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xebB ay BE ESTUGES MUDISTAS © \BODISATVAY oo ARODA DA VIDA “A Primeira Nobre Verdade ensina que a realidade é permeada pelo sofrimento, e a Segunda Nobre Verdade afirma que o sofrimento é construido através de causas € condigdes. Mas como isso ocorre? Qs Trés Animais Na imagem da Roda da Vida e observando seu centro, deparamos com trés animais: um javali, um galo e uma cobra, que representam componentes de nossas identidades. Também so designados como os trés venenos da mente, a ignorancia, o desejo/apego e a raiva. O javali é a forma da identidade que assumimos, o galo é a inteligéncia que rege a ao incessante que esse javali promove para se manter, ea cobra ¢ a inteligéncia de defesa agressive que esté sempre pronta, aguardando 0 momento de alguma necessidade. Essas inteligéncias operam como aspectos cognitivos, mas atuam especialmente como energias em aco. Sua manifestacdo parece completamente natural e familiar, ainda que seja construida e artificial. Séo inteligéncias que, por meio da prética budista, reconhecemos como limitantes e artificiais. AcBes virtuosas e N3o Virtuosas ‘Ainda examinando a gravura de Roda da Vida, vemos que em torno do disco central onde esto os trés animais hd uma faixa circular onde esto representados seres subindo e caindo ciclicamente. Eles sobem penosamente ao ponto maximo através de suas agdes positivas. Quando atingem esse ponto, a impermanéncia e o carma os levam novamente 2 cair ciclicamente nas regides de sofrimento e desespero. Toda e qualquer identidade revela-se presa 20 movimento clclico infinddvel de ascensio e queda, a Roda da Vida, também chamada de experiéncia ciclica, Quando desafiamos Maharaja buscando fixar © que é impermanente, estamos desafiando a prdpria esséncia que segue produzindo mundos diante dos nossos olhos, a esséncia que rege a impermanéncia e que originou nossa forma humana. Podemos visualizar nossas identidades como bolhas de sabao que, depois de sopradas, sero carregadas pelo vento e, em algum momento, hao de se fazer no ar, diante de nossos olhos. Ainda na figura da Roda da Vida, vamos encontrar alguns padrdes basicos pelos quais a construg3o de nossa experiéncia de mundo (consciéncia) vai se estreitar, Os budistas explicam que a consciéncia deludida opera a partir de sels padrées emocionais basicos, que na Roda da Vida so simbolizados por seis reinos. Nesse nivel de ensinamento dukkha (sofrimento oriundo do estreitamento da visio e da frustrago oriunda do esforgo ineficaz) pode ser compreendido como ter a consciéncia fisgada por determinadas sensagdes ou ventos, como ficar rodando em circulos, em um redemoinho, impotente e hipnotizado pelo jogo incessante de nossas energias. Ficamos & merce de estados fisicos e mentais de satisfagao e/ou insatisfacao, como uma ra que permanece distralda dentro de um pequeno pogo, sem nenhuma chance de sair e caminhar o suficiente para se encontrar com a grandeza dos oceanos. Seis Reinos O primeiro poco da experiéncia ciclica, ou Roda da Vida, é reino dos deuses, no qual o sentimento de orgulho se estabelece como base. Os deuses néo precisam fazer esforco para serem amados, s8o sustentados pela energia operativa dos seres de outros reinos € se tornam inconscientemente vaidosos de suas qualidades. Por estarem cercados de muito conforto, acabam distraidos e sem nenhuma vontade de sair do poco & procura do mar; afinal, apesar de deludidos, apreciam as boas qualidades e a beleza de seu reino. ‘A seguir vem 0 poco dos seres invejosos, ou 0 reino dos deuses invejosos, os asuras. Apesar de possuirem um grande arsenal e muito poder, sofrem por no possuirem tantas facilidades quanto os deuses. Dominados pela inveja, terminam por atacar seus poderosos vizinhos sem sucesso, o que faz com que sua sensago de negatividade e impoténcia aumente, criando um circulo repetitivo alimentado pela energia da inveja e da competitividade. / geome a goals ope aa eerapmregX) Na sequéncia surge o reino humano, fundamentado no desejo e no apego. Nés, os seres deste reino, estamos sempre querendo alguma coisa em termos de felicidade ou conforto como meio de atingir a felicidade. Por exemplo, adquirimos os mai bens de consumo sem nos darmos conta de que abrimos mo de nossa tranquilidade correndo atrés deles. Fazemos prestagdes, penosamente trabalhamos para pagar, depois passamos boa parte do tempo cuidando para que aquilo que adquirimos no se perca ou estrague, Quando nos damos conta, estamos no s6 cuidando de um bocado de | coisas nem to necessarias assim, como aspirando por outras tantas mais. 4 Abaixo dos reinos dos deuses, dos deuses invejasos e dos humanos, encontram-se os reinos inferiores. © primeiro desses é 0 reino dos animals, onde as emosdes perturbadoras so a preguica ou o torpor. Em termos de paisagem mental, esse reino é caracterizado pela incompreensio do funcionamento causal do mundo ao redor, aliada 2 sensagdo de impoténcia, de desénimo diante das dificuldades percebidas como externas e independentes de nossa vontade. Simplesmente abrimos mao de cultivar 0 que quer que seja. Olhamos a impermanéncia e desistimos de levar adiante qualquer projeto, por mais interessante que seja, © segundo reino inferior ¢ 0 rein dos fantasmas famintos. Os seres desse rein Possuem uma barriga enorme e sempre vazia, enquanto sua boca e pescogo so téo estreltos que no permitem a passage de quase nenhum alimento. Em termos de Palsagem mental, esse reino pode ser exemplificado por uma mulher ciumenta que, 20 ganhar um presente do marido, desconfia que ele a esteja agradando para disfarcar uma falta, Também podemos constatar que na sociedade atual nos tornamos dependentes ou carentes de muitas facilidades. Usamos remédios que inibem os sintomas de nossas doencas e nos causam outras desordens além das que jé possuimos. Vamos de automével comprar pao a duas quadras de nossa casa, usando combustiveis que poluem © ar e deixando de exercitar nosso corpo, Alimentamos habitos perniciosos, tomando por prazer aquilo que n&o faz mais do que nos tirar a lucidez e a sauide, como por exemplo, consumir nicotina e alcool. Além de nos intoxicarmos, nunca ficamos saciados com apenas um copo de bebida ou um cigarro. Por fim, chega-se aos reinos dos infernos, no qual a duracao da vida é muito longa. As emocées negativas dominantes nese reino s80 a raiva e o medo. Invariavelmente, os seres nessa paisagem esto atacando ou defendendo. Se tomarmos a égua como exemplo, teriamos 0 seguinte: nos reinos dos deuses ela é um néctar capaz de sustentar a vida, no reino dos assuras é um instrumento a ser conquistado pelo poder, pela astiicia ou mesmo pela forga dos exércitos; para os humanos é apenas dgua, nada de especial. Para os animals a agua é um meio de sobreviver apenas. Para os fantasmas famintos, a 4gua como jé vimos, é desejada ardentemente mas muito escassa, quase impossivel de ser encontrada. Nos infernos é usada como arma para torturar e matar. Os fendmenos dancam: Os 12 Elos da Originaco Interdependente A segunda Nobre Verdade, como vimos, ensina que dukkha é construido, ou seja, os budistas acreditam que ha um estado natural de felicidade que antecede qualquer construgao mental. Os estados confusos da mente so apontados nos ensinamentos como ondas do mar, constituidas da mesma matéria do oceano. Outro exemplo classico seria 0 de uma garrafa cheia d’égua vagando nas ondas do mar. Tudo se passa como se a gua dentro da garrafa estivesse com medo de que a garrafa se quebrasse e seu contetido se diluisse... na dgua mesmo, E qual seria o motivo para as ondas? Como 0 movimento “isolado” ocorre? A rea mais externa da Roda da Vida representa os 12 Elos da Originacdo Interdependente, 0 modo com a mente deludida constréi todos os movimentos {nascimento, durago e cessaco ou passado, presente e futuro) dos fenémenos diante dos nossos olhos, como as causas e condigdes do sofrimento se estabelecem de modo sutil em nossa mente e se unem em cadeia. ‘Quando Buda atingiu a iluminago, ainda sentado debaixo da drvore bodhi, foi assaltado por uma pergunta: “Por que os seres, tendo uma natureza ilimitada e perfeita, manifestam-se de forma limitada? O que acontece com eles?” Percebeu ento que os seres ficam encerrados no interior de um ciclo de transmigragao composto de 12 etapas € as percorrem ciclicamente por vidas sucessivas, Ele compreendeu que, por ser livre, a mente pode gerar ignordncia (primeiro elo — avydia ~ figura é um cego tateando 0 cho com a bengala), que & a experiéncia de separatividade, ente sujeito-objeto, surge o “observador” em um lugar e 0 “objeto” em outro lugar, separados. A incapacidade de reconhecer essa operagao complexa é 0 que chamamos de avydia, ignoréncia, Quando olhamos uns aos outros, também nos vernos separados, vemos os outros com qualidades que parecem brotar neles mesmos. As qualidades que vemos nos outros so insepardveis da nossa prépria mente. Por estarmos presos na ignordncia (avydia), brotam as marcas mentais (segundo elo — samskara ~ figura é um olelro trabalhando a argila). Com o surgimento das marcas mentais, surge naturalmente a nossa identidade. Samskara séo marcas internas. O Conjunto de marcas, mais seus impulsos, caracterizam uma pessoa, Essas marcas so a base, os tijolos de qualquer construgo do carma, Estdo presentes em tudo. Quando surge a identidade, tentamos perpetuar a experiéncia de existéncia. O observador gera uma autoconsciéncia, infere uma existéncia ao observar as sensagdes e 0 pensamentos que experimenta (terceiro elo - consciéncia — vijnana - a figura é um macaco pulando de galho). Assim, aspiramos um corpo, uma forma (quarto elo - nama-rupa — a figura é um barqueiro vagueando em um rio}. Quando entramos no quarto elo, inconscientemente descobrimos que certas coisas movimentam energia atraindo e outras no, e que os objetos, movimentando energia, tém o poder de sustentar estados mentais especificos. Nesse elo é como se existisse uma ponte que liga o mundo abstrato e o mundo concreto. Surgindo 0 nosso corpo, fazemos contato com o mundo. € representado por uma casa com seis janelas (quinto elo - seis sentidos - shadayatana) na Roda da Vida. Suas aberturas representa a visdo, audicao, paladar, olfato, tato e mente abstrata. E como se 0 macaco do terceiro elo ficasse preso dentro da casa, espiando pelas janelas, um Pouco acuado devido & limitacdo das paredes. Contemplar 0 quinto elo é observar nossos instrumentos de medida, nos tornamos observadores do conjunto dos nossos sentidos. Sparsha (sexto elo ~a figura é um casal de namorados ou um bebé sugando 0 peito da mie) é a utilizacao das seis faculdades dos sentidos com os objetos. Nesse elo passamos @ usar os sentidos fisicos, mas ficamos muito limitados dentro disso, como um macaco preso dentro de uma casa. A mente é ampla, mas torna-se estreita devido a capacidade reduzida de percepsio através dos sentidos fisicos. Porém, 0 estreitamento nos passa despercebido. Na figura da Roda da Vida, vedana (escolhas), 0 sétimo elo, é simbolizado por uma Pessoa que enfia uma flecha no préprio olho; surge uma cegueira adicional. Aqui simplificamos todas as etapas seguintes em uma sensagio. Ocultamos os seis elos anteriores. Néo olhamos mais a microestrutura. O fato de termos uma sensacdo boa justifica tudo. Avydia adquire grande poder nesse momento, Os vedanas - as experiéncias de gostar/ndo gostar, querer/ndo querer — ndo surgem do objeto que contemplamos. Jd vimos que a experiéncia de gostar e nao gostar sempre parece surgir referida a algum objeto dos cinco sentidos fisicos ou do sentido abstrato (consciéncia a partir dos sentidos). O objeto aparece a nds e respondemos a ele com um “gosto” ou “no gosto”, “quero” ou “no quero”. Com base em vedana, 0 que fazemos? Se achamos que uma coisa é boa, tentamos ‘sustentar e produzir a sensa¢ao. Quando ndo gostamos de algo, tentamos sustentar uma proteco frente ao que nos parece desagradavel. O oltavo elo, trishna (desejo) & representado por duas pessoas tomando cha. Podemos dizer que trishna é a aspiragao da expansio daquilo que se provou. O nono elo (ago contaminada - upadana ~a figura é uma pessoa colhendo frutos em uma drvore). Ela colheu os frutos muitas vezes, tornou-se capaz de fazer alguma coisa, como um médico que foi treinado, primeiro dissecando cadavares, até aprender a lidar com o ser vivo. Através de um processo lento, sistematico e gradual, ele gerou a aptidao que um dia Ihe permitiu dizer: “Sou médico!” Esse conjunto de experi~encias anteriores a0 surgimento representa a nossa origem. Fizemos muitas vezes alguma coisa, portanto, dizemos com um grau razodvel de convicao: “Eu sou aquele que sabe fazer tal coisa”. Na Roda da Vida, 0 décimo elo, bhava (o mundo é assim), & representado por uma mulher gravida ou por um casal fazendo amor. Nessa etapa, surgimos dentro de um universo. Solidificamos nosso universo. Em certo sentido trata-se de um nascimento, sendo 0 melhor sentido de renascimento, que ocorre quando uma pessoa se descobre dentro de um universo préprio. Hé também uma soberba. Dizemos: “ Conhego o mundo, sei como as coisas funcionam, tenho experiéncia. Vou Ihe explicar, o mundo é assim, se quiser ter sucesso, faga como eul” No décimo elo a pessoa se identifica com estruturas de resposta e ado, com escolhas, e estabelece sua rigidez. Jeti significa “circuntancias da vida”, 0 décimo primeiro elo, sendo simbolizado por uma crianga nascendo, ou seja, o ser vai passar por nascimento, crescimento, envelhecimento, decrepitude e morte. Mas 0 ponto importante das circusntancias da vida € que estamos sempre ocupados tentando equilibrar alguma coisa. 0 mesmo acontece quando amadurecemos e envelhecemos. Os aspectos de crescimento, envelhecimento e decrepitude sdo somente o aspecto externo do processo. O que movimenta tudo isso? Nosso esforco para manter um universo em equilibrio. Quando comegamos a ter dificuldades com o equilibrio da existéncia, entramos no décimo segundo elo, jana-marana (envelhecimento e morte), ou seja, comeca o sofrimento ligado a isso, A experléncia de morte é Isso: criamos algo e, a0 passar pela experiéncia da dissolugdo da artificialidade que construimos e sustentamos, temos a sensago de morte.” Lama Padma Samten, do livro A Roda da Vida como Caminho para a Lucidez, Centro de Estudos Budistas Bodisatva Rotelro em oito pontos do Prajnaparamita 1) Puxamos a forma como um exemplo prético a nossa frente. 2.) Coemergéncia insepardvel da mente: posso descrever como sendo a mente ou como sendo 2 forma. © ponto principal é que incluo na minha mente uma liberdade para lidar com © mundo que eu chamaria de externo. Quando estamos lidando com experiéncias de sofrimento isso é muito importante, pois descubro uma liberdade interna de reprocessar as coisas. Vemos que o mundo interno é capaz de, crigtivemente, produtir outras aparéncias. Do ponto de vista social isso € muito importante. Por exemplo, podemos pensar que estamos vivendo tempos muito dificeis, de degenerescéncia. Mas podemos considerar que tempos de degenerescéncia so 0 inicio de tempos de lueidez. € por qué? Porque clessifco 2 rezlidede como passando por uma degenerescéncia quando estou apegado a uma série de eventos do pasado que no se apresentam mais hoje. Por outro lado, posso olhar para as possibilidades que existem hoje, posso considerar que existe uma vastidio de possibilidades. Isso vai epender de minha escolhe, tenho uma liberdade interna. No somos passivos na realidade, somes ‘tives. 'b) Coemergéncia com a energia: é importante contemplar o que os objetos me dizem, isso diz respeito a energie. Quando 2s coises, 0s objetos, as relagdes mudam, o que é que muda? Muda a energia associed: ¢) Coemergéncia com a palsagem: forma e energia esto acopladas a paisagem. Se tirarmos a mesa do templo € & colocarmos noutro lugar, teremos outra coemergéncia da mente e da energia, pois o conjunto de referencisis que estou utilizando (palsagem) mudou. 6) Coemergéncia com @ identidade: quando vemos a energie, a sentimos como nossa. Quando tentameos fazer com que ele sige brilhendo, temos uma sensago de identidade e enisténcia, de “eu existe”. Esse € 0 especto sutil da identidade, do ego. Nossa fixago ¢ manter a energia brilhando de certo modo. Se estamos apegados @ ume eneigia € encontramos outra energia que brhe mais, nos Aansterimos. Assim que ocorrem os divércios, pols isso surge Como uma certera. €) Coemergéncie com # bolha: todos estes espectos constituem uma bolha de realidade. € interessante, por exemplo, observer lugares que visitamos com ex-esposes e exmaridos, estes lugares ficam magnetizedos pelo modo como os construimos no pasado. Quando os visitamos novamente hoje, eles produzem impactos em nés, nos levam para paisagens especificas que configuram uma bolha de realidade. Este é 0 aspecto das bolhas, quando hé uma natural leveza dentro de realidade. Quando as bolhas so sélidas, s80 tempos de virtude. Quando as bolhas explodem, sf0 tempos de degenerescéncia, Entretanto, os ensinamentos mais profundos sio para os tempos de degenerescéncia, onde a realidade das coisas esté na superficie. Também temos muitos obstéculos, pois no conseguimos estabilizar nada. Precisamos de bolhas estéveis; do contrério, no avancamos. O CEBB ria bolhas para irmos até a iluminago. E uma boa bolha muito itil 3) Contemplamos 0 aspecto vazio (ndo tem aquilo dentro). Vemos 0 vazlo da bolha, da forma, do energie, da paisagem, de identidade. No é negar, € apenas contemplar com espanto a densidade destes aspectos e, a0 mesmo tempo, 0 fato de néo serem sélidos. 4) Percebemos o aspecto luminoso (tem aquilo dentro). £ vivo, objetivo, posso quantificar, todos véem compartilham. Vejo forma, energia, paisagem, identidade e bolha como uma operegéo luminose. ‘Apenas vejo, no me oponho. As aparéncias s80 a luminosidade produzindo realidades. 7 Ethno! Te we manner 5) Contemplamos 0 aspecto vazio/luminoso (é na forma que 0 vazio se manifesta). Forma ¢ vazia e_ luminosa a0 mesmo tempo. Posso pensar sobre as coisas e, 20 mesmo tempo, elas séo vazias. 6) Contemplamos a energia (vejam o surgimento dos 5 lungs, os lungs dos 5 elementos) que se movimenta em nés. Os cinco lung dio sentido de realidade as coisas. Por um aspecto do samsara, precisamos que nossos elementos e energia estejam a 70%, nosso corpo precisa disso. Ent#o bebemos da energia que surge das situagdes do samsara. Precisamos ter brilho nos olhos, senéo ficamos ‘deprimidos. A vida € 0 apego aos cinco lungs, temos apego aos cinco lungs, temos apego a tudo que produz brilho em nés. Precisamos de uma boa bolha para os lungs aparecerem e nos movermos. Iss0 €.0 samsara. Precisamos fezer como na meditaclo, fazer a energia surgir de dentro. A pessoa quando esté em meditacéo néo est fezendo nada e a energia precisa sureir. Esse é 0 inicio da emancipagio do samsare, 7) Contemplamos a magia disso tudo e a causalidade decorrente. Sem nenhum tipo de critica, olho a magia de como tudo opers. Mesmo que seja construido, funciona. Contemplamos também 3 ceusalidade que opera dentro da magia. 8) Sorrimos! € assim que o Samsara nos pegal Natureza vajra. Oferenda de Samantabadra. “Diante da energia, que brota da forma vazia e luminosa, eu sorrio.” Estamos admirados, nem achando bom nem ruim TREINANDO NO PRAJNAPARAMITA, Prajnaparamita € um método de olhar todas as categorias que consideramos fixes, pois nos relacionamos com as formas e néo com os substratos. Um mesmo substrato adquire muitas formas, por isso forma é vacuidade. Forma & magica. Onde quer que olhamos, nos relacionamos com formas, todas elas construidas, impermanentes, A liberaco ocorre pelo riso e no pela seriedade, nao pela dinamite, néo pela vacuidade, nds nao temos que destruir o mundo. Nés sorrimos para ele. Como alguém que repentinamente se vé de forma mais ampla do que se vie. O samsare néo € negativo, © samsara é lidico. Nés sofremos dentro do samsara como as criancas também sofrem, por coisas muito simples. Nosse dor em samsara esté ligada 2 energi nés no sé no vemos a energia como tomamos @ obediéncia aquela energia como nosso refijgio fundamental. A Unica forma de superarmos isso é compreendermos este processo e sorrirmos! Essa energia é o sangue do samsara, € 0 que 0 movimenta. Precisamos no sé entender o samsara, mas temos de absolver o samsara, liberé-lo, iluminé-lo. Prajnaparamita nos ajuda a ‘compreendermos 0 aspecto xaménico da realidade. Pensar, contemplar e repousar sobre formas, sensacdes, percepgdes, formagdes mentais e consciéncias vendo todos eles como formas, sempre em transformagdo. Geramos 0 olho do Prajnaparamita. Trazer exemplos de nossas vidas.

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