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Caderno de Artista em Ambiente Digital
Caderno de Artista em Ambiente Digital
1. Introdução
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Aluno do 4° ano do curso de Biblioteconomia, que desenvolve projeto de Iniciação Científica (FA PESP)
e participa do Grupo de Pesquisa Novas Tecnologias em Informação (GPNTI), e -mail:
fabio.robal@yahoo.com.br. Faculdade de Filosofia e Ciências, CEP: 17525 – 900 – Marília, São
Paulo/Brasil – UNESP – Universidade Estadual Paulista.
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Orientadora: Dra. Plácida Leopoldina Ventura A morim da Costa Santos, e-mail: placida@flash.tv.br.
Faculdade de Filosofia e Ciências, CEP: 17525 – 900 – Marília, São Paulo/Brasil – UNESP –
Universidade Estadual Paulista.
“Toda tecnologia cria novas tensões e necessidade nos seres que a criaram”
(MCLUHAN, 1964, p. 208). No entanto “[...] uma nova tecnologia provoca o
surgimento de uma nova linguagem, e esta afeta as condições de exerc ício do
pensamento.” (LUZ, 1993, p. 50).
Nesse sentido, destaque especial deve ser dado à publicação de
documentos imagéticos na rede Internet, que cresce desordenadamente, sem a pré-
determinação de critérios que orientem o entendimento e a compreensão do receptor, o
que leva ao apontamento da crescente utilização das linguagens visuais (símbolos,
desenhos, imagens, emotions), na substituição de conceitos e palavras por símbolos
imagéticos, o que pode gerar grandes diferenças na percepção e recepção das
informações, na decodificação e compreensão dos significados projetados pelo criador.
Essa reflexão recai sobre as idéias de Jorente (2009) quando diz que antagônica aos
livros com sua estrutura predominantemente textual, a nova mídia não impõe somente,
ou particularmente, as imagens aos seus interagentes, mas um fluxo informacional
composto, híbrido.
Dessa maneira os receptores dessas variadas formas informacionais
precisam de alfabetização visual para poder melhor extrair o significado nelas explicita.
Assim, a proposição desta pesquisa é fazer uma análise qualitativa do processo
criativo-artístico de imagens comparando o uso de ferramentas artesanais do fazer
pictórico com a criação e tratamento de imagens utilizando ferramentas tecnológicas,
tais como do programa de edição de imagem chamado „Photofiltre‟ disponível
gratuitamente na Web e que é utilizado para tratamento de imagens em meio digital.
Essa investigação é teórica, de nível descritivo e exploratório. Trata-se de
uma pesquisa bibliográfica. A pesquisa está se realizando com leitura, análise e
documentação dos documentos, nos idiomas: inglês, espanhol e português, na temática:
fundamentos semióticos para a contextualização do estudo do processo criativo de
imagens e sua inserção na world wide web. Nesse momento apresentam-se de modo
descritivo e exploratório os procedimentos iniciais utilizados para a criação de imagens
digitais, bem como o processo de construção do caderno do artista digital. A
metodologia utilizada nessa pesquisa segue um roteiro constituído de duas etapas, as
quais serão essenciais e de extrema importância para o alcance do objetivo final:
Caderno de artista em ambiente digital.
sendo produzidas cada vez mais com uso de equipamentos eletrônicos, seja por
máquinas fotográficas digitais, por aparelhos celulares de ultima geração ou até mesmo
por computadores portáteis com câmeras fotográficas embutidas.
Sobre a fotografia e sua atual condição Machado (2002) explica:
Não diferente disso está a produção de imagens de cunho artístico como, por
exemplo, as pinturas e ilustrações, feitas hoje não apenas por artistas como em épocas
anteriores, mas também por qualquer um que tenha certo conhecimento em softwares de
produção e tratamento de imagens. Pois com a disseminação do uso de computadores,
softwares especializados, canetas eletrônicas que substituem o pincel (mas com a
mesma função) e também da Internet, as imagens estão sendo produzidas
massivamente.
Muitos artistas se tornaram especialistas nessa modalidade de criação de
imagens, conhecidas como imagens infográficas. Como exemplo de pioneiros Couchot
(1993, p. 254) cita:
[...] que também começa muito cedo a trabalhar com o computador, mas
que utiliza microcomputadores pouco potentes, tira da baixa resolução da
imagem e de sua estrutura grosseiramente pixelizada, na qual a trama da
tela salta os olhos, efeitos de textura ótica que evocam as pesquisas pós-
impressionistas. Porett parte de imagens, mais freqüentemente de retratos,
que são em seguida numerizadas e tratadas (por reenquadramento, aumento
de tamanho, colagem, superposição, etc). As imagens, sobre as quais se
pode exercer, alias, uma certa interatividade indireta, são fixadas sobre
cópias impressas ou diapositivos.
NATUREZA DA IMAGEM
PRÉ FOTOGRÁFICA PÓS
Figurar o visível e o Registrar o visível Visualizar o
invisível modelizável
Figurar por imitação Capturar por Simular por
conexão variações de parâmetros
Imagem espelho Imagem documento Imagem matriz
PAPEL DO RECEPTOR
PRÉ FOTOGRÁFICA PÓS
Contemplação Observação Interação
Nostalgia Reconhecimento Imersão
Aura Identificação Navegação
3 SEMIÓTICA
teria havido buraco; porém, nele existe um buraco, quer tenha alguém ou
não a capacidade de atribuí-lo a um tiro. Um símbolo é um signo que
perderia o caráter que o torna um signo se não houvesse um interpretante.
Tal é o caso de qualquer elocução de discurso que significa aquilo que
significa apenas por força de compreender-se que possui essa significação.
(PEIRCE, 1990, p. 74)
São esses cadernos que vários tipos de artistas (pintores, escultores, músicos e
hoje os grafiteiros urbanos e os vários tipos de designers) utilizam como mais uma
ferramenta de fundamental importância a favor do ato criativo, servindo- lhes como um
arquivo de idéias pessoal, são como cadernos de desenho.
Pelo fato de serem portáteis e maleáveis (por sua forma tablóide e de papel)
esses cadernos são os fieis companheiros dos artistas criadores, e sempre estão presentes
na hora que surge uma idéia, ou uma inspiração, como o exemplo da Figura 1.
Figura 1: Arquitetura
Fonte: http://www.diariografico.com/htm/outrosautores/Cabral/pop3.htm
outras invenções modernas. Além do mais, suas idéias sobre o movimento antecedem
Newton.
Os esboços de Leonardo demonstram uma fascinação por movimento. Ele
desenha corrente de água e ar. Ele também desenha armas de guerra para os
especuladores das guerras. Na figura 6 temos o esboço de estudo de útero.
CONSIDERAÇÕES
Abstract: The society we live in is inserted in a system in which the changes brought
about by technological advances directly affect the social and cultural framework. The
study of semiotics is increasingly necessary for understanding and extracting
information contained in the exponential number of symbols, signs and images that
increasingly presents itself in our daily lives. Grounded in the semiotic foundations and
methodologies of librarianship for processing and information retrieval, has been to
study the creative process and aesthetic image and analyze its inclusion on the World
Wide Web creating specifications digital artist is the object study of this research. By
using the method and descriptive literature with the construction specifications artist in
the digital environment we seek to identify as a result of cognitive skills, technological
skills and the role of the librarian in the development, creation of effective digital
aesthetics and visual literacy.
Referências Bibliográficas
ARNHEIM, Rudolf. Intuição e intelecto na arte. Tradução de Jéferson Luiz. São Paulo:
Martins Fontes, 1989.
ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual. Buenos Aires: Ed. Eudeba, 1969.
AUMONT, J. A imagem. Campinas: Papirus, 1993.
COUCHOT, Edmund. Da representação à simulação. In: PARENTE, A. (Org.). Imagem
maquina: a era das tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
JORENTE, M. J. V. Tecnologías, Mídias, Criação e Hipertextualidade na
transformação da informação em conhecimento interativo. 244 f. Tese (Doutorado em
Ciência da informação) – Faculdade de Filosofia e Ciência, Universidade Estadual
Paulista, Marília, 2009.