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TCC NR18 Obras de Infraestrutura Riuni
TCC NR18 Obras de Infraestrutura Riuni
ÉRICA MACHADO
FERNANDA DAS GRAÇAS PEREIRA
Palhoça
2019
ÉRICA MACHADO
FERNANDA DAS GRAÇAS PEREIRA
Palhoça
2019
Dedicamos essa pesquisa a Deus, nossos
pais e aos mestres que participaram dessa
construção de novos saberes.
AGRADECIMENTOS
The construction industry plays an important role in Brazil's economic and social
development, as it is one of the sectors responsible for the largest source of
employment. However, the high rate of occupational accidents and fatalities generated
by this sector reflects negatively on society as a whole. One of the main causes of
accidents in the construction industry remains the lack of professional awareness, as
well as culture, by both employers and employees, who do not give due weight to the
Occupational Safety Standards as a way to prevent and prevent accidents. Thus, the
importance of assessing working conditions and the environment is evident, to avoid
or minimize the physical, chemical, biological, ergonomic and accident risks in each
situation. As a way to change this situation and prevent occupational accidents, greater
commitment and awareness on the part of all those involved in the sector is required,
including the qualification of labor and more careful supervision by the Ministry of
Labor. Aim at work safety since the beginning of the works, in the project preparation
phase, where the possible risks and the means of neutralizing them should be
analyzed. The objective of this work was to evaluate how safety at work is applied by
the main people involved in the work. Data collection occurred through the elaboration
of a checklist based on NR 18 with the items that best fit the infrastructure works. The
checklist was applied to two works of the same company in order to analyze the degree
of compliance with NR 18 at infrastructure sites in Greater Florianópolis. Through the
analysis of the results of this case study it was possible to verify which items are or are
not being fulfilled in order to preserve worker safety. After applying the checklist, there
was a high rate of compliance with the standard. An overall result of 13% non-
compliance and respectively 87% compliance with NR 18 was obtained.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 9
1.1 JUSTIFICATIVA................................................................................................. 11
1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 12
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 12
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 12
2 REFERENCIAL TEORICO .................................................................................. 13
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE A SEGURANÇA NO TRABALHO ............. 13
2.2 ACIDENTES DO TRABALHO ........................................................................... 16
2.2.1 ACIDENTES DE TRABALHO NA INFRAESTRUTURA ................................ 19
2.3 APLICAÇÃO DA NR 18 NAS OBRAS DE INFRAESTRUTURA ........................ 24
2.4 NORMA DNIT - CANTEIRO DE OBRA PADRÃO PARA OS DIVERSOS TIPOS
DE EMPREENDIMENTOS RODOVIÁRIOS - PADRONIZAÇÃO .............................. 31
3 MÉTODO ............................................................................................................. 33
3.1 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ....................................................... 33
3.2 ESTRUTURA DO CHECKLIST ......................................................................... 34
3.3 DESCRIÇÃO DA OBRA .................................................................................... 34
4 APLICAÇÃO DO CHECKLIST ............................................................................ 35
4.1 PCMAT .............................................................................................................. 35
4.2 ÁREAS DE VIVÊNCIA ....................................................................................... 35
4.2.1 Instalações Sanitárias................................................................................... 35
4.3 MAQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS ...................... 50
4.4 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ................................................ 55
4.5 TRANSPORTE DE TRABALHADORES EM VEÍCULOS AUTOMOTORES ..... 56
4.6 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ..................................................................... 58
4.7 TREINAMENTO................................................................................................. 62
4.8 ORDEM E LIMPEZA.......................................................................................... 63
5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................. 65
5.1 COMPARATIVO DE OBRAS ............................................................................. 65
6 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 68
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 70
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEORICO
Nessa comissão, parte dos funcionários eleitos pelos empregados e parte escolhida
pelo empregado, passa a ter o poder e dever de propor medidas de prevenção em
seus locais de trabalho, de acordo com Pereira (2001).
Pereira (2001) também descreve que, o surgimento da Revolução Industrial na
Inglaterra veio acompanhada de muitas transformações para a sociedade,
principalmente para a classe trabalhadora. Essas transformações foram um tanto
quanto negativas no que se refere ao bem-estar físico e psicológico do trabalhador,
os quais eram obrigados a executar longas jornadas de trabalho em ambientes
inapropriados e sem segurança, tendo que trabalhar com máquinas tecnologicamente
avançadas, com as quais não estavam habituados, causando assim graves acidentes
de trabalho como: desgaste físico, mutilação, intoxicação, entre outros.
As péssimas condições de trabalho, nesse período da Revolução Industrial,
levaram a um altíssimo número de mortes e mutilações, muitas revoltas foram
surgindo e criando pressões a fim de buscar novas condições de trabalho, mais dignas
das quais os trabalhadores estavam vivenciando nessa época.
Costa (2003, p. 18), quanto ao período afirma que:
A dignidade do trabalhador, que antes não era questão importante para os
industriais, com o início da nova era social em que caberia ao Estado procurar
nivelar o interesse da sociedade, e não apenas o individual, passou a ter outro
sentido de consideração.
que ocorram no local do trabalho ou durante este, se considera que esse colaborador
está em exercício do seu labor. (BRASIL, 1991).
A Lei nº 10.666/2003, em seu artigo 10, trata do Fator Acidentário de Prevenção
(FAP), onde os acidentes de trabalho irão repercutir no cálculo desse fator, além das
repercussões legais. E ainda por consequência para o próprio Estado, o qual através
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irá prestar os benefícios de auxílio-
doença acidentário, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal,
aposentadoria por invalidez e ainda a pensão por morte aos seus beneficiários.
(BRASIL, 2003).
Deflagrada a situação de acidente de trabalho, a referida lei prevê a abertura
da CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), que se trata de um documento no
qual a empresa fará a emissão do acidente do trabalho, de trajeto ou ainda doença
ocupacional. Prevista no art. 169 da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) e ainda
na Lei nº8.213/1991 (Lei que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência
Social).
Cabe a empresa a obrigatoriedade de emissão do acidente de trabalho, mesmo
que não venha ocorrer o afastamento das atividades laborativas do funcionário.
Cabendo multa conforme a lei em seus artigos 286 e 336 do Decreto 3.048/99. Além
do controle de estatísticas a CAT é uma garantia junto ao empregado quanto aos seus
direitos e benefícios existentes junto a Instituto de Seguridade Social. (BRASIL, 1999).
A Previdência Social (2017, P.247) apresenta a distribuição de acidente do
trabalho, por motivo no estado de Santa Catarina e apresenta na Figura sua
composição:
Total Motivo
O problema é ainda mais agravado quando estão a ocorrer obras que não
têm muita visibilidade, levando os condutores a ignorar completamente as
restrições de velocidade. Muitos utilizadores da estrada, especialmente os
condutores, simplesmente não têm a percepção da sua vulnerabilidade aos
equipamentos de construção e a fragilidade dos trabalhadores em relação às
suas viaturas e estão determinados a conduzir de uma forma agressiva a
centímetros dos obstáculos. A velocidade é, portanto, um fator relevante no
estabelecimento de operações de trabalho seguras e por tal motivo é
recomendado que sejam postas em prática medidas para manter a
velocidade adequada, por exemplo através do apoio da polícia e da utilização
de radares.
Neste trabalho não utilizou-se a norma do DNIT, apenas optou-se por informar
que além da NR 18 existe uma norma de ‘’Canteiro de Obra Padrão para os diversos
tipos de empreendimentos rodoviários – Padronização’’, do órgão responsável pelas
rodovias Brasileiras, o DNIT.
33
3 MÉTODO
total de subitens “Atende” e “Não Atende”, no item analisado (soma dos “Atende” e
dos “Não Atende”), multiplicando-se o resultado por dez para que a nota final seja
tabulada em uma escala que varia de zero a dez, conforme a Equação 1. (Nunes,
2016)
Equação 1
𝑁𝑁𝑅18 = “Sim" × 10/ ("Sim” + “𝑁ã𝑜"). (Nunes, 2016)
4 APLICAÇÃO DO CHECKLIST
4.1 PCMAT
Devido as dificuldades de logística, essa seção possui dois itens não conforme
nas obras 1 e 2. Elas não possuem bacia turca sifonada e caixa de descarga ou
válvula automática. Apesar do banheiro químico não ser ligado a rede de esgoto,
optou-se por considerá-lo de acordo a norma visto que os resíduos possuem uma
destinação correta.
As figuras 2 e 3 mostram os banheiros químicos nos canteiros de obra. Os
banheiros são utilizados devido a facilidade de instalação e remoção nas obras de
pavimentação estudadas. Esse tipo de obra não suporta grandes canteiros com
grandes instalações por possuirem um curto período de execução e um espaço
limitado.
4.2.1.2 Chuveiros
Tabela 5 - Chuveiros
Obra 1 Obra 2
Não Não
18.4.2.8 Chuveiros Atende atende Atende atende
18.4.2.8.1 A área mínima necessária para utilização de
cada chuveiro é de 0,80m² (oitenta decímetros
quadrados),com altura de 2,10m (dois metros e dez
centímetros) do piso. X X
18.4.2.8.2 Os pisos dos locais onde forem instalados os
chuveiros devem ter caimento que assegure o
escoamento da água para a rede de esgoto, quando
houver, e ser de material antiderrapante ou provido de
estrados de madeira. X X
18.4.2.8.3 Os chuveiros devem ser de metal ou plástico,
individuais ou coletivos, dispondo de água quente. X X
18.4.2.8.4 Deve haver um suporte para sabonete e
cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro. X X
18.4.2.8.5 Os chuveiros elétricos devem ser aterrados
adequadamente X X
Fonte: Autores (2019)
4.2.1.3 Alojamentos
Tabela 6 - Alojamentos
Obra 1 Obra 2
Não Não
18.4.2.10 Alojamento Atende atende Atende atende
18.4.2.10.1 Os alojamentos dos canteiros de obra
devem:
a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material
equivalente; X X
b) ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material
equivalente; X X
c) ter cobertura que proteja das intempéries; X X
d) ter área de ventilação de no mínimo 1/10 (um
décimo) da área do piso; X X
e) ter iluminação natural e/ou artificial; X X
f) ter área mínima de 3,00m2 (três metros) quadrados
por módulo cama/armário, incluindo a área de
circulação; X X
g) ter pé-direito de 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros) para cama simples e de 3,00m (três metros)
para camas duplas; X X
h) não estar situados em subsolos ou porões das
edificações; X X
i) ter instalações elétricas adequadamente protegidas. X X
18.4.2.10.2 É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na
mesma vertical. X X
41
A tabela 7 contém, na obra 1, um item não conforme, pois não tem local para
aquecimento de refeição. E na obra 2, há 4 itens não conformes.
Como já foi citado anteriormente, para o local de almoço, seria difícil montar
uma estrutura totalmente conforme a norma, visto que a equipe fica pouco tempo
trabalhando no mesmo local, e que na maioria das vezes o local não comportaria tal
estrutura, se tornando completamente inviável.
A figura 15 mostra que o local de almoço não tem proteções laterais e não
possui um piso adequado conforme especifica a norma. O local também não tem
lavatório próximo.
4.2.1.5 Lavanderia
Tabela 8 - Lavanderia
Obra 1 Obra 2
Não Não
18.4.2.13 Lavanderia Atende atende Atende atende
48
Figura 23 - Comboio
Tabela 11 - EPI
Obra 1 Obra 2
Não Não
18.23 Equipamentos de Proteção Individual Atende atende Atende atende
18.23.1 A empresa é obrigada a fornecer aos
trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco
e em perfeito estado de conservação e
funcionamento, consoante as disposições contidas
na NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI. X X
Fonte: Autores (2019)
Tabela 13 - Sinalização
Obra 1 Obra 2
Não Não
18.27 Sinalização de Segurança Atende atende Atende atende
18.27.1 O canteiro de obras deve ser sinalizado com
o objetivo de:
a) identificar os locais de apoio que compõem o
canteiro de obras; X X
b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas; X X
c) manter comunicação através de avisos, cartazes
ou similares; X X
d) advertir contra perigo de contato ou
acionamento acidental com partes móveis das
máquinas e equipamentos. X X
e) advertir quanto a risco de queda; - - - -
f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI,
específico para a atividade executada, com a devida
sinalização e advertência próximas ao posto de
trabalho; X X
h) identificar acessos, circulação de veículos e
equipamentos na obra; X X
18.27.2 É obrigatório o uso de colete ou tiras
refletivas na região do tórax e costas quando o
trabalhador estiver a serviço em vias públicas,
sinalizando acessos ao canteiro de obras e frentes
de serviços ou em movimentação e transporte
vertical de materiais. X X
18.27.3 A sinalização de segurança em vias públicas
deve ser dirigida para alertar os motoristas,
pedestres e em conformidade com as
determinações do órgão competente. X X
Fonte: Autores (2019)
Nessa seção há dois item não conforme em cada obra. Não foi encontrado
avisos quanto a obrigatoriedade do uso do EPI e nem advertindo contra perigo de
contato acidental com partes móveis das máquinas.
Nas obras de pavimentação a sinalização é feita através de placas conforme a
norma do Dnit.
As figuras 28 e 29 mostram a distância até a obra. A figura 31 alerta sobre a
existências de homens e máquinas na pista. E a figura 30 avisa sobre a execução de
obras no local. A figura 32 alerta para o cuidado com as obra no local.
60
Figura 29- Sinalização (Obra 1) - 200 m Figura 28- Sinalização (Obra 1) 100 m
4.7 TREINAMENTO
18.28 Treinamento
18.28.1 Todos os empregados devem
receber treinamentos admissional e
periódico, visando a garantir a execução
de suas atividades com segurança.
18.28.2 O treinamento admissional deve
ter carga horária mínima de 6 (seis) horas,
ser ministrado dentro do horário de
trabalho, antes de o trabalhador iniciar
suas atividades, constando de:
Nessa seção contém um item fora de norma em cada obra. A empresa, não
fornece o treinamento no início de cada fase da obra, mas sim quando acha
necessário.
A figura 36 é o modelo de documento utilizado para oficializar a realização do
treinamento pelo funcionário.
63
De acordo com a tabela 16, percebe-se que as notas obtidas das obras foram
muito parecidas, visto que são pertencentes a mesma empresa, que opera da mesma
maneira nas duas obras. Nota-se também que as notas foram elevadas, o que
demostra que a empresa está de acordo com grande parte da norma.
A figura 39 ilustra os resultados obtidos da tabela 16.
66
10
10 10 10 10 10
9,6
9,2 9,2
8 8,7 8,75 8,75 8,75 8,75
7,6
6
0
Áreas de Máquinas, EPI Transporte de Sinalização Treinamento Ordem e
vivência equipamentos e trabalhadores limpeza
ferramentas
diversas
Obra 1 Obra 2
CONFORMIDADE GLOBAL
Atende Não Atende
13%
87%
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ney Augusto Barros de. Auditoria in loco de obras com embasamento
nas normas regulamentadoras, do Curso de Engenharia Civil da UFRN –
Campus de Natal. 2016. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/257826/1/Caponi_AntonioClaret_
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GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projeto de Pesquisa. São Paulo: Atlas S.A,
2002. Disponível em: <
https://professores.faccat.br/moodle/pluginfile.php/13410/mod_resource/content/1/co
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2018.
MARTINELLI FILHO, Wagner; PONTES, José Carlos Alberto de. O Panorama Atual
dos Acidentes de Trabalho na Construção: Uma Análise a Partir do Anuário
Estatístico da Previdência Social – Triênio 2013 a 2015. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Disponível
em:<https://www.nucleodoconhecimento.com.br/wp-content/uploads/kalins-
pdf/singles/acidentes-de-trabalho-na-construcao.pdf>. Acesso em: 22 out. 2018.
OLIVEIRA, Celso Luis de; Piza, Fábio de Toledo. Saúde e Segurança no Trabalho.
São Paulo: Difusão, 2016.
TIBOR, Tom; FELDMAN, Ira. ISO 14000: um guia para normas de gestão
ambiental. São Paulo: Futura, 1996.
VALE, Adriane do. NR 18: 10 anos após a revisão continua dinâmica e produtiva.
2005. Disponível em: < http://www.cipanet.com.br/materia_capa_asp?id=1&n=309.>.
Acesso em: 01 out. 2018.