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Paleocristã e Bizantina
Paleocristã e Bizantina
1/2022
Afresco (no Vaticano) representando a antiga de basílica de São Pedro no séc. XV.
Antiga basílica de São Pedro em Roma. 326-333 d.C. Reconstituição gráfica e modelo
tridimensional
Antiga basílica de São Pedro, Vaticano. 326-333 d.C.
1: clerestório
2: abside
3: nave central
4: naves
colaterais
Santa Sabina all'Aventino. Roma. 422-432; abside vista do exterior.
Basílica paleocristã de Santa Sabina all'Aventino. Roma . 422-432. Arcada da nave com colunas coríntias de spolia (24 colunas foram extraídas do templo de
Juno Rainha, então vizinho)
Santa Sabina all'Aventino. Roma. 422-432. Arcada da nave com colunas
coríntias e decoração em opus sectile
Igreja de San Salvatore em Spoleto (Umbria, Itália), séc. IV-VI
Detalhes arquitetônicos com spolia da nave da basílica de San Salvatore, Spoleto. séc.IV-VI.
Arquitetura de tipo rotunda
*deambulatório: corredor de
circulação
POMBAS
PERDIZES
FÊNIX
FONTES DE ÁGUA
ROMÃS
PALMEIRA
PINHAS
CEDRO DO LÍBANO
MARMELOS
PERAS
UVAS
FIGOS
LARANJAS
VASOS
PRATOS
CORNO DE UNÇÃO (DAVID,
SAMUEL FORAM UNGIDOS
ASSIM)
Pombas: a pomba é citada no evangelho de Mateus, simboliza a alma cristã (a
alma humana redimida pela fé cristã), o espírito santo e a paz. Aparecem com
frequência bebendo de uma fonte ou vaso.
Em grego palmeira se diz foinix, palavra que também significa fênix, a ave
mítica que renasce das próprias cinzas, já conhecida nessa acepção pelos
gregos e pelos romanos como símbolo de imortalidade.
Mosaicos do deambulatório
anular do Mausoléu de Santa
Costanza, Roma. c.350 d.C
Santa Pudenziana,
Roma. Cristo em
Majestade. Mosaico
absidal do final do século
IV ou início do V
Santa Pudenziana,
Roma. Cristo em
Majestade. Mosaico
absidal do final do século
IV ou início do V
No mosaico de Santa Pudenziana, quatro criaturas aladas estão posicionadas no céu: o TETRAMORFO: este mosaico é uma das primeiras
representações conhecidas dessa iconografia. As quatro criaturas representam os quatro evangelistas: Mateus (anjo), Marcos (leão), Lucas (boi) e João
(águia). Descrições desses seres são encontradas no Antigo Testamento – no Livro de Ezequiel (1:1-14, 10:1-22) – e criaturas muito similares são
descritas rodeando o trono de Deus no Apocalipse de São João (4:5-11), no Novo Testamento. Contudo, as escrituras bíblicas não fazem qualquer
conexão entre as quatro criaturas e os quatro evangelistas. Os emblemas dos evangelistas são de fato datos do século IV e são de origem oriental. As
criaturas como símbolos dos evangelistas foram estabelecidas por São Jerônimo (morto em 420) em seus Comentários a Ezequiel.
Santa Pudenziana, Roma. Cristo em Majestade com tetramorfo (detalhes) . Mosaico absidal do séc. IV ou início do V
Sarcófago de Junius
Basso. c.359 d.C.
Mármore; 118 x 244
cm. Roma, Grutas do
Vaticano
[1] Sarcófago romano com
representações da vida de São
Pedro e Jesus. Início do séc. IV
d.C. Mármore. Nova York,
Metropolitan Museum;
http://www.catacombsociety.org/maps.html
Catacumba de Via Latina, Roma Catacumba de via Latina, Roma (sólia e arcossólio)
Além das galerias, existiam, como tumbas de famílias ricas, câmaras, Nos cubículos, os cadáveres eram sepultados em vãos fechados por lajes de pedra ou
salas, mais ou menos grandes – os cubículos –, isoladas ou em grupos, barro cozido (sólia) e encimados por um arco (arcossólio) também escavado no tufo e
quase sempre sustentadas por estruturas de alvenaria. ornado com pinturas
[1] pássaros em volta de um cântaro. c.250 d.C. Pintura parietal. Roma,
catacumbas de Domitila; [2] Ave e vaso com uvas – pintura mural paelocristã
com a qualidade técnica da pintura romana dos primeiros séculos d.C. Do
Mausoleu de M. Clodius Hermes, catacumba de S. Sebastiano;
O PEIXE
Peixe e pão eucarísticos, detalhe da pintura mural. Início do século III d.C.
32 x 30 cm. Roma, Catacumbas de San Callisto, cripta de Lucina
A ÂNCORA
[1] Cristo como o Bom Pastor. Relevo em mármore de sarcófago do final do século IV.
O Bom Pastor Roma, Museu Laterano; [2] O bom pastor. Século IV. Mármore. Roma, Museo
Laterano; [3]; O bom Pastor (det.). Cripta de Lucina, Catacumba de São Calisto, Roma.
inicio do século III. D:71cm
O Profeta Jonas e o monstro do mar. Pintura mural na catacumba de São Pedro Os três homens na fornalha ardente. Catacumba de Priscilla, Roma. séc. III e
e Marcelino, em Roma. séc. IV. IV d.C.
Histórias de Jonas é um profeta do Antigo testamento que foi engolido Três hebreus na fornalha ardente (Daniel, 4: 17-18). Contos de resgate
por um monstro marinho (em grego kêtos, frequentemente identificado milagroso tirados das escrituras judaicas como Daniel na cova dos leões
com uma baleia) e depois de três dias foi devolvido, intacto, na praia. A e os Três hebreus na fornalha ardente parecem ter sido favoritos dos
história, muitíssimo apreciada pelos primeiros cristãos, evoca a morte a primeiros cristãos.
ressurreição de Cristo.
Sala de reuniões da Sinagoga de Doura-Europos (atual Síria); c.
250 d.C.
Mar de Marmara
estreito de Bósforo
323: Constantino transfere a capital para Bizâncio, rebatizando-
a de Constantinopla.
O chamado batistério
neoniano é o mais antigo
monumento bizantino
remanescente em Ravena. Foi
construído no século IV sobre
uma terma romana e
reformado no século V por um
bispo de nome Neon. Era
vinculado a uma basílica que
foi destruída no séc. XVIII.
Sant’ Apollinare Nuovo, Ravena, 505. [1] Fachada alterada no século XVI e campanário românico. [2] Nave central e abside
reconstruída. Foi a igreja palatina de Teodorico, originalmente chamada de Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quando os
bizantinos tomaram o controle de Ravena, com Justiniano em 540, todos os bens arianos passaram para igreja católica, e os
mosaicos de temática ariana foram substituídos, assim como retratos da corte de Teodorico. Nesse momento, o orago passou a ser
São Martinho. No século IX, contudo, recebeu as relíquias de Santo Apolinário, primeiro bispo de Ravena, e foi rebatizada.
“Esses santos não habitam o mundo descrito pelos nossos cinco sentidos. Eles habitam o presente eterno do espírito transcendente”.
Sant’ Apollinare Nuovo, Ravena, 505. Mosaicos com procissão de santos e santas mártires
[1] San Apollinare Nuovo. Procissão de santas (det.). Mosaico com incrustação de pedras semi preciosas e de madre-pérola. Séc. VI;
Sant’ Apollinare Nuovo, Ravena, 505. [2] Mosaicos representando o porto de Classe, perto de Ravena
San Apollinare Nuovo. A multiplicação dos
pães e peixes. Mosaico. Séc. VI.
A ortodoxia trinitariana voltou para Ravena com San Vitale, Ravena. 526-547
os exércitos do imperador Justiniano. O
arianismo foi expugnado do reino, ocultado ou
apagado. A magnífica igreja de San Vitale (São
Vidal) foi construída no governo de Justiniano
como um monumento à ortodoxia triunfante.
Hagia Sophia, Istambul; 523-537 d.C. Cúpula. A cúpula se ergue a 56 m do chão e possui 34 metros de
diâmetro. Está apoiada sobre os pingentes formados por quatro arcos e tem em sua base 40 janelas.
Basílica de São Marcos, Veneza. 1043-1070.
São Marcos apresenta planta de cruz grega inscrita num quadrilátero, mas cada
braço da cruz está realçado por uma cúpula própria. Estas cúpulas não se
assentam em tambores; foram encaixadas em calotas bulbosas de madeira,
forradas com folhas de cobre dourado e rematadas por lanternins decorativos,
para que pareçam maiores e sejam mais visíveis de longe, constituindo uma
ótima baliza para guiar os navegantes.
Basílica de São
Marcos, Veneza;
interno. 1043-1070
ÍCONES,
ICONOCLASMO E
ICONOFILIA
O IMPÉRIO BIZANTINO E A QUESTÃO DO ICONOCLASMO
[1] Cristo abençoando e São Pedro. Ícones remanescentes do período pré-iconoclasta no Mosteiro de Santa
Catarina do Monte Sinai. Pinturas a têmpera sobre madeira. Séc. VI ou VII; [2] Saltério de Chludow, folio 67r.
A crucificação e iconoclasta. c.850-900d.C.
Na abside da igreja de Hagia Irene,
em Istambul, uma simples cruz
exemplifica o problema do
iconoclasmo na arte.
A Virgem com o Menino. Theotokos. Mosaico absidal de Hagia
Sophia, Istambul. Dedicado em 867. h: c. 5m
Pantocrator. [1] Final do séc. XIX.
O cristo Pantocrator é um tipo iconográfico
PANTOCRATOR Pintura a têmpera e ouro sobre
definido pela iconografia bizantina e que se
madeira; 111,8 x 83cm. Londres,
tornará o mais comum do período românico.
British Museum ; [2] Mosaico de c.
Literalmente, ‘pantocrator’ significa o Cristo “que
1150. Cefalù, Sicília, Itália; [3]
a todos governa”, ou “todo poderoso”. Ele vem
Medalhão com ícone. c.1100.
aureolado, em gesto de bênção, segurando o
Ouro e esmalte; diâmetro: 8,3 cm.
livro na mão esquerda. Pode vir emoldurado por
Nova York, Metropolitan Museum;
uma mandorla, pelo tetramorfo ou pelos
[4] Cristo pantocrator . Mosaico de
evangelistas, mostrado em meio corpo ou em
Santa Sofia, Istanbul, Turquia.
corpo inteiro, entronado.
Século IX.
A ICONOGRAFIA MARIANA
A iconografia
mariana surge em
Bizâncio. Os mais
antigos exemplos
conhecidos provém
de ambiente egípcio,
e derivam
provavelmente de
uma relação
sincrética com a
figura de Ísis
amamentando seu
filho Hórus
Virgem amamentando o Menino. Pintura mural e relevo. Ambas do Egito Copta, século III d.C.
THEOTOKOS