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ABNT-Associagao Brasileira de Normas Técnicas Too (021) 34388 ABNT BF Noraiarcenica noviee7_ | NBR 10126 Cotagem em desenho técnico Procedimento Origem: Projeto 04:005.04-005/1986 CB-04 - Comité Brasileiro de Maquinas e Equipamentos Mecénicos CE-04:005.02 - Comissao de Estudo de Desenho Técnico Geral NBR 10126 - Technical drawing - Dimensioning IRBNT-Ascocaea Brasora Palavras-chave: Cotagem. Desenho Descriptors: Dimensioning. Drawing Esta Norma fol baseada na ISO/OIS 129 Incorpora ERRATA n° 1, de JUL 1990 e ERRATA n° 2, de JUL 1998 SUMARIO. 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definicoes 4 Metoda de execugao 5 Disposigao e apresentagao da cotagem 6 Indicagses especiais ivo 1 Obj Esta Norma fixa os principios gerais de cotagem a serem aplicados em todos 0s desenhos técnicos. Notas: a) Quando necessério, devam sor consultadas outras normas Wenicas de reas especifeas, by) As figuras do texto 380 apresentadas na forma mais simples; serve apenas como exempos. 2 Documentos complementares Na aplicago desta Norma ¢ necessério consultar: NBR 8402 - Execugdo de caracteres para escrita em ‘dasenhos técnicos - Procedimento NBR 8403 - Aplicagao de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas - Procedimento NBR 10067 - Principios gerais de representacéo em ddesenho técnico - Vistas ¢ cortes - Procedimento FL 3Definicoes Para os efeitos desta Norma so adotadas as defnigves 3.1632. 3:4 Cotagem Representagio gréfica no desenho da caracteristica do elemento, através de linhas, simbolos, nolas e valor numé- rico numa unidade de medida, 2.4.4 Funcional Essencial para a fungao do objeto ou local (ver Figura 1) 3.1.2 Nao funcional Nao essencial para funcionamento do objeto (ver NF na Figura 1) 3.1.3 Auxiiar Dada somente para informagao. A cotagem auxiliar ndo influ nas operagSes de produgdo ou de inspecao; é deri- vada de outros valores apresentados no desenho ou em documentos e nela nao se aplica tolerancia (ver AUX na Figura 1), 3.1.4 Elemento Uma das partes caracteristicas de um objeto, tal como ‘uma superficie plana, uma superficie clindrica, um es salto, um filete de rosca, uma ranfura, um cantor ete. NBR 10126/1987 Figura 3.1.5 Produto acabado Objeto completamente pronto para montagem ou servigo, ssendo uma configuraeao executada conforme desenho. Um produto acabado pode também ser uma etapa pronta para posterior processamento (por exemplo: um produto fundido ou forjado). 3.2 Aplicacao A aplicagao das cotas deve ser conforme especiicade do3.21a3.27. 3.2.1 Toda cotagem necesséria para descrever uma pega ‘ou componente, clara e completamente, deve ser repre- sentada diretamente no desenho. 3.2.2 A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento, 3.2.3 Desenhos de detalhes devem usara mesma unidade {por exemplo, mlimetro) para todas as cotas sem o empre- {g0 do simbolo. Se for necessaro, para evitar mau enten- dimento, 0 simbolo da unidade predominante para um determinado desenho deve ser incluido na legenda. Onde outras unidades devem ser empregadas como parte na ‘especificagao do desenho (por exemplo, N.m. para torque ‘ou KPA para presséo), 0 simbolo da unidade apropriada dave ser indicado com o valor. 3.2.4 Cotar somente 0 nacessario para descrever 0 objeto ‘ou produto acabado. Nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definide por mais de uma cota. Excegées podem ser feitas: 4) onde for necessério a cotagem de um estagio in- termediario da produgéo (por exemplo: o tamanho do elemento antes da cementagzio e acabamento); b)onde a adigéo de uma cota auxiiar for vantajosa, 3.25 N&o especificar os processos de fabricagao ou os :métodos de inspegao, exceto quando forem indispensé- veis para assegurar o bom funcionamento ou intercambia- bilidade, 3.26 A cotagem funcional deve ser escrita diretamente ‘no desenho (ver Figura 2) ‘Ocasionalmente a cotagem funcional escrita indireta- mente ¢ justificada ou necessaria. A Figura 3 mostra 0 feito da cotagem funcional escrita indiretamente, acei- ‘ave, mantendo os requisites dimensionais estabelecidos nna Figura 2. 2.27 A cotagem nao funcional deve ser localizada de for- ma mais canveniente para a produgao e inspecao. Figura 2 2540005, 4020.06 15400, 40t0.08 Figura 3 NBR 10126/1987 4 Método de execugao 4.1 Elementos de cotagem Incluem a linha auxiliar, ha de cota (NBR 8403) limite da linha de cota e a cota, Os varios elementos da cotagem so mastrados nas Figuras 4.65. 42 Linhas auniliares e cotas ‘Sao desenhadas como linhas estreitas continuas, confor- me NBR 8403, mostrado nas Figuras 4 € 5. 42.1 Linha aunxliar deve ser prolongada ligeiramente além dda respectiva linha de cota (ver Figuras 4 e 5), Um pequeno espago deve ser deixado entre alinha de contomno e linha auxilar. 422 Linhas auxiliares devem ser perpendiculares a0 elemento dimensionado, entretanto se necessario, pode ser desenhaco obliquamente a este, (aproximadamente 60°), porém paralelas entre si (ver Figura 6). 422 A construgio da interseogao de linhas auxiliares dave ser feita com o protongamento desta além do ponto de interseccéo (ver Figura 7). 424 Linhas auxilares e cota, sempre que possivel, no devem cruzar com outras linhas (ver Figura 8). Linha ouxilior 2 he Figura 4-a) Limite da linha de cota Linha auxitior Cota Figura 4-b) igura4 ‘Linho auxitior Limites da linha de cota Ctrago oblique) Figuras, Figura6 FL3- NBR 10126/1987 Lt, Figura Figura 8 4.25 A linha de cota néo deve ser interrompida, mesmo que 0 elemento 0 saja (ver Figura 9) ——— Figura 42.6 O cruzamento das linhas de cota e ausiliares dever ser evitados, porém, se isso ocorrer, as linhas nao devern ser interrompidas no ponto de cruzamento. 42.7 A linha de centro e a linha de contorno, nfo devem ser usadas como linha de cota, porém, podem ser usadas como linha auxiliar (ver Figura 10). A linha de centro, quando usada como linha auxiiar, deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do abjeto. Figura 10 4.3 Limite da linha de cota A indicagao dos limites da linha de cota é feita por melo de setas ou tracos obliques. 4.2.4 As indicagSes séo especificadas como segue’ )a seta 6 desenhada com linhas curtas formando ngulos de 15°. A seta pode ser aberia, ou fechada preenchiida (ver Figura 11); bo trago obliquo desenhado com uma linha curta einclinado @ 45° (ver Figura 12) nd Figura 11 = Figura 12 4.32 A indicagao dos limites da linha de cota deve ter 0 ‘mesmo tamanho num mesmo dasenho. 43.3 Somente uma forma da indicagéio dos limites da li- nha de cota deve ser usada num mesmo desenho. Entre- tanto, quando 0 espago for mita pequeno, autra forma de Indicagao de limites pode ser utlizada (ver Figura 24) 43.4 Quandohouver espago disponivel, as setas de limita- ‘940 da linha de cota deve ser apresentadas entre os li- mites da linha de cota (ver Figura 13). Quando 0 espago {or limitado as satas de limitagao da linha de cota, podem ‘ser apresentadas externamente no prolongamento da li- nha de cota, desenhado com esta finalidade (ver Figu- a 14) 43.5 Somente uma seta de limitagao da linha de cota 6 utiizada na cotagem de raio (ver Figura 15). Pode ser dentro ou fora do contorno, (ou linha auxiliar) dependendo do elemento apresentado. FLA NBR 10126/1987 5 E-J, £447 Figura 13 Figura 14 Figura 15 4.4 Apresentagao da cotagem 4.4.1 As cotas devem ser apresentadas em desenho em, caracteres com tamanho suficiente para garantir completa e legibilidade, tanto no original como nas reprodugées efe- Se ‘tuadas no microfimes (conforme NBR 8402). As cotas devem ser localizadas de tal modo que elas nao sejam 20 20 cortadas ou separadas por qualquer outra linha. 2 4.42 Existem dois métodos de cotagem mas somente um _o dele dove sruiizado num mesmo deserho gq & 2a} método 1 = 8 colas devem ser localzedas acima e parale- Figurat7 lamente&s suas linhas de cotase preferivelmente no centro (ver Figura 16). Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nes Figuras 18 6 19 70. 3 Sg Figura 16 Excecdo pode ser feita onde a cotagem sobre- posta ¢ utlizada (ver Figura 34), As cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base elou lado dirello do desenho. Cotas em l- rnhas de cotas inclinadas devem ser seguidas ‘como mostra a Figura 17. Figura 18 FL5- NBR 10126/1987 Figura 19 b) Método 2 + as cotas devem ser lidas da base da folha de pa- pel. As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferiveimente no meio, para inscricao da cota (ver Figuras 20 @ 21), Peel Lo }—@_ 75s +] p—r 2 Jt Figura 21 Na cotagem angular podem ser seguidas uma {das formas apresentadas nas Figuras 19 @ 22. 44.3 A localizagao das cotas freqlientemente necesita ser adaptada as varias situagbes. Portanto, por exemplo, as ootas podem estar: 4) no centro submetido da linha de cota, quando a pega € desenhada em meia pega (ver Figura 23). 310 9250 #400 Figura 23, b) sobre o prolongamento da linha de cota, quando ‘© espace for imitado (ver Figura 24) qi Ls e | 2s |. 8,5 Figura 24 ¢) sobre 0 prolongamento horizontal da linha de cota, quando 0 espago nao permit localizacso com interrupgao da linha de cota néo horizontal (ver Figura 25). ey (fra Figura 25 FLB- NBR 10126/1987 44.4 Cotas fora de escala (exceto onde a linha de inter- rupee for utilizada) deve ser sublinhada com linha reta com a mesma largura da linha do algarismo (ver Figu: ra 26), 4.45 Os simbolos seguintes so usados com cotas para mostrar a identficago das formas e melhorar a interpreta a0 de desenho. Os simbolos de didmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indi- cada. Os simbolos deve preceder a cota (ver Figu- Se ras27 431) ¢:Diametro ESE: Diametto esterico Figura 26 1 Quacrado 9 9 g g g y Figura27 Figura2e Figura 20 est 50, Figura 20 Figura3t 5 Disposicaoe apresentagao da cotagem 5.1 Disposic¢ao {A disposigao da cota no desenho deve indicar claramente 2 finalidade do uso. Geralmente é resultado da combina- io de varias fnalidades. 5.2 Cotagemem cadeia Deve ser utlizada somente quando 0 possivel aciimulo de tolerancias néo comprometer a necessidade funcional das partes. (Figura 32). 20 _| | 2 Figura 32 FLT. 5.3 Cotagem por elemento de referéncia 5.3.1 Este método de cotagem é usado onde 0 ndmero de cotas da mesma diregao se relacionar a um elemento de referéncia. Cotagem por elemento de referéncia pode ser executada ‘como cotagem em paralelo ou cotagem aditva, 5.3.4.1 Cotagem em paralelo é @ localizagéo de varias co- tas simples paraielas uma as outras e espacadas suficien- temente para escrever a cota (ver Figuras 33 ¢ 34), 5.2.4.2 Cotagem aditiva é uma simpliicagéo da cotagem em paralelo e pode ser utlizada onde ha limitagao de es- pago e nao haja problema de interpretacao. A origem ¢ localizada num elemento de referencia e as cotas séo localizadas na extremidade da linha auxiliar (ver Figura 34), 5.2 Cotagem aditiva em duas diregSes pode ser utlizada quando for vantajoso. Neste caso, a origem deve ser como mostra a Figura 35. 8 NBR 10126/1987 NBR 10126/1987 53.3 Quando os elementos estiverem préximos, quebra- ‘mos as linhas auxiliares para permit a inscrigdo da cota ‘no lugar apropriado, como mostra a Figura 36. 5.4 Cotagem por coordenadas 5.4.1 Pode ser mais pratico reduzir-se a Tabela, como mostra a Figura 37 do que a Figura 35. 5.42 Coordenadas para pontos de interseogdo em malhas nos desenhos de localizagdo so indicadas como mostra a Figura 38. 5.43 Coordenadas para pontos arbitrarios sem a malha, devem aparecer adjacentes a cada ponto (ver Figura 39) ounna forma de tabela (ver Figura 40), 5.5 Cotagem combinada Cotagem simples, cotagem aditiva e cotarem por elemen- to comum podem ser combinadas no desenno (ver Figu- ras 41.6 42) 6 Indicagées especiais 6.4 Cordas, arcos, angulos e raios 6.1.1 As colas de cordas, arcos e angullos, devem ser co- mo mostraa Figura 43. 6.1.2 Quando 0 centro do arco cair fora dos limites do es- ppago disponivel, a linha de cota do raio deve ser quebrada ou interrompida, conforme a necessidade de localizar ou ‘do o centro do arco (ver Figura 15), 6.1.3 Quando o tamanho do raio for definido por outras Cotas, ole deve ser indicado pela linha de cota do raio com o simbolo R sem cota (ver Figura 44), 6.2 Elementos equidistantes 6.24 Onde os elementos equidistantes ou elementos uni- formemente distribuidos sao parte da especificagao do desenho a cotagem pode ser simplificada. 6.2.2 Espagamento linear pode ser cotado como mostra a Figura 45. Se houver alguma possibilidade de confus: entre 0 comprimento do espago e o niimero de espaga- Imentos, um espago deve ser cotado como mostra a Figu- ra 46. 6.2.3 Espagamentos angulares de furos @ outros elemen- tos podem ser cotados como mostra a Figura 47. Espaca- ‘mentos dos angulos podem ser omitidos se nao causarem davidas ou confusao (ver Figura 48). 6.2.4 Espagamentos circulares podem ser cotados indiro- tamente, dando 0 nimero de elementos, como mostra a Figura 49, 88 25 Figura 36 7 [20 [a0 | 55 2] 20 | 35 eo] ao] 0 | «0 | 135 700 | 90 | 28 Figura 37 Fis. 40 NBR 10126/1987 Yoo x=70 Figura 38 ¥=80 3 x 4 7 [1 [2 2 | | «0 » [2 | fe ee f Figura 39 Figura 40 ° 2 50 9 10 Figura 41 Figura 42 400 ia 42° Figura 43 Figura 44 FLI0- NBR 10126/1987 1 OOOO 00 15 | 5x16 (90) Figura 45 12 6.3 Elementos repetidos ‘Se for possivel definir a quantidade de elementos de mes- ‘mo tamanho assim, evitar de repetir a mesma cota, eles podem ser cotadas como mostram as Figuras 50 @ 51 6.4 Chanfros © escareados 6.44 Chanfros devem ser cotados como mostra a Figu: +a52. Nos chanfros de 45° a cotagem pode ser simpliica- dda, como mastram as Figuras 53 @ 54 6.42 Escareados sao cotados contorme mostra a Figu: ra55, 6.5 Outras indicagées 6.5.1 Para evitar a repeti¢ao da mesma cota ou evitar cha- 'madas longas, podem ser utlizadas letras de referéncias, ‘em conjunto com uma legenda ou nota (ver Figura 56). 6.52 Em abjetos simétricos representados em meio corte (ver Figura 57-a)) ou moia vista (ver Figura 57-b)) (vor NBR 10126/1987 NBR 10067), a linha de cota deve cruzar e se estender ligeiramente além do eixo de simetria. 6.5.3 Nomalmente nao se cota em conjunto, porém, quan do for cotado, o grupo de cotas especifico para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possivel, separados (ver Figura 58). 65.4 Algumas vezes, @ necessario cotar uma area ou ‘comprimento limitado de uma superficie, para indicar uma situagao especial Neste caso, a drea ou o comprimento e sua localizacao, ‘so indicados por meio de linha, raco e ponto larga, dese- nhada adjacente e paralela a face correspondente. Quando esta exigéncia especial se referir a um elemento de revolugao, a indicagao deve ser mostrada somente num lado (ver Figura 59), Quando a localizagao e a extensio da exigéncia especial necessitar de identificacao, deve-se cotar aproximada- mente, porem, quando o desenho mostrar ciaramente a sua extensdo, a cotagem nao @ necessaria (ver Figu: ra60). Figura 50 Figura 52 2xa5° Figura 54 Figura 51 2x45° Figura 53 Figura 55 FLI2. NBR 10126/1987 3) ‘As 3x12 B= 3x10 Figura 56 Figura §7-a) Figura 57-b) Figura 57 Figura 58 CS Figura 59 Figura60 FLI3.

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