Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Artigo Constelação Familiar PÓS GRADUAÇÃO
Artigo Constelação Familiar PÓS GRADUAÇÃO
OBJETIVO DA INVESTIGAÇÃO
A METODOLOGIA
DESCRIÇÃO DO TRABALHO
Graham Greene
1
Mello, (2000);
2
(WHO, 2012).
servir como mais uma ferramenta de prevenção e tratamento do suicídio, como
veremos mais adiante. (capítulo ????).
Não é possível encontrar entre os autores uma unanimidade sobre a melhor
maneira de classificar o comportamento suicida. “Atualmente, o suicídio é visto como
um comportamento humano complexo. Inclui uma gama de atitudes, cognições e
comportamentos, cujos limites são vagos e imprecisos, e que nas últimas décadas
tornou-se um grave problema de saúde pública3”.
Na Inglaterra do século XVII, surgiu a palavra suicídio pela primeira vez na obra
de Thomas Browne: Religio Medici. Porém, etimologicamente, a palavra suicídio vem
do latim, através da derivação de duas outras: sui (si mesmo) e caedes (ação de
matar), significando: ‘morte de si mesmo’4.
Wasserman5 conceitua o suicídio como um processo complexo que varia de
um pensamento suicida, que pode ser comunicado de formas verbais ou não verbais,
ao planejamento do suicídio, a tentativa de suicídio, e no pior dos casos, o próprio
suicídio. O comportamento suicida é influenciado por uma interação de fatores
biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, ambientais e situacionais.
Dentro destes conceitos incluem-se o termo ideação suicida. Trata-se de
pensamentos de morte, de dar cabo à vida, de exterminar com um sofrimento ou
desespero profundo. Parece que há uma evolução de ideação suicida (pensamento),
para as tentativas de suicídio (atos sem sucesso) e suicídio consumado (ato com
sucesso/morte).
Assim, a ideação suicida pode evoluir para ameaças ou tentativas de suicídio -
fatores considerados como melhores preditores do comportamento suicida 6. Tais
comportamentos podem receber motivação através do ler ou saber notícias sobre
tentativas de suicídio e suicídios consumados, principalmente os realizados por
pessoas famosas7.
Na visão de Cassorla8 a conceituação do suicídio deve incluir um contínuo.
Uma graduação de comportamentos que podem iniciar nos pensamentos de
autodestruição, passando por ameaças, tentativas de suicídio e culminando na
concretização do ato fatal, o suicídio consumado.
Porém, existe claramente uma dificuldade de delimitar com precisão o que é,
3
(Meleiro e Bahls, 2004, p. 13).
4
(Meleiro e Bahls, 2004).
5
Wasserman (2001) apud WHO (2012).
6
(Bahls e cols., 2003; Mann, 1997 apud Meleiro e Bahls, 2004, p.22). VER CITAÇÃO BAHLS E COLS?????????????
7
Em 1774 o livro de Goethe Die Leiden des Jungen Werthers (Os sofrimentos do jovem Werther), no qual o
protagosnista se mata por causa de um amor frustrado, provocou uma onda de suicídio e o romance foi proibido na
Inglaterra. Baseando-se neste episódio Phillips (1974) batizou o fenômeno como o “efeito Werther”. PROCURAR
REFERÊNCIA SOBRE ISSO!!!!!!!
8
Cassorla, (2004)OK
de fato, uma tentativa de suicídio. Esta tarefa complexa depende de múltiplos fatores.
Embora o grau da manifestação da intenção de morte, o método empregado e a
gravidade médica do ato sejam importantes, deve-se levar em conta que a intenção de
morrer pode ser inconsciente9, ou seja, a própria pessoa desconhece o verdadeiro
desejo de dar cabo a vida. São os chamados equivalentes suicidas10, que são atos
que colocam a vida da pessoa em risco. Tais comportamentos são movimentos
inconscientes para a morte.
O fator inconsciente também é reforçado por Hellinger11. Ele entende que a
maioria dos atos são realizadas de forma inconsciente, através do amor cego, dos
emaranhamentos, da necessidade de expiação e dinâmicas ocultas como: “Antes eu
do que você”; “Eu sigo você”; etc12. COLOCAR TODAS DINÂMICAS POSSÍVEIS.
Observa-se também que em uma tentativa de suicídio há duas tendências,
combinadas em graus variados. Mescla-se a vontade de autodestruição, com a
vontade de que as pessoas tenham sentimento de compaixão. Para tanto, as ações
devem reagir de forma compatível com esses sentimentos13.
Paradoxalmente, manifesta-se que a pessoa não quer nem viver, nem morrer e
sim as duas coisas - morte e vida simultaneamente - sinalizando a ambivalência do
ato. É justamente por causa deste duplo que não é incomum a impressão de que foi
deixada por conta do destino a possibilidade de alguém chegar, ou não, a tempo para
o salvamento:
Por causa disso, sempre haverá dúvidas se uma tentativa de suicídio é ou não
uma simulação e/ou tentativa de manipulação. Conceituada por alguns autores de
parasuicídio15. Não obstante, mesmo nestes casos surgem perguntas sobre qual a
motivação para pessoa escolher um determinado meio ou artifício para o ato suicida e
não outro16. Lembrando que, geralmente, há uma “sequência progressiva de atos
autoagressivos que começam com uma simulação para chamar a atenção, e terminam
9
Resmini, 2004
10
Resmini (2004):
11
Hellinger (2005, 2006, 2007???????????).
12
Conceitos apresentados na ´páginas tal deste artigo.
13
Resmini, 2004
14
(Resmini, 2004, p. 37 – GRIFO MEU).
15
Meleiro e Bahls, (2004) citam Thonpson e Bhugra (2000)
16
Resmini, 2004
com o suicídio completo17”
Muito por isso, concordo com a postura de supervalorizar todos os atos de
autoagressão18, devido ao potencial risco embutido nesses atos. Eles fazem urgir a
necessidade de medidas protetivas e fornecem uma oportunidade de mobilizar
recursos no indivíduo e sua família.
Antes de tudo, é preciso conhecer os processos socioculturais implícitos na
construção do ato suicida e a interpretação social do suicídio. Um ato que se
manifesta individualmente, mas que é construído e reconstruído através de uma
intercomunicação social e individual19. Corroborando com isso, Romo20 aponta que
embora o suicídio pareça ser um ato individual, ele é um acontecimento social, pois
não afeta somente a família onde ocorre a morte, mas também ao grupo ao qual
pertencia o suicida.
Aprofundando o tema, ao se considerar o suicídio pelo prisma social e familiar,
isto é, como um comportamento coletivo que se mostra e que se manifesta através de
atitudes individuais. Pode-se entendê-lo como uma caricatura de uma sociedade
suicida, que é denunciada individualmente através das tentativas de suicídio ou pelos
suicídios consumados. Assim, os suicidas seriam sujeitos que se apropriam de um
sintoma, tornam-se bodes expiatórios das famílias, das instituições e da sociedade.
COLOCAR HELLINGER.
As estatísticas atuais apontam um número assustador vítimas do suicídio.
Quase um milhão de pessoas, no mundo, se suicidam por ano. Os jovens se tornam
cada vez mais vulneráveis a comportamentos suicidas. Em todo o planeta o suicídio é
uma das 3 causas principais de morte entre o grupo de maior produtividade
econômica: a população de 15 a 44 anos e a segunda causa de morte no grupo que
vai de 15 a 19 anos de idade 21. Isto revela que esta é uma realidade grandiosa em
cifras e sem barreiras sociais, econômicas ou geográficas.
Conforme o Ministério da Saúde22 o Brasil possui uma baixa taxa de suicídio,
porém, como é um país muito populoso, sua posição no ranking mundial atinge o 9º
lugar, considerando os números absolutos. No ano de 2004 foram registrados 0,8% de
óbitos através do suicídio. Este número não apresenta uma realidade total do
problema, pois no país há uma grande deficiência por causa da subnotificação 23 dos
17
(Robbins e Alessi, 1985 apud Resmini, 2004, p. 3).
18
Pfeffer (1991) apud Resmini (2004)OK,
19
Garcia, Eduardo, et al (2011)
20
Romo (2010) CONFERIR DATA
21
WHO (2012).
22
Ministério da Saúde (2006)
23
Subnotificação são os casos que não foram notificados oficialmente pelos serviços competentes. No caso do suicídio
completo, seria a não notificação do hospital/agente de saúde a respeito da verdadeira causa da morte, o suicídio.
Muitas vezes é notificado a motivo da morte, por exemplo: por afogamento, queda, etc.
casos.
Para entendermos, amiúde, estes números a OMS24 que detalha, no ponteiro
do relógio, os casos de suicídio: uma pessoa se suicida a cada 40 segundos e cada 3
segundos existe uma tentativa de suicídio. Ainda, para cada suicídio completo, existe
mais ou menos, em torno de 10 outras tentativas sérias, que levam o indivíduo a
receber cuidados médicos. Para cada registro de tentativa de suicídio, ocorrem outras
quatro não oficializadas. Os suicídios completos causam impacto desastroso ao redor
de pelo menos mais 6 pessoas. Resultando de maneira imensurável em
consequências psicológicas, sociais e financeiras para as famílias e comunidade em
geral.
A pessoa que tenta suicídio vem sofrendo por algum tempo, longo ou curto,
sem encontrar uma maneira de resolver o problema ou de sair do obscuro lugar onde
se encontra. Conforme demonstram as estatísticas os que já tentaram suicídio têm
muito mais possibilidades de chegar ao suicídio consumado, do que aquelas que
somente pensaram em se matar, mas nunca chegaram a efetivá-lo. Quanto mais
tempo passe uma pessoa pensando e planejando sua morte, mais perto ela se
encontra do suicídio25.
Em relação aos jovens Resmini26 mostra que quase um terço dos jovens que
tentam suicídio, reincidiram no ato e que 40% dos que suicídios consumados possuem
um histórico de tentativas anteriores. Estes dados sinalizam dois aspectos
contraditórios: O negativo – as tentativas que não levam ao óbito revelam um forte
fator de risco, no sentido de que sinalizam um prognóstico mais grave e letal; O
Positivo – estes atos servem como um sinal de alerta para o sofrimento do jovem a
necessidade de mudança e de que algo precisa ser feito. É um indicativo de que ainda
há tempo.
É comum ficarmos a imaginar o que motivaria uma pessoa jovem atentar
contra a própria vida. A princípio, devemos analisar o que significa a morte para este
adolescente. Entender que o mistério da morte pode ser concebido como de variadas
maneiras dependendo da cultura, religião e vivência da família de origem e do sistema
familiar amplo. Algumas famílias não tiveram contato com a morte, outras possuem
uma relação próxima e direta através das perdas que tiveram. Ainda, há aquelas que
através da religião e da espiritualidade conseguem ressignificar a morte como algo
positivo, uma libertação. Contrariamente, dependendo da crença, a morte pode indicar
uma danação eterna.
Outro ponto importante é o de considerar a morte como meio de vingança ou
24
OMS (2001)
25
(Romo, 2011)
26
Resmini (2004)
autoexpiação. Nestes casos, o suicida toma em suas mãos o controle da situação e
encontra, na vida ou na morte um triunfo, conquistando a ilusão da vitória. Seguindo
este pensamento, Hendin27 elenca 5 atribuições que as pessoas que pensam em se
matar lançam sobre a morte, são elas:
A morte como um renascimento – acreditando que a essência do ser vive
para sempre e que seria possível viver em outro corpo ou em outra forma onipotente
de existência. Portanto, a morte não seria simplesmente uma fuga da crise, antes é
um passaporte para a glória e redenção;
A morte como reencontro com as pessoas que já partiram – da mesma
forma a morte é negada, mas com a crença de que vivem em outro plano espiritual as
pessoas que morreram. Assim, a pessoa oferece a si uma oportunidade do reencontro
com os seus.
A morte como meio de vingança e punição – neste caso, o suicídio é uma
forma de causar dor e sofrimento aos que ficaram. Principalmente, por estes não
terem correspondido às expectativas do suicida. Em suma, por não tolerarem a
frustração.
A morte como ameaça de retaliação a um abandono sofrido – aqui é a
absoluta ilusão de domínio sobre o outro. Viver ou morrer vai depender do outro. Em
caso de ameaça de rompimento do vínculo importante, amoroso ou não, a pessoa age
como se tivesse uma ‘saída de emergência’, a morte. É como se dissesse: ‘antes que
você me abandone, eu abandono você’. Desta forma, o suicida sempre dá a palavra
final, impedindo o abandono através do sentimento de culpa ou triunfa ao causar
sofrimento para aquele que ameaçou abandonar.
A morte como autopunição – a pessoa sente culpa por ter cometido falhas,
reais ou imaginárias, e a culpa desencadeia a necessidade de auto castigo.
Conseguindo com isto dois ganhos: vingar-se do objeto de amor (aquele com quem
falhou) e quitar sua dívida através da expiação, numa atitude narcisista. No caso de
adolescentes que se impõe expectativa exageradas, muitas vezes para responder ao
perfeccionismo dos pais, buscam a expiação como caminho.
Diante disso, “Como se pode perceber, um indivíduo que tenta suicídio busca
atingir ‘vários alvos com o mesmo tiro28’”.
27
Hendin (1991) apud Resmini (2004)
28
Resmini (2004, p. 84)
familiar. Faz-se necessária uma abordagem que possua uma visão positiva da
tentativa de suicídio, que o entenda como um aviso. Compreendendo que por trás de
um ato suicida há sempre uma mensagem, uma comunicação29.
Silva (1992) PROCURAR REFERENCIA!!!!!!!, percebe o suicídio como um ato
de comunicação. O suicida noticia algo para uma sociedade que o impediu de
comunicar-se de outras formas. Muitos adolescentes se expressam de forma direta ou
indireta através de bilhetes, falas, isolamento e intolerância à dor. Contudo, esses
indícios muitas vezes não são percebidos ou são até mesmo negados por familiares,
amigos ou pessoas próximas.
‘Escutar’ o que um comportamento suicida está tentando comunicar não é uma
tarefa fácil. Principalmente, porque requer que venhamos a ‘calar’ nossas discussões
internas e nossas interpretações, padrões e condicionamentos que podem nos
ensurdecer.
Paradoxalmente, na concepção das Constelações Familiares, o ouvir no
sentido literal, pode ser um erro. O melhor termo seria a percepção, ou como prefere
Hellinger30: enxergar/ ver. Para o citado autor há uma diferença essencial entre o ouvir
e o ver no processo terapêutico. Através do ouvir e do ouvi dizer surge uma ideia
desconectada da realidade e essa realidade distorcida atua como algo obrigatório. É
como alguém que recebe um diagnóstico errado e começa a sentir todos os sintomas
da doença inexistente. Contudo, para estar ligado na percepção, no que se mostra e
se enxerga é preciso renunciar as ideias que surgem mediante o ouvir.
29
(Resmini, 2004).
30
(Hellinger, 2007b)
[...] as Constelações familiares se apóiam nas estruturas
teóricas dos aportes da Abordagem Sistêmica e incorporam os
princípios da Concepção Sistêmica nos conceitos de
interconectividade e inter-relacionamento das partes com o todo
formando uma intrincada e complexa rede de relações comunicantes.
As Constelações Familiares mostram o processo evolutivo sistêmico
nos movimentos de “repetição com diferença” apoiados na
multigeracionalidade e nas lealdades vinculares, quando da básica e
vital, busca de pertencimento do indivíduo a seu grupo familiar31.
31
GONÇALVES E ROCHA 2013, p. 39. Esta obra traz uma integração dos aportes da Concepção Sistêmica, da
Terapia Familiar Sistêmica e das Escolas Humanistas com os fundamentos das Constelações Familiares. Abordando
os aspectos similares e consonâncias dessas distintas vertentes.
32
Satir (1977)
33
Minuchin (1982)
34
Fishman (1996, p.21).
possui recursos para manutenção de seu equilíbrio sacrifica algum componente como
forma de lográ-lo35.
O ‘bode expiatório’ significa o indivíduo a quem se lançam todas as culpas 36. O
termo surgiu no contexto judaico, durante a peregrinação do povo judeu pelo deserto,
após a saída do Egito no ano de 1250 a.C., conforme o relato do Livro de Levíticos
16:20-22:
35
Bergman (1996),
36
Bueno (1986) FALTA REFERENCIA DICIONÁRIO
37
BÍBLIA ANOTADA (p.161).
38
Bergmam (1996)
39
(Desidério,1993, p. 20).
40
Canevaro (1979); Haley (1976); Bateson (1972); Ackerman (1956); Lidz et al (1957) e Bowen (1966).
41
(Desidério,1993, p. 08).
às vezes sabotavam o tratamento do PI e em outras que colaboram com ele. A família
resiste à mudança e joga toda responsabilidade pelo ‘incômodo’ sobre o PI. Em
contrapartida, o portador do sintoma aumenta os esforços para atrair mais ainda a
‘patologia’ sobre si, aumentando a tensão familiar e as críticas.
Podemos perguntar o porquê deste mecanismo, uma vez que o sintoma pode
trazer sofrimento a toda família. Porém, o importante não é o 'porquê' e sim o 'para
que' das coisas, isto é: Qual a função de tal sintoma? O porquê das coisas é um
pensamento reducionista, nos leva a ingenuidade de que se soubermos as causas
teremos controle sobre as respostas. Na visão sistêmica não existe uma causa que
desencadeia fatos, mas uma infinidade de causas que desencadeiam situações, que
irão desencadear outras e outras. A questão primordial é entender os sintomas,
famílias, relações psicoterapêuticas e como circuitos de retroalimentação. O
comportamento de cada indivíduo afeta e é afetado pelo comportamento do outro42.
Neste caso, a resposta encontra-se no ganho secundário. A família sofre, mas
não precisa enfrentar suas mazelas mais profundas e utiliza-se de um sintoma
podendo eleger um 'culpado' que, em geral, é o filho 'problemático', o mais ‘frágil’.
Assim, o ponto fundamental para mudança é desviado, o conflito familiar permanece
oculto, a família volta toda sua atenção ao 'problema' e o filho portador do sintoma vive
a ilusão de que pode ‘salvar’ a família ou, mais especificadamente, o casamento dos
pais, ou seja, mantê-los unidos43.
A função do sintoma também é observada por Rosset44, porém, de forma um
pouco diferenciada. Ela considera que os filhos sofrem com os problemas dos pais,
estejam eles separados ou não. Ela afirma que o que leva os filhos a fazerem
sintomas, usar drogas ou adoecerem não é a separação dos pais, mas sim, o padrão
de funcionamento da família. “(...) Os filhos adoecem para ter pais e não unir um
homem e uma mulher45”. Aliás, ela também endossa que os conflitos conjugais podem
gerar sintoma nos filhos. Para entender essa aparente contradição, precisamos
entender que a autora defende que a separação do casal pode não levar a um
sintoma, se a função paterna permanecer sem grandes alterações. O que pode gerar
sintomas é quando o pai e a mãe estão ‘juntos’, ‘casados’, morando de baixo do
mesmo teto, mas não estão disponíveis um para outro e nem para os filhos.
O ponto paradoxal da homeostase se estabelece no fato de que ela não está
somente imbuída de equilibrar a disfuncionalidade do sistema. Ela conserva também a
possibilidade de mudança como meio de manutenção da vida. Sendo assim, a
42
(Watzlawick, 1993).
43
(Satir, 1977).
44
Rosset (2003),
45
Rosset (2003), (p. 116).
homeostase não pode ser entendida como uma força paralisadora, ao contrário, ela
pode ser uma proteção que permite desenvolvimento e mudança46.
O bode expiatório, portador do sintoma ou o chamado de PI (paciente
identificado), tende a ter todas as atenções voltadas para si e muitas vezes este se
torna o tema central do sistema familiar, que o responsabiliza pela angústia e
sofrimento que enfrenta. Sendo assim, mesmo que desagradável, o sintoma, é
funcional para todos e surge um impasse que gera mais estresse familiar, uma
ambivalência: livrar-se do problema ou se utilizar dele. Dessa forma, o filho
problemático é extremamente funcional para a família e o PI, em contrapartida, pode
vitimizar os pais para obter ganhos secundários47.
A partir dos anos sessenta, estudiosos entenderam que o suicídio deveria ser
abordado, inclusive, considerando-se o relacionamento familiar. E nos anos noventa
muitos investigadores passaram a sugerir que os conflitos familiares estavam
relacionados com as tentativas de suicídio, isto é, atuando como um importante fator
de risco para o suicídio. Entretanto, a presença da instabilidade familiar, do
rompimento de relacionamentos sociais e do insucesso nos esforços para resolução
de problemas nas famílias não são fatores que certamente levarão ao comportamento
suicida. Por isso, quando há esse comportamento dentro das famílias, deve-se
considerar a possibilidade de que são as características intrínsecas, dessas famílias,
que influenciaram na eclosão do ato suicida48.
Garcia, Eduardo, et al49 apresentam uma pesquisa que aponta que 42% dos casos de
tentativas de suicídio entre os adolescentes é causado por problemas familiares, mais
especificadamente, devido aos conflitos entre filhos e pais. Alguns adolescentes fazem uma ou
várias tentativas, com a intenção de mover emocionalmente o sistema familiar, objetivando a
mudança. Mas, em muitos casos, se suas tentativas não resultam em um efeito positivo e nada
muda após a crise, mais cedo ou mais tarde ao tentarem novamente o suicídio, conseguirão
consumá-lo50.
Confirmando estes dados, muitos jovens explicam as tentativas de suicídios em
função de vínculos familiares fragilizados ou desvirtuados e relações afetivas desfeitas
ou não correspondidas. Isto pode, simbolicamente, significar frustração afetiva,
familiar, relacional, social e cultural51.
A maneira como a família se comunica é um fator relevante para compreensão
dos comportamentos suicidas. O duplo vínculo (Double bind) foi cunhado por
46
Akerman (1999 FALTA citação completa -).
47
Satir (1977).
48
(KrügerI e WerlangII, 2010).
49
Garcia, Eduardo, et al (2011),
50
(Romo, 2011)
51
(Hildebrandt, Zart e Leite, 2011).
Gregory Bateson em 1956. Ele expressa a qualidade dos relacionamentos
contraditórios, onde duas pessoas estão ligadas tão fortemente e emocionalmente,
que não conseguem se desvincular. Elas expressam comportamentos de afeto e
agressão, amor e ódio, simultaneamente. É esta comunicação paradoxal que recebe o
nome e comunicação de duplo vínculo. Nesta relação há uma chantagem afetiva,
dois canais de comunicação uma afirmado pela fala e outro pela face e postura
(metacomunicação). Um exemplo disso pode ser a frase. ‘você é livre para ir quando e
onde quiser meu filho. Por favor, não ligue se eu chorar, se minha vida se acabar
diante disto’ – diz a mãe com uma expressão de sofrimento52.
Esta comunicação, devido à incongruência, pode levar o adolescente do
desespero para o suicídio. Fishman53 cita Bateson, Jackson, Haley e Weakland (1956),
que ao escrever sobre a esquizofrenia, contam uma história de um mestre zen que
retrata bem este tipo de comunicação cujo conteúdo é um discurso paradoxal e
enlouquecedor: “O mestre segura um bastão sobre a cabeça do aluno e diz: ‘se
você disser que o bastão é real, eu vou bater em você. Se você disser que o bastão
não é real, eu vou bater em você. Se você não disser nada, eu vou bater em você”. De
igual maneira, o adolescente com comportamento suicida, que experimenta um
contexto paradoxal, pode sofrer maior desorientação no momento em que procura
ajuda e confirmação. As premissas essenciais do self são minadas e é esse
desnorteamento, do qual não se escapar, produz o desespero suicida. Restando como
única solução a dissolução do self54.
Conforme KrügerI e WerlangII55 as relações das famílias inseridas no contexto
suicida, são fundamentadas em torno de histórias opressoras construídas por longa
data, através das gerações, e impedem o desenvolvimento de autonomia e
continuidade.
Na perspectiva de Bowen56 existe dentro de nós a nossa família de origem e os
conflitos não resolvidos por ela. Isso gera a possibilidade de repetição. Ou seja, aquilo
que ficou sem solução pode se repetir, na atualidade, com outra roupagem e com
outras relações familiares.
A perpetuação de padrões transmitidos pelos legados de geração em geração
é encontrada nas culturas mais diversas. A transmissão transgeracional dá identidade
à família e elucida o sentido das idiossincrasias, transações e negociações que
marcam o modo de funcionamento familiar da última geração57.
52
QUAL A REFERÊNCIA?????????????
53
Fishman, (1996, p. 163)
54
Fishman, (1996
55
KrügerI e WerlangII (2010)
56
Martins (2005)
57
Wagner e Falcke (2005, p. 25). VER QUAL É A REFERENCIA CERTA!!!!!!!!!
Dentro de cada sistema familiar existe uma linguagem, um 'idioma' que
estabelece a comunicação intergeracional que é repassa da pelos pais aos filhos. Cujo
conteúdo compartilha as dificuldades, anseios e angustias. Contudo, mesmo
certificando-se do quanto às experiências e vivencias da família de origem estão
presentes, influenciando e controlando os comportamentos atuais, poucas pessoas
são conscientes disso58.
Wagner e Falcke59 expõem elementos apresentados por diversos autores, que
servem como condutores dos fenômenos transgeracionais. Eles nos capacitam a
compreender a complexidade dos sistemas familiares. São eles: lealdades, valores,
crenças, mitos, segredos, ritos/rituais e legados. Explicitados a seguir:
As lealdades são forças que permitem as pessoas tornarem-se membros
efetivos do grupo, confirmando seu pertencimento. Em contrapartida, exigem que os
mandatos do sistema sejam cumpridos cabalmente, através do comprometimento
ético. Visando assim, criar um vínculo de ligação entre os membros do sistema e
também a transgeracionalidade.
Já os valores. São os aspectos que correspondem à ideologia do sistema
familiar, explícitos ou implícitos, que são passados aos seus descendentes. A base da
identidade familiar é chamada de crenças. Trata-se de um conjunto de pressupostos
que qualificam ao que é certou ou errado e, consequentemente, o que deve ser
incorporado, ou não, pela família.
Os mitos intencionam assegurar a coesão da família. Amenizam, disfarçam ou
encobrem a realidade penosa, por isso. Possuem um componente fortemente
inconsciente, pois são sistemas explicam os aspectos pesados da vida que,
conscientemente, seriam difíceis de serem assimilados ou aceitos.
Os segredos violam a regra que exige que todas as informações sejam
disponibilizadas ao grupo. Implicam em atos encobrimento dos eventos ou
sentimentos que se afastam dos padrões familiares e sociais, ou que têm a ver com à
privacidade da pessoa. Eles reforçam as fronteiras do sistema.
As cerimônias com regras determinadas que possuem a finalidade de transmitir
os mitos familiares e ensinar sobre os valores, atitudes e comportamentos são
chamados de ritos e rituais. Eles marcam as transições do ciclo evolutivo vital da
família.
Elementos que clarificam e transmitem às gerações subsequentes os principais
aspectos da família atual, objetivando a continuidade, são apontados como legados. É
58
Costa (2000) apud Wagner e Falcke (2005)
59
Wagner e Falcke (2005, p. 40 e 41) apresentam o Quadro conceitual e diferencial dos fenômenos
transgeracionais. Citando Boszormenyi-nagy e Spark (1973); Cerveny e Berthoud (1997); Dallos (1996); Ferreira
(1963); Andolfi e Angelo (1989); Ríos Gonzáles (1994); Imber-black (1994); Carpenter e Treacher (1993); Imber-black,
Roberts e Whithing (1991); Bennet, Wolin, Mcavit (1988) e Steinglass et. al. (1989).
uma espécie manual instruções, que indica a maneira como se deve edificar a família
da geração seguinte.
Conforme as Constelações Familiares, de que foi dito até agora, temos apenas
a ponta do iceberg. Muitas dinâmicas podem estar por trás dos atos suicidas. Muito
por isso, é necessário aprofundar o assunto. Apresentamos agora o que pensamento
de Bert Hellinger.
Manné (2008) fala sobre a fidelidade dos filhos e do amor louco. A lealdade
dos filhos aos pais pode ser tão exacerbada que muitas vezes pode levar a morte.
Para expiar a culpa dos antepassados e encontrara equilíbrio eles podem se sacrificar.
Todo esse processo não é consciente.
MORTOS
componentes do sistema.
“Os mortos fazem parte do nosso sistema, independente da vida. Assim é com nossos
ancestrais, com nossos iguais e com os que continuam através de nós, nossos filhos.
Todos juntos no amor, quando a consciência é maior’’. (GONÇALVEZ, 2013, p. 13).
Hellinger (2005a) assinala que a filosofia cartesiana postula uma liberdade que
é desmentida através da técnica das constelações familiares, pois conferem ao sujeito
uma posição e valor que o isolam do seu ambiente ao redor. Para ele as pessoas as
são influenciadas e marcadas pelos pais, mas eventualmente são enredados,
inconscientemente, nos “destinos61” de outros membros das famílias, de gerações
anteriores.
Em um texto que causa espanto Hellinger (2005) relata que a imagem do céu como um
lar, um local onde não há dor e sofrimento, é a causa das doenças graves, acidentes ou
suicídios na comunidade de destino63. E que a terra, no sentido de realidade pode reverter
estes infortúnios:
61
EXPLICAR O CONCEITO DE DESTINO E ERROS DE TRADUÇÃO – VER PG 31 32 DO NO CENTRO SENTIMOS
LEVEZA MUITO BOM!
62
BOEING, Vera. Prefacio. In GONÇALVEZ, Marusa Helena da Graça (2013.)
63
Explicar termo destino e comunidade de destino, ver pg 21 religião psicoterapia e ....
O amor do ajudante:
[...] O grande amor é sereno. Ele deixa algo ser como é sem preocupação ou desejo de mudar.
Isso vale também para mim mesmo. O grande amor a mim mesmo é sereno. Ele me deixa ser
como sou, sem o desejo de que fosse diferente ou tivesse sido diferente”. (HELLINGER,
2005b, p.120)
Precisamos estar centrado no vazio e submeter nos com humildade. Através desta
conexão emergem imagens de solução as quais seguimos. Apesar disso, enquanto
facilitadores podemos cometer erros. “Mas os erros se regulam através do eco que vem.
Portanto, o terapeuta não precisa ser perfeito nessa postura. Ele também não se arroga
superior. [...] é a humildade que desempenha aqui um importante papel, essa ausência de
intenção que concorda como doente assim como ele é, que concorda coma sua doença, assim
como ela é, concorda com seu destino, assim como ele é. Ninguém é mais forte para vencer
o seu destino do que aquele a quem ele pertence. O terapeuta é apenas aquele que está ao
seu lado e, em sua presença, o cliente desenvolve suas próprias forças. Mas é esse não-
interferir, esse apenas estar ao lado, que atua”. (HELLINGER, 2006b, p. 94, GRIFO MEU).
Uma dinâmica que causam acidentes, doenças, suicídios é o desejo de expiar a culpa.
Hellinger (2005a) classifica a culpa de duas formas. A primeira é a falsa culpa. Esta foi obra do
destino, não houve interferência da pessoa. Por exemplo, aborto espontâneo, enfermidade,
deficiência ou morte prematura, etc. A outra é a culpa verdadeira. Ela possui uma
responsabilidade pessoal como, por exemplo, dar uma criança, abortá-la ou causar algo
nefasto a outros.
Conforme Hellinger (2005a) o simples ato de expiação não causa libertação. Pois
quem tenta expiar quer se livrar da culpa e assim, satisfaz somente a necessidade de
compensação. Porém, ao assumir a culpa podemos encontrar um abrigo. Para abandonar os
comportamentos infantis, devemos abandonar o desejo da inocência. Só podemos nos tornar
adultos assumindo a culpa.
Hellinger (2007b) diz que cada família possui uma alma comum que obedecem
a três ordens basilares, chamadas ordens da alma. São elas:
1- Todos dentro de um sistema, vivo ou morto, tem o direto de pertencer. Não
importa quem foi ou quem é essa pessoa. Se “boa ou má”, se “justa ou injusta”, se “assassina”,
se “imoral”, etc. Não importa o que fez ou não fez, esse direito lhe é assegurado: o pertencer.
“Porque o denominado mau é apenas um outro lado da diversidade, sobre a qual o bom pode
se construir. Sem o mau não existe o bom” (p. 46).
2- A compensação pelo não reconhecimento daquele que pertence. A
alma ou consciência da família procura restabelecer a ordem por meio da
compensação. Um membro posterior irá representar a pessoa excluída. Assim, o
sistema novamente terá que se conformar com a presença do bom ou mau. Atua
assim, uma coletiva compulsão à repetição.
3- Os que chegaram antes têm precedência perante aos que vieram
depois. “A alma consciência familiar observam principalmente o direito dos que vieram
antes e sacrificam os que vieram depois, para compensar. Se a precedência dos
anteriores é respeitada, os posteriores ficam livres” (p. 47).
AJUDAR PROFISSIONAMENTE
REPRESENTANTES
PRECONCEITOS DA CONS
A consciência julga e define as condições da manutenção e da perda
pertencimento. Julga com preconceitos determinando o que posso ou não fazer e
ainda não nos é permitido verificar esses preconceitos, pois a própria verificação se
torna uma transgressão a ser castigada. Assim, inconscientes disso tornamo-nos
escravos. (HELLINGER, 2011).
BOM e MAU
EMARANHAMENTO E DESTINO
Outro termo usado por Hellinger (2006c) é o emaranhamento fatal. É
considerado assim porque está além da vontade, do cuidado e da consciência da
pessoa. E enquanto permanecer inconsciente determinará o destino dos envolvidos.
Porém, pode alcançar cura: “As constelações familiares não apenas trazem à luz algo
até então oculto, elas indicam também caminhos para a solução. O ponto decisivo das
constelações familiares é mostrar o caminho para a solução de um emaranhamento e
conduzir os atingidos a esse caminho” (p. 11).
A ligação com os pais e ancestrais e a ação de inserção em algo maior tornam-
se um fonte de força para a mudança e cura. Hellinger (2006c)
“É um erro grosseiro pensar que os clientes querem livrar-se dos seus problemas.
Muitas vezes, só desejam que sejam confirmados”. (HELLINGER, 2007a, p.63).
“Nada pode superar a ordem, nem mesmo o amor”. (HELLINGER , 2007a, p.36).
“O suicídio é um mau substituto para a culpa e a responsabilidade. Esse tipo de
expiação é tão tolo quanto o efeito em si e bem mais fácil do que agir de modo
adequado.” (HELLINGER 2003, p. 275).
“O efeito das objeções hipotéticas sobre as soluções é o mesmo da foice sobre o trigo
que ainda não amadureceu.” Procurar...
“Na comunidade unida pelo destino, construída pela família e pelo clã familiar,
reina, portanto em razão do vínculo e do amor que lhe corresponde, uma necessidade
irresistível de balanceamento entre a vantagem de uns e a desvantagem de outros,
entre a inocência e sorte de uns e a culpa e desgraça de outros, a saúde de uns e a
doença de outros, a vida de uns e a morte de outros. Em razão dessa necessidade, se
um foi infeliz, o outro igualmente quer ser infeliz; se um adoeceu ou sente culpa, um
outro, saudável ou inocente, também fica doente ou se sente culpado; e se um
morreu, um outro, que lhe é próximo também deseja morrer. [...] Tenta-se pagar a
salvação do outro com a própria desgraça, a cura do outro com a própria doença, a
inocência do outro com a própria culpa ou expiação, e a vida do outro com a própria
morte. Hellinger, 2005a, p.22 e 23
Dinâmicas
“Antes eu do que você”
Essa é uma dinâmica em que a criança diz “antes eu do que você” assim
através do pensamento mágico tenta salvar a vida do pai ou da mãe ou outro indo em
seu lugar. Assim, ela faz sintomas podendo até mesmo chegar a morte. Essa é uma
compulsão de desaparecer e a solução para isso seria o filho(a) dizer “mesmo que
você vá, eu fico” Hellinger, 2005a
Outra dinâmica é “eu sigo você” em doença ou na morte. Neste caso a solução
seria dizer “eu vivo ainda algum tempo” Hellinger 2005a
“Todos nós retornamos à origem primeira. Seja como for que ela nos move e
forma, as diferenças são sempre finalmente abolidas. Enquanto elas persistem, a alma
pode entretanto antecipar o fim e sentir-se, apesar de todas as diferenças, igual a
todos os seres. Hellinger 2005a p.38
Hellinger 2005a diz que as doenças trazem uma mensagem, uma notícia
importante. Aquele que ouve e respeita o que lhe é comunicado, encontra a paz.
Sempre que ocorreu algo de trágico em uma família, alguém violou a hierarquia.
(HELLINGER, 2007a).
Tentar entender racionalmente não resolve. Hellinger (2007) explica que a
compreensão só é útil quando leva para a solução. Aquele que olha para o problema
possui uma visão reduzida e fica preso. Ao observar os detalhes e as minúcias,
perderá o todo. De forma contrária, quem olha para a solução, vê o todo e assim uma
saída. HELLINGER 2003 - Há um texto q fala da experiência x teoria p. 216 e da
influência negativa da psicanálise ao interpretar p.225.
HELLINGER 2003 – p. 305 “Sempre há um cantinho aonde o movimento vai se esconder
para escapar à mudança. Chamo a isso ‘síndrome do querer-saber-mais-que-o-necessário’.
Ocorre quando quero saber sempre mais em vez de permanecer com o movimento e agir de
conformidade com ele. No instante em que começo a tentar compreender, já não preciso agir.
A compreensão é o esconderijo para onde a energia da mudança desliza [...]”
Hellinger (2006) pontua que o que é de ajuda realmente o cliente, muitas vezes, é
apenas uma frase ou o fato de olhar em outra direção ou ainda o indicativo para um
passo decisivo.
REPRESENTANTES
“Algumas pessoas acham que, através do amor, podem superar os obstáculos e forçar
situações. Julgam que basta amarem bastante e tudo ficará melhor. Não fica!”.
(HELLINGER , 2007, p.59). tem algo similar em Hellinger, WEBER 2003 P. 63
Porém, os conflitos não podem ser solucionados apelando pela boa consciência dos
envolvidos. Porque as coisas mais terríveis podem ser feitas com consciência limpa.
(HELLINGER, 2007c, p. 15).
“Vou lhe dizer algo sobre a felicidade. Ela é sentida como perigosa,
porque traz solidão. O mesmo se passa com a solução: é tida como
perigosa, porque traz solidão. No problema e na infelicidade temos
companhia.
Mikhail Bulgakov
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
HELLINGER, Bert. A fonte não precisa perguntar pelo caminho: soluções para
casais. Patos de Minas: Atman, 2007; COLO CAR NA ORDEM A B C
HILDEBRANDT L.M., ZART F. e LEITE M.T. - Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2011 abr/
jun;13(2):219-26. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v13/n2/v13n2a08.htm. -
A tentativa de suicídio na percepção de adolescentes: um estudo descritivo
ARRUMAR DATA DE ACESSO
ROSSET, S. M. Pais e filhos: uma relação delicada. Curitiba: Editora Sol, 2003.
SATIR, V. Terapia do grupo familiar. 3 ed. Rio de Janeiro: VER ANO Satir
(1977)????????
BRASIL ECA
BRONFENBRENNER, U. A Ecologia do Desenvolvimento Humano: Experimentos
Naturais e Planejados. Porto Alegre, Artes Médicas, 1996.
______, F. A teia da vida: uma nova concepção científica dos sistemas vivos.
São Paulo: Editora Cultrix, 2000.
DEL PRIORE, M. História das crianças no Brasil. 2 Ed. São Paulo: Editora
Contexto, 2010.
FLORENTINO, M.; GÓES, J. R. de. Crianças escravas, crianças dos escravos. In:
História das crianças no Brasil. DEL PRIORE (Org.) 2 Ed. São Paulo: Editora
Contexto, 2010.
HELLINGER, Bert. Amor à segunda vista: soluções para casais. Patos de Minas:
Atman, 2006; CCCCCCCCCCCC
HELLINGER, Bert. A fonte não precisa perguntar pelo caminho: soluções para
casais. Patos de Minas: Atman, 2007; BBBBBBBBBBBB
HELLINGER, Bert. Conflito e paz: uma resposta. São Paulo: Cultrix, 2007;
CCCCCCCCCCC
HELLINGER, Bert. Êxito na vida, êxito na profissão: como ambos podem ter
sucesso juntos. Goiânia: Atman, 2011;
HILDEBRANDT L.M., ZART F. e LEITE M.T. - Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2011
abr/jun;13(2):219-26. Available from:
http://www.fen.ufg.br/revista/v13/n2/v13n2a08.htm. - A tentativa de suicídio na
percepção de adolescentes: um estudo descritivo
MANNÉ, J. As constelações familiares em sua vida diária. São Paulo: Cultrix, 2008;
ROSSET, S. M. Pais e filhos: uma relação delicada. Curitiba: Editora Sol, 2003.
ROSSET, S. M. Pais e filhos: uma relação delicada. Curitiba: Editora Sol, 2003;
SANDOVAL, M., Jóvenes del siglo XXI: Sujetos y actores en una sociedad en cambio:
Ediciones UCSH, 2002;
SATIR, V. Terapia do grupo familiar. 3 ed. Rio de Janeiro: VER ANO Satir
(1977)????????
WORLD HEALTH ORGANIZATION, Public health action for the prevention of suicide: a
framework. Geneva: WHO Press, 2012.
ABRAMO, H. W. Considerações sobre a tematização social da juventude no
Brasil. Revista Brasileira de Educação. São Paulo: n. 5, set/dez 1997.
BRASIL ECA
DEL PRIORE, M. História das crianças no Brasil. 2 Ed. São Paulo: Editora
Contexto, 2010.
FLORENTINO, M.; GÓES, J. R. de. Crianças escravas, crianças dos escravos. In:
História das crianças no Brasil. DEL PRIORE (Org.) 2 Ed. São Paulo: Editora
Contexto, 2010.
HILDEBRANDT L.M., ZART F. e LEITE M.T. - Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2011
abr/jun;13(2):219-26. Available from:
http://www.fen.ufg.br/revista/v13/n2/v13n2a08.htm. - A tentativa de suicídio na
percepção de adolescentes: um estudo descritivo
ROSSET, S. M. Pais e filhos: uma relação delicada. Curitiba: Editora Sol, 2003.
SANDOVAL, M., Jóvenes del siglo XXI: Sujetos y actores en una sociedad en cambio:
Ediciones UCSH, 2002;
SATIR, V. Terapia do grupo familiar. 3 ed. Rio de Janeiro: VER ANO Satir
(1977)????????
WORLD HEALTH ORGANIZATION, Public health action for the prevention of suicide: a
framework. Geneva: WHO Press, 2012.
REFERÊNCIAS
__________. F. A teia da vida: uma nova concepção científica dos sistemas vivos. São
Paulo: Editora Cultrix, 2000;
GRAY, J. Os filhos vêm do céu: técnicas positivas de educar filhos para que sejam
participantes , confiantes e sensíveis. Rio de Janeiro: ROCCO, 2003;
_____. Cognição, ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte: UFMG, 2001. Por uma
ecologia da aprendizagem... Educação Porto Alegre – RS, ano XXIX, n. 3 (60), p. 581
– 597, Set./Dez. 2006 597 QUAL A MTURANA CITAR ????
ROSSET, S. M. Pais e filhos: uma relação delicada. Curitiba: Editora Sol, 2003;
SANDOVAL, M., Jóvenes del siglo XXI: Sujetos y actores en una sociedad en cambio:
Ediciones UCSH, 2002;
WALSH, F., Fortalecendo a resiliência Familiar Editora. São Paulo: Roca, 2005;
______, F. A teia da vida: uma nova concepção científica dos sistemas vivos.
São Paulo: Editora Cultrix, 2000.
DEL PRIORE, M. História das crianças no Brasil. 2ª Ed. São Paulo: Editora
Contexto, 2010.
HALL, Stanley. Adolescência: sua psicologia e sua relação com a fisiologia, sociologia,
sexo, crime, religião e educação. Tradução WALL. W. D. Rio de Janeiro, 1904.
LOPES E FERREIRA (2010) Breve histórico dos direitos das crianças e dos
adolescentes e as inovações do Estatuto da Criança e do Adolescente – lei 12.010/09
Jacqueline Paulino Lopes* Larissa Monforte Ferreira** Revista do Curso de Direito da
Faculdade de Humanidades e Direito, v. 7, n. 7, 2010
MOURA, Esmeralda Blanco Bolsonaro de. A história trágico-marítima das crianças nas
embarcações portuguesas do século XVI. In: PRIORE, Mary Del (Org). História das
Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 1999.