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Colaboração do R∴Ir∴Fr∴ Incógnitus
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Recolha do R∴Ir∴ Teixeira Cabral
Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 20 – Outubro de 2007
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O Editorial anterior deu origem a outros relatos
não sei porquê
de casos identicos aos que ali foram referidos. não sei mesmo
Não é segredo nenhum que as escalas de valores mas sempre vi o tempo numa circunferência
em que o futuro está ali
estão actualmente invertidas, e o curioso é que antes do passado e depois do presente
isto estava previsto desde há milhares de anos
e se na linha está o tempo tenho do círculo
pela Tradição Oriental, onde o período que estamos
a ideia do mundo que dentro da fronteira
agora a atravessar se designa por “Era de Kali” olha para cada um dos seus pontos
(do “mal”, das “forças negras”, por oposição ao e em todos e cada um encontra
o que está depois do antes
bem e à Luz). e antes do depois
O que se passa encaminha-nos para a lógica o presente
daquele antigo romance, de cariz político, em
também não sei porquê
que o autor imagina uma cidade onde tudo mas não consigo imaginar o que é
funciona ao contrário e as pessoas caminham e o que vai para além do traço
com as mãos no chão e com as pernas no ar. imagino que seja maior
Porém, o que é que isto interessa ao Athanor? mas não imagino o que possa ser
Vamos mas é continuar nos nossos Calcinatios,
o futuro pode mesmo estar à mão de um passo
Solutios, Coagulatios, Sublimatios, Mortificatios, cada vez mais pequeno porque o passado
Separatios e Coniunctios, enquanto o forno tem cresce
cresce sempre
lenha, e não nos esqueçamos de que:
"A sabedoria é como uma flor, de onde a abelha então
ou a circunferência alarga e há tempo que é
faz o mel e a aranha faz o veneno, cada uma de
criado
acordo com a sua própria natureza". do nada
ou o passado invade o futuro
T T∴A A∴T T∴ e eu não sei onde pôr o presente
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Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 20 – Outubro de 2007
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Cubo. O cubo define-se matematicamente
como a terceira potência de um número ou
como um sólido composto de seis faces
quadradas de igual tamanho, formando um
hexaedro. Fazendo referência ao número
quatro, está ligado à conjunção e à harmonia
dos quatro elementos – o ar, a terra, a água e o
fogo – que constituem o mundo. Neste caso,
simboliza o universo material existente em
conjunto com todas as suas dimensões. No
plano iniciático, o cubo está intimamente
ligado ao simbolismo da cidade santa, à
perfeição reprodutível no infinito.
Culto. Na sua origem, na Idade Média, o
exercício de uma profissão estava intimamente
ligado à religião. As práticas quotidianas dos
artesãos, ainda que respeitantes aos usos e
costumes mais normais, eram carregadas de fé
e de devoção. O culto estava sempre presente.
Cada profissão venerava os seus santos numa
expressão cultual que, segundo o país, a
região ou a capela, honrava também os Quatro
Santos Coroados (Sivere, Siveriano, Corpofore
e Victoriano, mártires sob Dioclécio), a Santa
Virgem, S. Blaise, S. Luís, S. Nicolau, S. José,
Santa Ana, S. Tomás, Santa Bárbara e outros.
Os Franco-Maçons, essencialmente dirigidos
aos anunciadores da Luz, remeteram-se,
logicamente e mais particularmente, a S. João
Batista e a S. João Evangelista. A instauração e
a prática do culto profissional, reservado aos
companheiros da profissão, estiveram naturalmente
na origem dos Ritos de Iniciação.
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Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 20 – Outubro de 2007
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Conceitos de Biofísica
Ao tomar consciência do que o rodeia, o
homem comprovou a existência de corpos,
entre os quais o seu próprio. A consequência
imediata desta comprovação foi a concepção
de espaço; logo, a determinação da forma,
situação e movimento dos corpos; suas
semelhanças, diferenças ou identidade; suas
divisões, unidade e pluralidade; o seu número,
tamanho e peso; continuidade, movimentos e
equilíbrio; tempo ou duração; velocidade,
aceleração ou imobilidade aparente.
O homem aprende desde logo a distinguir a
existência de forças resultantes do movimento
dos corpos e pensa na possibilidade de as
utilizar para produzir trabalho e energia,
observando depois que estes podem ser
conservados para o seu oportuno aproveitamento;
aprende também a medir os corpos e a
classificar as suas características na forma de
equivalências numéricas e geométricas.
Uma observação mais detalhada ensina ao
homem que os corpos estão compostos de
matéria, divisível em partículas, também
susceptíveis de ser observadas com relação à
sua massa, densidade, qualidades e energias,
determinadas pelo seu movimento, e este, por
sua vez, pela quantidade, qualidade, características
e movimentos dos elementos de que se
compõe.
Ainda que se manifestem com diversa
intensidade, pelas causas referidas, demonstrou-se
a inseparabilidade dos três princípios: matéria,
movimento e energia. Todas as manifestações
da matéria – as suas formas, peso, qualidades,
energias e movimento, são susceptíveis de ser
medidas, e o seu estudo, como todos sabemos,
constitui a matéria das ciências físicas e
químicas. Os estudos modernos de física,
biomecânica e bioquímica, têm avançado
consideravelmente, permitindo a observação e
a utilização de energias de uma potência
assombrosa.
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Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 20 – Outubro de 2007
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Mitos Gregos ( 1)
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DEMÉTER E PERSÉRFONE
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Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 20 – Outubro de 2007
A Efemérides
Santíssima Céltico-Romanas
de Outubro
Trinosofia
Recolha do R∴Ir∴ Fr∴
(Autoria atribuída ao Incógnitus
Conde de Saint-Germain) (Fonte: “Lealdade Sacra”)
SECÇÃO X Outubro era consagrado a
Marte, Deus da Guerra. O
A alguma distância da margem, elevavam-se primeiro dia é o das calendas3
e do Tigillum Sororium4.
nos ares as colunas de alabastro de um
O Tigillum Sororium, e os
sumptuoso palácio. As suas diferentes partes altares circundantes, estavam
estavam unidas por pórticos cor de fogo. Todo o 1 localizados perto do Compitum
edifício era de uma arquitetura graciosa e aérea. Acili, no declive sudoeste da colina Oppia, ou,
Aproximei-me das portas. Estava representada segundo Dionísio de Halicarnasso, encaixado
uma bolboleta sobre o frontispício. As portas nas paredes no lado oposto da rua.
Segundo a história. para resolver o confronto
encontravam-se abertas... Entrei. Todo o
entre as cidades de Roma e de Alba Longa, foi
palácio consistia numa única sala... Esta sala estabelecido que a vitória seria decidida por
estava cercada por três filas de colunas. Cada um combate entre três guerreiros de Roma e
fila era composta por vinte e sete colunas de três guerreiros de Alba Longa. Por Roma,
alabastro. No centro do edifício estava a avançaram os três irmãos Horácios, enfrentando
figura de um homem. O homem saía de um os três irmãos albanos Curiácios. Dois dos irmãos
romanos morreram de imediato, mas o terceiro,
túmulo e a sua mão, apoiada sobre uma lança,
possuído por um furor marcial sem igual,
batia na pedra que antes o aprisionara. Os conseguiu, por meio de um estratagema bélico5,
seus rins estavam cingidos por um tecido liquidar dois de uma só vez, apanhando-os de
verde e o ouro brilhava na orla da sua surpresa), e abater depois o terceiro oponente.
vestimenta. Sobre o peito tinha uma tabuleta Depois da refrega, Horácio viu a sua irmã a
quadrada, onde distingui algumas letras. Por chorar a morte de um dos Curiácios, seu noivo.
Enraivecido, assassinou a sua irmã, e o povo,
cima da figura encontrava-se suspensa uma em lugar de o condenar à morte por esse crime,
coroa de ouro e a figura parecia elevar-se nos deixou que ele o expiasse. A propósito disto, Tito
ares para a apanhar. Por cima da coroa havia Lívio contou como o seu pai ergueu o tigillum e
uma lápide de pedra amarela, na qual estavam fez o seu filho passar por baixo, com a cabeça
gravados alguns emblemas. Decifrei os coberta. Dionísio de Halicarnasso afirmou que
antes de Horácio passar por baixo do jugo, o rei
emblemas com o auxílio das inscrições que
Túlio Hostílio ordenou aos Pontífices que
existiam sobre o túmulo e no peito do homem. erigissem dois altares no local, um deles dedicado
Fiquei nesta sala, a Juno Sororia e outro a Janus Curiatius, e que em
cada um deles oferecessem sacrifícios.
Neste dia faziam-se ofertas a Iuno Sororio, em
nome das raparigas que entravam na puberdade.
chamada Os três Flâmines Maiores6, Flamen Dialis7,
(Balsân, bálsamo ?),
o tempo necessário para contemplar todos os 3
As calendas de cada mês earm consagradas a Juno,
Deusa Celestial das Mulheres e do Casamento.
detalhes, e saí depois, atravessando uma vasta 4
A Trave das Irmãs, uma estrutura composta de duas
planície, com a intenção de chegar a uma torre vigas e uma trave.
5
que vi, localizada a uma grande distância. Simulando uma fuga e depois virando-se de repente.
6
Sacerdotes devotados a um Deus em particular.
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rei ergo macte hoc vino novo et veteri bem como um santuário no sopé do monte
pollucenda esto." 39 Janículo, junto ao «túmulo de Numa».
6. Lavar as mãos na água previamente Na festa da Fontinália, lançavam-se grinaldas às
preparada para a função (em 2) e limpar fontes e coroavam-se treze poços. Faziam-se
as mãos. Pegar no vinho. sacrifícios, festas, jogos, e bebia-se muito vinho,
Colocar uma parte para libação, dizendo: misturado com água das fontes.
"Si deus si dea es qui Meditrinaliae Acreditava-se que era importante ingerir água
tutelam habet, eius rei ergo macte vino mineral nesta data.
novo et veteri inferio esto. 40" É dia de endotercisus, ou
7. Profanar esta oferenda pelo acto de beber intercisus, isto é, um dia
entre festejos religiosos. Era
o resto do vinho, dizendo o seguinte,
antes de beber, como ensina Varrão: consagrado aos Penates44.
Diz Arnobius45:
"Novum vetus vinum bibo, novo veteri
«Venham, Deuses Penates,
morbo medeor. 41"
venham Apolo e Neptuno e
8. Finalizar.
O autor baseou o seu ritual no que Catão todos Vós Deuses, e pelos
disse, a respeito da oferenda feita a Jupiter 14 Vossos poderes possam Vocês
Dapalis42. misericordiosamente afastar esta doença que
O festival da Meditrinalia inicia o período violentamente retorce, queima e faz arder a nossa
festivo deste mês. Neste dia e nos dias cidade com febre.»
seguintes ocorriam jogos e festas. Na manhã deste dia ainda se celebra a festa do
12 de Outubro é o dia de dia anterior (Fontinália). Este dia é também
Fortuna Redux43. Trata-se um prelúdio para os Idos de Outubro, que se
de um aspecto da Deusa vão celebrar a 15.
Fortuna, como protectora É o Idos do mês, dedicado
das viagens, em especial no a Júpiter. O flâmine Dialis46,
que respeita ao regresso. sacrificava-Lhe uma ovelha
O altar a Fortuna Redux
12 foi erguido neste dia, em 19 a.c.
branca.
Segundo Prudentius, estes
ou 734 a.u.c.,e fizeram-se moedas alusivas. não eram os Idos de Júpiter,
Este é o dia da Fontinalia, 15 mas os Idos de Hércules.
com celebração em honra do Este dia é também do do Eqvvs October47,
Deus Fontus, Deidade das com o sacrifício do Cavalo de Guerra ao Deus
Fontes. Júpiter (segundo uns, e ao Deus Marte, segundo
Fontus é Filho de Janus e
13 de Juturna. Há também quem
outros).
A meio caminho, entre as celebrações da
refira que Fontus ou Fons é esposo de Iuturna, Meditrinália e do Armilustrium, realizavam-se
filha de Volturnus. festas nas ruas, e para essas festas era convidado
Era-Lhe consagrado um templo próximo da o público em geral, incluindo todos os pobres.
Porta Fontinalis, a norte do monte Capitólio, Havia jogos, música, dança, e muito vinho.
A celebração consistia numa corrida de cavalos
39
«Sejas Deus sejas Deusa, Tu que tens a tutela da que tinha lugar no Campo de Marte. O cavalo do
Meditrinalia, tal como é correcto oferecer-Te hoje uma lado direito do par vencedor era sacrificado a
libação com vinho novo e antigo, em nome disto serás Marte pelo Flâmine Marcial48, no altar de
honrado por esta oferenda de vinho novo e antigo.».
40 Marte, localizado no respectivo campo. O equídeo
«Sejas Deus ou sejas Deusa, Tu que tens a tutela da
Meditrinalia, em nome disto serás Tu honrado por este
sacrificado, um cavalo de guerra, era morto com
vinho novo e antigo, o qual eu coloco em libação.» uma lança, a arma de Marte por excelência. A
41
«Bebo vinho novo e antigo, de doença nova e antiga
44
estou eu curado». Espíritos dos bens do lar.
45
42
Texto que se pode ler em: Adv. 3.43.
46
http://www.novaroma.org/religio_romana/cato_jupiter. Sacerdote de Júpiter.
47
html Cavalo de Outubro.
43 48
Fortuna Que Faz Voltar. O sacerdote de Marte.
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Athanor – Boletim Esotérico Mensal – Edição n.º 20 – Outubro de 2007
cabeça do cavalo era depois cortada e decorada sacrificou os ditos soldados no Campo de Marte,
com bolos. cravando em seguida as suas cabeças na Regia.
A seguir, os habitantes da Via Sacra49 lutavam Este dia era também consagrado ao Ludi
com os de Suburra50, pela posse da referida Capitolini55, que, após terem caído em desuso,
cabeça. O lado vencedor iria depois pregá-la foram recuperados por Domiciano em 86 d.c.
na Turris Mamilia. A partir daí, foram organizados à semelhança
O sangue da cauda do equídeo, ou dos genitais, dos Jogos Olímpicos gregos, sendo então realizados
podia ser vertido sobre o santuário. As Vestais de quatro em quatro anos. Incluiam actividades
conservariam algum sangue do cavalo sacrificado, atléticas, corridas de bigas, competições de
para posterior uso nas Parilia, a 21 de Abril. oratória, música e teatro. O próprio imperador
O ritual original teria um significado militar financiava as viagens dos competidores de
particularmente arcaico, com correspondencia toda a parte do império e atribuía os prémios.
noutras culturas indo-europeias. Teria este ritual Estes jogos não apareciam no calendário,
a função de purificar o exército da sua campanha porque não eram de carácter público, sendo
de Verão, e estaria ligado ao Armilustrium de 19 organizados pelos Capitolini, colégio cujos
de Outubro. membros eram recrutados de entre os
O sacrifício de cavalos de guerra parece ser um patrícios (aristocratas) residentes na colina
elemento de raiz indo-europeia muito importante: do Capitólio e na cidadela (ponto mais alto e
Estrabão51 assinala o sacrifício de cavalos ao fortificado da cidade de Roma).
Deus lusitano da guerra52, e também existia A origem deste grupo é tão incerta como arcaica,
este sacrifício entre os Celtas, e na India. já que se atribui a sua fundação a Rómulo ou a
Outros dirão que o ritual relacionava com a Camilo, em celebração da defesa bem sucedida
fertilidade, tornando-se assim no último de do Capitólio contra a invasão gaulesa56 ou da
uma série de festivais de colheita, no contexto do conquista da cidade etrusca de Veios, por
qual o cavalo representaria o espírito dos cereais. parte das tropas romanas57. Durante esta
Esta interpretação, de índole agrícola, é suportada festividade, proclamava-se que «Sardi venales»58,
por uma das afirmações feitas por Festus: «id e um velho, vestindo uma roupa de criança,
sacrificium fiabat ob frgum eventum» 53. era objecto de chacota.
De um modo ou de outro, o certo é que, na época Plutarco identificou este homem como símbolo
mais tardia da República (primeiros séculos a. do rei derrotado de Veios, o qual foi vendido
C.) o cavalo era tido como purificador das em leilão, juntamente com outros prisioneiros.
forças militares54. Segundo este autor, os Sárdios eram os Etruscos
A tradição da luta das duas facções (na Via Sacra, de Veios, originários de Sardis, na Lídia59. No
contra Suburra), ter-se-á perdido no primeiro entanto, também é possível que estes Sárdios
século antes de C., mas o resto do ritual foi fossem os Sardos, naturais da Sardenha, apesar
entretanto preservado. É curioso notar que desta região só ter sido dominada por Roma
esta celebração poderá ter influenciado Júlio em 238 a.e.C.60 ou 515 A.U.C.61, e o surgimento
César, quando entregou aos pontífices dois dos Jogos Capitolinos datar de época anterior.
soldados amotinados, e o Flâmine Marcial Apesar da expressão «Sardi venales» ter ficado
muito conhecida, a sua origem nunca foi bem
49
explicada.
Uma parte de Roma, monte Esquilino. Se, como alguns pensam, esta celebração for
50
Outra parte de Roma, monte Palatino.
51
Na obra «Geografia» III.
de origem pré-republicana62, a consagração
52
Ao qual Estrabão chama «Ares», num processo de 55
identificação tipicamente greco-romano, isto é, os Jogos Capitolinos, que duravam dezasseis dias.
56
Helenos e os Latinos, quando queriam perceber os Segundo Tito Lívio.
57
Deuses dos outros povos, associavam-nos, em Segundo Plutarco e Festus.
58
pensamento, a Deuses Helenos e Latinos, como quem «os Sárdios estavam à venda».
59
diz «este Deus deles é o equivalente ao nosso Ares. Ficava na Ásia Menor, hoje, Turquia.
60
53
«O sacrifício foi feito para o sucesso das colheitas». 238 antes da época cristã.
61
54
Um certo autor, Timaeus, associava este ritual com o 515 Ab urbe Condita, isto é, Desde a Fundação da
cavalo de Tróia, o que, não obstante poder parecer a Cidade.
62
alguns absurdo, até pode ter qualquer antigo fundo de Isto é, se datar da época da Monarquia, que foi de 753
verdade, pois que se trata, também no caso do equídeo a.e.c. (data da fundação da cidade), até 510 a.e.c. (data
troiano, de um cavalo de guerra. do fim da Monarquia), com a deposição do rei etrusco
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