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Dinâmica Aula3-4
Dinâmica Aula3-4
O Cade tem como propósito, entre outros, avaliar e aplicar sanções, quando necessário, tendo em
vista a defesa da concorrência e as práticas ilegais de comércio. O órgão brasileiro segue diretrizes
internacionais, como as de origem da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico –, mas também faz cumprir legislações nacionais, como a Lei de Defesa da Concorrência –
LDC no 12.529 de 2011, que tem por objetivo defender o mercado econômico nacional contra
condutas anticompetitivas.
Vamos reviver alguns casos emblemáticos e decisões milionárias do CADE, além do caso, ainda em
discussão, das empresas de tecnologia.
Agora, vocês serão divididos em dois grandes grupos: um de defesa e outro de acusação. Em
seguida, por meio de sorteio, teremos três alunos para atuarem como juízes. O professor assumirá o
papel de mediador da sessão.
Cada grupo deverá escolher cinco advogados (um para cada caso disponível), de acusação ou de
defesa, dependendo do grupo.
O grupo de acusação deverá reforçar os argumentos já existentes nas decisões e encontrar novos
argumentos que as sustentem.
Já o grupo de defesa deverá encontrar argumentos que possam livrar as empresas do processo, ou
argumentos e recursos que amenizam as multas impostas pela acusação.
Os grupos podem, ainda, se subdividir em cinco grupos menores para discussão de cada caso.
1. Ambev
Multa de R$ 352,6 milhões que correspondeu a 2% do faturamento bruto da empresa em 2003, ano
anterior à instauração do processo. A punição foi em relação ao programa “To Contigo” em que as
empresas deveriam comprar, exclusivamente, cerveja da Ambev ou, no mínimo, 90% do total para
obterem descontos. Para o Cade, essa prática restringia o acesso de concorrentes aos pontos de
venda, como bares e restaurantes.
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4. Cartel do metrô
O cartel do metrô foi um dos principais casos investigados na história do Cade e alcançou também
uma das maiores punições já estabelecidas pelo órgão. A maior multa aplicada foi para a CAF Brasil,
de R$ 167 milhões, seguida pela Alstom, de R$128,6 milhões, e Bombardier, de R$ 22,9 milhões. As
três empresas formavam o “núcleo duro” do cartel.
O Cade entendeu que as empresas montaram um esquema para fraudar licitações para fornecimento
de trens e material rodante, manutenção de equipamentos e sistemas auxiliares e obras de
construção civil, que atingiu 26 certames, principalmente em São Paulo. A conclusão do julgamento
em 2020 ocorre sete anos depois da instalação do processo e mais de um ano depois do julgamento
que, em julho do ano passado, condenou 11 empresas e 42 pessoas físicas pessoas físicas ao
pagamento de multas de R$ 535,11 milhões, montante que cairá para cerca de R$ 445 milhões com o
acolhimento dos recursos.
O Julgamento
Cada parte terá cinco minutos para apresentar os seus argumentos, havendo tempo de réplica e
tréplica.
Os três membros do júri deverão sintetizar os principais argumentos de ambas as partes e, ao final,
decidirem em conjunto pela decisão de:
1) sustentar a decisão e multa inicial;
2) sustentar a decisão, mas amenizar a multa ou
3) anular a decisão, suspendendo a multa.