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Apostila ITAIME Eleva Vol.4
Apostila ITAIME Eleva Vol.4
Limites
6
1. Introdução 2.3 Limite lateral à esquerda
Em Matemática, um limite intuitivamente é um valor para o qual uma Sendo f uma função, limx→a– f(x) = L significa que conforme x se
função f(x) se aproxima, quando x fica perto de determinado valor. aproxima de a pela esquerda (de maneira que x é sempre menor que a e,
por isso, a aproximação é pela esquerda), f(x) fica cada vez mais próximo
Neste assunto, estudaremos funções cujos domínios são intervalos
de L. Formalmente, temos que limx→a– f(x) = L se, e somente se, para todo
ou uniões de intervalos e cujos contradomínios são o conjunto dos
ε > 0, existir δ > 0 tal que a – δ < x < a ⇒ |f(x) – L| < ε (isto quer
números reais.
dizer exatamente que conforme x se aproxima de a pela esquerda, f(x) fica
cada vez mais próximo de L).
2. Definições
2 x + 1 se x ≥ 3
Ex.: Seja f ( x ) = . Temos que limx→3– f(x) = 2, pois para x
2.1 Limite em um ponto x − 1 se x < 3
< 3, temos que f(x) = x – 1 e, desta forma, quando x se aproxima de 3
Sendo f uma função, limx→af(x) = L significa que conforme x se pela esquerda, x – 1 se aproxima de 3 – 1 = 2.
aproxima de a, f(x) fica cada vez mais próximo de L. Formalmente, temos
que limx→af(x) = L se, e somente se, para todo ε > 0, existir δ > 0 tal que 2.4 Limites no infinito
0 < |x – a| < δ ⇒ |f(x) – L| < ε (isto quer dizer exatamente que conforme
x se aproxima de a, f(x) fica cada vez mais próximo de L). Sendo f uma função, limx→∞f(x) = L significa que à medida que x fica
um número real cada vez maior, f(x) fica cada vez mais próximo de L.
Vejamos agora um exemplo:
Formalmente, temos que limx→∞f(x) = L se, e somente se, para todo ε > 0,
existir A tal que x > A ⇒ |f(x) – L| < ε.
x2 − 1
Ex.: Calcule lim x →1 .
x −1 x −1
Ex.: Seja f ( x ) = . Temos que limx→∞f(x) = 1. De fato, temos que
x2 − 1 x +1
Solução: Seja f (x) = definida em – {1}. 2 2
x −1 f ( x ) = 1− . Quando x → ∞, temos que → 0 e, desta forma,
Calcularemos, inicialmente, alguns valores: f(1,1), f(1,01), f(1,001). Em x +1 x +1
seguida, calcularemos f(0,9), f(0,99), f(0,999). f(x) se aproxima de 1 – 0 = 1.
Temos que f(1,1) = 2,1, f(1,01) = 2,01 e f(1,001) = 2,001. Além disso,
f(0,9) = 1,9, f(0,99) = 1,99 e f(0,999) = 1,999. Veja então que quando 2.5 Limites infinitos
x fica muito próximo de 1, f(x) fica muito próximo de 2. Isso quer dizer
intuitivamente, que o limite buscado é 2. 2.5.1 Limite infinito em um ponto
(x + 1)(x − 1)
Para tornar tudo mais claro, podemos ver que f(x) = = x + 1, Sendo f uma função, limx→af(x) = ∞ significa que à medida que x se
x −1
se x ≠ 1. Agora, é bastante evidente que quando x → 1, x + 1 → 2 e, aproxima de a, f(x) fica um número real cada vez maior. Formalmente,
temos que limx→af(x) = ∞ se, e somente se, para todo A > 0, existir δ tal
portanto, limx→1f(x) = 2. que 0 < |x – a| < δ ⇒ |f(x)| > A.
Comentário: a rigor, deveríamos formalizar o argumento com épsilons 2.5.2 Limite infinito no infinito
e deltas. Entretanto, neste material, optamos por uma abordagem com Sendo f uma função, limx→∞f(x) = ∞ significa que à medida que x fica
ênfase menor em demonstrações. um real cada vez maior, f(x) também fica um número real cada vez maior.
Formalmente, temos que limx→∞f(x) = ∞ se, e somente se, para todo A,
2.2 Limite lateral à direita existir B > 0 tal que x > A ⇒ |f(x)| > B.
Sendo f uma função, limx→a+f(x) = L significa que conforme x se
aproxima de a pela direita (de maneira que x é sempre maior que a e, 2.6 Função contínua
por isso, a aproximação é pela direita), f(x) fica cada vez mais próximo
Sendo f uma função e a um ponto do domínio de f, dizemos que f é
de L. Formalmente, temos que limx→a+f(x) = L se, e somente se, para
contínua em a se limx→af(x) = f(a). Se f é contínua em todos os pontos de
todo ε > 0, existir δ > 0 tal que a < x < a + δ ⇒ |f(x) – L| < ε (isto
seu domínio, dizemos que f é contínua.
quer dizer exatamente que conforme x se aproxima de a pela direita,
f(x) fica cada vez mais próximo de L).
2.7 Condições de continuidade em um ponto
2 x + 1 se x ≥ 3 I. a função deve existir no ponto ⇒ $ f(a);
Ex.: Seja f ( x ) = . Temos que limx→3+ f(x) = 7, pois para II. a função deve ter limite no ponto ⇒ $ limx→af(x);
x − 1 se x < 3 III. esses valores devem ser iguais ⇒ limx→af(x) = f(a).
x > 3, temos que f(x) = 2x + 1 e, desta forma, quando x se aproxima de
3 pela direita, 2x + 1 se aproxima de 2 · 3 + 1 = 7.
Obs.:
• se uma dessas três condições não for satisfeita, dizemos que a função
6. Descontinuidades
é descontínua no ponto;
• uma função é contínua em um intervalo [a, b], quando ela é contínua 6.1 Descontinuidade evitável
em cada ponto do interior desse intervalo e limx→a+f(x) = f(a) e Caracteriza-se pela existência do limite no ponto, diferente do valor
limx→b– f(x) = f(b). da função nesse ponto (ou se a função não for definida nesse ponto).
Ex.:
3. Propriedades x2 − 4
se x ≠ 2
• f(x) = x − 2
I. Se limx→af(x) = L e limx→ag(x) = M, então: 5
a. limx→a[f(x) + g(x)] = L + M se x = 2
b. limx→a[f(x) · g(x)] = L · M limx→2f(x) = 4 e f(2) = 5 ⇒ limx→2f(x) ≠ f(2), a descontinuidade seria
f( x ) evitada se fosse definido f(2) = 4.
c. limx→a = L/M (M ≠ 0)
g( x ) sen3x
d. Se limx→af(x) = L > 0 e limx→ag(x) = M, então limx→af(x)
g(x) M
=L . • f(x) =
x
não existe f(0) e limx→0f(x) = 3 ⇒ f é descontínua evitável para x = 0,
II. Se lim x→af(x) = L e lim y→Lg(y) = M, com M = g(L), então
a descontinuidade seria evitada se f(0) = 3.
limx→ag(f(x)) = M (regra da substituição)
Obs.:
6.2 Descontinuidade de 1a espécie
• As propriedades acima valem se os limites L, e M existem e são finitos. Caracteriza-se pela existência dos limites laterais diferentes no ponto
(portanto não existe limite no ponto). Nas descontinuidades de 1a espécie
III. Teorema do sanduíche dizemos que a função apresenta um salto cuja amplitude é igual ao módulo
Se limx→af(x) = limx→ag(x) = L e f(x) ≤ h(x) ≤ g(x), numa vizinhança da diferença dos limites laterais no ponto.
de a, então limx→ah(x) = L.
Ex.:
4. Casos de indeterminação x 2 se x ≤ 2
• f(x) =
x + 5 se x > 2
Nos seguintes casos, devemos buscar outra alternativa para o cálculo
f(2) = 4; limx→2–f(x) = 4 e limx→2+f(x) = 7; f é descontínua de
do limite (a principal será a regra de L’Hôspital a ser vista no próximo
assunto): 1a espécie para x = 2, com salto de amplitude 3.
• f(x) = x (função parte inteira)
I. ∞ – ∞
f(n) = n; limx→n– f(x) = n – 1 e limx→n+f(x) = n; f é descontínua de 1a
II. 0 · ∞
espécie para n ∈ , com salto de amplitude 1.
0
III.
0 6.3 Descontinuidade de 2a espécie
∞
IV. Caracteriza-se pela não existência de um dos dois limites laterais ou
∞
V. 00 por outros casos não enquadrados anteriormente.
VI. ∞0
VII. 1∞ Ex.:
1
• f(x) = sen
x
5. Limites fundamentais ( $ )f(0); ( $ )limx→0– f(x) e ( $ )limx→0+f(x); f é descontínua de 2a espécie
sen x para x = 0.
I. limx→0 =1
x
1
n ∞
1 1 se x ∈Q
II. limn→∞ 1 + = e e = 2, 718281828459 = ∑ • f(x) = (função de Dirichlet)
n 0 se x ∉Q
k =0 !
k
(∀a ∈ )(( $ )limx→af(x)); f é descontínua de 2a espécie ∀a ∈
Obs.:
n+ k
1 • f(x) = log|x|
• limn→∞ 1+ = e, k ∈
n ( $ f(0); limx→0– f(x) = –∞ e limx→0+f(x) = –∞ ⇒ limx→0f(x) = –∞; f é
n
1 descontínua de 2a espécie para x = 0
• limn→∞ 1+ = e, k ∈
n + k
k ⋅n
1
• limn→∞ 1+ = ek, k ∈ 7. Teorema do valor intermediário
n
n Seja f:[a, b] → uma função contínua. Se u é um real tal que f(a)
k
• limn→∞ 1+ = ek, k ∈ < u < f(b) ou f(a) > u > f(b), então existe c ∈ (a, b) tal que f(c) = u.
n
• limx→0(1 + x)1/x = e Comentário final
ax − 1 Nos exercícios resolvidos, veremos algumas técnicas para calcular
• limx→0 = ln a, a ∈ + –{1}
x limites.
146 IME-ITA – Vol. 4
Limites MATEMÁTICA I
Assunto 6
7
k =0
n n
Derivadas = x n + x n −1∆x + x n − 2∆x 2 + + ∆x n ⇒
1
2
n n
⇒ ∆y = x n −1∆x + x n − 2∆x 2 + + ∆x n ⇒
1 2
1. Conceito n n
∆x( x n −1 + x n − 2∆x + + ∆x n −1 )
1
2
Chama-se derivada de um função y = f(x) ao limite da razão e f ' ( x ) = lim∆x →0 =
incremental (∆y/∆x) quando o incremento ∆x da variável independente ∆x
tende a zero. Indica-se por f’(x); n
= x n −1 = n ⋅ x n −1
ou seja: 1
∆y f ( x + ∆x ) − f ( x ) l ogo: f '( x ) = n ⋅ x n −1
f '( x ) = lim∆x →0 = lim∆x →0
∆x ∆x
III. f ( x ) = x −1
2. Interpretação geométrica y = x −1
e y + ∆y =
1
⇒
x + ∆x
1 1 1
f(x + ∆x) Q ⇒ ∆y = − y ⇒ ∆y = − ⇒
y = f(x) x + ∆x x + ∆x x
1 1
P −
β e f '( x ) = lim∆x →0 x + ∆ x x =
f(x) R ∆x
x − x − ∆x
x( x + ∆x ) − ∆x 1
= lim∆x →0 = lim∆x →0 ⋅ =
∆x x( x + ∆x ) ∆x
β α
−1 1
x x + ∆x = lim∆x →0 = − 2 = − x −2
x( x + ∆x ) x
l ogo: f '( x ) = − x −2
RQ ∆y
Inclinaçãodaretasecante mPQ = tanβ = = → razão incremental
PR ∆x IV. f ( x ) = senx
∆y
Inclinação da reta tangente em P: mP = tanα = lim∆x →0 = f '( x )
∆x y = senx e y + ∆y = sen( x + ∆x )⇒
Obs.: A derivada de uma função em um ponto nos dá a inclinação da ⇒ ∆y = sen( x + ∆x ) − y ⇒ ∆y = sen( x + ∆x ) − senx ⇒
f ( x ) − f ( x0 ) x + ∆x − x x + ∆x + x
reta tangente à curva neste ponto, ou seja: f '( x0 ) = lim x → x ⇒ ∆y = 2 sen ⋅ cos ⇒
0
x − x0 2 2
∆x ∆x
⇒ ∆y = 2sen cos( x + )⇒
3. Cálculo das derivadas 2 2
2 ⋅ sen ∆x / 2 cos( x + ∆x / 2)
I. f ( x ) = k , k ∈ ℜ e f '( x ) = lim∆x →0 =
∆x
y = k
e y + ∆y = k ⇒ ∆y = k − y ⇒ sen ∆x / 2
0 = lim∆x →0 ⋅ lim∆x →0 cos( x + ∆x / 2) = cos x
⇒ ∆y = k − k = 0 e '(
f x ) = lim∆x →0 =0 ∆x / 2
∆x logo: f '( x ) = cos x
logo: f '( x ) = 0
V. f ( x ) = cosx
Obs.: A expressão y + ∆y corresponde ao f(x + ∆x), de modo que ∆y y = cosx e y + ∆y = cos( x + ∆x )⇒
= f(x + ∆x) – f(x).
∆y = cos( x + ∆x ) − y ⇒ ∆y = cos( x + ∆x ) − cosx ⇒
x + ∆x + x x + ∆x − x
II. f ( x ) = x n ,n ∈ N ⇒ ∆y = 2 sen ⋅ sen ⇒
2 2
y = x n e y + ∆y = ( x + ∆x )n ⇒ ∆x ∆x
⇒ ∆y = −2 ⋅ sen ⋅ sen( x + ) ⇒
n
n 2 2
⇒ y + ∆y = ∑ k x n− k
∆x k =
e f '( x ) = lim∆x →0
−2 ⋅ sen ∆x ⋅ 2 sen( x + ∆x / 2)
=
k =0 ∆x
n n sen ∆x / 2
= x n + x n −1∆x + x n − 2∆x 2 + + ∆x n ⇒ = lim∆x →0 ⋅ lim∆x →0 − sen( x + ∆x / 2) = sen x
1 2 ∆x / 2
n n l ogo: f '( x ) = − sen x
⇒ ∆y = x n −1∆x + x n − 2∆x 2 + + ∆x n ⇒
1
2
n n
∆x( x n −1 + x n − 2∆x + + ∆x n −1 )
1 2 IME-ITA – Vol. 4 149
e f ' ( x ) = lim∆x →0 =
∆x
n
MATEMÁTICA I
Assunto 7
Obs.: f = u – v → f’ = u’ – v’
u = x 2 + 1→u ' = 2 x
II. f = u ⋅ v → f’= u’ ⋅ v + u · v’ generalizando: f = f1of2o ofn ⇒ f ' = fn '.fn −1 '..f1 '
Com efeito, f(x) = u(x) ⋅ v(x) →
f ( x ) = u ( x ) ⋅ v ( x )⇒ '
f (x) =
Obs.: Seja f uma função cuja derivada é f’ e inversa é f–1. Então,
( u( x + ∆x ) ⋅ v( x + ∆x )) − ( u( x ) ⋅ v( x ) )
= lim∆x →0 = 1
∆x f −1 ' ( x ) =
u( x + ∆x ) ⋅ v( x + ∆x ) + u( x + ∆x ) ⋅ v( x ) − u( x + ∆x ) ⋅ v( x ) − u( x ) ⋅ v( x ) f ' o f −1( x )
= lim∆x →0 =
∆x Ex.:
u( x + ∆x )(v( x + ∆x ) − v( x )) + v( x )( u( x + ∆x ) − u( x ))
= lim∆x →0 f ( x ) = a x e f −1 ( x ) = log a x ⇒ '
f ( x ) = a x ln a→'
f of −1 ( x )= aloga x In a ⇒
∆x
v( x + ∆x ) − v( x ) u( x + ∆x ) − u( x ) 1
= lim∆x →0 u( x + ∆x ) + lim∆x →0 v( x ) = ⇒ f −1 ' ( x ) =
∆x ∆x x ln a
= u '( x ) ⋅ v( x ) + u( x ) ⋅ v '( x ) 1
logo: y = loga x ⇒ y ' =
x ln a
generalizando:
f = f1 · f2 · ... · fn ⇒ f ' = f1 ' · f2 · ... · fn + f1 · f2 ' · ... fn + ... + f1 · f2 · ... · fn '
6. Derivadas sucessivas
Obs.: f(x) = k ⋅ u (x) ⇒ f’(x) = 0 ⋅ v(x) + k ⋅ v’(x) → f’(x) = k ⋅ v’(x), k ∈ 6.1 Conceito
Derivando a derivada primeira obtemos a derivada segunda da função;
u u ' v − uv ' derivando a derivada segunda obtemos a derivada terceira da função e assim
III. f = ⇒ f'=
v v2 sucessivamente. Indica-se por: f’(x), f’’(x), f’’’(x), f(4)(x), ... , f(n)(x)
Com efeito,
u( x + ∆x ) u( x ) Ex.: f(x) = e2x
−
v( x + ∆x ) v( x )
f '( x ) = lim∆x →0 = y’ = 2e2x; y” = 4e2x; y’’’ = 8e2x; ... ; y(n) = 2n e2x
∆x
u( x + ∆x ) ⋅ v( x ) − u( x ) ⋅ v( x + ∆x )
= lim∆x →0 =
∆x ⋅ v( x ) ⋅ v( x + ∆x ) 6.2 Regra de Leibniz
u( x + ∆x ) ⋅ v( x ) − u( x ) ⋅ v( x ) + u( x ) ⋅ v( x ) − u( x ) ⋅ v( x + ∆x ) 1 n
= lim∆x →0 ⋅ =
n
= (lim∆x →0 v( x )
u( x + ∆x ) − u( x )
∆x
− lim∆x →0 u( x )
v( x + ∆x ) − v( x )
v( x ).v( x + ∆x )
)lim∆x →0
1
=
f = u ⋅ v → f ( n) = ∑ k u
k =0
( n− k )
⋅ v( k )
∆x ∆x v( x ) ⋅ v( x + ∆x )
u '( x ) ⋅ v( x ) − u( x ) ⋅ v '( x )
= Com efeito, f = u ⋅ v → f’ = u’⋅ v + ⋅ v’ → f” = u” ⋅ v + u’ ⋅ v’ +
v 2( x )
u’ ⋅ v’ + u ⋅ v” = u’’⋅ v + 2u’ ⋅ v’ + u ⋅ v” → f’’’ = u’’’ ⋅ v + u” ⋅ v’ + 2
⋅ (u” ⋅ v’ + u’ ⋅ v”) + u’v” + u ⋅ v’’’ = u’’’ ⋅ v + 3 · u” ⋅ v’ + 3 ⋅ u’ ⋅ v’’
Obs.: Pode-se provar pela fórmula do produto também.
+ u ⋅ v’’’ → ... →
n n n
f ( n ) = u( n ) ⋅ v + u( n −1) ⋅ v '+ u( n − 2) ⋅ v ''+ + ( n −1)
+ u ⋅ v ( n)
9. Regra de L’Hôspital
u '⋅ v
1 2 n − 1 f( x ) 0 ∞
Se lim x → a está indeterminado do tipo ou e existe
Ex.: f(x) = eax · x2 g( x ) 0 ∞
u(x) = eax ⇒ u’(x) = a ⋅ eax ⇒ u”(x) = a2 ⋅ eax ⇒ u’’’(x) = a3 ⋅ eax ⇒ f '( x ) f( x ) f '( x )
... ⇒ u(n) (x) = an ⋅ eax lim x → a , então lim x → a = lim x → a
g '( x ) g( x ) g '( x )
x 2 + y 2 = 25 12. Concavidade
dx
−2 x Seja y = f(x) a equação de uma curva, onde f(x) é uma função
dx dy dy dt = − x dx = − 3 ⋅ 3 = −2, 25 m/s
2x + 2y =0 ⇒ = contínua, com derivadas contínuas:
dt dt dt 2y y dt 4
I. f”(x) > 0 → a curva tem a concavidade voltada para cima (função
convexa)
II. f”(x) < 0 → a curva tem a concavidade voltada para baixo (função
côncava)
5m
y Obs.: O ponto onde a curva muda de concavidade é chamado de ponto de
inflexão da curva. Nesse ponto, a derivada segunda se anula.
y = ln x I. o domínio da função;
II.
II. as interseções do gráfico de f com os eixos coordenados;
lim ln x = − ∞ → x = 0 é assíntota vertical III. a paridade e periodicidade de f;
x → 0+
IV. o comportamento de f nos pontos de descontinuidade e nas fronteiras
13.3 Assíntota horizontal de seu domínio;
V. o comportamento de f no infinito (–∞ e +∞);
A reta y = b é assíntota horizontal de uma curva de equação y = f(x), VI. os intervalos em que f é crescente ou decrescente e os máximos e
quando pelo menos uma das situações abaixo ocorrer: mínimos de f;
VII. os intervalos de concavidade da curva que representa f e seus pontos
I. lim x →+ ∞ f ( x ) = b de inflexão;
VIII. as assíntotas das curvas que representam f;
II. lim x →− ∞ f ( x ) = b IX. o esboço do gráfico de f.
A reta y = ax + b (a ≠ 0) é assíntota oblíqua de uma curva de equação Solução: Neste caso, precisamos derivar um produto. Portanto, a partir de
y = f(x), quando pelo menos uma das situações abaixo ocorrer: 1
(uv)’=u’v + uv’ temos que f ' ( x ) = x ' · In x + x · (ln x ) ' = 1 · ln x + x · .
x
Logo, segue que f’(x)=ln x + 1.
f( x )
I. a = lim x →+ ∞ e b = lim x →+ ∞ ( f ( x ) − ax )
x 02 Determine a derivada da função y = (x3 + 2x + 7)15.
f( x )
II. a = lim x →− ∞ e b = lim x →− ∞ ( f ( x ) − ax ) Solução: Como temos uma função composta, podemos usar a chamada
x
‘regra da cadeia’ – veja que isso é muito mais simples do que desenvolver
a expressão. Por essa regra, temos que (u15)’ = 15u14 ⋅ u’, portanto, a
152 IME-ITA – Vol. 4 derivada pedida é igual a y’ = 15(x3 + 2x + 7)14 (3x2 + 2).
Derivadas MATEMÁTICA I
Assunto 7
Observação: Veja que a derivada pode se anular, mas não muda de sinal. 2
a. y = e x ⋅ cos x 2
Isso significa temos pontos de inflexão, o que mantém a desigualdade
estrita (o mesmo acontece com a função y = x3 no ponto x = 0). b. y = 5 sen4 x
c. y = ln( x + 1 + x 2 )
x
e d. y = arcsen x3
05 Calcule o limite L = lim .
x →+∞ x2 e. y = ln (cos 3x)
f. y = arctan e2x
Solução: Ao substituir x → +∞, temos uma indeterminação da forma ∞ , g. y = (x3 +11)15
portanto, podemos utilizar a regra de L’Hôspital: ∞ 2
h. y = 3
L = lim
( )
x
e '
= lim
ex
.
3
x + 13
( )
x →+∞ x 2 ' x →+∞ 2 x i. y = arcsec x4
j. y = ln(ln(ln x)
Veja que ainda temos uma indeterminação do mesmo tipo ∞ ,
∞ k. y = sen2 x + cos2 x + arccos x − ln 3 11 + πcos(sen x )
então podemos utilizar a regra de L’Hôspital mais uma vez:
L = lim
(e )' =
x
lim
ex
= +∞.
03 Determine as derivadas das funções abaixo:
x →+∞ (2 x )' x →+∞ 2
sen x + cos x
a. y=
sen x − cos x
2x2 − x + 1
06 Determine as assíntotas da função g ( x ) = . b. y = 2x · sen x – (x2 – 2) · cos x
x −3
c. y = x · cot x
Solução: Inicialmente, veja que x = 3 não pertence ao domínio da
x2
função g. Como lim g ( x ) = +∞ e lim g ( x ) = −∞, temos que a reta d. y=
x →3 + x →3 − ln x
x = 3 é uma assíntota vertical de g. e. y = (a2/3 – x2/3)3/2
A função não possui assíntotas horizontais, pois lim g ( x ) = ±∞. n
m
x →±∞ f. y = a + bx
a − bx n
Para buscar assíntotas oblíquas, primeiramente calculamos
1 1
g( x) 2− + 2 04 Determine as derivadas das funções abaixo:
2x2 − x + 1 x x = 2. P o r t a n t o ,
lim = lim = lim
x →+∞ x x →+∞ x 2 − 3 x x →+∞ 3 1+ x
1− a. y =
x 1− x
ainda há chances de g ter uma assíntota da forma y = 2x + b (o limite b. y = ln x · log x – ln a · loga x
anteriormente encontrado é igual ao coeficiente angular da reta). Como
1 c. y = ln x + 1 + ln( x + 1)
5+
5x + 1
b = lim ( g ( x ) − 2 x ) , temos que b = lim = lim x = 5. 2
d. y = arcsen x − 1
x →+∞ x →+∞ x − 3 x →+∞ 3
1− x2
x
1
Além disso, é fácil ver que todo raciocínio feito para x → +∞ nesse caso e. y = ln arcsen x + ln2 x + arcsen lnx
2
também vale para x → –∞. Então, a reta y = 2x + 5 é assíntota de g para
x → +∞ e para x → –∞. f. y = (cos x)sen x
x
1
g. y = 1 +
x
i. y = xx tan( x − π / 4)
x a. lim x → π / 4
j. y = xx x −π/4
1 + sen x
k. y = ln + 2 arctan sen x ( x − 1)2
1 − sen x b. lim x →1
1 + cos πx
d. y = x3 – 6x2 + 9x – 1
sen3 x + a ⋅ sen2 x + b ⋅ senx 2x2 − 2x + 4
12 Sabendo que lim x →0 existe e é finito, e. y =
x5 3x2 − 4x + 5
determine o valor numérico desse limite, sendo a e b constantes reais?
f. y = 2tan x – tan2 x, x ∈ [0, π/2]
g. y = xx
13 Determine as derivadas das funções abaixo:
h. y = arctan x − ln 1 + x 2
a. y = f(x) g(x)
3
i. y = x 3 +
b. y = xk, k ∈ x
j. y = 2 ⋅ sen x + cos 2x x ∈ (0, π)
14 Calcule os limites abaixo:
19 Um cartaz retangular deve conter 50 cm2 de matéria impressa com 05 Use o princípio de Fermat: “A luz caminha de um ponto A para outro
duas margens de 4 cm cada em cima e em baixo e duas margens laterais ponto B segundo uma trajetória que torna mínimo o tempo de percurso”;
de 2 cm cada. Determine as dimensões externas do cartaz de modo que para demonstrar a Lei da refração de Snell-Decartes.
sua área seja mínima.
06 Uma lâmpada pende sobre o centro de uma mesa redonda de raio r.
20 Ache os intervalos de concavidade e os pontos de inflexão das funções A que altura da mesa deve estar a lâmpada para que a iluminação de um
abaixo: objeto que se encontra à beira da mesa seja a melhor possível?
(A iluminação é diretamente proporcional ao cosseno do ângulo de
a. y = x3 – 6x2 + 12x + 4
incidência dos raios luminosos e inversamente proporcional ao quadrado
b. y = x – senx
da distância ao foco.)
c. y = x2 ⋅ ln x
d. y = (1 + x2)ex
07 Determine o ponto da curva y = x mais próximo do ponto (c, 0).
21 Analise as funções abaixo (esboçando seus gráficos):
a. y = x4 – 5x2 +4
x2 − x − 1
b. y = 2 01 Um grande vidro plano de comprimento L deve passar em pé por um
x + x +1
canto retangular de um corredor, passando de uma parte de largura a para
outra de largura b. Qual o comprimento L máximo que o vidro pode ter
22 Analise as funções y = f(x) abaixo:
para que a manobra seja possível?
a. y = x · e1/x
b. y = x + arctan x 02 Dado um círculo de raio r, seja L uma reta tangente ao círculo em um
c. y = x – ln x ponto P do mesmo circulo. De um ponto variável R do círculo, traça-se a
d. y = x2 · (1 – x)3 perpendicular RQ a L com Q em L. Determine o valor máximo que pode
x2 ter a área do triângulo PQR.
2
e. y= e x −1
03 Qual dos números é maior: eπ ou πe ? (Se possível, veja com a ajuda
de uma calculadora que esses valores são muito próximos.)
π
2 2 04 Demonstre que arcsenx + arccos x = , para todo x real.
2
01 A reta tangente à curva x3+ y3= 1, no ponto (x0, y0), x0 > 0, intercepta
o eixo y no ponto B. Mostre que a área do triângulo de vértices (0,0), (x0,y0)
e B não depende de (x0, y0). 05 Sejam A, B, C ângulos de um triângulo. Prove que senA + senB +
3 3
senC ≤ .
f '(1) f ''(1) f '''(1) f ( n )(1) 2
02 Sendo f(x) = xn, calcule: S = f (1) + + + + +
1! 2! 3! n! 06 Prove a desigualdade das médias para n reais positivos, verificando
que a função ln x é côncava.
03 Ache a derivada enésima da função y = x n–1
⋅ ln x.
04 A tangente traçada pelo ponto A a um círculo de raio r tem marcado 07 Encontre todas as soluções reais positivas de 2x = x2.
um segmento AN de mesmo tamanho que o arco AM. A reta MN corta o
prolongamento do diâmetro AO no ponto B. Determine OB, em função de
r e AÔM e calcule limAÔM → 0 OB.
Integrais
8
1. Função primitiva 4. Métodos de integração
Dada uma função f(x), chama-se função primitiva de f(x) a função F(x) 4.1 Integração por substituição
que derivada dê f(x), isto é, F’(x) = f(x)
Dada ∫ f(x) dx, não imediata, o método da substituição consiste em
fazer uma mudança de variável x = g(t) e dx = g’(t) dt, de maneira que
Ex.: f(x) = 2x → F(x) = x2 ou, mais geralmente, F(x) = x2 + C, em que a nova integral ∫ f(g(t))g’(t)dt seja mais fácil de calcular que a original.
C é um real qualquer.
Ex.: Fazendo t = x + 1, dt = dx e:
2. Integral indefinida x t −1 dt
∫ dx = ∫ dt = ∫ dt − ∫ = t − ln| t | + k = x − ln| x + 1| + c
x +1 t t
2.1 Conceito
Chama-se integral indefinida de uma função f(x) a toda expressão 4.2 Integração envolvendo trinômio quadrado
do tipo F(x) + c, em que F(x) é uma primitiva de f(x). Indica-se por
∫f(x)dx = F(x) + c. 1
I. ∫ 2
dx
ax + bx + c
mx + q
Ex.: ∫ 2x dx = x2 + c II. ∫ dx
ax 2 + bx + c
Obs.: A integração é a operação inversa da diferenciação. 1
III. ∫ dx
2
Ex.: ax + bx + c
dF( x ) mx + q
= 2 x → dF( x ) = 2 x ⋅ dx → ∫ dF( x ) = ∫ 2 x dx → F( x ) = x 2 + c IV. ∫ dx
dx
ax 2 + bx + c
2.2 Propriedades 1 1 1
Ex.: ∫ dx = ∫ 2 dx = ∫ dx =
I. ∫(f(x) + g(x)) dx = ∫f(x) dx + ∫ g(x) dx x 2 + 10 x + 30 x + 10 x + 25 + 5 ( x + 5)2 + 5
II. ∫ k · f(x) dx = k · ∫(f(x) dx
1 1 x +5
=∫ 2 dx = arctan +c
5 + ( x + 5) 2 5 5
3. Integrais imediatas
x n +1 x +1 1 2x + 2 1 2x − 4 + 6
I. ∫ x n dx = +c Ex.: ∫ dx = ∫ 2 dx = ∫ 2 dx =
n+1 x2 − 4 x + 8 2 x − 4x + 8 2 x − 4x + 8
II. ∫ 1 dx = ln| x | + c 1 2x − 4 6
x ∫ 2 dx + ∫ 2 dx =
2 x − 4x + 8 x − 4x + 8
cos ax
III. ∫ sen ax dx = − +c 1 2 1 6
a = ln| x − 4 x + 8| + ∫ 2 dx =
sen ax 2 2 x − 4x + 8
IV. ∫ cos ax dx = +c
a 1
V. ∫sec2 xdx = tan x + c = ln x2 − 4 x + 8 + 3 ∫ dx =
x2 − 4 x + 4 + 4
VI. ∫csc2 xdx = –cot x + c 1
= ln x2 − 4 x + 8 + 3 ∫ 2 dx =
VII. ∫sec x · tan x dx = sec x+ c 2 + ( x − 2)2
VIII. ∫csc x cot x dx = –csc x + c 3 x −2
= ln x 2 − 4 x + 8 + arctan +c
x 2 2
a
IX. ∫ a x dx = + c , (a > 0; a ≠ 1)
ln a
X. ∫
dx x
= arcsen + c , (a >0) 5. Aplicações de integrais
2
a −x 2 a
dx 1 x
5.1 Cálculo de áreas
XI. ∫ = arctan + c
x 2 + a2 a a 5.1.1 Conceito
dx 1 x Consideremos a curva que representa a função y = f(x), positiva e
XII. ∫ = arcsec + c contínua no intervalo a ≤ x ≤ b. Indicamos por Sab a área limitada por
2
x x −a2 a a
essa curva, e o eixo Ox entre os pontos de abscissa a e b. Temos que
b
XIII. ∫sec x dx = ln|sec x+ tan x| +c Sab =∫ a f(x)dx = F(b) – F(a), em que F é uma primitiva de f.
Solução:
y = f(x) 1 a b
Aqui, usaremos as ‘frações parciais’. Fazendo 2
≡ + ,
x −1 x +1 x −1
obtemos a(x – 1) + b(x + 1) ≡ 1, ou seja, (a + b) x + (b – a) ≡ 0x + 1, que
Sab a + b = 0 1 1
nos dá . Logo, a = − e b= .
b − a = 1 2 2
Portanto,
a b 1 1 dx 1 dx 1 1
∫ 2 dx = ∫ − ∫ = ln x − 1 − ln x + 1 + c =
x −1 2 x −1 2 x +1 2 2
Obs.:
I. Saa =0 1 x −1
= ln +c
2 x +1
II. Se a < c < b → Sab =Sac + Scb
5.2 Cálculo de volume 03 Calcule ∫x · senxdx.
Consideremos uma curva de equação y = f(x), em que f(x) é uma
Solução:
função contínua, que delimita com o eixo dos x uma superfície plana ABCD.
Fazendo-se a rotação com revolução desta superfície em torno do eixo u = x
Aqui, faremos a ‘integral por partes’. Defina .
dos x, será gerado um corpo de revolução cujo volume queremos calcular dv = senxdx
du = dx
y = f(x) Com isso, tem-se .
v = − cos x
D Usando que ∫udv = uv – ∫vdu, temos que a integral pedida é igual a:
–xcosx + ∫cosxdx = – xcosx + senx +c.
C
A B
a. ∫dx
dx
dividindo-se o intervalo [a, b] em n subintervalos, vamos inscrever n b. ∫
3
cilindros de revolução no corpo considerado. Calculando-se o volume x2
desses cilindros e somando-os, teremos um valor aproximado do volume dx
procurado, ou seja: c. ∫
x
V1 = .f 2(x1).∆x1 d. ∫(1 − x ) x dx
p
V2 = .f 2(x2).∆x2
p
__ __ __ __ __ __
e. ∫6x dx
Vn = .f 2(xn).∆xn 2
f. ∫x · ex dx
p
fazendo n tender ao infinito, teremos o volume exato do corpo de revolução,
g. ∫(x3 + 2)17 · x2 dx
ou seja:
n
V = lim n→∞ π ⋅ ∑ f 2( x k ) ⋅ ∆x → V = π · ∫ a f2(x)dx
b h. ∫sen 3x dx
k =1
dx
i. ∫
( 2 x − 3)2
j. ∫sec 5x · tan 5x dx
p
(arcsen x )3
i. ∫ dx
09 Determinar a área delimitada pelas curvas y = x2 e y = x.
1− x 2
1
a. ∫ dx h. ∫sen2x dx 11 Ache o volume gerado pela revolução em torno do eixo y da região
x 2 + 8 x + 25
x2 y2
3 limitada pela elipse + = 1.
5x + 3 x +1 16 9
b. ∫ dx i ∫ dx
x 2 − 4 x + 20 x −2
12 Calcule o volume gerado pela revolução em torno do eixo y da região
1 x2 + 1
c. ∫ dx j. ∫ dx limitada pela função y = x 3 , x ≥ 0, no intervalo [0, 1].
3 2
28 − 12 x − x 2 x − 3x + 4x − 2
1 x2 + x + 2
d. ∫ x ⋅ 5 x + 2dx k. ∫ dx
5 ( x + 2 x + 3)2
2
e. ∫x · exdx l. ∫ sen(5x)cos(3x)dx 01 Determine a área de uma elipse cujo semieixo maior mede a e cujo
semieixo menor mede b.
1+ x
f. ∫x2 · ln x dx m. ∫ dx 02 Determine o volume de uma esfera de raio R.
1− x
g. ∫arcsenx dx
03 Determine a área delimitada pelas curvas y = x3 , y = 2x e y = x.
1+ 3 x
a. ∫ dx
3
x2
1
b. ∫ x 3 x 2 + 1 dx 01 Prove que a equação 4ax3 + 3bx2 + 2cx = a + b + c possui pelo
0
menos uma raiz entre 0 e 1.
π
1
c. ∫ dx
π 1 + sen x − cos x 1
02 Calcule ∫ dx.
4 7
x −x
sen3 x
d. ∫ dx
2 + cos x
158 IME-ITA – Vol. 4
MATEMÁTICA II ASSUNTO
Números inteiros
4
1. Conceito 3.2 Teorema 1 (divisão de inteiros)
Define-se = {..., – 3, – 2, –1, 0, 1, 2, 3, ...} como o conjunto dos “Se a e b são inteiros e b > 0, existem inteiros q e r, únicos, tais que
números inteiros. a = bq + r, com 0 ≤ r < b.”
Notação: + = {0, 1, 2, 3, ...}; – = {..., – 3, – 2, – 1, 0}; +* = {1, 2, 3, ...};
–* = {..., – 3, – 2, – 1} Demonstração: A ideia é muito simples. Olhe para o conjunto dos
Portanto, dado n inteiro, temos que n ∈ +* (dizemos que n é positivo) múltiplos de b: S = {..., – 2b, 0, b, 2b, ...}. Temos que a deve estar entre
ou n ∈ *– (dizemos que n é negativo) ou n = 0. dois elementos consecutivos de S, ou seja, existe um único q tal que
qb ≤ a < (q + 1)b. Isso mostra que 0 ≤ a – bq < b, o que conclui a
demonstração.
2. Ordem em
3.3 Lema de Euclides
2.1 Conceito
“Se a e b são inteiros e p é primo e p|ab, então p|a ou p|b.”
Dados m, n ∈ : m < n ⇔ $p ∈ +* | n = m + p (ou seja, dizemos Veja que o mesmo não acontece se p não for primo (por exemplo,
que m < n, quando n – m for positivo). 6 | 4 ⋅ 9, mas 6 não divide 4, nem divide 9).
É possível generalizar isso da seguinte forma: “Se a1, a2, ..., an são
Obs.: m ≤ n ⇔ m < n ∨ m = n
inteiros e p é primo e p | a1a2a3...an, então p | a1 ∨ p | a2 ∨ ... ∨ p | an”.
Em particular, veja que se p | ak, então p | a.
2.2 Propriedades
Sejam m, n, p ∈ : 3.4 Teorema fundamental da Aritmética
I. Transitividade: m < n ∧ n < p → m < p
II. Tricotomia: m = n ∨ m < n ∨ n < m Dado um inteiro n, podemos decompor n como o produto de fatores
III. Monotonicidade da adição: m < n → m + p < n + p, ∀p ∈ N primos (de forma única), ou seja, existem primos p1, p2, ... pj e inteiros
IV. Multiplicação por um positivo: m < n → m ⋅ p < n ⋅ p, ∀p ∈ +* , 2, ..., j tais que n = p1 1 ⋅ p2 2 ... pj j.
a
a
a
1
a
a
a
V. Multiplicação por um negativo: m < n → m ⋅ p > n ⋅ p, ∀p ∈ –*
Demonstração da propriedade (III):
3.5 M.D.C. (maior divisor comum)
Veja que (n + p) – (m + p) = n – m; portanto, se m < n, então Dados dois inteiros a e b não nulos, definimos como d = m.d.c.(a, b)
m + p < n + p. d | a
o maior divisor comum entre a e b, ou seja, e d é máximo com
Demonstração da propriedade (IV): d | b
Veja que np – mp = (n – m)p; portanto, se m < n, então n – m e p essa propriedade. Veja que d é no mínimo igual a 1 (nesse caso dizemos
estão em +*. Logo, o produto deles também está. que os números são primos entre si).
é uma ‘combinação linear’ desses números. Em particular, se a e b são 5, obtemos os restos 2, 4, 1, 1, 0.
primos entre si, existem x e y tais que ax + by = 1. Usa-se o teorema de
Bézout para demonstrar o Lema de Euclides. II. (akak – 1 ... a1a0)b → (N)10
Para passar um número para a base 10, basta utilizar a definição de
3.7 M.M.C. (menor múltiplo comum) base: N = a0 + a1b + a2b2 + ... akbk
Ex.: (100110)2 = 0 ⋅ 20 + 1 ⋅ 21 + 1 ⋅ 22 + 0 ⋅ 23 + 0 ⋅ 24 + 1 ⋅ 25 = 38
Dados inteiros positivos a e b, definimos como m = m.m.c.(a, b) o
a| m III. (N)I → (akak – 1 ... a1a0)b
menor múltiplo comum de a e b, ou seja, e m é o menor inteiro
b| m Basta fazermos (N)I → (cjcj – 1 ... c1c0)10 e depois (cjcj – 1 ... c1c0)10 →
positivo com essa propriedade. Veja que m é no máximo ab. (akak – 1 ... a1a0)b.
3.7.1 Propriedade: Obs.: É possível generalizar o conceito de bases para possibilitar a
Dados a e b naturais tais que a = p1e1p2e2 ⋅ ... ⋅ pkek e b = p1f1p2f2 ⋅ ... ⋅ pkfk, representação de números racionais.
tem-se que m.m.c.(a, b) = p1max{e1, f1} p2max{e2, f2} ⋅ ... ⋅ pkmax{ek, fk}.
Ex.: (0,1001)2 = 0 ⋅ 20 + 1 ⋅ 2–1 + 0 ⋅ 2–2 + 0 ⋅ 2–3 + 1 ⋅ 2–4 = (0,5625)10
3.7.2 Propriedade que relaciona o M.M.C.
e o M.D.C: 5. Congruência módulo m
m.m.c.(a,b) ⋅ m.d.c.(a,b) = ab.
5.1 Conceito
3.8 Fatorações importantes Dois inteiros a e b são congruentes módulo m, se e somente se
a – b é múltiplo de m. Usa-se a notação a ≡ b(mod m) para dizer que a
Dois ‘produtos notáveis’ muito importantes são: é congruente a b.
I. xn – yn = (x – y)(xn – 1 + xn – 2y + ... + xyn – 2 + yn – 1) para todo n inteiro
positivo
II. xn + yn = (x + y)(xn – 1 – xn – 2y + ... + xyn – 2 + yn – 1) para todo n ímpar
5.2 Congruência e restos
positivo. Sejam a, b inteiros e b > 0, o resto r é o (único) inteiro tal que 0 ≤ r < b
e a ≡ r(mod b), e reciprocamente.
Demonstração: P(1) é verdadeira, pois por hipótese a ≡ b(mod m). 02 Mostre que existem infinitos números primos.
∀n ∈ N; P(n) → P(n +1); com efeito; pela propriedade II,
an ≡ bn(mod m) ∧ a ≡ b(mod m) → an + 1 ≡ bn + 1(mod m) Solução: Suponha por absurdo que exista apenas um número finito de
primos p1, p2, ..., pk. Considere N = p1p2...pk + 1. Nenhum pj pode ser
5.5 Teorema 3 divisor de N, pois, se o fosse, teríamos que Pj |N – p1p2...pk = 1, o que
não é possível. Logo, N é um número primo, o que é uma contradição,
Se m.d.c.(p,q) = 1 (p e q são ditos primos entre si), então a ≡ r(mod p) ∧ pois N é diferente (maior) que todos os primos p1p2...pk.
a ≡ r(mod q) → a ≡ r(mod pq)
03 Mostre que 2 é irracional. (ou seja, não pode ser expresso na forma
Demonstração: a – r = kp ∧ a – r = k'q
p/q, com p e q inteiros.)
a – r contém todos os fatores primos (elevados aos respectivos
expoentes) que aparecem na decomposição de p e na de q. Mas p e q não p
têm nenhum fator primo em comum. Logo, a – r contém todos os fatores Solução: Suponha que 2 = , com m.d.c.(p,q) = 1 (isso sempre
q
primos (elevados aos respectivos expoentes) do produto pq.
é possível, basta cancelar os fatores comuns). Então, temos que
p2 = 2q2. Logo, p2 é par e p também. Então, p = 2k, com k inteiro; portanto
5.6 Lei do corte (2k)2 = 2q2 q2 = 2k2 e, pelo mesmo argumento, temos que q é par,
Se ac ≡ bc(mod m) e m.d.c.(c; m) = 1, então a ≡ b(mod m). o que é uma contradição a m.d.c.(p,q) = 1.
Demonstração: c(a – b) = ac – bc = km, k ∈ 04 Mostre que a equação 9x2 – y2 = 15 não possui soluções inteiras.
Como c e m não têm fator comum, e como todos os fatores da
decomposição de m aparecem em km = c(a – b), então todos os fatores Solução: Como y2 = 3(3x2 – 5), temos que 3|y2. Como 3 é primo, temos
de m estão em (a – b), ou seja, (a – b) é múltiplo de m, i.e., a ≡ b(mod m). 3|y, então y = 3u. Substituindo, temos que 9x2 – 9u2 =15. Veja que
essa equação não tem soluções, pois o lado esquerdo é múltiplo de 9 e
Obs.: Há uma versão da lei do corte mais geral. Se ac ≡ bc(mod m), então o lado direito não.
m
a ≡ b mod .
m.d.c.( c, m) 05 Sejam a e n números inteiros. Prove que, módulo n, a é congruente
5.7 Teorema (pequeno teorema de Fermat) ao seu resto na divisão por n.
Obs.: Também é possível fazer indução em a. 01 (UFRJ) Determine todos os números naturais maiores que zero que,
na divisão por 8, apresentam resto igual ao dobro do quociente.
02
a. Explique por que a(a + 1) é par para todo a inteiro.
01 (OBM-2000 – 2 fase) Qual é o menor inteiro positivo que é o dobro
a
b. Determine todos os valores inteiros não negativos de x e y tais que
de um cubo e o quíntuplo de um quadrado?
2x = y2 + y + 1.
Solução: Seja n = 2a2 ⋅ 3a3 ⋅ 5a5 ⋅ ... a fatoração prima de n.
Dobro de um cubo quer dizer que todos os ai são múltiplos de 3, exceto 03 Mostre que, para nenhum n natural, 2n + 1 é um cubo. (Sugestão:
a2, que deixa resto 1 na divisão por 3. faça por contradição.)
Quíntuplo de um quadrado quer dizer que todos são pares, exceto a5.
Os menores expoentes possíveis são, então, a2 = 4; a5 = 3 e os outros 04 Prove que, se n é ímpar, então n2 – 1 é múltiplo de 8.
a3 = a7 =...= 0.
05 Prove que, se a e b são ímpares, então a2 + b2 não pode ser um
Resposta: N = 24 53 = 2.000. quadrado perfeito.
17 Prove que, se a + b + c é múltiplo de 6, então a3 + b3 + c3 também é. 29 (OBM-2010) Qual é o menor inteiro positivo que multiplicado por 33
resulta num número formado apenas por algarismos iguais a 7?
18 Prove que 100
...001 é múltiplo de 1001.
200
30 (OBM-2011) Qual é o primeiro dígito não nulo da representação
19 Seja p > 3 um número primo. 1
decimal de 12 ?
5
a. Determine os possíveis restos da divisão de p por 6.
(A) 1.
b. Mostre que p2 – 1 é múltiplo de 12.
(B) 2.
c. Dizemos que os números a e b são primos gêmeos, se são primos e
(C) 4.
ímpares consecutivos. Mostre que, se a e b são primos gêmeos, então
(D) 5.
a + b é múltiplo de 12.
(E) 7.
x ≡ 2(mod 5)
01 Sabendo que a – c|ab + cd, prove que a – c|ad + bc. a.
3 x ≡ 1(mod 8)
x −2 4 x ≡ 8(mod 7)
02 Determine todos os valores inteiros de x tais que é inteiro. b.
x 2 − x + 16 3 x ≡ 6(mod 10)
03 Para n inteiro positivo, prove que m.d.c.(n! + 1, (n + 1)! + 1) = 1, 14 Mostre que 3 é o único primo p tal que p, p + 2 e p + 4 são todos
para todo n natural. primos.
04 Denotamos por m.m.c.(a,b) o menor múltiplo comum dos inteiros a e b. 15 (ITA – adaptado) Sendo P um polinômio de coeficientes inteiros que
Mostre que m.m.c.(a,b) ⋅ m.d.c.(a,b) = ab. possui uma raiz inteira, prove que P(–1) ⋅ P(0) ⋅ P(1) é sempre múltiplo
n de 3.
05 Um número da forma Fn = 22 + 1 é chamado número de Fermat.
a. Mostre, por indução, que F0F1...Fn – 1 = Fn – 2. 16 (IME 2000/2001) Mostre que, para todo n inteiro, positivo ou não, o
b. Conclua que quaisquer dois números de Fermat distintos são primos algarismo das unidades de n5 e n são iguais.
entre si.
17
06 (Equações diofantinas lineares) É fácil ver que x = 2, y = – 3 é uma a. Determine os possíveis restos que um quadrado perfeito pode deixar
solução da equação 17x + 11y = 1. na divisão por 4.
b. Prove que um número formado apenas por dígitos 1 (com mais de
a. Prove que x = 2 + 11t, y = – 3 – 17t é solução inteira da equação, um dígito) não pode ser um quadrado perfeito.
para todo t inteiro. c. Prove que a soma dos quadrados perfeitos de 5 inteiros consecutivos
b. Prove que essas são todas as soluções da equação. não pode ser um quadrado perfeito.
07 Determine todos os números primos m e n tais que 0 < m < n e os 18
três números 2m + n, m + 2n e m + n – 18 sejam também primos. a. Explique por que x2 + x + 1 não pode ser um quadrado perfeito para
x natural.
08 (IME-87) Sejam a, b e c números inteiros tais que 100a + 10b + c é
a2 + a
múltiplo de 109. Mostre que (9a – c)2 + 9b2 também é divisível por 109. b. Determine se existem inteiros positivos a e b tais que 2 = 4.
b +b
09 Prove que, se n > 1 não é primo, então 2n – 1 também não é. 19 Determine todos os n inteiros tais que n2 – 8n + 1 seja um quadrado
perfeito.
10 (OBM-2001) No conjunto {101, 1 001, 10 001, ..., 1 000 000
000 001} cada elemento é um número formado pelo algarismo 1 nas 20 Mostre que o produto de n inteiros positivos consecutivos é múltiplo
extremidades e por algarismos 0 entre eles. Alguns desses elementos são de n!.
números primos e outros são compostos. Sobre a quantidade de números
compostos podemos afirmar que: 21 Mostre que 22225555 + 55552222 é divisível por 7.
(A) é igual 11. 22 Mostre que 270 + 370 é divisível por 13.
(B) é igual a 4.
(C) é menor do que 3. 23 (OMERJ-1998) Mostre que o número N = 7601998 – 201998 + 19101998
(D) é maior do que 4 e menor do que 11. – 6521998 é divisível por 1998.
(E) é 3. ...
7
7
24 (OBM-2002) Qual é o dígito das unidades de 77 , onde aparecem
11 (IME) Seja b > 1. 2002 setes?
a. 7x ≡ 4(mod 10) 26 (OBM-2013) Um retângulo, o qual não é um quadrado, tem lados com
b. 4x + 3 ≡ 4(mod 5) comprimentos inteiros em centímetros. Se o seu perímetro é n centímetros
c. 6x + 3 ≡ 1(mod 10) e sua área é n centímetros quadrados, determine n.
2.3 Resolução de sistemas lineares Escalonando a matriz completa (com Ln indicando a enésima linha):
pelo método da eliminação gaussiana
1 1 2 2
(escalonamento) I. L'2 = L2 − 2L1 e L'3 = L3 − L1: 0 −1 −3 −1
Este método é o mais útil (pode ser usado mesmo que o número 0 −2 −1 −2
de equações seja diferente do número de incógnitas). Por simplicidade,
veremos o caso em que o número de equações é igual ao número de
incógnitas. 1 1 2 2
II. L' = L − 2 L : 0
−1 −3 −1 →
O método consiste em transformar o sistema: 3 3 2
3 x + ay + 4 z = 0
05 Discutir o sistema: x + y + 3 z = −5
2 x − y + z = b
01 Uma loja anunciou a contratação de funcionários e, para isso, fez
a seleção aplicando um teste com 40 questões objetivas. O critério de
avaliação foi o seguinte: para cada questão respondida corretamente Solução: Como no exercício anterior, podemos calcular o determinante e
somavam-se 3,5 pontos e subtraía-se 1,5 ponto para cada questão analisar quando ele é igual ou diferente de zero. Outro modo de discutir o
respondida erradamente ou não respondida. Quantas questões acertou sistema é resolve-lo em função de a e b, vejamos:
um candidato que fez 95 pontos? Sejam (1), (2) e (3) as equações do sistema na ordem dada:
x + y = 23 (1) (B) 6. (E) 21.
, fazendo (1) + (2) temos: 2x – 5 = 25, (C) 11.
x − 5 = y + 2 (2)
logo, x = 15 e y = 8. 02 Em uma granja há patos, marrecos e galinhas, em um total de 50
aves. Os patos são vendidos a R$12,00 a unidade, as galinhas, a R$5,00
x + 3y + 2z = 1 e os marrecos, a R$15,00. Um comerciante gastou R$440,00 na compra
03 Resolva o sistema 4 x + y − z = 4 . dessas 50 aves. Sabendo que comprou mais patos do que marrecos, o
5 x − 2 y + 6 z = −1 número de patos que esse comerciante comprou foi igual a:
Solução: Vamos fazer o escalonamento. Sejam (I), (II), (III) as equações, (A) 25. (C) 12.
nesta ordem. (B) 20. (D) 10.
Fazendo 4(I) – (II), temos 11y + 9z = 0 (*).
Fazendo 5(I) – (III), temos 17y + 4z = 6 (**). 03 Pedro precisa comprar x borrachas, y lápis e z canetas. Após fazer
44 y + 36 z = 0 um levantamento em duas papelarias, Pedro descobriu que a papelaria A
Multiplicando (*) por 4 e (**) por 9, temos o sistema .
153 y + 36 z = 54 cobra R$23,00 pelo conjunto de borrachas, lápis e canetas, enquanto a
54 66 papelaria B cobra R$25,00 pelo mesmo material. Em seu levantamento,
Subtraindo uma da outra, temos y = . Em (*), segue que z = − Pedro descobriu que a papelaria A cobra R$1,00 pela borracha, R$2,00
79 109 109
pelo lápis e R$3,00 pela caneta e que a papelaria B cobra R$1,00 pela
. Em (I), temos x = .
109 borracha, R$1,00 pelo lápis e R$4,00 pela caneta.
79 54 66 a. Forneça o número de lápis e de borrachas que Pedro precisa comprar
Logo, S = , ,− . Nesse caso, dizemos que o sistema
109 109 109 em função do número de canetas que ele pretende adquirir.
b. Levando em conta que x ≥ 1, y ≥ 1 e z ≥ 1 e que essas três variáveis
é possível e determinado (SPD).
são inteiras, determine todas as possíveis quantidades de lápis,
borrachas e canetas que Pedro deseja comprar.
x + y = 1
04 Discuta o sistema e interprete geometricamente.
ax + ( 2 a − 1) y = −2 04 Em uma lanchonete, o custo de 3 sanduíches, 7 refrigerantes e uma
torta de maçã é R$22,50. Com 4 sanduíches, 10 refrigerantes e uma
1 1
Solução: O determinante do sistema é ∆ = = a = 1. torta de maçã, o custo vai para R$30,50. O custo de um sanduíche, um
a 2a − 1 refrigerante e uma torta de maçã, em reais, é:
Caso a ≠ 1, temos ∆ ≠ 0, o que nos dá um sistema possível e determinado
(SPD). Nesse caso, as equações representam retas concorrentes. (A) 7,00. (D) 5,50.
(B) 6,50. (E) 5,00.
x + y = 1
Caso a = 1, teremos o sistema , que é um sistema (C) 6,00.
x + y = −2
impossível (SI). Nesse caso, as equações representam retas paralelas. 05 (EPCAR-06) Três alunos A, B e C participam de uma gincana e uma das
tarefas é uma corrida em uma pista circular. Eles gastam para esta corrida,
respectivamente, 1,2 minuto, 1,5 minuto e 2 minutos para completarem
uma volta na pista. Eles partem do mesmo local e no mesmo instante.
Após algum tempo, os três alunos se encontram pela primeira vez no local 14 Determine o valor de a para que o sistema abaixo tenha mais de uma
de partida. Considerando os dados acima, assinale a alternativa correta. solução e resolva-o, neste caso. Interprete geometricamente no R³.
x + y − z = 1
(A) Na terceira vez que os três se encontrarem, o aluno menos veloz terá
completado 12 voltas. 2 x + 3 y + az = 3
x + ay + 3 z = 2
(B) O tempo que o aluno B gastou até que os três se encontrassem pela
primeira vez foi de 4 minutos.
(C) No momento em que os três alunos se encontraram pela segunda vez, 4 x − 2 y + 6 z = 8
o aluno mais veloz havia gasto 15 minutos. 15 Resolva o sistema:
(D) A soma do número de voltas que os três alunos completaram quando 2 x + y − 3 z = 5
se encontraram pela segunda vez foi 24.
16 Discuta e resolva no caso de possibilidade o sistema:
x + y − 2z = 8 (5 k − 1) x + y + z = 2
06 Resolva o sistema: 5 x + y + 4 z = 12 3 x − 2 ky + z = 1
3 x + 2 y + z = 4 4 x − y + 2 kz = 1
07 Discuta o sistema a seguir segundo os valores que se podem atribuir
17 Determine o valor de a que torna compatível e indeterminado o sistema
2 x + 4 y + 3 z = 9
de equações:
a a e b: 6 x + 7 z = 13
4 x − ( 2 a − 1) y = 0
4 x + 2 y + az = b
2 x + ay = 0
2 x − 3 y + z = 0
x + 2y + z = 1
08 Discuta o sistema: 6 x + 5 y + 3 z = 0
18 Calcule a para que o sistema: x − y + az = 0 seja indeterminado:
4 x + 3 y + 2 z = 0
ax − 2 y − z = −1
09 Mostrar que se a, b e c são diferentes de zero, o sistema:
2 x − y + 3 z = 1 (I)
( b + c) x + ( c − a) y + ( b − a) z = 0
19 (EFOMM-98) Em relação ao sistema − x − 4 y − 2 z = 4 (II) ,
( c − b) x + ( c + a) y + ( a − b) z = 0 só possui soluções triviais. x + 2 y + 2 z = −4
( b − c) x + ( a − c) y + ( a + b) z = 0 pode-se dizer que x y + z vale: (IIII)
(A) 0. (D) – 9.
(B) 8. (E) 25.
ax − 7 y = a + b
10 Determine a e b para que o sistema: seja (C) 14.
impossível. ( a − 2) x + 2 y = a + 2
20 (EFOMM-00) Em um navio-tanque transportador de produtos químicos,
um oficial de náutica colheu três amostras de soluções resultantes de
ax + y + z = 1
lavagem dos tanques e constatou a presença de três produtos diferentes,
11 Discuta o sistema: x + ay + z = a x + y + z = 1
x, y e z, que puderam ser relacionados através do sistema: mx + y + mz = 0 .
2
x + y + az = a
x + my + 2 z = 1
1 1 −1 x 5
12 A equação matricial −1 1 1 y = 2 : Para que valores de m o sistema montado pelo oficial de náutica não
apresenta solução?
1 3 −1 z k
(A) m = 0. (D) m = –1.
(A) é impossível para todos os valores de k. (B) m ≠ –1. (E) m = 1.
(B) admite solução qualquer que seja k. (C) m ≠ 1.
(C) admite solução somente se k = 4.
(D) admite solução somente se k = 8.
(E) admite solução somente se k = 12. 21 (EFOMM-1994) O valor de a para que o sistema
ax − y + 2 z = 1
ax + 2 y + z = 3 −4 x + ay + 4 z = 2 seja impossível é:
x + 2 y + z = −2 a
13 O sistema de equações x + 2 y + az = 2 é indeterminado se e só se:
2 x + y + z = b
(A) 14. (D) –2.
(A) a = 1. (D) a ≠ 1 e a ≠ 5. (B) 12. (E) –12.
(B) a= 1 ou a = 5. (E) a = 5 e b = 11/8. (C) 0.
(C) a = 5 e b ≠ 11/8.
x + y = a
05 (AFA-00) O sistema é indeterminado quando:
x − by = − a
(A) ab = –1
(II) Três planos se cortando em um ponto. (B) ab – 1 = –1
(C) a + b = –1
(D) a – b = –1
Assinale a opção verdadeira. Podemos afirmar que (P) é possível e determinado quando:
(A) A figura I representa um sistema de três equações com uma única (A) k ≠ 0.
solução. (B) k ≠ 1.
(B) A figura III representa um sistema de três equações cujo conjunto (C) k ≠ –1.
solução é vazio. (D) k ≠ 0 e k ≠ –1.
(C) A figura II representa um sistema de três equações com uma infinidade (E) n.d.a.
de soluções.
(D) As figuras I e III representam um sistema de três equações com
soluções iguais.
Qual das alternativas abaixo é verdadeira? 02 Se A é uma matriz de ordem n tal que A3 = 4A, mostre que A + I é
inversível.
(A) x + y + z + t e x têm o mesmo sinal.
(B) x + y + z + t e t têm o mesmo sinal.
(C) x + y + z + t e y têm o mesmo sinal. 03 Se A é uma matriz de ordem n tal que A2p – Ap+1 = 3A, em que p é um
(D) x + y + z + t e z têm sinais contrários. número natural, mostre que A + I é inversível.
(E) n.d.a.
Álgebra vetorial
7
1. Vetores geométricos Obs.:
I. Todo segmento orientado no espaço é representante de um, e somente
um, vetor geométrico tridimensional.
1.1 Definições II. A relação “∼” acima definida é uma relação de equivalência (reflexiva,
Quando determinamos a localização de um ponto no espaço, simétrica e transitiva). Os vetores que saem da origem podem
determinamos sua localização em relação a algum ponto de referência. representar as classes de equivalência dessa relação.
→
Chamaremos esse ponto de referência de origem. III. Um vetor geométrico AB pode ser representado por um vetor saindo da
Uma das formas de determinar a posição de um ponto com relação origem e chegando ao ponto B – A, de modo que todo vetor geométrico
à origem é através de coordenadas cartesianas. Nessa determinação, pode também ser entendido como um elemento de 3.
IV. Os vetores ^
^ ^
¡
são traçados três eixos orientados, chamados de eixos cartesianos, i = (1, 0, 0); j = (0, 1, 0); k = (0, 0, 1) são denominados
perpendiculares entre si e com interseção na origem. vetores canônicos do 3.
→
¡
Ex.: A = (2, 2, 1), B = (3, 5, 6): AB = B – A = (3 – 2, 5 – 2, 6 – 1)
z = (1, 3, 5) = i + 3j + 5k.
zp
2. Operações algébricas e
outras definições
P
2.1 Coordenadas de um vetor
Sejam A(a1, a2, a3) e B(b1, b2, b3) pontos no espaço, as coordenadas
→
do vetor AB são calculadas pela diferenças entre as coordenadas de A e
O
yp B, ou seja:
→
AB = B – A = (b1 – a1, b2 – a2, b3 – a3)
xp
2.2 Módulo de um vetor
y →
x Chamamos de módulo o comprimento de um vetor AB = (∆x, ∆y,
∆z). Para calcular esse comprimento basta utilizar o teorema de Pitágoras:
Nesse caso, representamos o ponto P por suas coordenadas P(xp, yp, zp).
B
Repare que um ponto fica definido através de suas três coordenadas
reais. Podemos dizer, então, que todo ponto é um elemento de 3 .
¡
Obs.: A posição dos eixos cartesianos obedece à regra da mão direita.
→ ∆z
Dados dois pontos A e B no espaço, definimos o vetor AB sendo o
segmento orientado com início em A e final em B. Representamos esse
vetor como uma “flecha”:
B
A ∆x
∆y
( ∆x ) + ( ∆y ) + ( ∆z )
2 2 2
AB =
A
Propriedades:
→
→ → I. |0 |= 0;
Sejam AB e CD segmentos orientados no espaço, e suponhamos → → →
→ II. |α|> 0, se α ≠ 0 ;
→ →
que se translade CD paralelamente a si próprio até que seu ponto inicial → →
III. |α + β |≤ |α|+|β| (desigualdade triangular);
→ →
coincida com A. Se os pontos terminais dos dois segmentos também IV. |λα|=|λ|⋅|α|.
→ →
coincidem, dizemos que AB e CD têm mesmo comprimento, direção e
→ →
sentido e escrevemos AB ∼ CD.
2.3 Adição e subtração
→ →
A coleção de todos os segmentos orientados no espaço que têm o Sejam AB = (α1, α2, α3) e CD = (β1, β2, β3) vetores geométricos,
→
mesmo comprimento, direção e sentido de um dado segmento AB é, por definimos a soma (ou diferença) de vetores pela soma (ou diferença) de
→ suas coordenadas correspondentes.
definição, o vetor geométrico tridimensional v(AB).
→ →
AB ± CD = (α1 ± β1, α2 ± β2, α3 ± β3)
xu xv Obs.: Essa última propriedade é uma das mais importantes e será muito
utilizada em demonstrações e exercícios.
Uma vez que vetores de mesmo tamanho e sentido são equivalentes,
podemos dizer que a soma obedece a regra do paralelogramo. 2.7 Ângulo entre vetores
→ Vejamos como calcular o ângulo entre vetores no ℜ3 através do
AC → →
AB + AC produto escalar.
Já vimos anteriormente que
q | AB + CD|2 =| AB|2 + | CD|2 + 2 ⋅ AB|⋅| CD|⋅ cos θ .
Usando a propriedade (IV) do produto escalar:
→
AB
( )( )
AB + CD AB + CD = AB ⋅ AB + CD ⋅ CD + 2⋅| AB|⋅| CD|⋅ cos θ ⇒
Podemos obter o módulo do vetor soma através de uma aplicação
AB⋅⋅CD
AB CD
simples da lei dos cossenos, lembrando que cos(180° – ) = – cos , então: ⇒
⇒ 22 AB
AB⋅⋅CD CD == 22⋅⋅||AB
AB||⋅⋅||CD
CD||⋅⋅cos
cos θθ ⇒
⇒ cos
cos θθ ==
AB||⋅⋅||CD
θ
θ
||AB CD||
→ → → → → →
|AB + AC |2 =|AB|2 + |AC |2 + 2 ⋅ |AB|⋅|AC |⋅ cos
Uma consequência importante do resultado acima é que dois vetores
θ
2.4 Produto por um escalar são perpendiculares se, e somente se, seu produto escalar é nulo.
→
Sejam AB = (α1, α2, α3) um vetor geométrico e k ∈ , definimos o AB ⊥ CD ⇔ AB ⋅ CD = 0
→ →
produto kAB como sendo o produto de todas as coordenadas de AB por
→
k, ou seja, kAB = (kα1, kα2, kα3) .
→ →
2.8 Projeção de um vetor AB sobre um vetor CD
Quando multiplicamos um vetor geométrico por um escalar, obtém-se → →
um vetor paralelo ao inicial (e reciprocamente). Sejam AB = (α1, α2, α3) e CD = (β1, β2, β3) vetores geométricos
→ →
→ definimos a projeção de AB sobre CD como sendo a projeção ortogonal
k ⋅ AB → →
→ de AB sobre a reta suporte de CD. Denotamos esse vetor por projCD
AB .
AB →
Como o vetor projCD AB possui mesmo sentido de CD , tem-se
AB = t ⋅ CD .
projCD
B
→ → → → → →
Obs.: AB – AC = AB + (– AC ) = AB + (–1) AC
A
2.5 Versor de um vetor
→
Chamamos de versor de AB o vetor unitário que aponta na mesma
→ → C D
direção de AB. Desse modo, ele pode ser obtido pela divisão de AB por → →
→ Seja o ângulo entre AB e CD , têm-se projCD AB = AB cos θ .
seu módulo, ou seja, se AB = (α1, α2, α3) é um vetor geométrico:
θ
Pela fórmula de ângulo entre vetores:
→=
α1 α2 α3 , em que o vetor AB ⋅ CD AB ⋅ CD projCD
AB
ûAB , , AB = AB ⋅
projCD = . Por fim, veja que t = ,
α2 + α2 + α2 α2 + α2 + α2 α2 + α2 + α2
1 2 3 1 2 3 1 2 3 | AB|⋅| CD| | CD| CD
→ AB AB ⋅ CD
→ é dito o versor do vetor AB, ou seja: û →= .
unitário ûAB em que: proj AB = CD .
CD
AB
| AB| CD ⋅ CD
Obs.: Usamos que t > 0, ou seja que cos > 0, porém a fórmula vale Assim, o módulo do produto misto deverá ser interpretado
→ →
θ
em todos os casos. De fato, AB ⋅ CD, pode ser negativo. geometricamente como sendo o volume do paralelepípedo formado pelos
três vetores, isto é: V = < AB , AC , AD > .
2.9 Produto vetorial
→ → Obs.: O produto misto e o vetorial só fazem sentido em ℜ3.
Sejam AB = (α1, α2, α3) e CD = (β1, β2, β3) vetores geométricos, define-
→ →
se o produto vetorial (AB × CD) como sendo o vetor perpendicular a esses 3. A reta no 3
vetores, com sentido de acordo com a regra da mão direita, cujo módulo é igual 3.1 Equação da reta
à área do paralelogramo formado por esses vetores.
→ → → → É fácil ver que uma reta fica bem definida se fixarmos um ponto e um
– Módulo: |AB × AC | = |AB||AC |sen
→ → vetor diretor (vetor paralelo à reta). Nesse caso todos os pontos da reta
θ
– Direção: ⊥ pl(AB, AC ) podem ser escritos como função desse vetor e desse ponto.
– Sentido: regra da mão direita. Sejam P0(x0, y0, z0) um ponto fixo na reta e v(a, b, c) o vetor diretor,
→ →
AB × AC tome P(x, y, z) um ponto qualquer na reta então: P0 P / / v , em que
(x – x0, y – y0, z – z0) = t ⋅ (a, b, c). Igualando as coordenadas, tem-se a
equação paramétrica da reta:
v
→
AC
x = x0 + at
y = y0 + bt P
→ z = z + ct
θ
AB 0
P0
II. Igualar duas das variáveis, por exemplo x e y, e resolver o sistema em t e t’. ser capaz de achar a equação do plano em função desses parâmetros.
x0 + at = x1 + ct ' De fato, considere um plano α perpendicular ao vetor (a, b, c) e um
y0 + bt = y1 + dt ' ponto P0(x0, y0, z0) fixo do plano. Seja P(x, y, z) um ponto qualquer do
plano, o vetor P0 P deve ser perpendicular ao vetor (a, b, c), de modo que o
III. Substituir os valores de t e t’ na terceira coordenada e verificar se os produto escalar deve ser nulo. Assim, (x – x0)a + (y – y0)b + (z – z0)c = 0,
resultados são iguais.
donde se obtém a equação do plano:
Caso os resultados sejam diferentes as retas são reversas, se os
resultados são iguais basta substituir os valores de t e t’ nas demais ax + by + cz + d = 0
coordenadas para achar o ponto de interseção.
Em que (a, b, c) é um vetor normal ao plano e d é uma constante
3.4 Distância entre retas obtida através de um ponto do plano.
Paralelas
Sejam r e s retas paralelas, para determinar a distância entre as retas, Obs.: É fácil ver que vale a recíproca, ou seja, qualquer ponto que
basta tomar um ponto em s e determinar a distância desse ponto até a reta r. satisfaz a equação acima pertence ao plano, de modo que esta de fato é
a equação do plano.
→ →
u× v dx + ey + fz + g = 0 a equação de um plano.
r Para determinar a interseção entre a reta e o plano, basta substituir as
coordenadas escritas na forma paramétrica na equação do plano e isolar o t,
de modo a achar o parâmetro, ou seja, resolver a equação d(x0+ at) +
e(y0+ bt) + f(z0+ ct) + g = 0 em t.
P0 →
u (a, b, c) A reta será paralela ao plano sempre que não for possível isolar o t na
equação acima. Uma vez determinado o t para achar a interseção basta
substituir os valores na equação da reta.
4. O plano 4.4 Interseção entre planos
4.1 Equação do plano Sejam dois planos α: ax + by + cz + d = 0 e β: ex + fy + gz + h = 0.
Um plano fica bem definido se tivermos um vetor perpendicular ao Para determinar a interseção entre esses planos, podemos determinar o
plano e um ponto do plano, uma vez que o vetor define a inclinação do vetor diretor da interseção (reta) através do produto vetorial de seus vetores
plano e o ponto fixa o plano com essa inclinação. Desse modo, devemos normais, ou seja, calcular (a, b, c) ⋅ (e, f, g).
Uma vez determinado o vetor diretor da reta, basta calcular um ponto Solução: Lembremos que o plano de equação ax + by + cz + d = 0
→
da reta. Para isso pode-se atribuir um valor fixo para uma das coordenadas, tem (a, b, c) como vetor normal. Por isso, definimos u = (2, 1, 3) e
→
e resolver o sistema de equações nas outras. v = (1, 1, – 4). A interseção dos planos é simultaneamente perpendicular a
→ → → →
u e v , portanto, tem a mesma direção do produto vetorial u × v . Calculando
Obs.: i j k
I. Se os planos forem paralelos, o produto vetorial dos vetores normais oproduto,temos 2 1 3 = −4 i + 3 j + 2 k − k − 3 i + 8 j = −7 i + 11j + k .
será nulo.
1 1 −4
II. Se o plano for paralelo a um dos eixos coordenados, devemos atribuir o
valor dessa coordenada nas equações dos planos e resolver o sistema
Então, u × v = (–7, 11, 1). Como u × v = ( −7 ) + 112 + 12 = 3 19 ,
→ → 2
nas demais.
u×v −7
temos que =
11 1
4.5 Distância de ponto a plano , , é um vetor unitário.
u × v 3 19 3 19 3 19
Seja α o plano ax + by + cz + d = 0 e P0 um ponto não pertencente Como queremos que a abscissa seja positiva, basta trocar o sinal de cada
ao plano. A distância do ponto P0 ao plano α é dada por: 7 −11 −1
coordenada (inverter o sentido), ou seja, temos que , ,
é o vetor procurado. 3 19 3 19 3 19
ax0 + by0 + cz0 + d
d( P0 , r ) =
a2 + b 2 + c 2
03 Considere os pontos A = (1, 2), B = (5, 5) e C = (–3, 1). Determine
x − x0 y − y0 z − z0 o pé da altura traçada de C no triângulo ABC.
Demonstração: De fato, considere a reta r: = =
a b c
. Essa reta é perpendicular ao plano α, uma vez que seu vetor diretor Solução: Para resolver o problema rapidamente, a ideia é ver
AB ⋅ AC
coincide com o vetor normal do plano. q u e AH = projAB AC = ⋅ AB . C o m o AB = B − A = ( 4, 3 ) e
AB ⋅ AB
Para achar a interseção dessa reta com o plano α podemos utilizar
AC = (–4, –1) , temos que
a ideia apresentada em 4.3. Assim, devemos resolver em t a equação
( 4, 3 ) ⋅ ( −4, −1) −16 − 3
− ax0 − by0 − cz0 − d AH = ⋅ ( 4, 3 ) ⇒ AH = ⋅ ( 4, 3 ) ⇒
a(x0+ at) + b(y0+ bt) + c(z0+ ct) + d = 0, do qual t =
. a2 + b 2 + c 2 ( 4, 3 ) ⋅ ( 4, 3 ) 16 + 9
76 57
⇒ AH = ⋅ − , − .
Uma vez determinado o parâmetro t, podemos achar a interseção 25 25
(x, y, z) da reta com o plano. Assim, a distância de P0 a r será dada por:
Como AH = H − A, temos que:
( ∆x ) + ( ∆y ) + ( ∆z ) = ( at ) + ( bt ) + ( ct ) = t
2 2 2 2 2 2
a2 + b 2 + c 2 ⇒ 76 57 51 7
H = (1, 2 ) + − , − ⇒ H = − , − .
ax0 + by0 + cz0 + d 25 25 25 25
⇒ d( P0 , r ) =
a2 + b 2 + c 2
04 Determine x para que o triângulo de vér tices A = (1, x +1),
B = (2 – x, 2x –1), C = (3, 3) seja retângulo em C.
10 (EN-91) O vetor projeção de u = 2 i + 3 j − k sobre v = 2 i − 3 j + k é:
→
01 Dados dois vetores no plano: a , com 6 unidades de comprimento (A) 2 i − 2 j + k (D) − 2 i + 2 j − 1k
→ 3 3 3
e que faz um ângulo de 30° com o eixo x positivo; b , com 7 unidades
de comprimento e de mesma direção e sentido que o eixo x negativo. (B) 2 i − 2 j + 1k (E) −6 i + 6 j − 3 k
Determine, em módulo: 3 3 3
Dado: cos30° = 0,86.
(C) −2 i + 2 j − k
a. a soma dos dois vetores; →
11 (EN-98) A componente do vetor u = (5, 6, 5) na direção do vetor
b. a diferença entre eles. →
v = (2, 2, 1) é o vetor:
02 Localize no sistema de eixos tridimensional os pontos (3, 5, 1) e
(–4, 4, 1) e calcule a distância entre eles. 5 5 5 2 2 1
(A) , , (D) , ,
→ → 86 86 2 86 3 3 3
03 ABC é um triângulo equilátero de lado L. O produto escalar AB · BC
5 5 5
vale: (B) (6, 6, 3) (E) , ,
(A) −L2 3 / 2 (D) L2 2 2 4
(B) –L /2
2
(E) L2 3 / 2 (C) (10, 10, 5)
(C) L2/2 → →
12 Calcule o ângulo entre os vetores a = (2, 3, –1) e b = (–1, 1, 2) e
determine a área do paralelogramo determinado por eles.
→ →
04 O vetor projeção de u = (2, 3, –1) sobre v = (2, –2, 1) é:
(A) –7/25 (D) 3/25 17 Determine a equação do plano que passa pelos pontos P = (–1, 2, –1);
(B) –3/25 (E) 7/25 Q = (1, 3, –4); R = (3, –2, 0).
(C) 1/4
(A) 30° (D) 90° 22 Seja G o baricentro (ponto de encontro das medianas) do triângulo ABC.
(B) 45° (E) 120° Prove que GA + GB + GC = 0 e use esse fato para encontrar o baricentro
(C) 60° em função dos vértices A, B, C.
θ
→ → → →
ângulo entre os vetores (uu × v ) e (uu + v ) , então o valor de sen ( /3) é:
(B) (26/5, 6/5, 21/5) (E) (49/11, –7/22, 59/22)
θ
(C) (45/11, 1/11, 34/11) (A) 0 (D) 3 /2
(B) 1/2 (E) 1
28 Ache as coordenadas de dois pontos distintos A e B que pertençam (C) 2 / 2
à interseção dos planos z = 3x – 5y + 1 e z = 3x – 2y + 1.
→ → → → → → → →
37 (EN-03) Sabendo que u = 2i + j – 3k , u = v + w, em que v é paralelo
29 Considere uma esfera de centro na origem e raio 3. Determine a → → → → → → →
a p =3i – j e w é perpendicular a p, podemos afirmar que |v – w | é:
equação do plano que tangencia essa esfera no ponto (2, –1, 2).
(A) 19 (D) 20
30 Determine o ponto do plano 2x – 3y + 5z = 4 mais próximo do ponto 2
P = (1, 2, –1).
53
(B) 14 (E)
31 (EN-88) A distância entre os planos x + 2y – 2z + 1 = 0 e 2
2x + 4y – 4z + 5 = 0 é: 27
(C)
4
(A) 1/2 (D) 3 → → →
(B) 1 (E) 4 38 (EN-01) Sejam u = (–1, 0, 1 + c), v = (–1, 0, 0) e w = (0, 1, –1)
(C) 2 → → → π
vetores do ℜ3, c ∈ ℜ. Se o ângulo entre os vetores u e (v × w) é rd,
então o valor não nulo de c é: 3
32 (EN-98) O valor de m para que as retas
(A) 3
x = −1 + 2t
y = mx − 3 (B) 2
r: e s : y = 3 − t sejam ortogonais é: (C) –2
z = −2 x z = 5t
(D) –3
(A) –10 (D) 6
1 3 →
(B) –8 (E) 8 →
39 (EN-04) Dados os vetores a = 1, , , b = (1, 0, 3) e c = (2, –1, 1),
(C) 4 2 2
→ → →
→ → → → → →
o→ valor do módulo de v , onde v é um vetor perpendicular aos vetores a e
→ →
33 (EN-93) Os vetores u e v são tais que |uu + v |= 10 e |uu – v |= 4.
→ →
b tal que v × c = 8 é:
O produto escalar u ⋅ v vale:
(A) 11 (D) 17
(A) –1 (D) 29
(B) 13 (E) 19
(B) 2 5 (E) 40
(C) 21 (C) 15
40 (EN-98) A equação do plano que contém as retas de equação 45 (EN-07) Seja r a reta que contém:
x −4 z −5 x − 6 y − 4 z − 3 é igual a:
= y −3 = e = = I. o ponto de interseção das retas
3 4 5 2 2
x = 2 + 3t
(A) 4x + 3y + 5z = 13 x +1 y +1
r1 : y = 4 + 5t e r2 : = = z+2
(B) 6x + 4y + 3z = 12 z = 27 2 4
(C) 6x – 14y – z = 0
(D) 6x – 14y – z = –23 II. o ponto médio do segmento de extremos A (1, 0, –1) e B (3, –4, 3).
(E) 4x + 3y + 5z = 12
As equações de r são:
41 (EN-99) Seja P o ponto de interseção da reta de equações paramétricas
(A) x = –1 – 3t; y = –1 – t; z = –2 + 3t
x = t + 1 , y = 2t – 3 e z = – t + 2 com o plano xy. Qual é a distância
(B) x = 1 + 3t; y = –1 – t; z = –2 + 3t
do ponto P ao centro da esfera de equação x2 + y2 + z2 = 2x – 2y + 4z?
x +1 y +1 z +2
(C) = =
(A) 2 3 −1 3
(B) 3 x −1 y −1 z − 2
(D) = =
(C) 2 2 3 −1 3
(D) 2 3 (E) x = 3 + 2t; y = –1 – 2t; z = 3 + t
(E) 14
42 (EN-98) A equação do plano que passa pelos pontos (1, 0, 1) e (0, 1, –1)
e é paralelo ao segmento que une os pontos (1, 2, 1) e (0, 1, 0) é: → →
→ → →
01 (EN-85) Os vetores a e b são perpendiculares e c forma com a e b
(A) 3x – y – 2z –1 = 0 π → → → → → → →
05 (EN-89) As equações da reta que passa pelo ponto P(3, –2, –4); é 10 Seja o triângulo de vértices A, B e C. Determine as coordenadas do
x − 2 −4 − y z − 1 incentro desse triângulo, em função das coordenadas de seus vértices.
paralela ao plano 3x – 2y –3z = 0 e intersecta a reta = =
são: 3 2 2
11 Mostre que em um paralelogramo, a soma dos quadrados das
diagonais é igual a soma dos quadrados dos lados.
x −3 y +2 z +4
(A) = =
5 −6 9
12 Em um triângulo ABC, os pontos D, E, F estão nos segmentos BC, CA, AB
x −3 y +2 z +4 respectivamente e são tais que BC = k ⋅ BD, CA = k ⋅ CE, AB = k ⋅ AF.
(B) = =
−43 30 −23 Mostre que os triângulos ABC e DEF têm o mesmo baricentro.
x −5 y +6 z −9
(C) = = 13 Mostre que as três alturas de um triângulo são sempre concorrentes,
3 −2 4
e mostre como encontrar o ponto de encontro entre elas a partir das
x − 43 y − 30 z + 23 coordenadas dos vértices.
(D) = =
3 −2 −4 Sugestão: Mostre que, adotando um eixo no qual a origem coincida com
x − 2 y + 4 z −1 o circuncentro do triângulo, o ponto A + B + C pertence às três alturas.
(E) = =
3 −2 2
14 Num triângulo ABC, AB = AC e D é o ponto médio de BC. E é o pé da
→ → perpendicular traçada de D em relação ao lado AC, e F é o ponto médio
06 (EN-85) O módulo do produto vetorial dos vetores a e b, que formam um de DE. Mostre que AF é perpendicular à BE.
→ →
ângulo obtuso, é 41 e |a | = 7 e |b| = 3. MP tem a direção da bissetriz
→
do ângulo de a e b e MP = 2 42; MQ = a − b. A área do triângulo MPQ é:
→
(A) 10 41
(B) 8 42 01 As faces de um tetraedro regular são triângulos equiláteros de lado a.
(C) 20 41 Determine, por métodos vetoriais, o ângulo que cada lado faz com a face
oposta e a distância entre um vértice e a face oposta.
(D) 4 42
(E) 2 41⋅ 42
02 Mostre que as diagonais de um quadrilátero são perpendiculares se
07 (EN-84) A reta r é paralela aos planos α, de equação 3x – 4y + 9z = 0, e somente se as somas dos quadrados dos lados opostos são iguais.
e β, de equação 3x +12y – 3z = 17; cor ta as retas s e t de
x 4− y z+5 2− y 03 Seja S o baricentro do triângulo ABC. Prove que AS ⊥ BS ⇔
equações: s : = = e t : x −8 = = − z − 3. A soma a2 + b2 = 5c2.
2 3 4 2
das coordenadas do ponto de interseção de r e s é:
04 Dado um triângulo ABC, prove que o ortocentro H, o baricentro G
(A) 4. e o circuncentro O são colineares. Além disso, demonstre também que
(B) 0. HG = 2OG.
(C) 1.
(D) 2. 05 Sejam A, B, C, D pontos no espaço, M o ponto médio de AC e N o ponto
(E) –1. médio de BD. Prove que 4MN2 = AB2 + BC2 + CD2 + DA2 – AC2 – BD2.
08 (EN-01) A reta no ℜ3 que passa pelo centro da esfera x2 + y2 + z2 – 06 Dado um triângulo XYZ, denomina-se “filho” de XYZ o triângulo X’Y’Z’ tal
4x – 2y = 5 e é perpendicular ao plano 2x –3y – z + 1 = 0 tem equações que X’pertence a YZ, Y’ pertence XZ, Z’ pertence a XY e XZ’ = 2YZ’; ZY’ = 2XY’
paramétricas: e YX’ = 2ZX’. Dado um triângulo ABC qualquer, seja A1B1C1 o seu filho,
seja A2B2C2 o filho de A1B1C1, e, mais geralmente, seja An+1Bn+1Cn+1
(A) x = 2 + 2t, y = – 3 + t, z = – t, t ∈ ℜ. o filho de AnBnCn. Prove que o baricentro do triângulo ABC pertence ao
(B) x = 2 + 2t, y = 1 – 3t, z = – t, t ∈ ℜ. interior de AnBnCn para todo n inteiro positivo.
(C) x = 1 – 2t, y = 1 + 2t, z = –1 – t, t ∈ ℜ.
(D) x = 1 + t, y = 2 + 2t, z = –1 + t, t ∈ ℜ.
07 Seja ABCDEF um hexágono e seja A1B1C1D1E1F1 o hexágono formado
pelos baricentros dos triângulos ABC,BCD, CDE, DEF, EFA e FAB. Prove
x + y + z + 2 x + 4 y + 6 z − 11= 0
2 2 2
que A1B1C1D1E1F1 tem lados opostos paralelos e de mesmo tamanho.
09 (EN-87) O raio da circunferência
vale: 2 x + 3 y + 6 z + 5 = 0
(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 4.
(E) 5.
Cônicas (II)
5
Continuaremos, nesta seção, o estudo das cônicas. Inicialmente, Equação mágica
encontraremos a equação da reta tangente a uma cônica e identificaremos
a expressão para a distância de um ponto da curva ao foco (raio vetor). Elipse deitada y = mx ± a2 m2 + b2
Em seguida, analisaremos a equação geral do 2o grau em 2 variáveis, que
corresponde ao caso geral de cônicas com eixos não necessariamente
Hipérbole deitada y = mx ± a2 m2 − b2
paralelos aos eixos coordenados.
p
Parábola deitada y = mx +
1. Reta tangente 2m
1.1 Tangente por um ponto (x0, y0) Obs.: Para cônicas em pé, basta trocar os papéis de x e y como visto na
pertencente à curva apostila anterior.
Para encontrar a tangente, basta realizar as substituições abaixo: Demonstração:
Para a elipse, podemos escrever b2x2 + a2y2 = b2a2 e, pelo resultado
x + x0 y + y0 anterior, a tangente tem equação b2xx0 + a2yy0 = b2a2.
x 2 → xx0 , y 2 → yy0 , x → , y→ Isolando y, temos:
2 2
b2 x b2
y=− 2 0 x+
a y0 y0
Tangente por (x0, y0) ∈ b2 x 0
Exemplos Equação canônica Fazendo m = ± , obtemos:
curva a2 y 0
x2 y2 x ⋅ x0 y ⋅ y0
Elipse deitada + =1 + 2 =1 b4 x02 b2 ⋅ ( b2 a2 − a2 y 02 ) 1 b4 q 2 − b2
a2 b 2 a2 b m2 = 4 2
= 4 2
= 2 ⋅ 2 − b2 =
a y0 a y0 a y0 a2
x2 y2 x ⋅ x0 y ⋅ y0
Hipérbole deitada − =1 − 2 =1
a2 b 2 a2 b Segue que q = ± a2 m2 + b2 para a elipse. De forma analógica, temos
q = ± a2 m2 − b2 para a hipérbole.
Parábola deitada y2 = 2px y · y0 = p · (x + x0)
Para a parábola deitada, podemos escrever y2 = 2px, e a tangente é
yy0 = px + px0.
Demonstração: O resultado será demonstrado em uma seção posterior.
p px
Isolando y: y = x+ 0
y0 y0
1.2 Tangente por um ponto (x0, y0) fora da
p
curva – equação mágica da tangente Fazendo m = e substituindo y02 = 2 px0 , o b t e m o s
y
Nestes casos, utilizamos uma fórmula que depende apenas do px0 px0 y0 0 p
q= ⇒ = = .
coeficiente angular m da tangente: y0 y0 2 2m
01 Determine a equação da reta tangente à elipse 2x2 + 7y2 = 15 no Como o ponto P = (2,4) está na reta tangente, m satisfaz:
ponto P = (2,1). 3 1 3
4 = 2m + ⇔ 4 m2 − 8 m + 3 = 0 ⇔ m = ou m =
2m 2 2
Solução: Como o ponto P está na elipse (2 · 22 + 7 · 12 = 15), usamos
a equação 1.1: Substituindo na equação mágica:
t: 2x · x0 + 7y · y0 = 15, i.e., 4x + 7y = 15 x 3x
t1 : y = + 3, t2 : y = +1
2 2
02 Determine as retas tangentes à parábola y 2 = 6x pelo ponto x2 y2
P = (2,4). 03 Considere uma elipse de equação + = 1 , com a e b positivos.
a2 b2
Sejam A = (a, 0), A’ = (– a, 0), B = (0, b) e B’ = (0, – b). Seja M um
Solução: Como o ponto P não está na parábola (42 ≠ 6 · 4), usamos a
ponto da elipse, diferente de A, A’, B e B’ e seja t a reta tangente à elipse
equação mágica (com p = 3):
em M. Sejam X e Y as interseções da reta t com os eixos x e y. Prove que
3
t : y = mx + o produto XA · XA’ · YB · YB’ é independente da escolha do ponto M.
2m
IME-ITA – Vol. 4 181
MATEMÁTICA IV
Assunto 5
Solução: Seja M = (x0, y0). Sabe-se que a reta tangente é dada por 2. Propriedade ótica
xx yy
t : 20 + 20 = 1.
a b Geometricamente, a melhor forma de lidar com problemas envolvendo reta
tangente/normal a uma cônica é pelo uso da propriedade ótica das cônicas.
b2 b2
Para encontrar Y, fazemos x = 0, obtendo y = . Logo, Y = 0, .
y0 y0 Propriedade ótica
a2
Analogamente, temos X = ,0 .
x0 Elipse Normal em um ponto é bissetriz interna dos raios vetores
É fácil calcular as distâncias pedidas, porque são todas horizontais ou Hipérbole Normal em um ponto é bissetriz externa dos raios vetores
a2 a2 b2 Normal em um ponto é bissetriz interna do raio vetor e
verticais. Daí, segue que XA
= ='
− a , XA + a , YB
= −b e Parábola
x0 x0 y0 da paralela ao eixo focal por esse ponto
b2
='
YB + b . Portanto, multiplicando tudo, temos que o produto pedido
y0 3. Cônicas transladadas: equação geral
a2 a2 b2 b2
é igual a
x0
−a ⋅
x0
+a⋅
y0
−b ⋅
y0
+ b . Juntados os dois primeiros do 2o_ grau em duas variáveis sem termo
a4
e juntando os dois últimos, o produto é igual a 2 − a2 ⋅ 2 − b2
b4 em xy
x0 y0
a2 b2 Y’
= a2 b2 2 − 1 ⋅ 2 − 1 (*).
x0 y0 Y
P(x,y)
Agora, lembremos que M = (x0, y0) é um ponto da elipse. Por isso, suas B B’
x2 y2 X’
coordenadas satisfazem a equação da curva: 02 + 02 = 1 . Daí, vem O’(h,k) A’
a b
a2 b2 a2 y 02
que 2 = 2 , o que dá 2 − 1 = 2 . Substituindo em (*), O X
x0 b − y 02 x0 b − y 02 A
2 2 y2 b2 − y 02
temos que o produto pedido é igual a a b 2 0 2 ⋅ 2 = a2b2,
que é constante! b − y 0 y 0 A equação de uma cônica com eixos paralelos aos eixos coordenados
e centro em O(h, k) (elipse ou hipérbole) ou vértice em O(h, k) (parábola)
Obs.: Veja que é importante que M não coincida com A ou B, para que é obtida a partir da equação tradicional com as transformações:
todos os denominadores que aparecem na solução sejam não nulos.
x’ = x – h, y’ = y – k
2
16m + 4 =0, que tem raízes m = – 2 e m = − . Agora é um momento
7
delicado, pois precisamos decidir em (*) que sinal devemos utilizar para 05 Determine os elementos da cônica x2 + 4y2 – 2x + 16y + 13 = 0.
cada m encontrado.
I. m = – 2 em (*) deixa o lado esquerdo positivo; portanto, utilizamos Solução: Completando quadrados:
o sinal de ‘+’. Isso nos dá a tangente y = – 2x + 4. x2 – 2x + 1 + 4(y2 + 4y + 4) = 4
2
II. m = − em (*) deixa o lado esquerdo negativo; portanto, utilizamos Escrevendo na forma tradicional:
7 2 20
o sinal de ‘-’. Isso nos dá a tangente y =− x− . ( x − 1)2
7 7 + ( y + 2)2 = 1
4
O vértice é o ponto que satisfaz x’’ = y’’ = 0, ou seja, o ponto (6, – 2).
PF r
Iniciamos com a definição e = , logo dist (P, d) = .
O parâmetro é encontrado, fazendo 2p = |–2|; logo, p = 1. dist( P, d ) e
r
Pela figura acima, temos = p + r · cos q.
Nota: Toda cônica com eixos paralelos aos eixos coordenados pode ser e
escrita na forma Ax2 + Cy2 + Dx + Ey + F = 0, mas nem toda equação
deste tipo representa uma cônica Logo, r = e · p + e · r · cosq, que é equivalente à equação polar
ilustrada.
Ex.: x2 + 2y2 + 1 = 0 representa um conjunto vazio (pois uma soma de
quadrados nunca é negativa); x2 – y2 = 0 representa um par de retas (pois Obs.: modificando-se a posição relativa da diretriz em relação ao foco e à
pode ser fatorado como (x + y)(x – y) = 0). origem, obtemos fórmulas alternativas para a equação polar.
x = 2 pt 2 B
Parábola deitada y2 = 2px tan2θ =
y = t A−C
Para cônicas em pé, a parametrização pode seguir a mesma ideia. Em seguida, escrevemos a equação da cônica em um novo eixo X”,
Y” de acordo com as relações:
5. Equação polar
x cos θ − sen θ x "
P = ⋅
y sen θ cos θ y"
r
Obs.: Essa transformação de coordenadas equivale a uma rotação de eixos,
q como será evidenciado na demonstração. Se A = C, usamos q = 45°.
O=F x
Demonstração: Mostramos inicialmente a relação entre as coordenadas do
novo eixo e as do eixo original identificados na figura abaixo, para depois
Dada uma origem O e um eixo Ox, a equação polar de uma curva
identificar um ângulo que elimine xy.
relaciona a distância OP de um ponto P da curva com o ângulo q = POx.
Em uma cônica, temos: Y
Y’’
e⋅ p P(x,y)
r= y’’senq
1 − e ⋅ cosθ y’’cosq y’’
X’’
Em que p (parâmetro) representa a distância do foco à diretriz da x’’senq x’’
cônica. q
Demonstração: 0 x X
x’’cosq
IME-ITA – Vol. 4 183
MATEMÁTICA IV
Assunto 5
Calculando de duas maneiras a projeção do segmento OP nos eixos 6.3 Identificação da cônica
x e y, temos:
a partir da equação geral
x = x’’ cosq – y’’ senq.
y = x’’ senq + y” cosq Nessa seção, aprenderemos a identificar uma cônica diretamente da
sua equação geral, sem a necessidade de efetuar os cálculos de rotação/
Substituindo estes valores na equação geral e calculando o termo em x”y”: translação de eixos.
Ax2 + Bxy + Cy2 + (temos grau ≤ 1) = 0 Invariantes: Dada a equação geral Ax2 + Bxy + Cy2 + Dx + Ey + F = 0,
A(x’’ cosq – y’’ senq)2 + B(x’’ cosq – y’’ senq) (x’’ senq + y’’ cosq) as três expressões a seguir mantêm seu valor numérico quando aplicamos
+ C (x’’ senq + y’’ cosq)2 + (termos grau ≤ 1) = 0 uma translação ou rotação de eixos:
[x’’ y’’] = – 2Asenq cosq + B (cos2q – sen2q) + 2C senq cosq Classificação:
Invariantes: Classificação
Logo, o coeficiente de x”y” é zero quando:
Casos degenerados
[x’’ y’’] = B (cos2q) – (A – C) sen2q = 0 =0
(reta(s), ponto ou vazio)
D
I>0 Hipérbole
Em particular, isto ocorre se escolhermos o ângulo de forma que
B
tan2θ = . I=0 Parábola
A−C
≠0
D
I<0eJ· <0 Elipse
D
I<0eJ· >0 Vazio
07 Identifique a curva descrita por xy = k.
D
Solução: Nota: Alternativamente, podemos tratar a equação geral como uma
Fazendo q = 45° na equação matricial, substituímos: equação do 2o grau em x e, a partir da análise do delta ou da solução da
2 2 2 2 equação, tentar identificar o tipo de cônica.
x= x"− y ", y = x"+ y"
2 2 2 2
E a equação é reduzida para: 6.4 Fórmula geral para a tangente
2 2 2 2 por um ponto (x0, y0) pertencente à cônica:
x"− y " ⋅ x"+ y " = k
2 2 2 2 Estendendo o resultado 1.1., basta fazermos as substituições:
(xII)2 – (yII)2 = 2k
Essa equação, que não tem termo xIIyII, representa uma hipérbole com x + x0 y + y0 xy + x0 y
x 2 → xx0 , y 2 → yy 0 , x → , y→ , xy → 0
eixos iguais, denominada hipérbole equilátera. 2 2 2
∂ 2A · x + B · (1 · y + x · y’) + 2C · y · y’ + D + E · y’ = 0 e x = x0; y = y0
= 0 : 2 Ax0 + By0 + D = 0
∂x
∂ 2 Ax0 + By0 + D
= 0 : 2Cy0 + Bx0 + E = 0 m=−
∂y Bx0 + 2Cy0 + E
∂ ∂
* ∂x e ∂y são operadors “derivada parcial”. Substituindo na equação reduzida da reta y = mx + cte:
Obs.: No caso da parábola, o sistema acima não tem soluções. (Bx0 + 2Cy0 + E) · y + (2Ax0 + By0 + D) · x = cte’:
Fazendo x = x0, y = y0 para determinar a constante do lado direito:
Demonstração: Fazendo a translação x = x’ + x0, y = y’ + y0 e igualando (Bx0 + 2Cy0 + E) · y + (2Ax0 + By0 + D) · x = (Bx0 + 2Cy0 + E) ·
os coeficientes de x’ e y’ a zero, temos: y0 + (2Ax0 + By0 + D) · x0
A(x’ + x0)2 + B(x’ + x0) (y’ + y0) + C(y’ + y0)2 + D (x’ + x0) + E (y’
+ y 0) + F = 0 Agrupando os termos comuns:
[x’] = 2Ax0 + By0 + D (Bx0 + 2Cy0 + E) · y + (2Ax0 + By0 + D) · x = 2Bx0y0 + 2Cy02 +
[y’] = 2Cy0 + Bx0 + E Ey0 + 2Ax02 + Dx0
Pela equação geral, – F = Ax02 + Bx0y0 + Cy02 + Dx0 + Ey0, o lado 04 Determine as equações das tangentes à hipérbole x2 – 4y2 = 12, que
direito é – 2F – Dx0 – Ey0. passam pelo ponto P(1, 4).
Logo:
05 Determine as equações das retas tangentes traçadas desde o ponto
2A · xx0 + B · (xy0 + x0y) + 2C · yy0 + D · (x + x0) + E · (y + y0)
(2,– 2) à parábola x2 = 6y.
+F=0
06 Por uma translação dos eixos coordenados, transforme a equação
Nota: Se o ponto P(x0, y0) não pertencer à cônica, as substituições acima x2 – 4y2 +6x + 8y +1 = 0 em outra equação desprovida do termo do
fornecem a equação da polar do ponto P em relação à cônica. A reta polar primeiro grau.
de um ponto P é a reta que passa pelos pontos em que as tangentes por
P encontram a cônica. 07 Por uma translação dos eixos coordenados, simplifique a equação
y2 – 4x – 6y + 17 = 0.
(C) 7 .
50
01 Determine as equações da tangente e da normal à elipse 4x2 + 9y2 = 72 11 (ITA-95) Uma reta t do plano cartesiano xOy tem coeficiente angular
traçadas no ponto P(3, – 2). 2a e tangência à parábola y = x2 –1 no ponto de coordenadas (a, b). Se
(c, 0) e (0, d) são as coordenadas de dois pontos de t tais que c > 0 e
02 Um holofote situado na posição (– 5,0) ilumina uma região elíptica de c = – 2d, então a/b é igual a:
contorno x2 + 4y2 = 5, projetando sua sombra numa parede representada
pela reta x = 3, conforme ilustra a figura a seguir. (A) – 4/15. (D) – 6/15.
(B) – 5/16. (E) – 7/15.
(C) – 3/16.
y
12 (ITA-98) Considere a hipérbole H e a parábola T, cujas equações são,
x respectivamente, 5(x + 3)2 – 4(y – 2)2 = – 20 e (y – 3)2 = 4(x – 1).
–5
3
x2 + 4y2 = 5 Então, o lugar geométrico dos pontos P, em que a soma dos quadrados
das distâncias de P a cada um dos focos da hipérbole H é igual ao triplo
do quadrado da distância de P ao vértice da parábola T, é:
Considerando o metro a unidade dos eixos, o comprimento da sombra
projetada é de: ( x − 3)2 ( y + 2)2
(A) a elipse de equação + = 1.
(A) 2. (C) 4. 4 3
(B) 3. (D) 5. ( y + 1)2 ( x − 3)2
(B) a hipérbole de equação + = 1.
5 4
03 Seja b um número real. Encontre os valores de b, tais que, no plano
x2 (C) o par de retar dadas por y = ±(3x – 1).
cartesiano xy, a reta y = x + b intercepta a elipse + y2 =1 em um (D) a parábola de equação y2 = 4x + 4.
único ponto. A soma dos valores de b é: 4
(E) a circunferência centrada em (9, 5) e raio 120.
(A) 0. (D) 5.
13 Determine a equação, indicando a sua natureza, do lugar geométrico
(B) 2. (E) – 2 5.
de um ponto que se desloca de tal forma que o quadrado de sua distância
(C) 2 5. ao ponto (1,1) é proporcional à sua distância à reta x + y = 0.
14 Dada a equação 7x2 +13y2 + 6 3 xy – 16 = 0, obtenha o ângulo q 06 A normal em um ponto variável M da elipse de equação: x2 + 2y2 = 8
de rotação que faz desaparecer o termo em xy, e ache a nova equação no intersecta o seu eixo focal no ponto L. Por L, levanta-se uma perpendicular
sistema de eixos obtido pela rotação. ao eixo das abscissas, que intercepta a reta OM no ponto P. Determine o
lugar geométrico de P.
15 Por um ponto P, variável, pertencente à parábola de equação y2 = 8x, é
traçada a normal à curva, que intersecta o eixo focal da parábola no ponto Q. 07 Cônicas com os mesmos focos são denominadas homofocais. Mostre
que uma elipse e uma hipérbole homofocais são ortogonais, isto é, as
Determine o lugar geométrico do ponto médio do segmento PQ. suas tangentes nos pontos de interseção são perpendiculares.
16 (ITA-99) Considere a circunferência C de equação x2 + y2 + 2x + 2y +1 08 (ITA-96) Tangenciando externamente a elipse ε1, tal que ε1: 9x2 +
= 0 e a elipse E de equação x2 + 4y2 – 4x + 8y + 4 = 0. Então: 4y2 – 72x – 24y + 144 = 0, considere uma elipse ε2, de eixo maior sobre
a reta que suporta o eixo menor de ε1 e cujos eixos têm mesma medida
(A) ( ) C e E interceptam-se em dois pontos distintos. que os eixos de ε1. Sabendo que ε2 está inteiramente contida no primeiro
(B) ( ) C e E interceptam-se em quatro pontos distintos. quadrante, o centro de ε2 é:
(C) ( ) C e E são tangentes exteriormente.
(D) ( ) C e E são tangentes interiormente. (A) (7, 3).
(E) ( ) C e E têm o mesmo centro e não se interceptam. (B) (8, 2).
(C) (8, 3).
17 (IIT) Se a circunferência x2 + y2 = a2 intersecta a hipérbole xy = c2 (D) (9, 3).
em 4 pontos Pi = (xi, yi), i = 1, 2, 3, 4, determine o valor de x1 + x2 + (E) (9, 2).
x3 + x4.
09 Prove que:
O x 11 Transforme a equação 2 x 2 + 3 xy + y 2 =
4 por rotação dos eixos
coordenados de um ângulo de 30°.
Calcule o raio da maior circunferência, nas condições acima, que tem um
único ponto de interseção com a parábola. 12 Identifique a natureza do lugar geométrico dos pontos médios dos
segmentos determinados pela interseção da cônica 5x2 – 6xy + 5y2 –
02 (ITA-99) Pelo ponto C: (4, – 4) são traçadas duas retas que tangenciam 4x – 4y – 4 = 0 com as retas de coeficiente angular igual a 1/2.
a parábola y = (x – 4)2 + 2 nos pontos A e B. A distância do ponto C à
reta determinada por A e B é: 13 O ponto Q(2,1) per tence à cônica de equação 4x 2 + 30xy +
4y 2– 40x + 250y=210. Determine as novas coordenadas de Q,
(A) 6 12 . (D) 8. após a transformação que elimine o termo em xy.
(B) 12 . (E) 6.
(C) 12. 14 Uma reta m1 passa pelo ponto fixo P1(– 1,– 3), intersecta a reta m2: 3x
+ 2y – 6 = 0 no ponto A e a reta m3: y – 3 = 0 no ponto B. Determine a
03 Qual o ponto da cônica x – y = 1 mais próximo da reta y = 2x + 1.
2 2
equação do lugar geométrico do ponto médio do segmento AB à medida
que a reta m1 gira em torno do ponto P1.
04 A tangente em um ponto M, pertencente à parábola de equação
y2 = 4x, intercepta a tangente ao vértice O desta cônica no ponto N.
Por N, traça-se a reta r, paralela a OM, e, por O, a reta s paralela a MN; 15 Uma cônica de centro na origem e tendo eixos de simetria sobre os
estas retas se encontram no ponto P. Determine o lugar geométrico descrito eixos coordenados intersecta a parábola y2 = 2px, ortogonalmente, nos
por P, quando M descreve a parábola. pontos de abscissa 1. Encontre a equação da cônica.
05 Seja a elipse b2x2 + a2y2 = a2b2 e seu círculo principal maior x2 + y2 = a2. x2 y2
16 Considere a elipse + = 1 , com a > b. Seja F e F’ seus focos,
Por um ponto M da elipse e por seu transformado M’ do círculo principal, são a2 b 2
traçadas normais às curvas correspondentes. Determine o lugar geométrico sendo F o de abscissa positiva. Para um ponto M qualquer sobre a elipse,
do ponto de interseção dessas retas, quando M descreve a elipse. determine MF e MF’ em função da abscissa de M.
θ
→ → → →
20 (IME) Considere uma parábola de eixo focal OX que passe pelo ponto representadas pelas transformações u = T ⋅ u’ e u’ = R ⋅ u”, em que:
(0, 0). Define-se a subnormal em um ponto P da parábola como o segmento
de reta ortogonal à tangente da curva, limitado pelo ponto P e o eixo focal. cos θ − sen θ 0
Determine a equação e identifique o lugar geométrico dos pontos médios
Rθ = sen θ cos θ 0
das subnormais dessa parábola. 0 0 1
1 0 h
Th, k = 0 1 k
0 0
1
01 É dada a cônica (k) cuja equação é y2 = 6x. Seja (c) uma circunferência
c. Mostre que a matriz M da equação original e a matriz M” da equação
com raio igual a 3 3 e tangente a (k) em dois pontos distintos A e B.
obtida por uma rotação e/ou por uma translação têm o mesmo
Determine o centro de (c) e as distâncias do vértice de (k) aos pontos A
determinante (esse determinante é a invariante).
e B.
d. Utilizando um argumento similar, determine os outros dois invariantes
definidos na teoria. Neste caso, reescreva a equação geral na forma:
02 Suponha que (x1, y1), (x2, y2), (x3, y3) são três pontos na parábola
A B x
y2 = 2px tais que as normais às parábolas nesses três pontos são 2 ⋅ + termos grau ≤ 1 = 0
( x y ) ⋅
concorrentes. Mostre que y1 + y2 + y3 = 0. B C y
2
03 Por um ponto M qualquer de uma hipérbole (h), traça-se uma paralela
a uma assíntota (a) de (h); esta parcela encontra uma diretriz (d) de (h) 11 Mostre que a menor corda focal de uma elipse é perpendicular ao
em D. Sendo F o foco de (h) correspondente à diretriz (d), mostre que seu eixo maior e determine o comprimento desta corda (essa corda é
MD = MF. denominada latus rectum).
x CG CG
L
_ polígonos triângulos
x regulares (baricentro)
CG
Alguns dos sólidos que serão abordados a seguir são obtidos por
rotação completa em torno de um eixo. Esses teoremas, demonstrados
mais simplesmente através de Cálculo Integral, serão de muita serventia
O centro geométrico de uma curva é obtido por uma integral vetorial com na obtenção de formulários de área de superfície e de volume. Igualmente,
ponderação dada pelos pequenos comprimentos da curva. É equivalente ao podem ser úteis para determinar a posição do centro geométrico de curvas
centro de massa, da Física, quando o corpo é feito de material homogêneo. ou figuras não convencionais.
Seguem alguns centros geométricos de algumas curvas.
CG
x
2. Cilindro
segmento CG Dado um círculo em um plano, e um segmento de medida g, em uma
circunferência direção não paralela ao plano, chamamos de cilindro circular o sólido obtido
CG pela construção de segmentos paralelos e congruentes ao de medida g,
x em um mesmo semiespaço gerado pelo círculo, com extremidades sobre
x o círculo dado.
paralelogramo CG polígonos
regulares
x r
O incentro do x
x
triângulo medial é o
x
CG do triângulo Cilindro circular
(como linha) g h Raio de base: r
triângulos
Geratriz: g
1.2 Do volume Altura: h
Volume: V = r2h
x x r
p
Se uma figura plana de área A gira em torno de um eixo coplanar,
o volume do_ sólido_gerado por essa rotação completa é dado por x
V = 2 · A · y , onde y é a distância do centro geométrico da figura plana
p
ao eixo de rotação.
Chamamos os círculos definidos sobre planos paralelos de bases do
cilindro, e os segmentos paralelos de medida g de geratriz. A distância
entre as bases do cilindro é a altura do cilindro.
Caso as geratrizes sejam perpendiculares ao plano das bases,
chamamos o cilindro de reto, ou cilindro de revolução, já que possui
um eixo. Caso contrário, chamamos de oblíquo. [observe que vale
h = g · sen , onde é o ângulo entre a geratriz e as bases].
a
a
CG
r v
desenvolvimento Cone reto Desenvolvimento lateral:
Raio da base: r
SLAT = 2 rh Altura: h
da superfície lateral h g
p
o g Geratriz: g
a
h g2 = h2 + r2 g
r
r 2 r
p
2 r
p
πr 2 h
V= , SLAT = πrg, SSUP = πr( r + g)
V = r2h 3
p
STOT = 2 r2 + 2 rh
Chama-se de seção meridional do cone, ou seção meridiana, a seção
p
p
Chamamos de seção meridional de um cilindro, ou meridiana, a seção gerada por um plano que contém o vértice do cone e o centro da base. Em um
gerada por um plano que contém os centros das bases. Em um cilindro cone circular reto, essa seção é sempre um triângulo isósceles. Dizemos que
oblíquo, tal seção é um paralelogramo. Em um cilindro reto, é retangular. o cone é equilátero quando a seção meridional dele é um triângulo equilátero.
Chamamos de cilindro equilátero o cilindro cuja seção meridional é um O desenvolvimento da superfície de um cone equilátero é um semicírculo.
quadrado. No cilindro equilátero, vale que 2r = h.
p
r πh2 (3 r12 + 3 r22 + h2 )
Vsegm =
r2 esf 6
d R
equador
As fórmulas anteriores relativas a volumes são demonstradas pelo
princípio de Cavalieri com um sólido chamado anticlepsidra, que é obtido
como a diferença entre um cilindro equilátero e dois cones que possuem
bases nas bases do cilindro e vértice no centro do cilindro, como mostra
r2 = R2 – d2
a figura abaixo.
4.1 Fuso, cunha
Considere uma esfera de diâmetro AB,e dois semiplanos que se r R d
intersectam em AB, formando um diedro. Chamamos de cunha a parte d
d
da esfera contida entre os dois planos, e de fuso a parte da superfície R 2R –
esférica contida entre os dois planos. =
R
a
02 De um ponto de uma esfera de raio R são traçadas três cordas iguais (E) 366°.
que formam ângulo duas a duas. Determine o comprimento de cada
03 A superfície lateral de um cone circular reto é um setor circular de 120°,
a
corda.
cuja área é 3π cm². Calcule a área total da superfície e o volume do cone.
Solução: Sejam O o centro da esfera e AS, BS e CS as cordas iguais
de medida d. Como S e O equidistam de A, B e C, temos que SO é 04 A área total da superfície de um cone circular reto, cujo raio da base mede
perpendicular ao plano definido por ABC (desenhe!). Seja P a interseção R, é igual à terça parte da área de um círculo cujo diâmetro é igual ao perímetro
de SO com o plano ABC. É sabido que P é o circuncentro do triângulo ABC da seção meridiana do cone. Calcule o volume do cone, em função de R.
(que é equilátero, claramente).
α 05 Um fabricante de cristais produz três tipos de taças para servir
No triângulo SAB, temos que AB = 2dsen . vinho. Uma delas tem o bojo no formato de uma semiesfera de raio R, a
2 outra no formato de cone reto de base circular de raio 2R e altura H, e a última
3 2 α 2
Além disso, temos que PA = AB ⋅ = 3dsen ( da altura do no formato de um cilindro reto de base circular de raio X e altura H. Sabendo-se
triângulo equilátero). 3 3 2 3 que as taças dos três tipos, quando completamente cheias, comportam
X
a mesma quantidade de vinho, calcule a razão .
1 R α H
Por esse motivo, a área do triângulo OAS é igual aR ⋅ PA = 3dsen .
2 3 2 06 Um cone circular reto tem altura 12 cm e raio da base de 5 cm. Calcule
Por outro lado, como o triângulo OAS é isósceles de lados OS = OA = R
o raio da esfera inscrita nesse cone.
1 d2 07 Em uma esfera de raio r, uma calota de altura 2 tem área igual à área
e AS = d, sua área é dada por d R 2 − (basta traçar a altura relativa
a AS). 2 4 lateral de um cone de mesma base que a calota e vértice no centro da
Igualando as duas expressões para a área OAS, temos que esfera. Calcule r.
R α 1 d2 4 α 08 Ping Oin recolheu 4,5 m3 de neve para construir um grande boneco
3dsen = d R 2 − , o que nos dá d = 2 R 1 − sen2 .
3 2 2 4 3 2 de 3 m de altura, em comemoração à chegada do verão no polo sul.
O boneco será composto por uma cabeça e um corpo ambos em forma
03 Determine o volume de um tronco de cone reto de altura d e áreas das de esfera, tangentes, sendo o corpo maior que a cabeça, conforme mostra
bases iguais a S1 e S2. a figura a seguir.
p
a = b + d, temos que b = . Calcule, usando a aproximação considerada, os raios das duas esferas.
R−r R3 1
Daí, o volume do tronco é igual a − v = ( k 3 − 1)v = 3 − 1 πr 2 b, que
V
π R − r
3 3
r 3 09 Uma esfera de vidro, de diâmetro interno 10 cm, está cheia de bolas
é igual a d. de gude perfeitamente esféricas, de raio 1 cm. Se n é o número de
3 R−r
bolas de gude dentro da esfera, indique qual das opções a seguir é verdadeira:
É possível fazer simplificações na expressão, a fim de colocá-la em
funções das áreas. Opção I: n >125
πd 2 d Opção II: n = 125
Fatorando, o volume é igual a ( R + Rr + r 2 ) = ( S1 + S1S2 + S2 ).
3 3 Opção III: n < 125
b
áreas parciais proporcionais a 1 e 4?
02 Determinar o maior volume possível de um cone de geratriz g.
P
10 Um cubo de aresta 10 cm tem
03 Um tronco de cone de revolução tem raios das bases 1 m e 4 m e os quatro vértices A, B, C e D de uma
altura 3 m. Dividir seu volume por um plano paralelo às bases, de maneira de suas faces, F, sobre a superfície
que a parte adjacente à base maior seja equivalente a oito vezes a outra. 10
de uma esfera S de raio r. Sabendo
D
que a face oposta a F é tangente
04 Dois cones circulares retos têm bases tangentes e F C
à esfera S no ponto P, calcule o
situadas no mesmo plano, como mostra a figura. Sabe-se A B
raio r. Justifique.
que ambos têm o mesmo volume e que a reta que suporta
uma das geratrizes de um passa pelo vértice do outro.
Sendo r o menor dentre os raios das bases, s o maior e 11 Corta-se um hemisfério por um plano paralelo ao círculo que o limita,
r de modo tal que a calota e a zona esférica sejam equivalentes. Calcular a
x = , determine x. razão entre os volumes dos dois segmentos esféricos em que fica dividido o
s r s hemisfério.
05 Uma ampola de vidro tem o formato de um cone cuja altura mede
5 cm. Quando a ampola é posta sobre uma superfície horizontal, a altura 12 Um cubo de aresta m está inscrito em um hemisfério de raio R, de
do líquido em seu interior é de 2 cm (figura 1). forma que os vértices de uma face pertençam ao plano equatorial do
Figura 2 hemisfério, e os demais vértices pertençam à superfície hemisférica.
Calcule m em função de R.
Figura 1
06 Um cone circular reto de altura H 01 Três esferas de mesmo raio R estão apoiadas em um plano e são
a
circunscreve duas esferas tangentes, como tangentes duas a duas. Determine o raio de uma esfera tangente ao plano
mostra a figura a seguir. A esfera maior tem e às três esferas dadas.
H
raio de 10 cm e seu volume é oito vezes o
volume da menor.
02 Um cone de revolução tem raio 1 e altura 2. Uma reta r do plano da
base é tangente no ponto A. Seja B, um ponto do círculo da base tal que
Determine H. AÔB = . Calcule, em função de , a distância entre a reta r e a geratriz
a
a
que contém B.
07 Considere a superfície cilíndrica S obtida a partir da superposição dos
segmentos AB e DC do retângulo ABCD indicado a seguir.
A D 03 Seja R o raio de uma esfera circunscrita a uma pirâmide quadrangular
1 regular e r o raio da esfera inscrita a esta pirâmide. Demonstre que
Q 1 R
≥ 2 + 1.
r
5
B C
7
Uma formiga percorreu o caminho mais curto sobre a superfície S, partindo
do ponto P para chegar ao ponto Q.
Determine o comprimento desse caminho.
Poliedros regulares
15
1. Introdução Volume: V =
1 a2 3 a 6 a3 2
⋅ ⋅ = ,
Nesse assunto final, você verá um formulário dos principais sólidos, 3 4 3 12
2
a 3
os poliedros regulares. A ideia aqui, mais do que apenas decorar relações Área da superfície: S = 4 ⋅ = a2 3 ,
métricas e fórmulas, é visualizar como obter cada relação e guardar boas 4
maneiras de lidar com a maioria dos problemas acerca dos sólidos que HM 1 1
seguem. Diedro entre faces: α : cos α = = ⇒ α = arcos ,
DM 3 3
No total, existem 5 tipos de poliedros regulares. São eles:
• Tetraedro regular: possui 4 faces triangulares, 4 vértices triédricos AH 3 3
Ângulo entre aresta e face: cosβ = = ⇒ β = arccos ,
AD 3 3
b
e 6 arestas.
• Hexaedro regular: possui 6 faces quadradas, 8 vértices triédricos Distância entre arestas: No ∆AMN, MN = AM 2 − AN 2 =
e 12 arestas.
• Octaedro regular: possui 8 faces triangulares, 6 vértices tetraédricos 2
e 12 arestas. a 3 a 2 a 2
− = .
• Dodecaedro regular: possui 12 faces pentagonais, 20 vértices 2 2 2
triédricos, 30 arestas.
• Icosaedro regular: possui 20 faces triangulares, 12 vér tices
pentaédricos e 30 arestas. Diferentemente da maioria das pirâmides triangulares, o tetraedro
regular admite um centro (O), que equidista dos vértices, equidista das
Nos concursos, há uma grande quantidade de questões envolvendo os
faces e também equidista das arestas. Dessa maneira, ele é centro das
três primeiros, e pouquíssimas questões envolvendo os dois últimos, de
esferas circunscrita (que passa pelos vértices), inscrita (que tangencia
forma que a apresentação dos três primeiros será mais extensa e rigorosa.
internamente as faces) e medial (que tangencia as arestas). No caso do
tetraedro regular, o centro O divide uma altura DH na razão DO : OH = 3 : 1.
2. Tetraedro regular Esferas:
O tetraedro regular é o poliedro formado por 4 faces triangulares D
regulares, de forma que é um caso especial de pirâmide triangular regular.
Logo, todas as ideias de pirâmides devem ser aplicadas nesse caso.
R
D ℜ
ℜ C
R circunscrita
r
M
A
N B x x
x
x
C
b inscrita
a
A
H M x
x
medial
B a 6
R + r =
Considere o tetraedro regular ABCD da figura. Sendo M médio de BC, 3 a 6 a 6
2 ⇒ R = ,r =
H centro de ABC, N médio de AD, tem-se que DH é eixo de ABC, ou seja,
R2 = r 2 + a 3 4 12
DH é perpendicular a AM. Também, AM e DM são perpendiculares a BC,
logo BC é perpendicular ao plano AMD, de onde concluímos que BC e AD 3
são ortogonais [as arestas opostas em um tetraedro regular são reversas].
a 2 [metade de MN]
Tem-se os seguintes: ℜ=
2
2 a 3 a 3
AH = ⋅ =
3 2 3
3. Hexaedro regular (cubo)
2
a 3 a 6 O hexaedro regular, ou cubo, é o sólido formado por 6 faces quadradas,
Altura do tetraedro: AHD : DH = a2 −
3 = 3 de forma que é um caso especial de prisma quadrangular regular.
D
Em particular, é um ortoedro; logo, valem as ideias para calcular a diagonal,
o volume, a área da superfície, etc.
ℜ
r
D C a 3
OMS retângulo em O, SM = ,
2
D
A B a 6
OS · OM = SM · r ⇒ r = [esfera inscrita]
6
Considerando ABCD-EFGH cubo de aresta a, tem-se: A altura do octaedro regular é a distância entre duas faces triangulares
Volume: V = a3 paralelas entre si, que é o dobro do raio da esfera inscrita, logo:
Área da superfície: S = 6a2 a 6
Altura: =
h 2=
r
Diagonal: EC = a 3 [Pitágoras AEC] 3
D
O hexaedro regular admite um centro, que é o ponto médio das
diagonais. Ele é centro das esferas circunscrita, inscrita e medial do cubo.
Raio das esferas:
01 Considere um tetraedro regular e um plano que o intercepta. A única
a 3 [esfera circunscrita] alternativa correta é:
R=
2
a (A) a intersecção pode ser um quadrilátero.
r = [esfera inscrita]
2 (B) a interseção é sempre um triângulo.
(C) a interseção é sempre um triângulo equilátero.
a 2 (D) a intersecção nunca é um triângulo equilátero.
ℜ= [esfera medial]
2 (E) a intersecção nunca é um quadrilátero.
4. Octaedro regular Solução: Seja ABCD o tetraedro. Sejam M, N, P, Q os pontos médios de AB,
AC, CD, BD, respectivamente. É fácil ver que esses pontos são colineares.
O octaedro regular é o poliedro formado por 8 faces triangulares Isso ocorre porque MN e PQ são paralelas a BC (bases médias), logo são
regulares. Dessa forma, se S-ABCD-T é um octaedro regular, é possível paralelas entre si. Portanto, é possível a seção ser o quadrilátero MNPQ.
provar que S-ABCD e T-ABCD são pirâmides quadrangulares regulares, isto Por isso, o item A é verdadeiro. Além disso, pelos argumentos dados, os
é, ABCD é um quadrado, e a reta ST é perpendicular a ABCD pelo centro O. itens B, C, E são falsos.
Dessa maneira, todas as ideias de pirâmides podem ser usadas nas Agora veja que o item D é claramente falso, porque um plano poderia
deduções e resoluções de problemas sobre octaedro. intersectar o tetraedro nos pontos A, B e C, por exemplo.
S
OMS 02 A figura abaixo representa o brinquedo Piramix.
D
S
a 3
D C
N O a 2 2
M 2
A B r
O a M
2
T
Ele tem a forma de um tetraedro regular, com cada face dividida em
São quadrados: ABCD, ASCT, BSDT. Considerando que a aresta do 9 triângulos equiláteros congruentes.
octaedro mede a, então valem as seguintes: Se, a partir de cada vértice, for retirada uma pirâmide regular cuja aresta
1
Diagonais: AC = BD = ST = a 2 é da aresta do brinquedo, restará um novo sólido.
3
1 a 2 a3 2
Volume: V = 2 ⋅ a2 ⋅ = Qual é a razão entre o volume do Piramix e do tetradro regular inicial?
3 2 3
a2 3 Solução: Utilizaremos o seguinte lema: “Se dois sólidos são semelhantes,
Área da superfície: S = 8 ⋅ = 2 a2 3 então, a razão entre seus volumes é igual ao cubo da razão de semelhança”.
4
Para o caso de dois tetraedros regulares, é fácil entender o lema.
Observe que O é o centro das esferas circunscrita, medial, e inscrita Se a e b são os valores de suas arestas, seus volumes são dados por
relativas ao octaedro S-ABCD-T. Sendo M médio de BC, N médio de AD, 3
é útil tratar-se do plano SMTN, que possui as relações métricas dos raios a3 2 b3 2 . Daí, veja que Va a .
= Va = e Vb =
das esferas principais. 12 12 Vb b
(A) 16 3 cm.
(B) 12 6 cm.
(C) 13 6 cm.
(D) 8 3 cm.
D
B (E) 6 3 cm.
N
M 04 No tetraedro regular ABCD de aresta seja M ∈ BC tal que BM = x
C
a
(0 < x < ). Trace por M uma seção paralela às arestas AB e CD.
a
Solução: Todas as faces são triângulos equiláteros. Seja a a medida de a. Qual a forma da seção?
cada uma das arestas. b. Mostre que seu perímetro é constante.
Veja que AM e AN são alturas de triângulos equiláteros, logo c. Calcule sua área em função de x.
a 3. d. Para que valor de x a área é máxima?
= AN
AM =
2
a 05 (EN-1999) Um tetraedro regular ABCD de aresta medindo 12 cm é
Além disso, veja que MN é base média no triângulo BCD, logo MN = .
2 cortado por um plano que passa pelo vértice D e pelos pontos M e N
Para o cálculo do cosq (q = NMA), temos duas opções:
situados respectivamente sobre as arestas AB e AC. Se AM = AN = 1 AB,
3
1a opção: Utilizando a lei dos cossenos no triângulo AMN, temos que: o volume da pirâmide AMND é, em cm3, igual a:
2 2
a 3 a 3 a 2 a 3 a (A)
= + − 2 cosq 64 2 .
2 2 2 2 2 (B) 16 2 .
1 (C) 32.
que nos dá cosθ =
2 3 (D) 24.
2a opção: Como o triângulo é isósceles (AM = AN), é natural traçar a (E) 48 2 .
altura relativa a A. Essa altura também é mediana. Seja P, então, o ponto
médio de MN. O triângulo APM é retângulo em P, portanto, 06 Aumentando a aresta de um cubo de 3 metros, obtém-se um outro
a cubo cuja diagonal mede 15 metros. Calcule a área total do cubo primitivo.
MP 4 1
cos θ = ⇒ cos θ = =
AM a 3 2 3 07 (ITA-1987) Suponha que (I) é um cubo tal que a medida de sua diagonal
2 é a cm, e admita que (II) é um cubo cujo volume é o triplo do volume de (I).
Designando por x a medida da diagonal de (II), concluímos que:
04 Considere um octaedro regular de vértices ABCDST, tal que ABCD
é um quadrado. Sejam M, N e P os pontos médios das arestas AT , BS (A) x = a 2 cm.
e CS , respectivamente. Determine o ângulo MNP . ( )
(B) x = a 1 + 2 cm.
3
(C) x = a 2 cm.
Solução: Seja Q o ponto médio da aresta AS . Seja = pl(A,B,C,D).
(D) x = a3 3 cm.
a
Sabe-se que ST . Como MQ // ST , segue que MQ .
(E) x = 3 3 a cm.
^
a
^
a
Como NQ // (pois NQ // AB ), temos que MQ NQ (*).
a
^
Além disso, veja que NP NQ (**) (pois NP e NQ são paralelas a AB
08 Em um cubo de aresta 6, calcule a distância entre os pontos médios
^
e BC , respectivamente, que são perpendiculares).
de duas arestas reversas.
Por (*) e (**), usando o teorema das três perpendiculares, segue que
MN NP .
09 Uma formiga vive na superfície de um cubo de aresta x. Calcule o
^
Então, MNP = 90°. comprimento do menor caminho que ela deverá percorrer para ir de um
vértice ao vértice oposto a ele.
10 Em um cubo de aresta 1, calcule a área de uma seção que contém a 05 ABCD é um tetraedro regular de aresta 6. Considere M ∈ DA, N ∈ DB,
diagonal de uma face e faz 30° com esta face. P ∈ DC tais que DM = 2, DN = 4, DP = 3. As retas MN e MP encontram
o plano (ABC) em J e L. Calcule JL.
11 No cubo ABCD-EFGH, X e Y são pontos médios de AB e GH. Então o
polígono XCYE é: 06 No tetraedro ABCD de aresta a. M é médio de BC e H é o centro da
face ABC. Calcule a área da seção produzida pelo plano:
(A) reverso
(B) paralelogramo, mas não é losango nem retângulo a. mediador de HA;
(C) losango, mas não é quadrado b. mediador de HM.
(D) retângulo, mas não é quadrado
(E) quadrado 07 ABCD é um tetraedro qualquer. Prove que:
12 Em um cubo ABCD-EFGH, calcule o ângulo entre os planos: a. as retas que unem um vértice ao baricentro da face oposta concorrem
em umúnico ponto;
a. EBC e ABC. b. as retas que unem os pontos médios das arestas opostas passam
b. BDG e BCD. pelo mesmo ponto.
13 Calcule o ângulo do diedro de um octaedro regular. 08 Seja o cubo ABCDEFGH de aresta medindo 10 cm. A distância entre
os segmentos de reta BF e EC é:
14 Dado um octaedro regular J-ABCD-S de aresta , considere o plano
a
que contém a aresta AB e o ponto M médio da aresta JC. Calcule a área H G
da seção que o plano produz no sólido. (A) 5.
E F
(B) 5 2 .
15 (AFA-2001) O volume, em cm3, do octaedro regular inscrito numa
(C) 2 5 . C
esfera com volume 36π cm3 é:
(D) 5 3 .
A B
(A) 18.
(B) 36.
(C) 54. 09 Em um cubo ABCDEFGH de aresta 1, calcule a distância entre os
(D) 72. planos BDG e AFH.
16 Calcule o volume de um cubo cujos vértices são os centros das faces 10 Em um cubo de aresta a, calcule a área da seção produzida pelo plano
de um octaedro de aresta a. mediador de uma diagonal.
4 g 2 − a2 g 2 − 4 a2
(A) (C)
2 2 01 ABCD é um tetraedro regular de aresta 1. Calcule o volume do segmento
2 2
esférico de centro em D, cuja base está no plano ABC.
2
4g − a 2
g − 4a
(B) (D)
4 4 02 Em um cubo de aresta a, calcule a área de uma seção perpendicular
a uma diagonal e tangente à esfera inscrita.
03 Considere o poliedro arquimediano obtido por truncamento de um
tetraedro regular, que possui F3 = 4, F6 = 4, e com aresta medindo a. 03 Calcule o volume do maior tetraedro regular que cabe dentro de um
Calcule: cubo de aresta a.
04 Em um tetraedro regular ABCD de aresta a, calcule a área de uma 05 No cubo ABCDEFGH de aresta 4, calcule a área da seção que contém
seção que contém a aresta BC e o ponto médio da altura DH. os pontos médios das arestas AB e AD e o vértice G.