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Ebook Família, Escola e Saúde Das Crianças
Ebook Família, Escola e Saúde Das Crianças
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Material Complementar
MACEDO, L. de. Capítulo 6 — Família, escola e saúde das
crianças (p. 156-191). Em José Luíz Egydio Setúbal &
Marcos Kisil (Orgs.) A saúde infantil e o
desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira.
São Paulo: Fundação José Luíz Egydio Setúbal, 2022.
LINO DE MACEDO
Introdução
A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Nascido na Alemanha, Erik Erikson foi um psicanalista e grande
professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que
muito influenciou a perspectiva psicossocial da Psicologia do
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Desenvolvimento norte-americana. Uma de suas famosas
contribuições foi a proposição e estágios de desenvolvimento ao
longo do ciclo da vida, cada um caracterizado por uma pergunta
crítica, cujo modo de enfrentamento e contexto de realização fazem
toda a diferença (MACEDO, 2016). Penso ser sempre útil revisar
essas questões e refletir sobre como as estamos enfrentando.
• “Será meu mundo social previsível e protetor?” é a questão que
caracteriza a primeira idade, ou seja, do nascimento até os 18
meses. É uma pergunta que deposita toda a esperança nos adultos —
pais, cuidadores, educadores ou responsáveis — que cuidam,
protegem e asseguram a cada criança, não importam sua condição
de saúde e sua classe social, um sentimento básico de confiança na
vida
• "Será que consigo fazer as coisas sozinho ou tenho a depender
quase sempre dos outros?" é a questão que caracteriza a segunda
idade, de 18 meses a 3 anos. Sentir-se independente, poder andar,
falar, cuidar de si nas coisas básicas, ter relações significativas com
seus pais e poder expressar sua força de vontade é tudo o que as
crianças dessa faixa etária querem.
• "Sereibom ou mau?"é a questão que caracteriza a terceira idade,
de 3 a 6 anos. Quanto e como os pais da criança e todos os adultos
que lhe são caros colaboram para que a resposta a essa pergunta seja
positiva fará toda a diferença. Sentir orgulho de suas capacidades
talvez seja a melhor forma de a criança resolver a crise proposta
pela questão que caracteriza seu estágio de desenvolvimento.
• "Serei competente ou incompetente?' é a questão característica da
quarta idade, de 6 a 12 anos. Aprender a ler, escrever e calcular,
conviver com iguais, respeitar e aceitar regras, fazer coisas com
habilidade e competência, juntos ou sozinhos, são desafios dos
escolares que trilham — diligentemente — o caminho entre ser
criança e se preparar para ser jovem.
• "Quem sou eu? O que vou fazer de minha vida? é a questão
característica da quinta idade, de 12 a 20 anos. Com ela, os adolescentes
encaram o desafio de se adaptar a tantas mudanças (muitos professores
na escola, tarefas e agenda a serem cuidadas por si mesmos, colegas,
esporte, identificação sexual, futuro).
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· "Deverei partilhar minha vida com alguém ou deverei viver
sozinho?" é a questão característica dos jovens adultos que estão na
sexta idade (de 20 a 35 anos). Serão eles capazes de amar e se
entregar, formando vínculos sociais (família e trabalho)? Aceitarão
encontrar-se e se perder no outro de forma amiga, colaborativa e
cooperativa?
· "Produzirei algo com valor, útil para mune para os outros?” é a
questão característica dos adultos “plenos", isto é, que estão na
sétima idade (de 35 a 65 anos). De fato, é nesse estágio do ciclo de
vida que se espera a melhor e maior contribuição dos adultos. De
seu cuidado e produção dependem a sociedade como um todo e, em
particular, crianças, jovens, doentes, incapacitados e idosos.
• "Valeu a pena viver?" é a questão característica da oitava idade, ou
seja, das pessoas com mais de 65 anos. "Estou satisfeito com a
vida?", "quanto ela foi ou tem sido valiosa para mim e todos os
meus?", "viver foi um tempo perdido, impossível de recuperar?", de
fato, são questionamentos que os idosos fazem frequentemente.
Refletir sobre eles e tentar encontrar respostas com humanidade faz
parte da sabedoria acumulada.
Sendo resultantes da temporalidade, essas questões acompanham e
marcam as relações que se dão no nível de todas as estruturas
sociais para o desenvolvimento humano, sejam elas as famílias ou
as escolas, sejam os serviços de saúde ou a própria comunidade.
A CRIAN ÇA E A FAMÍLIA
Pais autoritários
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Pais autoritários, ainda que esperem muito de seus filhos não
conseguem ser responsivos ou acolhedores. Fazem exigências
descabidas e inquestionáveis, ditam regras rígidas, mas não
orientam seus filhos sobre como segui-las.
Há uma tentativa de controlar e modelar, de forma rígida, as atitudes
da criança. Pais desse estilo valorizam obediência absoluta,
recorrendo a medidas punitivas (verbais ou físicas) para que o filho
se comporte de acordo com suas exigências. São frequentes as
críticas ou ameaças à criança. Quando Baumrind (1966) estudou as
crianças criadas por um pai autoritário, descobriu que elas, em
geral, tinham temperamento infeliz: pareciam distantes, hostis,
ansiosas e com pouco controle sobre suas próprias emoções
negativas. Isso trazia consequências:
• Os filhos tendiam a apresentar desempenho moderado na escola,
não apresentavam problemas de comportamento e, geralmente,
eram crianças e adolescentes quietos e passivos;
É o estilo dos pais ausentes, que deixam a criança fazer o que bem
quiser. É o que tem mais efeitos negativos sobre as crianças, porque
elas não recebem a atenção de que precisam para se desenvolverem
tendo limites e respeitando regras de convívio cultural ou social.
Esse estilo tez impactos no comportamento também dos pais, já
que:
• Sem tolerância, os pais se aborrecem facilmente com o
choro natural de um bebê ou com os pedidos de uma.
criança ou de um adolescente;
• Quando os filhos chegam ao limite ou quando eles
próprios (os pais) sentem culpa por serem ausentes: podem
se descontrolar exageradamente ou punir com severidade;
• Mantêm apenas a satisfação de necessidades básicas
(físicas, sociais, psicológicas e intelectuais) de seus filhos.
Esse comportamento negligente também traz sérias consequências
para os filhos:
• Apresentam pior desempenho em todas as áreas e podem ter
atraso no desenvolvimento, bem como problemas afetivos e
comportamentais;
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pode estar ligada a uma série de estresses que podem afetar a adaptação da
criança. (SANTROCK. 2014)
Assim como nas famílias divorciadas, as crianças em famílias adotivas têm mais
problemas do que suas contrapartes em famílias não divorciadas. A re-
estabilização geralmente leva mais tempo em famílias adotivas do que em
famílias divorciadas. (SANTROCK 2014)
Aproximadamente 33% das lésbicas e 22%dos gays são pais. Há uma diversidade
considerável entre mães lésbicas, pais gays e seus filhos. Os pesquisadores
encontraram poucas diferenças entre crianças que crescem com pais gays ou
lésbicas e crianças que crescem com pais heterossexuais. (SANTROCK, 2014)
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O tema da criança e da saúde escolar está presente na Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), no Programa Saúde na Escola e nas
Diretrizes Básicas em Saúde Escolar, publicadas pelos departamentos de
Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria de São Paulo e da Sociedade
Brasileira de Pediatria, em parceria com a Associação Brasileira de Saúde
Escolar.
A BNCC divide a educação básica usando a temporalidade até os 18 anos:
educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. A educação infantil
subdivide-se em três etapas: a) para as crianças de 1ano a 1ano e 6 meses,
b) para as crianças de 1 ano e 7 meses a 3 anos 11 meses, e c) pré-escola,
para crianças de 4 anos a 5anos e 11 meses. O ensino fundamental
subdivide-se em duas etapas: a)anos iniciais, para a faixa etária de 6 a 10
anos, e b) anos finais, para adolescentes de 11e 14 anos. E o ensino médio
é para adolescentes com idade de 15 a 17 anos. De um modo geral, a
educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental são
responsabilidade do município, enquanto os anos finais do fundamental e
o ensino médio são responsabilidade do estado. O governo federal provê
recursos e torna decisões técnicas, reguladoras do processo de educação
escolar em todo o Brasil.
A BNCC propõe a seguinte definição de competência:
Mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e
do mundo do trabalho. (BRASIL, 2018)
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outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com
a qual deve se comprometer"
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A seguir, destaco alguns aspectos da questão nutricional lembrados por
Mauro Fisberg e Priscila Maximino (2012):
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• Estilo indulgente: baixa exigência e alta capacidade de resposta. Os
indulgentes "não fixam limites" — a criança pode comer "o que,
quando e onde quiser" — e "ignoram os sinais de fome do filho.
• Estilo negligente: baixa exigência e baixa capacidade de resposta.
O pai ou mãe "não assumem responsabilidades de cuidado","não
fixam limites"e "ignoram necessidades físicas, emocionais e de
fome” da criança.
Conforme Fisberg e Maximino (2012), 50% dos pais adotam um estilo
controlador. E muitos deles "retêm a comida como punição ou a
usam como recompensa". Na prática, pais controladores "estão
ensinando a criança a comer quando não está com fome"e "a comer
para agradar outras pessoas ou para obter algo que ela quer". Assim,
ensinam que "comer não é prazeroso” e que não vaie a pena "gostar
de alimentos saudáveis", mas sim "gostar de alimentos não
saudáveis". Pais que adotam práticas negligentes ou indulgentes
ensinam"um fraco senso de fome e saciedade”, ‘uma relutância em
provar novos alimentos” e "a gostar de comidas não saudáveis".
Pais que adotam práticas alimentares responsivas ensinam seus
filhos a ter "uma compreensão de fome e saciedade, a experimentar
novos alimentos sem estresse, a adotar padrões de refeições
culturais e familiares” e a compreender que "alimentos são bons” e
que "comer é prazeroso". Para isso, segundo os autores, devem ser
adotadas regras alimentares: comer em horários regulares, não
oferecer guloseimas, sucos ou leite entre as refeições e, quando
houver sede, oferecer apenas água. E, principalmente: vale a pena
incentivar a “auto-alimentação”, ou seja, desenvolver a autonomia
alimentar das crianças.
Assim, percebem-se o contraste com as famílias pobres ou
extremamente pobres e a importância que adquiriu a Bolsa Família,
lançado em 2003 pelo governo federal para superar a fome, a miséria
e a vulnerabilidade social (BRASIL, 2004; MARTINS et sl ., 2013).
Trata-se de programa de transferência condicionada de renda que
atendia famílias em situação de pobreza e pobreza extrema
(BRASIL, 2006) e tinha como objetivo principal combater a
escassez monetária, bem como minimizar a fome e, como
consequência, promover a segurança alimentar e nutricional
(BURLANDY, 2007).
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É importante destacar que, segundo a lei 11.346/2006 (Lei de Segurança
Alimentar e Nutricional), segurança alimentar consiste na realização do
direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de
qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a
outras necessidades essenciais, tendo como base práticas
alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade
cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente
sustentáveis". Em contrapartida, a insegurança alimentar pode variar
desde a preocupação básica com a obtenção e comida até os agravos
nutricionais propriamente ditos (HACKETT et al., 2008).
Hoje sabemos que o Bolsa Família possibilitou que os beneficiados
que não tinham alimentação básica suprida passassem a comprar
mais alimentos considerados básicos, como feijão e arroz. Já para as
famílias que tinham a alimentação básica suprida, o programa
possibilitou a aquisição de alimentos mais caros, como frutas,
verduras, legumes, alimentos industrializados e carne (IBASE,
2008). A influência de programas de transferência condicionada de
renda na alimentação e nutrição de famílias no Brasil é, portanto,
positiva (MARTINS et al., 2013).
Ao melhorar quantitativamente o consumo alimentar, o Bolsa
Família pôde promover melhorias também na alimentação e na
saúde das crianças beneficiárias. Um estudo para avaliar o impacto
do programa na qualidade de vida, com amostra aleatória de 3 mil
famílias, verificou que a percepção dos beneficiários sobre o
aumento na frequência de consumo de alimentos antes não
disponíveis na unidade familiar aumentou à medida que aumentava
a faixa do beneficio - e que 94,2% das crianças estudadas faziam
três ou mais refeições ao dia (BRASIL, 2007).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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desenvolvimento e o bem-estar de todas as crianças, seja agora, seja
quando forem adultas.
Referências
BATISTA, M. S. A.; MONDINI, L. M.; JAIME, P. C. Ações do
Programa Saúde na Escola e da alimentação escolar na prevenção
do excesso de peso infantil: experiência no município de Itapevi,
São Paulo, Brasil, 2014. Epidemiologia e Serviços Saude, jul./set.
2017, v. 26, n. 3, p. 569-578. Disponível em: https//www.scielo.br/j/
ress/a/ jR2hMdZgDsnPVQpbwCVsj8L/?lang=pt. Acesso em: 18
fev. 2022.
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MARTINS, A.P.B. et al. Transferência de renda no Brasil e desfechos nutricionais:
revisão sistemática Revista de Saúde Pública, 2013, v.47, n. 6, p. 1159-1171.
Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-
8910.2013047004557. Acesso em: 18 fev. 2022.
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Sumário
Agradecimentos, 9
1. Introdução, 21
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Apêndice I - Observações sobre desenvolvimentos na teoria matemática dos
sistemas, 314
Bibliogra a, 325
Índice, 358
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Introdução
Os sistemas estão em toda parte
Se alguém se dispusesse a analisar as noções correntes e os slogans em
moda encontraria bem no alto da lista a palavra "sistemas". Este conceito
invadiu todos os campos da ciência e penetrou no pensamento popular, na
gíria e nos meios de comunicação de massa. O pensamento em termos de
sistemas desempenha um papel dominante em uma ampla série de campos,
que vão das empresas industriais e dos armamentos até tópicos esotéricos da
ciência pura, sendo-lhe dedicadas inumeráveis publicações, conferências,
simpósios e cursos. Apareceram nos últimos anos pro ssões e empregos
desconhecidos até pouco tempo atrás, tendo os nomes de projeto de
sistemas, análise de sistemas, engenharia de sistemas e outros. São o
verdadeiro núcleo de uma nova tecnologia e tecnocracia. Seus executantes
são os "novos utopistas" de nosso tempo (BOGUSLAW, 1965), que - em
contraste com a raça clássica cujas ideias permaneciam entre as capas dos
livros - estão em ação criando um mundo novo, admirável ou não.
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constituídos pela reunião de componentes originados em tecnologias
heterogêneas, mecânicas, eletrônicas, químicas, etc. As relações entre o
homem e a máquina passam a ter importância e entram também em jogo
inumeráveis problemas nanceiros, econômicos, sociais e políticos. Ainda
mais, o tráfego aéreo ou mesmo o de automóvel já não é mais uma questão de
número de veículos em operação, mas formam sistemas que devem ser
planejados ou organizados. Assim, são numerosos os problemas que estão
surgindo na produção, no comércio e nos armamentos.
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Esta evolução seria simplesmente mais uma das múltiplas facetas da
modi cação que se passa em nossa sociedade tecnológica contemporânea se
não fosse a existência de um importante fator que pode não ser devidamente
compreendido pelas técnicas altamente complicadas e necessariamente
especializadas da ciência dos computadores, da engenharia dos sistemas e
campos relacionados com estas últimas. Não é apenas a tendência da
tecnologia de fazer as coisas maiores e melhores (ou, no caso oposto, mais
lucrativas, destruidoras, ou ambas). Trata-se de uma transformação nas
categorias básicas de pensamento da qual as complexidades da moderna
tecnologia são apenas uma - e possivelmente não a mais importante -
manifestação. De uma maneira ou de outra, somos forçados a tratar com
complexos, com "totalidades" ou "sistemas" em todos os campos de
conhecimento. Isto implica uma fundamental reorientação do pensamento
cientí co.
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[Quando entrei para o Institute for Advanced Study em Princeton] tomei esta
decisão na esperança de que esfregando os cotovelos nesses grandes físicos
e matemáticos atômicos aprenderia alguma coisa a respeito da matéria viva.
Mas, logo assim que revelei que em qualquer sistema vivo existem mais de
dois elétrons, os físicos não quiseram mais falar comigo. Com todos os seus
computadores não sabiam dizer o que o terceiro elétron poderia fazer. O que
há de notável no caso é que o elétron sabe exatamente o que tem de fazer.
Assim, esse pequeno elétron conhece uma coisa que todos os sábios de
Princeton ignoram, e que só pode ser uma coisa muito simples.
Exige-se algo radical, que terá de ir muito além da física. Está sendo forjada
uma nova compreensão do mundo, mas será exigida muita experiência e
argumentação antes de chegar a uma forma de nitiva. Terá de ser coerente,
de incluir e esclarecer o novo conhecimento das partículas fundamentais e de
seus campos complexos, de resolver os paradoxos de onda e partícula, terá
de tornar igualmente inteligíveis o mundo interior do átomo e os amplos
espaços do universo. Deverá ter dimensões diferentes de todas as anteriores
concepções do mundo e incluir em si a explicação do desenvolvimento e da
origem de novas coisas. Neste sentido terá naturalmente de alinhar-se com as
tendências convergentes das ciências biológicas e sociais, nas quais um
modelo regular se entrosa com a história de sua evolução.
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há mais de quarenta anos. A biologia não tem de ocupar-se apenas com o
nível físico-químico ou molecular, mas também com os níveis mais elevados
de organização da matéria viva.
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de adjetivo tanto a "órgão" quanto a "organismo", não expressaria o que o
autor pretende dizer (N.T.).
tão aquele autor requintou, modi cou e aplicou seus conceitos, criou uma
sociedade para difundir a teoria geral dos sistemas e publicou General
Systems Yearbook. Muitos cientistas sociais, mas apenas alguns poucos
psiquiatras estudaram, compreenderam ou aplicaram a teoria dos sistemas.
De re-pente, sob a direção do Dr. William Gray, de Boston, foi alcançado um
limiar, de modo que na 122ª reunião anual da American Psychiatric Association
em 1966 foram realizadas duas sessões nas quais se discutiu esta teoria,
cando estabelecidos encontros regulares de psiquiatras para a futura
participação no desenvolvimento desta "Teoria Uni cada do Comportamento
Humano". Se tiver de haver uma terceira revolução (isto é, depois da
psicoanalítica e da behaviorista), esta será a do desenvolvimento de uma
teoria geral (p. ix).
Quando uma sala com 1.500 pessoas está tão apinhada que centenas cam
de pé durante toda uma sessão matinal, o assunto deve ser de tal natureza
que desperte agudo interesse no público. Tal era a situação no simpósio sobre
o uso de uma teoria geral dos sistemas em psiquiatria, que teve lugar na
reunião realizada em Detroit pela American Psychiatric Associa-tion (DAMUDE,
1967).
O mesmo acontece nas ciências sociais. Uma única conclusão segura pode
tirar-se do largo espectro, da espalhada confusão e das contradições das
teorias sociológicas contemporâneas (SOROKIN, 1928, 1966), a saber, que os
fenômenos sociais devem ser considerados como "sistemas", por mais difíceis
e mal estabelecidas que sejam atualmente as de nições das entidades
socioculturais. Existe uma perspectiva cientí ca revolucionária (derivada) do
movimento de Pesquisa de Sistemas Gerais e (com uma) riqueza de princípios,
ideias e concepções que já trouxeram um alto grau de ordem e de
compreensão cientí cas a muitas áreas da biologia, psicologia e algumas
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ciências físicas ... A moderna pesquisa dos sistemas pode fornecer a base de
uma estrutura mais capaz de fazer justiça às complexidades e propriedades
dinâmicas do sistema sociocultural (BUCKLEY, 1967).
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Todos os dias um incontável número de críticos dizem-nos isto, citando
argumentos irrefutáveis. Mas nem os dirigentes nacionais nem a sociedade em
totalidade parecem ser capazes de fazer alguma coisa a respeito desta
situação. Se não aceitarmos uma explicação teísta - Quem Deus perdere vult
dementai - parece que seguimos uma trágica necessidade histórica.
Esta teoria é "moldada em uma loso a que adota a premissa de que a única
maneira inteligível de estudar uma organização é estudá-la como sistema",
uma vez que a análise dos sistemas trata "a organização como um sistema de
variáveis mutuamente dependentes". Por conseguinte, "a teoria moderna das
organizações conduz quase inevitavelmente à discussão da teoria geral dos
sistemas" (SCOTT, 1963). Conforme as palavras de um pro ssional da
pesquisa operacional, nas últimas duas décadas assistimos à emergência do
"sistema" como conceito-chave na pesquisa cientí ca. Evidentemente, os
sistemas já eram estudados há séculos, mas algo novo foi agora
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acrescentado... A tendência a estudar os sistemas como uma entidade e não
como um aglomerado de partes está de acordo com a tendência da ciência
contemporânea que não isola mais os fenômenos em contextos estreitamente
con nados, mas abre-se ao exame das interações e investiga setores da
natureza cada vez maiores. Sob a égide da pesquisa dos sistemas (e seus
numerosos sinônimos) assistimos também à convergência de muitas criações
mais especializadas da ciência contemporânea... Esta pesquisa prossegue e
muitas outras estão sendo entrelaçadas em um esforço conjunto de
investigação, que envolve um espectro cada vez mais amplo de disciplinas
cientí cas e tecnológicas. Estamos participando do que é provavelmente o
mais amplo esforço para chegar a uma síntese do conhecimento cientí co
como jamais foi feita (ACKOFF, 1959).
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de todo e substituído pelos equipamentos dos computadores, pela maquinaria
autorregulável e coisas semelhantes, ou tem de ser tornado tão digno de
con ança quanto possível, isto é, mecanizado, conformista, controlado e
padronizado. Em termos mais ásperos, o homem no grande sistema tem de
ser - e em larga extensão já é - um débil mental, um idiota amestrado ou
dirigido por botões, isto é, altamente treinado em alguma estreita
especialização ou então tem de ser simples parte da máquina. Isto está de
acordo com um princípio bem conhecido dos sistemas, o da progressiva
mecanização, na qual o indivíduo se torna cada vez mais uma roda dentada
dominado por uns poucos líderes privilegiados, mediocridades e misti ca-
dores que só têm em vista seus interesses privados sob a cortina de fumaça
das ideologias (SOROKIN, 1966, p. 5585).
Tanto quanto é possível saber, a ideia de uma "teoria geral dos sistemas" foi
pela primeira vez introduzida por este autor, anteriormente à cibernética, à
engenharia dos sistemas e ao surgimento de campos a ns. A história da
maneira pela qual foi conduzida a esta noção acha-se narrada resumidamente
em outro lugar deste livro (p. 125ss), mas parece conveniente fazer-se uma
certa ampliação tendo em vista as recentes discussões.
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lo remontar a Leibniz, a Nicolau de Cusa, com sua coincidência dos opostos, à
medicina mística de Paracelso, à visão da história de Vico e Ibn-Kaldun,
considerada como uma série de entidades ou "sistemas" culturais, à dialética
de Marx e Hegel, para não mencionar mais do que alguns poucos nomes
dentre uma rica panóplia de pensadores. O apreciador de literatura pode
lembrar o De ludo globi de Nicolau de Cusa (1463; cf. VON BERTALANFFY,
1928b) e o Glasperlens-piel de Hermann Hesse, ambos vendo a construção do
mundo re etida em um jogo abstrato habilmente planejado. Houve algumas
obras preliminares no campo da teoria geral dos sistemas. As Gestalten físicas
de Köhler (1924) indicavam esta direção, mas não trataram do problema em
toda a sua generalidade, limitando-se às Gestalten em física (e nos fenômenos
biológicos e psicológicos presumivelmente interpretáveis nesta base). Em uma
publicação posterior (1927), Köhler levantou o postulado de uma teoria dos
sistemas destinada a elaborar as propriedades mais gerais dos sistemas
inorgânicos comparadas as dos sistemas orgânicos. Até certo ponto esta
exigência foi satisfeita pela teoria dos sistemas abertos.
A obra clássica de Lotka (1925) foi a que mais se aproximou do objetivo e por
isso devemos-lhe algumas formulações básicas. De fato, Lotka tratou do
conceito geral de sistemas (não tendo se restringido, como Köhler, aos
sistemas da física). Sendo um estatístico, porém, interessado nos problemas
da população mais do que nos problemas biológicos do organismo individual,
Lotka, de modo um tanto estranho, concebeu as comunidades como
sistemas, ao mesmo tempo em que considerava o organismo individual como
uma soma de células.
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O autor deste livro, na década de 1920, cou intrigado com as evidentes
lacunas existentes na pesquisa e na teoria da biologia. O enfoque mecanicista
então prevalecente, que acabamos de mencionar, parecia desprezar ou negar
de todo exatamente aquilo que é essencial nos fenômenos da vida. O autor
advogava uma concepção organísmica na biologia, que acentuasse a
consideração do organismo como totalidade ou sistema e visse o principal
objetivo das ciências biológicas na descoberta dos princípios de organização
em seus vários níveis. Os primeiros enunciados do autor datam de 1925-1926,
ao passo que a loso a do "mecanicismo orgânico" de Whitehead foi
publicada em 1925. O trabalho de Cannon sobre a homeostase apareceu em
1929 e 1932. A concepção organísmica teve como grande precursor Claude
Bernard, mas sua obra era pouco conhecida fora da França, e mesmo agora
ainda espera sua completa valorização (cf. BERNAL, 1957, p. 960). O
aparecimento simultâneo de ideias semelhantes independentemente umas das
outras e em diferentes continentes era um sintomático indício de uma nova
tendência que necessitaria, porém, de tempo para chegar a ser aceita.
Estas observações são suscitadas pelo fato de que nos últimos anos a
"biologia organísmica" foi re-acentuada por importantes biologistas
americanos (DUBOS, 1964, 1967; DOBZHANSKY, 1966; COMMONER, 1961),
os quais porém não mencionam o trabalho muito antigo do presente autor,
embora seja reconhecido na literatura da Europa e dos países socialistas (por
exemplo, UNGERER, 1966; BLANDINO, 1960; TRIBINO, 1946; KANAEV, 1966;
KAMARYT, 1961, 1963; BENDMANN, 1963, 1967; AFA-NASJEW, 1962). Pode-
se declarar com certeza que as recentes discussões do assunto (por exemplo,
NAGEL, 1961; HEMPEL, 1965, BECKNER, 1959; SMITH, 1966; SCHAFFNER,
1967), embora referindo-se naturalmente aos progressos da biologia nos
últimos quarenta anos, não acrescentaram qualquer ponto de vista novo ao
que tinha sido feito pelo trabalho deste autor.
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ortodoxas tornaram impossível vir a ser um bom positivista. Mais fortes eram
suas ligações com o grupo de Berlim da "Sociedade de Filoso a Empírica"
existente na década de 1920, na qual tinha papel proeminente o lósofo e
físico Hans Reichenbach, o psicólogo A. Herzberg, o engenheiro Parseval
(inventor da aeronave dirigível).
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tornou-se um esporte caseiro de moda e generosamente nanciado, é difícil
imaginar a resistência feita a estas ideias. A a rmação do conceito de teoria
geral dos sistemas, especialmente pelo falecido professor Otto Pötzl, famoso
psiquiatra vienense, ajudou o autor a vencer suas inibições e publicar um
comunicado (reproduzido no capítulo 3 deste livro). Mais uma vez o destino
interveio. O artigo (na Deutsche Zeitschrift für Philosophie) chegou ao estágio
das provas, mas o número da revista que devia contê-lo foi destruído na
catástrofe da última guerra. Depois da guerra, a teoria geral dos sistemas foi
apresentada em conferências (cf. Apêndice), amplamente discutida com os
físicos (VON BERTALANFFY, 1948a) e discutida em conferência e simpósios
(por exemplo, VON BERTALANFFY e col., 1951).
Ou, ainda uma vez, dizia-se que a teoria era losó ca e metodologicamente
infundada, porque a alegada "irredutibilidade" dos níveis superiores aos
inferiores tendia a impedir a pesquisa analítica, cujo sucesso era evidente em
vários campos, tais como na redução da química aos princípios físicos ou dos
fenômenos da vida à biologia molecular.
Aos poucos foi-se compreendendo que estas objeções não atingiam o alvo no
que diz respeito à natureza da teoria dos sistemas, a saber, a tentativa de uma
interpretação e uma teoria cienti ca em assuntos nos quais anteriormente não
existiam, e chegar a uma generalidade mais alta do que a das ciências
especiais. A teoria geral dos sistemas atendia a uma secreta tendência de
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várias disciplinas. Uma carta de K. Boulding, economista, datada de 1953,
resume bem a situação:
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O Anuário da Sociedade, General Systems, e cientemente dirigido por A.
Rapoport, tem sido desde então seu órgão. Deliberadamente General Systems
não segue uma orientação rígida, mas ao contrário oferece lugar para artigos
de intenção diferente, conforme parece adequado em um campo que precisa
de ideias e exploração. Grande número de pesquisas e publicações
comprovam esta tendência em vários campos. Apareceu uma revista,
Mathematical Systems Theory.
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sobrenatural. Para poder prosseguir no estudo dos acontecimentos o
pensamento cientí co teve de rejeitar essas crenças na nalidade e estes
conceitos de operações teleológicas, substituindo-os por uma concepção da
natureza estritamente mecanicista e determinista. Esta concepção mecanicista
tornou-se rmemente estabelecida com a demonstração de que o universo
baseava-se na operação de partículas anônimas que se movem ao acaso, de
maneira desordenada, dando origem, por sua multiplicidade, à ordem e à
regularidade de uma natureza estatística, como na física clássica e nas leis dos
gases. O indiscutível sucesso desses conceitos e métodos em física e em
astronomia, e mais tarde em química, deram à biologia e à siologia sua
principal orientação. Este enfoque dos problemas dos organismos foi
reforçado pela preocupação analítica da cultura e das línguas europeias
ocidentais. As suposições fundamentais de nossas tradições e as persistentes
implicações da linguagem que usamos quase nos impelem a abordar o estudo
de qualquer objeto su-pondo-o composto de partes ou fatores separados,
discretos, que devemos isolar e identi car como causas poderosas. Daí
decorre nossa preocupação com o estudo da relação de duas variáveis.
Assistimos hoje a procura de novas abordagens para novos e mais amplos
conceitos e métodos capazes de tratar de grandes totalidades de organismos
e personalidades. O conceito de mecanismos teleológicos, sejam quais forem
os termos que o exprimam, pode ser considerado uma tentativa de escapar
daquelas velhas formulações mecanicistas que agora se mostram
inadequadas e fornecer novas e mais fecundas concepções e metodologias
mais e cazes para estudarem processos autorreguladores, sistemas e
organismos auto-orientados e personalidades que se dirigem a si mesmas.
Assim, os termos retroação, servo-mecanismos, sistemas circulares e
processos circulares podem ser considerados expressões diferentes, mas
equivalentes da mesma concepção básica (FRANK e col., 1948, resumido).
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errôneas. Assim, Buckley (1967, p. 36) declara que "a moderna teoria dos
sistemas, embora aparentemente tenha surgido de modo original do esforço
realizado na última guerra, pode ser considerada a culminação de um amplo
movimento na perspectiva cientí ca que tendia a tornar-se dominante desde
os últimos séculos". Embora a segunda parte da proposição seja verdadeira, a
primeira não é. A teoria dos sistemas não "surgiu do esforço realizado na
última guerra", mas remonta a tempos muito anteriores e tem raízes
inteiramente diferentes dos equipamentos militares e realizações tecnológicas
a ns. Tampouco houve uma "emergência da teoria dos sistemas partindo de
recentes progressos na análise dos sistemas de engenharia" (SHAW, 1965),
exceto em um sentido especial da palavra.
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aceita e praticada no momento. Por conseguinte, há um deslocamento nos
problemas observados e estudados e uma mudança das regras da prática
cientí ca, comparável à troca nas gestalten perceptíveis nas experiências
psicológicas, quando por exemplo a mesma gura pode ser vista como
constituída por dois per s ou por uma taça, um pato ou um coelho. E bem
compreensível que nessas fases críticas seja acentuada a importância da
análise losó ca, que não é sentida com a mesma necessidade em períodos
de crescimento da ciência "normal". As primitivas versões de um novo
paradigma são na maioria das vezes toscas, resolvem poucos problemas e as
soluções dadas aos problemas individuais estão longe de serem perfeitas. Há
uma profusão e competição de teorias, cada uma das quais limitadas no que
diz respeito ao número de problemas a que se referem e à solução elegante
daqueles que são levados em consideração. Contudo, o novo paradigma
abrange novos problemas, especialmente os que anteriormente eram
rejeitados como "metafísicos".
Estes critérios foram extraídos por Kuhn do estudo das revoluções "clássicas"
em física e química, mas são uma excelente descrição das transformações
realizadas pelos conceitos de organismo e de sistema, elucidando ao mesmo
tempo os méritos e as limitações destes conceitos. Especialmente, mas não
de modo surpreendente, a teoria dos sistemas abrange um certo número de
enfoques diferentes quanto ao estilo e às nalidades.
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isoláveis, procura de unidades "atômicas" nos vários campos da ciência, etc.
O progresso da ciência mostrou que estes princípios da ciência clássica -
enunciados primeiramente por Galileu e Descartes - têm grande sucesso em
um amplo domínio de fenômenos.
Estas condições não são satisfeitas pelas entidades chamadas sistemas, isto
é, consistindo de partes "em interação". O protótipo de sua descrição é um
conjunto de equações diferenciais simultâneas (p. 84ss), não lineares no caso
geral. Um sistema ou "complexidade organizada" (p. 57) pode ser de nido
pela existência de "fortes interações" (RAPOPORT, 1966) ou de interações
"não triviais" (SIMON, 1965), isto é, não lineares. O problema metodológico da
teoria dos sistemas consiste portanto em preparar-se para resolver problemas
que, comparados aos problemas analíticos e somatórios da ciência clássica,
são de natureza mais geral.
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enfoques mais importantes são os seguintes (para uma boa compilação veja-
se DRISCHEL, 1968):
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Por esta razão, os computadores inauguraram um novo enfoque na pesquisa
dos sistemas, não somente por facilitarem os cálculos que, a não ser assim,
excederiam o tempo e a energia dispo-níveis, substituindo a engenhosidade
matemática por procedimentos de rotina, mas também abrindo campos onde
não existiam teorias matemáticas ou meios de solução. Assim, sistemas que
excedem de muito a matemática convencional podem ser submetidos à
computação. Por outro lado, as experiências reais de laboratório podem ser
substituídas pela simulação em computadores sendo o modelo desenvolvido
dessa maneira submetido em seguida à prova pelos dados experimentais.
Deste modo, por exemplo, P. Hess calculou a cadeia de 14 estágios da reação
da glicólise na célula usando um modelo de mais de 100 equações diferenciais
não lineares. As análises deste tipo são agora rotineiras em economia, na
pesquisa de mercado, etc.
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Teoria dos grá cos. Muitos problemas dos sistemas referem-se a propriedades
estruturais ou topológicas dos sistemas, e não a relações quantitativas. A este
respeito dispomos de várias abordagens. A teoria dos grá cos, especialmente
a teoria dos grá cos dirigidos (digrá cos), elabora as estruturas relacionais
representando-as em um espaço topológico. Foi aplicada a aspectos
relacionais da biologia (RASHEVSKY, 1956, 1960; ROSEN, 1960).
A teoria das redes, por sua vez, liga-se às teorias dos conjuntos, dos grá cos,
dos compartimentos, etc. e aplica-se a sistemas tais como as redes nervosas
(por exemplo, RAPOPORT, 1949-1950).
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possa ser usada como medida de organização (cf. p. 42; QUASTLER, 1955).
Embora a teoria da informação tenha adquirido importância na engenharia da
comu-nicação, suas aplicações para a ciência permaneceram bastante in-
convincentes (QILBERT, 1966). A relação entre a informação e a organização, a
teoria da informação e a termodinâmica continua sendo um importante
problema (cf. p. 197ss).
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investigação dos sistemas, incluindo poderosos métodos matemáticos. O
ponto sobre o qual convém insistir é que os problemas anteriormente situados
fora do campo de exame, não tratados ou considerados estarem além da
ciência ou serem puramente losó cos, tornam-se progressivamente
explorados.
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feitos. Estas limitações e lacunas eram de esperar em um campo que tem
apenas pouco mais de vinte ou trinta anos de existência. Em última instância,
o desapontamento resulta da transformação de um modelo útil sob certos
aspectos em uma realidade metafísica e uma loso a do tipo "não é outra
coisa senão", conforme muitas vezes aconteceu na história intelectual.São
bem conhecidas as vantagens dos modelos matemáticos, a saber, a ausência
de ambiguidade, possibilidade de estrita dedução, veri cabilidade por meio de
dados observados. Isto não signi ca que os modelos formulados em
linguagem ordinária devam ser desprezados ou recusados.
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outros campos mostraram os efeitos obsecantes daquilo que Kuhn chamou a
ciência "normal", isto é, os esquemas conceituais admitidos em caráter
monolítico.
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número de etapas requeridas é "imenso" , isto é, não in nito mas por exemplo
superando o número de partículas existentes no universo (avaliado ser da
ordem de 10%) ou de acontecimentos possíveis na duração do universo ou de
algumas de suas subunidades? (segundo a opinião de Elsasser, 1966, um
número cujo logaritmo é um número grande). Estes números imensos
aparecem em muitos problemas de sistemas com exponenciais, fatoriais e
outras funções explosivamente crescentes. São encontrados em sistemas
mesmo de um número moderado de componentes com fortes (não
desprezíveis) interações (ASHBY, 1964). Para "ma-peá-los" em uma máquina
de Turing seria preciso uma ta de comprimento "imenso", isto é, que
excedesse não somente as limitações práticas mas as limitações físicas.
Consideremos a título de simples exemplo um grá co dirigido de N pontos
(RAPOPORT, 1959b): Entre cada par pode existir ou não existir uma seta (duas
possibilidades). Há, por-tanto, 2'' diferentes modos de ligar os N pontos. Se N
for somente 5, há mais de um milhão de modos de ligar os pontos.
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possíveis proteínas ou enzimas), mas essencialmente com o mesmo resultado.
Ainda uma vez, de acordo com Hart (1959), a invenção humana pode ser
concebida como constituída por novas combinações de elementos
anteriormente existentes. Se assim é, a oportunidade de novas invenções
aumentará aproximadamente como função do número de possíveis
permutações e combinações de elementos disponíveis, o que signi ca que
este aumento será um fatorial do número de elementos. Por conseguinte, a
taxa de aceleração das transformações sociais está ela própria se acelerando,
de modo que em muitos casos será encontrada numa mudança cultural não
uma aceleração logarítmica, mas uma aceleração log-log. Hart apresenta
interessantes curvas mostrando que o aumento na velocidade humana, nas
áreas de morticínio das armas, na expectativa da vida, etc. seguem realmente
esta expressão, isto é, o ritmo de crescimento cultural não é exponencial ou
do tipo de juros compostos, mas constitui uma superaceleração à maneira da
curva log-log. De modo geral, os limites dos autômatos aparecerão se a
regulação de um sistema for dirigida não contra um único ou um ilimitado
número de perturbações, mas contra perturbações "arbitrárias", isto é, um
número inde nido de situações que possivelmente não teriam sido "previstas".
E isto largamente o que acontece no caso das regulações embrionárias (por
exemplo, experiências de Driesch) e neurais (por exemplo, experiências de
Lashley). As regulações resultam aqui da interação de muitos componentes
(cf. discussão em JEFFRIES, 1951, p. 32s).
Isto, segundo o próprio von Neumann admite, parece estar ligado com as
tendências à "autorrestauração" dos sistemas organísmicos ao contrário do
que acontece com os sistemas tecnológicos.
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de regulações subsequentes a perturbações "arbitrárias", o mesmo
acontecendo com acontecimentos nos quais o número de fases exigido é
"imenso" no sentido indicado. Surgem problemas relativos à possibilidade de
realização mesmo à parte dos paradoxos relacionados com os conjuntos
in nitos.
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1965) relacionadas com a teoria das matrizes e formulações em termos da
lógica matemática (WOODGER, 1930-1931). Na teoria dos grá cos a ordem
hierárquica é expressa pela "árvore" podendo os aspectos relacionais das
hierarquias ser representados dessa maneira. Mas o problema é muito mais
amplo e profundo. A questão da ordem hierárquica está intimamente
relacionada com as questões da diferenciação, da evolução e com a medida
da organização, que não parece ser adequadamente expressa em termos quer
da energética (entropia negativa) quer da teoria da informação (bits). Em última
instância, conforme dissemos, a ordem hierárquica e a dinâmica podem ser a
mesma coisa, conforme Koestler exprimiu graciosamente em sua imagem de
"A árvore e a vela"
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Signi cado da Teoria Geral dos
Sistemas
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Era o objetivo da física clássica, eventualmente, resolver os fenômenos
naturais em um jogo de unidades elementares governadas por leis "cegas" da
natureza. Isso foi expresso no ideal do espírito Laplaceano que, a partir da
posição e do momento das partículas, pode prever o estado do universo a
qualquer momento. Essa visão mecanicista não foi alterada, mas sim
reforçada quando as leis determinísticas da física foram substituídas por leis
estatísticas. De acordo com a derivação de Boltzmann do segundo princípio
da termodinâmica, os eventos físicos são direcionados para estados de
probabilidade máxima, e as leis físicas, portanto, são essencialmente "leis da
desordem", o resultado de eventos estatísticos não ordenados. Em contraste
com essa visão mecanicista, no entanto, problemas de totalidade, interação
dinâmica e organização têm aparecido nos vários ramos da física moderna. Na
relação de Heisenberg e na física quântica, tornou-se impossível resolver
fenômenos em eventos locais; problemas de ordem e organização aparecem
se a questão é a estrutura dos átomos, a arquitetura das proteínas ou os
fenômenos de interação na termodinâmica.
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dinâmicas. Finalmente, nas ciências sociais, o conceito de sociedade como
uma soma de indivíduos como átomos sociais, por exemplo, o modelo do
Homem Econômico, foi substituído pela tendência de considerar a sociedade,
a economia e a nação como um todo superordinadas às suas partes. Isso
implica os grandes problemas da economia planejada, da dei cação da nação
e do estado, mas também re ete novas maneiras de pensar.
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teoria foi expandida para incluir processos irreversíveis, sistemas abertos e
estados de desequilíbrio. Se, no entanto, quisermos aplicar o modelo de
sistemas abertos a, digamos, os fenômenos do crescimento animal, chegamos
automaticamente a uma generalização da teoria referindo-se não a unidades
físicas, mas a unidades biológicas. Em outras palavras, estamos lidando com
sistemas generalizados. O mesmo é verdade para os campos da cibernética e
da teoria da informação que ganharam tanto interesse nos últimos anos.
Dessa forma, postulamos uma nova disciplina chamada Teoria Geral dos
Sistemas. Seu assunto é a formulação e derivação dos princípios que são
válidos para "Sistemas" em geral.
O signi cado desta disciplina pode ser circunscrito da seguinte forma. A física
está preocupada com sistemas de diferentes níveis de generalidade. Estende-
se de sistemas bastante especiais, como os aplicados pelo engenheiro na
construção de uma ponte ou de uma máquina; a leis especiais de disciplinas
físicas, como mecânica ou óptica; a leis de grande generalidade, como os
princípios da termodinâmica que se aplicam a sistemas de natureza
intrinsecamente diferente, mecânica, calórica, química ou o que quer que seja.
Nada prescreve que tenhamos que terminar com os sistemas tradicionalmente
tratados na física.
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sistemas generalizados, independentemente de seu tipo particular, elementos
e "forças" envolvidas.
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Os isomor smos do sistema também aparecem em problemas que são
recalcitrantes à análise quantitativa, mas, no entanto, são de grande interesse
intrínseco. Existem, por exemplo, isomor as entre sistemas biológicos e
"epiorganismos" (Gerard), como comunidades animais e sociedades humanas.
Quais princípios são comuns aos vários níveis de organização e, portanto,
podem ser legitimamente transferidos de um nível Para outro, e quais são
especí cos para que a transferência leve a falácias perigosas? Sociedades e
civilizações podem ser consideradas como sistemas?
Parece, portanto, que uma teoria geral dos sistemas seria uma ferramenta útil,
fornecendo, por um lado, modelos que podem ser usados e transferidos para
diferentes campos e salvaguardando, por outro lado, de analogias vagas que
muitas vezes estragaram o progresso nesses campos.
Há, no entanto, outro aspecto ainda mais importante da teoria geral dos
sistemas. Pode ser parafraseado por uma formulação feliz devido ao
conhecido matemático e fundador da teoria da informação, Warren Weaver. A
física clássica, disse Weaver, foi muito bem-sucedida no desenvolvimento da
teoria da complexidade desorganizada. Assim, por exemplo, o comportamento
de um gás é o resultado dos movimentos não organizados e individualmente
não rastreáveis de inúmeras moléculas; como um todo, é regido pelas leis da
termodinâmica. A teoria da complexidade desorganizada está, em última
análise, enraizada nas leis do acaso e da probabilidade e na segunda lei da
termodinâmica. Em contraste, o problema fundamental hoje é o da
complexidade organizada. Conceitos como os de organização, totalidade,
diretividade, tele-ologia e diferenciação são estranhos à física convencional.
No entanto, eles aparecem Em todos os lugares nas ciências biológicas,
comportamentais e sociais, e são, de fato, indispensáveis para lidar com
organismos vivos ou grupos sociais. Assim, um problema básico colocado
para a ciência moderna é uma teoria geral da organização. A teoria geral dos
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sistemas é, em princípio, capaz de dar de nições exatas para tais conceitos e,
em casos adequados, de colocá-los em análise quantitativa.
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Outra objeção enfatiza o perigo de que a teoria geral do sistema possa acabar
em analogias sem sentido. Esse perigo realmente existe. Por exemplo, é uma
ideia generalizada olhar para o estado ou a nação como um organismo em um
nível superordinado. Tal teoria, no entanto, constituiria a base para um estado
totalitário, dentro do qual o indivíduo humano aparece como uma célula
insigni cante em um organismo ou um trabalhador sem importância em uma
colmeia.
Mas a teoria geral dos sistemas não é uma busca por analogias vagas e
super ciais.
As analogias como tal são de pouco valor, pois além de semelhanças entre
fenômenos, as dissimilaridades sempre podem ser encontradas também. O
isomor smo em discussão é mais do que mera analogia. É uma consequência
do fato de que, em certos aspectos, abstrações e modelos conceituais
correspondentes podem ser aplicados a diferentes fenômenos. Somente em
vista desses aspectos as leis do sistema serão aplicadas. Isso não é diferente
do procedimento geral na ciência. É a mesma situação de quando a lei da
gravitação se aplica à maçã de Newton, ao sistema planetário e aos
fenômenos das marés.
Uma terceira objeção a rma que a teoria do sistema não tem valor explicativo.
Por exemplo, certos aspectos da nalidade orgânica, como a chamada
equi nalidade dos processos de desenvolvimento (p. 40), estão abertos à
interpretação teórica do sistema.
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Ninguém, no entanto, hoje é capaz de de nir em detalhes os processos que
levam de um óvulo animal a um organismo com sua miríade de células, órgãos
e funções altamente complicadas.
"Em princípio", mas eles não são capazes de prever utuações no mercado de
ações em relação a certas ações ou datas. A explicação em princípio, no
entanto, é melhor do que nenhuma. Se e quando formos capazes de inserir os
parâmetros necessários, a explicação sistemática "em princípio" se torna uma
teoria, semelhante em estrutura às da física.
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em uma con guração superior, etc.; em suma, "sistemas" de várias ordens
não compreensíveis pela investigação de suas respectivas partes isoladas.
Concepções e problemas dessa natureza apareceram em todos os ramos da
ciência, independentemente de coisas inanimadas, organismos vivos ou
fenômenos sociais serem objeto de estudo. Esta correspondência é mais
marcante porque os desenvolvimentos nas ciências individuais eram
mutuamente independentes, em grande parte inconscientes um do outro e
baseados em fatos diferentes e loso as contraditórias. Eles indicam uma
mudança geral na atitude e concepções cientí cas.
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experimentação biológica e médica, genética, estatística de seguros de vida,
etc.
(1) Há uma tendência geral para a integração nas várias ciências, naturais e
sociais.
(2) Tal integração parece estar centrada em uma teoria geral de sistemas.
(3) Tal teoria pode ser um meio importante para visar a teoria exata nos
campos não físicos da ciência.
(5) Isso pode levar a uma integração muito necessária na educação cientí ca.
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maneira usual de raciocínio matemático, condições mais especi cadas forem
introduzidas, muitas propriedades importantes podem ser encontradas de
sistemas em geral e casos mais especiais (cf. Capítulo 3).
Agora vou ilustrar a teoria geral dos sistemas por meio de alguns exemplos.
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provável, no entanto, de uma mistura, digamos, de contas de vidro vermelhas
e azuis, ou de moléculas com velocidades diferentes, é um estado de
desordem completa; ter separado todas as contas vermelhas de um lado e
todas as azuis do outro, ou ter, em um espaço fechado, todas as moléculas
rápidas, ou seja, uma temperatura alta no lado direito, e todas as lentas, uma
temperatura baixa, à esquerda, é um estado de coisas altamente improvável.
Portanto, a tendência à entropia máxima ou à distribuição mais provável é a
tendência à desordem máxima.
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exemplo, o movimento em um planetário Sistema onde as posições dos
planetas em um tempo t são inequivocamente determinadas por suas
posições de cada vez para. Ou em um equilíbrio químico, as concentrações
nais dos reagentes dependem naturalmente das concentrações iniciais. Se as
condições iniciais ou o processo forem alterados, o estado nal também será
alterado. Isso não é assim em sistemas abertos. Aqui, o mesmo estado nal
pode ser alcançado a partir de diferentes condições iniciais e de maneiras
diferentes. Isso é o que é chamado de equi nalidade, e tem um signi cado
signi cativo para os fenômenos da regulação biológica. Aqueles que estão
familiarizados com a história da biologia lembrarão que foi apenas a
equi nalidade que levou o biólogo alemão Driesch a abraçar o vitalismo, ou
seja, a doutrina de que os fenômenos vitais são inexplicáveis em termos de
ciência natural. O argumento de Driesch foi baseado em experimentos em
embriões no início do desenvolvimento. O mesmo resultado nal, um indivíduo
normal do ouriço-do-mar, pode se desenvolver a partir de um óvulo completo,
de cada metade de um óvulo dividido ou do produto de fusão de dois óvuos
inteiros. O mesmo se aplica a embriões de muitas outras espécies, incluindo o
homem, onde gêmeos idênticos são o produto da divisão de um óvulo. A
equi nalidade, de acordo com Driesch, contradiz as leis da física e só pode ser
realizada por um fator vitalista semelhante à alma que governa os processos
de previsão do objetivo, o organismo normal para Ser estabelecido. Pode-se
mostrar, no entanto, que os sistemas abertos, na medida em que atingem um
estado estacionário, devem mostrar equi nalidade, de modo que a suposta
violação das leis físicas desaparece (cf. pp. 132f.).
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degradada em calor uniformemente distribuído de baixa temperatura, e o
processo mundial pára. Em contraste, o mundo vivo mostra, no
desenvolvimento embrionário e na evolução, uma transição para uma ordem
superior, heterogeneidade e organização. Mas com base na teoria dos
sistemas abertos, a aparente contradição entre entropia e evolução
desaparece. Em todos os processos irreversíveis, a entropia deve aumentar.
Portanto, a mudança de entropia em sistemas fechados é sempre positiva; a
ordem é continuamente destruída. Em sistemas abertos, no entanto, não
temos apenas a produção de entropia devido a processos irreversíveis, mas
Também importação de entropia que pode muito bem ser negativa. Este é o
caso do organismo vivo que importa moléculas complexas ricas em energia
livre. Assim, os sistemas vivos, mantendo-se em um estado estacionário,
podem evitar o aumento da entropia e podem até se desenvolver em direção a
estados de maior ordem e organização.
Entre outras coisas, mostra que muitas supostas violações das leis físicas na
natureza viva não existem, ou melhor, que elas desaparecem com a
generalização da teoria física. Em uma versão generalizada, o conceito de
sistemas abertos pode ser aplicado a níveis não físicos. Exemplos são seu uso
em ecologia e a evolução em direção a uma formação de clímax (Whittacker),
em psicologia, onde os "sistemas neurológicos" foram considerados como
"sistemas dinâmicos abertos" (Krech), na loso a, onde a tendência para
"trans-acional" em oposição aos pontos de vista "auto-acional" e
"interacional" corresponde de perto ao modelo de sistema aberto (Bentley).
Informação e Entropia
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Outro desenvolvimento que está intimamente ligado à teoria dos sistemas é o
da teoria moderna da comunicação. Muitas vezes tem sido dito que a energia
é a moeda da física, assim como os valores econômicos podem ser expressos
em dólares ou libras.
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recebendo respostas simples de "sim" ou "não" às nossas perguntas. A
quantidade de informações transmitidas em uma resposta é uma decisão entre
duas alternativas, como animal ou não animal. Com duas perguntas, é possível
decidir por uma das quatro possibilidades, por exemplo, mamífero-não-
mamífero ou planta com ores-planta não- or.
Com três respostas, é uma decisão de oito, etc. Assim, o logaritmo na base 2
das possíveis decisões pode ser usado como uma medida de informação,
sendo a unidade a chamada unidade binária ou bit. As informações contidas
em duas respostas são log
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Os arranjos de feedback são amplamente utilizados na tecnologia moderna
para a estabilização de uma determinada ação, como em termostatos ou em
receptores de rádio; ou para a direção das ações em direção a um objetivo em
que a aberração desse objetivo é alimentada de volta, como informações, até
que o objetivo ou objetivo seja alcançado. Este é o caso de mísseis
autopropulsados que buscam seu alvo, sistemas de controle de fogo
antiaéreo, sistemas de direção de navios e outros chamados
servomecanismos.
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sistema nervoso central para que o movimento seja controlado até que o
objetivo seja alcançado.
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aspecto mais amplo, já que sempre podemos chegar das leis gerais do
sistema à função semelhante à máquina, introduzindo condições adequadas
de restinção, mas o oposto não é possível.
Causalidade e Teleologia
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Podemos a rmar como característica da ciência moderna que esse esquema
de unidades isoláveis agindo em causalidade unidirecional provou ser
insu ciente. Daí a aparência, em todos os campos da ciência, de noções
como integralidade, holística, organismo, gestalt, etc., que signi cam que, em
último recurso, devemos pensar em termos de sistemas de elementos em
interação mútua.
É característico da visão atual que esses aspectos são levados a sério como
um problema legítimo para a ciência; além disso, podemos muito bem indicar
modelos que simulam tal comportamento.
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pelo atual autor. Ambos os escritores desenvolveram seus sistemas de forma
independente e, seguindo diferentes linhas de Interesse, chegaram a
diferentes teoremas e conclusões. O modelo de adaptabilidade de Ashby é,
aproximadamente, o de funções de passo que de nem um sistema, ou seja,
funções que, depois que um certo valor crítico é passado, saltam para uma
nova família de equações diferenciais. Isso signi ca que, tendo passado por
um estado crítico, o sistema começa em uma nova maneira de
comportamento. Assim, por meio de funções de passo, o sistema mostra um
comportamento adaptativo pelo que o biólogo chamaria de tentativa e erro: ele
tenta diferentes maneiras e meios e, eventualmente, se instala em um campo
onde não entra mais em con ito com valores críticos do meio ambiente. Tal
sistema se adaptando por tentativa e erro foi realmente construído por Ashby
como uma máquina eletromagnética, chamada de homeostato.
O Que É Organização?
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coisas organizadas. Mas, embora tenhamos uma enorme quantidade de dados
sobre organização biológica, da bioquímica à citologia, à histologia e
anatomia, não temos uma teoria da organização biológica, ou seja, um modelo
conceitual que permita a explicação dos fatos empíricos.
A teoria dos sistemas é bem capaz de lidar com esses assuntos. É possível
de nir tais noções dentro do modelo matemático de um sistema; além disso,
em alguns aspectos, teorias detalhadas podem ser desenvolvidas que
deduzem, da sussunção geral Ções, os casos especiais. Um bom exemplo é a
teoria dos equilíbrios biológicos, utuações cíclicas, etc., iniciada por Lotka,
Volterra, Gause e outros. Certamente será descoberto que a teoria biológica
de Volterra e a teoria da economia quantitativa são isomór cas em muitos
aspectos.
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Como exemplo da aplicação da teoria geral dos sistemas à sociedade
humana, podemos citar um livro recente de Boulding, intitulado A Revolução
Organizacional.
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Deixe-me encerrar essas observações com algumas palavras sobre as
implicações gerais da teoria interdisciplinar.
A função integrativa da teoria geral dos sistemas talvez possa ser resumida da
seguinte forma. Até agora, a uni cação da ciência foi vista na redução de
todas as ciências à física, a resolução nal de todos os fenômenos em eventos
físicos.
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glori ca a tecnologia física que levou eventualmente às catástrofes do nosso
tempo. Possivelmente o modelo do mundo como uma grande organização
pode ajudar a reforçar o senso de reverência pelos vivos que quase perdemos
nas últimas décadas sanguinárias da história humana.
Após este esboço esboçado do signi cado e dos objetivos da teoria geral dos
sistemas, deixe-me tentar responder à questão do que ela pode contribuir
para a educação integrativa.
Para não parecer partidário, dou algumas citações de autores que não
estavam envolvidos no desenvolvimento da teoria geral dos sistemas.
Muitas vezes ouvimos que "um homem não pode mais cobrir um campo
amplo o su ciente" e que "há muita especialização estreita". ... Precisamos de
uma abordagem mais simples e uni cada aos problemas cientí cos,
precisamos de homens que pratiquem a ciência - não uma ciência em
particular, em uma palavra, precisamos de generalistas cientí cos (Bode et al.,
1949).
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Qualquer grupo de pesquisa precisa de um generalista, seja um grupo
institucional em uma universidade ou uma fundação, ou um grupo industrial...
Em um grupo de engenharia, o generalista estaria naturalmente preocupado
com problemas do sistema. Esses problemas surgem sempre que as peças
são feitas em um todo equilibrado (Bode et al., 1949).
Uma das críticas à educação geral é baseada no fato de que ela pode
facilmente degenerar na mera apresentação de informações coletadas em
tantos campos de investigação quanto houver tempo para pesquisar durante
um semestre ou um ano....
Se você ouvisse vários alunos seniores falando, poderia ouvir um deles dizer
"nossos professores nos encheram, mas o que tudo isso signi ca?" Mais
importante é a busca por conceitos básicos e princípios subjacentes que
podem ser válidos em todo o corpo de conhecimento.
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Assim concebido, [Mather conclui], os estudos integrativos provariam ser uma
parte essencial da busca por uma compreensão da realidade.
Ciência e Sociedade
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Um argumento frequentemente usado sobre o valor da ciência e seu impacto
na sociedade e no bem-estar da humanidade é algo assim. Nosso
conhecimento das leis da física é excelente e, consequentemente, nosso
controle tecnológico da natureza inanimada é quase ilimitado. Nosso
conhecimento das leis biológicas não está tão avançado, mas é su ciente para
permitir uma boa quantidade de tecnologia biológica na medicina moderna e
na biologia aplicada. Estendeu a expectativa de vida muito além dos limites
atribuídos aos seres humanos em séculos anteriores ou mesmo décadas. A
aplicação de Os métodos modernos de agricultura cientí ca, pecuária, etc.,
seriam su cientes para sustentar uma população humana que supera em
muito a atual do nosso planeta. O que está faltando, no entanto, é o
conhecimento das leis da sociedade humana e, consequentemente, uma
tecnologia sociológica. Assim, as conquistas da física são usadas para uma
destruição cada vez mais e ciente; temos fomes em vastas partes do mundo,
enquanto as colheitas apodrecem ou são destruídas em outras partes; a
guerra e a aniquilação indiscriminada da vida humana, cultura e meios de
subsistência são a única maneira de sair da fertilidade descontrolada e da
consequente superpopulação. Eles são o resultado do fato de que
conhecemos e controlamos as forças físicas muito bem, as forças biológicas
toleravelmente bem e as forças sociais não. Se, portanto, tivéssemos uma
ciência bem desenvolvida da sociedade humana e uma tecnologia
correspondente, seria a saída do caos e da destruição iminente do nosso
mundo atual.
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exceção. Na verdade, talvez seja o maior perigo dos sistemas do totalitarismo
moderno que eles estejam tão alarmantemente atualizados não apenas em
física e biológica, mas também em tecnologia psicológica. Os métodos de
sugestão de massa, da liberação dos instintos da besta humana, de
condicionamento e controle do pensamento são desenvolvidos para a mais
alta e cácia; só porque o totalitarismo moderno é tão terrivelmente cientí co,
faz com que o absolutismo dos períodos anteriores pareça um improvisado
deilettantis e comparativamente inofensivo. O controle cientí co da sociedade
não é uma estrada para a Utopia.
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Expressive Writing: Words
that Heal
James W. Pennebaker, Ph.D.
John F. Evans, Ed.D.
Conteúdo
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III. Transforme sua Saúde: Escrever para curar
11. Escrita Expressiva
17. Conclusões
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PARTE I
- Sócrates
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1
Por que escrever sobre trauma ou
perturbação emocional?
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Talvez você não precise convencer, ou não esteja interessado na
pesquisa cientí ca sobre escrita. Se você quiser pular a pesquisa e a lógica
por trás da escrita expressiva e estiver pronto para entrar e experimentá-la, vá
diretamente para o Capítulo 2 para uma experiência de escrita de quatro dias.
Ou vá ainda mais longe para a Parte III para tentar um programa de seis
semanas de exercícios de escrita sequencial. No entanto, como usar este livro
é uma escolha que depende de você.
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Mas também encontramos algo mais marcante. Ter uma experiência
traumática foi certamente ruim para as pessoas de muitas maneiras, mas as
pessoas que tiveram um trauma e mantiveram essa experiência traumática em
segredo estavam muito piores. Não falar com os outros sobre um trauma,
aprendemos, colocam as pessoas em risco ainda maior para doenças maiores
e menores em comparação com as pessoas que falaram sobre seus traumas.
Figura 1. Visitas médicas anuais por doença entre pessoas que relatam não ter
tido um trauma infantil (Sem Trauma), ter tido um ou mais traumas sobre os
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quais con aram (Trauma - sem segredo), ou ter tido pelo menos um trauma
infantil signi cativo que mantiveram em segredo (Trauma - em segredo).
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por dia por quatro dias consecutivos. A única coisa que eles não sabiam era
quais seriam seus tópicos de escrita. Ao virar da moeda, os alunos foram
convidados a escrever sobre tópicos emocionais, traumáticos ou sobre
tópicos super ciais e não emocionais.
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Muitos alunos caram atordoados com essas instruções. Para nossa
surpresa, ninguém jamais os encorajou a escrever sobre algumas das
experiências mais signi cativas de suas vidas. No entanto, eles entraram em
seus cubículos e escreveram seus corações.
Se você é acrítico e gosta de grá cos, pode car muito animado com os
resultados descritos na Figura 2. Mas é importante colocar esses efeitos em
perspectiva. Estas são descobertas estatísticas baseadas em quatro estudos
com estudantes universitários relativamente saudáveis. Eles não nos dizem
quem especi camente pode ter se bene ciado e quem não se bene ciou. Eles
não dizem nada sobre por que, quando e sob quais condições a escrita pode
funcionar. Mais importante, esses resultados não são muito úteis para
responder à pergunta: "A escrita me ajudaria a lidar com a minha vida?"
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Figura 2. Número anual de visitas médicas por doença nos três meses após o
experimento para os participantes nos três grupos. Os dados sem escrita são
baseados em alunos que não participaram do experimento.
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Quase trinta anos depois, apreciamos ainda mais o impacto potencial
da escrita expressiva. Agora somos capazes de identi car mais claramente as
áreas em que a escrita expressiva é e caz (Frattaroli 2006; Smyth &
Pennebaker 2008).
Efeitos biológicos
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& Hurewitz, et al. 1999). Maiores contagens de glóbulos brancos foram
demonstrados entre pacientes com AIDS (Petrie et al. 2004). Pacientes com
síndrome do intestino irritável alcançaram uma melhora signi cativa na
gravidade da doença (Halpert, Rybin e Doros 2010). Muitos estudos de
pacientes com câncer demonstram benefícios signi cativos na saúde física,
redução dos sintomas físicos, redução da dor em geral, melhor sono e maior
funcionamento diurno (Henry et al. 2010; Low et al. 2010; De Moor et al. 2002;
Rosenberg et al. 2002). Outros estudos com adultos relativamente saudáveis
encontraram reduções modestas nos níveis de pressão arterial em repouso
(McGuire 2005) e níveis mais baixos de enzimas hepáticas, muitas vezes
associados ao consumo excessivo de álcool (Francis & Pennebaker 1992).
Artrite e pacientes com lúpus que zeram escrita expressiva e que foram
especi camente solicitados a descrever os lados positivos de sua doença
relataram fadiga reduzida que foi mantida três meses após a escrita (Dano -
Burg et al. 2006).
Efeitos psicológicos
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Os efeitos psicológicos e emocionais da escrita são um pouco mais
complicados do que pensávamos originalmente. Achamos instrutivo distinguir
entre efeitos imediatos e de longo prazo da escrita expressiva.
Mudanças comportamentais
Escrever faz muito mais do que afetar sua saúde física e mental. Você
pode na verdade, comece a se comportar de forma diferente.
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Pennebaker, Colder, & Sharp 1990). Isso pode ser porque a escrita emocional
aumenta a memória de trabalho das pessoas.
À medida que as pessoas escrevem sobre isso vez após vez, suas
reações à experiência se tornam Cada vez menor. Outros pesquisadores
explicam que os benefícios da escrita expressiva vêm da identi cação,
rotulagem e integração de emoções negativas no contexto mais amplo da vida
(Baddeley & Pennebaker 2011; De Giacomo et al. 2010; Sloan & Marx 2009).
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Estudos demonstram que a escrita expressiva ajuda os casais a reduzir
a raiva, a depressões e os sintomas de TEPT enquanto os casais estão em
psicoterapia após assuntos extraconjugais (Snyder et al. 2004). Soldados que
zeram escritos expressivos sobre se reunir com seus cônjuges e famílias
após o destacamento melhoraram sua satisfação conjugal (Baddeley &
Pennebaker 2011).
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Apenas aqueles homens que foram convidados a abordar suas
emoções por escrito se bene ciaram do exercício. A escrita os ajudou a
superar a experiência. Quando eles nalmente foram a entrevistas de emprego
nos meses após a escrita, eles estavam, sem dúvida, mais à vontade. Eles não
foram obrigados a dizer a seus potenciais empregadores como haviam sido
abusados por sua última empresa. A escrita ajudou a transformar esses
homens de ruminadores hostis em adultos mais abertos e receptivos.
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Homens hostis e fora de contato podem ser particularmente bons candidatos
para escrever porque são os menos propensos a se abrir e conversar com os
outros. Quanto mais você puder ser você mesmo com seus amigos, maior a
probabilidade de trabalhar com convulsões emocionais. Tenha em mente, no
entanto, que mesmo a pessoa emocionalmente expressiva e aberta do mundo
às vezes pode entrar em uma situação em que ele ou ela não pode falar sobre
um trauma ou convulsão. Nesse caso, escrever provavelmente pode ajudar.
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mais inesperada e indesejada a agitação, maior a probabilidade de que a
escrita expressiva produza efeitos positivos. Por exemplo, um grupo de
pesquisa da Holanda descobre que escrever sobre a morte natural de um
amigo próximo ou membro da família não traz benefícios claros (Stroebe,
Stroebe, Zech, et al. 2002). De certa forma, isso faz sentido. Uma morte
esperada faz parte da ordem natural das coisas. Estamos confortáveis
conversando com outras pessoas sobre o evento, e nossos amigos
geralmente sabem como agir, o que dizer e o que esperar.
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foram igualmente bené cas. Falar com uma pessoa real sobre um trauma é
muito mais complexo. Se a outra pessoa pode aceitá-lo, não importa o que
você diga, e você pode ser completamente honesto em sua divulgação, então
falar pode realmente ser melhor do que escrever. Mas aí está a fricção. Se a
pessoa em quem você está con ando não reage favoravelmente a você e ao
que você diz, então falar pode realmente ser pior do que não con ar.
Que tal escrever e depois ler para outra pessoa o que você escreveu?
Mesmo problema. Se o seu público não reagir bem a você, você pode sair
com sentimentos ainda mais negativos. O único estudo que encontrou efeitos
negativos da escrita emocional exigiu que pacientes traumatizados
escrevessem sobre seus traumas e depois lessem suas histórias para outras
pessoas em um grupo. Ao contrário das expectativas dos pesquisadores, essa
leitura pública de seus traumas deixou os pacientes mais deprimidos (Gidron,
Peri, Connolly, et al. 1996).
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pro ssional tem um benefício potencial sólido. Estudos em escrita à distância
sugerem que a Internet pode facilitar isso muito bem (Baddeley & Pennebaker
2011; L'Abate & Sweeney 2011).
Estilo de Escrita
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e desapegada e que citam Shakespeare, Aristóteles ou Henry Ford podem ser
bons historiadores e podem até escrever um ótimo editorial no jornal local.
Mas a escrita impressionante não é o objetivo da escrita expressiva. As
pessoas que mais se bene ciam da escrita são capazes de encontrar uma voz
que re ita quem elas são.
A maneira como a escrita expressiva tem sido retratada até agora faz com que
pareça a maior cura do mundo. Comece a escrever hoje e você terá um novo
emprego, sua saúde melhorará e você será amado e admirado por todos.
Parece quase bom demais para ser verdade. É. Há perigos imaginários e reais
para a escrita expressiva que muitas vezes não são apreciados.
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convidadas a escrever sobre convulsões emocionais, uma certa proporção
começará a gritar, gritar e espumar incontrolavelmente na boca.
Suponho que isso possa acontecer. No entanto, nas milhares de pessoas que
vi escrever, isso ainda não aconteceu. Em algumas ocasiões, as pessoas
choraram e caram muito tristes.
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parecem estar funcionando, considere falar com um pro ssional - um
terapeuta, assistente social, ministro ou um amigo con ável.
Na literatura sobre abuso infantil, uma das histórias mais preocupantes diz
respeito a casos em que as crianças contam a suas mães ou pais sobre abuso
sexual e seus pais não acreditam neles ou os culpam por causa-lo. As
evidências sugerem que, em muitos casos, essas crianças teriam sido
melhores mantendo o abuso em segredo.
Vivemos nossas vidas em uma teia de conexões. Mudar uma coisa em nossas
vidas tem o potencial de afetar muitas outras ao nosso redor. As maneiras
pelas quais você está lidando com um trauma podem realmente ser
exatamente o que seus amigos e familiares mais desejam. Se você mudar
suas estratégias de enfrentamento, poderá afetar seus relacionamentos mais
próximos de maneiras que você nunca imaginou. Duas histórias ilustram esse
problema.
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Primeiro, há vários anos, trabalhei com uma jovem cujo marido havia morrido
de repente quase um ano antes. Através de seus colegas de trabalho, aprendi
que ela era vista como um pilar de força - ela tinha sido feliz, corajosa e até
inspiradora em seu otimismo após sua perda. Ela veio até mim porque sentiu
que precisava escrever sobre a morte, o que ela fez. No último dia de escrita,
ela foi transformada. Ela estava mais relaxada, sua pressão arterial estava mais
baixa e estava profundamente agradecida pela experiência de escrita.
Dois meses depois, nos encontramos para discutir a vida dela e a intervenção
de escrita. Nesse ínterim, ela largou o emprego, parou de ver seus amigos no
trabalho e voltou para sua cidade natal. Todas as mudanças que ela fez, disse
ela, como resultado da escrita.
Escrever era bom para ela? Alguns diriam que isso minou sua carreira, seu
futuro nanceiro e toda a sua rede social. Ela, no entanto, sustentou que era
um salva-vidas.
Em uma entrevista recente, ela sustentou que a escrita era a causa direta de
seu divórcio, depressão e pobreza. Mas ela, como a mulher cujo marido
morreu, ainda é grata pela escrita. No fundo, ela a rma, ela sabia que tinha
que abordar questões básicas em sua vida que estavam causando seu
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profundo con ito e instabilidade. O custo foi maior do que ela esperava, mas,
em retrospecto, valeu a pena.
Esses dois casos sugerem que a escrita pode ser uma ameaça signi cativa.
Ao reduzir seus con itos internos, você pode afetar o curso de sua vida e a
vida dos outros de maneiras não intencionais. As estatísticas mostraram que a
maioria das pessoas relata que as mudanças de vida após a escrita foram
bené cas. De fato, mesmo esses dois indivíduos apreciam o poder da escrita
expressiva.
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Este capítulo irá ajudá-lo a preparar o terreno para sua escrita. Na verdade,
pense na escrita como uma forma de ritual. Para que tenha o efeito máximo, é
melhor escrever em um lugar, tempo e atmosfera signi cativos. À medida que
você con gura o contexto para sua escrita, vamos começar com qual deve ser
o seu tópico de escrita.
Na sua superfície, este livro descreve como lidar com convulsões ou traumas
emocionais.
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dedica a maior parte de sua energia a escrever sobre questões de casamento.
Tudo bem.
Escreva para saber onde você precisa ir. Con e onde sua escrita o leva. Você
pode começar com um trauma, mas logo comece a escrever sobre outros
tópicos. Contanto que estes Outros tópicos são emocionalmente importantes,
siga-os. Se, no entanto, você se encontrar escrevendo sobre o que gostaria
para o jantar - ou algum outro tópico de distração - então force-se de volta ao
trauma. Além disso, se você car entediado com sua escrita de trauma, troque
de assunto. Procure outro tópico emocional que o mantenha acordado à noite
ou ocupe seus pensamentos durante o dia. Considere também qualquer
tópico que você tenha evitado ativamente.
Escreva sobre questões relevantes para o aqui e agora. Todos nós lidamos
com experiências dolorosas em nossas vidas nas quais não pensamos mais e
que não parecem nos afetar no presente. Se dragar essas questões antigas
não é relevante para a sua vida agora, por que escrever sobre elas? Deixe os
cães adormecidos mentir.
Escreva apenas sobre traumas que estão presentes em sua mente. Uma
quantidade notável de literatura lida com memórias reprimidas. A literatura de
memória reprimida explora a ideia de que as pessoas tiveram experiências
horríveis de infância das quais não se lembram - muitas das quais envolviam
abuso sexual infantil. A escrita que você está fazendo aqui se concentra no
que você está ciente agora. Se você não tem memória de uma determinada
experiência de infância, por que não ir com a suposição de trabalho de que
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isso nunca aconteceu? A nal, você não saberia a diferença de qualquer
maneira. Escreva apenas sobre Traumas e convulsões conscientes. Isso
economizará milhares de dólares em terapia e contas legais.
Com que frequência escrever. Embora haja algum debate sobre se é melhor
escrever por quatro dias consecutivos ou separar seus dias de escrita, não há
nada conclusivo de qualquer maneira. Um estudo, por exemplo, relatou que
pode ser melhor escrever uma vez por semana durante quatro semanas
consecutivas. Sua agenda e a urgência que vocêSentir-se ao lidar com
quaisquer convulsões emocionais com as quais você está vivendo,
desempenhar um papel no que funcionará para você. Minha experiência
pessoal é que escrever por quatro dias consecutivos é um pouco mais
e ciente. Deixe sua própria programação ser seu guia, mas por que não tentar
o modelo existente mais comum primeiro e depois ver o que mais pode
funcionar para você.
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Quanto tempo para cada sessão. Na maioria dos estudos em larga escala, as
pessoas escreveram por cerca de vinte minutos em três a quatro ocasiões.
Pesquisas recentes, no entanto, sugerem que as pessoas podem se bene ciar
da escrita se escreverem por períodos mais breves de tempo - apenas cinco
minutos em cada ocasião.
A regra dos vinte minutos é um mínimo arbitrário. Ou seja, planeje escrever por
pelo menos vinte minutos por dia com o entendimento de que você pode
escrever mais, mas não deve escrever menos.
Quantos dias para escrever. E se você achar que gosta de escrever e quiser
continuar nos últimos quatro dias? Faça isso. Muitas pessoas acham que, uma
vez que começam a escrever, elas Perceba que eles têm muitos problemas em
que pensar. Escreva por quantos dias você precisar - basta pensar nos quatro
dias como um mínimo.
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Às vezes, um pro ssional de saúde pode dizer a um paciente: "Você deve
escrever sobre isso em um diário", mas isso é o que diz respeito à prescrição.
Você pode se perguntar, manter um diário é uma boa ideia? Ironicamente, não
há evidências claras de que manter um diário ou diário seja bom para a sua
saúde, talvez em parte porque, uma vez que as pessoas adquirem o hábito de
escrever todos os dias, elas dedicam cada vez menos tempo para lidar com
questões psicológicas importantes. Às vezes, um diário pode se tornar um
caminho desgastado com Pouco benefício. Escrever em um diário sobre o
mesmo trauma, usando as mesmas palavras, expressar os mesmos
sentimentos repetidamente é um pouco como a avó na história de Eudora
Welty, A Worn Path. A mulher nesta história percorre o mesmo caminho todos
os anos ao mesmo tempo, procurando remédio para uma criança que morreu
anos antes. Nenhum remédio vai trazer de volta o lho morto da avó. Escrever
em um diário todos os dias sobre essa mesma questão com as mesmas
palavras da mesma maneira provavelmente não trará o alívio que você procura
e pode realmente fazer mais mal do que bem.
Sem car muito losó co aqui, é verdade que várias questões do tempo
devem ser abordadas - do tempo da vida à hora do dia. Por exemplo, e quanto
ao tempo depois de um trauma? Quanto tempo depois de um trauma?
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Trauma recente. Se você enfrentou uma enorme experiência traumática em
sua vida nas últimas duas a três semanas, pode ser muito cedo para você
escrever sobre isso. No mínimo, pode ser muito cedo para você lidar com
algumas das emoções mais profundas que o trauma despertou. Se o trauma
ou a agitação emocional forem muito cruas, comece a escrever de uma
maneira relativamente segura, talvez descrevendo o que está acontecendo em
sua vida agora. À medida que você se sente confortável, você pode começar a
lidar com o trauma e seus efeitos mais profundamente. Se você não se sente
pronto para escrever, então não. Volte a este livro em algumas semanas.
Trauma presente. Escrever sobre uma agitação emocional contínua é uma boa
maneira de gerenciar sentimentos e alcançar alívio. Alguns traumas e
convulsões emocionais têm uma vida própria - eles estão sempre por perto de
uma forma ou de outra. Alguns exemplos incluem viver com uma doença fatal
ou crônica, passar por um divórcio ou lidar Com um pai ou cônjuge abusivo. A
lista é interminável. Para situações como essa, a escrita foi considerada
bené ca. Você pode achar que escrever por quatro dias agora faz uma grande
diferença. No entanto, à medida que seu evento emocional se desenrola no
futuro, uma escrita adicional também pode ser útil.
Trauma passado. A técnica de escrita original foi projetada para pessoas que
experimentaram uma experiência traumática no passado - um mês ou mesmo
décadas atrás.
É grátis. Mas em sua escrita, explore por que você está tendo os sentimentos
e como esses sentimentos se relacionam com outras questões em sua vida.
Lembre-se de que o objetivo desta escrita é como damos sentido a uma
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experiência ou evento preocupante e como incorporamos essa experiência em
toda a história de nossas vidas. Este é um bom momento na sua vida para
escrever?
✦ É o começo de um m de semana.
✦ Você tem algum tempo para si mesmo depois de cada dia de escrita
para re etir sobre si mesmo.
No livro muito popular The Artist's Way, Julia Cameron (2002) sugere que as
pessoas podem se bene ciar muito de exercícios de escrita relativamente
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desestruturados todas as manhãs assim que acordam. Em sua mente, esta é
uma maneira de limpar a mente antes de começar o dia. Embora eu não esteja
familiarizado com nenhuma pesquisa para apoiar essa ideia, intuitivamente
acho que faz sentido. Escrever sobre a experiência traumática pela manhã
também pode funcionar; se você tiver algum tempo livre depois, as manhãs
podem ser um bom momento para escrever. Em vários estudos, tivemos mais
sucesso com as pessoas escrevendo no nal de seu dia de trabalho. Se você
tem lhos e precisa alimentá-los, então depois que eles forem para a cama
pode ser um bom momento. A regra operativa, no entanto, é que você tenha
algum tempo livre depois de escrever para deixar sua mente re etir sobre o
que você escreveu.
Pense no método de escrita expressiva como seu próprio ritual de cura. Como
você é seu próprio médico, padre ou deusa, você pode criar seu próprio
cenário.
Com base na minha própria pesquisa com a escrita, certas sugestões vêm à
mente:
Criando um ambiente único. É ideal ter um lugar para sua escrita onde você
normalmente não trabalha. Se o seu arranjo de vida é tal que você não pode
conseguir nenhumPrivacidade, ir a uma biblioteca, estabelecimento religioso,
uma cafeteria ou até mesmo a um parque. Onde quer que você vá para
escrever, deve proporcionar uma sensação de conforto e segurança.
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A maioria das pessoas prefere escrever em casa. Se você tem uma sala
especial onde pode escrever, torne o espaço um pouco diferente do habitual.
Mude a iluminação, por exemplo.
Onde quer que você escolha escrever, crie seu próprio espaço, tanto
gurativamente quanto literalmente, onde você se sinta confortável
escrevendo.
Seu ritual pode começar antes de escrever e se estender até o tempo depois
de escrever. Não é incomum que as pessoas se exercitem ou se envolvam em
meditação antes ou depois de escrever todos os dias. Um longo banho ou
banho antes ou depois de escrever também pode ser um ritual de limpeza. Da
mesma forma, colocar um boné, uma blusa ou camisa em particular, ou não
usar nada emTudo pode ser um sinal para você entrar em sua escrita. Você é o
chefe. Crie o ambiente e o ritual mais adequados à sua personalidade.
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Muitas pessoas querem instruções explícitas sobre os detalhes da escrita.
Você deveria usar uma caneta ou lápis? A cor importa? Depende de você.
Você prefere escrever com uma caneta? Então use uma caneta. Você prefere
um lápis azul? Idem. Tinta invisível? Depende de você.
Por meio deste, declaro que você está pronto para começar sua experiência
de escrita expressiva. Mas antes de começar, é importante revisar a Regra
Flip-Out.
Se você acha que escrever sobre um tópico especí co é demais para você
lidar, então não escreva sobre isso. Se você sabe que não está pronto para o
anúncio-Vista um tópico particularmente doloroso, depois escreva sobre outra
coisa. Quando estiver pronto, então aborde o outro tópico. Se você acha que
vai enlouquecer escrevendo, não escreva.
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Quais são as técnicas básicas de
escrita?
Instruções gerais
Escreva por vinte minutos por dia. Se você acabar escrevendo por mais de
vinte minutos, isso é ótimo. No entanto, no dia seguinte, você ainda precisa
escrever por pelo menos vinte minutos.
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Tópico de escrita. Você pode escrever sobre o mesmo evento em todos os
quatro dias ou sobre eventos diferentes a cada dia. Nem todo mundo teve um
grande trauma sobre o qual eles querem escrever. No entanto, todos nós
tivemos grandes con itos ou estressores em nossas vidas — você também
pode escrever sobre eles. O que você escolhe escrever deve ser algo
extremamente pessoal e importante para você.
Escreva apenas para você. Você está escrevendo para si mesmo e para mais
ninguém. Planeje destruir ou esconder o que você escreveu quando terminar.
Não faça disso uma carta para alguém. Se, depois de terminar de escrever,
você quiser escrever uma carta, faça isso.
A regra Flip-Out. Se você sente que não pode escrever sobre um evento
especí co porque ele vai empurrá-lo para o limite, então não escreva sobre
isso. Lide apenas com os eventos ou situações que você pode lidar agora. Se
você tem tópicos traumáticos adicionais que não pode abordar agora, pode
lidar com eles no futuro.
Se você car sem coisas para dizer, simplesmente repita o que já escreveu.
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Instruções de escrita do primeiro dia
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Pensamentos pós-escrita após a sessão de
escrita do primeiro dia
Dessa forma, você pode voltar e determinar quais métodos de escrita são
mais e cazes para você.
Para este e para todos os futuros exercícios de escrita, responda a cada uma
das cinco perguntas a seguir no nal da sua escrita ou em um local separado.
Coloque um número entre 0 e 10 em cada pergunta.
0 - De jeito nenhum
5 - Algo
10 - Um ótimo negócio
__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para você?
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__ E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa se
referir a isso mais tarde.
Para muitas pessoas, o primeiro dia de escrita é o mais difícil. Esse tipo de
escrita pode trazer à tona emoções e pensamentos que você pode não saber
que tinha. Também pode ter uido muito mais facilmente do que você
esperava - especialmente se você escreveu sobre algo que tem guardado para
si mesmo há muito tempo.
Se você não quer que ninguém veja sua escrita, mantenha as páginas em um
lugar seguro ou destrua-as. Se mantê-los não for um problema, você pode
voltar e analisar as páginas no nal dos quatro dias de escrita.
Hoje, tente vincular o trauma a outras partes da sua vida. Lembre-se de que
um trauma ou agitação emocional muitas vezes pode in uenciar todos os
aspectos da sua vida - seus relacionamentos com amigos e familiares, como
você e os outros o veem, seu trabalho e até mesmo como você pensa sobre
seu passado. Na escrita de hoje, comece a pensar em como essa agitação
está afetando sua vida em geral. Você também pode escrever sobre como
pode ser responsável por alguns dos efeitos do trauma.
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Como antes, escreva continuamente por todos os vinte minutos e abra seus
pensamentos e sentimentos mais profundos. No nal da sua escrita, preencha
o questionário pós-escrita.
0 - De jeito nenhum
5 - Algo
__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para você?
Mais tarde.
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__ E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa se
referir a isso.
Agora você tem dois dias de escrita para comparar. Olhe para os números no
questionário desde o primeiro dia e da escrita de hoje. Como hoje se
comparou com o seu primeiro dia? Você notou que seu tópico estava
mudando? E o jeito que você estava escrevendo? Entre agora e sua próxima
escrita, pense no que você escreveu. Você está começando a ver as coisas
sob uma luz diferente? Como a escrita está afetando suas emoções?
Você passou por dois dias de escrita. Depois de hoje, você terá apenas mais
um dia de escrita. Amanhã, então, você precisa encerrar sua história. Hoje, no
entanto, continue a explorar seus pensamentos e emoções mais profundos
sobre os tópicos que você tem abordado até agora.
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Na escrita de hoje, permita-se explorar essas questões profundas sobre as
quais você pode ser particularmente vulnerável. Como sempre, escreva
continuamente os vinte minutos inteiros.
0 - De jeito nenhum
5- Um pouco
__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para você?
Mais tarde.
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__ E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa se
referir a isso
Como no seu último exercício de escrita, tente comparar o que você escreveu
nas três sessões. Quais questões estão surgindo como mais importantes para
você? Você cou surpreso com algum dos seus sentimentos enquanto
escrevia? A escrita provocou algum pensamento durante os períodos em que
você esteve longe dela?
Este é o último dia do exercício de escrita de quatro dias. Como nos escritos
dos dias anteriores, explore suas emoções e pensamentos mais profundos
sobre perturbações e problemas em sua vida que são mais importantes e
problemáticos para você. Ache-se e pense nos eventos, problemas,
pensamentos e sentimentos que você divulgou.
Em sua escrita, tente amarrar qualquer coisa que você ainda não tenha
confrontado. Quais são suas emoções e pensamentos neste momento? Que
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coisas você aprendeu, perdeu e ganhou como resultado dessa agitação em
sua vida? Como esses eventos passados guiarão seus pensamentos e ações
no futuro?
0 - De jeito nenhum
5 - Algo
10 - Um ótimo negócio
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__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para
__ E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa se
referir a isso?
Mais tarde.
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4
Como podemos olhar para trás em
nossa escrita?
Se você acha que não ganhou nenhum benefício com a escrita expressiva,
faça uma solução séria de problemas para ver o que pode ter dado errado.
Para obter o máximo benefício deste capítulo, leia-o vários dias ou mesmo
semanas após concluir o exercício de escrita de quatro dias. No entanto, se
você acabou de escrever e quer saber mais, vá em frente e leia o capítulo
agora, mas volte a ele depois de algum tempo. Se você salvou seus escritos,
tenha-os com você.
Medindo a mudança
Talvez seja o meu lado cientí co, mas acredito que é importante documentar
quaisquer mudanças que a escrita possa ter causado. Compare como você
tem se sentido e se comportado no último dia ou dois com os dias antes de
começar a escrever. Você notou algumas das seguintes mudanças?
‣ Beber menos álcool, tomar menos drogas, comer de forma mais saudável
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‣ Pensando no trauma com menos frequência, e quando você pensa sobre
isso, os pensamentos são menos dolorosos
E se a escrita fez você se sentir pior em vez de melhor? Isso pode acontecer
em uma pequena porcentagem de casos e é uma reação normal. Se você se
sente como se estivesse em péssima forma - sentimentos de depressão
profunda, pensamentos autodestrutivos, comportamentos potencialmente
perigosos - você precisa falar com alguém. Vários números de telefone para
aconselhamento de crise estão disponíveis na seção Recursos no nal do livro.
Se você não se bene ciou de escrever, mas ainda sente que há algum
potencial para você, leia o resto deste capítulo. Pode haver alguns segredos
que você pode descobrir em sua escrita que podem guiá-lo no futuro.
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fosse um cientista que não falava inglês. Comece com sua caligra a. A
limpeza geral da sua escrita mudou de dia para dia? Que tal a inclinação da
sua escrita? Muitas pessoas mudam sua escrita à medida que lidam
gradualmente com uma experiência perturbadora.
Olhe para a caligra a de uma mulher que escreveu por quatro dias sobre uma
experiência sexual profundamente perturbadora que aconteceu com ela
quando ela era uma jovem adolescente. No primeiro dia, ela foi muito
controlada ao descrever o evento. Mas à medida que ela escrevia mais nos
dias seguintes, sua caligra a se tornou mais expressiva. De muitas maneiras, a
maneira como ela escreveu re etiu as mudanças em seu pensamento sobre o
evento ao longo do tempo.
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Finalmente, um número quase in nito de outras maneiras de analisar a escrita
existem para você.
Olhe para mudanças na ortogra a, uso de palavras especí cas, a pressão que
você estava exercendo no papel enquanto escrevia, ou mudanças na
pontuação ou até mesmo no layout da página do dia a dia. Como essas
mudanças estilísticas se mapeiam para os tópicos com os quais você estava
lidando? Tenha em mente que ninguém sabe como essas mudanças podem
revelar sua composição psicológica. Você, no entanto, será o melhor detetive
para este projeto.
No nal da escrita de cada dia, você recebeu quatro breves perguntas sobre
sua escrita. Se você preencheu os itens do questionário, olhe para trás.
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Curiosamente, a maioria das pessoas se sente relativamente triste depois de
escrever - particularmente nos primeiros dias. No entanto, os indivíduos
geralmente cam menos tristes a cada dia. Essa queda na tristeza e um
aumento correspondente na felicidade indicam que você está se bene ciando
do exercício. Você também pode explorar como os tópicos que você abordou
estavam relacionados às suas mudanças de humor. Alguns tópicos afetaram
você de maneiras que você não esperava?
Algumas formas de escrever são mais bené cas do que outras? Essa pergunta
está misti cando o mundo da pesquisa nos dias de hoje. Em teoria, se
pudermos encontrar certas formas de escrever que sejam as mais saudáveis,
podemos prescrevê-las às pessoas. Percebeu o quão pouco foi dito na
primeira parte do livro sobre como escrever? Isso porque a comunidade de
pesquisa ainda não descobriu o que funciona melhor.
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Expressando emoções por escrito
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Emoções positivas: quanto mais, melhor. Mesmo as experiências de vida mais
horríveis podem fornecer sentimentos e insights positivos. Em alguns círculos,
isso é quase heregético de mencionar. Isso não quer dizer que os traumas
sejam uma boa ideia - em vez disso, eles têm o potencial de nos lembrar das
coisas boas da vida. Estudos recentes sobre escrita expressiva, onde o foco
está na busca de benefícios, documentaram resultados signi cativos (Stock-
dale 2011).
Isso não quer dizer que você deva ser algum tipo de Pollyanna que nge que
tudo é maravilhoso. Na verdade, se você tentou fazer isso no passado,
provavelmente aprendeu que não funciona. A mensagem desta pesquisa é que
é importante reconhecer o ruim e procurar o bom. O grau em que você pode
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fazer isso em sua escrita é um fator que se correlaciona com a melhoria da
saúde.
Por que os humanos teriam evoluído para que a escrita expressiva pudesse
ser emocionalmente bené ca? A resposta pode ser encontrada na natureza da
linguagem e das relações humanas. Desde o início da linguagem falada, as
pessoas têm usado palavras para descrever eventos para os outros. Parte de
qualquer descrição de um evento é construída em torno de uma história ou
narrativa. Se eu te contar como peguei um pneu furado no meu carro, há uma
maneira padrão de descrever o evento: o cenário da cena, a ocorrência do
evento inesperado, minha reação a ele e o que aconteceu depois.
As histórias são uma parte essencial de quem somos. Eles fornecem uma
maneira de entendermos experiências simples e extremamente complicadas.
Assim como precisamos de histórias para transmitir ideias aos outros, também
precisamos de histórias para entender as coisas que acontecem conosco.
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entender, perceber, saber e signi cado) aponta para a pessoa que se retira e
tenta formular uma compreensão mais ampla de algo.
Ao pensar na frase "construir uma história", deve haver uma ênfase na palavra
construção. Ter uma história para explicar um trauma não prevê melhorias na
saúde. Em vez disso, a pessoa deve construir ou construir uma história ao
longo da escrita.
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o exercício de escrita de quatro dias, não é provável que a escrita tenha sido
particularmente bené ca para você.
Mudança de perspectivas
Volte aos seus quatro dias de escrita. Você pode até passar e circular os
pronomes da primeira pessoa do singular. Você está usando esses pronomes
aproximadamente na mesma taxa do dia a dia na sua escrita? As pessoas
tendem a se bene ciar mais da escrita se suas taxas de pronomes singulares
em primeira pessoa mudarem muito de um dia para o outro. Na verdade, se
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suas taxas forem muito semelhantes no dia a dia, é menos provável que você
mostre melhorias na saúde.
Juntando Tudo
Ao olhar para trás em sua escrita, você pode ter notado que escreveu
naturalmente na maioria das maneiras que foram consideradas saudáveis.
Infelizmente, outras técnicas de escrita provavelmente exigem alguma prática
para se tornarem mais naturais. E é por isso que há mais capítulos neste livro.
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Meu coautor, John, tem uma perspectiva diferente. Ele escreve todos os dias e
obtém grande valor com isso. Ele sugeriria que, mesmo que o exercício de
escrita de quatro dias fosse maravilhosamente útil, você deveria continuar
lendo este livro e explorar métodos de escrita adicionais.
Nós dois acreditamos que, se o método de escrita de quatro dias não fosse
valioso, poderia ser uma boa ideia tentar algumas estratégias adicionais para
ver se uma poderia corresponder melhor às suas necessidades ou interesses.
Em ambos os casos, os capítulos a seguir foram projetados como uma série
de exercícios de escrita para ajudar a expandir seu horizonte de escrita.
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PARTE II
Isto acima de tudo: para você mesmo seja verdadeiro, e deve seguir, como a
noite do dia, não podes, então, ser falso para nenhum homem.
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projetados para lhe dar um gostinho de uma abordagem especí ca. Se ajudar,
use um relógio para garantir que você escreva pelo tempo mínimo
recomendado. Se você achar que essas técnicas são úteis ou de alguma
forma satisfazem seus impulsos criativos, expanda sua escrita além do mínimo
recomendado.
Na verdade, não se sinta compelido a usar um relógio se você acha que isso
pode restringi-lo.
Além disso, você pode tentar os mesmos exercícios vários dias seguidos.
Para cada um dos exercícios, primeiro leia sobre eles e veja se eles fazem
sentido para você.
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Escrever para romper bloqueios
mentais
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pensamentos e sentimentos à medida que eles ocorrem. Basta escrever o que
você está pensando, o que você está sentindo, ouvindo, cheirando ou
percebendo. É importante que sua escrita simplesmente siga seu uxo de
pensamento. Não se preocupe com ortogra a, gramática ou estrutura de
frases. Lembre-se de que esta escrita é apenas para você e que você pode
destruí-la quando terminar. Apenas comece a escrever e não pare.
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Tópico uxo de escrita consciente
O uxo de escrita consciente pode ser usada de várias maneiras. Se você está
bloqueado sobre escrever sobre um tópico especí co, você pode focar sua
escrita nele. Este tópico pode ser um problema emocional especí co, um
relatório chato para o seu trabalho ou uma escrita importante que as pessoas
acabarão avaliando. Se você não tiver problemas para escrever sobre algo,
pode pular esta seção. Mas se houver um problema ou projeto especí co que
você simplesmente não possa iniciar, isso pode ajudar.
‣ Estou sentado aqui incapaz de escrever sobre __________ . Por que estou
tendo problemas escrevendo sobre isso?
‣ Na minha vida, houve outras vezes em que fui bloqueado sobre escrever.
Como esse tempo é parecido? O que há em mim que não me deixa
começar?
Você pode ver a ideia por trás desses avisos. O mera abordar o
problema da escrita é um primeiro passo para superar um bloco de escrita. De
fato, vários estudos recentes sugeriram que simplesmente rotular o problema e
nossos sentimentos associados a ele pode ajudar. Uma vez que tenhamos
uma melhor compreensão dos fatores que nos impedem de escrever,
podemos seguir em frente.
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O uxo tópicos de escrita de consciência às vezes pode ser pensado
como um método de escorvar a bomba. Uma vez que você começa a escrever
sobre por que está tendo problemas para escrever sobre o tópico, as ideias
sobre ele começam a uir. Se isso acontecer, vá em frente. Você sempre pode
apagar seu uxo de meandros de consciência mais tarde (se isso for para um
relatório no trabalho).
Nos próximos dez minutos, escreva sobre esse problema sobre o qual
você está tendo problemas para escrever. Escreva continuamente sem se
preocupar com ortogra a ou gramática. Você pode começar usando um dos
prompts acima.
Escrita semi-automática
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A escrita semiautomática pode funcionar usando um computador ou
com caligra a. A única regra: não olhe para o que você está escrevendo. Para
um computador, basta desligar o monitor. Para escrever à mão, pegue um
pano ou toalha e coloque-o sobre sua mão de escrita e papel. Você também
pode simplesmente fechar os olhos ou olhar em outra direção. Antes de
começar a escrever, tente limpar sua mente. Você pode se concentrar em sua
respiração, suas emoções ou algum objeto.
Assim que sua atenção estiver em outro lugar, comece a escrever. Não
preste atenção consciente ao que você está escrevendo. Se você estiver
digitando, sem dúvida cometerá erros tipográ cos. Se você está escrevendo à
mão, nem sempre escreverá dentro das linhas. Não se preocupe com isso.
Apenas deixe-se escrever sem prestar atenção ao próprio processo de escrita.
Quando terminar, leia o que você escreveu. Às vezes você verá uma
confusão de palavras e letras. Outras vezes você pode se ver abordando
questões importantes. Tenha em mente que não há magia nessa estratégia. É
simplesmente uma maneira de você tocar em tópicos que você pode estar
evitando ou não estar profundamente ciente. De fato, algumas pessoas
sugeriram que os resultados da escrita semiautomática são um pouco como
sonhos. Eles nos dão um vislumbre de questões ocultas que estão nos
incomodando.
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Escrever para apreciar o bem em um
mundo às vezes ruim
"Olhe pelo lado bom, pelo menos [preencha o platitude ridículo aqui]."
Pode não haver um lado bom que valha a pena olhar — agora ou nunca.
"Ei, anime-se!"
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Reconhecer e expressar emoção positiva
amor alegria feliz carinhoso muito bom paz bom riso forte dignidade
con ança corajoso aceitando calmo divertido gentil humor inspirador
beijo perfeito orgulhoso satisfeito seguro satisfeito feliz alegre romântico
grato fácil
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Ao selecionar um evento negativo, comece com algo apenas
ligeiramente negativo. Não entre em um grande trauma. O objetivo aqui é
praticar o uso de palavras de emoção positiva e, quando necessário, palavras
de emoção negativa. Na verdade, se você puder usar, digamos, "não calmo"
em vez de "preocupado", você terá usado uma das palavras de emoção
positiva. (Estudos sugerem que usar "não feliz" é melhor para a sua saúde do
que usar "triste.")
Vamos tentar este exercício mais uma vez. Desta vez, não olhe para a
lista de palavras de emoção positiva. Escreva sobre a mesma experiência por
dez minutos e pense onde o sentimento positivo ocasional pode borbulhar.
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Outra abordagem às emoções positivas é procurar ativamente os benefícios
que podem vir como resultado de um trauma ou convulsão emocional. Várias
equipes de pesquisa descobriram que as pessoas que podem encontrar
signi cado ou outros benefícios no infortúnio lidam muito melhor com traumas
do que as pessoas que não conseguem. Alguns estudos de escrita expressiva
pediram explicitamente às pessoas que escrevessem sobre seus traumas de
uma maneira que enfatizasse sua experiência positiva. Para muitas pessoas,
essa perspectiva de escrita de busca de benefícios foi bené ca.
Conceder o perdão
Outras vezes, apenas falar com outra pessoa sobre uma experiência
perturbadora só abrirá feridas antigas que não podem ser curadas.
Especialmente quando há barreiras sociais como essas ao perdão, escrever
sobre uma injustiça passada pode ser útil.
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Concedendo perdão quando você foi a vítima
Para muitas pessoas, perdoar os outros por alterar suas vidas pode ser
uma tarefa quase impossível. Perdoar o perpetrador de um evento terrível
implica deixá-lo escapar de uma injustiça. Não perdoar, no entanto, implica a
continuação da raiva e da amargura. E embora raramente admitamos,
realmente odiar ou se ressentir de outra pessoa pode ser satisfatório. O
perdão, então, é potencialmente perturbador. A verdadeira recompensa, no
entanto, é que perdoar pode aumentar as chances de que você possa se dar
bem com sua vida.
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para a outra pessoa. Como sempre, escreva continuamente e escreva de
maneira sem censura — planeje que ninguém mais veja sua escrita.
Assim como todos nós fomos vítimas em alguns momentos de nossas vidas,
também causamos sofrimento em outros — intencionalmente ou
acidentalmente. Embora pedir perdão por escrito seja um ato socialmente
isolado, pode ser de valor psicológico. Mais do que tudo, força os escritores a
reconhecer sua mão em causar a infelicidade de outra pessoa.
Antes de escrever, passe algum tempo pensando em algo que você fez
no passado que causou dor emocional a outra pessoa. Pense cuidadosamente
sobre o que levou ao evento, o que estava acontecendo em sua mente na
época e como você se sentiu depois. Imagine como a outra pessoa se sentiu e
o que ela pode ter pensado. Considere também como sua ação pode ter
afetado indiretamente a família ou amigos da outra pessoa.
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como se ela ou ela fosse lê-lo. Explore a possibilidade do que seria preciso
para fazer as pazes com essa pessoa e seus amigos e familiares agora. Como
sempre, escreva continuamente e escreva de maneira sem censura — planeje
que ninguém mais veja sua escrita.
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Escrever e editar sua história
O signi cado da história. Por que você está contando essa história
para si mesmo ou para os outros? Por que isso teve tanto efeito em você? O
que você aprendeu como resultado da sua experiência?
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Nem todas as boas histórias incluem todos esses recursos. Na verdade,
de acordo com a pesquisa de escrita expressiva, algumas das melhores e
mais úteis narrativas começaram com buracos gritantes. Quando começaram
a escrever, os participantes muitas vezes não sabiam exatamente o que
aconteceu, quais eram as consequências reais ou o que isso signi cava. No
entanto, ao longo dos dias da escrita, eles começaram a construir uma história
mais coerente e signi cativa que fazia sentido para eles.
Agora que você terminou, volte e leia o que escreveu. Com toda a
probabilidade, sua escrita foi muito menos aleatória do que você pensava.
Você provavelmente juntou as coisas de uma maneira surpreendentemente
organizada. Ao lê-lo, no entanto, você provavelmente notará que deixou
algumas coisas importantes de fora e que não abordou certos pensamentos e
emoções.
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Antes de prosseguir para o próximo passo, dê a si mesmo algum tempo
— até mesmo alguns minutos — para reconsiderar este evento. Quando você
retornar, seu objetivo será escrever sobre o mesmo evento enquanto impõe
mais estrutura a ele. Ou seja, você será solicitado a incluir informações sobre o
cenário, personagens, o evento em si, consequências, e o signi cado disso
como se você estivesse contando a história para outra pessoa. Pense nisso
por alguns minutos.
Quando você tiver concluído o Passo Dois, volte e compare suas duas
histórias. Como eles mudaram? Como você se sente sobre o evento em si
agora que o abordou duas vezes? A maioria das pessoas acha que o segundo
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exercício de escrita foi menos emocionante de escrever, mas de alguma forma
as fez passar melhor do evento. A segunda experiência de escrita tende a
forçar a estrutura do evento perturbador que não estava lá antes. Na verdade,
agora você pode considerar o episódio inteiro um pouco tedioso. Talvez você
queira passar para outras questões em sua vida. E esse é precisamente o
objetivo de escrever sobre o evento duas vezes.
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Trabalhar seu trauma em uma história
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signi cou para você? Ao escrever, expresse suas emoções livremente e seja
honesto consigo mesmo. Depois de começar a escrever, escreva
continuamente os vinte minutos inteiros. Se a sua história vai em uma direção
que você não esperava, siga seu coração. Você sempre pode escrever
novamente amanhã.
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Quando você volta e edita seus escritos expressivos, você pode refazer
sua própria história com o benefício da retrospectiva. Isso não quer dizer que
você esteja reinventando seu trauma. Em vez disso, a extensa edição e
reescrita da sua história ajuda você a se concentrar no que é mais relevante
para a sua vida agora.
Como primeiro passo, basta fazer uma cópia limpa da história — talvez
copiá-la em um computador ou em um caderno. Corrija quaisquer erros
ortográ cos ou frases estranhas. Seja honesto consigo mesmo ao relatar os
sentimentos e pensamentos. Trabalhe gradualmente na estrutura do ensaio.
Você pode ter que trabalhar nisso em um nível de frase por frase. Cada ideia
segue de uma maneira signi cativa e lógica?
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Se parecer que esse processo de edição levará muito tempo, dê a si
mesmo um prazo. Se você achar que está cando obcecado com este projeto,
pare. O objetivo deste exercício de escrita é que você trabalhe através do
trauma — não se envolva nele. Se você não consegue encontrar nenhum
signi cado no evento, não importa o quanto você olhe, então admita e vá
embora. Algumas experiências na vida simplesmente podem não ter nenhum
signi cado ou valor.
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Escrever para mudar perspectivas
Como esta pesquisa é muito nova, é difícil saber por que mudar sua
perspectiva está relacionada à melhoria da saúde. Talvez se você puder olhar
para um evento perturbador de diferentes ângulos, você seja capaz de se
afastar disso. Em outras palavras, a capacidade de adotar perspectivas
alternativas requer e re ete um certo desapego.
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uma perspectiva de primeira pessoa versus uma perspectiva de terceira
pessoa? Considere as duas primeiras frases de um ensaio de trauma:
Voz em terceira pessoa: Quando ele tinha dezessete anos, seu pai saiu
de casa. Ele estava preso em uma guerra familiar entre sua irmã e sua mãe. Os
dois se odiavam e tentaram puxar Ele em suas batalhas. Até mesmo escrever
sobre isso traz à tona a dor e a tristeza que ele sempre sentiu na casa deles.
Pense em um evento, con ito ou outro problema com o qual você tem lidado
ultimamente. Isso não deve ser um trauma enorme — em vez disso, escolha
algo que você rotularia como um mero aborrecimento. Conforme descrito
abaixo, seu objetivo é escrever sobre essa experiência em duas ocasiões,
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cada vez por cerca de dez minutos. Dê a si mesmo uma pausa de pelo menos
alguns minutos entre os dois exercícios de escrita.
Se você é uma mulher, substitua seu "eu" normal por "ela". Use "ele" se
você for um homem. Em outras palavras, escreva sobre as ações e emoções
do personagem principal (quem é você) como se estivesse observando tudo
como um estranho. Tente incluir as mesmas informações básicas que você
incluiu inicialmente.
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Abordando seu trauma da perspectiva da terceira
pessoa
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a manter uma exibilidade emocional para lidar com quaisquer convulsões que
possam aparecer em seu caminho.
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e emoções de outro; no dia seguinte, o foco pode ser as próprias ações e
sentimentos do escritor.
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Nos próximos cinco minutos, escreva continuamente sobre uma
convulsão emocional que é importante para sua vida. Em sua escrita,
mencione o que aconteceu e quem estava envolvido. Como você e outros
reagiram a este evento, e como ele está afetando todos vocês agora? Assim
que terminar esta seção, continue com as instruções para a Perspectiva Dois.
Você está na metade do caminho com este exercício. Nos próximos cinco
minutos, escreva sobre o mesmo trauma geral, mas concentre-se no papel de
outra pessoa ou grupo.
Antes de começar a escrever, olhe para o que você escreveu até agora. Você
tem sido honesto consigo mesmo e com as outras pessoas? Para este último
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período de escrita de cinco minutos, conte novamente a história desse trauma.
Tome uma perspectiva ampla. Que valor ou signi cado você e os outros
podem tirar dessa experiência? Escreva continuamente o tempo todo.
O objetivo deste último exercício era fazer você pensar em adotar várias
perspectivas para lidar com um evento emocional complexo. Volte e olhe para
o seu uso de pronomes de perspectiva em perspectiva. Idealmente, você
mudou muito na porcentagem de palavras "eu". Se o número de "" palavras foi
semelhante em todos os quatro escritos, pergunte a si mesmo por que esse foi
o caso. Pode ser bené co tentar essa tarefa novamente e conscientemente
tentar mudar seus pronomes para forçar uma mudança de perspectiva.
Se você achou este exercício útil, considere escrever sobre outras convulsões
em sua vida. Escreva sobre cada agitação em várias ocasiões, adotando um
pouco Perspectiva diferente a cada vez. À medida que você se torna adepto
de ver a mesma agitação de diferentes direções, você também se encontrará
cada vez mais desapegado do evento.
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Escrever em diferentes contextos
Onde você está afeta como você pensa. Se você passar por um
restaurante, muitas vezes não pode deixar de pensar em comida. O tipo de
música que você ouve em uma história de supermercado pode in uenciar o
que você compra. Um estudo recente, por exemplo, descobriu que, se as
pessoas ouvissem música italiana em uma loja de vinhos, eram mais
propensas a comprar vinho italiano. Segue-se, então, que onde você escreve
pode afetar sutilmente as memórias e emoções que borbulham à superfície.
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Escrevendo para aumentar o autofoco com espelhos
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Quando terminar esta tarefa, revise o que você escreveu. Você achou
este exercício valioso? Se sim, escreva sobre outras experiências emocionais
signi cativas dessa maneira também.
Instruções de escrita. Escreva por pelo menos dez minutos sobre uma
experiência importante no seu passado. Antes de escrever, no entanto,
concentre-se em seus sentimentos de segurança e paz ligados à situação em
que você está. Pense em como essa experiência passada se conecta com
quem você é agora. Em sua escrita, explore suas emoções e pensamentos
sobre essa experiência passada. Escreva continuamente sem censurar a si
mesmo.
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A princípio, pode ser difícil se ajustar a uma nova situação ao escrever. Se
essa experiência foi valiosa, retorne a esse cenário e aborde questões mais
profundas e signi cativas. Mesmo que este não tenha sido um exercício
particularmente útil, considere tentar outros ambientes novos. Você pode
procurar especi camente lugares que toquem diferentes partes do seu
passado: espiritual, lar, primeira infância, escola ou aqueles lugares únicos que
só você pode associar à segurança, honestidade e con ança.
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tudo o que você naturalmente associa à agitação. Depois que todos esses
símbolos forem coletados, siga as instruções de escrita.
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A ideia de um cenário ou contexto geralmente provoca pensamentos de
locais. Os contextos, no entanto, também são de nidos pelas pessoas que os
habitam. Se você está em uma sala de aula vazia, o pensamento de um
professor é muitas vezes inevitável. Sua casa de infância provavelmente evoca
memórias de uma série de outras pessoas. Essas outras pessoas "invisíveis",
então, se tornam parte do contexto.
Ao longo deste livro, a maioria das tarefas de escrita tem sido explícita
para fazer com que você escreva para si mesmo e não para outra pessoa. Mas
muitos estudiosos debateram se isso é possível. Ao escrever, você pode ter se
pego pensando: "O que meus amigos (ou cônjuge, lho ou inimigo) pensarão
quando lerem isso?" Na realidade, mudamos nossa escrita dependendo de
quem achamos que o público pode ser.
Planeje escrever cerca de cinco minutos para cada público. Seu tópico
de escrita deve ser algo emocionalmente importante para você. Pode ser algo
que aconteceu com você anos atrás ou mais recentemente. Idealmente,
escreva sobre algo que envolvia outra pessoa próxima a você na época. Se
eles estão vivos hoje não é importante.
Depois de começar a escrever, não pare até que cinco minutos acabem.
Para cada cenário, tente ser o mais honesto possível.
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Audiência Um: Figura de autoridade. Imagine que você deve contar a
uma gura de autoridade em sua vida sobre essa experiência emocional. Essa
gura de autoridade não deve fazer parte da história. A pessoa pode ser um
juiz, chefe, agente do FBI, pai ou professor. Deve ser alguém com quem você
teve um relacionamento bastante formal ou alguém com quem você respeita e
teme um pouco. Imagine que sua escrita será avaliada por essa gura de
autoridade.
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para mais ninguém. Para tornar a experiência mais poderosa, considere olhar
para si mesmo no espelho antes de começar a escrever. Imagine que você
destruirá esta amostra de escrita assim que terminar.
Esse tipo de tarefa de escrita pode ser e caz para aprender a apreciar
os papéis que os outros desempenham em nossas histórias pessoais. Você
pode se bene ciar de escrever para mais de um público imaginado. Se você
achar que sua história muda muito de Público para público, você
provavelmente ainda não tem uma boa compreensão disso.
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Após sessões importantes de escrita, é essencial que você tenha algum
tempo para continuar pensando no seu tópico de escrita.
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Escrita no meio da noite. Falei com uma pessoa que ajustou o
despertador para tocar às 3:00 da manhã. Ele silenciosamente saía da cama e
escrevia por vinte minutos. Ele jura por sua técnica. Experimente se quiser.
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Escrever criativamente cção, poesia,
dança e arte
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Os participantes escreveram sobre os traumas como se eles realmente
tivessem ocorrido em seu próprio passado. Surpreendentemente, as pessoas
que escreviam sobre esses traumas imaginários mostraram melhorias
signi cativas na saúde.
3. Você está casado há sete anos no que acha que foi um bom
casamento. Você descobre acidentalmente que seu cônjuge está envolvido em
um relacionamento amoroso com seu melhor amigo há mais de um ano. Você
4. Quando você tinha dez anos, sua mãe se casou novamente. Ela está
mais feliz do que você já a viu. Uma noite depois de beber muito, seu padrasto
entra no seu quarto e acaricia você. Ele ameaça que, se você contar a alguém,
ele negará. Nos próximos cinco anos, isso acontece mais uma dúzia de vezes.
Você nunca conta para sua mãe. Você pensa sobre isso todos os dias e se
pergunta como isso está in uenciando você agora.
Instruções de escrita
Quando terminar de escrever, analise como isso o afetou. Até que ponto
você foi capaz de adotar esse trauma como seu? Você achou valioso ou
leva ao caminho,
Após dez minutos, estude seu desenho. O que estava passando pela
sua mente enquanto você estava trabalhando? O que você estava sentindo?
Pense nessa experiência por alguns minutos. Agora use a escrita expressiva.
Traduza sua experiência de desenho em palavras. Baseia-se em suas
emoções e pensamentos.
Após dez minutos, estude seu desenho. O que estava passando pela
sua mente enquanto você estava trabalhando? O que você estava sentindo?
Pense nessa experiência por alguns minutos. Agora use a escrita expressiva.
Traduza sua experiência de desenho em palavras. Baseia-se em suas
emoções e pensamentos. Aborde questões sobre a agitação emocional, bem
como a experiência de desenho.
Parabéns: Você chegou à Parte III deste livro, seja porque terminou de
ler as duas primeiras partes ou porque decidiu mergulhar direto no programa
de seis semanas de escrita para a saúde.
Vamos começar.
Tempo: Escreva por um mínimo de vinte minutos por dia por quatro dias
consecutivos.
Escreva sobre como esse evento moldou sua vida e quem você é.
Explore especialmente aquelas questões profundas sobre as quais você pode
se sentir particularmente vulnerável. No quarto dia, você vai se a recuar e
pensar sobre os eventos, problemas, pensamentos e sentimentos que você
desatou. Realmente seja honesto consigo mesmo sobre essa convulsão e faça
o seu melhor para encerrar sua escrita sobre esse tópico em uma história
signi cativa que você pode levar com você para o futuro.
0 — De jeito nenhum
5— Um pouco
10 — Um ótimo negócio
__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para
você?
E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa
se referir a isso mais tarde.
Para muitas pessoas, o primeiro dia de escrita é o mais difícil. Esse tipo
de escrita pode trazer à tona emoções e pensamentos dos quais você pode
não estar ciente. Também pode ter uido mais facilmente do que você
esperava — especialmente se você escreveu sobre algo que tem guardado
para si mesmo há muito tempo.
Se a sua escrita é algo que você não quer que ninguém veja, você pode
se livrar dela agora: destrua o papel, rasgue as páginas do seu diário, exclua
os arquivos do computador ou apague as notas do seu e-book. Se mantiver
sua escrita por um tempo não é um problema, faça isso. Isso permitirá que
você volte no nal dos quatro dias de escrita e analise o que você escreveu.
Você sempre pode destruir a escrita mais tarde.
5— Um pouco
__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para
você?
E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa
se referir a isso mais tarde.
Agora você tem dois dias de escrita para comparar. Como a escrita de
hoje se compara ao seu primeiro dia de escrita? Você notou que seu tópico
estava mudando? E o jeito que você estava escrevendo? Entre agora e sua
próxima sessão de redação, pense no que você escreveu. Você está
começando a ver as coisas sob uma luz diferente? Como a escrita está
afetando suas emoções?
Parabéns! Você passou por dois dias de escrita. Depois de hoje, você
terá apenas mais um dia de escrita. Amanhã, então, você encerrará sua
história. Hoje, no entanto, é importante que você continue a explorar seus
pensamentos e emoções mais profundos sobre os tópicos que você tem
abordado até agora.
É importante que você não repita o que já escreveu nos últimos dois
exercícios. Escrever sobre o mesmo tópico geral é bom, mas você precisa
explorá-lo de diferentes perspectivas e de maneiras diferentes. Enquanto você
escreve sobre essa agitação emocional, o que você está sentindo e
pensando? Como esse evento moldou sua vida e quem você é?
0 — De jeito nenhum
5— Um pouco
__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para
você?
E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa
se referir a isso mais tarde.
0 — De jeito nenhum
5— Um pouco
__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para
você?
E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa
se referir a isso mais tarde.
D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para você:
10+++
Hoje eu fui para o próximo passo lógico na minha escrita, mais uma vez,
ganhando algum encerramento na história da minha educação. Tem sido a
saga contínua de empurrar e puxar, tecendo através de sentimentos de raiva e
uma profunda tristeza pela inocência perdida. Mas hoje, a partir de um novo
entendimento, meu foco mudou de se sentir como uma vítima para as
motivações dos meus pais — seus problemas, sua incapacidade de se
tornarem as pessoas que deveriam se tornar. Acabei expressando
agradecimentos e gratidão e z as pazes com o que eles me deram porque
isso me tornou a pessoa que eu sou.
C. Até que ponto você se sente feliz atualmente: 5D. Até que ponto a
escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para você: 9
Mas o quarto dia foi interessante. Até agora, minha história parecia com
raiva, depois triste, cheia de desespero, mas quando comecei a escrever para
o quarto dia para reunir o signi cado na minha história, algo mudou. Eu tinha
imagens das muitas coisas maravilhosas que experimentei durante a minha
vida também, as aventuras, as muitas pessoas notáveis que conheci. Eu vi
outras coisas que estavam presentes — e maiores — por causa da busca e da
busca que esses eventos anteriores haviam inspirado. Resiliência, compaixão,
graça, humor, ternura, atenção plena. Eu também vi como minha maneira de
responder aos eventos foi profundamente in uenciada por um contexto cultural
e social que era conservador e patriarcal, mas que eraApenas uma perspectiva.
Tive a sorte de que este programa de redação veio ao mesmo tempo em que
eu estava concluindo um curso de coaching de saúde integrativa e os dois
juntos tiveram um efeito tão profundo. Uma gratidão veio sobre mim e um novo
senso de propósito e terra. Nova esperança para facilitar a transformação na
vida dos outros, como muitos têm para mim. Um sentimento renovado de paz
e con ança comigo mesmo. Sou grato por essa nova perspectiva.
Quando estiver pronto, olhe para sua escrita e suas respostas ao que
você escreveu. Ler o que os outros escreveram e comparar isso com o que
você escreveu pode fornecer informações. Mas tenha em mente que sua
resposta é tão única quanto você. Por mais interessantes que outras respostas
sejam, as suas são mais importantes para a sua saúde. Observe suas escolhas
de palavras. Eles são negativos, positivos ou uma mistura? Quais são os
pronomes predominantes? Há movimento na sua história ou sua história
permanece a mesma? Há alguma mudança na sua perspectiva ou apreciação
por outro ponto de vista? Você já descreveu quais coisas aprendeu, perdeu e
ganhou como resultado dessa convulsão? Você descreve como esses eventos
passados orientam seus pensamentos e ações no presente e no futuro?
Vamos começar.
Leia as três opções abaixo e escolha a que melhor atende aos seus
propósitos. Ou você pode decidir combinar elementos de cada opção, mas
Imagine se alguém que você ama, seu amigo mais próximo, seu lho,
seu parceiro ou seu parceiro tivesse sofrido o mesmo trauma ou traumas sobre
os quais você escreveu em sua tarefa de escrita expressiva.
> Escreva sobre o que você gostaria de ter sabido, mas aprendido mais
tarde, e o que você imagina que eles podem aprender com o evento.
> Escreva sobre as maneiras pelas quais você está crescendo agora e
como eles também podem crescer.
> Escreva sobre o que seu ente querido pode ter aprendido sobre si
mesmo ao passar por essa di culdade.
> O que poderia ter acontecido com eles no passado para fazê-los fazer
o que zeram?
> O que eles poderiam ter sentido como zeram, e o que poderiam ter
sentido depois?
Escreva uma carta para alguém em sua vida para agradecê-lo por algo
que eles lhe deram, ensinaram ou inspiraram em você. Vá direto ao ponto e
não se desculpe por não ter escrito antes. Imagine como o destinatário pode
se sentir quando ler sua carta. Descreva seu relacionamento com eles e o
contexto para esta ocasião. Descreva o dom, a habilidade ou a inspiração que
você recebeu ao conhecê-los. Na sua carta, diga a eles:
> O que o presente deles signi cou para você quando você o recebeu.
> Como sua vida foi enriquecida pelo que você recebeu deles e pela
presença deles em sua vida.
Quando você tiver feito sua escolha sobre qual carta escrever, escreva a
carta do início ao m. Depois de terminar de escrever o primeiro rascunho,
volte e altere ou adicione o que quiser. Reescreva conforme necessário até que
Lembre-se de que toda a escrita para esta sessão é con dencial. Você
pode compartilhá-lo se quiser, mas não há expectativa de que você realmente
envie esta carta — ou qualquer uma das cartas, se você escrever mais de
uma. Se você enviá-lo, certi que-se de que ele ajudará o destinatário. Escrever
a carta, mesmo sem enviá-la, é tudo o que você precisa fazer para se ajudar.
0 — De jeito nenhum
5— Um pouco
— D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para
você?
E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa
se referir a isso mais tarde. Faça uma pausa antes de ir para o próximo
capítulo e a próxima experiência de escrita.
Você pode querer ler como os outros re etiram sobre sua experiência
de escrita, ou você pode querer relaxar e não pensar em escrever agora.
Ambos estão perfeitamente bem! Volte na próxima semana para começar sua
experiência de escrita poética. Enquanto isso, faça algo que você goste de
fazer e seja gentil consigo mesmo.
Escrevi uma carta empática para minha ex-mulher. Fomos casados por
32 anos e nos divorciamos há 20 anos. Nos encontramos algumas vezes por
ano na casa da minha lha e nos damos bem. O divórcio foi muito traumático
para mim e difícil para ela (embora ela tenha solicitado). Minha carta expressa
minha tentativa de entender e simpatizar com o que imagino serem os
sentimentos dela sobre o nosso casamento. Pensei nos sentimentos dela
muitas vezes, mas esta foi a primeira vez que escrevi sobre eles. A carta foi
— Philip Levine
Esta semana haverá duas sessões de escrita, uma sobre atenção plena
e outra sobre conexões mente/corpo. Cada sessão de escrita poética começa
com uma atividade de pré-escrita que incentiva você, através de perguntas e
discussões, a se concentrar na atenção plena ou nas conexões mente/corpo.
Pense na pré-escrita como um exercício de aquecimento para seus músculos
Senão
Por um participante
Eu saí da cama,
Eu quei encantado
Obras de arte dos meus lhos nas paredes e planejei outro dia,
Depois de ler este poema em voz alta duas vezes, tente escrever um
poema sobre estar atento ao seu dia. Use sua pré-escrita para conteúdo, se
desejar. Use o tema, ritmo ou repetições do poema como andaime para o seu
próprio poema, ou crie seu próprio tema, ritmo ou repetições. Se você quiser,
sinta-se à vontade para começar com a linha: "Eu saí da cama..."
0 — De jeito nenhum
5— Um pouco
__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para
você?
E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa
se referir a isso mais tarde.
Escreva sobre suas pernas, braços, pés, mãos, cabelo, olhos, lábios,
barriga ou qualquer outra parte com a qual você gostaria de conversar. O que
você gostaria de dizer às suas partes individuais e ao seu corpo como um
todo? Escreva sobre partes do corpo que você não consegue ver. Seus
órgãos. Suas células. Seus ossos. Suas articulações. Descreva todos eles, se
quiser. O que você gostaria de dizer a eles, que eles saibam, que eles
entendam sobre você? Descreva seu cérebro e onde a capacidade de escrever
reside e está tomando decisões, mesmo enquanto você digita ou escreve
agora mesmo. Que parte da sua mente é o seu cérebro, ou a sua mente é
parte do seu cérebro? Onde é aquele lugar onde você se lembra de um sonho
ou de algum sonho de ontem à noite ou da noite anterior? Descreva quaisquer
preocupações com uma parte do corpo que você possa ter quando acordar de
manhã. Descreva seu primeiro vislumbre de si mesmo no espelho depois de
sair da cama hoje. Você parecia melhor ou pior do que se sentia? Descreva o
lugar onde você acredita que esse sentimento reside. Que história seu corpo
contaria sobre você?
Agora escreva sobre uma parte do seu corpo com a qual você teve um
relacionamento desa ador, ou uma com a qual você teve um bom
relacionamento depois de aprender aAjuste sua atitude sobre isso. Talvez você
não tenha gostado dessa parte e tenha tentado mudá-la. Talvez haja uma
parte que você goste e tenha aprendido a mostrá-la. Talvez você queira usar
uma mortalha durante todo o verão, ou anseia pelos dias que são tão frios que
as pessoas têm que usar parkas com capuz ou ternos de moto de neve. Talvez
seus olhos sempre tenham sido sua melhor característica e você saiba como
usá-los. Talvez haja outro recurso que você costumava pensar que não era tão
bom, mas agora você o usa a seu favor.
Precisa de liberdade,
com desdém,
Cheira a beleza,
0 — De jeito nenhum
5— Um pouco
E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa
se referir a isso mais tarde.
Você pode ler abaixo como os outros re etiram sobre sua experiência
de escrita, ou simplesmente voltar a escrever na próxima semana para
começar sua experiência de contar histórias. Enquanto isso, faça algo que
você goste de fazer e seja gentil consigo mesmo.
Caso contrário, era de fato uma prática de atenção plena, para mim. Isso
me trouxe ao momento. Isso me fez car rme na normalidade da minha vida
— e de repente me encontrei cheio de gratidão pela extraordinária que
encontrei lá, apenas olhando mais de perto, mais intencionalmente.
Isso me fez parar e apreciar o que tenho na minha vida. Mais do que as
outras tarefas de escrita, eu vi a conexão com a atenção plena. Nos outros
tipos de escrita em que a caneta nunca para, é difícil para mim sentir a atenção
A tarefa desta semana tem várias etapas. O primeiro passo é ler não-
cção criativa. O segundo passo é escrever uma resposta a ele. O terceiro
passo é escrever sua própria peça de não- cção criativa. As instruções são
fornecidas para cada etapa.
Quando você terminar todas as três partes desta tarefa, pode lhe
interessar ler como dois participantes concluíram a tarefa e responderam à
escrita um do outro.
Salvation
Langston Hughes
Minha tia me disse que quando você foi salvo, viu uma luz, e algo
aconteceu com você lá dentro! E Jesus entrou na sua vida! E Deus estava com
você a partir de então! Ela disse que você podia ver, ouvir e sentir Jesus em
sua alma. Eu acreditei nela. Eu tinha ouvido muitos idosos dizerem a mesma
coisa e me pareceu que eles deveriam saber. Então eu me sentei lá
calmamente na igreja quente e lotada, esperando que Jesus viesse até mim.
Então eu fui deixado sozinho no banco dos enlutados. Minha tia veio e
se ajoelhou de joelhos e chorou, enquanto orações e canções giravam ao meu
redor na pequena igreja. Toda a congregação orou por mim sozinha, em um
poderoso lamento de gemidos e vozes. E eu continuei esperando serenamente
por Jesus, esperando, esperando — mas ele não veio. Eu queria vê-lo, mas
nada aconteceu comigo. Nada! Eu queria que algo acontecesse comigo, mas
nada aconteceu.
Ouvi as músicas e o ministro dizendo: "Por que você não vem? Meu
querido lho, por que você não vem a Jesus? Jesus está esperando por você.
Ele quer você. Por que você não vem? Irmã Reed, qual é o nome dessa
criança?"
"Langston, por que você não vem? Por que você não vem e é salvo?
Oh, Cordeiro de Deus! Por que você não vem?"
Então eu me levantei.
Naquela noite, pela primeira vez na minha vida, mas uma porque eu era
um menino grande de doze anos — eu chorei. Eu chorei, na cama sozinho, e
não consegui parar. Eu enterrei minha cabeça debaixo das colchas, mas minha
tia me ouviu. Ela acordou e disse ao meu tio que eu estava chorando porque o
Espírito Santo havia vindo à minha vida e porque eu tinha visto Jesus. Mas eu
estava realmente chorando porque não aguentava dizer a ela que tinha
mentido, que havia enganado todos na igreja, que não tinha visto Jesus e que
agora não acreditava mais que havia um Jesus, já que ele não veio me ajudar.
Considere estas perguntas para ajudar a orientar sua re exão. O que está
acontecendo à medida que a cena principal se desenrola? O que Hughes
sugere quando escreve: "Eu fui salvo do pecado quando estava indo com
treze. Mas não realmente salvo." Qual é a fonte de confusão para o jovem
Langston? Por que ele hesitou em se juntar aos outros no altar? Quais são as
principais guras de linguagem que se movem entre a linguagem gurativa e a
linguagem literal? Como seu conhecimento prévio ou experiência anterior
pode explicar o dilema de Langston? Escreva sobre o que você acredita que
está acontecendo em "Salvação" e explique como você acha que Hughes
pode ter incorporado sua experiência juvenil na igreja em sua vida adulta. O
que, se alguma coisa, na experiência de Langston ressoa com a sua própria
experiência?
Se você tiver problemas para começar, pule adiante no capítulo para ver
o que os outros escreveram em resposta a essas perguntas.
0— De jeito nenhum
5— Um pouco
__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para
você?
E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa
se referir a isso mais tarde.
Quando Hughes escreve que foi salvo do pecado, mas não realmente
salvo, ele signi ca que estava ciente de que não estava sendo el a si mesmo.
Ele hesitou em se juntar aos outros no altar porque estava esperando que
Jesus aparecesse a ele ou visse uma luz, isso não aconteceu. Isso lhe causou
profunda tristeza. Ele, como muitas crianças, con ava nos adultos da igreja.
Aqui está o que Irish Rose escreveu como resposta ao Passo Três.
Resgate
Minha mãe teve quatro lhos em cinco anos, eu era o mais novo e o
menos querido. Na verdade, minha mãe me dizia diariamente. Quando eu
nasci, ela estava muito zangada com seu casamento e sua vida em geral.
Depois que meus pais se divorciaram, nós nos mudamos. Minha irmã
teve que dividir um quarto comigo pela primeira vez. Ela sempre teve seu
Eu corria para o banheiro para lavar minhas feridas. Então ela me faria
trocar os lençóis antes que eu pudesse voltar para a cama, e me avisava se
isso acontecesse novamente, chegando muito perto do lado dela da cama, eu
não teria tanta sorte da próxima vez.
Depois de alguns anos dessa punição, por me mudar para a cama, sofri
de insônia e minhas notas estavam caindo na escola. Eu estava com tanto sono
que o professor cou embaçado e eu não conseguia me concentrar. Fiquei
quieto, retraído, com medo de ir para a cama e me ensinei a congelar na
posição, segurando a ligação da borda do colchão.
Eu tinha um primo que era sete anos mais velho que eu. Ele era gentil e
protetor. Ele amava crianças. Eu pensei que poderia ser seguro falar com ele
porque ele levou um tempo comigo, me ensinando a atirar, me ensinando os
nomes de árvores e ores silvestres. Ele até me ajudou a puxar ervas daninhas
no jardim. Finalmente, um dia, quando estávamos procurando por quatro
trevos de folhas no campo perto da casa, eu disse a ele [sobre como eu dormi).
Sua primeira expressão parecia indignada, mas depois ele disse: "Bem, vamos
ver o tamanho do seu armário". Juntos, mudamos a pesada cama dobrável de
aço da varanda da frente para cima para o meu armário. Nós varremos as teias
de aranha e encontramos uma folha velha. Ele disse: "Você deveria estar
seguro aqui." Agora, a cama não cava plana, pois as paredes eram muito
estreitas, então eu tive que dormir em uma posição sentada. Daquele momento
em diante, até minha irmã se casar, eu dormi em um armário minúsculo, sem ar
e sem janelas, onde às vezes fragmentos de gesso caíam sobre mim.
Aos olhos da minha família, minha irmã não podia fazer nada de errado,
então eu quei quieto. Minha família varreu coisas desagradáveis para debaixo
do tapete, ignorou-as ou manteve-as em segredo. Que eu saiba, ou ninguém
sabia que eu dormia no armário, ou eles não se importavam. Mas, eu estava
seguro por último e estou eternamente grato ao meu primo.
Uma vez, durante uma das visitas do papai, eu estava sentado nas
escadas enquanto minha irmã falava com ele durante todo o tempo dele. Mais
tarde, ele me levou de lado e disse: "Não pense que eu não te amo tanto, mas
a roda estridente ca com graxa." Foi anos antes que eu entendesse o que ele
quis dizer.
Agora, eu abraço cada dia e aproveito as criações de Deus. Todo dia traz
alegria e gratidão pela beleza e bondade ao meu redor. Eu encontro paz em ver
uma folha cair suavemente e silenciosamente no chão, na música, arte, ioga,
viagens, leitura e escrita. Estou muito feliz por estar vivo, ver, ouvir, amar e
trabalhar. Sou grato pelo amor e amizade que minha lha e eu compartilhamos
e pelos meus dois preciosos netos.
Sou el a mim mesmo, encontrei a paz porque aprendi que toda a luz
que precisarei está dentro de mim e meu objetivo é deixar memórias positivas e
amorosas para trás. — Irish Rose
Caro Irish,
Casa de banho
O irlandês me responde.
Caro John,
Estar no meu armário me fez sentir seguro, mas muito sozinho e triste.
Meu primo acabou sendo meu protetor pelo resto de sua vida. Ele guardou
meus segredos, nunca me causou nenhuma dor e, a partir desse momento,
passou mais tempo em nossa casa. O armário nunca mais foi mencionado pelo
resto de sua vida.
Ele me disse que era a "Ovelha Negra" de sua família, nunca sentiu que
pertencia e também nunca foi favorecido, e no nal nós dois estaríamos
melhor. Ele sempre teve uma atitude positiva e me encorajou. Ele é meu herói
de infância. Ele é o único que me viu chorar e o único que me consolou.
Percebi enquanto escrevia que sofria de depressão durante a maior parte da
minha infância e aprendi desde cedo a esconder meus sentimentos reais.
Tudo de bom,
Irish Rose
Caro Irish,
Obrigado pela sua resposta ao meu poema. Eu sei que todos nós temos
cicatrizes e signi ca muito que o poema tenha te ajudado. Eu sei que às vezes
estou em desacordo com meu corpo e isso ajudou a reescrever a história como
um passado do qual estou avançando.
Também estou emocionado com sua escrita honesta sobre seu evento
familiar em "Rescue". Embora eu não tenha o mesmo evento com uma irmã ou
compartilhando um quarto, ainda entendi como era não ser acreditado ou
culpado por agitar as coisas. Eu era o mais velho com dois irmãos mais novos.
Esperava-se que meus irmãos lutassem e fossem um pouco agressivos, mas se
eu zesse coisas semelhantes, me disseram que estava sendo "Irritário." Em
outros casos, quando eu era intimidado na escola, meus irmãos (que eram
mais populares) reviravam os olhos e diziam que eu estava sendo dramático.
Nos últimos anos, minha mãe começou a reconhecer as desigualdades que
ocorreram. Mas é extremamente doloroso ser de alguma forma invisível em sua
própria família. Estou impressionado que você tenha ganhado tanta força e
empatia de uma situação difícil.
Seu incentivo tem sido refrescante, eu agradeço. Seu poema foi uma
grande inspiração para mim, eu te agradeço.
Tudo de bom,
Irish Rose
Para minha escrita criativa de não- cção, optei por escrever sobre uma
situação em que me senti extremamente julgado pelos meus pais quando eu
era um adolescente atrasado. Basta dizer que a conversa que eu tive com eles
me deixou ferido. Eu discuti isso recentemente com minha mãe. Ela levou
algum tempo para re etir sobre isso e se desculpou por ela e meu pai ter
lidado mal com a situação e me deixou sentindo como se eu fosse um
constrangimento.
Esta não foi uma peça fácil de escrever — em parte porque eu escolhi
uma ferida profunda. Mas percebi ao escrever isso, como é importante ser el
ao que acredito, seja o que minha família ou outros querem ouvir. Podemos ser
assombrados pelos fantasmas de coisas que não dissemos ou situações que
não enfrentamos.
Você diz que somos assombrados pelo fantasma de coisas que não
dizemos ou situações que não enfrentamos. Muitas vezes o resultado poderia
ter sido diferente se nossa resposta tivesse sido diferente. Se as pessoas
estivessem dispostas a ser humildes e admitir seus erros, o mundo seria um
lugar tão melhor. Começa em cada um de nós, aprender e ensinar aos outros
que não é fraqueza, mas força e pode ajudar muito na reconciliação de muitos
relacionamentos. É injusti cável quando os pais fazem com que seus lhos
sintam vergonha e isso me enjoa também. Não é um pai amoroso que faz isso.
Eu amo essas palavras de sabedoria:
Caro T. Seddon,
Obrigado por compartilhar sua re exão sobre escrever sua peça de não-
cção criativa.
Felicidades, John
E T. Seddon T. me responde.
Obrigado por organizar esta aula e seu apoio ao longo desta jornada
juntos. — Seddon T.
Oi John —
Segredo do Seddon
Quando chegamos em casa, ela disse que falaríamos com meu pai
sobre isso e que eu poderia esperar no meu quarto até que ele chegasse do
trabalho. Ele chegou em casa cedo e nós três nos sentamos. Eles nunca me
zeram nenhuma pergunta para começar as coisas e imediatamente meu pai
começou a me dizer o quão desapontado ele estava comigo. Ele disse que eles
esperavam mais de mim. Fiquei bastante surpreso por estar recebendo uma
palestra, já que permaneci virgem até muito recentemente e senti que tinha
sido responsável por lidar com minhas decisões. Minha mãe disse muito pouco
durante esse encontro.
Seu trabalho é descobrir seu trabalho e, em seguida, com todo o seu coração,
se entregar a ele.
— Gautama Siddhartha
Também me lembro que os tipos de escrita que você fez e está fazendo
levam tempo para ter todos os seus efeitos e benefícios. Um dia, nas próximas
semanas, você perceberá que algo que tinha sido preocupante é apenas... não
está lá. Você não vai perceber que o peso é tirado de você até que ele utue
para a consciência, e então você pode dizer: "Oh, aquela coisa velha de novo.
Não é interessante como estou pensando nisso agora com uma consciência
mais consciente e sem julgamento?" Pensar no seu futuro assim é uma boa
maneira de começar nossa semana de escrita a rmativa.
0 — Não de todo
5 — Alguma coisa
__ D. Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para
você?
E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa
se referir a isso mais tarde.
— Andrew Weil, MD
Qual será o seu legado? As pessoas signi cativas em sua vida sabem o
que você mais valorizou, o que você pensou ser seu propósito ou o que você
aprendeu sobre a vida como a viveu? Eles sabem como você navegou pelos
desa os da vida, celebrou os presentes da vida ou como você simplesmente
gostou da beleza todos os dias? Eles sabem que você encontrou benefícios
dos desa os, bem como da beleza da vida? Eles sabem como você usou seus
momentos de re exão para fazer correções ao longo da vida? A escrita como
legado responde a essas perguntas e muito mais para os outros e para nós
mesmos.
> Coisas que você esperava no passado e coisas que você espera
agora
> Que cinco palavras você gostaria que as pessoas usassem quando te
descrevessem?
5 — Algo
__ Até que ponto a escrita de hoje foi valiosa e signi cativa para você?
E. Descreva brevemente como foi sua escrita hoje para que você possa
se referir a isso mais tarde.
Escrever uma bênção para o meu lho mais velho com quem tive um
relacionamento desa ador foi valioso e curativo. Foi uma experiência
maravilhosa expressar a ele o quão precioso ele é para mim. E foi empoderador
para mim — acontece que foi uma bênção para mim escrever isso e lembrar
que sou uma ótima mãe!
Eu não sabia para quem escreveria a carta, mas apenas mergulhei com
minha irmã que tentou suicídio após as cirurgias e está melhor no momento. Eu
queria transmitir a ela, embora possa parecer o oposto, que ela tem sido minha
professora. Estou surpreso com o que emerge quando começo a escrever e
desta vez me vi banhado em sentimentos de gratidão e amor. E eu sou grato
por isso.
Para continuar esse crescimento pessoal e cura, tente ver sua escrita
como uma prática, muito parecida com uma prática de ioga ou meditação, ou
como ir regularmente à academia. Use sua escrita para reformular
experiências, escrever sobre eventos de uma perspectiva de compaixão e
empatia, escrever sobre eventos cotidianos com grande atenção aos detalhes
e um espírito de atenção plena, e escreva seu apreço e gratidão pelo que