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Resumo HD PDF
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No
Noçãoo de Ius
Como tende a acontecer com coisas difíceis, ainda hoje não se sabe concretamente a origem da
palavra Ius:
✓ Iussum (ordenar, preceituar): O Ius significaria que está preceituado ou ordenado.
✓ Yung: O Ius significaria aquiro que foi determinado pelos juízes em Assembleia, visto serem
estes a expressarem o pensar da comunidade.
✓ Ious:: Significaria que o Ius tenha a sua origem como algo procedente da divindade
✓ Iustum:: O Dr. Sebastião Cruz inclina-se para esta vertente. Logo Ius é tudo o que tem especial
relação com o justo.
Periodiza
Periodizaçãoo do Ius Romanum
Ao longo dos 13 séculos de existência do Direito Romano, destacam-se 4 etapas históricas.
Identificada a fase do seu nascimento ou da sua formação, que se apelida da fase arcaica, segue-se a
fase do seu desenvolvimento e auge que se chama fase clássica, à qual sucede a fase da sua
decadência e vulgarização denominada por pós-clássica. Por último, a fase da sua codificação, a
Justinianeia.
Diversamente no Império do Oriente, o Direito pós-clássico não conduziu ao direito vulgar, porque
devido à atividade do Imperador Justiniano, se travou o processo de decadência do Direito Romano.
Quando, em 753 a.c, Roma se constituiu como uma cidade, adota o modelo de organização chamado
Estado-Cidade.
Nascendo como Estado-Cidade, colocava-se de imediato o
Estado-Cidade:
É um agrupamento de homens problema da representatividade desse poder, que se encontrava
livres, estabelecidos sobre um repartido pelos vários membros da comunidade.
pequeno território, todos
dispostos a defendê-lo sobre
qualquer interferência estranha e O Rei
sobretudo onde igualmente A solução que se encontrava para este
todos detêm uma igual parcela problema constituiu a criação do cargo do Rei. Este cargo era vitalício,
do poder. ou seja, não era hereditário. No entanto, este só seria Rei após a
investidura pelo Populus Romanus, que se chamava Comitia Curiata.
Vai desde 510 a.c até 27 a.c, sendo o seu elemento caracterizador os Magistrados, pelo que
desaparece o cargo do Rei.
A partir do ano de 240 a.c., a administração da justiça foi distribuída por 2 pretores:
✓ Pretor Urbano, que tinha a seu cargo a organização dos processos cives, nos quais apenas
interviessem cidadãos romanos, ou seja, apenas se aplicava o Ius Civile.
✓ Pretor Peregrino, tinha a seu cargo a organização dos processos em que, pelo menos uma das
partes era Peregrini, ou seja, apenas se aplicava o Ius Gentium.
O povo romano, desmoralizado com os seus políticos, volta-se para Octávio César Augusto, pois
entendiam ser este o mais indicado para estabelecer a paz, a justiça, a moral, a política e a economia,
retirando o país do caos que se encontrava nos últimos tempos.
Este ficou conhecido historicamente pela sua habilidade política, e em consequência, pelo processo
estratégico que desenvolveu para centralizar em si todos os poderes sem romper abruptamente com
as estruturas políticas da República.
Octávio César, aproveitando-se de todas estas circunstâncias, instaura uma nova forma constitucional,
o principado.
4ª época política de Roma que decorre desde 284 d.C. até 476 d.C.
Corresponde ao período historicamente conhecido de baixo-império e é instalado em Roma pelo
Imperador Diocleciano.
Diocleciano subiu ao poder em 284 pois era um soldado severo, enérgico e autoritário. Este
inaugurou um novo regime político proclamando-se Dominus, senhor único de Deus. Auto intitulava-se
de Deus porque entendia que o poder provinha de uma investidura divina e não de uma Lex Curiata
D’Imperium.
Estabelece-se uma forte rivalidade entre este Imperador e o chefe da Igreja, em virtude do qual
Diocleciano ordenou uma violenta perseguição aos cristãos.
Fontes Manifestandi
O costume é a primeira fonte manifestandi, onde a sua fonte existendi é o populus romanum.
Existem 2 conceitos de costume que deve de ser distinguidos:
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Resumo hist. D 1º
Em Roma, até ao século IV d.C., o Costume era entendido na aceção de Mores Maiorum com o
seguinte sentido: “tradição de uma comprovada moralidade”. Assim, para os romanos, não existiam
bons ou maus costumes, dado que estes eram sempre honestos, morais e dignos de serem imitados.
A partir do século IV d.C., devido ao importante fenómeno e consequente automatização do Direito,
cria-se um novo conceito de costume enquanto fonte de Direito. A esse conceito chamava-se
consuetudo, que é uma palavra que surge na terminologia jurídica mais ou menos na época pós-
clássica, para traduzir a ideia de costume como observância constante e uniforme de uma regra de
conduta pelos membros de uma comunidade devido à convicção da sua obrigatoriedade jurídica.
Existe ainda o Usus, que é mais empregue com o significado de hábito de agir, sem que
isso constitua uma obrigação ou até um simples dever.
A lei assumia duas aceções distintas consoante se fundasse numa declaração solene baseada num
compromisso entre os sujeitos, ou num compromisso entre o órgão que elaborava a lei e a própria
comunidade.
À primeira chamava-se Lex Privata e ela consistia na base de diversos negócios jurídicos celebrados
enquanto vigorava o princípio de que aquilo que os sujeitos diziam valeria lei.
A segunda era a Lex Publica que era a lei comicial, isto é, a mais votada pelo povo reunido em
comícios.
Lex Rogata
como Lei Pública Terá sido a espécie mais usual de lei pblica e traduzia uma deliberação
Solene com valor normativo, proposta por um magistrado ordinário no
Poder de Potestas, votada após a respetiva votação pelo povo reunido
nos comícios das centúrias e depois aprovado pelo Senado.
Denominava-se Lex Rogata porque para se converter em autêntica lei necessitava de ser
favoravelmente votada pelo povo.
Leges Datae Estas leges admitem-se como segunda espécie de leges publicae.
São leis proferidas pelo magistrado, em virtude de um poder especial que
o povo, para esse feito, lhe conferiu.
Leges Dictae São leis proferidas por um magistrado em virtude do seu próprio poder.
Importante
Na sua tábua III regulamentavam-se as consequências resultantes do não
Cumprimento voluntário da obrigação jurídica de pagar por parte do sujeito
responsável pela divida.
SenatusConsultos
Desde a criação de Roma como cidade, as estruturas políticas romanas contavam com o Senado
como um dos órgãos titulares do poder de soberania. Todavia, até à fase do Principado, este não
dispunha de poder legislativo, pelo que os Senatusconsultos, até à referida fase, tinham a aceção de
respostas dadas pelo Senado às consultas que lhes eram feitas sobre determinadas matérias.
Foi na transição da fase da monarquia para a república que os Senatusconsultos deixaram de consistir
meros conselhos para se converterem em ordens.
A partir do século I a.c., a aceção de Senatusconsultos é, pois, a de leis produzidas pelo Senado.
À medida que as estruturas próprias do Senado se vão consolidando (1º Praefacio que contém o
nome do magistrado convocador e o nome dos senadores que intervieram na redação, e o lugar e a
data em que se celebrou a reunião do senado; 2º Relatio que narra os motivos e a proposta
apresentada, e ainda a sentença, resolução ou decisão aprovada), passam estes também a ser
manifestações da vontade do Imperador, posto que este, sempre que pretendia ver alguma matéria
convertida em lei, expunha oralmente as suas intenções ao Senado e as leis eram, por este órgão,
aprovadas quase sem prévia discussão.
O senatusconsultos tertullianum concede à mãe consanguínea, que realizou um matrimónio sine manu
(não estava submetida ao pater), ou que não é casada, o direito de suceder iure civile na herança dos
seus filhos, masculinos ou femininos, legítimos ou naturais (antes a mãe só herdava iure praetorium).
Uma questão prévia ao Direito sucessório é o Direito da família romana, pois o Direito sucessório está
feito à imagem da família romana.
EM SUMA – a herança distribui-se por grupos, nunca se passa por um grupo se estiver pelo menos 1
representante. Se for o único representante, recebe toda a herança; se houver vários representantes,
caso estejam todos no mesmo grau, ela é dividida, caso estejam em graus diferentes, o parente mais
próximo exclui o mais distante.
Este Senatusconsultum é assim denominado por ter sido porposto pelo côncul Velleus.
Proibiu a todas as mulheres a prática de intercessio a favor de qualquer homem. Isto é, proibi que elas
se responsabilizassem pelas dividas contraídas por um homem.
Existem 3 espécies de Intercessio:
Intercessio-
1) Intercessio Comulativa – quando alguém se
Em Direito Privado significa a
responsabiliza pela dívida de um terceiro conjuntamente
intenção favorável de intervir a
com ele.
A) Obrigação Correal, em que a intercessio favor de outrem.
Em Direito Público significa
comulativa consistia na prestação de uma garantia,
proibição.
um aumento da segurança de que uma dívida
será cumprida e de que o credor será satisfeito. É Neste caso, tratamos do
significado em Direito Privado
o reforço do cumprimento de uma obrigação e
esta garantia pode ser Pessoal ou Real.
- Garantia Pessoal dava ao credor uma garantia
do património do fiador e da sua própria pessoa.
Esta reúne-se em 2 grupos:
Adpromissio: surge um novo devedor (fiador) que se junta ao devedor principal,
existindo assim duas obrigações. As formas de adpromissio são:
- sponsio – forma solene de promessa, só própria dos cidadãos romanos, feita com
invocação dos deuses das partes negociantes
- fidepromissio – promessa feita com a invocação da deusa fides, admitida a cidadãos
quer sejam romanos ou não
- fideiussio – é um aordem que garantia qualquer espécie de obrigações, até mesmo as
obrigações naturais e futuras
Expromissio: surge um novo devedor, que substitui o devedor inicial, ao contrário da
adpromissio, só existe uma obrigação
- Garantia Real é o direito sobre uma coisa concedida a um credor para assegurar o
cumprimento da obrigação.
Esta reúne-se em 3 grupos:
Fiducia: verifica-se uma datio (tranferencia de propriedade) da coisa a favor do credor,
propriedade que deverá cessar assim que se efetue o cumprimento da obrigação
Pignus (penhor): verifica-se uma traditio (transferência de posse) da coisa a favor do
credor. O pignus é o direito que o credor tem de reter uma coisa alheia, para forçar o
devedor a cumprir a sua obrigação, quando é cumprida essa obrigação o devedor
recupera o que foi penhorado.
Hyphoteca: traduz-se numa especial afetação da coisa, ao cumprimento de uma
obrigação.
B) Privativa, quando alguém se coloca no lugar do devedor inicial, cuja obrigação se extingue
(expromissio)
C) Tácita, quando alguém se obriga para que outra pessoa, que naturalmente deveria ser o
devedor principal, não se obrigue.
A justificação da proibição da intercessio às mulheres foi baseada no facto delas serem ingénuas e
terem falta de experiência. Assim, os homens abusavam da sua ingenuidade e falta de experiência,
levando-as a ficar intercedentes das dividas contraídas por eles sendo obrigadas a pagar e, eram raras
as vezes que conseguiam reaver o seu dinheiro. Assim surgiu o senatusconsulto Velleianum, cuja
verdadeira finalidade era a proteção das mulheres contra o risco em que ficavam sendo intercedentes
dos homens.
A proibição da intercessio não anulava o negócio de intercessão feito pela mulher, ou seja, a
intercessão não era nula, e era válida, só que era totalmente ineficaz. Isto porque o pretor podia
inutilizar o pedido do credor ao mandar a mulher intercessora e até a própria mulher podia opor-se
quando mandada pelo marido. Se ela pagasse, ignorando a existência deste senatusconsultum, ou
fossem levadas a pagar, podia reclamar o que pagou, uma vez que a mulher não era obrigada, dado
que o negócio de intercessio era totalmente ineficaz.
Este senatusconsultum proibiu o empréstimo de dinheiro a todo o filiusfamilia, mesmo que ele
ocupasse um alto cargo, uma vez que se pressupõe que esse empréstimo seria para fins imorais. A
sua finalidade era a de evitar a devassidão dos filiusfamilias e protegê-los contra esse perigo.
Uma vez demandado a pagar, o filiusfamilia, por estar protegido por esta lei, podia recusar-se a tal
pagamento, invocando uma exceptio senatuscinsulti macedoniani. Com efeito, aqui, o pretor podia, logo
desde inicio, não conceder a actio ao credor, ou caso concedesse, poderia, mais tarde, conceder-lhe
uma exceptio que inutilizava a pretensão do demandante/credor (o filiusfamilia).
Constitui
Constituições
es Imperiais
As constituições imperiais eram leis do Direito Romano produzidas diretamente pelo Imperador e
podiam ser decisões de variadas matérias.
Após o século IV e até ao século VI d.c, período que historicamente ficou conhecido por Baixo-
Império, surgem mais 2 novos tipos de Constituições Imperiais:
1) Adnotaciones, eram Constituições Imperiais que consistiam numa nova forma de o Imperador
responder aos pedidos que lhe eram feitos, inscrevendo nesses mesmos pedidos um rescrito,
pelo qual concedia determinados favores, como o da isenção de impostos
2) Pragmaticar Sanctiones, que terão sido Constituições Imperiais de carácter regional.
Iusprud
Iusprudência
ncia
O Direito Romano era entendido como um problema prático em continuo processo de realização.
Com efeito, sendo um Direito profundamente comprometido com a Praxis social, realizava-se através
da resolução dos casos concretos. É neste contexto que deve entender-se o sentido de
Iurisprudêntia para os romanos.
Na verdade, a Iurisprudêntia romana, sendo a ciência do Direito, era também uma técnica, devido à
sua natureza de ciência pratica.
Cabia também à Iurisprudêntia ensinar os homens como alcançar o justo e evitar o injusto, pelo que
era uma ciência de natureza pratica.
Evolução da Iusprudência como Fonte do Ius Civile
Inicialmente a Iurisprudêntia romana tinha por função nuclear a chamada Interpretatio.
Com efeito, cabia aos estudiosos do Direito indicar quais as matérias que deviam ser juridicamente
reguladas, interpretar as normas existentes, indicar o seu carácter moral ou ético, e referir quando é
que a norma jurídica já não tinha qualquer razão de ser. Sendo assim, a Iurisprudêntia foi na realidade a
primeira fonte do Direito Romano.
Contudo, durante a fase da República, a atividade da Iurisprudêntia não era oficialmente uma fonte de
Direito, porque os responsa dos Iurisprudentes romanos nesta fase não tinham carácter obrigatório
nem vinculativo.
É com Octávio César Augusto que esse responsa ganham pela primeira vez um carácter
obrigatório e vinculativo.
Dado isto, dentro da sua estratégia de centralização de todos os poderes na sua pessoa, este
Imperador chamou para junto de si, e colocou ao seu serviço, os Magistrados mais inteligentes,
concedendo-lhes o prestígio que eles não dispunham anteriormente. Tal ocorreu através da atribuição
do Ius respondendi ex autoritates prínceps.
Evolu
Evoluçãoo Histórica da Iurisp
Iurisprud
rudêntia
Inicialmente, no período que vai até o Seculo IV a.C. em Roma o estudo do Direito era entendido
como um verdadeiro sacerdócio, porque era desprovido de qualquer carácter lucrativo.
Compreende-se, pois, que neste período inicial a Iurisprudêntia fosse uma atribuição exclusiva dos
sumos pontífices, apenas estes podiam ser Iurisprudentes. A partir do referido século. IV a.C., opera-se
o processo de laicização da Iurisprudêntia, devido essencialmente aos seguintes 3 fatores:
✓ Ao surgimento da Lei das XII Tábuas, que foi a primeira lei escrita do Direito Romano, e nasceu
de uma reivindicação dos plebeus por um regime de igualdade de tratamento com os patrícios.
✓ Ao ensino público do Direito Romano que ficou a dever-se ao primeiro plebeu a ter o cargo de
Pontífex Maximus (Tibério Coruncaneo).
✓ Ao chamado Ius Flaviano, isto é, à primeira colectânea de fórmulas processuais redigida em
Roma por um plebeu de nome Flávio, e que era escriva de um sumo pontífice de nome Apio
Cláudio.
Ius Praetorium
Aqui o Pretor é intérprete da Lei, mas sobretudo defensor do Ius e da justiça, interpretando o Ius Civle e
também corrigindo as suas aplicações injustas.
Ordens do Pretor (em poder d’imperium)
1) Stipulatio Praetoriae - A Stipulatio Praetoriae era uma ordem dada pelo Pretor para a resolução
de um litígio emergente de uma Stipulatio em cuja celebração não se havia observado algum ou
alguns dos requisitos de validade deste negócio jurídico exigidos pelo Ius Civile.
a) Ob Dolum
b) Ob Metum
C) Ob Aetatem
d) Ob Fraudem
e) Ob Errorem
2) Restituitiones inintegrum (RII) - É uma ordem dada pelo Pretor com base no seu poder
d’Imperium e que significa restituir por inteiro, ou seja, era uma ordem contrária à Stipulatio
Praetoriae, pois há um negócio jurídico injusto, mas válido.
a) Ob Dolum
b) Ob Metum
c) Ob Aetatem
d) Ob Fraudem
e) Ob Errorem
Ob Dolum-
Era a ordem que o pretor dava sempre que um negócio
jurídico tivesse deliberadamente induzido a outra à emanação da
sua declaração negocial com intuito de a prejudicar.
Ob Metum-
Era a ordem que o Pretor emanava, com vista a desfazer um
negócio jurídico celebrado sob coacção.
Ob Aetatem-
Era a ordem que o Pretor dava, com vista a desfazer um
negócio jurídico em que o sujeito lesado era um menor de
idade (24/25 anos).
Ob Fraudem-
É uma ordem emanada pelo Pretor com base no seu poder
dos bens do devedor.
Ob Errorem-
Era a ordem que o Pretor dava, com vista a desfazer o negócio
jurídico que um dos sujeitos tivesse celebrado porque se havia
enganado. Contudo, esse erro ou engano tinha de classificar-se
como desculpável, o que só acontecia se não tivesse existido
qualquer má-fé por parte do sujeito que se enganou.
3) Missions in possessuines - Era uma ordem dada pelo Pretor, com base no seu poder
D’Imperium e que funcionava como um modo de sancionar o cidadão romano que houvesse
desrespeitado uma outra ordem que lhe tivesse sido dirigida pelo Pretor.
4) Interdicta - Tratava-se de ordens dadas pelo Pretor, com base no seu poder D’Imperium que
se distinguiam das demais por terem um carácter provisório.
A principal função deste Magistrado consistia na resolução dos litígios concretos em que ambas as
partes eram Cives. Sempre que a sua intervenção fosse solicitada pelo sujeito, cujos interesses haviam
sido lesados na celebração do negócio jurídico, tratando-se de litígios em que ambas as partes tinham
cidadania romana, tal significa que o ordenamento jurídico, no seio do qual se encontrava a
regulamentação destes litígios era o Ius Civile.
Sendo assim, ao resolver o litígio sujeito à sua actuação, o Pretor, após análise dos factos, concedia
ou negava, ao sujeito, faculdades ou prerrogativas jurídicas que estavam consagradas no Ius Civile.