How To Survive The Most Critical 5 Seconds of Your Life

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Comentários sinceros dos leitores deste novo livro
“Leitura obrigatória para todo homem adulto neste planeta. É o livro mais revelador que já li sobre o tema da
autopreservação. É tão simples e claro que você não tem ilusões sobre a violência real e o que é necessário para sobreviver.”
Lawrence Jooste, Gauteng, África do Sul
“Foi realmente uma virada de jogo para mim. Houve várias vezes em minha vida em que senti que realmente me
tornei iluminado sobre algo e isso mudou para sempre minha perspectiva - este livro é um deles. Eu treinei Tae Kwon Do na
faculdade e me tornei muito eficiente em acertar alvos. Agora, percebo o quão ingênua minha autoconfiança tem sido. Eu tive
sorte! Comecei seu livro tarde na noite em que o recebi e mal consegui largá-lo para dormir.
Ed Hopwood, Warren NJ
“Bem escrito e atraente, este livro rapidamente eliminará suas falsas percepções arraigadas sobre o combate corpo a corpo
e lhe dará a confiança de que, com uma compreensão do que é realmente necessário para a vitória, você pode realmente se
defender contra qualquer atacante. , independentemente dos diferenciais de tamanho, agressividade ou nível de habilidade.”
Scott Nelson, Houston, Texas
“Nunca antes encontrei um livro que abordasse o uso da violência da maneira aberta e honesta que este livro faz. Como
ex-soldado, aprendemos o simples fato de que, ao lutar por sua vida, é você ou seu oponente – vale tudo. Os autores deste
livro abordam essa ideia básica, mas se aprofundam muito na diferença entre violência antissocial e antissocial e por que “vale
tudo” às vezes pode ser necessário. Eles deixam bem claro que embora a violência raramente seja a solução para um confronto,
quando é, é a única solução. Este não é um livro sobre técnicas; é um livro sobre mentalidade – a mentalidade sobre quando e
por que a ferramenta de violência deve ser utilizada para encerrar um confronto. É essa mentalidade que pode muito bem salvar
sua vida se você se deparar com um encontro verdadeiramente violento.”
Tim Baguley, Las Vegas, NV
“Não consegui largar. Leia de uma vez. É um estudo brilhante sobre o uso da violência como ferramenta e suas
uso em contextos sociais, antissociais e antissociais. Se você está pensando em comprar qualquer ferramenta ou treinamento
de autodefesa, recomendo fortemente que leia este livro antes de fazê-lo. Você não vai ouvir esse calibre de verdade em
nenhum outro lugar.”
KT Martin, Sacramento, CA
II
“Estive em combate no Corpo de Fuzileiros Navais e com policiais durante a maior parte da minha vida. Esta é a primeira
mudança séria em como devemos olhar para o combate de SOBREVIVÊNCIA. Não é tanto técnica, mas um estado de espírito
mental. Foi muito revigorante de ler.”
P. Neskow, Barrington, IL
“Foi o melhor livro que já li sobre Autoproteção. Dá uma compreensão de 360 graus do assunto. Eu possuía o lado físico e o
entendimento, mas nunca consegui entender totalmente a parte mental. Assim que terminei seu livro, percebi que poderia fazer o
trabalho se necessário... sem hesitação. Pela maneira como você se comunica tão claramente sobre o assunto, posso ver que você
sobreviveu a encontros violentos. Muitas pessoas que ensinam Autoproteção nunca o fizeram - é apenas teoria.”
Shane Parisi, Mountain View, CA
“O material do TFT lançou luz sobre a área cinzenta da violência. Tão simples de entender, qualquer um pode escolher
e aprenda a verdade sobre como sobreviver a uma situação indesejável. Uma das leituras mais significativas que já li. Eu recomendo!"
Justin Negrete, Madison, WI
“Tendo sobrevivido a uma viagem ao Vietnã como médico de combate, posso atestar a fortaleza mental necessária para
combater uma batalha violenta. Só gostaria que este livro tivesse sido escrito 40 anos atrás!”
Dennis Aurilia, Parkland, FL
“Sempre pensei que tinha uma boa mentalidade de combate, uso de códigos de cores em minha vida cotidiana e uma
compreensão do que faria se confrontado com uma situação de vida ou morte. Eu tinha metade de uma foto! Este é um mundo
totalmente diferente! A melhor e mais simples explicação que já ouvi de por que, quando a violência é a resposta, ela realmente é a
única resposta.”
Todd W. Carr, Marion, NY
III
Para mais informações: www.TargetFocusTraining.com
COMO
SOBREVIVER
O MAIS CRÍTICO
5 SEGUNDOS DA SUA VIDA
TIMLARKIN
&
CHRISRANCK - BUHR
4
©2009-2012 Grupo TFT. Todos os direitos reservados.
Terceira edição
Impresso nos Estados Unidos da América.
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por
qualquer meio eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer armazenamento de
informações e sistema de recuperação agora conhecido ou a ser inventado, sem permissão por escrito do
editor, exceto por um revisor que deseja citar breves passagens relacionadas a uma resenha escrita
para inclusão em uma revista, jornal ou programa de rádio.
Como sobreviver aos 5 segundos mais críticos da sua vida
por Tim Larkin e Chris Ranck-Buhr
Primeira edição: 2008

Segunda edição 2009
ISBN 978-1-61539-310-7
O Grupo TFT
Editora Straitview
325 E Washington Street, nº 207
Sequim, WA 98382
NO

Dedicado a todos que

voltaram vivos para casa. . .
…e à memória dos
que não o fizeram.
NÓS

ÍNDICE
FRENTE VIII
PARTE UM: Violência em sua vida hoje 10
Capítulo Um: O Impensável Acontece Capítulo 11
Dois: Sobrevivendo aos Cinco Segundos Mais Críticos de Sua Vida Capítulo 14
Três: Dentro da Mente Criminosa Capítulo Quatro: Violência Anti-Social vs. As 23
razões pelas quais você não pode Capítulo Oito: Iluminação espiritual, competição 29
e a via de mão única da violência Capítulo Nove: Tirando a gordura para encontrar 35
o osso — Razão na violência Capítulo Dez: Todo mundo é durão Capítulo Onze: 41
A ausência de escolha 56
64
75
84
98
PARTE DOIS: Princípios da Violência 102
Capítulo Um: Lutar ou Fugir 103
Capítulo Dois: Violência tem a ver com ferimentos 108
Capítulo Três: Por que você deve aprender a matar 116
Capítulo Quatro: Superando o Estigma da Violência 122
Capítulo Cinco: Violência como a Ferramenta de Sobrevivência Definitiva 126
Capítulo Seis: Mate Simples, Estúpido 132
Capítulo Sete: Acesse a Carne 136
Capítulo Oito: A Lição Mais Difícil 143
PARTE TRÊS: Colocando os Princípios em Ação 149
Capítulo Um: Barreiras, Platôs e Epifanias Capítulo Dois: 150
Treinamento para a Vida Capítulo Três: Aprenda a Lutar ou 155
Treinar? 164
Capítulo Quatro: Homens Mortos Não Contam Histórias ou Por Que Você Não Pode Aprender Nada de Valor com o Cara Morto para
você mesmo Capítulo Oito: Treinamento Baseado em Cenário vs. O Nó Difícil Capítulo Nove: Mate o Desconhecido 171
177
186
200
203
PARTE QUATRO: O Legado da Violência – Paz de Espírito 206
Capítulo Um: Um grama de prevenção Capítulo Dois: 207
Assumindo o controle de sua vida Capítulo Três: Trate todos 211
como se estivessem a seis segundos de uma matança... e outros

Filosofias de boa vizinhança 216
Capítulo Quatro: Vivendo uma vida mais pacífica 220

POSFÁCIO: A diferença TFT 224
Vídeo GRATUITO para os leitores deste livro! Erro! Marcador não definido.235
Saiba mais sobre o treinamento de foco no alvo... 236

DVD e produtos impressos 237
VII
SOBREVIVENDO AOS 5 SEGUNDOS MAIS CRÍTICOS DA SUA VIDA

POSFÁCIO - A DIFERENÇA DO TFT
Prefácio
"A arte da guerra é bastante simples. Descubra onde está o inimigo. Chegue até ele o quanto
antes. Golpeie-o o mais forte que puder e sempre que puder, e continue seguindo em frente.
— Concessão Geral dos EUA
Existem muitos motivos diferentes pelos quais você pode começar a ler
este livro; mas a única razão para terminar é se você quiser proteger a si mesmo e
sua família da violência. É isso. Você vê, eu não vou apenas dar-lhe algumas
técnicas para afastar um bandido local. Não quero nivelar o campo de jogo. Eu
quero distorcê-lo a seu favor. Em outras palavras, quero ter certeza de que, se você
estiver em uma situação de violência, sairá com vida.
Mas para fazer isso, você precisa saber algo sobre os princípios
do que você está fazendo. É educar-se sobre os fatos da violência. Sem
ela, você estará fazendo o que todo mundo está fazendo - apenas aprendendo
técnicas para situações específicas. E quando terminar este livro, você entenderá
por que essa é uma receita para o desastre.
Realmente me surpreende quantas pessoas tropeçam em vários

artes marciais ou esportes de combate sem nunca ter considerado por que
estão fazendo isso. Se você está treinando seu corpo para participar de
competições, encontrará inúmeras artes marciais e esportes de combate que
oferecem excelente instrução e formas desafiadoras de competição. Estes lhe
dão a oportunidade de exercer suas habilidades em uma situação segura, com
regras e supervisão acordadas em
avançar.
Os esportes de combate podem ensinar táticas eficazes de luta e são

ótimos para entrar em forma. Infelizmente, porém, se você gosta de “luta esportiva”,
este livro não lhe dirá nada. Estou falando de violência real, do tipo que todos
queremos evitar. Eu estou falando
VIII
sobre como aprender a lidar efetivamente com ameaças reais de vida ou morte.
E isso é completamente diferente do esporte de combate.
Neste ponto, você deve estar se perguntando por que não pode fazer as duas coisas. Ou
talvez você esteja se perguntando por que deveria saber lutar.

Talvez você esteja pensando que é por isso que temos instituições sociais como
a polícia - para nos defender e nos manter a salvo da vida ou da morte.
situações.
Mas este livro aborda o lugar onde a comunicação social

termina e a verdadeira violência começa - lugares onde você não tem controle
sobre seu oponente. Em outras palavras, este livro aborda aquelas situações
que todos tentamos fingir que não existem.
A verdadeira questão é, se você tiver a infelicidade de se encontrar

em uma situação de vida ou morte, você terá a capacidade de defender
a si mesmo e sua família? Porque naquele momento, nada mais vai
matéria.
Se você quer saber a verdade sobre autodefesa, continue lendo. Você

pode não gostar do que tenho a dizer. Mas se você continuar lendo, garanto que
verá a verdade: só há uma maneira de se preparar para sair de uma situação de
vida ou morte.
—Tim Larkin
IX

PARTE UM:
VIOLÊNCIA EM
SUA VIDA HOJE
10

PARTE UM - A VIOLÊNCIA EM SUA VIDA HOJE
Capítulo um:
O impensável acontece
“Qualquer homem que é homem não pode, por honra, submeter-se a ameaças de violência.
Mas muitos homens que não são covardes simplesmente não estão preparados para atos de
selvageria humana. Eles não pensaram sobre isso (por incrível que pareça para quem lê os
jornais ou ouve as notícias) e simplesmente não sabem o que fazer. Quando eles olham
diretamente para a depravação e a violência, ficam surpresos e confusos”. — Jeff Cooper
Não faz de você um covarde reconhecer que não tem ideia do que fazer
em uma situação violenta de vida ou morte. Na verdade, significa que você tem
a coragem de aceitar que existem pessoas por aí que agirão de maneira
imprevisível e irracional para conseguir o que desejam - um fato que muitas
pessoas ignoram alegremente. E se você está lendo este livro, significa que deu
um passo adiante nessa aceitação e está pronto para fazer algo a respeito.
Desde que comecei o Target-Focus Training (TFT), tenho viajado

muito, dando seminários sobre como usar a violência como uma ferramenta
de sobrevivência. Uma das minhas viagens mais significativas ocorreu
quando viajei pela Ásia. Tive a sorte de viajar para Cingapura, Jacarta, Manila,
Xangai e Hong Kong e, a cada passo da jornada, o espectro da violência pairava
ao fundo. A maioria dos meus hotéis tinha uma barricada, todos os meus carros
eram revistados em busca de bombas e cada hóspede era revistado toda vez
que entrava no hotel. Meus anfitriões representavam algumas das pessoas mais
influentes de cada uma dessas regiões e todos receberam bem minha mensagem:
a violência é a única forma de combater
violência.
Porque?
Porque as pessoas que vivem nessas cidades convivem todos os dias

com a ameaça da violência entrando em suas vidas de forma real e dramática.
11

E eles não apenas enfrentam a ameaça de violência criminosa. Violência

política, terroristas, seqüestradores, rivais nos negócios — todos usam a violência
como meio de resolver problemas.
São clientes que levam a sério um plano de violência anti-social.

Não é que eles próprios sejam pessoas violentas ou queiram usar o conhecimento.
Mas quando você vê assassinatos políticos durante uma eleição para prefeito,
quando você vê toda a família de um oponente político massacrada, você percebe
que existem aqueles que se sentem muito à vontade para resolver qualquer conflito
com violência - e você percebe que é melhor estar pronto se eles vierem atrás de
você.
Rapidamente fica claro que, se você tiver a infelicidade de se envolver com

pessoas assim, pode muito bem se encontrar em uma situação em que usar a
violência é sua única resposta. Compartilho isso porque raramente encontrei minha
mensagem tão bem recebida - ironicamente em uma parte do mundo que foi o berço
das artes marciais.
Por que não podemos todos nos dar bem?
Existem dois tipos de pessoas que não encontrarão muito para ajudá-los
neste livro: aqueles que pensam que a violência nunca é justificável e aqueles que
pensam que a violência é a resposta para tudo. Uma coisa que ficará muito clara
ao longo deste livro é que a violência é algo extremamente negativo. Não o
recomendo como solução para nenhum conflito, exceto para o mais desesperador
dos conflitos. Em outras palavras, violência é o que você usa quando todas as outras
escolhas foram tiradas de você. Então, por que não podemos todos nos dar bem?
Um exemplo perfeito ocorre na guerra contra o terror. Se você

apoiando a guerra ou não, nossos soldados enfrentam um inimigo comprometido
que está disposto a fazer o que for preciso para promover sua causa. Eles não
pensam duas vezes antes de decapitar civis ou sacrificar vidas inocentes—
12

incluindo os seus próprios - para fazer um ponto. Seu compromisso com a causa é
total e até mesmo os feridos se armam em armadilhas apenas para matar mais alguns
soldados 'pela causa'. Contra esse inimigo, você não pode se dar ao luxo de responder
com uma mentalidade litigiosa de aplicação da lei.
Não podemos vencer tentando 'prender' o inimigo. O fato frio e duro é que
devemos matar o inimigo em número suficiente para quebrar a espinha dos insurgentes.
É politicamente incorreto apontar tais fatos, mas, francamente, essa é a natureza da
guerra. Você não precisa gostar da guerra, mas precisa aceitá-la como ela é. Um soldado
no exterior pode não gostar do que tem que fazer, mas se quiser sobreviver - e se quiser
que seus amigos e familiares permaneçam seguros - ele não tem escolha a não ser
responder ao inimigo da mesma forma.
Mas essa mentalidade não é perigosa apenas para os soldados nos
campos de batalha do Oriente Médio. O mesmo se aplica a você. Você não pode se
permitir uma mentalidade tão litigiosa quando confrontado com violência real e anti-social.
Você deve responder ferindo o outro cara o mais rápido que puder. Você não pode
confiar em correr ou bloquear mais do que os militares podem usar as diretrizes de
aplicação da lei para derrotar um 'matar ou ser morto'
inimigo.
Não defendo responder ao comportamento antissocial com violência;
nem acredito que a violência resolverá nossos problemas sociais ou políticos.
Mas seja um soldado enfrentando um inimigo fanático comprometido ou um empresário
enfrentando um criminoso reincidente anti-social, a única resposta que fará o trabalho
é usar a ferramenta da violência. É por isso que você deve se perguntar agora: “Eu
realmente sei como usar a ferramenta da violência?” Você simplesmente não pode
esperar para perguntar até que uma violência social seja iminente. A essa altura, as
apostas são altas demais.
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Capítulo dois:
Sobrevivendo aos mais críticos
Cinco segundos de sua vida
“O que pode ser desejado com sucesso deve primeiro ser visto e compreendido.” —
Brigadeiro General SLA Marshall
Não há nada de artístico na violência; é uma sobrevivência instintiva

ferramenta, como nadar. Depois de aprender o básico, você está pronto para
a vida. Você não anda por aí todos os dias imaginando o que faria se caísse em
uma piscina: “Vamos ver, primeiro eu pisaria na água, depois seguiria com
algumas braçadas de borboleta... ” Você só sabe que se cair, nadará até a borda
e sairá da água.
agua.
Um nadador olímpico que treina todos os dias sempre será capaz de

nadar mais rápido, mais longe e com mais graça do que a pessoa média que
aprendeu quando criança e só se molha no chuveiro. Mas em condições
normais, nenhum deles se afogará. Quer você seja um nadador olímpico
ou um amador, se cair em uma situação de vida ou morte na água, você
nada para evitar a morte. A violência é a mesma: uma habilidade de vida
simples e utilitária. E como na natação, o único árbitro do sucesso é a
sobrevivência. Se você sair vivo, você fez a coisa certa.
Conflitos violentos sérios raramente duram mais de cinco segundos. Isto

não é preciso muito para derrubar nem mesmo o maior homem, e
cinco segundos é tempo mais do que suficiente para causar ferimentos
graves. Por outro lado, isso significa que você não tem tempo para pensar ou
adotar uma postura sofisticada de kung-fu. Você tem tempo apenas para agir,
causar um efeito e continuar a agir.
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Então, por que a violência é tão importante para a sobrevivência? Porque a

violência funciona com todo mundo. Habilidade física superior, conhecimento,
experiência e vontade de ferro são superados pelo polegar no olho. Não há nada que
alguém possa fazer para se tornar imune às leis do universo físico.
As balas não são influenciadas pela opinião ou presença; eles são

absurdamente imparcial. Em outras palavras, todos podem praticar violência,
e ninguém está imune.
Sobreviver não é suficiente
Algumas pessoas argumentarão que não é necessário se familiarizar

com a ferramenta da violência – que basta saber se defender e estar preparado para
diversas situações. Bem, estou aqui para lhe dizer que essas ferramentas podem lhe
dar a capacidade de sobreviver a uma situação violenta.
Mas a sobrevivência é suficiente? Considere estes exemplos:
Aos 32 anos, Jim, um homem com anos de treinamento em artes marciais, foi
atacado por um assaltante viciado em metanfetamina em um ataque homicida não
provocado. Ele foi esfaqueado três vezes. Ele ainda está conosco porque seu
namorada tentou parar o assaltante. Ela foi esfaqueada duas vezes no pescoço e
sangrou antes que os paramédicos pudessem chegar.
John é um policial com 12 anos de serviço e numerosos

cursos de táticas defensivas em seu currículo. Em um claro dia de agosto, ele
encostou um Chevy Camaro 1979 para uma perigosa mudança de faixa em alta
velocidade. Quando ele se aproximou, o motorista muito bêbado de 6'5 ”, 262 lb,
saiu para contestar a decisão de John de pará-lo.
Antes de John terminar o aviso verbal, ele usou 1.000 vezes

antes, o motorista o atropelou, levantou-o do convés e jogou-o na calçada.
Seguindo as técnicas que ele tinha sido
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Perfurado, John procurou seu spray de pimenta enquanto o motorista ria e

repetidamente batia a cabeça de John contra a calçada.
John perdeu a consciência com chutes na cabeça e no torso
para baixo da raiva movida a álcool. Ele ainda está na força hoje, mas em um
trabalho administrativo. Os danos nos nervos do lado direito são bastante graves.
Sua cirurgia reconstrutiva facial correu bem e os cirurgiões acreditam que ele
recuperará 90% do controle de seus músculos faciais, eventualmente.
O treinamento de tática defensiva de John foi extenso. O conselho que

revisou o vídeo do incidente afirmou que John respondeu exatamente como foi
treinado.
Jamie também é um sobrevivente.
Ela fez tudo o que o estuprador em série pediu. Mas o curso de autodefesa
que ela fez nunca lhe deu uma técnica para a maneira como esse bruto de 234
libras a segurou no chão de seu apartamento. Quando ela disse que faria o que ele
quisesse, ele respondeu socando seu rosto e quebrando sua mandíbula. A partir daí
piorou.
Após 3 cirurgias reconstrutivas, ela finalmente se recuperou de

do espancamento, mas não do trauma do estupro.
Seu treinamento de autodefesa tinha ótimas técnicas e cenários da vida

real. Inferno, até tinha um instrutor em um traje acolchoado atacando-os, um que
ela poderia bater com a força que quisesse.
E ainda assim ela foi vítima desse ataque violento.
Todas essas pessoas são sobreviventes. Eles viveram depois de um

encontro cruel e não provocado com a violência real. Mas suas vidas são o que
eram antes dos ataques? O que eles sofreram deve ser suficiente para convencê-
lo: a sobrevivência não é suficiente.
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O que deu errado?
Então, o que faltou no treinamento desses três sobreviventes?
Já fiz essa pergunta muitas vezes antes e sempre ouço duas respostas: mentalidade e
vontade. A mentalidade é de longe a resposta mais popular. A maioria dos que respondem
com essa resposta sente que o treinamento dos sobreviventes falhou em desenvolver a
mentalidade adequada para sobreviver e vencer esses encontros.
Aqueles que oferecem “vontade” como o ingrediente que falta geralmente afirmam que
o treinamento dos três sobreviventes falhou em fornecer a eles a “vontade” de

usar violência.
Faz sentido, certo? Há apenas um problema: ninguém sabe o que isso realmente
significa. São palavras da moda e, quando você se depara com a violência real, são mais do
que inúteis.
Toda a conversa sobre 'mentalidade' nesta indústria faz com que todos pareçam
iguais. A maioria das pessoas ainda acredita que você precisa estar em um determinado
'estado' para poder responder à violência. Os gráficos de cores são elaborados e todos se
sentem bem sobre como se preparar para 'chutar alguns traseiros'.
E então há 'vontade'.
Algumas pessoas afirmaram que os três sobreviventes não tinham vontade de fazer
lesão e isso foi uma falha de seu treinamento. Mas como treinar a vontade? Pense em
como a vontade é útil quando se trata de coisas como perder peso ou malhar. Além disso,
quando você considera a situação, todos os três sobreviventes estavam em situações
desesperadoras. No meio desses ataques horríveis e cruéis, eles quase certamente tiveram a
vontade de
sobreviver.
Um monte de gente vai lhe dar palestras sobre mentalidade e criar vários exercícios
para 'incutir a vontade de matar'. Mas nem mentalidade nem vontade
é o que faltou em qualquer treinamento dos sobreviventes. Na verdade, grandes quantidades
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do treinamento em todos os três casos de sobreviventes se concentrou no
desenvolvimento de mentalidade e vontade adequadas. Mas nenhum dos dois estava lá
quando eles precisaram.
Isso porque mentalidade e vontade não são objetivos de treinamento.
O treinamento adequado desenvolve tudo o que é necessário para sobreviver e vencer. O
problema é que há muito pouco treinamento adequado oferecido ao público em geral.
O ponto aqui não é menosprezar esses três sobreviventes. Eles fizeram tudo certo de
acordo com a forma como foram treinados. O problema, então, não está nos sobreviventes: está
no treinamento.
Fazendo as escolhas críticas
Neste ponto, é hora de você tomar uma decisão. Você quer
sobreviver a um encontro violento, ou você quer vencer? Porque no momento em que alguém
vier até você, você não terá tempo para considerar sua mentalidade, vontade ou qualquer outra
coisa sobre a qual os instrutores de autodefesa costumam falar. Você só terá tempo para agir.
Se você ainda está comigo, provavelmente está começando a perceber que o
treinamento adequado é a chave para se sentir confortável com a violência.
Quando digo confortável, não quero dizer que você deva esperar ou procurar se envolver em
encontros violentos. O que quero dizer é que você precisa se sentir confortável em usar a violência
em uma situação violenta da mesma forma que se sente confortável nadando em uma situação de
afogamento: como uma ferramenta para

sobreviver.
Os erros mais comuns que as pessoas cometem ao escolher um self
Sistema de Defesa
Então, agora que você está pronto para aprender como se defender - como
vencer um confronto violento, não apenas sobreviver a ele - como você decide
18

o que fazer? Como você pode evitar um programa que treina você no
mesmos erros que os três sobreviventes acima aprenderam a cometer?
Quando se trata de sistemas de autodefesa, há muitas opções

lá fora. Você tem de tudo, desde karatê no Y local até esportes de combate
agressivos e tipos de combate corpo a corpo 'hardcore' na Internet. Com todas essas
opções, como alguém pode saber o que realmente funciona e o que não funciona?
Aqui estão os erros mais comuns que a maioria das pessoas comete ao escolher um
sistema de autodefesa:
1. Escolher um sistema que leva anos para ser usado.
Se um sistema não funcionar para você até que você seja um Black Belt, não é
vai fazer algum bem a você na próxima semana, quanto mais amanhã. Se vai
levar alguns anos para aprender, então é melhor rezar para não ter problemas
até lá. E sejamos honestos: esse prazo simplesmente não é realista. Em um
mundo que é perigoso agora, você precisa de algo que seja útil para você
agora, não daqui a cinco anos.
2. Escolher um sistema que exija prática constante.
Você nunca esquece como andar de bicicleta ou nadar; não importa quanto
tempo você fique sem fazer isso. Se você vai apostar sua vida em um sistema
de autodefesa, é melhor que funcione da mesma maneira. Não adianta aprender
algo que requer manutenção constante. Claro, funcionará muito bem enquanto
você ainda estiver treinando, mas e depois de parar? E se já se passaram alguns
anos desde que você entrou no tatame? Você estará mais do que enferrujado:
pode acabar morto! Se saber nadar significa que você sabe como se salvar do
afogamento pelo resto da vida, não faz sentido que um sistema de autodefesa
funcione da mesma maneira?
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Você pode pensar: “Mas eu não vou parar de treinar!” Bem, isso é
bom para agora. Mas você tem que planejar todas as eventualidades no
futuro.
3. Escolher um sistema baseado em técnicas 'legais'.
O instrutor faz uma demonstração impressionante e fascinante. ele é

voando por todo lugar, fazendo todo tipo de coisas incríveis e
complicadas - caramba, ele até quebrou um bloco de gelo com a cabeça!
Naturalmente, você quer o que ele tem: aquela habilidade, aquela graça
felina, aquele poder. A única pergunta que você deve fazer é: quando foi a
última vez que você viu um serial killer fazer algo sofisticado? Ou que tal em
um motim na prisão? Nada extravagante lá - apenas simplicidade brutal.
Ao tentar descobrir o que fazer em uma situação de violência, olhe para as
pessoas que têm mais experiência com isso: o elemento criminoso comum.
Eles sabem que você não precisa de técnicas vazias que pareçam "legais"
para fazer o trabalho. Na violência, nunca é sobre a aparência: é o que ela
faz que faz a diferença. Fazer
certifique-se de que o sistema escolhido pode diferenciar os dois e mostrar
como fazer o trabalho, não importa como você pareça fazê-lo.
4. Escolher um sistema baseado na competição.
A competição física por si só é uma coisa maravilhosa.

Não há nada como se colocar contra outra pessoa para ver quem é mais
rápido, mais forte ou mais astuto. Não há nada melhor do que superar os
outros enquanto desfruta da camaradagem que a competição habilidosa
traz.
Mas quando sua vida está em jogo, você não pode se dar ao luxo de
competir: as apostas são altas demais. A violência é, por definição, injusta.
Se todo o seu treinamento for para uma competição justa, você se colocará
em uma desvantagem injusta na rua. posso garantir que o
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criminoso que decidiu esfaqueá-lo no pescoço não vai seguir as regras.
5. Escolher um sistema que não leve em consideração todo o corpo

tipos.
Seja honesto: você está na melhor forma de sua vida? Mesmo se você
for, bastam alguns anos atrás de uma mesa e alguns filhos para acabar como
o resto de nós. Se você está treinando em algum lugar onde o instrutor, todos
os alunos mais velhos e os melhores da turma parecem uma gangue de
clones, pode apostar que o sistema favorece esse tipo de corpo. Seja alto e
magro com pernas longas em um dojo de caratê ou mais baixo e robusto em
um clube de judô, você só se sairá bem se for parecido com eles. Se não,
bem, não vai funcionar tão bem para você. Sua melhor aposta é o treinamento
que se adapta a qualquer tipo de corpo, não importa quão alto, baixo, pequeno
ou pesado. Se você vir pessoas de todas as formas e tamanhos praticando,
pode apostar que funcionará para você.
6. Escolher um sistema baseado em um filme de sucesso.
Você ficaria surpreso com a frequência com que isso acontece! Claro,
todos nós gostaríamos de lutar como o Homem-Aranha... e já que estamos
nisso, por que não voamos como o Super-Homem também? Os filmes são,
por definição, falsos. Tudo o que você vê em um filme é coreografado e gerado
por computador. É tudo uma armação: eles tiveram que fazer 800 tomadas e
editar tudo para obter o resultado final que te impressionou no cinema. Na
violência da vida real, você só consegue uma tomada e não há mágica do
cinema para salvar o dia. Mantenha a fantasia no teatro e fora dos tatames.
7. Escolher um sistema que só funciona quando todos concordam em

jogar por certas regras.
21

Isso pode significar qualquer coisa, desde competição (onde os

competidores estão sujeitos a regras) até treinamento em padrões
preestabelecidos que nunca mudam. O problema desse tipo de treinamento é que
na violência vale tudo. Os padrões definidos são quebrados e aquele cenário para
o qual você treinou e treinou irá cair da maneira mais inesperada possível, pegando
você completamente de surpresa.
Certifique-se de que qualquer sistema escolhido leve em consideração o caos
que existe naturalmente em um conflito violento.
8. Escolher um sistema que não se pareça com a violência que você vê no

as notícias.
Se não se parece com a violência que você vê nos noticiários, não é

indo trabalhar fora dos tatames ou fora do dojo. Período.
9. Escolher um sistema que não leve em conta vários invasores.
A maior falácia que existe é que o ataque violento vai acontecer como um
episódio de combate único heróico: você contra ele.
As estatísticas mostram que é muito mais provável que seja você, ele e todos
os amigos dele. Certifique-se de que qualquer sistema que você escolher possa
mostrar como lidar com todos que estarão lá.
10. Escolher um sistema que não leva em conta o comum e moderno

armamento (facas, bastões, revólveres).
Este é o assassino. Nada é mais surpreendente do que trazer um

'backhand giratório' para um tiroteio. Ou esperar uma luta de boxe em pé apenas
para ser esfaqueado no processo. Cada sistema pode mostrar como lidar com um
único cara desarmado. Menos sistemas podem mostrar como lidar com um
pedaço de pau ou faca. Apenas um casal se deu ao trabalho de apontar a arma.
Você precisa ter certeza de encontrar aquele que lida com todas essas coisas ao
mesmo tempo, não importa quantas pessoas você esteja lidando ou o que elas
estejam carregando.
22

Capítulo três
Dentro da Mente Criminosa
“Embora devamos mudar as formas como protegemos nosso país, também devemos
nos proteger contra políticas que parecem atraentes, mas oferecem pouca proteção
real e podem até impedir nossa capacidade de nos protegermos.” —Richard Burr
Então agora você sabe como não treinar para autodefesa.
Infelizmente, a melhor forma de treinar a autodefesa é olhar para quem vai perpetrar a
violência: os próprios criminosos. A ideia de lutar como um criminoso pode não parecer muito
atraente, mas acredite, quando você está cara a cara com alguém que está pronto e disposto
a matá-lo, você quer ter todas as vantagens possíveis.
Seu maior problema é que você quer entrar jogando pelo
as regras. Mas não se preocupe - não é sua culpa. Você está são. Você é civilizado.
Sua humanidade está intacta. Você tem empatia e, caramba, as regras são muito, muito
legais. Eles fizeram muito por nós – os humanos não poderiam ter caminhado na Lua sem
as regras para nos ajudar a trabalhar juntos.
Os predadores de nossa sociedade veem a vida de maneira um pouco... diferente.
A sociopatia é um termo amplo que abrange tudo, desde pessoas com transtornos de
personalidade até psicóticos. Isso realmente não importa para você: o que importa é que o
cérebro dessa pessoa não está funcionando da mesma maneira que as pessoas normais e
civilizadas que você conhece no trabalho, na casa ao lado ou no supermercado.
A principal característica de um sociopata? Uma completa falta de consciência
sobre moralidade e comportamento social. Isso significa que um
23

O criminoso não apenas não cumprirá as regras do jogo limpo, como também há
uma boa chance de que ele nem sequer pense nelas. Você tem que entender que
esse cara não vai se preocupar em fazer truques sujos, jogar limpo ou enfiar uma faca no
seu olho. Ele tem uma coisa em mente, e os fins justificam os meios - mesmo que os “fins”
não sejam nada mais do que dez dólares em sua carteira ou acalmar seu orgulho selvagem.
Até que você possa abordar a violência da mesma maneira, ele sempre terá
uma vantagem. Você entende sobre moralidade e jogo limpo. Mas no momento em que
sua vida está em perigo, você deve desligar essa consciência e ir atrás dele - de qualquer
maneira possível.
Não é perigoso divulgar essas informações?
Uma das objeções mais comuns que ouço das pessoas é: “O que
se os criminosos obtiverem essas informações? Não é perigoso dar-lhes acesso ao
tipo de informação de que precisam para matar e mutilar outras pessoas?”
Bem, esta seria uma excelente objeção, exceto por uma coisa:
Eles já sabem como usar a violência para conseguir o que querem!
Eles têm todos os princípios e métodos incluídos neste livro? Não. Mas eles
não têm problemas em usar a violência para conseguir o que querem e conhecem o fator
crítico que faz a violência funcionar: intenção!
Como afirmei inúmeras vezes em meu boletim informativo e produtos de
DVD - para ter sucesso com a violência, você não precisa de treinamento, mas deve ter
intenção. Se você tiver anos de 'treinamento' e nenhuma intenção, você sempre perde.
Os criminosos não perdem tempo aprendendo a usar melhor a ferramenta - eles

confiam apenas na intenção.
24

As informações que divulguei criaram uma mudança fundamental na

maneira como as pessoas boas realmente se protegem. A princípio, para
alguns, a informação é incômoda, até chocante. Mas soa verdadeiro. Meu
trabalho não é me preocupar que os criminosos consigam essas informações,
mas me preocupar que pessoas boas não o façam. São eles que realmente
precisam deste programa. Tudo o que um criminoso faria é olhar para ele e
acenar com a cabeça em concordância.
Uma perspectiva interna
Esta é uma perspectiva sobre a mente criminosa oferecida a mim por

um advogado de defesa criminal:
“Sou advogada, meu trabalho é comunicação. Eu represento criminosos.

Eles não se comunicam da mesma forma que nós.
Eles não se comunicam a partir do mesmo conjunto de crenças sociais.
Uma pessoa sob estresse, como uma faca no pescoço, pode não se
comunicar bem com a adrenalina pulsando pelo sistema e o sangue
recuando dos lobos frontais do cérebro (onde vivem 10.000 anos de
civilização humana) para o cérebro central (onde luta, fugir ou congelar
vidas).
As pessoas deixam escapar as coisas mais inapropriadas. Recentemente

uma jornalista foi sequestrada no Iraque, ela queria dizer que era jornalista;
em vez disso, ela deixou escapar: 'Sou vegetariana'.
O fato de ela pensar que qualquer uma das frases ajudaria indica que ela
não entendeu o conceito da operação. Um destacamento de fuzileiros
navais resolveu o problema. Se tudo o que se tem são habilidades de
comunicação, então deve-se trabalhar essas palavras por tudo o que
valem. Minha primeira escolha continua sendo o equivalente a um
destacamento de fuzileiros navais.”-Kevin Jamison
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A chave aqui é que o criminoso não está operando a partir do mesmo

conjunto de crenças sociais que você é. Você é uma pessoa bem ajustada e
socializada. No fundo, você acredita que existe uma maneira de resolver seus
problemas sem que ninguém se machuque.
Um criminoso não.
Como pessoas sãs e sociais, tendemos a pensar na violência em termos

sociais – seja enquadrando tudo como o pátio da escola de Davi e Golias ou
acreditando que, se levarmos nossas regras sociais conosco para o lugar vazio,
podemos de alguma forma manter nossa humanidade. e, portanto, não rebaixar ao
nível criminal.
Tendemos a pensar na violência como uma força contínua onde se ele
grita com você, você pode gritar com ele. Se ele te empurra, então você pode empurrá-
lo. Se ele der um soco, você pode revidar. Também acreditamos que o pior tipo de
violência, aquela que resulta em morte, acontece em algum lugar no final dessa
progressão, se for levada longe o suficiente.
O problema é que não é preciso 'excitar-se' ou andar

através de todas essas várias etapas para chegar a lesões incapacitantes graves
ou morte; socar alguém na garganta ou esfaqueá-lo no pescoço está prontamente
disponível em todos os momentos, em todos os lugares.
Isso é o que o sociopata criminoso sabe.
Alguém pode subir em todas as etapas e se chicotear

em um frenesi espumoso que termina em assassinato? Sim. Mas o que o sociopata
criminoso sabe é que pode chegar lá instantaneamente. Ele pode ir de sorrir e dar de
ombros a esfaquear no tempo que leva para enfiar a mão no bolso. E a parte realmente
assustadora é que você também pode.
A violência está sempre disponível; você apenas tem que escolher fazê-lo. Você
não precisa andar pela dança social um passo de cada vez para chegar lá. Você não
precisa se preparar, ou entrar em posição de luta, ou
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dar uma advertência verbal. Você pode usar a ferramenta de violência sempre que
desejar, a qualquer momento. E é exatamente isso que você deve fazer diante da violência
anti-social para sobreviver.
Por que os bandidos ainda estão ganhando?
A razão pela qual bandidos ainda estão usando violência, e ainda ganhando,
certamente não é que eles são mais espertos. Não é que eles sejam mais
fortes - muitas pessoas que são espancadas e roubadas nas ruas todos os dias
são mais aptas e mais fortes do que seus agressores viciados em drogas. A razão
pela qual os assaltantes vencem é que eles têm poder. Eles sabem o que querem e
sabem que, se usarem todos os meios violentos à sua disposição, conseguirão. Eles
sabem que:
• Se eles puxarem uma faca, você vai se assustar.
• Se colocarem uma arma na sua cabeça, você vai congelar.
• Se eles ameaçarem matá-lo, você dará a eles qualquer coisa que eles
exigem.
Eles entendem como usar a violência para causar o efeito
eles querem alcançar.
Estou defendendo a mesma abordagem? Não. Aprender a usar a violência não o
torna um criminoso; muda o equilíbrio de poder. Quando você for proficiente no uso
deste sistema simples, em vez de uma ameaça de um estranho violento causar dor,
perda ou até mesmo a morte, você será capaz de causar ferimentos graves ao homem,
resultando em sua completa incapacitação.
Você entenderá que, se ferir um homem de uma certa maneira, poderá prever com
precisão o resultado. Em vez de a dúvida impedir você de agir, você terá confiança para
tomar as decisões em frações de segundo necessárias para se manter vivo durante os
segundos mais estressantes da vida.
27

sua vida. Depois de passar por esse tipo de treinamento, você terá o poder —
o poder de proteger a si mesmo e àqueles que ama.
tirando as luvas
No conflito violento não há regras. Nenhuma parte do corpo está fora

limites e não há luvas para amortecer os golpes. A violência não é como os
movimentos de dança coreografados que você vê nos programas de TV e
filmes. Cada lado não se reveza para golpear e desviar. Um lado ataca e o
outro lado se machuca. E geralmente, o lado que causa a primeira lesão grave
vence.
Quando você souber usar a violência como ferramenta de sobrevivência, você será
aquele que golpeia, aquele que causa os ferimentos.
Os criminosos não estão nisso para competir. Eles estão comprometidos

com uma ideia radicalmente diferente: ferir pessoas. Na sociedade em que
vivemos, o foco do cidadão cumpridor da lei tem sido aprender como evitar que
a violência aconteça conosco - como lidar com um ataque violento, como manter
um estuprador em série afastado, como manter o mínimo distância segura, como
quebrar o aperto e fugir.
Todas as inúmeras técnicas disponíveis afirmam funcionar, mas nunca

causam traumas debilitantes. É fácil entender por que você gostaria de conhecer
centenas de maneiras diferentes de evitar que alguém o machuque. No entanto,
cada técnica que você aprende faz com que você lute para sobreviver, sem a
garantia de sucesso que o criminoso desfruta. O criminoso não consegue porque
sabe lidar com a violência. Ele
consegue porque sua especialidade é lidar com a violência.
28

Capítulo quatro
Violência antissocial x violência associal
“Embora a violência defensiva seja sempre 'uma triste necessidade' aos olhos dos
homens de princípios, seria ainda mais lamentável se os malfeitores dominassem os
homens justos.” —Santo Agostinho
Se você ouvir as pessoas relatarem suas experiências com a violência, descobrirá
rapidamente que elas se enquadram em dois grupos distintos: aqueles que

sobreviveram a um verdadeiro confronto de vida ou morte e aqueles que
participou da violência como uma espécie de esporte ou jogo.
O primeiro grupo raramente fala sobre o assunto. Quando eles decidirem
compartilhar a experiência, você notará que eles geralmente são brutalmente honestos
e quase sempre enfatizam o medo da situação. Eles deixam claro que foram forçados
a agir porque não tinham alternativa aceitável. Não há como se gabar de terem
sobrevivido à experiência e, embora muitos tenham agido heroicamente, eles não veem
dessa forma. Eles se consideram afortunados por terem sobrevivido e esperam nunca mais
estar nessa situação.
Os participantes da agressão social, no entanto, muitas vezes se deleitam em recontar
a façanha onde “eles chutaram o traseiro dele”. Você se verá sentado em uma peça
por peça e ouvindo conversas inúteis sobre a outra parte. Essas pessoas também dão
a impressão de que estão prontas para participar novamente, caso sejam chamadas
para defender sua honra, uma vaga no estacionamento ou uma bebida derramada
após o happy hour.
Por que as diferentes respostas? O primeiro grupo entrou em contato com o
último espectro: a inevitável violência de vida ou morte. Sem escolha, sem retirada,
simplesmente lute ou morra. Em outras palavras, a situação não era divertida. Eles
lidaram com isso e seguiram em frente.
29

O segundo grupo escolheu a violência. Eles pegaram uma situação que era
não ameaça a vida e optou por responder com violência. Este grupo gostava de usar a
violência para ganhar domínio. Produziu uma reação humana básica de controle sobre outro
na hierarquia.
Agora, isso não significa que o outro cara não estava "pedindo por isso", então
falar, ou que a situação não poderia ter escalado para uma situação de vida ou morte.
Mas, neste caso, usar a violência como resposta foi uma

escolha deliberada.
As pessoas optam por usar a violência quando permitem que seus egos governem o
situação. É por isso que uma vitória é agradável - é um incentivo ao ego. O uso inevitável
da violência produz um resultado muito diferente: o desejo de nunca mais participar dela.
Violência bruta não é algo que desejo a ninguém, mas ensino
uso e metodologia porque quando você precisa não pode ter conhecimento suficiente
do assunto. E, francamente, quanto mais competente eu o tornar nesse assunto,
menos provável será que você perca seu tempo escolhendo usar violência em uma situação
social.
Violência Antissocial
A violência que vem da postura social é evitável; isso é
muitas vezes alto, dramático e instantaneamente reconhecível. Você consegue ver isso
chegando. E isso significa que você pode evitá-lo se quiser.
Se você não decidir (ou não puder) sair, esses tipos de problemas podem ser
resolvidos com as ferramentas sociais com as quais estamos familiarizados. nós todos
conseguimos sair de uma situação ruim - você não teria chegado tão longe na vida se
não fosse bom em negociar. Todos nós sabemos como acalmar alguém. Todos sabemos
capitular. Todos nós também sabemos como agir como um idiota e colocar lenha na fogueira
e transformar uma discussão em uma discussão aos gritos, uma discussão aos gritos em
uma briga.
30

O ponto importante aqui é que em situações sociais, você tem um

escolha.
A violência antissocial também é eminentemente passível de sobrevivência. O gol típico em
uma briga de bar não é para matar ninguém - é simplesmente superar a outra
pessoa e dominá-la fisicamente. Isso significa que você não pode ser morto em
uma briga de bar? Claro que não. O que estou dizendo é que a taxa de mortalidade
na típica briga de sábado à noite é muito menor do que se poderia esperar - e a
maioria das mortes é acidental. Você pode ser morto em uma briga de bar, ou uma
discussão sobre uma vaga no estacionamento, ou qualquer outro confronto trivial
de status social. É altamente improvável.
Violência Associal
A violência anti-social, por outro lado, não pode ser tratada com
ferramentas sociais e é muito menos passível de sobrevivência. Negociar com um
serial killer é como discutir com uma bala: se ela estiver vindo em sua direção, as
palavras não vão desviá-la. Se alguém decidiu esfaqueá-lo até a morte, a
capitulação apenas torna o trabalho deles mais fácil.
confundindo os dois
Então, como você sabe se está lidando com violência antissocial ou

antissocial? Depois de entender a diferença entre os dois, é realmente tão fácil
quanto distinguir um pavão de um tigre. Um envolve postura e ego, o outro é
sobre sobrevivência. O grande problema surge quando confundimos os dois -
quando não sabemos que existe um
diferença entre competição e destruição, entre violência antissocial e antissocial.
Pense em uma briga de bar. Parece e soa assim porque

é uma exibição, destinada a ser vista e ouvida por todos os presentes.
Os participantes não têm intenção de ferir gravemente uns aos outros;
31

na verdade, se você os interrompesse e oferecesse revólveres para atirar um no

outro, eles provavelmente pensariam que você era louco.
A violência anti-social é brutalmente simplificada em comparação. Começa de

forma silenciosa, repentina e inconfundível. É derrubar um homem e chutá-lo até a
morte. É uma pessoa batendo na outra com uma chave de roda até que ela pare de
se mover. É esfaquear alguém 14 vezes. É puxar a arma e disparar tiro após tiro nele
até que ele caia e então se aproximar para garantir que os dois últimos passem pelo
cérebro.
Se você é uma pessoa sã e socializada, essas imagens o deixam

fisicamente doente. Isso porque você os reconhece pelo que são: violência anti-
social. A quebra de tudo que nós, humanos, prezamos, a ausência de nossa construção
favorita, o próprio tecido da própria sociedade.
É um lugar horrível onde não existe uma 'luta justa' ou honra. É o lugar onde
não há regras e vale tudo. É o lugar onde as pessoas matam e são mortas.
As diferenças essenciais entre violência antissocial e antissocial
Há uma maneira curta e fácil de resumir isso:
Violência Antissocial:
• É evitável
• É sobrevivente
• Pode ser resolvido usando habilidades sociais
Violência Associal:
• É letal
• Não é afetado por habilidades sociais
• Requer ação decisiva.
32

Atos antissociais e antissociais
Depois que as pessoas entendem essas diferenças críticas, elas raramente

confundem violência antissocial e antissocial. Ainda existe o risco, porém, de
confundirem ações antissociais com antissociais. As ações antissociais são
ameaçadoras e potencialmente perigosas, mas ainda existe a possibilidade de lidar
com elas por meio de habilidades sociais básicas. As ações anti-sociais, por outro lado,
são matar ou ser morto.
Essencialmente, a diferença gira em torno da ideia de comunicação.

O comportamento antissocial está no domínio da comunicação
(embora o final ruim da comunicação). Isso significa que, embora o outro cara esteja
ameaçando você (por exemplo, segurando uma faca no pescoço e exigindo seus
objetos de valor), ele ainda está tentando, da maneira mais grosseira possível, se
comunicar com você. Segurar uma faca na garganta e dizer: “Me dê seu dinheiro”
ainda está no reino da comunicação. Se fosse um ato verdadeiramente anti-social, ele
não se daria ao trabalho de dizer o que queria. Ele simplesmente aceitaria.
Se você usar suas habilidades sociais para o comportamento anti-social, poderá

difundir a situação e essencialmente 'fazer o homem mau ir embora', dando a ele o que
ele quer e esperando que ele escolha honrar esse contrato questionável e ir embora.
Tenho certeza de que você notou os qualificadores aí, e isso porque há um risco
inerente em tentar argumentar com alguém nessa situação. Ainda existe a possibilidade
de resolver essa situação sem violência. Se é assim que acontece, então diríamos que
foi um uso bem-sucedido do seu
habilidades sociais para lidar com o comportamento antissocial.
No entanto, se a qualquer momento a situação evoluir para danos físicos

violência, ela deixa de estar no reino do antissocial e está no reino
de violência anti-social. Neste reino, não há comunicação - apenas
33

ação. O objetivo não é continuar o diálogo, mas acabar com o

interação.
A única maneira de ganhar o controle desta situação é você ser o

alguém usando com sucesso a ferramenta da violência. A única maneira de
garantir o sucesso com esta ferramenta é causar uma lesão objetiva no outro cara e
continuar a fazê-lo até que ele não funcione.
Não há áreas cinzentas em anti-social vs. anti-social. Se você tem a opção de

responder com violência, então essa situação está no domínio do social/antissocial.
Quando você não tem escolha, então é anti-social.
Em outras palavras, se é lutar ou morrer, você está lidando com uma violência anti-social.
34

Capítulo Cinco
Quando Envolver
“O mundo está cheio de violência. Como os criminosos carregam armas, nós,

cidadãos decentes e cumpridores da lei, também devemos ter armas. Caso contrário,
eles vencerão e as pessoas decentes perderão”. —James Earl Jones
A razão pela qual dedico tanto tempo à diferença entre violência social e
anti-social é porque é absolutamente essencial saber com que tipo você está lidando.
Algumas pessoas pensam que só porque eu treino o uso da violência como a
ferramenta de sobrevivência definitiva, isso significa que eu
defender a resposta a qualquer situação com violência. Nada poderia ser

mais longe da verdade.
Aqui está um exemplo clássico de uma reação treinada para evitáveis

violência. Matt, um dos meus alunos de Maestria postou esta triste história em
nosso TFT Mastery Forum:
“Em Dallas, temos uma pequena casa noturna famosa chamada Gypsy Tea.
“
Quarto. Você pode ver artistas como Ben Harper, Edie Brickel, Old 97's, etc.
“Recentemente, um pai de duas adolescentes decidiu levar suas filhas para

um show de fim de verão antes de irem para a faculdade. Antes do show terminar,
ele acabou tendo uma lesão na medula espinhal e não consegue sentir nada do
pescoço para baixo. Por que?"
“Violência social desnecessária.”
“Ele envolveu um 'skinhead' em uma briga verbal porque o skinhead fez

um comentário para uma de suas filhas. Isso levou a uma postura masculina, gritos,
etc. E então o skinhead abriu sua 'caixa de ferramentas de violência' primeiro e
esmurrou o cara no chão.
35

“Enquanto o pai estava no chão, o skinhead pisou em seu rosto e cortou a medula
espinhal do homem em algum lugar entre C1-C5. Tudo isso ocorreu bem na frente de suas
duas filhas.
“Situações como essa me lembram dos muitos motivos pelos quais agradeço a Deus
O TFT entrou na minha vida.”
"Por que?"
“A maioria das pessoas pensaria que eu diria isso porque se eu fosse
esse pai eu teria chutado a bunda do skinhead por causa do meu treinamento.
"ERRADO!"
“Por causa do que aprendi com o TFT, eu não teria envolvido o skinhead em nenhuma
altercação verbal. Se o skinhead tentasse começar uma briga verbal, eu teria tirado minhas
garotas e eu do clube imediatamente. O tempo todo tentando parecer um covarde - o covarde.
“Não me interpretem mal; se a situação fosse se tornar violenta, eu a teria tornado
muito violenta. Mas, mais do que provável, simplesmente deixar o clube teria salvado
esse homem de uma vida inteira de paralisia e poupado suas filhas de testemunhar
esse ato horrível.”
“O TFT nos dá um plano, opções e muitas ferramentas para tirar da caixa de
ferramentas. Por mais clichê que pareça, a vida é sobre as escolhas que fazemos.
Obrigado, TFT, pela educação que você deu a mim e a inúmeros outros para que
possamos fazer as escolhas certas quando se trata de violência.”
“O pai é um carpinteiro local sofisticado e tem uma casa em um
parte muito rica de Dallas. O clube em que ele se machucou, junto com a banda, fez uma
corrida de 5k para arrecadar fundos para ele neste fim de semana. o

skinhead fugiu para a Califórnia e foi preso no final daquela semana.
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“Acredito firmemente que a pancada na cara do skinhead foi meramente

destinado a causar dano cosmético não severo à medula espinhal do homem”.
“O skinhead sabia como usar a violência como ferramenta, mas claramente

não entendia os alvos e os ferimentos causados a esses alvos.”
“Fico constantemente surpreso que recebemos a pergunta 'essa coisa

trabalhar?' de muitos dos alunos. Essa 'coisa' funciona muito melhor do que eles
entendem. A violência está em ação todos os dias, em todos os lugares.”
Esta história, em todo o seu horror, ilustra graficamente um ponto-chave.

Quando a violência é a resposta, é a única resposta. Nesse ponto, se você não
souber como usá-lo, estará ferrado - e provavelmente morto!
Mas como raramente é a resposta, se você não souber quando usá-la,

então você está igualmente ferrado (e pode desejar estar morto)!
“Então peguei meu polegar e tirei o globo ocular dele.

crânio."
Alguns de vocês podem estar se encolhendo com a declaração acima. Alguns

você pode pensar que é um exagero desnecessário ou algo que você não
queria ouvir.
Mas essa declaração é exatamente, palavra por palavra, o que um Master

Instructor surpreendeu os participantes em um recente treinamento ao vivo em
San Diego depois de receber repetidamente a pergunta: “... como sei quando devo
usar o que você Você está ensinando?
Veja, se você quer saber se a situação justifica violência extrema, pegue a

situação que você está sugerindo e acrescente essa frase ao final dela.
Experimente com estes dois exemplos:
37

1. “O bêbado acabou de me mostrar o dedo do meio e me disse para #$%@
eu mesmo, então peguei meu polegar e tirei o globo ocular de seu
crânio.
2. “Quando me virei, o gangbanger me esfaqueou, cortando minhas costelas,
então peguei meu polegar e tirei seu globo ocular de seu crânio.”
Posto dessa forma, é bastante óbvio qual situação justifica a resposta. Se você
não consegue terminar sua pergunta de autodefesa com essa frase, então não é uma
situação em que a violência possa ajudar. Período.
Porque? Porque eu ensino como fazer uma coisa e apenas uma coisa: como desligar
completamente outro ser humano. É o que quero dizer quando digo “usar a violência
como ferramenta de sobrevivência”. É uma ferramenta limitada, com certeza, mas
necessária (e inestimável) se sua vida está por um fio.

linha.
Quando agir
É uma noção romântica - usar um esporte de combate ou arte marcial para
'melhorar' um cara mau - e muito mais sedutora de se pensar do que arrancar o olho da
órbita de um cara que vem até você com uma faca. Mas é preciso deixar o romance no chão
do cinema e lidar com a realidade da violência praticada no dia a dia.
Espero que você nunca precise usar o tipo de violência de que estou falando.
Mas se você estiver em dúvida se deve usá-lo ou não, lembre-se do conselho acima.
Usar a violência para resolver problemas sociais é como usar dinamite para
abra a porta do seu carro. Vai fazer o trabalho, mas vai causar um monte de outros
problemas. Violência não tem nada a ver com comunicação. Isso é
38

não faz parte das negociações que formam a grande maioria da interação
pessoal. É o último recurso, quando a comunicação não é uma opção e é ferir ou
ser ferido. A violência é o que você usa no momento em que se sente ameaçado.
Se você perceber que é possível sair de uma situação difícil, essa

provavelmente deve ser sua primeira escolha. Freqüentemente, uma
pessoa agressiva fará um show para dominar sem realmente recorrer à
violência. Eles vão parecer maiores, gritar obscenidades ou fazer ameaças. Às
vezes, eles estão apenas tentando intimidar na esperança de que você recue.
Às vezes, eles estão se preparando para a violência. Você terá que decidir e
agir se sentir que há uma ameaça real. Assim que decidir agir, aja imediatamente.
Se você não acredita que um problema pode ser resolvido com linguagem e
diplomacia, não diga nada. Não olhe nos olhos nem converse. Ao iniciar uma
conversa com uma pessoa ameaçadora, você entra em uma zona cinzenta na qual
é muito mais difícil se desvencilhar e desferir o primeiro golpe. Saia se quiser e se
puder. A violência nem sempre é a resposta, mas quando é a resposta, é a única
responder.
Use a violência quando não tiver outra escolha. E uma vez que você começa,
você não termina até terminar em seus termos.
A realidade da violência
Isso é o que torna tão importante saber quando usar seu treinamento - é
por isso que você só deve usá-lo como último recurso absoluto.
Você não está tentando desabilitar seu oponente. Você está usando a violência
como uma ferramenta para causar ferimentos. Isso porque, se você começar com
a intenção de causar lesões, terá uma chance muito maior de mudar o
39

situação a seu favor. Você controla a situação contanto que continue a machucar
o outro cara até que ele não funcione.
Empregar habilidades sociais para lidar com esse tipo de cenário coloca todo o
controle do resultado nas mãos do cara que está com a faca no seu pescoço.
É aqui que você precisa se perguntar: “Quão bem eu leio mentes?”
Porque você não quer errar nessa!
Há uma grande diferença em usar habilidades sociais para aplacar o ego do cara
em quem você derramou uma bebida versus tentar usá-las para lidar com um indivíduo
que não tem nenhum problema em colocar uma faca em seu pescoço.
Você não precisa de permissão para usar a ferramenta de violência. Isso é

disponível para você agora mesmo! A principal coisa que tento apontar para você é que
você tem a opção de usar esta ferramenta.
Ao aprender a diferença entre comportamento antissocial e

atos antissociais de violência, você acaba evitando muitas interações antissociais. Isso
por si só permite que você viva uma vida mais tranquila e agradável.
Isso porque você não tem dúvidas sobre o que fazer quando a violência é a única
resposta!
40

Capítulo Seis
Competição vs. Destruição
“Assim, o sistema métrico realmente não pegou nos Estados Unidos, a menos que
você conte a crescente popularidade da bala de nove milímetros.” —Dave Barry
Todos conhecemos a violência real quando a vemos: alguém sendo baleado

a cabeça, ou esfaqueado repetidamente, ou chutado até a morte por uma multidão.
Temos uma reação visceral e primitiva à coisa real. Isso nos adoece.
E, no entanto, podemos assistir a uma luta sangrenta e cansativa pelo título

com nada além de emoção, torcendo por nosso favorito enquanto os dois lutadores se
batem até a exaustão.
O que está acontecendo aqui?
É muito simples, na verdade, e tem a ver com a diferença entre

interação social e violência anti-social.
Considere, por exemplo, uma briga no pátio da escola. O valentão, que

ocupa uma posição de poder no alto do totem social, está sendo desafiado. Se a
criança conseguir intimidar o valentão e fazê-lo chorar, a criança ganhará status social
enquanto o valentão perderá status.
Todos se reúnem porque é importante ver quem sairá vitorioso, você quer se
associar ao vencedor e evitar o perdedor.
Tal perturbação, uma mudança drástica em potencial no playground

ordem hierárquica, é importante testemunhar. O resultado deste evento tem muitas
repercussões para todos na ordem social. Se o valentão perder, ele e seus
bajuladores verão seu poder corroído; as crianças terão menos probabilidade de
entregar o dinheiro do almoço. O garoto que o venceu será um herói e
automaticamente superará o valentão nas redes sociais
41

que diz respeito. Se o agressor prevalecer, o status quo não é apenas mantido,
mas reforçado. Mais uma vez, é extremamente importante, como membro
inserido nesta ordem social, testemunhar o concurso e suas
resultado.
Mas e um tiroteio na escola? Ninguém se reúne para assistir a isso. Isso

porque um tiroteio é inerentemente anti-social, ou seja, reconhecemos
instantaneamente que não tem nada a ver com comunicação e não haverá mudança
na ordem social. Haverá apenas caos, morte e miséria. Como tal, não tem interesse
para as testemunhas; contém apenas terror.
É isso que quero dizer quando falo de uma divisão entre

agressão e violência anti-social. São duas interações muito diferentes
com resultados esperados muito diferentes. E confundir um com o outro pode
te matar.
Outra maneira de ver: uma é uma competição enquanto a outra é apenas

sobre destruição. As competições têm regras. A destruição é apenas sobre quem
acerta primeiro.
Pense nisso - como o que você usa de (insira o esporte de combate ou

arte marcial escolhido aqui) se compara a, digamos, um cara tentando acertar
você com uma chave de roda (violência)?
Se sua resposta produziu uma lesão, onde quer que você tenha
informação é irrelevante. Funcionou e você sobrevive! Quem se importa se
foi aprendido no esporte de combate X ou na arte marcial Y. O que importa
é que funcionou dentro do padrão de violência.
Mas na maioria das vezes, esse não é o caso. O problema de

tentar treinar para a competição é que isso afeta severamente sua capacidade
de causar destruição.
Com o objetivo de alcançar classificações, ganhar torneios e melhorar suas

habilidades atléticas, a competição é o caminho a percorrer. Leva
42

tremenda dedicação e disciplina para subir na classificação e competir contra outros

atletas de classe mundial no esporte/arte escolhido.
Mas sobreviver à violência criminosa anti-social é diferente. Aqui você deve

aproveitar o poder da destruição. A violência é desligar o corpo humano, não marcar
mais pontos ou fazer o outro se submeter. Você precisa conhecer as áreas fracas do
corpo humano e como usar seu cérebro para comandar as 'ferramentas' que você
escolher para destruir a área alvo e se machucar. Você então continua esse processo
simples até que o outro cara não funcione.
O que é tão perturbador para a multidão da competição é o seguinte: muitos

atletas altamente qualificados de esportes de combate/artes marciais são assassinados
por indivíduos menos habilidosos atléticamente (e muitas vezes destreinados).
Isso significa que a torcida da competição é “mais fraca” do que a

multidão de destruição? Não - eles apenas estão usando métodos diferentes.
O importante é entender qual método é apropriado para uma determinada situação.
Por que violência não é competição
Por que a violência que você vê nos noticiários nunca parece uma
jogo de sparring? Onde está o vai-e-vem, as técnicas legais?
Por que é sempre um cara (ou caras) fazendo isso com outro cara? Por que o
cara que está levando a surra não revida?
Se a verdadeira natureza da violência é uma pessoa fazendo isso contra outra,

derrubando-a e depois pisoteando-a no chão, por que a maioria dos treinamentos de
artes marciais e esportes de combate modernos não se parece em nada com o que
você vê nos noticiários?
A resposta se resume a 'As Regras'.
43

No ringue, o objetivo é somar pontos e fazer o adversário finalizar, usando tudo o

que é permitido nas regras. Coisas que são contra as regras geralmente são horríveis
de qualquer maneira: arrancar os olhos, pisar na garganta, chutar a virilha e outros
'golpes baixos' e 'tiros baratos'. Não podemos tê-los se quisermos manter a competição
justa - se quisermos que o vencedor seja aquele com mais habilidade, força e coração.
Afinal, um 'tiro barato' pode fazer com que um homem menor e destreinado possa
vencer, porque ninguém aguenta perder um olho.
Na rua, no entanto, 'golpes baixos' e 'tiros baratos' são onde

as pessoas começam — e terminam — a violência. É como se eles tivessem
jogado as regras pela janela e se recusassem a seguir qualquer regra. O criminoso
médio simplesmente não está interessado em competição ou em 'ganhar' da maneira
que gostamos de pensar. O criminoso médio está interessado em apenas uma coisa:
matar as pessoas.
É por isso que criminosos não treinados podem eliminar Black altamente treinados.
Cintos. O faixa-preta passou a maior parte, senão todo, seu tempo treinando para
a competição, ficando mais forte, aprendendo novas técnicas e trabalhando muito no
ringue: ou seja, seguindo as Regras o tempo todo. O criminoso, por outro lado, não
treinou e provavelmente não saberia nomear uma única regra. Tudo o que ele sabe é
que se você esfaquear alguém no pescoço, eles tendem a não se levantar.
Quando eles se encontram na rua, onde não há regras, o faixa-preta se mete

em sérios problemas porque está acostumado a jogar de acordo com as regras. Na
verdade, as Regras sempre o protegeram de danos. No ringue, seu oponente nunca
tinha permissão para esfaqueá-lo no pescoço. Mas fora do ringue, vale tudo. E a única
pessoa que está acostumada com essa falta de regras é o criminoso. Alguém vai levar
uma facada no pescoço — e aposto que você consegue adivinhar quem é.
Se você usar a destruição em um ambiente de competição, você será

desclassificado e tem poucas chances de avançar no cargo escolhido
44

carreira de arte marcial ou esporte de combate. Ninguém vai querer treiná-lo ou malhar
com você, e você se verá excluído das competições de esportes de combate.
Por outro lado, use habilidades de competição em um ambiente de

destruição e você terá uma boa chance de acabar mutilado, aleijado ou morto.
Se você acha que pode de alguma forma alternar entre competição e destruição,
não se surpreenda se você se encontrar na estrada repleta de mutilados, aleijados e
mortos que também pensavam dessa forma.
Aqui estão as etapas que você precisa seguir se não quiser que seja
tu:
• Certifique-se de que seu treinamento se parece com as notícias
• Certifique-se de que seu treinamento funcione quando as regras não estiverem em vigor
Reproduzir
• Certifique-se de que seu treinamento inclui todos os 'golpes baixos' e

'tiros baratos.'
Seu treinamento abrange todos os três? Seja honesto consigo mesmo -

mentir sobre isso pode matá-lo. Se a resposta for 'sim', então você está aprendendo
'autodefesa eficaz' que funcionará em qualquer lugar, a qualquer hora. Se a resposta
for 'não', você se sairá bem no ringue - mas e em qualquer outro lugar?
Indo Contra as Regras: Usando o 31 Ultimate Fighting
Faltas no campeonato como base para o sucesso operacional na violência
Acredite ou não, a maioria das 31 faltas do UFC são excelentes guias como
sobre o que você deve fazer em uma situação de violência. Existem algumas
exceções (algumas são duvidosas e duas estão totalmente erradas), mas em
45

geral, para sobreviver a uma situação violenta, você precisa ir contra o

as regras.
Antes de se assustar com a seguinte consideração sem limites sobre violência,

lembre-se de que estamos falando aqui de uma situação de vida ou morte — uma
situação da qual todas as outras opções foram removidas. Nesse ponto, seu objetivo
é a sobrevivência e você fará o que for preciso para
viva.
Das 31 faltas, estas são as que se destacam como ficha

sobre o que fazer — e o que não fazer — em um conflito violento:
Sims Definitivos
1. Arranhões oculares de qualquer tipo. Um dos três alvos que não requerem
peso corporal para ferir. Não evite isso porque alguma “regra” boba diz
que não.
2. Puxar o cabelo. Veja 12, abaixo.
3. Ataques na virilha de qualquer tipo. O segundo dos três que não

requerem peso corporal.
4. Colocar um dedo em qualquer orifício ou em qualquer corte ou laceração em

um oponente. Por si só, isso é apenas desconforto. Mas se entendermos
que significa 'rolá-lo com o cotovelo quebrado', então eu sou totalmente a
favor.
5. Manipulação de pequenas articulações. Contanto que isso seja realmente um código para
'quebrar os dedos', sou totalmente a favor. Pessoalmente, se eu fosse

usar código, diria algo como 'remoção forçada de todos os futuros
concertos para piano'.
6. Golpear a coluna ou a nuca. Isso vai direto para o sistema nervoso

central. Sério, ao longo da vida
46

incapacidade ou morte pode resultar de traumatismo craniano ou da coluna vertebral.
Essas coisas são indesejáveis no ringue (é por isso que eles têm uma
regra que proíbe isso), mas podem significar a diferença entre a vida e a
morte na rua.
7. Golpear para baixo usando a ponta do cotovelo. Isso é

contra-indicado devido à transferência de peso corporal 'acidental'.
Para baixo significa assistido pela gravidade, o que significa queda do
peso corporal; usar o cotovelo em vez do antebraço ou da mão significa
a remoção da força muscular. Isso muda de um soco para um golpe
com peso corporal. A ponta do cotovelo é a superfície de impacto menor
e mais difícil. Adicione tudo e você terá pessoas 'acidentalmente' fazendo
um ataque ideal. Alinhe-o com um alvo (oh, como a coluna ou o pescoço
de um homem no chão) e você terá um final de luta garantido.
8. Golpes na garganta de qualquer tipo, incluindo, sem limitação,

agarrando a traquéia. O último dos 'Anti-Wrasslin Trifecta'.
Nenhum peso corporal é necessário para causar uma lesão grave.
9. Agarrar, beliscar ou torcer a carne. Por si só, isso não faz o corte, pois é
simplesmente doloroso. Como complemento de algo cruel (como um
arremesso ou quebra de articulação), é maravilhoso.
Para o operador treinado, o corpo humano é como um macacão
com alças por toda parte. Só que as alças são todas costuradas
nos ossos.
10.Agarrando a clavícula. Veja acima. Por si só isso é apenas

doloroso. Só se torna realmente útil se você olhar para a clavícula como
uma alça do aríete com o qual tentará lascar a porta - se por 'aríete' você
quer dizer 'cabeça' e por 'porta' você quer dizer o planeta Terra .
47

11. Chutar a cabeça de um oponente no chão.
12. Dar joelhada na cabeça de um oponente no chão.
13.Stomping um oponente no chão. Mais uma vez, o 'acidental'

inclusão do peso corporal, impulsionado pela força das pernas e pela
parte frontal de uma parte do corpo destinada a negócios difíceis (seu
pé). Pode resultar em lesão real que acabe com a luta.
14. Chutar o rim com o calcanhar. Seu médico diria para você nunca, nunca
fazer isso. Um rim rompido não é brincadeira - o que o torna uma grande
vantagem em uma situação de vida ou morte.
15.Espetar um oponente na tela em sua cabeça ou pescoço. Mais uma vez, 9

entre 10 médicos gritam 'NÃO'. Especialmente se por 'tela' você quer dizer
'estacionamento de shopping'.
16. Jogar um oponente para fora do ringue ou área cercada. Ok, tenha
paciência comigo neste. Entendo que significa 'jogar em um lugar não
agradável' como um hidrante ou uma janela de vidro laminado. Ou no
trânsito. Eu não estou brincando.
17.Segurar o calção ou as luvas do adversário. Cai sob a égide de 4, 12 e 13,

acima. Inútil isoladamente, brilhante em conjunto com um arremesso.
18.Engajar-se em conduta antidesportiva que cause lesão a um adversário.

Escusado será dizer.
19. Segurando as cordas ou a cerca. Normalmente empregado ao pisar

ou chutar um homem caído. Adiciona alavancagem e melhora o
acompanhamento.
20.Atacar um adversário no intervalo ou durante o intervalo.
48

21.Atacar um adversário que está sob os cuidados do árbitro.
22.Atacar um adversário depois que o sino soou no final do

período de combate desarmado. Também conhecido como 'atacando inesperadamente'.
Mas não é o melhor momento?
23. Desrespeitar flagrantemente as instruções do árbitro.

A violência é a hora de descartar esses costumes sociais irritantes. Você é
livre para fazer o que quiser, obedecendo apenas às leis físicas de
o universo.
24.Interferência pelo canto. Sim, seus companheiros estão livres para ajudar.
Muitas mãos facilitam o trabalho e tudo mais.
IFFY
25.Batida com a cabeça. Escusado será dizer. Pode funcionar?

Certo. Pergunte a um escocês... à distância. É uma boa ideia?
Dificilmente.
26. Morder. Três palavrinhas: PATÓGENOS TRANSMITIDOS PELO SANGUE.

Pode funcionar? Certo. Como opção ômega. Aposto dez dólares que você
pode descobrir algo melhor para fazer primeiro.
27.Anzóis de pesca. Na verdade, conheço um cara que deu uma chave de braço
e tentou acertar os olhos, errou e acabou fisgando o criminoso. Isso fez o
criminoso se soltar. Isso é anedótico e sua milhagem pode variar. O perigo
de ter os dedos mastigados deve dissuadi-lo.
28.Cuspir em um oponente. Se queremos dizer o velho truque de areia nos

olhos, então talvez. Ainda assim, aposto que você pode inventar algo
melhor.
49

29.Timidez, incluindo, sem limitação, evitar o contato com um oponente,

intencionalmente ou constantemente deixar cair o bocal ou fingir uma lesão.
Este é duvidoso. Entendo que significa "manipulação social para obter
vantagem" (ver 25-27, acima). Mas isso só se aplicaria realmente em
situações antissociais, não é?
ESGOTADO DE FORMA NENHUMA
30. Usar linguagem abusiva no ringue ou área cercada. Uma vez que você
quebra aquele avião e passa para a violência, não há comunicação.
31.Jogar a toalha durante a competição. Você desiste, você morre.

Fim da história.
A questão é que a violência real não é um jogo. A violência real quebra tudo
as regras. Isso significa que é melhor você estar pronto para quebrá-los também.
Nem todos os assassinos são desistentes
A maior parte do que acontece nas artes marciais e nos esportes de combate
funciona porque as pessoas desistem. Eles desistem porque dói, ou porque estão
exaustos, ou porque começam a ouvir a vozinha que lhes diz que tudo será muito
melhor se eles desistirem e desistirem. Na maioria das vezes, é uma combinação de
todas essas coisas ao mesmo tempo; a pergunta é feita com bastante frequência, a
cada golpe: "Por que você simplesmente não desiste?" até atingirem aquele limite
pessoal e simplesmente não aguentarem mais.
Qualquer técnica que não seja sobre o fim da carreira, lesão incapacitante é
sobre conformidade, sobre fazer a pessoa se submeter. Convencê-los a desistir.
Isso é bom quando o resultado não é crítico, quando o que
50

acontece a seguir é bom e social. É ótimo para a competição e o dojo. Na

verdade, sem isso, o esporte torna-se impossível sem 'acidentes' doentios; o
dojo fica sem alunos conforme eles sucumbem, um por um, ao ponto final brutal
de seu treinamento.
Confiar na sua capacidade de fazer as pessoas desistirem, de ter uma dor maior
tolerância, melhor condicionamento e uma vontade indomável - sobreviver ao
seu inimigo enquanto o trabalha até o ponto em que ele desmorona - fará com que
você seja morto no lugar onde essas coisas não importam. Se o seu suposto
assassino é um desistente no coração, é provável que você fique bem. Mas se ele
não é... se ele não se importa com a dor, ou com o cansaço que ele está, e ele não tem
aquela vozinha que os sãos chamam de cautela, bem, ele não vai desistir.
A menos que você saiba como remover a escolha da equação, ele vai te
matar. Mesmo que ele dê um pouco de trabalho para te pegar
lá.
Se ele é um assassino, ele sabe que não se trata de fazer você desistir. Ele sabe
não se trata de técnica, velocidade ou força. É sobre resultados. Ele não perderá
seu tempo envolvendo ou armando para você. Ele vai direto para esses resultados,
quebrando você, fechando você até o ponto onde não há nada que você possa
fazer - nem mesmo desistir - ele vai remover a escolha da equação e tratá-lo como
carne para ser abatida.
Sua única esperança é saber como obter esses resultados também; para
saber por que esses resultados acontecem, para que você possa fazê-los acontecer
sempre e fazer isso primeiro. Dureza, bravata, ego, técnica superior - essas coisas
não significam nada na violência. Enfrentar um assassino quando o prêmio é a sua
vida não é hora de esperar o melhor com uma mala cheia de técnicas que você
não entende totalmente - técnicas que você espera que funcionem, mas não
consegue explicar por que funcionam. Se você não sabe, com certeza, o resultado
que vai obter e por que esse resultado ocorre, você está fora do seu alcance
quando se trata de violência. E em
51

violência só existem dois tipos de pessoas: as que sabem o que estão fazendo —
exatamente — e os mortos.
O Terror da Competição, o Prazer da Predação
Um homem se aproxima de você na rua com uma proposta: “Veja que

cara ali?” Ele indica um sujeito grande e robusto, seu corpo de 1,80m envolto em
300 libras. de músculo. “Ele está vindo aqui para lutar com você no chão e estrangulá-
lo por um milhão de dólares. Se você conseguir prendê-lo, eu lhe darei o milhão.
“M-mas,” você gagueja, “eu não quero lutar com ele!”
O homem cheira. “Não importa, ele quer o milhão. Aqui ele

vem - boa sorte!
Qual é a sensação de ter de repente este concurso lançado sobre você?

Ter que se preocupar com seu desempenho e como ele se compara ao nível de
experiência dele? Pelo que você sabe, ele pode ser muito bom no wrestling - e mesmo
que você não seja desleixado no ringue, ele está claramente fora da sua categoria de
peso. E muito, muito mais forte. Conforme ele começa a correr em sua direção, você
percebe que ele é muito mais rápido também.
Como está se sentindo agora?
Vamos tentar uma abordagem diferente:
Mesma configuração, exceto que o homem diz: “Tudo o que você precisa fazer é tocar
ele, e eu vou te dar o milhão em vez disso.
Sente-se diferente?
Que tal qualificarmos um pouco esse toque - "Tudo o que você precisa fazer é
quebre algo dentro dele.” E você receberá o milhão.
No primeiro caso, o concurso é lançado sobre você, você não está

preparado, está sendo solicitado a competir com o físico do homem
52

tamanho e capacidade atlética. Você está sendo solicitado a atuar em um nível que
a maioria de nós não pode alcançar. Você está sendo solicitado a competir de uma
forma claramente injusta e que o coloca em desvantagem.
Poderíamos facilmente configurar um cenário em que você de repente

encarregado de debater a política monetária internacional, perante uma
audiência, com alguém que pode ou não ser laureado com o Prémio Nobel da
Economia. Todos nós temos as ferramentas básicas, os componentes para competir
em um concurso como esse - podemos falar alto, temos experiência com finanças e
dinheiro em geral - e, no entanto, a ideia me faz suar.
A maioria de nós pode esperar ser martelado e humilhado, tudo o que dizemos se
volta contra nós com um sorriso de escárnio e risadas irônicas da platéia.
No segundo caso, em que “Tudo o que você precisa fazer é tocá-lo”, não
há pressão de desempenho - todos podemos estender a mão e tocar o cara,
mesmo que ele queira lutar contra nós. Na verdade, não há como você perder -
como ele pode lutar com você e estrangulá-lo sem que você o toque em algum
momento? É tão simples que chega a ser ridículo.
E claro, aquele 'toque' pode facilmente ser usado para quebrar algo dentro
dele, como no cenário um pouco mais difícil. Todos nós sabemos que ele não
pode lutar com sucesso sem você esmagar sua virilha ou arrancar um olho em
algum momento. Tudo o que ele gostaria de fazer apenas puxa você para perto
dessas delicadas características anatômicas.
Mais uma vitória fácil.
Todos os itens acima destacam outra diferença distinta entre competição e

violência - essa competição iminente traz consigo ansiedade de desempenho quando
você percebe que será obrigado a testar sua habilidade contra limites desconhecidos
(e se ele for o melhor lutador? ou palestrante?). É a preocupação de que suas
escassas habilidades sejam superadas.
53

Quando removemos a competição e, em vez disso, vamos para uma

condição de vitória que não depende de limites desconhecidos (por exemplo,
nada sobre os outros fatores do cara na equação), não há medo ou ansiedade.
Agora, eu sei o que você está pensando - e quanto à ansiedade de

desempenho em relação à violência? Bem, quão ansioso você se sentiu por apenas
tocar no cara acima? Sério? Fora da contagem de golpes, sua ansiedade aumentou
quando foi qualificada como causadora de uma lesão (“...quebra alguma coisa dentro
dele.”)? Se a resposta for sim, então você ainda está encarando a violência como uma
competição.
A violência, como ausência de competição, não tem componente de

ansiedade de desempenho. É realmente comovente, se quisermos dizer isso da
mesma forma que esmagaríamos uma lata de refrigerante, ou bateríamos a porta de
um carro, ou quebraríamos um pedaço de pau no meio-fio. A física e a biomecânica
envolvidas são todas iguais. Quaisquer considerações além disso são imaginárias.
Desligue, se você quiser.
Como em quase tudo neste trabalho, a solução está na hora. É o segundo

melhor lugar para aprender que competição não tem nada a ver com violência, que
tamanho, velocidade e força não influenciam quem vence e quem morre. Aqueles que
ainda veem a violência como uma forma de competição, de alto risco, agem com
hesitação nos tatames; eles mantêm distância (mesmo quando pensam que estão
penetrando), recuam, se escondem e dão reações ruins e raramente usam o peso
corporal. Eles se comportam como se estivessem com medo do que está acontecendo.
Quais são eles.
Aqueles que descobriram queimando fisicamente a ideia

de suas cabeças com horas de tempo de esteira se jogam no
trabalham com grande prazer, aplicando-se fisicamente a todos os problemas que

lhes são apresentados. A percepção física de que a violência é uma falha em
competir, uma corrida final em torno da competição, é libertadora.
54

Foi-se a preocupação de ser grande o suficiente, rápido o suficiente ou forte

o suficiente. A habilidade do outro cara não conta para absolutamente nada. É
tudo sobre você, e somente você. O outro cara é uma presa a ser capturada,
carne a ser abatida. A pressão acabou e você está livre para fazer o que quiser.
Você está exercendo seu legado como um predador - e, segundo todos os
relatos, a predação é prazerosa.
55

Capítulo Sete
Todas as razões pelas quais você não pode
Nenhuma pessoa sã quer se envolver em violência. Se você fez, tudo

você teria que fazer é correr para fora de sua casa e socar a primeira
pessoa que você visse no pescoço o mais forte que pudesse. Envolver-se em
um ato violento é fácil. O fato de você não ir procurá-lo é uma prova de sua
civilidade, sociabilidade e sanidade. Todo mundo está disposto a lidar com isso.
Mas há algo mais do que humanidade básica subjacente ao seu

aversão à violência. Tenho certeza de que, se você se sentasse agora e
fizesse uma lista dos vinte principais motivos pelos quais não deseja entrar em
um encontro violento, um ou dois resultariam da civilidade e os outros viriam
todos da mesma fonte. : medo. Todos aqueles
as desculpas se resumem à mesma coisa: você tem medo da violência.
Agora, não leve isso a mal. Não há nada de errado com

ter medo - um pouco de medo é saudável e, parafraseando Eddie
Rickenbacker, o maior ás dos caças americanos na Primeira Guerra Mundial,
não há coragem sem medo. O que há de errado é mentir para si mesmo sobre
isso. Você inventa todas as razões pelas quais não pode se envolver em
violência, mas o que elas realmente são é uma cortina de fumaça projetada para
proteger seu ego de perceber que você está com medo. E há um problema em
mentir para si mesmo: no fundo, você sabe a verdade. Na verdade, você não
está salvando seu ego de nada, porque sabe que está mentindo para si mesmo
por dentro.
56

Mas com um pouco de esforço e muito tempo, você geralmente consegue

convencer sua mente consciente de que está dizendo a verdade - que não se
trata de medo, mas de uma série de outras desculpas. As vezes
é preciso uma fonte externa apontando esses medos antes que sua
mente consciente combine com seu inconsciente e perceba a verdade. Então,
finalmente, reunidas em um único lugar (além do interior do seu crânio), aqui
estão todas as razões pelas quais você não pode - e a verdade por trás delas!
Desculpas físicas
Eu não tenho treinamento suficiente! “Eu faço aulas de auto

defesa/ artes marciais/ luta, mas não tenho dias/ meses/ anos/
cintos/ níveis suficientes para poder ferir alguém.”
Se você tivesse mais tempo, estaria pronto. Talvez no próximo

mês. Talvez no próximo ano. A parte triste é que você normalmente não
escolhe quando a violência acontece, então você está tão pronto quanto
jamais estará. Não seria bom se você pudesse parar um criminoso em seu
caminho e dizer: “Desculpe, amigo, ainda não estou pronto para isso. Você
pode voltar em alguns meses? Você não pode. E o fato de que a maioria
as pessoas que usam a violência com sucesso (criminosos
encarcerados) têm pouco ou nenhum treinamento.
agua.
Eu não sou coordenado!
Eu ouço isso o tempo todo: “Não consigo me mexer como vocês!”

Nem Frank, o advogado, a autoproclamada pessoa mais descoordenada
do universo. Pare-me se você já ouviu isso antes (e se você treinou comigo
ao vivo, você tem). Treinei Frank por cerca de um ano, um ano que passei
acordado à noite, agonizando por sua segurança pessoal. Ele foi a única
pessoa que treinei para quem orei a Deus que nunca, jamais fosse chamado
a usar sua
57

Treinamento. Ele era a pessoa mais descoordenada que eu já conheci. Ele

tinha dois pés esquerdos - e eram apenas as mãos. Avanço rápido de cinco
anos e recebo um telefonema dele me contando como matou dois assaltantes,
um dos quais tinha uma faca. E, para citá-lo, “foi como um filme”. Esse foi o cara
que me convenceu de que, se ele pode fazer isso, literalmente qualquer um
pode. Esqueça essa desculpa.
Eu sou fisicamente incapaz!
O cadeirante, o cego, um cara com um braço funcional. O que todos

eles têm em comum? Não esta desculpa. Essas são todas as pessoas que
treinei - e elas eram mais do que capazes de fazer isso direito. Qual é a sua
desculpa? Um joelho machucado? Eu tenho dois deles. Você não tem desculpa.
Mesmo que seja tão grave quanto os
acima, não atrasou ninguém que eu conheço. Isso só te atrasa se você

quiser. Claro, pode haver alguns desafios, mas nós os contornamos. Uma vez
que você pare de ver, por exemplo, a cegueira como uma incapacidade
completa e comece a vê-la como um obstáculo a ser superado – assim como
um joelho ruim ou uma torção de cotovelo – você não só tem o que precisa
para começar seu treinamento, você tem o que você precisa melhorar
seriamente toda a sua vida!
Desculpas mentais
Eu não sou feito para isso! Não talhado para a violência?
Não seja ridículo. Se você é humano, você é. Você nasceu para isso, foi
construído para isso, e a única razão pela qual você está aqui é porque todos
os seus ancestrais fizeram isso com tudo que estava em seu caminho. Se
pudéssemos trazer de volta um Neandertal, garanto que ele mijaria só de ver
você. Você pode não se considerar particularmente assustador, mas esqueceu
que sua espécie eliminou a espécie dele.
58

Quer você goste ou não, todo mundo está preparado para cometer violência. Aquele cara que
você encontra na rua também não é tão assustador - na verdade, se você o visse implorando
em um beco, provavelmente sentiria uma combinação de pena e repulsa. O que o torna
assustador é que ele tem a intenção de machucar você. Portanto, tudo o que você precisa para
se tornar assustador é - você entendeu - exatamente a mesma intenção.
Eu nunca poderia fazer isso com alguém!
Sim, normalmente é um código para “Caramba $#!& Eu não fazia ideia de que as pessoas
fizeram isso uns com os outros e então vou ser unilateral pela paz com a ideia de que se
eu não fizer isso com ninguém, ninguém nunca fará isso comigo. Você ficaria surpreso com
o que pode fazer quando o cobertor da previdência social for arrancado e for apenas o
guincho e as faíscas de sua vida se esfregando contra a placa de aço da realidade.
Certa vez, um cavalheiro zombou abertamente de mim e disse: “Eu poderia
nunca chute a garganta de alguém quando ele estiver no chão.”
Sério? Nem mesmo se eles estivessem para baixo porque estavam pegando
uma arma para atirar em você? Você realmente é muito esportivo sobre seu próprio
assassinato. Apesar do funeral de caixão fechado.
O que ele realmente estava dizendo era que estava com medo. Como todos nós
somos. Mas ele estava mentindo para mim sobre isso, como se eu não fosse notar, e pior
de tudo, ele estava mentindo para si mesmo. O que é isso? Você acha que talvez ele não
estivesse com medo, mas apenas valorizasse o jogo limpo? Bem, todos nós fazemos.
Isso é normal. Mas o ponto que continuo tentando enfatizar é que uma situação de violência
real não tem nada a ver com jogo limpo. Não é um jogo, e se você tentar observar as regras
da sociedade educada, você não está “valorizando o jogo limpo” – você está fazendo uma
declaração egoísta sobre o quanto você é melhor do que aquele criminoso. Infelizmente,
59

neste caso, sua declaração não será muito importante para sua família enlutada
em seu funeral.
Portanto, a declaração desse homem não é sobre sua moralidade, mas sobre
seu medo e egoísmo. Se ele tiver sorte, isso nunca importará. E as estatísticas estão
do seu lado. Se ele não tiver sorte, esse ego vai matá-lo. E por nenhuma boa razão
além de que ele não estava disposto a admitir um pequeno,

fraqueza geral.
medo e coragem
Devo dizer que a citação de Rickenbacker me assustou. quero dizer, ele
foi o maior ás americano na Primeira Guerra Mundial. Certa vez, ele mergulhou
e lutou sozinho com uma formação de sete aviões. Sete para um, por opção. Um
assassino de pedra no osso. E ele admitiu passar a maior parte do tempo morrendo de
medo. Mas então, como ele disse, “não há coragem sem medo”.
Então supere isso. Você não tem desculpa. Você não está dizendo que não pode,
você está dizendo que não quer. Bem, nenhum de nós sabe.
Treine duro, com o melhor de suas habilidades e saiba que é mais do que
suficiente. Serviu a pessoas que eram menores que você, mais fracas que você, menos
bem treinadas que você, quando mais importava. E todos eles voltaram vivos e bem.
Então você pode. Mas só se você parar com as desculpas e começar a trabalhar.
mentiras imundas
De vez em quando alguma coisa fica presa no meu estômago, tão apertada que as
únicas coisas que vão conseguir retirá-la são uma chave de roda e uma boa dose de bile.
Aqui está uma dose de ambos para três coisas que ficaram presas lá recentemente -
mentiras que ouço as pessoas contarem a si mesmas e umas às outras sobre o

treinamento para a violência:
60

A compreensão intelectual do material é fundamental.
O sociopata criminoso sabe apenas uma coisa sobre violência—

que a pessoa que faz isso ganha. E mesmo essa declaração é muito
prolixo. Isso não quer dizer que o criminoso médio seja estúpido. É que a
violência opera onde o intelecto para de entrar em jogo - em outras palavras,
a partir de um nível visceral do que você precisa fazer para sobreviver.
É por isso que você nunca ouvirá um criminoso usar as palavras que acabei
de usar, mesmo que se você dissesse a eles, eles concordariam que era
verdade. Quando solicitados a articular o que funciona na violência, eles
tendem a falar sobre os ferimentos - você sabe, coisas como “O que funciona?
Acerte-os na virilha/esfaqueie-os no pescoço/atire-os na cabeça.”
O discurso intelectual sobre o assunto é um exercício para

instruir, não para fazer. Quem realmente acredita que um time de futebol
estaria melhor se passasse todos os treinos falando sobre futebol em vez
de realmente jogar futebol? Sua melhor aposta para se tornar bom em
violência é praticar - não ficar sentado falando sobre isso. Você realmente só
deveria estar sentado e falando sobre isso porque você está exausto de tanto
praticar.
Uma vez que a técnica é automática, ela cuidará de tudo.
Não, não vai. Ou você vai cuidar disso, ou nada

irá acontecer. 'Executar uma técnica' é como jogar um enfeite de capô
em alguém - quando o que você realmente quer fazer é acertá-lo com um
caminhão que por acaso tem um enfeite de capô aparafusado na frente.
Saber como configurar uma quebra de articulação específica não é a mesma coisa
coisa como quebrar uma articulação. Da mesma forma, saber o "aceno

de mão" preciso para "agarrar os olhos" não é o mesmo que causar uma
lesão ocular grave. Uma distinção sutil? Tem a ver com o quão dentro/através
do outro homem você está pensando. Uma técnica típica pára no
61

limite externo de sua pele - é um exercício pessoal e subjetivo que tem muito
pouco a ver com o Outro Cara ou mesmo com resultados realistas. Você sabe o
que deve fazer, mas como a técnica se concentra principalmente no movimento
das mãos e no posicionamento dos pés, não há como ter certeza do resultado.
Ir além da técnica significa olhar através de um

característica anatômica nele e convertendo-a em uma bagunça
irreconhecível. É começar com o resultado que você precisa - lesão - e
trabalhar de trás para frente a partir daí para descobrir como obter esse
resultado. Ou, em outras palavras, a técnica é como polir obsessivamente uma
arma vazia. Em vez disso, o que você quer fazer é estudar os ferimentos de bala
e descobrir a melhor forma de fazê-los.
Em outras palavras, as técnicas só funcionam quando... bem, funcionam!

Para manter a ideia do time de futebol: claro, pode haver algum valor na reunião
do time, onde eles têm uma breve discussão sobre estratégia. Mas eles então
vão para casa e executam os movimentos dessa estratégia por conta própria?
Claro que não!
Eles têm uma prática de equipe, um jogo de scrimmage e colocam esses
princípios em ação exatamente como farão no jogo real.
É aí que a técnica se desfaz e a prática da vida real assume o controle.
Não se pode esperar que eu faça isso porque não estou pronto.
Você está meio certo. Você não será capaz de fazer isso até que se dê
permissão para estar pronto. O único porteiro que está te segurando aqui é você.
Então, por que não reservar um tempo, tipo, agora mesmo, e decidir que você
pode, para variar?
É incrivelmente fácil cegar um homem, fazê-lo vomitar suas próprias

bolas, quebrar sua perna e pisar em seu pescoço para acabar com ele. A única
62

O que falta é toda a sua força e esforço, o sintoma físico de uma coisinha que
chamamos de intenção, e isso é apenas você se permitindo fazer o que seu
predador interior quer fazer de qualquer maneira.
“Não estou pronto” é besteira de teatro de kung-fu. é uma responsabilidade

desviar. O que você está realmente dizendo é: “Não quero ser
responsável por estragar tudo. Quero poder culpar o treinamento.” Você
tem que acordar e assumir isso. Você tem que assumir a responsabilidade
pelo que você sabe e o que isso faz de você. Fazer o contrário é se decepcionar
- é participar de sua própria
assassinato.
Você já assistiu a lutadores de sumô, sabe, aqueles caras enormes que

parecem estar usando fraldas? Uma partida real de sumô é muito breve, mas a
preparação pode durar uma eternidade. Isso porque não começa até que ambos os
lutadores indiquem que estão prontos, colocando os nós dos dedos na linha branca.
Às vezes, por até dez minutos, um ou ambos os lutadores se aproximam da linha,
agacham-se, levantam-se e vão embora enquanto o oponente espera pacientemente
por esse sinal.
É por isso que a luta de sumô não é violência. Nenhum criminoso

esperará pacientemente até que você esteja pronto, e se você esperar que ele
o faça, você será morto.
Para ser honesto, ninguém está pronto; ninguém quer ir para lá. Mas a última
coisa que você quer quando acaba lá é estar arrastando um saco grande e pesado
de dúvidas para o passeio.
Tudo fora dos fatos mecânicos da lesão - corpo

o peso impulsionado pela anatomia vulnerável - é uma ilusão.
63

Capítulo Oito
Iluminação espiritual, competição
e a rua de mão única da violência
A violência é muito mais velha do que a sociedade educada. Há muito

tempo era a ferramenta dominante de último recurso antes que qualquer coisa
remotamente humana caminhasse a passos largos na savana. E isso funcionou
bem desde que estivéssemos lidando com animais com dois objetivos principais:
sobreviver e estabelecer domínio. Mas quando chegamos aqui e começamos a
nos unir e nos organizar contra esse ambiente hostil que chamamos de lar, tornou-
se crucial colocar limites à violência na sociedade. Afinal, você não pode construir
uma pirâmide se todos estiverem ocupados sufocando uns aos outros.
Acrescentamos regras, decidimos sociedade por sociedade quando

era apropriado e quando não era, quem poderia fazê-lo a quem e o uso da
ferramenta sancionado pelo estado para aqueles que infringiam as regras. Isso é
não é algo ruim. Esta é a ordem necessária da história.
A violência, então, deu origem às artes marciais tradicionais, que por sua vez
esportes de combate produzidos. Faz sentido, certo?
Não é tão claro para todos. Se eu ganhasse um centavo de aço para cada
vez que ouvi alguém referir-se ao treinamento TFT como sendo esta ou aquela arte
marcial ou uma versão 'realmente brutal' de esportes de combate, eu seria capaz
de disparar torpedos cheios de dinheiro na cabeça de Bill Gates com meu canhão
orbital de ouro maciço. (Você tem alguma ideia de quanto custa colocar feixes I de
ouro maciço em órbita? Nem eu).
Porque a árvore genealógica vai:
Rock to the Head ÿ Crane Style ÿ Wrestling Match
e não o contrário, essa visão é engraçada.
64

O TFT não é o próximo passo na evolução das artes marciais modernas; é um retorno à
raiz de toda a questão. 'De volta ao básico', se você preferir. Em outras palavras, não estou
tentando ensinar nada de novo. Na verdade, estou tentando tirar todas essas novas regras (se é
que você pode considerar algo que a sociedade criou há alguns milhares de anos como “novo”)
regras e ideias da sua cabeça e levá-lo de volta ao que seus instintos básicos já sabe: a onda
primária e crua de violência em sua forma mais fria e brutal.
Artes marciais: uma garrafa vazia de violência com uma tampa à prova de crianças
Há muito tempo, as artes marciais foram a tentativa inicial de codificar e
manter o conhecimento da violência para treinar tropas de elite. Em outras palavras, as
sociedades asiáticas usavam artes marciais para treinar guerreiros. As artes marciais originais eram
limitadas a uma seleta elite de guerreiros e tinham um objetivo: treinar as pessoas no uso efetivo
da violência. Com o passar do tempo, porém, a guerra deixou de ser sobre habilidade física e
tornou-se cada vez mais sobre armas. A elite guerreira desapareceu e as artes marciais começaram
a se abrir para quem se interessasse. À medida que as escolas se afastavam cada vez mais desse
propósito original - treinar para a guerra - o ensino foi cada vez mais diluído em filosofia e religião.
Ainda bem que deveria ser - não era necessariamente uma boa ideia treinar a pessoa comum nas
habilidades de
guerra total.
Em vez disso, as artes marciais reivindicaram a extensão nebulosa e cinzenta de
o domínio antissocial — como se comportar ao lidar com beligerantes sociais. Ou, mais
claramente, como ser o melhor lutador de bar que já se sentou em um banquinho.
Esta é a área pela qual as artes marciais são famosas: como lidar com
um bêbado?
65

Tudo começa com um monte de regras de decoro social – essencialmente uma

lista de verificação de ferramentas sociais para tentar desarmar a bomba anti-
social. Quando tudo isso foi tentado e falhou, então vem a postura de luta e talvez
um aviso verbal. Isso é o equivalente ao gato assustado arqueando as costas e
sibilando na tentativa de parecer ameaçador. Em seguida, vem o bloqueio e as
'técnicas' destinadas a convencer os indisciplinados a desistir: socos, chutes,
bloqueios de articulações, etc.
Na maioria das vezes, funciona. As artes marciais se apropriaram de

o reino antissocial e trabalhou muito para dar aos praticantes um roteiro para
navegar por todas as armadilhas e campos minados. E se a situação for
realmente de natureza antissocial, bloqueios, socos, chutes, bloqueios articulares,
etc. funcionam bem. Mas quando passamos de um comportamento antissocial para
um comportamento antissocial... bem, é aí que as artes marciais começam a perder sua
pegada.
Esportes de combate: violência tornada palatável
Graças à Internet, coisas que não poderíamos imaginar ver

cinquenta anos atrás estão agora prontamente disponíveis. Nos anos
sessenta, era surpreendente para as pessoas ver um homem andar na lua.
Com a internet, porém, você pode obter todos os tipos de mídia visual, coisas
que costumavam ser proibidas ou pelo menos difíceis de obter - como videoclipes de
violência desenfreada. Há, no entanto, pouco interesse nessas coisas. Pessoas sãs
não conseguem tolerar a violência real - nós literalmente temos uma reação instintiva
a ela. E é desagradável.
Filmes que tentam recriar a violência do mundo real – com um olhar

inabalável e sem enfeites estilísticos – fazem as pessoas abandonarem o cinema.
Mas e se pudéssemos tornar a violência palatável? E se pudéssemos

excitar e provocar com ação apenas o suficiente para excitar o predador
66

dentro de nós, mantendo preenchimento suficiente para não assustar as funções de ordem
superior?
Digamos que colocamos regras e fazemos disso uma competição de força, habilidade
e vontade em vez de mutilar e matar. Aposto que as pessoas pagariam para ver
isso.
E eles fazem.
Mas ainda assim ficamos enojados quando alguém realmente quebra um braço ou
perde um olho.
Isso porque uma lesão óbvia e incapacitante está colorindo fora do
linhas - não é mais social. Contanto que todos possamos aproveitar a sensação
de assistir à luta no pátio da escola sem passar para o tiroteio no pátio da escola,
pagaremos para jogar. E é aí que entram os esportes de combate.
Quer um excelente exemplo? Wrestling tem sido um jackpot de audiência para
décadas agora no horário nobre da televisão. Todo mundo sabe que é falso.
É por isso que ficamos chocados quando alguém realmente se machuca: isso é um jogo e
não esperamos lesões reais de um jogo. Podemos pensar que estamos testemunhando
violência, mas mesmo quando sentimos uma emoção vicária, o humano dentro de nós sabe
que estamos jogando de acordo com um conjunto de regras estabelecidas e reage com
choque e horror quando essas regras são violadas.
Violência: não apenas 'vale tudo', mas 'faça o seu pior'
O que nos esforçamos para ensinar a você com o TFT não são apenas artes
marciais aumentadas para 11 ou esportes de combate sem regras - é voltar à gênese
de todo o resto. Está de volta ao básico.
Quando as pessoas pensam em violência como artes marciais enlouquecidas, elas são
tentando arrastar uma ferramenta anti-social para o reino anti-social. Ser estar
67

metaforicamente, é como tentar usar um abridor de latas para trocar o pneu de um

carro: ferramenta errada para o trabalho. Para ser mais concreto, é como estender a
mão e gritar “Não!” para dissuadir um sociopata de matar
tu.
Ferramenta errada para o trabalho, de fato.
Quando as pessoas pensam na violência como esportes de combate 'sem a

regras', eles também estão perdendo o ponto. Novamente, eles estão
pensando na violência como 'vale tudo' quando na verdade é 'faça o seu pior'.
Embora soe como semântica de pescoço de lápis, é realmente uma distinção assustadora.
'Anything goes' significa que você pode fazer qualquer coisa, e quando deixado para
seus próprios dispositivos, as pessoas escolherão coisas não horríveis. A

sensibilidade inata manterá as pessoas sãs longe dos olhos, como no arranhão
periorbital, onde as pessoas que foram estranguladas até a morte, assassinadas,
optam por coçar os olhos em vez de retirá-los.
Que outra situação, além do seu próprio assassinato, poderia ser mais 'vale tudo?'
A violência, por outro lado, é 'faça o seu pior', como em 'vá até o fim da lista
e escolha a coisa mais horrível — e comece por aí'. Isso significa que você começará
pegando o olho do homem, depois quebrará a perna dele para derrubá-lo e esmagá-
lo como se estivesse fazendo uma safra apocalíptica das uvas da ira. Sem ses, es ou
mas, sem se desviar do socialmente inaceitável, do horrível ou doentio. Na verdade,
essas coisas são o seu estoque no comércio. Eles são as ferramentas que você usa,
não 'técnicas'.
A principal diferença aqui entre “vale tudo” e “faça o seu

pior” é o seguinte: com “vale tudo”, você começa pequeno e vai aumentando.
Com “faça o seu pior”, você começa com a pior lesão possível que pode causar.
E isso faz a diferença entre irritar seu atacante e incapacitá-lo.
68

Na violência, você não supera o homem ou mesmo vence - você se sai horrivelmente,
coisas repugnantes e horríveis para ele. Você os faz primeiro, sem hesitar e sem
parar por pena ou horror.
É realmente de se admirar, então, que nossos ancestrais procurassem

minimizar e coibir a violência com restrições, limites e regras sociais?
Quanta filosofia em uma bala?
As pessoas gostam de ser filosóficas sobre o combate corpo a corpo.

Duelo, artes marciais, esgrima - todas as tradições profundamente entrelaçadas
com aforismos, exortações, regras e outras construções filosóficas.
Por que, então, ninguém se torna poético em relação a revólveres?
Porque não há filosofia em uma bala. só tem tiro

pessoas mortas. O romance não se prende à física fria.
As armas não precisam de filosofia porque atirar em alguém até a morte

é violência. Por que, então, as pessoas se apegam a ela quando buscam o mesmo
resultado por outros meios? Você realmente precisa de filosofia para quebrar a
perna de alguém e pisar em sua garganta?
A resposta é não, você não. Você não precisa disso no momento de

violência, você não precisa dela para treinar a violência e, de fato, pode retardar
sua capacidade de aprender e executar a violência. A resposta para a pergunta
“Quanta filosofia cabe em uma bala?” é nenhum. E essa é uma distinção
extremamente importante quando você começa a pensar sobre a violência na vida
real.
Misturando filosofia com violência e outras piadas de alquimistas
As pessoas gostam de misturar filosofia e violência para uma variedade de

razões:
69

1. Novidade/ cultura
2. Truques em vez de trabalho
3. Distância psicológica.
A adoção das artes marciais asiáticas pelo Ocidente na era pós-Segunda

Guerra Mundial deveu-se principalmente à novidade: os ocidentais não tinham nada
parecido com elas em sua história ou tradições. (Não era porque eles não sabiam
como ferir as pessoas – os primeiros praticantes ocidentais eram veteranos de guerra).
As artes marciais asiáticas foram transmitidas in toto, com todos os seus
elementos culturais estranhos intactos: trajes, rituais e barcos cheios de filosofia.
Nenhum dos quais é necessário para colocar o punho na carne.
Mas, para muitas pessoas, a filosofia continua sendo parte integrante do

treinamento porque é uma novidade e “do jeito que sempre foi feito”.
Mais precisamente, fornece uma camada civilizada entre o ato de violência e
seus resultados, permitindo que você se envolva em alguma forma de violência
controlada sem sacrificar seus altos padrões humanos.
A filosofia é frequentemente usada como um truque que é agarrado e

usado em lugar do trabalho real. As pessoas que se deixam levar ou não querem
fazer as coisas difíceis quase sempre querem se envolver em discussões
filosóficas. Eles o veem como um dispositivo para economizar tempo, pensando
que, se sua compreensão for mais avançada, eles serão melhores em fazer o que
estão evitando.
A última razão é a mais perigosa, e é quando as pessoas usam a filosofia

como um amortecedor para se distanciar psicologicamente do que deve ser feito:
você, prejudicando outro ser humano.
Em sua forma mais simples, é uma representação, estabelecendo uma

dicotomia 'atacante defensor' e então elogiando um enquanto menospreza o
outro. Não apenas para fazer alguém se sentir bem, mas para fazê-los sentir
70

superior. E para muitas pessoas isso é o suficiente - nenhum trabalho adicional é necessário.
As pessoas muitas vezes anseiam por um sentimento de superioridade moral, por
permissão final para violar as normas sociais (ou razões para evitar essa violação), especialmente
em situações em que o poder está em jogo. E não há nada mais poderoso, do ponto de vista
individual, do que a capacidade de tirar ou poupar a vida. Mas ver-se em um determinado papel
pode prejudicá-lo operacionalmente - se você é o 'mocinho' e ele é o 'bandido', tudo bem se
esgueirar por trás dele, derrubá-lo e chutá-lo até a morte? E se ele estiver implorando para você
parar? Você ainda é um 'mocinho' se continuar? Onde está a linha hipotética que, uma vez
ultrapassada, te torna ruim?
Em vez de representar papéis ou escolher lados, é muito mais eficaz aceitar a
realidade da situação pelo valor de face: sem chapéus brancos, sem chapéus pretos, apenas dois
seres humanos trabalhando duro para ferir um ao outro, e alguém vai pegá-lo. direita. E essa
pessoa é tipicamente o sobrevivente.
Cabe a você certificar-se de que pode causar lesões, de um ponto de vista puramente
biomecânico, e tudo isso requer uma prática guiada de forma inteligente.
Este é o cerne do meu argumento e não pode ser exagerado. Muito
a maior parte do tempo vejo a filosofia ser usada como um amortecedor entre o
praticante e o que deve ser feito. Aceitar a realidade biomecânica disso é muito mais importante
do que qualquer sentimento de superioridade moral. A luz totalmente branca do que é
necessário - força e um alvo, uma bala no cérebro - queima o lixo estranho.
Uma vez que você sabe como ferir as pessoas, você é livre para pensar nisso
como você quiser (embora eu tenha descoberto que a maioria das pessoas não está
disposta a adicionar adornos supérfluos, uma vez que eles realmente grocam o que
71

estamos fazendo. Grampear a Mona Lisa em uma supermodelo não melhora nenhum
dos dois).
Problemas com a filosofia a partir de uma perspectiva dentro da violência
Na verdade, é muito simples resumir os problemas de misturar filosofia e violência.
Filosofia é:
1. Não faz parte da definição de violência
2. Subjetivo
3. Uma construção social.
Apenas dois elementos são necessários para a lesão: grandes quantidades de
energia cinética e tecido humano. A arma é a ferramenta perfeita para ilustrar isso.
A bala é empurrada para fora da arma e voa com uma grande e gorda carga de energia
cinética - se atingir um pedaço de um ser humano, irá destruí-lo.
Onde está a filosofia? Nenhum lugar para ser encontrado. Pode existir antes do
acionamento do gatilho e depois no hospital, mas no momento em que a bala corta
uma trajetória através de um alvo, não existe. E como estabelecemos anteriormente, se
não for necessário para a lesão, não vale nada. Não importa o quanto você deseje que
seja assim, uma postura filosófica não pode quebrar um joelho (ou evitar que seu joelho
quebre).
A filosofia é puramente subjetiva. O que é profundo e
iluminador para uma pessoa é a tagarelice fútil do Culto de Hogwash para outra. Eu
nunca vou te contar como ordeno a habilidade de ferir as pessoas para mim, em minha
vida. Eu esperaria que o que funciona para mim não significasse nada para você. E não
sou tão egocêntrico para acreditar no contrário. Se tivéssemos uma linha filosófica padrão
do TFT, alienaríamos uma porcentagem de clientes em potencial logo de cara.
72

É mais importante que todos desenvolvam sua própria abordagem que

funciona para eles.
A filosofia é uma construção social. E, no entanto, a violência é anti-social.
Parece muito incompatível para mim. Não há bem ou mal na violência - apenas sucesso
e fracasso. A filosofia vem depois do fato e normalmente envolve uma xícara de chocolate
quente. E uma cadeira confortável. Ele deixaria de existir, momentaneamente, se você
jogasse seu chocolate fervente no rosto de alguém, quebrasse a perna e pisasse na
garganta. Ele então voltaria a existir, informando a decisão do juiz sobre dar ou não a você
a câmara de gás.
A violência é biomecânica. Não requer nada — nada — além de força e um alvo.
Período. Qualquer coisa que o afaste dessa realidade é decoração de vitrines,
estofamento, persianas e protetores de ouvido. Qualquer coisa entre você e esse fato é
um obstáculo que você deve superar para agir.
Luvas de Forno Psíquicas
Então, para que serve a filosofia? Preceitos filosóficos e sua expressão ritual mais
formal — religião — normalmente informam uma pessoa sobre seu lugar no universo
e o que constitui um comportamento social aceitável (e inaceitável). Ou, mais
simplesmente, como nos relacionamos com o universo e como nos relacionamos uns com
os outros. O primeiro
caso está fora dos limites para esta discussão. O segundo caso, como nos relacionamos
uns com os outros, parece governar a violência. Sim, mas apenas antes e depois do ato.
Não faz nada para aumentar suas chances

de sucesso no momento da violência.
Porque, francamente, a filosofia não existe no momento da violência. Não mais do
que existe em balas. Filosofia é entender o que seu conjunto de habilidades significa para
você: quando e como usar
73

isto. Mas o conjunto de habilidades ainda é o conjunto de habilidades. Como uma arma, como
você pensa sobre isso não muda a realidade disso. A única coisa que podemos mostrar a você
como fazer é machucar as pessoas.
Eu realmente acredito que é imperativo que cada profissional enfrente isso à sua própria
maneira - eu recomendo especialmente que eles trabalhem em sua estrutura ética previamente
escolhida, em vez de inventar ou adotar novas; filosofia nova ou nova que não esteja
fundamentada em sua experiência religiosa ou de vida irá infectar e se insinuar em seu
treinamento, manchando a pureza biomecânica das pessoas feridas. Em outras palavras, a
filosofia torna-se parte da ferramenta, em vez de meramente informar seu uso dela.
Você tem que pensar desta forma: todos nós sabemos que em qualquer religião, algumas
orações são respondidas e outras não. Então você prefere ver cada bala como uma oração ao
Deus da Morte ou como física simples, energia cinética atingindo a matéria?
A filosofia pode levá-lo ao ponto de puxar o gatilho e pode ajudá-lo a ordenar e entender o
que você fez depois do fato, mas não tem nada a ver com as realidades biomecânicas da
violência e pode, de fato, atuar como um impedimento para sucesso em aprender e praticar
violência.
O que é melhor para você é ver a violência em termos puramente biomecânicos. Aprenda-
o em um ambiente filosoficamente estéril e anti-social. Depois de magoar as pessoas, olhe para
o seu próprio coração para descobrir o que isso significa para você.
74

Capítulo Nove
Tirando a Gordura para Encontrar o Osso — Razão na Violência
Pessoas sãs e bem socializadas veem a violência como insana. Quando

ouvimos falar de violência, geralmente estamos falando de terroristas, criminosos,
sociopatas – em outras palavras, eventos horríveis perpetrados por pessoas
horríveis e mentalmente instáveis. Ao dizer que você está disposto a usar a
violência como uma ferramenta de sobrevivência, você também está dizendo (na
mente do leigo) que você é um membro de carteirinha de um dos grupos acima.
Pessoas sãs e bem socializadas querem desesperadamente atribuir "razão"

à violência. Isso porque a violência é uma coisa assustadora e aleatória que
eles (normalmente) só pensam em acontecer com outra pessoa. Se eles
puderem atrelar isso a um motivo, eles acham que podem usar suas habilidades
sociais para evitá-lo:
• Ficar fora das partes 'ruins' da cidade.
• Ser gentil com as pessoas.
• Evitando os insanos.
Não são más ideias em geral, mas dificilmente seguros suficientes para
você, pessoalmente, apostar o resto de sua vida. 'Fale baixinho, mas carregue um
grande bastão' e tudo isso. O problema essencial é que, quando o leigo olha para
a ideia de violência sem razão, ele vê (com razão) a própria definição de monstro.
E então, quando você diz que está disposto a usar violência real, hardcore e brutal,
aos olhos deles você acabou de se expor como um monstro.
Eles não entendem que uma ferramenta é apenas uma ferramenta. Pegar
e usar um martelo para pregar pregos não significa que você tem mais chances de
correr pela vizinhança quebrando janelas de carros do que antes de pegá-lo. Claro,
o leigo vê um aumento
75

probabilidade de vandalismo simplesmente porque você pegou a ferramenta. Eles

sofrem de uma suposição subjacente de que há razão e propósito para isso - você
só pega um martelo para pregar coisas, certo?
Para uma pessoa sã e bem socializada que por acaso foi treinada no uso da
violência como ferramenta de sobrevivência, não é mais provável que você a use
inadequadamente, de maneira monstruosa, do que antes de ser treinada. Na
verdade, é menos provável que você procure 'oportunidades' para usá-lo agora que
sabe, sem ambigüidade, o que está em jogo. (Ninguém está disposto a morrer por
uma vaga de estacionamento - a menos que você more no sul da Califórnia).
Pessoas que realmente entendem a violência, em vez de apenas vê-la

das franjas, saiba que não é nem mais nem menos uma ferramenta que o
martelo. A violência não é certa ou errada – onde e como você escolhe usá-la é.
Mas é essa visão desapaixonada e moralmente neutra da violência que incomoda
a pessoa comum. Tem que haver uma razão por trás disso, apaixonada e má, ou
não há um cobertor social tecido de regras grossas o suficiente para mantê-los
aquecidos contra o frio vazio do universo exposto.
O que eles precisam entender é que usamos a violência quando nosso longo
cinturão de ferramentas 'sociais' gastas falha em fazer o trabalho. A ferramenta da
violência só serve para uma coisa: desligar o cérebro humano. É o fim da linha, a
última opção em uma longa lista de ferramentas e técnicas. Se você está ferindo
pessoas, você percorreu e esgotou todas as outras ferramentas 'sociais' e chegou à
última, brilhando fria e duramente em sua caixa 'em caso de emergência, quebre as
coisas'.
Eu não uso violência por raiva. Este não é um requisito para lesões. Isso
também assusta as pessoas, que acham que a violência é um ato irracional
e deve, portanto, ser cometido em um estado de espírito irracional. No
Na verdade, matar com imparcialidade é a marca registrada do sociopata. Este é

o ponto mais difícil para a maioria das pessoas - elas assumem que se você não
76

tem que ser 'trabalhado' para ferir as pessoas, então você também está vazio por
dentro.
Violência também não é loucura. Se você fosse são antes de entender a

violência, ainda seria você do outro lado. 'Louco' também não é um requisito para
lesão.
O simples fato é que não há razão para isso. Você não está ferindo alguém por
qualquer motivo estranho - você está ferindo-o para desligá-lo. Se você está lá para
'lutar por sua vida' e ele está apenas para matá-lo, provavelmente você será morto. A
pessoa com o objetivo mais claro, limpo e alcançável tende a prevalecer.
É isso que quero dizer quando digo "intenção", que é outra forma de expressar
o foco monomaníaco. O foco de toda a sua vontade e esforço em uma pequena coisa
de cada vez - destruindo uma única polegada quadrada
dele.
Esta pequena coisa é tão monumentalmente importante que trabalhei

no título do que fazemos - Target-Focus Training
Dividindo cabelos ou dividindo cabeças: a semântica da violência
Não há nada sexy em espancar um homem até a morte com um pneu

ferro.
Ok, vamos retroceder um pouco. Tive duas conversas muito diferentes (mas nem
tanto) sobre violência com dois indivíduos muito diferentes (e nem tanto). O primeiro
envolveu uma avó e seu neto muito jovem, que por acaso estavam passando por um
bando de alunos do Mastery atacando uns aos outros do lado de fora de um seminário
em Las Vegas.
Ela parecia extremamente inquieta, a criança ainda mais.
"O que é isto?" ela perguntou, com os olhos arregalados.
“É o uso inteligente da violência como ferramenta de sobrevivência”, respondi.
77

“Como legítima defesa? Como quando você está com problemas?
Eu hesitei. Eu queria dizer 'não, mais como quebrar as pessoas', mas ela perguntou
com tanta esperança em sua voz, como em 'Eu realmente espero que isso não seja o que
meu instinto está me dizendo - por favor, me tranquilize'. Então eu pisquei e deixei passar.
“Sim”, eu disse, “é exatamente assim.”
Seu rosto corou de alívio. Não era o nó horrível nela
intestino disse que era. Essas eram pessoas sãs, afinal.
A segunda conversa ocorreu no piano semanal do meu filho
lição. Acontece que eu estudei no ensino médio com um dos professores e,
quando ele percebeu isso, me procurou no Google para ver o que eu tinha feito nos
últimos vinte anos.
"Então, você ainda está fazendo aquela coisa de artes marciais?" ele perguntou.
“Sim,” eu balancei a cabeça, “exceto que não são artes marciais.”
Ele franziu a testa. “Então é como legítima defesa?”
"Não, mais como espancar um homem até a morte com as próprias mãos."
Seus olhos se arregalaram e cabeças começaram a virar. A agulha metafórica
saiu do registro e a conversa na sala diminuiu um pouco quando as pessoas começaram a
sintonizar nossa conversa.
“Então você não usa nenhuma arma.”
Mais uma vez, a inflexão esperançosa na voz. Ele queria que eu
volte para algo são e se afaste da ideia de matar.
Eu não pisquei. Eu dei a ele direto. “Claro que sim - você pode vencer
um homem até a morte com uma chave de roda ou esfaqueá-lo até a morte com uma cozinha
faca. É tudo a mesma coisa."
Isso fez isso. Todos na sala estavam ouvindo agora. Todos tinham perguntas, e
cada um deles era para tentar me fazer
78

retratar, para me encurralar em um canto onde eu teria que admitir que o que eu
quis dizer foi um uso de força são, justo e defensivo para desarmar ou incapacitar
um 'atacante' - não o uso indevido de poder para mutilar, aleijar e matar à vontade.
Eu era o meu eu usual cortês, acessível e informativo - mas

algo me diz que a conversa futura na aula de música será tensa. Talvez
eu devesse ter dito a eles que era tudo sobre
timeshare...
Muitas vezes, quando tento explicar o que faço, sou acusado

de minúcias, disse que é 'tudo apenas semântica.' A autodefesa de um homem
é o assassinato de ferro de roda de outro homem. Mas o ridículo
dessa frase mostra que não é assim.
Já escrevi anteriormente sobre como os humanos bem socializados gostam

de recorrer a eufemismos para se distanciar da realidade feia e brutal do que tem
que acontecer na violência - ou seja, você ferindo gravemente outra pessoa. Não
parando quando ele implora para você parar. Não interagindo com ele como pessoa,
ou mesmo como inimigo, mas como carne a ser despedaçada até a inutilidade.
Descrevê-lo nesses termos causa (atrevo-me a dizer) reações violentas em

os leigos julgam instantaneamente que você está à deriva sem bússola moral,
operando no nível degradado do bandido - em uma palavra, insano.
As pessoas analisam o assassinato em termos socialmente aceitáveis (artes marciais,
defesa, etc.), para mostrar a outras pessoas socializadas que elas não são
'más'. Quando alguém desafia as convenções e sai dos limites ("espancar um
homem até a morte com uma chave de roda"), a forte reação vem de um
entendimento inconsciente e intrínseco de que, se todos jogam de acordo com
as mesmas regras, estamos todos bem. Mas há um problema com
79

essa filosofia, e vem assim que você encontra alguém que não está jogando de acordo
com essas regras.
Essa análise social da violência então dá o próximo passo para apreender
o terreno moral elevado onde todos nós temos permissão para nos comportar mal.
Testemunhe a dicotomia 'atacante/defensor'. Se você é o defensor, está liberado, na
mente de quase todo mundo, para atacar o atacante.
O terreno elevado moral também é um lugar legal para ser visto. aí você
são, no topo da montanha varrida pelo vento, raios de retidão ofuscante
irradiando de sua cabeça. É super sexy com um lado duplo de pizzazz. Ter uma faixa preta
em artes marciais impressiona os amigos e tudo mais. Saber como matar um homem é menos
legal na maioria dos círculos. Estar pronto e disposto a fazer isso é outra coisa.
Manter a retidão diante de uma simples matança exige muito
de ginástica mental. Muitas pessoas tentam usar substitutos no estilo Animal Farm para
tentar iluminar os papéis a serem desempenhados. Chapéus brancos e chapéus pretos. Os
protetores e os indefesos. Adivinha? Essas são boas mentiras que contamos a nós mesmos
para nos sentirmos melhor sobre o que estamos treinando.

Faz.
Não existe esquema animal, nem predador e presa, independente de qual deles você
pensa que é. Existem apenas humanos nus, circulando em uma planície cinza infinita. Você
é um deles, e todo mundo está preso lá com você. Todos nós temos o mesmo conjunto de
vantagens e desvantagens. Restrições e poderes físicos idênticos. Cada um de nós possui
a arma mais perigosa do universo, um cérebro humano.
Todos, exatamente iguais em igualdade de condições. Nem um pouco
reconfortante, mas então, quando foi a última vez que a realidade foi reconfortante? E esse
é o problema: na cabeça da maioria das pessoas, há
80

não há diferença entre dizer: “Sou capaz e preparado para matar alguém
se necessário” e dizer “Sou um assassino psicótico e você provavelmente não
deveria ficar sozinho comigo, especialmente se houver uma arma à mão”.
Então, como falamos sobre isso? Vejamos alguns dos mais
termos comuns, e então jogarei o meu. E prometo que será uma granada psíquica
ativa.
Artes marciais
Este termo realmente só funciona no sentido grego antigo, como em 'o

habilidades exigidas pelos guerreiros para fazer a guerra.' Esse sentido foi
completamente perdido nos dias modernos (pense no decatlo olímpico), e duvido
que alguém tenha pensado em 'manter e operar um lançador de mísseis de cruzeiro'
quando leu as palavras 'artes marciais'. É mais provável que você tenha pensado
em sua escola de caratê local. E até que esse tipo de treinamento seja necessário
para assassinos em série exercerem seu hobby, continuará sendo um nome
impróprio para o que eu faço.
Defesa pessoal
Este é o próximo passo lógico. E ainda, 'espancar um homem até a morte com
uma chave de roda' tende a forçar a definição de autodefesa além do ponto de
ruptura. A autodefesa requer um atacante; exige que você seja a segunda banana
em termos físicos (como o defensor humilde, mas amado), mas não se preocupe.
Porque você tem moral elevada e aquele terrível atacante não tinha o direito de
fazer essas coisas com você.
Boa sorte e lembre-se deste fato reconfortante: você está no lugar certo
não importa como tudo funciona.
Espancar um homem até a morte com uma chave de roda provavelmente não
é permitido em legítima defesa, mas - engraçado como o universo funciona - pode
ser exatamente o que precisa acontecer para que você sobreviva. E é aí que
81

o termo se decompõe. Não podemos chamar a violência de legítima defesa porque
quando a maioria das pessoas ouve esse termo, elas assumem que você foi atacado
antes de cometer qualquer tipo de violência - e então essa violência não é projetada
para ferir, mas para incapacitar temporariamente seu agressor por tempo suficiente
para você fugir. Isso é ótimo, não é? Exceto o que acontece se houver dois atacantes,
ou três, ou nove, e sua tentativa de incapacitação der errado?
Quando for dada a escolha entre autodefesa e sobrevivência, vamos todos

escolha a sobrevivência, vamos?
Brigando
Este termo não funciona porque é muito aberto. você pode lutar
com seu irmão, seu cônjuge e seu chefe. No topo, você pode lutar por seus
direitos; na extremidade inferior, você pode lutar pelo controle remoto da TV.
Algum desses usos faz você pensar em esfaquear alguém no pescoço - além do
controle remoto da TV?
As lutas podem ter regras e árbitros. Assassinatos não.
Combate mão-a-mão
Aqui estamos nós - até as nozes duras, na sua cara, XXX

TREEEME!!! prazo. Enquanto na superfície parece ser o único
queremos, ainda falta. Mão-a-mão carrega consigo a conotação de vai-

e-vem, tit-for-tat. A maioria das pessoas não aplicaria prontamente o rótulo a um
homem espancado até a morte com uma chave de roda. A pergunta que você
deve se fazer é: “As pessoas que são melhores em violência em nossa sociedade
(os sociopatas criminosos) realmente se envolvem em combate corpo a corpo?”
Vou deixar você responder por si mesmo.
Então o que eu faço? Que palavras podem realmente comunicar o

essência disso?
82

Em um seminário recente, alguém fez uma pergunta sobre um

campeão de esportes de combate extremamente talentoso. Este campeão é grande,
forte e habilidoso. A pergunta era, 'como você derrotaria
fulano de tal?
Ao que respondi, sem hesitar: “Começaria por contratar

alguém para atirar em seu pai.
E é exatamente isso, traduzido com a precisão que as palavras permitem.
83

Capítulo Dez
Todo mundo é fodão
As sociedades humanas são fascinadas pela força e pelo poder. Óbvio

o poder pessoal, especialmente a altura, a musculatura e uma disposição para
praticar violência são algo que nos impressiona eternamente. Daí a ascensão do
“anti-herói” na televisão e no cinema – o herói que, na realidade, seria um cara muito
perigoso que você não gostaria de conhecer, mas que cria uma fantasia convincente.
Todos nós desejamos o que esses atributos concedem ao possuidor: respeito,
reverência e talvez medo.
Quando somos intimidados, sentimos todas essas coisas intensamente. Maioria

de todo o medo incontrolável. Nós sentimos isso e queremos fazer os outros
sentirem essas coisas também. Nós sentimos isso e percebemos que não queremos
confrontar a pessoa intimidadora... e esse sentimento não seria uma coisa muito
útil para se projetar? Não parece a solução perfeita? Afinal, se você for assustador
o suficiente, ninguém vai mexer com você, certo?
Infelizmente, esse não é o caso. Sua nova atitude durona provavelmente

vai levar aquele chute no traseiro malvado. Intimidação é como fazer malabarismo
com 13 espadas de dois gumes e brincar com fogo simultaneamente.
Para nossos propósitos, vou definir 'intimidação' como a

processo antissocial de sair do seu caminho para deixar alguém com medo de você.
A maioria das pessoas leva isso um passo adiante, não parando por mero medo,
mas caindo de cabeça na humilhação. Assim que percebem que deixaram alguém
com medo, eles normalmente empurram e esfregam para humilhar a pessoa afetada.
Como um aparte interessante, é uma verdade comum que as pessoas que usam
a intimidação como uma ferramenta social fará as coisas que intimidariam
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eles - eles projetarão os comportamentos que eles mesmos temem

maioria.
Por que a intimidação é tão perigosa? Porque, quer você falhe ou

seja bem-sucedido, pode matá-lo. Se você falhar em intimidar o homem,
você apenas agravou a situação – dizendo, na verdade, “Você quer que eu
te machuque?” – e agora, indiferente, ele está chamando seu blefe. Se ele
é o tipo de cara que responde a ameaças com ação física, então está
ligado. Você acabou de reclamar de si mesmo porque queria ser um fodão.
Na maioria das vezes não vai ser um problema - se a coisa foda

fosse física o tempo todo, poucas pessoas fariam isso, certo?
O problema é que as pessoas que se irritam com isso são da pior espécie.
Em outras palavras, as pessoas sãs e normais são aquelas que ficam
com medo e recuam. Então, com quem você ficou? Criminosos,
sociopatas, assassinos... e espero não ter que dizer a vocês que
escolher escalar uma briga para uma situação de vida ou morte é
asinino.
Digamos que você consiga intimidá-lo. Missão cumprida,

direita? Você o coloca em seu lugar; você mostrou a ele (e a todos ao
alcance da voz) quem é o chefe, você o fez sentir medo. Como isso
poderia dar errado?
Sim, eu sei, é uma pergunta retórica.
Vamos inverter: ele conseguiu intimidá-lo, ele fez você sentir medo.
Talvez até tenha feito você sentir medo por sua vida. Como você
responde? Se você souber lidar com o lado físico, ou estiver portando
uma arma, pode pegar lá num piscar de olhos e desligá-lo. Talvez você
apenas se sinta socialmente envergonhado e vá embora. Ou talvez você
o derrube, dê uma joelhada no rosto dele e pise em seu
85

cabeça até que ele não seja funcional. Quem pode dizer? Vai ser decidido caso a caso.
Então você o faz sentir medo. A maioria das pessoas recuará e se desligará,
geralmente fazendo ainda mais barulho do que antes. Mas há alguns, os piores por aí, que
vão tomar isso como uma ameaça e trabalhar para destruir essa ameaça. Eles podem
disparar instantaneamente ou podem ferver por horas, dias, meses. No caso de longo prazo,
você provavelmente não terá o luxo de ver isso acontecer. E se você realmente os aterrorizou,
eles vão querer fazer coisas para equilibrar as chances - coisas como voltar com cúmplices e
armas de fogo.
Portanto, tenha sucesso ou falhe, a intimidação pode matá-lo. é de um otário
jogos.
Eu posso apenas ouvir você se levantando em armas. Alguns de vocês acreditam que se
você não é o intimidador, você é a presa. Você aponta para a natureza e demonstra
como um leão estufa o peito e ruge para assustar sua competição, e você acha que deveria
fazer o mesmo.
Tenho uma notícia para você: você não é um gato. Vamos fazer um rápido
esclarecimento aqui: o oposto de ser intimidador não é o mesmo que parecer manso, fraco
ou indefeso - é simplesmente não se registrar como uma presa. Parecer que você sabe o
que está fazendo e sabe o que está acontecendo, e ainda assumir um ar confortavelmente
despreocupado, é mais parecido com ser socialmente distante do que um durão. Ou seja,
você tem o sinal NÃO SOLICITANDO sem ser um idiota sobre isso. Parecer indiferente e
sem medo não é o mesmo que ser intimidador.
Você pode projetar a confiança de que pode cuidar de si mesmo sem ameaçar
ninguém. Uma habilidade social de alto nível? Provavelmente um dos mais altos. E para
muitas pessoas, indescritível. Mas é muito menos angustiante do que correr intimidando, o
que é exaustivo e assustador ao mesmo tempo.
86

Eu penso assim: “Saia do seu caminho para chegar ao resto do seu dia.”
Quando estiver na arena social, seja social, use suas habilidades sociais
e trate todos como pessoas. Na arena anti-social, trate todos como carne. Não
confunda os dois.
Isso não significa que você tem que ser amigo de todo mundo, um 'pushover' ou
sorria para a feiura humana diária. Pode ser tão simples quanto morder a
língua em vez de cuspir lenha no fogo. Claro, a parte difícil é que, se você for bem-
sucedido, nunca saberá. Você nunca estará ciente dos problemas que você evitou.
Você só pode estar ciente do problema que causou.
Violência no reino antissocial
O uso da violência pode ter consequências não intencionais. Rasgando

em alguém fisicamente pode acabar matando-o, mesmo quando você não
queria. E se mais tarde descobrir que as circunstâncias não
justificar esse assassinato, você pode estar sujeito a sérias consequências

legais (e de mudança de vida) no futuro. Essas consequências são a razão pela qual
eu não recomendo o uso de violência em situações antissociais - ferramenta errada
para o trabalho e tudo mais. É muito melhor, a curto e longo prazo, desligar e dar o
fora dali.
Está tudo muito bem, e em um mundo perfeito, as coisas deveriam ser

tão claro e fácil. Mas nós não vivemos nesse mundo, e eles também não. Essas
'consequências não intencionais' cortam nos dois sentidos - digamos que ele só
quer 'chutar sua bunda' e você acaba com o cérebro na calçada como resultado.
Todo mundo acaba triste, e ele vai chorar no tribunal sobre como não quis dizer
isso, foi tudo um erro terrível, sua vida está arruinada, etc.
E é por isso que nunca vou dizer para você se segurar e levar uma surra.
Então a questão é: como você usa a violência na arena antissocial?
87

A triste resposta é, praticamente da mesma forma que você faz na

arena anti-social. Você precisa quebrar as coisas dentro dele para que não
funcionem mais. Existem algumas ideias importantes que você precisa entender
e ter em mente se for usar aquela banana de dinamite para abrir a porta do
carro:
1. Não dê socos.
Você não pode 'pegar leve' com ele só porque isso começou como uma
situação anti-social. Você tem que acertá-lo o mais forte que puder, todas as
vezes, em um alvo, para esmagá-lo além da funcionalidade.
2. Entre 100% dedicado a arrancar a cabeça dele.
Se sua intenção for menos do que full-boo, você obterá menos do que
resultados efetivos. Se você não quer machucá-lo, não se preocupe, você não
vai. Ele pode não ser tão gentil em retribuir o favor se tiver metade da chance.
Você não pode se dar ao luxo de brincar - a única maneira de as costelas dele
quebrarem é se você fizer todos os esforços para quebrá-las.
Essa abordagem de tudo ou nada salvará sua pele - ela o deixará

inoperante com tanta rapidez e eficiência que acabará antes que você perceba.
É aqui que você deve levá-lo, assim que decidir que está ligado; você tem que
terminá-lo em seus termos, imediatamente. Você não pode se dar ao luxo de
ser arrastado para frente e para trás - você precisa feri-lo, assumir o controle
da situação e acabar com ela em seus termos agora.
Ironicamente, essa é a melhor maneira de evitar matar alguém.
Você não deu tempo para a situação escalar. Claro, você quebrou as costelas
dele. Ossos quebrados curam. A carne volta a crescer. Se chegar ao ponto
em que há uma faca espetada entre as costelas de alguém, no entanto... isso
é outra história.
3. Vá para alvos não letais.
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Você provavelmente não quer começar as coisas com um soco na

garganta. Ou uma vara na cabeça. Ou uma faca no plexo solar.
Em geral, você vai querer ficar longe de alvos e perfis de ataque que você
sabe que são letais. E junto com isso, certifique-se de usar configurações de
ferramentas que mudem a natureza da lesão (uma mão aberta na garganta em
vez de um antebraço; um antebraço na lateral do pescoço em vez de uma queda
do joelho).
Mas vamos ser brutalmente honestos aqui - não se iluda pensando

isso muda qualquer coisa, realmente. Sempre que você entra em uma situação
de violência física, existe a possibilidade de alguém morrer. O melhor que você
pode fazer é limitar essas chances não fazendo nada que você saiba que de
fato o matará.
4. Entenda que, uma vez que você o aborda fisicamente, a abordagem dele
o que está em jogo pode mudar drasticamente.
Talvez ele estivesse apenas pensando em 'dar uma lição a você', mas
agora ele teme por sua vida e está disposto a defendê-la com força letal (puxando
uma ferramenta ou 'ficando sério'). Se você está indo com menos do que tudo o
que tem, é provável que você estrague tudo, perca o controle dele e dê a ele uma
oportunidade de, pelo bem do argumento, matá-lo com um tiro. Além disso, esteja
ciente de que ele pode ter aliados que podem ajudá-lo - esteja totalmente
preparado para ferir praticamente todos em sua vizinhança. Não presuma que
você sabe quem são os amigos dele. Os mesmos caras que o achavam um
embaraço quando ele falava bobagens podem estar dispostos a chutar sua bunda
por encostar a mão nele.
Essas duas últimas questões - o fato de que ele pode morrer

independentemente de quão "cuidadoso" você seja e o fato de que sua travessia
para o plano físico pode levá-lo à morte - são as principais razões pelas quais não
recomendo o uso da violência como uma ferramenta antissocial. interação. Mais frequentes do que não,
89

sua vida (perdê-la ou mudá-la para sempre) simplesmente não vale o que quer
que você esteja 'lutando'. Apostar sua vida para reconquistá-la sempre fará
sentido - isso é, em essência, o que é o anti-social.
As questões acima são o que você precisa estar ciente, com antecedência,
você deve decidir usar a ferramenta de violência em uma situação anti-
social. Se a situação mudou ou saiu do controle da 'ferramenta social' ou outros
fatores o levaram a agir, você precisa saber no que está se metendo e tomar
essa decisão com pleno conhecimento das armadilhas e possíveis resultados.
Embora eu nunca o recomende expressamente, às vezes você é forçado a uma
posição em que é isso ou leva uma surra (ou pior) que arrisca seu próprio bem-
estar.
O que vou recomendar é ser inteligente sobre essas coisas e sempre

aderir à ideia de esgotar todas as opções quando tiver o luxo de uma escolha
e abrir um caminho de destruição através dele quando você não estiver.
Mecânica do Sucker Punch
Isenção de responsabilidade - Existem sérios problemas legais e

morais em ferir alguém que não está tentando feri-lo ou que não o ameaçou
com ferimentos graves ou morte. Para o bem desta discussão sobre a ideia
do soco de sucção, ou de outra forma tirar as pessoas por trás ou quando
elas não sabem que está chegando, vamos supor que você está certo em
fazê-lo - que sua impressão da situação é tal que você acredita que a inação
de sua parte fará com que você (e/ ou outros) seja gravemente ferido ou morto.
Ferir ou não ferir?
Todos nós sabemos o que fazer quando alguém vem atrás de nós -
chegar lá e causar um ferimento, depois repetir até ficar satisfeito. Mas e se o
homem não tiver 'cruzado a linha' fisicamente, mas tiver deixado claro para
90

você, abertamente ou não, que a violência está por vir? Isso é tudo, desde um terrorista
dizendo para você se sentar em um avião até um assaltante exigindo: "Me dê sua
carteira" e até um simples "Você não vai sair daqui", enquanto você tenta para sair pela
porta depois de uma festa.
Você pode ficar parado ali por uma fração de segundo, um pouco surpreso com o
interação aparentemente social - ele falou com você com os braços cruzados, em
vez de bater em você, ou mesmo se inclinar para trás para bater em você, ou mesmo
colocar as mãos em você.
O que agora?
É aqui que começa o julgamento. Se você decidir resolver isso
com ferramentas sociais, então vá em frente. Eu não recomendaria isso com o

terrorista (como agora sabemos muito bem), o assaltante pode ir de qualquer maneira,
dependendo de sua leitura pessoal da situação, e o idiota na festa é ainda menos claro.
Se você quer ir fisicamente e começar a machucá-lo, é melhor mergulhar e fazer

isso assim que tomar a decisão. Esperar para ver como ela se desenvolve dá ao homem
mais tração, controle e confiança sobre a situação - é assim que um homem com uma
lâmina pode
assumir uma sala inteira cheia de pessoas. Quanto mais tempo passa, mais no
comando ele fica. Se você o pegar assim que perceber que é uma situação ruim, ele
nunca terá a oportunidade de afirmar o domínio social.
Para qualquer tipo de sequestrador, a parte mais crítica é o primeiro contato com os reféns
em potencial. É aqui que ele fará com que todos capitulem ou tudo irá para o inferno para
ele. É seu trabalho perfurar o bilhete dele e fazê-lo dizer a Charon que você disse 'oi'.
Vamos recuar um pouco e dar uma olhada nas realidades da violência
conflito para o contribuinte médio cumpridor da lei.
91

Em toda a realidade, você provavelmente será o único a levar um soco. Como

você não está procurando por ele, caçando, rondando por vítimas, você normalmente
saberá que está ligado porque alguém está tentando fazer isso com você primeiro.
Sua parte nisso é fácil - se você ainda pode pensar e se mover, você esmagará seus
testículos ou arrancará seus olhos (ou talvez ambos). Curiosamente, é assim que
acontece - "Lá estava eu, cuidando da minha vida, quando esse cara apareceu do
nada e me deu um soco na cabeça". A próxima parte da história é sobre olhar para
um alvo e destruí-lo. “Então eu olho para cima do chão e vejo o joelho dele quando ele
está avançando e eu rolei para cima dele e o quebrei.” O resto da história você
conhece. Ou pelo menos pode adivinhar. (Vou dar uma dica: o cara sobreviveu para
contar sua versão da história).
É assim que provavelmente chegará até você. Do nada, quando

você está doente ou cansado, ou sobrecarregado de outra forma. Quando
você menos espera. Quase por definição.
Quando você está andando com a cabeça erguida, eriçada de vigor, você
envia uma mensagem inconsciente. Quando você anda como se soubesse
quebrar uma perna, os predadores leem e vão procurar os retardatários no
rebanho.
Então, na maioria das vezes, você está evitando situações ruins

simplesmente parecendo que sabe o que está fazendo. Não estou falando sobre ser
um 'badass' ou andar por aí como se você tivesse uma atitude - todo mundo pode ver
através disso (exceto talvez crianças brancas suburbanas). Se você for para uma parte
realmente difícil da cidade, os assustadores não são os tipos hardcore nervosos e
teatrais. Eles estão agindo da mesma forma que muitas presas tentam se parecer com
predadores na natureza (existe uma espécie de lagarta que tem olhos na bunda para
parecer uma pequena cobra, por exemplo). Não, as pessoas mais assustadoras são
as calmas e quietas. Por que eles estão tão calmos? Porque eles sabem que são os
predadores de ponta. Nada os caça, então por que se preocupar?
92

Então, e aquele estranho meio-termo - o ponto intermediário entre levar

um soco e o aceno completo? Voltamos para a festa e o cara na porta cruza os
braços e simplesmente diz: “Você não vai embora”. Se você escolher a violência
neste ponto, existe uma 'melhor maneira' de entrar nela?
Conforme detalhado acima, a melhor maneira é agora. Você pode jogar

fora todas as pretensões e conceitos de técnica e simplesmente ir para o seu alvo.
Qualquer movimento defensivo da parte dele é discutível, desde que você não
jogue esse jogo - se você vai competir com ele, olho por olho, golpe por bloqueio,
então, sim, ele tem uma chance. Se você apenas entrar para vencê-lo quebrado, é
isso que vai acontecer.
É por isso que tento tirar todos da ideia de esperar, olhar e bloquear. É um
jogo de otário. Para cada dois que você bloquear, o terceiro vai te pegar. De todos
os vídeos de violência que vi, nenhum deles - exatamente zero - teve alguém 'se
defendendo' com sucesso.
A parte vencedora era sempre — todas as vezes — aquela que batia. Ou
esfaqueamento. Como queiras. Quem fez, conseguiu. Aquele que tentou impedir
acabou. Período.
Então, se você está preocupado com o que ele fará, já está no caminho
errado. Em vez de se preocupar com o que ele vai fazer, obrigue-o a fazer alguma
coisa. Como deitar e abraçar o joelho quebrado.
Isso não quer dizer que não haja algumas considerações táticas
interessantes a serem feitas na execução de um ataque inicial - existem, e as
veremos em detalhes abaixo - é apenas que elas são secundárias e completamente
subordinadas à ideia de vadear. e causando ferimentos, em primeiro lugar. Não caia
na armadilha do 'fantasia'. Fique com o que funciona porque funciona. Mesmo que
pareça 'abaixo de você' em sua simplicidade.
1. Como atacar quando ele não está olhando.
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Tudo bem, este é óbvio. Basta escolher um alvo e destruí-lo. Mas todo
mundo aqui já sabia disso.
2. Como golpear quando ele está olhando.
Estamos de volta à festa. O homem está parado entre você e a porta, os

braços grossos cruzados sobre o peito largo. Ele acabou de dizer que você
não vai embora e agora está olhando diretamente para você, desafiando você
a desafiá-lo. Vamos supor que outros detalhes do cenário o levaram a acreditar
que você está em perigo (é por isso que você estava saindo, afinal) e você
quer passar por ele e sair pela porta agora.
Existem duas limitações da visão humana que você pode explorar. A primeira
é o fato de que, quando você olha para a frente em pé, não consegue ver os próprios
pés. Esse ponto cego é criado pela parte inferior do rosto, especialmente as maçãs do
rosto. Portanto, ele não consegue ver nada que apareça dentro de um ângulo de 45°
das maçãs do rosto. É por isso que uppercuts funcionam tão bem. Qualquer tiro baixo
funcionará, assim como golpes na virilha usando mãos/braços ou joelho/canela.
Se ele está te olhando nos olhos, ele não vai ver a bota na virilha
até que seja tarde demais. E é aqui que entramos em alguns alvos avançados,
porque se você olhar para a virilha dele antes de acertá-lo, você o alertará. Seu
direcionamento precisa ser bom o suficiente para que você saiba como triangular o pé
na virilha dele com base em onde você pode ver a cabeça dele. (Essa habilidade
cresce a partir de muito tempo de chão com outro corpo humano, atingindo alvos em
todos os tipos de orientações).
A segunda limitação da visão humana tem a ver com o fato
que somos todos predadores. Existem receptores específicos em seus olhos para
detectar movimento em um fundo estático. Há wetware em seu
94

cabeça que é especificamente conectada a esses receptores para medir a taxa de

deslocamento e prever para onde o movimento está indo.
O que isso significa é que, se você fizer um grande movimento circular, como
um haymaker estilo John Wayne ou outro grande movimento de pronação que
quebre sua silhueta e viaje pelo fundo estático atrás de você, todo ser humano no
planeta está programado para vê-lo, cronometrá-lo e interceptá-lo. Antigamente era
bater em um pássaro com um pedaço de pau. Hoje pode ser para ele simplesmente
colocar as mãos no rosto e estragar o seu golpe.
(Como uma nota lateral, esta é uma das razões pelas quais as pessoas são
mortas por trens. É incrivelmente difícil para nós julgar a velocidade que algo está indo
quando está vindo direto. Lateralmente, através de um fundo estático, e nós o fixamos.
Vindo em linha reta em nós, não somos tão bons. As pessoas que andam nos trilhos
rotineiramente julgam mal a quantidade de tempo que têm até que o trem esteja sobre
elas - e o erro normalmente as mata.)
Então, se ele estiver olhando para você, não quebre sua silhueta - use
movimentos retos que vão para o alvo de dentro do seu contorno.
Entrar e enfiar o punho no plexo solar dele (com o cotovelo bem apertado no quadril)
preenche a conta.
Como exemplo de manipulação de ambas as limitações, observe uma garra para

os olhos. Deve surgir de baixo da visão dele e de dentro da sua silhueta, não de
fora como um tapa na mão.
• E apenas para reiterar as coisas importantes:
• Não importa se ele sabe que está chegando ou não - pegue-o.
• Tentar jogar essas coisas como xadrez a 90 mph fará com que você seja
atingido pelo trem de carga da violência e envie as peças do jogo voando
para todos os lados.
• Não é um jogo, então não tente 'jogar'.
95

• Feri-lo agora.
Manipulando Convenções Sociais
Isso é ainda mais moralmente problemático, pois agora estamos investigando
no uso de ferramentas sociais para manobrar as pessoas em posição para uma
oportunidade social. É nisso que os sociopatas mais astutos e sofisticados são muito,
muito bons - como o assassino em massa americano Ted Bundy, por exemplo. Todos que o
conheceram disseram que ele era singularmente encantador; ele normalmente usava dispositivos
sociais artificiais para atrair as vítimas para o alcance (usando um gesso falso no braço ou
andando de muletas).
Este pode ser um terreno moralmente difícil em que estamos neste momento, mas o uso
indevido de ferramentas sociais é brutalmente eficaz.
O uso mais básico seria a 'capitulação falsa'. É aqui que você finge desistir para
ter uma oportunidade de feri-lo. Pode ser tudo, desde falar com ele, “Tudo bem” ou “Ok, você
me pegou, eu desisto”, até uma simples linguagem corporal, palmas para cima, braços
abertos. Ou uma combinação dos dois para chegar perto o suficiente para atacar enquanto faz
com que ele diminua seu nível de Defcon. Conheço pessoas que fizeram isso, e funciona muito
bem.
Você também pode falar com ele para fazê-lo desviar o olhar. Faça uma pergunta e
aponte e, quando ele olhar, solte-o. É uma tática popular dos assaltantes abordar a vítima e
perguntar que horas são. Quando eles olham para o relógio, o assaltante ataca, tendo
manipulado o
situação para recuperar a surpresa.
Uma versão mais avançada e insidiosa está usando suas ferramentas sociais
para fazer amizade com ele. Faça com que ele se aproxime para apertar as mãos. Então
quebrá-lo.
96

É claro que a grande questão na mente de todos agora é: “como posso evitar ser pego por esses
truques?” O grande problema é confiar no seu instinto - as pessoas que tentam esconder algo parecem ter
algo a esconder. Isso pode se manifestar como pequenos "sinais" conscientemente indetectáveis, que você
captará inconscientemente. Seu inconsciente então tentará se comunicar com você, dando-lhe uma 'reação
instintiva'. Enjôo, frio na barriga ou outro mal-estar.
Confie no seu instinto e aja de acordo com ele. Faça perguntas mais tarde.
Para finalizar, existem algumas considerações táticas interessantes que você pode explorar ao
entrar primeiro - quando a situação está oscilando no fio da navalha entre social e anti-social totalmente
desenvolvido. Você pode explorar as limitações da visão humana para "esconder" um ataque e pode
usar ferramentas sociais para manipular as pessoas a seu favor - fazendo com que se movam, desviem o
olhar ou desconsiderem você como uma ameaça.
Mas todas essas coisas empalidecem em comparação com vadear de vez em quando
ferindo-o. Se ele sabe que está chegando e pode ver que está chegando, essa consciência só
funcionará a seu favor se você estiver jogando de acordo com as regras - se estiver no modo de competição.
Então será uma troca tit-for-tat. Se você entrar simplesmente para espancá-lo até deixá-lo desdentado e
inconsciente, então é isso que vai acontecer - quer ele tenha percebido isso ou não.
97

Capítulo Onze
A AUSÊNCIA DE ESCOLHA
A violência começa onde termina a escolha.
Para interações sociais e antissociais, isso significa que você consegue

escolha se quer ou não se envolver e quão profundo será o seu
envolvimento. Do lado anti-social, você não terá essa escolha.
Isso nos dá um bom e claro delineador entre a violência e tudo mais.

Como você já me ouviu dizer várias vezes: se você tem que perguntar, a resposta
provavelmente é 'não'. A razão pela qual digo isso é porque, uma vez que você se
compromete, suas escolhas diminuem drasticamente. Depois de cruzar essa linha,
você estará nela até terminar. Existem, com certeza, pequenas escolhas a serem
feitas - qual alvo destruir em seguida, quando parar - mas nenhuma delas envolve
'não violá-lo'. Depois de quebrar o pulso, você nunca mais poderá voltar a ficar apenas
de mãos dadas.
Faça a escolha com a qual você pode viver.
Seja homem o suficiente para ser chamado de covarde. Eu me afastei de

situações em que eu estava legal e moralmente certo e nenhum dos presentes
teria objetado se eu tivesse colocado o idiota para fora. Eu me afastei enquanto evitava
epítetos e calúnias que murcham o ego para o acompanhamento do som alto e óbvio
de minha estaca social sendo derrubada um entalhe. Fiz isso com prazer porque tive
o luxo de escolher e, para ser franco, simplesmente não estava com vontade. 'É' pisar,
gritar e depois ter que fazer isso com todos os seus amigos enquanto leva três ou
quatro socos na cabeça, talvez sendo esfaqueado, baleado ou morto, ou preso e
passando a noite na prisão, pagando fiança , pagando um advogado e depois sendo
processado. não para
98

mencione ter que olhar por cima do ombro toda vez que paro para mijar. Toda essa
porcaria vale a minha vida, mas não vale o meu tempo.
A posição social é uma ilusão fabricada; perdê-lo não é nada

comparado com a perda de um olho, ou liberdade, ou sua vida. Se seus amigos
forem realmente seus amigos, eles continuarão sendo; todos os outros podem ir travar.
Asocial significa que você não tem escolha; ou melhor, a escolha é algo
decididamente pouco escolhido como 'matar ou ser morto'. (Qual você escolheria?
Sim, todo mundo escolhe esse também). Por ser marcado pela falta de comunicação,
o asocial surge sem aviso, sem preâmbulo, como um raio em um céu azul claro. Em
um minuto você está preocupado com qual restaurante de curry escolher e no próximo
você está sendo esfaqueado. Você está reduzido a essas pequenas escolhas, como
qual alvo destruir a seguir e quando parar.
Uma vez que você está sem opções, você tem uma escolha restante: dar-lhe o seu
todos ou jogar jogos. Se você escolher o último, você entregou todo o poder de
escolha para o outro cara. De um ponto de vista puramente mecânico, em situações
sociais e antissociais ele pode escolher se uma técnica funciona ou não. Todos os seus
vários acompanhamentos, tolerância à dor, bloqueios articulares e submissões se
enquadram nesta categoria. Se ele decidir que você o 'pegou' e desistir, tudo bem. Se
ele decidir que a dor no pulso não importa, bem, agora você está preso segurando o
tigre pelo rabo. E é melhor que seu plano B seja muito, muito afiado.
Especialmente se a escolha que ele fizer for levá-lo para o anti-social e começar a ferir
você.
Para algumas pessoas, a diferença entre anti-social e anti-social é

realmente problemático. São eles que interpretam cada olhar de lado como um
desafio a lutar. Para você, por outro lado, é muito simples. Basta lembrar que:
99

1. Você não precisa se preocupar em salvar seu orgulho.
Você sabe do que é capaz, e bater em alguém (ou quebrar suas costelas) não
vai mudar isso. E se seus amigos são pessoas que perdem o respeito por você porque
você optou por não começar a quebrar cabeças, bem, você pode querer dar uma outra
olhada em seus amigos. É aí que você tem uma escolha!
2. As interações antissociais podem parecer antissociais e podem

tornar anti-social.
Mas, como eu continuo dizendo, até que não haja absolutamente nenhuma
chance de ir embora, você ainda está na arena antissocial. Você, e muitas vezes
sozinho, tem o poder de desarmar esta bomba e garantir que ninguém se machuque.
Ou você pode optar por levar as coisas para a arena anti-social. Só espero que você
não esteja lidando com alguém que vai te caçar e pagar na mesma moeda - ou pior.
3. No momento em que você para de pensar “Devo bater nesse cara?” e
começar a balançar, é quando você entrou no reino de

violência.
Se você está perguntando se deveria, não deveria. Período.
Quando nenhuma escolha importa
Felizmente para você, uma vez que você entra nessa esfera anti-social, você
não é o único que perde o luxo da escolha. Para você e para ele, isso se tornou um
evento de matar ou morrer. Vocês dois são hardcore, dando tudo de si, e seu único
objetivo é dar a ele primeiro e com força. Porque? Porque se você quer ser aquele que
vai embora, você tem que remover todos os aspectos de escolha da vida dele - pelo menos
por enquanto.
100

A mecânica da interação associal, violenta, pode ser resumida em

uma única palavra: lesão. A lesão remove a escolha da equação.
Ele não tem voz sobre se seu olho sai ou não de seu crânio ou se sua
garganta é esmagada. Ele não tem voz sobre como seu corpo se moverá
a seguir. As leis físicas do universo, e quão bem você as empregou, são
os únicos árbitros aqui. Se você fez certo, tudo quebra. Ele pode desejar
o dobro para uma estrela cadente que não seja assim, mas não vai
importar nem um pouco. A violência é a ausência de escolha, e ele está
apenas acompanhando
101

PARTE DOIS:
OS PRINCÍPIOS
DE VIOLÊNCIA
102

SEGUNDA PARTE - OS PRINCÍPIOS DA VIOLÊNCIA
Capítulo um
Lutar ou fugir
“Nenhuma paixão rouba tão eficazmente a mente de todos os seus poderes de agir e
raciocinar quanto o medo.” —Edmund Burke
As pessoas costumam me perguntar sobre a resposta de “lutar ou fugir” quando se
trata de responder a uma ameaça violenta e iminente de ataque físico.
Quando digo a eles que na verdade existem quatro respostas para esse tipo de ameaça,
geralmente recebo um olhar confuso.
Como um estudante vitalício da violência, pesquiso constantemente fontes
do mundo acadêmico e literário que tratam desse assunto tão polêmico. Algumas
das minhas pesquisas me levaram a ver lutar ou fugir como uma falácia. Lutar ou fugir
é uma resposta viável, mas apenas quando a ameaça ocorre entre duas espécies
diferentes. Se você estiver andando pela floresta e um urso Kodiak começar a atacá-lo,
você rapidamente lutaria se tivesse uma arma ou correria (voaria) se não tivesse. Sim,
você pode usar as outras duas respostas, mas na maioria das vezes o encontro de duas
espécies diferentes resulta em lutar ou fugir.
Então, quais são as outras duas respostas? O que diferencia um encontro
violento entre humanos de um encontro violento entre espécies?

encontro?
Os Quatro Cavaleiros da Resposta
Quando dois membros da mesma espécie se encontram com um lado
representando uma ameaça iminente, o outro pode responder da seguinte forma:
1. Luta - O desafio é avaliado e o alvo decide
lutar de volta.
103

2. Fuga - O desafio é avaliado e o alvo decide fugir da ameaça ou fugir.
3. Postura - O desafio é avaliado e o alvo decide fingir ou se posicionar

agressivamente com o objetivo final de evitar ter que lutar ou fugir.
4. Capitular - O desafio é avaliado e o alvo

decide congelar, deitar-se e esperar que, ao se submeter, apazigue
o agressor.
A maioria está familiarizada com as duas primeiras opções, mas vamos explorar as
dois últimos. Quantas vezes você já viu uma pessoa fazer uma ameaça e se
mover agressivamente em direção a alguém, apenas para a pessoa responder
gritando de volta e adotando uma postura agressiva e ameaçadora? Isso é muito
comum em situações de violência social em que há muita postura de domínio.
Freqüentemente, o objetivo real é fazer um lado recuar, com ameaças verbais e
posturas agressivas usadas para transmitir domínio. Esse é um exemplo clássico
da Resposta de Postura.
Esta é uma jogada perigosa para ambos os participantes porque atrasa

a opção de luta e muitas vezes desperdiça oportunidades valiosas para acabar
com a situação com a Resposta de Luta. A próxima resposta a explorar é a muito
comum Capitulate Response. É aqui que uma ameaça agressiva é recebida com
submissão completa e imediata à parte ameaçadora. Essa resposta é muito perigosa
quando usada para evitar ferimentos, porque literalmente o coloca à mercê de um
agressor. Você confia no código moral deles para respeitar sua capitulação e fazer
com que essa seja uma maneira suficiente de saciar o desejo deles de dominá-lo
agressivamente. Muito arriscado.
Entretanto, quando usada apropriadamente, a Resposta Capitulada pode ser uma

maneira extremamente eficaz de colocar seu agressor em uma situação vulnerável
104

posição para executar a Resposta de Luta. Basicamente, você está fazendo

com que o agressor exponha áreas vulneráveis de seu corpo ao ataque por
sua capitulação fingida.
Por que isso é importante? Existem três razões. Em primeiro lugar,

entender como usar a capitulação como tática de luta pode ser
extremamente útil. Mas, mais importante, você não pode entrar em uma
situação violenta esperando que seu medo o afaste. Além disso, é essencial
que você não confie em “lutar ou fugir” como desculpa para evitar aprender o
que precisa saber para se defender. O medo é uma emoção humana poderosa,
mas com a prática não vai controlá-lo.
Isso é o que realmente importa em uma situação violenta.
Agir diante do medo
Por muito tempo as falácias dominaram enquanto os criminosos comuns

exploram o medo e a ignorância; os simples fatos que regem o uso efetivo da
violência como ferramenta de sobrevivência são bem conhecidos por eles, e
negados ao cidadão cumpridor da lei e socializado com sucesso. Conheça,
então, estes simples fatos e deixe seu poder aumentar:
1. Você pode tomar medidas decisivas diante do medo.
A primeira reação em qualquer situação violenta é a emoção mais

primitiva do medo. Quando um homem sai das sombras segurando uma
faca, ou um intruso abre a cortina do seu chuveiro, sua adrenalina
imediatamente começa a bombear e seu coração bate mais rápido. Essas
são reações naturais, que não podem ser evitadas - nem deveriam ser. Este
é o instinto de sobrevivência de lutar ou fugir que permite que você se
concentre completamente em destruir seu inimigo ou dar o fora de lá.
105

Muitas pessoas temem ser dominadas por lutar ou fugir e se

comportar irracionalmente ou "congelar" e serem incapazes de agir.
Quando você souber 'nadar na piscina da violência', porém,

sua reação será um pouco diferente. Você ainda experimentará o
fato biológico do medo, mas isso será temperado com o conhecimento
do que fazer a seguir. Em vez de ficar chocado e assustado até a
submissão, acreditando que não tem escolha a não ser se submeter, você
fará o que treinou para fazer. Se aquele treinamento foi para esperar para
ver, ou para se preparar, você já pode ter perdido. Se, no entanto, esse
treinamento for para violência – para causar ferimentos – então é isso que
você fará.
2. A violência está ao alcance de todos.
Você é um predador nato, com visão estereoscópica para caçar

presas e dentes para rasgar e dilacerar a carne. Você é um membro da
única espécie que faz da guerra uma arte. O corpo humano médio é um
incrível motor de destruição, impulsionado pela coisa mais perigosa do
universo conhecido: um cérebro humano. Você é um motor de sobrevivência,
descendente de vencedores; seus ancestrais não o trouxeram até aqui
deitando e desistindo. Eles fizeram os perdedores fazerem isso.
A violência é seu direito de nascença.
3. Quem pratica a violência tende a prevalecer.
Violência é uma pessoa ferir outra pessoa. Esta é a definição do

uso efetivo da violência. Enquanto todos os atos violentos
têm lesões em comum, eles também compartilham outra característica:
no final, a pessoa que vai embora é normalmente quem fez isso.
4. Aquele que sofre a violência tende a ficar

ferido.
106

Ferimentos de defesa são encontrados em cadáveres. 'Nuff disse.
107

Capítulo dois
A violência é sobre lesões
“Não é de forma alguma evidente que os seres humanos são mais reais quando mais
violentamente excitados; paixões físicas violentas não diferenciam em si os homens
uns dos outros, mas tendem a reduzi-los ao mesmo estado”. —Thomas Elliot
Todos os atos de violência se resumem à mesma coisa: ferimentos. Por enquanto,

você deve estar pronto para essa mensagem. Até que você aceite esse fato
básico, nunca será capaz de se defender com eficácia.
Em conflitos violentos, sempre assuma que sua vida está em risco.

Embora você possa prever como ele reagirá fisicamente ao ser atingido, como ele
reage psicologicamente varia de indivíduo para indivíduo.
Algumas pessoas podem entrar em pânico e correr; outros podem escolher matá-lo
por ousar desafiá-los. Isso significa que você deve ser impiedoso, cruel e metódico.
Você vai chutá-lo quando ele cair. Você vai quebrar o braço dele e usá-lo para jogá-
lo. E não importa o que aconteça, você não vai parar até terminar.
Depois de acertar seu primeiro golpe, assuma que ele está preparado para ir
até o fim. Você pode estar errado, mas é melhor presumir que o outro homem está
nisso para matá-lo do que presumir que ele não está e deixar sua família lamentar
seu erro.
Isso pode fazer com que a violência pareça meio inútil em sua vida cotidiana.
Se você está vivendo direito, é. A violência é uma ferramenta muito limitada; só serve
para uma coisa, que é desligar um ser humano. Não é bom para mais nada. Se você
for retirá-lo e usá-lo, empregue-o em pleno vigor. 'Indo fácil' para alguém que quer
108

matá-lo ou brincar de outra forma em um conflito violento pode levá-lo à morte.
Cada técnica e cada alvo devem ser explorados, mesmo aqueles

você pode normalmente considerar como 'fora dos limites'. Se, por exemplo,
você considera que arrancar os olhos está além dos limites e seu único alvo é o
olho dele, sua hesitação pode custar sua vida. (Empregar a violência ao máximo
tem um benefício adicional. Lembre-se de que as pessoas se reúnem para uma
luta social e fogem da violência real. Quando você entra e o quebra com eficiência
brutal, pisoteando-o quando ele está caído e outros enfeites, qualquer um que não
esteja envolvido, como inocente espectadores, sairão correndo. Qualquer pessoa
em quem você precise prestar atenção se dará a conhecer diminuindo a distância
e vindo atrás de você. Coloque um homem no chão e você descobrirá quem são
seus cúmplices.)
O manifesto da lesão
Há uma única característica-chave que está presente em todo uso bem-

sucedido da violência: ferimentos. Ele define o ato e marca os participantes, os
vencidos mais do que os vencedores. Reconhecer o dano, o árbitro do sucesso na
violência, dá a você uma vantagem distinta sobre aqueles cuja compreensão é
obscura e instintiva. Conheça, então, esses fatos simples e deixe seu poder
aumentar.
A violência começa e termina com ferimentos
A violência é puramente sobre lesões. Lesão é a única coisa que significa

nada em violência. É o objetivo e o resultado final. Define o ato violento e
o finaliza. A violência literalmente começa e termina com ferimentos.
A violência efetiva é marcada pela lesão em série: feri-lo, aproveitar-se

dessa lesão para fazê-lo novamente e novamente para colocá-lo
109

para baixo, com uma severidade cada vez maior (pisar em um homem que está
caído é fácil para você e devastador para ele).
Lesão muda tudo a seu favor
No conflito violento, a lesão é o portal através do qual você passa para o

o resto da sua vida. À medida que as coisas vão mal - ele puxa a arma -
suas opções se restringem a uma única pergunta: 'ação ou passividade?' De
certa forma, você está no fim da vida: se ele atirar em você, acabou. O polegar
no olho, porém, é a chave girando na fechadura do resto dos seus dias. A lesão
oferece opções; um universo de escolhas se espalha diante de você. Lesão é
oportunidade.
A lesão é objetiva
Terceiros desinteressados podem concordar que uma lesão foi

ocorreu. Uma perna quebrada é óbvia do outro lado da rua.
A lesão diminui a função do corpo
Isso alterará o funcionamento normal de seu corpo de maneira negativa.

Uma perna quebrada simplesmente não funciona.
A lesão é permanente
Ou seja, é permanente ao longo do encontro. Isso exigirá atenção médica

para curar. Uma perna quebrada não melhora sozinha. Ele não pode 'desistir'.
Lesão é física e fisiologia se encontrando mal
Força excessiva mais alvo anatômico vulnerável equivale a lesão.

Não há nada nesta equação sobre a dor ou o psicológico
110

estado do destinatário. Nenhuma dessas questões. Pessoas diferentes têm limiares

de dor diferentes; para alguns, uma unha arrancada os leva a dramáticos paroxismos de
agonia, para outros um membro amputado passa despercebido. Mas observe que, no
caso do membro perdido, essa pessoa pode estar funcionando muito bem psicologicamente,
mas não vai agarrar e pegar nada tão cedo.
A lesão é independente da técnica
Só precisamos de força e um alvo. Você pode tropeçar e cair sozinho e se

machucar. Observe a notável falta de um estado emocional agitado, de uma técnica ou
mesmo de outra pessoa. É por isso que a técnica sem lesão é um truque de salão, e a
lesão, independentemente de como ocorreu (com ou sem técnica, 'acidentalmente' etc.)
sempre será mais eficaz.
A lesão mais simples sempre será superior à técnica mais sofisticada. Rocha
na cabeça, alguém?
Todas as lesões são iguais
Esta é outra maneira de dizer que todos os alvos são iguais. O melhor alvo?
Aquele que você acabou de destruir. Todos os ferimentos são iguais quando você
sabe o que fazer a seguir - como tirar vantagem do fato de tê-lo ferido.
Pessoas feridas se movem de maneiras previsíveis
O corpo responde à lesão por meio do arco reflexo somático (reflexos

espinhais). Estes são movimentos específicos pré-programados, desencadeados por
um grande estímulo (como testículos rompidos). A chave de limiar que decide se deve
ou não refletir está na medula espinhal, não no cérebro. Não há escolha consciente
envolvida. Apenas física e
111

fisiologia. Esses reflexos são específicos da lesão, o que significa que uma bota na virilha
provoca a mesma resposta básica em todos os seres humanos.
Isso significa que você pode prever como ele se moverá quando você o machucar
- e estar lá para tirar o máximo proveito disso.
Pessoas feridas estão indefesas
Por um breve momento, eles estão no auge de seu reflexo espinhal, eles não
podem impedir que você os machuque novamente. E de novo. E de novo...
Lesão gera lesão
Um complemento ao desamparo acima, é bater em um homem ferido é
trabalho fácil. Também é uma abreviação de 'um joelho quebrado pode causar traumatismo
craniano'.
Lesão supera velocidade, força e determinação
Ele é mais forte que você? Não com a garganta esmagada, ele não é. É ele
mais rápido que você? Não com um joelho quebrado. Ele é muito mais perigoso do que você,
com muito treinamento, experiência, uma arma e uma vontade de ferro indomável? Engraçado
como um pescoço quebrado tira todo o medo dele.
A violência começa e termina com ferimentos
Qualquer coisa que você fizer em uma situação violenta que não cause ferimentos é
inútil para você. Toda vez que você tocá-lo, você precisa quebrar algo dentro dele. Toda
vez que você tocá-lo, você precisa fazer com que uma parte dele pare de funcionar
normalmente. Feri-lo, derrubá-lo e
112

continue ferindo-o até que ele não funcione. Você não terminou até ter certeza de
que ele terminou.
A resposta para todas as perguntas em um conflito violento é: ferimento, agora.
O que é lesão realmente?
É a única coisa que significa alguma coisa na violência, ou pelo menos é o

que sempre dizemos. Mas afinal o que é lesão? E existe uma maneira mais simples
de pensar nisso, relacionar-se com ele e, assim, melhor relacioná-lo com os outros?
Começaremos com a definição da palavra no dicionário — The Shorter OED, 5ª Ed.
diz:
'Danos ou perdas causadas ou sofridas por uma pessoa ou coisa; dano,

prejuízo; dano, esp. ao corpo; um exemplo disso.'
Este é um bom começo, mas não é tão sério e impressionante quanto eu gostaria.
Embora 'dano, prejuízo, dano' sejam todos bons sinônimos para o que estamos
fazendo, ainda é um pouco vago sobre o efeito geral que estamos buscando. Há
muitas pessoas por aí, por exemplo, que acreditam que podem suportar o 'dano' e
continuar. E, claro, eles estão certos. Todos nós podemos. Mas ninguém - NINGUÉM -
pode se machucar da maneira que queremos e continuar. Período. Assim, até o
dicionário deixa a desejar, um 'aperto' de ambiguidades.
Essas ambigüidades florescem e crescem em seus próprios jardins de

caos nas mentes das pessoas comuns. Ouso dizer que a definição de 'lesão'
de duas pessoas não será exatamente a mesma. Para alguns, é arrancar a unha
ou arrancar o dedo do pé; outros não o declararão até que sangue seja derramado. A
diferença entre as definições de uma pessoa sortuda desacostumada com a dor e um
cirurgião de trauma será enorme. É como dizer a palavra 'cachorro' em voz alta para
uma sala cheia de
113

pessoas: todo mundo vai ver um cachorro em sua mente, mas ouso dizer que não
dois serão iguais.
E ainda, para mim, mesmo com a pele rasgada e o sangue derramado, não somos
em uma definição viável.
A definição de 'livro didático' do TFT é assim:
'A ruptura do tecido humano em uma característica anatômica específica, de

modo que a função normal é obviamente prejudicada (e só pode ser recuperada
por meio de intervenção médica), provocando uma reação reflexa involuntária
da coluna.'
Isso é ótimo por dois motivos: reforça a universalidade da violência (já que
esse efeito pode ser alcançado com qualquer aplicação criteriosa de energia cinética,
do punho ao bastão e à bala), além de ser específico o suficiente para descartar unhas
soltas e bagunçadas, mas, em última análise, ineficazes, pequenas lacerações.
O único problema é que, apesar de todo o seu preciso 'advogado-ês', é bastante

boca - e mente - cheia. Não é fácil de lembrar, não enrola da língua, e você
simplesmente não vai ganhar nenhum convertido com ele. É completo, mas
desajeitado. Ao procurar ser claro, ele perde sua clareza e se torna quase sem valor
para você. Qualquer coisa que atrapalhe sua compreensão precisa ser reformulada -
como esculpir degraus em um penhasco intransponível.
Isso nos leva à minha maneira favorita atual de pensar em lesões:
Quebrar as coisas dentro das pessoas para que não funcionem mais.
Esta é a maneira como o sociopata aborda o problema, a maneira como o

rebatedor de sábado à noite pensa quando entra para desferir uma surra. É a maneira
mais simples de pensar em lesão. Ele pinta um quadro fácil de analisar; até as
ambiguidades trabalham a seu favor. Faz
114

'eles' se referem às pessoas ou às coisas dentro deles? Ei, um ou ambos: estou

bem com tudo isso.
Esta é uma definição de lesão que você pode tomar como sua
declaração de missão de violência pessoal. É tudo o que você quer fazer; é
a única medida que separa o sucesso do fracasso. Fácil de pensar, fácil de dizer,
fácil de fazer.
115

Capítulo três
Por que você deve aprender a matar
“É melhor morrer de pé do que viver de joelhos!”

—Emiliano Zapata
Se você ficou desconfortável com o último capítulo, você não vai

gostar muito deste. Ele contém algumas coisas que são difíceis de aceitar, mas
precisam ser ditas. Não vou adoçar: você deve entrar em todas as situações
violentas com a intenção de causar ferimentos graves e, se necessário, a morte.
Chegou a hora de apontar uma dura verdade: o maior medo que a maioria das
pessoas tem é perceber que elas realmente podem ser tão brutais - e eficazes -
quanto o bandido mais hediondo andando pela rua.
rua.
A diferença óbvia entre uma briga de bofetadas e um assassinato é uma

de intenção. Você tem que ter essa intenção. Você tem que entrar disposto a ferir
e até matar a pessoa que está tentando te matar. Mas, a menos que você tenha
poderes psíquicos assustadores ou realmente possa atirar adagas com os olhos, a
intenção, por si só, não é o que vai fazer o trabalho.
Então, o que a intenção está realmente fazendo? O que há entre intenção e lesão?
Peso corporal em movimento
Quando alguém tem intenção, ele se dedica totalmente a causar danos.

Uma dedicação total da vontade tende a se manifestar como uma dedicação total
de massa corporal. Não há hesitação, nem preparação, nem espera para ver o que
acontecerá a seguir. Há apenas um movimento rápido e brutal. A faca perfurou as
costelas, de novo e de novo.
Mas eu não quero me tornar o cara mau!
Quando confrontado com as realidades da violência, são, bem

as pessoas socializadas recuam. A violência é o vazio do esquecimento em que nada
116

exceto se houver lesão; é um monoespaço infernal onde coisas como

comunicação, amor e carinho não estão apenas ausentes, elas nunca
eram.
É um espaço definido pela ausência de tudo o que nos é querido.
É o Abismo de Nietzsche.
É natural, e de fato "bom" em um sentido social, para a mente recuar diante

de tal coisa. Mas então ocorre uma reação secundária; a mente recua e então
procura, desesperadamente, preencher a lacuna entre ela e aquele espaço
terrível. Construir uma parede de ideias fáceis para manter uma distância segura
para a sanidade. Você pode acertar um cara na cabeça com uma pedra, ou você
pode dar uma cambalhota para trás e acertá-lo na cabeça com uma pedra. De
qualquer maneira, ele sofre um traumatismo craniano. Lembre-se, a navalha de
Occam diz: “Esqueça a fantasia - a chave de roda na cabeça supera tudo.”
Esse cara é um assassino
Durante meu tempo em Las Vegas, conheci vários competidores de Mixed

Martial Arts de vários eventos “No-Holds-Barred”, como UFC e Pride. Na maior parte,
esses lutadores eram espécimes físicos incríveis e competidores tremendos. Suas
habilidades na arena eram impressionantes e divertidas de assistir. E,
surpreendentemente, os lutadores que conheci eram todos caras de boa índole.
Em um evento, fui apresentado por um amigo meu do MMA a um

dos tops, e esse lutador perguntou, através de seu intérprete, se eu
era lutador de MMA.
Antes que eu pudesse responder, meu amigo (que tinha bebido algumas
cervejas já que não estava no card da luta) sorriu e disse: “Não, Tim é um
'assassino'. Ele gosta de ensiná-lo a esfaquear as pessoas até a morte ou arrancar
seus miolos com uma chave de roda. Você gostaria do curso dele!”
(É sempre bom ter amigos dando esse tipo de “ajuda” de RP).
117

Aí o lutador perguntou se eu ensinava a “defender” facas e revólveres. Mais uma vez,
meu amigo “respondeu” por mim dizendo “Ah sim, e mais de um atacante também. Quero
dizer, é um treinamento de motim na prisão!”
(Novamente, coisas muito “úteis”. Até agora, tenho certeza que o intérprete
realmente se perguntando sobre mim!)
Em seguida, o lutador contou que seu primo foi agredido e esfaqueado por
dois homens em seu país natal. Ele disse que se sentia mal porque realmente não podia
dar ao primo (que sobreviveu ao ataque) nenhuma dica sobre como “lutar” com as pessoas
com facas.
“Francamente, apesar de todas as minhas habilidades no ringue, duvido que

pudesse ter feito muito melhor. Eu sei como chutar a bunda de alguém no tatame, mas
na rua, é tão diferente.”
Trocamos informações e ele conseguiu as datas em que eu estaria treinando na
Europa naquele ano. Então ele partiu para se preparar para sua luta (que ele venceu
facilmente naquela noite, destruindo completamente seu oponente).
Mas suas palavras me fizeram pensar sobre a diferença entre um
lutador e um “assassino”:
• O lutador compete para superar seu oponente; o “assassino” se concentra
apenas em acabar com a outra pessoa.
• O lutador busca somar pontos ou forçar uma finalização; a

“assassino” procura desligar o cérebro do outro.
• O lutador é bom em chutar o traseiro de alguém; o “assassino” sabe ferir de
forma irreparável áreas vulneráveis do corpo humano, destruindo
permanentemente o funcionamento daquele

área.
• O lutador depende de força, velocidade e habilidade superiores; o “assassino”
obtém seus resultados usando furtividade e a ação de

violência.
118

• As habilidades do lutador funcionam melhor no ambiente controlado do ringue; o
“assassino” é eficaz em qualquer lugar onde a violência é
necessário.
• As habilidades do lutador se deterioram quando seus anos competitivos
terminam; o “assassino” retém suas habilidades muitas vezes por toda a vida.
Eu poderia continuar, mas você vê o padrão.
Aqui está o ponto: você deve sempre se perguntar: “Como vou aplicar meu
treinamento em artes marciais ou esportes de combate?” Porque se for no caos
aleatório encontrado no mundo da violência real, você se limita a regras e habilidades
que funcionam principalmente para os jovens, rápidos e fortes.
E nem estamos abordando se o outro cara joga por

suas regras (quer adivinhar quanto tempo a maioria dos assassinos gasta se
preocupando com seus padrões competitivos?).
É por isso que eu desafio você a explorar o mundo do “assassino” (mesmo

que você esteja buscando uma carreira competitiva no MMA). Apesar de sua
provável repulsa no semestre, essas habilidades são facilmente aprendidas e podem
durar toda a sua vida. Mas o mais importante é o subproduto de aprender isso - você
vive uma vida muito mais relaxada e pacífica.
Estranho, eu percebo, mas é verdade.
Por fim, entenda a grande diferença entre um “assassino” e um

assassino.
Cara a cara com o último, é o conjunto de habilidades do “assassino” que não

apenas prepara você para sobreviver. Na verdade, pode lhe dar uma vantagem.
Força letal
Nenhum policial quer sacar sua arma, mas se algum psicopata vier correndo
para ele com uma faca, é melhor você acreditar que ele o fará. Quando é a sua
vida ou a dele, você tem que estar pronto para fazer uma escolha. é sua moral
119

postura contra matar forte o suficiente para deixar algum assassino sociopata
acabar com sua vida sem motivo? Se a resposta for não, é melhor estar preparado
para usar força letal quando for necessário.
Você precisa das habilidades para matar, e se estiver claro que é vida ou
morte, então matar está em ordem. A gravidade da situação pode ser presumida
de muitas maneiras diferentes (situação de reféns em que outros reféns estão
sendo mortos bem na sua frente, sequestro de avião moderno, armas de fogo e
ameaças associadas de morte iminente, etc.), mas, em última análise, vai resuma-
se a uma chamada pessoal da sua parte. E sua melhor diretriz é confiar em seu
instinto.
Se você não acha que é uma situação particularmente ruim, provavelmente

está captando pistas inconscientes da linguagem corporal, expressões faciais, etc.,
que estão lhe dizendo que ele não está falando sério. Se você sentir uma séria
apreensão em seu estômago - aquela sensação enjoada de 'oh meu Deus' - você
está captando essas mesmas pistas inconscientes, mas desta vez elas são letais.
Ele pretende matá-lo, e partes primitivas do seu cérebro estão tentando avisá-lo,
fazendo com que você se sinta mal.
Por tudo isso, a decisão final é sua. Não podemos construir cada
cenário possível em que você poderia estar envolvido, e não podemos dizer como
você deve pensar e sentir. Está tudo nas tuas mãos; você tem que viver ou morrer
com sua decisão.
Depois de entrar, vá a todo vapor, para arrancar a cabeça dele. Até onde
você vai depender do que você precisa para se sentir feito, seguro e capaz de virar
as costas para ele e ir embora. Todo uso de violência deve começar com ferimentos
graves e, em seguida, proceder para torná-lo inoperante.
Isso pode significar uma ou mais das três coisas:
• Incapacitação
• Inconsciência
120

• Morte
Incapacitação é tudo, desde um único tiro nas costelas que o deixa cair e
o faz ficar fetal e desistir até um joelho quebrado e duas clavículas quebradas que
o impossibilitam de se levantar. Em que ponto você atingiu a incapacitação e pode
parar é o seu julgamento pessoal. Apenas certifique-se de se sentir confortável
virando as costas para ele.
A inconsciência é apenas isso: ele está inconsciente e deprimido pelo

contar. É óbvio quando você conseguiu. Ele estará caído, imóvel,
possivelmente com o queixo caído e os olhos revirados. Depois de fazer isso,
é seguro dizer que está pronto.
Matar o homem pisando em sua garganta, quebrando seu pescoço ou

apunhalá-lo no coração é reservado apenas para as circunstâncias
mais extremas. Situações em que você percebe ou acredita que você ou outras
pessoas serão mortas se você não agir. Você precisa pensar muito sobre como
se sente em relação a ele e fazer suas escolhas com antecedência: você não
quer ser pego hesitando quando o que é necessário é uma ação decisiva.
121

Capítulo quatro
Superando o Estigma da Violência
“A violência nem sempre é má. O que é mau é a paixão pela violência.”

-Jim Morrison
Espero que agora você tenha percebido que não endosso o uso da
violência pelas razões que um sociopata criminoso faria. Não acho que
a violência deva ser usada para conseguir o que você quer, e acho que em
todas as situações, é o último recurso.
Mas quando se torna sua única opção, você deve estar pronto para
Aja.
As pessoas têm medo da violência. Eles têm medo de experimentá-

lo e têm medo de ser o único a fazê-lo. Se você entrar em uma sala cheia
de pessoas e começar a falar sobre arrancar os olhos, eles vão surtar.
Vivemos em uma sociedade que é segura na superfície e ninguém quer
pensar no que está por baixo.
Mas algo está por baixo e, se você o encontrar, só há uma maneira de

sobreviver. E para fazer isso, você tem que aceitar a violência como uma
ferramenta – não boa ou má em si, mas uma ferramenta que pode ser usada
para o bem ou para o mal, dependendo de quem a pega e como eles estão
balançando. isto.
A violência é uma ferramenta e, como tal, assume a cor moral do

usuário - mas somente após o fato. Espancar alguém até a morte com um
martelo pode ser assassinato em um caso e homicídio justificado em outro
- mas em ambos os casos alguém espancou outra pessoa até a morte com
um martelo. Saber como não faz de você uma pessoa ruim. Usar esse
conhecimento para intimidar e intimidar os outros está muito longe de usar
esse conhecimento para proteger você e sua família.
122

Quanto é muito?"
A maioria das pessoas está disposta a aceitar que a violência pode ser
útil. Se você disser a alguém: “Eu sei autodefesa”, você terá uma reação muito
diferente do que se disser a alguém: “Eu sei como matar pessoas”. Mas o primeiro é
um termo genérico e vazio, e em um encontro de vida real ou morte com violência anti-
social, não vai te ajudar.
Agora, não estou dizendo que você deveria sair por aí se gabando de
saber como matar pessoas - isso é estúpido. Mas você deve saber como fazê-lo e
não deve se envergonhar do fato.
A sociedade realmente preferiria que você enfrentasse a força com a mesma

força; se ele quiser apenas empurrar, você pode empurrar; se ele quiser apenas
esbofetear e sufocar, você pode esbofetear e engasgar... e se ele quiser matá-lo, você
pode igualá-lo na mesma moeda. Isso é ótimo, contanto que ele não tenha a ideia de
'matar' antes de você. Claro, se ele quiser apenas dar um tapa e você quebrá-lo, as
pessoas vão chamar isso de 'excessivo'. Acho hilário. Isso mostra um mal-entendido
básico sobre a própria violência. Não existe 'força excessiva' quando se trata de ferir
pessoas—
a violência é o excesso da arte.
Existem muitos exemplos flutuando de nocaute de precisão

golpes—força contida que resulta em um ataque ou defesa bem-sucedido.
Mas em praticamente todos os vídeos que circulam na Internet, vemos os resultados

de uma tempestade perfeita: houve penetração e rotação suficientes em um alvo para
obter o resultado desejado. As condições eram suficientes para se lesionar, mas
quase sempre dificilmente ideais. A tempestade perfeita geralmente consiste em
fatores de sorte, como o homem ferido se movendo para o ataque (aumentando a
penetração e os efeitos do peso corporal) e / ou sendo pego de surpresa e
desprevenido.
123

Mas e os momentos em que ele está se afastando do

greve? Ou 'rola' com o soco? Nesse caso, a suficiência falha em resultar em uma lesão
e agora você pode ver como isso é abaixo do ideal. Às vezes você consegue um nocaute
e às vezes não. Isso é bom e elegante no ringue, mas você não pode apostar sua vida
nessas coisas.
Seu trabalho é descobrir o que é suficiente para causar a lesão e

em seguida, otimize-o para garantir que você obtenha exatamente esse
conjunto de circunstâncias todas as vezes.
Penetração e rotação através de um alvo, alguém?
Maximizar a penetração significa que, mesmo que ele esteja se afastando ou

'rolando' com ele, ele será invadido: você terá um bom avanço de um metro através do
alvo - com todo o seu
massa atrás dele.
Maximizar a rotação é você aproveitar ao máximo esses três pés

você comprou a si mesmo com a penetração: você fará o alvo ricochetear na
ferramenta, e não o contrário.
Então, com a chamada força suficiente, se tivermos sorte, nós o pegamos com
a quantidade certa de 'snap' no final daquele soco para causar uma concussão: então,
de dez golpes selvagens, conseguimos aquele que conecta e faz o trabalho.
Novamente, se tivermos sorte.
Com o ideal, obtemos o nocaute (ou qualquer lesão que estejamos

mirar) todas as vezes, e apenas a sorte (e circunstâncias incomuns, como
você estragar alguma coisa) vai impedir isso.
Veja desta forma: soprar algumas brasas que você fez esfregando dois
gravetos em uma pilha de agulhas de pinheiro secas é suficiente para iniciar
um incêndio, mas, como qualquer pessoa que ganhou esse distintivo de mérito
pode atestar, 'suficiente' não significa 'toda vez.' Pode levar o dia todo.
124

Podemos otimizar nossa situação disparando um sinalizador em uma

caminhão-tanque de gasolina. Agora isso vai fazer um grande BOOM todas as
vezes.
Exagerando? Sim, e esse é o ponto.
A lesão na violência é, por definição, resultado do excesso. O corpo só se

rompe quando é submetido a forças que excedem a elasticidade do
tecido humano.
E embora existam aqueles que dirão a você que suficiente é 'apenas o

suficiente', isso é bom apenas em teoria. Embora possa funcionar sempre, na prática
geralmente não funciona. Optimal significa que funcionará sempre.
Esperanças suficientes para uma tempestade perfeita. Optimal recria isso

tempestade, sempre, por excesso, brutalidade e meticulosidade metódica.
Chame isso de brutalidade de precisão, se quiser.
125

Capítulo Cinco
Violência como a melhor ferramenta de sobrevivência
“Deve-se sempre jogar de forma justa quando se tem as cartas vencedoras”

—Oscar Wilde
A razão pela qual é tão importante ver a violência como uma ferramenta de sobrevivência
veio a mim durante uma conversa com um amigo meu chamado Chuck, um ex-jogador
de linha defensiva da NFL. Chuck tinha uma reputação na faculdade de brigão e nunca
perdia uma oportunidade de usar os punhos para responder a qualquer desacordo.
Chuck definitivamente amadureceu ao longo dos anos e é muito mais fácil estar por
perto hoje em dia - mas velhos hábitos são difíceis de morrer. A conversa mudou para o meu
treinamento e ele estava me dando um feedback de um amigo em comum que participou de

um seminário de TFT.
Nosso amigo Tony adorou o treinamento e, como ele viaja para algumas das partes
mais perigosas do mundo, infelizmente teve que usar seu treinamento. Os resultados foram
que ele sobreviveu a dois ataques criminosos inevitáveis usando princípios e métodos do
Seminário TFT.
Tony enfrentou vários atacantes em um incidente e uma faca no
outro. Chuck ficou impressionado com o fato de Tony ter sobrevivido aos dois incidentes.
ileso e depois comentou que os três agressores estavam todos
maior que Tony, como era o portador da faca, e isso em uma “luta justa”
Tony teria perdido.
Ele apontou que se Tony não tivesse usado todas aquelas “coisas injustas” que ele
aprendeu no meu seminário, ele nunca teria “ganhado”. Chuck disse que estava feliz por Tony
conhecer o TFT, mas isso realmente não provava que ele sabia lutar.
Chuck continuou dizendo que se fosse apenas uma “competição de golpes”—
"Sabe, Tim, uma luta de verdade", então o cara maior e mais forte diria
126

ganha sempre. Ele ficou perturbado com o fato de Tony ter que esmagar a garganta
de um de seus agressores e realmente matar o cara que tentou esfaqueá-lo. Para
Chuck, isso provou que não era uma “luta de verdade”. Além disso, o fato de Tony
efetivamente ter usado o engano para desarmar seus agressores antes de atacar
realmente perturbou Chuck.
“Isso não é briga, é só...”
"Violência?" Eu sugeri.
“Sim, isso não prova nada sobre o quão bom lutador você é,”
Chuck deixou escapar.
Eu sei o que Chuck estava tentando dizer e é triste quando vejo

alguém como ele que nunca foi além do uso da violência para dominar uma
situação social.
Ao escolher usar violência em uma situação social, caras como Chuck

sempre corre o risco de esbarrar em alguém que não quer lutar contra um cara
maior e mais forte.
Eles apenas usarão a violência da única maneira que deve ser usada...
ferramenta de sobrevivência.
Uma “luta justa” não é sobre sobrevivência
Alguns de vocês podem concordar com Chuck. Você pode pensar que,
embora você entenda a necessidade de algumas pessoas entenderem
os métodos do TFT, uma luta real envolve duas pessoas colocando suas forças
uma contra a outra. Isso é bom em termos de competição.
Infelizmente, um criminoso não pensa assim. Ele não tem absolutamente nenhum
desejo de garantir que a luta seja “justa” - apenas para garantir a vitória.
Muitas vezes as pessoas me perguntam qual é a melhor maneira de “protegê-

las” em algum ataque criminoso imaginário. Eles querem que eu responda dando
alguma técnica perfeita que lida com seu cenário particular imaginado.
127

Eles geralmente ficam desapontados no início quando não respondo da maneira

que eles querem. Eles não gostam de ouvir a verdade – que a violência é aleatória
e pensar apenas em termos de “técnicas” para usar contra um ato aleatório é uma
boa maneira de se matar.
O problema com a abordagem de praticamente todo mundo para lidar com a

violência não é que eles sejam incapazes de aprender técnicas. É que eles não
entendem que essa forma de responder à violência – verdadeira violência anti-social,
mutilar, aleijar ou “matar você agora” – é seriamente falha.
Isso porque quando se trata de violência, nós (ou seja, você e

eu, os membros produtivos e cumpridores da lei da sociedade) vivem vidas de
restrições assumidas.
Somos ensinados desde cedo por pais, professores e nosso sistema legal
que, se queremos os benefícios de viver em uma sociedade como a nossa,
precisamos conter nossos impulsos violentos quando as coisas não saem do nosso jeito.
E, obviamente, isso é uma coisa muito boa. É a razão pela qual você não
mate o idiota desagradável que rouba sua vaga de estacionamento, espere
pacientemente que o sinal fique verde em um cruzamento e não atire no labrador do
vizinho por desenterrar seu jardim de rosas.
Quando se trata de violência, somos controlados pela sociedade da mesma

forma que os elefantes de circo são controlados por seus treinadores.
Esses treinadores sabem que a maneira mais confiável de lidar com um elefante é
“condicioná-lo” quando ele é muito jovem. Eles colocam uma algema na perna do
bebê elefante com uma corrente curta que é presa no chão por uma estaca muito
longa. O bebê elefante puxa a corrente tentando
libertar.
Depois de um curto período de tempo, o elefante rompe a pele ao redor

da perna acorrentada e desiste. Mas a dor de tentar se libertar nunca é esquecida.
128

Mais tarde, esse mesmo método é usado para controlar o agora adulto
elefante, mesmo que a fera adulta pudesse puxar o prego sem mais esforço do que
você e eu usamos para remover uma tachinha de um
cortiça.
E a mesma abordagem é feita com todos os membros produtivos da sociedade

em relação à ferramenta de violência.
Somos “algemados” desde muito jovens – primeiro em casa, depois em

nossas escolas e, finalmente, em nossos locais de trabalho.
Quando confrontados com a violência, a maioria de nós reage

socialmente. Tentamos nos comunicar com nosso agressor na esperança de evitar
o uso de violência. Podemos ameaçar usar essa ferramenta, mas realmente não
queremos, pois a algema ainda está firmemente presa.
A parte triste das restrições assumidas é que a maioria das artes marciais,
esportes de combate e, sim, até mesmo a maioria dos “sistemas de luta de realidade”
ensinam você a responder - enquanto ainda está algemado!
Não funciona.
Eu aprendi há muito tempo que a primeira ordem do dia é ensinar meus clientes
como é fácil quebrar essas restrições assumidas quando a ameaça justifica tal
abordagem.
Porque a verdadeira ameaça para a sociedade é quando nos deparamos

com algum “elefante malandro” que nunca foi “algemado” e não tem problema em
usar a violência para conseguir o que quer. E imagine como é fácil lutar contra alguém
que está com a perna algemada.
Lembre-se antes de mais nada - a violência raramente é a resposta para

maioria das situações, mas quando é a resposta, é a única resposta.
Depois de entender isso, você deve ser capaz de arrancar esses

constrangimentos assumidos e liberte-se para poder utilizar a ferramenta de
129

violência quando necessário. Esta não é a melhor maneira de sobreviver a uma ameaça
violenta e anti-social: é a única maneira.
Uma ferramenta de sobrevivência
No final, você não 'ganha' em um conflito violento - você sobrevive a ele. Não é
competição; é destruição. O sobrevivente pode ir embora. O outro cara não. E, na
maioria das vezes, quem está indo embora é quem cometeu a violência.
Só vai funcionar a seu favor se você entrar lá e feri-lo. Você tem que colocá-
lo para baixo e mantê-lo lá. Você tem que jogar fora as regras e combinar o instinto
com o intelecto.
Nessas situações, a sobrevivência é a única coisa que importa, e o

melhor maneira de sobreviver à violência é ser aquele que pratica a violência.
Saber como usar a violência como uma ferramenta de sobrevivência - e

estar disposto a fazê-lo - coloca você em um terreno plano e agradável, igual e igual
ao pior da humanidade. Você pode ver as pessoas que ainda têm a cabeça na areia
e os predadores que espreitam entre eles se aproveitando. Antes de saber agarrar
a ferramenta da violência com os dois punhos e brandi-la com força e com certeza
você está em desvantagem. Mas aprender a usar a violência como uma ferramenta de
sobrevivência significa que a desvantagem se foi, e em seu lugar está a verdade fria:
você é responsável por você, sozinho. Ou você pode confiar em si mesmo ou não; ou
você fará o trabalho ou não.
Você tem uma escolha: pode ter medo ou pode ser resolvido.
A regra de ouro da violência: machuque-o agora
A melhor maneira de sobreviver a um conflito violento é ser o primeiro a causar

uma lesão. Quando você destrói um alvo e o faz reagir, você
130

terá o tempo e a oportunidade de feri-lo repetidas vezes. Você estará no controle da

situação e do outro homem. Faça aos outros antes que eles façam a você!
Tudo isso vai contra uma “luta justa”. Mas situações de sobrevivência
não são uma luta justa. Em uma luta justa e competitiva, o que importa é habilidade
e habilidade. Uma situação violenta é sobre sobrevivência: ferir o outro cara o mais
rápido e forte que puder, de qualquer maneira possível. Não é algo para ser usado
levianamente, mas quando for a única alternativa, salvará sua vida.
Você tem que abandonar as restrições sociais e algemas antes
você está na situação. É hora de aceitar que, embora essas restrições

sejam úteis em 99% das situações cotidianas, um dia você pode se deparar com uma
situação em que elas não se aplicam. E nessa situação, você deve ser capaz de tirá-los
e liberar o assassino dentro de você.
131

Capítulo Seis
Mate-o Simples, Estúpido
A violência é simples.
Quão simples é isso? Podemos responder a isso com mais duas perguntas:
1. Como as pessoas não treinadas podem prevalecer?
2. Como é que pessoas não treinadas podem prevalecer sobre treinadas
pessoas?
Porque, apesar de toda a sua ingenuidade feliz, os vitoriosos inexperientes
um aperto firme na ferramenta de violência. Esse fato é válido porque a violência é muito mais
simples do que as pessoas gostariam que você acreditasse; é muito mais simples do que você
quer acreditar.
A ideia de que a violência é difícil e requer anos de treinamento—
e que anos de treinamento irão protegê-lo dos destreinados - são pensamentos confortáveis
e reconfortantes. Eles são o amortecedor da sociedade. Mesmo que você mesmo não seja um
dos treinados, é reconfortante saber que, a menos que alguém tenha anos de treinamento,
eles realmente não serão capazes de feri-lo. Sente-se e relaxe. Isso não é bom?
Eu li em algum lugar uma vez que as pequenas mentiras que contamos a nós mesmos em um
dia a dia, as pequenas inverdades que moldam nossas realidades subjetivas, são o que nos
mantém felizes. Que as pessoas que veem o mundo e a si mesmas como tudo 'realmente é'
são as clinicamente deprimidas.
Aceitar a simplicidade da violência é uma dose intragável de dura realidade. Saber
que você nunca está imune e que alguém completamente destreinado pode matá-lo é
extremamente perturbador. Até deprimente.
Se, isto é, você é o tipo de pessoa que tem um balde de sangue meio vazio.
132

Eu gosto de olhar do outro lado - o balde de sangue está meio
cheio, e vou usá-lo para encher o resto do caminho. Se a violência é tão

simples que mesmo os destreinados podem usá-la e sobreviver, então mesmo um
pouco de treinamento o tornará muito, muito bom nisso.
Com um pouco de treinamento, você pode saber muito mais sobre

destruir pessoas do que um serial killer. A única coisa que poderia impedi-lo é a
falta de intenção; o que falta em técnica ao serial killer, ele mais do que compensa
com uma vontade monomaníaca de fazer o trabalho. Mas você já sabia disso.
A violência é muito mais simples, até, do que eu apresento.
Passei muito tempo desvendando os elementos comuns da violência e

encontrando maneiras de comunicá-los a você. Ele aparece como uma tonelada
de material que as pessoas erroneamente acreditam que devem dominar antes de
serem eficazes. Sejamos honestos: tenho muito a dizer. Esse material é interessante
para mim e, se você leu até aqui, acho que também é interessante para você. Eu
gosto de falar sobre isso – para derrubar aquelas paredes sociais que fingem que
essas coisas não existem. Mas, apesar de tudo, estamos apenas falando sobre a
pedra na cabeça ... e o que é a pedra na cabeça senão um grande pedaço de energia
cinética impulsionado por um alvo vulnerável?
Todo o resto é apenas trabalho de detalhe, uma exploração de todas as possibilidades
combinações e configurações para usar seu corpo como uma máquina de

destruição de tecido humano, com e sem ferramentas de encaixe. A violência só
parece complicada se você acreditar no hype, se você acha que porque alguém
está caindo bêbado, eles não podem te machucar, se você acha que precisa de
uma faixa preta antes de ferir gravemente alguém.
133

Vamos ver desta forma: feche os olhos e pense na mais impressionante sequência
de filme de ação de artes marciais que você já viu. Vamos lá, eu sei que você os viu - eles
estão por toda parte e tornam a violência tão complexa e bonita quanto uma espécie de
dança. Agora pense
sobre o resultado final daquela complexa série de saltos, saltos, arremessos e movimentos.
Era um cara caído no chão, morto ou ferido, certo?
Então, em outras palavras, essa bela construção é exatamente isso: uma construção
acima. Não tem absolutamente nada a ver com causar lesões físicas reais. Parece
impressionante. Se você gritar muito, parece impressionante.
E se você estiver lidando com uma pessoa normal, pode ser o suficiente para assustá-
la e fazê-la recuar, hesitar ou cometer um erro grave.
Mas todos nós já vimos o outro lado também: o momento em um filme de ação
em que um cara aparece se contorcendo, girando, pulando, girando e fazendo todos os
movimentos de artes marciais conhecidos pelo homem... até que nosso herói o soque no
rosto. cara, e ele vai para baixo. Essa é uma avaliação um pouco mais realista de como a
violência funciona. Quando você concentra sua energia em técnicas, execução e estilo, isso
significa que você não está focando no que realmente é a violência: ferir as pessoas.
Lembre-se, em uma situação de vida ou morte, a técnica não salvará sua vida.
Pula e grita, joga e vira, nada disso importa. Quando as fichas estão em baixo, cada
movimento deve ser direcionado a uma única causa: lesão.
Portanto, esqueça tudo o que você acha que sabe sobre como deve ser: violência é
você ferir as pessoas. É se jogar nele para quebrar as coisas dentro dele. Você é o touro
em sua loja de porcelana anatômica, o Enola Gay em sua Hiroshima. É você violando todos
os princípios da sociedade educada e destruindo a única coisa que qualquer um de nós
realmente possui. E se isso violar sua filosofia pessoal, contrariar suas técnicas ou parecer
antiesportivo, então você realmente não ouviu
134

uma palavra que eu disse. Porque violência nunca é sobre competição. Não se
trata de exibir ou praticar seus movimentos mais legais. Guarde essas coisas
para a arena. Quando começamos a falar sobre violência de vida ou morte,
todo o seu foco deve estar na sobrevivência - e, neste caso, sobrevivência
significa causar mais danos a ele do que ele a você.
É mais simples do que você pensa porque não tem nada a ver com
pensar. A violência está em ação.
135

Capítulo Sete
Acesse a Carne
Escolhendo o nível de interação em conflitos violentos
Uma das principais características do sociopata é que ele vê todos como

essencialmente iguais - um pedaço de carne a ser abatido. Os sociopatas olham
para todos dessa maneira, independentemente de personalidade, habilidade ou habilidade.
Você deve ter em mente que os sociopatas não são loucos.

Às vezes, eles afirmam estar em um esforço para reduzir sua sentença. Mas isso
é o que há de tão assustador em muitos assassinos em série: eles são pessoas
completamente sãs que tomaram decisões racionais, calmas e frias de estuprar e
assassinar e fazer o que quer que inventassem. Ted Bundy, o assassino em série
mais notório da América, disse uma vez: “Sou o filho da puta de sangue mais frio
que você já conheceu. Eu apenas gostava de matar; Eu queria matar.” Isso soa
como alguém que não sabia o que era
fazendo?
Outra coisa a lembrar é que os sociopatas veem a violência como uma

ferramenta útil. Na melhor das hipóteses, eles nem estão pensando em sua dor
ou humilhação; eles estão apenas usando a violência da mesma forma que
usariam um lápis para escrever. Na pior das hipóteses, eles estão recebendo uma
carga de seu desamparo - desfrutando da sensação de poder, superioridade e
destreza. Suplicar e falar não terá muito efeito sobre essas pessoas porque elas
gostam do que fazem. Como Ted Bundy, eles se orgulham de serem filhos da puta
de sangue frio. Em um perfil de namoro online, eles listariam “assassinato” como
um hobby.
E sabendo disso, você começa a entender porque eles não diferenciam

as vítimas. Nunca ocorre a um sociopata que
136

ele será pego, ou que alguém possa detê-lo.

Os sociopatas têm duas vezes mais probabilidade do que qualquer outro criminoso de
ser reincidente. Eles não apenas acham que não serão pegos, como gostam demais
do que estão fazendo para parar. Eventualmente, todo ser humano parece o mesmo
para eles: um pedaço de carne tenra a ser brutalizado como um meio para um fim.
Um cara grande e forte com faixa preta parece para eles o mesmo que uma
garotinha adormecida. O sociopata entende que ambos os crânios se abrem da
mesma maneira, seus olhos cedem à pressão igual e ambos morrem quando suas
gargantas são cortadas.
O sociopata desconsidera as coisas que os separam; ele não interagirá com

suas personalidades, ou com a habilidade de faixa-preta do cara grande e forte, ou
com seus músculos maciços. Ele só se concentrará nas coisas às quais ambos são
suscetíveis.
Para usar a violência com sucesso, para ter igualdade

chance de sobrevivência, você também deve. Não seja pego no jogo do otário
de interagir em níveis superiores, de mostrar respeito pela pessoa, suas
habilidades ou poder físico. Vá direto para a carne.
Os quatro níveis de interação
1. Como pessoa - social
Isso está tentando mudar o comportamento, o humor ou a motivação. É

onde a maioria das pessoas gostaria de manter a situação e, em nosso Happy
Place, é onde todos gostariam de estar, capazes de convencer um serial killer
a sair de sua árvore maluca.
2. Como um conjunto de habilidades - anti-social
Isso é tentar vencê-lo ou superá-lo em uma técnica de 90

jogo de xadrez mph. Este é um duelo em que o mais habilidoso
137

praticante normalmente irá ganhar. É 'violência civilizada' e vista como 'combate
justo'. Algumas brigas de bar são assim, especialmente se forem entre amigos
bêbados. As brigas no pátio da escola quase sempre envolvem interações
antissociais. O mesmo acontece com esportes de combate: luta livre, boxe, artes
marciais. Alguém pode se machucar, mas não gravemente. Ninguém está realmente
querendo machucar seriamente outra pessoa. Na pior das hipóteses, eles podem
tentar “ensinar-lhe uma lição”. Se alguém nesse tipo de interação fosse gravemente
ferido ou morresse, as outras partes ficariam horrorizadas.
3. Como animal (via força, velocidade, resistência) - antissocial
Isso é colocar sua força contra a dele, tentando superar
ou sobreviver a ele, golpe após golpe. Isso normalmente parece bastante brutal e
feio. Dois leões lutando pelo domínio de seu bando podem se parecer com isso.
Com toda a probabilidade, ninguém vai morrer - pelo menos, essa não é a ideia -
mas esta não é uma briga típica de pátio de escola. As crianças corriam atrás de
um professor, não ficavam paradas assistindo.
Enquanto uma luta antissocial pode ser um tanto bem-humorada, uma luta
animalesca é séria. Ambos os combatentes estão levando isso a sério. Eles
estão tentando provar quem é o melhor espécime. Isso é visto como brutal,
desesperado e decididamente 'incivilizado'.
4. Como um pedaço de carne - anti-social
Isso é considerá-lo um objeto físico submetido às leis naturais do universo.
Não prestando atenção à pessoa, habilidade ou habilidade. Isso é visto como
quase universalmente "ruim" - as pessoas que fazem isso naturalmente são classificadas
como "más" em um ambiente social. Isso é uma interface com ele como algo que pode
ser quebrado e
tornado não funcional.
138

É interessante notar que esses quatro níveis correspondem a diferentes

faixas e zonas de conforto:
A interação com a pessoa pode ser feita do outro lado da rua, a uma
distância do problema onde a maioria das pessoas se sente segura (elas sempre
podem sair correndo se ficar fora de controle).
A interação com seu conjunto de habilidades é quase sempre feita em

um ritmo distante, com os competidores circulando para ter uma ideia do nível de
habilidade do outro cara, fintando e aparando e dançando de outras formas. É
tudo uma questão de dar a si mesmo espaço suficiente para ver o que ele está
fazendo e tentar combatê-lo.
A interface com suas habilidades físicas é feita pele a pele, mas isso é o
mais profundo possível.
A interface com as fragilidades da carne é feita sob o

pele — o verdadeiro dano é desconsiderar a santidade do corpo e
simplesmente destruí-lo.
E se, mas e talvez
Como treinador, estou constantemente interagindo com pessoas de vários

tamanhos, idades, sexos e níveis de habilidade. O interessante não é tanto a
configuração física da pessoa que estou treinando, mas as coisas que ela me
pergunta. Os tipos de perguntas que as pessoas fazem durante o treinamento podem
dizer muito sobre onde estão suas cabeças e em que nível estão presas. A maioria
das pessoas está acostumada com a esfera social. Eles aceitam a esfera antissocial
como às vezes necessária, e isso é tudo o que eles querem. Fazê-los ir além disso
para o anti-social pode ser um desafio incrível. Eles fazem todo tipo de perguntas
para evitar o confronto com a verdade. Mas o importante para
139

nota é que nenhuma de suas preocupações tem qualquer impacto sobre lesões
de jeito nenhum.
O 'socialista'
A pessoa que se sente desconfortável com toda a ideia de conflito fará perguntas que
giram em torno da questão do outro lado da rua, como: “Como posso saber se ele quer me
machucar?” e tal. É óbvio que eles nunca querem se envolver em violência real. A maioria
das pessoas começa aqui. O que eles estão realmente procurando é algum tipo de sistema
de alerta que lhes diga quando devem fugir. Eles ainda não perceberam que estão treinando
para o tipo de violência que não pode ser evitada. Se você tiver a opção de fugir, aceite-a.
Não há nenhum “como posso saber” envolvido. Como você pode saber se ele quer te
machucar? Você saberá. Seus instintos lhe dirão. E na hora você não vai pensar nisso
porque não vai importar.
O Duelista
As pessoas treinadas em artes marciais geralmente ficam obcecadas em interagir
com sua habilidade. Eles vão perguntar mais e se, como: "E se ele der um chute giratório
para trás?" "E se ele contrariar meu bloqueio de articulação?" e "E se ele estiver segurando
a faca assim?" Eles também estão excessivamente preocupados com o bloqueio - tanto em
fazê-lo quanto em se preocupar em fazer isso com eles. Estes são os táticos. Eles querem
definir cada cenário de antemão para que, quando acontecer, tenham uma técnica para
lidar com isso. Tentar explicar a eles que eles precisam deixar a técnica para trás é difícil
porque ela foi cuidadosamente inculcada em suas cabeças. Essas pessoas também se
preocupam em manter as coisas no nível social. Eles nunca querem sair do mundo regulados
por regras e conduta justa.
140

O animal
Pessoas não treinadas que conseguem aceitar a ideia de conflito

geralmente acabam fixadas em atributos físicos. Para pessoas menores e menos
atléticas, isso se manifesta como preocupação sobre como eles se sairão contra
adversários maiores, mais fortes e mais rápidos; pessoas grandes e fortes têm o
problema oposto - elas geralmente acreditam que não podem ser derrotadas por
seres 'inferiores'. Ambos são igualmente problemáticos. A violência não é sobre
proezas. É sobre lesão. Uma mulher de 1,50 metro de altura e 45 quilos é tão capaz
de arrancar seus olhos quanto um homem de 1,80 metro de altura e 100 quilos.
Nunca caia na armadilha de pensar que a parte mais forte prevalece.
Quem acertar, primeiro, faz.
Sociopatas e Açougueiros
Quase ninguém se mostra confortável com a lesão como ponto de partida.

Se alguém viesse empolgado em machucar as pessoas, eu ficaria muito
preocupado.
Progresso
Outra coisa interessante a notar é que progredir pelos níveis não é linear. Os
socialistas não costumam passar por cima dos outros para chegar ao prejuízo. Eles
seguem um de dois caminhos - ou eles fincam os calcanhares e enfiam a cabeça
na areia e nunca, jamais atravessam a rua, ou vão direto de onde estão para se
machucar (embora às vezes com uma pequena parada no nível animal ).
Duelistas são outra coisa completamente diferente. Freqüentemente, é

muito difícil afastá-los da ideia de que precisam respeitar e/ou frustrar sua
habilidade antes que possam ser eficazes. Se eles seguirem em frente, geralmente
é com uma longa parada no nível animal. Sua habilidade os incomodava antes;
agora eles transferiram essa preocupação para suas habilidades físicas.
141

Aqueles que fizeram a longa caminhada da habilidade ao animal e à lesão são

tipicamente os mais evangélicos em todo o processo. (Ao contrário daqueles que foram
direto do social para a lesão. Eles geralmente não veem toda a experiência como um
grande problema).
Os animais são mais fáceis de cutucar para interagir diretamente com a

carne da questão. Eles são muito próximos, conceitualmente, e só precisam ser
mostrados como direcionar seus esforços para longe dos pontos fortes e para os fracos.
(Em vez de ir de força em força, vá de força em olho).
Se você está lendo isso, vou presumir que você não tem problemas com a
violência em geral, que não está preso aos aspectos sociais do outro lado da rua.
Então, onde estão seus hang ups? No que você está preso? Você está preocupado
com o que ele fará se for habilidoso? Ou maior-mais forte-mais rápido? Seja honesto
com você mesmo.
Você está se decepcionando se mentir - você não vai se tornar mais eficaz dessa
maneira.
Se a ideia de ir atrás de um Golias treinado faz você suar (mais do que o

normal, uma quantidade saudável, quero dizer), então você precisa se esforçar e
estudar as lesões. Procure fotos de lesões esportivas (para articulações quebradas
e membros torcidos e não funcionais).
Relatórios de autópsia de assassinatos sem armas de fogo – especialmente
quando a vítima foi espancada até a morte – são esclarecedores. Vasculhe a internet
em busca de vídeos de brigas na prisão e assaltos violentos. Essencialmente, procure
qualquer coisa em que o sobrevivente esteja interagindo com a outra pessoa como um
pedaço de carne.
Você sentirá repulsa e conforto ao mesmo tempo.
142

Capítulo Oito
A lição mais difícil
Serei honesto com você, quando o primeiro tiroteio em Virginia Tech

aconteceu, eu realmente não queria escrever sobre isso. Nem no dia em que
aconteceu, nem no seguinte. Nunca. Eu não queria escrever sobre isso porque
nada que eu pudesse dizer seria novidade, ou surpreendente - se é que esse
incidente foi apenas tudo o que estamos sempre dizendo e fazendo de qualquer
maneira, aumentou para 11 e virou uma massa de infelizes inocentes.
Mas, principalmente, não queria escrever sobre isso porque não queria
inadvertidamente falar mal dos mortos ou elogiar um assassino em massa.
O que mudou minha mente? Em grande parte, foi a conversa do canal de

trás que recebi - telefonemas, e-mails, PMs de praticamente todo mundo que sabe
o que eu faço para viver. Todo mundo queria minha opinião sobre isso. A gota que
quebrou as costas do camelo foi uma pessoa em particular que apontou a diferença
que fez, para eles pessoalmente, quando falei sobre os ataques de 11 de setembro no
dia seguinte à ocorrência.
Isso e os comentários de um advogado israelense. Mas mais sobre isso em

um momento.
Vou pular a dissecação óbvia pelas razões expostas acima e, em vez disso,
focar nos problemas da própria sociedade americana que, na minha opinião, tornam
possível que um homem com uma pistola 9 mm mate mais de 30 pessoas.
Tudo se resume a duas coisas que juntas formam um oxímoro trágico:

vivemos em uma sociedade voyeuristicamente obcecada pela violência e, no
entanto, temos muito pouca informação real sobre como
143

atuar em conflitos violentos. Para mim, isso é como viver em barcos e navegar
agressivamente pelos mares sem realmente saber nadar.
Por um lado, nossa cultura celebra a violência na mídia de vídeo,

música e, de fato, nossa literatura. Por outro, recuamos diante de qualquer
tentativa de confrontar as realidades do conflito violento. Acredito que a maioria
das pessoas vê os retratos da violência na mídia por meio de lentes antissociais;
quando o 'herói' mata um 'bandido', eles estão vendo a luta no pátio da escola de que
costumamos falar.
Mas no momento em que alguém tenta enfrentar a violência de forma realista

e treinar para ela, de repente ficamos loucos. Você não acreditaria na quantidade de
estática que recebo por ser honesto, direto e tentar educar as pessoas sobre esse
assunto. Claro, esta é uma resposta natural e sã; faria todo o sentido se vivêssemos
em um mundo perfeito.
E aí reside o problema: se apenas loucos são permitidos e/ou

esperado para usar a violência, então apenas loucos terão acesso à ferramenta.
Isso me leva ao comentário do advogado israelense, feito ao

um colega meu. Ele perguntou: "Por que eles simplesmente não atacaram o
atirador?" Ele comentou ainda que essa era a 'tática de registro'
em Israel.
Eles tentaram isso? Não sei. Temo que o que permitiu que esse assassino
trabalhasse com tanta eficiência foi a mesma coisa que permitiu o sucesso dos
ataques de 11 de setembro: o medo individual de uma ferramenta.
A mecânica para lidar com a situação é simples. O elemento psicológico

não. Em outras palavras, a mecânica de nocautear ou matar uma pessoa
armada é muito direta.
Obrigar-se a se levantar e entrar lá - superar o terror e o caos em sua cabeça - não é.
144

Conhecer a mecânica desse tipo de ação e treinar com ela ajuda

imensamente o lado psicológico. Saber o que fazer é seu próprio tipo de confiança.
Mesmo algo tão simples quanto decidir, como sociedade, que todos nós vamos
correr e dominar um atirador - tendo esse plano com antecedência - ajuda muito a
mitigar o medo individual e paralisante.
Perceber que você não tem ideia do que fazer só pode alimentar o terror
e dê ao assassino o tempo e o espaço de que ele precisa para trabalhar.
Já foi dito, em vários lugares, que um único aluno armado

com uma arma de fogo poderia ter feito a diferença. Enquanto eles estão certos,
vamos destrinchar o 'por que isso funciona'.
Outro aluno com uma arma poderia ter afetado o resultado porque teria,
nas mãos, o poder de matar.
Então, o que realmente está sendo dito aqui é que um aluno que tinha o poder
de matar poderia ter feito a diferença. Se esse poder vem de um dispositivo ou
do conhecimento de como fazê-lo com as próprias mãos, é irrelevante. Na
verdade, qualquer quantidade de informação real sobre o que fazer quando
subitamente caiu nessa situação poderia ter feito diferença. Mas nenhum de nós
realmente sabe alguma coisa sobre violência, apesar de nossa constante exposição
a ela. Nenhum de nós se sente confortável o suficiente para saber como matar
quando surge a situação.
Em vez disso, devido à forma como nossa sociedade processa a violência,

havia apenas uma pessoa ali que tinha acesso à ferramenta. Se não mudarmos a
forma como nossa sociedade processa a violência, apenas uma pessoa aprenderá
algo com tudo isso - o próximo atirador.
Não vacile, não desvie o olhar - aprenda
Você já me ouviu dizer que quem pratica a violência prevalece e

provavelmente já viu esse ditado em ação (espero que apenas em
145

vídeo). Você compra a lógica disso, vê a verdade disso costurada em toda a extensão
da história humana. Mas você já pensou realmente sobre o que isso significa para
você?
No pôquer dizem que se você se sentar à mesa e não souber

quem é o otário, é você. Se você se encontrar lá, como otário, é melhor sair antes
que a primeira carta chegue à mesa.
Na violência, se você não for a pessoa mais perigosa da sala,

você é uma vítima em potencial.
Então, realmente, o objetivo final de todo treinamento, todo o tempo nos tatames, todo
último milissegundo, mesmo lendo este livro é para se tornar a pessoa mais
perigosa da sala. Período.
Onde quer que você vá, não importa por quem esteja cercado, você precisa
ser a pessoa mais perigosa de lá. A única pessoa que, se você fosse flagrado em vídeo
praticando violência, se destacaria pela franqueza, ferocidade e brutalidade. A única
pessoa óbvia no quadro que está no controle, fazendo com que todos os outros queiram
fugir deles - e quebrando as pessoas à vontade. Aquele que faria até mesmo um
observador casual empalidecer e cagar nas calças.
Você quer ser o centro da tempestade.
Neste momento, vocês estão concordando com a cabeça. Você entendeu,

isso não é novidade. Isso é você para um 'T.' É onde você mora, é como você rola,
porque você se dedica a viver uma vida embaraçosamente longa e morrer na cama
cercado por seus bisnetos geriátricos com seu terceiro coração de babuíno batendo no
peito.
Aí vem a parte difícil, a lição mais difícil, porque a violência não tem nada a ver
com se dedicar a viver – tem tudo a ver com se dedicar a ferir, aleijar e matar pessoas.
Com
146

sendo a única pessoa lá que quer fazer essas coisas mais do que qualquer outra
pessoa na sala.
Quem sabemos de quem fez esse truque recentemente?
Isso mesmo, o atirador da Virginia Tech.
Seu uso da ferramenta de violência foi impressionante em sua utilidade básica -

era livro didático. Tanto que agora é sua leitura obrigatória.
Eu já disse que não quero aplaudir esse cara. Não quero que pense que
aprovo o que ele fez. Inferno, eu gostaria de não expor as coisas assim, mas então
a pergunta se torna 'quando?' Nunca haverá um bom momento, então, como um
remédio de gosto desagradável, vamos acabar logo com isso.
Ele era tudo o que expus no parágrafo acima, aquele que você
estavam acenando com entusiasmo para apenas um momento atrás. Parece
diferente agora, não é?
Se você realmente entendesse, se realmente entendesse o que estamos

fazendo e enfrentando aqui, não seria nada diferente. Você concordaria, mas não
com entusiasmo. Você faria isso com uma determinação impiedosa.
Veja, é legal sussurrar para si mesmo: “Eu sou o Único, a pessoa mais
perigosa da sala”. Isso te enche de orgulho, faz você se sentir como um agente
007.
A realidade dessa afirmação não é tão boa - ou socialmente aceitável.

Porque o que você está realmente dizendo é "Eu sou como o atirador da
Virginia Tech".
O centro da tempestade, com intenção inabalável, fazendo com que

todos queiram fugir de você em vez de ir atrás de você, causando vários
ferimentos por pessoa, derrubando-os e certificando-se de que não se levantem.
147

Se você tivesse lido o parágrafo anterior antes de mencionar a Virginia

Tech, acharia muito legal. Você pensaria: “Sou eu”.
Mas agora não. Agora você está lutando com isso. Enjoado com a ideia.
É por isso que é a lição mais difícil.
Não é apenas difícil de aprender - a maioria das pessoas não quer aprender.
Se você está tendo problemas com isso, então esse é o seu maior problema
com o treinamento para violência - não quão boa ou ruim é sua técnica, ou onde
exatamente está o alvo do baço ou não saber o suficiente para quebrar as articulações.
Porque se você entrar na sala e não souber quem é o

pessoa mais perigosa que existe, com certeza não é você.
148

PARTE TRÊS:
COLOCANDO O
PRINCÍPIOS
EM AÇÃO
149

PARTE TRÊS - COLOCANDO OS PRINCÍPIOS EM AÇÃO
Capítulo um
Bloqueios de estrada, platôs e epifanias
Ao pensar sobre como foi aprender e processar a ferramenta de violência

para meu próprio uso, percebi que havia cinco fases distintas na evolução do meu
pensamento e, por extensão, do meu foco de treinamento. À medida que minha
compreensão crescia, a maneira como eu treinava mudou. Ou, devo dizer, à medida
que meu entendimento se tornava mais simplificado e simplificado, o mesmo acontecia
com a forma como eu treinava.
Fase 1: Abordagem do material de um ângulo de fantasia.
Originalmente, eu vinha de uma formação em artes marciais e,

portanto, abordei o novo material como meramente uma arte marcial 'super robusta'.
Ou todas as artes marciais amontoadas em uma. Todos nós trazemos nosso próprio
apetite para a mesa; uma abordagem completa é o que eu estava procurando em
minha Vision Quest de artes marciais, porque foi nisso que fui levado a acreditar
era necessário quando alguém queria matá-lo.
Também fui bem 'informado' pelos meios de comunicação de massa. Eu tinha

certeza de que o negócio real aconteceria como o clímax de um filme de
Schwarzenegger. Eu estava tentando enfrentar e trocar golpes até que pudesse usar
uma técnica muito legal e empalar meu inimigo em uma barra de combustível saliente
de um reator nuclear. E, em seguida, declame friamente uma frase concisa.
Sério.
Eu queria treinar para um duelo e estava profundamente interessado em

contrariando o que quer que ele tivesse reservado para mim e sendo capaz de entrar.
O que exatamente aconteceria lá? Eu não tinha ideia real. Mas eu tinha as fantasias.
150

Meu tempo de mat refletiu meu pensamento; Eu queria parecer legal com todos
tipos de porcaria whippy-spinny. Eu fui rápido e bati em meus parceiros de reação. Eu
provavelmente não era muito divertido de se trabalhar.
Fase 2: Um ângulo mais realista, mas não totalmente.
Percebi que filmes e histórias em quadrinhos eram uma porcaria quando se tratava
para instrução útil em violência - eles exigem que a violência seja dramática e
culminante para efeito. A violência real, ao contrário, era
muitas vezes desagradável, brutal e curto.
Tudo o que essa percepção fez por mim foi me tornar consciente de minhas próprias
deficiências; isso me deixou muito preocupado com o que o outro cara estava fazendo.
Procurei me preparar para todas as contingências. Trabalhei cenário após cenário em
minha cabeça, tentando em vão cobrir cada 'o que

E se.'
Busquei a supremacia inatacável como um paliativo para minha ansiedade. Eu
trabalhei duro em técnicas 'avançadas', ou seja, quebras e arremessos cada vez mais
sofisticados.
Essa fase também pode ser chamada de paranóia menor. Este foi um enorme
momento inovador, triunfante e aterrorizante. Se você já praticou esportes de combate,
deve conhecer a sensação: você finalmente sobe de nível e sente uma enorme onda de
orgulho junto com uma pontada de medo. Agora você passará de lutadores do seu nível
para oponentes muito mais duros e duros; em um único momento, você passou do rei da
colina ao fundo do barril.
Aliás, isso é uma condição humana. Acontece com as crianças que estão se
formando no ensino médio: é uma grande conquista passar da nona série e ir para aquele
grande prédio de tijolos, mas você acabou de deixar de ser a criança maior e mais difícil da
escola para a
151

mais jovem e menor. Qualquer triunfo geralmente vem com novos desafios,
apenas para tornar as coisas mais divertidas.
Quando você percebe que a violência “real” não é nada parecida com o que você vê
nos filmes - que é brutal, difícil, assustador e geralmente acaba em um instante - esse
é um desses momentos. É uma grande vitória. Você finalmente superou anos de
programação social e viu a verdade. Ao mesmo tempo, porém, é absolutamente
aterrorizante, porque agora você sabe o que está por aí. E se você for como eu, isso leva
a esse tipo de treinamento frenético, um desejo desesperado de ter certeza de que você
sabe como lidar com o que pode encontrar.
Fase 3: perceber que ele não é problema meu — sou problema dele.
É ótimo dizer isso - outra coisa é vivê-lo. Eu sabia
era verdade, mas eu ainda não estava confortável em possuir esse ideal. Eu tinha um
controle melhor sobre o que estava acontecendo, mas ainda estava atormentado por
preocupações incômodas sobre o que ele poderia estar fazendo. Foi muito 'ok, entendi,
mas e se...'
Esta foi a primeira vez em meu treinamento em que comecei a me
concentrar em ferir o homem como uma prioridade acima e além do que ele estava fazendo
ou do que eu achava que ficaria legal. Meu tempo de tatame começou a ficar feio no bom
caminho.
Em outras palavras, a transição terminou. Superei o choque da minha percepção
inicial sobre a verdadeira natureza da violência e comecei a lidar com ela. Vamos enfrentá-
lo: as pessoas podem se adaptar a quase tudo. Acostumamo-nos a viver sem as pessoas
que amamos que morreram, nos acostumamos com guerras e fome e praticamente
qualquer outra coisa. É totalmente natural que, mais cedo ou mais tarde, nos acostumemos
com a verdade.
Claro, antes de se acostumar com qualquer coisa, você tem que enfrentá-
la. O objetivo deste livro é que queremos que você
152

encontre a violência, a violência real, como uma ideia antes de encontrá-la nas ruas.
Dessa forma, você pode passar por seu momento de choque e medo, superá-lo e estar
totalmente preparado para o que deve fazer quando enfrentar a violência cara a cara.
Fase 4: Chegando à singularidade da violência.
Foi aqui que tudo aconteceu. Foi aí que percebi que todos os elementos
aparentemente díspares da violência eram na verdade apenas aspectos da mesma
coisa - todos os golpes, quebras de articulações e arremessos, com e sem ferramentas,
eram a mesma coisa. Ferindo o homem. Foi aqui que mudei de 'lutar' para 'ferir'. E isso
só me levou 11 anos!
Essa mudança veio, em grande parte, de nove anos de ensino.

Mas também veio do cansaço da ansiedade. Eu estava cansado de me preocupar.
Eu estava cansado de ficar todo torcido em nós sobre cada pequena coisa que
poderia ou poderia dar errado. As possibilidades de erros fatais eram infinitas; no
final, foi mais fácil deixar tudo de lado e se concentrar em quebrar o homem. Percebi
que era meu pior inimigo e decidi largar tudo e me tornar o que eu mais temia:
Uma pessoa tão estreitamente dedicada à destruição que só a morte poderia

me parar.
Embora despachar o 'bandido' com talento e desenvoltura incontestável seja

uma boa ideia, não é nem de longe tão bom quanto ir embora com sua vida. Um
tiro certeiro na virilha vale 10.000 das técnicas mais sofisticadas.
Comecei a possuir e viver a verdade de que todos os alvos são iguais, assim como
todas as lesões; meus treinos diminuíram e se tornaram inexoráveis. Eu
simplesmente peguei o que eu queria. Eu ria com prazer desenfreado quando as
pessoas tentavam me agarrar. Eu os insultei abertamente enquanto eles tentavam
153

me alfinete, “Tem certeza que me pegou?” Então eu os agarrei por

algo inesperadamente frágil e os arrastei gritando para minha caverna de
ferimentos em série. Olhos e boca arregalados, unhas estilhaçadas nas pedras
enquanto desapareciam na escuridão.
Era tudo sobre mim o tempo todo, e nunca mais me arrependi.
Fase 5: Abordagem do material de um ângulo sociopata.
A maioria das pessoas provavelmente preferiria não ser classificada como

sociopatas. Isso é justo. Também não me considero um sociopata. Mas, para
entender a violência, você precisa vê-la da mesma forma que um sociopata
faria. Essa é a única maneira de você ficar em terreno plano, de predador para
predador.
A moral da história? No final, é tão simples quanto isto:
Não é sobre o que ele tem ou o que ele quer fazer - é sobre
chegar lá e quebrá-lo.
Então, o que isso significa para você?
Levei 11 anos para chegar a esse ponto porque não havia ninguém
lá para me dizer qualquer coisa diferente. Estou aqui para contar como
funciona agora, para fornecer as ferramentas para fazê-lo funcionar e mostrar
como manusear essas ferramentas. Você obtém o benefício de cada segundo
que passei nos tatames, cada segundo que passei pensando nisso. Em vez de
fazer você reviver cada segundo que passei, estou aqui para lhe dar o resultado
final. Estou aqui para te dizer diferente. Em vez de reinventar a roda, tudo o que
você precisa fazer é pegar um corpo e bater nos tatames.
154

Capítulo dois
Treinamento para a Vida
“As pessoas costumam dizer que a motivação não dura. Bem, o banho também não
- é por isso que o recomendamos diariamente. —Zig Ziglar
Algo que ouvimos com frequência é: “Ok, entendo toda essa coisa de violência,
mas e se...” seguido de alguma situação hipotética que você criou e que pode acabar
nas ruas.
Este é o código para 'Não quero me machucar'.
Bem, ninguém faz. Se isso fosse algo que você pudesse evitar com segurança,
seria uma parte central de nosso treinamento. Mas não é.
A verdade sobre a violência é que você será socado, chutado, esfaqueado,

espancado e baleado - seja você o 'vencedor' ou não. Qualquer outro resultado -
como passar por ele e derrubar seu homem (ou homens) sem deixar um arranhão em
você - é pura sorte.
O que você pode realisticamente esperar como sobrevivente é sair mancando

aí vivo.
Aceitar a realidade da situação com antecedência salvará sua vida. Isso evitará
que você desista no ponto em que as coisas estão piores. Digamos que você seja
treinado em 'defesa de faca'. E então você é esfaqueado. Seu primeiro pensamento
será 'eu estraguei tudo', o que levará ao resultado de 'estragar tudo': a morte. Você
estará pensando sobre o resultado de seu erro - 'Eu vou morrer!' - em vez do que você
precisa pensar para sobreviver, principalmente 'tirar o olho'.
Olha a diferença aí. Temos uma abstração versus uma
ação concreta. Qual deles você quer que saia de você quando sua vida depende
disso? Você já ouviu dizer que não há
155

ateus em uma trincheira. Bem, não há filósofos em uma luta de facas.
Não os vivos, de qualquer maneira.
Também é importante observar que as pessoas que são melhores em
a violência ignora completamente o lado 'o que ele está fazendo' da equação; eles simplesmente
colocam todo o seu esforço para tornar a violência unilateral e mantê-la assim. Eles entram e
terminam, excluindo
tudo mais.
E você também deveria.
O sucesso é a sua referência. Você vai fazer o seu melhor para

modelar os esforços e comportamentos daqueles que são bem sucedidos em
violência. Resumindo, você vai agir como os sobreviventes.
Você obviamente não vai agir como um morto (isso não importa
dizendo), nem vai modelar comportamentos e ações que gostaria que estivessem presentes.
Em vez de acessar a violência do jeito que você gostaria que funcionasse, você vai olhar para a
realidade em busca de dicas de treinamento.
Este é um grande salto para lugares desconfortáveis.
Ao invés de treinar do jeito que você gostaria que fosse, você vai treinar
do jeito que é. Você vai começar no ponto da lesão e deixar o outro cara se preocupar em
esperar e ver. Ele pode esperar e ver o que você está fazendo enquanto você faz isso com ele.
A realidade é uma escavadeira que arrota fumaça com os elfos e o povo das fadas de
bons ideais, todos quebrados e emaranhados em seus trilhos de ferro. Se você tiver uma
escolha - e você tem - então treine para se colocar no banco do motorista e o outro cara embaixo
da lâmina.
Três Erros Comuns de Treinamento
Vamos supor por um momento que você está comigo. Você entende que a
violência real é anti-social, assustadora e mortal, e você
156

saiba que você tem que treinar para estar preparado para atacar e matar. Como
você faz isso?
Bem, primeiro vamos falar sobre como não fazer isso - esses são os três
erros de treinamento mais comuns praticados por muitos especialistas em
autodefesa e artes marciais:
1. Treinamento para combate individual.
Eu martelei em casa a importância do fato duro e frio:

“você faz o que você treina.” Qualquer coisa que você faz em
um ambiente de treinamento é exatamente como você está se
condicionando a responder em uma situação de vida ou morte. A
maioria dos meus clientes entende esse princípio ao aplicar traumas ao
corpo. Eles têm o cuidado de garantir que golpeiam com o punho cerrado ou
certifique-se de completar a rotação do corpo para aplicar a força máxima na
área-alvo do outro cara.
Porém, mesmo que faça tudo isso, não estará preparado para
enfrentar mais de um adversário. Você será excelente em lidar com um
cara, mas adicione outro e observe o colapso ocorrer. E o simples fato é
que há segurança nos números, mesmo para o sociopata criminoso. As
pessoas tendem a atacar em grupos.
Você deve sempre tratar cada confronto como tendo vários caras. Você
precisa ser instruído sobre como ser um lutador de 360ÿ e estar ciente do
que está ao seu redor o tempo todo. No TFT, todas as lutas são contra vários
caras, mesmo em uma sessão de treinamento individual. Isso significa que,
ao eliminar minha vítima atual, estou ciente do que está ao meu redor e
caçando minha próxima vítima. Se você nunca treinou para vários caras,
nunca treinou para confrontos de vida ou morte. Não cometa esse erro.
2. Perder tempo “condicionando” seu corpo.
157

Artistas marciais são incríveis. Eles podem fazer coisas extraordinárias.

Já vi programas de televisão em que eles dobram lanças com a nuca,
sentam-se no chão com as pernas cruzadas enquanto dez alunos tentam
com 'toda a força' derrubar o mestre, e uma variedade de outros que
poderiam passam agulhas pela pele sem sangrar, cortam-se e depois
'milagrosamente' estancam o sangramento, colocam objetos pontiagudos
nos olhos,
etc etc.
É impressionante, tudo bem. Infelizmente, condicionar o corpo

levar um golpe também é uma completa perda de tempo. "Por que?" você pergunta?
Simplesmente porque a violência é tão imprevisível. Quase posso

garantir que a área do seu corpo que você escolheu para 'condicionar' não será
a área atacada em uma situação real. Mais importante ainda, existem mais de
70 áreas anatômicas do corpo humano que fornecem cerca de 200 alvos
específicos que não podem ser 'condicionados'. Como você pode ver, é muito
fácil ferir o corpo humano apenas conhecendo um pequeno número dessas 200
opções. (Realmente, qualquer um serve se você souber o que fazer com ele.)
Você não pode condicionar o corpo para a violência real, e nem

essas pessoas listadas acima. Não se impressione com truques de salão.
Para o cara que colocou um objeto pontiagudo em seu olho - ofereça-se para fazer
isso por ele (apenas esteja preparado para esfaqueá-lo no olho).
Para o cara que dobra a lança com o pescoço - passo atrás dele
e chute-o com a canela na virilha, então observe com que facilidade a lança
perfura sua garganta!
Para o cara sentado de pernas cruzadas e todo mundo tentando

para empurrá-lo - pegue seus dedos e enterre-os sob o queixo dele e
observe-o tombar.
158

Finalmente, o engolidor de espadas - garanto que se você pegar seus

dedos e enfiá-los na garganta dele, ele vai engasgar e vomitar como todo
mundo.
A questão é esta: o corpo humano pode ser treinado para lidar com
traumas em uma área específica sob condições controladas. Isso não tem
nada a ver com a criação de lesões. Tire os controles e o caos reina.
É por isso que tentar controlar o incontrolável é um mau uso do seu

tempo. Por outro lado, com o direcionamento adequado, você se machuca
independentemente do tamanho, força, velocidade ou capacidade de dobrar
lanças com o pescoço do outro cara.
Lembre-se: a melhor maneira de sobreviver a um encontro violento é

ser o único a fazer a violência.
3. Contar com ferramentas de treinamento.
Muitas pessoas acreditam firmemente em ferramentas de treinamento

como sacos de boxe. Eles podem concordar que um saco não pode
substituir um parceiro vivo, mas ressaltam que você pode bater em um
saco com mais força e mais frequência do que em um ser humano,
desenvolvendo assim força, velocidade e resistência.
Isso é verdade para treinamento de competição – mas treinamento

para competição não é o mesmo que treinamento para violência. Tais auxílios
são contraproducentes quando seu foco é a violência.
No final dos anos 1980, lembro-me de ter lido uma entrevista muito
interessante com um ex-policial de San Diego. Ele começou sua carreira na
década de 1920, quando San Diego ainda mantinha parte de sua reputação de
'Velho Oeste' (e os problemas associados a essa 'reputação').
159

Nesta entrevista, o oficial conta inúmeras histórias sobre como acabar com
tumultos e se engajar em todos os métodos de combate corpo a corpo para 'fazer
a coisa certa'. Isso tudo foi muito divertido, mas o que me impressionou foi o que
ele disse ao entrevistador no meio
o artigo.
Ele disse que antes de ingressar no departamento, ele havia sido um

boxer e gostei muito de ir à academia de boxe. Ele adorava sparring e
malhar nos sacos pesados e rápidos. Mas ele descobriu que quanto mais
lidava com criminosos na rua, mais
mais seu boxe trabalhou contra ele. Ele observou que havia um 'timing' diferente na
rua e as pessoas 'se moviam quando você as atingia'. Chegou a um ponto em que
ele teve que parar de lutar boxe porque o tornava mais lento na rua.
O entrevistador ficou surpreso com essa declaração e o

questionou ainda mais. O oficial então elaborou dizendo que era muito mais fácil
machucar as pessoas quando você não tinha que 'boxar'. Em vez disso, o que
você tinha que aprender era ficar em cima deles enquanto os atingia.
Lembro-me de um exemplo em que ele contou como era fácil quebrar o

pescoço depois de machucar um homem, desde que você passasse por ele
enquanto o fazia (lembre-se de que isso foi nos anos 20). Ele demonstrou como
fez isso ao entrevistador, dizendo que era uma ótima maneira de alguns policiais
acabarem rapidamente com um motim.
fazer uma ...

pausa
soa muito
na articulação,
como sofrer
tudo
sua
usando
primeira
penetração
lesão, Hmmm,
e rotação
então
-
onde você já ouviu isso antes?
Resumindo: auxiliares de treinamento de competição, como sacolas

pesadas, são uma preparação ruim para praticar violência contra outro ser humano. o
160

maus hábitos arraigados com tais produtos podem roubar de você

oportunidades de acabar com a situação em que você se encontra
AGORA, em vez de dar ao outro cara tempo para se recuperar e fazer violência contra
tu.
Princípios do treinamento de foco no alvo
Um dia, recebi de um cliente uma excelente análise dos princípios de

treinamento do TFT. Vale a pena compartilhá-los com você agora porque são
exatamente as coisas que você precisa ter em mente quando estiver treinando
para a vida real - não para o ringue de boxe. Eles são:
Noções básicas de violência
• Trabalhe como um sociopata em um confronto de vida ou morte—

mutilar, aleijar ou matar.
• Não há regras na violência – remova tais limites ou você

sofrerá as consequências.
• Sua única arma é seu cérebro. Todo o resto é uma ferramenta.
• Na violência, nunca se concentre nas ferramentas do outro cara (revólver,

faca ou porrete). Concentre-se em tirar sua arma (cérebro) - simplesmente
tirar as ferramentas e deixar o outro cara funcional pode custar sua vida.
• A violência não é dar e receber – torne-a unilateral.
Fazendo Violência
• Seja aquele que pratica a violência.
• Mire pequeno, erre pequeno.
• Sempre se concentre em atingir alvos.
161

• Sempre golpeie, nunca bloqueie.
• Tenha uma mentalidade de primeiro ataque: não hesite.
• Sempre bata o mais forte que puder, com todo o corpo.
• Nunca desista até que o outro cara não seja funcional.
• Sempre assuma várias pessoas em um confronto violento.
• Sempre pergunte a si mesmo “o que está disponível para mim” NÃO “o que está
está sendo feito comigo?”
Social vs. Associal
• Não use a violência para resolver situações sociais.
• Nunca faça postura com violência.
• Não tente 'ensinar uma lição a alguém' ou você pode obter

escolarizado.
• Afaste-se de confrontos baseados no ego - não há

ameaça.
• Se você puder usar habilidades sociais para evitar a violência, faça-o, mas
se for anti-social, só há uma opção: violência.
Treinamento para Violência
• Seja brilhante no básico.
• Você faz o que treina: certifique-se de treinar para o real

mundo.
Em suma, uma boa cartilha para conflitos violentos. Fiquei feliz em ver que nosso
treinamento fez sentido para ele e afundou em um nível profundo o suficiente para que ele
pudesse ordenar o básico com suas próprias palavras, para seu próprio uso. Sua lista tornou
óbvio para mim que ele assumiu a propriedade
162

o material - que ele tinha a ferramenta de violência firmemente agarrada em ambos

punhos.
O que ele revelou aqui é um ótimo projeto para qualquer pessoa começar a
construir a ferramenta por conta própria. Você não pode errar com nada disso; é uma
destilação direta de por que os criminosos são bem-sucedidos e como você também pode
ser.
163

Capítulo três
Aprender a lutar ou malhar?
“Existe um grande traço de violência em todo ser humano. Se não for canalizada e
compreendida, irá explodir em guerra ou em loucura.” —Sam Peckinpah
Eu vi um comercial para um daqueles programas de instrução de dança que garantem
que você seria capaz de dançar tão bem quanto qualquer membro das boy-bands mais
populares. O programa mostrou um grupo de alunos seguindo o passo a passo do instrutor para
aprender alguns movimentos bastante complexos, coreografados com perfeição.
O resultado foi que, ao memorizar os passos e combinar os
movimentos, os alunos podem imitar a rotina anteriormente difícil.
Isso me lembrou de assistir a uma equipe de Wushu praticando seu show.
Para aqueles que não estão familiarizados, Wushu é uma arte marcial chinesa que é
transmitida por meio de uma performance de palco. As lutas são muito elaboradas e é preciso
muita prática para fazer uma apresentação convincente

mostrar.
Ao observar os treinos da equipe, foi interessante notar que sempre que alguém
queria fazer besteira, tudo o que tinha que fazer era executar um movimento diferente da
rotina. Literalmente, você estaria assistindo a uma cena de luta que juraria que estava
colocando dois lutadores altamente treinados em um combate mortal quando, de repente, um
dos caras se moveria de maneira diferente ... talvez dê um tapa na cara do outro cara como os
Três Patetas costumavam fazer Faz. Todo mundo ria e fazia uma pausa.
Mas aquele tapa também me acordou do estado de sonho em que estava enquanto
assistia à apresentação.
Percebi que esse era exatamente o método pelo qual a maioria das artes marciais ou
esportes de combate são ensinados. Especialmente quando eles tentam treinar
164

para legítima defesa. Basicamente, existem padrões definidos que você memoriza em
resposta a vários ataques encenados. Memorize essas respostas e você poderá parecer
bastante impressionante.
Mas o que acontece se você variar o ataque?
A maioria dos alunos congela.
Porque?
Porque eles nunca foram ensinados a lutar!
Não, eles basicamente foram ensinados a dançar - e desde que tudo corresse
de acordo com a rotina, eles poderiam se sair bem. Mas todos nós sabemos que as coisas
nunca saem exatamente como planejado.
Lutar não é diferente - esteja você no tatame em seu centro de treinamento ou na
rua em um combate mortal com o(s) outro(s) cara(s). A única variação é que, quando
você luta com seu parceiro de treinamento, na verdade não mutila, aleija ou mata. Você
ainda mira e simula esses golpes exatos, apenas em um ritmo que seu parceiro pode
aguentar.
Se, no entanto, você estiver operando em um modo de 'treinamento' onde você está
memorizando uma resposta 'definida' a um ataque, você não está aprendendo nada além
de um movimento de 'dança'. Esse treinamento é um treinamento de coordenação, não de
luta. Se você não sabe a diferença, pode facilmente ser vítima da síndrome do “agora é real”. É
aí que você enfrenta um ataque iminente, mas hesita... enquanto seu cérebro tenta aceitar o
fato de que “isso é real”.
Compare isso com o lutador bem treinado que simplesmente vê tudo isso como uma
mera luta e procede para: a) encontrar seus alvos eb) atacar.
A única diferença para o lutador é que agora ele pode atacar com força total. Isso porque o
lutador bem treinado nunca se vê
165

como 'treinamento' - ele está sempre lutando. Entenda este conceito e você estará
sempre preparado... não importa qual seja a situação.
Lutar é lutar, não entrar em forma
Eu quis dizer o que disse: o lutador bem treinado vê tudo como uma luta. Ele
nunca vai dizer que vai “treinar” quando vai para uma sessão de treinamento. Isso
porque a ênfase não está no “trabalhar”, mas na luta em si.
Enquanto eu estava gravando uma nova série de vídeos, meu amigo (e

treinador de força olímpica de classe mundial) Charles Staley estava saindo e
assistindo. A certa altura, um dos instrutores perguntou a Charles sobre como
melhorar seu regime de treino para obter uma melhor composição corporal.
O instrutor fez o comentário: “O que é ruim é quando você sabe

como tirar as pessoas, não há motivação para ficar grande.”
Agora, eu não concordaria necessariamente com essa afirmação, mas

entendo o que ele quis dizer - usar a violência como ferramenta de sobrevivência
e ficar em forma não têm nada a ver um com o outro. Existem benefícios óbvios
para a saúde e estilo de vida em estar em boa forma física, mas isso não é uma
condição para o uso eficaz da violência para ferir um criminoso anti-social.
A violência pode ser alcançada por todos – não apenas por aqueles em
boa forma.
Esse é o reino dos esportes de combate e artes marciais onde estar em

a forma é importante. As regras impedem sua capacidade de usar a
violência de forma eficaz e, ao competir, o objetivo é melhorar a habilidade do oponente,
não feri-lo e deixá-lo inoperante. O condicionamento físico muitas vezes pode ser o
fator decisivo em tais disputas, especialmente com dois oponentes igualmente
habilidosos.
166

Usar a violência requer intenção. Você tem que modelar condições sociais
para reconhecer quando agir. O direcionamento eficaz permite maximizar o uso da
violência. Isso permite que você contorne a necessidade de um bom condicionamento

físico para poder criar lesões em qualquer corpo humano, independentemente do tamanho,
velocidade e força física do outro.
cara.
Meu ponto é que a violência está disponível para todos, independentemente da

condição física. O TFT ajuda você a aprender como usar a violência de forma mais
eficaz... mas você não precisa conhecer o TFT para usar a violência para se proteger.
Mais uma vez, as prisões estão cheias de assassinos 'não treinados' que já
entendem esse ponto. Não use a desculpa que você precisa para entrar em forma
como uma razão para não entender a ferramenta da violência.
Preocupe-se com o que importa
Algumas pessoas vêm ao TFT em busca de um programa de exercícios. Quando
digo a eles para trabalhar na segmentação, eles ficam perplexos.
Eu sempre digo às pessoas que a melhor maneira de bater com mais força é
primeiro atingir seus alvos. Também dou às pessoas um exercício simples: procurar
alvos constantemente ao longo do dia ao verem pessoas nas ruas, shoppings, mercearias
etc. A melhor maneira de melhorar uma habilidade é praticá-la constantemente em
ambientes não estressantes. Dessa forma, sob estresse, o cérebro busca naturalmente
esse conjunto de habilidades familiares. Atletas profissionais em todo o mundo usam
esse método de visualização - e quanto melhor eles o fizerem, melhor será seu
desempenho.
No entanto, sempre recebo olhares confusos e pessoas dizendo: “Ok, vou fazer
isso, mas que tipo de treino devo fazer?” Eles querem que eu lhes dê um treino baseado
em peso para melhorar seu poder e (a maioria não admite) sua composição corporal.
167

Eu rio para mim mesma e me pergunto por que eles pediram meu conselho.
Já que eu disse a eles para trabalhar primeiro em sua segmentação, talvez eles
devessem se perguntar por que eu aconselhei esse curso de ação.
A resposta? Bem, ninguém gosta de ouvir isso, mas é porque o direcionamento

deles é péssimo.
A maior melhoria que eles poderiam fazer em sua luta neste

fase é simplesmente melhorar a segmentação. Período. Depois
disso, posso ajudá-los a melhorar sua dinâmica física para aumentar o
trauma que causam a esses alvos.
Se você quer um programa de exercícios, vá para a academia.

Também não estou recomendando contra isso; Acho ótimo ficar em forma e
encorajo todos a manterem a boa forma física. Mas esta é uma questão
completamente diferente de usar a violência como uma ferramenta. Seus níveis de
condicionamento físico não são literalmente nada comparados à sua capacidade de
atingir um alvo.
168

Capítulo quatro
Homens Mortos Não Contam Histórias Ou,
Por que você não pode aprender nada de valor

Do cara morto
Quando vemos um ato de violência, sentimos isso em nossas entranhas.

Nossos olhos se voltam para a infeliz vítima, tentando desesperadamente se
defender, e uma parte de nós está ali, sofrendo com ela. Isso é o que pessoas
sãs e socializadas experimentam quando veem violência – empatia. Tenha em
mente novamente que estou falando sobre violência real. Sim, as pessoas vão
aplaudir e zombar de uma briga de bar ou de uma briga no pátio da escola, mas
ninguém comemora quando vê um homem esfaqueado no pescoço. Podemos
imaginar a dor e simpatizar com a situação da vítima. Isso é normal, natural e bom.
É o que faz a sociedade funcionar e nos impede de rasgar a garganta uns dos
outros em um piscar de olhos.
Se você passa algum tempo se preocupando com coisas como violência,

essa empatia instintiva se transforma em perguntas: o que a vítima poderia
ter feito diferente? Como posso evitar que isso aconteça comigo? Você tem uma
tendência natural de se identificar com a vítima porque, convenhamos, poderia ter
sido você. Não é você que anda pelas ruas procurando encrenca. É muito mais
provável que você seja atacado do que esteja atacando. Então a fantasia é que se
você pudesse aprender com os erros dele, então o que aconteceu com ele não
pode acontecer com ele.
tu.
Uma ideia legal, mas muito parecida com o cara morto, cheio de buracos.
A única informação (quase) útil com a qual podemos aprender

o cara morto é para não estar lá. Digo 'quase útil' porque é estúpido e óbvio.
Funciona bem quando você é apresentado a um claro
169

escolha - eu escalar ou desengajar? Mas é estúpido quando você pensa em

cenários como tiroteios no local de trabalho: “Não vou entrar hoje - sinto um tiroteio
chegando.”
Qualquer coisa que você acha que poderia aprender com o

desempenho do cara morto - se ele apenas acertou o olho ou não recuou - é inútil
porque é tudo fingimento. É faz de conta.
Não foi assim que aconteceu.
Outra pessoa na foto estava fazendo alguma coisa. Algo que funcionou.
Algo que fez o trabalho. Algo que fez o cara morto morrer. É para ele que você vai
querer olhar se quiser aprender o que funciona na violência.
É uma ideia agradável e confortável? De jeito nenhum. A grande maioria

dos vídeos violentos também são criminosos. E você, não sendo um criminoso,
achará naturalmente difícil simpatizar com a pessoa que pratica a violência. Mas esse
é o único lugar onde há alguma coisa
útil para ser aprendido.
Porque? Porque é um registro do que dá certo na violência. Não é fingimento,

não é poderia-teria-deveria - é. Quando mudamos o foco do cara morto para o
sobrevivente, deixamos o mundo da conjectura e aterrissamos diretamente no reino
dos fatos. Se você vai apostar sua vida em alguma coisa, não recomendo que
aposte em um monte de opiniões ou em um quarterback de poltrona - aposte nos
fatos.
A pessoa que pratica a violência está usando os fatos a seu favor.

Preste atenção no que ele está fazendo. A única coisa que o morto pode mostrar
é o resultado final desses fatos. E essa é a informação que você já tinha.
170

Capítulo Cinco
A palavra final no contexto - ASSASSINATO
Toda vez que discuto o treinamento de foco no alvo ou minha opinião sobre violência,
Encontro confusão sobre o que faço - confusão que, francamente, estou cansado
de discutir e repetir. Toda vez que começo uma nova sessão, tenho que agir com cuidado
para não fazer as pessoas pensarem que as estou treinando para se tornarem sociopatas.
Existem razões biológicas, psicológicas e sociais profundas para essa confusão - e,
portanto, é perfeitamente natural que essa confusão persista - mas, como instrutor, fico
frustrado porque andar para frente e para trás nessa rotina desgastada não faz de você
melhor em fazer violência.
A única coisa que o torna melhor é entender a mecânica - como e onde
causar lesões e como tirar melhor proveito da última lesão que você causou. Todo o
resto é apenas masturbação mental que parece importante porque tem gosto de filosofia
com um pouco de trabalho misturado. parceiro de reação e bater nos tatames
regularmente. É como tentar aprender a voar lendo um livro e depois declarar-se um piloto
qualificado. Você pode ser qualificado para o livro, mas com certeza não quero entrar em
um avião com você até que tenha algumas horas de instrução real no trabalho. A violência
é a mesma.
Isso pode parecer que estou açoitando um cavalo morto, mas meu objetivo é
esfolá-lo até o osso (ou finalmente vendê-lo, se você entender o significado
original); Quero levá-lo à sua conclusão lógica e absurda, além da qual não há mais
queixas:
171

O que ensinamos é violência, que é o que você precisa fazer quando

alguém quer te matar.
“Então, onde está a confusão?” você pergunta. Isso parece bastante claro.
E é isso que eu acho também. Mas aí começam as perguntas:
Por que eu precisaria saber como matar alguém?
Não terei problemas se usar isso em uma briga de bar?
Mas e se ele tiver X e/ou Y e estiver vindo para cima de mim desse jeito?
Como faço isso com alguém que sabe o que vocês sabem?
E se ele fizer isso primeiro?
Ou qualquer um de um número infinito de variações. Todas essas

perguntas me dizem uma única coisa: você realmente não acredita que maior,
mais rápido, mais forte não importa. Você quer acreditar, mas você
não.
De onde vem toda a confusão? Surge porque você acha que sabe o que está
vendo e está olhando pela janela mental errada. Quando punhos e pés estão
voando, você vê a política dos macacos. Você vê a concorrência. É tudo Grandes
Macacos trabalhando em dominância e submissão. Não se sinta mal - você está
programado para reconhecer e responder a isso. É natural. É por isso que quero
começar a conversa sobre violência com um cara atirando em outro cara até a morte.
Assistir a uma pessoa matar outra com uma arma de fogo não fará ping em seu
cérebro de macaco. Irá muito mais fundo, até o nível do lagarto, o nível do
predador primitivo. Você verá o que é - matar. Se olharmos para a mecânica
subjacente, temos tudo o que realmente é: energia cinética transmitida através da
anatomia, destruindo-a.
E agora temos o modelo perfeito para trabalhar de trás para frente.

Mantenha o contexto da matança, mantenha a anatomia destruída em mente e agora
172

veja outras maneiras de afetar esse resultado: energia cinética transmitida através da
anatomia, destruindo-a
Então, um punho, uma bota, um cachimbo, uma canela, etc., etc., não importa o que
contanto que esteja fazendo o trabalho que uma bala faz, mesmo que apenas em um sentido
genérico. Então, agora, se alinharmos uma série de assassinatos e olharmos para eles lado a
lado, um tiro, um espancamento, um esfaqueamento, ser atropelado por um carro - devemos ser
capazes de ver os princípios claros e subjacentes que governam todos esses igual e imutavelmente.
Aprender a manejar esses princípios é o 'acertar a mecânica' que mencionei
mais cedo.
Tudo claro, certo? Não, de volta à confusão: todo mundo pega a arma
e o carro, mas eles se sentem duvidosos sobre o cachimbo e a faca, e zombam francamente
do punho, bota ou canela. Não quero dizer que eles se oponham a usá-los. Estou falando
sobre aprender a vê-los como ameaças. Todo mundo sabe que uma arma pode matar você,
mas as pessoas pensam que uma faca lhes dá um elemento de chance - e elas sabem que
podem evitar ser mortas por um soco se forem cuidadosas. O que eles sabem está errado, é
claro, mas ainda acreditam nisso.
Porque?
Porque eles lêem com seu filtro político de macaco e acham que há algo que podem fazer
a respeito: “Não consigo desviar de balas, mas posso bloquear um soco”. Este é o máximo em
arrogância e o leva a uma espiral de feedback negativo: se você pode 'lidar' com um soco, é claro
que ele pode 'lidar' quando você está tentando acertá-lo. Você está mijando em seu reservatório de
confiança e seu treinamento parecerá hesitante e irregular. E é exatamente aí que sua habilidade irá.
Você está pensando que está lutando quando realmente queremos que você faça algo completamente
diferente.
173

Vamos encarar os fatos: as pessoas são esfaqueadas até a morte. Pessoas

morrem com socos na cabeça. Você pode espancar uma pessoa até a morte. Só
porque um cara não tem uma arma não significa que você deva tratá-lo levianamente.
E a recíproca também é verdadeira: só porque você não tem uma arma, não
significa que não possa derrubá-lo.
Estou tentando ensiná-lo a matar assassinos. Tudo o que se encaixa nesse

modelo estreito beneficia você. Qualquer coisa que pareça fora de lugar ou boba
nesse contexto não passa de lixo.
É por isso que 'assassinato' é a palavra final no contexto. Quase ninguém

sabe o que fazer quando é isso que está acontecendo. 'Combate' e 'defesa' são
inúteis naquela arena - lembre-se que as feridas de defesa são encontradas
em cadáveres e diga ao legista que a pessoa 'lutou por sua vida'.

Você não vai lutar contra ninguém por sua vida. Você vai matar um
assassino.
Armado com este 'novo' contexto, vamos olhar para o comum

questões:
1. Por que eu precisaria saber como matar alguém?
Se esse alguém é um assassino, então ipso facto. É como perguntar: “Se o

afogamento pode me matar, por que aprender a nadar?” Ninguém aprende a
nadar e depois pensa: “Ótimo! Agora posso me colocar em uma situação
estúpida, quase me afogar e usar essa habilidade de natação!”
Não, a natação é uma salvaguarda para algo que você espera que nunca
aconteça. A capacidade de matar é a mesma. Você não corre para experimentá-
lo. Você espera nunca ter que usá-lo. Mas se a situação surgir, a habilidade
existe para salvar sua vida.
2. Não terei problemas se usar isso em uma briga de bar?
Sim. Sim você irá.
174

3. Mas e se ele tiver X e/ ou Y e estiver vindo para cima de mim desse jeito?
[Cue sarcasmo] Então você deve agir com raiva e executar uma carga de
blefe e rezar para que ele esteja jogando de acordo com as mesmas regras -
que ele esteja procurando uma briga e não um assassinato. Você faria a mesma
pergunta com uma arma de fogo ou um volante na mão? Claro que você ri, mas
uma garganta esmagada e um olho arrancado não importa se foram balas,
enfeites de capuz ou botas que fizeram isso. Então, por que você deveria?
4. Como faço para alguém que sabe o que vocês sabem?
Ferido é ferido, morto é morto, independente de talento ou

treinamento. Isso está de volta à coisa maior-mais-forte-melhor. A maioria dos
criminosos sabe o que eu sei. Não importa. você não vai ser
pensando nisso - você estará apenas procurando uma oportunidade,

causando uma lesão e seguindo em frente.
5. E se ele fizer isso primeiro?
Então você não tem nada para se preocupar.
Maior-mais rápido-mais forte?
O assassino não se importa com quem é o maior, mais rápido ou

mais forte - na verdade, essa é uma das razões pelas quais ele é bem-sucedido. E
isso deve informar o seu pensamento sobre o assunto.
Aqui está a linha de fundo: verifique a si mesmo e fique com o que importa.
Sua pergunta, sua dúvida, sua preocupação está enraizada na mecânica da
lesão ou está presa na política dos macacos, na "luta"? Seja honesto com você
mesmo. Se for a mecânica, posso trabalhar nisso, mostrar o que fazer, como fazer.
Depois disso, cabe a você bater no tatame com um parceiro e tomar posse dele. Se
é competição, política de macacos ou tem algo a ver com comunicação ou
175

mudança de comportamento, então é irrelevante e sem sentido no

contexto de matar um assassino.
Porque você não fala, tenta superar ou até briga com

assassinos. Você os mata.
176

Capítulo Seis
Não é sobre impertinente ou legal
É sobre o que funciona e sobrevivência. Período.
Recentemente, li um artigo sobre autodefesa em que o autor falava de

violência como se você pudesse escolher o nível de seriedade da interação. Por
exemplo, ele disse que se o outro cara só quer 'chutar o seu traseiro', você chuta o
traseiro dele de volta, sem realmente machucá-lo, mas ensinando-lhe uma lição. Se
ele é um pouco mais sério, então você também é - e se ele quer te matar, bem,
essa é a única vez que você vai usar certas técnicas e alvos como olhos, garganta
e assim por diante.
Essa ideia ilustra uma desconexão fantasiosa entre 'luta' e violência, algo
que merece um nome fantasioso: costumo me referir a essa ideia como 'discar
em seu poder de Aranha'. (Com muitas desculpas a Stan Lee).
É a ideia de que você pode escolher atingir alguém com, digamos, 60% de
o que você tem - e que você só atingirá alguém com 100% quando sua vida
depender disso. É ser capaz de olhar para uma 'luta' iminente e dizer 'bem, ele
não está falando sério, então vou diminuir meu poder de Aranha para 50%' e
então socá-lo com força, mas não muito forte, porque, afinal, você não quer matá-
lo, certo? Claro, este método depende fortemente de suas habilidades psíquicas
latentes para descobrir as intenções do cara na fração de segundo quando ele
está correndo para você. E Deus me livre de pensar que ele é 60% sério quando
está dando 100, porque você vai se conter, e ele não.
Aqui está o problema: se segurar pode te matar. Existem muitas maneiras

de se conter:
177

• Você pode esperar e ver para tentar descobrir quais são as intenções dele
está.
• Você pode tornar certos alvos 'fora dos limites' porque destruir
Eles são horríveis (você nunca vai me ouvir dizer o contrário) - como os
olhos ou quebrar um joelho, ambas deficiências permanentes e
incapacitantes.
• Você pode 'pegar leve' com ele, não golpeando o mais forte que puder.
Qualquer um desses leva diretamente a eficácia reduzida,

resultados e, no pior dos casos, a morte — a sua, não a dele.
A ideia de que você pode descobrir as intenções dele é uma ilusão

fantástica. Se você não tem poderes psíquicos (e meu palpite é ... espere por
isso ... você não tem) ou conhece o mal que se esconde nos corações dos homens
como a Sombra, então você está ferrado. Você saberá que ele quer te matar porque,
bem, ele está fazendo isso. Não é hora de descobrir. Na verdade, nunca é um bom
momento para descobrir, certo? Mas há “ruim” e “pior”, e enquanto ele está fazendo
isso definitivamente vem sob o título de pior.
Tornar os alvos fora dos limites antes do tempo ("Eu nunca vou tirar os olhos")
lhe dará um soluço hesitante se sua próxima - e única - oportunidade for esse alvo.
Você vai parar. E tente ser reiniciado. Se você tiver sorte, isso não significa nada. Se
você não tiver sorte, a oportunidade se foi e você acabou de levar um tiro/esfaqueado/
o que quer que seja (talvez de novo) e é melhor torcer para que ele tenha errado.
Você sempre quer atingir o homem o mais forte que puder. Sempre - o mais
forte que puder. 'Segurar' reduz a chance de lesão. Agora estamos no reino de bater
uns nos outros, irritar as pessoas e causar um trauma 'leve' inespecífico que não é
uma lesão persistente nem indutor de reflexo espinhal. É um movimento desperdiçado
que permite que ele saiba que está ligado.
178

Lembra do autor desse artigo? Não se preocupe, ele permitiu

por matar. Veja bem, ele imaginou que, na pior das hipóteses, ocorreria uma
transformação mágica - mesmo que você tenha castrado e diluído seu treinamento
esperando, tornando os alvos fora dos limites e batendo neles, você poderia de
repente subir para a ocasião de seu assassinato iminente, esmagando a garganta ou
arrancando um olho com força total e esforço.
Essa é uma boa ideia, mas vai contra o 'você faz o que você treina'.
Então, até esse ponto, como a forma como treinamos serve para você?
Aparentemente, parece que treinamos apenas para o pior cenário possível, que usar
o que você sabe em qualquer outra situação seria como usar dinamite como abridor
de latas.
Vamos colocar desta forma: o 'pior cenário' abrange e inclui todos os outros
cenários possíveis; entrar apenas para causar ferimentos graves, colocar o homem
no chão e depois empilhá-lo (ou seja, começar a chutar um homem 'indefeso' no
chão) cobre, manuseia e cuida de tudo e qualquer coisa que ele possa querer fazer
com você.
Mas a verdadeira beleza é que você pode parar a qualquer momento.

Você normalmente fará isso no momento em que reconhecer que ele não é funcional.
Digamos que você comece quebrando a mandíbula dele no Temporal

Articulação Mandibular. Você obtém a reação mínima esperada - ele se vira
ligeiramente, de alguma forma mantém os pés. Você volta com um tiro na virilha e
tem uma reação enorme: ele cai de cara e tenta se enrolar em posição fetal. Você
quebra as costelas dele e depois acerta a lateral do pescoço dele, deixando-o
inconsciente. Nesse ponto, você reconhece que ele não está funcionando (para sua
satisfação) e para.
Observe que não mencionei nenhuma técnica ou ferramenta - isso é

porque eles não importam. As lesões importam.
179

Essa sequência poderia ter sido diferente em cada nódulo da lesão—

você quebra a mandíbula dele e ele gira três vezes e se deita, desmaiado; você para
quando ele fica fetal após o golpe na virilha; você para depois de quebrar as costelas
porque, no que lhe diz respeito, sua leitura sobre ele está 'acabada'.
Você também sabe como levá-lo a uma conclusão mais final com um
pisar no pescoço, quebrar o pescoço, pisar na garganta, etc. Mas sempre como
uma escolha informada - não por desespero e não depois de ter sido treinado que é
'errado' ou moralmente inferior.
Você também sabe como começar com a quebra garganta-olhos-pescoço,

mas, novamente, como uma escolha consciente. Se matar é o que o ajudará,
você o matará. Se matar não for apropriado, você ainda pode operar porque sabe
onde está a linha.
Isso ocorre porque você é treinado na totalidade da violência, entendendo-

a pelo que ela é - uma ferramenta de uso único que não possui um mostrador de
intensidade. Você não pode fazer as armas dispararem 'bem'. E o que uma bala faz é
a expressão mais pura de tudo o que estamos falando. Toda violência é igual.
Então, o que isso significa para você?
Em primeiro lugar, significa que você entende que a violência não é um brinquedo -
você não vai brincar com ela mais do que faria com uma arma de fogo carregada. Isso é
saudável. Isso significa que você não será sugado por travessuras estúpidas (anti-sociais)
pensando que pode usar o que sabe sem nenhuma repercussão negativa. Isso significa
que você será mais inteligente sobre quando retirá-lo e usá-lo. Isso vai lhe poupar
toneladas de desgaste, para não mencionar problemas legais.
Isso significa que quando você usá-lo, você vai usá-lo o único
maneira que você pode ter certeza de que funciona - sem governantes sociais
artificiais restringindo o que você pode ou não fazer. Você vai bater nele tão forte quanto você
180

pode causar ferimentos. E você aproveitará ao máximo essa lesão, replicando-a em
não funcionalidade.
Se olharmos isso através de lentes sociais, é selvagem, brutal, sujo, injusto e
muito provavelmente ilegal em algum lugar. Essa foi a tese essencial do autor da legítima
defesa. Mas a pergunta que você deve se fazer é: você vai apostar sua vida que o outro
cara está seguindo as regras?
Se ele é, bem, então você é um idiota, não é?
Se ele não estiver, você está morto.
A moral da história é: brinque com a violência da mesma forma que você faria com
uma arma de fogo - não.
Conhecer os riscos e agir de acordo
Ah sim. Conhecer os riscos e agir de acordo com eles...
... é uma tonelada de porcaria.
Deixe-me retroceder um pouco.
O conceito de universalidade da violência é uma ideia-chave que
volte uma e outra vez; isto é, tratamos toda violência como equivalente, sem algo como
luta "em branco", por exemplo, luta no chão, luta com faca, luta com bastão, etc.
A razão pela qual temos que continuar voltando a isso é porque, na maioria das vezes,
você não o trata como equivalente; adicione uma arma de fogo, por exemplo, e você acha
que as apostas são diferentes e de repente quer que seu desempenho reflita 'o quão sério'
você acredita que a situação se tornou.
Às vezes você pensa que é apenas o status social que está em jogo, ou apenas
ferindo. Mas quando a faca ou a arma sai, então é
181

diferente, certo? Agora você está jogando para valer, então você tem que conseguir
tudo sério.
Agora você conhece os riscos e deseja agir de acordo.
Eu chamo de besteira.
Deixe-me colocar desta forma: você realmente não quer saber o que está em jogo.
Você nunca quer saber se foi vida ou morte, porque sabe como vai saber? Quando ele está
te matando, é assim. Essa é uma maneira estúpida de descobrir. Será a última coisa que
você saberá. Nesse ponto, a informação não lhe servirá de nada. É como o equilíbrio de
poder entre as nações: a última coisa que você quer é perceber que seu inimigo tem mísseis
nucleares porque os está lançando contra você. Se você souber com antecedência, agirá para
evitar essa possibilidade. Mas quando você está em uma situação real de violência anti-social,
não há como saber com antecedência - então você tem que partir do pressuposto de que o
pior é verdade.
Se o seu tempo de tatame está se concentrando na ideia de que ele está 'de mãos vazias'
e assim as apostas são uma mera surra, você provavelmente está sendo desleixado com
distância e penetração - deixando-o ter muito do primeiro e não fazendo o suficiente do
segundo. Então, quando você adiciona uma arma de fogo na mistura, agora está ligado,
certo? Tudo muda; você tem que apertar, 'levar a sério', etc.
Você sabe o que está realmente fazendo? Você está treinando para ser morto.
Toda vez que você for físico, é para sempre. Toda vez que você arranca
os failsafes e sair com ele é sério. Cada. Solteiro. Tempo.
Você precisa considerar cada turno que recebe no treinamento como o 'negócio real'.
Trate-o como se ele tivesse uma arma de fogo ou uma faca - porque ele pode estar armado
com algo pior. Ele pode estar carregando o que eu carrego:
182

Uma armadilha para ursos de aço e uma matilha de lobos.
Nunca saio de casa sem eles. Na verdade, eles estão comigo
constantemente.
Agora, você pode pensar que estou sendo engraçado ou enlouquecendo e, para
isso, peço que revise qualquer vídeo de selvageria desumana que encontrar - por mais
repugnante que seja - de matar na guerra, um assassinato, um brutal, um assalto lateral.
Observe que, uma vez iniciado, não há como escapar. A vítima não tem a oportunidade de
fazer muita coisa além de se machucar, reagir, cair e se despedaçar.
É nisso que penso quando alguém me pergunta se sou uma ovelha, um lobo ou
um cão pastor. (Na verdade, a primeira coisa que penso é que sou um Homo Sapiens,
um ser humano, algo muito, muito pior do que qualquer um dos itens acima. Mas então,
somos todos humanos e provavelmente muito próximos disso para ver quão incrivelmente
poderoso um animal nós somos.
Sem dúvida, o ápice predador de todo o ecossistema. Mas estou divagando).
Então, se eu tiver que escolher um animal diferente, escolherei a sensação
quando estou nos tatames - como uma armadilha de aço para ursos e uma matilha de lobos.
A armadilha armada, fontes poderosas se esforçando sob uma cobertura apressada
de folhas e detritos da floresta, e um bando de lobos magros e castanhos circulando nas
sombras. Uma vez que a armadilha é acionada, não há escapatória - depois que as
mandíbulas de aço do ataque inicial estilhaçam os ossos e dividem a carne, os lobos
ficam livres para despedaçar o homem aleijado.
Por que um bom treinamento é assim?
Porque eu sei o que está em jogo de antemão. É tudo ou nada, sempre. E uma vez
que essa armadilha é acionada, não há como escapar.
Começando agora, aqui estão três coisas que você pode fazer para chegar lá:
1. Jogue fora a ideia de que as apostas são variáveis.
183

Trate cada volta nos tatames como se ele tivesse uma faca, ou uma arma de fogo,
ou, na pior das hipóteses, uma armadilha para ursos e uma matilha de lobos. Não
seja sugado pela ética situacional e “e se”. Você tem que assumir o pior e lidar com
as consequências mais tarde.
Lembre-se, se você realmente entrar em uma situação de violência anti-social, é porque
todo o resto falhou. Depois que você percebe que não usará essas coisas em brigas de
bar, mas contra sociopatas criminosos, a parte psicológica fica notavelmente fácil.
2. Seja a armadilha para ursos de aço e a matilha de lobos.
Depois de começar, é tudo sobre você. Ele não pode fazer nada além de reagir,
cair e se despedaçar. Ele não consegue cambalear para trás.
Ele não consegue rolar. Entre e fique ali, bem em cima dele — a distância máxima entre
vocês dois nunca deve ser maior que um passo/golpe. Idealmente, você ficará
praticamente torso a torso o tempo todo. Faça de 'não há escapatória' o seu lema de
violência pessoal - e então torne-o uma realidade.
3. Trabalhe para tornar a universalidade uma realidade para você.
A violência não é um monte de coisas díspares, todas coladas com fita
adesiva em um Frankenmass desajeitado. É uma singularidade. É apenas uma coisa.
Tem uma única utilização. Você não pode discar para cima e para baixo, 'vá com calma'
ou seja legal. Você não o inflige ao homem 'desarmado' de maneira diferente do que
faria com um 'armado'. (Pense em como você é perigoso, nu. Com nada além de suas
próprias mãos e intenção. Tão perigoso quanto uma armadilha de aço para ursos e uma
matilha de lobos famintos, talvez?)
Você precisa entrar em todas as sessões de luta livre com essas três coisas em
mente, porque precisa agir de forma idêntica em todas as situações violentas - lançar a
armadilha e atacar à vontade.
184

Cada sessão de treinamento deve ser a mesma - armas, facas, bastões ou não. Se parece
diferente com a arma, se parece estressante ou 'mais real', você está perdendo o ponto quando não
está lá - significa que você não está levando nada do resto tão a sério quanto deveria. A intenção óbvia
e projetada da arma de fogo é levá-lo aonde você deveria estar o tempo todo quando estiver nos
tatames.
Aperte o cinto, concentre-se e lute livremente para tornar a ferramenta verdadeiramente
imaterial - faça o trabalho de forma que realmente não importe o que ele tem, mesmo que seja uma
armadilha para ursos e uma matilha de lobos.
185

Capítulo Sete
Hora de parar de mentir para si mesmo
Instrutores experientes são algumas das pessoas mais relaxadas que

saber.
A questão, claro, é por quê? Afinal, essas são as pessoas que não têm
ilusões sobre criminosos, sociopatas e violência à espreita nas esquinas. Eles
entendem que é matar ou ser morto. Então, por que eles estão tão calmos sobre
isso?
Quando você tem a capacidade mecânica de causar lesões (que você

todos fazem) e acoplá-lo com o motivador da intenção, tudo desacelera e fica
calmo e fácil - você não está louco por uma briga ou dando a si mesmo um
distúrbio de ansiedade por ficar obcecado violentamente por cada ser humano que
esbarra em você.
Este é o objetivo final de todos os aspectos do treinamento TFT: criar

um nó duro de intenção, pronto para ser retirado e usado quando a situação
exigir. Você simplesmente cultiva a habilidade e a vontade de usá-la e, em
seguida, senta e relaxa pelo resto de sua vida. Se houver necessidade, você
desfaz o nó e enfia as pessoas no cérebro com ele. Então você o coloca de volta
onde ele pertence e continua vivendo. (Devo observar que não estou falando de
uma bola de barbante aqui - em minha mente, é um mosaico de agonia infinitamente
dobrado, uma esfera do tamanho de um punho do tamanho de um mundo, da qual
nenhuma luz pode escapar). Você não anda por aí brandindo-o bem acima de sua
cabeça, perseguindo todos os cantos com uma auréola de relâmpago roxo dançando
sobre suas feições enfurecidas.
Sem intenção, sem a vontade implacável de dar o nó, é

não muito melhor do que ioga. Fisicamente desafiador, sim. Uma habilidade
de sobrevivência, não. (Como um aparte, é extremamente importante lembrar que o
186

o sociopata criminoso tem muito pouco treinamento - um déficit que eles mais do
que compensam com vastos e furiosos reservatórios de intenção).
Então, por que as pessoas têm tanta dificuldade com a intenção? E o mais
importante, o que você pode fazer sobre isso?
As pessoas têm dificuldade com a intenção por vários motivos.

Eles "sofrem" de uma aversão natural à violência, preocupam-se com o que o
outro fará e acham que a violência é mecanicamente difícil. Todas essas parecem
razões válidas, então vamos analisá-las uma de cada vez.
1. A aversão natural à violência
Não querer machucar fisicamente as pessoas é saudável, são, mas, em

última análise, um impedimento à sobrevivência quando alguém faz a pergunta
para qual violência é a resposta. Você precisa superar a ideia de que tudo o
que estamos fazendo aqui é de natureza social. É por isso que é tão importante
que seu tempo de luta livre seja o mais anti-social possível - sem conversas, sem
risadas nervosas, sem checar o rosto de seu parceiro para obter feedback. A
única vez em que você deve olhar para um rosto é se estiver olhando para ele.
Eu não estou falando sobre ficar deprimido e 'odiar' o seu

parceiro. Estou falando de desapego. Perca os gatilhos emocionais -
você não está lá para se comunicar, e ficar furioso com seu parceiro (ou seus
alvos) ainda é comunicação. Se você está trabalhando com sua 'cara de guerra',
chutou o social, mas está ocupado reforçando o anti-social. O que você
realmente precisa é sair do qualquer social e chegar à sua ausência. Esse
espaço vazio é o galpão de armazenamento psíquico do nó.
2. Preocupe-se com o que o outro cara vai fazer
187

Sejamos francos. Pessoas feridas são completamente indefesas.

Pergunte a quem já fez. A primeira lesão converte uma pessoa totalmente
funcional em um saco de carne engasgado. Cada lesão depois disso é
como quebrar um pedaço de carne com os saltos das botas. É por isso que
os instrutores experientes são tão relaxados (e corteses). É também por
isso que eles não hesitarão em ser os primeiros a fazê-lo. Eu treino essa
verdade repetidamente: pessoas feridas não podem feri-lo e não podem
matá-lo. Em uma situação anti-social, isso é tudo que importa. É a terrível
verdade sobre a qual ninguém quer falar - sobre como as pessoas realmente
reagem a lesões, sobre como quando você causa uma, você saberá porque o
que você vê a seguir ficará grudado no interior de suas pálpebras pelo resto
de sua vida.
vida.
O que ele vai fazer? Ele vai quebrar e se comportar como uma pessoa
ferida. Ele vai para o pior lugar que já esteve.
E você vai colocá-lo lá.
A pergunta que você deve se fazer é se vai se preocupar

o que ele vai fazer ou você vai deixá-lo preocupado com o que você vai
fazer? (Dica: escolha aquele onde você sobrevive).
Nesse mesmo tópico, você precisa sair do carrossel

'atacante/defensor'. Em qualquer conflito violento vai haver, por definição, pelo
menos uma pessoa fazendo isso com outra.
Seja essa pessoa. Decida que é você, agora e sempre a partir de agora.
Lá fora é sempre a sua vez. Se você tem que pensar em termos de haver um
'atacante', então é você.
Escolher se colocar em segundo lugar não é a melhor estratégia

para uma vitória, por mais que possamos venerar o azarão. Em uma 'luta
justa' ou em uma competição, o azarão é o herói. Na violência, ele está morto.
188

Pare de ter empatia com o cara morto. Você está fazendo isso porque
você é legal, você está fazendo isso porque você é são. Em um
contexto social, faz todo o sentido. Em conflitos violentos, suas habilidades
sociais e costumes não fazem nada além de impedir que você sobreviva.
Ter empatia com o morto no funeral é sensato e normal.
Ter empatia por ele quando todos estamos tentando decidir quem será o
cara morto significa que você é ele.
Resumindo: decida quem tem o problema. É você, ou é ele?
3. Acreditar que a violência é mecanicamente difícil
Fora das questões psicossociais, a violência é muito, muito

fácil. Somos todos predadores; somos todos fisicamente construídos para matar.
A violência é tão fácil quanto ir de onde você está para onde ele está
e colocando uma única lesão nele. O resto é acadêmico.
Quão fácil é? O consenso geral diz: mais fácil do que treinar.

Você pode bater o mais forte que puder, não precisa cuidar dele e acaba tão
rápido que você nem terá tempo de suar ou respirar com dificuldade. A única
parte difícil é se permitir ser desumanamente brutal. Dando a si mesmo a
permissão para sobreviver. (Pessoalmente, eu voto em mim todas as vezes). É
sua escolha se você prefere viver com a culpa de prejudicar gravemente outro
ser humano, ou não viver para que um sociopata possa ter seu boné.
Pensar que a violência é mecanicamente difícil (e assim tentar dar a si

mesmo uma 'saída' para não ter que enfrentar seus próprios problemas
intencionais) é o mesmo que pensar que nadar no fundo do poço é diferente
de nadar no raso.
Mecanicamente, é a mesma coisa - nadar é nadar - então o
189

a diferença está toda na sua percepção. Na parte rasa, você pode tocar o fundo e
evitar o afogamento levantando-se. No fundo do poço, você está sozinho - é afundar
ou nadar.
Então todo mundo pensa que o tempo é o fim do poço; não há
risco, você sempre pode 'se levantar' quando estiver em apuros.
Isso faria da rua o fundo do poço - sem reforços, sem
rede de segurança, apenas nade ou morra. Eu vou conceder tudo isso como
verdade. Apenas lembre-se, sempre, que não importa onde você está nadando,
mecanicamente é tudo a mesma coisa. A ideia de que existe uma diferença é uma
ilusão que exige esforço de sua parte para se tornar realidade. Pare de alimentar os
fantasmas e apenas nade.
Intenção - sua vontade de causar ferimentos, seu desejo de fazê-lo - é
depende inteiramente de você. Você precisa começar a pensar sobre isso agora,
deixando de lado pessoalmente as coisas que manteve entre o 'você' que você ama
porque ele é um 'mocinho' adorável e o 'você' que pode pisar na garganta de homens
gritando.
Só posso mostrar a você como desmontar alguém mecanicamente -
puxar o gatilho depende de você, e somente de você.
Intenção significa o mais difícil possível
A intenção é o que torna as pessoas assustadoras. É o que você instintivamente
temido no criminoso. É o que a sociedade produz de nós, humanos
domesticados. Mas o que é, realmente? É muito escorregadio para manter na mente,
uma joia amorfa e em constante mudança envolta em

uma auréola de névoa....
E o que isso tem de bom para alguém?
Se você tiver paciência comigo, tentarei fazê-lo parar por um momento.
Jogue um pouco de sol nas facetas nubladas e faça-as brilhar
190

para voce. Farei o possível para estabilizar tudo; olhe para dentro dele, para dentro de si
mesmo, e tire o que puder dele:
A intenção é um foco obstinado e orientado para um objetivo.
Intenção está sendo focada em prejuízo para a exclusão de tudo o mais. A partir de
no momento em que você percebe uma ameaça no momento em que a ameaça se foi,
tudo o que importa é causar ferimentos. A partir do momento em que ele levanta a camisa para
mostrar uma arma ou a partir do momento em que você atinge o chão de cara, você está na
aquisição e destruição do alvo. Você encontrará seus alvos e os esmagará, nunca parando, nunca
hesitando até conseguir o que deseja - uma lesão. E assim que você conseguir o primeiro, você
os empilhará até que ele ceda fisiologicamente sob a massa de trauma e você o faça capitular,
desmaiar ou morrer como achar melhor. A intenção é sobre o que você vai forçá-lo a fazer. A
intenção é tornar a violência unilateral o mais rápido possível e mantê-la assim.
Não é um estado emocional - você não está enfurecido ou descontrolado ou
vendo vermelho; é apenas que, de todas as inúmeras coisas possíveis que você poderia
fazer, você escolherá uma (lesão) e fará isso com a exclusão de todas as outras, repetidamente.
Um alvo, um ferimento. Repita até que não faça sentido continuar.
A intenção é o quão forte você balança o bastão.
A intenção é uma profecia autorrealizável que corta nos dois sentidos: se você pensa
você pode fazer isso, você vai; se você acha que não pode, você não vai.
Se eu pedir para você chutar uma bola de futebol, a força com que você chuta vai depender
sobre o que você espera que aconteça. Se você acredita que a bola está cheia de chutes de
chumbo, espera que ela machuque e não vai chutá-la o mais forte que puder. Na verdade, você
ficará muito relutante em chutá-lo, e seu desempenho será um reflexo dessa relutância. Em uma
palavra, vai ser uma merda.
191

Se eu disser que se você não chutar a cerca eu vou atirar na sua cabeça, seu
desempenho vai piorar ainda mais. Sua preocupação com um resultado negativo sabotará
seus esforços.
Sua mente não estará focada na tarefa em questão. você vai ficar preocupado
sobre viver e morrer ao mesmo tempo em que tenta ter sucesso.
Concentre-se na realidade, como ela é, não em todos os resultados possíveis.
Concentrar-se em coisas que podem ou não ser verdadeiras, ou são falsidades demonstráveis,
é a 'alimentação de fantasmas' que discutimos anteriormente. Pensar que não há nada que
você possa fazer, ou que não pode feri-lo, ou que vai morrer são mentiras até que se provem
verdadeiras. Por que colocar seus esforços em sua própria derrota? Não faz nada para ajudá-lo
a moldar a realidade que você deseja. Na violência, a realidade que você quer é aquela em que
ele está ferido. Tudo o que você faz deve levá-lo até lá pelo caminho mais curto possível.
Considerar o fracasso é ajudar na sua própria destruição.
Intenção é quanto de si mesmo você colocará para fazer isso.
Aqui está um fato interessante que gosto de mencionar em seminários de treinamento: o
uma coisa que todos os sobreviventes têm em comum é que eles acreditavam que
poderiam sobreviver. As circunstâncias são imateriais, seja um acidente, afogamento, incêndio,
selva ou violência. Os sobreviventes relatam repetidas vezes que, quando chegaram ao ponto
de decisão letal - vou viver ou morrer? -, todos eles escolheram inequivocamente e firmemente
viver. Eles acreditaram que podiam. Eu nunca ouvi um sobrevivente dizer 'e então eu desisti e
esperei para morrer'. (Ok, para ser justo, ouvi alguns dizerem isso - mas foram salvos por outros
que se recusaram a desistir).
Os sobreviventes acreditam que podem alterar o resultado.
Então, de volta à bola de futebol. Se eu entrego a você para que você possa sentir como
ele é leve e eminentemente chutável, e então dizer a você que nosso objetivo para esta
sessão de treinamento é ver até onde você consegue chutá-lo, então você está
192

livre para trabalhar na mecânica de correr e chutar com todo o seu ser.
Isso é o que estamos tentando fazer aqui com o TFT. Apenas em vez
de chutar bolas de futebol estamos chutando as pessoas na virilha.
Se você aparecer com falsas suposições, acreditando que mesmo

embora você tenha sentido a bola e ela fosse realmente leve e saltitante, ainda vai doer
quando você chutá-la, ou que você seja incapaz de chutar uma bola muito longe, então
qualquer coisa que eu faça para treiná-lo será em vão. Você se sabotou antes mesmo
de colocar os pés em campo.
Expectativas negativas levam a resultados diminuídos.
Acreditar que você pode fazê-lo, esperando fazê-lo, você obtém o que
você quer.
A intenção se resume a querer causar uma lesão mais do que

qualquer coisa no mundo.
Concentre sua mente nessa direção, naquele único alvo vulnerável, e seu
corpo seguirá o exemplo. Você vai passar toda a sua massa pela garganta dele e
esmagá-la.
Tudo por causa da simples crença de que você pode fazer isso.
Construindo um Monstro Melhor
Invariavelmente, recebemos perguntas do tipo “Ok, entendo todas essas coisas de

violência - mas e se ele for maior/mais rápido/mais forte/(seu espremedor de celebridades
favorito aqui)/tiver uma faca/pau/arma/três armas?”
Essa é uma ótima pergunta. Ou seria se isso é o que eles realmente

significou. Na maioria das vezes, as pessoas constroem um monstro em suas
cabeças em torno de um único medo abrangente... E esse medo é...
Não será revelado até o final.
193

Enquanto isso, vamos dar uma olhada em alguns detalhes:
Quando as pessoas olham para um homem maior e mais forte, o que realmente registram
é sua capacidade potencial de gerar energia. Ele poderia pegá-lo e jogá-lo do outro lado da
sala, certo? Heck, ele provavelmente poderia pegar e jogar um Volkswagen. O que eles
ignoram é que, embora ele possa ter mais tecido humano do que você, ele ainda é feito de
eu no. E a carne pode ser abatida.
Rápido e habilidoso se enquadram na mesma categoria - o desejo de um duelo.
Isso geralmente vem de pessoas que estão preocupadas em 'entrar'. Isso é particularmente
engraçado porque nunca vi um assassinato na prisão em que os participantes tivessem qualquer
dificuldade em 'entrar' uns nos outros; Tenho certeza de que essa ideia também faria os
assassinos em série encolherem os ombros. Em suma, os profissionais que usam a violência no
seu dia-a-dia são ostensivamente despreocupados em 'entrar'. E você também deveria ser.
Mas e se ele estiver armado? Bom, se eu tenho uma faca e ele tem uma faca, eu enfio a
faca, né? Claro que não. Então, por que diabos isso faz diferença se ele tem uma ferramenta e
eu estou usando punhos e botas? Significa apenas que você vai vencê-lo até não funcionar em
vez de atirar ou esfaqueá-lo até não funcionar.
Ah, mas agora estamos chegando ao medo supersecreto que está escondido
no centro de todas essas questões - todas essas questões estão dizendo:
Receio que ele tenha a intenção de fazer o que eu não farei.
Todo mundo constrói um monstro melhor em torno da ideia de intenção superior. A
cortina de fumaça maior/mais rápida/mais forte é apenas a preocupação de que ele tenha
aparecido disposto a dar uma surra séria que termine em uma contenção brutal enquanto
você está lá apenas para olhar o garoto durão ou ter uma briga de tapa viril. Você sabe, do tipo
em que ninguém realmente se machuca.
A ferramenta, porém, agora é diferente. Quando ele puxa um trabalho de parto
dispositivo salvador cujo único propósito é rasgar carne e quebrar ossos,
194

bem, agora ele está mostrando uma intenção superior — uma intenção que você
teme não poder igualar. Se você está lá apenas para ter uma postura e fazer o papel
- se você está lá apenas para duelar e ensinar uma lição a alguém, então o que diabos
ele está fazendo com aquele homem mutilador? Todos nós sabemos a resposta para
este.
Todos reconhecem, visceralmente, que o homem armado é

intenção de exibição que eles não têm.
É disso que todo mundo tem medo. Intenção superior. Todos os lados
perguntas, toda a construção de monstros melhores é apenas dançar em torno dessa
questão - e se ele realmente estiver aqui para me matar? Quero dizer, realmente desta
vez? O reconhecimento de que isso pode ser assim, e você não pode ou não vai
corresponder, em termos de intenção, é o medo central que todos abrigam.
O som monótono do medo ecoando na lacuna intencional é o que ouço

sempre que alguém faz uma dessas perguntas. Eles nem mesmo estão
conscientes disso. Eles vão negar quando pressionados.
Meu conselho é construir seu melhor monstro - maior, mais rápido, mais
forte, mais cruel, armado em um beco escuro. Adicione uma pitada de noite
chuvosa e sem lua. Empilhe-o.
E então torne-se ele.
Ser o Monstro Melhor
Então agora você construiu seu melhor monstro (completo com noite
óculos de visão e uma motosserra - por que não?). Todos entendem a parte
de construção - é fácil - somos todos especialistas nisso antes mesmo de entrarmos
pela porta para treinar. A questão é, claro, como alguém consegue ser aquele monstro
melhor?
A resposta curta é: descubra por que você decidiu que vai funcionar para ele. E
lembre-se do que discutimos: não é a arma,
195

ou seu tamanho ou velocidade. Então corte todo esse lixo e realmente olhe
para este monstro que você criou. O que exatamente o torna tão assustador?
E a resposta ainda mais curta para isso é: LESÃO. Mas você já

sabia que.
A resposta longa é: quando você constrói o monstro melhor, você já decidiu

que ele vai fazer algo com você que você está preocupado que não pode evitar.
Você assume que isso resultará em um resultado ruim para você.
Podemos separar isso para encontrar os pontos salientes, os lugares

onde você reconheceu (conscientemente ou não) várias verdades sobre
violência:
1. Ele vai fazer coisas com você.
Isso tem dois componentes importantes - o reconhecimento de que ele tem

intenção e reside no estado de causa. Você está certo: ele vai fazer coisas com
você (ou pelo menos vai tentar). Na verdade, este é um reconhecimento
poderoso e capacitador - você verá por que em um
momento.
2. Você não pode parar o que ele está fazendo.
Este é o reconhecimento de que o bloqueio é um jogo de otário, que sendo

no estado de efeito não é tão eficaz quanto no estado de causa. Mais uma
vez, parece um pensamento negativo (não consigo detê-lo!), mas é apenas
reconhecer uma verdade: enquanto você permanecer uma vítima, continuará
sendo uma vítima. Bom senso, certo?
3. A lesão o deixará indefeso.
Este é o 'resultado ruim' que você teme - você se machuca, cai

e ficar mais ferido em uma espiral descendente que só pode realmente
fundo com a morte.
196

O verdadeiro truque para fazer esse processo autodestrutivo valer a

pena é virá-lo do avesso. Você construiu seu monstro, descobriu por que isso vai
funcionar para ele - agora tudo o que você precisa fazer é se colocar na posição
dessa pessoa impossível. Pense como o predador que você é e decida-se a fazer
com que as realidades da violência trabalhem a seu favor em vez de contra você:
• Você vai fazer coisas com ele.
• Ele não pode parar o que você já fez.
• A lesão o deixará indefeso.
Agora você vê como vocês dois são intercambiáveis - o assento do

motorista da violência está em disputa e pertence à primeira pessoa a
apertar o cinto e pisar fundo no acelerador. O outro cara é atropelado
e deixa uma estrela no para-brisa.
O que nos leva, pelo caminho mais desajeitado, ao fato de que

ninguém está imune à violência e ao que essa realidade faz por ele.
E pode fazer por você...
As pessoas procuram treinamento porque o que elas realmente querem é

imunidade contra a violência. Não é a ideia de fazê-lo que eles acham atraente,
mas a ideia de evitá-lo. Eu sei que isso era verdade para mim.
Mas então damos a eles uma verdade feia e impopular - nada pode
torná-lo imune e você está por conta própria.
Ou você vai machucá-lo, derrubá-lo e derrubá-lo no chão ou ele vai fazer

isso com você. Você não terá técnica superior, 'não pode defender' ou habilidades
sobre-humanas. Será apenas você e sua vontade de separar outro ser humano.
Você provavelmente vai levar uma surra no processo e pode, seja por inação,
erro de cálculo ou simplesmente sorte, acabar recebendo a ferramenta de
violência.
197

Não importa o quão duro e longo você treine, você pode ser assassinado.
Esta é a pílula mais amarga de engolir. Isso leva a todos os tipos de 'bem, qual é
o ponto então?' questões. Se posso acabar morto com ou sem treinamento, por que me
preocupar? Essa desconexão é a mesma que geralmente ocorre com pessoas com armas
de fogo - elas acreditam que, de alguma forma, a arma as 'defenderá', sem perceber que
terão que atirar no outro cara até a morte para que funcione ... e é ainda pior com facas.
Vai ser confuso, barulhento e assustador muito além do que você pode imaginar. Mas o
resultado final é, de certo modo, uma 'defesa' no sentido de que pessoas mortas não
podem feri-lo.
Então, por que se preocupar? Bem, antes do treino você estava rolando dados. Nós
mostrar-lhe como 'jogar o jogo' com dados carregados. Então você acaba com uma
vantagem. Você ainda pode se afogar se souber nadar, mas a maioria das pessoas não
diz “por que se preocupar?” para isso porque eles entendem que, embora o afogamento
seja possível para um nadador, é muito mais provável para um não nadador. Este é o
mesmo cenário.
Essa vantagem só vai significar alguma coisa se você aceitar o inato
fragilidade de seu corpo enquanto você endurece sua mente para a tarefa em mãos -
você, aleijando outro homem para o resto da vida. Não há nada que você possa fazer
para tornar seu corpo imune a lesões; a única coisa que você pode mudar é a quantidade
de intenção em sua cabeça.
Vai funcionar para ele porque ele quer causar ferimentos e
joga tudo o que tem para tornar essa ideia uma realidade. Ele tem
intenção.
Vai funcionar para ele porque ele está agindo de acordo com as realidades da
violência como elas estão - ele vai usar o que funciona e fazer primeiro porque sabe que
ninguém está imune. Ele está agindo com base no fato de que pode ser levado. É por isso
que ele bate primeiro, porque ele avança e
198

vai para quebrar. Ele sabe que se quebrar você primeiro, é muito menos provável que
isso aconteça com ele. Ele sabe que se esperar está perdido.
É por isso que você o teme. É também a chave para desbloquear o poder
que causa esse medo, a chave para aproveitá-lo e fazer seu super
poder assustador seu próprio.
Vire-o do avesso e use-o em vez de usá-lo em você.
Seja o que você teme.
199

Capítulo Oito
Treinamento Baseado em Cenário vs. O Nó Difícil
Quando as pessoas dizem 'treinamento baseado em cenário', na verdade estão

usando uma frase em código para 'toda a porcaria que vem antes da violência real'.
Os gritos, a abordagem, a dança do homem agarrado.
Claro, uma vez que a violência começa, é sempre a mesma coisa, sempre
a mesma coisa - lesão, lesão, lesão. Pedestre, previsível e totalmente chato.
Todas as coisas que vêm antes, todas as coisas que fascinam as pessoas,
são, para nossos propósitos, uma perda de tempo. A introdução da violência em
qualquer cenário é tipicamente de natureza antissocial. As perguntas que as pessoas
têm são 'como eu lido com o comportamento dele?' e 'quando eu decido feri-lo?'
Você já tem as habilidades para lidar com o primeiro - acalme-o, capitule ou dê o
fora de lá. Quanto a quando atacar alguém, é uma decisão pessoal que você deve
fazer em termos gerais com antecedência; em termos específicos, é baseado em
como você lê a situação.
Se você reconhece uma ameaça e pensa que não pode viver com ela, então
ocupe-se em desligá-lo. Se você acha que é algo com o qual pode conviver —
de natureza meramente antissocial —, então aja de acordo. Use suas habilidades
sociais, estabeleça um novo recorde de corrida de 100m, ou ataque-o enquanto você
vai.
Em outras palavras, aja de acordo com seu nível de conforto.
Tenha em mente, é claro, que uma ameaça é uma ameaça ao seu corpo—
não o seu ego. Se você transformar cada desafio ao seu ego em uma
situação socialmente violenta, provavelmente será preso, se não morto. Não, estamos
falando aqui sobre uma ameaça implícita ou real de
200

dano físico. Se for menos que isso, você não deve usar violência; se for mais, você
saberá que é hora de usar a violência. Esta é a área cinzenta que você precisa resolver
por si mesmo. Este ponto limite varia de pessoa para pessoa com base na experiência
de vida. Algumas pessoas podem tolerar todos os tipos de comportamento anti-social
maluco; outros não tolerarão nenhuma ameaça. De qualquer maneira, é um julgamento
pessoal. Isso significa que sua resposta a essas coisas depende de você descobrir, por
si mesmo, em seu próprio tempo. Nós lhe entregaremos a ferramenta - você tem que
decidir quando vai girá-la.
Outra razão pela qual as pessoas querem todas as coisas iniciais é porque elas
não estão com pressa para chegar aos destroços. Eles estão com medo. Eles querem
permanecer no reino semi-social pelo maior tempo possível e querem se apegar à
ideia de que são o Mocinho. Se mantivermos uma dicotomia atacante/defensor, por
exemplo, 'ele veio atrás de mim, então ele é o cara mau, o que automaticamente me
chama de herói', mantemos as coisas agradáveis e sociais. E para nós, humanos sãos,
social significa conforto.
Lembre-se de que, como espécie, temos uma aversão natural à violência; a

sociedade não funcionaria se fosse de outra forma. A violência revira nossos
estômagos. As pessoas farão de tudo para evitar desconforto.
Você realmente quer gastar seu precioso tempo de treinamento trabalhando dentro
de sua zona de conforto em cenários artificiais e antissociais, com apenas uma pequena
porcentagem dedicada ao trabalho real de violência?
Ou você quer trabalhar onde a mudança real ocorre, o ponto

onde todos os atos violentos se tornam os mesmos - o ponto da lesão?
Veja desta forma: eu poderia desperdiçar seu tempo fazendo com que você
encenasse produções teatrais de Serpico de forma que, para cada 20 minutos de
tempo de chão, você tivesse apenas dois, onde na verdade estaria inicializando as pessoas.
201

Em vez disso, eu faria você sofrer violência por 20 minutos completos.

Sim, metade desse tempo é gasto reagindo para o seu parceiro, mas você ainda
está trabalhando onde a serra atinge o osso, no ponto da lesão.
Se você souber o que está fazendo, poderá aprender mais sobre violência
enquanto reage do que quando é a sua vez. Peça uma demonstração a qualquer
um que já tenha sido usado por um instrutor. É uma diferença que você pode
sentir (às vezes, infelizmente).
Genérico, aberto, 'vale tudo', pois o tempo é o único 'cenário' em que você
deseja treinar. Para maximizar sua habilidade, você precisa praticar essa habilidade.
Neste caso, a habilidade está ferindo as pessoas; é lógico que você deseja
passar o máximo de tempo possível no ponto de lesão. É isso que é hora do
tapete. É você, mudando tudo a seu favor, assumindo o controle do homem, da
situação, por meio de lesão. O que veio antes é irrelevante - não tem relação com
o que você está fazendo com ele. Ele gritou? Ou puxar uma arma? Ele te agarrou
e te derrubou? Seus testículos rompidos não se importam. Nem você deveria.
Agora, apesar de tudo, uma única ressalva: se o seu trabalho é marcado

por ocorrências comuns que levam à violência (como na aplicação da lei ou nas
forças armadas), trabalhar nesses cenários específicos tem mérito. Paradas de
carro que deram errado, buscas em quartos que revelam inimigos fingindo ser
amigos; esses cenários são exercícios úteis para aqueles que podem esperar
encontrá-los - mas são inúteis para o resto de nós.
Aqui está o que acontece: use o tempo de esteira para envolver e entrelaçar o
nó rígido da habilidade dentro de você, aprenda a usar sua mente como uma arma
e seu corpo como uma ferramenta para a violência. Então você pode andar na
Terra livre de "ansiedade de ensaio", livre no conhecimento de que se o seu
problema atual - não importa como ele se desenvolveu ou surgiu em você - só pode
ser resolvido desligando um ser humano, você sabe onde está o botão de desligar.
é. E uma vez que você alcança esse interruptor, todo conflito violento se torna o
mesmo.
202

Capítulo Nove
Mate o Desconhecido
“A emoção mais antiga e forte da humanidade é o medo, e o tipo de medo mais

antigo e mais forte é o medo do desconhecido.” —HP Lovecraft
O medo é um fato biológico. Somos programados para lutar ou fugir — lembre-

se, somos os descendentes daqueles que não pararam para pensar quando o leão
os atacou. Somos a família daqueles que literalmente 'enlouqueceram' e enlouqueceram
com um rabo de galo de poeira no horizonte ou pegando um pedaço de pau e ficando
ocupados.
Mas só porque o medo é um fato biológico não significa que devemos ceder a ele;
não devemos alimentar o medo, deixá-lo engordar nas sombras de nossos pesadelos.
Podemos reconhecer (e ser gratos por) as propriedades salvadoras do medo biológico
sem inflá-lo no grotesco do pânico emocional que tudo consome.
Fazemos isso matando o desconhecido.
A maioria das pessoas não tem ideia do que acontece na violência fora de
agonia, caos e morte. É um Grande Desconhecido; um abismo negro sem fundo
onde somos livres para pintar nossas próprias imagens pessoais de horror com
resultados impensáveis. Quando você substitui esse desconhecido por conhecimento,
por compreensão, princípios governantes e resultados esperados, você tira o poder
do desconhecido, reduz-o de fome a um tamanho administrável. O medo da violência
e o pânico cego e irrefletido que ela induz torna-se um simples medo biológico. Voar
significa que você dá o fora de lá. Lutar significa que você pisa, rasga e causa horror
no outro cara.
Há duas maneiras de garantir que você está preenchendo os espaços em branco

no mapa de violência, mudando 'aqui estão os dragões' para 'bota na virilha'. A
primeira (e mais importante) é a hora do tapete social; o outro é
203

visualização simples. Ambos são a mesma coisa: pegar o que é atualmente

desconhecido, território assustador e torná-lo compreensível.
Cada sessão de mattime associativo é uma expedição ao Continente Negro,

para desvendar seus segredos, para descobrir que, de fato, não existe um ogro
caolho com três braços que tem fome de carne humana. Cada turno do tapete anti-
social é você respondendo à pergunta 'o que diabos está acontecendo aqui?' Passo
a passo, você responde a essa pergunta, completamente e com certeza: eu esmago
sua virilha, arranco seu olho, quebro seu pescoço. Isso é o que acontece aqui.
Mistério resolvido.
Se você já treinou, provavelmente já teve o sonho do 'zumbi' - aquele em que

você está atacando esse cara, quebrando sua perna, batendo em sua garganta e ele
continua se levantando. Então você faz de novo. Você faz mais. E ainda assim ele
se levanta e vem até você... Nesse mesmo sentido, todos nós já vimos pessoas que
nos fizeram hesitar, por uma razão ou outra - ele não era apenas grande, ele era
enorme; ele tinha uma suástica tatuada no rosto e parecia que estava no fim de sua
corda feita de uma gota; ou, sem saber por que, ele era apenas... assustador. Isto é
você se lembrando das histórias daqueles ogros caolhos que costumavam mantê-lo
acordado à noite, e você está se perguntando se talvez houvesse algo no mito, e se
esse algo está bem aqui na sua frente.
Você sabe que ele é humano. Ele sangra. E se ele sangrar, você pode matar
dele. Você só precisa se lembrar desse fato, parando um momento, seja
ali mesmo ou mais tarde (recomendo mais tarde, para que você não estrague
ninguém por meio da linguagem corporal), e imagine-se quebrando essa pessoa.
Uma lesão após a outra, derrubando-o e arruinando um par de sapatos perfeitamente
bom nele. Até ele virar um pedaço de carne no meio de uma mancha. Imagine isso
em câmera lenta, um
204

coisa quebrada de cada vez, ou acelere, assista suas partes favoritas

repetidamente. Este é você, substituindo uma mentira por duas verdades: você
sabe fazer violência e ninguém está imune. Este é você, aproveitando o tempo
para se lembrar de que não existem ogros caolhos.
Quando a violência é completamente mapeada, opção após opção

experimentada em tempo real em uma pessoa real, você sabe o que esperar.
Não há mais 'desconhecido' para engolir você em pânico cego. À medida que
substituímos esse desconhecido por conhecimento, eliminamos o medo até suas
raízes biológicas e inibimos sua capacidade de crescer sem controle em sua
mente. Em vez de ceder a ele, alimentá-lo, ajudá-lo, você o usará para o que ele
serve - e colocará sua bota na virilha do outro cara. E depois disso o resto é
acadêmico.
205

PARTE QUATRO:
O LEGADO DE
VIOLÊNCIA
- PAZ DE ESPÍRITO
206
SOBREVIVENDO AOS 5 SEGUNDOS MAIS CRÍTICOS DE SUA

VIDA PARTE QUATRO - O LEGADO DA VIOLÊNCIA... PAZ DE ESPÍRITO
Capítulo um
Um grama de prevenção
“Se você pudesse chutar a pessoa responsável pela maior parte dos seus problemas,
você não ficaria sentado por um mês.” -Theodore Roosevelt
Viajar dá a você uma perspectiva real de como os outros veem os Estados Unidos,
e é interessante ver como os cidadãos americanos se comportam em uma terra
estrangeira.
Todos nós já ouvimos falar da síndrome do 'americano feio', mas notei que o 'americano
ignorante' é mais prevalente. Costumo dizer que nós, nos Estados Unidos, vivemos em uma
situação de 'Ilha da Fantasia' quando se trata de violência. Embora o mundo nos veja como
uma nação muito violenta, nós mesmos temos a ilusão de que ficar em nossos bairros nos
dá uma zona de segurança que nos permite ser rudes uns com os outros.
Ao supor que estamos lidando com outras pessoas que temem ser processadas como
tanto quanto nós, algumas pessoas nos Estados Unidos são encorajadas a levar ao
máximo sua agressividade verbal e não-verbal, com pouco medo de enfrentar uma surra
física.
É interessante como essa abordagem dos EUA pode sair pela culatra quando
projetamos nossa rede de segurança legal imaginária sobre outras sociedades onde o
as regras diferem:
Um amigo recentemente me contou sobre um tio cáustico que viajou para

Córsega para umas férias. Ele se registrou em seu hotel e caminhou até
o mercado pitoresco para comprar algumas frutas e nozes para sua estada. Sua filha de
30 anos (que morava lá) estava com ele e o alertou para não atravessar a rua até que o
semáforo estivesse verde.
Ele a ignorou e imediatamente saiu para a rua e quase foi atropelado por um
homem bem vestido em um Audi A6. o tio correu
207

até o carro que agora estava parado no sinal e começou a gritar com o
homem com palavrões voando. Ele então chutou a porta do passageiro e
acenou para ele com 'um dedo' (esse 'tio', aliás, é um advogado de 62 anos de
idade, de aparência distinta, de Connecticut).
A resposta do motorista? Ele calmamente saiu do carro, caminhou até o

tio agora encorajado (que continuou a cuspir injúrias enquanto o homem se
aproximava) e sem aviso puxou e esmagou o tio acima de seu lábio superior com
um punho de martelo (lado mindinho do punho) , instantaneamente derrubando o tio
e arrancando cinco de seus dentes superiores. O homem então calmamente voltou
para seu Audi e foi embora. Tudo isso ocorreu na frente de uma grande multidão.
A polícia recebeu o relatório, mas repreendeu o velho agora desdentado,

dizendo que na Córsega eles não falam assim, a menos que esperem brigar. Sua
filha sabia que nenhum esforço seria feito para encontrar o homem no Audi.
O tio provavelmente havia respondido a insultos em seu pequeno e seguro

enclave em Connecticut várias vezes ao longo de sua vida rabugenta. Talvez
seu novo trabalho dentário seja um lembrete para ser mais civilizado. Ele teve sorte
de ter perdido alguns dentes.
Esta história me ocorreu enquanto estava sentado no aeroporto de Madri em um

café em frente a dois soldados americanos. Como sei que eram soldados
americanos? Não, eles não estavam de uniforme, nem vestidos como americanos.
Se não fosse pelo fato de ambos estarem sentados em plena luz do dia olhando
seus registros do serviço militar, ninguém mais saberia que eles também eram
militares americanos. Mas todos os transeuntes notaram as pastas de papel
pardo que esses dois soldados estavam examinando sem rumo.
208

Tive que morder a língua para não castigar essas crianças. você
acho que com os atentados e ameaças em Madri no ano passado, eles estariam um pouco
mais preocupados com a segurança. Eles poderiam facilmente se misturar com suas roupas
civis. Mas eles simplesmente não acham que nada pode acontecer com eles. É sempre o outro
pobre coitado.
Esses são apenas dois exemplos de pessoas que se expõem desnecessariamente
à violência potencial. Em um incidente, ocorreu violência.
O outro - até agora, tudo bem. Ao viajar, é muito mais fácil ver lapsos de julgamento em relação
à segurança pessoal.
Pergunte a si mesmo quais riscos você correu nos últimos trinta dias em seu mundinho.
Deixar as portas destrancadas? Pegar um atalho arriscado?

Usar um caixa eletrônico depois de escurecer? Pense um pouco sobre isso.
Protegendo-se e evitando riscos desnecessários
Lembra que, no início deste livro, discutimos como o conhecimento da violência diz a
você quando não usá-la? O objetivo de realmente entender a violência é afastar-se da postura
social.
Enfatizamos repetidas vezes que você nunca deve usar violência, a menos que esteja em
uma situação de vida ou morte. Isso é verdade.
Portanto, tome medidas para não se colocar em situações de vida ou morte.
Morando nos Estados Unidos, realmente temos uma mentalidade de “aquele
nunca poderia acontecer comigo.” Ouvimos falar de violência acontecendo por toda parte,
mas a menos que seja na casa ao lado - a menos que nos afete diretamente ou a alguém
que amamos - continuamos a acreditar que estamos protegidos e
de alguma forma protegido da violência criminosa.
Embora seja verdade que temos a sorte de não viver em uma zona devastada pela guerra
ou um estado policial militar, temos que reconhecer que existem sociopatas criminosos
por aí, prontos e dispostos a usar força séria para conseguir o que quiserem.
209

Com isso em mente, existem algumas etapas simples que você pode seguir
para evitar encontros violentos em sua vida:
• Tranque as portas, incluindo as portas do carro.
• Não esbanje dinheiro. Evite ficar perto de um caixa eletrônico

contando seu dinheiro.
• Não permita que alguém claramente instável o desenhe

em um encontro violento. Lembre-se, não custa nada para você ir embora.
Você não perde prestígio evitando uma situação que só pode resultar em
ferimentos graves ou morte de alguém.
• Evite espaços escuros e isolados, bares conhecidos por problemas ou

em qualquer outro lugar você tem uma sensação desconfortável. E
incentive sua família a fazer o mesmo.
• Não deixe chaves sobressalentes debaixo de capachos ou em outros

lugares ridiculamente óbvios.
• Mantenha-se vigilante: mantenha os olhos abertos para situações
perigosas e, sempre que possível, evite-as.
Como você pode ver, tudo isso se resume a uma única declaração: USE
SENSO COMUM. Você não aprende violência para poder andar por aí se
comportando como um idiota; você aprende para saber como se proteger quando
o pior acontecer. E se você puder evitar que o pior aconteça, bem... tanto melhor.
210

Capítulo dois
Assumindo o controle de sua vida
“O que a mente do homem pode criar, o caráter do homem pode controlar.” -Thomas
Alva Edison
Eu estava assistindo a uma aula de instrutor uma noite com um dos meus
grandes amigos do mundo dos esportes de combate e discutimos como é
difícil falar sobre luta para a maioria das pessoas.
Isso dificilmente reside no fato de que minha definição de luta é muito

diferente do que a maioria das pessoas entende quando pensa em
“lutadores”. Quando alguém me diz que sabe lutar, isso desencadeia em
minha mente inúmeros exemplos de métodos específicos de infligir
traumas no corpo humano com o objetivo de destruir outro cara.
Nas raras ocasiões em que decido falar sobre lutar em um

situação social, geralmente me arrependo de fazê-lo. Rapidamente vejo que a
maioria das pessoas se sente desconfortável com minhas descrições muito calmas do
uso efetivo da violência.
A maioria das pessoas fica presa nos aspectos surreais da violência que
permeiam a sociedade hoje... o esporte ou a violência falsa do videogame...
destruição total do outro cara.
As pessoas sempre comentam como sou amigável e acessível -

assim como meus instrutores. Eles estão confusos, eu acho, porque a maior
parte do mundo das artes marciais e dos esportes de combate é dominada
por personalidades indiferentes que parecem mais preocupadas em reconhecer
sua posição do que em ter suas perguntas respondidas.
211

Eu digo aos clientes o tempo todo que quanto mais treinado você for para lidar
com a violência real, mais emocionalmente relaxado você se torna... e mais você consegue
aproveitar as experiências de vida e as pessoas.
Há muito menos necessidade de usar falsa agressão em seu comportamento
para dar aquela mensagem 'ME FEAR'. Esse é um mecanismo de proteção baseado no
medo, um ato nascido da insegurança, que é levemente eficaz, mas acaba sendo cansativo
de manter.
Este é mais um motivo para buscar treinamento competente no uso da violência. Ao
encarar o fato de que a violência existe e aprender a usá-la efetivamente, você realmente se
liberta do medo desnecessário em sua vida cotidiana.
Estúpido é como estúpido
Se um assassino mata alguém, ninguém fica muito surpreso. Da mesma forma, se o
assassino for morto por sua vítima pretendida, é apenas um 'trabalho bem feito'. Mas se
ninguém pretendia matar ninguém, e alguém acaba morto, bem, então são pontos de
exclamação de desenho animado por toda parte. Todos, incluindo o assassino recém-
formado, ficam surpresos. Gritos de "Como isso pôde acontecer?" e “Mas eu não queria
matá-lo!” tocar. No final, ele é rotulado

como um infeliz acidente.
Mas esses 'acidentes' acontecem com frequência suficiente para que, quando um novo
aparece, ainda me lembro do último sobre o qual li. Os primatas têm uma disputa
territorial e começam a vocalizar um para o outro para comunicar seu descontentamento,
depois a agressão em um pedido lateral para que o outro capitule. Quando nenhum dos
dois recua, eles partem para os golpes, novamente para afastar o intruso. Normalmente,
isso funciona bem, como a natureza pretendia. Mas quando é peso corporal + cérebro +
concreto, pode-se acabar expulsando seu rival não apenas de seu território, mas
completamente dessa bobina mortal.
212

Essas coisas acontecem com frequência suficiente para que eu suspeite que é mais
provável que você esteja envolvido nesse tipo de situação do que em violência puramente
anti-social. Em outras palavras, é muito mais provável que você seja esbofeteado do que
assassinado. A miséria vem da confusão

os dois.
Se você treina para matar e pensa que isso significa que você está fisicamente treinado
para lidar com o antissocial, é o mesmo que carregar uma arma para o caso de você entrar
em uma discussão.
Se você treinar para matar e pensar que isso significa ignorar o antissocial, estará
se preparando para o evento mais improvável enquanto ignora o mais provável. As possibilidades
são, você vai ser pego querendo.
Como treinamos para usar nossos corpos para causar lesões, é fácil para
as pessoas tenham uma ideia errada - na superfície, as artes marciais e os esportes
de combate parecem semelhantes ao que fazemos. E como as artes marciais e os esportes
de combate fazem um ótimo trabalho preparando as pessoas para navegar nessa zona de
névoa antissocial, elas tendem a pensar que estamos treinando para a mesma coisa, apenas
de uma maneira 'super eficaz'. Isso é como puxar uma arma em uma briga de bar e 'atirar para
subjugar'. Nao existe tal coisa.
Ainda assim, as pessoas ficam ansiosas para travar chifres. É engraçado para mim (engraçado
estranho, não engraçado ha-ha) visto que ainda podemos acabar com fatalidades não
intencionais. Se você perguntar a um dono de arma: “Em quantos tiroteios você quer
participar?” todos os sãos dirão a você: "Nenhuma". Os sãos entendem o que acontece em
um tiroteio e nunca escolheriam estar lá se não precisassem. Se eles se encontrarem lá,
atirarão para matar. Mas eles não andam por aí procurando tiroteios.
Novamente, isso é dolorosamente óbvio quando falamos de armas. Mas por alguma
razão é menos óbvio com as mãos vazias. Porque? Vêm
213

abaixo das expectativas. Esperamos que alguém morra se houver uma arma
envolvida — é para isso que servem as armas modernas, matar pessoas à queima-roupa.
Não esperamos que alguém morra em uma sessão padrão e cotidiana de política de
macacos. E, no entanto, a morte é um dos resultados possíveis.
Eu, espero que alguém morra toda vez que a violência é usada, e
então respire aliviado quando todos sobreviverem. Não tenho absolutamente
nenhum interesse em entrar em contato físico com a política dos macacos. Não saio de casa
procurando oportunidades para usar minhas habilidades.
Minha aversão à violência é tão forte que me torna uma espécie de
contradição ambulante com meus amigos - farei tudo o que puder para evitar o
confronto físico e anti-social e ainda assim não hesitarei em jogar alguém no necrotério
no reino anti-social. Eu sou como Gandhi com uma arma nuclear.
Para aqueles que se sentem ansiosos ou encorajados pelo treinamento,

algum conselho:
Você está pronto para o anti-social. Se alguém quiser matá-lo, você está bem
preparado — conhecedor, experiente, resoluto. Mas não se esqueça de se certificar de que
está preparado para o antissocial – afie essas habilidades sociais, pense ativamente sobre
como você quer estar nessas situações. Você vai participar e jogar junto? Jogar lenha no
fogo?
Empurre até que ele recue ou vá atrás de você? Ou você vai ficar completamente de
lado com ele, desarmando a situação, tentando reduzir seu medo e canalizar sua
raiva para outro lugar?
Saiba onde estão seus gatilhos e coloque muito preenchimento entre eles e o mundo
exterior. Trabalhe para reconhecer quando você está sendo empurrado para um canto. E
lembre-se de que simplesmente ir embora pode salvar sua vida ou mantê-lo fora da prisão.
Assim como com o anti-social, também com o anti-social: esteja preparado.
214

Provavelmente, você passará a vida inteira sem que ninguém tente matar
tu. Eu não faria a mesma aposta sobre algum idiota chamando você.
Uma palavra final sobre a violência antissocial
Quer seja um barfly bêbado exigindo que você pague por uma bebida
virada ou um homem de negócios posando, aprenda a reconhecer a violência
anti-social e não deixe que ela o controle. É verdade que situações antissociais podem
se tornar violentas, mas na maioria das vezes isso não acontece.
Aprenda a se afastar.
Lembre-se de que você está no controle. Você sabe como causar

ferimentos graves e morte, o que significa que você tem a responsabilidade de não
fazê-lo até que não haja escolha. Ironicamente, isso realmente lhe dá muito mais
controle sobre sua vida do que jamais teve antes.
Depois de ter a capacidade de:
• Reconhecer e distinguir entre social e anti-social

violência
• Responder com precisão mortal a um ataque violento real, e
• Controle qualquer situação para que você saia com sua vida,
...você se torna o responsável.
Esta é a melhor coisa sobre aprender a usar a violência, e o

razão mais convincente que posso pensar para recomendá-lo, para ter o controle
final sobre sua própria vida. Inicialmente para preservá-lo, e então, uma vez que é
seu, simplesmente vivê-lo como quiser.
215

Capítulo três
Trate todos como se estivessem a seis
segundos de uma matança... e outras
filosofias de boa vizinhança
Como você provavelmente já deve saber, considero a filosofia e a violência como

entidades separadas. Então, embora eu tenha usado a palavra com P no título,
não estou dizendo que aqueles que conhecem ou praticam a violência devem aderir
a uma filosofia única (ou óbvia) – não estou dizendo “Esta é a filosofia daqueles que
conhecem a violência. ” Em vez disso, estou refletindo em voz alta sobre algumas das
escolhas que fiz (e tendências gerais que observei) na forma como o conhecimento da
violência muda a maneira como as pessoas interagem.
Com isso fora do caminho, vamos falar sobre matanças.
No que me diz respeito, a questão mais importante que surge

sair da violência é: saber como usar a ferramenta da violência informa seu
relacionamento com seus semelhantes?
Na verdade, existem dois ângulos para abordar essa questão: saber o que a
violência implica (ou 'significa') e saber como fazê-la acontecer.
Em termos de saber o que a violência implica, ou seja, o terror e o feio

Por fim, a tendência é clara: o conhecimento íntimo leva diretamente à evitação.
Quanto mais alguém sabe sobre a violência, menos ansioso fica para se envolver nela.
Resoluto, sim - ansioso, não.
Isso tem muito a ver com a estreiteza da ferramenta; o fato de que a violência
só faz uma coisa - ela desliga um ser humano.
A grande maioria de suas interações sociais diárias não exige isso.
É desnecessário, portanto, empurrar as interações sociais em direções
que pode resultar em violência.
216

Também tem algo a ver com o fato de que realmente

entender a violência remove o glamour. Depois de ver como é o resultado
da violência real, você não fica ansioso para brincar com ela. Enquanto uma
criança de quatro anos pode achar muito divertido acender fósforos e jogá-los
fora, um adulto que viu o que o fogo pode fazer será infinitamente mais cauteloso
e respeitoso.
Pessoalmente, descobri que sou muito mais propenso a capitular e

desengajar saindo da área, sem dizer uma palavra, quando confrontado por
alguém com um chip óbvio em seu ombro que me escolheu como o cara do
knock-off. Todo mundo ganha – eu durmo bem e ele não fica com a perna
quebrada só porque estava tendo um dia ruim.
Meu irmão, 'T', conta uma história 'hilária' em que um homem o abordou
dizendo “Vamos lutar!” e socando-o (ineficazmente) na cabeça. T pensou no
que isso significaria - ele se viu quebrando a perna do cara e abrindo um
buraco de lama nele no chão e pensou consigo mesmo: 'Ele não pode querer
isso.' Então ele disse não. O cara insistiu, novamente pedindo luta e socando T.
(Novamente, sem efeito.) Finalmente, meu irmão pegou e deu de ombros,
pensando 'acho que é isso que ele quer' e começou a fazer a cabeça e os pés
do cara trocarem de lugar com um único golpe. Não foi tanto uma 'luta' como o
cara estava pedindo, mas sim uma 'lesão que impediu um único homem'. T sabia
que era para onde iria (e mais importante, que poderia ir de qualquer maneira);
saber o quão sério era o deixou desinteressado em ir lá por lazer - se ele não
precisasse, ele não queria.
Acho que tenho uma paciência de santo hoje em dia - de alguma forma,
em algum lugar, desenvolvi o hábito de dar a praticamente todo mundo o
benefício da dúvida. Não invejo aqueles que são curtos e espinhosos por sua
raiva e aborrecimento público. Só acho que há circunstâncias atenuantes das
quais não estou ciente e não tenho desejo de ser o próximo ponto na curva de
tendência de baixa do dia ruim deles. EU
217

fazer o meu melhor para tratar todos com paciência e respeito - e como isso é
diferente, realmente, de tratar todos como se estivessem a seis segundos de uma
matança? Prefiro ser a haste de controle no reator nuclear do que a carga de
ignição em seu H pessoal
Bombear.
Isso nos leva ao segundo ângulo - além do mero conhecimento da

violência e da confiança em como fazê-la acontecer.
Nietzsche disse que a cortesia vem de uma posição de poder. Eu diria que
vem tanto do conhecimento quanto da confiança na violência. A polidez flui do
desejo de evitar a violência junto com o conhecimento de que, se o pior
acontecer, a habilidade está literalmente na palma da sua mão. Socialmente,
você não tem nada a perder. As pessoas que parecem indelicadas estão na
verdade mascarando o medo: temem que a cortesia seja um sinal de fraqueza,
que algo lhes seja tirado quando esperam sua vez ou deixam alguém ir primeiro.
Saber como fazê-lo remove a incerteza do extremo da escala - a resposta

para "mas e se ele explodir?" é 'Vou quebrar a perna dele e abrir um buraco de
lama nele'.
E então eu me encontro em uma posição de ser resolvido, mas não

ansioso. Se não for preciso, não quero. Se for preciso, eu vou.
Nossos detratores querem que você acredite que treinamos sociopatas, que
nossos graduados são assassinos treinados, prontos e dispostos a matar num
piscar de olhos. Na verdade, o oposto é verdadeiro. Quanto mais você sabe sobre
violência, menos você quer se envolver com ela. E quanto mais você confia em
suas próprias habilidades, menos precisa provar.
Não é o forte e seguro pegando no pé do fraco. É o fraco pegando em

qualquer um que eles acham que podem usar para se sentirem um pouco maiores.
Uma vez que você entende a violência e está
218

confortável com suas próprias habilidades, tudo assim parece simplesmente

desaparecer.
219

Capítulo quatro
Viver uma vida mais tranquila
“Acho que as pessoas querem tanto a paz que um dia desses é melhor o governo
sair do caminho e deixá-las ter.” — DwightDavid Eisenhower
No final, o objetivo de todo esse treinamento e trabalho árduo não é correr em um

estado hipervigilante procurando por problemas, esperando, tenso com a ameaça, que
o olho daquele cara se contorça errado para que você possa esfolar aquele vagão de
fumaça e acender a morte. -circuito ou qualquer outra coisa.
O objetivo é chegar a um lugar onde você possa esquecer que sabe dessas
coisas.
Quantas vezes por dia você se lembra que sabe como

nadar? A menos que você seja um salva-vidas, provavelmente não. Se você
tivesse que nadar para salvar sua vida, você o faria, e sem esforço. Mas a
morte por afogamento não entra nem assombra seus pensamentos. Na verdade,
você pode não ter pensado nisso há muito tempo, tanto tempo que a ideia parece
um pouco tola. Especialmente onde você está agora, lendo isso em algo que
lembra conforto e lazer.
É isso que saber nadar faz por você - uma coisa a menos com que se
preocupar. Não vamos esquecer, porém, que essa coisa a menos com a qual
você raramente se preocupa mata estádios cheios de gente todos os anos. E você
nem pensa nisso. Isso é uma coisa muito boa.
Estou aqui para te dizer que o genial de saber

matar um homem com as próprias mãos é que você só pensa nisso quando
acontece - seja no meio dela (uma ocorrência tão rara quanto quase se afogar) ou
quando você está treinando para isso
220

(que pode ser visto como um uso 'recreativo' da habilidade, semelhante a jogar Marco Polo na
piscina com as crianças). No resto do tempo, nem me ocorre. Eu consigo relaxar completamente,
mesmo em público. Quando não estou trabalhando, posso passar semanas a fio 'esquecendo'
minha experiência e o que ela faz de mim. Mas está sempre lá, em silêncio e esperando, para
que o contexto adequado mostre sua feia cabeça e a traga para o primeiro plano. "Oh, isso
mesmo - arma significa perna quebrada e golpe na garganta."
Mas no resto do tempo não estou nem um pouco preocupado. o
a perfeição da habilidade me traz paz. Em última análise, é por isso que estou aqui,
fazendo este trabalho — para que você também tenha um pouco disso em sua vida.
É irônico pensar que aprender violência traz paz. É o velho paradoxo: se você quer a
paz, deve se preparar para a guerra. Se você não entende a violência, se é um desconhecido
aterrorizante que só está disponível para o criminoso, você a encontrará em lugares onde ela
realmente não existe.
Pior de tudo, você ficará preso se comportando como uma presa.
Compreender a violência e saber quando e como usá-la como
uma ferramenta, faz você andar como um predador. Esta não é a arrogância e a ameaça de
agir como um cara durão; inconscientemente, você relaxará, respirará com mais facilidade e
simplesmente cuidará da sua vida. Parte disso vem de reconhecer aquelas exibições ruidosas e
furiosas de primatas apenas como isso - política de macaco. O resto vem de saber que se as
coisas se desviarem para o buraco negro da violência anti-social, é o seu buraco negro, você
mapeou o território e uma parte de você vive lá.
Assim como os predadores podem farejar uma presa, eles podem farejar outro predador
também. Quando você anda por aí como se soubesse o que está fazendo, prestando
atenção, mas despreocupado, os caçadores de presas fáceis passarão por você. Você pode
se salvar de uma situação violenta sem saber.
E, dada a escolha, não é a melhor maneira possível?
221

Viver sem medo
A violência constante ao redor do mundo me faz pensar sobre como

respondemos à ideia de violência em geral. Uma das grandes coisas sobre
realmente entender a violência é o fato de que você pode viver uma vida mais
pacífica. Você percebe que só pode controlar sua resposta a tais eventos, não os
próprios eventos.
Como você sabe como usar a ferramenta da violência, os outros que a usam
não mais o ameaçam. Você percebe o que eles estão tentando fazer e essa
compreensão ajuda muito a diminuir o efeito pretendido: medo descontrolado.
Isso não significa que esses eventos não tenham potencial para grandes
violência, mas significa para o resto de nós (que não são os alvos
imediatos desses atos de terror) que podemos escolher nosso
resposta.
Alguns optam por mudar suas vidas na esperança de evitar a violência.

Embora prudente em algumas situações óbvias (becos escuros, uso de caixas
eletrônicos bancários à noite, etc.) em outras áreas de sua vida, como viajar para
fazer negócios e aproveitar o mundo em geral, dá àqueles que usam a violência uma
vitória imerecida.
É por isso que sou um grande defensor de aprender a usar o

ferramenta de violência. Nas unidades militares e de aplicação da lei que
treinei, eles observaram casos reduzidos de violência excessiva em eventos sem
risco de vida e maior eficácia em reprimir
violência anti-social.
Acho os resultados ainda mais dramáticos para meus clientes civis. É um

grande primeiro passo para recuperar sua vida de medo desnecessário.
222

Encorajo fortemente você e aqueles que você ama a começar hoje e

aprender a recuperar sua vida daqueles que querem que você viva uma vida de
medo. Procure treinamento sobre como usar a ferramenta de violência.
Existem muitos instrutores de artes marciais e esportes de combate que fazem

um excelente trabalho mostrando sua arte particular. Parte do que eles
ensinam é útil no mundo da violência.
Se você deseja o caminho mais direto para usar a ferramenta da

violência, então é hora de começar a aplicar os princípios que aprendeu neste
livro. Isso é exatamente o que ele foi projetado para oferecer. Seja esperto
sobre a violência, eduque-se e volte para casa vivo.
Loucos e criminosos estarão sempre conosco; suas maquinações

hediondas mancharão para sempre a sinfonia da civilização com um zumbido
de fundo de medo e pavor. Embora não possa ser ignorado, sintonizá-lo, ceder a
ele, permitir que a desarmonia dite como você vive e respira concede a eles uma
vitória imerecida.
Não dance ao som deles. Pegue de volta aquela vitória injusta e

imerecida.
Afinal, a segunda pior coisa que você pode fazer com eles é ter um
ótimo dia.
223

Posfácio
A diferença TFT
Treinar pessoas para sobreviver – e vencer – em conflitos violentos é um assunto

mortalmente sério. Entendemos que, se estivermos errados, as pessoas morrem. Essa
suposição básica é a base para tudo o que fazemos. No entanto, nem todo mundo se
sente assim - há uma grande variedade de opções de treinamento no mundo da
autodefesa, algumas melhores que outras. Com todo o barulho publicitário que eles
geram, pode ser difícil descobrir qual é qual - quem tem seus interesses em mente e
quem não; quem pode realmente dar a você as habilidades para prevalecer e quem pode
estar colocando sua vida em perigo.
Para ajudá-lo a tomar uma decisão informada, você precisa conhecer o

coisas que o TFT faz de maneira diferente, o que nos diferencia da
concorrência e por quê. Para começar, o TFT é um esforço de equipe sem nada a
provar. Seu sucesso é nossa única motivação e, para isso, fazemos o possível para
fornecer a você princípios que você pode usar, com base nos fatos observáveis da
violência. Nós ouvimos você e usamos seu feedback para melhorar nossos métodos.
Esse relacionamento beneficia a nós dois igualmente — se melhorarmos o treinamento
de você, você terá mais do que precisa para sobreviver — e vencer.
Uma equipe, não um guru
Uma única pessoa pode ter algumas boas ideias, mas sem editorial
supervisão, ou, mais francamente, 'não-homens', a visão de uma pessoa tenderá a
ser míope. Eles verão o que gostam de ver, o que é fácil para eles, pessoalmente, fazer.
Sem outros pontos de vista para fornecer um desafio crítico, esse cara está preso a si
mesmo.
224

Onde as coisas realmente vão para o inferno é quando o culto à

personalidade se forma ao seu redor e ele começa a acreditar em sua própria
imprensa. Agora ele não está apenas preso a si mesmo, mas a si mesmo. Seu
ponto de vista é imutável, e qualquer um que aprenda com ele está apenas
aprendendo o que funciona para o guru. Ele pode conseguir por causa de seu
conjunto único de atributos físicos e habilidades, mas a questão é: você consegue?
Se você não pode, e ele não pode te mostrar como sem mudar seu
atributos físicos para combinar com os dele (se você fosse mais alto, mais
rápido, mais forte), então qual é o ponto? Ele pode ser capaz de sobreviver a
conflitos violentos, mas se ele não puder mostrar a você um caminho claro para
esse objetivo, você acabará sendo nada mais do que um número sem rosto em
sua multidão de egos. E essa não é a razão pela qual você se envolveu em
primeiro lugar.
Ele pode ser brilhante, carismático e impressionantemente habilidoso, mas se

ele não consegue engolir seu ego e trabalhar para torná-lo melhor do que ele (ou,
pelo menos, melhor do que era no seu nível), então ele está pegando seu dinheiro,
desperdiçando seu tempo. e, pior de tudo, colocando sua vida em risco.
E tudo o que você recebe em troca é a oportunidade de aproveitar o brilho e o
charme dele com a promessa implícita de que talvez, apenas talvez, um pouco
disso passe para você. Se tiver sorte.
Embora nem todo guru seja um charlatão, o caminho acima é

profundamente sulcado e bem trilhado na 'indústria' de autodefesa. Vimos pessoas
boas e atenciosas inadvertidamente caírem nisso e ficarem presas lá.
Mesmo aqueles que começam com as melhores intenções podem
acabar entronizados no topo de uma pirâmide de adoradores de heróis bem-
intencionados. E isso normalmente significa o fim de qualquer tipo de inovação
significativa ou evolução de pensamento, processo e treinamento. Quando isso
acontece, as pessoas que estão por baixo são as que saem perdendo.
225

É por isso que Tim tomou uma decisão consciente de não ser um guru. Ele
fundou a empresa, lidera o trabalho e, nesse papel de liderança, é o rosto
reconhecível e o orador eloqüente desse trabalho. Como instrutor, ele sabia que seu
ponto de vista singular e conjunto de habilidades pessoais não seriam suficientes
para abranger todos, porque nenhuma pessoa, por mais habilidosa que fosse,
poderia. A seriedade do trabalho tornava isso inaceitável. Ele procurou especialistas
com ideias semelhantes e reuniu uma equipe de instrutores conscienciosos e
altamente qualificados, alguns dos quais também eram médicos, cientistas, escritores
e pensadores. Pessoas que sabiam matar com as próprias mãos e podiam comunicar
essa habilidade a outras pessoas. Um pacote de no-men para fornecer uma visão
crítica e revisão por pares.
Cem anos de experiência em vez de apenas um único ponto de vista.
Como um grupo, somos capazes de combinar todas as nossas

habilidades e experiências para garantir que você possa sobreviver - e vencer -
em conflitos violentos e voltar para casa com vida. Independentemente de seus
desafios pessoais, podemos encontrar uma maneira de garantir que você obtenha a
habilidade. E você pode ter certeza de que não está recebendo a opinião de uma
pessoa sobre o que funciona melhor para ela sozinha, mas sim o que funcionará
melhor para você - quando realmente importa.
Nada a provar
Já concluímos carreiras completas fazendo isso profissionalmente antes de

Tim fundar o TFT. Nós literalmente alcançamos tudo o que pensávamos que
queríamos fazer com essas coisas. Tim treinou grupos militares de elite em todo o
mundo, agências federais e unidades de aplicação da lei, equipes de segurança
corporativa, bem como milhares de civis. Enquanto eu tinha um gostinho disso, eu
realmente mergulhei no trabalho de produzir instrutores qualificados, terminando com
44 até o momento, sete deles Master Instructors com mais de 10 anos de experiência
cada.
226

Tínhamos realizado e experimentado o suficiente para preencher todo um outro
livro - um livro de total grandiosidade, se você perguntar a qualquer um de nós. Claro,
estou sendo sarcástico. Pode ser.
Depois de quase 20 anos, nós dois pensamos que tínhamos acabado. Eu sei que
com certeza estava. Eu estava no processo de pendurar minhas esporas e procurar aquele
'segundo ato' em minha vida americana. Tim também estava.
Mas esse trabalho tem um jeito de te puxar de volta. É um assunto que
quase todo mundo quer saber pelo menos um pouco sobre. Muitas pessoas ficaram
desapontadas com o fato de Tim estar encerrando; ele começou a receber pedidos de
indivíduos e grupos para fazer 'só mais um' treinamento. Mas 'só mais um' levou ao
próximo, e antes que ele percebesse, ele estava praticamente em tempo integral novamente.
Ele puxou o resto de nós, um por um, e o TFT nasceu.
Então, o que isso, por mais "impressionante" que seja, tem a ver com você?
Em primeiro lugar, significa que não temos nada a provar. Já tiramos isso do nosso
sistema. Acabamos com todas as batidas no peito, a postura, o papel de durão com o chip
no ombro. Na verdade, todo o motivo pelo qual nos sentimos derrotados em primeiro lugar
é porque provamos tudo o que havia para provar. Nós treinamos pessoas, elas enfrentaram
violência mortal e voltaram vivas, inteiras e vitoriosas. E outra vez.
'Nada a provar' significa que podemos nos concentrar em você. Você pode ter certeza
não estamos aí para nos exibir, nem para colecionar admiradores, nem para saber se o
que estamos fazendo realmente funciona. Não precisamos estar aqui - queremos estar aqui.
Queremos estar aqui por um motivo, e apenas um: queremos dar a você as habilidades
necessárias para prevalecer diante da violência. Período.
A outra coisa que você ganha é a nossa experiência. O TFT não é uma start-up que faz
experiências com você. Nós não somos pretos recém-cunhados
227

cintos com alguns anos de experiência de ensino (que acabou sendo o mesmo
ano apenas repetido algumas vezes). Tim e eu fazemos isso há mais de 20
anos cada um - cada um deles uma experiência única - nunca é o mesmo
duas vezes. Essa rica veia de experiência é o que extraímos para trazer a você
os princípios e métodos necessários para salvar sua própria vida.
Não temos nada a provar, e a única razão de ainda estarmos aqui é por
sua causa.
Nós realmente nos importamos
Consideramos o treinamento para conflitos violentos tão sério quanto

ensinar alguém a nadar. Superficialmente, os dois podem não parecer
relacionados - afinal, a violência é muito mais terrível do que brincar em uma
piscina. A linha comum é esta: se o instrutor falhar em transmitir a habilidade,
o cliente pode morrer. Na natação, o resultado final é um cliente que pensa que
sabe nadar quando na verdade não sabe — uma falsa confiança que pode
acabar em afogamento. Na violência, o resultado é um cliente que pensa que
sabe como ferir as pessoas, mas na verdade não sabe - uma falsa confiança
que pode levar ao seu próprio assassinato.
Essa suposição básica informa e impulsiona tudo o que fazemos em

TFT. Na verdade, é a razão pela qual fazemos isso. Não estamos nisso
por dinheiro, nem por golpe de ego, nem para ser superestrelas
internacionais durões - estamos nisso por você, para garantir que você
tenha as habilidades necessárias para voltar vivo para casa. Quando treinamos
um grupo de 30, não o vemos como uma massa única e anônima; vemos 30
indivíduos que precisam fazer tudo certo e agora. Sabemos que só teremos
tanto tempo com você - temos que presumir que nunca mais o veremos, que
você terá que confiar no que fizermos naquele momento pelo resto de sua vida.
Nós fazemos esse tempo valer a pena para você.
228

Quando estou instruindo, tenho que olhar nos seus olhos e saber que estou
não estou mentindo. Tenho que ter certeza de que não importa quanto tempo
eu tenha para treiná-lo, você sairá por aquela porta sabendo como ferir um homem,
derrubá-lo e fazê-lo ficar lá. Caso contrário, eu literalmente não consigo dormir à
noite.
No TFT San Diego Center, pensamos que seria uma boa ideia
para permitir que as pessoas participem de uma sessão de orientação gratuita de
uma hora. O conceito inicial era nos conhecermos, cliente e instrutor, e permitir
que as pessoas vissem o que estávamos fazendo, aprendessem um pouco sobre
nós e experimentassem um pouco do TFT fisicamente. Tudo para garantir que
qualquer um que se inscrevesse no treinamento contínuo soubesse exatamente no
que estava se metendo — e que era exatamente o que queria.
Era para ser apenas um gosto, não um treinamento completo. Era

a amostra grátis para ajudá-lo a decidir se deve ou não comprar o bolo inteiro. Não
se esperava que as pessoas pudessem fazer nada no final, exceto tomar uma
decisão informada sobre se inscrever ou não.
Não foi assim que funcionou.
Ficar ali parado, olhando em seus olhos, dando-lhes "apenas um

gostinho" — o suficiente para causar problemas, mas não o suficiente para sair
de novo — parecia terrivelmente errado. Tão errado que as sessões se
transformaram em um curso intensivo de emergência de uma hora no TFT. O
objetivo saiu de uma amostra grátis e encontrou seu caminho de volta ao nosso
princípio básico e fundador: garantir que o cliente possa fazer bem o suficiente para sobreviver e vence
Uma hora pode fazer diferença? Bem, vai ser sujo e feio, mas se eles fizerem
tudo o que dissemos e mostramos como fazer naquela hora, então, sim, pode.
Não dormiríamos bem se não o fizesse.
229

Princípios que você pode usar
Como instrutores, o que podemos fazer em um conflito violento - nossas
habilidades e habilidades pessoais - não significa absolutamente nada para você. O

fato de sabermos deslocar o ombro de alguém e quebrar
o pescoço deles - depois de jogá-los no ar - não o torna mais seguro. Não somos seus
guarda-costas, não estaremos lá quando for a hora de você agir. Você estará sozinho e
tudo se resume ao que você, pessoalmente, pode fazer.
Mostrar uma técnica sofisticada que depende de condicionamento
físico, coordenação e anos de prática é se exibir. Pode ser impressionante e pode
fazer a pessoa que o mostra se sentir bem, mas não está deixando você mais perto de
sobreviver ao que pode ser o último dia de sua vida. Parece ótimo, é bom e é absolutamente
inútil
para você.
Em um seminário de três dias em Dallas, um de nossos instrutores mostrou
um arremesso incrível envolvendo uma luxação do ombro. Foi rápido, sujo e fez o
trabalho em um único movimento - arrancando o ombro do encaixe e derrubando o cara
de cabeça em um passo fácil.
Ou então ele pensou. Todos os presentes ficaram devidamente impressionados e ansiosos
para entrar nos tatames e tentar ... e quando o fizeram, ninguém conseguiu fazê-lo. Agora,
isso não significa que alguns deles não estavam próximos, mas ninguém estava fazendo
isso bem o suficiente para uma situação de vida ou morte. Em outras palavras, alguns
deles podem ter conseguido - mas não bons o suficiente para apostar suas vidas.
Na maioria dos ambientes de treinamento, o instrutor apenas lhe diria
para continuar trabalhando nisso. Isso não é necessariamente uma má ideia, desde
que você tenha muitas oportunidades de treinamento pela frente. Essas pessoas tinham
menos de um dia restante. Seis horas e estariam de volta às ruas, de volta ao resto de
suas vidas. E eles precisavam ser capazes de
230

preservar essas vidas com o que eles poderiam fazer de forma confiável, agora.
O instrutor imediatamente descartou o exercício frustrante e o substituiu por uma
maneira mais simples, direta e alcançável de arrancar um ombro e derrubar o cara
de cabeça. Embora houvesse alguns que ficaram desapontados por não estarem
usando a técnica 'extravagante', todos poderiam fazer o trabalho bem o suficiente
para destruir completamente o outro cara. O instrutor garantiu que, quando eles
saíssem por aquela porta, todos pudessem aleijar um homem e colocá-lo no chão
de forma que ele não pudesse se levantar. Eles poderiam apostar suas vidas no
que poderiam fazer.
Entender por que um ombro sai do encaixe e como fazer isso acontecer é
muito mais importante do que os milhares de movimentos diferentes que você
pode usar para arrancá-lo.
Em vez de técnicas inúteis, oferecemos princípios que você pode usar.

Em vez de um conjunto vazio de movimentos para imitar, separamos os
princípios que tornam esses movimentos úteis - as principais razões pelas
quais esse movimento causa um efeito, como ele atinge o objetivo da violência
e causa o dano que você precisa. Chegamos à raiz, regras subjacentes que
regem toda a violência e garantimos que você possa obtê-la
feito.
Fatos, não opiniões
Existem muitas opiniões diferentes por aí sobre o que fazer quando

confrontados com a realidade da violência. Infelizmente, muitas dessas opiniões
não são fundamentadas na realidade - elas vão contra o bom senso, a física e a
fisiologia básicas e a experiência pessoal conquistada com muito esforço. Todos
têm direito à sua própria opinião, e essa opinião pode refletir sua própria experiência
e o que funciona para eles. É quando eles tentam extrapolar essa opinião para fora,
além de si mesmos, e impô-la sobre inconvenientes físicos
231

realidades que eles se deparam com problemas. E se esse é o cara com quem você
está aprendendo, isso pode significar problemas para você.
A realidade é terrivelmente inconveniente. Ele tem um jeito de passar por cima dos vôos
da fantasia - algo que parecia uma ideia incrível na época, lógico e indutor de aceno
entusiasmado acaba achatado com todas as melhores partes esguichando como um tubo
rompido de pasta de dente. Pode ter sido uma ótima ideia, mas a execução real simplesmente
não se sustenta.
Quando isso acontece no treinamento para a violência, você fica com uma
escolha: você pode ignorar a realidade e fingir que funciona, ou pode engolir seu ego
e mudar o que está fazendo. Isso não é uma coisa fácil de fazer. Muitas vezes desejamos
que não fosse assim.
Quando um método de treinamento ou uma técnica muito, muito legal se mostra inútil quando
comparada com as realidades físicas da violência, é um dia triste. Há muitas coisas divertidas
que gostamos de fazer e treinar que acabaram sendo simplesmente erradas, como praticar
defesas elaboradas com facas. Trabalhar com a faca dessa maneira faz você se sentir muito
bem - como seria de esperar que "não fosse esfaqueado" - mas não combina com evidências
em vídeo de esfaqueamentos. Ou relatórios policiais das vítimas. A maioria das pessoas relata
nunca ter visto a faca, ou mesmo saber que estava sendo esfaqueada. Eles pensaram que
estavam levando um soco. Não foi até que eles viram o sangue que perceberam que algo mais
estava acontecendo. Isso torna altamente improvável que você saiba que precisa fazer uma
técnica de defesa com faca, muito menos executá-la.
Essa realidade inconveniente traz outra questão: se você finalmente perceber (depois
de ser esfaqueado repetidamente) que uma faca está envolvida, usar uma técnica de
defesa com faca fará diferença neste momento? Ou só vai te esfaquear mais?
Realidades como essa desafiaram nossas suposições e nos forçaram a fazer uma
escolha: opinião ou fatos? Nós escolhemos os fatos. O fato
232

A questão é que você tem que fazer o que tornou o esfaqueador bem-sucedido -
causar ferimentos. Essa é a única coisa que vai te ajudar. Por mais legal que as defesas
com faca fossem para praticar, e por mais reconfortante que seja a ideia de não ser
esfaqueado, nada disso se sustenta fora da prática.
Este é o processo que usamos para filtrar as abordagens que

realmente funcionam a partir daquelas que são apenas boas ideias, mas erradas.
Verificamos tudo com vídeos de violência real, relatórios da polícia e legistas,
medicina esportiva para traumas e, o mais importante, as experiências de pessoas
que prevaleceram em situações de vida ou morte. Se não combinasse, jogávamos
fora, por mais que não quiséssemos.
No final, ficamos com um sistema que é interna e externamente

consistente, baseado em fatos que você mesmo pode verificar.
Não acredite em nossa palavra - as opiniões sempre entram e saem de moda, mas os
fatos permanecem os mesmos. Se você vai apostar sua vida em alguma coisa, deve
ser nos fatos.
Nós Ouvimos e Adaptamos
Mais importante ainda, ouvimos nossos clientes: o que eles acham útil e o que
não acham. O que eles querem e precisam, e com o que não querem ser incomodados.
Em cada seminário de treinamento, distribuímos questionários para saber como os
participantes se sentiram sobre a experiência; levamos suas respostas a sério e
mudamos nossos métodos de treinamento de acordo.
O exemplo mais notável disso foi quando um cliente notou que um

uma sessão pequena e informal destacando várias maneiras diferentes de acessar
os olhos - diferentes ângulos, posições corporais e com várias ferramentas diferentes
- fez muito sentido. Foi o que permitiu
233

eles finalmente 'entendam' de uma forma que a parte anterior 'baseada em

técnica' do seminário não conseguiu. Isso nos forçou a enfrentar a questão de
treinar as pessoas da maneira que aprendemos ou da maneira como
entendemos o material agora.
Este comentário de um cliente mudou toda a nossa abordagem de

treinamento - nós literalmente a desmontamos e a remontamos do zero.
Em vez de treinar técnicas com um conjunto específico de movimentos (e
depois esperar que os clientes pudessem separá-los para encontrar os
elementos básicos), treinamos alvos exclusivamente, mostrando-lhes como
esmagar uma garganta em pé, de lado, por trás, com o homem de quatro
e deitado, depois com o cliente no chão, etc. Os resultados surpreenderam
a todos, instrutores e clientes - o que antes levava três dias para instilar,
agora podíamos fazer em um dia. E então, com um pouco mais de esforço,
meio dia. Os clientes que retornaram, aqueles que haviam treinado conosco
antes da mudança de metodologia, ficaram surpresos com a qualidade dos
novos funcionários em tão pouco tempo.
Até hoje prestamos muita atenção ao que nossos clientes têm a dizer
sobre sua experiência e progresso - nunca sabemos quando alguém
apontará a próxima grande melhoria em nossos métodos.
Nosso objetivo é dar a você o melhor treinamento possível - você é a

razão de estarmos aqui e seu sucesso é tudo o que realmente nos interessa.
O TFT é a interseção perfeita dos fatos reais da violência
apresentados por pessoas que conhecem o assunto friamente e realmente
querem que você acerte. Isso é o que nos motiva — saber que, depois de sair
por aquela porta, você fica um pouco mais esperto, um pouco mais duro e
muito melhor no uso da ferramenta da violência. Seu sucesso é sua
sobrevivência, e ter você voltando para casa vivo é o motivo de estarmos aqui.
234

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How To Survive The Most Critical 5 Seconds of Your Life

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Comentários sinceros dos leitores deste novo livro

Lawrence Jooste, Gauteng, África do Sul

Scott Nelson, Houston, Texas

Tim Baguley, Las Vegas, NV

Shane Parisi, Mountain View, CA

Justin Negrete, Madison, WI

Dennis Aurilia, Parkland, FL

Todd W. Carr, Marion, NY

©2009-2012 Grupo TFT. Todos os direitos reservados.

Impresso nos Estados Unidos da América.

Como sobreviver aos 5 segundos mais críticos da sua vida

por Tim Larkin e Chris Ranck-Buhr

Primeira edição: 2008

Para mais informações: www.TargetFocusTraining.com

Dedicado a todos que

Para mais informações: www.TargetFocusTraining.com

PARTE UM: Violência em sua vida hoje 10

Capítulo Um: O Impensável Acontece Capítulo 11

Três: Dentro da Mente Criminosa Capítulo Quatro: Violência Anti-Social vs. As 23

PARTE DOIS: Princípios da Violência 102

Capítulo Um: Lutar ou Fugir 103

Capítulo Dois: Violência tem a ver com ferimentos 108

Capítulo Três: Por que você deve aprender a matar 116

Capítulo Quatro: Superando o Estigma da Violência 122

Capítulo Cinco: Violência como a Ferramenta de Sobrevivência Definitiva 126

Capítulo Seis: Mate Simples, Estúpido 132

Capítulo Sete: Acesse a Carne 136

Capítulo Oito: A Lição Mais Difícil 143

PARTE TRÊS: Colocando os Princípios em Ação 149

Capítulo Um: Barreiras, Platôs e Epifanias Capítulo Dois: 150

Treinamento para a Vida Capítulo Três: Aprenda a Lutar ou 155

PARTE QUATRO: O Legado da Violência – Paz de Espírito 206

Capítulo Um: Um grama de prevenção Capítulo Dois: 207

Assumindo o controle de sua vida Capítulo Três: Trate todos 211

como se estivessem a seis segundos de uma matança... e outros

Capítulo Quatro: Vivendo uma vida mais pacífica 220

Saiba mais sobre o treinamento de foco no alvo... 236

SOBREVIVENDO AOS 5 SEGUNDOS MAIS CRÍTICOS DA SUA VIDA

— Concessão Geral dos EUA

Realmente me surpreende quantas pessoas tropeçam em vários

Os esportes de combate podem ensinar táticas eficazes de luta e são

talvez você esteja se perguntando por que deveria saber lutar.

Mas este livro aborda o lugar onde a comunicação social

A verdadeira questão é, se você tiver a infelicidade de se encontrar

Se você quer saber a verdade sobre autodefesa, continue lendo. Você

SOBREVIVENDO AOS 5 SEGUNDOS MAIS CRÍTICOS DA SUA VIDA

SOBREVIVENDO AOS 5 SEGUNDOS MAIS CRÍTICOS DA SUA VIDA

Desde que comecei o Target-Focus Training (TFT), tenho viajado

Porque as pessoas que vivem nessas cidades convivem todos os dias

SOBREVIVENDO AOS 5 SEGUNDOS MAIS CRÍTICOS DA SUA VIDA

E eles não apenas enfrentam a ameaça de violência criminosa. Violência

São clientes que levam a sério um plano de violência anti-social.

Rapidamente fica claro que, se você tiver a infelicidade de se envolver com

Por que não podemos todos nos dar bem?

Um exemplo perfeito ocorre na guerra contra o terror. Se você

SOBREVIVENDO AOS 5 SEGUNDOS MAIS CRÍTICOS DA SUA VIDA

com uma mentalidade litigiosa de aplicação da lei.

É politicamente incorreto apontar tais fatos, mas, francamente, essa é a natureza da

responder ao inimigo da mesma forma.

Mas essa mentalidade não é perigosa apenas para os soldados nos

confiar em correr ou bloquear mais do que os militares podem usar as diretrizes de

aplicação da lei para derrotar um 'matar ou ser morto'