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Resumo Kon
Resumo Kon
Resumo: KON, Anita. Economia Industrial. SP. Nobel, 1994. Cap. 9. Localização
industrial, polarização e regionalização. Pp. 157-176.
Introdução.
A Macrolocalização da indústria.
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Economias de Aglomeração Externalidades Economias de escala externas;
Economias de Aglomeração => Economias de Localização ou Justaposição;
Economias de Aglomeração => Economias de Urbanização.
Economias de Urbanização: são economias externas às firmas, mas internas ao centro urbano.
Agem sobre todas as firmas das várias industrias de um centro urbano e dependem do nível
global de atividade naquela localização.”
A Escolha Locacional.
- “(...) as especificidades regionais são determinadas pelos recursos materiais e humanos, mas
também pela interrelação desses recursos com todo um macrossistema social em que pesam” as
dimensões política, histórica, cultural, etc.
- A escolha locacional também está permeada pelo fator de “previsão” (expectativas e incertezas
em relação ao futuro)
- Fatores acima: embasados numa matriz explicativa “estática”. Cabe adicionar a influência e o
papel dos fatores “dinâmicos” sobre as decisões locacionais, relacionados ao: - tamanho das
empresas; - estrutura da concorrência; e, - estrutura de mercado (economias de escala;
corporações; ETNs; concorrência imperfeita; estruturas oligopólicas) .
- Decisões locacionais estratégias de acumulação em escala mundial por parte das
corporações.
- Decisões locacionais fatores relacionados: - ao controle dos níveis mundiais de fontes de
recursos, matérias primas e estoques; - reserva de mercados e/ou partição de mercados; -
transferências de segmentos dos processos de produção com implicações geralmente negativas
em relação ao trabalho e ao meio ambiente, p. ex.
- Papel das “ofertas” e da difusão de inovações e do controle da difusão tecnológica. Teoria do
Ciclo dos Produtos.
- Ver citação de Markusen, pg. 170 (final do 1º parág.) + 2º parág pg. 170.
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variabilidade do “peso”/participação das diversas indústrias no fluxo da produção industrial global
em períodos sucessivos e taxas diferenciadas de crescimento entre indústrias.
- Além disso: - observa os diferenciais na propagação do crescimento de diferentes indústrias e
do conjunto e o papel das inovações.
- Logo: o crescimento é muito seletivo (espacialmente) e variável em intensidade, propagando-se
segundo “vias” diferentes e com efeitos finais variáveis no conjunto da economia.
- Do ponto de vista espacial: - Polos; - Centros....
- Algumas indústrias crescem mais que outras, mais rapidamente, implicando aumento de
tamanhos e aumento da concentração de capitais.
- Complexo industrial: - “Indústrias motrizes”; - “Indústrias movidas”.
- Coexistência de concentração técnico-econômica (regime não concorrencial; oligopólios) e
concentração territorial.
- O “Complexo” mobiliza e é mobilizado: - pelos “efeitos para trás (backward effects)” e; - pelos
“efeitos para frente (forward effects)”. Conjunto de interrelações.
- Exemplo clássico: ??
- Vários tipos de regime de mercados dos Complexos Industriais: - monopólio parcial; - duopólio; -
oligopólio.
- No Oligopólio: - conflitos de eliminação; - conflitos visando a subordinação; - acordos
(cooperações), permeiam os complexos industriais e agem como fatores de crescimento e
acumulação superior ao dos regimes concorrenciais.
- “Assim, a expansão e o crescimento das indústrias movidas do conjunto resultam das forças de
conflito ou da cooperação entre os planos das grandes unidades [motrizes] e grupos de unidades
coordenados, que são arbitrados pelo Estado, e influenciam os preços, volumes de produção e
compras de serviços” (pg. 172).
– E isso também impacta os lugares e territórios (cidades, regiões, países, etc)
Industrialização e regionalização
- Pp. 172-176. LEITURA.
[pp.02-05]
Pode-se dizer que a literatura sobre economias de aglomeração foi inaugurada por
MARSHALL (1890), que descreve em seus “Princípios de Economia” as vantagens de se
concentrar firmas e trabalhadores de uma atividade econômica numa mesma área geográfica.
Para Marshall, as economias geradas pelo aumento da escala de produção possuem
basicamente duas fontes: o porte das firmas individuais — economias de escala internas às
firmas — e a escala da indústria geograficamente concentrada, que proporciona economias
externas às firmas, mas internas à indústria. Para este autor, as externalidades de escala
possuem três fontes, hoje conhecidas como a “tríade marshalliana”: a formação de um pólo
especializado de trabalho; os encadeamentos fornecedores-usuários e os spillovers, ou
transbordamentos, de conhecimento.
Segundo Marshall, uma indústria localizada obtém grande vantagem ao gerar mercado
constante para mão-de-obra especializada. A formação de uma força de trabalho altamente
especializada, com indivíduos dotados de conhecimentos técnicos similares, facilita o matching
empregador/empregado. Os empresários encontram mão-de-obra qualificada quando necessitam
e os indivíduos se deparam com alta empregabilidade caso decidam abandonar uma firma
específica.
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Já os transbordamentos de conhecimento, ou spillovers tecnológicos, referem-se à
facilidade que a proximidade geográfica confere aos indivíduos de estabelecerem relações
informais entre si – conhecidas também por interações face-to-face - que propiciam trocas de
informações técnicas e organizacionais relevantes para a melhoria de produtos e processos da
indústria localizada. Nesse contexto, não só se cria, mas acumula-se um “estoque” local de
conhecimento tácito, não-codificado e pouco transmissível para localizações concorrentes, que se
torna uma clara vantagem competitiva.
Jacobs não faz menções explícitas a termos como “externalidades” e “retornos crescentes”
para se referir à maior competitividade das cidades diversificadas, porém não é difícil perceber
que eles permeiam toda sua obra. Para a autora, a multiplicidade de bens, serviços, tecnologias e
conhecimentos próprios de um centro urbano diversificado fornecem terreno fértil para a
criatividade e para a troca de informações e experiências (cross fertiliztion of ideas). Nesse
contexto, as efetivações das decisões de oferta de bens e serviços tomadas pelos agentes
econômicos individualmente em um centro urbano, quando consideradas em conjunto, geram um
produto não esperado, um ambiente fecundo para novas atividades econômicas, o que, de fato, é
uma externalidade positiva à produção local. Além disso, tendo em vista que muitos dos trabalhos
adicionados a uma localidade são novas tecnologias que podem servir de insumos intermediários
a diversos trabalhos já existentes, o processo inovador de uma firma ou indivíduo pode tornar
mais eficientes outras firmas ali instaladas. Dessa maneira, as funções de produção de firmas
individuais tendem a ser beneficiadas por externalidades proporcionadas pela diversidade urbana.
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Economias de Urbanização: são economias externas às firmas, mas internas ao centro
urbano. Agem sobre todas as firmas das várias industrias de um centro urbano e dependem do
nível global de atividade naquela localização.”