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Nos CLPs, cada terminal dos médulos de entrada e saida € identificado por um endeteco tnico, € 0 simbolo interno para uma entrada qualquer é de tum contato. De modo similar, na maioria dos casos © simbolo interno para todas as saldas é de uma bobina. Este capitulo mostra como tais funcoes de contato ou bobina séo utlizadas para prograrar um CL? para funcionamentodo circuito Ele trata apenas 4o conjunto de instrugbes basicas que executam as fungbes similares as do relé;além de discorrer mais a respeito do ciclo de varredura (scan) do programa e © tempo de vartedura (scan) de um CLP. 5.1 Organizacgéo da memoria do processador Embora os conceitos fundamentais de programacio de CLP sejam comuns a todos os fabricantes, as diferengas na organizagéo da meméria, o enderegamento de B/S € © conjunto de instrugées demonstram que os programas do CLP nunca sio perfeitamente intercambidveis entre os diferentes fabricantes. Mesmo dentro de uma linha de produtos do mesmo fabricante, modelos diferentes po- dem nao ser diretamente compativeis (© mapa da meméria ou a estrutura do processador de ‘um CLP consiste em varias areas, algumas delas com re- gras diferentes. Os CLPs da. Allen-Bradley possuem das estruturas de meméria diferentes, identificadas pelos ter ‘mos sistemas base-rack (rack-based), cuja organizacio serd tratada neste capitulo, sistemas base-etiqueta (tag- -base), que serio tratados em capitulo posterior 6 Objetivos do capitulo Apés 0 estudo deste capitulo, voce serd eapaz de: 5.1 Definir ¢ identificar as fungées de um mapa de memé- ‘ria do CLP. 5.2 Deserever os arquivos da tabela de imagem da entrada € ‘da saida, eos arquivos de dados. 5.3. Descrever a sequeéncia de varredura (scan) do programs do CLe, 544 Entender como sao utilizadas as linguagens de diagra- ‘ma ladder, linguagem booleana e a linguagem de pro- ‘gramagio por mapa de fungao, para comunicar uma ‘com o CLE. ae a se Kr oe me ome de operagao existentes 7 cet ae rome wn x er ‘A organizagio da meméria leva em consideracio a forma como um CLP divide a meméria disponivel em se- ‘goes diferentes, e 0 seu espago pode ser dividido em duas amplas categorias: arquivas de programa earguivos de da- ddos. Segdes individuais, suas ordens e 0 comprimento de segdes variam e podem ser fixos ou varidveis, dependendo do modelo do fabricantc. Os arguivos de programa ocupam a maior parte da rmeméria total de um dado sistema de CLP, eesta contém a lgica ladder que controla o funcionamento da méqui- nae que consiste em instrugSes que sio programadas em ‘um formato desta légica. Muitas instrugdes requerem 0 uso de palavra de memoria, Os arquivos de dados armarenam a informagao ne- cesséria para executar 0 programa do ustéio, ineluindo informagies como os estados dos dispositivos de en- trada ¢ saida, valores dos temporizadares e contadores, dados armazcnados, entre outros. O conteido da tabela de dados pode ser dividido em duas categorias: dados de estados e mimeros e cédigos. O estado LIGA/DES- LIGA € 0 tipo de informagao representada por Ise 05, armazenado em uma posisio de um iinio bit Informa bes de nimero e eédigo sio representadas por grupos de bits armazenados em posighes de um unico byte ou palavea ‘As organizacies da meméria com base-rack dos con- troladores do PLC-5 e SLC 500 (Figura 5.1), da Allen- -Bradley, io muito parecidas. Os contetidos de cada ar- quivo sao como segue Arquivos de programa Os arquivos de programa sic as areas da meméria do processador onde a programagdo em logica ladder & ar- mazenada. Eles podem incluir: « Fungées do sistema (arquivo 0) ~ f sempre incluido © contém informagio de virios sistemas relacionados, além de informagao programada pelo ususrio, como 0 tipo de processador, configuracao da F/S, nome do ar- quivo do processador e senha (password). + Reservado (arquivo 1) ~f.reservado pelo provessador endo pode ser acessado pelo usuirio, + Programa ladder principal (arquivo 2) ~E sempre cluido e contém as instrugdes programadas pelo ust rio que definem como o controlador vai fancionar. ‘© Sub-rotina do programa ladder (arquivos de 3 até 255) ~ Esses arquivos sio criados pelo usuirio e si0 ativadas de acordo com as instrugdes de sub-rotina, presentes no arquivo principal do programa ladder. 3255 Figura 5.1. Organizagio do arquivo de programa ede ‘dados pata o controlador SLC 509, Capitulo 5 Programagio bisica do CL Arquivos de dados ‘A porcio do arquivo de dados da meméria do processa- or armazena 0s estados da entrada e saida, bem comoo estado do processador e de varios bits e dados numéricos. Todas essa informagaes sio acessadas por meio do pro~ ‘grama em Logica ladder. Eles sio organizados pelo tipo de Gados que contém e podem ter: « Saida (arquivo 0) ~ Armazena o estado dos terminais de saida para o controlador. + Entrada (arquivo 1) ~ Armazena 0 estado dos termi ais de entrada para 0 controlador. + Estado (arquivo 2) ~ Armazena a informacio de ope- racio do controlador eé ttl para verificagio de defeitos zo controlador e no programa de operacio, * Bit (arquivo 3) ~ F utilizado para armazenar a logica dos relésinternos, # Temporizador (arquivo 4) — Armazena os valores acumulados do temporizador, os valores pré-ajustados estados dos bits, © Contador (arquivo 5) ~ Armazena a contagem acu- rmulada, os valores pré-ajustadas € 0s bits de estado, + Controle (arquivo 6) - Armazenaaposigao eaextensio do ponteiro eo estado do bit para instrugdes especificas, como registrador de deslocamento e sequenciadores. * Inteiro (arquivo 7) ~ Fttilizado para armazenar valo- ‘es numéricos ou informacio de bit. *# Reservado (arquivo 8) ~ Nao éacessivel ao usu. # Comunicagdes de redes (arquivo 9) - futilizado para comumicagies de redes, se forem instaladas, ou como arquivos de 108 255, « Definido pelo usuario (arquivos de 10 a 255) ~ Sie definidos pelo usuario como bit, temporizador, con- tador, controle e/ou armazenagem de dados inteiros. 0 formato de enderegamento de F/S para a familia de CLPs SLC € mostrado na Figura 5.2 © consiste em trés partes: Parte 1:1 para entrada (B) e dois-pontos para separar © tipo de médulo do slot; O para saida (S), € dois- -pontos para separar 0 tipo de médulo do slot. Parte 2:0 para niimero do slot ea barra para sep rar oslot do niimero do terminal de conexio. Parte 3: Nimero do terminal de conexio. Existem cerca de 1.000 arquivos de programa para ‘um controlador PLC-S da Allen-Bradley, os quais podem ser estabelecidos (set-up) de dois modos diferentes: (1) programacao em logica ladder padrao, com 0 programa Controladores l6gicos programsveis nada cues Separadorcomparimente ™ snes AT a Se ro do Designader ——Nurero ea Figura 5.2 Formato de enderecamento para a familia de CLPs SLC. Fonte:Imagem usada com a permisso da Reckwell Automation Inc. principal no arquivo de programa 2 ¢ arquivos de pro- sgrama 3 até 999 atribuidos, segundo a necessidade, para sub-rotinas; ou (2) em grificos de fungdes sequenciais, em que sio atribuidos passos para os arquivos de 2 até 999 ou transigdes, de acordo com a necessidade. Com © processador estabelecido para a logica ladder padrio, © programa principal seri sempre no arquivo de pro- sgrama 2, € 0s arquivos de programa de 3 até 999 serio sub-rotinas. im ambos os casos, o processador sé pode armazenar ¢ executar um programa de cada ver. AA Figura 5.3 mostra uma organizagao do arquivo de dados tipica para um controlador PLC-S, da Allen-Bra- dley. Cada arquivo de dados & composto de numerosos elementos, que podem ter extensio de uma, duas ou trés palavras. A extensio dos temporizadores, contadores € elementos de controle ¢ de trés palavras; a extensi dos elementos de ponto flutuante € de duas palavras;jé a extensio de todos os outros elementos é de uma pa lavra, e esta consiste em 16 bits ou digitos binarios. © processador opera com dois tipos de dados diferentes: :imero inteiro e ponto flutuante. Todos os tipos de da dos, exceto 05 arquivos de ponto flutuante, sio tratados como niimeros inteiros ou completoss todos os endere- 9s de elemento numerados e bit nos arquivos de dados de saida e de entrada so numerados pelo sistema octal, enquanto os enderecos de elemento ¢ bit nos arguivos de outros dados sio numeradas pelo sistema decimal © PLC-5 ¢ SLC 500 armazenam todos os dados em uma tabela de dados global e sio baseados nas opera Ges de 16 bits, 0s quais podem ser acessados pela es- pecificagao do enderego do dado desejado. Os formatos deenderecamentos tipicos para o controlador PLC-5 sio como segue: + Os enderecos nos arquivos de dados de saida e dados e entrada sao locagoes potenciais pare os médulos de entrada ou de saida montados no chassi de E/S ~O enderego 0012/15 60 arquivo da tabela de imagem dda sada, rack 1, grupo médulo 2, bit 15, —O enderego 1:013/17 & 0 arquivo da tabela de imagem da entrada, rack 1, grupo médulo 3, bt 17. + 0 arquivo status de dados contém informagio sobre 0 estado do processador: =O endereco 015 € 0 endereco da palavra 15, do ar- ‘quivo de estado. =O endereco $:027/09 é o enderego do bit 9, na pala~ vyra27, do arquivo de estado, 0 arquivo de dados de bits armazena os estados dos tse serve frequentemente para armazenagem quando so utilizadas as instrugbes de seidas internas, sequen- ciadores, deslocamento de bite instrugies logicas 0 enderego B3:400 & o endereco da palavra 400 do arquivo de bit, portanto, o arquivo de niimero (3) deve ser incluido como parte do endereco. £ impor {ante notar que os arquivos de dados de entrada, sai- dace estado sho apenas arquivos que nio requerem 0 designador do numero do arquivo, porque 6 pode haver um dado de entrada, um de saida e um arquivo de dado de estado. —A palavre 2, bit 15, é enderegada como B3/47, porque ‘0s ntimeros do bit sio sempre medidos a partir do inicio do arquivo. Vale lembrar que aqui os bits si0 ‘numerados em decimal, e nao em octal, como a pa Tavra que representa 0 rack 0 slot, Capitulo 5 Programagio bisica do CL Eitensto aemenes Arcuive imager da saa 2 ‘Arcuivo imagem da eta 2 Estado dl processor 2 ‘rcuive do bt 41000 ‘Aqavn 6 tompaizaor 41000 ‘Arguivo do contador 41000 Arquivo ae contro +1000 ‘rue do eno intro +4000 ‘Arquivo do potortanto +1000 Tapas snes 41000 ‘osarauiosde ndreras «9.099 | porarauvo Figura 5.3 Organizacéo da meméria de arquivos de dados para o controlador PLC-5, da Allen-Bradley. Fnte:lmagem useda come permissd0 de Rockwell Automation, Inc. ‘© 0 arquivo do temporizador armazena 0 estado e os dados do temporizador. Um elemento temporizador consiste em trés palavras: a de controle, a de pré-ajuste (preset) ea acumulada; o enderecamento da palavra de controle no temporizador € o nimero a ele atribuido, os temporizadores no arquivo 4 sio numerados come- cando com T4:0 funcionam até T4:999; os enderecos para as trés palavras do temporizador T4.0 sio: Palawade controle: T40 Palavra de pre-ajuste: T4:0,PRE Palavra acumulada; T&:0.ACC O enderego de bit de habilitagao (enable) na palavra. de controle & T:4:0/EN; 0 endereco do bit de crono- metragem do temporizador é T:4:0/TT; e 0 enderego do bit de finalizagao é T:4:0/DN. + 0 arquivo do contador armazena o estado ¢ 0s dados do contador. Um elemento contador consiste em trés palavras:a de controle, a de pré-ajuste (preset) ea acu- rmulada; © enderegamento da palavra de controle do contador € 0 ntimero atribuido ao contador; 05 con- tadores no arquivo 5 sio numerados comecando com C50 e funcionam até C5:999; os enderecos para as trés palavras no contador C5:0 sdo; Pelavra de controle: C50 Pelavra de pré-ajusie: C5:0.PRE Pelawa acumuleds: — C5:0.ACC O endereco do bit de habilitagio (enable) para conta- ‘gem crescente na palavra de controle é C5:0/CU; 0 en- erego do bit de habilitacdo para contagem decrescente € C5:0/CD; 0 enderego do bit de finalizagao & C:5:07 DN; 0 endereco de excedente ¢ C5:0/OY; ¢ 0 enclerego, de falta & C5:0/UN, 0 arquivo de controle armazena 0 estado ¢ 0 dado do elemento controle, ¢é utilizado para controlar varias instrugdes de controle. © elemento controle consiste ‘em trés palavras: a de controle, a de extensio a de posicto; o enderecamento da palavra de controle para ele & 0 ntimero atribuido ao controle: 6s elementos do controle no arquivo de controle 6 séo numerados, co- ‘megando com R6:0, ¢ funcionam por R6:999; 0 ende- regamento para as trés palavras do elemento controle R6.0 sao Pelavra de controle R60 Palavra de extensto: RE:0.LEN Palavra de posicao:_R0POS. Controladores l6gicos programsveis Existem numerosos bits de controle na palavra de con- trole,e sua fungio depende da instrucao na qual o ele mento de controle é utilizado. © arquivo inteiro armazena os valores inteiros dos da- dos, em uma faixa de 32.768 até 32.767, ¢ esses valores: so mostrados na forma decimal. O elemento inteiro é tum elemento de palavra simples (16 bits). Podem ser armazenadas até 1,000 clementas inteiros enderegados. de N7:000 até N7:999, —0 enderego N7:100 é 0 endereco da palavra 100 do arquivo intel, =O enderecamento do bit & decimal, vai de 0 até 15; por exemplo, o bit 12 na palavra 15 & enderegado como N7:015/12, O elemento arquivo ponto flutuante pode armazenar valores na faixa de £1,1754944 e-38 até 34028237 +38. O elemento ponto flutuante é de duas palavras (32 bits), € podem ser armazenados até 1.000 elemen tos endereyados de F8:000 até F8:999, Nao podem ser enderecadas palavras individuais ou bits nos arquivos Pontos flutuantes. * Os arquivos de dados podem ser atribuidos de 9 até 999, para diferentes tipos de dadas, de acordo com a necessidadle. Quando atribuido a um determinado tipo, um arquivo ¢ entao reservado para aquele tipo ¢ no pode ser usado por nenhum outro. Nao podem ser criados arquivos de entrada, saida ou estado. © arquivo bit, 0 arquivo inteiro on o arquivo ponto flutuante podem ser utilizados para armazenarestados ou dados, ea escolha de um deles depende do que se preten- de fazer com o daclo. Para tratar com estados, em ver de dados, ¢ prefervel o arquivo bit: jé com o uso de miimeros extensos ou niimeros muito pequenos e quando ha neces- sidade de um ponto decimal, & melhor utilizar 0 arqui vo ponto Mlutuante, O tipo de dado com ponto flutuante pode ter restricfo, contudo, pelo fato de no haver uma correspondéncia com os dispositivos externos ou com as instrugdes internas, assim como nos contadores tempo: rizadores, que utilizam apenas palavras de 16 bits. Nesse «aso, pode ser necessério utilizar o tipo de arquivo inteio, 0 arquivo tabela de imager de entrada é a parte da meméria do programa posicionada para armazener 0s estados liga/desliga das entradas discretas conectadas. A Figura 54 mostra a conexio de uma chave aberta e ‘uma chave fechada para 0 arquivo tabela de imagem de entrada pelo médulo de entrada, Essa operagao pode ser resumida do seguinte modo, « Para a chave fechada, o processador detecta uma ten= siio no terminal de entrada e grava essa informagio ar ‘mazenando um 1 binario na posigao desse bit + Para a chave aberta, 0 processador nio detecta uma {ensio no terminal de entrada e grava essa informacao armazenando um 0 binirio na posigio desse bit «Cada entrada conectada tem um bit no arquivo tabela de imagem da entrada que corresponde exatamente 20 terminal no qual a entrada ests conectada + O arquivo tabela de imagem de entrada muda para re fletiro estado atual da chave durante a fase de varredu- rada B/S no funcionamento. ‘Sea entrada estiver ligada (chave fechada), seu bit cor- respondente na tabela é ajustado para 1 ‘Se a entrada estiver desligada (chave aherta), seu bit correspondente é limpo, ou levado a 0. + © processador Ie continuamente o estado atual da en- ‘ada eatualiza 0 arquivo tabela de imagem da entrada, © arquivo tabela de imagem da saida éa parte da me- sori do programa posicionada para armazenar 0 esta- do atual ligado/destigado das saidas discretas conectadas, écl deonads u Dostgada (avert) (Foca) e[élole[e[s]sle Pata corespenconte 7 so meaio de ena Z “Knees tadela de doe Figura 5.4 Conexéo de uma chave aberta e ume fechada para o arquivo tabela de imagem de entrada ‘pelo médulo de entrada. A Figura 5.5 mostra uma conexdo tipica de dois sina- leiros para 0 arquivo tabela de imagem da saida pelo médulo de saida, operagio que pode ser resumida da seguinte maneira: ‘+ Oestado de cada sinaleizo (LIGADO/DESLIGADO) controlado pelo programa do usuario e indicado pela presenga de 1 (LIGADO) e 0 (DESLIGADO). ‘Cada saida conectada tem um bit no arquivo tabela de ‘imagem da saida que corresponde exatamente a0 ter- minal onde a saida est conectada, ‘ Seo programa chama por uma saida especifica que esté LIGADA, seu bit correspondente na tabela ¢ estabele- ido como 1. * Seo programa chama por uma saida que est4LIGADA, seu bit correspondente na tabela 6 estabelecido como 0. ‘= O processador ativa ou desativa continuamente 0 es- tado da saida de acordo com o arquivo do estado da tabela de saida, (Os micros CLPs tém caracteristicamente um niime- ro fixo de entradas e de saidas. A Figura 5.6 mostra o controlador MicroLogix, da Allen-Bradley, da famitia odulo de sain estat ejelelelelelele t o} | |a Pala corespendente parm malo e388 "arguloe da tabola do doe Figura’.5 Conexées dos dois snaleres para o arquivo ta- bela de imagem da saida peto médulo de saida, Capitulo 5 Programagio bisica do CL dos controladores MicroLogix 1000. 0 controlador tem 20 entradas discretas, com enderegos predefinidos de 1/0 até 1/19, ¢ 12 saidas discretas, com enderegos predefini- dos de O1 até 0/11. Algumas unidades contém também entradas e saidas analogicas embutidas em sua base pe- los médulos adicionais. 5.2 Varredura (scan) do programa Quando um CLP exeeuta um programa, ele deve saber ~ «em tempo real ~ quando um processo que esta controlan- o um dispositive externo esté mudando, Durante cada ciclo de operagdo, © processador Ié todas as entradas, toma esses valores e energiza ou desenergiza as saidas de acordo com o programa do usuario, processo conhecido como ciclo de varredura do programa. A Figura 57 ilustra tum ciclo de operagdo de um CLP simples, que consiste em varredura de entrada, varredura do progransa, varre- dura de saida e outras tarefas, Polo fato de uma entrada poder mudar a qualquer momento, ele repete esse ciclo constantemente enquanto o CLP estiver no moda de fun: ionamento (RUN), (0 tempo necessario para completar um ciclo de var- redura é chamado de tempo de ciclo de varredura e indica a rapide de reagao do controlador is mudangas nas en- tradas; ele pode variar de 1 a20 milissegundos. Se o con- trolador reagir @ um sinal que muda de estado duas vezes Gurante um tempo de varredura, é possivel que © CLP no detecte essa mudanga; por exemplo, se « CPU levar '8 ms para varrer um programa e um contato na entrada for aberto ¢ fechado a cada 4 ms, 0 programa pode nio responder & mudanga de esiado do contaio. Ela detectara ‘uma mudanga se esta ocorrer durante a atualizagio do arquivo tabela de imagem da entrada, mas nio respon- Gerd a todas as mudangas. O tempo de varredura & uma angio dos seguintes elementos: * da velocidade do modulo do processadors + da extensio do programa ladder; + do tipo de instrugao executada; + das condigdes reais de verdadeiro/falso da ligica ladder. © tempo de varredura real ¢ calculado cada vez que a instrucio END ¢ executada e armazenado na meméria do CLP O dado do tempo de varredura pode ser moni- torado via programacdo do CLP ¢ inclui o méximo e 0 Ultimo tempos de varredura. A varredura é normalmente um processo sequencial & continuo da letura dos estados das entradas, executando Controladores l6gicos programéveis L2 Entra do sin! esereto us Lite fg To a Secs S Ss ee 7] west tua Le ae =e Micro CLP tipico com enderecos predefinidos. Fonte:tmager usade com permis da Rockwell Automation, \ereagae interna a momot, elo ‘oporagio Guar (| QUTRAS sovigo de comunicagio | TAREFAS ‘eauletada 0 ca damage de stice eran pera os eteus ge sada ‘eneen9, UGANDO of DESLIGANDO 0 depose Figura 5.7 Ciclo de vatredura do programa do CLP. © controle logico € atualizando as saidas. A Figura 58 ‘mostra uma visio geral do flux de dados durante o pro- cesso de varredura. Para cada escada executada, o proces- sador do CLP iré: + Examinar o estado dos bits da tabela de imagem da entrada. * Processar a légica ladder na ordem para determinar a continuidade Ibgica ‘ Atualizar os bits apropriados da tabela de imagem da saida, se mecessério. # Copiar os estados da tabela de imagem da saida para todos os terminais de saida. A energia é aplicada a0 dispositivo se o bit da tabela de imagem da saida for estabelecido anteriormente como 1 (Ov extaco ds Srvadas exernas So esc para a {abel ge imagom sented (arquve eure) -ale ‘Cada deer da sscada& varico ‘ rocessade usando 0 eace no ‘arquve da onvada Alogca Tesullae 6 sca na tabele ‘Se imagon side {argue 04 rage ado.do los Sada ena tome oo Programa ] Heit | C iC | t (Ghocalcomparaloramina condos especieae ‘Toma aguma acto Figura 5.8 Vis3o geral do processo de varredura durante o fuxo de dados. Capitulo 5 Programagio bisica do CL ‘= Copiaras estadas de todas os terminais de entrada para a tabela de imagem de entrada. Se uma entrada estiver ativa (isto &, se existir uma continuidade elétrica),o bit correspondente na tabela de imagem da entrada seré estabelecido como 1 A Figura 5.9 mostra o processo de varredura aplicado. ‘um tinico degrau do programa. A operacio do processo de varredura pode ser resumida da seguinte maneita: ‘= Se o dispositive de entrada conectado no enderego 1:3/6 estiver fechado, 0 circuito do modulo de entrada detecta uma continuidade elétrica, ¢ uma condigao 1 (LIGADO) é estabelecida no bit da tabela de imagem da entrada 13/6. ‘* Durante a varredura do programa, o processador veri- fica se a condigdo do bit 13/6 & 1, condigao (LIGADO). '* Nesse caso, em virtude dea entrada I:3/6 ser I, dizemos que o degrau é VERDADEIRO ou que possul uma con- tinutdade légica. += 0 processador entdo estabelece o bit da tabela de ima- gem da saida 0:4/7 para 1 + O processador liga a saida 0:4/7 durante a préxima varredura da B/S, e 0 dispositivo de sada (sinaleiro) ligado neste terminal éenergizado. ‘= Esse processo & repetide enquanto 0 processador esti- ver no modo de fancionamento (RUN) += Seo dispositivo de entrada se abre, perde a continuida- de elétrica, e um 0 é estabelecido na tabela de imagem, da entrada. Como resultado, dizemos que o degrau & ALSO, por causa da perda da continuidade logica. ++ 0 processador estabelece entdo 0 bit O=4/7 da tabela de imagem da saida como 0, causando o desligamento do dispositive. © programa ladder processa as entradas no inicio da vvarredira e as saidas no final, como mostraa Figura 5.10, “Tabla do rage da ead (o[o[e [ao[o}o Fil oTe aT o]o[o ao} RATION HE CooL i 133] Passo 3 fi 138) Tranter [33] rao {olo[ofofofo[ofofofofeliolo Bio} —|33} meio Tabela ce imagem oa saa Gesaida Figura 5.10 Processo de varredura aplicade a um progra rma com vatlos degraus. Para cada degrau executado, 0 processador do CLP iré: Passo 1 Atualizar a tabela de imagem da entrada, verificando a tensio nos terminais de entra- das. Com base na auséncia ou na presenca de uma tensio, um 0 ou 1 € armazenado na posigio do bit da meméria designado para tum determinado terminal de entrada, Passo 2 Executar a ligica ladder para determinar a continuidade ldgica. O processador varre © programa executa a continuidade logica de cada degrau, remetendo para cada tabe- la de imagem da entrada para verificar se as condigies das entradas sio encontradas. Se as condigées que controlam uma saida sio Meda Mésule do precessador Melo ena Dap de ented a6 Fone de nimaringio| (so dispositive de caroo HR Diostve BE cesaue a Fonie de almeningo lo iepostvo de careo T Figura 5.9 Processo de varredura aplicado @ um tnico deqrau do programa, Controladores l6gicos programsveis encontradas, 0 processador escreve ime- diatamente 1 na sua posigio de memoria, indicando que a saida sera LIGADA; se as condigSes nio forem encontradas, um 0 in- dicando que o dispositivo sera DESLIGADO escrito na sua posigdo de memoria. Passo 3 © passo final do processo de varredura & atualizar 0s estados dos dispositivos de safda pela transferéncia dos resultados da tabela de saida para médulo de saida, chavean do, desse modo, os dispositives conectados na saida LIGADO (1) DESLIGADO (0). Se o estado de qualquer um dos dispositivos de entrada mudar quando o processador estiver no passo 2 0u 3, a condigio da safda nao res- ponderd a mudanga até a préxima varredura do processado ‘Cada instrugio inserida no programa requer um tem- po determinado para ser executada, que depende dela ‘mesma; por exemplo, leva menos tempo para um pro- cessador ler o estado de um contato de entrada do que para ler um valor acumulado no temporizador ou conta- dor. tempo gasto para varrer 0 programa do uswaio é dependente também da frequéncia do rel6gio (clock) do sistema do microprocessador. Quanto maior a frequéncia do relogio, mais rapida éa taxa de varredara Existem dois padres bisicos de varredura que os diferentes fabricantes de CLP utilizam para realizar essa fungdo (Figura 5.11). Os CLPs da Allen-Bradley utilizam a varredura horizontal pelo método do degrau, no qual 6 processador examina as instrucdes de entradas e de saidas a partir do primeiro comando, na parte superior esquerda, horizontalmente, degrau por degrau, Os CLPs Modicon usam a varreduta vertical pelo método de col. nna, no qual o processador examina as instrugoes de entra~ dae de safdaa partir da entrada do comando em cima, esquerda, no diagrama ladder, verticalmente, coluna por t > E44 |e = reir nde oscasa Figura 5.11 A varredura pode ser vertical ou horizontal. ccoluna e pagina por pagina. As paginas slo executadas ‘em sequéncia. Os dois métodos sio adequadas, contudo, tum equiveco no modo como © CLP varre 0 programa pode causar erros na programacio. 5.3 Linguagem de programacao do CLP 0 termo linguagem de programacao do CLP refere-se ‘a0 método pelo qual o usuario comunica a informacio ao CLP.O padrio IEC 61131 (Figura 5.12) foi estabelecido ppara padronizar as linguagens mltiplas associadas com ‘a programagao de CLP pela definigao das cinco seguintes linguagens-padrio: + Diagrama Ladder (LD) ~ Uma representagio grifica de um proceso com degraus ligicos similar aos esque ‘mas com ligica a relé que sio substituidos pelos CLPs. ‘+ Diagrama de Blocos de Funcio (FBD) ~ Uma repre- sentagio grifica de fluxo de processo que utiliza inter | transite realmentagio = condor — | ——Tarsigdo <—Tansgac )<— Praca Figura 5.16 _Elementos fundamentals de um programa em ‘mapa de fungao sequencial © texto estruturado é uma linguagem de texto de alto nivel, usado primariamente para implementar procedi- _mentos complexns que niio podem ser expressos em uma linguagem gréfica: ele utibiza declaragoes para definir 0 que executar. A Figura 5.17 mostra como 0 texto estru- turado ea programagio com diagrama ladder podem ser utilzados para produzir a mesma saida lgica, plicagao que tem © objetivo de energizar um solenoide (SOL) 1 sempre que existir uma das duas seguintes condigies do circuit: coos Sara ‘Sensor3- ‘Sensor 4 ‘Sensor 5. EE te Programa em diagroma tcder (0) Programa em texto estruturado Figura 5.17 Programa para CLP em ladder e texto esteutu- rado equivalente, ‘© As chaves sensor 1 ¢ sensor 2 estiverem fechadas. ‘* As chaves sensor 3 ¢ sensor 4 estiverem fechadas ea chave sensor 5 estiver aberta, 5.4 Instrugées tipo relé A linguagem em diagrama ladder & basicamente um conjunto simbélico de instrugdes utilizado para gerar 0 programa do controlador, e esses simbolos sio arranja- dos para obier a ligica de controle desejada que esta para set inserida na meméria do CLE. Peo fato de.0 conjunto de instrugées ser composto de simbolos de contatos, a linguagem em diagrama ladder também é referida como simbologia de contates. As representagdes de contatos e bobinas sio os simbo- los bisicos do conjunto de instrucdes do diagrama ladder, (Os trés simbolos fandamentsis utilizados para traduzir & logica de controle a relé para a logica simbdlica de conta- to sio: veriicador de fechado (XIC),verificador de aberto (KIO) e energizagdo da saida (OTE). Cada uma dessas instrugdes refere-se a um tinico bit da meméria do CLP, ‘que esta especificado pelo endereco da instrucio. ‘A Figura 5.18 mostra o simbolo para a instrugo ve~ rificedor de echado ou ligado (XIC). Essa instrugdo, tam- bbém chamada de Examine-On (ligado), parece e opera ‘como um contato aberto do relé. Associado a cada ins- trucio XIC existe um bit na meméria ligado com 0 esta do de um dispositive de entrada ou uma condigdo ligica interna no degrau, Essa instrugao orienta 0 processador do CLP a examinar se 0 contato est fechado, e le faz iss0 verificando a posigdo do bit de meméria, especilicado pelo endereco da seguinte maneira: Capitulo 5 Programagio bisica do CL + Obitda meméria éestabolecido em 1 010, dependendo do estado da cispositivo (fsic) de entrada ou pelo en- derego do te interno da (légica) associado aquele bit ‘¢ Um 1 corresponde a um estado verdadero ou a uma condigao on (Ligado) ‘¢ Um 0 corresponde a um estado falso ou a uma condi- «ao off (desligado), * Quando a instrucdo Examine-On é associada a uma entrada fisica, a instrugio seré estabelecida em 1 quando uma entrada fisica estiver presente (tensio aplicada no terminal de entrada) e 0 quando nao exis- tir entrada fisica presente (ou seja, quando nio hou- ver tensio aplicada no terminal de entrada). * Quando a instrugio Examine-On é associada pelo enderego a um relé interno, o estado do bit é depen- dente do estado logico do bit interno com © mesmo enderego da instrugae, + Se obit da instrugio na meméria for 1 (verdadeiro), ea permitiré a continuidade no degrau através dele, como tum contato fechado de relé «Se o bit da instrucao na meméria for 0 (also), ela no permitiré a continuidade no degrau através dele ¢ as- sumira o estado normalmente aberta da mesmo modo que um contato aberto de umn relé ‘Simbolo \Varteador de tech Qc) Examine-On _ 514191211109 & 7 6 8 CE Pree) 8 Endo # ee ila Incr intra ‘ome vrs A Figura 5.19 mostra o simbolo para a instrucio Verificador de aberto ou desligado (XIQ), também cha- mada de instrusio Examine-Off (desligado), parece © opera como um contato de relé normalmente aberto. Associado a cada instrugio X1O, existe um bit na me- :méria ligado com o estado de um dispositivo de entrada ou uma condigéo légica interna no degrau. Essa instru- io orienta o processador do CLP a examinar se 0 con- {ato esta aberto, e ele faz isso verificando a posigio do bit de meméria, especificado pelo enderego da seguinte * Como com qualquer outro bit na meméria estabeleci- Go em 1 0U 0, dependendo do estado do dispositive (fisico) de entrada ou do enderego de um relé interno {logico) associado aquele bit. + Um 1 corresponde a um estado verdadeiro ou a uma condicao on (igado). ‘= Um 0 corresponde a um estado falso ou a uma condi- ‘ho off (desligado). * Quando a instrugao Examine-Offé utilizada para exa- ‘minar uma entrada fisica, a instrugdo seré interpreta- «da.como falsa quando houver uma entrada fisica(ten- sao) presente (0 bit é 1) e como verdadeira quando nao hhouver uma entrada fisica presente (obit €0). ‘Simoolo Verteador da aberto (XO) —- Baxter sete > | pene 4 m0 —te— nau interpreta ‘oma tae wunwnwee7Tesaazre CLL Lt lel TT 1) Instore Figura 5.18 Instrucio verificador de fechado (KIC) ITT tt TTT) a tae interpreta Figura 5.19. Instrucio verfcador de aberto (XIO). Controladores l6gicos programsveis + Sea instrugio Examine-Of for associada pelo endere- G0 2 um rel interno, o estado do bit sera dependente do estado légico do bit interno com 0 mesmo endere- 0 da instrucio. * Como instrugio Examine-On, o estado da instrucio (Werdadeiro ou falso) determina se a instrugio permi- tird uma continuidade no degrau por ele mesmo, como tum contato fechado de rel + O bit na meméria segue sempre o estado (verdadeiro 1, 04 falso = 0) do endereco de entrada ou 0 ende 1060 interno atribuido a ele; contudo, a interpretagao desse bit é determinada pela instrucio utilizada para examind la © A instrugdo Examine-On interpreta sempre o estado 1 como verdadeiro eo estado 0 como falso, enguanto a instrugio Examine-Off interpreta um estado 1 como {also e 0 estado 0 como verdadeiro, ‘A Figura 5.20 mostra o simbolo para a instrugao de energizagio de saida (OTE), que parece e funciona como uma bobina de relé e & associada a um bit de meméria. Ela orienta o CLP a enengizar (ligar) ou desenergizar (desligar) a saida. © provessador torna essa instrugao ‘verdadeira (andloga a energizar @ bobina) quando existir um caminho légico verdadero para as instrugées XIC Simsclo XIO no degrau, O funcionamento da instrucio de ener- gizagao de saida pode ser resumido como segue: ++ Obit de estado da instrugio enderecada para energiza- ho de saida & estabelecido como 1 para energizar e 0 para desenergizar a saida, '*Se um caminho Idgico verdadeiro for estabelecido com a instrugio de entrada no degrau, a instrucio OTE ¢ energizada ¢ 0 dispositivo conectado na saida éenergizado, + Se um caminbo légico verdadeiro nao for estabeleci- do ou as instrugées do degrau forem falsas, a instrucio OTE € desenergizadae o dispositivo conectado na sai a édesligado, Programadores iniciantes costumam raciocinar em termos de circuitos de controle a relé e tendem a utilizar ‘9 mesmo tipo de contato (NF ou NA) no programa em logica ladder que corresponde ao tipo de chave de campo ‘onectada na entrada de sinal discreto: porém, esse nio 0 melhor modo de entender o conceito. Uma melhor abordagem & separar a a¢io do dispositive de campo da agdo do CLE, como mostra a Figura 5.21. Um sinal presente estahelece o bit (NA) como verdadeiro (1), en- ‘quanto uma auséncia de sinal estabelece obit (NA) como {also (0). O inverso é verdadeiro para o bit (NE): um sinal Cen wuwwNwWe 876s 4921 0 Dados ae eid eu) oven GEE suiweiwe se 76543240 \Ugade oan om sao Davos 0 nt , (if Hig oye} Hil eo e Module Figura 5.20 Instrucho de energizacio de saida (OTE). Capitulo 5 Programagio bisica do CL Madito to ‘este La] = Programa em liga adder i sion Bota no aeons Figura 5.21 Separacioda ago do dispositivo de campo e do bit do CLP. presente estabelece o it (NF) como falso (1); ¢ uma au- séncia de sinal estabelece obit (NA) como verdadeiro (0), ‘A funedo principal do programa em ligica ladder & controlar saida com base nas condigSes de entrada, como mostra a Figura 522. Ksse controle & obtido pelo uso do que for referido nos degraus do diagrama ladder. Em geral, tum degrau consiste em um conjunto de instruyoes, repre- sentadas pelos contatos das instrugdes, e uma instrugio de sada no final do degrau, representada pelo simbolo de bo- bina. Cada simbolo de contato ou de bobina éreferenciado com um enderego que identifica o que esta sendo executa- do e 0 que esté sendo controlado. A mesma instrugdo de contato pode ser utilizada no decorrer do programa sem- pre que uma condigio precisar ser executada, Os nime- ros dos relés ldgicos do ladder e as instrugdes de entrada e saica so limitados apenas pela capacidade da meméria, ‘A maioria dos CLPs permite mais de uma saida por degrau, ara uma saida ser ativada ou energizada, deve existir pelo menos um caminho légico verdadeiro da esquerda i. oa a cous & Figura 5.22 Degraus do diagrama légico ladder. para a direita, como mostra a Figura 5.23. Um eaminho fechado completo é referido como uma continuidade I~ gica, ¢, quando els existe em pelo menos um caminho, a condigdo do degrau ea instrugdo de energizagao de satda sao chamadas verdadeiras, mas sero falsas se nao hou- ver uma continuidade Iogica no caminko estabelecido. Durante o funcionamento do controlador, 0 processador executa a ligica do degrau e muda o estado das saidas de acordo com a continuidade logica dos degraus. 5.5 Enderecamento da instrugéo Para completar a entrada de uma instrucio do tipo relé, E necessario especificar um endereco para cada instru- lo. Fle indica que esta conectado na entrada do CLP ongovo|-{i89}- — 3} {9} voces |B owesa| fi} 3} i} Figura.23 Continuidade lagica, Controladores l6gicos programéveis para qual dispositivo, e qual saida do CLP sera aciona- dda para qual dispositivo ma saida © enderecamento de entradas © saidas reais, bem como internas, depende do modelo de CLP que esté sen- do utilizado. Os formatos de enderecamentos podem va- riar de uma familia de CLP para outra, bem como para diferentes fabricantes. Eles podem ser representados em decimal, octal ou hexadecimal, dependendo do sistema ‘numérico utilizado pelo CLP; também identificam a fun- «do de uma instrugao e a ligam a um determinado bit na parte da tabela de dados da meméria; contém o nime- 10 do slot da médulo onde os dispositives de entrada ou saida estdo conectados: e so formatados come tipo de arquivo, nismero do slot e bit, ‘A Figura 5.24 mostra o formato de enderesamento para o controlador SLC 500 da Allen-Bradley. A designacio de um endereco F/S pode ser inctuida no diagrama de conexdo das B/S, como mostra a Figura 5.25, As entradas e saidas sio representadas normalmen- te por quadrados ¢ losangos, espectivamente. 5.6 Instrucgdes de malhas ‘So usadas para criar caminhos paralclos das instrugdes para a condigio de entrada, © que permite mais de uma ‘ecombinacdo das condigdes de entrada (ligica OR) para cestabelecer uma continuidade légica em um degrau (Fi- ‘ura 5.26), ¢ este sera verdadero se as duas instrughes, A © B, forem verdadeiras. ia cars ae mo Be | is 048 12 fe} at a Saida = Hee] ie f ; - Figus24 Food vcr procera SUS ta lant was sis is & b rae oes 3 —{ ia Gat>—Ay a 1 oo 8 638) R Figura 5.25 Diagrama de conexao das E/S. Capitulo 5 Programagio bisica do CL ‘A ramificagio na entrada formada por malhas pa- ralelas pode ser utilizada no seu programa de aplicagio para permitir mais de uma combinacio nas condigies de entrada. Se pelo menos uma dessas malhas parale- las forma um eaminho logico, a ligiea do degrau sera verdadeira e a saida serd energizada; se nenhuma dessas rmalhas completarem um caminho légico, a continuida- de do degrau nio seri estabelecida e a safda no seré energizada. No exemplo mostrado na Figura 5.27, as entradas A e B ou C fornecem uma continuidade logica eenergizam a saida D. Na maioria dos modelos de CLP, as malhas podem serestabelecidas tanto na parte da entrada como na parte da salda do degrau. Com as malhas na saida, é posstvel programar saidas em paralelo em um degran para per- mitir um caminho légico verdadeiro que controle saidas miiltiplas, como mostra a Figura 5.28. Quando existe um caminho logico verdadeiro no degrau, todas as saidas em paralelo se tornam verdadeiras. No exemplo mostrado, A ou B fornecem um caminho logico verdadeiro para todas as tres instrugdes de saida: C, De E. ‘As instrugées légicas adicionais na entrada (condi- bes) podem ser programadas nas malhas de saida para melhorar 0 controle condicional das saidas. Quando exis- te um caminho légico verdadeiro, inciuindo condigoes extras de entrada na malha de uma saida, aquela malha F F | Figura 5.26 Instrugdo tipica de malha. 8 | L iH-O Figura 5.27 Malhas pralelasna entrada, | ¢ 6 I raul «| }O4 > Figura 5.28 Malhas paralelasna said torna-se verdadeira. No exemplo mostrado na Figura 5.29, Ae D ou Be D fornecem um caminho logico para F. As malhas na entrada e na saida podem ser coleciona das (Figura 5.30) para evita instrugGes redundantese para aceleraro tempo de varredura do processado, eestacole- «a0 de malhas comeca ou termina dentro de outra malha. Em alguns modelos de CLP, a programacio de um circuito de malhas dentro de um circuito ou de uma co- legdo de malhas nao ¢ feta diretamente; contudo, € pos sivel programar uma condigao de malha equivaléncia l6- gica. A Figura 5.31 mostra 6 exemplo de um circuito que contém uma colegio de contatos D. Para obter a ligica necessiria, esse circuito deveria ser programado como ‘mostra @ Figura 5.32. A duplicagao do contato C elimina a colegio de contatos D, e a colecio de malhas pode ser convertida em malhas nao colecionadas pela repeticio as instrugdes para fazer equivalentes paralelos. Alguns fabricantes de CLP nao limitam virtual- mente a permissio dos elementos série, malhas pa- ralelas ou saidas, mas outros podem imitar 0 nimero de instrugdes de contatos em série incluidos em um degeau de um diagrama ladder, assim como podem li- ilar © nimero de malhas parilelas. Além disso, existe ‘uma limitagdo condicional com alguns CLP GT yer Figura 5.29 Condigdes com malhas paralelas na: i It H It Figura 5.30 Coleco de malhas na entrada e na saida a 7 Figura's.31 Programa de colecia de contatos Controladores l6gicos programsveis se at HE A c [TE naga do e ad Figura 5.32 Programa necessario para eliminar uma cole Bo decontatos. uma saida por degrau, que deve ser posicionada no final do degrau. A inica limitagao no nimeto de degraus € a capacidade da meméria. A Figura 5.33 mostra o dia~ grama de uma matriz de limitagdo para um CLP tipico. (© maximo possivel séo sete linhas paralelase 10 contatos fem séries por degrau. utra limitagio para a programagio de mathas de circuitos € que um CLP nao permite a programagio de contatos na vertical, como mostra o contato C do programa do usuario, na Figura 5.34. Para obter a logi- ca necessiria, 0 circuito poderia ser programado como mostra a Figura 5.35. © processador examina a logica ladder do degra quanto & continuidade ldgica da esquerda para a diteita apenas; ele munca permite um fluxo da direita para a es querda, 0 que representa um problema para os circuitos dos usuarios de programas semelhantes a0 mostrado na Figura 5.36, Se programacda desse modo, a combina¢io de contatos FDBC seri ignorada, como mostra a Figura 5.37. 5.7 Instrugdes dos relés internos A maioria dos CLPs tem uma érea alocada na meméria conhecida como bits de armazenamento interno, também | ws nis — HEE 7 irae so main : Figura 5.33 Diagrama da matriz de limitac3o do CLP. chamados de saidas internas, bobinas internas, relés de ‘controle interno ou simplesmente bits internas, Saidas in- ternas sio sinais liga/desliga gerados pela ligica progra- mada ¢, diferentemente de uma saida de sinal disereto, nao controlam diretamente um dispositivo de saida no ‘campo. Bla funciona como qualquer saida que € conto: lada pela logica do programa; contudo, ¢ utilizada estri- tamente para finalidades internas. ‘A vantagem do uso das saidas internas & que existem varias situagdes em que uma instrugao de saida € requi- sitada em um programa, mas nio € necesséria uma co- nexao fisica com o dispositivo de campo. Se nao ha saida fisica conectada a um bit de enderego, este pode ser utili- zado como ponto de armazenamento interno, Os bits de armazenamento interno ou pontos podem ser programa- dos pelo ususrio para executar fungdes de um relé sem ‘ocupar uma said fisica. Desse modo, as saidas internas ft tH a+ Equacao boleara: Y= (AD} + (BCD) + (BE) + (ACE) Figura 5.34 Programa com contato vertical a 2 x | A c = FO Figura 5.35 Reprogremado para eliminar contatos verticais. A a c r «I Equagio bodleana: Y= (ABQ + (ADE) + (FE) + (FDBC) Figura 5.36 Circuito original Capitulo $_Programagao bisica do CLP podem minimizar, na pritica, a necessidade de pontos de saida do médulo Saidas internas sio single-bit (bits tnicos) armazena~ dos na memiria ¢ sio tratadas como tal. Os controlado- res do modelo SLC 500 utilizam arquivo de bit B3 para armazenagem e enderegamento dos bits de sada interna, © enderecamento para o bit B3:1/3, mostrado na Figura 5.38, consiste no niimero do arquivo seguido pela palavra « pelos ntimeros do bit ‘Um relé de controle interno pode ser utilizado quan- do um programa necessita de mais contatos em série do que os permitidos no degrau. A Figura 5.39 mostra um Circuito que permite apenas 7 contatos em série quando, na realidade, ha a necessidade de 12 para a légica progra- mada, Para resolver esse problema, os contatos sio divi- didos em dois degraus. O degrau I contém sete dos con- tatos requeridos e é programado para a bobina do relé de controle interno B3:1/3. 0 enderega do primeiro contato programado no degrau 2 & B3:1/3, seguido pelos cinco contatos ¢ a saida de sinal discreto. Quando a l6gica que controla a saida interna for verdadeira,o bit referenciado 4 . : 4 iu Figura 5.37 Circulto reprogramado. Entradas de sinas iecrotos 1239 45 6 7 on Depan H pee Sut Entradas de sinais discretos: - ewe oo ne onan H Fee ait ae aah ial Figura5.39 Relé de controle interno programado. 1B3:1/3 é ligado ou estabelecido como 1. A vantagem de ‘um bit de armazenamento interno nesse modo é que no, da necessidade de espago fisico na saida. 5.8 Programando as func6es verificador de fechado ou ligado e verificador de aberto ou desligado ‘A Figura 5.40 mostra um programa simples que utiliza 4 instrucio verificador de fechado (XIC): 0 diagrama de ‘um circuito e um programa que fornece o mesmo resul- tado. Note que os dois botaes de comando NA e NF estio representados pelo simbolo do verificador Fechados isso porque o estado normal de uma entrada (NA ou NF) néo importa para o controlador, mas sim se o contato precisa Figura 5.38 Os controladores SLC 500 usam arquivo de bit B3 pare o bit de enderecamento interno, Controladores l6gicos programsveis Cireito com os condtores Programa do usuario que trnece pda IES Figura 5.40 Programa simples que usa a instrucao verficador de fechado (XIC). ser fechado para enengizar a sada; entao a instrugio ve- rificedor de fechado € utilizada. Como é preciso que os dois botdes de comando estejam fechados para energizar o sinaleiro laminoso, a instrugao verficador de fechado € utilizada para os dois. ‘A Figura 541 mostra um programa simples que uti- liza a instrucao verificador de aberto (XIO): 0 diagrama do circuito € o programa do usuirio. No diagrama do circuito, quando o botio de comando esté aberto, a bo- bina do relé CR & desenergizada e seu contato NA fecha para ligar o sinaleiro Iuminoso: quando 0 botao de co: mando esta fechado, « bobina do relé CR ¢ energizada, ¢ seu contato NF abre para desligar o sinaleiro luminoso, Esse botdo ¢ representado no programa do usuiio por uma instrugio verificador de aberto, porque o degra deve ser verdadeiro quando 0 botao de comando exter- no esté aberto e falso quando botao de comando esté fechado; e esta representagao satisfaz essas necessidades, Aagdo mecinica dos botdes de comando NA ou NF nao) € uma consideragio, ¢ é importante lembrar que 0 pro- sgrama do usuario nio & um circuito elétrico, mas um ircuito légico, ¢ €a continuidade Kigica que interessa no estabelecimento de uma saida, ‘A Figura 5.42 mostra um programa simples que uti- liza as duas instrugoes, XIC e XIO; ela resume 0 estado ligado/desligado da saida conforme determinado pela smudansa nos estados das entradas no degrau. Os estados légicos (0 ou 1) indicam se uma instrugio é verdadeira cu falsa e sio a base do funcionamento do controlador. © aspecto de tempo esti relacionado com as repetidas vyarreduras do programa, em que a tabela de entrada € atwalizada com 0s estados dos bits mais atuais. ‘ctrouto com 08 condutores Pai 3 —@ 2 5.9 Entrando com o diagrama ladder Atualmente, a maioria dos pacotes de programacio de CLP funciona no ambiente Windows: por exemplo, 0s pacotes de programas da RSLogis, da Allen-Bradley, sio utilizados para 0 desenvolvimento de programas em 16- gica ladder, Esse ambiente de programacio, em virias verses, pode ser utilizado para programar o PLC-5, SLC 500, ControlLogix ea familia de processadores Micro- Logix, ¢ tem como caracteristica adicional o fato de os programas serem compativeis com programas que foram

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