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DR-ENGP-M-I-1.

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Revisão 6

DIRETRIZES DE ENGENHARIA

Titular: Desenvolvimento da Produção e Tecnologia

Área: Instalações Marítimas de Produção

Disciplina: Instrumentação

CRITÉRIOS GERAIS PARA


PROJETOS DE INSTRUMENTAÇÃO

Aprovação: SRGE/ESUP

Verificação: SRGE/ESUP/EEI

Execução: SRGE/ESUP/EEI/EIAC

Aprovado em 13/08/2019
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DIRETRIZES DE PROJETOS PARA INSTALAÇÕES MARÍTIMAS DE PRODUÇÃO
DISCIPLINA: INSTRUMENTAÇÃO
CRITÉRIOS GERAIS PARA PROJETOS DE INSTRUMENTAÇÃO

ÍNDICE

GERAL 4
NORMAS E CÓDIGOS RECOMENDÁVEIS ....................................................................................................... 5
UNIDADES ........................................................................................................................................................... 6
SINAIS DE TRANSMISSÃO E CONTROLE ....................................................................................................... 6
4.1 INSTRUMENTAÇÃO PNEUMÁTICA ...................................................................................................................... 6
4.2 INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA ....................................................................................................................... 6
4.3 SINAIS DE REDE DE COMUNICAÇÃO.................................................................................................................. 6
SISTEMAS DE SUPRIMENTO DE ENERGIA (ALIMENTAÇÃO) ...................................................................... 7
5.1 SISTEMA PNEUMÁTICO .................................................................................................................................... 7
5.2 SISTEMA ELÉTRICO ......................................................................................................................................... 9
REQUISITOS GERAIS PARA A ESPECIFICAÇÃO DA INSTRUMENTAÇÃO ............................................... 10
6.1 IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................................................. 10
6.2 PROTEÇÃO CONTRA INGRESSO DE POEIRA E ÁGUA .......................................................................................... 10
6.3 MATERIAIS .................................................................................................................................................... 12
6.4 TIPOS DE PROTEÇÃO PARA ÁREA CLASSIFICADA, ÁREA NÃO CLASSIFICADA E ÁREAS NÃO ABRIGADAS OU SUJEITAS A
INTEMPÉRIES ...................................................................................................................................................... 12
6.5 CARACTERÍSTICAS ELETROELETRÔNICAS, CONEXÕES E REQUISITOS GERAIS PARA INSTALAÇÃO ........................ 13
6.6 FUNCIONALIDADES E DESEMPENHO ............................................................................................................... 18
6.7 REQUISITOS DE ERGONOMIA PARA ACESSOS DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO .................................................... 18
6.8 CHAVES DE PROCESSO ................................................................................................................................. 19
REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE TEMPERATURA..................................... 19
7.1 ELEMENTOS SENSORES ................................................................................................................................. 19
7.2 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO ................................................................................................................................ 21
7.3 INSTALAÇÃO E CONEXÕES AO PROCESSO ...................................................................................................... 21
7.4 TRANSMISSORES .......................................................................................................................................... 27
REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PRESSÃO ............................................... 28
8.1 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO ................................................................................................................................ 28
8.2 MANÔMETROS .............................................................................................................................................. 28
8.3 TRANSMISSORES .......................................................................................................................................... 29
8.4 CHAVES DE PRESSÃO (PRESSOSTATOS) ........................................................................................................ 30
8.5 CONEXÃO E INSTALAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PRESSÃO.............................................................................. 30
REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE NÍVEL ...................................................... 32
9.1 VISORES DE NÍVEL ........................................................................................................................................ 32
9.2 TRANSMISSORES .......................................................................................................................................... 33
9.3 STANDPIPE ................................................................................................................................................... 35
9.4 INSTALAÇÃO ................................................................................................................................................. 35
9.5 TABELA DE CONEXÃO E TOMADAS PARA MEDIÇÃO DE NÍVEL ............................................................................ 37
DETECTORES DE GÁSES E DETECTORES DE CHAMA ............................................................................ 38
10.1 DETECTORES DE CHAMA ............................................................................................................................. 38
10.2 DETECTORES DE GÁS .................................................................................................................................. 39
REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE VAZÃO E ORIFÍCIOS DE RESTRIÇÃO40
11.1 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................................... 40
11.2 ORIFÍCIOS DE RESTRIÇÃO ........................................................................................................................... 41
11.3 MEDIDOR DE VAZÃO MÁSSICA DO TIPO CORIOLIS E VAZÃO VOLUMÉTRICA DO TIPO DESLOCAMENTO POSITIVO (PD)
42
11.4 MEDIDORES DO TIPO TURBINA..................................................................................................................... 43
11.5 MEDIDORES DE ÁREA VARIÁVEL .................................................................................................................. 44
11.6 CHAVES DE VAZÃO...................................................................................................................................... 45
REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE.................................................... 46

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12.1 SELEÇÃO DE TIPO DE CORPO ....................................................................................................................... 46
12.2 CARACTERÍSTICA INERENTE DA VÁLVULA ..................................................................................................... 46
12.3 INSTALAÇÃO ............................................................................................................................................... 47
12.4 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS .............................................................................................................. 48
12.5 DIMENSIONAMENTO..................................................................................................................................... 49
12.6 ATUADORES ............................................................................................................................................... 49
12.7 POSICIONADORES DE VÁLVULA .................................................................................................................... 49
12.8 ACESSÓRIOS .............................................................................................................................................. 50
12.9 VAZÃO MÍNIMA DE BOMBAS ......................................................................................................................... 50
12.10 VÁLVULAS DO TIPO CHOKE COM ATUADORES ............................................................................................. 50
REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE ALÍVIO ...................................................... 52
13.1 VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO DE PRESSÃO E VÁCUO .......................................................................... 52
13.2 DISCOS DE RUPTURA .................................................................................................................................. 53
13.3 VÁLVULAS DE PINO DE DOBRAMENTO .......................................................................................................... 54
REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE VÁLVULAS DE PARADA DE EMERGÊNCIA (SDV), DE
DESPRESSURIZAÇÃO AUTOMÁTICA (BDV) E DE MANOBRA E CONTROLE ON-OFF (XV) ...................... 54
14.1 VÁLVULAS DE PARADA DE EMERGÊNCIA (SDV) E DE DESPRESSURIZAÇÃO AUTOMÁTICA (BDV)54
14.2 VÁLVULAS DE MANOBRA E CONTROLE ON-OFF (XVS) ..................................................................... 58
14.3 VÁLVULAS DIRECIONAIS DO TIPO MULTIVIAS ................................................................................... 60
REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE VÁLVULAS SOLENÓIDES ...................................................... 60
15.1 SOLENÓIDES PNEUMÁTICAS ......................................................................................................................... 60
15.2 SOLENÓIDES HIDRÁULICAS .......................................................................................................................... 61
CABOS ELÉTRICOS DE INSTRUMENTAÇÃO .............................................................................................. 61
16.1 GERAL........................................................................................................................................................ 61
16.2 CONDIÇÕES DE SERVIÇO ............................................................................................................................. 61
16.3 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS .............................................................................................................. 62
16.4 DIMENSIONAMENTO..................................................................................................................................... 64
16.5 IDENTIFICAÇÃO E POLARIZAÇÃO ................................................................................................................... 65
16.6 TESTES ...................................................................................................................................................... 66
INTERLIGAÇÃO .............................................................................................................................................. 66
17.1 REQUISITOS GERAIS.................................................................................................................................... 66
17.2 PRENSA CABOS E PRESILHAS ...................................................................................................................... 66
17.3 CAIXA DE JUNÇÃO E CAIXA DE PASSAGEM..................................................................................................... 66
17.4 ELETROCALHAS .......................................................................................................................................... 67
17.5 PAINÉIS EM ÁREAS ABERTAS ........................................................................................................................ 68
ATERRAMENTO E COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA (EMC) ...................................................... 68
18.1 DEFINIÇÕES ................................................................................................................................................ 68
18.2 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................................... 68
18.3 ATERRAMENTO DE PROTEÇÃO, DO SHIELD E DA ARMADURA PARA CABOS E MULTICABOS. ................................ 69
LINHAS DE IMPULSO, TRANSMISSÃO PNEUMÁTICA E TRANSMISSÃO HIDRÁULICA ........................ 72
19.1 DEFINIÇÕES GERAIS .................................................................................................................................... 72
19.2 TRANSMISSÕES PNEUMÁTICAS DE AR DE INSTRUMENTO ................................................................................ 74
19.3 LINHAS DE IMPULSO .................................................................................................................................... 75
19.4 TRANSMISSÕES DE POTÊNCIA HIDRÁULICA.................................................................................................... 76
19.5 REQUISITOS DE INFRAESTRUTURA DE INSTALAÇÃO, MONTAGEM E QUALIFICAÇÃO DE MÃO DE OBRA ................. 77
REDE DE PLUGUES FUSÍVEIS PARA ACIONAMENTO DE ADV ............................................................... 80
20.1 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS............................................................................................................... 80
20.2 CARACTERÍSTICAS E DESEMPENHO DA REDE DE PLUGUES FUSÍVEIS .............................................................. 81
ANEXO A - CÁLCULO DO DIMENSIONAMENTO DO ORIFÍCIO DE RESTRIÇÃO EM REGIME DE
ESCOAMENTO CRÍTICO ISENTRÓPICO PARA GÁS REAL ............................................................................ 83
ANEXO B - CÁLCULO DA ESPESSURA DE ORIFÍCIOS DE RESTRIÇÃO..................................... 84

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GERAL

Esta especificação compreende os requisitos mínimos gerais para especificação de


instrumentos, aplicáveis aos projetos de Instrumentação em Unidades de Produção da
E&P.
Os materiais aqui especificados são entendidos como requisitos mínimos e materiais de
característica inferior não são aceitos. Caso as condições operacionais sejam mais
severas, materiais com caracterizas mecânicas ou químicas que atendam tais condições
devem ser selecionados
Esta especificação inclui apenas os instrumentos mais comumente usados. Outros
instrumentos devem estar sujeitos à aprovação pela Petrobras.
A aplicação deste documento, demanda interação com as demais disciplinas as
interfaces, sendo estas interfaces inerentes a uma planta de produção. Interfaces podem
ocorrer em qualquer item, porém, onde foram identificadas interfaces de grande impacto,
o termo[INTERFACE INTERDISCIPLINAR] é usado seguido de abreviações das
disciplinas envolvidas, a saber:
i. ARQ: Arquitetura;
ii. ARR: Arranjo;
iii. ELE: Elétrica;
iv. MEC: Mecânica;
v. PRO: Processo;
vi. SEG: Segurança;
vii. TBM: Turbo Máquinas;
viii. TUB: Tubulação;
ix. 3D: Automação de Projetos e Modelagem 3D;
x. NAV: Sistemas Navais
Para uso dentro deste documento, a terminologia abaixo é utilizada:
i. Aço inoxidável AISI 304 significa UNS S30400
ii. Aço inoxidável AISI 316 significa UNS S31600

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iii. Aço inoxidável AISI 316L significa UNS S31603


iv. Aço inoxidável AISI 410 significa UNS S41000
v. Aço inoxidável AISI 416 significa UNS S41600
vi. Aço inoxidável AISI 420 significa UNS S42000
vii. Aço inoxidável 6Mo significa UNS S31254

NORMAS E CÓDIGOS RECOMENDÁVEIS

As normas, códigos e recomendações aplicáveis que devem ser seguidos no projeto de


instrumentação e controle devem estar listados em documento específico do projeto. No
caso de projetos básicos desenvolvidos pelo ESUP estas devem constar no "ÍNDICE DE
NORMAS E CÓDIGOS APLICÁVEIS”
Quando não há nenhuma menção de normas, devem ser seguidas as
normas/recomendações da The Instrumentation, Systems, and Automation Society – ISA
e da API RP 551 – PROCESS MEASUREMENT INSTRUMENTATION.
A norma ISA S5.1 – INSTRUMENTATION SYMBOLS AND IDENTIFICATION deve ser
usada para a identificação de instrumentos, em todos os documentos.
Deverá ser usada a última edição ou revisão, exceto quando especificado de outra
forma.
Essa Especificação Técnica deverá ser usada em conjunto com as recomendações
específicas de cada Unidade Pacote.

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UNIDADES

Em conformidade com o Sistema Internacional de Unidades, devem ser usadas as


seguintes unidades para as principais variáveis:
Tabela I – Unidades a serem utilizadas
Grandeza Unidade Nota

Temperatura oC

Vazão Líquidos m3/h

Vapor de água t/h

Gás m³/h (20 ºC e 101,325 kPa)

Pressão bar ou kPa 1

Vácuo bar abs. ou kPa abs

Nível % da faixa, m ou mm

Notas:
(1) As medições de pressão são referidas à pressão manométrica, exceto onde
claramente especificado;

SINAIS DE TRANSMISSÃO E CONTROLE

4.1 Instrumentação Pneumática


20 a 100 kPag (0,2 a 1,0 barg). Admite-se também 40 a 200 kPag (0,4 a 2,0 barg) para as
válvulas de controle, sempre que necessário.
4.2 Instrumentação Eletrônica
4 a 20 mA, acrescido de comunicação digital utilizando o protocolo HART, certificado pela HART
FOUNDATION

4.2.1 Exceções
Sinais específicos, tais como: RTD (termo-resistência), Termopar, óticos, etc. podem ser
usados, mas eles devem ser submetidos à aprovação pela Petrobras.
4.3 Sinais de Rede de Comunicação

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Cabos de rede devem ter encaminhamento exclusivo com proteção adequada contra
danos mecânicos, abrigados em bandejas fechadas ou por outra forma que possibilite a
inspeção dos cabos sem sua remoção. Deve ser obedecida a distância mínima de
separação para cabos de força, conforme recomendação do protocolo de comunicação
utilizado.

SISTEMAS DE SUPRIMENTO DE ENERGIA (ALIMENTAÇÃO)

5.1 Sistema Pneumático


5.1.1 Qualidade do Ar
5.1.1.1 O ar de instrumento deve estar enquadrado nos requisitos da norma ISO 8573-
1 (Quality Standard for Instrument Air) para classe de pureza de partículas (particle purity
class) 2.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC]
5.1.1.2 Para definição do ponto de orvalho deve ser consultada a menor temperatura
definida no documento de dados Metaoceanográficos (Metocean) do projeto e estar em
conformidade com a ISO 8573-1.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC]
5.1.2 Condições de Operação
As condições de operação devem ser definidas no Projeto Básico. O os dados abaixo
são valores de referência típicos.
Tabela II – Condições de Operação

Variável Condição Valor

Pressão Máxima 1030 kPa (10,3 bar)

Normal 686 kPa (6,86 bar)

Mínima 490 kPa (4,9 bar)

Temperatura Máxima 50C

Normal 40C

5.1.3 Consumo de Ar de Instrumentos


O dimensionamento correto da capacidade do sistema de compressão de ar
de instrumentos deve estar fundamentado no cálculo de consumo de ar segundo os
dados fornecidos pelos fabricantes dos mesmos e é elaborado pela disciplina de

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Processo. Equipamentos de outras disciplinas também consomem o mesmo ar de


instrumento. Como exemplo são citados pressurização de motores elétricos, da
disciplina de elétrica, e selo de compressores, da disciplina de turbomáquinas. O
consumo relativo aos equipamentos de outras disciplinas deve ser obtido com as
mesmas.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, NAV, HVAC, ELE, TBM]
5.1.3.2 Na falta de dados do fabricante, a estimativa de consumo de ar de instrumentos
deve ser feita considerando-se o consumo de todos os instrumentos (de operação
contínua) operando simultaneamente, mais o consumo de instrumentos/dispositivos de
operação intermitente, de acordo com os critérios estabelecidos abaixo:
a) Consumidores Contínuos
O consumo médio de instrumentos de operação contínua pode ser obtido da tabela
seguinte.
Tabela III – Consumidores contínuos de Ar de Instrumento

INSTRUMENTO CONSUMO MÉDIO (Nm3/h)


Válvula de Controle com Posicionador 2
Damper Modulado com Posicionador 2
Relés Booster 2
Analisadores Segundo dados do fornecedor
Pressurização de painéis Segundo dados do fornecedor

Para outros instrumentos, quando dados precisos não estiverem disponíveis, deverá ser
considerado um consumo de 1,6 Nm 3 /h.
b) Consumidores Intermitentes
O consumo de válvulas de parada de emergência (SDV – Shutdown Valve), válvulas de
despressurização automática (BDV – Blowdown Valve) e dampers corta-fogo, não deve ser
levado em conta no cálculo, já que em condições normais de operação a frequência de
ocorrência de paradas deve ser considerada de frequência muito baixa.
Para o consumo de ar das bombas pneumáticas localizadas nos painéis de segurança ou
nos racks de controle dos poços (produção e/ou injeção) e unidades hidráulicas,
necessárias para pressurizar as linhas hidráulicas para atuar as válvulas das árvores de
natal, deve-se adotar a média de consumo, não podendo ser inferior a 10 Nm 3 /h. Porém, o

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consumo instantâneo deve ser utilizado para dimensionamento das linhas de alimentação
das bombas.
5.1.3.3 Ao consumo obtido pela soma dos consumos contínuos e intermitentes deve ser
adicionada uma capacidade reserva de 43% do consumo calculado, a qual contempla
futuras expansões da planta (30%) e reserva para compensar a purga de vários
instrumentos e possíveis vazamentos no sistema de distribuição de ar (10%).
5.1.4 Distribuição do Suprimento de Ar
5.1.4.1 Para cada área, skid ou Unidade Pacote, deve ser fornecido um manifold de
distribuição de ar equipado com um vaso de condensado com válvula de drenagem e
válvula de bloqueio (aço inoxidável AISI 316, tipo esfera) no ramal de entrada, próximo
ao manifold, e uma válvula de bloqueio (aço inoxidável AISI 316, tipo esfera) em cada
ramal de saída. Deve ser fornecido e instalado um indicador de pressão local (com
respectivas válvulas de bloqueio e de drenagem) entre o manifold e a sua válvula de
bloqueio de entrada
5.1.4.2 A linha de distribuição principal de ar de suprimento da instrumentação deve
ser subdividida em ramais, por área/piso, equipados com válvulas de bloqueio ( aço
inoxidável AISI 316 tipo esfera), travadas abertas. A derivação da linha de distribuição
principal para o ramal deve ser na geratriz superior, reduzindo o risco de arraste de água
para os ramais.
5.1.4.3 Cada instrumento consumidor deve estar equipado com uma válvula de bloqueio
tipo esfera ou agulha, em aço inoxidável AISI 316.
5.1.5 Utilização de gás natural como fluido pneumático
5.1.5.1 Esta alternativa só pode ser adotada em áreas desabitadas e abertas, e está
sujeito à aprovação prévia pela Unidade de Negócio/Ativo envolvida. Em tais casos, o
gás natural deve ser condicionado para a retirada dos resíduos sólidos.
5.1.5.2 Não será aceito qualquer tipo de comutação de gás para ar de instrumentos ou
vice-versa.
5.1.5.3 Não será aceito qualquer tipo de encaminhamento de linhas de controle supridas
por gás no interior de salas de controle.
5.2 Sistema Elétrico

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5.2.1 Os instrumentos devem ser especificados para operar em tensão nominal de 24Vcc
proveniente dos painéis do sistema de automação e os instrumentos devem estar em
conformidade com os limites estabelecidos para o sistema de alimentação em corrente
contínua determinado pela IEC-61892-1.
5.2.1.1 Unidades pacotes e skids devem elaborar uma memória de cálculo para
estabelecer a tensão mínima na interface do pacote/skid para que a tensão mínima no
instrumento seja garantida.

REQUISITOS GERAIS PARA A ESPECIFICAÇÃO DA


INSTRUMENTAÇÃO

Este capítulo descreve requerimentos que devem ser aplicados a todos os instrumentos.
Os instrumentos devem atender a API RP-551. Os instrumentos que devem atender ao
enquadramento metrológico do INMETRO e à regulamentação oficial (ANP) também
devem atender aos requisitos descritos na DR-ENGP-1.6 – Diretrizes para Sistemas de
Medição de Óleo e Gás Natural.
6.1 Identificação
6.1.1 Deve ser afixado permanentemente ao instrumento uma placa de identificação em
aço inoxidável AISI 316 com, no mínimo, as seguintes informações:
6.1.1.1 Certificação Ex, grupo de gás e classe de temperatura, conforme IEC 60079;
6.1.1.2 Certificação IP, conforme IEC 60529. Caso definido IP68, deve constar a
profundidade máxima.
6.1.1.3 Laboratório e número dos certificados;
6.1.1.4 Número de série, modelo e fabricante;
6.1.2 Além da identificação descrita no item 6.1.1, deve ser fornecida uma placa em aço
inox de tamanho mínimo de 5 cm x 2,8 cm x 0,5 (Largura x Altura x Espessura) com o
TAG do respectivo instrumento gravado em baixo relevo. Esta placa deve ter seus bordos
arredondados e o perímetro deve ser suavizado para não ser cortante ao manuseio. A
placa deve ser presa ao instrumento através de arame flexível de aço inoxidável AISI 316.
6.2 Proteção contra ingresso de poeira e água
6.2.1 Os invólucros dos instrumentos devem ser resistentes às condições atmosféricas
produzidas pelo processo e pelo ambiente marítimo. Todos os instrumentos e respectivos

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acessórios instalados em áreas não abrigadas ou sujeitas a intempéries devem possuir,


no mínimo, grau de proteção IP56, de acordo com a norma IEC 60529.
Nota: Um invólucro certificado com apenas 1 grau IP com segundo numeral 7 ou 8 não
é aceito em substituição ao grau IP56 ou IP66, a menos que possua dupla certificação
(exemplos: IPX6/IPX7 e IPX6/IPX8, onde X significa o primeiro dígito do grau IP).
6.2.2 Todos os equipamentos e instrumentos a serem instalados abaixo da linha de avaria,
tais como salas de bombas de lastro, túneis, trunks, devem ter grau de proteção conforme
especificado nos subitens abaixo:
6.2.2.1 Duplamente classificado de, no mínimo, IP66/IP67, ou seja, devem ser
submetidos aos testes para IP66 e para IP67.
Nota: Um invólucro que possua somente uma (1) classificação IP com segundo nume ral 7
ou 8 não pode ser considerado adequado para exposição a jatos de água, conforme
preconizado pela IEC 60529. Para que o instrumento seja adequado simultaneamente para
jatos d’água e submersão deve ser submetido a ambos os testes, de jatos d’água e de
submersão, ficando, portanto, com dupla certificação (exemplos: IPX6/IPX7 e IPX6/IPX8,
onde X significa o primeiro dígito do grau IP).
Quando instalados dentro dos tanques devem ter grau de proteção IP68 e
serem resistentes a pelo menos 4 metros de profundidade de água.
Os instrumentos de indicação, tais como, indicador de posição de válvulas de
lastro/esgoto, indicadores de posição das portas e das escotilhas à prova d’água,
indicadores de posição das válvulas de caixa de água do mar, válvulas overboard,
indicadores dos dampers dos dutos de ventilação e válvulas solenóides, instalados
dentro ou fora de tanques, devem atender aos requisitos de grau de proteção IP66/IP68
e serem especificados para suportar uma pressão mínima equivalente a 4 metros de
coluna d’água.
6.2.3 Prensa cabos, caixas de junção, caixas de passagem e acessórios usados para as
aplicações acima mencionadas devem ter as mesmas exigências de grau de proteção.
6.2.3.1 Todos os prensa cabos utilizados em áreas classificadas e em áreas não
abrigadas devem ser especificados de forma a reduzir os efeitos da característica de
escoamento a frio dos cabos (“cold-flow”), conforme IEC 60079-14, independentemente

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das características dos cabos e multicabos


6.3 Materiais
6.3.1 O material dos prensa cabos deve ser em aço inoxidável AISI 316.
6.3.2 As caixas ou invólucros de instrumentos eletrônicos de campo devem ser em aço
inoxidável ASTM A351 Gr. CF8M.
6.3.3 Medidas de proteção devem ser previstas para evitar contato direto entre metais
onde corrosão galvânica é esperada. Apenas pintura não é considerado medida de
proteção suficiente para evitar contato direto entre os metais.
6.3.4 Especificações de pintura devem seguir os requisitos de codificação de cor da DR-
ENGP-M-I-1.15 – REQUISITOS GERAIS DE REVESTIMENTOS.
6.4 Tipos de proteção para área classificada, área não classificada e áreas não
abrigadas ou sujeitas a intempéries
6.4.1 Todos os instrumentos elétricos / eletrônicos e equipamentos localizados em área s
classificadas devem estar de acordo e instalados conforme normas IEC-60079 e IEC-
61892-7.
6.4.2 Todos os instrumentos que operam com energia elétrica (transmissores,
analisadores, chaves, posicionadores e solenóides de válvulas, detectores de fogo,
detectores de gás, emissores de feixe de detectores de gás de visada, botoeiras de alarme
manual de incêndio-AMIs etc) devem possuir certificação para operar em zona 2,
conforme requerido na IEC-61892-1 independentemente do local de instalação.
6.4.2.1 O tipo de proteção a ser utilizada é Ex dc IIA T3 em área aberta e zona 2 e Ex
db IIA T3 quando instalado em zona 1. Os casos onde outro tipo de proteção é aceitável
são:
a) botoeiras de alarme manual de incêndio, AMIs.
b) Os instrumentos instalados em zona 0 (zero), devem possuir certificação Ex ia
IIA T3. Demais tipos de proteção com EPL Ga não são aceitos.
c) Para analisadores, quando a única tecnologia disponível for do tipo
pressurizada, deve ser fornecido um vaso pulmão, adjacente e exclusivo para o
analisador, que permita uma autonomia mínima igual ao tempo de
funcionamento dos equipamentos do CSS definido na DR-ENGP-M-I-1.3. Caso
o tipo de proteção utilizada seja para zona 1, ExpX, todos os circuitos
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(alimentação DC, alimentação AC, sinal discreto, sinal analógico etc) devem
passar pelo dispositivo seccionador.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO,
MEC, SEG]
d) Tipo de proteção segurança aumentada, Ex e, para caixas de junção.
NOTA: Qualquer outro tipo de proteção deve ser submetido à avaliação da Petrobras.
6.4.2.2 As respectivas caixas de junção devem possuir certificação conforme a zona
onde estão instaladas e em área aberta a certificação mínima deve ser para zona 2,
mesmo que a área não seja classificada. O grau de proteção mínimo deve ser IP 56.
6.4.3 “Certificados de Conformidade” do INMETRO para comprovar atendimento à
classificação de área mandatoriamente devem ser fornecidos durante a fase de avaliação
técnica, de acordo com a Portaria 179 do INMETRO e suas emendas, ou aquela que
estiver em vigor. Propostas técnicas sem esse documento não devem ser consideradas.
6.5 Características eletroeletrônicas, conexões e requisitos gerais para instalação
6.5.1 Toda conexão ao processo deve possuir válvula de isolação (válvula raiz), regida
pela diretriz DR-ENGP-I-1.1 - Piping Material Standard for Oil Production and Process
Facilities. Requisito não aplicável para medição de temperatura, pois trata-se de uma
conexão ao equipamento/tubulação.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, SEG,
MEC, TUB, TBM, NAV]
6.5.1.1 Deve ser provido meios para despressurizar e drenar o trecho entre válvula de
bloqueio (válvula raiz) e o instrumento. Em medições que usem linhas de impulso, isto
deve ser efetuado através do uso de: blocos manifolds de 5 vias quando a medição usa
2 tomadas de impulso; bloco manifiold de 3 vias quando a medição usar 1 tomada de
impulso. Em medições que usem selo diafragma, isto deve ser efetuado através do uso
de dispositivo para permitir limpeza (flusing ring), conforme definido no tem 6.5.9.
6.5.1.2 A válvula de bloqueio (válvula raiz) das conexões de processo deve ser do tipo
duplo bloqueio com dreno/vent para as seguintes condições:[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO, SEG, MEC, TUB, TBM, NAV]
Quando a conexão de processo deriva de linhas maiores do que 4” ou de
equipamentos (ex. vaso/tanque/torre), para qualquer tipo de fluído e qualquer pressão
de trabalho.
Com fluídos inflamáveis ou tóxicos e em pressões maiores do que 3.922,66

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kPag (40 kgf/cm 2).


6.5.2 Para instrumentos em linha, o uso de válvulas de bloqueio simples ou duplo bloqueio
com dreno e vent e de válvulas de contorno (by-pass), deve ser definido mediante estudo
realizado pelas disciplinas de Segurança e as disciplinas envolvidas com o Processo em
questão, para definir sua necessidade e tipo quando de operações de partida, parada e
manutenção do instrumento.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, SEG, MEC, TUB,
TBM, NAV]
6.5.3 Válvulas esfera, mesmo em diâmetros inferiores a 2 polegadas, devem ter corpo de
montagem aparafusada, nunca roscada.
6.5.4 Os instrumentos não devem ser montados em corrimão e não devem ser submetidos
a vibração além dos limites especificados para o instrumento.
6.5.5 Os Instrumentos e acessórios não devem ser instalados sob influência de
superfícies aquecidas.
6.5.6 Os instrumentos, exceto os manômetros, termômetros, visores de nível,
transmissores de temperatura e instrumentos em linha, devem ser instalados em suporte
dedicado. Estes suportes devem ser localizados de forma a não transmitir um nível de
vibração que exceda ao especificado para o instrumento e suas conexões, elétricas, de
utilidades ou de processo.
6.5.7 O comprimento de capilares em selos remotos deve ser mantido no menor
comprimento para minimizar o tempo de resposta. Para determinação deste comprimento,
o encaminhamento deve ser planejado previamente a conexão, em fábrica, do
capilar.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC, ARR, ARQ, 3D]
6.5.7.1 Para transmissores de pressão diferencial com selo remoto, para medições de
pressão diferencial ou nível, os comprimentos de ambos os capilares devem ser iguais.
6.5.7.2 O capilar deve ser protegido em todo seu encaminhamento por calha coberta
amarrada a cada 2.5 m por fita metálica revestida por material polimérico. A suportação
do capilar deve ser pensada de forma a minimizar os esforços mecânicos na solda do
capilar com o seu flange.
6.5.8 Os flanges de instrumentos devem ser especificados em inox 316L ou outro material
com resistência a corrosão e resistência mecânica superior, como Duplex e Superduplex.
Ao especificar instrumentos cujos flanges possuem materiais diferentes dos flanges das

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especs de tubulação, por exemplo, flange de aço inoxidável 316L numa tubulação de aço
carbono, deve-se verificar se a classe de pressão do material do flange do instrumento
atende as condições de pressão de projeto e de temperatura da tubulação. Caso contrário
deve-se especificar material adequado às condições da tubulação.
6.5.9 Para toda conexão ao processo flangeada na qual o instrumento se conecte através
de selo diafragma, deve ser provido dispositivo para permitir limpeza e reduzir tempo de
manutenção (flushing ring). Este dispositivo deve ser fornecido com válvula de vent e
ponto de drenagem com plug para dreno. O material do flushing ring e das referidas
válvulas devem ser em aço inoxidável AISI 316 ou um material mais nobre para atender
as condições do processo.
6.5.10 Para toda conexão ao processo flangeada na qual seja utilizado linha de impulso,
deve ser provido dispositivo para fazer a transição entre o flange da tomada de processo
e a tomada de impulso (flange adapter). Este flange adapter deve ser de peça sólida em
aço inoxidável AISI 316, não podendo ser em aço inoxidável AISI 316L. Outros materiais
mais nobres devem ser utilizados caso as condições de processo exijam.
6.5.10.1 Quando a medição for de pressão diferencial, um arranjo com tubings e
manifolds de 2 válvulas deve ser fornecido para permitir equalização de pressão entre
as tomadas e dreno/vent para cada tomada. Deve ser conectado 1 manifold de 2 válvulas
conectado em cada flusing ring de cada tomada.
6.5.10.2 Quando a medição for de nível através do princípio de pressão diferencial, um
arranjo com tubings e válvulas de bloqueio deve ser fornecido para permitir equalização
de pressão entre a tomada de alta pressão (inferior) e a tomada de baixa pressão
(superior), bem como dreno para a tomada de baixa e vent para a tomada de alta. Deve
ser conectado 1 válvula para equalização em cada flushing ring de cada tomada, 1
válvula de dreno na tomada de alta pressão (inferior) e no vent da tomada de baixa
pressão (superior) pode ser utilizado plug.
6.5.11 Todos as placas com componentes elétricos / eletrônicos devem ser marinizados
e tropicalizados para proteção adequada à atmosfera da aplicação e ao ataque de fungos.
O Fornecedor deve explicar em sua proposta quais os métodos de marinização e
tropicalização utilizados e fornecer as normas e procedimentos aplicáveis.

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6.5.12 Todos os instrumentos e equipamentos eletrônicos devem ser imunes a


interferências eletromagnéticas e de radiofrequência (EMI/RFI). O fornecedor deve
informar o nível de imunidade, procedimento de teste e normas utilizadas.
6.5.13 Abaixo se encontram as definições utilizadas neste documento para referenciar as
conexões ao processo.
6.5.13.1 Utilizando linha de impulso

Figura I: Nomenclatura para montagem de instrumento com linhas de impulso

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6.5.13.2 Utilizando selo diafragma remoto

Figura II: Nomenclatura para montagem de instrumento com selo diafragma remoto
6.5.14 Utilizando montagem direta

Figura III Nomenclatura para montagem de instrumento com selo diafragma em corpo único.
6.5.15 As conexões pneumáticas de instrumentos devem, no mínimo, ser em ¼" NPT (F).
Os tubings devem seguir a tabela Tabela IX.
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6.5.15.1 Quando a dinâmica do processo exigir uma resposta mais rápida, conexões de
maior diâmetro devem ser providas (exemplo: Válvulas anti Surge de compressores),
respeitando o requisito dos fornecedores.
6.5.16 As conexões elétricas devem ser ½" NPT (F).
6.5.16.1 Instrumentos instalados ao tempo não devem ter entradas de conexões
elétricas voltadas para cima do plano horizontal, de modo a reduzir o risco de ingresso
de água no invólucro.
6.5.17 As entradas de ar de instrumentos devem ter uma válvula de bloqueio tipo esfera
associada a um filtro regulador, com indicação local dupla (kPa e bar) da pressão
manométrica de saída, próximo ao instrumento.
6.6 Funcionalidades e Desempenho
6.6.1 Os transmissores, registradores, indicadores, controladores e conversores devem
atender, quando não individualmente determinado, as seguintes especificações:
a) A incerteza total do instrumento não deve exceder 0,5%, incluindo as influências
do processo (temperatura e pressão estática) e efeitos combinados de histerese
e repetibilidade;
b) A banda morta não deve exceder 0,25% da faixa de medição;
c) Uma modificação na temperatura ambiente de até 50°C não deve afetar o sinal
de saída em mais de 1% da faixa de medição.
6.6.2 Os transmissores eletrônicos devem ter indicação local do sinal de saída, com visor
alfanumérico, configurável em unidades de engenharia, exceto os detectores de fogo e
gás.
6.6.3 Devem ser usados transmissores/posicionadores/conversores inteligentes (4 a 20
mA, associados ao protocolo HART, propriamente aprovado pela HART FOUNDATION).
Esses instrumentos devem ter ferramentas de configuração e calibração (um dispositivo
portátil por tipo de instrumento), assim como um software para executar essas funções
em PC, via multiplexador).
6.6.4 Deve ser possível configurar que quando a variável de processo ultrapassar os
limites do range calibrado, o sinal de saída seja limitado em 4mA, para subrange, e em
20mA, para sobrerange
6.7 Requisitos de ergonomia para acessos de operação e manutenção
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6.7.1 Visor deve ser instalado a 1,50 metros do piso e a leitura deve ser na horizontal .
6.7.2 Deve haver espaço de trabalho suficiente em volta dos instrumentos para permitir
sua operação, calibração e manutenção [INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC, ARR,
ARQ, 3D].
6.7.3 Deve ser provido acesso para todas as válvulas bloqueio das conexões ao
processo.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC, ARR, ARQ, 3D]
6.7.4 Deve ser previsto acesso para operação e manutenção a todos os instrumentos,
válvulas, analisadores, detectores de fogo e gás. A determinação da localização dos
instrumentos, respectivos suportes e acesso ergonômico aos mesmos deve ser
determinada após os estudos de ergonomia.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC,
ARR, ARQ, TUB, TBM, 3D]
6.7.5 Devem-se evitar altas temperaturas e/ou influência de superfícies aquecidas.
6.8 Chaves de processo
Todos os sinais de pré-alarme devem ser gerados internamente nos controladores, a partir
dos sinais de transmissores eletrônicos de campo (4 a 20 mA). O uso de chaves de
processo (termostatos, pressostatos, chaves de vazão e de nível) deve ser evitado, e,
quando necessário, deverá ser previamente aprovado pela PETROBRAS.
6.8.1 As micro-chaves de acionamento das chaves de processo devem ter um único
contato do tipo SPDT e terem suas partes móveis hermeticamente seladas.
6.8.2 Os contatos das micro-chaves para circuitos de pré-alarme, alarme e
intertravamento ("shutdown" ou "trip") devem ser mantidos fechados em condições
normais de processo.

REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE


TEMPERATURA

7.1 Elementos sensores


7.1.1 A haste que acondiciona o elemento sensor para inserção em poços de temperatura
deve ser em aço inoxidável AISI 316 com diâmetro externo de 6 mm (1/4”) e deve ser do
tipo spring loaded (pressão por mola), dimensionada para possuir contato pleno com o
fundo do poço.
7.1.2 Termopares

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7.1.2.1 O termopar deve ser do tipo K, conforme IEC 60584 com classe de tolerância 2.
7.1.3 RTD (Termo-resistência)
7.1.3.1 RTDs devem ser tipo PT100 de 3 (ou 4) fios, conforme IEC 60751 com classe de
tolerância A, quando não definido no projeto. O tipo de RTD, 3 ou 4 fios, deve ser
observado ao ser especificado o equipamento de leitura.
7.1.3.2 RTDs devem ser especificados conforme IEC 60751 (equivalente a DIN 43760)
com coeficiente de temperatura de 0.00385 ohms por ohm por grau Celsius. Os
parâmetros de Callendar-Van-Dusen devem ser fornecidos para parametrização no
respectivo transmissor.
7.1.4 Termômetros
7.1.5 Termômetros que usam mercúrio ou bulbos de vidro não devem ser utilizados.
7.1.6 Termômetros devem ser do tipo Bimetálico.
7.1.6.1 Termômetros bimetálicos do tipo angulares não devem ser utilizados (“every
angle”).
7.1.6.2 Os termômetros bimetálicos devem ter as seguintes características gerais:
i. Mostrador com diâmetro mínimo nominal de 100 mm;
ii. Conexão ao poço de ½" NPT (M);
iii. Haste de aço inoxidável AISI 304 com diâmetro externo (D.E.) de 6 mm.
iv. Classe de exatidão 1 conforme DIN EN 13190;
v. O range de indicação deve ser tal que a temperatura normal de operação esteja entre
30 e 70% deste range, sendo que as temperaturas mínima e máxima ainda possam
ser lidas dentro do range de indicação;
vi. Em aplicações sujeitas à vibração ou medição em baixas temperaturas, usar com
enchimento líquido. Deve ser verificado o limite de vibração a que o termômetro pode
ser submetido.
7.1.6.3 As escalas devem ter fundo branco com inscrições em preto. As faixas devem
ser escolhidas entre as seguintes, em graus Celsius. Outras faixas devem ser
apresentadas para análise da PETROBRAS.
- 50/50; 0/100; 0/150; 0/200; 0/300; 0/500.
7.1.6.4 O invólucro deve ser hermeticamente selado e fabricado em aço inoxidável AISI

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304 ou aço inoxidável AISI 316.


7.1.6.5 Os termômetros devem ter ajuste de zero por ponteiro micrométrico.
7.2 Critérios de Seleção
7.2.1 Termômetros bimetálicos ou transmissores eletrônicos devem ser usados para
indicação local.
7.2.2 RTD (termo-resistências) ou termopares devem ser usados para telemetria e malhas
eletrônicas de temperatura, conectados usualmente via transmissores aos cartões de
entrada de PLC.
7.2.3 No caso de sensor de temperatura com faixa dentro de -50 a 450 ºC, deve ser
utilizado RTD. Caso a temperatura ultrapasse 500 ºC, deve ser utilizado termopar.
7.3 Instalação e Conexões ao Processo
7.3.1 Poços de Proteção e Teste
7.3.1.1 Todos os elementos sensores de temperatura para medição de fluídos devem
ser protegidos com poços de proteção, fornecidos com os sensores e transmissores, em
montagem integral (ver item 7.4.1) ou juntamente com o termômetro associado,
conforme o caso.
O furo interno para acondicionar a haste do sensor (ref. Item 7.1.1) deve ter
diâmetro de 6,6mm.
A conexão ao poço deve ser feita através do uso de união e niples em ½”
NPT, na sequência, poço em NPT-F, nipple em NPT (MxM), união em NPT (FxF), nipple
(MxM) e ao instrumento de temperatura (sensor/termômetro/transmissor) em NPT(F).
7.3.1.2 O perfil dos poços deve ser do tipo cônica e, caso não atenda aos requisitos de
vibração e tensão (ver 7.3.1.8), do tipo degrau (“step-shank”). Poços retos somente
podem ser usados se o cônico e o tipo degrau se mostrarem incompatíveis com as
condições de processo.
7.3.1.3 Os poços devem ser usinados a partir de uma barra de aço inoxidável AISI 316
ou, nos casos em que esse material não seja apropriado às condições de processo,
usinado de uma barra de material mais adequado.
7.3.1.4 Para poços com flange, os materiais e a forma de contrução devem atender a
seguinte ordem, para respeitar a compatibilidade com a conexão com a tubulação ou

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equipamento: soldado ao flange com solda de penetração total seguindo a A PI RP 551


e ASME PTC 19.3 TW, sendo o material do flange e do poço em aço inoxidável AISI
316L. Quando o flange em aço inoxidável AISI 316L não for adequado às condições do
processo ou ao spec da linha, o poço deve ser construído em peça única, sem soldas,
em aço inoxidável AISI 316. Caso ainda não seja adequado as condições de processo,
deve ser selecionado outro material, igual para flange e corpo, com resistência a
corrosão e resistência mecânica superior, como Duplex e Superduplex .
Devem ser fornecidos certificados de soldagem atestando procedimentos,
qualificação do executante e ensaio de líquido penetrante da solda conforme norma
prevista na Padronização de Tubulação (DR-ENGP-I-1.1).
Ao especificar poços cujos flanges possuem materiais diferentes dos flanges
das especs de tubulação, por exemplo, flange de aço inoxidável 316L numa tubulação
de aço carbono, deve-se verificar se a classe de pressão do material do flange do poço
atende as condições de pressão de projeto e de temperatura da tubulação. Caso
contrário deve-se especificar material adequado às condições da tubulação.

7.3.1.5 Somente quando as características de processo demandarem um material


diferente do aço inoxidável AISI 316 ou AISI 316L, poços do tipo lap-joint (Van Stone)
podem ser utilizados. Onde houver potencial para corrosão galvânica, juntas de isolação
devem ser utilizadas.
7.3.1.6 O material do poço deve estar claramente impresso em seu flange, quando
houver. Em poços roscados, o material do poço deve estar impresso no corpo.
7.3.1.7 Em linhas a extremidade do poço de proteção deve estar localizada conforme
tabela abaixo (Tabela IV).
Tabela IV - Comprimento de Imersão para Poços Instalados em Tubulação

Diâmetro nominal da linha Comprimento de imersão


4” até 10” 1/3 a 1/2 do diâmetro interno
acima de 10” 1/4 a 1/3 do diâmetro interno

7.3.1.8 Os poços devem atender aos requisitos estabelecidos na ASME PTC 19.3 TW ,
última revisão e eventuais erratas, devendo garantir adequabilidade em todo a faixa

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operacional.
Quando no local de instalação do poço o perfil de velocidades do fluído não
estiver completamente desenvolvido deve ser realizado uma análise computacional de
dinâmica de fluídos para determinação do perfil de velocidades no ponto de instalação.
Quando o poço não estiver coberto pela ASME PTC 19.3 TW, deve ser
realizado uma análise de elementos finitos para o poço proposto, conforme cit ado na
API RP 551.
7.3.1.9 Não é aceito o uso de colar de suportação.
Nota: Não é possível garantir um perfeito contato entre o colar e o ponto de suporte no
pescoço onde o poço é inserido. Desta forma o colar não imobiliza o poço, o que altera
o comprimento não suportado, invalidando os cálculos de vibração, além de constituir um
ponto de fadiga para o poço.
7.3.1.10 Para medição de temperatura após mistura de fluídos os poços devem ser
instalados com 10 diâmetros nominais a jusante do ponto de mistura de líquidos e a 25
diâmetros nominais para gases. Distâncias menores podem ser utilizadas desde que
comprovado que a temperatura esteja estabiliada através de simulações
computacionais.
7.3.1.11 As tomadas ao equipamento para dos poços termométricos, em vasos, torres e
tanques, devem ser flangeadas, na mesma classe de pressão do equipamento em que
será instalado o poço e nos seguintes diâmetros:[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO, MEC]
i. 1 1/2", para tomada ao equipemento de schedule até 160 e classe de pressão do
flange até 600#;
ii. 2", para tomada ao equipamento de schedule maior que 160 ou classe de pressão
maior que 600#;
iii. 2", quando não for previsto diâmetro de tubulação de 1 1/2" para o respectivo
Spec na DR-ENGP-I-1.1.
iv. 3” para vasos com revestimento interno.
7.3.1.12 A instalação em stand-pipe não é permitida.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO, MEC]
7.3.1.13 Em vasos, tanques e torres o comprimento de imersão deve ser conforme
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tabela abaixo:[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC]


Tabela V - Comprimento de Imersão para Poços Flangeados Instalados em Vasos,
Tanques e Torres.

Diâmetro do vaso ou torre Comprimento de imersão Serviço


Qualquer diâmetro 300 mm Líquidos
< 800 mm 200 mm Gases
≥ 800 mm e < 1 200 mm 300 mm Gases
≥1 200 mm 400 mm Gases
NOTA No caso de vasos com pequenos diâmetros, o comprimento de imersão apresentado
na Tabela deve ser reduzido de forma a não ultrapassar a metade do valor do diâmetro interno do
vaso.
7.3.1.14 Os tamanhos mínimos para as conexões à tubulação para poços termométricos
são descritos na diretriz de tubulação DR-ENGP-I-1.1. Estes tamanhos podem ser
aumentados após o dimensionamento do poço, especialmente em casos extremos,
como grandes velocidades de escoamento e em schedules XXS. Para evitar choques do
poço com a tubulação, devido a suas vibrações e também as incertezas inerentes na
conexão à tubulação, a seguinte fórmula deve ser atendida:[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO, TUB]

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Figura IV-Representação fora de escala dos efeitos das incertezas da conexão à tubulação na
instalação e dimensionamento de poços termométricos
7.3.1.15 Para linhas e vasos com isolamento térmico, a conexão ao
equipamento/tubulação deve ser flangeada e deve possuir comprimento necessário para
que o flange fique externo a isolação de forma que a união requerida no item 7.3.1.1.2

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fique externa ao isolamento térmico.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC, TUB]


7.3.1.16 Em linhas e vasos com isolamento térmico uma extensão apropriada deve ser
provida para reduzir a temperatura até o instrumento de leitura (transmissor) ou cabeçote
a valores que atendam os níveis exigidos pelo instrumento e aos exigidos pela
legislação.
7.4 Transmissores

7.4.1 Transmissores e elementos sensores devem ser de montagem integral, formando


um corpo único, com transmissão de sinal em 4 - 20 mA + HART a 2 (dois) fios com a
malha alimentada pelo dispositivo de leitura.
7.4.1.1 Onde for confirmado que o local de instalação submete o transmissor a vibração
excessiva, temperaturas fora da faixa operacional ou o estudo de ergonomia indicar que
o ponto de medição possui acesso precário, a parte sensora deve ser desacoplada do
transmissor, instalada no poço com uso de cabeçote com blocos terminais passivos e
interligado ao transmissor. Deve ser previsto suportação para o transmissor e
encaminhamento para o cabo. A montagem final deve estar conforme classificação Ex e
IP, como definido nesta Diretriz.
7.4.2 Transmissores de temperatura devem:
7.4.2.1 Ter a possibilidade de configuração do range de leitura (range configurável).
7.4.2.2 Habilidade para leitura de RTDs, termopares etc, através de configuração.
7.4.2.3 Possuir compensação de junta fria.
7.4.2.4 Possuir isolação galvânica entre entrada esaída.
7.4.2.5 Possuir detecção automática de dano de entrada do termopar (burnout) com
indicação de falha configurável para subrange ou sobrerange.
7.4.2.6 Possuir cálculo de linearização para o sinal de saída através de tabela de pares
e também através dos coeficientes Callendar-van-Dusen.
7.4.2.7 Possuir invólucros com duplo compartimento (“dual- compartment housing”) e

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com conexões elétricas a 90° entre si (uma lateral e uma inferior).

REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE


PRESSÃO

8.1 Critérios de Seleção


8.1.1 Sensores do tipo fole ou diafragma devem ser usados para pressões muito baixas
ou vácuo.
8.1.2 Para medir pressões muito altas, sensores do tipo strain-gage podem ser
especificados.
8.1.3 Transmissores eletrônicos de pressão e de pressão diferencial devem ser do tipo
capacitivo, silício ressonante ou piezo-resistivo. Eles devem estar equipados com dreno
em cada câmara.
8.1.4 A seleção da faixa do instrumento de pressão deve levar em conta uma ocasional
sobrepressão do sistema e deve ser capaz de suportar instantaneamente pelo menos 1,3
vezes a pressão máxima da faixa de trabalho selecionada.
8.1.5 A faixa de trabalho dos instrumentos de pressão deve ser escolhida de forma que
valor máximo fique em 75% da faixa e o mínimo fique em 15% da faixa.
8.1.6 Os instrumentos de pressão e os instrumentos de pressão diferencial em serviços
de óleo cru, água produzida, fluídos incrustantes, fluídos corrosivos ou fluídos tóxicos
devem ser instalados com selo diafragma.
8.2 Manômetros
8.2.1 Devem estar conforme o ASME B40.100.
8.2.2 Devem ser utilizados manômetros com elementos sensores do tipo bourdon.
8.2.3 Os mostradores dos manômetros devem ter diâmetro nominal de 114 mm ou de 100
mm. Outros diâmetros precisarão de aprovação prévia da Petrobras.
8.2.4 A cor do mostrador do manômetro deve ser branca e os números e caracteres na
cor preta;
8.2.5 O material da caixa do manômetro deve ser de polímero fenólico termofixo. Esse
material pode ser modificado se as condições ambientais ou de processo demandarem.

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8.2.6 O visor da caixa do manômetro deve ser de vidro de segurança laminado com pelo
menos 75% de transparência.
8.2.7 O conjunto da caixa do manômetro deve ser do tipo frente sólida com disco de
ruptura na parte traseira da caixa e com enchimento de glicerina.
8.2.7.1 O item 8.2.7 não é aplicável a manômetros receptores, utilizados para leitura de
sinais pneumáticos como, por exemplo, 3 a 15 psi. Atualmente pouco utilizado s. Exemplo
de uso: indicador de pressão em posicionadores de válvulas de controle.
8.2.8 O material dos componentes do mecanismo de movimento do ponteiro do
manômetro deve ser em aço inoxidável AISI 304 ou AISI 316.
8.2.9 O material do soquete de conexão do manômetro deve ser o mesmo do elemento
sensor, aço inoxidável AISI 316, a menos que o fluido do processo exigir um material mais
adequado e resistente.
8.2.10 Manômetros com contatos elétricos não devem ser usados, nem ponteiros
indicadores de pressão máxima.
8.2.11 As escalas dos manômetros devem ser duplas (kPa e bar).
8.2.12 As escalas dos manômetros de pressão diferencial devem ser do tipo de leitura
direta.
8.2.13 A faixa operacional deve estar entre 1/4 e 3/4 da faixa nominal e a classe de
exatidão deve ser de ± 1,0% (fundo de escala) em toda faixa nominal, ou melhor.
8.2.14 Manômetros devem ser do tipo para operar com pressão de trabalho igual ao limite
superior da faixa nominal.
8.2.15 Não devem ser especificados manômetros para os tipos de montagem não aceitas
no item 8.5.8.
8.3 Transmissores
8.3.1 Todos os transmissores de pressão diferencial devem ter as tomadas de pressão
alta e baixa (“H” e “L”, respectivamente) clara e visivelmente indicadas em seu corpo.
Estes transmissores devem ser conectados as linhas de impulso através de blocos
manifolds de 5 vias.
8.3.1.1 As válvulas de bloqueio, de equalização e de dreno dos blocos manifolds devem
ser do tipo agulha e o obturador deve ser do tipo não rotativo (non-rotating stem tip), ou

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seja, o obturador não é solidário à haste.


8.3.1.2 Nas vias de dreno e vent deve ser provido bujões na classe de pressão do
manifold.

8.3.2 A classe de precisão deve ser de  0,5 FS (fundo de escala), ou melhor.

8.4 Chaves de Pressão (Pressostatos)


O uso de chaves é restrito. Consultar o item 6.8.
8.4.1 Chaves de pressão não podem ser utilizadas em serviços de fluxo pulsante. Para
estes casos um transmissor de pressão deve ser usado.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO]
8.4.2 O ponto de atuação da chave de pressão deve estar compreendido no segundo terço
da faixa de alcance operacional coberta pelo instrumento.
8.4.3 As chaves de pressão devem estar equipadas com ajuste do ponto de atuação. Este
ajuste deve ser protegido de intempéries, não tendo contato com a atmosfera externa,
exceto quando sendo executado o ajuste.
8.5 Conexão e Instalação de Instrumentos de Pressão
8.5.1 Para as medições de pressão diferencial, seguir também o item 6.5.10.1.
8.5.2 Tabela de Conexão de Instrumentos de Pressão em vasos e torres [INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO, MEC, 3D]

CONEXÃO AO
EQUIPAMENTO/
CONEXÃO AO TOMADA DE
TIPO DE INSTRUMENTO
PROCESSO/ IMPULSO
TOMADA DE PROCESSO
(Notas 1, 2)
Manômetro Indicador 2"/2”/2” 1/2" NPT (F)
Selagem de
Manômetro Indicador com
2”/2”/2” fábrica do
selagem
capilar.
Manômetro Diferencial 2"/2”/2” 1/2" NPT (F)

Selagem de
Manômetro Diferencial-Com
2”/2”/2” fábrica do
selagem
capilar.

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Transmissores de Pressão
ou de Pressão Diferencial 2"/2”/2” Ver Tabela X
sem selo diafragma
Transmissores de Pressão Selagem de
ou de Pressão Diferencial 3”/3”/3” fábrica do
com selo diafragma remoto capilar.
ou acoplado ao transmissor
Chave de Pressão 2”/2”/2” 1/2” NPT (F)

Notas:
(1) Para vasos com revestimentos internos ou quando, devido à pressão de trabalho, o
diâmetro interno da tomada ao processo ficar inferior a 50mm, ao conexões e tomadas
ao processo devem ser de 3”.
(2) Todas as conexões ao processo de vasos de pressão devem ser flangeadas e
especificadas minimamente para a classe de pressão de 150#.
8.5.3 Para tubulações, as tomadas à tubulação e tomadas de processo devem seguir o
descrito na diretriz DR-ENGP-I-1.1 - Piping Material Standard for Oil Production and
Process Facilities.
8.5.4 Nas medições de líquido, as linhas de impulso devem possuir uma inclinação
descendente de 1:10 desde a tomada de impulso até o bloco manifold do instrumento.
8.5.5 Nas medições de gases, as linhas de impulso devem possuir uma inclinação
ascendente de 1:10 desde a tomada de impulso até o bloco manifold do instrumento.
8.5.6 Nas medições de vapor d’água, o projeto das linhas de impulso depende da posição
relativa do instrumento para a tomada de impulso:
8.5.6.1 Deve ter inclinação descendente de 1:10 desde a tomada de impulso até o bloco
manifold do instrumento quando o transmissor for instalado abaixo da tomada de
impulso.
8.5.6.2 Deve ter inclinação ascendente de 1:10 desde a tomada de impulso até o bloco
manifold do instrumento quando o transmissor for instalado acima da tomada de impulso,
com sifão para montagem horizontal (coil syphon).
8.5.7 O material das partes em contato com o fluído deve ser em aço inoxidável AISI 316,
a menos que o fluido do processo exigir um material mais adequado e resistente.

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8.5.8 As seguintes montagens para manômetros não são aceitas: Conexão inferior para
montagem em painel com fixação por furos e montagem em superfície com conexão
traseira concêntrica ou excêntrica.

REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE NÍVEL

9.1 Visores de Nível


9.1.1 Os visores de nível do tipo reflexivo devem ser utilizados em aplicações com fluidos
transparentes, limpos e com pontos de fluidez abaixo da temperatura ambiente. Para
serviços em alta pressão (acima do limite de aplicação de visores de vidro), vácuo e nível
de óleo, visores do tipo magnético devem ser usados. Para serviço de monit oramento de
interface de líquidos, devem ser usados visores de nível do tipo transparente com
iluminação. Para serviços em alta pressão e vácuo, verificar o exposto no item 9.1.8.
9.1.2 Os visores de nível devem ser do tipo com conexões topo-fundo, permitindo ajuste
do campo de visão através do giro do visor. [INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC,
3D]
9.1.3 As linhas entre a conexão de processo no vaso até o visor de nível não podem
formar bolsões.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC, TUB, 3D]
9.1.4 Visores de nível de vidro, reflexivo ou transparente, devem usar apenas seções de
vidro de dimensões 7, 8 ou 9, com a altura máxima limitada a 5 (cinco) unidades de
dimensão 9 (nove).
9.1.5 O visor de nível, qualquer tipo, em cada uma de suas conexões ao processo, deve
ser equipado com uma válvula do tipo angular com esfera de segurança (off-set), para
cessar um vazamento em caso de quebra do visor.
9.1.6 Visores de nível devem dispor de válvulas de dreno/vent com conexão de ¾" NPT
ao visor, para permitir a limpeza do visor durante operação.
9.1.7 A instalação de visores de nível deve sempre ter duas válvulas de bloqueio do tipo
esfera.
9.1.8 O visor do tipo magnético deve ter indicadores do tipo bandeirola e tubo de medição
hermeticamente selado em aço inoxidável AISI 316. Nos casos em que este material não
seja apropriado às condições de processo, outro material mais adequado deve ser
utilizado.

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O invólucro das bandeirolas não deve ter contato com o processo.


9.1.9 A temperatura de desmagnetização (temperatura de Curie) do magneto da bóia de
visores magnéticos deve ser acima da temperatura superior de projeto do fluído de
processo em, no mínimo, 20 graus Celsius.
9.2 Transmissores
9.2.1 Seleção por tecnologia e respectivas restrições de montagem
A efetividade de cada tecnologia está intrinsicamente ligada a aspectos de montagem
para garantia de operação, manutenção e calibração. Para tanto, a tabela Tabela VI
deve ser seguida.
Tabela VI – Seleção de Tecnologias para transmissores de nível atrelados ao uso de
Standpipes (SP) e Dispositivo para Remoção a Quente (RQ).

Tecnologia
Absorção de
Pressão DiferencialRadar Ultrassônico Capacitivo energia
(1) (2) (3) (4) (5)
Somente
Onda livre
Tipo
Obrigatório SP antena
quando existir cônica ou
Nível de
perturbações que Matricial. Obrigatório: Obrigatório:
liquido Proibido
causam variações de Antena SP RQ
(a)
Vasos nível dentro do parabólica
vaso. ou onda
guiada
são
Serviço

proibidos
Inteface
Água/Óleo Ver item 9.2.1.1.
(b)

Obrigatório SP
quando existir Aceitável
Nível de
perturbações que Sob (observar a Sob
Líquido Proibido
Tanques causam variações de consulta geometria consulta
(c)
não nível dentro do do tanque)
Estruturais vaso.

Inteface Obrigatório:
Obrigatório:
Água/Óleo Obrigatório: SP Proibido Proibido SP e sonda
RQ
(d) revestida

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Tanques
de carga Proibido Aceitável Proibido Proibido Proibido
(e)
Tanque de
lastro
Somente tipo
(somente Aceitável Proibido Proibido Proibido
Submerso
água)
(f)

Void Somente tipo alta


Space sensibilidade Aceitável Aceitável Proibido Proibido
(g) (Cerâmico)
Tanques
Estruturais

Demais Sob consulta (Tipo


tanques submerso é proibido
Sob Sob
Nível de para fluídos Aceitável Proibido
consulta consulta
Liquido perigosos ou
(h) inflamáveis)

Demais
Tanques
Sob Sob Sob
interface Proibido Proibido
consulta Consulta consulta
Água/óleo
(i)

9.2.1.1 Para medição de interface água/óleo em vasos separadores e TOs, os medidores


devem ser instalados no interior do vaso (sem uso de standpipe) e devem ser
selecionados entre as seguintes tecnologias: absorção de energia, perfilador nuclear e
perfilador por condutividade elétrica.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, MEC,
3D]
Para a tecnologia de absorção de energia, devem ser utilizados 3 medidores,
com dispositivos de remoção a quente: um medidor inferior pontual para identificação
do limite da fase aquosa; um intermediário e instalado em posição verticalmente
inclinada, do tipo antena de controle, para o controle da interface; e um superior pontual
para monitorar a altura da emulsão e para evitar a presença de alto teor de água nos
eletrodos do TO.
Para medição de interface água/óleo em outros tipos de vaso, são permitidas

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as tecnologias previstas na linha (d) da Tabela VI.


9.2.2 As partes dos transmissores de nível que podem ter contato com o flu ído de
processo devem ser em aço inoxidável AISI 316. Nos casos em que esse material não
seja apropriado às condições de processo, ou a especificação do instrumento exija
material mais nobre, outro material mais adequado deve ser utilizado.
9.3 Standpipe
9.3.1 Standpipes devem ser feitos com corpo em 4” e conexão ao equipamento também
em 4”. A conexão ao processo no vaso para o standpipe deve ser feita com válvula de
duplo bloqueio regida pela diretriz DR-ENGP-I-1.1 - Piping Material Standard for Oil
Production and Process Facilities. Para conexões e tomadas para instrumentos ver Tabela
VII.
9.3.2 Os standpipes dos instrumentos de interface devem ter no mínimo 3 tomadas, uma
inferior, uma superior e a terceira no centro da faixa onde as fases supostamente formam
emulsão. Outras entradas devem ser usadas nessa faixa de emulsão para garantir que a
distância entre elas não exceda 500 mm.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC]
9.3.3 Os standpipes devem ter facilidades para drenagem no fundo e purga de gás no
topo.
9.3.4 Seguir o item 9.4.2.7.
9.4 Instalação
9.4.1 Para aplicação de nível o projeto de instalação dos instrumentos listados abaixo
deve garantir a viabilidade de remoção do instrumento sem a necessidade de interromper
a operação do vaso/tanque/equipamento:
i. Pressão Diferencial;
ii. Radar (para monitoração de tanques de carga apenas);
iii. Displacer;
iv. Capacitivo.
9.4.1.1 Nas medições de nível por princípio de pressão diferencial nos serviços de óleo
cru, água produzida, fluídos incrustantes, fluídos corrosivos ou fluídos tóxicos , deve ser
utilizado selo diafragma e o item 6.5.10.2 também deve ser seguido.
9.4.2 Uso de standpipe e requisitos de instalação:

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9.4.2.1 Para medição de interface água/óleo em vasos separadores e TOs não deve ser
utilizado standpipe.
9.4.2.2 Instrumentos usados com a função de controle devem ter um visor de nível
instalado no mesmo standpipe para reduzir o número de bocais no equipamento.
[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, MEC]
9.4.2.3 Aplicações que necessitem vários visores de nível para cobrir o range
necessário, deve ser prevista sobreposição mínima de 50mm na faixa de medição.
9.4.2.4 Standpipe deve ser usado para garantir a viabilidade de remoção do instrumento
sem a necessidade de interromper a operação do
vaso/tanque/equipamento.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, MEC]
9.4.2.5 Jamais aninhar standpipes em série.
9.4.2.6 A instrumentação instalada nos standpipes deve ser montada no topo, com
exceção do dispositivo diferencial de pressão com células independentes. Neste caso,
deve ser previsto flange cego no topo do standpipe, de diâmetro conforme Tabela VII,
de forma a permitir futuras instalações de topo. [INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][MEC]
9.4.2.7 Devem ser utilizados recursos para manter a temperatura de processo no interior
dos standpipes. Recomenda-se utilizar aquecimento por traço elétrico.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][MEC, ELE, PRO]
9.4.3 .A instalação dos instrumentos de nível deve ser feita de forma a mitigar a influência
de inclinações da Unidade de Produção. Este cuidado deve ser iniciado na disposição dos
equipamentos/vasos/tanques/torres, minimizando a influência do balanço da
unidade.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][ARR]
9.4.4 O bocal da tomada de processo inferior para transmissores deve ser posicionada a
200 mm abaixo do valor mínimo do range de interesse, para garantir a sensibilização do
instrumento em toda faixa de medição.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC]
9.4.5 As alturas dos bocais para instalação das tomadas dos instrumentos dedicados as
malhas de controle de nível e os bocais para instalação dos instrumentos dedicados as
respectivas malhas de intertravamento devem estar sempre na mesma
elevação.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC]
9.4.5.1 Os bocais para os visores de nível devem ser tais que seu range contenha o

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range dos respectivos transmissores, ou seja, o bocal superior deve estar em cota acima
do bocal dos transmissores e o bocal inferior deve estar em cota abaixo do bocal dos
transmissores. Os bocais dos visores de nível devem estar localizados de forma a
garantir que o visor de nível abranja a faixa desde a cota inferior do bocal inferior dos
transmissores e a cota superior do bocal superior dos transmissores. [INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][MEC, PRO]
9.4.6 Os instrumentos de nível devem sempre ser conectados a standpipes ou, quando
especificado, ao equipamento (vaso, tanque, torre etc) e nunca conectados a linhas, como
as de fluxo, de dreno ou de vent.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC, PRO]
9.4.7 Nas tomadas efetuadas na calota inferior de vasos e torres ou no fundo de tanques
nunca devem partir do ponto mais baixo e devem penetrar no vaso por 100 mm para evitar
ingresso de detritos para o instrumento.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC]
9.4.8 Os vasos separadores devem possuir bocal de 6” no topo, próximo ao vertedouro,
de forma a permitir instalações futuras de instrumentos internos. [INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO, MEC]
9.4.9 O projeto de vasos separadores e TOs deve prever tomadas flangeadas de 4” na
lateral do vaso nas fases água, emulsão e óleo, com respectivas válvulas de bloqueio,
próximos à localização da saída de água, para que possíveis futuras tecnologias de
medição de interface possam ser instaladas.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO,
MEC]
9.4.10 Em vasos separadores o instrumento de medição de interface água/óleo deve ser
instalado próximo da chicana, e em TOs deve ser instalado na região de interesse de
medição.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, MEC]
9.4.11 Para medição de interfaces, os equipamentos devem disponibilizar, no mínimo, 3
tomadas de processo, uma inferior, uma superior e a terceira no centro da faixa onde as
fases supostamente formam emulsão. Outras entradas devem ser usadas nessa faixa de
emulsão para garantir que a distância entre elas não exceda 500 mm.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][MEC]
9.5 Tabela de Conexão e Tomadas para medição de Nível
Tabela VII – Conexão e Tomadas para medição de Nível

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CONEXÃO AO
EQUIPAMENTO/
CONEXÃO AO TOMADA
INSTRUMENTO/ACESSÓRIO PROCESSO/ DE
IMPULSO
TOMADA DE PROCESSO
(Notas 1, 2)
Visor de Nível 2"/2”/2” -

Transmissor do tipo Pressão Conforme


2"/2”/2”
Diferencial (DP) Tabela X
Transmissor do tipo Pressão Selagem
Diferencial (DP) com selo 3”/3”/3” de fábrica
diafragma remoto do capilar
Transmissor montado no topo
6"/-/- -
de vaso (futuro)
Transmissor de interface
montado diretamente na lateral 3”/3”/3”
do vaso
Standpipe de DN 4” 4”/4”/4” -

Transmissor de nível montado


(Nota 3)/-/- -
no topo do standpipe

Notas:
(1) Para vasos e tanques com revestimentos internos ou quando o spec para suportar a
pressão de trabalho resultar numa tomada ao equipamento em diâmetro interno inferior
a 50mm, as conexões ao equipamento, conexões e tomadas ao processo definidos como
2” devem ser aumentados para 3”.
(2) Todas as conexões ao processo de vasos de pressão devem ser flangeadas e
especificadas minimamente para a classe de pressão de 150#.
(3) Conexão ao equipamento (standpipe) deve ser conforme requisito do instrumento, onde
reduções concêntricas podem ser utilizadas.

DETECTORES DE GÁSES E DETECTORES DE CHAMA

10.1 Detectores de chama


10.1.1 Instalação
10.1.1.1 Para evitar atuações espúrias com a chama da tocha (flare), os detectores de
chama devem ser instalados em sentido oposto à Tocha (Flare), com sua linha de visada
apontada para baixo, em ângulo com a horizontal. O ângulo com a horizontal deve ser

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determinado seguindo as recomendações do fabricante conjuntamente com os estudos


de locação feitos em modelos 3D, onde a posição e dimensão da chama do flare devem
ser modeladas e o cone de visão do detector não pode captar a chama do
flare.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][SEG, 3D]
10.1.1.2 Deve ser provido protetor contra intempéries para todos detectores instalados
em área aberta.
10.1.2 Facilidades para calibração e testes
10.1.2.1 Deve ser provido kit para calibração, um por tipo de detector, de forma a excitar
o detector nas distâncias estabelecidas pelo fabricante.
10.2 Detectores de gás
10.2.1 Instalação
10.2.1.1 Deve ser provido filtro hidrofóbico para todos sensor instalado em área aberta
para proteger contra intempéries.
10.2.2 Vida útil de células de detectores de gás
10.2.2.1 Para maximizar o tempo de utilização no período de vida útil das células
sensoras, a data de entrega destas, por parte do fornecedor, deve ser feita em data
posterior aos respectivos transmissores, sendo de três (3) meses antes da saída da
unidade para locação final.
10.2.2.2 Para a realização dos testes de malha, uma quantidade de sensores adicional
igual a 5% do número de detectores deve ser entregue também posteriormente aos
transmissores, mas antes do período descrito em 10.2.2.1.
10.2.2.3 O prazo de fornecimento dos sensores deve ser descrito nos pareceres técnicos
para possibilitar programação por parte do Comissionamento a data para iniciar o
fornecimento dos sensores.
10.2.3 Facilidades para calibração e testes
10.2.3.1 Deve ser provido kit para calibração, um por tipo de detector.
10.2.3.2 Deve ser provido garrafas com gás padrão, por tipo de gás sensor, para

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calibração em número suficiente para testar no mínimo duas (2) vezes cada detector.

REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE VAZÃO


E ORIFÍCIOS DE RESTRIÇÃO

Os instrumentos que devem atender ao enquadramento metrológico do INMETRO e à


regulamentação oficial (ANP) também devem atender aos requisitos descritos na DR -
ENGP-I-1.6 – Diretrizes para Sistemas de Medição de Óleo e Gás Natural.
11.1 Requisitos gerais
11.1.1 Para os instrumentos que não precisam atender a DR-ENGP-I-1.6 e quando
especificado totalização, o sinal de vazão deve ser transmitido em uma das seguintes
formas, onde a compatibilidade com o equipamento de leitura deve ser verificada
previamente:
i) pulsos até 10kHz;
ii) totalizado no próprio transmissor do instrumento e transmitida via rede de campo não
proprietária.
11.1.2 Todo medidor deve possuir válvulas de bloqueio a montante e a jusante e válvula
para dreno/vent, também a montante e a jusante, para possibilitar manutenção. Seguir a
DR-ENGP-I-1.6 no que tange a válvula de bloqueio nas medições de cunho fiscal,
apropriação e transferência de custódia.
11.1.2.1 Cada medidor com finalidade operacional deve ter, além das válvulas de
bloqueio citadas no item 11.1.2, válvulas de by-pass. Este requerimento não se aplica
nas medições fiscal, apropriação e transferência de custódia, conforme definição dada
pela ANP.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, TUB, 3D]
11.1.3 Na instalação de turbinas, medidores de deslocamento positivo e medidores
mássico do tipo Coriolis, o arranjo de tubulação e o local de instalação do medidor deve
ser projetado para evitar vaporização de fluidos através do mesmo.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO, TUB, 3D]
11.1.4 Deve ser observado em todos os componentes a velocidade máxima a que pode
ser submetido, e não somente do medidor propriamente dito, como, por exemplo,
respectivos filtros de gás, que possuem geralmente velocidade máxima na entrada de
20m/s. O projeto das linhas deve manter estes limites e os diâmetros necesssários devem

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ser realimentados para o projeto dos instrumentos e acessórios. [INTERFACE


INTERDISCIPLINAR][PRO, TUB, 3D]
11.2 Orifícios de Restrição
11.2.1 Aplicação
Usado sempre que for necessário obter uma queda de pressão permanente em uma
seção reta da tubulação, ou quando é desejada uma restrição para uma vazão.
Exemplos: Limitação de vazão em controle on-off de condensados em vasos, limitação
de vazão de gás quando da perda da malha de controle de nível de condensado (gas
blow-by) e limitação de vazão nas BDVs.
11.2.2 Materiais e Detalhes Construtivos
11.2.2.1 Os orifícios de restrição devem ser em aço inoxidável AISI 316. Nos casos em
que esse material não seja apropriado às condições de processo, outro material mais
adequado deve ser utilizado.
11.2.2.2 Para fluidos com escoamento subcrítico, as dimensões de fabricação e as
tolerâncias devem estar de acordo com a norma ISO 5167. Para escoamento crítico uma
memória de cálculo e um desenho dimensional devem ser apresentados para análise da
Petrobras, seguindo os anexos A e B.
11.2.3 Instalação
11.2.3.1 Os orifícios de restrição devem ser instalados entre flanges, classe de pressão
150# no mínimo.
11.2.4 Cálculo de Orifícios de Restrição
11.2.4.1 Para escoamento subcrítico o cálculo dos orifícios de restrição deve estar de
acordo com a norma ISO 5167, considerando a perda de carga permanente para orifício
de bordo reto com tomadas nos tubos em 2 ½ D e 8D (pipe taps).
11.2.4.2 Para escoamento crítico uma memória de cálculo deve ser apresentada para
análise da Petrobras, seguindo os anexos A e B. Como exemplo, orifícios de restrição
associados a BDVs.
11.2.4.3 Para controle de nível on-off em vasos o tempo de esvaziamento do líquido é
determinado pelo orifício de restrição. Na ocorrência de uma falha no controle, abrindo
XV, irá ocorrer migração de gás pelo orifício de restrição (gas blowby) com uma vazão
sendo consequência do dimensionamento do mesmo. A disciplina de Processo deve
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determinar o tempo de esvaziamento, bem como o dimensionamento dos dispositivos


de proteção a jusante do orifício de restrição na condição de gas blowby.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO, TUB, 3D]
11.2.4.4 Para controle regulatório de nível em vasos o cálculo da válvula de controle e
do orifício de restrição devem ser feitos de forma iterativa. Primeiramente é calculada a
válvula para controle de nível de líquido, sem considerar o orifício. Em seguida o orifício
é calculado para restringir a vazão de gás em condição de gas blowby, considerando
abertura total da válvula de controle. Depois a válvula é recalculada para condição de
controle de nível de líquido, desta vez considerando o orifício calculado na etapa
anterior. Cálculos do orifício e válvula de controle são executados até que seus
respectivos parâmetros convirjam.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, TUB, 3D]
11.3 Medidor de Vazão Mássica do Tipo Coriolis e Vazão Volumétrica do tipo
Deslocamento Positivo (PD)
11.3.1 Critérios de Aplicação
11.3.1.1 Um conjunto de medidores (instalação paralela) deve ser especificado sempre
que um único medidor não possa cobrir toda a faixa de vazão aplicada.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO, TUB]
11.3.1.2 Onde houver vibração na linha de processo ou fluxo pulsante, os medidores do
tipo mássico (Coriolis) devem ser evitados. Para o caso de vibração na linha, o item
11.3.3.4 pode ser utilizado como alternativa.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO]
11.3.2 Materiais, Acessórios e Detalhes de Construção
11.3.2.1 As partes dos medidores que tem contato com fluido de processo devem ser
em aço inoxidável AISI 316. Nos casos em que esse material não seja apropriado às
condições de processo, outro material mais adequado deve ser utilizado.
11.3.2.2 Os medidores do tipo deslocamento positivo (PD) devem ser equipados com
válvulas ou plugs de dreno e de respiro, bem como de filtros a montante.
11.3.3 Instalação
11.3.3.1 Quando houver uma presença significativa de gases ou vapores no fluido, um
dispositivo de eliminação de gás deve ser instalado à montante do medidor, de maneira
a garantir contínua imersão de líquidos no medidor em operação. [INTERFACE

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INTERDISCIPLINAR][PRO, TUB, 3D]


11.3.3.2 Para medidores do tipo deslocamento positivo, quando a vazão puder alcançar
valores maiores que a vazão máxima do medidor, a medição de vazão deve ser feita
através de uma malha de controle de vazão com ajuste (setpoint) na vazão máxima do
medidor, de modo a proteger o mesmo.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO]
11.3.3.3 Seguir o item 11.1.3.
11.3.3.4 Como alternativa para o problema de vibração na linha citada no item 11.3.1.2,
juntas de expansão a montante e a jusante dos medidores Coriolis devem ser
instaladas.[INTERFACE [INTERFACE INTERDISCIPLINAR][TUB, PRO]
11.4 Medidores do Tipo Turbina
11.4.1 Critérios de Aplicação
11.4.1.1 Os medidores de vazão do tipo turbina devem ter sua incerteza de medição de
até 0,6% e a incerteza da malha de até 1%, considerando-se a faixa de variação da
viscosidade do fluido e a sua temperatura.
11.4.1.2 Em serviços com fluxo pulsante, devem ser evitados os medidores do tipo
turbina.[INTERFACE [INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO]
11.4.1.3 Serviços com fluxo pulsante não é adequada a turbinas, onde a incerteza de
medição aumenta consideravelmente. Deve-se optar por outra tecnologia, menos
suscetível às pulsações na linha ou eliminar os pulsos, instalando amortecedores de
pulsação.
11.4.2 Materiais e Detalhes Construtivos
11.4.2.1 Se utilizada para medição de óleo produzido, deve ser especificada turbinas
com rotor do tipo helicoidal.
11.4.2.2 Medidores de gás do tipo turbina devem tolerar sobrevelocidade de 25% sem
danificar os seus mecanismos.

11.4.3 Instalação
11.4.3.1 Preferencialmente, os medidores do tipo turbina devem ser instalados
horizontalmente, em linhas livres de vibrações e distantes de equipamentos elétricos

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que irradiem campos eletromagnéticos.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][TUB, 3D]


11.4.3.2 A instalação de medidores tipo turbina para totalização de gás ou líquido deve
ser feita de forma a não se ter pontos de acúmulo de líquido na medição de gás ou
acúmulo de gás (ou vapor) na medição de líquido.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][TUB, 3D]
11.4.3.3 A montante de cada medidor deve ser instalado um filtro dimensionado de
acordo com as recomendações ANSI/ISA-RP31.1 ou uma filtração mais rigorosa quando
especificada ou recomendada pelo fabricante.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][MEC,
PRO, ARR, TUB, 3D]
Quando não houver um medidor reserva, deve ser instalado a montante do
medidor tipo turbina dois filtros em paralelo. Estes filtros devem ser dimensionados de
acordo com as recomendações ANSI/ISA-RP31.1 ou uma filtração mais rigorosa
quando especificada ou recomendada pelo fabricante. Essa exigência é aplicável tanto
para vazões de líquido quanto de gases. Este filtro deve ser instalado a montante da
derivação para o contorno (by-pass) descrito no item 11.1.2.1.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][MEC, PRO, ARR, TUB, 3D]
11.4.3.4 Os comprimentos mínimos de tubulação reta a montante e a jusante do medidor
deve seguir as recomendações do fabricante e da API-MANUAL OF PETROLEUM
MEASUREMENT STANDARDS chapter 5, section 3 e ISO 2715 para operação com
líquidos, e da AGA REPORT NUMBER 7 para operação com gás. Nesse último caso, a
posição da tomada de temperatura também deve estar de acordo com o mesmo relatório
AGA..[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][ARR, TUB, 3D]
11.4.3.5 Seguir o item 11.1.3 para evitar vaporização de fluídos.
11.5 Medidores de Área Variável
11.5.1 Critérios de Aplicação
11.5.1.1 Os medidores de área variável (rotâmetros) devem ser usados apenas para
indicação local e não devem ser usados para transmissão de sinal.
11.5.1.2 Rotâmetros são recomendados para serviços com líquidos e gases, ambos
limpos e sem grande variação de viscosidade.
11.5.1.3 Em aplicações com ar, gases inertes ou água e em diâmetros até 2 polegadas,

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os rotâmetros podem ser construídos com tubos de vidro resistentes ao impacto.


11.5.1.4 Para serviços com fluidos tóxicos, inflamáveis ou em diâmetros acima de 2
polegadas, os rotâmetros devem ser de corpo metálico.
11.5.2 Materiais e Detalhes Construtivos
11.5.2.1 Rotâmetros construídos com tubos de vidro devem ser resistentes ao impacto,
atendendo aos limites de pressão e de temperatura do processo.
11.5.2.2 Rotâmetros de corpo metálico devem possuir entrada vertical e saída lateral e
seus flutuadores devem ser removíveis pelo topo. A indicação deve ser feita por
acoplamento magnético entre o flutuador e o elemento de indicação.
11.5.2.3 Para aplicações em quem a vazão está sujeita a variações súbitas ou periódicas
(fluxo pulsado), o rotâmetro deve ter uma haste guia para manter o alinhamento do
flutuador.
11.5.2.4 Os rotâmetros podem ter contatos elétricos incorporados contanto que eles não
sejam parte de nenhuma ação de emergência. Eles também devem atender o que foi
estabelecido no item 6 (REQUISITOS GERAIS PARA A ESPECIFICAÇÃO DA
INSTRUMENTAÇÃO).
11.5.3 Instalação
11.5.3.1 Os rotâmetros devem ser instalados verticalmente com fluxo
ascendente.[INTERFACE [INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, ARR, TUB, 3D]
11.5.3.2 A instalação deve evitar pontos de acumulação de líquido ou de gás.
11.5.3.3 Devem ser ser previstos válvulas de contorno (by-pass) e válvulas de
bloqueio.[INTERFACE [INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, ARR, TUB, 3D]
11.5.4 Critérios de desempenho
11.5.4.1 Quando não especificado em projeto, a incerteza de medição deve ser de no
máximo 3% do valor medido, A classe de incerteza mínima deve ser escolhida conforme
VDI/VDE 3513 BLATT 1.
11.6 Chaves de Vazão
11.6.1 Critérios de Aplicação
11.6.1.1 Chaves de fluxo do tipo dispersão térmica podem ser usadas para sistemas de
intertravamento em fluídos de processo e em fluídos de utilidades que servem ao

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processo quando o uso de transmissor de vazão não for de interesse o valor nominal da
vazão.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO].
11.6.1.2 Quando for utilizada placa de orifício ou dispositivo primário semelhante, o
mesmo elemento da malha de medição ou controle pode ser conectado a um outro
transmissor de vazão para fins de intertravamento. As derivações, em uma dada tomada,
devem ser previstas pela disciplina de tubulação com válvulas raiz para cada derivação,
uma para o controle e outra para intertravamento, com o intuito de tornar a instalação
não passível a modo de falha comum como, por exemplo, entupimento que inviabilize
ambas medições, de controle e de intertravamento.

REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE

12.1 Seleção de tipo de corpo


12.1.1 Respeitados os limites de aplicabilidade, o tipo de válvula adotado para serviços
usuais deve ser definido segundo a seguinte ordem, sendo que a opção seguinte somente
pode ser utilizada quando a opção anterior não for tecnicamente viável e consulta formal
seja feita a Petrobras para análise:
a) válvulas globo gaiola de sede simples;
b) válvulas borboleta.
NOTA Outros tipos de válvulas podem ser utilizados para casos em que os tipos
citados não sejam as melhores soluções.
12.1.2 Para os casos em que os coeficientes de vazão (Cv) de uma válvula globo não
sejam suficientes e seja preciso pequeno diferencial de pressão, válvulas borboleta
podem ser usadas.
12.1.3 A classe de vazamento mínima para qualquer tipo de válvula de controle é a Classe
IV, de acordo com a norma FCI 70-2. Em casos especiais (como para válvulas de alívio
para flare, válvulas normalmente fechadas), a classe de vedação deve ser V ou VI.
12.2 Característica Inerente da Válvula
12.2.1 A característica de vazão deve ser escolhida de acordo com o seguinte critério:
X= ΔP/ΔPs
Onde:
ΔP é o diferencial de pressão na válvula na condição de vazão normal de operação;

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ΔPs é o diferencial de pressão dinâmico (perda de carga nas tubulações e


equipamentos) total do sistema em que a válvula está inserida, incluindo o próprio ΔP
da válvula, na vazão normal de operação. Este diferencial de pressão é dividido em 3
partes: O ΔP desde o primeiro ponto de pressão controlada ou descarga de bomba até
o flange de entrada da válvula; O ΔP na válvula; O ΔP desde o flange de saída da
válvula até o próximo ponto de pressão controlada.[INTERFACE [INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][MEC, ELE, PRO]
NOTA 1 Valores de diferenciais de pressão estática não devem ser considerados.
Então:
a. para X maior ou igual a 0,6 utilizar característica linear;
b. para X maior do que 0,4 e menor do que 0,6, utilizar característica
parabólica modificada ou igual percentagem;
c. para X maior ou igual a 0,2 e menor ou igual a 0,4, utilizar característica
igual percentagem;
d. evitar X menor do que 0,2, pois a capacidade de controle da válvula fica
comprometida nessa faixa.

Figura V Característica inerente de válvulas de controle em função da razão “X”


12.2.2 Para serviços de reciclo em compressores (anti-surge) e alinhamento para flare,
as válvulas de controle devem ter característica linear.
12.3 Instalação
12.3.1 Cada válvula de controle deve ter válvulas de bloqueio. Nas malhas de controle em
que o tempo de resposta seja compatível com atuação manual local posicionada por
intervenção do operador, deve ser previsto válvula ou válvulas globo manuais em paralelo
para execução deste controle manual local. O arranjo de válvulas globo manuais em
paralelo deve ser projetado para abranger toda a faixa operacional das válvulas de
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controle automáticas.[INTERFACE [INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, TUB, ARR,


3D]
12.3.2 Válvulas de controle do tipo falha fechada devem ter uma válvula dreno/ven t de
3/4" NPT à montante e à jusante da válvula. Válvulas de controle do tipo falha aberta
devem ter uma válvula dreno/vent de 3/4" NPT à montante.
12.4 Características Construtivas
12.4.1 Conexões
12.4.1.1 Os flanges devem estar em conformidade com a ANSI B-16.5 e a dimensão
face-a-face em conformidade com a ISA S 75.08.01 - 07 e a ISA S 75.22.
12.4.2 Internos
12.4.2.1 Nos casos onde a perda de carga produza ruído elevado e/ou cavitação, devem
ser usados internos do tipo balanceado ou obturador pilotado. Quando necessário, deve
ser utilizada gaiola do tipo anti-cavitante e redutora de ruído ou válvulas especiais para
aplicações severas, considerando válvulas para aplicações severas aquelas onde a
queda total de pressão é obtida por meio de quedas sucessivas de pressão de forma a
limitar a velocidade do fluido ao longo da válvula, minimizando o ruído gerado e a
pressão de Vena Contracta e consequentemente os desgastes causados por velocidade
excessiva e cavitação.
12.4.3 Materiais
12.4.3.1 O material usual para o corpo das válvulas de controle deve ser aço carbono,
exceto quando as condições de processo ou a especificação da tubulação exigirem outro
material. Válvulas de ferro fundido podem ser aceitas quando assim for permitido pela
especificação da tubulação.
12.4.3.2 Os internos (obturadores e sedes) devem ser, no mínimo, em aço inoxidável
AISI 304. Nos casos em que esse material não seja apropriado às condições de processo
ou à especificação de tubulação, outro material mais adequado deve ser utilizado.
12.4.3.3 Os internos devem ser feitos em aço inoxidável endurecido quando o diferencial
de pressão através da válvula exceder 10 bar, em serviços com vaporização (flashing),
com fluidos contendo partículas sólidas em suspensão, ou quando ocorrer cavitação.
12.4.3.4 O material do engaxetamento deve ser PTFE, a menos que as condições de

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processo exijam outro material.


12.5 Dimensionamento
12.5.1 O dimensionamento deve estar em conformidade com a norma ISA 75.01.01 e deve
levar em consideração: rangeabilidade, tipo de escoamento – subcrítico ou crítico com
vaporização ("flash") ou cavitação, influência da viscosidade, fluxo bifásico, velocidade de
escoamento (limitada a 10m/s para serviços com líquido e 110m/s para serviços com
gases ou vapores) e nível de ruído, que deve estar limitado a 82 dBA medido a 1,0 m a
jusante da válvula e a 1,0 m da superfície do tubo, em conformidade com a IEC 60534.
Válvulas para aplicações/serviços severos devem ser usadas para casos em que haja
cavitação, vaporização (flash), fluxo bifásico, velocidade de escoamento ou ruído acima
dos limites citados anteriormente neste item.
12.5.2 O dimensionamento do atuador deve levar em consideração o maior diferencial de
pressão ao qual a válvula estará submetida.
12.5.3 O coeficiente de vazão da válvula de controle escolhida (Cv valve) deverá ser tal
que:
12.5.3.1 CVmin deve ser alcançado com abertura maior ou igual a 10%
12.5.3.2 CVmax deve ser alcançado com abertura menor ou igual a 90%
12.5.3.3 CVnormal deve ser obtido em aberturas inferiores a 70%
12.5.4 O Cv escolhido deve ser imediatamente superior ao valor teórico calculado,
extraído de catálogos dos fabricantes.
12.6 Atuadores
12.6.1 Os atuadores de válvula de controle devem ser preferivelmente do tipo diafragma.
Se o P não permitir seu uso, o tipo pistão deve ser usado. Outros atuadores especiais
podem ser usados em aplicações específicas, mediante aprovação prévia da Petrobras.
12.6.2 Todas as válvulas devem ser equipadas com um indicador do percentual de
abertura da haste.
12.7 Posicionadores de Válvula
12.7.1 Todas as válvulas de controle usadas em malha de controle (PID, etc.) devem estar
equipadas com posicionadores eletro-pneumáticos inteligentes.

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12.7.2 Os posicionadores da válvula devem ser capazes de implementar as diversas


curvas características de vazão em função da abertura da válvula, como definido pela
norma ANSI/ISA-75.11.01, assim como serem capazes de trabalhar com curvas
específicas para a aplicação ou pontos específicos, determinadas externamente e
transferidas para o posicionador ou ainda a partir de conjunto de pontos alimentados no
posicionador, sendo a curva gerada por ele. O posicionador deve ser capaz de trabalhar
com conjuntos de pelo menos 12 pares de coordenadas.
12.7.3 Conjuntos reguladores (com filtro e posicionador) devem ser fornecidos já
instalados na válvula. As conexões pneumáticas e a tubulação (“tubing”) devem ser feitas
em aço inoxidável AISI 316.
12.7.4 Os manômetros fornecidos junto com filtros e posicionadores da válvula devem ser
feitos de aço inoxidável AISI 304 ou de polimero fenólico termofixo. O mecanismo e o
ponteiro também devem ser de aço inoxidável AISI 304 e a conexão em aço inoxidável
AISI 316.
12.7.5 Sempre que houver exigência de abertura ou fechamento rápido da válvula, deve -
se usar um amplificador (booster) ou uma válvula de escape rápido entre a válvula e o
seu posicionador. Para atendimento deste requisito o item 6.5.15.1 deve ser seguido.
12.8 Acessórios
12.8.1 O uso de dispositivos de acionamento manual (volantes) para válvulas com
diâmetro igual ou maior que 8" deve ser estudado caso a caso.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][ARQ]
12.9 Vazão Mínima de Bombas
12.9.1 Para o controle de vazão mínima de bombas centrífugas, deve ser usada uma
válvula de controle automática, auto-operada por vazão, exceto nos casos em que o
controle for implementado via variador de frequência ou velocidade para o acionador da
bomba.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, TUB]
12.9.2 Quando as soluções acima não forem recomendadas, deve ser usada uma válvula
de controle associada com um controlador de vazão.
12.9.3 Se for necessário, pode ser usado um orifício de restrição na linha de recirculação
à jusante da válvula de controle de vazão mínima, para reduzir o P sobre a válvula.

12.10 Válvulas do Tipo Choke com Atuadores

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12.10.1 Estas válvulas devem ser usadas somente para regulagem da pressão do petróleo
bruto (antes do coletor de produção) e em serviços de injeção de gás, devendo,
minimamente, estar de acordo com os seguintes requisitos:
12.10.2 O diâmetro da válvula não deve ser menor que o diâmetro nominal da linha menos
2” (Ex.: Numa linha de diâmetro 10” o diâmetro da choke não deve ser inferior a 8”).
12.10.3 Ser do tipo gaiola com luva externa ou do tipo obturador e gaiola;
12.10.4 Válvulas com diâmetro nominal maior que 3” devem ser balanceadas (sistema de
compensação), visando redução do torque requerido pela válvula para sua operação;
12.10.5 O Castelo da válvula pode ser roscado em diâmetros nominais de até 2”. Acima
deste diâmetro o castelo da válvula deve ser aparafusado.
12.10.6 Os atuadores devem ser preferencialmente do tipo elétrico, sendo aceitáveis as
alternativas para atuador do tipo degrau ambos com comando por sinal de 4 – 20 mA.
12.10.7 A característica inerente da válvula deve ser de igual porcentagem;
12.10.8 Todas as válvulas devem possuir dispositivo de acionamento manual para
abertura e fechamento;
12.10.9 Elas devem ter um transmissor eletrônico de posição (4 – 20mA, 2 fios, 24 Vcc)
para monitoramento remoto; a linearidade desses dispositivos ao longo de toda a faixa
deve ser garantida. Outros sistemas de transmissão de posição estarão sujeitos à
aprovação prévia da Petrobras;
12.10.10 Um indicador de posição local também deve ser fornecido, com uma escala
cobrindo 0 - 100% da abertura, e com uma incerteza menor que 0,5% de sua faixa total.
12.10.11 Para cada código YY (família de materiais) da regra de codificação da
especificação de tubulação, exposto no item 7 da DR-ENGP-I-1.1, os materiais da válvula,
requisitos de testes e limites de temperatura de projeto estão descritos na Tabela VIII.
Tabela VIII – Requisitos para válvulas choke.
MATERIAL DA SEDE E DOS TEMPERATURA MÍNIMA/MÁXIMA
CÓDIGO YY MATERIAL DO CORPO REQUISITOS DE TESTE o
INTERNOS DE PROJETO ( C)
12 ASTM A995 Gr. 6A Carbeto de Tungstênio sólido API 6A PR2 PSL 3G -50 / +110
16 ASTM A995 Gr. 4A Carbeto de Tungstênio sólido API 6A PR2 PSL 3G -50 / +100
30 Inconel 625 (UNS N06625) Carbeto de Tungstênio sólido API 6A PR2 PSL 3G -100 / +150
31 ASTM A522 Type I Carbeto de Tungstênio sólido API 6A PR2 PSL 3G -100 / +93

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REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE ALÍVIO

13.1 Válvulas de Segurança e Alívio de Pressão e Vácuo


13.1.1 Critérios de Seleção e de Dimensionamento
13.1.1.1 A seleção e o dimensionamento devem ser feitos de acordo com as normas
API-526 e API RP 520. Válvulas destinadas a tanques atmosféricos devem estar em
conformidade com a norma API STD de 2000.
13.1.1.2 Válvulas piloto-operadas somente podem ser usadas condicionadas a
aprovação da Petrobras.
13.1.2 Instalação
13.1.2.1 PSVs devem possuir válvulas de bloqueio a montante e a jusante. As válvulas
de bloqueio devem ser regidas pela diretriz DR-ENGP-I-1.1 - Piping Material Standard
for Oil Production and Process Facilities.
13.1.2.2 Em instalações com PSVs reserva, deve ser provido dispositivo para
intertravamento mecânico entre as válvulas de bloqueio a montante e jusante, de forma
a sempre garantir que nunca uma capacidade de vazão inferior a 100% da
despressurização de projeto esteja alinhada. Isto deve ser garantido mesmo durante
uma operação para retirar uma PSV para manutenção, ou seja, a(s) PSV(s) reserva
é(são) alinhada(s) antes de ser(em) bloqueada(s) a(s) PSV(s) a ser(em) retirada(s) para
manutenção. As válvulas com intertravamento mecânico devem estar destacadas nos
P&IDs com propriedade “ILC”.
A válvula de bloqueio à jusante de cada PSV deve sempre permanecer
aberta quando estiver instalada, mesmo se estiver fora de operação. A válvula de
bloqueio a jusante da PSV somente pode ser fechada para permitir a retirada da PSV
para manutenção. O intertravamento mecânico descrito no item 13.1.2.1 deve
contemplar este requisito, possuindo sequência para alinhamento e sequência para
bloqueio e retirada da PSV para manutenção.
13.1.2.3 As classes de pressão e diâmetro dos flanges de entrada e saída das PSVs
deve estar de acordo com as tabelas do item 11 da API 526, para o orifício especificado.
Deve ser escolhido o par de flanges de entrada e saída que possibilite a pressão de
ajuste desejada na temperatura de alívio desejada. Caso a classe de pressão do flange
de entrada ou saída seja maior que a classe de pressão da linha que se conecta a ele,
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a mesma deve ser revisada para a mesma classe de pressão do flange da


PSV.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO, MEC, TUB]
13.1.3 Materiais e Requisitos Técnicos
Os materiais usados nos componentes das válvulas de segurança e alívio devem estar
adequados às condições de processo, tendo o cuidado de verificar as condições transientes,
sendo, minimamente, de acordo com a lista abaixo.
I. Corpo e castelo: aço carbono;
II. Mola: aço carbono cadmiado;
III. Internos: aço inoxidável (AISI 316);
IV. Haste: aço inoxidável (AISI 410, AISI 416 ou AISI 420);
V. Guia: aço inoxidável endurecido.
13.1.3.1 Nos casos em que esses materiais não sejam apropriados às condições de
processo, outro material mais adequado deve ser utilizado.
13.1.3.2 Todas as válvulas de segurança e de alívio devem ter certificados de
capacidade em conformidade com a ASME Seção VIII Divisão I, fornecidos por órgão
certificador capacitado e idôneo.
13.1.3.3 Nos certificados das válvulas de segurança e alívio devem constar a faixa de
ajuste de pressão da mola fornecida. A mola deve permitir ajustes de +/-10 % da pressão
de alívio para pressões de até 1800 kPa (18 bar) e de +/- 5% para pressões acima de
1800 kPa (18 bar). O parafuso de ajuste deve estar protegido por uma tampa ou capuz
(rosqueado ou aparafusado).
13.2 Discos de Ruptura
13.2.1 O uso de discos de ruptura como dispositivos de segurança e alívio é definido pela
disciplina de Processo. Quando utilizado, sua tolerância deve conforme a ASME, Seção
VIII, Division I, UG-127 (a). O disco de ruptura deve ser especificado de forma a
compatibilizar a pressão de operação, a razão de operação, o valor de setpoint e a faixa
de ruptura.[INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO]
13.2.2 A razão de operação de 90% mínima deve ser especificada e levada em
consideração no cálculo do dimensionamento do disco de ruptura. Razões de operaçã o
maiores podem ser consideradas para condições mais críticas.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO]

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13.3 Válvulas de Pino de Dobramento


O uso de válvulas de dobramento é aceitável, uma vez considerados os seguintes
requerimentos:
13.3.1 O uso de Válvulas de pino de dobramento como dispositivos de segurança e alívio
é definido pela disciplina de Processo. Quando utilizadas, devem ser usadas em
conformidade com o ASME seção VIII, Divisão 1 e Case 2091.3 (Buckling Pin Pressure
Relief Devices Section VIII, Division 1). [INTERFACE INTERDISCIPLINAR][PRO]
13.3.2 Testes de vazamento devem seguir o API RP 527.
13.3.3 Procedimentos de instalação e manutenção devem estar de acordo com o API RP
520.

REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE VÁLVULAS DE PARADA DE


EMERGÊNCIA (SDV), DE DESPRESSURIZAÇÃO AUTOMÁTICA (BDV) E
DE MANOBRA E CONTROLE ON-OFF (XV)

14.1 VÁLVULAS DE PARADA DE EMERGÊNCIA (SDV) E DE DESPRESSURIZAÇÃO


AUTOMÁTICA (BDV)
14.1.1 Conceito
14.1.1.1 As válvulas SDV (Shutdown Valves) ou válvulas de parada de emergência são
os elementos finais de controle automático, que são acionadas pelo Sistema de
Segurança da Unidade de Produção e/ou sistema equivalente da Unidade de Pacote,
tendo a função de bloquear determinados circuitos de processo e equipamentos, ou
abrindo outros circuitos para permitir o escoamento de fluido e despressurizando
equipamentos (neste caso elas são chamadas de BDV (Blowdown Valves) ou válvulas
de despressurização automática).
14.1.1.2 Essas válvulas são continuamente mantidas na posição de operação, aberta
para SDVs e fechada para BDVs, por sinais recebidos do Sistema de Segurança ou da
lógica de intertravamento (proteção) da Unidade Pacote.
14.1.1.3 Caso um trip ou parada de emergência ocorra, o sinal mencionado no item
14.1.1.1 é interrompido, o que leva a válvula para sua posição de segurança. O tempo
de percurso desde a posição de operação até a posição de segurança deve, no máximo,
ser de 1 segundo para cada polegada de diâmetro nominal da válvula, não podendo

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ultrapassar 45 segundos.
14.1.2 Características
14.1.2.1 Válvulas SDVs e BDVs devem ser projetadas seguindo o nível de especificação
de válvulas (NEV) ou VALVE SPECIFICATION LEVEL (VSL) e os requerimentos
estabelecidos na DR-ENGP-I-1.1.
14.1.3 Válvulas BDV – Instalação
14.1.3.1 Todas as válvulas BDV devem ter um reservatório de ar dimensionado para,
sozinho, realizar uma operação da BDV. Este vaso deve ser calculado partindo da
pressão mínima de distribuição do ar de instrumento após abertura da BDV, a pressão
remanescente no vaso seja 30% acima da pressão mínima da especificação pneumática
do atuador da válvula.
14.1.3.2 Visando limitar a taxa de despressurização da unidade segundo o cálculo de
sequenciamento de abertura das diversas BDVs, sempre que existir a necessidade de
restrição da vazão, esta deve ser feita através de orifício de restrição calculado e
construído para produzir um fluxo crítico.
14.1.4 Atuadores
14.1.4.1 O fornecedor da respectiva válvula deve especificar e fornecer o atuador.
14.1.4.2 Proteção passiva em atuadores deve ser aplicada seguindo as determinações
das especificações da Disciplina de Segurança.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][SEG]
14.1.4.3 Essas válvulas devem ser acionadas por circuitos pneumáticos e estes devem
ter válvulas de escape rápido. O circuito de acionamento passa por uma válvula de três
vias, ou outro tipo de válvula, dependendo das necessidades específicas da função de
segurança.
14.1.4.4 Essas válvulas são continuamente alimentadas por sinais recebidos do Sistema
de Segurança ou da lógica de intertravamento (proteção) da Unidade Pacote.
14.1.4.5 Durante a operação normal, com a válvula piloto energizada, o circuito de
atuação mantém o atuador da válvula pressurizado.
14.1.4.6 Caso um trip ou parada de emergência ocorra, o sinal para a válvula piloto é
interrompido, desenergizando-a, iniciando a despressurizarão do atuador através do
piloto e consequente acionamento da válvula de escape rápido, despressurizando o
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atuador por completo com reversão da válvula para a sua posição de segurança.
14.1.4.7 Os atuadores para acionamento de SDV ou BDV devem ser do tipo pistão
pneumático, com retorno por mola. Circuitos hidráulicos devem ser usados sempre que
ao menos uma das condições abaixo for satisfeita, sendo DN o diâmetro nominal:

Simultaneamente DN maior ou igual a 4” e Classe de pressão maior ou igual


a 1500#;
Simultaneamente DN maior ou igual a 8” e Classe de pressão maior ou igual
a 900#;
Simultaneamente DN maior ou igual a 12” e Classe de pressão maior ou igual
a 600#.
DN maior ou igual a 14”;
Todas de Classe de pressão 10000#.
14.1.4.8 Podem ser utilizados atuadores multi-molas utilizando conjuntos de 2 molas
ensacadas ou molas simples nas configurações de até três conjuntos/molas simples em
120º ou dois conjuntos/molas simples em série.
Configurações de atuadores multi-molas que extrapolem as citadas no item
acima somente podem ser adotadas mediante apresentação de relatórios de testes
que comprovem sua funcionalidade de longo prazo para análise e liberação pela
PETROBRAS.
14.1.4.9 Dimensionamento
Tanto na abertura quanto no fechamento, o atuador deve ser capaz de
fornecer um torque 2 vezes maior do que o torque requerido pela válvula, ao longo de
todo o curso de atuação da mesma. O maior torque fornecido pelo atuador não deve
exceder o torque máximo permitido pela haste da válvula (MAST-Maximum Allowable
Stem Torque).
O dimensionamento do atuador de válvulas de despressurização automática,
BDVs, deve ser feito considerando-se o diferencial de pressão máximo, considerando
a sobrepressão da PSV.
Para válvulas de parada de emergência (SDV) a mola deve ser

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dimensionada para garantir o tempo de fechamento conforme item 14.1.1.3. Para


válvulas de parada de emergência (SDV) com recursos (sistema com válvulas e linhas
associadas) para redução da diferença entre as pressões a montante e a jusante
(pressão diferencial em condição fechada) para abertura da SDV, o dimensionamento
do atuador pode considerar esta pressão diferencial reduzida para abertura da válvula.
Para válvulas de parada de emergência sem os recursos para redução pressão
diferencial em condição fechada, o atuador deve ser dimensionado pela máxima
pressão diferencial desenvolvida após o fechamento da mesma.
A válvula usada para redução da pressão diferencial em condição fechada
deve ser também uma SDV e ser especificada com os mesmos requisitos aplicáveis à
SDV principal.
A alternativa de instalar recursos de redução pressão diferencial em
condição fechada deve ser avaliada sob o ponto de vista de custo/benefício e
segurança.

Figura VI: Exemplo de recurso de redução de pressão diferencial


14.1.5 Acessórios

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14.1.5.1 Os atuadores devem estar equipados com acessórios como chaves de posição,
válvulas piloto, válvulas de escape rápido, filtro reguladores de vazão e seus materiais
de instalação correspondentes.
14.1.5.2 Quando do fechamento da SDV houver possibilidade de golpe de aríete, a
válvula de escape rápido deve ser suprimida e deve haver uma restrição fixa no circuito
de despressurização do atuador para suavizar o fechamento da SDV.
14.1.5.3 As chaves de posição devem ter seus contatos acionados por acoplamento
magnético e possuir indicação visual de posição do tipo mecânico rotativo com
mecanismo transparente de proteção da parte móvel, com indicação aberto/fechado por
meio de cores diferentes e inscrições em preto. Deve ser facilmente visualizada a
posição atual da válvula pela lateral e pelo topo do dispositivo de indicação. Também
devem permitir ajustes dos pontos de atuação sem precisar desmontar as válvulas. O
contato das chaves de indicação de posição deve ser Normalmente Aberto (NA) e fechar
quando a válvula atingir o fim de curso.
14.2 VÁLVULAS DE MANOBRA E CONTROLE ON-OFF (XVS)
Para válvulas dos Sistemas Navais, as especificações da respectiva disciplina devem ser
seguidas.[INTERFACE MULTIDISCIPLINAR][SNAV]
14.2.1 Conceito
14.2.1.1 Válvulas XVs devem ser projetadas seguindo o nível de especificação de
válvulas (NEV) ou VALVE SPECIFICATION LEVEL (VSL) e os requerimentos
estabelecidos na DR-ENGP-I-1.1.
14.2.1.2 As válvulas XVs são os elementos finais para, por exemplo, controle automático
de nível e para direcionamento dos fluídos de processo. São acionadas pelo Sistema de
Controle da Unidade de Produção e/ou sistema equivalente da Unidade de Pacote.
14.2.1.3 Essas válvulas podem assumir qualquer posição a depender da demanda
corrente do processo, aberta, fechada ou uma posição intermediária.
14.2.1.4 Possuem condição de falha determinadas pelo processo, como falha abre, falha
fecha ou falha na posição corrente.
14.2.1.5 Quando não determinado pela disciplina de processo valores superiores ou
inferiores, o tempo de abertura, bem como o tempo de fechamento, devem ser, no

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máximo, de 2 segundos para cada polegada de diâmetro nominal da válvula.


14.2.2 Atuadores
14.2.2.1 O fornecedor da respectiva válvula deve especificar e fornecer o atuador.
14.2.2.2 Essas válvulas devem ser acionadas por circuitos pneumáticos. O circuito de
acionamento deve atender as necessidades específicas da função quanto ao tempro
requerido para fechamento e para abertura. Circuitos hidráulicos podem ser utilizados
quando a energia disponível para atuação for hidráulica.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][PRO, NAV]
Para XVs do tipo falha fica na posição o atuador deve ser fornecido com
acessório que permita o acionamento mecânico manual. Atuadores elétricos podem
ser usados em XVs do tipo falha fica na posição, desde que sejam comandados via
rede de comunicação.
14.2.2.3 Proteção passiva em atuadores deve ser aplicada seguindo as determinações
das especificações da Disciplina de Segurança.[INTERFACE
INTERDISCIPLINAR][SEG]
14.2.2.4 Essas válvulas são continuamente alimentadas por sinais recebidos do Sistema
de Controle ou da lógica de controle da Unidade Pacote.
14.2.2.5 Os atuadores pneumáticos devem ser do tipo pistão. Havendo condição de
falha definida, o atuador deve ser com retorno por mola.
Podem ser utilizados atuadores pneumáticos multi-molas utilizando
conjuntos de 2 molas ensacadas ou molas simples nas configurações de até três
conjuntos/molas simples em 120º ou dois conjuntos/molas simples em série.
Configurações que extrapolem as citadas no item acima somente podem ser
adotadas mediante apresentação de relatórios de testes que comprovem sua
funcionalidade de longo prazo para análise e liberação pela PETROBRAS.
14.2.2.6 Dimensionamento
Tanto na abertura quanto no fechamento, o atuador deve ser capaz de
fornecer um torque 2 vezes maior do que o torque requerido pela válvula, ao longo de
todo o curso de atuação da mesma. O maior torque fornecido pelo atuador não deve
exceder o torque máximo permitido pela haste da válvula (MAST-Maximum Allowable

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Stem Torque).
14.2.3 Acessórios
14.2.3.1 Os atuadores devem estar equipados com acessórios como chaves de posição,
válvulas piloto, válvulas de escape rápido, filtro reguladores de vazão e seus materiais
de instalação correspondentes.
14.2.3.2 Quando do fechamento da XV houver possibilidade de golpe de aríete, a válvula
de escape rápido deve ser suprimida e deve haver uma restrição fixa no circuito de
despressurização do atuador para suavizar o fechamento da mesma .
14.2.3.3 As chaves de posição devem ter seus contatos acionados por acoplamento
magnético e possuir indicação visual de posição do tipo mecânico rotativo com
mecanismo transparente de proteção da parte móvel, com indicação aberto/fechado por
meio de cores diferentes e inscrições em preto. Deve ser facilmente visualizada a
posição atual da válvula pela lateral e pelo topo do dispositivo de indicação. Também
devem permitir ajustes dos pontos de atuação sem precisar desmontar as válvulas. O
contato das chaves de indicação de posição deve ser Normalmente Aberto (NA) e fechar
quando a válvula atingir o fim de curso.
14.3 VÁLVULAS DIRECIONAIS DO TIPO MULTIVIAS
14.3.1 Em caso de utilização de válvula direcional do tipo multivias para o serviço de
direcionamento de produção para os trens de separação de teste e de produção, e sta
deve estar em conformidade com os seguintes requisitos mínimos:
I. Ser atuada remotamente por meio de atuador rotativo;
II. Ter indicadores de posição para cada uma das posições possíveis da válvula;
III. Ser capaz de transmitir seus sinais de posição via rede de comunicação de campo
de protocolo não proprietário.
14.3.2 Seus componentes elétricos devem ser adequados à classificação da área da
aplicação, e atender no mínimo ao grau de proteção IP-56.

REQUISITOS PARA ESPECIFICAÇÃO DE VÁLVULAS SOLENÓIDES

15.1 Solenóides pneumáticas


15.1.1 Válvulas solenóides devem ser de montagem integral, sejam elas de atuação direta
ou de atuação indireta piloto operadas.

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15.1.2 As válvulas solenóides usadas para ar comprimido devem ser do tipo compacto,
sem gaxetas, com corpo e internos em aço inoxidável, sede com ressalto e assentos de
material resiliente.
15.1.3 A classe de isolação da bobina da válvula solenoide, no mínimo, classe F.
15.1.4 As válvulas solenóides usadas nos sistemas de intertravamento (shutdown ou trip)
devem estar energizadas durante a operação normal e o consumo de potência limitado a
5 W por válvula. Para o caso especial de válvulas solenóides de liberação de CO 2 é
aceitável um consumo maior. Para qualquer solenoide a potência consumida por esta
somada à potência dissipada nos cabos de interligação devem ficar limitados ao máximo
de potência que o par cartão/canal de saída discreta consegue fornecer. Nesta avaliação
deve ser demonstrado que a tensão mínima de atuação do solenoide é atendida.
15.1.5 Os solenóides devem ser equipados com diodos de supressão, instalados dentro
do invólucro do solenóide.
15.2 Solenóides hidráulicas
15.2.1 Devem ser seguidos os requisitos constantes da DR-ENGP-M-II-P1-4.5.
15.2.1.1 Os solenóides devem ser equipados com diodos de supressão, instalados
dentro do invólucro do solenóide.

CABOS ELÉTRICOS DE INSTRUMENTAÇÃO

16.1 Geral
16.1.1 Os requisitos mínimos para projeto, fabricação e testes dos cabos de
instrumentação devem estar em conformidade com o que está aqui estabelecido e com
normas, códigos e recomendações aplicáveis, como IEC 60092-350, IEC 60092-360 e IEC
60092-376.
16.2 Condições de Serviço
16.2.1 Os cabos devem ser adequados para a instalação em bandejas ou leitos para
cabos, em áreas expostas à atmosfera marítima, sujeito à chuva, borrifos de
hidrocarbonetos líquidos e exposição ao sol.
16.2.2 Devem ser armados todos os cabos e multicabos que atravessam ou estão
contidos em áreas classificadas como Zona 0, Zona 1 ou Zona 2 e também os cabos e
multicabos que atravessam ou estejam contidos em áreas abertas.

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16.2.2.1 Os cabos e multicabos totalmente contidos em áreas abrigadas e não


classificadas (salas de controle, áreas de acomodação etc.) não devem ser armados.
Para áreas abrigadas e quando houver risco de dano mecânico, devem ser usadas
eletrocalhas ou leitos com tampa.
16.3 Características Construtivas
16.3.1 Todos os cabos devem ser do tipo naval, com tensão de isolamento mínima de
150/250 V (300V), conforme IEC 60092-376. Cabos para circuitos de segurança intrínseca
devem seguir o exposto na IEC-60079-14.
16.3.2 Todos os materiais devem ser livres de halogênio (halogen free) e baixa emissão
de fumaça (low smoke). Devem ser retardantes à chama e, quando especificado,
resistentes à chama.
16.3.3 Como requerido pela DR-ENGP-M-I-1.3, os circuitos abaixo necessitam operar em
condição de incêndio e, portanto, devem ser interligados por cabos resistentes a chama
em conformidade com as normas IEC 60331 e IEC 60332. Demais circuitos devem ser
analisados durante o projeto:
i. ADV, BDV: cabo para solenoide e para chaves de fim de curso;
ii. SDV: cabo para chaves de fim de curso;
iii. Dampers: cabos para chaves de fim de curso;
iv. SDV de contorno para redução da pressão diferencial da SDV em estado fechado: cabo para
solenoides e finais de curso.
v. ESV (válvula de abertura rápida de sistemas de recuperação de gás de tocha): cabo para as finais
de curso;
vi. ESV (válvula de abertura rápida de estagiamento de tocha): cabo para solenoide e para as finais
de curso;
vii. Sistema de backup para ESV (válvula de abertura rápida de sistemas de recuperação de gás de
tocha) – Exemplo: Disco de ruptura e válvula tipo pino de dobramento (buckling pin valve): Cabos
que indicam acionamento/posição;
viii. Cabos para detectores de gás e chama, bem como os cabos para os emissores de detectores de
gás do tipo visada.
ix. Cabos para sistemas que partem ou fiquem funcionais em ESD-3P, ESD-3T e ESD-4.
x. Cabos relacionados a sistemas de combate a incêndio (ex. Transmissor de pressão da rede de
plug fusíveis, solenoides de disparos de CO2 em HOODs, Cabos do sistema AFDS)

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16.3.4 Os fabricantes devem fornecer curvas de envelhecimento dos cabos, em que deve
estar claro que após o tempo de vida útil adotado para o projeto da unidade, a resistência
de isolamento dos cabos não seja inferior à 1 MOhm.
16.3.5 Todos os cabos devem permitir curvaturas com um raio mínimo de oito vezes seu
diâmetro externo.
16.3.6 O condutor deve ser feito de sete fios de cobre mole, estanhados em todo seu
comprimento e encordoados com classe de encordoamento 2.
16.3.7 Os multicabos devem ser exclusivamente compostos por pares ou ternas ou
quadras, não podendo abrigar tipos diferentes de unidades.
16.3.7.1 O número de pares, ternas e quadras em um multicabo deve ser limitado a 24
pares, 16 ternas e 12 quadras.
16.3.8 Ao final dos Testes de Aceitação e Desempenho, deve existir uma reserva instada,
conectado desde a régua de borne da caixa de junção até o painel, de 10% por tipo de
sinal nos multicabos que interligam painéis e caixas de junção. Esta reserva deve ser para
cada composição caixa de junção/tipo de sinal. O tipo de sinal deve ser determinado por:
Analógico ou Discreto, Entrada ou Saída, Circuito de Segurança Intrínsica ou não e
subsistema a que pertence.
16.3.9 Cabos e multicabos devem possuir blindagens eletrostáticas cobrindo cada
unidade (par, terna ou quadra) e feita por uma fita de alumínio/poliéster que deve ter de
0,065 mm a 0,1 mm de espessura, aplicada de forma helicoidal com sobreposição de 25%
e com um condutor de dreno em cobre estanhado e encordoado.
16.3.9.1 Cabos para sinais discretos, cabo para sinais analógicos e cabos múltiplos para
sinais discretos devem ter blindagem geral e esta deve ter condutor de dreno.
16.3.9.2 Multicabos (multiternas ou multiquadras) para sinais analógicos devem ter
blindagem individual por par (por terna e por quadra) e também uma blindagem geral
envolvendo todo o conjunto. Cada blindagem deve ter um condutor de dreno dedicado.
16.3.9.3 Cabos e multicabos, de acordo com o item 16.2.2 devem receber, sobre o
conjunto, uma armação metálica composta por uma trança de fios de aço galvanizado,
suficientemente flexível e livre de imperfeições na galvanização e sem descontinuidades.
16.3.9.4 Os cabos devem ser providos com um enchimento entre o feixe de
pares/terna/quadra e a blindagem geral, para assegurar a circularidade da seção reta do

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cabo ao longo de todo o seu comprimento. O enchimento deve ser de material que
retarde chamas, não halogendado.
16.3.10 Deve haver uma capa externa, sobre a armação metálica, feita de material não
halogenado termofixo (SHF 2).
16.3.10.1 Deve ser assegurado que não haja nenhuma aderência entre a armação
metálica e o material da capa externa.
16.3.10.2 A capa externa dos cabos de instrumentação deve ser na cor cinza. Cabos
com segurança intrínseca deverão ter uma camada externa azul e encaminhamento em
conformidade com a IEC 60079. Cabos do tipo resistentes a chama devem possuir 2
listras vermelhas diametralmente opostas ao longo de todo o comprimento.
16.3.11 Todos os pares, ternas e quadras devem ser trançados com passo máximo de
60mm.
16.3.12 Quando utilizado, ver item 7.4.1.1, os cabos entre os cabeçotes dos termopares
e respectivos transmissores podem ser do tipo compensação (Extension grade), desde
que o cabo seja especificado para a temperatura a que é submetido.
16.4 Dimensionamento
16.4.1 Deve ser calculada a queda de tensão nos cabos de interligação para todos os
consumidores de forma que a tensão mínima requerida seja garantida no instrumento ou
equipamento e cabos de maior seção devem ser utilizados quando necessários para
garantir esta tensão mínima (ex. sinais de saída lógica de intertravamento como válvulas
solenóides, instrumentos a 4 fios, solenoides de disparo de combate a incêndio por
inundação de CO 2, emissores de detectores de gás do tipo visada. etc.). As seções
nominais mínimas a serem utilizadas, mesmo que o dimensionamento mencionado
anteriormente comporte seções inferiores, são descritos abaixo:
16.4.2 A seção nominal dos condutores usados em interligação com o campo deve ser de
1,0 mm² para os seguintes sinais:
a) sinais analógicos,
b) fins de curso,
c) sinais discretos entre paneis sem envio de força ou alimentação (por exemplo Resumo
de falhas, estado ligado - desligado, informações do estado do painel)
d) sinais de comando para ligar ou desligar gavetas elétricas.

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16.4.3 Seção mínima de 1,5 mm² deve ser adotada para os seguintes sinais:
a) Acionamento de solenoides dentro do mesmo módulo (exceto maindeck, riser balcony e
piperack)
b) Acionamento de alarmes sonoros Piezeletricos ou eletronicos e visuais baseados em
LED dentro do mesmo módulo (exceto maindeck, riser balcony e piperack).
16.4.4 Para a seção mínima de 2,5 mm² deve ser adotada para os seguintes sinais:
a) Acionamento de solenoides de disparo de CO2 dentro do mesmo módulo (exceto
maindeck, riser balcony e piperack)
b) Acionamento de alarmes sonoros motorizados e visuais motorizados e/ou baseados em
lâmpadas incandescentes.
16.5 Identificação e Polarização
16.5.1 Os condutores devem ter identificações e serem usados com a polaridade como
descrita abaixo, seguindo a IEC 60092-376:

Tipo de Tipo de sinal Condutor 1 Condutor 2 Condutor 3 Condutor 4


cabo (Polaridade) (Polaridade) (Polaridade) (Polaridade)

Par Sinal de 4- Preto (+) Branco (-) N.A. N.A


20mA

Terna Alimentação+4- Preto (+) Branco (-) Vermelho (+, N.A


20mA sinal)

RTD Preto (+) Branco (-) Vermelho (+, N.A


sinal)

Quadra Alimentação+4- Preto (+) Branco (-) Vermelho (+, Azul (-, sinal)
20mA sinal)

RTD Preto (+) Branco (-) Vermelho (+, Azul (-, sinal)
sinal)

16.5.2 Em multicabos, os condutores do mesmo grupo (par, terna ou quadra) devem todos
serem identificados por um mesmo número impresso a intervalos conforme descrito na
IEC-60092-376. A identificação dentro do grupo é feita pela cor do revestimento do
isolamento como descrito no item 16.5.1.

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16.5.3 Todos os cabos e multicabos devem ser identificados externamente, de forma


indelével e ao longo de todo seu comprimento, com dados sobre o tipo, formação e seção
nominal dos condutores.
16.5.4 Cabos resistentes a chama devem possuir identificação conforme requerido no
item 16.3.10.2.
16.5.5 Cor da cobertura e dos condutores dos cabos de extensão de termopares deve ser
conforme a norma ASTM E230.
16.6 Testes
16.6.1 O fornecedor dos cabos deve apresentar relatório completo e certificado de
homologação dado pela Entidade Certificadora, comprovando que os cabos foram
aprovados nos testes preconizados na IEC-60092-376 .

INTERLIGAÇÃO

As normas, códigos e recomendações aplicáveis que devem ser seguidas foram listadas
no documento mencionado no item 2.
17.1 Requisitos Gerais
17.1.1 Cabos e multicabos devem ter seu encaminhamento de tal forma que fiquem abaixo
da sua respectiva conexão, com o intuito de evitar um caminho preferencial para água
proveniente de chuva (ex. encaminhamento em “U” ou utilizando rabicho (pigtail)).
17.2 Prensa Cabos e Presilhas
17.2.1 A instalação de prensa cabos deve incluir o uso de união para facilitar o manuseio
durante a manutenção.
17.2.2 Cabos e multicabos devem ser afixados ao longo de seu encaminhamento por
presilhas do tipo fita metálica revestida por material polimérico.
17.3 Caixa de Junção e caixa de passagem
17.3.1 Os cabos provenientes dos instrumentos de campo devem convergir para caixas
de junção, segregadas em 3 tipos: para sinais que utilizam cabos resistentes a chama;
para sinais relativos a intertravamentos de segurança; para sinais relativos ao controle da
planta.
17.3.1.1 As caixas de junção que interligam cabos e multicabos resistentes a chama

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devem receber proteção passiva para obter a mesma resistência a chama dos cabos.
As réguas de bornes devem também ser resistentes a chama, como, por exemplo, serem
em cerâmica.
17.3.1.2 A caixa de junção deve ser dividida internamente em duas regiões, sendo uma
para sinais discretos e outra para sinais analógicos.
17.3.1.3 Sinais do tipo segurança intrínseca devem ser acondicionados em região
própria segregada das demais regiões através de septo separador e identificada como
para sinais de segurança intrínseca. As réguas de bornes e respectivos prensa cabos
devem ser da cor azul.
17.3.2 Caixas de junção de cabos de instrumentação em áreas classificadas ou áreas
abertas devem ter grau de proteção mínimo IP-56 e certificação tipo “Ex e” ou “Ex d” e
certificadas para trabalho conforme a classificação de área onde é instalado. Em áreas
abertas, a certificação mínima deve ser para zona 2 (EPL Gc).
17.3.3 Cabos ou multicabos que interligam instrumentos à caixa de junção podem entrar
somente pela lateral ou pelo fundo da caixa de junção.
17.3.4 Multicabos que interligam a caixa de junção a um painel ou a uma outra caixa de
junção deve ser conectado pela parte inferior da caixa de junção.
17.3.5 Não é permitido entrada de cabos pela parte superior da caixa de junção.
17.3.6 Na parte inferior das caixas de junção a passagem de cabos e multicabos deve ser
feita através de placa cega removível. Na entrada lateral não deve ser usada placa cega
removível.
17.3.7 As réguas de bornes utilizadas no interior das caixas de junção devem ser
firmemente afixadas e serem adequadas para uso em condições de vibração, para evitar
mau contato e consequente centelhamento.
17.3.8 As caixas de junção e caixas de passagem devem ser feitas em aço inoxidável AISI
316.
17.4 Eletrocalhas
17.4.1 As eletrocalhas devem ser feitas em aço inoxidável AISI 316. Em áreas abrigadas
(quartos, etc) pode ser utilizado eletrocalhas em aço galvanizado. Onde o
encaminhamento de cabos ao longo do chão for necessário, devem ser fabricadas apenas
em aço inoxidável AISI 316, com tampa aparafusada do mesmo material.
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17.4.2 A ocupação das eletrocalhas, calculada considerando que o cabo ocupe uma área
equivalente ao quadrado de seu respectivo diâmetro, deve ser tal que a área livre na parte
superior da eletrocalha seja de no mínimo 40% da área útil da seção da eletrocalha .
17.4.3 Aço carbono deve ser usado na fabricação de todos os suportes para tais bandejas,
e eles devem ser pintados segundo o procedimento de pintura adotado no projeto para
esse tipo de material. Para evitar formação de pilha galvânica na superfície de contato
entre as bandejas e os suportes, um material de isolamento deve ser usado entre eles. A
continuidade elétrica entre seções da bandeja e seu aterramento adequado, como
especificado, deve ser assegurada.
17.5 Painéis em áreas abertas
17.5.1 Para prover acessso para manutenção dos cabos que entram por baixo de painéis,
deve ser previsto uma elevação de 300mm a partir do piso. A elevação deve ser vazada
em todas as faces para prover acesso.
17.5.1.1 À frente das portas deve ser instalada uma plataforma nivelada com a base do
painel para prover acesso ergonômico ao mesmo. A plataforma deve ter a largura da
porta do painel. Esta plataforma deve ser removível com fixação por parafusos para
prover acesso aos cabos.

ATERRAMENTO E COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA (EMC)

18.1 Definições
18.1.1 O termo PE significa aterramento para proteção pessoal e para evitar a formação
de eletricidade estática (Bonding).
18.1.2 O termo IE significa aterramento de instrumentação para circuitos que não sejam
do tipo de proteção segurança intrínseca (Exi), com função de prover um caminho para
escoamento de ruídos de origem eletromagnética. A referência (negativo) dos painéis de
controle não deve ser ligada nesse aterramento
18.1.3 O termo IS significa aterramento de instrumentação para circuitos de segurança
intrínseca (Exi), com função de prover um caminho para escoamento de ruídos de origem
eletromagnética.
18.2 Requisitos gerais

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CRITÉRIOS GERAIS PARA PROJETOS DE INSTRUMENTAÇÃO

18.2.1 Todo invólucro de instrumento, caixas de junção, prensa cabos, armaduras de


cabos e multicabos e invólucros de painéis devem ser conectados ao PE.
18.2.2 Os fios dreno das blindagens dos cabos e multicabos devem ser aterradas ao IE
ou IS, conforme o tipo de circuito, no lado do painel e isolado no lado do instrumento
quando o sensor não for aterrado (IEC 60533). Quando o sensor for aterrado, o fio dreno
da blindagem deve ser aterrada no lado do instrumento e ficar isolado no lado do painel
(IEC 60533).
18.2.2.1 No caso de montagem remota para medição de temperatura com o sensor
instalado em cabeçote, separado do respectivo transmissor, o fio dreno da blindagem
do cabo entre cabeçote e transmissor deve ser aterrado no cabeçote e isolado no lado
do transmissor. Já a blindagem do circuito entre transmissor e painel deve ser aterrado
somente no lado do painel na barra IE ou IS, conforme tipo de proteção Ex utilizada.
18.2.3 No campo, as barras de aterramento dos painéis, PE, IE e IS, devem ser
conectadas à estrutura com o menor comprimento de cabo possível, que por sua vez está
aterrada. Deve ser obedecida a distância de 1 a 3 metros entre PE e IE, bem como uma
distância de 1 a 3 metros entre PE e IS. Entre IE e IS a distância mínima entre os pontos
de conexão na estrutura deve ser de 1,8 metros.
18.2.4 Nas salas de painéis, as barras de aterramento dos painéis para compatibilidade
eletromagnética, IE e IS, devem ser conectadas à estrutura, com o menor comprimento
de cabo possível, de forma a formar um plano de equipotencialização. A barra PE, deve
ser interligada em um anel e conectada a estrutura em um único ponto.
18.2.5 Os cabos utilizados no item 18.2.3 deve ter bitola mínima de 25mm 2 e o
comprimento deve o menor possível para minimizar os parâmetros de entidade.
18.2.6 Os projetos e a execução dos sistemas de aterramento para instalações de
automação e instrumentação devem seguir a IEC 60533.
18.2.7 As orientações dadas nos capítulos 5, 6 e 8 do relatório técnico IEC 61000 -5-2
devem ser seguidas com o objetivo de otimizar os parâmetros de compatibilidade
eletromagnética (EMC).
18.2.8 Os pontos de conexão com a massa devem ser feitos através de um earthboss,
não serão aceitas conexões via pino de fixação direta (pino Hilti).
18.3 Aterramento de proteção, do shield e da armadura para cabos e multicabos.

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Para sinais discretos e analógicos deve ser realizada conforme desenhos abaixo:
18.3.1 Interligação de sinais discretos:

SINAIS DIGITAIS DISCRETOS

INSTRUMENTO CAIXA DE JUNÇÃO PAINEL

+
-
Sh
A

+
-
Sh
A

+
-
Sh
A

O-Sh O-Sh
CABOS
PE ARMADURA PE IE
PE

IE MULTICABO

Sh BLINDAGEM INDIVIDUAL
O-Sh BLINDAGEM GERAL

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SINAIS DIGITAIS DISCRETOS (CIRCUITOS Exi)

INSTRUMENTO CAIXA DE JUNÇÃO PAINEL

+
-
Sh
A

+
-
Sh
A

+
-
Sh
A

O-Sh O-Sh
CABOS
PE ARMADURA PE IS
PE

IS MULTICABO

Sh BLINDAGEM INDIVIDUAL
O-Sh BLINDAGEM GERAL

18.3.2 Interligação de sinais analógicos:

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SINAIS ANALÓGICOS

SENSOR INSTRUMENTO CAIXA DE JUNÇÃO PAINEL

+
-
Sh Sh
A

+
-
Sh Sh
A

TRANSMISSOR
+ + E +
- - O -
Sh Sh
A A A
CABEÇOTE

O-Sh O-Sh
PE A PE IE
CABOS CABOS
PE
MULTICABO
IE

Sh BLINDAGEM INDIVIDUAL O-Sh BLINDAGEM GERAL A ARMADURA

SINAIS ANALÓGICOS (CIRCUITOS Exi)

SENSOR INSTRUMENTO CAIXA DE JUNÇÃO PAINEL

+
-
Sh Sh
A

+
-
Sh Sh
A

TRANSMISSOR
+ + E +
- - O -
Sh Sh
A A A
CABEÇOTE

O-Sh O-Sh
PE A PE IS
CABOS CABOS
PE
MULTICABO
IS

Sh BLINDAGEM INDIVIDUAL O-Sh BLINDAGEM GERAL A ARMADURA

LINHAS DE IMPULSO, TRANSMISSÃO PNEUMÁTICA E


TRANSMISSÃO HIDRÁULICA

19.1 Definições gerais

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19.1.1 Todos os tubings devem ter marcação em seu corpo indicando, no mínimo:
19.1.1.1 Diâmetro externo;
19.1.1.2 Espessura de parede;
19.1.1.3 Material e norma.
19.1.2 Tubings devem ser do tipo sem costura.
19.1.3 Tubings utilizados devem ser em trechos retos com comprimento mínimo de 6
metros, podendo ser de até 12 metros. O uso de bobinas é restrito e os itens abaixo
determinam onde tubings em varas devem ser usados e onde pode ser utilizado tubings
em bobinas.
19.1.4 Tubings em vara devem ser usados para linhas de impulso.
19.1.5 Tubings em bobina podem ser utilizados para alimentação hidráulica entre o rack
de solenóides e o consumidor e também na distribuição pneumática entre o manifold de
distribuição de ar de instrumento e o consumidor.
19.1.6 As conexões devem ser de tecnologia de dupla anilha para presões até 33000kPa
e acima disso deve-se utilizar dupla anilha apropriada para a pressão ou conexões do tipo
cone-rosca. É proibido o uso de soldas orbitais.
19.1.6.1 A rosca das conexões deve ser lisa com revestimento para evitar fusão a frio

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(galling) cobrindo integralmente a rosca do corpo ou da porca.


19.1.6.2 As conexões devem possuir comprovação de conformidade com ASTM F1387
A3 – Teste pneumático;
A4-Teste hidrostático;
A5 – Teste de Impulso;
A6 – Teste de fadiga por reflexão;
A7 – Teste de tração;
A8 - Teste de ruptura hidrostática;
A9 - Teste de montagem repetidas;
A10 – Teste de flexão rotativa;
S2 – Teste de ciclo térmico;
S8 – Teste de vibração.
19.1.7 Em cada conexão, seja em uniões, reduções, adaptadores, válvulas OD, Flange
Adapters etc, todos os seus componentes devem ser do mesmo fornecedor.
Intercambialidade não é permitida.
19.1.8 Todo lote de tubing deve ter certificado de identificação de material (Positive
Material Identification) de acordo com a API RP 578.
19.2 Transmissões pneumáticas de ar de instrumento
19.2.1 Os tubings devem ser feitas em aço inoxidável ASTM A 269 Gr. TP 316L com
conteúdo mínimo de Molibdênio de 2,5%.
19.2.1.1 O material das conexões e válvulas associadas devem ser em aço inoxidável
AISI 316, não necessitando ter teor mínimo de 2,5% de Molibdênio.
Nota: Nos casos onde a atmosfera (microclima) seja imprópria ao uso de tubings no mateiral
descrito no item 19.2.1, pode ser considerado o uso de tubings, conexões e válvulas
associadas no material aço inoxidável 6Mo (ASTM A269 UNS S31254).
19.2.2 Os diâmetros e espessuras de parede que podem ser utilizados constam da Tabela
IX.
Tabela IX – Tubings para transmissão pneumática de até 3500 kPa

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Diâmetro Espessura Diâmetro Interno Aplicação


mínima de (mm)
Parede
3/8” 0,035” 7,7 Ar comprimido

3/8” 0,083” 5,3 Rede de plugue


fusível (ver
capítulo 20)
1/2" 0,035” 10,9 Ar comprimido
3/4" 0,049” 16,6 Ar comprimido
19.3 Linhas de impulso
19.3.1 Os tubings para pressões de até 33.000kPa devem ser feitos em aço inoxidável
ASTM A 269 Gr. TP 316L com conteúdo mínimo de Molibdênio de 2,5%.
19.3.1.1 O material das conexões deve ser em aço inoxidável AISI 316, não
necessitando ter teor mínimo de 2,5% de Molibdênio.
Nota: Nos casos onde a atmosfera (microclima) seja imprópria ao uso de tubings no
mateiral descrito no item 19.2.1, pode ser considerado o uso de tubings, conexões e
válvulas associadas no material aço inoxidável 6Mo (ASTM A269 S31254).
19.3.2 Os tubings para pressões acima de 33.000kPa devem ser feitos em aço super
duplex ASTM A789 UNS S32750 ou S32760.
19.3.2.1 O material das conexões deve ser em aço super duplex.
Nota: Nos casos onde a atmosfera (microclima) seja imprópria ao uso de tubings no
mateiral descrito no item 19.2.1, pode ser considerado o uso de tubings, conexões e
válvulas associadas no material aço inoxidável 6Mo (ASTM A269 S31254).
19.3.3 Os diâmetros e espessuras de parede que podem ser utilizados constam da Tabela
X.
Tabela X-– Tubings para linhas de impulso

Diâmetro Espessura Diâmetro Pressão de trabalho Material Aplicação


Externo de Parede Interno
(mm)
1/2" 0,065” 9,4 Até 33.000kPa ASTM A 269 Gás/ar seco;
Gr. TP 316L Água/Vapor;
Fluídos
limpos.
3/4" 0,095” 14,2 Até 33.000kPa ASTM A 269 Gás/ar
Gr. TP 316L úmido;

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1/2" 0,065” 9,4 Acima de 33.000kPa Super Duplex Gás/ar seco;


ASTM A789 Água/Vapor;
UNS S32750 Fluídos
ou S32760 limpos.
3/4” 0,083” 14,8 Acima de 33.000kPa Super Duplex Gás/ar
ASTM A789 úmido;
UNS S32750
ou S32760
19.4 Transmissões de potência hidráulica
19.4.1 Os tubings para pressões de até 5.000psig devem ser feitas em aço inoxidável
ASTM A 269 Gr. TP 316L com conteúdo mínimo de Molibdênio de 2,5%.
19.4.1.1 As conexões devem ser de tecnologia de dupla anilha. O material das conexões
deve ser em aço inoxidável AISI 316, não necessitando ter teor mínimo de 2,5% de
Molibdênio.
Nota: Nos casos onde a atmosfera (microclima) seja imprópria ao uso de tubings no
mateiral descrito no item 19.2.1, pode ser considerado o uso de tubings, conexões e
válvulas associadas no material aço inoxidável 6Mo (ASTM A269 S31254).
19.4.2 Os tubings para pressões acima de 5.000psig devem ser feitos em aço inox AISI
316L do tipo para média pressão fabricado por extrusão a frio ou em super duplex ASTM
A789 UNS S32750 ou S32760.
19.4.2.1 O material das conexões deve ser do mesmo material utilizado nos tubings.
Nota: Nos casos onde a atmosfera (microclima) seja imprópria ao uso de tubings no
mateiral descrito no item 19.2.1, pode ser considerado o uso de tubings, conexões e
válvulas associadas no material aço inoxidável 6Mo (ASTM A269 S31254).
19.4.3 Os diâmetros e espessuras de parede que podem ser utilizados constam da
Tabela XI.
Tabela XI-– Tubings para transmissão hidráulica

Diâmetro Espessura Diâmetro Pressão de trabalho Material


Externo de Parede Interno
(mm)
1/2" 0,065” 9,4 Até 5.000psig ASTM A 269 Gr. TP
316L
3/4" 0,095” 14,2 Até 5.000psig ASTM A 269 Gr. TP
316L

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1/2" 0,065” 9,4 Acima de 5.000psig Super Duplex ASTM


A789 UNS S32750
ou S32760
3/4” 0,083” 14,8 Acima de 5.000psig Super Duplex ASTM
A789 UNS S32750
ou S32760

19.5 Requisitos de infraestrutura de instalação, montagem e qualificação de mão de


obra
19.5.1 As atividades de montagem e inspeção de conexões em tubings devem ser
realizadas por profissionais capacitados através de treinamento ministrado pelo fabricante
das conexões utilizadas no projeto. Caso existam vários fornecedores de conexões, a
montagem somente pode ser efetuada por profissional que tenha sido treinado pelo
respectivo fornecedor da conexão.
19.5.1.1 Deve ser apresentado certificado de capacitação emitido pelo fornecedor da
conexão.
19.5.2 Para instalação, montagem e mão de obra deve seguir o item 19.1.7.
19.5.3 Tomadas de tubing não devem ser utilizados para suportar instrumentos, os quais
devem ser suportados de forma independente conforme exigido no item 6.5.6.
19.5.4 Para evitar a possibilidade do efeito de fragilização por metal líquido, tubing e suas
conexões não devem ficar em contato direto ou localizados diretamente sob componentes
revestidos de Zinco ou galvanizados.
19.5.5 Durante o processo de instalação, deve ser evitada contaminação por óxido de
ferro causado por soldagem ou esmerilhamento.
19.5.5.1 Qualquer respingo de solda no tubing deve ser removido. Quando for
constatado danos no tubing, este deve ser substituído.
19.5.6 Quando o trecho do encaminhamento de um tubing ou grupo de tubings for maior
do que o estabelecido na Tabela XII, o encaminhamento deve obrigatoriamente ser feito
usando bandejamento com tampa e provisão para evitar o acúmulo de água.
Tabela XII – Máximo comprimento de encaminhamento de tubings sem bandejamento

Diâmetro externo (OD) Comprimento máximo sem bandejamento (metros)


1/4" 0,8

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3/8” 1,2
1/2" 1,6
3/4" ou maior 2,0
19.5.7 Encaminhamentos de tubings em paralelo deve ser feito em bandejamento com
tampa e provisão para evitar o acúmulo de água.
19.5.8 Nas conexões por uniões, o projeto deverá prever espaço para trocas de conexão
no tubing intermediário com ângulos entre 30 e 45 graus (Ver Figura VII ).
19.5.8.1 Quando os tubings forem instalados em paralelo, a instalação descrita no item
19.5.2 deve ser defasada em cada tubing, de forma a permitir espaço de manuseio nas
conexões com 150mm de elevação mínima e de 200mm de distância mínima para
manuseio. (Ver Figura VII ).

Figura VII – Esquemático para disposição de tubings em paralelo com uniões OD visando
espaços para manuseio

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19.5.9 Sistema de suporte de tubing:


19.5.9.1 Ao encaminhar mais de um tubing em paralelo, isolação apropriada deve ser
provida para evitar contato entre eles. Para evitar pontos de corrosão, esta isolação não
pode criar regiões que possam acumular água.
19.5.9.2 Sistemas de suporte que podem criar pontos de corrosão por fresta não devem
ser usados, tais como suportes do tipo em tira ou braçadeira. Sistemas de suporte de
tubing devem ser projetados para minimizar os pontos de contato entre o tubing e o
suporte para evitar pontos de corrosão por fresta.
19.5.10 Desenhos de suportação a ser seguida são mostrados na Figura VIII e na Figura
IX. Outro tipo de suporte deve ser submetido para análise.

Figura VIII – Corte transversal de suporte bipartido para tubing, minimizando pontos de
contato.

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Figura IX - Corte lateral de suporte bipartido para tubing, minimizando pontos de contato.

19.5.10.1 O contato metal-metal deve ser eliminado utilizando para isso material isolante
para as peças em contato com os tubings.

REDE DE PLUGUES FUSÍVEIS PARA ACIONAMENTO DE ADV

20.1 Características construtivas


20.1.1 Os plugues fusíveis devem ser construídos e testados, atendendo às seguintes
características:
 Material do corpo: aço inoxidável AISI 316
 Diâmetro das Conexões: 3/8” OD ou 1/4" NPT
 Faixa de utilização térmica: 70oC à 77oC

20.1.2 As seguintes informações devem ser gravadas no corpo dos plugues fusíveis:
 Nome do Fabricante;
 Temperatura de Operação;
 Número do lote de produção.

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20.1.3 Todos os lotes de plugues fusíveis devem estar acompanhados de seu certificado
de teste contemplando pelo menos os seguintes aspectos:
 Estanqueidade e resistência à extrusão;
 Temperatura de amolecimento sob pressão.

20.2 Características e desempenho da rede de Plugues Fusíveis


20.2.1 O plugue fusível deve trabalhar sob o mesmo suprimento de ar pneumático e
pressão de atuação da ADV.
20.2.2 Cada rede de plugues fusíveis deve ser monitorada por um transmissor de pressão
independente.
20.2.3 Cada sistema de atuação de ADV deve possuir uma válvula piloto diretamente
atuada por uma rede de plugue fusível. As ADVs devem ser remotamente atuadas por um
sistema de intertravamento. O sistema de atuação da ADV deve também prever um reset
manual local e deve permitir abertura manual, como mostrado na Figura 2 3.1.
20.2.4 Cada rede de plugues fusíveis deve ser dimensionada de forma que a ADV esteja
aberta no tempo determinado pela DR-ENG-M-1.3. Este tempo deve ser contado desde o
acionamento de 1 plugue fusível até a completa abertura da ADV. Para este
dimensionamento deve ser utilizado a abertura de apenas 1 plugue fusível localizado no
ponto mais desfavorável para despressurização da rede.
20.2.4.1 Para fins de testes de comissionamento, não deve ser utilizada a detecção de
pressão baixa da rede pelo transmissor de pressão da respectiva rede de plug fusíveis.
20.2.5 O comprimento da rede de plug fusível em um dado cenário de despressurização
da rede de plug fusíveis não deve ultrapassar 300 metros. Se mais de 1 cenário for
atendido pela mesma ADV, check valves podem ser utilizadas para segregar trechos que
não fazem parte do sinistro. Porém, o número de check valves em série para um dado
cenário não deve ultrapassar 3.
20.2.5.1 Caso seja necessário comprimentos maiores de 300m para um dado cenário,
uma simulação dinâmica do escoamento deve ser realizada para comprovar o
atendimento ao item 20.2.4.
20.2.6 Os tubings que compões a rede de plugue fusível devem ser de material conforme
item 19.2.1 e diâmetro de 3/8” com dimensões conforme Tabela IX do item 19.2.2.

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20.2.7 As conexões a serem usadas para criar a rede de plugues fusíveis devem ser da
tecnologia do tipo dupla anilha.
20.2.8 Deve ser provido monitoração de posição da ADV, aberta e fechada, a ser
apresentada na tela do sistema de supervisão.
20.2.9 O sistema de atuação deve ser instalado em um painel local de aço inoxidável, de
acordo com a Figura 23.1.
20.2.10 O sistema de plugue fusível deve estar de acordo com a DR-ENGP-M-I-1.3--
Diretriz de Engenhariade Segurança.

Figura 23.1 – Esquema de Instalação de Plugue Fusível

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Anexo A - Cálculo do Dimensionamento do Orifício de Restrição em Regime de


Escoamento Crítico Isentrópico para Gás Real

Tabela XIII - Cálculo do Dimensionamento do Orifício de Restrição em Regime de


Escoamento Crítico Isentrópico para Gás Real

 .D 2
.Y .P1 t
PM
W  C. 2 .
4 8314 ,3.Z .T1

Parâmetros Descrição
W Vazão mássica [kg/s]
Coeficiente de descarga nas condições de fluxo crítico: C =
C
0,839 (ref. Martins, Nelson, Manual de Medição de vazão)
 Beta do orifício a temperatura de operação
D Diâmetro interno da tubulação [m]
PM Peso molecular do gás [kg/kmol]
Z Fator de compressibilidade do gás
T1 Temperatura do gás a montante do orifício [K]
Coeficiente de escoamento crítico isentrópico:
k 1
Y  2  k 1
Y  k . 
 k 1

k Coeficiente isentrópico do gás


Pressão total (de estagnação) a montante do orifício [Pa], em
absoluto
(P1)t k
  k  1  2  k 1
P1 t  P1 .1   .M 
  2  
P1 Pressão a montante do orifício [Pa], em absoluto

Número de Mach
M M 
V1
VS

Velocidade do gás na linha a montante do orifício [m/s]


V1 V1 
W

33257 ,2.W .Z .T1
A1 .1  .D 2 .P1 .PM

Velocidade do som no gás a montante do orifício [m/s]


VS R k .T
VS  k . .T1  8314,3. 1
PM PM

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Anexo B - Cálculo da Espessura de Orifícios de Restrição

Os orifícios sujeitos a tensões acima das admissíveis pelo material de que são feitas, sofrem
deformação permanente.

a) deve-se calcular a espessura aplicando-se a fórmula abaixo, considerando-se para


o cálculo da espessura, no mínimo 2:

1/ 2
  x P x D 2 
t min   
 2 x 
 

Onde:
D é o diâmetro da linha (mm);
P é o diferencial de pressão no orifício (kgf/cm2);
 é a tensão admissível do material do orifício (kgf/cm2);
 é o fator calculado pela expressão abaixo, e que depende do tipo da instalação;
t é a espessura do orifício de restrição (mm).

 = 2,27 - (2,33 x )

b) no caso de aço inoxidável AISI 304 ou AISI 316, até 500 °C:

  2109,7 kgf/cm2

c) limites de espessura:
— linhas até 14”  t  1/8”;
— linhas de 16” a 22”  t  1/4”.

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