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Basicamente, chegamos a um ponto aonde vimos

a institucionalização dos jovens e da igreja, onde as pessoas não conseguem


abranger uma
igreja sem esses ministérios classificados por idade. Nós entendemos isso como uma
norma. Sequer pensamos em outra maneira de desenvolver
uma igreja. Infelizmente, também fizemos isso em meio
a um modelo que provou ser malsucedido ao longo dos anos. Portanto, observamos que
quanto mais gastamos
dinheiro com ministros de jovens, quanto mais treinamos pessoas e empregamos nesses
ministérios,
pior nos tornamos na evangelização e conversão de adolescentes. E isso não é a
minha opinião.

Alvin Reid, meu mentor, aborda isso em seu


livro, "Raising the Bar", e ele não é de forma alguma contra o ministério de
jovens. Ele argumenta que isso precisa ser feito melhor,
mas até ele reconhece que esta instituição que foi criada tem falhado
grosseiramente. Não deixamos tudo nesta cultura. As instituições sofrem do que um
amigo meu
chama de inércia institucional. Quando você inicia algo e uma vez que se
torna institucionalizado, praticamente não muda nunca. Isso passa a existir quase
que por ordem Divina
na mente das pessoas e se torna o que costumamos chamar de vaca sagrada. E o
ministério de jovens é muito sentimental. "Você não ama os jovens?

Você não quer vê-los vir ao Senhor?" "Temos todas essas histórias de pessoas que
participaram de um acampamento de jovens ou cuja pessoa favorita no mundo era o seu
professor
da escola dominical. Há pessoas que vieram ao Senhor porque foram
até uma igreja que tinha ministério de jovens." Enquanto você tiver pessoas que
conectam
suas vidas espirituais à determinada instituição, isso não irá mudar. Muitas
pessoas não percebem as bolhas de
fim-de-semana que surgiram em torno do ministério de jovens. Por exemplo, você tem
o próprio líder dos
jovens. Este é um cargo que é lucrativo. Você pode ganhar bem sendo um pastor de
jovens. E há igrejas com duzentos membros que têm
pastores de jovens em tempo integral.

Essa é uma bolha de fim-de-semana. Conectado à posição do ministério de jovens


está o grau do ministério de jovens. Por exemplo, se você e eu fôssemos começar
um seminário e quiséssemos treinar pastores. Teríamos cem alunos, poderíamos
treinar
esses cem alunos e dar a eles o tradicional Mestrado em Divindade. Duraria cerca de
cem horas. Ora, você sequer precisa disso para esses
cargos no ministério de jovens que são bastante lucrativos. Então você tem jovens
que estão assumindo
esses cargos no ministério de jovens que não têm nenhum treinamento. E se você e eu
criássemos um diploma para
o ministério jovem e, em vez de cem horas, fossem apenas sessenta horas?

Aí colocamos esses indivíduos em nossas


escolas, eles irão pagar menos, mas, em vez de cem caras nos pagando o valor total,
agora
temos cento e cinquenta ou duzentos caras no nosso seminário. Então, o que acontece
nos seminários é
que o título de ministro de jovens se torna outra fonte de renda, pois eles treinam
pessoas
nesse campo específico. Além do cargo no ministério de jovens e
do diploma de ministro de jovens, você também tem professores de ministério de
jovens. E, além disso, os acampamentos de verão
surgem por toda parte. Assim, há pessoas engajadas no acampamento,
pastores de acampamento, líderes de louvor para o ministério de acampamento. Há
eventos dentro do ministério jovem, o
fim de semana do "Discípulo Agora" e todas essas outras coisas.

Há fábricas de camisetas. Há milhões a serem ganhos vendendo camisetas


para os eventos dos jovens. As igrejas constroem instalações para os
jovens. Agora você tem prédios de milhões de dólares
sendo construídos para os jovens fazerem suas reuniões todas as semanas. Agora você
não será apenas um arquiteto
capaz de construir uma igreja, mas um andar de instalações para jovens que se torna
outra bolha que está ligada a todo esse conceito, sem mencionar as inúmeras peças e
material. Por exemplo, vamos voltar ao artigo do seminário. Não apenas
conseguiremos que esses indivíduos
venham aos nossos seminários para serem treinados para o ministério de jovens. Mas
teremos, digamos, dentro da nossa denominação,
um dos nossos braços, por assim dizer, será

A criação de material para escola dominical. Então agora eu tenho o líder dos
jovens
e a pessoa da escola dominical de educação cristã vindo para realizar o meu curso
de
jovens ou infantil, eles vão aprender como usar os materiais que eu vendo através
da
minha denominação para que quando eles forem trabalhar nessas igrejas, a cada
trimestre
eles voltem comprando os materiais que aprenderam a usar na igreja para o
ministério de jovens
e crianças através do meu seminário. Você apenas segue o dinheiro e percebe que
isso não vai a lugar nenhum. O Movimento da Escola Dominical veio até
nós pelas correntes da Inglaterra e, curiosamente, originalmente o Movimento da
Escola Dominical
foi projetado para crianças. Novamente, lembre-se, você não tinha as
leis de trabalho infantil naquele momento. Este é o século 18. Você tem crianças
que trabalham em fábricas
porque têm mãos pequenas e podem fazer coisas

Que mãos grandes não fazem. Você tem filhos que não são alfabetizados. O Movimento
da Escola Dominical foi originalmente
direcionado a essas crianças para ensiná-las em geral. Nunca foi projetado para ser
o braço discipulado
da igreja, mas foi uma extensão da igreja para crianças que não podiam ter uma
educação. E havia dois argumentos principais contra
o movimento do ministério jovem quando ele começou a crescer. E os dois argumentos
principais foram, se
continuarmos assim, duas coisas vão acontecer. Número 1: Vamos começar a aplicar
este modelo
nas crianças cristãs, ou os filhos dos cristãos. E número 2: Se aplicarmos esse
modelo na
igreja, os pais vão parar de catequizar os seus próprios filhos.

E ambas as coisas aconteceram. A propósito, o Movimento da Escola Dominical


nos Estados Unidos não se popularizou até meados do século 19. Então, literalmente,
não existe há tanto
tempo. É muito novo e recente, embora as pessoas
o tratem como se fosse algo que Jesus instituiu. Sabe, o que acontece é que se
torna institucionalizado. E uma vez institucionalizado, voltamos àquela
ideia de inércia institucional. Começa. É uma boa ideia. Por que não o cultivamos?
Por que não expandimos? Então você vem para os Estados Unidos e...

Sabe, o que é chamado de "Fórmula de Flake". Que foi um grande impulso Batista
para a Escola
Dominical e havia cinco grandes inquilinos da "Fórmula de Flake" basicamente
projetada
para perpetuar a instituição e usá-la como um método de crescimento. Portanto,
sempre foi visto, ou foi originalmente
visto, como um braço de extensão, como um braço de crescimento. Não é mais visto
tanto assim. Tornou-se visto como o braço do discipulado
da igreja e se transformou completamente. A ideia de que o ministério jovem é o
nosso
braço de alcance é uma farsa absoluta. Aqui está a forma como o argumento ocorre.
"O ministério de jovens é a maneira pela
qual alcançamos pessoas que não têm pais, não têm pais cristãos ou cujos pais
cristãos
não estão fazendo o que deveriam fazer".

Se isso fosse verdade, então não veria esse


fenômeno. A criança cujos pais estão fazendo o que
eles devem fazer... Vamos pegar alguém da equipe da igreja. Você pega um
funcionário da igreja que não
envia seus filhos para o grupo de jovens. Ora, o que acontece com esse funcionário
da igreja? Eles são conduzidos até os líderes constituídos,
e são questionados, "por que você não está enviando o seu filho para o grupo de
jovens? Por que você não está participando do nosso
ministério jovem?" "Ora, o nosso ministério de jovens é para
crianças que não têm pais cristãos. Meu filho tem pais cristãos. Estou discipulando
o meu filho. Eu não preciso desse ministério."

O que essa pessoa disse? Eles recebem um tapinha nas costas? E dizem, "ei, ótimo
trabalho. A propósito, você ajudaria todos os outros
pais que estão fazendo o que devem fazer para tirar seus filhos do ministério de
jovens
também?” Não, não é assim, porque isso é mentira. O ministério jovem é para todas
as crianças. É o programa que usamos, não apenas como
braço do evangelismo, mas também como braço do discipulado. E o não cumprimento não
é aceito. Você tem que assimilar. Onde nas Escrituras você encontra justificativa
para este ministério?

A resposta é que não há. O que é interessante, como estudante de doutorado


no Seminário Sudeste, muitas dessas pesquisas foram divulgadas sobre taxas de
retenção
e como as crianças não estão mais permanecendo na igreja e assim por diante. E
alunos do doutorado falam coisas malucas
o tempo todo. E havia vários caras lá que estavam olhando
para a pesquisa. Na época, o Dr. Reid estava trabalhando em seu livro, "Raising
the Bar", e foi então que eu meio que joguei esse ensaio, apenas pensando, "ei, eu
sou
um estudante de doutorado, você pode dizer coisas malucas, sabe?" E o ensaio que
lancei foi este, estamos falando
de reformar o ministério jovem, certo? Reformar algo como cristão significa levá-lo
de volta ao seu propósito original bíblico.

O ministério jovem não tem [propósito bíblico]. Portanto, não precisamos reformá-
lo. Precisamos aboli-lo. Agora, eu disse isso, e conversando com as
pessoas, novamente, estes são alunos de doutorado, estes são professores, você
pensaria que
ao simplesmente interagir com pensamentos assim, seria considerado completamente
louco. Mas eis o que descobri, de lá para cá, o
que descobri foi que toda vez que eu conversava com alguém sobre essa ideia de
abolir o ministério
jovem, recebia respostas que iam do prático ao filosófico, mas nunca ao teológico
ou
bíblico. Em outras palavras, você ouve coisas como,
"ora, e as crianças?" Ou você recebe perguntas tipo, "ora, o que
faríamos"? Ou você recebe perguntas assim, "ora, por
que jogaríamos o bebê fora junto com a água

Do banho"? Você recebe esse tipo de perguntas. O que você nunca escuta é, "ora, e
esse
texto? Ora, e quanto a esse princípio teológico? Ora, e"... Você nunca, nunca,
nunca escuta; quando você
fala sobre abolir o ministério jovem, alguém te rebate assim, "esqueça o livro, o
capítulo
e o versículo, pegue só o princípio teológico que diz que isso é algo que devemos
fazer
como uma igreja. Na melhor das hipóteses, não há nada que
diga que não podemos". Esse é o argumento mais forte; "não há
nada que diga que não podemos". Isso é inaceitável. Essa é uma ótima pergunta.

Você se livra de um, como justifica o resto? Minha resposta, você não faz. Não há
justificativa para o resto. Veja, aqui está o que temos que reconhecer. Construímos
toda essa estrutura, não da
Bíblia para cima, mas da cultura para cima. Construímos toda essa estrutura, não
porque
você vai à Bíblia e encontra o casamento jovem entre 32 e 37 anos e meio, sabe,
como
um grupo. Você não vê isso na Bíblia. De onde tiramos essas categorias? Você sabe
de onde vem a maioria dessas categorias? Elas vêm de requisitos aleatórios. Então,
o que acontece é que você olha para
o número de pessoas que você tem em uma

Determinada faixa etária, no casamento jovem,


por exemplo. Se tivermos casamento jovem suficiente para
preencher dois quartos, então pegamos o casamento jovem entre a idade A e a idade
B, e o dividimos
ao meio para colocá-los em dois quartos separados, é completamente arbitrário. Não
tem mais mérito bíblico do que simplesmente
dizer, você é o casal um, você é o casal dois, todos os 1 vão para cá, todos os 2
vão para lá. Mas por que não fazemos isso? Porque nós compramos essa mentalidade de
classificação etária. É por isso. Então, filosoficamente, não há argumento.
Teologicamente, biblicamente, não há argumento
para nada disso. Mas fazemos isso religiosamente porque estamos
absolutamente convencidos disso e comprometidos

Com isso simplesmente porque é o que dizem,


não porque é o que as Escrituras ensinam. Sabe, é interessante. Eu uso essa
terminologia, na verdade, naquela
época... Eu dizia, sabe, não sou a favor da benfeitoria,
e sim da emancipação. Sabe, em outras palavras, não se trata apenas
de tornar as coisas melhores para essas pessoas que estão no ministério de jovens.
Trata-se de abolir este ministério que, número
um, não tinha nenhuma base bíblica quando o iniciamos, e número dois, teve um
impacto
prejudicial sobre esses jovens, suas famílias e a igreja como um todo, pois [eram]
completamente
perdidos no que se refere a educar, evangelizar e discipular a próxima geração.
Sim, esse é um argumento que as pessoas usam,
e é um argumento perigoso. O argumento que basicamente diz: "Fui salvo
por meio deste ministério ou nesta circunstância",

Portanto "essa circunstância é normativa


ou deveria ser normativa para outras pessoas". Pense nisso de uma perspectiva de
princípios. "Eu fui salvo em um ministério de jovens,
portanto não devemos acabar com o ministério de jovens". Que tal a pessoa que diz:
"Eu fui salvo na
Cracolândia, portanto não devemos acabar com a Cracolândia". As pessoas são salvas
em todos os tipos de
ambientes. Isso tem a ver com a soberania de Deus. Portanto, há dois problemas com
isso. Número 1, se você seguir até a sua conclusão
lógica, não funciona. Mas aqui está o segundo problema. Não estamos defendendo a
soberania de Deus
em salvar as pessoas, independentemente de

Onde Ele as encontre, acabamos defendendo


a soberania dos sistemas porque estamos argumentando que foi o sistema que me
salvou, não Deus. Não, Deus salvou você apesar do sistema,
não por causa do sistema. Portanto, defenda a soberania de Deus, e se
acreditamos na soberania de Deus, então vamos fazer a igreja da maneira que Deus
nos diz
para fazer, e confiar nEle, não nas normas culturais. Essencialmente, o que fizemos
foi criar uma
igreja dentro de uma igreja. Não temos mais um corpo, mas vários corpos. Como
resultado disso, não pertencemos um
ao outro. Por exemplo: como vamos nos engajar no ministério
de Tito 2 se os mais novos e os mais velhos não vão ao mesmo culto? Como vamos
compartilhar a vida juntos se não
fazemos parte da mesma congregação?

E é basicamente isso que está acontecendo. Ouça, eu fui e fiz um evento na Costa
Oeste,
não vou dizer onde, mas fiz um evento no campus de uma faculdade e o ministro do
campus
me levou para o evento. Almoçamos juntos, sentamos para almoçar
e ele disse para mim: "Minha filha, ore por minha filha porque acabamos de saber
que ela
não vai à igreja há um tempo". Eu disse: "Sério, o que seria 'um tempo?'" "Um par
de meses." Eu disse: "Uau, sua filha não vai à igreja
há alguns meses. Quantos anos sua filha tem?" Pensei que ele ia dizer: "Sabe, minha
filha
tem vinte e poucos anos, ela está na faculdade." Não foi isso que ele disse. Ele
disse isto: "Minha filha tem 16 anos."

"Então, espera um minuto, como sua filha


de 16 anos não vai à igreja há meses e você, o pai dela, um ministro, um pastor,
que é membro da mesma igreja, não sabe disso?" "Nós vamos para a escola dominical e
depois
para o culto da tarde. Ela vai para outro local." Então eles estavam entrando no
carro, saindo,
permitindo que a filha deles entrasse em outro carro e saísse, fosse para um culto
sozinha,
em um templo diferente, por sinal, e uma escola dominical diferente em um templo
diferente. E foi só quando a professora da escola dominical
perguntou como ela estava que esse pai percebeu que a sua filha não estava indo à
igreja. Agora a igreja fez isso. E isso é considerado totalmente aceitável
porque estamos ministrando e atendendo a esse grupo de pessoas que precisamos
desesperadamente
alcançar.

Isso é um fracasso, não um sucesso. Falamos sobre esses números entre 70 e 88%
dos jovens saindo da igreja ao final do primeiro ano pós-ensino médio. E muitas
pessoas ficam chateadas com esses
números, e nós nos deparamos com isso repetidamente. Às vezes, você vê os números
chegando
a 60%. Mas, novamente, há um grande número de jovens,
muitos deles que não estão mais envolvidos com a igreja. Conversei com pastores de
jovens e conversei
com pastores de jovens que fazem isso há quinze, vinte anos, e fiz duas perguntas.
Pergunta número um: "Esses números parecem
verdadeiros? Esses números parecem verdadeiros? Esses 65, 75%, esses números
parecem verdadeiros?"

"Sim, inevitavelmente", para um homem. Eles dizem que sim, esses números parecem
reais. Mas aqui está a segunda pergunta, e acredito
que seja a pergunta mais importante. "Quem são os 30%? Quem são aquelas crianças
que permanecem?" E geralmente, aqui está a resposta que recebo
deles. Existem dois tipos de crianças. Mais uma vez, informações anedóticas,
evidências
em todo lugar, mas há dois tipos básicos de crianças que permanecem. Número 1: O
garoto que não precisa de mim. Esse é o garoto que tem uma família que
o está discipulando e o ministério de jovens é bom.

Eles vêm às vezes, na maioria das vezes


não, tanto faz, mas o ministério de jovens é bom. O garoto número 2 é o garoto cuja
família
está tão bagunçada que basicamente vive comigo. Então, em ambos os casos, esses
ministros
de jovens estão dizendo que a resposta é o discipulado familiar. Seja em sua casa
ou em nossa casa por meio
da adoção espiritual, a resposta é o discipulado familiar. O ministério jovem não
oferece isso. O pastor jovem tentando pensar sobre o que
há de errado com o ministério jovem é um caso clássico da raposa vigiando o
galinheiro. A raposa não vai dizer, "eu não devo estar
aqui".

A raposa vai tentar descobrir como pode devorar


menos galinhas para que você fique feliz com ela por um tempo. Os líderes de jovens
não vão dizer que
os pais devem fazer o que estamos fazendo. "Não devíamos ter este trabalho". Vão
tentar preservar a instituição. Agora, isso significa que eles são maus e
que estão tramando e sendo coniventes? Não, mas não estariam lá se não
acreditassem,
fundamentalmente, que é seu trabalho fazer o que estão fazendo, que é essencial, e
que eles são a resposta. Eles não estariam lá se não acreditassem
nisso. Então eles vão te dar essas respostas. Mas é irônico que o líder de jovens
diga
que, se queremos alcançar essas crianças, primeiro, precisamos conhecê-las melhor.

Ora, adivinhe? Os pais os conhecem melhor. Número dois, precisamos ter um


ministério
relacional onde estamos envolvidos em suas vidas. Adivinha? Deus projetou um
ministério relacional para
estar envolvido em suas vidas. Chamam-se seus pais. Número três, precisamos ser
mais consistentes
em nosso ensino. Adivinha? Deus deu a eles um lugar onde eles acordam
todas as manhãs e podem ter ensino consistente. Tudo o que os ministros de jovens
dizem ser
a resposta já existe em casa. Mas o que eles não dirão é que o lar é
onde está a resposta.

Eles não podem porque no momento em que confessarem


isso, eles admitem que não deveriam estar na posição que estão. Da mesma forma que
fazíamos antes do ministério
jovem. Pense nisso. É uma questão que carece de lógica, ok? E é uma carência de
princípio em diversos
níveis. Primeiro, eles estão argumentando pela visão
deles, argumentando que vamos parar de alcançar os perdidos. Que questão eles estão
defendendo? Que eles realmente alcançaram os perdidos? Sabemos estatisticamente que
não é o caso. Esses jovens estão saindo.

"Eles saíram de nosso meio; entretanto, não


eram dos nossos", como diz João em 1 João 2.19. Então, eles não estão alcançando os
perdidos. Aqui está a segunda coisa. Menos de 10% dos cristãos professos na América
têm uma visão bíblica do mundo. Menos de 5%, de acordo com a pesquisa Barnard,
menos de 5% dos adolescentes que professam o cristianismo são alfabetizados
teologicamente
o suficiente para serem chamados de cristãos. Então eles estão defendendo o
movimento,
não estão alcançando os perdidos. A outra questão que eles estão defendendo
é esta, "se não tivermos o ministério de jovens, não vamos alcançar os perdidos".
Teriam que completar então que antes do ministério
de jovens não alcançávamos os perdidos. Mas sabemos que esse simplesmente não é
o caso.

Tivemos o primeiro grande despertar, tivemos


o segundo grande despertar, tivemos todos os avivamentos que a igreja já
experimentou
antes do advento do ministério de jovens. Portanto, é pura tolice argumentar que a
remoção dessa invenção moderna, de alguma forma, colocará a igreja em perigo.
Porque a única maneira disso ser verdade
é se não estivéssemos fazendo isso antes de eles inventarem isso. E isso
simplesmente não é o caso. É interessante, e esse é um argumento que
as pessoas usam com frequência. Por que não podemos ter os dois? Ora, número 1: Por
que deveríamos ter os
dois? Esse é o meu argumento. Desenvolva um argumento bíblico para ministérios
classificados por idade.

Aqui está o meu segundo argumento: Uma das


razões pelas quais os pais não estão envolvidos é porque temos o ministério de
jovens. Por trinta anos, o ministério jovem exclamou
para os pais: "Somos profissionais treinados, não tentem isso em casa." Ter um
profissional treinado comunica aos
pais que esse é o trabalho da igreja. Então o que você faz é criar uma divisão. Eu
chamo isso de pais universitários versus
pais do consórcio. Portanto, o pai do time dos universitários
na igreja é aquele que faz o trabalho de discipulado em casa com o seu filho. O pai
do consórcio é aquele que conta com
a igreja para fazer isso. Isso cria uma sensação de divisão que é
completa e totalmente desnecessária. A outra coisa é, onde isso termina?

Onde iremos parar por ter ministérios projetados


para pessoas que não estão fazendo as coisas certas? Temos o ministério do amor
para o casal que
não lida com isso tão bem quanto deveria? Temos o ministério de nomeação dos bebês
para as pessoas que dão nomes horríveis aos seus filhos? Nós simplesmente dizemos:
"Quer saber, você
não está fazendo um bom trabalho. Vamos inventar um ministro para fazer isso
por você". É ridículo quando você pensa que o argumento
é que os pais não estão fazendo algo que deveriam estar fazendo, então vamos
inventar
um ministério para fazer isso por eles. E o ministério do dízimo? A maioria das
igrejas que conheço tem famílias
que são incapazes de devolverem o dízimo da maneira que deveriam.

Devemos então inventar um ministério do


dízimo externo para arrecadar dinheiro por eles porque eles não conseguem? Por que
em todas as outras áreas dizemos:
"Se não está acontecendo, chame isso de pecado e chame as pessoas à obediência".
Mas quando se trata de discipular a próxima
geração, dizemos: "Cuidaremos disso para você". Isso não funciona. Eles não sabem
de mais nada. Isso se chama ser institucionalizado. Você não sabe de mais nada.
Você acha que está certo porque é tudo
o que você sabe, e isso é um problema. E, novamente, as pessoas têm boas intenções.

Essas pessoas são apaixonadas pelos perdidos,


apaixonadas pelos jovens. Mas aqui está a questão: Não se trata de
estatísticas. Não se trata de: "Tantas crianças estão
voltando e tantas crianças estão saindo, e assim por diante". Isso é apenas um
sintoma. Trata-se de confiar ou não em Deus. Confiamos no Senhor Soberano do
universo para
nos comunicar em Sua Palavra qual é a maneira mais eficaz de discipular e
evangelizar a
próxima geração? Ou confiamos em outra coisa? Estamos olhando para a cultura ou
estamos
olhando para a Palavra? Essa é a questão. A Bíblia tem um padrão muito claro no
Antigo
e no Novo Testamento de como os jovens são

Treinados. Número 1: Na adoração da comunidade da


fé com seus pais. Vemos isso em Esdras 10 e em Deuteronômio
32. Vemos isso, por exemplo, implicitamente em
Efésios capítulo 6, em Colossenses capítulo 3, lugares onde os deveres das crianças
são
direcionados, e deve ser lido na adoração da igreja como um todo. Vemos isso no
ministério de Jesus. Ele está ensinando e aponta para uma criança. Ele não diz: "Vá
até o berçário e me
traga uma criança." Havia crianças lá enquanto Jesus ensinava. Assim, ao longo das
Escrituras, vemos este
exemplo. Mas há outro exemplo em Deuteronômio 6,
e também no Salmo 78, depois no livro dos

Provérbios, também em Efésios capítulo


6, onde vemos explicitamente as Escrituras ensinando os pais a comunicar a verdade
aos
seus filhos - para fazerem isso de forma contínua. "Assentado em tua casa, e
andando pelo caminho,
e ao deitar-te, e ao levantar-te", uma geração ensinando a outra. Vemos isso
repetidamente. "Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor,
pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro
mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.
E vós, pais, não provoqueis vossos filhos
à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor." É absolutamente
claro que os pais têm essa
responsabilidade. Aqui está a outra coisa.

Os pais são os únicos que têm as ferramentas


adequadas. Por exemplo, as crianças precisam de nutrição,
mas também precisam de correção. Esse tipo de correção bíblica é da alçada
e da responsabilidade dos pais. A igreja não tem essa ferramenta. A igreja não
maneja a vara na vida da criança. Só o pai faz. E a Bíblia diz que essa é uma
ferramenta
primária na correção e formação das crianças. Então, se vamos virar este
discipulado sem
uma das ferramentas primárias que Deus dá para corrigir as crianças, então estamos
olhando apenas para uma parte do quadro. Portanto, a Bíblia deixa bem claro que
essa
é uma responsabilidade dos pais. Agora, isso significa que a igreja não tem
nenhum papel a desempenhar? Não, lembre-se do que eu disse.

As crianças estão na comunidade de adoração. Então, como pastor, quando estou


pregando
e ensinando, há crianças lá. Estou pregando e ensinando para eles assim
como estou para os seus pais. Longe de eu dizer que como pastor não tenho
nenhum papel, estou dizendo que como pastor tenho um papel e por isso acredito que
as
crianças devem estar lá ouvindo a Palavra de Deus enquanto ela é pregada, enquanto
é ensinada, enquanto é lida, enquanto adoramos juntos como uma comunidade. Não,
Jesus não foi ao templo para ser treinado. Jesus foi ao templo para anunciar Sua
presença
com autoridade. Foi o que Ele fez quando tinha 12 anos. Ele não foi para ser
treinado. Ele não foi enviado para ser treinado.

Aqui está a outra coisa. Jesus tinha discípulos, eles eram homens
adultos. Aquilo não era uma aula de escola dominical. E o discipulado aconteceu no
dia a dia. Eles viveram juntos por mais de três anos. Esse não é o modelo para uma
classe de escola
dominical. Agora, este é um modelo de discipulado que
vemos para a igreja, mas não é um modelo de ministério infantil que vemos para a
igreja. A outra coisa que temos que perceber é que
há um princípio hermenêutico aqui, que a narrativa não é normativa. O que Deus em
forma humana fez com os indivíduos
que seriam Seus apóstolos não foi algo normativo para seguirmos como forma de
desenvolvermos
a igreja.

Se fosse, então o que teríamos nas epístolas,


novamente, os apóstolos não voltariam e não escreveriam em 1 e 2 Coríntios, o que
você faria seria pegar doze pessoas e fazer o que Jesus fez com os doze, assim você
teria
apóstolos como Jesus teve apóstolos. Não, eles nos passam explicitamente como
a igreja deve agir ao fazer discípulos. E não temos os apóstolos voltando para sua
própria experiência com Jesus por três anos, dizendo que isso é normativo na vida
dos crentes depois disso. Então temos que ter muito cuidado em nossa
exegese aí. Quando estou olhando para como os meus filhos
devem ser criados e discipulados, vou para o ensino explícito em, por exemplo,
Efésios
capítulo 6, e não para o exemplo de Jesus estabelecendo apóstolos que seriam o
fundamento
sobre qual a igreja é edificada como o exemplo normativo para a maneira como
criamos os nossos
filhos. Um, eles não eram crianças, e dois, eles
por sua vez não nos comunicaram nas epístolas

Que essa era a maneira normativa pela qual


devemos fazer discípulos. Aqui está o que há de errado com isso. Você pega o
ministério de jovens e o transforma
no que a igreja deveria ser. A questão é: por que você precisa do ministério
jovem? Você está comunicando algo sobre a cultura. Você também está comunicando
algo sobre
maturidade. Você está basicamente dizendo que são crianças
e não adultos. Veja, uma das questões abrangentes aqui é
quando começamos a tratar os jovens como adultos? Temos jovens de 16 a 18 anos que
ainda tratamos
como crianças, e eles não são. Precisamos esperar mais deles. E se vamos esperar
mais deles, surge a pergunta:
por que fazemos isso em um ambiente onde eles

Não estão perto de colegas, outros adultos


que são mais velhos, Tito 2, e os colocamos em uma situação em que eles estão entre
si. É desnecessário. Então é isso que me deixa perplexo sobre
esse movimento, especialmente nos círculos reformados onde eles dizem: "nós
entendemos,
entendemos o que há de errado com o ministério jovem. Nós não vamos fazer isso.
Focaremos apenas no ensino, na doutrina, nisso
e naquilo"... Não é disso que se trata a igreja? Por que você os coloca em outra
sala para
fazer a mesma coisa que eles fariam se estivessem com o restante da comunidade, que
remonta
à questão dos jovens não fazerem parte da comunidade.

Esse é o problema. A questão é que começamos com o ponto de


partida errado. A questão é que começamos com o que temos
que fazer para o homem responder a Deus. Esse é o nosso objetivo. Portanto, tudo o
que faz o homem responder
está valendo. Esse é o ponto de partida errado. O ponto de partida é que temos que
pregar
o Evangelho e temos que ser claros. Temos que saber o que Deus disse, temos que
comunicar o que Deus disse e Deus edificará a Sua igreja. Se esse é o nosso ponto
de partida, então
não tememos o homem. Se esse é o nosso ponto de partida, não
adoramos no altar dos homens. Se esse é o nosso ponto de partida, não
transigimos porque sabemos qual é a maior

Necessidade do homem. Mas porque escolhemos outro ponto de partida,


que é o homem, esse homem centrado, porque escolhemos esse ponto de partida,
estamos
vendo esses frutos. Essa é uma daquelas evidências de quão
longe fomos e quão errados estamos. Mas o verdadeiro problema é que não acreditamos
que o Evangelho seja suficiente. Depende do que você entende por inovar. A igreja
não só tem a liberdade de inovar,
mas é ordenada a inovar em certas coisas. Cante ao Senhor uma nova canção. Louvado
seja Deus por termos tido compositores
ao longo dos anos e por Isaac Newton ter essa liberdade para inovar e escrever
alguns dos
grandes hinos que cantamos. Mas inovamos de maneira que as Escrituras
nos dizem para inovar. Quando se trata de ser inovador e tentar alcançar
a cultura e fazer coisas que não são encontradas

Nas Escrituras, tentando adorar a Deus de


maneira que Deus não nos disse para adorá-lO, nossa inovação se torna perigosa. Por
exemplo, o grande exemplo disso na Bíblia
é Uzá. Os filisteus capturaram a arca e a levaram
embora e, sabe, e é claro que as coisas deram errado para eles. Eles devolvem a
arca. Agora a arca está voltando e está sendo
carregada e começa a cair. Uzá vê a arca caindo e quer fazer algo de
bom. Ele ama a arca. Ele ama Israel. Ele quer salvar a arca de cair no chão. E ele
estende a mão e toca a arca de uma
forma que Deus proibiu a Israel expressamente

De tocar na arca, e Deus o mata. E eu amo a forma que o R.C. Sproul abordou esse
tema. Ele disse que Uzá de alguma forma pensou
que suas mãos fossem mais limpas do que o barro. E o fato é que não eram. Somos
apenas um pó decorado. Devemos adorar a Deus da maneira que Deus
nos diz para adorá-lO. Essas são as nossas limitações. E confie em mim, não
esgotamos tudo o que
as Escrituras nos ensinaram sobre como devemos adorar a Deus. E tudo o que Ele nos
deu é mais do que suficiente.

O Evangelho é mais do que suficiente. Não me envergonho do Evangelho de Jesus


Cristo,
porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu
e também do grego. Creio nisso. E é quando paramos de acreditar nisso, que
começamos a inventar. "Não cremos que o Evangelho seja suficiente. Precisamos do
Evangelho e dessa estratégia
nova que inventamos". Mesmo quando se trata da inovação de cantar
ao Senhor um novo cântico, quais são os cânticos que permanecem conosco? Aqueles
que são fiéis à revelação que
Deus deu ao Seu povo? Isso é o que fica conosco. Quando tentamos encontrar novas
maneiras de
nos tornarmos mais parecidos com a cultura,

Porque acreditamos que isso vai ajudar a Deus,


é aí que estamos errados. Minha mensagem aos pais é simples, e é que
Deus deu a vocês um presente inacreditável. O dom de investir na vida dos seus
filhos
e dos filhos dos seus filhos. E, de alguma forma, alguém nos convenceu
de que a melhor coisa que podemos fazer com esse presente é passá-lo para outra
pessoa. Meu apelo seria que os pais não abdiquem
aqui, que não percam esta grande bênção. Os homens chegam ao fim da vida e se
arrependem
de muitas coisas, mas poucos chegam ao fim da vida e se arrependem do tempo
investido
e bem gasto com os filhos, ensinando-lhes a Palavra de Deus, ensinando-os a amar a
Deus,
como conhecer a Deus e como servir a Deus. Não perca essa oportunidade. Meu apelo
aos pastores é bastante simples. Confie na Palavra de Deus.

Ensine a Palavra de Deus. Enraíze e alimente seu ministério na Palavra


de Deus. Quando você olha ao longo da história, há
certos homens cujos nomes são lembrados. Esses são homens que foram mordomos fiéis
da Palavra de Deus, que a administraram bem. Há alguns que são lembrados que não o
fizeram,
mas são lembrados por causa da loucura que resultou de seu ministério. Meu apelo
aos pastores é: Confiem na Palavra. É suficiente. Estaremos diante de Deus, e
quando estivermos
perante Deus, não podemos responder com: "Veja o quanto eu te ajudei, apegando-me
às
estratégias que os homens caídos inventaram na cultura." Mas, em vez disso: "Tu me
deste o Evangelho
e eu o entreguei ao Seu povo da melhor maneira

Que pude." Esse é o nosso objetivo. É para isso que somos chamados. Que possamos
fincar os pés no chão, permanecendo
firmes e ágeis, proclamando o Evangelho até o nosso último suspiro. Não precisamos
de nenhum outro. Tradução: Diego Urbano

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