Você está na página 1de 103

COMEÇANDO DO ZERO

Língua Portuguesa – Aula 01

Rodrigo Bezerra
Bibliografia sugerida

Divisão da Gramática Normativa:

1. FONÉTICA E FONOLOGIA:

a) Aparelho fonador
b) Encontros vocálicos
c) Encontros consonantais
d) Dígrafos
e) Sílaba
f) Divisão silábica
g) Ortografia
e) Acentuação

2. MORFOLOGIA:

a) Estrutura e formação de palavras


b) Substantivo
c) Adjetivo d) Pronome e) Artigo
f) Numeral
g) Verbo
h) Preposição
i) Conjunção
j) Advérbio
k) Interjeição

3. SINTAXE:

a) de oração
b) de período
c) de concordância
d) de regência
e) emprego do acento grave
f) de colocação
g) pontuação

PARTE ESPECIAL:

a) Emprego do infinitivo
b) Funções de alguns vocábulos especiais

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO

Língua Portuguesa – Aula 01

c) Particularidades sobre alguns vocábulos Rodrigo Bezerra


d) Linguagem figurada – figuras e vícios de lingua- gem.

1. MORFOLOGIA (classes gramaticais):

Substantivo Adjetivo Pronome Artigo Numeral Verbo Preposição Conjunção Advérbio Interjeição

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

1. Definição clássica:

É a classe de palavra variável com a qual se deno- mina os seres em geral. Aqui, a palavra “ser” preci- sa ser entendida
não só como aquilo que possui uma existência concreta (pedra, homem, carro, lua), mas também como aquilo que possui
uma existên- cia imaginária (Saci, fada, Minotauro), abstrata (fé, alegria, tristeza), ou mesmo de comprovação discu- tível
(anjo, alma, inferno).

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

1. Definição clássica:

Por isso, classificam-se como substantivos as coisas, os sentimentos, as qualidades, as ações, os estados, considerados
em si mesmos.

* beleza * morte
* casamento * vento
* árvore * sonho
* vida * vingança
* cobre * água
* Terra * símbolo

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

1. Classificação do substantivo

Os substantivos podem ser classificados em: concretos, abstratos, próprios, comuns, simples, compostos, primitivos, deri-
vados e coletivos.

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

1. Concretos e abstratos: Os primeiros indicam os seres que possuem existência própria independente dos demais seres,
não importando se são reais ou imaginários. Já os segundos indicam os seres que dependem da existência de outros se-
res para existi- rem. Estes últimos indicam qualidades, ações ou estados.

* mesa – faca – lápis – apontador – lua – terra – mar

* pânico – medo – tristeza – bondade – sonho

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

2. Próprios e comuns: Os próprios designam um ser específico, determinado dentre os outros de sua espécie. Já os
comuns designam os seres de uma espécie de forma genérica.

* rua – casa – flor – carro – aliança – cidade – rio

* Pedro – Brasil – Nova Iorque – São Francisco –


Jesus Cristo

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO

Língua Portuguesa – Aula 01

ESTUDO DO SUBSTANTIVO Rodrigo Bezerra

3. Simples e compostos: São simples os substan- tivos formados por um só elemento, um só radical. Já os compostos
são constituídos por mais de um radical ou elemento formador.

* terra – fruta – cavalo – pau


* terra-cozida ; fruta-pão ; cavalo-vapor

4. Primitivos e derivados: Os primitivos são aque- les substantivos que não resultam de nenhuma ou- tra palavra pré-
existente. Já os derivados, como o próprio nome já o denuncia, são os substantivos oriundos de outras palavras, ditas
primitivas.

* terra – pedra – mar – luz – folha


* terraplanagem – pedreira – maremoto – luzeiro –
folhagem

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

5. Coletivos: são os substantivos que, no singular, indicam uma coleção, um agrupamento, um conjun- to de seres da
mesma espécie.

Academia de literatos, de artistas, de sábios etc. Acervo de bens patrimoniais, de obras de arte etc.
Cabido de cônegos de uma catedral
Cacaria de cacos
Cacho de uvas, de bananas etc.

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

Observação:

Há coletivos que são denominados de numéricos, pois representam quantidades numéricas exatas. Exemplos:

* par conjunto com dois elementos


* dúzia conjunto de doze elementos
* lustro período de cinco anos
* milhar conjunto de mil coisas
* novênio período de nove anos
* semestre período de seis meses

ESTUDO DO SUBSTANTIVO
Flexões dos substantivos

Como palavras variáveis que são, os substanti- vos se flexionam em: gênero, número e grau.

ESTUDO DO SUBSTANTIVO
Flexões de gênero

Em primeiro lugar, é importante dizer que o gê- nero é uma classificação puramente gramatical. Segundo o gênero,
os substantivos são agrupados em masculinos e femininos.

Em tese, são masculinos todos os substantivos aos quais se pode antepor o artigo definido masculino “o(s)”. Por
outro lado, são femininos todos os que admitem o artigo definido feminino “a(s)”.

ESTUDO DO SUBSTANTIVO
Flexões de gênero

Observação: Inúmeros são os procedimentos para a formação do feminino na língua portuguesa, e não há uma
regra que consiga abarcar todas as situa- ções. Daí a quantidade exorbitante de substantivos os quais possuem
formas totalmente diferentes para indicar o masculino e o feminino.
Estes substantivos são denominados de “heterôni- mos”. Segue abaixo uma lista sucinta de tais subs- tantivos (tam-
bém denominados de “biformes”, diga- se por conveniência) e seus respectivos femininos.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO

Língua Portuguesa – Aula 01

ESTUDO DO SUBSTANTIVO Rodrigo Bezerra


Substantivos uniformes

Um outro grande grupo de substantivos possui apenas uma única forma gráfica para designar tanto o masculino
quanto o feminino – são os denomina- dos de UNIFORMES. Dividem-se em:

a) Sobrecomuns – são substantivos que possuem uma única forma para o masculino e para o femini- no. Até o
artigo que acompanha estes substantivos é comum aos dois gêneros.

* o monstro * o cadáver

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 01
Rodrigo Bezerra

* a criança * o sujeito

Substantivos uniformes

b) Comuns de dois gêneros – são substantivos que possuem uma única forma gráfica para os dois gêneros,
mas se faz a distinção do masculino e do feminino pela utilização de artigos “o, a, os, as, um, uns, uma, umas”.

* o/a cliente * o/a acrobata * o/a diplomata


* o/a estudante * o/a artista * o/a agente

Oposição entre o gênero e o sentido

Muitos substantivos mudam de sentido quando têm seu gênero alterado. Diz-se, então, que houve um gênero
aparente, já que a outra forma não re- presenta o sexo oposto, mas uma palavra com um significado totalmente
diferente do significado da primeira. Observe:

ESTUDO DO SUBSTANTIVO Oposição entre o gênero e o sentido

o língua (o intérprete); a língua (órgão da fala)


o caixa (funcionário); a caixa (receptáculo)
o razão (livro mercantil); a razão (faculdade intelec- tual)
o guarda (policial); a guarda (corporação, proteção)
o guia (orientador); a guia (documento)
o cura (padre) ; a cura (restabelecimento da saúde)
o lotação (veículo) ; a lotação (capacidade)

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

a) São masculinos

o apêndice
o alvará
o aneurisma
o champanha
o charque (carne-seca, jabá)
o clã
o cônjuge
o cós

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

b) São femininos

a abusão (engano, erro)


a dinamite
a acne
a áspide (serpente)
a omelete

www.cers.com.br 5
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 01
Rodrigo Bezerra

a omoplata
a agravante (circunstância)
a alface
ESTUDO DO SUBSTANTIVO Substantivos que são masculinos ou femininos
indistintamente

São substantivos que são bastante usuais e que podem ser usados tanto como femininos quanto como
masculinos.

*o/a sabiá (ave) * o/a cataplasma *o/a suéte


* o/a xérox * a/o usucapião
* o/a diabete (ou diabetes) * o/a personagem

ESTUDO DO SUBSTANTIVO Flexões de número

O número é capacidade que possuem alguns nomes de indicar um ou mais seres ou coisas. Co- mo
o gênero, a flexão de número é uma categoria gramatical. Em português, existem dois números gramaticais:
o singular e o plural.

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

1. Em geral os substantivos formam o plural com o acréscimo da desinência “-s” ao singular.


Isso frequentemente ocorre com os substanti- vos terminados em vogal ou em ditongo:
Ex.:

* casa casas * janela janelas


* pé pés * prédio prédios
* menino meninos * livro livros

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

2. Os substantivos terminados em “-ão” fazem o


plural de três maneiras:

a) Alguns simplesmente seguem a regra geral e


acrescentam “-s” ao “-ão”:

* mão mãos * cristão cristãos


* grão grãos * chão chãos
* irmão irmãos * vão vãos

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

2. Os substantivos terminados em “-ão” fazem o


plural de três maneiras:

b) Outros trocam o “-ão” por “-ães”:

* escrivão escrivães * pão pães


* cão cães *capitão capitães
* alemão alemães * tabelião tabeliães

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

2. Os substantivos terminados em “-ão” fazem o


plural de três maneiras:

www.cers.com.br 6
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 01
Rodrigo Bezerra

c) Um grande grupo troca o “-ão” por “-ões”:

* leão leões * limão limões


* balão balões * caixão caixões
* mamão mamões * botão botões

ESTUDO DO SUBSTANTIVO
Observação importante!!

Alguns substantivos terminados em “-ão” apresen-


tam mais de uma forma para o plural. Observe abai- xo:

* aldeão adeãos e aldeões * anão anão e anões


* ancião anciãos, anciães e anciões
* castelão castelãos e castelões
* corrimão corrimãos e corrimões

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

Alguns substantivos terminados em “-ão” apresen- tam mais de uma forma para o plural. Observe abai- xo:

* ermitão ermitãos, ermitães e ermitões


* guardião guardiães e guardiões

ESTUDO DO SUBSTANTIVO
* sultão sultães e sultões
* verão verãos e verões
* vilão vilãos, vilões e vilães

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

Os substantivos terminados em “-n” fazem o plural tanto com o acréscimo de “-es” quanto com o acréscimo
de “-s”.

* próton prótones ou prótons


* nêutron nêutrones ou nêutrons
* hífen hífenes ou hifens
* abdômen abdômenes ou abdômens
* líquen líquenes ou liquens
* elétron elétrones ou elétrons

ESTUDO DO SUBSTANTIVO Plural dos substantivos compostos

Os substantivos compostos apresentam um vas- to conjunto de regras especiais para a formação de


seus plurais. Vários substantivos fogem das orienta- ções abaixo e apresentam uma forma própria, parti-
cular para o seu plural.

ESTUDO DO SUBSTANTIVO
Exemplos:

* couve-flor couves-flores
* terça-feira terças-feiras
* amor-perfeito amores-perfeitos

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

www.cers.com.br 7
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 01
Rodrigo Bezerra

2ª regra: Substantivos compostos formados por palavra invariável mais uma palavra variável só o segundo
elemento deverá ir para o plural.

* abaixo-assinado abaixo-assinados
* quebra-mar quebra-mares
* ave-maria ave-marias
ESTUDO DO SUBSTANTIVO

3ª regra: Substantivos compostos unidos por pre- posição só o primeiro elemento varia.

* pé-de-moleque pés-de-moleque
* joão-de-barro joões-de-barro
* mula-sem-cabeça mulas-sem-cabeça
* pôr-do-sol pores-do-sol
*pimenta-do-reino pimentas-do-reino

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

4ª regra: Substantivos compostos em que o segun- do elemento delimita o primeiro só o primeiro


elemento varia.

* navio-escola navios-escola
* peixe-boi peixes-boi
*banana-maçã bananas-maçã

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

* pau-brasil paus-brasil
* caneta-tinteiro canetas-tinteiro
* pombo-correio pombos-correio

ESTUDO DO SUBSTANTIVO

5ª regra: Substantivos compostos formados por palavras repetidas ou palavras onomatopaicas (re- produção de
sons das coisas, dos animais) só o segundo elemento se flexiona.

* reco-reco reco-recos
* pisca-pisca pisca-piscas
* ruge-ruge ruge-ruges
* tico-tico tico-ticos

ESTUDO DO SUBSTANTIVO
Plural dos substantivos diminutivos

6ª regra: São substantivos compostos invariáveis:

* pãozinho pãezinhos
* papelzinho papeizinhos

ESTUDO DO SUBSTANTIVO
Plural dos substantivos diminutivos

* barzinho barezinhos
* florzinha florezinhas
* farolzinho faroizinhos

www.cers.com.br 8
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 01
Rodrigo Bezerra

Caracterização do substantivo:

1ª É uma classe de palavras variáveis, a qual geralmente vem acompanhada por determinantes.
Logo...
Uma classe morfológica acompanhada por determi- nantes é um substantivo ou uma palavra substanti-
vada.

* o louva-a-deus os louva-a-deus (invariável)


* o saca-rolhas os saca-rolhas (invariável)
* o arco-íris os arco-íris (invariável)

ESTUDO DO SUBSTANTIVO
Plural dos substantivos diminutivos

Para a formação do plural dos substantivos diminu- tivos deve-se obedecer às seguintes orientações:

1º coloca-se o substantivo, sem os sufixos do diminutivo, no plural;


2º retira-se o “-s” do plural deste substantivo;
3º acrescenta-se o sufixo do diminutivo;
4º acrescenta-se o fonema “-s” que foi retirado;

www.cers.com.br 9
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 02
Rodrigo Bezerra

Caracterização do substantivo:

1ª É uma classe de palavras variáveis, a qual geralmente vem acompanhada por determinantes. Logo...
Uma classe morfológica acompanhada por determi- nantes é um substantivo ou uma palavra substanti- vada.

Caracterização do substantivo: Exemplos:


* Havia dois entrevistadores engraçados que fazi- am umas perguntas bobas.

Exemplos:

* Alguns homens nunca conseguirão implementar mais que três ideias ao longo da vida.
* Ela usa meias verdades.

Exemplos:

* Ele encontra-se meio adoentada.

* Tomamos muito sorvete.

* O sorvete estava muito gelado. Caracterização do substantivo: Exemplos:

* Já andei por longes terras.

* Ele mora longe.

* O próximo capítulo fala sobre o amor.

* Fiquei próximo do local do acidente. Caracterização do substantivo: Exemplos:

* Havia bastantes alunas no evento.

* Elas falavam bastante.

* Falou poucas, mas belas palavras

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 02
Rodrigo Bezerra

* Não aguentava mais os teus ais, as tuas lamú- rias, os teus „não-sei-pra-que-isso‟.

Caracterização do substantivo:

* Ele falou pouco.

Questões

Exemplos:

* Aqueles dois jornais publicaram as notícias trágicas.

* As casas da fazenda foram invadidas pelos ratos de um canavial próximo.

Cuidado!!!! Não confunda!!!

Caracterização do substantivo: Exemplos:

1.(FGV) Assinale a alternativa em que o termo indicado seja classificado como advérbio.

A) mais (L.124) “...que dispõem de mais recursos e mais informações?”


B) conforme (L.12) “...A despeito de sua natureza
relativamente controversa, a ética tributária, ao me- nos conforme admite o senso comum, vincula-se à concepção e à
prática de regras justas e razoáveis em matéria tributária.
C) nenhum (L.41) “...Não causa estranheza o empresário afirmar, sem nenhum sentimento de culpa,...”
D) Nada (L.4) “...Nada diferente do que ocorre em relação à acepção da ética em outros domínios da política e da
economia.”
E) demais (L.51) “A mais conhecida é o propósito ilícito de auferir vantagens em relação aos demais
contribuintes.”

2.(FGV) Dentre as alternativas a seguir, uma não exerce papel adjetivo no texto I. Assinale-a.

A) de periferia (L.1)
B) de barro (L.1)
“Pense num bairro de periferia, numa rua ainda de barro,numa pré-escola de terra batida...”
C) segunda (L.7)
“...onde foi inaugurada a segunda Casa de Leitura da capital.”
D) com Internet (L.29)
“Uma sala com Internet convida os jovens a outras leituras, com CDs, música e plástica.”
E) Convidados (L. 36)
O mate gelado corria sem pressa, e os vizinhos, convidados e imprensa se misturavam para ouvir histórias, receber a
bênção e acompanhar os bre- víssimos discursos.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 02
Rodrigo Bezerra

ESTUDO DO ADJETIVO

1. Definição:

É a classe de palavras variáveis que alteram a noção do substantivo atribuindo-lhe qualidades, características,
aspectos gerais ou específicos, es- tados, modos de ser.

ESTUDO DO ADJETIVO

Resumidamente, o adjetivo é a classe que nomeia as qualidades e os estados atribuídos ao substanti- vo.

* mulher desprestigiada
* navio quebrado
* porta aberta
* casinhas brancas e amarelas

ESTUDO DO ADJETIVO
Observação:

Como se referem a substantivos, os adjetivos – embora alguns sejam invariáveis – concordam em gênero e
número com o substantivo.

* Havia ideias falsas em todos os jornais brasilei- ros.

ESTUDO DO ADJETIVO

2. O adjetivo também pode aparecer na função de substantivo e vice-versa. Veja:

* Os feios também amam.


* O cego quase caiu no buraco.
* O perverso não possui escrúpulos.
* O belo sempre se sobressai

ESTUDO DO ADJETIVO
Adjetivos simples e locuções adjetivas:

* água serrana água da serra


* casas urbanas casas da cidade
* homem inescrupuloso homem sem escrú- pulos
* calor infernal calor dos infernos

ESTUDO DO ADJETIVO
Adjetivos oracionais (oração adjetiva):

* água da serra água que vem da serra


* aluno estudioso aluno que estuda
* homem traiçoeiro homem que trai

ESTUDO DO ADJETIVO
Adjetivos oracionais (oração adjetiva):

Observação importante: O adjetivo em forma de oração (oração adjetiva) sempre é introduzido por um pronome
relativo.

ESTUDO DO ADJETIVO
Formas de expressão do adjetivo:

Frequentemente os particípios verbais exercem a


função de um adjetivo – são os chamados adjetivos de base participial. Em vários casos, tais particípios
representam orações adjetivas reduzidas.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 02
Rodrigo Bezerra

ESTUDO DO ADJETIVO

* Ontem eu li um livro escrito por um primo. ( que foi escrito)

* Ele é réu confesso. (que confessou)

ESTUDO DO ADJETIVO
Formação dos adjetivos

Quanto à formação, os adjetivos podem ser:

a) simples feio, branco, palmarense etc.


b) compostos castanho-claro, luso-brasileira, surdo-mudo etc.
c) primitivos belo, feio, bonito, amarelo etc.
d) derivados decoroso, famoso, bonachão etc.

ESTUDO DO ADJETIVO
Formação dos adjetivos

Adjetivos pátrios

Há inúmeros adjetivos que se referem a países, regiões, continentes, estados, povos, raças. Estes adjetivos são
denominados de “pátrios ou gentíli- cos”.

ESTUDO DO ADJETIVO
Formação dos adjetivos

Adjetivos pátrios

Alagoas alagoano
Acre acriano ou acreano
Água Preta água-pretense

ESTUDO DO ADJETIVO
Flexão dos adjetivos

Assim como os substantivos, os adjetivos se flexionam em gênero, número e grau.

1. Flexões de gênero

* ideia vã pensamentos vãos


ESTUDO DO ADJETIVO

B) Nos adjetivos compostos, só o último elemento se flexiona.

* intervenção médico-cirúrgica intervenções mé- dico-cirúrgicas


* acordo luso-latino-americano relações luso- latino-americanas
* problema sócio-político soluções sócio-
políticas
* tratado franco-brasileiro tratados franco-
brasileiros

B) São invariáveis os adjetivos compostos formados


de “cor + de + substantivo”. Observe:

* blusa cor-de-rosa blusas cor-de-rosa


* azulejos cor de musgo
* suéter cor de café com leite suéteres cor de café com leite

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 02
Rodrigo Bezerra

ESTUDO DO ADJETIVO

Como o adjetivo é a palavra que acompanha o substantivo a fim de qualificá-lo, a flexão em que este se encontra
contamina a daquele, ou seja, o adjetivo geralmente se flexiona de acordo com o substantivo que ele determina.

ESTUDO DO ADJETIVO
Flexão dos adjetivos

Observação:
Nos exemplos, há a omissão da preposição "de" entre o primeiro substantivo e a palavra "cor". Logo, também seria
gramaticalmente correta a seguinte escrita:

ESTUDO DO ADJETIVO

* luvas de cor de café

Exemplos:

* acordos feministas
* bolachas gostosas
ESTUDO DO ADJETIVO

2. Flexões de número

A) Como já dissemos, o adjetivo acompanha o substantivo e com este concorda. Portanto, o adjeti- vo se flexionará em
número de acordo com as re- gras que se utilizam para a flexão de número dos substantivos.

* vestido azul vestidos azuis


* prato espanhol pratos espanhóis
* questão comum questões comuns
* vestidos de cor de chocolate
* meias de cor de rosa

ESTUDO DO ADJETIVO
Observação:

Em outras construções, omitem-se as três palavras "de cor de", fazendo que o substantivo indicativo da cor modifique
diretamente o substantivo cuja cor se quer indicar. Ainda neste caso, o substantivo indica- tivo da cor permanecerá
invariável.

ESTUDO DO ADJETIVO

* luvas salmão omissão de "de cor de"


* cetim rosa omissão de "de cor de"
* fita creme omissão de "de cor de"
* tecido laranja omissão de "de cor de”

ESTUDO DO ADJETIVO

C) São igualmente invariáveis os compostos formados de “adjetivo + substantivo”.

* calça amarelo-ouro calças amarelo-ouro


* terno verde-oliva ternos verde-oliva

ESTUDO DO ADJETIVO

Adjetivos adverbializados são adjetivos empre- gados na função de advérbio.

Regra:

www.cers.com.br 5
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 02
Rodrigo Bezerra

Quando empregados em função adverbial, os adje- tivos tornam-se invariáveis, ou seja, ficam no mas- culino e no
singular.

ESTUDO DO ADJETIVO Exemplos:


* Vamos falar sério.
* A justiça rápido se corrompe.
* Ouvimos músicas puro clássicas.
* Elas torciam forte.
* As portas raro se abriam.
ESTUDO DO ADJETIVO
Flexões de grau

As flexões de grau apresentam a intensidade das qualidades atribuídas aos seres. Não se deve, pois, confundir com
o grau dos substantivos, já que este tem por função indicar o tamanho dos seres.

ESTUDO DO ADJETIVO
Flexões de grau

I – O grau comparativo

A grande característica do grau comparativo é a existência de dois seres postos numa relação de confronto. Nesta
relação um dos seres se mostrará “inferior”, “superior” ou “igual” ao outro no que se refere a(s) sua(s) qualidade(s).
Daí o grau compara- tivo poder ser:

ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau

I – O grau comparativo
1. De inferioridade (menos... que ou do que...)
* Os argumentos orais apresentados eram menos
consistentes do que a defesa escrita que fizera no início do processo.

ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau

I – O grau comparativo

2. De igualdade (tão... quanto, quão ou como...)

* Todos os cavalos eram tão saudáveis quanto as éguas que tínhamos comprado no mês passado.

ESTUDO DO ADJETIVO Flexões de grau

I – O grau comparativo
3. De superioridade (mais... que ou do que...)
* O castelo era mais alto que a casa daquele em- presário.

ESTUDO DO ADJETIVO

I – O grau comparativo

A) O grau comparativo se faz, como se percebeu, de forma analítica. Alguns adjetivos, entretanto, oriundos do latim,
apresentam forma sintética para o comparativo. São eles:

ESTUDO DO ADJETIVO
Adjetivo
Bom
Mau Grande Pequeno

Forma comparativa sintética


Melhor Pior Maior Menor

www.cers.com.br 6
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 02
Rodrigo Bezerra

ESTUDO DO ADJETIVO
O grau comparative

Observação: Quando se comparam, no entanto, características de um mesmo ser, usam-se as for- mas analíticas
destes mesmos adjetivos. Veja

* A casa era mais grande do que arejada.

* Ele era mais bom do que atencioso.

ESTUDO DO ADJETIVO
I – O grau comparativo
Observação:

Nas estruturas comparativas, é comum o verbo da oração comparativa vir oculto, elíptico pelo fato de ser o mesmo
verbo da oração anteposta.

ESTUDO DO ADJETIVO
I – O grau comparative

* Ela fala como um papagaio.


* Ele age como se fosse o dono do negócio.

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlative

Aqui os adjetivos expressam o grau mais eleva- do da característica atribuída ao substantivo. Divide- se em:

1. Superlativo absoluto aqui não se estabelece qualquer comparação com outro ser e o adjetivo intensifica ao máximo
a característica atribuída ao substantivo. Pode ser efetivado de duas maneiras:

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlativo

Aqui os adjetivos expressam o grau mais eleva- do da característica atribuída ao substantivo. Divide- se em:

1. Superlativo absoluto aqui não se estabelece qualquer comparação com outro ser e o adjetivo intensifica ao máximo
a característica atribuída ao substantivo. Pode ser efetivado de duas maneiras:

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlativo

A) De forma analítica (superlativo absoluto analí- tico) é obtido com o emprego de um advérbio de intensidade
anteposto ao adjetivo. Geralmente se empregam os advérbios “muito, mui, bastante, mui- tíssimo, excessivamente,
exageradamente”.

ESTUDO DO ADJETIVO

A questão era demasiadamente difícil.

* Todos ficaram bastante perplexos.

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlative

b) De forma sintética (superlativo absoluto sinté-


tico) é obtido com o emprego dos sufixos “-
íssimo”, “-imo” ou “-érrimo” ao adjetivo.

www.cers.com.br 7
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 02
Rodrigo Bezerra

* Ele sempre demonstrou atitudes benevolentíssi- mas.


* Era um objeto sacratíssimo.

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlative

2. Superlativo relativo aqui o adjetivo atribuído ao substantivo é intensificado para mais ou para menos e posto numa
relação comparativa com outro ser. Pode ser:

A) Superlativo relativo de superioridade é obtido com o emprego dos elementos “o mais... de... (ou dentre...)”.

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlativo
Exemplos:

* “Você era a mais bonita das cabrochas dessa


ala.” (Chico Buarque)

* Ele sempre foi o mais inteligente dentre todos os alunos de sua escola.

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlative

B) Superlativo relativo de inferioridade é obti- do com o emprego dos elementos “o menos... de... (ou dentre...)”.

* Os rapazes observados pelo detetive eram os menos informados de todos os que ele já investi- gou.

* Aquela menina deveria ser a menos sábia dentre seus coleguinhas da sala por causa do problema neurológico.

www.cers.com.br 8
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 03
Rodrigo Bezerra

ESTUDO DO ADJETIVO
Flexões de grau

As flexões de grau apresentam a intensidade das qualidades atribuídas aos seres. Não se deve, pois, confundir com o
grau dos substantivos, já que este tem por função indicar o tamanho dos seres.

ESTUDO DO ADJETIVO
Flexões de grau

I – O grau comparativo
A grande característica do grau comparativo é a existência de dois seres postos numa relação de confronto. Nesta
relação um dos seres se mostrará “inferior”, “superior” ou “igual” ao outro no que se refere a(s) sua(s) qualidade(s). Daí o
grau compara- tivo poder ser:

ESTUDO DO ADJETIVO
Flexões de grau

I – O grau comparativo
1. De inferioridade (menos... que ou do que...)
* Os argumentos orais apresentados eram menos consistentes do que a defesa escrita que fizera no início do processo.

ESTUDO DO ADJETIVO
Flexões de grau

I – O grau comparativo
2. De igualdade (tão... quanto, quão ou como...)
* Todos os cavalos eram tão saudáveis quanto as éguas que tínhamos comprado no mês passado.

ESTUDO DO ADJETIVO
Flexões de grau

I – O grau comparativo
3. De superioridade (mais... que ou do que...)

* O castelo era mais alto que a casa daquele em- presário.

ESTUDO DO ADJETIVO
I – O grau comparative

a) O grau comparativo se faz, como se percebeu,


de forma analítica. Alguns adjetivos, entretanto, oriundos do latim, apresentam forma sintética para o comparativo.
São eles:

ESTUDO DO ADJETIVO

ESTUDO DO ADJETIVO
I – O grau comparative

Observação: Quando se comparam, no entanto, características de um mesmo ser, usam-se as for- mas analíticas
destes mesmos adjetivos. Veja:

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 03
Rodrigo Bezerra

* A casa era mais grande do que arejada.


* Ele era mais bom do que atencioso.

ESTUDO DO ADJETIVO
I – O grau comparative

Observação:

Nas estruturas comparativas, é comum o verbo da oração comparativa vir oculto, elíptico pelo fato de ser o mesmo
verbo da oração anteposta.

ESTUDO DO ADJETIVO
I – O grau comparative

* Ela fala como um papagaio.


* Ele age como se fosse o dono do negócio.

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlative

Aqui os adjetivos expressam o grau mais eleva- do da característica atribuída ao substantivo.

Divide- se em:

1. Superlativo absoluto aqui não se estabelece qualquer comparação com outro ser e o adjetivo intensifica ao
máximo a característica atribuída ao substantivo. Pode ser efetivado de duas maneiras:

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlative

Aqui os adjetivos expressam o grau mais elevado da característica atribuída ao substantivo.

Divide- se em:

1. Superlativo absoluto aqui não se estabelece qualquer comparação com outro ser e o adjetivo intensifica ao
máximo a característica atribuída ao substantivo. Pode ser efetivado de duas maneiras:

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlative

a) De forma analítica (superlativo absoluto analí-


tico) é obtido com o emprego de um advérbio de intensidade anteposto ao adjetivo. Geralmente se empregam os
advérbios “muito, mui, bastante, mui- tíssimo, excessivamente, exageradamente”.

ESTUDO DO ADJETIVO

* A questão era demasiadamente difícil.


* Todos ficaram bastante perplexos.

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlative

b) De forma sintética (superlativo absoluto sintético) é obtido com o emprego dos sufixos “- íssimo”, “-imo” ou “-
érrimo” ao adjetivo.

* Ele sempre demonstrou atitudes benevolentíssimas.


* Era um objeto sacratíssimo.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 03
Rodrigo Bezerra

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlative

2. Superlativo relativo aqui o adjetivo atribuído ao substantivo é intensificado para mais ou para menos e posto numa
relação comparativa com outro ser. Pode ser:

a) Superlativo relativo de superioridade é obtido com o emprego dos elementos “o mais... de... (ou dentre...)”.

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlativo
Exemplos:

* “Você era a mais bonita das cabrochas dessa


ala.” (Chico Buarque)
* Ele sempre foi o mais inteligente dentre todos os
alunos de sua escola.

ESTUDO DO ADJETIVO
II – O grau superlative

b) Superlativo relativo de inferioridade é obtido com o emprego dos elementos “o menos... de... (ou dentre...)”.

* Os rapazes observados pelo detetive eram os menos informados de todos os que ele já investi- gou.
* Aquela menina deveria ser a menos sábia dentre seus coleguinhas da sala por causa do problema neurológico.

ESTUDO DO ARTIGO

1. DEFINIÇÃO

É a classe de palavra variável que, anteposta ao substantivo, determina-o ou indetermina-o.


O artigo, portanto, interfere na extensão semântica do substantivo.

ESTUDO DO ARTIGO
Exemplos:

* Por favor, pegue um livro para estudar.


* Por favor, pegue o livro para estudar.
* Ele gosta de fruta.
* Ele gosta da fruta.

CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS

ESTUDO DO ARTIGO
Emprego dos artigos definidos

Regra principal:

Em geral, usa-se o artigo definido com os substanti- vos tomados em sentido determinado, isto é, que tenham
qualquer caracterização clara ou implícita.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 03
Rodrigo Bezerra

ESTUDO DO ARTIGO
Emprego dos artigos definidos

* As ruas daquela cidade estavam repletas de pan- fletos do candidato adversário.

ESTUDO DO ARTIGO

* "João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro
paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo." (Aluí- sio Azevedo)

ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

1. Emprega-se o artigo definido antes de nomes próprios de países, regiões, continentes, mares, ilhas,
desertos, montes, vulcões, rios, oceanos, lagos, arquipélagos.

* o Paquistão
* o Brasil
* o Ártico
* os Alpes
* o Atlântico (oceano)
* as Malvinas (ilhas)
* o Atacama (deserto)
* o Kilauea (vulcão)

ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

2. Emprega-se o artigo definido antes de nomes indicadores de ideias abstratas, como "virtudes e vícios,
faculdades e operações da alma, das ciências e das artes".
* Ele sempre amou a justiça.
* Ele sempre buscou a arquitetura.

ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

3. Emprega-se o artigo definido antes de nomes de idiomas.


* Ele fala muito bem o inglês.
* Ainda não domino o alemão.

ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

4. Emprega-se o artigo definido antes de nomes de designam, no singular ou no plural, espécies e gêneros.
* O homem é o único ser racional do planeta.
* As orquídeas valem muito no mercado externo.

ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

5. Emprega-se o artigo definido antes de nomes de pessoas quando são usados no trato familiar para indicar
afetividade, quando significam membros da mesma família ou quando tais no- mes vêm precedidos de
qualificativos.
* O Marcos arrebentou na prova de Química.
* Ainda não falamos com o Antônio sobre o proble- ma.

ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

6. Emprega-se o artigo definido antes dos no- mes dos pontos cardeais e colaterais, tanto no sentido próprio, como
designando regiões.
www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 03
Rodrigo Bezerra

* Viajaram em direção ao oeste.


* A casa tinha a frente para o nascente e os fundos para o poente.

ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

7. Emprega-se o artigo definido antes dos no- mes designativos de festas religiosas e profa- nas.
* o carnaval
* a Páscoa
* o Natal
* a Quaresma
* o São João
ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

8. É facultativo o emprego do artigo definido antes de pronomes possessivos adjetivos.


* seu livro / o seu livro
* nossas considerações / as nossas considerações

ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

9. Emprega-se o artigo definido antes de nomes de sentidos opostos (antíteses):


* Sr. João ficou entre a vida e a morte.
* Tudo que nasce na terra o sol e a chuva criam.

ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

Não se emprega o artigo definido


1. Antes de vocativos:
• Vós, poderoso rei, bem sabeis a importância de vossas decisões.
2. Em provérbios, máximas, adágios e defini- ções:
* Palavra de rei não volta atrás.
* Galinha de olho torto procura poleiro cedo.

ESTUDO DO ARTIGO
Empregos particulares do artigo definido

Não se emprega o artigo definido


3. Entre o pronome relativo "cujo" e suas flexões e o substantivo posposto.
* Adquirimos dois livros cujas capas são de madei-
ra.
4. Antes da palavra "casa" quando não acompa- nhada de determinante:
* Vim de casa.
* Passei em casa na parte da manhã.

Empregos particulares do artigo definido


Não se emprega o artigo definido

5. Antes dos nomes designativos dos meses do ano:


* "Quando fevereiro chegar, saudade já não mata a
gente."

6. Antes de substantivos empregados em senti- do geral ou indeterminado:


* Ela nunca foi a teatro.
* Jamais pisarei em estádio de futebol.

www.cers.com.br 5
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 03
Rodrigo Bezerra

Empregos particulares do artigo definido


Não se emprega o artigo definido

7. Antes de formas de tratamento:


* Enfim cheguei ao palácio, onde Sua Majestade
me recebeu com graças.
8. Antes dos pronomes demonstrativos "este, esse, aquele" e suas variações:
* Este carro é muito veloz.
* Aquela camisa fica muito bem em você.

Empregos particulares do artigo definido

Observação:
Não se contrai a preposição com o artigo quando este anteceder títulos de obras artísticas, de obras literárias, de jornais,
de periódicos etc. Veja:
* Lemos isto em “O Estado de São Paulo”.
* Ele fará uma análise de “Os Lusíadas”.

Empregos particulares dos artigos indefinidos

Regra principal:
Em geral, usa-se o artigo indefinido antes dos no- mes tomados em sentido vago e indeterminado.
* "Levou Deus um dia em espírito ao Profeta Eze- quiel a Jerusalém, e o que viu o Profeta foi uma parede ou fachada
em que estava um ídolo do zê- lo."

Empregos particulares dos artigos indefinidos

* Um cachorro é sempre um bom companheiro para o homem.


* Ontem lemos apenas um capítulo do livro de ma-
temática. Hoje precisamos ler no mínimo dois.

ESTUDO DO NUMERAL

1. DEFINIÇÃO
É a palavra variável que, acompanhando ou substituindo o substantivo, transmite uma noção de quantidade ou
de ordem numérica.
* Dois terços do Congresso Nacional votaram con-
tra a medida.
* João foi aprovado em centésimo quinquagésimo lugar.

ESTUDO DO NUMERAL
Considerações iniciais sobre os numerais

1. Os numerais geralmente são termos adjetivos, ou seja, acompanham o substantivo em função de ad- junto
adnominal. Daí serem também chamados de "numerais adjetivos". Quando assumem a posição do substantivo, são
denominados de "numerais substantivos", à semelhança dos pronomes.
* No encontro havia dois mestres em Direito Consti-
tucional.

www.cers.com.br 6
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 03
Rodrigo Bezerra

* " O presbítero Eurico era o pastor da pobre paró- quia de Cartéia. Descendente de uma antiga família bárbara.”

Empregos particulares dos artigos indefinidos

1. Não se deve empregar artigo indefinido antes do adjetivo "outro":


* Deve haver outro governo melhor do que este.

2. Por questão de estilo, deve-se evitar o empre- go do artigo indefinido antes de apostos explica-
tivos:
* "Recife, cidade de Pernambuco, é considerada a
"Veneza brasileira".

Empregos particulares dos artigos indefinidos

3. Pode-se antepor o artigo indefinido a um nu- meral cardinal para indicar aproximação numéri- ca:
* Faz uns três anos que ela não dá notícias.

Empregos particulares dos artigos indefinidos

Observação:
É importante não confundir os artigos indefinidos
“um, uma” com os numerais “um, uma”.

Exemplos:
ESTUDO DO NUMERAL
Classificação dos numerais

De acordo com as suas funções, os numerais são classificados em:


a) cardinais b) ordinais
c) fracionários
d) multiplicativos e) coletivos

ESTUDO DO NUMERAL
Regras gerais para o emprego dos numerais

1. Empregam-se os cardinais para a designação de datas e horas, como também para designar capítulos,
parágrafos, folhas ou quaisquer divi- sões de uma obra.
* Recife, 23 de junho de 2008.
* Em São Paulo, são 23h38min.

ESTUDO DO NUMERAL
Regras gerais para o emprego dos numerais

Observações:
a) Pode-se dizer corretamente: a páginas 25 ou na página 25; 14 de janeiro, a 14 de janeiro, em 14 de janeiro ou aos
14 de janeiro.

Regras gerais para o emprego dos numerais

Observações:
b) Como já se disse, na computação dos dias dos meses empregam-se os numerais cardinais à exce- ção do primeiro dia
de cada mês, para o qual se emprega o ordinal: primeiro de abril, primeiro de setembro etc.

ESTUDO DO NUMERAL
Regras gerais para o emprego dos numerais

2. Em alguns contextos, os cardinais são em- pregados em sentido indefinido.


* Preciso lhe dizer duas palavras. (duas = algumas)
* Já lhe disse isso mil vezes. (mil = várias)

www.cers.com.br 7
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 03
Rodrigo Bezerra

ESTUDO DO NUMERAL
Regras gerais para o emprego dos numerais

3. "Ambos" e "ambas" são considerados nume- rais duais, pois sempre se referem a um par de coisas ou de
pessoas. Logo, "ambos os dois", "ambos de dois" são expressões pleonásticas e devem ser evitadas em
linguagem formal.

ESTUDO DO NUMERAL
Regras gerais para o emprego dos numerais

4. Na designação de reis, papas, soberanos, séculos e partes de uma obra (capítulos, tomos etc), empregam-se
os ordinais até o dez e os cardinais daí por diante. Se o numeral anteceder o substantivo, empregam-se os ordinais.

ESTUDO DO NUMERAL
Regras gerais para o emprego dos numerais

* Século sexto * Capítulo segundo


* João vinte e três * Século vinte e um

Regras gerais para o emprego dos numerais

5. Na designação de artigos de leis, decretos, portarias, regulamentos etc, usam-se os ordinais até nove e os
cardinais de dez em diante. Se o numeral vier anteposto, empregam-se os ordinais.

6. Ao lado das grafias “bilhão”, “trilhão” e “qua- trilhão”, existem as menos usuais, mas igual- mente corretas,
“bilião”, “trilião” e “quatrilião”. Esses numerais não apresentam flexão de gênero apresentam-se tão
somente sob a forma masculina.
* Ninguém conseguiu acertar todas as questões dentre os 15 milhões de pessoas participantes.

ESTUDO DOS PRONOMES

1. Definição:
É a classe de palavra variável que substitui ou acompanha o substantivo é denominada de pro- nome.

ESTUDO DOS PRONOMES

1. Definição:
Como o adjetivo, o numeral e o artigo também são classes morfológicas que acompanham o subs- tantivo,
podemos afirmar que a grande distinção entre estes e o pronome se dá pelo fato de o pro- nome situar o substantivo
numa pessoa do discurso.

Classificação dos pronomes:

www.cers.com.br 8
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 03
Rodrigo Bezerra

Informações essenciais:

ESTUDO DO NUMERAL
Regras gerais para o emprego dos numerais

* artigo segundo
* inciso quarto
* parágrafo nono
* artigo vinte e três
* inciso catorze
* parágrafo doze

Regras gerais para o emprego dos numerais

I – Dentro dos pronomes pessoais, há pronomes átonos e pronomes tônicos.


II – O fato de o pronome ser átono ou tônico interfere no emprego deste pronome.
III – Todo pronome átono possui um correspon- dente tônico.
IV – Os pronomes tônicos só podem ser usados quando antecedidos por uma preposição.

* Não vá sem mim.


* Nunca houve problemas entre mim e ela.

V – Os pronomes átonos da 3ª pessoa “o, a, os, as, lhe, lhes” possuem como correspondentes tônicos os
pronomes “ele, ela, eles, elas” prece- didos por preposição.

* Ela nunca obedeceu aos avós.


* Ela nunca obedeceu a eles.

www.cers.com.br 9
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa - Aula 04
Rodrigo Bezerra

Informações essenciais: 2. Até agora não sei ___________ devo ir em mi-


nhas férias.
VI – Os pronomes “si, consigo” são reflexivos e só 3. Chegamos a uma região ___________ havia
podem ser usados em referência a um sujeito ver- muitos imigrantes italianos.
bal. 4. No capítulo dois, __________ há uma descrição
* Ela sempre leva consigo os irmãos. mais detalhada sobre o assunto, o autor...
* Joana nunca fala de si. 5. “_________ você mora? _________ você foi mo-
rar?”
Informações essenciais: 6. “E por falar em saudade, ________ anda você?
VII – Os pronomes “conosco, convosco” só podem ________ andam esses olhos...?
ser usados quando a informação finalizar neles. Se 7. “________ você estiver, não se esqueça de
houver elemento de reforço, devem ser usadas as mim?”
formas analíticas “com nós” e “com vós” respecti-
vamente. Informações essenciais:
* Os meninos irão conosco. IV – Os pronomes relativos CUJO, CUJA, CUJOS,
* Os meninos irão com nós dois. CUJAS são denominados de relativos possessivos,
pois são usados para substituir termos que transmi-
Informações essenciais: tem a noção de posse. Equivalem a “do qual, da
VIII – Os pronomes “me, te, lhe, nos, vos, lhes” po- qual, dos quais, das quais, seu, sua, seus, suas,
dem funcionar como verdadeiros pronomes posses- dele, dela, deles, delas”. O CUJO e flexões rejeitam
sivos. Isso ocorre quanto atribuem uma noção de a posposição de artigos.
posse a um determinado substantivo.
* Quando o Papa chegou, o presidente beijou-lhe as 14(ESAF) Assinale a opção que apresenta pro-
mãos. posta de substituição correta de palavra ou tre-
* O vento despenteava-nos os cabelos. cho do texto.

Há sociedades que têm a vocação do crescimento,


mas sem a vocação da espera. E a resultante,
quando não é inflação ou crise do balanço de pa-
gamentos, é uma só: juros altos.

14(ESAF – An.Tributário) Assinale a opção que


apresenta proposta de substituição correta de
palavra ou trecho do texto.

Informações essenciais: b) “que têm a vocação do crescimento”(ℓ.1) por “cuja


I – O pronome relativo QUE é denominado de relati- vocação de crescimento”.
vo universal, pois pode ser tanto usado para pesso-
as quanto para coisas, tanto para o singular quanto 22.(FCC – TRT 8ª) O texto está corretamente
para o plural, tanto para o feminino quanto para o transcrito com lógica, correção e clareza, sem
masculino. repetições desnecessárias, em:

* Gostei da bolsa que você comprou. (A) “...o Parque Nacional de Galápagos, no Equa-
* Eu vi o homem que ganhou na loteria. dor, assinou um convênio com a ONG Sea Shepard
Informações essenciais: e WWF para instalar um sistema de vigilância nes-
II – O pronome relativo QUEM é denominado de ses barcos com menos de 20 toneladas de peso
relativo personativo, pois só pode ser usado em bruto, cuja a maioria trafegam na reserva. O sinal de
substituição a um ser personativo. rádio, que será captado por antenas em pontos
estratégicos, será emitido por esse sistema.”
* O médico em quem ele confia vai se aposentar.
III – O pronome relativo ONDE só pode ser usado Empregos inadequados do relativo “CUJO” e
em relação a um lugar. Equivale a “em que” e varia- flexões:
ções.
1. (FCC – APOF/SP) A nostalgia que o autor mani-
Informações essenciais sobre o ONDE: festa das viagens de trem, em cujas quase ninguém
tinha pressa, participava do encanto das estaçõezi-
1. Até agora não sei ___________ vou passar as nhas.
minhas férias.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa - Aula 04
Rodrigo Bezerra

2. (FCC – APOF/SP) As estaçõezinhas de trem


eram parte do encanto daquelas viagens aonde
ninguém tinha pressa e por cujas o autor manifesta
sua nostalgia.

3. (TRE/PI) Não são claras as fronteiras em cujas se


deseja estabelecer uma objetiva distinção entre
etnias.

4. (TRF 5ª) Muitos homens se valem da crença reli-


giosa para se auto-sacrificarem em protesto político,
em cujo também morrem vários inocentes.

Observação sobre os pronomes de tratamento:

a) Os pronomes de tratamento são pronomes que


se referem à segunda pessoa do discurso. Entretan-
to, exigem a concordância verbal na terceira pes-
soa. Ademais, devem também ficar na terceira pes-
soa todos os elementos que a tais pronomes se
refiram.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa - Aula 05
Rodrigo Bezerra

a) Empregam-se “esse, essa, isso e variações”


para retomar termos e informações já mencio-
nados. Tais pronomes funcionarão como “ele-
mentos de coesão referencial anafórica”.
* A violência assola o pais de norte a sul. Esse pro-
blema inviabiliza muitos negócios comerciais no
Brasil.
I) Quanto à localização espacial do referente
temos as seguintes orientações: III) Quanto à localização textual do referente,
a) Empregam-se “este, esta, isto e variações” temos as seguintes orientações:
quando o referente se encontra com o ser que b) Empregam-se “este, esta, isto e variações”
fala. para antecipar termos e informações que ainda
* Esta camisa aqui custou-me quarenta reais. vão ser mencionados. Tais pronomes funciona-
rão, portanto, como “elementos de coesão refe-
I) Quanto à localização espacial do referente rencial catafórica”.
temos as seguintes orientações: * O Brasil precisa disto: educação igualitária – de
b) Emprega-se “esse, essa, isso e variações” qualidade – para todos.
quando o referente se encontra próximo, perto
de quem fala. III) Quanto à localização textual do referente,
* Quanto custou essa camisa que você está usan- temos as seguintes orientações:
do?
c) Empregam-se “este, esta, isto e variações”
I) Quanto à localização espacial do referente para retomar, dentro de um período, o termo
temos as seguintes orientações: mais próximo, ou seja, o enunciado em segundo
c) Empregam-se “aquele, aquela, aquilo e varia- lugar, a fim de se evitar uma possível ambigüi-
ções” quando o referente se encontra distante dade que os demonstrativos “esse, essa, isso e
do ser que fala. variações” poderiam gerar.
* Aquele menino acolá passou em um concurso
para juiz federal. Por outro lado, empregam-se “aquele, aquela,
aquilo e variações” para retomar, dentro do pe-
II) Quanto à localização temporal do referente, ríodo, o termo mais distante, ou seja, o enuncia-
temos as seguintes orientações: do em primeiro lugar.
a) Empregam-se “este, esta, isto e variações”
quando se faz referências a um tempo presente III) Quanto à localização textual do referente,
em relação à pessoa que fala. temos as seguintes orientações:
* Ainda este ano irei à Europa.
Exemplo:
II) Quanto à localização temporal do referente, * Brasil e Argentina travaram novos acordos comer-
temos as seguintes orientações: ciais. Este exportará carnes nobres e importará
b) Empregam-se “esse, essa, isso e variações” frutas tropicais daquele.
quando se faz referências a um tempo passado
ou futuro em relação à pessoa que fala.
* O ano passado marcou minha vida. Nesse ano
nasceu meu filho.

II) Quanto à localização temporal do referente,


temos as seguintes orientações:
c) Empregam-se "aquele, aquela, aquilo e varia-
ções" quando se faz referências a passado dis-
tante em relação ao ser que fala.
* Em 1980 a inflação era galopante. Naquele ano, Emprego dos pronomes indefinidos
viviam-se os últimos anos do milagre econômico
brasileiro. QUALQUER
"QUALQUER" só será pronome indefinido quan-
III) Quanto à localização textual do referente, do vier anteposto ao substantivo – neste caso
temos as seguintes orientações: equivalerá a "algum(ns) / alguma(s)".
* Qualquer pessoa consegue fazer isso.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa - Aula 05
Rodrigo Bezerra

* Quaisquer dúvidas, dirijam-se à direção do even-


to. Emprego dos pronomes indefinidos

Emprego dos pronomes indefinidos CERTO


5. Este vocábulo só será pronome indefinido
"TODO" é um indefinido, chamado por alguns gra- quando vier anteposto a um substantivo.
máticos de "coletivo universal". Possui as flexões * "As outras escravas a contemplavam todas com
"toda, todos, todas". É empregado de acordo com certo interesse e comiseração." (Bernardo Guima-
as seguintes orientações: rães)

a) É hodierna e frequentemente empregado no sin- Verbo (definição):


gular, sem a presença de artigo definido, com a Em sentido estrito, verbo é, pois, uma pala-
significação de “qualquer”. vra variável capaz de exprimir "uma ação, um esta-
* Todo homem pode cometer um crime impensa- do, um fenômeno da natureza ou um fato".
damente. Ainda podemos dizer que verbo é a palavra
que apresenta o maior número de flexões:
Emprego dos pronomes indefinidos Elementos estruturais do verbo
São os seguintes os elementos mórficos
b) Embora haja posicionamentos contrários, formadores do verbo: radical, vogal temática, tema e
pode também ser empregado no singular e an- desinências modo-temporal e número-pessoal.
teposto a substantivo precedido ou não de arti-
go, significando "totalidade ou cada". Verbo
* "Todo homem é mortal, mas o homem todo não é Radical
mortal". (Carlos Drummond de Andrade) É o elemento mórfico verbal principal, pois contém a
significação do verbo. Nos verbos, o radical repre-
Emprego dos pronomes indefinidos senta a parte imutável, que traz consigo a semânti-
ca verbal.
b) Emprega-se no singular e posposto a um * cantar  cant – ar * vender  vend –
substantivo para indicar a totalidade das partes: er
* Assim que chegamos, ele nos mostrou a casa
toda. Verbo:
Vogal temática
Emprego dos pronomes indefinidos É o elemento mórfico vocálico que se junta ao radi-
cal para formar o tema verbal. Nos verbos, a vogal
ALGUM temática situa-se entre o radical e a desinência do
4. O pronome indefinido "algum" emprega-se de infinitivo impessoal "-r".
acordo com as seguintes orientações: * cant A r
* vend E r
Emprego dos pronomes indefinidos * sa I r

ALGUM Verbo:
4. O pronome indefinido "algum" emprega-se de Tema
acordo com as seguintes orientações: É o conjunto formado pelo radical mais a vogal te-
mática. Nos verbos, basta a retirada da desinência
a) Anteposto ao substantivo assume frequente- do infinitivo impessoal "-r" para se obter o tema.
mente valor positivo de "qualquer, um": * falar  fala * caber  cabe * abrir  abri
* "Deste modo, viverei o que vivi, e assentarei a
mão para alguma obra de maior tomo." (Machado Verbo:
de Assis) Desinências
São elementos mórficos que se acoplam ao tema ou
Emprego dos pronomes indefinidos à forma infinita do verbo para indicar as flexões de
modo, tempo, número e pessoal. Há em português
ALGUM duas desinências verbais:
b) Anteposto ao substantivo, assume também o
valor de "certo, um pouco de". Verbo:
* Por algum tempo esperou a projetada expedição Desinências
de D. Pedro da Cunha, que pretendeu transportar a) Desinência modo-temporal  Indica o modo
ao Brasil a coroa portuguesa." (José de Alencar) (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e o tempo

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa - Aula 05
Rodrigo Bezerra

(presente, passado ou futuro) em que se encontra o O modo imperativo serve para expressar
verbo. uma ordem, um preceito, um conselho, uma
* cantávamos  canta – VA – mos (desinência que exortação, um pedido, um convite.
indica o "pretérito imperfeito do indicativo")
Flexões de modo:
Verbo: III – IMPERATIVO
Desinências * "Agora escutai e respondei sinceramente às mi-
b) Desinência número-pessoal  Indica o número nhas perguntas." (A. Herculano)
(singular ou plural) e a pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) em que * "Guardai o meu sábado, porque ele deve ser san-
o verbo se encontra. to para vós." (Bíblia Sagrada)
* cantastes  cantas – TES (desinência que indica
a 2ª pessoa do plural – vós)

Verbo :
FLEXÕES:
1. Modo (indicativo, subjuntivo e imperativo)
2. Tempo (presente, pretérito e futuro)
3. Pessoa (1ª, 2ª e 3ª)
4. Número (singular e plural)
5. Voz (ativa, passiva e reflexiva)

Flexões de modo: III – IMPERATIVO AFIRMATIVO (formação)


I – INDICATIVO A) Comprar um livro
O modo indicativo é o modo da realida- Imperativo 2ª pessoa  __________________
de: serve para enunciar um fato ou um estado Imperativo 3ª pessoa  __________________
verdadeiros ou supostos verdadeiros, em ora-
ções independentes ou dependentes, declarati-
vas, interrogativas ou exclamativas, quer afir-
mando, quer negando.

Flexões de modo:
I – INDICATIVO
* "Quem canta seus males espanta." (Provérbio)
* "Em certos pontos não se encontrava viva alma
na rua; (...) ;só os pretos faziam as compras para o
jantar ou andavam no ganho."(Aluísio Azevedo) III – IMPERATIVO NEGATIVO (formação)
A) Não comprar um livro
Flexões de modo: Imperativo negativo 2ª pessoa 
II – SUBJUNTIVO ________________
O modo subjuntivo (antigo "modo con- Imperativo negativo 3ª pessoa 
juntivo") é o modo próprio da incerteza, da pos- ________________
sibilidade, da dúvida, da futuridade, da vontade,
do desejo, da esperança, da suposição, da con-
cessão.

Flexões de modo:
II – SUBJUNTIVO
* "Eu vou para Coimbra logo que esteja bom, e a
menina da cidade fica em sua casa." (Camilo Caste-
lo Branco)
* "Não me parece bonito que o nosso Bentinho an-
de metido nos cantos com a filha do Tartaruga."
(Machado de Assis)

Flexões de modo:
III – IMPERATIVO

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 06
Rodrigo Bezerra

Flexões de tempo:

* Presente do indicativo falo, bebo, parto.


* Pretérito perfeito do indicativo falei, bebi, parti.
* Pretérito imperfeito do indicativo falava, bebia, partia.

* Pretérito mais-que-perfeito do indicativo falara, bebera, partira.


* Futuro do presente do indicativo falarei, beberei, partirei.
* Futuro do pretérito do indicativo falaria, beberia, partiria.

Flexões de tempo:
* Presente do subjuntivo fale, beba, parta.
* Pretérito imperfeito do subjuntivo falasse, be- besse, partisse.
* Futuro do subjuntivo partir, beber, partir.

Flexões de tempo:
* Infinitivo pessoal falarem, beberem, partirem
* Gerúndio falando, bebendo, partindo.
* Particípio falado, bebido, partido.

19. (Fiscal de Rendas/SP) A frase que respeita o padrão culto no que se refere à flexão é:

A) No caso de proporem um diálogo sem pseudodi- lemas teóricos, o professor visitante diz que medeia as sessões.
B) No caso de ele propuser um abatimento no alu-
guel, o proprietário exigirá contrapartidas.

Emprego dos tempos e modos verbais:

1. Presente
a) descrever um fato ou estado permanente: O Sol aquece a Terra. Maria é mãe de Jesus. As leis do Universo são
imutáveis.
b) indicar ação habitual ou que se pratica constante- mente: Maria fuma demais. Vou ao cinema todos os domingos.

Emprego dos tempos e modos verbais:

1. Presente

c) dar realismo a fatos passados: Cabral descobre o Brasil em 1500. Os bandeirantes abrem o sertão bra- sileiro e
conquistam a terra.
d) indicar futuro próximo (nesse caso, é geralmente acompanhado de um adjunto adverbial): Terminei meus negócios e
sigo amanhã para Nova Iorque.

Emprego dos tempos e modos verbais:

1. Presente

e) substituir o imperativo, quando se deseja denotar mais um pedido do que uma ordem: Você me faz isso
amanhã (= faça-me isso amanhã) .

Emprego dos tempos e modos verbais:

2. Pretérito imperfeito

O pretérito imperfeito indica uma ação pas- sada em relação ao momento em que se fala, porém presente em relação
a outro fato passado.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 06
Rodrigo Bezerra

Emprego dos tempos e modos verbais:

Emprega-se o pretérito imperfeito para:

a) descrever fatos freqüentes ou repetidos no pas- sado: Quando era criança ia sempre à casa de vovó, onde brincava
com Maria.
b) designar fatos indicando continuidade no passado: As diversas tribos que habitavam o continente ame- ricano eram
de cultura diferente; algumas caçavam e pescavam, ao passo que outras já tinham conheci- mento de agricultura.

Emprego dos tempos e modos verbais:

c) descrever pessoas, fatos ou coisas no passado: Ela parecia inteligente. O rio fazia uma pequena curva antes
de cair em catarata.
d) indicar época ou tempo no passado: Era época da seca quando José deixou o Nordeste. Eram seis ho-
ras da tarde quando Ana telefonou.
e) indicar, entre duas ou mais ações simultâneas, qual estava ocorrendo quando sobreveio a outra (nesse caso,
o segundo verbo é geralmente usado no pretérito perfeito simples): Pedro entrava quando eu saí. Conversávamos
quando a criança caiu.
f) expressar freqüência, repetição, causa e conse- qüência (nesse caso, os verbos vêm ambos no pre- térito
imperfeito): Eu saía quando ele entrava.
g) descrever ação planejada e não realizada: Eu ia passear, mas começou a chover e desisti. Pretendí- amos falar
com ele, mas não tivemos tempo.
h) narrar fábulas, lendas ou contos, situando-os no passado (nesse caso, usa-se o pretérito imperfeito do verbo ser):
Era uma vez um príncipe. ..

Emprego dos tempos e modos verbais:

2. Pretérito imperfeito

i) indicar um só fato preciso no passado, quando a época ou a data em que ocorreu a ação vem clara- mente
mencionada: Duas horas depois de receber o telegrama, Geraldo partia do aeroporto de Congo- nhas. Passado o
tempo exigido por lei, João se natu- ralizava.

Emprego dos tempos e modos verbais:

3. Pretérito perfeito simples


O pretérito perfeito simples indica uma ação, geral- mente não habitual, concluída antes do ato de falar; o fato começou e
terminou no passado, seja passado remoto ou próximo: Fui ao mercado hoje de manhã. Estive com ele em 1980.

Emprego dos tempos e modos verbais:


4. Pretérito perfeito composto
O pretérito perfeito composto indica a repetição ou a continuidade de um fato iniciado no passado e que ainda se realiza no
presente, vindo acompanhado de adjuntos adverbiais como desde, ultimamente, esses dias etc.:
* Tenho feito tudo por ele desde que quebrou o braço. Não temos tido sorte ultimamente.

Emprego dos tempos e modos verbais:


5. Pretérito mais-que-perfeito simples
O pretérito mais-que-perfeito simples ex- pressa um fato já concluído antes de outro também no passado.

a) em situações formais na língua escrita: Viera es- pecialmente para o concerto.


b) para substituir o pretérito imperfeito do subjuntivo: Comportou-se como se fora (= fosse) senhora das
terras.
c) em certas frases exclamativas: Quem me dera ser
rico!

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 06
Rodrigo Bezerra

Emprego dos tempos e modos verbais:

5. Pretérito mais-que-perfeito simples


O pretérito mais-que-perfeito composto é empre- gado, como o simples, para expressar um fato já concluído antes de
outro também no passado. É usado na língua falada e, em geral, também na escrita:
* Tinha vindo especialmente para o concerto.

Emprego dos tempos e modos verbais:

6. Futuro do presente simples


O futuro do presente simples é usado para indicar um fato futuro em relação ao momento em que se fala: Irei à praia neste
fim de semana. Emprega-se também para:
a) indicar fatos de realização provável, pois estão mediante certa condição: Se ele vier, falarei com ele.

Emprego dos tempos e modos verbais:

6. Futuro do presente simples

b) indicar incerteza, dúvida, suposição: Será possível uma coisa dessas? Estarei eu aqui pela providência
divina?

Emprego dos tempos e modos verbais: Observação

O futuro do presente simples é comumente substituído, na língua falada, por locuções verbais (conjunto inseparável
formado de um verbo auxiliar e de um principal usado no infinitivo, no particípio ou no gerúndio), como, por exemplo:

O presente do indicativo do verbo haver, mais preposição de, mais infinitivo impessoal do verbo principal para exprimir
intenção:

* Hei de falar com ele antes do fim do mês.

Emprego dos tempos e modos verbais:

8. Futuro do presente composto

O futuro do presente composto indica:

a) ação futura consumada antes de outra também futura:


* Já teremos terminado o trabalho quando eles chegarem.
b) possibilidade de uma ação já ter se consumado:
* Já terão saído?

Emprego dos tempos e modos verbais:

9. Futuro do pretérito simples

Usa-se o futuro do pretérito simples:

a) para indicar um fato futuro em relação a um fato passado: Ele prometeu a Maria que chegaria antes das seis.
b) quando a oração subordinada revela um fato não realizado ou que talvez não se realize: Iríamos se ele permitisse.
c) para exprimir incerteza ou dúvida sobre fatos passados: Quem estaria lá? Ele teria uns vinte anos quando se casou.
d) em certas orações exclamativas ou interrogativas que denotam surpresa ou indignação: Nunca agiríamos dessa
maneira! Seria possível uma calúnia dessas?
e) em tom polido, denotando desejo presente: Gostariam de ir conosco? Poderia emprestar-me esse livro?

Emprego dos tempos e modos verbais:

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 06
Rodrigo Bezerra

10. Futuro do pretérito compost

Emprega-se o futuro do pretérito composto para:

a) indicar que um fato teria acontecido no passado mediante certa condição: Se Roberto estudasse teria tido boa nota.
b) exprimir incerteza sobre fatos passados em orações interrogativas: Quando teriam visto o fugitivo?

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 07
Rodrigo Bezerra

Emprego dos tempos e modos verbais: (C) O especialista ativera-se à análise dos dados
II – MODO SUBJUNTIVO obtidos, para defender o programa de responsabili-
dade ambiental.
1. Presente (D) Proporam-se medidas de combate à degrada-
O presente do subjuntivo indica presente ou futuro, ção da floresta, porém os resultados danosos já
dependendo do conteúdo semântico do verbo: haviam se instalado em toda a área.
* É pena que elas estejam doentes (presente). (E) Se não fosse imediatamente interrompido o cor-
* Espero que eles venham (futuro). te das árvores, a região transformar-se-ia numa
extensa área desertificada.
2. Pretérito imperfeito do subjuntivo
O pretérito imperfeito do subjuntivo indica uma Já adulto pela covardia, eu fazia o 1 que todos fa-
ação simultânea ou futura em relação ao tempo do zemos, quando somos grandes, e há diante de nós
verbo da oração principal (que pode ser o pretérito sofrimentos e injustiças: não queria vê-los; subia
perfeito simples, o pretérito imperfeito ou o futuro do para soluçar lá no alto da casa, numa peça ao lado
pretérito do indicativo): da sala de estudos, sob os telhados, uma salinha
que cheirava a íris, também aromada por uma gro-
2. Pretérito imperfeito do subjuntivo selheira silvestre que crescia do lado de fora entre
* Duvidei que ele terminasse o trabalho. as pedras do muro e passava um ramo florido pela
* Eu queria que ela fosse logo. janela entreaberta.

5. Futuro do subjuntivo 4.(TJ/AL) A substituição da forma verbal “chei-


O futuro simples do subjuntivo indica eventualidade rava” (L.5) por cheirasse prejudicaria a correção
no futuro, sendo que o verbo da oração principal gramatical do texto.
pode estar no presente ou no futuro do presente do
indicativo: Dados do Cadastro Geral de Empregados e De-
* Posso levar o que quiser. sempregados (CAGED) divulgados ontem pelo Mi-
* Poderei levar o que quiser. nistério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam
para a criação de 554 mil postos de trabalho com
01.(TRE/PR) “Há 40 anos, a mais célebre crítica carteira assinada no primeiro trimestre deste ano, o
de cinema dos Estados Unidos, Pauline Kael que representa recorde histórico para esse período.
(1919-2001), publicava seu artigo mais famoso.” A série de dados do CAGED tem início em 1992.
Considerado o acima transcrito, é correto afir-
mar: 5.(TRT/RJ) Na frase que se inicia por “A série”
(L.3), a substituição da forma verbal no presente
(E) A forma verbal publicava foi empregada para pela forma correspondente no pretérito perfeito
denotar uma ação passada habitual ou repetida. alteraria o sentido do texto.

02.(TCE/SP) “Isso talvez nos explique por que os


gregos, estes que teriam inventado a democra-
cia ocidental com seus valores, na verdade, le-
garam-nos apenas um valor fundamental: a sus-
peita de si.
Considerada a frase acima, em seu contexto, o
ÚNICO comentário que o texto NÃO legitima é o
seguinte:

(B) A forma verbal “explique” é exigida por estar


presente no enunciado uma ideia de possibilidade,
não de certeza.

03. (FCC) A forma verbal que, além de correta-


mente flexionada, indica fato passado anterior a
outro, também passado, está grifada na frase:

(A) Para que se precavissem os efeitos prejudiciais


ao meio ambiente, interromperam-se as queimadas
na região.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 07
Rodrigo Bezerra

Correlações/articulações entre tempos e modos verbais que indicam duração, continuação, progres-
verbais (exemplos): são.
1. Sempre haverá quem preferirá ter-se omitido
diante da violência de que venha a ser vítima. * Já vem chegando o inverno com seu frio, suas
2. Houve sempre quem preferisse omitir-se diante chuvas.
da violência de que tivesse sido vítima.
3. Há sempre quem prefere se omitir diante da vio- e) Verbo auxiliar "DEVER" mais INFINITIVO 
lência de que venha a ser vítima. formação de locução verbal que indica necessidade,
4. Havia sempre quem preferia se omitir diante da obrigação.
violência de que foi vítima. * " O almirante não deve falar assim... A pátria está
5. Sempre há quem prefere se omitir diante da vio- logo abaixo da humanidade." (Lima Barreto)
lência de que venha a ser vítima.
f) Verbo auxiliar IR mais GERÚNDIO  formação
Correlações/articulações entre tempos e modos de locução verbal que indica uma ação em decurso,
verbais (corrija as estruturas abaixo): em ocorrência, em desenvolvimento gradual.

1. A pesquisa de Johnson analisou um fenômeno * " Meu coração é um almirante louco


que constituísse uma verdadeira obsessão que ca- que abandonou a profissão do mar
racterize o homem moderno: o fascínio pela TV. e que a vai relembrando pouco a pouco
2. Se não variassem de cultura para cultura, as re- em casa a passear, a passear ..."
gras de convívio terão alcançado, efetivamente, a (Fernando Pessoa)
chamada validade universal.
3. Sugere-se, nessa pesquisa, que o fato de nos Classificação morfológica dos verbos
aprisionarmos em nossa sala de TV fosse o respon- Quanto à terminação
sável pela nossa predisposição a que cometêramos Os verbos podem ser:
atos violentos. 1ª CONJUGAÇÃO  ar
4. Se de fato viéssemos a nos contentar com o que 2ª CONJUGAÇÃO  er
somos, as inúmeras janelas abertas pela TV não 3ª CONJUGAÇÃO  ir
terão a mesma força de atração que as pesquisas
demonstrassem. Quanto à flexão ou à conjugação

LOCUÇÕES VERBAIS Os verbos podem ser REGULARES, IRREGULA-


RES, DEFECTIVOS, ABUNDANTES e PRONOMI-
Também chamadas de "perífrases verbais", as NAIS.
locuções verbais servem para denotar ideias aces-
sórias da ação verbal, frequentemente não contem- 1) Verbo regular é aquele cujo tema permanece
pladas pelos tempos simples e compostos. invariável.
a) Verbo auxiliar SER mais o PARTICÍPIO  for- Classificação morfológica dos verbos
mação de locuções verbais da voz passiva de 2) Verbo irregular é aquele que não segue o para-
ação; digma regular de sua conjugação.
* Eles foram atacados por várias abelhas enquanto 3) Verbo defectivo é aquele que não apresenta
caminhavam pela fazenda. todos os modos, tempos ou pessoas próprios dos
verbos.
b) Verbo auxiliar TER mais preposição DE mais 4) Verbo abundante é aquele que apresenta mais
INFINITIVO  formação de locução verbal que de uma forma de conjugação para certos tempos,
denota "obrigação, compromisso, fato infalível". modos ou pessoas.
* O Brasil tem de ser um país menos desigual. 5. Verbo pronominal é aquele que só é conjugado
com o auxilio de um pronome pessoal oblíquo, áto-
c) Verbos auxiliares "COMEÇAR A, ENTRAR A, no.
PASSAR A" mais INFINITIVO  formação de lo-
cuções verbais que indicam momento inicial de uma Classificação morfológica dos verbos
ação. Quanto à função
Os verbos são classificados em AUXILIARES e
* O trem começou a partir, e todos, emocionados, PRINCIPAIS.
despediam-se dos soldados.
1. Verbo auxiliar é aquele que, empregado ao lado
d) Verbos auxiliares "ANDAR, ESTAR, FICAR, IR, de uma forma nominal do verbo (infinitivo, gerúndio
VIR" mais GERÚNDIO  formação de locuções

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 07
Rodrigo Bezerra

ou particípio), formará as locuções verbais e os


tempos compostos.

Classificação morfológica dos verbos


Quanto à função

2. Verbo principal é, como o próprio nome já o diz,


aquele de significação plena e que funciona como
núcleo de uma oração.

Classificação morfológica dos verbos


Quanto à formação
Os verbos são classificados em PRIMITIVOS e DE-
RIVADOS.
1. Verbo primitivo é aquele que não foi formado
por nenhum outro verbo pré-existente.
2. Verbo derivado é aquele que foi formado a partir
de outro verbo pré-existente.

PARADIGMAS ESPECIAIS PARA A CONJUGA-


ÇÃO VERBAL

Conjugação de verbos derivados

Regra:
A conjugação do verbo derivado segue a conju-
gação do seu verbo primitivo.

Ex.:
TER  deter, reter, entreter, ater-se etc.
PÔR  compor, interpor, supor, apor etc.

Conjugação dos verbos terminados nos hiatos -


air  sair, cair, abstrair
-oer  roer, moer, doer
-uir  possuir, constituir, restituir
Regra:
A 3ª pessoa do singular do presente do indicati-
vo apresenta a desinência “i” e jamais “e”.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 08
Rodrigo Bezerra

Conjugação dos verbos terminados no hiato Regra:


“-ear” frear, pentear, veranear, passear, home- Apresentam a letra “E” em todas as formas do
nagear, arrear, saborear, menear. presente do subjuntivo

Regra: Verbo ABENÇOAR (presente do subjuntivo)


Intercalam, por motivos fonéticos, um “i” intervo-

cálico em sua desinência nas formas rizotônicas. Que...


EU ABENÇOE
Conjugação dos verbos terminados no hiato TU ABENÇOES
“-iar” variar, estagiar, abreviar, adiar, conciliar, ELE ABENÇOE
copiar, desviar, guiar NÓS ABENÇOEMOS
VÓS ABENÇOEIS
Regra: ELES ABENÇOEM
Seguem o paradigma de conjugação dos verbos

da 3ª conjugação, isto é, conjugam-se normal- Conjugação dos verbos “ver” e “vir” no futuro do
mente à exceção de M-A-R-I-O. subjuntivo

VIR ≠ VER

EU VIER EU VIR
TU VIERES TU VIRES
ELE VIER ELE VIR
NÓS VIERMOS NÓS VIRMOS
VÓS VIERDES VÓS VIRDES
ELES VIEREM ELES VIREM

Conjugação de verbos defectivos:


1º GRUPO Verbos que não possuem a 1ª pes-
soa do singular do presente do indicativo.
abolir, colorir, delinquir, demolir, exaurir (esgotar,
acabar), extorquir, soer (costumar, acontecer com
frequência), urgir (ser urgente), tinir (soar)”.

Conjugação de verbos defectivos:


2º GRUPO Verbos que, no presente do indica-
tivo, só possuem as pessoas “nós” e “vós”.
reaver, precaver, aguerrir, adequar, empedernir (pe-
trificar), remir (resgatar), fornir (abastecer, prover), fa-
lir, embair (iludir, seduzir), adir (acrescentar, adicio-
nar), renhir (disputar, pleitear)

01. Estão inteiramente corretas a forma e a flexão


dos verbos na frase:

A) A boa ficção não institue fantasias gratuitas; ela


aprende o real por meio da mais fecunda imaginação.
B) Embora muitos diverjam, não há por que não ad-
mitir que um romance policial reuna vários atributos
estéticos.
C) Embora não sejam propriamente ficções, os bons
documentários propisciam a abertura de novos hori-
Conjugação de verbos terminados nos hiatos “- zontes do real.
oar” e “-uar” abençoar, voar, leiloar, continuar, D) Se achamos que a vida dos afegãos não tem nada
suar, atenuar haver com a nossa, o autor lembra que a história de
Amir conflue para a de muita gente.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 08
Rodrigo Bezerra

E) Muitos autores entremeiam realidade e imagina- C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem


ção em suas narrativas para proverem a ficção dos que estes são justos, só os infligirá quem se valer de
mais estimulantes atrativos. má fé.
D) No caso de evidente erro judiciário, deve-se ratifi-
02. Estão adequados o emprego e a flexão de to- car a sanção aplicada para que a punição injusta não
das formas verbais na frase: constitue um argumento a favor da impunidade.
E) Quando todos revirmos o papel social que nos
A) Se as pesquisas bem realizadas sempre intervis- cabe e nos dispormos a exercê-lo de fato, nenhum
sem no comportamento das pessoas, o estudo ao caso de impunidade será tolerado.
qual se aplicou Johnson teria algum efeito sobre o
público. 05.(FCC) Estão corretos o emprego e a flexão de
B) Imergem da pesquisa de Johnson alguns dados todas as formas verbais na frase:
reveladores quanto à ação da TV sobre nós, mas é
possível que outros fatores hajam de modo determi- A) Se os homens dessem ouvido à consciência e
nante sobre o nosso comportamento. contessem seus instintos, as relações sociais seriam
C) Quem revir as várias pesquisas sobre a relação mais harmoniosas.
entre TV e comportamento haverá de se deparar com B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios
resultados que talvez constituam motivo para algum coletivos quando não prescrita uma punição para
alarme. quem viesse a menosprezá-los.
D) Jamais conviu às emissoras de TV divulgar essas C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem
pesquisas, que quase sempre as encriminam como que estes são justos, só os infligirá quem se valer de
responsáveis pela multiplicação da violência social. má fé.
E) Se as violências que provêem do hábito de assistir D) No caso de evidente erro judiciário, deve-se ratifi-
à TV se saneiassem por conta de alguma regulamen- car a sanção aplicada para que a punição injusta não
tação governamental, seria o caso de pedir providên- constitue um argumento a favor da impunidade.
cias às autoridades. E) Quando todos revirmos o papel social que nos
cabe e nos dispormos a exercê-lo de fato, nenhum
03. (FCC) A forma verbal que, além de correta- caso de impunidade será tolerado.
mente flexionada, indica fato passado anterior a
outro, também passado, está grifada na frase: 06.(FCC) Está correta a flexão de todas as formas
verbais na frase:
A) Para que se precavissem os efeitos prejudiciais ao
meio ambiente, interromperam-se as queimadas na A) Não é verdade que os portugueses do século XV
região. engulissem as vogais ou chiassem nas consoantes.
B) Após a derrubada da mata, sobreviram alterações B) Sempre serão bem-vindos os imigrantes que che-
significativas no clima de toda a área, antes coberta garem ao Brasil, em qualquer época, e trazerem para
por ela. nós as marcas de sua língua e de sua cultura.
C) O especialista ativera-se à análise dos dados ob- C) Caso a incorporação de termos estrangeiros não
tidos, para defender o programa de responsabilidade convisse aos falantes de um idioma, estes não have-
ambiental. riam de os aproveitar.
D) Proporam-se medidas de combate à degradação D) Se alguém rever os textos do português arcaico,
da floresta, porém os resultados danosos já haviam se espantará com a profusão de termos que ainda
se instalado em toda a área. frequentam a fala brasileira em muitas regiões do
E) Se não fosse imediatamente interrompido o corte país.
das árvores, a região transformar-se-ia numa ex- E) Foram-se somando ao português do Brasil, ao
tensa área desertificada. longo dos séculos, os traços que advieram das lín-
guas dos que para cá emigraram.
04.(FCC) Estão corretos o emprego e a flexão de
todas as formas verbais na frase: Advérbio(definição):
É a classe de palavras invariáveis que, mo-
A) Se os homens dessem ouvido à consciência e dificando um verbo, um adjetivo ou outro advérbio,
contessem seus instintos, as relações sociais seriam transmitem-lhes alguma circunstância.
mais harmoniosas. * "Os meus doentes, senhora condessa, respondeu
B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios Carlos, não são bastante numerosos para formar
coletivos quando não prescrita uma punição para uma quadrilha."
quem viesse a menosprezá-los.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 08
Rodrigo Bezerra

* "Ao despedir-se da pupila, Lemos apertou-lhe a Locuções adverbiais


mão: - Desejo-lhe que seja muito e muito feliz."
Frequentemente os advérbios aparecem em portu-
Advérbio: guês sob a forma locucional – são as denominadas
Observação importante: "locuções adverbiais". Tais locuções são um conjunto
de palavras, geralmente de núcleo substantivo e ge-
A maioria dos advérbios terminados em "-mente" de- ralmente encabeçadas por uma preposição, com va-
riva de adjetivos. Quando o adjetivo apresenta for- lor circunstancial.
mas diferentes para os dois gêneros, o sufixo adver-
bial "-mente" será acrescido à forma feminina do ad- Locuções adverbiais
jetivo. Exemplos:
à força, a giros, às cegas, a esmo, a farta, a granel,
Advérbios terminados em “-mente”: à porta, à revelia, a seu talante, a cavalo, ao deus
* feliz felizmente dará, à toa, às pressas, a pé, a pique, ao revés, a seu
* vaidoso vaidosamente tempo, ao longe, ao vivo, à noite, às tontas, às ocul-
* triste tristemente tas, às escondidas, às vezes, ao acaso, com certeza,
* ameaçador ameaçadoramente de repente, de cabo a rabo, de improviso, de cor, de
* fácil facilmente forma alguma, de propósito, de primeiro, de relance,
de soslaio, de vez em quando, de sobreaviso
Advérbios terminados em “-mente”:
* feliz felizmente Adjetivos adverbializados
* vaidoso vaidosamente Em muitas situações, empregam-se adjeti- vos em
* triste tristemente função adverbial. Neste caso, o adjetivo, à
* ameaçador ameaçadoramente semelhança do advérbio, permanecerá invariável.
* fácil facilmente * Acudiram algumas pessoas que próximo se encon-
travam.
Advérbio:
Observação importante: Adjetivos adverbializados
* "A fisionomia de Bento Simões reanimou-se. — Fa-
É possível transformar muitas expressões e locu- lai claro uma vez ao menos, retrucou Rui Soeiro.”
ções em advérbios – geralmente de "modo" ou de * "Para não cair foi-lhe preciso agarrar-se forte com
"tempo" –, formados com o sufixo adverbial "- ambas as mãos ao braço de Álvaro, arrimando-se em
mente". seu peito.”

* O recurso foi interposto fora do tempo. extem- Observação importante:


poraneamente, intempestivamente Há vários vocábulos na língua portuguesa
* Ele aprendia as lições pouco a pouco. gradati- que ora aparecem como advérbios, ora como prono-
vamente, paulatinamente mes, adjetivos e numerais. Para se determinar a
classe morfologia a que pertencem tais palavras, de-
Classificação dos advérbios vem-se levar em conta os seguintes critérios:

Os advérbios são classificados de acordo com a


circunstância que expressam. Assim, podem ser
classificados em:

a) de afirmação;
b) de dúvida;
c) de frequência;
d) de intensidade (ou "de quantidade");

Classificação dos advérbios

e) de tempo;
f) de modo;
g) de negação;
h) de lugar.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 08
Rodrigo Bezerra

Exemplos: quina não estava funcionando bem.


* O governo aumentou a taxa de juros e diminuiu o
* Ela usa meias verdades. acesso ao crédito consignado.
* Ele encontra-se meio adoentada. 3. ALTERNATIVAS OU DISJUNTIVAS São con-
* Tomamos muito sorvete. junções que ligam ideias e pensamentos que se al-
* O sorvete estava muito gelado. ternam ou que se excluem.
* Li os livros todos da biblioteca dele. OU, OU... OU, SEJA... SEJA, QUER...QUER, NEM...
* No acidente, ele ficou todo ensanguentado. NEM, ORA... ORA, SEJA... SEJA.
* O próximo capítulo fala sobre o amor.
* Fiquei próximo do local do acidente. 4. CONCLUSIVAS OU ILATIVAS São as conjun-
ções que introduzem orações, em um período coor-
CONJUNÇÃO denado, as quais expressam uma conclusão, uma
Definição ilação em relação à primeira oração.
LOGO, PORTANTO, POR ISSO, POIS (posposto
É a classe de palavra invariável que liga duas ora- ao verbo), ENTÃO, ASSIM, POR CONSEQUÊNCIA,
ções entre si, estabelecendo um vínculo de coorde- CONSEQUENTEMENTE, CONSEGUINTEMENTE.
nação ou de subordinação.
5. EXPLICATIVAS São conjunções que explanam na
CONJUNÇÃO segunda oração o sentido da primeira oração ou uma
Exemplos: explicação para a primeira.
* Os funcionários informaram ao chefe que a má- QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo), POR-
QUANTO.

CONJUNÇÃO
Classificação
A principal classificação das conjunções leva em
conta o significado da conjunção e a possibilidade de
ela estabelecer "coordenação" ou "subordinação".
Por este critério, as conjunções são classificadas em:

CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES


Coordenativas

As conjunções coordenativas são aquelas


que ligam orações que apresentam a mesma função
na frase. De acordo com a relação que expressam,
as conjunções coordenativas são classificadas em:

1. ADITIVAS Chamadas também de "copulativas" ou


"aproximativas", as conjunções aditivas ligam duas
orações, aproximando-as numa relação de soma, de
adição.
E, NEM, TAMBÉM, BEM ASSIM, BEM COMO, NÃO
SÓ... MAS (TAMBÉM), NÃO SÓ... BEM COMO,
QUE (=E).

2. ADVERSATIVAS São as conjunções que unem


pensamentos ou ideias contrárias, opostas.
A principal conjunção adversativa na língua portu-
guesa é o "MAS". Apresentam também força adver-
sativa os seguintes conectores:

PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO,


NO ENTANTO, SENÃO, QUE (=MAS), AINDA AS-
SIM

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 09
Rodrigo Bezerra

CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES QUE (= PARA QUE), PORQUE (= PARA QUE),


PARA QUE, A FIM DE QUE.
Subordinativas
8. PROPORCIONAIS São as conjunções que
As conjunções subordinativas (também chama- estabelecem uma relação de proporcionalidade em
das de "circunstanciais") ligam orações que exer- relação ao fato contido na oração subordinante.
cem uma função sintática em relação a uma outra À MEDIDA QUE, À PROPORÇÃO QUE, AO PAS-
oração denominada de "principal ou subordinante". SO QUE, QUANTO MAIS ... MAIS, QUANTO
São dez as conjunções subordinativas: MAIS... MENOS, QUANTO MENOS... MAIS,
QUANTO MENOS... MENOS.
1. CAUSAIS São conjunções que subordinam
ideias em que se exprime a causa, o motivo, a ra- 9. TEMPORAIS São conjunções que estabele-
zão de ser da ideia principal. cem o momento, o tempo da realização do fato con-
QUE, PORQUE, PORQUANTO, COMO (no início tido na oração subordinante (principal).
da oração = JÁ QUE), SE ( = JÁ QUE), DESDE ENQUANTO, DESDE QUE, LOGO QUE, ASSIM
QUE, POIS QUE, VISTO QUE, VISTO COMO, UMA QUE, MAL (=LOGO QUE), ANTES QUE, QUAN-
VEZ QUE, COMO QUER QUE, DE MODO QUE DO.

2. CONCESSIVAS São conjunções que subordi- 10. INTEGRANTES São as conjunções que in-
nam ideias em que se exprime uma ação contrária, troduzem as orações substantivas, isto é, as ora-
oposta à ideia principal. ções que exercem para a oração principal uma das
QUE, EMBORA, CONQUANTO, AINDA QUE, seguintes funções: sujeito, objeto direto, objeto indi-
POSTO QUE, BEM QUE, SE BEM QUE, QUANDO reto, complemento nominal, aposto e predicativo.
MESMO, POR MAIS QUE, POR MENOS QUE, QUE, SE
POR POUCO QUE, MESMO QUE, EM QUE PESE, Conjunções correlatas são aquelas que se
APESAR DE QUE. encontram bipartidas entre uma oração e outra.
Exemplos:
3. CONFORMATIVAS São conjunções que su- não só… mas também…
bordinam ideias em que se exprime a conformidade não só… mas ainda...
de um pensamento com o da ideia principal. não só… senão também...
COMO, CONFORME, CONSOANTE, SEGUNDO. não só… senão que...
não só… bem como…
4. CONSECUTIVAS São conjunções que subor-
dinam ideias em que se exprime o efeito, a conse- PREPOSIÇÃO
quência, o resultado do pensamento expresso na
ideia principal. Definição
QUE (precedido de "TÃO, TAL, TANTO, TAMA-
NHO), SEM QUE, DE MODO QUE, DE SORTE É a categoria gramatical invariável que tem por fun-
QUE, DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE. ção ligar entre si duas palavras, subordinando uma
à outra, para introduzir determinadas circunstâncias
5. CONDICIONAIS São conjunções que subordi- ou indicar posse, referência, origem, atribuição,
nam ideias que exprimem a condição, a hipótese, a causa, efeito etc. Portanto, a preposição é a palavra
probabilidade para a ideia principal do período. invariável de caráter essencialmente relacional.
SE, CASO, CONTANTO QUE, SEM QUE, A NÃO
SER QUE, SALVO SE, EXCETO SE, A MENOS
PREPOSIÇÃO
QUE.
Observe:
6. COMPARATIVAS São conjunções que esta-
* Amanhã iremos à casa de Maria.
belecem uma relação de comparação, de analogia
* A criança se encontra com febre.
com a ideia principal do período.
Valores das preposições:
COMO, ASSIM COMO, TAL E QUAL, TAL QUAL,
* Ele sempre fala muito sobre política.
MAIS QUE OU DO QUE, MENOS QUE OU DO QUE,
* Ele morreu de fome.
TANTO QUANTO, FEITO (= COMO).
* Ele veio de Caruaru.
7. FINAIS São conjunções que estabelecem uma * Todos se inclinaram para a frente.
* Sairemos hoje com Maria.
relação de fim (finalidade) com a ideia principal do
período.
PREPOSIÇÃO

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 09
Rodrigo Bezerra

Classificação das preposições


Combinações e contrações das preposições
No português, as preposições são classificadas em
"essenciais" (palavras que só desempenham o pa- * Ele foi um daqueles que sempre lutou pela pátria.
pel estritamente de preposição) e "acidentais" (pa- * Ele deixou todos os bens para os filhos.
lavras de outra classe gramatical que eventualmen-
te se usam como preposições). INTRODUÇÃO À SINTAXE

Classificação das preposições Conceitos essenciais

a) São essenciais: 1. Frase: é todo enunciado lingüístico capaz de


a de perante estabelecer um processo de comunicação, ou seja,
ante desde por é todo enunciado que possui sentido completo.
após em sem
até entre sob INTRODUÇÃO À SINTAXE
com para sobre
contra trás Conceitos essenciais
b) São acidentais:
conforme (= de acordo com) Exemplos:
consoante (= de acordo com) * Meu Deus, ajude-me!
segundo (= de acordo com) * O presidente da empresa viajará amanhã para
como (= na qualidade de) São Paulo.
durante salvo
fora, afora exceto Conceitos essenciais
mediante (= por meio de)
Menos tirante Quanto ao sentido que expressam, as frases
podem ser:
PREPOSIÇÃO a) Declarativas ou expositivas (apresentam uma
declaração, um juízo de valor)
Locuções prepositivas b) Interrogativas (apresentam uma indagação, uma
pergunta, um questionamento)
Em muitos casos, a função prepositiva é exerci- Conceitos essenciais
da por um conjunto de vocábulos que é finalizado Quanto ao sentido que expressam, as frases
por uma preposição. Neste caso, está-se diante das podem ser:
chamadas "locuções prepositivas". Geralmente c) Imperativas (apresentam uma ordem, um man-
tais locuções apresentam como núcleo um substan- damento, uma exortação)
tivo ou um advérbio.
INTRODUÇÃO À SINTAXE
Locuções prepositivas
Conceitos essenciais
Exemplos:
abaixo de acerca de acima de Quanto ao sentido que expressam, as frases
a fim de além de à maneira de podem ser:
antes de até a ao lado de d) Exclamativas (apresenta uma admiração, uma
ao invés de ao redor de a par de repulsa, uma surpresa)
apesar de a respeito de diante de e) Optativas (apresentam um desejo, uma aspira-
ção)
Combinações e contrações das preposições

INTRODUÇÃO À SINTAXE
Num período, pode uma preposição unir-se à
outra palavra, passando a constituir com ela um só Conceitos essenciais
vocábulo. Nessa ligação, se a preposição permane-
ce com todos os seus fonemas, diz-se que há 2. Oração: é toda estrutura lingüística centrada em
"combinação"; se houver perda de fonema para um verbo ou uma locução verbal. Podemos afirmar
algum dos componentes, diz-se que há "contra- ser toda estrutura que se biparte em sujeito e predi-
ção". cado, e, excepcionalmente, só em predicado, quan-
do a declaração se encerra em si mesma sem refe-
PREPOSIÇÃO rência particular a nenhum ser.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 09
Rodrigo Bezerra

Um termo regido por preposição não exercerá a


Conceitos essenciais função de núcleo de um sujeito.

3. Período: é a frase formada por uma ou mais ora- ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO
ções. Classifica-se, portanto, em:
a) Simples: formado por uma única oração, deno- IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
minada de oração absoluta. Haverá, por isso, um
único verbo ou uma única locução verbal. Exemplos:
b) Composto: formado por mais de uma oração. 1. O enfoque nas soluções únicas dos problemas
que enfrentamos empobrece, quase sempre, a qua-
INTRODUÇÃO À SINTAXE lidade mesma do raciocínio.

Estudo do período simples – sintaxe da oração ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO
Hierarquia dos termos
I - Termos essenciais da oração: IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO

SUJEITO Exemplos:
2. Nas palavras dos piores contraventores
PREDICADO ............................. (existir) insolentes alusões à mo-
ralidade.
Estudo do período simples – sintaxe da oração
Hierarquia dos termos ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO
II – Termos integrantes da oração:
OBJETO DIRETO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
OBJETO INDIRETO
COMPLEMENTO NOMINAL Exemplos:
AGENTE DA PASSIVA 3. Aqueles de quem não .......................... (advir)
Estudo do período simples – sintaxe da oração qualquer reação contra os desonestos acabam es-
Hierarquia dos termos timulando a corrupção.
III – Termos acessórios da oração:
ADJUNTO ADNOMINAL ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO
ADJUNTO ADVERBIAL
APOSTO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO

INTRODUÇÃO À SINTAXE Exemplos:


4. ........................ (estar) nos traços da cultura brasi-
Estudo dos termos essenciais leira, que são também estratégias de sobrevivência,
uma forte inspiração para um ensino que ensine.
SUJEITO

Definição: ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO


É o termo sobre o qual se faz alguma declaração.
É o termo sobre o qual o enunciado verbal recai. IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO

INTRODUÇÃO À SINTAXE Exemplos:


5. São muitas as pessoas a quem ........................
SUJEITO (poder) convencer uma proposta ampla, honesta e
revolucionária para o nosso ensino.
Classificação (clássica):
a) Simples um só núcleo ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO
b) Composto mais de um núcleo
c) Oculto, elíptico ou desinencial presente da IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
desinência verbal
d) Indeterminado Exemplos:
e) Oração sem sujeito 6. O despertar para a dialética e para as relações
Características do sujeito: contrastantes ....................... (abrir) um caminho
a) Por ser um termo regente, não se deixa reger mais consequente para a reflexão e para a prática.
por preposição.
Logo...

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 10
Rodrigo Bezerra

ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO Acompanhe:

IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO 1ª oração = Eu vi um gatinho

Exemplos: 2ª oração = O gatinho subia no telhado.

6. O despertar para a dialética e para as relações Junção das duas orações:


contrastantes ....................... (abrir) um caminho
mais consequente para a reflexão e para a prática. Eu vi um gatinho QUE / O QUAL subia no telhado.

ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO

7. A entrada dos anos 2000 (TEM ou TÊM) Exemplos:


trazido a reversão das expectativas de que haveria
a inauguração de tempos de fraternidade, harmonia 11. São as possibilidades de enfoques alternativos o
e entendimento da humanidade. que importa nas operações que levam a soluções
múltiplas.
ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO
ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
8. O recrudescimento do conservadorismo e de
práticas autoritárias, efetivadas à sombra do medo, Exemplos:
(TEM ou TÊM) representado fonte de
frustração dos ideais historicamente buscados. 12. Quase ninguém, entre os que se
.......................... (valer) do controle remoto, resiste
ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO à tentação de passar velozmente por todos os ca-
nais de TV.
IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO
Observação:
IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
Em muitas orações, o sujeito é exercido pelo pro-
nome relativo QUE ou por seus relativos corres- Exemplos:
pondentes - O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS
QUAIS. 13. O que nos mandamentos de Moisés se impõe
como um dos princípios fundamentais é a necessi-
ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO dade de reconhecimento dos nossos limites.

IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO

Exemplos: IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO

9. Somos o único povo da História que ainda man- Exemplos:


tém um pouco da alegria do viver.
14. Quando o que .................................... (indicar)
ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO nossos caminhos são os apelos da voz interior, a
escolha profissional não é aleatória.
IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO
Exemplos:
IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
10. No intervalo da conferência, surgiram várias
ideias as quais induziram o palestrante a mudar o LEMBRE-SE!! CUIDADO!! NÃO SE ESQUEÇA!!
rumo de seu discurso.
Como o sujeito é um termo subordinante, não se
ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO deixa reger por preposição.

IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 10
Rodrigo Bezerra

CUIDADO!! Classificação dos verbos:

1. Está na hora da onça beber água. I – Intransitivos

2. Os pais compraram novos livros a fim dele * No último encontro, ocorreram fatos dignos de
estudar mais. notícia.
3. O motivo dos gregos legarem-nos apenas a * A chuva estiou na região sul.
desconfiança só agora se esclareceu.
* O imigrante se dirigiu à embaixada dos Estados
QUESTÃO: (Cespe/Unb – TRE/BA) Unidos.
“O que verdadeiramente interessa no caso é Predicação Verbal (transitividade)
que, no processo, a indignação de Ramos, ape-
sar de ele ter sido considerado um homem vio- Classificação dos verbos:
lento, pareceu compreensível aos depoentes.”
I – Intransitivos (CUIDADO!! CUIDADO!! CUIDA-
7. O segmento “apesar de ele ter sido considerado DO!!)
um homem violento” pode ser corretamente substi-
tuído pelo seguinte: apesar dele haver sido conside- * Ocorreram problemas na empresa.
rado um homem violento.
* Jamais aconteceriam aqueles contratempos se ela
ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO estivesse aqui.

CUIDADO COM O SUJEITO “CONTEXTUAL”. * Surgiu uma nova ideia na reunião.

Exemplo: * Ainda existem pessoas honestas no Brasil.

“Das propriedades mágicas do objeto não advinha Predicação Verbal (transitividade)


mal algum, pelo contrário: só trazia benefícios aos
que dele se acercassem, apenas luzes benéficas Classificação dos verbos:
irradiava.”
II – Transitivos
Predicação Verbal (transitividade)
São aqueles que precisam de um termo que os
Classificação dos verbos: complemente para que o sentido se perfaça, para
que a compreensão da estrutura seja possível. Divi-
I – Intransitivos dem-se em:

II – Transitivos: Predicação Verbal (transitividade)

a) diretos Classificação dos verbos:

b) indiretos II – Transitivos Diretos

c) diretos e indiretos (britransitivos) São os verbos que exigem termo complementar


sem a obrigatoriedade de uma preposição necessá-
III – De ligação (relacionais ou copulativos) ria, ou seja, pedem um complemento desprovido de
preposição. O complemento desses verbos denomi-
Predicação Verbal (transitividade) na-se “objeto direto”.

Classificação dos verbos: Predicação Verbal (transitividade)

I – Intransitivos Classificação dos verbos:

São todos os verbos que, sozinhos, são capazes II – Transitivos Diretos


de transmitir a noção predicativa. Em outras
palavras, são verbos que dispensam uma com- * Nunca mais ele angariou fundos para aquela
plementação. ONG.

Predicação Verbal (transitividade)

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 10
Rodrigo Bezerra

* Muitas lojas do centro da cidade vão baratear os Predicação Verbal (transitividade)


preços neste final de semana.
Classificação dos verbos:
*Nunca mais eles viram os quadros a óleo que
compraram na Europa. II – Verbos de ligação

Predicação Verbal (transitividade) Denominados também de “verbos copulativos” ou


“verbos de relação”, são aqueles que, desprovidos de
Classificação dos verbos: significação, servem como “ponte” entre o sujeito

II – Transitivos Indiretos e uma determinada qualidade, denominada de “pre-


dicativo”. Geralmente funcionam como “de ligação”
São os verbos que exigem termo complementar os verbos “ser, estar, ficar, parecer, continuar e
regido (introduzido) por uma preposição necessária, permanecer.”
obrigatória. O complemento desses verbos é deno-
minado de “objeto indireto”. Predicação Verbal (transitividade)

Predicação Verbal (transitividade) Classificação dos verbos:

Classificação dos verbos: II – Verbos de ligação

II – Transitivos Indiretos *Eles estavam extremamente atrasados para a


festa.
* Eles dependem agora da sorte para que o produto
de que precisam chegue a tempo. *O Governo Federal deve estar atento às necessi-
dades da população.
Predicação Verbal (transitividade)
Predicação Verbal (transitividade)
Classificação dos verbos:
Observação:
II – Transitivos Indiretos
Lembre-se de que a predicação verbal deve ser
*Durante muito tempo aquele povo guerreou contra sempre avaliada levando-se em conta o CON-
os costumes do Ocidente. TEXTO em que o verbo se encontra.
* Não convém aos iniciantes na carreira diplomática Predicação Verbal (transitividade)
portar-se de maneira inadequada.
Veja:
Predicação Verbal (transitividade)
a) Minha proposta saiu vitoriosa da reunião.
Classificação dos verbos:
b) O carro virou na esquina com a rua Augus-
II – Transitivos Diretos e Indiretos ta.

São verbos que exigem dois tipos de complemento: c) O carro virou, ao capotar, uma banca de re-
um sem a preposição e outro com o auxílio de uma vistas.
preposição. São denominados também de “biobjeti-
vos” ou “bitransitivos”. d) O carro virou, após a capotagem, um monte
de ferros retorcidos.
Predicação Verbal (transitividade)
e) Predicação Verbal (transitividade)
Classificação dos verbos:
f) Veja:
II – Transitivos Diretos e Indiretos
g) e) Não convêm essas atitudes.
*Ensinaram-lhe todos os preceitos de nossos ante-
passados? h) f) Não convêm aos estudantes essas atitu-
des.
*O diretor atribuiu o insucesso do grupo à inércia
de alguns integrantes. i) g) Já entregamos o relatório.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 10
Rodrigo Bezerra

j) h) Já entregamos o relatório ao diretor. Exemplos:

1) (FCC – Bco Brasil) A interiorização das uni- a) Vamos comprar o carro. Vamos comprá-lo. b)
versidades federais e a criação de novos institu-
tos tecnológicos também mudam a cara do Nor- Pegaram o bandido. Pegaram-no.
deste... (3º parágrafo)
c) Ele fez os projetos. Ele fê-los. /ou/ Ele os fez.
O mesmo tipo de complemento grifado acima está
na

frase:

A) A outra face do "novo Nordeste" está no campo.

B) ... onde as condições são bem menos favoráveis


...

C) ... que mexeram com a renda ...

D) ... que mais crescem na região.

E) ... que movimentam milhões de reais ...

Termos integrantes de uma oração (Noções es-


senciais)

Objeto direto

É o termo que completa a significação dos verbos


transitivos diretos sem o auxílio de uma preposição
necessária, obrigatória.

* Ele estreou a produção sob os protestos da popu-


lação.

* O alimento envenenou boa parte do reino.

Termos integrantes de uma oração (Noções es-


senciais)

Objeto direto (característica importante):

O objeto direto é frequentemente substituído dentro


da frase pelos pronomes oblíquos átonos “o, a, os,
as”. Quando o verbo que os precede termina em “-r,
-s, -z”,

Termos integrantes de uma oração (Noções es-


senciais)

Objeto direto (característica importante):

tais pronomes assumem as formas “lo, la, los, las.”


Se o verbo terminar em ditongo nasal “-ão, -õe, - am”,
por exemplo, os pronomes assumirão as for- mas
eufônicas “no, na, nos, nas”.

Termos integrantes de uma oração (Noções es-


senciais)

Objeto direto (característica importante):

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 11
Rodrigo Bezerra

Termos integrantes de uma oração (Noções es- Termos integrantes de uma oração (Noções es-
senciais) senciais)

Objeto direto Objeto indireto

É o termo que completa a significação dos verbos * Jamais cederemos às tentações da vida.
transitivos diretos sem o auxílio de uma preposição * Eles zombaram de nós.
necessária, obrigatória. * As ideias levantadas pertenciam aos novos direto-
* Ele estreou a produção sob os protestos da popu- res.
lação. * Dedicou sua vida aos doentes e aos pobres.
* O alimento envenenou boa parte do reino.
Termos integrantes de uma oração (Noções es-
Termos integrantes de uma oração (Noções es- senciais)
senciais)
Objeto indireto (característica importante):
Objeto direto (característica importante):
O objeto indireto introduzido pelas preposições A e
O objeto direto é frequentemente substituído dentro PARA é frequentemente substituído pelos prono-
da frase pelos pronomes oblíquos átonos “o, a, os, mes oblíquos átonos LHE e LHES.
as”. Quando o verbo que os precede termina em “-r, * Eu obedeço a meus pais. Eu lhes obedeço.
-s, -z”, * Entregou tudo para a professora. Entregou-lhe
tudo.
Termos integrantes de uma oração (Noções es-
senciais) Termos integrantes de uma oração (Noções es-
senciais)
Objeto direto (característica importante):
Objeto indireto (característica importante):
tais pronomes assumem as formas “lo, la, los, las.”
Se o verbo terminar em ditongo nasal “-ão, -õe, - am”, Quando o objeto indireto não é introduzido pelas
por exemplo, os pronomes assumirão as for- mas preposições A ou para, deverá ser substituído pelos
eufônicas “no, na, nos, nas”. pronomes tônicos “ele, ela, eles, elas” regidos pela
preposição que o verbo exige.
Termos integrantes de uma oração (Noções es-
senciais) Termos integrantes de uma oração (Noções es-
senciais)
Objeto direto (característica importante):
Objeto indireto (característica importante):
Exemplos:
* Eu creio em Deus. Eu creio nEle.
a) Vamos comprar o carro. Vamos comprá-lo. b) * Ela depende dos tios. Ela depende deles.
Pegaram o bandido. Pegaram-no.
c) Ele fez os projetos. Ele fê-los. /ou/ Ele os fez. 1) (FCC) Está correto o emprego de ambos os
pronomes sublinhados na frase:
Termos integrantes de uma oração (Noções es-
senciais) A) Não basta pensar na prevenção; exercer-lhe é o
dever que nos compete.
Objeto indireto B) Se a violência é indiscriminada, devemos repu-
diá-la, submetendo-a à execração pública.
É o termo que completa a significação de um verbo C) Quem aceita a barbárie, legitima-lhe; quem lhe
transitivo indireto com o auxílio de uma preposição rejeita, pede a punição do responsável.
obrigatória. Com os verbos bitransitivos (transitivos D) Diante das autoridades, devemos cobrá-las as
diretos e indiretos), o objeto indireto representa o providências para, nos casos de iminente violência,
ser a quem (ou “para quem”) o objeto direto se des- prevenir-lhes.
tina. E) Se te prevines, não precisarás preocupar-se com
* As ações do rapaz incorreram em grave erro as situações sem remédio.
judiciário.
2) (FCC – TJ/PE – Analista Judiciário) Jeffrey
Johnson realizou uma pesquisa, e o autor do

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 11
Rodrigo Bezerra

texto, ao comentar essa pesquisa, acrescentou a Termos integrantes de uma oração (Noções es-
essa pesquisa elementos de sua convicção pes- senciais)
soal, que tornam essa pesquisa ainda mais ins-
tigante aos olhos do público. Complemento nominal

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima Exemplos:


substituindo-se os elementos sublinhados, segundo
a ordem em que se apresentam, por *O amor a Deus deve ser incondicional.
*O fumo é prejudicial à saúde.
A) comentá-la - acrescentou-lhe - a tornam * O interpretador literal sempre procura ser fiel à
B) a comentar - lhe acrescentou - lhe tornam letra da lei.
C) comentar-lhe - acrescentou-lhe - tornam-a
D) comentá-la - acrescentou-a - tornam-na Termos integrantes de uma oração (Noções es-
E) a comentar - acrescentou-lhe - tornam-lhe senciais)

3) (FCC – TRT 23ª região – Analista Judiciário) Agente da passiva


Se há iniciativa e astúcia na ação do homem
injusto, não há iniciativa e astúcia no bom cida- É o termo que na voz passiva analítica pratica a
dão que, apesar de indignado, não confere à ação verbal, sempre introduzido por uma preposi-
iniciativa e à astúcia o mesmo valor que o mau ção.
reconhece na iniciativa e na astúcia. * Ele foi homenageado pelos pais.

A) há elas - não as confere - reconhece nelas. Classificação do predicado de uma oração


B) as há - não lhes confere - nelas reconhece.
C) as há - não confere-lhes - as reconhece. Tipos de predicado:
D) há as mesmas - não lhes confere - reconhece-
lhes. Predicado verbal
E) há estas - não as confere - nelas reconhece.
* Alguns deixaram a sala mais cedo em virtude do
4) (FCC) Encontraram um fóssil no Vale do Je- calor.
quitinhonha. Antes de removerem o fóssil para o *Os dois filhos de Maria comeram bastante no al-
centro de arqueologia, submeteram o mesmo ao moço.
tratamento indispensável a toda descoberta im-
portante, fotografaram o fóssil e pediram segu- Classificação do predicado de uma oração
rança para poupar o fóssil da ação dos curiosos.
Tipos de predicado:
A) o removerem - submeteram-lhe - o fotografaram -
poupar-lhe Predicado nominal
B) o removerem - submeteram-no - fotografaram-no
- poupá-lo É aquele em que aparece um “verbo de ligação”
C) removerem-no - o submeteram - o fotografaram - mais um “predicativo do sujeito”. O núcleo deste tipo
poupar-lhe de predicado está centrado num nome, o predicativo
D) removerem este - submeteram-lhe - lhe fotogra- do sujeito.
faram - o poupar
E) lhe removerem - submeteram-no - fotografaram- Classificação do predicado de uma oração
no - lhe poupar
Tipos de predicado:
Termos integrantes de uma oração (Noções es-
senciais) Predicado nominal

Complemento nominal *Todos ficaram imóveis diante daquela cena.


*Jogadas aos pés dele estavam todas as cartas
É o termo integrante da oração que completa a sig- recebidas nos últimos seis meses.
nificação de alguns nomes, sempre com o auxílio de
uma preposição. Há três classes morfológicas que Classificação do predicado de uma oração
podem exigir complemento nominal: o substantivo,
o adjetivo e o advérbio. Tipos de predicado:

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 11
Rodrigo Bezerra

Predicado verbo-nominal B) Uma revolução na orientação do ensino brasileiro


depende de uma combinação de múltiplas iniciati-
É aquele que possui dois núcleos – um verbo signi- vas.
ficativo (intransitivo ou transitivo) e um nome (predi- C) A leitura responsável de um texto sempre consi-
cativo do sujeito ou do objeto). derará a possibilidade de seus múltiplos sentidos.
D) A maioria dos professores considera tão somente
Classificação do predicado de uma oração uma solução única para cada problema.
E) O método dialético estimula, acima de qualquer
Tipos de predicado: certeza dogmática, a valorização das contradições.

Predicado verbo-nominal 02) (FCC – APOF/SP) NÃO admite transposição


para a voz passiva a seguinte construção:
*Os representantes da ONU, exaustos, deixaram o
salão principal.
*A grande prosperidade fez o nosso melhor amigo A) A retomada do desenvolvimento econômico po-
orgulhoso. derá propiciar o ingresso de muita gente no trabalho
formal.
Classificação do predicado de uma oração B) Já identificaram as atividades informais como
práticas de trabalho relacionadas à luta pela sobre-
Tipos de predicado: vivência.
C) O trabalho informal leva o trabalhador à baixa
Predicado verbo-nominal remuneração e à privação de quaisquer garantias
trabalhistas.
*Os representantes da ONU, exaustos, deixaram o D) O Brasil contava, no início da década de 1980,
salão principal. com 1/3 do total dos trabalhadores submetidos às
*A grande prosperidade fez o nosso melhor amigo atividades informais.
orgulhoso. E) A ocupação informal expõe o trabalhador às in-
seguranças de uma ocupação inteiramente despro-
tegida.

Questão:

2) (FCC – TRT 9ª) A construção que NÃO admite


transposição para voz passiva é:

A) ...os que vivem na expectativa da felicidade ab-


soluta.
B) Os pensadores da antiguidade clássica deixa-
Observações fundamentais: ram-nos um tesouro.
C) ...sigamos as coisas próximas
1. Só se convertem para a voz passiva os verbos D) E não invejemos os que estão mais alto...
transitivos diretos e os verbos transitivos diretos e E) ...favorecem nossa esperança.
indiretos.
Exemplos:
Logo...
1. Muitos colegas estimam o João
2. Os verbos intransitivos, os transitivos indiretos e
os verbos de ligação são insusceptíveis de conver-
são para a voz passiva. Conversão para a voz passiva...

Questão O João é estimado pelos colegas.

1) (FCC) NÃO admite transposição para a voz Observação:


passiva a seguinte construção:
O verbo auxiliar da voz passiva (SER, ESTAR) deve
A) A orientação do nosso ensino deveria contemplar ser flexionado no mesmo tempo e no mesmo modo
nossa fecundidade indisciplinada. em que se encontra o verbo principal da voz ativa.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 11
Rodrigo Bezerra

Ex.: 6. Acompanhá-las-ás durante a cirurgia?

a) João compra o livro O livro É... Conversão para a voz passiva...


b) João comprou o livro O livro FOI...
c) João comprará o livro O livro SERÁ... d) Elas serão acompanhadas por ti durante a cirurgia?
Se comprasse o livro... Se o livro
Exemplos:
FOSSE...
7. Eles devem comprar um novo carro ao final
Exemplos: do ano.

2. O orvalho umedece as flores. Conversão para a voz passiva...

Conversão para a voz passiva... Um novo carro deve ser comprado por eles ao final
do ano.
As flores são umedecidas pelo orvalho.

Observação:

O verbo principal da voz ativa será posto na passiva


na forma do particípio. Neste caso, o particípio se
flexionará em gênero e número para concordar com
o sujeito passivo.

Ex.:

a) João comprou dois livros.

Dois livros foram COMPRADOS por João.

Exemplos:

3. Ele já dominava muitos.

Conversão para a voz passiva...

Muitos já eram dominados por ele.

Exemplos:

4. Ele me atrapalhou.

Conversão para a voz passiva...

Eu fui atrapalhado por ele.

Exemplos:

5. O governo nos acompanha em nossas recei-


tas.

Conversão para a voz passiva...

Nós somos acompanhados pelo governo em nossas


receitas.

Exemplos:

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 12
Rodrigo Bezerra

Exemplos: pelo referendo da população, a forma verbal


resultante será
7. Eles devem comprar um novo carro ao final do
ano. A) passa a legitimar.
B) passam a legitimar.
Conversão para a voz passiva... C) legitimam-se.
D) têm passado a se legitimar.
Um novo carro deve ser comprado por eles ao final E) passam a legitimar-se.
do ano.
02)Transpondo-se para voz passiva o segmento
Exemplos: Para alimentar nossa insatisfação, a forma ver-
bal resultante será
8. O governo tem feito muitos investimentos em
saúde pública. A) seja alimentada.
B) alimentemos.
Conversão para a voz passiva... C) seria alimentada.
D) tenha alimentado.
Muitos investimentos em saúde pública têm sido E) fosse alimentado.
feitos pelo governo.
Vozes verbais
Exemplos:
03) Transpondo-se para a voz passiva a frase O
9. Ele pode ter comprado todos os produtos nos desafio essencial será fazer respeitar a nossa
EUA. condição de ser humano, o segmento sublinha-
do será substituído por
Conversão para a voz passiva...
A) fazer com que respeitemos.
Todos os produtos podem ter sido comprados por B) fazermo-nos respeitados.
ele nos EUA. C) ter feito respeitar.
D) fazer ser respeitada.
Exemplos: E) fizermos respeitá-la.

10. Muitas mulheres foram atacadas pelo homem no 04)(TRT/RJ) Atente para as seguintes afirma-
evento. ções:

Conversão para a voz ativa... II. Transpondo-se para a voz passiva a frase Socor-
reu-me a filha adolescente, a forma verbal resultan-
O homem atacou muitas mulheres no evento. te será tendo-me socorrido.

Exemplos: 5) (SEGAS) É impossível que nossos homens


políticos não tenham conservado um resto de
11. Todos os detalhes devem ter sido criados por ti. idealismo ...

Conversão para a voz ativa... A forma verbal resultante da transposição da


frase acima para a voz passiva é:
Tu deves ter criado todos os detalhes.
A) conservassem.
Exemplos: B) tenha sido conservado.
C) fora conservado.
12. Menino, tu foste chamado aqui por quem? D) tenham sido conservados.
E) conservasse.
Conversão para a voz ativa...
06.(TRF 5ª REGIÃO) Para o Brasil, o fundamental
Menino, quem te chamou aqui? é que, ao exercer a responsabilidade de proteger
pela via militar, a comunidade internacional [...]
01) Transpondo-se para a voz ativa a frase As observe outro preceito ...
ações repressivas passam a ser legitimadas

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 12
Rodrigo Bezerra

Transpondo-se o segmento grifado acima para a *Tratava-se de problemas de difícil resolução.


voz passiva, a forma verbal resultante será: Distinção importante:

A) é observado.
B) seja observado.
C) ser observado.
D) é observada.
E) for observado.

SUJEITO INDETERMINADO

O sujeito indeterminado aparece quando não se


deseja ou não se consegue determinar, identificar o Exemplos básicos:
autor da ação verbal.
* -se carros usados.
Existem duas situações em que um sujeito pode ser VENDER
ou aparecer indeterminado: * -se apartamentos.
ALUGAR
SUJEITO INDETERMINADO * -se joias.
COMPRAR
a) Com verbos na 3ª pessoa do plural, sem fazer
referências a nenhum substantivo anteriormente ou Exemplos básicos:
posteriormente expresso, nem ao pronome pessoal
do caso reto “eles”. * -se carro usado.
VENDER
* Imitaram o professor de Português na última aula. * -se apartamento.
ALUGAR
*”Dizem que sou louco!” * -se joia.
COMPRAR
SUJEITO INDETERMINADO
Outros exemplos:
b) Com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou
de ligação acompanhados da partícula “se”. Esta 1. Já quase não se .................. (ver), numa viagem
partícula funcionará como o “índice de indetermina- de ônibus, passageiros ensimesmados, olhando
ção do sujeito”. vagamente pela janela.
2. Assim como ninguém vive sem o préstimo da água,
O mais importante é notar que, neste caso, o não se superam os infortúnios sem o apoio de um
verbo, obrigatoriamente, permanecerá na 3ª pessoa amigo verdadeiro.
do singular. Exemplos:
3. Caso se coloque as leis acima do homem, este
reagirá passando a seguir os ditames da natureza.
4. Não se impute aos homens que desobedecem as
leis impostas o qualificativo de rebeldes, ou o de
irresponsáveis.
Exemplos:
6. É preciso que se ......................... (conferir) às
eleições muito mais que uma importância circuns-
tancial.
7. Não se .................................. (atribuir) às mani-
festações eleitorais o sentido maior de um sistema
SUJEITO INDETERMINADO democrático.
Exemplos:
Exemplos: 8. ........................... (tratar) – se de pessoas que não
possuem compromisso com a área social do gover-
* No Brasil, já não mais se recorre a confiscos para no.
a obtenção de fluxo de caixa. 9. ..........................-se (dever) aos ruidosos funcio-
nários da limpeza pública a providência que fará
* Na apresentação dele, desconfiava-se dos acor- esquecer que ali funcionou uma feira.
dos que ele propunha.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 12
Rodrigo Bezerra

Exemplos:
10. Não se ................... (dever) assistir a filmes que
atentem contra a moral e os bons costumes.

Estruturas oracionais “sem sujeito”

Verbos impessoais

Em muitas estruturas oracionais, apenas o predica- Emprego do verbo HAVER em locuções verbais
do encontra-se presente, uma vez que não se faz (situações possíveis):
referências a nenhum tipo de ser que porventura
pudesse praticar ou receber a ação verbal. Para
tanto, empregam-se os verbos impessoais (usados
na terceira pessoa do singular). São chamadas de

ORAÇÕES SEM SUJEITO.

Exemplos iniciais:

1. Devem existir ratos no porão.


Mas...
Deve haver ratos no porão.
2. Costumam ocorrer manifestações a favor da lega-
lização da maconha.
Exemplos iniciais: Mas...
Costuma haver manifestações a favor da legaliza-
1. Aconteceram problemas na festa. ção da maconha.
Mas... 3. Seria fundamental que pudessem acontecer mais
Houve problemas na festa. aulas sobre direção defensiva.
Mas...
2. Ainda que ocorram imprevistos, nós iremos ao Seria fundamental que pudesse haver mais aulas
baile. sobre direção defensiva.
Mas...
Ainda que haja imprevistos, nós iremos ao baile. Cuidado!! Não erre mais!!

3. Realizar-se-ão eventos para se debater o cresci- * Ainda hão de existir pessoas dispostas a dar a
mento do Brasil no mundo. vida pelo social.
Mas...
Haverá eventos para se debater o crescimento do * Aqueles pesquisadores haviam de descobrir novas
Brasil no mundo. formas de cura para aquela doença.

4. Se existissem menos atos de violência, a vida * Chegamos à região onde haveriam de acontecer
seria mais agradável. as oblações e os louvores.
Mas...
Se houvesse menos atos de violência, a vida seria Exemplos extraídos de concursos públicos:
mais agradável.
1. “... inclusive porque tinham havido já muitos co-
Cuidado!! Cuidado!! mentários positivos para o grupo, vindos de reno-
mado especialista.”
Em muitas situações, o verbo HAVER é empregado 2. “Em qualquer notícia que provenha do nosso
em locuções verbais. Nesse caso, teremos duas íntimo não mais ....................... (haver) de se ocultar
situações possíveis: as verdades que fingimos desconhecer.”
Exemplos extraídos de concursos públicos:
Emprego do verbo HAVER em locuções verbais 3. Nas palavras dos piores contraventores
(situações possíveis): ..................... (costumar) haver insolentes alusões à
moralidade.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 12
Rodrigo Bezerra

4. Se tivessem havido firmes reações aos descala-


bros dos canalhas, estes não desfrutariam, com sua
falta de escrúpulo, de um caminho já aplainado.

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 13
Rodrigo Bezerra

Exemplos extraídos de concursos públicos: * Já vão dar dez horas da noite e ele nem...

3. Nas palavras dos piores contraventores Estruturas oracionais “sem sujeito”


..................... (costumar) haver insolentes alusões à Outros casos
moralidade.
CUIDADO!! CUIDADO!! NÃO CONFUNDA!!
4. Se tivessem havido firmes reações aos descala-
bros dos canalhas, estes não desfrutariam, com sua * A aula terminou HÁ dez minutos. (verbo HAVER)
falta de escrúpulo, de um caminho já aplainado. * A aula vai começar daqui A dez minutos. (preposi-
ção)
Estruturas oracionais “sem sujeito”

Estruturas oracionais “sem sujeito”


Outros casos Outros casos

Com verbos que exprimem fenômenos da natu- reza CUIDADO!! CUIDADO!! EVITE O PLEONASMO!!
como “chover, ventar, nevar, coriscar, trovejar,
relampejar, chuviscar etc”: * Eles chegaram HÁ duas horas atrás.
* Ventou muito ontem naquela pequena cidade do
interior. Termos acessórios de uma oração
* Neva nas Serras Gaúchas durante os meses de (Noções essenciais)
inverno.
Adjunto adnominal
Estruturas oracionais “sem sujeito”
Outros casos É o termo acessório da oração que tem por
finalidade a caracterização ou a determinação de
Com os verbos “ser, estar, fazer, haver” usados com um substantivo.
referência a tempo:
• Aqueles dois jornais publicaram as notícias
* Já faz três anos que do Norte saímos. trágicas.
* Os rapazes encontraram uma mulher perdida.
* Havia dez anos que o Governo Federal prometera • Aqueles dois jornais publicaram as notícias
a construção de uma nova ponte. trágicas.
*Vai para uns dois meses que ele iniciou o trata- * Os rapazes encontraram uma mulher perdida.
mento e, até agora, nenhum resultado adveio.
Termos acessórios de uma oração (Noções es-
Estruturas oracionais “sem sujeito” senciais)
Outros casos
Adjunto adverbial
Com os verbos “ser, estar, fazer, haver” usados com
referência a tempo: É o termo acessório da oração que, com ou
sem preposição, refere-se a um verbo, a um adjeti-
* São três horas da tarde. vo ou a um advérbio atribuindo-lhes alguma circuns-
* Devem ser onze horas da noite. tância. Em sintaxe, o adjunto adverbial é exercido
pelos advérbios e pelas locuções adverbiais.
Estruturas oracionais “sem sujeito”
Outros casos Termos acessórios de uma oração
(Noções essenciais)
Cuidado!! Cuidado!! Cuidado!!
Não é toda relação de tempo que forma oração sem Adjunto adverbial
sujeito. Em muitos casos, o tempo funciona como
sujeito verbal. * Hoje o Presidente da República irá ao Congresso
na parte da tarde para a obtenção de apoio.
Estruturas oracionais “sem sujeito” * Muitos hoje em dia morrem de fome por causa
Outros casos da insensibilidade de alguns.
Exemplos: Adjunto adverbial (Classificação):
* Já passaram dez minutos, e ela não deu notícias.
* Ainda faltam quinze minutos para o jogo ter início.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 13
Rodrigo Bezerra

a) de lugar No país do carnaval, só samba quem outro termo. O termo a que o aposto se refere sem-
tem dinheiro. pre será um substantivo ou termo substantivado,
b) de tempo Muitos direitos foram suspensos no uma vez que a função do aposto é típica do subs-
tempo da ditadura brasileira. tantivo.
c) de concessão Apesar das circunstâncias,
muitos obtiveram o diploma de bacharel. Termos acessórios de uma oração
d) de assunto Eles só falavam sobre a derrota (Noções essenciais)
do time. Aposto
e) de causa Durante a tempestade, muitas árvo-
res caíram com o vento. * O Amazonas, maior rio navegável do mundo,
f) de afirmação Certamente o presidente da está poluído em algumas áreas.
empresa viajará para a Europa. * Analista de artes e professor de computação,
g) de intensidade Falou muito, por isso ficou João Antônio aprecia também bons pratos à japo-
bastante rouco. nesa.
h) de dúvida Talvez o time ganhe na próxima
partida. Tipos de aposto:
i) de modo Deixou às escondidas o local e sorra-
teiramente entrou no carro. A) Aposto explicativo: é o mais comum. Como o
j) de negação De modo algum nós aceitaremos próprio nome já enuncia, explica, esclarece o termo
as novas cláusulas. a que se refere. Vem sempre isolado por vírgula(s).
l) de matéria Construiu a porta de ferro. * Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, consa-
m) de meio Eles sempre vão de carro à casa dos grou-se como um dos maiores jogadores de todos
parentes mais afastados. os tempos.
n) de finalidade Estudam bastante para a obten- • Em Pernambuco, um dos grandes produtores
ção do certificado. de açúcar do Brasil, a violência cresce diariamen-
o) de condição Não conseguirás viajar sem o te.
passaporte.
p) de companhia O Presidente viajará para a B) Aposto resumitivo ou recapitulativo: é aquele
Europa com todos os seus ministros. que “resume” uma seqüência de termos. Geralmen-
q) de conformidade Eles sempre dançam con- te este tipo de aposto resume substantivos que
forme a música. exercem a função de sujeito. O aposto resumitivo é
frequentemente exercido por um pronome indefini-
Termos acessórios de uma oração do.
(Noções essenciais) * O mar, os céus, a terra, tudo apregoa a glória de
Deus.
Adjunto adverbial * Dançar, nadar, brincar, nada lhe interessava.

Observação: C) Aposto especificativo: é aquele que se refere a


Lembre-se de que a maioria das locuções adverbi- um substantivo de sentido geral particularizando-o,
ais são introduzidas por preposição. A preposição é especificando-o, indicando-lhe a espécie à qual
solicitada pela própria locução adverbial. pertence. Este tipo de aposto dispensa a pontuação.
* O iluminista Thomas Hobbes, autor de “Leviatã”,
Termos acessórios de uma oração morreu em 1679.
(Noções essenciais) * A cidade de Palmares fica a cerca de 120Km da
cidade de Recife.
Adjunto adverbial
D) Aposto enumerativo: este tipo cria uma enume-
* Deixou o emprego por moléstia grave. ração ou indica uma quantidade do termo a que se
* Apesar das circunstâncias, muitos obtiveram o refere. Este tipo de aposto faz uso freqüente dos
diploma de bacharel. dois pontos e, mais raramente, da vírgula e do tra-
vessão.
Termos acessórios de uma oração * Para um homem evoluir são necessárias três coi-
(Noções essenciais) sas: uma grande mulher, uma boa família e a
presença de Deus.
Aposto * Em sua viagem, Mário conheceu dois grandes
expoentes da Literatura mundial: José Saramago e
É o termo acessório cuja função é a de es- Antônio Cândido.
clarecer, explicar, identificar, especificar, resumir um

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 13
Rodrigo Bezerra

O VOCATIVO PERÍODO COORDENADO

É o termo da oração (não entra em nenhu- 1. Coordenadas aditivas são aquelas que ex-
ma classificação uma vez que nem pertence ao primem adição, soma de pensamentos, acréscimo
sujeito nem ao predicado) cujo objetivo é interpelar, de idéias, simultaneidade de ações.
chamar, invocar alguém de forma mais ou menos As principais conjunções aditivas são: e, nem,
enfática. mas também, mas ainda, senão também, bem co-
* Maria, ó Maria, vem logo, não demores. mo, como também, que (=e).
*Afasta-te daqui, criatura nojenta! *Muitos deixaram o local consternados e foram para
a delegacia.
Sintaxe de período – noções essenciais:

PERÍODO COORDENADO
1. Período simples Uma só oração Oração
absoluta 2. Coordenadas adversativas são aquelas que
2. Período composto Mais de uma oração promovem oposição, ressalva, contraste. A idéia
contida na oração adversativa se contrapõe à da
Processos sintáticos para a formação do oração assindética.
período composto
As principais conjunções adversativas são: mas,
1. COORDENAÇÃO porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, ao
2. SUBORDINAÇÃO passo que, não obstante, senão (=do contrário, mas
3. CORRELAÇÃO sim, porém), antes (=mas, pelo contrário).
4. PERÍODO MISTO OU COMPLEXO
* Aprecia frutos do mar, mas não gosta de lagosta.
PERÍODO COORDENADO
PERÍODO COORDENADO
O período coordenado é aquele em que
aparecem orações sintaticamente independentes 2. Coordenadas adversativas são aquelas que
umas das outras. Saliente-se que a independência é promovem oposição, ressalva, contraste. A idéia
sintática, pois no período coordenado sempre existi- contida na oração adversativa se contrapõe à da
rá uma dependência semântica (=de sentido), de oração assindética.
forma que a retirada de uma oração prejudica o * Ele gosta muito da praia, entretanto não aprecia
sentido do enunciado. Por isso, diz-se que no perío- muito os vendedores ambulantes.
do coordenado há vínculo semântico, mas não há * Não foi ao shopping, antes preferiu o velho futebol
vínculo sintático. do sábado à tarde.
Como não existe o vínculo sintático, as ora-
ções no período coordenado classificam-se pela 3. Coordenadas alternativas são aquelas que
presença ou não das conjunções coordenadas. Daí expressam uma alternância, uma disjunção.
elas serem: As principais conjunções alternativas são: ou,
ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja, já... já,
a) Assindéticas quando não possuem conjun- talvez... talvez.
ção, conectivo; apresentam-se justapostas.
* Ora o rapaz levantava um braço, ora coçava a
PERÍODO COORDENADO cabeça, ora se espremia na cadeira.
* Quer ele falasse, quer ele ficasse calado, todos o
*Todos saíram mais cedo, foram para um barzinho recriminavam.
próximo à faculdade.
* "Raspou, achou, ganhou." 4. Coordenadas conclusivas são aquelas que
exprimem uma conclusão, uma dedução lógica da
PERÍODO COORDENADO idéia contida na oração precedente.
As principais conjunções conclusivas são: logo,
b) Sindéticas quando se ligam às outras pelas pois (posposto ao verbo), portanto, por isso, por
conjunções coordenativas. As conjunções coorde- conseguinte.
nadas são de cinco tipos e podem expressar as
relações de “adição, alternância ou disjunção, opo- * Ele estuda bastante, logo será aprovado em bre-
sição adversativa, conclusão e explicação”. ve.
Classificação das orações coordenadas sindéti-
cas:

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 13
Rodrigo Bezerra

* A testemunha foi intimada, por conseguinte deve- O mais importante era que ele retornasse ama-
ria comparecer. nhã.

5. Coordenadas explicativas são aquelas que Vejamos alguns exemplos:


justificam a informação da oração precedente; for-
necem, portanto, uma explicação, um motivo. * Não convém o retorno dele amanhã.
As principais conjunções explicativas são: que, Em forma de oração, teremos...
porque, pois (anteposto ao verbo), porquanto. Não convém que ele retorne amanhã.
* Saia da sala agora, porque não aceito desaforos.
* Não desanime, pois o ânimo é a alma do negócio. Vejamos alguns exemplos:

PERÍODO SUBORDINADO * Todos precisam do retorno dele amanhã.


Em forma de oração, teremos...
É aquele em que uma oração exercerá uma função Todos precisam de que ele retorne amanhã.
sintática para a outra. Existirá, portanto, uma de-
pendência semântica e sintática. CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES NO PERÍODO
SUBORDINADO
FUNÇÕES SINTÁTICAS:
a) oração principal é aquela que rege a oração
a) Sujeito subordinada.
b) Objeto direto b) oração subordinada é a oração que exercerá
c) Objeto indireto uma função sintática (sujeito, objeto direto, objeto
d) Complemento nominal indireto, complemento nominal, aposto, predicativo,
e) Aposto agente da passiva, adjunto adnominal ou adjunto
f) Predicativo adverbial) para uma outra oração a qual lhe servirá
g) Agente da passiva como oração principal.
h) Adjunto adnominal
i) Adjunto adverbial ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Observação: São denominadas de substantivas as ora-


ções que exercem funções típicas do substantivo,
As funções sintáticas podem aparecer em forma quais sejam: sujeito, objeto direto, objeto indireto,
simples (termo de uma oração) ou em forma de complemento nominal, aposto, predicativo e agente
oração (oração subordinada). da passiva.

Vejamos alguns exemplos: ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

* Não convém o retorno dele amanhã. Observação importante:


Em forma de oração, teremos... As orações subordinadas substantivas são geral-
Não convém que ele retorne amanhã. mente introduzidas pelas conjunções integrantes
“QUE” ou “SE”.
Vejamos alguns exemplos:
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
* Todos eram favoráveis ao retorno dele amanhã.
Em forma de oração, teremos... a) SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS
Todos eram favoráveis a que ele retornasse ama- São aquelas que exercem a função sintática
nhã. de sujeito para a oração principal. Neste caso, o
verbo da oração principal deverá estar na 3ª pessoa
Vejamos alguns exemplos: do singular, uma vez que todas as orações subordi-
nadas substantivas subjetivas não passam de sujei-
* Ele viajará pela manhã. tos oracionais.
Em forma de oração, teremos...
Ele viajará quando amanhecer. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Vejamos alguns exemplos: a) SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS


* Cumpre que todos façam a sua parte.
* O mais importante era o retorno dele amanhã. *Anunciou-se que o novo pacote do governo entrará
Em forma de oração, teremos... em vigor amanhã.

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 13
Rodrigo Bezerra

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

b) SUBSTANTIVAS OBJETIVAS DIRETAS


São aquelas orações que exercem a função
de objeto direto para um verbo transitivo direto ou
transitivo direto e indireto que se encontra na oração
principal.
* O governo anunciou que as novas medidas só
entrarão em vigor no mês de março.

www.cers.com.br 5
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 14
Rodrigo Bezerra

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS d) SUBSTANTIVAS COMPLETIVAS NOMINAIS


São aquelas que exercem a função de comple-
São denominadas de substantivas as orações que mento nominal para um nome que se encontra na
exercem funções típicas do substantivo, quais sejam: oração principal.
sujeito, objeto direto, objeto indireto, com- plemento * Ele tem sempre a impressão de que vozes do
nominal, aposto, predicativo e agente da passiva. outro mundo o chamam.
* Os sem-terras desrespeitaram a recomendação de
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS que não invadissem aquela parte da fazenda.

Observação importante: ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


As orações subordinadas substantivas são geral-
mente introduzidas pelas conjunções integrantes e) SUBSTANTIVAS PREDICATIVAS
“QUE” ou “SE”. São as orações que exercem a função de predi-
cativo para a oração principal. Convém notar que na
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS oração principal sempre aparecerá um verbo de
ligação — geralmente o verbo “SER” — quando a
a) SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS oração subordinada for classificada como predicati-
São aquelas que exercem a função sintática de sujeito va.
para a oração principal. Neste caso, o verbo da oração * O fundamental é que ele não desfaleça em sua fé.
principal deverá estar na 3ª pessoa do singular, uma * Minha maior esperança era que o dinheiro fosse
vez que todas as orações subordina- das substantivas imediatamente liberado.
subjetivas não passam de sujeitos oracionais.
f) SUBSTANTIVAS APOSITIVAS
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Exercem a função de aposto para um substanti-
vo ou termo substantivado presente na oração prin-
a) SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS cipal. Geralmente a oração apositiva aparece depois
* Cumpre que todos façam a sua parte. de dois pontos ou, mais raramente, de vírgula.
*Anunciou-se que o novo pacote do governo entrará * O pai, preocupado, disse-lhe isto: estude bastante
em vigor amanhã. para suas provas, meu filho.
* Diga-me agora uma coisa, este livro é para con-
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS cursos públicos?

b) SUBSTANTIVAS OBJETIVAS DIRETAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


São aquelas orações que exercem a função de objeto
direto para um verbo transitivo direto ou tran- sitivo As orações subordinadas adverbiais são aquelas
direto e indireto que se encontra na oração principal. que estabelecem circunstâncias várias para um fato
* O governo anunciou que as novas medidas só contido na oração principal. Elas exercem, portanto,
entrarão em vigor no mês de março. o papel de adjuntos adverbiais oracionais.
* Se ela chegar, iremos ao shopping.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS * Já que estava doente, resolver não ir ao shopping.

c) SUBSTANTIVAS OBJETIVAS INDIRETAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


São as orações que exercerão a função sintática de
Diagramação:
objeto indireto para um verbo transitivo indireto ou
transitivo direto e indireto que se encontra na oração
principal. As orações objetivas indiretas são sempre FATO + CIRCUNSTÂNCIA
introduzidas por uma preposição.
ORAÇÕES ADVERBIAIS

a) Causais
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS c) Comparativas
b) Consecutivas
d) Concessivas
* Nada obsta a que você estude mais esta noite. e) Conformativas
* Avisei-o de que a nova diretoria assumirá na pró- f) Condicionais
xima semana. g) Temporais
h) Proporcionais
i) Finais

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 14
Rodrigo Bezerra

3. ADVERBIAIS CONCESSIVAS São as orações


ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS que indicam uma oposição, um óbice, um empeci-
lho, um “algo” que poderia impedir a realização do
1. ADVERBIAIS CAUSAIS São aquelas que fato contido na oração principal.
estabelecem a causa, o motivo para o fato (efeito) * Fez todo o exercício sem que ninguém o ajudasse.
contido na oração principal. * O conhecimento, que fosse muito, não atenuava,
As principais conjunções subordinadas causais são: naquele momento, a angústia do rapaz.
que, porque, já que, uma vez que, visto que, visto
como, pois, como (= já que, visto que), porquanto. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 4. ADVERBIAIS CONDICIONAIS São orações que


estabelecem uma condição para a realização do
1. ADVERBIAIS CAUSAIS São aquelas que fato expresso na oração principal.
estabelecem a causa, o motivo para o fato (efeito) As principais conjunções condicionais são: se, caso,
contido na oração principal. a não ser que, desde que, contanto que, salvo se,
* Como o dinheiro não foi liberado a tempo, usei o sem que (= se não), a menos que.
cheque especial.
* Ele foi duramente punido porquanto a falta foi ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
comprovada pelos peritos.
4. ADVERBIAIS CONDICIONAIS São orações que
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS estabelecem uma condição para a realização do
fato expresso na oração principal.
2. ADVERBIAIS CONSECUTIVAS Estas orações
indicam a consequência, o efeito de um fato (causa) * A não ser que a taxa de juros caia consideravel-
contido na oração principal. mente, não adquiriremos mais produtos importados.
As principais conjunções adverbiais consecutivas * Caso o Governador não se manifeste sobre o ca-
são: que (precedido dos termos intensificadores so, levaremos o problemas às raias judiciais.
“tão, tal, tanto, tamanho”), que (= sem que), sem
que, de modo que, de forma que, de sorte que, de ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
maneira que.
5. ADVERBIAIS CONFORMATIVAS São ora-
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS ções que expressam uma conformação (correspon-
dência, concordância, analogia ou identidade de
2. ADVERBIAIS CONSECUTIVAS Estas orações forma, modo, tipo ou caráter) com um fato expresso
indicam a consequência, o efeito de um fato (causa) na oração principal.
contido na oração principal. As principais conjunções conformativas são: como,
* Falou tanto que ficou rouco. segundo, conforme, consoante.
* Não vai a um baile de formatura sem que não dance
a noite toda. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 5. ADVERBIAIS CONFORMATIVAS São ora-


ções que expressam uma conformação (correspon-
3. ADVERBIAIS CONCESSIVAS São as orações dência, concordância, analogia ou identidade de
que indicam uma oposição, um óbice, um empeci- forma, modo, tipo ou caráter) com um fato expresso
lho, um “algo” que poderia impedir a realização do na oração principal.
fato contido na oração principal. * Elaboramos todo o projeto como nos orientava o
manual.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS * A vida tem sempre seus perigos, segundo já nos
dizia Guimarães Rosa.
As principais conjunções subordinadas concessivas
são: embora, apesar de que, mesmo que, ainda ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
que, que, sem que (=embora não), conquanto, ainda
quando, posto que, por mais que, por muito que, por 6. ADVERBIAIS COMPARATIVAS São orações
menos que, se bem que. subordinadas que estabelecem um processo de
comparação entre dois elementos — um elemento
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS estará na oração principal e o outro, na oração su-
bordinada. A comparação poderá ser de igualdade,
de superioridade ou de inferioridade.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 14
Rodrigo Bezerra

As principais conjunções comparativas são: como, CIRCUNSTÂNCIAS ADVERBIAIS EXPRESSAS


assim como, tal e qual, tal qual, mais que ou do que, PELO INFINITIVO PREPOSICIONADO:
menos que ou do que, tanto quanto, feito (= como).

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

6. ADVERBIAIS COMPARATIVAS
* Não sei por que saiu correndo desesperadamente,
feito um louco.
* Ele deixou a sala sorrateiramente, como uma ser-
pente que se esgueira no meio dos arbustos.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


CIRCUNSTÂNCIAS ADVERBIAIS EXPRESSAS
7. ADVERBIAIS FINAIS São orações que indi- cam PELO INFINITIVO PREPOSICIONADO:
a finalidade, o objetivo, o alvo do fato contido na
oração principal. Exemplos:
As principais conjunções finais são: que, para que, a a) “A persistirem os sintomas, o médico deverá ser
fim de que, porque (= para que, a fim de que). consultado.”
* A fim de que ela passasse mais rápido em um b) Ao sair, feche a porta.
concurso, comprei inúmeros livros e apostilas. c) Por só sair à noite, acabou adoecendo.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CIRCUNSTÂNCIAS ADVERBIAIS EXPRESSAS


PELO INFINITIVO PREPOSICIONADO:
8. ADVERBIAIS TEMPORAIS São as orações
subordinadas que expressam o tempo, o momento Exemplos:
do fato contido na oração principal. d) Para conseguir um novo emprego, resolveu fazer
As principais conjunções finais são: enquanto, um curso de pós-graduação.
quando, assim que, logo que, mal (=logo que, assim
que), desde que, antes que, agora que, depois que, 1.No início do parágrafo 2, o segmento que cor-
sem que (=antes que). responde a uma circunstância de tempo é:

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS A) que sugeriam sofisticadas cerimônias sociais.


B) Segundo todos os testemunhos.
8. ADVERBIAIS TEMPORAIS  C) o tesouro real asteca era magnífico.
* Todos o aplaudiram mal terminou sua palestra. D) ao ser reunido diante dos espanhóis.
* Desde que chegou, não parou de falar. E) formou três grandes pilhas de ouro.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 2. Quando a bordo, e por não poderem acender


fogo, os viajantes tinham de contentar-se, ge-
9. ADVERBIAIS PROPORCIONAIS São orações ralmente, com feijão frio, feito de véspera.
que indicam uma concomitância, uma simultaneida- Identificam-se nos segmentos grifados na frase
de, uma proporção com o fato expresso na oração acima,respectivamente, noções de:
principal.
As principais conjunções proporcionais são: à medi- A) modo e consequência.
da que, à proporção que, ao passo que, quanto B) causa e concessão.
mais ... mais, quanto mais... menos, quanto me- C) temporalidade e causa.
nos... mais, quanto menos... menos. D) modo e temporalidade.
E) consequência e oposição.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
3. A principal delas é a reconstrução de cinco
9. ADVERBIAIS PROPORCIONAIS  estações de pesquisa na Antártida, para realizar
* Quanto mais ela estuda mais dúvidas surgem. estudos sobre mudanças climáticas, recursos
* À medida que o progresso avança, o meio- pesqueiros e navegação por satélite, entre ou-
ambiente sofre com o uso excessivo de seus recur- tros.
sos.
O segmento grifado na frase acima tem sentido:

A) adversativo.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 14
Rodrigo Bezerra

B) de consequência. b) Pedra que rola não cria limo.


C) de finalidade. c) Os animais que se alimentam de carne são cha-
D) de proporção. mados de carnívoros.
E) concessivo. d) Há saudades que a gente nunca esquece.

Cartão de Natal ORAÇÕES ADJETIVAS

Pois que reinaugurando essa criança Exemplos de orações adjetivas restritivas:


pensam os homens reinaugurar a a) Há pessoas cujo espírito é pobre.
sua vida b) Pedra que rola não cria limo.
e começar novo caderno, c) Os animais que se alimentam de carne são cha-
fresco como o pão do dia; mados de carnívoros.
pois que nestes dias a aventura d) Há saudades que a gente nunca esquece.
parece em ponto de voo, e parece
que vão enfim poder ORAÇÕES ADJETIVAS
explodir suas sementes:
(João Cabral de Melo Neto) 5. Classificação das orações adjetivas:
a) EXPLICATIVAS
4. Pois que reinaugurando essa criança. A informação prestada pela oração adjetiva explica-
O segmento grifado acima pode ser substituído, tiva se aplica a todos os seres ou todas as coisas
no contexto, por: pertencentes a um dado conjunto ou se aplica a um
ser ou coisa em sua totalidade. O objetivo da oração
A) Mesmo que estejam. é envolver todos os seres ou coisas de um conjunto.
B) Apesar de estarem. Exigem pontuação.
C) Ainda que estejam.
D) Como estão. ORAÇÕES ADJETIVAS
E) Mas estão.
4. Classificação das orações adjetivas:
ORAÇÕES ADJETIVAS a) EXPLICATIVAS (palavras-chave):
TUDO, TODO(s), TODA(s)
1. Função sintática desempenhada pela oração
adjetiva adjunto adnominal oracional. ORAÇÕES ADJETIVAS
2. Característica principal das orações adjetivas 
São introduzidas por um pronome relativo. 4. Classificação das orações adjetivas:
3. São conhecidas também como orações relativas. Ex.:
O sol, que é o centro do nosso sistema, perdeu
ORAÇÕES ADJETIVAS calor nas últimas décadas.

4. Classificação das orações adjetivas: ORAÇÕES ADJETIVAS


a) RESTRITIVAS
A informação prestada pela oração adjetiva restritiva Exemplos de orações adjetivas explicativas:
não se aplica a todos os seres ou todas as coisas a) Deus, que é nosso pai, sempre nos ajuda nos
pertencentes a um dado conjunto. O objetivo da momentos difíceis.
oração é delimitar, é restringir o campo a que se b) “Olhou a caatinga amarelada, que o poente
refere a oração. Dispensam pontuação. avermelhava.”
c) A ave mais veloz do mundo é o avestruz, que
ORAÇÕES ADJETIVAS chega a atingir uma velocidade de 120 km/h.
d) A Capela Sistina, onde foram realizadas todas as
4. Classificação das orações adjetivas: eleições papais nos últimos séculos, tem acomoda-
a) RESTRITIVAS (palavras-chave): ções para apenas 80 participantes.
APENAS, SÓ, SOMENTE e) Brasília, cuja fundação ocorreu em 1960, está
Ex.: hoje com um trânsito bastante complicado.
O homem que fuma diminui seus dias de vida.
ORAÇÕES ADJETIVAS
ORAÇÕES ADJETIVAS
Orações adjetivas (análise semântica):
Exemplos de orações adjetivas restritivas: Observação:
a) Há pessoas cujo espírito é pobre.

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 14
Rodrigo Bezerra

Em muitas estruturas, a oração adjetiva pode ser


tanto explicativa quanto restritiva. Nesse caso, a
classificação e consequentemente a pontuação
dependerão do sentido que lhe queira dar o falante.

ORAÇÕES ADJETIVAS

Orações adjetivas (análise semântica):


Exemplos:
a) A empresa possui 200 funcionários que moram
em Olinda.
b) A empresa possui 200 funcionários, que moram
em Olinda.

01. Considere as frases abaixo.

I. Os moradores de rua, que têm sido vítimas de


violência, deverão ser recolhidos a um abrigo.
II. Os discos antigos, que ele herdou de seu avô,
estão muito bem conservados.
III. Quem passa, distraidamente, por aquela rua
talvez não note a beleza do velho casario.
A exclusão das vírgulas alterará o sentido SO-
MENTE do que está em:

A) I.
B) II.
C) I e II.
D) III.
E) II e III.

02. Observe as frases abaixo:

I. Os jovens da França, que se sentem marginali-


zados, incendeiam automóveis nas ruas.
II. A lógica da globalização, que espolia os mais
fracos, é fria e calculista.
III. Inútil tentar apagar as fogueiras, que continu-
arão a se alastrar.

A supressão das vírgulas alterará o sentido de:

A) I, II e III.
B) I e II, somente.
C) II e III, somente.
D) I e III, somente.
E) II, somente.

www.cers.com.br 5
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 15
Rodrigo Bezerra

03. Considere as seguintes frases: C) Fazer a prova tranquilo é importante


D) Bastava que você telefonasse ontem.
I. O autor lamenta a situação dos jovens de hoje, E) Seria necessário a inflação parar de subir.
que vivem o tempo como uma espécie de presente
contínuo. 08. Na frase “Argumentei que não é justo que o
II. Ao final do século XIX, ocorreu o esquecimento padeiro ganhe festas”, as orações destacadas
dos mecanismos sociais que vinculam nossa expe- introduzidas por que são, respectivamente.
riência pessoal à das gerações passadas.
III. Preservemos a memória do passado, cujas ex- A) ambas subordinadas substantivas objetivas
periências encerram lições ainda vivas. diretas
B) ambas subordinadas substantivas subjetivas
A eliminação da vírgula acarretará alteração de C) subordinada substantiva objetiva direta e su-
sentido APENAS para o que está em: bordinada substantiva subjetiva
D) subordinada substantiva objetiva direta e coor-
A) I. denada assindética.
B) II. E) Subordinada substantiva objetiva direta e su-
C) III. bordinada substantiva predicativa.
D) I e II.
E) I e III. 09. Apesar de ter uma inteligência notável, não
conseguia entender as razões alheias.
04. Em: “Queria que me ajudasses”, o trecho
destacado pode ser substituído por: Comece com: Tinha uma inteligência...

A) a sua ajuda A) portanto


B) a vossa ajuda B) sendo que
C) a ajuda de vocês C) a fim de que
D) a ajuda deles D) no entanto
E) a tua ajuda. E) desde que

05. Assinale a alternativa cuja oração é predica- 10. “Ele assumiu a chefia do cargo, embora não
tiva: estivesse preparado para isso.

A) É claro que eles não virão Comece com: Ele não estava...
B) Acontece que ela mentiu.
C) Sabe-se que a notícia não é verdadeira A) todavia
D) Parece que tudo mudou B) de forma que
E) O certo foi que tudo morreu. C) porquanto
D) desde que
06. Assinale a alternativa que apresenta uma E) conforme
oração subordinada substantiva apositiva.
11. O valor semântico de concessão é expresso
A) Ele falou: “eu o odeio”. na seguinte alternativa:
B) Não preciso de você: sei viver sozinho
C) Sabendo que havia um grande estoque de rou- A)A experiência do gentio da terra terá sido, ainda
pas na loja, quis ir vê-las, era doida por vestidos neste caso, de inapreciável valor para os nossos
novos. práticos do sertão.
D) Fez três tentativas, aliás, quatro. Nada conse- B) Se é certo que os cursos de água puderam mui-
guiu. tas vezes retardar a marcha dos sertanistas, sua
E) Havia apenas um meio de salvá-la: falar a ver- ausência completa poderia determinar problemas de
dade. complicada solução.
C) Pela configuração, pela coloração do terreno, por
07. Quatro alternativas a seguir contêm orações algum sinal só perceptível a olhos experimentados,
destacadas que desempenham a mesma função. sabem dizer com certeza a senda que há de levar a
Assinale a alternativa que contêm a oração que alguma remota aguada.
não exerce a mesma função que as demais. D) O zelo que põem estes em localizar e descobrir
água potável pode ser avaliado pelos vários e en-
A) É conveniente que você estude mais. genhosos métodos que ainda hoje se empregam
B) Sua mãe quer que você vá ao mercado. entre certas tribos com o mesmo fim.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 15
Rodrigo Bezerra

Ocorre que, ao dar vazão ao seu * As mulheres subnutridas geram crianças com
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao problemas.
tentar realizar em toda sua plenitude a livre aventura * Participarão do evento muitos professores.
do espírito, o homem depara-se com seus limites.
Quando o sujeito é formado por expressões parti-
12. A oração iniciada por “ao dar vazão” (L.10) tivas ( uma parte de, a metade de, o grosso de, um
apresenta uma causa para o homem deparar-se grande número de, uma porção de, a maioria de
“com seus limites” (L.13). etc) o verbo deverá concordar, no singular, com o
núcleo dessas expressões ou com o termo da ex-
No ano passado, a produção industrial cresceu 6%, pressão explicativa ou especificativa que as acom-
enquanto o emprego aumentou 2,2% e o total de panha.
horas pagas pela indústria aumentou 1,8%. Isso
quer dizer que a produtividade cresceu sem neces- * Boa parte dos inscritos no último concurso irá /
sidade de demissões de trabalhadores, como ocor- irão realizar a prova no centro da cidade.
reu entre 1990 e 2003. * Grande número de automóveis circula / circu-
lam nas principais capitais brasileiras.
13. O termo “enquanto” (L.2) pode, sem prejuízo
para a correção gramatical e para as informações Quando o sujeito é formado por um substantivo
originais do período, ser substituído por qualquer coletivo seguido de uma especificação, o verbo
um dos seguintes: ao passo que, na medida que, poderá concordar tanto o coletivo quanto com a
conquanto. especificação.
* Um bando de aves selvagens SOBREVOA-
14. "Se o pedaço de pau sair úmido, é sinal de VA/SOBREVOAVAM a cidade naquele instante.
que a perfuração dará o resultado desejado." * Um grupo de arruaceiros INVADIU/INVADIRAM o
Dentre as modificações impostas a essa frase, a clube durante a apresentação da banda.
que implica sensível alteração de seu significa-
do original está na seguinte alternativa: Quando o sujeito é formado por numerais percen-
tuais ou fracionários seguidos de uma especifica-
A) Saindo úmido o pedaço de pau, é sinal de que a ção, o verbo poderá concordar tanto com o numeral
perfuração dará o resultado desejado. quanto com a expressão especificativa.
B) Caso saia úmido o pedaço de pau, é sinal de que
a perfuração dará o resultado desejado. * 32% de todo o dinheiro arrecadado será doado
C) Conquanto saia úmido o pedaço de pau, é sinal / serão doados para instituições de caridade.
de que a perfuração dará o resultado desejado.
D) Uma vez que saia úmido o pedaço de pau, é Quando o sujeito é formado por expressões que
sinal de que a perfuração dará o resultado deseja- indicam quantidade aproximada (cerca de, perto
do. de, mais de, menos de, coisa de, obra de, pas-
sante de etc) seguidas de um numeral, o verbo
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA concordará com este numeral que acompanha as
expressões.
Sintaxe de concordância verbal * Perto de quinze manifestantes se aglomeraram
em frente ao Palácio do Planalto.
Tipos de concordância
Quando o sujeito é o pronome relativo “QUE”, o
1. Gramatical ou nuclear  feita com o núcleo do verbo concordará com o termo antecedente.
termo. * De repente, apareceram muitos companheiros que
2. Atrativa ou semântica  feita com o termo se- apoiaram de imediato o protesto.
mântico mais próximo.
3. Ideológica ou siléptica  feita com a ideia Quando o sujeito é um pronome interrogativo, de-
transmitida pelo termo. monstrativo ou indefinido no plural (Quais, Quan-
tos, Alguns, Poucos, Muitos, Quaisquer etc),
Sintaxe de concordância verbal seguido de uma das expressões “de nós” ou “de
vós”, o verbo poderá concordar tanto com o prono-
Regra geral me interrogativo, indefinido ou demonstrativo quanto
com os pronomes “nós” ou “vós”.
O verbo concorda em número e pessoa com o
seu sujeito. * Certamente muitos de vós PROPORÃO / PRO-
POREIS mudanças para a nossa administração.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 15
Rodrigo Bezerra

* Eles perceberam que quaisquer de nós PODERI-


AM / PODERÍAMOS resolver aquela situação.

Observação importante:

a) Se o pronome interrogativo, demonstrativo ou


indefinido estiver no singular (Qual, Algum, Qual-
quer etc), o verbo obrigatoriamente ficará no singu-
lar.

* Quem de nós, na mesma situação, não agiria


daquele jeito?

O pronome apassivador “SE” exige que o verbo


(transitivo direto ou transitivo direto e indireto)
concorde com o seu sujeito passivo.
* Transmitiram-se-lhe novas informações sobre o
caso investigado pela Polícia Federal.

Os verbos intransitivos, os transitivos indiretos


e os de ligação associados a um pronome “SE”
ficam na terceira pessoa do singular. O “SE” funcio-
nará como “índice de indeterminação do sujeito”.
* Nunca mais se falou do esfacelamento do império
russo.

Quando o sujeito é formado por nomes próprios


que só existem no plural (Estados Unidos, An-
des, Patos, Minas Gerais, Alagoas, por exemplo),
o verbo ficará no singular se estes nomes não
vierem precedidos de artigo ou se o artigo esti-
ver no singular. Caso apareça um artigo no plu-
ral, a concordância será feita no plural.

 Estados Unidos ainda não encontrou uma saí-


da para o Iraque.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 16
Rodrigo Bezerra

Quando o sujeito composto vier posposto ao Quando o sujeito é formado pelas expressões
verbo, é lícito que se concorde com o núcleo mais “Um e outro” ou “Nem um nem outro”, embora
próximo desse sujeito ou, como nos orien- ta a haja uma preferência para o plural, a concordância
regra geral, com ambos os núcleos. poderá ser feita tanto no singular quanto no plural.
* Não adianta correr, pois nem um nem outro esca-
* Das indagações do novo funcionário adveio / ad- pará / escaparão.
vieram uma nova idéia para a equipe e uma nova * Um e outro participante da maratona alegou /
forma de pensar a empresa alegaram que houve fraude na competição.
* Não convém / convêm aos iniciantes na carreira
advocatícia nem a liberalidade dos anarquistas nem Quando os núcleos do sujeito são unidos por
a seriedade dos monges. “Nem... nem...”, o verbo da concordância poderá
ficar tanto no singular quanto no plural.
6. As normas de concordância verbal encon- * Nem o Sport nem o Náutico ganhará / ganharão o
tram-se plenamente observadas na frase: torneio este ano.

C) Incluem-se entre as tantas vantagens que pro- Quando os núcleos do sujeito são unidos pela
porciona o trabalho assalariado a pensão para os que preposição “COM”, o verbo da concordância pode-
se acidentam e o seguro para os que perdem o rá ficar no singular ou no plural.
emprego. * O amigo com os seus melhores colegas foi / fo-
ram tomar satisfações com o outro grupo em virtude
Quando o sujeito é formado por pessoas grama- do ocorrido.
ticais diferentes, obedece-se à seguinte lei de
prevalência: Concordância Nominal

* 1ª pessoa + 2ª pessoa = 1ª pessoa do plural (a 1. Com os adjetivos compostos, somente o últi-


primeira prevalece sobre a segunda) NÓS mo elemento varia para concordar com o subs-
tantivo a que se refere.
* 1ª pessoa + 3ª pessoa = 1ª pessoa do plural (a
primeira prevalece sobre a terceira) NÓS * Ele fez duas intervenções médico-cirúrgicas.
* Firmaram dois grandes acordos sino-franco-
* 2ª pessoa + 3ª pessoa = 2ª pessoa do plural (a lusitanos.
segunda prevalece sobre a terceira) VÓS
2. O adjetivo, na função de adjunto adnominal,
Exemplos: refere-se a mais de um substantivo:
* O Ministro dos Esportes e eu, na próxima sema-
na, inauguraremos um novo estádio de futebol. A) Se o adjetivo vier anteposto, concordará obriga-
* Vossa tia e tu, quando toda a comitiva chegar, toriamente com o substantivo mais próximo:
devíeis providenciar imediatamente um local para * Ele possuía monstruosas mãos e braços.
descanso. * O bufê servia maravilhosas tortas e salgados.

Quando os núcleos do sujeito são infinitivos não 2. O adjetivo, na função de adjunto adnominal,
precedidos de determinante, o verbo concordará refere-se a mais de um substantivo:
na terceira pessoa do singular. b) Se o adjetivo vier posposto, poderá concordar
* Fazer exercícios regulares e dormir oito horas tanto com o substantivo mais próximo quanto com
diárias faz bem à saúde. os dois substantivos no plural:
* Fumar e beber em ambiente de trabalho é termi- * Após o tsunami, caminhou pelos becos e pelas ruas
nantemente proibido. DESTRUÍDAS / DESTRUÍDOS pela força das
águas.
(FCC - TRE/MT – Analista) A concordância verbal * Em um canto da sala, deixaram um sapato e uma
está plenamente respeitada na frase: sandália VELHA / VELHOS.

D) Construir prédios escolares não implicam mais 3. Quando, por outro lado, dois ou mais adjeti-
do que acréscimos de espaço material para as ativi- vos estiverem se referindo a um único substan-
dades de ensino. tivo, admitem-se três possibilidades de concor-
E) Admitir as imprecisões e as ambiguidades de dância:
forma alguma constituem, para o autor, qualquer
entrave para os caminhos de raciocínio. * Sempre estudou profundamente
- as línguas inglesa, francesa e italiana.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 16
Rodrigo Bezerra

- a língua inglesa, a francesa e a italiana. * Ao sair, deixe bem FECHADOS / FECHADA a


- a língua inglesa, francesa e italiana. porta do quarto e os postigos da sala.

4. Quando o adjetivo estiver na função de predi- 16.(Fiscal de Rendas SP 2013) Tomado o padrão
cativo de um sujeito composto, há duas possibi- culto escrito como referência, é correto afirmar:
lidades de concordância:
A) A concordância notada em uma história vene-
a) Se vier posposto, o adjetivo concordará obri- rável (linha 6) está correta, assim como o está na
gatoriamente no plural, prevalecendo o masculi- frase "Quem aprecia a arte considera venerável,
no se os gêneros dos substantivos forem dife- em todo e qualquer contexto, as histórias que os
rentes: quadros oferecem".
* A idéia e o pensamento tornaram-se obsoletos
em virtude dos novos paradigmas. 1. As palavras “MESMO, PRÓPRIO, LESO, QUI-
b) Se vier anteposto, o predicativo do sujeito TE, OBRIGADO, INCLUSO, ANEXO, QUALQUER”
poderá concordar com ambos os núcleos ou concordam com a palavra a que se referem.
com o mais próximo.
* Jogadas ao vento estavam as cartas e todos os * Elas próprias irão resolver o conflito.
documentos do escritório.
OU * As flores, elas mesmas desabrocham para si pró-
* Jogados ao vento estavam as cartas e todos os prias.
documentos do escritório.
2. As palavras “MEIO, BASTANTE, CARO, BA-
Questão RATO, MUITO, POUCO, LONGE” ora funcionam
como advérbios – invariáveis, portanto -, ora
Julgue os itens abaixo de acordo com a corre- funcionam como adjetivos, numeral – no caso
ção gramatical. da palavra „meio‟ – ou pronomes adjetivos, con-
cordando com o termo a que se referem.
C) No campo dos benefícios dos transgênicos está
a maior produtividade e o menor uso de defensivos * Paris é uma cidade muito cara para quem dispõe de
agrícolas. Por outro lado, passível de discussão e poucos recursos.
pendente de provas científicas estão os malefícios ao
meio ambiente e à saúde do homem. * Havia bastantes questões bastante difíceis na
prova de Português.
5. Quando o sujeito estiver na função de predi-
cativo do objeto, devem-se observar as seguin- 4. A palavra “SÓ” ora funciona como advérbio –
tes orientações: invariável – na acepção de “somente, apenas”,
ora funciona como adjetivo, significando “sozi-
A) O adjetivo predicativo concordará normalmente nho”. Como adjetivo, concorda com o termo a que
em gênero e número com o objeto quando este for se refere.
simples:
* Encontraram todos os documentos do escritório * Todos permaneceram sós na sala iluminada.
revirados pelos bandidos.
* Pelo que nós sabemos, ela só vai se for de carro.
5. Quando o sujeito estiver na função de predi-
cativo do objeto, devem-se observar as seguin- 5. EXPRESSÕES FORMADAS DE VERBO “SER”
tes orientações: + ADJETIVO:
b) Quando posposto, o adjetivo predicativo concor- a) Quando o substantivo está empregado em senti-
dará no plural e no gênero prevalente com o objeto do geral, abstrato, não-específico – sempre aparece
formado por mais de um núcleo. sem artigo, sem determinante – a expressão forma-
da pelo verbo “ser” seguido de um adjetivo perma-
* Achou o monarca e a sua esposa simpáticos. necerá invariável.
c) Quando anteposto, o adjetivo predicativo do • Para quem gosta de cinema, é necessário pre-
objeto poderá concordar tanto com o núcleo sença de filmes nacionais.
mais próximo quanto com todos os núcleos do * Salsa, segundo os cozinheiros, é bom pra tempe-
objeto direto. ro.
b) Quando o substantivo vem acompanhado por
artigo ou por qualquer outro determinante, empre-

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 16
Rodrigo Bezerra

gado em sentido específico, não-geral, o adjetivo C) “De nada valeram as lágrimas de Mariana, os
predicativo concordará com o seu sujeito. gritos da mãe, os ataques do pai”.
* São necessárias as novas alterações no contrato. D) d. “As coisas eram tristes, frias e silenciosas,
• É proibida a permanência de pessoas neste lo- opacas e duras.”
cal. E) e. “Meu Deus, agora trouxeram flores, grandes
vasos de flores”.
1.(FCC - TRE/MT – Analista) A concordância ver-
bal está plenamente respeitada na frase: 5. Indique a alternativa correta:

A) O enfoque nas soluções únicas dos problemas A) Tratavam-se de questões fundamentais.


que enfrentamos empobrecem, quase sempre, a B) Comprou-se terrenos no subúrbio.
qualidade mesma do raciocínio. C) Precisam-se de datilógrafas.
B) São as possibilidades de enfoques alternativos o D) Reformaram-se terrenos
que importam nas operações que levam a soluções E) Obedeceram-se aos severos regulamentos.
múltiplas.
C) Tanto na leitura como na escrita, levem-se em 6. Num dos provérbios abaixo a concordância
conta as variáveis de interpretação, que aprofundam prescrita pela gramática foi desrespeitada. Indi-
o sentido do texto. que-a:

2. (FCC) A concordância está totalmente de A) Não se apanham moscas com vinagre.


acordo com a norma padrão da língua em: B) Casamento e mortalha no céu se talha.
C) Quem ama o feio bonito lhe parece.
A) Acredito que as orientações dele, porque pare- D) De boas ceias, as sepulturas estão cheias
cem pouco claro, não terão de serem seguidas an- E) Quem cabras não tem e cabritos vende de algum
tes de um esclarecimento maior. lugar lhe vêm.
B) Considerou digna de ser encaminhada a julga-
mento dos avaliadores a última versão do projeto- 7. Assinale a opção em que a lacuna pode ser
piloto, pois, se podem existir fragilidades, elas cer- preenchida por qualquer das duas formas ver-
tamente hão de ser mínimas. bais indicadas entre parênteses.
C) Elas se consideraram responsável pelo erro e
julgaram legítimo as cobranças que lhe serão feitas A) Um dos seus sonhos morrer na terra
de agora em diante. natal. (era, eram)
D) Dado as contingências do momento, os diretores B) Aqui não os sítios onde eu brin-
houveram por bem atender aos prazos, e promete- cava. (existe – existem)
ram reavaliar, tanto quanto fossem, as demais exi- C) Uma porção de sabiás
gências do contrato. na laranjeira (cantava, cantavam)
E) Devem fazer mais de três meses que não os D) Não em minha terra belezas natu-
vejo; tantos dias de afastamento poderia ser enten- rais. (falta, faltam)
dido como descaso, mas quero dizer que lhes dedi- E) Sou eu que morrer ouvindo o canto
co muito afeto. do sabiá (quero, quer)

3. O verbo concorda em número e pessoa com o 8. Assinale a alternativa abaixo, cuja seqüência
sujeito. Portanto não está correta a alternativa: enumera corretamente as frases:

A) Faltam ainda seis meses para o vencimento. (1) Concordância verbal correta.
B) Existem fortes indícios de melhoria geral. (2) Concordância verbal incorreta.
C) Não provém daí os males sofridos.
D) Os fatos que perturbam são bem poucos. ( ) Ireis de carro tu, vossos primos e eu.
E) Serão considerados válidos tais argumentos? ( ) O pai ou o filho assumirá a direção do colégio.
( ) Mais de um dos candidatos se insultaram.
4. Em uma das frases apresentadas nas opções ( ) Os meninos parecem gostarem dos brinquedos.
seria correta a variação da concordância verbal. ( ) Faz dez anos todos esses fatos.
Assinale-a.:

A) “A presença do Capitão-General causou grande


rebuliço na sala.”
B) “Bastavam-lhe a paz, a promessa”.

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 17
Rodrigo Bezerra

Sintaxe de regência Ex.:


* Obedeça a seu pai. Obedeça-lhe.
Observação importante: * Entregaram o documento à secretária?
A regência verbal é contextual, ou seja, depende do Entregaram-lhe o documento.
contexto em que o verbo se encontra. Observações importantes:

Observe... d) Os pronomes oblíquos da 3ª pessoa “o, a, os, as,


lhe, lhes” possuem como correspondentes tônicos
a) João cumpriu o seu dever. os pronomes “ele, ela, eles elas” precedidos de
João cumpriu com todo o dever. preposição.
b) Deus perdoa o pecado. Ex.:
Deus perdoa ao pecador. * Obedeça a seu pai. Obedeça-lhe. Obedeça a
Deus perdoa o pecado ao pecador. ele.
c) Maria não procedeu bem na festa. * Entregaram o documento à secretária?
Maria, seus argumentos não procedem. Entregaram-lhe o documento. Entregaram a ela
d) Ele assistiu às comemorações natalinas. o documento.
Essa cláusula não mais assiste às consumidoras.
e) Os noivos não precisaram de ninguém para a d) Há verbos transitivos indiretos que não aceitam
confecção do bolo. os pronomes “lhe, lhes” para o objeto indireto. Exi-
Os noivos ainda não precisaram a hora do casa- gem as formas tônicas preposicionadas “a ele, a
mento. ela, a eles, a elas”.
Ex.:
a) Eles anuíram ao pacto. Eles anuíram a ele.
b) Eles assistiram ao show. Eles assistiram a
ele.
Treino Substitua os termos grifados por prono-
mes oblíquos.

* Obedeça ao mestre.

* Avisei o rapaz de que havia perigo.

Observações importantes: * Não vi a professora entrar.

a) Os pronomes oblíquos “me, te, se, nos, vos” po- * Informei o chefe acerca de tudo.
dem exercer as funções sintáticas de “objeto direto”
e de “objeto indireto”. * Aludiram ao candidato.
Ex.:
* Eu quero dizer-te tantas coisas.
* Eu não te vi ontem no shopping. 1.(FCC) Está correto o emprego de ambos os
Observações importantes: pronomes sublinhados na frase:

b) Os pronomes oblíquos “o, a, os, as” substituem o A) Não basta pensar na prevenção; exercer-lhe é o
objeto direto da 3ª pessoa. dever que nos compete.
Ex.: B) Se a violência é indiscriminada, devemos repu-
* Vou comprar o livro. Vou comprá-lo. diá-la, submetendo-a à execração pública.
* Entregaram o documento? Entregaram-no? C) Quem aceita a barbárie, legitima-lhe; quem lhe
Observações importantes: rejeita, pede a punição do responsável.
* Entregaremos o produto amanhã. D) Diante das autoridades, devemos cobrá-las as
Entregá-lo-emos amanhã. providências para, nos casos de iminente violência,
* Deixaram os filhos na escola. Deixaram-nos na prevenir-lhes.
escola. E) Se te prevines, não precisarás preocupar-se com
Observações importantes: as situações sem remédio.

c) Os pronomes oblíquos “lhe, lhes”, quando com- 2.(FCC – TJ/PE – Analista Judiciário) Jeffrey
pletam verbos, exercem a função de “objeto indire- Johnson realizou uma pesquisa, e o autor do
to” para verbos transitivos indiretos e verbos transi- texto, ao comentar essa pesquisa, acrescentou a
tivos diretos e indiretos. essa pesquisa elementos de sua convicção pes-

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 17
Rodrigo Bezerra

soal, que tornam essa pesquisa ainda mais ins- Regência de alguns verbos
tigante aos olhos do público.
1. ASSISTIR
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima
substituindo-se os elementos sublinhados, se- Apresenta quatro regências distintas:
gundo a ordem em que se apresentam, por:
a) É verbo transitivo indireto na acepção de “ver,
A) comentá-la - acrescentou-lhe - a tornam presenciar, estar atento a”.
B) a comentar - lhe acrescentou - lhe tornam b) No sentido de “ajudar, prestar assistência, auxili-
C) comentar-lhe - acrescentou-lhe - tornam-a ar, socorrer” é indistintamente verbo transitivo direto
D) comentá-la - acrescentou-a - tornam-na ou verbo transitivo indireto. Como transitivo indireto
E) a comentar - acrescentou-lhe - tornam-lhe exige a preposição “a”.
c) Na acepção de “caber, pertencer direito ou
3.(FCC – TRT 23ª região – Analista Judiciário) Se obrigação” é um verbo transitivo indireto e exige
há iniciativa e astúcia na ação do homem injus- a preposição “a”.
to, não há iniciativa e astúcia no bom cidadão
que, apesar de indignado, não confere à iniciati-
va e à astúcia o mesmo valor que o mau reco- 1. ASSISTIR
nhece na iniciativa e na astúcia.
* Nunca mais assisti a um bom jogo de futebol.
A) há elas - não as confere - reconhece nelas. * Durante o resgate, alguns transeuntes assistiram
B) as há - não lhes confere - nelas reconhece. os/aos familiares das vítimas.
C) as há - não confere-lhes - as reconhece. * Ao dono do estabelecimento não assiste o direito
D) há as mesmas - não lhes confere - reconhece-
de reclamar dos clientes mais exigentes.
lhes.
E) há estas - não as confere - nelas reconhece.
2. CHEGAR, IR e DIRIGIR-SE
4.(FCC) Encontraram um fóssil no Vale do Jequi-
tinhonha. Antes de removerem o fóssil para o Esses verbos possuem regências idênticas:
centro de arqueologia, submeteram o mesmo ao
tratamento indispensável a toda descoberta im- No sentido de “atingir um determinado lugar,
portante, fotografaram o fóssil e pediram segu- deslocar-se para” são, no padrão formal da lín-
rança para poupar o fóssil da ação dos curiosos. gua, verbos intransitivos. Exigem a presença de
um adjunto adverbial de lugar introduzido, obri-
A) o removerem - submeteram-lhe - o fotografaram gatoriamente, pela preposição “a”.
- poupar-lhe
B) o removerem - submeteram-no - fotografaram-no 2. CHEGAR, IR e DIRIGIR-SE
- poupá-lo * Os três rapazes chegaram a casa totalmente exa-
C) removerem-no - o submeteram - o fotografaram - ustos.
poupar-lhe
* O aeroporto a que ele chegou estava com vários
D) removerem este - submeteram-lhe - lhe fotogra-
faram - o poupar vôos atrasados.
E) lhe removerem - submeteram-no - fotografaram- * Amigo, aonde eu posso me dirigir para obter in-
no - lhe poupar formações?

5. (FCC) “Os jovens bem que tentam, mas não se 3. ESQUECER / LEMBRAR
dá aos jovens a oportunidade de um trabalho
que recompense os jovens pelos esforços des- a) Os verbos “esquecer” e “lembrar” são transi-
pendidos.“ tivos diretos na acepção de “sair da lembrança ou
Evita-se a repetição de palavras da frase acima vir à lembrança” respectivamente. Nessa
substituindo-se os elementos sublinhados, res- acepção, também podem aparecer como transi-
pectivamente, pelas formas: tivos indiretos pronominais (esquecer-se, lem-
brar-se). O objeto indireto será precedido da
A) se dá a aqueles - recompense eles preposição “de”.
B) se dá a eles - recompense-lhes
C) se lhes dá - os recompense 3. ESQUECER / LEMBRAR
D) se os dá - os recompense
E) se dá a eles - recompense eles * Ele ainda não esqueceu o acidente. / ou /

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 17
Rodrigo Bezerra

* Ele ainda não se esqueceu do acidente. se, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma
* Ele lembrou o meu aniversário na última hora. / forma ou de outra, o controle do poder político.
ou /
* Ele se lembrou do meu aniversário na última ho- CESPE/UNB - STJ
ra. Mantendo-se as ideias originalmente expressas no
texto, assim como a sua correção gramatical, o
4. INFORMAR (ALERTAR*, NOTIFICAR*, AVI- complemento da forma verbal “visam” (L.8) poderia
SAR*, CIENTIFICAR* ANUNCIAR*) ser introduzido pela preposição “a”: ao controle.

* Seguem a mesma regência do verbo informar. FGV – SEFAZ/RJ


16. A respeito da análise do texto, não é correto
a) No sentido de “comunicar, dar esclarecimento” é afirmar que:
geralmente usado como verbo transitivo direto e
indireto. C) no trecho “que vise a minorar as desigualdades”
* Nós sempre os informamos sobre os problemas. (L.58-59), a regência do verbo VISAR está de acor-
* Nós sempre lhes informamos os problemas. do com a norma culta, muito embora atualmente bons
* Avisaram ao dono do estabelecimento ontem à autores tenham avalizado o uso do verbo co- mo
noite o assalto. transitivo direto, nesse mesmo sentido.
* Avisaram o dono do estabelecimento ontem à
noite sobre o assalto. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
1. Lembre-se de que o fato de um verbo ser transiti-
5. OBEDECER / DESOBEDECER vo direto não impede que seu nome cognato requei-
ra uma preposição.
a) Consolidaram-se em nossa Língua Portuguesa Ex.:
como verbos transitivos indiretos. O objeto indireto * Ela ama muito os filhos.
requer a preposição “a”. * Ela tem um grande amor pelos filhos.

6. PAGAR e PERDOAR OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:


2. Lembre-se também de há nomes cognatos que
Esses verbos possuem uma regência bastante inte- apresentam a mesma regência de seus verbos.
ressante: Ex.:
* Ela ainda depende do pai para sobreviver.
a) São transitivos diretos quando o objeto direto é * Ela ainda mantém uma grande dependência do pai
representado por “coisa”. para sobreviver.
b) São transitivos indiretos, exigindo a preposição
“a” para o objeto indireto, quando este é represen- OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
tado por “pessoa”. 3. Há alguns verbos na língua portuguesa que po-
dem ser transitivos diretos ou transitivos indiretos
7. VISAR indistintamente, sem que haja alteração de sentido.
Veja:
c) Já no sentido de “desejar, pretender, ter em vista”
é largamente usado como transitivo indireto, exigin- OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
do a preposição “a”. Como transitivo indireto, rejeita a) ATENDER
os pronomes “lhe, lhes” para o objeto indireto. Acei- b) RENUNCIAR
ta apenas as formas analíticas tônicas “a ele, a ela, c) PRESIDIR
a eles, a elas”.
Emprego dos pronomes relativos e as regências
7. VISAR verbal e nominal

Entretanto, nesse sentido (“desejar, pretender, ter em


vista”) também pode ser empregado como tran- sitivo
direto, embora poucas referências se façam a esta
última regência.

CESPE/UNB - STJ
A necessidade de discussão da questão política e
do exercício do poder está em que, em última análi-

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 17
Rodrigo Bezerra

1. QUE 
É denominado de “relativo universal”, porque se
refere tanto a coisas quanto a pessoas. Seus equi-
valentes variáveis são “a qual, o qual, as quais, os
quais”. O relativo “que” só deve ser substituído por
outro relativo em casos específicos.

2. QUEM 
É denominado de “relativo personativo”, pois só se
refere a pessoas. Sempre virá precedido de uma
preposição.

3. ONDE 
É denominado de “relativo locativo”, pois só é utili-
zado para retomar e substituir termos que conte-
nham a noção de “lugar”. Equivale a “em que” e
variações.

4. O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS


São os relativos que possuem as variações em gê-
nero e número correspondentes ao pronome relati-
vo “que”.

5. CUJO, CUJA, CUJOS, CUJAS 


São relativos utilizados para substituir termos que
expressam noção de posse. Equivalem a “do qual, da
qual, dos quais, das quais, seu, sua, seus suas, dele,
dela, deles, delas)

6. QUANTO, QUANTA, QUANTOS, QUANTAS


Estas palavras só serão consideradas pronomes
relativos quando vierem antecedidas por um dos
seguintes pronomes indefinidos “tudo, todo (a), to-
dos (as)”

1. Ontem encontrei um rapaz. O rapaz poderá re-


solver o problema com o computador.
Junção...
Ontem encontrei um rapaz QUE / O QUAL poderá
resolver o problema com o computador.

2. O rapaz vai viajar para a Europa. Eu encontrei o


rapaz ontem.
Junção...
O rapaz QUE / O QUAL ontem eu encontrei vai
viajar para a Europa.

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Português – Aula 18
Rodrigo Bezerra

3. Trouxe a fruta. Você gosta da fruta. B) A insubordinação básica em que se refere o au-
Junção... tor do texto derivaria da insatisfação dos nossos
Trouxe a fruta ______________ você gosta. recalcados desejos.
C) A invenção moderna mais astuciosa, de cujos
4. Assisti à cena final daquele filme. A cena me efeitos trata o autor do texto, teria sido não a do
deixou emocionado. cinema, mas a da TV.
Junção... D) O hábito do zapping, com cujo nos acostuma-
Assisti à cena final daquele filme __________ me mos, é um dos responsáveis pela abertura rápida de
deixou emocionado. janelas sobre o nosso devaneio.
E) A conclusão de que nossa sala é uma jaula, com
5. O médico viajou para a Europa. Eu confio que chegou o autor do texto, não deixa de ser bas-
nesse médico. tante provocadora e radical.
Junção...
O médico _____________________ eu confio 2. Assinale a alternativa em que a regência ver-
viajou para a Europa. bal não siga o padrão culto de linguagem.

6. A ponte era pênsil. Água poluídas corriam sob A) A inscrição no concurso implica a aceitação das
a ponte. normas do edital.
Junção... B) Todos os servidores devem obedecer às leis que
A ponte _____________ águas poluídas corriam os regem.
era pênsil C) Preferiu a poltrona à cadeira.
D) Eu avisei-lhes da necessidade de se revisar o
7. A missa foi boa. Eu assisti à missa. documento.
Junção... E) Eles anuíram à decisão.
A missa _______________ eu assisti foi boa.
3. A frase em que a regência está totalmente de
8. Os filmes são muito bons. Eu não me lembro acordo com o padrão culto é:
dos nomes dos filmes.
Junção... A) Esperavam encontrar todos os documentos que
Os filmes __________ nomes não me lembro são os estudiosos se apoiaram para descrever a viagem
muito bons.. de Colombo.
B) Estavam cientes de que teriam muito a fazer
9. O professor deixou o departamento de física. para conseguir os registros de que dependiam.
Eu confiava bastante nas teorias desse profes- C) Encontraram-se referências à coerção que mari-
sor. nheiros mais experientes faziam contra os mais
Junção... novos que trabalhassem mais arduamente.
O professor __________ teorias eu confiava bas- D) Foram informados que esboços da inóspita regi-
tante deixou o departamento de física. ão circundada com imensas pedras podiam ser
consultados.
10. O professor deixou o departamento de física. E) Havia registro de uma insatisfação em que os
Eu me referi às teorias desse professor insurretos às atitudes arbitrárias de um navegante
Junção... foram impedidos de lhe inquirir.
O professor __________ teorias eu me referi
deixou o departamento de física. 4.Em Você se lembra do rosto dela naquele ins-
tante?, obedeceu-se às regras de regência ver-
11. A vida é uma engrenagem misteriosa. Nós bal.
nos deixamos esmagar pelos dentes dessa en-
grenagem. Assinale a alternativa em que isso não tenha
Junção... ocorrido.
A vida é uma engrenagem __________ dentes
nós nos deixamos esmagar. A) Prefiro questões de gramática do que de inter-
pretação.
1. Está correto o emprego do elemento subli- B) Aspiraram à vaga de piloto da companhia aérea.
nhado na frase: C) Os médicos assistiram o paciente.
D) Perdoamos-lhes as dívidas.
A) A relação significativa cuja se demonstrou na E) Pagaram-lhe bem.
pesquisa se dá entre o comportamento violento e a
audiência à TV.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Português – Aula 18
Rodrigo Bezerra

5.Por meio de uma carta, os funcionários EMPREGO DO ACENTO GRAVE – A CRASE


_______________ aos superiores.
Com respeito à regência, a forma verbal que Definição
preenche adequadamente a lacuna acima é:
Crase  é a junção, a fusão, a contração de dois
A) chamaram. “as” (A + A). Em geral, a crase ocorre com a contra-
B) convidaram. ção da preposição A com os artigos definidos A ou
C) cumprimentaram. AS.
D) pressionaram.
E) responderam.

6. A regência verbal está conforme à gra-


mática normativa na alternativa:

A) Quero-lhe muito bem e vou assistir a seu casa-


mento.
B) Logo que lhe encontrar, aviso-lhe do ocorrido.
C) Juliano desobedecia seus pais, mas obedecia
ao professor.
D) João namora com Maria mas prefere mais seus Conclusão
amigos de bar do que ela.
E) Ele esqueceu do compromisso e não pagou ao 1. Só há crase diante de substantivos femininos
médico explícitos ou implícitos.

7. Aponte a alternativa em que a regência do Logo...


verbo pagar contaria a norma culta.
Não há crase diante de nomes masculinos.
A) Aliviando-se de um verdadeiro pesadelo, o filho
pagava ao pai a promessa feita no início do ano. Perceba:
B) O empregado pagou-lhe as polias e tachas roí-
das pelas ferrugem para amaciar-lhe a raiva. a) Maria gosta de comprar bombons a granel.
C) Pagou-lhe a dívida, querendo oferecer-lhe uma b) Temos almoço comercial a partir de R$ 10,00.
espécie de consolo. c) Ele realizou o projeto a contragosto.
D) O alto preço dessa doença, paguei-o com as d) O juiz não está a par do processo.
moedas de meu hábil esforço. e) Ela faz tudo a bel-prazer.
E) Paguei-o, com ouro, todo prejuízo que sofrera
com a destruição da seca. Regras práticas para a verificação:

8. Assinale a frase correta: I – TROCAR O FEMININO POR UM MASCULINO


CORRESPONDENTE
A) Prefiro mais um asno que me leve que um cavalo
que me derrube * Se aparecer O, OS  sem crase diante do femini-
B) O cargo que aspiras, se conquista, não se ganha no.
C) Sua afirmação de agora redunda com o que an- * Se aparecer AO, AOS  com crase diante do
tes disse feminino.
D) As do Nordeste são as frutas que mais gosto.
E) O bom amigo carregou-o, como a uma criança. II – TROCAR O VERBO REGENTE PELOS VER-
BOS “VIR” OU “ESTAR”:
9. Assinale a alternativa que está de acordo com
a norma culta: * Se aparecer DE, EM  sem crase diante do femi-
nino.
A) Visei a um passaporte e fui viajar. * Se aparecer DA, NA  com crase diante do femi-
B) Aspirei ao perfume e achei-o delicioso nino.
C) Perdoo aos teus erros, pois acho-os bem huma-
nos III – TROCAR O ARTIGO “A(S)” PELO ARTIGO
D) Ensino a você as regras do bem viver. “UMA(S):
E) Eu lhe vi e você não me viu * Se aparecer UMA, UMAS (apenas)  sem crase
diante do feminino.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Português – Aula 18
Rodrigo Bezerra

* Se aparecer A UMA, A UMAS  com crase diante a) A noite chegou à fazenda.


do feminino. b) À noite chegou à fazenda.
c) Ficamos à procura dele por duas horas.
Regras práticas para a verificação: d) A procura dele deixou-nos muito cansados.

Exemplos: I — Casos obrigatórios


a) Estou com sono; prefiro a cama _____ sala.
b) O conhecimento dele está ligado ______ bon- 2. Recebe o acento grave o “a” inicial dos pronomes
dade da professora. demonstrativos “aquele(s), aquela(s), aquilo, a(s)”
quando o termo regente exigir a preposição “a”.
Regras práticas para a verificação:
a) Ele falará tudo ______ professora. Exemplos:
b) Emitiremos notas fiscais correspondentes a) Jamais irás àquele lugar.
______ duas últimas prestações. b) O prefeito assistia àquilo sem reações.
c) Atribuiu àquela coordenadora os prejuízos que
Regras práticas para a verificação: obteve naquele mês.

Exemplos: I — Casos obrigatórios


e) Na aula, chegou _____ conclusão de que não
valia levar adiante aquela experiência. 3. Recebe acento grave o “a” das locuções adverbi-
f) Em seus comentários, reportou-se _____ Roma ais “à moda de” e “à maneira de”. Freqüentemente
dos césares. essas expressões aparecem subtendidas, mas,
ainda assim, o acento grave será de rigor sobre o
Regras práticas para a verificação: “a”.

g) Nas minhas férias, fui _______ Manaus. I — Casos obrigatórios


h) Isso se aplica também ______ frase de Irene.
* Na festa, todos estavam vestidos à Luís XV.
I — Casos obrigatórios * Gostava de pratos à brasileira.

1. Recebe o acento grave o “a” inicial das locuções I — Casos obrigatórios


adverbiais (à noite, à tarde, à beça, à revelia, à deri-
va, à farta, à vista, à primeira vista, à hora certa, à 4. Haverá crase antes de numerais que expressem
esquerda, à direita, à toa, à espanhola, à milanesa, horas exatas.
à oriental, à ocidental, às vezes, às escondidas, às
avessas, às claras, às pressas, à vontade, às ocul- * Todos chegaram às 9h30min.
tas etc) formadas por núcleo feminino. * Nosso jogo só terá início às 21h45min.

I — Casos obrigatórios I — Casos obrigatórios

1. Recebe o acento grave o “a” inicial das locuções 5. Se o termo regente exigir a preposição “a”, sem-
prepositivas (à custa de, à força de, à beira de, à pre haverá crase diante de nomes locativos (nomes
espera de, à vista de, à guisa de, à semelhança de, de países, continentes e algumas cidades) que acei-
à frente de, à razão de, à cata de, à roda de, à mer- tarem a presença de um artigo.
cê de, à base de, à moda de, à maneira de etc) e
conjuntivas (à medida que, à proporção que), for- * No próximo ano, faremos uma excursão à Argenti-
madas por núcleo feminino. na.
* Quando ele chegou à Itália, imediatamente ligou
Exemplos: para a mãe.
a) À medida que estuda, aprende mais.
b) Ele voltará à noite. II — Casos facultativos
c) Não se deve sair às pressas de uma festa; é
descortês. 1. Diante de pronomes possessivos femininos no
d) Senhor taxista, por favor, vire à direita. singular quando o termo regente exigir a preposição
e) João enricou à custa alheia. “a”.

* Ele desistiu de viajar devido A / À sua doença.


Cuidado!! Não confunda!!

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Português – Aula 18
Rodrigo Bezerra

* Para explicar as mãos inchadas, menti A / À minha * Escrevi ____ algumas colegas.
mãe. * Diariamente chegam turistas _____ esta cidade.

II — Casos facultativos Casos proibitivos (exemplos):


* O conflito levou o país _____ uma situação terrí-
Observação: vel.
Se o pronome possessivo estiver no plural, não * Solicito _____ Vossa Senhoria o obséquio de...
haverá mais um caso de crase facultativa. * Recorreram _____ mim.
Veja: * Tomou o remédio gota _____ gota.
* Jamais me submeterei passivamente _______ * Dia ____ dia, a empresa foi crescendo.
tuas ordens.
III - Casos especiais
II — Casos facultativos
1. Ocorrerá crase diante da palavra “casa” sem-
2. Diante da preposição “até”, uma vez que esta pre que vier acompanhada de determinantes.
preposição pode aparecer sob a forma da locução Veja:
“até a”. * Ele se dirigiu à velha casa de seus avós.
Observação: Se não houver determinação, não
*Emocionado, ele se comoveu até AS / ÀS lágrimas. haverá crase diante da palavra “casa”.
* Voltei a casa triste e atirei-me sobre a cama.
II — Casos facultativos
III - Casos especiais
3. Diante de nomes próprios femininos, quando o
termo regente exigir a preposição “a”. 2. Ocorrerá crase diante da palavra “terra”
* Nada do que ele fizesse agradaria A / À Maria. quando vier determinada. Quando usada como
* Entregou todos os bens A / À Joana. antônimo de “bordo” a palavra “terra” dispensa
determinantes, logo não ocorrerá a crase.
Casos proibitivos (nunca ocorre crase):
* Eles voltaram a terra totalmente exaustos.
1. Diante de verbos.
2. Diante de palavras masculinas. * Depois de longa viagem, eles desceram a terra.
3. Diante de pronomes pessoais retos, oblíquos
e de tratamento, à exceção de “senhora, senho- III - Casos especiais
rita, dona e madame.”
4. Diante de artigos indefinidos. Observação:
5. Diante dos pronomes indefinidos, dos interro- Se vier determinada, ocorrerá crase com a palavra
gativos, dos demonstrativos “este, esta, estes, TERRA.
estas, esse, essa, esses, essas e isso” e dos * Voltamos à terra de nossos antepassados.
relativos, à exceção de “a qual e as quais”.
6. Diante de um “a” no singular o qual precede III - Casos especiais
uma palavra no plural; palavra esta usada em
sentido geral e indeterminado. 3. Com a palavra “distância”, ocorrerá crase
7. Diante de expressões formadas por palavras sempre que vier acompanhada de determinan-
repetidas como, por exemplo, “gota a gota, pon- tes. A locução adverbial “a distância” poderá ser
ta a ponta, dia a dia, frente a frente, uma a uma, craseada quando se quiser ressaltar o valor ad-
cara a cara, corpo a corpo, lado a lado etc”. verbial da locução.

Casos proibitivos (exemplos): * Todos ficaram à distância de vinte metros do


* Começava ____ escurecer. local do acidente.
* Estamos dispostos ______ trabalhar.
* Isto cheira ____ vinho. III - Casos especiais
* Entrega _______ domicílio.
* Vim _____ mando de meu patrão. 4. Ocorrerá crase com os pronomes relativos “a
qual e as quais” sempre que o termo regente
Casos proibitivos (exemplos): exigir a preposição “a”.
* Não vai _____ festas nem _____ reuniões.
* Ele se dirigiu _____ pessoas estranhas. * Esta é a pessoa à qual ele se referiu durante o
* A quem se diriam palavras de amor tão belas? café da manhã.

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Português – Aula 18
Rodrigo Bezerra

1.O uso do sinal da crase é injustificável em: E) Quem dá crédito à ação da justiça não pode dei-
xar de trabalhar para que não se furtem às sanções
A) Lembrem-se às autoridades de terem sempre em os mais poderosos.
mente o valor da prevenção.
B) Não cabe às pessoas de boa fé repudiar medi- 5. Quanto ao emprego do sinal indicativo de
das de prevenção ao crime. crase, respeitado o padrão culto escrito, a única
C) É penoso assistir às cenas de violência que se alternativa correta é:
multiplicam nas metrópoles.
D) Atribui-se às medidas preventivas uma eficácia A) O processo de urbanização levou à transferir
maior que a da repressão. atividades dos setores de subsistência, de baixo
E) À inteligência da prevenção opõem-se aqueles valor de mercado, para atividades mais modernas,
que preferem a força da repressão. que envolvem mais capital e mais tecnologia. Mas
isso ocorreu sem novos requisitos à novas estraté-
2. Ainda que riqueza [...] à custa do trabalho es- gias educacionais.
cravo ... B) Essa foi uma estratégia que serviu ao Brasil e a
A sociedade colonial no Brasil [...] desenvolveu- maioria dos países inseridos na turma dos remedia-
se [...] à dos.
sombra das grandes plantações de açúcar ... C) O estudo dá ênfase à educação e às telecomuni-
Do mesmo modo que nas frases acima, está cações, ajudando à entender por que o Brasil cres-
correto o emprego da crase em: ce pouco em comparação à outras nações de eco-
nomia emergente.
A) defender à unhas e dentes. D) O país tem de fazer a transição à um sistema
B) combate à fome. que premie o desempenho de professores e que
C) vendas à prazo. garanta à todos os alunos talentosos resultados de
D) escrito à lápis. excelência em exames internacionais.
E) avião à jato. E) Vimos uma estratégia equivocada à época da
reserva de informática. O país pagou um preço,
3. Não deixa de ser paradoxal o fato de o cres- porque a reserva não gerou “campeões nacionais” e
cimento da descrença, que parecia levar ...... ainda deixou os usuários atrasados em relação à
uma ampliação da liberdade, ter dado população de outros países.
lugar ...... escalada do fundamentalismo religio-
so, ...... que se associam manifestações profun- 6. Marque a opção que preenche corretamente
damente reacionárias. as lacunas.
Completamente excluídos das engrenagens de
Preenchem corretamente as lacunas da frase aci- desenvolvimento da sociedade, os miseráveis
ma, na ordem dada: são reduzidos _____ uma condição subumana.
Seu único horizonte passa ____ ser ____ luta
A) a − à − à feroz pela sobrevivência. No lixão do Valparaíso,
B) a − à − a ____ poucos quilômetros de Brasília, ____ gente
C) à − a − a disputando os restos com os animais.
D) a − a − à
E) à − à − a A) à, a, a, há, há
B) a, à, à há, a
4. NÃO se justificam as ocorrências do sinal de C) a, a, a, a, há
crase em: D) à, a, a, à, há
E) a, à, à, há, a
A) Não me reporto à impunidade de um caso parti-
cular, mas àquela que se generaliza e dissemina a 7. Há falta ou ocorrência indevida do sinal de
descrença na justiça dos homens. crase em:
B) É difícil admitir que vivem à solta tantos delin-
qüentes, sobretudo quando se sabe que pessoas A) Ao aludir a tropa de choque dos artistas moder-
inocentes são levadas à barra dos tribunais. nos, o poeta-crítico mostrou-se alinhar à uma ten-
C) O autor do texto faz menção à uma série de prin- dência da linguagem da época.
cípios de interdição, à qual teria proveniência na B) Não cabe à crítica apenas dar valor a uma de-
vontade divina. terminada obra de arte; cabe a ela, igualmente,
D) Assiste-se hoje à multiplicação de casos de im- aspirar à orientação do artista, em suas futuras ini-
punidade, à descabida proliferação de maus exem- ciativas.
plos de conduta social.

www.cers.com.br 5
COMEÇANDO DO ZERO
Português – Aula 18
Rodrigo Bezerra

C) Entre a poesia e a crítica de arte, Manuel Bandei- 11. Observam-se plenamente as regras que re-
ra se refere àquela com mais carinho, pois foi como gulamentam o emprego do sinal de crase em:
poeta que deu impulso maior à imaginação.
D) Convidado a colaborar como crítico de arte, o A) Se uma forma de reação ao humor é rir à soca-
poeta não se fez de rogado e se entregou a essa pa, outra forma, contrária àquela, é rir às escânca-
tarefa com ânimo e expectativa. ras.
E) Nem sempre é dada a quem compõe ou pinta a B) O humor não pede licença à ninguém para se
compreensão necessária para atribuir à crítica a fazer presente, nem recorre à normas de boa con-
utilidade que esta pode ter. duta para se justificar.
C) Assiste à toda gente o direito de não se rir de
8. Quanto à necessidade ou não do sinal de cra- uma piada, mas não cabe à nenhuma pessoa impe-
se, a frase inteiramente correta é: dir que alguém a conte.
D) O humorista requisitou àquela senhora para con-
A) Diante de um grande edifício, assistimos à uma tracenar com ele, mas, afeita à defender o “politica-
espécie de filme, se ficarmos à observar o movi- mente correto”, ela se recusou.
mento das luzes e das sombras nas janelas. E) É à partir das reações de alguém à ação do hu-
B) Ao se assistir as cenas do documentário, sente- mor
se, a medida que o tempo vai passando, uma gran- que podemos chegar à alguma conclusão sobre o
de familiaridade com as personagens entrevistadas. seu caráter pessoal.
C) Assiste à todas as pessoas o direito de se julga-
rem únicas, mas nem por isso superiores as que 12.“Faz-se necessária uma ação conjunta entre
têm uma vida aparentemente banal. o Estado e a sociedade no combate a todas as
D) Ao entrevistar as pessoas que moram no edifício violações dos Direitos Humanos, principalmente
Master, impôs-se à equipe de Eduardo Coutinho o no que diz respeito à tortura. Qual das alternati-
desafio de as deixar à vontade. vas abaixo não pode substituir o trecho grifado?
E) Quando se está frente à frente com uma pessoa
a quem faremos perguntas, é preciso que se dê a A) naquelas que tangem à tortura.
ela a possibilidade de corresponder a nossa fran- B) quando elas fazem referência à tortura.
queza. C) naquilo que concerne à tortura.
D) nos casos que se aplicam à tortura.
9. A paisagem do Norte do país já fascinou ...... E) naquelas em que se utiliza à tortura.
muitos, como o fotógrafo Marcel Gautherot, que
por décadas voltou repetidamente ...... Região, SINTAXE DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL
disposto ...... captar parte de sua essência.
Preenchem corretamente as lacunas da frase
acima, na ordem dada:

Preenchem corretamente as lacunas da frase aci-


ma, na ordem dada:

A) a - a - à
B) à - a - a
C) a - à - a
D) à - à - à
E) à - a - à Posições típicas (nomenclatura):
10.(FCC) A erupção de um vulcão provocou per- 1. Próclise  pronome oblíquo antes do verbo
das ......... economia europeia bem superiores 2. Ênclise  pronome oblíquo depois do verbo
....................... trazidas pelos atentados terroris- 3. Mesóclise  pronome oblíquo no meio do verbo
tas de 2001, fato que obrigou a ONU ........... criar
um plano internacional de redução dos riscos de AS MÁXIMAS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL
acidentes.
1ª MÁXIMA:
A) a - aquelas - a Não se inicia período com pronome oblíquo átono.
B) a - àquelas - à
C) à - aquelas - a 2ª MÁXIMA:
D) à - aquelas - à Em português formal, não se admite uma ênclise a
E) à - àquelas - a um verbo no futuro.

www.cers.com.br 6
COMEÇANDO DO ZERO
Português – Aula 18
Rodrigo Bezerra

Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os a) Palavras de valor negativo (não, nunca, ja-
causou, mas como resolvê-los: se eu puder solucio- mais, ninguém, nada, nem (= e nem) etc.
ná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso
responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a * Jamais nos consideraremos melhores do que os
mim mesmo como um objeto. outros.

(CESPE/UNB – STF) b) Advérbios e pronomes indefinidos.


A função sintática exercida por “a mim mesmo”, em
“Tratarei a mim mesmo” (L.14-15) corresponde a me * Aqui se faz, aqui se paga.
e, por essa razão, também seria gramaticalmente
correta a seguinte redação: Tratarei-me. * Nem sempre se enxergam as disparidades do
mundo contemporâneo.
01(ESAF – Auditor Fiscal) Assinale a opção que
apresenta coerência com as ideias do texto e I – A PRÓCLISE
correção gramatical.
Observação: Se houver pausa depois do advérbio,
a) Seria errôneo afirmar que nem o empenho maior o pronome ficará enclítico. Se o verbo estiver no
do pensamento filosófico grego sujeitaria-se ao ob- futuro, emprega-se a mesóclise.
jetivo de querer trocar os limites do acaso pelo al-
cance da racionalidade. * Enfim, encontrei-o na Estação da Luz.
b) Em suma, o que se pode falar, com propriedade,
é no direito ao bem estar social, como condição * Amanhã, encontrar-me-ei com o Luís Antônio
para a consecução da felicidade pessoal, já que a para uma conversa de negócios.
felicidade, a rigor só atingiria-se indiretamente.
d) Enfim, poderia-se apenas falar, com propriedade, I – A PRÓCLISE
no direito ao bem estar social como condição para a
realização da felicidade pessoal, pois a rigor, a feli- c) Pronomes relativos (que, o qual, a qual, os
cidade só é indiretamente alcançada. quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, onde,
quem etc).
AS MÁXIMAS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL
* As informações, que te deram, parece terem me-
3ª MÁXIMA: xido com o teu íntimo.
Em português formal, toda ênclise a um verbo no
infinitivo é correta, ainda que exista um fator de I – A PRÓCLISE
próclise.
d) Pronomes demonstrativos (este, esta, isto,
7.(FCC – Perito do INSS) O único segmento gri- aquele, aquela, aquilo etc).
fado que NÃO está empregado em conformidade
com o padrão culto escrito é: * Tudo aquilo lhe passou despercebido.

A) Não é muito agradável estar com aqueles meus * Esta me contou uma versão esquisita do caso.
primos, porque eles falam ininterruptamente de si. Aquele nos disse totalmente o contrário desse ai.
B) Esse é o tipo de questão que você terá de resol-
ver com nós mesmos. I – A PRÓCLISE
C) A fim de não encontrá-lo no consultório, deixei
para ir no dia seguinte. e) Conjunções subordinadas (quando, se, já que,
D) Ele preencheu o formulário de modo inadequado, porque, embora, enquanto, como, à medida que
é onde o coordenador chamou sua atenção. etc.)
E) Cabelos cacheados e sedosos moldam-lhe o
rosto afilado e claro. * À medida que se estuda, aprende-se mais.

I – A PRÓCLISE * Enquanto me diziam aquilo, eu permanecia imó-


vel.
O pronome oblíquo átono ficará proclítico ao
verbo por causa dos seguintes fatores que o atra- I – A PRÓCLISE
em:
f) Verbo no gerúndio precedido da preposição
“em”.

www.cers.com.br 7
COMEÇANDO DO ZERO
Português – Aula 18
Rodrigo Bezerra

* Em se tratando de finanças, procure o sr. João


Alberto.

* Em se pensando em viagens, é sempre bom pro-


curar uma boa empresa de turismo.

I – A PRÓCLISE

g) Conjunção coordenativa alternativa.

* Ou se casa comigo, ou se casa com o meu primo.

I – A PRÓCLISE

Além desses fatores, a próclise é de rigor:

a) Nas orações exclamativas e nas optativas


(orações que exprimem desejo):

* Que Deus te proteja.


* Bons ventos os levem em paz!

b) Nas orações interrogativas em que haja pro-


nomes interrogativos:
* Quem vos falou sobre o problema dela?

c) Com verbos no infinitivo pessoal precedido


de preposição:
* Demiti os dois funcionários por se queixarem de-
mais.

II – A MESÓCLISE

A mesóclise consiste na colocação do pro-


nome oblíquo átono no meio do verbo. Isso ocorre
apenas com dois tempos do modo indicativo: o fu-
turo do presente e o futuro do pretérito, pois se
trata de dois tempos compostos.

II – A MESÓCLISE

* Compraria o carro se eu pudesse. = Comprá-lo-ia


se eu pudesse.

* Encontrá-lo-á deitado numa rede bem vistosa à


varanda da casa grande.

www.cers.com.br 8
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 19
Rodrigo Bezerra

II — Casos facultativos * Vim _____ mando de meu patrão.

1. Diante de pronomes possessivos femininos Casos proibitivos (exemplos):


no singular quando o termo regente exigir a pre- * Não vai _____ festas nem _____ reuniões.
posição “a”. * Ele se dirigiu _____ pessoas estranhas.
* Ele desistiu de viajar devido A / À sua doença. * A quem se diriam palavras de amor tão belas?
* Para explicar as mãos inchadas, menti A / À minha * Escrevi ____ algumas colegas.
mãe. * Diariamente chegam turistas _____ esta cidade.

II — Casos facultativos Casos proibitivos (exemplos):


* O conflito levou o país _____ uma situação terrí-
Observação: vel.
Se o pronome possessivo estiver no plural, não * Solicito _____ Vossa Senhoria o obséquio de...
haverá mais um caso de crase facultativa. * Recorreram _____ mim.
Veja: * Tomou o remédio gota _____ gota.
* Jamais me submeterei passivamente _______ * Dia ____ dia, a empresa foi crescendo.
tuas ordens.
III - Casos especiais
II — Casos facultativos
1. Ocorrerá crase diante da palavra “casa” sem-
2. Diante da preposição “até”, uma vez que esta pre que vier acompanhada de determinantes.
preposição pode aparecer sob a forma da locução Veja:
“até a”. * Ele se dirigiu à velha casa de seus avós.
Observação: Se não houver determinação, não
*Emocionado, ele se comoveu até AS / ÀS lágrimas. haverá crase diante da palavra “casa”.
* Voltei a casa triste e atirei-me sobre a cama.
II — Casos facultativos
2. Ocorrerá crase diante da palavra “terra”
3. Diante de nomes próprios femininos, quando o quando vier determinada. Quando usada como
termo regente exigir a preposição “a”. antônimo de “bordo” a palavra “terra” dispensa
* Nada do que ele fizesse agradaria A / À Maria. determinantes, logo não ocorrerá a crase.
* Entregou todos os bens A / À Joana.
* Eles voltaram a terra totalmente exaustos.
Casos proibitivos (nunca ocorre crase):
* Depois de longa viagem, eles desceram a terra.
1. Diante de verbos.
2. Diante de palavras masculinas. Observação:
3. Diante de pronomes pessoais retos, oblíquos e Se vier determinada, ocorrerá crase com a palavra
de tratamento, à exceção de “senhora, senhorita, TERRA.
dona e madame.” * Voltamos à terra de nossos antepassados.
4. Diante de artigos indefinidos.
5. Diante dos pronomes indefinidos, dos interrogati- 3. Com a palavra “distância”, ocorrerá crase
vos, dos demonstrativos “este, esta, estes, estas, sempre que vier acompanhada de determinan-
esse, essa, esses, essas e isso” e dos relativos, à tes. A locução adverbial “a distância” poderá ser
exceção de “a qual e as quais”. craseada quando se quiser ressaltar o valor ad-
6. Diante de um “a” no singular o qual precede uma verbial da locução.
palavra no plural; palavra esta usada em sentido
geral e indeterminado. * Todos ficaram à distância de vinte metros do
7. Diante de expressões formadas por palavras local do acidente.
repetidas como, por exemplo, “gota a gota, ponta a
ponta, dia a dia, frente a frente, uma a uma, cara a 4. Ocorrerá crase com os pronomes relativos “a
cara, corpo a corpo, lado a lado etc”. qual e as quais” sempre que o termo regente
exigir a preposição “a”.
Casos proibitivos (exemplos):
* Começava ____ escurecer. * Esta é a pessoa à qual ele se referiu durante o
* Estamos dispostos ______ trabalhar. café da manhã.
* Isto cheira ____ vinho.
* Entrega _______ domicílio.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 19
Rodrigo Bezerra

1.O uso do sinal da crase é injustificável em: (E) Quem dá crédito à ação da justiça não pode
deixar de trabalhar para que não se furtem às san-
A) Lembrem-se às autoridades de terem sempre em ções os mais poderosos.
mente o valor da prevenção.
B) Não cabe às pessoas de boa fé repudiar medi- 5. Quanto ao emprego do sinal indicativo de
das de prevenção ao crime. crase, respeitado o padrão culto escrito, a única
C) É penoso assistir às cenas de violência que se alternativa correta é:
multiplicam nas metrópoles.
D) Atribui-se às medidas preventivas uma eficácia A) O processo de urbanização levou à transferir
maior que a da repressão. atividades dos setores de subsistência, de baixo
E) À inteligência da prevenção opõem-se aqueles valor de mercado, para atividades mais modernas,
que preferem a força da repressão. que envolvem mais capital e mais tecnologia. Mas
isso ocorreu sem novos requisitos à novas estraté-
2. Ainda que riqueza [...] à custa do trabalho es- gias educacionais.
cravo ... B) Essa foi uma estratégia que serviu ao Brasil e a
A sociedade colonial no Brasil [...] desenvolveu- maioria dos países inseridos na turma dos remedia-
se [...] à dos.
sombra das grandes plantações de açúcar ... C) O estudo dá ênfase à educação e às telecomuni-
Do mesmo modo que nas frases acima, está cações, ajudando à entender por que o Brasil cres-
correto o emprego da crase em: ce pouco em comparação à outras nações de eco-
nomia emergente.
A) defender à unhas e dentes. D) O país tem de fazer a transição à um sistema
B) combate à fome. que premie o desempenho de professores e que
C) vendas à prazo. garanta à todos os alunos talentosos resultados de
D) escrito à lápis. excelência em exames internacionais.
E) avião à jato. E) Vimos uma estratégia equivocada à época da
reserva de informática. O país pagou um preço,
3. Não deixa de ser paradoxal o fato de o cres- porque a reserva não gerou “campeões nacionais” e
cimento da descrença, que parecia levar ...... ainda deixou os usuários atrasados em relação à
uma ampliação da liberdade, ter dado população de outros países.
lugar ...... escalada do fundamentalismo religio-
so, ...... que se associam manifestações profun- 6. Marque a opção que preenche corretamente
damente reacionárias. as lacunas.
Completamente excluídos das engrenagens de
Preenchem corretamente as lacunas da frase desenvolvimento da sociedade, os miseráveis
acima, na ordem dada: são reduzidos _____ uma condição subumana.
Seu único horizonte passa ____ ser ____ luta
A) a − à − à feroz pela sobrevivência. No lixão do Valparaíso,
B) a − à − a ____ poucos quilômetros de Brasília, ____ gente
C) à − a − a disputando os restos com os animais.
D) a − a − à
E) à − à − a A) à, a, a, há, há
B) a, à, à há, a
4. NÃO se justificam as ocorrências do sinal de C) a, a, a, a, há
crase em: D) à, a, a, à, há
E) a, à, à, há, a
A) Não me reporto à impunidade de um caso parti-
cular, mas àquela que se generaliza e dissemina a 7. Há falta ou ocorrência indevida do sinal de
descrença na justiça dos homens. crase em:
B) É difícil admitir que vivem à solta tantos delin-
qüentes, sobretudo quando se sabe que pessoas A) Ao aludir a tropa de choque dos artistas moder-
inocentes são levadas à barra dos tribunais. nos, o poeta-crítico mostrou-se alinhar à uma ten-
C) O autor do texto faz menção à uma série de prin- dência da linguagem da época.
cípios de interdição, à qual teria proveniência na B) Não cabe à crítica apenas dar valor a uma de-
vontade divina. terminada obra de arte; cabe a ela, igualmente,
D) Assiste-se hoje à multiplicação de casos de im- aspirar à orientação do artista, em suas futuras ini-
punidade, à descabida proliferação de maus exem- ciativas.
plos de conduta social.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 19
Rodrigo Bezerra

C) Entre a poesia e a crítica de arte, Manuel Bandei- 11. Observam-se plenamente as regras que re-
ra se refere àquela com mais carinho, pois foi como gulamentam o emprego do sinal de crase em:
poeta que deu impulso maior à imaginação.
D) Convidado a colaborar como crítico de arte, o (A) Se uma forma de reação ao humor é rir à soca-
poeta não se fez de rogado e se entregou a essa pa, outra forma, contrária àquela, é rir às escânca-
tarefa com ânimo e expectativa. ras.
E) Nem sempre é dada a quem compõe ou pinta a B) O humor não pede licença à ninguém para se
compreensão necessária para atribuir à crítica a fazer presente, nem recorre à normas de boa con-
utilidade que esta pode ter. duta para se justificar.
C) Assiste à toda gente o direito de não se rir de
8. Quanto à necessidade ou não do sinal de cra- uma piada, mas não cabe à nenhuma pessoa impe-
se, a frase inteiramente correta é: dir que alguém a conte.
D) O humorista requisitou àquela senhora para con-
A) Diante de um grande edifício, assistimos à uma tracenar com ele, mas, afeita à defender o “politica-
espécie de filme, se ficarmos à observar o movi- mente correto”, ela se recusou.
mento das luzes e das sombras nas janelas. E) É à partir das reações de alguém à ação do hu-
B) Ao se assistir as cenas do documentário, sente- mor
se, a medida que o tempo vai passando, uma gran- que podemos chegar à alguma conclusão sobre o
de familiaridade com as personagens entrevistadas. seu caráter pessoal.
C) Assiste à todas as pessoas o direito de se julga-
rem únicas, mas nem por isso superiores as que 12.“Faz-se necessária uma ação conjunta entre
têm uma vida aparentemente banal. o Estado e a sociedade no combate a todas as
D) Ao entrevistar as pessoas que moram no edifício violações dos Direitos Humanos, principalmente
Master, impôs-se à equipe de Eduardo Coutinho o no que diz respeito à tortura. Qual das alternati-
desafio de as deixar à vontade. vas abaixo não pode substituir o trecho grifado?
E) Quando se está frente à frente com uma pessoa
a quem faremos perguntas, é preciso que se dê a A) naquelas que tangem à tortura.
ela a possibilidade de corresponder a nossa fran- B) quando elas fazem referência à tortura.
queza. C) naquilo que concerne à tortura.
D) nos casos que se aplicam à tortura.
9. A paisagem do Norte do país já fascinou ...... E) naquelas em que se utiliza à tortura.
muitos, como o fotógrafo Marcel Gautherot, que
por décadas voltou repetidamente ...... Região, SINTAXE DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL
disposto ...... captar parte de sua essência.
Preenchem corretamente as lacunas da frase
acima, na ordem dada:
Preenchem corretamente as lacunas da frase
acima, na ordem dada:

A) a - a - à
B) à - a - a
C) a - à - a
D) à - à - à
E) à - a - à
Posições típicas (nomenclatura):
10.(FCC) A erupção de um vulcão provocou per-
das ......... economia europeia bem superiores 1. Próclise  pronome oblíquo antes do verbo
....................... trazidas pelos atentados terroris- 2. Ênclise  pronome oblíquo depois do verbo
tas de 2001, fato que obrigou a ONU ........... criar 3. Mesóclise  pronome oblíquo no meio do verbo
um plano internacional de redução dos riscos de
acidentes. AS MÁXIMAS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A) a - aquelas - a 1ª MÁXIMA:
B) a - àquelas - à Não se inicia período com pronome oblíquo áto-
C) à - aquelas - a no.
D) à - aquelas - à
E) à - àquelas - a AS MÁXIMAS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 19
Rodrigo Bezerra

2ª MÁXIMA: E) Cabelos cacheados e sedosos moldam-lhe o


Em português formal, não se admite uma ênclise rosto afilado e claro.
a um verbo no futuro.
I – A PRÓCLISE
Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os
causou, mas como resolvê-los: se eu puder solucio- O pronome oblíquo átono ficará proclítico ao verbo
ná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso por causa dos seguintes fatores que o atraem:
responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a
mim mesmo como um objeto. a) Palavras de valor negativo (não, nunca, ja-
mais, ninguém, nada, nem (= e nem) etc.
(CESPE/UNB – STF)
A função sintática exercida por “a mim mesmo”, em * Jamais nos consideraremos melhores do que os
“Tratarei a mim mesmo” (L.14-15) corresponde a me outros.
e, por essa razão, também seria gramaticalmente
correta a seguinte redação: Tratarei-me. b) Advérbios e pronomes indefinidos.

01(ESAF – Auditor Fiscal) Assinale a opção que * Aqui se faz, aqui se paga.
apresenta coerência com as ideias do texto e * Nem sempre se enxergam as disparidades do
correção gramatical. mundo contemporâneo.

a) Seria errôneo afirmar que nem o empenho maior Observação: Se houver pausa depois do advérbio,
do pensamento filosófico grego sujeitaria-se ao ob- o pronome ficará enclítico. Se o verbo estiver no
jetivo de querer trocar os limites do acaso pelo al- futuro, emprega-se a mesóclise.
cance da racionalidade.
* Enfim, encontrei-o na Estação da Luz.
3 - Constitui uma continuidade gramaticalmente * Amanhã, encontrar-me-ei com o Luís Antônio
correta e coerente com a argumentação do texto para uma conversa de negócios.
o seguinte parágrafo:
c) Pronomes relativos (que, o qual, a qual, os
b) Em suma, o que se pode falar, com propriedade, quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, onde,
é no direito ao bem estar social, como condição quem etc).
para a consecução da felicidade pessoal, já que a
felicidade, a rigor só atingiria-se indiretamente. * As informações, que te deram, parece terem me-
xido com o teu íntimo.
d) Enfim, poderia-se apenas falar, com propriedade,
no direito ao bem estar social como condição para a d) Pronomes demonstrativos (este, esta, isto,
realização da felicidade pessoal, pois a rigor, a feli- aquele, aquela, aquilo etc).
cidade só é indiretamente alcançada.
* Tudo aquilo lhe passou despercebido.
AS MÁXIMAS DA COLOCAÇÃO PRONOMINAL * Esta me contou uma versão esquisita do caso.
Aquele nos disse totalmente o contrário desse ai.
3ª MÁXIMA:
Em português formal, toda ênclise a um verbo e) Conjunções subordinadas (quando, se, já que,
no infinitivo é correta, ainda que exista um fator porque, embora, enquanto, como, à medida que
de próclise. etc.)

7.(FCC – Perito do INSS) O único segmento gri- * À medida que se estuda, aprende-se mais.
fado que NÃO está empregado em conformidade * Enquanto me diziam aquilo, eu permanecia imó-
com o padrão culto escrito é: vel.

A) Não é muito agradável estar com aqueles meus f) Verbo no gerúndio precedido da preposição
primos, porque eles falam ininterruptamente de si. “em”.
B) Esse é o tipo de questão que você terá de resol-
ver com nós mesmos. * Em se tratando de finanças, procure o sr. João
C) A fim de não encontrá-lo no consultório, deixei Alberto.
para ir no dia seguinte. * Em se pensando em viagens, é sempre bom pro-
D) Ele preencheu o formulário de modo inadequado, curar uma boa empresa de turismo.
é onde o coordenador chamou sua atenção.

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 19
Rodrigo Bezerra

g) Conjunção coordenativa alternativa.

* Ou se casa comigo, ou se casa com o meu primo.

I – A PRÓCLISE

Além desses fatores, a próclise é de rigor:

a) Nas orações exclamativas e nas optativas


(orações que exprimem desejo):

* Que Deus te proteja.


* Bons ventos os levem em paz!

b) Nas orações interrogativas em que haja pro-


nomes interrogativos:
* Quem vos falou sobre o problema dela?
c) Com verbos no infinitivo pessoal precedido
de preposição:
* Demiti os dois funcionários por se queixarem de-
mais.

II – A MESÓCLISE

A mesóclise consiste na colocação do pronome


oblíquo átono no meio do verbo. Isso ocorre apenas
com dois tempos do modo indicativo: o futuro do
presente e o futuro do pretérito, pois se trata de
dois tempos compostos.

* Compraria o carro se eu pudesse. = Comprá-lo-ia


se eu pudesse.
* Encontrá-lo-á deitado numa rede bem vistosa à
varanda da casa grande.

www.cers.com.br 5
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 20
Rodrigo Bezerra

II – A MESÓCLISE
 Os homens se devem amar uns aos outros.
A mesóclise consiste na colocação do pronome  Os homens devem-se amar uns aos outros.
oblíquo átono no meio do verbo. Isso ocorre apenas  Os homens devem amar-se uns aos outros.
com dois tempos do modo indicativo: o futuro do  Os homens devem se amar uns aos outros.
presente e o futuro do pretérito, pois se trata de
dois tempos compostos. 2. Verbo auxiliar + gerúndio:

* Compraria o carro se eu pudesse. = Comprá-lo-ia * Os olhos da personagem foram enchendo de lá-


se eu pudesse. grimas. (se)

* Encontrá-lo-á deitado numa rede bem vistosa à  Os olhos da personagem se foram enchendo de
varanda da casa grande. luz.
 Os olhos da personagem foram-se enchendo de
III – A ÊNCLISE luz.
 Os olhos da personagem foram enchendo-se de
O pronome oblíquo átono ficará enclítico ao verbo luz.
nas seguintes circunstâncias:  Os olhos da personagem foram se enchendo de
luz.
a) Quando o verbo iniciar o período:
3. Verbo auxiliar + particípio:
* Conta-me logo tudo que sabes, Marcílio.
* O time tem dado muitas decepções. (nos)
b) Com o verbo no gerúndio, desde que não
forme locução verbal ou que não esteja precedi-  O time nos tem dado muitas decepções.
do da preposição “em” ou de qualquer elemento  O time tem-nos dado muitas decepções.
de atração.  O time tem nos dado muitas decepções.

* Não farei mais a reunião, disse ele levantando-se 1.(FCC – TJ/PE – Analista Judiciário) Jeffrey
rapidamente. Johnson realizou uma pesquisa, e o autor do
texto, ao comentar essa pesquisa, acrescentou a
c) Com verbos no imperativo afirmativo. essa pesquisa elementos de sua convicção pes-
soal, que tornam essa pesquisa ainda mais ins-
* Deixe a sala agora e entregue-se aos estudos se tigante aos olhos do público.
quiser ser aprovado no final do ano.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima
d) Com verbos no infinitivo regidos da preposi- substituindo-se os elementos sublinhados, se-
ção “a”, em se tratando dos pronomes oblíquos gundo a ordem em que se apresentam, por:
vocálicos “o, a, os, as”, os quais assumirão,
obrigatoriamente, as formas “lo, la, los, las”. A) comentá-la - acrescentou-lhe - a tornam
B) a comentar - lhe acrescentou - lhe tornam
* Jamais me recusaria a recebê-los. C) comentar-lhe - acrescentou-lhe - tornam-a
D) comentá-la - acrescentou-a - tornam-na
IV – COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS E) a comentar - acrescentou-lhe - tornam-lhe
NAS LOCUÇÕES VERBAIS
2.(FCC – TRT 23ª região – Analista Judiciário) Se
A partir de agora, vamos usar o conhecimento aci- há iniciativa e astúcia na ação do homem injus-
ma para posicionar corretamente os pronomes oblí- to, não há iniciativa e astúcia no bom cidadão
quos dentro das locuções verbais. O assunto não é que, apesar de indignado, não confere à iniciati-
difícil, mas você precisa estar bem atento às orien- va e à astúcia o mesmo valor que o mau reco-
tações abaixo. nhece na iniciativa e na astúcia.

IV – COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS A) há elas - não as confere - reconhece nelas.


NAS LOCUÇÕES VERBAIS B) as há - não lhes confere - nelas reconhece.
C) as há - não confere-lhes - as reconhece.
1. Verbo auxiliar + infinitivo: D) há as mesmas - não lhes confere - reconhece-
lhes.
* Os homens devem amar uns aos outros. (se) E) há estas - não as confere - nelas reconhece.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 20
Rodrigo Bezerra

3. (FCC) “Os jovens bem que tentam, mas não se b) ...ao dos japoneses (que, por sua vez, terão
dá aos jovens a oportunidade de um trabalho atingido uma expectativa de 85 anos).
que recompense os jovens pelos esforços des-
pendidos.“ - ...ao dos japoneses que, por sua vez, terão
Evita-se a repetição de palavras da frase acima atingido uma expectativa de 85 anos.
substituindo-se os elementos sublinhados, res-
pectivamente, pelas formas: c) ...será produzida por um fenômeno muito
mais complexo: o progresso da medicina em
A) se dá a aqueles - recompense eles novos campos.
B) se dá a eles - recompense-lhes
C) se lhes dá - os recompense - ...será produzida por um fenômeno muito mais
D) se os dá - os recompense complexo – o progresso da medicina em novos
E) se dá a eles - recompense eles campos.

PONTUAÇÃO d) ...nos próximos anos (numa contraposição ao


“baby boom” pós-II Guerra Mundial)
Bases da pontuação:
- ...nos próximos anos – numa contraposição ao
1ª  Pontuar é uma necessidade sintática, ou seja, “baby boom” pós-II Guerra Mundial –
ocorre em função de termos e orações deslocados
dentro da estrutura oracional. e) O Brasil deve alcançar a nona posição nesse
ranking.
Ex.:
* O Código de Processo Civil, prevê em seu art. 273 - O Brasil, deve alcançar a nona posição nesse
a tutela antecipada... ranking.
* O dispositivo constitucional acima transcrito, forta-
lece o artigo 543, §3º, da CLT, ... Emprega-se a vírgula entre termos:

2ª  Pontuar pode alterar o sentido e a função sin- 1) Para separar termos coordenados assindéticos
tática de um termo ou de uma oração. (sem ligação por conectivo), de mesma função sin-
tática, que formam, muitas vezes, enumerações.
Ex.:
* Ninguém entende Maria. * Deparamo-nos em nossa viagem com uma paisa-
* Ninguém entende, Maria gem paradisíaca na qual se viam o sol, algumas
* Todos irão até o chefe. nuvens, o mar ao longe, alguns coqueiros e duas
* Todos irão, até o chefe. casas numa restinga.

Observação importante: Emprega-se a vírgula entre termos:

Os sinais de – pontuação seguintes podem ser Observação:


geralmente trocados uns pelos outros sem que isso
provoque erro gramatical ou alteração semântica: Quando o último elemento de uma série enumerati-
va vier precedido da conjunção “e”, a vírgula é dis-
,;:– () pensada.

* As mulheres voluntariosas, as soberanas podero-


(Questão FCC – Técnico Câmara dos Deputados) sas e as artistas não encontravam espaço no show.
A alteração nos sinais de pontuação está incor-
reta na frase: A esfera da ciência pode parecer hostil às metáfo-
ras. Afinal de contas, a ciência ocupar-se-ia da bus-
a) ...deve aumentar em uma década, conforme o ca e da representação do conhecimento, o que,
IBGE, alcançando um índice semelhante ao dos para muitos, só pode ser literal: um remédio ou um
japoneses... tratamento médico são coisas concretas que podem
ser vistas ou ingeridas; uma ponte é uma constru-
- ...deve aumentar em uma década – conforme o ção de verdade, do mundo real; do mesmo modo,
IBGE –, alcançando um índice semelhante ao muitos outros avanços científicos são coisas concre-
dos japoneses... tas que afetam diretamente a vida das pessoas.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 20
Rodrigo Bezerra

(CESPE/UNB) a) Embora sejamos tentados, frequentemente, a


A substituição do sinal de ponto e vírgula depois de qualificar como cruel ou maldoso o comportamento
“ingeridas” (L.5) e de “real” (L.6), por vírgulas pre- de certos animais, o fato é que, para eles, só há os
servaria as regras de pontuação e a coerência, a instintos.
clareza e a objetividade do texto. b) A indignação de muita gente não transpõe na
maioria dos casos, o âmbito das conversas priva-
Modernidade, para os que pensam assim, é sistema das, e assim, os valores éticos acomodam-se no
judiciário eficiente, com aplicação rápida e democrá- plano raso de um discurso, que não leva à ação.
tica da justiça; são instituições públicas sólidas e c) Via de regra o abuso de poder constitui um caso
eficazes; é o controle nacional das decisões eco- difícil de ser apurado, uma vez que, o próprio agen-
nômicas. te do delito, costuma exercer forte influência, na
investigação dos fatos.
(CESPE/UNB)
O emprego do sinal de ponto-e-vírgula, no último Emprega-se a vírgula entre termos:
período sintático do texto, apresenta a dupla função
de deixar claras as relações sintático-semânticas 4) Para isolar apostos explicativos:
marcadas por vírgulas dentro do período e deixar
subentender “Modernidade” (L.16) como o sujeito de * “Vós fostes o aio e amigo de meu senhor... de meu
“é sistema” (L.17), “são instituições” (L.18) e “é o primeiro marido, o Senhor D. João de Portugal...”
controle” (L.19).
* “O Dr. Camargo, médico e velho amigo da casa,
Emprega-se a vírgula entre termos: foi ter com Estácio.”

2) Para isolar vocativos: 5) Para isolar o predicativo do sujeito deslocado


dentro da estrutura oracional quando o verbo não é
* “Mas olha, meu Telmo, torno a dizer-to: eu não sei de ligação.
como hei de fazer para te dar conselhos.”
* Triste com a notícia, o rapaz deixou a sala em
3) Para separar os adjuntos adverbiais locucionais silêncio.
(de grande extensão) deslocados dentro da estrutu-
ra oracional. * O governo, contente com a redução da inflação,
* “Desde as quatro horas da tarde, no calor e silên- interveio junto ao Banco Central para que este dimi-
cio do domingo de junho, o Fidalgo da Torre (...) nua a taxa SELIC.
trabalhava.”
* Na história recente do Brasil, as grandes mudan- 6) Para separar expressões explicativas, conclusi-
ças políticas têm sido grandes e graves. vas e retificativas, interpostas na oração como “isto
é, a saber, ou seja, por exemplo, ou melhor, outros-
Observações: sim, com efeito, assim, então, por assim dizer, além
disso, ademais etc”.
a) Os adjuntos adverbiais formados por um só vo-
cábulo – e mesmo os adjuntos adverbiais locucio- * “Quaresma fez o “Tangolomango”, isto é, vestiu
nais, de pequena extensão – dispensam a vírgula, uma velha sobrecasaca do general...”
salvo se se quiser conferir-lhes ênfase.
A vírgula entre orações (casos):
* Iremos hoje ao shopping.
* Todos em princípio discordam do que ele disse. 1) Para separar orações coordenadas assindéticas.

b) Os adjuntos adverbiais terminados no sufixo “- * “Entregou a espingarda a sinhá Vitória, pôs o filho
mente” seguem a regra de pontuação dos adjuntos no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos...”
adverbiais simples: ou não se põe nenhuma vírgula,
ou se isola o advérbio com vírgula(s) para conferir- * “Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumi-
lhe ênfase ou alterar-lhe a semântica. ram-se.”

* No que eles estavam todos de acordo é que ela 2) Emprega-se a vírgula para separar as orações
era extraordinariamente bela. coordenadas sindéticas, exceto as introduzidas pelo
conectivo aditivo “e”.
Exemplos

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aula 20
Rodrigo Bezerra

* “... as duas janelas estavam cerradas, mas sentia-


se fora o sol faiscar nas vidraças...”

* “Não freqüentava botequins, nem fazia noitadas.”

A vírgula entre orações (casos):

Observação:
É obrigatório o emprego da vírgula antes do “e”
aditivo quanto esta conjunção ligar orações que
apresentam sujeitos diferentes.

Observação:

* Sendo um dos mais preparados, se não o mais


competente, começou dizendo que cada um dos
que ali estavam tinha condições de chegar aonde
quisesse, e que as metas pessoais poderiam ser
manifestadas dali a pouco.

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22
Rodrigo Bezerra

A vírgula entre orações (casos): * “Venha, acudiu ele, venha o grande o homem.”
2) Emprega-se a vírgula para separar as orações
coordenadas sindéticas, exceto as introduzidas * Cão que ladra, diz o dito popular, não morde.
pelo conectivo aditivo “e”. NÃO SE EMPREGA A VÍRGULA
a) Entre o sujeito e o seu verbo quando juntos,
* “... as duas janelas estavam cerradas, mas sentia- ainda que um preceda ao outro.
se fora o sol faiscar nas vidraças...” b) Entre o verbo e o(s) seu(s) complemento(s)
quando juntos, ainda que um preceda ao outro.
* “Não frequentava botequins, nem fazia noitadas.” c) Entre o nome (substantivo, adjetivo ou advér-
A vírgula entre orações (casos): bio) é o seu complemento quando estão juntos.
Observação: NÃO SE EMPREGA A VÍRGULA
É obrigatório o emprego da vírgula antes do “e” d) Entre o nome (substantivo) e o seu adjunto
aditivo quanto esta conjunção ligar orações que adnominal.
apresentam sujeitos diferentes. e) Entre o nome e a oração subordinada adjetiva
A vírgula entre orações (casos): restritiva.
Observação: f) Entre a oração principal e a oração subordina-
* Sendo um dos mais preparados, se não o mais da substantiva, salvo a oração subordinada
competente, começou dizendo que cada um dos substantiva apositiva.
que ali estavam tinha condições de chegar aon- NÃO SE EMPREGA A VÍRGULA (Exemplos):
de quisesse, e que as metas pessoais poderiam a) Não é fácil, submeter-se ao equilíbrio entre o
ser manifestadas dali a pouco. direito e o dever, pois, a tendência é de um lado,
A vírgula entre orações (casos): valorizar o direito, e de outro minimizar o dever
3) Para separar orações subordinadas adjetivas que lhe corresponde.
explicativas: b) Primeiro, inventamos a literatura e em segui-
da o cinema, mas nenhum desses meios, teria
* “Aquele olhar profundo, que parecia despedir os alcançado influenciar-nos tanto como a TV.
fogos surdos de uma labareda oculta, incutia nela NÃO SE EMPREGA A VÍRGULA (Exemplos):
um desassossego íntimo.” c) O fato de imaginarmos que há uma dimensão
A vírgula entre orações (casos): além das nossas paredes, é decisivo, para que
4) Para separar orações subordinadas adverbi- reconheçamos na TV, o poder de abrir tantas
ais desenvolvidas quando antepostas à oração janelas.
principal ou intercaladas nela. d) Quando menino ignorava o que fosse: “fiscal
de rendas”, preocupando-me mais em ajudar
* “Logo que começou a revolver os papéis, a mão meu pai, a carregar uma pesada maleta de cou-
do médico tornou-se mais febril.” ro.
EMPREGA-SE O PONTO E VÍRGULA
* O conselheiro, embora não figurasse em nenhum 1) Para separar orações coordenadas de consi-
grande cargo do Estado, ocupava elevado lugar na derável extensão, principalmente quando em
sociedade. qualquer destas proposições já existe pausa
Observação: É facultativa a pontuação quando as mais fraca assinalada por vírgula.
orações adverbiais estão situadas após a oração EMPREGA-SE O PONTO E VÍRGULA
principal. * A porta ficava à direita da grande coluna de entra-
* O Governo Federal aumentou os juros a fim de da do templo budista; a sala do mestre localizava-se
que o consumo da classe média se mantenha depois dessa porta.
baixo. * Nada se comparava ao devaneio sentido naquele
* Eles partirão logo cedo, se não chover. momento da sessão de psicoterapia; e contava-me
A vírgula entre orações (casos): tudo sem restrições.
5) Para separar as orações reduzidas (de gerún-
dio, de infinitivo e de particípio) adverbiais e Emprego dos sinais de pontuação
adjetivas quando antepostas à oração principal
ou intercaladas nela. 01.(FCC) Está inteiramente adequada a pontua-
ção do seguinte período:
* “Hoje, pensando melhor, acho que servi de alívio.”
(A) Embora sejamos tentados, frequentemente, a
* Acabada a balada, retiraram-se os convidados. qualificar como cruel ou maldoso o comportamento
A vírgula entre orações (casos): de certos animais, o fato é que, para eles, só há os
6) Para separar orações intercaladas. instintos.

www.cers.com.br 1
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22
Rodrigo Bezerra

(B) Por mais que difiram entre si, as constituições, (E) Crêem muitos, que o serviço público é algo
nenhuma delas deixa-se reger, por princípios que mesquinho e vicioso, a esses digo que desconhe-
desfavoreçam, ou impeçam algum equilíbrio nas cem o real sentido do que significa: ser um servidor
relações sociais. do povo.
(C) Via de regra o abuso de poder constitui um caso
difícil de ser apurado, uma vez que, o próprio agen- 04.(FCC – TJ/RJ) Está plenamente correta a pon-
te do delito, costuma exercer forte influência, na tuação do seguinte período:
investigação dos fatos.
(D) É muito comum nas conversas mais informais, (A) Confessando não sem ironia, que entende de
os indivíduos se referirem a casos públicos de im- arquitetura, o cronista Rubem Braga, mestre do
punidade, tomando-os como justificativas, de seus gênero propõe uma receita de casa, em que o po-
delitos pessoais. rão, área frequentemente desprezada, ganha ares
(E) Não é fácil, submeter-se ao equilíbrio entre o de profundidade e mistério.
direito e o dever, pois, a tendência é de um lado, (B) Confessando, não sem ironia, que entende de
valorizar o direito, e de outro minimizar o dever que arquitetura o cronista, Rubem Braga, mestre do
lhe corresponde. gênero, propõe uma receita de casa, em que, o
porão, área frequentemente desprezada, ganha
02.(FCC – TRF 5ª Região) Está inteiramente cor- ares de profundidade e mistério.
reta a pontuação do seguinte período: (C) Confessando não sem ironia que entende de
arquitetura, o cronista Rubem Braga, mestre do
(A) De acordo com Marilena Chauí – a autora do gênero, propõe: uma receita de casa em que, o
texto –, é preciso desconfiar das afirmações que, porão área frequentemente desprezada, ganha ares
aparentemente óbvias, não resistem a uma análise de profundidade, e mistério.
mais concreta e mais rigorosa. (D) Confessando, não sem ironia que, entende de
(B) De acordo com Marilena Chauí, a autora do arquitetura, o cronista Rubem Braga – mestre do
texto: é preciso desconfiar das afirmações que gênero – propõe uma receita, de casa, em que o
aparentemente óbivias, não resistem a uma análise, porão (área frequentemente desprezada), ganha
mais concreta e mais rigorosa. ares de profundidade e mistério.
(C) De acordo com Marilena Chauí, a autora do (E) Confessando, não sem ironia, que entende de
texto; é preciso: desconfiar das afirmações que, arquitetura, o cronista Rubem Braga, mestre do
aparentemente óbvias não resistem, a uma análise gênero, propõe uma receita de casa em que o po-
mais concreta, e mais rigorosa. rão, área frequentemente desprezada, ganha ares
(D) De acordo com Marilena Chauí, a autora do de profundidade e mistério.
texto, é preciso desconfiar, das afirmações, que
aparentemente óbvias não resistem a uma análise, 05.(FCC – TRT/RS) A única frase NÃO pontuada
mais concreta e mais rigorosa. corretamente é:
(E) De acordo com Marilena Chauí, – a autora do
texto - é preciso desconfiar das afirmações, que, (A) À beira de um ano novo − e quase à beira do
aparentemente óbvias não resistem a uma análise outro século −, a imprensa discutia ainda a mesma
mais concreta e, mais rigorosa. questão, crucial, sem dúvida, que ocupara por dé-
cadas o espírito dos homens públicos.
03. (FCC) Está inteiramente adequada a pontua- (B) Encontrando o rapaz no lugar combinado, não o
ção do seguinte período: saudei; olhei-o, porém, fixamente, e sorri, é verda-
de, mas como se fosse para alguém a quem se
(A) Nada – a não ser livros e móveis – deixou meu cumprimenta só por obrigação.
pai como legado, ao contrário de vários colegas (C) A mais alta delas andava rapidamente; a outra,
seus, cujo espólio assumia consideráveis propor- cantando e sorrindo, fazia dos passos um modo de
ções. brinquedo, então bastante em moda entre os mais
(B) Não obstante, fosse músico e sensível, meu pai jovens.
era objetivo e firme em suas decisões de bem fisca- (D) É minha opinião, que não se deve falar mal de
lizar, o que devessem ao fisco os contribuintes. ninguém; e menos ainda daqueles que prestam
(C) Quando menino ignorava o que fosse: “fiscal de serviços públicos: estes querendo ou não, estão a
rendas”, preocupando-me mais em ajudar meu pai, nosso serviço cotidianamente.
a carregar uma pesada maleta de couro. (E) Só muito tempo depois de sua partida (vejam o
(D) Não tenho dúvida – o fato de ter cultivado tantos que é a indecisão imposta pelo medo!), compreendi
amigos, e granjeado o respeito de todos, é prova que era só uma mudança de bairro, e então prometi
suficiente, de que ele teve uma vida digna. que a visitaria logo.

www.cers.com.br 2
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22
Rodrigo Bezerra

Regras para a acentuação gráfica:


OXÍTONOS

2ª regra  Em português, acentuam-se – com


acento agudo – o “e” da terminação “em” ou “ens”
dos vocábulos oxítonos compostos de mais de uma
sílaba.

Ex.:
6. (PMT 2008) O emprego da vírgula logo após
“passado” (L.1) justifica-se por isolar o adjunto AMÉM – TAMBÉM – PARABÉNS – VINTÉM
adverbial de tempo anteposto à oração principal.
Regras para a acentuação gráfica:
ACENTUAÇÃO E ORTOGRAFIA OXÍTONOS
Observação:
Classificação dos vocábulos quanto à sílaba Perceba que os monossílabos e os vocábulos
tônica: paroxítonos terminados em “em” e “ens” não
são acentuados.
Oxítonos (ou agudos)  são os vocábulos cuja * cem * vem * tem * trem
sílaba tônica recai na última, como em: café, timi-
dez, papel etc. Regras para a acentuação gráfica:
OXÍTONOS
Paroxítonos  são os vocábulos cuja sílaba
tônica recai na penúltima, como em: amizade, 3ª regra  Em português, acentuam-se – com
beleza, austero, cível, exegese, rubrica, látex etc. acento agudo – os vocábulos oxítonos terminados
nos ditongos abertos “éi, ói, éu".
Proparoxítonos  são os vocábulos cuja sílaba
tônica recai na antepenúltima, como em: lâmpa- Regras para a acentuação gráfica:
da, ágape, álibi, pântano, ômega, êxodo etc OXÍTONOS

Regras para a acentuação gráfica: 3ª regra (exemplos):


Monossílabos
A(S)  chá, Brás, pá, gás, más, trás, fás, zás, a) ÉI  anéis, coronéis, papéis, réis, fiéis, ba-
má. charéis.
E(S)  lê, crê, rês, fé, pés, dê, mês, três, rés, lés.
O(S)  dó, nó, vó, pó, pôs, cós, vós, nós. a) ÓI  sóis, anzóis, herói, caubói, rói, dói, do-
dói.
Regras para a acentuação gráfica:
OXÍTONOS a) ÉU  céu, réu, véu, chapéu, escarcéu, foga-
réu.
1ª regra  Em português, acentuam-se – com
acento agudo – os vocábulos oxítonos que termi- Regras para a acentuação gráfica:
nam em “a, e, o” abertos, e – com acento circunfle- OXÍTONOS
xo – os vocábulos que terminam em “e, o” fechados,
seguidos ou não de “s”. 3ª regra (observações):

Regras para a acentuação gráfica: a) Perceba que os oxítonos terminados em “z, r,


OXÍTONOS l, i, u” não são acentuados.

1ª regra (exemplos): * capaz * bisturi * feliz * cuscuz


* amar * suor * caju * caracol
A(S)  maracujá, cajá, vatapá, maracá, babá,
Amapá
E(S)  rapé, chulé, recém, café, jacaré, dendê, Regras para a acentuação gráfica:
cortês OXÍTONOS
O(S)  cocoricó, trisavô, caritó, cipó, complô, pro-
pôs 3ª regra (observações):

www.cers.com.br 3
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22
Rodrigo Bezerra

b) Com base na regra de acentuação dos oxíto- Regras para a acentuação gráfica:
nos, acentuam-se as formas verbais oxítonas PAROXÍTONOS
terminadas em “a, e, o”.
3ª regra  Em português, acentuam-se os vocábu-
los paroxítonos terminados em “l, n, r, x, ps”. Usa-se
* repor + o  repô-lo o acento agudo para o “a, e, o” abertos e o acento
* julgarão + os  julgá-los-ão circunflexo para o “e, o” fechados.
* amaria + a  amá-la-ia Regras para a acentuação gráfica:
PAROXÍTONOS
Regras para a acentuação gráfica:
OXÍTONOS * túnel * alúmen * córtex * bíceps

3ª regra (observações): * aljôfar * âmbar * cânon * fênix


* Vômer * afável * açúcar *
c) Com o advento do Novo Acordo Ortográfico hífen
de 1990, não mais se acentuam os ditongos “ei,
oi” dos vocábulos paroxítonos. Para ficar bem Regras para a acentuação gráfica:
esclarecido: esses ditongos não serão acentua- PAROXÍTONOS
dos quando estiverem na penúltima sílaba. 3ª regra (cuidado!!)
ITEM ITENS
Regras para a acentuação gráfica: HIFEN HIFENS
OXÍTONOS
Regras para a acentuação gráfica:
3ª regra (observações): PAROXÍTONOS

* ideia * colmeia * paranoico * 4ª regra  Em português, acentuam-se os vocábu-


jiboia los paroxítonos terminados em “um, uns”.
* dicroico * alcateia * heroico
* diarreia * álbum * médium * álbuns * médiuns
* boia * estreia * europeia * fórum * fóruns * lábrum * árum
* claraboia
* Geleia * colmeia * assembleia Regras para a acentuação gráfica:
PAROXÍTONOS
Regras para a acentuação gráfica:
PAROXÍTONOS 5ª regra  Em português, acentuam-se, com agudo
ou circunflexo se a sílaba for aberta ou fechada
1ª regra  Em português, acentuam-se os vocábu- respectivamente, os vocábulos paroxítonos termi-
los paroxítonos terminados em “ã, ãs, ão, ãos". nados em ditongos orais.

* ímã * órfãs * órgão * órfãos Regras para a acentuação gráfica:


* Dólmã * ímãs * gimnopógão PAROXÍTONOS

Regras para a acentuação gráfica: * ágeis * jóquei * pusésseis


PAROXÍTONOS * túneis * história * água
* Imóveis * variáveis *
2ª regra  Em português, acentua-se – com acento pênseis
agudo quando aberta e com acento circunflexo
quando fechada – a sílaba tônica dos vocábulos Regras para a acentuação gráfica:
paroxítonos terminados em “i, is, us”. PROPAROXÍTONOS

Regras para a acentuação gráfica: Regra  Em português, acentuam-se todos os


PAROXÍTONOS vocábulos proparoxítonos. Com acento agudo, as
vogais “a, e, o” abertas. Com acento circunflexo, as
* beribéri * bônus * ônus * vogais fechadas “e, o” e as vogais “a, e, o” quando
lápis seguidas de “m” ou “n”.
* táxi * biquíni * júri
* íris Regras para a acentuação gráfica:

www.cers.com.br 4
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22
Rodrigo Bezerra

PROPAROXÍTONOS d) Em virtude do Novo Acordo Ortográfico da


Língua Portuguesa, firmado em 1990, não mais
última único tímido máquina recebem o acento circunflexo os hiatos tônicos
sólidas mágico lágrima sábado “ee” e “oo”. Portanto, assim devem ser escritos:

Regras para a acentuação gráfica: Regras para a acentuação gráfica:


HIATOS HIATOS (Observações):

Regra  Recebem acento agudo as vogais “i” e “u” * voo * coo * abotoo *
tônicas dos vocábulos, seguidas ou não de “s”, enjoo
quando formam hiato com a vogal anterior. * creem * veem * leem * deem

Regras para a acentuação gráfica: Regras para a acentuação gráfica:


HIATOS Acentos diferenciais:
Com o advento do Novo Acordo Ortográfico da Lín-
* faísca * saúde * abaçaí * absenteísmo gua Portuguesa, firmado em 1990, desapareceu a
* açaí * miúdo * areísco * aziúme maioria dos acentos diferenciais. Permanecem,
entretanto, os seguintes acentos diferenciais:
* babuíno * raízes * caraíba * ciúme
Regras para a acentuação gráfica:
Regras para a acentuação gráfica: Acentos diferenciais:
HIATOS (Observações):
1) “Pôde” (3ª pessoa do singular do pretérito perfei-
a) Não se coloca o acento agudo no “i” e no “u” to do indicativo) para distinguir da correspondente
quando, precedidos de vogal que com eles não forma do presente do indicativo “pode”.
forma ditongo, são seguidos de “l, m, n, r, z” que
não iniciam sílabas. Regras para a acentuação gráfica:
Acentos diferenciais:
* contribuinte * juiz * paul
* retribuirdes * ruim * cairmos 2) “Pôr” (forma verbal infinita) para distinguir da
forma homógrafa “por” (preposição).
Regras para a acentuação gráfica:
HIATOS (Observações): 3) Facultativamente, pode-se grafar “fôrma” (subs-
tantivo) ou “forma” (substantivo, 3ª pessoa do sin-
b) Igualmente não se coloca o acento agudo no gular do presente do indicativo ou 2ª pessoa do
“i” e no “u” tônicos dos hiatos quando forem singular do imperativo afirmativo).
seguidos de “nh”.
Regras para a acentuação gráfica:
* rainha * ladainha * tainha Acentos diferenciais:
* ventoinha * campainha * abecoinha
4) Facultativamente, pode-se grafar “dêmos" (1ª
Regras para a acentuação gráfica: pessoa do plural do presente do subjuntivo) para se
HIATOS (Observações): distinguir da correspondente forma do pretérito per-
feito do indicativo “demos” .
c) Em muitas formas verbais, o “i” e o “u” figu-
ram em hiato com a vogal anterior. Portanto, Regras para a acentuação gráfica:
devem receber acento agudo. Observe:
Regra especial – verbos “ter”, “vir” e seus deri-
Regras para a acentuação gráfica: vados
HIATOS (Observações):
1ª regra  Acentua-se, com acento circunflexo, a
* eu atraí * tu atraíste * eu 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos
caí verbos “ter” e “vir”.
* tu caíste * eu concluí * eu saía
Regras para a acentuação gráfica:
Regras para a acentuação gráfica:
HIATOS (Observações): Regra especial – verbos “ter”, “vir” e seus deri-
vados

www.cers.com.br 5
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22
Rodrigo Bezerra

Regras para a acentuação gráfica:


Regra especial – verbos “ter”, “vir” e seus deri-
vados
2ª regra  Acentua-se, com acento agudo, a 3ª
pessoa do singular e com circunflexo a 3ª pessoa Orientações ortográficas:
do plural do presente do indicativo dos verbos deri-
vados de “ter” e “vir”, como “abster, ater-se, reter, 1. Cuidado com os homônimos:
deter, conter, entreter, manter, advir, convir, intervir,
provir, desavir, sobrevir” etc. a) Homógrafos heterofônicos:
a) Homógrafos heterofônicos:
Regras para a acentuação gráfica:
* leste (verbo) ≠ leste (substantivo)
Regra especial – verbos “ter”, “vir” e seus deri- * colher (verbo) ≠ colher (substantivo)
vados * apoio (verbo) ≠ apoio (substantivo)

Orientações ortográficas:

1. Cuidado com os homônimos:

b) Homófonos heterográficos:

* apreçar ≠ apressar
* bucho ≠ buxo
* cerrar ≠ serrar

Orientações ortográficas:
Regras para a acentuação gráfica:
Considerações finais
1. Cuidado com os homônimos:
1) Com no Novo Acordo Ortográfico, assinado b) Homófonos homográficos (homônimos perfei-
em 1990, o trema deixa de existir sobre os gru-
tos):
pos “GUE, GUI, QUE, QUI”. Portanto, os vocábu-
los que apresentam tais ditongos devem ser
sem o trema. Observe:
b) Homófonos homográficos (homônimos perfei-
tos):
* linguiça * cinquenta * tranquilo *
frequência
* cedo (verbo) ≠ cedo (advérbio)
* livre (adjetivo) ≠ livre (verbo)
Orientações ortográficas:
* somem (v. somar) ≠ somem (v. sumir)
1. Cuidado com os parônimos: Orientações ortográficas:

1. Lembre-se dos vocábulos cognatos:

* terra  terraço, terremoto, terrestre, território


* ferro  ferreiro, ferrar, ferradura, ferramenta

www.cers.com.br 6
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22
Rodrigo Bezerra

Orientações ortográficas: 2ª regra: Emprega-se o sufixo “-edade” quando


1. Cuidado com as formas variantes: o adjetivo finalizar em “-ário” e “-ório”. Nesse
caso, elimina-se o “o” do adjetivo.
* ALUGUEL ou ALUGUER Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade”
* ASSOBIAR ou ASSOVIAR
Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade”
Orientações ortográficas:
2ª regra: Emprega-se o sufixo “-edade” quando
* COISA ou COUSA o adjetivo finalizar em “-ário” e “-ório”. Nesse
* LOURO ou LOIRO caso, elimina-se o “o” do adjetivo.
* ESPARGIR ou ESPARZIR
Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade”
Notório  notoriedade
Voluntário  voluntariedade
Contrário  contrariedade
Vário  variedade

Emprego do sufixo diminutivo “-inho”:


Rosa  rosinha
Lápis  lapisinho
Asa  asinha
Chinês  chinesinho

Emprego do sufixo diminutivo “-inho”:


Agora...
Mão  mãozinha
Flor  florzinha
Café  cafezinho

Emprego do sufixo diminutivo “-inho” – forma-


ção do plural:
Papel  papelzinho  papeizinhos
Bar  barzinho  barezinhos
Animal  animalzinho  animaizinhos

Emprego do sufixo “-izar”:


Hospital  hospitalizar
Canal  canalizar
Divino  divinizar
Suave  suavizar

Emprego do sufixo “-izar”:


Agora...
Análise  analisar
Liso  alisar
Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade” Pesquisa  pesquisar
1ª regra: Emprega-se o sufixo “-idade” quando o Correlações ortográficas:
adjetivo finalizar em “-ar”. ND  NS
Suspender  suspensão
Ex.: Compreender  compreensão
GRED  GRESS
Singular  singularidade Progredir  progressão, progressivo
Exemplar  exemplaridade Regredir  regressão, regressivo
Complementar  complementaridade Correlações ortográficas:
Díspar  disparidade PRIM  PRESS
Imprimir  impressão
Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade” Reprimir  repressão

www.cers.com.br 7
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22
Rodrigo Bezerra

TER  TENÇÃO
Conter  contenção Emprego do hífen com prefixos
Obter  obtenção
2) Nas formações em que o prefixo termina na
Emprego do hífen entre vocábulos mesma vogal com que se inicia o segundo ele-
mento. Observe:
Quando une vocábulos, o hífen, em muitos casos,
servirá como um sinal de conotatividade, pois indi- a) micro-ondas
cará que os elementos unidos por ele não estão b) arqui-inimigo
empregados em seus sentidos originais, mas passa- c) anti-inflamatório
ram a compor um novo conceito, uma nova ideia.
Veja: Emprego do hífen com prefixos

Emprego do hífen entre vocábulos 3) Nas formações com os prefixos “hiper-, su-
per-, inter-”, quando o segundo elemento iniciar-
a) mesa-redonda se por “r”, além, é óbvio, do “H” já mencionado.
b) casca-grossa
c) criado-mudo a) hiper-reativo
d) pão-duro b) super-resistente
c) inter-regional
Emprego do hífen entre vocábulos
Emprego do hífen com prefixos
1) Para indicar a ênclise dos pronomes oblíquos
átonos às formas verbais. 4) Nas formações com os prefixos “ex-, pós-,
pré-, pró-, sota-, soto-, vice-, vizo-”, isto é, esses
a) Entregou-me prefixos sempre serão usados com hífen.
b) Hei de comprá-lo
a) pré-datado
Emprego do hífen entre vocábulos b) pós-graduação
c) ex-presidente
2) Em vocábulos compostos, formados por Emprego do hífen com prefixos
“substantivo + substantivo”, nos quais o segun-
do substantivo indique forma, finalidade ou tipo. 5) Com o prefixo “sub-”, haverá hífen sempre
que o vocábulo iniciar-se “b, h, r”.
a)decreto-lei
b) homem-robô a) sub-base
c) ideia-mãe b) sub-rotina
c) sub-humano
Emprego do hífen entre vocábulos
3) Nas palavras compostas que designam es- Não se emprega o hífen
pécies botânicas e zoológicas, estejam ou não
ligadas por preposição ou qualquer outro ele- 1) Nos vocábulos derivados por prefixação, cujo
mento. prefixo terminar em vogal e o segundo elemento
iniciar-se por consoante. Caso o segundo ele-
a)couve-flor mento inicie por “r” ou “s”, estas consoantes
b) erva-do-chá devem ser duplicadas.
c) cobra-d’água
a) semicírculo
Emprego do hífen com prefixos b) extracorpóreo
c) suprassumo
1) Nas formações em que o segundo elemento
começa por “h”, ou seja, não importa o prefixo: Não se emprega o hífen
se o segundo elemento iniciar-se por “H”, deve-
-se empregar o hífen. Observe: 2) Nos vocábulos derivados por prefixação, cuja
vogal final do prefixo é diferente da vogal inicial
a) pré-história do segundo elemento.
b) extra-humano
c) sub-hepático a) antieconômico

www.cers.com.br 8
COMEÇANDO DO ZERO
Língua Portuguesa – Aulas 21 E 22
Rodrigo Bezerra

b) semiárido
c) autoestrada

Não se emprega o hífen

3) Nos vocábulos formados por palavras com-


postas, cuja noção de composição, em certa
medida, se perdeu, uma vez que tais palavras
passaram a compor um sentido único, individua-
lizado.

a) paraquedas
b) pontapé
c) sobremesa

Ortografia e Acentuação

01. Está correta a grafia de todas as palavras na


frase:

(A) Não constitui uma primasia dos animais a satis-


fação dos impulsos instintivos: também o homem
regozija-se em atender a muitos deles.
(B) As situações de impunidade inflingem sérios
danos à organização das sociedades que tenham a
pretensão da exemplaridade.
(C) É difícil atingir uma relação de complementari-
dade entre a premênsia dos instintos naturais e a
força da razão.
(D) Se é impossível chegarmos à abstensão com-
pleta da satisfação dos instintos, devemos, ao me-
nos, procurar constringir seu poder sobre nós.
(E) A dissuasão dos contraventores se faz pela
exemplaridade das sanções, de modo que a cada
delito corresponda uma justa punição.

02. Está correta a grafia de todas as palavras do


seguinte comentário sobre o texto:

(A) Uma das iniciativas encontornáveis da cidadania


está em se ezercer a consciência crítica, aplicada
aos fatos da realidade.
(B) Recusando os privilégios dos que se habituaram
a viver em grupos autônomos, o texto propõe o
acesso de todos a todas as instâncias sociais.
(C) Ninguém deve se ezimir de cobrar do Estado a
prezervação do princípio de igualdade como um
direito básico da cidadania.
(D) Constitue dever de todos manter ou readquirir a
crença em que seja possível a vijência social dos
princípios da igualdade e da solidariedade.
(E) O que se atribue a um cidadão, como direito
básico, deve constituir-se em direito básico de todos
os cidadãos, indescriminadamente.

www.cers.com.br 9

Você também pode gostar