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Como Funcionam
Os Sensores
Newton C. Braga
Patrocinado por
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São Paulo - Brasil - 2021
Instituto NCB
www.newtoncbraga.com.br
leitor@newtoncbraga.com.br
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Como Funcionam os Sensores
Autor: Newton C. Braga
São Paulo - Brasil - 2021
Palavras-chave: Eletrônica – aparelhos ele-
trônicos – componentes – sensores – como funciona
Copyright by
INTITUTO NEWTON C BRAGA.
1ª edição
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Índice
Índice
APRESENTAÇÃO DA SÉRIE..................................11
APRESENTAÇÃO...........................................13
SENSORES – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA O PROJETO MAKER..14
SENSORES INERCIAIS.....................................17
TIPOS DE SENSORES...............................19
CARACTERÍSTICAS.................................24
TIPOS DISPONÍVEIS...............................26
SENSORES PARA ULTRAVIOLETA.............................27
MÓDULO UVM-30A PARA ARDUINO.....................29
VEML6070 SENSOR UV DA VISHAY....................29
SENSORES ÓPTICOS.......................................34
OS SENSORES.....................................34
FONTES DE LUZ...................................38
AS TECNOLOGIAS..................................39
CONCLUSÃO.......................................44
SENSORES DE FLUXO DE ÁGUA..............................45
O QUE É UM SENSOR DE FLUXO DE ÁGUA..............45
ONDE PODEMOS USAR ESTE TIPO DE SENSOR...........47
O SENSOR VF-S401................................48
SENSORES ULTRASSÔNICOS.................................51
COMO FUNCIONA...................................51
TIPOS DE SENSORES...............................56
CUIDADOS NO USO.................................57
USO CORRETO.....................................60
CONCLUSÃO.......................................61
SENSOR DE QUALIDADE DO AR..............................62
SENSORES INFRAVERMELHOS NDIR....................62
SENSORES ELETROQUÍMICOS.........................63
SENSOR ELETROACÚSTICO...........................64
SENSORES DE OZÔNIO..............................65
SENSORES DE MATÉRIA PARTICULADA (PM)............66
7
OS SENSORES DE EFEITO HALL.............................68
O EFEITO HALL...................................70
OS SENSORES NA PRÁTICA..........................73
UTILIZAÇÃO......................................73
OUTROS ARRANJOS.................................79
CONCLUSÃO.......................................80
SENSORES DE OXIGÊNIO...................................81
SENSORES DE ZIRCÔNIO............................82
CIRCUITOS TÍPICOS...............................84
CIRCUITO PRÁTICO................................85
SENSORES CATALÍTICOS DE GÁS COMBUSTÍVEL................88
COMO FUNCIONAM?.................................89
O CIRCUITO SENSOR...............................92
VENENOS E INIBIDORES............................93
FATORES DE CORREÇÃO.............................94
CARACTERÍSTICAS.................................96
CONCLUSÃO.......................................96
SENSORES DE LUZ PARA MAKERS............................97
LDR – FOTORRESISTOR OU LIGHT DEPENDENT RESISTOR.97
FOTODIODOS E FOTOTRANSISTORES..................101
FOTOCÉLULA.....................................107
OUTROS SENSORES................................108
SENSORES DE FORÇA FSR.................................109
FSR OU FORCE SENSITIVE RESISTOR................110
SENSORES TIPO RIBBON (CINTA OU FITA)...........114
IDEIAS DE APLICAÇÕES...........................115
USANDO SENSORES RESISTIVOS EM PROJETOS MECATRÔNICOS....117
TEORIA.........................................117
O LDR OU FOTO-RESISTOR.........................118
RESISTORES DE COEFICIENTE DE TEMPERATURA NEGATIVO
.................................................119
SENSORES DE PRESSÃO............................120
POTENCIÔMETROS COMO SENSORES DE POSIÇÃO........121
SENSORES DE TOQUE..............................122
COMO USAR SENSORES RESISTIVOS..................123
USANDO SENSORES LIGA E DESLIGA EM PROJETOS MECATRÔNICOS 125
TEORIA.........................................125
INTERRUPTORES LIGA-DESLIGA - MICRO-INTERRUPTORES.
.................................................126
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SENSORES CASEIROS..............................128
DEBOUNCING.....................................129
CHAVES COMO SENSORES...........................130
REED SWITCHES..................................130
SENSORES CAPACITIVOS..................................132
SENSORES CAPACITIVOS...........................133
AS TECNOLOGIAS.................................134
SOLUÇÃO MICROCHIP..............................136
CONCLUSÃO......................................138
SENSORES MAGNETORRESISTIVOS...........................139
NA PRÁTICA.....................................141
UTILIZAÇÃO E PARÂMETROS........................143
APLICAÇÕES PRÁTICAS............................145
CONCLUSÃO......................................147
SENSORES COM CABOS COAXIAIS PIEZOELÉTRICOS............148
SENSORES MAGNÉTICOS DE ALARMES........................153
SENSORES METALTEX..............................155
O CIRCUITO ELETRÔNICO..........................156
CIRCUITO 1.....................................157
CIRCUITO 2.....................................159
CIRCUITO 3.....................................160
CIRCUITO 4.....................................162
CIRCUITO 5.....................................163
CONCLUSÃO......................................165
USOS PARA SENSORES ELETROSTÁTICOS.....................167
DETECTOR DE TERREMOTOS.........................167
SENSORES, SHIELDS E PLACAS DE DESENVOLVIMENTO PARA BIÔNICA
......................................................169
SENSORES AMBIENTAIS IMPORTANTES................171
HDC2080 – SENSOR DIGITAL DE UMIDADE E TEMPERATURA
.................................................171
SENSOR DE SOLO STEMMA..........................172
BME280 – SENSOR DE UMIDADE E PRESSÃO...........173
SENSORTECH SGX – SENSOR INTEGRADO INFRAVERMELHO DE
GÁS..............................................173
DS18B20 – SENSORES À PROVA D´ÁGUA..............174
OUTROS MAIS DE 160 LIVROS DE ELETRÔNICA E TECNOLOGIA DO
INCB..................................................175
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APRESENTAÇÃO DA SÉRIE
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Como Funcionam os Sensores
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APRESENTAÇÃO
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SENSORES INERCIAIS
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Tipos de sensores
a) Quando ao sinal obtido
Analógicos - Podemos ter sensores inerciais
que fornecem em sua saída um sinal analógico, por
exemplo, uma tensão, cujo valor depende da condição
de modificação de estado inercial que detectam. Es-
tes sensores podem ser usados em aplicações mais
simples que não exigem o processamento da informa-
ção, por exemplo, utilizando microcontroladores.
Digitais – São sensores que fornecem a infor-
mação sobre a grandeza detectada e medida na forma
digital, podendo interfacear diretamente com um mi-
crocontrolador. São sensores com interfaces I2C, por
exemplo, cujos sinais representam a grandeza medida
na forma digital.
b) Tipos
- Giroscópico
Começamos por esta, por ser justamente a mais
antiga a ser usada e que apresenta uma facilidade
maior de construção em sensores de maior porte e em
outras aplicações.
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Como Funcionam os Sensores
Figura 1 – Um giroscópio
- Acelerômetro
Uma outra forma de se medir acelerações é
através de acelerômetros. Para essa finalidade exis-
tem diversas tecnologias.
a) Capacitivos
Neste tipo de sensor temos duas placas ou ele-
trodos de metal formando um capacitor. No entanto,
elas têm uma separação que varia segundo a acelera-
ção a que está submetido o sensor.
Com isso, a capacitância do sensor muda con-
forme a aceleração, fornecendo assim um sinal que
pode ser medido.
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NEWTON C. BRAGA
b) Piezoelétrico
Neste tipo de sensor temos um material piezoe-
létrico montado numa massa inercial. A aceleração do
sensor faz com que seja gerada uma tensão proporcio-
nal.
A força que aparece sobre uma massa inercial
atua sobre o material piezoelétrico deformando-o e
com isso gerando uma tensão.
Na figura 3 temos um diagrama simplificado da
construção de um sensor inercial piezoelétrico
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Como Funcionam os Sensores
c) Piezo resistivos
Este tipo de sensor se aproveita das mudanças
de resistividade de materiais que são submetidos a
esforços mecânicos. Da mesma forma, o que se faz é
acoplar um ou mais fios desse material a uma massa
sísmica que produz uma força quando submetida a uma
aceleração.
Este tipo de sensor se caracteriza por poder
operar numa ampla faixa de frequências, inclusive
próximas a zero e também por poderem medir esforços
de curta duração, como choques ou batidas. Como são
sensíveis à temperatura, precisam de circuitos de
compensação. Na figura 4 temos o modo como um sensor
deste tipo é construído.
Figura 4
d) Efeito Hall
O efeito hall que é basicamente aproveitado em
sensores de campos magnéticos, pode também ser apro-
veitado para medir acelerações bastando que se tenha
um arranja especial de elementos que produzam campos
magnéticos.
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Como Funcionam os Sensores
g) Outros
Outras técnicas
Diversas outras tecnologias podem ser encon-
tradas tanto em sensores na forma de dispositivos
integrados como de arranjas de partes.
Assim, podemos ter o caso de sensores em que
uma massa inercial penetra numa bobina, alterando a
relutância do circuito com o seu movimento, o que
depende a aceleração.
Podemos ter sistema ópticos em que uma massa
inercial altera a passagem ou reflexão de um feixe
de luz, produzindo então um sinal de saída corres-
pondente.
Outra possibilidade consiste em se acoplar
através de um sistema mecânico uma massa inercial a
um potenciômetro, obtendo-se assim variações da re-
sistência.
Características
a) Orientação
Os sensores inerciais detectam forças e deslo-
camentos que são grandezas vetoriais, ou seja, pos-
suem direção, sentido e valor (magnitude).
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b) Prontidão ou resposta
Os sensores inerciais não respondem imediata-
mente a uma variação da força que ocorre quando eles
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Como Funcionam os Sensores
c) Sensibilidade
Evidentemente, como característica importante
dos sensores, temos a sensibilidade que sua capaci-
dade de resolução na detecção de uma variação de po-
sição ou mudança de velocidade.
Tipos disponíveis
Hoje contamos no mercado com uma infinidade de
sensores inerciais fabricados com tecnologias que os
dotam de características de prontidão, sensibilidade
e orientação que permitem sua utilização em pratica-
mente qualquer projeto.
Com saídas analógicas ou apropriadas para ope-
ração com microcontroladores eles podem ser usados
nos mais diversos projetos: controle de posição,
IoT, mobilidade, veículos autônomos, drones, etc.
Consulte a página da Mouser para ver os tipos
disponíveis.
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SENSORES ÓPTICOS
Os sensores
Existem diversos tipos de dispositivos senso-
res que podem ser utilizados no controle óptico de
máquinas.
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Fontes de Luz
Para excitar os sensores analisados são usadas
as mais diversas fontes de luz. O principal ponto a
ser observado na escolha da fonte de luz que vai ex-
citar um determinado sensor é a sua curva espectral
de emissão, que deve "casar" com a curva espectral
de resposta do sensor.
De nada adianta iluminar o sensor sensível à
luz visível com uma fonte infravermelha que ele não
consegue "ver".
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As tecnologias
Para usar um sensor óptico numa aplicação
qualquer existem diversas tecnologias que podem ser
empregadas.
A mais comum é a que faz uso da interrupção de
um feixe de luz que incide num sensor, conforme
ilustra a figura 6.
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CONCLUSÃO
Para o projetista ou mesmo o técnico de manu-
tenção de equipamentos industriais que, eventualmen-
te, precise de alternativas ou circuitos de sensores
ópticos, os que mostramos neste artigo são apenas
alguns dos muitos que existem.
O importante na escolha de uma configuração ou
de um sensor é levar em conta tanto a sensibilidade
quanto a velocidade do dispositivo usado. Eventual-
mente, o espectro é importante dependendo do tipo de
fonte luminosa que será usado na sua excitação.
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O sensor VF-S401
Este é um sensor de baixo custo, ideal para
seu projeto e que pode ser adquirido com facilidade
em inúmeros fornecedores de componentes do Brasil.
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Figura 5 – O VF-S401.
/***************************
Este Código exemplo tem por
finalidade ler os dados
de um sensor de fluxo de água
***********************/
volatile double waterFlow;
void setup() {
Serial.begin(9600);
//baudrate waterFlow = 0;
attachInterrupt(0, pulse, RISING); //DIGITAL
Pin 2: Interrupt 0 }
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void loop() {
Serial.print("waterFlow:");
Serial.print(waterFlow);
Serial.println(" L");
delay(500); }
void pulse() //measure the quantity of square
wave {
waterFlow += 1.0 / 5880.0;
}
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SENSORES ULTRASSÔNICOS
Como Funciona
O princípio de operação desses sensores é exa-
tamente o mesmo do sonar, usado pelo morcego para
detectar objetos e presas em seu vôo cego.
Conforme mostra a figura 1, o pequeno compri-
mento de onda das vibrações ultrassônicas faz com
que elas reflitam em pequenos objetos, podendo ser
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Tipos de Sensores
O tipo de sensor usado depende do que se dese-
ja detectar. Assim, os objetos podem ser classifica-
dos em três categorias, conforme a reflexão dos ul-
trassons que proporcionam:
a) Superfícies planas como fluídos, caixas, fo-
lhas ou placas de plástico ou papel, vidros,
etc.
b) Objetos cilíndricos como latas, garrafas, ca-
nos e o corpo humano.
c) Pós e grãos como minerais, cereais, areia,
plásticos em pó, etc.
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Cuidados no Uso
Como qualquer tipo de sensor, o posicionamento
correto e a observação de eventuais fontes capazes
de interferir no funcionamento são fundamentais para
se obter o bom desempenho de um sistema. A seguir
algumas indicações importantes para o leitor que vai
trabalhar com esse tipo de sensor.
a) Reflexões indevidas
Dependendo da natureza do material a ser de-
tectado, o ultrassom pode tanto penetrar como passar
por reflexões múltiplas. Essas reflexões, conforme
mostra a figura 9, podem falsear as indicações por
um efeito de interferência destrutiva.
b) Região limite
Conforme mostra a figura 10, é preciso definir
a faixa de distância de detecção do sensor para que
problemas de sinal não ocorram.
A distância mínima que o objeto vai passar di-
ante do sensor e a distância máxima, delimitam a re-
gião limite.
O que ocorre é que entra o sensor e o objeto
em sua posição de detecção mais próxima, existe uma
zona de incerteza em que efeitos de reverberação po-
dem prejudicar o funcionamento do sistema.
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Como Funcionam os Sensores
c) Características direcionais
Numa aplicação em que se utilizem elementos
que irradiam sinais de qualquer tipo deve-se consi-
derar a diretividade tanto do sensor como do emis-
sor.
Para os sensores ultrassônicas a característi-
ca de diretividade normalmente varia entre 8 e 30
graus conforme uma curva característica semelhante à
mostrada na figura 11.
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d) Utilização de cornetas
Para concentrar mais os sinais numa determina-
da direção é possível fazer uso de cornetas como a
mostrada na figura 12.
e) O fenômeno da Reverberação
Quando um pulso ultrassônico é aplicado a um
objeto ele consiste numa forma de energia que será
parte absorvida e parte refletida por esse objeto.
O que ocorre é que a energia absorvida pode
levar o objeto a vibrar na mesma frequência por al-
guns instantes.
O resultado é que o pulso refletido pode ter
uma duração maior do que a do pulso transmitido por
esse efeito de “prolongamento” ou reverberação, con-
forme mostra a figura 13.
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Como Funcionam os Sensores
Uso Correto
A orientação correta do sensor é fundamental
para se obter um bom desempenho do sistema. Nesse
caso, especial atenção deve ser tomada com os ângu-
los para que o objeto passe pela região de maior in-
tensidade do sinal e a reflexão ocorra na direção em
que está o sensor.
Conforme mostra a figura 14, deve-se ainda to-
mar cuidado com a eventual presença de objetos que
estejam na proximidade e que possam causar reflexões
indevidas do sinal.
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Conclusão
Os sensores ultrassônicos consistem numa exce-
lente alternativa para determinados tipos de aplica-
ções na indústria e mesmo em outros campos.
No entanto, conforme vimos nesse artigo exis-
tem algumas considerações de ordem prática que devem
ser levadas em conta quando da sua escolha, instala-
ção e uso.
Empresas como A OMRON possuem uma vasta linha
de sensores desse tipo que possuem características
que se adaptam às mais variadas aplicações.
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SENSOR DE QUALIDADE DO AR
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Sensores eletroquímicos
Este tipo de sensor se baseia nas mudanças das
propriedades elétricas de determinados materiais na
presença de poluentes. Este tipo de sensor é usado
na sonda lambda dos automóveis que mede a concentra-
ção de oxigênio na saída do escapamento e assim de-
termina se houve a combustão completado combustível
(veja artigo ART1824 – A sonda lambda).
Na figura 2 temos a estrutura básica de um
sensor desse tipo.
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Como Funcionam os Sensores
Sensor eletroacústico
Para a detecção de CO e CO2 temos ainda a tec-
nologia do sensor eletroacústico que, de certo modo,
lembra a tecnologia usada no caso dos sensores in-
fravermelhos.
O que ocorre é que da mesma forma que no caso
da radiação infravermelha, os ultrassons têm seu
comportamento alterado quando se propagam no ar em
função da concentração de CO e CO2.
Assim, podemos medir a reflexão dos ultrassons
numa câmera onde entra o ar ambiente e com isso ter
uma ideia de seu grau de contaminação, conforme mos-
tra a figura 3.
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Sensores de ozônio
Se bem que uma pequena quantidade de ozônio no
ar seja interessante em nossos dias, pelas proprie-
dades bactericidas que ele apresenta, o excesso é
perigoso, podendo nos afetar.
Assim, no controle do ar ambiente, sensores de
ozônio encontram aplicações específicas. Vejamos
como funcionam.
Neste tipo de sensor, o ar passa através de um
filtro chegando a um eletrodo sensor, onde ocorre
uma reação química. Essa reação faz com que seja ge-
rada uma tensão que então pode ser medida por um
circuito externo.
Na figura 4 temos a estrutura básica desse
tipo de sensor.
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O EFEITO HALL
Existem substâncias no grupo dos semiconduto-
res que possuem propriedades elétricas importantes
que podem ser aproveitadas na construção de diversos
tipos de dispositivos eletrônicos.
Uma delas, por exemplo, é que diferentemente
dos metais onde a redução da temperatura diminui sua
resistividade, no caso dos semicondutores, a redução
da temperatura para valores muito baixo os leva a se
tornarem isolantes.
Da mesma forma, a resistência dos materiais
semicondutores é muito mais sensível a variações de
temperatura do a que ocorre com outros materiais. Os
termistores aproveitam justamente esta propriedade.
Mas, a mais importante delas é a que se deve a
possibilidade da corrente ser transportada por por-
tadores positivos ou negativos de cargas e que é am-
plamente aproveitada na construção de todos os dis-
positivos que fazem uso de junções.
No entanto, para o caso dos dispositivos que
temos em mente, o efeito de um campo magnético sobre
o deslocamento das cargas nestes materiais é que nos
interessa.
Para entender melhor como funciona este tipo
de sensor vamos fazer uma experiência imaginária.
Conforme mostra a figura 4 ligamos numa pedaço de
material semicondutor no sentido transversal um vol-
tímetro e aplicamos no sentido longitudinal uma ten-
são de modo que flua uma corrente.
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OS SENSORES NA PRÁTICA
Na prática os sensores de Efeito Hall ou Hall
Sensors podem ser encontrados tanto na forma simples
como com uma configuração em ponte.
Na figura 7 temos um sensor simples que pode
ser encontrado em diversos fornecedores de componen-
tes. Um dos fabricantes, por exemplo é a Honneywell
(http://www.honeywell.com).
UTILIZAÇÃO
O posicionamento do sensor em relação ao campo
magnético, o modo como o campo varia o que será fun-
ção do movimento da peça ou do ímã a ser monitorado
determinam a forma de sinal que obtemos na saída de
um sensor de Efeito Hall.
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Como Funcionam os Sensores
a) aproximação simples
No método mostrado na figura 9 o sensor e o
ímã que gera o campo magnético se aproximam perpen-
dicularmente de modo que a ação sobre o chip aumenta
com a diminuição da distância, conforme mostra o
gráfico na mesma figura.
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f) ímã rotativo
No arranjo mostrado na figura 14 um ímã circu-
lar ou ímãs presos a uma peça circular de modo a ge-
rar o mesmo padrão de campo permitem detectar movi-
mentos de rotação com facilidade.
O sinal gerado com este arranjo é senoidal e
pode ser facilmente trabalhado para excitar circui-
tos lógicos.
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Outros arranjos
O posicionamento do sensor em relação ao campo
de um ímã admite muitos arranjos além dos indicados.
Tudo vai depender da orientação das linhas do
campo que deve ser detectado, se sua variação e tam-
bém de sua intensidade.
O projetista que trabalha com este tipo de
sensor deve estar atento para as curvas se sensibi-
lidade em relação a posição ao fazer um projeto e
também ao seu próprio formato que pode incluir re-
cursos no sentido de concentrar ou dispersar linhas
de força.
Um exemplo interessante de aplicação é mostra-
do na figura 15 em que a passagem de um dente de uma
engrenagem de um material ferromagnético entre um
sensor hall um ímã permanente, concentra as linhas
de força do campo gerando um pulso de sinal.
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Como Funcionam os Sensores
CONCLUSÃO
Pela sua velocidade de resposta, pela robustez
e durabilidade os sensores de efeito hall podem ser
usados numa infinidade de aplicações e por isso po-
dem ser encontrados numa infinidade de formatos e
sensibilidades.
Nos sites de fabricantes de sensores como Phi-
lips, Siemens, Honeywell e outros os leitores podem
encontrar informações específicas sobre os sensores
fabricados facilitando assim a escolha do tipo para
o projeto específico.
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SENSORES DE OXIGÊNIO
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SENSORES DE ZIRCÔNIO
Na figura 1 temos uma vista em corte de um sen-
sor cerâmico de zircônio (óxido de zircônio) a par-
tir do qual analisamos seu princípio de funcionamen-
to.
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CIRCUITOS TÍPICOS
Um circuito típico de sensor de oxigênio para
uso ambiente (gás em temperatura ambiente) tem a
configuração em blocos mostrada na figura 4.
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CIRCUITO PRÁTICO
Na figura 5 temos um circuito bastante simples
de alarme de gás que utiliza o sensor TGS308.
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LISTA DE MATERIAL
Semicondutores:
SCR - TIC106 ou MCR106 - diodo
controlado de silício
D1, D2 - 1N4002 - diodos reti-
ficadores
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 - 4,7 k ohms
R2 - 10 k ohms
P1 - 2,2 k ohms - trimpot
Capacitores:
C1 - 10 uF/30 V - eletrolítico
K1 - relé de 24 V
T1 - Transformador com primá-
rio de acordo com a rede local
e secundários de 1,2 V x 500
mA e 30 V x 50 mA.
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Como Funcionam os Sensores
SENSORES CATALÍTICOS DE
GÁS COMBUSTÍVEL
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Como funcionam?
Para que uma mistura combustível (gás combus-
tível + oxigênio) entre em combustão, ela deve atin-
gir uma certa temperatura denominada "temperatura de
ignição".
No caso de os gases comuns essa temperatura é
algo elevada, precisando de algo que dê início à re-
ação como a chama de um fósforo. Entretanto, na pre-
sença de determinados meios químicos, a ignição pode
ocorrer em temperaturas muito mais baixas. Esses
meios são denominados catalisadores e o fenômeno é
conhecido como combustão catalítica.
Existem muitos metais e óxidos desses metais,
além de compostos que possuem essas propriedades. Há
também rochas vulcânicas que apresentam essas pro-
priedades, justamente por serem compostas de vários
tipos de óxidos metálicos. Muitas vezes essas rochas
são colocadas nos locais onde se deseja acender uma
chama (uma lareira ou forno, por exemplo) não apenas
com finalidade decorativa. Sua ação catalítica per-
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Como Funcionam os Sensores
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Como Funcionam os Sensores
O Circuito Sensor
Uma forma simples de se usar o sensor seria
alimentá-lo com a corrente que levasse o elemento de
platina à temperatura de funcionamento, e depois mo-
nitorar a corrente circulante.
No entanto, os sensores usam uma configuração
um pouco mais sofisticada e, também mais eficiente.
A ideia básica está no circuito apresentada na figu-
ra 4.
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Venenos e Inibidores
Existem substâncias e vapores que podem afetar
a sensibilidade do sensor de gás, reduzindo-a. Essas
substâncias bloqueiam a ação catalítica do sensor,
impedindo assim que ele detecte a presença de gases
num determinado ambiente. Há dois tipos de substân-
cias que podem afetar o funcionamento de um sensor
de gás desse tipo.
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Como Funcionam os Sensores
Fatores de Correção
Os sensores reagem de maneiras diferentes aos
gases. Assim, é importante saber como eles reagem
aos diversos gases em função do que se denomina LEL
(Lower Explosive Limit), ou seja, a concentração
mínima que pode causar explosão.
Dessa forma, os fabricantes dos sensores for-
necem tabelas de correção para que os usuários pos-
sam saber como calibrar seus equipamentos, simples-
mente multiplicando a leitura por um certo fator de
correção.
Nessas tabelas normalmente se utiliza o gás
metano como elemento de calibração, uma vez que esse
gás tem apenas uma ligação saturada que exige que o
sensor opere na temperatura mais alta possível, em
relação aos hidrocarbonetos mais comuns.
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Como Funcionam os Sensores
Características
Os sensores catalíticos de gás não são dispo-
sitivos rápidos. Muito pelo contrário, eles precisam
de tempo para absorver o gás e ter sua temperatura
elevada até um valor estável que forneça um sinal de
saída para o circuito.
Para que o leitor tenha uma ideia das caracte-
rísticas principais desses sensores, tomamos como
exemplo um tipo de difusão catalítica:
Faixa de temperaturas: -40° C a +60° C
Tempo de resposta: 10 a 15 segundos para 90%
da leitura
Precisão: +/-5%
Taxa de repetição: 2%
Desvio: 5 a 10% por ano
Tempo esperado de vida: até 3 anos, dependendo
da aplicação.
Conclusão
Foi-se o tempo em que se deixava uma gaiola
com um canário num local em que poderia haver a pre-
sença de gases explosivos, como numa mina de carvão.
A sensibilidade da avezinha permitia que antes de
todos percebessem isso, parando de cantar.
Até mesmo peixinhos em aquários foram usados
em alguns casos como "detectores vivos" de gases ex-
plosivos ou tóxicos em uma dada atmosfera.
No entanto, a eletrônica oferece soluções efi-
cientes, modernas e até mesmo muito mais confiáveis.
Os sensores catalíticos que vimos constituem um bom
exemplo.
É claro que é preciso saber usá-los. A tensão
deve ser mantida dentro de valores apropriados, a
instalação deve ser tal que sejam evitadas eventuais
substâncias que possam afetar os resultados e, so-
bretudo, deve-se observar as características de res-
posta para cada gás.
96
NEWTON C. BRAGA
97
Como Funcionam os Sensores
Figura 1
Figura 2
98
NEWTON C. BRAGA
Figura 3
Figura 4
99
Como Funcionam os Sensores
Figura 5
100
NEWTON C. BRAGA
Figura 6
Fotodiodos e Fototransistores
Na realidade, estes dois tipos de sensores
operam segundo o mesmo princípio: a luz que incide
101
Como Funcionam os Sensores
Figura 7
Figura 8
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NEWTON C. BRAGA
Figura 9
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Como Funcionam os Sensores
104
NEWTON C. BRAGA
Figura 11
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Como Funcionam os Sensores
Figura 12
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NEWTON C. BRAGA
Figura 13
Fotocélula
As fotocélulas ou células fotoelétricas podem
ser usadas como sensíveis sensores de luz. Uma das
vantagens é que, sendo criadas para produzir mais
energia, elas podem ser usadas para excitar direta-
mente uma carga, de acordo com sua capacidade.
Assim uma pequena fotocélula, do tipo usado em
calculadoras, pode excitar diretamente um pequeno
relé a partir de um sinal. Evidentemente, elas po-
dem ser usadas com cargas maiores tendo um circuito
intermediário de excitação.
107
Como Funcionam os Sensores
Outros sensores
Outros sensores de luz menos comuns são encon-
trados em documentação mais antiga e em algumas
aplicações especiais.
Assim, nos projetos mais antigos, da época da
válvula temos as válvulas fotomultiplicadoras que
são extremamente sensíveis podendo ser usadas para
detectar um único fóton. Ainda são encontradas em
aplicações científicas
108
NEWTON C. BRAGA
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Como Funcionam os Sensores
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Como Funcionam os Sensores
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Como Funcionam os Sensores
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NEWTON C. BRAGA
Ideias de Aplicações
Certamente os leitores imaginosos que estão
em busca de um bom projeto para um TCC, para um novo
produto ou mesmo para uma recreação usando seu Ar-
duino, circuitos lógicos ou analógicos comuns podem
ter muitas ideias. Em IoT, vestíveis e outros, por
exemplo existem muitas sugestões, algumas até engra-
çadas, ideais para feiras e demonstrações. Por exem-
plo:
Que tal colocar um sensor linear no traseiro
de uma calça “inteligente”? Todas as vezes que
você se sentar através de conexão wireless
pode acender um LED vermelho no seu boné.
Trata-se de uma calça ideal para vigilantes
115
Como Funcionam os Sensores
116
NEWTON C. BRAGA
Teoria
O mundo ao nosso redor está cheio de condições
físicas variáveis que mudam continuamente. Tempera-
tura, pressão do ar, umidade e luz são algumas das
condições que preenchem nosso ambiente de vida.
117
Como Funcionam os Sensores
O LDR ou Foto-resistor
O resistor dependente de luz (LDR), célula de
sulfeto de cádmio (CdS) ou foto resistor é um compo-
nente que altera sua resistência com vários níveis
de luz. No escuro, o LDR apresenta uma resistência
muito alta - acima de 1 MΩ. Esta resistência cairá
abaixo de 100 Ω sob luz solar direta. A figura 1
mostra a aparência e o símbolo usado para represen-
tar um LDR.
118
NEWTON C. BRAGA
119
Como Funcionam os Sensores
Sensores de pressão
Sensores de pressão simples podem ser feitos
usando espuma condutiva, como os materiais usados
para proteger CIs contra descarga eletrostática. A
Figura 3 mostra como um IC é protegido pela espuma e
como ela pode ser usada para nossos propósitos.
120
NEWTON C. BRAGA
121
Como Funcionam os Sensores
Sensores de Toque
Duas placas próximas, mas sem tocar, formam um
sensor de toque. Se você colocar os dedos nas duas
placas para tocar as duas ao mesmo tempo, como mos-
tra a Figura 6, uma corrente elétrica poderá fluir
pela sua pele, criando um sinal elétrico. Como a re-
sistência de sua pele é muito alta (100.000 Ω ou
mais), a corrente que flui por esse sensor não é su-
ficiente para acionar circuitos comuns. Estágios de
amplificação são necessários.
Um ponto importante é que devemos manter a
corrente baixa. Se a alta tensão for usada com este
sensor para aumentar a corrente, poderá ocorrer cho-
que elétrico.
122
NEWTON C. BRAGA
123
Como Funcionam os Sensores
124
NEWTON C. BRAGA
Teoria
Muitas vezes precisamos ligar ou desligar um
circuito quando ocorre um evento; esta é uma função
básica em projetos de robótica e mecatrônica. Um mo-
tor pode ser revertido quando o robô é parado por um
obstáculo ou quando um braço mecânico atinge um ob-
jeto. Um robô móvel pode mudar sua direção se um
sensor detectar uma parede em seu caminho.
125
Como Funcionam os Sensores
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NEWTON C. BRAGA
127
Como Funcionam os Sensores
Sensores caseiros
Duas ou três lâminas colocadas juntas, como
mostrado na Figura 6, formam um sensor mecânico que
tem muitas aplicações em robótica e mecatrônica. As
lâminas e os contatos podem ser encontrados em relés
e chaves antigos. O leitor só precisa se exercitar
para ter certeza de que os contatos estão em boas
condições de funcionamento.
128
NEWTON C. BRAGA
Debouncing
Quando um interruptor é fechado, o contato
elétrico não é estabelecido imediatamente. Contatos
mecânicos, como os encontrados em chaves, relés e
sensores, produzem ruído durante o tempo de estabi-
lização. Eles saltam e fazem contato repetido duran-
te os primeiros milissegundos de ação, como mostrado
na Figura 7.
129
Como Funcionam os Sensores
Reed Switches
Um interruptor reed é formado por um bulbo de
vidro preenchido com um gás inerte. Dentro do bulbo,
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NEWTON C. BRAGA
131
Como Funcionam os Sensores
SENSORES CAPACITIVOS
132
NEWTON C. BRAGA
Sensores Capacitivos
Se colocarmos duas placas condutoras, uma
próxima da outra tendo sobre elas um material iso-
lante (dielétrico) como, por exemplo, o vidro ou
plástico, o conjunto se comporta como um capacitor,
conforme mostra a figura 2.
Figura 2
133
Como Funcionam os Sensores
Figura 3
As Tecnologias
Uma tecnologia simples porém, não muito conve-
niente, é a que faz uso de um filtro passa baixas ou
ainda de um filtro sintonizado. Nesse caso, o sensor
capacitivo controla a frequência de um oscilador
cujo sinal é aplicado a esse filtro.
134
NEWTON C. BRAGA
Figura 4
135
Como Funcionam os Sensores
Solução Microchip
Em seu Application Note AN1101, a Microchip
(www.microchip.com) apresenta um circuito oscilador
que pode ser elaborado em torno de um PIC usando uma
configuração RC para gerar o sinal na faixa de fre-
quências desejada. Esse oscilador é mostrado na fi-
gura 5.
Figura 5
Figura 6
136
NEWTON C. BRAGA
Figura 7
137
Como Funcionam os Sensores
Conclusão
A possibilidade de fácil implementação de sen-
sores de toque capacitivos em circuitos comuns que
usam microcontroladores, além da segurança que tra-
zem, pela não necessidade de contatos elétricos tor-
nam essa opção muito interessante para equipamentos
de consumo.
O que vimos nesse artigo dá uma ideia ao lei-
tor de como isso pode ser implementado não só nos
microcontroladores da Microchip como em quaisquer
outros.
138
NEWTON C. BRAGA
SENSORES MAGNETORRESISTI-
VOS
Figura 1
139
Como Funcionam os Sensores
Figura 2
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NEWTON C. BRAGA
Figura 3
Figura 4
Na Prática
Num sensor comum, as tiras do chip magnetorre-
sistivo são dispostas de modo a formar um padrão bem
definido, conforme mostra a figura 5.
141
Como Funcionam os Sensores
Figura 5
142
NEWTON C. BRAGA
Utilização e Parâmetros
O formato das tiras e a anisotropia da permal-
loy apenas define um eixo segundo o atual ocorre a
magnetização sem a presença de um campo externo.
Isso significa que, nessas condições uma tira
pode ter diferentes orientações para magnetização ou
domínios magnéticos o que faz com que sua operação
seja instável.
Assim, para que o sensor possa ser usado de
forma conveniente é aplicado campo magnético auxili-
ar externo Hx. Esse campo define a orientação da
magnetização.
Assim, a faixa Hy de campos em que o sensor
tem uma operação segura é determinada pela intensi-
dade do campo auxiliar Hx. Pode-se então definir uma
Área de Operação Segura ou (SOA – Safe Operating
Area) para o sensor, conforme mostra a figura 6.
Figura 6
143
Como Funcionam os Sensores
Figura 7
144
NEWTON C. BRAGA
Aplicações Práticas
Um circuito típico de aplicação, sugerido pela
Zetex, é mostrado na figura 8.
Esse circuito usa um sensor de corrente ZMC20
e uma aplicação típica consiste numa chave de sobre-
corrente usada para proteger IGBTs em sistemas de
alimentação de motores.
O circuito tem um tempo de reação de apenas 3
us, impedindo que o circuito atua sob condições de
transiente. O ajuste externo feito num trimpot de 10
k é feito para compensar o offset. A tensão de ali-
mentação é 5 V e o consumo é de 10 mA. A saída é
feita através de um transistor com coletor aberto
capaz de fornecer uma corrente de 1 A num circuito
de 20 V.
145
Como Funcionam os Sensores
Figura 8
Figura 9
146
NEWTON C. BRAGA
Conclusão
Para os projetos atuais de circuitos que façam
uso deste tipo de sensor, o leitor pode contar com
uma grande quantidade de componentes.
O importante para os leitores é conhecer o seu
princípio de funcionamento para que possam dimensio-
nar corretamente os elementos do circuito e também o
modo como vão funcionar.
Muitos sensores modernos já são projetados
para terem incorporados os circuitos de processamen-
to capazes de fornecer saídas digitalizadas, o que
simplifica bastante um projeto.
No entanto, para o profissional da manutenção
é sempre importante lembrar que num equipamento mais
antigo ele pode encontrar as primeiras versões des-
ses sensores e por isso deve saber como trabalhar
com eles para poder realizar um reparo, ajuste ou
ainda detectar uma falha.
147
Como Funcionam os Sensores
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NEWTON C. BRAGA
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Como Funcionam os Sensores
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Como Funcionam os Sensores
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NEWTON C. BRAGA
SENSORES MAGNÉTICOS DE
ALARMES
Figura 1
153
Como Funcionam os Sensores
Figura 3 - Aplicação
154
NEWTON C. BRAGA
Sensores Metaltex
A Metaltex (www.metaltex.com.br) , além de re-
lés, solenoides e uma ampla linha de dispositivos
para automação e controle, também possui sensores
para alarmes. Dentre eles destacamos os tipos SM1000
155
Como Funcionam os Sensores
Características:
Potência de comutação máxima: 10 W
Corrente de comutação máxima: 500 mA
Tensão de comutação máxima: 200 Vdc
Tempo de operação máximo: 0,6 ms
O Circuito eletrônico
Existem diversas possibilidades de se utilizar
circuitos eletrônicos relativamente simples para um
sistema de alarme usando sensores magnéticos. A se-
guir vamos dar alguns exemplos.
Nesses exemplos, levamos em conta que é impor-
tante também que o circuito tenha um consumo muito
baixo de energia na condição de espera, principal-
mente se for usada bateria na sua alimentação.
156
NEWTON C. BRAGA
Figura 6 – Circuito 1
Circuito 1
O circuito apresentado na figura 7 é bastante
simples e eficiente, tendo por principal caracte-
rística seu consumo de energia extremamente baixo na
condição de espera.
O circuito tem ainda o que se denomina “tra-
va”, muito importante nesse tipo de aplicação. Uma
vez disparado, ele assim permanece, mesmo depois que
o sensor seja novamente fechado. Para desativar ou
ressetar o alarme existe procedimentos que serão ex-
plicados mais adiante.
O SCR TIC106 pode alimentar tanto um relé como
um circuito de sirene simples que funcione com 12 V.
Para a alimentação de relé, deve-se prever que
ao ser disparado, o SCR apresenta uma queda de ten-
são da ordem de 2 V.
157
Como Funcionam os Sensores
Lista de Material
158
NEWTON C. BRAGA
R1 – 47 k ohms – resistor –
amarelo, violeta, laranja
X1 a Xn – sensores magnéticos
SM1000 ou SM2000 (Metaltex)
com contatos NA.
C1 – 100 uF x 12 V – capacitor
eletrolítico
Diversos:
Placa de circuito impresso,
fonte de alimentação ou supor-
te de pilhas, fios finos para
os sensores, caixa para monta-
gem, parafusos de fixação,
solda, etc.
Circuito 2
O circuito mostrado na figura 8 utiliza tran-
sistores em lugar de SCR, sendo que a função trava é
dada pelos contatos adicionais do relé que realimen-
ta o circuito.
Figura 8 – Circuito 2
159
Como Funcionam os Sensores
Lista de Material
Q1 – BC548 ou equivalente –
transistor NPN de uso geral
K1 – Relé de 6 V com dois con-
tatos reversíveis (Metaltex)
D1 – 1N4148 – diodo de uso ge-
ral
R1 – 10 kohms x 1/8 W – resis-
tor – marrom, preto, laranja
X1 a Xn – sensores SM1000 ou
SM2000 (Metaltex)
B1 – 6 v – 4 pilhas comuns ou
fonte de alimentação – para
versão de 12 V alterar o relé
e usar fonte ou bateria
C1 – 100 uF x 16 V – capacitor
eletrolítico
Diversos:
Placa de circuito impresso ou
matriz de contatos, fonte ou
suporte de pilhas, caixa para
montagem, fios finos para os
sensores, parafusos de fixa-
ção, fios, solda, etc.
Circuito 3
Esse circuito funciona ao contrário, ou seja,
o alarme é ativado quando o reed-switch fecha os
contatos. Na figura 9 temos o seu diagrama.
A alimentação pode ser feita com 6 V ou 12 V
conforme o tipo de relé usado. Na condição de espe-
160
NEWTON C. BRAGA
Figura 9 – Circuito 3
Lista de Material
Q1 – BC548 ou equivalente –
transistor NPN de uso geral
K1 – 6 V ou 12 V – relé sensí-
vel de 50 mA a 100 mA –
D1 – 1N4148 – diodo de uso ge-
ral
R1 – 22 k ohms x 1/8 W – re-
sistor – vermelho, vermelho,
laranja
X1 a Xn – Sensores SM100 ou
sm2000 NA (ou NF para um sis-
tema “ ao contrário)
B1 – 6 V ou 12 V – pilhas ou
fonte de alimentação, conforme
o relé usado
Diversos:
Placa de circuito impresso ou
matriz de contatos, suporte de
pilhas ou fonte de alimenta-
161
Como Funcionam os Sensores
Circuito 4
O que temos na figura 10 é um alarme combina-
do, em que temos tanto a ação se sensores quando fo-
rem fechados como também quando forem abertos.
Figura 10 – Circuito 4
162
NEWTON C. BRAGA
Lista de material
SCR – TIC106 – diodo controla-
do de silício – qualquer sufi-
xo
K1 – Relé de 6 ou 12 V – Me-
taltex – contatos conforme a
carga a ser controlada.
D1 – 1N4148 – diodo de uso ge-
ral
R1 – 10 k ohms x 1/8 W – re-
sistor – marrom, preto, laran-
ja
B1 – 9 V – pilhas ou fonte de
alimentação
X1 a Xn – Sensores NA – nor-
malmente abertos Metaltex
Xn+1 a Xm – Sensores NF – nor-
malmente fechados Metaltex
Diversos:
Placa de circuito impresso ou
matriz de contatos, caixa para
montagem, fonte de alimentação
ou pilhas, fios finos para os
sensores, fios, solda, etc.
Circuito 5
Figura 11 – Circuito 5
163
Como Funcionam os Sensores
T = 1,1 x R x C
Onde:
T é o tempo em segundos
R é o valor de Ra ou Rb em ohms
C é o valor de Ca ou Cb em farads
Lista de material
CI-1, CI-2 – 555 – circuitos
integrados – timer
Q1 – Bc548 ou equivalente –
transistor NPN de uso geral
D1 – 1N4148 - diodo de uso ge-
ral
K1 – 6 V ou 12 V – relé
164
NEWTON C. BRAGA
Diversos:
Placa de circuito impresso ou
matriz de contatos, suporte de
pilhas ou fonte, caixa para
montagem (opcional), fios,
fios finos até os sensores,
solda, etc.
Conclusão
Os sensores magnéticos são uma excelente opção
para a elaboração de sistemas de alarme multiponto
tanto pela sua eficiência e facilidade de instalação
como pelo seu baixo custo.
Uma outra vantagem desse tipo de sensor está
no fato dele ser imune à poluição e substâncias que
possam afetar os contatos, pois os reed-switches são
herméticos.
165
Como Funcionam os Sensores
166
NEWTON C. BRAGA
Detector de Terremotos
Quando em setembro ocorreram dois fortes aba-
los sísmicos no México, noticiou-se no primeiro que
luzes teriam sido vistas no céu acompanhando o fenô-
meno. Estas luzes puderam ser vistas claramente,
dado que o primeiro abalo ocorreu à noite. Indicada
a origem do fenômeno, desperta-nos a possibilidade
de sua utilização numa forma talvez ainda não pensa-
da de se detectar abalos sismos, e que exploramos
neste artigo como um interessante trabalho de pes-
quisa. Os clarões vistos durante o terremoto do
México, conforme se explicou foram produzidos por
descargas estáticas, entre placas tectônicas, cargas
desenvolvidas pelo forte atrito que ocorreu no pro-
cesso.
Foto - https://www.geologyin.com/2017/09/the-
mysterious-flashes-light-up-sky-in.html
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Como Funcionam os Sensores
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Como Funcionam os Sensores
Figura 1 – O HDC2080
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Como Funcionam os Sensores
reço: https://br.mouser.com/new/amphenol/amphenol-
sgx-sensortech-integrated-ir-sensors/?
utm_source=newtoncbraga&utm_medium=display&utm_cam-
paign=book_pt&utm_content=sensores
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