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Aula 08 - Seleção de Cor
Aula 08 - Seleção de Cor
COR – resultado da
interação da luz de um
determinado ambiente
com as características
cromáticas,
propriedades ópticas e
as características
morfológicas tanto
internas quanto
externas dos dentes.
Biomimetismo:
mimetizar as
estruturas dentárias naturais (reproduzi-las).
Portanto, ao selecionar o material, o mesmo deve ter propriedades mecânicas e ópticas
(componente estético) similar à estrutura que está sendo reproduzida.
Cor é luz!
Qual o comportamento da cor quando a luz incide sobre os objetos?
1. Reflexão: total reflexão da luz, objeto branco. Quando apenas 1 feixe de luz é refletido,
ve-se o objeto na cor refletida.
2. Absorção: quando total, objeto preto.
3. Transmissao: quando parte da luz é refletida e parte da luz sofre transmissão, tem-se
policromatismo.
Saturação
Sinônimos – croma e grau de pureza.
O quanto a cor é mais ou menos saturada/pura.
É a variação do matiz. O quanto há de pigmento daquele matiz no objeto.
Valor
Sinônimo de luminosidade.
É a variação acromática entre o branco (luminosidade máxima) e o preto
(luminosidade mínima) considerando apenas o brilho e não o matiz.
Resumidamente, é o tom que a cor assumiria numa versão em preto e branco.
Matizes distintos podem refletir a mesma luz e, portanto, ter o mesmo valor.
Reflexão da luz no mesmo comprimento de onda.
Como perceber o valor?
Subjetivamente (intuição) ou objetivamente (fotografia em escala preto e branco).
2. Translucidez e opacidade
A translucidez é um fenômenos óptico no qual um objeto permite maior ou menor
passagem de luz, sendo um estado entre transparência completa e opacidade total.
A translucidez e a opacidade dos tecidos dentários é variável em função de idade do
paciente, historia do dente (trauma, endodontia,...), mas, em geral, o esmalte apresenta
comportamento de maior translucidez ao passo que a dentina apresenta mais opacidade
(ambos em diferentes graus quando em diferentes porções do dente e diferentes
indivíduos).
4. Fluorescência
É o fenômeno pelo qual uma substancia ou objeto emite luz quando exposta a radiações
do tipo UV.
A percepção da cor depende de três elementos variáveis: fonte de luz incidindo sobre o
objeto, observador e cor.
Luz: a interação do esmalte/dentina/polpa com a luz produz efeitos ópticos únicos que,
por um lado, tornam os dentes belos e únicos, por outro lado, dificultam sua replicação
com materiais restauradores.
A luz incidente sobre a superfície do dente é variável, gerando diferentes percepções
sobre o mesmo.
Fonte de luz artificial que reproduza características naturais:
• Temperatura de cor ideal – 5.500 a 6.000 graus kelvin.
• Indice de Reproducao de Cores próximo a 100 (fidelidade total da cor do objeto).
• No consultório – lâmpadas com correção para a luz do dia + luz natural.
Luz quente – baixa temperatura de cor
Luz ideal – 5500 graus kelvin
Luz fria – alta temperatura de cor
Ex:
Resinas de dentina e corpo são mais opacas.
Resinas de esmalte apresentam maior translucides e isso varia conforme a espessura da
camada.
O matiz, saturação e valor de uma mesma resina variam de marca para marca. Conhecer
e dominar o sistema restaurador a ser utilizado e o objeto (dente) a ser reproduzido
(características naturais – translucidez da borda incisal, halo opaco, textura superficial
da coroa, ...). Treinar o olho.
Roteiro Clínico
➢ Dentes limpos (profilaxia) e úmidos (saliva). A pigmentação exógena (que é
retirada com a profilaxia) influencia na percepção da cor. Além disso, dentes
secos tem aspecto mais esbranquiçado (desidratação).
A seleção de cor deve ser feita SEMPRE antes do isolamento do campo
operatório, seja ele absoluto ou relativo.
➢ Operador em distância de conversação (aproximadamente um braço de
distância).
➢ Afastar os lábios (maquiagem). Se o paciente estiver vestindo uma roupa
colorida, cobrir a roupa com um campo em tom neutro para que não ocorra a
competição no momento da seleção de cor.
➢ Observar rapidamente (5 a 7 segundos) – deve ser rápido pois a acuidade visual
diminui gradativamente.
1. Observar valor – mais ou menos iluminado
2. Observar o matiz – cor – (pelo canino, 1/3 cervical) – Marrom (A), amarelo
(B) ou cinza (C). Mais de 80% estão entre A e B.
3. Observar a saturação – quantidade de pigmento
Descanso dos olhos → visa devolver a acuidade visual. Observar, por alguns minutos, um fundo
cinza, verde ou azul para só depois retornar para a seleção de cor de fato.
Recursos de confirmação
• Escalas de cor prontas (???) – ex: vita classical (em geral a utilizada pelos sistemas
restauradores convencionais), 3D master (organizada pelo valor)
• Escala direta de RC ou Incrementos de RC (+ fotos) – secar o elemento, colocar sobre
o mesmo o incremento de RC, fotopolimerizar e observar a cor após a hidratação
salivar
• Restaurações de diagnostico/de teste/de simulação – o paciente vai para casa com a
restauração de simulação, podendo mostrar para familiares e decidir seguramente
sobre a cor escolhida. O paciente deve estar ativo no processo de seleção de cor.
• Aparelhos: espectrofotômetro portátil