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Por que eu me arrumo

Se ninguém vê?

Por que eu acordo cedo

E fico deitada na cama?

Por que esses romances

Tão legais e imprevisíveis não acontecem comigo?

Eu tô cansada

Por que aquele cara

Destruiu a minha infância?

Por que acreditar

Ficou tão difícil?

Por que tenho pressa

Se esperei tanto?

É que as vezes muito

Querer abraçar alguém

E só ter o travesseiro

Querer ouvir o som da sua voz

E só ouvir ruído da minha memoria

Não é que eu não me ame

É que me amo menos

Por não ser amada por ninguém

Por que eu pergunto para mim

Se tá tudo bem?

Há tanto tempo

Nada está

E todas as pessoas que julguei vulgar

São felizes

É tudo que eu não sou

Hoje, nesse exato instante


Eu não sou

Queria que fosse mais

Por que doeu tanto?

Por que confiei tanto

Em quem não devia?

Em quem devo confiar?

Metade da minha vida

Tem sido um delírio

E eu ainda acredito que é sonho

Tudo isso me dói

Por que metade de mim é invisível?

Por que o que eu quero

Não me passa a sensação

De que vai acontecer comigo?

Por que eu olho para o lado

E só vejo fronha?

Por que essa pessoa legal

Mentiu para mim?

Eu assisto minha Netflix

Deitada na cama e durmo

Eu saio de casa sonhando

E me iludo

Eu quero chorar de dor

E engulo a seco

Não posso

A vida compôs uma música para mim

E não tem sido um Alegrete

Meu pescoço já está molhado com lagrimas

São 8 da manhã
Você me ignorou

E eu fiquei esperando com meu amor

O teu sorriso

Mais que perigo

Coloquei minha felicidade em um estranho

Eu não sei compor

Queria um som legal

Se eu cantasse

Minha voz não sairia Fitzgerald

Minha dor sairia Joplis

E minha plateia estaria vazia

Eu não quero nada demais

Só reciprocidade de quem escolhi amar

Aqueles hinos de 11 minutos

Não estão mais aqui

Me apaixonava pela memoria

De um dia feliz

Queria mesmo você ao meu lado

Mas não sou a pessoa que vira o mundo de ninguém

Chego calada não impressiono e saio

Eu digo oi

E desejo que tenha um bom dia

Ninguém espera grandes coisas de mim

Eu apresento uma calmaria

Mas eu conheço minha tempestade

Nada me dá mais preguiça do que uma manhã de domingo solitária

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