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XI FATECLOG

OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA REAL NO UNIVERSO


VIRTUAL
FATEC JORNALISTA OMAIR FAGUNDES DE OLIVEIRA
BRAGANÇA PAULISTA/SP - BRASIL
23 E 24 DE OUTUBRO DE 2020

SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE ARMAZENAGEM E


DISTRIBUIÇÃO DE UMA REDE DE MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO
ÉDER BATISTA DA MATTA JÚNIOR (FATEC ZONA
LESTE) eder.matta@fatec.sp.gov.br
KAIQUE FERREIRA (FATEC ZONA LESTE)
kaique.santos20@fatec.sp.gov.br
MATHEUS NUNES DA SILVA LUCENA (FATEC
ZONA LESTE) matheus.lucena@fatec.sp.gov.br

RESUMO

Este trabalho tem como seu principal objetivo a utilização de técnicas de simulação, na
distribuição de armazenagem de uma empresa de construção civil que dispõe de três galpões na
região de São Paulo, com o objetivo de analisar a eficiência do processamento de pedidos e o
fluxo de materiais entre os centros de distribuição de materiais do estabelecimento.
O estudo busca trazer através da abordagem de técnicas de simulação do processo de
armazenagem da empresa estudada, uma alternativa de otimização do processo.

PALAVRAS-CHAVE: Simulação, armazenagem, fluxo de materiais

ABSTRACT

This work has as its main objective the use of simulation techniques, in the distribution of storage of a
civil construction company that has 3 warehouses in the region of São Paulo, with the objective of
analyzing the efficiency of storage and the flow of materials between the material distribution center
The study aims to bring through the approach of simulation techniques of the storage process of the
company studied an alternative of process optimization
.

Keywords: Simulation, Storage, Material Flow

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1. INTRODUÇÃO

Toda empresa tem como um grande desafio quando abre suas portas e da início as suas
atividades, o principal é ter suas operações logísticas funcionando de maneira assertiva e
correspondendo com as expectativas do cliente. E por mais que se faça um planejamento é
necessário que se acompanhe o funcionamento, haja planejamento e ações de melhoria para que
agregue cada vez mais ao negócio que traga vantagem competitiva.
A empresa que é objeto central desse estudo de caso é a EG Revestimentos, que tendo
em vista esse cenário promissor da construção civil no Brasil em 2009 inaugurou sua primeira
loja na região do Alphaville e depois a se expandiu para Granja Viana, Balneário Camboriú e
na região dos Jardins em São Paulo. O estudo fara a simulação da distribuição dos produtos
adquiridos pela empresa em seus armazéns para compor o estoque de materiais que serão
entregues para os clientes da loja, simulando o processo de estocagem de cada armazém e tempo
de preparo do pedido para que não exista gargalo.
Com o crescimento rápido das lojas a empresa viu seu estoque crescer de forma
acelerada e como primeira atitude houve a mudança do galpão de armazenagem para um espaço
maior, para que pudesse acomodar todo seu estoque, mesmo assim o estoque continuou
crescendo e com o aumento das vendas, para que não houvesse outra mudança, o que geraria
transtornos maiores este estudo busca apresentar e viabilizar uma solução para que a empresa
otimize seu estoque de maneira organizada e que seus funcionários possam trabalhar de forma
mais ágil e eficaz.

2. METODOLOGIA DE PESQUISA

Para Fonseca (2002), methodos significa organização, e logos, estudo sistemático,


pesquisa e investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma
pesquisa científica.
Portanto, a metodologia aplicada neste artigo, trata-se de uma pesquisa quantitativa e
qualitativa com referências bibliográficas sobre o conceito de simulação e características que
se nomeia uma fila, realizada com objetivo de esclarecer de forma teórica sobre o tema
proposto. Em seguida, foi estudado como o software Arena pode servir como ferramenta de
simulação a um sistema de caixa de supermercado, a fim de que, fosse possível realizar
alterações no programa, que permitirão simular melhorias, para que assim fossem propostas
mudanças significativas de cenário de forma que proporcione uma melhoria no processo.
Para a realização desta modelagem foi necessário realizar uma coleta de dados, onde foi
feita por meio de visitas técnicas a empresa EG Revestimentos para coleta de dados e
informações. Diante disso, foi possível adquirir uma amostragem de dados sobre o processo de
armazenagem e distribuição nos armazéns no estado de São Paulo, fazendo assim, a
possibilidade de executar a modelagem , Dado isso, pode ser identificado a necessidade de uma
mudança no cenário que possa melhorar o serviço de forma eficaz e de custo mínimo.

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3. OBJETIVO
A ênfase central deste estudo é a simulação como alternativa para otimizar o fluxo de
distribuição dos produtos adquiridos pela empresa em seus armazéns, compondo desta forma o
estoque de materiais que serão entregues para os clientes da loja, simulando o processo de
estocagem de cada armazém e tempo de preparo do pedido para que não exista gargalo.

4. A EMPRESA
A empresa EG Revestimentos é uma empresa do ramo de materiais de construção com
enfoque em materiais para acabamento como pisos e azulejos e louças para banheiros e metais,
e com vendas exclusivas da empresa Portinari nos produtos: pisos, azulejos, metais e banheiras.
Possui 3 lojas, nas regiões do Jardins, Granja Viana e Alphaville. Cada loja possui 7
vendedores e um gerente de vendas e no setor administrativo, mais 4 pessoas cuidando dos
serviços administrativos internos Em cada loja a equipe é constituída por 7 vendedores e um
gerente de vendas, no setor administrativo quatro funcionários cuidam dos aspectos
administrativos internos, a empresa dispõe também de um setor de logística com um gerente do
mesmo, um funcionário responsável pelo agendamento de entregas, um encarregado de
logística que é responsável pela montagem das rotas de entrega e pelo que é carregado em cada
caminhão.
O setor de logística possui 3 caminhões V.U.C para entregas e uma caminhonete para
pequenas quantidades e um auxiliar em caso de necessidade na equipe de entrega. Cada
caminhão tem um motorista e um ajudante, e por fim, há o galpão que conta com um auxiliar
de carregamento e um operador de empilhadeira.

5. EMBASAMENTO TEÓRICO

5.1 . ARMAZENAGEM

O conceito de armazenagem é constituído por um conjunto de funções de recepção,


descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos acabados ou
semi-acabados. Uma vez que este processo envolve mercadorias, só produz resultados quando
é realizada uma operação, nas existências de trânsito, com o objetivo de lhe acrescentar valor.
(Dias, 2005).
A gestão do armazém está relacionada com o processo de transferência de produtos para
os clientes finais, e têm em conta aspectos como o espaço, a mão de obra, e as condições do
armazém, e também um local onde se maximiza o espaço de armazenagem. Conforme Moura
(1998), O principal objetivo de um armazém é acondicionar e fornecer material na sua
quantidade certa, com sua integridade física intacta, no momento em que é solicitada a sua
entrega ao cliente. A administração do armazém exige total atenção, no recebimento de
materiais, na separação, conferência e estocagem, para que o mesmo seja repassado para a
expedição nas devidas condições rumo ao seu destino final.
Na visão de Christopher (1999), armazenagem refere-se à administração do espaço
necessário para manter estoques, envolve problemas como localização, dimensionamento de
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área, arranjo físico, recuperação de estoque, projeto de docas ou baías de atração e configuração
do armazém.

5.2. TEORIA DAS RESTRIÇÕES

A Teoria das Restrições é denominada de TOC (Theory of Constraints) teve início no


final da década de 70, quando o físico israelense, Eliyahu Moshe Goldratt, foi convidado para
auxiliar no gerenciamento de uma empresa, e percebeu que a deficiência inicial daquela
organização era a logística interna de produção e que seus métodos ali utilizados para gerenciá-
los não apresentavam nenhum sentido. Foi a partir desta análise que Goldratt elaborou seu
método de administração da produção e procurou disseminá-lo.
A TOC foi idealizada para auxiliar no desenvolvimento de gestão e está associada a
causa e efeito e na relação de interdependência de elementos de um sistema, onde cada elemento
deste sistema depende um do outro de alguma forma, e considera que qualquer sistema como
sendo limitado em atingir mais do que suas metas possui um número pequeno de restrições.
Segundo Goldratt (1997), define como restrição (constraint) de um sistema, qualquer
coisa que impeça o mesmo de melhorar o seu desempenho em relação à meta definida, ou seja,
é o fator que restringe a atuação do sistema como um todo. Este conceito também é conhecido
como “gargalo” (bottleneck).
Neste contexto restrição é qualquer fator que limita um sistema em conseguir maior
desempenho em relação a sua meta. Fazendo-se uma relação com uma corrente, restrição seria
o elo mais fraco. Diante disso, pode-se dizer que todo sistema possui pelo menos uma restrição
ou que toda corrente possui sempre um elo mais fraco.
A Teoria das Restrições é, portanto, uma ferramenta gerencial aplicada na identificação
e solução de problemas (gargalos; restrições) em processos de produção e que considera em
todo seu planejamento o cumprimento da principal meta das empresas: a geração sustentável
de lucro.
Tendo como base a importância da criação da TOC, para a sua aplicação é necessário se
atentar a cinco etapas para identificar e explorar ao máximo as restrições e minimizar os efeitos
indesejáveis, conforme pode ser visto na figura 1 a seguir:

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Figura 1: Etapas do processo de otimização contínua da TOC

Fonte: Marçal (2017)

Como pode ser observado na figura 1, o primeiro passo neste gerenciamento das
restrições é identificar a atividade da cadeia que limita a taxa de produtividade, ou seja, os
gargalos podem ser internos ou externos. Depois de identificados os gargalos deve-se explorar
o sistema no processo limitante da sua máxima capacidade de produção.
O terceiro passo é garantir que todo o processo esteja alinhado com a capacidade. O
quarto passo está associada a todas as iniciativas a desenvolver para melhorar o gargalo, e por
último é repetir o processo caso haja a necessidade de melhorar ou eliminar a restrição.
Portanto, sempre que uma restrição for eliminada e surgir uma nova restrição deverá
voltar no primeiro passo.

5.3 TEORIA DAS FILAS

Define-se como fila, uma fileira de pessoas que se colocam umas atrás das outras pela
ordem cronológica de chegada a um ponto qualquer de embarque, ou também, uma estrutura
de organização de dados, na qual estes são recuperados na mesma ordem em que foram
inseridos (FERREIRA, 2009).
De acordo com Bandeira e Rocha (2010) estudo das filas se iniciou no século XX por
meio de equipamentos de discagem feitos pelo engenheiro de telecomunicações dinamarquês
A. K. Erlang, de onde se originou os fundamentos da teoria moderna das filas. Antes da Segunda
Guerra Mundial, foram feitas muito poucas tentativas de implementação da Teoria de Filas para
solucionar problemas empresariais. Desde aquela época, a Teoria de Filas tem sido aplicada em
uma ampla faixa de problemas, inclusive para otimizar atendimentos das mais diversas áreas.
O estudo das filas foi iniciado com uma abordagem matemática em 1908. De acordo
com Ferreira (1998), os modelos de filas são motivados por situações em que o processo de
chegada a um serviço e/ou o processo de serviço são prováveis, o que resulta possivelmente em
uma fila de espera.
É possível imaginar inúmeras situações da vida real, no qual existe um fluxo de clientes
(pessoas ou materiais) em busca de um serviço como os caixas de supermercados. Nos sistemas
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de filas, sabe-se que os gargalos ocorrem largamente devido a diversidades no processo de


chegada e nos tempos de serviço.
Filas são uma forma de organização de pessoas/ou objetos onde se identifica a chegada
para que seja atendido. Este sistema de ordem, geralmente é utilizado em lugares que não existe
sistema de identificação de chegada automatizada (senhas). Este processo, mesmo sendo um
modo de organização, gera desconforto e impaciência nas pessoas, caso sejam demorados ou
mal organizados (MORABITO; LIMA, 2004).

5.4 MODELAGEM

A modelagem matemática é a área do conhecimento que estuda a simulação de sistemas


reais a fim de prever o comportamento dos mesmos, sendo empregada em diversos campos de
estudo, tais como física, química, biologia, economia e engenharias. Ou seja, modelagem
matemática consiste na arte (ou tentativa) de descrever matematicamente um fenômeno.
Segundo Bassanezi (2002): “Modelagem Matemática consiste na arte de transformar
problemas da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções
na linguagem do mundo real”.
Portanto, pode-se dizer que a modelagem matemática está diretamente relacionada com
a solução de problemas, usando uma situação real, modelo e matemática.

5.5 SIMULAÇÃO DE SISTEMAS

Segundo Paragon (2008) a simulação computacional de sistemas, ou apenas simulação,


consiste na utilização de certas técnicas matemáticas, empregadas em computadores, as quais
permitem imitar o funcionamento de praticamente qualquer tipo de operação ou processo do
mundo real, ou seja, é o estudo do comportamento de sistemas reais através do exercício de
modelos.
Diante disso, a simulação traz a praticidade de investigar o que ocorreria se houvesse
alteração na operação, sem que sofra qualquer dano, uma vez que os estudos são realizados
através da simulação computacional.
De acordo com Freitas (2008): O modelo de simulação uma vez criado pode ser utilizado
inúmeras vezes para avaliar projetos e propostas de melhorias; o tempo pode ser controlado,
comprimido ou expandido, permitindo reproduzir os fenômenos de maneira lenta ou acelerada,
para que possa melhor analisá-los; compreender melhor quais variáveis são importantes para
performance e como podem interagir entre si e com outros elementos do sistema; serve para
identificação dos gargalos (recurso crítico que determina a capacidade máxima de um sistema),
gerador de preocupação no gerenciamento operacional, tais como fluxos de matérias,
informações e de produtos, pode ser obtidos de forma facilitada.

5.6 LAYOUT NA ARMAZENAGEM

Segundo o autor Viana (1998), o layout é a organização de mão de obra, máquinas e


materiais; é a integração do fluxo típico de materiais, da operação dos equipamentos de
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movimentação, combinados com as características que conferem maior produtividade ao


elemento humano; isto para que a armazenagem de determinado produto se processe dentro do
padrão máximo de economia.
Layout pode ser definido como planejamento e integração dos meios que concorrem
para a produção obter a mais eficiência e econômica inter-relação entre máquinas, mão-de-obra
e movimentação de materiais dentro de um espaço disponível (MOURA, 2005).

6. DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA
O estudo de caso foi realizado na empresa anteriormente citada, em seu centro de
distribuição central no bairro de Granja Viana, onde possui uma área de pequeno porte e recebe
em média 200 pedidos por dia. A empresa contém disponíveis três armazéns disponíveis com
uma empilhadeira para processamento em cada local, com visitas realizadas no local pode-se
ser observado que nem sempre todos os estoques estão abertos, pois de acordo com o gerente
varia muito da demanda de pedidos durante o dia e só realiza a abertura do despacho se o
número de pedidos em fila começar a ficar maior que quatro, o que pode acarretar demora e
insatisfação.
Desta forma o estudo desenvolveu-se durante quatro dias, onde foi coletada uma amostra
dos tempos de 30 pedidos em horários diferentes, para que fosse possível analisar as variações
no tempo de permanência na fila de pedidos e se diante deste processo era necessária uma
mudança de cenário.
Por fim, houve uma coleta dos momentos de chegada de pedidos na empresa, conforme
pode ser visto na tabela 1 com chegada a partir da 9:00 hs.

Tabela 1 - Período de coleta de dados


Dias 15/05/2020 16/05/2020 20/05/2020 30/05/2020

Coletas 09 às 11:00h 10 às 12:00h 10 às 12:00h 13 às 15h

Fonte: Autores (2020)

Com base na coleta de dados dos períodos informados na tabela 1, pode-se realizar a
criação do cenário atual em três etapas: chegada do pedido, permanência, tempo de
atendimento, como pode ser visto na figura 2:

Figura 2 - Modelagem do estudo de caso

Fonte: Autores (2020)

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7. RESULTADOS
Com a análise dos dados e do processo realizado na armazenagem e no fluxoo de pedidos
do estudo de caso, pôde-se observar que o atendimento é realizado apenas com empilhadeiras
convencionais em cada armazém para separação dos pedidos.
Para a elaboração do cenário foi necessário distribuir expressões que demonstram a
realidade praticada no período da coleta.
Primeiro passo foi estabelecer a distribuição da expressão no processo de chegada dos pedidos
ao estabelecimento: 0.5 + 8 * BETA(1.13, 1.91) minutos, . No segundo foi realizada uma média
de quantos pedidos permanecem no sistema ou quantos saem para entrega, Já no terceiro passo
foi observado o tempo de processo do pedido no local usando os dados da tabela 2 para criação
da expressão: 0.5+8*BETA(1.35,1.76) minutos, , conforme pode ser visto a seguir
Tabela 2 - Tempo médio permanência em fila

Nº Tempo (min) Nº Tempo (min) Nº Tempo (min)

1 3 11 4 21 6

2 2 12 1 22 4

3 4 13 8 23 2

4 5 14 6 24 7

5 6 15 1 25 3

6 5 16 4 26 5

7 4 17 1 27 6

8 2 18 5 28 4

9 5 19 7 29 3

10 2 20 3 30 1

Fonte: Autores (2020)


Por fim, a distribuição mais adequada para o tempo de processamento pelas
empilhadeiras foi a distribuição exponencial de: 5+EXPO (2.68) minutos, com p-value: 0.334.
Em todos os dados expostos foi feita a replicação do modelo por cinco vezes com duração de
oito horas dentro de um período de vinte quatro horas, com tempo base em horas. Identificou-
se no relatório de utilização o tempo que para cada empilhadeira atender os clientes no caixa
convencional, como é possível observar na figura 3:
Figura 3 - Relatório de Utilização

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Fonte: Autores (2020)

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos dados coletados, a base de resultados obtidos no software Arena foi possível
aproximar-se da realidade do funcionamento do sistema de processamento de pedidos nos
armazéns pela empilhadeira, fazendo-se possível simular algumas propostas que melhor
atendam a necessidade da empresa e que possam trazer uma mudança significativa na qualidade
do atendimento.
Após a simulação do sistema, verificou-se que dos três armazéns que o estabelecimento
possui, é necessário apenas uma reestruturação na escala de serviço, não havendo a necessidade
de novas contratações ou compra de mais maquinário, pois além das duas empilhadeiras, existe
um terceiro em Granja Viana que permanece ocioso sendo utilizado apenas quando ocorre um
aumento significativo na demanda
O presente trabalho demonstrou a importância significativa da aplicação da simulação,
como ferramenta de análise para possíveis mudanças de cenários, proporcionando o
conhecimento das variáveis causadoras de problemas e possíveis soluções nas tomadas de
decisões.
Como sugestão, indica-se a redução no tempo de atendimento aplicando transferência
da demanda de pedidos ao terceiro armazém de forma permanente e o desenvolvimento de
treinamentos periodicamente para os funcionários obterem maior agilidade no desempenho das
funções. A mudança na demanda no armazém de Granja Viana, mesmo tendo pouca variação
pode influenciar positivamente no rendimento desta empresa, justamente por ela não ser de
grande porte.

9. REFERÊNCIAL TEORICO
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais, distribuição
física. São Paulo: Atlas, 2008.
ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS Mariana Gonçalves Luccas. Janete de Fátima
Peracini Feliciano da Silva, Keila Maria Ramazotti Marques
CHIRTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo:
Cengage Learing, 2011.
MOURA, Reinaldo A. Sistemas e Técnicas de Movimentação e Armazenagem de Materiais. 6.
Ed.rev. São Paulo: Instituto IMAM, 2008. v.1.
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio.Gestão Estrategica da Armazenagem. 2 edição,
aduaneiras, 2015.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São
Paulo, SP: Cortez, 2007.

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VIANA, João José. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas,
1998.
DIAS, João Carlos Quaresma - Logística Global e Macrologística. Lisboa: Edições Sílabo. 2005
BANDEIRA, Clara Regina Pereira Pinto; ROCHA, Sandra Patrícia Bezerra. Otimização de
Atendimento Bancário: Estudo de Caso em uma Agência Bancária em Aracaju-SE. Disponível
em:<http://www.abepro.org.br/sessao_tematica.asp?cod_sessao=102>. Acesso em: 15 Fev
2020.
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia.
São Paulo: Contexto, 2002.
BRONSON, R. Pesquisa operacional. Tradução Bernardo Severo da Silva Filho, Othon
Guilherme Pinto Bravo. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1985. 318 p. 8.
FERREIRA, J.O. Simulação de filas gi/g/m e verificação de aproximações destas por filas
ph/ph/m. Dissertação de Mestrado em Computação Aplicada, orientada pela Dr. Sólon
Venâncio de Carvalho, aprovada em agosto de 1998.
FERREIRA,MINI AURÉLIO. O dicionário da língua portuguesa. ABH Ferreira Positivo.
Curitiba, 2008.
FREITAS FILHO, P. J. de. Introdução à modelagem e simulação de sistemas: Com aplicações
em Arena. Florianópolis: Visual Books, 2008.
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MARÇAL, Henrique. Teoria das Restrições. Disponível em:
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MORABITO, R.; LIMA, F. C. R. Um Modelo Para Analisar O Problema De Filas Em Caixas
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Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-
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PARAGON. Arena. 2008. Disponível em: <http://www.paragon.com.br/academico/o-que-e-
simulacao/>. Acesso em 14 fev. 2020

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