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Aula Sobre Interdisciplinaridade - Psicologia e Saúde
Aula Sobre Interdisciplinaridade - Psicologia e Saúde
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As lutas dã o-se em torno da apropriaçã o de um capital específico do campo
(o monopó lio do capital específico legítimo) e/ou da redefiniçã o daquele
capital.
O capital é desigualmente distribuído dentro do campo e existem, portanto,
dominantes e dominados.
A distribuiçã o desigual do capital determina a estrutura do campo, que é,
portanto, definida pelo estado de uma relaçã o de força histó rica entre as
forças (agentes, instituiçõ es) em presença no campo.
As estratégias dos agentes sã o entendidas se as relacionarmos com suas
posiçõ es no campo.
Entre as estratégias invariantes, pode-se ressaltar a oposiçã o entre as
estratégias de conservaçã o e as estratégias de subversã o (o estado da
relaçã o de força existente). As primeiras sã o mais frequentemente as dos
dominantes e as segundas, as dos dominados (e, entre estes, mais
particularmente, dos “ú ltimos a chegar”). Essa oposiçã o pode tomar a forma
de um conflito entre ‘antigos’ e ‘modernos’, “ortodoxos’ e ‘heterodoxos” (...).
Em luta uns contra os outros, os agentes de um campo têm pelo menos
interesse em que o campo exista e, portanto, mantêm uma “cumplicidade
objetiva” para além das lutas que os opõ em.
Logo, os interesses sociais sã o sempre específicos de cada campo e nã o se
reduzem ao interesse de tipo econô mico.
A cada campo corresponde um habitus (sistema de disposiçõ es
incorporadas) pró prio do campo (por exemplo, o habitus da fi lologia ou o
habitus do pugilismo). Apenas quem tiver incorporado o habitus pró prio do
campo tem condiçõ es de jogar o jogo e de acreditar n(a importâ ncia d)esse
jogo.
Cada agente do campo é caracterizado por sua trajetó ria social, seu habitus
e sua posiçã o no campo.
Um campo possui uma autonomia relativa; as lutas que nele ocorrem têm
uma ló gica interna, mas o seu resultado nas lutas (econô micas, sociais,
políticas...) externas ao campo pesa fortemente sobre a questã o das relaçõ es
de força internas. (Lahire, 2002, p. 47-48)
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Saú de coletiva, saú de do trabalhador, saú de mental, sã o á reas privilegiadas para
abordagem a partir da noçã o de campo.
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enfrentamento dos problemas particulares da seara para a qual foram
formados (Almeida, 2000).
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mas da integraçã o desses outros saberes. Exemplo das comunidades
interpretativas. Exemplo também da interdisciplinaridade que praticamos no LABI,
ênfase numa perspectiva política e ética. Pesquisa-açã o e outros recortes de
pesquisa participante sã o representativas desta crítica.
- A crítica a partir da noçã o de complexidade (dos campo e fenô menos). Está bem
representada pelo pensamento de Edgar Morin. Trata-se de tomar objetos e
problemas complexos examinando diferentes estratégias metodoló gicas de
integraçã o disciplinar de acordo coma natureza desta complexidade. Trata-se de
realizar sínteses diante de mundo cada vez mais fragmentados. Ler pá gina 339
(final da primeira coluna e começo da segunda). Há quem acredite que a prá tica da
interdisciplinaridade como convivência entre disciplinas é o caminho ou o método
para a transdisciplinaridade. É possível tensionar essa perspectiva da
complexidade que, em geral, atrai aos afeitos à s ciências biomédicas, porque acena
para uma multideterminaçã o dos fenô menos do mundo humano, quando ee
preciso considerar a indeterminacã o, a liberdade, a espontaneidade da açã o
humana. Trata-se, contudo, ainda, do investimento na compreensã o de mú ltiplas
facetas e perspectivas do fenô meno, buscando sínteses integrativas (prá ticas e
conceituais). Ecologia é bem representativa desta tendência.
Definiçõ es das tries formas de integraçã o disciplinar de Porto e Almeida, pg. 340.
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diferentes disciplinas e abordagens que atuam num campo teórico e
operacional.
- Abertura para o diá logo e competência nas á reas de origem e, ainda, presença de
afinidades políticas e pessoais.
- Formaçã o (pouco propícia à acã o e ao pensamento interdisciplinar).
- Estrutura da instituiçõ es nã o é propícia aos arranjos interdisciplinares.
- Á reas de ambiental e de saú de pú blica sã o privilegiadas como campos para
experimentos interdisciplinares.
- Interdisciplinaridade pode levar à transdisciplinaridade.
- Temas interessantes para ainterdisciplinaridade: saú de, equidade,
vulnerabilidade, exclusã o.