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- RESUMÃO –

TESTES DE HIPÓTESES
(Probabilidade e Estatística)
Formulário, Dicas e Macetes para a Prova

www.respondeai.com.br
Testes de Hipóteses - Introdução
Pra que serve um teste de hipótese?
Pensa aí na produção de uma cadeira. Existe algum manual ou instrução que
indica qual deve ser a altura dela. Se desconfiarmos que as máquinas estão desreguladas,
e a média das alturas está diferente do especificado, podemos testar isso com um teste
de hipótese!

Hipótese Estatística
Vamos usar os testes de hipóteses para analisar se certos parâmetros de uma
população estão atendendo a certas especificações.
Os principais parâmetros que iremos utilizar são:

𝜇 → 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝑋̅ → 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙
𝑝 → 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝑝̂ → 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟çã𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙
𝜎 → 𝑑𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 − 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝑠 → 𝑑𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 − 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙

Nossas hipóteses serão sempre sobre a população, mas iremos utilizar as


amostras para tomar nossa decisão!

Definição das Hipóteses


Vamos ter sempre duas hipóteses: a hipótese nula (𝐻0 ) e a hipótese alternativa
(𝐻1 ).

• Hipótese Nula (𝑯𝟎 ) → É nossa afirmação inicial, e sempre contém o sinal de


igualdade. Estamos buscando aceitar ou rejeitar essa afirmação.
• Hipótese Alternativa (𝑯𝟏 ) → É nessa hipótese que estaremos testando se nosso
parâmetro é maior, menor ou diferente que algum valor.

Tipos de Testes de Hipóteses


Vamos ter 3 tipos de testes de hipóteses, dependendo do sinal que utilizamos na
hipótese alternativa (𝐻1 ).

• Teste de Hipótese Bilateral: Quando 𝐻1 tiver o sinal de diferente, ou seja, quando


estivermos testando se nosso parâmetro é diferente de algum valor, estaremos num
teste bilateral.
• Teste de Hipótese Unilateral inferior: Quando 𝐻1 tiver o sinal de menor, ou seja,
quando estivermos testando se nosso parâmetro é menor que algum valor, estaremos
num teste unilateral inferior.
• Tesde de Hipótese Unilateral Superior: Quando 𝐻1 tiver o sinal de maior, ou seja,
quando estivermos testando se nosso parâmetro é maior que algum valor, estaremos
num teste unilateral superior.

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Tipos de Erros
A partir das informações que conseguimos com nossas amostras, vamos aprovar
ou rejeitar nossas hipóteses, MAS sempre podemos errar na nossa decisão! Também
podemos querer saber essa probabilidade de errar!

Vamos ter dois tipos de erros.

• Erro do Tipo I: O erro do tipo I acontece quando rejeitamos 𝐻0 , sendo que na verdade
deveríamos aceitá-la.

𝑃(𝑒𝑟𝑟𝑜𝐼) = 𝑃(𝑟𝑒𝑗𝑒𝑖𝑡𝑎𝑟 𝐻0|𝐻0 é 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎) = 𝛼

Também chamamos esse erro de nível de significância (𝜶).

• Erro do Tipo II: O erro do tipo II acontece quando aceitamos 𝐻0 , sendo que deveríamos
rejeitá-la.

𝑃(𝑒𝑟𝑟𝑜𝐼𝐼) = 𝑃(𝑎𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑟 𝐻0 |𝐻0 é 𝑓𝑎𝑙𝑠𝑎) = 𝛽

Teste de Hipótese para Média Populacional


com 𝜎 conhecido
Criação das Hipóteses
Nossa hipótese nula vai ter sempre essa cara:

𝐻0 : 𝜇 = 𝜇0
Onde:
𝜇 é a média populacional que queremos testar
𝜇0 é o valor da média usado como referência no enunciado

E nossa hipótese alternativa vai ter sempre uma dessas caras:

𝐻1 : 𝜇 ≠ 𝜇0

𝐻1 : 𝜇 < 𝜇0

𝐻1 : 𝜇 > 𝜇0

2
Agora parte pro passo-a-passo!

Passo 1
Calcular a estatística de teste:

𝑋̅ − 𝜇
𝑍𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 = 𝜎
√𝑛

Onde:
𝑋̅ é a média amostral
𝜇 é a média populacional
𝜎 é o desvio padrão populacional
𝑛 é o tamanho da amostra

Passo 2
Calcular nosso ponto crítico usando a tabela da Normal. Se o teste for unilateral superior:

𝑧𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 𝑧1−𝛼
Se o teste for unilateral inferior:

𝑧𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = −𝑧1−𝛼

Se o teste for bilateral, teremos dois pontos críticos:

𝑧𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = −𝑧1−𝛼 e 𝑧𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 𝑧1−𝛼


2 2

Passo 3
Desenhar a região crítica e ver se 𝑍𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 está dentro ou fora dela. Se estiver dentro,
rejeita-se 𝐻0 .

RC para teste unilateral superior:

3
RC para teste unilateral inferior:

RC para teste bilateral:

Teste de Hipóteses para Média com 𝜎


Desconhecido
Vamos ter dois casos aqui:
• Tamanho da amostra maior ou igual a 30 (𝑛 ≥ 30);
• Tamanho da amostra menor que 30 (𝑛 < 30).

Caso 1: 𝐧 ≥ 𝟑𝟎
Quando o tamanho da nossa amostra for grande, ou seja, 𝑛 ≥ 30, estaremos em
uma distribuição normal. Iremos procurar nossos pontos críticos nessa tabela.
Vem comigo no passo a passo!

Passo 1: Escrever as hipóteses.


Aqui é muito importante lembrar o seguinte: a hipótese nula (𝐻0 ) sempre vai
conter uma igualdade, e ela serve pra aceitarmos ou rejeitarmos.
Na hipótese alternativa (𝐻1 ) é que estaremos testando algo, ou seja, se nosso
parâmetro é maior, menor ou diferente de algum valor.

Passo 2: Calcular a estatística de teste


A fórmula para calcular a estatística de teste vai ser a seguinte:

4
𝑋̅ − 𝜇
𝑍𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 = 𝑠
√𝑛

Passo 3: Encontrar a região crítica


Vamos desenhar nossa curvinha normal, e encontrar a região crítica dependendo
do nosso teste.

• Teste de hipótese bilateral:

Os pontos críticos serão:


𝑧1−𝛼
2
−𝑧1−𝛼
2
• Teste de hipótese unilateral inferior

O ponto crítico será:


−𝑧1−𝛼

• Teste de hipótese unilateral superior:

5
O ponto crítico será:
𝑧1−𝛼

Passo 4: Ver se a estatística de teste está dentro ou fora da região crítica


Aqui é só fazer o desenho da nossa querida curva normal novamente, e olhar se a
estatística de teste está dentro ou fora da região crítica.

Passo 5: Tomar a decisão


• Se 𝑍𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 estiver dentro da região crítica: rejeitar 𝐻0 ;
• Se 𝑍𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 estiver fora da região crítica: aceitar 𝐻0 .

Caso 2: 𝒏 < 𝟑𝟎
Com uma amostra pequena, não podemos mais considerar a distribuição normal.
Aqui usaremos a distribuição t-student e sua tabela.
O passo a passo é quase o mesmo, só vamos mudar os passos 2 e 3!

Passo 2: Calcular a estatística de teste


Nossa fórmula para calcular a estatística de teste vai ser a seguinte:

𝑋̅ − 𝜇
𝑇𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 = 𝑠
√𝑛

Passo 3: Encontrar a região crítica


Vamos utilizar a curva da distribuição t-student, que tem um desenho muito
parecido com a normal!

• Teste de hipótese bilateral:

Os pontos críticos serão:


𝑡𝛼,𝑣
2
−𝑡𝛼,𝑣
2

Onde 𝑣 é chamado de graus de liberdade:


𝑣 =𝑛−1

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• Teste de hipótese unilateral inferior

O ponto crítico será:


−𝑡𝛼,𝑣

• Teste de hipótese unilateral superior:

O ponto crítico será:


𝑡𝛼,𝑣

Teste de Hipóteses para Proporção


Vale lembrar que, quando nosso parâmetro de interesse for a proporção,
estaremos num caso de distribuição normal. Logo, vamos usar nossa querida tabelinha!
Vem comigo no passo a passo maroto.

Passo 1: Escrever as hipóteses


Aqui é muito importante lembrar o seguinte: a hipótese nula (𝐻0 ) sempre vai
conter uma igualdade, e ela serve pra aceitarmos ou rejeitarmos.
Na hipótese alternativa (𝐻1 ) é que estaremos testando algo, ou seja, se nosso
parâmetro é maior, menor ou diferente de algum valor.

Passo 2: Calcular a estatística de teste


A fórmula para calcular a estatística de teste vai ser a seguinte:

𝑝̂ − 𝑝
𝑍𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 =
√𝑝(1 − 𝑝)
𝑛

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Só pra você ficar esperto: 𝑝̂ é a proporção da sua amostra que tem determinada
característica!

Passo 3: Encontrar a região crítica


Vamos desenhar nossa curvinha normal, e encontrar a região crítica dependendo
do nosso teste.

• Teste de hipótese bilateral:

Os pontos críticos serão:


𝑧1−𝛼
2
−𝑧1−𝛼
2
• Teste de hipótese unilateral inferior

O ponto crítico será:


−𝑧1−𝛼

• Teste de hipótese unilateral superior:

8
O ponto crítico será:
𝑧1−𝛼

Passo 4: Ver se a estatística de teste está dentro ou fora da região crítica


Aqui é só fazer o desenho da nossa querida curva normal novamente, e olhar se a
estatística de teste está dentro ou fora da região crítica.

Passo 5: Tomar a decisão


• Se 𝑍𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 estiver dentro da região crítica: rejeitar 𝐻0 ;
• Se 𝑍𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 estiver fora da região crítica: aceitar 𝐻0 .

Teste de Hipótese para Variância


Criação das Hipóteses
Nossa hipótese nula vai ter sempre essa cara:

𝐻0 : 𝜎 2 = 𝜎 2 0
Onde:
𝜎 2 é a variância populacional que queremos testar
𝜎 2 0 é o valor da variância usado como referência no enunciado

E nossa hipótese alternativa vai ter sempre uma dessas caras:

𝐻1 : 𝜎 2 ≠ 𝜎 2 0

𝐻1 : 𝜎 2 < 𝜎 2 0

𝐻1 : 𝜎 2 > 𝜎 2 0

Agora parte pro passo-a-passo!

Passo 1
Calcular a estatística de teste:

2
(𝑛 − 1)𝑠²
𝜒𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 =
𝜎²

Onde:
𝑠² é a variância amostral
𝜎² é o variância populacional
𝑛 é o tamanho da amostra

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Passo 2
Calcular nosso ponto crítico usando a tabela Qui Quadrado. Se o teste for
unilateral superior:

2 2
𝜒𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜 = 𝜒𝛼,𝑣

Onde 𝛼 é o nível de significância e 𝑣 é o grau de liberdade, lembrando que:


𝑣 =𝑛−1

Se o teste for unilateral inferior:

2 2
𝜒𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜 = 𝜒1−𝛼,𝑣

Se o teste for bilateral, teremos dois pontos críticos:

2 2
𝜒𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜 = 𝜒1− 𝛼
,𝑣
2
2
𝜒𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜 = 𝜒𝛼2 ,𝑣
2

Passo 3
Desenhar a região crítica e ver se 𝜒𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒
2
está dentro ou fora dela. Se estiver
dentro, rejeita-se 𝐻0 .
RC para teste unilateral superior:

RC para teste unilateral inferior:

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RC para teste bilateral:

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