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ante} sito solad nunca menos de dez por cento, ¢ os Estados, 0 Distrito Os nunca menos de vinte por cento da renda resultante dos impostos na manutengio e desenvolvimento do ensino”. Sabe-se que esses recur sos niio ram suficientes para efetivar o dirieto & educagio assinalado nos disposi- tivos constitucionais. Todavia, a estipulagao, em lei, da obrigatoriedade do poder piiblico de reservar, para esse fim, um minimo de recursos, jé revelava, da parte dele, um certo grau de preocupagao em estabelecer condigdes minimas para que fosse assegurado aquele direito, A Constituigdo de 1946 é, pois, um documento de inspiracao ideol6gica liberal- democratica. O seu liberalismo, todavia, difere da filosofia liberal inspiradora da politica econémica européig dos séculos XVIII e XIX, aquela do laissez:faire ¢ laissez passer. tio cara aos propugnadores da total liberdade de empresa e, parti cularmente, da livre iniciativa em matéria de educagio. Os principios liberais da Carta’de 1946, que asseguravam direitos garantias dividuais inaliendveis, estavam visivelmente impregnados do espirito democré- tico tao proprio das reivindicagdes sociais do século em que vivemos. Foi assim, pois, que, ao aliar garantias, direitos e liberdade individuais, com intervengao do Estado para assegurar essas garantias, direito e liberdade a todos, a Constituiclo de 1946 fugiu & inspiragao da doutrina econémica liberal dos séculos anteriores para inspirar-se nas doutrinas sociais do século XX. Nisso ela se distanciava tam- bbém da ideologia liberal-aristocrética esposada pelas nossas elites, no antigo regime, Foi, pois, baseado na doutrina elaborada pela Carta de 1946, que 0 entdo Mi: nistro da Educacdo, Clemente Mariani, constituiu uma comissdo de educadores com o fim de estudar e propor um projeto de reforma geral da educagio nacional Em 1948, esse projeto dava entrada na Camara Federal, seguido de mensagem pre- sidencial, Comeca, entio, um dos periodos mais fecundos da luta ideoldgica em torno dos problemas da educa¢ao, luta iniciada no final da década de 1920, como jé tivemos ocasiao de demonstrar anteriormente. 4.7.2. 0 reinicio das lutas ideolégicas em torno da organizaciio do sistema ‘educacional: as polémicas suscitadas pelo projeto das Diretrizes Bases ‘A comissio encarregada de realizar estudos e propor um anteprojeto para as diretrizes e bases da educacio foi presidida pelo Prof. Lourenco Filho. Para os tra- palhos preliminares, foram organizadas trés subcomissbes:, uma do Ensino Pri- mario, outra do Ensino Médio ¢ outra do Ensino Superior. Elaborado o anteprojeto, este foi encaminhado & Camara Federal, em novem- bro de 1948. Comegou entdo, como jé assinalamos, uma longa luta cheia de mar- chase contramarchas, que iriam resultar na Lei 4.024, votada apenas em dezembro Ge 1961, isto é, 13 anos depois. Jamais, na histéria da educaclo brasileira, um pro- jeto de lei foi tio debatido € sofreu tantos reveses, quanto este. Os resultados vixdem ser classificados em duas ordens: os relacionados com 0 produto final obi setcoma promulgacdo da lei 0s quais, a nosso ver, foram negatjvos para a evolucio {R Sistema educacional brasileiro, ¢ 0s relacionados com a prépria luta, em si mes: tna, aque antecedeu a promulgacao da lei, Estes resultados, sim, foram altamente positivos, pois revelaram, entre outros aspectos, da parte dos educadores da velha 171 hnados pelos da nova geragio, uma disposigto firme Federal. Acontecia que o deputado Capa da Edveagao do Estado Novo autor de do novo regime, fasto, que dominos es rn gm ede ¢ do espirito da legislagac ed posto pela carta de 10 de se Depo Caras Laer. jeto piv, 10 primeio period caractriu-se po de Estado para conel ‘ Fnanceira das Universidades a organizagto do ensino profissional dos virlos ramos também, clasticidade efleibilidade a ensino médio, at ent m a €po 0 repos, subsftuido, na ordem do io pelo deputad epee mais carregado d Pol sapresentada urn SeBtndg teva le conse guia ui dat ung mportantes intima ‘na dependéncia ireta dos outros ern coat sahialsdo oa voce ge gtnev de edicasi0™ dos fos. Ne verdadenne Ee cnpoatves ua stan cores & Rola ros artigos e«conclusto, 0 ent prepostes, come num sofisma, dicagdo de recursos que se fazia em favor desta ao Estado ra privada antes mesmo que ao ensino ficial Estado conseguir esses sm com os aplicaria na expansio da rede de tensive oficial fim de atender is nocessidades do pats. Os artigos 70,71, € 79 jovem dar bem uma dimensio de tamanho despautrio: pestis ar oa atc Le HT Coin Reel Edie «3 re se mudou tanto 0 rumo aroma de disci dest seuss inact € 0 qual fe vm punhado de educador ro esses estan te veemente de todos. Fernando AY a ra ton, Fernando Henrie Cardoso, Laer Ramos Maio de Bates, Wilson Cant ( componcates Sess grupo aD evade Cimara peo Deputado Celso B antpreeto primi. ‘Avista iso, reso tides, nomear uma subeom mendas apresentadas & ida pelos Deputados Aderbal ese mut al en reise ober mais, se pos -conservadoras contra a aio do Est 2 ‘da Repiiblica, coun ieh com pridade oda edacaso. em seu artigo 167. assim enunciad, 1d pelos poderes pablicosc & tives rulers” A iniciativa privada, ting in a Carta Magna. Nada havia a temer nese sen, QUADRON.” 52 EVOLUGAO DA MATRICULA NO ENSINO MEDIO eso eae me | = ea @ oi = 2S | ee = Be | 1S 2 Be [as & aa be Goes Gator Rincs Een 6 Fhe Mac Wee commis pe fe comercais em ints? Além dos interessespurament peepee essas crtentes, ou Sea, 0 Iarejcontava coma Mas, o que era realmente essencial em tudo isso era ofato de a Igreja sempre ompromeda, pelo menos aé Bem poss com uma ordem anda mum orgaizagio dual de caractersticas aise conservadoras, as mesmas forgas que Representa as forgas . . ade de participacio minar pela base, 0 5 s Eta por isso que estas temiam a democratizagio do ens. faremos falar depos fam um segundo Mani do Azevedo © assinad por is © estudantes, Desta ve, todavia, 0 Governo™, sem abandonar sua linha de pensamene tivamente assepurilaa todos, Fm 20 de dezembro de 1961, 0 ‘nia, no entanto, fazer prvalecer ave pela urgéncia da sologio de problemas complewos de ‘ados coma distncia que se aria sen necessdades do desemvalvimento, jucagioeriadose apron havia muito, enteo sistema escola ea ATA. A Le 4.024, de 20 de derembro de 1961 As posigbes tomas, em faced promulgagio da desde otimismoexagerado de alguns, que tachara ate de art Passands pela atitude de reserva de outton do pessimismo extremada dos que se bateratn cone el ‘Uma coisa, porém,€ erta: nenhuma lei é capa por sis, de operartansfor- magies profundas, por mais avangada gue seja, nem tampouco de pears oh ‘easel vadas a feito, paralelamente a outros stores da vida sil, ¢, 0 que & inoportante, sua eficiria decore de sua itegragioe de suas relates om toda levou-es, geralmente a interpreta a lei mais segundo os mecanismon do espn jurisdicista do que segundo oso \sconexses da ei com contextogeral, assim como sua dependénca em rela 90a todos esses fore, funcionam como uma facade dois gumes. Se, em alguns ‘2505, impedem que ela funcione no sentido de promover a mudanga, em outros, 19 _ ari cede egw ee ‘os fins genéricos da educagi dade, emb ve + — Actua escape aie Se Rerdade st a cbrigatriedade colar 3 raicamente -anulada pelo paragrafo tinico do artigo 30, que ficou assim redigido: Que pode sr julgado como um caso tum contingente superior &populasio dra de um estado de pobre 4 anos, com chance de set acre ie ‘médio,subdividid em dos ccos g ‘ambos por sua ver compreendendo'o cosine no. Em ver de criar possibilidade de escola, © Conselho acabou pro ia fungoes que 3€ sepeinava de ser um Grgio de assessoramento, ‘submetido a angie 86 comprcensel de inantes €9 an " i rercam soe os repress 47-4, Eapectae rvaltadon ststo do esas algun anes depaa Analsando o problema da educacio popular no io problems da educaco popula no Bra ‘agio para mobilizaro elemento humana © thls precisam da edueagio Va muito a sua compreensio da educaslo, como um tr de desenovimena como requ bis pra iain dope Ge se, ecaio nb pode sr considera como a condi ic lade desses dc = Se ‘dependem em grau cress «das operagbes elementares, mas porgue xb com o do desta icnicas cada pessoa consegue colocar-se em posigio mai fagdes completamente marg a gor setores modernos da econ ads fetiva da educasio nesses selores res uamente dependenes: ds oportunidades educacionas, vate is oprtunidades como 0 nico cami smo para instalasneles a vontade do progr’ Bes, para que se desenvalva¢ s0 qUe 0S autores ¢ os propugnadore oe eee Diretrzes © Bases io itumente que estavam merc eg com comes prea manent de uma si 8 para alvar na realdade educaconal e ade envalienento ade fever de 1982, er insalao © Conseto Federal de Eda. ment as deve ines fe jo seguint eon cacoaridadeestendeu-se a * elo Com vistas apenas ao aspect da extensio da excl no fol quase um Exit. Nio 0 plano fog oo ve problema a, além de nio conseguir estender se vd reprova em massa, ocore entdo indagar se el gio das verbas consignadas & educagdo, 20 gio. Se ami Imes para esa een alingepertence 3s eamadss menos o oes camadas as colocam em lars, fossem essas bolas conver de manuteng alimen Plano Nacions lie Scguiram resolver problema da demoertzasindrong: 4.8, A LEGISLAGAO ESCOLAR E SUAS fi TARE SUAS RELACDES CoM 0 CONTEXTO 30, um passoadiante no sen ‘escentralizagio; porém, como ji ngeréncias da lta idooigic © repre jscomo o ds autonomia do Estado para ibugio de recursos para a educagio, uma ro

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