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Uma Irresistivel Farsa - Nanii, Fran
Uma Irresistivel Farsa - Nanii, Fran
Awlly: Oi
Dante veio deixar o meu carro e estava estranho, acho que ele
deve estar com algum problema e pode ser algo sério. Meu amigo
nunca teve problemas em me dizer qualquer coisa que fosse e esta
noite ele estava muito hesitante. Eu precisava conversar com ele e
saber o que estava afligindo-o.
Era muito bom poder falar com Caio pelo telefone, fiquei feliz
por ele ter me ligado, mas minha cabeça estava em Dante. Eu
estava preocupada com ele, mas não consegui nem falar muito com
Caio e nem me preocupar demais com Dante antes que minhas três
amigas invadissem meu apartamento.
— Quero o nome agora! — Emma disse animada, colocando a
bolsa no sofá.
Levantei minha mão para ela, pedindo um segundo enquanto
encerrava a ligação com Caio.
— As meninas chegaram aqui, preciso desligar — falei ao
celular.
“É claro, até amanhã então” — disse Caio do outro lado da
linha.
— Até, boa noite!
“Boa noite, gata” — respondeu ele, desligando por fim.
— Minha nossa, você estava falando com ele? Olha o sorriso
bobo na cara dela — Chloe disse e as meninas riram.
— Conta tudo, agora — ordenou Emma.
Bonnie e Chloe se sentaram no tapete enquanto eu pegava um
refrigerante na geladeira e copos no armário, Emma colocava
deliciosos e aromáticos tacos mexicanos em uma travessa.
Seguimos de volta para a sala e nos sentamos no tapete também,
colocando tudo sobre a mesinha de centro.
— É o Caio — falei de uma vez e as meninas me encararam
confusas.
— O que tem o Caio? — Chloe perguntou,
— Ele está na porta? — Emma fez a pergunta olhando para
trás, na direção da porta.
— Não. Caio é o cavaleiro beijoqueiro misterioso — falei.
Emma parou com um taco a caminho da boca, Chloe passou a
língua pelos lábios e mantinha um sorriso safado nos lábios
enquanto Bonnie se engasgava com a comida. Eu a acudi, batendo
em suas costas e lhe entregando um copo de refrigerante para
ajudar a comida descer de forma mais fácil.
— Como assim é o Caio? — Bonnie perguntou, limpando a
boca com um guardanapo de papel. — Achei que ele tivesse
chegado depois da festa.
— Pois é, mas ontem, depois que vocês foram embora da
casa dele, a senhora Lazzaris chegou lá e entregou que ele havia
ido à festa e saído às pressas para ir ao encontro da mãe e que ele
estava fantasiado de cavaleiro — expliquei.
— Mas o Caio não tem barba e me lembro muito bem de você
especificar que o cavaleiro misterioso tinha barba — Emma
contestou.
— Ele tirou a barba quando voltou para sua cidade natal —
esclareci sorrindo.
— Dá para vocês ficarem felizes pela nossa amiga? — Chloe
interveio. — Caio é um tesão e está mais do que a fim dela, isso
todo mundo já notou, então não vejo problema nenhum.
— É claro que não tem problema nenhum, só ficamos
surpresas por ele não ter contado nada — justificou Emma.
— Ele disse que tinha medo por eu ser a melhor amiga do
Dante e eles são família, não queria nenhum tipo de confusão,
vocês sabem.
— Dante é super protetor com você, mas não acho que
empataria um relacionamento entre você e Caio. — Chloe disse.
— Não, ele não faria isso — falei pensando em meu amigo, ele
sempre queria o melhor para mim e agora estava com algum
problema.
Meu coração se apertou por ele, imaginando o que de tão
grave poderia haver para ele hesitar em contar para mim.
— Mas e aí, como estão as coisas com o Caio? — Emma quis
saber.
— Combinamos de deixar as coisas rolarem, sem pressão. Ele
é um amor! Hoje pela manhã ele deixou uma hortênsia alaranjada
em minha mesa.
— Aunnt! E como ele sabia que hortênsias eram as suas
preferidas? — Chloe perguntou.
— Bom, ao que parece Dante falou bastante de mim para ele,
vocês sabem, por sermos tão amigos — expliquei e minhas amigas
ficaram estranhas, cada uma olhando para um lado diferente, em
uma tentativa frustrada de disfarçar algo. — O que foi?
Elas não responderam, Bonnie voltou a comer, Emma bebia
seu refrigerante e Chloe tirava um grão de poeira invisível da manga
de sua blusa.
— Hey, podem parar agora. Me digam o que está acontecendo
— exigi.
— Você nunca pensou que talvez... o Dante... — Bonnie
começou, mas não concluiu, parecia incerta do que dizer.
— O Dante o quê? — insisti, confusa.
— Talvez ele possa... hummm...
— Gostar de você mais do que como amiga? — Chloe
concluiu e eu ri.
— É claro que não! Isso é um absurdo! Dante e eu não temos
segredos e se ele sentisse algo, me diria — respondi.
— E você nunca sentiu nada por ele? Nunca rolou nenhum
clima entre vocês? — Bonnie quis saber e eu encarei minhas
amigas.
— Não... Quer dizer, teve um dia na boate... sábado...
— Sábado? — Chloe perguntou, impaciente com a minha
enrolação para responder.
— É, mas não foi nada demais...
— O que rolou? — Bonnie perguntou.
— Olha, não foi nada. Esqueçam isso — falei.
— Awlly? — Emma contestou.
— Dante e eu somos amigos, como irmãos e as coisas entre
nós nunca passarão disso. Esqueçam essa história — acabei com o
assunto e elas concordaram, ocupando suas bocas com comida.
Comemos conversando sobre Caio, então fui para o banheiro
tomar um banho, ainda estava de roupão, não tinha tido tempo de
tomar banho, primeiro Dante chegou e logo em seguida elas
invadiram o meu apartamento.
Quando voltei para a sala elas falavam sobre a recém-
descoberta gestação de Chloe, ela continuava negando-se a revelar
a identidade do pai da criança.
— Olha, eu estava caindo de bêbada, se estivesse sã jamais
teria me envolvido com aquele idiota — revelou Chloe.
— Tem certeza de que não está usando o álcool para camuflar
o seu erro, Chloe? — Bonnie alfinetou.
— Não estou negando o meu erro, Bonnie, estou assumindo-o.
O cara é um Zé-Ninguém, mas o bebê não tem culpa. Se querem
saber o meu nível de álcool no sangue naquela noite foi o seguinte:
acordei na cama do babaca, completamente desorientada. Não
sabia onde estava, não me lembrava de como tinhasido a noite em
si, mas havia flashes das sensações que senti durante o sexo,
aparentemente foi até legalzinho, mas quando me deparei com o
idiota entrando no quarto com uma bandeja de café da manhã
quase vomitei.
— É tão ruim assim? — perguntei, voltando a me sentar onde
estava antes de ir para o banho.
— Acredite, vocês teriam a mesma reação que eu se
conhecesse o ser-humaninho — disse, fazendo careta e nós rimos.
— Só você mesmo, Chloe — disse Emma.
— Você sabe que precisa contar ao pai, não é? É direito dele
saber.
— Vou contar, mas só quando for necessário e rezo para que
ele não queira se envolver, que seja o babaca de sempre e diga “ah,
foi mal, isso aí não é meu não, se vira”. Nunca pensei que diria isso,
mas ficarei extremamente feliz em ser rejeitada — Chloe disse
engrossando a voz ao pronunciar a frase como se fosse o pai do
bebê.
— Meu Deus, tenho a impressão de que não quero conhecer
esse cara — falei.
— Você ficaria chocada.
Arrumamos a pequena bagunça que fizemos e as garotas
foram embora, me deixando sozinha.
Capítulo 15
Dante: O quê?
Awlly: Você está todo estranho, Dante. Eu sei que tem algo
errado. Quero que converse comigo, estou preocupada.
Conversar com ela? Tá legal, e o que eu ia dizer? “Olha, sei
que você está cada vez mais apaixonada pelo meu primo e também
só me vê como a porra do seu irmão mais velho, mas meu coração
não quer saber disso, agora ele decidiu que está apaixonado por
você. É isso. Ah... quase me esqueci, estou tendo os pensamentos
mais promíscuos possíveis com você e também acabei de transar
com a minha vizinha e o tempo todo fiquei imaginando que ela era
você.”
É, acho que essa não é uma boa resposta.
Caio: Oi gata.
Awlly: Caio, eu ia te chamar agora. Recebi suas flores, são
maravilhosas! Muito obrigada. Você é um doce!
Capítulo 28
Awlly
Chegando ao hospital encontramos Ethan na recepção, ele
parecia em choque e tinha sangue em suas roupas.
— Ethan está tudo bem? — perguntei, me aproximando dele.
— Elas estão bem, daqui a pouco poderemos vê-las —
respondeu ele, porém distante.
— Mas e você está bem? O que houve com as suas roupas,
está ferido? — perguntei.
— Não estou ferido. Não deu tempo de chegar ao hospital, tive
que parar o carro no acostamento e fazer o parto. O bebê nasceu no
meu carro — disse ele e todos o encararam boquiaberto.
— Ah, meu Deus! — exclamei.
— É.
— Merda! — Patrick praguejou. — Obrigado por cuidar delas,
cara. Nunca vou poder te agradecer o suficiente.
— Não precisa.
— Não, cara é sério. Você sabe que é meu brother e agora
então, não hesitarei em fazer qualquer coisa que você precise —
Patrick disse emocionado e abraçou nosso amigo em
agradecimento por ter cuidado de sua irmã.
— Você poderia não me matar — disse Ethan, mas somente
Patrick e eu ouvimos.
— O quê?
— Eu disse que eles estão demorando para nos chamar para
entrar — disse Ethan.
— Sim, mas você cuidou delas, sei que estão bem.
Depois disso Ethan não disse mais nenhuma palavra,
provavelmente ainda estava em choque por ter que fazer um parto.
Algum tempo depois, entramos no quarto de hospital onde
Chloe e a bebê estavam, ela estava sozinha segurando a pequena
menina em seus braços, pelo menos agora ela contaria quem era o
pai do bebê e não precisaria mais passar por tudo sozinha como ela
havia escolhido.
Ao nos aproximarmos dela e vermos perfeitamente a bebê
descobrimos que não precisaríamos que ela nos contasse quem era
o pai da criança, a garota era exatamente a cara de seu genitor,
com os traços fortes e os cabelos cor de fogo.
Todos os olhos se voltaram para o homem escorado no
batente da porta, que mantinha o olhar nos próprios sapatos,
aguardando a nossa reação e uma comoção começou dentro do
quarto com Patrick, irmão de Chloe, gritando aos quatro ventos que
mataria o Ethan enquanto Dante tentava, em vão, contê-lo.
No fim Chloe não poderia ter encontrado pai melhor para sua
filha, assim como eu não poderia deixar de lembrar das palavras do
pai de Dante naquela noite em que encontrei o Cavaleiro de
armadura reluzente – ele tinha toda razão, quem melhor que o meu
melhor amigo para ser o meu amor? Com ele eu sempre teria um
ombro amigo, uma proteção e toda a devassidão de um sexo
gostoso carregado de muitos orgasmos múltiplos para mim.
Quero agradecer primeiro a minha mãe por me apoiar sempre
e ser a minha rainha.
Agradeço ao Dennis e a Walery que estão sempre ao meu
lado, me apoiando e dando força em tudo.
Agradeço também a Fernanda Carraro, Tati Bonacin e a Bruna
Vicente, minhas betas queridas.
Quero agradecer também a cada leitor, pois sem vocês nada
disso seria possível.
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leitores.
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