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FACULDADE DE FARMÁCIA

UNIVERSIDADE DE LISBOA

FÍSICA
Sebenta de EXERCÍCIOS

LISBOA

2023-2024
FACULDADE DE FARMÁCIA

UNIVERSIDADE DE LISBOA

FÍSICA
Sebenta de EXERCÍCIOS

2023/2024

Profª. Responsável: Doutora Lídia Veloso Pinheiro


Outros Docentes: Doutora Célia Cardona Faustino
Doutora Isabel Ribeiro da Silva
Doutora Liana Casquinha da Silva

2
ÍNDICE

1. ANÁLISE DIMENSIONAL ………………………………………………………………… 4

2. DEFORMAÇÕES DE SÓLIDOS………………………………………………………… 10

3. SEDIMENTAÇÃO e CENTRIFUGAÇÃO………………………………………………... 12

4. ESCOAMENTO (Fluidos Ideais e Fluidos Reais) ……………………………….......... 15

5. REOLOGIA DE FLUIDOS ……………………………………………………………...… 20

6.TENSÃO SUPERFICIAL ………………………………………………………………….. 24

7. ONDAS ULTRASSÓNICAS ………………………………………………………….. 27

8.
ÓTICA (Refração) ………………………………………………..................................... 29

ÓTICA (Polarização) ……………………………………………….................................. 30

Formulário ……………………………………………………………………………………. 32

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1. ANÁLISE DIMENSIONAL

GRANDEZAS E UNIDADES DE BASE DO SISTEMA INTERNACIONAL (SI)

GRANDEZA DE BASE UNIDADE SI DE BASE


nome símbolo dimensão nome Símbolo
de base
comprimento l, L L metro m

massa m M quilograma kg

tempo t T segundo s

corrente elétrica I I ampere A


(intensidade de corrente elétrica)

temperatura termodinâmica T  kelvin K

quantidade de matéria n, () N mole mol

intensidade luminosa Iv J candela cd

4
Elementos de Revisão:

2ª Lei de Newton: F  ma
F = força; m = massa; a = aceleração

momento linear, P p  mv
m = massa; v = velocidade

x
velocidade, v v 
t
x = espaço percorrido; t = tempo

v
aceleração, a a
t
v = velocidade; t = tempo

trabalho, W: W  Fd
F = força; d = deslocamento

1
energia cinética, Ec: Ec  mv 2
2
m = massa; v = velocidade

W
potência, P: P
t
W = trabalho; t = tempo

P
intensidade, I: I
A
P = potência; A = área

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1.1 – Considere a seguinte equação proposta para descrever a velocidade (v) das ondas
de superfície, no âmbito de uma avaliação de parâmetros de elasticidade de um sistema
líquido:

g 2
v2  
2 

g é a aceleração da gravidade,  éo comprimento de onda, e  representam,


respetivamente, a massa volúmica e a tensão superficial dos líquidos estudados. Verifique
a homogeneidade dimensional desta equação.

1.2 – A altura h a que um líquido se eleva no interior de um tubo capilar é função do raio (r)
do tubo, da massa volúmica () do líquido e da sua tensão superficial (), de acordo com a
expressão:
2
h
gr
onde g é a aceleração da gravidade.
a) Quais deverão ser as dimensões de  para que a expressão anterior seja
dimensionalmente homogénea?
b) Indique as unidades da tensão superficial nos sistemas SI (Sistema Internacional de
unidades) e CGS.

1.3 – A velocidade limite (vL) de uma partícula esférica de raio r que se desloca, sob a ação
da gravidade, no seio de um fluido de viscosidade , é dada pela expressão:

2 ( S   f ) gr 2
vL 
9 
onde  e f correspondem às massas volúmicas da partícula e do fluido, respetivamente,
sendo g a aceleração da gravidade. Determine as dimensões de  para que a expressão
seja dimensionalmente homogénea e indique as unidades da viscosidade no Sistema
Internacional de Unidades (SI).

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1.4 – A força de natureza eletrostática que se estabelece entre duas partículas carregadas
é directamente proporcional à carga Q das partículas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância d que as separa, como atesta a lei de Coulomb:
Q1Q2
Fk
d2
a) Determine, por meio da análise dimensional, as unidades do sistema SI em que vem
expressa a constante de proporcionalidade k. Recorde a expressão que relaciona a
carga elétrica com a intensidade de corrente I e com o tempo t:
Q
I
t
b) Sabendo que a constante de proporcionalidade anterior é igual a 1/(4 0), indique as
unidades SI da permitividade do vácuo, 0.

1.5 – Mostre que, para gases a baixa pressão, a viscosidade () e o coeficiente de difusão
(D) podem ser expressos em unidades do Sistema Internacional (SI), respetivamente, em
(Pa.s) e (m2s1). Relacione a unidade SI da viscosidade com a unidade CGS da
viscosidade Poise (P). Para este exercício, leve em consideração as relações D e
D1 . Considere também que:

1.6 – Considere uma esfera de raio r que se desloca com velocidade v, no seio de um
fluido de viscosidade .

a) Determine a expressão (1) que lhe dá a força de atrito opositora ao movimento da


esfera, sabendo que esta é função do raio da esfera, da velocidade da esfera no
seio do fluido e da viscosidade do fluido. A constante de proporcionalidade é igual a
6 e as dimensões de  correspondem às do produto de uma pressão por um
tempo.

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b) A expressão deduzida na alínea anterior deixa de ser válida para velocidades
elevadas, quando o fluxo se torna turbulento. Nestas condições a força de atrito é
dada pela equação (2), onde K é uma constante adimensional e  a densidade do
fluido.
F  Kv 2r a (2)
b.1) Determine a recorrendo à análise dimensional.
b.2) Calcule a velocidade crítica v para a qual se tem (1)  (2).

1.7 – Determine a expressão que lhe dá a vazão (volume escoado por unidade de tempo)
de um líquido de viscosidade  através de um tubo cilíndrico de comprimento l, sabendo
que esta é função do raio r da secção recta do tubo, da viscosidade do fluido e do
gradiente de pressão (p/l) ao longo do tubo. A constante de proporcionalidade é igual a
/8 e as dimensões de  correspondem às do produto de uma pressão por um tempo.

1.8 – Utilizando o método da análise dimensional, encontre a expressão para a constante


de torção de um fio de arame, sabendo que a referida constante é uma função da tensão
deformadora  ( F/A), do raio (r) do fio e do comprimento (l). Considere a constante de
torção como o Momento da Força (M) necessário para torcer uma das extremidades do fio
relativamente à outra extremidade (M  F×r).

1.9 – A intensidade média (I) de uma onda sonora é uma função da amplitude do
movimento do ar (A), da frequência (f), da massa volúmica do ar () e da velocidade do
som (c). Considerando as grandezas fundamentais, massa, comprimento e tempo,
encontre os valores dos expoentes , β e  na equação dimensional. Considere que a
amplitude do movimento do ar é dada em dimensão de comprimento e que a intensidade
varia com a primeira potência da velocidade do som.

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1.10 – Uma gota de uma solução aquosa de NaCl desloca-se sob a ação da gravidade.
Supondo que a resistência do ar é proporcional ao quadrado da velocidade, a aceleração
resultante é dada pela equação,

dv
 g  k v2
dt

onde g (igual a 9,8 ms-2) é a aceleração da gravidade e k é uma constante.


a) Quais são as dimensões de k?
b) Determine o valor de k, considerando que a velocidade terminal da gota (diâmetro
igual a 1,7 mm) é aproximadamente igual a 5 ms-1.

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2. DEFORMAÇÕES (em sólidos e fluidos)

2.1 – Quando uma pessoa se inclina para levantar um peso do chão produzem-se forças
consideráveis próximo da base da coluna vertebral. O disco na base da coluna fica assim
sujeito a uma força de compressão.
a) Calcule a pressão a que o disco é submetido, para uma força de 3000 N, sabendo
que a sua área é de 1103 m2.
b) Sendo a altura do disco, quando relaxado, de 0,80 cm, calcule de quanto este é
comprimido, nas condições da alínea anterior, admitindo uma relação linear entre
tensão e deformação. O módulo de Young é de 2,0107 N m2.
c) Qual o valor da força capaz de originar uma tensão de 1,5107 N m2, suficiente
para provocar a ruptura do disco?

2.2 – Considere um osso cilíndrico com 10 cm de comprimento e 10 mm de diâmetro.


Calcule a força de tração (aplicada nas extremidades) que é necessário aplicar para que a
contração transversal (r/r) do osso seja igual a 1,9104. Sabe-se que o módulo de Young
do osso é de 11010 Pa e o seu coeficiente de Poisson é de 0,3.

2.3 – Considere um biomaterial com a forma de um cubo, com arestas de 20 cm, em que a
face inferior se encontra rigidamente ligada a uma superfície. Na face paralela a esta é
aplicada, tangencialmente, uma força de 7500 N. Sabendo que o módulo de Corte do
biomaterial é igual a 8106 N m2, calcule:
a) O deslocamento da face superior em relação à inferior.
b) O ângulo de cisalhamento.

2.4 - Uma barra de cobre com o comprimento de 80 cm apresenta uma secção reta
quadrada de lado igual a 2 mm e tem uma das extremidades encastrada numa superfície
fixa. Da outra extremidade da barra está suspensa uma massa de 12 kg que lhe provoca
um alongamento de 0,214 mm.
10
a) Calcule o módulo de Young do cobre.
b) Sabendo que a variação r da espessura da barra foi de –1,7110-7 m, determine o
coeficiente de Poisson do metal.

2.5 – A caracterização mecânica do cabelo humano é essencial para o desenvolvimento de


melhores produtos cosméticos. Considere um cabelo de 15 cm de comprimento e 0,1 mm
de diâmetro, o qual suporta uma massa de 10,0 mg. Determine o alongamento do
cabelo, sabendo que o seu módulo de Young tem o valor de 2109 N m-2.

2.6 – Uma prensa hidráulica contém 0,25 m 3 de um óleo. Determine a variação de volume,
quando a variação de pressão no interior da prensa é de 3,6107 Pa. O módulo de
elasticidade volumétrica do óleo é 50108 N m2.

2.7 - O coeficiente de compressibilidade da água é igual a 510-10 m2 N-1. Calcule o


decréscimo no volume de 150 cm 3 de água quando sujeita a uma pressão de 20 MPa.

2.8 – A amilase do amido em determinada preparação tem um módulo de elasticidade


igual a 5108 Pa e uma tensão de rutura igual a 15 MPa. O limite de elasticidade é atingido
quando a deformação é de 2,5%. Para uma amostra de 0,1 mm de espessura e dimensões
10 mm  50 mm a que se aplica uma força de tração segundo a direção de maior
dimensão, determine:
a) A força máxima de distensão que a amostra pode suportar.
b) A tensão de cedência, considerando-a igual ao limite de proporcionalidade.
c) O alongamento da amostra e a força aplicada no limite de cedência.
d) Quanto deveria ser a espessura da amostra para suportar a força calculada na
alínea a) sem deformação permanente.

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3. SEDIMENTAÇÃO e CENTRIFUGAÇÃO

3.1 – Uma amostra de Bicarbonato de Sódio (massa volúmica igual a 2,159 g cm -3),
contendo partículas com um diâmetro médio de 150 µm, foi dispersa num meio aquoso
(densidade e viscosidade iguais, respetivamente, a 1,010 g cm -3 e 300 P). Calcule o valor
da velocidade de sedimentação média do pó, apresentando o resultado em unidades SI.
Dados: g  980 cm s2.

3.2 – Num ensaio de sedimentação a distância r da superfície da macromolécula ao eixo


de rotação alterou-se em função do tempo, da seguinte forma:

t / min 15,5 29,1 36,4 58,2


r / cm 5,05 5,09 5,12 5,19

Sabendo que a velocidade de rotação da centrífuga era de 45 000 rpm, calcule a constante
de sedimentação do soluto.

3.3 – O rotor de uma centrífuga opera à velocidade de 25 000 rpm. O topo e o fundo de um
tubo de centrífuga estão a 5,5 cm e a 9,5 cm, respetivamente, do eixo central do rotor.
Calcule a força centrífuga relativa exercida sobre uma partícula que se encontre no topo e
no fundo do referido tubo. Justifique os cálculos.

3.4 – Um complexo de proteínas (em solução de 10% de sacarose) apresenta um


coeficiente de sedimentação igual a 12,7 Sv, à temperatura de 4 ºC.
a) Qual será a velocidade de sedimentação deste complexo nas condições referidas,
quando ele se encontrar a 6,0 cm do eixo central de um rotor à velocidade rotacional
de 40000 rpm?
b) Se a densidade do solvente for igual a 1,0419 g cm3, qual será o valor de s20,água
para o complexo proteico (nas condições experimentais referidas no enunciado)?

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Considere que o volume parcial específico do complexo proteico ( ) é igual a 0,71
cm3 g-1. Comente o resultado obtido.
Dados: 20,água  0,998203 g cm3 ; 20,água  1,002 mPas; 4,água  1,567 mPas; 4,sacarose  1,76
cP.

3.5 – Estudos de sedimentação da hemoglobina em água forneceram uma constante de


sedimentação de 4,5 Sv, a 20 ºC. A esta temperatura o coeficiente de difusão da proteína
é de 6,3107 cm2 s1. Dados: R  8,314 J mol1 K1 ; NA 6,0221023 mol1.
a) Calcule a massa molar da hemoglobina, tomando para o seu volume parcial
específico o valor de 0,75 cm3 g1. A massa volúmica da solução é de 0,998 g cm 3.
b) Faça uma estimativa do raio efetivo da molécula de hemoglobina, sabendo que a
viscosidade da solução é de 1,00103 kg m1 s1. Este valor será real ou aparente?
Justifique.
c) Compare o valor obtido na alínea anterior com o valor esperado, tendo em conta o
volume parcial específico da proteína.

3.6 – Na sedimentação da albumina sérica bovina, a 25 ºC, verificou-se que durante a


centrifugação a 56 850 rpm a distância radial (r) ao eixo de rotação variava ao longo do
tempo de centrifugação de acordo com o gráfico a seguir apresentado:

0,10

0,08 y  1,78 .105 x

0,06
ln(r /r 0)

0,04

0,02

0,00
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
t /s

a) Calcule o coeficiente de sedimentação da proteína.


b) Determine a velocidade limite a que fica sujeita uma microesfera de albumina, de
diâmetro 500 m, ao deslocar-se no plasma sanguíneo sob a ação da gravidade.
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Dados: plasma  1,50 cP; plasma  1,025 g cm3 ; microesfera  1,3 g cm3 ; g  9,8 m s2.

3.7 – A ultracentrifugação analítica em gradiente de cloreto de césio é uma técnica que


permite a determinação de massas moleculares, através do valor do coeficiente de
sedimentação obtido experimentalmente.
Considere a centrifugação de uma amostra de sangue, a 23000 rpm e à
temperatura de 20 ºC, na qual se verificou uma variação linear da distância radial com o
tempo de centrifugação (t), de acordo com a expressão:
ln(x/x0) = 76,8 10-6 (t /min)
a) Determine o coeficiente de sedimentação dos eritrócitos, à temperatura
considerada.
b) Calcule a massa de uma mole de eritrócitos (raio igual a 5 m), com base no
coeficiente de sedimentação obtido.
Dados: V 0,912 cm3 g1 ; eritrócito  1,617 g cm3 ; plasma  1,027 g cm3 ;

 plasma  1,73 mPa s ; R  8,314 J mol1 K1 ; NA  6,0221023

3.8 – Calcule a velocidade de sedimentação e o número de Reynolds relativamente ao


fluxo de partículas sólidas num gás, à temperatura de 21 ºC e pressão de 100 kPa.
onsidere que as partículas são esféricas, possuindo um diâmetro de 60 m e densidade
1,280 g cm3. A densidade e a viscosidade do gás são iguais a 1,2 kg m 3 e 1,810-5 Nm-
2s, respetivamente. Justifique os cálculos efetuados.
Dados: g  9,8 m s2.

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4. ESCOAMENTO (Fluidos Ideais e Fluidos Reais)

4.1 – Determine a pressão mínima na válvula da artéria aorta de uma girafa, considerando
que a distância entre a referida válvula e a cabeça do animal é de 2,50 m. Admita que a
artéria que percorre a válvula até à cabeça da girafa apresenta uma secção transversal
constante, e que o sangue se comporta como um fluido incompressível de massa volúmica
1,0 g cm3. Considere nula a pressão na cabeça. Dados: g  9,8 m s2.

4.2 – Através do tubo horizontal representado na figura seguinte, e cujas secções são A1
(área igual a 10 cm2) e A2 (área igual a 5 cm2), circula um fluxo de água (Q igual a 1,0
103 m3 s1). Considere que o depósito se encontra aberto à atmosfera e que a pressão na
secção A1 é igual a 1 atmosfera.
Calcule a altura (h) máxima acima deste depósito a que pode encontrar-se o tubo
horizontal, para que a água possa ascender até ele.

Dados: água  1,0 g cm3 ; g  9,8 m s2 ; 1 atm = 101325 Pa.

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4.3 – Considere duas secções (S1 e S2) de um tubo cilíndrico por onde circula água, à
temperatura de 25 ºC. S1 e S2 encontram-se a 10 cm e a 6 cm, respetivamente, acima da
superfície de referência. O escoamento através do tubo é igual a 40 Ls -1.

4.4 - As veias cavas são duas veias largas que conduzem o sangue ao coração, cada uma
possuindo um diâmetro de cerca de 3,0 cm. Calcule a velocidade média do sangue nas
veias cavas quando este se move a partir do coração através da artéria aorta (diâmetro de
2,5 cm) a uma velocidade média de 20,0 cm s-1.

4.5 - Uma artéria de um doente com diagnóstico de arteriosclerose viu o seu diâmetro
interno reduzido de um terço. Determine por que fator o fluxo de sangue é reduzido,
admitindo que a diferença de pressão ao longo da artéria permanece inalterada.

4.6 – O transporte de água nas plantas ocorre através de vasos capilares extremamente
pequenos conhecidos como xilema, cujo raio (R) é da ordem dos 2,4 m. A velocidade do
transporte depende da distância (r) ao centro do vaso xilema. Considere que para uma
dada planta, uma solução a 10% de sacarose ( = 1,2 g cm3), cuja viscosidade cinemática
é de 0,80 cSt, flui através dos vasos xilema, de acordo com o perfil de velocidade a seguir
representado

2,0
1,8
1,6
1,4
v / mm s1

1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

R/ m
:

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a) Determine o gradiente de pressão a que está sujeita a solução.
b) Calcule a taxa volumétrica de escoamento.
c) Classifique o regime de escoamento. O resultado obtido está de acordo com o perfil
de velocidade apresentado? Justifique a sua resposta.

4.7 – A viscosidade e a densidade do sangue à temperatura fisiológica são,


respectivamente, 4cP e 1,0 g cm3. Para uma pessoa em repouso sabe-se que o coração
bombeia 5 L de sangue para a artéria aorta em 1 minuto. O diâmetro típico da aorta é de
2,5 cm.
a) Calcule o gradiente de pressão ao longo da aorta.
b) Calcule a velocidade média de escoamento do sangue através da aorta.
c) Determine o Número de Reynolds e classifique o tipo de escoamento.
d) Para uma pessoa em actividade física intensa o coração pode bombear até 30 L de
sangue por minuto. Determine o Número de Reynolds nestas condições. Que
conclui?

4.8 - Considere um capilar de diâmetro interno 1,5 mm e calcule:

a) a quantidade de água que escoará através do mesmo, em 60 s, se o gradiente de


pressão através do capilar for de 1,6104 Pa m-1. A viscosidade da água é igual a
1,002 cP e a sua massa volúmica é de 1,00 g cm -3. Outros dados: g = 9,8 m s-2.
b) a velocidade média de escoamento da água, nas condições da alínea anterior.
c) o comprimento do capilar, sabendo que a diferença de pressão através do mesmo é
de 6 cm de mercúrio e que a massa volúmica do mercúrio é de 13,6 g cm -3. Outros
dados: 1 mmHg = 133,322 Pa.
d) o Número de Reynolds para o caso em estudo, classificando o tipo de escoamento.

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4.9 – A variação da viscosidade de um líquido com a temperatura obedece em geral a uma
equação do tipo de Arrhenius:

  Ae E / RT
Estudou-se a influência da temperatura na viscosidade da glicerina, recorrendo a
um viscosímetro de Hoppler, tendo-se obtido a seguinte relação:
1
ln(/ Pa s)   19,5 + 5,7×103
(T / K)

Determine a energia de ativação do processo, E, indicando as unidades em que


esta vem expressa. Dados: R  8,314 J mol1 K1.

4.10 – O efeito da temperatura na viscosidade de uma solução de quitosano foi analisado


com recurso a um viscosímetro de Ubbelohde. Form obtidos os seguintes resultados:

t / ºC 24,3 26,4 28,4 30,3 32,4


 / cP 710,5 620,8 549,5 490,0 425,5

a) Mostre que a variação da viscosidade do quitosano com a temperatura obedece a


uma equação do tipo de Arrhenius:

  Ae E / RT
b) Determine a energia de ativação do processo, E, indicando as unidades em que
esta vem expressa. Dados: R = 8,314 J mol-1 K-1.

4.11 – Os efeitos da temperatura nas propriedades de escoamento das bebidas lácteas,


tem sido objecto de diversos estudos, dada a sua importância em termos de textura e
estabilidade. Calcule a temperatura à qual a viscosidade de uma bebida láctea é igual a
40% do seu valor a 20 ºC. Para os cálculos, considere a equação do tipo de Arrhenius
tradutora do efeito da temperatura sobre a viscosidade. Dados:  (20ºC)  0,0010 N s m2; 
(0ºC)  0,0018 N s m2.

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4.12 – Considere a administração intravenosa a um paciente, de uma solução isotónica de
Cloreto de Sódio (um corretivo do equilíbrio hidroeletrolítico). Se antes de ser injetada no
braço do paciente, a solução salina fluir a uma velocidade média de 0,5 mm/s num tubo
polimérico de 2 m de comprimento e 2 mm de diâmetro interno, calcule o fator friccional, a
taxa de escoamento e a variação da pressão no referido tubo. Admita que a solução
isotónica de Cloreto de Sódio apresenta propriedades idênticas às da água (a 20 ºC) e que
o percurso intravenoso é horizontal.
Dados:água, 20 ºC  1,0 103 Pa s ;água, 20 ºC  0,998 g cm3

4.13 – É possível determinar o raio médio de uma partícula recorrendo à equação de


Einstein para as dispersões coloidais:

/0 = 1 + 2,5

em que  representa o volume relativo da fase dispersa, isto é, o número de partículas


esféricas, de raio r, existentes num determinado volume de solução.
As viscosidades relativas, /0, de várias soluções de glicerina foram obtidas no laboratório
utilizando-se para o efeito um viscosímetro de Ostwald, constando os valores da tabela a
seguir apresentada.

c / mol dm-3 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00


/0 1,000 1,073 1,137 1,201 1,268

Com base nos resultados obtidos calcule o raio de uma molécula de glicerina, recorrendo
para o efeito ao método gráfico. Dados: NA = 6,0221023 mol-1.

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5. REOLOGIA DE FLUIDOS

5.1 – O processamento, a formulação e o tempo de armazenagem de muitos produtos


farmacêuticos e dermocosméticos dependem das suas propriedades de escoamento.
Considere as seguintes curvas de fluxo, respeitantes a algumas formulações disponíveis
no mercado:


/Pa
Pa
A

B C

DsD11
(dv/dx)/s

a) Classifique reologicamente os fluidos A, B e C. Justifique a sua resposta.


b) Esboce as respetivas curvas de fluxo  versus (dv/dx) para os fluidos A, B e C.
Justifique.
c) Como se designa e a que se deve a área entre as duas curvas no reograma
correspondente ao fluido B?
d) Sabendo que o fluido A obedece à equação:
  0,60  0,35 (dv/dx) (SI)
d.1) Determine o valor da tensão de corte, para a velocidade de corte de 250 min1.
Apresente o resultado em unidades do sistema CGS.
d.2) Indique a tensão crítica e a viscosidade do fluido, em unidades do sistema SI e
do sistema CGS.
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5.2 – Os resultados reológicos apresentados na tabela seguinte foram obtidos através de
um viscosímetro rotacional para uma suspensão farmacêutica.

 / s-1  / dyn cm-2


100 10200
200 11200
300 12200
400 13200
500 14200
600 15200

a) Calcule o valor da tensão de cedência e da viscosidade. Discuta o significado da


viscosidade obtida.
b) Como se chamam os gráficos que permitem calcular a tensão de cedência?
c) Como classificaria reologicamente esta suspensão farmacêutica?

5.3 – No decurso do estudo do comportamento reológico de um champô, a temperatura


constante, obteve-se a seguinte relação:
log(/P)  0,80 + 0,25log  /s1)
a) Determine a expressão da lei da potência para o champô analisado.
b) Classifique o comportamento reológico do champô. Justifique a sua resposta.
c) Calcule o valor da viscosidade e da tensão de corte para a velocidade de corte de
30 s1. Apresente os resultados em unidades do Sistema Internacional.

5.4 – No estudo reológico de uma amostra de geléia real verificou-se que os dados
experimentais obtidos obedeciam à equação  = 6,42  1,25 (CGS), em que  representa a
tensão de corte e  representa a velocidade de deformação em corte.
a) Classifique a geléia do ponto de vista reológico.
b) Esboçe o reograma do fluido.
c) Determine o valor da tensão de corte para a velocidade de corte de 5,0 s -1.
d) Calcule a viscosidade aparente quando a velocidade de corte é igual a 2,5 s -1.
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5.5 - No âmbito da avaliação reológica de uma solução de amido de milho em água, a
temperatura constante, obtiveram-se os seguintes resultados experimentais:

10-3 / cP 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 5,4 6,4

 / min-1 0,6 1,5 3,0 6,0 12,0 30,0 60,0

a) Determine os valores da tensão de corte aplicada e represente graficamente esta


grandeza em função do gradiente de velocidade, utilizando unidades do sistema SI.
b) Classifique o comportamento reológico do fluido em análise atendendo à alínea
anterior.
c) Determine a expressão do tipo potência,  = K  n, para a solução estudada.

5.6 – O reograma a seguir apresentado mostra a variação da tensão de corte do sangue


humano com a velocidade de corte. As determinações foram efectuadas utilizando um
viscosímetro rotacional de cone e prato, à temperatura fisiológica de 37 ºC, no intervalo de
velocidades de corte [25-350] s1.

14,0

12,0
y  0,09x0,83
 / dyn cm2

10,0

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0
0 100 200 300 400

1
(dv/ dx )/s

22
a) Identifique as constantes K e n, de acordo com a lei da potência.
b) Classifique, justificando, o comportamento reológico do sangue no intervalo de
velocidades de corte estudado.
c) Calcule o valor da viscosidade aparente para a velocidade de corte de 100 s1.
Apresente o resultado em unidades do Sistema Internacional.

5.7 – Num estudo hemorreológico verificou-se que a viscosidade do sangue em mulheres


com elevada probabilidade de doença arterial coronária é superior à de mulheres em que a
referida probabilidade é pequena. Utilizando um viscosímetro rotacional de cone e prato foi
possível obter a variação da viscosidade sanguínea com a velocidade de corte, no
intervalo [25-250]s1, à temperatura fisiológica de 37 ºC.
Atente na seguinte curva de fluxo, obtida para mulheres com elevada probabilidade
de doença arterial coronária:

40
y = 1,85x + 4,34
35
30
( /mPa)1/2

25
20
15
10
5
0
0 5 10 15 20

[(dv/dx)/s -1]1/2

a) Qual o modelo matemático utilizado para descrever o comportamento do fluido?


b) Calcule 0 e K.

23
6. TENSÃO SUPERFICIAL

6.1 - Calcule o trabalho mínimo necessário para aumentar a área superficial da água de 2
cm2 para 5 cm2, a 20 ºC, sabendo que a esta temperatura a tensão superficial da água é
igual a 72,0 dyn cm-1.

6.2 – A variação observada nos valores da tensão superficial da urina poderá ser utilizada
como um indicador em determinadas situações de proteinúria. Determine a tensão
superficial de uma amostra de urina, à temperatura de 22 ºC, considerando que a mesma
se eleva 2 cm ao longo de um tubo capilar de 1,8 mm de diâmetro. Dados: urina  1,012 g
cm3 ; g  9,8 m s2.

6.3 – Um tubo capilar de vidro, mantido na posição vertical, é ligeiramente imerso numa
tina com água destilada, à temperatura de 25 ºC. A água eleva-se no interior do tubo até
atingir uma altura de 7,37 cm, medidos a partir da superfície do líquido.
a) Sabendo que a tensão superficial da água, à temperatura considerada, é de 72,0
dyn cm1, determine o diâmetro do tubo capilar.
b) Calcule a pressão que é necessário exercer para fazer baixar o líquido no capilar
até metade da altura a que este havia subido inicialmente.
Dados: água, 25 ºC  0,997 g cm3 ; g  9,8 m s2.

6.4 - Um tubo capilar é mergulhado num recipiente com água, estando a extremidade
inferior a 10 cm abaixo da superfície. A água sobe no tubo capilar até uma altura de 5 cm
acima da superfície do líquido. Admitindo que o ângulo de contacto é nulo, calcule:
a) a pressão hidrostática necessária para a formação de uma bolha na extremidade
inferior do tubo capilar.
b) o raio do tubo capilar.
c) Indique a variação da tensão superficial, após a adição de um detergente à água
contida no recipiente. Justifique.
Dados: água, 25 ºC  72,0 mN m1; água, 25 ºC  0,997 g cm3 ; g  9,8 m s2.

24
6.5 – Um tubo capilar de vidro, de diâmetro interno 0,4 mm, encontra-se na posição vertical
e ligeiramente imerso num recipiente contendo mercúrio. Sabendo que a depressão capilar
é de 2,82 cm e a tensão superficial do mercúrio é de 490 dyn cm 1, determine o ângulo de
contacto entre o vidro e o mercúrio. Que conclusões retira?
Dados: Hg  13,6 g cm3 ; g  9,8 m s2

6.6 – Considere uma bolha de champanhe com 0,10 mm de raio.


a) Sabendo que a diferença de pressão é de 1,5 kPa, determine a tensão superficial do
champanhe.
b) Calcule a altura da coluna de líquido que a bolha é capaz de suster. Tome a
densidade do champanhe como aproximadamente igual a 1,0 g cm 3 e considere g
 9,8 m s2.

6.7 – A tensão interfacial entre o tetracloreto de carbono e a água é de 45 dyn cm 1 e as


tensões superficiais do tetracloreto de carbono e da água são 26,95 dyn cm 1 e 72,75 mN
m1, respetivamente. Determine o ângulo de contacto entre a água e o tetracloreto de
carbono, para uma gota de água na superfície do líquido orgânico. Que conclusões retira?

6.8 - A tensão superficial varia com a concentração da solução, a temperatura constante,


de acordo com a expressão,
 = –RT.lnc + constante
onde  representa a concentração superficial de excesso:
As tensões superficiais de soluções aquosas de butanol de diferentes concentrações foram
determinadas experimentalmente, à temperatura de 20 ºC, tendo-se obtido os seguintes
resultados:

c / mol L-1 0,0264 0,0536 0,1050 0,2110 0,4330


 / mN m-1 68,00 63,14 56,31 48,08 38,87

Calcule a área ocupada por molécula. Dados: NA = 6,0221023 mol-1.


Nota: A resolução deste exercício deve ser efectuada utilizando o método gráfico.

25
6.9 – Na tabela seguinte apresentam-se os valores da tensão superficial da água a várias
temperaturas:
t / ºC  / mN m1 t / ºC  / mN m1 t / ºC  / mN m1
0 75,7 35 70,4 70 64,3
5 75,0 40 69,6 75 63,4
10 74,3 45 68,7 80 62,5
15 73,5 50 67,9 85 61,5
20 72,7 55 67,0 90 60,6
25 72,0 60 66,1 95 59,6
30 71,2 65 65,2

A partir dos valores de t e de  indicados na tabela, e da relação entre eles deduzida


por Guggenheim, determine os parâmetros de ajuste. Discuta o seu significado.
Dados: Tc 374 ºC.
Nota: A resolução deste exercício deve ser efectuada utilizando o método gráfico.

6.10 – Considere uma solução aquosa de dodecilsulfato de sódio (SDS), um detergente


aniónico usado na desnaturação proteica. Calcule a variação de pressão ocorrida numa
bolha do referido detergente (com 1 mm de diâmetro) em ar. O valor da tensão superficial
é cerca de metade do valor da tensão superficial na interface ar-água. Discuta o resultado
obtido.
Dados: ar/água, 25 ºC  0,0720 N m1.

26
7. ONDAS SONORAS

7.1 – Calcule o comprimento de onda de uma onda longitudinal de 262 Hz, que se propaga
em água doce. Considere o módulo volumétrico e a massa volúmica da água doce iguais a
2,04×1011 Pa e 1,00×103 kg m3, respetivamente.

7.2 – Uma onda sonora possuindo um nível de intensidade igual a 80 dB, incide sobre o
tímpano cuja área é de 0,6 cm2. Qual a energia absorvida pelo tímpano em 3 minutos?

7.3 - O som mais fraco que pode ser ouvido tem uma amplitude de pressão de cerca de
210-5 N m-2 e o som mais forte que pode ser ouvido sem dor tem uma amplitude de
pressão de cerca de 28 N m-2. Determine em cada caso a intensidade do som, em W m-2 e
em db, e a amplitude da oscilação, considerando uma frequência de 500 Hz. Considere a
densidade do ar igual a 1,29 kg m -3 e a velocidade do som igual a 345 ms-1.

7.4 – Uma fonte sonora tem uma frequência de 103 Hz e move-se a 30 m s1 em relação
ao ar.
a) Admitindo que a velocidade do som, em relação ao ar parado, é igual a 340 m s1,
determine a frequência percebida por um observador em repouso relativamente ao
ar e que vê a fonte a afastar-se dele.
b) Repita o cálculo admitindo que a fonte está em repouso e que é o observador que
se move, afastando-se da fonte, a uma velocidade de 30 m s 1. Que conclusões
retira?

7.5 – Na Indústria Farmacêutica, a utilização dos ultrassons tem-se mostrado vantajosa no


processo de compactação de pós para a obtenção de comprimidos. Considere
hipoteticamente um transdutor, que se desloca a uma velocidade de 2 m s 1 em direção a
um determinado volume de partículas sólidas (estacionárias), emitindo ondas ultrassónicas
de frequência igual a 2,5 MHz. Admita que a velocidade de som no meio considerado é
igual a 1300 m s1.
a) Calcule a frequência com que a onda sonora incide no volume de partículas sólidas.

27
b) Calcule o comprimento de onda na região frontal ao transdutor.
c) Uma vez que o som é refletido pelas partículas sólidas, estas atuam como uma fonte
emissora de ondas ultrassónicas cuja frequência é a calculada na alínea a). Neste caso,
qual a frequência detetada pelo transdutor?

28
8. ÓTICA (Refração)

8.1 – Os índices de refração do vidro e da água, em relação ao ar, são respetivamente


iguais a 1,50 e 1,33. Determine o índice de refração do vidro em relação à água.

8.2 – Determine a velocidade de propagação da luz na água, sabendo que a velocidade da


luz no vácuo é de 3,0108 m s1 e o índice de refração da água é de 1,33.

8.3 – Calcule o valor do ângulo de Brewster para o caso de a superfície refletora ser o
vidro, de índice de refração igual a 1,517.

8.4 – Qual o valor do ângulo limite quando a luz atravessa um prisma de vidro, passando
do vidro (n  1,54) para a água (n  1,33)?

8.5 - Um prisma de vidro de faces triangulares isósceles possui índice de refração igual a
1,50. Qual o valor do ângulo mínimo de incidência de um raio de luz na sua superfície para
que este o atravesse sem sofrer reflexão interna total?

29
8. ÓTICA (Polarização)

8.6 - Calcule o poder rotatótio específico, à temperatura ambiente, para cada um dos
seguintes compostos:
a) Solução de 2-cloropentano em clorofórmio, de concentração igual a 1 mol dm -3, a
qual apresenta um ângulo de polarização de +3,64º, medido num tubo polarimétrico
de comprimento igual a 10 cm. Dados: M(C5H11Cl) = 106,6 g mol-1.
b) Solução contendo 0,96 g de 2-bromobutano em 10 ml de éter, analisada num tubo
polarimétrico de 5 cm de comprimento, e cujo ângulo de polarização é de –1,80º.
c) Solução aquosa de ácido láctico a 2,5% (m/V), contida num tubo polarimétrico de 20
cm de comprimento, sendo o ângulo de polarização assim obtido de +1,91º.

8.7 - O poder rotatório específico da sacarose, a 25ºC, é igual a +66,33 º g -1 mL dm-1.


Determine o ângulo de rotação do plano da luz polarizada quando esta atravessa um tubo
polarimétrico de 20 cm de comprimento, contendo uma solução aquosa de sacarose a 15%
(m/V), à mesma temperatura. A rotação do plano da luz polarizada que atravessa o mesmo
tubo, contendo água destilada, é de +0,25º.

8.8 - Quais as proporções molares relativas dos isómeros (S)-(+)-2-butanol e (R)-(–)-2-


butanol que dariam um poder rotatório específico de +6,76 º g -1 mL dm-1, sabendo que o
poder rotatório específico do (R)-(–)-2-butanol é de –14,0 º g-1 mL dm-1?

8.9 – Num ensaio de controlo de qualidade de xaropes, obtiveram-se os ângulos de


polarização de 6,85º e 11,49º, lidos para uma solução padrão de sacarose e para uma
solução de xarope (amostra), respetivamente. Os ensaios foram realizados à temperatura
de 25 ºC, utilizando um tubo polarimétrico com 20 cm de comprimento, tendo-se obtido
para o solvente um ângulo de polarização de 0,22º.
a) Determine o poder rotatório específico da sacarose, à temperatura de 25ºC,
sabendo que a solução padrão de sacarose foi obtida por dissolução de 2,50 g de
sacarose pura em 50,0 mL de água destilada.
b) Calcule a percentagem (m/V) de sacarose na amostra de xarope analisada.

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8.10 – A epinefrina, um estimulante cardíaco, possui um enantiómero que, além de não ser
farmacologicamente activo, revela toxicidade. Uma solução de epinefrina, cujo rótulo diz
conter 1 g do fármaco em 20 mL de solução, foi analisada num polarimetro, à temperatura
de 25 ºC. A leitura obtida foi de 3,5º, tendo-se utilizado um tubo polarimétrico de 20 cm de
comprimento.
a) Calcule a concentração de epinefrina na amostra analisada, sabendo que para uma
solução padrão do fármaco, de concentração igual a 8% (m/V), se obteve uma
leitura de 8,0º nas mesmas condições experimentais.
b) Indique a percentagem de pureza ótica da amostra e diga se será segura a sua
utilização para fins terapêuticos.
c) Determine a percentagem relativa dos dois enantiómeros na solução.

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FORMULÁRIO
F l r l F l
E   C  Ctg
A l r l A l
V 2(    f )gr 2
P   B vL 
V F  6rv 9

M (1   f Vesp ) M (1   f Vesp )D x
s  ln  s 2 t
6rN A RT x0

1A1v 1   2A2v 2 1 2 1 F dv
p1  gh1  v 1  p2  gh2  v 22      
2 2 A dr
L v2 v d 64
p   f NR  f 
d 2  NR

Q V  ( p1  p2 ) 4 ( p1  p2 ) 2
v  Q  R v (R  r 2 )
 R2 t 8 L 4L

 
  log log0 + n log [1  (T/Tc)]
  SV   SL   LV cos

 K (dv/dx)n  1/2 01/2 (dv/dx)1/2   KB (dv/dx)n


E 1 ghr 2
ln   ln A  .   p 
 R T 2 cos  R

W 1    1
    A
  log c T N A
A 2,303RT

2   t x  x  Asen(t   )
  2f y ( x , t )  Asen 2    
T   T  

v  f I = p02/(2v) A = p0/(v)

 v   v 
fobs  fF   fobs  fF  1  obs 
 v  v F   v 
10log(I/I0)
sen i c [ ]obs 
n  v ee   100% [ ]Dt 
sen r cm [ ] cd

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