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Segunde-feira, 31 de Dezembro de 2007 1 SERIE — Numero 52 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOGAMBIQUE 3.° SUPLEMENTO ” IMPRENSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE AVISO ‘A matéria a publicar no «Boletim da Repablica- deve ser remetida em cépia devidamente autenticada, uma por cada assuito, donde conste, além das indi- cagées necessérias para esse efeito, 0 averbamento seguinte, assinado @ autenticado: Para publicagdo no « sear: ‘Apvovao Cig do impsto sobre 0 Valor Acrescetado. ASSEMBLEIA DA REPUBLICA Let n.'3272007 ie 31 de Detembro Havendo necessdade de reformular a tributagi indirect, cstabelecida pela Lei 15/2002, de 26 de Junho, itroduzindo alteracdes ao Imposto sobre o Valor Acrescentado, a Assemblcia da Repiblica, ao abrigo do disposto no n.° 2 do artigo 127, conjugado com a alinea 0) do n.* 2 do artigo. 179 ambos da Consttuigio, determina: ‘Aigo 1. & aprovado 0 Cidigo do Imposto sobre o Valor Acrescentado, anexo present Le, dela fazendo parte integrante. ‘Art 2. Compete 20 Conselho de Ministros regulamemtar presente Lei e estabelecer os procedimentos necesérios para simplifiar as formas de cobranca deste imposto, no prazo de 90 dias, a contr da data da sua publicasto. Ant 3. Sio revogados, respectivamente o Decreto n* 51/98, de 21 de Setembro, ¢ suas alteragdes, os Decretos n* 78/98 1279/98, ambos de 29 de Dezembro, 0s Decretos n* 34/99, 35/99, ‘¢ 36/99, todos de I de Junho, ¢ toda a legislacéo complementar ‘que contrarie a presente Lei, ‘Art. 4: presente Lei entra em vigorem I de Janeiro de 2008. ‘Aprovada pela Assembleia da Repiiblica aos 7 de Dezembro de2007, OPresidente da Assembleia da Repiblica, Eduardo Joaguim Mulémbwe. Promulgadacm 31 de Dezembro de 2007. Publique-se. (Presidente da Repiiblica, Armano EuiLio Gussuza Cédigo do Imposto Sobre.o Valor Acrescentado (CIVA) CAPITULO I Incidéncia ‘Agno L ‘Ambito de apiicagto) 1. Estio sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado, TVA: @) as transmissbes de bens ¢ as prestagies de servigos fectuadas a tftlo oneroso no territ6rio nacional, nos termos do artigo 6, por sujeitos passivos agindo nessa qualidade; ‘as importagbes de bens. 2. O terit6rio nacional abrange toda a superficie terrestre, a zona maritima © o espago aéreo, delimitados pelas fronteiras Axnco2 \ncidbneta subjective) 1. Sto sujeitos passivos do imposto: a) as pessoas singulares ou colectivas residentes ou com -estabelecimento estivel ou representagio em territério ‘acional que, dum modo independent e com carter de habitaldade,exergam, com ou sem fim lcrativo, actividades de produgte, comércio ou prestagio de Servigos, incluindo as actividades extractivas, agricoas slvicolas, pecudras ee pesca; 6812) +) as pessoas singulares ou colectivas que, no exercendo uma actividade, realizem, também de modo independente, qualquer operagio tributével desde que ‘a mesma preencha os pressupostos de incidéncia real do Imposto sobre 0 Rendimento das Pessoas ‘Singulares ou do Imposto sobre o Rendimento das estoas Colectivas; ©) as pessoas singulares ou colectivas no residentes.e sem estabelecimento estivel ou representacio que, ainda de modo independente, realizem qualquer operagio tributével, desde que tl operacio esteja conexacom 0 cexercicio das suas actividades empresariais onde quér gis Ai "SESHTR Su Quai supa dessa conexdo, tal operacio preencha os pressupostos de incidéncia real do Imposto sobre o Rendimento das essoas Singulares ao do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas; 4) as pessoas singulares ou colectivas que, segundo a legislagdo aduaneira,realizem importagies de bens; ©) 2s pessoas singulares ou colectivas, que em factura do documento equivalente, mencionem indevidamente ‘imposto sobre o valor acrescentado. 2. As pessoas singulares ou colectivas referidas nas alfneas 14) ¢ b) do niimero anterior slo também sujeitos passivos pela aquisigio dos servigos constantes do n.* 7 do artigo 6, nas ccondigbes nele referidas. 3.0 Bstado e as demais pessoas colectivas de direitopiblico ‘Ao S80, no entanto sujeitos passives do imposto quando: 4) realizem operagdes no Ambito dos seus poderes de autoridade, mesmo que exista uma contrapartida directa; ‘b)ealizem operas a favor das papulagées sem que exista ‘uma contrapartida directa. 4. Estado eas demais pessoas colectivas de direito pablico referidas no nimero amterior so, em qualquer caso, sujeitos ‘passives do imposto quando exergam.algumas das seguintes actividades e pelas operagéestributfveis delas decorrentes, salvo ‘quando se verifique que as exercem de forma nio significaiva: 4) telecomunicagies; 1) distribuigio de égua, pfs eelectricidade; ©) transporte de bens: 4) transporte de pessoas; : ©) transmissio de bens novos cuja producio se destina & venda; Droperagies de organismos agricols,slvicolas, pecuirios ede pesca; 18) cantinas; 1 radiodifusio e radiotelevisio; 2 prestagio de servigos portuérios e aeroportuirios; _Dexplorago de feiras e de exposigtes decarkcter comercial; armazenagem, 5. O disposto no n.* 4 do presente artigo 6 objecto de regulamentagao do Conselho de Ministros. ‘Axnico’3 (Tranemissso de bens) 1. Considera-se,em geral, transmissio de bens a transferéncia ‘onerosa de bens corpérens por forma correspondente aoexercicio do direito de propriedade. J SERIE — NUMERO 52 2. Paraefetos do nimero amterior, a energia cléctrica, 05,0 calor 0 fio e similares, so considerados bens corporeos.. 3. Consideram-se ainda transmissbes, nos termos do nimero | deste artigo: €) a entrega material de bens em execusio de um contrato de locaglo, com cléusula, vinculante para ambas as pares, de transferéncia de propriedade; ‘byaentroga material de bens méveis decorrente da execugio ‘dem contra de compra e vends, em que se preveja a reserva de propriedade até 20 momento do pagamenio total e parcial do preso; 6) as transfertncias de bens entre comitente ¢ comissirio, ‘efectuadas em execucio de um contrato de comissio definido no Cédigo, Comercial, incluindo as transferéncias entre consignante © consignatiio de rmereadorias envisdas & consignaso. Na comissio de venda considera-se comprador 0 comissério: na ‘camissio de compra é considerado comprador 0 comitente; <4) ano devolugio, no prazo de 180 dias acontar da data da centrega 0 destinatério, das mercadorias enviadas & consignagio; « aafeciagio permanente de bens da empresa, so proprio, do seu titular, do pessoal ou,em geral, a fins alhcios & ‘mesma, bem como a sua transmissio gratuita, quando, relativamente a esses bens ou aos elementos que os constituem,tenha havido deducio total ou parcial do imposto. Excluem-se do regime estabelecido nesta linea as amostras e as ofertas de pequeno valor, cujos limites so objecto de regulamentacio; ‘)aafectagio de bens por um sujeito passivo a um sector de sctvidade isento ¢ bem assim a afectagio ao activo imobilizado de bens referidos na ainea a) don 1 do artigo 20, quando relativamente a esses bens ov 205 clementos que os constituem, tenha havido dedugio total ou parcsl do imposto; £8) a tansmissio de bens em segunda mio efectuada por sujeitos passivos revendedores © por organizadores de vendas em sistema de leildo,incluindo os objectos de arte, de coleccio € as antiguidades, tal como sic definidos no n.° 6 deste artigo € objecto de regulamentacio especial. 4, Salvo prova em contrério, so considerados como tendo sido objecto de transmissio pelo sujeito passivo os bens adquiridos,importados ou produzidos, que ndo se encontrarem fas existencias dos estabelecimentos da sijeitn passiva e hem assim os que tenham sido consurnidos em quantidades que, tendo «em conta o volume de produgo, evem considerar-s excessivos. Do mesmo modo nio sio considerados como tendo sido dquiridos pelo sueito passivo os bens que se encontrarem em ‘qualquer dos refers locas. 5..Embora sjam consideradastransmissdes de bens, omposto ‘mio € devido nem exigtvel nas cessbesa titulo onerosoou gratuito

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