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Materiais Poliméricos

1
Materiais

 Metálicos

Cerâmicos 

 Poliméricos

2
Polietileno (PE)

Poliestireno (PS)

Poliamidas (nailon)

Poli(teraftalato Poli(cloreto de vinila)


de etileno) PET (PVC)

3
Polímero: macromolécula constituída por vários meros.

4
Molécula de Polietileno

4
Histórico
• Experiência Amazónica
• Charles Goodyear (1849)
• C
Conceito
it de
d M
Macromolécula?
lé l ?
• 1920: Staudinger (prêmio Nobel de
química, 1953) propõe a idéia das
macromoléculas
• 1940: Kühn propõe a flexibilidade das
molécula
Fragile Objects: Soft Matter, Hard Science, and the
Thrill of Discovery, Pierre Gilles de Gennes, Jacques
Badoz, Springer Verlag, 1996

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Uma Experiência Amazônica
• Na Amazônia, os índios recolhem a seiva das
seringueiras.
i i El
Eles coletam
l t um suco branco
b que
eles passam no pé. Esse suco primeiramente tem
baixa viscosidade (escoa) e após cerca de 25
minutos coagula formando uma bota no pé do
índio
• O látex da seringueira contem moléculas com
cadeias longas. Essas cadeias são flexíveis.
• Depois que o índio passou o suco no pé o que
acontece??? O oxigênio do ar aglomera as
moléculas.
• I f li
Infelizmente,
t ab bota
t ddo ííndio
di ddura um só
ó di
dia.
Após cerca de um dia a bota arrebenta. O
oxigênio corta as moléculas. Parece como se um
par de tesoura corta uma rede de pesca.
Fragile Objects: Soft Matter, Hard Science, and the
Thrill of Discovery, Pierre Gilles de Gennes, Jacques
Badoz, Springer Verlag, 1996

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Charles Goodyear (1800
(1800-1860)
1860)
• 1849: Rápida Expansão da química, todo mundo tenta sintetizar novas
m lé l s Em particular,
moléculas. ti l Ch l s Goodyear,
Charles G d por curiosidade,
i sid d ferve
f o
látex da seringueira com enxofre (ele não sabia direito o que era látex e
muito menos o que eram macromoléculas). Ele descobre um produto com
propriedades muito interessantes. Esse produto hoje em dia é conhecido
com borracha
b h natural
t l e é muito
it usado
d (pneus...)
( )

• Porque Goodyear usou o enxofre, ninguém sabe. Mas a explicação do


sucesso do enxofre é a seguinte
seguinte: o enxofre posicionado na mesma coluna
na tabela periódica dos elemento que o oxigênio é menos reativo porém
com propriedades muito semelhantes. Ele une as moléculas mas não as
corta.

• Essa reação envolve só cerca de 1 átomo de S para cada 200 átomos de


C. Assim com uma ação exterior pequena, o látex passa de líquido para
sólido.

7
Conceito de Macromoléculas
• 1849: Goodyear inventa a borracha natural nas não conhece o conceito de
macromoléculas.
macromoléculas

• Na verdade nenhum químico imagina o conceito de macromoléculas. Muitos


químicos tentam fazer reagir produtos A e B para dar C. Eles analisam C. No caso
de macromoléculas eles não conseguem obter um produto com uma certa
t
temperatura
t d fusão.
de f ã Hoje
H j em dia
di nós
ó sabemos
b que macromoléculas
lé l possuem na
verdade uma faixa de temperatura de fusão. Os químicos daquela época
acreditam que o produto é na verdade uma coleção de compostos não puros e não
reconhecem o potencial das macromoléculas. Esses químicos jogam literalmente
as macromoléculas na pia retardando a descoberta dos polímeros em 50 anos.

• 1920: Staudinger (prêmio Nobel de química, 1953) propõe a idéia das


macromoléculas, ele sintetiza moléculas de 20 átomos que ele consegue analisar e
pouco a pouco sintetiza moléculas maiores. O conceito de macromoléculas
aparece Porém,
aparece. Porém ele ainda pensa que cada macromolécula é um bastonete de cerca
de 1m de comprimento.

• 1940: Kühn propõe a flexibilidade das moléculas.

Fragile Objects: Soft Matter, Hard Science, and the


Thrill of Discovery, Pierre Gilles de Gennes, Jacques
Badoz, Springer Verlag, 1996

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Polímero Invenção Comercialização
Baquelite (resina 1906: Baekeland (Bélgica) 1909
fenólica)
Policloreto de vinil g
1835: Regnault 1927
(PVC) I.G. Farbenindustrie (Alemanha)
Goodrich (Estados Unidos)
Poliestireno (PS) 1839: E. Simon 1930
I.G.Farbenindustrie (Alemanha)
( )
Dow Chemical (Estados Unidos)

Polietileno de baixa 1933: Fawsett e Gibson ICI: 1939


densidade (PEBD) (Inglaterra)
Poliamida (nylon) 1937: Wallace Carothers (USA) 1937: Dupont USA

Politetraflúoretileno 1938: R.J. Plunkett Du Pont de Nenmours & Co. 1938


(PTFE) Teflon
Policarbonato 1898: Einhorn y General Electric
1956: Bayer;

Copolímero de 1932 Farben Industries 1936: Naugatuck Chem.Co.


acrilonitrila-butadieno-
estireno
Resina ABS
Polietileno de alta 1953: K. Ziegler (Alemanha)
densidade (PEAD)
Polipropileno 1954 Natta 1957: Hoescht/Montecatini/
Hercules
K l
Kevlar 1971 S K
Kwolek
l k D P
Du Pontt dde Nenmours
N & Co.
C 1970

Poli(teraftalato de ICI 1953


etileno)
Encyclopaedic Dictionary of Commercial Polymer Blends [Utracki 1996] e Introduction à la physique des polymeres [Etienne e David 2002]

9
7000

Produç‫مم‬o de Resinas (1000 toneladass)


6000

5000

4000

3000

2000

1000

0
92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08
Ano

Figura 4.1.: Evolução do consumo de Termoplásticos e Elastômeros


no mundo e no Brasil (dados obtidos do boletim anual da ABIPLAST)

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Polisacarídeos
Naturais Borracha Natural

Polímeros

Termoplásticos
Sintéticos
T
Termofixos
fi

11

11
Definições : Mero, Monômero, Polímero
• Macromoléculas

• Polímeros: moléculas (macromoléculas) carcterizadas pela repetição de


grupo de átomos (unidade constitucional ou mero) ligados covalentemente
entre si, em quantidade suficiente para produzir um conjunto de
propriedades que praticamente não varia com a adição ou remoção de uma
ou poucas unidades constitucionais . Alta massa molar, acima de 10.000,
podendo
d d chegar
h a 10 milhões.
ilhõ

• Oligômero: molécula contendo poucos grupos de átomos que se repetem


(unidade constitucional),
constitucional) ligados covalentemente entre si.
si As propriedades
físicas dos oligômeros variam com adição ou remoção de uma ou poucas
unidades constitucionais. Baixa massa molar, < 10.000 g/mol

• Unidade constitucional ou mero: grupo de átomos presente na cadeia do


polímero ou oligômero.

• Monômero: composto formado por moléculas onde cada molécula pode


produzir 1 ou mais unidades constitucionais.

12
Definições

Mero = ‐CH2‐CH2‐

M lé l d
Molécula de P
Polietileno
li til

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Processos de Polimerização
• No caso da polimerização em etapas (policondensação),
– Monômeros reativos reagem liberando ou não uma
pequena molécula.
– Crescimento da cadeia acontece por etapas.
– Monômero desaparece no início da reação
– Massa molar cresce gradualmente ao longo da
polimerização
– Como os monômeros possuem grupo funcional reativo, não
precisam de iniciador
– Os polímeros obtidos por polimerização por etapas
raramente possuem massa molar elevada

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Polimerização

Exemplo: formação do poliéster (reação entre hidroxila e carboxila)

glicol diácido

Representação de um passo do processo de polimerização por


condensação de um poliéster (este passo se repete sucessivamente,
sucessivamente
produzindo-se uma molécula linear)

Podemos ter dois tipos de reação


-Sem
S eliminação
li i ã dde pequena moléculas
lé l
-Com eliminação: policondensação
15

15
Do monômero até o polímero ???

polimerização em etapas (policondensação)

O O

-C
C-O-
O - C-N-
CN

H
Poliéster Poliamida
(Garrafa) (Nylon)

E todos que envolvem durante a sua reação a


eliminação de uma pequena molécula

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Polímeros obtidos por polimerização
em etapas
t - Poliésteres
P lié t

Fibras para têxtil, garrafas


P lí
Polímeros polares
l que cristalizam
i li facilmente
f il

Porque as garrafas de PET não podem ser reutilizadas


tais quais e precisam ser recicladas?

Tg = 80ºC (PET)
Tg = 125ºC (PEN)

17
Polímeros obtidos por polimerização por
etapas
t - Poliamidas
P li id

• Podem
P d ser utilizados
tili d em fib
fibras
• Altamente polares
• Cristalinos

http://pslc.ws/mactest/level2.htm

18
Exemplos ‐ Poliamida

Nylon 6,10 Tf = 500 K


Se a cadeia alquílica é trocada por anéis benzênicos, sintetiza-se
poliamidas
li id aromáticas
áti chamadas
h d poliaramidas
li id que possuem
rigidez e temperaturas de fusão muito mais altas .
Praticamente não se fundem, pois a fusão está muito próxima a
t
temperatura
t de
d degradação,
d d ã ao redord d de 500ºC
500ºC.

Kevlar em vez de Nylon

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Poliaramidas - Kevlar

• Polímero muito cristalino


• Ótimo para fibras
• Formam melhores fibras do que
poliamidas alifática, como o Nylon 6,6
• Por que?

http://pslc.ws/mactest/level2.htm

20
No caso das poliaramidas a posição
N
cis não é favorizada.

Polímero
estirado de
forma linear
(fibra) http://pslc.ws/mactest/level2.htm

21
Kevlar

http://pslc.ws/mactest/level2.htm

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Processos de Polimerização
• No caso da polimerização em cadeia (poliadição)
– Os monômeros p possuem geralmente
g ligações
g ç duplas
p
– A cadeia polimérica é formada pela instabilidade da dupla ligação do
monômero e sua sucessiva ligação com outras moléculas de monômero
– Os monômeros são adicionados um de cada vez a cadeia que cresce
– Polímeros
P lí com altas
lt massas molares
l são
ã obtidos
btid desde
d d o inicio
i i i da
d reação
ã
– Se a dupla envolve outro átomo além do carbono, forma cadeia heterogênea
(C=O, C=N)

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Polimerização em Cadeia - Iniciação

• Decomposição do Iniciador:

I – I → 2 I*

• Transferência do centro ativo para o monômero

I* + H2C=CHR → I-H2C-CHR*

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Polimerização em Cadeia - Propagação
Transferência de centro ativo de monômero para monômero, com
crescimento de cadeia (velocidade alta e baixa energia de
ativação)

RM1 + M1  RM2
RM2 + M1  RM3
RM3 + M1  RM4
RM4 + M1  RM5
. . .
. . .
. . .
. . .
RMn-1 + M1  RMn

Uma cadeia de mais de 1000 unidades é formada em alguns


g segundos
g (10
( -2-10-3s).
)

Ex.: PS xn=1650 em 1.24s a 100ºC

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Polimerização em Cadeia - Término
Desaparecimento do centro ativo. Pode ser feita de várias maneiras
(monômero e condições de polimerização)

1- Combinação (2 macroradicais)

CH2 - CHR + HC -CH


CH2R  CH2-HRC-CHR-CH
HRC CHR CH2

• Gera cadeias de alta massa molar (impedimento entre radicais R)

2 – Desproporcionamento (transferência de H de carbono cauda de uma


cadeia para carbono cabeça de outra cadeia)

CH2-CHR* + *RHC-CH2  CH=CHR + RCH2-CH2

Favorecida quando R for volumoso

26
Polimerização em Cadeia - Término
3- Transferência de cadeia
cadeia em crescimento abstrai H de outra cadeia, interrompendo seu
m
crescimento (formação
(f m ç de ramificação)
mf ç )

CH2 - CHR  CH2-CH2R


cadeia
cade a ativa
at va morta

CH2 -CH2R  CH2-CHR*-CH2


Cadeia formada radical ramificação

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Polimerização em Cadeia (radical livre –
Processos Industriais

1 Polimerização
1. P li i ã em massa
A mistura de reação só contém o monômero e o iniciador.
Esse tipo de polimerização é usado para a produção de PS, PMMA e PVC
Esse tipo de reação é muito exotérmica
é e uma efeito gel pode acontecer
(rápido aumento da velocidade de polimerização, e da viscosidade do meio –
propagação ↑ e terminação↓).
As vantagens são ausência de contaminação e uma obtenção de polímeros com
massa molar alta.

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Polimerização em Cadeia – Processos Industriais
2 Polimerização em suspensão
2.
Água como meio reacional.
Iniciador solúvel no m
monômero.
m . Uso de agente
g de
suspensão (para dispersar gotas de monômero em
água). Reação em cada gota. Calor dissipado pela
água.
água
Pérolas (50 a 200m): lavada e seca
Ex. PS, PVC.

Gota:50 a
200m
Partícula
primária: 1m)

29
Polimerização em Cadeia – Processos Industriais
Polimerização em emulsão
A polimerização é feita em partículas. Os ingredientes da reação são o
monômero, o agente emulsificante, água e o iniciador solúvel em
água. O agente emulsificante é normalmente uma cadeia com uma cabeça
hidrofílica e cauda hidrofóbica. Numa solução aquosa essas cadeias
formam micelas.

Quando
Q d o monômero
ô é adicionado
di i d na solução
l ã uma f
fração
ã penetra
t nas
micelas. O iniciador se decompõe e entra nas micelas. A reação começa.
O processo oferece a possibilidade de aumentar o grau de polimerização
(alterando-se
(alterando se a velocidade de reação),
reação) somente com uma mudança de
temperatura ou de concentração de iniciador.

Produto:
roduto pó ffino
no (0,05 a 5m)
Esse tipo de polimerização é
usado para PVC e PVA

Latex: dispersão coloidal de material


polimérico em água.

30
Polimerização em Cadeia – Processos Industriais
Polimerização em emulsão

I R* M RM * M

RMZ*
Gota de
monômero
(reservatório)

M I
M
I M

R*
R*

Água

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Polimerização em Cadeia – Polímeros

Poli(cloreto de vinila)

Cloreto de vinila Poli(cloreto de vinila)

P
Processos
ss s de
d Polimerização:
P lim i ã :
Suspensão
80% da produção: PVC rígido
Emulsão
10 a 15% da produção: PVC flexível (plastisol)

32
Polimerização em Cadeia – Polímeros

Polietileno

Polietileno de alta
densidade

Polietileno de baixa
densidade

Massas molares da ordem de 200.000 a 500.000


Por polimerização radical livre se obtém o PEBD. O PEAD é obtido por reação
Ziegler Natta
Utilizados em recipientes, sacolas etc...

33
Polimerização em Cadeia – Polímeros

Poli(acetato
( de vinila):
) Utilizado em
m tinta ((tinta latex acrílica))

Poli(acetato de vinila) Poli(álcool vinílico)

Copolímero randômico (20% de acetato de vinila)

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PMMA – poli(metacrilato de metila)
Transparente, resistente ao impacto, utilizado em aplicações como
janelas (substituindo vidro)

Presente em tintas latex acrílica

metacrilato de metila

Poli(álcool vinílico-co-acetato de vinila)


Poli (metacrilato de metila)

35
Massa molar

• Um polímero é constituído de longas cadeias de tamanho não-


uniforme (natureza estatística da reação de polimerização).
p
Nele existe uma quantidade (i) de cadeias com massas molares
iguais (Mi).
n M i i
M ss molar
Massa m l numérica
n mé i média:
médi : Mn  i

n i
i

onde: ni, número de moléculas q


que p
possuem massa Mi (massa
molar da cadeia i).
 ni M i
2

Massa molar ponderada média: M w   wi M i  i

i n Mi
i i

onde: Mi massa molar da cadeia i,, ni: Número de moléculas com


Massa Mi.
36

36
Polidispersão e Grau de Polimerização
• Polidispersão: relação entre a massa molar numérica média e a massa molar
ponderada média.
• Quanto mais variados forem os tamanhos das moléculas, maior será a
polidispersão (que sempre é maior que 1)
• Quando os tamanhos das cadeias são próximos, a polidispersão é
aproximadamente 1.

Polidispersão molecular:
MWD  Mw / M n
• O Grau de Polimerização (n) representa a quantidade média de meros
existentes numa molécula (tamanho médio da cadeia):

Mn Mw
Grau de polimerização: nn  ou nw 
m m
onde: Mn , massa molar numérica média
Mw massa molar p
ponderada média
m , massa molar do mero
37

37
Sensível a
moléculas
de menor
massa
Massa molar
média numérica
Sensível a
moléculas Massa molar
de maior média Massa molar aumenta da
massa molar viscosimétrica direita para esquerda

Massa molar
Número de média ponderada
moléculas

Massa molar

Massa molar média viscosimétrica –    K M v


a

38

38
Métodos para avaliar massa molar
• Métodos Químicos
• Métodos Coligativos (pressão de vapor,
vapor
temp. de ebulição, pressão osmótica)
– Osmometria
O t i dde membrana
b
– Osmometria por pressão de vapor
– Ebuliometria
• Espalhamento de luz
• Viscosidade intrínsica
• Cromatografia por Exclusão de Tamanho
39

39
Caracterização de Polímeros, E.F.Lucas, B.G. Soares, E. Monteiro, e-papers, 2001

40

40
Cromatografia de permeação em
gel (GPC)
• É o método mais usado para medir o massa molar de polímeros.
• Ele permite a determinação de Mn, Mw e distribuição de massa
molar.
• É um método indireto.
indireto Precisa de calibração.
calibração

• Fase móvel (polímero em solução) se move ao longo de uma fase


estacionária (recheio – leito cromatográfico)

• Fase móvel e recheio são imiscíveis


• Fase estacionária fica numa coluna de vidro ou de aço inoxidável
• Separação por tamanho molecular
• Mede tempo ou volume que uma macromolécula elui em um leito
cromatográfico 41

41
Cromatografia de permeação em
gel (GPC)

Recheio da coluna: Partículas


com poros – silicato poroso –
usar várias colunas em série com
tamanho de poros diferentes
42

42
GPC
• V total da fase móvel =
Vp(volume da fase móvel retida
nos poros) + Vo (volume da
fase móvel fluindo entre as
partículas)
• Veluição = Vo + k.Vp
• K=coeficiente de distribuição
de soluto
• K=zero soluto totalmente
excluído dos poros
Veluído • K=1 soluto totalmente
permeado nos poros
• 0<K<1
0 K 1 ffaixa
i ded separaçãoã
43

43
GPC
C
Como se faz
f addeterminação
i ã de d Massa
M Molar
M l por GPC?

1 – Precisa de calibração
• Usar polímero padrão, monodisperso, com massa molar
conhecida
• Fazer análise da mesma forma que será feita com polímero
desconhecido
• Gráfico
G áfi ded Massa
M molar
l versus V eluído
l íd

logM

44
Veluído

44
GPC
C
Como se faz
f addeterminação
i ã de d Massa
M Molar
M l por GPC?

2 – Para determinar Mn e Mw
• Traça‐se linha base a curva
• divide‐se o cromatograma
g em vários incrementos
• Mede‐se a altura referente a cada volume eluído
• Com a curva de calibração determina‐se o valor de M
correspondente a cada volume de eluído
• Monta‐se uma tabela que relaciona Veluído, hi e massa molar

45

45
 hi
Mn 
 hi / Mi

 hi.Mi
M 
Mw
 hi

46

46
Estrutura molecular

linear ramificada

com ligações
g ç cruzadas em rede

47

47
Copolímeros

• Homopolímero: polímero derivado de apenas uma espécie de


monômero.
• Copolímero: polímero derivado de duas ou mais espécies de
monômero.

Tipos de distribuição dos diferentes monômeros nas moléculas dos co-


polímeros: (a) aleatória, (b) alternada, (c) em bloco e (d) ramificada
48

48
M ô
Monômero A M ô
Monômero B

Homopolímero

C
Copolímero

Copolímero

49

49
Copolímeros
Em função da configuração dos meros na cadeia:

Copolímero estatístico: distribuição estatística mas influenciada pela reatividade


dos monôneros
EX: SBR borracha sintética de estireno e butadieno

Copolímero randômico: estatístico mas com distribuição não influenciada pela


reatividade dos monôneros

Copolímero alternado: 2 meros de maneira alternada


Ex: copolímero de anidrido maleico ( ) -estireno

Copolímero em bloco: seqüência de blocos de 1 mero


(ou porção de molécula polimérica)
que se liga a outra seqüência.
Ex: SBS – borracha termoplástica de estireno
e butadieno (tribloco)

50
Copolímeros
Copolímero enxertado (graftizado): sobre a cadeia de um homopolímero (poliA)
se liga de modo covalente outra cadeia (poliB)
EX: ABS
Copolímero de acrilonitrila-butadieno-estireno
C d i principal
Cadeia i i ld de b
butadieno
di com adição
di ã d
de
estireno-acrilonitrila

Copolímero graftizados contíguos: Forma uma rede, não solúvel.

Redes poliméricas interpenetrantes:

Interpenetração de 2 polímeros
(com ligação cruzada) sem ligação entre eles.

51
Polímeros termoplásticos e termofixos

Os polímeros podem ser classificados em termoplásticos e termofixos.


Amolece sob aquecimento, flui sob pressão, solidifica sob
Termoplásticos resfriamento, num processo reversível. É moldável e
remoldável.

• Podem
P d ser conformados
f d mecanicamente
i t repetidas
tid vezes, d
desde
d
que reaquecidos (são facilmente recicláveis).
• Parcialmente cristalinos ou totalmente amorfos.
• Lineares ou ramificados
ramificados.

Exemplos: Polipropileno PP, polietileno PE,


poliestireno
li ti PS
PS, ABS ( acrilonitrila-butadieno-
il it il b t di
estireno), PA "nylon", policarbonato PC,
poliéster termoplástico PET

52

52
53
Polímeros termoplásticos e termofixos

Termofixos
Podem ser conformados plasticamente apenas em um estágio intermediário
de sua fabricação.
O produto final é duro e não amolece com o aumento da temperatura
temperatura.
Eles são insolúveis e infusíveis.
Mais resistentes ao calor do que os termoplásticos.
Completamente
p amorfos.
Possuem uma estrutura tridimensional em rede com ligações cruzadas.

Exemplos: Resinas de poliéster


insaturadas éster - vinílicas , epóxis,
insaturadas, epóxis
uretânicas e fenólicas

53
FASE CRISTALINA FASE AMORFA

Tm
Líquido viscoso
Líquido Viscoso
URA
MPERATU

Estado Borrachoso
Estado
Ordenado (volume livre aumenta significativamente)
TEM

Tg
Estado Ordenado Estado Vítreo

Ob
Observação:
ã não
ã existem
i t polímeros
lí 100% cristalinos,
i t li apenas semicristalinos
i i t li e amorfos
f

Não existem polímeros 100% cristalinos.


Se fossem passariam diretamente do estado cristalino para líquido.
líquido
Estado vítreo: estrutura sólida desordenada.
Estado borrachoso: acima da Tg, moléculas podem assumir diferentes conformações.

54
Utilização do polímero de acordo com a temperatura

Termoplástico Termofixo

Linear Linear ou Ligações Cruzadas


Semi- Ramificado Amorfo
Cristálino Amorfo
A f Tg
Tg , Tm Tg

Tg < Tamb Tg > Tamb Tg < Tamb Tg > Tamb


Produto Produto Elastômero Termorrígido
macio rígido
g

55

55
Elastômeros
• Quando submetidos a tensão, os elastômeros se deformam, mas voltam
ao estado inicial quando a tensão é removida.

• Os elastômeros apresentam baixo módulo de elasticidade.


• São ppolímeros amorfos ou com baixa cristalinidade ((obtida sob tensão).
)
• Apresentam geralmente altas deformações elásticas, resultantes da
combinação de alta mobilidade local de trechos de cadeia (baixa energia de
interação intermolecular) e baixa mobilidade total das cadeias (ligações
covalentes cruzadas entre cadeias ou reticuladas)
reticuladas).
Exemplos: borracha natural,
polibutadieno,
56 Silicone, Neoprene

56
Processamento de polímeros

• A técnica usada para o processamento de um polímero depende


basicamente:
(1) de o material ser termoplástico ou termofixo
termofixo.
(2) da temperatura na qual ele amolece, no caso de material termoplástico.
(3) da estabilidade química (resistência à degradação oxidativa e à
diminuição da massa molar das moléculas) do material a ser processado.
(4) da geometria e do tamanho do produto final.

• Os materiais ppoliméricos normalmente são pprocessados em temperaturas


p
elevadas (acima de 100oC) e geralmente com a aplicação de pressão.
• Os termoplásticos amorfos são processados acima da temperatura de
transição vítrea e os semicristalinos acima da temperatura de fusão. Em
ambos os casos a aplicação de pressão deve ser mantida durante o
resfriamento da peça para que a mesma retenha sua forma .
• Os termoplásticos podem ser reciclados.

57

57
Processamento de polímeros - Termofixos

• O processamento dos polímeros termofixos é geralmente feito em duas


etapas:
(1) Preparação
P ã de
d um polímero
lí linear
li lí
líquido
id dde b
baixa
i massa molar
l
(algumas vezes chamado pré-polímero)
(2) Processamento do “pré-polímero” para obter uma peça dura e rígida
(curada) geralmente em um molde que tem a forma da peça acabada
(curada), acabada.
• A etapa de “cura” pode ser realizada através de aquecimento ou pela adição
de catalisadores, em geral com a aplicação de pressão.
• Durante a “cura” ocorrem mudanças químicas e estruturais em escala
molecular, com formação de ligações cruzadas ou reticuladas.
• Os polímeros termofixos são dificilmente recicláveis, não são fusíveis, podem
ser usados
d em ttemperaturas
t maiores
i do
d que as ttemperaturas
t de
d utilização
tili ã dos
d
termoplásticos, e são quimicamente mais inertes.

58

58
Processamento de polímeros termoplásticos
Resfriamento

Pellets Plastificação Produto Moldagem Produto Produto


ou pó amolecido moldado Remoção final
do molde
Aquecimento Filmes,
Reciclagem folhas,
extrudados

Processamento de polímeros termofixos


Resfriamento
Pellets, Catalisador Novas Produto
pó ou
moléculas Remoção final
líquido
do molde
Energia

Reações Químicas
59

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Referências
• JJ.M.G.
M G Cowie: Polymers: Chemistry and Physics of
Modern Materials, 2nd edition,1991, Blackie
Academic and Professional.
• L. H. Sperling “Introduction to Physical Polymer
Science”2nd
Science 2nd Edition 1992, John Wiley and Sons,
New York
• Ciência dos polímeros: um texto básico para
tecnólogos e engenheiros, Sebastião V.
Canevarolo Jr.,, Editora Artliber,, 2º edição,
ç , 2006.

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