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Daniele da Conceio Souza

CPF: 04016937329
Daniele da Conceio Souza

Copyright © 2023 de Professor Giovanny Dias. CPF: 04016937329


TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. ESTE MATERIAL OU QUALQUER PARTE DELE NÃO PODE SER REPASSADO, CEDIDO, VENDIDO, ENTREGUE OU COMPARTILHADO.
SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

PROTEGIDO PELA LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 – DIREITOS AUTORAIS


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E aí CONCURSEIROS! Professor, pode cair jurisprudência e


3
doutrina? PODE SIM, mas com a letra da lei
Futuros BOMBEIROS MILITARES você consegue resolver 90% das questões.
DO PIAUÍ! A apostila tem alguns comentários,
esquemas e ilustrações, mas nada
exagerado, devido a observação acima.

Sua preparação deve ser acompanhada de:


LEI SECA (essa apostila linda) + QUESTÕES +
VÍDEO AULAS (caso você tenha um curso
online ou participe de algum presencial).

Lembrando que a apostila está 100%


ATUALIZADA CONFORME EDITAL!
PARABÉNS!
Professor, eu relatei um erro na
VOCÊ ACABA DE ADQUIRIR A MELHOR
sua apostila, o que fazer? Envie o
APOSTILA PARA O CONCURSO DO CORPO erro devidamente fundamentado
DE BOMBEIROS MILITAR DO PIAUÍ com o título “REPORTAR ERRO”
para o E-mail:
Sou o professor Giovanny Dias, na giovanny_0007@hotmail.com
oportunidade atual iremos estudar os
tópicos relativos ao conteúdo:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
BONS ESTUDOS FUTUROS SOLDADOS DO
FOGO!!
ORIENTAÇÕES GERAIS: A presente apostila
tem como base o

Edital DO CBMEPI 2023.

A apostila foi elaborada EXCLUSIVAMENTE


para o concurso DO CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR DO PIAUÍ, ou seja, voltado
totalmente para a BANCA NUCEPE.

A banca NUCEPE é o seguinte, tem o foco na


LETRA DA LEI, mas...

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Lei nº 5.949 de 17/12/2009 (Lei de Organização


4
Básica do Corpo de Bombeiros Militar do Estado
do Piauí) (Alterada pela Lei nº 7.772, de
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL: 04/04/2022).

Lei nº 3.808, de 16/07/1981 (Estatuto dos Pág. 103


Policiais Militares do Estado do Piauí). Lei nº 7.720, de 28/12/2021 (Altera a redação da
Pág. 07 Lei nº 3.808, de 16 de julho de 1981, para dispor
sobre o ingresso na Polícia Militar do Estado do
Lei nº 3.729, de 27/05/1980 (Lei do Conselho de Piauí).
Disciplina de Policiais Militares e Corpo de
Bombeiros do Estado do Piauí). Pág. 119

Pág. 63 Lei nº 7.725, de 17/01/2022 (Dispõe sobre o


Código de Ética e Disciplina dos Militares do
Lei nº 5.276, de 23/12/2002 (Lei de Estado do Piauí)
Desvinculação do Corpo de Bombeiros da Polícia
Militar do Piauí). Pág. 120

Pág. 69 e Lei nº 7.772, de 04/04/2022 (Lei de


Organização Básica).
Lei nº 5.459, de 30/06/2005 (Lei de Criação de
Quadros de Oficiais e de Praças no Corpo de Pág. 173
Bombeiros Militar do Estado do Piauí) (Alterada
pela Lei nº 5.520, de 13/12/2005 e Alterada pela
Lei nº 7.772, de 04/04/2022).

Pág. 71 NOÇÕES DE DIREITO

Lei nº 5.460, de 30/06/2005 (Dispõe sobre a


Transferência Definitiva de Policiais Militares
1. Constituição Federal:
para o Corpo de Bombeiros Militar e de
Bombeiros Militares para a Polícia Militar). Dos Princípios Fundamentais.
Pág. 75 Pág. 186
Lei nº 5.462, de 30/06/2005 (Lei de Promoção de Dos Direitos e Garantias Fundamentais - Dos
Praças do Corpo de Bombeiros Militar do Estado direitos e deveres individuais e coletivos;
do Piauí) (Alterada pela Lei nº 5.640, de
26/03/2007 e Alterada pela Lei nº 7.772, de Pág. 190
04/04/2022). Dos direitos sociais;
Pág. 76 Pág. 201
Lei nº 5.483, de 10/08/2005 (Dispõe sobre a Da nacionalidade.
Competência do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Piauí e sobre o Código de Segurança Pág. 205
Contra Incêndio e Pânico do Estado) (Alterada Da Organização do Estado - Da organização
pela Lei nº 5.801, de 26/09/2008 e Lei nº 6.950, político-administrativa;
de 20/01/2017).
Pág. 207
Pág. 84
Da administração pública;

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Pág. 218 4. Noções de Direito Administrativo:


5
Defesa do Estado e das instituições Estado, governo e administração pública:
democráticas: segurança pública, organização da conceitos; elementos; poderes e organização;
Segurança Pública. natureza; fins e princípios.

Pág. 232 Pág. 316

2. Constituição do Estado do Piauí: Da Organização administrativa do Estado:


administração pública - Das Disposições Gerais; administração direta e indireta.

Pág. 235 Pág. 327

Dos Servidores Públicos Militares. Agentes públicos: sanções aplicáveis aos agentes
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no
Pág. 238
exercício de mandato, cargo, emprego ou função
Da Justiça Militar. na administração pública direta, indireta ou
fundacional (Lei nº 8.429/1992).
Pág. 239
Pág. 337
Da Segurança Pública – Disposição Geral; Da
Polícia Civil; Da Polícia Militar e do Corpo de Poderes administrativos: poderes hierárquico,
Bombeiros Militar. disciplinar e regulamentar; poder de polícia; usos
e abuso do poder.
Pág. 240
Pág. 353

Controle e responsabilização da administração:


3. Noções do Código Penal Brasileiro: controles administrativos, judicial e legislativo;
Da aplicação da lei penal; responsabilidade civil do Estado

Pág. 243 Pág. 357

Do crime;

Pág. 254

Da Imputabilidade Penal;

Pág. 266

Das penas;

Pág. 272

Dos crimes contra a pessoa;

Pág. 284

Dos crimes contra o patrimônio.

Pág. 304

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS SEGURANÇA PÚBLICA, o que temos


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hoje é o cargo de Secretário de
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL:
SEGURANÇA PÚBLICA.
➢ Lei nº 3.808, de 16/07/1981
(Estatuto dos Policiais Professor, como resolver isso na
Militares do Estado do Piauí). prova? GD- A banca nucepe procura
sempre cobrar letra de lei, logo, a
(PUBLICADA NO DOE Nº 140, DE
nomenclatura cobrada pode ser
29.07.1981) ainda a antiga Secretário de Justiça
Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais Militares e Segurança Pública.
do Estado do Piauí, e dá outras providências.
Procure sempre a questão MAIS
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, CORRETA dentre as opções!
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e
Caso venham as duas opções: a)
eu sanciono a seguinte Lei: Secretário de Justiça e Segurança
Art. 1º - O presente Estatuto regula a Pública e b) Secretário de Segurança
situação, obrigações, deveres, direitos e Pública... a questão certamente será
anulada!
prerrogativas dos policiais–militares do
Estado do Piauí.

Bizu do GD!
Bizu do GD!

Falou em vinculação?
Objetivo do Estatuto! Não Confunda!
Lembre-se: SiODeDiPre ! Administrativa: Governador
Situação Operacional: Secretario de
Obrigação Segurança Pública
Deveres
Direitos A PMPI é auxiliar e reserva do
Prerrogativas EXÉRCITO, muito cuidado pois
a banca pode colocar o termo
"FORÇAS ARMADAS", deixando
a questão, tecnicamente,
Art. 2º - A Polícia Militar do Estado do Piauí, errada.
subordinada operacionalmente ao
Secretário de Justiça e Segurança Pública, é
uma instituição permanente, considerada
força auxiliar e reserva do Exército, com
organização e atribuições definidas em Lei.

Bastante ATENÇÃO da Expressão


SECRETÁRIO DE JUSTIÇA E

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Art. 3º - Os integrantes da Polícia Militar, em II – reformados, quando tendo passado por
razão da destinação constitucional da uma das situações anteriores, estão
Corporação e em decorrência das Leis dispensados, definitivamente, da prestação
vigentes, constituem uma categoria especial de serviço na ativa, mas continuam a
dos servidores públicos estaduais e são perceber remuneração do Estado do Piauí.
denominados policiais–militares.

Como vimos, são duas situações, o


ponto importante aqui é saber
diferenciar cada uma das subdivisões,
§ 1º - Os policiais–militares encontram-se por exemplo, é de suma importância
em uma das seguintes situações: saber que o componente da reserva
a) na ativa: pode ser da inatividade ou em
algumas situações, da atividade, a
I – os policiais–militares de carreira; depender do caso específico.
II – os incluídos na Polícia Militar
voluntariamente, durante os prazos a que se § 2º - Os policiais–militares de carreira são
obrigam a servir; os que no desempenho voluntário e
permanente do serviço policial-militar, tem
III – os componentes da reserva remunerada
vitaliciedade assegurada.
quando convocados; e
§ 3º - Os militares temporários não
IV – os alunos de órgãos de formação de
adquirem vitaliciedade e nem estabilidade,
policiais–militares da ativa.
passando a compor a reserva não
V – os temporários, incorporados remunerada da Polícia Militar do Piauí após
voluntariamente à Polícia Militar para serem desligados do serviço ativo. “ (NR)
prestação de serviço militar, por prazo (ALTERAÇÃO PELA LEI Nº 7.641 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2021)
determinado.
(ALTERAÇÃO PELA LEI Nº 7.641 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2021)

Art. 4º - O serviço policial–militar consiste no


exercício de atividade inerente à Polícia
b) na inatividade:
Militar e compreende todos os encargos na
I – na reserva remunerada, quando legislação específica e relacionados com a
pertencem à reserva da Corporação e manutenção da ordem pública no Estado do
percebem remuneração do Estado do Piauí, Piauí.
porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço
Art. 5º - A carreira policial-militar é
na ativa, mediante convocação;
caracterizada por atividade continuada e
inteiramente devotada às finalidades da

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Polícia Militar, denominada atividade
policial-militar.

Bizu do GD!
Art. 6º - Os policiais-militares da reserva
remunerada poderão ser convocados para o
Cuidado com as trocas de serviço ativo, em caráter transitório e
conceitos! mediante aceitação voluntária, por ato do
Serviço: Exercício de Atividade Governador do Estado, desde que haja
conveniência para o serviço.
Carreira: Atividade continuada

§ 1º - A carreira policial-militar é privativa do


ATENÇÃO: CUIDADO COM A
pessoal da ativa. Inicia-se com o ingresso na
DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS,
Polícia Militar e obedece à sequência de
graus hierárquicos. QUEM CONVOCA O POLICIAL MILITAR
DA RESERVA REMUNERADA PARA
Só tem CARREIRA quem tá na ATIVA ! RETORNAR AO SERVIÇO ATIVO É O
A Estrutura hierárquica da POLICIA
GOVERNADOR, NÃO CONFUNDA COM
MILITAR DO PIAUÍ, é formado por
ALGUMAS ATRIBUIÇÕES DO
OFICIAIS E PRAÇAS, da seguinte forma
(decrescente): COMANDANTE GERAL.

OBS: Vamos falar posteriormente a


respeito das PRAÇAS ESPECIAIS. Art. 7º - São equivalentes as expressões "na
ativa", “em serviço na ativa”, "em serviço",
"em atividade" ou "em atividade policial-
OFICIAIS: militar" conferidas aos policiais-militares no
CORONEL desempenho de cargo, comissão, encargos,
TENENTE-CORONEL incumbência ou missão, serviço ou atividade
MAJOR policial-militar ou considerada de natureza
CAPITÃO policial-militar, nas organizações policiais-
1º TENENTE militares, bem como ou em outros órgãos do
2º TENENTE
Estado do Piauí ou na União, quando
previsto em lei ou regulamento.
PRAÇAS:
SUBTENENTE Art. 8º - A condição jurídica dos policiais–
1º SARGENTO militares é definida pelos dispositivos
2º SARGENTO constitucionais que lhe forem aplicáveis, por
3º SARGENTO este Estatuto e pela legislação que lhe
CABO outorgar direitos e prerrogativas e lhes
SOLDADO impuser deveres e obrigações.

§ 2º - É privativa de brasileiro nato a carreira


de Oficial da Polícia Militar.
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§ 1º Após todas as etapas do concurso, os
candidatos a serem nomeados farão curso
de formação para ingresso. (Acrescentado
pela LC n° 35, de 06.11.2003)
§ 2º Os exames de conhecimentos,
excetuados os exames práticos, serão
classificatórios e habilitatórios, e as demais
Significa dizer que o policial militar está fases do concurso público terão caráter
sujeito não só a esse Estatuto, mas apenas habilitatório. (Acrescentado pela Lei n°
também a todas as legislações que lhes 35, de 06.11.2003)
outorgam direitos e prerrogativas e
lhes impõem deveres e obrigações. QUER DIZER QUE SÓ VAI TE
CLASSIFICAR O EXAME DE
CONHECIMENTO (TUA PROVA DO
Art. 9º - O disposto neste Estatuto aplica-se
no que couber: CONCURSO), VAI TE COLOCAR NUMA
CLASSIFICAÇÃO POR EXEMPLO:
I – aos policiais-militares da reserva
1º...10º...75º...; AO MESMO TEMPO
remunerada e reformados;
QUE IRÁ TE HABILITAR PARA AS
II – aos capelães policiais-militares. DEMAIS ETAPAS, ENQUANTO AS
OU SEJA, APLICA-SE A TODOS OS POLICIAIS DEMAIS ETAPAS TERAM CARÁTER
MILITARES, NO QUE COUBER. APENAS HABILITATÓRIO, OU SEJA,
DIRETAMENTE, NÃO CLASSIFICA
NINGUÉM.
CAPITULO I POR EXEMPLO: NO TESTE FÍSICO
DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR QUEM FAZ A CORRIDA DE 2400
METROS EM 10 MINUTOS NÃO TEM
Art. 10 - O ingresso na Polícia Militar fica
condicionado à aprovação em concurso NENHUMA VANTAGEM SOBRE QUEM
público, que poderá ser regionalizado, com FAZ A MESMA CORRIDA EM 12
exames de conhecimentos, exame MINUTOS, SERÃO CONSIDERADOS
psicológico, exame de saúde, exame de APENAS: APTOS.
aptidão física e investigação social. (Alterado
pela LC n° 35, de 06.11.2003)1
§ 3º Às mulheres serão reservadas até 10%
ATENÇÃO! O CONCURSO PODERÁ SER (dez por cento) das vagas oferecidas no
DIVIDIDO POR REGIÕES, É O QUE concurso público.
ACONTECE COM OS ÚLTIMOS
CONCURSOS DA POLICIA MILITAR,
SÃO AO TODO CINCO ETAPAS + CURSO
DE FORMAÇÃO PARA INGRESSO.

1
Lei Complementar nº 35, de 06.11.2003, publicada
no Diário Oficial do Estado nº 215, de 10.11.03.
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11 MEUS ALUNOS: CONFIRAM A LETRA


DA LEI MODIFICADORA. SOBRE O
CASO EM QUESTÃO, O PRÓPRIO
EDITAL DA NUCEPE JÁ TRAZ CONSIGO
A REFERIDA ATUALIZAÇÃO.

§ 8º Não podem participar de comissão,


§ 4º O candidato terá o direito de conhecer
banca de concurso, as pessoas que tiverem
as razões de sua reprovação em quaisquer
cônjuge, companheiro, ou parente
fases do concurso, sendo-lhe permitida a
consanguíneo ou afim em linha reta ou
apresentação de recursos. (Acrescentado
colateral, até o terceiro grau, inscrito no
pela LC n° 35, de 06.11.2003)
concurso público. (Acrescentado pela LC n°
SEMPRE CABE RECURSO! 35, de 06.11.2003)

IMAGINA TUA MÃE APLICANDO TUA


§ 5º Excetuadas as razões de reprovação no PROVA? IA SER IMPARCIAL NÉ? (rs)
exame psicológico e na investigação social,
cuja publicidade será restrita ao candidato,
Art. 10-A. O exame de conhecimentos
os resultados de cada uma das fases do
poderá consistir na realização de testes
concurso serão publicados no Diário Oficial
objetivos, dissertativos ou práticos,
do Estado. (Acrescentado pela LC n° 35, de
compreendendo as matérias previstas no
06.11.2003)
edital. (Acrescentado pela LC n° 35, de
DIVULGAÇÃO OFICIAL, EXCETO NOS 06.11.2003)
CASOS PREVISTOS.
TRAZ A POSSIBILIDADE DE TER
REDAÇÃO, E A PARTIR DESSE
§ 6º A habilitação em quaisquer das etapas CONCURSO TERÁ REDAÇÃO.
do concurso público ou no curso de Lei 7.037 de 20 de setembro de 2017
formação para ingresso não poderá ser
aproveitada para provimento de cargo Parágrafo único. Para obter aprovação nesta
distinto ou para outro concurso. prova, o candidato deverá alcançar
(Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003) aproveitamento mínimo de 60% (sessenta
por cento) no geral e 50% (cinquenta por
§ 7º Durante o prazo de 3 (três) anos cento) em cada uma das matérias ou ser
contados da posse, não poderá o militar ser julgado apto no teste prático.
afastado da atividade de policiamento
ostensivo nem ser removido, redistribuído Bizu do GD!
ou transferido. (Acrescentado pela Lei 5.552
de 23 de março de 2006) A prova corresponde a apenas
MUITO LEGAL ESSA PARTE, GERA duas matérias (NOMECLATURA):
DÚVIDAS EM MUITOS CANDIDATOS, 1. Básicas
PORÉM FOI ATUALIZADO POR A LEI
DESCRITA ACIMA, SEMPRE FALO PARA 2. Específicas

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Art. 10-B. O exame psicológico adotará Parágrafo único. O exame físico será
critérios científicos objetivos, sendo vedada realizado por meio de representante ou
a realização de entrevistas. (Acrescentado comissão composta de representantes da
pela LC n° 35, de 06.11.2003) instituição contratada para a realização do
concurso ou por servidor ou comissão de
CONSISTE EM TESTES OBJETIVOS,
servidores efetivos e estáveis, com
(TESTE DE PERSONALIDADE E ETC..),
habilitação em educação física. (NR)
MAS NUNCA ENTREVISTA!
ATENÇÃO! QUEM FAZ CONCURSO DA
PM, SEJA QUAL FOR, JÁ DEVE IR
Parágrafo único. O exame será realizado por
PRATICANDO OS EXERCÍCIOS
meio de representante ou comissão de
COBRADOS NO EDITAL. TÁ ACIMA DO
representantes da instituição contratada
PESO? DIETA!
para a realização do concurso ou por
servidor ou comissão de servidores públicos
efetivos e estáveis, com habilitação em
psicologia. (NR)
Art. 10-C. O exame de saúde compreenderá
os exames médicos e odontológicos
previstos no edital do concurso público.
(Acrescentado pela LC n° 35, de 06.11.2003)
Art. 10-E. A investigação social consistirá na
apuração, dentre outros requisitos previstos
no edital do concurso, na comprovação da
ausência de antecedentes criminais,
relativos a crimes cuja punibilidade não
esteja extinta e não tenha ocorrido a
reabilitação, compreendendo processos na
Justiça Comum, na Justiça Federal, na Justiça
Federal Militar e Justiça Eleitoral, certidão
negativa de antecedente expedida pela
Parágrafo único. O exame de saúde será Polícia Federal, Polícia Civil e Auditoria
realizado por meio de representante ou Militar e certidão negativa de processo
comissão composta de representantes da administrativo disciplinar no âmbito da
instituição contratada para a realização do Corporação. (Acrescentado pela LC n° 35, de
concurso ou por servidor ou comissão de 06.11.2003)
servidores efetivos e estáveis, com
habilitação em medicina e odontologia”. Parágrafo único. A Certidão de
(NR) Antecedentes será expedida pelo órgão de
distribuição das comarcas onde o candidato
Art. 10-D. O exame de aptidão física constará haja residido nos últimos 5 (cinco) anos. (NR)
de provas atléticas, adequadas ao cargo,
conforme previsto no edital. (Acrescentado Art. 10-F. O curso de formação para ingresso
pela LC n° 35, de 06.11.2003) será realizado pela Academia de Polícia
Militar do Estado do Piauí, Batalhões,

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Companhias Militares ou outras entidades
congêneres, observada a seguinte duração
mínima: (Acrescentado pela LC n° 35, de
06.11.2003)
I - Curso de Formação de Oficiais: 3.600h/a
(três mil e seiscentas horas-aula);
Atualizado pela LEI Nº 7.720, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2021

II – Curso de Formação de praças: mínimo §1º-A A matrícula do candidato no curso de


600 horas-aula. formação para ingresso nos quadros de
oficiais ficará condicionada: (LC nº
ATENÇÃO!
134/2009)
NOVA LEI Lei Complementar Nº 134 de I – à aprovação nos exames do concurso;
30/09/2009 ATUALIZOU A DURAÇÃO
MÍNIMA DE CURSOS DE FORMAÇÃO, E II – ao resultado da investigação social,
TAMBÉM DEMAIS CRITÉRIOS! conforme deliberação da Comissão do
Concurso;

§ 1º A matrícula do candidato no curso de III – ter idade mínima de 21 (vinte e um)


formação para ingresso ficará condicionada: anos e máxima de 35 (trinta e cinco) anos
no período de inscrição para o concurso;
I – à aprovação nos exames do concurso;
Atualizado pela Lei 7.427/20
II – ao resultado da investigação social,
conforme deliberação da Comissão do
Concurso; IV- à conclusão de curso de graduação
III – ter idade mínima de 18 (dezoito) anos e superior em qualquer área.
máxima de 35 (trinta e cinco) anos no Atualizado pela LEI Nº 7.720, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2021

período de inscrição para o concurso;


Atualizado pela Lei 7.427/20
V – o limite de idade de 35 (trinta e cinco)
IV - à conclusão de curso de graduação anos a que se refere o inciso III do §1º do
superior em qualquer área. artigo 10-F não se aplica aos policiais
Atualizado pela LEI Nº 7.720, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2021 militares que já fazem parte da Corporação
na condição de praças, os quais não se
submeterão a limite máximo de idade.
Atualizado pela Lei 7.427/20

§ 1º-B Poderá ser exigido conclusão de


curso superior de graduação em apenas uma
área especifica do conhecimento para
ingresso nos quadros de oficiais, conforme

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

14
previsão no edital do concurso. (LC nº a) cinco anos de exercício do cargo, se
134/2009) oficial;
§ 1º-C As cargas horárias dos cursos de b) dois anos de exercício do cargo, se praça.
adaptação para ingresso nos quadros de
OU SEJA, POR EXEMPLO, O ESTADO DO
oficiais médicos, dentistas, enfermeiros,
PIAUÍ VAI TER GASTOS COM SEU
farmacêuticos, capelães e veterinários serão
CURSO DE FORMAÇÃO, EM RAZÃO
reguladas conforme dispuser norma interna DISSO, ESPERA QUE VOCÊ TRABALHE
da Corporação. (LC nº 134/2009) PARA ELE!
§ 2º Ao candidato inscrito em curso de E ASSIM ESTABELECE UM TEMPO
MÍNIMO.
formação para ingresso fica assegurado uma
CASO SAIA ANTES, DEVE PAGAR O
bolsa no valor previsto no Anexo Único desta
VALOR RECEBIDO A TÍTULO DE BOLSA.
Lei, assegurado o direito de opção entre a
remuneração do cargo ocupado e a bolsa
para aqueles que forem policiais militares ou Art. 11 – Para a matrícula nos
servidores públicos do Estado, bem como a estabelecimentos de ensino policial-militar
revisão da mesma, na data e proporção, destinado à formação de oficiais e
sempre que se modificar a remuneração dos graduados, além das condições relativas à
militares estaduais. nacionalidade, idade, aptidão intelectual,
capacidade física e idoneidade moral, é
POR EXEMPLO: JÁ É SERVIDOR necessário que o candidato não exerça,
PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ? PODE nem tenha exercido atividade prejudiciais
ESCOLHER ENTRE SUA REMUNERAÇÃO ou perigosas à Segurança Nacional.
ATUAL OU A BOLSA DO CURSO DE
FORMAÇÃO. Parágrafo único. O disposto neste Capítulo
aplica-se aos candidatos ao ingresso nos
Quadros de Praças e Oficiais, para os quais é
§ 3º A aprovação no curso de formação para exigido diploma emitido por estabelecimento
ingresso atenderá ao disposto no de ensino superior reconhecido pelo Governo
regulamento do Órgão de ensino da Polícia Federal.” (NR)
Militar e constituirá requisito indispensável LEI Nº 7.720, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2021
para a nomeação no cargo.
§ 4º Derrogado pela lei Ordinária Nº 5.755 de
Art. 11-A. Para a investidura nos cargos da
08/05/2008
polícia militar, além de outros requisitos
FUNDO DE SAÚDE É FACULTATIVO. básicos previstos em lei, serão também
exigidos os seguintes: (Acrescentado pela LC
§ 5º O policial militar deverá ressarcir ao n° 35, de 06.11.2003)
erário estadual o valor percebido a título de I – permissão para dirigir ou Carteira
bolsa, se no momento da investidura não Nacional de Habilitação na categoria
preencher os requisitos necessários ao discriminada no edital do concurso;
desempenho do cargo ou pedir exoneração
antes de completar: II – altura mínima de 1,60 m (um metro e
sessenta), para homens, e 1,55 (um metro e

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15
cinquenta e cinco centímetros), para O ARTIGO 12 FOI OBJETO DE PROVA
mulheres; NO CONCURSO DA PMPI 2013.

III – aprovação no curso de formação para SÃO AS COLUNAS DA POLÍCIA


ingresso. MILITAR!
INVESTIDURA SE DÁ COM A POSSE! OU
SEJA, DEPOIS DO CURSO DE § 1º - A hierarquia policial-militar é a
FORMAÇÃO! ordenação de autoridade em níveis
Parágrafo único. A comprovação de possuir diferentes, dentro da estrutura da Polícia
a altura mínima poderá ser exigida na data Militar. A ordenação se faz por posto ou
de inscrição ou em outra data, conforme graduações; dentro de um mesmo posto ou
previsão no edital do concurso. de uma mesma graduação se faz pela
Art. 11-B. Fica facultada aos Oficiais e antiguidade no posto ou na graduação. O
Praças na ativa em condição de sub judice, respeito à hierarquia é substanciado no
aprovados em exame de conhecimento nos espírito de acatamento à sequência de
termos desta Lei e com tempo de efetivo autoridade.
serviço superior a 05 (cinco) anos, a VEJAMOS, PENSE NA HIERARQUIA
realização de novo exame psicológico, de
MILITAR COMO SE FOSSE UMA
saúde e de aptidão física, bem como, de
ESCADA, CADA DEGRAU
nova investigação social. (NR)
CORRESPONDE A UM GRAU
§ 1º O reteste a que se refere o caput será HIERÁRQUICO. QUANDO SE TEM DOIS
organizado e realizado pela Corporação,
POLICIAIS NO MESMO GRAU
conforme dispuser regulamentação interna
HIERÁRQUICO, POR EXEMPLO, DOIS
específica.
CABOS, VERIFICARSEÁ QUAL DELES FOI
LEI Nº 7.847, DE 13 DE JULHO DE 2022
NOMEADO PRIMEIRAMENTE À
GRADUAÇÃO DE CABO, E ESSE MAIS
CAPÍTULO II ANTIGO TERÁ PRECEDÊNCIA SOBRE O
MAIS MODERNO.
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

§ 2º - Disciplina é a rigorosa observância e o


Bizu do GD!
acatamento integral das leis, regulamentos,
normas e disposições que fundamentam o
organismo policial-militar e coordenam seu
funcionamento regular e harmônico,
A Hierarquia e a Disciplina são as
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do
COLUNAS da Polícia Militar
dever por parte de todos e de cada um dos
componentes desse organismo.
Art. 12 – A hierarquia e a disciplina são a § 3º - A disciplina e o respeito à hierárquica
base institucional da Polícia Militar. A devem ser mantidos em todas as
autoridade e a responsabilidade crescem circunstâncias da vida, entre policiais-
com o grau hierárquico.

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16
militares da ativa, da reserva remunerada e
reformados.

OU SEJA, O POLICIAL MILITAR,


MESMO QUE NAINATIVIDADE, DEVE
RESPEITAR A HIERARQUIA E A
DISCIPLINA.

Art. 13 – Círculos hierárquicos são âmbitos


de convivência entre policiais-militares da
mesma categoria e têm a finalidade de
desenvolver o espírito da camaradagem em Esquema rápido e objetivo:
ambiente de estima e confiança, sem
prejuízo do respeito mútuo. Círculo de oficiais:
1- Superiores = Coronel, Tenente-
Coronel e Major
2- Intermediários = Capitão
3- Subalternos = Primeiro Tenente e
Segundo Tenente

Círculo de Praças:
1- Subtenentes e Sargentos

2- Cabos e Soldados

Art. 14 – Os círculos hierárquicos e escala


hierárquica na Polícia Militar são fixados no
quadro e parágrafos seguintes: § 1º - Posto é o grau hierárquico do Oficial,
conferido por ato do Governador do Estado.
§ 2º - Graduação é o grau hierárquico da
Praça, conferido por ato do Comandante-
Geral da Polícia Militar. Revogado pela Lei
Complementar nº 68, de 23/03/2006

ATENÇÃO! DADO UM NOVO


ENTENDIMENTO A PARTIR DA Lei
Complementar Nº 68 de 22/03/2006.

ART 17, § 1º A promoção das praças


da Polícia Militar do Estado do Piauí é
da competência do Governador do
Estado, mediante proposta do
Comandante Geral da Corporação.
§ 2º O Governador poderá delegar ao
Comandante Geral a competência
para a promoção das praças.
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17
§ 4º - Os graus hierárquicos inicial e final dos
diversos Quadros e Qualificações
Bizu do GD! são fixados, separadamente, para cada caso,
em Lei de fixação de Efetivo.2
§ 5º - Sempre que o policial-militar da
ATENÇÃO! Graduação ainda é o reserva remunerada ou reformado fizer uso
grau hierárquico das PRAÇAS! do posto ou graduação, deverá fazê-lo
mencionando essa situação.
Art. 15 A precedência entre policiais-
militares da ativa, do mesmo grau

Oficial Posto
hierárquico, é assegurada pela antiguidade
no posto ou na graduação, salvo nos casos
de precedência funcional em lei ou
regulamento.
Praça Graduação

§ 3º - Os Aspirantes-a-Oficial e os Alunos-
Oficiais PM, são denominados Praças
Especiais.

Conceitos resumidos
Hierarquia: Ordenação de
autoridade em níveis
diferentes

Disciplina: Rigorosa
§ 1º A antiguidade em cada posto ou
observância e acatamento
graduação é contada a partir da data da
integral da legislação*
assinatura do ato da respectiva promoção,
nomeação, declaração ou inclusão, salvo
Círculos hierárquicos: são quando estiver taxativamente fixada outra
âmbitos de convivência entre data.
os Policiais-Militares da
mesma categoria

2
Lei nº 4.355, de 30.07.1990, DOE nº 153, de
15/08/90, que dispõe sobre a fixação do efetivo da
PMPI.
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18 Como vimos, a estrutura da Polícia melkim tenha menos tempo de polícia,


Militar é uma espécie de escada, onde ambos cabos. Far-se-á a precedência a
cada grau hierárquico (posto ou partir da última promoção, ou seja, o
graduação) corresponde a um soldado jimy melkim terá precedência
“DEGRAU”, pois bem, e quando temos sobre o soldado jannye helps.
dois militares no mesmo “DEGRAU”?
ESSA É A REGRA.
Ou seja, se tivermos dois Coronéis,
qual tem precedência sobre o outro?
Simples! O que se tornou coronel § 2º No caso de ser igual a antiguidade
primeiro terá precedência sobre o que referida no parágrafo anterior, a antiguidade
se tornou depois. é estabelecida:

Temos uma exceção! a) entre policiais–militares do mesmo


Nos casos de precedência funcional Quadro, pela posição nas respectivas escalas
Por exemplo: O governador escolhe o numéricas ou registros de que trata o artigo
coronel GIOVANNY DIAS para ser o 17;
Comandante Geral, nesse caso, o
b) nos demais casos, pela antiguidade no
coronel GIOVANNY DIAS, terá,
independentemente da data em que se posto ou na graduação anterior, se, ainda
tornou coronel, precedência assim, subsistir a igualdade de antiguidade,
FUNCINAL (em razão da função) sobre recorrer-se-á sucessivamente, aos graus
os demais coronéis da Polícia Militar, e hierárquicos anteriores, a data de inclusão e
consequentemente, sobre todos os à data de nascimento para definir a
demais integrantes abaixo do seu nível precedência e, neste último caso, o mais
hierárquico. velho considerado mais antigo;

QUER DIZER QUE INDEPENDE DO c) entre os alunos de um mesmo órgão de


MOMENTO DO INGRESSO NA ‘’POLÍCIA formação de policiais-militares, de acordo
MILITAR’’, O QUE IMPORTA É O com o regulamento de respectivo órgão, se
INGRESSO NO POSTO OU não estiverem especificamente
GRADUAÇÃO. enquadrados nas letra "a" e "b".
§ 3º Em igualdade de posto ou graduação,
Por exemplo: imagine que o soldado os policiais-militares da ativa têm
jannye helps tenha ingressado na precedência sobre os da inatividade.
polícia militar no ano de 1990,
enquanto o soldado jimy melkim tenha
ingressado na polícia militar no ano de
2010, no entanto no ano de 2015 o
soldado jimy melkim foi nomeado a
graduação de cabo, e logo no ano de
2016 o soldado jannye helps foi
nomeado a cabo. Veja que o soldado
jannye helps é muito mais aintigo na
PM do que o soldado jimy melkim,
porém mesmo que o soldado jimy

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Art. 16 A precedência entre as praças


19 Bizu do GD! especiais e as demais praças é assim
regulada:
I – Os Aspirantes-a-Oficial PM são
Independentemente de hierarquicamente superiores aos demais
qualquer hipótese, quando em praças;
igualdade de posto ou
graduação, quem tá na ativa II – Os Alunos-Oficiais PM são
tem precedência sobre quem tá hierarquicamente superiores aos
na inatividade! Subtenentes PM.
Art. 17 A Polícia Militar manterá um registro
de todos os dados referentes ao seu pessoal
da ativa e da reserva remunerada, dentro
§ 4º Em igualdade de posto ou graduação, a
das respectivas escalas numéricas, segundo
precedência entre os policiais-militares de
as instruções baixadas pelo Comandante da
carreira na ativa e os da reserva remunerada
Corporação.
que as tiverem convocados é definida pelo
tempo de efetivo serviço no posto ou Art. 18 Os Alunos-Oficiais são declarados
graduação. Aspirantes-a-Oficial PM pelo Comandante
Geral da Polícia Militar que formar o Oficial
PM. (Lei Complementar Nº 68
de 22/03/2006).
Bizu do GD!
ATENÇÃO!
DADO UM NOVO ENTENDIMENTO
Quando na reserva A PARTIR DA Lei
remunerada, o tempo de Complementar Nº 68 de
serviço ‘’congela’’, então 22/03/2006.
quando ele retornar para o
serviço ativo mediante ART 17, § 1º A promoção das praças da
convocação e etc..., será Polícia Militar do Estado do Piauí é da
contado seu efetivo tempo de competência do Governador do
serviço, ou seja, o tempo em Estado, mediante proposta do
Comandante Geral da Corporação.
que ele realmente trabalhou.
E isso definirá sua precedência § 2º O Governador poderá delegar ao
sobre os de mesmo posto ou Comandante-Geral a competência
graduação! para a promoção das praças.

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20
CAPÍTULO III Art. 21 O cargo policial-militar é considerado
vago a partir de sua criação e até que um
DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAIS-
policial-militar tome posse ou desde que o
MILITARES
momento em que o policial-militar
Art. 19 Cargo policial-militar é aquele que só exonerado, dispensado ou que tenha
pode ser exercido por policiais-militares em recebido determinação expressa de
serviço ativo. autoridade competente, o deixe ou até que
o outro policial-militar tome posse, de
§ 1º O cargo policial-militar a que se refere
acordo com as normas de provimento
este artigo é o que se encontra especificado
previstas no Parágrafo Único do art. 20.
nos Quadros de Organização ou previsto,
caracterizado ou definido como tal em Parágrafo Único – Consideram-se também
outras disposições legais. vagos os cargos policiais-militares cujos
ocupantes:
§ 2º - A cada cargo policial-militar
corresponde um conjunto de atribuições, a) tenham falecido;
deveres e responsabilidade que se
b) tenham sido considerados extraviados; e
constituem em obrigações do respectivo
titular. c) tenham sido considerados desertores.
§ 3º - As obrigações inerentes ao cargo Art. 22 Função policial-militar é o exercício
policial-militar devem ser compatíveis com o das obrigações inerentes ao cargo policial-
correspondente grau hierárquico e definidas militar.
em legislação ou regulamentação peculiares.
Art. 23 Dentro de uma mesma organização
policial-militar, a sequência de substituições
Serviço
CARGO Ativo
bem como as normas, atribuições e
responsabilidades relativas, são
estabelecidas na legislação específica,
respeitadas a precedência e qualificações
Art. 20 – Os cargos policiais-militares são
exigidas para o cargo ou para o exercício da
providos com pessoal que satisfaça aos
função.
requisitos de grau hierárquico e de
qualificação exigidos para seu desempenho. Art. 24 – O policial-militar ocupante do cargo
provido em caráter efetivo ou interno, de
Podemos dar como exemplo, o cargo
acordo com o Parágrafo Único do art. 20, faz
de Comandante Geral, que será
jus às gratificações e a outros direitos
Provido, em regra, por Oficial do
último posto da corporação, além dos correspondentes ao cargo, conforme
demais requisitos previstos, no caso, a previsto em lei.3 Revogado pela Lei
qualificação. Complementar nº 084/2007
Parágrafo Único – revogado pela Lei Nº 84, DE
Art. 25 As obrigações que, pela
07 DE MAIO DE 2007.
generalidade, peculiaridade, duração, vulto
ou natureza não são catalogadas como

3
Vide Lei nº 5.210, de 17 de setembro de 2001, dispõe sobre o Código de Vencimentos da Polícia
publicada em DOE nº 181, de 19.09.2001, que Militar do Piauí.
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21
posições tituladas em Quadros de II - o civismo e o culto das tradições
Organização ou dispositivo legal são históricas;
cumpridas como "Encargos",
III - a fé na elevada missão da Polícia Militar;
"Incumbência", "Comissão", "Serviços" ou
"Atividade", policial-militar ou de natureza IV - o espírito-de-corpo, orgulho do policial-
policial-militar. militar pela organização onde serve;
Parágrafo Único. Aplica-se, no que couber, V - o amor a profissão policial-militar e o
ao Encargo, Incumbência, Comissão, Serviço entusiasmo com que é exercida; e
ou Atividade, policial-militar ou de natureza
VI - o aprimoramento técnico-profissional.
policial-militar, o disposto neste Capítulo
para Cargo Policial Militar.

TÍTULO II
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES
POLICIAIS-MILITARES
DECORE: Sentimento, civismo,
fé, amor, espírito e
CAPÍTULO I aprimoramento!
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES

SEÇÃO I
DO VALOR POLICIAL-MILITAR

Art. 26 – São manifestações essenciais do


valor policial-militar:
I - o sentimento de servir à comunidade,
traduzido pela vontade inabalável de
cumprir o dever policial-militar e pelo
integral devotamento à manutenção da
ordem pública, mesmo com risco da própria
vida;

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22
VI - zelar pelo preparo próprio, moral,
intelectual, físico e também pelo dos
Bizu do GD!
subordinados;

Como decorar "VALORES"?

Foque nas principais palavras:

1. Sentimento
2. Civismo VII - empregar todas as suas energias em
benefício do serviço;
3. Fé
4. Espítiro VIII - praticar a camaradagem e desenvolver
permanentemente o espírito de
5. Amor cooperação;
6. Aprimoramento
IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras
e em sua linguagem escrita e falada;
SEÇÃO II X - abster-se de tratar, fora do Âmbito
apropriado, de matéria sigilosa, relativa à
DA ÉTICA POLICIAL-MILITAR
Segurança Nacional;
Art. 27 – O sentimento do dever, o pundonor
XI - acatar as autoridades civis;
policial-militar e decoro da classe impõe a
cada um dos integrantes da Polícia Militar, XII - cumprir seus deveres de cidadão;
conduta moral e profissional
irrepreensíveis, com observância dos XIII - proceder da maneira ilibada na vida
seguintes preceitos da ética policial-militar: pública e na particular;

I - amar a verdade e a responsabilidade XIV - observar as normas da boa educação;


como fundamento da dignidade pessoal; XV - garantir assistência moral e material ao
II - exercer com autoridade, eficiência e seu lar e conduzir-se como chefe de família
probidade as funções que lhe couber em modelar;
decorrência do cargo;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os
regulamentos, as instruções e as ordens das
autoridades competentes;
V - ser justo e imparcial no julgamento dos
atos e na apreciação do mérito dos
subordinados;

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XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou


23
na inatividade, de modo que não sejam
Bizu do GD!
prejudicados os princípios da disciplina, do
respeito e do decoro policial-militar;
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da
Uma grande dificuldade dos
graduação para obter facilidades pessoais de
concurseiros é identificar as
qualquer natureza ou para encaminhar
diferenças essenciais entre
negócios particulares ou de terceiros; "Valor Policial Militar" e
XVIII - abster-se, o policial-militar na "Preceitos da Ética".
inatividade, do uso das designações "Preceitos Éticos" SEMPRE
hierárquica, quando: começam com VERBO!
a) em atividade político-partidárias; Enquanto "Valores" NUNCA
comecará com VERBO!
b) em atividades industrias;
c) em comerciais; Art. 28 – Ao policial-militar da ativa,
d) para discutir ou provocar discussão pela ressalvado o disposto no parágrafo segundo,
imprensa a respeito de assunto políticos ou é vedado comerciar ou tomar parte na
policiais-militares, excetuando-se os da administração ou gerência de sociedade ou
natureza exclusivamente técnica, se dela ser sócio ou participar, exceto como
devidamente autorizado; e acionista ou quotista em sociedade
anônima ou por quotas de responsabilidade
e) no exercício de funções de natureza não limitada.
policial-militar, mesmo oficiais.
XIX – zelar pelo bom nome da Polícia Militar Bizu do GD!
e de cada um dos seus integrantes,
obedecendo e fazendo obedecer aos
preceitos da ética policial-militar.
Lembre-se que essa vedação
(Art 19 Caput) atinge apenas os
militares da ATIVA!

§ 1º - Os policiais-militares na reserva
remunerada, quando convocados, ficam
proibidos de tratar, nas organizações
policiais-militares e nas repartições públicas
civis, dos interesses de organizações ou
empresas privadas de qualquer natureza.
§ 2º - Os policiais-militares da ativa podem
exercer diretamente, a gestão de seus bens,
desde que não infrinjam o disposto no
presente artigo.
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24
§ 3º - No intuito de desenvolver a prática pertence, mesmo com sacrifício da própria
profissional dos integrantes do Quadro de vida;
Saúde, é-lhes permitido o exercício da
II - o culto aos símbolos nacionais;
atividade técnico-profissional, no meio civil,
desde que tal prática não prejudiquem4 o III - a probidade e a lealdade em todas as
serviço. circunstâncias;
Art. 29 – O Comandante-Geral da Polícia IV - a disciplina e o respeito à hierarquia;
Militar poderá determinar aos policiais-
V - o rigoroso cumprimento das obrigações;
militares da ativa que, no interesse da
e
salvaguarda da dignidade dos mesmos,
informem sobre a origem e natureza dos VI - a obrigação de tratar o subordinado
seus bens, sempre que houver razões dignamente e com urbanidade.
relevantes que recomendem tal medida.
Art. 31 – Todo cidadão, após ingressar na
Polícia Militar mediante inclusão, matrícula
ou nomeação, prestará compromisso de
honra, no qual afirmará a sua aceitação
consciente das obrigações e dos deveres
policiais-militares e manifestará a sua firme
disposição de bem cumpri-los.
Art. 32 – O compromisso a que se refere o
Imagine um policial militar
artigo anterior terá caráter solene e será
chegando para trabalhar...De
Helicóptero particular! Rsrs prestado na presença da tropa, tão logo o
policial-militar tenha adquirido um grau de
Estranho né? Isso é um exemplo de instrução compatível com o perfeito
riqueza incompatível.
entendimento de seus deveres como
O MILITAR TEM QUE integrante da Polícia Militar, conforme os
COMPROVAR A ORIGEM DO BEM. seguintes dizeres: "Ao ingressar na Polícia
Militar do Piauí, prometo regular a minha
conduta pelos preceitos da moral, cumprir
CAPÍTULO II
rigorosamente as ordens das autoridades a
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES que estiver subordinado e dedicar-me
inteiramente ao serviço policial-militar, à
Art. 30 – Os deveres policiais-militares
manutenção da ordem pública e à
emanam de vínculo racionais e morais que
segurança da comunidade, mesmo com o
ligam o policial-militar à comunidade
risco de própria vida".
estadual e à sua segurança, e compreendem,
essencialmente: § 1º - O compromisso do Aspirante-Oficial
PM será prestado de acordo com o
I - a dedicação integral ao serviço policial-
cerimonial constante do regulamento da
militar e a fidelidade à instituição à que
Academia de Policia Militar, onde for

4
Assim foi publicado: “prejudiquem”. O correto seria
“prejudique”.
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Daniele da Conceio Souza

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25
formado. Esse compromisso obedecerá aos Parágrafo Único. Aplica-se à Direção e à
seguintes dizeres: "Ao ser declarado Chefia da Organização Policial-Militar, no
Aspirante-a-Oficial da Polícia Militar, que couber, o estabelecido para o
assumo o compromisso de cumprir Comando.
rigorosamente as ordens das autoridades a
que estiver subordinado e de me dedicar
inteiramente ao serviço policial-militar, à A organização Policial Militar é muito
manutenção da ordem pública e à grande, em decorrência disso, a
segurança da comunidade, mesmo com o instituição tem vários Comandantes
risco da própria vida". de OPM´S (subdivisões de
competências), sejam elas Batalhões,
§ 2º - Ao ser promovido ao primeiro posto, o Companhias, Diretorias....
Oficial PM prestará o compromisso de
Oficial, em solenidade especialmente Quem fica à frente (COMANDANTE) de
programada, de acordo com os seguintes uma organização policial militar, é
dizeres: "Perante a Bandeira do Brasil e pela definido e caracterizado como chefe.
minha honra prometo cumprir os deveres Lembrando que todos os comandantes
do Oficial da Polícia Militar do Piauí e de OPM´S estão subordinados ao
dedicar-me inteiramente ao seu serviço". Comandante Geral.

Art. 34 A subordinação não afeta, de modo


SEÇÃO II algum a dignidade pessoal do policial-militar
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO e decorre, exclusivamente, da estrutura
hierárquica da Polícia Militar.
Art. 33 Comando é a soma de autoridade,
deveres e responsabilidades de que o
policial-militar é investido legalmente, Ter que prestar continência, chamar
quando conduz homens ou dirige uma um superior hierárquico de
“senhor”, ter que chamá-lo pelo
organização policial-militar. O Comando é
posto ou graduação, dentre outras
vinculado ao grau hierárquico e constitui coisas...NÂO afeta a dignidade do
uma prerrogativa impessoal, em cujo Policial Militar, isso tudo apenas faz
exercício o policial-militar se define e se parte dos regramentos militares.
caracteriza como chefe.

Art. 35 O Oficial é preparado, ao longo da


Bizu do GD! carreira, para o exercício do Comando, da
Chefia e da Direção das Organizações
Policiais-Militares.
Art. 36 Os subtenentes e sargentos auxiliam
Comando: soma de autoridade, e completam as atividades dos Oficiais, quer
deveres e responsabilidades no adestramento da tropa e no emprego dos
PRERROGATIVA IMPESSOAL! meios, quer na instrução e na administração,
bem como no comando de frações de tropa,
mesmo agindo isoladamente, nas atividades

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26
de policiamento ostensivo peculiares à
Polícia Militar.
Oficiais
Parágrafo Único. No exercício das atividades
mencionadas neste artigo e no comando de
elementos subordinados os subtenentes e
sargentos deverão impor-se pela lealdade, Exercício do comando, da chefia
pelo exemplo e pela capacidade profissional e da direção
e técnica incumbindo-lhes assegurar a
observância minuciosa e ininterrupta das
ordens, das regras do serviço e das normas
operativas pelas praças que lhes estiverem Subtenentes e sargentos
diretamente subordinadas e a manutenção,
da coesão e do moral das mesmas praças em
todas as circunstâncias.
Art. 37 Os cabos e soldados são, Auxiliam ou complementam as
essencialmente, os elementos de execução. atividades dos oficiais

Cabos e soldados

Elementos de execução

Art. 38 Às praças especiais cabe a rigorosa Praças especiais


observância das prescrições dos
regulamentos que lhes são pertinentes,
exigindo-lhes inteira dedicação ao estudo e
ao aprendizado técnico-profissional.
Inteira dedicação ao estudo e ao
Art. 39 Cabe ao policial-militar a aprendizado técnico profissional
responsabilidade integral pelas decisões que
tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos
que praticar. CAPÍTULO III
DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS
DEVERES
ESQUEMATIZAÇÃO DO GD!

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27 TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR É UMA O item em questão quer dizer que


CONDUTA CONTRÁRIA AO QUE DIZ O o Policial não poderá ser punido
REGULAMENTO DISCIPLINAR DA (por pena privativa de liberdade,
POLÍCIA MILITAR. que ainda se encontra
FORMALMENTE prevista, no
PENA: PUNIÇÃO DISCIPLINAR. RDPM) duas vezes pelo mesmo
fato, não o eximindo de outras
CONTRAVENÇÃO PENAL É UMA responsabilidades decorrentes por
CONDUTA DE MENOR POTÊNCIAL exemplo de licenciamento ou
LESIVO MAS QUE TAMBÉM É ILÍCITO, exclusão ou demissão, assim como
EXEMPLO: JOGO DE AZAR.... as decorrentes de sentenças de
natureza civil (reparação de
PENA: PRISÃO SIMPLES OU MULTA. danos).

CRIME É UMA CONDUTA ILÍCITA GRAVE O que o referido paragrafo diz é


QUE PODEMOS ENCONTRAR NO que ele não pode sofrer duas
CÓDIGO PENAL OU NAS LEIS ESPECIAIS, penas de prisão (âmbito
EXEMPLO: HOMICÍDIO, PECULATO, administrativo e judicial), então se
ROUBO, FURTO.... vier na prova na letra da lei,
marque como correta (assim como
PENA: RECLUSÃO OU DETENÇÃO. veio na definição de transgressão
grave, na prova soldado PMPI
Art. 40 A violação das obrigações ou dos 2013, pode ir lá conferir).
deveres policiais-militares constituirá crime,
contravenção penal ou transgressão Outro ponto que quero comentar é
disciplinar, conforme dispuserem a que sempre que a banca cobra algo
legislação ou regulamentação peculiares. muito polêmico (não pacífico), a
tendência de anular a questão é
§ 1º A violação dos preceitos da ética muito grande.
policial-militar é tão mais grave quando
mais elevado for o grau hierárquico de quem
a cometer.
§ 2º No concurso de crime militar e de
contravenção penal ou transgressão
disciplinar será aplicada somente a pena
relativa ao crime. ATENÇÃO AQUI

Muita ATENÇÃO nesse parágrafo,


ele tem sido mal interpretado e em
muitas legislações encontra-se até
mesmo revogado.

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28
mesmos acarreta para o policial-militar
responsabilidade funcional, pecuniária,
disciplinar ou penal, consoante a legislação
Bizu do GD! específica.
Parágrafo Único. A apuração da
responsabilidade funcional, pecuniária,
Quando o mesmo ato disciplinar ou penal, poderá concluir pela
configurar um concurso incompatibilidade do policial militar com o
entre esses elesmentos, cargo ou pela incapacidade para o exercício
aplica-se a pena relativa ao das funções policiais militares a ele
inerentes.
CRIME!
Art. 42 O Policial-militar que, por sua
Isso não quer dizer que
atuação, se tornar incompatível com o cargo
não será apurada sua ou demonstrar incapacidade no exercício
responsabilidade nas das funções policiais-militares a ele
demais esferas, por inerentes, será afastado do cargo.
exemplo na esfera cível.
§ 1º São competentes para determinar o
imediato afastamento do cargo ou o
impedimento do exercício da função:
a) o Governador do Estado do Piauí;
Crime
Encontra-se tipificado no código b) o Comandante-Geral da Polícia Militar; e
penal, código penal militar e leis
c) os Comandantes, os Chefes e os Diretores,
especiais
na conformidade da legislação ou
regulamentação da Corporação.
§ 2º O policial-militar afastado do cargo, nas
Contravenção Penal condições, mencionadas neste artigo, ficará
Encontra-se na lei das privado do exercício de qualquer função
contravenções penais e em leis policial-militar, até a solução final do
especiais processo ou das providências legais que
couberem no caso.
Art. 43 São proibidas quaisquer
manifestações coletivas, tanto sobre atos de
Transgressão Disciplinar superiores, quanto às de caráter
reivindicatória.
Previsto no código/regulamento
especifico da Polícia Militar

NÃO PODE, POR EXEMPLO, FAZER


Art. 41 A inobservância dos deveres
GREVE!
especificados nas leis e regulamentos ou a
falta de exação no cumprimento dos

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29 BEM DETALHADA EM SEGUIDA NESTE


MESMO MATERIAL.

Art. 46 O Regulamento Disciplinar da Polícia


Militar6 especificará e classificará as
transgressões e estabelecerá as normas
relativas à amplitude e aplicação das penas
disciplinares, à classificação do
comportamento policial-militar e à
interposição de recursos contra as penas
disciplinares.

O Regulamento Disciplinar regula a


SEÇÃO I disciplina do policial militar, lá
poderemos encontrar todas as formas
DOS CRIMES MILITARES
de procedimentos cabíveis quanto ao
Art. 44 Os Conselhos de Justiça, em 1ª controle da disciplina.
instância são competentes para processar e 1. Especifica e classifica
julgar os policiais-militares, nos crimes transgressões
definidos em lei como militares5. 2. Estabelece normas
3. Classifica comportamento
Art. 45 Aplicam-se aos policiais-militares, no 4. Prevê recursos
que couber, as disposições estabelecidas no disciplinares
Código Penal Militar.
§ 1º As penas disciplinares de detenção ou
prisão não podem ultrapassar de trinta dias.
Como vimos, o Policial Militar
responde perante o Código Penal
Militar.

Para isso é necessário que a conduta


cometida pelo policial seja enquadrada
conforme o artigo 9º do referido Código.
SEÇÃO II
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES

ATENÇÃO!

ESTA LEI (REGULAMENTO


DISCIPLINAR) TAMBÉM ESTÁ NO SEU
EDITAL, VEREMOS ELA DE FORMA

5 6
Os crimes militares estão definidos no Código Penal Decreto nº 3.548, de 31 de janeiro de 1980, publicado
Militar (Decreto-Lei Federal nº 1.001, de 21 de no DOE nº 32, de 15.01.1980, que dispõe sobre o
outubro de 1969). Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Piauí
(RDPMPI).
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Atualmente, processos administrativos


30 Bizu do GD! disciplinares dessas corporações são
orientados por regulamentos previstos
no Decreto-Lei 667/1969, que seguem
Temos aqui uma parte um os moldes do Regulamento Disciplinar
pouco delicada em questão de do Exército.
concurso público, pois foi dado Com essa sanção do presidente da
República, os códigos de ética devem
um prazo para a criação do
seguir princípios como dignidade da
referido código de ética
pessoa humana, legalidade, presunção
(ATUALIZADO COM OS de inocência, devido processo legal,
SEGUINTES PRINCÍPIOS). contraditório, ampla defesa e vedação
Até lá, para fins de concurso, da medida disciplinar privativa de
segue o previsto atualmente liberdade.
na legislação quanto a questão
das prisões e detenções. Os estados e o Distrito Federal têm 12
meses para regulamentar seus novos
Para ser sincero, acho difícil a regramentos.
banca cobrar algo relacionado
diretamente à prisão ou A Lei 13.967 é resultado do Projeto de
detenção, pois será objeto de Lei da Câmara (PLC) 148/2015,
recurso, de qualquer forma. aprovado pelo Plenário do Senado em
11 de dezembro.

O relator na Comissão de Constituição


e Justiça (CCJ) foi o senador Acir
Logo mais, haverá um NOVO código de
Gurgacz (PDTRO).
ética/tópico extinguindo,
FORMALMENTE (para fins de concurso
Fonte:
público), a pena de prisão disciplinar.
Agência Senado
Veja a reportagem completa abaixo:

O Diário Oficial da União publicou a Lei § 2º Ao Aluno-Oficial PM aplicam-se também


13.967, de 2019, que extingue a prisão as disposições disciplinares previstas no
disciplinar para policiais militares e estabelecimento de ensino onde estiver
bombeiros dos estados e do Distrito matriculado.
Federal.

A nova norma foi sancionada sem


Para a praça especial, além das
vetos pelo presidente Jair Bolsonaro.
regulamentações previstas para todos
A lei parte do princípio de que os militares, devem seguir as normas
a privação de liberdade foi concebida do estabelecimento de ensino (que em
para punir crimes graves e não para regra, são bem rigorosas).
questões disciplinares.
Quer um exemplo?

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31 1. Corte de cabelo bem mais curto submetidos a Conselho de Disciplina, serão


do que o normal. afastados das atividades que estiverem
2. Limitações de finais de semana exercendo.
(não é punição, é internato).
3. Dentro outros... § 2º Compete ao Comandante-Geral da
Polícia Militar julgar processos oriundos do
Conselho de Disciplina convocados no
SEÇÃO III âmbito da Corporação.
DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E § 3º O Conselho de Disciplina também
DISCIPLINA poderá ser aplicado às praças reformadas e
na reserva remunerada.

Art. 47 O Oficial presumivelmente incapaz


de permanecer como policial-militar da ativa
será submetido a Conselho de Justificação
na forma da legislação específica. Até eu?

§ 1º O Oficial, ao ser submetido a Conselho


de Justificação, poderá ser afastado do
exercício de suas funções automaticamente
ou a critério do Comandante-Geral da Polícia
Militar, conforme estabelecido em Lei
específica7.
§ 2º Compete ao Tribunal de Justiça do
Estado do Piauí, julgar em única instância os
processos oriundos dos Conselhos de
Justificação, na forma estabelecida em Lei
específica.
§ 3º O Conselho de Justificação também
poderá ser aplicado aos oficiais reformados
e na reserva remunerada.
Art. 48 O Aspirante-a-Oficial PM, bem como
as praças com estabilidade assegurada,
presumivelmente incapaz de permanecer
como policiais-militares da ativa serão
submetidos a Conselho de Disciplina, na
forma da legislação específica8.
§ 1º O Aspirante-a-Oficial PM e as praças
com estabilidade assegurada, ao serem

7 8
Trata-se da Lei nº 3.728, de 27 de maio de 1980, Trata-se da Lei nº 3.729, de 27 de maio de 1980,
publicada no DOE nº 101, de 30.05.1980, que dispõe publicada no DOE nº 101, de 30.05.1980, que dispõe
sobre o Conselho de Justificação da Polícia Militar e sobre o Conselho de Disciplina da Polícia Militar e
Corpo de Bombeiros do Estado do Piauí. Corpo de Bombeiros do Estado do Piauí.
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32
superior ou melhoria da mesma quando, ao
Bizu do GD! ser transferido para a inatividade, contar
mais de 35 (trinta e cinco) de serviço, se
Oficial, e mais de 30 (trinta) anos de serviço,
se praça; e
Costumo elencar as principais Revogado pela Lei nº 5.210/2001
diferenças entre Conselho de
Justificação e Conselho de III - nas condições e nas limitações imposta
Disciplina: na legislação e regulamentação específica:
Conselho de Justificação a) a estabilidade, quando praça com 10 (dez)
1. Aplica-se aos Oficiais anos ou mais anos de tempo de efetivo
serviço;
2. Tribunal de Justiça julga os
processos b) uso das designações hierárquicas;
3. Os oficiais submetidos c) a ocupação de cargo correspondente ao
PODERÃO ser afastados posto ou à graduação;
Conselho de Disciplina d) percepção de remuneração;
1. Aplica-se ao Aspirante a e) outros direitos previstos na lei específica
Oficial ou praça COM
que trata da remuneração dos policiais-
estabilidade
militares do Estado do Piauí;
2. Comendante Geral julga os
processos f) a constituição de pensão policial-militar;

3. Os Aspirantes ou Praças g) a promoção;


submetidos SERÃO afastados h) a transferência para a reserva
remunerada, a pedido, ou a reforma;
TÍTULO III
i) as férias, os afastamentos temporários do
DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS serviço e as licenças;
POLICIAIS–MLITARES
j) a demissão e o licenciamento voluntário;
l) o porte de arma, quando Oficial, em
CAPÍTULO I serviço ativo ou em inatividade, salvo
DOS DIREITOS aqueles em inatividade por alienação mental
ou condenação por crimes contra a
Segurança Nacional ou por atividades que
Art. 49 São direitos dos policiais-militares: desaconselham aquele porte; e ATENÇÃO!

I - garantia da patente, em toda a sua m) porte de arma, pelas praças, com as


plenitude, com as vantagens, prerrogativas e restrições impostas pela Polícia Militar.
deveres a ela inerentes, quando Oficial; ATENÇÃO!

II - a percepção de remuneração As alíneas “l” e “m”, na prática, não


correspondente ao grau hierárquico condizem mais com a realidade, pois

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o porte de arma de ambos é regulado

Recursos Disciplinares
33
pela mesma legislação, sem
restrições impostas de formas
diferentes para oficial ou praça. Pedido de
reconsideração de ato
Porém, tal informação extra tem
pouca relevância para a sua prova,
no caso concreto. Queixa
BIZU: Memoriza a letra da lei, sem se
aprofundar muito quanto a aplicação
da Lei do Estatuto do Representação
Desarmamento.

Parágrafo único revogado pela Lei nº


Art. 51 Os policiais-militares são alistáveis
5.210/2001.
como eleitores na forma do que estabelece
Art. 50 O policial-militar que se julgar a Constituição Federal.
prejudicado ou ofendido por qualquer ato
Parágrafo Único. Os policiais militares
administrativo ou disciplinar de superior
alistáveis são elegíveis, atendidas as
hierárquico, poderá recorrer ou interpor
seguintes condições:
pedido de reconsideração, queixa ou
representação, segundo legislação vigente Parágrafo Único derrogado pelo §8º do art.
na Corporação. 14 da Constituição Federal de 1988.
§ 1º O direito de recorrer na esfera a) o policial-militar que tiver menos de 05
administrativa prescreverá: (cinco) anos de efetivo serviço será, ao se
candidatar a cargo eletivo, excluído do
a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do
serviço ativo, mediante demissão ou
recebimento da comunicação oficial, quanto
licenciamento "ex-ofício";
a ato que decorra da composição de Quadro
de Acesso; b) o policial-militar em atividade, com 05
(cinco) ou mais anos de efetivo serviço, ao se
b) em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos
candidatar a cargo eletivo, será afastado,
demais casos.
temporariamente, do serviço ativo e
§ 2º O pedido de reconsideração, a queixa e agregado, considerado em licença para
a representação não podem ser feitos tratar de interesse particular. Se eleito, será
coletivamente. no ato da diplomação, transferido para a
reserva remunerada, percebendo a
§ 3º O policial-militar da ativa que, nos casos
remuneração a que faz jus, em função de seu
cabíveis, se dirigir ao Poder Judiciário,
tempo de serviço.
deverá participar, antecipadamente, esta
iniciativa à autoridade a qual estiver
subordinado.

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34
Afinal de contas, esses períodos II - indenizações.
mínimos para alistamento são de
cinco ou dez anos? b) eventualmente, outras indenizações.

Como podemos ver, a presente norma § 2º Os policiais-militares em inatividade


é anterior à nossa Constituição percebem:
Federal, a nossa Constituição diz, no
seu 14º artigo, § 8º, que: a) mensalmente: proventos;
b) eventualmente: auxílio – invalidez.
§ 8º O militar alistável é
elegível, atendidas as seguintes MODIFICADO PELA LEI 6.173/12
condições: LEI DE PARCELA ÚNICA.

I - se contar menos de dez anos Lei nº 6.173, de 02 de fevereiro de


de serviço, deverá afastar-se da 2012 instituiu o SUBSÍDIO para os
atividade. militares estaduais, ativos, inativos do
Estado do Piauí.
II - se contar mais de dez anos
de serviço, será agregado pela § 3º - Os policiais-militares receberão
autoridade superior e, se eleito, salário-família de conformidade com a lei
passará automaticamente, no ato da que o rege.
diplomação, para a inatividade.

Então, temos, de acordo com a


Constituição Federal, 10 anos.

SEÇÃO I
DA REMUNERAÇÃO Art. 53 O auxílio-invalidez, atendidas as
condições estipuladas em lei peculiar que
Art. 52 A remuneração dos policiais-militares trata da remuneração dos policiais-militares,
compreendem vencimentos ou proventos, será concedido ao policial-militar, que,
indenização e outros direitos e é devida em quando em serviço ativo, tenha sido ou
base estabelecidas em lei peculiar.9 venha a ser reformado por incapacidade
§ 1º Os policiais-militares na ativa percebem definitiva e considerado inválido, total e
remuneração constituídas pelas seguintes permanentemente, para qualquer trabalho,
parcelas: não podendo prover os meios de
subsistência. ATENÇÃO!
a) mensalmente:
Art. 54 O soldo é irredutível e não será
I - vencimentos, compreendendo soldo e sujeito a penhora sequestro ou arresto,
gratificações; exceto nos casos previstos em lei. ATENÇÃO!

9
Vide Lei nº 5.378, de 2004, que dispõe sobre o
Código de Vencimentos da Polícia Militar.
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35
Art. 55 Para efeito de montepio e outros remuneração percebida pelo policial-
fundos, o valor do soldo é igual para o militar da ativa no posto ou na graduação
policial-militar da ativa, da reserva correspondente aos dos seus proventos.
remunerada ou reformado, de um mesmo
grau hierárquico, ressalvado o disposto no
inciso II, do artigo 49. ATENÇÃO! SEÇÃO II

Atenção especial para esses três DA PROMOÇÃO


artigos (53, 54, 55) aconteceram
mudanças gerias em relação às suas
nomenclaturas,

A Lei nº 6.173, de 02 de fevereiro de 2012


instituiu o SUBSÍDIO para os militares
estaduais, ativos, inativos do Estado do
Piauí

caso venham na prova do concurso


público, é MUUUITO provavelmente,
questão anulada!
Art. 58 O acesso na hierarquia policial-
militar é seletiva, gradual e sucessivo e será
Art. 56 É proibido acumular remuneração
feito mediante promoções, de conformidade
de inatividade.
com o disposto na legislação e
Parágrafo Único. O disposto neste artigo, regulamentação de promoções de oficiais e
não se aplica aos policiais-militares da de praças10, de modo a obter-se um fluxo
reserva remunerada e aos reformados, regular e equilibrado de carreira para os
quanto ao exercício do mandado eletivo, policiais-militares a que esses dispositivos se
quanto ao de função de magistério ou cargo referem.
em comissão ou quanto ao contrato para
prestação de serviços técnicos ou
especializados.
Art. 57 Os proventos da inatividade serão
previstos sempre que, por motivo de
alteração do poder aquisitivo da moeda, se
modificarem os vencimentos dos policiais-
militares em serviço ativo, na percentagem
concedida.
Parágrafo Único. Ressalvados os casos,
previstos em lei, os proventos de
inatividade não poderão exceder a

10
Vide Lei nº 3.936, de 03 de julho de 1984, e o 9.888, de 24 de março de 1998, publicado no DOE
Decreto nº 6.155, de 10 de janeiro de 1985, que nº 59, de 27.03.1998, que aprova o Regulamento
dispõem sobre promoção de Oficiais da Polícia de Promoção de Praças da Polícia Militar do Piauí.
Militar do Estado do Piauí, bem como o Decreto nº
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36 Bizu do GD! Bizu do GD!

Uma pegadinha muito comum


é a banca dizer que a promoção Não existe mais promoção por
é um ato judicial. De fato, bravura!
pode-se conseguir uma
promoção através de um ato
judicial, porém, para questões § 1º Em casos extraordinários, poderá haver
de concurso: A promoção é um promoção em ressarcimento de preterição.
ATO ADMINISTRATIVO.
§ 2º - A promoção de policiais-militares feita
Caso venha na sua prova que a
em ressarcimento de preterição será
promoção é um ATO JUDICIAL,
efetuada segundo o princípio de
marque como INCORRETA!
antiguidade, recebendo ele o número que
Eu garanto o PONTO! lhe competir na escala hierárquica, como se
houvesse sido promovido na época devida.
§ 1º O planejamento da carreira dos oficiais
e praças, obedecidas as disposições da
legislação e regulamentação a que se refere “Art. 59-A. Poderá ser concedida, a pedido,
este artigo, é atribuição do Comandante- promoção em condições especiais ao posto
Geral da Polícia Militar. ou graduação imediatos, ao policial militar
do serviço ativo da Polícia Militar do Piauí
§ 2º A promoção é um ato administrativo e
que ocupe o penúltimo posto ou graduação
tem como finalidade básica a seleção dos
de seu respectivo quadro, atendidos
policiais-militares para o exercício de
cumulativamente os seguintes requisitos:
funções pertinentes ao grau hierárquico
superior. I - houver adquirido o direito de
transferência para a reserva remunerada
Art. 59 As promoções serão efetuadas pelos
por tempo de serviço, nos termos previstos
critérios de antiguidade e merecimento ou,
em Lei em vigor;
ainda, por bravura e post-mortem.11
II - tenha no mínimo 30 (trinta) anos de
serviço, dos quais, no mínimo 25 (vinte e
cinco) anos de serviço militar ou atividade
de natureza militar;
III - tenha cumprido os interstícios
necessários para a promoção ao último
posto ou à última graduação de seus
respectivos quadros.

11
Vide Lei Complementar nº 17, de 08 de janeiro de
1996, publicada no DOE nº 14 de 19.01.96, que
dispõe sobre promoções em condições especiais.
PROTEGIDO PELA LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 – DIREITOS AUTORAIS
Daniele da Conceio Souza

Copyright © 2023 de Professor Giovanny Dias. CPF: 04016937329


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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

37
§ 1º A promoção em condições especiais
independerá do calendário de promoções. Promoções Ordinárias
§ 2º O policial militar promovido nas
condições deste artigo será transferido ex-
officio para a reserva remunerada, não
Antiguidade
ocupará vaga em seu respectivo quadro,
ficando à disposição da Diretoria de Gestão
Merecimento
de Pessoas, devendo seu processo
administrativo de transferência ser iniciado
logo após a publicação do ato de promoção. Post Mortem
§ 3º Transferido para a reserva remunerada
nestas condições, o policial militar
contribuirá para o sistema de proteção Promoção Extraordinária
social dos militares estaduais, conforme
legislação que rege a matéria. “ (NR)
Ressarcimento de
(LEI Nº 7.878, DE 03 DE NOVEMBRO DE 2022)
Preterição

Art. 60 Não haverá promoção de policial-


militar por ocasião de sua transferência para Na verdade, a promoção por
Ressarcimento de Preterição é o
a reserva remunerada ou por ocasião de sua
reconhecimento de um direito não
reforma.
concedido na época prevista.

Por exemplo: Giovanny Dias é o


Major 04 na lista de antiguidade da
instituição.

Certo dia, surgiram 04 vagas para o


posto de Tenente-Coronel e foram
promovidos, por erro, os Majores 01,
02, 03 e 05.

Olha que injustiça!

O Major Giovanny Dias deve agora ir


atrás do seu direito pela promoção
por Ressarcimento de Preterição,
sem prejuízo da apuração das demais
responsabilidades cabíveis.

Esse foi apenas um exemplo simples


e direto, temos diversos outros...

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38
Art. 62 – Os policiais-militares têm direito,
SEÇÃO III ainda, aos seguintes períodos de
afastamento total do serviço, obedecidas as
DAS FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOS
disposições legais e regulamentares, por
TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO
motivo de :
Art. 61 – Ao policial-militar será concedido
I - núpcias: 08 (oito) dias;
obrigatoriamente, 30 (trinta) dias
consecutivos de férias, observado o plano II - luto: 08 (oito) dias;
elaborado pela sua Organização Policial-
III - instalação: até 10 (dez) dias;
Militar.
VI - trânsito: até 30 (trinta) dias.
§ 1º - Compete ao Comandante-Geral da
Polícia Militar a regulamentação da
concessão das férias anuais.
Bizu do GD!
Bizu do GD!

Casar e Morrer são a


A concessão das férias é mesma coisa (8 dias).
regulada pelo Comandante
Geral e pode ser interrompida
em alguns casos específicos,
como vamos ver abaixo. Só para decorar..rsrs

§ 2º - A concessão de férias não é


prejudicada pelo gozo anterior de licença
para tratamento de saúde, por punição
decorrente de transgressão disciplinar, pelo
estado de guerra ou para que estejam
cumpridos atos de serviço, bem como não
anula o direito àquelas licenças.
§ 3º - Somente em casos de interesse de
Segurança Nacional, de manutenção da
ordem, de extrema necessidade do serviço
ou de transferência para a inatividade, o
Comandante-Geral poderá interromper ou
deixar de conceder na época prevista, o
período de férias a que tiverem direito,
registrando-se então o fato em seus
assentamentos.
§2º Revogado pelo Lei Complementar nº
084/2007
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39
a) especial;
Bizu do GD!
b) para tratar de interesse particular;
c) para tratamento de saúde de pessoa da
Nessa parte que trata do família;
afastamento total do serviço, d) para tratamento de saúde própria.
uma pegadinha muito cobrada
é a ausência ou inclusão
indevida do termo “Até”.
Por exemplo: A questão vai
afirmar que Núpcias é de ATÉ
OITO DIAS, ou que Instalação é
de 10 DIAS, veja que ambas as
assertivas estão incorretas,
somente pelo uso indevido do
§ 2º - A remuneração do policial-militar,
termo “Até”
quando no gozo de qualquer das licenças
Entendeu? constantes do parágrafo anterior, é
regulada em legislação peculiar.
Parágrafo Único – O afastamento do serviço Art. 65 – A licença especial é a autorização
por motivo de núpcias ou luto será para afastamento total do serviço, relativa a
concedido, no primeiro caso, se solicitado cada decênio de tempo de efetivo serviço
por anteposição, à data do evento e, no prestado, concedida ao policial-militar que a
segundo caso, tão logo a autoridade a que requerer, sem que implique em qualquer
estiver subordinado o policial-militar tenha restrição para a sua carreira.
conhecimento do óbito.
§ 1º - A licença especial tem a duração de 06
Art. 63 – As férias e os outros afastamentos (seis) meses, a ser gozado de uma só vez,
mencionados nesta Seção são concedidos podendo ser parcelada em 02 (dois) ou 03
com a remuneração prevista na legislação (três) meses por ano civil, quando solicitado
específica e computados como tempo de pelo interessado e julgado conveniente pelo
efetivo serviço para todos efeitos legais. Comandante – Geral da Corporação.
§ 2º - O período de licença especial não
interrompe a contagem do tempo de efetivo
SEÇÃO IV
serviço.
DAS LICENÇAS
§ 3º - Os períodos de licença especial não
Art. 64 – Licença é a autorização para o gozados pelo policial-militar são
afastamento total do serviço, em caráter computados em dobro para fins exclusivos
temporário, concedida ao policial-militar, da contagem de tempo para a passagem
obedecidas as disposições legais e para a inatividade e, nesta situação, para
regulamentares. todos os efeitos legais. §3º Revogado pelo
Lei Complementar nº 084/2007
§ 1º - A licença poder ser:

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40
§ 4º - A licença especial não é prejudicada d) para cumprimento de punição
pelo gozo anterior de qualquer licença para disciplinar, conforme for regulamentado
tratamento de saúde e para que sejam pelo Comandante-Geral da Polícia Militar; e
cumpridos atos de serviços, bem como não
e) em caso de pronúncia em processo
anula o direito àquelas licenças.
criminal ou indiciação em inquérito policial-
§ 5º - Uma vez concedida a licença especial, militar, a juízo da autoridade que efetivar a
o policial-militar será exonerado do cargo pronúncia ou a indiciação.
ou dispensado do exercício das funções que
§ 2º - A interrupção da licença para
exerce e ficará à disposição do órgão de
tratamento de saúde de pessoa da família,
pessoal da Polícia Militar.
para de cumprimento de pena disciplinar
§ 6º - A concessão da licença especial é que importe em restrição da liberdade
regulada pelo Comandante-Geral da Polícia individual, será regulada na legislação da
Militar, de acordo com o interesse do Polícia Militar.
serviço.
Art. 66 – A licença para tratar de interesse Especial
particular é a autorização para afastamento
total do serviço, concedida ao policial-militar Licenças Para tratar de
com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço, interesse particular
que a requerer com aquela finalidade.
§ 1º - A licença será sempre concedida com Tratar de saúde de
prejuízo da remuneração e da contagem de pessoa da família
tempo de efetivo serviço.
Tratar de saúde
§ 2º - A concessão de licença para tratar de própria
interesse particular é regulada pelo
Comandante-Geral da Polícia Militar, de
acordo com o interesse do serviço.
É muito importante, sobretudo, saber
Art. 67 – As licenças poderão ser a diferença entre essas duas licenças
interrompidas a pedido ou nas condições (Especial e Para Tratar de Interesse
estabelecidas neste artigo. Particular), irei trazer as principais
distinções:
§ 1º - A interrupção da licença especial ou de
licença para tratar de interesse particular
poderá ocorrer: LICENÇA ESPECIAL
a) em caso de mobilização e estado de
1. Concedida a cada decênio (a
guerra;
cada dez anos têm direito a
b) em caso de decretação de estado de sítio; uma licença especial)
2. Duração de seis meses
c) para cumprimento de sentença que 3. Pode ser dividida em dois ou
importe em restrição de liberdade três meses por ano civil
individual;

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41 4. Não tem prejuízo na compensadas, na forma disciplinada no


remuneração nem no tempo regulamento previsto no 1º deste artigo.
de efetivo serviço
§ 4º Não se aplica o 3º aos militares que
exerçam cargo em comissão, percebem
LICENÇA PARA TRATAR DE gratificação de representação de gabinete
INTERESSE PARTICULAR ou outra gratificação pelo exercício do
cargo, ainda que em exercício em outro
1. A partir de dez anos adquire o
direito de pedir a referida Poder.
licença (cuidado! não é a cada
dez anos, é a partir de dez Art. 67-B. O regime de trabalho dos
anos, ou seja, decorrido esse militares do Estado obedecerá aos
período pode pedir mais de seguintes princípios:
uma vez, obedecidas as
limitações desse estatuto) I- dedicação integral ao serviço do militar;
2. Tem prejuízo na remuneração
e tempo de serviço II- permanência e continuidade, quanto à
necessidade da prestação do serviço;
III- eficiência quanto à qualidade técnico-
SEÇÃO V profissional dos serviços a serem prestados;
DA JORNADA DE TRABALHO E DO REGIME
DE TRABALHO
(AC) Pela Lei nº 6.467/2013
Art 67-A. Fica estabelecida jornada de
trabalho de 44 (quarenta e quatro) horas
semanais para os militares do Estado do
Piauí no efetivo exercício das atribuições
próprias do cargo.
§ 1º Decreto disporá sobre a escala de
serviço, a jornada diária de trabalho, os
períodos de descanso e as folgas.
§ 2º O militar do Estado, mesmo nos
períodos de folga, poderá ser convocado
para o serviço em situações de calamidade
pública, de emergência, na ocorrência de
desastres ou da prática de ações criminosas
que afetem gravemente a segurança ou
ordem pública.

§ 3º As horas que excederem a jornada


diária serão remuneradas por gratificação
por operações planejadas ou

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42
CAPÍTULO II
Bizu do GD!
DAS PRERROGATIVAS

Prerrogativas são direitos


Bizu do GD! inerentes ao Policial Militar, seja
em forma de privilégios
(diretamente) ou em forma de
simples competências legais.
Prerrogativa: Direito
especial, inerente a um
cargo ou profissão.
Art. 69 – Somente em caso de flagrante
delito, o policial-militar poderá ser preso por
autoridade policial, ficando esta, obrigada a
entregá-lo imediatamente à autoridade
Art. 68 – As prerrogativas dos policiais-
policial-militar mais próxima, só podendo
militares são constituídas pelas honras,
retê-lo na delegacia ou posto policial
dignidade e distinção devidas aos graus
durante o tempo necessário à lavratura do
hierárquicos e cargos.
flagrante.
Parágrafo Único – São prerrogativas dos
§ 1º - Cabe ao Comandante-Geral da Polícia
policiais-militares:
Militar a iniciativa de responsabilizar a
a) uso de títulos, uniforme, distintivos, autoridade policial-militar que não cumprir o
insígnias e emblemas policiais-militares da disposto neste artigo e que maltratar ou
Polícia Militar, correspondentes ao posto ou consentir que seja maltratado qualquer
à graduação; policial-militar ou não lhe der o tratamento
devido ao posto ou à sua graduação.
b) honras, tratamento e sinais de respeito
que lhe sejam asseguradas em leis ou § 2º - Se, durante o processo em julgamento
regulamentos; no foro comum, houver perigo de vida para
qualquer preso policial-militar, o
c) cumprimento de pena de prisão ou
Comandante-Geral da Polícia Militar
detenção somente em organização policial-
providenciará os entendimentos com a
militar, cujo Comandante, Chefe ou Diretor
autoridade judiciária visando à guarda dos
tenha precedência sobre o preso ou detido;
pretórios ou tribunais por força policial-
e
militar.
d) julgamento em foro especial, nos crimes
Art. 70 – Os policiais-militares da ativa, no
militares.
exercício de funções policiais-militares são
dispensados do serviço de júri na justiça civil
e do serviço na justiça eleitoral.
SEÇÃO ÚNICA
DO USO DOS UNIFORMES DA POLÍCIA
MILITAR
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43
§ 1º - É proibido ao policial-militar o uso de
uniformes:
a) em reuniões, programas ou qualquer
outra manifestação de caráter político-
partidário;
b) na inatividade, salvo para comparecer a
solenidade militar e policiais-militares, e,
quando autorizado, a cerimônias cívicas
comemorativas de datas nacionais ou atos
Art. 71 – Os uniformes da Polícia Militar, sociais solenes de caráter particular;
com seus distintivos, insígnias e emblemas c) no estrangeiro, quando em atividade não
são privativos dos policiais-militares e relacionadas com a missão do policial-
representam o símbolo da autoridade militar, salvo quando expressamente
policial-militar com as prerrogativas que lhe determinado ou autorizado.
são inerentes.
§ 2º Os policiais-militares na inatividade,
Parágrafo Único – Constituem crimes cuja conduta possa ser considerada como
previstos na legislação específica o ofensiva à dignidade da classe, poderão ser
desrespeito aos uniformes, distintivos, definitivamente proibidos de usar
insígnias e emblemas policiais-militares, uniformes, por decisão do Comandante-
bem como seu uso por quem a eles não tiver Geral da Polícia Militar.
direito.

O uso do uniforme é uma parte Ou seja, pode, por exemplo, um


bastante interessante para quem policial militar reformado, ser proibido
sonha em ser policial militar. de usar uniforme por ser pinguço e
andar bêbado diariamente.
Qual a primeira imagem que o
concurseiro imagina?
VESTIDO NA FARDA!
Art. 73 – O policial-militar fardado tem as
Isso mesmo! O uniforme representa obrigações correspondentes ao uniforme
todo o símbolo de autoridade do que usa e aos distintivos, emblemas ou às
Policial Militar e faz com que a insígnias que ostente.
instituição cumpra sua missão
Art. 74 – É vedado ao qualquer elemento
constitucional de policiamento
civil ou organizações civis usar uniforme ou
ostensivo e preservação da ordem
pública através da prevenção. ostentar distintivos, insígnias ou emblemas
Art. 72 – O uso dos uniformes com seus que possam ser confundidos com os
distintivos, insígnias e emblemas, bem adotados na Polícia Militar.
como modelos, descrição, composição,
peças, acessórios e outras disposições são
estabelecidas na regulamentação peculiar
da Polícia Militar.

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44
b) aguardar transferência "ex–ofício" para a
Veja que a vedação abrange até reserva remunerada, por ter sido
mesmo uniformes, distintivos, insígnias
ou emblemas que possam ser
enquadrado em quaisquer dos requisitos
confundidos com os da Polícia Militar que a motivam; e
do Estado do Pará.
c) for afastado temporariamente do serviço
ativo por motivo de:
Parágrafo Único – São responsáveis pela I - ter sido julgado incapaz temporariamente,
infração das disposições deste artigo os após um ano contínuo de tratamento;
diretores ou chefes de repartições,
II - ter sido julgado incapaz definitivamente,
organizações de qualquer natureza, firma ou
enquanto tramita o processo de reforma;
empregadores, empresas e institutos ou
departamentos que tenham adotado ou III - haver ultrapassado um ano contínuo de
consentido sejam usados uniformes ou licença para tratamento de saúde própria;
ostentados distintivos, insígnias ou
IV - haver ultrapassado 06 (seis) meses
emblemas que possam ser confundidos com
contínuos em licença para tratar de
os adotados na Polícia Militar.
interesse particular;
ATENÇÃO EM PROVA! V - haver ultrapassado 06 (seis) meses
contínuos em licença para tratamento de
O estatuto se preocupa em trazer no
saúde de pessoa da família;
seu texto a vedação também de
quaisquer distintivos, insígnias ou VI - ter sido considerado oficialmente
emblemas que possam ser confundidos extraviado;
com os adotados.
VII - haver sido esgotado prazo que
caracteriza o crime de deserção previsto no
TÍTULO VI Código Penal Militar, se oficial ou praça com
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS estabilidade assegurada;

CAPÍTULO I VIII - como desertor, ter-se apresentado


voluntariamente, ou ter sido capturado e
DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS reincluído a fim de se ver processar;
SEÇÃO I IX - se ver processar, após fiar
DA AGREGAÇÃO exclusivamente à disposição da justiça
comum;
Art. 75 – A agregação é a situação na qual o
policial-militar da ativa deixa de ocupar vaga X - haver ultrapassado 06 (seis) meses
na escala hierárquica, do seu quadro nela contínuos sujeito a processo no foro militar;
permanecendo sem número. XI - ter sido condenado a pena restritiva de
§ 1º - O policial-militar deve ser agregado liberdade superior a 06 (seis) meses, em
quando: sentença passada em julgado, enquanto
durar a execução ou até ser declarado
a) (revogado pela Lei nº 5.468/2005) indigno de pertencer à Polícia Militar ou com
ela incompatível;

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45
XII - ter passado à disposição da Secretaria regresso à Corporação, se não houver sido
do Governo ou de outros órgãos do Estado eleito.
do Piauí, da União, dos demais Estados ou
§ 7º - O policial-militar agregado fica sujeito
dos Territórios e dos Municípios, para
às obrigações disciplinares concernentes às
exercer função de natureza civil;
suas relações com outros policiais-militares
XIII - ter sido nomeado para qualquer cargo e autoridades civis, salvo quando titular do
público civil temporário, não eletivo, cargo quer lhe dê precedência funcional
inclusive da administração indireta; sobre outros policiais-militares mais
graduados ou mais antigos.
XIV - ter-se candidatado a cargo eletivo
desde que conte 05 (cinco) ou mais anos de § 8º - Este artigo não será aplicado para os
efetivo serviço; policiais-militares nomeados para o
Gabinete Militar do Governador do Estado.
XV - ter sido condenado à pena de
suspensão do exercício do posto, Art. 76 – O policial-militar agregado ficará
graduação, cargo ou função prevista no adido, para efeito de alterações e
Código Penal Militar. remuneração, à organização policial-militar
que lhe for designada, continuando a figurar
§ 2º - O policial-militar agregado de
no respectivo registro, sem número, no lugar
conformidade com as alíneas "a" e "b" do §
que até então ocupava, com a abreviatura
1º, continua a ser considerado, para todos os
"Ag" e anotações esclarecedoras de sua
efeitos, em serviço ativo.
situação.
§ 3º - A agregação do policial-militar, a que
Art. 77 – A agregação se faz por ato do
se refere a alínea "a" e os itens XII e XIII da
Governador do Estado do Piauí.
letra "c" do § 1º, é contada a partir da data
de posse do novo cargo até o regresso à
Corporação ou transferência "ex-ofício" para
SEÇÃO II
a reserva remunerada.
DA REVERSÃO
§ 4º - A agregação do policial-militar, a que
se refere os itens I, III, IV, V e X, da alínea "c" Art. 78 – Reversão é o ato pelo qual o
do § 1º, é contada a partir do primeiro dia policial-militar agregado retorna ao
após os respectivos prazos e enquanto durar respectivo quadro tão logo cesse o motivo
o respectivo evento. que determinou a sua agregação, voltando a
ocupar o lugar que lhe competir na
§ 5º - A agregação do policial-militar, a que
respectiva escala numérica, na 1ª vaga que
se referem a alínea "b" e item II, VI, VII, VIII,
ocorrer.
IX e XV, da alínea "c" do § 1º, é contada a
partir da data indicada no ato que torna Parágrafo Único – A qualquer tempo poderá
público o respectivo evento. ser determinada a reversão do policial-
militar agregado, exceto nos casos previstos
§ 6º - A agregação do policial-militar, que se
nos incisos I, II, III, VI, VII, VIII, XI, XIV e XV,
refere o item XIV da alínea "c" do § 1º, é
da alínea "c" do § 1º do art. 75.
contada a partir da data do registro como
candidato até sua diplomação ou seu Art. 79 – A reversão será efetuada mediante
ato do Governador do Estado do Piauí.

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§ 2º - (revogado pela lc nº 68 de 22/03/2006)


46
§ 3º - (revogado pela lc nº 68 de 22/03/2006)
Bizu do GD! § 4º - (revogado pela lei nº 5.461, de 30 de junho
de 2005)

SEÇÃO IV
A AGREGAÇÃO e REVERSÃO são
DO AUSENTE E DO DESERTOR
efetuadas mediante ato do
GOVERNADOR DO ESTADO DO Art. 81 – É considerado ausente o policial-
PIAUÍ! militar que por mais de 24 (vinte e quatro)
Então não vai confundir com as horas consecutivas:
atribuições do Comandante Geral. I – deixar de comparecer à sua Organização
Policial Militar sem comunicar qualquer
motivo de impedimento; e
SEÇÃO III
II – ausentar-se, sem licença, da Organização
DO EXCEDENTE Policial-militar onde serve ou local onde
deve permanecer.
Art. 80 – Excedente é a situação transitória a
que, automaticamente, passa o policial- Parágrafo Único – Decorrido o prazo
militar que: mencionado neste artigo, serão observadas
as formalidades previstas em legislação
I - tendo cessado o motivo que determinou
específica.12
a sua agregação, reverte ao respectivo
quadro, estando este com seu efetivo Art. 82 – O policial-militar é considerado
completo; desertor nos casos previstos na Legislação
Penal Militar.
II - aguarda a colocação a que faz jus na
escala hierárquica após haver sido
transferido de quadro, estando o mesmo
com seu efetivo completo;
III - é promovido por bravura, sem haver
vaga;
IV – (revogado pela lc nº 68 de 22/03/2006 e
pela lei nº 5.461, de 30 de junho de 2005)

V - (revogado pela lei nº 68 de 22/03/2006 e pela


lei nº 5.461, de 30 de junho de 2005)
SEÇÃO V
VI - tendo cessado o motivo que determinou
sua reforma por incapacidade definitiva, DO DESAPARECIMENTO E DO EXTRAVIO
retorna ao respectivo Quadro, estando este
Art. 83 – É considerado desaparecido o
com seu efetivo completo.
policial-militar da ativa que, no desempenho
§ 1º - (revogado pela lc nº 68 de 22/03/2006) de qualquer serviço, em viagem, em

12
Vide Código de Processo Penal Militar (Decreto-
Lei Federal nº 1.002, de 21 de outubro de 1969).
PROTEGIDO PELA LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 – DIREITOS AUTORAIS
Daniele da Conceio Souza

Copyright © 2023 de Professor Giovanny Dias. CPF: 04016937329


TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. ESTE MATERIAL OU QUALQUER PARTE DELE NÃO PODE SER REPASSADO, CEDIDO, VENDIDO, ENTREGUE OU COMPARTILHADO.
SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

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operações policiais-militares ou em caso de VIII - falecimento; e
calamidade pública, tiver paradeiro
IX - extravio.
ignorado por mais de 08 (oito) dias.
Parágrafo Único – O desligamento de
Parágrafo Único – A situação de
serviço ativo só ocorrerá após a expedição
desaparecimento só será considerado
de ato de autoridade competente.
quando não houver indício de deserção.
Art. 84 – O policial-militar que, na forma do
Bizu do GD!
artigo anterior, permanecer desaparecido
por mais de 30 (trinta) dias, será
oficialmente considerado extraviado. Observe que são nove as formas
de exclusão ou desligamento do
serviço ativo, pontos que
ESQUEMATIZAÇÃO SIMPLES: iremos ver a seguir...
Ausente mais de 24 (vinte e quatro)
horas. Art. 86 – A transferência para a reserva
remunerada ou a reforma não isentam o
Desertor casos previstos na policial-militar da indenização dos prejuízos
Legislação Penal Militar. causados à Fazenda do Estado ou a terceiro,
nem ao pagamento das pensões decorrentes
Desaparecido mais de 08 (oito) dias. de sentença judicial.
Extraviado mais de 30 (trinta) dias Art. 87 – O policial-militar da ativa,
desaparecido. enquadrado em um dos itens I, II e V, do art.
85, ou demissionário a pedido, continuará
no exercício de suas funções até ser
CAPÍTULO II
desligado da Organização Policial Militar em
DO DESLIGAMENTO OU EXCLUSÃO DO que serve.
SERVIÇO ATIVO
Parágrafo Único – O desligamento da
Art. 85 – O desligamento ou a exclusão do Organização Policial-militar em que serve
serviço ativo da Polícia Militar é feito em deverá ser feito após a publicação em Diário
consequência de: Oficial ou Boletim da Corporação do ato
correspondente, e não poderá exceder de
I - transferência para a reserva remunerada;
45 (quarenta e cinco) dias da data da
II - reforma; primeira publicação oficial.
III - demissão;
IV - perda de posto e patente;
V - licenciamento;
VI - exclusão a bem da disciplina;
SEÇÃO I
VII - deserção;

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DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA § 3º - revogado pela lei nº 84, de 07 de maio
REMUNERADA de 2007.
Art. 88 – A passagem do policial-militar à Art. 91 – A transferência “ex-oficio” para a
situação de inatividade mediante reserva remunerada verificar-se-á sempre
transferência para a reserva remunerada, se que o policial militar incidir nos seguintes
efetua: casos:
I - a pedido; I - O oficial ou a praça atingirem a idade-
limite de 63 (sessenta e três) anos, e 66
II - em condições especiais; e
(sessenta e seis) anos para o Capelão
III - "ex-ofício". Militar;

Art. 89 – A transferência para a reserva Atualizado pela Lei 7.427/20


remunerada, a pedido, será concedida,
III - ser oficial considerado não habilitado
mediante requerimento, ao policial-militar
para o acesso, em caráter definitivo, no
que conte, no mínimo, 30 (trinta) anos de
momento em que vier ser objeto de
serviços.
apreciação para ingresso em Quadro de
§ 1º - No caso do policial-militar haver Acesso;
realizado qualquer curso ou estágio de
IV - ultrapassar 02 (dois) anos, contínuos ou
duração superior a 06 (seis) meses, por
não, em licença para tratar de interesse
conta do Estado do Piauí, no Exterior, sem
particular; (vide Lei nº 4.034, de
haver decorrido 03 (três) anos de seu
11/12/1985)
término, a transferência par a reserva
remunerada, só será concedida mediante V - ultrapassar 02 (dois) anos contínuos em
indenização de todas as despesas licença para tratamento de saúde de pessoa
correspondentes à realização do referido da família.
curso ou estágio, inclusive as diferenças de
VI - ultrapassar 02 (dois) anos de
vencimentos.
afastamento, contínuo ou não, agregado
§ 2º - Não será concedida transferência para em virtude de ter sido empossado em cargo
a reserva remunerada, a pedido, ao policial- público civil temporário, não eletivo,
militar que: inclusive da administração indireta;
a) estiver respondendo inquérito ou VII - ser diplomado em cargo eletivo, desde
processo em qualquer jurisdição; e que conte 05 (cinco) ou mais anos de efetivo
serviço;
b) estiver cumprindo pena de qualquer
natureza.
Art. 90 – revogado pela lei nº 84, de 07 de
maio de 2007.
§ 1º - revogado pela lei nº 84, de 07 de
maio de 2007.
§ 2º - revogado pela lei nº 84, de 07 de
maio de 2007.

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§ 4º O policial-militar transferido "ex-ofício"
Bizu do GD! para a reserva remunerada por incidir nos
itens I e II deste artigo terá os seus proventos
calculados tomando-se por base o soldo
integral do seu posto ou graduação.
Lembre-se que a CONSTITUIÇÃO
FEDERAL prevê 10 anos ao invés Art. 92 A transferência do policial-militar
de 05 anos para a reserva remunerada poderá ser
suspensa na vigência do estado de guerra,
estado de sítio ou em caso de mobilização.
Art. 93 O oficial da reserva remunerada
VIII - após 03 (três) indicações para poderá ser convocado para o serviço ativo
frequentar os Cursos: Superior de Polícia; de por ato do Governador do Estado para
Aperfeiçoamento de Oficiais ou de compor Conselho de Justificação, para ser
Aperfeiçoamento de Sargentos. A encarregado de Inquérito Policial Militar ou
transferência para a reserva remunerada incumbido de outros procedimentos
dar-se-á após a 3ª indicação, mediante administrativos, na falta de oficial da ativa
parecer da Comissão de Promoções e de em situação hierárquica compatível com a
decisão do Comandante- Geral. do oficial envolvido.

§ 1º A transferência para a reserva §1º O oficial convocado nos termos deste


remunerada processar-se-á à medida que o artigo, terá os direitos e deveres dos da
policial-militar for enquadrado em um item ativa de igual situação hierárquica, exceto
deste artigo. quanto à promoção a que não concorrerá, e
contará como acréscimo esse tempo de
§ 2º A nomeação do policial-militar para os serviço.
cargos de que trata o item VI, somente
poderá ser feita; §2º A convocação de que trata este artigo
dependerá da anuência do convocado,
a) pela autoridade federal competente; precedida de inspeção de saúde, não
b) pelo Governador do Estado ou mediante podendo ser superior a 12 (doze) meses.
sua autorização, nos demais casos.
§ 3º Ao policial-militar enquanto SEÇÃO II
permanecer no cargo de que trata o item VI:
DA REFORMA
a) ser-lhe-á assegurado a opção entre a
remuneração do cargo e a do posto ou de
graduação;
b) somente poderá ser promovido por
antiguidade;
c) ser-lhe-á contado o tempo de serviço
para efeito da promoção por antiguidade
ou transferência para a inatividade.

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Art. 94 A passagem do policial-militar à permanência na reserva remunerada, a fim
situação de inatividade, mediante reforma, de serem reformados.
se efetua "ex–ofício".
Art. 97 A situação de inatividade do policial-
Art. 95 A reforma de que trata o artigo militar da reserva remunerada quando
anterior será aplicada ao policial-militar que: reformado por limite de idade, não sofre
solução de continuidade, exceto quanto às
I – O oficial ou a praça atingirem a idade-
condições de convocação.
limite de 68 (sessenta e oito) anos de
permanência na reserva remunerada, Art. 98 A incapacidade definitiva pode
aplicando-se o mesmo limite de idade ao sobrevir em consequência de:
Capelão Militar;
I – ferimento recebido na manutenção da
Atualizado pela Lei 7.427/20 ordem pública ou enfermidade contraída
nessa situação ou que nela tenha sua causa
II - for julgado incapaz definitivamente para
eficiente;
o serviço ativo da Polícia Militar;
II – acidente em serviço;
III - estiver agregado por mais de 02 (dois)
anos, por ter sido julgado incapaz III – doença, moléstia ou enfermidade
temporariamente, mediante homologação adquirida, com relação de causa e efeito a
da Junta de Saúde, ainda mesmo que se trate condições inerentes ao serviço;
de moléstia curável;
IV – tuberculose ativa, alienação mental,
IV - for condenado à pena de reforma, neoplasia, maligna, cegueira, lepra,
prevista no Código Penal Militar, por paralisia irreversível e incapacitante,
sentença passada em julgado; cardiopatia grave, mal de Parkinson,
pênfigo, espondiloartrose anquilosante,
V - sendo Oficial, tiver sido determinado por
nefopatia grave e outras moléstias que a lei
decisão transitado em julgado;
indicar com base nas conclusões da medicina
VI - sendo Aspirante-a-Oficial PM e Praça especializada;
com estabilidade assegurada, for para tal
V – acidente ou doença, moléstia ou
indicado ao Comandante-Geral da Polícia
enfermidade sem relação de causa e efeito
Militar, em julgamento de Conselho de
com o serviço.
Disciplina.
§1º Os casos de que tratam os itens I, II e III,
Parágrafo Único. O policial-militar
deste artigo serão provados por atestados
reformado, na forma do item V, só poderá
de origem ou inquérito sanitário de origem,
readquirir a situação policial-militar anterior,
sendo os termos do acidente, baixa ao
por outra sentença do Poder Judiciário e nas
hospital, papeletas de tratamento nas
condições nela estabelecidas, e, na forma do
enfermidades e hospitais, e os registros de
item VI, por decisão do Comandante-Geral
baixa, utilizados como meios subsidiários
da Polícia Militar.
para esclarecer a situação.
Art. 96 Anualmente, no mês de fevereiro, o
§2º Nos casos de tuberculose, as Juntas de
órgão de pessoal da Corporação, organizará
Saúde deverão basear seus julgamentos,
a relação dos policiais-militares que
obrigatoriamente, em observações clínicas,
houverem atingindo a idade limite de

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acompanhadas de repetidos exames § 7º - São também equiparados às paralisias
subsidiários, de modo a comprovar com os casos de afecções ósteo-músculo-
segurança, a atividade da doença, após articulares graves e crônicas (reumatismos
acompanhar sua evolução até 03 (três) graves e crônicos ou progressivos e doenças
períodos de 06 (seis) meses de tratamento similares), nos quais esgotados os meios
clínico – cirúrgico metódico atualizado e, habituais de tratamento, permaneçam
sempre que necessário, nosocomial, salvo distúrbios extensos e definitivos, quer ósteo-
quando se tratar de formas "grandemente músculo-articulares residuais, quer
avançadas" no conceito clínico e sem secundários das funções nervosas,
qualquer possibilidade de regressão motilidade, troficidade ou mais funções que
completa, as quais, terão parecer imediato tornem o indivíduo total e
da incapacidade definitiva. permanentemente impossibilitado para
qualquer trabalho.
§3º O parecer definitivo a adotar, nos casos
de tuberculose, para os portadores de lesões § 8º - São equiparados à cegueira, não só os
aparentemente inativas, ficará condicionado casos de afecções crônicas, progressivas e
a um período de consolidação extra- incuráveis, que conduzirão à cegueira total,
nosocomial nunca inferior a 06 (seis) meses como também os de visão rudimentar que
contados a partir da época da cura. permitam a percepção de vultos, não
susceptíveis de correção por lentes, nem
§4º Considera-se alienação mental todo
removíveis por tratamento médico-
caso de distúrbio mental ou neuro-mental
cirúrgico.
grave persistente, no qual, esgotados os
meios habituais de tratamento, permaneça Art. 99 – O policial-militar da ativa, julgado
alteração completa ou considerável da incapaz definitivamente por um dos
personalidade, destruindo a motivos constantes dos itens I, II, III e IV do
autodeterminação do pragmatismo e art. 98, será reformado com qualquer tempo
tornando o indivíduo total e de serviço.
permanentemente impossibilitado para
Art. 100 – O policial-militar da ativa, julgado
qualquer trabalho.
incapaz definitivamente por um dos
§5º Ficam excluídas do conceito de motivos constantes do item I, do art. 98,
alienação mental as epilepsias psíquicas e será reformado com a remuneração
neurológicas, assim julgadas pelas Juntas de calculada com base no soldo
Saúde. correspondente ao grau hierárquico
imediato ao que possuir da ativa.
§6º Consideram-se paralisia, todo caso de
neuropatia grave e definitiva que afeta a § 1º - Aplica-se o disposto neste artigo, aos
mobilidade, sensibilidade, troficidade e cargos previstos nos itens II, III e IV, do art.
mais funções nervosas, no qual, esgotados 98, quando verificada a incapacidade
os meios habituais de tratamento, definitiva, for o policial-militar considerado
permaneçam distúrbios graves, extensos e inválido, isto é, impossibilitado total e
definitivos que tornem o indivíduo total e permanentemente para qualquer trabalho.
permanentemente impossibilitado para
§ 2º - Considera-se, para efeito deste artigo,
qualquer trabalho.
grau hierárquico imediato:

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a) o de Primeiro Tenente PM, para apto em inspeção de saúde por Junta de
Aspirante-a-Oficial PM; Saúde, em grau de recursos ou revisão,
poderá retornar ao serviço ativo ou ser
b) o de Segundo Tenente PM, para
transferido par a reserva remunerada,
Subtenente PM, Primeiro Sargento PM,
conforme dispuser regulamentação
Segundo Sargento PM e Terceiro Sargento
peculiar.
PM;
§ 1º - O retorno ao serviço ativo ocorrerá se
c) o de Terceiro Sargento PM, para Cabo PM
o tempo decorrido na situação de reforma
e Soldado PM.
não ultrapassar 02 (dois) anos e na forma do
§ 3º - Aos benefícios previstos neste artigo e disposto no § 1º, do artigo 80;
seus parágrafos poderão ser acrescidos
§ 2º - A transferência para a reserva
outros relativos à remuneração,
remunerada, observado o limite de idade
estabelecidos em leis peculiares, desde que
para permanência nessa situação, ocorrerá
o policial-militar, ao ser reformado, já
se o tempo decorrido na situação de
satisfaça as condições por elas exigidas.
reformado, ultrapassar 02 (dois) anos.
Art. 101 – O policial-militar da ativa, julgado
Art. 103 – O policial-militar reformado por
incapaz definitivamente por um dos
alienação mental enquanto não ocorrer a
motivos constantes do item V, do art. 98,
designação do curador, terá sua
será reformado:
remuneração paga aos seus beneficiários,
I – com remuneração proporcional ao desde que o tenham sob sua guarda e
tempo de serviço, se Oficial ou Praça com responsabilidade e lhe dispensem
estabilidade assegurada; e tratamento humano e condigno.

II – com remuneração calculada com base § 1º - A interdição judicial do policial-


no soldo integral do posto ou graduação, militar, reformado por alienação mental,
desde que, com qualquer tempo de serviço, deverá ser providenciada junto ao Ministério
seja considerado inválido, isto é, Público, por iniciativa de beneficiário,
impossibilitado total e permanentemente parentes ou responsáveis, até 60 (sessenta)
para qualquer trabalho. dias a contar da data do ato da reforma.

Art. 102 O policial-militar reformado por


incapacidade definitiva que for julgado
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IV – Cabo: os alunos do Curso de formação
de Cabo PM e de Soldado PM.
Bizu do GD!

SEÇÃO III
O que é interdição judicial?
DA DEMISSÃO; DA PERDA DO POSTO E DA
PATENTE E DA DECLARAÇÃO DE
Quando uma pessoa se mostra INDIGNIDADE OU INCOMPATIBILIDADE
incapaz de medir as COM O OFICIALATO
consequências de suas ações e
administrar seus bens seja por
doença ou vício, os membros
da família podem solicitar
uma interdição judicial.

§ 2º - A interdição judicial do policial-militar


e seu internamento em instituição
apropriada, policial-militar ou não, deverão
ser providenciados pela Corporação quando:
a) não houver beneficiários, parentes ou Art. 105 – A demissão da Polícia Militar,
responsáveis; ou se não o requerer no prazo aplicada exclusivamente aos oficiais, efetua-
previsto no § 1º; se:

b) não forem satisfeitas as condições de I – a pedido; e


tratamento exigidas neste artigo.
II – "ex-ofício".
§ 3º - Os processos e os atos de registros de
Art. 106 – A demissão a pedido será
interdição do policial-militar terão
concedida, mediante requerimento do
andamento sumário, serão instruídos com
interessado:
laudo proferido por Junta de Saúde e isentos
de custas. I – sem indenização aos cofres públicos,
quando contar mais de 05(cinco) anos de
Art. 104 – Para fins do previsto na presente
oficialato, na Corporação;
seção, as Praças constantes do quadro a que
se refere o artigo 14, são consideradas: II – com indenização das despesas feitas pelo
Estado do Piauí, com a sua preparação e
I – Segundo Tenente PM: os Aspirantes-a-
formação, quando contar menos de 05
Oficiais PM;
(cinco) anos de oficialato, na Corporação.
II – Aspirante a Oficial PM: os alunos-oficiais
§ 1º No caso do Oficial ter feito qualquer
PM;
curso ou estágio de duração igual ou
III – Terceiro Sargento PM: os Alunos do superior a 06 (seis) meses e inferior ou igual
Curso de Formação de Sargentos PM; a 18 (dezoito) meses, por conta do Estado
do Piauí, e não tendo decorrido mais de 03

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(três) anos do seu término, a demissão só oficialato, ou com ele incompatível por
será concedida mediante indenização de decisão transitado em julgado, do Tribunal
todas as despesas correspondentes ao de Justiça, em decorrência do julgamento a
referido curso ou estágio, acrescidas, se for que for submetido.
o caso, das previstas no item II, deste artigo
Parágrafo Único – O Oficial declarado
e das diferenças de vencimentos.
indigno do oficialato ou com ele
§ 2º - No caso do Oficial ter feito qualquer incompatível, e condenado à perda do posto
curso ou estágio de duração superior a 18 e patente só poderá readquirir a situação
(dezoito) meses, por conta do Estado do policial-militar anterior por outra sentença
Piauí, aplicar-se-á o disposto no parágrafo do Tribunal de Justiça e nas condições nelas
anterior, se ainda não houver decorrido estabelecidas.
mais de 05 (cinco) anos de seu término.
Art. 110 – Fica sujeito à declaração de
§ 3º - O Oficial demissionário, a pedido, não indignidade para o oficialato, ou de
terá direito a qualquer remuneração, sendo incompatibilidade com o mesmo por
a sua situação militar definida pela Lei do julgamento do órgão competente do Poder
Serviço Militar.13 Judiciário, o oficial que:
§ 4º - O direito à demissão, a pedido, poderá I – for condenado por tribunal civil ou militar
ser suspenso, na vigência do estado de à pena restritiva de liberdade individual
guerra, calamidade pública, perturbação da superior a 02 (dois) anos em decorrência de
ordem interna, estado de sítio ou em caso de sentença condenatória passado em julgado
mobilização. com a declaração por expressa dessa
medida;
Art. 107 – O Oficial da ativa empossado em
cargo público permanente, estranho à sua II – for condenado por sentença passado em
carreira e cuja função não seja de julgado por crime para os quais o Código
magistério, será imediatamente, mediante Penal Militar comina essas penas acessórias
demissão "ex–ofício" por esse motivo e por crimes previstos na legislação
transferido para a reserva, onde ingressará concernente à Segurança Pública;
com posto que possuía na ativa, não
III – incidir nos casos previstos em lei
podendo acumular qualquer provento de
específica, que motivam apreciação por
inatividade com a remuneração do cargo
Conselho de Justificação e neste for
público permanente.
considerado culpado.
Art. 108 – O Oficial que houver perdido o
IV – tiver perdido a nacionalidade brasileira.
posto e a patente será demitido "ex-ofício",
sem direito a qualquer remuneração ou
indenização e terá a sua situação definida
SEÇÃO IV
pela Lei do Serviço Militar.
DO LICENCIAMENTO
Art. 109 – O Oficial perderá o posto e a
patente de for declarado indigno de

13
Lei Federal nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, que
dispõe sobre o Serviço Militar.
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Art. 111 – O licenciamento do serviço ativo,
aplicado somente às praças, se efetua: EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 101, DE
3 DE JULHO DE 2019
I – a pedido; e
Acrescenta § 3º ao art. 42 da Constituição
II – "ex-ofício". Federal para estender aos militares dos
Estados, do Distrito Federal e dos
§ 1º - O licenciamento a pedido poderá ser Territórios o direito à acumulação de cargos
públicos prevista no art. 37, inciso XVI.
concedido, desde que não haja prejuízo para
o serviço, à praça engajada ou reengajada
que conte, no mínimo, a metade do tempo
de serviço a que se obrigou.
Bizu do GD!
§ 2º - O licenciamento "ex-ofício" será feito
na forma da legislação peculiar: Ou seja, a exceção agora não é
somente MAGISTÉRIO, o
a) por conclusão de tempo de serviço;
acúmulo é permitido com base
b) por conveniência do serviço; e nos requisitos previstos na
Constituição Federal.
c) a bem da disciplina.
§ 3º - O policial-militar licenciado não tem Art. 113 – O direito ao licenciamento a
direito a qualquer remuneração e terá a sua pedido poderá ser suspenso na vigência do
situação militar definitiva pela Lei do Serviço Estado de Guerra, Calamidade Pública,
Militar. Perturbação da Ordem Interna, Estado de
§ 4º - O licenciamento14 "ex-ofício" a bem da Sítio ou em caso de mobilização.
disciplina receberá o Certificado de Isenção
previsto na Lei do Serviço Militar.
SEÇÃO V
DA EXCLUSÃO DA PRAÇA A BEM DA
ONDE SE LÊ ‘’LICENCIAMENTO’’, NA
DISCIPLINA
VERDADE, A LEI QUERIA DIZER
LICENCIADO.

Art. 114 – A exclusão a bem da disciplina,


Art. 112 – O Aspirante-a-Oficial PM e as será aplicada "ex-ofício" ao Aspirante a
demais praças empossadas em cargos Oficial PM ou às praças com estabilidade
públicos permanente, estanho à sua carreira assegurada.
e cuja função não seja de magistério, serão
imediatamente licenciados "ex-ofício", sem I – se assim houver decidido o Conselho
remuneração e terão sua situação militar Permanente de Justiça ou se a Justiça
definida pela Lei do Serviço Militar. Comum houver aplicado pena restritiva de
liberdade individual superior a 02 (dois)
Observação importante: atualmente é anos, em sentença transitado em julgado;
permitido o acúmulo com funções de
magistério ou da área da saúde.

14
Assim foi publicado no DOE. A expressão correta,
a nosso ver, seria “O licenciado...”
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56
Bizu do GD!
PRL SUPERIOR
A 2 ANOS

Por exemplo: Se o policial tiver


PRLI* Pena Privativa de Liberdade
batido a viatura, e for culpa
exclusiva do mesmo, ainda que
seja excluído da pm, terá que
II – se assim tiver decidido o Conselho pagar o dano.
Permanente de Justiça, por haverem
perdido a nacionalidade brasileira;
Parágrafo Único – A praça excluída a bem da
III – nos casos que motivaram o julgamento disciplina não terá direito a qualquer
pelo Conselho de Disciplina previstas no art. remuneração ou indenização a sua situação
48, e neste forem considerados culpados. militar será definida pela Lei do serviço
Militar.
Parágrafo Único – O Aspirante a Oficial PM
ou a Praça com estabilidade assegurada que
houver sido excluído a bem da disciplina só
SEÇÃO VI
poderá readquirir a situação policial-militar
anterior: DA DESERÇÃO

a) por outra sentença do Conselho Art. 117 – A deserção do policial-militar,


Permanente de Justiça e nas condições nela acarreta uma interrupção do serviço policial-
estabelecidas, se a exclusão for militar, com a conseqüente demissão "ex–
consequência de sentença daquele ofício" para o Oficial ou exclusão do serviço
Conselho; e ativo para a Praça.

b) por decisão do Comandante-Geral da § 1º - A demissão do oficial ou a exclusão da


Polícia Militar, se a exclusão for praça com estabilidade assegurada
consequência de ter sido julgado culpado processar-se-á após 01 (um) ano de
com Conselho de Disciplina. agregação, se não houver captura ou
apresentação voluntária antes deste prazo.
Art. 115 – É da competência do
Comandante – Geral da Polícia Militar o ato § 2º - A praça sem estabilidade assegurada
de exclusão a bem da disciplina do será automaticamente excluída após
Aspitante-a-Oficial PM, bem como das oficialmente declarada desertora.
praças com estabilidade assegurada.
§ 3º - O policial-militar desertor, que for
Art. 116 – A exclusão da praça a bem da capturado ou que se apresentar
disciplina acarreta perda do seu grau voluntariamente depois de haver sido
hierárquico e não a isenta das indenizações demitido ou excluído, será reincluído no
dos prejuízos causados à Fazenda do Estado serviço ativo e a seguir agregado para se ver
do Piauí ou a terceiros, nem das pensões processar.
decorrentes da sentença judicial.
§ 4º - A reinclusão em definitivo do policial-
militar, de que trata o parágrafo anterior,

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57
dependerá da sentença do Conselho de decisão do Comandante Geral da Polícia
Justiça. Militar, se assim for julgado necessário.

SEÇÃO VII Bizu do GD!


DO FALECIMENTO E DO EXTRAVIO
Art. 118 – O falecimento do policial-militar É necessário que o aluno
da ativa acarreta interrupção do serviço pegue essa diferença:
policial militar, com o conseqüente
desligamento ou exclusão do serviço ativo, a
partir da data da ocorrência do óbito. Deserção:
Art. 119 – O extravio do policial-militar da Oficial ou praça COM
ativa acarreta interrupção do serviço policial establidade: Desligamento
militar, com o conseqüente afastamento após um anos de agregação.
temporário de serviço ativo, a partir da data Praça SEM estabilidade:
em que o mesmo for oficialmente Desligamento automático.
considerado extraviado.
§ 1º - O desligamento do serviço ativo será Extravio:
feito 06 (seis) meses após a agregação por
Desligamento após seis meses
motivo de extravio.
agregado, para todos.
§ 2º - Em caso de naufrágio, sinistro aéreo,
catástrofe, calamidade pública ou outros
acidentes oficialmente reconhecidos, o
extravio ou o desaparecimento do policial-
militar da ativa será considerado como
falecimento, para fins deste Estatuto, tão
logo sejam esgotados os prazos máximos de
possível sobrevivência ou quando se deem
por encerradas as providências de
salvamento.
Art. 120 – O reaparecimento do policial-
militar extraviado ou desaparecido, já
desligado do serviço ativo, resulta em sua
reinclusão e nova agregação, enquanto se
apurar as causas que derem origem ao seu
afastamento.
Parágrafo Único – O policial-militar
reaparecido será submetido a Conselho e
Justificação ou a Conselho de Disciplina, por

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58 ESQUEMATIZAÇÃO RÁPIDA: SEÇÃO III


DO TEMPO DE SERVIÇO
Transferência para a TODOS OS Art. 121 Os policiais-militares começam
reserva remunerada POLICIAIS contar tempo de serviço na Polícia Militar a
partir da data de sua inclusão, matrícula em
órgão de formação de policiais-militares ou
nomeação para posto ou graduação na
TODOS OS
Reforma Polícia Militar.
POLICIAIS
§ 1º - Considera-se como data de inclusão,
para fins deste artigo:
SOMENTE I - a data em que o policial-militar é
Demissão
OFICIAIS considerado incluído em uma Organização
Policial Militar;
II - a data de matrícula em órgão de
Perda de posto e SOMENTE
formação de policiais-militares; e
patente OFICIAIS
III - a data da apresentação pronto para o
serviço no caso de nomeação.
SOMENTE §2º O policial-militar reincluído começa a
Licenciamento
PRAÇAS contar tempo de serviço na data de
reinclusão.
§3º Quando, por motivo de força maior
Exclusão a bem ASPIRANTE A OFICIAL
E PRAÇA COM
oficialmente reconhecida (inundação,
da disciplina ESTABILIDADE naufrágio, incêndio, sinistro aéreo e outras
calamidades), faltarem dados para
contagem de tempo de serviço, caberá ao
Deserção
TODOS OS Comandante-Geral da Polícia Militar arbitrar
POLICIAIS o tempo a ser computado, para cada caso
particular, de acordo com os elementos
disponíveis.
TODOS OS Art. 122 Na apuração do tempo de serviço
Falecimento POLICIAIS do policial-militar será feita a distinção
(LÓGICO) entre:
I – tempo de efetivo serviço; e
TODOS OS
Extravio II – anos de serviço.
POLICIAIS
Art. 123 Tempo de efetivo serviço é o
espaço de tempo, computado dia-a-dia,
entre a data de inclusão e a data limite
estabelecida para contagem ou a data de

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59
desligamento do serviço ativo, mesmo que IV – tempo relativo a férias não gozadas,
tal espaço de tempo seja parcelado. contadas em dobro.
§1º Será também computado como tempo § 1º - Os acréscimos a que se referem os
de efetivo serviço, o tempo passado dia-a- itens I e IV, serão computados somente no
dia, pelo policial-militar na reserva momento da passagem do policial-militar,
remunerada que for convocado para o para a situação de inatividade, e para esse
exercício da função policial-militar, na forma fim.
do art. 93.
§ 2º - Os acréscimos a que se refere o item III
§2º Não será deduzido do tempo de efetivo será computado somente no momento da
além dos afastamentos previstos no artigo passagem do policial militar para a situação
63, os períodos em que o policial-militar de inatividade e, nessa situação para todos
estiver afastado do exercício de suas funções os efeitos legais, inclusive quanto a
em gozo de licença especial. percepção definitiva de gratificação de
tempo de serviço e adicional de inatividade.
§3º Ao tempo de serviço de que trata este
artigo e seus parágrafos apurados e (REVOGADO PELA LEI Nº 103, DE 15 DE
totalizados em dias, será aplicado o divisor MAIO DE 2008)
365 (trezentos e sessenta e cinco), para a
§ 3º - Não é computável, para efeito algum,
correspondente obtenção dos anos de
o tempo:
efetivo serviço.
a) que ultrapassar de 01(um) ano, contínuo
Art. 124 – A expressão "ano de serviço"
ou não, em licença para tratamento de
designa o tempo de efetivo serviço a que se
saúde de pessoa da família;
refere o artigo 123, e seus parágrafos, com
os seguintes acréscimos: b) passado de licença para tratar de
interesse particular;
I – tempo de serviço público federal,
estadual ou municipal, prestado pelo c) passado como desertor;
policial-militar anteriormente à sua inclusão,
d) decorrido em cumprimento de pena ou
matrícula, nomeação ou reinclusão na
suspensão de exercício do posto,
Polícia Militar;
graduação, cargo ou função, por sentença
II – 01 (um) ano para cada 05 (cinco) anos de passada em julgado;
efetivo serviço prestado pelo Oficial do
e) decorrido em cumprimento de pena
Quadro de Saúde até
restritiva da liberdade, por sentença
que este acréscimo complete o total de anos passada em julgado, desde então não tenha
de duração normal do curso universitário sido concedida suspensão condicional da
correspondente, sem superposição a pena, quando então, o tempo que exceder
qualquer tempo de serviço policialmilitar ou ao período da pena será computado para
público eventualmente prestado durante a todos os efeitos, caso as condições
realização deste mesmo curso; estipuladas na sentença não o impeçam.
III – tempo relativo a cada licença especial Art. 125 – O tempo que o policial-militar vier
não gozada, contada em dobro; e a passar afastado do exercício de suas
funções em consequência de ferimentos

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60
recebidos em recebidos em acidentes CAPÍTULO IV
quando em serviço, na manutenção da
DO CASAMENTO
ordem pública ou de moléstia adquirida no
exercício de qualquer função policial-militar, Art. 130 – O policial-militar da ativa pode
será computado como se ele estivesse contrair matrimônio, desde que observada a
passado no exercício daquelas funções. legislação civil específica.
Art. 126 – O tempo passado pelo policial- § 1º - É vedado o casamento ao Aluno –
militar no exercício de atividades Oficial PM, e demais praças enquanto
decorrentes ou dependentes de operações estiverem sujeitos aos regulamentos dos
de guerra será regulado em legislação órgãos de Formação de Oficiais, de
específica. graduados e de praças, cujos requisitos para
admissão exijam a condição de solteiro,
Art. 127 – O tempo de serviço dos policiais-
salvo em casos excepcionais, a critério do
militares beneficiados por anistia será
Comandante –Geral da Corporação.
contado como estabelecer o ato legal que a
conceder.
Bizu do GD!
Art. 128 – A data limite estabelecida para
final de contagem dos anos de serviço, para Veja que situação
fins de passagem para a inatividade, será a interessante, apesar da sua
do desligamento do serviço ativo. aplicabilidade ser nula no caso
concreto, temos essa definição
Parágrafo Único – A data limite não poderá que a banca pode cobrar uma
exceder a 45 (quarenta e cinco) dias, dos espécie de CTRL C + CTRL V
quais um máximo de 15 (quinze) dias no
órgão encarregado de efetivar a § 2º - O casamento com mulher estrangeira,
transferência, da data da publicação do ato somente só poderá ser realizado após a
da transferência para a reserva remunerada autorização do Comandante Geral da Polícia
ou reforma em Diário Oficial ou Boletim da Militar.
Corporação, considerada sempre a primeira
publicação oficial.
Art. 129 – Na contagem dos anos de serviços
não poderá ser computado qualquer
superposição dos tempos de serviço público
(federal, estadual e municipal ou passado
em órgão da administração direta) entre si
nem como os de acréscimos de tempo para
os possuidores de curso universitário, e nem ISSO MESMO!
com o tempo de serviço computável após a
inclusão na Polícia Militar, matrícula em VAI CASAR COM UMA ESTRANGEIRA?
órgão de formação policial-militar ou TEM QUE TER AUTORIZAÇÃO DO
nomeação para posto ou graduação na COMANDANTE GERAL!
Corporação.

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61
Art. 131 – O Aluno- Oficial PM, e demais Art. 135 – A assistência religiosa à Polícia
praças que contrariem matrimônio em Militar do Estado do Piauí é regulada por
desacordo com o § 1º do artigo anterior, legislação específica.
serão excluídas sem direito a qualquer
remuneração ou indenização.
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
CAPÍTULO V
Art. 136 – É vedado o uso por parte da
DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO
organização civil, de designações que
SERVIÇO
possam sugerir sua vinculação à Polícia
Art. 132 – As dispensas constituem Militar.
reconhecimento dos bons serviços
Parágrafo Único – Excetuam-se das
prestados pelos policiais-militares.
prescrições deste artigo, as associações,
§ 1º - São recompensas policiais-militares: clubes, círculos e outros que congregam
membros da Polícia Militar que se destinam
a) prêmios de Honra ao Mérito;
exclusivamente, a promover intercâmbio
b) condecoração por serviços prestados; social e assistência entre policiais-militares e
seus familiares e entre esses e a sociedade
c) elogios, louvores e referências elogiosas; e
civil local.
d) dispensas do serviço.
Art. 137 – O Estado concederá pensão, na
§ 2º - As recompensas serão concedidas de forma que dispuser em Lei, à família do
acordo com as normas estabelecidas nas leis policial-militar falecido ou extraviado.
e nos regulamentos da Polícia Militar.
Art. 138 – São adotados na Polícia Militar,
Art. 133 – As dispensas do serviço são em matéria não regulada na Legislação
autorizações concedidas aos policiais- Estadual, os regulamentos e leis em vigor no
militares para o afastamento total do Exército Brasileiro, até que sejam adotados e
serviço, em caráter temporário. regulamentos peculiares.

Art. 134 – As dispensas do serviço podem ser Art. 139 – Após a vigência do presente
concedidas aos policiais-militares: Estatuto, serão a ele ajustados todos os
dispositivos legais e regulamentares que
I – como recompensa;
com ele tenham pertinência.
II – para desconto em férias; e
Art. 140 – O Oficial superior ou intermediário
III – em decorrência de prescrição médica. que, na data da publicação desta lei, já tiver
incidido nas disposições previstas nos incisos
Parágrafo Único – As dispensas de serviço
I, do art. 61, e que estejam desempenhando
serão concedidas com a remuneração
função ou cargo em comissão, nomeado
integral e computadas com o tempo de
pelo Governador do Estado, não será
efetivo serviço.
transferido "ex-ofício" para a reserva
remunerada, enquanto permanecer nessa
situação.

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62
Art. 141 – Esta lei entra em vigor na data de
sua publicação, revogada as disposições em
contrário.

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63
➢ Lei nº 3.729, de 27/05/1980 em que se encontram, criando-lhe, ao
(Lei do Conselho de mesmo tempo, condições para se
Disciplina de Policiais defenderem.
Militares e Corpo de
Bombeiros do Estado do
Piauí).
Bizu do GD!

CONSELHO DE DISCIPLINA
Lembre-se que o conselho de
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO disciplina só aprecia a
DO PIAUÍ, em Teresina, 16 de julho de incapacidade dos Aspirantes a
1981. Oficial e praças COM
establidade assegurada.
LEI Nº 3.729, DE 27 DE MAIO
Art. 2º - Serão submetidas a Conselho de
DE 1980 Disciplina, “ex. - ofício”, as praças referidas
Dispõe sobre o Conselho de Disciplina da no Art. 1º:
Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do I – Acusadas oficialmente ou por qualquer
Estado do Piauí e dá outras providências. meio lícito de comunicação social, de terem:
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ,
faço saber que a Assembleia Legislativa do a) Procedido incorretamente no
Estado do Piauí decreta e eu sanciono a desempenho do cargo de que estejam
seguinte Lei: investidas;
b) Tido conduta (civil ou policial – militar)
irregular ; ou
c) Praticado ato que afete a honra pessoal,
a administração, o pundonor policial –
militar ou decoro da classe.

II – Afastadas do cargo ou função, na forma


da Legislação Policial – Militar, por se
tornarem incompatíveis com os mesmos ou
demonstrarem incapacidade no exercício de
Art. 1º - O Conselho de Disciplina destina-se função policial – militar a elas inerentes,
a apreciar a incapacidade dos Aspirantes a salvo se afastamento for em decorrência de
Oficial, Subtenentes, Sargentos, Cabos e fatos que motivem sua submissão a
Soldados da Polícia Militar ( ou Corpo de processo.
Bombeiros) do Estado do Piauí, com
estabilidade assegurada, para
permanecerem na ativa, bem como, dos
Aspirantes a Oficial e das demais praças,
reformados ou na reserva remunerada, de
permanecerem na situação de inatividade
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c) Colaborem, por qualquer forma, mas
sempre do modo inequívoco, em suas
atividades. Art. 3º - As praças da ativa,
constantes no Art. 1º, ao serem submetidas
a Conselho de Disciplina, serão afastadas do
exercício de suas funções.

Art. 4º - A nomeação do Conselho de


Disciplina, por deliberação própria ou por
III – Condenadas por crime de natureza ordem superior, será da competência do
dolosa, não prevista na Legislação especial, Comandante Geral da Polícia Militar do
concernentes à Segurança Nacional, em Piauí.
Tribunal Civil e Militar, à pena restritiva de
liberdade individual até dois (02)
anos(mínimo) tão logo transite em julgado a
sentença; ou Comandante
Nomeação Geral

Bizu do GD!
Art. 5º - O Conselho de Disciplina será
Lembre-se desse termo: composta de três (03) Oficiais da
"Natureza Dolosa" Corporação policial – militar.
A Banca vai querer te empurrar
§ 1º - O membro mais antigo do Conselho de
um: "Natureza Dolosa ou
Culposa" Disciplina, no mínimo um Oficial
intermediário (Capitão), será o Presidente,
IV – Pertencentes a partidos políticos ou o que se lhe seguir em antiguidade será o
associações, suspensos ou dissolvidos por interrogante e relator e, o mais moderno, o
força de disposição legal ou decisão judicial, escrivão.
ou que exerçam atividade prejudiciais ou
perigosas à Segurança Nacional. Bizu do GD!
Parágrafo Único – São consideradas, entre
outras, para os efeitos desta Lei, Vimos que o conselho é
pertencentes a partido ou associação a que composto por três oficiais, ou
se refere este artigo, as praças constantes no seja, serão esses três oficiais
art. 1º que, ostensiva ou clandestinamente: quem irão julgar, culpado ou
nao, o Aspirante a Oficial e a
a) Estejam inscritos como seus membros; praça COM estabilidade
a) Prestem serviços ou angariam valores em
seus benefícios; PRESIDENTE NO MÍNIMO UM CAPITÃO

b) Realizem propaganda de suas doutrinas;


ou
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65 INTERROGANTE E RELATOR SEGUE EM Parágrafo Único – Quando o acusado for


ANTIGUIDADE O PRESIDENTE praça da reserva remunerada ou reformado
e não for localizado ou deixar de atender à
ESCRIVÃO O MAIS MODERNO intimação, por escrito, para comparecer
perante o Conselho de Disciplina:
§ 2º - Não podem fazer parte do Conselho a) Não sendo localizada a intimação
de Disciplina; publicada em órgão de divulgação na área
a) O Oficial que formulou a acusação; do seu domicilio;

b) Os Oficiais que tenham, entre si, com o b) Deixando de atender à intimação por
acusador ou com o acusado, parentesco escrito ou à publicação o processo correrá à
consanguíneo ou afim, até o quarto grau; revelia.

c) Os Oficiais quer tenham particular Art. 8º - Aos membros do Conselho de


interesse na decisão do Conselho de Disciplina será licito reperguntar ao
Disciplina. acusado e às testemunhas sobre o objeto da
acusação e propor diligências para os
Art. 6º - O Conselho de Disciplina funcionará esclarecimentos.
sempre com a totalidade de seus membros,
em local onde seu Presidente julgar melhor Art. 9º - Ao acusado será assegurada ampla
indicado, para apuração do fato. defesa, tendo, após, o interrogatório, prazo
de cinco (05) dias, para oferecer razões, por
escrito, devendo o Conselho de Disciplina
fornece-lhe o libelo acusatório.

Bizu do GD!

Revelia é o estado de fato


gerado pela ausência jurídica
Art. 7º - Reunido o Conselho de Disciplina, de contestação (como a sua
convocado previamente por seu Presidente, apresentação intempestiva).
em local, dia e hora designados com Seu principal efeito é a
antecedência, presente o acusado, o presunção de veracidade dos
Presidente mandará proceder à leitura e à fatos (não do direito) alegados
autuação dos documentos que constituírem pelo autor (artigo 344 do CPC)
o ato de nomeação do Conselho de
Disciplina; em seguida, ordenará a
Art. 10º - O Conselho de Disciplina poderá
qualificação e o interrogatório do acusado, o
inquiri o acusador ou receber, por escrito,
que será reduzido a auto, assinado por todos
seus esclarecimentos, ouvindo,
os membros do Conselho e pelo acusado,
posteriormente a respeito, o acusado.
fazendo-se a juntada de todos os
documentos por este oferecidos.
Art. 11- O Conselho de Disciplina disporá de
um prazo de trinta (30) dias, a contar da
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66
data de sua nomeação, para conclusão dos § 2º - A decisão do Conselho de Disciplina
trabalhos, inclusive remessas de relatório. será tomada por maioria de votos de seus
membros.
§ 1º - O Comandante Geral da Polícia Militar
do Piauí, a requerimento do Presidente do § 3º - Quando houver vencido, será facultada
Conselho de Disciplina, poderá prorrogar por a sua justificação por escrito.
mais vinte (20) dias o prazo de conclusão
dos trabalhos, para efetuar diligências
visando à produção de novas provas
imprescindíveis à elucidação do fato.

Bizu do GD!
§ 4º - Elaborado o relatório, com um termo
de encerramento, o Conselho de Disciplina
Quem pede? remeterá o processo ao Comandante Geral
da Polícia Militar do Piauí.
PRESIDENTE
Quem prorroga?
Art. 13 – Recebido os autos do processo do
COMANDANTE GERAL Conselho de Disciplina, o Comandante Geral,
dentro do prazo de vinte (20) dias,
§ 2º - Poderá o Comandante Geral da Polícia aceitando, ou não, sua deliberação e, neste
Militar do Piauí, por motivo de morte do último caso, justificando os motivos do
acusado suspender, em qualquer fase, os despacho, determinará:
trabalhos do Conselho de Disciplina, por
terem cessado os motivos de sua de Bizu do GD!
nomeação.
Lembre-se, o Comandante
Art. 12 – Realizada todas as diligências, o Geral tem quatro opções:
Conselho de Disciplina passará a deliberar, 1. Arquiva
em sessão secreta, sobre o relatório a ser
redigido. 2. Aplica
3. Remete
§ 1º - O relatório, elaborado pelo escrivão, 4. Reforma ou Exclui
após conclusão do Conselho de Disciplina
sobre o mesmo, e assinado por todos os seus
membros, deverá decidir se a praça:
a) É ou não, culpada da acusação que lhe
imputada; ou
b) No caso do item III do art. 2º, levados em
consideração os preceitos da aplicação da
pena prevista no Código Penal Militar, está,
ou não, incapaz de permanecer na ativa ou
não na situação em que se encontra na I – O arquivamento do processo, se não
inatividade. julgar a praça culpada ou incapaz de

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67
permanecer na ativa ou na situação em que no parágrafo anterior, para o caso da praça
se encontra na inatividade; da ativa.
II – A aplicação da pena disciplinar, se
§ 3º - No caso de a decisão do Comando
considerar contravenção ou transgressão
Geral ser pela reforma da praça, esta será
disciplinar a razão pela qual a praça foi
efetuada no grau hierárquico que a mesma
julgada culpada.
possui na ativa, com proventos
III – A remessa do processo à Auditoria da proporcionais ao tempo de serviço.
Justiça Militar do Estado do Piauí, se
considerar crime – militar a razão pela qual a Art. 14 – O acusado ou, em caso de revelia,
praça foi considerada culpada ; ou o Oficial designado para acompanhar o
processo, poderá interpor recurso da
IV – A efetivação da reforma ou exclusão, a
decisão do Conselho de Disciplina ou da
bem da disciplina, se considerar que:
solução posterior do Comandante da Polícia
a) A razão pela qual a praça foi considerada Militar do Piauí.
culpada, está prevista nos itens I, II e IV do
Parágrafo Único – O prazo para interposição
Art. 2º; ou
de recurso será de dez (10) dias, contados
b) Se, pelo crime cometido, previsto no item da data em que o acusado tomar
III do art. 2º a praça foi julgada incapaz de conhecimento oficial da decisão do Conselho
permanecer na ativa ou na situação de de Disciplina, ou da publicação da decisão do
inatividade em que se encontrar. Comandante Geral da Corporação, em
Boletim do Comando Geral.
§ 1º - O despacho do Comandante Geral que
determinar o arquivamento do processo, Art. 15 – Caberá, em princípio, ao
deverá ser publicado em Boletim do Comandante Geral da Polícia Militar do
Comando Geral nos assentamentos da Piauí, no prazo de vinte (20) dias, contados
praça, se esta for da ativa. da data do recebimento do processo,
apreciar os recursos que forem interpostos
Bizu do GD! nos processos oriundos dos Conselhos de
Disciplina.

Veja que o comandante Geral


tem um rol de opções quanto a
questão da efetiva punição do
militar submetido, lembre-se
que quem vai decidir pela
punição (efetivamente) é o
Comandante Geral e não o
presidente do conselho

§ 2º - Também será publicado em Boletim do


comando Geral o despacho exarado no
processo, procedendo-se, neste caso, como Art. 16 – Aplicam-se a esta lei,

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68
subsidiariamente, no que couber, as normas
do Código de Processo Penal Militar.

Art. 17 – Prescrevem-se em seis (06) anos,


contados da data em que forem praticados,
os casos previstos nesta Lei.

Prescrição 6 anos

Art. 18 – O Comandante Geral da Polícia


Militar do Piauí, atendendo as
peculiaridades da Corporação, baixará
instruções para o funcionamento dos
Conselhos de Disciplina.

Art. 19 – Esta Lei entrará em vigor na data


de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO
PIAUÍ, em Teresina, 27 de maio de 1980.
GOVERNADOR DO ESTADO

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➢ Lei nº 5.276, de 23/12/2002
(Lei de Desvinculação do
Corpo de Bombeiros da
Polícia Militar do Piauí).

LEI Nº 5.276, DE 23 DE
DEZEMBRO DE 2002
Art. 3º - O Corpo de Bombeiros Militar do
Dispõe sobre a desvinculação do Corpo de
Estado do Piauí passa a integrar a
Bombeiros da Polícia Militar do Piauí e dá
composição organizacional do Poder
outras providências
Executivo Estadual como órgão da
Administração Direta, subordinada
diretamente ao Governador do Estado, nos
termos da Constituição Estadual.

Governador
Subordinação do Estado do
Piauí

Bizu do GD! Art. 4º - Até que sejam aprovadas leis


específicas o Corpo de Bombeiros Militar
reger-se-á pela legislação da Polícia Militar
A desvinculação do CBM foi de do Piauí.
suma importância para uma
nova estruturação no que diz Bizu do GD!
respeito, principalmente, ao
plano de quantidade de efetivo É devido a isso que até hoje
e respectivas promoções. ainda estudamos para o
concurso dos Bombeiros o
Art. 1º - Para efeito do disposto no art. 156 e Estatuto da Polícia Militar, pois
seu inciso III da Constituição do Estado do não existe ainda o Estatuto
Piauí o Corpo de Bombeiros Militar fica específico do corpo de
desvinculado da Polícia Militar do Piauí, de bombeiros militar.
acordo com o constante na presente Lei.
Art. 2º - O Corpo de Bombeiros da Polícia Parágrafo Único – O Comandante do Corpo
Militar do Piauí passa a ser denominado de de Bombeiros Militar deverá no prazo de
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do cento e vinte dias, a contar da data de
Piauí. publicação da presente Lei, encaminhar ao
Governador do Estado, os necessários
projetos de leis específicos.
Art. 5º - Fica assegurado, a oficiais e praças
PMs que atualmente servem no Corpo de

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Bombeiros o direito de permanecer
exercendo suas funções até que a matéria
seja definida em lei.
Art. 6º - Permanecerão no Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Piauí, bens
móveis e imóveis, utilizados e empregados
pelo Corpo de Bombeiros.

Art. 7º - A elaboração da folha de pagamento


de pessoal (ativo, inativo e pensionista)
referente ao Corpo de Bombeiros Militar,
continuará por todo exercício de 2003 a
cargo da Polícia Militar do Piauí.

Art. 8º - Até que tenha dotação


orçamentária própria as despesas do Corpo
de Bombeiros Militar serão efetuadas pela
Polícia Militar do Estado do Piauí.
Art. 9º - Esta lei entra em vigor na data de
sua publicação.

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➢ Lei nº 5.459, de 30/06/2005 I - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares
(Lei de Criação de Quadros Combatentes - QOBM/Comb;
de Oficiais e de Praças no
Corpo de Bombeiros Militar II - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares
do Estado do Piauí) (Alterada de Saúde - QOBM/S;
pela Lei nº 5.520, de
13/12/2005 e Alterada pela III - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares
Lei nº 7.772, de Engenheiros - QOBM/E;
04/04/2022).
IV - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares
LEI ORDINÁRIA Nº 5.459 Complementares - QCOBM;

DE 30/06/2005 V - Quadro de Praças Bombeiros Militares -


QPBM.
Dispõe sobre a criação de Quadros de Oficiais e
de Praças no Corpo de Bombeiros Militar do
§ 1º Os integrantes da reserva remunerada
Estado do Piauí e dá outras providências.
quando convocados para ativa ficarão
vinculados ao Núcleo de Voluntários da
Bizu do GD! Reserva Remunerada.

§ 2º Para estabelecimento de vagas do


Mais uma vez, preste muita Núcleo de Voluntários da Reserva
atenção nas diferenças da Remunerada, utilizar-se-á como referência a
Legislação do Bombeiro Militar Lei de fixação de efetivo da Corporação, não
e a Polícia Militar. NÃO SE poderá ultrapassar o percentual de um terço
CONFUNDA! de todo efetivo previsto na referida Lei.
Aqui, por exemplo, o QUADRO
COMPLEMENTAR vai somente § 3º VETADO.
até Capitão.
Art. 2º O Quadro de Oficiais Bombeiros
Militares Combatentes será constituído por
Oficiais aprovados em concurso público e em
Curso de Formação de Oficiais Bombeiros
Militares.

Parágrafo Único Os postos no Quadro de


Oficiais Bombeiros Militares Combatentes
são os seguintes:
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ,
I - 2º Tenente;
FAÇO saber que o Poder Legislativo decreta
e eu sanciono a seguinte Lei:
II - 1º Tenente;
Art. 1º São criados no Corpo de Bombeiros
III - Capitão;
Militar do Estado do Piauí os seguintes
Quadros:
IV - Major;

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V - Tenente-Coronel; Parágrafo Único Os postos no Quadro de
Oficiais Bombeiros Militares Engenheiros
VI - Coronel. são os seguintes:

I - 2º Tenente;
Bizu do GD!
II - 1º Tenente;

III - Capitão;
Combatentes:
2º Tenente até Coronel IV - Major;

V - Tenente-Coronel.
Art. 3º O Quadro de Oficiais Bombeiros
Militar de Saúde será constituído por
aprovados em concurso público com Bizu do GD!
habilitação em Medicina, Odontologia,
Psicologia e Enfermagem.

Parágrafo Único Os postos no Quadro de Engenheiros:


Oficiais Bombeiros Militares de Saúde são os 2º Tenente até Tenente-Coronel
seguintes:

I - 2º Tenente; Art. 5º Art. 5º O Quadro de Oficiais


Bombeiros Militar Complementares será
II - 1º Tenente; constituído pelos Oficiais promovidos a
partir da graduação de Subtenente do
III - Capitão; Quadro de Praças, possuidores do Curso de
Habilitação de Oficiais Bombeiros Militar
IV - Major; (CHOBM).

V - Tenente-Coronel. § 1º Os postos no Quadro de Oficiais


Bombeiros Militar Complementares serão os
Art. 4º O Quadro de Oficiais Bombeiros seguintes:
Militares Engenheiros será constituído por
aprovados em concurso público com I - 2º Tenente;
habilitação em Engenharia Civil, Elétrica,
Mecânica, Química e de Segurança. II - 1º Tenente;

III - Capitão.

IV - Major

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Art. 7º O ingresso nos Quadros previstos nos
Bizu do GD! itens I, II, III e V, do art. 1º desta Lei dá-se-á
somente através de concurso público.

§ 1º Os candidatos aprovados em concurso


Complementar:
público para os de Quadros de Oficiais
2º Tenente até Major Bombeiros Militares de Saúde e Engenheiros
só receberão a patente de 2º Tenente após a
conclusão, com aproveitamento, do Curso
§ 2º Para frequentar o Curso de Habilitação de Adaptação para Oficiais Bombeiros
de Oficiais será necessário ser Subtenente Militares realizado na Corporação.
Bombeiro Militar ter concluído o ensino
médio, devidamente comprovado através de § 2º Os candidatos aprovados em concurso
certificado, reconhecido pelo órgão público para o Quadro de Praças só
competente, além de: receberão a graduação de Soldado BM após
a conclusão, com aproveitamento, do Curso
I - estar no mínimo no comportamento de Formação de Soldado Bombeiro Militar.
“BOM”;
Art. 8º As graduações no Quadro de Praças
II - estar apto em inspeção de saúde e teste
são as seguintes:
de aptidão física;
I - Soldado;
III - ter no mínimo 01 (um) ano na graduação
de Subtenente.
II - Cabo;
§ 3º A antiguidade será determinada pela
III - 3º Sargento;
média final no Curso de Habilitação de
Oficiais, sendo o mais antigo aquele que
IV - 2º Sargento;
obtiver a maior nota, seguindo-se os demais,
sempre da maior para a menor.
V - 1º Sargento;
REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE
VI - Subtenente;
ABRIL DE 2022
VII - Aspirante a Oficial.

REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE


ABRIL DE 2022

Parágrafo Único A partir da vigência desta


Lei o Quadro de Praças, para efeito do
efetivo existente, será organizado com base
no critério de antiguidade.
Art. 6º As vagas nos Quadros previstos nesta
lei serão organizadas pela Lei de Fixação de
Efetivo.
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SECRETÁRIO DE GOVERNO

Art. 9º Excetuado o disposto no art. 5º, é


vedada ao bombeiro militar a mudança de
Quadro.

Art. 10 Até que sejam editadas normas


específicas, aplicam-se ao Corpo de
Bombeiros Militares a Lei 3.808, de 16 de
julho de 1981, a Lei Complementar 17, de 08
de janeiro de 1996, e as normas disciplinares
vigentes para a Polícia Militar do Estado do
Piauí.

Art. 11 O Quadro de Oficiais Bombeiros


Militares da Saúde, terá a seguinte
composição:

Médico – 04;

Odontólogo – 02;

Psicólogo – 02;

Enfermeiro – 04.

Art. 12 Revogam-se as disposições em


contrário, em especial, o art. 22, “b”, da Lei
3.936, de 03 de julho de 1984; arts. 22 e 36,
“b”, do Decreto 6.155, de 10 de janeiro 1985;
art. 14, §§ 1º e 2º, da Lei 4.355, de julho de
1990; e o art. 24, II, do Decreto 9.888, de 24
de março de 1998.

Art. 13 Esta Lei entrará em vigor na data de


sua publicação.

PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina(PI), 30


de junho de 2005.

GOVERNADOR DO ESTADO

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➢ Lei nº 5.460, de 30/06/2005 retornar, no prazo de 10 dias, à corporação
(Dispõe sobre a de origem.
Transferência Definitiva de
Policiais Militares para o Art. 3º A transferência definitiva somente
Corpo de Bombeiros Militar e será aceita nas seguintes condições:
de Bombeiros Militares para I- em qualquer caso se houver vaga para o
a Polícia Militar). mesmo posto ou graduação e entre quadros
correspondentes nas duas corporações.
II- se a transferência for para quadro de
Lei nº 5.460, de 30/06/2005 (Dispõe
oficiais bombeiros militares combatentes –
sobre a Transferência Definitiva de
Policiais Militares para o Corpo de QOBM/Comb, será exigida a conclusão do
Bombeiros Militar e de Bombeiros curso de formação de oficiais bombeiros
Militares para a Polícia Militar). militares realizado em academia de
bombeiro militar e o respectivo histórico
escolar.
III- se a transferência for para o quadro de
oficiais policiais militares – QOPM, será
exigida a conclusão de curso de formação de
oficiais policiais militares (CFO/PM),
realizada em academia de polícia militar e o
respectivo histórico escolar.
IV- se a transferência for para o quadro de
praças, será exigida a conclusão de curso
Art. 1º Esta lei estabelece as condições para
específico de bombeiro ou de polícia militar,
a transferência definitiva de policiais
conforme o caso.
militares para o corpo de bombeiros militar
do estado do Piauí e de bombeiros militares Art. 4º O policial militar ou bombeiro militar
para a polícia militar do Piauí em razão da ou ser transferido definitivamente terá em
desvinculação dessas corporações militares relação aos seus pares a sua antiguidade
pela lei número 5.276 de 23/12/2002. assegurada tomando-se como referência a
data da respectiva última promoção.
Parágrafo Único. A transferência é restrita Parágrafo Único. No caso de empate o
aos militares que até 1 (um) ano após a transferido será considerado mais moderno.
vigência da lei de desvinculação estivessem
servindo em unidade da polícia militar se Art. 5º Após a sua conclusão a transferência
bombeiro militar ou em unidade do corpo de será irretratável.
bombeiros militar se policial militar.
Art. 6º Fica assegurada a permanência na
Art. 2º O policial militar ou bombeiro militar polícia militar e no corpo de bombeiros
a que deseje transferir se deve dirigir militar conforme o caso aos bombeiros
requerimento ao comandante geral da militares e aos policiais militares que neles
corporação em que estiver servindo no estejam servindo desde o período anterior à
prazo de 60 (sessenta) dias contado da vigência da lei Nº 5.276 de 23/12/2002.
vigência desta lei.
Art. 7º Esta lei entrará em vigor na data de
Parágrafo Único. Após o transcurso desse sua publicação
prazo o bombeiro militar ou policial militar
que não tiver solicitado transferência deverá
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➢ Lei nº 5.462, de 30/06/2005 O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ,
(Lei de Promoção de Praças
do Corpo de Bombeiros FAÇO saber que o Poder Legislativo decreta
Militar do Estado do Piauí) e eu sanciono a seguinte Lei:
(Alterada pela Lei nº 5.640,
de 26/03/2007 e Alterada
pela Lei nº 7.772, de
04/04/2022). Capítulo I

DISPOSIÇÕES GERAIS
LEI ORDINÁRIA Nº 5.462
Art. 1º Esta Lei estabelece os critérios e as
DE 30/06/2005 condições que asseguram às praças do
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Piauí (CBMEPI) o acesso na hierarquia
Dispõe sobre a promoção de Praças do Corpo bombeiro militar, mediante promoção de
de Bombeiros Militar do Estado do Piauí e dá forma seletiva, gradual e sucessiva.
outras providências.
Art. 2º A promoção é um ato administrativo
e tem como finalidade básica o
preenchimento seletivo das vagas
Já atualizado com a LEI Nº 7.772, DE 04 DE
pertinentes ao grau imediatamente
ABRIL DE 2022 superior, com base nos efetivos fixados em
lei para o Quadro de Praças Bombeiros
Militares.

Bizu do GD! Parágrafo Único Ressalvadas as situações


decorrentes de promoção post mortem, não
poderá haver mais praças do que os
respectivos cargos e graduações previstos
Para você que estudou para o no Quadro estabelecido por lei.
concurso da polícia militar
tenha muito cuidado para não Art. 3º A forma seletiva, gradual e sucessiva
confundir alguns institutos que, da promoção resultará de um planejamento
apesar de serem parecidos. para a carreira das praças, organizada no
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Piauí, de acordo com a sua peculiaridade.

Parágrafo Único O planejamento assim


realizado deverá assegurar um fluxo de
carreira regular e equilibrado.

Capítulo II

DOS CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO


Art. 4º As promoções são efetuadas pelos
critérios de:

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I - antiguidade; ficha de conceito da praça, conforme o
estabelecido no Anexo Único e no
II - merecimento; Regulamento desta Lei.

III - post mortem. Art. 7º Promoção post mortem é aquela que


visa expressar o reconhecimento do Estado
IV - em casos extraordinários, ressarcimento do Piauí à praça bombeiro militar falecida no
de preterição. cumprimento do dever ou em conseqüência
disto.
§ 1º A promoção por antiguidade ou
merecimento fica sempre condicionada à Art. 8º Promoção em ressarcimento de
existência de vaga. preterição é aquela feita após ser
reconhecido à praça preterida por decisão
§ 2º A promoção em ressarcimento de administrativa ou judicial, o direito à
preterição implica o retorno à graduação promoção que lhe caberia.
anterior do praça bombeiro militar
indevidamente promovido. § 1º A promoção será efetuada segundo os
critérios de antiguidade ou de merecimento,
§ 3º A promoção post mortem independe recebendo a praça o número que lhe
da existência de vagas. competia na escala hierárquica como se
houvesse sido promovido na época devida.

§ 2º A praça bombeiro promovida


indevidamente retornará à graduação
anterior e, salvo comprovada má-fé, não
ficará obrigada a restituir o que houver
recebido a maior.

§ 3º A praça bombeiro militar a ser


promovida será indenizado pela diferença da
remuneração à qual tiver direito.

Art. 5º Promoção por antiguidade é aquela Art. 9º As promoções são efetuadas:


que se baseia na precedência hierárquica de
uma praça bombeiro militar sobre os demais I - para Soldado, Cabo, 3º Sargento e 2º
de igual graduação, dentro do mesmo Sargento, pelo critério de antiguidade;
Quadro.
II - para 1º sargento e subtenente, duas por
Art. 6º Promoção por merecimento é aquela antiguidade e uma por merecimento.
que se baseia no conjunto de qualidades e
atributos que distinguem e realçam o valor § 1º Nas promoções previstas no inciso II
da praça entre seus pares, avaliados no deste artigo serão aplicadas as seguintes
decurso carreira, em particular na graduação regras:
que ocupa ao ser cogitado para a promoção.
III - havendo somente uma vaga, será
Parágrafo Único As qualidades e atributos de preenchida por antiguidade;
que trata este artigo serão computadas na

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IV - havendo apenas duas vagas, serão § 2º Não há promoção de praça por ocasião
preenchidas uma por antiguidade e outra de sua transferência para a reserva
por merecimento; remunerada ou reforma.

V - havendo número de vagas superior a três Art. 11 Para ser promovido pelos critérios de
e ocorrendo quociente fracionado, para antiguidade ou de merecimento, é
mais pelo critério de antiguidade e imprescindível que a praça esteja incluída no
desprezada pelo critério de merecimento. Quadro de Acesso correspondente.

Bizu do GD!
Promoções
Soldado, Cabo, 3º Lembre-se que as condições são
Sargento e 2º Sargento, comulativas quanto às
pelo critério de condições de acesso.
antiguidade

Art. 12 Para o ingresso em Quadro de Acesso


1º sargento e é necessário que a praça satisfaça os
subtenente, duas por seguintes requisitos essenciais,
antiguidade e uma por estabelecidos para cada graduação:
merecimento
I - condição de acesso:
§ 2º Quando a praça bombeiro militar
a) interstício;
concorrer à promoção por ambos os
critérios, o preenchimento de vagas de
b) apto em inspeção de saúde; e
antiguidade poderá ser feito pelo critério de
merecimento, sem prejuízo do cômputo das
c) as peculiares a cada graduação do Quadro
futuras quotas de merecimento, de acordo
de Praças.
com a regulamentação desta Lei.
II - conceito moral.
Capítulo III
Art. 13 São condições para ingresso nos
DAS CONDIÇÕES BÁSICAS
Quadros de Acessos para Quadro de Praças
Art. 10 O ingresso na carreira de praça é feito Bombeiros Militares:
na graduação inicial do Quadro de Praças
Bombeiros, satisfeitas as exigências legais. I - ter completado até a data da promoção,
em cada graduação, o interstício mínimo de:
§ 1º A ordem hierárquica de colocação das
praças nas graduações iniciais resulta da a) cinco anos como Soldado, para a
ordem de classificação no curso graduação de Cabo;
correspondente.

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b) quatro anos como Cabo, para a V - aumento de efetivo.
graduação 3º Sargento;
§ 1º As vagas são consideradas abertas:
c) dois anos como 3º Sargento, para a
graduação de 2º Sargento; VI - na data da assinatura do ato que
promove, passa para a inatividade, demite,
d) dois anos como 2º Sargento, para a salvo se no próprio ato for estabelecida
graduação de 1º Sargento; outra data;

e) dois anos como 1º Sargento, para a VII - na data oficial do óbito; e


graduação de Subtenente.
VIII - como dispuser a lei, no caso de
II - ter concluído o Curso realizado para o fim aumento de efetivo.
de promoção;
§ 2º Não haverá promoção quando não
III - estar classificado no mínimo no houver vagas.
comportamento “BOM”.
Art. 15 As promoções são efetuadas,
IV - ser julgado apto na inspeção de saúde. anualmente, por antiguidade ou
merecimento, nos dias 18 de julho e 25 de
dezembro, obedecendo a calendário
estabelecido no Regulamento desta Lei.

ATUALIZAÇÃO DA LEI Nº 5.640 DE 26/03/2007

Bizu do GD!

Parágrafo Único A incapacidade física


temporária, verificada na inspeção de saúde, Apesar de divergências práticas
não impede a praça de ser promovida. quanto Às datas de promoções,
o que deve ser levado para a
Capítulo IV prova são essas datas de
promoções expressamente
DO PROCESSAMENTO DAS PROMOÇÕES previstas.
Art. 14 Somente serão consideradas para as
promoções as vagas provenientes de: § 1º A promoção das praças do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Piauí é da
I - promoção à graduação superior; competência do Governador do Estado,
mediante proposta do Comandante Geral da
II - passagem à situação de inatividade; Corporação

III - demissão; I - O Governador poderá delegar ao


Comandante-Geral a competência para a
IV - falecimento; e promoção das praças.

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Art. 16 A promoção por antiguidade é feita Art. 19 O processamento das promoções das
na sequência do respectivo Quadro de praças é de responsabilidade da Comissão
Acesso por Antiguidade (QAA). de Promoção de Praças, presidida pelo
Subcomandante-Geral, que será constituída
Parágrafo único. A antiguidade das praças de membros natos e efetivos.
será determinada pela média final atribuída
no curso realizado como requisito para a § 1º São membros natos, 02 (dois)
promoção a graduação superior, com Comandantes Regionais de Bombeiros,
exceção do Curso Aperfeiçoamento de designados pelo Subcomandante-Geral;
Sargentos, cuja classificação não alterará a
antiguidade. § 2º São membros efetivos, 02 (dois) oficiais
Superiores do Quadro de Oficiais Bombeiros
ATUALIZADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE Militar Complementares, designados pelo
ABRIL DE 2022 Subcomandante-Geral.

§ 3º A Comissão terá como suplentes, 02


(dois) oficiais superiores, designados pelo
Subcomandante-Geral e como secretário, 01
(um) oficial superior designado pelo
Subcomandante-Geral.

ATUALIZADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE


ABRIL DE 2022

Art. 17 A promoção por merecimento é feita


com base no Quadro de Acesso por
Merecimento (QAM). Capítulo V

Parágrafo Único As vagas para promoção por DOS QUADROS DE ACESSO


merecimento serão preenchidas
obedecendo rigorosamente à ordem de Art. 20 Quadros de Acessos são relações
colocação no Quadro de Acesso por nominais de praças, organizados por
Merecimento. graduações, para as promoções por
antiguidade – Quadro de Acesso por
Antiguidade, e por merecimento – Quadro
de Acesso por Merecimento, previstas,
respectivamente, nos artigos 5º e 6º.

§ 1º O Quadro de Acesso por Antiguidade é


a relação das praças habilitadas ao acesso,
colocadas em ordem decrescente da
antiguidade.

Art. 18 Somente se houver vagas para a § 2º O Quadro de Acesso por Merecimento é


graduação no Quadro de Praças, serão a relação das praças habilitadas ao acesso e
elaborados Quadros de Acesso por resultante da apreciação do mérito e das
Antiguidade e por Merecimento. qualidades exigidas para a promoção, na

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81
forma do Anexo Único e do Regulamento
desta Lei.

§ 3º Os Quadros de Acesso por Antiguidade


e Merecimento são organizados, para cada
data de promoção, na forma estabelecida na
regulamentação desta Lei.

Art. 21 A praça não poderá constar de


qualquer Quadro de Acesso quando: Art. 22 Será excluído do Quadro de Acesso
por Merecimento, já organizado, ou dele
I - deixar de satisfazer as condições não poderá constar a praça que agregar ou
estabelecidas no artigo 13; estiver agregado:

II - for condenada, enquanto durar o a) por motivo de gozo de licença para


cumprimento da pena, inclusive no caso de tratamento de saúde de pessoa da família
suspensão condicional da pena, não se por prazo superior a seis meses contínuos;
computando o tempo acrescido à pena
original para fins de sua suspensão b) em virtude de encontrar-se no exercício
condicional; de cargos públicos civis temporários, não
eletivos, inclusive da Administração indireta;
III - for licenciada para tratar de interesse ou
particular;
c) por ter passado à disposição de órgãos
IV - for condenada à pena de suspensão do federais, estaduais, do Distrito Federal ou
exercício do posto, cargo ou função prevista municipais, para exercer função de natureza
no Código Penal Militar, durante o prazo civil.
dessa suspensão;
Parágrafo Único Para poder ser incluído ou
V - for considerada desaparecida, extraviada reincluído nos Quadros de Acesso por
ou desertor. Merecimento, o praça abrangido pelo
disposto neste artigo deve reverter ao
Parágrafo Único Será excluída de qualquer respectivo Quadro, pelo menos trinta dias
Quadro de Acesso a praça bombeiro que antes da data de promoção.
incidir em uma das circunstâncias previstas
neste artigo ou em uma das seguintes: Capítulo VI

VI - for nele incluído indevidamente; DOS RECURSOS

VII - for promovida; Art. 23 A praça que se julgar prejudicada em


consequência de composição de Quadro de
VIII - tiver falecido; Acesso, em seu direito de promoção, poderá
interpor ao Governador do Estado, através
IX - passar à inatividade. do Comandante-Geral do Corpo de
Bombeiros, como última instância na esfera
administrativa.

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82
§ 1º Para a apresentação do recurso, a praça Parágrafo Único O Regulamento desta Lei
terá o prazo de quinze dias corridos, a contar poderá estabelecer outros critérios objetivos
do recebimento da notificação do ato que de pontuação positiva ou negativa.
julga prejudicá-la ou da publicação oficial no
Boletim Interno. Capítulo VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


Prazo de
Apresentação
do recurso quinze dias Art. 25 No prazo de sessenta dias contados
corridos da publicação desta Lei, será editado seu
Regulamento, ao qual caberá, em especial:

§ 2º Recebido o recurso, o Comandante- I - fixar calendário para as promoções;


Geral da Corporação deverá encaminhá-lo
ao Governador do Estado do Piauí, após II - estabelecer outros critérios objetivos de
avaliação pela Comissão de Promoção de avaliação do mérito.
Praças e com o parecer jurídico da
Procuradoria-Geral do Estado do Piauí. Art. 26 O número de vagas para os cursos de
habilitação à graduação imediatamente
§ 3º O recurso referente à composição de superior deve ser calculado com base nas
Quadro de Acesso e a promoção deverá ser vagas existentes, em cada graduação,
solucionado no prazo de 60 (sessenta) dias, obedecendo-se aos seguintes percentuais:
contados a partir da data de seu
recebimento. I - de soldado a cabo BM 18% (dezoito por
cento) do efetivo previsto na graduação de
cabo;
Deverá ser no prazo de 60
solucionado (sessenta) dias II - de cabo a 3° sargento BM 25% (vinte e
cinco por cento do efetivo previsto na
graduação de 3° sargento), ficando
habilitado até a graduação de 2° Sargento
§ 4º O Governador poderá delegar ao
BM;
Comandante-Geral a atribuição de decidir os
recursos referentes à promoção de praças.
III - de 2º Sargento a 1° sargento possuir o
Curso de Aperfeiçoamento de Sargento
Capítulo VII
Bombeiro Militar, ficando habilitado até a
graduação de Subtenente BM.
DAS FICHAS DE CONCEITO DE PRAÇAS
Art. 24 A ficha de conceito de praça, Art. 27 Os Cursos para a promoção à Cabo
destinada ao cômputo dos pontos que BM e 3º Sargento BM, serão realizados no
qualificaram o seu merecimento, será âmbito do Corpo de Bombeiros Militar do
preenchida com dados colhidos em seus Estado do Piauí através da 3ª Seção do
assentamentos, os quais receberão valores Estado-Maior e chamar-se-ão Curso de
numéricos, positivos e negativos, conforme Habilitação a Cabos BM e Curso de
previsto no Anexo Único desta Lei e no Habilitação a Sargentos BM.
regulamento desta Lei.

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83
Art. 28 Revogam-se as disposições em
contrário, em especial, o art. 24, II, do
Decreto 9.888, de 24 de março de 1998.

Art. 29 Esta lei entra em vigor na data de sua


publicação.

PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina(PI), 30


de junho de 2005.

GOVERNADOR DO ESTADO
SECRETÁRIO DE GOVERNO

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➢ Lei nº 5.483, de 10/08/2005 CAPÍTULO I - DA COMPETÊNCIA E DA
(Dispõe sobre a Competência FINALIDADE.
do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Piauí e Art. 1º O Corpo de Bombeiros Militar do
sobre o Código de Segurança Estado do Piauí, instituição permanente,
Contra Incêndio e Pânico do força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro,
Estado) (Alterada pela Lei nº organizado com base na hierarquia e
5.801, de 26/09/2008 e Lei disciplina, destina-se a realizar serviços
nº 6.950, de 20/01/2017). específicos de bombeiro militar e atividades
de defesa civil na área do Estado do Piauí.
Art. 2º São competências do Corpo de
LEI Nº 5.483 DE Bombeiros Militar do Estado do Piauí:
10/08/2005 I - realizar serviços de prevenção e extinção
de incêndios;
Dispõe sobre a competência do Corpo de II - realizar serviços de prevenção e extinção
Bombeiros Militar do Estado do Piauí e sobre de incêndios em florestas e matas, visando à
o Código de Segurança Contra Incêndio e proteção do meio ambiente, na esfera de
sua competência;
Pânico do Estado, e dá outras providências.
III - realizar serviços de resgate, busca e
salvamento;
Oberservação Importante!
IV - realizar perícias sobre incêndios e
explosões, relacionadas com sua
competência;
Essa norma faz uma diferença
V - analisar projetos, realizar vistorias e
enorme na preparação para
emitir pareceres acerca dos sistemas
esse concursos, pois retrata
preventivos contra incêndio e pânico e
bem cada especificidade acerca qualquer outra atividade de sua
da competência dos Bombeiros competência;
no que diz respeito à atividade
de vistorias. No concurso VI - analisar, exigir e fiscalizar todos os
anterior veio uma questão serviços e instalações concernentes às
dela. atividades de segurança contra incêndio e
pânico ou outra atividade, com vistas à
proteção das pessoas e dos bens públicos e
O Governador do Estado do Piauí,
privados;
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e
VII - prestar socorro e atendimento médico
eu sanciono a seguinte Lei:
emergencial e pré-hospitalar, nos casos de
acidentes com vítimas ou a pessoas em
iminente perigo de morte;
VIII - atuar na execução das atividades de
defesa civil;
IX - isolar, interditar ou embargar obras,
serviços, habitações e locais de uso público

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85
ou privado que não ofereçam condições de
segurança, no âmbito de sua competência; Bizu do GD!
X - aplicar as penalidades, conforme a
legislação pertinente.
XI - desenvolver pesquisas científicas em seu Competências = VERBO
campo de atuação funcional e ações
educativas de prevenção de incêndio, § 1º A enumeração dessas competências não
socorro de emergência pré-hospitalar, exclui outras decorrentes da função
pânico coletivo, bem como, ações de constitucional do Corpo de Bombeiros.
proteção e promoção do bem-estar da
coletividade e dos direitos, garantias e § 2º O Estado do Piauí, através do Corpo de
liberdades do cidadão; (Redação do inciso Bombeiros Militar, pode celebrar convênios
dada pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017). com a União, Estados, Municípios e suas
respectivas entidades da administração
XII - manter intercâmbio com órgãos indireta bem como com entidades privadas,
congêneres nacionais e internacionais, sobre com a finalidade de desempenhar outras
assuntos de interesse de suas competências relacionadas com a sua
competências; (Inciso acrescentado pela Lei função constitucional.
Nº 6950 DE 19/01/2017).
(Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 6950
XIII - credenciar, normatizar e fiscalizar as DE 19/01/2017):
escolas e empresas de formação de § 3º Estabelecer na lei o valor a ser cobrado
brigadas, bombeiros civis, guarda-vidas pelo CBMEPI para os serviços de análise de
privados e congêneres; (Inciso acrescentado projeto e vistorias conforme as fórmulas
pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017). abaixo:

XIV - normatizar e fiscalizar as brigadas de I - Para os serviços de análise de projetos e


incêndio, os bombeiros civis, guarda-vidas vistorias serão recolhidos os seguintes
privados e congêneres; (Inciso acrescentado valores:
pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
XV - formar, credenciar, normatizar e a) Para edificações com área de até 900m²
fiscalizar, com exclusividade, os bombeiros (novecentos metros quadrado) os valores
voluntários; (Inciso acrescentado pela Lei das taxas deverão ser calculados conforme
Nº 6950 DE 19/01/2017). as fórmulas abaixo:

XVI - desenvolver programas e projetos 1. Taxa de análise de projeto = 50 x UFR


sociais, através de ações de natureza
preventiva e educacional, estimulando o 2. Taxa de vistoria = 100 x UFR
civismo e exercício da cidadania. (Inciso
acrescentado pela Lei Nº 6950 DE b) Para edificações com área superior a 900
19/01/2017). m² (novecentos metros quadrado) os valores
das taxas deverão ser calculados conforme
as fórmulas abaixo:

1. Taxa de análise de projeto = (50 x UFR) +


(0,03 x UFR x Área - 900m²)

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§ 3º As edificações já construídas que
2. Taxa de vistoria = (100 x UFR) + (0,03 x UFR possuírem o "Atestado de Regularidade"
x Área - 900m²) fornecido pelo Corpo de Bombeiros Militar
dentro do seu prazo de validade, não
CAPÍTULO II - DA SEGURANÇA CONTRA
sofrerão novas exigências, desde que
INCÊNDIO E PÂNICO
providenciadas as respectivas renovações
Art. 3º Esta Lei tem por finalidade nos prazos previstos no respectivo atestado.
determinar o cumprimento das condições
CAPÍTULO III - DA CLASSIFICAÇÃO E DA
mínimas necessárias para as instalações de
DEFINIÇÃO
segurança contra incêndio e pânico em
edificações e áreas de risco no Estado do Seção I - Da Classificação
Piauí.
Subseção I - Da Classificação dos Riscos
Parágrafo único. Compete ao Corpo de
Bombeiros Militar o estudo, a análise, o RISCOS
planejamento, a fiscalização e a execução
Ocupação
das normas que disciplinam a segurança das
pessoas e de seus bens contra incêndio e Altura
pânico em todo o Estado.
Art. 4º Será exigido o cumprimento integral Carga de incêndio
dos dispositivos desta Lei e de sua
regulamentação a todas as edificações
existentes e a construir que se localizam na Art. 6º As edificações e áreas de risco serão
área do Estado do Piauí. classificadas através de regulamentação à
presente Lei, agrupadas por risco, pelos
Art. 5º As edificações já existentes, critérios de natureza da ocupação, altura e
construídas em data anterior à vigência carga de incêndio.(Redação do caput dada
desta Lei, bem como aquelas a construir, que pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
tiveram seus projetos já aprovados junto ao
Corpo de Bombeiros Militar, deverão se Parágrafo único. Para cumprimento do
adequar às suas exigências, em disposto na presente Lei, a classificação dos
conformidade com os critérios estabelecidos riscos de ocupação citada neste artigo
no seu regulamento. deverá tomar por base a classificação das
edificações constante do art. 8º desta Lei.
§ 1º Os projetos de edificações a construir,
referidos neste artigo, cuja aprovação junto
ao Corpo de Bombeiros Militar tenha Subseção II - Da Classificação das Edificações
ocorrido em um prazo superior a seis meses,
deverão ser reapresentados àquela (Revogado pela Lei Nº 6950 DE
Corporação, no prazo máximo de cento e 20/01/2017):
oitenta dias, a contar da data de vigência da Art. 7º - REVOGADO
presente Lei, para efeito de reavaliação dos
sistemas projetados.
§ 2º A não observância ao disposto no Subseção I - ll Da Classificação das
parágrafo anterior implicará em nulidade da Ocupações
aprovação já concedida. (Revogado pela Lei Nº 6950 DE
20/01/2017):

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Art. 8º - REVOGADO VII - elevador de emergência; (Inciso
acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
19/01/2017).
Seção II - Da Definição dos Sistemas
VIII - controle de fumaça; (Inciso
(Revogado pela Lei Nº 6950 DE acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
20/01/2017): 19/01/2017).
Art. 9º - REVOGADO IX - gerenciamento de risco de
incêndio; (Inciso acrescentado pela Lei Nº
6950 DE 19/01/2017).
Art. 10. Os Sistemas de Segurança contra
X - brigada de incêndio; (Inciso acrescentado
Incêndio e pânico das edificações e áreas de
pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
riscos previstos nesta Lei são as medidas que
deverão ser definidas em função dos XI - brigada profissional; (Inciso
seguintes critérios: (Redação do caput dada acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017). 19/01/2017).
XII - iluminação de emergência; (Inciso
acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
19/01/2017).
XIII - detecção automática de
incêndio; (Inciso acrescentado pela Lei Nº
6950 DE 19/01/2017).
XIV - alarme de incêndio; (Inciso
acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
I - acesso de viatura na edificação e áreas de
19/01/2017).
risco; (Redação do inciso dada pela Lei Nº
6950 DE 19/01/2017). XV - sinalização de emergência; (Inciso
acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
II - separação entre edificações; (Redação do
19/01/2017).
inciso dada pela Lei Nº 6950 DE
19/01/2017). XVI - extintores; (Inciso acrescentado pela
Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
III - resistência ao fogo dos elementos de
construção; (Redação do inciso dada pela XVII - hidrante e mangotinhos; (Inciso
Lei Nº 6950 DE 19/01/2017). acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
19/01/2017).
IV - compartimentação; (Redação do inciso
dada pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017). XVIII - chuveiros automáticos; (Inciso
acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
V - controle de materiais de
19/01/2017).
acabamento; (Redação do inciso dada pela
Lei Nº 6950 DE 19/01/2017). XIX - resfriamento; (Inciso acrescentado
pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
VI - saídas de emergência; (Inciso
acrescentado pela Lei Nº 6950 DE XX - espuma; (Inciso acrescentado pela Lei
19/01/2017). Nº 6950 DE 19/01/2017).

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XXI - sistema fixo de gases limpos e dióxido CAPÍTULO IV - DAS EXIGÊNCIAS E DA
de carbono (CO2); (Inciso acrescentado pela FISCALIZAÇÃO
Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
XXII - sistema de proteção contra descargas
atmosféricas (SPDA); (Inciso acrescentado
pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
XXIII - controle de fontes de ignição (sistema
elétrico, soldas, chamas, aquecedores,
etc). (Inciso acrescentado pela Lei Nº 6950
DE 19/01/2017).

Bizu do GD!

Seção I - Das Exigências


Como foi uma alteração
relativamente recente, é Art. 11. As exigências de sistemas de
importante menorizar todo os segurança contra incêndio e pânico,
critérios acima. aplicáveis às edificações e áreas de risco,
serão estabelecidas em regulamentação à
presente Lei. (Redação do artigo dada pela
§ 1º Outros sistemas poderão ser previstos
Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
no regulamento desta Lei para a proteção
contra incêndio e pânico, desde que Art. 12. As normas de segurança previstas
devidamente testados e aprovados por nesta Lei e em sua regulamentação se
entidades tecnológicas que mantenham aplicam às edificações e áreas de risco,
laboratórios específicos para ensaios, e devendo ser observadas por ocasião da
aprovados pelo Corpo de Bombeiros construção, reforma, ampliação, mudança
Militar. (Antigo parágrafo único da ocupação ou uso, e na regularização das
renumerado pela Lei Nº 6950 DE edificações e áreas de risco existentes.
19/01/2017).
§ 1º Os sistemas de segurança contra
§ 2º É proibido o uso de captores que incêndios previstos para as edificações
contenham material radioativo no sistema deverão ser apresentados ao Corpo de
de proteção contra descargas atmosféricas - Bombeiros Militar, acompanhados dos
SPDA (para-raios). (Parágrafo acrescentado respectivos projetos, para fins de análise de
pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017). conformidade com as normas pertinentes.
§ 3º Os proprietários das instalações cujos § 2º Para a obtenção, junto aos órgãos
sistemas de proteção contra descargas municipais competentes, de licença de
atmosféricas utilizem captores que funcionamento, Alvará de construção,
contenham materiais radioativos, deverão concessão de "Habite-se", bem como de
providenciar a remoção por empresa suas respectivas renovações, das edificações
especializada, bem como o classificadas nesta Lei, será necessária a
encaminhamento à uma unidade da aprovação dos respectivos sistemas de
Comissão Nacional de Energia Nuclear - segurança contra incêndio e pânico
CNEN no prazo de 720 (setecentos e vinte) previstos para aquelas edificações junto ao
dias. (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº Corpo de Bombeiros Militar, podendo o
6950 DE 19/01/2017).
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89
Corpo de Bombeiros Militar celebrar Bizu do GD!
convênios nesse sentido com Municípios.
§ 3º As medidas de segurança contra
incêndio e pânico apresentadas em Projeto O referido atestado é
terão validade de 01 ano, a contar da data da necessário para que o
aprovação pelo Corpo de Bombeiros Militar estabelecimento esteja regular
do Estado do Piauí. (Redação do parágrafo perante o Órgão Estadual.
dada pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
§ 4º Vencido o prazo de validade, e não § 1º O "Atestado de Regularidade" somente
sendo expedida a respectiva licença e Alvará será emitido pelo Corpo de Bombeiros
de construção, reforma, modificação ou Militar quando as edificações satisfizerem às
acréscimo, os sistemas de segurança contra exigências específicas para as mesmas, não
incêndio e pânico deverão ser sendo fornecidos provisórios ou parciais.
reapresentados ao Corpo de Bombeiros
Militar, para efeito de revalidação. § 2º O "Atestado de Regularidade" de que
trata este artigo terá prazo de validade pré-
(Redação do parágrafo dada pela Lei Nº determinado através de regulamentação do
6950 DE 19/01/2017): Corpo de Bombeiros Militar, de acordo com
§ 5º Ficam excluídas das exigências da a classificação quanto a natureza e carga de
presente Lei: incêndio, podendo ser de no máximo 03
(três) anos a contar da data de sua
a) as edificações de uso residencial emissão. (Redação do parágrafo dada pela
exclusivamente unifamiliares; Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
§ 3º O Atestado de Regularidade poderá ser
b) as residências exclusivamente invalidado a qualquer tempo, no decorrer do
unifamiliares localizadas no pavimento prazo de sua validade, quando for
superior de ocupação mista com até dois constatado, mediante fiscalização, qualquer
pavimentos e que possuam acessos irregularidade prevista no art. 19 desta
independentes; Lei. (Redação do parágrafo dada pela Lei Nº
6950 DE 19/01/2017).
c) estruturas provisórias ou edificações
térreas, com área utilizável inferior ou igual § 4º Poderá ser fornecido Atestado de
a 20 m² (vinte metros quadrados), de baixo Regularidade para edificações e áreas de
risco de incêndio, e afastada no mínimo 05 risco classificadas de baixo e médio risco de
(cinco) metros de estruturas provisórias e incêndio, mediante declaração prestada
edificações circunvizinhas. pelo proprietário ou responsável pelo uso,
acerca das condições de segurança contra
Art. 13. O cumprimento das exigências incêndio e pânico. (Parágrafo acrescentado
estabelecidas será observado através da pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
fiscalização a ser executada pelo Corpo de
Bombeiros Militar. (Artigo acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
19/01/2017):
Art. 14. Os processos de vistorias de
edificações deverão ser solicitados ao Corpo Art. 14-A. As irregularidades contatadas em
de Bombeiros Militar, para obtenção do vistorias e análises de projetos dos sistemas
competente "Atestado de Regularidade". de segurança contra incêndio e pânico
devem ser sanadas pelos responsáveis no
prazo máximo de 06 (seis) meses a contar da
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Daniele da Conceio Souza

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

90
primeira notificação que as constatou, sob
pena de arquivamento do processo.

§ 1º Submetem-se também ao prazo


máximo estabelecido no caput deste artigo,
contados a partir da vigência desta Lei, os
processos pendentes.

§ 2º Após cinco anos de permanência no


arquivo do Corpo de Bombeiros Militar, os
documentos previstos neste artigo serão § 3º A autoridade que tiver conhecimento de
submetidos a apreciação de Comissão infração é obrigada a promover a sua
designada pelo Comandante Geral, para fins apuração imediata, mediante processo
de avaliação da destinação ou destruição, administrativo próprio.
observado o interesse da Administração § 4º As infrações são apuradas em processo
Pública. administrativo próprio, assegurado o direito
Seção II - Da Fiscalização à ampla defesa e ao contraditório,
observadas as disposições desta Lei e seu
Art. 15. O Corpo de Bombeiros Militar regulamento.
fiscalizará toda e qualquer edificação
existente no Estado e, quando necessário, Art. 17. Constatada qualquer das
expedirá notificação e aplicará penalidades, irregularidades previstas nesta Lei ou em sua
na forma prevista nesta Lei ou em seu regulamentação, o agente fiscalizador
regulamento. expedirá notificação ao proprietário ou
responsável pela edificação, que aporá sua
Art. 16. Os agentes investidos na função assinatura, certificando o recebimento.
fiscalizadora poderão, observadas as
formalidades legais, vistoriar qualquer § 1º Quando o proprietário ou seu
imóvel, obra, estabelecimento ou local de representante legal se negar a receber a
evento com concentração de público, bem notificação, esta será considerada entregue,
como documentos relacionados com a mediante certificação do agente.
segurança contra incêndio e pânico. § 2º Da notificação, ao proprietário ou
§ 1º Mesmo fardados, os agentes responsável, constará prazo determinado
fiscalizadores deverão identificar-se pela para que as irregularidades, constatadas em
carteira funcional. vistorias, sejam corrigidas.

§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração § 3º O prazo referido no § 2º, que não


às medidas de proteção contra incêndio e poderá ser inferior a 10 (dez) dias, será
pânico, poderá dirigir representação às determinado em função dos fatores de
autoridades competentes, para efeito do segurança e risco, em conformidade com os
exercício do seu poder de polícia. critérios estabelecidos em regulamentação à
presente Lei.
§ 4º vencido o prazo estabelecido na
notificação, não havendo o proprietário ou
responsável pela edificação apresentado
defesa ou interposto recurso, e não
cumprindo as exigências apresentadas, ao

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infrator serão aplicadas as penalidades I - GRUPO I - Infrações Gravíssimas:
previstas nesta Lei.
a) Armazenamento e utilização de explosivos
CAPÍTULO V - DAS INFRAÇÕES
em desconformidade com a Legislação;
Art. 18. Entende-se por infrações às normas
dos sistemas e medidas de segurança contra b) Local destinado à reunião de público com
incêndio e pânico, qualquer ato, fato, lotação acima do permitido;
omissão ou situação de inobservância às
disposições desta Lei, Decretos e Instruções c) Local destinado à reunião de público com
Técnicas regulamentares, que comprometa saída de emergência obstruída ou trancada;
o perfeito funcionamento ou
operacionalização daqueles sistemas e d) Dificultar, embaraçar ou criar resistência à
medidas, provocando riscos à integridade e ação fiscalizadora dos vistoriadores do
à vida da comunidade e à segurança do Corpo de Bombeiros Militar;
patrimônio público ou privado. (Redação do
artigo dada pela Lei Nº 6950 DE e) Declaração falsa acerca das condições de
19/01/2017). segurança contra incêndio e pânico;
(Redação do caput dada pela Lei Nº 6950 DE
II - GRUPO II - Infrações Graves:
19/01/2017):
Art. 19. Para efeito de aplicação das a) Acesso de viatura inexistente:
exigências desta Lei e de sua
regulamentação, qualquer uma das b) Isolamento de risco inexistente;
situações abaixo, considerada isoladamente
ou no conjunto, está inclusa na definição c) Resistência ao fogo dos elementos de
constante do art. 18: construção inexistente;

d) Compartimentação inexistente;
Infrações e) Controle de material de acabamento e de
revestimento inexistente;
I - GRUPO I -
Infrações Gravíssimas f) Saída de emergência inexistente;

g) Elevador de emergência inexistente;


II - GRUPO II -
Infrações Graves h) Sistema de pressurização da escada
inexistente;
III - GRUPO III - i) Sistema de controle de fumaça inexistente;
Infrações Médias
j) Plano de emergência inexistente;
IV - GRUPO IV -
k) Brigada de incêndio ou bombeiro civil
Infrações Leves inexistente;

l) Sistema de iluminação de emergência

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inexistente; segurança contra incêndio;

m) Sistema de detecção de incêndio aa) Edificação ou área de risco sem Atestado


inexistente; de Regularidade do Corpo de Bombeiros.
(NR)
n) Sistema de alarme de incêndio
inexistente; III - GRUPO III - Infrações Médias:

o) Sinalização de emergência inexistente; a) Elemento automatizado de


compartimentação inoperante;
p) Sistema de extintores de incêndio
inexistente; b) Saída de emergência inoperante;

q) Sistema de hidrantes ou mangotinhos c) Elevador de emergência inoperante;


inexistente;
d) Sistema de pressurização da escada
r) Sistema de chuveiros automáticos inoperante;
inexistente;
e) Sistema de controle de fumaça
s) Sistema de resfriamento inexistente; inoperante;

t) Sistema de proteção por espuma f) Brigada de incêndio ou bombeiro civil


inexistente; reprovado na avaliação de desempenho;

u) Sistema fixo de gases para combate a g) Sistema de iluminação de emergência


incêndio inexistente; inoperante;

v) Sistema elétrico dos equipamentos de h) Sistema de detecção de incêndio


segurança contra incêndio desprotegido inoperante;
contra a ação do fogo;
i) Sistema de alarme de incêndio inoperante;
w) Sistema de proteção contra descargas
atmosféricas inexistente; j) Sistema de extintores de incêndio
inoperante;
x) Armazenamento e utilização de produtos
perigosos em desconformidade com a k) Sistema de hidrantes ou mangotinhos
legislação; inoperante;

y) Edificação ou área de risco com Licença do l) Sistema de chuveiros automáticos


Corpo de Bombeiros vencida; inoperante;

z) Deixar de atualizar o Projeto Técnico em m) Sistema de resfriamento inoperante;


decorrência de mudança de leiaute, de
altura, de área ou de ocupação da edificação n) Sistema de proteção por espuma
ou área de risco, quando tais alterações inoperante;
implicam em novas exigências ou
redimensionamento das medidas de o) Sistema fixo de gases para combate a

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incêndio inoperante;
j) Plano de emergência deficiente;
p) Armazenamento de líquidos inflamáveis
em desconformidade com a legislação; k) Brigada de incêndio ou bombeiro civil
deficiente;
q) Armazenamento e utilização de gás
liquefeito de petróleo (GLP) em l) Bombeiro civil não credenciado junto ao
desconformidade com a legislação; CBMEPI;

r) Armazenamento e utilização de gás m) Sistema de iluminação de emergência


natural (GN) em desconformidade com a deficiente;
legislação;
n) Sistema de detecção de incêndio
s) Materiais ou equipamentos de sistemas deficiente;
segurança contra incêndio sem certificação,
quando exigida; o) Sistema de alarme de incêndio deficiente;

t) Deixar de atualizar o Projeto Técnico em p) Sinalização de emergência deficiente;


decorrência de mudança de altura, de área
ou de ocupação da edificação ou área de q) Sistema de extintores de incêndio
risco, quando tais alterações não implicam deficiente;
em redimensionamento das medidas de
segurança contra incêndio; r) Sistema de hidrantes ou mangotinhos
deficiente;
IV - GRUPO IV - Infrações Leves:
s) Sistema de chuveiros automáticos
a) Acesso de viatura deficiente quanto à deficiente;
localização ou às dimensões;
t) Sistema de resfriamento deficiente;
b) Isolamento de Risco deficiente;
u) Sistema de proteção por espuma
c) Resistência ao fogo dos elementos de deficiente;
construção deficiente;
v) Sistema fixo de gases para combate a
d) Compartimentação deficiente; incêndio deficiente;

e) Controle de material de acabamento e de w) Instalações elétricas prediais em


revestimento deficiente; desconformidade com a legislação;

f) Saída de emergência deficiente; x) Documentação em desconformidade com


a legislação;
g) Elevador de emergência deficiente;
y) Atestado de Regularidade do Corpo de
h) Sistema de pressurização da escada Bombeiros Militar não afixada em local
deficiente; visível ao público;
(Redação do parágrafo dada pela Lei Nº
i) Sistema de controle de fumaça deficiente;
6950 DE 19/01/2017):

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§ 1º Será considerado:
IV - interdição ou embargo de obra ou
I - deficiente: o sistema ou medida de
atividade;
segurança contra incêndio que está
instalada no todo ou em parte na edificação, V - restritiva de direitos.
que pode ser utilizado, porém não atende
§ 1º Se o infrator cometer,
totalmente as especificações das Instruções
simultaneamente, duas ou mais infrações,
Técnicas e normas afins.
ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as
sanções a elas cominadas.
II - inoperante: o sistema ou medida de
segurança contra incêndio que está § 2º As sanções previstas nos incisos II a V
instalado na edificação, porém não funciona. deste artigo poderão ser aplicadas
juntamente com a do inciso I.
III - inexistente: o sistema ou medida de
§ 3º A multa será aplicada sempre que o
segurança contra incêndio que não está
agente, por culpa ou dolo:
instalada na edificação.
I - notificado, deixar de sanar as
§ 2º A existência de sistemas de segurança
irregularidades no prazo assinalado;
contra incêndio e pânico em edificações
onde não haja obrigatoriedade legal ou II - opuser embaraço à fiscalização do Corpo
normativa de instalação dos ditos sistemas, de Bombeiros.
não isenta os proprietários ou responsáveis
III - cometer infração gravíssima, nos termos
por aquelas edificações das exigências
do art. 19, inciso I, desta Lei. (Inciso
pertinentes, contidas nesta Lei e em sua
acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
regulamentação, relativas aos sistemas
20/01/2017).
referidos.
§ 4º As sanções indicadas no inciso IV do
CAPÍTULO VI - DAS PENALIDADES E SUA
caput serão aplicadas quando o
APLICAÇÃO
equipamento, a obra, a atividade ou o
Seção I - Das Penalidades estabelecimento não estiver obedecendo às
prescrições legais ou regulamentares.
Art. 20. O Corpo de Bombeiros Militar, no
exercício da fiscalização que lhe compete Art. 21. A aplicação das penalidades
por força de lei, aplicará as seguintes referidas neste Capítulo não isenta o
penalidades pelo não cumprimento de proprietário, locatário ou representante
qualquer das exigências de medidas de legal pelo cumprimento das exigências
proteção contra incêndio e pânico: citadas em notificação.
I - multa; (Revogado pela Lei Nº 6950 DE
20/01/2017):
II - Cassação do Atestado de Regularidade ou
Atestado de Conformidade; (Redação do Art. 22. Para imposição e gradação da
inciso dada pela Lei Nº 6950 DE penalidade, a autoridade competente
19/01/2017). observará:
(Revogado pela Lei Nº 6950 DE I - a gravidade do fato, tendo em vista os
20/01/2017): motivos da infração e suas conseqüências
para a segurança pública;
III - destruição ou inutilização de
equipamentos e produtos;

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II - os antecedentes do infrator quanto ao § 2º em caso de serem constatadas as
cumprimento da legislação de interesse de alterações previstas neste artigo, através de
prevenção contra incêndio e pânico; vistoria, sem o prévio conhecimento do
Corpo de Bombeiros Militar, ao proprietário
III - a situação econômica do infrator, no caso
ou responsável pela edificação serão
de multa.
aplicadas as penalidades contidas neste
Art. 23. Para a aplicação das penalidades capítulo.
previstas nesta Lei será assegurada ampla
Seção II - Das Multas
defesa aos interessados, observando-se o
disposto na regulamentação.
MULTAS
Infrações de natureza
gravíssima, punida com
multa de valor
correspondente a 500
(quinhentos) UFR-PI

Infrações de natureza
Art. 24. Será considerado reincidente o
grave, punida com multa
proprietário ou locatário ou representante
de valor correspondente a
legal da edificação que, no período de
300 (trezentos) UFR-PI
vigência do Atestado de Regularidade, vier a
cometer nova infração prevista neste Código
ou em sua regulamentação, constatada em Infrações de natureza,
vistoria. média punida com multa
Parágrafo único. Caracterizada a de valor correspondente a
reincidência de que trata este artigo, o 200 (duzentos) UFR-PI
Atestado de Regularidade será
imediatamente cassado, podendo ainda ser
aplicadas penalidades constantes deste Infrações de natureza
Código. leve, punida com multa
de valor correspondente a
Art. 25. Os acréscimos de área e as
50 (cinquenta) UFR-PI
mudanças de ocupação das edificações, que
possam implicar em alteração do seu risco,
bem como o aumento ou redução dos Art. 26. Os valores das multas serão
sistemas de segurança contra incêndio e cobrados em Unidades Fiscais de
pânico, deverão ser apresentados ao Corpo Referências - UFR-PI e proporcional a
de Bombeiros Militar, para efeito de análise natureza da infração, em conformidade com
e posterior aprovação. o disposto no art. 19 desta Lei: (Redação do
caput dada pela Lei Nº 6950 DE
§ 1º As alterações previstas neste artigo
19/01/2017).
incluem as edificações existentes e as
projetadas para construção, mesmo já I - Grupo I - Infrações de natureza gravíssima,
aprovadas junto ao Corpo de Bombeiros. punida com multa de valor correspondente

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a 500 (quinhentos) UFR-PI; (Redação do obrigação de sanar as irregularidades
inciso dada pela Lei Nº 6950 DE apresentadas.
19/01/2017).
§ 7º O cumprimento das exigências
II - Grupo II - Infrações de natureza grave, apresentadas em notificação não isenta o
punida com multa de valor correspondente infrator do recolhimento das multas
a 300 (trezentos) UFR-PI; (Redação do inciso porventura aplicadas.
dada pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017).
§ 8º As multas aplicadas, quando não
III - Grupo III - Infrações de natureza, média recolhidas pelo infrator, no prazo previsto
punida com multa de valor correspondente em Lei, serão inscritas em dívida ativa do
a 200 (duzentos) UFR-PI; (Redação do inciso Estado, e remetidas para cobrança judicial,
dada pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017). com os acréscimos pertinentes.
IV - Grupo IV - Infrações de natureza leve, (Parágrafo acrescentado pela Lei Nº 6950
punida com multa de valor correspondente DE 19/01/2017):
a 50 (cinquenta) UFR-PI. (Inciso
§ 9º Para o cálculo da multa, deverão ser
acrescentado pela Lei Nº 6950 DE
computados cumulativamente os valores de
19/01/2017).
cada infração, tendo como limite máximo:
§ 1º Em casos de riscos de graves acidentes,
com a possibilidade de elevado número de I - 02 (duas) infrações para o grupo das
vítimas ou em eventos com grande reunião infrações gravíssimas;
de público, os limites das multas poderão ser
decuplicados. II - 04 (quatro) infrações para o grupo das
infrações graves;
§ 2º Considerar-se-á reincidência o não
cumprimento das exigências inicialmente
III - 04 (quatro) infrações para o grupo das
apresentadas em notificação ao proprietário
infrações médias;
ou responsável, constatado através de nova
vistoria, realizada após a expiração do prazo
IV - 04 (quatro) infrações para o grupo das
concedido para tal cumprimento, quando da
infrações leves.
aplicação da primeira multa.
§ 3º A caracterização da reincidência Grupo das
referida no § 2º independerá do pagamento 02 (duas)
infrações infrações
da primeira multa aplicada.
gravíssimas
§ 4º Em caso de reincidência, os valores das
multas serão cobradas em dobro, Grupo das
obedecendo-se a proporcionalidade 04 (quatro)
estabelecida neste artigo. infrações infrações
graves
§ 5º Os valores das multas serão corrigidos e
atualizados pela variação da UFR-PI ou outro
índice legal de correção de débitos
fiscais. (Redação do parágrafo dada pela Lei
Nº 6950 DE 19/01/2017).
§ 6º A aplicação da multa correspondente
não exime o infrator de responsabilidades
civis e penais porventura cabíveis, nem da
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(Revogado pela Lei Nº 6950 DE


97 Grupo das 20/01/2017):
04 (quatro)
infrações infrações
Art. 29. Serão apreendidos os equipamentos
médias
e produtos relacionados à proteção contra
incêndio e pânico:
Grupo das
04 (quatro) I - que não atendam as exigências técnicas
infrações infrações
vigentes;
leves
II - encontrados em empresas de instalação,
§ 10. A multa pode ser recolhida com manutenção e comercialização desses que
redução de 50% (cinquenta por cento) do não estejam credenciadas e cadastradas no
seu valor no caso de renúncia ao direito de Corpo de Bombeiros Militar e não
recorrer, com o pagamento dentro do prazo providenciem a regularização no prazo
de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua assinado pela autoridade competente;
emissão. (Parágrafo acrescentado pela Lei III - acompanhados de documento de
Nº 6950 DE 19/01/2017). arrecadação falso ou forjado.
Art. 27. As empresas de que trata o art. 51 e (Revogado pela Lei Nº 6950 DE
os seus profissionais técnicos responsáveis, 20/01/2017):
quando cometerem infrações a esta Lei ou a
seu regulamento, ficarão sujeitos à multa, Art. 30. Estão sujeitos à pena de
que variará de 100 (cem) a 300 (trezentas) perdimento:
UFR-PI, aplicadas de forma gradativas, I - os produtos e equipamentos,
proporcional à gravidade da infração componentes dos sistemas preventivos de
cometida, além das penalidades de combate a incêndio e pânico que estiverem
suspensão temporária e cancelamento do em desacordo com a legislação técnica
seu cadastro e credenciamento junto ao vigente;
Corpo de Bombeiros Militar, na forma dos
dispositivos constantes em regulamentação II - os produtos e equipamentos,
à presente Lei. componentes dos sistemas preventivos
apreendidos nas empresas referidas no art.
§ 1º Aos casos de reincidência específica, 29, II, que não regularizem sua situação
serão aplicadas multas em dobro. junto ao Corpo de Bombeiros;
§ 2º Para efeito de aplicação de multas, III - os produtos, subprodutos, instrumentos,
serão observados os dispositivos constantes petrechos, equipamentos e artefatos que
do art. 26. ofereçam risco de grave acidente, químico,
Art. 28. Os valores arrecadados em físico ou biológico, com perigo de danos ao
pagamento de multas por infração a meio ambiente.
qualquer das exigências de medidas de Parágrafo único. A pena de perdimento será
proteção contra incêndio e pânico serão aplicada pelo Comandante Geral do Corpo
revertidos a fundo de aparelhamento do de Bombeiros Militar, que também decidirá
corpo de Bombeiros Militar a ser criado por sobre a destinação desses bens, na forma
lei. estabelecida em regulamento.
Seção III - Apreensão e Perdimento de (Revogado pela Lei Nº 6950 DE
equipamentos e produtos 20/01/2017):

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98
Art. 31. Aos bens de que trata o art. 30 parte da entidade interessada ou de
poderá ser atribuída uma das seguintes determinação de autoridade competente.
destinações:
§ 5º A destinação aludida no inciso IV
I - venda, mediante leilão, a pessoas dependerá de pedido da entidade
jurídicas, para seu uso, consumo, interessada, devendo o processo respectivo
industrialização ou comércio; ser instruído com documentos
comprobatórios da personalidade jurídica da
II - venda, mediante leilão, a pessoas físicas,
entidade, investidura do representante legal
para uso ou consumo;
da entidade que tenha assinado o pedido,
III - incorporação à administração direta ou a entrega da última Declaração de Isenção do
pessoas jurídicas de direito público da Imposto de Renda - Pessoa Jurídica devida,
administração indireta federal, estadual ou declaração de utilidade pública, bem assim
municipal; outros elementos a critério da autoridade
competente para efetuar a destinação.
IV - incorporação a entidades sem fins
lucrativos declaradas de utilidade pública § 6º Cabe aos beneficiários das
federal, estadual ou municipal; incorporações de que tratam os incisos III e
IV a responsabilidade pela adequada
V - incineração, destruição ou inutilização.
utilização dos bens, na forma da legislação
§ 1º Os produtos, subprodutos, pertinente, de modo a atender ao interesse
instrumentos, petrechos, equipamentos e público ou social.
artefatos declarados perdidos em decisão
(Revogado pela Lei Nº 6950 DE
administrativa final, e que não devam ser
20/01/2017):
destruídos, poderão ser incorporadas ao
patrimônio da Fazenda Estadual, ou Art. 32. Na destinação de que trata esta Lei
alienados, inclusive por meio de doação a será observada legislação que dê tratamento
instituições de educação, de pesquisa, ou de próprio a bens com características especiais,
assistência social. tais como produtos tóxicos ou explosivos.
§ 2º Para os efeitos desta Lei, entende-se por Seção IV - Destruição ou Inutilização de
incorporação a transferência dos bens, Equipamentos e Produtos
destinados pela autoridade competente,
(Revogado pela Lei Nº 6950 DE
para a administração da entidade ou órgão
20/01/2017):
beneficiário, os quais passarão a constituir
bem patrimonial da entidade ou órgão, ou Art. 33. Serão incinerados, destruídos ou
bem de consumo a ser utilizado em suas inutilizados, observadas as cautelas
atividades rotineiras, especiais ou de estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros
representação. Militar, os produtos e equipamentos,
componentes dos sistemas preventivos de
§ 3º A incorporação de que trata este artigo
combate a incêndio e pânico em desacordo
é decorrente da avaliação, pela autoridade
com as normas técnicas vigentes.
competente, de sua oportunidade e
conveniência, relativamente à escolha de § 1º O Corpo de Bombeiros Militar
outra forma de destinação, objetivando regulamentará as formas de destruição dos
alcançar, mais rapidamente, benefícios produtos de que trata este artigo,
administrativos, econômicos e sociais. observando a legislação ambiental.
§ 4º A incorporação referida no inciso III § 2º A destruição, incineração ou inutilização
dependerá de formalização do pedido por de bens será efetivada por comissão própria,
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99
designada pelo Comandante-Geral do Corpo Seção VI - Das Penalidades Restritivas de
de Bombeiros, integrada, no mínimo, por Direito
três bombeiros militares.
Art. 36. As penalidades restritivas de direito
Seção V - Da Interdição ou Embargo de Obra são:
ou Atividade
I - suspensão de registro, licença ou
Art. 34. A interdição, isolamento ou autorização;
embargo de edificações será procedido
II - cancelamento de registro, licença ou
quando ocorrer o não cumprimento das
autorização;
exigências apresentadas em notificação,
após a aplicação de multa, observado o III - perda ou restrição de incentivos e
prazo estabelecido. benefícios fiscais;
§ 1º A interdição, isolamento ou embargo, IV - proibição de contratar com a
previsto nesta Lei, somente serão Administração Pública Estadual, pelo
levantados quando do cumprimento integral período de até três anos.
das exigências apresentadas em notificação.
Art. 37. As penalidades de suspensão ou
§ 2º O recolhimento das multas aplicadas, cancelamento de registro, licença ou
por parte do infrator, não determinará o autorização serão aplicadas, na forma
levantamento da interdição, isolamento ou prevista em regulamento, às empresas
embargo da edificação. instaladoras, de manutenção e de
comercialização de equipamentos de
Art. 35. Quando a situação justificar, pela
sistemas de segurança contra incêndio e
iminência de risco de morte, para a
pânico que não atenderem às exigências
integridade física de pessoas ou que possa
previstas em notificação.
causar graves danos materiais, o Corpo de
Bombeiros Militar poderá imediatamente
proceder, independentemente da aplicação
de outras penalidades, a interdição,
Bizu do GD!
isolamento ou embargo da edificação, obra,
atividade ou local de concentração de
público, notificando o proprietário ou
responsável a cumprir as exigências
Durante o seu estudo, tente ao
apresentadas. máximo grifar ou marcar
(marca texto) os pontos mais
§ 1º Na situação prevista neste artigo, o importantes, tais como, prazos
contraditório será postergado, devendo o (números em geral) e formas
local interditado, isolado ou embargado de penalidades, infrações.
assim permanecer até parecer contrário do
Corpo de Bombeiros Militar, após o
Art. 38. As pessoas jurídicas favorecidas com
cumprimento integral das exigências, ou
quaisquer benefícios ou incentivos fiscais
julgamento favorável ao recurso interposto
concedidos ou previstos por leis estaduais,
pelo interessado. caso não atendam as exigências em
§ 2º O infrator não estará isento das multas notificação ficam também sujeitas a perda
correspondentes, caso não venha a cumprir ou restrição desses benefícios ou incentivos,
as exigências apresentadas, no prazo na forma prevista no regulamento desta Lei.
determinado em notificação.

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100
Art. 39. Na forma prevista no regulamento § 2º A multa será cobrada nos valores
desta Lei, as empresas que não atendam a estabelecidos no art. 26 e seus parágrafos e
exigências relativas à segurança contra será arrecadada pelo Corpo de Bombeiros
incêndio podem ser proibidas de contratar Militar.
por até três anos com a Administração
Art. 42. Após a expedição do termo de
Pública estadual.
multa, ao infrator será dado um prazo de
CAPÍTULO VII - DO PROCESSO quinze dias para o cumprimento das
ADMINISTRATIVO exigências apresentadas e para o
recolhimento da importância
Seção I - Dos procedimentos de Aplicação
correspondente.
das Penalidades
§ 1º Findo o prazo fixado neste artigo, e não
Art. 40. O Corpo de Bombeiros Militar,
havendo a observância de seus dispositivos,
procedendo a vistoria em edificações ou
será procedida a interdição, isolamento ou
demais locais sujeitos a sua fiscalização,
embargo da edificação, e a emissão de novo
constatando quaisquer das irregularidades
termo de multa, correspondente ao dobro
previstas nesta Lei ou em seu regulamento,
do valor da multa anteriormente aplicada.
em benefício da segurança de vidas e bens,
procederá a expedição de notificação ao § 2º O recolhimento da multa inicialmente
proprietário ou responsável pela edificação, aplicada, sem que haja o cumprimento das
estabelecendo orientações, apresentando exigências apresentadas, não isenta o
exigências e fixando prazo para seu integral infrator das penalidades previstas no
cumprimento, com vistas à regularização das parágrafo anterior.
edificações ou demais locais junto àquela
§ 3º O prazo fixado neste artigo só será
Corporação.
prorrogável, a critério do Comandante-Geral
§ 1º O prazo de que trata este artigo do Corpo de Bombeiros Militar, se a parte
dependerá da natureza da irregularidade interessada apresentar motivo justo.
constatada, em conformidades com os
Seção II - Do Direito de Defesa
critérios estabelecidos em regulamentação a
esta Lei. Art. 43. Da notificação e da aplicação de
penalidades caberá defesa, em primeira
§ 2º Os prazos estipulados em notificação
instância, ao Chefe do órgão competente do
poderão ser prorrogados, a critério do Corpo
Corpo de Bombeiros Militar, no prazo
de Bombeiros Militar, através de decisão
improrrogável de 15 (quinze) dias úteis, a
firmada em requerimento do interessado,
contar da data de recebimento da
caso os argumentos apresentados
notificação ou termo de multa pelo
justifiquem tal medida.
proprietário ou responsável pela
Art. 41. Decorrido o prazo fixado na edificação. (Redação do caput dada pela Lei
notificação, e não havendo o cumprimento Nº 6950 DE 19/01/2017).
das exigências apresentadas, será lavrado o
Parágrafo único. Caso ocorra posição
termo de multa, em duas vias.
negativa, por parte do notificado, em
§ 1º A primeira via do termo de multa será receber a competente notificação ou termo
remetida ao infrator, e a segunda será de multa, o prazo previsto neste artigo
destinada à formação de processo no Corpo passará a contar a partir da data do
de Bombeiros Militar. certificado dessa posição negativa, dado
pelo vistoriador do Corpo de Bombeiros
Militar.
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101
Art. 44. Da decisão do Chefe do órgão poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito
competente do Corpo de Bombeiros Militar suspensivo ao recurso.
caberá recurso, em segunda e última
Art. 47. O recurso não será conhecido
instância, para o Comandante-Geral do
quando interposto:
Corpo de Bombeiros Militar, no prazo
improrrogável de 15 (quinze) dias úteis, a I - fora do prazo;
contar da data em que o interessado tomar
II - perante órgão incompetente;
ciência da decisão de primeira
instância. (Redação do caput dada pela Lei III - por quem não seja legitimado;
Nº 6950 DE 19/01/2017).
IV - após exaurida a esfera administrativa.
Parágrafo único. A decisão firmada pelo
§ 1º Salvo a hipótese de má-fé, o recorrente
Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros
não será prejudicado pela interposição de
Militar será irrecorrível na esfera
recurso perante órgão incompetente.
administrativa.
§ 2º O não conhecimento do recurso não
(Redação do artigo dada pela Lei Nº 6950 DE
impede a Administração de rever de ofício o
19/01/2017):
ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão
Art. 45. O processo administrativo para administrativa.
apuração de infração deve observar os
Art. 48. Prescreve em cinco anos a ação
seguintes prazos máximos:
punitiva do Corpo de Bombeiros Militar, no
exercício do poder de polícia, objetivando
I - 15 (quinze) dias úteis para o infrator
apurar infração à legislação em vigor,
oferecer defesa ou impugnação contra a
contados da data da prática do ato ou, no
notificação, contados da data da ciência da
caso de infração permanente ou continuada,
irregularidade;
do dia em que tiver cessado.
II - 15 (quinze) dias úteis para a autoridade § 1º Incide a prescrição no procedimento
competente julgar a notificação, a defesa ou administrativo paralisado por mais de três
o recurso, contados da data da expedição da anos, pendente de julgamento ou despacho,
notificação ou da apresentação, se houver, cujos autos serão arquivados de ofício ou
da defesa ou recurso; mediante requerimento da parte
interessada, sem prejuízo da apuração da
III - 15 (quinze) dias úteis para o infrator responsabilidade funcional decorrente da
recorrer da decisão desfavorável à instância paralisação, se for o caso.
superior;
§ 2º Quando o fato objeto da ação punitiva
da Administração também constituir crime,
IV - 30 (trinta) dias corridos para o
a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto
pagamento de multa, contados da data do
na lei penal.
recebimento do respectivo termo.
Art. 49. Interrompe-se a prescrição:
Art. 46. Salvo disposição legal em contrário,
o recurso não tem efeito suspensivo. I - pela notificação do interessado, inclusive
por meio de edital;
Parágrafo único. Havendo justo receio de
prejuízo de difícil ou incerta reparação II - por qualquer ato inequívoco de
decorrente da execução, a autoridade fiscalização;
recorrida ou a imediatamente superior

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102
III - pela decisão de primeira instância ou do pânico, com vistas à regularização das
julgamento de recurso. citadas edificações, e à expedição do
competente "Atestado de Regularidade" a
CAPÍTULO VIII - DAS DISPOSIÇOES
que se refere o art. 14 desta Lei.
TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 53. Quando em operações de combate
Art. 50. As normas vigentes, emitidas pela
a incêndios seja julgado necessário, o Corpo
Associação Brasileira de Normas Técnicas -
de Bombeiro Militar poderá utilizar os
ABNT, pelas Agências Reguladoras
volumes de água armazenados em
Nacionais, pelo IRB-Brasil Resseguros, e pelo
reservatórios de edificações públicas e
Ministério do Trabalho, que tenham relação
particulares.
com a segurança contra incêndio e pânico,
poderão ser adotadas plena ou Parágrafo único. O Corpo de Bombeiros
parcialmente, ou servirem de base para Militar encaminhará relatórios de consumo
dispositivos de normas próprias, a serem de água ao proprietário ou responsável pela
definidas em regulamentação à presente Lei. edificação envolvida, e à empresa
concessionária do serviço público, caso em
Art. 51. As empresas de formação e
uma emergência utilize água armazenada
reciclagem de brigada de incêndio deverão
em reservatório de edificações públicas ou
ser credenciadas e ter o funcionamento
particulares.
autorizado pelo Corpo de Bombeiros
Militar. (Redação do caput dada pela Lei Nº Art. 54. Em caso de extinção da UFR-PI, as
6950 DE 19/01/2017). multas serão calculadas com base no índice
ou unidade que o substituir.
§ 1º O Corpo de Bombeiros Militar manterá
atualizado um cadastro das empresas de Art. 55. Esta Lei deverá ser regulamentada
formação e reciclagem de brigadas de por Decreto Governamental no prazo de
incêndio capacitadas a executar os serviços sessenta dias e por Instruções Técnicas
pertinentes. (Redação do parágrafo dada baixadas por ato do Comandante-Geral do
pela Lei Nº 6950 DE 19/01/2017). Corpo de Bombeiros Militar.
§ 2º As empresas referidas neste artigo Art. 56. Esta Lei entra em vigor na data de
somente poderão abrir processos de sua publicação, ficando revogadas as
segurança contra incêndios junto ao corpo disposições em contrário.
de Bombeiro Militar quando devidamente
PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina/PI, 10 de
credenciadas e cadastradas no órgão
agosto de 2005.
competente daquela Corporação;
§ 3º Ao Corpo de Bombeiros cabe baixar as
respectivas normas, atinentes ao
cadastramento previsto neste artigo,
conforme os critérios estabelecidos em
regulamentação à presente Lei.
Art. 52. Para efeito do cumprimento do
disposto nesta Lei e em sua regulamentação,
o Corpo de Bombeiros Militar poderá
vistoriar todos os imóveis habitados e todos
os estabelecimentos em funcionamento,
para verificação da existência e situação dos
sistemas de segurança contra incêndio e
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➢ Lei nº 5.949 de 17/12/2009 Art. 1º O Corpo de Bombeiros Militar está
(Lei de Organização Básica estruturado em órgãos de direção geral,
do Corpo de Bombeiros órgãos de direção setorial, órgãos de apoio,
Militar do Estado do Piauí) órgãos de assessoramento e órgãos de
(Alterada pela Lei nº 7.772, execução.
de 04/04/2022).
§ 1º O Efetivo dos Batalhões e Companhias
Independentes do Corpo de Bombeiros é o
LEI Nº 5.949 DE estabelecido nos Anexo I desta Lei.

17/12/2009 § 2º Desde que não importe na criação de


cargos e de despesas ou na extinção de
cargos, o Governador do Estado pode,
através de Decreto, redistribuir cargos
Dispõe sobre a Organização Básica do Corpo previstos nos órgãos da Corporação ou
de Bombeiros Militar do Estado do Piauí e dá delegar essa atribuição ao Comandante-
Geral do Corpo de Bombeiros.
outras providências.
Art. 2º Os órgãos de direção geral realizam o
comando da Corporação.
Já atualizado com a lei Nº 7.772, DE 04 DE Art. 3º Os órgãos de direção setorial
ABRIL DE 2022 incubem-se do planejamento geral, visando
o emprego do pessoal e material da
Corporação.
Art. 4º Os órgãos de apoio atendem às
necessidades de pessoal, de material e de
Bizu do GD! serviço de toda corporação.
Art. 5º Os órgãos de assessoramento
prestam serviços afetos às áreas de
consultoria e de assessoramento técnico.
Essa norma trata da
organização básica, ou seja, Art. 6º Os órgãos de execução são
distribuição da Estrutura básica responsáveis pela realização das operações
que forma a instituição. bombeiros militares.
Seção I - Órgãos de Direção Geral

Art. 7º Art. 7º São órgãos de Direção Geral:


O Governador do Estado do Piauí, I - Comando Geral, constituído de:
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e a) Comandante-Geral;
eu sanciono a seguinte Lei:
b) Subcomandante-Geral.
II - Alto Comando
TÍTULO I
ORGANIZAÇÃO BÁSICA CAPÍTULO ÚNICO
DA ESTRUTURA GERAL Seção II - Órgãos de Direção Setorial

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Art. 8º São Órgãos de Direção Setorial: IV - Centro de Operações e Comunicações
(COC), órgão de apoio do comando
I - Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP);
operacional de bombeiros;
II - Diretoria de Segurança Contra Incêndio
V - Centro de Atividades Físicas e Desportos
(DSCI);
(CAFD), órgão de apoio da diretoria ensino,
III - Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa instrução e pesquisa;
(DEIP);
VI - Centro de Ensino e Instrução de
IV- Diretoria Administrativa e Financeira Bombeiros (CEIB), órgão de apoio da
(DAF). diretoria ensino, instrução e pesquisa;
VII - Núcleo de Saúde (NS), órgão de apoio da
diretoria de gestão de pessoas.
Seção III
DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO
Seção V - Órgãos de Execução
Art. 9º São Órgãos de Assessoramento:
Art. 11. São Órgãos de Execução do Corpo de
I - Gabinete do Comandante-Geral (GAB.
Bombeiros Militar.
CBMT);
I - Unidades:
II - Gabinete do Subcomandante-Geral (GAB.
SUBCMT); a) Comando Operacional de Bombeiros
(COB);
III - Núcleo de Estudos Estratégicos (NEE);
b) Comando Regional de Bombeiros Militar
IV- Núcleo de Defesa Civil (NDC);
do Meio-Norte (CRBM-I);
V- Ajudância Geral (AJG);
c) Comando Regional de Bombeiros Militar
VI - Núcleo de Controle Interno (NCI); do Litoral (CRBM-II);
VII - Estado-Maior-Geral (EMG); d) Comando Regional de Bombeiros Militar
do Semiárido (CRBM-III);
VIII - Comissões;
e) Comando Regional de Bombeiros Militar
IX - Assessorias.
do Cerrados (CRBM-IV);
f) Grupamento de Bombeiros Militar (GBM);
Art. 10. São Órgãos de Apoio:
g) Grupamento de Bombeiros Militar
I - Centro de Manutenção (CEMAN), órgão Marítimo (GBMar).
de apoio da diretoria administrativa e
II - Subunidades:
financeira;
a) Subgrupamento de Bombeiros Militar
II - Centro de Suprimento de Material (CSM),
(SGBM);
órgão de apoio da diretoria administrativa e
financeira; b) Subgrupamento de Bombeiros Militar
Marítimo (SGBMar).
III - Centro de Treinamento Operacional
(CTO), órgão de apoio da diretoria de ensino,
instrução e pesquisa;

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105
substituí-lo em suas faltas ou impedimentos
e desempenhar outras atribuições previstas
em leis ou regulamentos, ou mediante
expressa delegação do Comandante-Geral.
Parágrafo único. A renumeração do Cargo
em comissão de Subcomandante-Geral
correspondente a 90% (noventa por cento)
da que percebe o Comandante-Geral.
Art. 15. O cargo de Subcomandante-Geral
do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
TÍTULO II Piauí é privativo de oficial do último posto da
DA COMPETÊNCIA E ESTRUTURAÇÃO DOS Corporação, integrante do Quadro de
ÓRGÃOS Oficiais Bombeiros Militar Combatentes, a
CAPÍTULO I ser nomeado pelo Governador do Estado,
DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO GERAL sendo seu substituto em suas faltas ou
Seção I impedimentos, o coronel mais antigo do
Do Comandante-Geral mesmo quadro.

Art. 12. O Comandante-Geral do Corpo de Parágrafo único. Quando a escolha para o


Bombeiros Militar do Estado do Piauí é exercício do cargo de Subcomandante-Geral
responsável pela administração superior, não incidir sobre o Oficial de último posto
comando e emprego da Corporação. mais antigo, o escolhido terá precedência
funcional sobre os demais.
Parágrafo único. A renumeração do cargo
em comissão de Comandante-Geral
corresponde a 100% (cem por cento) da Seção III DO ALTO COMANDO
renumeração do Secretário de Estado.
Art. 16. O Alto Comando da Corporação é o
Art. 13. O cargo de Comandante-Geral do órgão colegiado e deliberativo composto
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do pelos Coronéis da ativa da corporação, a ser
Piauí é privativo de oficial do último posto da convocado pelo Comandante- Geral ou seu
Corporação, integrante do Quadro de substituto para colaborar com o processo
Oficiais Bombeiros Militar Combatentes a decisório nos assuntos de relevância para o
ser nomeado pelo Governador do Estado. desenvolvimento e cumprimento das
Parágrafo único. Quando a escolha para o atribuições da corporação e elaborar
exercício do cargo de Comandante-Geral políticas institucionais, sendo composto de:
não incidir sobre o Oficial da ativa de último I - Comandante-Geral, na qualidade de
posto antigo da Corporação, o escolhido terá presidente;
precedência funcional sobre os demais.
II - Subcomandante-Geral, na qualidade de
vice-presidente;
Seção II - Do Subcomandante-Geral III - Diretor de Gestão de Pessoas;
Art. 14. O Subcomandante-Geral do Corpo
de Bombeiro Militar do Estado do Piauí, IV - Diretor de Ensino, Instrução e Pesquisa;
acumula a função de Chefe do Estado-Maior- V - Diretor Administrativo e Financeiro;
Geral, sendo o substituto imediato do
Comandante-Geral, cumprindo-lhe VI - Comandante Operacional de Bombeiros;

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106
VII - Secretaria. II - Seção de Folha e Cadastro (DGP – 1);
§ 1º O Chefe de Gabinete do Comandante- III - Seção de Promoções e Movimentações
Geral será o Secretário do Alto Comando. (DGP – 2);
§ 2º O Comandante-Geral convocará o Alto IV - Seção de Identificação e Ingresso (DGP –
Comando para decidir em forma de 3);
colegiado, sobre:
V - Seção de Inativos e Pensionistas (DGP-4);
I - emprego de pessoal;
VI - Seção de Atos (DGP-5);
II - ensino e instrução;
VII - Seção de Justiça e Disciplina (DGP-6);
III - controle interno;
VIII - Núcleo de Voluntários da Reserva
IV - disciplina; Remunerada.
V- legislação;
VI - projetos e convênios;
VII - processos de promoções em grau de
Oberservação Importante!
recurso;
VIII - outros assuntos de interesse da
A esquematização dessa norma
Corporação.
(aprendizado lógico) é
complicada, a melhor forma
CAPITULO IV
para se dar bem é por meio da
MEMORIZAÇÃO.
DOS ORGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL
Art. 17. As Diretorias, órgãos de direções
setoriais, organizadas sob forma de sistema, Seção II
competem realizar o planejamento, a
orientação, o controle, a coordenação, a DA DIRETORIA ADMINISTRATIVA E
fiscalização e a execução das atividades, dos FINANCEIRA
programas e dos planos relativos às Art. 19. A Diretoria Administrativa e
estratégias setoriais específicas. Financeira, o órgão de direção setorial
responsável pelo funcionamento do sistema
de administração financeira, programação,
Seção I orçamento, contabilidade, incumbindo
DA DIRETORIA DE GESTÃO DE PESSOAS ainda o estudo, o planejamento, a
orientação normativa, a coordenação,
Art. 18. Art. 18. A Diretoria de Gestão de supervisão, o controle e a execução das
Pessoas, órgão de direção setorial do atividades relativas à gestão do material e
sistema de pessoal, incumbe-se do patrimônio da corporação terá a seguinte
planejamento, da coordenação, da organização básica:
execução, do controle, e da fiscalização das
atividades relacionadas à pessoal, terá a I - Diretor;
seguinte organização básica: II - Seção Administrativa Financeira (DAF-1);
I - Diretor;

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III - Seção de Orçamento, Compras e II - Seção de Análise de Projetos (DSCI – 1);
Contabilidade (DAF-2);
III - Seção de Vistorias e Pareceres (DSCI –2);
IV - Seção de Cadastro, Controle e Alienação
IV - Seção de Fiscalização (DSCI – 3);
do Patrimônio (DAF-3);
V - Seção de Apoio Técnico (DSCI – 4);
V - Seção de Administração de Frota (DAF-
4); VI - Seção de Estatística e Arquivo (DSCI – 5).
VI - Seção de Controle de Armas e Munições
(DAF-5).” (NR)
Seção VI
Diretoria de Engenharia
Art. 22. A diretoria de Engenharia é
Seção III
responsável pelo planejamento, analise,
DA DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E controle e fiscalização das atividades
PESQUISA atinentes à segurança contra incêndio e
pânico no Estado do Piauí, a qual será
Art. 20. A Diretoria de Ensino, Instrução e
dirigida pelo Diretor de Serviços Técnicos.
Pesquisa, o órgão de direção setorial do
sistema de ensino e instrução, incumbe-se Parágrafo único, A 6ª Seção (BM/6) está
do planejamento, da coordenação, do estruturada da seguinte forma:
controle e da fiscalização de todas as
I - Diretoria de Engenharia;
atividades de formação, aperfeiçoamento e
especialização, nos diferentes níveis do II - Gerência de Engenharia;
ensino, do adestramento e da instrução, terá
III - Coordenação de Estudos e Projetos;
a seguinte organização básica:
IV - Coordenação de Vistorias;
I - Diretor;
V - Coordenação de Apoio Técnico;
II - Seção Técnica de Ensino (DEIP-1);
VI - Seção de Hidrantes;
III - Seção de Curso e Estágios (DEIP-2);
VII - Seção de Perícias;
IV - Seção de Pesquisa e Doutrina (DEIP-3);
VIII - Seção de Estatística.
V - Banda de Música.
REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE ABRIL DE 2022

Seção IV
DA DIRETORIA DE SEGURANÇA CONTRA
INCÊNDIO
Art. 21. A Diretoria de Segurança Contra
Incêndio, unidade administrativa
responsável pelo planejamento, análise,
controle e fiscalização das atividades
atinentes à segurança contra incêndio e
pânico no âmbito do Estado do Piauí, terá a
seguinte organização básica:
I - Diretor;
CAPÍTULO III

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DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO
Seção I Seção III
Do Gabinete do Comando Geral Do Núcleo de Estudos Estratégicos
Art. 23. Ao Gabinete do Comando Geral Art. 25. O Núcleo de Estudos Estratégicos é
compete acompanhar os trabalhos das o órgão encarregado da realização de
assessorias e comissões de caráter estudos em todas as áreas de atuação da
temporário, assessorar o Comandante Geral Corporação, com vistas à permanente
nos assuntos de controle interno, produzir construção de um sistema de segurança
informações estratégicas com vistas ao pública na área de bombeiros e de defesa
preparo e emprego do Corpo de Bombeiros civil capaz de responder às demandas da
Militar e desempenhar as funções de apoio sociedade.
administrativo, serviços gerais e os trabalhos
Parágrafo único. O Núcleo de Estudos
de secretaria do comando geral.
Estratégicos é composto de seguintes
Parágrafo único. Compõem o Gabinete do órgãos:
Comandante Geral:
I - Chefe;
I - Chefe;
II - Adjunto;
II - Comissão de Promoções de Oficiais;
III - Coordenação de Projetos;
III - Ajudante de Ordens;
IV - Seção de Estatística;
IV - Ouvidoria;
V - Seção de Estudos Prospectivos.
V - Assessoria Técnica III;
VI - Assessoria Técnica II; Seção IV
Do Núcleo de Defesa Civil
VII - Assistência de Serviços II;
Art. 26. O Núcleo de Defesa Civil é órgão de
VIII - Seção de Arquivo. assessoramento do Comando Operacional
de Bombeiros responsável pelo
planejamento e execução de atividades de
Seção II
defesa civil na área de competência do
Do Gabinete do Subcomando-Geral
Corpo de Bombeiros.
Art. 24. Ao Gabinete do Subcomando-Geral
compete assessorar o Subcomandante Geral Parágrafo único. O Núcleo de Defesa Civil
nos assuntos relativos à justiça e disciplina terá a seguinte organização básica:
bem como supervisionar os serviços diários
I - Chefe;
desenvolvidos pela Corporação.
II - Seção de Defesa Civil da Capital;
Parágrafo único. Compõem o Gabinete do
Subcomandante Geral: III - Seção de Defesa Civil do Interior.
I - Chefe;
II - Comissão de Promoções de Praças; Seção V
III - Ajudante de Ordens; Da Ajudância Geral
IV - Assessor Técnico II; Art. 27. A Ajudância Geral, subordinada
diretamente ao Comandante Geral,
V - Assessor Técnico I;
compete a publicação dos atos
VI - Assistência de Serviços I. administrativos, recepção de
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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

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correspondências, assim como auxiliar nas ordens do comando, tem por missão o
funções de administração, conservação e estudo, o planejamento, a coordenação, a
segurança das instalações do Quartel do programação orçamentária e financeira e o
Comando Geral (QCG), considerado como controle de todas as atividades da
Organização de Bombeiros Militar. Corporação, por intermédio dos órgãos de
direção setorial, de apoio e de execução, no
§ 1º Terá a seguinte organização básica:
exercício de suas competências, em
I - Ajudante-Geral; conformidade com as decisões e diretrizes
do Comandante-Geral do Corpo de
II - Secretaria Administrativa;
Bombeiros Militar do Estado do Piaui.
III - Seção de Comando, Serviços e Segurança
Parágrafo único. Terá a seguinte organização
(SCS);
básica:
IV - Seção de Arquivo.
I - Chefe do Estado-Maior-Geral (Ch EMG);
§ 2º A Seção de Comando, Serviços e
II - Subchefe do Estado-Maior-Geral (Sub Ch
Segurança, será composta pelo seu efetivo
EMG);
previsto no Quadro de Organização e
Distribuição Geral, acrescentado do efetivo III - Secretaria;
de praças distribuído nos órgãos do Quartel
IV - Seções:
do Comando Geral.
a) 1ª Seção - Seção de Planejamento
Orçamentária (SEPLO);
Seção VI
b) 2ª Seção - Seção de Inteligência e Contra
Do Núcleo de Controle Interno Inteligência (SEICI);
Art. 28. Ao Núcleo de Controle Interno c) 3ª Seção - Seção de Pesquisa, Ciência e
compete acompanhar a implementação, Tecnologia (SECPT);
pelos órgãos e suas unidades
d) 4ª Seção - Seção de Geoprocessamento e
administrativas, das recomendações da
Legislação (SEGEL);
Procuradoria Geral do Estado, da
Controladoria-Geral do Estado e do Tribunal e) 5ª Seção - Seção de Relações Públicas,
de Contas do Estado. Ação Comunitária e Comunicação Social
(SERPACS)
Parágrafo único. O Núcleo de Controle de
Gestão Interna será estruturado da seguinte
forma:
CAPÍTULO IV
I - Chefe; DOS ÓRGÃOS DE APOIO
Seção I
II - Coordenador;
Do Centro de Manutenção
III - Auxiliares. Art. 29. O Centro de Manutenção é órgão
encarregado da manutenção das instalações
dos quartéis, viaturas e manutenção de
Seção III equipamentos de telecomunicações e
operacionais da Corporação.
DO ESTADO-MAIOR-GERAL
Parágrafo único. O Centro de Manutenção
Art. 28-A. O Estado-Maior-Geral,
tem a seguinte organização básica:
encarregado da elaboração das diretrizes e

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I - Chefe; (REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE
ABRIL DE 2022)
II - Seção de Manutenção;
VIII - Pelotão Administrativo.
III - Seção de Equipamentos Operacionais;
(REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE
IV - Seção de Equipamentos de
ABRIL DE 2022)
Telecomunicações.

Seção IV
Seção II
Do Centro de Operações e Comunicações
Do Centro de Suprimento de Material
Art. 32. O Centro de Operações e
Art. 30. O Centro de Suprimento de Material
Comunicações é o órgão responsável pela
é órgão encarregado de atender as
execução dos serviços de comunicação das
necessidades básicas de subsistência da
ações operacionais.
Corporação.
Parágrafo único. O Centro Operacional de
Parágrafo único. O Centro de Suprimento e
Comunicações tem a seguinte organização
Material tem a seguinte organização básica:
básica:
I - Chefe;
I - Chefe;
II - Seção de Controle e Distribuição;
II - Seção de Operações;
III - Almoxarifado.
III - Seção de Comunicações;
IV - Seção de Apoio.
Seção III
Do Centro de Treinamento Operacional
Art. 31. O Centro de Treinamento
Seção IV
Operacional é órgão encarregado da
realização de treinamentos técnicos DO CENTRO DE ATIVIDADES FÍSICAS E
operacionais de combate a incêndio, DESPORTOS
salvamento aquático e salvamento em altura
Art. 32-A. O Centro de Atividades Físicas e
da Corporação.
Desportos é um órgão de apoio da Diretoria
Parágrafo único. O Centro de Treinamento de Ensino, Instrução e Pesquisa,
Operacional tem a seguinte organização competindo-lhe desenvolver programas
básica: específicos de condicionamento físico e
desportos da corporação, possuindo a
I - Chefe;
seguinte estrutura:
II - Adjunto;
I- Chefe;
III - Seção de Incêndio;
II- Subchefe;
IV - Seção de Salvamento Aquático e
III- Seção de Avaliação e Reabilitação Física;
Mergulho;
IV- Seção de Condicionamento Físico;
V - Seção de Salvamento em Altura;
V- Academia.
VI - Seção de Salvamento Terrestre;
VII - três Pelotões Operacionais.
Seção VI

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DO CENTRO DE ENSINO E INSTRUÇÃO DE § 2º O Chefe do Núcleo de Saúde será um
BOMBEIROS oficial superior do Quadro de Oficiais
Bombeiros Militar de Saúde da Corporação.
Art. 32-B. O Centro de Ensino e Instrução de
Bombeiros é o órgão de apoio da Diretoria
de Ensino, Instrução e Pesquisa, incumbido
CAPÍTULO V
da formação, habilitação, aperfeiçoamento,
especialização, treinamento e da instrução DA CONSTITUIÇÃO E DAS ATRIBUIÇÕES DOS
especializada dos bombeiros militar do ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Art. 33. Os órgãos de execução do Corpo de
Piauí e, eventualmente, de bombeiros de
Bombeiros Militar do Estado do Piauí,
outras corporações, possui a seguinte
constituídos de unidades e subunidades
estrutura:
operacionais, realizam a atividade-fim da
I- Comandante; instituição, cumprindo as missões que lhes
são inerentes, sendo apoiados em suas
II- Subcomandante;
necessidades de pessoal e material pelos
III- Seção de Administração; demais órgãos.
IV- Seção Pedagógica;
V- Comando do Corpo de Alunos. Seção I
Do Comando Operacional de Bombeiros
Art. 34. O Comando Operacional de
Seção VII Bombeiros é órgão de execução do mais alto
escalão do sistema operacional subordinado
DO NÚCLEO DE SAÚDE
ao órgão de direção geral, tendo a seu cargo
Art. 32-C. O Núcleo de Saúde é responsável o planejamento estratégico e a fiscalização
pelo planejamento, orientação, do emprego dos Comandos Regionais de
coordenação, controle e execução de Bombeiros.
programas de medicina preventiva, saúde
§ 1º Terá seguinte organização básica:
comunitária e controle médico-sanitário de
pessoal, execução das atividades de I - Comandante Operacional de Bombeiros;
assistência médica, odontológica, bem como
II - Subcomandante Operacional de
pelas perícias médicas e homologar os
Bombeiros;
pareceres da junta Médica de Saúde (JMS)
no âmbito da corporação. III - Seção Administrativa;
§1º Possuindo a seguinte constituição: IV - Seção de Operações e Comunicações;
I - Chefe; V - Seção de Controle e Fiscalização de
Hidrantes;
II - Perícias Médicas (PM);
VI - Seção de Planejamento, Estatística e
III - Junta Médica de Saúde (JMS);
Avaliação Operacional;
IV - Seção Médica e Odontológica;
VII - Núcleo de Investigação e Prevenção de
V - Seção de Psicologia; Incêndios;
VI - Seção de Enfermagem. VIII - Comandos Regionais de Bombeiros
Militar.
VII - Seção de Apoio Administrativo.

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§ 2º Os cargos de Comandante e § 2º Os cargos de Comandantes das
Subcomandante Operacional de Bombeiros Regionais de Bombeiros Militar serão
serão exercidos respectivamente por exercidos respectivamente por Oficiais do
Coronel e Tenente Coronel do Quadro de penúltimo posto da Corporação do Quadro
Oficiais Bombeiros Militar Combatentes de Oficiais Bombeiros Militar Combatentes.

Subseção III
Subseção I
DOS GRUPAMENTOS DE BOMBEIROS
DO NÚCLEO DE INVESTIGAÇÃO E
MILITAR
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
Art. 35. O Núcleo de Investigação e Art. 37. Os Grupamentos de Bombeiros
Prevenção de Incêndios destina-se a realizar Militar têm a seu cargo, dentro de uma
as análises laboratoriais relacionadas a determinada área operacional, as missões
investigação de incêndios e de explosões, de prevenção e extinção de incêndios, busca,
emitir conclusões técnicas sobre atividades salvamento, atendimento pré-hospitalar e
preventivas e será estruturado da seguinte auxílio nas atividades de defesa civil.
forma:
§ 1º Terá a seguinte organização básica:
I - Chefe;
II - Subchefe; I - Comandante;
III - Seção de Perícias;
II - Subcomandante;
IV - Seção de Pesquisas;
V - Laboratório. III - Administrativa;
IV - Seção de Planejamento Operacional;
Subseção II
DOS COMANDOS REGIONAIS DE V - Seção de Logística;
BOMBEIROS MILITAR
VI - Seção de Estatística;
Art. 36. Os Comandos Regionais de
Bombeiros Militar são órgãos de execução VII - Seção de Serviços Técnicos;
subordinados diretamente ao Comandante
Operacional de Bombeiros, devem efetuar o VIII - Subgrupamentos de Bombeiros Militar.
planejamento operacional, a supervisão, a § 2º Os cargos de Comandantes dos
coordenação, prevenção, o controle, a Grupamentos serão exercidos por Oficiais
fiscalização e a execução das atividades de Superiores do Quadro de Oficiais Bombeiros
bombeiro no âmbito de suas respectivas Militar Combatentes, e excepcionalmente
responsabilidades e circunscrições.
§ 1º Terão a seguinte organização básica:
I - Comandante;
II - Subcomandante;
III - Seção Administrativa;
IV - Seção de Planejamento e Avaliação
Operacional;
V - Seção de Comunicações e Logística;
VI - Seção de Estatística;
VII - Grupamentos de Bombeiros Militar;
VIII - Grupamento de Bombeiros Militar
Marítimo.

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por Oficiais Superiores de outros quadros.” VII - Subgrupamentos de Bombeiros Militar
Marítimo – SGBMar.
Parágrafo único. O cargo de Comandante do
Grupamento de Bombeiros Militar Marítimo
será exercido por Major do Quadro de
Oficiais Bombeiros Militar Combatentes.

Subseção VI
DOS SUBGRUPAMENTOS DE BOMBEIROS
MILITAR
Art. 39. Os Subgrupamentos de Bombeiros
Militar, são subunidades operacionais
subordinadas a seus respectivos
Subseção V grupamentos, tem a seus cargos, dentro de
uma determinada área operacional, as
DO GRUPAMENTO DE BOMBEIROS MILITAR missões específicas de prevenção e extinção
MARÍTIMO de incêndios, de resgate, atendimento pré-
Art. 38. O Grupamento de Bombeiros Militar hospitalar e busca e salvamentos, e as
Marítimo tem a seu cargo a realização de demais que lhe sejam conexas.
operações aquáticas com a finalidade de § 1º Terão a seguinte organização básica:
executar serviços de prevenção em eventos
náuticos, a busca, salvamentos de pessoas e I - Comandante;
bens, combate a incêndio em embarcações e II - Subcomandante;
instalações portuárias, bem como a
preservação ambiental limitada às orlas III - Seção de Operações;
fluviais e lacustre inscritas nos limites IV - Seção de Comunicações e Logística;
geográficos dos municípios de Ilha Grande
de Santa Isabel, Parnaíba, Luís Correia e V - Seção de Operações e Comunicações;
Cajueiro da Praia, assim como de toda a VI - Seção de Vistoria e Fiscalização;
costa marítima piauiense.
VII - Sargenteação.
§ 1º Terá a seguinte organização básica:
§ 2º Os cargos de Comandantes dos
I - Comandante; Subgrupamentos de Bombeiros Militar serão
II - Subcomandante; exercidos por Capitães do Quadro de Oficiais
Bombeiros Militar Combatentes, e
III - Seção Administrativa; excepcionalmente por Oficiais
IV - Seção de Planejamento Operacional e Intermediários e Subalternos de outros
Estatística; quadros.

V - Seção de Logística e Comunicações;


VI - Seção de Capacitação Técnico- Subseção VII
Profissional; DOS SUBGRUPAMENTOS DE BOMBEIROS
MILITAR MARITIMO

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Art. 40. Os Subgrupamentos de Bombeiros j) a carreira bombeiro militar;
Militar Marítimo têm a seu cargo as missões
l) indicadores de acidentes e violência no
de prevenção, combate a incêndio em
Trânsito.
embarcações e instalações portuárias,
busca, resgate, guarda-vidas, salvamento § 1º A desconcentração, interiorização e
aquático e demais que lhe sejam conexas. efetiva implantação das unidades de
bombeiros previstas nesta Lei, dar-se-ão
§ 1º Terá a seguinte organização básica:
conforme as disponibilidades financeiras do
I - Comandante; Estado do Piauí.
II - Subcomandante; § 2º O Comando Operacional de Bombeiros,
terá suas unidades e subunidades
III - Seção Administrativa;
operacionais localizadas, conforme segue:
IV - Seção de Combate a Incêndio Marítimo
I – Comando Regional de Bombeiros Militar
e Fluvial;
I – A área de atuação macrorregião do
V - Seção de Prevenção e Operações Meio-Norte (CRBM-I):
Aquáticas.
a) 1º Grupamento de Bombeiros Militar – A
§ 2º Os cargos de Comandantes dos área de atuação do 1º GBM abrangerá 16
Subgrupamentos de Bombeiros Militar municípios no território de desenvolvimento
Marítimo serão exercidos por Capitães do Entre Rios, compreendendo: Teresina, Alto
Quadro de Oficiais Bombeiro. Longá, Altos, Coivaras, José de Freitas, Lagoa
Alegre, Miguel Alves, Nazária, Pau d’Arco,
União, Beneditinos, Curralinhos, Demerval
Seção II Lobão, Lagoa do Piauí, Miguel Leão e
Monsenhor Gil.
DA CLASSIFICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS
ÓRGÃO DE EXECUÇÃO 1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar
(1º SGBM/1º GBM) – Sede – Região Central;
Art. 41. Os órgãos de execução serão
classificados de acordo com a necessidade 2) 2º Subgrupamento de Bombeiros Militar
dos serviços operacionais e administrativos (2º SGBM/1º GBM) – Zona Norte;
de uma determinada área, sendo
3) 3º Subgrupamento de Bombeiros Militar
considerados para este fim, os seguintes
(3º SGBM/1º GBM) – Zona Sul;
requisitos:
4) 4º Subgrupamento de Bombeiros Militar
a) população;
(4º SGBM/1º GBM) – Zona Leste.
b) território de desenvolvimento;
b) 2º Grupamento de Bombeiros Militar – A
c) malha viária; área de atuação do 2º GBM abrangerá 16
municípios no território de desenvolvimento
d) mapeamento aéreo do Piauí;
Entre Rios, compreendendo: Teresina
e) densidade de indústria e comércio; (sede), Agricolândia, Água Branca,
Amarante, Angical do Piauí, Barro Duro,
f) valor histórico e cultural; Hugo Napoleão, Jardim do Mulato, Lagoinha
g) meio ambiente; do Piauí, Olho d’Água do Piauí, Palmeirais,
Passagem Franca do Piauí, Regeneração,
h) poder operacional; Santo Antônio do Milagres, São Gonçalo do
i) estrutura hierárquica-disciplinar; Piauí e São Pedro do Piauí.

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1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar abrangerá 03 municípios no território de
(1º SGBM/2º GBM) – Sede – Zona Sudeste; 8 desenvolvimento Planície Litorânea,
c) 6º Grupamento de Bombeiros Militar – A compreendendo: Luís Correia (sede),
área de atuação do 6º GBM abrangerá 24 Cajueiro da Praia e Ilha Grande.
municípios no território de desenvolvimento
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar
Cocais, compreendendo: Piripiri (sede),
Marítimo (1º SGBMar/GBMar) – Sede;
Barras, Batalha, Campo Largo do Piauí,
Esperantina, Joaquim Pires, Joca Marques, III – Comando Regional de Bombeiros
Luzilândia, Madeiro, Matias Olímpio, Morro Militar – A área de atuação macrorregião do
do Chapéu do Piauí, Nossa Senhora dos Semiárido (CRBM-III):
Remédios, Porto, São João do Arraial,
a) 4º Grupamento de Bombeiros Militar – a
Brasileira, Domingos Mourão, Lagoa de São
área de atuação do 4º GBM abrangerá 23
Francisco, Milton Brandão, Pedro II,
municípios no território de desenvolvimento
Piracuruca, São João da Fronteira, São José
Vale do Rio Guaribas, compreendendo: Picos
do Divino, mais 16 municípios no território
(sede), Aroeiras do Itaim, Bocaina, Dom
de desenvolvimento Carnaubais,
Expedito Lopes, Geminiano, Itainópolis,
compreendendo: Campo Maior , Boa Hora,
Paquetá, Santana do Piauí, Santo Antônio de
Boqueirão do Piauí, Cabeceiras do Piauí,
Lisboa, São João da Canabrava, São José do
Capitão de Campos, Cocal de Telhas, Jatobá
Piauí, São Luís do Piauí, Sussuapara, Vera
do Piauí, Nossa Senhora de Nazaré,
Mendes, Alagoinha do Piauí, Alegrete do
Sigefredo Pacheco, Assunção do Piauí, Buriti
Piauí, Campo Grande do Piauí, Francisco
dos Montes, Castelo do Piauí, Juazeiro do
Santos, Fronteiras, Monsenhor Hipólito, Pio
Piauí, Novo Santo Antônio, São João da Serra
IX, São Julião e Vila Nova do Piauí, mais 16
e São Miguel do Tapuio.
municípios no território de desenvolvimento
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar Chapada Vale do Rio Itaim, compreendendo:
(1º SGBM/6º GBM) – Sede; Paulistana (sede), Belém do Piauí, Caldeirão
Grande do Piauí, Francisco Macedo, Jaicós,
2) 2º Subgrupamento de Bombeiros Militar
Marcolândia, Massapê do Piauí, Padre
(2º SGBM/ 6º GBM) – Campo Maior;
Marcos, Simões, Acauã, Betânia do Piauí,
3) 2º Subgrupamento de Bombeiros Militar Caridade do Piauí, Curral Novo do Piauí,
(3º SGBM/ 6º GBM) – Esperantina. Jacobina do Piauí, Patos do Piauí, e
Queimada Nova.
II – Comando Regional de Bombeiros Militar
– A área de atuação macrorregião do Litoral 1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar
(CRBM-II): (1º SGBM/4º GBM) – Sede;
a) 3º Grupamento de Bombeiros Militar – A d) 7º Grupamento de Bombeiros Militar – a
área de atuação do 3º GBM abrangerá 08 área de atuação do 7º GBM abrangerá 17
municípios no território de desenvolvimento municípios no território de desenvolvimento
Planície Litorânea, compreendendo: Vale do Canindé, compreendendo: Oeiras
Parnaíba (sede), Bom Princípio do Piauí, (sede), Cajazeiras do Piauí, Colônia do Piauí,
Buriti dos Lopes, Caraúbas do Piauí, Caxingó, Santa Cruz do Piauí, Santa Rosa do Piauí, São
Cocal, Cocal do Alves e Murici dos Portela. João da Varjota, Tanque do Piauí, Wall
Ferraz, Bela Vista do Piauí, Campinas do
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar
Piauí, Conceição do Canindé, Floresta do
(1º SGBM/3º GBM) – Sede;
Piauí, Isaías Coelho, Santo Inácio do Piauí,
b) Grupamento de Bombeiros Militar São Francisco do Piauí, São Francisco de
Marítimo – A área de atuação do (GBMAR) Assis do Piauí e Simplício Mendes, mais 15
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municípios no território de desenvolvimento b) 9º Grupamento de Bombeiros Militar – A
Vale do Sambito, compreendendo: Valença área de atuação do 9º GBM abrangerá 24
do Piauí, Aroazes, Prata do Piauí, Santa Cruz municípios no território de desenvolvimento
dos Milagres, São Félix do Piauí, São Miguel Chapada das Mangabeiras, compreendendo:
da Baixa Grande, Barra d’Alcântara, Elesbão Bom Jesus (sede), Alvorada do Gurguéia,
Veloso, Francinópolis, Inhuma, Ipiranga do Colônia do Gurguéia, Cristino Castro, Currais,
Piauí, Lagoa do Sítio, Novo Oriente do Piauí, Eliseu Martins, Manoel Emídio, Palmeira do
Pimenteiras, e Várzea Grande. Piauí, Santa Luz, Avelino Lopes, Curimatá,
Júlio Borges, Morro Cabeça do Tempo,
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar
Parnaguá, Redenção do Gurguéia, Barreiras
(1º SGBM/7º GBM) – Sede;
do Piauí, Corrente, Cristalândia do Piauí,
2) 2º Subgrupamento de Bombeiro Militar Gilbués, Monte Alegre do Piauí, Riacho Frio,
(2º SGB BM/7º GBM) - Valença Santa Filomena, São Gonçalo do Gurguéia,
Sebastião Barros.
e) 8º Grupamento de Bombeiros Militar – a
área de atuação do 8º GBM abrangerá 18 1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar
municípios no território de desenvolvimento (1º SGBM/12º GBM) – Sede.
Serra da Capivara, compreendendo: São
2) 2º Subgrupamento de Bombeiros Militar
Raimundo Nonato (sede), Campo Alegre do
(2º SGBM/12º GBM) – Corrente.
Fidalgo, Capitão Gervásio Oliveira, João
Costa, Lagoa do Barro do Piauí, Anísio de c) 10º Grupamento de Bombeiros Militar – A
Abreu, Bonfim do Piauí, Caracol, Guaribas, área de atuação do 10º GBM abrangerá 12
Jurema, São Braz do Piauí, Várzea Branca, municípios no território de desenvolvimento
Coronel José Dias, Dom Inocêncio, Dirceu Alto Parnaíba, compreendendo: Uruçuí
Arcoverde, Fartura do Piauí, São Lourenço (sede), Bertolínea, Canavieira, Guadalupe,
do Piauí e São João do Piauí. Jerumenha, Landri Sales, Marcos Parente,
Porto Alegre do Piauí, Antônio Almeida,
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar
Baixa Grande do Ribeiro, Ribeiro Gonçalves
(1º SGBM/8º GBM) – Sede;
e Sebastião Leal.
IV – Comando Regional de Bombeiros Militar
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar
– A área de atuação macrorregião do
(1º SGBM/10º GBM) – Sede.
Cerrados (CRBM-IV):
Parágrafo único. Os Comandos Regionais de
a) 5º Grupamento de Bombeiros Militar – a
Bombeiros Militar serão sediados em
área de atuação do 5º GBM abrangerá 19
Teresina.
municípios no território de desenvolvimento
Vale dos Rios Piauí e Itaueiras, Art. 42. A 2ª Companhia Independente, com
compreendendo: Floriano (sede), Arraial, sede em Bom Jesus do Gurguéia, tem a
Francisco Ayres e Nazaré do Piauí, Nova missão de prevenção e extinção de
Santa Rita, Paes Landim, Pedro Laurentino, incêndios, resgate e busca e salvamento,
Ribeira do Piauí, Socorro do Piauí, São José tendo a seguinte estrutura:
do Peixe, São Miguel do Fidalgo, Brejo do
I - Comando;
Piauí, Canto do Buriti, Flores do Piauí,
Itaueiras, Pajeú do Piauí, Pavussu, Rio II - Subcomando;
Grande do Piauí e Tamboril do Piauí.
III - Aprovisionamento;
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Militar
IV - Almoxarifado;
(1º SGBM/5º GBM) – Sede:
V - Seção de Pessoal;
PROTEGIDO PELA LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 – DIREITOS AUTORAIS
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VI - Seção Contra incêndio; Parágrafo único. Haverá Seções de Combate
a incêndio nos aeroportos de Teresina,
VII - Seção de Busca e Salvamento;
Parnaíba e São Raimundo Nonato.
VIII - Seção de Atendimento Pré-Hospitalar;
Bizu do GD!
IX - três Pelotões Operacionais;
X - Pelotão Administrativo;
Memorize esses três locais que
XI - Sargenteação. têm seções de combate a
REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE ABRIL DE 2022 incêncio, pois apesar de termos
vários aeroportos no Estado, só
existe esta seção em três
Art. 43. A 3ª Companhia Independente, com cidades.
sede em Teresina, tem a finalidade de
prestar socorro e atendimento médico
Art. 45. As unidades e subunidades
emergencial e pré-hospitalar, nos casos de
bombeiros militares serão subordinados
acidentes com vítimas ou a pessoas em
diretamente ao Comando Operacional de
iminente perigo de morte, tendo a seguinte
Bombeiros.
estrutura:
REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE ABRIL DE 2022
I - Comando;
II - Subcomando;
Art. 46. A Descentralização, interiorização e
III - Aprovisionamento; efetiva implantação das unidades de
bombeiros previstas nesta Lei dar-se-ão
IV - Almoxarifado;
conforme as disponibilidades financeiras do
V - Seção de Pessoal; Estado do Piauí.
VI - Seção de Material de Resgate; REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE ABRIL DE 2022

VII - Seção de Desinfecção;


VIII - Seção de Comunicações; TÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS
IX - três Pelotões Operacionais; Art. 47. Art. 47. A distribuição do efetivo
X - Pelotão Administrativo; previsto nessa Lei será feita no Quadro de
Organização e Distribuição Geral (QODG),
XI - Sargenteação. sendo regulamentada através de Decreto.”
REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE ABRIL DE 2022 Parágrafo único. Na falta de Oficiais para
preencher os cargos, os mesmos serão
exercidos por oficiais de postos
Art. 44. As Seções de Combate a incêndio em imediatamente inferiores e assim
aeroportos tem a seu cargo a sucessivamente, levando em consideração o
responsabilidade pelas atividades quadro de organização e distribuição geral.
específicas de prevenção e combate a
Art. 48. Art. 48 As atribuições dos órgãos
incêndio nos Aeródromos dos Aeroportos do
serão baixadas através do Regulamento de
Estado do Piauí.
Administração do Corpo de Bombeiros
REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE ABRIL DE 2022 Militar do Estado do Piauí (RACBMEPI), será

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Daniele da Conceio Souza

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

118
editado através de Decreto no prazo de 90 60 e 65 do Decreto-Lei nº 3.529, de 20 de
dias, após a publicação dessa Lei. outubro de 1977; os arts. 3º a 5º, 10 e Anexo
II da Lei nº 4.355, de 30 de julho de 1990, a
Parágrafo único. Os atos normativos
Lei nº 5.877, de julho de 2009, e as
editados pelo Comandante-Geral devem ser
gratificações por função de chefia e
publicados no Diário Oficial do Estado, para
assessoramento referentes ao Corpo de
que tenham eficácia.
Bombeiros que são previstas no Anexo X da
Lei nº 5.755, de 8 de maio de 2008.
ATENÇÃO!! Art. 52. Esta Lei entra em vigor na data da
ATENÇÃO SEMPRE AOS PRINCÍPIOS sua publicação, com exceção do seu Anexo
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. II, que entra em vigor em maio de 2010, na
forma do § 2º do art. 45-C da Lei nº 5.378, de
10 de fevereiro de 2004, acrescentando pela
Art. 49. Art. 49. Os cargos em comissão e as Lei nº 5.755, de 8 de maio de 2008.
funções de confiança do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Piauí são
apenas os previstos nos anexos I dessa Lei, PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina/PI, 17 de
na Lei Complementar 028, de 09 de junho de dezembro de 2009.
2003 e nas suas alterações
GOVERNADOR DO ESTADO
Parágrafo único. A existência de cargo em
comissão ou função de confiança com o SECRETÁRIO DE GOVERNO
mesmo título ou designação não implica
multiplicidade desses cargos ou funções, a
não ser que haja expressa determinação
legal em contrário.
Art. 50. O caput do art. 1º e o Anexo Único
da Lei nº 5.458, de 30 de junho de 2005, que
dispõe sobre o efetivo do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Piauí,
passam a vigorar com a seguinte redação e
fixação de efetivo;
"Art. 1º O efetivo do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Piauí (CBMEPI) fica
fixado em 1.442 (mil quatrocentos e
quarenta e dois) bombeiros militares,
dispostos nos quadros de:
....."(NR)
REVOGADO PELA LEI Nº 7.772, DE 04 DE ABRIL DE 2022

(QUADROS)

Art. 51. Ficam revogadas as disposições em


contrário, em especial o arts. 45 a 57 e arts.
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119
➢ Lei nº 7.720, de 28/12/2021 .......................................................................................
(Altera a redação da Lei nº .............................
3.808, de 16 de julho de .......................................................................................
1981, para dispor sobre o ........................................
ingresso na Polícia Militar do IV- à conclusão de curso de graduação
Estado do Piauí). superior em qualquer área.
.......................................................................................
LEI Nº 7.720, DE 28 DE DEZEMBRO DE ...............................” (NR)
2021 “Art.11.
.......................................................................................
Altera a redação da Lei nº 3.808, de 16 ...........................
de julho de 1981, para dispor sobre o Parágrafo único. O disposto neste Capítulo
ingresso na Polícia Militar do Estado do aplica-se aos candidatos ao ingresso nos
Piauí. Quadros de Praças e Oficiais, para os quais
é exigido diploma emitido por
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, estabelecimento de ensino superior
reconhecido pelo Governo Federal.” (NR)
Faço saber que o Poder Legislativo decreta
e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 2º Esta Lei não se aplica aos concursos
em andamento no momento da sua
Art. 1° A Lei nº 3.808 de 16 de julho de publicação.
1981, passa a vigorar com as seguintes
alterações: Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de
sua publicação.
“Art.10-F.
....................................................................................... PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina (PI),
........................ 28 de dezembro de 2021.
I - Curso de Formação de Oficiais: 3.600h/a
(três mil e seiscentas horas-aula); José Wellington Barroso de Araújo Dias
II – Governador do Estado
.......................................................................................
................................... Osmar Ribeiro de Almeida Júnior
....................................................................................... Secretário de Governo
........................................
§1º................................................................................
..........................................
I–
.......................................................................................
....................................
I......................................................................................
........................................
III –
.......................................................................................
..................................
IV - à conclusão de curso de graduação
superior em qualquer área.

§1º A –

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120
➢ Lei nº 7.725, de 17/01/2022 constitucional de preservação da ordem
(Dispõe sobre o Código de pública e respeito aos direitos humanos.
Ética e Disciplina dos
Militares do Estado do Piauí) Art. 2º Estão sujeitos a este Código os
militares estaduais da ativa, inativos (da
LEI Nº 7.725, DE 17 DE JANEIRO DE 2022
reserva remunerada e reformados), bem
como os militares estaduais em
circunstâncias de agregação ou no
desempenho de cargos ou funções públicas
de natureza civil.
§ 1º Estarão também sujeitos a este Código
os militares estaduais temporários, na forma
da Lei.
Dispõe sobre o Código de Ética e Disciplina § 2º Os alunos matriculados nos cursos
dos Militares do Estado do Piauí – CEDME/PI. militares estarão sujeitos às normas internas
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, das respectivas unidades de ensino e,
subsidiariamente, do constante neste
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e Código.
eu sanciono a seguinte Lei:
§ 3º O militar da reserva remunerada
CAPÍTULO I convocado para atividade estará sujeito,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS além destas normas, às dispostas em
legislação específica.
Seção I
§ 4º O militar reformado não estará sujeito a
Da Finalidade e do Âmbito de Aplicação este Código.
Art. 1º Esta Lei tem por finalidade dispor Art. 3º Para efeito deste Código,
sobre o Código de Ética e Disciplina que trata consideram-se Organizações Militares - OM:
do poder disciplinar no âmbito das Comandos Gerais, Comandos
Corporações Militares Estaduais - Polícia Intermediários, Corregedorias,
Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Coordenadorias, Diretorias, Unidades de
Estado do Piauí, definindo competências, Ensino, Unidades de Saúde, Locais de
transgressões, circunstâncias para sua Instruções, Corpos de Tropa, Unidades e
aplicação, instrumentos de apuração, Subunidades Operacionais, Presídio Militar,
punições, recursos, recompensas, revisão dentre outras, na forma da Lei.
dos atos disciplinares e reabilitação.
Parágrafo único. A aplicação do poder
disciplinar visa à proteção de valores, Seção II
preceitos éticos e deveres do militar Dos Princípios Gerais da Hierarquia e da
estadual, à garantia da legalidade, da Disciplina
disciplina e hierarquia militar, princípios
indispensáveis para que as Corporações Art. 4º A hierarquia e a disciplina são as
atinjam plenamente sua missão bases das Corporações Militares Estaduais.

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121
§ 1º A disciplina e o respeito à hierarquia II - prevalência sucessiva dos graus
devem ser mantidos, permanentemente, hierárquicos anteriores;
pelos militares estaduais.
III - classificação no curso de formação,
§ 2º A civilidade, a camaradagem, a adaptação, habilitação, nivelamento ou
confiança e a lealdade são indispensáveis à aperfeiçoamento;
formação e ao convívio nas Organizações
IV - data de nomeação, admissão ou
Militares, incumbindo aos seus integrantes
inclusão;
incentivar e manter a harmonia e a
solidariedade, promovendo estímulos de V - maior idade.
aproximação e cordialidade.
§ 6º Durante os cursos militares prevalecerá,
Art. 5º Hierarquia militar é a ordenação para efeito de antiguidade, a ordem de
progressiva da autoridade, em níveis classificação definida pelos regimentos dos
diferentes, por postos e graduações, da qual respectivos cursos.
decorre a obediência, dentro da estrutura da
§ 7º Após os cursos de formação de oficiais e
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
de praças prevalecerá, para efeito de
Militar, culminando no Governador do
antiguidade, a ordem de classificação obtida
Estado, Comandante superior dessas
nos respectivos cursos.
Corporações.
§ 8º A precedência funcional ocorrerá
§ 1º Para efeito desta Lei, a palavra
quando, em igualdade de posto ou
“Comandante”, quando usada
graduação, o oficial ou a praça:
genericamente, engloba também as funções
de Corregedor, Diretor, Chefe, Gerente e I - ocupar função que lhe atribua
Coordenador. superioridade funcional sobre os integrantes
do órgão ou serviço que dirige, comanda ou
§ 2º A ordenação da autoridade se faz por
chefia;
postos e graduações, de acordo com o
escalonamento hierárquico, a antiguidade e II - o militar ativo, em relação aos inativos.
a precedência funcional. § 3º Posto é o grau
Art. 6º Disciplina militar é a exteriorização da
hierárquico dos oficiais militares estaduais,
ética profissional e manifesta-se pelo exato
conferido por Decreto do Governador do
cumprimento dos deveres do militar
Estado.
estadual, traduzindo-se na rigorosa
§ 4º Graduação é o grau hierárquico das observância e acatamento integral das
praças militares estaduais, conferida por Constituições, leis, regulamentos, normas e
Decreto do Governador do Estado. ordens, por parte de todos os integrantes
das Corporações militares estaduais.
§ 5º Salvo disposição legal contrária, a
antiguidade entre os militares estaduais § 1º São manifestações essenciais da
dentro das respectivas corporações, em disciplina:
igualdade de posto ou graduação, será
I - a observância das prescrições legais e
definida sucessivamente pelas seguintes
regulamentares;
condições:
I - data da última promoção;

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122
II - a pronta obediência às ordens dos seus que o exercício da profissão do militar
superiores hierárquicos, salvo se estadual atinja plenamente os ideais de
manifestamente criminosa; realização do bem-comum, mediante:
III - proatividade em benefício do serviço; I - relativamente aos policiais militares, a
preservação da ordem pública e a garantia
IV - a correção de atitudes;
dos poderes constituídos;
V - as manifestações espontâneas de
II - relativamente aos bombeiros militares, a
acatamento dos valores e deveres éticos;
proteção da pessoa visando sua
VI - a colaboração espontânea na disciplina incolumidade, em situações de risco,
coletiva e na eficiência da Corporação. infortúnio ou de calamidade.

Art. 7º As ordens devem ser prontamente § 1º Aplicada aos componentes das


acatadas e executadas. Corporações Militares, independentemente
de posto ou graduação, a deontologia militar
§ 1º Cabe ao militar a inteira
reúne princípios e valores úteis e lógicos a
responsabilidade pelas ordens que der e
valores espirituais superiores, destinados a
pelas consequências que delas advierem.
elevar a profissão do militar estadual à
§ 2º Cabe ao subordinado, ao receber uma condição de missão.
ordem, solicitar os esclarecimentos
§ 2º O militar estadual, ao ser admitido nas
necessários ao seu total entendimento e
Corporações, prestará compromisso de
compreensão.
honra, em caráter solene, afirmando a
§ 3º Quando a ordem contrariar preceito consciente aceitação dos valores e deveres
regulamentar ou legal, de forma não militares e a firme disposição de bem
manifestadamente expressa, o executante cumpri-los.
poderá solicitar a sua confirmação por
§ 3º O compromisso a que se refere o
escrito, cabendo à autoridade que a emitiu
parágrafo anterior será prestado na
atender à solicitação.
presença de tropa, conforme os seguintes
§ 4º Cabe ao executante que exorbitou no dizeres: “Ao ingressar na Polícia Militar do
cumprimento de ordem recebida, a Estado do Piauí (ou Corpo de Bombeiros
responsabilidade pelos excessos e abusos Militar do Estado do Piauí), prometo regular
que tenha cometido. a minha conduta pelos preceitos da moral,
cumprir rigorosamente as ordens das
autoridades a que estiver subordinado e
CAPÍTULO II dedicar-me inteiramente ao serviço militar, à
manutenção da ordem pública e à segurança
DA DEONTOLOGIA MILITAR
da comunidade, mesmo com o risco da
Seção I própria vida”.

Disposições preliminares
Art. 8º A deontologia militar é constituída Seção II
pelos valores e deveres éticos, traduzidos
Dos Valores Militares
em normas de conduta, que se impõem para

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Art. 9º Os valores fundamentais I - honra-pessoal: sentimento de dignidade
determinantes da moral do militar são os própria, apreço e respeito de que é objeto
seguintes: ou se torna merecedor o militar, perante
seus superiores, pares e subordinados;
I - respeito aos direitos humanos,
especialmente à liberdade, à igualdade, à II - pundonor militar: dever do militar pautar
segurança, à vida, à integridade física e à a sua conduta corretamente, exigindo dele
propriedade; em qualquer ocasião, comportamento ético
que refletirá no seu desempenho perante a
II - moralidade pública, caracterizada pela
Corporação; e
honestidade e probidade, tanto no exercício
das atividades administrativas quanto nas III - decoro da classe: valor moral e social da
atividades operacionais; Instituição perante a comunidade.
III - responsabilidade pública, evidenciada
pelo profissionalismo, consistente no
Seção III
exercício da profissão com entusiasmo e
perfeição, visando à busca constante de Dos Deveres Militares
resultados;
Art. 10. Os deveres éticos, emanados dos
IV - justiça, alicerçando todas as ações no valores militares estaduais, que conduzem a
ordenamento jurídico; atividade profissional sob o signo da retidão
moral, são os seguintes:
V - patriotismo e lealdade, manifestados
pela fidelidade aos compromissos para com I - cumprir os deveres de cidadão;
a Pátria, o Estado do Piauí, a Polícia Militar e
II - buscar e amar a verdade e a justiça como
o Corpo de Bombeiros Militar, e pela
fundamentos da atuação profissional;
confiabilidade dos superiores, pares e
subordinados; III - observar os direitos e garantias
fundamentais e respeitar a dignidade da
VI - hierarquia, traduzida no respeito e
pessoa humana, agindo com isenção e
valorização dos postos e graduações;
equidade, não usando sua condição de
VII - disciplina, essencial à preservação da autoridade pública para a prática de
ordem pública, significando o exato arbitrariedade;
cumprimento do dever;
IV - observar os princípios da administração
VIII - coragem, demonstrada pelo destemor pública no exercício das atribuições que lhe
ante o perigo e devotamento à proteção de couberem em decorrência do cargo,
pessoas, do patrimônio e do meio ambiente; cumprindo e fazendo cumprir as
constituições, as leis e as ordens das
IX - respeito à honra-militar, ao sentimento
autoridades competentes, exercendo suas
do dever, ao pundonor-militar e ao decoro
atividades com responsabilidade e
da classe.
incutindo-a em seus subordinados;
Parágrafo único. Considera-se, para fins de
V - servir à comunidade acima dos interesses
aplicação desta Lei:
particulares, procurando, no exercício da
suprema missão de preservar a ordem

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pública e de proteger a pessoa, promover, aprimoramento técnico-profissional e
com devotamento, o bem-estar comum, moral;
dentro da estrita observância da legalidade;
XV - zelar pelo bom nome da instituição
VI - dedicar-se ao serviço militar estadual, militar e de seus componentes, aceitando
buscando o êxito e o aprimoramento seus valores e cumprindo seus deveres
técnico-profissional e moral; éticos e legais;
VII - estar sempre disponível e preparado XVI - proceder de maneira ilibada na vida
para as missões que desempenhar; pública e particular;
VIII - exercer as funções com integridade e XVII - abster-se do uso do posto, graduação
equilíbrio, segundo os princípios que regem ou cargo para obter facilidades pessoais de
a administração pública, não sujeitando o qualquer natureza ou para encaminhar
cumprimento do dever a influências negócios particulares ou de terceiros;
indevidas;
XVIII - exercer sempre a função pública com
IX - buscar sempre a justiça na apreciação de honestidade, não aceitando vantagem
atos e méritos dos subordinados; indevida de qualquer espécie;
X - cultuar os símbolos e as tradições da XIX - abster-se, ainda que na inatividade, do
Pátria, do Estado do Piauí e das Corporações uso das designações hierárquicas em:
Militares, e zelar por sua inviolabilidade;
a) atividade político-partidária, salvo quando
XI - abster-se, quando no serviço ativo, de candidato a cargo eletivo;
buscar apoio ou de usar de influências
b) atividade comercial ou industrial;
políticas, pessoas importantes ou
autoridades estranhas à Corporação, para a c) pronunciamento público a respeito de
obtenção de facilidades pessoais ou para assunto militar, salvo os de natureza técnica.
esquivar-se do cumprimento de ordem ou
XX - prestar assistência moral e material ao
obrigações impostas, em razão do serviço,
lar;
de interesse institucional ou circunstâncias
em que se encontre; XXI - respeitar a integridade física, moral e
psíquica da pessoa do preso ou de quem seja
XII - não pleitear para si, por meio de
objeto de incriminação, evitando o uso
terceiros, cargo ou função que esteja sendo
desnecessário de força;
exercido por outro militar estadual;
XXII - proteger as pessoas, o patrimônio e o
XIII - procurar manter boas relações com
meio ambiente com abnegação e
outras categorias profissionais, conhecendo
desprendimento pessoal;
e respeitando-lhes os limites de atribuição;
XXIII - observar as normas de boa educação
XIV - ser fiel na vida militar, cumprindo os
e ser discreto nas atitudes, maneiras e na
compromissos relacionados às suas
linguagem escrita ou falada;
atribuições, mantendo ânimo forte e fé na
missão militar, mesmo diante das XXIV - manter ambiente de harmonia e
dificuldades, dedicando-se ao serviço, camaradagem na vida profissional,
buscando, com vigor, o êxito e o solidarizando-se nas dificuldades que esteja

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ao seu alcance, abstendo-se de comentários ou prestar socorro, desde que não exista,
desairosos sobre os componentes das naquele momento e lugar, força de serviço
Corporações Militares; suficiente;
XXV - não provocar publicidade visando à XXXVI - cumprir o expediente ou serviços
própria promoção pessoal, utilizando-se do ordinário, especial ou extraordinário, para os
cargo ou função exercidos na Corporação; quais estejam nominalmente escalado ou
convocado, salvo impedimento de força
XXVI - não usar meio ilícito na produção de
maior;
trabalho intelectual ou em avaliação
profissional, inclusive no âmbito do ensino; XXXVII - atuar de forma disciplinada e
disciplinadora, com respeito mútuo de
XXVII - não abusar dos meios do Estado
superiores e subordinados, e preocupação
postos à sua disposição, nem distribuí-los a
com a integridade física, moral e psíquica de
quem quer que seja, em detrimento dos fins
todos os militares do Estado, envidando
da Administração Pública, coibindo ainda a
esforços para bem encaminhar a solução dos
transferência, para fins particulares, de
problemas apresentados.
tecnologias próprias das Corporações
Militares; § 1º Ao militar da ativa é vedado exercer:
XXVIII - exercer a profissão sem I - atividade de segurança, investigação ou
discriminações ou restrições de religião, vigilância particulares, ou outra qualquer
política, raça, etnia origem, idade, cor, sexo, que tenha relação com as funções
orientação sexual, condição social ou outras desempenhadas na Corporação Militar, para
de qualquer natureza; as quais recebeu formação específica;
XXIX - atuar com prudência nas ocorrências II - atividade como instrutor, professor ou
militares, evitando excessos; consultor, para ministrar, em cursos de
formação de vigilantes particulares,
XXX - considerar a verdade, a legalidade e a
conhecimentos específicos, inerentes ao
responsabilidade como fundamentos de
serviço e à técnica policial-militar;
dignidade pessoal;
III - atividade de comércio ou tomar parte da
XXXI - zelar pela correta apresentação
administração ou gerência de sociedade
pessoal e dos uniformes militares; XXXII -
empresarial e comercial ou dela ser sócio ou
preservar a natureza e o meio ambiente;
participar, exceto como acionista, cotista ou
XXXIII - atuar com eficiência e probidade, comanditário.
zelando pela economia e conservação dos
§ 2º Compete aos Comandantes, Chefes,
bens públicos, cuja utilização lhe for
Diretores e ao Corregedor fiscalizar os
confiada;
subordinados que apresentarem sinais
XXXIV - manter atualizado seu endereço exteriores de riqueza, incompatíveis com a
residencial, em seus registros funcionais, remuneração do respectivo cargo, mediante
comunicando qualquer mudança; a instauração de procedimento criminal
e/ou administrativo, necessário à
XXXV - atuar onde estiver, resguardando a
comprovação da origem dos seus bens,
sua integridade física, mesmo não estando
observada a legislação específica.
em serviço, para preservar a ordem pública

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§ 3º Aos militares são proibidas a transgressão, mesmo não estando presente
sindicalização e a greve, sendo-lhes vedadas no local do ato.
manifestações coletivas sobre atos de
§ 3º A violação da disciplina militar será tão
superiores, de caráter reivindicatório e de
mais grave quanto mais elevado for o grau
cunho político-partidário, sujeitando-se as
hierárquico de quem a cometer.
manifestações de caráter individual aos
preceitos deste Código.
§ 4º Os militares estaduais na inatividade CAPÍTULO III
poderão tratar no meio civil,
DA COMPETÊNCIA
individualmente, inclusive sob a forma de
crítica, pela imprensa ou outro meio de Seção I
divulgação, de qualquer assunto,
Do Controle Disciplinar
excetuando os de natureza militar, devendo
observar e preservar os preceitos da ética e Art. 12. O controle disciplinar será exercido
dos valores militares em suas manifestações pelas autoridades referidas no art. 13, desta
essenciais. Lei.
Parágrafo único. A disciplina e o
comportamento do militar estadual estão
Seção IV
sujeitos também à fiscalização, controle e
Da Violação dos Valores, dos Deveres e da orientação pela Corregedoria da Corporação
Disciplina Militar respectiva ou, na ausência desta, por
órgão equivalente, competindo-lhe, além do
Art. 11. A ofensa aos valores e aos deveres
que vier a ser previsto em Lei:
vulnera a disciplina militar, constituindo
infração administrativa, penal ou civil, I - receber sugestões e reclamações, dando a
isolada ou cumulativamente. elas o devido encaminhamento, inclusive de
denúncias que cheguem ao seu
§ 1º O militar estadual é responsável pelas
conhecimento, bem como acompanhar as
decisões que tomar ou pelos atos que
suas apurações e soluções;
praticar, inclusive nas missões
expressamente determinadas, bem como II - requerer a instauração de Conselho de
pela não observância ou falta de exação no Justificação ou de Disciplina ou de processo
cumprimento de seus deveres. administrativo-disciplinar, bem como
acompanhar a sua apuração ou solução;
§ 2º O superior hierárquico responderá
solidariamente, na esfera administrativa III - realizar, inclusive por iniciativa própria,
disciplinar, nas transgressões praticadas por inspeções, vistorias, exames, investigações e
seu subordinado, quando: auditorias administrativas nos
estabelecimentos das Corporações Militares
I - presenciar o cometimento da
do Estado;
transgressão deixando de atuar para fazê-la
cessar imediatamente; IV - requerer ou adotar as providências para
a instauração de inquérito policial ou policial
II - concorrer diretamente, por ação ou
militar, bem como acompanhar a sua
omissão, para o cometimento da
apuração ou solução;

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127
V - realizar os serviços de correição, em § 1º As autoridades contidas no inciso III
caráter permanente ou extraordinário, nos estão no mesmo grau disciplinar.
procedimentos penais militares e
§ 2º A competência do Chefe do Gabinete
administrativos disciplinares realizados pela
Militar constante no inciso III caberá apenas
Corporação.
aos militares sob sua chefia.
Art. 13. A competência disciplinar é inerente
§ 3º Durante o trânsito, o militar
ao cargo, função ou posto, sendo
movimentado fica sujeito à ação disciplinar
autoridades competentes para o exercício
do comandante, chefe ou diretor da
do poder disciplinar na aplicação de sanção
Organização Militar para a qual foi
disciplinar:
transferido.
I - o Governador do Estado, a todos os
§ 4º Havendo conflito de competência,
militares estaduais;
caberá à autoridade preventa a apuração
II - o Comandante-Geral da Corporação, a dos fatos.
todos os militares estaduais da respectiva
Art. 14. Na ocorrência de transgressão
Corporação Militar;
disciplinar envolvendo militares de mais de
III - o Subcomandante-Geral e Chefe do uma Organização Militar, caberá ao
Estado-Maior da Corporação, o Corregedor e comandante da área territorial onde ocorreu
o Chefe do Gabinete Militar aos militares o fato comunicar à autoridade funcional
estaduais da respectiva Corporação Militar; comum aos envolvidos, para as providências
cabíveis.
IV - o Subchefe do Estado-Maior da
Corporação, o Coordenador Geral de Art. 15. Quando duas autoridades de graus
Operações e o Comandante Operacional, hierárquicos diferentes, ambas com ação
aos militares estaduais que estiverem sob disciplinar sobre o transgressor,
seu comando ou coordenação; conhecerem, concomitantemente, da
transgressão disciplinar, competirá à de
V - os Comandantes e Subcomandantes de
maior hierarquia apurá-la ou determinar que
Comandos de Policiamento (ou Comandos
a de menor grau o faça. Parágrafo único. Em
análogos no âmbito do Corpo de Bombeiros)
se tratando de duas autoridades de mesmo
e Diretores, aos militares estaduais que
grau hierárquico, competirá à autoridade
estiverem sob seu comando ou direção;
com precedência em razão da função apurá-
VI - os Comandantes e Subcomandantes de la ou determinar que outra o faça.
Unidades, Comandantes de Subunidades
Independentes, Ajudante-Geral, Chefes de
Seção do Estado Maior Geral, Chefe de Seção II
Centro, Assessores, aos militares estaduais
Dos Limites de Competência das
que estiverem sob seu comando, chefia ou
Autoridades
assessoria;
Art. 16. São competentes para aplicar as
VII - os Comandantes e Subcomandantes de
sanções disciplinares previstas neste Código:
Subunidades, Coordenadores, aos militares
estaduais que estiverem sob seu comando I - o Governador do Estado: advertência,
ou coordenação. repreensão e suspensão por até 30 (trinta)

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dias, a demissão e a reforma disciplinar imediatamente superior, com ação sobre o
compulsória de oficiais, podendo também transgressor, o agravamento da sanção
aplicar as demais sanções previstas neste aplicada.
Código;
II - o Comandante-Geral da Corporação
Seção III
Militar: advertência, repreensão e
suspensão por até 30 (trinta) dias, o Das Transgressões Disciplinares
licenciamento e a exclusão a bem da
Art. 17. Transgressão disciplinar é toda ação
disciplina e a reforma disciplinar
praticada pelo militar contrária aos preceitos
compulsória das praças;
estatuídos no ordenamento jurídico pátrio
III - o Subcomandante-Geral e Chefe do ofensiva à ética, aos deveres e às obrigações
Estado-Maior da Corporação, o Corregedor e militares, mesmo na sua manifestação
o Chefe do Gabinete Militar: advertência, elementar e simples, ou, ainda, que afete a
repreensão e suspensão por até 20 (vinte) honra pessoal, o pundonor militar e o decoro
dias; da classe, previstas neste Código, não
caracterizada como crime ou contravenção
IV - o Subchefe do Estado-Maior da
penal.
Corporação, o Coordenador Geral de
Operações e o Comandante Operacional: § 1º Da prática de transgressão disciplinar
advertência, repreensão e suspensão por até decorre ao infrator as sanções previstas
20 (vinte) dias; neste Código, sem prejuízo das
responsabilidades penal e civil.
V - os Comandantes e Subcomandantes de
Comandos de Policiamento (ou Comandos § 2º As transgressões compreendem:
análogos no âmbito do Corpo de Bombeiros)
I - todas as ações ou omissões contrárias à
e Diretores: advertência, repreensão e
disciplina militar, especificadas no art. 18,
suspensão por até 15 (quinze) dias;
inclusive, as condutas criminosas previstas
VI - os Comandantes e Subcomandantes de na legislação penal militar ou comum;
Unidades, Comandantes de Subunidades
II - todas as ações ou omissões não
Independentes, Ajudante-Geral, Chefes de
especificadas no art. 18, mas que também
Seção do Estado Maior Geral, Chefe de
violem os valores e deveres militares.
Centro, Assessores: advertência, repreensão
e suspensão por até 10 (dez) dias; § 3º As transgressões disciplinares previstas
nos incisos I e II do parágrafo anterior serão
VII - os Comandantes e Subcomandantes de
classificadas como graves, desde que
Subunidades, Coordenadores: advertência,
venham a ser:
repreensão e suspensão por até 08 (oito)
dias. I - atentatórias à disposição expressa da
Constituição Federal e aos direitos humanos
Parágrafo único. Quando uma autoridade,
fundamentais;
na esfera de sua competência, ao aplicar o
limite máximo previsto para a sanção, II - atentatórias aos Poderes Constituídos, às
concluir que o fato merece sanção mais instituições, ou ao Estado;
severa, cabe-lhe solicitar à autoridade

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III - de natureza atentatória à dignidade, ao III - usar de força desnecessária no
decoro e à reputação. atendimento de ocorrência ou no ato de
efetuar prisão;
§ 4º As transgressões previstas no inciso II do
§ 2º e não enquadráveis em algum dos IV - não garantir a integridade física e
incisos do § 3º, deste artigo, serão psicológica das pessoas que tiver sob sua
classificadas pela autoridade competente guarda;
como médias ou leves, consideradas as
V - agredir física, moral ou psicologicamente
circunstâncias do fato.
preso sob sua guarda ou permitir que outros
§ 5º Ao aluno matriculado em curso de o façam;
formação para ingresso nas Corporações
VI - permitir que o preso, sob sua guarda,
Militares, aplica-se, no que concerne à
conserve em seu poder instrumentos ou
disciplina, além do disposto nos
outros objetos proibidos, com que possa
regulamentos próprios dos
ferir a si próprio ou a outrem;
estabelecimentos de ensino, onde estiver
matriculado, subsidiariamente, o previsto VII - faltar com a verdade;
neste Código.
VIII - ameaçar, induzir ou instigar alguém
§ 6º Ao militar do Estado, aluno de curso para que não declare a verdade em processo
militar, aplica-se, no que concerne à administrativo, civil ou penal;
disciplina, além do disposto nos
IX - utilizar-se do anonimato, inclusive,
regulamentos próprios dos
através da internet, mídia eletrônica ou
estabelecimentos de ensino onde estiver
quaisquer outros meios de comunicação
matriculado, subsidiariamente, o previsto
social, a fim de denegrir ou comprometer a
neste Código.
imagem da Corporação, de seus integrantes
§ 7º A aplicação das sanções disciplinares ou para quaisquer outros fins ilícitos;
previstas neste Código independe do
X - espalhar boatos ou notícias tendenciosas
resultado de eventual ação penal ou cível.
a prejudicar à boa ordem civil ou militar ou
Art. 18. As transgressões são classificadas, de do bom nome da Corporação;
acordo com a sua gravidade, em graves,
XI - envolver, indevidamente, o nome de
médias e leves, conforme disposto neste
outrem para esquivar-se de
artigo.
responsabilidade;
§ 1º São transgressões disciplinares graves:
XII - publicar, divulgar ou contribuir para a
I - desconsiderar os direitos constitucionais divulgação de fatos, documentos ou
da pessoa no ato da prisão; assuntos administrativos ou técnicos de
natureza militar ou judiciária, que possam
II - comparecer ou tomar parte de
concorrer para o desprestígio da
movimento reivindicatório, no qual os
Corporação;
participantes portem 8 qualquer tipo de
armamento, ou participar de greve; XIII - atentar contra a hierarquia ou a
disciplina, comprometer a segurança da
sociedade e do Estado;

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XIV - atentar contra honra e a imagem de XXIV - exercer o militar estadual em serviço
pessoas, contrariando os preceitos legais em ativo, a função de segurança, investigação
vigor; ou vigilância particulares, ou administrar ou
manter vínculo de qualquer natureza com
XV - liberar preso ou detido ou dispensar
empresa do ramo de segurança, vigilância ou
parte envolvida em ocorrência sem
investigação, ou outra qualquer que tenha
competência legal para tanto;
relação com as funções desempenhadas na
XVI - solicitar, exigir, receber ou permitir que Corporação, para as quais recebeu formação
o subordinado o faça, em razão da função específica;
pública, vantagem indevida, bem ou valor,
XXV - exercer o militar estadual do serviço
por prestação de serviço em qualquer tipo
ativo, em empresas ou a particulares,
de ocorrência;
atividade de instrutor, professor ou
XVII - assumir compromisso em nome da consultoria a fim de ministrar
Corporação, ou representá-la em qualquer conhecimentos técnicos policiais-militares
ato, sem estar devidamente autorizado; adquiridos em cursos realizados na
Corporação;
XVIII - apropriar-se de bens pertencentes ao
patrimônio público ou particular; XXVI - exercer o militar estadual da ativa, o
comércio ou tomar parte na administração
XIX - empregar subordinado ou servidor civil,
ou gerência de sociedade empresarial e
ou desviar qualquer meio material ou
comercial com fins lucrativos ou dela ser
financeiro sob sua responsabilidade ou não,
sócio, exceto como acionista, cotista ou
para a execução de atividades diversas
comanditário;
daquelas para as quais foram destinadas, em
proveito próprio ou de outrem; XXVII - exercer qualquer atividade estranha
à instituição militar com prejuízo do serviço
XX - provocar desfalques ou deixar de adotar
ou com emprego de meios do Estado ou
providências, na esfera de suas atribuições,
manter vínculo de qualquer natureza com
para evitá-los;
organização voltada para a prática de
XXI - utilizar-se da condição de militar atividade tipificada como contravenção ou
estadual para obter facilidades pessoais de crime;
qualquer natureza ou para encaminhar
XXVIII - exercer, individual ou coletivamente,
negócios particulares ou de terceiros;
atividades de inteligência, sem estar
XXII - dar, receber, pedir ou exigir devidamente credenciado ou autorizado por
gratificação ou presente com finalidade de lei, em proveito próprio ou de terceiros para
retardar, apressar ou obter solução prática de delitos;
favorável em qualquer ato de serviço;
XXIX - concorrer para o desprestígio da
XXIII - fazer, diretamente ou por intermédio Corporação Militar, por meio da prática de
de outrem, agiotagem ou transação crime doloso devidamente comprovado em
pecuniária envolvendo assunto de serviço, procedimento apuratório que, por sua
bens da administração pública ou material natureza, amplitude e repercussão afete
cuja comercialização seja proibida; gravemente a credibilidade e a imagem dos
militares;

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XXX - deixar de fiscalizar o subordinado que atendimento de ocorrência militar ou em
apresentar sinais exteriores de riqueza outras situações de serviço;
incompatíveis com a remuneração do cargo;
XLII - evadir-se ou tentar evadir-se de
XXXI - não cumprir, sem justo motivo, a escolta, bem como resistir a ela;
execução de ordem recebida;
XLIII - deixar de apurar transgressão
XXXII - dar, por escrito ou verbalmente, disciplinar, da qual tomou conhecimento;
ordem manifestamente ilegal que possa
XLIV - deixar de comunicar ao superior
acarretar responsabilidade ao subordinado,
imediato ou, na ausência deste, a qualquer
ainda que não chegue a ser cumprida;
autoridade superior toda informação que
XXXIII - deixar de assumir a responsabilidade tiver sobre iminente perturbação da ordem
de seus atos ou pelos praticados por pública, crime ou grave alteração do serviço,
subordinados que agirem em cumprimento logo que tenha conhecimento;
de sua ordem;
XLV - omitir, em boletim de ocorrência,
XXXIV - aconselhar ou concorrer para não ser relatório ou qualquer documento, dados
cumprida qualquer ordem legal de indispensáveis ao esclarecimento dos fatos;
autoridade competente, ou serviço, ou para
XLVI - subtrair, extraviar, danificar ou
que seja retardada, prejudicada ou
inutilizar documentos, bens ou semoventes
embaraçada a sua execução;
pertencentes ao patrimônio público ou
XXXV - ofender a moral e os bons costumes particular, que estejam ou não sob sua
por atos, palavras ou gestos; responsabilidade;
XXXVI - dirigir-se, referir-se ou responder a XLVII - deixar de assumir, orientar ou auxiliar
superior de modo desrespeitoso; o atendimento de ocorrência, quando esta,
por sua natureza ou amplitude, assim o
XXXVII - recriminar ato legal de superior ou
exigir;
procurar desconsiderá-lo;
XLVIII - abandonar serviço para o qual tenha
XXXVIII - ofender, provocar ou desafiar
sido designado ou recusar-se a executá-lo na
superior, par ou subordinado, estando ou
forma determinada;
não de serviço;
XLIX - faltar sem justa causa ao expediente
XXXIX - promover ou participar de luta
ou ao serviço para o qual esteja
corporal com superior, par, ou subordinado
nominalmente escalado;
hierárquico;
L - afastar-se, quando em serviço ou em
XL - desrespeitar, em público ou pela
razão função com veículo automotor,
imprensa ou pelas mídias sociais, os atos ou
aeronave, embarcação ou a pé, da área em
decisões das autoridades civis ou dos órgãos
que deveria permanecer ou não cumprir
dos Poderes Constituídos ou de qualquer de
roteiro predeterminado para o serviço;
seus representantes;
LI - fazer uso, estar sob ação ou induzir
XLI - desrespeitar, desconsiderar ou ofender
outrem ao uso de substância proibida,
pessoa por palavras, atos ou gestos, no
entorpecente ou que determine

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dependência física ou psíquica, ou introduzi- salvo para fins de instrução ou serviço
las em local sob administração militar; autorizado pelo comando;
LII - ingerir bebida alcoólica quando em LXII - dormir em serviço de policiamento,
serviço ou apresentar-se embriagado ou vigilância ou segurança de pessoas ou
com sinais de embriaguez, para prestá-lo; instalações, salvo quando autorizado;
LIII - ingerir bebida alcoólica, uniformizado e LXIII - pilotar aeronave ou embarcação
fora do serviço, salvo em eventos oficial, com imprudência, imperícia,
previamente autorizados; negligência ou sem estar devidamente
habilitado;
LIV - portar ou possuir arma em desacordo
com as normas vigentes; LXIV - conduzir ou operar viatura militar,
com imprudência, imperícia, negligência ou
LV - andar ostensivamente armado, em
sem ter a carteira nacional de habilitação;
trajes civis, não se achando de serviço;
LXV - frequentar ou fazer parte de sindicatos
LVI - disparar arma por imprudência,
ou de associações cujos estatutos não
negligência, imperícia ou
estejam de conformidade com a lei;
desnecessariamente;
LXVI - retardar ou deixar de cumprir dever ou
LVII - não obedecer às normas técnicas ou
norma de ação estabelecidos em norma
regras básicas de segurança no manuseio de
legal, em benefício próprio ou de terceiros,
armamentos e munições ou não ter cautela
com prejuízos para a administração pública;
ou devido zelo na guarda de arma própria ou
sob sua responsabilidade; LXVII - retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício;
LVIII - não obedecer às normas técnicas ou
regras básicas de segurança no manuseio e LXVIII - deixar de punir o transgressor da
cautela de equipamentos, ou não ter o disciplina, salvo se houver causa de
devido zelo na sua guarda e utilização justificação;
quando estiver sob sua responsabilidade;
LXIX - tomar parte em jogos proibidos ou
LIX - ceder, emprestar, remeter, empregar, jogar a dinheiro os permitidos, quando
adulterar arma de fogo, acessório ou fardado;
munição de uso proibido ou restrito, sem
LXX - divulgar, permitir ou concorrer para a
autorização e em desacordo com
divulgação indevida de fato ou documento
determinação legal ou regulamentar.
de interesse da administração pública com
LX - retirar ou tentar retirar de local, sob classificação sigilosa;
administração militar, material, documento,
LXXI - ferir a hierarquia ou a disciplina, de
viatura, aeronave, embarcação ou animal,
modo comprometedor para a segurança da
ou mesmo deles servir-se, sem ordem do
sociedade e do Estado.
responsável ou proprietário;
LXXII - frequentar lugares incompatíveis com
LXI - tentar, entrar ou sair de Organização
o decoro social ou militar, salvo por motivo
Militar, com tropa, sem prévio
de serviço;
conhecimento da autoridade competente,

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LXXIII - violar, alterar ou deixar de preservar desabonados antecedentes criminais ou
local de crime; policiais, salvo por motivo relevante ou de
serviço;
LXXIV - simular doença para esquivar-se ao
cumprimento do dever. X - interferir na administração de serviço ou
na execução de ordem ou missão sem ter a
§ 2º São transgressões disciplinares médias:
devida competência para tal;
I - reter o preso, a vítima, as testemunhas,
XI - desacreditar seu superior, par ou
informantes ou partes não envolvidas por
subordinado hierárquico;
mais tempo que o necessário para a solução
do procedimento policial, administrativo ou XII - deixar de prestar a superior hierárquico
penal; continência ou outros sinais de honra e
respeito previstos em regulamento;
II - provocar ou fazer-se, voluntariamente,
causa ou origem de alarmes injustificados; XIII - deixar de corresponder a cumprimento
de seu subordinado;
III - comparecer ou tomar parte de
movimento reivindicatório, no qual os XIV - deixar de exibir, estando ou não
participantes não portem qualquer tipo de uniformizado, documento de identidade
armamento, que possa concorrer para o funcional ou recusar-se a declarar seus
desprestígio da Corporação Militar ou ferir a dados de identificação quando lhe for
hierarquia e a disciplina; exigido por autoridade competente;
IV - concorrer para a discórdia, desarmonia XV - deixar de comunicar fato que, em tese,
ou cultivar inimizade entre companheiros; constitua transgressão disciplinar;
V - entender-se com o preso, de forma XVI - deixar de fazer os devidos
velada, ou deixar que alguém o faça, sem procedimentos formais no âmbito da
autorização de autoridade competente ou aplicação de sanção disciplinar;
contrariando normas;
XVII - não levar ao conhecimento da
VI - contrair dívida ou assumir compromisso autoridade competente fato ilegal ou
superior às suas possibilidades financeiras, irregularidade que presenciar ou de que
desde que venha a expor ostensivamente a tiver ciência e que não lhe caiba reprimir;
imagem da Corporação Militar;
XVIII - deixar de manifestar-se nos
VII - retardar, sem justo motivo, a execução documentos e processos que lhe forem
de qualquer ordem recebida; encaminhados, exceto nos casos de
suspeição ou impedimento, ou de absoluta
VIII - procrastinar, injustificadamente,
falta de elementos, hipóteses em que essas
expediente que lhe seja encaminhado, bem
circunstâncias serão fundamentadas;
como atrasar o prazo para conclusão de
procedimentos de polícia judiciária militar XIX - deixar de encaminhar à autoridade
ou demais procedimentos e processos competente, no mais curto prazo e pela via
administrativos disciplinares militares; hierárquica, documento ou processo que
receber, se não for de sua alçada a solução;
IX - manter relações de amizade ou exibir-se
em público com pessoas de notórios e

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XX - retardar ou prejudicar o serviço de quando designado para comissão ou serviço
polícia judiciária militar que deva promover extraordinário, prontidão, treinamentos,
ou em que esteja investido; instrução formaturas, solenidades e
manobras;
XXI - desrespeitar atos administrativos,
ordens judiciais, ou embaraçar suas XXXI - deixar de identificar-se quando
execuções; solicitado, ou quanto as circunstâncias o
exigirem;
XXII - causar ou contribuir para a ocorrência
de acidente de serviço ou instrução; XXXII - não se apresentar ao seu superior
imediato ao término de qualquer
XXIII - apresentar comunicação disciplinar ou
afastamento do serviço ou, ainda, logo que
representação sem fundamento ou interpor
souber que o mesmo tenha sido
recurso disciplinar sem observar as
interrompido ou suspenso;
prescrições regulamentares;
XXXIII - introduzir bebidas alcoólicas em local
XXIV - dificultar ao subordinado o
sob administração militar, salvo se
oferecimento de representação, recurso
devidamente autorizado;
disciplinar ou o exercício do direito de
petição; XXXIV - ter em seu poder, introduzir, ou
distribuir em local sob administração militar,
XXV - faltar a qualquer ato de serviço em que
substância ou material inflamável ou
deva tomar parte ou assistir, ou ainda,
explosivo sem permissão da autoridade
retirar-se antes de seu encerramento sem a
competente;
devida autorização;
XXXV - desrespeitar regras de trânsito, de
XXVI - faltar a ato judiciário, administrativo
tráfego aéreo ou de navegação marítima,
ou similar, salvo motivo relevante a ser
lacustre ou fluvial;
comunicado por escrito à autoridade a que
estiver subordinado, e assim considerado XXXVI - autorizar, promover ou executar
por esta, na primeira oportunidade, antes ou manobras perigosas com viaturas,
depois do ato, do qual tenha sido aeronaves, embarcações ou animais;
previamente cientificado;
XXXVII - não ter o devido zelo, por ação ou
XXVII - afastar-se de qualquer lugar em que omissão, com os bens ou semoventes
deva estar por força de dispositivo ou ordem pertencentes ao patrimônio público ou
legal; particular, que estejam ou não sob sua
responsabilidade;
XXVIII - permutar serviço sem permissão da
autoridade competente; XXXVIII - deixar de solicitar a presença de
perícia oficial quando envolver-se em
XXIX - deixar de apresentar-se à Junta
ocorrência de trânsito com veículos
Médica (ou perícia oficial) ou seguir os
pertencentes à Corporação Militar, bem
trâmites regulamentares e administrativos,
como os cedidos ou locados para o serviço;
quando de dispensa por questões de
doença; XXXIX - trabalhar mal, intencionalmente ou
por desídia, em qualquer serviço, instrução
XXX - deixar de se apresentar às autoridades
ou missão;
competentes nos casos de movimentação ou

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XL - negar-se a utilizar ou a receber do Estado XLVIII - usar no uniforme, insígnia, medalha,
fardamento, armamento, equipamento ou condecoração ou distintivo, não
bens que lhe sejam destinados ou devam regulamentares ou de forma indevida;
ficar em seu poder ou sob sua
XLIX - deixar de exibir no uniforme a tarja de
responsabilidade;
identificação do nome de guerra;
XLI - deixar o responsável pela segurança da
L - ostentar, quando uniformizado, tatuagem
Organização Militar de cumprir as
que atente contra a moral, os bons
prescrições regulamentares com respeito a
costumes, a dignidade da pessoa humana e
entrada, saída e permanência de pessoa
às instituições democráticas;
estranha;
LI - exibir, a militar estadual feminina,
XLII - permitir que pessoa não autorizada
quando uniformizada, brincos, piercings,
adentre prédio ou local interditado;
joias ou adereços em desacordo com o
XLIII - deixar, ao entrar ou sair de disposto no Regulamento de Uniformes da
Organização Militar onde não sirva, de dar Corporação Militar ou norma a respeito;
ciência da sua presença ao oficial ou
LII - usar, o militar estadual masculino,
graduado de serviço e, em seguida, se oficial,
quando uniformizado, brincos e piercings;
de procurar o comandante ou o oficial de
posto mais elevado ou seu substituto legal LIII - usar, o militar estadual masculino,
para expor a razão de sua presença, salvo as quando uniformizado, adereços em
exceções regulamentares previstas; desacordo com os costumes militares;
XLIV - abrir ou tentar abrir qualquer LIV - comparecer, uniformizado, a
dependência da Organização Militar, desde manifestações ou reuniões de caráter
que não seja a autoridade competente ou político-partidária, salvo por motivo de
sem sua ordem, salvo em situações de serviço ou quando autorizado;
emergência;
LV - autorizar, promover ou participar de
XLV - permanecer em dependência de outra petições ou manifestações de caráter
Organização Militar ou local de serviço sem reivindicatório, de cunho político-partidário,
consentimento ou ordem da autoridade religioso, de crítica ou de apoio a ato de
competente; superior, para tratar de assuntos de
natureza militar, ressalvados os de natureza
XLVI - deixar de exibir a superior hierárquico,
técnica ou científica havidos em razão do
quando por ele solicitado, objeto ou volume,
exercício da função militar;
ao entrar ou sair de qualquer Organização
Militar; LVI - recorrer a outros órgãos, pessoas ou
instituições, exceto ao Ministério Público e
XLVII - apresentar-se, em qualquer situação,
ao Poder Judiciário, para resolver assunto de
mal uniformizado, com o uniforme alterado
interesse pessoal relacionados com a
ou diferente do previsto, contrariando o
Corporação Militar, sem observar os
Regulamento de Uniformes da Corporação
preceitos estabelecidos neste Código;
Militar ou norma a respeito;

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136
LVII - deixar de cumprir as normas legais ou IV - deixar, tão logo seus afazeres o
regulamentares, na esfera de suas permitam, de apresentar-se ao seu superior
atribuições; funcional conforme prescrições
regulamentares;
LVIII - ter em seu poder, introduzir ou
distribuir, em local sob administração V - dirigir-se diretamente ao superior
militar, publicações, estampas ou jornais que hierárquico pelo nome, sem fazer menção
atentem contra a disciplina, a moral ou as ao posto ou graduação;
instituições;
VI - deixar, nas solenidades, de apresentar-
LIX - distribuir, ainda que fora de local sob se ao superior hierárquico de posto ou
administração militar, publicações, graduação mais elevada e de saudar os
estampas ou jornais que atentem contra a demais, de acordo com as normas
disciplina, a moral ou as instituições; regulamentares;
LX - discutir ou provocar discussão, por VII - consentir, o responsável pelo posto de
qualquer veículo de comunicação, sobre serviço ou a sentinela, na formação de grupo
assuntos políticos, militares ou policiais, ou permanência de pessoas junto ao seu
excetuando-se os de natureza posto;
exclusivamente técnica, quando
VIII - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou
devidamente autorizado;
insígnia de autoridade;
LXI - não ter pelo preparo próprio, ou de seus
IX - dar toques ou fazer sinais, previstos nos
subordinados ou instruendos, a dedicação
regulamentos, sem ordem de autoridade
imposta pelo sentimento do dever;
competente;
LXII - conduzir veículo, pilotar aeronave ou
X - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou
embarcação oficial, sem autorização,
lugares impróprios;
mesmo estando habilitado;
XI - deixar de comunicar a alteração de dados
LXIII - chegar atrasado ao expediente, ao
de qualificação pessoal, telefone ou
serviço para o qual esteja escalado,
mudança de endereço residencial;
convocado, designado ou a qualquer outro
ato em que deva tomar parte ou assistir; XII - deixar de comunicar a tempo, à
autoridade competente, a impossibilidade
LXIV - maltratar, permitir maus tratos ou não
de comparecer à Organização Militar ou a
ter o devido cuidado com animais.
qualquer ato ou serviço de que deva
§ 3º São transgressões disciplinares leves: participar ou a que deva assistir;
I - fumar em local não permitido; XIII - permanecer, alojado ou não, deitado
em horário de expediente no interior da
II - deixar de comunicar ao superior a
Organização Militar, sem autorização de
execução de ordem dele recebida, no mais
quem de direito;
curto prazo possível;
XIV - adentrar, sem permissão ou ordem, em
III - retirar-se da presença do superior
lugar cuja entrada lhe seja vedada;
hierárquico sem obediência às normas
regulamentares;

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XV - transportar na viatura, aeronave ou Art. 19. As sanções disciplinares aplicáveis
embarcação que esteja sob seu comando ou aos militares estaduais, independentemente
responsabilidade, pessoas, animais ou do posto, graduação ou função que ocupem,
materiais, sem autorização da autoridade são:
competente;
I- advertência;
XVI - andar a cavalo, a trote ou galope, sem
II- repreensão;
necessidade, pelas ruas da cidade ou castigar
a montada; III- suspensão;
XVII - acionar desnecessariamente o rádio ou IV- reforma disciplinar compulsória;
sirene de viatura militar;
V- demissão;
XVIII - permanecer em dependência da
VI- licenciamento e a exclusão a bem da
própria Organização Militar ou local de
disciplina;
serviço, desde que a ele estranho, sem
consentimento ou ordem da autoridade Parágrafo único. Todo fato que constituir
competente; transgressão deverá ser levado ao
conhecimento da autoridade competente
XIX - entrar ou sair, de qualquer Organização
para as providências disciplinares.
Militar, por lugares que não sejam para isso
designados;
XX - usar vestuário incompatível com o local Seção II
ou ocasião ou descuidar do asseio próprio;
Da Advertência
XXI - estar em desacordo com as normas
regulamentares de apresentação pessoal; Art. 20. A advertência, forma mais branda de
sanção, é aplicada ao transgressor,
XXII - permitir ou aceitar qualquer
publicada de forma reservada ou ostensiva,
manifestação coletiva de pares e
devendo sempre ser registrada nos
subordinados, com exceção das
assentamentos individuais, não devendo
demonstrações de boa e sã camaradagem e
surtir efeito no comportamento das praças e
com prévio conhecimento do
no conceito dos oficiais, bem como não
homenageado;
constar em certidão de punições.
XXIII - adentrar ao quartel em trajes civis em
Parágrafo único. A sanção de que trata o
horário de expediente sem autorização de
caput deste artigo, aplica-se exclusivamente
quem de direito.
às transgressões de natureza leve.

CAPÍTULO IV
Seção III
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Da Repreensão
Seção I
Art. 21. A repreensão é a sanção feita por
Disposições Gerais escrito ao transgressor, publicada de forma
reservada ou ostensiva, devendo sempre ser
registrada nos assentamentos individuais.

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Parágrafo único. A sanção de que trata o mediante parecer da Junta Médica ou perícia
caput deste artigo aplica-se às transgressões oficial, em laudo de exame de insanidade
de naturezas leve e média. mental, for considerado incapaz de
permanecer no serviço ativo da Corporação
Militar.
Seção IV
§ 2º A reforma disciplinar compulsória do
Da Suspensão militar estadual será efetuada no grau
hierárquico, graduação ou posto que possuir
Art. 22. A suspensão é a medida disciplinar
na ativa e com proventos proporcionais ao
sancionatória que consiste no afastamento
seu tempo de serviço.
14 temporário do exercício de cargo,
encargo ou função do militar estadual da
ativa que incorrer em transgressões de
Seção VI
natureza média ou grave, implicando em
desconto no subsídio do punido de 1/30 (um Da Demissão
trinta avos) por dia de suspensão por ficar
Art. 24. A demissão decorrerá de processo
afastado de suas atividades.
de perda do posto e da patente,
§ 1º O militar que sofrer a sanção constante consequente da submissão do oficial militar
no caput deste artigo não fará jus ao estadual a Conselho de Justificação.
adicional noturno e ao auxílio alimentação,
§ 1º O oficial perderá o posto e a patente se
correspondente ao período de suspensão.
for julgado indigno do oficialato, ou com ele
§ 2º O desconto previsto no caput deste incompatível, por decisão do Tribunal
artigo não poderá ser superior a trinta por competente, tendo por consequência a sua
cento do valor do subsídio mensal do demissão por ato do Governador do Estado.
punido.
§ 2º O oficial da ativa demitido não terá
direito a qualquer remuneração ou
indenização.
Seção V
§ 3º O oficial inativo demitido perderá todos
Da Reforma Disciplinar Compulsória
os seus direitos inerentes ao posto e à
Art. 23. A reforma disciplinar compulsória patente militares, exceto a percepção de
consiste na passagem do militar estadual da remuneração.
ativa para a inatividade, pelo reiterado
cometimento de transgressões ou pela sua
gravidade, em vista da constatação da falta Seção VII
de condições para o desempenho das suas
Do Licenciamento e da Exclusão a Bem da
funções na Corporação Militar.
Disciplina
§ 1º A reforma disciplinar compulsória
Art. 25. O licenciamento e a exclusão a bem
poderá ser aplicada, em sede de pertinente
da disciplina serão aplicados pelo
processo administrativo disciplinar, pelas
Comandante Geral e consiste no
autoridades dos incisos I e II, do art. 13,
desligamento compulsório e definitivo da
deste Código, quando o militar estadual,
Corporação Militar Estadual.

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§ 1º A exclusão a bem da disciplina será § 2º A comunicação disciplinar poderá ser
aplicada às praças da ativa com estabilidade lavrada em forma de parte, ofício, correio
assegurada, às inativas da reserva eletrônico, ou qualquer outro meio em uso
remunerada ou reformadas e às praças na Corporação Militar.
especiais.
§ 3º Quando o militar tomar conhecimento
§ 2º O licenciamento a bem da disciplina de indícios da prática de transgressão da
deve ser aplicado à praça sem estabilidade disciplina através de jornais, publicações,
assegurada. termos de declarações ou outros meios,
deverá promover a remessa à autoridade
Art. 26. A exclusão e o licenciamento a bem
competente, por intermédio do seu diretor,
da disciplina decorrem da apreciação da
chefe ou comandante imediato, no primeiro
incapacidade da praça militar para
dia útil subsequente ao fato motivador, caso
permanecer na Corporação, apurados,
não seja a autoridade competente para
respectivamente, mediante Conselho de
promover a apuração.
Disciplina e Processo Administrativo
Disciplinar Ordinário. Art. 28. A comunicação disciplinar deve ser
clara, concisa e precisa, contendo os dados
§ 1º A praças da ativa e as praças especiais
capazes de identificar as pessoas ou coisas
licenciadas ou excluídas a bem da disciplina
envolvidas, o local, a data e a hora do fato,
não terão direito a qualquer remuneração
além de caracterizar as circunstâncias que o
ou indenização.
envolveram sem tecer comentários ou
§ 2º A praça inativa excluída a bem da opiniões pessoais. Parágrafo único. A
disciplina perderá todos os seus direitos autoridade militar que receber a
inerentes à graduação militar, exceto a comunicação disciplinar, não sendo
percepção de remuneração. competente para solucioná-la, deverá
encaminhá-la a seu superior imediato para
as medidas que se fizerem necessárias.
CAPÍTULO V
Art. 29. No caso de ocorrência disciplinar
DO CONHECIMENTO E DA COMUNICAÇÃO envolvendo militares integrantes das Forças
DISCIPLINAR Armadas ou de outras co-irmãs militares
estaduais, as autoridades dos incisos II e III,
Art. 27. Todo militar que tiver conhecimento
do art. 13 deste Código deverão tomar as
de fato contrário à disciplina praticado por
medidas administrativas necessárias sobre a
subordinado hierárquico ou funcional
ocorrência e do que foi apurado aos
deverá participá-lo a seu diretor, chefe ou
Comandantes das respectivas forças.
comandante imediato por meio de
comunicação disciplinar por escrito.
§ 1º A comunicação disciplinar deverá ser CAPÍTULO VI
lavrada e remetida ao diretor, chefe ou
DA DISPONIBILIDADE CAUTELAR
comandante imediato até o término do
expediente do primeiro dia útil subsequente Art. 30. A disponibilidade cautelar é a
ao fato motivador. medida administrativa não sancionatória
que se presta a retirar o militar estadual do

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140
exercício das funções do local onde ocorreu CAPÍTULO VII
o fato, até o término da sua apuração,
DA APURAÇÃO, DO JULGAMENTO, DA
devendo prestar serviços, normalmente, em
APLICAÇÃO E DO CUMPRIMENTO DA
nova Organização Militar na localidade em
SANÇÃO DISCIPLINAR
que for designado pelo Comandante Geral
da respectiva Corporação. Seção I
§ 1º A disponibilidade cautelar será Da Apuração
solicitada, via Corregedoria, pelos
Art. 32. A apuração disciplinar ocorrerá a
encarregados de processos, de
critério da autoridade competente, ao tomar
procedimentos e de comissões
conhecimento de um fato por meio de
processantes, pelas autoridades delegantes
comunicação disciplinar, em razão de
elencadas no art. 13, na ocorrência das
requerimento da parte ofendida ou de quem
hipóteses de:
legalmente a represente, em virtude de
I - dar causa a desvios de conduta grave que representação de autoridade que tenha
afetem os valores militares previstos no art. conhecimento do dano ou infração
9º, deste Código; disciplinar, cuja repressão não tenha
competência, e por meio das mídias sociais,
II - ser acusado de prática de crime ou de ato
dentre outros.
irregular que efetivamente concorra para o
desprestígio da Corporação Militar e de seus Art. 33. Na apuração disciplinar serão
integrantes. observados os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e
§ 2º É imprescindível a existência de provas
eficiência, dentro dos pressupostos da
da conduta irregular e indícios suficientes de
proporcionalidade e razoabilidade, cabendo
responsabilidade do militar, para que seja
à autoridade militar que tiver conhecimento
declarada a sua disponibilidade cautelar.
da prática de dano ou infração disciplinar,
Art. 31. A autoridade que solicitar a sempre considerar a natureza, a gravidade e
disponibilidade cautelar deverá, em seu os motivos determinantes do fato, os danos
pedido, sugerir o local de seu cumprimento, causados, a personalidade e os
bem como especificar a duração da medida, antecedentes do transgressor, a intensidade
com observância do prazo máximo de 40 do dolo ou o grau da culpa, para adoção das
(quarenta) dias, que poderá ser prorrogado medidas administrativas e disciplinares
por mais 20 (vinte) dias. cabíveis.
§ 1º Os pedidos para aplicação inicial da Art. 34. Na apuração disciplinar nenhum
medida de disponibilidade cautelar ou de militar será interrogado se estiver em estado
sua prorrogação deverão ser feitos com de embriaguez ou sob a ação de substância
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) entorpecente.
horas.
Art. 35. A apuração disciplinar ocorrerá
§ 2º A disponibilidade cautelar assegura ao através dos procedimentos e processos
militar a percepção dos seus vencimentos e disciplinares previstos neste Código.
vantagens integrais inerentes ao seu cargo.

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Seção II de necessidade, calamidade pública ou
manutenção da ordem e da disciplina;
Do Julgamento
VI - ter praticado a transgressão para evitar
Art. 36. O julgamento dos fatos ou atos
mal maior;
transgressionais deve ser feito com
serenidade e imparcialidade, para que o VII - ter praticado a transgressão sob coação
agente fique consciente e convicto de que irresistível; Parágrafo único. Não haverá
ele se inspira no cumprimento exclusivo do aplicação de sanção disciplinar quando for
dever, na preservação da disciplina que tem reconhecida qualquer causa de justificação.
em vista o benefício educativo dele e da
Art. 39. São circunstâncias atenuantes:
coletividade.
I - estar, no mínimo, no bom
Art. 37. O julgamento deve se precedido de
comportamento;
um exame e de uma análise que considerem:
II - ter relevância de serviços prestados; III -
I - os antecedentes do transgressor;
ter praticado a falta em defesa própria, de
II - as causas que a determinarem; seus próprios direitos ou dos de outrem;
III - a natureza dos fatos ou os atos que a IV - ter praticado a falta por motivo de
envolverem; relevante valor social;
IV - as consequências que dela possam V - falta de prática do serviço;
resultar.
VI - ter sido a transgressão praticada em
Parágrafo único. No julgamento dos fatos ou decorrência da falta de melhores
atos transgressionais ainda podem ser esclarecimentos quando da emissão da
levantadas causas de justificação ou as ordem ou de falta de meios adequados para
circunstâncias que os atenuem e /ou os o seu cumprimento, devendo tais
agravem. circunstâncias ser plenamente
comprovadas;
Art. 38. São causas de justificação:
VII - colaborar na apuração da transgressão
I - motivo de força maior ou caso fortuito,
disciplinar;
plenamente comprovados;
VIII - ter o agente confessado
II - em preservação da ordem pública ou do
espontaneamente a autoria da transgressão,
interesse coletivo, na prática de ação
quanto esta for ignorada ou imputada a
meritória ou no interesse do serviço, da
outrem;
ordem ou do sossego público;
IX - ter o transgressor procurado diminuir as
III - legítima defesa própria ou de outrem;
consequências da transgressão, antes da
IV - obediência a ordem superior, desde que sanção, reparando os danos.
a ordem recebida não seja manifestamente
Art. 40. São circunstâncias agravantes:
ilegal;
I - estar em mau comportamento;
V - uso de força para compelir o subordinado
a cumprir rigorosamente o seu dever, no II - prática simultânea ou conexão de duas ou
caso de perigo, necessidade urgente, estado mais transgressões;

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142
III - reincidência;
IV - conluio de duas ou mais pessoas; Seção III
V - ter sido a falta praticada durante a Da Aplicação da Sanção Disciplinar
execução do serviço;
Art. 42. A sanção disciplinar será
VI - ter praticado a transgressão com proporcional à gravidade e natureza da
premeditação; infração, observados os seguintes limites:
VII - ter sido a falta praticada em presença de I - as faltas leves são puníveis com sanção de
subordinado, de tropa ou de civil; advertência ou repreensão;
VIII - ter sido a falta praticada com abuso de II - as faltas médias são puníveis com sanção
autoridade hierárquica ou funcional ou com de repreensão ou suspensão;
emprego imoderado de violência
III - as faltas graves são puníveis com
manifestamente desnecessária.
suspensão, demissão, exclusão bem da
§ 1º Considera-se reincidência quando o disciplina e licenciamento a bem da
militar pratica transgressão disciplinar disciplina ou reforma disciplinar
depois da decisão administrativa irrecorrível compulsória.
que o tenha aplicado sanção por qualquer
Parágrafo único. Na ocorrência de mais de
transgressão prevista neste Código.
uma transgressão, quando forem praticadas
§ 2º Serão considerados para reincidência os de forma conexa, as de menor gravidade
seguintes requisitos: serão consideradas como circunstâncias
agravantes da transgressão principal.
I - decisão administrativa irrecorrível de
transgressão disciplinar anterior; Art. 43. Pela mesma transgressão não será
aplicada mais de uma sanção disciplinar e,
II - prática de qualquer nova transgressão
no concurso de transgressões, aplicar-se-á a
disciplinar;
sanção relativa à mais grave.
III - a reincidência não poderá ser invocada,
Art. 44. A aplicação da sanção disciplinar, nos
passados 05(cinco) anos de cumprida pelo
termos do art. 19, deste Código
acusado sua última sanção disciplinar ou
compreenderá em:
após o seu cancelamento.
I - elaboração da nota de punição com o
§ 3º A sanção de advertência aplicada ao
respectivo enquadramento;
militar estadual não será considerada para
fins de reincidência. II - publicação em boletim ou Diário Oficial
do Estado do Piauí – DOE/PI; e III - registro
Art. 41. A prática reiterada de transgressões
na ficha disciplinar individual do punido.
disciplinares de naturezas média e grave,
demonstrada pela aparente insensibilidade Art. 45. A nota de punição não conterá
por parte do transgressor, ante à ineficiência comentários depreciativos ou ofensivos,
das punições que lhe forem impostas, nem alusões pessoais ao punido, permitidos
poderá ensejar em motivos para demissão, os ensinamentos, devendo conter:
licenciamento a bem disciplina ou exclusão a
I - a descrição clara e precisa dos fatos;
bem da disciplina.

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II - as circunstâncias que configuram a civil e criminal emanadas do mesmo fato.
transgressão; Parágrafo único. Ressalvados os casos de
negativa de autoria ou inexistência do fato,
III - o enquadramento disciplinar constando:
a instauração de inquérito ou ação criminal,
a) a indicação dos dispositivos legais não impedirá a imposição, na esfera
infringidos; administrativa, de sanção pela prática de
transgressão disciplinar sobre o mesmo fato.
b) as circunstâncias atenuantes ou
agravantes e as causas de justificação;
c) a classificação da transgressão; Seção IV

d) a sanção disciplinar imposta; Do Cumprimento da Sanção Disciplinar

e) a reclassificação ou melhoria do Art. 48. Estando à disposição ou a serviço de


comportamento militar; autoridade diversa, o transgressor será
requisitado à apresentação pela autoridade
f) as datas do início e do término do
competente para aplicar-lhe a sanção.
cumprimento da sanção;
Art. 49. De ofício, ou a pedido das
g) a determinação para posterior
autoridades disciplinares competentes e
cumprimento, se o punido estiver baixado
visando o cumprimento da sanção, o
ou afastado do serviço;
comandante ou chefe imediato do
h) outros dados que a autoridade transgressor poderá sustar ou interromper o
competente julgar necessários; seu gozo de férias, dispensas e trânsito, para
fins de aplicação da sanção disciplinar.
IV - a assinatura da autoridade competente.
Parágrafo único. Para fins de aplicação deste
Art. 46. A publicação é a divulgação oficial do
artigo, a sustação ou interrupção das
ato administrativo referente à aplicação da
licenças especiais e para tratar de assuntos
sanção disciplinar, através da qual se dará
de interesse particular, são de competência
início a seus efeitos, devendo ser feita em
do respectivo Comandante Geral.
boletim, e se necessário, também publicada
no DOE/PI.
Parágrafo único. As sanções aplicadas a CAPÍTULO VIII
oficiais e aspirantes-a-oficial serão
DO COMPORTAMENTO DAS PRAÇAS
publicadas em boletim reservado da
Corporação e somente para conhecimento Seção I
dos integrantes dos seus respectivos círculos
Disposições Gerais
e superiores hierárquicos, podendo ser
dadas ao conhecimento geral se as Art. 50. O comportamento da praça militar
circunstâncias ou a natureza da transgressão estadual terá acompanhamento contínuo e
e o bem da disciplina assim o permanente, demonstrado através de
recomendarem. registros em seus assentamentos que
avaliarão o seu procedimento na vida
Art. 47. A sanção disciplinar não exime o
profissional e particular, sob o ponto de vista
militar estadual punido da responsabilidade
disciplinar.

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144
Art. 51. O comportamento da praça militar Art. 55. A reclassificação consiste na
está sujeito à classificação, à reclassificação gradação decrescente de comportamento,
e à melhoria. em razão de sanção disciplinar aplicada ao
militar.
§ 1º Compete às autoridades discriminadas
nos incisos do art. 13, deste Código, § 1º Para fins disciplinares a praça terá o seu
adotarem os procedimentos administrativos comportamento reclassificado:
necessários à classificação, à reclassificação
I - do excepcional para o:
e à melhoria do comportamento das praças.
a) ótimo, quando for punida com
§ 2º Para efeito de reclassificação ou
repreensão;
melhoria do comportamento ter-se-ão como
bases as datas em que as sanções b) bom, quando for punida com suspensão;
disciplinares foram publicadas.
II - do ótimo para o bom, quando for punida
no período de 04 (quatro) anos de efetivo
serviço, com mais de 01 (uma) repreensão;
Seção II
III - do bom para o:
Da Classificação
a) insuficiente, quando for punida, no
Art. 52. A classificação é o procedimento
período de 01(um) ano de efetivo serviço
administrativo que reconhece a categoria
com 01(uma) suspensão;
comportamental em que se deve enquadrar
a praça, com a devida consignação na sua b) mau, quando for punida, no período de
ficha disciplinar, a partir do seu ingresso na 01(um) ano de efetivo serviço, com mais de
Corporação, ficando sujeito a gradações de 02(duas) suspensões;
acordo com sua conduta castrense.
IV - do insuficiente para o mau, quando for
Art. 53. O comportamento da praça, na punida, no período de um 01(um) ano de
Corporação, será classificado em: efetivo serviço, com mais de 02(duas)
suspensões. § 2º Para efeito de
I - Excepcional;
reclassificação:
II - Ótimo;
I- 02(duas) advertências equivalem a
III - Bom; 01(uma) repreensão;
IV - Insuficiente; II- 02(duas) advertências e 01(uma)
repreensão equivalem a 01(uma) suspensão;
V - Mau.
III- 02(duas) repreensões equivalem a
Art. 54. Ao ser admitida, a praça militar
01(uma) suspensão.
estadual será classificada no
comportamento previsto no inciso III, deste
artigo.
Seção IV
Da Melhoria
Seção III
Art. 56. A melhoria de comportamento
Da Reclassificação consiste na gradação crescente de

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145
comportamento, em razão de lapso Seção II
temporal sem sanção disciplinar sofrida pelo
Da Sindicância
militar.
Art. 58. A sindicância é o procedimento
§ 1º Para fins disciplinares a praça terá
administrativo, de caráter célere e de
melhoria do seu comportamento, feita
instrução provisória, que tem por finalidade
automaticamente:
a elucidação de fatos supostamente ilícitos
I- do mau para o insuficiente, quando, no ou irregulares, objetivando identificar suas
período de 01(um) ano, não houver sofrido circunstâncias e a determinação de sua
qualquer punição; autoria, podendo servir como medida
antecedente a providências disciplinares,
II- do insuficiente para o bom, quando, no
cíveis, criminais e/ou administrativas.
período de 02(dois) anos, não houver sofrido
qualquer punição; Parágrafo único. Da sindicância pode
resultar:
III- do bom para o ótimo, quando, no período
de 04(quatro) anos, não houver sofrido I - arquivamento;
qualquer punição;
II - instauração de Processo Administrativo
IV- do ótimo para o excepcional, quando no Disciplinar Simplificado ou Ordinário;
período de 08(oito) anos, não houver sofrido
III - instauração de Conselho de Disciplina ou
qualquer punição.
de Justificação;
IV - instauração de Inquérito Técnico;
CAPÍTULO IX
V - instauração de Inquérito Policial Militar;
DOS PROCEDIMENTOS E PROCESSOS
VI - a realização de Termo de Ajustamento de
ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES
Conduta por dano material;
Seção I
VII - encaminhamento à autoridade de
Disposições Gerais Polícia Judiciária competente, se resultar
indícios de infração penal comum a apurar.
Art. 57. Os procedimentos e processos
disciplinares de que trata este Código, para Art. 59. Em caso de denúncia anônima, a
os militares do Estado, serão: autoridade competente determinará a
realização de uma sindicância.
I - Sindicância;
Art. 60. A sindicância será instaurada pelas
II - Inquérito Técnico;
autoridades constantes no art. 13, deste
III - Processo Administrativo Disciplinar Código.
Simplificado;
Art. 61. Poderão ser delegados para
IV - Processo Administrativo Disciplinar proceder a sindicância, oficiais ou
Ordinário; aspirantes-a-oficial, e excepcionalmente,
subtenentes ou sargentos, devendo os
V - Conselhos de Ética e Disciplina Militares.
sindicantes sempre serem superiores

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146
hierárquicos dos sindicados e se, do mesmo à Corregedoria para fins de controle
posto ou graduação, mais antigos. apuratório e estatístico da Corporação
Militar.
§ 1º Não poderá ser encarregado de
sindicância quem formulou a acusação,
quem tiver com o sindicado ou suposto
Seção III
ofendido parentesco consanguíneo ou afim,
na linha reta ou colateral até o 3º grau por Do Inquérito Técnico
consanguinidade colateral ou afinidade de
Art. 64. Inquérito Técnico é o procedimento
natureza civil ou que tenha particular
administrativo militar destinado a levantar
interesse.
dados sobre acidentes com viaturas de posse
§ 2° Se, no decorrer da sindicância, o da Corporação e apurar as responsabilidades
encarregado verificar a existência de indícios pelos danos materiais causados.
contra militar superior ou mais antigo,
Parágrafo único. Do Inquérito Técnico
deverá encerrar a apuração e comunicar
poderá resultar responsabilidade civil,
imediatamente seu impedimento à
independentemente das sanções
autoridade delegante, a fim de que outro
administrativa e criminal aplicáveis.
seja designado para prossegui-la.
Art. 65. O Inquérito Técnico será instaurado,
§ 3º Caberá ao sindicante, se não tiver sido
pelas autoridades constantes nos incisos II a
feita pela autoridade instauradora, caso
VI do art. 13, deste Código, mediante
necessário, a designação de escrivão para os
delegação, quando tomarem conhecimento
trabalhos de digitação, recaindo em oficial,
de acidente de trânsito envolvendo viaturas
subtenente, sargento ou cabo.
que estejam sob sua responsabilidade.
Art. 62. O prazo para conclusão da
Parágrafo único. Excepcionalmente o
sindicância será de 20 (vinte) dias, a contar
Comandante Geral da Corporação instaurará
do dia útil posterior ao do recebimento,
o Inquérito técnico, adotando as medidas
prorrogável por 20(vinte) dias, mediante
pertinentes constantes neste Código.
pedido justificado do sindicante à
autoridade instauradora. Art. 66. Poderão ser delegados encarregados
para procederem, ao Inquérito Técnico,
Art. 63. Toda sindicância instaurada deverá
oficiais ou aspirantes-a-oficial, e
ter curso normal, não podendo ser sua
excepcionalmente, subtenentes ou
portaria revogada ou invalidada, a não ser
sargentos, devendo os encarregados serem
que apresente vício insanável ou que os
sempre superiores hierárquicos dos
fatos nela citados estejam sendo apurados
condutores envolvidos nos acidentes e se,
em outro procedimento.
do mesmo posto ou graduação, mais
§ 1º O ato de revogação ou invalidação antigos.
deverá ser motivado, indicando as razões de
§ 1º Não poderá ser encarregado do
fato e de direito e publicado em boletim.
Inquérito Técnico quem formulou a
§ 2º A autoridade instaurada da sindicância acusação, quem tiver com os envolvidos no
deverá ao final sempre efetuar a remessa de acidente parentesco consanguíneo ou afim,
cópias da portaria, do relatório e da solução na linha reta ou colateral até o 3º grau por

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147
consanguinidade colateral ou afinidade de deverá este ser notificado para compor
natureza civil ou que tenha particular solução amigável por meio de termo de
interesse. ajustamento de conduta;
§ 2° No decorrer do Inquérito Técnico se o § 2º A autoridade instauradora não poderá
encarregado verificar a existência de indícios arquivar os autos do Inquérito Técnico,
contra militar superior ou mais antigo, devendo, imediatamente após a solução,
deverá encerrar a apuração e comunicar encaminhá-los ao Comandante-Geral da
imediatamente seu impedimento à Corporação Militar por meio da
autoridade delegante, a fim de que outro Corregedoria para homologação do
seja designado para prossegui-lo. resultado.
§ 3º Caberá ao encarregado do Inquérito Art. 69. Do ato de homologação do
Técnico, se não tiver sido feita pela Comandante Geral poderá resultar:
autoridade instauradora, caso necessário, a
I - encaminhamento ao setor competente da
designação de escrivão para os trabalhos de
Corporação Militar para proceder aos
digitação, recaindo em oficial, subtenente,
descontos autorizados pelo militar causador
sargento ou cabo.
do acidente, consoante firmado no termo de
Art. 67. O prazo para conclusão do Inquérito ajustamento de conduta;
Técnico será de 20(vinte) dias, a contar do
II - encaminhamento à Procuradoria Geral do
dia útil posterior ao do recebimento,
Estado, para os fins judiciais cabíveis acerca
prorrogável por 20(vinte) dias, mediante
da responsabilidade subjetiva por parte do
pedido justificado do seu encarregado à
causador do acidente, quando não for
autoridade instauradora.
possível, no âmbito da Corporação, a
Art. 68. A autoridade instauradora do composição amigável da reparação dos
Inquérito Técnico após recebê-lo do danos por meio de termo de ajustamento de
encarregado, deverá dar solução, conduta;
justificando os motivos de seu despacho,
III - encaminhamento à Corregedoria para as
podendo inclusive:
providências disciplinares ou de polícia
I - sugerir o arquivamento dos autos; judiciária militar;
II - opinar pela instauração de processo IV - encaminhamento ao setor competente
administrativo disciplinar, no caso de da Corporação para conserto do veículo
indícios de transgressão disciplinar ou de avariado;
Inquérito Policial Militar, se houver indícios
V - encaminhamento ao setor de patrimônio
de crime militar;
da Corporação para descarga;
III - avocar o parecer do encarregado e dar
VI - arquivamento dos autos.
solução diferente;
IV - determinar a composição de solução
amigável; Seção IV
§ 1º Decidindo a autoridade instaurada pela Do Processo Administrativo Disciplinar
culpabilidade do causador do acidente, Simplificado

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Art. 70. As transgressões da disciplina de excepcionalmente, subtenente ou sargento,
natureza leve, média com autoria e tipo devendo sempre ser superior hierárquico do
transgressional previamente conhecidos, acusado, e se, do mesmo posto ou
serão apuradas através do Processo graduação, mais antigo.
Administrativo Disciplinar Simplificado, de
§ 2º O prazo para realização do Processo
acordo com as disposições desta Seção.
Administrativo Disciplinar Simplificado será
Art. 71. Recebida a comunicação disciplinar de 10(dez) dias, prorrogável por igual
ou outro documento relatando transgressão período.
da disciplina, a autoridade instauradora
Art. 73. O Processo Administrativo
competente, mediante portaria, quando
Disciplinar Simplificado terá como primeira
entender haver indícios de transgressão da
página um formulário, cuja segunda via será
disciplina, deverá determinar a abertura do
entregue ao acusado, o qual constará o seu
Processo Administrativo Disciplinar
ciente na primeira via, ficando notificado
Simplificado para que o militar estadual
que está sendo aberto o prazo de 03(três)
acusado exerça o seu direito de defesa.
dias para a apresentação de suas razões de
§ 1º O militar estadual submetido a Processo defesa, por escrito, o que poderá ser no
Administrativo Disciplinar Simplificado será verso do formulário do processo ou em
denominado de acusado. documento apenso, produzido pelo próprio
acusado, ou defensor.
§ 2º O Processo Administrativo Disciplinar
Simplificado deverá conter: § 1º Quando o acusado não desejar
apresentar justificativas ou defesa, ele
I - identificação da Organização Militar;
deverá manifestar, de próprio punho, sua
II - numeração sequencial; intenção no verso do formulário do Processo
Administrativo Disciplinar Simplificado.
III - identificação do militar acusado;
§ 2º Quando houver recusa do militar em
IV - identificação do militar responsável pela
receber a segunda via do termo de apuração
comunicação disciplinar, quando houver;
da transgressão disciplinar, no momento da
V - relato sucinto do fato imputado ao notificação, a autoridade executora do ato
acusado, bem como menção dos incisos dos deverá realizar a sua leitura na presença de
parágrafos do art. 18, em tese, infringidos duas testemunhas, lavrando-se a respectiva
pelo acusado. certidão, considerando-o notificado sobre o
prazo legal previsto no caput deste artigo,
Art. 72. O Processo Administrativo
para a apresentação de suas razões de
Disciplinar Simplificado será instaurado
defesa.
pelas autoridades constantes no art. 13,
deste Código, mediante delegação, sendo Art. 74. As solicitações, requisições e pedidos
assegurados aos acusados o contraditório e apresentados pelo militar em suas razões de
a ampla defesa. defesa poderão ser deferidos pela
autoridade processante, porém, em caso de
§ 1º A autoridade instauradora poderá
indeferimento deverá ser motivado em
designar como autoridade processante para
despacho que antecederá o relatório do
realizar o Processo Administrativo
Disciplinar Simplificado, oficial, e

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Processo Administrativo Disciplinar Parágrafo único. O militar estadual
Simplificado. submetido a Processo Administrativo
Disciplinar Ordinário será denominado de
Art. 75. Recebido o Processo Administrativo
acusado.
Disciplinar Simplificado, a autoridade
instauradora prolatará solução, podendo: Art. 77. O Processo Administrativo
Disciplinar Ordinário será instaurado pelas
I - arquivar o termo, em virtude de:
autoridades constantes no art. 13, deste
a) julgar que o fato não constitui Código, de ofício ou mediante
transgressão da disciplina; determinação, sendo assegurados aos
acusados o contraditório e a ampla defesa.
b) falta de elementos comprobatórios;
Art. 78. Para os fins do inciso I, da art. 76,
c) justificação da transgressão disciplinar.
será designado um oficial que atuará como
II - aplicação de sanção disciplinar; autoridade processante no Processo
Administrativo Disciplinar Ordinário.
III- determinar à autoridade processante o
prosseguimento da apuração disciplinar por Art. 79. O Processo Administrativo
meio de Processo Administrativo Disciplinar Disciplinar Ordinário será realizado por uma
Ordinário; comissão processante, para os fins do inciso
II, do art. 76, sendo composta por 03 (três)
IV- determinar a instauração de inquérito
oficiais membros, em que o mais antigo será
policial militar, em virtude da existência de
designado presidente e os demais,
indícios de crime militar.
respectivamente, por ordem de antiguidade,
Parágrafo único. No caso de solução pela o interrogante-relator e o escrivão, devendo
aplicação de sanção disciplinar, esta deverá sempre serem superiores hierárquicos do
ser fundamentada, esta deverá ser acusado, e se, do mesmo posto, mais
publicada em boletim, bem como deverá o antigos.
acusado ou seu defensor ser intimado, para
§ 1º Será designada comissão processante
que, caso queira, possa recorrer da decisão.
de oficiais somente pelas autoridades
constantes nos incisos I e II, do art. 13,
quando pela gravidade ou repercussão dos
Seção V
fatos, as circunstâncias assim exigirem.
Do Processo Administrativo Disciplinar
§ 2º A comissão processante de oficiais
Ordinário
funcionará sempre com a totalidade de seus
Art. 76. O Processo Administrativo membros, em local que a autoridade
Disciplinar Ordinário destina-se: instauradora ou seu presidente julgue
melhor indicado para a realização dos
I - a apuar os fatos que constituem
trabalhos.
transgressões disciplinares médias e graves;
§ 3º Caberá à autoridade processante, se
II - a apreciar a permanência ou não das
não tiver sido feita pela autoridade
praças não-estáveis nas fileiras da
instauradora, caso necessário, a designação
Corporação.
do escrivão para os trabalhos de digitação,

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recaindo em oficial, subtenente, sargento ou Art. 83. Do julgamento do Processo
cabo. Administrativo Disciplinar Ordinário poderá
resultar:
§ 4º Para o Processo Administrativo
Disciplinar Ordinário, realizado por comissão I - no arquivamento do processo, quando:
processante, deverão ser utilizados os
a) julgar que o fato não constitui
prazos previstos no art. 96, deste Código.
transgressão da disciplina;
Art. 80. O prazo para a conclusão do
b) falta de elementos comprobatórios;
Processo Administrativo Disciplinar
Ordinário, realizado por autoridade c) justificação da transgressão disciplinar.
processante será de 40 (quarenta) dias,
II - na aplicação de sanção disciplinar; III -
prorrogáveis por mais 20 (vinte) dias,
instauração de Inquérito Policial Militar;
mediante pedido fundamentado da
autoridade ou comissão processante à IV - licenciamento a bem a disciplina;
autoridade instauradora.
V - em remessa à Corregedoria para fins de
Art. 81. Será instaurado apenas um único análise acerca da instauração de Conselho
Processo Administrativo Disciplinar de Disciplina ou de Justificação;
Ordinário, pelo Governador do Estado,
VI - encaminhamento à autoridade de Polícia
quando o ato ou fatos motivadores tenham
Judiciária competente, se resultar indícios de
sido praticados em concurso de praças sem
infração penal comum a apurar.
estabilidade das duas Corporações Militares
Estaduais.
§ 1º O Governador do Estado na instauração Seção VI
do Processo Administrativo Disciplinar
Dos Conselhos de Ética e Disciplina
Ordinário, designará uma comissão mista
Militares
composta por oficiais do Corpo de
Bombeiros e da Polícia Militar. Art. 84. Os Conselhos de Ética e Disciplina
Militares são processos administrativos
§ 2º O Processo Administrativo Disciplinar
disciplinares procedidos por comissões
Ordinário, para os fins do caput deste artigo,
processantes, designadas pelas autoridades
será composto por 03(três) oficiais, destes,
dos incisos I e II, do art. 13, no âmbito da
sendo 02 (dois) oficiais pertencentes à
Corporações Militares Estaduais, sendo
Corporação Militar Estadual que tiver a
realizados nas seguintes modalidades:
maior quantidade de acusados.
I - Conselho de Disciplina; e
§ 3º Ocorrendo igual número de acusados,
será o Processo Administrativo Disciplinar II - Conselho de Justificação. Parágrafo único.
Ordinário composto, em sua maioria, por As comissões processantes serão instituídas
oficiais da Polícia Militar. por meio de Decreto Governamental ou
Portaria, publicado em boletim ou Diário
Art. 82. Constituirão fases do Processo
Oficial, e serão compostas cada uma, por
Administrativo Disciplinar Ordinário -
três oficiais membros.
instauração, instrução, alegações finais de
defesa, relatório e julgamento.

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Subseção I probidade administrativa e grave violação
aos direitos humanos;
Do Conselho de Disciplina
III - afastadas do cargo, na forma da
Art. 85. O Conselho de Disciplina é o
legislação militar, por se tornar incompatível
processo administrativo disciplinar especial
com o mesmo ou demonstrar incapacidade
destinado a apreciar a capacidade de
no exercício de funções militares a ele
permanência nas fileiras da Corporação
inerentes, salvo se o afastamento decorrer
Militar Estadual das praças do serviço ativo
de fatos que motivem sua submissão a
com estabilidade assegurada, das praças
processo;
especiais, bem como a capacidade das
praças da reserva remunerada e reformadas IV - forem condenadas na justiça comum ou
de permanecerem na situação de militar a pena privativa de liberdade por
inatividade em que se encontram, tempo igual ou superior a 02 (dois) anos, por
criandolhes, ao mesmo tempo, condições sentença transitada em julgado;
para se defenderem.
V - pertencentes a partidos políticos que
Parágrafo único. O militar estadual exerçam atividades prejudiciais ou perigosas
submetido a Conselho de Disciplina será à Segurança Nacional;
denominado de acusado ou disciplinado.
VI - atentarem contra a segurança das
Art. 86. Serão submetidas a Conselho de instituições, participando de greve,
Disciplina, ex-oficio, praças referidas no passeatas ou movimentos reivindicatórios,
artigo anterior: com uso de arma, meio de transporte oficial
pertencente à Corporação, ou, ainda,
I - acusadas oficialmente ou por meio lícito
ocupando estabelecimento militar ou
de comunicação social, de terem:
qualquer prédio público;
a) procedido incorretamente no
VII - que demonstrarem, no comportamento
desempenho do cargo de que estejam
mau, incorrigibilidade pela prática contumaz
investidas;
de transgressões disciplinares, cujo histórico
b) tido conduta (civil ou policial-militar) e somatório de sanções indiquem sua
irregular que por sua natureza venha a inadaptabilidade ou incompatibilidade ao
denegrir a imagem da Corporação; regime disciplinar militar, e, por
conseguinte, à melhoria de seu
c) praticado ato que afete a honra pessoal, o
comportamento;
decoro da classe e o pudonor militar;
Parágrafo único. Havendo concurso de ações
d) praticado atos que revelem
entre praças com estabilidade e sem
incompatibilidade com a função militar
estabilidade, será instaurado Conselho de
estadual;
Disciplina.
e) acumulado cargo público em desacordo
Art. 87. O Conselho de Disciplina será
com o disposto na legislação vigente.
composto por 03 (três) membros, sendo
II - acusado oficialmente de haver cometido estes oficiais da ativa e terá como autoridade
ato atentatório à moralidade pública, à instauradora o Governador do Estado ou o

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Comandante-Geral da respectiva Art. 92. O Comandante-Geral, com base na
Corporação. natureza da falta ou na inconsistência dos
fatos apontados, poderá considerar, desde
Art. 88. O mais antigo do Conselho de
logo, insuficiente a acusação e, em
Disciplina, no mínimo um capitão, será o
consequência, deixar de instaurar o
presidente e o que se lhe seguir em
Conselho de Disciplina, sem prejuízo de
antiguidade será o interrogante, sendo
novas diligências.
relator e escrivão, o mais moderno.
Art. 93. O Conselho de Disciplina poderá ser
Art. 89. Não podem fazer parte do Conselho
instaurado, independentemente da
de Disciplina:
existência ou da instauração de inquérito
I - o oficial que formulou a acusação; policial comum ou militar, de processo
criminal ou de sentença criminal transitada
II - os oficiais que tenham entre si, com o
em julgado.
acusador ou com o acusado, parentesco
consanguíneo ou afim, na linha reta ou Parágrafo único. Se no curso dos trabalhos
colateral até o 3º grau por consanguinidade do Conselho de Disciplina surgirem indícios
colateral ou afinidade de natureza civil; e, de crime comum ou militar, o presidente
deverá extrair cópia dos autos, remetendo-
III - o oficial que tenham particular interesse
os, por ofício, à autoridade competente para
na decisão do Conselho de Disciplina.
início do respectivo inquérito policial ou da
IV - o oficial que se der, justificadamente, por ação penal cabível.
suspeito ou impedido;
Art. 94. Será instaurado apenas um único
V - o oficial que seja inimigo ou amigo íntimo Conselho de Disciplina, pelo Governador do
do acusado ou da vítima; Estado, quando o ato ou fatos motivadores
tenham sido praticados em concurso de
VI - o oficial que esteja submetido a qualquer
praças das duas Corporações Militares
processo disciplinar previsto neste Código
Estaduais.
ou que se encontre sub judice, em razão de
prisão em flagrante delito ou de processo § 1º O Governador do Estado, na instauração
criminal com denúncia recebida. do Conselho de Disciplina, designará uma
comissão mista composta por oficiais do
Art. 90. O Conselho de Disciplina funcionará
Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.
sempre com a totalidade de seus membros,
em local que a autoridade instauradora, ou § 2º O Conselho de Disciplina, para os fins do
seu presidente, julgue melhor indicado para caput deste artigo, será composto por 03
a realização dos trabalhos. (três) oficiais, destes, sendo 02 (dois) oficiais
pertencentes à Corporação Militar Estadual
Art. 91. A praça submetida a Conselho de
que tiver a maior quantidade de acusados.
Disciplina ficará adida à Organização Militar
que lhe for designada, será afastada do § 3º Ocorrendo igual número de acusados,
serviço ou instrução nos dias em que estiver será o Conselho de Disciplina composto, em
à disposição do processo para as audiências sua maioria, por oficiais da Polícia Militar.
das quais for notificada.
Art. 95. Após a elaboração do decreto ou
portaria de instauração, elementos de

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autoria e materialidade de infrações de instauração, mandado de citação e
disciplinares conexas, em continuidade ou demais peças do processo, sendo-lhe
em concurso, poderão ser aditadas, abrindo- entregue o libelo acusatório;
se novos prazos para a defesa.
V - designação, pelo Comandante Geral, de
Art. 96. O Conselho de Disciplina dispõe de um oficial para atuar como defensor dativo,
um prazo de 90(noventa) dias, a contar da caso o acusado assim requeira para fazer sua
data da publicação da portaria de nomeação defesa;
em boletim da Corporação ou do decreto no
IV - leitura, pelo escrivão, perante o
DOE/PI para a conclusão dos trabalhos
Conselho de Disciplina, o acusado e/ou
relativos ao processo, deliberação,
defensor, da portaria ou decreto de
confecção, leitura e remessa do relatório
instauração, mandado de citação e demais
conclusivo.
peças do processo, sendo entregue o libelo
§ 1º A autoridade instauradora, a acusatório;
requerimento motivado do Presidente do
V - nomeação, pelo Comandante Geral ou
Conselho de 26 Disciplina, poderá prorrogar
pelo Presidente do Conselho de Disciplina,
por mais 30(trinta) dias, o prazo de
de um oficial para atuar como defensor
conclusão dos trabalhos.
dativo, caso se faça necessário, em todos os
§ 2º A autoridade instauradora, por motivo atos processuais;
de morte do acusado, poderá suspender, em
VI - proceder-se-á a qualificação do acusado,
qualquer fase, os trabalhos do Conselho de
previamente cientificado da acusação,
Disciplina, por terem cessado os motivos de
sendo o ato reduzido a termo, assinado por
sua nomeação.
todos os membros do Conselho de
Art. 97. Reunido o Conselho de Disciplina, Disciplina, pelo acusado e pelo defensor,
convocado previamente por seu presidente, fazendo-se a juntada de todos os
em local, dia e hora designados com documentos por este, porventura oferecidos
antecedência, presentes o acusado e seu em defesa;
defensor, caso tenha, o presidente fará a
§ 1º Aos membros do Conselho de Disciplina
abertura da audiência de instalação,
é lícito interrogar novamente o acusado e
observando-se o seguinte:
reinquirir as testemunhas sobre o objeto da
I - verificação de possíveis suspeições ou acusação e propor diligências para o
impedimentos dos membros do Conselho esclarecimento dos fatos.
que possam suscitar a imparcialidade do
§ 2º Em sua defesa, pode o acusado requerer
colegiado;
a produção, perante o Conselho de
II - prestação do compromisso legal pelos Disciplina, de todas as provas permitidas
membros do Conselho; pelo ordenamento jurídico.
III - autuação pelo escrivão de todos os § 3º Conselho de Disciplina indeferirá, em
documentos apresentados, inclusive os decisão fundamentada, as diligências inúteis
oferecidos pelo acusado; ou meramente protelatórias.
IV - leitura, pelo escrivão, perante o § 4º As provas a serem colhidas mediante
Conselho e acusado, da portaria ou decreto carta precatória serão efetuadas por

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intermédio da Autoridade Militar § 4º Se ao Conselho parecer conveniente,
deprecante ou, na falta desta, da Polícia serão ouvidas as pessoas a que as
Judiciária local. testemunhas se referirem.
§ 5º Para fins de efetivação do disposto no Art. 99. Apresentada ou não a defesa prévia,
inciso V, deste artigo, deverá o Presidente no Conselho de Disciplina, proceder-se-á à
ante ao incidente da falta de advogado do inquirição do ofendido, se houver, das
acusado, realizar a audiência de instalação, testemunhas e informantes, devendo os de
porém, deliberando com o Conselho de acusação, até 08 (oito), serem ouvidas em
Disciplina pela nomeação de um defensor primeiro lugar, seguidas das arroladas pela
dativo, sendo remarcada para a próxima a defesa na mesma quantidade.
sessão, a entrega do libelo acusatório ao
§ 1º Antecedendo as alegações finais serão
acusado e/ou defensor, para apresentação
os acusados notificados para a realização
de sua defesa prévia, ficando desde já, o
dos seus respectivos interrogatórios.
defensor, intimado para consequente
atuação nos demais atos processuais. § 2º A não apresentação da defesa prévia,
dentro do prazo constante no artigo
§ 6º Em caso de nomeação do defensor
anterior, será certificada nos autos pelo
dativo, para Conselho de Disciplina, pelo
escrivão, entendendo-se que o acusado irá
Comandante Geral, haverá o sobrestamento
se manifestar no processo apenas em sede
do Processo, voltando o prazo processual a
de alegações finais.
correr a partir do momento em que for o
defensor dativo intimado da referida Art. 100. O acusado e seu defensor,
nomeação. querendo, poderão comparecer a todos os
atos do processo conduzidos pelo Conselho
Art. 98. O acusado, ressalvado o disposto no
de Disciplina, sendo para tanto, notificados.
§5º do art. 97, já na audiência de instalação,
receberá o libelo acusatório, tendo o prazo Art. 101. Encerrada a fase de instrução, a
de 05 (cinco) dias, a contar do primeiro dia praça acusada ou seu defensor serão
útil após o seu recebimento, para apresentar notificados para darem vistos no processo,
defesa prévia, podendo arrolar até 08 (oito) para apresentar, no prazo de 08 (oito) dias,
testemunhas e requerer a juntada de suas alegações finais de defesa.
documentos que entender convenientes à
Art. 102. Apresentadas as alegações finais de
sua defesa.
defesa, o Conselho de Disciplina passará a
§ 1º Nesse número não se compreendem as deliberar acerca do relatório conclusivo e
que não prestem compromisso e as sua respectiva leitura, em sessão, que
referidas. contará com a presença do acusado e de seu
defensor, os quais deverão ser previamente
§ 2º A parte poderá desistir da inquirição de
notificados.
qualquer das testemunhas arroladas.
§ 1º O relatório conclusivo, assinado por
§ 3º O Conselho de Disciplina, quando julgar
todos os membros do Conselho de
necessário, poderá ouvir outras
Disciplina, terá como parecer se deve o
testemunhas, além das indicadas pelas
acusado permanecer ou não nas fileiras da
partes.
Corporação Militar.

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

155
§ 2º O parecer conclusivo do Conselho de destinado a apreciar a capacidade de
Disciplina será dado por maioria de votos de permanência nas fileiras da Corporação
seus membros, facultada a justificação, por Militar Estadual, do oficial na ativa ou na
escrito, do voto vencido. situação de inatividade em que se encontra,
criando-lhe, ao mesmo tempo, condições
§ 3º Após a leitura do relatório deverá ser
para se justificar, quando incidir nas
lavrada Ata, constando a deliberação pela
disposições deste Código.
remessa dos autos do Conselho de Disciplina
pelo presidente à autoridade instauradora. § 1º O Conselho de Justificação pode,
também, ser aplicado ao oficial da reserva
Art. 103. Recebidos os autos do Conselho de
remunerada ou reformado,
Disciplina, a autoridade instauradora,
presumivelmente incapaz de permanecer na
disporá do prazo de 30 (trinta) dias, para
situação de inatividade em que se encontra.
decidir, em julgamento, determinando:
§ 2º O militar estadual submetido a Conselho
I - o arquivamento do processo, caso
de Justificação será denominado de acusado
improcedente a acusação, adotando as
ou justificante.
razões constantes do relatório conclusivo do
Conselho de Disciplina ou concebendo Art. 105. Será submetido a Conselho de
outros fundamentos; Justificação, a pedido ou ex-officio, o oficial:
II - a aplicação da sanção disciplinar cabível, I - acusado oficialmente ou por qualquer
adotando as razões constantes do relatório meio lícito de comunicação social de ter:
conclusivo do Conselho de Disciplina ou
a) procedido incorretamente no
concebendo outros fundamentos;
desempenho do cargo de que esteja
III - a adoção das providências necessárias à investido;
efetivação da reforma disciplinar
b) tido conduta (civil ou policial-militar)
compulsória ou da exclusão a bem da
irregular que por sua natureza venha a
disciplina;
denegrir a imagem da Corporação Militar;
IV - a remessa do processo ao Juízo
c) praticado ato que afete a honra pessoal, o
competente, se considerar infração penal a
decoro da classe e o pundonor militar;
razão pela qual o acusado foi julgado
culpado; d) praticado atos que revelem
incompatibilidade com a função militar
Parágrafo único. A decisão proferida no
estadual;
processo deve ser publicada oficialmente no
boletim da Corporação ou Diário Oficial e e) acumulado cargo público em desacordo
transcrita nos assentamentos da praça. com o disposto na legislação vigente.
II - acusado oficialmente de haver cometido
ato atentatório à moralidade pública, a
Subseção II
probidade administrativa e grave violação
Do Conselho de Justificação aos direitos humanos;
Art. 104. O Conselho de Justificação é o III - afastado na forma da legislação militar,
processo administrativo disciplinar especial por se tornar incompatível com o mesmo ou

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156
demonstrar incapacidade no exercício de respectivamente, por ordem decrescente de
funções militares a ele inerentes, salvo se o antiguidade.
afastamento decorrer de fatos que motivem
§ 1º Quando o justificante for oficial superior
sua submissão a processo;
do último posto, o Conselho de Justificação
IV - for condenado na justiça comum ou será formado por oficiais daquele posto, da
militar a pena privativa de liberdade por ativa, mais antigos.
tempo igual ou superior a 02 (dois) anos, por
§ 2º Inexistindo oficiais da ativa mais antigos
sentença transitada em julgado;
que o justificante para compor o Conselho
V - pertencer a partidos políticos que de Justificação, serão convocados os oficiais
exerçam atividades prejudiciais ou perigosas inativos do último posto, tantos quantos
à Segurança Nacional; forem necessários.
VI - atentar contra a segurança das § 3º Não podem fazer parte do Conselho de
instituições, participando de greve, Justificação:
passeatas ou movimentos reivindicatórios,
I - o oficial que formulou a acusação;
com uso de arma, meio de transporte oficial
pertencente à Corporação, ou, ainda, II - os oficiais que tenham entre si, com o
ocupando estabelecimento militar ou acusador ou com o acusado, parentesco
qualquer prédio público. consanguíneo ou afim, na linha reta ou
colateral até o quarto 3º grau por
Parágrafo único. Havendo concurso de ações
consanguinidade ou afinidade de natureza
entre oficial e praça, será instaurado
civil;
Conselho de Justificação.
III - os oficiais que tenham particular
Art. 106. O oficial submetido a Conselho de
interesse na decisão do Conselho de
Justificação e considerado culpado, por
Justificação;
parecer unânime, será adido à Organização
Militar que lhe for designada, devendo até IV - o oficial que seja inimigo ou amigo íntimo
decisão final do Tribunal competente, ficar: do acusado ou da vítima;
I - afastado das suas funções; V - o oficial que esteja submetido a qualquer
processo disciplinar previsto neste Código
II - proibido de usar armamento;
ou que se encontre sub judice, em razão de
III - mantido no respectivo Quadro, sem prisão em flagrante delito ou de processo
número, não concorrendo à promoção. criminal com denúncia recebida.
Art. 107. A constituição do Conselho de § 4º Quando o acusado for oficial da reserva
Justificação dar-se-á por ato do Governador remunerada ou reformado, um dos
do Estado, que designará como membros 03 membros do Conselho de Justificação
(três) oficiais da ativa de posto superior ao poderá ser da reserva remunerada.
do acusado, indicados pelo Comandante
§ 5º O Conselho de Justificação funcionará
Geral da respectiva Corporação, contando
sempre com a totalidade de seus membros,
sempre com pelo menos um oficial superior,
em local que o Comandante Geral, ou seu
cabendo o exercício das funções de
presidente, julgue melhor indicado para a
presidente, interrogante e relator,
realização dos trabalhos.

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Art. 108. O Governador do Estado, com base Art. 111. Após a elaboração do decreto de
na natureza da falta ou na inconsistência dos instauração, elementos de autoria e
fatos apontados, poderá considerar, desde materialidade de infrações disciplinares
logo, insuficiente a acusação e, em conexas, em continuidade ou em concurso,
consequência, deixar de instaurar o poderão ser aditadas, abrindo-se novos
Conselho de Justificação, sem prejuízo de prazos para a defesa.
novas diligências.
Art. 112. O Conselho de Justificação dispõe
Art. 109. O Conselho de Justificação poderá de um prazo de 90 (noventa) dias, a contar
ser instaurado, independentemente da da data da publicação do decreto de
existência ou da instauração de inquérito nomeação no DOE/PI, para a conclusão dos
policial comum ou militar, de processo trabalhos relativos ao processo, deliberação,
criminal ou de sentença criminal transitada confecção, leitura e remessa do relatório
em julgado. conclusivo.
Parágrafo único. Se no curso dos trabalhos § 1º O Governador do Estado, a
do Conselho de Justificação surgirem requerimento motivado do Presidente do
indícios de crime comum ou militar, o Conselho de Justificação, encaminhado por
presidente deverá extrair cópia dos autos, meio do Comandante Geral, poderá
remetendo-os, por ofício, à autoridade prorrogar por mais 30 (trinta) dias, o prazo
competente para início do respectivo de conclusão dos trabalhos.
inquérito policial ou da ação penal cabível.
§ 2º O Governador do Estado, por motivo de
Art. 110. Será instaurado apenas um único morte do acusado, poderá suspender, em
Conselho de Justificação, pelo Governador qualquer fase, os trabalhos do Conselho de
do Estado, quando o ato ou fatos Justificação, por terem cessado os motivos
motivadores tenham sido praticados em de sua nomeação.
concurso de oficiais das duas Corporações
Art. 113. Reunido o Conselho de Justificação,
Militares Estaduais.
convocado previamente por seu presidente,
§ 1º O Governador do Estado, na instauração em local, dia e hora designados com
do Conselho de Justificação, designará uma antecedência, presentes o acusado e seu
comissão mista composta por oficiais do defensor, caso tenha, o presidente fará a
Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. abertura da audiência de instalação,
observando-se o seguinte:
§ 2º O Conselho de Justificação, para os fins
do caput deste artigo, será composto por 03 I - verificação de possíveis suspeições ou
(três) oficiais, destes, sendo 02 (dois) oficiais impedimentos dos membros do Conselho de
pertencentes à Corporação Militar Estadual Justificação que possam suscitar a
que tiver a maior quantidade de acusados. imparcialidade do colegiado;
§ 3º Ocorrendo igual número de acusados, II - prestação do compromisso legal pelos
será o Conselho de Justificação composto, membros do Conselho de Justificação;
em sua maioria, por oficiais da Polícia
III - autuação pelo escrivão de todos os
Militar.
documentos apresentados, inclusive os
oferecidos pelo acusado;

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IV - leitura, pelo escrivão, perante o § 4º As provas a serem colhidas mediante
Conselho e acusado, da portaria ou decreto carta precatória serão efetuadas por
de instauração, mandado de citação e intermédio da Autoridade Militar ou, na falta
demais peças do processo, sendo-lhe desta, da Polícia Judiciária local.
entregue o libelo acusatório;
§ 5º Para fins de efetivação do disposto no
V - designação, pelo Comandante Geral, de inciso V, deste artigo, deverá o Presidente
um oficial para atuar como defensor dativo, ante ao incidente da falta de advogado do
caso o justificante assim requeira para fazer acusado, realizar a audiência de instalação,
sua defesa; porém, deliberando com o Conselho de
Justificação pela nomeação de um defensor
IV - leitura, pelo escrivão, perante o
dativo, sendo remarcada para a próxima a
Conselho de Justificação, o acusado e/ou
sessão, a entrega do libelo acusatório ao
defensor, da portaria ou decreto de
acusado e/ou defensor, para apresentação
instauração, mandado de citação e demais
de sua defesa prévia, ficando desde já, o
peças do processo, sendo entregue o libelo
defensor, intimado para consequente
acusatório;
atuação nos demais atos processuais.
V - nomeação, pelo Comandante Geral ou
§ 6º Em caso de nomeação do defensor
pelo Presidente do Conselho de Justificação,
dativo, para Conselho de Justificação, pelo
de um oficial para atuar como defensor
Comandante Geral, haverá o sobrestamento
dativo, caso se faça necessário, em todos os
do Processo, voltando o prazo processual a
atos processuais;
correr a partir do momento em que for o
VI - proceder-se-á a qualificação do defensor dativo intimado da referida
justificante, previamente cientificado da nomeação.
acusação, sendo o ato reduzido a termo,
Art. 114. O justificante, ressalvado o
assinado por todos os membros do Conselho
disposto no §5º do art. 113, já na audiência
de Justificação, pelo acusado e pelo
de instalação, receberá o libelo acusatório,
defensor, fazendo-se a juntada de todos os
tendo o prazo de 05 (cinco) dias, a contar do
documentos por este, porventura oferecidos
primeiro dia útil após o seu recebimento,
em defesa.
para apresentar defesa prévia, podendo
§ 1º Aos membros do Conselho de arrolar até 08 (oito) testemunhas e requerer
Justificação é lícito interrogar novamente o a juntada de documentos que entender
acusado e reinquirir as testemunhas sobre o convenientes à sua defesa.
objeto da acusação e propor diligências para
§ 1º Nesse número não se compreendem as
o esclarecimento dos fatos.
que não prestem compromisso e as
§ 2º Em sua defesa, pode o acusado requerer referidas.
a produção, perante o Conselho de
§ 2º A parte poderá desistir da inquirição de
Justificação, de todas as provas permitidas
qualquer das testemunhas arroladas.
pelo ordenamento jurídico.
§ 3º O Conselho de Justificação, quando
§ 3º O Conselho de Justificação indeferirá,
julgar necessário, poderá ouvir outras
em decisão fundamentada, as diligências
testemunhas, além das indicadas pelas
inúteis ou meramente protelatórias.
partes.

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§ 4º Se ao Conselho de Justificação parecer justificante é capaz ou não de permanecer
conveniente, serão ouvidas as pessoas a que nas fileiras da Corporação Militar.
as testemunhas se referirem.
§ 1º O parecer conclusivo do Conselho de
Art. 115. Apresentada ou não a defesa Justificação será dado por maioria de votos
prévia, no Conselho de Justificação, de seus membros, facultada a justificação,
proceder-se-á à inquirição do ofendido, se por escrito, do voto vencido.
houver, das testemunhas e informantes,
§ 2º Após a leitura do relatório deverá ser
devendo os de acusação, até 08 (oito), serem
lavrada Ata, constando a deliberação pela
ouvidas em primeiro lugar, seguidas das
remessa dos autos do Conselho de
arroladas pela defesa na mesma quantidade.
Justificação pelo presidente do Conselho de
§ 1º Antecedendo as alegações finais serão Justificação, ao Governador do Estado, por
os acusados notificados para a realização intermédio do Comandante-Geral da
dos seus respectivos interrogatórios. respectiva Corporação.
§ 2º A não apresentação da defesa prévia, Art. 120. Recebidos os autos do Conselho de
dentro do prazo constante no artigo Justificação, o Governador do Estado, dentro
anterior, será certificada nos autos pelo do prazo de 30 (trinta) dias, decidirá se
escrivão, entendendo-se que o acusado irá aceita ou não o parecer do Conselho,
se manifestar no processo apenas em sede constante do relatório conclusivo, julgando:
de alegações finais.
I - pelo arquivamento do processo, caso
Art. 116. O acusado e seu defensor, improcedente a acusação, adotando as
querendo, poderão comparecer a todos os razões constantes do relatório conclusivo do
atos do processo conduzido pelo Conselho Conselho de Disciplina ou concebendo
de Justificação, sendo para tanto outros fundamentos;
notificados.
II - pela aplicação pelo Comandante Geral da
Art. 117. Encerrada a fase de instrução, o sanção disciplinar cabível, adotando as
oficial acusado e seu defensor serão razões constantes do relatório conclusivo do
notificados para darem vistos no processo, Conselho de Justificação ou concebendo
para apresentar, no prazo de 08 (oito) dias, outros fundamentos;
suas alegações finais de defesa.
III - pela adoção das providências necessárias
Art. 118. Apresentadas as alegações finais de quanto à reforma disciplinar compulsória;
defesa, o Conselho de Justificação passará a
IV - pela remessa do processo ao Juízo
deliberar acerca do relatório conclusivo e
competente, se considerar infração penal a
sua respectiva leitura, em sessão, que
razão pela qual o acusado foi julgado
contará com a presença do acusado e de seu
culpado;
defensor, os quais deverão ser previamente
notificados. V - pela remessa, através da Procuradoria
Geral do Estado, ao Tribunal competente,
Art. 119. O relatório conclusivo, assinado por
para fins de julgamento pela incapacidade
todos os membros do Conselho de
de permanência na ativa ou na inatividade,
Justificação, terá como parecer se o oficial
nos termos do disposto no art. 121, incisos I
e II.

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Parágrafo único. O despacho que considerar fases: instauração, instrução, defesa,
procedente a justificação deverá ser relatório e julgamento.
publicado oficialmente e transcrito nos
assentamentos do oficial, se este for da
ativa. Seção II
Art. 121. O Tribunal competente, caso julgue Da Instauração
procedente a acusação, confirmando a
Art. 123. A instauração compreende a
decisão oriunda do Conselho de Justificação,
expedição da portaria de designação, o
declarará o oficial indigno do oficialato ou
compromisso legal do colegiado processante
com ele incompatível, determinando:
e a citação do acusado.
I - a perda do posto e da patente; ou,
Art. 124. A portaria ou o decreto de
II - a reforma compulsória disciplinar, no instauração são os atos administrativos que
posto que o oficial possuir na ativa, com nomeiam as autoridades ou comissões
proventos proporcionais ao tempo de processantes, descreve os fatos com
serviço militar. suficiente especificidade e determina a
instauração do processo.
§ 1º Após o trânsito em julgado, o processo
será encaminhado ao Governador do Art. 125. A citação é o ato administrativo
Estado, o qual decretará a demissão do pelo qual a autoridade ou comissão
oficial, ex officio, por perda do posto e da processante dá ciência ao acusado da
patente ou a sua reforma disciplinar instauração do processo disciplinar e chama-
compulsória. o a se defender.
§ 2º Ocorrendo a hipótese do parágrafo § 1º A citação poderá suprir o libelo
único, do art. 105, deste Código, o acusatório;
Governador do Estado poderá decretar o
§ 2º Sempre que o acusado não for
licenciamento e a exclusão a bem da
localizado ou deixar de atender à citação
disciplina da praça, ou a sua reforma
formal para comparecer serão adotadas as
disciplinar compulsória,
seguintes providências:
independentemente das medidas previstas
nos incisos do art. 120, referente ao oficial I - a citação poderá ser por edital, publicada
acusado. no DOE/PI, em boletim da Corporação e em
meios de comunicação de grande
divulgação.
CAPÍTULO X
II - o processo correrá à revelia do acusado,
DO RITO PROCESSUAL se não atender à publicação, sendo
desnecessária sua citação para os demais
Seção I
atos processuais.
Disposições Gerais
§ 3º Decretada a revelia, ao acusado revel,
Art. 122. Os processos disciplinares militares poderá ser nomeado defensor dativo pela
previstos nos incisos III, IV e V, do art. 57 autoridade processante ou presidente do
deste Código, se desenvolvem nas seguintes conselho ou de comissão processante.

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§ 4º Havendo impossibilidade de nomeação reformado, a citação poderá ser dirigida
de defensor dativo pelas autoridades do diretamente a ele.
parágrafo anterior, poderá por aquelas ser
Art. 129. Apresentada ou não a defesa
solicitada à autoridade instauradora a
prévia, proceder-se-á, sucessivamente: à
referida nomeação, a fim de promover a
tomada de declarações do ofendido ou
defesa do acusado, devendo o defensor ser
denunciante, se houver; aos depoimentos
intimado para acompanhar os atos
das testemunhas e informantes de acusação
processuais.
e os depoimentos das testemunhas e
§ 5º Reaparecendo, o revel poderá informantes de defesa; aos interrogatório
acompanhar o processo no estágio em que dos acusados; e, em caso necessário, às
se encontrar, podendo nomear advogado de diligências complementares.
sua escolha, em substituição ao defensor
Art. 130. As testemunhas que nada disserem
dativo.
para o esclarecimento dos fatos, a juízo da
Art. 126. Na reunião de instalação, o Comissão ou Conselho, não serão
presidente da comissão processante computadas no número máximo previsto
prestará o seguinte compromisso: “Prometo neste Código, sendo desconsiderados seus
apreciar com imparcialidade os fatos que me depoimentos.
forem submetidos de acordo com a lei e a
Art. 131. Quando a testemunha ou ofendido
prova dos autos”. Esse compromisso será
for civil ou militar da reserva remunerada ou
também prestado pelos demais membros,
reformado, serão notificados diretamente
sob a fórmula: “Assim o prometo”.
pela autoridade processante para
comparecerem para prestarem
depoimentos ou para a realização de outro
Seção III
ato probatório.
Da Instrução
Art. 132. O acusado e seu advogado,
Art. 127. A instrução é a fase de elucidação querendo, poderão comparecer a todos os
dos fatos com a produção de provas, atos do processo, sendo, para tanto,
compreendendo a defesa prévia, os devidamente notificados.
depoimentos, as declarações, o
Parágrafo único. Se defensor dativo, ou seja,
interrogatório do acusado, a coleta de
oficial nomeado, por sua atuação ser ato de
provas documentais, realização de exames e
serviço, será obrigado a comparecer aos atos
perícias, inspeções pessoais e outras
processuais desde que previamente
diligências necessárias à busca da verdade.
notificado.
Art. 128. Devidamente citado, terá o
Art. 133. Se regularmente requisitados ou
acusado o prazo para apresentar a defesa
notificados o comparecimento do ofendido
prévia, podendo arrolar 08 (oito)
ou de testemunha, e não houver
testemunhas e requerer a juntada de
comparecimento, a autoridade ou comissão
documentos que entender convenientes à
processante, certificando-se das razões,
sua defesa.
expedirá, se for o caso, nova requisição ou
Parágrafo único. Quando o acusado for notificação, sem prejuízo de outras
militar da reserva remunerada ou providências julgadas pertinentes.

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Parágrafo único. Persistindo o não Art. 138. Concluída a instrução, será
comparecimento, consignar-se-á tal fato no assegurado o direito de vista do processo ao
relatório do processo disciplinar. acusado para 33 apresentação de suas
alegações finais escritas de defesa.
Art. 134. A carta precatória será expedida
através de ofício ou correio eletrônico, § 1º A vista dos autos será franqueada ao
cabendo à autoridade ou comissão acusado no local onde estiver funcionando
processante deprecante formular as os trabalhos da autoridade ou colegiado
perguntas ou diligências a serem feitas, com processante, pelo prazo máximo de 08 (oito)
notificação da defesa, a qual, caso queira, dias.
apresente seus quesitos, em prazo fixado
§ 2º Havendo mais de um acusado, com
pela autoridade ou comissão processante.
diferentes defensores, o prazo das alegações
§ 1º A autoridade deprecada acusará finais será em dobro e em comum para
imediatamente o recebimento da carta todos.
precatória, devolvendo-a, de modo
§ 3º O escrivão certificará, com a declaração
imediato, depois de concluída a diligência.
do dia e hora, a abertura de vistas e o
§ 2º A carta precatória expedida para outra recebimento das alegações da defesa.
co-irmã ou autoridade militar federal,
§ 4º A falta de apresentação das alegações
deverá ser encaminhada através do
finais, no prazo previsto, não obsta a
Comando-Geral da respectiva Corporação.
elaboração do relatório, salvo se ocorrer
§ 3º As provas a serem colhidas mediante revelia, com a necessária nomeação de
carta precatória serão efetuadas por defensor dativo.
intermédio da autoridade militar, na falta
§ 5º A apresentação extemporânea das
desta, da polícia judiciária local, com a
alegações finais poderá ser considerada
notificação da defesa.
válida se ocorrer antes da elaboração do
Art. 135. Na impossibilidade de efetivação relatório.
do reconhecimento pessoal, poderá ser feito
o fotográfico, observadas as cautelas
aplicáveis àquele. Seção V
Art. 136. Às autoridades e comissões Do Relatório
processantes é lícito reinquirir o acusado e
Art. 139. Expirado o prazo das alegações
as testemunhas, ofendido e informantes,
finais, terá a autoridade ou comissão
sobre o objeto da acusação e propor
processante que elaborar o relatório
diligências para o esclarecimento dos fatos.
circunstanciado com o parecer conclusivo,
Art. 137. Em sua defesa, pode o acusado remetendo os autos à autoridade
requerer a produção, perante o processo, de competente.
todas as provas legalmente permitidas.
§ 1º A autoridade ou comissão processante,
conclusivamente, deverá manifestar-se, no
relatório, conforme o caso, sobre:
Seção IV
Das Alegações Finais

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

163
I - a comprovação da existência ou não dos compulsória, demissão, ou licenciamento e
fatos imputados; exclusão a bem da disciplina;
II - os dispositivos legais infringidos; V - a remessa do processo à autoridade
judiciária competente, caso a acusação
III - a culpabilidade do acusado;
julgada administrativamente procedente
IV - a capacidade de permanência ou não do seja também, em tese, crime.
acusado na ativa ou na situação em que se
Parágrafo único. O acusado será intimado
encontra na inatividade;
das decisões do processo disciplinar para fins
V- a improcedência das acusações ou recursais ou no caso do seu arquivamento.
procedência em parte e a proposta para
aplicação da sanção disciplinar cabível.
CAPÍTULO XI
§ 2º A conclusão do relatório, se de Conselho
ou comissão processante, será tomada por DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO
maioria de votos, facultada a justificação,
Art. 141. Em todos os processos disciplinares
por escrito, do voto vencido.
serão sempre assegurados ao acusado a
§ 3º Elaborado o relatório e a ata da sessão ampla defesa e o contraditório, com os
correspondente, serão os autos meios e recursos inerentes, conforme dispõe
encaminhados, após o termo de este Código.
encerramento, à autoridade instauradora.
§ 1º Os processos disciplinares admitem a
defesa por escrito e nos prazos
regulamentares.
Seção VI
§ 2º Incumbirá ao acusado o ônus de provar
Do Julgamento
os fatos por ele alegados em sua defesa,
Art. 140. Recebidos os autos do processo, a entre estes os de existência de fato
autoridade instauradora proferirá decisão impeditivo, modificativo ou extintivo da
fundamentada determinando: pretensão punitiva-disciplinar, bem como o
de apresentar e conduzir à autoridade
I - caso entenda necessário, o
competente as provas documentais e
encaminhamento dos autos à Procuradoria
testemunhais que arrolar como pertinentes
Geral do Estado, para análise e emissão de
ao fato.
parecer;
Art. 142. Para fins de ampla defesa e
II - o arquivamento do processo, caso
contraditório, são direitos do acusado nos
improcedente a acusação, adotando as
processos disciplinares:
razões constantes do relatório ou
concebendo outros fundamentos; I - ter conhecimento e acompanhar todos os
atos de apuração, julgamento, aplicação e
III - a aplicação da sanção disciplinar cabível,
cumprimento da sanção disciplinar, de
adotando as razões constantes do relatório
acordo com os procedimentos adequados
ou concebendo outros fundamentos;
para cada situação;
IV - a adoção das providências necessárias à
II - ser ouvido;
efetivação da reforma disciplinar

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164
III - produzir provas; irregular, ofensivo, injusto ou ilegal, para
que o reexamine, devendo ser redigido de
IV - obter cópias de documentos necessários
forma respeitosa, precisando o objetivo e as
à defesa;
razões que o fundamentam, sem
V - ter oportunidade, no momento comentários ou insinuações desnecessários,
adequado, de contrapor-se às acusações que podendo ser acompanhado de documentos
lhe são imputadas; comprobatórios.

VI - utilizar-se dos recursos cabíveis, segundo § 1º O pedido de reconsideração de ato deve


a legislação; ser encaminhado, diretamente, à autoridade
recorrida e por uma única vez.
VII - adotar outras medidas necessárias ao
esclarecimento dos fatos; § 2º O pedido de reconsideração de ato tem
efeito suspensivo devendo ser apresentado
VIII - ser informado de decisão que
no prazo máximo de 05 (cinco) dias para os
fundamente, de forma objetiva e direta, o
Processos Administrativos Disciplinares
eventual nãoacolhimento de alegações
Simplificado e Ordinário e 10 (dez) dias para
formuladas ou de provas apresentadas.
os Conselhos de Disciplina e de Justificação.
§ 1º É facultado ao acusado apresentar sua
§ 3º A autoridade a quem for dirigido o
defesa pessoalmente ou por defensor.
pedido de reconsideração de ato deverá,
§ 2º Ao acusado são assegurados prazos saneando se possível o ato praticado, dar
processuais e recursais para a apresentação solução ao recurso, no prazo máximo de 10
de sua defesa. (dez) dias, a contar do primeiro dia útil
posterior à data de recebimento do
documento de intimação, dando
CAPÍTULO XII conhecimento ao interessado, mediante
despacho fundamentado que deverá ser
DOS RECURSOS DISCIPLINARES
publicado.
Seção I
§ 4º Não será conhecido o pedido de
Do Pedido de Reconsideração de Ato reconsideração intempestivo,
procrastinador ou que não apresente fatos
Art. 143. O militar estadual, que considere a
ou argumentos novos que modifiquem a
si próprio, a subordinado seu ou a serviço
decisão anteriormente tomada.
sob sua responsabilidade prejudicado,
ofendido ou injustiçado por ato de superior § 5º A decisão do Governador do Estado pela
hierárquico, poderá interpor os seguintes remessa dos autos do Conselho de
recursos disciplinares. Justificação ao Tribunal competente, para os
fins art. 121, incisos I e II, é irrecorrível
I - o pedido de reconsideração de ato; e
administrativamente.
II - o recurso hierárquico.
Art. 144. O pedido de reconsideração de ato
Seção II
é recurso interposto, mediante
requerimento, à autoridade que praticou, ou Do Recurso Hierárquico
aprovou, o ato disciplinar que se reputa

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165
Art. 145. O recurso hierárquico, interposto anteriormente tomada, devendo ser
por uma única vez, terá efeito suspensivo e cientificado o interessado.
será redigido sob a forma de parte ou ofício
Art. 147. Solucionado o recurso hierárquico,
e endereçado diretamente à autoridade
encerra-se para o recorrente a possibilidade
imediatamente superior àquela que não
de recorrer do ato disciplinar sofrido,
reconsiderou o ato tido por irregular,
ocorrendo coisa julgada administrativa.
ofensivo, injusto ou ilegal.
§ 1º O recurso hierárquico deve ser
precedido de pedido de reconsideração do CAPÍTULO XIII
ato e somente poderá ocorrer depois de
DO PRAZO DECADENCIAL E DA COISA
conhecido o resultado deste pelo
JULGADA ADMINISTRATIVA
requerente.
Art. 148. Os prazos para a interposição dos
§ 2º O recurso hierárquico será interposto no
recursos de que trata este Código são
prazo máximo de 05 (cinco) dias para os
decadenciais e começarão a contar a partir
Processos Administrativos Disciplinares
do primeiro dia útil posterior ao da
Simplificado e Ordinário e 10(dez) dias para
intimação da decisão e, caso esta não seja
os Conselhos de Disciplina e de Justificação,
possível, contará da data da publicação em
a contar do primeiro dia útil posterior à data
boletim da Corporação ou no DOE/PI.
de recebimento do documento de
intimação, dando conhecimento ao § 1º Da decisão do Governador do Estado,
interessado, mediante despacho sendo ele a própria autoridade instauradora,
fundamentado que deverá ser publicado. só caberá em instância única, o recurso de
pedido de reconsideração de ato.
§ 3º A autoridade que receber o recurso
hierárquico deverá comunicar tal fato, por § 2º Da decisão do Comandante-Geral,
escrito, àquela contra a qual está sendo proferida em primeira instância, caberá em
interposto. segunda instância administrativa, recurso
hierárquico ao Governador do Estado, desde
§ 4º O recurso hierárquico, em termos
que contenha fatos novos, devendo ser
respeitosos, precisará o objeto que o
admitido, apenas, após interposto àquela
fundamenta de modo a esclarecer o ato ou
autoridade o recurso de pedido de
fato, podendo ser acompanhado de
reconsideração de ato.
documentos comprobatórios.
§ 3º Caberá recurso hierárquico, em segunda
§ 5º O recurso hierárquico não poderá tratar
instância administrativa, das decisões das
de assunto estranho ao ato ou fato que o
autoridades dos incisos III a VII, do art. 13,
tenha motivado, nem versar sobre matéria
desde que interposto às suas respectivas
impertinente ou fútil. § 6º Não existirá
autoridades imediatamente superioras, e de
interposição de recurso hierárquico em face
uma única vez, ocorrendo coisa julgada
de ato do Governador do Estado.
administrativa ao final a decisão por
Art. 146. Não será conhecido o recurso esgotamento da instância recursal.
hierárquico intempestivo, procrastinador ou
Art. 149. A coisa julgada administrativa da
que não apresente fatos ou argumentos
decisão disciplinar ocorrerá por decadência
novos que modifiquem a decisão

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166
quando não houver a interposição dos Art. 153. Atenuação é a redução da sanção
recursos disciplinares nos prazos previstos proposta ou aplicada, para outra menos
neste Código ou em decorrência do rigorosa ou, ainda, a redução do número de
esgotamento da esfera recursal, se em dias da sanção de suspensão, nos limites do
instância única ou em segunda instância art. 16, se assim o exigir o interesse da
administrativa. disciplina e a ação educativa sobre o militar
estadual.
Art. 154. Agravamento é a aplicação de uma
CAPÍTULO XIV
sanção mais rigorosa ou a ampliação do
DA REVISÃO DOS ATOS DISCIPLINARES número de dias propostos para sanção de
suspensão, nos limites do art. 16, se assim o
Art. 150. As autoridades competentes para
exigir o interesse da disciplina e a ação
aplicar sanção disciplinar, quando tiverem
educativa sobre o militar do Estado.
conhecimento, por via recursal ou de ofício,
da possível existência de irregularidade ou Art. 155. Anulação é a declaração de
ilegalidade na aplicação da sanção imposta invalidade da sanção disciplinar aplicada
por elas ou pelas autoridades subordinadas, pela própria autoridade ou por autoridade
podem, de forma motivada e com subordinada, quando verificar a ocorrência
publicação, praticar um dos seguintes atos: de ilegalidade, devendo retroagir à data do
ato.
I - retificação;
Parágrafo único. A anulação de sanção
II - relevação;
administrativo-disciplinar somente poderá
III - atenuação; ser feita no prazo de 02 (dois) anos, a contar
da data da publicação do ato que se
IV - agravamento;
pretende invalidar, salvo no caso de
V - anulação. aplicação de mais de uma sanção disciplinar
pela mesma transgressão.
Art. 151. Retificação é a correção de
irregularidade formal sanável, contida na
sanção disciplinar aplicada pela própria
CAPÍTULO XV
autoridade ou por autoridade subordinada.
DA REABILITAÇÃO DISCIPLINAR
Art. 152. Relevação é a suspensão do
cumprimento da sanção imposta e poderá Art. 156. A reabilitação consiste na
ser concedida nos seguintes casos: demonstração efetiva e constante de bom
comportamento na vida pública e privada e
I- quando ficar comprovado que foram
na vida profissional, manifestada,
atingidos os objetivos visados com a
sobretudo, pelo respeito aos valores éticos
aplicação da mesma, independente do
estatuídos, tendo como consequência o
tempo de punição a cumprir;
cancelamento de sanções disciplinares
II- por motivo de passagem de comando, aplicadas, com a retirada dos respectivos
data de aniversário da Corporação, ou data registros nos assentamentos individuais do
nacional, quando já estiver sido cumprida, militar da ativa. Parágrafo único. Somente se
pelo menos, metade da sanção.

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167
aplica a reabilitação às sanções previstas nos Art. 160. As recompensas militares
incisos II e III, do art. 19, deste Código. constituem reconhecimento dos bons
serviços prestados pelo militar e
Art. 157. A reabilitação ocorrerá:
consubstanciam-se em prêmios concedidos
I - pelo decurso de tempo de efetivo serviço por atos meritórios e serviços relevantes
sem a ocorrência de qualquer outra sanção, devidamente comprovados e
mediante requerimento do interessado que fundamentados.
preencher os seguintes requisitos:
Parágrafo único. As autoridades que
a) 02 (dois) anos se a punição a cancelar for possuem competência para conceder as
repreensão; recompensas são as especificadas no art. 13,
deste Código.
b) 04 (quatro) anos se a punição a cancelar
for suspensão; Art. 161. São recompensas militares:

II - por motivo de relevantes serviços I - elogios;


prestados à instituição e à comunidade,
II - referências elogiosas;
reconhecidos publicamente ou pela
Corporação, mediante iniciativa das III - dispensas dos serviços.
autoridades referidas no art. 13.
Art. 162. Os elogios são atos administrativos
Art. 158. A reabilitação não terá efeito que colocam em relevo as qualidades morais
retroativo, exceto para a mudança de e profissionais do militar, podendo ser
comportamento militar, e não motivará o formulados independentemente da
direito de revisão de outros atos classificação de seu comportamento.
administrativos decorrentes das sanções
§ 1º Os elogios serão classificados em:
canceladas, bem como para quaisquer fins
retroativos de promoção. I - Elogio individual: aquele conferido por
autoridade competente ao militar estadual
Parágrafo único. Na margem das anotações
com o fim de colocar em relevo as suas
relacionadas com as sanções canceladas, na
qualidades morais e profissionais, que o
ficha disciplinar, deve ser anotado o número
destaquem do resto da coletividade no
e a data do boletim que publicou o ato de
desempenho de ato de serviço ou ação
reconhecimento da reabilitação, sendo esta
meritória, devendo os aspectos principais
anotação rubricada pela autoridade
abordados serem referentes ao caráter, à
competente para assinar as folhas de
coragem e desprendimento, à inteligência, à
alterações.
conduta civil e militar, às culturas
Art. 159. Compete ao Comandante-Geral a profissional e geral, à capacidade como
decisão sobre a reabilitação disciplinar do instrutor, à capacidade como comandante e
militar estadual. como administrador e à capacidade física;
II - Elogio individual filantrópico: o concedido
aos militares estaduais que praticaram atos
CAPÍTULO XVI
voluntários de doação de sangue, doação de
DAS RECOMPENSAS medula, doação de órgãos e outras ações
que destaquem o filantropismo praticado

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168
pelo militar estadual, conforme regulação e) ao término de atividades coletivas, no
em lei específica; âmbito administrativo, operacional e de
instrução.
III - Elogio coletivo: aquele concedido pela
autoridade militar competente com o fito de § 2º As referências elogiosas listadas nas
reconhecer e ressaltar um grupo de militares alíneas “a”, “b” e “c”, do parágrafo anterior,
estaduais ou fração de tropa ao cumprir terão caráter individual e as listadas nas
destacadamente uma determinada missão, alíneas “d” e “e” poderão ter caráter
cuja identificação dos militares deverá estar individual ou coletivo, a critério da
arrolada nominalmente. autoridade que as conceder.
§ 2º Na concessão dos elogios deverão ser Art. 164. A descrição do fato ou fatos que
especificadas a sua classificação como motivarem os elogios ou as referências
individual, coletivo ou individual elogiosas deve precisar a atuação do militar
filantrópico, devendo ser escritos e em linguagem sucinta, sóbria, sem
publicados em boletim da Corporação generalizações e adjetivações desprovidas
Militar, para fins de ser constado nas de real significado, como convém ao estilo
alterações do militar elogiado. castrense.
§ 3º A autorização para publicação em Art. 165. Os elogios ou proposições de
boletim dos elogios não ilide a necessidade elogios advindos de personalidades não
de sua submissão à Comissão de Promoção previstas no rol do art. 13 serão
de Oficiais ou Comissão de Promoção de encaminhados para o comandante imediato
Praças da Corporação. do militar, que deliberará sobre a concessão
ou não do elogio, se estiver em
Art. 163. As referências elogiosas são atos
conformidade com este Código e demais
administrativos que visam reconhecer e
normas vigentes.
ressaltar um grupo de militares, fração de
tropa ou ao militar estadual que cumprir Art. 166. Os elogios e as referências
destacadamente uma determinada missão. elogiosas serão registrados nos
assentamentos dos militares agraciados.
§ 1º As referências elogiosas poderão ser
individuais ou coletivas e serão concedidas Art. 167. O elogio individual filantrópico não
nas seguintes situações: necessita passar por processo de
homologação e será atribuído ponto para
a) ao término de atividades individuais que
promoção, conforme legislação específica.
mereçam destaque;
Art. 168. Todos os demais elogios
b) na despedida de militar da Organização
concedidos pelas autoridades previstas no
Militar;
art. 13 deste Código, somente serão
c) na passagem para a inatividade, quando atribuídos pontos para promoção após
poderá conter um resumo da carreira do homologação pela Comissão de Promoção
profissional; de Oficiais ou Comissão de Promoção de
Praças, conforme seja oficial ou praça o
d) nas passagens de Comando, Chefia ou
militar a ser elogiado.
Direção, em qualquer nível; e

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169
Art. 169. Às referências elogiosas não serão Junta Médica ou perícia oficial, da qual
atribuídos pontos para fins de promoção. participe pelo menos um médico psiquiatra.
Art. 170. As dispensas do serviços, como § 1º Para esse fim, considera-se dúvida
recompensa, podem ser: razoável aquela retratada nos autos por
elementos que levem à fundada dúvida, não
I- dispensa total do serviço, que isenta de
bastando para tanto a palavra do acusado.
todos os trabalhos da Organização Militar,
inclusive os de instruções; § 2º O incidente de sanidade mental será
processado em autos apartados e apenso ao
II- dispensa parcial do serviço isenta de
processo principal, após a expedição do
alguns trabalhos, que devem ser
laudo pericial.
especificados na concessão.
§ 3º O militar acusado ou seu defensor
§ 1º A dispensa total do serviço é concedida
poderão requerer a instauração de incidente
pelo prazo máximo de 08 (oito) dias e não
de sanidade mental.
deve ultrapassar o total de 16 (dezesseis)
dias no decorrer de um ano civil. § 4º Ao militar acusado é facultado
submeter-se a exame de insanidade mental.
§ 2º A dispensa total do serviço, para ser
gozada fora da sede, fica subordinada às § 5º O incidente de insanidade mental
mesmas regras de concessão de férias. suspenderá o curso do processo disciplinar.
§ 3º As dispensas de que tratam este artigo
não invalidam o direito de férias.
Seção II
Art. 171. São competentes para anular,
Do Sobrestamento
restringir ou ampliar as recompensas
concedidas, por si ou por seus subordinados, Art. 173. Sobrestamento é uma suspensão
as autoridades especificadas no art. 13, dos atos procedimentais ou processuais,
deste Código, devendo essa decisão ser devido a fatos supervenientes, que
justificada com publicação em boletim. impedem o seu prosseguimento, indicando
que ele não terá andamento algum, devendo
ser devidamente motivado para ser
CAPÍTULO XVII aplicado.
DOS INCIDENTES PROCESSUAIS Parágrafo único. Podem ser, dentre outras,
as seguintes hipóteses para sobrestamento:
Seção I
a) motivo de força maior;
Do Incidente de Insanidade Mental
b) ordem judicial que determine suspensão
Art. 172. Quando houver dúvida razoável
do procedimento ou processo
sobre a sanidade mental do acusado, a
administrativo disciplinar;
autoridade processante ou o presidente da
comissão processante, proporá à autoridade c) quando da necessidade de nomeação de
instauradora que o militar acusado seja defensor dativo, se o referido ato se der pela
submetido a exame de sanidade mental por autoridade instauradora;

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170
d) realização de exame de insanidade à Corporação Militar, pelo autor que a eles
mental, observado o disposto no §5º do deu causa.
artigo anterior.
§ 1º O ajustamento de conduta efetivar-se-á
Art. 174. É permitido o sobrestamento de por iniciativa da autoridade disciplinar
procedimento ou processo administrativo competente, mediante assinatura do Termo
disciplinar, por um período de até 30 (trinta) de Ajuste de Conduta pelo causador do dano
dias, mediante requerimento fundamentado e pela autoridade designada para o
do sindicante, encarregado do inquérito procedimento de Sindicância ou Inquérito
técnico, autoridade ou presidente da Técnico.
comissão processante, dirigido às
§ 2º O Termo de Ajuste de Conduta firmado
autoridades instauradoras dentre as
pelo militar estadual dispensa a instauração
previstas no art. 13 deste Código.
de processo administrativo disciplinar e
§ 1º O prazo de que trata o caput deste exclui eventual aplicação de sanção
artigo poderá ser prorrogado por igual disciplinar, caso sejam cumpridas as
período, desde que o pedido de prorrogação obrigações constantes do termo.
seja motivado e tempestivo.
§ 3º A assinatura do Termo de Ajuste de
§ 2º Não haverá outro sobrestamento, além Conduta implica no reconhecimento do
do previsto no parágrafo anterior, salvo dano cometido pelo causador (civil ou
dificuldade insuperável, a juízo da militar) e no seu comprometimento em
autoridade instauradora. repará-lo.
§ 3º Durante o sobrestamento é vedada a § 4º O Termo de Ajuste de Conduta conterá,
prática de qualquer ato procedimental ou no mínimo, as seguintes informações:
processual, salvo, a juízo da autoridade
I - a informação do procedimento ou
instauradora, atos inadiáveis e
processo que o originar;
indispensáveis ao bom andamento do
processo, mediante decisão fundamentada. II - a qualificação do causador do dano ou
acidente;
§ 4º A publicação do ato de sobrestamento
suspenderá o transcurso do prazo III - os fundamentos de fato e de direito para
prescricional, que voltará a correr após a celebração do ajustamento de conduta e
cessarem seus motivos. descrição das obrigações assumidas para
reparar o dano; IV - o prazo e o modo do
cumprimento da obrigação assumida.
CAPÍTULO XVIII
§ 5º É vedada a realização de ajustamento de
DO AJUSTAMENTO DE CONDUTA conduta quando houver indícios de prejuízos
efetivos ao erário ou ao serviço público, de
Art. 175. O ajustamento de conduta é a
improbidade administrativa, de crime ou de
composição administrativa fundada nos
má-fé do autor.
princípios constitucionais da eficiência,
economicidade, proporcionalidade e § 6º O Termo de Ajuste de Conduta será
razoabilidade para reparação voluntária de registrado nos assentamentos do militar
danos materiais ao patrimônio pertencente estadual causador do dano ou acidente.

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171
§ 7º Caso não haja aceitação do Termo de Art. 177. A falta de defesa técnica por
Ajuste de Conduta por parte do causador do advogado não impede o prosseguimento do
dano, para o reparo ou ressarcimento ao processo administrativo disciplinar, cabendo
patrimônio militar danificado, será a partir à autoridade processante ou presidente do
da Sindicância ou Inquérito Técnico, conselho ou comissão processante nomear
instaurado um Processo Administrativo ou solicitar da autoridade instauradora a
Disciplinar, para apuração da nomeação de um defensor dativo, o qual é
responsabilidade disciplinar, em sendo o obrigado, por ser ato de serviço, a
militar o causador. comparecer e realizar os atos de defesa.
§ 8º Não sendo constatado ser militar Parágrafo único. Caberá a nomeação do
estadual o causador do dano ao patrimônio defensor dativo:
da Corporação Militar, caberá ao
I - em caso de recusa do acusado de
Comandante Geral adotar as providências
recebimento do mandado de citação;
cabíveis quanto ao envio à autoridade
policial competente ante ao dano material II - em caso de revelia do acusado, tendo,
verificado e encaminhar à Procuradoria embora notificado, deixado de apresentar
Geral do Estado para os fins cíveis alegações finais;
pertinentes, no tocante à reparação ou
III - quando houver solicitação por parte do
responsabilização.
acusado;
IV - para os demais atos processuais, caso
CAPÍTULO XIX necessário.
DOS DEFENSORES Art. 178. A autoridade instauradora em
processo administrativo disciplinar, no
Seção I
mesmo ato que nomear a comissão ou
Da Defesa Técnica autoridade processante, excepcionalmente,
poderá nomear também um defensor
Art. 176. A defesa técnica será realizada pelo
dativo.
advogado, que é o profissional legalmente
constituído pelo militar estadual investigado Art. 179. O defensor dativo será um oficial,
ou acusado em processo ou procedimento que deverá sempre ser superior hierárquico
administrativo que vier a ser instaurado pela ou mais antigo do que o acusado, e
Corporação Militar. preferencialmente, ser bacharel em Direito.
Parágrafo único. A intimação ou notificação Art. 180. Caso o acusado apresente
deverá ser encaminhada ao advogado e ao advogado legalmente constituído em
acusado no processo administrativo qualquer fase do processo administrativo,
disciplinar, devendo o prazo ser contado a no qual seja já assistido de defensor dativo,
partir da última intimação ou notificação. este poderá, a qualquer tempo, ser
desincumbido deste mister.

Seção II
CAPÍTULO XX
Do Defensor Dativo

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172
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 186. Admitir-se-á a utilização de meio
eletrônico na formalização de atos e
Art. 181. Aplicam-se ao Processo
procedimentos previstos neste Código,
Administrativo Disciplinar Ordinário, no que
desde que assegurados a comprovação da
couber, as disposições constantes nos arts.
autoria e o atendimento dos requisitos de
86, 89 a 103, incisos I e II, arts. 123 a 149, 176
autenticidade, integridade e validade
a 180, deste Código. Art. 182. Para fins de
jurídica das informações e documentos.
cancelamento de punições as sanções
disciplinares de detenção e prisão, aplicadas Art. 187. Aplicam-se, supletivamente, aos
anteriormente a este Código, processos e procedimentos administrativos
corresponderão à suspensão. previstos neste Código, pela ordem, as
normas do Código do Processo Penal Militar,
Art. 183. O militar estadual, enquanto
do Código de Processo Penal e do Código de
estiver respondendo a processo
Processo Civil.
administrativo disciplinar, só poderá ser
licenciado ou demitido, a pedido, ou Art. 188. Os Comandantes-Gerais poderão
transferido para a reserva remunerada baixar instruções complementares
voluntariamente, após a conclusão do conjuntas, necessárias à interpretação,
respectivo processo e o cumprimento da orientação e fiel aplicação do disposto neste
sanção disciplinar, caso aplicada. Código.
Art. 184. A ação disciplinar prescreverá em Art. 189. Ficam revogadas todas as
06 (seis) anos, contados da data do disposições em contrário, em especial, as
conhecimento do fato pela administração Leis nº 3.728 e 3.729, de 27 de maio de 1980
militar estadual. e o Decreto nº 3.548, de 31 de janeiro de
1980.
§ 1º A interposição de recurso disciplinar
suspende a prescrição da punibilidade até a Art. 190. Este Código entrará em vigor 90
solução final do recurso. (noventa) dias após a data de sua
publicação.
§ 2º O prazo de prescrição também será
suspenso nos casos de:
I - licença para tratar da saúde própria ou de PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina (PI), 17 de
pessoa de família que impeça o militar janeiro de 2022.
estadual de responder ao processo
José Wellington Barroso de Araújo Dias
administrativo disciplinar;
Governador do Estado do Piauí
II - decisão judicial que determine a
paralisação dos trabalhos do processo Osmar Ribeiro de Almeida Júnior
administrativo disciplinar.
Secretário de Governo
Art. 185. Extinta a punibilidade pela
prescrição, a autoridade instauradora
determinará que seja registrado o fato nos
assentamentos funcionais do militar
estadual e realizado o arquivamento do
processo disciplinar.

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➢ Lei nº 7.772, de 04/04/2022 I - Gabinete do Comandante-Geral (GAB.
(Lei de Organização Básica). CBMT);
II - Gabinete do Subcomandante-Geral
(GAB. SUBCMT);
III - Núcleo de Estudos Estratégicos (NEE);
IV- Núcleo de Defesa Civil (NDC);
V- Ajudância Geral (AJG);
VI - Núcleo de Controle Interno (NCI);
VII - Estado-Maior-Geral (EMG);
VIII - Comissões;
IX - Assessorias. ” (NR)

“Art. 10. São Órgãos de Apoio:


LEI Nº 7.772, DE 04 DE ABRIL DE 2022 I - Centro de Manutenção (CEMAN), órgão
de apoio da diretoria administrativa e
Dispõe sobre alterações na Lei nº 5.949 financeira;
de 17 de dezembro de 2009, altera II - Centro de Suprimento de Material
dispositivos da Lei nº 5.458, de 30 de (CSM), órgão de apoio da diretoria
junho de 2005, Lei nº 5.459, de 30 de administrativa e financeira;
junho de 2005, Lei nº 5.461, de 30 de III - Centro de Treinamento Operacional
junho de 2005, Lei nº 5.462, de 30 de (CTO), órgão de apoio da diretoria de
junho de 2005, e dá outras ensino, instrução e pesquisa;
providências. IV - Centro de Operações e Comunicações
(COC), órgão de apoio do comando
A GOVERNADORA DO ESTADO DO PIAUÍ, operacional de bombeiros;
Faço saber que o Poder Legislativo V - Centro de Atividades Físicas e
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Desportos (CAFD), órgão de apoio da
diretoria ensino, instrução e pesquisa;
Art. 1º A Lei nº 5.949, de 17 de dezembro VI - Centro de Ensino e Instrução de
de 2009, passam a vigorar com a seguinte Bombeiros (CEIB), órgão de apoio da
redação: diretoria ensino, instrução e pesquisa;
VII - Núcleo de Saúde (NS), órgão de apoio
“Art. 7º São órgãos de Direção Geral: da diretoria de gestão de pessoas. ” (NR)
I - Comando Geral, constituído de: “Art. 11. São Órgãos de Execução do Corpo
a) Comandante-Geral; de Bombeiros Militar.
b) Subcomandante-Geral. I - Unidades:
II - Alto Comando. ” (NR) a) Comando Operacional de Bombeiros
(COB);
“Art. 8º São Órgãos de Direção Setorial: b) Comando Regional de Bombeiros
I - Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP); Militar do Meio-Norte (CRBM-I);
II - Diretoria de Segurança Contra Incêndio c) Comando Regional de Bombeiros
(DSCI); Militar do Litoral (CRBM-II);
III - Diretoria de Ensino, Instrução e d) Comando Regional de Bombeiros
Pesquisa (DEIP); Militar do Semiárido (CRBM-III);
IV- Diretoria Administrativa e Financeira e) Comando Regional de Bombeiros
(DAF). ” (NR) Militar do Cerrados (CRBM-IV);
f) Grupamento de Bombeiros Militar
Seção III (GBM);
DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO
“Art. 9º São Órgãos de Assessoramento:
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g) Grupamento de Bombeiros Militar processo decisório nos assuntos de
Marítimo (GBMar). relevância para o desenvolvimento e
II - Subunidades: cumprimento das atribuições da
a) Subgrupamento de Bombeiros Militar corporação e elaborar políticas
(SGBM); institucionais, sendo composto de:
b) Subgrupamento de Bombeiros Militar I - Comandante-Geral, na qualidade de
Marítimo (SGBMar). ” (NR) presidente;
“Art. 13. O cargo de Comandante-Geral do II - Subcomandante-Geral, na qualidade de
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do vice-presidente;
Piauí é privativo de oficial do último posto III - Diretor de Gestão de Pessoas;
da Corporação, integrante do Quadro de IV - Diretor de Ensino, Instrução e
Oficiais Bombeiros Militar Combatentes a Pesquisa;
ser nomeado pelo Governador do Estado. V - Diretor Administrativo e Financeiro;
....................................................................................... VI - Comandante Operacional de
......................................” (NR) Bombeiros;
VII - Secretaria.
“Art. 14. O Subcomandante-Geral do Corpo § 1º O Chefe de Gabinete do Comandante-
de Bombeiro Militar do Estado do Piauí, Geral será o Secretário do Alto Comando.
acumula a função de Chefe do Estado- § 2º O Comandante-Geral convocará o Alto
Maior-Geral, sendo o substituto imediato Comando para decidir em forma de
do Comandante-Geral, cumprindo-lhe colegiado, sobre:
substituí-lo em suas faltas ou I - emprego de pessoal;
impedimentos e desempenhar outras II - ensino e instrução;
atribuições previstas em leis ou III - controle interno;
regulamentos, ou mediante expressa IV - disciplina;
delegação do Comandante-Geral. V- legislação;
....................................................................................... VI - projetos e convênios;
.......................................” (NR) VII - processos de promoções em grau de
recurso;
“Art. 15. O cargo de Subcomandante-Geral VIII - outros assuntos de interesse da
do Corpo de Bombeiros Militar do Estado Corporação.” (NR)
do Piauí é privativo de oficial do último
posto da Corporação, integrante do CAPITULO IV
Quadro de Oficiais Bombeiros Militar DOS ORGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL
Combatentes, a ser nomeado pelo “Art. 17. As Diretorias, órgãos de direções
Governador do Estado, sendo seu setoriais, organizadas sob forma de
substituto em suas faltas ou sistema, competem realizar o
impedimentos, o coronel mais antigo do planejamento, a orientação, o controle, a
mesmo quadro. coordenação, a fiscalização e a execução
....................................................................................... das atividades, dos programas e dos
.......................................” (NR) planos relativos às estratégias setoriais
específicas.” (NR)
Seção III
DO ALTO COMANDO Seção I
“Art. 16. O Alto Comando da Corporação é DA DIRETORIA DE GESTÃO DE PESSOAS
o órgão colegiado e deliberativo composto “Art. 18. A Diretoria de Gestão de Pessoas,
pelos Coronéis da ativa da corporação, a órgão de direção setorial do sistema de
ser convocado pelo Comandante- Geral ou pessoal, incumbe-se do planejamento, da
seu substituto para colaborar com o coordenação, da execução, do controle, e

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da fiscalização das atividades relacionadas controle e da fiscalização de todas as
à pessoal, terá a seguinte organização atividades de formação, aperfeiçoamento
básica: e especialização, nos diferentes níveis do
I - Diretor; ensino, do adestramento e da instrução,
II - Seção de Folha e Cadastro (DGP – 1); terá a seguinte organização básica:
III - Seção de Promoções e Movimentações I - Diretor;
(DGP – 2); II - Seção Técnica de Ensino (DEIP-1);
IV - Seção de Identificação e Ingresso (DGP III - Seção de Curso e Estágios (DEIP-2);
– 3); IV - Seção de Pesquisa e Doutrina (DEIP-
V - Seção de Inativos e Pensionistas (DGP- 3);
4); V - Banda de Música. ” (NR)
VI - Seção de Atos (DGP-5);
VII - Seção de Justiça e Disciplina (DGP-6); Seção IV
VIII - Núcleo de Voluntários da Reserva DA DIRETORIA DE SEGURANÇA
Remunerada.” (NR) CONTRA INCÊNDIO
“Art. 21. A Diretoria de Segurança Contra
Seção II Incêndio, unidade administrativa
DA DIRETORIA ADMINISTRATIVA E responsável pelo planejamento, análise,
FINANCEIRA controle e fiscalização das atividades
“Art. 19. A Diretoria Administrativa e atinentes à segurança contra incêndio e
Financeira, o órgão de direção setorial pânico no âmbito do Estado do Piauí, terá
responsável pelo funcionamento do a seguinte organização básica:
sistema de administração financeira, I - Diretor;
programação, orçamento, contabilidade, II - Seção de Análise de Projetos (DSCI – 1);
incumbindo ainda o estudo, o III - Seção de Vistorias e Pareceres (DSCI –
planejamento, a orientação normativa, a 2);
coordenação, supervisão, o controle e a IV - Seção de Fiscalização (DSCI – 3);
execução das atividades relativas à gestão V - Seção de Apoio Técnico (DSCI – 4);
do material e patrimônio da corporação VI - Seção de Estatística e Arquivo (DSCI –
terá a seguinte organização básica: 5).
I - Diretor; .......................................................................................
II - Seção Administrativa Financeira (DAF- ..................................... ” (NR)
1); “Art. 26. O Núcleo de Defesa Civil é órgão
III - Seção de Orçamento, Compras e de assessoramento do Comando
Contabilidade (DAF-2); Operacional de Bombeiros responsável
IV - Seção de Cadastro, Controle e pelo planejamento e execução de
Alienação do Patrimônio (DAF-3); atividades de defesa civil na área de
V - Seção de Administração de Frota (DAF- competência do Corpo de Bombeiros.
4); Parágrafo único. O Núcleo de Defesa Civil
VI - Seção de Controle de Armas e terá a seguinte organização básica:
Munições (DAF-5).” (NR) I - Chefe;
II - Seção de Defesa Civil da Capital;
Seção III III - Seção de Defesa Civil do Interior.” (NR)
DA DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO “Art. 27. A Ajudância Geral, subordinada
E PESQUISA diretamente ao Comandante Geral,
“Art. 20. A Diretoria de Ensino, Instrução e compete a publicação dos atos
Pesquisa, o órgão de direção setorial do administrativos, recepção de
sistema de ensino e instrução, incumbe-se correspondências, assim como auxiliar nas
do planejamento, da coordenação, do funções de administração, conservação e

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segurança das instalações do Quartel do VII - Núcleo de Investigação e Prevenção
Comando Geral (QCG), considerado como de Incêndios;
Organização de Bombeiros Militar. VIII - Comandos Regionais de Bombeiros
§ 1º Terá a seguinte organização básica: Militar.
I - Ajudante-Geral; § 2º Os cargos de Comandante e
II - Secretaria Administrativa; Subcomandante Operacional de
III - Seção de Comando, Serviços e Bombeiros serão exercidos
Segurança (SCS); respectivamente por Coronel e Tenente
IV - Seção de Arquivo. Coronel do Quadro de Oficiais Bombeiros
§ 2º A Seção de Comando, Serviços e Militar Combatentes.” (NR)
Segurança, será composta pelo seu efetivo
previsto no Quadro de Organização e Subseção I
Distribuição Geral, acrescentado do DO NÚCLEO DE INVESTIGAÇÃO E
efetivo de praças distribuído nos órgãos PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
do Quartel do Comando Geral. “Art. 35. O Núcleo de Investigação e
....................................................................................... Prevenção de Incêndios destina-se a
..................................... ” (NR) realizar as análises laboratoriais
relacionadas a investigação de incêndios e
CAPÍTULO V de explosões, emitir conclusões técnicas
DA CONSTITUIÇÃO E DAS ATRIBUIÇÕES sobre atividades preventivas e será
DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO estruturado da seguinte forma:
“Art. 33. Os órgãos de execução do Corpo I - Chefe;
de Bombeiros Militar do Estado do Piauí, II - Subchefe;
constituídos de unidades e subunidades III - Seção de Perícias;
operacionais, realizam a atividade-fim da IV - Seção de Pesquisas;
instituição, cumprindo as missões que lhes V - Laboratório. ” (NR)
são inerentes, sendo apoiados em suas
necessidades de pessoal e material pelos Subseção II
demais órgãos.” (NR) DOS COMANDOS REGIONAIS DE
BOMBEIROS MILITAR
“Art. 34. O Comando Operacional de “Art. 36. Os Comandos Regionais de
Bombeiros é órgão de execução do mais Bombeiros Militar são órgãos de execução
alto escalão do sistema operacional subordinados diretamente ao
subordinado ao órgão de direção geral, Comandante Operacional de Bombeiros,
tendo a seu cargo o planejamento devem efetuar o
estratégico e a fiscalização do emprego dos planejamento operacional, a supervisão, a
Comandos Regionais de Bombeiros. coordenação, prevenção, o controle, a
§ 1º Terá seguinte organização básica: fiscalização e a execução das atividades de
I - Comandante Operacional de bombeiro no âmbito de suas respectivas
Bombeiros; responsabilidades e circunscrições.
II - Subcomandante Operacional de § 1º Terão a seguinte organização básica:
Bombeiros; I - Comandante;
III - Seção Administrativa; II - Subcomandante;
IV - Seção de Operações e Comunicações; III - Seção Administrativa;
V - Seção de Controle e Fiscalização de IV - Seção de Planejamento e Avaliação
Hidrantes; Operacional;
VI - Seção de Planejamento, Estatística e V - Seção de Comunicações e Logística;
Avaliação Operacional; VI - Seção de Estatística;
VII - Grupamentos de Bombeiros Militar;

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VIII - Grupamento de Bombeiros Militar lacustre inscritas nos limites geográficos
Marítimo. dos municípios de Ilha Grande de Santa
§ 2º Os cargos de Comandantes das Isabel, Parnaíba, Luís Correia e Cajueiro da
Regionais de Bombeiros Militar serão Praia, assim como de toda a costa marítima
exercidos respectivamente por Oficiais do piauiense.
penúltimo posto da Corporação do Quadro § 1º Terá a seguinte organização básica:
de Oficiais Bombeiros Militar I - Comandante;
Combatentes.” (NR) II - Subcomandante;
III - Seção Administrativa;
Subseção III IV - Seção de Planejamento Operacional e
DOS GRUPAMENTOS DE BOMBEIROS Estatística;
MILITAR V - Seção de Logística e Comunicações;
“Art. 37. Os Grupamentos de Bombeiros VI - Seção de Capacitação Técnico-
Militar têm a seu cargo, dentro de uma Profissional;
determinada área operacional, as missões VII - Subgrupamentos de Bombeiros
de prevenção e extinção de incêndios, Militar Marítimo – SGBMar.
busca, Parágrafo único. O cargo de Comandante
salvamento, atendimento pré-hospitalar e do Grupamento de Bombeiros Militar
auxílio nas atividades de defesa civil. Marítimo será exercido por Major do
§ 1º Terá a seguinte organização básica: Quadro de Oficiais Bombeiros Militar
I - Comandante; Combatentes.” (NR)
II - Subcomandante;
III - Administrativa; Subseção VI
IV - Seção de Planejamento Operacional; DOS SUBGRUPAMENTOS DE
V - Seção de Logística; BOMBEIROS MILITAR
VI - Seção de Estatística; “Art. 39. Os Subgrupamentos de
VII - Seção de Serviços Técnicos; Bombeiros Militar, são subunidades
VIII - Subgrupamentos de Bombeiros operacionais subordinadas a seus
Militar. respectivos grupamentos, tem a seus
§ 2º Os cargos de Comandantes dos cargos, dentro de uma determinada área
Grupamentos serão exercidos por Oficiais operacional, as missões específicas de
Superiores do Quadro de Oficiais prevenção e extinção de incêndios, de
Bombeiros Militar Combatentes, e resgate, atendimento pré-hospitalar e
excepcionalmente busca e salvamentos, e as demais que lhe
por Oficiais Superiores de outros sejam conexas.
quadros.” (NR) § 1º Terão a seguinte organização básica:
I - Comandante;
Subseção V II - Subcomandante;
DO GRUPAMENTO DE BOMBEIROS III - Seção de Operações;
MILITAR MARÍTIMO IV - Seção de Comunicações e Logística;
“Art. 38. O Grupamento de Bombeiros V - Seção de Operações e Comunicações;
Militar Marítimo tem a seu cargo a VI - Seção de Vistoria e Fiscalização;
realização de operações aquáticas com a VII - Sargenteação.
finalidade de executar serviços de § 2º Os cargos de Comandantes dos
prevenção em eventos náuticos, a busca, Subgrupamentos de Bombeiros Militar
salvamentos de pessoas e bens, combate a serão exercidos por Capitães do Quadro de
incêndio em embarcações e instalações Oficiais Bombeiros Militar Combatentes, e
portuárias, bem como a preservação
ambiental limitada às orlas fluviais e

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excepcionalmente por Oficiais § 1º A desconcentração, interiorização e
Intermediários e Subalternos de outros efetiva implantação das unidades de
quadros.” (NR) bombeiros previstas nesta Lei, dar-se-ão
conforme as disponibilidades financeiras
Subseção VII do Estado do Piauí.
DOS SUBGRUPAMENTOS DE § 2º O Comando Operacional de
BOMBEIROS MILITAR MARITIMO Bombeiros, terá suas unidades e
“Art. 40. Os Subgrupamentos de subunidades operacionais localizadas,
Bombeiros Militar Marítimo têm a seu conforme segue:
cargo as missões de prevenção, combate a I – Comando Regional de Bombeiros
incêndio em embarcações e instalações Militar I – A área de atuação macrorregião
portuárias, busca, resgate, guarda-vidas, do Meio-Norte (CRBM-I):
salvamento aquático e demais que lhe a) 1º Grupamento de Bombeiros Militar –
sejam conexas. A área de atuação do 1º GBM abrangerá 16
§ 1º Terá a seguinte organização básica: municípios no território de
I - Comandante; desenvolvimento Entre Rios,
II - Subcomandante; compreendendo: Teresina, Alto Longá,
III - Seção Administrativa; Altos, Coivaras, José de Freitas, Lagoa
IV - Seção de Combate a Incêndio Marítimo Alegre, Miguel Alves, Nazária, Pau d’Arco,
e Fluvial; União, Beneditinos, Curralinhos, Demerval
V - Seção de Prevenção e Operações Lobão, Lagoa do Piauí, Miguel Leão e
Aquáticas. Monsenhor Gil.
§ 2º Os cargos de Comandantes dos 1) 1º Subgrupamento de Bombeiros
Subgrupamentos de Bombeiros Militar Militar (1º SGBM/1º GBM) – Sede – Região
Marítimo serão exercidos por Capitães do Central;
Quadro de Oficiais Bombeiro.” (NR) 2) 2º Subgrupamento de Bombeiros
Militar (2º SGBM/1º GBM) – Zona Norte;
Seção II 3) 3º Subgrupamento de Bombeiros
DA CLASSIFICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Militar (3º SGBM/1º GBM) – Zona Sul;
DOS ÓRGÃO DE EXECUÇÃO 4) 4º Subgrupamento de Bombeiros
“Art. 41. Os órgãos de execução serão Militar (4º SGBM/1º GBM) – Zona Leste.
classificados de acordo com a necessidade b) 2º Grupamento de Bombeiros Militar –
dos serviços operacionais e A área de atuação do 2º GBM abrangerá 16
administrativos de uma determinada área, municípios no território de
sendo considerados para este fim, os desenvolvimento Entre Rios,
seguintes requisitos: compreendendo: Teresina (sede),
a) população; Agricolândia, Água Branca, Amarante,
b) território de desenvolvimento; Angical do Piauí, Barro Duro, Hugo
c) malha viária; Napoleão, Jardim do Mulato, Lagoinha do
d) mapeamento aéreo do Piauí; Piauí, Olho d’Água do Piauí, Palmeirais,
e) densidade de indústria e comércio; Passagem Franca do Piauí, Regeneração,
f) valor histórico e cultural; Santo Antônio do Milagres, São Gonçalo do
g) meio ambiente; Piauí e São Pedro do Piauí.
h) poder operacional; 1) 1º Subgrupamento de Bombeiros
i) estrutura hierárquica-disciplinar; Militar (1º SGBM/2º GBM) – Sede – Zona
j) a carreira bombeiro militar; Sudeste;
l) indicadores de acidentes e violência no c) 6º Grupamento de Bombeiros Militar –
Trânsito. A área de atuação do 6º GBM abrangerá 24

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municípios no território de 1) 1º Subgrupamento de Bombeiros
desenvolvimento Cocais, compreendendo: Militar Marítimo (1º SGBMar/GBMar) –
Piripiri (sede), Barras, Batalha, Campo Sede;
Largo do Piauí, Esperantina, Joaquim III – Comando Regional de Bombeiros
Pires, Joca Marques, Luzilândia, Madeiro, Militar – A área de atuação macrorregião
Matias Olímpio, Morro do Chapéu do Piauí, do Semiárido (CRBM-III):
Nossa Senhora dos Remédios, Porto, São a) 4º Grupamento de Bombeiros Militar –
João do Arraial, Brasileira, Domingos a área de atuação do 4º GBM abrangerá 23
Mourão, Lagoa de São Francisco, Milton municípios no território de
Brandão, Pedro II, Piracuruca, São João da desenvolvimento Vale do Rio Guaribas,
Fronteira, São José do Divino, mais 16 compreendendo:
municípios no território de Picos (sede), Aroeiras do Itaim, Bocaina,
desenvolvimento Carnaubais, Dom Expedito Lopes, Geminiano,
compreendendo: Campo Maior , Boa Hora, Itainópolis,
Boqueirão do Piauí, Cabeceiras do Piauí, Paquetá, Santana do Piauí, Santo Antônio
Capitão de Campos, Cocal de Telhas, Jatobá de Lisboa, São João da Canabrava, São José
do Piauí, Nossa Senhora de Nazaré, do Piauí, São Luís do Piauí, Sussuapara,
Sigefredo Pacheco, Assunção do Piauí, Vera Mendes, Alagoinha do Piauí, Alegrete
Buriti dos Montes, Castelo do Piauí, do
Juazeiro do Piauí, Novo Santo Antônio, São Piauí, Campo Grande do Piauí, Francisco
João da Serra e São Miguel do Tapuio. Santos, Fronteiras, Monsenhor Hipólito,
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Pio
Militar (1º SGBM/6º GBM) – Sede; IX, São Julião e Vila Nova do Piauí, mais 16
2) 2º Subgrupamento de Bombeiros municípios no território de
Militar (2º SGBM/ 6º GBM) – Campo desenvolvimento Chapada Vale do Rio
Maior; Itaim, compreendendo: Paulistana (sede),
3) 2º Subgrupamento de Bombeiros Belém
Militar (3º SGBM/ 6º GBM) – Esperantina. do Piauí, Caldeirão Grande do Piauí,
II – Comando Regional de Bombeiros Francisco Macedo, Jaicós, Marcolândia,
Militar – A área de atuação macrorregião Massapê
do Litoral (CRBM-II): do Piauí, Padre Marcos, Simões, Acauã,
a) 3º Grupamento de Bombeiros Militar – Betânia do Piauí, Caridade do Piauí, Curral
A área de atuação do 3º GBM abrangerá 08 Novo do Piauí, Jacobina do Piauí, Patos do
municípios no território de Piauí, e Queimada Nova.
desenvolvimento Planície Litorânea, 1) 1º Subgrupamento de Bombeiros
compreendendo: Parnaíba (sede), Bom Militar (1º SGBM/4º GBM) – Sede;
Princípio do Piauí, Buriti dos Lopes, d) 7º Grupamento de Bombeiros Militar –
Caraúbas do Piauí, Caxingó, Cocal, Cocal do a área de atuação do 7º GBM abrangerá 17
Alves e Murici dos Portela. municípios no território de
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros desenvolvimento Vale do Canindé,
Militar (1º SGBM/3º GBM) – Sede; compreendendo: Oeiras (sede), Cajazeiras
b) Grupamento de Bombeiros Militar do Piauí, Colônia do Piauí, Santa Cruz do
Marítimo – A área de atuação do (GBMAR) Piauí, Santa Rosa do Piauí, São João da
abrangerá 03 municípios no território de Varjota, Tanque do Piauí, Wall Ferraz, Bela
desenvolvimento Planície Litorânea, Vista do Piauí, Campinas do Piauí,
compreendendo: Luís Correia (sede), Conceição do Canindé, Floresta do Piauí,
Cajueiro da Praia e Ilha Grande. Isaías Coelho, Santo Inácio do Piauí,
São Francisco do Piauí, São Francisco de
Assis do Piauí e Simplício Mendes, mais 15

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180
municípios no território de municípios no território de
desenvolvimento Vale do Sambito, desenvolvimento Chapada das
compreendendo: Valença do Piauí, Mangabeiras, compreendendo: Bom Jesus
Aroazes, Prata do Piauí, Santa Cruz dos (sede), Alvorada do Gurguéia, Colônia do
Milagres, São Félix do Piauí, São Miguel da Gurguéia, Cristino Castro, Currais, Eliseu
Baixa Grande, Barra d’Alcântara, Elesbão Martins, Manoel Emídio, Palmeira do
Veloso, Francinópolis, Inhuma, Ipiranga do Piauí, Santa Luz, Avelino Lopes, Curimatá,
Piauí, Lagoa do Sítio, Novo Oriente do Júlio Borges, Morro Cabeça do Tempo,
Piauí, Pimenteiras, e Várzea Grande. Parnaguá, Redenção do Gurguéia,
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Barreiras do Piauí, Corrente, Cristalândia
Militar (1º SGBM/7º GBM) – Sede; do Piauí, Gilbués, Monte Alegre do Piauí,
2) 2º Subgrupamento de Bombeiro Militar Riacho Frio, Santa Filomena, São Gonçalo
(2º SGB BM/7º GBM) - Valença do Gurguéia, Sebastião Barros.
e) 8º Grupamento de Bombeiros Militar – 1) 1º Subgrupamento de Bombeiros
a área de atuação do 8º GBM abrangerá 18 Militar (1º SGBM/12º GBM) – Sede.
municípios no território de 2) 2º Subgrupamento de Bombeiros
desenvolvimento Serra da Capivara, Militar (2º SGBM/12º GBM) – Corrente.
compreendendo: São Raimundo Nonato c) 10º Grupamento de Bombeiros Militar –
(sede), Campo Alegre do Fidalgo, Capitão A área de atuação do 10º GBM abrangerá
Gervásio Oliveira, João Costa, Lagoa do municípios no território de
Barro do Piauí, Anísio de Abreu, Bonfim do desenvolvimento Alto Parnaíba,
Piauí, Caracol, Guaribas, Jurema, São Braz compreendendo: Uruçuí
do Piauí, Várzea Branca, Coronel José Dias, (sede), Bertolínea, Canavieira, Guadalupe,
Dom Inocêncio, Dirceu Jerumenha, Landri Sales, Marcos Parente,
Arcoverde, Fartura do Piauí, São Lourenço Porto Alegre do Piauí, Antônio Almeida,
do Piauí e São João do Piauí. Baixa Grande do Ribeiro, Ribeiro
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros Gonçalves e Sebastião Leal.
Militar (1º SGBM/8º GBM) – Sede; 1) 1º Subgrupamento de Bombeiros
IV – Comando Regional de Bombeiros Militar (1º SGBM/10º GBM) – Sede.
Militar – A área de atuação macrorregião Parágrafo único. Os Comandos Regionais
do Cerrados (CRBM-IV): de Bombeiros Militar serão sediados em
a) 5º Grupamento de Bombeiros Militar – Teresina.” (NR)
a área de atuação do 5º GBM abrangerá 19 “Art. 47. A distribuição do efetivo previsto
municípios no território de nessa Lei será feita no Quadro de
desenvolvimento Vale dos Rios Piauí e Organização e Distribuição Geral (QODG),
Itaueiras, compreendendo: Floriano sendo regulamentada através de Decreto.”
(sede), Arraial, Francisco Ayres e Nazaré Parágrafo único. Na falta de Oficiais para
do Piauí, Nova Santa Rita, Paes Landim, preencher os cargos, os mesmos serão
Pedro Laurentino, Ribeira do Piauí, exercidos por oficiais de postos
Socorro do Piauí, São José do Peixe, São imediatamente inferiores e assim
Miguel do Fidalgo, Brejo do Piauí, Canto do sucessivamente, levando em consideração
Buriti, Flores do Piauí, Itaueiras, Pajeú do o quadro de organização e distribuição
Piauí, Pavussu, Rio Grande do Piauí e geral.” (NR)
Tamboril do Piauí. “Art. 48 As atribuições dos órgãos serão
1) 1º Subgrupamento de Bombeiros baixadas através do Regulamento de
Militar (1º SGBM/5º GBM) – Sede: Administração do Corpo de Bombeiros
b) 9º Grupamento de Bombeiros Militar – Militar do Estado do Piauí (RACBMEPI),
A área de atuação do 9º GBM abrangerá 24 será editado através de Decreto no prazo
de 90 dias, após a publicação dessa Lei.

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....................................................................................... Seção IV
......................................” (NR) DO CENTRO DE ATIVIDADES FÍSICAS E
“Art. 49. Os cargos em comissão e as DESPORTOS
funções de confiança do Corpo de “Art. 32-A. O Centro de Atividades Físicas e
Bombeiros Militar do Estado do Piauí são Desportos é um órgão de apoio da
apenas os previstos nos anexos I dessa Lei, Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa,
na Lei competindo-lhe desenvolver programas
Complementar 028, de 09 de junho de específicos de condicionamento físico e
2003 e nas suas alterações desportos da corporação, possuindo a
....................................................................................... seguinte
......................................” (NR) estrutura:
Art. 2º Os Capítulos III e IV, da Lei nº 5.949, I- Chefe;
de 17 de dezembro de 2009, passam a II- Subchefe;
vigorar acrescidos dos arts. 28-A, 32-A, 32- III- Seção de Avaliação e Reabilitação
B e 32-C, a seguir: Física;
IV- Seção de Condicionamento Físico;
Seção III V- Academia.” (NR)
DO ESTADO-MAIOR-GERAL
“Art. 28-A. O Estado-Maior-Geral, Seção VI
encarregado da elaboração das diretrizes DO CENTRO DE ENSINO E INSTRUÇÃO
e ordens do comando, tem por missão o DE BOMBEIROS
estudo, o planejamento, a coordenação, a “Art. 32-B. O Centro de Ensino e Instrução
programação orçamentária e financeira e de Bombeiros é o órgão de apoio da
o controle de todas as atividades da Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa,
Corporação, por intermédio dos órgãos de incumbido da formação, habilitação,
direção setorial, de apoio e de execução, no aperfeiçoamento, especialização,
exercício de suas competências, em treinamento e da instrução especializada
conformidade com as decisões e diretrizes dos bombeiros militar do Corpo de
do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí e,
Bombeiros Militar do Estado do Piaui. eventualmente, de bombeiros de outras
Parágrafo único. Terá a seguinte corporações, possui a seguinte estrutura:
organização básica: I- Comandante;
I - Chefe do Estado-Maior-Geral (Ch EMG); II- Subcomandante;
II - Subchefe do Estado-Maior-Geral (Sub III- Seção de Administração;
Ch EMG); IV- Seção Pedagógica;
III - Secretaria; V- Comando do Corpo de Alunos.” (NR)
IV - Seções:
a) 1ª Seção - Seção de Planejamento Seção VII
Orçamentária (SEPLO); DO NÚCLEO DE SAÚDE
b) 2ª Seção - Seção de Inteligência e Contra “Art. 32-C. O Núcleo de Saúde é
Inteligência (SEICI); responsável pelo planejamento,
c) 3ª Seção - Seção de Pesquisa, Ciência e orientação, coordenação, controle e
Tecnologia (SECPT); execução de programas de medicina
d) 4ª Seção - Seção de Geoprocessamento preventiva, saúde comunitária e controle
e Legislação (SEGEL); médico-sanitário de pessoal, execução das
e) 5ª Seção - Seção de Relações Públicas, atividades de assistência médica,
Ação Comunitária e Comunicação Social odontológica, bem como pelas perícias
(SERPACS).” (NR) médicas e homologar os pareceres da

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junta Médica de Saúde (JMS) no âmbito da administrativos referentes a essa
corporação. aquisição.
§1º Possuindo a seguinte constituição: Parágrafo único. A comissão de Contratos
I - Chefe; e Convênios tem a seguinte composição:
II - Perícias Médicas (PM); I - Presidente da CPCC;
III - Junta Médica de Saúde (JMS); II - Gestor de contratos;
IV - Seção Médica e Odontológica; III - Fiscal de Contratos;
11 IV - Subcomissão de recebimento;
V - Seção de Psicologia; V - Assessoria técnica;
VI - Seção de Enfermagem. VI - Gestores de Convênios.
VII - Seção de Apoio Administrativo. Art. 5º As Comissões Temáticas,
§ 2º O Chefe do Núcleo de Saúde será um designadas pelo Comando Geral e de
oficial superior do Quadro de Oficiais caráter
Bombeiros Militar de Saúde da temporário, são destinadas para
Corporação.” (NR) desempenhar funções específicas ou
Art. 3º Ficam criadas no âmbito do Corpo realizar determinados estudos técnicos.
de Bombeiros Militar do Estado do Piauí, Art. 6º Os artigos da Lei nº 5.459, de 30 de
as comissões, de caráter permanente ou junho de 2005, passam a vigorar com a
temporário, com a finalidade de seguinte redação:
assessorar em assuntos específicos sendo “Art. 1º
fixadas por legislação específica ou por ato .......................................................................................
do Comandante-Geral, com os seguintes ....................................
encargos: I -
a) Comissão de Condecorações e .......................................................................................
Cerimoniais (CCONDEC); .............................................
b) Comissão Permanente de Licitações .......................................................................................
(CPL); ..................................................
c) Comissão Permanente de Contratos e IV –
Convênios (CPCC); .......................................................................................
d) Comissões Temáticas. .........................................
§ 2º A Comissão Permanente de Licitações .......................................................................................
- CPL terá a atribuição de conduzir os ..................................................
processos licitatórios no âmbito do Corpo § 1º Os integrantes da reserva remunerada
de Bombeiros Militar do Estado do Piauí e quando convocados para ativa ficarão
terá a seguinte composição: vinculados ao Núcleo de Voluntários da
I - Presidente da CPL; Reserva Remunerada.
II - Membros; § 2º Para estabelecimento de vagas do
III - Pregoeiros; Núcleo de Voluntários da Reserva
IV - Assistência de serviços; Remunerada, utilizar-se-á como
V - Assessoria técnica. referência a Lei de fixação de efetivo da
Art. 4º A Comissão Permanente de Corporação, não poderá ultrapassar o
Contratos e Convênios é responsável pela percentual de um terço de todo efetivo
gestão de contratos e execução das ações previsto na referida Lei.
previstas em convênios e suas respectivas § 3º VETADO.” (NR)
prestações de conta, bem como pela Art. 7º O caput do art. 1º e o Anexo Único
adoção das medidas administrativas da Lei nº 5.458, passam a vigorar com a
necessárias à aquisição de bens e, ainda, seguinte redação:
pela elaboração e fiscalização de contratos “Art.1º O efetivo do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Piauí (CBMEPI) fica

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fixado em 1.442 (mil quatrocentos e 1º Sargento 102
quarenta e dois) bombeiros militares, 2º Sargento 130
dispostos nos 3º Sargento 150
quadros de: Cabo 240
....................................................................................... Soldado 428
.......................................................
....................................................................................... RESUMO GERAL DO EFETIVO
..................................” (NR) POSTO/GRADUAÇÃO EFETIVO
“ANEXO ÚNICO Oficiais 329
I – QUADRO DE OFICIAIS BOMBEIROS Praças 1.113
MILITAR COMBATENTES TOTAL 1.442
POSTO EFETIVO ”(NR)
Coronel 06
Tenente-Coronel 16 Art. 8º O art. 5º da Lei nº 5.459, de 30 de
Major 35 junho de 2005, passa a vigorar com a
Capitão 38 seguinte redação:
1º Tenente 50 “Art. 5º O Quadro de Oficiais Bombeiros
2º Tenente 56 Militar Complementares será constituído
pelos Oficiais promovidos a partir da
II – QUADRO DE OFICIAIS BOMBEIROS graduação de Subtenente do Quadro de
MILITAR DE SAÚDE Praças, possuidores do Curso de
POSTO EFETIVO Habilitação de Oficiais Bombeiros Militar
Tenente-Coronel 01 (CHOBM).
Major 01 § 1º Os postos no Quadro de Oficiais
Capitão 02 Bombeiros Militar Complementares serão
1º Tenente 02 os seguintes:
2º Tenente 06 .......................................................................................
..................................................
III – QUADRO DE OFICIAIS BOMBEIROS IV - Major
MILITAR ENGENHEIROS § 2º Para frequentar o Curso de
POSTO EFETIVO Habilitação de Oficiais será necessário ser
Tenente-Coronel 02 Subtenente Bombeiro Militar ter
Major 02 concluído o ensino médio, devidamente
Capitão 02 comprovado através de certificado,
1º Tenente 02 reconhecido pelo órgão competente, além
2º Tenente 02 de:
I - estar no mínimo no comportamento
IV- QUADRO DE OFICIAIS BOMBEIROS “BOM”;
MILITAR COMPLEMENTARES II - estar apto em inspeção de saúde e teste
POSTO EFETIVO de aptidão física;
Major 06 III - ter no mínimo 01 (um) ano na
Capitão 24 graduação de Subtenente. ” (NR)
1º Tenente 36 Art. 9º Os artigos da Lei nº 5.461, de 30 de
2º Tenente 41 junho de 2005, passam a vigorar com as
seguintes redações:
V – QUADRO DE PRAÇAS BOMBEIROS “Art. 13.
MILITAR ...............;.......................................................................
GRADUAÇÃO EFETIVO ...............................
Subtenente 63

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184
§ 4º e como secretário o Chefe do Gabinete do
....................................................................................... Comandante-Geral.” (NR)
.......................................... Art. 10. Os arts. 16 e 19 da Lei nº 5.462, de
I - 30 de junho de 2005, passam a vigorar
....................................................................................... com as seguintes redações:
............................................. “Art. 16.
a) .......................................................................................
....................................................................................... ...................................
............................................. Parágrafo único. A antiguidade das praças
b) dois anos como 2º Tenente, para o posto será determinada pela média final
de 1º Tenente; atribuída
c) dois anos como 1º Tenente, para o posto no curso realizado como requisito para a
de Capitão; promoção a graduação superior, com
d) dois anos como Capitão, para o posto de exceção
Major;” do Curso Aperfeiçoamento de Sargentos,
14 cuja classificação não alterará a
....................................................................................... antiguidade.”
................................................. (NR)
III - Curso de graduação em nível superior, .......................................................................................
reconhecido pelo Ministério da Educação ..................................................
para acesso ao posto de Major.” (NR) “Art. 19. O processamento das promoções
“Art. 17. A promoção por merecimento em das praças é de responsabilidade da
qualquer quadro é feita com base no Comissão de Promoção de Praças,
Quadro de Acesso por Merecimento presidida pelo Subcomandante-Geral, que
(QAM), onde serão listados os nomes dos será constituída de membros natos e
Oficiais por ordem decrescente de pontos, efetivos.
sendo prioridade a antiguidade, como § 1º São membros natos, 02 (dois)
critério de desempate, na apuração do Comandantes Regionais de Bombeiros,
merecimento. designados pelo Subcomandante-Geral;
....................................................................................... § 2º São membros efetivos, 02 (dois)
......................................” (NR) oficiais Superiores do Quadro de Oficiais
“Art. 19. O processamento das promoções Bombeiros Militar Complementares,
dos oficiais é de responsabilidade da designados pelo Subcomandante-Geral.
Comissão de Promoção de Oficiais, § 3º A Comissão terá como suplentes, 02
presidida pelo Comandante-Geral, que (dois) oficiais superiores, designados pelo
será constituída de membros natos e Subcomandante-Geral e como secretário,
efetivos. 01 (um) oficial superior designado pelo
§ 1º Subcomandante-Geral. ” (NR)
....................................................................................... Art. 11. Os arts. 3º e 11 da Lei nº 5.459, de
.......................................... 30 de junho de 2005, passam a vigorar
a) o Subcomandante Geral; com as seguintes redações:
b) o Diretor de Pessoal. “Art. 3º O Quadro de Oficiais Bombeiros
§ 2º São membros efetivos, 02 (dois) Militar de Saúde será constituído por
coronéis designados pelo Comandante- aprovados em concurso público com
Geral. habilitação em Medicina, Odontologia,
§ 3º A Comissão terá como suplente 01 Psicologia
(um) coronel, designado pelo Comandante e Enfermagem.
Geral .......................................................................................
...........................................” (NR)

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“Art. 11. e praças do Corpo de Bombeiros Militar do
....................................................................................... Estado do Piauí poderá ser reduzido por
................................... ato do Governador do Estado sempre que
Médico – 04; houver preenchidas uma das seguintes
Odontólogo – 02; condições:
Psicólogo – 02; I - a redução de interstício pela metade
Enfermeiro – 04. ” (NR) quando o quadro apresentar cargos vagos
Art. 12. Será transferido ex-offício para a para promoção acima de 50% (cinquenta
reserva remunerada o oficial do penúltimo por cento);
posto do Quadro de Oficiais Bombeiros II - as condições de interstícios
Militar Complementares que: estabelecidas poderão ser reduzidas até a
a) tenha completado o tempo de metade por ato do Governador do Estado,
contribuição para a previdência social mediante proposta do Comandante-Geral
fixada em lei; da Corporação, visando à renovação dos
b) tenha completado o interstício e deixar Quadros e a valorização profissional.
de ingressar, por 2 (duas) vezes
consecutivas nos quadros de acesso de Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de
promoção ao posto superior por falta de sua publicação.
curso superior.
Parágrafo único. Os atuais oficiais
ocupantes do penúltimo posto do Quadro PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina (PI),
de Oficiais Bombeiros Militares 04 de abril de 2022.
Complementares, que não possuírem
curso superior fica assegurado os Maria Regina Sousa
benefícios do art. 4º da Lei Complementar Governadora do Estado do Piauí
nº 17, de 8 de janeiro de 1996.
Art. 13. Será transferido ex-officio para a Antônio Rodrigues de Sousa Neto
reserva remunerada o Subtenente Secretário de Governo
Bombeiro Militar que:
a) tenha completado o tempo de * Republicado por incorreção - Publicação
contribuição para a previdência social anterior: DOE nº 65, de 4 de abril de 2022,
fixada em Lei; fl. 1.
b) tenha completado o interstício e deixar 16
de ingressar, por 2 (duas) vezes
consecutivas nos quadros de acesso a ANEXO I
promoção ao posto superior, por falta de GRATIFICAÇÃO POR FUNÇÃO DE CHEFIA
certificação no curso de habilitação de E ASSESSORAMENTO
oficiais, desde que ofertado pela CORPO DE BOMBEIROS
instituição.
Art. 14. Revogam-se as disposições em Discriminação Quantidade Valor R$ Total (R$)
contrário, em especial, o §3º do Art. 5º e o Coronel 06 - 1.600,00 9.600,00
inciso VII do Art. 8º da Lei nº 5.459, de 30 Tenente Coronel 16 - 1.400,00 22.400,00
de junho de 2005; o §4º do Art. 9 da Lei nº Major 39 - 1.200,00 46.800,00
5.461, de 30 de junho de 2005; os arts. 22, Capitão 24 - 1000,00 24.000,00
42, 43, 44, 45, 46 e 50, incisos VII e VIII do Tenentes 41 - 800,00 32.800,00
art. 31 da Lei nº 5.949, de 30 de junho de Praças 65 - 600,00 39.000,00
2005. TOTAL 191 - R$ 174.600,0
Art. 15. Cumpridas as demais exigências
estabelecidas para a promoção de oficiais

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NOÇÕES DE DIREITO: Soberania


186 Soberania, em seu sentido político ou jurídico,
1. Constituição Federal: Dos Princípios é o exercício da autoridade que reside em um
povo e que se exerce por intermédio dos seus
Fundamentais. órgãos constitucionais representativos.

TÍTULO I
A soberania é uma autoridade superior que
não pode ser restringida por nenhum outro
poder e, portanto, constitui-se como o poder
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS absoluto de ação legítima no âmbito político e
jurídico de uma sociedade.

Cidadania
A cidadania é o conjunto de direitos e deveres
FUNDAMENTOS exercidos por um indivíduo que vive em
sociedade, no que se refere ao seu poder e
grau de intervenção no usufruto de seus
espaços e na sua posição em poder nele
intervir e transformá-lo.

Dignidade
De acordo com o STF, a dignidade da pessoa
da pessoa
humana é princípio supremo “significativo
humana
vetor interpretativo, verdadeiro valor-fonte
que conforma e inspira todo o ordenamento
constitucional vigente em nosso País e que
traduz, de modo expressivo, um dos
fundamentos em que se assenta, entre nós, a
ordem republicana e democrática consagrada
Art. 1º A República Federativa do Brasil, pelo sistema de direito constitucional
formada pela união indissolúvel dos Estados e positivo.”
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em
Estado Democrático de Direito e tem como Valores
fundamentos: Esse princípio determina que, no
sociais
do Brasil, o indivíduo tem a possibilidade
I - a soberania; trabalho de crescer, se desenvolver ou
e da livre empreender por meio de seu trabalho
II - a cidadania; e livre iniciativa.
iniciativa
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre Pluralismo
político Conceito ligado à própria noção de
iniciativa; democracia, o pluralismo político é a
V - o pluralismo político. admissão de ideias contrapostas, em
todas as situações.

Para uma fácil fixação, usamos o termo


“SOCIDIVAPLU”:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo,
que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.

PODERES DA UNIÃO
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Art. 2º São Poderes da União, independentes e Construir


187 Estado tem de propiciar todos os meios
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo uma
sociedade para que a democracia seja exercida. Esse
e o Judiciário. livre, justa e preceito foi estabelecido para os brasileiros
solidária; no intuito de proporcionar bem estar,
qualidade de vida e harmonia social.

Garantir o
desenvolvime O Desenvolvimento Nacional dá-se pelo
nto nacional; aperfeiçoamento do ser humano, das
propriedades e das Instituições. Que esse
desenvolvimento seja estendido à política,
a economia, a vida social e a todas as áreas
que contribuam para o aperfeiçoamento
da nação.

Erradicar a
pobreza e a Por esse enunciado podemos entender que é
marginalizaçã objetivo da nossa República tomar medidas de
o e reduzir as
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS desigualdades
governo que possibilite uma igualdade de
sociais e condições para todos os cidadãos. Medidas
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da regionais; essas que tragam melhorias para áreas como
educação, saúde e emprego, dando às classes
República Federativa do Brasil: mais pobres maiores possibilidades a esses
direitos.
I - construir uma sociedade livre, justa e
solidária; Promover o
bem de todos, Todo direito e todo dever tem de ser estendido
sem
II - garantir o desenvolvimento nacional; preconceitos de
a qualquer indivíduo, respeitando-se as normas
origem, raça, da constituição e até aonde for o direito do
sexo, cor, idade próximo.
III - erradicar a pobreza e a marginalização e e quaisquer
reduzir as desigualdades sociais e regionais; outras formas
de
discriminação.
IV - promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

PRINCÍPIOS NAS RELAÇÕES


Podemos observar que todos os objetivos INTERNACIONAIS
fundamentai iniciam com um verbo
infinitivo, pois constituem ações que Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-
devem ser continuamente exercidas pela se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
República Federativa do Brasil.
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
Esquematizando:
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;

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Daniele da Conceio Souza

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

VII - solução pacífica dos conflitos;


188
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Igualdade entre os
Defesa da paz;
IX - cooperação entre os povos para o Estados
progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.

Não é uma igualdade


absoluta, na medida de suas É status quo
Esquematizando! desigualdades, que se
mostram mais específicas no
estabelecido de
respeito à ordem.
plano econômico, sendo que é
uma tentativa de diminuir
essa distância entre uns e
outros Estados. Como
premissa fundamental de
Direito Internacional Público,
a igualdade está intimamente
Prevalência dos direitos associada ao princípio da
Independência nacional reciprocidade.
humanos

Solução pacífica dos Repúdio ao terrorismo e ao


Os direitos humanos têm conflitos racismo
Nesse sentido, a República
de estar em posição
Federativa do Brasil não se
hierárquica acima do que
submeterá a nenhum outro
qualquer outro bem
ordenamento jurídico.
jurídico local.

Complementa o O terrorismo internacional


princípio anterior, pois não encontrará refúgio aqui
e qualquer tipo de
Autodeterminação dos busca solução pacífica e terrorismo em solo
Não-intervenção repudia a guerra para nacional sofrerá as penas
povos
que ocorram mudanças da lei.
nos países.

Como por exemplo, a


Pode ser interpretado
não aceitação de Cooperação entre os povos
também como o
invasão armada de para o progresso da Concessão de asilo político.
respeito a soberania dos humanidade;
outros países a nossa
outros países.
República.

A interação pelo progresso Esse asilo é concedido a quem


da humanidade baseia-se esteja sendo perseguido por
no dever de solidariedade motivos políticos ou de opinião
e de auxílio mútuo entre as em seus países ou em outros
nações. países que estejam habitando.

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Parágrafo único. A República Federativa do


189
Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América
Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.

Veremos agora alguns mnemônicos


para melhor memorização:

Objetivos Fundamentos Princípios


Internacionais

CON GA ER PRO SO CI DI VA
PLU A IN DA NÃO CON
PRE I RE CO S

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Dos Direitos e Garantias Fundamentais - Dos V - é assegurado o direito de resposta,


190 proporcional ao agravo, além da indenização por
direitos e deveres individuais e coletivos;
dano material, moral ou à imagem;
TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS VI - é inviolável a liberdade de consciência e
de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
INDIVIDUAIS E COLETIVOS proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, VII - é assegurada, nos termos da lei, a
sem distinção de qualquer natureza, garantindo- prestação de assistência religiosa nas entidades
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes civis e militares de internação coletiva;
no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à VIII - ninguém será privado de direitos por
propriedade, nos termos seguintes: motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada
em lei;

IX - é livre a expressão da atividade


intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
O caput do artigo quinto discorre acerca
de cinco direitos fundamentais, os X - são invioláveis a intimidade, a vida
direitos: privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;
➢ à vida
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo,
➢ à liberdade ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de
➢ à igualdade flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
➢ à segurança

➢ à propriedade O inciso XII enumera as


hipóteses em que tal sigilo
pode ser quebrado:

I - homens e mulheres são iguais em Que seja feita na forma


direitos e obrigações, nos termos desta e nas hipóteses da lei.
Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou


Uma ordem judicial devidamente
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
fundamentada que determine a
de lei;
quebra do sigilo;

III - ninguém será submetido a tortura nem Que sua finalidade seja para
a tratamento desumano ou degradante; investigação criminal ou instrução de
procedimento penal;
IV - é livre a manifestação do pensamento,
sendo vedado o anonimato;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência
e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso,

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por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a


191 lei estabelecer para fins de investigação criminal
ou instrução processual penal; (Vide Lei nº Associações
9.296, de 1996)

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, Compulsoriamente dissolvidas


ofício ou profissão, atendidas as qualificações •Decisão judicial com o trânsito em
profissionais que a lei estabelecer; julgado

XIV - é assegurado a todos o acesso à


informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional; Atividades suspensas
•Decisão judicial
XV - é livre a locomoção no território
nacional em tempo de paz, podendo qualquer
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer
ou dele sair com seus bens; XXII - é garantido o direito de propriedade;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, XXIII - a propriedade atenderá a sua função
sem armas, em locais abertos ao público, social;
independentemente de autorização, desde que
não frustrem outra reunião anteriormente XXIV - a lei estabelecerá o procedimento
convocada para o mesmo local, sendo apenas para desapropriação por necessidade ou utilidade
exigido prévio aviso à autoridade competente; pública, ou por interesse social, mediante justa e
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
XVII - é plena a liberdade de associação casos previstos nesta Constituição;
para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XXV - no caso de iminente perigo público, a
XVIII - a criação de associações e, na forma autoridade competente poderá usar de
da lei, a de cooperativas independem de propriedade particular, assegurada ao proprietário
autorização, sendo vedada a interferência estatal indenização ulterior, se houver dano;
em seu funcionamento;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim
XIX - as associações só poderão ser definida em lei, desde que trabalhada pela família,
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas não será objeto de penhora para pagamento de
atividades suspensas por decisão judicial, débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
julgado; desenvolvimento;

XX - ninguém poderá ser compelido a XXVII - aos autores pertence o direito


associar-se ou a permanecer associado; exclusivo de utilização, publicação ou reprodução
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo
XXI - as entidades associativas, quando tempo que a lei fixar;
expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou XXVIII - são assegurados, nos termos da
extrajudicialmente; lei:

a) a proteção às participações individuais


em obras coletivas e à reprodução da imagem e
voz humanas, inclusive nas atividades
desportivas;

b) o direito de fiscalização do
aproveitamento econômico das obras que
criarem ou de que participarem aos criadores,
aos intérpretes e às respectivas representações
sindicais e associativas;

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XXIX - a lei assegurará aos autores de


192 inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações
Direito de herança
industriais, à propriedade das marcas, aos
nomes de empresas e a outros signos distintivos, A herança constitui o objeto da
tendo em vista o interesse social e o sucessão causa mortis. Com a
desenvolvimento tecnológico e econômico do abertura da sucessão, ocorre a
País; mutação subjetiva do patrimônio
do de cujus, que se transmite aos
XXX - é garantido o direito de herança; seus herdeiros.

Além da mutação patrimonial, os


herdeiros sub-rogam nas relações
jurídicas do falecido, tanto no polo
Interesse ativo quanto no passivo, mas
Social é aplicável para casos em que um
bem é necessário para o somente até o limite da herança.
desenvolvimento social do país.
XXXII - o Estado promoverá, na forma da
lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos


órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que
Necessidade ocasiões em que um bem é serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
Pública indispensável para alguma responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da
atividade essencial ao Estado sociedade e do Estado;

XXXIV - são a todos assegurados,


independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes


Utilidade Públicos em defesa de direitos ou contra
Pública ocorre quando o bem não é
ilegalidade ou abuso de poder;
indispensável, mas é desejável
para uma atividade estatal.
b) a obtenção de certidões em repartições
públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse
pessoal;

XXXI - a sucessão de bens de


estrangeiros situados no País será regulada
pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

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193

DIREITO DE PETIÇÃO DIREITO DE CERTIDÃO

O direito a petição é um instrumento Certidão atesta (garante) a existência de


inerente à democracia participativa, pois um ato ou de um fato jurídico (relevante
fornece à população uma ferramenta no mundo jurídico), sendo
para se manifestar ao poder público. uma garantia que uma informação é
verdadeira, pois essa informação se
sustenta por fé-pública (foi emitida por
Os dois aspectos principais de uma
uma autoridade pública).
petição são o da manifestação
da liberdade de opinião e queixa (por
meio de uma reclamação) e o da defesa
de interesses/direitos próprios ou
coletivos. E o que é preciso para a obtenção
gratuita de uma certidão? Basicamente,
são necessários três elementos.
Uma petição pode possuir caráter
coletivo, ou seja, ser feita por várias O primeiro deles é que a pessoa
pessoas que tenham um objetivo em interessada demonstre seu interesse na
comum. emissão da certidão.
O segundo é que ela atenda a pelo
Prevê uma obrigatoriedade de resposta. menos um de dois propósitos: deve servir
para a obtenção de informações que
É obrigado a manifestar algum tipo de configurem uma “defesa de direitos” ou
resposta. que sirvam para o esclarecimento de
situações (por exemplo, uma Certidão
Negativa de Débitos).
O terceiro, por fim, é que a pessoa
solicitante tenha alguma relação com o
conteúdo da certidão.

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder


Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito


adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

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194 DIREITO ATO


ADQUIRIDO Aquele direito que foi JURÍDICO É aquele que, após
previamente adquirido pelo PERFEITO cumprir todos os
autor, cumprindo para tal requisitos legais, produz
as exigencias legais. seus efeitos, se
incorporando ao seu
patrimonio juridico de seu
beneficiario como um
EXEMPLO
DE DIREITO o direito de votar se adquiri direito adquirido.
ADQUIRIDO aos dezesseis anos, assim
ao completar os dezesseis
anos adquire-se o direito
ao voto.

EXEMPLO
COISA A pessoa se aposenta
ATO
JULGADA É quando ocorre o trânsito JURÍDICO após x anos de serviço
em julgado de uma PERFEITO conforme a lei atual
sentença, ou seja, não cabe vigente, após sua
mais recurso, não podendo aposentadoria a lei é
essa sentença ser mudada, alterada e exige-se y
devendo ser respeitada por anos para aposentadoria.
todos, tanto pelas partes
no processo quanto pelo Esta pessoa que ja se
Judiciario. aposentou não sera
afetada porque sua
aposentadoria ja foi
concretizadae, além de
ser um direito adquirido,
o ato jurídico foi
perfeito.

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de


exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do


júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos


crimes dolosos contra a vida;
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XLIV - constitui crime inafiançável e


195 Atenção! imprescritível a ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o
Estado Democrático;

São crimes contra a vida: ESQUEMATIZANDO:


- Homicídio
- Induzimento, instigação ou auxílio a CRIMES Racismo
suicídio ou à automutilação INAFIANÇAVÉIS

- Infanticídio
- Aborto Tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas
afins
XXXIX - não há crime sem lei anterior que
o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Crimes hediondos
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu;

Tortura
O princípio da legalidade determina que,
para ser considerado crime, necessita-se
que o ato praticado pelo agente esteja
previamente descrito em lei, caso
contrário, a conduta é atípica, ou seja, Terrorismo
não existe crime.

XLI - a lei punirá qualquer discriminação


atentatória dos direitos e liberdades Ação de grupos armados,
fundamentais; civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o
estado democrático
DISCRIMINAÇÃO

Toda e qualquer conduta que se traduza CRIMES


Racismo
em distinção, exclusão ou privilégio e IMPRESCRITÍVEIS
que tenha como objetivo negar
igualdade de oportunidade e/ou
tratamento aos indivíduos.

XLII - a prática do racismo constitui crime Ação de grupos armados,


inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
civis ou militares, contra a
reclusão, nos termos da lei;
ordem constitucional e o
estado democrático
XLIII - a lei considerará crimes
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia
a prática da tortura , o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles
respondendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-los, se
omitirem; (Regulamento)

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CRIMES ATRIBUIÇÕES:
196 Tráfico ilícito de entorpecentes
INSUSCETÍVEIS e drogas afins
DE GRAÇA OU
ANISTIA
Crimes hediondos

• O legislador estabelece como e por


quanto tempo (mínimo e máximo)
Tortura
cada delito será punido, conforme
o ato praticado e o bem jurídico
LEGISLATIVA que prejudicou.

Terrorismo

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do


condenado, podendo a obrigação de reparar o •O juiz, baseado na legislação em vigor,
dano e a decretação do perdimento de bens ser, verifica em cada caso concreto as
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e circunstâncias da prática do ato, bem
contra eles executadas, até o limite do valor do como os motivos, antecedentes e grau de
patrimônio transferido; culpa do agente, além do comportamento
da vítima, e ainda verifica a presença de
circunstâncias agravantes ou atenuantes
JUDICIAL ou causas de aumento ou diminuição de
pena, todas previstas no Código Penal,
para, assim, aplicar a pena dentro dos
parâmetros estabelecidos pela lei.

XLVI - a lei regulará a individualização da


pena e adotará, entre outras, as seguintes:
•A condenação é efetivamente
a) privação ou restrição da liberdade; aplicada e executada.
EXECUTÓRIA
b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;


XLVIII - a pena será cumprida em
e) suspensão ou interdição de direitos; estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLVII - não haverá penas:
XLIX - é assegurado aos presos o respeito
a) de morte, salvo em caso de guerra à integridade física e moral;
declarada, nos termos do art. 84, XIX;
L - às presidiárias serão asseguradas
b) de caráter perpétuo; condições para que possam permanecer com
seus filhos durante o período de amamentação;
c) de trabalhos forçados;
LI - nenhum brasileiro será extraditado,
d) de banimento; salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de
e) cruéis; comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

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LII - não será concedida extradição de LIII - ninguém será processado nem
197 estrangeiro por crime político ou de opinião; sentenciado senão pela autoridade competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou


de seus bens sem o devido processo legal;
Extradição

Atenção!
Ativa Passiva

A Estado O devido processo legal trata-se do


Brasileiro O Estado
solicita a outro estrangeiro princípio que garante a todos o direito a
país a entrega de solicita ao um processo com todas as etapas
um indivíduo, a Brasil a entrega previstas em lei, dotado de todas as
fim de julgá-lo ou de um indivíduo garantias constitucionais.
puni-lo pela que se encontre
prática de um no território
crime praticado brasileiro.
no Brasil. Tal princípio é dividido em duas espécies,
substancial e processual:

Contudo, quanto a estes (naturalizados),


há duas exceções expressas na
Constituição, quais sejam:

1. Poderá haver a extradição passiva de


brasileiro naturalizado, em caso de crime
comum, praticado antes da
naturalização; Devido processo legal

2. Poderá haver a extradição passiva de Substancial Processual


brasileiro naturalizado, em caso de
comprovado envolvimento em tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins,
na forma da lei. (“substantive due (“procedural due
Nesse caso não faz menção quanto ao process”) considera process”) refere-se
prazo. que as leis devem tanto ao processo
satisfazer ao interesse judicial quanto ao
público, aos anseios do processo
grupo social a que se administrativo,
destinam, evitando ao assegurando-se ao
Segundo o STF, “pode ser
mesmo tempo o abuso litigante vários direitos,
de poder por parte do como por exemplo:
extraditado o brasileiro governo, garantindo ao citação, ampla defesa,
naturalizado que adquiriu a cidadão a inafastável defesa oral,
nacionalidade após a prática do elaboração legislativa apresentação de
crime comum que fundamenta o comprometida com os provas, opção de
reais interesses sociais. recorrer a um defensor
pedido de extradição.”
(HC 87.219, rel. min.
legalmente habilitado
(advogado),
Cezar Peluso, julgamento em contraditório, sentença
14-6-2006, Plenário, DJ de 4-8- fundamentada, entre
2006.) outros.

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LV - aos litigantes, em processo judicial ou sendo-lhe assegurada a assistência da família e


198 administrativo, e aos acusados em geral são de advogado;
assegurados o contraditório e ampla defesa, com
os meios e recursos a ela inerentes; LXIV - o preso tem direito à identificação
dos responsáveis por sua prisão ou por seu
LVI - são inadmissíveis, no processo, as interrogatório policial;
provas obtidas por meios ilícitos;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente
LVII - ninguém será considerado culpado relaxada pela autoridade judiciária;
até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória; LXVI - ninguém será levado à prisão ou
nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
LVIII - o civilmente identificado não será provisória, com ou sem fiança;
submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em LXVII - não haverá prisão civil por dívida,
lei; (Regulamento) salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia
LIX - será admitida ação privada nos e a do depositário infiel;
crimes de ação pública, se esta não for intentada
no prazo legal; LXVIII - conceder-se-á "habeas-
corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar
LX - a lei só poderá restringir a publicidade ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
dos atos processuais quando a defesa da liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
intimidade ou o interesse social o exigirem; abuso de poder;

LXI - ninguém será preso senão em PREVENTIVO O habeas corpus é concedido em


flagrante delito ou por ordem escrita e momento anterior à violação
fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente militar, definidos
em lei; REPRESSIVO Se concedido em momento posterior

ESQUEMATIZANDO:

SUSPENSIVO Se já há ordem de prisão, mas ainda


FLAGRANTE DELITO foi não cumprida.

CASOS EM QUE É
POSSIVEL A LEGITIMADOS
PRISÃO

ATIVOS PASSIVOS
POR ORDEM DE JUIZ, TRANSGRESSÃO MILITAR
ESCRITA E OU CRIME PROPRIAMENTE
FUNDAMENTADA MILITAR SÓ PODE SER AUTORIDADE
QUALQUER IMPETRADO
PESSOA FISICA PÚBLICA E
A FAVOR DE PESSOA
OU JURIDICA, PESSOAL
NACIONAL OU PRIVADA
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local NATURAL,
ESTRANGEIRA. JAMAIS DE
onde se encontre serão comunicados PESSOA
imediatamente ao juiz competente e à família do JURIDICA.
preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus


direitos, entre os quais o de permanecer calado,

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LXIX - conceder-se-á mandado de segurança LXXIV - o Estado prestará assistência


199 para proteger direito líquido e certo, não jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
amparado por "habeas-corpus" ou "habeas- insuficiência de recursos;
data", quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente LXXV - o Estado indenizará o condenado
de pessoa jurídica no exercício de atribuições do por erro judiciário, assim como o que ficar preso
Poder Público; além do tempo fixado na sentença;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser LXXVI - são gratuitos para os
impetrado por: reconhecidamente pobres, na forma da
lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989)
a) partido político com representação no
Congresso Nacional; a) o registro civil de nascimento;

b) organização sindical, entidade de b) a certidão de óbito;


classe ou associação legalmente constituída e
em funcionamento há pelo menos um ano, em
defesa dos interesses de seus membros ou LXXVII - são gratuitas as ações
associados; de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma
da lei, os atos necessários ao exercício da
LXXI - conceder-se-á mandado de cidadania. (Regulamento)
injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e
direitos e liberdades constitucionais e das administrativo, são assegurados a razoável
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à duração do processo e os meios que garantam a
soberania e à cidadania; celeridade de sua tramitação.

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

HABEAS CORPUS E
a) para assegurar o conhecimento de
HABEAS DATA
informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não


se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial GRATUITOS
ou administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para RECONHECIDAMENE


propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao POBRES :
patrimônio público ou de entidade de que o Estado AÇÕES NECESSARIAS AO
EXERCICIO DA CIDADANIA CERTIDÃO DE
participe, à moralidade administrativa, ao meio NASCIMENTO E
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o CERTIDÃO DE ÓBITO
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência.

A Ação Popular tem como LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o


objetivo proteger 3 elementos direito à proteção dos dados pessoais, inclusive
fundamentais: nos meios digitais. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 115, de 2022)

O patrimônio O meio § 1º As normas definidoras dos direitos e


A moralidade
público ou de ambiente e o garantias fundamentais têm aplicação imediata.
administrativa patrimônio
entidade de
que o Estado histórico e § 2º Os direitos e garantias expressos
participe cultural
nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela

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Daniele da Conceio Souza

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

adotados, ou dos tratados internacionais em que


200 a República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos
votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas
constitucionais. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) (Atos
aprovados na forma deste parágrafo: DLG nº
186, de 2008 , DEC 6.949, de
2009 , DLG 261, de 2015 , DEC
9.522, de 2018 ) (Vide ADIN 3392)

A Constituição determina que alguns


tratados e convenções internacionais têm
força de emenda constitucional, atendidos
os requisitos:

aprovados em
Os tratados e convenções cada Casa do
internacionais Congresso
Nacional

por três quintos dos votos dos


em dois turnos
respectivos membros

serão equivalentes às emendas


constitucionais

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de


Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

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Dos direitos sociais; II - seguro-desemprego, em caso de


201 desemprego involuntário;
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS III - fundo de garantia do tempo de serviço;

Art. 6º São direitos sociais a educação, a IV - salário mínimo, fixado em lei,


saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o nacionalmente unificado, capaz de atender a
transporte, o lazer, a segurança, a previdência suas necessidades vitais básicas e às de sua
social, a proteção à maternidade e à infância, a família com moradia, alimentação, educação,
assistência aos desamparados, na forma desta saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
Constituição. previdência social, com reajustes periódicos que
lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada
sua vinculação para qualquer fim;
Podemos MEMORIZAR com o seguinte
ESQUEMA: V - piso salarial proporcional à extensão e
à complexidade do trabalho;

EDU MORA ALÍ, SAÚ VI - irredutibilidade do salário, salvo o


TRABALHA LÁ, ASSIS disposto em convenção ou acordo coletivo;
PROSEGUE TRANSPORTANDO
PRESO.
Convenção coletiva Acordo coletivo

EDU (EDUCAÇÃO) MORA


(MORADIA) ALÍ (ALIMENTAÇÃO),
SAÚ (SAÚDE) TRABALHA Negociação realizada
Negociação realizada entre o sindicato dos
(TRABALHO) LÁ (LAZER), ASSIS
entre o sindicato dos trabalhadores e uma
(ASSISTÊNCIA AOS trabalhadores e o empresa específica. É
DESAMPARADOS) PROSEGUE sindicato dos válida apenas para os
(PROTEÇÃO À MATERNIDADE E À empregadores. É válida trabalhadores da
para todos os empresa envolvida
INFÂNCIA; SEGURANÇA)
trabalhadores nas negociações
TRANSPORTANDO contemplados pela ideia
(TRANSPORTE) PRESO de categoria profissional
(PREVIDÊNCIA SOCIAL). e na base territorial dos
sindicatos envolvidos

Parágrafo único. Todo brasileiro em VII - garantia de salário, nunca inferior ao


situação de vulnerabilidade social terá direito a mínimo, para os que percebem remuneração
uma renda básica familiar, garantida pelo poder variável;
público em programa permanente de
transferência de renda, cujas normas e requisitos
VIII - décimo terceiro salário com base na
de acesso serão determinados em lei, observada
remuneração integral ou no valor da
a legislação fiscal e orçamentária (Incluído aposentadoria;
pela Emenda Constitucional nº 114, de
2021) IX - remuneração do trabalho noturno
superior à do diurno;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores
urbanos e rurais, além de outros que visem à X - proteção do salário na forma da lei,
melhoria de sua condição social: constituindo crime sua retenção dolosa;

I - relação de emprego protegida contra XI - participação nos lucros, ou resultados,


despedida arbitrária ou sem justa causa, nos desvinculada da remuneração, e,
termos de lei complementar, que preverá excepcionalmente, participação na gestão da
indenização compensatória, dentre outros empresa, conforme definido em lei;
direitos;

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XII - salário-família pago em razão do XXII - redução dos riscos inerentes ao


202 dependente do trabalhador de baixa renda nos trabalho, por meio de normas de saúde, higiene
termos da lei; (Redação dada pela e segurança;
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXIII - adicional de remuneração para as
XIII - duração do trabalho normal não atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
superior a oito horas diárias e quarenta e quatro forma da lei;
semanais, facultada a compensação de horários
e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho; (Vide Bizu do GD!
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)

XIV - jornada de seis horas para o trabalho


realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva; Como forma de compensar os
trabalhadores que exercem
XV - repouso semanal remunerado, atividades muito desgastantes, a CF
preferencialmente aos domingos; determinou esta remuneração extra.

Bizu do GD!
Atividades

Penosas: Aquelas dolorosas ou difíceis de


Atenção para a palavra serem realizadas.
preferencialmente. Não há obrigação
de concessão desse repouso no
domingo: ele pode acontecer em Insalubres: Aquelas capazes de causar
qualquer outro dia da semana. prejuízos à saúde do trabalhador. O
trabalhador que exercer atividade
insalubre receberá o adicional de
insalubridade.
XVI - remuneração do serviço
extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta
por cento à do normal; (Vide Del 5.452, Perigosas: Aquelas que podem colocar em
art. 59 § 1º) risco a vida do trabalhador. Assim, um
trabalhador que exerça atividade perigosa
XVII - gozo de férias anuais remuneradas receberá adicional de periculosidade.
com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
XXIV - aposentadoria;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do
emprego e do salário, com a duração de cento e
XXV - assistência gratuita aos filhos e
vinte dias;
dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)
anos de idade em creches e pré-
XIX - licença-paternidade, nos termos escolas; (Redação dada pela Emenda
fixados em lei;
Constitucional nº 53, de 2006)
XX - proteção do mercado de trabalho da
mulher, mediante incentivos específicos, nos XXVI - reconhecimento das convenções e
termos da lei; acordos coletivos de trabalho;

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo XXVII - proteção em face da automação,


de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos na forma da lei;
termos da lei;

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XXVIII - seguro contra acidentes de


203 trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que este está obrigado, quando
Prazo prescricional
incorrer em dolo ou culpa;

O trabalhador também conta


5 anos contados 2 anos contados
com a proteção contra
da ocorrência do do término do
acidentes de trabalho. fato alegado na ação contrato de trabalho

Este inciso se desdobra em


duas garantias: XXX - proibição de diferença de salários,
de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
1 - Previsão de
um seguro para acidentes de XXXI - proibição de qualquer
trabalho, pago pelo discriminação no tocante a salário e critérios de
empregador; admissão do trabalhador portador de deficiência;
2 - Em caso
XXXII - proibição de distinção entre
de dolo ou culpa do trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
empregador (caso de profissionais respectivos;
negligência, imprudência ou
imperícia), o trabalhador XXXIII - proibição de trabalho noturno,
perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
também terá direito a qualquer trabalho a menores de dezesseis anos,
receber indenização pelos salvo na condição de aprendiz, a partir de
danos sofridos. quatorze anos;

XXXIV - igualdade de direitos entre o


XXIX - ação, quanto aos créditos trabalhador com vínculo empregatício
resultantes das relações de trabalho, com prazo permanente e o trabalhador avulso
prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de Parágrafo único. São assegurados à
dois anos após a extinção do contrato de categoria dos trabalhadores domésticos os
trabalho; (Redação dada pela direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X,
Emenda Constitucional nº 28, de 2000) XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as
condições estabelecidas em lei e observada a
a) (Revogada). (Redação dada simplificação do cumprimento das obrigações
pela Emenda Constitucional nº 28, de tributárias, principais e acessórias, decorrentes
2000) da relação de trabalho e suas peculiaridades, os
previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
(Redação dada
b) (Revogada). XXVIII, bem como a sua integração à previdência
pela Emenda Constitucional nº 28, de social. (Redação dada pela Emenda
2000) Constitucional nº 72, de 2013)

Art. 8º É livre a associação profissional ou


sindical, observado o seguinte:

I - a lei não poderá exigir autorização do


Estado para a fundação de sindicato, ressalvado
o registro no órgão competente, vedadas ao
Poder Público a interferência e a intervenção na
organização sindical;

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II - é vedada a criação de mais de uma § 2º Os abusos cometidos sujeitam os


204 organização sindical, em qualquer grau, responsáveis às penas da lei.
representativa de categoria profissional ou
econômica, na mesma base territorial, que será Art. 10. É assegurada a participação dos
definida pelos trabalhadores ou empregadores trabalhadores e empregadores nos colegiados
interessados, não podendo ser inferior à área de dos órgãos públicos em que seus interesses
um Município; profissionais ou previdenciários sejam objeto de
discussão e deliberação.
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos
e interesses coletivos ou individuais da categoria, Art. 11. Nas empresas de mais de
inclusive em questões judiciais ou duzentos empregados, é assegurada a eleição
administrativas; de um representante destes com a finalidade
exclusiva de promover-lhes o entendimento
IV - a assembléia geral fixará a direto com os empregadores.
contribuição que, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha, para
custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em
lei;

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a


manter-se filiado a sindicato;

VI - é obrigatória a participação dos


sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;

VII - o aposentado filiado tem direito a


votar e ser votado nas organizações sindicais;

VIII - é vedada a dispensa do empregado


sindicalizado a partir do registro da candidatura a
cargo de direção ou representação sindical e, se
eleito, ainda que suplente, até um ano após o
final do mandato, salvo se cometer falta grave
nos termos da lei.

Parágrafo único. As disposições deste


artigo aplicam-se à organização de sindicatos
rurais e de colônias de pescadores, atendidas as
condições que a lei estabelecer.

Art. 9º É assegurado o direito de greve,


competindo aos trabalhadores decidir sobre a
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses
que devam por meio dele defender.

§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades


essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.

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Da nacionalidade. residência por um ano ininterrupto e idoneidade


205 moral;
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE b) os estrangeiros de qualquer
nacionalidade, residentes na República
Federativa do Brasil há mais de quinze anos
Art. 12. São brasileiros: ininterruptos e sem condenação penal, desde
que requeiram a nacionalidade
I - natos: brasileira. (Redação dada pela
Emenda Constitucional de Revisão nº 3,
a) os nascidos na República Federativa do
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
de 1994)
estes não estejam a serviço de seu país;
§ 1º Aos portugueses com residência
b) os nascidos no estrangeiro, de pai permanente no País, se houver reciprocidade em
brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
deles esteja a serviço da República Federativa inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos
do Brasil; nesta Constituição. (Redação dada pela
Emenda Constitucional de Revisão nº 3,
c) os nascidos no estrangeiro de pai de 1994)
brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente § 2º A lei não poderá estabelecer distinção
ou venham a residir na República Federativa do entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de casos previstos nesta Constituição.
atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
São brasileiros naturalizados
São brasileiros natos

os que, na forma os estrangeiros de qualquer


nascidos nascidos no estrangeiro, nacionalidade, residentes
de pai brasileiro ou mãe da lei, adquiram
na na República Federativa do
brasileira, a nacionalidade
República Brasil há mais de quinze
brasileira,
Federativa anos ininterruptos e sem
do Brasil, condenação penal,
desde que desde que
qualquer sejam
ainda que deles esteja registrados em
de pais a serviço da repartição exigidas aos
estrangeiros República brasileira originários de países desde que
, desde que Federativa competente de língua portuguesa requeiram a
estes não do Brasil; apenas residência por nacionalidade
estejam a um ano ininterrupto brasileira.
serviço de e idoneidade moral;
ou venham a residir na
seu país República Federativa do
Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a § 3º São privativos de brasileiro nato os
maioridade, pela cargos:
nacionalidade
brasileira; I - de Presidente e Vice-Presidente da
República;
II - naturalizados:
II - de Presidente da Câmara dos
a) os que, na forma da lei, adquiram a Deputados;
nacionalidade brasileira, exigidas aos originários
de países de língua portuguesa apenas III - de Presidente do Senado Federal;

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IV - de Ministro do Supremo Tribunal II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos


206 Federal; casos: (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
V - da carreira diplomática;
a) de reconhecimento de nacionalidade
VI - de oficial das Forças Armadas. originária pela lei estrangeira; (Incluído
pela Emenda Constitucional de Revisão
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
nº 3, de 1994)

b) de imposição de naturalização, pela


norma estrangeira, ao brasileiro residente em
estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício
de direitos civis; (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma


oficial da República Federativa do Brasil.

§ 1º São símbolos da República


Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas
e o selo nacionais.
Cargos privativos de
brasileiro nato § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão ter símbolos próprios.

Presidente e Vice-Presidente da
República

Presidente da Ministro do
Câmara dos Supremo Tribunal
Deputados Federal

carreira Presidente do
diplomática Senado Federal

Oficial das Forças Ministro de Estado


Armadas da Defesa

§ 4º - Será declarada a perda da


nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por


sentença judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional;

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Da Organização do Estado - Da organização representantes relações de dependência ou


207 aliança, ressalvada, na forma da lei, a
político-administrativa;
colaboração de interesse público;
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO II - recusar fé aos documentos públicos;
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO- III - criar distinções entre brasileiros ou
ADMINISTRATIVA preferências entre si.

Art. 18. A organização político-


administrativa da República Federativa do Brasil Bizu do GD!
compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta Constituição.

§ 1º Brasília é a Capital Federal. No tópico seguinte, é importante


tentar ao máximo memorizar a
diferença das funções de cada entre.

CAPÍTULO II
DA UNIÃO

Art. 20. São bens da União:

I - os que atualmente lhe pertencem e os


§ 2º Os Territórios Federais integram a que lhe vierem a ser atribuídos;
União, e sua criação, transformação em Estado
ou reintegração ao Estado de origem serão II - as terras devolutas indispensáveis à
reguladas em lei complementar. defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de
§ 3º Os Estados podem incorporar-se comunicação e à preservação ambiental,
entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se definidas em lei;
anexarem a outros, ou formarem novos Estados
ou Territórios Federais, mediante aprovação da III - os lagos, rios e quaisquer correntes de
população diretamente interessada, através de água em terrenos de seu domínio, ou que
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei banhem mais de um Estado, sirvam de limites
complementar. com outros países, ou se estendam a território
estrangeiro ou dele provenham, bem como os
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o terrenos marginais e as praias fluviais;
desmembramento de Municípios, far-se-ão por
lei estadual, dentro do período determinado por IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas
Lei Complementar Federal, e dependerão de limítrofes com outros países; as praias
consulta prévia, mediante plebiscito, às marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
populações dos Municípios envolvidos, após excluídas, destas, as que contenham a sede de
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao
apresentados e publicados na forma da serviço público e a unidade ambiental federal, e
lei. (Redação dada pela Emenda as referidas no art. 26, II; (Redação dada
Constitucional nº 15, de 1996) Vide pela Emenda Constitucional nº 46, de
art. 96 - ADCT 2005)

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, V - os recursos naturais da plataforma


ao Distrito Federal e aos Municípios: continental e da zona econômica exclusiva;

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, VI - o mar territorial;


subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus

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VII - os terrenos de marinha e seus VIII - administrar as reservas cambiais do


208 acrescidos; País e fiscalizar as operações de natureza
financeira, especialmente as de crédito, câmbio
VIII - os potenciais de energia hidráulica; e capitalização, bem como as de seguros e de
previdência privada;
IX - os recursos minerais, inclusive os do
subsolo; IX - elaborar e executar planos nacionais e
regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;
X - as cavidades naturais subterrâneas e
os sítios arqueológicos e pré-históricos;
X - manter o serviço postal e o correio
XI - as terras tradicionalmente ocupadas aéreo nacional;
pelos índios.
XI - explorar, diretamente ou mediante
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à autorização, concessão ou permissão, os
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos serviços de telecomunicações, nos termos da lei,
que disporá sobre a organização dos serviços, a
Municípios a participação no resultado da
criação de um órgão regulador e outros aspectos
exploração de petróleo ou gás natural, de
recursos hídricos para fins de geração de energia institucionais; (Redação dada pela
elétrica e de outros recursos minerais no Emenda Constitucional nº 8, de
respectivo território, plataforma continental, mar 15/08/95:)
territorial ou zona econômica exclusiva, ou
compensação financeira por essa XII - explorar, diretamente ou mediante
exploração. (Redação dada pela autorização, concessão ou permissão:
Emenda Constitucional nº 102, de
2019) (Produção de efeito) a) os serviços de radiodifusão sonora, e de
sons e imagens; (Redação dada pela
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta Emenda Constitucional nº 8, de
quilômetros de largura, ao longo das fronteiras 15/08/95:)
terrestres, designada como faixa de fronteira, é
considerada fundamental para defesa do
território nacional, e sua ocupação e utilização b) os serviços e instalações de energia
serão reguladas em lei. elétrica e o aproveitamento energético dos
cursos de água, em articulação com os Estados
onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
Art. 21. Compete à União:
c) a navegação aérea, aeroespacial e a
I - manter relações com Estados infra-estrutura aeroportuária;
estrangeiros e participar de organizações
internacionais;
d) os serviços de transporte ferroviário e
aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
II - declarar a guerra e celebrar a paz; nacionais, ou que transponham os limites de
Estado ou Território;
III - assegurar a defesa nacional;
e) os serviços de transporte rodoviário
IV - permitir, nos casos previstos em lei interestadual e internacional de passageiros;
complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
temporariamente;
XIII - organizar e manter o Poder
V - decretar o estado de sítio, o estado de Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal
defesa e a intervenção federal; e dos Territórios e a Defensoria Pública dos
Territórios; (Redação dada pela
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o
comércio de material bélico;
Emenda Constitucional nº 69, de
2012) (Produção de efeito)
VII - emitir moeda;

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XIV - organizar e manter a polícia civil, a c) sob regime de permissão, são


209 polícia penal, a polícia militar e o corpo de autorizadas a produção, a comercialização e a
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como utilização de radioisótopos para pesquisa e uso
prestar assistência financeira ao Distrito Federal médicos; (Redação dada pela Emenda
para a execução de serviços públicos, por meio
Constitucional nº 118, de 2022)
de fundo próprio; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 104, de 2019) d) a responsabilidade civil por danos
nucleares independe da existência de
XV - organizar e manter os serviços oficiais culpa; (Incluída pela Emenda
de estatística, geografia, geologia e cartografia
de âmbito nacional; Constitucional nº 49, de 2006)

XVI - exercer a classificação, para efeito XXIV - organizar, manter e executar a


indicativo, de diversões públicas e de programas inspeção do trabalho;
de rádio e televisão;
XXV - estabelecer as áreas e as condições
XVII - conceder anistia; para o exercício da atividade de garimpagem, em
forma associativa.
XVIII - planejar e promover a defesa
permanente contra as calamidades públicas, XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o
especialmente as secas e as inundações; tratamento de dados pessoais, nos termos da
lei.
XIX - instituir sistema nacional de
Para MEMORIZAR, pense da seguinte forma:
gerenciamento de recursos hídricos e definir
critérios de outorga de direitos de seu
uso; ( Regulamento )
MATÉRIAS DE
UNIÃO
XX - instituir diretrizes para o INTERESSE GERAL
desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos; MATÉRIAS DE
ESTADOS-MEMBROS INTERESSE
REGIONAL
XXI - estabelecer princípios e diretrizes COMPETÊNCIAS
para o sistema nacional de viação; MATÉRIAS DE
DISTRITO FEDERAL INTERESSE
REGIONAL E LOCAL
XXII - executar os serviços de polícia
marítima, aeroportuária e de MATÉRIAS DE
MUNICÍPIOS
fronteiras; (Redação dada pela INTERESSE LOCAL

Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XXIII - explorar os serviços e instalações


nucleares de qualquer natureza e exercer Art. 22. Compete privativamente à
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o União legislar sobre:
enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios I - direito civil, comercial, penal,
nucleares e seus derivados, atendidos os processual, eleitoral, agrário, marítimo,
seguintes princípios e condições: aeronáutico, espacial e do trabalho;

a) toda atividade nuclear em território II - desapropriação;


nacional somente será admitida para fins
pacíficos e mediante aprovação do Congresso III - requisições civis e militares, em caso
Nacional; de iminente perigo e em tempo de guerra;

b) sob regime de permissão, são IV - águas, energia, informática,


autorizadas a comercialização e a utilização de telecomunicações e radiodifusão;
radioisótopos para pesquisa e uso agrícolas e
industriais; (Redação dada pela V - serviço postal;
Emenda Constitucional nº 118, de 2022)
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VI - sistema monetário e de medidas, XXIII - seguridade social;


210 títulos e garantias dos metais;
XXIV - diretrizes e bases da educação
VII - política de crédito, câmbio, seguros e nacional;
transferência de valores;
XXV - registros públicos;
VIII - comércio exterior e interestadual;
XXVI - atividades nucleares de qualquer
IX - diretrizes da política nacional de natureza;
transportes;
XXVII - normas gerais de licitação e
X - regime dos portos, navegação lacustre, contratação, em todas as modalidades, para as
fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; administrações públicas diretas, autárquicas e
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal
XI - trânsito e transporte; e Municípios, obedecido o disposto no art. 37,
XXI, e para as empresas públicas e sociedades
de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°,
XII - jazidas, minas, outros recursos
minerais e metalurgia; III; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
XIII - nacionalidade, cidadania e
naturalização; XXVIII - defesa territorial, defesa
aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e
XIV - populações indígenas; mobilização nacional;

XV - emigração e imigração, entrada, XXIX - propaganda comercial.


extradição e expulsão de estrangeiros;
XXX - proteção e tratamento de dados
XVI - organização do sistema nacional de pessoais. (Incluído pela Emenda
emprego e condições para o exercício de Constitucional nº 115, de 2022)
profissões;
Parágrafo único. Lei complementar poderá
XVII - organização judiciária, do Ministério autorizar os Estados a legislar sobre questões
Público do Distrito Federal e dos Territórios e da específicas das matérias relacionadas neste
Defensoria Pública dos Territórios, bem como artigo.
organização administrativa
destes; (Redação dada pela Art. 23. É competência comum da União,
Emenda Constitucional nº 69, de dos Estados, do Distrito Federal e dos
2012) (Produção de efeito) Municípios:

XVIII - sistema estatístico, sistema I - zelar pela guarda da Constituição, das


cartográfico e de geologia nacionais; leis e das instituições democráticas e conservar
o patrimônio público;
XIX - sistemas de poupança, captação e
garantia da poupança popular; II - cuidar da saúde e assistência pública,
da proteção e garantia das pessoas portadoras
XX - sistemas de consórcios e sorteios; de deficiência; (Vide ADPF 672)

XXI - normas gerais de organização, III - proteger os documentos, as obras e


efetivos, material bélico, garantias, convocação, outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
mobilização, inatividades e pensões das polícias os monumentos, as paisagens naturais notáveis
militares e dos corpos de bombeiros e os sítios arqueológicos;
militares; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) IV - impedir a evasão, a destruição e a
descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico ou cultural;
XXII - competência da polícia federal e das
polícias rodoviária e ferroviária federais;

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V - proporcionar os meios de acesso à VI - florestas, caça, pesca, fauna,


211 cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à conservação da natureza, defesa do solo e dos
pesquisa e à inovação; (Redação dada recursos naturais, proteção do meio ambiente e
pela Emenda Constitucional nº 85, de controle da poluição;
2015)
VII - proteção ao patrimônio histórico,
cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VI - proteger o meio ambiente e combater
a poluição em qualquer de suas formas;
VIII - responsabilidade por dano ao meio
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
VII - preservar as florestas, a fauna e a valor artístico, estético, histórico, turístico e
flora; paisagístico;

VIII - fomentar a produção agropecuária e IX - educação, cultura, ensino, desporto,


organizar o abastecimento alimentar; ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e
inovação; (Redação dada pela
IX - promover programas de construção de
moradias e a melhoria das condições
Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
habitacionais e de saneamento
básico; (Vide ADPF 672) X - criação, funcionamento e processo do
juizado de pequenas causas;
X - combater as causas da pobreza e os
fatores de marginalização, promovendo a XI - procedimentos em matéria processual;
integração social dos setores desfavorecidos;
XII - previdência social, proteção e defesa
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as da saúde; (Vide ADPF 672)
concessões de direitos de pesquisa e exploração
de recursos hídricos e minerais em seus XIII - assistência jurídica e Defensoria
territórios; pública;

XII - estabelecer e implantar política de XIV - proteção e integração social das


educação para a segurança do trânsito. pessoas portadoras de deficiência;

Parágrafo único. Leis complementares XV - proteção à infância e à juventude;


fixarão normas para a cooperação entre a União
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, XVI - organização, garantias, direitos e
tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e deveres das polícias civis.
do bem-estar em âmbito
nacional. (Redação dada pela § 1º No âmbito da legislação concorrente,
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e
ao Distrito Federal legislar concorrentemente § 2º A competência da União para legislar
sobre: sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
I - direito tributário, financeiro,
penitenciário, econômico e § 3º Inexistindo lei federal sobre normas
urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de gerais, os Estados exercerão a competência
2019) legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades.
II - orçamento;
§ 4º A superveniência de lei federal sobre
normas gerais suspende a eficácia da lei
III - juntas comerciais;
estadual, no que lhe for contrário.

IV - custas dos serviços forenses; CAPÍTULO III


DOS ESTADOS FEDERADOS
V - produção e consumo;

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Art. 25. Os Estados organizam-se e § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais


212 regem-se pelas Constituições e leis que será fixado por lei de iniciativa da Assembléia
adotarem, observados os princípios desta Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e
Constituição. cinco por cento daquele estabelecido, em
espécie, para os Deputados Federais, observado
§ 1º São reservadas aos Estados as o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II,
competências que não lhes sejam vedadas por 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada
esta Constituição. pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
§ 2º Cabe aos Estados explorar
diretamente, ou mediante concessão, os serviços § 3º Compete às Assembléias Legislativas
locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada dispor sobre seu regimento interno, polícia e
a edição de medida provisória para a sua serviços administrativos de sua secretaria, e
regulamentação. (Redação dada pela prover os respectivos cargos.
Emenda Constitucional nº 5, de 1995)
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei no processo legislativo estadual.
complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, Art. 28. A eleição do Governador e do
constituídas por agrupamentos de municípios Vice-Governador de Estado, para mandato de 4
limítrofes, para integrar a organização, o (quatro) anos, realizar-se-á no primeiro domingo
planejamento e a execução de funções públicas de outubro, em primeiro turno, e no último
de interesse comum. domingo de outubro, em segundo turno, se
houver, do ano anterior ao do término do
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos mandato de seus antecessores, e a posse
Estados: ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente,
observado, quanto ao mais, o disposto no art.
I - as águas superficiais ou subterrâneas, 77 desta Constituição. (Redação dada
fluentes, emergentes e em depósito, pela Emenda Constitucional nº 111, de
ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as
decorrentes de obras da União;
2021)

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e § 1º Perderá o mandato o Governador que


costeiras, que estiverem no seu domínio, assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em
excluídas aquelas sob domínio da União,
virtude de concurso público e observado o
Municípios ou terceiros;
disposto no art. 38, I, IV e
III - as ilhas fluviais e lacustres não
V. (Renumerado do parágrafo único,
pertencentes à União; pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
IV - as terras devolutas não
compreendidas entre as da União. § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-
Governador e dos Secretários de Estado serão
Art. 27. O número de Deputados à fixados por lei de iniciativa da Assembléia
Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37,
da representação do Estado na Câmara dos XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º,
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, I. (Incluído pela Emenda
será acrescido de tantos quantos forem os Constitucional nº 19, de 1998)
Deputados Federais acima de doze.
CAPÍTULO IV
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Dos Municípios
Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as
regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, Art. 29. O Município reger-se-á por lei
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda orgânica, votada em dois turnos, com o
de mandato, licença, impedimentos e interstício mínimo de dez dias, e aprovada por
incorporação às Forças Armadas. dois terços dos membros da Câmara Municipal,
que a promulgará, atendidos os princípios

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estabelecidos nesta Constituição, na i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos


213 Constituição do respectivo Estado e os seguintes Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e
preceitos: cinquenta mil) habitantes e de até 600.000
(seiscentos mil) habitantes;
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e
dos Vereadores, para mandato de quatro anos, j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos
mediante pleito direto e simultâneo realizado em Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil)
todo o País; habitantes e de até 750.000 (setecentos
cinquenta mil) habitantes;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito
realizada no primeiro domingo de outubro do ano k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos
anterior ao término do mandato dos que devam Municípios de mais de 750.000 (setecentos e
suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso cinquenta mil) habitantes e de até 900.000
de Municípios com mais de duzentos mil (novecentos mil) habitantes;
eleitores;
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil)
dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e
eleição; cinquenta mil) habitantes;

IV - para a composição das Câmaras m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos


Municipais, será observado o limite máximo Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e
de: cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um
milhão e duzentos mil) habitantes;
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de
até 15.000 (quinze mil) habitantes; n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos
Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um
de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de milhão e trezentos e cinquenta mil)
até 30.000 (trinta mil) habitantes; habitantes;

c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos


com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos
até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000
(um milhão e quinhentos mil) habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios
de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos
de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e
quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos (um milhão e oitocentos mil) habitantes;
Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil)
habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos
habitantes; Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e
oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos (dois milhões e quatrocentos mil)
Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;
habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil)
habitantes; r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos
Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000
Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta (três milhões) de habitantes;
mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil)
habitantes; s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos
Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões)
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos de habitantes e de até 4.000.000 (quatro
Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) milhões) de habitantes;
habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e
cinquenta mil) habitantes;

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t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos e) em Municípios de trezentos mil e um a


214 Municípios de mais de 4.000.000 (quatro quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo
milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco dos Vereadores corresponderá a sessenta por
milhões) de habitantes; cento do subsídio dos Deputados
Estaduais;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos
Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) f) em Municípios de mais de quinhentos mil
de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
de habitantes; corresponderá a setenta e cinco por cento do
subsídio dos Deputados Estaduais;
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos
Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) VII - o total da despesa com a
de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) remuneração dos Vereadores não poderá
de habitantes; ultrapassar o montante de cinco por cento da
receita do Município;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos
Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) VIII - inviolabilidade dos Vereadores por
de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) suas opiniões, palavras e votos no exercício do
de habitantes; e mandato e na circunscrição do Município;

x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos IX - proibições e incompatibilidades, no


Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) exercício da vereança, similares, no que couber,
de habitantes; ao disposto nesta Constituição para os membros
do Congresso Nacional e na Constituição do
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito respectivo Estado para os membros da
e dos Secretários Municipais fixados por lei de Assembléia Legislativa;
iniciativa da Câmara Municipal, observado o que
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, X - julgamento do Prefeito perante o
e 153, § 2º, I; Tribunal de Justiça;

VI - o subsídio dos Vereadores será fixado XI - organização das funções legislativas e


pelas respectivas Câmaras Municipais em cada fiscalizadoras da Câmara Municipal;
legislatura para a subseqüente, observado o que
dispõe esta Constituição, observados os critérios XII - cooperação das associações
estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os representativas no planejamento municipal;
seguintes limites máximos:
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de
a) em Municípios de até dez mil interesse específico do Município, da cidade ou
habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores de bairros, através de manifestação de, pelo
corresponderá a vinte por cento do subsídio dos menos, cinco por cento do eleitorado;
Deputados Estaduais;
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos
b) em Municípios de dez mil e um a termos do art. 28, parágrafo único .
cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a trinta por cento do
subsídio dos Deputados Estaduais; Art. 29-A. O total da despesa do Poder
Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos
Vereadores e excluídos os gastos com inativos,
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a não poderá ultrapassar os seguintes percentuais,
cem mil habitantes, o subsídio máximo dos relativos ao somatório da receita tributária e das
Vereadores corresponderá a quarenta por cento transferências previstas no § 5 o do art. 153 e nos
do subsídio dos Deputados Estaduais; arts. 158 e 159, efetivamente realizado no
exercício anterior: (Incluído pela
d) em Municípios de cem mil e um a
trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos
Emenda Constitucional nº 25, de
Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento 2000)
do subsídio dos Deputados Estaduais;
I - 7% (sete por cento) para Municípios
com população de até 100.000 (cem mil)

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habitantes; (Redação dada pela III - instituir e arrecadar os tributos de sua


215 competência, bem como aplicar suas rendas,
Emenda Constituição Constitucional nº
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar
58, de 2009) (Produção de efeito) contas e publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;
II - 6% (seis por cento) para Municípios
com população entre 100.000 (cem mil) e IV - criar, organizar e suprimir distritos,
300.000 (trezentos mil) habitantes; observada a legislação estadual;

III - 5% (cinco por cento) para Municípios V - organizar e prestar, diretamente ou sob
com população entre 300.001 (trezentos mil e regime de concessão ou permissão, os serviços
um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes; públicos de interesse local, incluído o de
transporte coletivo, que tem caráter essencial;
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos
por cento) para Municípios com população entre VI - manter, com a cooperação técnica e
500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três financeira da União e do Estado, programas de
milhões) de habitantes; educação infantil e de ensino fundamental;

V - 4% (quatro por cento) para Municípios VII - prestar, com a cooperação técnica e
com população entre 3.000.001 (três milhões e financeira da União e do Estado, serviços de
um) e 8.000.000 (oito milhões) de atendimento à saúde da população;
habitantes;
VIII - promover, no que couber, adequado
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por ordenamento territorial, mediante planejamento e
cento) para Municípios com população acima de controle do uso, do parcelamento e da ocupação
8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. do solo urbano;

§ 1 o A Câmara Municipal não gastará mais IX - promover a proteção do patrimônio


de setenta por cento de sua receita com folha de histórico-cultural local, observada a legislação e
pagamento, incluído o gasto com o subsídio de a ação fiscalizadora federal e estadual.
seus Vereadores.
Art. 31. A fiscalização do Município será
§ 2 o Constitui crime de responsabilidade exercida pelo Poder Legislativo Municipal,
do Prefeito Municipal: mediante controle externo, e pelos sistemas de
controle interno do Poder Executivo Municipal, na
I - efetuar repasse que supere os limites forma da lei.
definidos neste artigo;
§ 1º O controle externo da Câmara
II - não enviar o repasse até o dia vinte de Municipal será exercido com o auxílio dos
cada mês; ou Tribunais de Contas dos Estados ou do Município
ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
III - enviá-lo a menor em relação à Municípios, onde houver.
proporção fixada na Lei Orçamentária.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão
§ 3 o Constitui crime de responsabilidade competente sobre as contas que o Prefeito deve
do Presidente da Câmara Municipal o anualmente prestar, só deixará de prevalecer por
desrespeito ao § 1 o deste artigo. decisão de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.
Art. 30. Compete aos Municípios:
§ 3º As contas dos Municípios ficarão,
I - legislar sobre assuntos de interesse durante sessenta dias, anualmente, à disposição
local; de qualquer contribuinte, para exame e
apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei.
II - suplementar a legislação federal e a
estadual no que couber; (Vide ADPF 672)
§ 4º É vedada a criação de Tribunais,
Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

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CAPÍTULO V § 1º Os Territórios poderão ser divididos


216 DO DISTRITO FEDERAL E DOS em Municípios, aos quais se aplicará, no que
TERRITÓRIOS couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
SEÇÃO I
DO DISTRITO FEDERAL § 2º As contas do Governo do Território
serão submetidas ao Congresso Nacional, com
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
divisão em Municípios, reger- se-á por lei
orgânica, votada em dois turnos com interstício § 3º Nos Territórios Federais com mais de
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços cem mil habitantes, além do Governador
da Câmara Legislativa, que a promulgará, nomeado na forma desta Constituição, haverá
atendidos os princípios estabelecidos nesta órgãos judiciários de primeira e segunda
Constituição. instância, membros do Ministério Público e
defensores públicos federais; a lei disporá sobre
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as as eleições para a Câmara Territorial e sua
competências legislativas reservadas aos competência deliberativa.
Estados e Municípios.
CAPÍTULO VI
§ 2º A eleição do Governador e do Vice- DA INTERVENÇÃO
Governador, observadas as regras do art. 77, e
dos Deputados Distritais coincidirá com a dos
Governadores e Deputados Estaduais, para
mandato de igual duração.

§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara


Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.

§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização,


pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil,
da polícia penal, da polícia militar e do corpo de
Art. 34. A União não intervirá nos
bombeiros militar.
Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
SEÇÃO II
DOS TERRITÓRIOS I - manter a integridade nacional;

II - repelir invasão estrangeira ou de uma


Bizu do GD! unidade da Federação em outra;

III - pôr termo a grave comprometimento


da ordem pública;

Territórios são porções de terra IV - garantir o livre exercício de qualquer


pertencentes à União, sem dos Poderes nas unidades da Federação;
autonomia política (art. 18, §2º,
CF/88). Por tal motivo, eles não são V - reorganizar as finanças da unidade da
considerados entes políticos, bem Federação que:
como não são unidades federativas.
Contudo, ocupam um interessante a) suspender o pagamento da dívida
espaço na organização político- fundada por mais de dois anos consecutivos,
salvo motivo de força maior;
administrativa do Estado nacional, de
existência marcante em nosso
b) deixar de entregar aos Municípios
passado recente. receitas tributárias fixadas nesta Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei;
Art. 33. A lei disporá sobre a organização
VI - prover a execução de lei federal,
administrativa e judiciária dos Territórios.
ordem ou decisão judicial;

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Daniele da Conceio Souza

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

VII - assegurar a observância dos da República, na hipótese do art. 34, VII, e no


217 seguintes princípios constitucionais: caso de recusa à execução de lei federal.

a) forma republicana, sistema § 1º O decreto de intervenção, que


representativo e regime democrático; especificará a amplitude, o prazo e as condições
de execução e que, se couber, nomeará o
b) direitos da pessoa humana; interventor, será submetido à apreciação do
Congresso Nacional ou da Assembléia
Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro
c) autonomia municipal;
horas.
d) prestação de contas da administração
§ 2º Se não estiver funcionando o
pública, direta e indireta.
Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa,
far-se-á convocação extraordinária, no mesmo
e) aplicação do mínimo exigido da receita prazo de vinte e quatro horas.
resultante de impostos estaduais, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do
e desenvolvimento do ensino e nas ações e
art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo
serviços públicos de saúde.
Congresso Nacional ou pela Assembléia
Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a
Art. 35. O Estado não intervirá em seus execução do ato impugnado, se essa medida
Municípios, nem a União nos Municípios bastar ao restabelecimento da normalidade.
localizados em Território Federal, exceto quando:
§ 4º Cessados os motivos da intervenção,
I - deixar de ser paga, sem motivo de força as autoridades afastadas de seus cargos a estes
maior, por dois anos consecutivos, a dívida voltarão, salvo impedimento legal.
fundada;

II - não forem prestadas contas devidas, na


forma da lei;

III - não tiver sido aplicado o mínimo


exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e
serviços públicos de saúde;

IV - o Tribunal de Justiça der provimento a


representação para assegurar a observância de
princípios indicados na Constituição Estadual, ou
para prover a execução de lei, de ordem ou de
decisão judicial.

Art. 36. A decretação da intervenção


dependerá:

I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do


Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto
ou impedido, ou de requisição do Supremo
Tribunal Federal, se a coação for exercida contra
o Poder Judiciário;

II - no caso de desobediência a ordem ou


decisão judiciária, de requisição do Supremo
Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça
ou do Tribunal Superior Eleitoral;

III - de provimento, pelo Supremo Tribunal


Federal, de representação do Procurador-Geral

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Da administração pública; interferir na atuação e tratamento por


218
parte dos servidores públicos. Nesse
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA sentido, o próprio texto legislativo
Seção I assegura que o ingresso em cargos e
DISPOSIÇÕES GERAIS funções administrativas depende
primordialmente de concursos públicos,
Art. 37. A administração pública direta a fim de assegurar a impessoalidade e a
e indireta de qualquer dos Poderes da União,
igualdade por parte dos concorrentes.
dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de O artigo quinto da Constituição Federal
legalidade, impessoalidade, moralidade, (1988) determina que “todos são iguais
publicidade e eficiência e, também, ao perante a lei” e o princípio da
seguinte: impessoalidade vem para reforçar essa
ideia no âmbito da administração
LEGALIDADE – o cumprimento da lei pública.
O princípio da legalidade trata-se
da valorização da lei acima dos MORALIDADE – seguindo os princípios
interesses privados, ou seja, pessoais. éticos estabelecidos por lei
Nesse sentido, a administração pública
só pode ser exercida se estiver de O princípio da moralidade obriga os
acordo com as leis, fazendo com que a agentes públicos a atuarem em
atuação do Executivo concretize conformidade com os princípios éticos.
somente a vontade geral dos cidadãos e Todo comportamento que vise confundir
cidadãs, ou seja, o princípio da e/ou prejudicar o exercício dos direitos
legalidade vai contra a um por parte da sociedade será penalizado
comportamento personalista, pelo descumprimento do princípio em
favoritismos, entre outras práticas. A questão.
ideia é valorizar a cidadania e o É importante levar em consideração que
interesse coletivo. o princípio da moralidade não se refere
Além disso, é importante ressaltar que a exatamente à moral comum, mas sim
atividade de todos os agentes públicos – aos valores morais que estão postos nas
desde o Presidente da República, até normas jurídicas. Ainda assim, toda
servidores municipais – está submetida ofensa à moral social, que esteja
à obediência, cumprimento e prática das associada a alguma determinação
leis. jurídica, também será considerada uma
ofensa ao princípio da moralidade.

IMPESSOALIDADE – o tratamento
igualitário PUBLICIDADE – a prestação de contas à
população
O princípio da impessoalidade busca
traduzir a noção de que a administração O princípio da publicidade garante
pública deve tratar todos os cidadãos e a transparência na administração
cidadãs sem discriminações. pública. Nós vivemos em um Estado
Divergências ou convergências Democrático de Direito, ou seja, o
políticas/ideológicas, simpatias ou poder pertence ao povo, assim não deve
desavenças pessoais não podem ocorrer qualquer tipo de ocultamento de

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informações por parte do poder público. III - o prazo de validade do concurso


219
É dever de todos os órgãos e instituições público será de até dois anos, prorrogável
públicas disponibilizarem dados e uma vez, por igual período;
informações a fim de honrar
IV - durante o prazo improrrogável
a prestação de contas para a previsto no edital de convocação, aquele
sociedade. O sigilo é exceção para aprovado em concurso público de provas ou
casos de segurança nacional ou outros de provas e títulos será convocado com
motivos previstos em lei. prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira;
Nesse sentido, como já comentamos nas
matérias anteriores, a Lei nº 12.527 de V - as funções de confiança, exercidas
2011 – a Lei de Acesso à Informação – exclusivamente por servidores ocupantes de
vem para contemplar e regulamentar o cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
direito de acesso à informação por parte serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais
de todos os cidadãos e cidadãs.
mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
EFICIÊNCIA – a boa gestão dos
recursos e serviços públicos VI - é garantido ao servidor público civil
o direito à livre associação sindical;
O princípio da eficiência se resume no
conceito da boa administração. Sem VII - o direito de greve será exercido
ferir o princípio da legalidade (ou seja, nos termos e nos limites definidos em lei
estando dentro da lei) é dever do específica;
servidor público atuar a fim de oferecer
VIII - a lei reservará percentual dos
o melhor serviço possível preservando
cargos e empregos públicos para as
os recursos públicos. pessoas portadoras de deficiência e definirá
Ou seja, a administração pública deve os critérios de sua admissão;
sempre priorizar a execução de serviços
com ótima qualidade, respeitando os IX - a lei estabelecerá os casos de
contratação por tempo determinado para
princípios administrativos e fazendo uso
atender a necessidade temporária de
correto do orçamento público, evitando excepcional interesse público;
desperdícios.
X - a remuneração dos servidores
I - os cargos, empregos e funções públicos e o subsídio de que trata o § 4º do
públicas são acessíveis aos brasileiros que art. 39 somente poderão ser fixados ou
preencham os requisitos estabelecidos em alterados por lei específica, observada a
lei, assim como aos estrangeiros, na forma iniciativa privativa em cada caso,
da lei; assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de
índices;
II - a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e XI - a remuneração e o subsídio dos
títulos, de acordo com a natureza e a ocupantes de cargos, funções e empregos
complexidade do cargo ou emprego, na públicos da administração direta, autárquica
forma prevista em lei, ressalvadas as e fundacional, dos membros de qualquer dos
nomeações para cargo em comissão Poderes da União, dos Estados, do Distrito
declarado em lei de livre nomeação e Federal e dos Municípios, dos detentores de
exoneração; mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra

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espécie remuneratória, percebidos b) a de um cargo de professor com


220
cumulativamente ou não, incluídas as outro técnico ou científico;
vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio c) a de dois cargos ou empregos
mensal, em espécie, dos Ministros do privativos de profissionais de saúde, com
Supremo Tribunal Federal, aplicando-se profissões regulamentadas;
como limite, nos Municípios, o subsídio do
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, XVII - a proibição de acumular
o subsídio mensal do Governador no âmbito estende-se a empregos e funções e abrange
do Poder Executivo, o subsídio dos autarquias, fundações, empresas públicas,
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito sociedades de economia mista, suas
do Poder Legislativo e o subsidio dos subsidiárias, e sociedades controladas,
Desembargadores do Tribunal de Justiça, direta ou indiretamente, pelo poder
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco público;
centésimos por cento do subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo XVIII - a administração fazendária e
Tribunal Federal, no âmbito do Poder seus servidores fiscais terão, dentro de suas
Judiciário, aplicável este limite aos membros áreas de competência e jurisdição,
do Ministério Público, aos Procuradores e precedência sobre os demais setores
aos Defensores Públicos; administrativos, na forma da lei;

XII - os vencimentos dos cargos do XIX – somente por lei específica


Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderá ser criada autarquia e autorizada a
poderão ser superiores aos pagos pelo instituição de empresa pública, de sociedade
Poder Executivo; de economia mista e de fundação, cabendo
à lei complementar, neste último caso, definir
XIII - é vedada a vinculação ou as áreas de sua atuação;
equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de XX - depende de autorização
remuneração de pessoal do serviço legislativa, em cada caso, a criação de
público; subsidiárias das entidades mencionadas no
inciso anterior, assim como a participação de
XIV - os acréscimos pecuniários qualquer delas em empresa privada;
percebidos por servidor público não serão
computados nem acumulados para fins de XXI - ressalvados os casos
concessão de acréscimos especificados na legislação, as obras,
ulteriores; serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação
XV - o subsídio e os vencimentos dos pública que assegure igualdade de
ocupantes de cargos e empregos públicos condições a todos os concorrentes, com
são irredutíveis, ressalvado o disposto nos cláusulas que estabeleçam obrigações de
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, pagamento, mantidas as condições efetivas
§ 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; da proposta, nos termos da lei, o qual
somente permitirá as exigências de
XVI - é vedada a acumulação qualificação técnica e econômica
remunerada de cargos públicos, exceto, indispensáveis à garantia do cumprimento
quando houver compatibilidade de horários, das obrigações.
observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI: XXII - as administrações tributárias da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
a) a de dois cargos de Municípios, atividades essenciais ao
professor; funcionamento do Estado, exercidas por
servidores de carreiras específicas, terão
recursos prioritários para a realização de

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suas atividades e atuarão de forma § 6º As pessoas jurídicas de direito


221
integrada, inclusive com o compartilhamento público e as de direito privado prestadoras
de cadastros e de informações fiscais, na de serviços públicos responderão pelos
forma da lei ou convênio. danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito
§ 1º A publicidade dos atos, de regresso contra o responsável nos casos
programas, obras, serviços e campanhas de dolo ou culpa.
dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação § 7º A lei disporá sobre os requisitos e
social, dela não podendo constar nomes, as restrições ao ocupante de cargo ou
símbolos ou imagens que caracterizem emprego da administração direta e indireta
promoção pessoal de autoridades ou que possibilite o acesso a informações
servidores públicos. privilegiadas.

§ 2º A não observância do disposto § 8º A autonomia gerencial,


nos incisos II e III implicará a nulidade do ato orçamentária e financeira dos órgãos e
e a punição da autoridade responsável, nos entidades da administração direta e indireta
termos da lei. poderá ser ampliada mediante contrato, a
ser firmado entre seus administradores e o
§ 3º A lei disciplinará as formas de poder público, que tenha por objeto a fixação
participação do usuário na administração de metas de desempenho para o órgão ou
pública direta e indireta, regulando entidade, cabendo à lei dispor
especialmente: sobre:

I - as reclamações relativas à I - o prazo de duração do contrato;


prestação dos serviços públicos em geral,
asseguradas a manutenção de serviços de II - os controles e critérios de avaliação
atendimento ao usuário e a avaliação de desempenho, direitos, obrigações e
periódica, externa e interna, da qualidade responsabilidade dos dirigentes;
dos serviços;
III - a remuneração do pessoal.
II - o acesso dos usuários a registros
administrativos e a informações sobre atos § 9º O disposto no inciso XI aplica-se
de governo, observado o disposto no art. 5º, às empresas públicas e às sociedades de
X e XXXIII; economia mista, e suas subsidiárias, que
receberem recursos da União, dos Estados,
III - a disciplina da representação do Distrito Federal ou dos Municípios para
contra o exercício negligente ou abusivo de pagamento de despesas de pessoal ou de
cargo, emprego ou função na administração custeio em geral.
pública.
§ 10. É vedada a percepção
§ 4º - Os atos de improbidade simultânea de proventos de aposentadoria
administrativa importarão a suspensão dos decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142
direitos políticos, a perda da função pública, com a remuneração de cargo, emprego ou
a indisponibilidade dos bens e o função pública, ressalvados os cargos
ressarcimento ao erário, na forma e acumuláveis na forma desta Constituição, os
gradação previstas em lei, sem prejuízo da cargos eletivos e os cargos em comissão
ação penal cabível. declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de
prescrição para ilícitos praticados por § 11. Não serão computadas, para
qualquer agente, servidor ou não, que efeito dos limites remuneratórios de que trata
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas
respectivas ações de ressarcimento.

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de caráter indenizatório previstas em Art. 38. Ao servidor público da


222
lei. administração direta, autárquica e
fundacional, no exercício de mandato
§ 12. Para os fins do disposto no eletivo, aplicam-se as seguintes
inciso XI do caput deste artigo, fica facultado disposições:
aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em
seu âmbito, mediante emenda às I - tratando-se de mandato eletivo
respectivas Constituições e Lei Orgânica, federal, estadual ou distrital, ficará afastado
como limite único, o subsídio mensal dos de seu cargo, emprego ou função;
Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e II - investido no mandato de Prefeito,
cinco centésimos por cento do subsídio será afastado do cargo, emprego ou função,
mensal dos Ministros do Supremo Tribunal sendo-lhe facultado optar pela sua
Federal, não se aplicando o disposto neste remuneração;
parágrafo aos subsídios dos Deputados
Estaduais e Distritais e dos III - investido no mandato de Vereador,
Vereadores. havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo,
§ 13. O servidor público titular de cargo emprego ou função, sem prejuízo da
efetivo poderá ser readaptado para exercício remuneração do cargo eletivo, e, não
de cargo cujas atribuições e havendo compatibilidade, será aplicada a
responsabilidades sejam compatíveis com a norma do inciso anterior;
limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, enquanto IV - em qualquer caso que exija o
permanecer nesta condição, desde que afastamento para o exercício de mandato
possua a habilitação e o nível de eletivo, seu tempo de serviço será contado
para todos os efeitos legais, exceto para
escolaridade exigidos para o cargo de
promoção por merecimento;
destino, mantida a remuneração do cargo de
origem. V - na hipótese de ser segurado de
regime próprio de previdência social,
§ 14. A aposentadoria concedida com permanecerá filiado a esse regime, no ente
a utilização de tempo de contribuição federativo de origem.
decorrente de cargo, emprego ou função
pública, inclusive do Regime Geral de
Previdência Social, acarretará o rompimento
do vínculo que gerou o referido tempo de
contribuição.

§ 15. É vedada a complementação de


aposentadorias de servidores públicos e de
pensões por morte a seus dependentes que SEÇÃO II
não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a
16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS
que extinga regime próprio de previdência
social. DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(Redação dada pela Emenda
§ 16. Os órgãos e entidades da Constitucional nº 18, de 1998)
administração pública, individual ou
conjuntamente, devem realizar avaliação Art. 39. A União, os Estados, o Distrito
das políticas públicas, inclusive com Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de
sua competência, regime jurídico único e planos
divulgação do objeto a ser avaliado e dos de carreira para os servidores da administração
resultados alcançados, na forma da lei.
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pública direta, das autarquias e das fundações IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e
223 XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
públicas. (Vide ADI nº 2.135)
diferenciados de admissão quando a natureza do
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito cargo o exigir. (Incluído pela Emenda
Federal e os Municípios instituirão conselho de Constitucional nº 19, de 1998)
política de administração e remuneração de
pessoal, integrado por servidores designados § 4º O membro de Poder, o detentor de
pelos respectivos Poderes. (Redação mandato eletivo, os Ministros de Estado e os
dada pela Emenda Constitucional nº 19, Secretários Estaduais e Municipais serão
de 1998) (Vide ADI nº 2.135) remunerados exclusivamente por subsídio fixado
em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio,
§ 1º A lei assegurará, aos servidores da verba de representação ou outra espécie
administração direta, isonomia de vencimentos remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
para cargos de atribuições iguais ou
assemelhados do mesmo Poder ou entre
disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela
servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter
individual e as relativas à natureza ou ao local de § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito
trabalho. (Vide Lei nº 8.448, de 1992) Federal e dos Municípios poderá estabelecer a
relação entre a maior e a menor remuneração
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento dos servidores públicos, obedecido, em qualquer
e dos demais componentes do sistema caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído
remuneratório observará: (Redação pela Emenda Constitucional nº 19, de
dada pela Emenda Constitucional nº 19, 1998)
de 1998)
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e
I - a natureza, o grau de responsabilidade Judiciário publicarão anualmente os valores do
e a complexidade dos cargos componentes de subsídio e da remuneração dos cargos e
cada carreira; (Incluído pela Emenda empregos públicos. (Incluído pela
Constitucional nº 19, de 1998) Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - os requisitos para a § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação
investidura; (Incluído pela Emenda de recursos orçamentários provenientes da
Constitucional nº 19, de 1998) economia com despesas correntes em cada
órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
III - as peculiaridades dos desenvolvimento de programas de qualidade e
cargos. (Incluído pela Emenda produtividade, treinamento e desenvolvimento,
Constitucional nº 19, de 1998) modernização, reaparelhamento e
racionalização do serviço público, inclusive sob a
forma de adicional ou prêmio de
§ 2º Aplica-se a esses servidores o
disposto no art. 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII,
produtividade. (Incluído pela Emenda
XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX. Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º A União, os Estados e o Distrito § 8º A remuneração dos servidores


Federal manterão escolas de governo para a públicos organizados em carreira poderá ser
formação e o aperfeiçoamento dos servidores fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela
públicos, constituindo-se a participação nos Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
cursos um dos requisitos para a promoção na
carreira, facultada, para isso, a celebração de § 9º É vedada a incorporação de
convênios ou contratos entre os entes vantagens de caráter temporário ou vinculadas
federados. (Redação dada pela ao exercício de função de confiança ou de cargo
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) em comissão à remuneração do cargo
efetivo. (Incluído pela Emenda
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes Constitucional nº 103, de 2019)
de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII,

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Art. 40. O servidor será aposentado: autarquias e fundações, é assegurado regime de


224 I - por invalidez permanente, sendo os previdência de caráter contributivo e solidário,
proventos integrais quando decorrentes de mediante contribuição do respectivo ente público,
acidente em serviço, moléstia profissional ou dos servidores ativos e inativos e dos
doença grave, contagiosa ou incurável, pensionistas, observados critérios que
especificadas em lei, e proporcionais nos demais preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
casos; disposto neste artigo. (Redação dada
II - compulsoriamente, aos setenta anos de pela Emenda Constitucional nº 41,
idade, com proventos proporcionais ao tempo de
serviço; 19.12.2003)
III - voluntariamente:
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se Art. 40. O regime próprio de previdência
homem, e aos trinta, se mulher, com proventos social dos servidores titulares de cargos efetivos
integrais; terá caráter contributivo e solidário, mediante
b) aos trinta anos de efetivo exercício em contribuição do respectivo ente federativo, de
funções de magistério, se professor, e vinte e servidores ativos, de aposentados e de
cinco, se professora, com proventos integrais; pensionistas, observados critérios que
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e preservem o equilíbrio financeiro e
aos vinte e cinco, se mulher, com proventos atuarial. (Redação dada pela
proporcionais a esse tempo; Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se
homem, e aos sessenta, se mulher, com
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime
proventos proporcionais ao tempo de serviço. de previdência de que trata este artigo serão
§ 1º - Lei complementar poderá aposentados, calculados os seus proventos a
estabelecer exceções ao disposto no inciso III,
partir dos valores fixados na forma do § 3º:
"a" e "c", no caso de exercício de atividades
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime
consideradas penosas, insalubres ou perigosas.
de previdência de que trata este artigo serão
§ 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria
aposentados, calculados os seus proventos a
em cargos ou empregos temporários. partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e
§ 3º - O tempo de serviço público federal,
estadual ou municipal será computado 17: (Redação dada pela Emenda
integralmente para os efeitos de aposentadoria e Constitucional nº 41, 19.12.2003)
de disponibilidade.
§ 4º - Os proventos da aposentadoria § 1º O servidor abrangido por regime
serão revistos, na mesma proporção e na mesma próprio de previdência social será
data, sempre que se modificar a remuneração aposentado: (Redação dada pela
dos servidores em atividade, sendo também Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou
vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em atividade, inclusive quando I - por invalidez permanente, sendo os
decorrentes da transformação ou reclassificação proventos proporcionais ao tempo de
do cargo ou função em que se deu a contribuição, exceto se decorrente de acidente
aposentadoria, na forma da lei. em serviço, moléstia profissional ou doença
§ 5º - O benefício da pensão por morte grave, contagiosa ou incurável, especificadas em
corresponderá à totalidade dos vencimentos ou lei; (Redação dada pela Emenda
proventos do servidor falecido, até o limite Constitucional nº 20, de 1998)
estabelecido em lei, observado o disposto no I - por invalidez permanente, sendo os
parágrafo anterior. proventos proporcionais ao tempo de
Art. 40 - Aos servidores titulares de cargos contribuição, exceto se decorrente de acidente
efetivos da União, dos Estados, do Distrito em serviço, moléstia profissional ou doença
Federal e dos Municípios, incluídas suas grave, contagiosa ou incurável, na forma da
autarquias e fundações, é assegurado regime de lei; (Redação dada pela Emenda
previdência de caráter contributivo, observados
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial e o disposto neste
I - por incapacidade permanente para o
artigo. (Redação dada pela Emenda trabalho, no cargo em que estiver investido,
Constitucional nº 20, de 15/12/98) quando insuscetível de readaptação, hipótese
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos em que será obrigatória a realização de
efetivos da União, dos Estados, do Distrito avaliações periódicas para verificação da
Federal e dos Municípios, incluídas suas continuidade das condições que ensejaram a

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concessão da aposentadoria, na forma de lei do concessão da pensão. (Redação dada


225
respectivo ente federativo; (Redação pela Emenda Constitucional nº 20, de
dada pela Emenda Constitucional nº 1998)
103, de 2019)
§ 2º Os proventos de aposentadoria não
II - compulsoriamente, aos setenta anos de poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se
idade, com proventos proporcionais ao tempo de refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite
contribuição; (Redação dada pela máximo estabelecido para o Regime Geral de
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Previdência Social, observado o disposto nos §§
14 a 16. (Redação dada pela
II - compulsoriamente, com proventos Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70
(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e § 3º Os proventos de aposentadoria, por
cinco) anos de idade, na forma de lei ocasião da sua concessão, serão calculados com
complementar; (Redação dada pela base na remuneração do servidor no cargo
Emenda Constitucional nº 88, de efetivo em que se der a aposentadoria e, na
forma da lei, corresponderão à totalidade da
2015) (Vide Lei Complementar nº
remuneração. (Redação dada pela
152, de 2015)
Emenda Constitucional nº 20, de
III - voluntariamente, desde que cumprido
15/12/98)
tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício § 3º Para o cálculo dos proventos de
no serviço público e cinco anos no cargo efetivo aposentadoria, por ocasião da sua concessão,
em que se dará a aposentadoria, observadas as serão consideradas as remunerações utilizadas
como base para as contribuições do servidor aos
seguintes condições: (Redação dada regimes de previdência de que tratam este artigo
pela Emenda Constitucional nº 20, de e o art. 201, na forma da lei. (Redação
1998) dada pela Emenda Constitucional nº 41,
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco
de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco
19.12.2003)
anos de idade e trinta de contribuição, se
mulher; (Redação dada pela Emenda § 3º As regras para cálculo de proventos
de aposentadoria serão disciplinadas em lei do
Constitucional nº 20, de 1998) (Vide
respectivo ente federativo. (Redação
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
b) sessenta e cinco anos de idade, se dada pela Emenda Constitucional nº
homem, e sessenta anos de idade, se mulher, 103, de 2019)
com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição (Redação dada pela § 4º É vedada a adoção de requisitos e
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de
que trata este artigo, ressalvados os casos de
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta atividades exercidas exclusivamente sob
e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 condições especiais que prejudiquem a saúde ou
(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, a integridade física, definidos em lei
no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, na idade mínima estabelecida complementar. (Redação dada pela
mediante emenda às respectivas Constituições e Emenda Constitucional nº 20, de
Leis Orgânicas, observados o tempo de 15/12/98)
contribuição e os demais requisitos § 4º É vedada a adoção de requisitos e
estabelecidos em lei complementar do respectivo critérios diferenciados para a concessão de
ente federativo. (Redação dada pela aposentadoria aos abrangidos pelo regime de
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) que trata este artigo, ressalvados, nos termos
definidos em leis complementares, os casos de
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as
servidores: (Redação dada pela
pensões, por ocasião de sua concessão, não Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
poderão exceder a remuneração do respectivo I portadores de
servidor, no cargo efetivo em que se deu a deficiência; (Incluído pela Emenda
aposentadoria ou que serviu de referência para a Constitucional nº 47, de 2005)

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II que exerçam atividades de médio. (Redação dada pela Emenda


226
risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
Constitucional nº 47, de 2005)
III cujas atividades sejam exercidas sob § 5º Os ocupantes do cargo de professor
condições especiais que prejudiquem a saúde ou terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos
a integridade física. (Incluído pela em relação às idades decorrentes da aplicação
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) do disposto no inciso III do § 1º, desde que
comprovem tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou
ensino fundamental e médio fixado em lei
critérios diferenciados para concessão de complementar do respectivo ente
benefícios em regime próprio de previdência
federativo. (Redação dada pela
social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B,
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
4º-C e 5º. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 6.º As aposentadorias e pensões dos
servidores públicos federais serão custeadas
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei com recursos provenientes da União e das
complementar do respectivo ente federativo contribuições dos servidores, na forma da
idade e tempo de contribuição diferenciados para lei. (Incluído pela Emenda
aposentadoria de servidores com deficiência, Constitucional nº 3, de 1993)
previamente submetidos a avaliação § 6º Ressalvadas as aposentadorias
biopsicossocial realizada por equipe decorrentes dos cargos acumuláveis na forma
multiprofissional e desta Constituição, é vedada a percepção de
interdisciplinar. (Incluído pela Emenda mais de uma aposentadoria à conta do regime de
Constitucional nº 103, de 2019) previdência previsto neste
artigo. (Redação dada pela Emenda
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei Constitucional nº 20, de 15/12/98)
complementar do respectivo ente federativo
idade e tempo de contribuição diferenciados para § 6º Ressalvadas as aposentadorias
aposentadoria de ocupantes do cargo de agente decorrentes dos cargos acumuláveis na forma
penitenciário, de agente socioeducativo ou de desta Constituição, é vedada a percepção de
mais de uma aposentadoria à conta de regime
policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do
próprio de previdência social, aplicando-se
caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52
outras vedações, regras e condições para a
e os incisos I a IV do caput do art. acumulação de benefícios previdenciários
144. (Incluído pela Emenda estabelecidas no Regime Geral de Previdência
Constitucional nº 103, de 2019) Social. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei
complementar do respectivo ente federativo § 7º - Lei disporá sobre a concessão do
idade e tempo de contribuição diferenciados para benefício da pensão por morte, que será igual ao
aposentadoria de servidores cujas atividades valor dos proventos do servidor falecido ou ao
sejam exercidas com efetiva exposição a valor dos proventos a que teria direito o servidor
agentes químicos, físicos e biológicos em atividade na data de seu falecimento,
prejudiciais à saúde, ou associação desses observado o disposto no § 3º (Incluído
agentes, vedada a caracterização por categoria pela Emenda Constitucional nº 20, de
profissional ou ocupação. (Incluído pela 15/12/98)
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 7º Lei disporá sobre a concessão do
benefício de pensão por morte, que será
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de igual: (Redação dada pela Emenda
contribuição serão reduzidos em cinco anos, em Constitucional nº 41, 19.12.2003)
relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o I - ao valor da totalidade dos proventos do
professor que comprove exclusivamente tempo servidor falecido, até o limite máximo
de efetivo exercício das funções de magistério na estabelecido para os benefícios do regime geral
educação infantil e no ensino fundamental e de previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela
excedente a este limite, caso aposentado à data
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do óbito; ou (Incluído pela Emenda § 9º O tempo de contribuição federal,


227 estadual, distrital ou municipal será contado para
Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Vide
fins de aposentadoria, observado o disposto nos
ADIN 3133) §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço
II - ao valor da totalidade da remuneração correspondente será contado para fins de
do servidor no cargo efetivo em que se deu o
falecimento, até o limite máximo estabelecido disponibilidade. (Redação dada
para os benefícios do regime geral de pela Emenda Constitucional nº 103, de
previdência social de que trata o art. 201, 2019)
acrescido de setenta por cento da parcela
excedente a este limite, caso em atividade na § 10 - A lei não poderá estabelecer
data do óbito. (Incluído pela Emenda qualquer forma de contagem de tempo de
Constitucional nº 41, contribuição fictício. (Incluído pela
19.12.2003) (Vide ADIN 3133) Emenda Constitucional nº 20, de
15/12/98) (Vide Emenda
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. Constitucional nº 20, de 1998)
201, quando se tratar da única fonte de renda
formal auferida pelo dependente, o benefício de § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37,
pensão por morte será concedido nos termos de XI, à soma total dos proventos de inatividade,
lei do respectivo ente federativo, a qual tratará de inclusive quando decorrentes da acumulação de
forma diferenciada a hipótese de morte dos cargos ou empregos públicos, bem como de
servidores de que trata o § 4º-B decorrente de outras atividades sujeitas a contribuição para o
agressão sofrida no exercício ou em razão da regime geral de previdência social, e ao
função. (Redação dada pela montante resultante da adição de proventos de
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) inatividade com remuneração de cargo
acumulável na forma desta Constituição, cargo
§ 8º Observado o disposto no art. 37, XI, em comissão declarado em lei de livre nomeação
os proventos de aposentadoria e as pensões e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído
serão revistos na mesma proporção e na mesma pela Emenda Constitucional nº 20, de
data, sempre que se modificar a remuneração 15/12/98)
dos servidores em atividade, sendo também
estendidos aos aposentados e aos pensionistas
quaisquer benefícios ou vantagens § 12 - Além do disposto neste artigo, o
posteriormente concedidos aos servidores em regime de previdência dos servidores públicos
atividade, inclusive quando decorrentes da titulares de cargo efetivo observará, no que
transformação ou reclassificação do cargo ou couber, os requisitos e critérios fixados para o
função em que se deu a aposentadoria ou que regime geral de previdência
serviu de referência para a concessão da social. (Incluído pela Emenda
pensão, na forma da lei. (Incluído pela Constitucional nº 20, de 15/12/98)
Emenda Constitucional nº 20, de
15/12/98) § 12. Além do disposto neste artigo, serão
observados, em regime próprio de previdência
social, no que couber, os requisitos e critérios
§ 8º É assegurado o reajustamento dos fixados para o Regime Geral de Previdência
benefícios para preservar-lhes, em caráter
permanente, o valor real, conforme critérios Social. (Redação dada pela
estabelecidos em lei. (Redação dada Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
pela Emenda Constitucional nº 41,
§ 13 - Ao servidor ocupante,
19.12.2003) exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e
§ 9º O tempo de contribuição federal, exoneração bem como de outro cargo temporário
estadual ou municipal será contado para efeito ou de emprego público, aplica-se o regime geral
de aposentadoria e o tempo de serviço de previdência social. (Incluído pela
correspondente para efeito de
Emenda Constitucional nº 20, de
disponibilidade. (Incluído pela
15/12/98)
Emenda Constitucional nº 20, de
15/12/98) § 13. Aplica-se ao agente público
ocupante, exclusivamente, de cargo em

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comissão declarado em lei de livre nomeação e entidade fechada de previdência complementar


228 exoneração, de outro cargo temporário, inclusive ou de entidade aberta de previdência
mandato eletivo, ou de emprego público, o complementar. (Redação dada pela
Regime Geral de Previdência Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Social. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 16 - Somente mediante sua prévia e
expressa opção, o disposto nos § § 14 e 15
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito poderá ser aplicado ao servidor que tiver
Federal e os Municípios, desde que instituam ingressado no serviço público até a data da
regime de previdência complementar para os publicação do ato de instituição do
seus respectivos servidores titulares de cargo correspondente regime de previdência
efetivo, poderão fixar, para o valor das complementar. (Incluído pela Emenda
aposentadorias e pensões a serem concedidas Constitucional nº 20, de 15/12/98)
pelo regime de que trata este artigo, o limite
máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o § 17. Todos os valores de remuneração
considerados para o cálculo do benefício previsto
art. 201. (Incluído pela Emenda no § 3° serão devidamente atualizados, na forma
Constitucional nº 20, de 15/12/98) da lei. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 14. A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios instituirão, por lei de
iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime § 18. Incidirá contribuição sobre os
de previdência complementar para servidores proventos de aposentadorias e pensões
públicos ocupantes de cargo efetivo, observado concedidas pelo regime de que trata este artigo
o limite máximo dos benefícios do Regime Geral que superem o limite máximo estabelecido para
de Previdência Social para o valor das os benefícios do regime geral de previdência
aposentadorias e das pensões em regime próprio social de que trata o art. 201, com percentual
de previdência social, ressalvado o disposto no § igual ao estabelecido para os servidores titulares
16. (Redação dada pela Emenda de cargos efetivos. (Incluído pela
Constitucional nº 103, de 2019) Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003) (Vide ADIN 3133) (Vide
§ 15 - Observado o disposto no art. 202, lei ADIN 3143) (Vide ADIN 3184)
complementar disporá sobre as normas gerais
para a instituição de regime de previdência § 19. O servidor de que trata este artigo
complementar pela União, Estados, Distrito que tenha completado as exigências para
Federal e Municípios, para atender aos seus aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º,
respectivos servidores titulares de cargo III, a, e que opte por permanecer em atividade
efetivo. (Incluído pela Emenda fará jus a um abono de permanência equivalente
Constitucional nº 20, de 15/12/98) ao valor da sua contribuição previdenciária até
§ 15. O regime de previdência completar as exigências para aposentadoria
complementar de que trata o § 14 será instituído compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído
por lei de iniciativa do respectivo Poder pela Emenda Constitucional nº 41,
Executivo, observado o disposto no art. 202 e 19.12.2003)
seus parágrafos, no que couber, por intermédio
de entidades fechadas de previdência § 19. Observados critérios a serem
complementar, de natureza pública, que estabelecidos em lei do respectivo ente
oferecerão aos respectivos participantes planos
federativo, o servidor titular de cargo efetivo que
de benefícios somente na modalidade de
tenha completado as exigências para a
contribuição definida. (Redação dada aposentadoria voluntária e que opte por
pela Emenda Constitucional nº 41, permanecer em atividade poderá fazer jus a um
19.12.2003) abono de permanência equivalente, no máximo,
ao valor da sua contribuição previdenciária, até
§ 15. O regime de previdência completar a idade para aposentadoria
complementar de que trata o § 14 oferecerá compulsória. (Redação dada pela
plano de benefícios somente na modalidade Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
contribuição definida, observará o disposto no
art. 202 e será efetivado por intermédio de

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§ 20. Fica vedada a existência de mais de III - fiscalização pela União e controle
229 um regime próprio de previdência social para os externo e social; (Incluído pela Emenda
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais Constitucional nº 103, de 2019)
de uma unidade gestora do respectivo regime em
cada ente estatal, ressalvado o disposto no art.
142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda IV - definição de equilíbrio financeiro e
Constitucional nº 41, 19.12.2003) atuarial; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 20. É vedada a existência de mais de um
regime próprio de previdência social e de mais de V - condições para instituição do fundo
um órgão ou entidade gestora desse regime em com finalidade previdenciária de que trata o art.
cada ente federativo, abrangidos todos os 249 e para vinculação a ele dos recursos
poderes, órgãos e entidades autárquicas e provenientes de contribuições e dos bens,
fundacionais, que serão responsáveis pelo seu direitos e ativos de qualquer
financiamento, observados os critérios, os natureza; (Incluído pela Emenda
parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei
complementar de que trata o § Constitucional nº 103, de 2019)
22. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) VI - mecanismos de equacionamento do
deficit atuarial; (Incluído pela Emenda
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste Constitucional nº 103, de 2019)
artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
proventos de aposentadoria e de pensão que VII - estruturação do órgão ou entidade
superem o dobro do limite máximo estabelecido gestora do regime, observados os princípios
para os benefícios do regime geral de relacionados com governança, controle interno e
previdência social de que trata o art. 201 desta
transparência; (Incluído pela Emenda
Constituição, quando o beneficiário, na forma da
lei, for portador de doença Constitucional nº 103, de 2019)
incapacitante. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 47, de 2005)(Revogado VIII - condições e hipóteses para
responsabilização daqueles que desempenhem
pela Emenda Constitucional nº 103, de
atribuições relacionadas, direta ou indiretamente,
2019) (Vigência) (Vide Emenda
com a gestão do regime; (Incluído pela
Constitucional nº 103, de 2019)
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 21. (Revogado). (Redação dada
IX - condições para adesão a consórcio
pela Emenda Constitucional nº 103, de
público; (Incluído pela Emenda
2019) Constitucional nº 103, de 2019)
§ 22. Vedada a instituição de novos
X - parâmetros para apuração da base de
regimes próprios de previdência social, lei
cálculo e definição de alíquota de contribuições
complementar federal estabelecerá, para os que
já existam, normas gerais de organização, de ordinárias e extraordinárias. (Incluído
funcionamento e de responsabilidade em sua pela Emenda Constitucional nº 103, de
gestão, dispondo, entre outros aspectos, 2019)
sobre: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019) Art. 41. São estáveis, após dois anos de
efetivo exercício, os servidores nomeados em
virtude de concurso público.
I - requisitos para sua extinção e
§ 1º - O servidor público estável só perderá
consequente migração para o Regime Geral de o cargo em virtude de sentença judicial transitada
Previdência Social; (Incluído pela em julgado ou mediante processo administrativo
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) em que lhe seja assegurada ampla defesa.
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a
II - modelo de arrecadação, de aplicação e demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga
de utilização dos recursos; (Incluído pela reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
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indenização, aproveitado em outro cargo ou SEÇÃO III


230 posto em disponibilidade.
§ 3º - Extinto o cargo ou declarada sua DOS SERVIDORES PÚBLICOS
desnecessidade, o servidor estável ficará em MILITARES
disponibilidade remunerada, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO
DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Art. 41. São estáveis após três anos de
efetivo exercício os servidores nomeados para
(Redação dada pela Emenda
cargo de provimento efetivo em virtude de Constitucional nº 18, de 1998)
concurso público. (Redação dada pela Art. 42. São servidores militares federais
os integrantes das Forças Armadas e servidores
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) militares dos Estados, Territórios e Distrito
Federal os integrantes de suas polícias militares
§ 1º O servidor público estável só perderá e de seus corpos de bombeiros militares.
o cargo: (Redação dada pela Emenda § 1º As patentes, com prerrogativas,
Constitucional nº 19, de 1998) direitos e deveres a elas inerentes, são
asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa,
da reserva ou reformados das Forças Armadas,
I - em virtude de sentença judicial
das polícias militares e dos corpos de bombeiros
transitada em julgado; (Incluído pela militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Federal, sendo-lhes privativos os títulos, postos
e uniformes militares.
II - mediante processo administrativo em § 2º As patentes dos oficiais das Forças
que lhe seja assegurada ampla Armadas são conferidas pelo Presidente da
defesa; (Incluído pela Emenda República, e as dos oficiais das polícias militares
Constitucional nº 19, de 1998) e corpos de bombeiros militares dos Estados,
Territórios e Distrito Federal, pelos respectivos
Governadores.
III - mediante procedimento de avaliação § 3º O militar em atividade que aceitar
periódica de desempenho, na forma de lei cargo público civil permanente será transferido
complementar, assegurada ampla para a reserva.
defesa. (Incluído pela Emenda § 4º O militar da ativa que aceitar cargo,
Constitucional nº 19, de 1998) emprego ou função pública temporária, não
eletiva, ainda que da administração indireta,
§ 2º Invalidada por sentença judicial a ficará agregado ao respectivo quadro e somente
demissão do servidor estável, será ele poderá, enquanto permanecer nessa situação,
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se ser promovido por antigüidade, contando-se-lhe
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem o tempo de serviço apenas para aquela
direito a indenização, aproveitado em outro cargo promoção e transferência para a reserva, sendo
ou posto em disponibilidade com remuneração depois de dois anos de afastamento, contínuos
proporcional ao tempo de ou não, transferido para a inatividade.
§ 5º Ao militar são proibidas a
serviço. (Redação dada pela Emenda
sindicalização e a greve.
Constitucional nº 19, de 1998) § 6º O militar, enquanto em efetivo serviço,
não pode estar filiado a partidos políticos.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua § 7º O oficial das Forças Armadas só
desnecessidade, o servidor estável ficará em perderá o posto e a patente se for julgado indigno
disponibilidade, com remuneração proporcional do oficialato ou com ele incompatível, por
ao tempo de serviço, até seu adequado decisão de tribunal militar de caráter permanente,
aproveitamento em outro em tempo de paz, ou de tribunal especial, em
cargo. (Redação dada pela Emenda tempo de guerra.
Constitucional nº 19, de 1998) § 8º O oficial condenado na justiça comum
ou militar a pena privativa de liberdade superior a
dois anos, por sentença transitada em julgado,
§ 4º Como condição para a aquisição da
será submetido ao julgamento previsto no
estabilidade, é obrigatória a avaliação especial
parágrafo anterior.
de desempenho por comissão instituída para
§ 9º A lei disporá sobre os limites de idade,
essa finalidade. (Incluído pela Emenda a estabilidade e outras condições de
Constitucional nº 19, de 1998)

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Daniele da Conceio Souza

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

transferência do servidor militar para a DAS REGIÕES


231 inatividade.
§ 10 Aplica-se aos servidores a que se Art. 43. Para efeitos administrativos, a
refere este artigo, e a seus pensionistas, o União poderá articular sua ação em um mesmo
disposto no art. 40, §§ 4º e 5º. complexo geoeconômico e social, visando a seu
§ 10 Aplica-se aos servidores a que se desenvolvimento e à redução das desigualdades
refere este artigo, e a seus pensionistas, o regionais.
disposto no art. 40, §§ 4.º, 5.º e
6.º (Redação dada pela Emenda § 1º Lei complementar disporá sobre:
Constitucional nº 3, de 1993)
§ 11 Aplica-se aos servidores a que se I - as condições para integração de regiões
refere este artigo o disposto no art. 7º, VIII, XII, em desenvolvimento;
XVII, XVIII e XIX.
II - a composição dos organismos
Art. 42 Os membros das Polícias Militares regionais que executarão, na forma da lei, os
e Corpos de Bombeiros Militares, instituições planos regionais, integrantes dos planos
organizadas com base na hierarquia e disciplina, nacionais de desenvolvimento econômico e
são militares dos Estados, do Distrito Federal e social, aprovados juntamente com estes.
dos Territórios. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 18, de 1998) § 2º Os incentivos regionais
compreenderão, além de outros, na forma da lei:
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios, além do que I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e
vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, outros itens de custos e preços de
§ 8º; do art. 40, § 3º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, responsabilidade do Poder Público;
cabendo a lei estadual específica dispor sobre as
matérias do art. 142, 3º, inciso X, sendo as II - juros favorecidos para financiamento de
patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos atividades prioritárias;
Governadores. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 18, de 1998) III - isenções, reduções ou diferimento
temporário de tributos federais devidos por
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, pessoas físicas ou jurídicas;
do Distrito Federal e dos Territórios, além do que
vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, IV - prioridade para o aproveitamento
§ 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, econômico e social dos rios e das massas de
cabendo a lei estadual específica dispor sobre as água represadas ou represáveis nas regiões de
matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos
governadores. (Redação dada pela § 3º Nas áreas a que se refere o § 2º, IV,
Emenda Constitucional nº 20, de a União incentivará a recuperação de terras
15/12/98) áridas e cooperará com os pequenos e médios
proprietários rurais para o estabelecimento, em
suas glebas, de fontes de água e de pequena
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos
irrigação.
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios
aplica-se o que for fixado em lei específica do
respectivo ente estatal. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003)

§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados,


do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no
art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade
militar. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 101, de 2019)

SEÇÃO IV

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Defesa do Estado e das instituições não são responsáveis pela


232
democráticas: segurança pública, organização segurança pública);
da Segurança Pública. • é de observância compulsória, o que
significa que é um dispositivo dirigido
RESUMÃO INICIAL também à organização dos estados-
membros, do que decorre não
poderem estes, em suas
constituições estaduais ou leis,
alterar ou acrescer o conteúdo
substancial do referido artigo
da Constituição Federal.

STF – direito de greve e carreiras de


segurança pública:

• Em abril de 2017, no julgamento do


O art. 144 da CF/1988 determina que a Recurso Extraordinário com Agravo
segurança pública: (ARE) n. 654.432, que teve
repercussão geral reconhecida, o
• é dever do Estado; Plenário do STF (por maioria de
• é direito e responsabilidade de todos; votos) reafirmou entendimento no
• será exercida para a preservação da sentido de que é inconstitucional o
ordem pública e da incolumidade das exercício do direito de greve por
pessoas e do patrimônio. parte de Policiais Civis e demais
servidores públicos que atuem
A política de segurança será implementada: diretamente na área de segurança
pública.
• pela polícia administrativa (que é • A Corte afirmou que o exercício do direito de
preventiva, ou ostensiva, e visa evitar greve é vedado aos integrantes de todas as
que os fatos criminosos se efetivem), carreiras policiais enunciadas no art. 144 da
e CF, o que significa que os membros das
• pela polícia judiciária (responsável seguintes corporações não podem fazer
pela investigação, atua de modo greve.
repressivo, após a ocorrência do
ilícito).

Os órgãos indicados pela Constituição como


encarregados pela segurança pública são os Atenção!
seguintes:

• Polícia Federal;
• Polícia Rodoviária Federal; Vamos agora para a nossa LETRA DE
• Polícia Ferroviária Federal; LEI! Aqui, você irá conseguir entender
• Polícias Civis; a forma de cobrança em prova.
• Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares;
• Polícias Penais Federal, Estaduais e
Distrital. CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Para o STF, o rol do art. 144:
Art. 144. A segurança pública, dever do
• é taxativo (não é exemplificativo; Estado, direito e responsabilidade de todos, é
razão pela qual as Guardas exercida para a preservação da ordem pública e
Municipais, que não estão ali citadas,

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da incolumidade das pessoas e do patrimônio, I - apurar infrações penais contra a


233 através dos seguintes órgãos: ordem política e social ou em detrimento de bens,
serviços e interesses da União ou de suas
I - polícia federal; entidades autárquicas e empresas públicas,
assim como outras infrações cuja prática tenha
repercussão interestadual ou internacional e
II - polícia rodoviária federal;
exija repressão uniforme, segundo se dispuser
em lei;
III - polícia ferroviária federal;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de
IV - polícias civis; entorpecentes e drogas afins, o contrabando e
o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária
V - polícias militares e corpos de e de outros órgãos públicos nas respectivas
bombeiros militares. áreas de competência;

VI - polícias penais federal, estaduais e III - exercer as funções de polícia


distrital. marítima, aeroportuária e de fronteiras;

Polícia federal; IV - exercer, com exclusividade, as


funções de polícia judiciária da União.
• Polícia híbrida (Administrativa e Judiciária)

§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão


permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da
Polícia rodoviária federal; lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias
• Polícia Administrativa (Ostensiva-Preventiva) federais.

§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão


permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da
Polícia ferroviária federal; lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
•Polícia Administrativa (Ostensiva-Preventiva) federais.

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por


delegados de polícia de carreira, incumbem,
Polícias civis; ressalvada a competência da União, as funções
de polícia judiciária e a apuração de infrações
•Polícia Judiciária (Investigativa)
penais, exceto as militares.

§ 5º Às polícias militares cabem a


polícia ostensiva e a preservação da ordem
Polícias militares e corpos de pública; aos corpos de bombeiros militares,
bombeiros militares. além das atribuições definidas em lei,
•Polícia Administrativa (Ostensiva-Preventiva) incumbe a execução de atividades de defesa
•Polícia Investigativa (Crimes militares) civil.

§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao


Polícias penais federal, estaduais e
órgão administrador do sistema penal da unidade
distrital.
federativa a que pertencem, cabe a segurança
• Segurança dos estabelecimentos penais dos estabelecimentos penais.

§ 6º As polícias militares e os corpos de


§ 1º A polícia federal, instituída por lei bombeiros militares, forças auxiliares e reserva
como órgão permanente, organizado e mantido do Exército subordinam-se, juntamente com as
pela União e estruturado em carreira, destina-se polícias civis e as polícias penais estaduais e
a: distrital, aos Governadores dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios.

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§ 7º A lei disciplinará a organização e o


234 funcionamento dos órgãos responsáveis pela
segurança pública, de maneira a garantir a
eficiência de suas atividades.

§ 8º Os Municípios poderão constituir


guardas municipais destinadas à proteção de
seus bens, serviços e instalações, conforme
dispuser a lei.

§ 9º A remuneração dos servidores


policiais integrantes dos órgãos relacionados
neste artigo será fixada na forma do § 4º do art.
39.

§ 10. A segurança viária, exercida para a


preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do seu patrimônio nas vias
públicas:

I - compreende a educação, engenharia e


fiscalização de trânsito, além de outras
atividades previstas em lei, que assegurem ao
cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente;

II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios, aos respectivos
órgãos ou entidades executivos e seus agentes
de trânsito, estruturados em Carreira, na forma
da lei.

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2. Constituição do Estado do Piauí: documentos acima mencionados ou de


235
quaisquer outros sob sua guarda, podendo, para
Da administração pública - Das Disposições
tanto, efetuar a cobrança de taxas de expediente
Gerais;
a serem regulamentadas em ato do Poder
CAPÍTULO V - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Executivo Estadual.
Seção I - Disposições Gerais
§ 3º É vedada, no âmbito da administração
Art. 39. A Administração Pública direta e indireta pública, sob pena de nulidade absoluta, a
de qualquer dos Poderes do Estado e dos contratação de obras e serviços sem a prévia
Municípios obedecerá aos princípios da aprovação do projeto respectivo pela autoridade
legalidade, impessoalidade, moralidade, competente e a indicação das disponibilidades
publicidade e eficiência. (Redação dada pela orçamentárias e financeiras.
Emenda Constitucional nº 27 de 17.12.08)
Art. 41. Somente por lei específica poderá ser
Art. 40. As licitações para obras, serviços, criada autarquia e autorizada a instituição de
compras e alienação de bens, promovidas pela empresa pública, de sociedade de economia
Administração direta, indireta ou fundacional do mista e de fundação, cabendo à lei
Estado e dos Municípios observarão, sob pena complementar, neste último caso, definir as
de nulidade, os princípios de isonomia, áreas de sua atuação. (Redação dada pela
publicidade e probidade administrativa e as Emenda Constitucional nº 10, de 17.12.99)
normas gerais e específicas, fixadas em lei que
Parágrafo único. Depende de autorização
regem os contratos com a Administração
legislativa a transformação, fusão, cisão,
Pública.
incorporação, extinção e privatização e, em cada
§ 1º Os avisos de Licitação, os relatórios de caso, a criação de subsidiárias das entidades
Gestão fiscal, os Relatórios Resumidos de mencionadas neste artigo, assim como a
Execução Orçamentária, a Lei Orçamentária participação de qualquer delas em empresas
anual, a Lei de diretrizes Orçamentárias, o Plano privadas.
Plurianual e demais documentos de publicação
Art. 42. A publicidade de atos, programas, obras,
obrigatória previstos na Lei nº 8.666, de 21 de
serviços e campanhas dos órgãos públicos têm
junho de 1993, e na Lei nº 101, de 04 de maio de
caráter educativo, informativo ou de orientação
2000, de responsabilidade da administração
social, dela não podendo constar nomes,
pública estadual e municipal, acompanhados de
símbolos ou imagens que caracterizem
seus respectivos anexos, serão publicados na
promoção pessoal de autoridades ou servidores
imprensa escrita em diário Oficial do Estado ou
públicos.
do próprio Município, na forma prevista no art.
28, com exemplares das edições diárias Art. 43. Qualquer pessoa pode levar ao
sequencialmente numeradas, por medida de conhecimento da autoridade competente a
segurança, enviados ao Arquivo Público do Piauí, irregularidade ou ilegalidade de que tomar
imediatamente após a sua circulação, para fins conhecimento, imputável a qualquer agente
de guarda e arquivamento Ad Perpetuam in público, competindo ao servidor ou empregado
Memorian. fazê-lo perante seu superior hierárquico, que
responderá, penalmente, pela omissão.
§ 2º Mediante requisição de autoridade
competente ou sempre que formalmente § 1º Os atos de improbidade administrativa
solicitado por parte interessada, para fins de importarão na suspensão dos direitos políticos,
instrução de processo administrativo ou judicial, na perda da função pública, na indisponibilidade
comprovação de direitos ou apuração de dos bens e no ressarcimento ao erário, na forma
responsabilidades, o Arquivo Público fornecerá da lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
certidão de inteiro teor da publicação dos
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§ 2º A lei estabelecerá os prazos de prescrição Art. 48. É assegurada a participação de


236
para ilícitos praticados por qualquer agente, funcionários e servidores nos colegiados dos
servidor ou não, que causem prejuízo ao erário, órgãos públicos em que seus interesses
ressalvadas as respectivas ações de profissionais ou previdenciários sejam objeto de
ressarcimento. discussão e deliberação.

Art. 44. As pessoas jurídicas de Direito Público e Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto neste
as de Direito Privado prestadoras de serviços artigo, os órgãos diretivos superiores da
públicos responderão pelos danos que seus Administração indireta ou fundacional do Estado
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, e Municípios terão um terço de seus cargos
assegurado o direito de regresso contra o preenchidos, obrigatoriamente, por servidores
responsável nos casos de dolo ou culpa. de carreira do órgão considerado.

Art. 45. Nos casos de calamidade pública, Art. 49. A administração fazendária e seus
previamente declarada, o Poder Público poderá servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
requisitar, por tempo determinado, o uso e competência e jurisdição, precedência sobre os
ocupação de bens e serviços privados, demais setores administrativos, na forma da lei.
respondendo pelos danos e custas decorrentes.
§ 1º As administrações tributárias do Estado e
Art. 46. A lei disciplinará as formas de dos Municípios, atividades essenciais ao
participação do usuário na Administração funcionamento do Estado, exercidas por
Pública direta e indireta, regulando servidores de carreiras específicas, terão
especialmente: (Redação dada pela Emenda recursos prioritários para a realização de suas
Constitucional nº 10, de 17.12.99) atividades e atuarão de forma integrada,
inclusive com o compartilhamento de cadastros
I - as reclamações relativas à prestação dos
e de informações fiscais, inclusive na União, na
serviços públicos em geral, asseguradas a
forma da lei ou convênio. (Redação dada pela
manutenção de serviços de atendimento ao
Emenda Constitucional nº 27 de 17.12.08)
usuário e a avaliação periódica, externa e interna
da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda § 2º O cargo de Auditor Fiscal da Fazenda
Constitucional nº 10, de 17.12.99) Estadual, assim como aquele que porventura lhe
vier suceder, é privativo de portador de curso
II - o acesso dos usuários a registros
superior, de duração plena, com diploma
administrativos e a informações sobre atos de
devidamente registrado no órgão competente e
governo, observado o disposto no art. 5º, X e
será organizado em carreira, com provimento
XXXIII, da Constituição Federal; (Incluído pela
inicial mediante concurso público de provas.
Emenda Constitucional nº 10, de 17.12.99) Parágrafo 2º com redação dada e parágrafo 3º acrescido pela Emenda
Constitucional nº 44, de 09.04.2015, em vigor na data de sua publicação,
III - a disciplina da representação contra o produzindo efeitos a partir de 1º de maio de 2015.

exercício negligente ou abusivo de cargo, § 3º É de competência exclusiva e privativa do


emprego ou função da Administração Pública. Auditor Fiscal da Fazenda Estadual o
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 10, de procedimento administrativo de lançamento do
17.12.99) crédito tributário, de acordo com as normas que
Art. 47. Os conselhos, associações e entidades de regem a matéria.
classe de âmbito regional participarão da Art. 50. Toda movimentação funcional do
organização de concurso público envolvendo servidor público será motivada por escrito pela
conhecimentos técnicos das respectivas autoridade competente, sob pena de nulidade.
categorias.

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

§ 1º É vedada a lotação de servidor público em


237
órgão ou função não compatível com sua
formação técnica ou científica.

§ 2º REVOGADO. (Revogado pela Emenda


Constitucional nº 24, de 04.04.07)

Art. 51. O servidor público, estadual ou


municipal, não poderá perceber remuneração
inferior ao salário mínimo estabelecido
nacionalmente.

Art. 52. Ao servidor público da Administração


direta, autarquia e fundacional, no exercício de
mandato eletivo, aplicam-se as disposições do
art. 38, da Constituição Federal.

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Dos Servidores Públicos Militares. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 27


238
de 17.12.08)
Dos Servidores Públicos § 7º O oficial só perderá o posto e a patente se
Militares. for julgado indigno do oficialato ou com ele
incompatível, por decisão do Tribunal de Justiça,
Seção III - Dos Militares do Estado (Redação em tempo de paz, ou de tribunal especial, em
dada pela Emenda Constitucional nº 27 de tempo de guerra.
17.12.08) § 8º O oficial condenado na justiça comum ou
Art. 58. Os membros da Polícia Militar e do Corpo militar a pena privativa de liberdade superior a
de Bombeiros Militar, instituições organizadas dois anos, por sentença transitada em julgado,
com base na hierarquia e disciplina, são militares será submetido ao julgamento previsto no
do Estado. (Redação dada pela Emenda parágrafo anterior.
Constitucional nº 27 de 17.12.08) § 9º Aplica-se aos militares do Estado o disposto
§ 1º As patentes, com prerrogativas, direitos e no art. 57, § 9º, desta Constituição e no art. 7º,
deveres a elas inerentes são asseguradas em VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e no art. 37, XI, XIII,
plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou XIV e XV, da Constituição Federal. (Redação dada
reformados, da Polícia Militar e do Corpo de pela Emenda Constitucional nº 27 de 17.12.08)
Bombeiros Militar do Estado, sendo-lhes § 10. Lei estadual de iniciativa do Governador
privativos os títulos, postos e uniformes disporá sobre o ingresso na Polícia Militar e
militares. Corpo de Bombeiros, os limites de idade, a
§ 2º As patentes dos oficiais da Polícia Militar e estabilidade e outras condições de transferência
do Corpo de Bombeiros Militar do Estado são do militar do Estado para a inatividade, os
conferidas pelo Governador. direitos, os deveres, a remuneração, as
prerrogativas e outras situações especiais dos
§ 3º O militar do Estado em atividade que aceitar militares do Estado, consideradas as
cargo ou emprego público civil permanente será peculiaridades de suas atividades, inclusive
transferido para a reserva, nos termos da lei. aquelas cumpridas por força de compromissos
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 27 internacionais. (Redação dada pela Emenda
de 17.12.08) Constitucional nº 27 de 17.12.08)
§ 4º O militar da ativa que aceitar cargo, § 11. Aplicam-se aos militares do Estado, além do
emprego ou função temporária, não eletiva, que vier a ser fixado em lei, as disposições do art.
ainda que da Administração indireta, ficará 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º,
agregado ao respectivo quadro e somente da Constituição Federal, cabendo a lei estadual
poderá, enquanto permanecer nessa situação, específica dispor sobre as matérias do art. 142, §
ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe 3º, inciso X, da Constituição Federal. (Redação
o tempo de serviço apenas para aquela dada pela Emenda Constitucional nº 27 de
promoção e transferência para a reserva, sendo 17.12.08)
depois de dois anos de afastamento, contínuos
ou não, transferido para a inatividade. § 12. Aos pensionistas dos militares do Estado,
aplica-se o que for fixado em lei específica.
§ 5º Ao militar do Estado são vedadas a
sindicalização e a greve. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 27 de 17.12.08)

§ 6º O militar do Estado, enquanto em efetivo


serviço, não pode estar filiado a partido político.

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Da Justiça Militar.
239
Seção VI - Da Justiça Militar

Art. 131. A Justiça Militar é constituída, em


primeiro grau, na forma da lei, por juízes de
direito de entrância final e pelos Conselhos de
Justiça, presididos por Juiz de Direito e, em
segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 27
de 17.12.08)

§ 1º O cargo de Juiz Auditor da Justiça Militar


será provido, na forma da lei, pelo Tribunal de
Justiça.

§ 2º Os juízes auditores gozam dos mesmos


direitos, vantagens e vencimentos dos juízes de
direito da última entrância.

Art. 132. Compete à Justiça Militar estadual


processar e julgar os policiais militares e
bombeiros militares do Estado, nos crimes
militares definidos em lei, ressalvada a
competência do júri quando a vítima for civil, e
as ações civis contra atos disciplinares militares,
cabendo ao Tribunal de Justiça decidir sobre a
perda do posto e da patente dos oficiais e da
graduação das praças. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 27 de 17.12.08)

§ 1º Compete ao Juiz de Direito do Juízo Militar


processar e julgar, singularmente, os crimes
militares cometidos contra civis e as ações
judiciais contra atos disciplinares militares.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 27
de 17.12.08)

§ 2º Cabe aos Conselhos de Justiça processar e


julgar os demais crimes militares. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 27 de 17.12.08)

Art. 133. A Lei de Organização e Divisão


Judiciárias disporá sobre a organização, o
funcionamento e a competência da Justiça
Militar.

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Da Segurança Pública – Disposição Geral; Da § 1º A Polícia Militar e o Corpo de


240
Polícia Civil; Da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, forças auxiliares e
Bombeiros Militar. reserva do Exército, subordinam-se,
juntamente com a Polícia Civil e a
Polícia Penal, ao Governador do
TÍTULO V Estado."
DA SEGURANÇA PÚBLICA § 2º O exercício da função policial é
privativo do policial de carreira,
CAPÍTULO I
recrutado, exclusivamente, nos termos
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS do art. 54, II, e submetido a curso de
formação policial.

Art. 156. A segurança pública, dever do


Estado, direito e responsabilidade de CAPÍTULO II
todos, é exercida para a preservação da DA POLÍCIA CIVIL
ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
Art. 159. A Polícia Civil, dirigida por
I - Polícia Civil; delegado de polícia de carreira, é
instituição permanente e auxiliar da
II - Polícia Militar;
função jurisdicional do Estado, com
III - Corpo de Bombeiros Militar. atribuições, entre outras fixadas em lei,
de exercer as funções de polícia
IV- Polícia Penal.
judiciária e a apuração de infrações
Parágrafo único. A remuneração dos penais, exceto as militares.
servidores policiais integrantes dos
§ 1º A Polícia Civil será dirigida pelo
órgãos relacionados neste artigo será
Delegado-Geral, nomeado pelo
fixada na forma do § 4º do art. 39, da
Governador do Estado, dentre os
Constituição Federal. (Redação dada
delegados de polícia de carreira, nos
pela Emenda Constitucional nº 10, de
termos da lei complementar.
17.12.99)
§ 2º O Estado criará e manterá uma
Art. 157. Os Municípios poderão
academia especializada de polícia civil, a
constituir guardas municipais destinadas
que compete o treinamento e a
à proteção de seus bens, serviços e
reciclagem de policiais civis de carreira.
instalações, conforme dispuser a lei.
Art. 160. O Estatuto da Polícia Civil
Art. 158. A segurança pública,
disporá sobre:
organizada sob a forma de sistema, será
I - o ingresso na classe inicial de
coordenada, supervisionada e
delegado de polícia de carreira,
controlada pelas Secretarias de Estado
mediante concurso público de provas e
correspondentes, órgãos encarregados
títulos, com a participação da Seccional
da prestação dos serviços de polícia em
da Ordem dos Advogados do Brasil,
geral e polícia penal especializada, no
obedecendo-se, nas nomeações, à
território do Estado do Piauí." (NR)
ordem de classificação; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 27 de
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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

17.12.08) Art. 159-A. A Polícia Penal, instituição de


241
II - REVOGADO; (Revogado pela natureza permanente e que desenvolve
Emenda Constitucional nº 27 de atividade indelegável de Estado, vinculada
ao órgão administrador do Sistema Penal do
17.12.08) Piauí, é organizada de acordo com
III - a garantia aos policiais civis, quando princípios de hierarquia e disciplina, com
atribuições de segurança geral dos
presos e durante o processo, de estabelecimentos penais do Piauí,
tratamento diferenciado dos presidiários fiscalização de medidas alternativas à pena
comuns; prisão e outras correlatas ao Sistema Penal,
fixadas em lei de iniciativa do Poder
IV - as atribuições e a estrutura dos Executivo.
órgãos do Conselho de Polícia Civil e da
§ 1º A Polícia Penal deve ser dirigida por seu
Corregedoria da Polícia Civil.
Diretor Geral, nomeado pelo Governador do
Parágrafo único. REVOGADO. Estado, dentre os policiais penais estáveis
de carreira do Estado Piauí, com notório
(Revogado pela Emenda Constitucional
saber na área e reputação ilibada.
nº 001, de 27.06.91)
§ 2º Fica transformada a Academia de
§ 1º O cargo de delegado de polícia Formação Penitenciária do Estado do Piauí
constitui uma das carreiras jurídicas do em Academia de Polícia Penal do Estado do
Poder Executivo do Estado e será Piauí (ACADEPEN-PI), dirigida por policial
estruturado em quadro próprio. penal de carreira, nomeado pelo Governador
do Estado, à qual compete a formação, o
(Redação dada pela Emenda aperfeiçoamento e especialização dos
Constitucional nº 27 de 17.12.08) policiais penais do Estado do Piauí, nos
termos da lei específica.
§ 2º A realização de concurso público de
provas e títulos e o respectivo § 3º A remuneração dos servidores policiais
provimento dos cargos de delegados de penais será fixada por subsídios, garantidos
os acréscimos decorrentes da natureza da
polícia dependerão de planejamento do atividade e da função, na forma da lei.
Poder Executivo e serão efetuados de
acordo com as disponibilidades § 4º Os cargos de direção ou gerência dos
estabelecimentos penais serão ocupados,
orçamentárias do Estado. (redação dada
preferencialmente, por servidores policiais
pela Emenda Constitucional nº 27 de penais estáveis de carreira do Estado do
17.12.08) Piauí, na forma da lei.
Art. 160-A. É vedada a vinculação ou Art. 160-B. O Estatuto da Polícia Penal do
equiparação de remuneração ou Estado do Piauí disporá sobre:
subsídio entre as carreiras jurídicas do I - o quadro de pessoal da polícia penal,
Poder Executivo e entre estas e as preenchido mediante a transformação e
demais carreiras jurídicas. (redação reclassificação dos cargos isolados e dos
dada pela Emenda Constitucional nº 27 cargos de carreira dos atuais agentes
penitenciários, ativos e inativos e cargos
de 17.12.08)
públicos equivalentes, em policiais penais e
o ingresso na carreira por meio de concurso
público;
CAPÍTULO II-A II - atribuições de segurança dos
"DA POLICIA PENAL" estabelecimentos penais, fiscalização de
medidas alternativas à pena de prisão e
outras correlatas ao Sistema Penal;

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III - coordenação e execução do cujo nome tenha prévia aprovação de


242
monitoramento eletrônico na Execução seu Ministério.
Penal do Estado do Piauí;
Art. 163. A Polícia Militar e o Corpo de
IV - estrutura, organização, funcionamento,
carreira, subsídio, remuneração, formação Bombeiros Militar estão vinculados,
inicial, continuada e especialização, direitos, operacionalmente, ao sistema de
proibições, deveres e processo disciplinar; segurança pública do Estado, devendo
V - as atribuições e a estrutura dos órgãos seguir as políticas e diretrizes baixadas
do Conselho Superior de Polícia Penal e a pela autoridade competente, na
Corregedoria da Polícia Penal; execução das atribuições que lhes são
próprias.
VI - direção, coordenação, execução,
planejamento, inteligência e contra-
inteligência em sua área correspondente;
VII - representação fundamentada ao juízo
competente acerca da inclusão da pessoa
privada de liberdade no Regime Disciplinar
Diferenciado (RDD);
VIII - a garantia aos policiais penais, quando
presos e durante o processo, de tratamento
diferenciado dos presidiários comuns."

CAPÍTULO III
DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO
DE BOMBEIROS MILITAR

Art. 161. À Polícia Militar cabe o


policiamento ostensivo e a preservação
da ordem pública; ao Corpo de
Bombeiros Militar, além das atribuições
definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.
Art. 162. Os comandos da Polícia Militar
e do Corpo de Bombeiros Militar serão
exercidos, em princípio, por oficial da
ativa do último posto da própria
corporação, nomeado por ato do
Governador, observada a formação
profissional para o exercício do
comando.
Parágrafo único. Os Comandos da
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar podem ser exercidos,
excepcionalmente, por oficial do Exército

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3. Noções do Código Penal Brasileiro: como crime. Alguns crimes são criados e
243
Da aplicação da lei penal;
outros são extintos, sempre por meio de leis.
Porém, durante esse processo de mudança,
há algumas situações em que essas leis
penais entram em conflito, gerando
Atenção! diferentes consequências para cada tipo de
cenário.

Acredite! Aqui teremos que estudar


PRINCIPALMENTE a LETRA DA LEI, Há 4 tipos de conflitos da lei penal:
porém, antes dela, iremos entender
alguns institutos descritos acima.
• Abolitio Criminis;
• Novatio Legis Incriminadora (Lei Nova
Incriminadora);
• Novatio Legis in Pejus (Lex Gravior –
Lei Nova mais Severa);
• Novatio legis in Mellius (Lex Mitior –
Lei Nova mais Benéfica).

Abolitio Criminis
A abolitio criminis é a situação de abolição
Lei penal no Tempo de um crime, ou seja, é quando uma conduta
deixa de ser considerada como um crime,
De acordo com o princípio da legalidade do através da revogação de uma lei penal
Direito Penal, os crimes e as penas apenas incriminadora por outra lei.
podem ser definidos por meio de lei.

Atenção! Um exemplo é o já
extinto crime de adultério,
que deixou de ser considerado
A Lei Penal, assim como qualquer outra conduta delituosa em 2005.
lei, é inserida no mundo jurídico em um
Isso mesmo pessoal, até o ano
determinado momento e permanece
em vigor até a sua revogação, de 2005, o parceiro que
regulando todos os fatos praticados cometesse infidelidade conjugal
nesse período. estaria sujeito à pena de 15 dias
a 6 meses de detenção.

Conflitos de Leis Penais no Tempo Quando ocorre o abolitio criminis, há a


Como o ser humano está em constante retroatividade benéfica da lei penal,
evolução, sempre está havendo mudanças extinguindo a punibilidade do agente, ou
sobre quais condutas são consideradas seja, todos aqueles que estavam

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244
respondendo a esse crime que foi abolido Essa situação é quando uma lei estabelece
terão seus processos arquivados, além disso, uma situação mais gravosa ao réu em algum
aqueles que já cumprem pena, serão delito já existente.
liberados.

Por exemplo, vamos


FIQUE ATENTO: Nesses casos, o abolitio supor que uma lei altere a pena
criminis apenas faz cessar os efeitos penais, máxima do crime de homicídio
sendo que os efeitos civis da pena persistem. simples de 20 anos para 30
Por exemplo, caso o réu tenha sido anos de reclusão. Assim, houve
condenado a pagar uma indenização cível ao uma alteração em um crime
ofendido, essa pena persistirá, mesmo no que já existe, agravando a
caso da abolição do crime. situação do acusado.

Novatio Legis Incriminadora (Lei Nova Nesses casos, não há a retroatividade


Incriminadora) prejudicial da nova lei penal, sendo que
apenas aqueles que cometeram o delito
Esse é o caso mais simples, em que uma nova depois da entrada em vigor da nova lei
lei entra em vigor e passa a criminalizar uma poderão sofrer as consequências dessa nova
conduta que antes não era considerada regra legal.
como crime. Nessa situação, não há a
retroatividade da lei penal, uma vez que ela
não é benéfica ao agente, ou seja, ela apenas Novatio legis in Mellius (Lex Mitior – Lei
produzirá efeitos a partir de sua entrada em Nova mais Benéfica)
vigor.
Esse é o oposto à situação acima, em que
uma nova lei beneficia o agente em um
delito existente.
Por exemplo, se uma lei
que considera o consumo de
laranjas como crime entrar em
vigor em 10/01/2021, apenas Nesse caso, supomos que
as pessoas que comerem o crime de homicídio simples
laranjas a partir dessa data terá agora uma redução da
serão penalizadas, sendo que pena máxima de 20 anos para
aquelas que comeram essa 15 anos de reclusão.
fruta antes dessa data não
poderão ser enquadradas nessa
lei. Diferentemente do Novatio Legis in Pejus, no
Novatio legis in Mellius haverá a
retroatividade da lei, sendo aplicada a
Novatio Legis in Pejus (Lex Gravior – Lei situações ocorridas antes da nova lei mais
Nova mais Severa) benéfica ao acusado. Assim, mesmo que um
criminoso tenha praticado um homicídio
simples antes da vigência da nova lei, no
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245
caso da situação hipotética acima, o máximo • Teoria do resultado: Considera-
que ele poderá cumprir de pena será 15 anos se praticado o crime quando da
de reclusão e não mais 20 anos. ocorrência do resultado,
independentemente de quando fora
praticada a ação ou a omissão;
A Lei Penal: • Teoria da ubiquidade ou mista:
• RETROAGE nos casos benéficos ao Considera-se praticado o crime tanto
acusado: Abolitio Criminis e Novatio no momento da ação ou omissão,
Legis in Mellius; quanto no momento do resultado.

• NÃO RETROAGE nos casos


prejudiciais ao acusado: Novatio Mas qual dessas teorias é aplicada no
Legis Incriminadora e Novatio Legis
ordenamento penal brasileiro?
in Pejus.
Bom, o nosso Código Penal adota a teoria da
atividade, ou seja, um crime será
considerado cometido quando houver a
O Tempo do Crime ação ou a omissão delituosa.

Chega-se agora a um ponto muito Desse modo, respondendo à questão do


importante da nossa análise da Lei Penal no início desse assunto, a data do crime de
Tempo e no Espaço. homicídio será o dia 21/02, que foi a data da
ação de atirar na vítima.

Você sabe QUANDO um delito é


considerado praticado?

Por exemplo, suponha-se que uma pessoa


atire em outra no dia 21/02, mas ela apenas
venha a falecer no dia 23/02. A data do crime
de homicídio será o dia 21/02 ou 23/02?

Lei Penal no Espaço


Há 3 teorias que buscam responder a Dando continuidade ao nosso estudo da Lei
esse questionamento: Penal no Tempo e no Espaço, iremos
determinar agora ONDE que o crime ocorre,
para fins penais.
• Teoria da atividade: Considera-se
praticado o crime quando ocorre a
ação ou a omissão delituosa, não
importando quando ocorre o
resultado;

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246 Superfície
Atenção!
territorial

Território
Porém, primeiramente, será discutido propriamente Mar territorial
quando a lei penal brasileira poderá ser dito
aplicada, analisando os conceitos de
Territorialidade e Extraterritorialidade.
Espaço aéreo dos
locais acima
Territorialidade
A Territorialidade dispõe que a lei penal
brasileira será aplicada sempre que um Os navios e
aeronaves públicos,
crime for cometido dentro do território em qualquer lugar
nacional. Assim, em regra, caso alguém que se encontrem
cometa um homicídio dentro do Brasil, essa Território por
pessoa será julgada pelas leis brasileiras. extensão Os navios e aeronaves
particulares que se
encontrem em alto-
mar ou no espaço
Mas a pergunta que fica é: o que está aéreo do alto-mar
compreendido dentro do conceito de
território nacional? Bom, podemos separar o
território brasileiro em dois tipos: Vamos exemplificar o território por
extensão:
Caso haja um crime dentro de um avião da
Força Aérea Brasileira (aeronave pública) no
espaço aéreo de outro país, os criminosos
serão julgados pelas leis brasileiras,
independentemente de onde esteja esse
avião ou de quem tenha cometido o crime.
Agora imagine que haja um crime em um
avião de uma empresa particular brasileira
que esteja sobrevoando o espaço aéreo de
outro país. Desse modo, as leis brasileiras
não serão aplicadas, uma vez que só haverá
essa aplicação se a aeronave estiver no solo
ou espaço aéreo brasileiro ou quando estiver
sobrevoando o alto-mar (águas
internacionais).

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247 Atenção!

Há situações em que um crime será


cometido no Brasil e que não haverá a
aplicação da lei penal brasileira. São os
casos em que há convenções, tratados
e regras do direito internacional que Agora iremos adentrar às situações de
dispõem especificamente sobre essas
extraterritorialidade, que é o cenário em que
situações.
há a aplicação da lei brasileira mesmo
quando os crimes são cometidos fora dos
limites territoriais do Brasil, não sendo
Temos dois exemplos: cometidos nos territórios brasileiros
propriamente ditos ou naqueles por
Sabemos que, se houver um crime em um
extensão. Ela é dividida em
avião privado estrangeiro no solo ou no
extraterritorialidade condicionada e
espaço aéreo brasileiro, haverá a aplicação
incondicionada.
da lei penal brasileira.
Porém, isso acontece apenas se o Brasil for o
destino dessa aeronave. Caso ela apenas Extraterritorialidade Incondicionada
esteja de passagem pelo nosso espaço
Nesse caso, há alguns crimes em que a lei
aéreo, não ocorrerá a aplicação das leis
brasileira será sempre aplicada,
brasileiras. Isso ocorre em decorrência de
independentemente de onde o crime seja
um tratado internacional que permite o
praticado ou de qualquer outra condição.
direito de passagem inocente em mar
territorial ou espaço aéreo de uma nação. São os crimes:
Outra situação é no caso de um crime • contra a vida ou a liberdade do
cometido por embaixadores estrangeiros no Presidente da República;
território do Brasil. Desse modo, eles serão • contra o patrimônio ou a fé pública da
apenas julgados em seus países de origem e União, do Distrito Federal, de Estado,
não pelas leis brasileiras, de acordo com as de Território, de Município, de
regras do direito internacional. empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder
Público;
• contra a administração pública, por
quem está a seu serviço;
• de genocídio, quando o agente for
brasileiro ou domiciliado no Brasil.

Desse modo, sempre que houver a prática


de qualquer um dos crimes acima em
território estrangeiro, o agente responderá
Extraterritorialidade perante as leis brasileiras, mesmo se ele for

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248
absolvido ou condenado no país onde • não ter sido o agente perdoado no
ocorreu a prática do crime. estrangeiro ou não estar extinta a
punibilidade.
PARA MEMORIZAR: Atente-se ao fato de
que não é qualquer crime contra o
presidente da república que possui caráter Há muitas condições, não é mesmo?
de extraterritorialidade incondicionada, mas
Por haver uma quantidade tão numerosa de
apenas aqueles praticados com a sua vida ou
exigências, é extremamente raro que
liberdade.
alguém seja enquadrado nas leis brasileiras
através da extraterritorialidade
condicionada.
Extraterritorialidade Condicionada
Por sua vez, a extraterritorialidade
condicionada é quando um crime cometido Além dos crimes citados acima, é possível
em terras estrangeiras é abrangido pelas leis também que um estrangeiro que cometa
brasileiras apenas se preenchidas algumas qualquer crime contra qualquer brasileiro
condições específicas. Primeiramente, fora do Brasil seja punido também pelas leis
vamos listar quais os crimes se encaixam brasileiras. Isso acontecerá quando também
nessa situação: forem preenchidas todas as condições
acima, além de mais outras duas exigências:
• aqueles que, por tratado ou convenção, o
Brasil se obrigou a reprimir; • não foi pedida ou foi negada a
• praticados por brasileiro; extradição do criminoso;
• praticados em aeronaves ou • houver requisição do Ministro da
embarcações brasileiras, mercantes ou Justiça para que seja aplicada a lei
de propriedade privada, quando em brasileira.
território estrangeiro e aí não sejam
julgados.
EXEMPLO:
Assim, para que os crimes acima cometidos Suponhamos que um italiano assassinou um
fora do território brasileiro sejam abrangidos brasileiro em território francês. Para que
pelas leis nacionais do nosso país, as esse estrangeiro responda pelas leis
seguintes condições precisam ser brasileiras, será necessário que ele entre em
preenchidas: território brasileiro, que esse crime seja
• entrar o agente no território nacional; também punível na França, que o autor não
• ser o fato punível também no país em que seja absolvido, perdoado ou não tenha
foi praticado; cumprido pena no país do crime e que a lei
• estar o crime incluído entre aqueles brasileira autorize a extradição de pessoas
pelos quais a lei brasileira autoriza a que tenham praticado o crime de homicídio.
extradição; Além disso, será essencial que não tenha
• não ter sido o agente absolvido no sido realizado o pedido ou que tenha sido
estrangeiro ou não ter aí cumprido a
negada a extradição do criminoso e que o
pena;
Ministro da Justiça tenha requisitado a

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249
aplicação da lei brasileira para esse caso RESUMO das teorias:
específico.

LUGAR –> Teoria da Ubiquidade


Como você pode perceber, é quase
impossível que uma situação dessa seja TEMPO –> Teoria da Atividade
concretizada na prática.

PRINCÍPIOS PARA APLICAÇÃO DA


Lugar do Crime EXTRATERRITORIALIDADE
Assim como determinamos QUANDO um É de suma importância a explanação dos
crime é cometido, temos que definir agora princípios aplicáveis a extraterritorialidade,
ONDE que ele é praticado, para efeitos da lei pois, os princípios são utilizados como
penal. alicerces da norma, é o seu fundamento em
De acordo com o Código Penal, para essência, o refúgio em que a norma encontra
determinar o local de um crime, é adotada a sustentação para racionalizar a sua
teoria da ubiquidade ou mista, ou seja, legitimação, a base de onde se extrai o norte
considera-se praticado o crime no lugar em a ser seguido por um ordenamento.
que ocorreu a ação ou omissão, bem como
onde se produziu ou deveria se produzir o
resultado. A doutrina menciona os seguintes princípios
para aplicação da extraterritorialidade que
Por exemplo, suponha-se que uma pessoa serão adiante conceituados.
atire em um indivíduo na cidade de
Uberlândia e essa vítima seja levada para um
hospital na cidade de Belo Horizonte, onde PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE OU
ela veio a falecer. O local do crime de PERSONALIDADE ATIVA
homicídio, para fins penais, será tanto o
município de Uberlândia (onde aconteceu a Sob tal ambulação Capez (2019) leciona que
ação de atirar), quanto o município de Belo aplica-se a lei brasileira ao crime cometido
Horizonte (onde aconteceu o resultado por brasileiro fora do Brasil (CP, art. 7º, II, b).
morte). “Não importa se o sujeito passivo é brasileiro
ou se o bem jurídico afeta interesse nacional,
pois o único critério levado em conta é o da
Atenção! nacionalidade do sujeito ativo”.

PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE OU
Uma dica para nunca mais esquecer PERSONALIDADE PASSIVA
sobre o lugar e o tempo do crime é
através do mnemônico LUTA Segundo Capez (2019) aplica-se a lei
brasileira ao crime cometido por estrangeiro
contra brasileiro fora do Brasil (CP, art. 7º, §
3º). “Nesta hipótese, o que interessa é a

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250
nacionalidade da vítima. Sendo brasileira, da embarcação ou aeronave no interior da
aplica-se a lei de nosso país, mesmo que o qual o fato foi praticado.
crime tenha sido realizado no exterior”.
Esse princípio foi adotado com respeito à
extraterritorialidade, com referência a
delitos cometidos a bordo de embarcações
PRINCÍPIO REAL, DA DEFESA OU PROTEÇÃO
ou aeronaves brasileiras privadas, quando
Este princípio aplica-se a lei brasileira ao ocorridos no exterior (caso contrário, o ato
crime cometido fora do Brasil, que afete considerar-se-ia cometido dentro do
interesse nacional (CP, art. 7º, I, a, b e c). território nacional).
Estefam e Gonçalves (2019) ressaltam que
Exige-se, todavia, que o crime não tenha sido
este princípio costuma ser introduzido nas
julgado no estrangeiro para efeito de se
legislações como complemento da
aplicar nossa lei, a qual, portanto, assume
territorialidade, “com vistas à punição de
caráter subsidiário.
delitos cometidos no estrangeiro quando
lesionem interesses do Estado, assim
considerados essenciais.”
A LEI PENAL EXCEPCIONAL OU
TEMPORÁRIA
PRINCÍPIO DA JUSTIÇA UNIVERSAL
“Refere-se a hipóteses em que a gravidade
do crime ou a importância do bem jurídico
violado justificam a punição do fato,
independentemente do local em que foi
praticado e da nacionalidade do agente.”
(ESTEFAM; GONÇALVES, 2019). Neste
sentido Capez (2019) entende que “é como
se o planeta se constituísse em um só
A lei penal excepcional ou temporária,
território para efeitos de repressão criminal conforme o Código Penal Brasileiro, é aquela
(CP, art. 7º, I, d, e II, a). em que, embora decorrido o período de sua
duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado
PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO durante sua vigência.
Também é denominado pela doutrina como Ou seja, um crime praticado durante sua
princípio da Bandeira. vigência será julgado conforme seu texto e
não conforme as leis correntes.

Para Estefam e Gonçalves (2019):


Consideram-se:

Cuida-se de levar em conta, para efeito de • leis temporárias: aquelas que


aplicação da lei penal brasileira, a bandeira possuem vigência previamente
fixada pelo legislador;

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251 • leis excepcionais: aquelas que vigem prévia cominação legal. (Redação dada pela
durante situações de emergência. Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Lei penal no tempo
Essas espécies de lei têm ultra-atividade, ou Art. 2º - Ninguém pode ser
seja, aplicam-se ao fato cometido sob o seu
punido por fato que lei posterior deixa de
império, mesmo depois de revogadas pelo
considerar crime, cessando em virtude
decurso do tempo ou pela superação do dela a execução e os efeitos penais da
estado excepcional. sentença condenatória. (Redação dada pela
No direito penal, existe o chamado princípio Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
da irretroatividade da lei, salvo para Parágrafo único - A lei posterior,
que de qualquer modo favorecer o agente,
beneficiar o réu. Isso significa que, se alguém
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
comete um crime que tem uma pena X e lei
decididos por sentença condenatória
posterior torna a pena para esse crime mais
transitada em julgado. (Redação dada pela
branda ou descriminaliza o fato, o réu será
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
julgado pela lei posterior. Lei excepcional ou
Da mesma forma, se ele comete um fato que temporária (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
lei posterior vem a tornar crime mais grave,
será julgado pela lei antiga, de forma que Art. 3º - A lei excepcional ou
terá sempre o benefício da lei que lhe é mais temporária, embora decorrido o período
favorável. de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram,
A lei temporária é a exceção a essa regra, aplica-se ao fato praticado durante sua
pois, se assim não fosse, não teria a eficácia vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
esperada, já que nesse caso os agentes de 1984)
saberiam que seriam beneficiados de Tempo do crime
qualquer forma pelo fim de sua vigência. Art. 4º - Considera-se
Exemplo: É criada uma lei temporária que praticado o crime no momento da ação ou
define como crime fumar cigarro por 30 dias. omissão, ainda que outro seja o momento
Passam-se os 30 dias e a vigência dessa lei do resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209,
termina. As pessoas que fumaram no tempo de 1984)
Territorialidade
da vigência da lei responderão pelo crime.
Art. 5º - Aplica-se a lei
brasileira, sem prejuízo de convenções,
tratados e regras de direito internacional,
Se liga na letra de lei
ao crime cometido no território
concurseiro! nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
1984)
PARTE GERAL § 1º - Para os efeitos penais,
TÍTULO I consideram-se como extensão do
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL território nacional as embarcações e
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) aeronaves brasileiras, de natureza pública
Anterioridade da Lei ou a serviço do governo brasileiro onde
Art. 1º - Não há crime sem lei quer que se encontrem, bem como as
anterior que o defina. Não há pena sem aeronaves e as embarcações brasileiras,

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

mercantes ou de propriedade privada, que II - os crimes: (Redação dada


252
se achem, respectivamente, no espaço pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
aéreo correspondente ou em alto- a) que, por tratado ou
mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de convenção, o Brasil se obrigou a
1984) reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º - É também aplicável a lei b) praticados por
brasileira aos crimes praticados a bordo de brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
aeronaves ou embarcações estrangeiras c) praticados em aeronaves ou
de propriedade privada, achando-se embarcações brasileiras, mercantes ou de
aquelas em pouso no território nacional ou propriedade privada, quando em território
em vôo no espaço aéreo correspondente, estrangeiro e aí não sejam
e estas em porto ou mar territorial do julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de § 1º - Nos casos do inciso I, o
1984) agente é punido segundo a lei brasileira,
Lugar do crime (Redação dada ainda que absolvido ou condenado no
pela Lei nº 7.209, de 1984) estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de
Art. 6º - Considera-se praticado 1984)
o crime no lugar em que ocorreu a ação ou § 2º - Nos casos do inciso II, a
omissão, no todo ou em parte, bem como aplicação da lei brasileira depende do
onde se produziu ou deveria produzir-se o concurso das seguintes
resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984) 1984)
Extraterritorialidade (Redação a) entrar o agente no território
dada pela Lei nº 7.209, de 1984) nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei
país em que foi praticado; (Incluído pela Lei
brasileira, embora cometidos no
nº 7.209, de 1984)
estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
c) estar o crime incluído entre
de 1984)
aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza
I - os crimes: (Redação dada pela
a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
1984)
a) contra a vida ou a liberdade
d) não ter sido o agente
do Presidente da República; (Incluído pela
absolvido no estrangeiro ou não ter aí
Lei nº 7.209, de 1984)
cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209,
b) contra o patrimônio ou a fé
de 1984)
pública da União, do Distrito Federal, de
e) não ter sido o agente
Estado, de Território, de Município, de
perdoado no estrangeiro ou, por outro
empresa pública, sociedade de economia
motivo, não estar extinta a punibilidade,
mista, autarquia ou fundação instituída
segundo a lei mais favorável. (Incluído pela
pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº
Lei nº 7.209, de 1984)
7.209, de 1984)
§ 3º - A lei brasileira aplica-se
c) contra a administração
também ao crime cometido por
pública, por quem está a seu
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil,
serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
se, reunidas as condições previstas no
d) de genocídio, quando o
parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº
agente for brasileiro ou domiciliado no
7.209, de 1984)
Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
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a) não foi pedida ou foi negada Art. 10 - O dia do começo inclui-


253
a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
se no cômputo do prazo. Contam-se os
1984)
dias, os meses e os anos pelo calendário
b) houve requisição do Ministro
comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
1984)
Frações não computáveis da
Pena cumprida no
pena (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
estrangeiro (Redação dada pela Lei nº
11.7.1984)
7.209, de 11.7.1984)
Art. 11 - Desprezam-se, nas
Art. 8º - A pena cumprida no
penas privativas de liberdade e nas
estrangeiro atenua a pena imposta no
restritivas de direitos, as frações de dia, e,
Brasil pelo mesmo crime, quando
na pena de multa, as frações de
diversas, ou nela é computada, quando
cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
11.7.1984)
de 11.7.1984)
Legislação especial (Incluída
Eficácia de sentença
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
estrangeira (Redação dada pela Lei nº
Art. 12 - As regras gerais deste
7.209, de 11.7.1984)
Código aplicam-se aos fatos incriminados
Art. 9º - A sentença
por lei especial, se esta não dispuser de
estrangeira, quando a aplicação da lei
modo diverso.
brasileira produz na espécie as mesmas
conseqüências, pode ser homologada no
Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
I - obrigar o condenado à
reparação do dano, a restituições e a
outros efeitos civis; (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
II - sujeitá-lo a medida de
segurança.(Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Parágrafo único - A homologação
depende: (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
a) para os efeitos previstos no
inciso I, de pedido da parte
interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
b) para os outros efeitos, da
existência de tratado de extradição com o
país de cuja autoridade judiciária emanou
a sentença, ou, na falta de tratado, de
requisição do Ministro da Justiça. (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Contagem de prazo (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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Do crime; É um fato que tem como consequência um


254
dano a um bem jurídico que é protegido por
lei penal.

Por exemplo: o crime de homicídio atinge o


bem jurídico "vida", que é tutelado
Atenção! (protegido) pela lei.

Por definição de seus elementos, um crime


será todo fato que for típico, ilícito e
culpável.
Em resumo, todos esses tópicos se
referem ao estudo do Código Penal
Brasileiro, dos artigos 13 até o 25. O
que estudaremos abaixo.
Elementos do crime

Um crime é formado por três componentes:


Elementos.
tipicidade, ilicitude e culpabilidade.
A Teoria do Crime é uma disciplina do
Direito Penal que abrange vários conceitos, • Tipicidade: inclui conduta, resultado,
como crime, fato típico, ilicitude e nexo causal e tipicidade.
culpabilidade. Serve para verificar se um fato
é enquadrado como um crime previsto na • Ilicitude: pode incluir características
lei penal. como excludentes de ilicitude,
legítima defesa, estado de
necessidade, estrito cumprimento de
um dever legal e exercício regular de
A teoria é, em resumo, o um direito.
conjunto de regras e requisitos • Culpabilidade: inclui os conceitos de
usados para determinar se o imputabilidade (responsabilidade),
fato é um crime. Envolve exigibilidade de uma conduta diversa
aspectos relacionados ao e a potencial consciência da ilicitude.
conceito de crime e à atribuição
de uma pena para a atitude.

A teoria também é conhecida pelos


seguintes nomes: Teoria Geral do Crime e
Teoria Geral do Delito.

O que é um crime?

Saber o que é um crime é o primeiro conceito


importante. Crime é um ato proibido pela
legislação penal, que possui a
determinação de uma pena como
consequência, caso seja praticado.

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Por exemplo: uma pessoa é


255
Elementos responsável pelos cuidados com
uma criança que, por seu descuido,
do crime sofre um acidente.

Crime e fato típico


Tipicidade: inclui conduta, Os conceitos de crime e de fato típico são
resultado, nexo causal e
tipicidade.
relacionados, já que o fato típico é
considerado o primeiro elemento que
caracteriza um crime.

O fato típico é a indicação de que um ato


Ilicitude: pode incluir
características como excludentes praticado consiste em uma conduta que a lei
de ilicitude, legítima defesa, considera como criminosa. É composto por
estado de necessidade, estrito quatro elementos: conduta, resultado, nexo
cumprimento de um dever legal e causal (relação de causalidade) e tipicidade.
exercício regular de um direito.

A conduta é o comportamento (ação)


praticado pela pessoa. Exemplos: agredir
Culpabilidade: inclui os conceitos alguém, dirigir sob efeito de bebida alcoólica
de imputabilidade
(responsabilidade), exigibilidade (e assumir o risco de causar um acidente de
de uma conduta diversa e a trânsito).
potencial consciência da ilicitude.
O resultado é a modificação causada pela
ação tomada. Por exemplo: lesão corporal
Tipos de crimes causada na pessoa agredida, morte de uma
pessoa por atropelamento.

Os crimes possuem uma classificação O nexo de causalidade é a comprovação


própria, de acordo com algumas da relação entre o ato e o resultado. Por
características. Veja: exemplo: nas situações citadas, o nexo de
causalidade é a comprovação da relação
• Crimes comissivos: o crime existente entre a agressão e as lesões
comissivo é definido pela prática de causadas ou a comprovação de que o
uma ação que a lei considera atropelamento aconteceu em razão da
criminosa. embriaguez ao volante.
Por exemplo: agredir uma pessoa
durante uma discussão (crime de Já a tipicidade é o enquadramento da lei
lesão corporal). para conduta praticada. Exemplo: o crime de
lesão corporal é determinado no artigo 129
• Crimes omissivos: o crime ocorre do Código Penal (ofender a integridade
quando o indivíduo deixa de fazer corporal ou a saúde de outrem). O crime de
uma ação que deveria. Nesse caso, homicídio na direção é enquadrado no artigo
é a omissão da conduta que 302 do Código de Trânsito Brasileiro
caracteriza o crime. (praticar homicídio culposo na direção de
Exemplo: deixar de socorrer uma veículo automotor).
vítima de acidente (crime de omissão
de socorro).

• Crimes omissivos impróprios: o ➢ IMPORTANTE A LEITURA da


crime acontece quando o indivíduo Letra de Lei Seca:
tem a obrigação de evitar uma
TÍTULO II
conduta (resultado) e não o faz.

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DO CRIME percorridas pelo agente para a prática de um


256
Relação de fato previsto em lei como crime.
causalidade
Art. 13 - O
São quatro:
resultado, de que depende a
existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu Cogitação: trata-se de uma fase interna,
causa. Considera-se causa a onde o agente somente está pensando,
ação ou omissão sem a qual o pretendendo a prática do crime. Acha-se em
resultado não teria ocorrido. um claustro psíquico. Não existe fato típico;
Superveniência de
causa independente
§ 1º - A Preparação: o indivíduo começa a
superveniência de causa externalizar os procedimentos para a
relativamente independente
empreitada criminosa. É a prática de todos
os atos antecedentes necessários ao início
exclui a imputação quando, por
da execução. Trata-se de uma fase externa;
si só, produziu o resultado; os
fatos anteriores, entretanto,
imputam-se a quem os Execução: começa a agressão ao bem
praticou. jurídico. Nesse momento, passa a existir o
Relevância da fato típico;
omissão
§ 2º - A omissão é
penalmente relevante quando o Consumação: quando todos os elementos
omitente devia e podia agir do fato típico são realizados, atingindo assim
para evitar o resultado. O dever o núcleo da figura delitiva descrito na lei. A
de agir incumbe a quem:
execução do crime começa com a prática do
primeiro ato idôneo e inequívoco à
a) tenha por lei
consumação. Ato idôneo é o capaz de
obrigação de cuidado, proteção
produzir o resultado e ato inequívoco é o
ou vigilância; que, fora de qualquer dúvida, induz ao
b) de outra forma, resultado. A execução está ligada ao verbo
assumiu a responsabilidade de de cada tipo. Quando o agente começa a
impedir o resultado; praticar o verbo do tipo, inicia-se a execução
c) com seu e quando todos os elementos a definição
comportamento anterior, criou legal do crime em questão são praticados,
há a consumação.
o risco da ocorrência do
resultado.

Consumação e tentativa.

➢ 1- DO CRIME CONSUMADO
Iter criminis é o itinerário do crime. É o
caminho do crime, ou seja, as etapas

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257 ➢ ESPÉCIES DE
TENTATIVA
Iter criminis

Cogitação
Preparação
Execução
- Tentativa imperfeita ou inacabada
Ocorre quando a execução do crime é
interrompida por circunstâncias alheias à
Consumação vontade do agente.

- Tentativa perfeita ou acabada


Mais conhecida como “crime falho”. Ocorre
quando a execução do crime se encerra, o
➢ 2- DO CRIME TENTADO agente executa o crime até o final, mas o
resultado não se produz por circunstâncias
É a não consumação de um crime. Tendo alheias à sua vontade.
sido iniciada sua execução, não se
consumou por circunstâncias alheias à
vontade do agente. - Tentativa branca
Classificação para os crimes contra a
pessoa, ocorre quando a vítima não é
Aplicação da Pena:
atingida.

A tentativa é punida com a mesma pena do - Tentativa cruenta


crime consumado, reduzida de 1/3 a 2/3. O
critério para essa redução é a proximidade Classificação para os crimes contra a
do momento consumativo, ou seja, quanto pessoa, ocorre quando a vítima é atingida.
mais próximo chegar da consumação, maior
será a pena.

➢ INFRAÇÕES QUE NÃO


ADMITEM TENTATIVA:

-Crimes culposos e crimes preterdolosos


Se o sujeito não quer o resultado, não há que
se falar em tentativa.

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- Crimes omissivos próprios consumado, diminuída de um a


258
dois terços.
Este tipo de crime se perfaz pela simples
abstenção do agente, independentemente
de um resultado posterior. No caso, omite-se
ou não, não havendo que se falar em
Desistência voluntária e arrependimento
tentativa.
eficaz.

- Contravenção penal ➢ TENTATIVA ABANDONADA


OU QUALIFICADA:
Conforme texto expresso da Lei de
Contravenções Penais. ( Lei 3.688/41) Ocorre quando, iniciada a execução, o
resultado não se produz por interferência da
vontade do próprio agente. Comporta duas
- Delitos de atentado espécies:
São os crimes em que a lei pune a tentativa
como se fosse consumado o delito.
- Desistência voluntária
O agente desiste de prosseguir na
- Crimes habituais execução, ou seja, ele mesmo,
voluntariamente, interrompe a execução.
Isso porque tais crimes exigem, para
Não há que se falar em desistência
configuração do resultado, o cometimento
voluntária em crime unissubsistente, visto
de conduta típica anterior; logo, com a
que este é composto de um único ato, não
realização da segunda conduta, já se
sendo admitido o fracionamento da conduta.
caracteriza o delito.

- Arrependimento eficaz
➢ IMPORTANTE A LEITURA da
Letra de Lei Seca: O agente executa o crime até o último ato,
esgotando-os, e logo após se arrepende,
Art. 14 - Diz-se o
impedindo o resultado. Ocorre somente nos
crime: crimes materiais que se consumam com o
Crime consumado resultado naturalístico.
I - consumado,
quando nele se reúnem todos
os elementos de sua definição A desistência ou
legal; arrependimento não precisam
Tentativa ser espontâneos, devendo ser
II - tentado, quando, voluntários, ou seja, desde que
iniciada a execução, não se sejam voluntários, poderão ser
consuma por circunstâncias provocados por terceiros e
alheias à vontade do agente. terão plena validade. A
Pena de tentativa tentativa abandonada exclui a
Parágrafo único - aplicação da pena por tentativa,
Salvo disposição em contrário, ou seja, o agente responderá
pune-se a tentativa com a pena somente pelos atos até então
correspondente ao crime praticados.

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Anotações:
259
➢ IMPORTANTE A LEITURA da a) Não é cabível no homicídio doloso, por
Letra de Lei Seca: exemplo;
Desistência b) Reparação do dano ou restituição da
voluntária e arrependimento coisa - deve ser integral;
eficaz
c) Por ato voluntário do agente
Art. 15 - O agente
Entendimento jurisprudencial: Não há
que, voluntariamente, desiste
necessidade de ser ato espontâneo,
de prosseguir na execução ou
podendo haver influência de terceira pessoa;
impede que o resultado se
produza, só responde pelos d) O arrependimento posterior só pode
atos já praticados. ocorrer até o recebimento da denúncia ou
queixa. Após o recebimento da denúncia ou
queixa, a reparação do dano será somente
Arrependimento posterior. atenuante genérica.

➢ 3- ARREPENDIMENTO Critérios para Aplicação da Redução


POSTERIOR da Pena

São dois os critérios para


se aplicar a redução da pena:
espontaneidade e
celeridade.
- Casos em que o sujeito
repara o dano, mas não ocorre
a diminuição da pena:
· Cheque sem fundos:
pagando-se o cheque,
Ocorre após a consumação do crime. extingue-se a punibilidade.
É uma causa obrigatória de redução de · Crime contra a ordem
pena. O crime já está consumado e o agente tributária: pagando-se a dívida,
responderá pelo crime consumado com uma extingue-se a punibilidade.
diminuição de pena de 1/3 a 2/3 . · Peculato culposo: até
o trânsito em julgado da
sentença, havendo reparação
- Requisitos do dano, extingue-se a
Só cabe em crime cometido sem violência ou punibilidade.
grave ameaça contra a pessoa. · Crime de ação penal
pública condicionada à
Visa o legislador dar oportunidade ao
representação na Lei n.
Agente, que pratica crime, por exemplo,
contra o patrimônio sem violência ou grave 9.099/95: reparando-se o
ameaça, de reparar o dano ou restituir a dano, extingue-se a
coisa. punibilidade.

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260
➢ IMPORTANTE A LEITURA da - Ineficácia absoluta do meio
Letra de Lei Seca:
O meio empregado jamais poderá levar à
consumação do crime.
Arrependimento
posterior A ineficácia do meio deve ser absoluta, não
podendo ser relativa (ex.: arma totalmente
Art. 16 - Nos crimes inapta a produzir disparos utilizada num
cometidos sem violência ou homicídio).
grave ameaça à pessoa,
Deve-se lembrar, entretanto, que essa
reparado o dano ou restituída a
ineficácia pode ser considerada para um
coisa, até o recebimento da crime e para outro não (ex.: num crime de
denúncia ou da queixa, por ato roubo, uma arma totalmente inapta a
voluntário do agente, a pena produzir disparos pode ser utilizada para
será reduzida de um a dois intimidar a vítima).
terços.
Crime impossível.
-Impropriedade absoluta do objeto
A pessoa ou a coisa sobre a qual recai a
conduta jamais poderia ser alvo do crime
(ex.: matar alguém que já está morto).

➢ IMPORTANTE A LEITURA da
Letra de Lei Seca:

➢ TENTATIVA INIDÔNEA OU
INADEQUADA: Crime impossível
Art. 17 - Não se
pune a tentativa quando, por
Também chamada de “quase crime” ou
ineficácia absoluta do meio ou
“crime impossível”, ocorre quando a
consumação é, desde o início, impossível, por absoluta impropriedade do
portanto, o fato é atípico. objeto, é impossível consumar-
se o crime.
A impossibilidade da Art. 18 - Diz-se o
consumação pode derivar de crime:
ineficácia absoluta do meio ou Crime doloso
impropriedade absoluta do I - doloso, quando o
objeto. agente quis o resultado ou
assumiu o risco de produzi-lo;
Crime culposo
A consequência do crime impossível é o fato
II - culposo, quando
ser atípico.
o agente deu causa ao
A teoria utilizada no crime impossível é a resultado por imprudência,
Teoria Objetiva Temperada, ou seja, o negligência ou imperícia.
agente não responde porque o bem jurídico Parágrafo único -
não ficou exposto a perigo.
Salvo os casos expressos em
lei, ninguém pode ser punido

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por fato previsto como crime, Erro sobre a


261
senão quando o pratica ilicitude do fato
dolosamente. Art. 21 - O
Agravação pelo desconhecimento da lei é
resultado inescusável. O erro sobre a
Art. 19 - Pelo ilicitude do fato, se inevitável,
resultado que agrava isenta de pena; se evitável,
especialmente a pena, só poderá diminuí-la de um sexto
responde o agente que o houver a um terço.
causado ao menos Parágrafo único -
culposamente. Considera-se evitável o erro se
Erro sobre o agente atua ou se omite sem
elementos do tipo a consciência da ilicitude do
Art. 20 - O erro fato, quando lhe era possível,
sobre elemento constitutivo do nas circunstâncias, ter ou
tipo legal de crime exclui o dolo, atingir essa consciência.
mas permite a punição por Coação irresistível
crime culposo, se previsto em e obediência hierárquica
lei. Art. 22 - Se o fato é
Descriminantes cometido sob coação irresistível
putativas ou em estrita obediência a
§ 1º - É isento de ordem, não manifestamente
pena quem, por erro ilegal, de superior hierárquico,
plenamente justificado pelas só é punível o autor da coação
circunstâncias, supõe situação ou da ordem.
de fato que, se existisse,
tornaria a ação legítima. Não há
isenção de pena quando o erro
deriva de culpa e o fato é
punível como crime culposo. Causas de exclusão de ilicitude.
Erro determinado
por terceiro
§ 2º - Responde pelo O que são as Excludentes de
crime o terceiro que determina ilicitude?
o erro.
Erro sobre a
pessoa
§ 3º - O erro quanto
à pessoa contra a qual o crime
é praticado não isenta de pena.
Não se consideram, neste caso,
as condições ou qualidades da
vítima, senão as da pessoa
contra quem o agente queria As excludentes de ilicitude são algumas
praticar o crime. hipóteses que permitem que a prática de

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

um ato ilícito não seja tratada como


262
crime. Art. 23 - Não há crime quando o agente
pratica o fato:
Uma ação que é considerada crime, quando
é praticada em uma situação específica, • I - em estado de necessidade,
pode não ser tratada dessa forma. Isso • II - em legítima defesa,
significa que, se existir uma das causas
excludentes de ilicitude, não haverá crime. • III - em estrito cumprimento de dever
legal ou no exercício regular de
Para compreender melhor o assunto, antes direito.
é preciso saber o que é ilicitude.

O que é ilicitude? Estado de necessidade


O estado de necessidade se aplica a alguém
A ilicitude é um ato que vai contra a previsão que está em uma situação de perigo.
da lei e, como consequência, causa um dano
a um bem que é protegido pelo Direito. Conforme a lei penal, considera-se nessa
situação o indivíduo que pratica uma
Para isso, é preciso que o fato praticado seja conduta para se salvar de um perigo
previsto na lei como um fato tipificado. atual.

Ou seja, se o fato for previsto na Para que essa condição seja considerada,
legislação, será considerado um crime. um bem jurídico protegido pela lei deve ter
sido violado para que outro bem - também
protegido pela lei - possa ser preservado do
perigo.
Ilicitude e excludentes de
Veja o que diz o artigo 24 do Código Penal:
ilicitude
Art. 24 - Considera-se em
Sabendo o significado de ilicitude, fica mais estado de necessidade quem
fácil compreender as causas de exclusão da pratica o fato para salvar de
ilicitude. perigo atual, que não provocou
As excludentes permitem que - em situações por sua vontade, nem podia de
específicas, somente as determinadas na lei outro modo evitar, direito
- uma pessoa pratique um ato ilícito, sem próprio ou alheio, cujo
que seja considerado um crime. sacrifício, nas circunstâncias,
não era razoável exigir-se.
Causas excludentes da ilicitude
As causas excludentes da ilicitude são as
situações em que a lei prevê que um ato que
seria tratado como crime, pela sua A aplicação dessa excludente possui um
circunstância específica, não será tratado requisito: para que seja reconhecida a
desta forma. situação, é preciso comprovar que o
perigo é atual. É indispensável que o
Existem quatro excludentes, que estão momento de perigo seja verificado, do
listadas no artigo 23 do Código Penal: contrário, a excludente de ilicitude não
poderá ser aplicada.

Exemplo: furto de um automóvel


estacionado na via pública para fazer o

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transporte de uma pessoa que corre risco de Assim como acontece com o estado de
263
morte. necessidade, para que a legítima defesa
seja considerada como excludente de
ilicitude, deve ser comprovado o perigo.
Além disso, é preciso provar que a agressão
O furto de um automóvel é injusta, ou seja, que não houve provocação
é tipificado como crime. Mas, para que ela acontecesse.
nesse caso e com as devidas Exemplo: em uma situação de assalto, a
comprovações da necessidade e vítima agride o assaltante para livrar-se da
do perigo da situação, poderá situação e conseguir fugir.
ser aplicada a excludente de
estado de necessidade.

A agressão é um crime
tipificado. Nessa situação
Legítima defesa específica, se for comprovada,
Legítima defesa é o uso dos meios pode ser considerada como
necessários para dar fim a uma agressão.
causa que exclui a ilicitude do
Acontece quando uma pessoa pratica um
ato que seria crime, mas na circunstância de ato.
legítima defesa, não será tratado dessa
maneira.

Pode ser considerada tanto na própria


Estrito cumprimento de dever
defesa, como na defesa de outras pessoas. legal ou no exercício regular de
direito
É importante saber que os meios usados na
defesa devem ser moderados, ou seja,
apenas o suficiente para que a agressão
seja encerrada.

Esta excludente está prevista no artigo 25 do


Código Penal:

Art. 25 - Entende-se em
legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios
➢ Estrito cumprimento de dever
legal
necessários, repele injusta
“ Os agentes públicos, no ”
agressão, atual ou iminente, a desempenho de suas atividades,
direito seu ou de outrem. não raras vezes, devem agir
Parágrafo único. interferindo na esfera privada
Observados os requisitos dos cidadãos, exatamente para
assegurar o cumprimento da lei.
previstos no caput deste artigo,
considera-se também em Essa intervenção redunda em
legítima defesa o agente de agressão a bens jurídicos como
segurança pública que repele a liberdade, a integridade física
agressão ou risco de agressão a ou a própria vida. Dentro de
limites aceitáveis, tal intervenção
vítima mantida refém durante a
é justificada pelo estrito
prática de crimes. cumprimento de um dever legal.

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Exemplos:
264
• Quem cumpre regularmente um Bizu do GD!
dever não pode, ao mesmo
tempo, praticar ilícito penal, uma
vez que a lei não contém
contradições.
• Policial que priva o fugitivo de O estrito cumprimento do dever
sua liberdade ao prendê-lo por legal e quando o agente está obrigado
ordem judicial. e dever a cumprir o
• Policial que cumpre uma ordem mandamento legal, e o exercício
judicial ou realiza uma prisão em regular de direito e o desempenho de
flagrante. uma atividade ou a prática de uma
• Fuzilamento do condenado pelo conduta autorizada por lei, classificada
executor ser houver a pena de por lei como crime, com autorização
morte. prevista em lei.
• Quem cumpre estritamente um
dever legal atua, a rigor, de
acordo com suas obrigações
previstas em norma jurídica (lei,
decreto, regulamento). Trata-se ➢ IMPORTANTE A LEITURA da
de um funcionário ou agente Letra de Lei Seca:
público, ou ainda de um
particular no exercício de função
pública, como no caso dos Exclusão de
jurados ou dos mesários ilicitude
convocados pela Justiça
Art. 23 - Não há
Eleitoral.
crime quando o agente pratica
o fato:
Exercício regular de direito I - em estado de
necessidade;
"É o desempenho de uma atividade ou a
prática de uma conduta autorizada por lei, II - em legítima
que torna lícito um fato típico. Se alguém defesa;
exercita um direito, previsto e autorizado de III - em estrito
algum modo pelo ordenamento jurídico, não cumprimento de dever legal ou
pode ser punido, como se praticasse um
no exercício regular de
delito”.
direito.
Exemplos: Excesso
punível
• Lutador de MMA. Parágrafo único - O
• Jogador de futebol que chega agente, em qualquer das
dando um “carrinho” no outro.
hipóteses deste artigo,
responderá pelo excesso doloso
ou culposo.
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-
se em estado de necessidade
quem pratica o fato para salvar
de perigo atual, que não

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provocou por sua vontade, nem


265
podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias,
não era razoável exigir-
se.
§ 1º - Não pode
alegar estado de necessidade
quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja
razoável exigir-se o sacrifício do
direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a
dois terços.
Legítima defesa
Art. 25 - Entende-
se em legítima defesa quem,
usando moderadamente dos
meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou
iminente, a direito seu ou de
outrem.
Parágrafo único.
Observados os requisitos
previstos no caput deste artigo,
considera-se também em
legítima defesa o agente de
segurança pública que repele
agressão ou risco de agressão a
vítima mantida refém durante a
prática de crimes.

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Da Imputabilidade Penal; se da execução de uma infração, uma ação


266
terminalmente proibida.
O que é excludente de culpabilidade
A excludente de culpabilidade é uma das Dentro do direito penal brasileiro, configura-
situações onde o sujeito que cometeu um se o delito quando:
crime é afastado ou excluído da culpa de tê-
lo cometido. 1. O ato praticado pelo agente é
ilegal, tendo a sua ilegalidade
tipificada em lei;
Isso quer dizer que houve
2. Há tipificação penal para o ato
um ato ilícito e tipificado como praticado, uma vez que o artigo
tal no Código Penal, mas o 1º do Código Penal aponta que
agente que o cometeu não é “não há crime sem lei anterior
responsável pela culpa de tê-lo
que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal”;
cometido.
3. O sujeito é culpado pela prática
do ato em questão.

O excludente de culpabilidade não é Uma ação só é compreendida como delito,


diretamente citado em nenhum artigo do como um crime, somente quando essas três
Código Penal brasileiro, mas o texto do configurações coexistem no ato analisado.
mesmo aponta, em diferentes momentos,
situações que configuram a excludente de Dessa forma, a excludente de culpabilidade,
culpabilidade, como o artigo 22, por objeto principal deste artigo, é um situação
exemplo: onde o ato praticado não se configura em
crime/delito, uma vez que o sujeito não é
“Art. 22 – Se o fato é cometido sob coação culpado diretamente pela prática, mesmo
irresistível ou em estrita obediência a ordem, que tenha sido ele quem tenha realizado a
não manifestamente ilegal, de superior ação.
hierárquico, só é punível o autor da coação
ou da ordem”. O que gera a culpabilidade?
É importante que seja separada a ideia de
É possível notar que o Código Penal exime culpabilidade da intenção culposa do ato.
de culpa o agente que pratica um ato ilícito
sob “coação irresistível” ou em estrita A culpabilidade é a relação subjetiva que liga
obediência hierárquica, por exemplo. o autor do crime com o ato cometido. É um
princípio do direito penal que define quais
Existem outras situações onde a excludente são os requisitos que o sujeito que cometeu
de culpabilidade é aplicável, e essas um crime deve preencher para que a culpa
situações estão, na sua maioria, expressas do mesmo possa ser atribuída a ele.
dentro do Código Penal.

No entanto, antes de continuarmos o Bizu do GD!


assunto da excludente de culpabilidade e de
outras excludentes penais, é importante
compreendermos primeiramente o que Para se definir a culpabilidade de
define o delito. alguém sobre um ato ilícito, o agente
precisa ser imputável, ter consciência
Como o Direto Penal configura o delito? da ilegalidade da prática e ter a
O delito pode ser definido como um ato de possibilidade de ter agido de forma
um sujeito que seja ilegal, ilícito, em diferente no caso concreto.
conformidade com as leis de um território ou
com a ética e moral de sua sociedade. Trata-
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Veremos cada um desses critérios de forma pode configurar na não culpabilidade do


267
mais minuciosa a seguir. sujeito (art. 21):

“Art. 21 – O desconhecimento da lei é


Imputabilidade inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato,
se inevitável, isenta de pena; se evitável,
A imputabilidade é a capacidade de uma poderá diminuí-la de um sexto a um terço”.
pessoa, que seja sã e tenha plena faculdade
mental, de compreender que a ilicitude do
ato e, mesmo assim, age de acordo com a Possibilidade de conduta
sua vontade para cometer um ato ilícito.
diversa
Existem algumas A última situação que indica a culpabilidade
situações que implicam na de alguém sobre um ato ilícito tem relação
inimputabilidade do sujeito, ou com a possibilidade de aquela pessoa ter
agido de forma diferente da que agiu quando
seja, que indicam que o mesmo
realizou o crime.
não tem capacidade de
compreender que o ato é ilícito, Uma pessoa que tenha agido de forma
como pessoas que tenham criminosa sob coação ou sob ordem
deficiência ou doença mental hierárquica, por exemplo, não poderia, em
(art. 26) e pessoas menores de tese, ter agido de forma diferente, não tendo,
portanto, possibilidade de conduta diversa.
18 anos (art. 27).

É importante compreender que só quando


essas três situações ocorrem de forma
“Art. 26 – É isento de pena o agente que, por simultânea que se configura a culpabilidade
doença mental ou desenvolvimento mental do indivíduo sobre o ato ilícito cometido. Só
incompleto ou retardado, era, ao tempo da então essa pessoa pode, teoricamente,
ação ou da omissão, inteiramente incapaz responder penalmente pelo que cometeu.
de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse Esses princípios e situações também são
entendimento”. muito importantes para o assunto abordado
neste artigo, o excludente de culpabilidade.
“Art. 27 – Os menores de 18 (dezoito) anos Pois é na observação desses requisitos que
são penalmente inimputáveis, ficando se encontrarão as situações supralegais
sujeitos às normas estabelecidas na (não previstas em lei, mas previstas na
legislação especial”. doutrina e na jurisprudência) para a
efetivação da excludente.

Consciência da ilicitude Causas excludentes de


Se a imputabilidade fala sobre a capacidade culpabilidade?
de uma pessoa sã em compreender que o O Código Penal brasileiro aponta algumas
ato é ilícito, a consciência da ilicitude ter causas excludentes de culpabilidade dentro
relação com o conhecimento do sujeito de do seu texto.
que o ato praticado era, de fato, ilegal.
É importante apontar que o excludente de
O desconhecimento da lei não é justificativa culpabilidade age sobre o ato penal
para o descumprimento da mesma, mas o mediante a reprovação social do ato
apróprio Código Penal aponta situações praticado, podendo a situação isentar o
onde o não conhecimento de um ato ilegal sujeito de pena ou diminuir a sua pena, de
acordo com a estipulação da lei.

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Embora algumas já tenham sido apontadas 2. Menoridade penal


268
no decorrer deste artigo, apontaremos quais
são as principais causas excludentes de A menoridade penal (artigo 27 do Código
culpabilidade presentes no Código Penal Penal) também torna o sujeito que cometeu
brasileiro abaixo: o crime inimputável.

Isso não quer dizer que o mesmo esteja


1. Doença mental ou isento de penalidade, mas que o mesmo não
desenvolvimento mental sofrerá com as consequências da pena
previstas no Código Penal em si, mas
incompleto poderá ser submetido a outras penas,
contidas em legislação específica.

3. Coação ou ordem
hierárquica superior
A coação ou cumprimento de ordem
hierárquica superior como excludente de
Como apontamos anteriormente neste culpabilidade está prevista no artigo 22 do
artigo, o artigo 26 do Código Penal define Código Penal.
que pessoas que sofram de alguma doença
mental ou tenham o desenvolvimento mental O mesmo artigo aponta que a
incompleto não possam ser imputadas por responsabilidade pelo ato criminoso será
atos penalmente ilícitos. aplicada sobre o autor da coação ou da
ordem, que será punido de acordo.
Essa situação, portanto, é uma excludente
de culpabilidade. Entretanto, é importante
apontar que o Código Penal prevê a redução
na pena, e não a isenção da mesma, no
parágrafo único do mesmo artigo:
4. Embriaguez

“Art. 26. Parágrafo único – A pena pode ser A embriaguez, quando causada de forma
reduzida de um a dois terços, se o agente, involuntária, ou seja, quando a pessoa torna-
em virtude de perturbação de saúde mental se ébria sem conhecimento do ato que a fez
ou por desenvolvimento mental incompleto ficar assim, seja por ter consumido droga
ou retardado não era inteiramente capaz de sem saber ou por ter sido drogada por
entender o caráter ilícito do fato ou de terceiro, conforme aponta o parágrafo 1º do
determinar-se de acordo com esse artigo 28 do Código Penal:
entendimento”.
“§ 1º – É isento de pena o agente que, por
Cabe a análise do caso concreto e do tipo de embriaguez completa, proveniente de caso
delito cometido para definir se cabe a fortuito ou força maior, era, ao tempo da
isenção de pena ou apenas a diminuição da ação ou da omissão, inteiramente incapaz
mesma. de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse
entendimento”.

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5. Não conhecimento do ato O artigo 23 do Código Penal aponta quais


269
são as situações onde não há crime ao
ilícito cometer um ato ilícito:
Por último, o não conhecimento de que o ato
era ilícito no momento em que foi praticado “Art. 23 – Não há crime quando o agente
também pode configurar em excludente de pratica o fato:
culpabilidade (artigo 21).
I – em estado de necessidade;
É claro que, para se fazer tal afirmação,
deve-se considerar a cultura, o II – em legítima defesa;
conhecimento, a classe social, a ocupação e
vários outros fatores do sujeito, além de III – em estrito cumprimento de dever legal
também se levar em consideração que tipo ou no exercício regular de direito”.
de crime foi cometido.
Explicaremos cada uma dessas situações
Qual a diferença entre excludente adiante.
da culpabilidade, ilicitude e
tipicidade? Quando se aplica a excludente de
Os três tipos de excludentes penais culpabilidade?
(culpabilidade, ilicitude e tipicidade) estão Como já vimos, é excluído de culpabilidade
ligadas com a possibilidade de um indivíduo penal o menor de idade, o mentalmente
se encontrar isento da penalidade de um doente ou incapaz, aquele que for
crime, mesmo ao praticá-lo. embriagado sem conhecimento, quem
desconhece que o ato realizado é ilícito,
entre outras situações.
É muito importante que o
concurseiro compreenda a
Quando se aplica a excludente de ilicitude?
diferença entre as excludentes,
A excludente de ilicitude é aplicada em
para que possa compreender a situação onde o agente que comete o ato o
sua aplicação dentro do caso faz estado de necessidade (art. 24), em
concreto. legítima defesa (art. 25), ou em dever legal
ou no exercício de direito, como no caso de
médicos, que causam lesões corporais
durante cirurgias, por exemplo.
A excludente de culpabilidade, como já
vimos, é a situação onde pode-se suprimir a “Art. 24 – Considera-se em estado de
culpa do sujeito que cometeu o crime, por necessidade quem pratica o fato para salvar
razões estabelecidas dentro do Código de perigo atual, que não provocou por sua
Penal e na jurisprudência. vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
A tipicidade é a união entre o fato concreto e circunstâncias, não era razoável exigir-se”.
a aplicação da norma penal que define o ato
ilícito. Se o fato consumado é atípico ou, “Art. 25 – Entende-se em legítima defesa
embora seja ilegal, seja socialmente aceito, quem, usando moderadamente dos meios
cabe a excludente de tipicidade. Esse necessários, repele injusta agressão, atual
conceito é bastante utilizado no princípio da ou iminente, a direito seu ou de outrem”.
insignificância.
Quando se aplica a excludente de
A excludente de ilicitude tem relação com
tipicidade?
circunstâncias que fazem com que o crime
cometido não seja ilícito, por razões A excludente de tipicidade se encontra nas
específicas. situações onde o fato gerador do ato ilícito é

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atípico em relação à penalidade prevista em Quais são as excludentes de


270
lei. Por exemplo: uma profissional, ao culpabilidade?
colocar um piercing ou brinco em alguém,
está cometendo uma lesão corporal, mas o • – Doença mental ou
fato em si não imputa em crime, uma vez que desenvolvimento mental incompleto
é atípico em relação à norma penal.
• – Menoridade penal
Outro exemplo se encontra no parágrafo 3º
do artigo 146 do Código Penal, que afirma: • – Coação ou ordem hierárquica
superior
“Art. 146 – Constranger alguém, mediante
violência ou grave ameaça, ou depois de lhe • – Embriaguez
haver reduzido, por qualquer outro meio, a
capacidade de resistência, a não fazer o que
a lei permite, ou a fazer o que ela não • – Não conhecimento do ato ilícito
manda:

§ 3º – Não se compreendem na disposição


deste artigo: IMPORTANTE A LEITURA da
Letra de Lei Seca:
I – a intervenção médica ou cirúrgica, sem o
consentimento do paciente ou de seu TÍTULO III
representante legal, se justificada por DA IMPUTABILIDADE
iminente perigo de vida; PENAL

II – a coação exercida para impedir suicídio”.


Inimputáveis
O parágrafo 3º aponta duas situações de Art. 26 - É isento de
atipicidade em relação à norma penal.
pena o agente que, por doença
Portanto, cometem o delito, mas não tem a
mental ou desenvolvimento mental
intenção de cometê-lo de forma danosa.
Dessa forma, cabe excludente de tipicidade. incompleto ou retardado, era, ao
tempo da ação ou da omissão,
Aprenda sobre um instituto similar: inteiramente incapaz de entender o
a extinção de punibilidade! caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse
entendimento.

Dúvidas frequentes sobre Redução de pena


excludente de culpabilidade Parágrafo único - A pena
pode ser reduzida de um a dois
O que é excludente de culpabilidade? terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por
A excludente de culpabilidade é uma das
desenvolvimento mental incompleto
situações onde o sujeito que cometeu um
crime é afastado ou excluído da culpa de tê- ou retardado não era inteiramente
lo cometido. Isso quer dizer que houve um capaz de entender o caráter ilícito
ato ilícito e tipificado como tal no Código do fato ou de determinar-se de
Penal, mas o agente que o cometeu não é acordo com esse
responsável pela culpa de tê-lo cometido. entendimento.

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Menores de dezoito
271
anos
Art. 27 - Os menores
de 18 (dezoito) anos são
penalmente inimputáveis, ficando
sujeitos às normas estabelecidas na
legislação especial.

Emoção e paixão
Art. 28 - Não excluem a
imputabilidade penal:
I - a emoção ou a
paixão;
Embriaguez
II - a embriaguez,
voluntária ou culposa, pelo álcool ou
substância de efeitos
análogos.
§ 1º - É isento de pena o
agente que, por embriaguez
completa, proveniente de caso
fortuito ou força maior, era, ao
tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse
entendimento.
§ 2º - A pena pode ser
reduzida de um a dois terços, se o
agente, por embriaguez,
proveniente de caso fortuito ou força
maior, não possuía, ao tempo da
ação ou da omissão, a plena
capacidade de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.

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Das penas; c) regime aberto a execução da pena em


272 casa de albergado ou estabelecimento
adequado.
Bizu do GD!
§ 2º - As penas privativas de liberdade
deverão ser executadas em forma progressiva,
segundo o mérito do condenado, observados os
seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de
Nesse tópico, o mais importante para transferência a regime mais rigoroso: (Redação
a referida banca é a LETRA de LEI. dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) o condenado a pena superior a 8 (oito)


anos deverá começar a cumpri-la em regime
TÍTULO V fechado;

DAS PENAS b) o condenado não reincidente, cuja pena


seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8
(oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em
CAPÍTULO I
regime semi-aberto;

DAS ESPÉCIES DE PENA c) o condenado não reincidente, cuja pena


seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá,
Art. 32 - As penas são: (Redação dada pela desde o início, cumpri-la em regime aberto.
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - A determinação do regime inicial de
I - privativas de liberdade; cumprimento da pena far-se-á com observância
dos critérios previstos no art. 59 deste
II - restritivas de direitos; Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
III - de multa.
§ 4o O condenado por crime contra a
SEÇÃO I administração pública terá a progressão de
regime do cumprimento da pena condicionada à
DAS PENAS PRIVATIVAS DE reparação do dano que causou, ou à devolução
LIBERDADE do produto do ilícito praticado, com os
acréscimos legais. (Incluído pela Lei nº 10.763,
Reclusão e detenção de 12.11.2003)

Art. 33 - A pena de reclusão deve ser Regras do regime fechado


cumprida em regime fechado, semi-aberto ou
aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, Art. 34 - O condenado será submetido, no
ou aberto, salvo necessidade de transferência a início do cumprimento da pena, a exame
regime fechado. (Redação dada pela Lei nº criminológico de classificação para
7.209, de 11.7.1984) individualização da execução. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no
período diurno e a isolamento durante o repouso
a) regime fechado a execução da pena em noturno. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
estabelecimento de segurança máxima ou 11.7.1984)
média;
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do
b) regime semi-aberto a execução da pena estabelecimento, na conformidade das aptidões
em colônia agrícola, industrial ou ou ocupações anteriores do condenado, desde
estabelecimento similar; que compatíveis com a execução da
pena.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

§ 3º - O trabalho externo é admissível, no Art. 38 - O preso conserva todos os direitos


273
regime fechado, em serviços ou obras não atingidos pela perda da liberdade, impondo-
públicas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de se a todas as autoridades o respeito à sua
11.7.1984) integridade física e moral. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Regras do regime semi-aberto
Trabalho do preso
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste
Código, caput, ao condenado que inicie o Art. 39 - O trabalho do preso será sempre
cumprimento da pena em regime semi- remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios
aberto. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de da Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº
11.7.1984) 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho Legislação especial


em comum durante o período diurno, em colônia
agrícola, industrial ou estabelecimento
Art. 40 - A legislação especial regulará a
similar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
matéria prevista nos arts. 38 e 39 deste Código,
11.7.1984)
bem como especificará os deveres e direitos do
preso, os critérios para revogação e transferência
§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem dos regimes e estabelecerá as infrações
como a freqüência a cursos supletivos disciplinares e correspondentes
profissionalizantes, de instrução de segundo sanções. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
grau ou superior. (Redação dada pela Lei nº 11.7.1984)
7.209, de 11.7.1984)
Superveniência de doença mental
Regras do regime aberto
Art. 41 - O condenado a quem sobrevém
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na doença mental deve ser recolhido a hospital de
autodisciplina e senso de responsabilidade do custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a
condenado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de outro estabelecimento adequado. (Redação
11.7.1984) dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - O condenado deverá, fora do Detração


estabelecimento e sem vigilância, trabalhar,
freqüentar curso ou exercer outra atividade
autorizada, permanecendo recolhido durante o Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de
período noturno e nos dias de folga. (Redação liberdade e na medida de segurança, o tempo de
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o
de prisão administrativa e o de internação em
qualquer dos estabelecimentos referidos no
§ 2º - O condenado será transferido do
artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
regime aberto, se praticar fato definido como
de 11.7.1984)
crime doloso, se frustrar os fins da execução ou
se, podendo, não pagar a multa cumulativamente
aplicada. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de SEÇÃO II
11.7.1984) DAS PENAS RESTRITIVAS DE
DIREITOS
Regime especial
Penas restritivas de direitos
Art. 37 - As mulheres cumprem pena em
estabelecimento próprio, observando-se os Art. 43. As penas restritivas de direitos
deveres e direitos inerentes à sua condição são: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
pessoal, bem como, no que couber, o disposto
neste Capítulo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, I - prestação pecuniária; (Incluído pela Lei
de 11.7.1984) nº 9.714, de 1998)

Direitos do preso

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II - perda de bens e valores; (Incluído pela § 4o A pena restritiva de direitos converte-se


274 Lei nº 9.714, de 1998) em privativa de liberdade quando ocorrer o
descumprimento injustificado da restrição
III - limitação de fim de semana. (Incluído imposta. No cálculo da pena privativa de
pela Lei nº 7.209, de 1984) liberdade a executar será deduzido o tempo
cumprido da pena restritiva de direitos,
IV - prestação de serviço à comunidade ou respeitado o saldo mínimo de trinta dias de
detenção ou reclusão. (Incluído pela Lei nº
a entidades públicas; (Incluído pela Lei nº 9.714,
9.714, de 1998)
de 25.11.1998)

V - interdição temporária de § 5o Sobrevindo condenação a pena


direitos; (Incluído pela Lei nº 9.714, de privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da
execução penal decidirá sobre a conversão,
25.11.1998)
podendo deixar de aplicá-la se for possível ao
condenado cumprir a pena substitutiva
VI - limitação de fim de semana. (Incluído anterior. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
Conversão das penas restritivas de
Art. 44. As penas restritivas de direitos são direitos
autônomas e substituem as privativas de
liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº
Art. 45. Na aplicação da substituição
9.714, de 1998)
prevista no artigo anterior, proceder-se-á na
forma deste e dos arts. 46, 47 e 48. (Redação
I – aplicada pena privativa de liberdade não dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
superior a quatro anos e o crime não for cometido
com violência ou grave ameaça à pessoa ou,
qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for § 1o A prestação pecuniária consiste no
pagamento em dinheiro à vítima, a seus
culposo;(Redação dada pela Lei nº 9.714, de
dependentes ou a entidade pública ou privada
1998)
com destinação social, de importância fixada
pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem
II – o réu não for reincidente em crime superior a 360 (trezentos e sessenta) salários
doloso; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de mínimos. O valor pago será deduzido do
1998) montante de eventual condenação em ação de
reparação civil, se coincidentes os
III – a culpabilidade, os antecedentes, a beneficiários. (Incluído pela Lei nº 9.714, de
conduta social e a personalidade do condenado, 1998)
bem como os motivos e as circunstâncias
indicarem que essa substituição seja § 2o No caso do parágrafo anterior, se
suficiente. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de houver aceitação do beneficiário, a prestação
1998) pecuniária pode consistir em prestação de outra
natureza. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 1o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714,
de 1998) § 3o A perda de bens e valores pertencentes
aos condenados dar-se-á, ressalvada a
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um legislação especial, em favor do Fundo
ano, a substituição pode ser feita por multa ou Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto
por uma pena restritiva de direitos; se superior a – o que for maior – o montante do prejuízo
um ano, a pena privativa de liberdade pode ser causado ou do provento obtido pelo agente ou
substituída por uma pena restritiva de direitos e por terceiro, em conseqüência da prática do
multa ou por duas restritivas de crime. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
direitos. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714,
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz de 1998)
poderá aplicar a substituição, desde que, em face
de condenação anterior, a medida seja
socialmente recomendável e a reincidência não
Prestação de serviços à
se tenha operado em virtude da prática do comunidade ou a entidades públicas
mesmo crime. (Incluído pela Lei nº 9.714, de
1998)

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Art. 46. A prestação de serviços à V - proibição de inscrever-se em concurso,


275 comunidade ou a entidades públicas é aplicável avaliação ou exame públicos. (Incluído pela Lei
às condenações superiores a seis meses de nº 12.550, de 2011)
privação da liberdade. (Redação dada pela Lei nº
9.714, de 1998) Limitação de fim de semana

§ 1o A prestação de serviços à comunidade


Art. 48 - A limitação de fim de semana
ou a entidades públicas consiste na atribuição de
tarefas gratuitas ao condenado. (Incluído pela consiste na obrigação de permanecer, aos
sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias,
Lei nº 9.714, de 1998)
em casa de albergado ou outro estabelecimento
adequado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
§ 2o A prestação de serviço à comunidade 11.7.1984)
dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais,
escolas, orfanatos e outros estabelecimentos
Parágrafo único - Durante a permanência
congêneres, em programas comunitários ou
poderão ser ministrados ao condenado cursos e
estatais. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
palestras ou atribuídas atividades
educativas.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
§ 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão 11.7.1984)
atribuídas conforme as aptidões do condenado,
devendo ser cumpridas à razão de uma hora de
SEÇÃO III
tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a
DA PENA DE MULTA
não prejudicar a jornada normal de
trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
Multa
4o
§ Se a pena substituída for superior a um
ano, é facultado ao condenado cumprir a pena Art. 49 - A pena de multa consiste no
substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca pagamento ao fundo penitenciário da quantia
inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada na sentença e calculada em dias-multa.
fixada. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de
360 (trezentos e sessenta) dias-multa. (Redação
Interdição temporária de dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
direitos (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo
juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do
Art. 47 - As penas de interdição temporária maior salário mínimo mensal vigente ao tempo
de direitos são: (Redação dada pela Lei nº do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse
7.209, de 11.7.1984) salário. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - proibição do exercício de cargo, função
ou atividade pública, bem como de mandato § 2º - O valor da multa será atualizado,
eletivo; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de quando da execução, pelos índices de correção
monetária. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
11.7.1984)
II - proibição do exercício de profissão,
atividade ou ofício que dependam de habilitação Pagamento da multa
especial, de licença ou autorização do poder
público;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de
11.7.1984) 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a
sentença. A requerimento do condenado e
III - suspensão de autorização ou de conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir
habilitação para dirigir veículo. (Redação dada que o pagamento se realize em parcelas
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) mensais. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
IV – proibição de freqüentar determinados
lugares. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) § 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se
mediante desconto no vencimento ou salário do
condenado quando: (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)

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a) aplicada isoladamente; (Incluído Art. 54 - As penas restritivas de direitos são


276 pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) aplicáveis, independentemente de cominação na
parte especial, em substituição à pena privativa
b) aplicada cumulativamente com pena de liberdade, fixada em quantidade inferior a 1
restritiva de direitos; (Incluído pela Lei nº (um) ano, ou nos crimes culposos. (Redação
7.209, de 11.7.1984) dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

c) concedida a suspensão condicional da Art. 55. As penas restritivas de


pena. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
direitos referidas nos incisos III, IV, V e
VI do art. 43 terão a mesma duração da
§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os pena privativa de liberdade substituída,
recursos indispensáveis ao sustento do ressalvado o disposto no § 4o do art.
condenado e de sua família. (Incluído pela 46. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 56 - As penas de interdição, previstas
Conversão da Multa e
nos incisos I e II do art. 47 deste Código, aplicam-
revogação (Redação dada pela Lei nº
se para todo o crime cometido no exercício de
7.209, de 11.7.1984)
profissão, atividade, ofício, cargo ou função,
sempre que houver violação dos deveres que
Art. 51. Transitada em julgado a sentença lhes são inerentes. (Redação dada pela Lei nº
condenatória, a multa será executada perante o 7.209, de 11.7.1984)
juiz da execução penal e será considerada dívida
de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida
ativa da Fazenda Pública, inclusive no que Art. 57 - A pena de interdição, prevista no
concerne às causas interruptivas e suspensivas inciso III do art. 47 deste Código, aplica-se aos
da prescrição. (Redação dada pela Lei nº crimes culposos de trânsito. (Redação dada pela
13.964, de 2019) Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Pena de multa
§ 1º - (Revogado pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)
Art. 58 - A multa, prevista em cada tipo legal
§ 2º - (Revogado pela Lei nº 9.268, de de crime, tem os limites fixados no art. 49 e seus
1º.4.1996) parágrafos deste Código.(Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
Suspensão da execução da multa
Parágrafo único - A multa prevista no
parágrafo único do art. 44 e no § 2º do art. 60
Art. 52 - É suspensa a execução da pena deste Código aplica-se independentemente de
de multa, se sobrevém ao condenado doença cominação na parte especial. (Redação dada
mental. (Redação dada pela Lei nº 7.209, pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
de 11.7.1984)
CAPÍTULO III
CAPÍTULO II DA APLICAÇÃO DA PENA
DA COMINAÇÃO DAS PENAS
Fixação da pena
Penas privativas de liberdade

Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade,


Art. 53 - As penas privativas de liberdade aos antecedentes, à conduta social, à
têm seus limites estabelecidos na sanção personalidade do agente, aos motivos, às
correspondente a cada tipo legal de circunstâncias e conseqüências do crime, bem
crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de como ao comportamento da vítima, estabelecerá,
11.7.1984) conforme seja necessário e suficiente para
reprovação e prevenção do crime: (Redação
Penas restritivas de direitos dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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I - as penas aplicáveis dentre as c) à traição, de emboscada, ou mediante


277 cominadas;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou
11.7.1984) tornou impossível a defesa do ofendido;

II - a quantidade de pena aplicável, dentro d) com emprego de veneno, fogo, explosivo,


dos limites previstos;(Redação dada pela Lei nº tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de
7.209, de 11.7.1984) que podia resultar perigo comum;

III - o regime inicial de cumprimento da pena e) contra ascendente, descendente, irmão


privativa de liberdade;(Redação dada pela Lei nº ou cônjuge;
7.209, de 11.7.1984)
f) com abuso de autoridade ou
IV - a substituição da pena privativa da prevalecendo-se de relações domésticas, de
liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se coabitação ou de hospitalidade, ou com violência
cabível. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de contra a mulher na forma da lei
11.7.1984) específica; (Redação dada pela Lei nº 11.340, de
2006)
Critérios especiais da pena de multa
g) com abuso de poder ou violação de dever
Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
deve atender, principalmente, à situação
econômica do réu. (Redação dada pela Lei nº h) contra criança, maior de 60 (sessenta)
7.209, de 11.7.1984) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação
dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
§ 1º - A multa pode ser aumentada até o
triplo, se o juiz considerar que, em virtude da i) quando o ofendido estava sob a imediata
situação econômica do réu, é ineficaz, embora proteção da autoridade;
aplicada no máximo. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) j) em ocasião de incêndio, naufrágio,
inundação ou qualquer calamidade pública, ou
Multa substitutiva de desgraça particular do ofendido;

l) em estado de embriaguez preordenada.


§ 2º - A pena privativa de liberdade
aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser
substituída pela de multa, observados os critérios Agravantes no caso de concurso de
dos incisos II e III do art. 44 deste pessoas
Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Art. 62 - A pena será ainda agravada em
relação ao agente que: (Redação dada pela Lei
Circunstâncias agravantes nº 7.209, de 11.7.1984)

Art. 61 - São circunstâncias que sempre I - promove, ou organiza a cooperação no


agravam a pena, quando não constituem ou crime ou dirige a atividade dos demais
qualificam o crime:(Redação dada pela Lei nº agentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
7.209, de 11.7.1984) 11.7.1984)

II - coage ou induz outrem à execução


I - a reincidência; (Redação dada pela Lei
material do crime; (Redação dada pela Lei nº
nº 7.209, de 11.7.1984) 7.209, de 11.7.1984)

II - ter o agente cometido o crime: (Redação III - instiga ou determina a cometer o crime
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível
em virtude de condição ou qualidade
a) por motivo fútil ou torpe; pessoal; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
b) para facilitar ou assegurar a execução, a
ocultação, a impunidade ou vantagem de outro
crime;
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IV - executa o crime, ou nele participa, autoridade superior, ou sob a influência de


278 mediante paga ou promessa de violenta emoção, provocada por ato injusto da
recompensa.(Redação dada pela Lei nº 7.209, vítima;
de 11.7.1984)
d) confessado espontaneamente, perante a
Reincidência autoridade, a autoria do crime;

Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o e) cometido o crime sob a influência de


agente comete novo crime, depois de transitar multidão em tumulto, se não o provocou.
em julgado a sentença que, no País ou no
estrangeiro, o tenha condenado por crime Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada
anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de em razão de circunstância relevante, anterior ou
11.7.1984) posterior ao crime, embora não prevista
expressamente em lei. (Redação dada pela Lei
Art. 64 - Para efeito de nº 7.209, de 11.7.1984)
reincidência: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984) Concurso de circunstâncias agravantes
e atenuantes
I - não prevalece a condenação anterior, se
entre a data do cumprimento ou extinção da pena Art. 67 - No concurso de agravantes e
e a infração posterior tiver decorrido período de atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite
tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o indicado pelas circunstâncias preponderantes,
período de prova da suspensão ou do livramento entendendo-se como tais as que resultam dos
condicional, se não ocorrer revogação; (Redação motivos determinantes do crime, da
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) personalidade do agente e da
reincidência. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
II - não se consideram os crimes militares de 11.7.1984)
próprios e políticos.(Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) Cálculo da pena

Circunstâncias atenuantes Art. 68 - A pena-base será fixada


atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código;
Art. 65 - São circunstâncias que sempre em seguida serão consideradas as
atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº circunstâncias atenuantes e agravantes; por
7.209, de 11.7.1984) último, as causas de diminuição e de
aumento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um),
na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos,
na data da sentença; (Redação dada pela Lei nº Parágrafo único - No concurso de causas
7.209, de 11.7.1984) de aumento ou de diminuição previstas na parte
especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento
II - o desconhecimento da lei; (Redação ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia,
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a causa que mais aumente ou diminua.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) Concurso material

a) cometido o crime por motivo de relevante Art. 69 - Quando o agente, mediante mais
valor social ou moral; de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplicam-se
cumulativamente as penas privativas de
b) procurado, por sua espontânea vontade liberdade em que haja incorrido. No caso de
e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou aplicação cumulativa de penas de reclusão e de
minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do detenção, executa-se primeiro aquela. (Redação
julgamento, reparado o dano; dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

c) cometido o crime sob coação a que podia


§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao
resistir, ou em cumprimento de ordem de
agente tiver sido aplicada pena privativa de
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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

liberdade, não suspensa, por um dos crimes, Art. 72 - No concurso de crimes, as penas
279 para os demais será incabível a substituição de de multa são aplicadas distinta e
que trata o art. 44 deste Código. (Redação dada integralmente. (Redação dada pela Lei nº
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 7.209, de 11.7.1984)

§ 2º - Quando forem aplicadas penas Erro na execução


restritivas de direitos, o condenado cumprirá
simultaneamente as que forem compatíveis entre Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no
si e sucessivamente as demais. (Redação dada uso dos meios de execução, o agente, ao invés
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge
pessoa diversa, responde como se tivesse
Concurso formal praticado o crime contra aquela, atendendo-se
ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só caso de ser também atingida a pessoa que o
ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, agente pretendia ofender, aplica-se a regra do
idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das art. 70 deste Código. (Redação dada pela
penas cabíveis ou, se iguais, somente uma Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um
sexto até metade. As penas aplicam-se, Resultado diverso do pretendido
entretanto, cumulativamente, se a ação ou
omissão é dolosa e os crimes concorrentes Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior,
resultam de desígnios autônomos, consoante o quando, por acidente ou erro na execução do
disposto no artigo anterior.(Redação dada pela crime, sobrevém resultado diverso do pretendido,
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) o agente responde por culpa, se o fato é previsto
como crime culposo; se ocorre também o
Parágrafo único - Não poderá a pena resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70
exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 7.209, de 11.7.1984)
de 11.7.1984)
Limite das penas
Crime continuado
Art. 75. O tempo de cumprimento das penas
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais privativas de liberdade não pode ser superior a
de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais 40 (quarenta) anos. (Redação dada pela
crimes da mesma espécie e, pelas condições de Lei nº 13.964, de 2019)
tempo, lugar, maneira de execução e outras
semelhantes, devem os subseqüentes ser § 1º Quando o agente for condenado a
havidos como continuação do primeiro, aplica- penas privativas de liberdade cuja soma seja
se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser
ou a mais grave, se diversas, aumentada, em unificadas para atender ao limite máximo deste
qualquer caso, de um sexto a dois artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.964,
terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de de 2019)
11.7.1984)
§ 2º - Sobrevindo condenação por fato
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, posterior ao início do cumprimento da pena, far-
contra vítimas diferentes, cometidos com se-á nova unificação, desprezando-se, para esse
violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o fim, o período de pena já
juiz, considerando a culpabilidade, os cumprido. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
antecedentes, a conduta social e a personalidade de 11.7.1984)
do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias, aumentar a pena de um só dos Concurso de infrações
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, até o triplo, observadas as regras do Art. 76 - No concurso de infrações, executar-
parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste se-á primeiramente a pena mais
Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) 11.7.1984)

Multas no concurso de crimes

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280
CAPÍTULO IV favoráveis, o juiz poderá substituir a
DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA exigência do parágrafo anterior pelas
PENA seguintes condições, aplicadas
cumulativamente: (Redação dada pela Lei nº
Requisitos da suspensão da pena 9.268, de 1º.4.1996)

Art. 77 - A execução da pena privativa de a) proibição de freqüentar determinados


liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá lugares; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, 11.7.1984)
desde que: (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) b) proibição de ausentar-se da comarca
onde reside, sem autorização do juiz; (Redação
I - o condenado não seja reincidente em dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
crime doloso; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) c) comparecimento pessoal e obrigatório a
juízo, mensalmente, para informar e justificar
II - a culpabilidade, os antecedentes, a suas atividades. (Redação dada pela Lei nº
conduta social e personalidade do agente, bem 7.209, de 11.7.1984)
como os motivos e as circunstâncias autorizem a
concessão do benefício; (Redação dada Art. 79 - A sentença poderá especificar
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) outras condições a que fica subordinada a
suspensão, desde que adequadas ao fato e à
III - Não seja indicada ou cabível a situação pessoal do condenado. (Redação dada
substituição prevista no art. 44 deste pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984) Art. 80 - A suspensão não se estende às
penas restritivas de direitos nem à
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
multa não impede a concessão do 11.7.1984)
benefício. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984) Revogação obrigatória

§ 2o A execução da pena privativa de Art. 81 - A suspensão será revogada se, no


liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser curso do prazo, o beneficiário: (Redação dada
suspensa, por quatro a seis anos, desde que o pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
condenado seja maior de setenta anos de idade,
ou razões de saúde justifiquem a I - é condenado, em sentença irrecorrível,
suspensão. (Redação dada pela Lei nº por crime doloso; (Redação dada pela Lei nº
9.714, de 1998) 7.209, de 11.7.1984)

Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o II - frustra, embora solvente, a execução de


condenado ficará sujeito à observação e ao pena de multa ou não efetua, sem motivo
cumprimento das condições estabelecidas pelo justificado, a reparação do dano; (Redação dada
juiz. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984)
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
condenado prestar serviços à comunidade (art. de 11.7.1984)
46) ou submeter-se à limitação de fim de semana
(art. 48). (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Revogação facultativa
11.7.1984)
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se
§ 2° Se o condenado houver o condenado descumpre qualquer outra
reparado o dano, salvo impossibilidade condição imposta ou é irrecorrivelmente
condenado, por crime culposo ou por
de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. contravenção, a pena privativa de liberdade ou
59 deste Código lhe forem inteiramente

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restritiva de direitos. (Redação dada pela Lei nº c) bom desempenho no trabalho que lhe foi
281 7.209, de 11.7.1984) atribuído; e (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
Prorrogação do período de prova
d) aptidão para prover a própria subsistência
§ 2º - Se o beneficiário está sendo mediante trabalho honesto; (Incluído pela
processado por outro crime ou contravenção, Lei nº 13.964, de 2019)
considera-se prorrogado o prazo da suspensão
até o julgamento definitivo. (Redação dada pela IV - tenha reparado, salvo efetiva
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela
infração; (Redação dada pela Lei nº
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz 7.209, de 11.7.1984)
pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período
de prova até o máximo, se este não foi o V - cumpridos mais de dois terços da pena,
fixado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de nos casos de condenação por crime hediondo,
11.7.1984) prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo,
Cumprimento das condições se o apenado não for reincidente específico em
crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei
nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha
havido revogação, considera-se extinta a pena
privativa de liberdade. (Redação dada Parágrafo único - Para o condenado por
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) crime doloso, cometido com violência ou grave
ameaça à pessoa, a concessão do livramento
ficará também subordinada à constatação de
CAPÍTULO V condições pessoais que façam presumir que o
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL liberado não voltará a delinqüir. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Requisitos do livramento condicional
Soma de penas
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento
condicional ao condenado a pena privativa de Art. 84 - As penas que correspondem a
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde infrações diversas devem somar-se para efeito
que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de do livramento. (Redação dada pela Lei nº
11.7.1984) 7.209, de 11.7.1984)

I - cumprida mais de um terço da pena se o Especificações das condições


condenado não for reincidente em crime doloso
e tiver bons antecedentes; (Redação dada Art. 85 - A sentença especificará as
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) condições a que fica subordinado o
livramento. (Redação dada pela Lei nº
II - cumprida mais da metade se o 7.209, de 11.7.1984)
condenado for reincidente em crime
doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Revogação do livramento
11.7.1984)
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o
III - comprovado: (Redação dada liberado vem a ser condenado a pena privativa
pela Lei nº 13.964, de 2019) de liberdade, em sentença irrecorrível: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) bom comportamento durante a execução
da pena; (Incluído pela Lei nº 13.964, de I - por crime cometido durante a vigência do
2019) benefício; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
b) não cometimento de falta grave nos
últimos 12 (doze) meses; (Incluído pela II - por crime anterior, observado o disposto
Lei nº 13.964, de 2019) no art. 84 deste Código. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)

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Revogação facultativa b) do produto do crime ou de qualquer bem


282 ou valor que constitua proveito auferido pelo
Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o agente com a prática do fato criminoso.
livramento, se o liberado deixar de cumprir
qualquer das obrigações constantes da § 1o Poderá ser decretada a perda de
sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, bens ou valores equivalentes ao produto ou
por crime ou contravenção, a pena que não seja proveito do crime quando estes não forem
privativa de liberdade.(Redação dada pela Lei nº encontrados ou quando se localizarem no
7.209, de 11.7.1984) exterior. (Incluído pela Lei nº 12.694, de
2012)
Efeitos da revogação
§ 2o Na hipótese do § 1o, as medidas
Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá assecuratórias previstas na legislação
ser novamente concedido, e, salvo quando a processual poderão abranger bens ou valores
revogação resulta de condenação por outro equivalentes do investigado ou acusado para
crime anterior àquele benefício, não se desconta posterior decretação de perda. (Incluído
na pena o tempo em que esteve solto o pela Lei nº 12.694, de 2012)
condenado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Art. 91-A. Na hipótese de condenação por
infrações às quais a lei comine pena máxima
Extinção superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser
decretada a perda, como produto ou proveito do
crime, dos bens correspondentes à diferença
Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a
entre o valor do patrimônio do condenado e
pena, enquanto não passar em julgado a
aquele que seja compatível com o seu
sentença em processo a que responde o
liberado, por crime cometido na vigência do rendimento lícito. (Incluído pela Lei nº
livramento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 13.964, de 2019)
11.7.1984)
§ 1º Para efeito da perda prevista
no caput deste artigo, entende-se por patrimônio
Art. 90 - Se até o seu término o livramento
não é revogado, considera-se extinta a pena do condenado todos os bens: (Incluído
privativa de liberdade. (Redação dada pela Lei nº pela Lei nº 13.964, de 2019)
7.209, de 11.7.1984)
I - de sua titularidade, ou em relação aos
quais ele tenha o domínio e o benefício direto ou
CAPÍTULO VI indireto, na data da infração penal ou recebidos
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO posteriormente; e (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
Efeitos genéricos e específicos
II - transferidos a terceiros a título gratuito
Art. 91 - São efeitos da ou mediante contraprestação irrisória, a partir do
condenação: (Redação dada pela Lei nº início da atividade criminal. (Incluído pela
7.209, de 11.7.1984) Lei nº 13.964, de 2019)

I - tornar certa a obrigação de indenizar o § 2º O condenado poderá demonstrar a


dano causado pelo crime; (Redação dada inexistência da incompatibilidade ou a
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) procedência lícita do
patrimônio. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
II - a perda em favor da União, ressalvado o
direito do lesado ou de terceiro de boa-
fé: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de § 3º A perda prevista neste artigo deverá
11.7.1984) ser requerida expressamente pelo Ministério
Público, por ocasião do oferecimento da
denúncia, com indicação da diferença
a) dos instrumentos do crime, desde que
apurada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso,
2019)
porte ou detenção constitua fato ilícito;

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§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve DA REABILITAÇÃO


283 declarar o valor da diferença apurada e
especificar os bens cuja perda for Reabilitação
decretada. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer
penas aplicadas em sentença definitiva,
§ 5º Os instrumentos utilizados para a assegurando ao condenado o sigilo dos registros
prática de crimes por organizações criminosas e sobre o seu processo e condenação. (Redação
milícias deverão ser declarados perdidos em dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
favor da União ou do Estado, dependendo da
Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não
ponham em perigo a segurança das pessoas, a Parágrafo único - A reabilitação poderá,
moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério também, atingir os efeitos da condenação,
risco de ser utilizados para o cometimento de previstos no art. 92 deste Código, vedada
novos crimes. (Incluído pela Lei nº reintegração na situação anterior, nos casos dos
13.964, de 2019) incisos I e II do mesmo artigo. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 92 - São também efeitos da
condenação: (Redação dada pela Lei nº Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida,
7.209, de 11.7.1984) decorridos 2 (dois) anos do dia em que for
extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar
sua execução, computando-se o período de
I - a perda de cargo, função pública ou prova da suspensão e o do livramento
mandato eletivo: (Redação dada pela Lei nº condicional, se não sobrevier revogação, desde
9.268, de 1º.4.1996) que o condenado: (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
a) quando aplicada pena privativa de
liberdade por tempo igual ou superior a um ano, I - tenha tido domicílio no País no prazo
nos crimes praticados com abuso de poder ou acima referido; (Redação dada pela Lei nº
violação de dever para com a Administração 7.209, de 11.7.1984)
Pública; (Incluído pela Lei nº 9.268, de
1º.4.1996)
II - tenha dado, durante esse tempo,
demonstração efetiva e constante de bom
b) quando for aplicada pena privativa de comportamento público e privado; (Redação
liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
nos demais casos. (Incluído pela Lei nº
9.268, de 1º.4.1996)
III - tenha ressarcido o dano causado pelo
crime ou demonstre a absoluta impossibilidade
II – a incapacidade para o exercício do de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba
poder familiar, da tutela ou da curatela nos documento que comprove a renúncia da vítima
crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão ou novação da dívida. (Redação dada pela Lei
cometidos contra outrem igualmente titular do nº 7.209, de 11.7.1984)
mesmo poder familiar, contra filho, filha ou outro
descendente ou contra tutelado ou
curatelado; (Redação dada pela Lei nº Parágrafo único - Negada a reabilitação,
13.715, de 2018) poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde
que o pedido seja instruído com novos elementos
comprobatórios dos requisitos
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando
necessários. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
utilizado como meio para a prática de crime
de 11.7.1984)
doloso. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Art. 95 - A reabilitação será revogada, de
ofício ou a requerimento do Ministério Público, se
Parágrafo único - Os efeitos de que trata
o reabilitado for condenado, como reincidente,
este artigo não são automáticos, devendo ser
por decisão definitiva, a pena que não seja de
motivadamente declarados na
multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
sentença. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
11.7.1984)

CAPÍTULO VII

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Dos crimes contra a pessoa; IV - à traição, de emboscada, ou


284
mediante dissimulação ou outro recurso que
PARTE ESPECIAL dificulte ou torne impossivel a defesa do
(Vide Lei nº 7.209, de 1984) ofendido;

TÍTULO I V - para assegurar a execução, a


DOS CRIMES CONTRA A PESSOA ocultação, a impunidade ou vantagem de
outro crime:
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A VIDA Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

Feminicídio (Incluído pela Lei nº


Atenção! 13.104, de 2015)

VI - contra a mulher por razões da


condição de sexo feminino: (Incluído pela
Homicídio: é a eliminação da vida Lei nº 13.104, de 2015)
extrauterina, que ocorre com a morte
cerebral. Só é possível falar em
homicídio após o nascimento com
vida da pessoa

Homicídio simples

Art. 121. Matar alguem:


VII – contra autoridade ou agente
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Federal, integrantes do sistema prisional e
da Força Nacional de Segurança Pública, no
Caso de diminuição de pena exercício da função ou em decorrência dela,
ou contra seu cônjuge, companheiro ou
§ 1º Se o agente comete o crime parente consanguíneo até terceiro grau, em
impelido por motivo de relevante valor social razão dessa condição: (Incluído pela Lei
ou moral, ou sob o domínio de violenta nº 13.142, de 2015)
emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a VIII - com emprego de arma de fogo de
pena de um sexto a um terço. uso restrito ou proibido: (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Homicídio qualificado
Homicídio contra menor de 14
§ 2° Se o homicídio é cometido:
(quatorze) anos (Incluído pela Lei nº
14.344, de 2022) Vigência
I - mediante paga ou promessa de
recompensa, ou por outro motivo torpe; IX - contra menor de 14 (quatorze)
anos: (Incluído pela Lei nº 14.344, de
II - por motivo futil; 2022) Vigência
III - com emprego de veneno, fogo,
explosivo, asfixia, tortura ou outro meio Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar
perigo comum; § 2o-A Considera-se que há razões de
condição de sexo feminino quando o crime

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei


285
2015) nº 4.611, de 1965)

I - violência doméstica e Pena - detenção, de um a três anos.


familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de
2015) Aumento de pena

II - menosprezo ou discriminação à § 4o No homicídio culposo, a pena é


condição de mulher. (Incluído pela Lei nº aumentada de 1/3 (um terço), se o crime
13.104, de 2015) resulta de inobservância de regra técnica de
profissão, arte ou ofício, ou se o agente
§ 2º-B. A pena do homicídio contra deixa de prestar imediato socorro à vítima,
menor de 14 (quatorze) anos é aumentada não procura diminuir as conseqüências do
de: (Incluído pela Lei nº 14.344, de seu ato, ou foge para evitar prisão em
2022) Vigência flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena
é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é
I - 1/3 (um terço) até a metade se a praticado contra pessoa menor de 14
vítima é pessoa com deficiência ou com (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
doença que implique o aumento de sua anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de
vulnerabilidade; (Incluído pela Lei nº 2003)
14.344, de 2022) Vigência
§ 5º - Na hipótese de homicídio
II - 2/3 (dois terços) se o autor é culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a
ascendente, padrasto ou madrasta, tio, pena, se as conseqüências da infração
irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, atingirem o próprio agente de forma tão
preceptor ou empregador da vítima ou por grave que a sanção penal se torne
qualquer outro título tiver autoridade sobre desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416,
de 24.5.1977)
ela. (Incluído pela Lei nº 14.344, de
2022) Vigência
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um
terço) até a metade se o crime for praticado
Homicídio qualificado por milícia privada, sob o pretexto de
privilegiado é hediondo? a prestação de serviço de segurança, ou por
jurisprudência admite essa grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº
figura, desde que as 12.720, de 2012)
qualificadoras sejam de ordem
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada
objetiva (incisos III e IV, do
de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
§2º), já que o privilégio praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de
(cometer o crime em razão de 2015)
relevante valor moral, social ou
sob o domínio de violenta I - durante a gestação ou nos 3 (três)
emoção logo em seguida a meses posteriores ao parto; (Incluído
pela Lei nº 13.104, de 2015)
injusta provocação da vítima)
tem caráter subjetivo.
II - contra pessoa maior de 60
(sessenta) anos, com deficiência ou com
Prevalece o entendimento doenças degenerativas que acarretem
de que não é hediondo. condição limitante ou de vulnerabilidade
física ou mental; (Redação dada pela Lei
Homicídio culposo nº 14.344, de 2022) Vigência

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Daniele da Conceio Souza

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III - na presença física ou virtual de Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três)


286
descendente ou de ascendente da anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de
vítima; (Redação dada pela Lei nº 13.771, 2019)
de 2018)
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da
IV - em descumprimento das medidas automutilação resulta morte: (Incluído
protetivas de urgência previstas nos incisos pela Lei nº 13.968, de 2019)
I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340,
de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis)
nº 13.771, de 2018) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de
2019)
Induzimento, instigação ou auxílio a
suicídio ou a automutilação (Redação § 3º A pena é duplicada: (Incluído
dada pela Lei nº 13.968, de 2019) pela Lei nº 13.968, de 2019)

Art. 122. Induzir ou instigar alguém a I - se o crime é praticado por motivo


suicidar-se ou a praticar automutilação ou egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei
prestar-lhe auxílio material para que o nº 13.968, de 2019)
faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968,
de 2019) II - se a vítima é menor ou tem
diminuída, por qualquer causa, a capacidade
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 de resistência. (Incluído pela Lei nº
(dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)
13.968, de 2019)
§ 4º A pena é aumentada até o dobro
se a conduta é realizada por meio da rede de
Aplicação! computadores, de rede social ou transmitida
em tempo real. (Incluído pela Lei nº
13.968, de 2019)

Reprimir os chamados desafios § 5º Aumenta-se a pena em metade se


mortais, que atingem crianças, o agente é líder ou coordenador de grupo ou
adolescentes e jovens adultos, tais de rede virtual. (Incluído pela Lei nº
como o “jogo da baleia azul”, “momo”, 13.968, de 2019)
o “jogo da asfixia”, entre outros.
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º
deste artigo resulta em lesão corporal de
natureza gravíssima e é cometido contra
menor de 14 (quatorze) anos ou contra
quem, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimento
para a prática do ato, ou que, por qualquer
outra causa, não pode oferecer resistência,
responde o agente pelo crime descrito no §
2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela
Lei nº 13.968, de 2019)

§ 7º Se o crime de que trata o § 2º


§ 1º Se da automutilação ou da deste artigo é cometido contra menor de 14
tentativa de suicídio resulta lesão corporal (quatorze) anos ou contra quem não tem o
de natureza grave ou gravíssima, nos termos necessário discernimento para a prática do
dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste ato, ou que, por qualquer outra causa, não
Código: (Incluído pela Lei nº 13.968, de pode oferecer resistência, responde o
2019)
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agente pelo crime de homicídio, nos termos Parágrafo único. Aplica-se a pena do
287
do art. 121 deste Código. (Incluído pela artigo anterior, se a gestante não é maior de
Lei nº 13.968, de 2019) quatorze anos, ou é alienada ou debil
mental, ou se o consentimento é obtido
Infanticídio mediante fraude, grave ameaça ou violência

Art. 123 - Matar, sob a influência do Forma qualificada


estado puerperal, o próprio filho, durante o
parto ou logo após: Art. 127 - As penas cominadas nos dois
artigos anteriores são aumentadas de um
Pena - detenção, de dois a seis anos. terço, se, em conseqüência do aborto ou dos
meios empregados para provocá-lo, a
gestante sofre lesão corporal de natureza
Infanticídio: quando a mulher, grave; e são duplicadas, se, por qualquer
em estado puerperal, durante dessas causas, lhe sobrevém a morte.
ou logo após o parto, mata o
próprio filho. Apenado com Art. 128 - Não se pune o aborto
detenção, de dois a seis anos. praticado por médico: (Vide ADPF 54)
Deve ser praticado pela
Aborto necessário
mãe (crime próprio), mas
permite o concurso de pessoas, I - se não há outro meio de salvar a vida
nas modalidades de coautoria e da gestante;
participação.
Aborto no caso de gravidez
ATENÇÃO! Se a puérpera
resultante de estupro
matar o filho de sua colega de
II - se a gravidez resulta de estupro e o
quarto, achando que fosse o aborto é precedido de consentimento da
seu filho, trata-se da figura do gestante ou, quando incapaz, de seu
erro de tipo, de modo que ela representante legal.
responde por infanticídio.

Aborto provocado pela gestante ou Aborto


com seu consentimento

Art. 124 - Provocar aborto em si mesma é a interrupção da gravidez que


ou consentir que outrem lho ocasiona a morte do feto. Pode ocorrer
provoque: (Vide ADPF 54) a partir da implantação do óvulo já
fecundado no útero materno. As
Pena - detenção, de um a três anos. modalidades deste crime são exemplos
de aplicação da teoria pluralista no
concurso de pessoas (os agentes
Aborto provocado por terceiro podem responder por crimes diversos).

Art. 125 - Provocar aborto, sem o


consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de três a dez anos.

Art. 126 - Provocar aborto com o


consentimento da gestante: (Vide ADPF 54)

Pena - reclusão, de um a quatro anos.

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CAPÍTULO II III perda ou inutilização do membro,


288
sentido ou função;
DAS LESÕES CORPORAIS
IV - deformidade permanente;

V - aborto:

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Lesão corporal simples

Lesão corporal: a lesão leve é infração de menor


potencial ofensivo, sendo
apenada com detenção, de três
ofensa dirigida à integridade meses a um ano. No
corporal ou à saúde de outra procedimento dos juizados
especiais criminais (Lei
pessoa, que não abarque a 9.099/95), esse crime exige
vontade de matar. representação do ofendido para
o início da persecução criminal
Lesão corporal contra o agente. Por esse motivo
é possível a composição dos
danos civis. As demais
Art. 129. Ofender a integridade corporal modalidades de lesões corporais
ou a saúde de outrem: dolosas são crimes de ação penal
pública incondicionada.
Pena - detenção, de três meses a um
ano.
Lesão corporal seguida de morte
Lesão corporal de natureza grave
§ 3° Se resulta morte e as
§ 1º Se resulta: circunstâncias evidenciam que o agente não
quís o resultado, nem assumiu o risco de
I - Incapacidade para as ocupações produzí-lo:
habituais, por mais de trinta dias;
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
II - perigo de vida;
Diminuição de pena
III - debilidade permanente de membro,
sentido ou função; § 4° Se o agente comete o crime
impelido por motivo de relevante valor social
IV - aceleração de parto: ou moral ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta
Pena - reclusão, de um a cinco anos. provocação da vítima, o juiz pode reduzir a
pena de um sexto a um terço.
§ 2° Se resulta:
EXEMPLIFICANDO:
I - Incapacidade permanente para o
trabalho; Lesão corporal de natureza
grave: pena de reclusão, de 1
II - enfermidade incuravel;
(um) a 5 (cinco) anos,

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caracterizando-se pelas caracterizando-se quando


289
seguintes circunstâncias: houver:

• Incapacidade para as • Incapacidade


ocupações habituais por um permanente para o trabalho
período superior a trinta • Enfermidade
dias: qualquer atividade física incurável: Deve ser provada
ou mental concretamente por exame pericial.
realizada no cotidiano da • Perda ou inutilização
vítima. É necessário realizar do membro, sentido ou
exame de corpo de delito função: Houve a cessação
complementar após o 30º dia definitiva da capacidade do
do cometimento do crime. emprego do membro, sentido
• Perigo de vida: ou função.
quando a lesão tenha • Deformidade
ocasionado risco real e efetivo à permanente: deve gerar um
vida da vítima, comprovado por dano duradouro a alguma parte
documento médico. do corpo da vítima, que não
• Debilidade pode ser reparado ou
permanente de membro, regenerado pelo decurso do
sentido ou função: após a tempo.
lesão, a vítima permanece com • Aborto: deve ser
redução da capacidade de culposo, pois se o agente tiver
membro, sentido ou a função. desejado o aborto, responderá
ATENÇÃO! por esse crime e pela lesão
No caso de órgãos duplos corporal ocasionada à gestante.
(olhos, rins), a perda de um O autor precisa ter
deles configurará a incidência conhecimento da gravidez da
deste inciso, ao passo que a vítima.
perda de ambos irá configurar a
lesão “gravíssima” prevista no Substituição da pena
art. 129, § 2.º, inc. III, do
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões,
Código Penal.
pode ainda substituir a pena de detenção
pela de multa, de duzentos mil réis a dois
• Aceleração de parto: contos de réis:
a lesão será grave quando
ocasionar a antecipação do I - se ocorre qualquer das hipóteses do
parto. É imprescindível que o
parágrafo anterior;
agressor tenha conhecimento
II - se as lesões são recíprocas.
prévio do estado gestacional da
vítima. Lesão corporal culposa

Lesão Corporal Gravíssima: § 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº


recebe pena de reclusão, de 2 4.611, de 1965)
(dois) a 8 (oito) anos,

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Pena - detenção, de dois meses a um § 13. Se a lesão for praticada contra a


290
ano. mulher, por razões da condição do sexo
feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121
Aumento de pena deste Código: (Incluído pela Lei nº 14.188,
de 2021)
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um
terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro
§§ 4o e 6o do art. 121 deste anos). (Incluído pela Lei nº 14.188, de
Código. (Redação dada pela Lei nº 2021)
12.720, de 2012)
CAPÍTULO III
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o
disposto no § 5º do art. 121.(Redação dada DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
pela Lei nº 8.069, de 1990)
Perigo de contágio venéreo
Violência Doméstica (Incluído pela
Lei nº 10.886, de 2004) Art. 130 - Expor alguém, por meio de
relações sexuais ou qualquer ato libidinoso,
§ 9o Se a lesão for praticada contra a contágio de moléstia venérea, de que sabe
ou deve saber que está contaminado:
ascendente, descendente, irmão, cônjuge
ou companheiro, ou com quem conviva ou
Pena - detenção, de três meses a um
tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se
ano, ou multa.
o agente das relações domésticas, de
coabitação ou de hospitalidade: (Redação § 1º - Se é intenção do agente transmitir
dada pela Lei nº 11.340, de 2006) a moléstia:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 Pena - reclusão, de um a quatro anos,


(três) anos. (Redação dada pela Lei nº e multa.
11.340, de 2006)
§ 2º - Somente se procede mediante
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a representação.
o
3 deste artigo, se as circunstâncias são as
indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a
pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº Bizu do GD!
10.886, de 2004)

§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo,


a pena será aumentada de um terço se o
crime for cometido contra pessoa portadora Perigo de contágio venéreo: é crime
de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, apenado com detenção, de três
de 2006) meses a um ano, ou multa, expor
alguém, por meio de relações
§ 12. Se a lesão for praticada contra sexuais (conjunção carnal/sexo
autoridade ou agente descrito nos arts. oral/coito anal) ou qualquer ato
142 e 144 da Constituição libidinoso, a contágio de moléstia
Federal, integrantes do sistema prisional e venérea, de que sabe ou deve saber
da Força Nacional de Segurança Pública, no que está contaminado.
exercício da função ou em decorrência dela, Há consumação com a exposição
ou contra seu cônjuge, companheiro ou concreta de perigo e não apenas
parente consanguíneo até terceiro grau, em uma probabilidade de ofensa ao
razão dessa condição, a pena é aumentada
bem jurídico.
de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº
13.142, de 2015)
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Perigo de contágio de moléstia grave


291 Bizu do GD!
Art. 131 - Praticar, com o fim de
transmitir a outrem moléstia grave de que
está contaminado, ato capaz de produzir o
contágio: Perigo para a vida ou saúde de
outrem: Expor a vida ou a saúde de
Pena - reclusão, de um a quatro anos, outrem a perigo direto e iminente é
e multa. crime punido com detenção, de três
meses a um ano, se o fato não
constitui crime mais grave.
Bizu do GD! Perceba trata-se de um tipo
subsidiário, pois só incidirá se não
Perigo de contágio de moléstia estiver configurada a conduta dos
grave: praticar ato capaz de produzir crimes de perigo de contágio
o contágio, com o fim de transmitir a venéreo e perigo de contágio de
outrem moléstia grave de que está moléstia grave.
contaminado, é punida com Exige a exposição concreta de perigo
reclusão, de um a quatro anos, e e não apenas uma probabilidade de
multa. Há a consumação com a ofensa ao bem jurídico tutelado
exposição concreta de perigo e não
apenas uma probabilidade de ofensa
ao bem jurídico tutelado. Necessária
a produção de prova técnica (laudo
médico ou similar). Abandono de incapaz

Art. 133 - Abandonar pessoa que está


sob seu cuidado, guarda, vigilância ou
autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz
Perigo para a vida ou saúde de outrem de defender-se dos riscos resultantes do
abandono:
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de
outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de seis meses a três
anos.
Pena - detenção, de três meses a um
ano, se o fato não constitui crime mais grave. § 1º - Se do abandono resulta lesão
corporal de natureza grave:
Parágrafo único. A pena é aumentada Pena - reclusão, de um a cinco anos.
de um sexto a um terço se a exposição da
vida ou da saúde de outrem a perigo decorre
§ 2º - Se resulta a morte:
do transporte de pessoas para a prestação
de serviços em estabelecimentos de
qualquer natureza, em desacordo com as Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
normas legais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de
1998) Aumento de pena

§ 3º - As penas cominadas neste artigo


aumentam-se de um terço:

I - se o abandono ocorre em lugar ermo;

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II - se o agente é ascendente ou é de detenção, de seis meses a


292
descendente, cônjuge, irmão, tutor ou dois anos.
curador da vítima.
Este delito possui um forte
III – se a vítima é maior de 60
conteúdo moralista, sendo uma
(sessenta) anos (Incluído pela Lei nº 10.741,
de 2003) forma menos grave do crime de
abandono de incapaz

Abandono de incapaz: recebe


Omissão de socorro
a pena de detenção, de seis
meses a três anos quem
abandonar pessoa que está sob Bizu do GD!
seu cuidado, guarda, vigilância
ou autoridade, e, por qualquer
motivo, incapaz de defender-se
Omissão de socorro: é punido com
dos riscos resultantes do detenção, de um a seis meses, ou multa,
abandono. O tipo penal reflete a deixar de prestar assistência, quando
obrigação jurídica de cuidado possível fazê-lo sem risco pessoal, à
direcionada ao incapaz. criança abandonada ou extraviada, ou à
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
Exposição ou abandono de recém- ou em grave e iminente perigo; ou não
nascido pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública. Trata-se de crime
omissivo próprio, concretizado quando o
agente deixa de prestar o socorro a
pessoas nas condições descritas no tipo.

Art. 135 - Deixar de prestar assistência,


quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
Art. 134 - Expor ou abandonar recém- criança abandonada ou extraviada, ou à
nascido, para ocultar desonra própria: pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou
em grave e iminente perigo; ou não pedir,
Pena - detenção, de seis meses a dois nesses casos, o socorro da autoridade
anos. pública:

§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal Pena - detenção, de um a seis meses,


de natureza grave: ou multa.

Pena - detenção, de um a três anos. Parágrafo único - A pena é aumentada


de metade, se da omissão resulta lesão
§ 2º - Se resulta a morte: corporal de natureza grave, e triplicada, se
resulta a morte.
Pena - detenção, de dois a seis anos.
Condicionamento de atendimento
médico-hospitalar emergencial (Incluído
Exposição ou abandono de
pela Lei nº 12.653, de 2012).
recém-nascido: se a
exposição ou o abandono de Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota
recém- -nascido ocorrer para promissória ou qualquer garantia, bem como
ocultar desonra própria, a pena o preenchimento prévio de formulários

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administrativos, como condição para o


293 Bizu do GD!
atendimento médico-hospitalar
emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653,
de 2012).
Maus tratos: é crime apenado com
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 detenção, de dois meses a um ano, ou
(um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº multa, expor a perigo a vida ou a saúde de
12.653, de 2012). pessoa sob sua autoridade, guarda ou
vigilância, para fim de educação, ensino,
Parágrafo único. A pena é aumentada tratamento ou custódia, quer privando-a de
até o dobro se da negativa de atendimento alimentação ou cuidados indispensáveis,
resulta lesão corporal de natureza grave, e quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou
até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela inadequado, quer abusando de meios de
Lei nº 12.653, de 2012). correção ou disciplina.

Maus-tratos
ATENÇÃO GDzinhos! Não confundir maus
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a tratos com lesão corporal, homicídio ou
saúde de pessoa sob sua autoridade, tortura.
guarda ou vigilância, para fim de educação,
ensino, tratamento ou custódia, quer
privando-a de alimentação ou cuidados § 3º - Aumenta-se a pena de um terço,
indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho se o crime é praticado contra pessoa menor
excessivo ou inadequado, quer abusando de de 14 (catorze) anos. (Incluído pela
meios de correção ou disciplina: Lei nº 8.069, de 1990)

Pena - detenção, de dois meses a um CAPÍTULO IV


ano, ou multa.
DA RIXA
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal
de natureza grave:
Rixa
Pena - reclusão, de um a quatro anos.

§ 2º - Se resulta a morte:

Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

Art. 137 - Participar de rixa, salvo para


separar os contendores:

Pena - detenção, de quinze dias a dois


meses, ou multa.

Parágrafo único - Se ocorre morte ou


lesão corporal de natureza grave, aplica-se,
pelo fato da participação na rixa, a pena de
detenção, de seis meses a dois anos.

CAPÍTULO V

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

DOS CRIMES CONTRA A HONRA III - se do crime imputado, embora de


294
ação pública, o ofendido foi absolvido por
sentença irrecorrível.

Conceito de honra
para fins penais, a
honra pode ser:

objetiva subjetiva

é o juízo que é o juízo que a


terceiros fazem pessoa faz sobre • Bem jurídico tutelado: é a
sobre os atributos seus próprios honra objetiva, ou seja, aquilo que
de alguém atributos, tutelada as pessoas pensam sobre a vítima
(reputação); é a
honra social,
no delito de injúria. da calúnia; sua reputação perante
protegida nos outras pessoas.
crimes de calúnia e • Sujeito ativo: pode ser qualquer
difamação. pessoa, sendo este um outro crime
comum.
• No entanto, deve-se observar que,
Calúnia excepcionalmente, senadores,
deputados e vereadores gozam
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando- de imunidade parlamentar em
lhe falsamente fato definido como crime: relação ao crime de calúnia, no
limite de seus territórios de
Pena - detenção, de seis meses a dois atuação. Ou seja, as palavras ditas
anos, e multa. no exercício de seus mandatos, em
suas atuações, não caracterizarão
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, calúnia.
sabendo falsa a imputação, a propala ou
divulga. • Sujeito passivo: pode ser qualquer
pessoa.
§ 2º - É punível a calúnia contra os • Condutas (objetividade): atribuir
mortos. a outra pessoa (de modo implícito
ou explícito) a prática de um fato
Exceção da verdade definido como crime, sabendo ser
isto falso (o crime ou o autor).
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, • Deve haver uma narrativa do fato
salvo: imputado, com o mínimo de
entendimento que tal fato tenha
I - se, constituindo o fato imputado começo, meio e fim. Não basta
crime de ação privada, o ofendido não foi
simplesmente uma afirmação vaga
condenado por sentença irrecorrível;
sem nenhuma descrição do fato
II - se o fato é imputado a qualquer das criminoso, como “João é um
pessoas indicadas no nº I do art. 141; ladrão”. Este seria um caso de
injúria.
PROTEGIDO PELA LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 – DIREITOS AUTORAIS
Daniele da Conceio Souza

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295 • Mas atenção: a doutrina entende


majoritariamente que, se a própria
vítima consente pessoalmente com
a prática da falta imputação de
crime a ela, não há delito (exclusão
da tipicidade, uma vez que honra
não foi ofendida).
• Subjetividade: deve haver dolo, no
sentido de prejudicar a vítima. Não
há punição pela conduta culposa.
• Consumação: tal delito consuma-
se quando a imputação falsa do
Exceção da verdade
crime chega a conhecimento de
Parágrafo único - A exceção da
terceira pessoa, não se
verdade somente se admite se o ofendido
configurando o tipo penal se um
é funcionário público e a ofensa é relativa
indivíduo grita no seu travesseiro
ao exercício de suas funções.
tantas calúnias sobre uma pessoa.
Admite-se, sim, a tentativa para a
calúnia por escrito (bilhete que não • Bem jurídico tutelado: é
chega ao destino por vontade a honra objetiva, ou seja,
alheia ao agente). aquilo que as pessoas
• Ação penal: privada, intentada por pensam sobre a vítima da
queixa do ofendido ou seu difamação, sua reputação
representante. perante outras pessoas
• Sujeito ativo: pode ser
qualquer pessoa, trata-se
de um crime comum.
Difamação • Mais uma vez, lembre-se
de que senadores,
Art. 139 - Difamar alguém, imputando- deputados e vereadores
lhe fato ofensivo à sua reputação: gozam de imunidade
parlamentar também em
Pena - detenção, de três meses a um
ano, e multa.
relação ao crime de
difamação.
Exceção da verdade • Também os advogados, no
exercício de sua atividade
Parágrafo único - A exceção da verdade profissional, não
somente se admite se o ofendido é respondem por difamação.
funcionário público e a ofensa é relativa ao • Sujeito passivo: pode ser
exercício de suas funções. qualquer pessoa.
• Condutas
(objetividade): atribuir a
outra pessoa (de modo
implícito ou explícito) fato
ofensivo à sua reputação,
mas que não constitua
crime (senão é calúnia).
Assim, difamar é,
resumidamente, ofender a

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296
reputação de alguém com II - no caso de retorsão imediata, que
qualquer fato não consista em outra injúria.
verdadeiro.
• Não é necessária a § 2º - Se a injúria consiste em violência
ou vias de fato, que, por sua natureza ou
divulgação ou propagação
pelo meio empregado, se considerem
massiva. aviltantes:
• Subjetividade: deve haver
dolo, no sentido de Pena - detenção, de três meses a um
prejudicar a vítima. Não há ano, e multa, além da pena correspondente
punição pela conduta à violência.
culposa.
• Consumação: tal delito § 3º Se a injúria consiste na utilização
consuma-se quando a de elementos referentes a religião ou à
difamação chega a condição de pessoa idosa ou com
deficiência: (Redação dada pela Lei nº
conhecimento de terceira
14.532, de 2023)
pessoa, sendo este
um crime Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três)
formal (consuma-se anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
independentemente de 14.532, de 2023)
efetivo dano à reputação).
• Ação penal: privada, • Bem jurídico tutelado: é
intentada por queixa do a honra subjetiva, ou seja,
ofendido ou seu aquilo que a vítima pensa
representante. de si mesma.
• Sujeito ativo: pode ser
qualquer pessoa, também
se tratando de crime
Injúria comum.
• Mais uma vez, lembre-se
de que senadores,
deputados e vereadores
gozam de imunidade
parlamentar também em
relação ao crime de injúria.
• Igualmente, os advogados
no exercício de sua
atividade profissional não
respondem por injúria.
• Atenção: a auto injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo- (difamação de si mesmo)
lhe a dignidade ou o decoro: não configura crime, a
menos que atinja também
Pena - detenção, de um a seis meses,
a terceiros. Por exemplo:
ou multa.
se o agente diz que faz
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a parte de uma casal
pena: criminoso e sujo, além de
referir a si, também atinge
I - quando o ofendido, de forma seu respectivo cônjuge.
reprovável, provocou diretamente a injúria;

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297 • Sujeito passivo: pode ser II - contra funcionário público, em razão


qualquer pessoa capaz de de suas funções, ou contra os Presidentes
compreender as ofensas do Senado Federal, da Câmara dos
Deputados ou do Supremo Tribunal
proferidas contra si.
Federal; (Redação dada pela Lei nº
• Se o sujeito passivo não 14.197, de 2021) (Vigência)
entende ou não encara o
fato como ofensa, não há III - na presença de várias pessoas, ou
crime de injúria pois não por meio que facilite a divulgação da calúnia,
houve pessoa psicológica da difamação ou da injúria.
ou emocionalmente ferida.
Decorrência disso também IV - contra criança, adolescente,
é que pessoas mortas não pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou
podem ser vítima de pessoa com deficiência, exceto na hipótese
injúria. prevista no § 3º do art. 140 deste
• Condutas Código. (Redação dada pela Lei nº
14.344, de 2022) Vigência
(objetividade): ofender/i
nsultar, por qualquer meio,
§ 1º - Se o crime é cometido mediante
outra pessoa paga ou promessa de recompensa, aplica-
(determinada), de modo a se a pena em dobro. (Redação dada
ofender sua dignidade ou pela Lei nº 13.964, de 2019)
decoro. Não importa se a
qualidade negativa § 2º Se o crime é cometido ou divulgado
atribuída a pessoa é em quaisquer modalidades das redes
verdadeira ou falsa. sociais da rede mundial de computadores,
• Subjetividade: deve haver aplica-se em triplo a pena. (Incluído pela
dolo, no sentido de Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
prejudicar a vítima. Não há
Exclusão do crime
punição pela conduta
culposa. Art. 142 - Não constituem injúria ou
• Consumação: tal delito difamação punível:
consuma-se quando a
vítima toma conhecimento I - a ofensa irrogada em juízo, na
da ofensa. A maior parte da discussão da causa, pela parte ou por seu
doutrina admite a procurador;
tentativa na forma escrita.
• Ação penal: privada, II - a opinião desfavorável da crítica
intentada por queixa do literária, artística ou científica, salvo quando
ofendido ou seu inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
representante.
III - o conceito desfavorável emitido por
funcionário público, em apreciação ou
informação que preste no cumprimento de
dever do ofício.
Disposições comuns
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e
Art. 141 - As penas cominadas neste III, responde pela injúria ou pela difamação
Capítulo aumentam-se de um terço, se quem lhe dá publicidade.
qualquer dos crimes é cometido:
Retratação
I - contra o Presidente da República, ou
contra chefe de governo estrangeiro;
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Art. 143 - O querelado que, antes da Pena - detenção, de três meses a um


298
sentença, se retrata cabalmente da calúnia ano, ou multa.
ou da difamação, fica isento de pena.
Aumento de pena
Parágrafo único. Nos casos em que o
querelado tenha praticado a calúnia ou a § 1º - As penas aplicam-se
difamação utilizando-se de meios de cumulativamente e em dobro, quando, para
comunicação, a retratação dar-se-á, se a execução do crime, se reúnem mais de
assim desejar o ofendido, pelos mesmos três pessoas, ou há emprego de armas.
meios em que se praticou a
ofensa. (Incluído pela Lei nº 13.188, de § 2º - Além das penas cominadas,
2015) aplicam-se as correspondentes à violência.

Art. 144 - Se, de referências, alusões ou § 3º - Não se compreendem na


frases, se infere calúnia, difamação ou disposição deste artigo:
injúria, quem se julga ofendido pode pedir
explicações em juízo. Aquele que se recusa I - a intervenção médica ou cirúrgica,
a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá sem o consentimento do paciente ou de seu
satisfatórias, responde pela ofensa. representante legal, se justificada por
iminente perigo de vida;
Art. 145 - Nos crimes previstos neste
Capítulo somente se procede mediante II - a coação exercida para impedir
queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § suicídio.
2º, da violência resulta lesão corporal.
Ameaça
Parágrafo único. Procede-se mediante
requisição do Ministro da Justiça, no caso do Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra,
inciso I do caput do art. 141 deste Código, e escrito ou gesto, ou qualquer outro meio
mediante representação do ofendido, no simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
caso do inciso II do mesmo artigo, bem como
no caso do § 3o do art. 140 deste
Pena - detenção, de um a seis meses,
Código. (Redação dada pela Lei nº
ou multa.
12.033. de 2009)
Parágrafo único - Somente se procede
CAPÍTULO VI
mediante representação.
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE
Perseguição
INDIVIDUAL
Art. 147-A. Perseguir alguém,
SEÇÃO I
reiteradamente e por qualquer meio,
ameaçando-lhe a integridade física ou
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE psicológica, restringindo-lhe a capacidade de
PESSOAL locomoção ou, de qualquer forma, invadindo
ou perturbando sua esfera de liberdade ou
Constrangimento ilegal privacidade. (Incluído pela Lei nº 14.132,
de 2021)
Art. 146 - Constranger alguém,
mediante violência ou grave ameaça, ou Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2
depois de lhe haver reduzido, por qualquer (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
outro meio, a capacidade de resistência, a 14.132, de 2021)
não fazer o que a lei permite, ou a fazer o
que ela não manda:

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§ 1º A pena é aumentada de metade se Art. 148 - Privar alguém de sua


299
o crime é cometido: (Incluído pela Lei nº liberdade, mediante seqüestro ou cárcere
14.132, de 2021) privado: (Vide Lei nº 10.446, de 2002)

I – contra criança, adolescente ou Pena - reclusão, de um a três anos.


idoso; (Incluído pela Lei nº 14.132, de
2021) § 1º - A pena é de reclusão, de dois a
cinco anos:
II – contra mulher por razões da
condição de sexo feminino, nos termos do § I – se a vítima é ascendente,
2º-A do art. 121 deste Código; (Incluído descendente, cônjuge ou companheiro do
pela Lei nº 14.132, de 2021) agente ou maior de 60 (sessenta)
anos; (Redação dada pela Lei nº
III – mediante concurso de 2 (duas) ou 11.106, de 2005)
mais pessoas ou com o emprego de
arma. (Incluído pela Lei nº 14.132, de II - se o crime é praticado mediante
2021) internação da vítima em casa de saúde ou
hospital;
§ 2º As penas deste artigo são
aplicáveis sem prejuízo das correspondentes III - se a privação da liberdade dura
à violência. (Incluído pela Lei nº 14.132, mais de quinze dias.
de 2021)
IV – se o crime é praticado contra
§ 3º Somente se procede menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído
mediante representação. (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)
pela Lei nº 14.132, de 2021)
V – se o crime é praticado com fins
Violência psicológica contra a libidinosos. (Incluído pela Lei nº
mulher (Incluído pela Lei nº 14.188, 11.106, de 2005)
de 2021)
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de
Art. 147-B. Causar dano maus-tratos ou da natureza da detenção,
emocional à mulher que a prejudique e grave sofrimento físico ou moral:
perturbe seu pleno desenvolvimento
ou que vise a degradar ou a controlar Pena - reclusão, de dois a oito anos.
suas ações, comportamentos, crenças
e decisões, mediante ameaça, Redução a condição análoga à de
constrangimento, humilhação, escravo
manipulação, isolamento, chantagem,
ridicularização, limitação do direito de Art. 149. Reduzir alguém a condição
ir e vir ou qualquer outro meio que análoga à de escravo, quer submetendo-o a
cause prejuízo à sua saúde trabalhos forçados ou a jornada exaustiva,
psicológica e quer sujeitando-o a condições degradantes
autodeterminação: (Incluído pela de trabalho, quer restringindo, por qualquer
Lei nº 14.188, de 2021) meio, sua locomoção em razão de dívida
contraída com o empregador ou
Pena - reclusão, de 6 (seis) preposto: (Redação dada pela Lei nº
meses a 2 (dois) anos, e multa, se a 10.803, de 11.12.2003)
conduta não constitui crime mais
grave. (Incluído pela Lei nº 14.188, Pena - reclusão, de dois a oito anos, e
de 2021) multa, além da pena correspondente à
violência. (Redação dada pela Lei nº
Seqüestro e cárcere privado 10.803, de 11.12.2003)

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§ 1o Nas mesmas penas incorre V - exploração


300
quem: (Incluído pela Lei nº 10.803, de sexual. (Incluído pela Lei nº 13.344,
11.12.2003) de 2016) (Vigência)

I – cerceia o uso de qualquer meio de Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito)


transporte por parte do trabalhador, com o anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
fim de retê-lo no local de 13.344, de 2016) (Vigência)
trabalho; (Incluído pela Lei nº 10.803,
de 11.12.2003) § 1o A pena é aumentada de um terço
até a metade se: (Incluído pela Lei
II – mantém vigilância ostensiva no local nº 13.344, de 2016) (Vigência)
de trabalho ou se apodera de documentos
ou objetos pessoais do trabalhador, com o I - o crime for cometido por funcionário
fim de retê-lo no local de público no exercício de suas funções ou a
trabalho. (Incluído pela Lei nº 10.803, de pretexto de exercê-las; (Incluído
11.12.2003) pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)

§ 2o A pena é aumentada de metade, II - o crime for cometido contra criança,


se o crime é cometido: (Incluído pela Lei adolescente ou pessoa idosa ou com
nº 10.803, de 11.12.2003) deficiência; (Incluído pela Lei nº
13.344, de 2016) (Vigência)
I – contra criança ou
adolescente; (Incluído pela Lei nº III - o agente se prevalecer de relações
10.803, de 11.12.2003) de parentesco, domésticas, de coabitação,
de hospitalidade, de dependência
II – por motivo de preconceito de raça, econômica, de autoridade ou de
cor, etnia, religião ou origem. (Incluído superioridade hierárquica inerente ao
pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003) exercício de emprego, cargo ou função;
ou (Incluído pela Lei nº 13.344, de
Tráfico de Pessoas (Incluído 2016) (Vigência)
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
IV - a vítima do tráfico de pessoas for
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, retirada do território
transportar, transferir, comprar, alojar ou nacional. (Incluído pela Lei nº
acolher pessoa, mediante grave ameaça, 13.344, de 2016) (Vigência)
violência, coação, fraude ou abuso, com a
finalidade de: (Incluído pela Lei nº § 2o A pena é reduzida de um a dois
13.344, de 2016) (Vigência) terços se o agente for primário e não integrar
organização criminosa. (Incluído
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
partes do corpo; (Incluído pela Lei
nº 13.344, de 2016) (Vigência)

II - submetê-la a trabalho em condições SEÇÃO II


análogas à de escravo; (Incluído
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) DOS CRIMES CONTRA A
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
III - submetê-la a qualquer tipo de
servidão; (Incluído pela Lei nº Violação de domicílio
13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 150 - Entrar ou permanecer,
IV - adoção ilegal; ou (Incluído clandestina ou astuciosamente, ou contra a
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) vontade expressa ou tácita de quem de

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direito, em casa alheia ou em suas SEÇÃO III


301
dependências:
DOS CRIMES CONTRA A
Pena - detenção, de um a três meses, INVIOLABILIDADE DE
ou multa. CORRESPONDÊNCIA

§ 1º - Se o crime é cometido durante a Violação de correspondência


noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego
de violência ou de arma, ou por duas ou mais Art. 151 - Devassar indevidamente o
pessoas: conteúdo de correspondência fechada,
dirigida a outrem:
Pena - detenção, de seis meses a dois
anos, além da pena correspondente à Pena - detenção, de um a seis meses,
violência. ou multa.

§ 2º - (Revogado pela Lei nº 13.869, de Sonegação ou destruição de


2019) (Vigência) correspondência

§ 3º - Não constitui crime a entrada ou § 1º - Na mesma pena incorre:


permanência em casa alheia ou em suas
dependências: I - quem se apossa indevidamente de
correspondência alheia, embora não
I - durante o dia, com observância das fechada e, no todo ou em parte, a sonega ou
formalidades legais, para efetuar prisão ou destrói;
outra diligência;
Violação de comunicação
II - a qualquer hora do dia ou da noite, telegráfica, radioelétrica ou telefônica
quando algum crime está sendo ali praticado
ou na iminência de o ser. II - quem indevidamente divulga,
transmite a outrem ou utiliza abusivamente
§ 4º - A expressão "casa" compreende: comunicação telegráfica ou radioelétrica
dirigida a terceiro, ou conversação telefônica
I - qualquer compartimento habitado; entre outras pessoas;

II - aposento ocupado de habitação III - quem impede a comunicação ou a


coletiva; conversação referidas no número anterior;

III - compartimento não aberto ao IV - quem instala ou utiliza estação ou


público, onde alguém exerce profissão ou aparelho radioelétrico, sem observância de
atividade. disposição legal.

§ 5º - Não se compreendem na § 2º - As penas aumentam-se de


expressão "casa": metade, se há dano para outrem.

I - hospedaria, estalagem ou qualquer § 3º - Se o agente comete o crime, com


outra habitação coletiva, enquanto aberta, abuso de função em serviço postal,
salvo a restrição do n.º II do parágrafo telegráfico, radioelétrico ou telefônico:
anterior;
Pena - detenção, de um a três anos.
II - taverna, casa de jogo e outras do
mesmo gênero. § 4º - Somente se procede mediante
representação, salvo nos casos do § 1º, IV,
e do § 3º.

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Correspondência comercial Art. 154 - Revelar alguém, sem justa


302
causa, segredo, de que tem ciência em
Art. 152 - Abusar da condição de sócio razão de função, ministério, ofício ou
ou empregado de estabelecimento profissão, e cuja revelação possa produzir
comercial ou industrial para, no todo ou em dano a outrem:
parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir
correspondência, ou revelar a estranho seu Pena - detenção, de três meses a um
conteúdo: ano, ou multa de um conto a dez contos de
réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
Pena - detenção, de três meses a dois
anos. Parágrafo único - Somente se procede
mediante representação.
Parágrafo único - Somente se procede
mediante representação. Invasão de dispositivo
informático (Incluído pela Lei nº 12.737, de
SEÇÃO IV 2012) Vigência

DOS CRIMES CONTRA A Art. 154-A. Invadir dispositivo


INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS informático de uso alheio, conectado ou não
à rede de computadores, com o fim de obter,
Divulgação de segredo adulterar ou destruir dados ou informações
sem autorização expressa ou tácita do
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa usuário do dispositivo ou de instalar
causa, conteúdo de documento particular ou vulnerabilidades para obter vantagem
de correspondência confidencial, de que é ilícita: (Redação dada pela Lei nº 14.155,
destinatário ou detentor, e cuja divulgação de 2021)
possa produzir dano a outrem:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)
anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
Pena - detenção, de um a seis meses,
14.155, de 2021)
ou multa, de trezentos mil réis a dois contos
de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1o Na mesma pena incorre quem
produz, oferece, distribui, vende ou difunde
§ 1º Somente se procede mediante
dispositivo ou programa de computador com
representação. (Parágrafo único
o intuito de permitir a prática da conduta
renumerado pela Lei nº 9.983, de 2000)
definida no caput. (Incluído pela Lei nº
12.737, de 2012) Vigência
§ 1o-A. Divulgar, sem justa causa,
informações sigilosas ou reservadas, assim
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um
definidas em lei, contidas ou não nos
terço) a 2/3 (dois terços) se da invasão
sistemas de informações ou banco de dados
resulta prejuízo econômico. (Redação
da Administração Pública: (Incluído pela Lei
dada pela Lei nº 14.155, de 2021)
nº 9.983, de 2000)
§ 3o Se da invasão resultar a obtenção
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)
de conteúdo de comunicações eletrônicas
anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
privadas, segredos comerciais ou
2000)
industriais, informações sigilosas, assim
definidas em lei, ou o controle remoto não
§ 2o Quando resultar prejuízo para a autorizado do dispositivo
Administração Pública, a ação penal será invadido: (Incluído pela Lei nº 12.737, de
incondicionada. (Incluído pela Lei nº 9.983, 2012) Vigência
de 2000)

Violação do segredo profissional

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)


303
anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
14.155, de 2021)

§ 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se


a pena de um a dois terços se houver
divulgação, comercialização ou transmissão
a terceiro, a qualquer título, dos dados ou
informações obtidos. (Incluído pela Lei
nº 12.737, de 2012) Vigência

§ 5o Aumenta-se a pena de um terço


à metade se o crime for praticado
contra: (Incluído pela Lei nº 12.737, de
2012) Vigência

I - Presidente da República,
governadores e prefeitos; (Incluído pela
Lei nº 12.737, de 2012) Vigência

II - Presidente do Supremo Tribunal


Federal; (Incluído pela Lei nº 12.737, de
2012) Vigência

III - Presidente da Câmara dos


Deputados, do Senado Federal, de
Assembleia Legislativa de Estado, da
Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de
Câmara Municipal; ou (Incluído pela Lei
nº 12.737, de 2012) Vigência

IV - dirigente máximo da administração


direta e indireta federal, estadual, municipal
ou do Distrito Federal. (Incluído pela Lei
nº 12.737, de 2012) Vigência

Ação penal (Incluído pela Lei nº


12.737, de 2012) Vigência

Art. 154-B. Nos crimes definidos no


art. 154-A, somente se procede mediante
representação, salvo se o crime é cometido
contra a administração pública direta ou
indireta de qualquer dos Poderes da União,
Estados, Distrito Federal ou Municípios ou
contra empresas concessionárias de
serviços públicos. (Incluído pela Lei nº
12.737, de 2012) Vigência

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Dos crimes contra o patrimônio. § 4º - A pena é de reclusão de dois a


304
oito anos, e multa, se o crime é cometido:
TÍTULO II
I - com destruição ou rompimento de
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO obstáculo à subtração da coisa;

CAPÍTULO I II - com abuso de confiança, ou


mediante fraude, escalada ou destreza;
DO FURTO
III - com emprego de chave falsa;

Bizu do GD! IV - mediante concurso de duas ou mais


pessoas.

§ 4º-A A pena é de reclusão de 4


Coisa alheia móvel: O conceito de (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver
“móvel” aqui é “tudo aquilo que emprego de explosivo ou de artefato
pode ser movido de um lugar para análogo que cause perigo
outro sem perda de suas comum. (Incluído pela Lei nº
características ou funcionalidades”. 13.654, de 2018)
OBS.: Cadáver pode ser objeto de § 4º-B. A pena é de reclusão, de 4
furto, desde que pertença a alguém. (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto
OBS.2: Equipara-se a coisa móvel a mediante fraude é cometido por meio de
ENERGIA ELÉTRICA ou qualquer dispositivo eletrônico ou informático,
outra energia que possua valor conectado ou não à rede de computadores,
econômico com ou sem a violação de mecanismo de
segurança ou a utilização de programa
malicioso, ou por qualquer outro meio
Furto fraudulento análogo. (Incluído pela Lei nº
14.155, de 2021)
Art. 155 - Subtrair, para si ou para
outrem, coisa alheia móvel: § 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste
artigo, considerada a relevância do resultado
Pena - reclusão, de um a quatro anos, gravoso: (Incluído pela Lei nº 14.155, de
e multa. 2021)

I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3


§ 1º - A pena aumenta-se de um terço,
(dois terços), se o crime é praticado
se o crime é praticado durante o repouso
mediante a utilização de servidor mantido
noturno.
fora do território nacional; (Incluído pela
Lei nº 14.155, de 2021)
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de
pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao
substituir a pena de reclusão pela de dobro, se o crime é praticado contra idoso ou
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou vulnerável. (Incluído pela Lei nº 14.155, de
aplicar somente a pena de multa. 2021)

§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a


§ 5º - A pena é de reclusão de três a
energia elétrica ou qualquer outra que tenha
oito anos, se a subtração for de veículo
valor econômico.
automotor que venha a ser transportado
para outro Estado ou para o
Furto qualificado exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de
1996)

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§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a


305
5 (cinco) anos se a subtração for de
semovente domesticável de produção, ainda
que abatido ou dividido em partes no local da
subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330,
de 2016)

§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro)


a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for
de substâncias explosivas ou de acessórios Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia,
que, conjunta ou isoladamente, possibilitem para si ou para outrem, mediante grave
sua fabricação, montagem ou ameaça ou violência a pessoa, ou depois de
emprego. (Incluído pela Lei nº havê-la, por qualquer meio, reduzido à
13.654, de 2018) impossibilidade de resistência:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos,


e multa.

§ 1º - Na mesma pena incorre


quem, logo depois de subtraída a
coisa, emprega violência contra
pessoa ou grave ameaça, a fim de
assegurar a impunidade do crime
Furto de coisa comum ou a detenção da coisa para si ou
para terceiro.
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-
herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a Espécies:
quem legitimamente a detém, a coisa
comum:
Roubo próprio – O agente pratica a
Pena - detenção, de seis meses a dois violência ou grave ameaça PARA
anos, ou multa. subtrair a coisa.

§ 1º - Somente se procede mediante


representação.

§ 2º - Não é punível a subtração de


coisa comum fungível, cujo valor não excede impróprio – O agente pratica a
a quota a que tem direito o agente. violência ou grave ameaça
DEPOIS de subtrair a coisa,
CAPÍTULO II como forma de assegurar o
sucesso do crime.
DO ROUBO E DA EXTORSÃO

Roubo
com violência imprópria – O
agente, sem violência ou grave
ameaça, reduz a vítima à
condição de impossibilidade de
defesa (ex.: coloca uma droga
em sua bebida).

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§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça


306
terço) até metade: (Redação dada é exercida com emprego de arma de fogo de
pela Lei nº 13.654, de 2018) uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro
a pena prevista no caput deste
I – (revogado); (Redação artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
dada pela Lei nº 13.654, de 2018) 2019)

II - se há o concurso de duas ou mais § 3º Se da violência


pessoas; resulta: (Redação dada pela Lei nº
13.654, de 2018)
III - se a vítima está em serviço de
transporte de valores e o agente conhece tal I – lesão corporal grave, a pena é de
circunstância. reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e
multa; (Incluído pela Lei nº
13.654, de 2018)
IV - se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser transportado
para outro Estado ou para o II – morte, a pena é de reclusão de 20
exterior; (Incluído pela Lei nº (vinte) a 30 (trinta) anos, e
9.426, de 1996) multa. (Incluído pela Lei nº 13.654,
de 2018)
V - se o agente mantém a vítima em seu
poder, restringindo sua Extorsão
liberdade. (Incluído pela Lei nº
9.426, de 1996) Art. 158 - Constranger alguém,
mediante violência ou grave ameaça, e com
VI – se a subtração for de substâncias o intuito de obter para si ou para outrem
explosivas ou de acessórios que, conjunta indevida vantagem econômica, a fazer,
ou isoladamente, possibilitem sua tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma
fabricação, montagem ou coisa:
emprego. (Incluído pela Lei nº
13.654, de 2018) Pena - reclusão, de quatro a dez anos,
e multa.
VII - se a violência ou grave ameaça é
exercida com emprego de arma
branca; (Incluído pela Lei nº 13.964,
Bizu do GD!
de 2019)

§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois O constrangimento (violência ou grave


terços): (Incluído pela Lei nº ameaça) é mero “meio” para a obtenção da
13.654, de 2018) vantagem indevida.
O verbo é “constranger”, que é sinônimo de
I – se a violência ou ameaça é exercida forçar, obrigar alguém a fazer o que não
com emprego de arma de deseja.
fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654,
de 2018) Não se confunde com o delito de roubo, pois
naquele o agente se vale da violência ou
II – se há destruição ou rompimento de grave ameaça para subtrair o bem da vítima.
obstáculo mediante o emprego de explosivo Neste o agente se vale destes meios para fazer
ou de artefato análogo que cause perigo com que a vítima entregue a coisa, ou seja,
comum. (Incluído pela Lei nº deve haver a colaboração da vítima, sem a
13.654, de 2018) qual a vantagem não poderia ser obtida.

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§ 1º - Se o crime é cometido por duas Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim
307
ou mais pessoas, ou com emprego de arma, de obter, para si ou para outrem, qualquer
aumenta-se a pena de um terço até metade. vantagem, como condição ou preço do
resgate: Vide Lei nº 8.072, de
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada 25.7.90 (Vide Lei nº 10.446, de
mediante violência o disposto no § 3º do 2002)
artigo anterior. Vide Lei nº
8.072, de 25.7.90 Pena - reclusão, de oito a
quinze anos.. (Redação dada
§ 3o Se o crime é cometido mediante a
pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
restrição da liberdade da vítima, e essa
condição é necessária para a obtenção da
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24
vantagem econômica, a pena é de reclusão,
(vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é
de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa;
menor de 18 (dezoito) ou maior de 60
se resulta lesão corporal grave ou morte,
(sessenta) anos, ou se o crime é cometido
aplicam-se as penas previstas no art. 159,
por bando ou quadrilha. Vide Lei nº
§§ 2o e 3o,
8.072, de 25.7.90 (Redação dada
respectivamente. (Incluído pela
pela Lei nº 10.741, de 2003)
Lei nº 11.923, de 2009)

Elemento subjetivo: Exige-se o


Pena - reclusão, de doze a
dolo de obter a vantagem indevida.
vinte anos. (Redação dada pela
Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

Não se pune na forma culposa. § 2º - Se do fato resulta lesão corporal


__________________________ de natureza grave: Vide Lei nº
8.072, de 25.7.90
Se for:
Pena - reclusão, de dezesseis
Vantagem devida: Teremos crime a vinte e quatro
de exercício arbitrário das próprias anos. (Redação dada pela Lei
razões (art. 345 do CP). nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 3º - Se resulta a morte: Vide


Vantagem sexual: Teremos
Lei nº 8.072, de 25.7.90
estupro.

Pena - reclusão, de vinte e


Vantagem meramente moral,
quatro a trinta
sem valor econômico:
anos. (Redação dada pela Lei
Constrangimento ilegal (art. 146 do
nº 8.072, de 25.7.1990)
CP)
§ 4º - Se o crime é cometido em
Extorsão mediante sequestro concurso, o concorrente que o denunciar à
autoridade, facilitando a libertação do
seqüestrado, terá sua pena reduzida de um
Quem é o sujeito passivo do delito? a dois terços. (Redação dada
pela Lei nº 9.269, de 1996)
Quem é sequestrado ou a pessoa a quem se
exige o resgate? Ambos
Extorsão indireta

Art. 160 - Exigir ou receber, como


garantia de dívida, abusando da situação de

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alguém, documento que pode dar causa a DO DANO


308
procedimento criminal contra a vítima ou
contra terceiro: Dano

Pena - reclusão, de um a três anos, e Art. 163 - Destruir, inutilizar ou


multa. deteriorar coisa alheia:

CAPÍTULO III Pena - detenção, de um a seis meses,


DA USURPAÇÃO ou multa.

Alteração de limites Dano qualificado

Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, Parágrafo único - Se o crime é


marco, ou qualquer outro sinal indicativo de cometido:
linha divisória, para apropriar-se, no todo ou
em parte, de coisa imóvel alheia: I - com violência à pessoa ou grave
ameaça;
Pena - detenção, de um a seis meses,
e multa. II - com emprego de substância
inflamável ou explosiva, se o fato não
§ 1º - Na mesma pena incorre quem: constitui crime mais grave

Usurpação de águas III - contra o patrimônio da União, de


Estado, do Distrito Federal, de Município ou
I - desvia ou represa, em proveito de autarquia, fundação pública, empresa
próprio ou de outrem, águas alheias; pública, sociedade de economia mista ou
empresa concessionária de serviços
Esbulho possessório públicos; (Redação dada pela Lei
nº 13.531, de 2017)
II - invade, com violência a pessoa ou
grave ameaça, ou mediante concurso de IV - por motivo egoístico ou com
mais de duas pessoas, terreno ou edifício prejuízo considerável para a vítima:
alheio, para o fim de esbulho possessório.
Pena - detenção, de seis meses a três
§ 2º - Se o agente usa de violência, anos, e multa, além da pena correspondente
incorre também na pena a esta cominada. à violência.

§ 3º - Se a propriedade é particular, e Introdução ou abandono de animais


não há emprego de violência, somente se em propriedade alheia
procede mediante queixa.
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais
Supressão ou alteração de marca em em propriedade alheia, sem consentimento
animais de quem de direito, desde que o fato resulte
prejuízo:
Art. 162 - Suprimir ou alterar,
indevidamente, em gado ou rebanho alheio, Pena - detenção, de quinze dias a seis
marca ou sinal indicativo de propriedade: meses, ou multa.

Pena - detenção, de seis meses a três Dano em coisa de valor artístico,


anos, e multa. arqueológico ou histórico

CAPÍTULO IV Art. 165 - Destruir, inutilizar ou


deteriorar coisa tombada pela autoridade

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competente em virtude de valor artístico, II - na qualidade de tutor, curador,


309
arqueológico ou histórico: síndico, liquidatário, inventariante,
testamenteiro ou depositário judicial;
Pena - detenção, de seis meses a dois
anos, e multa. III - em razão de ofício, emprego ou
profissão.
Alteração de local especialmente
protegido Apropriação indébita
previdenciária (Incluído pela Lei nº 9.983,
Art. 166 - Alterar, sem licença da de 2000)
autoridade competente, o aspecto de local
especialmente protegido por lei: Art. 168-A. Deixar de repassar à
previdência social as contribuições
Pena - detenção, de um mês a um ano, recolhidas dos contribuintes, no prazo e
ou multa. forma legal ou convencional: (Incluído pela
Lei nº 9.983, de 2000)
Ação penal
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)
Art. 167 - Nos casos do art. 163, do anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, 2000)
somente se procede mediante queixa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem
CAPÍTULO V deixar de: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA
I – recolher, no prazo legal, contribuição
Bora aí GDzinho, observe que ou outra importância destinada à previdência
social que tenha sido descontada de
a coisa lhe foi entregue
pagamento efetuado a segurados, a
espontaneamente, e o agente terceiros ou arrecadada do
deveria devolvê-la, mas não o público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de
faz. 2000)

II – recolher contribuições devidas à


Há, portanto, violação à
previdência social que tenham integrado
confiança eu lhe fora despesas contábeis ou custos relativos à
depositada. venda de produtos ou à prestação de
serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
Apropriação indébita
III - pagar benefício devido a segurado,
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia
quando as respectivas cotas ou valores já
móvel, de que tem a posse ou a detenção:
tiverem sido reembolsados à empresa pela
previdência social. (Incluído pela Lei nº
Pena - reclusão, de um a quatro anos, 9.983, de 2000)
e multa.
§ 2o É extinta a punibilidade se o
Aumento de pena agente, espontaneamente, declara,
confessa e efetua o pagamento das
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, contribuições, importâncias ou valores e
quando o agente recebeu a coisa: presta as informações devidas à previdência
social, na forma definida em lei ou
I - em depósito necessário; regulamento, antes do início da ação
fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
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§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar


310
a pena ou aplicar somente a de multa se o Bizu do GD!
agente for primário e de bons antecedentes,
desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
Acabamos de aprender que aquele
I – tenha promovido, após o início da velho ditado "achado não é roubado"
ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, é correto!
o pagamento da contribuição social
previdenciária, inclusive acessórios; Na verdade enquadra-se nesse crime
ou (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) visto acima.

II – o valor das contribuições devidas,


Art. 170 - Nos crimes previstos neste
inclusive acessórios, seja igual ou inferior
Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, §
àquele estabelecido pela previdência social,
2º.
administrativamente, como sendo o mínimo
para o ajuizamento de suas execuções
fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) CAPÍTULO VI

§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES


artigo não se aplica aos casos de
parcelamento de contribuições cujo valor,
inclusive dos acessórios, seja superior
àquele estabelecido, administrativamente,
como sendo o mínimo para o ajuizamento de
suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei
nº 13.606, de 2018)

Apropriação de coisa havida por


erro, caso fortuito ou força da natureza
Estelionato
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa
alheia vinda ao seu poder por erro, caso Art. 171 - Obter, para si ou para outrem,
fortuito ou força da natureza: vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro,
Pena - detenção, de um mês a um ano, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro
ou multa. meio fraudulento:

Parágrafo único - Na mesma pena Pena - reclusão, de um a cinco anos, e


incorre: multa, de quinhentos mil réis a dez contos de
réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
Apropriação de tesouro
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de
I - quem acha tesouro em prédio alheio pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar
e se apropria, no todo ou em parte, da quota a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
a que tem direito o proprietário do prédio;
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
Apropriação de coisa achada

II - quem acha coisa alheia perdida e


dela se apropria, total ou parcialmente,
deixando de restituí-la ao dono ou legítimo
possuidor ou de entregá-la à autoridade
competente, dentro no prazo de quinze dias.
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lesão ou doença, com o intuito de haver


311
indenização ou valor de seguro;
Caracterização
Fraude no pagamento por meio de
cheque

O agente obtém vantagem ilícita VI - emite cheque, sem suficiente


(crime material, portanto), para si ou provisão de fundos em poder do sacado, ou
para outrem, em prejuízo alheio, lhe frustra o pagamento.
induzindo ou mantendo alguém em
erro, mediante qualquer meio Fraude eletrônica
fraudulento.
§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4
Considerado crime de resultado (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude
duplo (o agente deve obter a é cometida com a utilização de informações
vantagem e a vítima deve sofrer fornecidas pela vítima ou por terceiro
prejuízo) induzido a erro por meio de redes sociais,
contatos telefônicos ou envio de correio
eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro
Disposição de coisa alheia como própria meio fraudulento análogo. (Incluído pela
Lei nº 14.155, de 2021)
I - vende, permuta, dá em pagamento,
em locação ou em garantia coisa alheia § 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste
como própria; artigo, considerada a relevância do resultado
gravoso, aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3
Alienação ou oneração fraudulenta (dois terços), se o crime é praticado
de coisa própria mediante a utilização de servidor mantido
fora do território nacional. (Incluído pela
II - vende, permuta, dá em pagamento Lei nº 14.155, de 2021)
ou em garantia coisa própria inalienável,
gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que § 3º - A pena aumenta-se de um terço,
prometeu vender a terceiro, mediante se o crime é cometido em detrimento de
pagamento em prestações, silenciando entidade de direito público ou de instituto de
sobre qualquer dessas circunstâncias; economia popular, assistência social ou
beneficência.
Defraudação de penhor
Estelionato contra idoso ou
III - defrauda, mediante alienação não vulnerável (Redação dada pela Lei nº
consentida pelo credor ou por outro modo, a 14.155, de 2021)
garantia pignoratícia, quando tem a posse
do objeto empenhado; § 4º A pena aumenta-se de 1/3 (um
terço) ao dobro, se o crime é cometido contra
Fraude na entrega de coisa idoso ou vulnerável, considerada a
relevância do resultado
gravoso. (Redação dada pela Lei nº
IV - defrauda substância, qualidade ou
14.155, de 2021)
quantidade de coisa que deve entregar a
alguém;
§ 5º Somente se procede mediante
representação, salvo se a vítima
Fraude para recebimento de
for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de
indenização ou valor de seguro
2019)
V - destrói, total ou parcialmente, ou
oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo
ou a saúde, ou agrava as conseqüências da

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Daniele da Conceio Souza

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TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. ESTE MATERIAL OU QUALQUER PARTE DELE NÃO PODE SER REPASSADO, CEDIDO, VENDIDO, ENTREGUE OU COMPARTILHADO.
SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

I - a Administração Pública, direta ou mercadorias, sabendo ou devendo saber


312
indireta; (Incluído pela Lei nº 13.964, que a operação é ruinosa:
de 2019)
Pena - reclusão, de um a três anos, e
II - criança ou multa.
adolescente; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) Fraude no comércio

III - pessoa com deficiência mental; Art. 175 - Enganar, no exercício de


ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de atividade comercial, o adquirente ou
2019) consumidor:

IV - maior de 70 (setenta) anos de I - vendendo, como verdadeira ou


idade ou incapaz. (Incluído pela Lei nº perfeita, mercadoria falsificada ou
13.964, de 2019) deteriorada;

Duplicata simulada II - entregando uma mercadoria por


outra:
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou
nota de venda que não corresponda à Pena - detenção, de seis meses a dois
mercadoria vendida, em quantidade ou anos, ou multa.
qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) § 1º - Alterar em obra que lhe é
encomendada a qualidade ou o peso de
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 metal ou substituir, no mesmo caso, pedra
(quatro) anos, e multa. (Redação dada pela verdadeira por falsa ou por outra de menor
Lei nº 8.137, de 27.12.1990) valor; vender pedra falsa por verdadeira;
vender, como precioso, metal de ou outra
Parágrafo único. Nas mesmas penas qualidade:
incorrerá aquêle que falsificar ou adulterar a
escrituração do Livro de Registro de Pena - reclusão, de um a cinco anos, e
Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de multa.
1968)
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155,
Abuso de incapazes § 2º.

Art. 173 - Abusar, em proveito próprio Outras fraudes


ou alheio, de necessidade, paixão ou
inexperiência de menor, ou da alienação ou Art. 176 - Tomar refeição em
debilidade mental de outrem, induzindo restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se
qualquer deles à prática de ato suscetível de de meio de transporte sem dispor de
produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio recursos para efetuar o pagamento:
ou de terceiro:
Pena - detenção, de quinze dias a dois
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e meses, ou multa.
multa.
Parágrafo único - Somente se procede
Induzimento à especulação mediante representação, e o juiz pode,
conforme as circunstâncias, deixar de
Art. 174 - Abusar, em proveito próprio aplicar a pena.
ou alheio, da inexperiência ou da
simplicidade ou inferioridade mental de Fraudes e abusos na fundação ou
outrem, induzindo-o à prática de jogo ou administração de sociedade por ações
aposta, ou à especulação com títulos ou
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Art. 177 - Promover a fundação de IX - o representante da sociedade


313
sociedade por ações, fazendo, em prospecto anônima estrangeira, autorizada a funcionar
ou em comunicação ao público ou à no País, que pratica os atos mencionados
assembléia, afirmação falsa sobre a nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao
constituição da sociedade, ou ocultando Governo.
fraudulentamente fato a ela relativo:
§ 2º - Incorre na pena de detenção, de
Pena - reclusão, de um a quatro anos, seis meses a dois anos, e multa, o acionista
e multa, se o fato não constitui crime contra que, a fim de obter vantagem para si ou para
a economia popular. outrem, negocia o voto nas deliberações de
assembléia geral.
§ 1º - Incorrem na mesma pena, se o
fato não constitui crime contra a economia Emissão irregular de conhecimento
popular: (Vide Lei nº 1.521, de 1951) de depósito ou "warrant"

I - o diretor, o gerente ou o fiscal de Art. 178 - Emitir conhecimento de


sociedade por ações, que, em prospecto, depósito ou warrant, em desacordo com
relatório, parecer, balanço ou comunicação disposição legal:
ao público ou à assembléia, faz afirmação
falsa sobre as condições econômicas da Pena - reclusão, de um a quatro anos,
sociedade, ou oculta fraudulentamente, no e multa.
todo ou em parte, fato a elas relativo;
Fraude à execução
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que
promove, por qualquer artifício, falsa Art. 179 - Fraudar execução, alienando,
cotação das ações ou de outros títulos da desviando, destruindo ou danificando bens,
sociedade; ou simulando dívidas:

III - o diretor ou o gerente que toma Pena - detenção, de seis meses a dois
empréstimo à sociedade ou usa, em proveito anos, ou multa.
próprio ou de terceiro, dos bens ou haveres
sociais, sem prévia autorização da Parágrafo único - Somente se procede
assembléia geral; mediante queixa.

IV - o diretor ou o gerente que compra


ou vende, por conta da sociedade, ações por
ela emitidas, salvo quando a lei o permite;

V - o diretor ou o gerente que, como


garantia de crédito social, aceita em penhor
ou em caução ações da própria sociedade;

VI - o diretor ou o gerente que, na falta


de balanço, em desacordo com este, ou
mediante balanço falso, distribui lucros ou
dividendos fictícios;

VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que,


por interposta pessoa, ou conluiado com
acionista, consegue a aprovação de conta
ou parecer;

VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I,


II, III, IV, V e VII;

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CAPÍTULO VII Pena - reclusão, de três a oito


314
anos, e multa. (Redação dada
DA RECEPTAÇÃO pela Lei nº 9.426, de 1996)

§ 2º - Equipara-se à atividade
Bizu do GD! comercial, para efeito do parágrafo anterior,
qualquer forma de comércio irregular ou
clandestino, inclusive o exercício em
residência. (Redação dada pela Lei nº
9.426, de 1996)

Observe Gdzinho que a figura prevista no § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por
caput do artigo possui como sujeito ativo sua natureza ou pela desproporção entre o
QUALQUER PESSOA, sendo, portanto, crime valor e o preço, ou pela condição de quem a
oferece, deve presumir-se obtida por meio
comum, exceto aquele que participou do
criminoso: (Redação dada pela Lei nº
crime anterior, pois a obtenção, pelo
9.426, de 1996)
cúmplice, da sua cota-parte no delito, não
configura o crime de receptação, sendo
considerada como pós-fato impunível. Pena - detenção, de um mês
O sujeito passivo pode ser o terceiro de boa- a um ano, ou multa, ou ambas as
fé que adquire o bem sem saber ser produto penas. (Redação dada pela Lei nº
de crime ou a vítima do crime anterior. 9.426, de 1996)

§ 4º - A receptação é punível, ainda que


desconhecido ou isento de pena o autor do
crime de que proveio a
Receptação coisa. (Redação dada pela Lei nº
9.426, de 1996)
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar,
conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou § 5º - Na hipótese do § 3º, se o
alheio, coisa que sabe ser produto de crime, criminoso é primário, pode o juiz, tendo em
ou influir para que terceiro, de boa-fé, a consideração as circunstâncias, deixar de
adquira, receba ou oculte: (Redação aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) se o disposto no § 2º do art.
155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de
Pena - reclusão, de um a 1996)
quatro anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) § 6o Tratando-se de bens do
patrimônio da União, de Estado, do Distrito
Federal, de Município ou de autarquia,
Receptação
fundação pública, empresa pública,
qualificada (Redação dada pela Lei nº
sociedade de economia mista ou empresa
9.426, de 1996)
concessionária de serviços públicos, aplica-
se em dobro a pena prevista no caput deste
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, artigo. (Redação dada pela Lei nº
conduzir, ocultar, ter em depósito, 13.531, de 2017)
desmontar, montar, remontar, vender, expor
à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
Receptação de animal
proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, coisa que
deve saber ser produto de Art. 180-A. Adquirir, receber,
crime: (Redação dada pela Lei nº transportar, conduzir, ocultar, ter em
9.426, de 1996) depósito ou vender, com a finalidade de
produção ou de comercialização, semovente
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domesticável de produção, ainda que


315
abatido ou dividido em partes, que deve
saber ser produto de crime: (Incluído
pela Lei nº 13.330, de 2016)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)


anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
13.330, de 2016)

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 181 - É isento de pena quem


comete qualquer dos crimes previstos neste
título, em prejuízo: (Vide Lei nº
10.741, de 2003)

I - do cônjuge, na constância da
sociedade conjugal;

II - de ascendente ou descendente, seja


o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil
ou natural.

Art. 182 - Somente se procede


mediante representação, se o crime previsto
neste título é cometido em
prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)

I - do cônjuge desquitado ou
judicialmente separado;

II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;

III - de tio ou sobrinho, com quem o


agente coabita.

Art. 183 - Não se aplica o disposto nos


dois artigos anteriores:

I - se o crime é de roubo ou de extorsão,


ou, em geral, quando haja emprego de grave
ameaça ou violência à pessoa;

II - ao estranho que participa do crime.

III – se o crime é praticado contra


pessoa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº
10.741, de 2003)

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4. Noções de Direito Administrativo: Estado, É o conjunto de órgãos e as atividades que eles


316
governo e administração pública: conceitos; exercem no sentido de conduzir politicamente o
elementos; poderes e organização; natureza; Estado, definindo suas diretrizes supremas.
fins e princípios.

Estado
Não se confunde com a Administração Pública em
É pessoa jurídica territorial soberana. Pessoa sentido estrito, que tem a função de realizar
jurídica é a unidade de pessoas naturais ou de concretamente as diretrizes traçadas pelo
patrimônios, que visa à consecução de certos fins, Governo. Portanto, enquanto o Governo age com
reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de ampla discricionariedade, a Administração Pública
direitos e obrigações. atua de modo subordinado.

ESTADO = POVO + TERRITÓRIO + GOVERNO Sistema de Governo é o modo como se relacionam


SOBERANO os poderes Executivo e Legislativo. Existem os
seguintes sistemas de governo: Presidencialista e
parlamentarista.
Nas estritas palavras do
renascentista francês (Jean
Bodin), "a soberania é o poder
Administração Pública
absoluto e perpétuo de um A palavra "administrar" significa não só prestar
Estado-Nação". Esse conceito serviço, executá-lo, mas também dirigir, governar,
se relaciona com a autoridade exercer a vontade com o objetivo de obter um
suprema, geralmente no resultado útil; e até, traçar um programa de ação
âmbito de um país. É o direito e executá-lo.
exclusivo de uma autoridade
suprema sobre um grupo de
pessoas — em regra, uma Basicamente, são dois os sentidos em que se
nação. utiliza mais comumente a expressão
Administração Pública:

a) em sentido subjetivo, formal ou orgânico, ela


Poder é atributo do Estado, função é o modo do designa as pessoas jurídicas, órgãos e agentes
Estado manifestar sua vontade, órgão é o públicos incumbidos de exercer a função
instrumento de que se vale o Estado para exercitar administrativa em qualquer um dos Poderes.
suas funções.
b) em sentido objetivo, material ou funcional, ela
designa a natureza da atividade exercida pelos
referidos entes; nesse sentido, a Administração
Território é o espaço físico em que o Estado exerce
Pública é a própria função administrativa que
sua soberania. A soberania, no âmbito interno, é o
incumbe, predominantemente, ao Poder
poder supremo consistente na capacidade de
Executivo. Ex: serviço público, fomento, poder de
autodeterminação e, no âmbito externo, é a
polícia, intervenção na propriedade.
prerrogativa de receber tratamento igualitário na
comunidade internacional.

Poderes e Elementos
Governo

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por senadores, e da Câmara dos Deputados,


317
formado por deputados. O Tribunal de contas
também compõe esse órgão, ele auxilia o
Congresso na fiscalização financeira,
operacional, orçamentária, contábil e
patrimonial da União e das entidades da
administração pública direta e indireta, quanto
à legitimidade, legalidade e economicidade.

2) Executivo: é responsável pela administração


dos interesses públicos, sempre de acordo com
nossa carta magna e as ordenações legais.
A Constituição regula-o através do artigo 76 até
o 91. O executivo é distribuído no âmbito
nacional, regional e municipal. No plano Federal
Através do passar dos anos as relações de é exercido pelo Presidente da República, que é
comando, ou seja, governantes e governados, escolhido pelo povo, em eleições de dois
ou de uma forma mais objetiva, os turnos, e substituído, quando necessário, pelo
controladores e os controlados, sofreram vice-presidente. Já no nível regional o executivo
diversas modificações que influenciaram no é representado pelo governador, substituído
surgimento da Teoria da Separação dos circunstancialmente pelo vice-governador e
Poderes. auxiliado pelos Secretários do Estado. No
municipal quem o exerce é o Prefeito,
substituído pelo vice-prefeito e auxiliado pelos
Essa Teoria foi desenvolvida por Montesquieu, Secretários Municipais.
ele tinha a ideia de conter o Poder do Estado
através da divisão de funções, e dar 3) Judiciário: possui duas tarefas principais, a
competência a diferentes órgãos. primeira é a de controle de constitucionalidade,
ou seja, é a averiguação da compatibilidade das
normas com a Constituição da República, pois
As funções básicas do Estado permanecem
só assim serão válidas.
desde a época de Aristóteles. Não se pode
confundir função com objetivos estatais, as
A segunda obrigação é justamente solucionar as
finalidades vão desde a natureza econômica e
controvérsias que podem surgir com a
militar até a cultural. As funções básicas na
aplicação da lei.
antiguidade eram: a consultiva, a administrativa
e a judiciária.
Tal poder divide-se de
três formas: quanto à matéria,
Com o passar dos anos foi havendo que são chamados de órgãos de
modificações que consolidaram os três poderes justiça comum e de especial,
atuais: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
quanto ao número de
julgadores, que são
1) Legislativo: estabelece normas que regem a classificados como órgãos
sociedade. Cabe a ele criar leis em cada uma das singulares e colegiados, e a
três esferas e fiscalizar e controlar os atos do respeito do ponto de vista
Poder Executivo. O presidente da República federativo, que são os órgãos
também pode legislar, seu principal
estaduais e federais.
instrumento é a medida provisória.
Esse Poder é exercido pelo Congresso Nacional,
que atua através do Senado Federal, composto

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A divisão desses Poderes é crucial para a Essa especialidade não separa os poderes
318
formação de uma sociedade preocupada com absolutamente, pois todos legislam,
as relações de comando, pois sem esse administram e julgam. O pensamento de que os
desligamento podem ocorrer situações de órgãos possuem somente uma função
arbitrariedade. “Quando, na mesma pessoa ou específica é errado, claro que a tarefa maior de
no mesmo corpo de magistratura, o Poder cada um deles é diretamente determinada, mas
legislativo é reunido com o Poder Executivo existem responsabilidades que se entrelaçam.
não existe liberdade (...) tão pouco existe
liberdade se o poder de julgar não fosse
separado do Executivo e do Legislativo (...) Um exemplo é o “Poder Legislativo que tem
tudo estaria perdido se o mesmo homem (...) como função principal legislar e fazer a
exercesse os três poderes.” fiscalização contábil, financeira, orçamentária
e patrimonial do Executivo”, mas também
deve, no âmbito do Poder Executivo: “dispor
sobre sua organização, provendo cargos,
Bizu do GD! concedendo férias, licenças e servidores etc.”,
já no âmbito jurisdicional: “O Senado julga o
Presidente da República nos crimes de
responsabilidade (art. 52, I)”.
Montesquieu conclui que “só o poder
freia o poder”, no chamado “Sistema
de Freios e Contrapesos”, por essa Os três Poderes são responsáveis pela
razão cada poder deve manter-se implantação do Estado em si, uma vez que eles
autônomo e constituído por pessoas e receberam finalidades específicas, que
grupos diferentes. contribuíram para a formação de uma força
coletiva organizada, pois estavam designados a
atender os anseios da sociedade. Tais órgãos
Não se pode esquecer que o Poder do Estado é fazem parte da função social jurídica do Estado,
uno e indivisível. mas não pode esquecer-se das não jurídicas.
Essas são separadas em técnicas e políticas. A
primeira está relacionada com a prestação de
Cada um desses órgãos, no exercício de suas serviços e a produção de bens. A segunda diz
funções, exerce suas atividades de formas respeito ao interesse geral e a conservação da
diferenciadas, o que não quer dizer que são sociedade política.
independentes, mas também não são
subordinados entre si, ou seja, existe a
independência orgânica, eles devem trabalhar Para que possamos ter uma sociedade
de forma harmônica, mas autônoma. O realmente organizada, tanto o poder político,
importante é destacar que cada um desses quanto o judiciário devem caminhar lado a lado,
Poderes necessita de liberdade, dentro dos pois os dois residem na busca pelo progresso
limites, para agir. social, que não está só relacionado ao bem-
estar de poucos, mas sim da evolução da
coletividade através da correta aplicação dos
Eles são, na realidade, controladores do Poder poderes inerentes do Estado. O objetivo
Público, que visam à proteção dos cidadãos, principal deve ser a formação de uma sociedade
coíbem certos abusos dos agentes equilibrada, em que os princípios
administrativos e buscam o aumento da constitucionais realmente são seguidos.
eficiência do Estado, uma vez que cada órgão se
torna especialista em determinada função.
Resumo:

Poderes, funções e órgãos do Estado

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Objetivando promover o bem público, como sua outros interpretado como confederativo,
319
meta final, o Estado desempenha uma série de correspondia ao direito da paz e da guerra, de
funções através dos órgãos que o compõe, formar ligas e alianças e de fazer toda espécie de
determinando um enorme conjunto de atos e negociações com as pessoas e as comunidades
serviços variáveis de um local para outro e de estranhas ao Estado.
acordo com a época analisada.
A prerrogativa referia-se ao poder discricionário
que às vezes atingia a arbitrariedade indo de
encontro ao bem público.
Essa múltipla atividade gerou a teoria sobre os
poderes estatais. No início concentrada numa
pessoa ou coletividade, passou a distribuir-se
Foi Charles-Louis de Secondat (1689-1755)-
numa verdadeira divisão de trabalho e
Baron de Ia Brède et de Montesquieu que em
atribuições, cujas funções exigem os respectivos
1748 elaborou um verdadeiro tratado de Teoria
órgãos com a missão de exercê-las dentro dos
do Estado sob o título De I'Esprit des
limites das correspondentes competências.
Lois, quando concluiu que "Tudo estaria
perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo
Esse exercício mesmo dentro da unidade estatal de principais, ou de nobres, ou do povo,
obedece a limitações consagradas, que visam exercessem os três poderes, o que faz leis, o que
evitar a hipertrofia da autoridade. executa as resoluções públicas e o que julga os
crimes ou as desavenças dos particulares".

Aristóteles começou a
discernir as três partes do Saint Girons distinguia apenas dois
governo com as funções por
poderes: legislativo e executivo, sendo a justiça
um ramo autônomo independente do executivo.
elas exercidas: a assembleia do
povo formada pelos cidadãos Benjamin Constant de Rebecque, escritor e
em geral, como corpo político francês, admitia cinco poderes: real,
deliberante e verdadeiro executivo, representativo de duração,
soberano do Estado; a segunda representativo de opinião e judiciário.
composta de magistrados com
Ressalte-se, de logo, que o Brasil na Constituição
ordens especiais encarregados
Imperial, admitiu uma classificação sui generis
das rendas e defesa do Estado com o poder moderador acrescido ao legislativo,
e a terceira integrada por executivo e judiciário quando mais se aproximou
juízes, encarregados do deste autor, com relação ao poder real.
julgamento e da aplicação da
justiça.
Segundo Silvestre Pinheiro Ferreira, filósofo e
estadista português, que escreveu os Princípios
John Locke já falava expressamente nos poderes de Direito Público, Constitucional,
citando o legislativo, executivo, federativo do Administrativo e das Gentes, os poderes
estado e a prerrogativa. também seriam cinco: legislativo, executivo,
Não confiante na natureza humana considerava judiciário, eleitoral e conservador.
perigoso confiar a execução das leis àqueles que
a tivessem elaborado, convindo separar o poder
legislativo do executivo. Não tratou do judiciário Francois Dominique de Reynaud, o Conde de
com especialidade e o poder federativo por Montlosier, juntamente com Benjamin

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Disraeli, o Lord Beaconsfield eram contrários a um, na esfera da sua função específica, exerce
320
separação e faziam confusão com esta e o a totalidade do poder.
governo misto, afirmavam que os poderes
eram: o rei, a câmara dos pares e a câmara dos
proprietários. O Estado manifesta a sua vontade, o seu
poder através desses três órgãos que
compõem a sua unidade. Cada um dos três,
Etienne Vacherot, filósofo isoladamente, sem a correlação e a integração
francês em La Démocratie, dos dois outros, não chegaria a expressar o
afirmava serem três os
poder do Estado.
poderes: legislativo, Os três poderes só são independentes no
executivo e sentido de que se organizam mutuamente na
administrativo, estando a finalidade essencial de compor os atos de
autoridade judiciária manifestação da soberania estatal, mediante
compreendida no poder um sistema de freios e contrapesos, na
administrativo. expressão dos constitucionalistas norte-
americanos, realizando o ideal de contenção
do poder pelo poder.
Immanuel Kant, filósofo alemão nos Princípios
Metafísicos da Teoria do Direito, viu nos
poderes do Estado as três proposições de um
silogismo prático: a maior que contem a lei de
uma vontade; a menor, a ordem de conduzir- AS TRÊS FUNÇÕES BÁSICAS DO ESTADO
se de acordo com a lei; enfim, a conclusão,
a sentença, que decide o que é direito no caso
de agir. Não confundir as funções com as finalidades ou
objetivos do Estado, que são vários e de natureza
militar, policial, econômica, previdenciária,
Estes três poderes são coordenados cultural entre outras. Todavia as funções básicas
(completando-se) e subordinados do Estado, mesmo com outras palavras ou
(independentes). O legislativo é acréscimos por parte de uns e concentrações por
irrepreensível; o executivo irresistível e o outros permanecem as mesmas desde
judiciário é inapelável. Aristóteles aos nossos dias.

Cada órgão, dentro da sua esfera de ação,


exerce a totalidade do poder soberano. Em O filósofo grego entendia da seguinte maneira as
outras palavras: cada ato de governo, três funções basilares da “polis”:
manifestado por um dos três órgãos,
representa uma manifestação completa do • Consultiva, que se
poder.
pronunciava acerca da
O Legislativo, o Executivo e o Judiciário, são guerra, da paz e das leis;
poderes interdependentes no sentido literal da
palavra, já que devem ser harmônicos e
• Administrativa, atravé
coordenados entre si. São órgãos de
s do magistrado
manifestação do poder de soberania estatal, incumbido dos
que é, na sua essência uno e indivisível. Cada restantes assuntos do
governo.
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Daniele da Conceio Souza

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

321 • Judiciária, solucionand dependendo da conotação do autor da obra


a ser enfocada, ou seja, de acordo com as
o as controvérsias;
informações e o mecanismo didático
escolhido pelo doutrinador, mas, sempre há
de ser destacada as seguintes características
Modernamente o Estado consolidou estas três do conceito de Direito Administrativo:
funções que a partir dos pensadores dos séculos
XVII e XVIII, passaram a ser exercidas por órgãos
correspondentes de forma harmônica e • pertence ao ramo do Direito
interdependente: Público, ou seja, está submetido,
principalmente, à regras de
caráter público (tal qual o Direito
Legislativa: estabelece Constitucional e o Tributário);
normas gerais e abstratas que • é considerado como direito não
regem a vida em sociedade, codificado, pois, não pode ser
através de manifestação de reunido em uma única lei e sim
vontade a ser feita valer toda em várias leis específicas,
vez que ocorre o fato descrito chamadas de legislações
na norma. Exemplo: Quem esparsas (ex. Lei de Licitações, Lei
importa mercadoria paga o de Improbidade Administrativa,
imposto sobre importação. Lei de Processo Administrativo
Esta é uma lei. Federal);
• o Direito Administrativo pátrio é
Executiva: traduz num ato considerado não contencioso, ou
de vontade individualizado a seja, não existe a previsão legal
exteriorização abstrata da de Tribunais e Juízes
norma. Exemplo: Cobrar do Administrativos ligados ao Poder
importador o tributo na Judiciário, em face do Princípio
quantidade prevista na lei é ato da Jurisdição Única, onde a
executivo. Constituição Federal/88 concede
a este Poder a atribuição típica
Judiciária: Dirime as de julgar os litígios;
controvérsias que podem • possui regras que se traduzem
surgir na aplicação da lei. em Princípios
Exemplo: Se o importador dos Constitucionais (que levam este
exemplos acima, considera nome por estarem previstos na
indevido o tributo cobrado própria C.F./88. no art. 37, caput)
surge uma lide a ser resolvida e Princípios
definitivamente pela função Infraconstitucionais (previstos
jurisdicional. nas legislações específicas do
tema Direito Administrativo);
• tem como objeto o estudo da
CONCEITO organização e estrutura
da Administração Pública.

O conceito de Direito Administrativo pode Segundo Hely Lopes Meirelles “Direito


ser elaborado de várias maneiras distintas, Administrativo é o conjunto harmônico de

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322
princípios jurídicos que regem os órgãos, os Regime Jurídico Administrativo
agentes, as atividades públicas tendentes a
realizar, concreta, direta e imediatamente os
fins desejados do Estado”. A expressão Regime Jurídico
Administrativo é utilizada para designar, em
sentido amplo, o regime de Direito Público a
Maria Sylvia Di Pietro “Direito que está submetida a Administração Pública,
Administrativo é o ramo do direito público ou seja, esta tem que observar normas de
que tem por objeto órgãos, agentes e
caráter público, onde o interesse da
pessoas jurídicas administrativas que
coletividade tem que prevalecer como
integram a Administração Pública, a
atividade jurídica não contenciosa que finalidade única dos atos administrativos
exerce e os bens de que utiliza para a praticados pelo Administrador Público.
consecução de seus fins, de natureza
pública”. As normas de natureza pública podem
conceder à Administração Pública
Fontes do Direito Administrativo tanto prerrogativas quanto restrições.

Prerrogativas quando oferece ao Agente


• A Lei, que em sentido amplo, é a Público, dentre outras atribuições, o Poder
fonte primária do Direito de Polícia, no qual há a utilização do Poder
Administrativo, podendo ser de Império (poder de coagir o Administrado
considerada como fonte, as a aceitar a imposição da vontade do Estado
várias espécies de ato normativo; através de uma limitação ao direito subjetivo
• A Doutrina, formada pelo do particular).
sistema teórico de princípios
aplicáveis ao Direito Restrições no que diz respeito à emissão dos
Administrativo; atos administrativos, que devem estar
• A Jurisprudência, representada sempre vinculados à finalidade pública, sob
pela reiteração dos julgados pena de serem declarados nulos de pleno
sobre um mesmo tema em um direito, em virtude da presença de uma
mesmo sentido; ilegalidade que causa um vício insanável na
• O costume, em razão da formulação do ato e compromete toda a sua
deficiência da legisla-ção, a estrutura.
prática administrativa vem
suprindo o texto escri-to, e No que diz respeito aos requisitos que
sedimentada na consciência dos compõem o Regime Jurídico Administrativo,
administradores eadministrados, também deve ser destacada a Supremacia
a praxe burocrática passa a suprir do Interesse Público sobre o Interesse
a lei, ouatua como elemento Privado, onde a Administração Pública
reformativo da doutrina. coloca-se em pé de desigualdade em face do
particular, tendo em vista o fato desta poder
impor a sua vontade (que representa o
interesse da coletividade) em detrimento da
vontade do particular (ex nas
desapropriações, onde o interesse público
se sobrepõem ao direito de propriedade

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323
assegurado ao particular, ressalvando as Fins
indenizações previstas em lei).
Natureza
O bem comum da coletividade administrada.
Toda atividade do administrador público
É a de um encargo de defesa, conservação e deve ser orientada para esse objetivo. Se
aprimoramento dos bens, serviços e dele o administrador se afasta ou desvia, trai
interesses da coletividade. Como tal, impõe- o mandato de que está investido, porque a
se ao administrador público a obrigação de comunidade não institui a Administração
cumprir fielmente os preceitos do Direito e
senão como meio de atingir o bem-estar
da moral administrativa que regem a sua
social. Ilícito e imoral será todo ato
atuação. Ao ser investido em função ou
cargo público, todo agente do poder assume administrativo que não for praticado no
para com a coletividade o compromisso de interesse da coletividade. O fim, e não a
bem servi-la, porque outro não é o desejo do vontade do administrador, domina todas as
povo, como legítimo destinatário dos bens, formas de administração. Os fins da
serviços e interesses administrados pelo Administração consubstanciam-se,
Estado. portanto, na defesa do interesse público,
assim entendidas aquelas aspirações ou
vantagens licitamente almejadas por toda a
comunidade administrada, ou por uma parte
expressiva de seus membros. O ato ou
contrato administrativo realizado sem
interesse público configura desvio de
finalidade.

Critérios da Administração Pública

O critério objetivo (material), ou seja, o que


é realizado pela administração pública:
• Serviço Público (atividade
positiva);
• Poder de Polícia (atividade
negativa, pois demonstra o que
não pode ser feito);
Pelo critério subjetivo (formal), ou seja,
quem realiza são:
• Órgãos;
• Pessoas;

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324 Princípios da Administração Pública.

Bizu do GD!

PRINCÍPIO DE LEGALIDADE
o INÍCIO de tudo são os princípios.
Isso mesmo! Como o próprio nome nos sugere, esse princípio
diz respeito à obediência à lei. Em nossa
Eles são o início de todas as coisas,
Constituição encontramos algumas variantes,
proposições anteriores e superiores as
normas, que traçam condutores entretanto, o mais importante é o dito princípio
direcionais para os atos do legislador, do genérico, que vale para todos, que é encontrado
administrador e do aplicador da lei ao no inciso II, do artigo 5° da CF/88, que diz:
caso concreto. Eles formam o “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fundamento, alicerce de um sistema, fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Em
garantindo-lhe validade. outras palavras, no popular, poderá fazer tudo
que não seja proibido pela lei.

No Direito Administrativo, esse princípio


determina que, em qualquer atividade, a
Lembrando que NÃO existe Administração Pública está estritamente
hierarquia entre os princípios
vinculada à lei. Então, se não houver previsão
legal, nada pode ser feito.

Note que no princípio genérico as pessoas


Cada um tem importância e um não podem fazer de tudo, exceto o que a lei proíbe,
prevalece sobre o outro. Porém, um já no Direito Administrativo, a Administração
princípio que não seja usado num Pública só pode fazer o que a lei autoriza. Seus
determinado caso pode ser o mais atos tem que estar sempre pautados na
importante em outro. O ideal é analisar o legislação.
conjunto deles no caso observado.

Sabendo disso, VAMOS DESCREVER DE PRINCÍPIO DE IMPESSOALIDADE


FORMA SUCINTA OS 5 PRINCÍPIOS
Seja qual for o agente público, sendo ele eleito,
EXPRESSADOS NA CONSTITUIÇÃO concursado ou indicado, ele está ocupando a
FEDERAL. posição de servir aos interesses do povo. Isto é,
seus atos obrigatoriamente deverão ter como
Vale ressaltar que a doutrina jurídica finalidade o interesse público, e não o próprio,
entende que existem vários outros que se ou de um conjunto de pessoas amigas, ou seja, o
aplicam ao Direito Administrativo cada um interesse deve ser impessoal.
dos princípios do Direito Administrativo,
acompanhe:
PRINCÍPIO DA MORALIDADE

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Anos atrás os romanos já diziam que “non omne


325
quod licet honestum est” (nem tudo que é legal
é honesto). Obedecendo a esse princípio, o
administrador deve, além de seguir o que a lei
determina, pautar sua conduta na moral comum,
fazendo o que for melhor e mais útil ao interesse
público, separando o bem do mal, legal do ilegal,
justo do injusto, conveniente do inconveniente e
honesto do desonesto.

Princípios constitucionais
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
expressos da Administração
Pública (LIMPE)
Este é mais um vetor da Administração Pública,
e diz respeito à obrigação de dar publicidade, ou Legalidade
seja, de levar ao conhecimento de todos os seus
atos, contratos ou instrumentos jurídicos como Impessoalidade
um todo.
Moralidade
Fazendo isso, dá transparência e confere a
possibilidade de qualquer pessoa questionar a
atividade administrativa que, destaco Publicidade
novamente, deve representar o interesse
público. A publicidade surte os efeitos previstos Eficiência
também se feita através de órgão oficial, que é o
jornal, sendo ele público ou não.
Podemos elencar também,
alguns princípios Implícitos do
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA Direito Administrativo:
Este princípio foi o último a ser introduzido na
CF/88. Ele revela dois aspectos distintos, um em
relação à atuação do agente público, outro em
1. Interesse Público
relação à organização, estrutura e disciplina da
Administração Pública. • Supremacia do Interesse Público

Resumidamente, os agentes públicos devem No choque de interesses entre o particular e a


agir com rapidez, perfeição e rendimento. Já a Administração Pública, vai vigorar o interesse da
Administração Pública, deve estar atenta às suas segunda.
estruturas e organizações, evitando a
Exemplo: em caso de desapropriação, a vontade
manutenção de órgão/entidade utilizados, ou
do particular cede ao interesse da
que não atendam às necessidades da população.
Administração, pois é para o bem geral, o bem de
todos.

• Indisponibilidade do Interesse Público

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A ideia é simples, a máquina pública é para o determinada meta ou finalidade pública devem
326
interesse geral e não está disponível para o ser tão proporcionais, tão razoáveis quanto o
agente público, pois esse é mero gerenciador, resultado final.
mero agenciador.
Obs2: Alguns bons doutrinadores acreditam que
a Razoabilidade e a Proporcionalidade são o
mesmo princípio, talvez por um erro de tradução,
1.1- Interesse Público (I.P.) Primário
pois ambos eram estudos concomitantes
- Noção de Bem comum realizados na Europa, principalmente na
Inglaterra e na Alemanha.
- Pertinente à sociedade como um todo

1.2- Interesse Público (I.P.) Secundário

- Conveniência ao aparelho estatal (máquina


4- Autotutela
pública) A Administração Pública pode atuar por si,
- Interesse da entidade personalizada envolvendo o poder de polícia em alguns
momentos, em outros há a necessidade de
revogar ou anular os seus próprios atos.
Então, quando planejamos Previdência Pública, A Administração Pública não fica na dependência
Previdência Social (a ideia de ter uma estrutura do Poder Judiciário para realizar e dar eficácia
pública para servir a Previdência), estamos aos seus atos.
falando em I.P. Primário.

Mas, quando um Procurador Federal defende o


INSS em juízo, está fazendo uma defesa 5- Finalidade
específica do patrimônio daquela autarquia.
Todo ato administrativo, toda conduta pública
Então, por se tratar de conveniência daquela deve visar o bem comum e o interesse público.
própria estrutura estatal, estamos falando em
I.P. Secundário.
6- Motivação
-Todo ato deve ser justificado.
2- Razoabilidade
- Bom senso - Proibição de excesso
7- Segurança Jurídica
3- Proporcionalidade Novas interpretações da Administração Pública,
bem como novos atos normativos da
Sempre que for realizado um ato administrativo, Administração Pública não podem retroagir
principalmente se for um ato discricionário, é aplicando-se a fatos pretéritos.
necessário analisar se o ato possui:
Toda conduta da Administração deve ser feita da
• Adequação maneira que menos prejudique o administrado.
• Necessidade Obs3: Os princípios, como não estão expressos e
são extraídos de interpretação da Constituição
• Proporcionalidade em sentido estrito: é negar
Federal, podem varias de doutrinador para
Maquiavel, aqui os fins justificam os meios. Os
doutrinador.
atos, meios e recursos utilizados para

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Organização administrativa do Estado:


327
administração direta e indireta. ADM Nível federal: Presidência da
República e seus ministérios,
Direta Congresso Nacional e
Resumo inicial: Supremo Tribunal Federal.

A Administração Pública é dividida em


administração direta e indireta. A Nível estadual: Governo
administração direta é composta pelos estadual e suas secretarias,
Assembleia legislativa,
órgãos diretamente ligados aos entes da Ministério Público Estadual e
federação: União, estados, Distrito Federal Tribunal de Justiça.
e municípios.
Nível municipal: Prefeitura e
A administração indireta é feita por órgãos suas secretarias, Câmara dos
descentralizados e autônomos, mas sujeitos Vereadores e o procurador
do município.
ao controle do Estado.
De maneira ampla, a Administração Pública
pode ser entendida como o conjunto de
órgãos, agentes e serviços prestados pelo
Estado. Administração Pública Indireta
A administração indireta é o conjunto de
órgãos que prestam serviços públicos e
Administração Pública Direta estão vinculados a uma entidade da
administração direta, mas possuem
A Administração Pública direta é o conjunto personalidade jurídica própria, isto é, têm
de órgãos ligados diretamente ao Poder CNPJ próprio.
Executivo, em nível federal, estadual e
municipal. Esses órgãos são subordinados ao Os serviços públicos prestados pela
chefe do poder a que pertencem, isto é, Administração Pública direta e indireta
existe uma hierarquia entre eles. envolvem as mais diversas áreas de interesse
coletivo, como saúde, educação, transporte,
Os órgãos da administração direta são previdência, segurança pública e
pessoas jurídicas de direito público e têm desenvolvimento econômico.
autonomia. Nesse caso, os serviços públicos
são prestados por seus próprios meios, ou A criação de organizações vinculadas ao
seja, sem a criação de nova personalidade Estado, mas autônomas e descentralizadas
jurídica. dos entes federativos é resultado da
complexificação das funções estatais e da
necessidade de fornecer flexibilidade na
Exemplos de órgãos da administração prestação dos serviços públicos.
direta: Essa descentralização tem como objetivo
aumentar a eficiência e a eficácia das
atividades administrativas e serviços de
interesse coletivo.

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328
No caso dos órgãos da administração
Autarquias: instituídas por lei,
indireta, embora não haja hierarquia ou têm autonomia administrativa e
controle hierárquico, as entidades estão financeira, mas estão sujeitas ao
sujeitas ao controle e fiscalização do Estado. controle do Estado. São
entidades de direito público e
sua atividade fim é de interesse
público.
Exemplos: Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL),
Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) e o Banco Central
do Brasil (BACEN).

Fundações públicas: são criadas


por lei e podem ser entidade de
As entidades da administração indireta direito público ou privado. Sua
atividade fim deve ser de
são... interesse público e essas
organizações não podem ter fins
Veja o esquema rápido ao lado: lucrativos.
Exemplos: Fundação Nacional
do Índio (FUNAI).

Empresas públicas: são pessoas


jurídicas de direito privado,
criadas por autorização legal e
administradas pelo poder
público. O capital das empresas
públicas é exclusivamente
público. Essas empresas
prestam serviço de interesse
coletivo e exercem atividades
econômicas.
Exemplos: Correios e Caixa
Econômica Federal.

Sociedades de economia mista:


pessoas jurídicas de direito
privado, criadas sob a forma de
sociedade anônima e compostas
por capital público e privado. A
maior parte das ações dessas
empresas são do Estado. Assim
como as empresas públicas,
prestam serviços públicos e
exercem atividades econômicas.
Exemplos: Banco do Brasil e
Petrobras.

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329 Mais exemplos... Deputados, o Congresso Nacional, o


Supremo Tribunal Federal e respectivos
Administração Direta Tribunais Federais, os Juízes Federais e cada
uma das coordenadorias, secretarias e
A Administração Direta é composta pelas
repartições dos respectivos órgãos.
denominadas entidades políticas, também
conhecidas como entes federativos. Na esfera estadual, a situação é semelhante,
com as devidas adaptações. Assim, fazem
Em nosso ordenamento, são quatro: União,
parte da Administração Direta dos Estados o
Estados, Distrito Federal e Municípios.
Governador e respectivos Secretários
Estaduais, os Deputados Estaduais, a
Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça,
Tais entidades estão expressas na
o Ministério Público Estadual, os Juízes
Constituição Federal, mais precisamente em
Estaduais e cada uma das repartições
seu artigo 18, que assim dispõe:
internas dos mencionados órgãos.
(...)
No âmbito municipal, por sua vez, a relação
A organização político-administrativa da não oferece maiores dificuldades, com a
República Federativa do Brasil compreende a ressalva de que não temos, em nosso
União, os Estados, o Distrito Federal e os ordenamento, a presença de Poder
Municípios, todos autônomos, nos termos Judiciário exclusivamente municipal (as
desta Constituição. causas são processadas pelos órgãos
estaduais). Ainda assim, são exemplos de
(...)
órgãos da Administração Direta municipal o
Interessante frisar que esta relação das Prefeito e os respectivos Secretários
entidades que compõem a Administração Municipais, os Vereadores, a Câmara de
Pública direta não é novidade trazida pela Vereadores e o Procurador do Município.
Constituição Federal de 1988.
Muito antes disso, o Decreto n. 200, de 1967,
já estabelecia as entidades que faziam parte
da Administração Pública.
Todos os entes que compõem a
Administração Direta são considerados
pessoas jurídicas de direito público, estando
sujeitos ao regime jurídico-administrativo e
sendo dotados de autonomia. Temos
Administração Direta, dessa forma, em
todas as esferas políticas.
Administração Indireta
No âmbito federal, podemos citar como
A primeira informação que temos que ter
exemplos de órgãos que compõem a
bem definida é que as entidades que
Administração Direta a Presidência da
compõem a Administração Indireta são as
República e seus respectivos Ministros de
autarquias, as fundações públicas, as
Estado, o Senado Federal, a Câmara de

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330
empresas públicas e as sociedades de • Para a criação de uma autarquia, é
economia mista. necessário apenas a edição de uma lei
específica. Para as demais entidades, ao
Ainda que posteriormente tenham
contrário, a lei específica apenas autoriza a
aparecido as figuras das agências executivas,
sua criação, sendo necessário, ainda, que o
das agências reguladoras e dos consórcios
ente político promova a inscrição dos atos
públicos, a lista das entidades da
respectivos no registro público competente;
Administração Indireta não foi alterada,
permanecendo como uma lista taxativa. • As autarquias adquirem personalidade
jurídica com a edição da lei específica. As
Dessa forma, as agências e os consórcios
demais entidades, com o registro público de
públicos acabam se enquadrando em uma
seus atos constitutivos;
das quatro possíveis entidades da
Administração Indireta. • Um cuidado maior deve ser dado às
fundações: ainda que o texto constitucional
De fundamental importância é
as relacione ao lado das demais entidades
conhecermos o diploma constitucional
com personalidade jurídica de direito
referente à organização da Administração
privado (sociedades de economia mista e
Indireta. Tal dispositivo encontra-se
empresas públicas), o STF já se posicionou
previsto no art. 37, XIX e XX, da Constituição
no sentido de admitir que as fundações
Federal, que assim estabelece:
também possam ser criadas com
XIX – somente por lei específica poderá ser personalidade jurídica de direito público,
criada autarquia e autorizada a instituição oportunidade em que seriam classificadas
de empresa pública, de sociedade de como uma espécie do gênero autarquia,
economia mista e de fundação, cabendo à lei mais precisamente como autarquias
complementar, neste último caso, definir as fundacionais ou fundações autárquicas.
áreas de sua atuação;
• Ainda que a Constituição Federal
(...) estabeleça ser necessária autorização
legislativa para a criação de subsidiárias das
XX – depende de autorização legislativa, em
entidades da Administração Indireta, o STF já
cada caso, a criação de subsidiárias das
decidiu que basta a simples menção, na lei
entidades mencionadas no inciso anterior,
que cria ou autoriza a criação da entidade,
assim como a participação de qualquer delas
de autorização para a criação da subsidiária.
em empresa privada;
(...)

Esses dois incisos são preciosos para o


nosso estudo. Dada sua importância, lista-
se abaixo as informações necessárias para a
correta compreensão do enunciado.

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Para os fins desta Lei, consideram-se:


331 Bizu do GD!
I – órgão – a unidade de atuação integrante
da estrutura da Administração direta e da
estrutura da Administração indireta;
Caso o município de Picos resolva
criar uma autarquia e queira, II – entidade – a unidade de atuação dotada
futuramente, criar subsidiárias dessa de personalidade jurídica;
entidade, basta que a lei específica
que tenha criado a autarquia
disponha, em algum de seus artigos,
que fica autorizada, desde já, a A personalidade jurídica das entidades da
criação das respectivas subsidiárias. Administração Indireta, pode ser de direito
Evita-se, com isso, a necessidade de público ou de direito privado, o que implica
nova edição de lei específica com o em uma série de diferenças nas
único propósito de autorizar a características de cada uma delas.
criação das subsidiárias das
entidades da Administração Indireta.

b) Têm legitimidade ativa para propor uma


Ação Civil Pública.
Características Comuns das c) Possuem autonomia administrativa e
Entidades da Administração financeira, mas não detêm uma parcela do
poder político, que é característica apenas
Indireta
das entidades políticas (entes federativos).
Ainda que cada uma das entidades que
d) Estão sujeitas, assim como os órgãos
compõem a Administração Indireta possua
públicos, ao controle do Poder Legislativo e
uma série de peculiaridades, é possível
do Tribunal de Contas da União, uma vez que
identificar a presença de uma série de
utilizam, para o desempenho de suas
características comuns a todas as entidades
atividades, recursos públicos.
(autarquias, empresas públicas, fundações e
sociedades de economia mista). e) Devem realizar concurso público para
contratação de pessoal.
Dessa forma, pode-se afirmar que todas as
entidades em questão: Assim, ainda que os agentes das entidades
dotadas de personalidade jurídica de direito
a) Possuem personalidade jurídica, o que as
privado sejam regidos pelas disposições da
diferencia, por exemplo, dos órgãos
CLT (sendo considerados empregados
públicos, uma vez que estes apenas
públicos), a realização de concurso público
correspondem a uma parte da pessoa
para admissão de pessoal é regra aplicável a
jurídica que os criou.
toda a Administração Pública.
A Lei n. 9.784, por exemplo, relaciona como
f) Seus servidores respondem por atos de
a diferença primordial entre os órgãos e as
improbidade administrativa, estando
entidades a existência de personalidade
regidos pelas disposições da Lei n. 8.429, de
jurídica nestas últimas, conforme se observa
1992.
da leitura do artigo 1º, § 2º:

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Daniele da Conceio Souza

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332
g) Devem observar a vedação à acumulação Com efeito, a função administrativa é
de cargos públicos como a regra no âmbito instrumento de realização direta e imediata
do desempenho das funções estatais, de dos direitos fundamentais, por meio do qual
forma que a acumulação apenas será a Administração Pública executa as leis para
possível nas hipóteses previstas no texto da prestar serviços à população ou gerencia a
Constituição Federal. máquina administrativa.
h) Devem observar todos os princípios Por exemplo: quando um
atribuídos à Administração Pública pela órgão faz uma licitação pública,
Constituição Federal, dentre os quais se estará exercendo a função
destacam, de acordo com o artigo 37, caput, administrativa. Da mesma
os da legalidade, impessoalidade, forma, quando o INSS presta o
moralidade, publicidade e eficiência. atendimento de segurados do
regime geral de previdência
i) Não estão subordinadas hierarquicamente
social, estará exercendo a
ao ente federativo que as criou ou autorizou, função administrativa. Por fim,
mas sim apenas vinculadas à respectiva quando um empresa pública
Administração Direta, que, por meio da presta o serviço público de
tutela administrativa, verifica se as distribuição de energia elétrica,
entidades estão realizando as atividades estará exercendo a função
para as quais foram instituídas. administrativa.

DIFERENÇAS ENTRE A ADMINISTRAÇÃO Ainda nesse contexto, podemos ter em


DIRETA E INDIRETA mente que, classicamente, o sentido formal
considera os agentes, órgãos e pessoas
ATENÇÃO jurídicas encarregados da atividade
administrativa.
Em que pese a função administrativa seja
Para ficar realmente massificado, realizada principalmente pelos órgãos do
vamos abordar o tema trazendo as Poder Executivo, precisamos saber que há
DIFERENÇAS entre a órgãos responsáveis por essa função nos
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA. demais poderes. Assim, as “secretarias” ou
“mesas” encarregadas da função
administrativa nos Poderes Legislativo e
A expressão Administração Pública possui
Judiciário também se enquadram no
vários sentidos, mas o que nos interessa,
conceito subjetivo. Da mesma forma, os
neste momento, é o conceito estrito, em
Tribunais de Contas e o Ministério Público,
sentido subjetivo, formal ou orgânico,
quando exercem a função administrativa
segundo o qual a Administração Pública é o
(ex.: quando realizam um concurso público
conjunto de pessoas jurídicas, órgãos e
para ingresso de servidores), também se
agentes públicos que exercem a função
enquadram no conceito subjetivo, formal ou
administrativa. Portanto, corresponde ao
orgânico.
“quem” exerce tal função.

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333
Esses órgãos integrantes dos Poderes e adotado pela doutrina, não é
responsáveis pela função administrativa tão preciso assim!
fazem parte da Administração direta ou
centralizada, pois estão subordinados
diretamente às pessoas jurídicas políticas Se levássemos o conceito apresentado
(União, estados, municípios e Distrito acima ao “pé da letra”, também estaria
Federal). abrangido pelo conceito subjetivo, formal ou
orgânico as entidades privadas, prestadoras
de serviços públicos. Refiro-me, aqui,
União especialmente às concessionárias e às
permissionárias de serviços públicos (ex.:
empresas de telefonia: Oi, Vivo, Tim, Claro,
Estados etc.), uma vez que, quando estão atuando na
prestação desses serviços, tais empresas
Pessoas Jurídicas
Políticas estarão exercendo a função administrativa.
Municípios

Ocorre que, na verdade, o


conceito subjetivo, formal ou
Distrito Federal
orgânico NÃO inclui essas
entidades. Vale dizer, as
empresas privadas, que
Contudo, devemos saber que a função
prestam serviços mediante
administrativa não é realizada somente de
delegação, NÃO integram a
forma centralizada. As entidades políticas
Administração Pública em
podem criar entes descentralizados, as
sentido formal.
chamadas entidades administrativas, que
são entes com personalidade jurídica própria
e que formam a Administração indireta ou
Por esse motivo, Marcelo Alexandrino e
descentralizada. No Brasil, os entes
Vicente Paulo definem Administração
administrativos são: autarquias, fundações
Pública, em sentido formal, como o
públicas, empresas públicas e sociedades de
“conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e
economia mista.
agentes que o nosso ordenamento jurídico
Portanto, podemos dizer que a expressão identifica como administração pública, não
“Administração Pública”, em sentido formal, importa a atividade que exerçam”.
subjetivo ou orgânico, compreende os
Portanto, para eles, a natureza da atividade
agentes públicos, os órgãos da
é irrelevante, pois o Brasil adota o critério
Administração direta e as entidades
formal, segundo o qual é Administração
integrantes da Administração indireta.
Pública aquilo que o nosso direito assim
considera.
➢ Devemos observar que o
conceito de Administração
Pública, majoritariamente

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334 Ressalto, contudo, que, maior autonomia em relação ao ente


para fins de prova, tanto um, central.
como o outro conceito poderá
aparecer. O que nos importa é
que o conceito subjetivo, formal Sobre o tema, é indispensável a leitura do
ou orgânico trata “das pessoas” art. 37, XIX, que estabelece que:
que exercem a função
administrativa, excluídas as XIX – somente por lei
entidades privadas que prestam específica poderá ser criada
serviços públicos por autarquia e autorizada a
delegação. instituição de empresa pública,
de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à
lei complementar, neste último
Além disso, a Administração direta é
caso, definir as áreas de sua
formada pelos órgãos subordinados
atuação;
diretamente às pessoas políticas. No âmbito
federal, por exemplo, integram a
Administração direta a Presidência da
Portanto, as autarquias são efetivamente
República, os Ministérios, os órgãos
criadas por lei, motivo pelo qual possuem
subordinados aos ministérios (exemplo:
personalidade jurídica de direito público.
Secretaria da Receita Federal, Polícia
Federal, etc.), a Câmara dos Deputados e Por outro lado, a criação de empresas
seus órgãos administrativos, o STF, demais públicas e de sociedades de economia mista
tribunais do Judiciário, etc. é autorizada por lei, sendo que a efetiva
criação ocorrerá por um ato posterior, isto é,
Nos municípios, são exemplos de órgãos da
pelo registro do ato de criação no órgão
Administração direta a prefeitura municipal,
competente. Assim, essas entidades
as secretarias municipais e as câmaras
possuem personalidade de direito privado.
municipais. Enfim, os órgãos que integram
as pessoas políticas (isto é, a União, os Por fim, a instituição das fundações públicas,
estados, o Distrito Federal e os municípios), ao “pé da letra” do texto constitucional,
independentemente do Poder, fazem parte seria autorizada por lei específica.
da Administração direta ou centralizada. Contudo, o STF já decidiu que,
Por outro lado, a Administração indireta ou atualmente, podem ser criadas
descentralizada é formada pelas entidades fundações de direito público e de
administrativas, ou seja, pelas autarquias, direito privado. As primeiras, seriam
fundações públicas, empresas públicas e criadas por lei, ao passo que as de direito
sociedades de economia mista. privado teriam a criação autorizada em lei.
Tais entidades são criadas pelas pessoas Observa-se, ainda, que a “lei complementar”
políticas, como mecanismos de mencionada no art. 37, XIX, não serve para
especialização, para que prestem criar as fundações. Estas são criadas ou
determinada atividade específica, com autorizadas por lei específica, isto é, por uma
lei ordinária. A “lei complementar”, não

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335
editada até hoje, servirá para definir as áreas pessoas jurídicas de direito
de atuação dessas entidades. público interno, bem como de
entidades da administração
indireta da União, dos Estados, do
Após abordar parte da criação, vejamos os Distrito Federal e dos Municípios
conceitos dessas entidades: (Lei 13.303/16, art. 3º);
➢ autarquia: pessoa jurídica de
direito público, criada por lei, com ➢ sociedade de economia mista: é
capacidade de autoadministração, a entidade dotada de
para o desempenho de serviço personalidade jurídica de direito
público descentralizado, privado, com criação autorizada
mediante controle administrativo por lei, sob a forma de sociedade
exercido nos limites da lei (Prof. anônima, cujas ações com direito
Maria Sylvia Zanella Di Pietro); a voto pertençam em sua maioria
à União, aos Estados, ao Distrito
➢ fundação pública: é a fundação Federal, aos Municípios ou a
instituída pelo Poder Público entidade da administração
como o patrimônio, total ou indireta (Lei 13.303/16, art. 4º).
parcialmente público, dotado de
personalidade jurídica de direito Nessa linha, as autarquias representam,
público ou privado e destinado, basicamente, um braço, ou prolongamento
por lei, ao desempenho de da Administração direta, uma vez que
atividades do Estado de ordem possuem natureza de direito público e
social, com capacidade de podem realizar atividades típicas de Estado.
autoadministração e mediante Portanto, as autarquias podem atuar de
controle da Administração forma semelhante à Administração
Pública, nos limites da lei (Prof. centralizada, porém com maior autonomia e
Maria Sylvia Zanella Di Pietro); especialização, dada a sua própria
personalidade jurídica. Com efeito, anota-se
que é comum chamar as autarquias de
➢ empresa pública: é a entidade
serviço público personificado, justamente
dotada de personalidade jurídica
porque são criadas por meio da
de direito privado, com criação
descentralização de um serviço público
autorizada por lei e com
específico, ao qual é atribuída a
patrimônio próprio, cujo capital personalidade jurídica própria.
social é integralmente detido pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Por exemplo: o INSS é uma autarquia criada
Federal ou pelos Municípios. para realizar atividades relacionadas ao
Ademais, desde que a maioria do serviço de previdência social.
capital votante permaneça em
propriedade do ente político, será
admitida, no capital da empresa Por outro lado, as
pública, a participação de outras fundações públicas

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representam um patrimônio
336
personificado. Isso porque as ATENÇÃO
fundações são criadas a partir
de um patrimônio, ao qual é
dada a personalidade jurídica
específica. Um ponto que aparece muito em
prova trata das diferenças entre as
Por exemplo: uma
empresas públicas e as sociedades de
economia mista. Na verdade, tais
prefeitura poderia “pegar”
entidades possuem muito mais
um prédio e equipamentos semelhanças do que diferenças.
de um hospital público e
dar-lhe sua própria
personalidade jurídica, Porém, elas se diferenciam, basicamente,
criando uma fundação por dois pontos (veremos que, no âmbito
pública para gerir o hospital federal, são três diferenças):
de forma descentralizada.
➢ as empresas públicas somente
admitem capital público, ao passo
que as sociedades de economia
Lembra-se ainda que as fundações podem
mista admitem a conjugação de
ter personalidade de direito público ou de
direito privado. No primeiro caso, elas são,
capital público e privado, desde
na verdade, espécies de autarquias, ao
que o ente instituidor mantenha a
ponto de serem chamadas de “autarquias maioria do capital votante;
fundacionais” ou “fundações autárquicas”. ➢ as empresas públicas podem ser
constituídas sob qualquer forma
Por fim, as empresas públicas e as prevista em direito, enquanto as
sociedades de economia mista são criadas sociedades de economia mista
para atuar na exploração de atividade admitem apenas a forma de
econômica ou na prestação de serviços sociedade anônima (S.A.).
públicos, podendo atuar em um regime
➢ Além disso, no âmbito federal, há
muito parecido com o aplicado na iniciativa
uma terceira diferença. As
privada. Lembra-se, ademais, que a
empresas públicas federais
Constituição Federal dispõe que as empresas
possuem foro na justiça federal, ao
públicas e sociedades de economia mista
que atuarem na exploração de atividade
passo que as sociedades de
econômica deverão se sujeitar ao regime
economia mista federais possuem
jurídico próprio das empresas privadas, foro na justiça estadual. Essa é a
inclusive quanto aos direitos e obrigações regra, que é excepcionada por
civis, comerciais, trabalhistas e tributários. alguns casos específicos, como as
competências das justiças
especializadas (exemplo: causas
trabalhistas dos empregados
públicos, das duas entidades, são
resolvidas na justiça do trabalho).

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337
Agentes públicos: sanções aplicáveis tipificado nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, não
aos agentes públicos nos casos de bastando a voluntariedade do
enriquecimento ilícito no exercício de agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
mandato, cargo, emprego ou função 2021)
na administração pública direta, § 3º O mero exercício da função ou
indireta ou fundacional (Lei nº desempenho de competências públicas, sem
8.429/1992). comprovação de ato doloso com fim ilícito, afasta
a responsabilidade por ato de improbidade
administrativa. (Incluído pela Lei nº
Aplicação! 14.230, de 2021)
§ 4º Aplicam-se ao sistema da
improbidade disciplinado nesta Lei os princípios
constitucionais do direito administrativo
Diferente de outros editais, esse edital sancionador. (Incluído pela Lei nº
trouxe especificamente no tópico: 14.230, de 2021)
Agentes Públicos; o estudo da lei
8.429 de 1992 (IMPROBIDADE § 5º Os atos de improbidade violam a
ADMINISTRATIVA). probidade na organização do Estado e no
exercício de suas funções e a integridade do
patrimônio público e social dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como da
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 administração direta e indireta, no âmbito da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude Federal. (Incluído pela Lei nº 14.230,
da prática de atos de improbidade administrativa, de 2021)
de que trata o § 4º do art. 37 da Constituição
Federal; e dá outras providências. § 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei
os atos de improbidade praticados contra o
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço patrimônio de entidade privada que receba
saber que o Congresso Nacional decreta e eu subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou
sanciono a seguinte lei: creditício, de entes públicos ou governamentais,
previstos no § 5º deste artigo. (Incluído
CAPÍTULO I pela Lei nº 14.230, de 2021)
Das Disposições Gerais
§ 7º Independentemente de integrar a
Art. 1º O sistema de responsabilização por administração indireta, estão sujeitos às sanções
atos de improbidade administrativa tutelará a desta Lei os atos de improbidade praticados
probidade na organização do Estado e no contra o patrimônio de entidade privada para cuja
exercício de suas funções, como forma de criação ou custeio o erário haja concorrido ou
assegurar a integridade do patrimônio público e concorra no seu patrimônio ou receita atual,
social, nos termos desta Lei. (Redação limitado o ressarcimento de prejuízos, nesse
caso, à repercussão do ilícito sobre a
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
contribuição dos cofres públicos. (Incluído
Parágrafo pela Lei nº 14.230, de 2021)
único. (Revogado). (Redação dada
§ 8º Não configura improbidade a ação ou
pela Lei nº 14.230, de 2021) omissão decorrente de divergência interpretativa
da lei, baseada em jurisprudência, ainda que não
§ 1º Consideram-se atos de improbidade pacificada, mesmo que não venha a ser
administrativa as condutas dolosas tipificadas posteriormente prevalecente nas decisões dos
nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, ressalvados tipos órgãos de controle ou dos tribunais do Poder
previstos em leis especiais. (Incluído pela Judiciário. (Incluído pela Lei nº 14.230,
Lei nº 14.230, de 2021) de 2021) (Vide ADI 7236)
§ 2º Considera-se dolo a vontade livre e Art. 2º Para os efeitos desta Lei,
consciente de alcançar o resultado ilícito consideram-se agente público o agente político,

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o servidor público e todo aquele que exerce, ilicitamente está sujeito às cominações desta lei
338 ainda que transitoriamente ou sem remuneração, até o limite do valor da herança.
por eleição, nomeação, designação, contratação
ou qualquer outra forma de investidura ou Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas que causar dano ao erário ou que se enriquecer
entidades referidas no art. 1º desta ilicitamente estão sujeitos apenas à obrigação de
Lei. (Redação dada pela Lei nº repará-lo até o limite do valor da herança ou do
14.230, de 2021) patrimônio transferido. (Redação dada
pela Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. No que se refere a
recursos de origem pública, sujeita-se às Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de
sanções previstas nesta Lei o particular, pessoa que trata o art. 8º desta Lei aplica-se também na
física ou jurídica, que celebra com a hipótese de alteração contratual, de
administração pública convênio, contrato de transformação, de incorporação, de fusão ou de
repasse, contrato de gestão, termo de parceria, cisão societária. (Incluído pela Lei nº
termo de cooperação ou ajuste administrativo
14.230, de 2021)
equivalente. (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021) Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e
de incorporação, a responsabilidade da
Art. 3º As disposições desta Lei são sucessora será restrita à obrigação de reparação
aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo integral do dano causado, até o limite do
não sendo agente público, induza ou concorra patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis
dolosamente para a prática do ato de as demais sanções previstas nesta Lei
improbidade. (Redação dada pela Lei decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da
nº 14.230, de 2021) data da fusão ou da incorporação, exceto no
caso de simulação ou de evidente intuito de
§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e fraude, devidamente
os colaboradores de pessoa jurídica de direito comprovados. (Incluído pela Lei nº
privado não respondem pelo ato de improbidade 14.230, de 2021)
que venha a ser imputado à pessoa jurídica,
salvo se, comprovadamente, houver participação
CAPÍTULO II
e benefícios diretos, caso em que responderão
Dos Atos de Improbidade Administrativa
nos limites da sua participação. (Incluído
pela Lei nº 14.230, de 2021) Seção I
Dos Atos de Improbidade Administrativa que
§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão Importam Enriquecimento Ilícito
à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade
administrativa seja também sancionado como ato
Art. 9º Constitui ato de improbidade
lesivo à administração pública de que trata a Lei administrativa importando em enriquecimento
nº 12.846, de 1º de agosto de ilícito auferir, mediante a prática de ato doloso,
2013. (Incluído pela Lei nº 14.230, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida
de 2021) em razão do exercício de cargo, de mandato, de
função, de emprego ou de atividade nas
Art. 7º Se houver indícios de ato de entidades referidas no art. 1º desta Lei, e
improbidade, a autoridade que conhecer dos notadamente: (Redação dada pela Lei
fatos representará ao Ministério Público nº 14.230, de 2021)
competente, para as providências
necessárias. (Redação dada pela Lei nº I - receber, para si ou para outrem,
14.230, de 2021) dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título
Parágrafo de comissão, percentagem, gratificação ou
único. (Revogado). (Redação dada presente de quem tenha interesse, direto ou
pela Lei nº 14.230, de 2021) indireto, que possa ser atingido ou amparado por
ação ou omissão decorrente das atribuições do
agente público;
Art. 8° O sucessor daquele que causar
lesão ao patrimônio público ou se enriquecer
II - perceber vantagem econômica, direta
ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou
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locação de bem móvel ou imóvel, ou a ou omissão decorrente das atribuições do agente


339 contratação de serviços pelas entidades público, durante a atividade;
referidas no art. 1° por preço superior ao valor de
mercado; IX - perceber vantagem econômica para
intermediar a liberação ou aplicação de verba
III - perceber vantagem econômica, direta pública de qualquer natureza;
ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou
locação de bem público ou o fornecimento de X - receber vantagem econômica de
serviço por ente estatal por preço inferior ao valor qualquer natureza, direta ou indiretamente, para
de mercado; omitir ato de ofício, providência ou declaração a
que esteja obrigado;
IV - utilizar, em obra ou serviço particular,
qualquer bem móvel, de propriedade ou à XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu
disposição de qualquer das entidades referidas patrimônio bens, rendas, verbas ou valores
no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de integrantes do acervo patrimonial das entidades
servidores, de empregados ou de terceiros mencionadas no art. 1° desta lei;
contratados por essas
entidades; (Redação dada pela Lei nº XII - usar, em proveito próprio, bens,
14.230, de 2021) rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1°
V - receber vantagem econômica de desta lei.
qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar
a exploração ou a prática de jogos de azar, de Seção II
lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de Dos Atos de Improbidade Administrativa que
usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou Causam Prejuízo ao Erário
aceitar promessa de tal vantagem;
Art. 10. Constitui ato de improbidade
VI - receber vantagem econômica de administrativa que causa lesão ao erário
qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer qualquer ação ou omissão dolosa, que enseje,
declaração falsa sobre qualquer dado técnico efetiva e comprovadamente, perda patrimonial,
que envolva obras públicas ou qualquer outro desvio, apropriação, malbaratamento ou
serviço ou sobre quantidade, peso, medida, dilapidação dos bens ou haveres das entidades
qualidade ou característica de mercadorias ou referidas no art. 1º desta Lei, e
bens fornecidos a qualquer das entidades notadamente: (Redação dada pela Lei
referidas no art. 1º desta Lei; (Redação nº 14.230, de 2021)
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
I - facilitar ou concorrer, por qualquer
VII - adquirir, para si ou para outrem, no forma, para a indevida incorporação ao
exercício de mandato, cargo, emprego ou função patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica,
pública, bens de qualquer natureza cujo valor de bens, de rendas, de verbas ou de valores
seja desproporcional à evolução do patrimônio integrantes do acervo patrimonial das entidades
ou à renda do agente público; referidas no art. 1º desta Lei; (Redação
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
VII - adquirir, para si ou para outrem, no
exercício de mandato, de cargo, de emprego ou II - permitir ou concorrer para que pessoa
de função pública, e em razão deles, bens de física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
qualquer natureza, decorrentes dos atos
verbas ou valores integrantes do acervo
descritos no caput deste artigo, cujo valor seja
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º
desproporcional à evolução do patrimônio ou à
desta lei, sem a observância das formalidades
renda do agente público, assegurada a
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
demonstração pelo agente da licitude da origem
dessa evolução; (Redação dada pela III - doar à pessoa física ou jurídica bem
Lei nº 14.230, de 2021) como ao ente despersonalizado, ainda que de
fins educativos ou assistências, bens, rendas,
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
atividade de consultoria ou assessoramento para entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem
pessoa física ou jurídica que tenha interesse observância das formalidades legais e
suscetível de ser atingido ou amparado por ação regulamentares aplicáveis à espécie;

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IV - permitir ou facilitar a alienação, lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de


340 permuta ou locação de bem integrante do 2005)
patrimônio de qualquer das entidades referidas
no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de
serviço por parte delas, por preço inferior ao de XV – celebrar contrato de rateio de
mercado; consórcio público sem suficiente e prévia
dotação orçamentária, ou sem observar as
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta formalidades previstas na lei. (Incluído
ou locação de bem ou serviço por preço superior pela Lei nº 11.107, de 2005)
ao de mercado;
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer
VI - realizar operação financeira sem forma, para a incorporação, ao patrimônio
observância das normas legais e regulamentares particular de pessoa física ou jurídica, de bens,
ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; rendas, verbas ou valores públicos transferidos
pela administração pública a entidades privadas
VII - conceder benefício administrativo ou mediante celebração de parcerias, sem a
fiscal sem a observância das formalidades legais observância das formalidades legais ou
ou regulamentares aplicáveis à espécie; regulamentares aplicáveis à
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019,
VIII - frustrar a licitude de processo de 2014) (Vigência)
licitatório ou de processo seletivo para
celebração de parcerias com entidades sem fins XVII - permitir ou concorrer para que
lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, pessoa física ou jurídica privada utilize bens,
acarretando perda patrimonial rendas, verbas ou valores públicos transferidos
efetiva; (Redação dada pela Lei nº pela administração pública a entidade privada
14.230, de 2021) mediante celebração de parcerias, sem a
observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à
IX - ordenar ou permitir a realização de
despesas não autorizadas em lei ou
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019,
regulamento; de 2014) (Vigência)

X - agir ilicitamente na arrecadação de XVIII - celebrar parcerias da administração


tributo ou de renda, bem como no que diz pública com entidades privadas sem a
respeito à conservação do patrimônio observância das formalidades legais ou
público; (Redação dada pela Lei nº regulamentares aplicáveis à
14.230, de 2021) espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de
2014) (Vigência)
XI - liberar verba pública sem a estrita
observância das normas pertinentes ou influir de XIX - agir para a configuração de ilícito na
qualquer forma para a sua aplicação irregular; celebração, na fiscalização e na análise das
prestações de contas de parcerias firmadas pela
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que administração pública com entidades
terceiro se enriqueça ilicitamente; privadas; (Redação dada pela Lei nº
14.230, de 2021)
XIII - permitir que se utilize, em obra ou
serviço particular, veículos, máquinas,
XX - liberar recursos de parcerias firmadas
equipamentos ou material de qualquer natureza,
de propriedade ou à disposição de qualquer das pela administração pública com entidades
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem privadas sem a estrita observância das normas
como o trabalho de servidor público, empregados pertinentes ou influir de qualquer forma para a
ou terceiros contratados por essas entidades. sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº
13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei
XIV – celebrar contrato ou outro nº 13.204, de 2015)
instrumento que tenha por objeto a prestação de
serviços públicos por meio da gestão associada
sem observar as formalidades previstas na XXI - (revogado); (Redação
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

XXII - conceder, aplicar ou manter V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o


341 benefício financeiro ou tributário contrário ao que caráter concorrencial de concurso público, de
dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei chamamento ou de procedimento licitatório, com
Complementar nº 116, de 31 de julho de vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou
2003. (Incluído pela Lei nº 14.230, de indireto, ou de terceiros; (Redação dada
2021) pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 1º Nos casos em que a inobservância de VI - deixar de prestar contas quando esteja


formalidades legais ou regulamentares não obrigado a fazê-lo, desde que disponha das
implicar perda patrimonial efetiva, não ocorrerá condições para isso, com vistas a ocultar
imposição de ressarcimento, vedado o irregularidades; (Redação dada pela Lei
enriquecimento sem causa das entidades nº 14.230, de 2021)
referidas no art. 1º desta Lei. (Incluído
pela Lei nº 14.230, de 2021) VII - revelar ou permitir que chegue ao
conhecimento de terceiro, antes da respectiva
§ 2º A mera perda patrimonial decorrente divulgação oficial, teor de medida política ou
da atividade econômica não acarretará econômica capaz de afetar o preço de
improbidade administrativa, salvo se mercadoria, bem ou serviço.
comprovado ato doloso praticado com essa
finalidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, VIII - descumprir as normas relativas à
de 2021) celebração, fiscalização e aprovação de contas
de parcerias firmadas pela administração pública
Seção III com entidades privadas. (Vide Medida
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Provisória nº 2.088-35, de
Atentam Contra os Princípios da 2000) (Redação dada pela Lei nº
Administração Pública
13.019, de 2014) (Vigência)
Art. 11. Constitui ato de improbidade
administrativa que atenta contra os princípios da IX - (revogado); (Redação dada
administração pública a ação ou omissão dolosa pela Lei nº 14.230, de 2021)
que viole os deveres de honestidade, de
imparcialidade e de legalidade, caracterizada por
uma das seguintes condutas: (Redação
dada pela Lei nº 14.230, de 2021) X - (revogado); (Redação dada
pela Lei nº 14.230, de 2021)
I - (revogado); (Redação dada
pela Lei nº 14.230, de 2021) XI - nomear cônjuge, companheiro ou
parente em linha reta, colateral ou por afinidade,
até o terceiro grau, inclusive, da autoridade
II - (revogado); (Redação dada nomeante ou de servidor da mesma pessoa
pela Lei nº 14.230, de 2021) jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em
III - revelar fato ou circunstância de que tem comissão ou de confiança ou, ainda, de função
ciência em razão das atribuições e que deva gratificada na administração pública direta e
permanecer em segredo, propiciando indireta em qualquer dos Poderes da União, dos
beneficiamento por informação privilegiada ou Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
colocando em risco a segurança da sociedade e compreendido o ajuste mediante designações
do Estado; (Redação dada pela Lei nº recíprocas; (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021) 14.230, de 2021)

IV - negar publicidade aos atos oficiais, XII - praticar, no âmbito da administração


exceto em razão de sua imprescindibilidade para pública e com recursos do erário, ato de
a segurança da sociedade e do Estado ou de publicidade que contrarie o disposto no § 1º do
outras hipóteses instituídas em art. 37 da Constituição Federal, de forma a
lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, promover inequívoco enaltecimento do agente
de 2021) público e personalização de atos, de programas,
de obras, de serviços ou de campanhas dos

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órgãos públicos. (Incluído pela Lei nº isolada ou cumulativamente, de acordo com a


342
14.230, de 2021) gravidade do fato: (Redação dada pela
Lei nº 14.230, de 2021)
§ 1º Nos termos da Convenção das
Nações Unidas contra a Corrupção, promulgada I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda
pelo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro de dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
2006, somente haverá improbidade patrimônio, perda da função pública, suspensão
administrativa, na aplicação deste artigo, quando dos direitos políticos até 14 (catorze) anos,
for comprovado na conduta funcional do agente pagamento de multa civil equivalente ao valor do
público o fim de obter proveito ou benefício acréscimo patrimonial e proibição de contratar
indevido para si ou para outra pessoa ou com o poder público ou de receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
entidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, indiretamente, ainda que por intermédio de
de 2021) pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo não superior a 14 (catorze)
§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste anos; (Redação dada pela Lei nº
artigo a quaisquer atos de improbidade
administrativa tipificados nesta Lei e em leis 14.230, de 2021)
especiais e a quaisquer outros tipos especiais de
improbidade administrativa instituídos por II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda
dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
patrimônio, se concorrer esta circunstância,
2021) perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos até 12 (doze) anos, pagamento de multa
§ 3º O enquadramento de conduta civil equivalente ao valor do dano e proibição de
funcional na categoria de que trata este artigo contratar com o poder público ou de receber
pressupõe a demonstração objetiva da prática de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
ilegalidade no exercício da função pública, com a direta ou indiretamente, ainda que por intermédio
indicação das normas constitucionais, legais ou de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
infralegais violadas. (Incluído pela Lei pelo prazo não superior a 12 (doze)
nº 14.230, de 2021) anos; (Redação dada pela Lei nº
14.230, de 2021)
§ 4º Os atos de improbidade de que trata
este artigo exigem lesividade relevante ao bem III - na hipótese do art. 11 desta Lei,
jurídico tutelado para serem passíveis de pagamento de multa civil de até 24 (vinte e
sancionamento e independem do quatro) vezes o valor da remuneração percebida
reconhecimento da produção de danos ao erário pelo agente e proibição de contratar com o poder
e de enriquecimento ilícito dos agentes público ou de receber benefícios ou incentivos
públicos. (Incluído pela Lei nº fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
14.230, de 2021) ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
qual seja sócio majoritário, pelo prazo não
§ 5º Não se configurará improbidade a superior a 4 (quatro) anos; (Redação
mera nomeação ou indicação política por parte dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
dos detentores de mandatos eletivos, sendo
necessária a aferição de dolo com finalidade IV - (revogado). (Redação dada
ilícita por parte do agente. (Incluído pela pela Lei nº 14.230, de 2021)
Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo
CAPÍTULO III único. (Revogado). (Redação dada
pela Lei nº 14.230, de 2021)
Das Penas
§ 1º A sanção de perda da função pública,
Art. 12. Independentemente do nas hipóteses dos incisos I e II do caput deste
ressarcimento integral do dano patrimonial, se artigo, atinge apenas o vínculo de mesma
efetivo, e das sanções penais comuns e de qualidade e natureza que o agente público ou
responsabilidade, civis e administrativas político detinha com o poder público na época do
previstas na legislação específica, está o cometimento da infração, podendo o magistrado,
responsável pelo ato de improbidade sujeito às na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e
seguintes cominações, que podem ser aplicadas em caráter excepcional, estendê-la aos demais

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vínculos, consideradas as circunstâncias do caso (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de


343
e a gravidade da infração. (Incluído pela agosto de 2013, observadas as limitações
Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI territoriais contidas em decisão judicial, conforme
7236) disposto no § 4º deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
§ 2º A multa pode ser aumentada até o 2021)
dobro, se o juiz considerar que, em virtude da
situação econômica do réu, o valor calculado na § 9º As sanções previstas neste artigo
forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito
é ineficaz para reprovação e prevenção do ato de em julgado da sentença
improbidade. (Incluído pela Lei nº condenatória. (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021) 14.230, de 2021)
§ 3º Na responsabilização da pessoa § 10. Para efeitos de contagem do prazo
jurídica, deverão ser considerados os efeitos da sanção de suspensão dos direitos políticos,
econômicos e sociais das sanções, de modo a computar-se-á retroativamente o intervalo de
viabilizar a manutenção de suas tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em
atividades. (Incluído pela Lei nº julgado da sentença
14.230, de 2021) condenatória. (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021) (Vide ADI 7236)
§ 4º Em caráter excepcional e por motivos
relevantes devidamente justificados, a sanção de
CAPÍTULO IV
proibição de contratação com o poder público
Da Declaração de Bens
pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de
improbidade, observados os impactos
econômicos e sociais das sanções, de forma a Art. 13. A posse e o exercício de agente
preservar a função social da pessoa jurídica, público ficam condicionados à apresentação de
conforme disposto no § 3º deste declaração de imposto de renda e proventos de
qualquer natureza, que tenha sido apresentada à
artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil,
de 2021) a fim de ser arquivada no serviço de pessoal
competente. (Redação dada pela Lei
§ 5º No caso de atos de menor ofensa aos
bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção nº 14.230, de 2021)
limitar-se-á à aplicação de multa, sem prejuízo do
ressarcimento do dano e da perda dos valores § 1º (Revogado). (Redação
obtidos, quando for o caso, nos termos dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
do caput deste artigo. (Incluído pela Lei
nº 14.230, de 2021) § 2º A declaração de bens a que se refere
o caput deste artigo será atualizada anualmente
§ 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio e na data em que o agente público deixar o
público, a reparação do dano a que se refere esta exercício do mandato, do cargo, do emprego ou
Lei deverá deduzir o ressarcimento ocorrido nas da função. (Redação dada pela Lei nº
instâncias criminal, civil e administrativa que tiver 14.230, de 2021)
por objeto os mesmos
fatos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de § 3º Será apenado com a pena de
2021) demissão, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis, o agente público que se recusar a
§ 7º As sanções aplicadas a pessoas prestar a declaração dos bens a que se refere
o caput deste artigo dentro do prazo
jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº
determinado ou que prestar declaração
12.846, de 1º de agosto de 2013, deverão falsa. (Redação dada pela Lei nº
observar o princípio constitucional do non bis in
14.230, de 2021)
idem. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021) § 4º (Revogado). (Redação
§ 8º A sanção de proibição de contratação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
com o poder público deverá constar do Cadastro
Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas

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CAPÍTULO V Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de


344 Do Procedimento Administrativo e do Processo 2021)
Judicial
§ 2º Quando for o caso, o pedido de
Art. 14. Qualquer pessoa poderá indisponibilidade de bens a que se refere
representar à autoridade administrativa o caput deste artigo incluirá a investigação, o
competente para que seja instaurada exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e
investigação destinada a apurar a prática de ato aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no
de improbidade. exterior, nos termos da lei e dos tratados
internacionais. (Redação dada pela Lei
§ 1º A representação, que será escrita ou nº 14.230, de 2021)
reduzida a termo e assinada, conterá a
qualificação do representante, as informações § 3º O pedido de indisponibilidade de bens
sobre o fato e sua autoria e a indicação das a que se refere o caput deste artigo apenas será
provas de que tenha conhecimento. deferido mediante a demonstração no caso
concreto de perigo de dano irreparável ou de
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a risco ao resultado útil do processo, desde que o
representação, em despacho fundamentado, se juiz se convença da probabilidade da ocorrência
esta não contiver as formalidades estabelecidas dos atos descritos na petição inicial com
no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a fundamento nos respectivos elementos de
representação ao Ministério Público, nos termos instrução, após a oitiva do réu em 5 (cinco)
do art. 22 desta lei. dias. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021)
§ 3º Atendidos os requisitos da
representação, a autoridade determinará a § 4º A indisponibilidade de bens poderá
imediata apuração dos fatos, observada a ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre
legislação que regula o processo administrativo que o contraditório prévio puder
disciplinar aplicável ao agente. (Redação comprovadamente frustrar a efetividade da
dada pela Lei nº 14.230, de 2021) medida ou houver outras circunstâncias que
recomendem a proteção liminar, não podendo a
Art. 15. A comissão processante dará urgência ser presumida. (Incluído pela
conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal Lei nº 14.230, de 2021)
ou Conselho de Contas da existência de
procedimento administrativo para apurar a § 5º Se houver mais de um réu na ação, a
prática de ato de improbidade. somatória dos valores declarados indisponíveis
não poderá superar o montante indicado na
Parágrafo único. O Ministério Público ou petição inicial como dano ao erário ou como
Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a enriquecimento ilícito. (Incluído pela Lei
requerimento, designar representante para nº 14.230, de 2021)
acompanhar o procedimento administrativo.
§ 6º O valor da indisponibilidade
Art. 16. Na ação por improbidade considerará a estimativa de dano indicada na
administrativa poderá ser formulado, em caráter petição inicial, permitida a sua substituição por
antecedente ou incidente, pedido de caução idônea, por fiança bancária ou por
indisponibilidade de bens dos réus, a fim de seguro-garantia judicial, a requerimento do réu,
garantir a integral recomposição do erário ou do bem como a sua readequação durante a
acréscimo patrimonial resultante de instrução do processo. (Incluído pela Lei
enriquecimento ilícito. (Redação dada nº 14.230, de 2021)
pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 7º A indisponibilidade de bens de terceiro
§ 1º (Revogado).
(Redação dependerá da demonstração da sua efetiva
dada pela Lei nº 14.230, de 2021) concorrência para os atos ilícitos apurados ou,
quando se tratar de pessoa jurídica, da
§ 1º-A O pedido de indisponibilidade de instauração de incidente de desconsideração da
bens a que se refere o caput deste artigo poderá personalidade jurídica, a ser processado na
ser formulado independentemente da forma da lei processual. (Incluído pela Lei
representação de que trata o art. 7º desta nº 14.230, de 2021)

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§ 8º Aplica-se à indisponibilidade de bens Art. 17. A ação para a aplicação das


345 regida por esta Lei, no que for cabível, o regime sanções de que trata esta Lei será proposta pelo
da tutela provisória de urgência da Lei nº Ministério Público e seguirá o procedimento
13.105, de 16 de março de 2015 (Código comum previsto na Lei nº 13.105, de 16 de março
de 2015 (Código de Processo Civil), salvo o
de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº
disposto nesta Lei. (Redação dada pela
14.230, de 2021)
Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI
§ 9º Da decisão que deferir ou indeferir a 7042) (Vide ADI 7043)
medida relativa à indisponibilidade de bens
caberá agravo de instrumento, nos termos § 1º (Revogado). (Redação
da Lei nº 13.105, de 16 de março de dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
2015 (Código de Processo
Civil). (Incluído pela Lei nº 14.230, de § 2º (Revogado). (Redação
2021) dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 10. A indisponibilidade recairá sobre § 3º (Revogado). (Redação


bens que assegurem exclusivamente o integral dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
ressarcimento do dano ao erário, sem incidir
sobre os valores a serem eventualmente § 4º (Revogado). (Redação
aplicados a título de multa civil ou sobre
acréscimo patrimonial decorrente de atividade
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
lícita. (Incluído pela Lei nº 14.230, de § 4º-A A ação a que se refere
2021) o caput deste artigo deverá ser proposta perante
o foro do local onde ocorrer o dano ou da pessoa
§ 11. A ordem de indisponibilidade de bens jurídica prejudicada. (Incluído pela Lei nº
deverá priorizar veículos de via terrestre, bens
imóveis, bens móveis em geral, semoventes,
14.230, de 2021)
navios e aeronaves, ações e quotas de
§ 5º A propositura da ação a que se refere
sociedades simples e empresárias, pedras e
o caput deste artigo prevenirá a competência do
metais preciosos e, apenas na inexistência
juízo para todas as ações posteriormente
desses, o bloqueio de contas bancárias, de forma
intentadas que possuam a mesma causa de
a garantir a subsistência do acusado e a
manutenção da atividade empresária ao longo do pedir ou o mesmo objeto. (Redação dada
processo. (Incluído pela Lei nº 14.230, pela Lei nº 14.230, de 2021)
de 2021)
§ 6º A petição inicial observará o
§ 12. O juiz, ao apreciar o pedido de seguinte: (Redação dada pela Lei nº
indisponibilidade de bens do réu a que se refere 14.230, de 2021)
o caput deste artigo, observará os efeitos
práticos da decisão, vedada a adoção de medida I - deverá individualizar a conduta do réu e
capaz de acarretar prejuízo à prestação de apontar os elementos probatórios mínimos que
serviços públicos. (Incluído pela Lei nº demonstrem a ocorrência das hipóteses dos arts.
9º, 10 e 11 desta Lei e de sua autoria, salvo
14.230, de 2021)
impossibilidade devidamente
§ 13. É vedada a decretação de fundamentada; (Incluído pela Lei nº
indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta) 14.230, de 2021)
salários mínimos depositados em caderneta de
poupança, em outras aplicações financeiras ou II - será instruída com documentos ou
em conta-corrente. (Incluído pela Lei nº justificação que contenham indícios suficientes
da veracidade dos fatos e do dolo imputado ou
14.230, de 2021)
com razões fundamentadas da impossibilidade
de apresentação de qualquer dessas provas,
§ 14. É vedada a decretação de
observada a legislação vigente, inclusive as
indisponibilidade do bem de família do réu, salvo
se comprovado que o imóvel seja fruto de disposições constantes dos arts. 77 e 80 da
vantagem patrimonial indevida, conforme Lei nº 13.105, de 16 de março de
descrito no art. 9º desta Lei. (Incluído pela 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído
Lei nº 14.230, de 2021) pela Lei nº 14.230, de 2021)

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§ 6º-A O Ministério Público poderá I - procederá ao julgamento conforme o


346 requerer as tutelas provisórias adequadas e estado do processo, observada a eventual
necessárias, nos termos dos arts. 294 a 310 inexistência manifesta do ato de
da Lei nº 13.105, de 16 de março de improbidade; (Incluído pela Lei nº
2015 (Código de Processo 14.230, de 2021)
Civil (Incluído pela Lei nº 14.230, de
II - poderá desmembrar o litisconsórcio,
2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI com vistas a otimizar a instrução
7043) processual. (Incluído pela Lei nº
§ 6º-B A petição inicial será rejeitada nos 14.230, de 2021)
casos do art. 330 da Lei nº 13.105, de 16 § 10-C. Após a réplica do Ministério
de março de 2015 (Código de Processo Público, o juiz proferirá decisão na qual indicará
Civil), bem como quando não preenchidos os com precisão a tipificação do ato de improbidade
requisitos a que se referem os incisos I e II do § administrativa imputável ao réu, sendo-lhe
6º deste artigo, ou ainda quando manifestamente vedado modificar o fato principal e a capitulação
inexistente o ato de improbidade legal apresentada pelo autor. (Incluído
imputado. (Incluído pela Lei nº 14.230, pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI
de 2021) 7042) (Vide ADI 7043)
§ 7º Se a petição inicial estiver em devida § 10-D. Para cada ato de improbidade
forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a administrativa, deverá necessariamente ser
citação dos requeridos para que a contestem no indicado apenas um tipo dentre aqueles previstos
prazo comum de 30 (trinta) dias, iniciado o prazo nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei. (Incluído
na forma do art. 231 da Lei nº 13.105, de pela Lei nº 14.230, de 2021)
16 de março de 2015 (Código de
Processo Civil). (Redação dada pela § 10-E. Proferida a decisão referida no §
Lei nº 14.230, de 2021) 10-C deste artigo, as partes serão intimadas a
especificar as provas que pretendem
§ 8º (Revogado). (Redação produzir. (Incluído pela Lei nº 14.230,
dada pela Lei nº 14.230, de 2021) de 2021)

§ 9º (Revogado).
(Redação § 10-F. Será nula a decisão de mérito total
ou parcial da ação de improbidade administrativa
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
que: (Incluído pela Lei nº 14.230, de
§ 9º-A Da decisão que rejeitar questões 2021)
preliminares suscitadas pelo réu em sua
contestação caberá agravo de I - condenar o requerido por tipo diverso
instrumento. (Incluído pela Lei nº daquele definido na petição
14.230, de 2021) inicial; (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021)
§ 10. (Revogado). (Redação
II - condenar o requerido sem a produção
dada pela Lei nº 14.230, de 2021) das provas por ele tempestivamente
especificadas. (Incluído pela Lei nº
§ 10-A. Havendo a possibilidade de
solução consensual, poderão as partes requerer
14.230, de 2021)
ao juiz a interrupção do prazo para a
contestação, por prazo não superior a 90 § 11. Em qualquer momento do processo,
(noventa) dias. (Incluído pela Lei nº verificada a inexistência do ato de improbidade,
o juiz julgará a demanda
13.964, de 2019)
improcedente. (Redação dada pela Lei
§ 10-B. Oferecida a contestação e, se for o
nº 14.230, de 2021)
caso, ouvido o autor, o juiz: (Incluído pela
Lei nº 14.230, de 2021) § 12. (Revogado). (Redação
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

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SUJEITO ÀS PENALIDADES LEGAIS, INCLUSIVE ELIMINAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO SOCIAL.

§ 13. (Revogado).
(Redação III - o ajuizamento de mais de uma ação de
347 improbidade administrativa pelo mesmo fato,
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
competindo ao Conselho Nacional do Ministério
§ 14. Sem prejuízo da citação dos réus, a Público dirimir conflitos de atribuições entre
pessoa jurídica interessada será intimada para, membros de Ministérios Públicos
caso queira, intervir no distintos; (Incluído pela Lei nº 14.230,
processo. (Incluído pela Lei nº de 2021)
14.230, de 2021) (Vide ADI
IV - o reexame obrigatório da sentença de
7042) (Vide ADI 7043) improcedência ou de extinção sem resolução de
§ 15. Se a imputação envolver a mérito. (Incluído pela Lei nº 14.230,
desconsideração de pessoa jurídica, serão de 2021)
observadas as regras previstas nos arts.
§ 20. A assessoria jurídica que emitiu o
133, 134, 135, 136 e 137 da Lei nº parecer atestando a legalidade prévia dos atos
13.105, de 16 de março de 2015 (Código administrativos praticados pelo administrador
de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº público ficará obrigada a defendê-lo
14.230, de 2021) judicialmente, caso este venha a responder ação
por improbidade administrativa, até que a
§ 16. A qualquer momento, se o decisão transite em julgado. (Incluído pela
magistrado identificar a existência de Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI
ilegalidades ou de irregularidades 7042) (Vide ADI 7043)
administrativas a serem sanadas sem que
estejam presentes todos os requisitos para a § 21. Das decisões interlocutórias caberá
imposição das sanções aos agentes incluídos no agravo de instrumento, inclusive da decisão que
polo passivo da demanda, poderá, em decisão rejeitar questões preliminares suscitadas pelo
motivada, converter a ação de improbidade
administrativa em ação civil pública, regulada
réu em sua contestação. (Incluído pela
pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de Lei nº 14.230, de 2021)
1985. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021) Art. 17-A. (VETADO): (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)
§ 17. Da decisão que converter a ação de
improbidade em ação civil pública caberá agravo I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº
de instrumento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
14.230, de 2021)
II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº
§ 18. Ao réu será assegurado o direito de
ser interrogado sobre os fatos de que trata a 13.964, de 2019)
ação, e a sua recusa ou o seu silêncio não
implicarão confissão. (Incluído pela Lei III - (VETADO). (Incluído pela Lei nº
nº 14.230, de 2021) 13.964, de 2019)

§ 19. Não se aplicam na ação de § 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº


improbidade administrativa: (Incluído 13.964, de 2019)
pela Lei nº 14.230, de 2021)
I - a presunção de veracidade dos fatos
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº
alegados pelo autor em caso de 13.964, de 2019)
revelia; (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021) § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
II - a imposição de ônus da prova ao réu,
na forma dos §§ 1º e 2º do art. 373 da Lei § 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº
nº 13.105, de 16 de março de 13.964, de 2019)
2015 (Código de Processo Civil); (Incluído
pela Lei nº 14.230, de 2021)
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348
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº dias.(Incluído pela Lei nº 14.230, de
13.964, de 2019) 2021) (Vide ADI 7236)

Art. 17-B. O Ministério Público poderá, § 4º O acordo a que se refere


conforme as circunstâncias do caso concreto, o caput deste artigo poderá ser celebrado no
celebrar acordo de não persecução civil, desde curso da investigação de apuração do ilícito, no
que dele advenham, ao menos, os seguintes curso da ação de improbidade ou no momento da
resultados: (Incluído pela Lei nº 14.230, execução da sentença
de 2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI condenatória. (Incluído pela Lei nº
7043) 14.230, de 2021)
§ 5º As negociações para a celebração do
I - o integral ressarcimento do
acordo a que se refere o caput deste artigo
dano; (Incluído pela Lei nº 14.230, de ocorrerão entre o Ministério Público, de um lado,
2021) e, de outro, o investigado ou demandado e o seu
defensor. (Incluído pela Lei nº 14.230,
II - a reversão à pessoa jurídica lesada da
vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de
de 2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI
agentes privados. (Incluído pela Lei nº 7043)
14.230, de 2021) § 6º O acordo a que se refere
o caput deste artigo poderá contemplar a
§ 1º A celebração do acordo a que se adoção de mecanismos e procedimentos
refere o caput deste artigo dependerá, internos de integridade, de auditoria e de
cumulativamente: (Incluído pela Lei nº incentivo à denúncia de irregularidades e a
14.230, de 2021) aplicação efetiva de códigos de ética e de
conduta no âmbito da pessoa jurídica, se for o
I - da oitiva do ente federativo lesado, em caso, bem como de outras medidas em favor do
momento anterior ou posterior à propositura da interesse público e de boas práticas
ação; (Incluído pela Lei nº 14.230, de administrativas. (Incluído pela Lei nº
2021) 14.230, de 2021)
II - de aprovação, no prazo de até 60 § 7º Em caso de descumprimento do
(sessenta) dias, pelo órgão do Ministério Público acordo a que se refere o caput deste artigo, o
competente para apreciar as promoções de investigado ou o demandado ficará impedido de
arquivamento de inquéritos civis, se anterior ao celebrar novo acordo pelo prazo de 5 (cinco)
ajuizamento da ação; (Incluído pela Lei anos, contado do conhecimento pelo Ministério
nº 14.230, de 2021) Público do efetivo
descumprimento. (Incluído pela Lei nº
III - de homologação judicial, 14.230, de 2021) (Vide ADI
independentemente de o acordo ocorrer antes ou 7042) (Vide ADI 7043)
depois do ajuizamento da ação de improbidade
administrativa. (Incluído pela Lei nº Art. 17-C. A sentença proferida nos
14.230, de 2021) processos a que se refere esta Lei deverá, além
de observar o disposto no art. 489 da Lei nº
§ 2º Em qualquer caso, a celebração do 13.105, de 16 de março de 2015 (Código
acordo a que se refere o caput deste artigo de Processo Civil): (Incluído pela Lei nº
considerará a personalidade do agente, a
natureza, as circunstâncias, a gravidade e a 14.230, de 2021)
repercussão social do ato de improbidade, bem
como as vantagens, para o interesse público, da I - indicar de modo preciso os fundamentos
que demonstram os elementos a que se referem
rápida solução do caso. (Incluído pela os arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, que não podem ser
Lei nº 14.230, de 2021) presumidos; (Incluído pela Lei nº
§ 3º Para fins de apuração do valor do 14.230, de 2021)
dano a ser ressarcido, deverá ser realizada a
oitiva do Tribunal de Contas competente, que se II - considerar as consequências práticas
manifestará, com indicação dos parâmetros da decisão, sempre que decidir com base em
utilizados, no prazo de 90 (noventa)
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349
valores jurídicos abstratos; (Incluído pela indevidas; (Incluído pela Lei nº 14.230,
Lei nº 14.230, de 2021) de 2021)
III - considerar os obstáculos e as VII - indicar, na apuração da ofensa a
dificuldades reais do gestor e as exigências das princípios, critérios objetivos que justifiquem a
políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos imposição da sanção. (Incluído pela Lei nº
direitos dos administrados e das circunstâncias 14.230, de 2021)
práticas que houverem imposto, limitado ou
condicionado a ação do agente; (Incluído § 1º A ilegalidade sem a presença de dolo
pela Lei nº 14.230, de 2021) que a qualifique não configura ato de
improbidade. (Incluído pela Lei nº
IV - considerar, para a aplicação das 14.230, de 2021)
sanções, de forma isolada ou
cumulativa: (Incluído pela Lei nº § 2º Na hipótese de litisconsórcio passivo,
14.230, de 2021) a condenação ocorrerá no limite da participação
e dos benefícios diretos, vedada qualquer
a) os princípios da proporcionalidade e da solidariedade. (Incluído pela Lei nº
razoabilidade; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
14.230, de 2021)
§ 3º Não haverá remessa necessária nas
b) a natureza, a gravidade e o impacto da sentenças de que trata esta Lei. (Incluído
infração cometida; (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 14.230, de 2021)
14.230, de 2021)
Art. 17-D. A ação por improbidade
c) a extensão do dano administrativa é repressiva, de caráter
causado; (Incluído pela Lei nº 14.230, sancionatório, destinada à aplicação de sanções
de 2021) de caráter pessoal previstas nesta Lei, e não
constitui ação civil, vedado seu ajuizamento para
d) o proveito patrimonial obtido pelo o controle de legalidade de políticas públicas e
para a proteção do patrimônio público e social,
agente; (Incluído pela Lei nº 14.230, de do meio ambiente e de outros interesses difusos,
2021) coletivos e individuais
homogêneos. (Incluído pela Lei nº
e) as circunstâncias agravantes ou
14.230, de 2021)
atenuantes; (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021) Parágrafo único. Ressalvado o disposto
nesta Lei, o controle de legalidade de políticas
f) a atuação do agente em minorar os públicas e a responsabilidade de agentes
prejuízos e as consequências advindas de sua públicos, inclusive políticos, entes públicos e
conduta omissiva ou comissiva; (Incluído governamentais, por danos ao meio ambiente, ao
pela Lei nº 14.230, de 2021) consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico, a
g) os antecedentes do qualquer outro interesse difuso ou coletivo, à
agente; (Incluído pela Lei nº 14.230, de ordem econômica, à ordem urbanística, à honra
e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou
2021) religiosos e ao patrimônio público e social
V - considerar na aplicação das sanções a submetem-se aos termos da Lei nº 7.347, de
dosimetria das sanções relativas ao mesmo fato 24 de julho de 1985. (Incluído pela Lei
já aplicadas ao agente; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
nº 14.230, de 2021)
Art. 18. A sentença que julgar procedente
VI - considerar, na fixação das penas a ação fundada nos arts. 9º e 10 desta Lei
relativamente ao terceiro, quando for o caso, a condenará ao ressarcimento dos danos e à perda
sua atuação específica, não admitida a sua ou à reversão dos bens e valores ilicitamente
responsabilização por ações ou omissões para adquiridos, conforme o caso, em favor da pessoa
as quais não tiver concorrido ou das quais não jurídica prejudicada pelo ilícito. (Redação
tiver obtido vantagens patrimoniais dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

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§ 1º Se houver necessidade de liquidação creditícios do poder público observarão o limite


350 do dano, a pessoa jurídica prejudicada procederá máximo de 20 (vinte) anos. (Incluído pela
a essa determinação e ao ulterior procedimento Lei nº 14.230, de 2021)
para cumprimento da sentença referente ao
ressarcimento do patrimônio público ou à perda
CAPÍTULO VI
ou à reversão dos bens. (Incluído pela Das Disposições Penais
Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 19. Constitui crime a representação por
§ 2º Caso a pessoa jurídica prejudicada
ato de improbidade contra agente público ou
não adote as providências a que se refere o § 1º
terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia
deste artigo no prazo de 6 (seis) meses, contado
o sabe inocente.
do trânsito em julgado da sentença de
procedência da ação, caberá ao Ministério
Público proceder à respectiva liquidação do dano Pena: detenção de seis a dez meses e
e ao cumprimento da sentença referente ao multa.
ressarcimento do patrimônio público ou à perda
ou à reversão dos bens, sem prejuízo de Parágrafo único. Além da sanção penal, o
eventual responsabilização pela omissão denunciante está sujeito a indenizar o
verificada. (Incluído pela Lei nº denunciado pelos danos materiais, morais ou à
imagem que houver provocado.
14.230, de 2021)
§ 3º Para fins de apuração do valor do Art. 20. A perda da função pública e a
ressarcimento, deverão ser descontados os suspensão dos direitos políticos só se efetivam
com o trânsito em julgado da sentença
serviços efetivamente prestados. (Incluído
condenatória.
pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 4º O juiz poderá autorizar o Parágrafo único. A autoridade judicial ou
administrativa competente poderá determinar o
parcelamento, em até 48 (quarenta e oito)
afastamento do agente público do exercício do
parcelas mensais corrigidas monetariamente, do
débito resultante de condenação pela prática de cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
improbidade administrativa se o réu demonstrar remuneração, quando a medida se fizer
incapacidade financeira de saldá-lo de necessária à instrução processual.
imediato. (Incluído pela Lei nº 14.230,
§ 1º A autoridade judicial competente
de 2021) poderá determinar o afastamento do agente
público do exercício do cargo, do emprego ou da
Art. 18-A. A requerimento do réu, na fase função, sem prejuízo da remuneração, quando a
de cumprimento da sentença, o juiz unificará medida for necessária à instrução processual ou
eventuais sanções aplicadas com outras já para evitar a iminente prática de novos
impostas em outros processos, tendo em vista a
eventual continuidade de ilícito ou a prática de ilícitos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
diversas ilicitudes, observado o 2021)
seguinte: (Incluído pela Lei nº 14.230,
§ 2º O afastamento previsto no § 1º deste
de 2021) artigo será de até 90 (noventa) dias, prorrogáveis
uma única vez por igual prazo, mediante decisão
I - no caso de continuidade de ilícito, o juiz
promoverá a maior sanção aplicada, aumentada motivada. (Incluído pela Lei nº 14.230,
de 1/3 (um terço), ou a soma das penas, o que de 2021)
for mais benéfico ao réu; (Incluído pela
Lei nº 14.230, de 2021) Art. 21. A aplicação das sanções previstas
nesta lei independe:
II - no caso de prática de novos atos ilícitos
pelo mesmo sujeito, o juiz somará as I - da efetiva ocorrência de dano ao
sanções. (Incluído pela Lei nº 14.230, patrimônio público, salvo quanto à pena de
ressarcimento e às condutas previstas no art. 10
de 2021)
desta Lei; (Redação dada pela Lei nº
Parágrafo único. As sanções de 14.230, de 2021)
suspensão de direitos políticos e de proibição de
contratar ou de receber incentivos fiscais ou

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II - da aprovação ou rejeição das contas fatos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de


351 pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal 2021)
ou Conselho de Contas.
CAPÍTULO VII
§ 1º Os atos do órgão de controle interno Da Prescrição
ou externo serão considerados pelo juiz quando
tiverem servido de fundamento para a conduta do
Art. 23. A ação para a aplicação das
agente público. (Incluído pela Lei nº sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito)
14.230, de 2021) anos, contados a partir da ocorrência do fato ou,
no caso de infrações permanentes, do dia em
§ 2º As provas produzidas perante os que cessou a permanência. (Redação
órgãos de controle e as correspondentes
decisões deverão ser consideradas na formação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
da convicção do juiz, sem prejuízo da análise
acerca do dolo na conduta do I - (revogado); (Redação dada
agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de pela Lei nº 14.230, de 2021)
2021)
II - (revogado); (Redação dada
§ 3º As sentenças civis e penais pela Lei nº 14.230, de 2021)
produzirão efeitos em relação à ação de
improbidade quando concluírem pela III - (revogado).
(Redação dada
inexistência da conduta ou pela negativa da pela Lei nº 14.230, de 2021)
autoria. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021) § 1º A instauração de inquérito civil ou de
processo administrativo para apuração dos
§ 4º A absolvição criminal em ação que ilícitos referidos nesta Lei suspende o curso do
discuta os mesmos fatos, confirmada por decisão prazo prescricional por, no máximo, 180 (cento e
colegiada, impede o trâmite da ação da qual trata oitenta) dias corridos, recomeçando a correr
esta Lei, havendo comunicação com todos os após a sua conclusão ou, caso não concluído o
fundamentos de absolvição previstos no art. processo, esgotado o prazo de
386 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de suspensão. (Incluído pela Lei nº
outubro de 1941 (Código de Processo 14.230, de 2021)
Penal). (Incluído pela Lei nº 14.230, de
§ 2º O inquérito civil para apuração do ato
2021) (Vide ADI 7236) de improbidade será concluído no prazo de 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias corridos,
§ 5º Sanções eventualmente aplicadas em prorrogável uma única vez por igual período,
outras esferas deverão ser compensadas com as mediante ato fundamentado submetido à revisão
sanções aplicadas nos termos desta da instância competente do órgão ministerial,
Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de conforme dispuser a respectiva lei
2021) orgânica. (Incluído pela Lei nº 14.230,
de 2021)
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito
previsto nesta Lei, o Ministério Público, de ofício, § 3º Encerrado o prazo previsto no § 2º
a requerimento de autoridade administrativa ou deste artigo, a ação deverá ser proposta no prazo
mediante representação formulada de acordo de 30 (trinta) dias, se não for caso de
com o disposto no art. 14 desta Lei, poderá
instaurar inquérito civil ou procedimento
arquivamento do inquérito civil. (Incluído
investigativo assemelhado e requisitar a pela Lei nº 14.230, de 2021)
instauração de inquérito
policial. (Redação dada pela Lei nº § 4º O prazo da prescrição referido
no caput deste artigo interrompe-
14.230, de 2021)
se: (Incluído pela Lei nº 14.230, de
Parágrafo único. Na apuração dos ilícitos 2021)
previstos nesta Lei, será garantido ao investigado
a oportunidade de manifestação por escrito e de I - pelo ajuizamento da ação de
juntada de documentos que comprovem suas improbidade administrativa; (Incluído
alegações e auxiliem na elucidação dos pela Lei nº 14.230, de 2021)

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II - pela publicação da sentença Art. 23-B. Nas ações e nos acordos


352 regidos por esta Lei, não haverá adiantamento de
condenatória; (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021) custas, de preparo, de emolumentos, de
honorários periciais e de quaisquer outras
III - pela publicação de decisão ou acórdão despesas. (Incluído pela Lei nº 14.230,
de Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional de 2021)
Federal que confirma sentença condenatória ou
que reforma sentença de § 1º No caso de procedência da ação, as
improcedência; (Incluído pela Lei nº custas e as demais despesas processuais serão
14.230, de 2021) pagas ao final. (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021)
IV - pela publicação de decisão ou acórdão
do Superior Tribunal de Justiça que confirma § 2º Haverá condenação em honorários
acórdão condenatório ou que reforma acórdão de sucumbenciais em caso de improcedência da
improcedência; (Incluído pela Lei nº ação de improbidade se comprovada má-
14.230, de 2021) fé. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021)
V - pela publicação de decisão ou acórdão
do Supremo Tribunal Federal que confirma Art. 23-C. Atos que ensejem
acórdão condenatório ou que reforma acórdão de enriquecimento ilícito, perda patrimonial, desvio,
improcedência. (Incluído pela Lei nº apropriação, malbaratamento ou dilapidação de
14.230, de 2021) recursos públicos dos partidos políticos, ou de
suas fundações, serão responsabilizados nos
§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo termos da Lei nº 9.096, de 19 de setembro
recomeça a correr do dia da interrupção, pela de 1995. (Incluído pela Lei nº 14.230,
metade do prazo previsto no caput deste de 2021) (Vide ADI 7236)
artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021) CAPÍTULO VIII
Das Disposições Finais
§ 6º A suspensão e a interrupção da
prescrição produzem efeitos relativamente a Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de
todos os que concorreram para a prática do ato sua publicação.
de improbidade. (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021) Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s
§ 7º Nos atos de improbidade conexos que
3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502,
sejam objeto do mesmo processo, a suspensão de 21 de dezembro de 1958 e demais
e a interrupção relativas a qualquer deles disposições em contrário.
estendem-se aos demais. (Incluído pela
Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171°
Lei nº 14.230, de 2021)
da Independência e 104° da República.
§ 8º O juiz ou o tribunal, depois de ouvido
o Ministério Público, deverá, de ofício ou a
requerimento da parte interessada, reconhecer a
prescrição intercorrente da pretensão
sancionadora e decretá-la de imediato, caso,
entre os marcos interruptivos referidos no § 4º,
transcorra o prazo previsto no § 5º deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021)
Art. 23-A. É dever do poder público
oferecer contínua capacitação aos agentes
públicos e políticos que atuem com prevenção ou
repressão de atos de improbidade
administrativa. (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021)

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353
Poderes administrativos: poderes assuntos de forma conjunta com outros
hierárquico, disciplinar e poderes, vamos vê-los dessa forma.
regulamentar; poder de polícia; usos e
abuso do poder.
RESUMO INICIAL: Poder administrativo vinculado
O poder vinculado ocorre quando a
PODER HIERÁRQUICO: é o que administração pública não tem margem de
dispõe o Executivo para organizar e liberdade para o seu exercício. Portanto,
distribuir as funções de seus órgãos,
estabelecendo a relação de quando houver uma situação descriminada
subordinação entre o servidor do
seu quadro de pessoal. na lei, o agente público deve agir
exatamente da forma prevista em lei.
Por exemplo: se um cidadão infringiu
PODER DISCIPLINAR: este poder é
exercido no âmbito dos órgãos e determinada lei de trânsito, e nessa lei
serviços da Administração, é afirma que será cobrado o valor de R$ 1.000
considerado como supremacia
especial do Estado. reais. O agente público ao verificar a atitude
da pessoa e o descumprimento da lei, deve
cobrar o exato valor fixado. Portanto, não há
PODER REGULAMENTAR: é o poder margem de negociação.
do chefe de executivo de explicar, de
detalhar a lei para sua correta
execução, ou ainda de expedir
decretos autônomos sobre matéria
de sua competência ainda não Poder administrativo discricionário
disciplinada por lei.
Por outro lado, o poder é discricionário
quando o agente público possui uma certa
PODER DE POLÍCIA: considera-se margem de liberdade no agir. Contudo, a
poder de polícia a atividade da
administração pública que consiste liberdade é dentro dos limites legais da
em condicionar e restringir o exercício
dos direitos individuais, tais como razoabilidade e da proporcionalidade.
propriedade e a liberdade, em
benefício do interesse público. Em geral, fica claro que é uso do poder
discricionário quando a lei prevê essa
liberdade. Muitas vezes ela faz isso usando
PODER NORMATIVO: envolve a
edição pela Administração Pública
expressões como: “poderá”, “a juízo da
de atos com efeitos gerais e autoridade competente”, “até determinado
abstratos, como por exemplo,
decretos regulamentares, valor”.
instruções normativas, regimentos,
resoluções e deliberações. Pode-se falar de discricionariedade também
quando são utilizados conceitos jurídicos
indeterminados.
Poder Administrativo vinculado e
discricionário Ou seja, que denotam situações em que a
autoridade terá liberdade para enquadrar,
Muitos autores afirmam que os poderes ou não, uma situação dentro deste conceito
vinculado e discricionário não são poderes, legal. Quando a lei fala em “falta leve” ou
mas características dos atos administrativos. “falta grave” e não determina quais faltas
Porém, como as bancas cobram esses são consideradas leves e quais serão

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354
consideradas graves, temos então uma certa a edição de normas complementares à lei,
liberdade de decisão do agente público no permitindo a sua fiel execução. Ou seja, o
enquadramento da situação. poder regulamentar está inserido no poder
normativo.
Mas, não confunda! Porque a liberdade do
agente público no uso do poder discricionário
tem limitações no próprio ordenamento
jurídico. Características gerais do poder
regulamentar/normativo:
São limitações: ➢ - Editar atos gerais;
➢ - Complementar as leis;
1. a lei: quando a legislação mesmo define ➢ - Permitir a fiel execução da lei;
limites mínimos e máximos; ➢ - Normas derivadas ou
secundárias;
2. os princípios, em especial os da ➢ - Não podem inovar no
proporcionalidade e da razoabilidade: um ordenamento jurídico.
ato não pode ser desarrazoado, exagerado,
desproporcional ao fim que se quer alcançar.
Portanto, observe que a discricionariedade Atenção!
não se assemelha ao poder arbitrário. A
discricionariedade é um poder, já a
arbitrariedade é uma ilegalidade. Decreto autônomo
Em regra, o poder regulamentar não
pode inovar na ordem jurídica. Mas,
existem situações específica em que
Poder administrativo regulamentar ou será possível inovar no ordenamento
normativo jurídico, como é o caso do decreto
autônomo.
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, o
poder regulamentar é “a prerrogativa
conferida à Administração Pública para
editar atos gerais para complementar as leis Assim:
e permitir a sua efetiva aplicação”.
Conforme Constituição Federal, compete
A prerrogativa, registre-se, é apenas para privativamente ao Presidente da República
complementar a lei; não pode, pois, a dispor mediante decreto sobre:
Administração alterá-la a pretexto de estar
regulamentando”. - Organização e funcionamento da
organização e funcionamento da
Ressalta-se que esse é o conceito amplo e o administração federal, quando não implicar
mais abordado nas provas. Esse conceito aumento de despesa nem criação ou
retrata, na realidade, o poder normativo. extinção de órgãos públicos;
Entretanto, o conceito restrito afirma que o
poder regulamentar trata do poder - Extinção de funções ou cargos públicos,
conferido ao chefe do Poder Executivo quando vagos.
(presidente, governadores e prefeitos) para

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355
Portanto, nesse caso específico, o Chefe do ➢ - Não se fala em hierarquia
Poder executivo pode abranger assuntos entre os Poderes (Executivos,
que, de alguma forma, inovam no mundo Legislativos e Judiciários).
jurídico. Ressalta-se também que quando o ato
normativo tem como objetivo ordenar a
atuação dos subordinados, é considerado
poder hierárquico e não regulamentar.
Poder administrativo Hierárquico
A hierarquia é a ordenação de elementos
conforme a distribuição de poderes.
Poder administrativo disciplinar
Portanto, o poder hierárquico atinge aqueles
que possuem algum grau de subordinação O poder disciplinar é definido como o poder
com outro agente público ou órgão. dever de punir as infrações funcionais dos
servidores e demais pessoas sujeitas a
disciplina de órgãos públicos.
Pode-se afirmar que estão entre as Mas, não se confunde o poder punitivo com
atividades desse poder: poder disciplinar. Já que o poder punitivo é
➢ - Dar ordens; mais abrangente, e o poder disciplinar é
➢ - Editar atos normativos com o considerado uma espécie dele.
objetivo de ordenar a atuação
dos subordinados; O poder punitivo é a
➢ - Delegar competências; capacidade do Estado em punir
➢ - Avocar atribuições; os crimes e contravenções
➢ - Aplicar sanções. penais. Enquanto o poder
disciplinar e o poder de polícia
são a representação do poder
Com base na hierarquia, a instância superior punitivo na administração
tem o comando e a instância inferior tem o pública.
dever de obediência, devendo, portanto,
executar as atividades em conformidade O poder disciplinar atinge os servidores
com as determinações superiores. públicos e os particulares que estejam
ligados por algum vínculo jurídico com a
Contudo, os subordinados não se submetem administração. Ou seja, uma empresa
a todas as ordens. As ordens particular que a administração pública tenha
manifestadamente ilegais não devem ser contratado.
cumpridas pelos subordinados.

Poder disciplinar x Poder hierárquico


Condições para uso do poder hierárquico:
O poder disciplinar pode se relacionar com o
➢ - Dentro da mesma pessoa poder hierárquico para aplicar determinada
jurídica; sanções em servidores públicos. Por isso,
➢ - Deve haver subordinação
muitas vezes, pode-se afirmar que a sanção
(diferente de vinculação);
foi aplicada com base direta no poder

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disciplinar e indiretamente pelo poder
hierárquico.
Mas, não se limita a isso. No caso de uma
concessionária (empresa privada com
contrato de concessão com o Estado)
realizar determinado ato proibido no
contrato, será penalizada com base no poder
disciplinar, mas não terá nenhuma relação
com o poder hierárquico. Afinal, não existe
hierarquia entre a administração pública e a
concessionária.

Poder de polícia

Hely Lopes Meirelles descreve que o poder


de polícia é a faculdade que dispõe a
administração pública de condicionar e
restringir o uso e gozo de bens, atividades, e
direitos individuais em benefício da
coletividade ou do próprio Estado.
A análise do conceito de poder de polícia
pode ser em sentido amplo ou sentido
estrito. Então, em sentido amplo, o poder de
polícia é toda e qualquer ação restritiva
imposta pelo Estado em detrimento ao
direito individual. Por isso, envolveria o
Poder Legislativo e o Executivo de forma
ampla.
Em contrapartida, o sentido estrito
considera apenas as atividades da
Administração Pública de regulamentações
e ações restritivas como poder de polícia.
Nesse caso a regulamentação seria apenas
de normas secundárias, não envolvendo o
Poder Legislativo.

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Controle e responsabilização da Indireta (autarquias, fundações
administração: controles públicas, empresas públicas e
administrativos, judicial e legislativo; sociedades de economia mista). É
responsabilidade civil do Estado. principalmente realizado pelos
ministérios sobre as entidades da
Administração Indireta a eles
Controle administrativo vinculadas (p. ex., o controle
exercido pelo Ministério da
CONTROLE EXERCIDO PELO PODER Previdência e Assistência Social
EXECUTIVO SOBRE SEUS PRÓPRIOS ATOS sobre o INSS, autarquia
vinculada). A denominada
(CONTROLE ADMINISTRATIVO)
supervisão ministerial encontra-
se prevista no Decreto-Lei nº
O controle que o próprio Poder 200/67 e tem por fundamento
Executivo realiza sobre suas atividades, por relação de vinculação existente
ser a forma mais comum de controle, é entre a Administração Direta,
simplesmente denominado controle centralizada, e a Indireta. Não há,
administrativo. aqui, relação hierárquica (de
subordinação), uma vez que as
pessoas jurídicas integrantes da
É um controle de legalidade e de Administração Indireta,
mérito, deriva do poder-dever de autotutela descentralizada, gozam de
que a Administração tem sobre seus autonomia administrativa e
próprios atos e agentes. O controle financeira.
administrativo, de uma forma geral, se dá
mediante as atividades de fiscalização e os
recursos administrativos.
CONTROLE JUDICIAL
Conforme o órgão que realize o
controle administrativo, podemos ter: O controle judiciário, ou judicial, é o
exercido pelos órgãos do Poder Judiciário
sobre os atos administrativos praticados
1. Controle hierárquico próprio: pelo Poder Executivo, pelo Poder Legislativo
realizado pelos órgãos
superiores, sobre os órgãos
ou pelo Poder Judiciário, quando realiza
inferiores, pelas chefias, sobre os atividades administrativas.
atos de seus subordinados, e
pelas corregedorias, sobre os Esse controle sempre a posteriori,
órgãos e agentes sujeitos à sua somente relativo à legalidade dos atos
correção. administrativos. O controle judicial é
2. Controle hierárquico impróprio: sobretudo, um meio de preservação de
realizado por órgãos direitos individuais dos administrados (nisso
especializados no julgamento de diferindo do controle político, exercido pelo
recursos, como, por exemplo, as Legislativo). O Poder Judiciário, no exercício
Delegacias de Julgamento da de sua atividade jurisdicional, sempre age
Receita Federal e os Conselhos de mediante provocação do interessado ou do
Contribuintes do Ministério da legitimado (em casos como o da ação
Fazenda. popular ou a ação civil pública pode não
3. Controle finalístico: realizado existir interesse direto do autor
pela Administração Direta sobre relativamente ao bem ou direito lesado).
as entidades da Administração
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Mediante o exercício do controle convivência realizada pelo administrador na
judicial dos atos administrativos pode-se prática de atos discricionários de sua
decretar a sua anulação (nunca a revogação, competência, estaria esse mesmo juiz
decorrente do controle de mérito). A substituindo o administrador no exercício
anulação ocorre nos casos em que existe dessa atividade valorativa, vale dizer,
ilegalidade no ato administrativo e, por isso, substituindo o juízo de valor do
pode ser feita pela própria Administração administrador, mais afeito às coisas da
(controle interno) ou pelo Poder Judiciário. A Administração, pelo seu próprio juízo valor
anulação do ato, uma vez que este ofende a ativo, evidentemente distanciado desse
lei ou princípios administrativos, opera cotidiano.
efeitos retrospectivos, ex tunc, isto é,
retroage à origem do ato, desfazendo as Não se deve, entretanto, confundir
relações dele resultantes. O ato nulo não a vedação de que o Judiciário aprecie o
gera direitos ou obrigações para as partes, mérito administrativo com a possibilidade
não cria situações jurídicas e não admite de aferição pelo Poder Judiciário da
convalidação (a doutrina ortodoxa não legalidade dos atos discricionários.
admite a existência de atos administrativos
anuláveis, os quais seriam passíveis de O que o Judiciário não pode é
saneamento). invalidar, devido ao acima explicado, a
escolha pelo administrador (resultado de
Essa regra – o ato nulo não gera sua valorização de oportunidade e
efeitos -, porém, há que ser excepcionada convivência administrativas) dos elementos
para com os terceiros de boa-fé que tenham motivo e objeto desses atos, que formam o
sido atingidos pelos efeitos do ato anulado. chamado mérito administrativo, desde que
Em relação a esses, em face da presunção de feita essa escolha dentro dos limites da lei.
legitimidade que norteia toda a atividade Ora, no ato administrativo discricionário,
administrativa, devem ser amparados os além desses dois, temos outros três
direitos nascidos na vigência do ato elementos que são vinculados
posteriormente anulado. É o caso, p. ex., do (competência, finalidade e forma) e, por
servidor que é ilegitimamente nomeado conseguinte, podem, e devem, ser aferidos
para um cargo público. Anulada a sua pelo Poder Judiciário quanto à sua
nomeação, deverá ele, em princípio, repor legalidade. Vale repisar: o ato discricionário,
todos os vencimentos percebidos como qualquer outro ato administrativo,
ilegalmente, mas, em amparo aos terceiros está sujeito à apreciação judicial; apenas em
de boa-fé, permanecerão válidos todos os relação a dois de seus elementos – motivo e
atos por ele praticados no desempenho objeto – não há, em princípio, essa
(ilegítimo) de suas atribuições funcionais. possibilidade.

Já foi aqui afirmado que não se O mandado de segurança, a ação


admite a aferição do mérito administrativo popular e a ação civil pública são alguns dos
pelo Poder Judiciário. Não faria sentido o principais meios judiciais de controle dos
juiz, pessoa voltada à atividade jurisdicional, atos da Administração, alguns acessíveis a
muitas vezes distante da realidade e todos os administrados, outros restritos a
necessidade administrativas, substituir, pela legitimados específicos. Em qualquer
sua, a ótica do administrador. Significa que, hipótese, entretanto, devemos ter em
se fosse dado ao juiz decidir sobre a mente a regra básica do nosso ordenamento
legitimidade da valoração de oportunidade e jurídico (art. 5º, XXXV, da CF) segundo a qual

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“a lei não excluirá a apreciação do Poder Além das hipóteses de controle
Judiciário de lesão ou ameaça a direito.” parlamentar dos atos do Poder Executivo até
aqui descritas, há um considerável número
de outras situações disciplinadas no texto
constitucional, especialmente nos arts. 49 e
52 da Carta. Citamos algumas das que
CONTROLE LEGISLATIVO entendemos mais importantes:

O controle legislativo, ou
1. Ao Congresso Nacional compete
parlamentar, é o exercido pelos órgãos julgar anualmente as contas
legislativos ou por comissões parlamentares prestadas pelo Presidente e
sobre determinados atos do Poder apreciar os relatórios sobre a
Executivo. O controle parlamentar, em execução dos planos de governo
respeito ao princípio da independência e (art. 49, IX);
harmonia dos Poderes, cláusula pétrea de
2. Ao Senado Federal compete
nosso ordenamento, insculpido no art. 2º da aprovar a escolha de magistrados,
CF/88, somente se verifica nas situações e ministros do TCU, Procurador
nos limites expressamente previstos no Geral da República e outras
próprio texto constitucional. autoridades (art. 52, III).
3. Ao Senado Federal compete
Como indica sua definição, o autorizar operações externas de
controle legislativo é um controle externo. natureza financeira, de interesse
Configura-se, sobretudo, como um controle da União, dos Estados, do Distrito
político, razão pela qual podem ser Federal, dos Territórios e dos
controlados aspectos relativos à legalidade e Municípios (art. 52, V).
à convivência pública dos atos do Poder 4. À Câmara dos Deputados
Executivo que estejam sendo controlados. compete proceder à tomada de
contas do Presidente da
A previsão da possibilidade de República, quando não
controle dos atos do Poder Executivo e do apresentadas ao Congresso
Poder Legislativo encontra-se no art. 49, X, Nacional dentro de sessenta dias
da CF/88, segundo o qual compete ao após a abertura da sessão
legislativa (art. 51, II).
Congresso Nacional “fiscalizar e controlar,
diretamente, ou por qualquer de suas Casas,
os atos do Poder Executivo, incluídos os da
administração indireta”. Embora a ATRIBUIÇÕES DOS TRIBUNAIS DE CONTAS
literalidade deste dispositivo pudesse gerar
a impressão de que o controle parlamentar Questão complexa é determinar a
fosse ilimitado, não podemos esquecer a posição dos Tribunais de Contas perante os
natureza política desse controle, uma vez demais Poderes. Não são eles órgãos do
que não há poder de hierarquia ou de tutela Poder Executivo. Tampouco seriam órgãos
do Legislativo sobre o Executivo e, do Poder Judiciário, uma vez que a
sobretudo, repise-se, há que sempre ser Constituição a eles não outorga a função
respeitada a independência e a harmonia jurisdicional formal.
entre os Poderes, o que não seria possível se
relações de subordinação entre eles Conforme a posição dominante na
houvesse. doutrina, os Tribunais de Contas são órgãos

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auxiliares do Poder Legislativo que não estabelecerão entre outras


360
praticam, no entanto, atos de natureza cominações, multa proporcional
legislativa, mas apenas atos de controle. ao dano causado ao erário (art.
71, VIII).
5. Determinar prazo, se verificada
ilegalidade, para que o órgão ou
entidade adote as providências
Algumas das principais atribuições necessárias ao exato
dos Tribunais de Contas, estabelecidas no cumprimento da lei e, se não
art. 71 da CF/88, são: atendido, sustar a execução do
ato impugnado, comunicando a
1. Apreciar as contas prestadas decisão à Câmara dos Deputados
anualmente pelo Presidente da e ao Senado Federal. (art. 71, IX e
República, mediante elaboração X).
de parecer prévio (art. 71, I);

O controle dos Tribunais de Contas


OBS: O responsável pelo sobre os atos ou contratos da Administração
julgamento das contas do Presidente da é feito a posteriori, salvo as inspeções e
República é o Congresso Nacional, conforme auditorias, que podem ser realizadas a
estabelecido no art. 49, IX, da CF/88. qualquer tempo.

2. Julgar as contas dos Hely Lopes Meirelles ensina que as


administradores e demais atividades dos Tribunais de Contas
responsáveis por dinheiro, bens e manifestam-se nas funções técnicas
valores públicos da administração opinativas, verificadoras, assessoradas e
direta e indireta, incluídas as jurisdicionais administrativas.
fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra RESPONSABILIDADE CIVIL DO
irregularidade de que resulte ESTADO
prejuízo ao erário público (art. 71,
II);
Desde os tempos do Império que
3. Apreciar a legalidade dos atos de a Legislação Brasileira prevê a
admissão de pessoal, a qualquer reparação dos danos causados a terceiros
título, na administração direta ou pelo Estado, por ação ou inação dos seus
indireta, bem como a das
agentes. Problemas de omissão, abuso no
concessões de aposentadorias,
reformas e pensões. Excetuam-se
exercício de função e outros tipos de falhas
dessa apreciação as nomeações sempre existiram no serviço público, o que é
para cargo de provimento em perfeitamente plausível dadas as
comissão. (art. 71, III). características da administração pública,
tanto do ponto de vista da sua complexidade
4. Aplicar aos responsáveis, em caso
quanto do seu gigantismo.
de ilegalidade de despesa ou
irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei, que

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361
As constituições de 1824 (Art. 179) e de 1891 Teorias da responsabilidade objetiva do
(Art. 82), já previam a responsabilização dos Estado (segundo Hely lopes Meirelles):
funcionários públicos por abusos e omissões
no exercício de seus cargos. Mas a a) teoria da culpa administrativa: a obrigação
responsabilidade era do funcionário, do Estado indenizar decorre da ausência
vingando até aí, a teoria da objetiva do serviço público em si.
irresponsabilidade do Estado.
Não se trata de culpa do agente público, mas
Durante a vigência das Constituições de de culpa especial do Poder Público,
1934 e 1937 passou a vigorar o princípio da caracterizada pela falta de serviço público.
responsabilidade solidária. O lesado podia
mover ação contra o Estado ou contra o b) teoria do risco administrativo: a
servidor, ou contra ambos, inclusive a responsabilidade civil do Estado por atos
execução. Porém o Código Civil/16, em seu comissivos ou omissivos de seus agentes, é
Art. 15, já tratava do assunto: de natureza objetiva, ou seja, dispensa a
comprovação de culpa. “Para que se
“As pessoas jurídicas de direito público são configure a responsabilidade objetiva do
civilmente responsáveis por atos dos seus ente público, basta a prova da omissão e do
representantes que nessa qualidade causem fato danoso e que deste resulte o dano
danos a terceiros, procedendo de modo material ou moral”.
contrário ao direito ou faltando a dever
prescrito por lei, salvo o direito regressivo Em seu Relato o Min. José Delgado continua
contra os causadores do dano” “A ré (Prefeitura/SP) só ficaria isenta da
responsabilidade civil se demonstrasse – o
Entretanto, a figura da responsabilidade que não foi feito – que o fato danoso
direta ou solidária do funcionário aconteceu por culpa exclusiva da vítima”.
desapareceu com o advento da Carta de
1946, que adotou o princípio da Portanto, basta tão só o ato lesivo e injusto
responsabilidade objetiva do Estado, com a imputável à Administração Pública. Não se
possibilidade de ação regressiva contra o indaga da culpa do Poder Público mesmo
servidor no caso de culpa. Note-se que, a porque ela é inferida do ato lesivo da
partir da Constituição de 1967 houve um Administração.
alargamento na responsabilização das
pessoas jurídicas de direito público por atos
É fundamental, entretanto, que haja o nexo
de seus servidores. Saiu a palavra interno,
causal. “Deve haver nexo de causalidade,
passando a alcançar tanto as entidades
isto é, uma relação de causa e efeito entre a
políticas nacionais, como as estrangeiras.
conduta do agente e o dano que se pretende
reparar. Inexistindo o nexo causal, ainda que
Esse alargamento ampliou-se com a haja prejuízo sofrido pelo credor, não cabe
Constituição de 1988, que estendeu a cogitação de indenização”.
responsabilidade civil objetiva às pessoas
jurídicas de direito privado, prestadoras de
Lembrando que a dispensa de comprovação
serviços públicos, os não essenciais, por
de culpa da Administração pelo
concessão, permissão ou autorização.
administrado não quer dizer que aquela
esteja proibida de comprovar a culpa total

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362
ou parcial da vítima, para excluir ou atenuar causaram danos a terceiros é subtrair o
a indenização. poder público de sua função primordial de
tutelar o direito’. ‘com isso, a
Verificado o dolo ou a culpa do agente, cabe responsabilidade civil do estado passa para o
à fazenda pública acionar regressivamente campo do direito público, com base no
para recuperar deste, tudo aquilo que princípio da igualdade de todos perante a lei,
despendeu com a indenização da vítima. pois entre todos devem ser distribuídos
equitativamente os ônus e encargos’. Se o
c) Teoria do risco integral: a Administração dano foi causado pelo estado, e este atua em
responde invariavelmente pelo dano nome da sociedade, então a
suportado por terceiro, ainda que responsabilidade acaba sendo desta, que
decorrente de culpa exclusiva deste, ou até deve suportar os custos pelos prejuízos, que,
mesmo de dolo. por conseguinte, serão distribuídos,
indiretamente, a cada indivíduo. Assim, a
justiça fica restabelecida, uma vez que o
É a exacerbação da teoria do risco
dano causado a um terceiro será absorvido
administrativo que conduz ao abuso e à
por toda a sociedade.
iniquidade social, com bem lembrado por

Excludentes de responsabilidade civil do


A Constituição Federal de 1988, em seu Art.
Estado: São excluídos da responsabilidade
37, § 6º, diz:
estatal os danos originados por caso fortuito,
força maior, atos judiciais e do Ministério
“As pessoas jurídicas de direito público e as Público.
de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou Responsabilidade do Estado.
culpa”.
A responsabilidade civil do Estado é a que
E no Art. 5º, X, está escrito: impõe à Fazenda Pública a obrigação de
compor o dano causado à terceiros por
“são invioláveis a intimidade, a vida privada, omissão ou por atos de seus agentes
a honra e a imagem das pessoas, assegurado públicos, no desempenho de suas
o direito a indenização pelo dano material ou atribuições ou a pretexto de exercê-las.
moral decorrente de sua violação” Responsabilidade Civil do Estado

Vê-se por esse dispositivo que a indenização


não se limita aos danos materiais. No A reparação do dano e a denunciação da
entanto, há uma dificuldade nos casos de Lide: afastamento de interpretações
danos morais na fixação do quantum da defensivas do agente causador do dano
indenização, em vista da ausência de normas perante o Estado e terceiros. Aislan Samir
regulamentadoras para aferição objetiva Cury
desses danos.

Para Maria Helena Diniz ‘negar indenização 1. Responsabilidade do Estado


pelo estado em qualquer de seus atos que

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363
A responsabilidade civil do Estado é a que patrimonial, decorrente da responsabilidade
impõe à Fazenda Pública a obrigação de civil.
compor o dano causado à terceiros por
omissão ou por atos de seus agentes Assim, enquanto sujeito de direito, o Estado
públicos, no desempenho de suas submete-se à responsabilidade civil, a
atribuições ou a pretexto de exercê-las. Constituição Federal assevera que as
pessoas jurídicas de direito público e as de
Entende-se por responsabilidade direito privado prestadoras de serviços
patrimonial extracontratual do Estado a públicos responderão pelos danos que seus
obrigação que lhe incube de reparar agentes, nessa qualidade, causarem a
economicamente os danos lesivos à esfera terceiros, assegurado o direito de regresso
juridicamente garantida de outrem e que lhe contra o responsável nos casos de dolo ao
sejam imputáveis em decorrência de culpa.
comportamentos unilaterais, lícitos ou
ilícitos, comissivos ou omissivos, materiais São dois os fundamentos que justificam a
ou jurídicos (MELLO, 2002:837). existência da responsabilização do Estado,
leciona Celso Antônio Bandeira de Mello:
De acordo com Celso Antonio Bandeira de
Mello: "a) No caso de comportamentos ilícitos
comissivos ou omissivos, jurídicos ou
"um dos pilares do moderno Direito materiais, o dever de reparar o dano é a
Constitucional é, exatamente, a sujeição de contrapartida do princípio da legalidade.
todas as pessoas, públicas ou privadas, ao Porém, no caso de comportamentos ilícitos
quadro da ordem jurídica, de tal sorte que a comissivos, o dever de reparar já é, além
lesão aos bens jurídicos de terceiros disso, imposto também pelo princípio da
engendra para o autor do dano a obrigação igualdade".
de repará-lo" (MELLO, 2002:838).
"b) No caso de comportamentos lícitos,
Leciona Odete Medauar afirmando que a assim como na hipótese de danos ligados a
responsabilidade civil do Estado "diz situação criada pelo Poder Público - mesmo
respeito à obrigação a este imposta de que não seja o Estado o próprio autor do ato
reparar danos causados a terceiros em danoso - , entendemos que o fundamento da
decorrência de suas atividades ou omissões. responsabilidade estatal é garantir uma
equânime repartição dos ônus provenientes
A matéria também é estudada sob outros de atos ou efeitos lesivos, evitando que
títulos: responsabilidade patrimonial do alguns suportem prejuízos ocorridos por
Estado, responsabilidade civil da ocasião ou por causa de atividades
Administração e responsabilidade desempenhadas no interesse de todos. De
patrimonial extracontratual do Estado" conseguinte, seu fundamento é o princípio
(MEDAUAR, 2003:393). da igualdade, noção básica do Estado de
Direito" (MELLO, 2002:849).
O Estado age por intermédio de seus
agentes, que são pessoas físicas incumbidas
de alguma função estatal e, invariavelmente, A responsabilidade patrimonial e
causa danos ou prejuízos aos indivíduos extracontratual do Estado, por
gerando a obrigação de reparação comportamentos administrativos, origina-se
da teoria da responsabilidade pública, com

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364
destaque para a conduta ensejadora da causados. Se houve lesão de um particular,
obrigação de reparabilidade, por danos sem excludente para o Estado, deve ser
causados por ação do Estado, por via de ação reparada.
ou omissão. O dever público de indenizar O estado tem este dever mais que qualquer
depende de certas condições: a outra pessoa jurídica, justamente por sua
correspondência da lesão a um direito da finalidade de tudo fazer em prol do
vítima, devendo o evento implicar prejuízo progresso da coletividade" (VENOSA,
econômico e jurídico, material ou moral. 2002:270).

Para obter a indenização basta que o lesado 2. A reparação do dano causado pela
acione a Fazenda Pública e demonstre o administração a terceiros obtém-se
nexo causal entre a fato lesivo (comissivo ou amigavelmente, pela via administrativa ou
omissivo) e o dano, bem como seu por meio da ação de indenização
montante.
2.1 Via administrativa
Exclusão da responsabilidade do Estado.
Para eximir-se desta obrigação incumbirá à Através da via administrativa, a reparação se
Fazenda Pública comprovar as "causas de dá mediante requerimento formulado pela
exclusão da responsabilidade do Estado": a vítima, cônjuge, parentes ou herdeiros, no
força maior e a culpa da vítima. entanto, trata-se de forma rara de
ressarcimento; ainda que evidente sua
Força maior são fatos da natureza responsabilidade, "a Administração em geral
irresistíveis, o dano é inevitável sendo baldos propõe ressarcimento vil ou rejeita o pedido,
quaisquer esforços para impedi-lo. "É para que a vítima se dirija à via jurisdicional"
relevante apenas na medida que pode (MEDAUAR, 2003:399).
comprovar ausência de nexo causal entre a
atuação do Estado e o dano ocorrido. Se foi 2.2 Ação de indenização e o afastamento de
produzido por força maior, então não foi interpretações protetivas do agente
produzido pelo Estado" (MELLO, 2002:386).
Normalmente, a vítima, para obter o
Culpa da vítima. ressarcimento do dano, interpõe ação
contra a Administração pública ou contra a
Neste caso a vítima contribui para a pessoa jurídica de direito privado prestadora
existência do dano sofrido. de serviço público. Ainda, nossos tribunais
têm admitido a interposição de ação contra
Tal participação no evento danoso poderá a Fazenda Pública e contra o agente,
ser total - culpa exclusiva da vítima - cumulativamente, num litisconsórcio
eximindo completamente a administração facultativo.
de responsabilização; ou parcial - culpa
concorrente da vítima - neste caso a Com relação à ação de indenização, Hely
Administração responde parcialmente. Lopes Meirelles entende que o preceito
constitucional (art. 37, § 6°) estabelece duas
Silvio de Salvo Venosa ao citar a chamada relações de responsabilidade a) a da
"Teoria da Garantia" afirma que "o poder Administração pública e seus delegados na
público no exercício de sua atividade em prol prestação de serviços públicos perante a
do bem comum, tem como dever garantir os vítima do dano, de caráter objetivo, baseada
direitos dos particulares contra danos a ele no nexo causal (ação de indenização); b) a do

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causador do dano perante a administração O § 6°, do Artigo 37 da Constituição Federal
ou empregador de caráter subjetivo, calcada assegurou à Administração o direito de
no dolo ou culpa (ação regressiva). regresso contra o responsável, o direito da
administração obter do agente o pagamento
aos cofres públicos da importância
Assim este jurista, ao distinguir as duas despendida no ressarcimento da vítima.
relações de responsabilidade leciona: Condicionado este direito de regresso à
prova da culpa do agente, relação reveste-se
"A reparação do dano causado pela de caráter subjetivo, porque pressupõe dolo
Administração a terceiros obtém-se ou culpa do agente (MEDAUAR, 2003:399).
amigavelmente ou por meio de ação de
indenização, e, uma vez indenizada a lesão Ou seja, nesta hipótese (ação regressiva), a
da vítima, fica a entidade pública com o relação de responsabilização situa-se entre o
direito de voltar-se contra o servidor culpado agente causador do dano, e a Administração.
para haver dele o despendido, através da Responsabilidade civil do agente perante a
ação regressiva autorizada pelo § 6° do art. Administração Pública, por danos causados a
37 da CF". terceiros e por esta ressarcidos.

"O legislador constituinte bem separou as Observamos que para o êxito da ação
responsabilidades: o Estado indeniza a regressiva da administração contra o agente
vítima e a; o agente indeniza o Estado, causador do dano, exigem-se dois requisitos:
regressivamente" (MEIRELLES, 2000:618- a) que a Administração já tenha sido
619). condenada a indenizar a vítima do dano
sofrido b) que se comprove a culpa do
Ousamos e discordamos deste agente no evento danoso.
entendimento, pois o artigo 37, § 6° não tem
este intuito protetivo do agente perante Enfatizamos que enquanto para a
terceiro. administração a responsabilidade perante
terceiros independe de culpa, para o
A norma visa a proteger o administrado, servidor mister para sua responsabilização
oferecendo-lhe um patrimônio solvente e a perante o Erário a prova de que agiu com
possibilidade da responsabilidade objetiva culpa.
em muitos casos. Daí não se segue que haja
restringido sua possibilidade de proceder Oportuno salientarmos que a parte final do
contra quem causou dano. Sendo um art. 37 § 6° da CF, visa a proteção do erário,
dispositivo protetor do administrado, ao prever a ação regressiva contra o
descabe extrair dele restrições ao lesado. A causador do dano e não deste em relação ao
interpretação deve coincidir com o sentido terceiro ofendido. Não podemos "vislumbrar
para o qual caminha a norma, ao invés de nele intenções salvaguardadoras do agente"
sacar dela conclusões que caminham na é um equívoco concluir que "acobertou o
direção inversa, benéfica apenas ao agente público, limitando sua
presumido autor do dano (MELLO, responsabilização ao caso de ação regressiva
2002:876). movida pelo Poder Público judicialmente ao
condenado" (MELLO, 2002:876).
2.3 A ação de regresso e a proteção
(exclusiva) do erário

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Não tem, pois, o art. 37, § 6°, qualquer
caráter defensivo do agente perante "Trata-se de ato obrigatório (Cód. Po\roc.
terceiro. Civil, art. 70), no sentido de que a parte, na
relação processual, perderá o direito de
2.4 Conclusão regresso contra aquele que é o garante do
seu direito discutido em juízo, se não tiver
Diante o exposto, concluímos que a vítima feito a denúncia a este e porventura for
que teve interesses legítimos seus vencida" (SANTOS, 2002:27).
prejudicados por ato de agentes públicos,
poderá propor ação de ressarcimento contra 3.1. A Celeuma
o agente público, contra o Estado ou contra
ambos como responsáveis solidários. Ventila na doutrina discussão a respeito da
possibilidade ou não da Denunciação da Lide
pela Fazenda Pública contra o agente.
3. Denunciação da Lide

Denunciação da lide "consiste em chamar o "Artigo 70. A denunciação da lide é


terceiro (denunciado), que mantém um obrigatória:
vínculo de direito com a parte (denunciante),
para vir responder pela garantia do negócio, III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou
caso o denunciante saia vencido no pelo contrato, a indenizar, em ação
processo" (THEODORO JÚNIOR, 2004:117). regressiva, o prejuízo do que perder as
demanda."
Nas palavras de Moacyr Amaral dos Santos,
"denunciação da lide é ato pelo qual o autor
ou o réu chamam a juízo terceira pessoa, que Odete Medauar ensina que em "sentido
seja garante do seu direito, a fim de contrário à denunciação da lide salientam-se
resguardá-lo no caso de ser vencido na as seguintes justificativas, dentre outras
demanda em que se encontram".
a) a Constituição Federal art. 37, § 6°,
Visa-se, com a denunciação da lide a responsabiliza o Estado pelo ressarcimento à
inserção de uma "demanda implícita do vítima do dano, com base na prova do nexo
denunciante contra o denunciado, de causal; aqui se trata de relação de
indenização por pedras e danos" (GRECO responsabilidade entre poder público e
FILHO, 1989:144). vítima (ou cônjuge e herdeiros) descabida a
interferência de outra relação obrigacional,
A finalidade precípua da denunciação é a de portanto o artigo 70, III do Código de
se liquidar na mesma sentença o direito que Processo Civil, deixa de prevalecer ante a
, por acaso, tenha o denunciante contra o regra constitucional;
denunciado, de modo que tal sentença b) necessidade de priorizar o direito da
possa vale como título executivo em favor do vítima, evitando demora no andamento do
denunciante contra o denunciado (GRECO processo pelo ingresso de mais um sujeito;
FILHO, 1989:146). c) ingerência de um fundamento novo na
demanda principal. Esta parece ser a
A denunciação da lide é obrigatória e assume orientação a que mais se inclina a
o denunciado a posição de litisconsorte do jurisprudência" (MEDAUAR, 2003:400).
denunciante.

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Continua a insígne jurista afirmando que em Celso Antonio Bandeira de Mello que, ao
sentido "favorável à denunciação existe citar Weida Zancaner, afirma:
também farta jurisprudência.
Argumentando-se o seguinte: "procastinar o reconhecimento de um
a) o artigo 70, III do Código de Processo Civil legítimo interesse da vítima, fazendo com
alcança todos os casos de ação regressiva; que ele dependa da solução de um outro
b) por economia processual e para evitar conflito intersubjetivo de interesses (entre o
decisões conflitantes, a responsabilidade do Estado e o funcionário), constitui um
agente pode ser apurada nos autos da ação retardamento injustificado do direito do
de reparação de dano; lesado, considerando-se que este conflito é
c) recusar a denunciação à lide do agente estranho ao direito da vítima, não necessário
cerceia um direito da Administração" para a efetivação do ressarcimento a que
(MEDAUAR, 2003:400). tem direito"
(MELLO, 2002:877).
3.2. Inadmissibilidade
Resumo
Hely Lopes Meirelles entende que a ação
deve ser movida apenas em face do Estado, Conceito
não sendo cabível a denunciação da lide,
pois o legislador constituinte, no art. 37, § 6°, Entende-se por responsabilidade civil do
teria separado as responsabilidades: o Estado (ou da Administração) como sendo a
estado indeniza a vítima; o agente indeniza o obrigação legal da Fazenda Pública de
Estado, regressivamente. Portanto, entende ressarcir terceiros pelos danos patrimoniais
que não é cabível denunciação da lide. que lhe foram causados por atos comissivos
ou omissivos, materiais ou jurídicos, lícitos
Entendemos ser incabível a Denunciação da ou ilícitos dos agentes públicos, no
Lide e fundamentamos este nosso desempenho de suas funções ou a pretexto
entendimento em outras razões. de exercê-las.

Para Celso Antônio Bandeira de Mello, a


Em se admitindo a Denunciação da Lide ter-
responsabilidade civil do Estado "é uma
se-ia a instauração de uma outra lide
consequência lógica inevitável da noção de
(subjetiva) dentro da lide (objetiva).
Estado de Direito", pois, estando o Estado
abaixo do Direito, tem direitos e deveres,
Ora, a responsabilidade do Estado perante
sendo responsável.
terceiros possui, inegavelmente, um caráter
protetivo da vítima, garantindo-lhe um 2. Características
patrimônio solvente, a Constituição Federal,
adotou a Teoria do Risco, prevendo a Tal responsabilidade é legal e não
responsabilidade objetiva da Administração. contratual. Não decorre de uma atividade
direta do Estado, mas sim da constatação de
Admitir a Denunciação da Lide implicaria, danos causados em razão de suas próprias
necessariamente, em mesclar, na mesma atividades.
ação características peculiares da
Responsabilidade Subjetiva com elementos Independe da responsabilidade criminal e
da Responsabilidade Objetiva, causando administrativa para se caracterizar e é regida
prejuízo ao autor, assim concluímos com pelo Direito Público, pois, o Estado não pode
ser equiparado ao particular.

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3. Teses prestadoras de serviço público responderão
pelos danos que seus agentes, nessa
A responsabilidade civil do Estado (ou da qualidade, causarem a terceiros, assegurado
Administração) é objetiva. Dessa o direito de regresso contra o responsável
responsabilidade objetiva decorrem três em casos de dolo ou culpa".
teses norteadoras, quais sejam:
Assim, todo e qualquer ente estatal tem o
a) Teoria da culpa administrativa: Leva em dever de ressarcir os danos que seus agentes
conta a falta do serviço, e não a culpa (permanentes ou transitórios) causarem no
subjetiva do agente administrativo. Para que exercício de suas funções, ou a pretexto de
incorra a responsabilidade faz-se necessário exercê-las, sendo facultado,
que a vítima sofra um dano e comprove a posteriormente, o direito de cobrar do
falta do serviço. Exige, também, uma culpa servidor o valor pago.
especial da Administração, que é
denominada culpa administrativa. A falta de 5. Causas excludentes
serviço caracteriza-se: pela sua inexistência,
pelo seu mau funcionamento ou Para que ocorra a responsabilidade civil, é de
retardamento. Incorrendo qualquer dessa suma importância a presença dos seguintes
hipóteses, a culpa administrativa é pressupostos, a saber: o dano, a culpa do
presumida. agente e o nexo de causalidade. Portanto, na
falta de um desses pressupostos não se
b) Teoria do risco administrativo: Baseia-se configurará a responsabilidade.
no risco que o Estado causa a seus
administrados. A Administração tem A responsabilidade civil do Estado será
obrigação de indenizar a vítima pelo ato elidida quando presentes determinadas
danoso e injusto que lhe foi causado, não hipóteses, aptas a excluir o nexo causal entre
sendo necessário à vítima provar culpa dos a conduta do Estado e o dano causado à
agentes ou falta de serviço. Para que surja a vítima, quais sejam: a força maior, o caso
responsabilidade, mister se faz que a vítima fortuito, o estado de necessidade e a culpa
comprove que sofreu um dano e que ele é exclusiva da vítima.
injusto. Porém, se comprovado, pelo Poder
Público, que a vítima teve culpa, a 6. Indenização
indenização será amenizada ou excluída.
A indenização a ser paga pela Administração
c) Teoria do risco integral: A administração em favor da vítima pode se dar
tem o dever e de ressarcir todo e qualquer amigavelmente ou por meio da ação de
ato danoso causado à vítima, ainda que esta indenização.
tenha culpa ou dolo. Esta teoria nunca foi
Para que a vítima receba a indenização (dano
adotada pela legislação pátria por ser
emergente, os lucros cessantes, os
extremista.
honorários advocatícios, correção monetária
4. Teoria adotada e juros) basta que ela comprove o nexo
causal entre o ato do servidor e o dano que
De acordo com o art. 37, § 6º, da CF, abaixo lhe foi causado.
transcrito, a teoria adotada pelo Brasil foi a
do risco administrativo. É possível a indenização por lesão corporal
(caso em que deverá ser pago o tratamento
Art. 37, §6º, da CF: "As pessoas jurídicas de da vítima) e por morte (caso em que deverá
direito público e as de direito privado ser custeado o funeral e a prestação
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alimentícia da vítima pelo tempo provável de
sua vida aos seus dependentes).

Também é possível a indenização por dano


moral, embora haja dificuldade em se fixar o
montante a ser pago.

7. Ação Regressiva

O art. 37, § 6º, da CF, contempla a hipótese


da Administração (ou do Estado) de ajuizar
uma ação regressiva em desfavor do agente
que causou o dano à terceiro. Porém, para
que seja possível ao Estado ingressar com
referida ação, necessário se faz que o
mesmo já tenha sido condenado a pagar o
dano e que comprove o dolo ou culpa do
agente.

Assim, após indenizada a vítima, o Estado


tem o direito de restaurar seu patrimônio,
voltando-se contra o agente causador do
dano.

A ação regressiva pode ser ajuizada ainda


que o servidor não mais exerça o cargo. Caso
o agente causador do dano já tenha falecido,
a ação regressiva poderá ser ingressada
contra seus herdeiros e sucessores.

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