Você está na página 1de 31

COMPLEXO ESCOLAR Nº 9022 “Dom Moisés Alves de Pinho”

Material de Apoio-Biologia/ 7ªclasse


Ano lectivo: 2021/2022

Nome: ___________________________________________________________ Nº________

1
Introdução ao estudo da Biologia
Biologia é uma palavra derivada de dois termos Gregos, onde Bios significa vida e logos pode
significar estudo, tratado ou ciência.
Desse modo, podemos dizer que o termo Biologia significa “Estudo da vida” e o seu Objecto
de estudo são os “Seres vivos”.
A Biologia é uma ciência que estuda a vida dos seres vivos nos seus mais variados aspectos.
Por ser uma das ciências mais antiga, não se sabe ao certo quando começou a ser explorada,
entretanto, o primeiro registo do trabalho com os seres vivos foi do filósofo e naturalista
Aristóteles no século IV a.C. que estudou a classificação dos animais quanto a presença ou
não de sangue, observando também a adaptação evolutiva de animais e plantas.
Jean Baptiste de Lamarck, foi um naturalista francês que desenvolveu a “Teoria dos
caracteres adquiridos “teoria da evolução”» “agora desacreditada”, foi com ele que de facto se
introduziu o termo “Biologia” em 1744, mas Charles Darwin é considerado o pai da Biologia
moderna ao defender que “todas as espécies descendem de um ancestral comum”.
O estudo da Biologia é extremamente importante, pois, seremos capazes de perceber como as
mudanças dos seres vivos surgiram ao longo dos tempos; como funciona o corpo dos seres
vivos; como estão constituídos; como interagem uns com os outros e com o meio ambiente,
entre outros.
Ao compreendermos o funcionamento dos seres vivos, podemos entender por exemplo, como
evitar e prevenir doenças; como fazer previsões sobre o impacto do ser humano e como a sua
acção prejudica a sua própria vida, tais como as emissões de gases poluentes, a desertificação, o
aquecimento global, entre outros.
Ao longo dos séculos, a Biologia mostrou-se ser uma área muito ampla, dialogando com a
Medicina, Química, História Matemática, Geografia, entre outras, facilitando também o
aparecimento de outras áreas mais especificas.

Devido a sua complexidade, a Biologia pode ser dividida de duas formas que são:
didacticamente e de acordo com o tipo de organismo estudado:
►Didacticamente, a Bilogia divide-se em Zoologia e Botânica.

►De acordo com o tipo de organismo estudado, a Biologia está dividida em:
Zoologia = ramo da Biologia que estuda os animais
Botânica = ramo da Biologia que estuda as plantas
Microbiologia = ramo da Biologia que estuda os microorganismos
Anatomia = ramo da Biologia que estuda as estruturas dos seres vivos
Genética = ramo da Biologia que estuda a hereditariedade
Citologia (Biologia celular) = ramo da Biologia que estuda as células
Histologia = ramo da Biologia que estuda os tecidos

2
Micologia = ramo da Biologia que estuda os fungos
Virologia = ramo da Biologia que estuda os vírus
Ficologia = ramo da Biologia que estuda as algas
Fisiologia = ramo da Biologia que estuda o funcionamento dos seres vivos
Paleontologia = ramo da Biologia que estuda os fósseis
Bacteriologia = ramo da Biologia que estuda as bactérias
Etologia = ramo da Biologia que estuda o comportamento dos seres vivos
Biologia evolutiva = ramo da Biologia que estuda a evolução das espécies
Ecologia = ramo da Biologia que estuda os ecossistemas, entre outros…

3
Tema 1- Estrutura e funcionamento dos ecossistemas

1. Diversidade dos ecossistemas: estudo dos ecossistemas


1.1 Estudo dos ecossistemas
Os níveis de organização dos seres vivos são: … indivíduo – população – comunidade –
ecossistema.
O ecossistema é o conjunto de seres vivos que vivem numa determinada área, pelo ambiente
que os rodeia e pelas relações que se estabelecem entre si. Os ecossistemas são muito
variados, podendo atingir diferentes dimensões: como, uma poça de água, um muro velho, um
tronco de árvore caído no solo… (pequenos ecossistemas) ou florestas, savanas, desertos, rios,
mares… (grandes ecossistemas).
A ecologia estuda os ecossistemas, ou seja, estuda os seres vivos no seu ambiente natural.
O ambiente é um conjunto onde se misturam seres vivos e seres não vivos (inanimados).
O conjunto de todas as populações de um ecossistema denomina-se comunidade ou biocenose.
Biótopo é o espaço físico ocupado por uma comunidade.
O conjunto de seres vivos da mesma espécie que vivem numa determinada área, num
determinado espaço de tempo denomina-se população.
Ex: conjunto de rãs, peixes, abelhas, cães, gatos, formigas, gafanhotos, da mesma espécie
formam uma população.
O espaço ocupado por cada população é denominado habitat.

Os componentes ou elementos de um ecossistema são os factores bióticos (que são os seres


vivos de um ecossistema e as relações que se estabelecem entre si) e factores abióticos que são
(factores que influenciam a vida dos seres vivos como, a água, a humidade, o solo, a luz, a
temperatura), etc.

4
1.2 Classificação dos ecossistemas: aquático e terrestre.
- Os ecossistemas classificam-se em dois grandes grupos que são: aquáticos e terrestres.
1.2.1 Ecossistemas aquáticos
Os ecossistemas aquáticos dividem-se em dois grandes grupos: ecossistema de água doce
(como, os rios, lagos, lagoas e pântanos) e ecossistemas de água salgada (como, oceanos e
mares). E existe ainda, um ecossistema de transição chamado estuário, onde se misturam as
águas doces e salgadas.

Em cada ecossistema existe uma fauna (conjunto de animais de uma determinada região) e uma
flora (conjunto de plantas de uma determinada região) adaptadas as condições do meio em que
se inserem. Exemplos:
- Fauna de ecossistema da água doce: truta, cacusso, bagre, tainha, …
- Fauna de ecossistema da água salgada: baleia, tubarão, carapau, sardinha, …
- Flora de ecossistema da água doce: caniços, nenúfares, samambaia…
- Flora de ecossistema da água salgada: halimeda, caulerpa, opuntia, udotea…

Nos ecossistemas aquáticos a água é o principal meio externo aos seres vivos. O fitoplâncton
(conjunto de organismos microscópicos aquáticos que têm a capacidade de realizar a
fotossíntese), é o principal responsável pela oxigenação da água e está na base da alimentação
dos seres vivos. O fitoplâncton é o responsável por 70% do oxigénio libertado para a
atmosfera.

1.2.1 Ecossistemas terrestres


Os grandes ecossistemas terrestres são constituídos por enormes extensões de terra firme, onde
crescem árvores, arbustos e capim, e uma vegetação que pode ser densa (como é o caso das
grandes florestas tropicais) ou rara (como os desertos).
Os ecossistemas terrestres em Angola são as florestas tropicais, as savanas e os desertos.
Nos ecossistemas terrestres o solo é o principal suporte dos seres vivos. Na base da alimentação
dos seres vivos encontram-se as plantas, que sustentam a vida dos insectos, das aves e dos
mamíferos.

5
2. Classificação dos seres vivos: A importância da classificação
A Natureza é constituída por uma grande variedade de seres vivos. Para compreendermos essa
variedade, os cientistas tiveram a necessidade de organizar os seres vivos por grupos de acordo
com as suas semelhanças tais como: a forma do corpo, o número de células, o tipo se
alimentação, o tipo de revestimento, o tipo de reprodução entre outros.
- Classificar é, pois, formar grupos com os seres vivos e dar um nome a cada um deles. A
classificação dos seres vivos é muito importante, porque torna mais fácil o seu estudo, o seu
conhecimento e a comunicação sobre eles.

2.1 A História: Aristóteles e Teofrasto


No Século IV a.C. Aristóteles (filosofo grego) foi uma das primeiras pessoas a tentar
classificar os seres vivos, organizando-os em dois grupos: animais e plantas. Aristóteles
estudou principalmente os animais, classificando-os de acordo com a presença ou não de
sangue.
Na mesma época Teofrasto (discípulo de Aristóteles), dedicou-se a classificação das plantas,
utilizando como critério o modo de crescimento, dividindo-as em árvores, arbustos,
subarbustos e ervas.
A classificação continuou a interessar os cientistas ao longo dos tempos e a sofrer alterações de
acordo com o aumento do conhecimento sobre os seres vivos.
Evolução dos sistemas de classificação dos seres vivos:

Aristóteles (Séc. IV Haeckel (Séc. XIX) Copeland (Séc. XX Whittaker (Séc. XX década
a.C.) década 50) 60)
Reino vegetal Reino vegetal Reino vegetal Reino vegetal

Reino animal Reino animal Reino animal

Reino protista Reino protista Reino protista

Reino animal Reino monera Reino monera

Reino fungo

Actualmente, a classificação mais aceite é a proposta por Whittaker, publicado em 1979. Essa
classificação organiza os seres vivos em cinco reinos:
Reino monera Reino protista Reino fungo ou Reino vegetal ou Reino animal ou
fungi plantas animália
Ex: Bactérias, algas Ex: Algas, amiba, Ex: Cogumelo, Ex: Plantas Ex: Animais
azuis paramécia, bolor do pão superiores e plantas vertebrados e
(cianobactérias) tripanossoma, inferiores animais
plasmodium invertebrados

6
2.1.1 Critérios utilizados na classificação dos seres vivos
Os critérios de classificação utilizado por Whittaker tem a ver com o tipo de célula, o número
de células e o tipo de alimentação. No quadro seguinte mostra-nos alguns critérios utilizados
na classificação dos seres vivos em cinco reinos:
Reinos: Tipo de células Nº de células Tipos de alimentação
Monera Procariotas (Sem o núcleo Unicelulares (uma célula) Autotróficos ou
organizado) heterotróficos
Protista Eucariotas (com o núcleo Unicelulares ou Autotróficos ou
organizado) pluricelulares heterotróficos
Fungo Eucariotas Unicelulares ou Heterotróficos por
pluricelulares absorção
Vegetal Eucariotas Pluricelulares (muitas Autotróficos por
células) fotossíntese
Animal Eucariotas Pluricelulares Heterotróficos por
ingestão

Na classificação dos seres vivos, utiliza-se sete categorias principais que vai desde o reino até a
espécie.
Ex: Reino – Filo ou divisão – Classe - Ordem – Família – Género – Espécie.
- Espécie é um escalão de classificação que inclui todos os seres vivos, que além de serem
parecidos entre si, podem cruzarem e originar descendentes férteis.
Exemplo, se cruzarem dois indivíduos de espécies diferentes como o camelo e a jumenta, estes
originarão a mula (que será infértil, isto é, não dará descendente).
A espécie é a base da classificação dos seres vivos. Várias espécies com características comuns,
formam um género; diferentes géneros constituem uma família; várias famílias formam uma
ordem; ordens semelhantes formam a classe; várias classes constituem um filo (no caso dos
animais) e divisão (no caso das plantas); e o conjunto de filo ou divisão chama-se reino.
- Exemplo de classificação no reino animal:

Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie


Homem Animal Cordado Mamália Primata Hominidae Homo Homo
sapiens
Cão Animal Cordado Mamália Carnívora Canidae Canis Canis
familiaris
Gato Animal Cordado Mamália Carnívora Fenidae Felis Felis catus

Exemplo de classificação no reino vegetal:

Reino Divisão Classe Subclasse Género espécie

Milheiro Plantas Traqueófitas Angiospérmica monocotiledónea


Abacateiro Plantas Traqueófitas Angiospérmica Dicotiledónea Persea Persea americana
Pinheiro Plantas Traqueófitas Gimnospérmica Pinus Pinus pinaster

2.1.2 Regras de classificação dos seres vivos


A classificação dos seres vivos em categorias teve as suas bases no método utilizado pelo
cientista Lineu, no século XVIII. Quer dizer, que o primeiro trabalho moderno de agrupar os
seres vivos, segundo as suas semelhanças foi feito pelo Sueco Carlos Lineu.

7
- Lineu, foi também o criador da chamada Nomenclatura binominal, que consiste em
identificar o ser vivo com dois nomes latinos. O latim foi escolhido como língua da
nomenclatura binominal por se tratar de uma língua morta (não falada por nenhuma outra
nação), e que por essa razão não sofre evolução, assim, garante-se que os nomes das espécies
não se alterem ao longo das gerações.
Cada espécie é designada por duas palavras em latim. A 1ª palavra é o nome genérico que
começa com a letra maiúscula e a 2ª palavra é o restritivo especifico, começa com a letra
minúscula. O nome da espécie escreve-se sempre em itálico ou sublinhado.
Nome genérico: Restritivo especifico:
Homo (inicial maiúscula) sapiens (inicial minúscula)
Numida (inicial maiúscula) meleagris (inicial minúsculo)

Numida – meleagris é o nome científico. Os nomes comuns são: galinha – d’Angola, galinha –
do – mato, galinha pintada, franca.
A utilização do nome científico de uma espécie permite melhor comunicação entre os cientistas
de diferentes países, mas poucas vezes é utilizado pela maioria das pessoas. De facto, uma
grande parte das espécies tem um nome comum.
O nome comum é aquele que as populações foram atribuindo as espécies de acordo com a sua
cultura, sendo diferente de local para local.
Foi com base nessa diversidade que os cientistas agruparam os seres vivos de acordo com as
suas características e semelhanças, assim, surgiu a sistemática, a taxonomia e a
nomenclatura:
- Sistemática = ramo da Biologia que se encarrega de agrupar os seres vivos consoantes as suas
semelhanças.
- Taxonomia = ramo da Biologia que distribui os seres vivos por grupos de acordo com as suas
semelhanças.
- Nomenclatura = ramo da Biologia que se encarrega de dar nomes aos diferentes grupos
formados na taxonomia.

8
2.1.3 Classificação simplificada do reino animal e vegetal: Chave dicotómica do reino
animal e vegetal.
Para identificar os seres vivos, ou seja, descobrir o grupo a que cada um pertence, utilizam-se
chaves dicotómicas.
É chave porque te vai abrir os meios para a descoberta do que se quer.
É dicotómica porque tem duas vias diferentes, podendo com elas chegar-se a uma conclusão.
A classificação possibilita a organização da diversidade dos seres vivos e recorre-se a uma
diversidade de critérios para distinguir os diferentes grupos.
Chave dicotómica para a identificação de alguns filos do reino animal:

Animais Com corda dorsal ou com esqueleto ósseo. Cordado

Sem corda dorsal. 1

1 Com patas articuladas e o corpo revestido de quitina. Artrópodes

Sem patas articuladas. 2

2 Com o corpo mole, geralmente protegido por uma concha, e pé musculoso. Moluscos

Com o corpo mole, dividido em segmentos, sem concha e com sedas locomotoras. Anelídeos

1 Com o corpo protegido por escamas. 2

Sem escamas. 3

2 Respiração branquial, escamas de origem dérmica, membros em forma de barbatanas. Peixes

Respiração pulmonar, escamas de origem epidérmica, sem membros ou com membros curtos. Répteis

3 Pele nua. Anfíbios

Pele revestida por pêlos ou penas. 4

4 Corpo revestido com penas, um par de asas. Aves

Corpo revestido com pêlos, fêmeas com glândulas mamárias. Mamíferos

Chave dicotómica de identificação de plantas:

1 Plantas com raiz, caule e folhas, com vasos condutores 2

Plantas pequenas com estruturas semelhantes a raiz, caule e folhas, mas sem vasos condutores Briófitas

2 Plantas sem flor, não produtoras de sementes Pteridófitas

Plantas com flor, produtoras de sementes 3

3 Sementes não encerradas no fruto Gimnospérmicas

Sementes encerradas no fruto Angiospérmicas

9
3. Diversidades de seres vivos: vírus, bactérias, fungos, algas e líquenes
A Diversidade de seres vivos que existe na Natureza deve-se, em grande parte, as adaptações
dos seres vivos aos diferentes ambientes presentes na Terra. O conhecimento de todas as
formas de vida existente na Terra é uma tarefa que não tem fim. Até á data foram identificados
cerca de 1,5 milhões de espécies, mas os investigadores calculam que possam existir entre 5 a
100 milhões de espécies no nosso planeta.
A nossa atenção centra-se muitas vezes, nos animais e nas plantas, mas existe uma grande
diversidade de seres vivos para além destes dois reinos. De entre estes, destacam-se neste
subtema: os vírus, as bactérias, os fungos, as algas e os líquenes.

3.1 Vírus. Condições de vida. Estrutura


Os Vírus são agentes infeciosos inerentes a certas doenças contagiosas, com a capacidade de
reprodução apenas no interior de células vivas.
Os vírus correspondem a uma categoria especial de seres vivos porque não são constituídos
por células, ou seja, são seres acelulares.
Devido a esta característica, apesar de serem considerados seres vivos pela maioria dos
cientistas, os vírus só apresentam actividades e só se reproduzem quando estão no interior de
células vivas, por isso, são considerados como parasitas intracelulares obrigatórios.
Os vírus podem parasitar plantas, animais e microorganismos diversos, como as bactérias.
As doenças provocadas pelos vírus são: Sarampo, Gripe, Poliomielite, Meningite, Hepatite
infeciosa, Ébola, Febre amarela, Cataporas ou Varicela, Dengue, Raiva, Covid-19, a Sida
entre outras.

► A Sida é uma doença provocada pelo vírus (VIH), que parasita certas células do sangue.
Este vírus destrói o sistema imunológico do homem, deixando-o propenso a contrair qualquer
tipo de doença. A Sida ainda não tem cura, mas pode ser prevenida.
SIDA = Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.
VIH = Vírus de Imunodeficiência Humana.

►A Covid-19 é doença provocada pelo vírus (SARS-COV-2) da família Coronavírus, que


afecta o sistema respiratório e não só do homem e pode levá-lo á morte.
Além do SARS-COV-2, existem vários tipos de vírus que podem ser chamados de estirpes ou
variantes que podem provocar a Covid-19. Ex: o vírus DELTA, BETA, ALFA…
COVID-19 = Doença do Vírus Corona

Estrutura de um vírus
Os vírus são muito pequenos e só podem ser observados através de um microscópio
electrónico. A sua estrutura é muito simples, constituído por cabeça (DNA e a cápsula), e
fibras caudais.

10
Exemplos de alguns vírus:

3.1.1 Bactérias. Condições de vida. Estrutura


As bactérias são microorganismos unicelulares procariontes, responsáveis pela decomposição
se substâncias e pela propagação de doenças.
As bactérias são capazes de viver em qualquer ambiente da terra: ar, água, solo, ou mesmo, no
interior de outros organismos.
As bactérias classificam-se quanto á organização celular, forma, reprodução, respiração,
nutrição e estrutura:
- Quanto a organização celular, as bactérias podem ser unicelulares procariotas.
- Quanto a forma as bactérias podem ser: bacilos (em forma de bastonete), cocos (em forma
esférica), espirilos (em forma de espiral), vibriões (em forma de virgula).
- Quanto a reprodução as bactérias podem ser: assexuada (bipartição) ou sexuada
(conjugação).
- Quanto a respiração as bactérias podem ser: aeróbias (aquelas que necessitam de oxigénio
para respirar) ou anaeróbias, que podem ser anaeróbias obrigatórias (aquelas que não podem
viver na presença de oxigénio) e anaeróbias facultativas (aquelas que podem viver na presença
ou na ausência de oxigénio).
- Quanto a nutrição as bactérias podem ser: autotróficas (aquelas que elaboram o seu próprio
alimento a partir do processo da fotossíntese) ou heterotróficas (aquelas que se alimentam de
substâncias pré – elaboradas). Estas podem ser saprófitas (aquelas que provocam a
decomposição das plantas e dos animais mortos) ou parasitas (aquelas que vivem nos outros
organismos, alimentando-se á custa do hospedeiro).
- Quanto a estrutura, as bactérias são seres unicelulares procariontes pertencentes ao reino
monera. A sua constituição é muito simples constituídas por: parede celular, membrana
plasmática, citoplasma, nucleóide. Outras possuem cápsula, flagelo, fibrilas e inclusões.

11
A maioria das bactérias existentes não são prejudiciais para o ser humano e em muitos casos são
até benéficas. Porém, existem bactérias que podem provocar doenças graves como: a
Tuberculose, Difteria, Tétano, Cólera, Febre tifoide, Gonorreia, Sífilis, Pneumonia,
Meningite, Tétano, Disenteria, entre outras.

Importância do estudo das bactérias


O estudo das bactérias é importante, porque o seu conhecimento, permite ao homem lutar contra
as patologias e preservar as benéficas.
- Na indústria as bactérias participam na fermentação láctica (iogurte), acética (vinagre),
alcoólica (vinho).
- Na agricultura, ajuda a fertilizar os solos.
- Na medicina estuda-se os métodos para combater as doenças provocadas por elas.

3.1.2 Fungos. Condições de vida. Estrutura


Os fungos são organismos frequentes nos troncos de árvores, nalguns dos nossos alimentos, nos
solos onde exista muita vegetação e humidade.
São seres eucariotas unicelulares como as leveduras, ou pluricelulares como os cogumelos.
Conhecem-se cerca de 60 mil espécies de fungos na terra. Os cogumelos, o bolor do pão e as
leveduras são fungos que todos conhecem.

Bolor do pão. Condições de vida. Estrutura


O bolor do pão é uma vegetação criptogâmica, que se formam nas matérias orgânicas como as
frutas, hortaliças, outros alimentos, quando entram em decomposição.
No bolor do pão existem alguns filamentos chamados hifas. E o conjunto de hifas chama-se
micélio. Quer dizer, que os fungos são constituídos por hifas e micélio.

As hifas são as estruturas que se introduzem num substrato e absorvem as substâncias


nutritivas nele contidas, para a nutrição do fungo.
Todos os fungos são heterotróficos (por absorção) e podem ser parasitas ou saprófitas. A
reprodução pode ser assexuada (por esporos) ou sexuada (por conjugação de hifas diferentes).

12
Importância dos fungos
Alguns fungos como os cogumelos, são importantes para alimentação do homem e para o
fabrico de medicamentos como a penicilina. Outros são utilizados para as leveduras na
indústria de bebidas alcoólicas, na panificação e lacticínios.
Há também fungos prejudiciais que estragam os alimentos, contribuindo para sua deterioração,
assim como, provocar doenças nas plantas e animais, especialmente ao homem tal como: pé de
atleta, caspa ou dermatomicose, tinha, candidíases, entre outras.

3.1.3 Algas. Condições de vida. Estrutura


As algas são seres eucariotas unicelulares ou pluricelulares.
- São seres autotróficos que realizam a fotossíntese. As algas encontram-se em ecossistemas
aquáticos (água doce ou salgada) e em ecossistemas terrestres húmidos. Apresentam uma
estrutura muito simples, chamado talo. Não possuem verdadeiras raízes, caules e folhas.
Devido a presença do pigmento da clorofila, as algas podem apresentar diferentes cores: verde,
castanhas, vermelhas ou amarelas. As algas microscópicas constituem grande parte do
fitoplâncton, tendo assim um papel importante nos ecossistemas aquáticos.
As algas são utilizadas na alimentação humana, na indústria farmacêutica, na produção de
fertilizantes, entre outros.

3.1.4 Líquenes. Condições de vida. Estrutura.


Líquen é a associação simbiótica de fungo com alga.
- Os líquenes são constituídos por um fungo e uma alga. Vivem em troncos de árvores, ramos,
rochas ou solo. São os primeiros a ocupar locais onde não existem vida, permitindo que os
outros seres vivos se instalem. Isto acontece porque nos lugares onde os líquenes se formam, as
condições não são favoráveis ao fungo nem a alga.
- Associação simbiótica entre o fungo e a alga no líquen: O fungo forma um emaranhado de
hifas que serve para absorver a água e os sais minerais que retiram do solo. A alga fornece ao
fungo substâncias orgânicas que produz no processo da fotossíntese. Esta associação, permite
que os líquenes se desenvolvam sobre as rochas áridas, onde nem o fungo nem a alga poderia

13
separadamente viver. Por isso, os líquenes são considerados os organismos pioneiros destes
habitats. A sua reprodução é assexuada (por esporos).
Exemplo de líquenes: parmélia, cetrária, cladónia, lecania ou orelha-de-pau, entre outros.

Estrutura dos líquenes

14
4. Diversidade de plantas: briófitas, pteridófitas, espermatófitas
As Plantas apresentam uma grande variedade, ocupando habitats diferenciados que tanto podem
ser terrestres como aquáticos. As plantas que vamos estudar incluem as briófitas, as
pteridófitas e as plantas que produzem sementes (espermatófitas).

4. 1 Briófitas. Condições de vida. Estrutura


As briófitas são pequenas plantas, vulgarmente conhecidas por musgos (funária e hepáticas).
- Habitam em lugares húmidos e sombrios; São seres pluricelulares, e não vasculares (sem
vasos condutores como o xilema e floema); estruturalmente, são constituídas por rizóides,
caulóides e filídeos (não possuem verdadeiras raízes, caule e folhas); São seres autotróficos
(realizam a fotossíntese). Reproduzem-se por esporos e necessitam de meio húmido para se
reproduzir e viver.
- Na funária, a cápsula contém os esporos que, levados pelo vento, originam nova planta. A
sua reprodução processa-se em duas fases: gametofítica e esporófita:
- Na fase gametofítica na extremidade da planta adulta desenvolvem os órgãos reprodutores:
anterídios = que formam as gâmetas masculinos os “anterozóides” e o arquegónio = que
formam as gâmetas femininos a “Oosfera”. Os anterozóides são móveis e dependem da água
para a sua deslocação para fecundar a Oosfera, no interior do arquegónio.
- Na fase esporófita no interior da cápsula forma-se esporos, quando maduros, a cápsula abre-
se e estes são levados pelo vento. Os esporos germinam em condições favoráveis de
temperatura e humidade e dão origem a uma nova planta. Dependem da água para a
fecundação.
Estrutura da funária (musgo)

4.1.1 Pteridófitas. Condições de vida. Estrutura


As pteridófitas são plantas vasculares (com tecidos condutores). Os representantes deste grupo
são: os fetos (polipódios), avencas, samambaias, entre outras. São plantas verdes, com raiz,
caule e folhas verdadeiras. Não produzem flores nem sementes.
- As raízes são rígidas e adventícias e absorvem água e sais minerais do solo, passando-os para
o resto da planta.
- O caule é subterrâneo por isso é chamado rizoma.

15
- As folhas são chamadas de frondes, possuem pecíolo e folíolos com clorofila. Tem estomas
(pequenos orifícios nas folhas onde se processam as trocas gasosas).
Na página inferior das folhas, em determinadas épocas do ano aparecem umas dilatações que
se tornam acastanhadas chamadas soro (onde se formam as células reprodutoras chamadas –
esporos).
Dispersam-se por esporos e dependem da água para a fecundação. Quando um esporo cai num
solo húmido, germinam e originam um protalo, que é uma estrutura onde se formam gâmetas
«gametângio» com gametas (anterídios - anterozóides) e o (arquegónio – Oosfera) = que, se
unem (fecundação) e formam um ovo ou zigoto que dará origem a um embrião (uma nova
planta).

4.1.2 Espermatófitas. Condições de vida. Estrutura


As plantas produtoras de sementes formam um grande grupo, muito diversificado que
anteriormente eram designadas por espermatófitas. Esta designação é actualmente pouco
usada. Actualmente os biólogos consideram dois grandes grupos de plantas que produzem
sementes: angiospérmicas e as gimnospérmicas.
►Gimnospérmicas
As gimnospérmicas são plantas com sementes nuas, pois não se encontram protegidas pelo
fruto. Os representantes deste grupo são: as cicas, o pinheiro, a welwitschia mirabilis, o
girassol, entre outras.
- Cicas. Condições de vida. estrutura
A estrutura das cicas é semelhante a uma palmeira, pois, tem um caule grosso e lenhoso, não
ramificado com uma coroa de folhas grandes na parte superior. São constituídas por raiz, caule,
folhas e cones.
Os cones são formações relacionados com a reprodução. Existem cones masculinos e cones
femininos, encontrados em plantas diferentes, por isso, são chamadas plantas dioicas.

16
– No cone masculino desenvolve-se no centro da coroa de folhas e possuem escamas
produtoras de pólen chamadas de escamas estaminais.
- Nos cones femininos existem escamas produtoras de óvulos chamadas escamas ovulíferas.
Os cones são unissexuais e não tem cálice nem corola porque não são verdadeiras flores. Os
óvulos ficam descobertos e produzem sementes não envolvidas pelo pelicarpo porque não dão
frutos. A polinização é feita pelo vento e não dependem da água para a fecundação. O embrião
tem numerosos cotilédones
Estrutura da Cicas

►Angiospérmicas
As angiospérmicas são plantas cujas sementes estão encerradas ou protegidas pelo fruto. Estas
sementes podem ter um ou mais cotilédones: monocotiledónea (com um cotilédone) e
dicotiledónea (dois cotilédones). Representantes deste grupo: milheiro, Feijoeiro, abacateiro,
arrozeiro, Laranjeira…
- Milheiro. Condições de vida. Estrutura
O milheiro é uma planta anual que se cultiva em todos os climas (quentes e nas zonas de climas
temperados). Esta planta é constituída pela raiz, caule, folhas, flores e frutos.
- A raiz é fasciculada e adventícias;
- O caule é herbáceo e possui nós e entrenós;
- As folhas são simples e alternadas, cortantes e estreitas (as nervuras são paralelinérveas);
- Possuem flores masculinas e femininas no mesmo pé, por isso são chamadas plantas
monoicas. As flores estão constituídas pelas espiguetas (espigas – flores masculinas “estames”)
e pelas brácteas (flores femininas “estiletes”), que conduzem o pólen ao ovário da flor.
- Os frutos e as sementes formam um só corpo (o grão de milho). O pericarpo adere a
semente, e esta tem apenas um cotilédone, por isso, pertence ao grupo das monocotiledóneas.
A maçaroca é o fruto do milheiro.
Estrutura do milheiro

17
Feijoeiro. Condições de vida. Estrutura
O feijoeiro é uma planta anual, da família das leguminosas. É típica das regiões tropicais e
subtropicais. É constituída pela raiz, caule, folhas, flores e frutos.
- A raiz é aprumada, constituída pela raiz principal e secundária, colo e a coifa. divide-se em
três zonas: Zona de ramificação, Zona pilosa e a Zona de crescimento.
Estrutura da raiz do feijoeiro

-O caule é ramificado e suporta as folhas.


- As folhas são dispostas alternadamente em cachos no caule
e contem um pigmento chamado clorofila. Na página inferior
das folhas encontram-se os estomas que tem a função de
permitir a entrada e saída de gases e de vapor de água. Nelas
ocorrem uma função muito importante chamado fotossíntese
(responsável pela produção do alimento da planta)

- As flores do feijoeiro são hermafroditas, isto é, possuem órgãos reprodutores masculinos


(estames) e órgãos reprodutores femininos (carpelos) com estames, pétalas e sépalas.
- O fruto é uma vagem que, quando madura, deixa cair as sementes.
- As sementes são constituídas por um invólucro (o
tegumento e o embrião), que é uma planta em miniatura
(plântula) e constitui a parte essencial da semente. As
sementes possuem dois cotilédones, por isso, pertence ao
grupo das dicotiledóneas.

18
5. Tipos de raiz, caule e folhas
5.1 Tipos de raiz
A raiz é um órgão da planta desprovido de folhas, com a dupla função de fixar a planta no solo
e absorver água e sais minerais do solo. Elas podem ser: aquáticas, aéreas ou subterrâneas.
- As raízes subterrâneas podem ser aprumadas, fasciculadas e tuberculosas

5.1.1 Tipos de caules


O Caule é o órgão das plantas vasculares que tem como funções principais o suporte da planta
e o transporte de água e substâncias orgânicas fundamentais para a sobrevivência da planta.
- O caule é constituído por colo, nós,
entrenós, gomo ou gema axial e gema
terminal ou apical.
Atendendo ao meio em que se
desenvolvem, os caules podem ser: aéreos
ou subterrâneos.
- Os caules aéreos podem ser: erectos
(roseira); trepadores (videira); rastejantes
(morangueiro).
- Os caules subterrâneos podem ser:
1-Tubérculos = com a forma arredondada e carnuda (batata-rena);
2- Bolbo ou bulbo = formas de escamas, carnuda e seca (cebola, alho) e
3- Rizoma = o caule cresce na horizontal (lírio, feto, gengibre).

19
5.1.2 Tipos de folhas
As folhas são os órgãos aéreos da planta, normalmente verdes e laminar, que se insere no caule,
nos ramos ou nas raízes, e que tem formas muito variadas e com a função de realizar a
fotossíntese.

As folhas classificam-se quanto a nervação, recorte da margem, divisão e forma do limbo:


- Quanto a nervação, as folhas podem ser: uninérveas, paralelinérveas, palminérveas e
peninérveas.

- Quanto ao recorte da margem, as folhas podem ser: inteiras, serradas, dentadas, crenadas,
fendidas, partidas e lobadas.
- Quanto a divisão, as folhas podem ser: simples, compostas e recompostas
- Quanto a forma, as folhas podem ser: Arredondadas, elípticas, lanceoladas, ovadas,
cordiformes, sagitada, ensiforme e acicular.

20
5.1.3 Importância das plantas
As plantas desempenham um papel fundamental nos ecossistemas porque: produzem
alimentos; fornecem produtos úteis ao ser humano; purificam o ar; fornecem habitats; regulam o
clima; preservam os solos.
O homem preocupa-se em estudar as plantas para saber de que formas deve conservar a flora
e proteger a natureza, quais as plantas benéficas e quais as prejudiciais.

5.1.4 A flora angolana


A flora angolana caracteriza o conjunto de plantas de uma determinada região. É rica em
plantas de pequeno, médio e grande porte. A flora angolana tem algumas espécies de plantas
muito características como a welwitschia mirabilis (na Província do Namibe), os mangais (na
zona costeiras e zonas baixas dos rios), a tola branca, o pau rosa (floresta do maiombe), o
embondeiro, as acácias, a palmeira, entre outras.
É importante que a flora seja preservada, para se evitar que as espécies características do país
se extingam. É necessário proteger ou conservar a flora, para se evitar a desertificação, o
aquecimento global que são fenómenos que acarretam graves consequências para o equilíbrio
da natureza, com repercussões na agricultura, na economia do país e na saúde dos seres vivos.
Ensuma: a proteção e a conservação da flora, contribui para a manutenção do equilíbrio dos
ecossistemas e consequentemente da biodiversidade.

21
6. Grande diversidade de animais: invertebrados e vertebrados
Os animais apresentam uma grande diversidade de formas e tamanho. Eles distribuem-se por
todos os ambientes do nosso planeta. Para estudar os seres vivos há que se ter em conta o
número de células que compõem o seu corpo, classificando-os em unicelulares, quando
apresentam uma única célula e pluricelulares, quando apresentam grupos de células
especializadas na realização das diferentes funções vitais do organismo.
Os animais são todos os organismos metazoários (constituídos por muitas células)
pertencentes ao Reino animal e há organismos protozoários (constituídos por uma só célula)
que até a pouco tempo estavam incluídos no Reino animal e agora são incluídos no Reino dos
protistas. Como têm características muito próximas dos animais, vamos estudá-los de seguida:

6.1 Protozoários
Os protozoários são seres unicelulares, que apresentam uma elevada complexidade celular,
mas realizam todas as actividades vitais tais como: nutrição, respiração, reprodução,
desenvolvimento…
Ex: Paramécia, Amiba, Trypanossoma, Plasmodium, etc.
- Habitam em ambientes húmidos, aquáticos ou parasitas. Para se locomoverem alguns utilizam
cílios (paramécia), flagelos ou pseudópodes (amiba). Algumas espécies são fixas.
- São heterotróficos por ingestão. A reprodução é geralmente assexuada; no entanto, alguns
podem reproduzir-se sexualmente.
- Os protozoários podem provocar doenças ao homem tais como: A doença do sono que é
provocada por um protozoário chamado Trypanossoma gabiense, transmitida pela mosca tsé-
tsé. - A malária que é uma doença provocada pelo protozoário do tipo Plasmodium vivax ou
pelo Plasmodium falciparum, transmitida pela picada da fêmea do mosquito do género
Anopheles.

6.1.2. Metazoários
Os animais são seres metazoários porque são constituídos por muitas células (seres
pluricelulares). Os metazoários que não apresentam esqueleto interno são designados por
invertebrados. Ex: Poríferos, Celenterados, Platelmintas, Nematelmintas, Moluscos Anelídeos,
Artrópodes e os Equinodermes e os que apresentam esqueleto interno são chamados de
vertebrados. Ex: Peixes, Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos.

6.1.3 Animais invertebrados:


Animais Características:
invertebrados:
- São animais aquáticos, sobretudo marinhos, fixos com o corpo perfurado chamado poros.
Ex: as esponjas.
Poríferos ou - São heterotróficos por ingestão. São constituídos por poros, átrios e ósculos. A reprodução
espongiários pode ser sexuada ou assexuada. A maioria das esponjas são hermafroditas (possuem dois
sexos masculino e feminino).

22
- São animais com o corpo variado podendo lembrar um guarda chuva (medusas) ou uma
flor desabrochada (anémonas), pólipo (hidras).
Ex: Medusa, Caravela-do-mar, Anémonas-do-mar, Água-viva, os Corais e as Hidras.
Celenterados - São animais aquáticos (da água doce ou salgada). São constituídos por boca, tentáculos e
cavidade gastrovascular. A reprodução pode se sexuada ou assexuada.

- São vermes com o corpo achatado.


Ex: Ténias (solium e saginata), Planária e o Esquistossomo.
- Vivem em ambientes aquáticos ou húmidos, alguns são parasitas (como as ténias e o
Platelmintas esquistossomo). São constituídos por cabeça com um escólex, pescoço e corpo. A reprodução
pode ser sexuada ou assexuada. São hermafroditas.
NOTA: os cuidados a ter com as ténias e o esquistossomo ver a pág. 75.

- São vermes com o corpo cilíndrico alongado nas duas extremidades.


Ex: Lombrigas, Filária, Ancilóstomo.
- Podem ser de vida livre ou parasitas. O seu corpo não está dividido em anéis (segmentos)
A maioria das espécies são dióicas. A reprodução é sexuada. A fêmea é sempre maior.
Nematelmintas NOTA: o cuidado com as lombrigas e o ancilóstomo ver a pág. 77.

- São animais com o corpo mole e viscoso, sem segmentos.


Ex: Caracol, Lula, Ostra, Lesma, Polvo…
- Podem ser terrestres ou aquáticos. São constituídos por cabeça, massa visceral e manto e
pé.
Moluscos - A respiração pode ser pulmonar como o caracol, ou braquial como a lula. A reprodução é
sexuada. O caracol é hermafrodita.

- São animais com o corpo segmentado (dividido em anéis).


Ex: Minhocas, Sanguessuga.
- Vivem em ambientes aquáticos ou húmidos. A reprodução pode ser sexuada ou assexuada.
Anelídeos - A minhoca é hermafrodita e constituída por uma boca, clitelo e ânus. A sua respiração é
cutânea (isto é, respiram através da pele).

- Os Artrópodes são animais com o corpo revestido de um exoesqueleto quitinoso e realizam


muda. Deu-se o nome de artrópodes porque os seus membros possuem patas formadas por
peças móveis e articuladas com dois ou mais pares de patas. Estima-se que 75% dos animais
sejam artrópodes.
- Respiram por branquias (nos aquáticos) ou traqueias (nos terrestres)
- Quanto a reprodução são animais ovíparos (sexuada ou assexuada).
- Dominam todos os ecossistemas. Os insectos em maior número (todos os insectos sofrem
metamorfoses.
Artrópodes - São constituídos por cefalotórax e abdómem (aracnídeos e crustáceos); cabeça e tronco
(miriápodes); cabeça, tórax e abdómem (insectos).

Os Artrópodes dividem-se em:


- Aracnídeos: aranha, escorpião… (com 4 pares de patas)
- Miriápodes: centopeia, mil-pés… (mais de 4pares de patas)
- Crustáceos: caranguejo, camarão… (varia)
- Insectos: mosca, formiga… (com 3 pares de patas).

- São animais exclusivamente marinhos com o corpo revestido por uma carapaça de origem
calcária.
Ex: Estrela-do-mar; Ouriço-do-mar; Pepino-do-mar.
Equinodermes - Tem vários braços ou espinhos que saem pelas zonas ambulacrárias. A maioria das espécies
são dioicas.
- O ouriço- do - mar é constituído pela: placa madrepórica; canal de areia; canal anelar, pés
ambulacrários.

23
6.1.4. Animais vertebrados:
Os vertebrados têm uma forma bem definida e são constituídos por vários órgãos, cada um
exercendo uma determinada função.
O conjunto de órgãos vai formar um sistema de órgãos. Assim, vamos estudar resumidamente
alguns Sistemas de órgãos tais como: o Tegumentar, Muscular, Esquelético, Digestivo,
Respiratório, Circulatório e Reprodutor dos vertebrados.

► O Sistema tegumentar é constituído pela pele. A pele é formada por duas camadas:
epiderme (camada superficial) e a derme (camada mais abaixo). A função da pele é de
proteger os músculos, ossos e órgão internos. Os anexos da pele são: as escamas, as penas, os
pêlos e as glândulas. Os anexos da pele têm a função de proteger o ser vivo das oscilações de
temperatura no seu habitat.

► O Sistema muscular, os vertebrados possuem células especializadas com fibras musculares,


que se organizam em músculos. Estes, por sua vez, formam o sistema muscular encarregados da
movimentação do corpo, em conjunto com o sistema ósseo.

►O Sistema ósseo ou esquelético dá forma e suporte ao corpo. Também protege alguns órgãos
internos, como, por exemplo, o encéfalo. Este sistema encontra-se em todos os animais
vertebrados, excepto nos peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia. Os músculos ligam-se
aos ossos através de tendões. A acção dos músculos faz com que os ossos se mexam uns em
relação aos outros através das articulações.

► O Sistema digestivo é constituído pelo tubo digestivo (boca – faringe – esófago – estômago
– intestinos e ânus) e pelos órgãos anexos (fígado, pâncreas e glândulas). Este sistema é
responsável pela incorporação dos alimentos no organismo dos seres vivos. A digestão
começa na boca, com a trituração e ensalivação dos alimentos, que são depois absorvidos pelo
organismo a partir dos intestinos. As substâncias que não podem ser aproveitadas pelo
organismo saem pelo ânus, na forma de fezes.

►O Sistema respiratório depende do habitat. É responsável pelas trocas gasosas entre o


ambiente (ar ou água) e o sangue.
- Nos mamíferos, aves e répteis a respiração é pulmonar (através dos pulmões) - retiram o
oxigénio do ar atmosférico.
- Os anfíbios são os únicos animais que apresentam três tipos de respiração ao longo da sua
existência:
respiração branquial (na fase larval – girinos);
respiração pulmonar e a respiração cutânea na fase adulta.

24
► O Sistema circulatório é formado por um coração com duas, três ou quatro cavidades e por
um conjunto de vasos (artérias veias e capilares).
No coração é possível identificar aurículas (cavidades de paredes finas para a recepção do
sangue) e ventrículos (cavidades de paredes grossas e musculosas capazes de bombear o sangue
para todo o corpo). O número de aurículas e ventrículos nos vertebrados é variável. chega as
aurículas por veias, passa pelos ventrículos e sai do coração pelas artérias.
Nos vertebrados a circulação do sangue pode ser: simples (nos peixes) ou dupla (nos
mamíferos e outros). A circulação do sangue faz-se em dois circuitos: pulmonar e sistémica:
- Na circulação pulmonar (pequena circulação) = o sangue venoso (rico em dióxido de
carbono) sai do coração, vai aos pulmões ou branquias (que são os centros respiratórios) onde é
oxigenado e regressa arterial á aurícula esquerda pelas veias pulmonares ao coração (excepto
nos peixes)
- Na circulação sistémica (grande circulação) = o sangue arterial (rico em oxigénio) sai do
coração, dirige-se para todos os órgãos e regressa venoso á aurícula direita pelas veias cavas ao
coração.

►O Sistema reprodutor é responsável pela perpetuação das espécies. Os órgãos do sistema


reprodutor são chamados de gónadas. - As gónadas masculinas são chamadas testículos, que
produzem espermatozoides, e as - gónadas femininas são chamadas ovários e produzem
óvulos. Os espermatozoides e os óvulos são as células sexuais ou gâmetas.
- Os vertebrados são dióicos, com reprodução sexuada, variando o tipo de fecundação. A união
do espermatozoide com o óvulo, dentro da fêmea ou fora dela, como no meio aquático,
denomina-se fecundação e é o inicio de uma nova vida.

- Os animais vertebrados podem ser divididos em dois grupos principais: os peixes (que são:
ósseos ou cartilaginosos) e os tetrápodes (que são os anfíbios, répteis, aves e mamíferos).
Animais Características
vertebrados
- São animais aquáticos, classificados como peixes cartilaginosos (raia) ou peixes ósseos
(carapau); são revestidos por escamas e outros com glândulas mucosas. Deslocam-se com ajuda
Peixes das barbatanas. São herbívoros, carnívoros ou omnívoros; possuem respiração branquial;
possuem 1 coração com duas cavidades: 1 aurícula e 1 ventrículo; são ovíparos.
Ex. de peixes: tubarão, sardinha, bagre…
- São animais que começam a vida na água e depois passam para a terra, com a excepção da rã,
que vive sempre na água ou próximo dela. Possuem pele lisa ou rugosa, com numerosas
glândulas mucosas; possuem 3 tipos de respiração: - branquial (fase larval ou girino), -
Anfíbios pulmonar (fase adulta) e - cutânea (também na fase adulta).
- Possuem 1 coração com 3 cavidades 2 aurículas e 1 ventrículo; podem ser herbívoros ou
carnívoros; são ovíparos e sofrem metamorfose (conjunto de transformações sofridas até chegar
a fase adulta).
Ex. de anfíbios: sapo, rã, salamandra…
- Animais terrestre, com a pele seca, escamas ou peças ósseas. Possuem respiração pulmonar;
Répteis têm 1 coração com 4 cavidades: 2 aurículas e 2 ventrículo; podem ser herbívoros ou carnívoros.
Sofrem muda. Animais ovíparos ou ovovivíparos.
Ex. de répteis: tartaruga, jacaré, lagarto, serpente.
- Animais bípedes, com os membros anteriores transformados em asas. Corpo coberto por penas
com glândulas uropigial; possuem respiração pulmonar; podem se herbívoros, carnívoras ou
omnívoras. Possuem 1 coração com 4 cavidades: 2 aurículas e 2 ventrículos. São ovíparas.
Aves Possuem a quilha e sacos aéreos com ossos ocos e leves adptados para levantar voo.
a Avestruz, e a Ema possuem asas, mas não voam (são grandes corredoras), o Pinguim é uma
ave nadadora.

25
Ex. de aves: galinha, pato, pomba, peru, papagaio…
- São animais que se alimentam de leite nos primeiros dias de vida. Possuem a pele coberto de
pêlos com glândulas (sebáceas, sudorípara, odoríferas, mamárias – nas fêmeas). Possuem a
respiração pulmonar; possuem 1 coração com 4 cavidades: 2 aurículas e 2 ventrículos. Podem
Mamíferos ser herbívoros, carnívoros ou omnívoros. São vivíparos; deslocam-se de maneiras diferentes;
alguns são terrestres outros aquáticos.
Ex. de mamíferos: homem, boi, girafa, elefante, rato.
- O morcego é o único mamífero voador,
- A baleia, o golfinho, o peixe-boi são mamíferos nadadores.

- Os peixes, anfíbios e répteis são animais poiquilotérmicos (isto quer dizer, que a temperatura
varia com o meio ambiente),
- As aves e os mamíferos são animais homeotérmicos (com a temperatura invariável)

6.1.5 A fauna angolana


A fauna é o conjunto de animais de uma determinada região. Existe uma grande diversidade de
animais no nosso planeta. Por sua vez, a fauna angolana é diversificada e rica. Os nossos
mares, rios, lagos, florestas, desertos e savanas comportam animais adaptados aos factores do
meio em que vivem.
Salientamos a existência exclusiva da Palanca negra gigante, Girafas, Elefantes,
Hipopótamos, Chimpanzés, Macacos, Crocodilos, Lobos marinhos, entre outros.

- Os animais têm características específicas que lhes permitem adaptar-se ao meio em que
vivem em termos de revestimento do corpo, natureza do esqueleto, tipo de alimentação, sistema
respiratório, reprodutor e locomotor:
Os animais podem ter o corpo revestido de pele nua (como a rã), de pêlos (como o macaco),
de penas (como a galinha), de escamas (como o caxuxu e a cobra), de carapaça (como o
Revestimento cágado), ou apenas com uma membrana (como a ténia).

O esqueleto pode ser ósseo (como os mamíferos, e peixes ósseos), cartilaginosos (como os
Esqueleto peixes cartilaginosos).

Quanto á locomoção os animais podem estar fixos (corais), voar (aves), saltar (sapos),
caminhar com os plantas do pé (mamíferos), rastejantes (répteis), nadar (peixes) e há
Locomoção quem desloca-se velozmente em corrida como a zebra, avestruz, cavalo

A alimentação varia de acordo com os diferentes tipos de capturas dos alimentos consoante
os grupos a que cada animal pertence: os mamíferos têm dentes, os insectos mandibulas e as
aves bico. Por este motivo, o regime alimentar pode ser:

- Herbívoros (cabra do mato, zebra, boi, entre outros)


Alimentação - Granívoros (galinhas, pombos, entre outros)
- Insectívoros (lagartos, rã, camaleão, entre outros)
- Carnívoros (cão, leão, tigre, gato)
- Omnívoro (homem, porco, urso, entre outros).
- Alguns animais são parasitas.

26
Pulmonar (vertebrados terrestres como o homem, coelho, cão, cavalo, gato, galinha, entre
outros)
Respiração Cutânea (anfíbios)
Traqueal (insectos)
Branquial (peixes). A baleia vive na água, mas a respiração é pulmonar.

Vivíparos (homem – o óvulo fecundado origina um embrião, que se desenvolve no interior


do corpo materno)
Ovíparos (galinha – o ovo se desenvolve fora do corpo da mãe)
Ovovivíparos (algumas cobras – os ovos ficam dentro do corpo do animal, onde se
Reprodução desenvolvem)
Os animais depois de nascidos podem ter forma parecida com o s seus pais ou diferentes.
Quando nascem diferentes, significa que passarão por várias transformações até chegarem ao
estado adulto. A este processo dá-se o nome de metamorfose (anfíbios).
Habitat Os animais podem viver na terra ou na água.

27
Tema 2 - Factores do ambiente: bióticos e abióticos
7.1 Factores bióticos
Os factores bióticos são as relações entre os seres vivos de uma comunidade. Essas relações
podem ser Intra-específicas ou Interespecíficas
► As Relações interespecíficas ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes e podem ser
favoráveis como (cooperação, mutualismo e comensalismo) ou desfavoráveis como
(competição, predação e o parasitismo).
- Nas Relações de predação as presas desenvolvem adaptações corporais e estratégicas de
ataque e de defesa importantes na luta pela sobrevivência, então alguns emitem a
Coloração de aviso (coloração bem visível e forte, para alertar os predadores que estão perante
uma presa venenosa);
Mimetismo (emitem sons de espécies mais perigosas);
Camuflagem (confundem-se com o ambiente para não serem identificados).
- Nas Relações de parasitismo, o parasita pode ser encontrado fora do hospedeiro =
ectoparasitismo (o cão e a pulga; o homem e o mosquito) ou viver no interior do hospedeiro =
endoparasitismo (o homem e as lombrigas).

►As Relações intra-específicas ocorrem entre indivíduos da mesma espécie. Essas relações
também podem ser favoráveis como (a cooperação) ou desfavoráveis como (a competição).
- As sociedades de animais são exemplos de relações intra-específicas de cooperação, em
que cada indivíduo ocupa um determinado lugar e realizam uma determinada tarefa. Exemplo,
as formigas e as abelhas. A comunidade de abelhas é constituída pela rainha, zangões e
obreiras.
- A cooperação é importante na defesa dos componentes da sociedade, na nutrição e na
reprodução.

7.1.1 Relações tróficas


As relações tróficas são as transferências de nutrientes dos produtores para os consumidores.
Essas relações podem representar-se por cadeias alimentares.
- Cadeia alimentar é uma sequência de seres vivos que se interrelacionam através do alimento.
Numa cadeia alimentar cada ser vivo alimenta-se do anterior e é comido pelo seguinte. A
posição que cada ser ocupa numa cadeia alimentar é chamado de - nível trófico.

28
Numa cadeia alimentar encontram-se três categorias de seres vivos: os produtores
(autotróficos); os consumidores que podem ser da 1ª, 2ª 3ª ordem … (heterotróficos) e os
decompositores (heterotróficos).

O conjunto de várias cadeias alimentares interligados de um ecossistema forma uma rede ou -


teia alimentar (uma teia alimentar representa o conjunto das relações tróficas de um
ecossistema).

Já as - pirâmides ecológicas são as representações gráficas da estrutura de um ecossistema.

29
7.2 Factores abióticos
Os factores abióticos são as características físicas e químicas do ambiente que influenciam a
vida dos sere vivos. eles podem ser edáficos (como o solo) ou climáticos (como a temperatura,
luz, e a água).

7.2.1 Influência da luz nas plantas e nos animais


A luz é a fonte de energia utilizada pelas plantas na produção do seu próprio alimento,
influenciando directamente no seu crescimento.
►Nas plantas o fotoperíodo (número de horas de luz durante o dia), pode determinar a
germinação das sementes, a floração, o crescimento do caule e a queda das folhas. De acordo
com esse fenómeno (fotoperíodo) as plantas podem ser: plantas de dia longo (o dia é maior
que a noite); plantas de dia curto (a noite é maior que o dia); e plantas indiferentes (a
floração não depende do fotoperíodo).
Para aumentar a captação de luz, as plantas são capazes de realizar movimentos em direcção á
luz. A esse fenómeno designa-se por fototropismo. A luz também determina o habitat das
plantas e assim, existem plantas de sombra (nos locais com menos luminosidade. Ex: os fetos)
e plantas de luz (locais bem iluminados, com exposição directa ás radiações solares. Ex:
girassol).
►Os animais também sofrem mudanças corporais e comportamentais com alteração do
fotoperíodo. Exemplos as mudanças de cor das penas, dos pêlos, as migrações, a hibernação, a
reprodução. A alternância dos dias e das noites também produz mudanças no ritmo de vida dos
animais. Assim, alguns são diurnos (activos durante o dia) outros noturnos (activos durante a
noite. Ex: coruja, morcego) e animais que preferem locais poucos iluminados. Ex: a minhoca,
e outros são atraídos pela luz.
- Na espécie humana, a luz estimula a produção de melanócitos (células da pele), que
produzem melanina (pigmento responsável pela cor da pele).

7.2.2 Influência da temperatura nas plantas e nos animais


A temperatura exerce grande influencia sobre os seres vivos, quer vegetais quer animais. De
acordo com baixas ou altas temperaturas, os seres vivos adoptam modificações que permitem a
continuidade da espécie, procurando regiões com temperaturas mais favoráveis ou adoptando
características morfológicas favorável ás variações de temperaturas.
►As plantas tomam formas diversa para resistirem ás diferenças de temperatura, podendo
viver em condições muito extremas, tais como: Bolbo, Tubérculos, Rizomas e Sementes. A
germinação das sementes, a floração e a frutificação.
►Os animais apresentam características corporais que lhes permitem sobreviver em diferentes
climas. Assim, podem ser: poiquilotérmicos ou ectotérmicos = animais com temperatura
variável. Ex: peixes, anfíbios e répteis. E animais homeotérmicos ou endotérmicos = animais
com temperatura constante. Ex: aves e mamíferos.
Alguns animais adquirem comportamentos que lhes permitem sobreviver durante as espécies do
ano em que as temperaturas se afastam do valor óptimo para o desenvolverem as suas
actividades.

30
Assim, alguns animais migram = deslocação para zonas com temperatura favoráveis (as aves);
outros hibernam = estado de dormência durante a estação fria (cobras, lagartos, esquilos); e
outros estivam = dormência durante a estação quente (caracol, cágado).

7.2.3 Influência da água nas plantas


A água é um factor determinante na distribuição dos organismos nos diferentes habitats. A
maior parte da vegetação absorve a água retirada no solo através das raízes. Cada espécie
precisa de uma determinada quantidade de água para a sua sobrevivência.
De acordo com as necessidades de água, as plantas podem em:
- Hidrófilas (ambientes aquáticos);
- Higrófilas (ambientes húmidos);
- Mesófilas (ambientes moderados);
- Xerófilas (ambientes indiferentes).

7.2.4 Solo
O solo é a camada superficial de terra. É onde se faz sentir a acção dos agentes erosivos e dos
seres vivos.
O solo é muito importante, porque nele encontramos não só raízes de plantas, mas também
animais. É no solo que as plantas tiram os seus nutrientes: água e sais minerais. O solo é
constituído por água, minerais, ar e matérias orgânicas.
O solo também é muito importante para a agricultura quando apresenta as condições que esta
prática (agricultura) exige “Ser fértil”. Pode-se utilizar substâncias químicas para fertilizar os
solos.
No entanto, o uso exagerado destas práticas pode ser prejudicial porque pode poluir a água, o
próprio solo, provocando doenças graves ou mesmo a morte de animais inclusive a do próprio
homem.

Elaborado pela professora: Amélia Lopes

3ª tiragem: 2021/2022

Fontes: Manual de Bilogia da 7ª classe; Atlas básico de botânica; 1001respostas para saber tudo a vida na terra.

31

Você também pode gostar