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Unidade VI - ELETROQUÍMICA
Unidade VI - ELETROQUÍMICA
na Engenharia
ELETRO
QUÍMICA
Prof. Me Cristiano Régis F. de Brito
Objetivos de
Aprendizagem
Conceitual
Compreender os processos de conversão de energia química em
correte elétrica (e vice-versa) à luz dos conceitos da eletroquímica
Procedimental
Aplicar os fundamentos da eletroquímica em sistemas de
Engenharia onde se processam reações de oxirredução
Atitudinal
Ser atento a seleção de métodos para proteções eletroquímicas
de materiais contra a corrosão provocada pelo ambiente externo.
Conteúdo
Programático
Reações Eletroquímicas
Corrosão
Células de Combustível.
Reações Eletroquímicas
Reações eletroquímicas (reações de oxirredução ou ainda reações redox)
são reações que envolvem a transferência de elétrons entre espécies
químicas:
CORROSÃO!!
O Zinco metálico perde
seus elétrons e é
Zinco metálico Os íons Cu2+ da solução “roubam” “dissolvido” pela solução
(Zn(s)) os elétrons da barra e se depositam
sobre ela como Cobre metálico
Perde elétrons
Azulado Avermelhado metálico
2+ 2+
Zn(s) + Cu(aq) → Zn(aq) + Cu(s)
Prateado metálico Incolor
Ganha elétrons
Solução de Sulfato
de Cobre (CuSO4) Solução de Sulfato de Cobre
H2 O perde a coloração à medida
CuSO4 → Cu2+ 2−
(aq) + SO4(aq) em que os íon Cu2+ viram
Cobre metálico.
Reações Eletroquímicas
OXIDAÇÃO
Zn(s) + Cu2+
(aq) → Zn 2+
(aq) + Cu(s)
REDUÇÃO
Li − Na − K − Rb − Cs − Fr
Número de Oxidação (NOX)
2. Substâncias compostas (composta por diferentes átomos):
H2 S CaSe FeS O − S − Se
Calcogênios
3. Íons
+1 x -2
HClO4 HClO4 +1 + x − 2x 4 = 0 → x = +7
+1 x -2
HClO3 HClO3 +1 + x − 2x 3 = 0 → x = +5
+1 x -2
HClO2 HClO2 +1 + x − 2x 2 = 0 → x = +3
+1 x -2
HClO HClO +1 + x − 2 = 0 → x = +1
+1 x
HCl HCl +1 + x = 0 → x = −1
x
Cl2 Cl2 2x = 0 → x = 0
Número de Oxidação (NOX)
Exercício 2:
Análise a reação a seguir e indique quais as espécies que participam
da transferência de elétrons, ou seja, que sofrem oxidação e redução.
OXIDAÇÃO
2+ 2+
Zn(s) + Cu(aq) → Zn(aq) + Cu(S)
REDUÇÃO
Cada espécie química tem sua própria tendência de ganhar ou perdem elétrons, o que nos leva ao
conceito de Potenciais Padrão de Redução (E0 ou E0RED ). Cada espécie apresenta seu próprio E0, que
tem como referencial o Hidrogênio, que foi convencionado com Potencial de Redução nulo:
No sistema eletroquímico:
Quando o Potencial
OXIDAÇÃO Elétrico (ou Força
Eletromotriz) resulta em
2+ 2+ valores positivos, temos
Zn(s) + Cu(aq) → Zn(aq) + Cu(s)
uma reação espontânea
REDUÇÃO (ocorre naturalmente).
Tais processos, como nas
pilhas, são ditos
SEMIRREAÇÃO DE OXIDAÇÃO Zn(s) → Zn2+
(aq) + 2𝑒 − 0
𝐸oxi = +0,76 V GALVÂNICOS. O ∆E0 pode
2+ − 0 ser chamado de Diferença
SEMIRREAÇÃO DE REDUÇÃO Cu(aq) + 2𝑒 → Cu(s) 𝐸red = +0,34 V de Potencial (DDP) ou
Força Eletromotriz (FEM).
REAÇÃO GLOBAL Zn(s) + Cu2+
(aq) → Zn 2+
(aq) + Cu(s) ∆𝐸 0 = +1,10 V
Células Galvânicas (Pilhas)
Exercício 3:
Consultando a Tabela de Potenciais Padrão, indique se as reações ocorrem espontaneamente:
II 2Al(s) + 3Fe2+
(aq) → 2Al 3+
(aq) + 3Fe(s)
3+
2Al(s) → 2Al(aq) + 6𝑒 − 0
𝐸oxi = +1,66 V
A REAÇÃO (II) É ESPONTÂNEA.
O Ferro (em solução)
3Fe2+
(aq) + 6𝑒 − → Fe
(s)
0
𝐸red = −0,44 V consegue “corroer” o
Alumínio!
2Al(s) + 3Fe2+
(aq) → 2Al 3+
(aq) + 3Fe(s) ∆𝐸 0 = +1,22 V
Pb(s) → Pb2+
(aq) + 2𝑒 − 0
𝐸oxi = +0,13 V
A REAÇÃO (III) É NÃO-
ESPONTÂNEA.
Zn2+
(aq) + 2𝑒 − → Zn
(s)
0
𝐸red − 0,76 V O Zinco (em solução) não
consegue “corroer” o Chumbo!
2+ 2+
Pb(s) + Zn(aq) → Pb(aq) + Zn(s) ∆𝐸 0 = −0,63 V
Células Galvânicas (Pilhas)
Os dispositivos utilizados para este fim são conhecidos como Células Eletroquímicas
(ou Galvânicas), e o primeiro destes dispositivos foi a Pilha de Daniell (1836).
Cu2+ −
(aq) + 2𝑒 → Cu(s) Zn(s) → Zn2+
(aq) + 2𝑒
−
Zn(s) Zn2+
aq Cu2+
aq Cu(s)
0 0
𝐸red = +0,34 V 𝐸oxi = +0,76 V
Exercício 4:
Uma célula eletroquímica foi construída sem a utilização de uma fonte externa, com uma
semi-célula contendo um eletrodo de cádmio em solução de Cd2+ e outra semi-célula
contendo um eletrodo de níquel em solução de Ni2+. Determine o (i) quem é o ânodo e quem é
o cátodo, (ii) o sentido do fluxo de elétrons e (iii) a FEM da célula. Dados:
Cd2+
(aq) + 2𝑒 −
→ Cd(s) 0
𝐸red = −0,40 V Ni2+
(aq) + 2𝑒 −
→ Ni(s) 0
𝐸red = −0,25 V
Solução:
De acordo com os Potencias Padrão de Redução
Ni2+
(aq) + 2𝑒 −
→ Ni(s) 0
𝐸red = −0,25 V
fornecidos, o Níquel possui maior tendência de reduzir
(ganhar elétrons), logo, o eletrodo de Níquel sofrerá Cd(s) → Cd2+
(aq) + 2𝑒 − 0
𝐸oxi = +0,40 V
redução e, portanto, é considerado o CÁTODO.
Consequentemente, o eletrodo de Cádmio é o ÂNODO Ni2+ + Cd → Cd2+
(aq) (s) (aq) + Ni(s)
(sofre oxidação). Daí, os elétrons devem migrar do
eletrodo de Cádmio para o eletrodo de Níquel. Por fim, a ∆𝑬𝟎 = +𝟎, 𝟏𝟓 𝐕
FEM da célula é de:
Células Galvânicas (Pilhas)
O trabalho elétrico que pode ser aproveitado de uma célula galvânica pode ser
calculado pela expressão:
Número de mols de elétrons envolvidos na reação
SEMIRREAÇÃO DE
OXIDAÇÃO 2Fe(s) → 2Fe2+
(aq) + 4𝑒 −
SEMIRREAÇÃO DE
REDUÇÃO O2(g) + 2H2 O(l) + 4𝑒 − → 4OH −
Na corrosão do Ferro, por exemplo, devido a
exposição ao ambiente ocorrem diversas 2Fe(s) + O2(g) + 2H2 O(l) → 2Fe(OH)2(s)
reações de oxirredução que levam à
formação de Ferrugem (compostos de Ferro Os produtos da corrosão são compostos de Ferro com
com maior estado de oxidação: Fe2+ e Fe3+). características químicas completamente diferentes das
do Ferro metálico, fazendo com que o material fique
quebradiço, comprometendo sua integridade estrutural.
CORROSÃO
1. Recobrimento de Metais:
Sabendo que a corrosão é um processo
eletroquímico que necessita de uma Força • Pinturas: Tintas e vernizes são
Eletromotriz maior que zero para ocorrer de aplicados como revestimentos externo
forma espontânea, a Engenharia pode (contato com o ambiente). Eles
utilizar diferentes técnicas para evitar ou, protegem o metal formando uma
pelo menos, minimizar seus efeitos. barreira física entre o metal e o
ambiente corrosivo. Pinturas epóxi,
As técnicas mais usuais para proteção poliuretano e poliéster são exemplos
contra corrosão são: comuns, além de tintas especiais a
base de Zarcão (2PbO·PbO2).
1. Recobrimento de Metais:
• Metais banhados: Aplica-se uma
2. Metais de Sacrifício: películas de metais nobres (Au, Ag, Cu
etc), que possuem baixos potenciais
de oxidação e, portanto, são mais
resistentes à corrosão provocada pelo
ambiente. Esse processo é chamado
de Banho Eletrolítico.
CORROSÃO
1. Recobrimento de Metais:
Sabendo que a corrosão é um processo
eletroquímico que necessita de uma Força • Pinturas: Tintas e vernizes são
Eletromotriz maior que zero para ocorrer de aplicados como revestimentos externo
forma espontânea, a Engenharia pode (contato com o ambiente). Eles
utilizar diferentes técnicas para evitar ou, protegem o metal formando uma
pelo menos, minimizar seus efeitos. barreira física entre o metal e o
ambiente corrosivo. Pinturas epóxi,
As técnicas mais usuais para proteção poliuretano e poliéster são exemplos
contra corrosão são: comuns, além de tintas especiais a
base de Zarcão (2PbO·PbO2).
1. Recobrimento de Metais:
• Metais banhados: Aplica-se uma
2. Metais de Sacrifício: películas de metais nobres (Au, Ag, Cu
etc), que possuem baixos potenciais
de oxidação e, portanto, são mais
resistentes à corrosão provocada pelo
ambiente. Esse processo é chamado
de Banho Eletrolítico.
CORROSÃO
A corrosão de metais é um processo
químico natural que envolve a deterioração • Galvanização:
de estruturas metálicas devido à interação Eletrodeposição (deposição
com agentes oxidantes presentes no por ação de corrente elétrica)
ambiente (umidade e oxigênio). de um metal sobre a
superfície de outro metal. No
caso, o metal da cobertura,
comumente o Zinco, é deve
ser mais resistente à corrosão
do que o metal que vai
receber a cobertura metálica.
ELETRÓLISE AQUOSA
Solução Eletrolítica: solução que conduz
eletricidade. Pode ser uma solução aquosa ou
um composto iônico fundido (derretido) ELETRÓLISE ÍGNEA
Células Eletrolíticas (Eletrólise)
Por exemplo, na Eletrólise da água: Ocorre formação de Gás
Oxigênio no Ânodo (+)
NaCl(l) → Na+
(aq) + Cl −
(aq)
Células Eletrolíticas (Eletrólise)
Na Eletrólise Aquosa a solução eletroquímica (condutora de eletricidade) é um ácido, base ou sal
dissolvido em água. A diferença para a Eletrólise ígnea é que a água pode participar do processo,
dependendo das espécies envolvidas.
Cátodo: 2H + + 2e− → H2
Ânodo: 2Cl− → Cl2(g) + 2e−
NaCl(l) → Na+
(aq) + Cl −
(aq)
2NaCl(aq) + 2H2 O → 2NaOH + Cl2(g) + H2
Os produtos formados são
distintos da Eletrólise Ígnea!
Experimentação e Desafios
na Engenharia
ELETRO
QUÍMICA
Prof. Me Cristiano Régis F. de Brito