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PENAL 757

HOMICÍDIO (art. 121, CP)

Art. 121. Matar alguém

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob
o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode
reduzir a pena de um sexto a um terço.

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

II - por motivo fútil

III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
ou de que possa resultar perigo comum;

IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne


impossível a defesa do ofendido;

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:

VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:

VIII - (VETADO):

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:

I - violência doméstica e familiar;

II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

§ 3º Se o homicídio é culposo:

Pena - detenção, de um a três anos.


§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para
evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se
o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.

§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as


consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal
se torne desnecessária.

§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia
privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.

§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado:

I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;

II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou
portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade
física ou mental;

III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;

IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do


caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.

Informativo 659 do STJ - Compete à Justiça Federal julgar crime contra a vida em desfavor de
policiais militares, consumado ou tentado, praticado no contexto de crime de roubo armado
contra órgãos, autarquias ou empresas públicas da União.

Informativo 625 do STJ - Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de
motivo torpe e de feminicídio no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de
violência doméstica e familiar.

Informativo 625 do STJ - "considerando as circunstâncias subjetivas e objetivas, temos a


possibilidade de coexistência entre as qualificadoras do motivo torpe e do feminicídio. Isso
porque a natureza do motivo torpe é subjetiva, porquanto de caráter pessoal, enquanto o
feminicídio possui natureza objetiva, pois incide nos crimes praticados contra a mulher por
razão do seu gênero feminino e/ou sempre que o crime estiver atrelado à violência doméstica
e familiar propriamente dita, assim o animus do agente não é objeto de análise".

Informativo 617 do STJ - Não há ilegalidade na perícia de aparelho de telefonia celular pela
polícia, sem prévia autorização judicial, na hipótese em que seu proprietário – a vítima – foi
morto, tendo o referido telefone sido entregue à autoridade policial por sua esposa.

Informativo 606 do STJ - O fato de os delitos haverem sido cometidos em concurso formal não
autoriza a extensão dos efeitos do perdão judicial concedido para um dos crimes, se não
restou comprovado, quanto ao outro, a existência do liame subjetivo entre o infrator e a outra
vítima fatal.
Informativo 590 do STJ - Em homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302 do
CTB), ainda que realizada composição civil entre o autor do crime e a família da vítima, é
inaplicável o arrependimento posterior (art. 16 do CP). O STJ possui entendimento de que,
para que seja possível aplicar a causa de diminuição de pena prevista no art. 16 do Código
Penal, faz-se necessário que o crime praticado seja patrimonial ou possua efeitos patrimoniais
(HC 47.922-PR, Quinta Turma, DJ 10/12/2007; e REsp 1.242.294-PR, Sexta Turma, DJe
3/2/2015). Na hipótese em análise, a tutela penal abrange o bem jurídico, o direito
fundamental mais importante do ordenamento jurídico, a vida, que, uma vez ceifada, jamais
poderá ser restituída, reparada. Não se pode, assim, falar que o delito do art. 302 do CTB é
um crime patrimonial ou de efeito patrimonial. Além disso, não se pode reconhecer o
arrependimento posterior pela impossibilidade de reparação do dano cometido contra o bem
jurídico vida e, por conseguinte, pela impossibilidade de aproveitamento pela vítima da
composição financeira entre a agente e a sua família. Sendo assim, inviável o reconhecimento
do arrependimento posterior na hipótese de homicídio culposo na direção de veículo
automotor. REsp 1.561.276-BA, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/6/2016, DJe
15/9/2016.

Informativo 581 do STJ - Não incide a qualificadora de motivo fútil (art. 121, § 2°, II, do CP), na
hipótese de homicídio supostamente praticado por agente que disputava "racha", quando o
veículo por ele conduzido - em razão de choque com outro automóvel também participante do
"racha" - tenha atingido o veículo da vítima, terceiro estranho à disputa automobilística. No
caso em análise, o homicídio decorre de um acidente automobilístico, em que não havia
nenhuma relação entre o autor do delito e a vítima. A vítima nem era quem praticava o
"racha" com o agente do crime. Ela era um terceiro que trafegava por perto naquele momento
e que, por um dos azares do destino, viu-se atingido pelo acidente que envolveu o agente do
delito. Quando o legislador quis se referir a motivo fútil, fê-lo tendo em mente uma reação
desproporcional ou inadequada do agente quando cotejado com a ação ou omissão da vítima;
uma situação, portanto, que pressupõe uma relação direta, mesmo que tênue, entre agente e
vítima. No caso não há essa relação. Não havia nenhuma relação entre o autor do crime e a
vítima. O agente não reagiu a uma ação ou omissão da vítima (um esbarrão na rua, uma
fechada de carro, uma negativa a um pedido). Não há aqui motivo fútil, banal, insignificante,
diante de um acidente cuja causa foi um comportamento imprudente do agente,
comportamento este que não foi resposta à ação ou omissão da vítima. Na verdade, não há
nenhum motivo. HC 307.617-SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Rel. para acórdão Min. Sebastião Reis
Júnior, julgado em 19/4/2016, DJe 16/5/2016.

Informativo 580 do STJ - Em princípio, não é incompatível a incidência da agravante do art. 62,
I, do CP ao autor intelectual do delito (mandante). O art. 62, I, do CP prevê que: "A pena será
ainda agravada em relação ao agente que: I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou
dirige a atividade dos demais agentes;" Em princípio, não há que se falar em bis in idem em
razão da incidência dessa agravante ao autor intelectual do delito (mandante). De acordo com
a doutrina, a agravante em foco objetiva punir mais severamente aquele que tem a iniciativa
da empreitada criminosa e exerce um papel de liderança ou destaque entre os coautores ou
partícipes do delito, coordenando e dirigindo a atuação dos demais, fornecendo, por
exemplos, dados relevantes sobre a vítima, determinando a forma como o crime será
perpetrado, emprestando os meios para a consecução do delito, independente de ser o
mandante ou não ou de quantas pessoas estão envolvidas. Há, inclusive, precedente do STF
(Tribunal Pleno, AO 1.046-RR, DJe 22/6/2007) indicando a possibilidade de coexistência da
agravante e da condenação por homicídio na qualidade de mandante. Entretanto, não
obstante a inexistência de incompatibilidade entre a condenação por homicídio como
mandante e a incidência da agravante do art. 62, I, do CP, deve-se apontar elementos
concretos suficientes para caracterizar a referida circunstância agravadora. Isso porque, se o
fato de ser o mandante do homicídio não exclui automaticamente a agravante do art. 62, I, do
CP, também não obriga a sua incidência em todos os casos. REsp 1.563.169-DF, Rel. Min.
Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/3/2016, DJe 28/3/2016.

Informativo 575 do STJ - O reconhecimento da qualificadora da "paga ou promessa de


recompensa" (inciso I do § 2º do art. 121) em relação ao executor
do crime de homicídio mercenário não qualifica automaticamente o delito em relação ao
mandante, nada obstante este possa incidir no referido dispositivo caso o motivo que o tenha
levado a empreitar o óbito alheio seja torpe. De fato, no homicídio qualificado pelo motivo
torpe consistente na paga ou na promessa de recompensa (art. 121, § 2º, I, do CP) - conhecido
como homicídio mercenário - há concurso de agentes necessário, na medida em que, de um
lado, tem-se a figura do mandante, aquele que oferece a recompensa, e, de outro, há a figura
do executor do delito, aquele que aceita a promessa de recompensa. É bem verdade que nem
sempre a motivação do mandante será abjeta, desprezível ou repugnante, como ocorre, por
exemplo, nos homicídios privilegiados, em que o mandante, por relevante valor moral,
contrata pistoleiro para matar o estuprador de sua filha. Nesses casos, a circunstância prevista
no art. 121, § 2º, I, do CP não será transmitida, por óbvio, ao mandante, em razão da
incompatibilidade da qualificadora do motivo torpe com o crime privilegiado, de modo que
apenas o executor do delito (que recebeu a paga ou a promessa de recompensa) responde
pela qualificadora do motivo torpe. Entretanto, apesar de a "paga ou promessa de
recompensa" (art. 121, § 2º, I, do CP) não ser elementar, mas sim circunstância de caráter
pessoal do delito de homicídio, sendo, portanto, incomunicável automaticamente a coautores
do homicídio, conforme o art. 30 do CP (REsp 467.810-SP, Quinta Turma, DJ 19/12/2003),
poderá o mandante responder por homicídio qualificado pelo motivo torpe caso o motivo que
o tenha levado a empreitar o óbito alheio seja abjeto, desprezível ou repugnante. REsp
1.209.852-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/12/2015, DJe 2/2/2016.

Informativo 571 do STJ - A desclassificação do crime doloso contra a vida para outro de
competência do juiz singular promovida pelo Conselho de Sentença em plenário do Tribunal
do Júri, mediante o reconhecimento da denominada cooperação dolosamente distinta (art. 29,
§ 2º, do CP), não pressupõe a elaboração de quesito acerca de qual infração menos grave o
acusado quis participar. De fato, não se trata de quesito obrigatório. Afastada pelos jurados a
intenção do réu de participar do delito doloso contra a vida, em razão da desclassificação
promovida em plenário, o juiz natural da causa não é mais o Tribunal do Júri, não competindo
ao Conselho de Sentença o julgamento do delito, e sim ao juiz presidente, nos termos do que
preceitua o art. 492, § 1º, primeira parte, do CPP ("Se houver desclassificação da infração para
outra, de competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir
sentença em seguida"). Nesse sentido, cabe destacar entendimento doutrinário segundo o
qual, se for acolhida pelos jurados tese defensiva de participação de crime menos grave, "em
tal hipótese, somente se pode admitir que o júri reconheceu sua competência em relação
ao crime mais grave, praticado pelo coautor. Especificamente em relação ao acusado que
alegou a participação em crime menos grave, o júri está afirmando que ele não quis praticar
um delito doloso contra a vida". Sobre o tema, aliás, já decidiu o STJ que, "havendo
desclassificado da tentativa de homicídio qualificado para delito diverso dos referidos no art.
5º, XXXVIII, 'd' da CF ou no art. 74, § 1º do CPP, cessa a competência dos Jurados deslocando-a
para o Juiz natural da causa, aquele que figurou na instrução do feito, qual seja, o Juiz
Presidente do Tribunal do Júri, ex vi do art. 492, § 2º, do CPP" (HC 63.093-RJ, Quinta Turma, DJ
10/12/2007). REsp 1.501.270-PR, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
1º/10/2015, DJe 23/10/2015.

Informativo 538 do STJ - É inepta denúncia que impute a prática de homicídio na forma
omissiva imprópria quando não há descrição clara e precisa de como a acusada - médica
cirurgiã de sobreaviso - poderia ter impedido o resultado morte, sendo insuficiente a simples
menção do não comparecimento da denunciada à unidade hospitalar, quando lhe foi solicitada
a presença para prestar imediato atendimento a paciente que foi a óbito. Com efeito, o
legislador estabeleceu alguns requisitos essenciais para a formalização da acusação, a fim de
que seja assegurado ao acusado o escorreito exercício do contraditório e da ampla defesa, pois
a higidez da denúncia é uma garantia do denunciado. Neste contexto, quando se imputa a
alguém crime comissivo por omissão (art. 13, § 2º, b, do CP), é necessário que se demonstre o
nexo normativo entre a conduta omissiva e o resultado normativo, porque só se tem por
constituída a relação de causalidade se, baseado em elementos empíricos, for possível
concluir, com alto grau de probabilidade, que o resultado não ocorreria se a ação devida fosse
efetivamente realizada. Na hipótese em foco, a denúncia não descreveu com a clareza
necessária qual foi a conduta omitida pela denunciada que teria impedido o resultado morte,
com probabilidade próxima da certeza. Assim, se inexistir a descrição do liame de causalidade
normativa entre a conduta comissiva por omissão e a morte da vítima, não há que se falar em
materialidade de crime de homicídio, porquanto é imprescindível que a imputação esteja
embasada em prova técnica, como laudo cadavérico, parecer médico ou perícia médica, que
permita, com dados científicos, demonstrar com a mínima segurança que a vítima evoluiu a
óbito por falta daquele atendimento médico imediato e especializado não prestado pelo
acusado. Destaque-se que a falta de laudo de necropsia não impede o reconhecimento da
materialidade delitiva nos crimes de homicídio, podendo, muitas vezes, vir demonstrada por
outros meios de prova, como, por exemplo, depoimentos testemunhais. RHC 39.627-RJ, Rel.
Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 8/4/2014.

Informativo 525 do STJ - A anterior discussão entre a vítima e o autor do homicídio, por si só,
não afasta a qualificadora do motivo fútil. Precedente citado: AgRg no AREsp 31.372-AL, Sexta
Turma, DJe 21/3/2013; AgRg no AREsp 182.524-DF, Quinta Turma, DJe 17/12/2012. AgRg
no REsp 1.113.364-PE, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, DJe 21/8/2013.

Informativo 452 do STJ - Conforme assentou o STF, "a vingança, por si só, não consubstancia o
motivo torpe; a sua afirmativa, contudo, não basta para elidir a imputação de torpeza do
motivo do crime, que há de ser aferida à luz do contexto do fato."

Em habeas corpus, o impetrante defende a absorção do crime de porte ilegal de arma de fogo
pelo crime de homicídio visto que, segundo o princípio da consunção, a primeira infração
penal serviu como meio para a prática do último crime. Explica o Min. Relator que o princípio
da consunção ocorre quando uma infração penal serve inicialmente como meio ou fase
necessária para a execução de outro crime. Logo, a aplicação do princípio da consunção
pressupõe, necessariamente, a análise de existência de um nexo de dependência das condutas
ilícitas para verificar a possibilidade de absorção daquela infração penal menos grave pela mais
danosa. Assim, para o Min. Relator, impõe-se que cada caso deva ser analisado com cautela,
deve-se atentar à viabilidade da aplicação do princípio da consunção, principalmente
em habeas corpus, em que nem sempre é possível um profundo exame dos fatos e provas. No
entanto, na hipótese, pela descrição dos fatos na instrução criminal, na pronúncia e na
condenação, não há dúvida de que o porte ilegal de arma de fogo serviu de meio para a prática
do homicídio. Diante do exposto, a Turma concedeu a ordem para, com fundamento no
princípio da consunção, excluir o crime de porte de arma de fogo da condenação do paciente.
Precedentes citados: REsp 570.887-RS, DJ 14/2/2005; HC 34.747-RJ, DJ 21/11/2005, e REsp
232.507-DF, DJ 29/10/2001. HC 104.455-ES, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 21/10/2010.

INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO OU A AUTOMUTILAÇÃO

Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe


auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)

Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.

§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave


ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

§ 3º A pena é duplicada:

I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;

II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.

§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de


computadores, de rede social ou transmitida em tempo real.

§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede


virtual.

§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza


gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade
ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no
§ 2º do art. 129 deste Código.

§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos
ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de
homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.
INFANTICÍDIO (art. 123, CP)

Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo
após:

Pena - detenção, de dois a seis anos.

Informativo 507 do STJ - Iniciado o trabalho de parto, não há crime de aborto, mas
sim homicídio ou infanticídio conforme o caso. Para configurar o crime de homicídio ou
infanticídio, não é necessário que o nascituro tenha respirado, notadamente quando, iniciado
o parto, existem outros elementos para demonstrar a vida do ser nascente, por exemplo, os
batimentos cardíacos. HC 228.998-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em
23/10/2012.

ABORTO (arts. 124 ao 128, CP)

Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: (

Pena - detenção, de um a três anos.

Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de três a dez anos.

Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Pena - reclusão, de um a quatro
anos.

Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze
anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave
ameaça ou violência.

Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em
consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão
corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém
a morte.

Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou,


quando incapaz, de seu representante legal.

Informativo 547 do STJ - É que o crime de aborto (arts. 124 a 127 do CP) sempre esteve
alocado no título referente a "crimes contra a pessoa" e especificamente no capítulo
"dos crimes contra a vida". Assim, o ordenamento jurídico como um todo (e não apenas o CC)
alinhou-se mais à teoria concepcionista - para a qual a personalidade jurídica se inicia com a
concepção, muito embora alguns direitos só possam ser plenamente exercitáveis com o
nascimento, haja vista que o nascituro é pessoa e, portanto, sujeito de direitos - para a
construção da situação jurídica do nascituro, conclusão enfaticamente sufragada pela
majoritária doutrina contemporânea. Além disso, apesar de existir concepção mais restritiva
sobre os direitos do nascituro, amparada pelas teorias natalista e da personalidade
condicional, atualmente há de se reconhecer a titularidade de direitos da personalidade ao
nascituro, dos quais o direito à vida é o mais importante, uma vez que, garantir ao nascituro
expectativas de direitos, ou mesmo direitos condicionados ao nascimento, só faz sentido se lhe
for garantido também o direito de nascer, o direito à vida, que é direito pressuposto a todos os
demais. Portanto, o aborto causado pelo acidente de trânsito subsume-se ao comando
normativo do art. 3º da Lei 6.194/1974, haja vista que outra coisa não ocorreu, senão a morte
do nascituro, ou o perecimento de uma vida intrauterina. REsp 1.415.727-SC, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão, julgado em 4/9/2014.

LESÃO CORPORAL (ART. 129, CP)

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 1º Se resulta:

I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

II - perigo de vida;

III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;

IV - aceleração de parto:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 2° Se resulta:

I - Incapacidade permanente para o trabalho;

II - enfermidade incurável;

III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;

IV - deformidade permanente;

V - aborto:

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado,


nem assumiu o risco de produzi-lo:

Pena - reclusão, de quatro a doze anos.


§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral
ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:

I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;

II - se as lesões são recíprocas.

§ 6° Se a lesão é culposa:

Pena - detenção, de dois meses a um ano.

§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e
o
6 do art. 121 deste Código.

§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.

Violência Doméstica

§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou


companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente
das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.

§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas
no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).

§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for
cometido contra pessoa portadora de deficiência.

§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de
um a dois terços.

Informativo 604 do STJ - A ação penal nos crimes de lesão corporal leve cometidos em
detrimento da mulher, no âmbito doméstico e familiar, é pública incondicionada.

Informativo 562 do STJ - A qualificadora "deformidade permanente" do crime de lesão


corporal (art. 129, § 2º, IV, do CP) não é afastada por posterior cirurgia estética reparadora que
elimine ou minimize a deformidade na vítima. Isso porque, o fato criminoso é valorado no
momento de sua consumação, não o afetando providências posteriores, notadamente quando
não usuais (pelo risco ou pelo custo, como cirurgia plástica ou de tratamentos prolongados,
dolorosos ou geradores do risco de vida) e promovidas a critério exclusivo da vítima. HC
306.677-RJ, Rel. Min. Ericson Maranho (Desembargador convocado do TJ-SP), Rel. para
acórdão Min. Nefi Cordeiro, julgado em 19/5/2015, DJe 28/5/2015.
Informativo 541 do STJ - É possível a aplicação da agravante genérica do art. 61, II, "c", do CP
nos crimes preterdolosos, como o delito de lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º, do
CP). De início, nos termos do art. 61, II, "c", do CP, são circunstâncias que sempre agravam a
pena, quando não constituem ou qualificam o crime, ter o agente cometido o crime à traição,
de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou
impossível a defesa do ofendido. De fato, apesar da existência de controvérsia doutrinária e
jurisprudencial, entende-se que não há óbice legal ou incompatibilidade qualquer na aplicação
da citada agravante genérica aos crimes preterdolosos. Isso porque, nos crimes qualificados
pelo resultado na modalidade preterdolosa, a conduta-base dolosa preenche autonomamente
o tipo legal e o resultado culposo denota mera consequência que, assim sendo, constitui
elemento relevante em sede de determinação da medida da pena. Ademais, o art. 129, § 3º,
do CP descreve conduta dolosa que autonomamente preenche o tipo legal de lesões
corporais, ainda que dessa conduta exsurja resultado diverso mais grave a título de culpa,
consistente na morte da vítima. Assim, no crime de lesão corporal seguida de morte, a ofensa
intencional à integridade física da vítima constitui crime autônomo doloso, cuja natureza não
se altera com a produção do resultado mais grave previsível mas não pretendido (morte),
resolvendo-se a maior reprovabilidade do fato no campo da punibilidade. Além do mais,
entende a doutrina que nos casos de lesões qualificadas pelo resultado, o tipo legal de crime é
o mesmo (lesão corporal dolosa), não se alterando o tipo fundamental, apenas se lhe
acrescentando um elemento de maior punibilidade. REsp 1.254.749-SC, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, julgado em 6/5/2014.

Informativo 509 do STJ - O crime de lesão corporal, mesmo que leve ou culposa, praticado
contra a mulher, no âmbito das relações domésticas, deve ser processado mediante ação
penal pública incondicionada. No julgamento da ADI 4.424-DF, o STF declarou a
constitucionalidade do art. 41 da Lei n. 11.340/2006, afastando a incidência da Lei n.
9.099/1995 aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher,
independentemente da pena prevista. Precedente citado do STF: ADI 4.424-DF, DJe
17/2/2012; do STJ: AgRg no REsp 1.166.736-ES, DJe 8/10/2012, e HC 242.458-DF, DJe
19/9/2012. AREsp 40.934-DF, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembargadora convocada do TJ-
SE), julgado em 13/11/2012.

Informativo 506 do STJ - Não é possível a substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos em caso de condenação por crime de lesão corporal previsto no art. 129,
§ 9º, do CP. A substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos pressupõe,
entre outras coisas, que o crime não tenha sido cometido com violência ou grave ameaça. A
violência física se expressa de inúmeras maneiras, sendo comum a todas elas o uso da força e
a submissão da vítima, que fica acuada. Embora haja casos de violência doméstica com
requintes de crueldade extrema e outros que se restrinjam às vias de fato (tapas, empurrões,
socos, por exemplo), a violência praticada em maior ou menor grau de intensidade caracteriza-
se pelo simples fato de o agente utilizar a força, de forma agressiva, para submeter a vítima. O
termo "violência" contido no art. 44, I, do CP, que impossibilita a substituição da pena privativa
de liberdade por restritiva de direitos, não comporta quantificação ou qualificação. A Lei Maria
da Penha surgiu para salvaguardar a mulher de todas as formas de violência (não só física, mas
moral e psíquica), inclusive naquelas hipóteses em que a agressão possa não parecer tão
violenta. Precedentes citados: HC 182.892-MS, DJe 20/6/2012, e HC 192.417-MS, DJe
19/12/2011. HC 192.104-MS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 9/10/2012.
TREINO DURO, PROVA FÁCIL

1. (AOCP) O crime de homicídio, art. 121 do Código Penal, é classificado doutrinariamente


como um crime
a) de dano, material e instantâneo de efeitos permanentes.
b) vago, permanente e multitudinário.
c) próprio, de perigo e exaurido.
d) comum, forma livre e concurso necessário de agentes.
d) de mão própria, habitual e de forma vinculada.

2. (VUNESP) Em conversa reservada, José expõe a João o desejo de acabar com a própria
vida, no que recebe o apoio e incentivo de João à empreitada. Posteriormente, José tenta se
suicidar, mas é socorrido por sua mãe e sobrevive com lesões corporais leves.
Considerando a situação hipotética, assinale a alternativa correta.

a) João responderá por lesões corporais leves.


b) João responderá por tentativa de instigação a suicídio.
c) João responderá por tentativa de homicídio.
d) João responderá por instigação a suicídio.
e) João não responderá por crime por ser o fato atípico.

3. (VUNESP) João, com a intenção de matar, desferiu golpes de faca em seu irmão José.
Antes de desferir o golpe fatal, atendendo aos apelos de sua mãe que implorava para que
poupasse a vida de José, João parou de agredir o irmão. Por insistência de sua mãe, João
socorreu José, que sobreviveu com lesões corporais que, embora tenham causado risco de
vida, se regeneraram em vinte dias.
Sobre a situação hipotética, assinale a alternativa correta.

a) João responderá por lesões corporais graves em razão da desistência voluntária.


b) João responderá por tentativa de homicídio com redução de pena pelo arrependimento
posterior.
c) João responderá por lesões corporais leves em razão da desistência voluntária.
d) João responderá por tentativa de homicídio.
e) João não responderá por crime.

4. (FCC) Ficou comprovado que houve assassinato, pela única razão de menosprezo à
condição de mulher, praticado por Samuel contra sua vizinha Maria de Fátima, de trinta anos
de idade, que possuía um filho ao qual deu à luz dois meses exatos antes do crime. Com base
nas disposições da Lei no 13.104/2015 (Lei do Feminicídio), nesse caso, o crime de
feminicídio

a) está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um terço até a metade.
b) não está caracterizado, pois não houve violência doméstica.
c) está caracterizado em sua modalidade simples, não havendo aumento de pena.
d) está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um a dois terços.
e) está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um sexto a um terço.

5. (IBDF) Sobre o crime de homicídio qualificado, é possível assinalar apenas como afirmativa
correta:
a) São meios de execução que o qualificam: o veneno; a emboscada; a asfixia ou outro meio
insidioso ou cruel.
b) São formas de execução que o qualificam: a traição; a dissimulação; a tortura ou outro
recurso que dificulte ou tome impossível a defesa da vítima.
c) O motivo fútil consiste numa escala de desvalor que vai da desproporção entre o crime e a
causa, passando pela insignificância, até a ausência de motivo.
d) O fogo é um meio cruel para a execução do homicídio, e também pode resultar perigo
comum conforme as circunstâncias.
e) A superioridade de armas e a força física, são circunstâncias que sempre qualificam o
homicídio, como meios que dificultam a defesa da vítima.

6. (FGV) Após intenso debate político repleto de ofensas, Ana, 40 anos, e Maria, 30 anos,
iniciam uma longa discussão. Ana, revoltada com o comportamento agressivo de Maria,
arremessa uma faca em direção a esta com a intenção de causar sua morte, mas a arma
branca acaba por atingir Joana, criança de 13 anos, que passava pela localidade, sendo o
golpe de faca no coração a causa eficiente de sua morte. Descobertos os fatos pelo
Ministério Público, considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que Ana
deverá ser responsabilizada pelo crime de homicídio

a) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro de


execução.
b) culposo consumado, em razão do erro sobre a pessoa.
c) culposo consumado, em razão do erro de execução.
d) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro de
pessoa.
e) consumado com a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro sobre a pessoa.

7. (UEG) De acordo com o Código Penal, há homicídio qualificado quando for cometido

a) por grupo de extermínio.


b) para assegurar a impunidade de outro crime.
c) estando o ofendido sob a imediata proteção da autoridade.
d) contra pessoa menor de quatorze ou maior de sessenta anos.
e) por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança.

8. (VUNESP) Maria e Mariana, ambas nascidas com genitais femininos, auto identificadas e
socialmente reconhecidas como mulheres, convivem em união estável e monogâmica.
Ocorre que Maria, às escondidas, passa a manter relações sexuais com José. Mariana flagra
Maria em ato sexual com José e, nesse contexto, Maria provoca injustamente Mariana,
dizendo a José, em tom de escárnio, que Mariana é “xucra, burra e ruim de cama”, e que,
além disso, Mariana “gosta de ser traída e não tomará qualquer atitude, por ser covarde e
medrosa”. Embora nunca tenha praticado ato de violência doméstica, Mariana é tomada por
violenta emoção e dispara projétil de arma de fogo contra a cabeça de Maria, que morre
imediatamente.
É correto afirmar que Mariana praticou

a) ato típico, mas amparado por causa excludente de ilicitude.


b) homicídio qualificado, por meio insidioso.
c) feminicídio.
d) homicídio privilegiado.
e) homicídio qualificado, por motivo torpe.
9. Não constitui causa de aumento de pena do crime de feminicídio:
a) relação íntima de afeto
b) descumprimento de medida protetiva
c) vítima menor de 14 anos
d) vítima maior de 60 anos
e) vítima gestante.

10. Raul destruiu a vida de diversos criminosos em atividade de grupo de extermínio. Nesse
caso, é possível afirmar que Raul
a) agiu em legítima defesa de terceiros, não possuindo qualquer tipo de responsabilidade
penal.
b) cometeu crime de homicídio privilegiado pelo relevante valor moral.
c) cometeu crime de homicídio privilegiado pelo relevante valor social.
d) cometeu crime de homicídio qualificado, devendo a pena ser aumentada de um terço até a
metade.
e) cometeu crime de homicídio, devendo a pena ser aumentada de um terço até a metade.

11. (FGV) Mário, engenheiro civil responsável técnico pela construção da obra de um
viaduto, elaborou o projeto sem as cautelas necessárias e permitiu a continuidade de sua
execução de forma falha, mesmo após alertado de sua instabilidade, propiciando o
desabamento da estrutura em construção e a morte de um trabalhador. A imperícia de
Mário foi constatada por laudo pericial conclusivo. No curso de ação penal, restaram
comprovadas a materialidade e autoria delitivas. No caso em tela, Mário cometeu:
a) ato ilícito civil e não criminal, pois o engenheiro não agiu com dolo e vontade de matar o
trabalhador, razão pela qual deve responder na seara da indenização por danos morais;
b) ato ilícito civil e não criminal, pois aplica-se a compensação da culpa do trabalhador, que
também tinha a obrigação de não executar obra com vícios técnicos;
c) homicídio culposo, pois o engenheiro agiu com imperícia, inobservando regra técnica de
profissão;
d) homicídio doloso, pois o engenheiro não agiu com a necessária perícia que era esperada;
e) crime de dano, excluído o homicídio porque não houve intenção de matar alguém.

12. (FGV) Durante uma discussão entre Carla e Luana, que eram amigas, Carla desfere, com
intenção de causar lesão leve, um tapa na face de Luana, que a havia ofendido. Ocorre que,
de maneira totalmente surpreendente, Luana vem a falecer no dia seguinte, em virtude do
tapa recebido e da lesão causada, pois rompeu-se um desconhecido coágulo sanguíneo na
cabeça, mesmo diante do fraco golpe. Na semana seguinte, a família de Luana, revoltada,
procura a Delegacia, narra o ocorrido e afirma ter interesse em ver Carla processada
criminalmente.
Confirmados os fatos, assim como a intenção de Carla, o Ministério Público poderá imputar a
Carla a prática do(s) crime(s) de:

a) lesão corporal leve dolosa e homicídio culposo;


b) lesão corporal seguida de morte;
c) lesão corporal leve;
d) homicídio doloso;
e) homicídio culposo.

13. (IBADE) O indivíduo que mata um integrante do sistema prisional, no exercício da função
ou em decorrência dela, em razão dessa condição, comete crime de:
a) tortura.
b) homicídio culposo.
c) homicídio qualificado.
d) feminicídio.
e) homicídio simples.

14. (AOCP) Em decisão prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento do
Habeas Corpus nº 57.956-RS, de relatoria do Ministro Napoleão Nunes Maia Filho,
asseverou-se que: "Inexiste continuidade delitiva entre os crimes de receptação dolosa e
adulteração de sinal identificador de veículo automotor, pois são infrações penais de
espécies diferentes". Acerca do instituto do crime continuado, previsto no art. 71, caput e §
1º, do Código Penal (CP), assinale a alternativa que contenha dois tipos penais de mesma
espécie, com base no enunciado do STJ ora transcrito.
a) Homicídio qualificado (art. 121, § 2º, CP) e Homicídio culposo (art. 121, § 3º, CP).
b) Paralisação de trabalho de interesse coletivo (art. 201, CP) e Paralisação de trabalho,
seguida de violência ou perturbação da ordem (art. 200, CP).
c) Corrupção passiva (art. 317, CP) e Corrupção ativa (art. 333, CP).
d) Favorecimento pessoal (art. 348, CP) e Favorecimento real (art. 349, CP).
e) Resistência (art. 329, CP) e Desobediência (art. 330, CP).

15. (FCC) Na madrugada de um sábado, Jorge, cabo da Polícia Militar, retornava para casa,
em um bairro bastante violento da capital. Policial experiente, que já havia sido ameaçado
por algumas lideranças do tráfico na região, ciente das constantes disputas entre grupos
rivais que ocorriam na comunidade, Jorge era cuidadoso e sempre caminhava pelo bairro em
trajes civis. A cerca de 5 metros da esquina de sua casa, Jorge assustou-se com dois homens
que dobraram a esquina correndo, os quais, ao vê-lo, apontaram-lhe as armas que
portavam. Diante da situação sinistra em que se via, Jorge não titubeou e agiu conforme
seus treinamentos: sacou seu revólver com extrema rapidez e habilidade e, com disparos
certeiros, atingiu letalmente os dois homens que lhe apontavam as armas. Jorge, então,
acionou a Polícia Militar e o serviço de socorro médico de emergência, que compareceram
ao local, tendo os agentes militares constatado que os homens atingidos eram dois policiais
civis que participavam de uma operação contra o tráfico no bairro e se preparavam para
prender alguns suspeitos em flagrante. Da leitura do enunciado, é correto afirmar:

a) Apesar de sua conduta típica e ilícita, a Jorge não deve ser aplicada qualquer pena, sendo-
lhe inexigível conduta diversa diante das circunstâncias que compunham o contexto em que se
viu envolvido, que o levaram a supor situação de fato que, se existisse, tornaria sua ação
legítima.
b) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios dolosos, em concurso material,
qualificados por terem como vítimas policiais civis (art. 121, § 2°, VII − por duas vezes −, c/c art.
69, ambos do CP).
c) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios dolosos, em concurso material, sem
possibilidade de qualificação pela condição das vítimas, uma vez que o autor desconhecia essa
circunstância (art. 121, caput − por duas vezes −, c/c art. 69, ambos do CP).
d) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios culposos, em concurso formal, tendo
em vista sua conduta imprudente, uma vez que efetuou os disparos sem prévia identificação e
ordem de parada (art. 121, § 3° − por duas vezes −, c/c art. 70, ambos do CP).
e) A Jorge não deve ser imputada a prática de crime, uma vez que agiu sob o pálio da legítima
defesa enquanto excludente da ilicitude, estando sua ação especialmente justificada pelas
circunstâncias da situação em que se viu envolvido − a chamada legítima defesa putativa.
16. Sobre os crimes contra a vida, assinale a alternativa correta.
a) Homicídio cometido em atuação de milícia é qualificado.
b) A premeditação é qualificadora do crime de homicídio.
c) No homicídio mercenário, qualificado pela paga ou promessa recompensa, esta deve ter
natureza econômica, não podendo, por exemplo, ser oferecimento de relações sexuais.
d) O Superior Tribunal de Justiça entende que não é possível a existência de homicídio
qualificado privilegiado.
e) Recentemente, o STF entendeu que também constitui crime de aborto a interrupção da
gravidez de feto anencéfalo, porque esta conduta é fato atípico.

17. Sobre os crimes contra a honra, assinale a alternativa correta.


a) Os crimes de calúnia e difamação admitem retratação, quando, antes da sentença penal
condenatória irrecorrível o querelado (réu) se retrata cabalmente, assumindo seu ato como um
equívoco que deve ser reparado.
b) Nos crimes contra a honra, a retratação isenta de pena desde que seja total, isto é, deve
abranger todas as afirmações.
c) Nos crimes contra a honra, a retratação beneficia o agente que se retrata e estende-se ao
terceiro que se recusou a se retratar.
d) A injúria será qualificada quando a ação for praticada por meio da utilização de elementos
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, orientação sexual ou a condição de pessoa idosa
ou portadora de deficiência.
e) As penas dos crimes contra a honra são aumentadas de dois terços se forem cometidas
contra funcionário público, em razão de suas funções.

18. (FCC) Arquimedes dirigia seu caminhão à noite, por uma estrada de serra, com muitas
curvas, péssima sinalização e sob forte chuva. Ele estava sonolento e apenas aguardava o
próximo posto de combustíveis para estacionar e dormir. Motorista experiente que era,
observava as regras de tráfego no local, imprimindo ao veículo a velocidade permitida no
trecho. Entretanto, a 50 Km do posto de combustíveis mais próximo, após uma curva,
Arquimedes assustou-se com um vulto que de súbito adentrou a via, imediatamente
acionando os freios, sem, contudo, evitar o choque. Inicialmente, pensou tratar-se de um
animal, mas quando desembarcou do veículo, pôde constatar que se tratava de um homem.
Desesperado ao vê-lo perdendo muito sangue, Arquimedes logo acionou o serviço de
socorro e emergências médicas, que chegou rapidamente ao local, constatando o óbito do
homem em cujo bolso foi encontrado um bilhete de despedida. Era um suicida. Da leitura do
enunciado, pode-se afirmar que:

a) Arquimedes não praticou crime, tendo em vista a incidência na hipótese da inexigibilidade


de conduta diversa − excludente de culpabilidade.
b) a Arquimedes deve ser imputada a prática de homicídio culposo na direção de veículo
automotor, em razão de sua conduta negligente.
c) a conduta de Arquimedes não reúne os elementos necessários à configuração do fato como
crime.
d) Arquimedes não praticou crime, uma vez que agiu em exercício regular de direito −
excludente de ilicitude.
e) a Arquimedes deve ser imputada a prática de homicídio doloso (dolo eventual), tendo em
vista que, ao dirigir à noite, sonolento e sob chuva intensa, assumiu o risco de matar alguém.

19. (FCC) Inconformado com o fim do casamento que mantinha com Marisa, João passa a
persegui-la todos os dias. Certo dia, sabendo que a ex-mulher iria a uma festa na casa de
amigos, João invade o local e, ao avistar Marisa, nos fundos da casa, atira com seu revólver
calibre 38. O disparo fere Marisa no braço esquerdo, de raspão, mas atinge letalmente
Leonardo, que estava logo atrás da mulher no momento do disparo e não havia sido visto
pelo atirador. Nesse caso, é correto afirmar:

a) A ação se amolda ao que a lei prevê como concurso formal (art. 70 do CP) e João estará
sujeito às penas previstas para o homicídio qualificado como se praticado contra a mulher por
razões da condição de sexo feminino (art. 121, § 2°, VI, c/c art. 121, § 2° -A, I, do CP),
aumentada de um sexto até metade, nos termos do art. 70 c/c art. 73 do CP.
b) Se está diante de uma tentativa de homicídio e um homicídio consumado praticados em
concurso material, aplicando-se ao autor, cumulativamente, as penas privativas de liberdade
aplicáveis a cada um dos crimes, conforme art. 69 do CP.
c) Se está diante de conduta que se amolda ao conceito de crime continuado, podendo-se
aplicar a pena conforme disposto no art. 71, parágrafo único, do CP − a mais grave, aumentada
até o triplo.
d) Se está diante de conduta que se amolda ao conceito de crime continuado, aplicando-se a
pena conforme disposto no art. 71, caput, do CP − a mais grave, aumentada de um sexto a dois
terços.
e) A ação se amolda ao que a lei prevê como concurso formal (art. 70 do CP) e a João será
aplicada pena em virtude da prática de homicídio tentado contra a mulher, qualificado por
razões da condição de sexo feminino (art. 121, § 2°, VI, c/c art. 121, § 2° -A, I, do CP), somada
àquela aplicada em razão do homicídio consumado contra o homem, nos termos do art. 70
(parte final) c/c art. 73 do CP.

20. (FUNDATEC) Amâncio planejava matar a companheira Inocência, porque não aceitava a
separação do casal proposta por ela, e acreditava estar sendo traído. No dia do crime,
esperou Inocência na saída do trabalho e, quando essa apareceu na via pública, fazendo-se
acompanhar por Bravus, seu colega, efetuou um disparo de arma de fogo contra ela, com
intenção de matá-la, atingindo-a fatalmente. Bravus também acabou sendo atingido, de
raspão, pelo disparo, e restou lesionado levemente, em um dos braços. Nessa situação
hipotética, analise as seguintes assertivas:

I. Será pertinente o reconhecimento da qualificadora do feminicídio.


II. Em relação à pluralidade de crimes, será reconhecido um concurso formal próprio
heterogêneo.
III. Supondo que Amâncio seja condenado por homicídio qualificado e lesão corporal leve, à
pena de 12 anos de reclusão para o homicídio e 3 meses de detenção para a lesão corporal, o
juiz somará as penas, aplicando a regra do cúmulo material benéfico.
IV. Caso, na mesma situação fática, ao invés de Bravus, Inocência estivesse acompanhada da
filha do casal, a pena seria aumentada de 1/3 até a 1/2, por ter sido o crime praticado na
presença de descendente.
Quais estão corretas?
A - Apenas I.
B - Apenas IV.
C - Apenas III e IV.
D - Apenas I, II e III.
E - I, II, III e IV.

21. (FUNDATEC) Vitalina quer matar o marido Aderbal, envenenado. Coloca veneno no café
com leite que acabou de preparar para ele. Enquanto aguardava o marido chegar na cozinha,
para tomar a bebida, distraiu-se e não percebeu que a filha Ritinha entrou no local e tomou
a bebida, preparada para o pai. Ritinha, socorrida pela mãe, morre a caminho do hospital.
Nessa hipótese, considerando o Código Penal e a doutrina, assinale a alternativa correta.

a) Vitalina deverá responder por homicídio culposo, já que não teve a intenção de matar a
filha.
b) Na hipótese de Vitalina vir a ser condenada, o juiz sentenciante poderá aplicar a ela o
perdão judicial.
c) Vitalina deverá responder por homicídio doloso, restando configurada situação denominada
de aberratio ictus por acidente.
d) Vitalina não responderá por homicídio, em razão de ter havido aberratio ictus.
e) Vitalina responderá por homicídio doloso, restando configurada situação de aberratio
ictus por erro no uso dos meios de execução.

22. (FUNDEP) No dia 22.03.2018, às 23:00 horas, João B. arrebatou de sua residência a
jovem Cristina D., de 18 anos de idade, levando-a para um imóvel rural afastado da cidade e
onde a manteve enclausurada. No dia seguinte, logo ao amanhecer, João B. efetuou ligação
telefônica para os pais da menina, ocasião em que exigiu a quantia de R$ 100.000,00 como
condição para entregá-la viva, advertindo, outrossim, que a matariam caso a polícia fosse
comunicada. Ficou ajustado um encontro no período da tarde, em lugar ermo, para entrega
do dinheiro, o que deveria ser feito direta e pessoalmente por Sinésio D., pai da garota. O
encontro, então, foi concretizado. Entretanto, no momento do repasse da quantia, houve
discussão entre João B. e Sinésio D. Em meio ao debate, João B. disparou um tiro que
atingiu Sinésio D. no peito, causando-lhe a morte. João B. fugiu com o dinheiro. Por volta de
17:00 horas do mesmo dia, Cristina B. foi encontrada por policiais e levada de volta para
casa. Avalie a situação e assinale a alternativa CORRETA no que se refere à adequação típica:

a) João responderá por roubo agravado pela restrição de liberdade em concurso com
homicídio qualificado.
b) João responderá por extorsão mediante sequestro qualificada pela morte.
c) João responderá por cárcere privado em concurso com homicídio qualificado.
d) João responderá por extorsão mediante sequestro em concurso com homicídio qualificado.

23. Jaime, objetivando proteger sua residência, instala uma cerca elétrica no muro. Certo dia,
Cláudio, com o intuito de furtar a casa de Jaime, resolve pular o referido muro, acreditando
que conseguiria escapar da cerca elétrica ali instalada e bem visível para qualquer pessoa.
Cláudio, entretanto, não obtém sucesso e acaba levando um choque, inerente à atuação do
mecanismo de proteção. Ocorre que, por sofrer de doença cardiovascular, o referido ladrão
falece quase instantaneamente. Após a análise pericial, ficou constatado que a descarga
elétrica não era suficiente para matar uma pessoa em condições normais de saúde, mas
suficiente para provocar o óbito de Cláudio, em virtude de sua cardiopatia. Nessa hipótese é
correto afirmar que
a) Jaime deve responder por homicídio culposo, na modalidade culpa consciente.
b) Jaime deve responder por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual.
c) Pode ser aplicado à hipótese o instituto do resultado diverso do pretendido.
d) Pode ser aplicado à hipótese o instituto da legítima defesa preordenada.

24. (VUNESP) O feminicídio (CP, art. 121, § 2.º, VI)

a) está ausente do rol dos crimes hediondos (Lei no 8.072/90).


b) demanda, para seu reconhecimento, obrigatória relação doméstica ou familiar entre
agressor e vítima.
c) é o homicídio qualificado por condições do sexo feminino.
d) foi introduzido em nosso ordenamento pela Lei Maria da Penha (Lei no 11.340/06).
e) admite a modalidade preterdolosa.

25. (VUNESP) Adalberto decidiu matar seu cunhado em face das constantes desavenças,
especialmente financeiras, pois eram sócios em uma empresa e estavam passando por
dificuldades. Preparou seu revólver e se dirigiu até a sala que dividiam na empresa. Parou de
fronte ao inimigo e apontou a arma em sua direção, mas antes de acionar o gatilho foi
impedido pela secretária que, ao ver a sombra pela porta, decidiu intervir e impedir o
disparo. Em face do ocorrido, pode-se afirmar que Adalberto poderá responder por

a) constrangimento ilegal.
b) tentativa de homicídio.
c) tentativa de lesão corporal.
d) fato atípico.
e) arrependimento eficaz.

26. (VUNESP) Quanto aos crimes contra a vida, assinale a alternativa correta.

a) Suponha que “A” seja instigado a suicidar-se e decida pular da janela do prédio em que
reside. Ao dar cabo do plano suicida, “A” não morre e apenas sofre lesão corporal de natureza
leve. Pode-se afirmar que o instigador deverá responder pelo crime de tentativa de instigação
ao suicídio, previsto no art. 122 do Código Penal.
b) Considera-se qualificado o homicídio praticado contra pessoa menor de 14 anos ou maior
de 60 anos.
c) O Código Penal permite o aborto praticado pela própria gestante quando existir risco de
morte e não houver outro meio de se salvar.
d) O feminicídio é espécie de homicídio qualificado e resta configurado quando a morte da
mulher se dá em razão da condição do sexo feminino. Se o crime for presenciado por
descendente da vítima, incidirá ainda causa de aumento de pena.
e) O aborto provocado pela gestante, figura prevista no art. 124 do Código Penal, cuja pena é
de detenção de 1 (um) a 3 (três) anos, admite coautoria.

27. Jane, dirigindo seu veículo dentro do limite de velocidade para a via, ao efetuar manobra
em uma rotatória, acaba abalroando o carro de Lorena, que, desrespeitando as regras de
trânsito, ingressou na rotatória enquanto Jane fazia a manobra. Em virtude do
abalroamento, Lorena sofreu lesões corporais. Nesse sentido, com base na teoria da
imputação objetiva, assinale a afirmativa correta.
a) Jane não praticou crime, pois agiu no exercício regular de direito.
b) Jane não responderá pelas lesões corporais sofridas por Lorena com base no princípio da
intervenção mínima.
c) Jane não pode ser responsabilizada pelo resultado com base no princípio da confiança.
d) Jane praticou delito previsto no Código de Trânsito Brasileiro, mas poderá fazer jus a
benefícios penais.

28. (MPE-MS) Assinale a alternativa incorreta.


a) É possível a aplicação da interpretação analógica no tipo de homicídio qualificado pelo fato
de o crime ter sido praticado mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro
motivo torpe.
b) O fato de a vítima de homicídio doloso ter mais de sessenta anos constitui circunstância
agravante, prevista no artigo 61 do Código Penal, considerada na segunda fase de aplicação da
pena.
c) No homicídio doloso qualificado pela motivação torpe, é possível reconhecimento da
atenuante genérica do cometimento do crime por motivo de relevante valor moral.
d) O homicídio híbrido é admitido pela jurisprudência, desde que a circunstância qualificadora
tenha caráter objetivo.
e) O homicídio é qualificado pela conexão quando cometido para assegurar a execução, a
ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime.

29. (FUNDATEC) Dos crimes contra a pessoa, destacam-se aqueles que eliminam a vida
humana, considerada o bem jurídico mais importante do homem, razão de ser de todos os
demais interesses tutelados, merecendo inaugurar a parte especial do nosso Diploma Penal.
Considerando os crimes contra a vida, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A vida é tratada nesse tópico tanto na forma intra (biológica) quanto extrauterina,
protegendo-se, desse modo, o produto da concepção (esperança de homem) e a pessoa
humana vivente.
b) O dolo do homicídio pode ser direto (o agente quer o resultado) ou eventual (o agente
assume o risco de produzi-lo).
c) A Lei nº 13.104/2015 inseriu o inciso VI no art. 121 do Código Penal: o feminicídio,
entendido como a morte de mulher em razão da condição do sexo feminino (leia-se, violência
de gênero quanto ao sexo).
d) Infanticídio, segundo dispõe o Diploma Penal Brasileiro, é matar o próprio filho
independentemente da condição fisiopsicológica do sujeito ativo.
e) Três são as formas de praticar o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio: nas duas
primeiras hipóteses (induzimento e instigação), temos a participação moral; já na última
(auxílio), material.

30. João vem praticando, em continuidade delitiva, vários crimes dolosos da mesma espécie,
cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, nas mesmas condições de tempo, lugar e
maneira de execução, sendo certo que tais crimes são cometidos contra a mesma vítima. O
magistrado, ao sentenciar João, fará incidir a causa de aumento de pena pelo crime
continuado, levando em conta, para a fixação do quantum de aumento,
a) o número de infrações praticadas.
b) as consequências dos crimes praticados.
c) a presença de circunstâncias agravantes.
d) a primariedade ou não de João.
e) a idade de João

31. Sobre os crimes contra a vida, assinale a alternativa correta.


a) No homicídio mercenário, qualificado pela paga ou promessa recompensa, esta deve ter
natureza econômica, não podendo, por exemplo, ser oferecimento de relações sexuais.
b) A premeditação é qualificadora do crime de homicídio.
c) O STJ entende que não é possível a existência de homicídio qualificado privilegiado.
d) Recentemente, o STF entendeu que constitui crime a interrupção da gravidez de feto
anencéfalo.
e) Haverá feminicídio sempre que o sujeito passivo do crime de homicídio for a mulher.

32. Assustado com assaltos no seu bairro, Juca eletrificou a porta da sua casa rodeada de
jardins, com forte e letal descarga. Dois dias depois, no local, um ladrão morre com um
choque fulminante, ao tocar na porta. Nesse caso, Juca
a) deve ser responsabilizado penalmente por homicídio doloso pela morte do ladrão.
b) não terá qualquer tipo de responsabilidade penal, porque agiu em legítima defesa.
c) não terá qualquer tipo de responsabilidade penal, porque agiu no direito de proteger seu
patrimônio.
d) será isento de pena, porque agiu numa situação de erro de tipo escusável.
e) deve ser responsabilizado pelo crime de homicídio culposo, por ter agido numa situação de
erro de tipo inescusável.

33. Durante um assalto a um banco, policial mata criminoso numa situação de confronto.
Nesse caso, o policial agiu em
a) estado de necessidade
b) legítima defesa
c) estrito cumprimento do dever legal
d) exercício regular de direito

34. A conduta de destruir a vida de um juiz, em razão da função exercida por este, configura
o crime de

a) homicídio qualificado pelo motivo torpe.


b) homicídio qualificado contra agente do sistema de justiça.
c) homicídio qualificado consequencial
d) tortura
e) homicídio qualificado pelo motivo fútil

35. O Código Penal brasileiro qualifica o homicídio doloso quando praticado contra agentes
de segurança. Podem, dentre outros, ser sujeito passivo

a) integrantes do sistema prisional, da Força Nacional de Segurança Pública e do corpo de


bombeiros militares.
b) policiais civis, policiais federais e promotores de justiça criminais.
c) policiais rodoviários federais, policiais militares e juízes com competência criminal.
d) policiais civis, policiais federais e promotores ou procuradores que atuam no combate ao
crime organizado.
e) policiais civis e militares na ativa ou aposentados.

36. Plínio, em altercação com Elza num quarto de motel, decide matá-la por não aceitar o
término de um relacionamento de 7 anos de namoro. Na ocasião, Elza contou para Plínio
que estava grávida. No caso, Plínio cometeu

a) feminicídio e aborto, em concurso formal.


b) feminicídio e aborto, em concurso material.
c) feminicídio somente.
d) homicídio somente.

e) homicídio e aborto, em concurso formal.


37. No Direito Penal, o ambicídio configura

a) homicídio qualificado por veneno


b) infanticídio
c) induzimento ao suicídio
d) infanticídio
e) homicídio preterdoloso

38. Num estressante dia de compromissos de trabalho, Lucas esqueceu o próprio filho
dentro do carro, matando-o por asfixia. Diante da situação em análise,

a) o juiz deverá absolve-lo, por se tratar de uma fatalidade.


b) o juiz aplicará perdão judicial, extinguindo a punibilidade.
c) o juiz deverá condená-lo por crime de homicídio culposo
d) o juiz deverá condená-lo por crime de homicídio doloso eventual
e) o juiz deverá aplicar a pena no patamar mínimo.

39. Considere a seguinte situação hipotética. João, lutador de artes marciais, aceitando
desafio de Gabriel para brigar, ofendeu, no decorrer do duelo, a integridade física de seu
desafeto, causando-lhe lesões corporais gravíssimas. Nessa situação, João

a) agiu em legítima defesa, pois tinha o propósito de se defender de eventuais agressões.


b) agiu em estado de necessidade, diante da situação de perigo enfrentada.
c) agiu no exercício regular de direito.
d) não está amparado por qualquer excludente de ilicitude, incorrendo no crime de tentativa
de homicídio.
e) não está amparado por qualquer excludente de ilicitude, incorrendo no crime de lesão
corporal gravíssima.

40. Um grupo de torcedores de um time de futebol bebia num bar para comemorar o
resultado do jogo. Num determinado momento, após serem avisados que o local iria fechar
e que, por conseguinte, não seria mais servida bebida alcóolica, começaram a agredir
fisicamente os garçons, lesionando-os corporalmente de forma grave. No caso em análise,
cometeram o crime de

a) rixa simples
b) rixa qualificada pelo resultado lesão corporal de natureza grave
c) lesão corporal leve
d) lesão corporal grave
e) lesão corporal gravíssima

41. Maria foi vítima do crime de assédio sexual e terminou cedendo aos desejos sexuais do
seu superintendente. 2 meses depois do fato, descobriu que estava grávida e realizou um
aborto, ingerindo uma substância abortiva. Diante do exposto,

a) Maria não cometeu crime algum, porque se trata de hipótese de aborto terapêutico de
urgência.
b) Maria incorreu no crime de autoaborto, mesmo encontrando-se em estado gravídico gerado
pelo criminoso.
c) Maria não cometeu crime algum, porque se trata de hipótese de aborto sentimental.
d) Maria não cometeu crime algum, porque realizou o aborto antes da 12.ª semana de
gestação.
e) Maria cometeu o crime de aborto qualificado.

42. Em altercação de ânimo com seu avô, o jovem Rui termina por agredi-lo fisicamente um
empurrão e um soco. Nesse caso, Rui deverá ser responsabilizado pelo crime de

a) lesão corporal culposa.


b) lesão corporal leve.
c) lesão corporal qualificada, desde que coabitasse com o seu avô.
d) lesão corporal qualificada.
e) lesão corporal gravíssima.

43. Com raiva do ex-namorado José, servidor público municipal, Marta xinga-o nas redes
sociais, chamando-o de burro. No mesmo texto, em tom provocativo, Marta narra todo o
relacionamento sexual do casal, afirmando que este é “ruim de cama” e que “gosta de ser
traído”. No caso, Marta

a) não cometeu crime algum


b) cometeu os crimes de injúria e difamação.
c) cometeu os crimes de calúnia, injúria e difamação.
d) cometeu o crime de desacato e difamação.
e) cometeu somente o crime de difamação.

44. Gomes, mediante paga ou promessa de recompensa, mata Toni. Em seguida, percebe
que a vítima tem alguns dentes de ouro. Para não perder a oportunidade, arranca os dentes
e leva para si. No caso exposto, Gomes incorre no crime de

a) roubo em concurso com homicídio.


b) latrocínio.
c) homicídio qualificado em concurso com furto.
d) homicídio qualificado somente.

45. Ana e Bruna desentenderam-se em uma festividade na cidade onde moram e Ana, sem
intenção de matar, mas apenas de lesionar, atingiu levemente, com uma faca, o braço
esquerdo de Bruna, a qual, ao ser conduzida ao hospital para tratar o ferimento, foi vítima
de acidente de automóvel, vindo a falecer exclusivamente em razão de traumatismo
craniano. Acerca dessa situação hipotética, é correto afirmar, à luz do CP, que Ana
a) deve responder pelo delito de homicídio consumado.
b) deve responder pelo delito de homicídio na modalidade tentada.
c) não deve responder por delito algum, uma vez que não deu causa à morte de Bruna.
d) deve responder apenas pelo delito de lesão corporal.

46. O médico que, numa cirurgia, sem intenção de matar, esqueceu uma pinça dentro do
abdome do paciente, ocasionando-lhe infecção e a morte, agiu com:

a) culpa, por imperícia.


b) dolo direto.
c) culpa, por negligência.
d) culpa, por imprudência.
e) dolo eventual.
47. JOSÉ, com 16 anos de idade, sem habilitação para conduzir veículo automotor e sob a
guarda e vigilância de seu pai, JOÃO, saiu com o automóvel do genitor, que sabia de sua
conduta e tinha o dever de vigilância, envolvendo-se em grave acidente automobilístico a
que deu causa por excesso de velocidade, motivo direto da morte da vítima VILMA. Como
definir a responsabilidade de JOÃO:

a) JOÃO responderá por homicídio culposo (crime comissivo por omissão).


b) JOÃO responderá por homicídio doloso (crime comissivo por omissão).
c) JOÃO responderá por homicídio culposo (crime comissivo).
d) JOÃO responderá por homicídio doloso (crime omissivo).

48. É elemento do crime culposo


a) a observância de um dever objetivo de cuidado.
b) o resultado lesivo não querido, mas assumido, pelo agente.
c) a conduta humana voluntária, sempre comissiva.
d) a previsibilidade.

49. Para a configuração do crime culposo, além da tipicidade, torna-se necessária a


prática de conduta com:
a) observância do dever de cuidado e vontade consciente.
b) inobservância do dever de cuidado que causa um resultado cujo risco foi assumido
pelo agente.
c) observância do dever de cuidado que causa um resultado desejado, mas previsível.
d) inobservância do dever de cuidado que causa um resultado desejado, mas previsível.
e) inobservância do dever de cuidado que causa um resultado não desejado e imprevisível.

50. Se diante de um determinado fato delitivo, verificar-se que há dolo na conduta


inicial e culpa no resultado final, pode-se dizer que se configurou crime:

a) doloso puro.
b) preterdoloso.
c) doloso misto.
d) culposo misto.
e) doloso alternativo.

51. Pedro, João e José estavam em um barco em alto mar. Sem motivo justo, João agrediu
José e ambos entraram em luta corporal, comprometendo a estabilidade do barco, que
ameaçava virar, colocando em perigo a integridade física e a vida de Pedro, que não sabia
nadar. Com a intenção e a finalidade de evitar que o barco virasse, Pedro empurrou João,
que continuava desferindo socos em José, par fora da embarcação, tendo o mesmo sofrido
lesões corporais em razão de sua queda na água. Em tese, Pedro agiu em:

a) legítima defesa própria.


b) estado de necessidade.
c) exercício regular de um direito.
d) legítima defesa de terceiro.

52. José na janela da empresa em que seu desafeto Pedro trabalhava, gritou em altos
bravos que o mesmo era "traficante de entorpecentes". Nesse caso, José cometeu crime
de:

a) calúnia.
b) injúria.
c) difamação.
d) denunciação caluniosa.
e) falsa comunicação de crime.

53. A respeito dos crimes contra a honra, é INCORRETO afirmar:

a) Que a injuria estará consumada no momento em que a vitima tiver ciência da ofensa,
independentemente de terceiros tomarem conhecimento da mesma.
b) Que a interpretação judicial (art.144, CP) pode ser intentada, tão-somente, quando
houver duvida quanto à intenção de se macular a honra por parte do suposto agente.
Quando a intenção foi inequívoca, o juiz indeferirá, de plano, o pedido de explicações.
c) Que haverá o delito de calunia se o fato falso imputado à vitima for definido como
infração penal, ou seja, crime ou contravenção.
d) Que, para que exista crime de difamação (art.139, CP), o fato imputado pode ser
verdadeiro, vale dizer, desde que ofensivo à honra da vitima, existirá o delito mesmo
que esta, realmente, tenha praticado a conduta narrada pelo agente.
e) Que, quando houver a imputação de fato único, pode existir calunia ou difamação,
mas nunca os dois crimes.

54. Assinale a alternativa correta.

a) Na injúria, o agente atinge a honra subjetiva; na difamação, é atingida a honra objetiva, ao


passo que a calúnia é a imputação falsa de um fato definido como crime.
b) Na difamação, o agente imputa à vítima falsamente um fato definido como crime; na
calúnia, o objeto tutelado é a honra subjetiva; e, na injúria, o agente atinge a honra objetiva.
c) Na injúria, o agente atinge a honra subjetiva; na difamação, o agente atinge o bem da vida
da vítima; e a calúnia é uma ofensa grave, sem ser considerada crime.
d) Na calúnia, o agente imputa ofensa à honra objetiva do ofendido; na injúria, ofensa grave à
personalidade do ofendido e na difamação fato definido como crime.

55. Em tema de crime contra a honra, analise:


I. A calúnia e a difamação distinguem-se da injúria porque, nas duas primeiras, há
imputação de fato desonroso enquanto, na última, há mera atribuição de qualidade
negativa ao ofendido.
II. A difamação caracteriza-se pela imputação falsa de fato definido como crime.
III. A calúnia e a difamação ofendem a honra objetiva da vítima, ao passo que a
injúria atinge a honra subjetiva.
IV. Na injúria há imputação de fato ofensivo à dignidade ou ao decoro da vítima.
V. Para caracterizar a calúnia, o fato imputado não precisa ser criminoso, bastando
que seja falso e ofensivo à reputação da vítima.
É correio o que consta APENAS em:
a) l, II e IV.
b) l e III.
c) II, IV e V.
d) IV e V.
e) III, IV e V.

56. Paulo, descontente com o término do namoro com Maria, livre e conscientemente
invadiu o dispositivo informático do aparelho celular dela e capturou fotos íntimas e
conversas privadas dela com seu novo namorado, João. Posteriormente, também livre e
conscientemente, com intuito de vingança, divulgou, em redes sociais na Internet, os vídeos
e as fotos de Maria, com cunho sexual, difamando-a e injuriando João com a utilização de
elementos referentes à sua raça, cor e etnia. Em razão dessa conduta, Paulo foi indiciado
pelos delitos de violação de dispositivo informático, divulgação de cenas de sexo ou
pornografia, majorada pelo intuito de vingança, difamação contra Maria e injúria racial
contra João. Com relação à persecução penal nessa situação hipotética, é correto afirmar
que os crimes citados se submetem, respectivamente, a ação penal

a) pública condicionada a representação, pública condicionada a representação, privada, e


pública incondicionada.
b) pública condicionada a representação, pública incondicionada, privada, e pública
condicionada a representação.
c) pública condicionada a representação, pública condicionada a representação, privada, e
pública condicionada a representação.
d) pública incondicionada, pública incondicionada, privada, e pública condicionada a
representação.
e) pública incondicionada, pública incondicionada, pública condicionada a representação, e
pública incondicionada.

57. Acerca do delito de homicídio doloso, assinale a opção correta.

a) Constitui forma privilegiada desse crime o seu cometimento por agente impelido por motivo
de relevante valor social ou moral, ou sob influência de violenta emoção provocada por ato
injusto da vítima.
b) A qualificadora do feminicídio, caso envolva violência doméstica, menosprezo ou
discriminação à condição de mulher, não é incompatível com a presença da qualificadora da
motivação torpe.
c) A prática desse crime contra autoridade ou agente das forças de segurança pública é causa
de aumento de pena.
d) É possível a aplicação do privilégio ao homicídio qualificado independentemente de as
circunstâncias qualificadoras serem de ordem subjetiva ou objetiva.
e) Constitui forma qualificada desse crime o seu cometimento por milícia privada, sob o
pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.

58. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, admite-se
a) transação penal.
b) pena de prestação pecuniária.
c) suspensão condicional da pena.
d) suspensão condicional do processo.
e) pagamento isolado de pena de multa.

59. Conforme a Lei Maria da Penha, caracteriza forma específica de violência doméstica e
familiar contra a mulher

a) a retenção de seus documentos pessoais, o que constitui violência patrimonial.


b) conduta que a impeça de usar método contraceptivo, o que constitui violência moral.
c) a destruição de seus objetos e instrumentos de trabalho, o que constitui violência física.
d) conduta que limite o exercício de seus direitos sexuais, o que constitui violência psicológica.
e) conduta que a faça participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação ou
ameaça, o que constitui violência moral.

60. Frederico, de maneira intencional, colocou fogo no jardim da residência de seu chefe de
trabalho, causando perigo ao patrimônio deste e dos demais vizinhos da região, já que o
fogo se alastrou rapidamente, aproximando-se da rede elétrica e de pessoas que passavam
pelo local. Ocorre que Frederico não se certificou, com as cautelas necessárias, que não
haveria ninguém no jardim, de modo que a conduta por ele adotada causou a morte de uma
criança, queimada, que brincava no local. Desesperado, Frederico procura você, como
advogado(a), e admite os fatos, indagando sobre eventuais consequências penais de seus
atos. Considerando apenas as informações narradas, o(a) advogado(a) de Frederico deverá
esclarecer que a conduta praticada configura crime de
a) homicídio doloso qualificado pelo emprego de fogo.
b) incêndio doloso simples.
c) homicídio culposo.
d) incêndio doloso com aumento de pena em razão do resultado morte.

61. Em razão de quadro gravídico de alto risco, médico recomenda repouso para Maria, caso
contrário, esta poderia vir a sofrer aborto. Como Maria precisa trabalhar, não segue as
recomendações médicas e, por essa razão, acaba expelindo o feto, que não sobrevive. Nesse
caso, Maria

a) não cometeu crime algum


b) incorre no crime de aborto culposo
c) incorre no crime de aborto com dolo direto
d) incorre no crime de aborto com dolo eventual
e) incorre no crime de autoaborto

62. Zacarias, obstetra, foi procurado por Tercia, que estava grávida, com o seguinte pedido
de ajuda: após exames realizados, como o feto apresenta sérias deformações e doenças
incuráveis, solicita a realização de prática abortiva. No caso, Zacarias

a) somente poderia realizar o procedimento abortivo se Tércia estivesse até a oitava semana
de gravidez.
b) somente poderia realizar o procedimento abortivo mediante autorização judicial
c) pode realizar o procedimento abortivo diante da inviabilidade da vida do feto.
d) poder realizar o procedimento abortivo diante do quadro de anencefalia apresentado.
e) não pode realizar o procedimento abortivo.
63. Durante uma discussão banal por questões futebolísticas, Mauro acerta um soco no
rosto de Toni, causando-lhe lesão corporal. No caso, Mauro incorre no crime de lesão
corporal de natureza

a) grave, caso venha a sofrer dano estético.


b) grave, se Toni permanecer mais de um mês impossibilitado de exercer suas ocupações
habituais.
c) grave, se tiver ocorrido perigo de vida.
d) gravíssima, se ocorreu debilidade permanente de sentido.
e) gravíssima, se Toni perdeu a visão de um dos seus olhos.

64. Assinale a alternativa correta no que diz respeito aos crimes contra a vida.

a) Nos casos de doença incurável, o médico não deve levar em consideração a vontade do
paciente, porque a vida é indisponível. Por essa razão, se deixar empreender todas as ações
disponíveis, incorre no crime de homicídio, por se tratar de garantidor.
b) O homicídio simples, em determinada situação, pode ser considerado crime hediondo.
c) De acordo com o Código Penal, a pena é aumentada de dois terços se o crime de homicídio
for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança.
d) O homicídio cometido por grupo de extermínio é hediondo e qualificado.
e) O homicídio cometido pelo relevante valor moral deve ser realizado logo após a injusta
provocação da vítima.

65. Ao tomar conhecimento de sua contaminação pelo vírus da AIDS, Maria da Boa Morte
preparou uma lista de cinco homens para matar. Por via da relação sexual, propositalmente,
transmitiu o vírus da AIDS para todos os integrantes da lista. Nesse caso Maria da Boa Morte
incorreu no crime de

a) homicídio na forma consumado, com dolo eventual.


b) homicídio na forma tentada, com dolo direto.
c) homicídio na forma tentada, com dolo eventual.
d) lesão corporal de natureza gravíssima.
e) lesão corporal seguida de morte.

66. Elvis e Finadina, casal apaixonado de namorados, dissaborosos com a vida, firmam um
pacto de morte, definindo-se por fazê-lo pelo método de asfixia por gás carbônico. Na
ocasião do empreendimento flagicioso de suas vidas, Finadina e Elvis dividem as tarefas.
Finadina abre o bico de gás, enquanto Elvis realiza a vedação completa do aposento. Iniciada
a execução, acionada por vizinhos, a Polícia interveio e impediu a morte de Finadina, sem
lograr êxito na tentativa de salvar Elvis, vindo este a falecer. Diante da situação exposta,
Finadina

a) deve ser responsabilizada pelo crime de homicídio doloso


b) deve ser responsabilizada pelo crime de homicídio culposo, sem direito a perdão judicial.
c) deve ser responsabilizada pelo crime de homicídio culposo, com direito a perdão judicial.
d) não deve ser responsabilizada penalmente, porque a tentativa de suicídio não gera
responsabilidade no Direito Penal.
e) não deve ser responsabilizada pelo crime de instigação e auxílio ao suicídio.

67. Acerca do crime de lesão corporal, assinale a alternativa correta.


a) Na lesão gravíssima por incapacidade permanente para o trabalho, esta incapacidade deve
ser genérica, isto é, absoluta, total, caso contrário não se aperfeiçoa.
b) A perda completa da visão de um dos olhos configura lesão corporal gravíssima.
c) Na lesão corporal gravíssima, obrigatoriamente a morte do feto deve ter sido provocada
culposamente.
d) A conduta do médico de realizar procedimento cirúrgico de esterilização sexual configura
lesão corporal de natureza gravíssima, porque gera a inutilização da função reprodutora.
e) Como a deformidade permanente deve causar vexame público para configurar lesão
gravíssima, majoritariamente entende-se que deve ocorrer no rosto da vítima, não incidindo se
for em partes cobertas por roupas.

68. Nos termos preconizados pela Lei 13.344, de 2016, ao incluir no Código Penal o crime de
tráfico de pessoas, é correto afirmar que

a) a conduta criminosa se configura na hipótese de exploração sexual, não incidindo quando


ocorre remoção de órgãos, porque neste último caso haverá homicídio.
b) classifica-se como crime de mera conduta, daí porque não depende de um resultado lesivo
específico para se consumar.
c) a pena será aumentada de um terço até metade se o criminoso é funcionário público.
d) a pena será diminuída de um a dois terços se o agente for primário e não integrar
organização criminosa.
e) a pena será aumentada de um terço a dois terços se, na época do fato, a vítima for menor
de 21 anos ou maior de 60 anos.

69. (FUNDATEC) Amâncio planejava matar a companheira Inocência, porque não aceitava a
separação do casal proposta por ela, e acreditava estar sendo traído. No dia do crime,
esperou Inocência na saída do trabalho e, quando essa apareceu na via pública, fazendo-se
acompanhar por Bravus, seu colega, efetuou um disparo de arma de fogo contra ela, com
intenção de matá-la, atingindo-a fatalmente. Bravus também acabou sendo atingido, de
raspão, pelo disparo, e restou lesionado levemente, em um dos braços. Nessa situação
hipotética, analise as seguintes assertivas:

I. Será pertinente o reconhecimento da qualificadora do feminicídio.


II. Em relação à pluralidade de crimes, será reconhecido um concurso formal próprio
heterogêneo.
III. Supondo que Amâncio seja condenado por homicídio qualificado e lesão corporal leve, à
pena de 12 anos de reclusão para o homicídio e 3 meses de detenção para a lesão corporal, o
juiz somará as penas, aplicando a regra do cúmulo material benéfico.
IV. Caso, na mesma situação fática, ao invés de Bravus, Inocência estivesse acompanhada da
filha do casal, a pena seria aumentada de 1/3 até a 1/2, por ter sido o crime praticado na
presença de descendente.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas IV.
C) Apenas III e IV.
D) Apenas I, II e III.
E) I, II, III e IV.

69. (FUNDATEC) Vitalina quer matar o marido Aderbal, envenenado. Coloca veneno no café
com leite que acabou de preparar para ele. Enquanto aguardava o marido chegar na cozinha,
para tomar a bebida, distraiu-se e não percebeu que a filha Ritinha entrou no local e tomou
a bebida, preparada para o pai. Ritinha, socorrida pela mãe, morre a caminho do hospital.
Nessa hipótese, considerando o Código Penal e a doutrina, assinale a alternativa correta.
a) Vitalina deverá responder por homicídio culposo, já que não teve a intenção de matar a
filha.
b) Na hipótese de Vitalina vir a ser condenada, o juiz sentenciante poderá aplicar a ela o
perdão judicial.
c) Vitalina deverá responder por homicídio doloso, restando configurada situação denominada
de aberratio ictus por acidente.
d) Vitalina não responderá por homicídio, em razão de ter havido aberratio ictus.
e) Vitalina responderá por homicídio doloso, restando configurada situação de aberratio
ictus por erro no uso dos meios de execução.

70. (FAPEMS) A partir da narrativa dos casos a seguir, assinale a alternativa correta.
CASO 1
Ana combina com Paulo de lhe fornecer um veneno que lhe provocaria uma morte lenta, mas
lhe entrega outro que causa a morte imediata.
CASO 2
Ana empresta uma arma para Rui cometer suicídio. Uma hora depois, Rui solicita a Aldo que
lhe mate. Com apenas um disparo no coração, Aldo contempla a vontade de Rui.
a) Em ambos os casos, Ana deverá responder por homicídio simples.
b) Ana deverá responder por homicídio simples apenas no primeiro caso.
c) Em ambos os casos, Ana deverá responder pela participação material em suicídio.
d) Ana deverá responder pela participação material em suicídio apenas no primeiro caso.
e) Ana deverá responder por homicídio qualificado (venefício) no primeiro caso.

71. (FCC) João decide agredir fisicamente Pedro, seu desafeto, provocando-lhe vários
ferimentos. Porém, durante a luta corporal, João resolve matar Pedro, realizando um disparo
de arma de fogo contra a vítima, sem contudo, conseguir atingi-lo. A polícia é acionada,
separando os contendores. Diante do caso hipotético, João responderá
a) apenas por lesões corporais.
b) apenas por tentativa de homicídio.
c) por rixa e disparo de arma de fogo.
d) por lesões corporais consumadas e disparo de arma de fogo.
e) por lesões corporais consumadas e homicídio tentado.

72. (IBADE) Naiara, adolescente, ao chegar à própria casa depois do colégio, encontra seu pai
caído, com um ferimento na cabeça, aparentemente produzido por disparo de arma de fogo
realizado por ele mesmo, todavia ainda respirando. Desesperada, corre até a casa de seu tio
Hermínio, cunhado da vítima, solicitando ajuda. Como houvera uma rusga entre Hermínio e
a vítima, aquele se recusa a prestar auxílio, limitando-se a dizer à sobrinha: “tomara que
morra”. Naiara, então, vai à casa de um vizinho, que se compromete a ajudá- la. Ao
retornarem ao local do fato, encontram a vítima ainda viva, mas dando seus últimos
suspiros, vindo a óbito em menos de um minuto. Do momento em que Naiara viu a vítima
ferida até sua morte não transcorreram mais do que quinze minutos. Realizado o exame
cadavérico, o laudo pericial indica que o ferimento seria inexoravelmente fatal, ainda que o
socorro tivesse sido prestado de imediato. Nesse contexto, com base nos estudos sobre a
omissão e acerca do bem jurídico-penal, é correto afirmar que a conduta de Hermínio
caracteriza:

a) homicídio qualificado.
b) induzimento. Instigação ou auxílio ao suicídio.
c) homicídio culposo.
d) conduta atípica.
e) omissão de socorro.

73. (UEG) Caio, desejando matar Túlio, dispara projéteis de arma de fogo contra seu
desafeto. Túlio, alvejado, cai e permanece inerte no chão enquanto Caio retira-se do local.
Observando a cena, Lívio aproxima-se com intenção de despojar a vítima de seus bens e, ao
retirar o relógio, nota que Túlio esboça reação quando, então, Lívio utiliza uma pedra para
acertar-lhe a cabeça. Túlio vem a óbito e no exame cadavérico o legista atesta que a morte
ocorreu por concussão cerebral. No caso, responderão Caio e Lívio, respectivamente, por:
a) homicídio consumado e roubo próprio.
b) homicídio tentado e latrocínio.
c) homicídio tentado e roubo impróprio.
d) homicídio consumado e latrocínio.

74. (VUNESP) Se da lesão corporal dolosa resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o
agente não quis o resultado morte, nem assumiu o risco de produzi-lo, configura(m)-se
a) lesão culposa e homicídio culposo, cujas penas serão aplicadas cumulativamente.
b) lesão corporal seguida de morte.
c) homicídio culposo qualificado pela lesão.
d) homicídio doloso (dolo eventual).
e) homicídio doloso (dolo indireto).

75. (VUNESP) “X” recebe recomendação médica para ficar de repouso, caso contrário,
poderia sofrer um aborto. Ocorre que “X” precisa trabalhar e não consegue fazer o repouso
desejado e, por essa razão, acaba expelindo o feto, que não sobrevive.
Em tese, “X”

a) não praticou crime algum.


b) praticou o crime de aborto doloso.
c) praticou o crime de aborto culposo.
d) praticou o crime de lesão corporal qualificada pela aceleração do parto.
e) praticou o crime de desobediência.

76. (VUNESP) “X” estaciona seu automóvel regularmente em uma via pública com o objetivo
de deixar seu filho, “Z”, na pré-escola, entretanto, ao descer do veículo para abrir a porta
para “Z”, não percebe que, durante esse instante, a criança havia soltado o freio de mão, o
suficiente para que o veículo se deslocasse e derrubasse um idoso, que vem a falecer em
razão do traumatismo craniano causado pela queda. Em tese, “X”

a) responderá pelo crime de homicídio culposo com pena mais severa do que a estabelecida
no Código Penal, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro.
b) responderá pelo crime de homicídio culposo, entretanto, a ele poderá ser aplicado o perdão
judicial.
c) não responde por crime algum, uma vez que não agiu com dolo ou culpa.
d) responderá pelo crime de homicídio doloso por dolo eventual.
e) responderá pelo crime de homicídio culposo em razão de sua negligência.

77. (COPS-UEL) Leia o texto a seguir.


Paulo, diante de séria discussão com Pedro, dirigiu-se até a sua residência e, visando causar
mal injusto contra este, apanhou uma arma de fogo e, de dentro de seu quintal mas em
direção à via pública, efetuou vários disparos contra a pessoa de Pedro. Vale ressaltar que
Paulo tinha registro de sua arma de fogo e que Pedro foi socorrido por terceiros e não veio a
óbito. Diante do caso exposto, Paulo responderá pelo crime de

a) tentativa de homicídio, em concurso material com o crime de disparo de arma de fogo, por
força do Art. 69 do Código Penal.
b) tentativa de homicídio, em concurso formal com o crime de disparo de arma de fogo, por
força do Art. 70 do Código Penal.
c) tentativa de homicídio, não respondendo pelo crime de disparo de arma de fogo, haja vista
que este é crime subsidiário.
d) tentativa de homicídio, em continuidade delitiva com o crime de disparo de arma de fogo,
por força do Art. 71 do Código Penal.
e) disparo de arma de fogo, não respondendo pela tentativa de homicídio, haja vista que o
crime definido no Art. 15 da Lei 10.826/2003 tutela a segurança pública.

78. (FUNCAB) Adriana, desejando a morte de sua amiga Leda, por vingança, mediante
ameaça com uma faca, obrigou-a a ingerir “chumbinho", substância utilizada para matar
ratos, a despeito das súplicas da vítima que sabia que a ingestão daquela substância poderia
levá-la a morte. Após a ingestão do veneno, a vítima permaneceu agonizando por duas
horas, vindo a óbito. Logo, Adriana deve responder pelo crime de homicídio doloso:

a) simples consumado.
b) qualificado por meio insidioso.
c) qualificado por meio cruel.
d) duplamente qualificado por motivo torpe e por meio insidioso.
e) duplamente qualificado por motivo torpe e por meio cruel.

79. (FUNCAB) Crisântemo não possuía as pernas e utilizava uma cadeira de rodas para se
locomover. Em um determinado dia, estando em seu sítio, percebeu quando elementos
furtavam frutas em seu pomar. Gritou e pediu insistentemente que se afastassem e fossem
embora. Como os elementos continuassem a subtrair-lhe as frutas, efetuou um disparo com
sua espingarda, calibre 38, contra os mesmos, tendo o disparo transfixado um deles e
lesionado outro que, em razão dos ferimentos, permaneceram quarenta dias internados em
um hospital público da cidade. Após restar provado todo esse episódio, pode-se afirmar que
Crisântemo:

a) praticou o crime de tentativa de homicídio qualificado pelo motivo torpe, tendo


ocorrido aberratio ictus.
b) praticou o crime de tentativa de homicídio qualificado pelo motivo fútil, tendo
ocorrido aberratio ictus.
c) não praticou crime, pois se utilizou do meio necessário, portanto excluindo a ilicitude.
d) praticou o crime de lesão corporal grave consumada, tendo ocorrido aberratio ictus.
e) praticou o crime de lesão corporal gravíssima consumada, tendo ocorrido aberratio delicti.

80. (UEG) Lekão do Cerrado atira de longa distância em Buguelo, com a intenção de testar a
eficácia do tiro da pistola que recentemente adquirira. No momento do disparo vislumbra
que Buguelo, caso atingido, poderá morrer, tendo em conta o grande poder vulnerante da
arma, conforme afiançado pelo vendedor; mesmo assim, aciona o gatilho, vindo o projétil
atingir Buguelo que tomba morto na mata. Nessa situação, Lekão do Cerrado pratica um
crime de
a) perigo para a vida ou saúde de outrem
b) homicídio doloso
c) homicídio culposo
d) disparo de arma de fogo

81. (FGV) Juca, transtornado, após ter flagrado seu pai praticando violência sexual com sua
irmã de apenas 05 anos de idade, que vem a falecer em razão da violência praticada, desfere
uma facada contra a cabeça do seu genitor que também vem a falecer. Após desferir o golpe
contra seu pai, e certificar-se da morte deste, Juca foge levando o relógio que a vítima usava
na ocasião. O agressor sexual era solteiro e possuía somente estes dois filhos. Mais tarde,
com a prisão de Juca, o fato foi levado ao conhecimento da autoridade policial.
Com base no exposto, assinale a alternativa que apresenta a tipificação correta.
a) Juca deverá responder por homicídio qualificado pelo meio cruel (Art. 121, § 2º, III, do CP) e
por furto simples (Art. 155, do CP).
b) Juca deverá responder por homicídio privilegiado (Art. 121, § 1º, do CP) e por furto simples
(Art. 155, do CP).
c) Juca não deverá responder por qualquer crime por ter agido escorado pela excludente de
ilicitude da legítima defesa de terceiro.
d) Juca deverá responder por homicídio privilegiado (Art. 121, § 1º, do CP).
e) Juca deverá responder por homicídio privilegiado (Art. 121, § 1º, do CP) e por roubo simples
(Art. 157, do CP).

82. (FUNCAB) Alfredo, querendo matar Epaminondas, sobe até o terraço de um prédio
portando um rifle de alta precisão, com silencioso e mira telescópica. Sem ser visto, constata
a presença de Gildenis, outro atirador, em prédio vizinho, armado com uma escopeta,
também preparado para matar a mesma vítima, tendo Alfredo percebido sua intenção.
Quando Epaminondas atravessa a rua, ambos começam a atirar, vindo a vítima a morrer em
face, unicamente, dos disparos efetuados por Gildenis. Analisando o caso concreto, leia as
assertivas a seguir:
I. Há, no caso, autoria colateral incerta.
II. Alfredo e Gildenis devem responder por homicídio consumado, inobstante o disparo fatal
ter sido produzido unicamente pela arma de Gildenis.
III. Tanto Alfredo, quanto Gildenis, agiam em concurso de pessoas.
IV. Alfredo é o autor direto e Gildenis o autor mediato.
Agora, assinale a opção que contempla a(s) assertiva(s) verdadeira(s).
A) Apenas a I.
B) Apenas a II.
C) Apenas II e III.
D) Apenas I e II.
E) I, II, III e IV.

83. (FUNCAB) Maria é amiga e “cunhada” de Paula, pois namora Carlos, o irmão desta. Maria
descobre que está sendo traída por Carlos e conta a Paula. Esta sugere que Maria simule o
suicídio para dar uma lição em Carlos. Realizada a encenação, Carlos encontra Maria caída
em sua cama, aparentando estar com os pulsos cortados e morta, tendo uma faca ao seu
lado. Certo da morte de sua amada, pois a cena fora perfeitamente simulada, com aptidão
para enganar qualquer pessoa, Carlos, desesperado, pega a faca supostamente utilizada por
Maria e começa a golpear o corpo da namorada, gritando que ela não poderia ter feito
aquilo com ele, haja vista amá-la demais e que, portanto, sua vida teria perdido o sentido.
Maria, mesmo esfaqueada, não esboça qualquer reação, pois, para dar uma aura de
veracidade à farsa, havia ingerido medicamentos que a fizeram dormir profundamente. Em
razão dos golpes desferidos por Carlos, Maria acaba efetivamente morrendo. Assim, pode-se
afirmar que Carlos:
a) deve responder pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado, em face de a morte
ter ocorrido por motivo torpe e pela impossibilidade de reação da vítima, sendo Paula
coautora do mesmo crime, pois o direito penal brasileiro adota a teoria monista mitigada.
b) deve responder por descumprir um dever de cuidado objetivo, que causou um resultado
lesivo, já que há previsão expressa do crime na modalidade culposa, considerando Carlos que
estava sob erro de tipo vencível; Paula é partícipe do mesmo crime, pois o direito penal
brasileiro adota a teoria monista mitigada.
c) não pode responder por crime algum, pois não há responsabilidade penal objetiva no direito
penal brasileiro.
d) deve responder pelo crime de vilipêndio a cadáver, haja vista estar em erro sobre o fato,
que, pela teoria extremada da culpabilidade, amolda-se ao instituto do erro de proibição.
e) deve ser indiciado pelo crime de destruição, subtração ou ocultação de cadáver, uma vez
que, estando sob erro de tipo vencível, fez o cadáver perder a sua forma original.

84. (FUNCAB) Osvaldo, desejando matar, disparou seu revólver contra Arnaldo, que, em
razão do susto, desmaiou. Osvaldo, acreditando piamente que Arnaldo estava morto,
colocou-o em uma cova rasa que já havia cavado, enterrando-o, vindo a vítima a
efetivamente morrer, em face da asfixia. Assim, Osvaldo praticou:

a) homicídio qualificado pela asfixia e homicídio culposo, bem como ocultação de cadáver.
b) homicídio qualificado pela asfixia e ocultação de cadáver.
c) homicídio simples e ocultação de cadáver.
d) homicídio culposo.
e) homicídio simples.

85. Maria contratou Paulo para matar seu marido João, porque cobiçava somente para si um
prêmio lotérico milionário de 43 (quarenta e três) milhões de reais recebido por este. Com o
propósito induzir a erro os investigadores, Paulo sequestra João e exige 5 (cinco) milhões de
resgate de Maria e de toda a família da vítima. Após o pagamento do resgate, Paulo mata
João, conforme tinha acertado com Maria. Diante da situação exposta, assinale a alternativa
correta.

a) Maria e Paulo praticaram crime de homicídio qualificado em concurso material com o crime
de extorsão mediante sequestro.
b) Maria e Paulo praticaram crime de homicídio qualificado em concurso material com crime
de sequestro.
c) Maria e Paulo praticaram crime de extorsão mediante sequestro qualificado com o
resultado morte.
d) Maria praticou o crime de homicídio qualificado, enquanto Paulo praticou os crimes de
homicídio qualificado e extorsão mediante sequestro em concurso material.
e) Maria praticou o crime de homicídio qualificado, enquanto Paulo praticou os crimes de
homicídio qualificado e extorsão mediante sequestro em concurso formal.

86. Acerca do crime de homicídio, assinale a alternativa correta.

a) A conduta de auxiliar uma pessoa a destruir a própria vida configura menor participação,
devendo a pena do agente ser reduzida de um sexto a um terço.
b) No homicídio doloso, a pena é aumentada de um terço se o crime é praticado contra menor
de 14 anos ou maior de 60 anos.
c) A inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício acarreta obrigatoriamente um
aumento de um terço da pena no crime de homicídio culposo.
d) O homicídio será qualificado e hediondo se for praticado em atividade típica de grupo de
extermínio, ainda que por um só agente.
e) A pena do crime de homicídio deve ser aumentada de um sexto a dois terços se o crime for
praticado por milícia privada.

87. Sobre o crime de feminicídio, assinale a alternativa correta.

a) Constitui causa de aumento de pena do homicídio, devendo sofrer o acréscimo de um terço


até a metade.
b) Se for cometido durante a gestação ou nos 6 meses posteriores ao parto, a pena deve ser
aumentada de 1/3 até a metade.
c) Haverá aumento de pena se for praticado contra pessoa com deficiência ou portadora de
doenças degenerativas, independentemente de acarretar condição limitante ou
vulnerabilidade física ou mental.
d) A pena deve ser aumentada se a ação for cometida diante de descendente ou de
ascendente da vítima, desde que seja na presença física.
e) O descumprimento de medidas protetivas de urgência acarreta aumento de pena de um
terço até a metade.

88. Sobre o aborto terapêutico, é correto afirmar:

a) Depende de autorização judicial


b) Depende do consentimento da gestante
c) O perigo sofrido pela gestante deve ser atual
d) Pode ser realizado sem o consentimento da gestante
e) Depende do consentimento da gestante e da autorização judicial correspondente.

89. No Direito Penal brasileiro, o aborto na hipótese de estupro encontra-se autorizado pelo
inc. I do art. 128 do Código Penal. A mulher estuprada tem o direito de destruir a vida
humana intrauterina do feto, mesmo sendo esta completamente viável. Referida
possibilidade constitui uma causa de exclusão

a) da ilicitude
b) do fato típico
c) da tipicidade material
d) da tipicidade formal
e) da culpabilidade

90. No Direito Penal brasileiro, será punido o aborto

a) de fetos anencefálicos
b) piedoso
c) ético
d) humanitário
e) eugênico

91. Sandro, famoso surfista profissional, estava de férias em Fernando de Noronha. No final
da tarde, caminhando pela praia com sua prancha debaixo do braço, percebeu que uma
pessoa estava se afogando no mar, gritando por socorro. Na situação, Sandro poderia ter
entrado no mar e socorrido a pessoa sem risco pessoal. Todavia, por precaução, preferiu
pedir socorro à autoridade pública local, ligando para um número de emergência. Cinco
minutos depois, os bombeiros chegaram ao local, mas não conseguiram mais salvar o
banhista, tendo este falecido no mar. Acerca da repercussão da conduta de Sandro no
Direito Penal, é correto afirmar.
a) Praticou homicídio doloso direto.
b) Praticou homicídio doloso eventual.
c) Praticou omissão de socorro com pena triplicada
d) Praticou omissão de socorro simples
e) Não praticou crime algum.

92. Acerca do crime de omissão de socorro, assinale a alternativa correta.

a) Se a vítima da omissão de socorro morre, haverá crime de homicídio culposo na forma


consumada.
b) O crime de omissão de socorro admite a forma culposa, quando o agente deixa de prestar
socorro por imprudência, negligência ou imperícia.
c) Na hipótese de morte da vítima, a pena do crime de omissão de socorro deve ser duplicada.
d) Se a situação de perigo for criada pela própria vítima, não restará configurado o crime de
omissão de socorro.
e) O crime de omissão de socorro pode ser cometido por pessoa que não se encontre no local
onde a vítima se encontre.

93. Durante uma audiência na Vara de Família para discutir guarda, pensão e divisão de
bens, Ana chamou Cláudio de “mentiroso”, “desonesto” e “ladrão”. Na sequência, mesmo
advertida pelo juiz reiterou os xingamentos. No caso, Ana
a) cometeu crime de calúnia.
b) cometeu o crime de injúria e calúnia.
c) cometeu os crimes de injúria, calúnia e difamação.
d) cometeu somente o crime de injúria.
e) não deve responder por crime algum.

94. Acerca dos crimes contra a honra, assinale a alternativa correta

a) Diferentemente da calúnia, no crime de difamação, não há a necessidade de fato


determinado e certo para a sua concretização.
b) O crime de difamação consiste na atribuição a alguém de fato falso ofensivo à sua
reputação.
c) Comete o crime de calúnia a pessoa que se auto acusa de um crime praticado por outra
pessoa.
d) Haverá injúria dignidade quando a vítima for atingida nos seus atributos intelectuais e
físicos.
e) Para a configuração do crime de injúria, exige-se o elemento subjetivo animus injuriandi,
podendo ser direto ou eventual.

95. O homicídio será qualificado se o agente o comete

a) na presença de descendente da vítima.


b) contra pessoa menor de 14 anos.
c) contra pessoa maior de 60 anos
d) com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.
e) com emprego de meio que cause perigo comum.

96. Sobre as causas de aumento de pena dos crimes contra a honra, é correto afirmar:

a) se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede


mundial de computadores (internet) aplica-se a pena em triplo.
b) aumenta-se a pena em 1/3 dos crimes contra a honra quando é praticado contra pessoa
maior de 60 anos ou portadora de deficiência.
c) se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em
dobro.
d) se o crime for contra chefe de governo estrangeiro, a pena será aumentada de 1/3 (um
terço).
e) Se o crime é cometido por meio que facilite a sua divulgação, aplica-se a pena em dobro.

97. Sobre a causa de exclusão da ilicitude da legítima defesa após as alterações promovidas
pelo Pacote Anticrime, assinale a alternativa correta.

a) o juiz pode reduzir a pena até a metade ou deixar de aplicá-la se o excesso for decorrente de
medo, surpresa ou violenta emoção.
b) Em tese, todas as pessoas envolvidas em situação de medo, surpresa ou violenta emoção
têm o direito a uma redução de pena.
c) O excesso na legítima defesa continua punível, podendo o agente ser responsabilizado
dolosa ou culposamente.
d) Em determinadas situações de legítima defesa, o juiz poderá reduzir a pena ou aplicar o
perdão judicial.
e) No excesso culposo, deve existir a consciência de estar rompendo os limites da excludente.
98. Em confronto com um assaltante, o policial Caio incorreu em erro, investindo contra o
criminoso mesmo depois de cessa da a injusta agressão deste. No caso, imaginava ainda
haver situação de legítima defesa, quando, na verdade, a injusta agressão já tinha cessado.
Nesse caso, o policial Caio

a) poderá invocar a seu favor legítima defesa exculpante.


b) poderá invocar a seu favor o estrito cumprimento do dever legal.
c) poderá invocar a seu favor legítima defesa putativa.
d) deve ser responsabilizado pelo excesso doloso.
e) deve ser responsabilizado pelo excesso culposo.

99. Sobre a nova figura da exclusão do crime do agente de segurança na hipótese de


agressão ou risco de agressão à vítima mantida refém, assinale a alternativa correta.

a) O excesso continua sendo possível, podendo o agente ser responsabilizado dolosa ou


culposamente.
b) O juiz poderá reduzir a pena até a metade ou deixar de aplicá-la se o excesso decorrer de
medo, surpresa ou violenta emoção.
c) É utilizada para as hipóteses em que o agente de segurança comete erro.
d) Constitui hipótese de estado de necessidade.
e) Constitui hipótese de estrito cumprimento do dever legal.

100. A conduta do sniper (atirador) de destruir a vida de um criminoso que mantinha uma
pessoa refém configura

a) estrito cumprimento do dever legal.


b) legítima defesa de terceiro.
c) estado de necessidade.
d) exercício regular de direito
e) excesso punível.

101. Em determinada rede social aberta, Simão narrou que viveu um intenso caso de amor
com Ana, esposa de Pedro, tendo, inclusive, contado detalhes do romance que viveu com
esta durante 4 longos anos. Ana moveu uma ação penal privada contra Simão. No caso,

a) Simão pode provar a veracidade dos fatos (exceção da verdade) para ser absolvido.
b) Simão não cometeu crime algum, porque o fato narrado nas redes sociais não constitui mais
conduta típica.
c) Simão cometeu crime de difamação e, no caso, poderia se retratar para extinguir a sua
punibilidade.
d) Simão cometeu crime de difamação e, no caso, não caberá retratação, porque os fatos
narrados são verdadeiros.
e) A ação penal não deve prosperar, porque o ofendido (querelante) é Pedro e não Ana.

102. Gilvan, procurando vingar-se da ex-namorada Paula, mulher de 32 anos de idade, sua
colega de trabalho na empresa Rações e Cia, invadiu laptop desta, conseguindo acesso a
seus dados e subtraindo diversas fotos íntimas com cenas de nudez. Na sequência, Gilvan
passou a chantagear Paula, exigindo reatar o relacionamento para não estourar as fotos
entre os colegas de trabalho. Diante da situação exposta,

a) como a ação foi cometida no ambiente da empresa, Gilvan incorre no crime de violação de
segredo profissional.
b) Gilvan incorre no crime de violação de dispositivo informático na forma consumada, não
incidindo aumento de pena, porque não resultou prejuízo econômico.
c) Gilvan incorre no crime de violação de dispositivo informático na forma consumada,
devendo a pena ser aumentada de um a dois terços em razão da intenção de Gilvan de
divulgar o conteúdo.
d) Gilvan incorre no crime de violação de dispositivo informático em concurso com o crime de
extorsão.
e) Gilvan incorre no crime de extorsão, devendo a conduta de violação de dispositivo
informático ser absorvida, por se tratar de meio para atingir o crime fim, aplicando-se ao caso
o princípio da consunção.

103. Alessandra, apressada para uma entrevista de emprego, deixa o filho recém-nascido
dentro do seu veículo, esquecendo de levá-lo para a creche. Quando retornou uma hora
depois, seu filho estava morto por sufocamento dentro do veículo fechado. Nesse caso,
Alessandra
a) responderá pela prática de homicídio, uma vez que ela, na qualidade de agente garantidora,
possui a obrigação legal de cuidado, proteção e vigilância da criança.
b) responderá pelo crime de omissão de socorro, porque não possuía obrigação legal de
cuidado, proteção e vigilância.
c) tem direito ao perdão judicial, devendo ser declarada pelo juiz a extinção da punibilidade do
crime.
d) tem direito a diminuição de pena, porque agiu culposamente e não com dolo.

104. Considere que Adalberto, logo após ter dolosamente ingerido veneno, com a intenção
clara de suicidar-se, tenha sido alvejado por disparos de arma de fogo desferidos por Tibau,
seu inimigo, que desejava matá-lo há bastante tempo. Considere, ainda, que Adalberto
tenha morrido em decorrência da ingestão do veneno. Nessa situação, Tibau
a) não incorre em crime algum, porque o resultado morte de Adalberto não lhe pode ser
atribuído.
b) incorre no crime de homicídio na forma tentada.
c) incorre no crime de lesão corporal dolosa.
d) incorre no crime de homicídio na forma consumada.

105. Nos termos do Código Penal, o crime de injúria


a) é de ação penal pública condicionada.
b) é de ação penal privada.
c) é de ação penal pública incondicionada.
d) é imprescritível.
106. No crime de homicídio (art. 121, CP),
a) o relevante valor moral é causa de diminuição de pena, desde que ocorra logo após o
conhecimento do agente.
b) se for cometido culposamente, admite a concessão do perdão judicial como direito
subjetivo do acusado.
c) se for cometido culposamente, a pena é aumentada de um terço a dois terço, se resulta da
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício.
d) se for cometido dolosamente, a pena é aumentada de um terço a dois terços se for
praticado contra pessoa menor de 14 anos ou maior de 60 anos.

107. Motorista de táxi leva o assassino de uma pessoa até o local onde esta se encontrava
hospedada. A imagem do seu veículo aparece nas câmeras de monitoramento do
estacionamento. Diante do exposto, é correto afirmar:

a) A conduta do motorista é considerada causa, porque contribuiu para o resultado.


b) O motorista é coautor do crime de homicídio doloso qualificado pela paga ou promessa de
recompensa.
c) O motorista é partícipe do crime de homicídio doloso qualificado pela paga ou promessa de
recompensa.
d) A conduta do motorista não é considerada causa, porque não contribuiu minimamente para
o resultado.
e) A conduta do motorista não é considerada causa, porque não gerou um risco proibido.

108. Suponha a conduta do filho que, desejando a morte do próprio pai com a intenção de
obter a herança deste, convence-o a viajar numa estrada no meio de uma tempestade. Caso
o pai venha a falecer em decorrência de um acidente na tempestade, seu filho

a) será responsabilizado pelo crime homicídio culposo.


b) será responsabilizado pelo crime de homicídio doloso direto.
c) será responsabilizado pelo crime de homicídio culposo.
d) será responsabilizado pelo crime de homicídio doloso eventual.
e) não terá qualquer tipo de responsabilidade penal.

109. Tirúbio arremessa uma pedra em direção da cabeça de Tércio, com intenção de matá-lo.
A forma de execução da pedra é mortal. Antes de atingir Tirúbio, a pedra é desviada por
Dario. Todavia, termina atingindo Maria, uma criança que passava pelo local, causando-lhe a
morte. Nesse caso, Tirúbio

a) não cometeu crime algum.


b) cometeu o crime de homicídio culposo.
c) cometeu o crime de homicídio doloso eventual.
d) cometeu o crime de lesão corporal.
e) cometeu o crime de lesão corporal seguida de morte.

110. Fabricante de pincéis de pelo de cabra deve fornecer aos seus funcionários
desinfetante, sobre pena de contração e morte destes. Num determinado dia, 11
empregados da fábrica morrem, porque o fabricante terminou não providenciando o
desinfetante. Nesse caso, o fabricante

a) não comete crime algum, porque era dever dos empregados somente iniciar qualquer
trabalho com a presença do desinfetante.
b) não comete crime algum, porque não agiu diretamente para causar o resultado.
c) responderá pelo crime de homicídio doloso.
d) responderá pelo crime de homicídio culposo.
e) responderá pelo crime de exposição da vida dos seus empregados a perigo.

111. Sobre a teoria da imputação objetiva, assinale a alternativa correta.

a) A relação de causalidade baseada na imputação objetiva é adotada pelo Código Penal


brasileiro.
b) No Código Penal, sob a perspectiva da equivalência dos antecedentes causais, a relação
causal não pode regredir ao infinito.
c) Na imputação objetiva, não basta provar a causalidade material para a constituição do nexo
causal.
d) É preciso provar que a conduta do agente criou para a vítima um risco permitido e
relevante.
e) A relação entre a conduta e o resultado naturalístico é o fundamento da imputação objetiva.

112. Sobre a nova figura da exclusão do crime do agente de segurança na hipótese de


agressão ou risco de agressão à vítima mantida refém, assinale a alternativa correta.

a) O excesso continua sendo possível, podendo o agente ser responsabilizado dolosa ou


culposamente.
b) O juiz poderá reduzir a pena até a metade ou deixar de aplicá-la se o excesso decorrer de
medo, surpresa ou violenta emoção.
c) É utilizada para as hipóteses em que o agente de segurança comete erro.
d) Constitui hipótese de estado de necessidade.
e) Constitui hipótese de estrito cumprimento do dever legal.

113. João Pedro, na época com 3 (três) anos de idade, após sequestro, passou 9 (nove) anos
em cárcere privado, quando finalmente sua sequestradora foi presa em flagrante. Durante
todo esse período, vigoraram três leis penais, sendo mais benéfica a intermediária, e mais
grave a última. No caso,
a) deve ser aplicada a lei penal intermediária.
b) deve ser realizada a combinação de leis penais entre as duas para beneficiar o réu.
c) deve ser aplicada a lei penal mais grave.
d) deve ser aplicada a lei penal mais benéfica.
e) em qualquer situação de crime permanente, deve ser aplicada a lei penal mais grave.

114. No meio da viagem de férias, já no espaço aéreo equivalente aos EUA, em altercação de
ânimos com sua esposa, Ministro do STF comete contra esta lesão corporal de natureza
grave. Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a afirmativa correta.
a) O Ministro poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério da
territorialidade.
b) O Ministro do STF deve ser responsabilizado penalmente com base na lei penal norte
americana.
c) O Ministro do STF poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério
da extraterritorialialidade.
d) O Ministro do STF poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no critério
da territorialidade por equiparação
e) Deve ser responsabilizado criminalmente em razão da sua função.

115. Quando um médico, em virtude de intervenção cirúrgica cardíaca por absoluta


necessidade lesiona com um bisturi a integridade corporal de uma pessoa, é correto afirmar
que
a) não responde por nenhum crime, pois está albergado pela causa de exclusão de ilicitude do
exercício regular de direito.
b) não responde por nenhum crime, carecendo o fato de culpabilidade
c) não há punibilidade, já que não podem ser consideradas típicas aquelas condutas toleradas.
d) não responde por nenhum crime, pois estará agindo em erro de tipo provocado por terceiro.
e) não responde por nenhum crime, pois estará albergado pela causa de exclusão de ilicitude
do estado de necessidade.

116. (FGV) João Carvalho, respeitado neurocirurgião, opera a cabeça de José Pinheiro.
Terminada a operação, com o paciente já estabilizado e colocado na Unidade de Tratamento
Intensivo para observação, João Carvalho deixa o hospital e vai para casa assistir ao último
capítulo da novela. Ocorre que, pelas regras do hospital, João Carvalho deveria permanecer
acompanhando José Pinheiro pelas doze horas seguintes à operação. Como é um fanático
noveleiro, João desrespeita essa regra e pede à Margarida, médica da sua equipe, que
acompanhe o pós-operatório. Margarida é uma médica muito preparada e tão respeitada e
competente quanto João. Margarida, ao ver José Pinheiro, o reconhece como sendo o
assassino de seu pai. Tomada por uma intensa revolta e um sentimento incontrolável de
vingança, Margarida decide matar aquele assassino cruel que nunca fora punido pela Justiça,
porque é afilhado de um influente político. Margarida determina à enfermeira Hortência que
troque o frasco de soro que alimenta José, tomando o cuidado de misturar, sem o
conhecimento de Hortência, uma dose excessiva de anticoagulante no soro. José morre de
hemorragia devido ao efeito do anticoagulante. Assinale a alternativa que indique o crime
praticado por cada envolvido.

a) João Carvalho: homicídio culposo – Margarida: homicídio doloso – Hortênsia: homicídio


culposo.
b) João Carvalho: homicídio culposo – Margarida: homicídio doloso – Hortênsia: não praticou
crime algum.
c) João Carvalho: homicídio preterdoloso – Margarida: homicídio culposo – Hortênsia:
homicídio culposo.
d) João Carvalho: não praticou crime algum – Margarida: homicídio doloso – Hortênsia: não
praticou crime algum.
e) João Carvalho: homicídio culposo – Margarida: homicídio preterdoloso – Hortênsia: não
praticou crime algum.

117. (FGV) Jorge é uma pessoa má e sem caráter, que sempre que pode prejudica outra
pessoa. Percebendo que Ivete está muito triste e deprimida porque foi abandonada por
Mateus, Jorge inventa uma série de supostas traições praticadas por Mateus que fazem Ivete
sentir-se ainda mais desprezível, bem como deturpa várias histórias de modo que Ivete
pense que nenhum de seus amigos realmente gosta dela. Por causa das conversas que
mantém com Jorge, Ivete desenvolve o desejo de autodestruição. Percebendo isso, Jorge
continua estimulando seu comportamento autodestrutivo. Quando Ivete já está
absolutamente desolada, Jorge se oferece para ajudá-la a suicidar-se, e ensina Ivete a fazer
um nó de forca com uma corda para se matar. No dia seguinte, Ivete prepara todo o cenário
do suicídio, deixando inclusive uma carta para Mateus, acusando-o de causar sua morte. Vai
até a casa de Mateus, amarra a corda na viga da varanda, sobe em um banco, coloca a corda
no pescoço e pula para a morte. Por causa do seu peso, a viga de madeira onde estava a
corda se quebra e Ivete apenas cai no chão. Como consequência da tentativa frustrada de
suicídio, Ivete sofre apenas arranhões leves. Assinale a alternativa que indique a pena a que,
por esse comportamento, Jorge está sujeito.

a) Tentativa de homicídio.
b) Lesão corporal leve.
c) Induzimento ou instigação ao suicídio.
d) Auxílio ao suicídio.
e) Esse comportamento não é punível.

118. (FGV) Assinale a alternativa que apresente circunstância que não qualifica o crime de
homicídio doloso.

a) Quando o homicídio é praticado mediante promessa de recompensa.


b) Quando o homicídio é praticado mediante emprego de veneno.
c) Quando o homicídio é praticado contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge.
d) Quando o homicídio é praticado para assegurar a impunidade de outro crime.
e) Quando o homicídio é praticado mediante emprego de asfixia.

119. (FGV) Assinale a alternativa que apresente circunstância que não aumenta a pena do
crime de homicídio culposo.

a) Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão.


b) Se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima.
c) Se o agente foge para evitar prisão em flagrante.
d) Se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
anos.
e) Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de ofício.

120. (FGV) José da Silva é guarda-vidas da piscina do clube Bonsucesso, muito frequentado
por crianças. Todos os dias, a piscina do clube é aberta às 9 horas da manhã pelo servente
João de Souza e José da Silva é sempre o primeiro a entrar na área da piscina e assumir seu
posto no alto da cadeira de guarda-vidas. Contudo, no dia 1º de novembro de 2008, José da
Silva não chegou no horário. Mesmo sabendo que a piscina é aberta às 9 horas, José chegou
no clube somente às 10 horas e se deparou com uma cena macabra: duas crianças estavam
mortas, afogadas na piscina. A partir do fragmento acima, assinale a alternativa correta.

a) José da Silva não praticou crime algum.


b) José da Silva praticou o crime de omissão de socorro (art. 135, do Código Penal).
c) José da Silva praticou o crime de homicídio culposo (art. 121, §3º, do Código Penal).
d) José da Silva praticou o crime de homicídio doloso na modalidade comissiva (art. 121, caput,
do Código Penal).
e) José da Silva praticou o crime de homicídio doloso na modalidade comissiva por omissão,
pois ele exercia a função de garantidor (art. 121, caput c/c art. 13, § 2º, do Código Penal).

121. (FGV) Relativamente à Lei Maria da Penha (11.340/2006), assinale a afirmativa


incorreta.
a) Considera-se violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras condutas, a
conduta que configure destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades.
b) A Lei Maria da Penha (11.340/2006) não considera violência doméstica contra a mulher a
omissão baseada no gênero que lhe cause sofrimento apenas psicológico em uma relação
íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida.
c) Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei, o
juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, medidas
protetivas de urgência, dentre elas o afastamento do lar, proibição de aproximação da
ofendida e a prestação de alimentos provisórios.
d) É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas
de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que
implique o pagamento isolado de multa.
e) Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata essa lei,
só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

122. (FGV) Um domingo, ao chegar em casa vindo do jogo de futebol a que fora assistir, Tício
encontra sua esposa Calpúrnia traindo-o com seu melhor amigo, Mévio. No mesmo instante,
Tício saca sua arma e dispara um tiro na cabeça de Calpúrnia e outro na cabeça de Mévio.
Embora pudesse fazer outros disparos, Tício guarda a arma. Ato contínuo, apercebendo-se
da besteira que fizera, coloca os amantes em seu carro e parte em disparada para um
hospital. O trabalho dos médicos é extremamente bem-sucedido, retirando a bala da cabeça
dos amantes sem que ambos tivessem qualquer espécie de sequela. Aliás, não fosse a
imediata atuação de Tício, Calpúrnia e Mévio teriam morrido. Com efeito, quinze dias
depois, ambos já retornaram às suas atividades profissionais habituais. A partir do texto,
assinale a alternativa que indique o crime praticado por Tício.

a) lesão corporal leve


b) lesão corporal grave
c) tentativa de homicídio
d) Tício não praticou crime
e) exercício arbitrário das próprias razões

123. (FGV) José da Silva obrigou Maria de Souza a praticar com ele sexo oral e anal,
ameaçando-a com uma arma de fogo. Ao final das sevícias, José levou Maria até a beira de
um rio, amarrou seu corpo em uma pedra e a atirou no rio para que morresse afogada e não
pudesse noticiar o fato à polícia. Qual(is) o(s) crime(s) praticado(s) por José?

a) Atentado violento ao pudor seguido de morte (crime preterdoloso).


b) Atentado violento ao pudor e homicídio qualificado em concurso material.
c) Estupro seguido de morte (crime preterdoloso).
d) Estupro e homicídio qualificado em concurso material.
e) Estupro e atentado violento ao pudor, em continuidade delitiva, e homicídio qualificado em
concurso material.

124. (FGV) Qual das seguintes condutas não constitui crime impossível?

a) O furto de dinheiro guardado, cujas cédulas haviam sido marcadas para descobrir quem ia
tentar a subtração.
b) A tentativa de homicídio com revólver descarregado.
c) A apresentação ao banco de cheque para sacar determinado valor, se a vítima já
determinara a sustação do pagamento do cheque furtado.
d) Quando o agente pretendia furtar um bem que estava protegido por aparelho de alarme
que tornava absolutamente ineficaz o meio empregado para a subtração.
e) Quando o agente deu veneno à vítima, mas a quantidade não foi suficiente para matá-la.

125. (FGV) Josefina Ribeiro é médica pediatra, trabalhando no hospital municipal em regime
de plantão. De acordo com a escala de trabalho divulgada no início do mês, Josefina seria a
única médica no plantão que se iniciava no dia 5 de janeiro, às 20h, e findava no dia 6 de
janeiro, às 20h. Contudo, depois de passar toda a noite do dia 5 sem nada para fazer,
Josefina resolve sair do hospital um pouco mais cedo para participar da comemoração do
aniversário de uma prima sua. Quando se preparava para deixar o hospital às 18h do dia 6
de janeiro, Josefina é surpreendida pela chegada de José de Souza, criança de apenas 06
anos, ao hospital precisando de socorro médico imediato. Josefina percebe que José se
encontra em estado grave, mas decide deixar o hospital mesmo assim, acreditando que
Joaquim da Silva (o médico plantonista que a substituiria às 20h) chegaria a qualquer
momento, já que ele tinha o hábito de se apresentar no plantão sempre com uma ou duas
horas de antecedência. Contudo, naquele dia, Joaquim chega ao hospital com duas horas de
atraso (às 22h) porque estava atendendo em seu consultório particular. José de Souza morre
em decorrência de ter ficado sem atendimento por quatro horas. Que crime praticaram
Josefina e Joaquim, respectivamente?

a) Homicídio culposo e homicídio culposo.


b) Homicídio doloso e homicídio doloso.
c) Omissão de socorro e omissão de socorro.
d) Homicídio doloso e nenhum crime.
e) Homicídio doloso e homicídio culposo.

126. (FGV) Paulo dirigia seu veículo em que estavam sua filha Juliana e uma amiga desta de
nome Janaína. Na ocasião, em excessiva velocidade, perde a direção do veículo e invade a
mão contrária, colidindo com um caminhão que vinha em sua mão correta de direção. Do
acidente, resultaram as mortes de Juliana e Janaína, sem que Paulo sofresse qualquer lesão.
Paulo foi denunciado pela prática do injusto do Art. 302, da Lei n. 9.503/97 (homicídio
culposo no trânsito), por duas vezes, na forma do Art. 70, do CP (concurso formal). No curso
da instrução, a culpa de Paulo foi demonstrada, ficando comprovada a sua primariedade,
bons antecedentes, excelente comportamento social, sendo o fato dos autos um caso
isolado, nunca tendo se envolvido em outro acidente, apesar de possuir carteira de
habilitação há mais de 20 anos. A defesa requereu ao final a extinção da punibilidade pelo
perdão judicial, eis que uma das vítimas era sua própria filha. Diante desse quadro

a) Paulo não faz jus ao perdão (Art. 107, IX, do CP), eis que tal causa de extinção da
punibilidade não se aplica aos crimes da Lei n. 9.503/97, porquanto o artigo que dispunha de
tal regra na referida lei especial foi vetado.
b) Paulo terá direito ao perdão somente com relação à morte de sua filha, devendo ser
condenado com relação à morte de Janaína.
c) Paulo terá direito ao perdão judicial com relação a ambos os crimes.
d) Paulo somente terá direito ao perdão se houver a concordância dos pais de Janaína.
e) Paulo não terá direito ao perdão judicial, sob pena de tal decisão impedir a reparação civil
respectiva.
127. (FGV) Juca, transtornado, após ter flagrado seu pai praticando violência sexual com sua
irmã de apenas 05 anos de idade, que vem a falecer em razão da violência praticada, desfere
uma facada contra a cabeça do seu genitor que também vem a falecer. Após desferir o golpe
contra seu pai, e certificar-se da morte deste, Juca foge levando o relógio que a vítima usava
na ocasião. O agressor sexual era solteiro e possuía somente estes dois filhos. Mais tarde,
com a prisão de Juca, o fato foi levado ao conhecimento da autoridade policial. Com base no
exposto, assinale a alternativa que apresenta a tipificação correta.

a) Juca deverá responder por homicídio qualificado pelo meio cruel (Art. 121, § 2º, III, do CP) e
por furto simples (Art. 155, do CP).
b) Juca deverá responder por homicídio privilegiado (Art. 121, § 1º, do CP) e por furto simples
(Art. 155, do CP).
c) Juca não deverá responder por qualquer crime por ter agido escorado pela excludente de
ilicitude da legítima defesa de terceiro.
d) Juca deverá responder por homicídio privilegiado (Art. 121, § 1º, do CP).
e) Juca deverá responder por homicídio privilegiado (Art. 121, § 1º, do CP) e por roubo simples
(Art. 157, do CP).

128. (FGV) João e José, um sem saber da vontade do outro, resolvem matar um desafeto
comum. Para tal fim, sem qualquer vínculo subjetivo, aguardam a saída do desafeto do local
de trabalho e, isto ocorrendo, efetuam em momentos distintos disparos contra o mesmo
que veio a falecer. A perícia reconheceu que os dois disparos atingiram o alvo desejado,
eram fatais e capazes de ocasionar a morte instantânea da vítima, mas não conseguiu
identificar qual deles acertou primeiro o alvo, ratificando que ambos seriam capazes de
obter o animus desejado. Descobertos os “autores”, o fato foi levado à autoridade policial
para as providências de praxe. Com base no exposto, assinale a alternativa que identifica
juridicamente o fato.

a) João e José são coautores do crime de homicídio.


b) João e José deverão responder por tentativa de homicídio.
c) João e José não praticaram qualquer crime, devendo ser aplicada a regra do Art. 17, do CP
(crime impossível).
d) Um deles responderá por homicídio consumado e o outro por homicídio tentado, devendo o
Promotor oferecer denúncia alternativa para que no curso da instrução seja o fato melhor
apurado.
e) João e José são partícipes do crime de homicídio.

129. (FGV) No curso de uma discussão entre irmãs, o marido de uma delas desfere um chute
na barriga da cunhada, causando-lhe lesões que ocasionaram o aborto, certo que a gravidez
da vítima não era do conhecimento do agressor. A vítima, que trabalhava na prostituição,
ficou impedida de exercer a sua atividade “profissional” por prazo superior a 30 dias, o que
foi reconhecido pela perícia. Com base no exposto, assinale a alternativa que indica a
tipificação correta e o juízo competente para decidir o fato.

a) Artigo 129, do CP (lesão corporal simples), sendo a competência do JECRIM.


b) Artigo 129, §§ 1º, I (lesão corporal grave pela incapacidade para ocupações habituais por
mais de 30 dias), e 2º, V (lesão corporal gravíssima pelo aborto), do CP, sendo a competência
da Vara criminal comum.
c) Artigo 129, §§ 1º, I (lesão corporal grave pela incapacidade para ocupações habituais por
mais de 30 dias), e 2º, V (lesão corporal gravíssima pelo aborto), do CP, sendo a competência
da Vara da violência doméstica.
d) Artigo 129, § 1º, I (lesão corporal grave pela incapacidade para ocupações habituais por
mais de 30 dias), do CP, sendo a competência da Vara da violência doméstica.
e) Artigo 129, § 1º, I (lesão corporal grave pela incapacidade para ocupações habituais por
mais de 30 dias), sendo a competência da Vara criminal comum.

130. (FGV) Relativamente aos crimes previstos na parte especial do Código Penal, analise as
afirmativas a seguir:

I. É isento de pena quem comete qualquer dos crimes contra o patrimônio (previstos no título
II da parte especial do Código Penal), em prejuízo do cônjuge, na constância da sociedade
conjugal, salvo quando há emprego de grave ameaça ou violência à pessoa ou o crime é
praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
II. O crime de induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça só
é punível se a vítima morre ou sofre ao menos lesão corporal de natureza grave.
III. Não é punível a participação de particular nos crimes praticados por funcionário público
contra a administração em geral.
IV. Não é punível a conduta do funcionário público que, por indulgência, deixa de levar ao
conhecimento da autoridade competente quando outro funcionário cometa infração no
exercício do cargo.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas

131. A existência de eventuais desavenças anteriores, levaram Caio a matar Tircio no


momento em que este dormia, na cama, em seu quarto. Nesse caso, é correto afirmar que
Caio cometeu homicídio
a) simples.
b) qualificado pelo motivo fútil.
c) qualificado pelo meio cruel
d) qualificado pela surpresa

132. No crime de homicídio qualificado pelo modo de execução que dificulta ou torna
impossível a defesa do ofendido, a situação da “surpresa” estará presente quando o agente
utilizar
a) meio fraudulento
b) veneno
c) superioridade de armas
d) procedimento inesperado
133. A morte das testemunhas de um crime de roubo por temor em relação ao que estas
pudessem afirmar em juízo configura crime de
a) homicídio qualificado pelo motivo torpe
b) latrocínio
c) homicídio qualificado para assegurar impunidade
d) homicídio qualificado pelo motivo fútil.
134. A personalidade violenta e agressiva de João contra sua esposa Maria tem alertado
todos os vizinhos. Por isso, Augusto, vizinho de João, consegue de sua janela filmar uma das
agressões sofridas por Maria, no caso, um soco desferido contra seu rosto. Em seguida,
encaminha o vídeo para a Polícia. Diante da situação exposta, é correto afirmar:
a) O Delegado de Polícia somente pode instaurar procedimento investigatório com a
representação da vítima Maria, porque o crime de lesão corporal leve é de ação penal pública
condicionada.
b) O Delegado de Polícia deve instaurar procedimento investigatório, porque lesões corporais
leves contra mulheres na hipótese da Lei Maria da Penha são de ação penal pública
incondicionada.
c) O Delegado de Polícia somente pode instaurar procedimento investigatório se a lesão
corporal sofrida por Maria for grave ou gravíssima.
d) O Delegado de Polícia não pode iniciar qualquer procedimento, porque a prova produzida
pelo vizinho Augusto é ilícita
135. Xerxes inicia agressões físicas contra Ramon, desejando inicialmente cometer lesão
corpora. Contudo, num determinado momento das agressões, Xerxes resolve matar Ramon,
decisão que terminou por culminar na morte deste. Nesse caso,
a) em tese, haverá homicídio, devendo as agressões físicas iniciais ser absorvidas, em razão do
princípio da subsidiariedade.
b) em tese, haverá homicídio, devendo as agressões físicas iniciais ser absorvidas, em razão do
princípio da consunção.
c) haverá o concurso entre os crimes de lesão corporal e homicídio.
d) haverá crime de lesão corporal seguida de morte.

136. Na lesão corporal seguida de morte,


a) haverá a previsão do resultado mais grave, apesar de o agente desejar que este não venha a
ocorrer.
b) não há previsão do resultado mais grave, devendo a morte não prevista e não desejada ser
atribuída a título de culpa.
c) haverá crime de homicídio doloso eventual
d) haverá culpa na conduta antecedente e dolo em relação ao resultado.

137. Empregados de uma clínica médica utilizada para a prática de abortos foram indiciados
no inquérito policial que apura milhares de abortos clandestinos realizados pelo médico
Zacarias. No caso, os empregados
a) podem ser responsabilizados penalmente pelo crime de aborto em concurso de agentes
com o médico Zacarias.
b) não podem ser responsabilizados penalmente, porque, no Direito Penal, não existe
responsabilidade indireta.
c) não podem ser responsabilizados penalmente, porque realizaram as manobras abortivas.
d) não podem ser responsabilizados penalmente, em razão da obediência hierárquica de
ordem não manifestamente ilegal.

138. No aborto consentido,


a) haverá concurso de agentes entre o médico e a gestante na modalidade de coautoria.
b) haverá concurso de agentes entre o médico e a gestante na modalidade de autoria
colateral.
c) haverá concurso de agentes, sendo o médico responsabilizado na condição de autor da
prática abortiva, e a gestante na condição de partícipe.
d) não haverá concurso de agentes entre a gestante e o médico.

139. A manifestação do advogado Matheus em juízo para defender seu cliente terminou em
sérios xingamentos contra a parte contrária, chamada de “ladrão”, “safado” e “bandido”. No
caso, o advogado Matheus
a) não cometeu crime algum.
b) cometeu crime de injúria.
c) cometeu crime de difamação.
d) cometeu crime de calúnia.
140. Não haverá calúnia (art. 138, CP)
a) contra inimputáveis
b) contra pessoa jurídica
c) contra os mortos
d) entes públicos
141. Sobre os crimes contra a honra assinale a alternativa correta.
a) Tendo como representantes pessoas físicas, diretores da empresa, não há como admitir a
imputação de difamação contra a pessoa jurídica.
b) O crime de calúnia pode ser cometido com dolo eventual.
c) O crime de injúria racial é de ação penal pública incondicionada.
d) Os crimes contra a honra do funcionário público em razão da função não admitem
legitimidade concorrente.

142. O humorista Pedro Bomba, durante um espetáculo, atribuiu a Paulo a condição de


marido traído pela esposa, constrangendo-o na frente de inúmeras pessoas. Nesse caso, é
possível afirmar que Pedro Bomba
a) não agiu com dolo específico, qual seja, o desejo livre e consciente de difamar (animus
diffamandi), sendo possível tipificar o crime de difamação.
b) agiu com dolo genérico, não havendo necessidade de animus diffamandi.
c) agiu com dolo eventual, porque a ofensa à reputação de Paulo ocorreu na presença de
várias pessoas.
d) cometeu o crime de difamação, não podendo a livre expressão artística ser utilizada como
escudo, quando inequívoca a intenção de cometer crime.

143. Determinado estado, membro da Federação, editou lei excepcional em 1º de março de


2011, criminalizando a conduta de utilizar telefone celular no interior de agências bancárias.
Com base no fato relatado, assinale a afirmativa correta.
a) Não será aplicada ao fato praticado durante sua vigência, cessadas as circunstâncias que a
determinaram.
b) É inconstitucional por força do princípio da culpabilidade.
c) É inconstitucional porque somente a União pode legislar em matéria de direito penal.
d) Poderá retroagir para alcançar fatos anteriores à sua vigência por força do brocardo in dubio
pro societate.

144. Ramon trabalha em diversos locais do País com o recrutamento de pessoas, mediante
fraude, com o fim de remover-lhes órgãos. Nesse caso, incorre no crime de
a) homicídio
b) latrocínio
c) tráfico de pessoas
d) genocídio

145. Sobre o crime de tráfico de pessoas (art. 149-A, CP), assinale a alternativa correta.
a) Haverá tráfico de pessoas privilegiado na hipótese de o agente estar agindo para fins
humanitários.
b) A pena será aumentada de um terço até a metade se a vítima for retirada da sua cidade.
c) A pena será aumentada de um terço até dois terços se a vítima mulher ou pessoa idosa.
d) A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização
criminosa.
146. O homicídio na forma simples somente será crime hediondo quando for
a) praticado em atividade típica de grupo de extermínio.
b) praticado por milícias
c) premeditado
d) cometido pelo filho contra a mãe

147. No crime de homicídio, a concessão do perdão judicial


a) é uma faculdade do juiz e causa de exclusão do crime.
b) é uma faculdade do juiz e causa de isenção de pena.
c) é um direito subjetivo do acusado e causa de exclusão do crime.
d) é um direito subjetivo do acusado e causa de isenção de pena.

148. Durante a prática de um crime de cárcere privado, sobreveio nova lei penal
aumentando a pena prevista no preceito secundário do tipo penal. Nesse contexto, assinale
a alternativa correta.
a) Aplica-se a lei penal mais grave
b) Aplica-se a lei penal mais benéfica, pois a lei penal não retroage, salvo em benefício do réu.
c) Aplica-se a lei penal mais benéfica, com base na teoria da atividade, adotada como regra no
Código Penal.
d) Aplicam-se as duas leis combinadas, caso tal conduta importe em benefício para o agente.

149. A inutilização de um dos braços e a perda de um rim configuram, respectivamente,


crimes de
a) lesão corporal de natureza gravíssima e lesão corporal de natureza grave.
b) lesão corporal de natureza grave e lesão corporal de natureza gravíssima.
c) lesão corporal de natureza grave em ambas situações.
d) lesão corporal de natureza gravíssima em ambas situações.

150. Sobre o crime de aborto, assinale a alternativa correta.


a) Existe a possibilidade da prática do crime de aborto por omissão.
b) O aborto qualificado pelo resultado morte admite a forma tentada.
c) Poderá haver concurso entre o crime de aborto e o crime de lesão corporal leve advinda da
prática abortiva.
d) O aborto necessário constitui causa de exclusão da culpabilidade.

151. A deliberação de duas ou mais pessoas em morrer ao mesmo tempo, com a


consequente morte de um dos participantes, em regra, caracteriza
a) instigação ao suicídio.
b) homicídio qualificado pelo motivo fútil.
c) homicídio qualificado pelo motivo torpe.
d) homicídio privilegiado pelo relevante valor moral.

152. O médico Daniel, por não perguntar ou pesquisar sobre eventual gravidez de paciente
nessa condição, receita-lhe um medicamento que provocou o aborto e sua morte. Nessa
situação, Daniel cometeu
a) homicídio e aborto com dolo eventual.
b) homicídio doloso eventual somente.
c) homicídio culposo.
d) somente aborto, porque o resultado morte era imprevisível.

153. Com o propósito de matar a recente namorada (animus necandi), Tirúbio com a
intenção de lhe transmitir o vírus da AIDS de que é portador. Caso a namorada seja
contaminada pelo vírus da AIDS, Tirúbio terá cometido o crime de
a) homicídio tentado.
b) homicídio consumado.
c) lesão corporal seguida de morte
d) lesão corporal gravíssima.

154. Num hospital da cidade, Cláudio, médico diretor, exige de um paciente morador de rua
um cheque-caução ou qualquer garantia como condição para a realização de um
atendimento médico-hospitalar emergencial. Nesse caso, Cláudio
a) não cometeu crime alguma, porque se trata de empresa privada e não de hospital público.
b) cometeu o crime de concussão, porque é equiparado a funcionário público para fins penais.
c) condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial.
d) omissão de socorro.

155. Sobre o crime de rixa (art. 137, CP), assinale a alternativa correta.

a) Exige o contato físico corpo a corpo.

b) Pressupõe, no mínimo, 4 (quatro) participantes.

c) O bem jurídico protegido principal é a ordem pública

d) Pressupõe violência física

156. No crime de constrangimento ilegal (art. 146, CP), as penas aplicam-se


cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime,

a) há emprego de arma de fogo.

b) reúnem-se mais de três pessoas.

c) há emprego de arma branca.

d) abuso de confiança.

157. Quanto aos crimes contra a vida, assinale a alternativa correta.

a) Suponha que “A” seja instigado a suicidar-se e decida pular da janela do prédio em que
reside. Ao dar cabo do plano suicida, “A” não morre e apenas sofre lesão corporal de natureza
leve. Pode-se afirmar que o instigador deverá responder pelo crime de tentativa de instigação
ao suicídio, previsto no art. 122 do Código Penal.
b) Considera-se qualificado o homicídio praticado contra pessoa menor de 14 anos ou maior
de 60 anos.
c) O Código Penal permite o aborto praticado pela própria gestante quando existir risco de
morte e não houver outro meio de se salvar.
d) O feminicídio é espécie de homicídio qualificado e resta configurado quando a morte da
mulher se dá em razão da condição do sexo feminino. Se o crime for presenciado por
descendente da vítima, incidirá ainda causa de aumento de pena.
e) O aborto provocado pela gestante, figura prevista no art. 124 do Código Penal, cuja pena é
de detenção de 1 (um) a 3 (três) anos, admite coautoria.

158. Assinale a alternativa incorreta.

a) É possível a aplicação da interpretação analógica no tipo de homicídio qualificado pelo fato


de o crime ter sido praticado mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro
motivo torpe.

b) O fato de a vítima de homicídio doloso ter mais de sessenta anos constitui circunstância
agravante, prevista no artigo 61 do Código Penal, considerada na segunda fase de aplicação da
pena.

c) No homicídio doloso qualificado pela motivação torpe, é possível reconhecimento da


atenuante genérica do cometimento do crime por motivo de relevante valor moral.

d) O homicídio híbrido é admitido pela jurisprudência, desde que a circunstância qualificadora


tenha caráter objetivo.

e) O homicídio é qualificado pela conexão quando cometido para assegurar a execução, a


ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime.

159. Dos crimes contra a pessoa, destacam-se aqueles que eliminam a vida humana,
considerada o bem jurídico mais importante do homem, razão de ser de todos os demais
interesses tutelados, merecendo inaugurar a parte especial do nosso Diploma Penal.
Considerando os crimes contra a vida, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A vida é tratada nesse tópico tanto na forma intra (biológica) quanto extrauterina,
protegendo-se, desse modo, o produto da concepção (esperança de homem) e a pessoa
humana vivente.
b) O dolo do homicídio pode ser direto (o agente quer o resultado) ou eventual (o agente
assume o risco de produzi-lo).
c) A Lei nº 13.104/2015 inseriu o inciso VI no art. 121 do Código Penal: o feminicídio,
entendido como a morte de mulher em razão da condição do sexo feminino (leia-se, violência
de gênero quanto ao sexo).
d) Infanticídio, segundo dispõe o Diploma Penal Brasileiro, é matar o próprio filho
independentemente da condição fisiopsicológica do sujeito ativo.
e) Três são as formas de praticar o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio: nas duas
primeiras hipóteses (induzimento e instigação), temos a participação moral; já na última
(auxílio), material.

160. A conduta de induzir, instigar ou auxiliar outra pessoa a suicidar-se, que tem como
resultado lesão corporal de natureza leve,
a) tem pena duplicada se cometida por motivo egoístico.
b) tem pena agravada se a vítima tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de
resistência.
c) não é prevista como crime.
d) tem pena aumentada se a vítima for menor de idade.
e) é punida com pena de 1 (um) a 3 (três) anos.

161. Caio, decidido a matar Denise, para a casa dela se dirigiu portando seu revólver
devidamente municiado com seis projéteis. Chegando ao local, tocou a campainha e, assim
que Denise abriu a porta, contra ela disparou um tiro, que a atingiu no ombro esquerdo. Ao
ver Denise caída, Caio optou por não fazer mais disparos, guardou seu revólver e se retirou
do local. Denise foi socorrida por terceiros e sobreviveu, ficando, porém, com pouca
mobilidade em seu braço esquerdo. Diante do exposto, é correto afirmar que Caio
responderá criminalmente por
a) lesão corporal de natureza grave (houve desistência voluntária).
b) tentativa de homicídio.
c) lesão corporal de natureza grave (houve arrependimento posterior).
d) lesão corporal de natureza gravíssima (houve arrependimento eficaz).

162. “X” recebe recomendação médica para ficar de repouso, caso contrário, poderia sofrer
um aborto. Ocorre que “X” precisa trabalhar e não consegue fazer o repouso desejado e, por
essa razão, acaba expelindo o feto, que não sobrevive.
Em tese, “X”
a) não praticou crime algum.
b) praticou o crime de aborto doloso.
c) praticou o crime de aborto culposo.
d) praticou o crime de lesão corporal qualificada pela aceleração do parto.
e) praticou o crime de desobediência.

163. Considere que João e José se agrediram mutuamente e que as lesões recíprocas não são
graves. Nesta hipótese, o art. 129, § 5.º do CP prescreve que ambos podem:
a) ser beneficiados com a exclusão da ilicitude
b) ser beneficiados com o perdão judicial.
c) ter as penas de reclusão substituídas por prisão simples.
d) ser beneficiados com a exclusão da culpabilidade.
e) ter as penas de detenção substituídas por multa.

164. “X” é negro e jogador de futebol profissional. Durante uma partida é chamado pelos
torcedores do time adversário de macaco e lhe são atiradas bananas no meio do gramado.
Caso sejam identificados os torcedores, é correto afirmar que, em tese,
a) responderão pelo crime de preconceito de raça ou de cor, nos termos da Lei n.º 7.716/89.
b) responderão pelo crime de racismo, nos termos da Lei n.º 7.716/89.
c) responderão pelo crime de difamação, nos termos do art. 139 do Código Penal, entretanto,
com o aumento de pena previsto na Lei n.º 7.716/89.
d) não responderão por crime algum, tendo em vista que esse tipo de rivalidade entre as
torcidas é própria dos jogos de futebol, restando apenas a punição na esfera administrativa.
e) responderão pelo crime de injúria racial, nos termos do art. 140, § 3.º do Código Penal.
165. Determinado sujeito, que acabara de se desiludir amorosamente, decide matar sua até
então namorada. Toma emprestado o automóvel de seu vizinho e, durante o trajeto, por
descuido, abalroa gravemente um outro veículo, causando sério prejuízo material. Mas,
faltando-lhe coragem para consumar o homicídio, estaciona próximo a um bar, às portas da
casa de sua ex-namorada e intencionalmente se embriaga, a fim de ganhar valentia para
executar seu plano. Abandona o veículo, vai a pé até a casa da ex-namorada e, mediante
asfixia, tira-lhe a vida. À luz do Direito Penal, o sujeito cometeu
a) dano e homicídio duplamente majorado, pela embriaguez dolosa e asfixia.
b) homicídio qualificado pela asfixia.
c) homicídio qualificado pela asfixia e agravado pela embriaguez pré-ordenada.
d) dano e homicídio qualificado pela asfixia, em concurso material.

166. Sobre os crimes contra a honra, assinale a alternativa correta.


a) Os crimes de calúnia e difamação admitem retratação, quando, antes da sentença penal
condenatória irrecorrível o querelado (réu) se retrata cabalmente, assumindo seu ato como um
equívoco que deve ser reparado.
b) Nos crimes contra a honra, a retratação isenta de pena desde que seja total, isto é, deve
abranger todas as afirmações.
c) Nos crimes contra a honra, a retratação beneficia o agente que se retrata e estende-se ao
terceiro que se recusou a se retratar.
d) A injúria será qualificada quando a ação for praticada por meio da utilização de elementos
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, orientação sexual ou a condição de pessoa idosa
ou portadora de deficiência.
e) As penas dos crimes contra a honra são aumentadas de dois terços se forem cometidas
contra funcionário público, em razão de suas funções.

167. A, perante várias pessoas, afirmou falsamente que B, funcionário público aposentado,
explorava a atividade ilícita do jogo do bicho, quando exercia as funções públicas.
Ante a imputação falsa, é correto afirmar que A cometeu o crime de
a) difamação, não se admitindo a exceção da verdade.
b) calúnia, admitindo-se a exceção da verdade.
c) calúnia, não se admitindo a exceção da verdade.
d) difamação, admitindo-se a exceção da verdade.

168. A respeito dos crimes contra a honra, insculpidos no Código Penal, assinale a alternativa
correta.
a) Configura o crime de injúria imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação.
b) Configura o crime de calúnia imputar a alguém falsa- mente fato definido como crime.
c) Configura o crime de difamação ofender a dignidade ou o decoro de alguém.
d) A calúnia somente admite a exceção da verdade em caso de o ofendido ser funcionário
público, em exercício de suas funções.
e) A calúnia contra os mortos não é punível.

169. Márcio e Rodrigo, vizinhos, divulgaram comunicado no condomínio onde residem, em


que narram que a síndica, Tatiana, apropriou-se de valores em detrimento dos condôminos.
Estão sendo processados por Tatiana, em ação penal privada, pelo crime de calúnia. No
curso do processo e antes da sentença de primeiro grau, Márcio e Tatiana ficam noivos.
Diante da notícia desse fato no processo, trazida pelo Ministério Público, o Juiz deve
considerar que
a) o fato comunicado não traz qualquer consequência à punibilidade dos querelados e deve
dar seguimento ao processo.
b) Márcio foi perdoado, estendendo tal benesse a Rodrigo, e deve intimá-los para que aceitem
ou não o perdão.
c) Márcio foi perdoado, extinguindo imediatamente sua punibilidade e deve intimar Rodrigo
para que aceite ou não o perdão.
d) Márcio foi perdoado, estendendo tal benesse a Rodrigo, e deve, imediatamente, extinguir a
punibilidade de ambos.

170. São crimes contra a vida, de acordo com o Código Penal:


a) induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, aborto e infanticídio.
b) homicídio, aborto e abuso de incapazes.
c) lesão corporal, aborto e infanticídio.
d) abuso de incapazes, aborto, infanticídio.
e) homicídio, lesão corporal e aborto.

171. Assinale a alternativa que apresenta apenas crimes que admitem a modalidade culposa.
a) Lesão corporal, peculato e homicídio.
b) Homicídio, lesão corporal e aborto.
c) Lesão corporal, aborto e infanticídio.
d) Homicídio, dano e peculato.
e) Dano, peculato e aborto.

172. A respeito dos crimes contra a honra, insculpidos no Código Penal, assinale a alternativa
correta.
a) Configura o crime de injúria imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação.
b) Configura o crime de calúnia imputar a alguém falsa- mente fato definido como crime.
c) Configura o crime de difamação ofender a dignidade ou o decoro de alguém.
d) A calúnia somente admite a exceção da verdade em caso de o ofendido ser funcionário
público, em exercício de suas funções.
e) A calúnia contra os mortos não é punível.

173. Pratica crime de omissão de socorro (art. 135, CP)


a) quem deixa de prestar socorro à vítima de perigo, mesmo que ferida levemente.
b) quem deixa de prestar de socorro à vítima, desde que seja o causador da situação de perigo.
c) quem tem o dever legal de agir para evitar o resultado morte de uma pessoa em situação de
perigo.
d) somente aquele que tiver provocado dolosamente ou culposamente a situação de perigo.

174. Rui e Maria, casal em lua de mel, nadavam no mar de uma praia paradisíaca. Num
determinado momento, Rui sofre um mal súbito e começa a se afogar. Mesmo podendo agir
para socorrê-lo, Maria permanece inerte, sem qualquer tipo de intervenção. Rui termina
falecendo afogado. No caso, a responsabilidade de Maria será pelo crime de
a) omissão de socorro.
b) omissão de socorro majorada, devendo a pena ser duplicada.
c) omissão de socorro majorada, devendo a pena ser triplicada.
d) homicídio doloso
e) homicídio culposo.

175. Nos crimes contra a honra, as penas


a) aumentam-se de dois terços se forem cometidas contra o Presidente da República.
b) aumentam-se de um terço se forem cometidas em razão da cor da pessoa
c) aumentam-se de um terço se forem cometidos contra maior de 60 (sessenta) anos.
d) aplicam-se em dobro se forem cometidos na presença de várias pessoas.
e) aplicam-se em dobro se forem cometidos por meio que facilite a divulgação.

176. Alberto imputou a Ticiano termos e expressões ofensivas referentes à sua cor, com o
propósito de lesar sua honra. Nesse caso, incorreu no crime de

a) injúria preconceituosa, cuja natureza é de ação penal pública condicionada à representação.


b) racismo próprio, cuja natureza é de ação penal pública incondicionada.
c) injúria real, cuja natureza é de ação penal pública condicionada à representação.
d) injúria qualificada em razão da raça, cuja natureza é de ação penal pública incondicionada.
e) racismo impróprio, cuja natureza é de ação penal pública incondicionada.

177. Nos crimes contra a honra, o perdão judicial não é admitido no crime de

a) calúnia.
b) difamação.
c) injúria
d) calúnia majorada.
e) injúria qualificada.
178. Médico realizou procedimento abortivo de urgência na gestante Augusta, vítima de
crime de estupro. Todavia, não obteve o consentimento desta para a prática abortiva. No
caso,

a) incorreu no crime de aborto sem o consentimento da gestante.


b) não cometeu crime de aborto, porque o procedimento foi medida de urgência.
c) não incorreu no crime de aborto, em razão da situação de estupro, causa específica de
exclusão da ilicitude.
d) não incorreu no crime de aborto, em razão da situação de estupro, causa específica de
exclusão do fato típico.
e) incorreu em crime de aborto majorado.

179. Chinês, desejando matar seu inimigo Azul, resolve atacá-lo às escondidas. No momento
em que Azul passa numa rua escura, Chinês ataca-lhe com vários golpes de faca, vindo a
vítima a falecer imediatamente. Nesse caso, Chinês incorreu no crime de homicídio

a) qualificado pelo meio insidioso.


b) qualificado pelo motivo fútil.
c) qualificado pela premeditação.
d) qualificado pela emboscada.
e) qualificado pelo motivo injusto.

180. Sobre o crime de lesão corporal (art. 129, CP), assinale a alternativa correta.
a) A perda de uma mão configura lesão corporal de natureza grave.
b) A perda de um dos rins configura lesão corporal de natureza gravíssima.
c) Se restar comprovado o animus laedendi na conduta e a culpa no resultado morte, haverá
lesão corporal seguida de morte.
d) A deformidade permanente, hipótese de lesão corporal de natureza gravíssima, não precisa
necessariamente modificar de forma visível e grave o corpo da vítima.
e) Para que o aborto qualifique as lesões corporais sofridas pela vítima, poderá ser atribuído a
título de dolo ou de culpa.

181. Gustavo, sabendo-se portador do vírus HIV, mantém relação sexual com sua parceira
Márcia, tornando-a soropositiva. Nesse caso, é possível afirmar que Gustavo

a) incorreu no crime de homicídio na forma tentada.


b) incorreu no crime de lesão corporal gravíssima.
c) incorreu no crime de lesão corporal grave.
d) cometeu o crime de lesão corporal culposa, mas poderá receber perdão judicial, caso sua
parceira Márcia venha a perdoá-lo.
e) cometeu o crime de lesão corporal culposa, não sendo cabível perdão judicial.

182. Sobre o crime de homicídio (art. 121, CP), assinale a alternativa correta.

a) O reconhecimento do homicídio privilegiado se impõe quando presente uma injusta


provocação do ofendido com reação imediata do agente.
b) O reconhecimento do homicídio privilegiado pode ocorrer em situações de influência de
emoção.
c) No homicídio mercenário, a paga ou promessa de recompensa atinge unicamente o
executor.
d) O estado de embriaguez do agente afasta a futilidade como elemento qualificador do
homicídio.
e) A ação de matar sem razão alguma não é o suficiente para configurar a qualificadora do
motivo fútil.

183. Sobre os crimes contra a vida, assinale alternativa correta.


a) O homicídio na forma tentada é compatível com o dolo direto de primeiro grau e de
segundo grau.
b) O homicídio na forma tentada não é compatível com o dolo eventual.
c) A conduta de induzir o próprio irmão a cometer suicídio configura homicídio qualificado pelo
motivo torpe.
d) O suicídio conjunto é situação de homicídio e não de induzimento ao suicídio.
e) O sujeito passivo do crime de aborto é o nascente.

184. Sobre os crimes contra a vida, assinale a alternativa correta.


a) Havendo dolo de matar, a relação sexual forçada e dirigida à transmissão do vírus da Aids é
idônea para a caracterização da tentativa de homicídio.
b) No crime de homicídio culposo em concurso de agentes, os sujeitos ativos podem ser
coautores ou partícipes, a depender do grau de participação de cada um.
c) O homicídio simples é considerado crime hediondo.
d) O crime de infanticídio depende obrigatoriamente da prova da vida do neonato.
e) Se a vítima tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência, o induzimento
ao suicídio configura crime de homicídio.
185. Tirúbio, querendo mostrar sua pistola ao seu melhor amigo Tício, acidentalmente, faz
com que ela dispare, causando-lhe a morte. Nesse caso, Tirúbio
a) não comete crime algum, devendo ser aplicado ao caso o perdão judicial.
b) comete crime de homicídio culposo, devendo ser aplicado em seu favor o perdão judicial
para extinguir a punibilidade.
c) comete crime de homicídio culposo, não sendo possível a aplicação do perdão judicial,
porque não se trata de cônjuge, companheiro, irmão, ascendente e descendente.
d) comete crime de homicídio doloso eventual.
e) não comete crime algum, por se tratar de acidente.

186. José e João trabalhavam juntos. José, o rei da brincadeira. João, o rei da confusão. Certo
dia, discutiram acirradamente. Diversos colegas viram a discussão e ouviram as ameaças de
morte feitas por João a José. Ninguém soube o motivo da discussão. José não se importou
com o fato e levou na brincadeira. Alguns dias depois em um evento comemorativo na
empresa, João bradou “eu te amo José” e efetuou disparo de arma de fogo contra José.
Contudo o projétil não atingiu José, e sim Juliana, matando a criança que chegara à festa
naquele momento, correndo pelo salão.

187. Nesse caso, é corretor afirmar que, presente a figura:


a) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3º, do Código Penal, João deve responder
por homicídio doloso, com a agravante de crime cometido contra criança.
b) aberratio criminis, artigo 74 do Código Penal, João deve responder por tentativa de
homicídio e homicídio culposo sem a agravante de crime cometido contra criança, em
concurso formal de crimes.
c) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por tentativa de homicídio e
homicídio culposo, com a agravante de crime cometido contra criança, em concurso material
de crimes.
d) de erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3º, do Código Penal, João deve responder
por homicídio doloso sem a agravante de crime cometido contra
criança.
e) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por homicídio doloso sem a
agravante de crime cometido contra criança.

188. De acordo com a legislação de combate ao tráfico de pessoas, considere as seguintes


afirmações.
I – O Brasil, embora signatário da Convenção de Palermo, não possuía, até 2016, nenhum tipo
penal específico que permitisse a punição do tráfico de pessoas para trabalho em condições
análogas à de escravo.
II – O tráfico de pessoas é crime previsto no título dos crimes contra a dignidade sexual.
III – O livramento condicional para condenado por tráfico de pessoas, não reincidente
específico em crimes dessa natureza, só pode ser concedido se cumpridos mais de 2/3 (dois
terços) da pena.
IV – No tráfico de pessoas, praticada a conduta prevista no tipo e concretizada a finalidade,
com a remoção de órgãos do corpo da pessoa, para fins de transplante, haverá concurso de
crimes.
Estão corretas apenas as afirmações:
a) II e IV.
b) I e III.
c) I, II e III.
d) I, III e
IV.
e) II, III e IV.

189. Nos crimes contra a honra, a ação penal:


a) no crime contra funcionário público, em razão de suas funções, será pública condicionada à
representação.
b) no crime de injúria real, será de iniciativa privada, ainda que resulte lesão corporal.
c) no crime de injúria racial, será de inciativa privada.
d) no crime contra Presidente da República, será pública condicionada à
representação.
e) no crime contra chefe de governo estrangeiro, será pública condicionada à representação.

190. Quanto aos crimes contra a pessoa previstos no Título I, da Parte Especial do Código
Penal, é correto afirmar que
a) o homicídio realizado para ocultar a prática de outro crime é qualificado pela conexão
teleológica.
b) homicídio híbrido é a coexistência de uma forma privilegiada com qualquer das
qualificadoras, mesmo que mais de uma.
c) a doutrina e a jurisprudência costumam classificar o crime de lesão corporal em leve, grave
e gravíssima. Qualificam a última os resultados incapacidade permanente para o trabalho,
perigo de vida, perda ou inutilização de membro, sentido ou função, deformidade permanente
e aborto.
d) a calúnia e a difamação previstas no Código Penal admitem a exceção da verdade e não são
puníveis quando a ofensa for irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu
procurador

191. João, com a intenção de matar José, seu desafeto, efetuou disparos de arma de fogo
contra ele. José foi atingido pelos projéteis e faleceu.
Considere que, depois de feitos os exames necessários, se tenha constatado uma das
seguintes hipóteses relativamente à causa da morte de José.
I Apesar dos disparos sofridos pela vítima, a causa determinante da sua morte foi intoxicação
devido ao fato de ela ter ingerido veneno minutos antes de ter sido alvejada.
II A morte decorreu de ferimentos causados por disparos de arma de fogo efetuados por
terceiro no mesmo momento em que João agiu e sem o conhecimento deste.
III A vítima faleceu em razão dos ferimentos sofridos, os quais foram agravados por sua
condição de hemofílica.
IV A morte decorreu de uma infecção hospitalar que acometeu a vítima quando do tratamento
dos ferimentos causados pelos tiros.
Nessa situação hipotética, conforme a teoria dos antecedentes causais adotada pelo CP, João
responderá pela morte de seu desafeto caso se enquadre em uma das hipóteses previstas nos
itens
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

192. Sobre as posições especiais de dever de enfrentar o perigo, assinale a alternativa


correta:
a) A obrigação de enfrentar o perigo é absoluta.
b) O dever de agir para impedir o resultado está relacionado com a tipicidade dos crimes
omissivos próprios.
c) O policial e o bombeiro não são garantidores da não ocorrência do resultado, não tendo,
assim, o dever de evitar o resultado.
d) O dever de enfrentar o perigo não impede a exclusão da ilicitude por estado de
necessidade.
e) Um bombeiro pode alegar estado de necessidade como forma de se eximir de enfrentar um
incêndio.

193. Carlos ofende Sérgio com xingamentos, funcionário público, no exercício de sua função.
Contudo, desconhecia a qualidade de funcionário público de Sérgio. Nesse caso, Carlos
incorre no crime de
a) desacato.
b) injúria simples.
c) injúria contra a honra de funcionário público.
d) injúria real.
194. Cabral desejava matar seu pai, Antônio, porque este não aceitava a sua opção sexual.
Adquiriu um revólver e, num dia de extrema cólera, atira diversas vezes contra seu pai
Antônio. Para não descobrirem o assassinato, resolve enterrar seu pai num sítio
abandonado, próximo a uma estrada erma. No curso das investigações, o exame cadavérico
aponta a morte do seu pai por asfixia e não em decorrência de tiros recebidos, concluindo a
Polícia que Antônio foi enterrado ainda vivo, sem o conhecimento do autor do delito. Nesse
caso, Cabral será responsabilizado por
a) homicídio consumado em concurso com ocultação.
b) homicídio consumado.
c) homicídio tentado.
d) ocultação de cadáver.
195.George, professor de anatomia de um curso de medicina, golpeou mortalmente um
corpo humano vivo, trazido ao anfiteatro da faculdade, supondo tratar-se de um cadáver.
Nessa situação, George
a) não responderá pelo crime de homicídio doloso, em face do erro de proibição.
b) não responderá pelo crime de homicídio doloso, em face do erro de tipo.
c) deve ser responsabilizado pelo crime de homicídio doloso eventual.
d) não responderá pelo crime de homicídio doloso, em razão da ineficácia absoluta do meio.

196. Assinale a alternativa correta no que tange aos crimes contra a pessoa e a dignidade
sexual previstos no Código Penal.
a) O homicídio será qualificado se for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
b) Constranger um homem, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que
com ele se pratique outro ato libidinoso diverso da conjunção carnal, caracteriza o crime de
atentado violento ao pudor e não de estupro.
c) Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes
ao exercício de emprego, cargo ou função, caracteriza o crime de assédio sexual.
d) Se o agente comete o crime de homicídio impelido por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, independentemente de injusta provocação da
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
e) Não se caracteriza o crime de aborto provocado por terceiro aquele praticado pelo médico,
se a gravidez resulta de estupro, ainda que sem o consentimento da gestante capaz.
197. Em relação aos crimes dolosos e culposos, é correto afirmar:
a) a culpa estará caracterizada se o agente previu o resultado e assumiu o risco de produzi-lo.
b) o dolo estará caracterizado quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-
lo.
c) a culpa consciente estará caracterizada quando o agente assumiu o risco de produzir o
resultado do crime.
d) o dolo estará caracterizado se o agente previu o resultado, mas não assumiu o risco de
produzi-lo.
e) com fundamento na parte geral do Código Penal, o agente será responsabilizado pela
prática de crime culposo se praticar uma conduta prevista na lei como crime doloso, mas
tenha agido com imprudência, imperícia ou negligência, independentemente da previsão legal
do crime na modalidade culposa.

291. Orfeu, maior de idade e devidamente habilitado, voltava de viagem de férias na


direção de seu automóvel, tendo em sua companhia sua esposa e três filhos menores.
Durante o percurso, envolveu-se em acidente de trânsito, no qual Orfeu foi considerado
culpado, e sua família que estava no automóvel veio a falecer em decorrência do sinistro
causado por negligência de Orfeu.
Tendo em vista os fatos narrados e considerando o que dispõe o código Penal, é correto
afirmar que
a) Orfeu não responderá por qualquer crime, uma vez que a morte de seus familiares decorreu
de um mero acidente de trânsito.
b) Orfeu deverá ser imediatamente preso em razão de ter cometido o crime de homicídio
triplamente qualificado.
c) o juiz poderá deixar de aplicar a pena a Orfeu, pois as consequências da infração já o
atingiram de forma tão grave que a pena se tornou desnecessária.
d) por se tratar de morte de familiares, Orfeu terá direito à redução da pena ao responder pelo
crime de homicídio simples.
e) Orfeu não deverá ser responsabilizado pelo falecimento de seus familiares, pois o acidente
de trânsito ocorreu por simples negligência, a qual afasta a caracterização do crime.

292. No crime de lesão corporal culposa, a pena é aumentada quando


a) o agente quer deliberadamente atingir a vítima e causar-lhe ferimento.
b) o agente comete o crime sob o domínio de violenta emoção.
c) o agente comete o crime por motivo torpe.
d) o agente foge para evitar prisão em flagrante.
e) a vítima estava indefesa.

290. Apolo conduzia seu automóvel por uma via pública quando seu veículo veio a ser
“fechado” bruscamente pelo automóvel conduzido por Dafne. Em seguida, Apolo, muito
nervoso por conta da “fechada” que levou, passou a perseguir Dafne com seu automóvel
para “tirar satisfação” pelo ocorrido. Ao alcançar o veículo de Dafne, esta xingou Apolo com
alguns “palavrões”. Ato contínuo, Apolo, que estava armado com um revólver, para o qual
tinha a devida licença de porte de arma, disparou cinco tiros em Dafne, causando-lhe a sua
morte instantânea. Com base nos dados expostos, é correto afirmar que Apolo
a) deverá responder pelo crime de lesão corporal seguida de morte.
b) deverá responder pelo crime de homicídio qualificado por ter sido cometido por motivo
torpe.
c) cometeu o crime de homicídio simples, mas não sofrerá pena em razão de ter reagido a uma
injusta provocação da vítima.
d) cometeu o crime de homicídio, mas terá diminuída sua pena em razão de ter porte de arma
e de ter agido em legítima defesa da honra.
e) deverá responder pelo crime de homicídio qualificado por ter sido cometido por motivo
fútil.

288. No tocante aos crimes dolosos e culposos, assinale a alternativa correta.


a) Em tese, o homicídio culposo traz como consequência uma pena mais grave se comparada à
pena do homicídio doloso.
b) A negligência e a imperícia estão diretamente relacionadas ao crime culposo.
c) Todo e qualquer crime de trânsito que venha a causar a morte de alguém é considerado
doloso.
d) No crime doloso, a lei não pune a simples tentativa de cometê-lo, enquanto que, no
culposo, a tentativa é punida pela lei.
e) O crime culposo caracteriza-se quando uma pessoa possui a vontade e a consciência de
cometer um crime.

286. Assinale a alternativa que contém o crime que tem expressa causa de aumento de pena
se praticado por motivo egoístico.
a) Homicídio culposo.
b) Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento.
c) Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio.
d) Aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante.
e) Infanticídio.
283. O crime de lesão corporal seguida de morte caracteriza-se quando
a) da ação culposa de lesão advém o resultado morte.
b) da conduta resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado,
nem assumiu o risco de produzi-lo.
c) a vítima ou seu precário estado de saúde contribuem para o resultado morte, que era
desejado pelo agente.
d) o agente assumiu o risco de produzir o resultado mais grave, embora não o desejasse.
e) o agente, num primeiro momento, deseja lesionar, mas num segundo momento passa a agir
para obter o resultado morte.

262. São crimes contra a vida, de acordo com o Código Penal:


a) induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, aborto e infanticídio.
b) homicídio, aborto e abuso de incapazes.
c) lesão corporal, aborto e infanticídio.
d) abuso de incapazes, aborto, infanticídio.
e) homicídio, lesão corporal e aborto.

263. Assinale a alternativa que apresenta apenas crimes que admitem a modalidade culposa.
a) Lesão corporal, peculato e homicídio.
b) Homicídio, lesão corporal e aborto.
c) Lesão corporal, aborto e infanticídio.
d) Homicídio, dano e peculato.
e) Dano, peculato e aborto.

264. Assinale a alternativa que, de forma mais completa, representa os elementos legais do
conceito de estado de necessidade.
a) Perigo iminente, salvar direito próprio, dever legal de salvar do perigo.
b) Perigo iminente, salvar direito alheio, inexistência do dever legal de salvar do perigo.
c) Perigo atual, salvar direito próprio ou alheio, inexistência do dever legal de enfrentar o
perigo.
d) Perigo futuro, salvar direito próprio ou alheio, dever legal de salvar do perigo.
e) Perigo atual, salvar direito próprio, inexistência do dever legal de salvar do perigo.

259. Assinale a alternativa correta.


a) O médico que pratica manobra abortiva, desconhecem- do que o feto já está morto,
responderá por tentativa de aborto criminoso.
b) O crime de violação de direito autoral não admite ação penal pública incondicionada.
c) Incorrerá nas mesmas penas do crime de moeda falsa quem desviar e fizer circular moeda
cuja circulação não estava ainda autorizada.
d) Para a tipificação do crime de quadrilha ou bando, há necessidade de associação, estável ou
momentânea, de pelo menos quatro pessoas com o fim de cometer crime ou contravenção.
e) Os crimes de incêndio e explosão não admitem modalidade culposa

260. (CESPE) Analise as assertivas abaixo acerca do crime de homicídio previsto no Código
Penal.
I. Se o agente comete o crime de homicídio impelido por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima,
o juiz pode aumentar a pena.
II. Motivo fútil, traição, emboscada, emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum, são qualificadoras do
crime de homicídio.
III. Se o crime de homicídio for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de
serviço de segurança, ou por grupo de extermínio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a
metade.
IV. Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal
se torne desnecessária.
Estão CORRETAS as assertivas:
a) II, III e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I e III, apenas.

261. (CESPE) Álvaro e Samuel assaltaram um banco utilizando arma de fogo. Sem ter ferido
ninguém, Álvaro conseguiu fugir. Samuel, nervoso por ter ficado para trás, atirou para cima e
acabou atingindo uma cliente, que faleceu. Dias depois, enquanto caminhava sozinho pela rua,
Álvaro encontrou um dos funcionários do banco e, tendo sido por ele reconhecido como um
dos assaltantes, matou-o e escondeu seu corpo. Acerca dessa situação hipotética, assinale a
opção correta.
a) Álvaro cometeu os crimes de roubo qualificado e homicídio simples.
b) Samuel cometeu os crimes de roubo simples e homicídio culposo.
c) Álvaro cometeu os crimes de roubo e homicídio qualificados.
d) Álvaro cometeu o crime de homicídio qualificado e será responsabilizado pelo
resultado morte ocorrido durante o roubo.
e) Álvaro e Samuel cometeram o crime de roubo qualificado pelo resultado morte.

262. Considere que João e José se agrediram mutuamente e que as lesões recíprocas não são
graves. Nesta hipótese, o art. 129, § 5.º do CP prescreve que ambos podem:
a) ser beneficiados com a exclusão da ilicitude
b) ser beneficiados com o perdão judicial.
c) ter as penas de reclusão substituídas por prisão simples.
d) ser beneficiados com a exclusão da culpabilidade.
e) ter as penas de detenção substituídas por multa.

263. “X” é negro e jogador de futebol profissional. Durante uma partida é chamado pelos
torcedores do time adversário de macaco e lhe são atiradas bananas no meio do gramado.
Caso sejam identificados os torcedores, é correto afirmar que, em tese,
a) responderão pelo crime de preconceito de raça ou de cor, nos termos da Lei n.º 7.716/89.
b) responderão pelo crime de racismo, nos termos da Lei n.º 7.716/89.
c) responderão pelo crime de difamação, nos termos do art. 139 do Código Penal, entretanto,
com o aumento de pena previsto na Lei n.º 7.716/89.
d) não responderão por crime algum, tendo em vista que esse tipo de rivalidade entre as
torcidas é própria dos jogos de futebol, restando apenas a punição na esfera administrativa.
e) responderão pelo crime de injúria racial, nos termos do art. 140, § 3.º do Código Penal.

264. Determinado sujeito, que acabara de se desiludir amorosamente, decide matar sua até
então namorada. Toma emprestado o automóvel de seu vizinho e, durante o trajeto, por
descuido, abalroa gravemente um outro veículo, causando sério prejuízo material. Mas,
faltando-lhe coragem para consumar o homicídio, estaciona próximo a um bar, às portas da
casa de sua ex-namorada e intencionalmente se embriaga, a fim de ganhar valentia para
executar seu plano. Abandona o veículo, vai a pé até a casa da ex-namorada e, mediante
asfixia, tira-lhe a vida. À luz do Direito Penal, o sujeito cometeu
a) dano e homicídio duplamente majorado, pela embriaguez dolosa e asfixia.
b) homicídio qualificado pela asfixia.
c) homicídio qualificado pela asfixia e agravado pela embriaguez pré-ordenada.
d) dano e homicídio qualificado pela asfixia, em concurso material.

265. Sobre os crimes contra a honra, assinale a alternativa correta.


a) Os crimes de calúnia e difamação admitem retratação, quando, antes da sentença penal
condenatória irrecorrível o querelado (réu) se retrata cabalmente, assumindo seu ato como um
equívoco que deve ser reparado.
b) Nos crimes contra a honra, a retratação isenta de pena desde que seja total, isto é, deve
abranger todas as afirmações.
c) Nos crimes contra a honra, a retratação beneficia o agente que se retrata e estende-se ao
terceiro que se recusou a se retratar.
d) A injúria será qualificada quando a ação for praticada por meio da utilização de elementos
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, orientação sexual ou a condição de pessoa idosa
ou portadora de deficiência.
e) As penas dos crimes contra a honra são aumentadas de dois terços se forem cometidas
contra funcionário público, em razão de suas funções.

266. A, perante várias pessoas, afirmou falsamente que B, funcionário público aposentado,
explorava a atividade ilícita do jogo do bicho, quando exercia as funções públicas.
Ante a imputação falsa, é correto afirmar que A cometeu o crime de
a) difamação, não se admitindo a exceção da verdade.
b) calúnia, admitindo-se a exceção da verdade.
c) calúnia, não se admitindo a exceção da verdade.
d) difamação, admitindo-se a exceção da verdade.

267. A respeito dos crimes contra a honra, insculpidos no Código Penal, assinale a alternativa
correta.
a) Configura o crime de injúria imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação.
b) Configura o crime de calúnia imputar a alguém falsa- mente fato definido como crime.
c) Configura o crime de difamação ofender a dignidade ou o decoro de alguém.
d) A calúnia somente admite a exceção da verdade em caso de o ofendido ser funcionário
público, em exercício de suas funções.
e) A calúnia contra os mortos não é punível.

268. Márcio e Rodrigo, vizinhos, divulgaram comunicado no condomínio onde residem, em


que narram que a síndica, Tatiana, apropriou-se de valores em detrimento dos condôminos.
Estão sendo processados por Tatiana, em ação penal privada, pelo crime de calúnia. No
curso do processo e antes da sentença de primeiro grau, Márcio e Tatiana ficam noivos.
Diante da notícia desse fato no processo, trazida pelo Ministério Público, o Juiz deve
considerar que
a) o fato comunicado não traz qualquer consequência à punibilidade dos querelados e deve
dar seguimento ao processo.
b) Márcio foi perdoado, estendendo tal benesse a Rodrigo, e deve intimá-los para que aceitem
ou não o perdão.
c) Márcio foi perdoado, extinguindo imediatamente sua punibilidade e deve intimar Rodrigo
para que aceite ou não o perdão.
d) Márcio foi perdoado, estendendo tal benesse a Rodrigo, e deve, imediatamente, extinguir a
punibilidade de ambos.

269. Sobre os crimes contra a vida, assinale a alternativa correta.


a) Homicídio cometido em atuação de milícia é qualificado.
b) A premeditação é qualificadora do crime de homicídio.
c) No homicídio mercenário, qualificado pela paga ou promessa recompensa, esta deve ter
natureza econômica, não podendo, por exemplo, ser oferecimento de relações sexuais.
d) O Superior Tribunal de Justiça entende que não é possível a existência de homicídio
qualificado privilegiado.
e) Recentemente, o STF entendeu que também constitui crime de aborto a interrupção da
gravidez de feto anencéfalo, porque esta conduta é fato atípico.

270. “X” estaciona seu automóvel regularmente em uma via pública com o objetivo de
deixar seu filho, “Z”, na pré-escola, entretanto, ao descer do veículo para abrir a porta para
“Z”, não percebe que, durante esse instante, a criança havia soltado o freio de mão, o
suficiente para que o veículo se deslocasse e derrubasse um idoso, que vem a falecer em
razão do traumatismo craniano causado pela queda. Em tese, “X”
a) responderá pelo crime de homicídio culposo com pena mais severa do que a estabelecida
no Código Penal, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro.
b) responderá pelo crime de homicídio culposo, entretanto, a ele poderá ser aplicado o perdão
judicial.
c) não responde por crime algum, uma vez que não agiu com dolo ou culpa.
d) responderá pelo crime de homicídio doloso por dolo eventual.
e) responderá pelo crime de homicídio culposo em razão de sua negligência.

271. A conduta de induzir, instigar ou auxiliar outra pessoa a suicidar-se, que tem como
resultado lesão corporal de natureza leve,
a) tem pena duplicada se cometida por motivo egoístico.
b) tem pena agravada se a vítima tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de
resistência.
c) não é prevista como crime.
d) tem pena aumentada se a vítima for menor de idade.
e) é punida com pena de 1 (um) a 3 (três) anos.

272. Imagine que João e Pedro, ambos enfermeiros, são desafetos de longa data. Em
determinado dia em que João estava concentrado, aplicando uma injeção em um paciente
de nome José, Pedro aproxima-se sorrateiramente e desfere facada contra João, com o fim
de provocar lesão. Posteriormente, descobre-se que João, no momento em que recebeu o
golpe desferido por Pedro, estava inoculando em José poderoso veneno, intencionalmente,
a fim de matá-lo – posto que fora “contratado” por familiares de José para tirar-lhe a vida. A
ação criminosa de João foi interrompida pelo golpe de Pedro. Em suma: sem saber que José
estava a sofrer atentado contra a vida, Pedro acabou salvando-o e, ao mesmo tempo,
executou seu plano de ofender a integridade física de João, que sofreu lesão leve. Diante
dessa hipótese, é correto afirmar que
a) à luz estritamente do quanto determina o texto do CP, não se exige prévia ciência da
situação de risco do direito para que se considere a ação de Pedro praticada em legítima
defesa, com o que ficaria afastada a ilicitude de sua conduta.
b) Pedro atuou circunstanciado por erro acerca de causa de justificação, em defesa putativa de
bem jurídico de terceiro, com o que deve ser aplicada a pena do crime culposo de lesão
corporal.
c) a doutrina historicamente divergiu acerca da necessidade do animus defendendo na
legítima defesa, mas hoje a questão está pacificada, no sentido de se exigi-lo, com o que a
ação de Pedro estaria acobertada pela legítima defesa.
d) a corrente doutrinária que defende a desnecessidade de animus defendendo para a
caracterização da legítima defesa foi expressamente adotada pelo texto que reformou a parte
Geral do CP em 1984, com o que é considerada ilícita a conduta de Pedro.

273. “A”, querendo causar a morte de “B”, descarrega contra este sua arma de fogo,
atingindo-o por seis disparos. “B”, socorrido por populares e levado ao pronto-socorro, é
submetido à cirurgia de emergência e sobrevive.
Diante do exposto, “A” poderá responder pelo crime de:
a) homicídio culposo tentado, pois “B” somente não morreu por circunstâncias alheias à
vontade de “A”.
b) lesão corporal dolosa, uma vez que “B”, apesar de ser atingido, não morreu.
c) lesão corporal dolosa e homicídio doloso tentado, pois “B” somente não morreu por
circunstâncias alheias à vontade de “A”.
d) homicídio doloso consumado, pois “B” somente não morreu por circunstâncias alheias à
vontade de “A”.
e) homicídio doloso tentado, pois “B” somente não mor­reu por circunstâncias alheias à
vontade de “A”.

274. “A”, querendo causar a morte de “B”, descarrega contra este sua arma de fogo,
atingindo-o por seis disparos. “B”, socorrido por populares e levado ao pronto-socorro, é
submetido à cirurgia de emergência e sobrevive. Das alternativas a seguir, assinale a correta,
acrescentando ao texto dado a seguinte informação: ao perceber que “A” estava atirando
em sua direção, “B”, mesmo lesionado pelos disparos, sacou de sua arma e repeliu a
agressão, atingindo mortalmente o agressor.
a) “B” não praticou crime, pois agiu em legítima defesa.
b) “B” praticou homicídio culposo, em razão de estar no estrito cumprimento do dever legal.
c) “B” praticou homicídio culposo, em razão de estar em legítima defesa.
d) “B” não praticou crime, pois agiu no exercício regular de direito.
e) “B” não praticou crime, pois agiu no estrito cumpri-mento do dever legal

275. Condutor dirige seu veículo e vê seu maior desafeto atravessando a rua na faixa de
pedestres. Estando próximo à faixa, o condutor, consciente, deliberada e intencionalmente,
acelera seu veículo e o coloca na direção de seu desafeto, acabando por atropelá-lo e matá-
lo. De acordo com o Código Penal, o crime cometido deve ser considerado
a) culposo porque o agente deu causa ao resultado por imperícia.
b) doloso porque o agente não atentou para a faixa de pedestres.
c) doloso porque o agente tinha intenção de matar seu desafeto.
d) culposo porque o agente deu causa ao resultado por negligência.
e) culposo porque o agente deu causa ao resultado por imprudência.

276. Mauro e seu pai, Dario, são inimigos capitais. Em uma deter minada noite, Mauro
percebeu Dario desatento no interior de um bar e decidiu tirar-lhe a vida. Para tanto, contra
ele disparou duas vezes sua pistola. Os dois disparos passaram próximo a Dario, sem atingi-
lo, e acabaram por se alojar na cabeça de Marta, que faleceu imediatamente. É correto
afirmar que Mauro responderá criminalmente por
a) tentativa de homicídio doloso, com agravante, em concurso formal com homicídio doloso
consumado e simples (ocorreu aberratio delicti).
b) homicídio doloso consumado com causa de aumento de pena (ocorreu aberratio ictus).
c) homicídio doloso consumado com agravante (ocorreu aberratio ictus).
d) homicídio doloso consumado com agravante (ocorreu aberratio criminis).

277. Caio, decidido a matar Denise, para a casa dela se dirigiu portando seu revólver
devidamente municiado com seis projéteis. Chegando ao local, tocou a campainha e, assim
que Denise abriu a porta, contra ela disparou um tiro, que a atingiu no ombro esquerdo. Ao
ver Denise caída, Caio optou por não fazer mais disparos, guardou seu revólver e se retirou
do local. Denise foi socorrida por terceiros e sobreviveu, ficando, porém, com pouca
mobilidade em seu braço esquerdo. Diante do exposto, é correto afirmar que Caio
responderá criminalmente por
a) lesão corporal de natureza grave (houve desistência voluntária).
b) tentativa de homicídio.
c) lesão corporal de natureza grave (houve arrependimento posterior).
d) lesão corporal de natureza gravíssima (houve arrependimento eficaz).

278. Médico devidamente contratado pela Administração Pública e que está lotado em
hospital público exige de familiar de paciente do Sistema Único de Saúde o pagamento de
um valor indevido para a realização de uma cirurgia imprescindível. O familiar finge
aquiescer com a exigência, mas ao sair do hospital aciona a autoridade policial e não efetua
qualquer pagamento. Nesse caso, considerando as previsões do Código Penal, houve crime
a) tentado, pois não houve o pagamento, circunstância alheia à vontade do médico.
b) culposo, porque o agente deu causa ao resultado por imprudência.
c) impossível, por ineficácia absoluta do meio, já que a polícia foi acionada.
d) tentado, pela superveniência de causa relativamente independente.
e) consumado, pois o crime reuniu todos os elementos de sua definição legal

279. Artaxerxes cometeu o crime de homicídio contra Valenciano. Apurou-se que Artaxerxes
cometeu o crime sob o domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação de
Valenciano. Nessa hipótese, pelo que dispõe o Código Penal e desconsiderando outros
eventuais fatores, é correto afirmar que
a) Artaxerxes deverá responder pelo crime de homicídio qualificado.
b) o juiz poderá reduzir a pena de Artaxerxes.
c) Artaxerxes poderá ter a sua pena aumentada pelo juiz.
d) o juiz deverá aplicar a pena de homicídio simples, sem qualquer redução ou aumento de
pena.
e) o juiz deverá deixar de aplicar a pena, nesse caso, em razão de Valenciano ter provocado
Artaxerxes injustamente.
280. “X” recebe recomendação médica para ficar de repouso, caso contrário, poderia sofrer
um aborto. Ocorre que “X” precisa trabalhar e não consegue fazer o repouso desejado e, por
essa razão, acaba expelindo o feto, que não sobrevive.
Em tese, “X”
a) não praticou crime algum.
b) praticou o crime de aborto doloso.
c) praticou o crime de aborto culposo.
d) praticou o crime de lesão corporal qualificada pela aceleração do parto.
e) praticou o crime de desobediência.

281. Fulano é portador de doença venérea contagiosa e, mesmo sabendo disso, mantém
relação sexual com Ciclana. Essa conduta de Fulano, de acordo com o que dispõe o Código
Penal,
a) será considerada crime independentemente se Fulano tinha ou não a intenção de transmitir
a doença para Ciclana.
b) não é considerada crime.
c) é considerada como crime de abuso sexual.
d) será considerada como crime somente se a doença foi realmente transmitida para Ciclana,
comprovada por laudo pericial.
e) será considerada crime apenas se Fulano tinha a intenção de transmitir a doença para
Ciclana.
282. (CESPE) David, em dia de sol, levou sua filha, Vivi, de 03 anos, para a piscina do clube.
Enquanto a filha brincava na piscina infantil, David precisou ir ao banheiro, solicitando,
então, que sua amiga Carla, que estava no local, ficasse atenta para que nada de mal
ocorresse com Vivi. Carla se comprometeu a cuidar da filha de David. Naquele momento,
Vitor assumiu o posto de salva-vidas da piscina. Carla, que sempre fora apaixonada por
Vitor, começou a conversar com ele e ambos ficam de costas para a piscina, não atentando
para as crianças que lá estavam. Vivi começa a brincar com o filtro da piscina e acaba
sofrendo uma sucção que a deixa embaixo da água por tempo suficiente para causar seu
afogamento. David vê quando o ato acontece através de pequena janela no banheiro do
local, mas o fecho da porta fica emperrado e ele não consegue sair. Vitor e Carla não veem o
ato de afogamento da criança porque estavam de costas para a piscina conversando. Diante
do resultado morte, David, Carla e Vitor ficam preocupados com sua responsabilização penal
e procuram um advogado, esclarecendo que nenhum deles adotou comportamento positivo
para gerar o resultado. Considerando as informações narradas, o advogado deverá
esclarecer que:

a) Carla e Vitor, apenas, poderão responder por homicídio culposo, já que podiam atuar e
possuíam obrigação de agir na situação.
b) David, apenas, poderá responder por homicídio culposo, já que era o único com dever
legal de agir por ser pai da criança.
c) David, Carla, Vitor poderão responder por homicídio culposo, já que os três tinham o
dever de agir.
d) Vitor, apenas, poderá responder pelo crime de omissão de socorro.

283. (CESPE) Maria e Mariana, ambas nascidas com genitais femininos, auto identificadas e
socialmente reconhecidas como mulheres, convivem em união estável e monogâmica.
Ocorre que Maria, às escondidas, passa a manter relações sexuais com José. Mariana flagra
Maria em ato sexual com José e, nesse contexto, Maria provoca injustamente Mariana,
dizendo a José, em tom de escárnio, que Mariana é “xucra, burra e ruim de cama”, e que,
além disso, Mariana “gosta de ser traída e não tomará qualquer atitude, por ser covarde e
medrosa”. Embora nunca tenha praticado ato de violência doméstica, Mariana é tomada por
violenta emoção e dispara projétil de arma de fogo contra a cabeça de Maria, que morre
imediatamente.

É correto afirmar que Mariana praticou

a) ato típico, mas amparado por causa excludente de ilicitude.


b) homicídio qualificado, por meio insidioso.
c) feminicídio.
d) homicídio privilegiado.
e) homicídio qualificado, por motivo torpe.

284. (CESPE) Determinado sujeito, que acabara de se desiludir amorosamente, decide matar
sua até então namorada. Toma emprestado o automóvel de seu vizinho e, durante o trajeto,
por descuido, abalroa gravemente um outro veículo, causando sério prejuízo material. Mas,
faltando-lhe coragem para consumar o homicídio, estaciona próximo a um bar, às portas da
casa de sua ex-namorada e intencionalmente se embriaga, a fim de ganhar valentia para
executar seu plano. Abandona o veículo, vai a pé até a casa da ex-namorada e, mediante
asfixia, tira-lhe a vida. À luz do Direito Penal, o sujeito cometeu
a) dano e homicídio duplamente majorado, pela embriaguez dolosa e asfixia.
b) homicídio qualificado pela asfixia.
c) homicídio qualificado pela asfixia e agravado pela embriaguez pré-ordenada.
d) dano e homicídio qualificado pela asfixia, em concurso material.

285. (CESPE) O crime de homicídio, art. 121 do Código Penal, é classificado doutrinariamente
como um crime
a) de dano, material e instantâneo de efeitos permanentes.
b) vago, permanente e multitudinário.
c) próprio, de perigo e exaurido.
d) comum, forma livre e concurso necessário de agentes.
e) de mão própria, habitual e de forma vinculada

286. (CESPE) Artur, Romualdo e José decidiram roubar um banco onde sabiam haver
vigilantes armados e treinados para garantir a segurança. Com um revólver, Artur rendeu um
deles e lhe tomou a pistola, enquanto seus parceiros, também com revólveres, ameaçaram
os demais circunstantes e ordenaram aos caixas que juntassem o dinheiro e colocassem-no
dentro de sacolas. Consumada a ação, eles correram para onde haviam deixado o carro de
fuga, mas não conseguiram chegar até ele em virtude da chegada da polícia. Fingindo-se um
cidadão comum, Artur conseguiu obter carona em um caminhão de entregas, livrando-se da
iminente prisão em flagrante. Enquanto isso, Romualdo e José abordaram um motorista que
estacionava seu carro e lhe tomaram as chaves do veículo. A vítima tentou reagir e foi
abatida por dois disparos feitos por José, tendo morrido no local. Os ladrões fugiram com o
automóvel, mas foram perseguidos e presos ao fim da perseguição. Horas depois, Artur
também foi preso, e em seu poder foi apreendida a pistola tomada do vigilante do banco.
Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir de acordo com a legislação e a
jurisprudência dos tribunais superiores.
I Configurou-se o concurso material de roubo circunstanciado e de homicídio qualificado.
II Artur não tem nenhuma responsabilidade pela morte do motorista, visto que nem mesmo
estava no local onde ocorreu o fato.
III Há crime único, de latrocínio, porque o resultado morte aconteceu como desdobramento
causal da ação principal e era previsível para todos os partícipes.
IV Artur, assim como Romualdo e José, responderá por latrocínio, e sua pena não poderá ser
reduzida sob o argumento de participação menos importante.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

287. (CESPE) Mário, engenheiro civil responsável técnico pela construção da obra de um
viaduto, elaborou o projeto sem as cautelas necessárias e permitiu a continuidade de sua
execução de forma falha, mesmo após alertado de sua instabilidade, propiciando o
desabamento da estrutura em construção e a morte de um trabalhador. A imperícia de
Mário foi constatada por laudo pericial conclusivo. No curso de ação penal, restaram
comprovadas a materialidade e autoria delitivas. No caso em tela, Mário cometeu:
a) ato ilícito civil e não criminal, pois o engenheiro não agiu com dolo e vontade de matar o
trabalhador, razão pela qual deve responder na seara da indenização por danos morais;
b) ato ilícito civil e não criminal, pois aplica-se a compensação da culpa do trabalhador, que
também tinha a obrigação de não executar obra com vícios técnicos;
c) homicídio culposo, pois o engenheiro agiu com imperícia, inobservando regra técnica de
profissão;
d) homicídio doloso, pois o engenheiro não agiu com a necessária perícia que era esperada;
e) crime de dano, excluído o homicídio porque não houve intenção de matar alguém.

288. (CESPE) Pedro, José e Alfredo integram uma organização criminosa que opera com
tráfico de drogas e comete vários crimes na periferia de uma grande cidade brasileira. José
ocupa uma posição mais alta na organização, sendo responsável por punir quem não
correspondesse às expectativas do grupo. Certo dia, tendo Alfredo falhado na cobrança de
uma dívida do tráfico, José, com a ajuda de Pedro, deu-lhe uma surra. Com o objetivo de se
vingar de ambos, Alfredo armou um plano para acabar com a vida de José e atribuir a
responsabilidade a Pedro. Assim, durante um tiroteio entre integrantes da organização
criminosa e policiais, Alfredo, apontando na direção de José, que estava atrás de um
arbusto, orientou Pedro a atirar nele, sob a alegação de que se tratava de um policial. O tiro
atingiu José e Alfredo fugiu. Tendo percebido o erro, Pedro levou José ao hospital, o que
evitou sua morte. Considerando que, conforme o Código Penal, o crime de homicídio
consiste em matar alguém e o crime de lesão corporal em ofender a integridade corporal ou
a saúde de outrem, assinale a opção correta a respeito da responsabilização de Alfredo e
Pedro na situação hipotética apresentada.
a) Pedro não será responsabilizado pela prática de crime, em razão do erro sobre pessoa, e
Alfredo responderá por tentativa de homicídio.
b) Alfredo será responsabilizado por tentativa de homicídio e Pedro por lesão corporal.
c) Nem Alfredo nem Pedro serão responsabilizados pela prática de crime, já que Pedro
impediu a morte de José.
d) Tanto Pedro quanto Alfredo responderão por tentativa de homicídio.
e) Pedro não será responsabilizado pela prática de crime, por estar configurada discriminante
putativa, e Alfredo responderá por lesão corporal.

289. Manoel, dirigindo seu veículo, por distração, atropela a estudante universitária Cristine de
18 anos. Percebendo que não haviam testemunhas, evade-se do local, sem prestar socorro,
para fugir da prisão em flagrante delito. Cristine morre. Manoel estará sujeito às penas do
crime de homicídio
a) doloso, com o aumento da pena em 1/3.
b) culposo, com o aumento da pena em 2/3.
c) culposo, com o aumento da pena em 1/3.
d) doloso, com o aumento da pena em 2/3.
e) culposo, com o aumento da pena em dobro em face da fuga do local.

290. Paulo tinha inveja da prosperidade de Gustavo e, certo dia, resolveu quebrar o carro
que este último havia acabado de comprar. Para tanto, assim que Gustavo estacionou o
veículo e dele saiu, Paulo, munido de uma barra de ferro, foi correndo em direção ao bem
para danificá-lo. Ao ver a cena, Gustavo colocou-se à frente do carro e acabou sendo
atingido por um golpe da barra de ferro, vindo a falecer em decorrência de traumatismo
craniano derivado da pancada. Sabe-se que Paulo não tinha a intenção de matar Gustavo e
que este somente recebeu o golpe porque se colocou à frente do carro quando Paulo já
estava com a barra de ferro no ar, em rápido movimento para atingir o veículo, que ficou
intacto. Com base no caso relatado, assinale a afirmativa correta.
a) Paulo responderá por tentativa de dano em concurso formal com homicídio culposo.
b) Paulo responderá por homicídio doloso, tendo agido com dolo eventual.
c) Paulo responderá por homicídio culposo.
d) Paulo responderá por tentativa de dano em concurso material com homicídio culposo.

291. (FUNDATEC) Analise a situação hipotética a seguir:


Crakeison, imputável, sem mais dinheiro para custear o vício em drogas, planejou assaltar
transeuntes, em via pública. Pondo em prática seu plano criminoso, abordou as vítimas
Suzineide, 21 anos, grávida de 08 meses, e Romualdo, marido dela, assim que saíram de um
estabelecimento comercial. Apontando para as vítimas um revólver calibre 38, Crakeison
ordenou que Romualdo lhe entregasse um aparelho celular, que levava em uma das mãos.
Suzineide, assustada, gritou. Diante disso, Crakeison efetuou um disparo contra Suzineide,
atingindo o abdômen da grávida. Em um ato contínuo, Romualdo conseguiu imobilizar o
criminoso, retirando a arma de fogo das mãos dele. Imobilizado, Crakeison foi preso em
seguida, não logrando êxito, portanto, na subtração do aparelho celular pretendido.
Suzineide foi socorrida, porém, em decorrência das lesões sofridas, ela e o bebê morreram
antes de chegarem ao hospital da cidade. Assinale a alternativa que melhor ilustra o
enquadramento legal a ser conferido a Crakeison pelo Delegado de Polícia com atribuição
para a apreciação do caso, com base no entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal
Federal.
a) Latrocínio consumado, agravado pelo fato de ter sido praticado contra mulher grávida.
b) Latrocínio tentado, agravado pelo fato de ter sido praticado contra mulher grávida.
c) Latrocínio consumado, majorado pelo emprego de arma e agravado pelo fato de ter sido
praticado contra mulher grávida.
d) Homicídio doloso contra Suzineide, qualificado por motivo torpe, bem como homicídio
culposo contra o feto e roubo tentado contra Romualdo, majorado pelo emprego de arma.
e) Homicídio doloso contra Suzineide, qualificado por motivo torpe, agravado pelo fato de ter
sido praticado contra mulher grávida, homicídio doloso contra o feto e roubo majorado por
emprego de arma contra Romualdo.

292. (MPESP) A condenação por homicídio privilegiado qualificado é possível na hipótese em


que
a) o crime for cometido com emprego de fogo.
b) o crime for qualificado pela motivação fútil.
c) o crime for qualificado pela vingança.
d) o agente embriagado agir por motivo irrelevante.
e) a vítima atingida for pessoa diversa da que se pretendia matar por questão de ódio.

293. (CESPE) Determinado motorista, embriagado, que percorria, a 150 km/h, trecho de
movimentada via pública onde a velocidade máxima permitida era de 50 km/h, atropelou e
feriu gravemente um pedestre que circulava pela calçada. Única vítima, o pedestre faleceu
cinco dias após o acidente, em consequência das lesões sofridas com o atropelamento.
Nessa situação hipotética, o motorista deverá ser responsabilizado pelo crime de
a) lesão corporal grave.
b) lesão corporal culposa.
c) lesão corporal seguida de morte.
d) homicídio culposo.
e) homicídio doloso.

294. (VUNESP) Quanto aos crimes contra a vida, assinale a alternativa correta.
a) Suponha que A seja instigado a suicidar-se e decida pular da janela do prédio em que reside.
Ao dar cabo do plano suicida, A não morre e apenas sofre lesão corporal de natureza leve.
Pode-se afirmar que o instigador deverá responder pelo crime de tentativa de instigação ao
suicídio, previsto no art. 122 do Código Penal.
b) Considera-se qualificado o homicídio praticado contra pessoa menor de 14 anos ou maior
de 60 anos.
c) O Código Penal permite o aborto praticado pela própria gestante quando existir risco de
morte e não houver outro meio de se salvar.
d) O feminicídio é espécie de homicídio qualificado e resta configurado quando a morte da
mulher se dá em razão da condição do sexo feminino. Se o crime for presenciado por
descendente da vítima, incidirá ainda causa de aumento de pena.
e) O aborto provocado pela gestante, figura prevista no art. 124 do Código Penal, cuja pena é
de detenção de 1 (um) a 3 (três) anos, admite coautoria.

295. (VUNESP) Adalberto decidiu matar seu cunhado em face das constantes desavenças,
especialmente financeiras, pois eram sócios em uma empresa e estavam passando por
dificuldades. Preparou seu revólver e se dirigiu até a sala que dividiam na empresa. Parou de
fronte ao inimigo e apontou a arma em sua direção, mas antes de acionar o gatilho foi
impedido pela secretária que, ao ver a sombra pela porta, decidiu intervir e impedir o
disparo. Em face do ocorrido, pode-se afirmar que Adalberto poderá responder por
a) constrangimento ilegal.
b) tentativa de homicídio.
c) tentativa de lesão corporal.
d) fato atípico.
e) arrependimento eficaz.

296. (MPESP) Tício, decidido a se matar, mas sem coragem, embebeda- se completamente,
tornando-se totalmente incapaz de entendimento. Acreditando que estava na sacada de seu
apartamento, no 20o andar, Tício se joga. Contudo, ele pulou da janela do quarto do sobrado
da casa de sua irmã, onde se encontrava, passando férias. Muito embora não tenha tido
êxito no intento de por fim à própria vida, Tício, por infelicidade, caiu bem em cima da
sobrinha Mévia, de oito meses, que estava no quintal, tomando o banho de sol matinal. A
criança não resistiu aos ferimentos, e morreu. Diante da situação hipotética, considerando a
Parte Geral e Especial do Código Penal, assinale a alternativa correta.
a) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade excluída, mas
poderá ter a pena perdoada judicialmente, pelo homicídio culposo da sobrinha.
b) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade excluída.
Poderá ser judicialmente perdoado do homicídio culposo da sobrinha, mas responderá pelo
suicídio tentado.
c) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade excluída,
respondendo tanto pela tentativa de suicídio quanto pelo homicídio da sobrinha.
d) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, não terá a culpabilidade excluída,
respondendo pelo feminicídio culposo da sobrinha.
e) Tício, em razão da embriaguez completa voluntária, é isento de pena relativamente ao
crime de homicídio que deu causa.
297. (IBADE) Terêncio, em razão da condição de sexo feminino, efetua disparo de arma de
fogo contra sua esposa Efigênia, perceptivelmente grávida, todavia atingindo, por falta de
habilidade no manejo da arma, Nereu, um vizinho, que morre imediatamente.
Desconsiderando os tipos penais previstos no Estatuto do Desarmamento e levando em
conta apenas as informações contidas no enunciado, é correto afirmar que Terêncio praticou
crime(s)de:
a) homicídio culposo, feminicídio majorado, na forma tentada, e aborto, na forma tentada.
b) aborto, na forma tentada, e feminicídio majorado.
c) homicídio culposo e aborto, na forma tentada.
d) feminicídio majorado.
e) aborto, na forma tentada, e homicídio

298. (CESPE) Para recuperar parte de seu território de venda de drogas, Mauro decidiu matar
André, traficante rival. Com esse fim, Mauro entregou uma pistola de calibre .40 a Flávio, seu
parceiro no tráfico, e o aconselhou que aguardasse André em um beco, para atingi-lo sem
que os demais membros do grupo rival percebessem sua presença. Flávio se posicionou no
local indicado e, com a aproximação de André, efetuou um disparo, que atingiu Joana,
namorada de André. Na fuga, Flávio foi avistado em via pública por policiais militares (PMs)
e, durante a perseguição, atirou, com a arma de fogo, na direção dos PMs, no intuito de
atingi-los. No entanto, graças aos erros de pontaria, os tiros atingiram apenas a viatura
policial, danificando seu motor. Flávio descartou a pistola em uma lixeira e se refugiou em
uma residência, tendo sido preso pelos PMs, que o localizaram. Joana faleceu durante
atendimento hospitalar. Nessa situação hipotética,
a) Mauro deve responder pelo crime de homicídio contra André, sendo-lhe assegurada a
redução de pena correspondente ao fato de ter sido impelido por motivo de relevante valor
social: o de livrar a sociedade de um traficante de drogas, pessoa causadora de distúrbios
sociais.
b) Mauro e Flávio devem responder pelo homicídio de Joana como se o crime tivesse sido
praticado contra ela.
c) Mauro deve responder por homicídio contra André, a vítima pretendida, e Flávio, pelo
homicídio praticado contra Joana, a vítima atingida.
d) Flávio deve responder por crime de dano, em razão de ter danificado a viatura policial.
e) Mauro deve responder pelo crime de homicídio por motivo torpe e pelo uso de recurso que
dificultou a defesa da vítima.

299. (CESPE) Nilo recusou-se a pagar a Henrique uma dívida no valor de mil reais decorrente
da aquisição de drogas, razão por que Henrique deu-lhe três tiros, provocando-lhe lesões
que causaram a amputação de seu braço direito e a perda da visão de seu olho esquerdo.
Depois de vinte e cinco dias de internação, Nilo pediu a seu irmão Saulo que o colocasse
próximo ao aparelho fornecedor de oxigênio que o mantinha vivo, ocasião em que lhe disse
que não queria continuar a viver, pois sabia que, se saísse vivo do hospital, Henrique o
mataria. Saulo moveu a cama hospitalar do irmão para perto do aparelho de oxigênio e saiu
do hospital. Nilo, então, desligou o aparelho de oxigênio da fonte de energia elétrica, na
tentativa de se matar. Minutos depois, entretanto, Carlos, médico de plantão, reativou o
aparelho, a tempo de salvar a vida de Nilo, que, em razão da falta de oxigênio, sofreu
sequelas neurológicas que ocasionaram a perda da fala e do controle de movimentos. Com
base na situação hipotética acima, assinale a opção correta à luz do Código Penal (CP).
a) Ao cobrar a dívida de Nilo usando de violência, Henrique cometeu tanto crime de homicídio
tentado como de exercício arbitrário das próprias razões.
b) Saulo cometeu crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio na forma consumada,
ainda que sua ação não tenha causado a morte de Nilo.
c) Tendo deixado de tomar os cuidados necessários à manutenção da vida de Nilo, o que
caracteriza negligência, o médico responsável por seu tratamento cometeu crime de homicídio
culposo na modalidade tentada.
d) Henrique cometeu crime de lesão corporal gravíssima, uma vez que sua ação provocou a
perda de membro e função de Nilo.
e) Saulo cometeu crime de homicídio tentado.

300. (CESPE) Getúlio, a fim de auferir o seguro de vida do qual era beneficiário, induziu Maria
a cometer suicídio, e, ainda, emprestou-lhe um revólver para que consumasse o crime.
Maria efetuou um disparo, com a arma de fogo emprestada, na região abdominal, mas não
faleceu, tendo sofrido lesão corporal de natureza grave. Em relação a essa situação
hipotética, assinale a opção correta.
a) Como o suicídio não se consumou, a conduta praticada por Getúlio é considerada atípica.
b) Apesar de a conduta praticada por Getúlio ser típica, pois configura induzimento, instigação
ou auxílio ao suicídio, ele é isento de pena, porque Maria não faleceu.
c) Getúlio deve responder por crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, por uma
única vez, com pena duplicada pela prática do crime por motivo egoístico.
d) Getúlio deve responder por crime de lesão corporal grave.
e) Por ter induzido e auxiliado Maria a praticar suicídio, Getúlio deve responder por crime de
induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, por duas vezes em continuidade delitiva, com
pena duplicada pela prática do crime por motivo egoístico.

301. (IBFC) Todos os enunciados abaixo correspondem a causas que aumentam a pena de
um terço à metade do crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, exceto:
a) Não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
b) Transitar em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquenta
quilômetros por hora).
c) Praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada.
d) Deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente.
e) Praticá-lo no exercício de profissão ou atividade de condutor de veículo de transporte de
passageiros.

302. O feminicídio (CP, art. 121, § 2o, VI)


a) está ausente do rol dos crimes hediondos (Lei no 8.072/90).
b) demanda, para seu reconhecimento, obrigatória relação doméstica ou familiar entre
agressor e vítima.
c) é o homicídio qualificado por condições do sexo feminino.
d) foi introduzido em nosso ordenamento pela Lei Maria da Penha (Lei no 11.340/06).
e) admite a modalidade preterdolosa.

303. (FGV) Assinale a alternativa que não qualifica o crime de homicídio.


a) Emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel.
b) Para assegurar a ocultação de outro crime.
c) Motivo fútil.
d) Abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão.
e) Mediante dissimulação.

304. (FGV) Após intenso debate político repleto de ofensas, Ana, 40 anos, e Maria, 30 anos,
iniciam uma longa discussão. Ana, revoltada com o comportamento agressivo de Maria,
arremessa uma faca em direção a esta com a intenção de causar sua morte, mas a arma
branca acaba por atingir Joana, criança de 13 anos, que passava pela localidade, sendo o
golpe de faca no coração a causa eficiente de sua morte. Descobertos os fatos pelo
Ministério Público, considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que Ana
deverá ser responsabilizada pelo crime de homicídio
a) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro de
execução.
b) culposo consumado, em razão do erro sobre a pessoa.
c) culposo consumado, em razão do erro de execução.
d) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro de
pessoa.
e) consumado com a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro sobre a pessoa.

305. (FCC) O Código Penal qualifica o homicídio doloso quando praticado contra servidores
públicos, no exercício de atividade de segurança pública. Podem, dentre outros, ser vítimas
do crime
a) integrantes do sistema prisional, da Força Nacional de Segurança Pública e do corpo de
bombeiros militares.
b) policiais civis, policiais federais e promotores de justiça criminais.
c) policiais rodoviários federais, policiais militares e juízes com competência criminal.
d) policiais civis, policiais federais e promotores ou procuradores que atuam no combate ao
crime organizado.
e) policiais civis e militares na ativa ou aposentados.

306. (CESPE) Assinale a opção correta com relação ao crime de homicídio.


a) No homicídio qualificado pela paga ou promessa de recompensa, o STJ entende atualmente
que a qualificadora não se comunica ao mandante do crime.
b) Com relação ao motivo torpe, a vingança pode ou não configurar a qualificadora, a
depender da causa que a originou.
c) A ausência de motivo configura motivo fútil, apto a qualificar o crime de homicídio.
d) Para a configuração da qualificadora relativa ao emprego de veneno, é indiferente o fato de
a vítima ingerir a substância à força ou sem saber que o está ingerindo.
e) A qualificadora relativa ao emprego de tortura foi tacitamente revogada pela lei específica
que previu o crime de tortura com resultado morte.

307. (FGV) No dia 05/03/2015, Vinícius, 71 anos, insatisfeito e com ciúmes em relação à
forma de dançar de sua esposa, Clara, 30 anos mais nova, efetua disparos de arma de fogo
contra ela, com a intenção de matar. Arrependido, após acertar dois disparos no peito da
esposa, Vinícius a leva para o hospital, onde ela ficou em coma por uma semana. No dia
12/03/2015, porém, Clara veio a falecer, em razão das lesões causadas pelos disparos da
arma de fogo. Ao tomar conhecimento dos fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em
face de Vinícius, imputando-lhe a prática do crime previsto no Art. 121, § 2º, inciso VI, do
Código Penal, uma vez que, em 09/03/2015, foi publicada a Lei nº 13.104, que previu a
qualificadora antes mencionada, pelo fato de o crime ter sido praticado contra a mulher por
razão de ser ela do gênero feminino. Durante a instrução da 1ª fase do procedimento do
Tribunal do Júri, antes da pronúncia, todos os fatos são confirmados, pugnando o Ministério
Público pela pronúncia nos termos da denúncia. Em seguida, os autos são encaminhados
ao(a) advogado(a) de Vinícius para manifestação. Considerando apenas as informações
narradas, o(a) advogado(a) de Vinicius poderá, no momento da manifestação para a qual foi
intimado, pugnar pelo imediato
a) reconhecimento do arrependimento eficaz.
b) afastamento da qualificadora do homicídio.
c) reconhecimento da desistência voluntária.
d) reconhecimento da causa de diminuição de pena da tentativa.

308. (FGV) Pretendendo causar unicamente um crime de dano em determinado


estabelecimento comercial, após discussão com o gerente do local, Bruno, influenciado pela
ingestão de bebida alcoólica, arremessa uma grande pedra em direção às janelas do
estabelecimento. Todavia, sua conduta imprudente fez com que a pedra acertasse a cabeça
de Vitor, que estava jantando no local com sua esposa, causando sua morte. Por outro lado,
a janela do estabelecimento não foi atingida, permanecendo intacta. Preocupado com as
consequências de seus atos, após indiciamento realizado pela autoridade policial, Bruno
procura seu advogado para esclarecimentos. Considerando a ocorrência do resultado diverso
do pretendido pelo agente, o advogado deve esclarecer que Bruno tecnicamente será
responsabilizado pela(s) seguinte(s) prática(s) criminosa(s):
a) homicídio culposo e tentativa de dano, em concurso material.
b) homicídio culposo, apenas.
c) homicídio culposo e tentativa de dano, em concurso formal.
d) homicídio doloso, apenas.

309. (FGV) Inconformado com o fato de Mauro ter votado em um candidato que defendia
ideologia diferente da sua, João desferiu golpes de faca contra seu colega, assim agindo com
a intenção de matá-lo. Acreditando ter obtido o resultado desejado, João levou o corpo da
vítima até uma praia deserta e o jogou no mar. Dias depois, o corpo foi encontrado, e a
perícia constatou que a vítima morreu afogada, e não em razão das facadas desferidas por
João. Descobertos os fatos, João foi preso, denunciado e pronunciado pela prática de dois
crimes de homicídio dolosos, na forma qualificada, em concurso material. Ao apresentar
recurso contra a decisão de pronúncia, você, advogado(a) de João, sob o ponto de vista
técnico, deverá alegar que ele somente poderia ser responsabilizado
a) pelo crime de lesão corporal, considerando a existência de causa superveniente,
relativamente independente, que, por si só, causou o resultado.
b) por um crime de homicídio culposo, na forma consumada.
c) por um crime de homicídio doloso qualificado, na forma tentada, e por um crime de
homicídio culposo, na forma consumada, em concurso material.
d) por um crime de homicídio doloso qualificado, na forma consumada.

310. (CESPE) Um indivíduo, portador do vírus da AIDS, manteve regularmente relações


sexuais com sua namorada, com a intenção de matá-la por meio do contágio da doença. A
namorada não tinha conhecimento do estado patológico de seu parceiro. Dias após, foi
constatado, por meio de exames médicos e laboratoriais, que houve efetivamente a
transmissão do vírus, apesar de os efeitos da doença ainda não terem se manifestado, não
impedindo, portanto, o desempenho das atividades cotidianas da pessoa infectada.
Nessa situação hipotética, o indivíduo portador do vírus
a) não cometeu ilícito penal, uma vez que se trata de crime impossível.
b) cometeu tentativa de homicídio.
c) cometeu o crime de perigo para a vida ou saúde de outrem.
d) cometeu o crime de perigo de contágio venéreo.
e) cometeu o crime de perigo de contágio de moléstia grave.

311. (ACESSO) Mélvio é instrutor de escaladas, membro da Associação Capixaba de Escaladas


(ACE). Sua especialidade é escalar picos com alto grau de dificuldade. Em comemoração aos
seus 10 (dez) anos como instrutor, resolveu promover uma escalada em Afonso Claudio,
cidade do Espírito Santo, na Pedra de Lajinha, que está entre os cinco picos mais altos do
Brasil. Montou um grupo nas redes sociais e convocou amigos e escaladores. No dia marcado
para a subida, havia previsão de chuva e ventos, que poderiam ocorrer na metade do
trajeto. No pé do pico, lugar de início da subida, foi colocada uma placa indicando que não
era seguro escalar em função das condições climáticas. Como a escalada era muito longa, ele
foi orientado por colegas instrutores que não promovesse a escalada. Três amigos de Mélvio,
que não tinham experiência nessa prática esportiva, foram fazer a escalada para prestigiar
Mélvio. Um deles, ao ouvir a fala dos demais instrutores, resolveu não subir, mas os outros
dois cederam à insistência de Mélvio, que considerava a subida fácil, apesar de longa. Feliz,
Mélvio disse que, apesar da chuva e do vento previstos, nada iria derrubá-los na escalada e
que tudo estava sob controle, afirmando que muitas vezes tais previsões estavam erradas.
Mesmo sabendo que não era 100% seguro fazer a escalada, principalmente para os
iniciantes, Mélvio se colocou como responsável por seus amigos, garantindo-se em seus 10
anos de experiência. Não obstante, a previsão se confirmou. Com a chegada do vento e da
tempestade, Mélvio não conseguiu dar o suporte prometido para seus amigos, que
acabaram sendo arremessados, pelo vento e chuva, para baixo. Com a queda os dois amigos
vieram a falecer.
Sabendo-se que:
I. restou comprovado que o material de escalada de Mélvio era compatível com os níveis de
segurança exigidos para escaladas nas condições acima expostas;
II. o instrutor possuía autonomia e registro para a promover escaladas, com experiência no
tipo de subida proposto e reconhecido pela ACE;
III. o percentual de acertos de tais previsões do tempo, para as próximas horas, era de 95% em
relação ao local da escalada, como estava exposto na placa;
IV. os amigos de Mélvio que caíram, somente subiram com a garantia de segurança do
instrutor;
É correto afirmar que Mélvio:
a) deve responder por homicídio doloso em sua forma direta, devido a sua condição de agente
garantidor.
b) deve responder por homicídio culposo, devido a sua condição de agente garantidor.
c) não deve responder por homicídio, uma vez que seus amigos aceitaram sua garantia para
subir.
d) não deve responder pela prática de homicídio, uma vez que o mau tempo era alheio a sua
vontade.
e) deve responder por homicídio doloso, considerando o dolo eventual, porque, mesmo sem a
intenção de matar, não levou em consideração os avisos dos demais instrutores.

312. (ACESSO) Ana, após realizar exame médico, descobriu estar grávida. Estando convicta
de que a gravidez se deu em decorrência da prática de relação sexual extraconjugal que
manteve com Pedro, seu colega de faculdade, e temendo por seu matrimônio decidiu por si
só que iria praticar um aborto. A jovem comunicou a Pedro que estava grávida e pretendia
realizar um aborto em uma clínica clandestina. Pedro, por sua vez, procurou Robson, colega
que cursava medicina, e o convenceu a praticar o aborto em Ana. Assim, alguns dias depois
de combinar com Pedro, Robson encontrou Ana e realizou o procedimento de aborto.
Sobre a questão apresentada, é correto afirmar que a conduta de Ana se amolda ao crime
previsto no
a) art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por sua
vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 126, do Código Penal (aborto
provocado por terceiro com consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de
Robson.
b) art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por sua
vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124, segunda parte, do Código
Penal. Já Pedro responderá como partícipe no crime de Ana.
c) art. 125, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por sua
vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124 do Código Penal (aborto
provocado por terceiro sem consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de
Robson.
d) art. 124, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua vez, tem sua
conduta subsumida ao crime previsto no art. 126 do Código Penal (aborto provocado por
terceiro com consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de Ana.
e) art. 126, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua vez, tem sua
conduta subsumida ao crime previsto no art. 124 do Código Penal (aborto provocado por
terceiro com consentimento). Já Pedro responderá como participe no crime de Ana.
313. (VUNESP) Maria, 22 anos, aos 7 meses de gestação decide praticar um aborto em si
mesma. Para tanto, pede e obtém auxílio de sua irmã Ana, 24 anos, que adquire
medicamento abortivo. Sem muita coragem, mas mantendo seu propósito inicial, Maria
pede a Ana que lhe administre a substância, de forma endovenosa, o que é feito. Quando se
inicia a expulsão do feto, ambas arrependem-se da prática, e procuram um serviço médico
em busca de auxílio. O feto é expulso no hospital, mas em virtude do seu já adiantado
estado de desenvolvimento, sobrevive sem sequelas. Maria, em razão da ação do
medicamento abortivo, sofre uma histerectomia. Diante desse quadro, Maria
a) responderá por aborto tentado (tentativa imperfeita) em concurso com Ana.
b) não será punida, em virtude do arrependimento eficaz, e Ana será punida por lesão corporal
gravíssima (perda de função reprodutiva).
c) será punida por auto-aborto, e Ana, por provocar aborto com consentimento de terceiro,
mas ambas na modalidade tentada (tentativa imperfeita).
d) e Ana não serão punidas, em virtude do arrependimento posterior.
314. (FUNDEP) Sobre os crimes dolosos contra a vida, analise as afirmativas a seguir.
I. De acordo com o STJ, a qualificadora do feminicídio pode coexistir com a qualificadora do
motivo torpe, pois o feminicídio tem natureza objetiva, o que dispensa a análise do animus do
agente, enquanto o motivo torpe tem natureza subjetiva, já que de caráter pessoal.
II. O homicídio qualificado-privilegiado, nos termos da jurisprudência predominante do STJ, é
considerado crime hediondo, porque a qualificadora prepondera sobre o privilégio, pois este é
mera causa de diminuição da pena.
III. De acordo com entendimento firmado no Superior Tribunal de Justiça, responde por
homicídio simples aquele que pratica o delito sem motivo, não se admitindo a incidência da
qualificadora do motivo fútil pelo simples fato de o delito ter sido praticado com ausência de
motivos.
IV. A qualificadora do chamado homicídio funcional, de acordo com o texto legal, só abrange o
vínculo consanguíneo, de forma que ela não incide se a vítima for o filho adotivo do agente de
segurança.
V. É possível o homicídio qualificado-privilegiado desde que a qualificadora tenha natureza
objetiva, já que todas as causas de privilégio são de natureza subjetiva.
Está incorreto o que se afirma em:
A.III e IV, apenas.
B.II e IV, apenas.
C.II, apenas.
D.I e V, apenas.

315. (PMSC) Analise o caso concreto a seguir e marque a alternativa correta.


Governador do Estado X cometeu o crime de feminicídio durante o exercício do seu
mandato. Nesse caso:
a) não responderá pelo crime no curso do mandato, como também não será suspensa a
prescrição, em razão do importante cargo ocupado.
b) responderá pelo crime no curso do mandato, tendo em vista que a imunidade material
relativa não se aplica a governadores, mesmo que a constituição estadual preveja
expressamente tal hipótese, conforme entendimento do STF.
c) não responderá pelo crime no curso do mandato, se a constituição estadual previr
expressamente a hipótese de imunidade material relativa para governadores.
d) não responderá pelo crime no curso do mandato, suspendendo-se a prescrição para evitar
impunidade.
e) responderá pelo crime no curso do mandato, mas não poderá ter a prisão cautelar
decretada, em virtude de imunidade formal relativa à prisão.

316. (CESPE) Admite a modalidade tentada o crime de


a) instigação ao suicídio sem resultado lesivo.
b) aborto.
c) lesão corporal culposa.
d) omissão de socorro.
e) difamação cometida verbalmente.

317. (FGV) Flavio, pretendendo matar seu pai Leonel, de 59 anos, realiza disparos de arma de
fogo contra homem que estava na varanda da residência do genitor, causando a morte
deste. Flavio, então, deixa o local satisfeito, por acreditar ter concluído seu intento delitivo,
mas vem a descobrir que matara um amigo de seu pai, Vitor, de 70 anos, que, de costas, era
com ele parecido. Flavio poderá ser imputada a prática do crime de homicídio doloso, com
erro:
a) sobre a pessoa, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a causa de
aumento em razão da idade da vítima;
b) sobre a pessoa, considerando a causa de aumento em razão da idade da vítima, mas não a
agravante de crime contra ascendente;
c) de execução, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a causa de
aumento em razão da idade da vítima;
d) de execução, considerando a agravante de crime contra ascendente e a causa de aumento
em razão da idade da vítima;
e) de execução, considerando a causa de aumento da idade da vítima, mas não a agravante de
crime contra ascendente
318. No seu evento de formatura, Guto tinha nicialmente a intenção apenas de ingerir
média quantidade de bebida alcoólica. Todavia, empolgado com o momento, mesmo
sem a intenção de embriagar-se absolutamente, terminou ingerindo muita bebida
alcoólica. Em seguida, completamente embriagado, lesionou corporalmente Maria, sua
amiga.. Nessa hipótese, Guto:
a) é isento de pena, porque sua embriaguez completa ocorreu em decorrência de ca so
fortuito.
b) é isento de pena, porque sua embriaguez completa ocorreu em decorrência de força
maior.
c) não é isento de pena, porque a embriaguez foi culposa.
d) não é isento de pena, porque a embriaguez foi dolosa.
e) isento de pena, por inexigibilidade de conduta diversa.

319. (FGV) Márcia e Plínio se encontraram em um quarto de hotel e, após discutirem o


relacionamento por várias horas, acabaram por se ofender reciprocamente. Márcia, então,
querendo dar fim à vida de ambos, ingressa no banheiro do quarto e liga o gás,
aproveitando-se do fato de que Plínio estava dormindo. Em razão do forte cheiro exalado,
quando ambos já estavam desmaiados, os seguranças do hotel invadem o quarto e resgatam
o casal, que foi levado para o hospital. Tanto Plínio quanto Márcia acabaram sofrendo lesões
corporais graves. Registrado o fato na delegacia, Plínio, revoltado com o comportamento de
Márcia, procura seu advogado e pergunta se a conduta dela configuraria crime.
Considerando as informações narradas, o advogado de Plínio deverá esclarecer que a
conduta de Márcia configura crime de
a) lesão corporal grave, apenas.
b) tentativa de homicídio qualificado e tentativa de suicídio.
c) tentativa de homicídio qualificado, apenas.
d) tentativa de suicídio, por duas vezes.

320. (NC UFPR) Cecília, estudante universitária, habitualmente volta para casa apanhando
uma carona de carro com seu pai. Francine, uma colega invejosa, na expectativa de matar a
estudante por intermédio de um atropelamento causado por um descuido da própria Cecília,
aconselha a colega a mudar sua rotina e voltar para casa a pé, sob o argumento de que lhe
fará bem o exercício aeróbico. Efetivamente Cecília aceita o conselho e, ao voltar
caminhando, é atropelada acidentalmente por um veículo que avançou o sinal de pedestres.
Levando em consideração que quem aconselhou não sabia da movimentação do veículo, é
correto afirmar que na conduta de Francine:
a) não existe relação de causalidade entre o aconselhamento e a morte de Cecília.
b) a imputação do tipo objetivo de homicídio decorre da diminuição do risco.
c) a imputação do tipo objetivo de homicídio deve-se ao aumento do risco.
d) a não imputação do tipo de homicídio deve-se à não criação do risco proibido.
e) a não imputação do tipo de homicídio deve-se à não possibilidade do resultado a priori.

321. (AOCP) Assinale, dentre as alternativas a seguir, a única que NÃO majora de 1/3 até a
metade a pena para o autor do delito de feminicídio.
Praticar o crime nos 5 meses posteriores ao parto.
Praticar o crime contra pessoa menor de 14 anos.
Praticar o crime contra pessoa com deficiência.
Praticar o crime na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima.
Praticar o crime contra pessoa maior de 60 anos.

322. Em Atenas, na Antiguidade, retirar a própria vida era visto como uma injustiça contra a
comunidade, sendo vedadas ao suicida as honras fúnebres, bem como a sepultura regular.
Na Roma antiga, por sua vez, aquele que pretendesse se matar, deveria submeter seus
motivos ao Senado que, então, decidiria se eram ou não aceitáveis. No Brasil, segundo o
Direito Penal atual, o suicídio
a) é crime contra a pessoa, previsto na parte especial do Código Penal, com pena de reclusão,
de 2 a 6 anos, se o agente vier a sobreviver.
b) somente é punível o induzimento, a instigação e o auxílio a suicídio, ainda que da tentativa
resulte apenas lesão corporal de natureza leve.
c) somente é punível se praticado mediante o uso de explosivo.
d) não tem qualquer relevância penal para seu autor.
e) somente é punível se o suicida deixar herdeiros menores ou incapazes.

323. Após uma discussão em um bar, Pedro decide matar Roberto. Para tanto, dirige-se até
sua residência onde arma-se de um revólver. Ato contínuo, retorna ao estabelecimento e
efetua um disparo em direção a Roberto. Contudo, erra o alvo, atingindo Antonio, balconista
que ali trabalhava, ferindo-o levemente no ombro. Diante do caso hipotético, Pedro
praticou, em tese, o(s) crime(s) de
a) lesão corporal leve.
b) lesão corporal culposa.
c) homicídio tentado e lesão corporal leve.
d) lesão corporal culposa e tentativa de homicídio.
e) homicídio na forma tentada.

324. (FUNDEP) Marque a alternativa incorreta:


a) Em relação ao crime de infanticídio, a lei brasileira não adotou o critério psicológico, mas
sim o critério fisiopsicológico, levando em conta o desequilíbrio oriundo do processo do parto.
b) A incidência da qualificadora do feminicídio, prevista no artigo 121, § 2°, VI, do Código
Penal, reclama situação de violência praticada por homem ou por mulher contra a mulher em
situação de vulnerabilidade, num contexto caracterizado por relação de poder e submissão.
Pode-se ainda afirmar que, segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a
qualificadora em análise é de natureza subjetiva
c) O perdão judicial constitui causa extintiva de punibilidade que afasta os efeitos da sentença
condenatória e, diferentemente do perdão do ofendido, não precisa ser aceito para gerar
efeitos.
d) No que concerne ao crime de homicídio, é possível a coexistência das circunstâncias
privilegiadoras com as qualificadoras de natureza objetiva

325. (FCC) João decide agredir fisicamente Pedro, seu desafeto, provocando-lhe vários
ferimentos. Porém, durante a luta corporal, João resolve matar Pedro, realizando um disparo
de arma de fogo contra a vítima, sem contudo, conseguir atingi-lo. A polícia é acionada,
separando os contendores. Diante do caso hipotético, João responderá
a) apenas por lesões corporais.
b) apenas por tentativa de homicídio.
c) por rixa e disparo de arma de fogo.
d) por lesões corporais consumadas e disparo de arma de fogo.
e) por lesões corporais consumadas e homicídio tentado.

326. Maria, foi morta por seu companheiro Gilmar motivado por razões de sua condição de
sexo feminino, com o menosprezo e discriminação à condição feminina e violência
doméstica e familiar. A tipificação penal para este crime é
a) homicídio culposo.
b) homicídio qualificado à traição, por se tratar de companheiro.
c) feminicídio.
d) genocídio.
e) homicídio simples.

327. (FGV) Pedro, jovem rebelde, sai à procura de Henrique, 24 anos, seu inimigo, com a
intenção de matá-lo, vindo a encontrá-lo conversando com uma senhora de 68 anos de
idade. Pedro saca sua arma, regularizada e cujo porte era autorizado, e dispara em direção
ao rival. Ao mesmo tempo, a senhora dava um abraço de despedida em Henrique e acaba
sendo atingida pelo disparo. Henrique, que não sofreu qualquer lesão, tenta salvar a
senhora, mas ela falece. Diante da situação narrada, em consulta técnica solicitada pela
família, deverá ser esclarecido pelo advogado que a conduta de Pedro, de acordo com o
Código Penal, configura
a) crime de homicídio doloso consumado, apenas, com causa de aumento em razão da idade
da vítima.
b) crime de homicídio doloso consumado, apenas, sem causa de aumento em razão da idade
da vítima.
c) crimes de homicídio culposo consumado e de tentativa de homicídio doloso em relação a
Henrique.
d) crime de homicídio culposo consumado, sem causa de aumento pela idade da vítima.
328. (FGV) João, servidor público estadual ocupante do cargo efetivo de engenheiro civil, foi
o responsável por determinada obra com escavação de um poço. João agiu culposamente,
nas modalidades de imperícia e negligência, pois, na condição de engenheiro civil, realizou
obra sem observar seu dever objetivo de cuidado e as regras técnicas da profissão,
provocando como resultado a morte de um pedreiro que trabalhava no local.
Em termos de responsabilidade criminal, em tese, João:
a) não deve ser processado por homicídio, pois não agiu com dolo ou culpa criminal,
restringindo-se sua responsabilidade à esfera cível;
b) não deve ser processado por homicídio, pois agiu como funcionário público no exercício da
função, restando apenas a responsabilidade cível que recairá sobre o poder público;
c) deve ser processado por homicídio doloso, eis que agiu com dolo direto e eventual, na
medida em que assumiu o risco de provocar a morte do pedreiro;
d) deve ser processado por homicídio culposo, com causa de diminuição de pena, eis que não
agiu com intenção de provocar o resultado morte do pedreiro;
e) deve ser processado por homicídio culposo, com causa de aumento de pena, eis que o crime
resultou de inobservância de regra técnica de profissão.

329. (FGV) Pedro, quando limpava sua arma de fogo, devidamente registrada em seu nome,
que mantinha no interior da residência sem adotar os cuidados necessários, inclusive o de
desmuniciá-la, acaba, acidentalmente, por dispará-la, vindo a atingir seu vizinho Júlio e a
esposa deste, Maria. Júlio faleceu em razão da lesão causada pelo projétil e Maria sofreu
lesão corporal e debilidade permanente de membro. Preocupado com sua situação jurídica,
Pedro o procura para, na condição de advogado, orientá-lo acerca das consequências do seu
comportamento. Na oportunidade, considerando a situação narrada, você deverá esclarecer,
sob o ponto de vista técnico, que ele poderá vir a ser responsabilizado pelos crimes de
a) homicídio culposo, lesão corporal culposa e disparo de de arma de fogo, em concurso
formal.
b) homicídio culposo e lesão corporal grave, em concurso formal.
c) homicídio culposo e lesão corporal culposa, em concurso material.
d) homicídio culposo e lesão corporal culposa, em concurso formal.

330. (CESPE) Com referência à situação hipotética descrita no texto anterior, assinale a
opção correta de acordo com a jurisprudência do STJ.

a) Júlio cometeu homicídio doloso contra Laura e culposo contra o filho, porque não teve
intenção de matá-lo.
b) Júlio deverá responder por dois homicídios dolosos, sendo um consumado e o outro
tentado, e as penas serão aplicadas cumulativamente, por concurso material de crimes, já
que houve desígnios distintos nos dois resultados danosos.
c) A hipótese configura aberractio ictus, devendo Júlio responder por duplo homicídio doloso,
um consumado e outro tentado, com as penas aplicadas em concurso formal de crimes,
sem se levar em conta as condições pessoais da vítima atingida acidentalmente.
d) O fato configura duplo homicídio doloso, consumado contra o filho, e tentado contra Laura,
e, em razão de aquele ter menos de quatorze anos, a pena deverá ser aumentada em um
terço.
e) Houve, na situação considerada, homicídio privilegiado consumado, considerando que Júlio
agiu impelido sob o domínio de violenta emoção depois de ter sido provocado por Laura.

331. (CESPE) Acerca dos crimes contra a pessoa, assinale a opção correta.
a) Quando o homicídio for praticado por motivo fútil, haverá causa de diminuição de pena.
b) Sempre que um agente mata uma vítima mulher, tem-se um caso de feminicídio.
c) O homicídio e o aborto são os únicos tipos penais constantes no capítulo que trata de crimes
contra a vida.
d) O aborto provocado é considerado crime pelo direito brasileiro, não existindo hipóteses de
exclusão da ilicitude.
e) O aborto provocado será permitido quando for praticado para salvar a vida da gestante ou
quando se tratar de gravidez decorrente de estupro.

332. (CESPE) Em relação aos crimes contra a pessoa e à imputabilidade penal, assinale a
opção correta.
a) Situação hipotética: João, em estado de embriaguez voluntária, motivado por ciúme de sua
ex-mulher, matou Paulo. Assertiva: Nessa situação, o fato de João estar embriagado afasta o
reconhecimento da motivação fútil, haja vista que a embriaguez reduziu a capacidade de
entender o caráter ilícito de sua conduta.
b) Comete o crime de infanticídio a gestante que, não estando sob influência do estado
puerperal, mata o nascituro.
c) O perdão judicial será concedido ao autor que tenha cometido crime de homicídio doloso se
as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
penal se torne desnecessária.
d) De acordo com o Código Penal, no crime de homicídio qualificado pelo feminicídio, a pena é
aumentada de um terço até a metade se o crime for praticado na presença de descendente ou
de ascendente da vítima.
e) A qualificadora de feminicídio no crime de homicídio fica caracterizada se o delito for
praticado contra a mulher por razões de sua convicção religiosa.

333. (FCC) Carlos presta serviço informal como salva-vidas de um clube, não sendo
regularmente contratado, apesar de receber uma gorjeta para observar os sócios do clube na
piscina, durante toda a semana. Em seu horário de “serviço”, com várias crianças brincando
na piscina, fica observando a beleza física da mãe de uma das crianças e, ao mesmo tempo,
falando no celular com um amigo, acabando por ficar de costas para a piscina. Nesse
momento, uma criança vem a falecer por afogamento, fato que não foi notado por Carlos.
Sobre a conduta de Carlos, diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta.

a) Não praticou crime, tendo em vista que, apesar de garantidor, não podia agir, já que
concretamente não viu a criança se afogando.
b) Deve responder pelo crime de homicídio culposo, diante de sua omissão culposa, violando o
dever de garantidor.
c) Deve responder pelo crime de homicídio doloso, em razão de sua omissão dolosa, violando
o dever de garantidor.
d) Responde apenas pela omissão de socorro, mas não pelo resultado morte, já que não havia
contrato regular que o obrigasse a agir como garantidor.

334. (FCC) Micaela, de 19 anos de idade, após manter um relacionamento ocasional com
Rodrigo, de 40 anos de idade, acaba engravidando. Após esconder a gestação durante meses
de sua família e ser desprezada por Rodrigo, que disse que não assumiria qualquer
responsabilidade pela criança, Micaela entra em trabalho de parto durante a 40a semana de
gestação em sua residência e sem pedir qualquer auxílio aos familiares que ali estavam,
acaba parindo no banheiro do imóvel. A criança do sexo masculino nasce com vida e
Micaela, agindo ainda sob efeito do estado puerperal, corta o cordão umbilical e coloca o
recém nascido dentro de um saco plástico, jogando-o no lixo da rua. O bebê entra em óbito
cerca de duas horas depois. Neste caso, à luz do Código Penal, Micaela cometeu crime de
a) homicídio culposo.
b) homicídio doloso.
c) aborto.
d) lesão corporal seguida de morte.
e) infanticídio.

335. (FCC) No que concerne ao crime de homicídio, considere:


I. O emprego de veneno para causar a morte da ví tima não constitui, por si só, circunstância
qualificadora do delito.
II. A utilização de arma de calibre superior àquela que era portada pela vítima constitui
circunstância qualificadora, porque coloca o agente em situação de superioridade.
III. O emprego de meio que agrava o sofrimento da vítima configura a circunstância
qualificadora do emprego de melo cruel.
IV. O fato de ter sido o homicídio praticado por motivo frívolo, leviano, insignificante, mínimo,
caracteriza a circunstância qualificadora do motivo torpe.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
a) II.
b) III.
c) .I, II e IV.
d) II e IV.

336. (NUCEPE) JOSÉ e PEDRO têm o mesmo desafeto, no caso, MEVIO. Mas desconhecem tal
fato. Contratam pistoleiros para matar MEVIO. O pistoleiro, contratado por PEDRO se armou
com um revólver, e o contratado por JOSÉ com uma pistola. Ocorre que fizeram uma tocaia
no mesmo local e momento. Os dois atiram simultaneamente em MEVIO. O pistoleiro de
JOSÉ atinge o coração de MEVIO e o de PEDRO atinge a perna de forma leve. Há prova de
que o projétil usado pelo contratado por JOSÉ foi o causador da morte da vítima. PEDRO
confessou ter mandado atirar em MEVIO. Com relação ao caso,
a) JOSÉ e PEDRO devem responder por homicídio.
b) JOSÉ responde por homicídio.
c) JOSÉ e PEDRO devem responder por tentativa de homicídio.
d) JOSÉ e PEDRO respondem por homicídio em coautoria.
e) JOSÉ responde por tentativa de homicídio.

337. (NUCEPE) JOÃO e JOSÉ estão na praia e resolveram entrar no mar. Em determinado
momento eles começam a se afogar. Havia naquele local um salva-vidas que, ao avistar
apenas JOÃO, notou que ele era seu desafeto e se recusou a salvá-lo; próximo a eles havia
também um surfista, este avistou apenas JOSÉ pedindo socorro, mas, por ser seu inimigo,
não atendeu aos pedidos dele, resolvendo sair do local. As duas pessoas acabam se
afogando e morrendo. Em relação ao caso, qual das alternativas abaixo está CORRETA?
a) O salva-vidas responde por homicídio doloso por omissão.
b) O salva-vidas responde por omissão de socorro.
c) O surfista responde por homicídio doloso por omissão.
d) A conduta do surfista é atípica.
e) O surfista responde por homicídio culposo.

338. (VUNESP) Assinale a alternativa correta no que diz respeito aos crimes contra a vida
previstos no Código Penal.
a) No crime de homicídio, a prática deste mediante paga ou promessa de recompensa, ou
por outro motivo torpe são circunstâncias que, apesar de não qualificar o crime,
caracterizam-se como causas de aumento de pena.
b) No crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, a prática da conduta criminosa
por motivo egoístico é circunstância que qualifica o crime.
c) Não se pune o aborto praticado por médico se não há outro meio de salvar a vida da
gestante.
d) O crime de aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento equipara-se e
possui a mesma pena que o aborto provocado por terceiro.
e) No crime de homicídio simples, se o agente comete o crime impelido por motivo de
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a
injusta provocação da vítima, o juiz deve conceder o perdão judicial.

339. (FCC) João, 45 anos, foi assassinado por Judas Escariotes, 23 anos, que recebeu a
quantia de R$ 50.000,00 para praticar o crime. A conduta praticada por Judas Escariotes em
face de João corresponde a homicídio
a) culposo, cuja pena é de detenção de 1 a 3 anos.
b) qualificado, mediante pagamento de recompensa, cuja pena prevista é de 12 a 30 anos de
reclusão.
c) culposo, cuja pena inicialmente é de detenção de 1 a 3 anos. Porém, no caso em questão,
houve circunstância agravante que resultou no aumento de um terço da pena pelo fato de
Judas Escariotes ter fugido para evitar a prisão em flagrante.
d) qualificado, cuja pena prevista é de 8 a 20 anos de reclusão. Porém, no caso em questão,
houve circunstância agravante que resultou no aumento de um terço da pena pelo fato de
Judas Escariotes ter fugido para evitar a prisão em flagrante.
e) simples, mediante pagamento de recompensa, cuja pena prevista é de 12 a 30 anos de
reclusão.

340. (FCC) O homicídio privilegiado


a) pode levar a pena abaixo do mínimo legal.
b) é aquele em que o agente comete o crime sob o domínio de violenta emoção, c) c) logo em
seguida a injusta agressão da vítima.
d) pode concorrer com as qualificadoras subjetivas.
e) pode ser identificado pelo juiz na decisão de pronúncia.
f) é crime hediondo, segundo pacificado entendimento jurisprudencial.

341. (CESPE) Constitui homicídio qualificado o crime


a) cometido contra deficiente físico.
b) praticado com emprego de arma de fogo.
c) concretizado com o concurso de duas ou mais pessoas.
d) praticado com o emprego de asfixia.
e) praticado contra menor de idade.

342. (CESPE) Com intuito de conseguir dinheiro, João, imputável, ficou escondido nas
proximidades de uma parada de ônibus e, armado com uma faca, abordou Maria, de vinte e
um anos de idade, grávida de sete meses, assim que ela desceu do ônibus, em via pública,
ordenando-lhe que lhe entregasse sua bolsa e seu celular. Maria não o fez e, por isso, João a
esfaqueou, conseguindo, então, levar os objetos desejados. Em decorrência dessas lesões,
Maria e o bebê morreram cerca de dez horas após o ocorrido. João foi identificado,
processado e, depois do trâmite regular do processo, condenado em caráter definitivo.
Nessa situação hipotética, João praticou
a) homicídio doloso contra Maria, qualificado por motivo torpe e por recurso que dificultou a
defesa da vítima, bem como homicídio culposo contra o feto.
b) homicídio doloso contra Maria, qualificado por motivo torpe e por recurso que dificultou a
defesa da vítima, cuja pena deve ser agravada devido ao fato de o crime ter sido praticado
contra mulher grávida.
c) roubo circunstanciado pelo uso de arma, crime punido com pena pecuniária e pena de
reclusão agravada pelo fato de ter sido praticado contra mulher grávida e com recurso que
dificultou a defesa da vítima.
d) latrocínio consumado, delito punido com pena pecuniária e pena de reclusão que deve ser
agravada por ter sido praticado contra mulher grávida mediante recurso que dificultou a
defesa da vítima.
e) homicídio doloso contra Maria e contra o feto, qualificado por motivo torpe e por uso de
recurso que dificultou a defesa da vítima.
343. Paloma, sob o efeito do estado puerperal, logo após o parto, durante a madrugada, vai
até o berçário onde acredita encontrar-se seu filho recém-nascido e o sufoca até a morte,
retornando ao local de origem sem ser notada. No dia seguinte, foi descoberta a morte da
criança e, pelo circuito interno do hospital, é verificado que Paloma foi a autora do crime.
Todavia, constatou-se que a criança morta não era o seu filho, que se encontrava no berçário
ao lado, tendo ela se equivocado quanto à vítima desejada. Diante desse quadro, Paloma
deverá responder pelo crime de
a) homicídio culposo.
b) homicídio doloso simples.
c) infanticídio.
d) homicídio doloso qualificado.

344. Considerando os delitos contra a pessoa, julgue os itens abaixo.


I- No homicídio preterintencional, o agente responderá por culpa com relação ao resultado
morte.
II- Mário e Bruno, pretendendo matar Nilo, mediante o uso de arma de fogo, postaram-se de
emboscada, ignorando cada um o comportamento do outro. Ambos atiraram na vítima, que
veio a falecer em virtude dos ferimentos ocasionados pelos projéteis disparados pela arma de
Bruno. Nessa situação, é correto afirmar que Mário e Bruno são coautores do homicídio
perpetrado.
III- O agente que, para livrar um doente, sem possibilidade de cura, de graves sofrimentos
físicos e morais, pratica a eutanásia com o consentimento da vítima, deve, em tese, responder
por homicídio privilegiado, já que agiu por relevante valor moral, que compreende também os
interesses individuais do agente, entre eles a piedade e a compaixão.
IV- Caio e Tício, sob juramento, decidiram morrer na mesma ocasião. Para isso, ambos
trancaram-se em um quarto hermeticamente fechado e Caio abriu a torneira de um botijão de
gás; todavia, apenas Tício morreu. Nessa situação, Caio deverá responder por participação em
suicídio.
V- Um indivíduo, a título de correção, amarrou sua esposa ao pé da cama, deixando-a em um
quarto escuro e fétido. Nesse caso, o indivíduo responderá pelo crime de maus-tratos.
Estão certos apenas os itens
a) I e III
b) I, III e V
c) I, II e V
d) II e IV
e) V e V

345. (FUNDATEC) Dos crimes contra a pessoa, destacam-se aqueles que eliminam a vida
humana, considerada o bem jurídico mais importante do homem, razão de ser de todos os
demais interesses tutelados, merecendo inaugurar a parte especial do nosso Diploma Penal.
Considerando os crimes contra a vida, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A vida é tratada nesse tópico tanto na forma intra (biológica) quanto extrauterina,
protegendo-se, desse modo, o produto da concepção (esperança de homem) e a pessoa
humana vivente.
b) O dolo do homicídio pode ser direto (o agente quer o resultado) ou eventual (o agente
assume o risco de produzi-lo).
c) A Lei nº 13.104/2015 inseriu o inciso VI no art. 121 do Código Penal: o feminicídio,
entendido como a morte de mulher em razão da condição do sexo feminino (leia-se, violência
de gênero quanto ao sexo).
Infanticídio, segundo dispõe o Diploma Penal Brasileiro, é matar o próprio filho
independentemente da condição fisiopsicológica do sujeito ativo.
Três são as formas de praticar o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio: nas duas
primeiras hipóteses (induzimento e instigação), temos a participação moral; já na última
(auxílio), material.

346. (FUMARC) A policial Michele Putin, na noite de 14 de março de 2018, quando retornava
para sua casa, após liderar uma exitosa operação contra o tráfico de entorpecentes na
comunidade de “Miracema do Norte”, foi abordada por dois homens armados e friamente
assassinada. Num fenomenal trabalho investigatório, a Polícia Civil logrou êxito em
identificar os assassinos como sendo os irmãos Jorge e Ernesto Petralha, apurando que tal
homicídio se deu em represália pelas prisões ocorridas quando da citada operação policial.
Diante desse quadro, podemos asseverar que os assassinos responderão por:
a) Feminicídio, conduta tipificada no art. 121, § 2°, VI CP.
b) Homicídio funcional, conduta tipificada no art. 121, § 2°, VII CP.
c) Homicídio qualificado por motivo fútil, conduta tipificada no art. 121, § 2°, II CP.
d) Homicídio qualificado por motivo torpe, conduta tipificada no art. 121, § 2°, II CP.

347. (CESPE) Jorge pretendia matar sua irmã, Ana, para passar a ser o único beneficiário de
herança que ambos receberiam. No dia do crime, Jorge fica à espreita enquanto Ana sai da
garagem em seu carro. Ocorre que, naquele dia não era Ana que estava ao volante, como
ocorria diariamente, mas sim seu namorado. Ana se encontrava no banco do carona. Jorge
sabia que sua irmã sempre dirigia seu próprio carro e, assim, tinha certeza de que estaria
mirando a arma na direção de Ana, ainda que não conseguisse enxergar o interior do veículo
devido aos vidros escuros. Jorge atira no veículo, mas o projétil atinge o namorado de Ana,
que vem a falecer.
É correto afirmar que Jorge praticou:
a) o crime de tentativa de homicídio doloso qualificado contra Ana e de homicídio culposo
contra o namorado de Ana.
b) apenas um crime de homicídio doloso qualificado, mas não incidirá na hipótese a
circunstância agravante em razão de ser Ana sua irmã, uma vez que foi o namorado desta
última quem veio a falecer.
c) o crime de tentativa de homicídio doloso qualificado contra Ana e de homicídio qualificado
contra o namorado de Ana.
d) apenas um crime de homicídio doloso qualificado, e a pena a ser aplicada ainda será
agravada pelo fato de Ana ser sua irmã.
e) apenas o crime de homicídio culposo contra o namorado de Ana.

348. No Direito Penal, na hipótese de disponibilidade do bem jurídico, o consentimento do


ofendido exclui a
a) antijuridicidade
a) culpabilidade
c) tipicidade formal
d) punibilidade

349. Pedro, João e José estavam em um barco em alto mar. Sem motivo justo, João agrediu
José e ambos entraram em luta corporal, comprometendo a estabilidade do barco, que
ameaçava virar, colocando em perigo a integridade física e a vida de Pedro, que não sabia
nadar. Com a intenção e a finalidade de evitar que o barco virasse, Pedro empurrou João,
que continuava desferindo socos em José, par fora da embarcação, tendo o mesmo sofrido
lesões corporais em razão de sua queda na água. Em tese, Pedro agiu em:
a) legítima defesa própria.
b) estado de necessidade.
c) exercício regular de um direito.
d) legítima defesa de terceiro.

350. Lucia, aluna de uma universidade, afirma que José, professor concursado da instituição,
trai a esposa todo dia com o gerente de um banco. A respeito do fato acima, é CORRETO
afirmar que Lucia praticou o crime de
a) calúnia
b) difamação
c) injúria
d) fato atípico

351. (CESPE) Julgue os seguintes itens. As qualificadoras de paga e promessa de recompensa


do crime de homicídio comunicam-se ao mandante.

352. (CESPE) Acerca do direito penal, julgue os itens seguintes. Considere que os indivíduos
João e José — ambos com animus necani, mas um desconhecendo a conduta do outro —
atirem contra Francisco, e que a perícia, na análise dos atos, identifique que José seja o
responsável pela morte de Francisco. Nessa situação hipotética, José responderá por homicídio
consumado e João, por tentativa de homicídio.

353. (MPESC) No crime de homicídio doloso é majoritário o entendimento que admite a


coexistência das circunstâncias privilegiadas (art. 121, § 1°, do CP), todas de natureza
subjetiva, com as qualificadoras de natureza objetivas insertas no art. 121, § 2°, do Código
Penal.

354. (CESPE) A respeito dos crimes contra a pessoa e contra o patrimônio, julgue os itens que
se seguem. Nos delitos de homicídio e de roubo, a pena será aumentada caso o crime tenha
sido praticado com o emprego de arma de fogo.

355. (CESPE) Em relação aos crimes em espécie, julgue os itens subsequentes. Considere a
seguinte situação hipotética. Patrício, penalmente capaz, matou Joaquim por ter olhado de
forma libidinosa para a sua namorada e foi processado por crime de homicídio qualificado por
motivo fútil. A defesa de Patrício requereu a redução da pena sob o argumento de que o réu
teria agido por motivo de relevante valor moral. Nessa situação hipotética, a qualificadora por
motivo fútil, se reconhecida, será incompatível com a tese da defesa de homicídio privilegiado.

356. (CESPE) Pedro, esposo ciumento, ao chegar em casa, surpreendeu sua esposa, Maria, na
cama com outro homem. Maria, ao ser apanhada em flagrante, ofendeu verbalmente Pedro,
com palavras de baixo calão. Em choque, o marido traído, completamente enraivecido e sob
domínio de violenta emoção, desferiu dois tiros de revólver, matando Maria e ferindo seu
amante. O laudo de exame cadavérico atestou não só o óbito de Maria, mas também que ela
estava grávida de dois meses, circunstância desconhecida por Pedro. Com base na situação
hipotética acima apresentada, julgue os itens a seguir, a respeito dos crimes contra a pessoa.
Na hipótese em apreço, a incidência da qualificadora do motivo fútil no homicídio seria
descabida.

357. (CESPE) Pedro, esposo ciumento, ao chegar em casa, surpreendeu sua esposa, Maria, na
cama com outro homem. Maria, ao ser apanhada em flagrante, ofendeu verbalmente Pedro,
com palavras de baixo calão. Em choque, o marido traído, completamente enraivecido e sob
domínio de violenta emoção, desferiu dois tiros de revólver, matando Maria e ferindo seu
amante. O laudo de exame cadavérico atestou não só o óbito de Maria, mas também que ela
estava grávida de dois meses, circunstância desconhecida por Pedro. Com base na situação
hipotética acima apresentada, julgue os itens a seguir, a respeito dos crimes contra a pessoa.
Na situação em apreço, Pedro praticou um homicídio consumado, uma tentativa de homicídio
e um aborto consumado.

358. (CESPE) Na exposição de motivos do código penal promulgado em 1940, nota-se a imensa
preocupação do legislador com os crimes contra a vida, em especial com o homicídio doloso.
Com respeito a esse tipo de homicídio e a sua investigação policial, julgue os itens que se
seguem. A ação no homicídio doloso pode ser omissiva, comissiva ou permissiva e, ainda, nas
formas direta, indireta ou semidireta.

359. (CESPE) Com relação aos crimes contra a pessoa, contra o patrimônio e contra a
dignidade sexual, julgue os itens que se seguem. Para a configuração do denominado crime de
sequestro-relâmpago, a restrição da liberdade da vítima é condição necessária para a
obtenção da vantagem econômica, independentemente da ocorrência desta.

360. (CESPE) Com base no direito penal brasileiro, julgue o item a seguir. Considere a seguinte
situação hipotética. Júlio, com intenção de matar Maria, disparou tiros de revólver em sua
direção. Socorrida, Maria foi conduzida, com vida, de ambulância, ao hospital; entretanto, no
trajeto, o veículo foi abalroado pelo caminhão de José, que ultrapassara um sinal vermelho,
tendo Maria falecido em razão do acidente. Nessa situação, Júlio deverá responder por
tentativa de homicídio e José, por homicídio culposo

361. (CESPE) Armando e Sérgio deviam a quantia de R$ 500,00 a Paulo, porém se recusavam a
pagar. No dia marcado para o acerto de contas, Armando e Sérgio, com o ânimo de matar,
compareceram ao local do encontro com Paulo portando armas de fogo, emprestadas por
Mário, que sabia para qual finalidade elas seriam usadas. Armando e Sérgio atiraram contra
Paulo, ferindo-o mortalmente. Com relação à situação hipotética apresentada acima, julgue os
itens seguintes. Paulo é sujeito passivo do crime de homicídio privilegiado.

362. (CESPE/UNB) Caracteriza homicídio privilegiado o fato de o agente cometer o crime


impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob a influência de violenta
emoção, provocada por ato injusto da vítima.

363. (MPSC) O crime de disparo de arma de fogo (art. 15 da Lei n. 10.826/2003) se configura
na modalidade preterdolosa se for praticado como meio para a execução de um homicídio
(tipificado no art. 121, “caput”, do CP).

364. (CESPE) A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue os itens que se
seguem. Situação hipotética: Telma, sabendo que sua genitora, Júlia, apresentava sérios
problemas mentais, que retiravam dela a capacidade de discernimento, e com o intuito de
receber a herança decorrente de sua morte, induziu-a a cometer suicídio. Em decorrência da
conduta de sua filha, Júlia cortou os próprios pulsos, mas, apesar das lesões corporais graves
sofridas, ela não faleceu. Assertiva: Nessa situação, Telma cometeu o crime de induzimento,
instigação ou auxílio a suicídio, na forma consumada.

365. (CESPE) A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue os itens que se
seguem. Situação hipotética: Lucas, descuidadamente, sem olhar para trás, deu marcha a ré
em seu veículo, em sua garagem, e atropelou culposamente seu filho, que faleceu em
consequência desse ato. Assertiva: Nessa situação, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se
verificar que as consequências da infração atingiram Lucas de forma tão grave que a sanção
penal se torne desnecessária.

366. (CESPE) Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situação hipotética, seguida
de uma assertiva a ser julgada com base no direito penal. Um médico praticou aborto de
gravidez decorrente de estupro, sem autorização judicial, mas com consentimento da
gestante. Nessa situação, o médico deverá responder por crime, já que provocar aborto sem
autorização judicial é sempre punível, segundo o CP.

367. (CESPE) No que se refere ao direito penal, julgue os itens a seguir. Considere-se que Alan,
com 17 anos, 11 meses e 29 dias de idade, desferiu golpes de faca em Márcio, que veio a
morrer três dias depois. Nesse caso, Alan deve responder pelo crime de homicídio.

368. (CESPE) Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação hipotética
concernente a crime tentado, concurso de pessoas e excludente de antijuridicidade, seguida
de uma assertiva a ser julgada. José, salva-vidas de um clube recreativo, presenciou de forma
impassível Manoel empurrar Pedro para dentro de uma piscina. Este, visivelmente, não sabia
nadar e terminou morrendo afogado ante a omissão de José e Manoel. Nessa situação, José e
Manoel praticaram o crime de homicídio culposo, em concurso de pessoas.

369. (CESPE) Acerca dos crimes previstos na parte especial do Código Penal, julgue os itens a
seguir. De acordo com a doutrina e a jurisprudência dominantes, o chamado homicídio
privilegiado-qualificado, caracterizado pela coexistência de circunstâncias privilegiadoras, de
natureza subjetiva, com qualificadoras, de natureza objetiva, não é considerado crime
hediondo.

370. (CESPE) No que se refere aos crimes contra a vida, às lesões corporais, aos crimes contra a
honra e àqueles contra a liberdade individual, julgue os seguintes itens. Em se tratando de
homicídio, é incompatível o domínio de violenta emoção com o dolo eventual.

371. (CESPE) Julgue os itens a seguir, relativos a direito penal. Suponha que Joaquim,
mentalmente são, praticou, em estado de inconsciência, um homicídio, advindo da ingestão
excessiva, porém voluntária, de bebida alcoólica. Nessa situação, Joaquim deverá responder
pelo homicídio e poderá ter a pena reduzida de um a dois terços.

372. (CESPE) Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes, julgue os itens a seguir.
Quando o estado puerperal, no crime de infanticídio, produz efeitos que resultam em
perturbação da saúde mental, diminuindo a capacidade de entendimento ou de determinação
da parturiente, esta terá a redução de pena, em razão de sua semi-imputabilidade.

373. (CESPE) Julgue os itens seguintes, relativos aos crimes contra a vida.
Considere a seguinte situação hipotética. Fábio, por motivo de relevante valor social, praticou
um crime de homicídio com a participação de Pedro, que desconhecia o motivo determinante
do crime. Nessa situação, o homicídio privilegiado, causa de diminuição da pena descrita no
CP, se estenderá ao partícipe Pedro, pois trata-se de circunstância de caráter pessoal que se
comunica aos demais participantes.

374. (CESPE) Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situação hipotética, seguida
de uma assertiva a ser julgada, acerca do tratamento do erro no direito penal. Leandro, com a
intenção de matar Getúlio, ministrou veneno a este. Presumindo que a vítima já falecera,
Leandro a enterrou no quintal de sua casa, vindo posteriormente a ser apurado que a
quantidade de veneno ministrada à vítima não fora suficiente para a sua morte, de forma que
ela morreu em face da asfixia, após ser enterrada. Nessa situação, ocorreu erro sobre o nexo
causal, de modo que Leandro responderá apenas por tentativa de homicídio.

375. (CESPE) Acerca de diversos institutos de direito penal, cada um dos próximos itens
apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. Determinada mãe,
sob influência do estado puerperal e com o auxílio de terceiro, matou o próprio filho, logo
após o parto. Nessa situação, considerando que os dois agentes são maiores e capazes e
agiram com dolo, a mãe responderá pelo delito de infanticídio; o terceiro, por homicídio.

376. (CESPE) Pedro, penalmente imputável, comprou uma carteira de habilitação falsa e
passou a dirigir seu veículo automotor sem qualquer problema. Em determinado dia, após
uma desavença havida em um bar, Pedro, aproveitando-se que dois de seus desafetos
estavam atravessando a via pela qual trafegava, empreendeu alta velocidade no veículo e,
intencionalmente, atropelou os dois pedestres. Uma das vítimas faleceu no próprio local em
decorrência das lesões experimentadas; a outra permaneceu internada, com perigo de morte,
por 40 dias. Acerca da situação hipotética acima apresentada, julgue os itens que se seguem.
Em relação aos crimes contra a pessoa, Pedro responderá por homicídio e lesão corporal
dolosos, sem prejuízo da imputação de eventuais qualificadoras e das sanções
correspondentes aos demais delitos praticados.

377. (CESPE) Acerca de diversos institutos de direito penal, cada um dos próximos itens
apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. Determinada mãe,
sob influência do estado puerperal e com o auxílio de terceiro, matou o próprio filho, logo
após o parto. Nessa situação, considerando que os dois agentes são maiores e capazes e
agiram com dolo, a mãe responderá pelo delito de infanticídio; o terceiro, por homicídio.

378. (CESPE) A respeito dos crimes contra a pessoa e contra o patrimônio, julgue os itens que
se seguem. Considere que Antônio, com a intenção de provocar lesões corporais, tenha
agredido José com uma barra de ferro, sendo comprovado que José veio a falecer em
consequência das lesões provocadas pelo agressor. Nesse caso, Antônio responderá pelo
delito de homicídio, ainda que não tenha desejado a morte de José nem assumido o risco de
produzi-la.

379. (CESPE) Na cidade de Rio Branco AC, Caio, brasileiro, atirou em João , que, ferido, fugiu
em seu veículo para um país vizinho, onde morreu em decorrência dos ferimentos produzidos
pelo projétil. O pai de João, Mário, brasileiro, revoltado com a morte do filho, decidiu matar a
família de Caio, que morava em outro país. Mário, então, sabendo que a esposa de Caio e seu
filho recém-nascido estavam internados em uma maternidade, sufocou-os com um
travesseiro. Ao encontrar seus familiares mortos, Caio atirou em Mário, matando-o, e resolveu
suicidar-se, tendo, para isso, contado com a ajuda de uma enfermeira, que lhe administrou
veneno. Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens seguintes, a respeito da
aplicação da lei penal no tempo e no espaço e dos crimes contra a vida. Mário praticou o crime
de homicídio qualificado contra a esposa de Caio e o de infanticídio contra o recém-nascido.

380. (CESPE) Pedro, esposo ciumento, ao chegar em casa, surpreendeu sua esposa, Maria, na
cama com outro homem. Maria, ao ser apanhada em flagrante, ofendeu verbalmente Pedro,
com palavras de baixo calão. Em choque, o marido traído, completamente enraivecido e sob
domínio de violenta emoção, desferiu dois tiros de revólver, matando Maria e ferindo seu
amante. O laudo de exame cadavérico atestou não só o óbito de Maria, mas também que ela
estava grávida de dois meses, circunstância desconhecida por Pedro. Com base na situação
hipotética acima apresentada, julgue os itens a seguir, a respeito dos crimes contra a pessoa.
Por ter cometido homicídio logo após injusta provocação da vítima, tendo agido sob domínio
de violenta emoção, Pedro estará isento de pena.

381. (CESPE) De acordo com as disposições do Código Penal, do entendimento doutrinário


dominante e do entendimento jurisprudencial, julgue as assertivas a seguir. Conforme o
Superior Tribunal de Justiça, a qualificadora do feminicídio é de ordem subjetiva.

382. (CESPE) Considere a seguinte situação hipotética. Júlio, com intenção de matar Maria,
disparou tiros de revólver em sua direção. Socorrida, Maria foi conduzida, com vida, de
ambulância, ao hospital; entretanto, no trajeto, o veículo foi abalroado pelo caminhão de José,
que ultrapassara um sinal vermelho, tendo Maria falecido em razão do acidente. Nessa
situação, Júlio deverá responder por tentativa de homicídio e José, por homicídio culposo.

383. (CESPE) Para a configuração da qualificadora relativa ao emprego de veneno, é


indiferente o fato de a vítima ingerir a substância à força ou sem saber que o está ingerindo.
384. (CESPE) Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores,
julgue os itens a seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e
institutos. Na hipótese de tentativa de subtração patrimonial e morte consumada, o agente
responderá pelo crime de latrocínio consumado.

385. (CESPE) Na legislação brasileira, não se mostra possível a existência de um homicídio


qualificado- privilegiado, uma vez que as causas qualificadoras, por serem de caráter subjetivo,
tornam-se incompatíveis com o privilégio. Além disso, a própria posição topográfica da
circunstância privilegiadora parece indicar que ela não se aplicaria aos homicídios qualificados.
386. (CESPE) Acerca da parte geral do direito penal e seus Institutos, julgue os itens seguintes.
Considere que Joana, penalmente imputável, tenha determinado a Francisco, também
imputável, que desse uma surra em Maria e que Francisco, por questões pessoais, tenha
matado Maria. Nessa situação, Francisco e Joana deverão responder pela prática do delito de
homicídio, podendo Joana beneficiar-se de causa de diminuição de pena.

387. (CESPE) Se o agente pratica homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302
da Lei n. 9.503/1997), em uma ocasião na qual estava conduzindo o veículo com a capacidade
psicomotora alterada em razão da influência de álcool (art. 306 da Lei n. 9.503/1997), se
implementa um concurso formal de delitos.

388. (CESPE) Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças decorrentes de disputa de


terras, planeja matar seu desafeto Paulo, também maior e capaz. Após analisar detidamente a
rotina de Paulo, Francisco aguarda pelo momento oportuno para efetivar seu plano. A partir
dessa situação hipotética e de assuntos a ela correlatos, julgue os itens seguintes. Caso
Francisco mate Paulo com o emprego de veneno, haverá, nessa hipótese, a possibilidade da
coexistência desse tipo de homicídio com o homicídio praticado por motivo de relevante valor
moral, ainda que haja premeditação.

389. (CESPE) Considere que uma gestante, sóbria, estando na direção de seu veículo
automotor, colida, culposamente, com um poste, causando, em razão do impacto sofrido, o
aborto. Nessa situação, a conduta da gestante não gera responsabilidade, haja vista a
inexistência de previsão legal para a modalidade culposa de aborto.

390. (CESPE) Com relação aos crimes em espécie, julgue os itens que se seguem, considerando
o entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária. Situação
hipotética: João, penalmente imputável, dominado por violenta emoção após injusta
provocação de José, ateou fogo nas vestes do provocador, que veio a falecer em decorrência
das graves queimaduras sofridas. Assertiva: Nessa situação, João responderá por homicídio na
forma privilegiada-qualificada, sendo possível a concorrência de circunstâncias que, ao mesmo
tempo, atenuam e agravam a pena.

391. (CESPE) Nero, trajando roupas características dos manobristas de uma churrascaria, se fez
passar por funcionário do estabelecimento e, com isso, teve acesso ao quadro de chaves onde
eram guardadas as chaves dos carros dos clientes. Nero, então, pegou a chave de um dos
carros e saiu com o veículo sem ser importunado. Em seguida, cruzou a fronteira do Brasil com
a Colômbia, onde vendeu o carro como se fosse seu. Na fuga, Nero ainda matou, a tiros, dois
policiais que o perseguiam. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir, que
tratam dos crimes contra a vida e contra o patrimônio. Em decorrência das mortes dos
policiais, Nero deverá responder pelo crime de duplo homicídio.

392. (CESPE) Julgue os itens seguintes, relativos a puerpério e infanticídio. São elementos do
crime de infanticídio a ocorrência de parto e puerpério recentes; portanto, somente a
parturiente pode ser a autora desse crime.

393. (CESPE) Lia, grávida de 8 meses, pediu ao médico que a atendera no hospital, onde
chegara em trabalho de parto, que interrompesse a gravidez, pois ela não queria ter mais
filhos. O médico, então, matou o bebê durante o procedimento cirúrgico para realização do
parto. O marido de Lia, Augusto, sob a influência de violenta emoção, matou-a quando
recebeu a notícia de que o bebê havia morrido. Depois de matar a esposa, Augusto, decidido a
cometer suicídio, pediu a Cláudio, seu amigo, que lhe emprestasse sua arma de fogo para que
pudesse se matar. Sem coragem para cometer o suicídio, Augusto pediu a ajuda de sua mãe,
Severina, que, embora concordasse com o ato do filho, não teve coragem de apertar o gatilho.
Augusto, então, incentivado pela mãe, atirou contra si. O tiro, entretanto, ocasionou apenas
um ferimento leve em seu ombro. Desesperado, Augusto recorreu novamente a seu amigo
Cláudio, a quem implorou auxílio. Muito a contragosto, Cláudio matou Augusto. Considerando
a situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem, a respeito de crimes contra a
pessoa. Lia praticou o crime de aborto, e o médico, de infanticídio.

394. (CESPE) Acerca dos temas de direito penal, julgue os próximos itens.
Considere que um boxeador profissional, durante uma luta normal, desenvolvida dentro dos
limites das regras esportivas, cause ferimentos que resultem na morte do adversário. Nessa
situação, o boxeador deverá responder por homicídio doloso, com atenuação de eventual
pena, em face das circunstâncias do evento morte.

395. (CESPE) A respeito da parte geral do Código Penal e dos crimes em espécie, julgue os
itens subseqüentes. A Constituição Federal protege a vida de forma geral, inclusive a intra-
uterina, apenando o aborto. Todavia, não se pune o aborto praticado por médico se não há
outro meio de salvar a vida da gestante ou se a gravidez resulta de estupro e o aborto é
precedido de consentimento da gestante ou de seu representante legal.

396. (CESPE) No que concerne à parte geral do Código Penal, aos princípios processuais penais
e à efetiva aplicação da legislação especial, julgue os itens a seguir. Considere a seguinte
situação hipotética. Carlos, após a prática de atos eficientes para causar intenso sofrimento
físico e mental em José, visando à obtenção de informações sigilosas, matou-o para que sua
conduta não fosse descoberta. Nesse caso, Carlos responderá pelo crime de tortura simples
em concurso material, com o delito de homicídio.

397. (CESPE) Pedro, penalmente imputável, comprou uma carteira de habilitação falsa e
passou a dirigir seu veículo automotor sem qualquer problema. Em determinado dia, após
uma desavença havida em um bar, Pedro, aproveitando-se que dois de seus desafetos
estavam atravessando a via pela qual trafegava, empreendeu alta velocidade no veículo e,
intencionalmente, atropelou os dois pedestres. Uma das vítimas faleceu no próprio local em
decorrência das lesões experimentadas; a outra permaneceu internada, com perigo de morte,
por 40 dias. Acerca da situação hipotética acima apresentada, julgue os itens que se seguem.
Na direção do veículo, a conduta de Pedro constitui homicídio e lesão corporal culposos.

398. (CESPE) Pedro, penalmente imputável, comprou uma carteira de habilitação falsa e
passou a dirigir seu veículo automotor sem qualquer problema. Em determinado dia, após
uma desavença havida em um bar, Pedro, aproveitando-se que dois de seus desafetos
estavam atravessando a via pela qual trafegava, empreendeu alta velocidade no veículo e,
intencionalmente, atropelou os dois pedestres. Uma das vítimas faleceu no próprio local em
decorrência das lesões experimentadas; a outra permaneceu internada, com perigo de morte,
por 40 dias. Acerca da situação hipotética acima apresentada, julgue os itens que se seguem.
Em relação aos crimes contra a pessoa, Pedro responderá por homicídio e lesão corporal
dolosos, sem prejuízo da imputação de eventuais qualificadoras e das sanções
correspondentes aos demais delitos praticados.

399. (CESPE) Pedro, penalmente imputável, comprou uma carteira de habilitação falsa e
passou a dirigir seu veículo automotor sem qualquer problema. Em determinado dia, após
uma desavença havida em um bar, Pedro, aproveitando-se que dois de seus desafetos
estavam atravessando a via pela qual trafegava, empreendeu alta velocidade no veículo e,
intencionalmente, atropelou os dois pedestres. Uma das vítimas faleceu no próprio local em
decorrência das lesões experimentadas; a outra permaneceu internada, com perigo de morte,
por 40 dias. Acerca da situação hipotética acima apresentada, julgue os itens que se seguem.
Em relação aos crimes contra a pessoa, Pedro responderá por homicídio e tentativa de
homicídio, sem prejuízo das sanções correspondentes aos demais delitos praticados.
400. (CESPE) Considerando o direito penal, o processo penal e a legislação especial, julgue os
itens a seguir. Considere a seguinte situação hipotética. Durante a realização de um assalto a
um posto de gasolina, José atirou no frentista que tinha consigo o dinheiro das vendas
realizadas naquele dia. Após o disparo, José fugiu, sem efetivar a subtração pretendida. O
frentista faleceu em decorrência da lesão sofrida. Nessa situação, mesmo que não tenha
realizado a subtração do dinheiro, José responderá pela prática do crime de latrocínio
consumado.
401. (CESPE) No que diz respeito ao direito penal e suas noções básicas, julgue os seguintes
itens. Considere a seguinte situação hipotética. Joaquim, com 28 anos de idade, desafeto de
João, efetuou, em um bar, um disparo com um revólver em direção a João, com o nítido
propósito de matá-lo. Ferido levemente em um dos braços, João correu em direção à rua e foi
perseguido por Joaquim, que, ainda, efetuou um segundo disparo, sem, no entanto, atingir a
vítima. Contido por populares, Joaquim foi preso e apresentado à autoridade policial
competente. Nessa situação, Joaquim responderá por tentativa de homicídio, visto que a
morte somente não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade.
402. (CESPE) Em cada um dos itens a seguir é apresentada uma situação hipotética acerca das
normas pertinentes à parte geral do Código Penal seguida de uma assertiva a ser julgada.
Manoel, com 22 anos de idade, efetuou um disparo contra um adolescente que completaria 14
anos no dia seguinte. Em razão das lesões provocadas pelo disparo, o adolescente faleceu, já
tendo completado os 14 anos de idade. Sabe-se que, no crime de homicídio doloso, a pena é
aumentada caso a vítima seja menor de 14 anos de idade, mas nessa situação, o aumento da
pena não é aplicável, pois o homicídio só se consumou quando a vítima já havia completado 14
anos de idade.

403. (CESPE) As modalidades de morte são classificadas, do ponto de vista médico-legal, em


mortes naturais ou violentas, estas últimas englobando o suicídio, o homicídio e o acidente. No
caso de morte natural, não existe crime a apurar. No caso de morte violenta, é necessário
investigar. Julgue os seguintes itens, relacionados ao tipo de morte. Considerando-se que a
vida é um bem juridicamente tutelado pelo Estado, o suicídio é considerado crime, de acordo
com o Código Penal Brasileiro.

404. (CESPE) Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes, julgue os itens a seguir. O
resultado morte caracterizado por uma asfixia mecânica, assim comprovada pelo laudo de
exame de corpo de delito (laudo cadavérico), provocada por hemorragia interna, será
suficiente para configurar o crime de homicídio qualificado.
405. (CESPE) Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes, julgue os itens a seguir. No
crime de homicídio qualificado, a vingança pode ser classificada como motivo fútil, não se
confundindo com o motivo torpe.
406. (CESPE) Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes, julgue os itens a seguir.
Para efeitos penais, notadamente na análise do homicídio qualificado pelo emprego de
veneno, tal substância é aquela que tenha idoneidade para provocar lesão ao organismo
humano ou morte.
407. (CESPE) À luz do direito penal, julgue os itens a seguir.
Considere a seguinte situação hipotética. Um médico, dolosa e insidiosamente, entregou uma
injeção de morfina, em dose demasiadamente forte, para uma enfermeira, que, sem
desconfiar de nada, aplicou-a no paciente, o que causou a morte do enfermo. Nessa situação,
o médico é autor mediato de homicídio doloso, ao passo que a enfermeira é partícipe do delito
e responde pelo mesmo crime doloso.
408. (CESPE) Julgue os itens seguintes, relativos aos crimes contra a vida. O CP somente pune
o crime de participação em suicídio quando há produção do resultado morte. Se o sujeito
induz a vítima a suicidar-se e esta sofre apenas lesões corporais de natureza grave, não há
crime a punir.
409. (CESPE) Julgue os itens seguintes, relativos aos crimes contra a vida. O aborto necessário,
previsto no CP, não constitui crime, em face da exclusão da culpabilidade, considerando-se que
a gestante é favorecida pelo estado de necessidade.

410. (CESPE) Maria descobriu que estava grávida e comunicou tal fato a João, seu marido, e,
de comum acordo, resolveram pela prática abortiva. Para tanto, João realizou manobras que
resultaram na expulsão e morte do feto. Nessa situação, João responde pelo crime de provocar
aborto com o consentimento da gestante, e Maria responde como coautora de tal delito.

411. (CESPE) A respeito do conflito aparente de normas penais, dos crimes tentados e
consumados, da tipicidade penal, dos tipos de imprudência e do arrependimento posterior,
julgue os itens seguintes. Caso um dependente químico de longa data morra após abusar de
substância entorpecente vendida por um narcotraficante, este responderá por homicídio
culposo, devido à previsibilidade do resultado morte nessa hipótese.

412. (CESPE) A respeito do conflito aparente de normas penais, dos crimes tentados e
consumados, da tipicidade penal, dos tipos de imprudência e do arrependimento posterior,
julgue os itens seguintes. O STJ tem firmado entendimento de que, na tentativa incruenta de
homicídio qualificado, deve-se reduzir a pena eventualmente aplicada ao autor do fato em
dois terços.

413. (CESPE) No que concerne à lei penal no tempo, tentativa, crimes omissivos,
arrependimento posterior e crime impossível, julgue os itens a seguir. A mãe que, apressada
para fazer compras, esquecer o filho recém-nascido dentro de um veículo responderá pela
prática de homicídio doloso no caso de o bebê morrer por sufocamento dentro do veículo
fechado, uma vez que ela, na qualidade de agente garantidora, possui a obrigação legal de
cuidado, proteção e vigilância da criança.

414. (CESPE) Julgue os itens subsequentes, a respeito dos crimes militares e dos delitos em
espécie previstos na parte especial do Código Penal. Se um fanático religioso conclamar, em TV
aberta, que todos os espectadores cometam suicídio para salvar-se do juízo final, e se,
estimuladas pelo entusiasmo do orador, várias pessoas cometerem suicídio, ter-se-á, nessa
hipótese, a tipificação da prática, pelo fanático orador, do crime de induzimento ou instigação
ao suicídio.

415. (CESPE) Admite-se no Código Penal (CP) brasileiro, a lesão na modalidade levíssima.

416. (CESPE) A lesão corporal é de natureza grave caso resulte em incapacidade da vítima para
as ocupações habituais, por mais de um mês.

417. (CESPE) Considere a seguinte situação hipotética. Durante um entrevero, Carlos desferiu
um golpe de facão contra a mão de seu contentor, que veio a perder dois dedos. Nessa
situação, Carlos praticou o crime de lesão corporal de natureza grave, por resultar debilidade
permanente de membro.

418. (CESPE) O crime de lesão corporal seguida de morte é preterdoloso, havendo dolo na
conduta antecedente e culpa na conduta consequente.

419. (CESPE) Juca, portador do vírus HIV, de forma consciente e voluntária, manteve relações
sexuais com Jéssica, com o objetivo de transmitir-lhe a doença e, ao fim, alcançou esse
objetivo, infectando-a. Nessa situação, Juca incorreu na prática do crime de perigo de contágio
venéreo.

420. (CESPE) O crime de omissão de socorro é classificado como omissivo impróprio.

421. (CESPE) O crime de omissão de socorro é admitido na forma tentada.

422. (CESPE) Bernardo, trafegando com seu veículo em estrada de pouco movimento, verificou
que, às margens da rodovia, encontrava-se, caída, uma vítima de atropelamento. Tendo
importante reunião de trabalho a se iniciar dentro de meia hora, não prestou assistência à
vítima. Terminada a reunião, arrependeu-se, voltou ao local onde a vítima se encontrava e
providenciou sua condução para um hospital. Nessa situação, a conduta posteriormente
praticada não elide a responsabilidade penal de Bernardo, que poderá responder pelo crime
de omissão de socorro.

423. (CESPE) Relativamente ao delito de rixa, previsto no Código Penal brasileiro, a doutrina e
a jurisprudência dominantes entendem não haver rixa quando a posição dos contendores é
definida.

424. (CESPE) O evento morte, ocorrido durante uma rixa, qualifica a conduta de todos os
contendores.

425. (CESPE) Se três indivíduos iniciarem luta desordenada, agindo uns contra os outros e
ocasionando lesões corporais recíprocas, e dois deles forem comprovadamente inimputáveis,
tal comprovação impossibilitará a configuração do delito de rixa.

426. (CESPE) No crime de injúria, é atingida a honra subjetiva da vítima; na difamação, a honra
objetiva; na calúnia, ocorre a imputação falsa de um fato definido como crime.

427. (CESPE) Considere a seguinte situação hipotética. Eleno desconfiou de que Belarmino
furtara, há alguns meses, a agência bancária do bairro, uma vez que, desde que ocorrera o
furto, Belarmino passara a demonstrar sinais de riqueza. Mesmo em dúvida a respeito da
autoria do delito, Eleno assume o risco de causar dano à honra de Belarmino e imputou-lhe a
prática do crime. Nessa situação, havendo dolo eventual, Eleno responderá pelo crime de
calúnia.

428. (CESPE) Lauro imputou a Lucas a prática de fato descrito como crime. Ocorre que Lucas é
louco e, portanto, inimputável. Nessa situação, contudo, a insanidade de Lucas não
desautoriza a configuração do crime de calúnia.

429. (CESPE) Hélio escreveu uma carta a Bruno, imputando-lhe a prática de atos libidinosos
com um colega de serviço e encaminhou-a lacrada pelo correio. Nessa situação, Hélio praticou
o crime de difamação.

430. (CESPE) Um servidor público, no exercício e em razão de suas funções, teve a sua honra
subjetiva violada, ao ser chamado por um particular de venal, corrupto e ladrão. Nessa
situação, de acordo com os entendimentos do STF e do STJ, o servidor público ofendido tem
legitimação concorrente para a propositura da ação penal, no caso, privada.

431. (CESPE) Julgue os itens seguintes, relativos a puerpério e infanticídio.O crime de


infanticídio é caracterizado pela exposição ou pelo abandono de recém-nascido pela mãe,
movida pelo estado puerperal, para ocultar a desonra própria.

432. (CESPE) Lia, grávida de 8 meses, pediu ao médico que a atendera no hospital, onde
chegara em trabalho de parto, que interrompesse a gravidez, pois ela não queria ter mais
filhos. O médico, então, matou o bebê durante o procedimento cirúrgico para realização do
parto. O marido de Lia, Augusto, sob a influência de violenta emoção, matou-a quando
recebeu a notícia de que o bebê havia morrido. Depois de matar a esposa, Augusto, decidido a
cometer suicídio, pediu a Cláudio, seu amigo, que lhe emprestasse sua arma de fogo para que
pudesse se matar. Sem coragem para cometer o suicídio, Augusto pediu a ajuda de sua mãe,
Severina, que, embora concordasse com o ato do filho, não teve coragem de apertar o gatilho.
Augusto, então, incentivado pela mãe, atirou contra si. O tiro, entretanto, ocasionou apenas
um ferimento leve em seu ombro. Desesperado, Augusto recorreu novamente a seu amigo
Cláudio, a quem implorou auxílio. Muito a contragosto, Cláudio matou Augusto. Considerando
a situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem, a respeito de crimes contra a
pessoa. Augusto tem direito ao reconhecimento da figura do homicídio privilegiado, pois
estava sob a influência de violenta emoção.

433. (CESPE) Lia, grávida de 8 meses, pediu ao médico que a atendera no hospital, onde
chegara em trabalho de parto, que interrompesse a gravidez, pois ela não queria ter mais
filhos. O médico, então, matou o bebê durante o procedimento cirúrgico para realização do
parto. O marido de Lia, Augusto, sob a influência de violenta emoção, matou-a quando
recebeu a notícia de que o bebê havia morrido. Depois de matar a esposa, Augusto, decidido a
cometer suicídio, pediu a Cláudio, seu amigo, que lhe emprestasse sua arma de fogo para que
pudesse se matar. Sem coragem para cometer o suicídio, Augusto pediu a ajuda de sua mãe,
Severina, que, embora concordasse com o ato do filho, não teve coragem de apertar o gatilho.
Augusto, então, incentivado pela mãe, atirou contra si. O tiro, entretanto, ocasionou apenas
um ferimento leve em seu ombro. Desesperado, Augusto recorreu novamente a seu amigo
Cláudio, a quem implorou auxílio. Muito a contragosto, Cláudio matou Augusto. Considerando
a situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem, a respeito de crimes contra a
pessoa. Cláudio responderá pelo delito de homicídio, e não pelo delito de instigação,
induzimento ou auxílio ao suicídio.

434. (CESPE) Lia, grávida de 8 meses, pediu ao médico que a atendera no hospital, onde
chegara em trabalho de parto, que interrompesse a gravidez, pois ela não queria ter mais
filhos. O médico, então, matou o bebê durante o procedimento cirúrgico para realização do
parto. O marido de Lia, Augusto, sob a influência de violenta emoção, matou-a quando
recebeu a notícia de que o bebê havia morrido. Depois de matar a esposa, Augusto, decidido a
cometer suicídio, pediu a Cláudio, seu amigo, que lhe emprestasse sua arma de fogo para que
pudesse se matar. Sem coragem para cometer o suicídio, Augusto pediu a ajuda de sua mãe,
Severina, que, embora concordasse com o ato do filho, não teve coragem de apertar o gatilho.
Augusto, então, incentivado pela mãe, atirou contra si. O tiro, entretanto, ocasionou apenas
um ferimento leve em seu ombro. Desesperado, Augusto recorreu novamente a seu amigo
Cláudio, a quem implorou auxílio. Muito a contragosto, Cláudio matou Augusto. Considerando
a situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem, a respeito de crimes contra a
pessoa. Caso Lia tivesse tentado contra a própria vida ingerindo veneno, responderia por
tentativa de aborto, visto que, objetivando o suicídio, necessariamente causaria a morte do
feto.

435. (CESPE) Lia, grávida de 8 meses, pediu ao médico que a atendera no hospital, onde
chegara em trabalho de parto, que interrompesse a gravidez, pois ela não queria ter mais
filhos. O médico, então, matou o bebê durante o procedimento cirúrgico para realização do
parto. O marido de Lia, Augusto, sob a influência de violenta emoção, matou-a quando
recebeu a notícia de que o bebê havia morrido. Depois de matar a esposa, Augusto, decidido a
cometer suicídio, pediu a Cláudio, seu amigo, que lhe emprestasse sua arma de fogo para que
pudesse se matar. Sem coragem para cometer o suicídio, Augusto pediu a ajuda de sua mãe,
Severina, que, embora concordasse com o ato do filho, não teve coragem de apertar o gatilho.
Augusto, então, incentivado pela mãe, atirou contra si. O tiro, entretanto, ocasionou apenas
um ferimento leve em seu ombro. Desesperado, Augusto recorreu novamente a seu amigo
Cláudio, a quem implorou auxílio. Muito a contragosto, Cláudio matou Augusto. Considerando
a situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem, a respeito de crimes contra a
pessoa. Além do crime de homicídio contra a esposa, Augusto cometeu o crime de suicídio.

436. (CESPE) João, namorado de Ana, acha que ela um dia, no passado, o traiu com Pedro, seu
vizinho, que é muito forte. Em uma ocasião, chegando à casa de Ana, encontrou Pedro no
portão e imediatamente passou a agredi-lo verbalmente. Em seguida, atracaram-se e, na briga,
João, que estava apanhando, usou uma navalha que carrega sempre consigo para furar Pedro
na barriga. Pedro não morreu, mas ficou internado em hospital por dois meses. Com relação a
essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem. A conduta de João configura tentativa
de homicídio ou lesão corporal de natureza grave, a depender do elemento subjetivo de João,
a ser revelado com base em elementos fáticos apurados na investigação e no processo.

437. (CESPE) A violação de domicílio é crime de mera conduta, não se exigindo resultado
determinado.

438. (CESPE) Considere a seguinte situação hipotética. Jorge constrangeu um cego deficiente
físico de se deslocar até uma agência bancária para receber um benefício, privando-o de seu
guia e destruindo as suas muletas. Nessa situação, Jorge praticou o crime de constrangimento
ilegal.

439. (CESPE) Um indivíduo constrangeu, sob grave ameaça exercida com o emprego de um
revólver, um motorista a conduzi-lo com seu automóvel até uma estação rodoviária. Nessa
situação, o indivíduo praticou o crime de sequestro.

440. (CESPE) Na doutrina, distinguem-se as figuras sequestro e cárcere privado, afirmando--se


que o primeiro é o gênero do qual o segundo é espécie. A figura cárcere privado caracteriza-se
pela manutenção de alguém em recinto fechado, sem amplitude de locomoção, definição esta
mais restrita que a de sequestro.
441. (CESPE) A prática do crime de homicídio sob o estado de embriaguez não afasta o
reconhecimento da motivação fútil.

442. (CESPE) Lesão corporal que provoca a perde de dois dentes é de natureza grave e não
gravíssima, porque não gera a inutilização da mastigação e sim sua diminuição da capacidade.

443. (CESPE) O homicídio tutela a vida humana intrauterina e extrauterina.

444. O crime de homicídio é classificado como crime comum.

445. A consumação do homicídio ocorre com a cessação da atividade respiratória da vítima.

446. Se a vida da pessoa não for viável, não haverá homicídio, por se tratar de crime
impossível.

447. Alberto, com a intenção de matar, atira contra Júlio, causando-lhe leve ferimento no
braço. Todavia, quando Júlio já estava no hospital realizando curativos no hospital, o teto
deste desaba, levando-o a morte. No caso, Alberto somente responde por crime de lesão
corporal leve.

448. Ao fugir desesperada de um assalto, a vítima de um roubo atravessa uma avenida e é


atropelada por um caminhão, vindo a morrer imediatamente. Nesse caso, o assaltante incorre
no crime de latrocínio consumado.
449. Condutor imprudente fere uma pessoa no trânsito, atropelando-a. Na sequência, um
policial rodoviário federal tenta socorrer a vítima e acaba sendo também atropelado e morto
por outro veículo. No caso, o condutor imprudente, causador de todo o acidente, deve ser
responsabilizado por homicídio culposo pela morte do policial rodoviário federal.

450. Culpa temerária é a culpa gravíssima, sem previsão expressa no Código Penal, quando há
ausência total e absoluta de cautela.

451. A imperícia no homicídio culposo é caracterizada pela inobservância de regra técnica de


arte, profissão ou ofício.

452. A pedido do paciente, o médico poderá abreviar a vida deste, não havendo crime de
homicídio.

453. O descumprimento de medida protetiva configura causa de aumento de pena do crime de


feminicídio.

454. O crime de homicídio é classificado como instantâneo de efeitos permanentes.

455. Suponha que em naufrágio de embarcação de grande porte, tenha havido tombamento
das cabines e demais dependências, antes da evacuação da embarcação e resgate dos
passageiros e, em razão desse fato, os sobreviventes tenham sofrido diversos tipos de lesões
corporais e centenas tenham morrido por politraumatismo e afogamento. Com base nessa
situação hipotética, julgue o item seguinte, de acordo com a legislação brasileira. Caso seja
comprovada imperícia, negligência ou imprudência da tripulação, esta poderá responder
judicialmente pelo crime de homicídio em relação às mortes ocorridas no naufrágio.

456. A pena do crime de homicídio será aumentada de 2/3 se o crime for praticado por milícia
privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.

457. A pena do crime de feminicídio será aumentada de 1/3 até a 2/3 se a ação for cometida
mediante o descumprimento de medida protetiva.

458. (CESPE) Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças decorrentes de disputa de


terras, planeja matar seu desafeto Paulo, também maior e capaz. Após analisar detidamente a
rotina de Paulo, Francisco aguarda pelo momento oportuno para efetivar seu plano. A partir
dessa situação hipotética e de assuntos a ela correlatos, julgue o item seguinte. Caso Francisco
mate Paulo com o emprego de veneno, haverá, nessa hipótese, a possibilidade da coexistência
desse tipo de homicídio com o homicídio praticado por motivo de relevante valor moral, ainda
que haja premeditação.

459. (CESPE) A pena do crime de feminicídio sofrerá aumento se a vítima for criança ou
adolescente.

460. (CESPE) A pena do crime de feminicídio será aumentada se a vítima for maior de 60
(sessenta) anos, ou se possuir deficiência ou doenças degenerativas que acarretem condição
limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; e ainda quando por outro motivo não pode
oferecer resistência.

461. (CESPE) No homicídio doloso, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta
de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para
evitar prisão em flagrante.

462. (CESPE) O homicídio cometido mediante dissimulação é qualificado pelo meio insidioso.

463. (CESPE) Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é
praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou ainda
contra pessoa com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem
condição limitante ou de vulnerabilidade.

464. O perdão judicial pode ser aplicado ao crime de homicídio sempre que o agente se
arrepende da ação cometida; e as consequências do crime terminam sendo mais graves do
que a própria pena.

465. Se o crime de feminicídio for cometido durante a gestação ou seis meses após o parto, a
pena será majorada.

466. Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor moral ou social, ou
sob emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um
sexto a um terço.

467. O homicídio privilegiado admite perdão judicial.

468. A pena pode ser aumentada de um terço no homicídio culposo, se o crime é praticado
contra pessoa menor de quatorze anos ou maior de sessenta anos.

469. Somente haverá homicídio privilegiado pelo domínio da violenta emoção se ocorrer
reação imediata diante da injusta provocação da vítima.

470. Mesmo que a ordem para matar seja em decorrência de um mandado gratuito, ainda
assim resta caracterizado o homicídio mercenário.

471. (CESPE) Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o
entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária. Situação
hipotética: João, penalmente imputável, dominado por violenta emoção após injusta
provocação de José, ateou fogo nas vestes do provocador, que veio a falecer em decorrência
das graves queimaduras sofridas. Assertiva: Nessa situação, João responderá por homicídio na
forma privilegiada-qualificada, sendo possível a concorrência de circunstâncias que, ao mesmo
tempo, atenuam e agravam a pena.

472. (CESPE) Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente
Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos
foi à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à
corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos,
armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez
disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser socorrida.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item. Na situação considerada, em que
Paula foi vitimada por Carlos por motivação torpe, caso haja vínculo familiar entre eles, o
reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe e de feminicídio não caracterizará bis
in idem.
473. (CESPE) Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças decorrentes de disputa de
terras, planeja matar seu desafeto Paulo, também maior e capaz. Após analisar detidamente a
rotina de Paulo, Francisco aguarda pelo momento oportuno para efetivar seu plano. A partir
dessa situação hipotética e de assuntos a ela correlatos, julgue o item seguinte. Caso Francisco
mate Paulo com o emprego de veneno, haverá, nessa hipótese, a possibilidade da coexistência
desse tipo de homicídio com o homicídio praticado por motivo de relevante valor moral, ainda
que haja premeditação.

474. A promessa sexual configura hipótese de homicídio mercenário, qualificado pela paga
ou promessa de recompensa.
475. No crime de homicídio, a presença do motivo torpe sempre afastará o motivo fútil.
476. Se a motivação do crime de homicídio for injusta, será qualificado pelo motivo fútil.
477. A qualificadora da futilidade estará presente nas hipóteses de homicídio gratuito.
478. Se em decorrência do crime de tortura ocorrer a destruição da vida da vítima, haverá
concurso entre os crimes de tortura e de homicídio.

479. Se a vítima de um crime de homicídio culposo é imediatamente socorrida por terceiros,


não incidirá para o criminoso a causa de aumento de pena da omissão de socorro.

480. No homicídio culposo, a sentença concessiva de perdão judicial é declaratória da


extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.
481. Apesar de ocorrer o resultado morte, se a intenção era apenas torturar a vítima,
haverá crime de tortura qualificada com resultado morte, e não homicídio.
482. (CESPE) Conforme entendimento do STF, a persecução penal por crime contra a honra de
servidor público no exercício de suas funções é de ação pública condicionada à representação
do ofendido.

483. (CESPE) Um servidor público, no exercício e em razão de suas funções, teve a sua honra
subjetiva violada, ao ser chamado por um particular de venal, corrupto e ladrão. Nessa
situação, de acordo com os entendimentos do STF e do STJ, o servidor público ofendido tem
legitimação concorrente para a propositura da ação penal, no caso, privada.

484. (CESPE) No crime de injúria, é atingida a honra subjetiva da vítima; na difamação, a honra
objetiva; na calúnia, ocorre a imputação falsa de um fato definido como crime.

485. (CESPE) Considere a seguinte situação hipotética. Eleno desconfiou de que Belarmino
furtara, há alguns meses, a agência bancária do bairro, uma vez que, desde que ocorrera o
furto, Belarmino passara a demonstrar sinais de riqueza. Mesmo em dúvida a respeito da
autoria do delito, Eleno assume o risco de causar dano à honra de Belarmino e imputou-lhe a
prática do crime. Nessa situação, havendo dolo eventual, Eleno responderá pelo crime de
calúnia.

486. (CESPE) Lauro imputou a Lucas a prática de fato descrito como crime. Ocorre que Lucas é
louco e, portanto, inimputável. Nessa situação, contudo, a insanidade de Lucas não
desautoriza a configuração do crime de calúnia.

487. (CESPE) Hélio escreveu uma carta a Bruno, imputando-lhe a prática de atos libidinosos
com um colega de serviço e encaminhou-a lacrada pelo correio. Nessa situação, Hélio praticou
o crime de difamação.
488. (CESPE) Tratando-se do delito de injúria, admite-se a exceção da verdade caso o ofendido
seja funcionário público, e a ofensa, relativa ao exercício de suas funções.

489. (CESPE) Considere a seguinte situação hipotética. Alfredo, revoltado com a demora no
atendimento em um hospital público, agrediu verbalmente o servidor responsável pelo
atendimento ao público, alegando que esse servidor recebia dos cofres públicos sem trabalhar.
Nessa situação, Alfredo cometeu crime de difamação contra servidor público, cabendo-lhe a
exceção da verdade.

490. (CESPE) Distingue-se a difamação da injúria porque nesta não há, por parte do autor do
fato, a imputação de um fato preciso, mas sim de um acontecimento vago ou de uma
qualidade negativa.

491. O legislador exigiu expressamente que a morte da mulher ocorra em duas hipóteses:
situação de violência doméstica e por menosprezo ou discriminação em razão da sua condição
de mulher.

492. Não basta que o sujeito passivo seja agente de segurança para constituir essa nova
hipótese de homicídio qualificado.

493. O homicídio premeditado tanto pode ser simples como qualificado, dependendo das
circunstâncias de cada caso.

494. A difamação deve ser sempre a imputação de um fato determinado ofensivo à reputação
de alguém, enquanto a injúria é uma mera ofensa.

495. (CESPE) Nélio, advogado da parte ré em uma ação de reparação de danos, inconformado
com a sentença que condenou o seu cliente a pagar uma indenização no valor de R$ 4 milhões,
interpôs recurso e, nas razões apresentadas, investiu contra a honra do magistrado
sentenciante, imputando-lhe o recebimento da importância de R$ 30 mil para beneficiar a
parte adversa. Nessa situação, diante da proclamação constitucional da inviolabilidade do
advogado por seus atos e manifestações no exercício da profissão, Nélio estará amparado pela
imunidade judiciária e não responderá pelo crime contra a honra.

496. (CESPE) Caso o querelado, antes da sentença, se retrate cabalmente da calúnia ou da


difamação, sua pena será diminuída.

497. (CESPE) É punível a calúnia contra os mortos. Nesse caso, os sujeitos passivos são os
parentes interessados na preservação da memória do falecido.

498. (CESPE) O agente que imputa a alguém a conduta de mulherengo, no intuito de ofender
sua reputação, comete o crime de injúria.

499. (CESPE) Nos crimes contra a honra, a retratação pode ocorrer até o recebimento da
denúncia.

500. (CESPE) Um vereador, durante a votação de um projeto de lei, em pronunciamento


realizado na tribuna da câmara de vereadores, imputou ao prefeito municipal a malversação
de recursos federais repassados ao município para a área de saúde. Nessa situação, em face da
imunidade parlamentar, o vereador não responderá por crime contra a honra.
1. A
2. A 49. A 87. E 117. E 147. D 177. A
3. C 50. B
88. D 118. C 148. A 178. A
4. D 51. B
5. B 52. E 89. A 119. D 149. A 179. D
6. A 53. D
7. C 54. C 90. E 120. A 150. A 180. C
8. A 55. BRANCO 91. C 121. B 151. A 181. B
9. C 56. A
10. A 57. D 92. E 122. B 152. C 182. E
11. A 58. E 93. E 123. B 153. D 183. B
12. C 59. C
13. D 60. E 94. E 124. E 154. C 184. D
14. E 61. D
95.E 125. D 155. D 185. B
15. B 62. D
16. C 63. A 96. NULA 126. C 156. B 186. SEM
17. B 64. BRANCO RESPOSTA
97. C 127. D 157. D
18. A 65. C (ERRO)
19. D 66. D 98. A 128. C 158. B
187. SEM
20. D 67. E
99. A 129. E 159. D RESPOSTA
21. A 68. A
(ERRO)
22. E 69. C 100. B 130. A 160. A
23. C 70. E 188. D
24. E 101. C 131. D 161. A
71. B 189. A
25. B 102. B 132. D 162. A
26. D 72. D 190. NULA
27. A 103. C 133. C 163. E
28. A 73. B 191. C
104. B 134. B 164. E
29. A 74. B 192. D
30. C 105. B 135. B 165. C
31. B 75. A 193. B
106. B 136. B 166. B
32. A 76. C 194. B
33. E 107. A 137. A 167. D
34. D 77. C 195. B
108. E 138. D 168. B
35. C
78. C 196. C
36. A 109. C 139. A 169. C
37. C 79. B 197. B
38. D 110. C 140. D 170. A
80. B 291. C
39. C 111. C 141. B 171.A
40. B 81. D 292. D
41. D 112. A 142. A 172. B
42. E 82.B 290. E
113. C 143. C 173. A
43. B 83. C 288. B
44. B 114. B 144.C 174. C
45. C 84.E 286. C
115. B 145.D 175. C
46. B 85. A 283. B
47. E 116. D 146. A 176. A
48. B 86. B 262. A
263. A 288. B 319. C 350. B 381. E 412. C

267. B 289. C 320. D 351. C 382. C 413. E

259. NULA 290. C 321. A 352. C 383. E 414. E

260. A 291. A 322. D 353. C 384. C 415. E

261. D 292. A 323. E 354. E 385. E 416. E

262. E 293. E 324. B 355. C 386. E 417. C

263. E 294. D 325. B 356. C 387. E 418. C

264. C 295. B 326. C 357. C 388. C 419. E

265. B 296. A 327. B 358. E 389. C 420. E

266. D 297. B 328. E 359. C 390. C 421. E

267. B 298. E 329. D 360. C 391. E 422. C

268. C 299. B 330. C 361. E 392. C 423. C

269. C 300. C 331. E 362. E 393. E 424. C

270. C 301. B 332. D 363. E 394. E 425. E

271. A 302. C 333. B 364. E 395. C 426. C

272. A 303. D 334. E 365. C 396. C 427. C

273. E 304. A 335. B 366. E 397. E 428. C

274. A 305. A 336. B 367. E 398. E 429. E

275. C 306. B 337. A 368. E 399. C 430. C

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277. A 308. B 339. B 370. E 401. C 432. E

278. E 309. D 340. A 371. E 402. E 433. E

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443. E 474. C

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460. E 491. C

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468. E 499. E

469. E 500. C

470. E

471. C

472. C

473. C
Professor Emerson Castelo Branco – Direito Penal Turbo

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