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MORFOLOGIA-ESTRUTURA DAS PALAVRAS

 Derivação Parassintética (Parassíntese): inclusão de um prefixo e de um sufixo à palavra


primitiva, de forma simultânea, por exemplo: entardecer, emagrecer, engaiolar, etc.

CLASSES DE PALAVRAS
ARTIGOS: são as palavra que determinam o substantivo, antecedendo-os: a, as, o, os, um, uns,
uma, umas.
NUMERAIS: são as palavras que indicam quantidade, ou o lugar que um substantivo ocupa em
uma série numérica. Possuem algumas subclassificações:
cardinais (um, dois, três...); ordinais (primeiro, segundo, terceiro, quarto...);
multiplicativos (dobro, triplo...); fracionários (metade, terço...); coletivos (dezena, dúzia,
centena...)
PRONOMES: são classificados de acordo com a sua função na frase.
Pronomes pessoais retos: eu, tu, ele(a), nós, vós, eles(as).
 Pronomes pessoais oblíquos não-reflexivos átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
 Pronomes pessoais oblíquos não-reflexivos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós,
conosco, vós, convosco, eles, elas.
 Pronome de tratamento: você, senhor, senhora, vossa excelência, etc.
 Pronomes demonstrativos: este (s), esse (s), aquele (s), esta (s), essa (s), aquela (s), isto,
isso,aquilo.
 Pronomes possessivos: meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa. (todos
apresentam formas no plural)
 Pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto,
qualquer (todos esses admitem formas femininas e plurais. Os invariáveis: alguém, ninguém,
outrem, tudo, nada, cada, algo.
 Pronomes interrogativos: que, quem, qual e quanto.
 Pronomes relativos: o qual, os quais, cujo (s), quanto (s), a qual, as quais, cuja (s), quantas,
quantos, que, quem, onde

CONJUNÇÕES: estabelece a relação entre dois termos da oração ou entre duas orações. Elas
podem
ser:
 Aditivas: e; Comprei banana e maçã.
 Adversativas: mas, porém, entretanto, contudo, todavia; Fui às compras, mas esqueci o
dinheiro.
 Alternativas: ou, ora, quer, seja, nem, já; Ou como bolo, ou tomo sorvete.
 Conclusivas: logo, pois, por tanto, por conseguinte, por isso, assim; Não conseguiu cumprir
com todos os exercícios, portanto precisou estudar até mais tarde.
 Explicativas: que, porque, pois, porquanto, etc; Tirou notas boas ao final do
semestre porque estudou bastante ao longo das semanas.
 Causais: porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, uma vez que, visto que, visto
como, etc. Como o almoço demorou a sair, fez sua refeição no restaurante.
 Concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc; Foi ao
aniversário, embora não tivesse arrumada para festa.
 Condicionais: se caso, quando, conquanto que, salvo, se, sem que, desde que, dado que,
etc: Desde que as provas sejam aplicadas esta semana, estudarei desde domingo.
 Conformativas: conforme, segundo, consoante: Conforme a avaliação do professor, eu sou
um ótimo aluno.
 Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que, mais, quanto mais, menos,
quanto menos, tanto mais, tanto menos, etc: À medida que assistir aulas realizarei os
exercícios.
 Temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, todas as vezes que, cada vez
que, mal que, etc: Todas as vezes que faço compras fico feliz.
 Comparativas: assim como, bem como, etc: Assim como o verão, o inverno tem feito bastante
calor.
 Consecutivas: combinação da conjunção que com as expressões: tal, tanto, tão, tamanho,
etc: A bailarina dançava com tanta alegria, que foi premiada no festival.
 Integrantes: que, se. Garanto que sou corajosa.
SUBSTANTIVOS: é a palavra que nomeia ou designa seres e objetos.
Concreto: pessoas, animais, vegetais, lugares, objetos. Exemplos: casa, mesa, caderno, igreja,
livro,caneta, pessoa, humanos, etc.
Abstratos: ações, sentimentos, estados, qualidades. Exemplos: alegria, amar, sentir, etc.
Próprios: indivíduos de uma espécie. São grafados com a letra inicial maiúscula. Exemplos: São
José dos Campos, Maria, Paris.
Comuns: designam de forma genérica todos os seres de uma espécie: exemplos: país, oceano,
mulheres.
Coletivos: conjunto de seres ou objetos da mesma espécie. Exemplos: acervo, alcateia, bando,
matilha, etc.
ADJETIVOS: é a palavra que caracteriza os seres ou os objetos, indicando qualidade, modo,
aspecto, aparência ou estado. São variáveis em gênero, número, e grau.
Uniformes: Os uniformes apresentam a mesma forma tanto para o masculino como para o
feminino.
Exemplos: inteligente, amável, feliz.
Biformes apresentam uma forma diferente para o masculino e outra para o feminino.
Exemplos: atencioso-atenciosa, engraçado-engraçada, ativo-ativa..
ADVÉRBIOS: são termos que modificam outros termos tais como o verbo, os próprios advérbios
e adjetivos.
Exemplo: Maria correu intensamente para chegar até aqui.
Classificam-se em advérbios de:
Lugar: abaixo, acima, adiante, ali, aqui, etc.
Tempo: agora, ainda, amanhã, antes, breve, depois, cedo, tarde, nunca, etc.
Modo: assim, bem, mau, depressa, melhor, pior, bondosamente, regularmente, etc.
Intensidade: muito, pouco, bastante, bem, demais, quão, tão, etc.
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, quiçá, talvez, etc.
Afirmação: sim, certamente, efetivamente, realmente, etc.
Negação: não.NEM
VERBO: palavra variável que indica ação, estado ou fenômeno da natureza. Flexionam em
número,
pessoa, voz, modo, formas e tempo.
João comeu muito arroz no almoço. (indica ação)
Ontem choveu até alagar a cidade. (fenômeno da natureza)
Os alunos continuam alegres. (indica estado)
PREPOSIÇÃO: relaciona dois termos da oração, geralmente, o primeiro termo é explicado ou tem
seu sentido completado pelo segundo termo após a preposição.
São Preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem,
sob,sobre, trás, etc.
INTERJEIÇÃO: é uma expressão que representa uma emoção.
São exemplos de interjeição: ah! Oba! Eba! Bravo! Oxalá! Tomara!
Bravo! Gritava a platéia satisfeita.
Alô! Alô! Alguém responde, por favor.

 CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL


A concordância verbal garante que os verbos concordem com os sujeitos, enquanto a
concordância nominal garante que os substantivos concordem com adjetivos, artigos, numerais
e pronomes.
 REGENCIA VERBAL E NOMINAL
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição

A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso de uma preposição
Na regência verbal o termo regente é um verbo;
Na regência nominal o termo regente é um nome.

-Exemplos de regência verbal não preposicionada


Leu o livro.
Comeu a sobremesa.
-Exemplos de regência verbal preposicionada
Procedeu à construção de um novo prédio.
Pagou ao funcionário.

Exemplos de regência nominal


acessível a todos;/diferente de mim;/amoroso com ambos;

A regência nominal é estabelecida através de uma preposição, sendo a, de, com, em, para, por as
preposições mais utilizadas:

inerente a;
idêntico a;
livre de;
seguro de;

 ACENTO GRAVE/CRASE
Ocorrências da crase
1. Preposição a + artigos a, as:
Exemplos: Fui à feira ontem./ Paulo dedica-se às artes marciais.
DICA 1
Como a crase é só com palavras femininas é só substituir a palavra por uma masculina
equivalente e se o a (s) se transformar em ao (s) é porque deve-se usar a crase.

Exemplos 1 Aquela aluna nunca presta atenção a aula.


Substituir por ensinamentos
Aquela aluna nunca presta atenção ao ensinamento. (não ficou estranho, então leva crase)
Correto: Aquela aluna nunca presta atenção à aula.

Exemplo 2
Estou mandando a revista a ela
Substituir por ele
Estou mandando a revista ao ele. (ficou estranho, então não leva crase)
Correto: Estou mandando a revista a ela
Quando usar a crase:

1 – Antes de palavras femininas.

Antes de palavras femininas com frases que tem substantivos e adjetivos que solicitam a
preposição “a” se referindo algo.

Exs.: Aquela aluna nunca presta atenção à aula.

Devemos obedecer às regras do condomínio

2 – Expressões que indiquem horas, somente no caso de horas definidas e especificadas


ocorrerá a crase:

Retornaremos à meia-noite.
Chegaremos em Vitória às 8 horas
Às duas horas da tarde viajaremos

3 – locuções adverbiais que expressem ideia de tempo, lugar e modo.

À tarde, à noite, à direita, à esquerda, à vontade, às claras, às vezes, às pressas, à espera


Ex.: Os embalos de sábado à noite.
Vire na próxima à direita
Às vezes chegamos tarde para o almoço

4 – Locuções prepositivas
À mercê de, às custas de, à moda de, à maneira de, à exceção de,
Ex.: O aluno foi aprovado à custa de muita dedicação

– Aquele(s), aquela(s), aquiloSubstituir por “a este”, “a esta” e “a isto” sem perder o sentido

QUANDO NÃO USAR A CRASE


Antes de palavras masculinas: Gosto de caminhar a pé
Palavras repetidas, mesmo se for femininas
Precisamos conversar frente a frente

Antes de verbo: Minha filha está aprendendo a tocar violão

Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela preposição a:


A bolsa de inglês foi dada a mulheres brasileiras

Se o “a” também estiver no plural levará crase:A bolsa de inglês foi dada às mulheres brasileiras

Antes da maioria dos pronomes:Desejamos a todos um feliz ano novo.

Pronomes que pode usar crase: Dona, senhora, senhorita:Eu falei à senhora não me procurar
mais.

Expressões que sugerem ideia de futuro ou distância:A aula terminará daqui a pouco

Antes de dia da semana:De segunda a quinta

Obs.: Só haverá crase se definirmos o dia da semana


Abriremos somente às terças-feiras
Antes de numeral (Com exceção de horas)
A praia fica a 100 metros daqui

 FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função
fática, função conativa e função metalinguística.
FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA
Essa função é centrada em quem envia a mensagem, ou seja, o emissor. O objetivo principal é
passar suas emoções e opiniões.
Características principais: Presença da 1ª pessoa do discurso;
Uso de pontos de exclamação e reticências, pois acentuam o
aspecto emotivo; Presença de interjeições
Exemplo:
Ah, fiquei tão feliz com essa notícia! Função poética
A FUNÇÃO POÉTICA
é muito confundida com a emotiva, porém, a poética é centrada na
mensagem, na estética e estrutura da mesma. Ou seja, o que
importa é como a mensagem está sendo transmitida.
Características principais: Linguagem mais conotativa, com palavras mais elaboradas;
Ritmo e melodia são muito importantes;
Presença de metáforas, hipérbole e figuras de linguagem
Exemplo: “Basta-me um pequeno gesto,/feito de longe e de leve,/para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…”
-Você vai encontrar a função poética em poemas, obras literárias, letras de músicas, etc. Função
fática
FUNÇÃO FÁTICA
não importa o emissor ou o receptor, assim, é totalmente centrado no canal. O importante é que a
comunicação aconteça.
Características principais:Presença de interjeições e onomatopeias para garantir a interação;
Presença de ponto de interrogação em sentenças interrogativas.
Exemplo: Bom dia!Não é mesmo?Sei.
Geralmente você encontra essa função em em conversas, cumprimentos, etc.
FUNÇÃO REFERENCIAL
A função referencial ou função denotativa tem o objetivo de anunciar, referenciar e informar.
Então, é centrada no assunto que está sendo falado.
Características principais:Linguagem clara e objetiva;Presença da 3ª pessoa do discurso;
Baseada em dados concretos e fatos.
Exemplo: As tarifas dos transportes públicos aumentarão de preço no próximo mês. Então, se
prepare. Os médicos recomendam cuidar da saúde mental, assim, terá uma vida saudável.
Você vai encontrar a função tática em notícias, artigos científicos, livros didáticos, etc.
FUNÇÃO CONATIVA OU apelativa
Essa função é centrada naquele que recebe a mensagem, ou seja, o receptor. Ela é feita para
influenciar e/ou afetar quem recebe a mensagem. Então, o objetivo principal é convencer a
pessoa receptora.
Características principais:Presença da 2ª ou 3ª pessoa;Uso dos verbos no imperativo;
Grande presença de pontos de exclamação.
Exemplo:
Aproveite as melhores ofertas!
Não perca esta chance! Ligue ainda hoje!
Você vai encontrar a função conativa em propagandas, discursos políticos, publicidades, etc
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
A função metalinguística é centrada no código, ou seja, é uma função de explicação. Isso
significa que ela explica uma mensagem usando a própria mensagem.
Características principais:
Sua função é explicativa;
Presença da linguagem dentro da linguagem.
A função metalinguística você encontra em filmes, propagandas, sinais de trânsito, pinturas, etc.
 VARIAÇÃO DE REGISTRO E NORMA LINGUISTICA
Os tipos de variação linguística são: geográficas, históricas, sociais e situacionais.
VARIAÇÃO REGIONAL OU GEOGRÁFICA (DIATÓPICA): ocorre entre diferentes locais e
regiões, como os diferentes sotaques, dialetos e falares. Diferentes palavras para os mesmos
conceitos:abóbora, jerimum, moranga;sacolé, dindim, geladinho;
VARIAÇÃO HISTÓRICA (DIACRÔNICA): ocorre entre diferentes épocas, da mais arcaica à mais
moderna, como palavras que caíram em desuso (vossemecê, botica etc.). Você é um chato de
galocha! Ele é maior barbeiro.
VARIAÇÃO SOCIAL (DIASTRÁTICA): ocorre entre diferentes grupos sociais, como os termos
usados entre os advogados. Prefiro freestyle. Então, saiu de casa para vir aqui me gongar?
VARIAÇÃO SITUACIONAL (DIAFÁSICA): ocorre de acordo com a situação ou contexto do ato
comunicativo, do mais informal ao mais formal (como a linguagem usada ao cumprimentar um
amigo ou um diretor de escola).
 FIGURAS DE LINGUAGEM
acompanhada de elementos comparativos (conectivos): com, como, tal qual, tal como, assim, tão,
quanto, parece, etc.
Metonímia ou sinédoque: Troca de uma palavra por outra, havendo entre elas uma relaÁ„o
real,concreta, objetiva. H· vários tipos de metonímia.

Sempre li …rico VerÌssimo. (o autor pela obra)


A pessoa n„o leu literalmente o …rico VerÌssimo, leu as obras deste escritor.

Ele nunca teve o seu próprio teto. (a parte pelo todo)


Teto representa a moradia, o lar, a casa.

Cuidemos da infância. (o abstrato pelo concreto: inf‚ncia / crianças)

Comerei mais um prato. (o continente pelo conte˙do)


A pessoa n„o comeu literalmente o prato, mas a comida que ali estava.

Ganho a vida com meu suor. (o efeito pela causa)

Catacrese: metáfora tão usada que perdeu seu valor de figura e tornou-se cotidiana, não
representando mais um desvio:

céu da boca; cabeça do prego; asa da xícara; dente de alho; pé da cadeira.

Também se encontra no emprego impróprio por esquecimento ou ignorância de origem. Isso


ocorre pela inexistência de palavras mais apropriadas e dá-se devido à semelhança da forma ou
da função: ferradura de prata; embarcar no avião; fazer sabatina na sexta-feira; péssima
caligrafia; ficou de quarentena dois meses; fazer uma novena
durante esta semana.

Antonomásia OU perífrase: é uma espécie de apelido que se confere aos seres, valorizando
algum de seus feitos ou atributos.

Leu a obra do Poeta dos Escravos (Castro Alves).


O Rei do Futebol fez mais de mil gols (Pelé).
Você gosta da Terra da Garoa (São Paulo)?

Sinestesia: é a figura que proporciona a mistura de percepções, mistura de sentidos.

Tinha um olhar gelado.


Despertou-me um som colorido. (audiÁ„o e vis„o)
Era uma beleza fria. (vis„o e tato)

Antítese: aproximação de ideias de sentidos opostos. Tinha na alma um herói e um covarde


A antítese é OPOSIÇÃO DE PALAVRAS, GRUPOS DE PALAVRAS
Paradoxo ou oxímoro: é o emprego de duas ideias antagônicas, que se excluem mutuamente,
mas que aparecem em uma mesma frase.
Paradoxo: OPOSIÇÃO QUE CONSTITUI ALGO ABSURDO, INCOERENTE
“Amor é fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente” (Camões)
"Estou cego e vejo " (Carlos Drummond de Andrade)
Hipérbole: exagero proposital.Estou morrendo de alegria. Chorou um rio de lágrimas.
Ironia: forma intencional de dizer o contrário do que pensamos.
Ele era fino e educado (comeu como um porco), além de ser gentil (nem disse obrigado).
Personificação ou prosopopeia: É dar a vida ao seres inanimados ou dar características
humanas aos animais e objetos. A formiga disse que tinha de trabalhar
Apóstrofe: Chamamento, invocação de alguém ou algo, presente ou ausente. Corresponde ao
vocativo da análise sintética.
さ Deus! Ó Deus onde estás que não respondes?
Tenha piedade, Senhor, de seus filhos.
Gradação: aumento ou diminuição gradual. "Vive só para mim, só para a minha vida, só para
meu amor". (Olavo Bilac)
"O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre AntÙnio Vieira)

Aliteração: repetição de fonemas idênticos ou semelhantes.


Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando. (Guimarães Rosa)

Polissíndeto: repetição de conjunções (síndetos).


Não sorriu, nem feliz ficou, nem quis me ver, nem se importou com a partida.
E resmunga, e chora, e grita, e pula, e berra.

Anáfora: é também a repetição de palavras, porém no início de frase ou versos.


Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigo
Eu quase não consigo

Silepse: Concordância anormal feita com a ideia que se faz do termo e n„o com o prÛprio termo.
Pode ser:
a) de gÍnero
Ex.: Vossa Senhoria È bondoso.
A concord‚ncia normal seria bondosa, ja que Vossa Senhoria È do gÍnero feminino. Fez-se a
concord‚ncia com a ideia que se possui, ou seja, trata-se de um homem.
b) de n˙mero
Ex.: O grupo chegou apressado e conversavam em voz alta.
O segundo verbo do perÌodo deveria concordar com grupo.

Anadiplose: consiste em repetir, no início de uma oração ou de um verso, a última palavra da


oração ou verso anterior.
Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade,
verdade é, meu senhor, que hei delinquido,
delinquido vos tenho, e ofendido;
ofendido vos tem minha maldade (Gregório de Matos)

Zeugma: é um tipo de elipse. Ocorre zeugma quando duas orações compartilham o termo
omitido, isto é, quando o termo omitido é o mesmo que aparece na oração anterior.
Exemplos:
Na terra dele só havia mato; na minha, só prédios.
Meus primos conheciam todos. Eu, poucos
Elipse: É a omissão de palavra ou expressão que pode ser facilmente subentendida.
Requer-se seja intimado.
Toda a cidade parada por causa do calor.

Assíndeto dispensa o uso de conectivos em uma frase. É utilizado principalmente por autores e
artistas que escrevem músicas e poesias,

Todas as manhãs eu acordo, corro, nado, tomo açaí, trabalho.

Anacoluto é uma figura de linguagem na língua portuguesa que configura uma quebra da
estrutura sintática de uma frase.
Classificada como uma figura de construção, o anacoluto consiste numa “frase quebrada”,
“Eu, porque fui demitido, fico o dia todo em casa”.
“Meu pai, as leituras deixavam-no acordado a noite toda”.

O pleonasmo é uma figura ou um vício de linguagem que acrescenta uma informação


desnecessária ao discurso, seja de maneira intencional ou não.

“E rir meu riso e derramar meu pranto” (Vinicius de Moraes)


“E ali dançaram tanta dança” (Chico Buarque e Vinicius de Moraes)
“Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã” (Chico Buarque)

 SEMÂNTICA SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS


diz respeito ao significado que as palavras representam, ocupando-se do estudo da sinonímia,
antonímia, paronímia, homonímia, polissemia, denotação, conotação, entre outras.

Hiperônimo
São palavras que tem um sentido mais abrangente, ou seja, englobam um conjunto de palavras
relacionadas a ela e que estão dentro do mesmo grupo semântico.
Exemplos:• Profissão: é um hiperônimo, pois dentro desse grupo há várias outras palavras.
Como médico, jornalista, cozinheiro, entre outros.
• Inseto: hiperônimo de barata, mosquito, mosca, etc.

Hipônimo
Ao contrário do “hiper” que é algo mais amplo, “hipo” é mais restrito. Isto é, está relacionado a
elementos mais específicos dentro do conjunto dos hiperônimos.
Exemplos:
• Escritor e Jornalista são hipônimos de profissão.
• Mosquito e mosca são hipônimos de inseto.

PARONIMIA
São palavras parônimas aquelas que têm a escrita e a pronúncia semelhantes, mas possuem
diferentes significados.
• Absolver (perdoar, inocentar) e absorve (aspirar, sorver).
• Recrear (divertir) e recriar (criar novamente)
• Eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente).
HOMONÍMIA
É a relação presente entre duas ou mais palavras que possuem a mesma pronúncia ou escrita,
mas diferentes significados.
A homônima é subdivida em:
• Palavras homógrafas: expressões com sentidos diferentes, mas a mesma escrita. Exemplo:
sede (vontade de beber) e sede (matriz).
• Palavras homófonas: expressões que têm a escrita diferente, mas a pronúncia é igual.
Exemplos: Sessão, secção, seção ou cessão e acerto (ato de acertar) e asserto (afirmação).
• Perfeitas: são palavras homógrafas e homófonas ao mesmo tempo, ou seja, tem a escrita e a
pronúncia iguais, mas diferentes significados. Exemplo: Gosto (substantivo) e gosto (forma do
verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo).

POLISSEMIA

A polissemia acontece quando uma mesma palavra pode ser interpretada em diversos
significados, proporciona mais de um leitura.
Exemplos: palavras polissêmicas

• Cabo: pode ser cabo de vassoura, da faca ou o policial militar.


• Banco: pode ser a instituição comercial financeira ou o local de sentar.
• Manga: pode ser a fruta ou parte da roupa.
• Pé: pode ser pé de moleque (doce), parte do corpo humano ou o pé da cadeira.

ADJUNTO ADNOMINAL
é o termo acessório da oração que tem a função de caracterizar ou determinar um substantivo.
Isso pode ser feito através de artigos, adjetivos e outros elementos que desempenhem a função
adjetiva.

Exemplo:
As melhores receitas foram deixadas pelos nossos avós.

Sujeito: As melhores receitas


Núcleo do sujeito: receitas

As (artigo), melhores (adjetivo) são os adjuntos adnominais do substantivo receita.


V

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