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AO JUÍZO DA ___ª VARA DA COMARCA DE __________, (UF).

___________________ (Nome), (Qualificação) (Nacionalidade), (Profissão), (Estado


Civil), portador da Carteira de Identidade nº _______, inscrito no CPF sob o nº
_______, residente e domiciliado à Rua _______, nº _____, Bairro _______, Cidade
_______, CEP _______, no Estado de _______, por seu advogado infra-assinado,
mandato incluso (doc. 1), com escritório estabelecido à Rua ______, cidade de
__________, onde recebe suas intimações e avisos, vem respeitosamente a presença
de Vossa Excelência requerer com base nas disposições dos arts. 719, 720 e 725,
inc. VII, do Código de Processo Civil, expedição de ALVARÁ JUDICIAL em face de
Espolio de (nome de cujus), fundado nas razões de fato e de direito articulados
adiante:

I. Gratuidade da Justiça. (se for o caso)

Cumpre ressaltar que a requerente não dispõe de recursos financeiros suficientes para
arcar com as custas processuais e taxas judiciarias, sem o prejuízo de seu próprio
sustento e de sua família, certo que trata-se de pessoa pobre, percebendo uma
aposentadoria equivalente a 1 (um) salário mínimo, para custeio de suas despesas e de
sua família, com saúde, moradia, alimentação, e etc, (documentos probatórios de
hipossuficiência – anexo - doc. 02) .

Desse modo, consequentemente, torna-se inviável o custeio das despesas processuais,


pleiteando, portanto, os benefícios da GRATUIDADE DA JUSTIÇA, assegurados pela Lei
nº 1.060/50 e consoante o art. 98 e seguintes do CPC.:

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de


recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios
têm direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
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Mister frisar, ainda, que, em conformidade com o art. 99, § 3º do CPC, “presume-se
verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural”.
Para tanto, pugna pela concessão de tais benefícios.

II. Fatos e Fundamentos Jurídicos.

Em (dia) de (mês) de (ano), a requerente, firmou contrato com a (s) construtora (s) XX
Empreendimentos Imobiliários Ltda, via proposta de compra e venda de imóvel nº xxxx
(anexo) para aquisição do lote nº 000 da quadra 000, medindo 000,44m², com as
seguintes especificações.: frente: 15m com a Rua xxxxxxxx, Fundo: 00,04m com área
não edificante, lado direito: 00,64m com lote 00, lado esquerdo: 00,55m com lote 10,
chanfro: 0m; raio 0”, no Residencial xxxxxxxxxxxx, (cidade/estado), registro imobiliário
do loteamento perante o CRI local sob o nº M.00.00. (descrever exatamente como
consta na matrícula)

Por tal aquisição, a requerente, pagou o valor total contratado de R$ 000.000,00 (valor
em reais por extenso), à época, valor este parcelado em 00 (extenso) parcelas mensais
equivalentes a R$ 00.000,00 (valor em reais por extenso), com correções monetárias,
indexador IGP-M. Ressalta que a quitação foi realizada em 00/00/0000, como pode ser
visto na presente autorização para escrituração emitida pela referida loteadora, anexo.

A compra do presente imóvel foi realizada pela requerente em data anterior ao


falecimento de seu marido, o Sr. xxxxxxxxxx, falecido em 00/00/0000. Casados sob o
regime da comunhão parcial de bens em 00/00/0000 e, conforme o art. 1658, CC, o
imóvel é pertencente a ambos.

Isto posto, a requerente se viu obrigada pela construtora a providenciar a escrituração


e registro de transferência do lote adquirido, o quanto antes, como exigido pela XX
Empreendimentos Imobiliários Ltda, constando na autorização de escritura emitida em
(dia) de (mês) de (ano) pela loteadora e, substabelecimento de procuração, anexos,
abriu-se então, o prazo com validade de 00 (xxxxxx dias), para realizar a transferência
definitiva para os compradores.
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Ocorre que a dita autorização para escritura fora emitida nominalmente a favor da
requerente e Espolio de xxxxxxxxxxxxxxxxxx (“de cujus”), compradores do referido
lote, em data anterior ao falecimento do Sr. xxxxxxxxxx.

Neste prisma, encontrou óbice por parte do cartório de tabelionato de notas que irá
lavrar a competente escritura definitiva, pois há necessidade de representação para o
Espolio (assinatura), para tal outorga de escritura, devendo assim, constar em sua base
a requerente e o espolio, proprietários legítimos, como de fato são, porém, necessita
de provimento jurisdicional para que o espolio possa ser representado, nesta
transação e finalize-a com o suprimento devido.

Diante de tal empecilho para lavratura da escritura definitiva, a requerente, se viu


obrigada a socorrer do poder judiciário a fim de obter um provimento jurisdicional que
autorize, mediante alvará judicial, a prática do respectivo ato de outorga e
recebimento da competente escritura em nome dos compradores do referido
supracitado, suprindo por representação o espolio.

Do Direito:

O procedimento de jurisdição voluntária se caracteriza como um procedimento em


que não há litígio entre os interessados na obtenção da tutela jurisdicional.

Ele se encontra positivado no art. 719 do CPC:

Art. 719. Quando este Código não estabelecer procedimento especial,


regem os procedimentos de jurisdição voluntária as disposições
constantes desta Seção.

O procedimento terá início por provocação do interessado, do


Ministério Público ou da Defensoria Pública, cabendo-lhes formular o
pedido devidamente instruído com os documentos necessários e com
a indicação da providência judicial (art. 720, CPC).

E entre as possíveis providências previstas em lei está o pedido de


ALVARÁ JUDICIAL:
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Art. 725. Processar-se-á na forma estabelecida nesta Seção o pedido


de:

VII - expedição de alvará judicial;

No caso concreto, a requerente necessita de alvará judicial que autorize a


representação (assinatura) do “espolio” na presente escrituração, para regularização
do imóvel (lote), adquirido.

Desta feita, entendendo que espólio pode dar andamento ao cumprimento de


negócios iniciados antes do falecimento de um dos compradores, de modo que em tal
hipótese o espólio poderá negociar, ou seja, receber a outorga de escritura dando
seguimento ao negócio iniciado antes do falecimento do comprador, pelo que justifica
a expedição de alvará judicial para regularização da transmissão de propriedade em
favor do espolio.

Sobre o tema, traz à lume os seguintes precedentes judiciais, cabíveis ao caso:

“INVENTÁRIO. ALVARÁ JUDICIAL PARA OUTORGA DE ESCRITURA


PÚBLICA. BEM ALIENADO PELO PRÓPRIO AUTOR DA HERANÇA. 1. Se
o comprador pagou o preço na íntegra, não há razão alguma para
que a questão seja remetida às vias ordinárias, pois há notícia de
valores pendentes e que devam ser trazidos ao inventário. 2. Se o
próprio de cujus e sua esposa, que é atual inventariante, receberam e
utilizaram o valor da venda do imóvel e sendo os herdeiros maiores e
capazes, descabe trazer esse bem ao inventário, justificando-se a
expedição do alvará judicial para regularizar a transmissão da
propriedade. Recurso provido. (Agravo de Instrumento Nº
70078578895, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em
31/01/2019). (TJ-RS - AI: 70078578895 RS, Relator: Sérgio Fernando
de Vasconcellos Chaves, Data de Julgamento: 31/01/2019, Sétima
Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
04/02/2019).”
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“ALVARÁ JUDICIAL PARA OUTORGA DE ESCRITURA PÚBLICA. BEM


ALIENADO PELO PRÓPRIO AUTOR DA HERANÇA. CABIMENTO. Se os
herdeiros, que são maiores e capazes, informam que a totalidade do
preço havia sido paga ao de cujus, justifica-se a expedição do alvará
judicial para regularizar a transmissão da propriedade do bem imóvel
alienado pelo falecido. Recurso provido. (Apelação Cível Nº
70069763613, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em
31/08/2016). (TJ-RS - AC: 70069763613 RS, Relator: Sérgio Fernando
de Vasconcellos Chaves, Data de Julgamento: 31/08/2016, Sétima
Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
06/09/2016).”

“ALVARÁ JUDICIAL. INVENTÁRIO. VENDA ANTERIOR AO ÓBITO.


OUTORGA DE ESCRITURA. Decisão que indeferiu a expedição de
alvará judicial. Irresignação dos requerentes. Pedido de alvará judicial
para outorga de escritura definitiva de compra e venda do imóvel.
Alienação realizada antes do falecimento, pelo viúvo e a falecida em
favor dos agravantes. Desnecessidade de apresentação das primeiras
declarações. Imóvel não incluído no monte partível. Parecer do CRI
local pela necessidade meramente de observação da fração mínima
legal do terreno, não pela necessidade das primeiras declarações.
Mínimo legal comprovado. Alvará deferido. Decisão reformada.
Recurso provido. (TJ-SP 21473800320178260000 SP 2147380-
03.2017.8.26.0000, Relator: Carlos Alberto de Salles, Data de
Julgamento: 20/10/2017, 3ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 20/10/2017).”

Para tanto, revela-se indispensável a concessão do presente pedido de expedição de


alvará judicial com o fito de intervir na esfera privada, para autorizar e se assim
entender, nomear um representante legal do espolio, dentre seus herdeiros e meeira,
para concordar e acordar no recebimento da escritura pública de compra e venda no
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que tange o “espolio” em solução a relação contratual existente anteriormente ao


falecimento, “de cujos”.

DOS HERDEIROS:

Cumpre, pois, consignar que além da meeira, a requerente, existem descendentes,


herdeiros legítimos e sucessores do “de cujos”, na forma do art. 1.829, I, código civil,
são eles:

H.1) XXXXXXXXXXXXXXXXX, (qualificação completa)

H.2) XXXXXXXXXXXXXXXXX, (qualificação completa)

H.3) XXXXXXXXXXXXXXXXX, (qualificação completa)

H.4) XXXXXXXXXXXXXXXXX, (qualificação completa)

H.5) XXXXXXXXXXXXXXXXX, (qualificação completa)

Estes são os herdeiros deixados pelo Sr. xxxxxxxxxxxxxxxx, por direito de


representação, (SE FOR O CASO) conforme arcabouço documental e probatório,
anexos.

III. Pedidos e Requerimentos.

Pelo exposto, pede e requer que Vossa Excelência se digne a:

a) conceder os benefícios da gratuidade da justiça, vez que a requerente preenche os


requisitos exigidos para sua concessão, como medida de justiça e de direito, na
acepção legal supramencionada;

b) a procedência do pedido para se determinar a expedição de alvará judicial para


suprir a falta de assinatura do “de cujus”, representar legalmente o Espolio na
regularização da transmissão de propriedade, na outorga da escritura definitiva;

c) expedição do alvará judicial em razão do espolio, tendo como representante legal,


indicando o herdeiro (H.1) XXXXXXXXXXXXXXXXX, já qualificado, para assim
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representar o espolio na acepção legal, com a finalidade de concluir no prazo dado


pela loteadora a transferência do imóvel para o espolio;

c) ainda, caso não seja subintendido na forma requerida acima, pugna que Vossa
Excelência expeça o alvará na melhor forma de direito em razão do espolio, ante este
juízo, conforme situação já relatada em o enredo petitório;

d) requer que as intimações da presente ação, sejam encaminhas para o (a) advogado
(a) que esta subscreve, conforme dados da procuração, anexo doc.01;

e) protesta provar o alegado com todos os meios de prova permitidos e previstos em


direito, especialmente a prova documental, pericial e testemunhal.

Dá a causa o valor de R$ 0.000,00 (valor por extenso), simbólico, para


efeitos fiscais, art. 291, CPC.

Nestes Termos,
Pede deferimento.
(Local e data)
Advogado OAB/nº

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