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Como Vender Melhor e Mais Rapido
Como Vender Melhor e Mais Rapido
Caro leitor,
Aprender a vender seu imóvel não requer que você tenha um PhD em nenhuma área,
muito pelo contrário, é relativamente simples, porém, existem erros e truques que
podem atrapalhar ou facilitar o processo de venda.
A maior parte do material disponível sobre venda de imóveis é voltado para o corretor
e envolve muitos pontos que não importam a você, como captar imóveis para venda.
Outros materiais são feitos por corretores muito mais para tentar convencer você a
contratá-los do que efetivamente ensiná-lo a realizar o processo.
Não tenho outra intenção a não ser repassar um conhecimento valioso para que você
tome as decisões corretas. Não me importa se você contrate ou não um corretor ou
qualquer outro profissional.
Só quero que, com esta série, você consiga vender seu imóvel pelo melhor preço e da
forma mais rápida possível.
Para chegar a esse objetivo, dividimos esta série em seis relatórios semanais:
Ao final dos seis relatórios faremos uma monitoria ao vivo para tirar dúvidas.
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Com a programação definida, antes de irmos em frente, vamos analisar se você
realmente deve vender seu imóvel agora.
Existem alguns itens importantes que precisamos avaliar antes de vender seu imóvel.
Se você tem um imóvel que abriga muito bem sua família, porém, não tem garagem
disponível. É desagradável para você porque o carro fica muito quente no verão e
exposto a chuvas, também.
Apesar de todas as vantagens, ter uma garagem é um desejo e não uma necessidade.
A mudança pode ser evitada! É só se conformar com o fato de não possuir uma
garagem.
Se, por outro lado, você teve uma queda da renda familiar e não consegue mais
honrar o financiamento imobiliário, estamos diante de uma necessidade. É uma
situação insustentável, e, a mudança, inevitável.
Se ainda não for possível resolver o problema, avalie se a mudança traz realmente
garantia que haverá solução. Se o que o incomoda é o barulho, avalie com cuidado se
o próximo imóvel não apresentará o mesmo problema.
Certa vez mudei para um apartamento que tinha muito barulho somente nas tardes
de sábado. Detectei esse problema só depois de mudar!
Havendo certeza que a mudança, fique sabendo que entre vender para algo mais caro
e não vender, manter o imóvel será sempre mais vantajoso financeiramente.
Sua vontade terá um preço muito concreto!
São dois custos que precisarão ser levados em conta. O primeiro é o custo da
transação em si. Muito possivelmente você incorrerá no custo de corretagem da venda
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(entre 2% e 8% do valor da transação) e no imposto sobre o ganho de capital (15%
de imposto sobre o ganho).
Você terá custos sobre a aquisição do novo imóvel, incluindo o imposto sobre
transmissão de bens imóveis (ITBI), escritura e registro (entre 3% e 5% do valor do
imóvel).
Todas as vezes que você aumentar o valor do seu imóvel, aumentam os custos da
propriedade do imóvel. Em outro artigo fizemos um exemplo no qual esses custos
chegaram a 11% do valor do imóvel por ano.
Se comprar algo em torno de R$ 100.000 mais caro, serão cerca de mais R$ 11.000
de custos que você deverá incorrer.
Tanto a necessidade como a vontade irão gerar mudanças em seus custos que
precisarão ser avaliados.
Um imóvel mais caro significa maior custo da propriedade e será necessário que você
avalie se caberá em seu orçamento. Pode haver também mudanças em despesas
importantes como transporte, educação, saúde e alimentação.
Verificar se o novo orçamento caberá no seu bolso é importante, mas, além disso
você precisa saber se as necessidades de longo prazo estão sendo atendidas,
especialmente a aposentadoria e outros objetivos que você tenha.
Queremos evitar que você invista tempo e dinheiro (de 5% a 11% do valor do imóvel)
para descobrir que não deveria se mudar.
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O sonho de todo vendedor de imóveis é fazer a venda num mercado com forte
demanda e certa escassez de produtos. Até imóveis “mais ou menos” são “perdoados”
pelo mercado, que os compra apesar de não serem os ideais.
Não há tanta preocupação em vender rápido, porque a cada vez pode-se aumentar o
preço, fazendo com que o custo de oportunidade se reduza. São bons momentos para
se carregar um imóvel.
– No início do ciclo do mercado vendedor não é preciso ter pressa para vender. É mais
vantajoso manter uma quantidade maior de imóveis por mais tempo, pois existe forte
probabilidade deles se valorizarem muito acima da inflação;
– Do meio para o final do ciclo, recomendo realizar operações de trade down, ou seja,
de vender um imóvel mais caro para comprar um mais barato, desde que se encaixe
ao seu novo estilo de vida, com a saída dos filhos de casa, por exemplo;
– No fim do ciclo, é a hora de se ter pressa para vender; não precisa nem caprichar
tanto na negociação, porque os preços já estão esticados e os resultados foram
excelentes.
Ciclo comprador
Nunca mais se vende um prédio inteiro num fim de semana. Os estoques de imóveis
começam a subir, mesmo que não haja mais lançamentos.
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– Se o ciclo ainda estiver se configurando – portanto, no início – venda o mais rápido
possível. É preciso ter pressa. Quanto mais você tiver imóvel, pior para você, porque
os preços vão render menos do que a inflação;
– Do meio para o final do ciclo, são recomendadas operações de trade up, ou seja,
operações em que você tem a necessidade de aumentar o valor do imóvel que você
possui. Os preços estão deprimidos e você pagará menos pela diferença.
– Do início até quase o fim do ciclo, as operações de compra na planta são totalmente
desaconselhadas, pois darão retornos muito ruins. Nesse momento de mercado, você
precisa exigir descontos monstruosos para fazer valer a pena.
Mostrar quais são as táticas mais indicadas para cada período não vai adiantar nada
se eu não indicar em qual parte do ciclo nos encontramos.
No momento em que esta série está sendo escrita, meados de 2016, estamos
chegando ao fim de um período de mercado comprador que se iniciou em 2014 e que
deve se estender por mais alguns meses.
A melhor estimativa é que ainda teremos um período fraco de preços pela frente,
possivelmente até o fim de 2016 e, aos poucos, uma reação da velocidade de venda
de imóveis acontecerá no primeiro semestre de 2017.
O começo será lento porque os bancos ainda estarão muito restritivos para a
concessão de crédito e redução de taxas, então haverá uma reação mais rápida em
mercados que não precisam ou que já tenham concessão de crédito garantida.
Estamos falando de uma reação mais rápida na alta renda, que não precisa de crédito
e que realiza operações com permuta e dinheiro, e na baixa renda, que já tem crédito
garantido pelo programa Minha Casa Minha Vida.
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E presenciaremos o início de um mercado vendedor em algum momento do segundo
semestre de 2017, sendo a redução da taxa de juros o principal catalisador dessa
mudança, e, assim, teremos reações de preço para todos os segmentos de renda.
– É hora de fazer um trade up, se você realmente necessita de um imóvel mais caro e
tem condições financeiras;
– Se não tem nenhum impedimento para esperar 18 meses ou mais, imóveis têm uma
alta probabilidade de render bem acima da inflação nesse período;
– É um momento ideal para fazer apostas em imóveis na planta com projetos de alta
qualidade.
Se você precisa mesmo vender agora, não tem problema! Há ainda toda uma série
pela frente para sua orientação.
Esse é o tipo de conhecimento que não se perde e você poderá usá-lo para análises
para o resto de sua vida.
Para quem já leu, não é necessário revisitar. Para quem não leu ainda é uma leitura
obrigatória para entender melhor o mercado residencial.
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7 indicadores essenciais para entender o
mercado residencial
Fizemos um extenso artigo sobre a tendência dos imóveis residenciais de acompanhar
a inflação no longo prazo.
Uma das conclusões importantes daquele artigo é que o momento de entrada e saída
do mercado de imóveis residenciais pode ser mortal.
Quem ingressou nesse mercado na década de 1990 amargou mais de uma década de
preços de lado; e quem entrou em 2004 está dando risada sozinho até agora.
Entender o momento do mercado é essencial para o investidor conseguir retornos
diferenciados.
E, gostando ou não, quando você adquire um imóvel, mesmo para uso próprio, você
está entrando no mercado imobiliário.
O imóvel é a principal decisão de consumo que você terá na sua vida. É sua obrigação
tomar essa decisão da melhor forma possível.
Saber, por exemplo, que a confiança do consumidor no pico de sua série histórica é
um indicativo de que o mercado de imóveis pode estar aquecido – e você terá menos
margem de manobra em negociações.
Ou entender que, se existe uma tendência para a queda das taxas de juros, ela pode
significar que você deve se apressar para comprar, aproveitando preços de ocasião.
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São cinco indicadores de demanda e dois de oferta que precisam ser analisados para
se ter uma visão completa desse mercado no Brasil.
1.Preço de imóveis
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IVG-R
A vantagem desse índice é que ele tem um histórico maior – desde 2001 –, porém, o
fato de usar a avaliação de terceiros, em vez do preço efetivo da transação, dá
margem a distorções em relação ao preço efetivo de mercado.
Minha forma preferida de estudar esse índice é quando retiramos o efeito da inflação
dos números.
O IVG-R deflacionado irá nos apontar quanto os preços subiram (ou caíram) em
termos reais, ou seja, expurgando o efeito da inflação.
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Essas mudanças estão relacionadas à criação de riqueza do país, com aumento da
renda per capita acima da inflação ou reduções estruturais de juros e dilatação de
prazos.
No caso brasileiro, ocorreu uma mudança estrutural no começo dos anos 2000 que
facilitou a recuperação de imóveis financiados cujo comprador estivesse inadimplente,
por meio da alienação fiduciária.
Nunca tente lutar contra uma mudança estrutural de mercado. O melhor curso de
ação para compradores num período como esse é comprar o mais rápido possível.
Em 2014, diante do aumento de preço dos imóveis, da alta das taxas de juros, do
aumento da entrada requerida e da redução do prazo de pagamento, a única
tendência possível seria uma lenta queda em relação à inflação, que pode ser
verificada no período de 2014 a 2015.
FipeZap
A vantagem é que ele engloba imóveis anunciados, considerando até aqueles que são
comercializados sem a utilização de financiamento. A desvantagem é que o valor
anunciado geralmente é diferente do valor negociado. Sempre existe um desconto!
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Mesmo imóveis que ficaram anos a fio sendo anunciados por preços fora da realidade
correm o risco de integrar esse índice, distorcendo-o.
2. Concessão de crédito
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A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip)
divulga regularmente o número de unidades e o volume em reais financiados no País.
Fonte: ABECIP
Para computar essas outras fontes, o Banco Central realiza um levantamento de todos
os financiamentos imobiliário realizados no País, independentemente da fonte de
recursos. A desvantagem é que essa pesquisa não tem um histórico longo.
Lembre-se que um aumento dos juros empurra o comprador para um imóvel menor
ou para uma longa espera, reduzindo a demanda agregada do mercado.
Qualquer pequena diferença de 0,5% ao ano tem um forte impacto nas possibilidades
de compradores e, portanto, não deve ser considerada pequena ou trivial.
Fonte: Bacen - Taxa média de juros das operações de crédito com recursos
direcionados - Pessoas físicas - Financiamento imobiliário com taxas de mercado e
com taxas livres.
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Você confere as expectativas de mercado em relação à taxa Selic pelo relatório Focus
do Banco Central.
4. Confiança do consumidor
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Fonte: Fundação Getúlio Vargas / IBRE
Um índice situado na sua mínima histórica indica que muitas pessoas estão em modo
de espera para realizar transações. E também sinaliza uma possível oportunidade para
compradores.
Quando o índice atinge o seu máximo, o mercado está indicando uma possível
oportunidade para vendedores.
5. Expectativa de preços
Então, não vai surpreender ninguém que todo comprador tem uma opinião sobre a
tendência futura dos preços do mercado de imóveis, mesmo que ele não tenha
passado mais do que alguns minutos pensando sobre isso.
O fato de a maioria dos potenciais compradores esperar uma queda de preços pode
resultar em dois cenários: (i) efetiva queda dos preços dos imóveis ou (ii) paralisia do
mercado, com os vendedores rejeitando reduzir preços.
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Já o fato de a maioria dos compradores esperar um aumento de preços só pode
significar um efetivo aumento de preços em um mercado muito líquido.
O FipeZap realiza uma pesquisa trimestral para pessoas que querem comprar um
imóvel em três meses chamada Raio X FipeZap. Ela estima a expectativa de preços
desses participantes para os 12 meses seguintes e também para 10 anos.
Conjunto da obra
Uma análise inteligente das questões de demanda dará pistas preciosas para modular
nossa atuação no mercado de imóveis, nem que seja para uma única e simples conta.
Se o conjunto de indicadores mostra falta de confiança, expectativa de queda de
preços e capacidade de pagamento diminuída, a balança do poder de negociação está
do lado do comprador.
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particulares – ou novo – geralmente vendido por incorporadoras, empresas
desenvolvedoras.
A questão é que não há uma coordenação formal das ações das incorporadoras. Elas
não formam um conjunto homogêneo que toma decisões coletivas. Pelo contrário, a
competição entre as incorporadoras é intensa e as pressões por resultados dos
acionistas também.
O nível de informação pública disponível para cada mercado varia muito. O Secovi-SP,
por exemplo, tem uma boa quantidade de informação sobre oferta e nível de vendas
para a região metropolitana de São Paulo.
Estoque
Cada vez que uma incorporadora coloca um empreendimento com imóveis novos à
venda acontece o que é conhecido no jargão de mercado como lançamento.
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O indicador de estoque é o conjunto de todas as unidades do empreendimento
lançadas que ainda não foram vendidas, independentemente de o empreendimento
estar pronto ou não.
Para entender melhor as razões é que precisamos saber como foi o comportamento
das incorporadoras em relação aos lançamentos de novas unidades à venda.
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Fonte: Pesquisa Mensal Imobiliária – Secovi
Repare o contraste entre o ano de 2010, com maior quantidade de imóveis novos
lançados a mercado e com menor estoque, e 2015, com menos lançamentos e
estoque estável.
Um cenário completo
Abraço
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reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98
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