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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS

CURSO DE ECONOMIA

Ana Marina-20220466
Emílio Gongalves -20220211
Joaquina Kassamba-20220875
Judith Adelino -20220399
Livingstone Paulo -20220885

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E INCERTEZA

Luanda
2024
Ana Marina-20220466

Emílio Gongalves -20220211

Joaquina Kassamba-20220875

Judith Adelino -20220399

Livingstone Paulo -20220885

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E INCERTEZA

Luanda

2024
1. INTRODUÇÃO

Este capítulo aborda as escolhas dos consumidores que envolvem um certo nível de
incerteza devido à desconhecimento de seus rendimentos futuros. Portanto, é necessário
compreender o grau de risco que estão dispostos a assumir na tomada de decisões de consumo
e investimento. É essencial conduzir um estudo que busque comparar ou escolher as
diferentes opções junto com seus respectivos riscos, sendo esse estudo realizado em quatro
etapas:medição do risco,preferências dos consumidores em relação aos riscos, redução do
risco ,a demanda por ativos de risco.

Risco refere-se a situações em que podemos relacionar os possíveis resultados,


estabelecendo a possibilidade de ocorrência. As possibilidades podem ser estimadas ou a
imprevisibilidade dos resultados desejáveis. Já a incerteza refere-se a situações em que
muitos resultados são possíveis, mas a probabilidade de ocorrência é desconhecida, incerta,
aumentando a possibilidade de se obter um resultado inesperado ou indesejado.
2. DESCRIÇÃO DO RISCO

A incerteza é uma parte inevitável da vida. Arriscamo-nos constantemente em nosso


cotidiano. A incerteza é a condição de não possuir conhecimento completo de todos os
fatos que envolvem uma determinada ação. Portanto, torna-se impossível prever o
resultado exato dessa ação. O que é incerto apresenta risco, mas qual é o grau de risco ao
qual estamos expostos?

É possível determinar os riscos de forma quantitativa, mas para isso, precisamos


recorrer à probabilidade, de modo que saibamos quais são os possíveis resultados de uma
determinada ação, bem como qual é a probabilidade de ocorrência de cada resultado.
Como já mencionado anteriormente, o risco é definido como situações em que podemos
relacionar os possíveis resultados, estabelecendo a possibilidade de ocorrência. Em outras
palavras, são situações em que podemos calcular a probabilidade de cada situação ou
evento acontecer.

Probabilidade refere-se à possibilidade de um determinado evento ocorrer. A


natureza da probabilidade pode ser objetiva ou subjetiva. Uma interpretação objetiva da
probabilidade fundamenta-se na frequência com que determinados eventos tendem a
ocorrer, com base em experiências de acontecimentos anteriores. A probabilidade
subjetiva baseia-se na percepção de que determinado resultado poderá vir a ocorrer.

Contudo, qualquer que seja a interpretação da natureza da probabilidade, ela é sempre


utilizada no cálculo de duas importantes medidas que nos auxiliam a descrever e a
comparar escolhas de risco. A primeira medida nos informa o Valor Esperado, e a
segunda, a Variabilidade dos possíveis resultados.

O Valor Esperado consiste na média ponderada dos payoffs probabilísticos dos


valores associados a todos os resultados possíveis de um evento. Mede a tendência central
que deveríamos esperar em média que viesse a acontecer. Payoffs são os valores
associados a um resultado possível de ocorrer. Quando há resultados possíveis, o valor
esperado é expresso por E(x) = Pr1.X1 + Pr2.X2 + .... + Prn.Xn, onde Pr representa as
probabilidades dos resultados e X os payoffs associados.
A Variabilidade é a extensão entre os resultados possíveis de um evento incerto. A
variabilidade dos payoffs possíveis difere quando os resultados têm valores esperados
similares. Quanto maior for a diferença entre os payoffs efetivos e esperados, maior será o
risco, ou seja, o desvio.

Então, o desvio é a diferença dos payoffs, podendo ser positivo ou negativo. Eles não
fornecem uma medida de variabilidade. A variabilidade é calculada pelo desvio padrão, a
raiz quadrada da média ponderada dos quadrados dos desvios dos payoffs obtidos e seus
valores esperados.
3. PREFERÊNCIAS DE RISCO

Estas são baseadas em escolhas dos consumidores e a respectiva utilidade entre as


alternativas de risco, e logo o utilidade marginal, e a utilidade esperada soma das
utilidades (marginais) ligadas aos resultados, ponderadas pela probabilidade de que cada
resultadoocorra.

4. PERFIL DE RISCOS

Aversão ao risco :refere-se a uma atitude na qual um indiviuo prefere evitar ou


minimizar a exposição a situações de risco , ou seja , o individuo tem preferência de uma
renda certa à uma incerta com o mesmo valor esperado, utilidade marginal decrescente
para a renda.

O prêmio do risco é a soma máxima que uma pessoa avessa ao risco paga para
evitar o risco, e isso é visualizado graficamente. Pessoas com aversão ao risco preferem
uma variabilidade menor nos resultados. Quanto maior a variabilidade de renda, maior
será o prêmio que o trabalhador estará disposto a pagar para evitar o risco.

Amor ao risco : preferência por uma renda incerta em relação uma renda certa
com mesmo valor esperado. A utilidade aumenta quando o risco aumento.

Neutralidade ao risco : quando um individuo é indiferente entre uma renda certa


ou incerta com um certo valor esperado, a utilidade marginal é constante.

5. REDUÇÃO DO RISCO

Existem três maneiras pelas quais os consumidores e as empresas podem reduzir os


seus riscos :

 Diversificação : consiste na alocação de recursos em atividades variadas,


independentemente da relação dos resultados. Isso é essencial para o mercado de
ações.

Variáveis negativamente correlacionadas: aquelas que tendem a se mover em direções


opostas.

Variáveis positivamente correlacionadas: aquelas que se movem na mesma direção.


Ao aplicar dinheiro em investimentos, quanto mais opções, melhor. Isso ocorre porque
não há dependência em apenas uma opção, o que pode acarretar em muito risco
posteriormente.

 Seguros : são importantes para cobrir prejuízos causados por riscos, aumentando
assim a utilidade do avesso ao risco. Isso envolve a lei dos grandes números,
justiça atuarial e uma abordagem atuarialmente justa.

 Obtenção de informações adicionais a respeito de opções payoffs: é a diferença


entre o valor esperado de uma escolha quando há informações completas e o valor
esperado quando há informações incompletas.

6. A DEMANDA POR ATIVOS DE RISCO

Ativo é aquilo que proporciona um fluxo de dinheiro para o proprietário. Um aumento


no valor de um ativo representa um ganho de capital, enquanto o oposto implica uma
perda de capital. Os ativos podem ser classificados em:

- Ativos de risco: proporcionam um fluxo incerto de dinheiro/serviços ao proprietário.


- Ativos sem risco: são conhecidos com certeza.

O retorno sobre ativos é o fluxo monetário total de um ativo como uma fração do seu
preço, abrangendo o fluxo monetário que ele produz, o ganho ou perda. O retorno
pode ser categorizado em:

- Retorno real: considerando a inflação.


- Retorno esperado e retorno efetivo.

O retorno esperado é a média do valor esperado do retorno de um ativo. No entanto,


esses retornos tendem a aumentar o risco envolvido. Por outro lado, o retorno efetivo é
o retorno real que o ativo proporciona.

7. CONCLUSÃO

O estudo aprofundado sobre o risco e suas diversas facetas revela a


complexidade inerente às decisões que permeiam a vida cotidiana, especialmente no
âmbito financeiro. A incerteza, uma constante na existência, nos desafia a fazer
escolhas mesmo quando o conhecimento completo dos fatos é inalcançável. A
compreensão do risco envolve a análise da probabilidade e da variabilidade dos
resultados possíveis, sendo expressa de forma quantitativa pelo Valor Esperado e pela
Variabilidade.
As preferências de risco dos consumidores desempenham um papel crucial na
tomada de decisões, refletindo-se em escolhas que buscam equilibrar estabilidade e
oportunidade de ganho. A aversão, apreço e neutralidade ao risco moldam as
estratégias adotadas por indivíduos diante das incertezas financeiras, influenciando
desde investimentos até decisões de carreira.

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