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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................5
1.1 Problema de estudo...........................................................................................................6
1.2 Justificativa........................................................................................................................6
1.3.Objectivos....................................................................................................................................7
1.3.1.Geral:..............................................................................................................................7
1.3.2.Específicos:....................................................................................................................7
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................................8
2.1 Definições de termos e conceitos......................................................................................8
2.2 Epidemiologia da Hemorragia pós-parto..........................................................................8
2.3. Etiologia da hemorragia pós-parto...................................................................................9
2.4 Fisiopatologia..................................................................................................................10
2.5 Diagnóstico......................................................................................................................11
2.6 Causas da hemorragia pós-parto.....................................................................................11
2.7 Quadro clínico.................................................................................................................11
2.8 Fatores de risco................................................................................................................12
2.9 Prevenção da hemorragia pós-parto................................................................................12
2.10 Tratamento da hemorragia pós-parto............................................................................13
2.11 Cuidados de enfermagem aos pacientes com HPP........................................................15
3. METODOLOGIA.......................................................................................................................16
3.1. Tipo de Estudo...............................................................................................................16
3.2. Local de estudo...............................................................................................................16
3.3. População de Estudo......................................................................................................16
3.3.1.Amostra........................................................................................................................16
3.4. Critérios de Inclusão.......................................................................................................16
3.5. Critérios de Exclusão.....................................................................................................16
3.6. Procedimentos de recolha de dados...............................................................................16
3.7. Processamento de dados.................................................................................................16
3.8. Procedimentos Éticos.....................................................................................................17
3.9. Variáveis de Estudo........................................................................................................17
3.9.1.Variável sócio demográfica..........................................................................................17
3.9.2.Variável em Estudo......................................................................................................17
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................18
5
Apêndice.............................................................................................................................................19
Anexo..................................................................................................................................................26

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1.INTRODUÇÃO

A hemorragia pós-parto constitui a complicação obstétrica com maior


morbimortalidade materna em todo o mundo. É um problema de saúde importante e pode
ser causada por atonia uterina, retenção de tecido placentário, trauma ou distúrbios de
coagulação.
Cuidar em enfermagem, consiste em envidar esforços transpessoais de um ser
humano para outro, visando proteger, promover e preservar a humanidade, ajudando
pessoas a encontrar significados na doença, sofrimento e dor, bem como, na existência.
(ANDRAD; 2015 p.70)
Sendo a hemorragia pós-parto uma das principais intercorrências obstétrica que
mais causa morte materna no mundo, cuja apresentação quase sempre é dramática pelo
sangramento vaginal abundante e manifestações de choque hipovolêmico, o enfermeiro
obstetra é fundamental nos cuidados de enfermagem dentro da obstetrícia, cabe a ele,
prestar assistência adequada, a fim de intervir para a prevenção e recuperação dessa
complicação obstétrica (ANDRAD; 2015 p.70)
Um adequado manejo da HPP é fundamental para reduzir a mortalidade materna e
melhorar a saúde da mulher.(OMS; 2015; p.67) Por esta razão, achamos pertinente
abordagem do tema, a termo que haja contribuição na redução do índice de HHP, visto que
este é um que problema com maior pendor para saúde da mulher, apresentando um dos
sinais ou sintomas de hipovolemia.

A hemorragia pós-parto é uma das principais causas de mortalidade e morbidade


materna no mundo. Em Angola ela ocupa a segunda causa de morte materna, perdendo
apenas para os distúrbios hipertensivos.
Para Osanan (2018; p.56) No mundo, ocorrem cerca de 14 milhões de casos de
hemorragia pós-parto todos os anos. Desse grupo, 140 mil mulheres morrem por causa da
hemorragia obstétrica, o que representa uma morte a cada 4 minutos. Dessa forma, todo
profissional de saúde, que trabalha com obstetrícia, terá contato, em algum momento da
sua vida profissional, com casos de hemorragia pós-parto. Daí a necessidade de estarem
preparados para abordar tal quadro.

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A maioria dos casos de morte materna por hemorragia pós-parto é evitável.
Acredita-se que muitas dessas mortes poderiam ser evitadas, através da implantação de
medidas de complexidade variável, propostas desde o pré-natal até o período puerperal.

1.1 Problema de Estudo

A hemorragia pós-parto (HPP) é uma das principais causas de morte materna no


mundo. É considerada como a perda sanguínea superior a 500 ml após partos por via
vaginal e 1000 ml em cesarianas, acompanhada de sinais e sintomas de hipovolemia dentro
de 24 horas após o parto ou qualquer perda sanguínea capaz de causar instabilidade. Sendo
considerável a HHP como a principal causa de mortalidade materna, os profissionais de
enfermagem têm uma enorme responsabilidade no que concerne a orientação,
acompanhamento ou cuidados prestados aos pacientes com hemorragia pós-parto. Tendo
em conta estes aspetos surgiu-nos a seguinte pergunta de partida:

Quais são os cuidados de enfermagem prestados em pacientes com hemorragia


pós – parto, atendidos na secção de maternidade do hospital municipal do zango, no
período de janeiro á junho de 2024?

1.2 Justificativa

Devido ao grande número de casos de morte materna detectados nos últimos anos
provenientes da hemorragia pós-parto despertou-se o interesse pelo tema deste trabalho,
pois é de suma importância que a equipe de enfermagem esteja apta tanto para a promoção,
prevenção quanto para a terapêutica de pacientes com hemorragia pós-parto, Este trabalho
é relevante por especificar as atribuições da enfermagem com relação aos cuidados com a
hemorragia pós-parto. Na tentativa de sanar dúvidas pertinentes aos cuidados pré e pós-
parto a partir do trabalho desenvolvido pelos profissionais de enfermagem, auxiliando
assim os atuais e futuros enfermeiros na prevenção e na qualidade do cuidado às pacientes
acometidas pela enfermidade. E Pretendemos no final deste estudo ajudar na informação
dos factores de risco da hemorragia pós-parto as mulheres grávidas criando mecanismo tais
como palestras na comunidades, Centros de Saúde, Hospitais entre outros locais,
abordando sobre a importância da realização e cumprimento das consultas pré-natais.

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1.3. Objectivos de Estudo

1.3.1. Geral:

Conhecer os cuidados de enfermagem prestados em pacientes com hemorragia pós


– parto, atendidos na secção de maternidade do hospital municipal do zango, no período de
janeiro á junho de 2024.

1.3.2. Específicos:

1. Caracterizar amostra de acordo os dados sociodemográficos (Sexo, idade,


categoria Profissional e tempo de serviço).

2. Descrever a percepção dos profissionais de enfermagem sobre:

a) Causas de hemorragia pós parto


b) Sinais e sintomas da hemorragia pós-parto
c) Formas de prevenção de HPP

3. Identificar o tratamento e conduta de enfermagem em pacientes com HPP

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Definições de Termos e Conceitos.

Cuidados de enfermagem: é um conjunto de ações realizadas pelos profissionais


de enfermagem para promover, manter ou restaurar a saúde dos pacientes. (AGUIAR;
2012 p.20)
Pacientes: É aquele que espera, ou é todo individuo que precisa de cuidados devido
a um estado patológico ou não.(ASIELO; 2014; p.12).
Parto: é o momento de nascimento da criança, ou seja, o fim de uma gravidez.
(SANTOS; 2022; p56)
Hemorragia: é caracterizada por uma perda de sangue em virtude de um
rompimento dos vasos sanguíneos. Podendo ser classificada como interna e externa.
(SANTOS; 2022; p.57)
Ou ainda é a perda de sangue através de um corte ou ferida traumática.

Hemorragia pós-parto (HPP) ou hemorragia puerperal: é uma patologia que se


caracteriza como uma emergência obstétrica e é hoje uma das principais causas de
mortalidade no mundo e a segunda maior causa no Brasil. As principais formas de
definição da HPP são:
 Perda sanguínea acumulativa ≥ 500mL nos partos por via vaginal ou ≥ 1000mL por
via cesárea; ou
 Qualquer perda sanguínea acumulativa ≥ 1000mL nas 24 horas após o parto; ou
 Qualquer perda sanguínea capaz de causar instabilidade hemodinâmica.
Ela pode ser classificada como hemorragia pós-parto primária (precoce), quando
ocorre nas 24 horas após o parto, ou secundária (tardia), quando ocorre entre 24 horas e 6 a
12 semanas pós parto.

2.2 Epidemiologia da Hemorragia pós-parto

A hemorragia pós parto constitui como uma das principais causas de morte materna
no mundo atualmente, sendo responsável por cerca de 25% dos óbitos. (OMS, 2015)

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Apesar da redução importante de tal prevalência nas últimas décadas, observa-se
que a ocorrência de mortes em países subdesenvolvidos possui números mais
significativos, pois a mortalidade materna nestes casos está diretamente relacionada a
dificuldade de acesso aos serviços de saúde e baixa qualidade de tais serviços.
Além disso, o risco de óbito materno depende não somente da quantidade de sangue
perdida, mas também do estado prévio de saúde da mulher.
Apesar de redução da incidência e prevalência nas últimas décadas, a HPP ainda é a
segunda causa de mortes maternas no Brasil, ficando atrás apenas das mortes causadas por
doenças hipertensivas.
A incidência de tal doença varia mundialmente e está diretamente relacionada ao
método de diagnóstico utilizado, já que estudos retrospetivos realizados em lugares que
utilizam do método quantitativo de perda sanguínea parecem demonstrar maiores índices
de incidência (cerca de 10 %) do que aqueles que utilizam os métodos qualitativos (de 1 a
5%), pois este último método utiliza parâmetros subjetivos. (SANAR; 2020; p.12)

2.3. Etiologia da hemorragia pós-parto

Segundo Santos (2022; p.56) As principais causas de HPP são a atonia uterina,
lacerações do canal de parto e retenção de fragmentos placentários em cavidade uterina.
Estas causas estão presente em um grupo maior de etiologias que podem ser lembradas
pelo mnemônico dos 4T’s: tônus, tecido, trauma e trombina.
 Tônus: Atonia Uterina (70%)
 Trauma: Lacerações, hematomas, inversão e rotura uterina (19%)
 Tecido: Retenção de tecido placentário, coágulos, acretismo placentário (10%)
 Trombina: Coagulopatias congênitas ou adquiridas, uso de medicamentos
anticoagulantes (1%).

Tônus
A atonia uterina é a principal causa da hemorragia pós-parto, que resulta da
impossibilidade de o útero contrair de forma eficaz a fim de impedir sangramentos
originados dos vasos localizados no sítio de implantação da placenta. É o responsável por
cerca de 70 a 80% de todos os casos.
Os principais fatores de risco para a atonia uterina são:

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 Hiperdistensão uterina (macrossomia fetal, gestação múltipla,
poliadramnia);
 Indução do trabalho de parto (uso de tocolíticos);
 Anestesia ou analgesia (uso de halogenados);
 Trabalho de parto rápido ou prolongado;
 Corioamnionite;
 Atonia uterina pregressa

Trauma

O nascimento do bebê pode estar associado a algum traumatismo do canal de parto,


inclusive útero, colo, vagina e períneo, que esta relacionado com cerca de 15 a 20% dos
casos de HPP. As lacerações e hematomas decorrentes de tal processo se configuram como
potenciais causadores de importante perda sanguínea (ARGEL et al., 208, p.25).
A episiotomia também pode aumentar o sangramento e deve ser evitada de rotina.
Além disso, eventos menos comuns como a ruptura uterina e inversão uterina também
podem levar a perdas sanguíneas importantes.
Os principais fatores de risco para a perda sanguínea por trauma são:

 Episiotomia e lacerações;
 Parto a fórceps ou a vácuo;
 Cesariana ou histerectomia;
 Feto macrossômico;
 Ruptura uterina;
 Inversão uterina;
 Manobra de Kristeller;
 Multiparidade.

2.4 Fisiopatologia
Durante a gestação são observadas alterações fisiológicas no organismo das
mulheres, entre elas o aumento de 40% no volume plasmático e de 25% no número de
glóbulos vermelhos, em antecipação à perda sanguínea, que varia, em níveis fisiológicos,
entre 400mL a 600mL nos partos vaginais e 1.000 mL nos partos cesáreos.
Em casos mais graves, o sangramento vaginal pode provocar o que classificamos de
hemorragia pós-parto maciça, que ocorre quando há perda sanguínea acumulativa que:
 Seja ≥ 2000mL nas primeiras 24 horas pós parto; ou
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 Necessite de transfusão ≥ 1200mL (4U) de concentrado de hemácias; ou
 Resulte uma queda ≥ 4mg/dL nos níveis da hemoglobina; ou
 Provoque algum distúrbio da coagulação.

O útero em plena gestação recebe 600 ml de sangue por minuto, colocando a


mulher em risco de perdas massivas de sangue em curto espaço de tempo. Durante a HPP,
ocorre contração importante do miómetro, o que comprime os vasos sanguíneos no leito
placentário e provoca hemostasia mecânica. Fatores hemostáticos como o fator tecidual e o
inibidor do plasminogênio ativado são liberados localmente, ajudando a hemostasia.

2.5 Diagnóstico

Em uma situação emergencial, o diagnóstico geralmente ocorre por meio da


estimativa de perda de volume sanguíneo e das respostas hemodinâmicas, como
hipotensão, taquicardia e oligúria. Em casos normais, o diagnóstico da HPP é efeito através
do reconhecimento de um sangramento maior do que o esperado (≥500ml) ao exame físico
da paciente.
Ao exame físico, podem ser observados sinais e sintomas como: palidez, tontura,
confusão, aumento da frequência cardíaca, hipotensão, saturação de oxigênio <95% em ar
ambiente, entre outros sinais e sintomas de hipovolemia.

2.6 Quadro clínico

Os achados clínicos são relacionados à presença de hemorragia e às suas


consequências, como hipovolemia. É importante lembrar que a perda de sangue é
frequentemente subestimada, e a HPP pode ser detetada primeiro por alterações
hemodinâmicas. Uma vez que o paciente mostra sinais de comprometimento
hemodinâmico, pode ter sido perdido mais de 1.500 ml de sangue.
O papel da hipotensão permissiva na gestante é incerto, porque há preocupação de
que isso possa comprometer o bem-estar fetal e a contratilidade uterina no período pós-
parto.

2.8 Fatores de risco

 História pregressa de HPP


 Distensão uterina (gemelar, polidramnio, macrossomia)
 Distúrbios de coagulação congênitos ou adquiridos
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 Uso de anticoagulantes
 Cesariana prévia com placenta anterior (risco acretismo)
 Placentação anormal confirmada (prévia ou acretismo)
 Grande multípara (≥ 4 partos vaginais ou ≥ 3 cesarianas)
 Elevação dos níveis pressóricos na gestação (Pré-eclâmpsia, hipertensão
gestacional, hipertensa crônica)
 Anemia na gestação
 Primeiro filho após os 40 anos

2.7 Prevenção da hemorragia pós-parto

Não são estabelecidas condutas específicas prévias à terceira fase do parto (definida
pelo nascimento até a dequitação), a fim de prevenir a HPP. Sugere-se que pacientes
submetidas à cesariana prévia tenham o sítio de implantação da placenta definido por
ecografia durante a gestação. Entretanto, não existem evidências que suportem a
embolização profilática das artérias pélvicas em pacientes com placenta acreta/percreta
para prevenção de HPP. A conduta ativa na terceira fase do parto reduz o risco de HPP
causada por atonia uterina e deve ser oferecida a todas as pacientes.
A conduta ativa na terceira fase do parto inclui:

a) Administração de agentes uterotómicos

A droga mais recomendada como primeira linha para prevenção da HPP é a


ocitocina, que pode ser administrada por via intravenosa (10-40UI em 1000ml de solução)
ou por via intramuscular (10UI). Em parto cesáreo, recomenda-se a mesma dose. Caso a
via de administração escolhida seja intravenosa, a velocidade de infusão deve,
preferencialmente, ser lenta.
O benefício da ocitocina na prevenção de HPP foi observado mesmo sem as demais
medidas que compõem a conduta ativa na terceira fase do parto. Caso não haja ocitocina
disponível, existem outros agentes uterotómicos que podem ser utilizadas: a ergometria
(0,5 mg), misoprostol (600μg via sublingual ou retal) e outras prostaglandinas.
Os derivados de ergometria são contraindicados em pacientes hipertensas, com pré-
eclâmpsia ou eclâmpsia e possuem efeitos adversos como náuseas, vômitos e elevação da
pressão arterial. O misoprostol não é tão efetivo quanto a ocitocina, mas mostrou-se eficaz

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em prevenir HPP quando o local de nascimento não é um hospital, onde a ocitocina não é
disponível.

b) Manejo do cordão

Recomenda-se o clampeamento do cordão entre 1 e 3 minutos após o nascimento e


tração controlada do cordão independente da via de parto. Recomenda-se avaliação seriada
do tônus uterino para identificação precoce de atonia uterina. A massagem uterina
sustentada em pacientes que receberam ocitocina profilática não é recomendada e não
existem evidências suficientes que suportem esta medida quando outro ou nenhum
uterotómico é utilizado na prevenção da HPP.

2.8 Tratamento da hemorragia pós-parto

O tratamento da HPP envolve 4 componentes que devem ser realizados


simultaneamente: comunicação, ressuscitação, monitorização e investigação, controle do
sangramento

 Medidas iniciais e manejo conservador:

Após comunicar a equipe, medidas de ressuscitação volêmica devem ser iniciadas e


a paciente monitorizada e investigada: HPP menor (500-1000ml e sem sinais de choque):
deve-se obter um acesso venoso periférico (cânula de 14 mm) e iniciar infusão de até 2L de
solução cristalóide (SF 0,9% ou Ringer Lactato).
Solicitar tipagem sanguínea e hematimetria, screening de coagulação e monitorizar
o pulso e pressão arterial a cada 15 minutos.6 HPP maior (> 1000ml ou sangramento
contínuo ou sinais de choque): as medidas de ressuscitação devem ser iniciadas utilizando
o “ABC”. Inicia-se pela avaliação da via aérea (“A”) e respiração (“B”): independente da
saturação de oxigênio materna, administrar alta concentração de oxigênio (10-15
litros/minuto) via máscara facial. Na avaliação da circulação (“C”), obter dois acessos
venosos periféricos (cânula de 14 mm), manter a paciente aquecida, infundir até 3,5 litros
de solução cristaloide aquecida (SF 0,9% ou Ringer Lactato) e/ou 1 a 2 litros de coloide
(albumina, dextrana, gelatinas, amido hidroxietílico) o mais rápido possível.

 Medidas transitórias entre tratamento conservador e tratamento invasivo

Compressão uterina bimanual, compressão aórtica externa, uso de roupas não


pneumáticas anti-choque são medidas recomendadas, de modo transitório, até que um
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cuidado apropriado possa ser realizado. O tamponamento uterino com gases não é
recomendado.

 Manejo cirúrgico

Nos casos em que a paciente não responda ao manejo conservador está


indicada a laparotomia exploradora. Existem algumas opções de manejo cirúrgico
propostas para controle do sangramento que variam em complexidade e podem ser
necessárias de acordo com o grau de responsividade da paciente ao tratamento.
As principais medidas são: ligadura bilateral das artérias uterinas, ligadura bilateral
das artérias ilíacas internas (artérias hipogástricas), embolização arterial seletiva (se
disponível), suturas uterinas hemostáticas (sutura uterina B-Lynch e outras), histerectomia
subtotal e histerectomia total. A histerectomia subtotal ou total é considerada o
procedimento de última linha na abordagem da HPP, porém deve ser realizada “antes tarde
do que nunca”

2.9 Cuidados de enfermagem aos pacientes com HPP

Segundo a Organização Mundial da Saúde (2005), os princípios para atenção a HPP


são: rapidez, competências e prioridades, sendo que suas prioridades são definidas como:

 Chamar ajuda, para conter a hemorragia.


 Avaliar rapidamente o estado geral da puérpera.
 Encontrar a causa da hemorragia.
 Cessar a hemorragia.
 Estabilizar e reanimar a mulher.
 Prevenir anemias futuras.

Devemos manter a mulher confortável e segura, com os seguintes cuidados de


enfermagem:

 Verificar a involução uterina; por meio de um forro,


 Observar a quantidade do sangramento após 30 minutos;
 Verificar os sinais vitais;
 Observar o nível de consciência, a coloração de pele;

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 Hidratar a mulher;
 Monitorar a transfusão sanguínea, quando necessário;
 Avaliar o débito urinário;
 Realizar ações para o controle da dor;
 Programação do parto;
 Revisão sistemática da saída da placenta e anexos;
 Incentivo ao aleitamento materno exclusivo;
 Realização de exame físico diário pelo enfermeiro;
 Manter as anotações atualizadas;
 Verificar a presença de hemoglobinemia e orientar quanto ao uso de ferro
(souza, 2022).

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3. METODOLOGIA

3.1. Tipo de Estudo

Trataremos de um estudo observacional, descritivo e transversal com abordagem


quanti-qualitativa.

3.2 Local de estudo

Será realizado na Província de Luanda, Município de Viana, no Hospital do zango,


na seção de maternidade.

3.3 População de Estudo

Será constituída pelos profissionais de enfermagem da secção de maternidade do


referido hospital.

3.4 Amostra

Trataremos de uma amostra não probabilística de 20 profissionais de enfermagem


selecionado de uma forma intencional

3.5 Critérios de Inclusão

Serão incluídos os profissionais de enfermagem que estiverem presente e se


disponibilizarem em participar no nosso estudo.

3.6 Critérios de Exclusão

Serão excluídos todos aqueles que não possuírem característica eficiente em


participar no nosso Inquérito.

3.7 Procedimentos de recolha de dados

Os dados serão recolhidos por meio de uma ficha de inquérito elaborado com
perguntas abertas e fechadas.

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3.8 Processamento de dados

Os dados serão processados no programa Microsoft Word para a elaboração do


texto, Microsoft Excel para a elaboração das tabelas e Microsoft PowerPoint para
apresentação dos resultados em tabelas.

3.9 Procedimentos Éticos

Antes da realização da pesquisa de campo, a Direcção do Instituto Técnico Privado


de Saúde Ana Estrela elaborará uma carta que será endereçada a Direcção do Hospital do
Zango, no sentido de autorizar a recolha de dados. Tratando-se de um estudo que envolverá
o componente humano, estará garantindo o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
onde cabe o indivíduo aceita ou não fazer parte da pesquisa, preservando a sua identidade.

3.10 Variáveis de Estudo

3.10.1 Variável sócio demográfica

 (Sexo, Idade, Tempo de serviço e categoria Profissional).

3.10.2 Variável em Estudo

a) Causas de hemorragia pós parto


b) Sinais e sintomas da hemorragia pós-parto
c) Formas de prevenção de HPP

3. Identificar o tratamento e conduta de enfermagem em pacientes com HPP

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BIBLIOGRAFIA

Aguiar. (2012). o cuidar em enfermagem.


Andrad, W. (2015). Assistência de Enfermagem na Hemorragia Pós Parto. Em U. d.
Mindelo, Complicações pós parto.
MINSA. (2018). estrategias zero morte materna por hemorragia pós parto. Em O. P.-A.
Saúde.
OMS. (2015). Hemorragia pós parto.
Osanan, D. G. (2018). Atenção à Mulher.
Sanar. (2020). obstetrícia.
Santos, V. d. (2022). santos, vanessa Sardinha,Brasil escola ( oque é hemorragia) .
Santos, V. S. (2022). Embriologia e reprodução humana, parto.
Sielo. (2014). Enfermagem é a arte do cuidar.
SOUZA, G. d. (2022). cuidados de enfermagem na hemorragia pós-parto: uma revisão
integrativa da literatura. Em eliane, hemorragia pós parto (pp. 15,14,20).

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Apêndice

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Cronograma para trabalho de Conclusão do Curso sobre o inquérito: Cuidados de
enfermagem prestados em pacientes com hemorragia pós – parto, atendidos na secção da
Maternidade do Hospital Municipal do Zango, no período de Março de 2024.

ACTIVIDADES Meses
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Revisão
Bibliográfica

Montagem de
Projecto
Análise do
Material

Elaboração do
relatório final

Coleta de dados
Análise e
processamento de
dados coletados
Defesa

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Apêndice 2- Orçamento

REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO E SAÚDE
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE SAÚDE DE LUANDA
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE ANA ESTRELA
ORÇAMENTO
Obs: O pesquisador é o responsável pelas despesas necessárias para a elaboração do
projeto.

VALOR VALOR TOTAL


RECURSOS QUANTIDADE UNITÁRIO EM EM KWANZAS
KWANZAS
1. R. HUMANOS
Técnico de
informática 39 páginas 300 11.700
Revisor de
português 39 páginas 50 1.950
SUBTOTAL 13.650
2. R. MATERIAIS
Resma de papel A4 01 unidade 3.000 3.000
Esferográficas 05 unidades 100 500
Borracha 01 unidade 50 50
Pen-drive 03 unidade 2.500 7.500
Bloco de anotações 10 unidade 500 5000
SUBTOTAL 16.050
3. R. FINANCEIROS
Encadernação 3 500 1.500
Alimentação 10 1.500 15.000
21
Transporte 10 300 3.000
SUBTOTAL 19.500
TOTAL 49.200 Kz

Apendice 3- Termo de Consentimento

Apêndice 4- Ficha de Inquérito

REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO E SAÚDE
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE SAÚDE DE LUANDA
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE ANA ESTRELA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO MÉDIO TÉCNICO DE FARMÁCIA

FICHA DE INQUÉRITO

Título: cuidados de enfermagem prestados em pacientes com hemorragia pós – parto,


atendidos na secção de maternidade do hospital municipal do zango, no período de
janeiro á junho de 2024.
O presente inquérito é anônimo e confidencial, visa recolher informações sobre os
cuidados de enfermagem prestados em pacientes com hemorragia pós – parto,
atendidos na secção de maternidade do hospital municipal do zango, no período de
janeiro á junho de 2024. Agradecemos que responda as questões com sinceridade.

Iº Dados Sociodemográficos
1. Idade____
2. Sexo:
a) Masculino ( )
b) Feminino ( )
22
3. Tempo de serviço
a) 1-5 anos de serviço ( )
b) 5-10 anos de serviço ( )
c) 10-15 anos de serviço ( )
4. Categoria Profissional
a) Técnico Médio de enfermagem ( )
b) Técnico Superior de enfermagem ( )

IIº Variáveis de Estudo


1. Em que momento deve se fazer a mensuração dos sinais vitais de pacientes com
Hemorragia pós-parto?
a) Sempre que necessário ( )
b) Antes e Depois de Administrar medicamentos ( )
c) Sempre que houver alterações dos sinais vitais ( )
d) Somente após a administração de medicamentos ( )
e) Outro ( )
2. Quais são os fármacos administrado a pacientes para o tratamento e prevenção da
Hemorragia pós-parto?

a) Ocitocina, ácido tranexâmico e Misoprostol ( )


b) Ibuprofeno, diclofenaco e nimesulida ( )
c) Simplesmente ácido fólico ( )
d) Nenhuma das afirmações ( )
e) Outro ( )

3. Qual é o tipo de dieta que deve ser recomendada a paciente com hemorragia pós-
parto?
a) Uma dieta Liquida e rica em ferros ( )
b) Apenas Dieta Solida ( )
c) Qual quer comida desde que tenha vitaminas e minerais ( )
d) Nenhuma das afirmações ( )
4. Oque deve ser feito para prevenir as lesões no útero das possíveis hemorragias pós-
parto?

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R_______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_____________//
5. Tens dado educação ao paciente sobre as formas de prevenção da hemorragia pós
parto?
a) Sim ( )
b) Não ( )
c) Depende do Paciente ( )
d) Algumas Vezes ( )
6. Tens feito a anotação de enfermagem após a realização dos procedimentos em
pacientes com Hemorragia pós parto?
a) Sim ( )
b) Não ( )
c) Algumas vezes ( ).

Luanda aos, ______ de __________ de 2024.

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Anexo

REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO E SAÚDE
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE SAÚDE DE LUANDA
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE ANA ESTRELA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O grupo de estudantes finalista do curso Médio Técnico de Enfermagem, do


Instituto Técnico Privado de Saúde Ana Estrela (ITPSAE), está a realizar um trabalho de
fim do curso, que tem como título: cuidados de enfermagem prestados em pacientes
com hemorragia pós – parto, atendidos na secção de Maternidade do Hospital
Municipal do Zango, no período de Março de 2024.
A participação no estudo é voluntária e não terá nenhum custo ou risco para a sua
pessoa; a sua identidade será mantida no anonimato.

Declaramos que após ter recebido e entendido os esclarecimentos, aceito


participar no estudo.

Luanda, aos______de_____de 20______.

Assinatura do (a) entrevistado (a) assinaturas dos (as) pesquisadores


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