prestação de serviços públicos mediante
convênios de cooperação e consórcios públicos. BL: art. 241, CF.

Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por
lei estadual ou municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou
preponderantemente mantidas com recursos públicos. (DPEGO-2014)

§ 1º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias
para a formação do povo brasileiro.

§ 2º O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.
(PGEAL-2009)

Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
CULTURAS ILEGAIS DE PLANTAS PSICOTRÓPICAS ou a EXPLORAÇÃO DE TRABALHO
ESCRAVO na forma da lei SERÃO EXPROPRIADAS e DESTINADAS à REFORMA AGRÁRIA e a
PROGRAMAS DE HABITAÇÃO POPULAR, sem qualquer indenização ao proprietário e SEM
PREJUÍZO de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação
179
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. § 1º O
consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. (...)
744
dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014) (MPPA-2014) (MPRS-2014) (DPEPB-2014) (DPERS-2014)
(TRF2-2014) (PGERN-2014) (TJDFT-2015) (MPMS-2015) (PGERS-2015) (TRT6-2015) (DPEES-2016) (PGEAM-
2016) (TRF5-2015/2017) (DPERO-2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (PCMS-2017) (PGM-BH/MG-2017)
(MPMG-2018/2019) (TJPR-2019/2021) (MPDFT-2021) (Cartórios/TJGO-2021) (PF-2021) (TJAP-2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PGEAC-2017: ##MPGO-2019: ##TJPR-2021: ##TJAP-2022: ##FGV:


##FMP: A expropriação prevista no art. 243 da CF/88 pode ser afastada, desde que o proprietário
comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo. STF. Plenário. RE
635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 14/12/16 (repercussão geral) (Info 851).
(TJAP-2022-FGV): João é proprietário de imóvel rural que engloba grande área na cidade Alfa, interior do
Estado. O imóvel de João, sem seu conhecimento, foi invadido por terceiras pessoas que passaram a cultivar
plantas psicotrópicas (maconha) de forma ilícita. O Município Alfa ajuizou ação perante a Justiça Estadual
visando à desapropriação confisco do imóvel de João. No caso em tela, de acordo com o entendimento do
STF, a expropriação prevista no Art. 243 da CF/1988: pode ser afastada, desde que o proprietário João
comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo, pois possui responsabilidade
subjetiva, com inversão do ônus da prova, mas o Juízo deve extinguir o processo sem resolução do mérito
pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a ação deve ser proposta pela União, na Justiça Federal. BL:
Info 851, STF.
##Atenção: ##STF: ##TRT6-2015: ##FCC: Quanto à competência para a propositura da ação expropriatória,
vejamos o seguinte julgado do STF: “A competência para propor a ação expropriatória é privativa da União
podendo essa atribuição ser delegada a pessoa jurídica da administração indireta (autarquia, fundação pública ou
sociedade de economia mista).Nesta hipótese de desapropriação, a expropriação irá recair sobre a totalidade do imóvel,
ainda que o cultivo ilegal ou a utilização de trabalho escravo tenham ocorrido em apenas parte dele. (STF, RE 543974,
Rel. Min. Eros Grau, julgado em 26/03/2009).”
(TJPR-2021-FGV): Após ampla investigação conduzida pelas autoridades competentes, foi descoberta a
cultura ilegal de plantas psicotrópicas em pequena área territorial na extremidade de um latifúndio privado,
separada da sede por uma área de preservação ambiental. Em situações como essa, à luz da sistemática
constitucional, é correto afirmar que: a íntegra da propriedade em que se encontra a cultura ilegal deve ser
desapropriada, na forma da lei, sem o pagamento de indenização, podendo o proprietário comprovar que
não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo. BL: Info 851, STF.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta segundo o entendimento do STF: Em relação à natureza
jurídica da responsabilidade do proprietário de terras onde tenha sido localizada cultura ilegal de plantas
psicotrópicas, a expropriação prevista no art. 243 da CF/1988 pode ser afastada, desde que o proprietário
comprove que não incorreu em culpa. BL: Info 851, STF.

##Atenção: ##STF: ##PGERS-2015: ##TRT6-2015: ##PGEAC-2017: ##PGESE-2017: ##PCMS-2017:


##TJPR-2021: ##TJAP-2022: ##FCC: ##FAPEMS: ##FGV: ##FMP: ##Fundatec: A expropriação irá
recair sobre a TOTALIDADE do imóvel, ainda que o cultivo ilegal ou a utilização de trabalho escravo
tenham ocorrido em apenas parte dele. Isto porque a CF faz menção à expropriação da gleba, que é uma
área de terra, um terreno e não uma porção da área utilizada. Nesse sentido: “(...) EXPROPRIAÇÃO.
GLEBAS. CULTURAS ILEGAIS. PLANTAS PSICOTRÓPICAS. ARTIGO 243 DA CONSTITUIÇÃO DO
BRASIL. INTERPRETAÇÃO DO DIREITO. LINGUAGEM DO DIREITO. LINGUAGEM JURÍDICA.
ARTIGO 5º, LIV DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. O CHAMADO PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE. 1. Gleba, no art. 243 da Constituição do Brasil, só pode ser entendida como a
propriedade na qual sejam localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas. O preceito não refere
áreas em que sejam cultivadas plantas psicotrópicas, mas as glebas, no seu todo. (...). STF. Plenário. RE:
543974/MG, Rel. Min. Eros Graus, j. 26/03/09.”

(MPGO-2019): Acerca da intervenção do Estado na propriedade, assinale a resposta correta: A


propriedade rural e urbana expropriada em decorrência de cultura ilegal de plantas psicotrópicas e
exploração de trabalho escravo serão destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular.
BL: art. 243, CF.

(TJGO-2015-FCC): Como medida sancionatória do exercício do direito de propriedade em situação de


desconformidade com sua função social, a Constituição da República prevê a possibilidade de
expropriação, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em
lei, de propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais
de plantas psicotrópicas. BL: art. 243, CF.

(PGERN-2014-FCC): A expropriação de propriedades rurais de qualquer região do país em que for


identificada a exploração de trabalho escravo, sem qualquer indenização ao proprietário, para destinação
à reforma agrária, é medida compatível com a Constituição da República, na qual está prevista

745
expressamente, dependente a norma constitucional, no entanto, de lei para produzir os efeitos
pretendidos. BL: art. 243, caput, CF.

##Atenção: “A EC 81/2014 alterou a redação do art. 243 da Constituição Federal para incluir no direito brasileiro
uma segunda hipótese de desapropriação sem indenização (“desapropriação confiscatória”). Embora esse
tipo de desapropriação tenha, por óbvio, caráter punitivo, deve ficar claro que não se trata de uma pena de natureza
criminal, isto é, não se trata da pena de perda de bens, do direito penal, a que se refere a alínea “b” do inciso XLVI
do art. 5º da Constituição de 1988. Antes da EC 81/2014, a única hipótese de desapropriação não indenizada era a
aplicável a glebas (áreas rurais) onde fossem encontradas culturas de plantas psicotrópicas (uma plantação de
maconha, por exemplo). Agora, além dessa possibilidade, acrescentou-se a de desapropriar sem indenização
propriedades rurais e urbanas onde for identificada a exploração de trabalho escravo, na forma da lei. A nova
redação do art. 243, a meu ver, não ficou um primor, mas dá para perceber que o Congresso Nacional
pretendeu que somente seja imprescindível a regulamentação legal para a desapropriação decorrente de exploração
de trabalho escravo. Na prática, isso não faz diferença alguma, porque a desapropriação por cultivo de plantas
psicoativas ilegais já está regulamentada: Lei 8.257/1991, que, por sua vez, é regulamentada pelo Decreto
577/1992.” (Fonte: Texto do Prof. Marcelo Alexandrino:
https://pontodosconcursos.com.br/video/artigos3.asp?prof=4&art=11626&idpag=1).

Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e
REVERTERÁ a FUNDO ESPECIAL com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 81, de 2014) (MPRS-2014) (DPERS-2014) (TRF2-2014) (TJGO-2015) (MPMS-2015)
(TRF5-2015) (PGERS-2015) (TRT6-2015) (DPEES-2016) (PGEMA-2016) (DPERO-2017) (PGESE-2017)
(PGM-BH/MG-2017) (MPMG-2018/2019) (TJPR-2019/2021) (MPDFT-2021) (PF-2021)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##PF-2021: ##CESPE: O confisco de bens apreendidos em decorrência do


tráfico pode ocorrer ainda que o bem não fosse utilizado de forma habitual e mesmo que ele não tenha
sido alterado: É possível o confisco de todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em
decorrência do tráfico de drogas, sem a necessidade de se perquirir a habitualidade, reiteração do uso
do bem para tal finalidade, a sua modificação para dificultar a descoberta do local do
acondicionamento da droga ou qualquer outro requisito além daqueles previstos expressamente no
art. 243, § único, da CF/88. STF. Plenário. RE 638491/PR, Rel. Min. Luiz Fux, j. 17/5/17 (repercussão
geral) (Info 865).
(TJPR-2021-FGV): Após ampla investigação conduzida pelas autoridades competentes, foi descoberta a
cultura ilegal de plantas psicotrópicas em pequena área territorial na extremidade de um latifúndio privado,
separada da sede por uma área de preservação ambiental. Em situações como essa, à luz da sistemática
constitucional, é correto afirmar que: a íntegra da propriedade em que se encontra a cultura ilegal deve ser
desapropriada, na forma da lei, sem o pagamento de indenização, podendo o proprietário comprovar que
não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo. BL: Info 851, STF.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa correta segundo o entendimento do STF: Em relação à natureza
jurídica da responsabilidade do proprietário de terras onde tenha sido localizada cultura ilegal de plantas
psicotrópicas, a expropriação prevista no art. 243 da CF/1988 pode ser afastada, desde que o proprietário
comprove que não incorreu em culpa. BL: Info 851, STF.

(PGEMA-2016-FCC): É consagrada em norma constitucional não dotada de autoexecutoriedade, na


medida em que dependente de regulamentação infraconstitucional para a produção de efeitos, a regra
concernente à propriedade segundo a qual todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em
decorrência da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com
destinação específica, na forma da lei. BL: art. 243, § único, CF.

##Atenção: Assim, é necessário que exista uma norma para delimitar a aplicabilidade de tal dispositivo.

Art. 244. A lei DISPORÁ sobre a ADAPTAÇÃO dos logradouros, dos edifícios de uso público e
dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de GARANTIR acesso adequado às
pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º. (MPAM-2015) (TJRS-2018)

OBS: Da leitura dos artigos 227, §2º, e 244, da Constituição, a responsabilidade do Estado recai sobre
logradouros, edifícios e veículos de transporte públicos.

746
Art. 245. A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o Poder Público dará assistência aos
herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso, sem prejuízo da responsabilidade
civil do autor do ilícito.

Art. 246. É vedada a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja
redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1º de janeiro de 1995 até a promulgação
desta emenda, inclusive. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

Art. 247. As leis previstas no inciso III do § 1º do art. 41 e no § 7º do art. 169 estabelecerão critérios
e garantias especiais para a perda do cargo pelo servidor público estável que, em decorrência das
atribuições de seu cargo efetivo, desenvolva atividades exclusivas de Estado. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (MPRJ-2012) (DPEPR-2017)

Parágrafo único. Na hipótese de insuficiência de desempenho, a PERDA DO CARGO SOMENTE


OCORRERÁ mediante processo administrativo em que LHE SEJAM ASSEGURADOS o contraditório e
a ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (MPRJ-2012) (TRT/Unificado-2017)

Art. 248. Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo regime geral de
previdência social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao limite máximo de valor
fixado para os benefícios concedidos por esse regime observarão os limites fixados no art. 37, XI.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (AGU-2012)

Art. 249. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proventos de aposentadoria e
pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos recursos dos respectivos
tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão constituir fundos integrados pelos
recursos provenientes de contribuições e por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que
disporá sobre a natureza e administração desses fundos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo
regime geral de previdência social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir
fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza
e administração desse fundo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Brasília, 5 de outubro de 1988.

Ulysses Guimarães , Presidente - Mauro Benevides , 1.º Vice-Presidente - Jorge Arbage , 2.º Vice-Presidente -
Marcelo Cordeiro , 1.º Secretário - Mário Maia , 2.º Secretário - Arnaldo Faria de Sá , 3.º Secretário - Benedita da
Silva , 1.º Suplente de Secretário - Luiz Soyer , 2.º Suplente de Secretário - Sotero Cunha , 3.º Suplente de
Secretário - Bernardo Cabral , Relator Geral - Adolfo Oliveira , Relator Adjunto - Antônio Carlos Konder Reis ,
Relator Adjunto - José Fogaça , Relator Adjunto - Abigail Feitosa - Acival Gomes - Adauto Pereira - Ademir
Andrade - Adhemar de Barros Filho - Adroaldo Streck - Adylson Motta - Aécio de Borba - Aécio Neves - Affonso
Camargo - Afif Domingos - Afonso Arinos - Afonso Sancho - Agassiz Almeida - Agripino de Oliveira Lima - Airton
Cordeiro - Airton Sandoval - Alarico Abib - Albano Franco - Albérico Cordeiro - Albérico Filho - Alceni Guerra -
Alcides Saldanha - Aldo Arantes - Alércio Dias - Alexandre Costa - Alexandre Puzyna - Alfredo Campos - Almir
Gabriel - Aloisio Vasconcelos - Aloysio Chaves - Aloysio Teixeira - Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - Álvaro
Antônio - Álvaro Pacheco - Álvaro Valle - Alysson Paulinelli - Amaral Netto - Amaury Müller - Amilcar Moreira -
Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Annibal Barcellos - Antero de Barros - Antônio Câmara - Antônio Carlos
Franco - Antonio Carlos Mendes Thame - Antônio de Jesus - Antonio Ferreira - Antonio Gaspar - Antonio Mariz -
Antonio Perosa - Antônio Salim Curiati - Antonio Ueno - Arnaldo Martins - Arnaldo Moraes - Arnaldo Prieto -
Arnold Fioravante - Arolde de Oliveira - Artenir Werner - Artur da Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto - Átila
Lira - Augusto Carvalho - Áureo Mello - Basílio Villani - Benedicto Monteiro - Benito Gama - Beth Azize - Bezerra de
Melo - Bocayuva Cunha - Bonifácio de Andrada - Bosco França - Brandão Monteiro - Caio Pompeu - Carlos Alberto -
Carlos Alberto Caó - Carlos Benevides - Carlos Cardinal - Carlos Chiarelli - Carlos Cotta - Carlos De’Carli - Carlos
Mosconi - Carlos Sant’Anna - Carlos Vinagre - Carlos Virgílio - Carrel Benevides - Cássio Cunha Lima - Célio de
Castro - Celso Dourado - César Cals Neto - César Maia - Chagas Duarte - Chagas Neto - Chagas Rodrigues - Chico
Humberto - Christóvam Chiaradia - Cid Carvalho - Cid Sabóia de Carvalho - Cláudio Ávila - Cleonâncio Fonseca -
Costa Ferreira - Cristina Tavares - Cunha Bueno - Dálton Canabrava - Darcy Deitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra -
Davi Alves Silva - Del Bosco Amaral - Delfim Netto - Délio Braz - Denisar Arneiro - Dionisio Dal Prá - Dionísio
Hage - Dirce Tutu Quadros - Dirceu Carneiro - Divaldo Suruagy - Djenal Gonçalves - Domingos Juvenil - Domingos
Leonelli - Doreto Campanari - Edésio Frias - Edison Lobão - Edivaldo Motta - Edme Tavares - Edmilson Valentim -
Eduardo Bonfim - Eduardo Jorge - Eduardo Moreira - Egídio Ferreira Lima - Elias Murad - Eliel Rodrigues - Eliézer

747
Moreira - Enoc Vieira - Eraldo Tinoco - Eraldo Trindade - Erico Pegoraro - Ervin Bonkoski - Etevaldo Nogueira -
Euclides Scalco - Eunice Michiles - Evaldo Gonçalves - Expedito Machado - Ézio Ferreira - Fábio Feldmann - Fábio
Raunheitti - Farabulini Júnior - Fausto Fernandes - Fausto Rocha - Felipe Mendes - Feres Nader - Fernando Bezerra
Coelho - Fernando Cunha - Fernando Gasparian - Fernando Gomes - Fernando Henrique Cardoso - Fernando Lyra -
Fernando Santana - Fernando Velasco - Firmo de Castro - Flavio Palmier da Veiga - Flávio Rocha - Florestan
Fernandes - Floriceno Paixão - França Teixeira - Francisco Amaral - Francisco Benjamim - Francisco Carneiro -
Francisco Coelho - Francisco Diógenes - Francisco Dornelles - Francisco Küster - Francisco Pinto - Francisco
Rollemberg - Francisco Rossi - Francisco Sales - Furtado Leite - Gabriel Guerreiro - Gandi Jamil - Gastone Righi -
Genebaldo Correia - Genésio Bernardino - Geovani Borges - Geraldo Alckmin Filho - Geraldo Bulhões - Geraldo
Campos - Geraldo Fleming - Geraldo Melo - Gerson Camata - Gerson Marcondes - Gerson Peres - Gidel Dantas - Gil
César - Gilson Machado - Gonzaga Patriota - Guilherme Palmeira - Gumercindo Milhomem - Gustavo de Faria -
Harlan Gadelha - Haroldo Lima - Haroldo Sabóia - Hélio Costa - Hélio Duque - Hélio Manhães - Hélio Rosas -
Henrique Córdova - Henrique Eduardo Alves - Heráclito Fortes - Hermes Zaneti - Hilário Braun - Homero Santos -
Humberto Lucena - Humberto Souto - Iberê Ferreira - Ibsen Pinheiro - Inocêncio Oliveira - Irajá Rodrigues - Iram
Saraiva - Irapuan Costa Júnior - Irma Passoni - Ismael Wanderley - Israel Pinheiro - Itamar Franco - Ivo Cersósimo -
Ivo Lech - Ivo Mainardi - Ivo Vanderlinde - Jacy Scanagatta - Jairo Azi - Jairo Carneiro - Jalles Fontoura - Jamil
Haddad - Jarbas Passarinho - Jayme Paliarin - Jayme Santana - Jesualdo Cavalcanti - Jesus Tajra - Joaci Góes - João
Agripino - João Alves - João Calmon - João Carlos Bacelar - João Castelo - João Cunha - João da Mata - João de Deus
Antunes - João Herrmann Neto - João Lobo - João Machado Rollemberg - João Menezes - João Natal - João Paulo - João
Rezek - Joaquim Bevilácqua - Joaquim Francisco - Joaquim Hayckel - Joaquim Sucena - Jofran Frejat - Jonas Pinheiro -
Jonival Lucas - Jorge Bornhausen - Jorge Hage - Jorge Leite - Jorge Uequed - Jorge Vianna - José Agripino - José
Camargo - José Carlos Coutinho - José Carlos Grecco - José Carlos Martinez - José Carlos Sabóia - José Carlos
Vasconcelos - José Costa - José da Conceição - José Dutra - José Egreja - José Elias - José Fernandes - José Freire - José
Genoíno - José Geraldo - José Guedes - José Ignácio Ferreira - José Jorge - José Lins - José Lourenço - José Luiz de Sá -
José Luiz Maia - José Maranhão - José Maria Eymael - José Maurício - José Melo - José Mendonça Bezerra - José
Moura - José Paulo Bisol - José Queiroz - José Richa - José Santana de Vasconcellos - José Serra - José Tavares - José
Teixeira - José Thomaz Nonô - José Tinoco - José Ulísses de Oliveira - José Viana - José Yunes - Jovanni Masini -
Juarez Antunes - Júlio Campos - Júlio Costamilan - Jutahy Júnior - Jutahy Magalhães - Koyu Iha - Lael Varella -
Lavoisier Maia - Leite Chaves - Lélio Souza - Leopoldo Peres - Leur Lomanto - Levy Dias - Lézio Sathler - Lídice da
Mata - Louremberg Nunes Rocha - Lourival Baptista - Lúcia Braga - Lúcia Vânia - Lúcio Alcântara - Luís Eduardo -
Luís Roberto Ponte - Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Freire - Luiz Gushiken - Luiz Henrique - Luiz Inácio Lula da
Silva - Luiz Leal - Luiz Marques - Luiz Salomão - Luiz Viana - Luiz Viana Neto - Lysâneas Maciel - Maguito Vilela -
Maluly Neto - Manoel Castro - Manoel Moreira - Manoel Ribeiro - Mansueto de Lavor - Manuel Viana - Márcia
Kubitschek - Márcio Braga - Márcio Lacerda - Marco Maciel - Marcondes Gadelha - Marcos Lima - Marcos Queiroz -
Maria de Lourdes Abadia - Maria Lúcia - Mário Assad - Mário Covas - Mário de Oliveira - Mário Lima - Marluce
Pinto - Matheus Iensen - Mattos Leão - Maurício Campos - Maurício Correa - Maurício Fruet - Maurício Nasser -
Maurício Pádua - Maurílio Ferreira Lima - Mauro Borges - Mauro Campos - Mauro Miranda - Mauro Sampaio -
Max Rosenmann - Meira Filho - Melo Freire - Mello Reis - Mendes Botelho - Mendes Canale - Mendes Ribeiro -
Messias Góis - Messias Soares - Michel Temer - Milton Barbosa - Milton Lima - Milton Reis - Miraldo Gomes - Miro
Teixeira - Moema São Thiago - Moysés Pimentel - Mozarildo Cavalcanti - Mussa Demes - Myrian Portella - Nabor
Júnior - Naphtali Alves de Souza - Narciso Mendes - Nelson Aguiar - Nelson Carneiro - Nelson Jobim - Nelson Sabrá
- Nelson Seixas - Nelson Wedekin - Nelton Friedrich - Nestor Duarte - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi - Nilson
Gibson - Nion Albernaz - Noel de Carvalho - Nyder Barbosa - Octávio Elísio - Odacir Soares - Olavo Pires - Olívio
Dutra - Onofre Corrêa - Orlando Bezerra - Orlando Pacheco - Oscar Corrêa - Osmar Leitão - Osmir Lima - Osmundo
Rebouças - Osvaldo Bender - Osvaldo Coelho - Osvaldo Macedo - Osvaldo Sobrinho - Oswaldo Almeida - Oswaldo
Trevisan - Ottomar Pinto - Paes de Andrade - Paes Landim - Paulo Delgado - Paulo Macarini - Paulo Marques -
Paulo Mincarone - Paulo Paim - Paulo Pimentel - Paulo Ramos - Paulo Roberto - Paulo Roberto Cunha - Paulo Silva
- Paulo Zarzur - Pedro Canedo - Pedro Ceolin - Percival Muniz - Pimenta da Veiga - Plínio Arruda Sampaio - Plínio
Martins - Pompeu de Sousa - Rachid Saldanha Derzi - Raimundo Bezerra - Raimundo Lira - Raimundo Rezende -
Raquel Cândido - Raquel Capiberibe - Raul Belém - Raul Ferraz - Renan Calheiros - Renato Bernardi - Renato
Johnsson - Renato Vianna - Ricardo Fiuza - Ricardo Izar - Rita Camata - Rita Furtado - Roberto Augusto - Roberto
Balestra - Roberto Brant - Roberto Campos - Roberto D’Ávila - Roberto Freire - Roberto Jefferson - Roberto
Rollemberg - Roberto Torres - Roberto Vital - Robson Marinho - Rodrigues Palma - Ronaldo Aragão - Ronaldo
Carvalho - Ronaldo Cezar Coelho - Ronan Tito - Ronaro Corrêa - Rosa Prata - Rose de Freitas - Rospide Netto -
Rubem Branquinho - Rubem Medina - Ruben Figueiró - Ruberval Pilotto - Ruy Bacelar - Ruy Nedel - Sadie Hauache
- Salatiel Carvalho - Samir Achôa - Sandra Cavalcanti - Santinho Furtado - Sarney Filho - Saulo Queiroz - Sérgio
Brito - Sérgio Spada - Sérgio Werneck - Severo Gomes - Sigmaringa Seixas - Sílvio Abreu - Simão Sessim - Siqueira
Campos - Sólon Borges dos Reis - Stélio Dias - Tadeu França - Telmo Kirst - Teotonio Vilela Filho - Theodoro Mendes
- Tito Costa - Ubiratan Aguiar - Ubiratan Spinelli - Uldurico Pinto - Valmir Campelo - Valter Pereira - Vasco Alves -
Vicente Bogo - Victor Faccioni - Victor Fontana - Victor Trovão - Vieira da Silva - Vilson Souza - Vingt Rosado -
Vinicius Cansanção - Virgildásio de Senna - Virgílio Galassi - Virgílio Guimarães - Vitor Buaiz - Vivaldo Barbosa -
Vladimir Palmeira - Wagner Lago - Waldec Ornélas - Waldyr Pugliesi - Walmor de Luca - Wilma Maia - Wilson
Campos - Wilson Martins - Ziza Valadares.

748
Participantes: Álvaro Dias - Antônio Britto - Bete Mendes - Borges da Silveira - Cardoso Alves - Edivaldo Holanda -
Expedito Júnior - Fadah Gattass - Francisco Dias - Geovah Amarante - Hélio Gueiros - Horácio Ferraz - Hugo
Napoleão - Iturival Nascimento - Ivan Bonato - Jorge Medauar - José Mendonça de Morais - Leopoldo Bessone -
Marcelo Miranda - Mauro Fecury - Neuto de Conto - Nivaldo Machado - Oswaldo Lima Filho - Paulo Almada -
Prisco Viana - Ralph Biasi - Rosário Congro Neto - Sérgio Naya - Tidei de Lima.

In Memoriam: Alair Ferreira - Antônio Farias - Fábio Lucena - Norberto Schwantes - Virgílio Távora.

Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.10.1988

TÍTULO X
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS

(MPM-2021): O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias pode ser conceituado como um
elemento da constituição com caráter: Formal de aplicabilidade.

##Atenção: Os elementos formais de aplicabilidade: encontram-se nas normas que estabelecem regras de
aplicação das Constituições. Por exemplo: a) o preâmbulo; b) o ato das disposições constitucionais
transitórias; c) o art. 5.º, § 1.º, ao estabelecer que as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata. Assim, pode-se dizer que os elementos formais de aplicabilidade
são os dispositivos constitucionais que auxiliam na aplicação de outras normas constitucionais. (Fonte:
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. ed. São Paulo. Saraiva Educação, 2020).

(AGU-2012-CESPE): Julgue o item seguinte, a respeito do ADCT: Dada a natureza jurídica das normas
prescritas no ADCT, por meio delas podem ser estabelecidas exceções às regras constantes no corpo
principal da CF. BL: ADCT.

##Atenção: ##TRF1-2011/2015: ##AGU-2012/2013/2015: ##CESPE: ##FCC: A parte transitória da


Constituição (ADCT) visa a integrar a ordem jurídica antiga à nova, quando do advento de uma nova
Constituição, garantindo a segurança jurídica e evitando o colapso entre um ordenamento jurídico e
outro. Suas normas são formalmente constitucionais, embora, no texto da CF/88, apresente numeração
própria (vejam ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). Desse modo, o ADCT tem
natureza constitucional e a transitoriedade em seus dispositivos não lhe retira esta natureza. Além disso,
poderá trazer exceções às regras colocadas no corpo da Constituição. Assim como a parte dogmática, a
parte transitória pode ser modificada por reforma constitucional. Além disso, também pode servir como
paradigma para o controle de constitucionalidade das leis. José Afonso da Silva classifica o ADCT como
um elemento formal de aplicabilidade da Constituição.

(MPDFT-2009): Assinale a alternativa correta: As normas constitucionais transitórias são tidas como
parte da Constituição e recebem o mesmo tratamento dispensado aos demais preceitos, mas são,
contudo, inalteráveis. BL: ADCT.

##Atenção: ##MPDFT-2009: ##TCU-2011: ##AGU-2004/2012/2013: ##MPF-2013: ##TRF1-2011/2015:


##CESPE: ##FCC: José Afonso da Silva, em APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS,
Malheiros Editores, São Paulo, 5ª edição, 1998, pps. 204 e ss., explica que “as disposições transitórias
reúnem conjunto de normas, em geral separado do corpo da Constituição (como na CF de 1946 e na
vigente), com numeração própria de artigos, que é de melhor técnica, pois trata-se de “regular e resolver
problemas e situações de caráter transitório, geralmente ligados à passagem de uma ordem
constitucional a outra”. E prossegue: “As normas das disposições transitórias fazem parte integrante da
Constituição. Tendo sido elaboradas e promulgadas pelo constituinte, revestem-se do mesmo valor jurídico da
parte permanente da Constituição. Mas seu caráter transitório indica que regulam situações individuais e
específicas, de sorte que, uma vez aplicadas e esgotados os interesses regulados, exaurem-se, perdendo a razão de ser,
pelo desaparecimento do objeto cogitado, não tendo, pois, mais aplicação no futuro. (FONTE:
http://bd.camara.leg.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/1381/ato_disposicoes_raad.pdf?sequence=1). Sobre o tema,
vejamos os seguintes julgados do STF: “"Os postulados que informam a teoria do ordenamento jurídico e que
lhe dão o necessário substrato doutrinário assentam-se na premissa fundamental de que o sistema de direito
positivo, além de caracterizar uma unidade institucional, constitui um complexo de normas que devem manter
entre si um vínculo de essencial coerência. O Ato das Disposições Transitórias, promulgado em 1988 pelo
legislador constituinte, qualifica-se, juridicamente, como um estatuto de índole constitucional. A
estrutura normativa que nele se acha consubstanciada ostenta, em consequência, a rigidez peculiar às
regras inscritas no texto básico da Lei Fundamental da República. Disso decorre o reconhecimento de
que inexistem, entre as normas inscritas no ADCT e os preceitos constantes da Carta Política, quaisquer

749
desníveis ou desigualdades quanto à intensidade de sua eficácia ou à prevalência de sua autoridade.
Situam-se, ambos, no mais elevado grau de positividade jurídica, impondo-se, no plano do ordenamento estatal,
enquanto categorias normativas subordinantes, à observância compulsória de todos, especialmente dos órgãos que
integram o aparelho de Estado." (RE 160.486, Rel. Min. Celso de Mello, j. 11-10-94, 1ª Turma) No mesmo sentido:
RE 215.107-AgR , Rel. Min. Celso de Mello, j. em 21-11-06, 2ª Turma.”

(TCU-2011-CESPE): A respeito da estrutura da Constituição Federal de 1988 (CF) e das constituições


estaduais, julgue o item seguinte: O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que integra o texto
constitucional, pode ser objeto de emendas constitucionais. BL: ADCT.

##Atenção: ##DPERS-2011: ##TCU-2011: ##MPF-2013: ##TRF1-2011/2015: ##AGU-


2004/2012/2013/2015: ##MPM-2021: ##CESPE: ##FCC: Sobre a possibilidade de as normas do ADCT
serem alteradas por meio de emendas constitucionais, Pedro Lenza afirma “Se a norma de transição já tiver
se exaurido, nesse caso específico, não pareceria razoável o Constituinte reformador modificar o sentido da transição
já concretizado conforme estabelecido pelo poder constituinte originário, até porque, como se afirmou, nessa
hipótese, a norma de transição estará esgotada. Por outro lado, se o comando de transição não tiver se realizado e a
disposição produzido seus efeitos, entendemos possível a sua alteração, desde que sejam observados, naturalmente,
os princípios intangíveis e os limites ao poder de reforma, explícitos e implícitos” (LENZA, 2013, p. 182). Em
outras palavras, vale ressaltar que, embora de natureza transitória, os dispositivos do ADCT são
formalmente constitucionais, ou seja, têm o mesmo status jurídico e idêntica hierarquia à das demais
normas da Constitução. Por essa razão, a modificação de qualquer dispositivo do ADCT somente poderá
ser feita por meio de aprovação de Emendas Constitucionais, com estrita observância do art. 60 da
CF/88. Por oportuno, cabe salientar que o ADCT da CRFB/88 já foi alterado várias vezes por EC.

Art. 1º. O Presidente da República, o Presidente do Supremo Tribunal Federal e os membros do


Congresso Nacional prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, no ato e na
data de sua promulgação.

Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república
ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem
vigorar no País. (Vide emenda Constitucional nº 2, de 1992) (PCPB-2009) (DPERO-2012) (MPF-2013) (PCES-
2013) (TJRS-2016) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (PCBA-2018) (PCSP-2018) (Cartórios/TJMG-2019) (PGM-
Florianópolis/SC-2022)

(PCPB-2009-CESPE): Quanto ao Poder Executivo, assinale a opção correta: No sistema de governo


presidencialista, o chefe de governo é também o chefe de Estado. BL: art. 2º, ADCT.

##Atenção: A nossa Constituição adotou como sistema (ou regime) de governo o presidencialismo,
concentrando duas funções distintas na pessoa do Presidente da República, Chefe do Executivo: chefia
de Governo e chefia de Estado.

§ 1º - Será assegurada gratuidade na livre divulgação dessas formas e sistemas, através dos meios de
comunicação de massa cessionários de serviço público.

§ 2º - O Tribunal Superior Eleitoral, promulgada a Constituição, expedirá as normas regulamentadoras


deste artigo.

Art. 3º. A REVISÃO CONSTITUCIONAL SERÁ REALIZADA após cinco anos, CONTADOS da
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, EM
SESSÃO UNICAMERAL. (MPSE-2010) (DPERO-2012) (PGESP-2012) (PFN-2012) (MPF-2013)
(Cartórios/TJRS-2013) (PCES-2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJPR-2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (PGM-São
Paulo/SP-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (DPEMA-2015) (PGEPA-2015) (PGERS-2015) (TRT16-2015) (PGEMS-
2016) (PCPE-2016) (PGESC-2018) (PCRS-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (Cartórios/TJMG-2019) (TJRS-2022)

##Atenção: ##STF: ##PGESP-2012: ##FCC: Conforme o STF, as mudanças na Constituição,


decorrentes da "revisão" do art. 3º do ADCT, estão sujeitas ao controle judicial, diante das "cláusulas
pétreas" consignadas no art. 60, § 4º e seus incisos, da Lei Magna de 1988. STF. Plenário. ADI 981 MC,
Rel. Min. Néri da Silveira, j. 17/12/94.

750
Art. 4º. O mandato do atual Presidente da República terminará em 15 de março de 1990.

§ 1º A primeira eleição para Presidente da República após a promulgação da Constituição será


realizada no dia 15 de novembro de 1989, não se lhe aplicando o disposto no art. 16 da Constituição.

§ 2º É assegurada a irredutibilidade da atual representação dos Estados e do Distrito Federal na


Câmara dos Deputados.

§ 3º - Os mandatos dos Governadores e dos Vice-Governadores eleitos em 15 de novembro de 1986


terminarão em 15 de março de 1991.

§ 4º - Os mandatos dos atuais Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores terminarão no dia 1º de janeiro de


1989, com a posse dos eleitos.

Art. 5º. Não se aplicam às eleições previstas para 15 de novembro de 1988 o disposto no art. 16 e as
regras do art. 77 da Constituição.

§ 1º Para as eleições de 15 de novembro de 1988 será exigido domicílio eleitoral na circunscrição pelo
menos durante os quatro meses anteriores ao pleito, podendo os candidatos que preencham este requisito,
atendidas as demais exigências da lei, ter seu registro efetivado pela Justiça Eleitoral após a promulgação da
Constituição.

§ 2º Na ausência de norma legal específica, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral editar as normas
necessárias à realização das eleições de 1988, respeitada a legislação vigente.

§ 3º Os atuais parlamentares federais e estaduais eleitos Vice-Prefeitos, se convocados a exercer a


função de Prefeito, não perderão o mandato parlamentar.

§ 4º O número de vereadores por município será fixado, para a representação a ser eleita em 1988, pelo
respectivo Tribunal Regional Eleitoral, respeitados os limites estipulados no art. 29, IV, da Constituição.

§ 5º Para as eleições de 15 de novembro de 1988, ressalvados os que já exercem mandato eletivo, são
inelegíveis para qualquer cargo, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes por
consangüinidade ou afinidade, até o segundo grau, ou por adoção, do Presidente da República, do
Governador de Estado, do Governador do Distrito Federal e do Prefeito que tenham exercido mais da
metade do mandato.

Art. 6º. Nos seis meses posteriores à promulgação da Constituição, parlamentares federais, reunidos
em número não inferior a trinta, poderão requerer ao Tribunal Superior Eleitoral o registro de novo partido
político, juntando ao requerimento o manifesto, o estatuto e o programa devidamente assinados pelos
requerentes.

§ 1º O registro provisório, que será concedido de plano pelo Tribunal Superior Eleitoral, nos termos
deste artigo, defere ao novo partido todos os direitos, deveres e prerrogativas dos atuais, entre eles o de
participar, sob legenda própria, das eleições que vierem a ser realizadas nos doze meses seguintes a sua
formação.

§ 2º O novo partido perderá automaticamente seu registro provisório se, no prazo de vinte e quatro
meses, contados de sua formação, não obtiver registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral, na forma
que a lei dispuser.

Art. 7º. O Brasil PROPUGNARÁ pela formação de um tribunal internacional dos direitos humanos.
(PGEBA-2014)

Art. 8º. É CONCEDIDA ANISTIA aos que, no período de 18 de setembro de 1946 até a data da
promulgação da Constituição, FORAM ATINGIDOS, em decorrência de motivação exclusivamente
política, por atos de exceção, institucionais ou complementares, aos que foram abrangidos pelo Decreto
Legislativo nº 18, de 15 de dezembro de 1961, e aos atingidos pelo Decreto-Lei nº 864, de 12 de setembro
de 1969, asseguradas as promoções, na inatividade, ao cargo, emprego, posto ou graduação a que teriam
direito se estivessem em serviço ativo, obedecidos os prazos de permanência em atividade previstos nas
751
leis e regulamentos vigentes, respeitadas as características e peculiaridades das carreiras dos servidores
públicos civis e militares e observados os respectivos regimes jurídicos. (Regulamento) (PGDF-2013)
(PGEBA-2014) (MPT-2015) (TJAM-2016) (DPEAC-2017)

(PGEBA-2014-CESPE): Em relação ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), julgue o


item seguinte: O ADCT concedeu anistia àqueles que foram atingidos por atos de exceção, institucionais
ou complementares, em decorrência de motivação exclusivamente política. BL: art. 4º, ADCT.

##Atenção: A Lei nº 10.599/2002 que regulamentou este dispositivo constitucional. Vejamos o teor do
art. 1º do referido diploma legal (em especial, leia o inciso V):
Art. 1o O Regime do Anistiado Político compreende os seguintes direitos:
I - declaração da condição de anistiado político;
II - reparação econômica, de caráter indenizatório, em prestação única ou em prestação mensal,
permanente e continuada, asseguradas a readmissão ou a promoção na inatividade, nas condições
estabelecidas no caput e nos §§ 1o e 5o do art. 8o do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
III - contagem, para todos os efeitos, do tempo em que o anistiado político esteve compelido ao
afastamento de suas atividades profissionais, em virtude de punição ou de fundada ameaça de
punição, por motivo exclusivamente político, vedada a exigência de recolhimento de quaisquer
contribuições previdenciárias;
IV - conclusão do curso, em escola pública, ou, na falta, com prioridade para bolsa de estudo, a partir
do período letivo interrompido, para o punido na condição de estudante, em escola pública, ou registro
do respectivo diploma para os que concluíram curso em instituições de ensino no exterior, mesmo que
este não tenha correspondente no Brasil, exigindo-se para isso o diploma ou certificado de conclusão do
curso em instituição de reconhecido prestígio internacional; e
V - reintegração dos servidores públicos civis e dos empregados públicos punidos, por interrupção
de atividade profissional em decorrência de decisão dos trabalhadores, por adesão à greve em
serviço público e em atividades essenciais de interesse da segurança nacional por motivo político.
Parágrafo único. Aqueles que foram afastados em processos administrativos, instalados com base na
legislação de exceção, sem direito ao contraditório e à própria defesa, e impedidos de conhecer os
motivos e fundamentos da decisão, serão reintegrados em seus cargos.

##Atenção: ##STF: ##DOD: São imprescritíveis as ações de reintegração em cargo público quando o
afastamento se deu em razão de atos de exceção praticados durante o regime militar. STJ. 1ª Turma.
REsp 1.565.166-PR, Rel. Min. Regina Helena Costa, j. 26/6/18 (Info 630).

(TJRS-2016-Faurgs): Tendo em vista o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, considere a


seguinte afirmação: O artigo 8º concedeu anistia aos que, no período de 18 de setembro de 1946 até a data
da promulgação da Constituição de 1988, foram atingidos, em decorrência de motivação exclusivamente
política, por atos de exceção, institucionais ou complementares. BL: art. 8º, ADCT.

##Atenção: ##DPEAC-2017: ##CESPE: Instalada em maio de 2012, a Comissão Nacional da Verdade


procurou cumprir, ao longo de dois anos e meio de atividade, a tarefa que lhe foi estipulada na Lei no
12.528, de 18/11/11, que a instituiu. Empenhou-se, assim, em examinar e esclarecer o quadro de graves
violações de direitos humanos praticadas entre 1946 e 1988, a fim de efetivar o direito à memória e à
verdade histórica e promover a reconciliação nacional. (Fonte: http://cnv.memoriasreveladas.gov.br/)

§ 1º O disposto neste artigo somente gerará efeitos financeiros a partir da promulgação da


Constituição, vedada a remuneração de qualquer espécie em caráter retroativo.

§ 2º Ficam assegurados os benefícios estabelecidos neste artigo aos trabalhadores do setor privado,
dirigentes e representantes sindicais que, por motivos exclusivamente políticos, tenham sido punidos,
demitidos ou compelidos ao afastamento das atividades remuneradas que exerciam, bem como aos que
foram impedidos de exercer atividades profissionais em virtude de pressões ostensivas ou expedientes
oficiais sigilosos.

§ 3º Aos cidadãos que foram impedidos de exercer, na vida civil, atividade profissional específica, em
decorrência das Portarias Reservadas do Ministério da Aeronáutica nº S-50-GM5, de 19 de junho de 1964, e
nº S-285-GM5 será concedida reparação de natureza econômica, na forma que dispuser lei de iniciativa do
Congresso Nacional e a entrar em vigor no prazo de doze meses a contar da promulgação da Constituição.

752
§ 4º Aos que, por força de atos institucionais, tenham exercido gratuitamente mandato eletivo de
vereador serão computados, para efeito de aposentadoria no serviço público e previdência social, os
respectivos períodos.

§ 5º A anistia concedida nos termos deste artigo aplica-se aos servidores públicos civis e aos
empregados em todos os níveis de governo ou em suas fundações, empresas públicas ou empresas mistas
sob controle estatal, exceto nos Ministérios militares, que tenham sido punidos ou demitidos por atividades
profissionais interrompidas em virtude de decisão de seus trabalhadores, bem como em decorrência do
Decreto-Lei nº 1.632, de 4 de agosto de 1978, ou por motivos exclusivamente políticos, assegurada a
readmissão dos que foram atingidos a partir de 1979, observado o disposto no § 1º.

Art. 9º. Os que, por motivos exclusivamente políticos, foram cassados ou tiveram seus direitos políticos
suspensos no período de 15 de julho a 31 de dezembro de 1969, por ato do então Presidente da República,
poderão requerer ao Supremo Tribunal Federal o reconhecimento dos direitos e vantagens interrompidos
pelos atos punitivos, desde que comprovem terem sido estes eivados de vício grave.

Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal proferirá a decisão no prazo de cento e vinte dias, a
contar do pedido do interessado.

Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
(DPEMS-2008) (MPCE-2009) (TJSP-2011) (MPT-2013) (PGEAC-2014) (TRT23-2015) (TJAM-2016) (PGEMS-
2016) (TJAP-2022)

I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da porcentagem prevista no
art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; (MPCE-2009) (TRT23-2015)

II - FICA VEDADA a dispensa arbitrária ou sem justa causa:

a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes,


desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato ; (DPEMS-2008) (PGEAC-
2014)

b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. (Vide Lei
Complementar nº 146, de 2014) (DPEMS-2008) (TJSP-2011) (MPT-2013) (TJAM-2016) (PGEMS-2016) (TJAP-
2022)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##TJMA-2022: ##CESPE: A incidência da estabilidade prevista no art. 10,
II, do ADCT somente exige a anterioridade da gravidez à dispensa sem justa causa: Art. 10. (...) II - fica
vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: (...) da empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto. O único requisito exigido é de natureza biológica. Exige-se
apenas a comprovação de que a gravidez tenha ocorrido antes da dispensa arbitrária, não sendo
necessários quaisquer outros requisitos, como o prévio conhecimento do empregador ou da própria
gestante. Assim, é possível assegurar a estabilidade à gestante mesmo que no momento em que ela
tenha sido demitida pelo empregador ele não soubesse de sua gravidez. STF. Plenário. RE 629053/SP,
Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 10/10/18 (repercussão geral) (Info
919).

##Atenção: ##STF: ##TJAM-2016: ##PGEMS-2016: ##CESPE: As servidoras públicas e empregadas


gestantes, independentemente do regime jurídico de trabalho, têm direito à licença-maternidade de
cento e vinte dias e à estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o
parto, conforme o art. 7º, XVIII, da Constituição e o art. 10, II, b, do ADCT. Demonstrada a proteção
constitucional às trabalhadoras em geral, prestigiando-se o princípio da isonomia, não há falar em
diferenciação entre servidora pública civil e militar. (STF. 1ª T., RE 597989 AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, j. 09/11/10). (...) A estabilidade provisória advinda de licença-maternidade decorre de
proteção constitucional às trabalhadoras em geral. O direito amparado pelo art. 7º, XVIII, da CF, nos
termos do art. 142, VIII, da CF/88, alcança as militares. (STF. 2ª T., RE 523.572-AgR, Rel. Min. Ellen
Gracie, j. 6/10/09).

§ 1º Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo da licença-
paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias.
753
§ 2º Até ulterior disposição legal, a cobrança das contribuições para o custeio das atividades dos
sindicatos rurais será feita juntamente com a do imposto territorial rural, pelo mesmo órgão arrecadador.

§ 3º Na primeira comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas pelo empregador rural, na


forma do art. 233, após a promulgação da Constituição, será certificada perante a Justiça do Trabalho a
regularidade do contrato e das atualizações das obrigações trabalhistas de todo o período.

Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado,
no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.
(DPEPA-2009) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (PGDF-2013) (TJPA-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (DPEMA-2015)
(Cartórios/TJSP-2016) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2020)

Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no prazo de seis
meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na
Constituição Federal e na Constituição Estadual. (PGEPI-2008) (TRF1-2011) (TRF3-2011) (MPGO-2012)
(PGDF-2013) (TJPA-2014) (Cartórios/TJPR-2014) (DPEPA-2009/2015) (DPEMA-2015) (Cartórios/TJSP-2016)
(DPEPE-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (MPT-2020)

##Atenção: ##STF: ##TRF1-2009/2011: ##CESPE: ##MPGO-2012: I. Poder Constituinte Estadual:


autonomia (ADCT, art. 11): restrições jurisprudenciais inaplicáveis ao caso. 1. É da jurisprudência
assente do STF que afronta o princípio fundamental da separação a independência dos Poderes o trato
em constituições estaduais de matéria, sem caráter essencialmente constitucional - assim, por exemplo,
a relativa à fixação de vencimentos ou a concessão de vantagens específicas a servidores públicos -,
que caracterize fraude à iniciativa reservada ao Poder Executivo de leis ordinárias a respeito:
precedentes. 2. A jurisprudência restritiva dos poderes da Assembleia Constituinte do Estado-membro
não alcança matérias às quais, delas cuidando, a Constituição da República emprestou alçada
constitucional. II - Anistia de infrações disciplinares de servidores estaduais: competência do Estado-
membro respectivo. 1. Só quando se cuidar de anistia de crimes - que se caracteriza como abolitio
criminis de efeito temporário e só retroativo - a competência exclusiva da União se harmoniza com a
competência federal privativa para legislar sobre Direito Penal; ao contrário, conferir à União - e
somente a ela - o poder de anistiar infrações administrativas de servidores locais constituiria exceção
radical e inexplicável ao dogma fundamental do princípio federativo - qual seja, a autonomia
administrativa de Estados e Municípios - que não é de presumir, mas, ao contrário, reclamaria norma
inequívoca da Constituição da República (precedente: Rp 696, 06.10.66, red. Baleeiro). 2. Compreende-
se na esfera de autonomia dos Estados a anistia (ou o cancelamento) de infrações disciplinares de seus
respectivos servidores, podendo concedê-la a Assembléia Constituinte local, mormente quando
circunscrita - a exemplo da concedida pela Constituição da República - às punições impostas no
regime decaído por motivos políticos. STF. Plenário. ADI 104, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, j. 04/06/07.
(MPGO-2012): A propósito da estrutura federal brasileira e das competências dos entes federados, assinale
a alternativa correta: a anistia de infrações disciplinares de servidores estaduais é da competência do
Estado- membro respectivo, não se confundindo, na dicção do STF, com a anistia de crimes – que se
caracteriza como abolitio criminis de efeito temporário e só retroativo –, da competência exclusiva da União,
conclusão que se harmoniza com a competência federal privativa para legislar sobre Direito Penal. BL:
Entend. Jurisprud.

##Atenção: ##STF: ##MPT-2020: O caput do art. 195 da Constituição do Estado do Amapá estabelece
que "o plano diretor, instrumento básico da política de desenvolvimento econômico e social e de
expansão urbana, aprovado pela Câmara Municipal, é obrigatório para os Municípios com mais de
cinco mil habitantes". Essa norma constitucional estadual estendeu aos Municípios com número de
habitantes superior a cinco mil a imposição que a CF só fez àqueles com mais de vinte mil (art. 182, §
1º). Desse modo, violou o princípio da autonomia dos Municípios com mais de cinco mil e até vinte
mil habitantes, em face do que dispõem os arts. 25, 29, 30, I e VIII, da CF e o art. 11 do ADCT . STF.
Plenário. ADI 826, Rel. Min. Sydney Sanches, j. 17/9/98.
(MPT-2020): Assinale a alternativa correta: A jurisprudência do STF concluiu pela declaração de
inconstitucionalidade de norma constitucional estadual que previa a obrigatoriedade de plano diretor,
aprovado pela câmara municipal, para os municípios com mais de cinco mil habitantes, tendo a Corte
reconhecido, na hipótese, a ofensa ao princípio constitucional sensível relativo à autonomia municipal. BL:
Entend. Jurisprud.

754
(TJPA-2014-FCC): A Assembleia Legislativa do Amapá, ao discutir e promulgar a Constituição do
Estado, estava no exercício do poder constituinte decorrente, sendo que a Constituição do Estado do
Amapá expressamente prevê que poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das
Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus
membros. BL: art. 11, ADCT e art. 60, III da CF.

Art. 12. Será criada, dentro de noventa dias da promulgação da Constituição, Comissão de Estudos
Territoriais, com dez membros indicados pelo Congresso Nacional e cinco pelo Poder Executivo, com a
finalidade de apresentar estudos sobre o território nacional e anteprojetos relativos a novas unidades
territoriais, notadamente na Amazônia Legal e em áreas pendentes de solução.

§ 1º No prazo de um ano, a Comissão submeterá ao Congresso Nacional os resultados de seus estudos


para, nos termos da Constituição, serem apreciados nos doze meses subseqüentes, extinguindo-se logo
após.

§ 2º Os Estados e os Municípios deverão, no prazo de três anos, a contar da promulgação da


Constituição, promover, mediante acordo ou arbitramento, a demarcação de suas linhas divisórias
atualmente litigiosas, podendo para isso fazer alterações e compensações de área que atendam aos
acidentes naturais, critérios históricos, conveniências administrativas e comodidade das populações
limítrofes. (Cartórios/TJMG-2015)

§ 3º Havendo solicitação dos Estados e Municípios interessados, a União poderá encarregar-se dos
trabalhos demarcatórios. (Cartórios/TJMG-2015)

§ 4º Se, decorrido o prazo de três anos, a contar da promulgação da Constituição, os trabalhos


demarcatórios não tiverem sido concluídos, caberá à União determinar os limites das áreas litigiosas.
(Cartórios/TJMG-2015)

§ 5º Ficam reconhecidos e homologados os atuais limites do Estado do Acre com os Estados do


Amazonas e de Rondônia, conforme levantamentos cartográficos e geodésicos realizados pela Comissão
Tripartite integrada por representantes dos Estados e dos serviços técnico-especializados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística.

Art. 13. É criado o Estado do Tocantins, pelo desmembramento da área descrita neste artigo, dando-se
sua instalação no quadragésimo sexto dia após a eleição prevista no § 3º, mas não antes de 1º de janeiro de
1989.

§ 1º - O Estado do Tocantins integra a Região Norte e limita-se com o Estado de Goiás pelas divisas
norte dos Municípios de São Miguel do Araguaia, Porangatu, Formoso, Minaçu, Cavalcante, Monte Alegre
de Goiás e Campos Belos, conservando a leste, norte e oeste as divisas atuais de Goiás com os Estados da
Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e Mato Grosso.

§ 2º O Poder Executivo designará uma das cidades do Estado para sua Capital provisória até a
aprovação da sede definitiva do governo pela Assembléia Constituinte.

§ 3º O Governador, o Vice-Governador, os Senadores, os Deputados Federais e os Deputados Estaduais


serão eleitos, em um único turno, até setenta e cinco dias após a promulgação da Constituição, mas não
antes de 15 de novembro de 1988, a critério do Tribunal Superior Eleitoral, obedecidas, entre outras, as
seguintes normas:

I - o prazo de filiação partidária dos candidatos será encerrado setenta e cinco dias antes da data das
eleições;

II - as datas das convenções regionais partidárias destinadas a deliberar sobre coligações e escolha de
candidatos, de apresentação de requerimento de registro dos candidatos escolhidos e dos demais
procedimentos legais serão fixadas, em calendário especial, pela Justiça Eleitoral;

III - são inelegíveis os ocupantes de cargos estaduais ou municipais que não se tenham deles afastado,
em caráter definitivo, setenta e cinco dias antes da data das eleições previstas neste parágrafo;

755
IV - ficam mantidos os atuais diretórios regionais dos partidos políticos do Estado de Goiás, cabendo às
comissões executivas nacionais designar comissões provisórias no Estado do Tocantins, nos termos e para
os fins previstos na lei.

§ 4º Os mandatos do Governador, do Vice-Governador, dos Deputados Federais e Estaduais eleitos na


forma do parágrafo anterior extinguir-se-ão concomitantemente aos das demais unidades da Federação; o
mandato do Senador eleito menos votado extinguir-se-á nessa mesma oportunidade, e os dos outros dois,
juntamente com os dos Senadores eleitos em 1986 nos demais Estados.

§ 5º A Assembléia Estadual Constituinte será instalada no quadragésimo sexto dia da eleição de seus
integrantes, mas não antes de 1º de janeiro de 1989, sob a presidência do Presidente do Tribunal Regional
Eleitoral do Estado de Goiás, e dará posse, na mesma data, ao Governador e ao Vice-Governador eleitos.

§ 6º Aplicam-se à criação e instalação do Estado do Tocantins, no que couber, as normas legais


disciplinadoras da divisão do Estado de Mato Grosso, observado o disposto no art. 234 da Constituição.

§ 7º Fica o Estado de Goiás liberado dos débitos e encargos decorrentes de empreendimentos no


território do novo Estado, e autorizada a União, a seu critério, a assumir os referidos débitos.

Art. 14. Os Territórios Federais de Roraima e do Amapá são transformados em Estados Federados,
mantidos seus atuais limites geográficos. (DPEPR-2014) (MPT-2015)

§ 1º A instalação dos Estados dar-se-á com a posse dos governadores eleitos em 1990.

§ 2º Aplicam-se à transformação e instalação dos Estados de Roraima e Amapá as normas e critérios


seguidos na criação do Estado de Rondônia, respeitado o disposto na Constituição e neste Ato . (MPT-
2015)

§ 3º O Presidente da República, até quarenta e cinco dias após a promulgação da Constituição,


encaminhará à apreciação do Senado Federal os nomes dos governadores dos Estados de Roraima e do
Amapá que exercerão o Poder Executivo até a instalação dos novos Estados com a posse dos governadores
eleitos.

§ 4º Enquanto não concretizada a transformação em Estados, nos termos deste artigo, os Territórios
Federais de Roraima e do Amapá serão beneficiados pela transferência de recursos prevista nos arts. 159, I,
"a", da Constituição, e 34, § 2º, II, deste Ato.

Art. 15. Fica extinto o Território Federal de Fernando de Noronha, sendo sua área reincorporada ao
Estado de Pernambuco. (MPT-2015)

Art. 16. Até que se efetive o disposto no art. 32, § 2º, da Constituição, caberá ao Presidente da
República, com a aprovação do Senado Federal, indicar o Governador e o Vice-Governador do Distrito
Federal.

§ 1º A competência da Câmara Legislativa do Distrito Federal, até que se instale, será exercida pelo
Senado Federal.

§ 2º A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Distrito Federal,


enquanto não for instalada a Câmara Legislativa, será exercida pelo Senado Federal, mediante controle
externo, com o auxílio do Tribunal de Contas do Distrito Federal, observado o disposto no art. 72 da
Constituição.

§ 3º Incluem-se entre os bens do Distrito Federal aqueles que lhe vierem a ser atribuídos pela União na
forma da lei.

Art. 17. Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e os adicionais, bem como os proventos de


aposentadoria que estejam sendo percebidos em desacordo com a Constituição serão imediatamente
reduzidos aos limites dela decorrentes, não se admitindo, neste caso, invocação de direito adquirido ou
percepção de excesso a qualquer título. (Vide Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (TJPI-2007) (TRF4-
2009) (TRF5-2013) (MPM-2013) (PGM-São Luís/MA-2016)
756
(TJPI-2007-CESPE): Segundo entendimento do STF, pode ser alterada administrativamente, com base na
nova ordem constitucional, decisão judicial, com trânsito em julgado antes do advento da CF, mas com
essa materialmente incompatível, que estabeleça a cumulação de parcelas remuneratórias. BL: art. 17,
caput, ADCT.

##Atenção: ##STF: ##TRF4-2009: ##MPF-2013: Após alguma divergência, o STF consolidou o


entendimento de que o art. 17 do ADCT atinge inclusive decisões transitadas em julgado antes da
CF/88 e que a própria Administração Pública poderia desconsiderar a coisa julgada, por força expressa
deste dispositivo. Lembrando que por se tratar de uma nova ordem constitucional, manifestada pelo
Poder Constituinte originário, é possível haver a retroatividade máxima ou média (sobre este tema, cf.
ADI 493). Neste sentido, confiram o seguinte julgado: “SERVIDOR PÚBLICO. Vencimentos. Vantagens
pecuniárias. Adicionais por Tempo de Serviço e Sexta-Parte. Cálculo. Influência recíproca. Cumulação. Excesso.
Inadmissibilidade. Redução por ato da administração. Coisa julgada material anterior ao início de vigência da
atual Constituição da República. Direito adquirido. Não oponibilidade. Ação julgada improcedente. Embargos de
divergência conhecidos e acolhidos para esse fim. Interpretação do art. 37, XIV, da CF, e do art. 17, caput, do
ADCT. Voto vencido. Não pode ser oposta à administração pública, para efeito de impedir redução de
excesso na percepção de adicionais e sexta-parte, calculados com influência recíproca, coisa julgada
material formada antes do início de vigência da atual Constituição da República. (RE 146.331-EDv, Rel.
Min. Cezar Peluso, j. 23-11-06, Plenário, DJ de 20-4-07.)”

§ 1º É assegurado o exercício cumulativo de dois cargos ou empregos privativos de médico que


estejam sendo exercidos por médico militar na administração pública direta ou indireta. (PGEPA-2011)

§ 2º É assegurado o exercício cumulativo de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de


saúde que estejam sendo exercidos na administração pública direta ou indireta. (MPM-2013)

Art. 18. Ficam extintos os efeitos jurídicos de qualquer ato legislativo ou administrativo, lavrado a
partir da instalação da Assembléia Nacional Constituinte, que tenha por objeto a concessão de estabilidade
a servidor admitido sem concurso público, da administração direta ou indireta, inclusive das fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público.

Art. 18-A. Os atos administrativos praticados no Estado do Tocantins, decorrentes de sua instalação,
entre 1º de janeiro de 1989 e 31 de dezembro de 1994, eivados de qualquer vício jurídico e dos quais
decorram efeitos favoráveis para os destinatários ficam convalidados após 5 (cinco) anos, contados da data
em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (Redação dada pela Emenda constitucional nº 110, de
2021)

Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da
administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da
Constituição, HÁ pelo menos cinco anos continuados, e que NÃO TENHAM SIDO ADMITIDOS na
forma regulada no art. 37, da Constituição, SÃO CONSIDERADOS ESTÁVEIS no serviço público. [obs.:
estabilidade EXTRAORDINÁRIA.] (PGEGO-2010) (TRF2-2011) (PGEPA-2011) (MPAL-2012) (MPPA-2014)
(MPSC-2016) (PGEMS-2016) (TRF5-2017) (Cartórios/TJPR-2019)

##Atenção: ##STF: ##DOD: A estabilidade especial do art. 19 do ADCT não se estende aos
empregados das fundações públicas de direito privado, aplicando-se tão somente aos servidores das
pessoas jurídicas de direito público. O termo “fundações públicas”, utilizado pelo art. 19 do ADCT,
deve ser compreendido como fundações autárquicas, sujeitas ao regime jurídico de direito público.
Ex: empregados da Fundação Padre Anchieta não gozam dessa estabilidade do art. 19 do ADCT em
razão de se tratar de uma fundação pública de direito privado. STF. Plenário. RE 716378/SP, Rel. Min.
Dias Toffoli, j. 1º e 7/8/19 (repercussão geral) (Info 946).
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: Art. 19 do ADCT: O ADCT da CF/88 previu que os
servidores públicos que estavam em exercício há pelo menos 5 anos quando a CF/88 foi promulgada
deveriam ser considerados estáveis, mesmo que não tivessem sido admitidos por meio de concurso
público. Desse modo, quem ingressou no serviço público, sem concurso, até 05/10/83 (5 anos antes da
CF/88) e assim permaneceu, de forma continuada, tornou-se estável com a edição da CF/88. Trata-se,
contudo, de regra excepcional e que somente vigorou para esses casos.
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: Art. 19 do ADCT não se aplica para empregados de
pessoas jurídicas de direito privado: A estabilidade do art. 19 do ADCT possui abrangência limitada aos
servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica
e das fundações públicas. Logo, esse dispositivo não abrange:
• empregados de fundações públicas de direito privado;

757
• empregados de empresas públicas; e
• empregados de sociedades de economia mista.
##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: A estabilidade excepcional do art. 19 do ADCT não se
harmoniza com os direitos e deveres previstos na legislação trabalhista, notadamente o regime de
proteção definido pelo FGTS, consagrado no art. 7º, III, da CF/88. Assim, o art. 19 do ADCT só se aplica
aos servidores de pessoas jurídicas de direito público.

##Atenção: ##STF: ##TRF5-2017: ##CESPE: O art. 19 do ADCT da CF/88 tem abrangência limitada aos
servidores civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entre eles não se
compreendendo os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista. CF, arts. 39 e
173, §1º. [ADI 112, rel. min. Néri da Silveira, j. 24-8-1994, P, DJ de 9-2-1996. (...) ADI 1.808, rel. min.
Gilmar Mendes, j. 18-9-2014, P, DJE de 10-11-2014].

§ 1º O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como título quando se
submeterem a concurso para fins de efetivação, na forma da lei. (TRF2-2011) (MPAL-2012) (MPPA-2014)

(MPPA-2014-FCC): Quincas Borba é servidor extranumerário de autarquia estadual, tendo ingressado


nos quadros da autarquia em janeiro de 1983, sem submeter-se a concurso público. A referida autarquia,
em 2013, promoveu concurso interno para os extranumerários, por meio do qual Quincas Borba foi
nomeado para cargo efetivo. Diante disso, o referido servidor é dotado de estabilidade e de efetividade,
haja vista que a situação acima referida é objeto de proteção por disposição transitória constante do Texto
Constitucional promulgado em 1988. BL: art. 19, caput e §1º, ADCT.

##Atenção: ##STF: De plano, cumpre reconhecer que o hipotético servidor, Quincas Borba, seria sim
dotado de estabilidade, na forma do art. 19 do ADCT, porquanto, na data de promulgação da
Constituição de 1988, já contava com mais de cinco anos continuados, nos termos do que reza o citado
dispositivo transitório. Sem embargo, sua nomeação para o cargo de extranumerário se deu mediante
concurso interno, e não via concurso público, procedimento aquele incompatível com nossa atual ordem
constitucional, que consagra o princípio do concurso público (art. 37, II, CF) como forma de ingresso
legítimo no serviço público. De tal forma, inválida seria sua nomeação para tal cargo efetivo, razão por
que não pode ser considerado efetivo. Nesse sentido, vejamos o seguinte julgado do STF: “A norma do art.
19 do ADCT da Constituição brasileira possibilita o surgimento das seguintes situações: a) o servidor é estável
por força do art. 19 do ADCT e não ocupa cargo de provimento efetivo; b) o servidor que se tornou estável
nos termos do art. 19 do ADCT ocupa cargo de provimento efetivo após ter sido aprovado em concurso público para
o provimento deste cargo; c) o servidor ocupa cargo de provimento efetivo em razão de aprovação em concurso
público e é estável nos termos do art. 41 da Constituição da República. O STF já se manifestou sobre essas
hipóteses e, quanto às listadas nos itens a e b, firmou o entendimento de que, independentemente da
estabilidade, a efetividade no cargo será obtida pela imprescindível observância do art. 37, II, da
Constituição da República.” STF. Plenário. ADI 114, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 26/11/09.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou
em comissão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para
os fins do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de servidor.

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da lei.

Art. 20. Dentro de cento e oitenta dias, proceder-se-á à revisão dos direitos dos servidores públicos
inativos e pensionistas e à atualização dos proventos e pensões a eles devidos, a fim de ajustá-los ao
disposto na Constituição.

Art. 21. Os juízes togados de investidura limitada no tempo, admitidos mediante concurso público de
provas e títulos e que estejam em exercício na data da promulgação da Constituição, adquirem estabilidade,
observado o estágio probatório, e passam a compor quadro em extinção, mantidas as competências,
prerrogativas e restrições da legislação a que se achavam submetidos, salvo as inerentes à transitoriedade
da investidura.

Parágrafo único. A aposentadoria dos juízes de que trata este artigo regular-se-á pelas normas fixadas
para os demais juízes estaduais.

758
Art. 22. É assegurado aos defensores públicos investidos na função até a data de instalação da
Assembléia Nacional Constituinte o direito de opção pela carreira, com a observância das garantias e
vedações previstas no art. 134, parágrafo único, da Constituição.

Art. 23. Até que se edite a regulamentação do art. 21, XVI, da Constituição, os atuais ocupantes do
cargo de censor federal continuarão exercendo funções com este compatíveis, no Departamento de Polícia
Federal, observadas as disposições constitucionais.

Parágrafo único. A lei referida disporá sobre o aproveitamento dos Censores Federais, nos termos deste
artigo.

Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios editarão leis que estabeleçam critérios
para a compatibilização de seus quadros de pessoal ao disposto no art. 39 da Constituição e à reforma
administrativa dela decorrente, no prazo de dezoito meses, contados da sua promulgação.

Art. 25. Ficam revogados, a partir de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, sujeito este
prazo a prorrogação por lei, todos os dispositivos legais que atribuam ou deleguem a órgão do Poder
Executivo competência assinalada pela Constituição ao Congresso Nacional, especialmente no que tange a:

I - ação normativa;

II - alocação ou transferência de recursos de qualquer espécie.

§ 1º Os decretos-lei em tramitação no Congresso Nacional e por este não apreciados até a promulgação
da Constituição terão seus efeitos regulados da seguinte forma:

I - se editados até 2 de setembro de 1988, serão apreciados pelo Congresso Nacional no prazo de até
cento e oitenta dias a contar da promulgação da Constituição, não computado o recesso parlamentar;

II - decorrido o prazo definido no inciso anterior, e não havendo apreciação, os decretos-lei alí
mencionados serão considerados rejeitados;

III - nas hipóteses definidas nos incisos I e II, terão plena validade os atos praticados na vigência dos
respectivos decretos-lei, podendo o Congresso Nacional, se necessário, legislar sobre os efeitos deles
remanescentes.

§ 2º Os decretos-lei editados entre 3 de setembro de 1988 e a promulgação da Constituição SERÃO


CONVERTIDOS, nesta data, em MEDIDAS PROVISÓRIAS, APLICANDO-SE-LHES as regras
estabelecidas no art. 62, parágrafo único. (TRF2-2014)

Art. 62. (...)


Parágrafo único. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem
convertidas em lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo o Congresso Nacional
disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes. [obs.: Redação anterior à EC 32/2001 = atualmente
representa o §3º do art. 62 da CF]

Art. 62. (...)


§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a
edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º,
uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as
relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

Art. 26. No prazo de um ano a contar da promulgação da Constituição, o Congresso Nacional


promoverá, através de Comissão mista, exame analítico e pericial dos atos e fatos geradores do
endividamento externo brasileiro.

§ 1º A Comissão terá a força legal de Comissão parlamentar de inquérito para os fins de requisição e
convocação, e atuará com o auxílio do Tribunal de Contas da União.

759
§ 2º Apurada irregularidade, o Congresso Nacional proporá ao Poder Executivo a declaração de
nulidade do ato e encaminhará o processo ao Ministério Público Federal, que formalizará, no prazo de
sessenta dias, a ação cabível.

Art. 27. O Superior Tribunal de Justiça será instalado sob a Presidência do Supremo Tribunal Federal.

§ 1º Até que se instale o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal Federal exercerá as
atribuições e competências definidas na ordem constitucional precedente.

§ 2º A composição inicial do Superior Tribunal de Justiça far-se-á:

I - pelo aproveitamento dos Ministros do Tribunal Federal de Recursos;

II - pela nomeação dos Ministros que sejam necessários para completar o número estabelecido na
Constituição.

§ 3º Para os efeitos do disposto na Constituição, os atuais Ministros do Tribunal Federal de Recursos


serão considerados pertencentes à classe de que provieram, quando de sua nomeação.

§ 4º Instalado o Tribunal, os Ministros aposentados do Tribunal Federal de Recursos tornar-se-ão,


automaticamente, Ministros aposentados do Superior Tribunal de Justiça.

§ 5º Os Ministros a que se refere o § 2º, II, serão indicados em lista tríplice pelo Tribunal Federal de
Recursos, observado o disposto no art. 104, parágrafo único, da Constituição.

§ 6º Ficam criados cinco Tribunais Regionais Federais, a serem instalados no prazo de seis meses a
contar da promulgação da Constituição, com a jurisdição e sede que lhes fixar o Tribunal Federal de
Recursos, tendo em conta o número de processos e sua localização geográfica.

§ 7º Até que se instalem os Tribunais Regionais Federais, o Tribunal Federal de Recursos exercerá a
competência a eles atribuída em todo o território nacional, cabendo-lhe promover sua instalação e indicar
os candidatos a todos os cargos da composição inicial, mediante lista tríplice, podendo desta constar juízes
federais de qualquer região, observado o disposto no § 9º.

§ 8º É vedado, a partir da promulgação da Constituição, o provimento de vagas de Ministros do


Tribunal Federal de Recursos.

§ 9º Quando não houver juiz federal que conte o tempo mínimo previsto no art. 107, II, da Constituição,
a promoção poderá contemplar juiz com menos de cinco anos no exercício do cargo.

§ 10. Compete à Justiça Federal julgar as ações nela propostas até a data da promulgação da
Constituição, e aos Tribunais Regionais Federais bem como ao Superior Tribunal de Justiça julgar as ações
rescisórias das decisões até então proferidas pela Justiça Federal, inclusive daquelas cuja matéria tenha
passado à competência de outro ramo do Judiciário.

§ 11. São criados, ainda, os seguintes Tribunais Regionais Federais: o da 6ª Região, com sede em
Curitiba, Estado do Paraná, e jurisdição nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul; o da
7ª Região, com sede em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, e jurisdição no Estado de Minas Gerais; o
da 8ª Região, com sede em Salvador, Estado da Bahia, e jurisdição nos Estados da Bahia e Sergipe; e o da 9ª
Região, com sede em Manaus, Estado do Amazonas, e jurisdição nos Estados do Amazonas, Acre,
Rondônia e Roraima. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 73, de 2013) (Vide ADIN nº 5017, de 2013)

Art. 28. Os juízes federais de que trata o art. 123, § 2º, da Constituição de 1967, com a redação dada pela
Emenda Constitucional nº 7, de 1977, ficam investidos na titularidade de varas na Seção Judiciária para a
qual tenham sido nomeados ou designados; na inexistência de vagas, proceder-se-á ao desdobramento das
varas existentes.

Parágrafo único. Para efeito de promoção por antigüidade, o tempo de serviço desses juízes será
computado a partir do dia de sua posse.

760
Art. 29. Enquanto não aprovadas as leis complementares relativas ao Ministério Público e à Advocacia-
Geral da União, o Ministério Público Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, as Consultorias
Jurídicas dos Ministérios, as Procuradorias e Departamentos Jurídicos de autarquias federais com
representação própria e os membros das Procuradorias das Universidades fundacionais públicas
continuarão a exercer suas atividades na área das respectivas atribuições.

§ 1º O Presidente da República, no prazo de cento e vinte dias, encaminhará ao Congresso Nacional


projeto de lei complementar dispondo sobre a organização e o funcionamento da Advocacia-Geral da
União.

§ 2º Aos atuais Procuradores da República, nos termos da lei complementar, será facultada a opção,
de forma irretratável, entre as carreiras do Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral da União .
(MPSE-2010) (Cartórios/TJBA-2013) (AGU-2013) (MPT-2015)

§ 3º PODERÁ OPTAR PELO REGIME ANTERIOR, no que respeita às garantias e vantagens, o


membro do Ministério Público admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se, quanto
às vedações, a situação jurídica na data desta. (MPES-2010) (MPSE-2010) (MPMS-2011) (MPPB-2011)
(MPDFT-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (AGU-2013) (MPAM-2015)

(AGU-2013-CESPE): Ainda sobre a organização e o funcionamento de diversas instituições públicas


brasileiras, julgue o item seguinte: O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias assegurou o
direito de opção, nos termos de lei complementar, pela carreira da AGU aos procuradores da República
que ingressaram nesse cargo antes da promulgação da atual CF.. BL: art. 29, §§2º e 3º, ADCT.

§ 4º Os atuais integrantes do quadro suplementar dos Ministérios Públicos do Trabalho e Militar que
tenham adquirido estabilidade nessas funções passam a integrar o quadro da respectiva carreira.

§ 5º Cabe à atual Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, diretamente ou por delegação, que pode ser
ao Ministério Público Estadual, representar judicialmente a União nas causas de natureza fiscal, na área da
respectiva competência, até a promulgação das leis complementares previstas neste artigo.

Art. 30. A legislação que criar a justiça de paz manterá os atuais juízes de paz até a posse dos novos
titulares, assegurando-lhes os direitos e atribuições conferidos a estes, e designará o dia para a eleição
prevista no art. 98, II, da Constituição.

Art. 31. Serão estatizadas as serventias do foro judicial, assim definidas em lei, respeitados os
direitos dos atuais titulares. (MPT-2015)

Art. 32. O disposto no art. 236 não se aplica aos serviços notariais e de registro que já tenham sido
oficializados pelo Poder Público, respeitando-se o direito de seus servidores.

Art. 33. Ressalvados os créditos de natureza alimentar, o valor dos precatórios judiciais pendentes de
pagamento na data da promulgação da Constituição, incluído o remanescente de juros e correção
monetária, poderá ser pago em moeda corrente, com atualização, em prestações anuais, iguais e
sucessivas, no prazo máximo de oito anos, a partir de 1º de julho de 1989, por decisão editada pelo Poder
Executivo até cento e oitenta dias da promulgação da Constituição. (TRF2-2009)

Parágrafo único. Poderão as entidades devedoras, para o cumprimento do disposto neste artigo, emitir,
em cada ano, no exato montante do dispêndio, títulos de dívida pública não computáveis para efeito do
limite global de endividamento.

Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quinto mês
seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a
redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores. [obs.: recepção material] (DPESP-2012) (PF-
2013) (DPEPA-2015)

(DPESP-2012-FCC): A CF/1988, fruto do exercício do Poder Constituinte Originário, inaugurou nova


ordem jurídico- constitucional. Sobre o relacionamento da CF/1988 com as ordens jurídicas pretéritas
(constitucionais e infraconstitucionais) é correto afirmar: Por força de norma expressa do Ato das
761
Disposições Constitucionais Transitórias da CF/1988, houve manutenção da aplicação de determinados
dispositivos da Constituição de 1967 (com as alterações da Emenda no 1 de 1969). BL: 34, ADCT.

##Atenção: Com o surgimento de uma nova Constituição, tem-se, via de regra, a revogação em bloco da
Constituição anterior, salvo expressa disposição em contrário. E neste caso, esta disposição deixará claro
quais os dispositivos na Constituição anterior continuaram vigentes. Nesse sentido, seguinte
consideração: “A Constituição, quando entra em vigor, ab-roga (revoga integralmente) a Constituição anterior,
sem necessidade de cláusula de revogação. Entretanto, se quiser manter alguns dispositivos da Constituição
anterior poderá fazê-lo, desde que por meio de cláusula expressa. Ex. O artigo 34 dos ADCT recepcionou
expressamente, por um determinado período, o sistema tributário da CF/67. Desta forma, o Brasil não adota a
Teoria da Desconstitucionalização segundo a qual é possível a recepção automática de uma norma constitucional
anterior compatível (não repetida e não contrariada), através de um processo de queda de hierarquia para lei
ordinária”. (Fonte:
http://www.webjur.com.br/doutrina/Direito_Constitucional/Nova_Const_e_o_ordena.htm)

§ 1º Entrarão em vigor com a promulgação da Constituição os arts. 148, 149, 150, 154, I, 156, III, e 159,
I, "c", revogadas as disposições em contrário da Constituição de 1967 e das Emendas que a modificaram,
especialmente de seu art. 25, III. (PF-2013)

(PF-2013-CESPE): No que se refere à CF e ao poder constituinte originário, julgue o item subsequente: A


CF contempla hipótese configuradora do denominado fenômeno da recepção material das normas
constitucionais, que consiste na possibilidade de a norma de uma constituição anterior ser recepcionada
pela nova constituição, com status de norma constitucional.. BL: 34, caput e §1º, ADCT.

##Atenção: ##Justificativa da Banca Organizadora: A questão não trata da recepção de norma


infraconstitucional, mas do fenômeno da recepção material de normas constitucionais. Os objetos são,
portanto, distintos. Nesse sentido, a doutrina é expressa ao destacar que a CF/88 contempla, sim,
hipótese configuradora da recepção material de normas constitucionais. Assim, “certo é que temos também
o fenômeno da recepção material das normas constitucionais. Esse fenômeno da dinâmica constitucional consiste na
possibilidade de normas de uma constituição anterior serem recepcionadas pelo novo ordenamento constitucional
(pela nova constituição) ainda como normas constitucionais (com status de normas constitucionais). Como exemplo
desse fenômeno, temos o art. 34 do ADCT da CR/88.”, segundo salienta a doutrina. A questão, portanto, está
em estrita consonância com a doutrina a respeito do tema. O que os candidatos alegam em seus recursos
é a recepção de normas infraconstitucionais em relação à Constituição Federal e, não, a questão tratada
no item, a qual diz respeito à recepção de normas constitucionais. Ainda no que se refere à natureza ou
status de referidas normas, a doutrina, ao abordar o tema, destaca o fundamento do fenômeno da
recepção material das normas constitucionais, e a sua existência no ordenamento jurídico nacional,
mencionando a possibilidade de persistência de tais normas com “qualidade de normas constitucionais’.
Menciona também o exemplo do art. 34, caput e § 1º do ADCT, como sendo hipótese de recepção
material de norma constitucional, nos seguintes termos: “lembramos o art. 34, caput, e seu § 1º do ADCT da
CF/88, que asseguram, expressamente, a continuidade da vigência de artigos da Constituição anterior, com caráter
de norma constitucional, no novo ordenamento jurídico instaurado.” No mesmo sentido, ao abordar o tema, a
doutrina ressalta: “É possível, ao menos em tese, que a nova lei das leis disponha, de maneira expressa, que
normas da constituição anterior continuem vigorando, mesmo que apenas por algum tempo. Foi o que se deu, por
exemplo, com a própria Constituição de 1988, como se pode verificar em seu art. 34, caput, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT). Nos termos daquele dispositivo, o sistema tributário nacional entraria em
vigor a partir do primeiro dia do quinto mês da promulgação da Carta Magna de 1988, permanecendo vigente, até
então, o sistema da Constituição de 1967, com a redação que lhe conferiu a Emenda nº 1, de 1969.” Na própria
citação invocada por alguns candidatos, há expressamente a ressalva quanto ao fato de nada impedir que
a "nova Constituição ressalve a vigência de
dispositivos isolados da Constituição anterior, até mesmo por algum lapso de tempo - já que o poder
constituinte pode o que quiser - , como ocorreu com o art. 34 do ADCT de 1988.

##Atenção: No Brasil, a regra geral é que o exercício do poder constituinte originário implica revogação
total das normas jurídicas inseridas na constituição anterior. Somente podem ser recepcionados
dispositivos constitucionais anteriores quando a nova constituição expressamente prever. Portanto,
correta a afirmativa de que existe a hipótese de recepção material das normas constitucionais. Um
exemplo comumento citado é o artigo 34 dos ADCT, da CF/88, que recepcionou expressamente, por um
período limitado, o sistema tributário da CF/67. Cabe lembrar que não há revogação automática das
normas infraconstitucionais. As normas infraconstitucionais compatíveis com a nova ordem
constitucional serão recepcionadas. Discute-se se existe o fenômeno da desconstitucionalização no Brasil.
“Trata-se do fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior, desde que compatíveis com a nova ordem,

762
permanecem em vigor, mas com status de lei infraconstitucional. Ou seja, as normas da Constituição anterior são
recepcionadas com o status de norma infraconstitucional pela nova ordem. [...No Brasil] poderá ser percebido
quando a nova constituição, expressamente, assim o requerer, tendo em vista ser o poder constituinte autônomo,
podendo tudo, inclusive prever o aludido fenômeno, mas desde que o faça, como visto, de maneira inequívoca e
expressa.” (LENZA, 2013, pp.217-218).De acordo com o fenômeno da repristinação, por exemplo, um
dispositivo da Constituição de 1946, que seja plenamente compatível com a ordem constitucional de
1988, com a revogação da Constituição de 1967 (com as alterações da Emenda no 1 de 1969), teria sua
validade retomada. No entanto, o Brasil não adotou a possibilidade automática do fenômeno da
repristinação. Assim como no caso da desconstitucionalização, a repristinação só é possível ser for
expressamente prevista pela nova Constituição.

§ 2º O Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal e o Fundo de Participação dos


Municípios obedecerão às seguintes determinações:

I - a partir da promulgação da Constituição, os percentuais serão, respectivamente, de dezoito por


cento e de vinte por cento, calculados sobre o produto da arrecadação dos impostos referidos no art. 153, III
e IV, mantidos os atuais critérios de rateio até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art.
161, II;

II - o percentual relativo ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal será acrescido de
um ponto percentual no exercício financeiro de 1989 e, a partir de 1990, inclusive, à razão de meio ponto por
exercício, até 1992, inclusive, atingindo em 1993 o percentual estabelecido no art. 159, I, "a";

III - o percentual relativo ao Fundo de Participação dos Municípios, a partir de 1989, inclusive, será
elevado à razão de meio ponto percentual por exercício financeiro, até atingir o estabelecido no art. 159, I,
"b".

§ 3º Promulgada a Constituição, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão editar


as leis necessárias à aplicação do sistema tributário nacional nela previsto.

§ 4º As leis editadas nos termos do parágrafo anterior produzirão efeitos a partir da entrada em vigor
do sistema tributário nacional previsto na Constituição.

§ 5º Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a aplicação da legislação anterior, no
que não seja incompatível com ele e com a legislação referida nos §3º e § 4º.

§ 6º Até 31 de dezembro de 1989, o disposto no art. 150, III, "b", não se aplica aos impostos de que
tratam os arts. 155, I, "a" e "b", e 156, II e III, que podem ser cobrados trinta dias após a publicação da lei que
os tenha instituído ou aumentado.

§ 7º Até que sejam fixadas em lei complementar, as alíquotas máximas do imposto municipal sobre
vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos não excederão a três por cento.

§ 8º Se, no prazo de sessenta dias contados da promulgação da Constituição, não for editada a lei
complementar necessária à instituição do imposto de que trata o art. 155, I, "b", os Estados e o Distrito
Federal, mediante convênio celebrado nos termos da Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975,
fixarão normas para regular provisoriamente a matéria.

§ 9º Até que lei complementar disponha sobre a matéria, as empresas distribuidoras de energia elétrica,
na condição de contribuintes ou de substitutos tributários, serão as responsáveis, por ocasião da saída do
produto de seus estabelecimentos, ainda que destinado a outra unidade da Federação, pelo pagamento do
imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias incidente sobre energia elétrica, desde a
produção ou importação até a última operação, calculado o imposto sobre o preço então praticado na
operação final e assegurado seu recolhimento ao Estado ou ao Distrito Federal, conforme o local onde deva
ocorrer essa operação.

§ 10. Enquanto não entrar em vigor a lei prevista no art. 159, I, "c", cuja promulgação se fará até 31 de
dezembro de 1989, é assegurada a aplicação dos recursos previstos naquele dispositivo da seguinte
maneira:

763
I - seis décimos por cento na Região Norte, através do Banco da Amazônia S.A.;

II - um inteiro e oito décimos por cento na Região Nordeste, através do Banco do Nordeste do Brasil
S.A.;

III - seis décimos por cento na Região Centro-Oeste, através do Banco do Brasil S.A.

§ 11. Fica criado, nos termos da lei, o Banco de Desenvolvimento do Centro-Oeste, para dar
cumprimento, na referida região, ao que determinam os arts. 159, I, "c", e 192, § 2º, da Constituição.

§ 12. A urgência prevista no art. 148, II, não prejudica a cobrança do empréstimo compulsório
instituído, em benefício das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), pela Lei nº 4.156, de 28 de
novembro de 1962, com as alterações posteriores.

Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de forma progressiva, no prazo de até dez anos,
distribuindo-se os recursos entre as regiões macroeconômicas em razão proporcional à população, a partir
da situação verificada no biênio 1986-87.

§ 1º Para aplicação dos critérios de que trata este artigo, excluem-se das despesas totais as relativas:

I - aos projetos considerados prioritários no plano plurianual;

II - à segurança e defesa nacional;

III - à manutenção dos órgãos federais no Distrito Federal;

IV - ao Congresso Nacional, ao Tribunal de Contas da União e ao Poder Judiciário;

V - ao serviço da dívida da administração direta e indireta da União, inclusive fundações instituídas e


mantidas pelo Poder Público federal.

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas: (PGEPI-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; (PGEPI-
2014) (PGM-Curitiba/PR-2015)

II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa; (PGEPI-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

(PGEPI-2014-CESPE): Assinale a opção correta com referência à LDO: O projeto de LDO deve ser
encaminhado ao Poder Legislativo até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. BL: art. 35, §2º, II,
CF.

III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
(PGEPI-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015)

Art. 36. Os fundos existentes na data da promulgação da Constituição, excetuados os resultantes de


isenções fiscais que passem a integrar patrimônio privado e os que interessem à defesa nacional, extinguir-
se-ão, se não forem ratificados pelo Congresso Nacional no prazo de dois anos.

Art. 37. A adaptação ao que estabelece o art. 167, III, deverá processar-se no prazo de cinco anos,
reduzindo-se o excesso à base de, pelo menos, um quinto por ano.

764
Art. 38. Até a promulgação da lei complementar referida no art. 169, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios não poderão despender com pessoal mais do que sessenta e cinco por cento do
valor das respectivas receitas correntes.

§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, quando a respectiva despesa de pessoal


exceder o limite previsto neste artigo, deverão retornar àquele limite, reduzindo o percentual excedente à
razão de um quinto por ano. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022)

§ 2º As despesas com pessoal resultantes do cumprimento do disposto nos §§ 12, 13, 14 e 15 do art. 198
da Constituição Federal serão contabilizadas, para fins dos limites de que trata o art. 169 da Constituição
Federal, da seguinte forma: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022)

I - até o fim do exercício financeiro subsequente ao da publicação deste dispositivo, não serão
contabilizadas para esses limites; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022)

II - no segundo exercício financeiro subsequente ao da publicação deste dispositivo, serão deduzidas


em 90% (noventa por cento) do seu valor; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022)

III - entre o terceiro e o décimo segundo exercício financeiro subsequente ao da publicação deste
dispositivo, a dedução de que trata o inciso II deste parágrafo será reduzida anualmente na proporção de
10% (dez por cento) de seu valor. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022)

Art. 39. Para efeito do cumprimento das disposições constitucionais que impliquem variações de
despesas e receitas da União, após a promulgação da Constituição, o Poder Executivo deverá elaborar e o
Poder Legislativo apreciar projeto de revisão da lei orçamentária referente ao exercício financeiro de 1989.

Parágrafo único. O Congresso Nacional deverá votar no prazo de doze meses a lei complementar
prevista no art. 161, II.

Art. 40. É mantida a Zona Franca de Manaus, com suas características de área livre de comércio, de
exportação e importação, e de incentivos fiscais, pelo prazo de vinte e cinco anos, a partir da promulgação
da Constituição.

Parágrafo único. Somente por lei federal podem ser modificados os critérios que disciplinaram ou
venham a disciplinar a aprovação dos projetos na Zona Franca de Manaus.

Art. 41. Os Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios reavaliarão
todos os incentivos fiscais de natureza setorial ora em vigor, propondo aos Poderes Legislativos respectivos
as medidas cabíveis.

§ 1º Considerar-se-ão revogados após dois anos, a partir da data da promulgação da Constituição, os


incentivos que não forem confirmados por lei.

§ 2º A revogação não prejudicará os direitos que já tiverem sido adquiridos, àquela data, em relação a
incentivos concedidos sob condição e com prazo certo.

§ 3º Os incentivos concedidos por convênio entre Estados, celebrados nos termos do art. 23, § 6º, da
Constituição de 1967, com a redação da Emenda Constitucional nº 1, de 17 de outubro de 1969, também
deverão ser reavaliados e reconfirmados nos prazos deste artigo.

Art. 42. Durante 40 (quarenta) anos, a União aplicará dos recursos destinados à irrigação: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 89, de 2015)

I - 20% (vinte por cento) na Região Centro-Oeste; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 89,
de 2015)

(MPMS-2015): Por ordem constitucional, a União Federal deverá destinar à Região Centro-Oeste
percentuais mínimos dos recursos destinados à irrigação. É correto afirmar que: A União aplicará por 40
anos os recursos, sendo o mínimo de 20% na Região Centro-Oeste. BL: art. 42, I, ADCT.

765
II - 50% (cinquenta por cento) na Região Nordeste, preferencialmente no Semiárido. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 89, de 2015)

Parágrafo único. Dos percentuais previstos nos incisos I e II do caput, no mínimo 50% (cinquenta
por cento) serão destinados a projetos de irrigação que beneficiem agricultores familiares que atendam
aos requisitos previstos em legislação específica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 89, de 2015)

ADCT - CF/88
Redação anterior à EC 89/2015 Redação ATUAL

Art. 42. Durante 25 (vinte e cinco) anos, a União Art. 42. Durante 40 (quarenta) anos, a União
aplicará, dos recursos destinados à irrigação: aplicará dos recursos destinados à irrigação:
I - vinte por cento na Região Centro-Oeste; I - 20% (vinte por cento) na Região Centro-Oeste;
II - cinqüenta por cento na Região Nordeste, II - 50% (cinquenta por cento) na Região Nordeste,
preferencialmente no semi-árido. preferencialmente no Semiárido.

Não havia parágrafo único. Parágrafo único. Dos percentuais previstos nos
incisos I e II do caput, no mínimo 50% (cinquenta
por cento) serão destinados a projetos de irrigação
que beneficiem agricultores familiares que
atendam aos requisitos previstos em legislação
específica.

Art. 43. Na data da promulgação da lei que disciplinar a pesquisa e a lavra de recursos e jazidas
minerais, ou no prazo de um ano, a contar da promulgação da Constituição, tornar-se-ão sem efeito as
autorizações, concessões e demais títulos atributivos de direitos minerários, caso os trabalhos de pesquisa
ou de lavra não hajam sido comprovadamente iniciados nos prazos legais ou estejam inativos.
(Regulamento)

Art. 44. As atuais empresas brasileiras titulares de autorização de pesquisa, concessão de lavra de
recursos minerais e de aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica em vigor terão quatro anos, a
partir da promulgação da Constituição, para cumprir os requisitos do art. 176, § 1º.

§ 1º Ressalvadas as disposições de interesse nacional previstas no texto constitucional, as empresas


brasileiras ficarão dispensadas do cumprimento do disposto no art. 176, § 1º, desde que, no prazo de até
quatro anos da data da promulgação da Constituição, tenham o produto de sua lavra e beneficiamento
destinado a industrialização no território nacional, em seus próprios estabelecimentos ou em empresa
industrial controladora ou controlada.

§ 2º Ficarão também dispensadas do cumprimento do disposto no art. 176, § 1º, as empresas brasileiras
titulares de concessão de energia hidráulica para uso em seu processo de industrialização.

§ 3º As empresas brasileiras referidas no § 1º somente poderão ter autorizações de pesquisa e


concessões de lavra ou potenciais de energia hidráulica, desde que a energia e o produto da lavra sejam
utilizados nos respectivos processos industriais.

Art. 45. Ficam excluídas do monopólio estabelecido pelo art. 177, II, da Constituição as refinarias em
funcionamento no País amparadas pelo art. 43 e nas condições do art. 45 da Lei nº 2.004, de 3 de outubro de
1953.

Parágrafo único. Ficam ressalvados da vedação do art. 177, § 1º, os contratos de risco feitos com a
Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás), para pesquisa de petróleo, que estejam em vigor na data da
promulgação da Constituição.

Art. 46. São sujeitos à correção monetária desde o vencimento, até seu efetivo pagamento, sem
interrupção ou suspensão, os créditos junto a entidades submetidas aos regimes de intervenção ou
liquidação extrajudicial, mesmo quando esses regimes sejam convertidos em falência.

(TRF1-2015-CESPE): Assinale a opção correta com base nas normas sobre liquidação extrajudicial das
766
instituições financeiras: Com a decretação da liquidação extrajudicial de determinada instituição
financeira, haverá incidência de correção monetária sobre a totalidade de suas obrigações, desde o
vencimento até o seu efetivo pagamento, sem qualquer interrupção ou suspensão. BL: art. 46, ADCT e
art. 1º do DL 1.477/76.180 (emp.)

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se também:

I - às operações realizadas posteriormente à decretação dos regimes referidos no "caput" deste artigo;

II - às operações de empréstimo, financiamento, refinanciamento, assistência financeira de liquidez,


cessão ou sub-rogação de créditos ou cédulas hipotecárias, efetivação de garantia de depósitos do público
ou de compra de obrigações passivas, inclusive as realizadas com recursos de fundos que tenham essas
destinações;

III - aos créditos anteriores à promulgação da Constituição;

IV - aos créditos das entidades da administração pública anteriores à promulgação da Constituição,


não liquidados até 1 de janeiro de 1988.

Art. 47. Na liquidação dos débitos, inclusive suas renegociações e composições posteriores, ainda que
ajuizados, decorrentes de quaisquer empréstimos concedidos por bancos e por instituições financeiras, não
existirá correção monetária desde que o empréstimo tenha sido concedido:

I - aos micro e pequenos empresários ou seus estabelecimentos no período de 28 de fevereiro de 1986 a


28 de fevereiro de 1987;

II - ao mini, pequenos e médios produtores rurais no período de 28 de fevereiro de 1986 a 31 de


dezembro de 1987, desde que relativos a crédito rural.

§ 1º Consideram-se, para efeito deste artigo, microempresas as pessoas jurídicas e as firmas individuais
com receitas anuais de até dez mil Obrigações do Tesouro Nacional, e pequenas empresas as pessoas
jurídicas e as firmas individuais com receita anual de até vinte e cinco mil Obrigações do Tesouro Nacional.

§ 2º A classificação de mini, pequeno e médio produtor rural será feita obedecendo-se às normas de
crédito rural vigentes à época do contrato.

§ 3º A isenção da correção monetária a que se refere este artigo só será concedida nos seguintes casos:

I - se a liquidação do débito inicial, acrescido de juros legais e taxas judiciais, vier a ser efetivada no
prazo de noventa dias, a contar da data da promulgação da Constituição;

II - se a aplicação dos recursos não contrariar a finalidade do financiamento, cabendo o ônus da prova à
instituição credora;

III - se não for demonstrado pela instituição credora que o mutuário dispõe de meios para o pagamento
de seu débito, excluído desta demonstração seu estabelecimento, a casa de moradia e os instrumentos de
trabalho e produção;

IV - se o financiamento inicial não ultrapassar o limite de cinco mil Obrigações do Tesouro Nacional;

V - se o beneficiário não for proprietário de mais de cinco módulos rurais.

180
Art. 1º - Incide correção monetária sobre a totalidade das obrigações de responsabilidade das entidades a que
se aplica a Lei nº 6.024, de 13 de março de 1974, submetidas a regime de intervenção, liquidação extra-judicial ou
falência. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.278, de 1985) Parágrafo único - O disposto neste artigo, abrange
também as operações realizadas posteriormente à decretação da intervenção, liquidação extra-judicial ou falência,
referentes a qualquer tipo de obrigação passivas, contratual ou não, inclusive as penas pecuniárias por infração a
dispositivos legais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.278, de 1985)
767
§ 4º Os benefícios de que trata este artigo não se estendem aos débitos já quitados e aos devedores que
sejam constituintes.

§ 5º No caso de operações com prazos de vencimento posteriores à data- limite de liquidação da dívida,
havendo interesse do mutuário, os bancos e as instituições financeiras promoverão, por instrumento
próprio, alteração nas condições contratuais originais de forma a ajustá-las ao presente benefício.

§ 6º A concessão do presente benefício por bancos comerciais privados em nenhuma hipótese


acarretará ônus para o Poder Público, ainda que através de refinanciamento e repasse de recursos pelo
banco central.

§ 7º No caso de repasse a agentes financeiros oficiais ou cooperativas de crédito, o ônus recairá sobre a
fonte de recursos originária.

Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição,
ELABORARÁ CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. (TJPR-2011) (MPSP-2013) (MPGO-2019)

Art. 49. A lei disporá sobre o instituto da ENFITEUSE em imóveis urbanos, sendo facultada aos
foreiros, no caso de sua extinção, a remição dos aforamentos mediante aquisição do domínio direto, na
conformidade do que dispuserem os respectivos contratos. (TRF3-2011) (MPF-2012) (TRF1-2015)

§ 1º Quando não existir cláusula contratual, serão adotados os critérios e bases hoje vigentes na
legislação especial dos imóveis da União.

§ 2º Os direitos dos atuais ocupantes inscritos ficam assegurados pela aplicação de outra modalidade
de contrato.

§ 3º A enfiteuse continuará sendo aplicada aos terrenos de marinha e seus acrescidos, situados na
faixa de segurança, a partir da orla marítima. (TRF4-2012) (MPF-2012) (TRF1-2015) (Cartórios/TJDFT-2019)

##Atenção: ##TRF3-2011: ##TRF1-2015: ##CESPE: Nada impede que os terrenos de marinha sejam
ocupados por particulares, por meio do instituto da enfiteuse (embora esteja em extinção), o que,
inclusive, tem previsão no art. 49, §3º, do ADCT. Segundo Irene P. Nohara, não é vedada a utilização do
terreno de marinha por particular, pois é possível a sua utilização sob o regime de aforamento ou
enfiteuse, pelo qual à União pertence o domínio direto, concedendo-se ao particular o domínio útil.
(NOHARA, Irene Patrícia. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2011. p. 682).

§ 4º Remido o foro, o antigo titular do domínio direto deverá, no prazo de noventa dias, sob pena de
responsabilidade, confiar à guarda do registro de imóveis competente toda a documentação a ele relativa.

Art. 50. Lei agrícola a ser promulgada no prazo de um ano disporá, nos termos da Constituição, sobre
os objetivos e instrumentos de política agrícola, prioridades, planejamento de safras, comercialização,
abastecimento interno, mercado externo e instituição de crédito fundiário.

Art. 51. Serão revistos pelo Congresso Nacional, através de Comissão mista, nos três anos a contar da
data da promulgação da Constituição, todas as doações, vendas e concessões de terras públicas com área
superior a três mil hectares, realizadas no período de 1º de janeiro de 1962 a 31 de dezembro de 1987.

§ 1º No tocante às vendas, a revisão será feita com base exclusivamente no critério de legalidade da
operação.

§ 2º No caso de concessões e doações, a revisão obedecerá aos critérios de legalidade e de conveniência


do interesse público.

§ 3º Nas hipóteses previstas nos parágrafos anteriores, comprovada a ilegalidade, ou havendo interesse
público, as terras reverterão ao patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

Art. 52. Até que sejam fixadas as condições do art. 192, são vedados: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 40, de 2003)

768
I - a instalação, no País, de novas agências de instituições financeiras domiciliadas no exterior;

II - o aumento do percentual de participação, no capital de instituições financeiras com sede no País, de


pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior.

Parágrafo único. A vedação a que se refere este artigo não se aplica às autorizações resultantes de
acordos internacionais, de reciprocidade, ou de interesse do Governo brasileiro.

Art. 53. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segunda
Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, serão assegurados os seguintes
direitos:

I - aproveitamento no serviço público, sem a exigência de concurso, com estabilidade;

II - pensão especial correspondente à deixada por segundo-tenente das Forças Armadas, que poderá
ser requerida a qualquer tempo, sendo inacumulável com quaisquer rendimentos recebidos dos cofres
públicos, exceto os benefícios previdenciários, ressalvado o direito de opção;

III - em caso de morte, pensão à viúva ou companheira ou dependente, de forma proporcional, de valor
igual à do inciso anterior;

IV - assistência médica, hospitalar e educacional gratuita, extensiva aos dependentes;

V - aposentadoria com proventos integrais aos vinte e cinco anos de serviço efetivo, em qualquer
regime jurídico;

VI - prioridade na aquisição da casa própria, para os que não a possuam ou para suas viúvas ou
companheiras.

Parágrafo único. A concessão da pensão especial do inciso II substitui, para todos os efeitos legais,
qualquer outra pensão já concedida ao ex-combatente.

Art. 54. Os seringueiros recrutados nos termos do Decreto-Lei nº 5.813, de 14 de setembro de 1943, e
amparados pelo Decreto-Lei nº 9.882, de 16 de setembro de 1946, receberão, quando carentes, pensão
mensal vitalícia no valor de dois salários mínimos. (TRF1-2011) (DPU-2017)

§ 1º - O benefício é estendido aos seringueiros que, atendendo a apelo do Governo brasileiro,


contribuíram para o esforço de guerra, trabalhando na produção de borracha, na Região Amazônica,
durante a Segunda Guerra Mundial. (TRF1-2011) (DPU-2017)

§ 2º Os benefícios estabelecidos neste artigo são transferíveis aos dependentes reconhecidamente


carentes. (TRF1-2011) (DPU-2017)

§ 3º A concessão do benefício far-se-á conforme lei a ser proposta pelo Poder Executivo dentro de cento
e cinqüenta dias da promulgação da Constituição.

Art. 54-A. Os seringueiros de que trata o art. 54 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias receberão indenização, em parcela única, no valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil
reais). (Incluído pela Emenda Constitucional nº 78, de 2014) (Vide Emenda Constitucional nº 78, de 2014) (DPU-
2017)

Art. 55. Até que seja aprovada a lei de diretrizes orçamentárias, trinta por cento, no mínimo, do
orçamento da seguridade social, excluído o seguro-desemprego, serão destinados ao setor de saúde.

Art. 56. Até que a lei disponha sobre o art. 195, I, a arrecadação decorrente de, no mínimo, cinco dos
seis décimos percentuais correspondentes à alíquota da contribuição de que trata o Decreto-Lei nº 1.940, de
25 de maio de 1982, alterada pelo Decreto-Lei nº 2.049, de 1º de agosto de 1983, pelo Decreto nº 91.236, de 8
de maio de 1985, e pela Lei nº 7.611, de 8 de julho de 1987, passa a integrar a receita da seguridade social,
ressalvados, exclusivamente no exercício de 1988, os compromissos assumidos com programas e projetos
em andamento.
769
Art. 57. Os débitos dos Estados e dos Municípios relativos às contribuições previdenciárias até 30 de
junho de 1988 serão liquidados, com correção monetária, em cento e vinte parcelas mensais, dispensados os
juros e multas sobre eles incidentes, desde que os devedores requeiram o parcelamento e iniciem seu
pagamento no prazo de cento e oitenta dias a contar da promulgação da Constituição.

§ 1º O montante a ser pago em cada um dos dois primeiros anos não será inferior a cinco por cento do
total do débito consolidado e atualizado, sendo o restante dividido em parcelas mensais de igual valor.

§ 2º A liquidação poderá incluir pagamentos na forma de cessão de bens e prestação de serviços, nos
termos da Lei nº 7.578, de 23 de dezembro de 1986.

§ 3º Em garantia do cumprimento do parcelamento, os Estados e os Municípios consignarão,


anualmente, nos respectivos orçamentos as dotações necessárias ao pagamento de seus débitos.

§ 4º Descumprida qualquer das condições estabelecidas para concessão do parcelamento, o débito será
considerado vencido em sua totalidade, sobre ele incidindo juros de mora; nesta hipótese, parcela dos
recursos correspondentes aos Fundos de Participação, destinada aos Estados e Municípios devedores, será
bloqueada e repassada à previdência social para pagamento de seus débitos.

Art. 58. Os benefícios de prestação continuada, mantidos pela previdência social na data da
promulgação da Constituição, terão seus valores revistos, a fim de que seja restabelecido o poder
aquisitivo, expresso em número de salários mínimos, que tinham na data de sua concessão, obedecendo-
se a esse critério de atualização até a implantação do plano de custeio e benefícios referidos no artigo
seguinte. (PFN-2007)

Parágrafo único. As prestações mensais dos benefícios atualizadas de acordo com este artigo serão
devidas e pagas a partir do sétimo mês a contar da promulgação da Constituição.

Art. 59. Os projetos de lei relativos à organização da seguridade social e aos planos de custeio e de
benefício serão apresentados no prazo máximo de seis meses da promulgação da Constituição ao
Congresso Nacional, que terá seis meses para apreciá-los.

Parágrafo único. Aprovados pelo Congresso Nacional, os planos serão implantados progressivamente
nos dezoito meses seguintes.

Art. 60. A complementação da União referida no inciso IV do caput do art. 212-A da Constituição
Federal será implementada progressivamente até alcançar a proporção estabelecida no inciso V do caput do
mesmo artigo, a partir de 1º de janeiro de 2021, nos seguintes valores mínimos: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)

I - 12% (doze por cento), no primeiro ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

II - 15% (quinze por cento), no segundo ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

III - 17% (dezessete por cento), no terceiro ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)

IV - 19% (dezenove por cento), no quarto ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)

V - 21% (vinte e um por cento), no quinto ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)

VI - 23% (vinte e três por cento), no sexto ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)

##Atenção: ##STF: ##DOD: ##MPSE-2022: ##CESPE: Se o Estado ou Município receber da União


valores de complementação do FUNDEB, por força de condenação judicial, ele não precisa aplicar a
quantia recebida na forma do art. 60, XII, do ADCT 181: O caráter extraordinário dos valores de
complementação do FUNDEB pagos pela União aos estados e aos municípios, por força de condenação
770
judicial, justifica o afastamento da subvinculação prevista nos arts. 60, XII, do ADCT e 22 da Lei
11.494/07. É inconstitucional o pagamento de honorários advocatícios contratuais com recursos
destinados ao FUNDEB, o que representaria indevido desvio de verbas constitucionalmente
vinculadas à educação. STF. Plenário ADPF 528/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 18/3/22 (Info
1047).

§ 1º A parcela da complementação de que trata a alínea "b" do inciso V do caput do art. 212-A da
Constituição Federal observará, no mínimo, os seguintes valores: (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 108, de 2020)

I - 2 (dois) pontos percentuais, no primeiro ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)

II - 5 (cinco) pontos percentuais, no segundo ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)

III - 6,25 (seis inteiros e vinte e cinco centésimos) pontos percentuais, no terceiro ano; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

IV - 7,5 (sete inteiros e cinco décimos) pontos percentuais, no quarto ano; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)

V - 9 (nove) pontos percentuais, no quinto ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)

VI - 10,5 (dez inteiros e cinco décimos) pontos percentuais, no sexto ano. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)

§ 2º A parcela da complementação de que trata a alínea "c" do inciso V do caput do art. 212-A da
Constituição Federal observará os seguintes valores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)

I - 0,75 (setenta e cinco centésimos) ponto percentual, no terceiro ano; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)

II - 1,5 (um inteiro e cinco décimos) ponto percentual, no quarto ano; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)

III - 2 (dois) pontos percentuais, no quinto ano; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de
2020)

IV - 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais, no sexto ano. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 108, de 2020)

Art. 60-A. Os critérios de distribuição da complementação da União e dos fundos a que se refere o
inciso I do caput do art. 212-A da Constituição Federal serão revistos em seu sexto ano de vigência e, a
partir dessa primeira revisão, periodicamente, a cada 10 (dez) anos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
108, de 2020)

Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se
refere o caput do art. 212 desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na educação
básica e à remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas as seguintes disposições: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)

181
Redação anterior, dada pela EC 53/2006: Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta
Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se
refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à
remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 53, de 2006); (...) XII - proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de cada Fundo
referido no inciso I do caput deste artigo será destinada ao pagamento dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).
771
I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus
Municípios é assegurada mediante a instituição, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb), de natureza contábil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) (...)

Art. 61. As entidades educacionais a que se refere o art. 213, bem como as fundações de ensino e
pesquisa cuja criação tenha sido autorizada por lei, que preencham os requisitos dos incisos I e II do
referido artigo e que, nos últimos três anos, tenham recebido recursos públicos, poderão continuar a recebê-
los, salvo disposição legal em contrário.

Art. 62. A lei criará o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) nos moldes da legislação
relativa ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem
do Comércio (SENAC), sem prejuízo das atribuições dos órgãos públicos que atuam na área.

Art. 63. É criada uma Comissão composta de nove membros, sendo três do Poder Legislativo, três do
Poder Judiciário e três do Poder Executivo, para promover as comemorações do centenário da proclamação
da República e da promulgação da primeira Constituição republicana do País, podendo, a seu critério,
desdobrar-se em tantas subcomissões quantas forem necessárias.

Parágrafo único. No desenvolvimento de suas atribuições, a Comissão promoverá estudos, debates e


avaliações sobre a evolução política, social, econômica e cultural do País, podendo articular-se com os
governos estaduais e municipais e com instituições públicas e privadas que desejem participar dos eventos.

Art. 64. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, promoverão edição popular do texto integral da Constituição, que será posta à disposição das
escolas e dos cartórios, dos sindicatos, dos quartéis, das igrejas e de outras instituições representativas da
comunidade, gratuitamente, de modo que cada cidadão brasileiro possa receber do Estado um exemplar da
Constituição do Brasil.

Art. 65. O Poder Legislativo regulamentará, no prazo de doze meses, o art. 220, § 4º.

Art. 66. São mantidas as concessões de serviços públicos de telecomunicações atualmente em vigor, nos
termos da lei.

Art. 67. A União CONCLUIRÁ a DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS no prazo de cinco
anos a partir da promulgação da Constituição. (PGEPA-2011) (TRF5-2015)

Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que ESTEJAM OCUPANDO suas
terras É RECONHECIDA a PROPRIEDADE DEFINITIVA, DEVENDO o Estado EMITIR-LHES os
títulos respectivos. (Cartórios/TJPE-2013) (AGU-2013) (TRF4-2014) (PGEAC-2014) (PGEPA-2011/2015) (DPU-
2015) (PGEPR-2015) (MPF-2008/2011/2015/2017) (DPESC-2017) (DPEBA-2010/2021) (MPAP-2021)
(DPEAM-2021)

##Atenção: ##STF: ##MPAP-2021: ##CESPE: ADI. DECRETO 4.887/03. PROCEDIMENTO PARA


IDENTIFICAÇÃO, RECONHECIMENTO, DELIMITAÇÃO, DEMARCAÇÃO E TITULAÇÃO DAS
TERRAS OCUPADAS POR REMANESCENTES DAS COMUNIDADES DOS QUILOMBOS. ATO
NORMATIVO AUTÔNOMO. ART. 68 DO ADCT. DIREITO FUNDAMENTAL. EFICÁCIA PLENA E
IMEDIATA. INVASÃO DA ESFERA RESERVADA A LEI. ART. 84, IV E VI, "A", DA CF.
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. INOCORRÊNCIA. CRITÉRIO DE IDENTIFICAÇÃO.
AUTOATRIBUIÇÃO. TERRAS OCUPADAS. DESAPROPRIAÇÃO. ART. 2º, CAPUT E §§ 1º, 2º E 3º,
E ART. 13, CAPUT E § 2º, DO DECRETO 4.887/03. INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL.
INOCORRÊNCIA. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO. 1. Ato normativo autônomo, a retirar diretamente
da Constituição da República o seu fundamento de validade, o Decreto nº 4.887/2003 apresenta
densidade normativa suficiente a credenciá-lo ao controle abstrato de constitucionalidade. 2.
Inocorrente a invocada ausência de cotejo analítico na petição inicial entre o ato normativo atacado e
os preceitos da Constituição tidos como malferidos, uma vez expressamente indicados e esgrimidas as
razões da insurgência. 3. Não obsta a cognição da ação direta a falta de impugnação de ato jurídico
revogado pela norma tida como inconstitucional, supostamente padecente do mesmo vício, que se
teria por repristinada. Cabe à Corte, ao delimitar a eficácia da sua decisão, se o caso, excluir dos efeitos
772
da decisão declaratória eventual efeito repristinatório quando constatada incompatibilidade com a
ordem constitucional. 4. O art. 68 do ADCT assegura o direito dos remanescentes das comunidades
dos quilombos de ver reconhecida pelo Estado a propriedade sobre as terras que histórica e
tradicionalmente ocupam – direito fundamental de grupo étnico-racial minoritário dotado de eficácia
plena e aplicação imediata. Nele definidos o titular (remanescentes das comunidades dos quilombos),
o objeto (terras por eles ocupadas), o conteúdo (direito de propriedade), a condição (ocupação
tradicional), o sujeito passivo (Estado) e a obrigação específica (emissão de títulos), mostra-se apto o
art. 68 do ADCT a produzir todos os seus efeitos, independentemente de integração legislativa. 5.
Disponíveis à atuação integradora tão-somente os aspectos do art. 68 do ADCT que dizem com a
regulamentação do comportamento do Estado na implementação do comando constitucional, não se
identifica, na edição do Decreto 4.887/2003 pelo Poder Executivo, mácula aos postulados da legalidade
e da reserva de lei. Improcedência do pedido de declaração de inconstitucionalidade formal por
ofensa ao art. 84, IV e VI, da Constituição da República. 6. O compromisso do Constituinte com a
construção de uma sociedade livre, justa e solidária e com a redução das desigualdades sociais (art. 3º,
I e III, da CF) conduz, no tocante ao reconhecimento da propriedade das terras ocupadas pelos
remanescentes das comunidades dos quilombos, à convergência das dimensões da luta pelo
reconhecimento – expressa no fator de determinação da identidade distintiva de grupo étnico-cultural
– e da demanda por justiça socioeconômica, de caráter redistributivo – compreendida no fator de
medição e demarcação das terras. 7. Incorporada ao direito interno brasileiro, a Convenção 169 da
Organização Internacional do Trabalho – OIT sobre Povos Indígenas e Tribais, consagra a
"consciência da própria identidade" como critério para determinar os grupos tradicionais aos quais
aplicável, enunciando que Estado algum tem o direito de negar a identidade de um povo que se
reconheça como tal. 8. Constitucionalmente legítima, a adoção da autoatribuição como critério de
determinação da identidade quilombola, além de consistir em método autorizado pela antropologia
contemporânea, cumpre adequadamente a tarefa de trazer à luz os destinatários do art. 68 do ADCT,
em absoluto se prestando a inventar novos destinatários ou ampliar indevidamente o universo
daqueles a quem a norma é dirigida. O conceito vertido no art. 68 do ADCT não se aparta do
fenômeno objetivo nele referido, a alcançar todas as comunidades historicamente vinculadas ao uso
linguístico do vocábulo quilombo. Adequação do emprego do termo “quilombo” realizado pela
Administração Pública às balizas linguísticas e hermenêuticas impostas pelo texto-norma do art. 68 do
ADCT. Improcedência do pedido de declaração de inconstitucionalidade do art. 2°, § 1°, do Decreto
4.887/03. 9. Nos casos Moiwana v. Suriname (2005) e Saramaka v. Suriname (2007), a Corte
Interamericana de Direitos Humanos reconheceu o direito de propriedade de comunidades formadas
por descendentes de escravos fugitivos sobre as terras tradicionais com as quais mantêm relações
territoriais, ressaltando o compromisso dos Estados partes (Pacto de San José da Costa Rica, art. 21) de
adotar medidas para garantir o seu pleno exercício. 10. O comando para que sejam levados em
consideração, na medição e demarcação das terras, os critérios de territorialidade indicados pelos
remanescentes das comunidades quilombolas, longe de submeter o procedimento demarcatório ao
arbítrio dos próprios interessados, positiva o devido processo legal na garantia de que as
comunidades tenham voz e sejam ouvidas. Improcedência do pedido de declaração de
inconstitucionalidade do art. 2º, §§ 2º e 3º, do Decreto 4.887/03. 11. Diverso do que ocorre no tocante às
terras tradicionalmente ocupadas pelos índios – art. 231, § 6º – a Constituição não reputa nulos ou
extintos os títulos de terceiros eventualmente incidentes sobre as terras ocupadas por remanescentes
das comunidades dos quilombos, de modo que a regularização do registro exige o necessário o
procedimento expropriatório. A exegese sistemática dos arts. 5º, XXIV, 215 e 216 da Carta Política e art.
68 do ADCT impõe, quando incidente título de propriedade particular legítimo sobre as terras
ocupadas por quilombolas, seja o processo de transferência da propriedade mediado por regular
procedimento de desapropriação. Improcedência do pedido de declaração de inconstitucionalidade
material do art. 13 do Decreto 4.887/03. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente.
STF. Plenário. ADI 3239/DF, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red.p/ o ac. Min. Rosa Weber, j. 8/2/18 (Info
890).
(MPAP-2021-CESPE): O STF, no julgamento da ADI 3239, debateu diversos temas relacionados às
comunidades quilombolas. Tendo como referência essa temática e a posição majoritária do STF, julgue os
itens a seguir: Os remanescentes das comunidades dos quilombos têm direito de ver reconhecida, pelo
Estado, a sua propriedade sobre as terras que histórica e tradicionalmente ocupam, o que constitui direito
fundamental de grupo étnico-racial minoritário dotado de eficácia plena e aplicação imediata. BL: Info 890,
STF (item 4 da Ementa).

(MPF-2015): Assinale a alternativa correta: A despeito de situada no art. 68 do ADCT, a norma ali inscrita
tem propósitos permanentes, e de natureza prospectiva e alcança comunidades situadas no presente. BL:
art. 68, ADCT e Entend. Dout.

##Atenção: Conforme Walther Claudius Rothenburg, “parece-me que o aspecto mais relevantes de um

773
conceito adequado, tendo em vista as possibilidades de aplicação eficiente da norma do art. 68 ADCT (uma
perspectiva jurídico-pragmática, portanto), seja a projeção presente e futura: os quilombos em sua
contemporaneidade. Isso significa ampliar o campo de aplicação das normas jurídicas que se referem direta ou
indiretamente a quilombos, para reconhecer e proteger realidades atuais e não apenas a memória do passado [...] A
tônica da compreensão jurídica dos remanescentes de quilombos é prospectiva, alforriando a
interpretação da norma do art. 68 ADCT das amarras do passado”. (Fonte: ROTHENBURG. Walther
Claudius. Direito dos descendentes de escravos (remanescentes das comunidades de quilombos). In:
Revista Internacional de Direito e Cidadania, número 2, outubro de 2008, p. 192).

Art. 69. Será permitido aos Estados manter consultorias jurídicas separadas de suas Procuradorias-
Gerais ou Advocacias-Gerais, desde que, na data da promulgação da Constituição, tenham órgãos distintos
para as respectivas funções.

Art. 70. Fica mantida atual competência dos tribunais estaduais até a mesma seja definida na
Constituição do Estado, nos termos do art. 125, § 1º, da Constituição.

Art. 71. É instituído, nos exercícios financeiros de 1994 e 1995, bem assim nos períodos de 01/01/1996 a
30/06/97 e 01/07/97 a 31/12/1999, o Fundo Social de Emergência, com o objetivo de saneamento
financeiro da Fazenda Pública Federal e de estabilização econômica, cujos recursos serão aplicados
prioritariamente no custeio das ações dos sistemas de saúde e educação, incluindo a complementação de
recursos de que trata o § 3º do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, benefícios
previdenciários e auxílios assistenciais de prestação continuada, inclusive liquidação de passivo
previdenciário, e despesas orçamentárias associadas a programas de relevante interesse econômico e social.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 17, de 1997) (Vide Emenda Constitucional nº 17, de 1997)

§ 1º Ao Fundo criado por este artigo não se aplica o disposto na parte final do inciso II do § 9º do art.
165 da Constituição. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)

§ 2º O Fundo criado por este artigo passa a ser denominado Fundo de Estabilização Fiscal a partir do
início do exercício financeiro de 1996. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)

§ 3º O Poder Executivo publicará demonstrativo da execução orçamentária, de periodicidade bimestral,


no qual se discriminarão as fontes e usos do Fundo criado por este artigo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 10, de 1996)

Art. 72. Integram o Fundo Social de Emergência: (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 1, de
1994)

I - o produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza incidente na


fonte sobre pagamentos efetuados, a qualquer título, pela União, inclusive suas autarquias e fundações;
(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 1, de 1994) (Vide Emenda Constitucional nº 17, de 1997)

II - a parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza e


do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores mobiliários,
decorrente das alterações produzidas pela Lei nº 8.894, de 21 de junho de 1994, e pelas Leis nºs 8.849 e 8.848,
ambas de 28 de janeiro de 1994, e modificações posteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 10,
de 1996) (TRF1-2011)

III - a parcela do produto da arrecadação resultante da elevação da alíquota da contribuição social


sobre o lucro dos contribuintes a que se refere o § 1º do Art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a
qual, nos exercícios financeiros de 1994 e 1995, bem assim no período de 1º de janeiro de 1996 a 30 de junho
de 1997, passa a ser de trinta por cento, sujeita a alteração por lei ordinária, mantidas as demais normas da
Lei nº 7.689, de 15 de dezembro de 1988; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)

IV - vinte por cento do produto da arrecadação de todos os impostos e contribuições da União, já


instituídos ou a serem criados, excetuado o previsto nos incisos I, II e III, observado o disposto nos §§ 3º e
4º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)

V - a parcela do produto da arrecadação da contribuição de que trata a Lei Complementar nº 7, de 7 de


setembro de 1970, devida pelas pessoas jurídicas a que se refere o inciso III deste artigo, a qual será
calculada, nos exercícios financeiros de 1994 a 1995, bem assim nos períodos de 1ºde janeiro de 1996 a 30 de
774
junho de 1997 e de 1º de julho de 1997 a 31 de dezembro de 1999, mediante a aplicação da alíquota de
setenta e cinco centésimos por cento, sujeita a alteração por lei ordinária posterior, sobre a receita bruta
operacional, como definida na legislação do imposto sobre renda e proventos de qualquer
natureza. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 17, de 1997) (Vide Emenda Constitucional nº 17, de
1997)

VI - outras receitas previstas em lei específica. (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 1, de
1994)

§ 1º As alíquotas e a base de cálculo previstas nos incisos III e V aplicar-se-ão a partir do primeiro dia
do mês seguinte aos noventa dias posteriores à promulgação desta Emenda. (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 1, de 1994)

§ 2º As parcelas de que tratam os incisos I, II, III e V serão previamente deduzidas da base de cálculo de
qualquer vinculação ou participação constitucional ou legal, não se lhes aplicando o disposto nos artigos,
159, 212 e 239 da Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)

§ 3º A parcela de que trata o inciso IV será previamente deduzida da base de cálculo das vinculações
ou participações constitucionais previstas nos artigos 153, § 5º, 157, II, 212 e 239 da Constituição. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)

§ 4º O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos recursos previstos nos Artigos 158, II e 159 da
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 10, de 1996)

§ 5º A parcela dos recursos provenientes do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza,
destinada ao Fundo Social de Emergência, nos termos do inciso II deste artigo, não poderá exceder a cinco
inteiros e seis décimos por cento do total do produto da sua arrecadação. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 10, de 1996)

Art. 73. Na regulação do Fundo Social de Emergência não poderá ser utilizado o instrumento previsto
no inciso V do art. 59 da Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 1, de 1994)

Art. 74. A União poderá instituir contribuição provisória sobre movimentação ou transmissão de
valores e de créditos e direitos de natureza financeira. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 12, de 1996)

§ 1º A alíquota da contribuição de que trata este artigo não excederá a vinte e cinco centésimos por
cento, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou restabelecê-la, total ou parcialmente, nas condições e
limites fixados em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 12, de 1996)

§ 2º A contribuição de que trata este artigo não se aplica o disposto nos arts. 153, § 5º, e 154, I, da
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 12, de 1996)

§ 3º O produto da arrecadação da contribuição de que trata este artigo [obs.: CPMF] SERÁ
DESTINADO INTEGRALMENTE ao FUNDO NACIONAL DE SAÚDE, para financiamento das ações e
serviços de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 12, de 1996)

(TJPI-2007-CESPE): Constitui tributo arrecadado pela União e que não é distribuído com as unidades da
Federação: a contribuição provisória sobre a movimentação financeira. BL: art. 74, §3º, ADCT.

§ 4º A contribuição de que trata este artigo terá sua exigibilidade subordinada ao disposto no art. 195, §
6º, da Constituição, e não poderá ser cobrada por prazo superior a dois anos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 12, de 1996)

Art. 75. É prorrogada, por trinta e seis meses, a cobrança da contribuição provisória sobre
movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira de que trata o art.
74, instituída pela Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996, modificada pela Lei nº 9.539, de 12 de dezembro
de 1997, cuja vigência é também prorrogada por idêntico prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 21,
de 1999)

775
§ 1º Observado o disposto no § 6º do art. 195 da Constituição Federal, a alíquota da contribuição será
de trinta e oito centésimos por cento, nos primeiros doze meses, e de trinta centésimos, nos meses
subseqüentes, facultado ao Poder Executivo reduzi-la total ou parcialmente, nos limites aqui definidos.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 21, de 1999)

§ 2º O resultado do aumento da arrecadação, decorrente da alteração da alíquota, nos exercícios


financeiros de 1999, 2000 e 2001, será destinado ao custeio da previdência social. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 21, de 1999)

§ 3º É a União autorizada a emitir títulos da dívida pública interna, cujos recursos serão destinados ao
custeio da saúde e da previdência social, em montante equivalente ao produto da arrecadação da
contribuição, prevista e não realizada em 1999. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 21, de 1999) (Vide
ADIN nº 2.031-5)

Art. 76. SÃO DESVINCULADOS de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2024, 30%
(trinta por cento) da arrecadação da União relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento
das despesas do Regime Geral de Previdência Social, às contribuições de intervenção no domínio
econômico e às taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a referida data . (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Emenda constitucional nº 93) Produção de efeitos

§ 2° EXCETUA-SE da desvinculação de que trata o caput a arrecadação da contribuição social do


salário-educação a que se refere o § 5º do art. 212 da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 68, de 2011). (Cartórios/TJPE-2013) (MPCPA-2019) (PGM-Teresina/PI-2022)

Art. 212. (...)


§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-
educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
(Vide Decreto nº 6.003, de 2006)

(Cartórios/TJPE-2013-FCC): Sobre a Desvinculação de Receitas da União (DRU) é correto afirmar:


Excetua-se da desvinculação a arrecadação da contribuição social do salário-educação, recolhida pelas
empresas na forma da lei. BL: art. 76, §2º, ADCT.

§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Emenda constitucional nº 93)

§ 4º A desvinculação de que trata o caput NÃO SE APLICA às receitas das contribuições sociais
destinadas ao custeio da seguridade social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (PGM-
Teresina/PI-2022)

##Atenção: ##STF: ##DPEPA-2015 ##TJSP-2018: ##FMP: ##VUNESP: A desvinculação de parte do


produto da arrecadação das contribuições sociais, de acordo com o entendimento do STF, não padece de
inconstitucionalidade, desde que seja feita através de emenda constitucional. Não pode por meio por lei.
Nesse sentido é o entendimento do STF.

##Atenção: ##STF: ##PGEGO-2013: ##DPEPA-2015 ##TJSP-2018: ##FMP: ##VUNESP: TRIBUTO.


Contribuição social. Art. 76 do ADCT. Emenda Constitucional nº 27/2000. Desvinculação de 20% do
produto da arrecadação. Admissibilidade. Inexistência de ofensa a cláusula pétrea. Negado
seguimento ao recurso. Não é inconstitucional a desvinculação de parte da arrecadação de contribuição
social, levada a efeito por emenda constitucional. STF. 2ª T., RE 537610, Rel. Cezar Peluso, j. 01/12/09.
Contribuição social. Art. 76 do ADCT. Emenda Constitucional nº 27/00. [...] Ademais, é de se observar
que a norma que determina a vinculação da destinação do produto da arrecadação das contribuições
sociais não assume caráter de cláusula pétrea, uma vez não contemplada pelo art. 60 ,§ 4º , da CF. (...)
Destarte, nada impede que Emenda Constitucional estatua desvinculação de receitas, como fizeram as
Emendas Constitucionais nº 27 /00 e 42/03. (FONTE:
http://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14308520/recurso-extraordinario-re-614184-rs-stf).
(PGEGO-2013): Não é considerada cláusula pétrea, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
a arrecadação das contribuições sociais. BL: Entend. Jurisprud. e art. 76, ADCT.

776
Art. 76-A. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta
por cento) das receitas dos Estados e do Distrito Federal relativas a impostos, taxas e multas, já
instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos
legais, e outras receitas correntes. (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93) (DPEPR-2017)

Parágrafo único. EXCETUAM-SE da desvinculação de que trata o caput: (Incluído dada pela Emenda
constitucional nº 93)

I - recursos destinados ao financiamento das ações e serviços públicos de saúde e à manutenção e


desenvolvimento do ensino de que tratam, respectivamente, os incisos II e III do § 2º do art. 198 e o art. 212
da Constituição Federal; (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93)

II - receitas que pertencem aos Municípios decorrentes de transferências previstas na Constituição


Federal; (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93)

III - receitas de contribuições previdenciárias e de assistência à saúde dos servidores; (Incluído dada
pela Emenda constitucional nº 93)

IV - demais transferências obrigatórias e voluntárias entre entes da Federação com destinação


especificada em lei; (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93)

V - fundos instituídos pelo Poder Judiciário, pelos Tribunais de Contas, pelo Ministério Público,
pelas Defensorias Públicas e pelas Procuradorias-Gerais dos Estados e do Distrito Federal. (Incluído dada
pela Emenda constitucional nº 93) (DPEPR-2017)

Art. 76-B. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por
cento) das receitas dos Municípios relativas a impostos, taxas e multas, já instituídos ou que vierem a ser
criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais, e outras receitas correntes.
(Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93) Produção de efeitos

Parágrafo único. Excetuam-se da desvinculação de que trata o caput: (Incluído dada pela Emenda
constitucional nº 93) Produção de efeitos

I - recursos destinados ao financiamento das ações e serviços públicos de saúde e à manutenção e


desenvolvimento do ensino de que tratam, respectivamente, os incisos II e III do § 2º do art. 198 e o art. 212
da Constituição Federal; (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93) Produção de efeitos

II - receitas de contribuições previdenciárias e de assistência à saúde dos servidores; (Incluído dada


pela Emenda constitucional nº 93) Produção de efeitos

III - transferências obrigatórias e voluntárias entre entes da Federação com destinação especificada
em lei; (Incluído dada pela Emenda constitucional nº 93) Produção de efeitos

IV - fundos instituídos pelo Tribunal de Contas do Município. (Incluído dada pela Emenda
constitucional nº 93) Produção de efeitos

Art. 77. Até o exercício financeiro de 2004, os recursos mínimos aplicados nas ações e serviços públicos
de saúde serão equivalentes: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (MPPR-2008)

I – no caso da União: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

a) no ano 2000, o montante empenhado em ações e serviços públicos de saúde no exercício financeiro
de 1999 acrescido de, no mínimo, cinco por cento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

b) do ano 2001 ao ano 2004, o valor apurado no ano anterior, corrigido pela variação nominal do
Produto Interno Bruto – PIB; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

777
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por cento do produto da arrecadação dos impostos
a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II,
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; e (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)

III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, quinze por cento do produto da arrecadação dos
impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que apliquem percentuais inferiores aos fixados nos
incisos II e III deverão elevá-los gradualmente, até o exercício financeiro de 2004, reduzida a diferença à
razão de, pelo menos, um quinto por ano, sendo que, a partir de 2000, a aplicação será de pelo menos sete
por cento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

§ 2º Dos recursos da União apurados nos termos deste artigo, quinze por cento, no mínimo, serão
aplicados nos Municípios, segundo o critério populacional, em ações e serviços básicos de saúde, na forma
da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

§ 3º Os recursos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados às ações e serviços
públicos de saúde e os transferidos pela União para a mesma finalidade SERÃO APLICADOS por meio de
FUNDO DE SAÚDE que será acompanhado e fiscalizado por Conselho de Saúde, sem prejuízo do disposto
no art. 74 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) (MPPR-2008) (MPMA-
2014) (MPBA-2018)

##Atenção: ##MPPR-2008: ##Sanitário: Os recursos públicos destinados às ações e serviços de saúde,


em todos os casos, devem ser aplicados, obrigatoriamente, por intermédio dos fundos de saúde, já que é
a forma de aplicação e transferência de recursos (ADCT, art. 77, § 3º).

§ 4º Na ausência da lei complementar a que se refere o art. 198, § 3º, a partir do exercício financeiro de
2005, aplicar-se-á à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o disposto neste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

Art. 78. Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentícia,
os de que trata o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações
e os que já tiverem os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios
pendentes na data de promulgação desta Emenda e os que decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de
dezembro de 1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em
prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a cessão dos créditos .
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) (PGERO-2011) (AGU-2012) (PGM-Salvador/BA-2015)
(MPPR-2021)

##Atenção: ##Reperc. Geral- STF – Tema 521: ##MPPR-2021:: O pagamento parcelado dos créditos não
alimentares, na forma do art. 78 do ADCT, não caracteriza preterição indevida de precatórios
alimentares, desde que os primeiros tenham sido inscritos em exercício anterior ao da apresentação
dos segundos, uma vez que, ressalvados os créditos de que trata o art. 100, § 2º, da Constituição, o
pagamento dos precatórios deve observar as seguintes diretrizes: (1) a divisão e a organização das
classes ocorrem segundo o ano de inscrição; (2) inicia-se o pagamento pelo exercício mais antigo em
que há débitos pendentes; (3) quitam-se primeiramente os créditos alimentares; depois, os não
alimentares do mesmo ano; (4) passa-se, então, ao ano seguinte da ordem cronológica, repetindo-se o
esquema de pagamento; e assim sucessivamente. STF. Plenário. RE 612707, Rel. Min. Edson Fachin, j.
15/05/20.

§ 1º É permitida a decomposição de parcelas, a critério do credor. (Incluído pela Emenda Constitucional


nº 30, de 2000)

§ 2º As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão, se não liquidadas até o final do
exercício a que se referem, poder liberatório do pagamento de tributos da entidade devedora. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 30, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

778
§ 3º O prazo referido no caput deste artigo fica reduzido para dois anos, nos casos de precatórios
judiciais originários de desapropriação de imóvel residencial do credor, desde que comprovadamente
único à época da imissão na posse. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) (DPESP-2006)

§ 4º O Presidente do Tribunal competente DEVERÁ, vencido o prazo ou em caso de omissão no


orçamento, ou preterição ao direito de precedência, a requerimento do credor, REQUISITAR ou
DETERMINAR o SEQÜESTRO DE RECURSOS FINANCEIROS da entidade executada, suficientes à
satisfação da prestação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) (PGESP-2012) (AGU-2012)

(PGESP-2012-FCC): O sequestro de verbas públicas, a pedido do credor, é possível em duas hipóteses:


preterição do direito de precedência na ordem cronológica de precatórios e falta de alocação no
orçamento do valor necessário à satisfação do crédito. BL: art. 78, §4º, ADCT.

Art. 79. É INSTITUÍDO, para vigorar até o ano de 2010, no âmbito do Poder Executivo Federal, o
FUNDO DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA, a ser regulado por lei complementar com o
objetivo de viabilizar a todos os brasileiros acesso a níveis dignos de subsistência, cujos recursos serão
aplicados em ações suplementares de nutrição, habitação, educação, saúde, reforço de renda familiar e
outros programas de relevante interesse social voltados para melhoria da qualidade de vida. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Vide Emenda
Constitucional nº 67, de 2010) (TJSP-2009) (MPMA-2014) (PGM-Recife/PE-2014)

Parágrafo único. O Fundo previsto neste artigo terá Conselho Consultivo e de Acompanhamento
que conte com a participação de representantes da sociedade civil, nos termos da lei. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (PGM-Recife/PE-2014)

(PGM-Recife/PE-2014-FCC): O Fundo de Combate e Erradicação à Pobreza foi instituído com o objetivo


de viabilizar a todos os brasileiros acesso a níveis dignos de subsistência. Seus recursos, nos termos do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, se destinam a financiar ações suplementares de
nutrição, habitação, educação, saúde, reforço de renda familiar e outros programas de interesse social
voltados para melhoria da qualidade de vida. Conforme seu regime constitucional, o Fundo vigora por
tempo indeterminado, devendo ter em sua estrutura Conselho Consultivo e de Acompanhamento que
conte com representantes da sociedade civil. BL: art. 79, caput e § único, ADCT c/c art. 1º da EC 67/10.182

Art. 80. COMPÕEM o FUNDO DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA: (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 67, de 2010)

I – a parcela do produto da arrecadação correspondente a um adicional de oito centésimos por cento,


aplicável de 18 de junho de 2000 a 17 de junho de 2002, na alíquota da contribuição social de que trata o
art. 75 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de
2000) (PGM-Recife/PE-2014)

II – a parcela do produto da arrecadação correspondente a um adicional de cinco pontos percentuais


na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, ou do imposto que vier a substituí-lo,
incidente sobre produtos supérfluos e aplicável até a extinção do Fundo; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 31, de 2000) (TJSP-2009) (DPEGO-2014) (PGM-Recife/PE-2014)

III – o produto da arrecadação do imposto de que trata o art. 153, inciso VII, da Constituição;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (DPEGO-2014) (PGM-Recife/PE-2014)

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...)


VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

IV – dotações orçamentárias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (PGM-Recife/PE-2014)

182
Art. 1º Prorrogam-se, por tempo indeterminado, o prazo de vigência do Fundo de Combate e Erradicação da
Pobreza a que se refere o caput do art. 79 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e, igualmente, o
prazo de vigência da Lei Complementar nº 111, de 6 de julho de 2001, que "Dispõe sobre o Fundo de Combate e
Erradicação da Pobreza, na forma prevista nos arts. 79, 80 e 81 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias".
779
V– doações, de qualquer natureza, de pessoas físicas ou jurídicas do País ou do exterior ; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (PGM-Recife/PE-2014)

VI – outras receitas, a serem definidas na regulamentação do referido Fundo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 31, de 2000) (PGM-Recife/PE-2014)

§ 1º Aos recursos integrantes do Fundo de que trata este artigo NÃO SE APLICA o disposto nos arts.
159 e 167, inciso IV, da Constituição, assim como qualquer desvinculação de recursos orçamentários.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000)

Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007)


I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre
produtos industrializados, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 112, de 2021)
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito
Federal;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos
regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos
destinados à Região, na forma que a lei estabelecer;
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do
mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014)
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de setembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021)
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e
ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art.
177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei,
observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 44, de 2004)
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a
parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a
que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido,
em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que
receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento
serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (...)

Art. 167. São vedados: (...)


IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto
da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação
de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto
no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

(DPEGO-2014-UFG): O orçamento público constitui importante instrumento assecuratório de direitos


fundamentais. Por isso, a Constituição de 1988 prevê título específico para as Finanças Públicas. Nesse
contexto, a vinculação da receita de impostos para o Fundo de Combate à Pobreza é exceção ao princípio
orçamentário da não afetação de receita de impostos. BL: art. 80, §1º, ADCT c/c art. 167, IV, CF.

§ 2º A arrecadação decorrente do disposto no inciso I deste artigo, no período compreendido entre 18


de junho de 2000 e o início da vigência da lei complementar a que se refere a art. 79, será integralmente
repassada ao Fundo, preservado o seu valor real, em títulos públicos federais, progressivamente resgatáveis
após 18 de junho de 2002, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000)

780
Art. 81. É instituído Fundo constituído pelos recursos recebidos pela União em decorrência da
desestatização de sociedades de economia mista ou empresas públicas por ela controladas, direta ou
indiretamente, quando a operação envolver a alienação do respectivo controle acionário a pessoa ou
entidade não integrante da Administração Pública, ou de participação societária remanescente após a
alienação, cujos rendimentos, gerados a partir de 18 de junho de 2002, reverterão ao FUNDO DE
COMBATE E ERRADICAÇÃO DE POBREZA. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000) (Vide
Emenda Constitucional nº 67, de 2010) (DPEGO-2014)

§ 1º Caso o montante anual previsto nos rendimentos transferidos ao Fundo de Combate e Erradicação
da Pobreza, na forma deste artigo, não alcance o valor de quatro bilhões de reais. far-se-à complementação
na forma do art. 80, inciso IV, do Ato das disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 31, de 2000)

§ 2º Sem prejuízo do disposto no § 1º, o Poder Executivo poderá destinar ao Fundo a que se refere este
artigo outras receitas decorrentes da alienação de bens da União. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 31,
de 2000)

§ 3º A constituição do Fundo a que se refere o caput, a transferência de recursos ao Fundo de Combate


e Erradicação da Pobreza e as demais disposições referentes ao § 1º deste artigo serão disciplinadas em lei,
não se aplicando o disposto no art. 165, § 9º, inciso II, da Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 31, de 2000)

Art. 82. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem instituir Fundos de Combate à
Pobreza, com os recursos de que trata este artigo e outros que vierem a destinar, devendo os referidos
Fundos ser geridos por entidades que contem com a participação da sociedade civil. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 31, de 2000)

§ 1º Para o financiamento dos Fundos Estaduais e Distrital, poderá ser criado adicional de até dois
pontos percentuais na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, sobre os
produtos e serviços supérfluos e nas condições definidas na lei complementar de que trata o art. 155, §
2º, XII, da Constituição, não se aplicando, sobre este percentual, o disposto no art. 158, IV, da
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (PGESE-2005)

(PGESE-2005-FCC): A respeito dos tributos previstos na Constituição Federal, é correto afirmar: Apesar
de os impostos serem tributos não vinculados, os Estados poderão instituir adicional de até dois pontos
percentuais na alíquota do ICMS, sobre os produtos e serviços supérfluos e nas condições definidas na lei
complementar de que trata o art. 155, § 2º , XII, da Constituição Federal, vinculado a um Fundo de
Combate à Pobreza. BL: art. 82, caput e §1º, ADCT.

§ 2º Para o financiamento dos Fundos Municipais, poderá ser criado adicional de até meio ponto
percentual na alíquota do Imposto sobre serviços ou do imposto que vier a substituí-lo, sobre serviços
supérfluos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 2000)

Art. 83. Lei federal definirá os produtos e serviços supérfluos a que se referem os arts. 80, II, e 82, § 2º .
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 84. A contribuição provisória sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos e


direitos de natureza financeira, prevista nos arts. 74, 75 e 80, I, deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, será cobrada até 31 de dezembro de 2004. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

§ 1º Fica prorrogada, até a data referida no caput deste artigo, a vigência da Lei nº 9.311, de 24 de
outubro de 1996, e suas alterações.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

§ 2º Do produto da arrecadação da contribuição social de que trata este artigo será destinada a parcela
correspondente à alíquota de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

I - vinte centésimos por cento ao Fundo Nacional de Saúde, para financiamento das ações e serviços de
saúde; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

781
II - dez centésimos por cento ao custeio da previdência social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
37, de 2002)

III - oito centésimos por cento ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, de que tratam os arts.
80 e 81 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de
2002)

§ 3º A alíquota da contribuição de que trata este artigo será de: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 37, de 2002)

I - trinta e oito centésimos por cento, nos exercícios financeiros de 2002 e 2003; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)

II - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 85. A contribuição a que se refere o art. 84 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
não incidirá, a partir do trigésimo dia da data de publicação desta Emenda Constitucional, nos
lançamentos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

I - em contas correntes de depósito especialmente abertas e exclusivamente utilizadas para operações


de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (Vide Lei nº 10.982, de 2004)

a) câmaras e prestadoras de serviços de compensação e de liquidação de que trata o parágrafo único do


art. 2º da Lei nº 10.214, de 27 de março de 2001; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

b) companhias securitizadoras de que trata a Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

c) sociedades anônimas que tenham por objeto exclusivo a aquisição de créditos oriundos de operações
praticadas no mercado financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

II - em contas correntes de depósito, relativos a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

a) operações de compra e venda de ações, realizadas em recintos ou sistemas de negociação de bolsas


de valores e no mercado de balcão organizado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

b) contratos referenciados em ações ou índices de ações, em suas diversas modalidades, negociados em


bolsas de valores, de mercadorias e de futuros; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

III - em contas de investidores estrangeiros, relativos a entradas no País e a remessas para o exterior de
recursos financeiros empregados, exclusivamente, em operações e contratos referidos no inciso II deste
artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

§ 1º O Poder Executivo disciplinará o disposto neste artigo no prazo de trinta dias da data de
publicação desta Emenda Constitucional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

§ 2º O disposto no inciso I deste artigo aplica-se somente às operações relacionadas em ato do Poder
Executivo, dentre aquelas que constituam o objeto social das referidas entidades. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)

§ 3º O disposto no inciso II deste artigo aplica-se somente a operações e contratos efetuados por
intermédio de instituições financeiras, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades
distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de mercadorias. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)

Art. 86. Serão pagos conforme disposto no art. 100 da Constituição Federal, não se lhes aplicando a
regra de parcelamento estabelecida no caput do art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, os débitos da Fazenda Federal, Estadual, Distrital ou Municipal oriundos de sentenças
transitadas em julgado, que preencham, cumulativamente, as seguintes condições: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)

782
I - ter sido objeto de emissão de precatórios judiciários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de
2002)

II - ter sido definidos como de pequeno valor pela lei de que trata o § 3º do art. 100 da Constituição
Federal ou pelo art. 87 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)

III - estar, total ou parcialmente, pendentes de pagamento na data da publicação desta Emenda
Constitucional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

§ 1º Os débitos a que se refere o caput deste artigo, ou os respectivos saldos, serão pagos na ordem
cronológica de apresentação dos respectivos precatórios, com precedência sobre os de maior valor. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

§ 2º Os débitos a que se refere o caput deste artigo, se ainda não tiverem sido objeto de pagamento
parcial, nos termos do art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, poderão ser pagos em
duas parcelas anuais, se assim dispuser a lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

§ 3º Observada a ordem cronológica de sua apresentação, os débitos de natureza alimentícia previstos


neste artigo terão precedência para pagamento sobre todos os demais. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 37, de 2002)

Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e o art. 78 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que se dê a
publicação oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado o disposto no § 4º
do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em precatório judiciário, que
tenham valor igual ou inferior a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (PGEPA-2012)
(DPERN-2015) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TCERO-2019) (TCEAM-2021)

CF/88:
Art. 100. (...)
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em
virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades
de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior
benefício do regime geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).

ADCT:
Art. 78. Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentícia, os
de que trata o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações e os que
já tiverem os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na data de
promulgação desta Emenda e os que decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de dezembro de 1999 serão
liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em prestações anuais, iguais e
sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a cessão dos créditos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 30, de 2000)
§ 1º É permitida a decomposição de parcelas, a critério do credor. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 30, de 2000)
§ 2º As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão, se não liquidadas até o final do
exercício a que se referem, poder liberatório do pagamento de tributos da entidade devedora. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 30, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
§ 3º O prazo referido no caput deste artigo fica reduzido para dois anos, nos casos de precatórios judiciais
originários de desapropriação de imóvel residencial do credor, desde que comprovadamente único à época da
imissão na posse. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)

§ 4º O Presidente do Tribunal competente deverá, vencido o prazo ou em caso de omissão no orçamento,


ou preterição ao direito de precedência, a requerimento do credor, requisitar ou determinar o seqüestro de
recursos financeiros da entidade executada, suficientes à satisfação da prestação. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 30, de 2000)

783
I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (PGEPA-2012) (DPERN-2015) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (TCERO-2019)

II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 37, de 2002) (PGEPA-2012) (DPERN-2015) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TCERO-
2019) (TCEAM-2021)

Parágrafo único. Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido neste artigo, o pagamento far-se-á,
sempre, por meio de precatório, SENDO FACULTADA à parte exeqüente a renúncia ao crédito do valor
excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o precatório, da forma prevista no § 3º do
art. 100. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (PGEPA-2012) (DPERN-2015) (PGM-João
Pessoa/PB-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019) (TCEAM-2021)

##Atenção: ##DOD: ##STF: ##PGM-João Pessoa/PB-2018: ##PGM-Manaus/AM-2018: ##TCEAM-


2021: ##CESPE: ##FGV: Os Estados-membros podem editar leis reduzindo a quantia considerada
como de pequeno valor, para fins de RPV, prevista no art. 87 do ADCT da CF/88. É lícito aos entes
federados fixar o valor máximo para essa especial modalidade de pagamento, desde que se obedeça ao
princípio constitucional da proporcionalidade. STF. Plenário. ADI 4332/RO, Rel. Min. Alexandre de
Moraes, j. 7/2/18 (Info 890).

(DPERN-2015-CESPE): Os pagamentos devidos pela fazenda pública em virtude de sentença judicial


far-se-ão mediante precatório, salvo quando forem pertinentes a obrigações definidas em lei como de
pequeno valor. Caso não haja lei específica do ente da Federação, considerar-se-ão como de pequeno
valor os débitos ou obrigações da fazenda pública estadual que tenham valor igual ou inferior a quarenta
salários mínimos. BL: art. 87, ADCT e art. 60, III da CF.

Art. 88. Enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos incisos I e III do § 3º do art.
156 da Constituição Federal, o imposto a que se refere o inciso III do caput do mesmo artigo: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (PGM-Recife/PE-2014) (TJPE-2015) (PGM-Salvador/BA-2015)

I – terá alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços a que se referem os itens 32, 33 e
34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002) (PGM-Recife/PE-2014) (PGM-Salvador/BA-2015)

II – não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que resulte, direta
ou indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso I. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002) (TJPE-2015)

Art. 89. Os integrantes da carreira policial militar e os servidores municipais do ex-Território Federal
de Rondônia que, comprovadamente, se encontravam no exercício regular de suas funções prestando
serviço àquele ex-Território na data em que foi transformado em Estado, bem como os servidores e os
policiais militares alcançados pelo disposto no art. 36 da Lei Complementar nº 41, de 22 de dezembro de
1981, e aqueles admitidos regularmente nos quadros do Estado de Rondônia até a data de posse do
primeiro Governador eleito, em 15 de março de 1987, constituirão, mediante opção, quadro em extinção da
administração federal, assegurados os direitos e as vantagens a eles inerentes, vedado o pagamento, a
qualquer título, de diferenças remuneratórias. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 60, de 2009)

§ 1º Os membros da Polícia Militar continuarão prestando serviços ao Estado de Rondônia, na


condição de cedidos, submetidos às corporações da Polícia Militar, observadas as atribuições de função
compatíveis com o grau hierárquico. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 60, de 2009)

§ 2º Os servidores a que se refere o caput continuarão prestando serviços ao Estado de Rondônia na


condição de cedidos, até seu aproveitamento em órgão ou entidade da administração federal direta,
autárquica ou fundacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 60, de 2009)

Art. 90. O prazo previsto no caput do art. 84 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias fica
prorrogado até 31 de dezembro de 2007. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

784
§ 1º Fica prorrogada, até a data referida no caput deste artigo, a vigência da Lei nº 9.311, de 24 de
outubro de 1996, e suas alterações. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

§ 2º Até a data referida no caput deste artigo, a alíquota da contribuição de que trata o art. 84 deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias será de trinta e oito centésimos por cento. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 91. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 1º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 2º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 3º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 4º Os Estados e o Distrito Federal deverão apresentar à União, nos termos das instruções baixadas
pelo Ministério da Fazenda, as informações relativas ao imposto de que trata o art. 155, II, declaradas pelos
contribuintes que realizarem operações ou prestações com destino ao exterior . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 92. São acrescidos dez anos ao prazo fixado no art. 40 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 92-A. São acrescidos 50 (cinquenta) anos ao prazo fixado pelo art. 92 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 83, de 2014)

Art. 93. A vigência do disposto no art. 159, III, e § 4º, iniciará somente após a edição da lei de que trata
o referido inciso III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 94. Os regimes especiais de tributação para microempresas e empresas de pequeno porte próprios
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cessarão a partir da entrada em vigor do
regime previsto no art. 146, III, d, da Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda
Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática
ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do
Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)

Art. 96. FICAM CONVALIDADOS os atos de CRIAÇÃO, FUSÃO, INCORPORAÇÃO e


DESMEMBRAMENTO de Municípios, cuja lei TENHA SIDO PUBLICADA até 31 de dezembro de 2006,
ATENDIDOS os REQUISITOS estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 57, de 2008). (PGEAL-2009) (MPPB-2010) (PGEPR-2015) (MPGO-2016)

##Atenção: ##STF: ##MPGO-2016: Conforme o STF, com o advento da EC 57/08, foram convalidados
os atos de criação de Municípios cuja lei tenha sido publicada até 31-12-06, atendidos os requisitos na
legislação do respectivo Estado à época de sua criação. A Lei 11.375/99 foi publicada nos termos do art.
9º da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, alterado pela EC 20/97, pelo que a criação do
Município de Pinto Bandeira foi convalidada. STF. ADI 2.381 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-3-2011.

(TJRS-2016-Faurgs): Tendo em vista o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, considere a


seguinte afirmação: O art. 96 convalidou os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de
Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos
estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação. BL: art. 96, ADCT.

Art. 97. Até que seja editada a lei complementar de que trata o § 15 do art. 100 da Constituição Federal,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, na data de publicação desta Emenda Constitucional,
estejam em mora na quitação de precatórios vencidos, relativos às suas administrações direta e indireta,
inclusive os emitidos durante o período de vigência do regime especial instituído por este artigo, farão esses
pagamentos de acordo com as normas a seguir estabelecidas, sendo inaplicável o disposto no art. 100 desta
Constituição Federal, exceto em seus §§ 2º, 3º, 9º, 10, 11, 12, 13 e 14, e sem prejuízo dos acordos de juízos

785
conciliatórios já formalizados na data de promulgação desta Emenda Constitucional. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009) [Obs.: Declarado integralmente
INCONSTITUCIONAL pelo STF]

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios sujeitos ao regime especial de que trata este artigo
optarão, por meio de ato do Poder Executivo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

I - pelo depósito em conta especial do valor referido pelo § 2º deste artigo; ou (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009)

II - pela adoção do regime especial pelo prazo de até 15 (quinze) anos, caso em que o percentual a ser
depositado na conta especial a que se refere o § 2º deste artigo corresponderá, anualmente, ao saldo total
dos precatórios devidos, acrescido do índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança e de
juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança para fins de
compensação da mora, excluída a incidência de juros compensatórios, diminuído das amortizações e
dividido pelo número de anos restantes no regime especial de pagamento. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009)

§ 2º Para saldar os precatórios, vencidos e a vencer, pelo regime especial, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios devedores depositarão mensalmente, em conta especial criada para tal fim, 1/12 (um doze
avos) do valor calculado percentualmente sobre as respectivas receitas correntes líquidas, apuradas no
segundo mês anterior ao mês de pagamento, sendo que esse percentual, calculado no momento de opção
pelo regime e mantido fixo até o final do prazo a que se refere o § 14 deste artigo, será: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

I - para os Estados e para o Distrito Federal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

a) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), para os Estados das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, ou cujo estoque de precatórios pendentes das suas
administrações direta e indireta corresponder a até 35% (trinta e cinco por cento) do total da receita corrente
líquida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

b) de, no mínimo, 2% (dois por cento), para os Estados das regiões Sul e Sudeste, cujo estoque de
precatórios pendentes das suas administrações direta e indireta corresponder a mais de 35% (trinta e cinco
por cento) da receita corrente líquida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

II - para Municípios: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

a) de, no mínimo, 1% (um por cento), para Municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ou
cujo estoque de precatórios pendentes das suas administrações direta e indireta corresponder a até 35%
(trinta e cinco por cento) da receita corrente líquida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

b) de, no mínimo, 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), para Municípios das regiões Sul e
Sudeste, cujo estoque de precatórios pendentes das suas administrações direta e indireta corresponder a
mais de 35 % (trinta e cinco por cento) da receita corrente líquida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)

§ 3º Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata este artigo, o somatório das
receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, transferências
correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição Federal,
verificado no período compreendido pelo mês de referência e os 11 (onze) meses anteriores, excluídas as
duplicidades, e deduzidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

I - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

II - nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira referida no
§ 9º do art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

786
§ 4º As contas especiais de que tratam os §§ 1º e 2º serão administradas pelo Tribunal de Justiça local,
para pagamento de precatórios expedidos pelos tribunais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)

§ 5º Os recursos depositados nas contas especiais de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo não poderão
retornar para Estados, Distrito Federal e Municípios devedores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)

§ 6º Pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos recursos de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo serão
utilizados para pagamento de precatórios em ordem cronológica de apresentação, respeitadas as
preferências definidas no § 1º, para os requisitórios do mesmo ano e no § 2º do art. 100, para requisitórios de
todos os anos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

§ 7º Nos casos em que não se possa estabelecer a precedência cronológica entre 2 (dois) precatórios,
pagar-se-á primeiramente o precatório de menor valor. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
(PGEMG-2012)

§ 8º A aplicação dos recursos restantes dependerá de opção a ser exercida por Estados, Distrito Federal
e Municípios devedores, por ato do Poder Executivo, obedecendo à seguinte forma, que poderá ser aplicada
isoladamente ou simultaneamente: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

I - destinados ao pagamento dos precatórios por meio do leilão; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
62, de 2009)

II - destinados a pagamento a vista de precatórios não quitados na forma do § 6° e do inciso I, em


ordem única e crescente de valor por precatório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

III - destinados a pagamento por acordo direto com os credores, na forma estabelecida por lei própria
da entidade devedora, que poderá prever criação e forma de funcionamento de câmara de conciliação.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

§ 9º Os leilões de que trata o inciso I do § 8º deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)

I - serão realizados por meio de sistema eletrônico administrado por entidade autorizada pela
Comissão de Valores Mobiliários ou pelo Banco Central do Brasil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)

II - admitirão a habilitação de precatórios, ou parcela de cada precatório indicada pelo seu detentor, em
relação aos quais não esteja pendente, no âmbito do Poder Judiciário, recurso ou impugnação de qualquer
natureza, permitida por iniciativa do Poder Executivo a compensação com débitos líquidos e certos,
inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra devedor originário pela Fazenda Pública devedora
até a data da expedição do precatório, ressalvados aqueles cuja exigibilidade esteja suspensa nos termos da
legislação, ou que já tenham sido objeto de abatimento nos termos do § 9º do art. 100 da Constituição
Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

III - ocorrerão por meio de oferta pública a todos os credores habilitados pelo respectivo ente
federativo devedor; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

IV - considerarão automaticamente habilitado o credor que satisfaça o que consta no inciso II; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

V - serão realizados tantas vezes quanto necessário em função do valor disponível; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

VI - a competição por parcela do valor total ocorrerá a critério do credor, com deságio sobre o valor
desta; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

787
VII - ocorrerão na modalidade deságio, associado ao maior volume ofertado cumulado ou não com o
maior percentual de deságio, pelo maior percentual de deságio, podendo ser fixado valor máximo por
credor, ou por outro critério a ser definido em edital; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

VIII - o mecanismo de formação de preço constará nos editais publicados para cada leilão; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

IX - a quitação parcial dos precatórios será homologada pelo respectivo Tribunal que o expediu.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

§ 10. No caso de não liberação tempestiva dos recursos de que tratam o inciso II do § 1º e os §§ 2º e 6º
deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

I - haverá o sequestro de quantia nas contas de Estados, Distrito Federal e Municípios devedores, por
ordem do Presidente do Tribunal referido no § 4º, até o limite do valor não liberado; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009)

II - constituir-se-á, alternativamente, por ordem do Presidente do Tribunal requerido, em favor dos


credores de precatórios, contra Estados, Distrito Federal e Municípios devedores, direito líquido e certo,
autoaplicável e independentemente de regulamentação, à compensação automática com débitos líquidos
lançados por esta contra aqueles, e, havendo saldo em favor do credor, o valor terá automaticamente poder
liberatório do pagamento de tributos de Estados, Distrito Federal e Municípios devedores, até onde se
compensarem; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

III - o chefe do Poder Executivo responderá na forma da legislação de responsabilidade fiscal e de


improbidade administrativa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

IV - enquanto perdurar a omissão, a entidade devedora: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)

a) não poderá contrair empréstimo externo ou interno; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)

b) ficará impedida de receber transferências voluntárias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)

V - a União reterá os repasses relativos ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal e ao
Fundo de Participação dos Municípios, e os depositará nas contas especiais referidas no § 1º, devendo sua
utilização obedecer ao que prescreve o § 5º, ambos deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)

§ 11. No caso de precatórios relativos a diversos credores, em litisconsórcio, admite-se o


desmembramento do valor, realizado pelo Tribunal de origem do precatório, por credor, e, por este, a
habilitação do valor total a que tem direito, não se aplicando, neste caso, a regra do § 3º do art. 100 da
Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

§ 12. Se a lei a que se refere o § 4º do art. 100 não estiver publicada em até 180 (cento e oitenta) dias,
contados da data de publicação desta Emenda Constitucional, será considerado, para os fins referidos, em
relação a Estados, Distrito Federal e Municípios devedores, omissos na regulamentação, o valor de:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009) (PGM-Manaus/AM-2018) (MPPR-2019)

I - 40 (quarenta) salários mínimos para Estados e para o Distrito Federal; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009)

II - 30 (trinta) salários mínimos para Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
(PGM-Manaus/AM-2018) (MPPR-2019)

§ 13. Enquanto Estados, Distrito Federal e Municípios devedores estiverem realizando pagamentos de
precatórios pelo regime especial, não poderão sofrer sequestro de valores, exceto no caso de não liberação

788
tempestiva dos recursos de que tratam o inciso II do § 1º e o § 2º deste artigo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009)

§ 14. O regime especial de pagamento de precatório previsto no inciso I do § 1º vigorará enquanto o


valor dos precatórios devidos for superior ao valor dos recursos vinculados, nos termos do § 2º, ambos
deste artigo, ou pelo prazo fixo de até 15 (quinze) anos, no caso da opção prevista no inciso II do § 1º.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

§ 15. Os precatórios parcelados na forma do art. 33 ou do art. 78 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias e ainda pendentes de pagamento ingressarão no regime especial com o valor
atualizado das parcelas não pagas relativas a cada precatório, bem como o saldo dos acordos judiciais e
extrajudiciais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

§ 16. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios,


até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração
básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo
percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros
compensatórios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

§ 17. O valor que exceder o limite previsto no § 2º do art. 100 da Constituição Federal será pago,
durante a vigência do regime especial, na forma prevista nos §§ 6º e 7º ou nos incisos I, II e III do § 8° deste
artigo, devendo os valores dispendidos para o atendimento do disposto no § 2º do art. 100 da Constituição
Federal serem computados para efeito do § 6º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de
2009)

§ 18. Durante a vigência do regime especial a que se refere este artigo, gozarão também da preferência
a que se refere o § 6º os titulares originais de precatórios que tenham completado 60 (sessenta) anos de
idade até a data da promulgação desta Emenda Constitucional . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009)

##Atenção: ##STF: ##DOD: O STF declarou inconstitucionais o § 15 do art. 100 da CF/88 e todo o art.
97 do ADCT. STF. Plenário. ADI 4357/DF, ADI 4425/DF, ADI 4372/DF, ADI 4400/DF, rel. Min. Ayres
Britto, 6 e 7/3/13.

Art. 98. O NÚMERO DE DEFENSORES PÚBLICOS na unidade jurisdicional SERÁ


PROPORCIONAL à efetiva demanda pelo serviço da Defensoria Pública e à respectiva
população. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) (DPERN-2015) (DPEES-2016) (DPEMT-
2016) (DPEAM-2018) (DPEMG-2014/2019) (DPESP-2015/2019) (DPEGO-2021) (DPESC-2021)

(DPESC-2017-FCC): A Emenda Constitucional n° 80/14 representou importante marco no


fortalecimento institucional da Defensoria Pública em sede constitucional. Considere a assertiva a seguir:
O número de defensores públicos na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda pelo
serviço da Defensoria Pública e à respectiva população. BL: art. 98, caput, ADCT.

§ 1º No prazo de 8 (oito) anos, a União, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com
defensores públicos em todas as unidades jurisdicionais, observado o disposto no caput deste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) (DPEES-2016) (DPEMT-2016) (DPEAM-2018)
(DPEMG-2014/2019) (DPESP-2015/2019) (DPESC-2017/2021) (DPEGO-2021)

§ 2º Durante o decurso do prazo previsto no § 1º deste artigo, a lotação dos defensores públicos
ocorrerá, prioritariamente, atendendo as regiões com maiores índices de exclusão social e adensamento
populacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) (DPEMT-2016) (DPEAM-2018)
(DPESP-2015/2019) (DPEGO-2021) (DPESC-2021)

(DPEMG-2019): Analise a assertiva a seguir: O art. 98 do ADCT estabelece o prazo de 8 anos da


promulgação da EC 80/14 para que toda unidade jurisdicional disponha de defensores públicos, sendo que,
prioritariamente, até a implementação do mencionado prazo previsto no §1º desse artigo, a distribuição dos
789
defensores públicos observará os critérios de maiores índices de exclusão social e adensamento populacional.
BL: art. 98, §§1º e 2º, ADCT.

(DPEMA-2018-FCC): A lotação de Defensores Públicos, de forma proporcional para atender a efetiva


demanda, ocorrerá prioritariamente atendendo as regiões com maiores índices de exclusão social e de
adensamento populacional, por previsão contida na EC n° 80/14. BL: art. 98, §2º, ADCT.

Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso de operações e prestações
que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte localizado em outro Estado, o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será partilhado entre os Estados de
origem e de destino, na seguinte proporção: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)

I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta por cento) para o
Estado de origem;

II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% (sessenta por cento)
para o Estado de origem;

III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% (quarenta por cento)
para o Estado de origem;

IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte por cento) para
o Estado de origem;

V - a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino.

Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da
Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do
Tribunal de Contas da União APOSENTAR-SE-ÃO, COMPULSORIAMENTE, aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, nas condições do art. 52 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 88,
de 2015) (MPT-2017)

Art. 101. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, em 25 de março de 2015, se


encontravam em mora no pagamento de seus precatórios quitarão, até 31 de dezembro de 2029, seus
débitos vencidos e os que vencerão dentro desse período, atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), ou por outro índice que venha a substituí-lo, depositando
mensalmente em conta especial do Tribunal de Justiça local, sob única e exclusiva administração deste,
1/12 (um doze avos) do valor calculado percentualmente sobre suas receitas correntes líquidas apuradas
no segundo mês anterior ao mês de pagamento, em percentual suficiente para a quitação de seus débitos
e, ainda que variável, nunca inferior, em cada exercício, ao percentual praticado na data da entrada em
vigor do regime especial a que se refere este artigo, em conformidade com plano de pagamento a ser
anualmente apresentado ao Tribunal de Justiça local. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de
2021) (PGM-Teresina/PI-2022)

§ 1º Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata este artigo, o somatório das
receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, de
transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição
Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência e
os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e deduzidas: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 94, de 2016)

I - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

II - nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para custeio de
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira referida
no § 9º do art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

§ 2º O débito de precatórios será pago com recursos orçamentários próprios provenientes das fontes
de receita corrente líquida referidas no § 1º deste artigo e, adicionalmente, poderão ser utilizados recursos
dos seguintes instrumentos: (Redação dada pela Emenda constitucional nº 99, de 2017)

790
I - até 75% (setenta e cinco por cento) dos depósitos judiciais e dos depósitos administrativos em
dinheiro referentes a processos judiciais ou administrativos, tributários ou não tributários, nos quais sejam
parte os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios, e as respectivas autarquias, fundações e empresas
estatais dependentes, mediante a instituição de fundo garantidor em montante equivalente a 1/3 (um terço)
dos recursos levantados, constituído pela parcela restante dos depósitos judiciais e remunerado pela taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, nunca inferior aos
índices e critérios aplicados aos depósitos levantados; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 99, de
2017)

II - até 30% (trinta por cento) dos demais depósitos judiciais da localidade sob jurisdição do
respectivo Tribunal de Justiça, mediante a instituição de fundo garantidor em montante equivalente aos
recursos levantados, constituído pela parcela restante dos depósitos judiciais e remunerado pela taxa
referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, nunca inferior aos
índices e critérios aplicados aos depósitos levantados, destinando-se: (Redação dada pela Emenda
constitucional nº 99, de 2017)

a) no caso do Distrito Federal, 100% (cem por cento) desses recursos ao próprio Distrito Federal;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

b) no caso dos Estados, 50% (cinquenta por cento) desses recursos ao próprio Estado e 50%
(cinquenta por cento) aos respectivos Municípios, conforme a circunscrição judiciária onde estão
depositados os recursos, e, se houver mais de um Município na mesma circunscrição judiciária, os recursos
serão rateados entre os Municípios concorrentes, proporcionalmente às respectivas populações, utilizado
como referência o último levantamento censitário ou a mais recente estimativa populacional da Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); (Redação dada pela Emenda constitucional nº 99, de 2017)

III - empréstimos, excetuados para esse fim os limites de endividamento de que tratam os incisos VI
e VII do caput do art. 52 da Constituição Federal e quaisquer outros limites de endividamento previstos em
lei, não se aplicando a esses empréstimos a vedação de vinculação de receita prevista no inciso IV do caput
do art. 167 da Constituição Federal; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 99, de 2017)

IV - a totalidade dos depósitos em precatórios e requisições diretas de pagamento de obrigações de


pequeno valor efetuados até 31 de dezembro de 2009 e ainda não levantados, com o cancelamento dos
respectivos requisitórios e a baixa das obrigações, assegurada a revalidação dos requisitórios pelos juízos
dos processos perante os Tribunais, a requerimento dos credores e após a oitiva da entidade devedora,
mantidas a posição de ordem cronológica original e a remuneração de todo o período. (Incluído pela
Emenda constitucional nº 99, de 2017)

§ 3º Os recursos adicionais previstos nos incisos I, II e IV do § 2º deste artigo serão transferidos


diretamente pela instituição financeira depositária para a conta especial referida no caput deste artigo, sob
única e exclusiva administração do Tribunal de Justiça local, e essa transferência deverá ser realizada em até
sessenta dias contados a partir da entrada em vigor deste parágrafo, sob pena de responsabilização pessoal
do dirigente da instituição financeira por improbidade. (Incluído pela Emenda constitucional nº 99, de 2017)

§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

I a IV - (revogados); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 5º Os empréstimos de que trata o inciso III do § 2º deste artigo poderão ser destinados, por meio de
ato do Poder Executivo, exclusivamente ao pagamento de precatórios por acordo direto com os credores, na
forma do disposto no inciso III do § 8º do art. 97 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

Art. 102. Enquanto viger o regime especial previsto nesta Emenda Constitucional, pelo menos 50%
(cinquenta por cento) dos recursos que, nos termos do art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, forem destinados ao pagamento dos precatórios em mora serão utilizados no pagamento
segundo a ordem cronológica de apresentação, respeitadas as preferências dos créditos alimentares, e,
nessas, as relativas à idade, ao estado de saúde e à deficiência, nos termos do § 2º do art. 100 da
Constituição Federal, sobre todos os demais créditos de todos os anos. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 94, de 2016)

791
§ 1º A aplicação dos recursos remanescentes, por opção a ser exercida por Estados, Distrito Federal e
Municípios, por ato do respectivo Poder Executivo, observada a ordem de preferência dos credores, poderá
ser destinada ao pagamento mediante acordos diretos, perante Juízos Auxiliares de Conciliação de
Precatórios, com redução máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito atualizado, desde que
em relação ao crédito não penda recurso ou defesa judicial e que sejam observados os requisitos definidos
na regulamentação editada pelo ente federado. (Numerado do parágrafo único pela Emenda constitucional nº
99, de 2017)

§ 2º Na vigência do regime especial previsto no art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, as preferências relativas à idade, ao estado de saúde e à deficiência serão atendidas até o
valor equivalente ao quíntuplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º do art. 100 da Constituição
Federal, admitido o fracionamento para essa finalidade, e o restante será pago em ordem cronológica de
apresentação do precatório. (Incluído pela Emenda constitucional nº 99, de 2017) (PGM-João Pessoa/PB-
2018)

Art. 103. Enquanto os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estiverem efetuando o pagamento
da parcela mensal devida como previsto no caput do art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, nem eles, nem as respectivas autarquias, fundações e empresas estatais dependentes poderão
sofrer sequestro de valores, exceto no caso de não liberação tempestiva dos recursos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 94, de 2016)

Parágrafo único. Na vigência do regime especial previsto no art. 101 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, FICAM VEDADAS desapropriações pelos Estados, pelo Distrito Federal e
pelos Municípios, cujos estoques de precatórios ainda pendentes de pagamento, incluídos os precatórios
a pagar de suas entidades da administração indireta, SEJAM superiores a 70% (setenta por cento) das
respectivas receitas correntes líquidas, excetuadas as desapropriações para fins de necessidade pública
nas áreas de saúde, educação, segurança pública, transporte público, saneamento básico e habitação de
interesse social. (Incluído pela Emenda constitucional nº 99, de 2017) (PGEAP-2018)

(PGEAP-2018-FCC): Acerca da disciplina dos precatórios, o STF julgou inconstitucional a Emenda nº


62/2009, mais tarde editando modulação de efeitos. Sobrevieram duas Emendas Constitucionais, de
números 94/2016 e 99/2017, dispondo que, na vigência do atual regime especial, os Estados, cujos
estoques de precatórios ainda pendentes de pagamento excedam 70% de sua Receita Corrente Líquida
(RCL), ficam, em regra, proibidos de realizar desapropriações. BL: art. 98, caput, ADCT.

Art. 104. Se os recursos referidos no art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
para o pagamento de precatórios não forem tempestivamente liberados, no todo ou em parte: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

I - o Presidente do Tribunal de Justiça local determinará o sequestro, até o limite do valor não
liberado, das contas do ente federado inadimplente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

II - o chefe do Poder Executivo do ente federado inadimplente responderá, na forma da legislação de


responsabilidade fiscal e de improbidade administrativa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

III - a União reterá os recursos referentes aos repasses ao Fundo de Participação dos Estados e do
Distrito Federal e ao Fundo de Participação dos Municípios e os depositará na conta especial referida no art.
101 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para utilização como nele previsto; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

IV - os Estados reterão os repasses previstos no parágrafo único do art. 158 da Constituição Federal e
os depositarão na conta especial referida no art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
para utilização como nele previsto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

Parágrafo único. Enquanto perdurar a omissão, o ente federado não poderá contrair empréstimo
externo ou interno, exceto para os fins previstos no § 2º do art. 101 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, e ficará impedido de receber transferências voluntárias. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 94, de 2016)

Art. 105. Enquanto viger o regime de pagamento de precatórios previsto no art. 101 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, é facultada aos credores de precatórios, próprios ou de terceiros, a

792
compensação com débitos de natureza tributária ou de outra natureza que até 25 de março de 2015 tenham
sido inscritos na dívida ativa dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, observados os requisitos
definidos em lei própria do ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)

§ 1º Não se aplica às compensações referidas no caput deste artigo qualquer tipo de vinculação,
como as transferências a outros entes e as destinadas à educação, à saúde e a outras finalidades. (Numerado
do parágrafo único pela Emenda constitucional nº 99, de 2017)

§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios regulamentarão nas respectivas leis o disposto no


caput deste artigo em até cento e vinte dias a partir de 1º de janeiro de 2018. (Incluído pela Emenda
constitucional nº 99, de 2017)

§ 3º Decorrido o prazo estabelecido no § 2º deste artigo sem a regulamentação nele prevista, ficam os
credores de precatórios autorizados a exercer a faculdade a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela
Emenda constitucional nº 99, de 2017)

Art. 106. Fica instituído o Novo Regime Fiscal no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social da União, que vigorará por vinte exercícios financeiros, nos termos dos arts. 107 a 114 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (Vide
Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.

Art. 107. Ficam estabelecidos, para cada exercício, limites individualizados para as despesas
primárias: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (ABIN-2018) (Anal. Judic./STJ-2018)

##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.

I - do Poder Executivo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (Revogado pela Emenda
Constitucional nº 126, de 2022)

II - do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça,


da Justiça do Trabalho, da Justiça Federal, da Justiça Militar da União, da Justiça Eleitoral e da Justiça do
Distrito Federal e Territórios, no âmbito do Poder Judiciário; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de
2016)

III - do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Tribunal de Contas da União, no âmbito
do Poder Legislativo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (Anal. Judic./STJ-2018)

IV - do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público; e (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

V - da Defensoria Pública da União. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

§ 1º Cada um dos limites a que se refere o caput deste artigo equivalerá: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016)

I - para o exercício de 2017, à despesa primária paga no exercício de 2016, incluídos os restos a
pagar pagos e demais operações que afetam o resultado primário, corrigida em 7,2% (sete inteiros e dois
décimos por cento); e

II - para os exercícios posteriores, ao valor do limite referente ao exercício imediatamente anterior,


corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou de outro índice que vier a substituí-lo, apurado
no exercício anterior a que se refere a lei orçamentária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 113, de
2021) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

793
§ 2º Os limites estabelecidos na forma do inciso IV do caput do art. 51, do inciso XIII do caput do
art. 52, do § 1º do art. 99, do § 3º do art. 127 e do § 3º do art. 134 da Constituição Federal não poderão ser
superiores aos estabelecidos nos termos deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

§ 3º A mensagem que encaminhar o projeto de lei orçamentária demonstrará os valores máximos


de programação compatíveis com os limites individualizados calculados na forma do § 1º deste artigo,
observados os §§ 7º a 9º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

§ 4º As despesas primárias autorizadas na lei orçamentária anual sujeitas aos limites de que trata
este artigo não poderão exceder os valores máximos demonstrados nos termos do § 3º deste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

§ 5º É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial que amplie o montante total


autorizado de despesa primária sujeita aos limites de que trata este artigo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016)

§ 6º Não se incluem na base de cálculo e nos limites estabelecidos neste artigo: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

I - transferências constitucionais estabelecidas no § 1º do art. 20, no inciso III do parágrafo único do


art. 146, no § 5º do art. 153, no art. 157, nos incisos I e II do caput do art. 158, no art. 159 e no § 6º do art.
212, as despesas referentes ao inciso XIV do caput do art. 21 e as complementações de que tratam
os incisos IV e V do caput do art. 212-A, todos da Constituição Federal; (Redação dada pela Emenda
constitucional nº 108, de 2020)

II - créditos extraordinários a que se refere o § 3º do art. 167 da Constituição Federal; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

III - despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições; e (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

IV - despesas com aumento de capital de empresas estatais não dependentes. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

V - transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios de parte dos valores arrecadados com os
leilões dos volumes excedentes ao limite a que se refere o § 2º do art. 1º da Lei nº 12.276, de 30 de junho de
2010, e a despesa decorrente da revisão do contrato de cessão onerosa de que trata a mesma Lei. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019)

VI - despesas correntes ou transferências aos fundos de saúde dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, destinadas ao pagamento de despesas com pessoal para cumprimento dos pisos
nacionais salariais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, de
acordo com os §§ 12, 13, 14 e 15 do art. 198 da Constituição Federal . (Incluído pela Emenda Constitucional nº
127, de 2022)

§ 6º-A Não se incluem no limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo, a partir do exercício
financeiro de 2023: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

I - despesas com projetos socioambientais ou relativos às mudanças climáticas custeadas com


recursos de doações, bem como despesas com projetos custeados com recursos decorrentes de acordos
judiciais ou extrajudiciais firmados em função de desastres ambientais ; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 126, de 2022)

II - despesas das instituições federais de ensino e das Instituições Científicas, Tecnológicas e de


Inovação (ICTs) custeadas com receitas próprias, de doações ou de convênios, contratos ou outras fontes,
celebrados com os demais entes da Federação ou entidades privadas ; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 126, de 2022)

III - despesas custeadas com recursos oriundos de transferências dos demais entes da Federação
para a União destinados à execução direta de obras e serviços de engenharia . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 126, de 2022)
794
§ 6º-B Não se incluem no limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo as despesas com
investimentos em montante que corresponda ao excesso de arrecadação de receitas correntes do exercício
anterior ao que se refere a lei orçamentária, limitadas a 6,5% (seis inteiros e cinco décimos por cento) do
excesso de arrecadação de receitas correntes do exercício de 2021 . (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 126, de 2022)

§ 6º-C As despesas previstas no § 6º-B deste artigo não serão consideradas para fins de verificação
do cumprimento da meta de resultado primário estabelecida no caput do art. 2º da Lei nº 14.436, de 9 de
agosto de 2022. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

§ 7º Nos três primeiros exercícios financeiros da vigência do Novo Regime Fiscal, o Poder
Executivo poderá compensar com redução equivalente na sua despesa primária, consoante os valores
estabelecidos no projeto de lei orçamentária encaminhado pelo Poder Executivo no respectivo exercício, o
excesso de despesas primárias em relação aos limites de que tratam os incisos II a V do caput deste artigo.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

§ 8º A compensação de que trata o § 7º deste artigo não excederá a 0,25% (vinte e cinco centésimos
por cento) do limite do Poder Executivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

§ 9º Respeitado o somatório em cada um dos incisos de II a IV do caput deste artigo, a lei de


diretrizes orçamentárias poderá dispor sobre a compensação entre os limites individualizados dos órgãos
elencados em cada inciso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

§ 10. Para fins de verificação do cumprimento dos limites de que trata este artigo, serão
consideradas as despesas primárias pagas, incluídos os restos a pagar pagos e demais operações que
afetam o resultado primário no exercício . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016) (Anal.
Judic./STJ-2018)

§ 11. O pagamento de restos a pagar inscritos até 31 de dezembro de 2015 poderá ser excluído da
verificação do cumprimento dos limites de que trata este artigo, até o excesso de resultado primário dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do exercício em relação à meta fixada na lei de diretrizes
orçamentárias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

§ 12. Para fins da elaboração do projeto de lei orçamentária anual, o Poder Executivo considerará o
valor realizado até junho do índice previsto no inciso II do § 1º deste artigo, relativo ao ano de
encaminhamento do projeto, e o valor estimado até dezembro desse mesmo ano . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 113, de 2021)

§ 13. A estimativa do índice a que se refere o § 12 deste artigo, juntamente com os demais
parâmetros macroeconômicos, serão elaborados mensalmente pelo Poder Executivo e enviados à
comissão mista de que trata o § 1º do art. 166 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 113, de 2021)

§ 14. O resultado da diferença aferida entre as projeções referidas nos §§ 12 e 13 deste artigo e a
efetiva apuração do índice previsto no inciso II do § 1º deste artigo será calculado pelo Poder Executivo,
para fins de definição da base de cálculo dos respectivos limites do exercício seguinte, a qual será
comunicada aos demais Poderes por ocasião da elaboração do projeto de lei orçamentária. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

Art. 107-A. Até o fim de 2026, fica estabelecido, para cada exercício financeiro, limite para alocação
na proposta orçamentária das despesas com pagamentos em virtude de sentença judiciária de que trata o
art. 100 da Constituição Federal, equivalente ao valor da despesa paga no exercício de 2016, incluídos os
restos a pagar pagos, corrigido, para o exercício de 2017, em 7,2% (sete inteiros e dois décimos por cento)
e, para os exercícios posteriores, pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), publicado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou de outro índice que
vier a substituí-lo, apurado no exercício anterior a que se refere a lei orçamentária, devendo o espaço fiscal
decorrente da diferença entre o valor dos precatórios expedidos e o respectivo limite ser destinado ao
programa previsto no parágrafo único do art. 6º e à seguridade social, nos termos do art. 194, ambos da
Constituição Federal, a ser calculado da seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 126,
de 2022)

795
I - no exercício de 2022, o espaço fiscal decorrente da diferença entre o valor dos precatórios
expedidos e o limite estabelecido no caput deste artigo deverá ser destinado ao programa previsto no
parágrafo único do art. 6º e à seguridade social, nos termos do art. 194, ambos da Constituição Federal;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

II - no exercício de 2023, pela diferença entre o total de precatórios expedidos entre 2 de julho de
2021 e 2 de abril de 2022 e o limite de que trata o caput deste artigo válido para o exercício de 2023; e
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

III - nos exercícios de 2024 a 2026, pela diferença entre o total de precatórios expedidos entre 3 de
abril de dois anos anteriores e 2 de abril do ano anterior ao exercício e o limite de que trata o caput deste
artigo válido para o mesmo exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

§ 1º O limite para o pagamento de precatórios corresponderá, em cada exercício, ao limite previsto


no caput deste artigo, reduzido da projeção para a despesa com o pagamento de requisições de pequeno
valor para o mesmo exercício, que terão prioridade no pagamento . (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 114, de 2021)

§ 2º Os precatórios que não forem pagos em razão do previsto neste artigo terão prioridade para
pagamento em exercícios seguintes, observada a ordem cronológica e o disposto no § 8º deste
artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

§ 3º É facultado ao credor de precatório que não tenha sido pago em razão do disposto neste artigo,
além das hipóteses previstas no § 11 do art. 100 da Constituição Federal e sem prejuízo dos procedimentos
previstos nos §§ 9º e 21 do referido artigo, optar pelo recebimento, mediante acordos diretos perante
Juízos Auxiliares de Conciliação de Pagamento de Condenações Judiciais contra a Fazenda Pública
Federal, em parcela única, até o final do exercício seguinte, com renúncia de 40% (quarenta por cento) do
valor desse crédito. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

§ 4º O Conselho Nacional de Justiça regulamentará a atuação dos Presidentes dos Tribunais


competentes para o cumprimento deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

§ 5º Não se incluem no limite estabelecido neste artigo as despesas para fins de cumprimento do
disposto nos §§ 11, 20 e 21 do art. 100 da Constituição Federal e no § 3º deste artigo, bem como a
atualização monetária dos precatórios inscritos no exercício . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de
2021)

§ 6º Não se incluem nos limites estabelecidos no art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias o previsto nos §§ 11, 20 e 21 do art. 100 da Constituição Federal e no § 3º deste artigo .
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

§ 7º Na situação prevista no § 3º deste artigo, para os precatórios não incluídos na proposta


orçamentária de 2022, os valores necessários à sua quitação serão providenciados pela abertura de
créditos adicionais durante o exercício de 2022. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

§ 8º Os pagamentos em virtude de sentença judiciária de que trata o art. 100 da Constituição


Federal serão realizados na seguinte ordem: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

I - obrigações definidas em lei como de pequeno valor, previstas no § 3º do art. 100 da Constituição
Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

II - precatórios de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária,


tenham no mínimo 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave ou pessoas com
deficiência, assim definidos na forma da lei, até o valor equivalente ao triplo do montante fixado em lei
como obrigação de pequeno valor; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

III - demais precatórios de natureza alimentícia até o valor equivalente ao triplo do montante
fixado em lei como obrigação de pequeno valor; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

796
IV - demais precatórios de natureza alimentícia além do valor previsto no inciso III deste parágrafo ;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

V - demais precatórios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

Art. 108. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

Parágrafo único. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

Art. 109. Se verificado, na aprovação da lei orçamentária, que, no âmbito das despesas sujeitas aos
limites do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a proporção da despesa
obrigatória primária em relação à despesa primária total foi superior a 95% (noventa e cinco por cento),
aplicam-se ao respectivo Poder ou órgão, até o final do exercício a que se refere a lei orçamentária, sem
prejuízo de outras medidas, as seguintes vedações: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de
2021) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.

I - concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração de


membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de militares, exceto dos derivados
de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das
medidas de que trata este artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

II - criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016)

III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016) (Anal. Judic./STJ-2018)

IV - admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)

a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 109, de 2021)

c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 da Constituição Federal;


e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos de


formação de militares; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

V - realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no inciso


IV; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

VI - criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou


benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de Poder, do
Ministério Público ou da Defensoria Pública, de servidores e empregados públicos e de militares, ou ainda
de seus dependentes, exceto quando derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de
determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

VII - criação de despesa obrigatória; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

797
VIII - adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da
inflação, observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do art. 7º da
Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

IX - aumento do valor de benefícios de cunho indenizatório destinados a qualquer membro de


Poder, servidor ou empregado da administração pública e a seus dependentes, exceto quando derivado
de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das
medidas de que trata este artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 1º As vedações previstas nos incisos I, III e VI do caput deste artigo, quando acionadas as
vedações para qualquer dos órgãos elencados nos incisos II, III e IV do caput do art. 107 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, aplicam-se ao conjunto dos órgãos referidos em cada inciso.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

§ 2º Caso as vedações de que trata o caput deste artigo sejam acionadas para o Poder Executivo,
ficam vedadas: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

I - a criação ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como a remissão,


renegociação ou refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação das despesas com subsídios e
subvenções; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

II - a concessão ou a ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária. (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

§ 3º Caso as vedações de que trata o caput deste artigo sejam acionadas, fica vedada a concessão da
revisão geral prevista no inciso X do caput do art. 37 da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)

§ 4º As disposições deste artigo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

I - não constituem obrigação de pagamento futuro pela União ou direitos de outrem sobre o
erário; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

II - não revogam, dispensam ou suspendem o cumprimento de dispositivos constitucionais e legais


que disponham sobre metas fiscais ou limites máximos de despesas; e (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 109, de 2021)

III - aplicam-se também a proposições legislativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de
2021)

§ 5º O disposto nos incisos II, IV, VII e VIII do caput e no § 2º deste artigo não se aplica a medidas
de combate a calamidade pública nacional cuja vigência e efeitos não ultrapassem a sua duração. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

Art. 110. Na vigência do Novo Regime Fiscal, as aplicações mínimas em ações e serviços públicos
de saúde e em manutenção e desenvolvimento do ensino equivalerão: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.

I - no exercício de 2017, às aplicações mínimas calculadas nos termos do inciso I do § 2º do art. 198 e
do caput do art. 212, da Constituição Federal; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

II - nos exercícios posteriores, aos valores calculados para as aplicações mínimas do exercício
imediatamente anterior, corrigidos na forma estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

798
Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o exercício financeiro de 2022, a aprovação e a
execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal corresponderão ao montante de
execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na forma estabelecida no inciso II do § 1º do art.
107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias . (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
126, de 2022) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.

Art. 111-A. A partir do exercício financeiro de 2024, até o último exercício de vigência do Novo
Regime Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal
corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2023, corrigido na forma
estabelecida no inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de
2022)

##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.

Art. 112. As disposições introduzidas pelo Novo Regime Fiscal: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.

I - não constituirão obrigação de pagamento futuro pela União ou direitos de outrem sobre o erário;
e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 95, de 2016)

II - não revogam, dispensam ou suspendem o cumprimento de dispositivos constitucionais e legais


que disponham sobre metas fiscais ou limites máximos de despesas. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 95, de 2016)

Art. 113. A proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita
deverá ser acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 95, de 2016) (TJPR-2021) (MPMG-2021) (PGECE-2021) (TJAP-2022)

(PGECE-2021-CESPE): Proposição legislativa estadual que criar renúncia de receita a título de desconto
do pagamento de aluguel de imóveis públicos no ano de 2021, com o escopo de abrandar os efeitos
econômicos adversos da pandemia de covid-19, deverá ser acompanhada de estimativa de impacto
orçamentário e financeiro. Abstraindo-se a sua previsão em normas orçamentárias, essa obrigação está
prevista somente em norma constitucional. BL: art. 113, ADCT.

##Atenção: Cumpre destacar que se trata de uma renúncia de receita patrimonial (decorrente de
aluguel). Caso o enunciado mencionasse renúncia de receita de natureza tributária (impostos, taxas ou
contribuições de melhoria), também deveria ser aplicado o disposto no art. 14 da LRF: “Art. 14. A
concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita
deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva
iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma
das seguintes condições (...)”. Além disso, vejamos o teor do art. 3º da EC 106/2020: “Art. 3º Desde que não
impliquem despesa permanente, as proposições legislativas e os atos do Poder Executivo com propósito exclusivo de
enfrentar a calamidade e suas consequências sociais e econômicas, com vigência e efeitos restritos à sua duração,
ficam dispensados da observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao aperfeiçoamento
de ação governamental que acarrete aumento de despesa e à concessão ou à ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária da qual decorra renúncia de receita.” Contudo, o comando da questão reflete uma
hipótese de renúncia de receita de natureza não tributária, razão pela qual não se aplicam os
mencionados dispositivos legais.

799
Art. 114. A tramitação de proposição elencada no caput do art. 59 da Constituição Federal,
ressalvada a referida no seu inciso V, quando acarretar aumento de despesa ou renúncia de receita, será
suspensa por até vinte dias, a requerimento de um quinto dos membros da Casa, nos termos regimentais,
para análise de sua compatibilidade com o Novo Regime Fiscal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
95, de 2016) (Vide Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

##Atenção: Art. 9º da EC nº 126/2.022: Ficam revogados os arts. 106, 107, 109, 110, 111, 111-A, 112 e 114
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias após a sanção da lei complementar prevista no art.
6º desta Emenda Constitucional.

Art. 115. Fica excepcionalmente autorizado o parcelamento das contribuições previdenciárias e dos
demais débitos dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, com os respectivos regimes
próprios de previdência social, com vencimento até 31 de outubro de 2021, inclusive os parcelados
anteriormente, no prazo máximo de 240 (duzentos e quarenta) prestações mensais, mediante autorização
em lei municipal específica, desde que comprovem ter alterado a legislação do regime próprio de
previdência social para atendimento das seguintes condições, cumulativamente: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 113, de 2021)

I - adoção de regras de elegibilidade, de cálculo e de reajustamento dos benefícios que contemplem,


nos termos previstos nos incisos I e III do § 1º e nos §§ 3º a 5º, 7º e 8º do art. 40 da Constituição Federal,
regras assemelhadas às aplicáveis aos servidores públicos do regime próprio de previdência social da
União e que contribuam efetivamente para o atingimento e a manutenção do equilíbrio financeiro e
atuarial; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

II - adequação do rol de benefícios ao disposto nos §§ 2º e 3º do art. 9º da Emenda Constitucional nº


103, de 12 de novembro de 2019; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

III - adequação da alíquota de contribuição devida pelos servidores, nos termos do § 4º do art. 9º da
Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113,
de 2021)

IV - instituição do regime de previdência complementar e adequação do órgão ou entidade gestora


do regime próprio de previdência social, nos termos do § 6º do art. 9º da Emenda Constitucional nº 103, de
12 de novembro de 2019. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

Parágrafo único. Ato do Ministério do Trabalho e Previdência, no âmbito de suas competências,


definirá os critérios para o parcelamento previsto neste artigo, inclusive quanto ao cumprimento do
disposto nos incisos I, II, III e IV do caput deste artigo, bem como disponibilizará as informações aos
Municípios sobre o montante das dívidas, as formas de parcelamento, os juros e os encargos incidentes,
de modo a possibilitar o acompanhamento da evolução desses débitos . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 113, de 2021)

Art. 116. Fica excepcionalmente autorizado o parcelamento dos débitos decorrentes de


contribuições previdenciárias dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, com o Regime Geral
de Previdência Social, com vencimento até 31 de outubro de 2021, ainda que em fase de execução fiscal
ajuizada, inclusive os decorrentes do descumprimento de obrigações acessórias e os parcelados
anteriormente, no prazo máximo de 240 (duzentos e quarenta) prestações mensais. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 113, de 2021)

§ 1º Os Municípios que possuam regime próprio de previdência social deverão comprovar, para
fins de formalização do parcelamento com o Regime Geral de Previdência Social, de que trata este artigo,
terem atendido as condições estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caputdo art. 115 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

§ 2º Os débitos parcelados terão redução de 40% (quarenta por cento) das multas de mora, de ofício
e isoladas, de 80% (oitenta por cento) dos juros de mora, de 40% (quarenta por cento) dos encargos legais
e de 25% (vinte e cinco por cento) dos honorários advocatícios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113,
de 2021)

§ 3º O valor de cada parcela será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulada mensalmente, calculados a partir do mês

800
subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 113, de 2021)

§ 4º Não constituem débitos dos Municípios aqueles considerados prescritos ou atingidos pela
decadência. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

§ 5º A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,


no âmbito de suas competências, deverão fixar os critérios para o parcelamento previsto neste artigo, bem
como disponibilizar as informações aos Municípios sobre o montante das dívidas, as formas de
parcelamento, os juros e os encargos incidentes, de modo a possibilitar o acompanhamento da evolução
desses débitos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

Art. 117. A formalização dos parcelamentos de que tratam os arts. 115 e 116 deste Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias deverá ocorrer até 30 de junho de 2022 e ficará condicionada à
autorização de vinculação do Fundo de Participação dos Municípios para fins de pagamento das
prestações acordadas nos termos de parcelamento, observada a seguinte ordem de preferência : (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

I - a prestação de garantia ou de contra garantia à União ou os pagamentos de débitos em favor da


União, na forma do § 4º do art. 167 da Constituição Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de
2021)

II - as contribuições parceladas devidas ao Regime Geral de Previdência Social ; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

III - as contribuições parceladas devidas ao respectivo regime próprio de previdência social.


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)

Art. 118. Os limites, as condições, as normas de acesso e os demais requisitos para o atendimento
do disposto no parágrafo único do art. 6º e no inciso VI do caput do art. 203 da Constituição Federal serão
determinados, na forma da lei e respectivo regulamento, até 31 de dezembro de 2022, dispensada,
exclusivamente no exercício de 2022, a observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou
ao aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa no referido exercício.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

Art. 119. Em decorrência do estado de calamidade pública provocado pela pandemia da Covid-19,
os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os agentes públicos desses entes federados não poderão ser
responsabilizados administrativa, civil ou criminalmente pelo descumprimento, exclusivamente nos
exercícios financeiros de 2020 e 2021, do disposto no caput do art. 212 da Constituição Federal. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 119, de 2022)

Parágrafo único. Para efeitos do disposto no caput deste artigo, o ente deverá complementar na
aplicação da manutenção e desenvolvimento do ensino, até o exercício financeiro de 2023, a diferença a
menor entre o valor aplicado, conforme informação registrada no sistema integrado de planejamento e
orçamento, e o valor mínimo exigível constitucionalmente para os exercícios de 2020 e 2021. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 119, de 2022)

##Atenção: Vejamos o teor do art. 2º da EC 119/2022: “Art. 2º O disposto no caput do art. 119 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias impede a aplicação de quaisquer penalidades, sanções ou restrições aos
entes subnacionais para fins cadastrais, de aprovação e de celebração de ajustes onerosos ou não, incluídas a
contratação, a renovação ou a celebração de aditivos de quaisquer tipos, de ajustes e de convênios, entre outros,
inclusive em relação à possibilidade de execução financeira desses ajustes e de recebimento de recursos do orçamento
geral da União por meio de transferências voluntárias. Parágrafo único. O disposto no caput do art. 119 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias também obsta a ocorrência dos efeitos do inciso III do caput do art. 35 da
Constituição Federal.”

Art. 120. Fica reconhecido, no ano de 2022, o estado de emergência decorrente da elevação
extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais
dela decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)

801
Parágrafo único. Para enfretamento ou mitigação dos impactos decorrentes do estado de emergência
reconhecido, as medidas implementadas, até os limites de despesas previstos em uma única e exclusiva
norma constitucional observarão o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)

I - quanto às despesas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)

a) serão atendidas por meio de crédito extraordinário ; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 123, de
2022)

b) não serão consideradas para fins de apuração da meta de resultado primário estabelecida no caput
do art. 2º da Lei nº 14.194, de 20 de agosto de 2021, e do limite estabelecido para as despesas primárias,
conforme disposto no inciso I do caput do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
e (Incluída pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)

c) ficarão ressalvadas do disposto no inciso III do caput do art. 167 da Constituição Federal; (Incluída
pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)

II - a abertura do crédito extraordinário para seu atendimento dar-se-á independentemente da


observância dos requisitos exigidos no § 3º do art. 167 da Constituição Federal; e (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 123, de 2022)

III - a dispensa das limitações legais, inclusive quanto à necessidade de compensação : (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 123, de 2022)

a) à criação, à expansão ou ao aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de


despesa; e (Incluída pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)

b) à renúncia de receita que possa ocorrer. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 123, de 2022)

Art. 121. As contas referentes aos patrimônios acumulados de que trata o § 2º do art. 239 da
Constituição Federal cujos recursos não tenham sido reclamados por prazo superior a 20 (vinte) anos serão
encerradas após o prazo de 60 (sessenta) dias da publicação de aviso no Diário Oficial da União, ressalvada
reivindicação por eventual interessado legítimo dentro do referido prazo . (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 126, de 2022)

Parágrafo único. Os valores referidos no caput deste artigo serão tidos por abandonados, nos termos
do inciso III do caput do art. 1.275 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e serão
apropriados pelo Tesouro Nacional como receita primária para realização de despesas de investimento de
que trata o § 6º-B do art. 107, que não serão computadas nos limites previstos no art. 107, ambos deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, podendo o interessado reclamar ressarcimento à União no
prazo de até 5 (cinco) anos do encerramento das contas . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de
2022)

Art. 122. As transferências financeiras realizadas pelo Fundo Nacional de Saúde e pelo Fundo
Nacional de Assistência Social diretamente aos fundos de saúde e assistência social estaduais, municipais e
distritais, para enfrentamento da pandemia da Covid-19, poderão ser executadas pelos entes federativos até
31 de dezembro de 2023. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 126, de 2022)

Brasília, 5 de outubro de 1988.

Ulysses Guimarães , Presidente - Mauro Benevides , 1.º Vice-Presidente - Jorge Arbage , 2.º Vice-Presidente -
Marcelo Cordeiro , 1.º Secretário - Mário Maia , 2.º Secretário - Arnaldo Faria de Sá , 3.º Secretário - Benedita da
Silva , 1.º Suplente de Secretário - Luiz Soyer , 2.º Suplente de Secretário - Sotero Cunha , 3.º Suplente de
Secretário - Bernardo Cabral , Relator Geral - Adolfo Oliveira , Relator Adjunto - Antônio Carlos Konder Reis ,
Relator Adjunto - José Fogaça , Relator Adjunto - Abigail Feitosa - Acival Gomes - Adauto Pereira - Ademir
Andrade - Adhemar de Barros Filho - Adroaldo Streck - Adylson Motta - Aécio de Borba - Aécio Neves - Affonso
Camargo - Afif Domingos - Afonso Arinos - Afonso Sancho - Agassiz Almeida - Agripino de Oliveira Lima - Airton
Cordeiro - Airton Sandoval - Alarico Abib - Albano Franco - Albérico Cordeiro - Albérico Filho - Alceni Guerra -
Alcides Saldanha - Aldo Arantes - Alércio Dias - Alexandre Costa - Alexandre Puzyna - Alfredo Campos - Almir
Gabriel - Aloisio Vasconcelos - Aloysio Chaves - Aloysio Teixeira - Aluizio Bezerra - Aluízio Campos - Álvaro
Antônio - Álvaro Pacheco - Álvaro Valle - Alysson Paulinelli - Amaral Netto - Amaury Müller - Amilcar Moreira -
802
Ângelo Magalhães - Anna Maria Rattes - Annibal Barcellos - Antero de Barros - Antônio Câmara - Antônio Carlos
Franco - Antonio Carlos Mendes Thame - Antônio de Jesus - Antonio Ferreira - Antonio Gaspar - Antonio Mariz -
Antonio Perosa - Antônio Salim Curiati - Antonio Ueno - Arnaldo Martins - Arnaldo Moraes - Arnaldo Prieto -
Arnold Fioravante - Arolde de Oliveira - Artenir Werner - Artur da Távola - Asdrubal Bentes - Assis Canuto - Átila
Lira - Augusto Carvalho - Áureo Mello - Basílio Villani - Benedicto Monteiro - Benito Gama - Beth Azize - Bezerra de
Melo - Bocayuva Cunha - Bonifácio de Andrada - Bosco França - Brandão Monteiro - Caio Pompeu - Carlos Alberto -
Carlos Alberto Caó - Carlos Benevides - Carlos Cardinal - Carlos Chiarelli - Carlos Cotta - Carlos De’Carli - Carlos
Mosconi - Carlos Sant’Anna - Carlos Vinagre - Carlos Virgílio - Carrel Benevides - Cássio Cunha Lima - Célio de
Castro - Celso Dourado - César Cals Neto - César Maia - Chagas Duarte - Chagas Neto - Chagas Rodrigues - Chico
Humberto - Christóvam Chiaradia - Cid Carvalho - Cid Sabóia de Carvalho - Cláudio Ávila - Cleonâncio Fonseca -
Costa Ferreira - Cristina Tavares - Cunha Bueno - Dálton Canabrava - Darcy Deitos - Darcy Pozza - Daso Coimbra -
Davi Alves Silva - Del Bosco Amaral - Delfim Netto - Délio Braz - Denisar Arneiro - Dionisio Dal Prá - Dionísio
Hage - Dirce Tutu Quadros - Dirceu Carneiro - Divaldo Suruagy - Djenal Gonçalves - Domingos Juvenil - Domingos
Leonelli - Doreto Campanari - Edésio Frias - Edison Lobão - Edivaldo Motta - Edme Tavares - Edmilson Valentim -
Eduardo Bonfim - Eduardo Jorge - Eduardo Moreira - Egídio Ferreira Lima - Elias Murad - Eliel Rodrigues - Eliézer
Moreira - Enoc Vieira - Eraldo Tinoco - Eraldo Trindade - Erico Pegoraro - Ervin Bonkoski - Etevaldo Nogueira -
Euclides Scalco - Eunice Michiles - Evaldo Gonçalves - Expedito Machado - Ézio Ferreira - Fábio Feldmann - Fábio
Raunheitti - Farabulini Júnior - Fausto Fernandes - Fausto Rocha - Felipe Mendes - Feres Nader - Fernando Bezerra
Coelho - Fernando Cunha - Fernando Gasparian - Fernando Gomes - Fernando Henrique Cardoso - Fernando Lyra -
Fernando Santana - Fernando Velasco - Firmo de Castro - Flavio Palmier da Veiga - Flávio Rocha - Florestan
Fernandes - Floriceno Paixão - França Teixeira - Francisco Amaral - Francisco Benjamim - Francisco Carneiro -
Francisco Coelho - Francisco Diógenes - Francisco Dornelles - Francisco Küster - Francisco Pinto - Francisco
Rollemberg - Francisco Rossi - Francisco Sales - Furtado Leite - Gabriel Guerreiro - Gandi Jamil - Gastone Righi -
Genebaldo Correia - Genésio Bernardino - Geovani Borges - Geraldo Alckmin Filho - Geraldo Bulhões - Geraldo
Campos - Geraldo Fleming - Geraldo Melo - Gerson Camata - Gerson Marcondes - Gerson Peres - Gidel Dantas - Gil
César - Gilson Machado - Gonzaga Patriota - Guilherme Palmeira - Gumercindo Milhomem - Gustavo de Faria -
Harlan Gadelha - Haroldo Lima - Haroldo Sabóia - Hélio Costa - Hélio Duque - Hélio Manhães - Hélio Rosas -
Henrique Córdova - Henrique Eduardo Alves - Heráclito Fortes - Hermes Zaneti - Hilário Braun - Homero Santos -
Humberto Lucena - Humberto Souto - Iberê Ferreira - Ibsen Pinheiro - Inocêncio Oliveira - Irajá Rodrigues - Iram
Saraiva - Irapuan Costa Júnior - Irma Passoni - Ismael Wanderley - Israel Pinheiro - Itamar Franco - Ivo Cersósimo -
Ivo Lech - Ivo Mainardi - Ivo Vanderlinde - Jacy Scanagatta - Jairo Azi - Jairo Carneiro - Jalles Fontoura - Jamil
Haddad - Jarbas Passarinho - Jayme Paliarin - Jayme Santana - Jesualdo Cavalcanti - Jesus Tajra - Joaci Góes - João
Agripino - João Alves - João Calmon - João Carlos Bacelar - João Castelo - João Cunha - João da Mata - João de Deus
Antunes - João Herrmann Neto - João Lobo - João Machado Rollemberg - João Menezes - João Natal - João Paulo - João
Rezek - Joaquim Bevilácqua - Joaquim Francisco - Joaquim Hayckel - Joaquim Sucena - Jofran Frejat - Jonas Pinheiro -
Jonival Lucas - Jorge Bornhausen - Jorge Hage - Jorge Leite - Jorge Uequed - Jorge Vianna - José Agripino - José
Camargo - José Carlos Coutinho - José Carlos Grecco - José Carlos Martinez - José Carlos Sabóia - José Carlos
Vasconcelos - José Costa - José da Conceição - José Dutra - José Egreja - José Elias - José Fernandes - José Freire - José
Genoíno - José Geraldo - José Guedes - José Ignácio Ferreira - José Jorge - José Lins - José Lourenço - José Luiz de Sá -
José Luiz Maia - José Maranhão - José Maria Eymael - José Maurício - José Melo - José Mendonça Bezerra - José
Moura - José Paulo Bisol - José Queiroz - José Richa - José Santana de Vasconcellos - José Serra - José Tavares - José
Teixeira - José Thomaz Nonô - José Tinoco - José Ulísses de Oliveira - José Viana - José Yunes - Jovanni Masini -
Juarez Antunes - Júlio Campos - Júlio Costamilan - Jutahy Júnior - Jutahy Magalhães - Koyu Iha - Lael Varella -
Lavoisier Maia - Leite Chaves - Lélio Souza - Leopoldo Peres - Leur Lomanto - Levy Dias - Lézio Sathler - Lídice da
Mata - Louremberg Nunes Rocha - Lourival Baptista - Lúcia Braga - Lúcia Vânia - Lúcio Alcântara - Luís Eduardo -
Luís Roberto Ponte - Luiz Alberto Rodrigues - Luiz Freire - Luiz Gushiken - Luiz Henrique - Luiz Inácio Lula da
Silva - Luiz Leal - Luiz Marques - Luiz Salomão - Luiz Viana - Luiz Viana Neto - Lysâneas Maciel - Maguito Vilela -
Maluly Neto - Manoel Castro - Manoel Moreira - Manoel Ribeiro - Mansueto de Lavor - Manuel Viana - Márcia
Kubitschek - Márcio Braga - Márcio Lacerda - Marco Maciel - Marcondes Gadelha - Marcos Lima - Marcos Queiroz -
Maria de Lourdes Abadia - Maria Lúcia - Mário Assad - Mário Covas - Mário de Oliveira - Mário Lima - Marluce
Pinto - Matheus Iensen - Mattos Leão - Maurício Campos - Maurício Correa - Maurício Fruet - Maurício Nasser -
Maurício Pádua - Maurílio Ferreira Lima - Mauro Borges - Mauro Campos - Mauro Miranda - Mauro Sampaio -
Max Rosenmann - Meira Filho - Melo Freire - Mello Reis - Mendes Botelho - Mendes Canale - Mendes Ribeiro -
Messias Góis - Messias Soares - Michel Temer - Milton Barbosa - Milton Lima - Milton Reis - Miraldo Gomes - Miro
Teixeira - Moema São Thiago - Moysés Pimentel - Mozarildo Cavalcanti - Mussa Demes - Myrian Portella - Nabor
Júnior - Naphtali Alves de Souza - Narciso Mendes - Nelson Aguiar - Nelson Carneiro - Nelson Jobim - Nelson Sabrá
- Nelson Seixas - Nelson Wedekin - Nelton Friedrich - Nestor Duarte - Ney Maranhão - Nilso Sguarezi - Nilson
Gibson - Nion Albernaz - Noel de Carvalho - Nyder Barbosa - Octávio Elísio - Odacir Soares - Olavo Pires - Olívio
Dutra - Onofre Corrêa - Orlando Bezerra - Orlando Pacheco - Oscar Corrêa - Osmar Leitão - Osmir Lima - Osmundo
Rebouças - Osvaldo Bender - Osvaldo Coelho - Osvaldo Macedo - Osvaldo Sobrinho - Oswaldo Almeida - Oswaldo
Trevisan - Ottomar Pinto - Paes de Andrade - Paes Landim - Paulo Delgado - Paulo Macarini - Paulo Marques -
Paulo Mincarone - Paulo Paim - Paulo Pimentel - Paulo Ramos - Paulo Roberto - Paulo Roberto Cunha - Paulo Silva
- Paulo Zarzur - Pedro Canedo - Pedro Ceolin - Percival Muniz - Pimenta da Veiga - Plínio Arruda Sampaio - Plínio

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Martins - Pompeu de Sousa - Rachid Saldanha Derzi - Raimundo Bezerra - Raimundo Lira - Raimundo Rezende -
Raquel Cândido - Raquel Capiberibe - Raul Belém - Raul Ferraz - Renan Calheiros - Renato Bernardi - Renato
Johnsson - Renato Vianna - Ricardo Fiuza - Ricardo Izar - Rita Camata - Rita Furtado - Roberto Augusto - Roberto
Balestra - Roberto Brant - Roberto Campos - Roberto D’Ávila - Roberto Freire - Roberto Jefferson - Roberto
Rollemberg - Roberto Torres - Roberto Vital - Robson Marinho - Rodrigues Palma - Ronaldo Aragão - Ronaldo
Carvalho - Ronaldo Cezar Coelho - Ronan Tito - Ronaro Corrêa - Rosa Prata - Rose de Freitas - Rospide Netto -
Rubem Branquinho - Rubem Medina - Ruben Figueiró - Ruberval Pilotto - Ruy Bacelar - Ruy Nedel - Sadie Hauache
- Salatiel Carvalho - Samir Achôa - Sandra Cavalcanti - Santinho Furtado - Sarney Filho - Saulo Queiroz - Sérgio
Brito - Sérgio Spada - Sérgio Werneck - Severo Gomes - Sigmaringa Seixas - Sílvio Abreu - Simão Sessim - Siqueira
Campos - Sólon Borges dos Reis - Stélio Dias - Tadeu França - Telmo Kirst - Teotonio Vilela Filho - Theodoro Mendes
- Tito Costa - Ubiratan Aguiar - Ubiratan Spinelli - Uldurico Pinto - Valmir Campelo - Valter Pereira - Vasco Alves -
Vicente Bogo - Victor Faccioni - Victor Fontana - Victor Trovão - Vieira da Silva - Vilson Souza - Vingt Rosado -
Vinicius Cansanção - Virgildásio de Senna - Virgílio Galassi - Virgílio Guimarães - Vitor Buaiz - Vivaldo Barbosa -
Vladimir Palmeira - Wagner Lago - Waldec Ornélas - Waldyr Pugliesi - Walmor de Luca - Wilma Maia - Wilson
Campos - Wilson Martins - Ziza Valadares.

Participantes: Álvaro Dias - Antônio Britto - Bete Mendes - Borges da Silveira - Cardoso Alves - Edivaldo Holanda -
Expedito Júnior - Fadah Gattass - Francisco Dias - Geovah Amarante - Hélio Gueiros - Horácio Ferraz - Hugo
Napoleão - Iturival Nascimento - Ivan Bonato - Jorge Medauar - José Mendonça de Morais - Leopoldo Bessone -
Marcelo Miranda - Mauro Fecury - Neuto de Conto - Nivaldo Machado - Oswaldo Lima Filho - Paulo Almada -
Prisco Viana - Ralph Biasi - Rosário Congro Neto - Sérgio Naya - Tidei de Lima.

In Memoriam: Alair Ferreira - Antônio Farias - Fábio Lucena - Norberto Schwantes - Virgílio Távora.

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