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Contabilidade Financeira Explicada
Contabilidade Financeira Explicada
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Cristina Gonçalves José Rodrigo
Dolores Santos Sant´Ana Fernandes
Explicada
Financeira
MANUAL PRÁTICO
Contabilidade
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contabilidade
Financeira
Explicada MANUAL PRÁTICO
FICHA TÉCNICA
Título
Contabilidade Financeira Explicada
Autores
Cristina Gonçalves, Dolores Santos, José Rodrigo, Sant´Ana Fernandes
Editor
Vida Económica - Editorial, SA
R. Gonçalo Cristóvão, 14 - 2º • 4000-263 Porto
www.vidaeconomica.pt • http://livraria.vidaeconomica.pt
Composição e montagem
Vida Económica
Impressão e acabamento
Uniarte Gráfica, S.A. • 4300-414 Porto
Depósito Legal
399296/15
ISBN
978-989-768-139-4
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iniciativas e promoções da Vida Económica - Editorial SA
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
ÍNDICE
CAPÍTULO 2 – O património
2.1 Introdução............................................................................................................. 82
2.2 Conceito contabilístico de ativo e passivo............................................................. 84
2.2.1 Ativo............................................................................................................. 84
2.2.2 Passivo........................................................................................................... 87
2.3 Mensuração de ativos e passivos............................................................................ 90
2.4 Património líquido ou Capital próprio................................................................. 98
2.4.1 Equação fundamental da contabilidade....................................................... 101
2.5 Elementos patrimoniais (inventário)................................................................... 102
2.5.1 Reconhecimento......................................................................................... 104
2.5.2 Mensuração à data do inventário................................................................. 119
2.5.3 Apresentação............................................................................................... 122
Índice 7
D. Devoluções................................................................................................ 323
E. Descontos obtidos e concedidos................................................................. 332
F. Adiantamentos recebidos e efetuados (operacionais)................................. 352
G. Operações tituladas................................................................................... 363
H. Inventários................................................................................................ 375
I. Provisões..................................................................................................... 460
J. Operações com pessoal............................................................................... 474
K. Contratos de construção............................................................................ 507
L. Agricultura................................................................................................. 530
5.3.2 Ciclo de atividades de investimento............................................................ 543
A. Ativos fixos tangíveis................................................................................. 544
B. Ativos intangíveis....................................................................................... 640
C. Propriedades de investimento.................................................................... 682
D. Investimentos financeiros.......................................................................... 709
E. Ativos não correntes detidos para venda.................................................... 779
5.3.3 Atividades de financiamento....................................................................... 798
A. Capital próprio.......................................................................................... 801
B. Capital alheio............................................................................................. 847
ÍNDICE DE QUADROS
Índice 11
Índice 13
ÍNDICE DE FIGURAS
Índice 17
Índice 19
Índice 21
ÍNDICE DE EXEMPLOS
INDICE DE CASOS
Índice 27
Índice 29
Índice 31
Índice 33
Caso B.12 – Amortização com base no método das unidades de produção................... 667
Caso B.13 – Perda por imparidade................................................................................. 673
Caso B.14 – Reversão da perda por imparidade............................................................. 674
Caso B.15 – Perda por imparidade (goodwill) (1)........................................................... 677
Caso B.16 – Perda por imparidade (goodwill) (2)........................................................... 678
Caso B.17 – Reversão da perda por imparidade............................................................. 679
Caso B.18 – Alienação de direitos de emissão................................................................ 681
Caso C.1 – Enquadramento normativo de edifícios e terrenos...................................... 685
Caso C.2 – Finalidade mista com frações não constituídas em propriedade horizontal.687
Caso C.3 – Finalidade mista com frações constituídas em propriedade horizontal....... 687
Caso C.4 – Classificação (1)............................................................................................ 688
Caso C.5 – Classificação (2)............................................................................................ 690
Caso C.6 – Classificação (3)............................................................................................ 690
Caso C.7 – Propriedade de investimento adquirida....................................................... 691
Caso C.8 – Transferência de propriedade em construção para propriedades
de investimento........................................................................................... 693
Caso C.9 – Ampliação de uma propriedade de investimento existente......................... 695
Caso C.10 – Transferência de ativo fixo tangível para propriedades de investimento (1)... 698
Caso C.11 – Transferência de ativo fixo tangível para propriedades de investimento (2).... 699
Caso C.12 – Transferência de inventários para propriedades de investimento.............. 700
Caso C.13 – Ganhos e perdas por variações do justo valor............................................ 703
Caso C.14 – Rendas e despesas de condomínio.............................................................. 704
Caso C.15 – Alienação de propriedade de investimento................................................ 705
Caso C.16 – Transferência para inventário.................................................................... 707
Caso C.17 – Transferência para ativos fixos tangíveis.................................................... 707
Caso D.1 – Instrumentos financeiros............................................................................. 718
Caso D.2 – Classificação de uma aquisição de ações ..................................................... 726
Caso D.3 – Mensuração de ativos financeiros ao custo e ao justo valor......................... 729
Caso D.4 – Juros de empréstimo (taxa de juro inferior à taxa de mercado)................... 730
Caso D.5 – Juros de empréstimo concedido ao custo e ao custo amortizado
(sem juro explícito)...................................................................................... 732
Caso D.6 – Cobertura da taxa de juro fixa de um financiamento bancário................... 734
34 Contabilidade Financeira Explicada
Atividades de financiamento
Caso A.1 – Subscrição e realização integral de capital................................................... 807
Caso A.2 – Subscrição e realização integral de capital com prémio de emissão............. 808
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Índice 35
SIGLAS E ABREVIATURAS
APRESENTAÇÃO
Escrever um livro é, no meu ponto de vista, criar uma comunicação entre quem escreve
e quem lê, onde o autor ou autores expressam através da escrita os seus pontos de vista
sobre as temáticas abordadas e quem lê vai entrando no universo descrito de forma a não
só compreendê-lo, mas também vivê-lo.
É uma espécie de visita guiada em que nos deixamos conduzir pelos autores e com eles
iniciamos uma viagem em que nos confundimos entre visitantes e visitados, passando a
fazer parte do universo que nos é descrito.
Embora os autores nos informem logo no início do livro sobre os seus objetivos e do
próprio livro, a verdade é que abordam o contabilidade, não num contexto isolado, mas antes
no enquadramento da complexidade e dinâmica da vida das empresas, compartimentando-a
de tal forma que nos sentimos invadidos não só pela intuição como pelas questões nos são
colocadas, mas particularmente porque nos transporta ao seu interior, iniciando com o leitor
uma espécie de viagem pelas empresas e pelo papel que nelas desempenha a contabilidade.
Uma viagem em que nos sentimos envolver pelas questões, na sua construção e explica-
ção, na sua razão de ser, do rigor dos seus termos e da imprescindibilidade da contabilidade
para a sobrevivência das empresas.
A forma de comunicar, a maneira como se comunica, envolve-nos de tal forma que nos
sentimos parte integrante do que lemos, deixando-nos conduzir pela riqueza dos conteúdos
e opções fundamentadas, encontrando novos conhecimentos e novas formas de visionar
realidades, sentindo vontade de as conhecer em maior profundidade.
Nessa viagem pelo interior das empresas, os autores não nos falam exclusivamente
de contabilidade, mas das realidades concretas vividas nas empresas, da necessidade de a
contabilidade as relevar e da forma mais adequada para essa relevação, entendida esta nos
múltiplos contextos em que ela tem que se situar, quer de ordem legal, quer de ordem
prática, apontando as soluções mais razoáveis quanto aos comportamentos, para obtenção
dos fins pretendidos.
A linguagem utilizada, em minha opinião, é um fator muito importante para a imagem
que se cria dos factos transmitidos, o que facilita a compreensibilidade de questões que, se
transmitidas fora desse contexto, pela sua tecnicidade, são mais difíceis de apreender nos
primeiros contactos, daí, em minha opinião, a vocação nata da presente obra para o estudo
da contabilidade.
40 Contabilidade Financeira Explicada
A. Domingues Azevedo
Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas
Especialista honoris causa em Contabilidade
pelo Instituto Politécnico de Lisboa
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PREFÁCIO
Pode parecer estranho aos especialistas que, sendo eu da área das Artes e Humanidades,
tenha aceitado este honroso convite dos autores, meus colegas da Escola Superior de Gestão,
Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve, para escrever uma nota breve sobre o
manual de contabilidade financeira por eles elaborado.
De facto, sobre a matéria a que este livro didático se dedica nada sei, a não ser os rudi-
mentos que fui aprendendo no exercício de cargos de gestão na universidade em que sou
docente há mais de 23 anos. Por isso, não posso pronunciar-me sobre o seu conteúdo.
No entanto, compreendo perfeitamente a enorme utilidade que pode ter um manual
redigido por professores que conjugam a sua experiência pedagógica aos saberes técnico-
-científicos relacionados com uma matéria extremamente complexa, sobretudo se tivermos
em conta que vivemos num tempo em que se exige ao profissional desta área um conhe-
cimento muito sólido da legislação em vigor (e das suas sucessivas alterações, num ritmo
frequentemente demasiado veloz), um domínio técnico rigoroso dos meandros mais intrin-
cados da sua atividade e tudo isso conjugado com uma forte orientação ética, como decorre
obrigatoriamente de todas as atividades profissionais relacionadas com a área financeira.
Os autores optaram por uma metodologia de abordagem das matérias que articula as
questões teóricas e técnicas com exercícios (resolvidos), dando, assim, ao livro um pendor
teórico-prático consonante com a sua intenção pedagógica primordial. Ao fazê-lo, dirigem-
-se tanto a estudantes quanto a professores, proporcionando a ambos um conjunto de
ferramentas especificamente pensadas para as atividades de ensino e aprendizagem, mas
também a todos aqueles que, já exercendo a profissão, queiram atualizar saberes, podendo
testar o conhecimento adquirido através da resolução dos exercícios propostos.
Trata-se, por isso, de um bom exemplo a ser seguido por outros docentes universitários
e que, para além do que ficou dito, também contribui, através de um trabalho de grande
fôlego em que qualquer leigo na matéria reconhece esmero e dedicação, para uma maior
autonomização do trabalho do estudante, objetivo em tudo concordante com o modelo
de aprendizagem previsto na Declaração de Bolonha a que Portugal aderiu e em que, pelo
menos desde 2010, assenta a conceção que preside à estruturação dos planos de estudos, dos
métodos de ensino e de avaliação dos cursos das universidades portuguesas.
Tudo o que acabei de dizer, associado ao facto de, neste momento, exercer o cargo
de reitor da Universidade do Algarve, explica a ousadia que me levou a aceitar o convite
42 Contabilidade Financeira Explicada
mencionado no início: para sublinhar através deste gesto que, sempre que um trabalho
desta natureza nasce no interior da Academia, ainda mais evidente se torna como, apesar
das muitas dificuldades por que temos vindo a passar, não podemos desistir de corresponder
à enorme variedade de funções que a sociedade nos atribui.
António Branco
Reitor da Universidade do Algarve
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INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
ATIVIDADE EMPRESARIAL
1.1 INTRODUÇÃO
Individualmente, não é possível atingir-se determinados fins, sendo nestes casos ne-
cessário um grupo de pessoas para a sua concretização. Por exemplo, é exequível para
uma pessoa cuidar de uma pequena horta, mas a exploração de uma herdade com muitos
hectares de culturas necessitará de mais pessoas para semear, regar e colher a produção. As
pessoas organizam-se tendo em vista a comunhão de esforços para atingir um determinado
propósito.
A concretização de muitos dos objetivos empresariais obriga à articulação de um con-
junto de fatores de produção – equipamentos, tecnologia, mão de obra, matérias-primas
e materiais diversos – destinados à produção, venda de mercadorias ou à prestação de
serviços, cuja atividade é orientada para a obtenção de um resultado.
Neste contexto, as pessoas, individual ou coletivamente, organizam-se atendendo ao
propósito que pretendem alcançar. Desta dinâmica resulta um conjunto bastante hetero-
géneo de organizações (entidades) que apresentam como fator comum a obtenção de um
determinado resultado.
1.2.1 PROPRIEDADE
Da multiplicidade de formas sob as quais as pessoas se podem organizar decorre, con-
sequentemente, uma heterogeneidade de entidades, que podem ser classificadas atendendo
a determinados critérios, como por exemplo a dimensão (pequena, média ou grande), a
atividade desenvolvida (agricultura, comércio, serviços, etc.).
Uma das classificações clássicas atende à propriedade e finalidade. Podemos distinguir,
quanto à propriedade, dois setores: público e privado. Quanto à finalidade, podemos relevar
a distinção entre a motivação de obtenção de lucro ou não:
• Público:
- Administrativo
- Empresarial
• Privado:
- Empresarial
- Sem fins lucrativos
O conceito de capital social está associado às entidades cuja forma jurídica corresponde
a uma das tipologias previstas para as sociedades comerciais e cooperativas (figura 1.3). Este
capital está dividido em frações, que nas sociedades por quotas se denomina por quota e nas
anónimas por ações. Assim, pode-se definir o capital social como a quantia de valor expressa
(ou seja, aquele ou aqueles que tiveram a ideia inicial e nesse sentido desenvolveram os
procedimentos impostos pela legislação) define define
a quantia
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procedimentos impostos pela legislação) com que
a quantia comseque
dispõe entrar entrar
se dispõe para a para a
sociedade, tornando-se
sociedade, dessa forma
tornando-se investidor
dessa forma (sócio/acionista).
investidor Cada sócio/acionista
(sócio/acionista). fica fica
Cada sócio/acionista
Capítulo 1 – Atividade Empresarial 47
detentor de umadepercentagem
detentor do capital
uma percentagem social, social,
do capital que posteriormente poderápoderá
que posteriormente transacionar,
transacionar,
transmitindo a sua posição na sociedade.
transmitindo a sua posição na sociedade.
O Código em
daseuros
O Código queSociedades
Sociedades
das corresponde à soma
Comerciais de todas
(CSC),
Comerciais e as participações
outra
(CSC), elegislação de capital
conexa,
outra legislação dos sócios/acionistas
define
conexa, um. conjunto
1
um conjunto
define
de requisitos Muito
quantoresumidamente,
de requisitos ao capital
quanto aquando
social,
ao capital da constituição
nomeadamente
social, nomeadamenteode uma
valor sociedade,
o mínimo, cada um
prazos
valor mínimo, dosrealização,
de
prazospromo-
de realização,
tores
formasformas (ou
de entradas, seja, aquele ou
entre outros aqueles que
aspetos. tiveram a ideia inicial e nesse sentido desenvolveram os
de entradas, entre outros aspetos.
procedimentos impostos pela legislação) define a quantia com que se dispõe a entrar para a
sociedade,
As sociedades tornando-se
em que dessa formaainvestidor (sócio/acionista).
sãoCada sócio/acionista fica
As sociedades emo percentagem
detentor de uma
Estado
que detém
o Estado totalidade
do detém
do capital
a totalidade
capital social,
desão
do capital
que posteriormente
titularidade pública,
de transacionar,
poderá titularidade pública,
sendo de titularidade
sendotransmitindo
privada, quando
a sua posição
de titularidade são
privada,naquando os privados
sociedade.
a deter essa totalidade.
são os privados a deter essa totalidade.
1
Nas sociedades
1 por quotas
Nas sociedades por são denominados
quotas por sócios esócios
são denominados nas sociedades anónimas por acionistas. Também
1 - Nas sociedades por quotas são denominadosporpor sócios e enasnas sociedades
sociedades anónimas
anónimas por acionistas.
por acionistas. Também Também
existe diferenças
existeexistem quanto à denominação destas empresas. Enquanto as sociedades por quotas incluem a
diferenças
diferenças quanto àà denominação
quanto denominação destasdestas
empresas. Enquanto as
empresas. sociedades as
Enquanto por sociedades
quotas incluempor
a designação
quotas incluem a
designação de
de Lda.
Lda., as
as sociedades
sociedades anónimas
anónimas incluem
incluem no seu no
nomeseu
a nome a
designação designação
de S.A.
designação de Lda. as sociedades anónimas incluem no seu nome a designação de SA. de SA.
5 5
48 Contabilidade Financeira Explicada
O sector
1.2.1.1 Setor público
Público (quadro 1.1), por vezes referido c
O setor públicocontroladas pelo
(quadro 1.1), por vezes poder
referido político,
como Estado, incluindo
inclui todas não só o
as entidades con-
troladas pelo poder político, incluindo não só o setor público administrativo como a totalidade
totalidade
do setor empresarial de capitais totaldo sector empresarial
ou maioritariamente públicos. de capitais total ou m
O Estado garante a gestão do território nacional, a defesa e segurança dos cidadãos, assim como
outros serviços de natureza social como a saúde e a educação. O financiamento destas atividades
O Estado garante a gestão do território nacional, a d
é garantido pelos impostos, taxas e outras fontes de receita cobrados aos cidadãos contribuintes,
como outros serviços de natureza social como a saúd
às empresas e a outras entidades, de acordo com regras definidas em legislação própria. Em cada
ano o Governo elabora o Orçamento Geral do Estado, onde estabelece as regras e previsões das
atividades é garantido pelos impostos, taxas e outras f
receitas e despesas. Estas previsões são enquadradas em documentos plurianuais que espelham as
expetativas de desenvolvimento macroeconómico e as opções estratégicas dos governos.
Fazem parte docontribuintes, às empresas
setor público os organismos e outras
da administração entidades
central (exemplo: os Mi- de acor
nistérios), regional (Madeira e Açores), local (Municípios e Freguesias), a segurança social
e o setor público própria. Emsetorcada
empresarial. Este ano
público o Governo
empresarial elabora
integra as empresas o Orçamen
públicas,
as empresas municipais e as sociedades anónimas de capitais exclusiva ou maioritariamente
públicos. regras e previsões das receitas e despesas. Estas prev
plurianuais
No essencial, aquilo que distingueque espelham
as entidades as expetativas
do setor público administrativo dode
setordesenvol
empresarial do Estado é que as segundas submetem-se a uma lógica de mercado, enquanto
as primeiras não.estratégicas dos governos.
O setor empresarial do Estado é constituído pelo conjunto das unidades produtivas do
Fazem parte do sector público os organismos da
Estado, organizadas e geridas de forma empresarial, integrando as empresas públicas e as
empresas participadas.
• Empresas Ministérios),
públicas – empresas em regional
que o Estado (Madeira e Açores),
ou outras entidades públicas têm o local (M
poder de exercer, direta ou indiretamente, uma influência dominante. Esta influência
social e o sector público empresarial. Este sector pú
públicas, as empresas municipais e as sociedades
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- Gabinetes e departamentos
- Serviços públicos,
ministeriais e as suas unidades
integrados ou simples
orgânicas
- Administração - Freguesias
Local/Regional - Municípios
autónoma - Regiões Autónomas (Madeira e Açores)
- Segurança social
livres,agricultores
livres, agricultoresou
ououtros
outrosempresários),
empresários),quer
querorganizações
organizaçõessob
sobforma
formacoletiva
coletiva(sociedades
(sociedades
1.2.1.2.1 Empresarial
comerciaisou
comerciais ououtras
outrasque
quese
sedediquem
dediquemaauma
umaatividade
atividadeeconómica
económicacom
comfins
finslucrativos).
lucrativos).
As entidades que integram este setor denominam-se, normalmente, por empresas. Este
termo será utilizado abrangendo, quer pessoas individuais (comerciantes, profissionais li-
Existe um
Existe um conjunto de
conjunto de características
características comuns
comuns que que sese pode
pode associar
associar aa esteeste tipo
vres, agricultores ou outros empresários), quer organizações sob forma coletiva (sociedades
tipo de
de
organizações:
organizações:
comerciais ou outras que se dediquem a uma atividade económica com fins lucrativos).
Exercem
Exercem uma
Existeuma atividade
atividade
um conjunto económica
deeconómica
características comuns que se podem associar a este tipo de
organizações:
Assumem
Assumem riscosnas
riscos nassuas
suasiniciativas
iniciativas
– presentes
Estão
Estão Exercem uma
presentesno atividade
mercadoeconómica;
nomercado ondeconcorrem
onde concorremcom
comoutras
outrasempresas
empresas
São–dirigidas
São Assumem
dirigidas riscos
por
por umanas
uma suas iniciativas;
filosofia
filosofia denegócio
de negócio
– os
Usam
Usam Estão presentes
osrecursos
recursos no mercado,
numa
numa lógicade
lógica onde
de concorrem com outras empresas;
produtividade
produtividade
São–orientadas
São São dirigidas
orientadas por
para
para uma
oolucro.filosofia de negócio;
lucro.
– Usam os recursos numa lógica de produtividade;
As empresas
As empresas nemorientadas
– nem
São sempre atuam
sempre atuam
para de uma
de
o lucro.uma forma
forma isolada,
isolada, associando-se
associando-se porpor vezes
vezes aa outras,
outras,
paraobter
para obterdeterminadas
determinadasvantagens
vantagensconcorrenciais,
concorrenciais,por
porvezes
vezesabusivas
abusivaseecomo
comotal talcontroladas
controladas
As empresas nem sempre atuam de uma forma isolada, associando-se por vezes a outras
eeproibidas
proibidaspor
pormecanismos
mecanismoslegais.
legais.
para obter determinadas vantagens concorrenciais, por vezes abusivas e como tal controladas
e proibidas por mecanismos legais.
AA concorrência
concorrência dede mercado
mercado éé aa forma
forma mais
mais comum
comum dede exercício
exercício da
da atividade
atividade empresarial,
empresarial,
A concorrência de mercado é a forma mais comum de exercício da atividade empre-
modalidade
modalidade em
em
sarial, queas
que asempresas
empresas
modalidade em que as disputam
disputam
empresasososmercados
mercados
disputam dosprodutos
dos produtos
os mercados ouserviços
ou serviços
dos produtos procurando
procurando
ou serviços
impor-seprocurando
impor-se napreferência
na preferência dosna
dos
impor-se consumidores.
consumidores.
preferência dos consumidores.
Empresas,associações
Empresas, associaçõesou
ou
Empresascom
Empresas com
Mercado
Mercado
concertaçãodedeempresas
concertação empresas
baixopoder
baixo poderdede (comelevado
(com elevadopoder
poderde
de
controlodo
controlo do controlodo
controlo domercado)
mercado)
mercado
mercado Cartéis
Cartéis
Holdings
Holdings
Trustes
Trustes
Figura
Figura n.ºn.º
n.º
Figura 1.1
1.1 ––Empresas
1.1 –Empresas
Empresaseeemercado
mercado
mercado
Conforme se
Conforme se evidencia
evidencia nana figura
figura 1.1,
1.1, sãosão diversas
diversas asas modalidades
modalidades de de associação
associação ou ou
Conforme se evidencia na figura 1.1, são diversas as modalidades de associação ou con-
concertação
concertação dasempresas
das empresascomcomobjetivos
objetivosde deobter
obtervantagens
vantagensface faceaos
aosrestantes
restantesconcorrentes.
certação das empresas com objetivos de obter vantagens face aos restantes concorrentes.
concorrentes.
AlgumasAlgumas
Algumas destasmodalidades
destas modalidades
destas sãoproibidas
são
modalidades proibidas
são pelos
pelos
proibidas, efeitos
efeitos
pelos perniciosos
efeitosperniciosos quepodem
perniciosos que
que podem
podem ter
ter
ter nalivre
nana livre
livre concorrência.
concorrência.
concorrência. Os cartéis,Os
Os cartéis, oscartéis,
os trustes
trustes os trusts
ee as as holdingssão
aseholdings
holdings são algumas
são algumas
algumas dessas modalidades,
dessas
dessas cuja cuja
modalidades,
modalidades, cuja
existênciaeepráticas
existência práticasestão
estãosujeitas
sujeitasao aoescrutínio
escrutíniodas dasautoridades
autoridadesnacionais
nacionaiseecomunitárias
comunitáriasem em
matériasde
matérias deconcorrência:
concorrência:
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2 - Integração vertical consiste num processo de agrupamento em que uma empresa controla os diversos fatores
de produção, distribuição ou utilização de um produto ou serviço. Um exemplo de integração vertical pode ser o de
uma empresa produtora de peixe em conserva que controla outras empresas na área da pesca, na construção naval,
artes de pesca, etc.
3 - Monopólio significa a ausência de concorrentes em determinado setor da economia, resultando na existência
de apenas um fornecedor atuando como dono do mercado.
4 - Oligopólio significa que são poucos os fornecedores num dado setor da economia, detendo cada um deles uma
grande parcela do mercado, podendo desta forma influenciar os preços, condições de venda, etc.
Inserem-se no sector social (ou terceiro sector como é muitas vezes referido) as entidades
com objetivos de servir a comunidade em sentido lato ou comunidades específicas. Estas
entidades52
constituem-se, sob formas
Contabilidade muitoExplicada
Financeira diversas, designadamente:
Cooperativas
Organizações de
desenvolvimento Fundações
local
Instituições
Particulares de
Misericórdias
Solidariedade
Social
Associações,
federações, Organizações não governamentais de
uniões, cooperação para o desenvolvimento
confederações
Figura n.º 1.2 – Organizações sem fins lucrativos
2
As organizações
Integração vertical do setor
consiste num social
processo degozam de algumas
agrupamento características
em que uma empresa quecontrola
as distinguem de fatores
os diversos
outras semelhantes, nomeadamente de organizações do setor público administrativo. Entre
de produção, distribuição ou utilização de um produto ou serviço. Um exemplo de integração vertical pode ser
o de uma essas
empresa produtora referem-se
características de peixe asemseguintes:
conserva que controla outras empresas na área da pesca, na
construção naval, artes de pesca, etc.
3 – Têm natureza privada, isto é, são separadas e não controladas diretamente pelo
Monopólio significa a ausência de concorrentes em determinado sector da economia, resultando na existência
Governo;
de apenas um fornecedor atuando como dono do mercado.
4
Oligopólio significa
– Não que são poucos
distribuem os–fornecedores
lucros num dado sector
não existe a preocupação da economia,
da obtenção detendo
do lucro cada um deles
e qualquer
uma grande parcela do mercado,
excedente podendo
é aplicado nasdesta formada
atividades influenciar os preços, condições de venda, etc.
organização;
– São autogovernadas, possuindo os seus próprios procedimentos de governação; 9
– Têm contribuições voluntárias, quer seja sob a forma de mão de obra, quer sob a
forma de doações de dinheiro e/ou bens (em espécie);
– Desenvolvem a sua atividade numa perspetiva de complementaridade na satisfação
de necessidades e não de concorrência.
As atividades podem ser exercidas a título individual ou pela associação de pessoas físicas
ou jurídicas – sociedades ou outras entidades coletivas:
• Individualmente5 – os empresários podem desenvolver a sua atividade a título in-
dividual, como comerciantes, prestadores de serviços, agricultores ou industriais ou
constituir-se sob a forma de Sociedade por Quotas Unipessoal6 (Unipessoal, Lda.)
ou como Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (EIRL);
• Coletivamente – diversos indivíduos (pessoas físicas ou jurídicas) podem ser pro-
motores de uma atividade económica ou social e organizar-se sob uma das formas
previstas pelo CSC, Código Cooperativo ou por outra legislação própria. As for-
no mínimo
mas duas pessoas)
mais comuns ou asempresarial
de associação SociedadessãoAnónimas, que por
as Sociedades exigem cinco
Quotas ou mais
(que
exigem no mínimo duas pessoas) ou as Sociedades Anónimas,
pessoas, havendo no entanto exceções a essa regra. que exigem cinco ou
mais pessoas, havendo, no entanto, exceções a essa regra.
O acima
O acima exposto
exposto pode
pode ser ser representado
representado pela
pela seguinte
seguinte figura:
figura:
Comerciante,
Médico,
Agricultor, … Sociedade
por quotas
Sociedade de
Sociedade responsabilidade
Individuais anónima ilimitada
Atividade Coletivas
exercida por
uma pessoa Atividade exercida
Sociedade em por um grupo de .......
Estabelecimento comandita pessoas associadas
Sociedade por individiual de
quotas responsabilidade
unipessoal limitada
Associação Cooperativa
7 - Esta classificação tem sido revista periodicamente. A versão atual é a constante no Decreto-Lei n.º 381/2007,
de 14 de novembro.
8 - O contrato de sociedade é um documento formal que obedece a várias regras que vêm enunciadas no CSC,
designadamente a menção da denominação social (nome), sede, objeto social, forma jurídica, montante e modalidade
de realização do capital social.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Existe ainda, no âmbito do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Sin-
gulares9 (CIRS), uma classificação para as atividades desenvolvidas por profissionais em
nome individual. Enquadram-se nessa classificação os médicos, arquitetos, engenheiros,
sacerdotes, explicadores, amas, toureiros, músicos, entre muitos outros.
1.2.2.3 Dimensão
A classificação quanto à dimensão das entidades é particularmente elástica, pois depen-
de do ponto vista em que está a ser analisada, como se pode inferir pelo quadro seguinte:
10 11 12 13 14
10 - Decreto-Lei n.º 372/07, de 6 de novembro, que estabelece a certificação por via eletrónica para as Pequenas
e Médias Empresas.
11 - Definido no Código de Trabalho.
12 - Artigo 9.º do decreto-lei n.º 158/09, de 13 de julho com as alterações introduzidas pelo decreto-lei n.º 98/2015,
de 2 de junho.
13 - Montante que resulta da venda dos produtos e da prestação de serviços, após dedução dos descontos e abatimentos
sobre vendas, do imposto sobre o valor acrescentado e de outros impostos diretamente ligados ao volume de negócios.
14 - Caso o volume de negócios (vendas e prestação de serviços) não seja por si só significativo da atividade desen-
volvida (o que se presume quando inferior a 75% do total dos rendimentos) devem ser adicionados os rendimentos
provenientes de outras fontes, desde que resultem de transações realizadas com terceiros, no âmbito da atividade
operacional da entidade.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Indique a dimensão da empresa atendendo aos indicadores apresentados, para efeitos
económicos, laborais e contabilísticos.
Resposta:
Atendendo aos indicadores da entidade:
Do ponto de vista da classificação para efeitos laborais e económicos, a ABC é uma mi-
croentidade. Já para efeitos contabilísticos, ela é enquadrada no conceito de pequena entidade.
===//===
Daqui decorre que uma entidade possa evidenciar diversos atributos passíveis de clas-
sificação. A título de exemplo, uma entidade pode, em simultâneo, obedecer a diferentes
critérios, criando-se uma pluralidade de classificações:
A abordagem do presente livro centra-se nas empresas, quer estejam organizadas in-
dividual ou coletivamente. No entanto, muitos dos conceitos do foro contabilístico são
aplicáveis a qualquer entidade, independentemente da sua atividade, dimensão ou finalidade.
Pública
Contabilidade
Privada Nacional
Figura n.ºn.º
Figura 1.51.5– –Classificação
Classificação considerando
considerando asasentidades
entidades e finalidades
e finalidades
15 - Genericamente, o PIB representa o valor de todos os bens e serviços produzidos numa determinada região
(países, regiões ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc.).
16 - O VAB mede a contribuição de cada empresa para a riqueza do país, isto é, aquilo que ela criou através da
sua atividade produtiva.
17 - Silva (1969).
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Direitos Dignidade
humanos humana Ambiental Prosperidade
Resultado económico
Direitos dos trabalhadores Competitividade
Envolvimento com a comunidade Cuidar do planeta Direitos dos acionistas
Transparência
Direitos humanos Ambiental
Proteção ambiental
Relação com clientes
Resultado e
económico
Postura ética dos trabalhadores
Direitos fornecedores
Competitividade
Ecoeficiência
Envolvimento com a comunidade Cuidar do planeta … Direitos dos acionistas
Recursos renováveis
Transparência Gestão de resíduos Relação com clientes e
Proteção ambiental
Postura ética Gestão de riscos ambientais fornecedores
Ecoeficiência
… Recursos renováveis …
Gestão de resíduos
Figura n.º 1.6
–Gestão
Pilares da sustentabilidade
de riscos ambientais
…
Figura n.ºn.º
Figura 1.61.6
– Pilares da sustentabilidade
– Pilares da sustentabilidade
Para efeitos da informação económica e financeira, diversos ramos ou subsistemas da
contabilidade
Para contribuem para criar
efeitos da informação a informação
económica adequada,
e financeira, querramos
diversos para ou
a gestão das entidades
subsistemas da
querPara
para a sua divulgação
contabilidade contribuemexterna:
para criar a informação adequada, quer para a gestão
efeitos da informação económica e financeira, diversos ramos ou subsistemas da das enti-
dades, quer para a sua divulgação externa:
contabilidade contribuem para criar a informação adequada, quer para a gestão das entidades
quer para a sua divulgação externa:
Figuran.º
Figura n.º1.7
1.7––Subsistemas
Subsistemas contabilísticos
contabilísticos
(in Fernandes
(in et al.,
Fernandes et al., 2013:
2013: 32)
32)
Questão:
Admitindo que estes são os únicos custos de produção, pretende-se saber:
1) Qual o custo total de produção?
2) Qual o custo unitário de cada tipo de prato?
Resposta:
1) A resposta quanto ao custo total da produção pode facilmente ser fornecida pela
contabilidade financeira se considerarmos que, por simplificação, as rubricas referi-
das incluem a totalidade dos custos de produção. Neste caso, seria de 65 000 €.
2) Se a gestão quiser saber o custo unitário do prato azul e o custo unitário do prato cas-
tanho, terá de coletar informação sobre os custos imputáveis a cada tipo de produto.
Tal exige a implementação de um sistema de contabilidade analítica. Admitindo
que o processo de fabrico é distinto, em função da quantidade da matéria-prima
e da finalização (pintura) tal obriga a determinar o custo das matérias-primas de
cada produto e o número de horas de trabalho para fabricar os pratos castanhos e
os azuis.
===//===
A implementação de uma contabilidade de gestão tem natureza voluntária, exceto para al-
gumas entidades que integram o setor administrativo do Estado, contrariamente ao subsistema
de contabilidade financeira, cuja implementação é obrigatória.
A contabilidade orçamental ou previsional disponibiliza informação prospetiva ou
referente ao futuro, fundamentada em planos estratégicos, objetivos e programas ou planos
de atividade.
Os planos de atividade são um instrumento de gestão onde anualmente se consignam
os objetivos anuais e respetivas metas, subordinadas às orientações estratégicas definidas
pela gerência/administração.
Este subsistema contabilístico tem aplicação voluntária na generalidade das entidades
empresariais, sendo obrigatória para as entidades do setor administrativo do Estado, em
que é instrumento de controlo da legalidade na realização das despesas e de cobranças das
receitas (impostos, taxas, transferências, etc.).
Dada a obrigatoriedade da contabilidade orçamental no setor público administrativo,
está sujeita a um conjunto de regras legais que definem o modo como deve ser elaborada.
Ao contrário, as entidades privadas são livres de a implementar ou não e de escolher os
métodos que consideram mais adequados para as suas finalidades.
No setor empresarial, é aconselhada a sua implementação, pelo seu caráter previsional, per-
mitindo uma análise antecipada dos principais riscos, quer a nível financeiro (de médio e longo
prazo e de tesouraria), quer económico (viabilidade económica de decisões de investimento,
alterações de processos, introdução de produtos, etc.).
64 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Qual o impacto na tesouraria (recebimentos e pagamentos) deste cenário?
Resposta:
A resposta a esta questão só é possível se a empresa elaborar mapas previsionais onde
quantifique:
– As vendas por meses (ou outra unidade de tempo relevante);
– Os recebimentos associados às vendas e a créditos de vendas anteriores;
– Os pagamentos relacionados com:
• o investimento (forno);
• a mão de obra;
• outros custos de produção;
– Eventuais recebimentos relacionados com o recurso a crédito bancário ou outro;
– Pagamentos relacionados com empréstimos obtidos.
o outros custos de produção
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Eventuais recebimentos relacionados com o recurso a crédito bancário ou outro
Pagamentos relacionados com empréstimos obtidos
Capítulo 1 – Atividade Empresarial 65
Os instrumentos adequados para fazer esta análise prospetiva são fornecidos pela contabilid
orçamental.
Os instrumentos adequados para fazer esta análise
===prospetiva
// === são fornecidos pela con-
tabilidade orçamental.
===//===
A relação entre estes três subsistemas contabilísticos pode ser representada da segu
A relação entre estes três subsistemas contabilísticos pode ser representada da seguinte
forma:
forma:
Contabilidade
orçamental
Contabilidade
Financeira
Contabilidade
gestão
Figura n.ºFigura
1.8 – Inter-relação entre subsistemas
n.º 1.8 – Inter‐relação entre contabilísticos
subsistemas contabilísticos
19 - Serão utilizados termos e expressões que no âmbito da contabilidade têm significados próprios, que serão
posteriormente detalhados.
66 Contabilidade Financeira Explicada
20 - Artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 192/2015, de 11 de setembro que aprova o Sistema de Normalização Contabi-
lística para as Administrações Públicas (SNC-AP)
68 Contabilidade Financeira Explicada
Pág. 68:
21 Nota pé de
- O sistema página:
normativo Substituir
para o setor administrativo do Estado foi revisto e publicado em 10 de Setembro de
2015, tendo revogado o Plano Oficial de Contabilidade Pública, assim como os planos setoriais da educação, saúde,
segurança
21 - O sistema social e autarquias
normativo locaisadministrativo
para o setor e outra legislação complementar.
do Estado foi revisto e publicado em 10 de Setembro de 2015, tendo
revogado o Plano Oficial de Contabilidade Pública, assim como os planos setoriais da educação, saúde, segurança social e
autarquias locais e outra legislação complementar.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
22 - Como teremos oportunidade de referir adiante de forma mais detalhada, as demonstrações financeiras são
documentos-síntese que evidenciam um conjunto de informação. A legislação impõe os patamares mínimos da infor-
mação que deve ser divulgada.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Operações
Documentos
Informação
Operações
– Fatura
externas – Recibo Registo Contabilidade
– Nota de crédito
– Livrança, etc financeira
Operações
Mapas de: Contabilidade gestão
– Salários
Operações
Consumo deDocumentos
Informação
–Operações materiais
internas – externas
Deslocações em viatura Contabilidade
‐ Fatura
27
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Esta operação pode desenvolver-se em várias fases que dão origem a diversos documentos.
A título de exemplo, analise-se uma operação comercial de compra e venda.
Uns são utilizados como fontes diretas na contabilidade, outros como elementos de controlo
das encomendas recebidas
Esta operação ou enviadas: em várias fases, que dão origem a diversos documen-
pode desenvolver-se
tos. Uns são utilizados como fontes diretas na contabilidade, outros como elementos de
controlo das encomendas recebidas ou enviadas:
Recibo
Proposta de preços Nota de Guia de transporte ou
guia de remessa
Fatura
e outras condições encomenda
Correção
Venda
à fatura
Para mais Para menos
Figura
Figura n.º 1.12 –– Ciclo
n.º 1.12 Ciclodedevenda
vendae edocumentos
documentos
O orçamento,
O orçamento, no contexto
no contexto da figura
da figura 1.12,1.12, significa
significa umauma proposta
proposta dasdas condições
condições de de venda
venda ou
ou prestação de um serviço, onde é geralmente indicado o preço, especificações
prestação de um serviço, onde é geralmente indicado o preço, especificações técnicas do técnicas
do bem
bem ou serviço,
ou serviço, tempo
tempo e local
e local dedeentrega
entregaououdedeexecução,
execução, etc.
etc. Um
Um orçamento
orçamento pode
pode ser
ser
elaborado de forma voluntária para efeitos de concurso (por exemplo) ou por solicitação de
elaborado de forma voluntária para efeitos de concurso (por exemplo) ou por solicitação de
uminteressado,
um interessado que
que pretenda
pretenda comparar
comparar condições
condições dede vários
vários fornecedores.
fornecedores.Este
Estedocumento
documento
nãoé énormalizado,
não normalizado, estipulando
estipulando cada
cada entidade
entidade a sua
a sua forma
forma e conteúdo.
e conteúdo.
A nota de encomenda pressupõe a existência de um acordo entre um fornecedor e um
nota de
Acliente encomenda
e tem pressupõe
como objetivo a existência
a formalização de um
de uma acordo nas
transação entre um fornecedor
condições e um
previamente
cliente e tem como objetivo a formalização de uma transação nas condições
contratadas. Este documento é elaborado pelo comprador e deve incluir um conjunto de previamente
contratadas. Este documento é elaborado pelo comprador e deve incluir um conjunto de
elementos, designadamente:
elementos designadamente:
– Identificação
Identificaçãocompleta
completado docomprador
compradore evendedor
vendedor;
– Especificação
Especificação dos
dos bens
bens (ou
(ou serviços),
serviços), com
comaaindicação
indicaçãodas
dasquantidades
quantidadeseevalores
valores;
– Número
Númeroe edata
datadadaencomenda
encomenda;
Condições de pagamento, data e local da entrega
– Condições de pagamento, data e local da entrega.
A nota de encomenda não é um documento normalizado, estipulando cada entidade a sua
formaAenota de encomenda não é um documento normalizado, estipulando cada entidade a
conteúdo.
sua forma e conteúdo.
A guia de remessa constitui o documento de entrega dos bens ao fornecedor. Por vezes
A guia
também guiasconstitui
de remessa
se utilizam o documento
de entrega/receção, quedesão
entrega dos bens
documentos com aoacliente.
mesma Por vezes,
função das
também se utilizam guias de entrega/receção, que são documentos
guias de remessa e que, portanto, deverão ter o mesmo conteúdo. com a mesma função
das guias de remessa e que, portanto, deverão ter o mesmo conteúdo.
A guia de transporte é um documento essencialmente legal e logístico que se associa ao
envioAeguia de transporte
transporte é um documento
de mercadorias. A guia deessencialmente
transporte develegal e logísticooque
acompanhar se associa
transportador
pois é esse o documento que lhe permite fazer prova da legitimidade que transpor-
ao envio e transporte de mercadorias. A guia de transporte deve acompanhar o tem para
transportar os bens em causa.
O orçamento, notas de encomenda, guias de remessa e de transporte são documentos
logísticos que suportam as diversas fases das operações de compra/venda e o cumprimento
74 Contabilidade Financeira Explicada
tador, pois é esse o documento que lhe permite fazer prova da legitimidade que tem para
transportar os bens em causa.
O orçamento, notas de encomenda, guias de remessa e de transporte são documentos
logísticos que suportam as diversas fases das operações de compra/venda e o cumprimen-
to de exigências legais (vide guia de transporte). Para além disso, servem de elementos de
comprovação e controlo dos bens na medida em que fornecem elementos sobre quanti-
dades, preços e locais de entrega. A contabilidade utiliza essa informação no âmbito dos
procedimentos internos de controlo como garante da fiabilidade da informação.
A fatura é um dos documentos base no processo contabilístico, pois a sua emissão é
obrigatória por lei, para a generalidade das atividades económicas, e obedece a requisitos
legais, tendo de conter, no mínimo, os seguintes elementos:23
• Identificação do emitente (vendedor) e do adquirente (comprador);
• Número da fatura;
• Data de emissão;
• Valor tributável da prestação de serviços ou da transmissão de bens, ou seja, a quan-
tia dos bens, ou serviço, vendidos;
• Taxas aplicáveis de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)24;
• O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se aplicável25;
• Montante de IVA liquidado.
A legislação atual prevê a emissão de uma fatura simplificada26 que tem a mesma
função da fatura/recibo, mas que dispensa alguns elementos. Este modelo foi criado para
as transmissões de bens efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a particulares
quando o seu valor seja inferior a 1000 €. Também pode ser utilizada para quaisquer outras
transmissões de bens e de prestações de serviços, de montante não superior a 100 €.
Como referimos, as entidades são obrigadas a emitir uma fatura27 sempre que vendem
bens ou prestam um serviço. Esta fatura comprova um direito a receber, o que implica
que exista a contrapartida da obrigação de pagar, conforme se evidencia na figura seguinte:
Vendedor Comprador
Receita Despesa
Contrapartida financeira
que o vendedor tem a
Fatura Contrapartida financeira
que o comprador tem a
receber, imediatamente pagar, imediatamente ou
ou a prazo, pelas vendas a prazo, pela aquisição de
que efetuou ou pelos bens e serviços
serviços que prestou
Vendedor Comprador
Recebimento Pagamento
Quando28a- Documento
venda e ocomprovativo
respetivodarecebimento é em
liquidação. Há vária simultâneo
legislação as entidades
sobre este assunto, mas apenas podem emitir uma
vamos destacar
fatura/recibo (ou uma
o Código Comercial, fatura
artigo e um
476.º: “O recibo).
vendedor não pode recusar ao comprador (…) o recibo do preço ou da parte de
preço que houver embolsado”.
As notas
29 -de
Lei débito e as notas
Geral Tributária, de crédito são documentos retificativos de faturas.
artigo 63.º-C.
A emissão de notas de crédito resulta, por exemplo, de descontos concedidos pelo vendedor
após a emissão da fatura dessa transação, pela devolução de bens adquiridos, para a correção
76 Contabilidade Financeira Explicada
Vendedor
Corrige a dívida do cliente, para menos,
Emite nota de crédito
ou fica obrigado ao reembolso
Cliente
Corrige a dívida ao fornecedor para menos,
Recebe nota de crédito
ou regista o direito de ser reembolsado
Figura n.º 1.15 – Nota de crédito
Cliente
Corrige a dívida ao fornecedor para mais, ou regista a
Recebe nota de débito
dívida para posterior liquidação
Figura n.º 1.16 – Nota de débito
Exemplo
===//===
Para além dos documentos atrás referidos, são usuais outros que surgem associados à ati-
vidade empresarial. Referimo-nos às letras e livranças cujos formatos estão definidos por lei.
A letra é um instrumento utilizado nas relações comerciais. É um documento escrito e
normalizado, em que uma parte (sacador) dá a ordem a outra parte (o sacado) para pagar
uma determinada quantia, numa data determinada, ao legítimo portador dessa letra, que
pode ser o credor inicial ou não.
Para que o sacado concorde com os termos da letra – valor da dívida e data de pagamen-
to –, deve fazer o aceite, que se consubstancia na assinatura da letra. Pelo aceite, o sacado
compromete-se a pagar essa letra, na data nela constante.
Na falta do aceite, o sacador fica obrigado a fazer prova da dívida que motivou a emis-
são da letra.
O sacador pode manter o título em carteira, aguardando pela data de vencimento, ou
transmitir este direito a um terceiro (endosso) ou ainda descontá-la numa instituição ban-
cária, antecipando desta forma o seu recebimento.
78 Contabilidade Financeira Explicada
A sociedade Oferecemos Alegria, Lda. entrou em contacto com o seu fornecedor Alber-
A sociedade
to, Oferecemos
Lda., solicitando Alegria, Lda.para
um (1)_____________ entrou em contacto
20 caixas coma fotocopiadora,
de papel para o seu fornecedor Alberto
com
Lda.,o solicitando
objetivo de comparar os preços e condições
um (1)_____________ para com outrosde
20 caixas fornecedores.
papel para a fotocopiadora, com
objetivo
Após ade comparar
análise os preços
da proposta, e condições
decidiu com
adquirir-lhe outros fornecedores.
o material referido, enviando para o
efeito uma (2)_____________ com a descrição da quantidade e marca pretendida.
Após a análise
Passada uma da proposta
semana, decidiu
recebeu adquirir-lhe
a respetiva o matéria
encomenda, referido, enviando
conjuntamente com a para o efeit
uma (2)_____________ com a descrição da quantidade
(3)____________, documento comprovativo de compra. e marca pretendida.
Após conferência do material recebido, constatou-se que duas das caixas se encontravam
Passado uma
danificadas, pelo quesemana recebeu
se procedeu a respetiva
à sua devolução. encomenda
O fornecedor conjuntamente
decidiu corrigir a fatura com
(3)____________
emitindo documento
para o efeito comprovativo de compra.
uma (4)_______________.
A sociedade Oferecemos Alegria, Lda. pagou ao fornecedor, tendo recebido o
(5)____________, comprovativo do pagamento. 3
Questão:
Identifique nos espaços em branco quais os documentos mais adequados.
Resposta:
1 – Orçamento
2 – Nota de encomenda
3 – Fatura
4 – Nota de crédito
5 – Recibo
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CAPÍTULO 2
O PATRIMÓNIO
• Património
Temas • Inventário
• Equação fundamental da contabilidade
Património da
atividade
Património
pessoal
Capítulo 2 – O Património 83
serviços), por fontes de financiamento (bens obtidos com recursos próprios, por
por financiamento alheioouousubsidiados),
financiamento alheio subsidiados),
ou ou
porpor qualquer
qualquer outrooutro critério
critério que
que seja seja relevante
relevante para
para os
os fins
finsdadainformação.
informação.
AAcomposição
composição de de um patrimónioempresarial
um património empresarial é, em
é, em regra,
regra, complexo
complexo porque
porque é composto
é composto por
por uma grandevariedade
uma grande variedadedede itens
itens (elementos
(elementos patrimoniais)
patrimoniais) que afetos
que estão estão àafetos à atividade.
atividade. Estes
Estespodem
podem representar
representar investimentos
investimentos significativos
significativos (edifícios,
(edifícios, equipamentos,
equipamentos, etc.) ou de etc.)
baixoou
de baixo
valor valor individual
individual – ferramentas
– ferramentas simples,
simples, algum algum equipamento
equipamento pouco
pouco sofisticado sofisticado
(agrafadores,
chaves dechaves
(agrafadores, fendas, de
etc.). Contudo,
fendas, todos
etc.). contribuem
Contudo, todospara que a organização
contribuem satisfaça
para que os seus
a organização
clientes,
satisfaça fornecendo
os seus clientes,osfornecendo
serviços ouos osserviços
bens com oua os
qualidade
bens com quea aqualidade
referenciaque
e a aum preço
referencia
e a umquepreço
a mantêm
que competitiva no seu mercado.
a mantêm competitiva no seu mercado.
Para
Paraum
umconhecimento adequado
conhecimento adequado dede
umauma dada
dada realidade
realidade patrimonial
patrimonial é necessário
é necessário analisá-
analisá-la à
-la à luz de um conjunto de conceitos e regras, para que a informação produzida
luz de um conjunto de conceitos e regras, para que a informação produzida (identificação (identifi-
30 30
caçãodosdoselementos
elementosdodopatrimónio,
património, classificação
classificação e valorização
e valorização ) seja
) seja fiável
fiável (verdadeira)
(verdadeira) e e
importante (relevante)
importante para
(relevante) paraososseus
seusutilizadores.
utilizadores.
30
Corresponde às etapas seguidas nos processos de inventário, que adiante analisaremos no ponto 2.5.
30 - Corresponde às etapas seguidas nos processos de inventário, que adiante analisaremos no ponto 2.5. 37
84 Contabilidade Financeira Explicada
2.2.1 ATIVO
Segundo a definição da Estrutura Conceptual, define-se ativo31 como:
Analisando a definição:
(1) é um recurso, porque as entidades utilizam os equipamentos, as mercadorias, o
dinheiro, etc. com uma determinada finalidade associada aos seus objetivos;
(2) a entidade controla a sua utilização porque pode definir a forma de utilização dos equi-
pamentos, o preço e a modalidade de venda das mercadorias, o destino a dar ao dinheiro
que possui (deposita a prazo ou à ordem, mantém no cofre, faz aquisições, etc.).
Capítulo 2 – O Património 85
Questão:
Pode considerar estes recursos como ativo da empresa?
Resposta:
Não. Quando se contrata uma pessoa para trabalhar, apesar de ser um recurso (humano),
a entidade não o controla, pois a pessoa contratada não se submete a todo o tipo de ordens
e pode rescindir o contrato de trabalho quando o pretender.
===//===
Um computador pode ser usado isoladamente, sem ser necessário mais nenhum
equipamento, ou pode ser usado em combinação com uma impressora
Uma entidade tem uma viatura que já não serve as suas necessidades. Pode trocá-la
por um ativo similar ou outro diferente
Questão:
Este computador pode ser classificado como um ativo?
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Capítulo 2 – O Património 87
Resposta:
Sim, deve ser classificado como ativo porque:
• É um recurso que se espera utilizar nos processos de faturação e do controlo de
stocks
• A entidade controla porque decidirá se afeta esse computador à área administrativa
ou não, que tipo de software irá instalar e utilizará, que pessoas terão acesso, a ma-
nutenção e em que momento o substituirá
• Espera-se que gere benefícios económicos futuros pela melhoria de eficiência das
áreas referidas (faturação atempada, melhor conhecimento dos bens em stock, mini-
mização das roturas de stock, etc.). Desta forma os benefícios económicos poderão
fluir para a entidade pela antecipação de recebimentos dos clientes, pela diminuição
dos prejuízos resultantes da rutura de stocks, etc.
• A existência desse recurso deve-se a um contrato de compra com um fornecedor
(acontecimento passado).
Em síntese:
Ativo:
– é um recurso
– é controlado
– espera-se que gere benefícios económicos futuros
– decorre de um acontecimento passado
2.2.2 PASSIVO
Quando as entidades vão ao exterior adquirir os recursos de que necessitam, contraem
dívidas que têm a obrigação de pagar, o que implica a saída (exfluxo) de recursos, em regra
com pagamentos em dinheiro (que inclui não só o pagamento em moeda mas também de
outros meios, como o cheque, transferência bancária, etc.).
Contudo, a liquidação (ou extinção) de um passivo pode ser feita por diversas formas,
nomeadamente, por transferência de outros ativos (exemplo: pagamento em mercadorias),
prestação de serviços, substituição dessa obrigação por outra ou pelo perdão da dívida por
parte do credor.
A obrigação de pagar denomina-se, do ponto de vista patrimonial, um passivo. Segundo
a definição da Estrutura Conceptual, define-se passivo33 como:
Analisando a definição:
(1) é uma obrigação presente, porque existe um dever ou responsabilidade já cons-
tituída (não depende de um compromisso futuro) para pagar ou executar de certa
maneira as obrigações para com terceiros.
Estas obrigações podem ser:
– legalmente impostas, como consequência de um contrato, das leis e regulamentos,
dos estatutos. Incluem as quantias a pagar por bens e serviços recebidos, de acordo
com as práticas normais dos negócios, dos empréstimos concedidos pelas entidades
financeiras, pelos impostos e taxas a entregar ao Estado ou outras entidades consti-
tuídas como sujeitos ativos, etc.
– ou podem advir de uma obrigação construtiva. Uma obrigação construtiva é uma
obrigação “moral” que se assumiu perante terceiros.
Questão:
Este acontecimento origina uma obrigação para a entidade?
Resposta:
Sim. Como há a promessa pública da restituição do valor das compras, se qualquer cliente
invocar essa promessa, deverá ser honrada. A entidade criou uma obrigação construtiva
para com os seus clientes.
Como a empresa desconhece quais e quando os clientes poderão reclamar, deverá ser feita
uma estimativa, baseada na sua experiência ou na de outras empresas. Este passivo é releva-
do contabilisticamente como uma provisão (conceito que se desenvolverá no capítulo 5).
===//===
Capítulo 2 – O Património 89
Questão:
Este acontecimento origina uma obrigação para a entidade?
Resposta:
Sim. De acordo com a negociação estabelecida com o fornecedor, o pagamento será a
90 dias. Ou seja, a empresa tem 90 dias para pagar esta aquisição, o que significa que tem
uma obrigação presente perante o fornecedor.
Esta obrigação vai implicar saídas da entidade, que, de acordo com a terminologia
utilizada na Estrutura Conceptual, implica exfluxo de recursos (o mais comum será o pa-
gamento em dinheiro), que “consomem” os benefícios económicos gerados pela entidade
(diminui o dinheiro existente, à data do pagamento).
Em síntese:
Passivo:
– é uma obrigação
– implica exfluxos de recursos
– incorpora benefícios económicos
– é consequência de acontecimentos passados
1) O custo histórico
44
O custo histórico é a base de mensuração mais utilizada, não só porque é do ponto de
vista técnico mais simples de aplicar, como também porque é a opção que as diferentes
normas contabilísticas mais privilegiam, particularmente as normas mais simplificadas
dirigidas às entidades de menor dimensão34.
Esta base de mensuração implica reconhecer o ativo e o passivo pelas quantias que
constam no documento de suporte ao mesmo (fatura, contrato ou outro documento da
operação), após dedução dos descontos e abatimentos comerciais obtidos (os descontos e
abatimentos são tratados no capítulo 5).
Esta quantia (preço de compra) é acrescida de outras despesas associadas à transação,
designadamente:
– Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na localização e con-
dição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida (custos
34 - Para efeitos da aplicação do referencial contabilístico, a legislação determina um conjunto de requisitos para
a aplicação de normativos mais simplificados, conforme se verá no capítulo relativo à normalização.
92 Contabilidade Financeira Explicada
Custo histórico
Os ativos são registados pela quantia de caixa, ou equivalentes de caixa paga ou pelo justo
valor da retribuição dada para os adquirir no momento da sua aquisição.
Os passivos são registados pela quantia dos proventos recebidos em troca da obrigação, ou em
algumas circunstâncias (por exemplo, impostos sobre o rendimento), pelas quantias de caixa,
ou de equivalentes de caixa, que se espera que venham a ser pagas para satisfazer o passivo no
decurso normal dos negócios.
Questão:
Qual a quantia no reconhecimento inicial desta viatura?
Resposta:
De acordo com esta base de mensuração – custo histórico –, deve ser efetuado o seguinte
registo no ativo: Equipamento de transporte: 17 000 €.
Capítulo 2 – O Património 93
Questão:
Qual a quantia no reconhecimento inicial deste equipamento?
Resposta:
De acordo com esta base de mensuração – custo histórico –, deve ser efetuado o seguinte
registo no ativo: Equipamento administrativo = 1000 €.
Nota: Supondo que o IVA é recuperado, não faz parte do custo de aquisição do equi-
pamento.
===//===
O custo corrente, o valor realizável (de liquidação) e o justo valor são bases de
mensuração que implicam uma avaliação, que deve ser efetuada ou por peritos ou por
terceiros não interessados. Nestas opções, os registos das quantias não estão relacionados
com o custo de aquisição (como acontece o custo histórico), mas sim relacionados com os
valores de mercado desses itens.
2) Justo valor
A Estrutura Conceptual faz a seguinte descrição do significado do justo valor36.
Justo valor
Quantia pela qual um ativo poderia ser trocado entre partes conhecedoras e dispostas a isso,
numa transação em que não exista relacionamento entre elas.
Quantia pela qual um passivo poderia ser liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a
isso, numa transação em que não exista relacionamento entre elas.
A determinação da quantia a reconhecer pelo justo valor remete para a consulta dos
preços formados num mercado ativo, em condições de concorrência perfeita onde o mer-
cado é constituído por inúmeros compradores e vendedores, dispondo de idênticos níveis
de informação, considerando-se o justo valor o preço aproximado da situação de equilíbrio.
Esta condição está expressa na Estrutura Conceptual, atrás reproduzida, como “a transação
entre partes conhecedoras… em que não existe relacionamento entre elas”.
O SNC indica como exemplos deste tipo de mercados o mercado de capitais para os
instrumentos financeiros – ações, obrigações, derivados e outros produtos negociados em
bolsa (bolsas de valores regulamentadas) – e o Sistema de Informação dos Mercados Agrícolas
(SIMA) – para os ativos biológicos e produtos agrícolas.
Contudo, muitos dos bens não são transacionados em mercados ativos (com as carac-
terísticas acima referidas).
No entanto, é possível determinar o justo valor de um ativo (passivo) com base:
– em preços recentes desse ativo (passivo) ou de ativos (passivos) semelhantes;
– aos preços correntes dos ativos ou passivos semelhantes;
– ou ainda utilizando técnicas de avaliação ou previsão.
Questão:
Qual a quantia a reconhecer, neste edifício, em dezembro do ano N?
Capítulo 2 – O Património 95
Resposta:
Se esta entidade pretendesse aplicar o justo valor como base de mensuração, deveria
acrescer à quantia escriturada 110 000 €, para que, deste modo, o valor final reconhecido
fosse de 610 000 € (500 000 iniciais, acrescidos dos 110 000 que correspondem à diferença
de avaliação). Este critério de determinação do justo valor enquadra-se no nível 3 referido
na NIRF 13 porque não utiliza dados de um mercado ativo.
Questão:
Qual a quantia a reconhecer, para essas ações, em dezembro do ano N?
Resposta:
Como a entidade aplica o justo valor como base de mensuração, deverá atualizar a
quantia escriturada na data da compra (5,2 x 1000 = 5200 €), para a atual cotação em bolsa
(6,2 x 1000 = 6200 €), devendo, deste modo, acrescer 1000 € ao valor destes ativos. Este
critério de determinação do justo valor enquadra-se no nível 1 referido na NIRF 13 porque
utiliza dados de um mercado ativo (bolsa de valores).
3) Custo corrente
A Estrutura Conceptual faz a seguinte descrição do significado do custo corrente e da
mensuração dos ativos e passivos com base neste critério39.
Custo corrente
Os ativos são registados pela quantia de caixa ou de equivalentes de caixa que teria de ser paga
se o mesmo ou um ativo equivalente fosse correntemente adquirido.
Os passivos são registados pela quantia não descontada de caixa, ou de equivalentes de caixa,
que seria necessária para liquidar correntemente a obrigação.
O custo corrente é uma das medidas de justo valor. Considere-se, por exemplo, um
equipamento, inicialmente registado pelo custo histórico, que terá o seu valor corrente
como sendo a quantia necessária para adquiri-lo no mercado, considerando o seu estado
de uso. Da mesma forma, um passivo registado pelo custo histórico terá valor corrente
equivalente ao que seria desembolsado para liquidá-lo.
Questão:
Qual a quantia a reconhecer para essa dívida?
Resposta:
Se a entidade devedora utilizar como base de mensuração o custo corrente, deverá
diminuir a quantia em dívida em 100 €, para deste modo refletir os 900 € necessários para
a liquidar no novo prazo.
O valor realizável também pode ser considerado uma medida de justo valor. Consiste
no valor que seria obtido na hipótese de o ativo ser vendido em condições normais. Já o
valor realizável (ou exigível) de um passivo é o que seria desembolsado para liquidá-lo.
Questão:
Qual a quantia a reconhecer para esse ativo?
presente
Capítulo 2 – O Património 97
Questão:
a reconhecer naQual
contabilidade em N?
a quantia a reconhecer na contabilidade em N?
Resposta:
ܸ݈ܽݎݑݐݑ݂ݎ
ܸ݈ܽ ݁ݐ݊݁ݏ݁ݎݎൌ
ሺͳ ݅ሻ
Em que: i = Taxa de Juro; n = Tempo
de Juro; n = Tempo
15.000
����� �������� � � 11.�5� �
�1 � 0�05��
da Estruturados
presente Conceptual.
Logo,€oavalor
15.000 presente
liquidar daquidos
a 515 000é€ cerca
anos a liquidar daqui a€,5 então
de 11.753 anos é nesta
cerca de 11 753 €, então
base
nesta base de mensuração é esta a quantia a considerar em N. 50
ão é esta a quantia a considerar em N.
anteriores referimos
41 - Alínea o
d), §conceito deConceptual.
98 da Estrutura ativo e passivo e que a estes deve ser
ma quantia monetária.
Passivo Ativo
Ativo
ou Balanço vertical
Capital
próprio Capital
próprio
Balanço horizontal
Passivo
Figura n.º
Figura n.º2.4
2.4–– Formatos
Formatos dede balanço
balanço
O balanço formal, ou seja, o imposto pela legislação, tem uma apresentação vertical.
O balançopara
No entanto, formal, ou didáticos
efeitos seja o imposto pela legislação,
continuaremos a dartem umaexemplos
alguns apresentação vertical.aNo
utilizando forma
entanto, para efeitos didáticos continuaremos a dar alguns exemplos utilizando
horizontal, o que permite visualizar melhor a relação entres os agregados em presença.a forma
horizontal, o que permite visualizar melhor a relação entres os agregados em presença.
positivo
termo
42 - Este (ativo
(capital superior
próprio) ao passivoequivalentes
tem expressões – caso retratado
que são acima)
utilizadas noutros contextos, designadamen-
te na literatura contabilística,
negativo (quandofinanceira e legal.
o passivo Como exemplo
é superior indicam-se algumas expressões utilizadas em dados
ao ativo)
contextos que são sinónimos como Valor líquido contabilístico (gestão financeira), Património líquido (Normas de
nulo (em que o ativo = passivo)
Contabilidade Pública), Situação líquida (Código das Sociedades Comerciais) ou Ativos líquidos (Estrutura Conceptual).
Ativo
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
O balanço formal, ou seja o imposto pela legislação, tem uma apresentação vertical. No
Capítulo 2 – O Património 99
entanto, para efeitos didáticos continuaremos a dar alguns exemplos utilizando a forma
horizontal, o que permite visualizar melhor a relação entres os agregados em presença.
Ativo
Ativo Passivo Passivo
Capital
próprio
Capital próprio nulo Capital próprio negativo
Exemplo
43 2.12 – Capital próprio
Alínea c), § 49 da Estrutura Conceptual.
Considere o seguinte património de uma dada sociedade à data de 31 de dezembro de 52
201x:
Questão:
Qual o valor do capital próprio desta entidade na data referida?
Resposta:
Podemos calcular o património líquido ou capital próprio, no dia 31 de dezembro de
201x, através da diferença entre o ativo e o passivo, obtendo a quantia de 70 400 €.
Ativo 136 500
Passivo 66 100
Capital próprio 70 400
Esquematicamente:
Passivo
Esquematicamente: 66.100 €
Ativo
136.500 €
Capital
próprio
70.400 €
O capital próprio é determinado com referência aos valores que os ativos e passivos têm
numa determinada data.
• Quando o P = A, o CP é nulo.
• Aumento do A, com o P constante, provoca aumento igual no
CP
• Aumento do P, mantendo-se o A constante, diminui o CP em
A P
igual montante.
Como teremos oportunidade de expor (capítulo 3), a dinâmica entre ativo, passivo
e capital próprio observa-se em cada operação empresarial e outros acontecimentos que
tenham impacto no património.
Tal
Taldeve-se aoao
deve-se método
métododigráfico, técnica
digráfico, contabilística
técnica que obriga
contabilística que em cadaem
obriga operação ou
cada operação ou
acontecimento registar
acontecimento registarem
empelo
pelomenos
menos dois elementos
dois elementos(contas), sendosendo
(contas), que osque
montantes
os montantes a
a débito
débito sãosão sempreiguais
sempre iguaisaos
aos montantes
montantes a acrédito (capítulo
crédito 3). 3).
(capítulo
Débito Crédito
A elaboração de um
A elaboração de inventário
um inventáriodevedeveobedecer
obedecer aa um
um conjunto
conjunto dede princípios
princípios gerais, de-
gerais
signadamente o da datação
designadamente – o inventário
o da datação devedeve
– o inventário referir-se a um
referir-se a umdeterminado
determinado diadiae ehora,
hora, com
referênciacom
doreferência
seu iníciodo seu início e término
e término e ouniformidade
– e o da da uniformidade dos
doscritérios, normas
critérios, e estrutura,
normas e estrutura,
com a finalidade de assegurar a possibilidade de comparações entre inventários
com a finalidade de assegurar a possibilidade de comparações entre inventários sucessivos. sucessivos.
Apesar de odoinventário
Apesar não
inventário não serser necessariamente
necessariamente uma operação
uma operação comcontabilísticas
com finalidades finalidades conta-
bilísticas,deve
devetertercomo
como critério orientador
critério as normas
orientador da contabilidade
as normas financeira financeira
da contabilidade (quer da (quer
contabilidade
da contabilidade pública,quer
pública, quer dada empresarial)
empresarial), nonoque
queconcerne
concerne ao reconhecimento
ao reconhecimentoe e
mensuração, com o objetivo de obter informação fiável e comparável.
mensuração, com o objetivo de obter informação fiável e comparável.
A contabilidade de gestão
A contabilidade utiliza
de gestão utilizaconceitos
conceitos ee critérios
critériospróprios,
próprios, divulgados
divulgados em manuais,
em manuais,
artigos edocumentos,
artigos e outros outros documentos,
masmas parapara
osos quaisnão
quais não existe
existe obrigatoriedade
obrigatoriedadede cumprimento.
de cumprimento.
Dado queDado que a identificação
a identificação e mensuraçãodedealguns
e mensuração alguns elementos
elementos patrimoniais resultantes
patrimoniais de
resultantes de
processos de produção decorrem desses critérios, alguns serão especificados no capítulo 5.
processos de produção decorrem desses critérios, alguns serão especificados no capítulo 5.
Qualquer que seja o processo de inventariação pode-se utilizar um conjunto de etapas, a
Qualquer que seja o processo de inventariação, pode-se utilizar um conjunto de etapas,
seguir enunciadas:
a seguir enunciadas:
Cada uma destas etapas tem um significado próprio em contabilidade. Num processo de
inventário:
104 Contabilidade Financeira Explicada
Cada uma destas etapas tem um significado próprio em contabilidade. Num processo
de inventário:
• Reconhecer – significa identificar de forma adequada o elemento a incorporar num
registo (numa lista, numa tabela, num registo contabilístico, etc.) com base num
critério de ordem, categoria, função ou outro que seja relevante para os fins em
vista.
• Mensurar – implica atribuir uma quantia monetária ao elemento que se vai reco-
nhecer. Para este efeito é utilizado um conjunto de métodos (bases) de mensuração
(figura 2.3).
• Apresentar – após o reconhecimento e mensuração, a informação pode dar origem
a listas, tabelas, mapas, demonstrações financeiras, de forma discriminada ou agre-
gada, de acordo com o objetivo dessa informação.
2.5.1 Reconhecimento
2.5.1 RECONHECIMENTO
O reconhecimento, como acima se referiu, é a fase inicial do processo de inventariação.
O reconhecimento, como acima se referiu, é a fase inicial do processo de inventariação.
Podemos identificar três momentos desta fase: identificação, descrição e classificação ou
Podemos identificar três momentos desta fase: identificação, descrição e classificação ou
codificação:
codificação:
Identificar
Reconhecimento
Descrever Classificar
2.5.1.1 Identificação
2.5.1.1 Identificação
Para conhecer na íntegra o património de qualquer entidade (uma pessoa, uma empresa, uma
Para conhecer na íntegra o património de qualquer entidade (uma pessoa, uma empresa,
instituição pública ou outra) tem que se realizar um inventário.
uma instituição pública ou outra) tem que se realizar um inventário.
AAprimeira
primeirafase
fasedo
do reconhecimento
reconhecimento de de um
um item
itemdo
dopatrimónio
patrimónioé éa asua identificação,
sua ou ou seja,
identificação,
seja, a verificação da sua existência e, posteriormente, a descrição e classificação, fases
a verificação da sua existência e posteriormente a descrição e classificação, fases em que oem
que o elemento
elemento identificado
identificado é éincluído
incluído no
no conjunto
conjuntoa que pertence,
a que de acordo
pertence, com algumas
de acordo com algumas
características comuns, designadamente a função que desempenha.
características comuns, designadamente a função que desempenha.
O inventário deve especificar cada elemento patrimonial, agrupá-lo de acordo com sua
função em grupos homogéneos (classes) e deve envolver todos os elementos que são objeto
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
O inventário deve especificar cada elemento patrimonial, agrupá-lo de acordo com sua
função em grupos homogéneos (classes) e envolver todos os elementos que são objeto do
inventário. Os elementos patrimoniais devem ser apresentados sob medidas uniformes
(litros, metros, quilos) e, principalmente, uma única medida de valor (moeda nacional).
A identificação pode ser feita diretamente junto do elemento patrimonial (fisicamente,
como a identificação dos computadores existentes num departamento e suas características
– marca, se é portátil ou de mesa, número de série, ano, etc.) ou indiretamente, através de
uma base documental (cadastro dos bens, listagens, bases de dados informáticos, registos
de propriedade, entre outros).
Muitas entidades realizam o cadastro (registo) dos seus bens elaborando fichas de iden-
tificação com os elementos necessários. Este registo é obrigatório para os determinados
ativos do setor público seguindo as regras estabelecidas no cadastro e vidas úteis dos ativos
fixos tangíveis, intangíveis e propriedades de investimento. Para as empresas, os códigos
fiscais também estabelecem obrigações de identificação daqueles bens, para efeitos fiscais.
Qualquer que seja a base de identificação (física ou documental) de cada elemento do
património, deverão existir alguns procedimentos que validem a identificação desses ele-
mentos, pelo que o seu reconhecimento como ativo ou passivo apenas deve ser feito após a
evidência de esse elemento pertencer efetivamente ao património da entidade e não a outro.
Admita que está a inventariar todos os computadores existentes na empresa. Se algum deles
estiver na empresa cedido por empréstimo, não deve ser incluído no rol do equipamento
dessa empresa, mas sim da cedente.
Outro exemplo são os bens cedidos à consignação para venda. Estes devem incluir o
inventário do seu proprietário, e não da entidade que os tem para venda.
Os procedimentos mais comuns para a confirmação dos direitos (e deveres) sobre os
elementos patrimoniais são, a título de exemplo:
2.5.1.2 Descrição
A descrição corresponde à completa identificação de um elemento do património,
incluindo os dados necessários para a distinção entre dois elementos com características
comuns. Indicam-se, a título de exemplo, alguns dos dados que poderão ser incluídos numa
ficha de identificação e descrição:
1 – Identificação Exemplo
1.1 – Designação do bem (ou referência)
1.2 – Código de identificação
1.3 – Classificação contabilística
1.4 – N.º inventário
1.5 – Localização Edifício, sala, serviço
1.6 – Tipo de aquisição Compra, doação, transferência
1.7 – Documento de aquisição Fatura, contrato, ata
1.8 – Data de aquisição
1.9 – Mensuração inicial
1.10 – Entidade fornecedora
1.11 – Data de entrada em funcionamento
1.12 – Vida útil estimada (anos)
1.13 – Taxa de depreciação (amortização)
Como observámos, cada elemento do património pode dar origem a uma ficha de registo
ou cadastro, ou cada ficha corresponder a um grupo homogéneo de elementos.
Admitamos que existem 30 cadeiras iguais nas suas características físicas e adquiridas na
mesma data ao mesmo fornecedor. Estes elementos, naturalmente, seriam inventariados
como um grupo homogéneo, em quantidades de 30, independentemente de cada uma das
cadeiras ter o seu número de inventário, para posterior controlo.
Mas se existem cadeiras de dois tipos diferentes, adquiridas a dois fornecedores distintos,
em datas diferentes, estas deverão dar origem a fichas de cadastro diferentes, organizadas
por classe (Mobiliário – Cadeiras), que contêm os campos necessários para indicar as várias
aquisições, respetivos fornecedores, datas e outras condições específicas.
Do que foi referido depreende-se que a forma de organizar o registo de cada um dos
elementos (ou classe) depende do seu tipo/natureza, da finalidade do cadastro e a existência
ou não de algum regulamento, lei ou norma interna que obrigue a uma dada forma de
apresentação.
2.5.1.3 Classificação
A inventariação pode obedecer a um critério de ordenação e agrupamento dos ele-
mentos do património (inventário classificado) ou ser uma mera discriminação dos seus
elementos – inventário simples:
Etc
Etc
Etc
Etc.
1 veículo automóvel, matricula xx‐xx‐xx
Figuran.º
5 latas de tinta
Figura
n.º2.10
2.10‐ Elementos
– Elementos patrimoniais
patrimoniais
(agrupados
(agrupados
ou classificados)
ouclassificados)
classificados)
Figura
Figura n.º n.º
2.102.10 ‐ Elementos
‐ Elementos patrimoniais
patrimoniais (agrupados
(agrupados ou ou classificados)
Notas e moedas
Não
Não existem
existem normas
normas padronizadas
padronizadas que queregulem
regulemaa apresentação
aapresentação
apresentação dede umum inventário
inventário dedeum
Não existem normas
1 computador
Não existem padronizadas
normas padronizadasque regulem
que regulem de
a apresentação um inventário
de um de
inventário de um
um um
património
património
2 empresarial,
empresarial,
secretarias tipo B devendo
devendo este
este satisfazer
satisfazer os
os fins
fins para
para que
que se
se destina.
património empresarial, devendo este satisfazer os fins para que se destina. Os critérios eaa
património empresarial, devendo este satisfazer os fins para que se Os
destina.
destina. Os critérios
Os critérios
critérios ee aa
e
terminologia
terminologia dede
3 cadeiras
terminologiade agrupamento
agrupamento
tipo A
agrupamento poderão
poderão
poderão serser
ser osos
os mais
mais
mais diversos,
diversos,
diversos, mas
mas mascomo
como
terminologia de agrupamento poderão ser os mais diversos, mas, como nos propomos en- como sepropõe
se propõe
se propõe enquadrar
enquadrar
enquadrar
estes
estes temas
estes temas
temas
quadrar nono
no âmbito
âmbito
estes temas dada
âmbito
da contabilidade,
contabilidade, usaremos
contabilidade, aareferência
usaremos
usaremos referência adotada
a referência oficialmente.
adotada
aadotada oficialmente.
oficialmente.
Como exemplo de um no âmbito
inventário da contabilidade,
simples podemos usaremos referência
ter a seguinte adotada oficialmente.
descrição:
6262
62
Do ponto de vista contabilístico, a forma classificada é a mais apropriada, e neste âmbito
com a sua natureza, características e funções
podem-se utilizar os critérios de agrupamento, ordenação e terminologia plasmados no
Inventário classificado ‐ os elementos de um património são apresentados em grupos de acordo
SNC, que iremos desenvolver nos pontos seguintes.
ordemApresentamos dois exemplos de inventários elaborados na sua forma simples e classi-
Inventário
ficada. simples ‐ os elementos de um património são apresentados sem obedecer a qualquer
inventário simples:
Exemplo
património (inventário classificado) ou ser uma mera descriminação dos seus elementos -
A inventariação
A sociedade pode obedecerLda.
Comércio, a uminventariou,
critério de ordenação
em 31 deedezembro
agrupamento
de dos elementos
201x, todos osdo
seus
bens, direitos e dívidas, apresentando a seguinte relação, discriminando os elementos ativos
2.5.1.3 Classificação
e passivos do património da empresa.
110 Contabilidade Financeira Explicada
O nível de discriminação dos elementos pode ser maior ou menor, de acordo com os
objetivos do inventário (mais analítico ou mais sintético).
Como exemplo, indica-se a existência de 1.000,00 euros em notas e moedas. Se o inventá-
rio fosse exaustivo (analítico), dever-se-ia indicar a composição desta quantia, que poderia ser:
Identificação Classificação
•10 notas de 50 € 500,00
•15 notas de 10 € 150,00
•40 notas de 5 € 200,00 • 11 ‐ Caixa 1.000,00
•30 moedas de 2 € 60,00
•80 moedas de 1 € 80,00
•20 moedas de 50 cêntimos 10,00
45 - O SNC-AP inclui um sistema de codificação específico para os bens ativos tangíveis, intangíveis e propriedades
de investimento do Estado.
112 Contabilidade Financeira Explicada
Classe Designação
0 Reservada para a Contabilidade Orçamental
1 Meios financeiros líquidos
2 Contas a receber e a pagar
3 Inventários e ativos biológicos
4 Investimentos
5 Capital, reservas e resultados transitados
6 Gastos
7 Rendimentos
8 Resultados
9 Reservada para a Contabilidade de Gestão
Quadro n.º 2.3 – Classes de contas
Descreve-se o conteúdo de cada uma destas classes, de acordo com as notas de enqua-
dramento, que acompanham o código de contas. Ao longo do livro iremos oportunamente
explicitando algumas das referências aqui incluídas:
Esta classe destina-se a registar os meios financeiros líquidos que incluem, quer
1 – Meios financeiros
o dinheiro e depósitos bancários, quer todos os ativos ou passivos financeiros
líquidos
mensurados ao justo valor.
Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que não se
destinem a ser vendidos ou transformados no decurso normal das operações da enti-
dade, quer sejam de sua propriedade, quer estejam em regime de locação financeira .
4 – Investimentos
Compreende os investimentos financeiros, as propriedades de investimento,
os ativos fixos tangíveis, os ativos intangíveis, os investimentos em curso e os
ativos não correntes detidos para venda.
Quadro n.º 2.4 – Notas de enquadramento
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
A leitura deste quadro deve ter em conta qual a função que um dado ativo tem numa
empresa em concreto. A título de exemplo, considerem-se os seguintes elementos do ativo de
uma empresa e repare-se que a sua classificação contabilística está dependente da sua função:
Elemento
Atividade da empresa Função do ativo Classificação
patrimonial
– Compra e venda de imó-
– Destinado a venda 32 – Mercadorias
veis
34 – Produtos acabados e
– Construção de imóveis – Destinado a venda
intermédios
Edifício
– Qualquer atividade – Ocupado pela empresa 43 – Ativo fixo tangível
– Destinado a obter rendi-
42 – Propriedades de inves-
– Qualquer atividade mentos pelo arrendamen-
timento
to ou valorização
– Destinadas a utilizar nos 33 – Matérias-primas, subsi-
– Serviços de pintura
Latas de tinta serviços de pintura diárias ou de consumo
– Comércio de tintas – Destinadas a venda 32 – Mercadorias
Como vimos, este código de contas tem rubricas predefinidas, de utilização obrigatória.
Quando não estão criadas as categorias (contas) que satisfaçam as necessidades de identifi-
cação, devem-se criar novas contas ou subdividir as existentes. O critério para essa criação
de contas deve-se à importância que é dada (materialidade46) à revelação dessa informação,
que geralmente assenta em critérios de valor.
Apresentamos um exemplo de um extrato de um plano de contas de uma empresa, em
que se representam as contas já existentes e em itálico as contas específicas criadas para
satisfazer as necessidades de informação de uma dada entidade.
46 - A materialidade representa a importância que determinada informação pode ter para as tomadas de decisão,
o que adiante será mais detalhadamente explicado.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Conta Subcontas
11 – Caixa 11.1 – Caixa sede
1 – Meios
financeiros
líquidos 12 – Depósitos à 12.1 – Banco dos Depósitos
ordem 12.2 – Banco do Povo
43.5.1 – Equipamento
43.5 Equipamento administrativo
43.5.2 – Mobiliário
Etc. ……
Nota: As contas que existem no Código de Contas não podem ser alteradas. As restantes, em itálico,
foram criadas por esta entidade para representar de forma mais adequada o seu património
Como nos podemos aperceber, esta codificação permite ter uma informação detalha-
da, ao nível do pormenor (quantia por cliente, por fornecedor, por tipo de inventário) e,
simultaneamente, informação agregada por classe ou outro tipo de agregação.
Questão:
Como deveria ser apresentada esta informação utilizando as categorias previstas no
Código de Contas?
Resposta:
Tendo em consideração o destino de cada um dos elementos – cadeiras, chapéus de praia
e viatura, detidos para uso e não para venda – e utilizando como classificador o código de
contas, estes são codificados da seguinte forma:
Itens Classe Conta Subconta
Cadeiras de praia Investimentos 4 Ativos fixos tangíveis 43 Equipamento básico* 43.3
Chapéus de praia Investimentos 4 Ativos fixos tangíveis 43 Equipamento básico 43.3
Meios financeiros
Depósito no Banco X 1 Depósitos à ordem 12 Banco Moedas 12.1
líquidos
Equipamento de
Viatura ligeira Investimentos 4 Ativos fixos tangíveis 43 43.4
transporte
* Equipamento básico inclui máquinas, instrumentos, instalações e outros bens essenciais para o desen-
volvimento de uma atividade.
Investimentos 19.250
Meios financeiros líquidos 5.500
Total ativo 24.750 €
Como referimos, a base mais usual de mensuração dos ativos e passivos é o custo histórico,
2.5.2
pelas MENSURAÇÃO
razões À DATA
apontadas. No entanto DO
é possível INVENTÁRIO
a utilização de outras bases, como já foi
referido
Como anteriormente.
referimos, a base mais usual de mensuração dos ativos e passivos é o custo his-
tórico, pelas razões apontadas. No entanto, é possível a utilização de outras bases, como
Na mensuração de um elemento patrimonial distingue-se dois momentos distintos:
já foi referido anteriormente.
Mensuraçãode
mensuração
Na inicial – que corresponde
um elemento à quantia
patrimonial atribuída
distinguem-se a um
dois ativo oudistintos:
momentos passivo na
data da sua inclusão no património
– Mensuração inicial – que corresponde à quantia atribuída a um ativo ou passivo na
data da sua inclusão no património;
Mensuração subsequente (ou à data do inventário) – quantia atribuída após a
– Mensuração
entrada dessesubsequente
elemento no(ou à data doNo
património. processo –contabilístico,
inventário) quantia atribuída
esta após
data ade
entrada desse elemento no património. No processo contabilístico, esta data de in-
inventário corresponde, em regra, ao dia 31 de dezembro de cada ano, atendendo ao
ventário corresponde, em regra, ao dia 31 de dezembro de cada ano, atendendo ao
ciclo económico das entidades (em regra anual) e à obrigação legal de prestar contas
ciclo económico das entidades (em regra anual) e à obrigação legal de prestar contas
anualmente.
anualmente.
Custo de
aquisição ? ?
Valor no tempo
Data de
31 dez 201x 31 dez 201x+1
aquisição
Como se deduz, qualquer que seja a base de mensuração utilizada, o fator tempo, a utili-
zação dos ativos, as alterações do valor de mercado, a alteração das condições económicas e
Como se deduz, qualquer que seja a base de mensuração utlizada, o fator tempo, a utilização
financeiras dos devedores poderão, em cada momento, alterar o valor inicialmente atribuído.
dos ativos, as alterações do valor de mercado, a alteração das condições económicas e
financeiras dos devedores poderão, em cada momento, alterar o valor inicialmente atribuído.
Exemplo 2.14 – Mensuração inicial e subsequente (1)
A entidade ABC adquiriu uma viatura em janeiro de N por 30.000 € para utilizar na
sua atividade.
Exemplo 2.14 – Mensuração inicial e subsequente (1)
Questão:
A entidade ABC adquiriu uma viatura em janeiro de N por 30.000 € para utilizar na sua
Que valor atribuir à viatura na data de aquisição e em cada ano de utilização?
atividade.
Resposta:
QUESTÃO:
QueNa data
valor de aquisição
atribuir à viatura(mensuração inicial)e aem
na data de aquisição quantia corresponderá
cada ano à desembolsada
de utilização?
para aquisição desta viatura na quantia de 30.000 €.
73
Mensuração subsequente: Não existe uma única resposta. Uma das soluções é considerar
a vida útil47 esperada do ativo, ressalvando outros fatores que influenciem o valor do ativo.
47 - As normas contabilísticas definem vida útil como sendo (a) o período durante o qual uma entidade espera que
um ativo esteja disponível para uso; ou (b) o número de unidades de produção ou similares que uma entidade espera
obter do ativo.
120 Contabilidade Financeira Explicada
Podemos admitir que uma viatura ligeira tem uma vida útil de 5 anos, e deste modo
considerar que, em cada ano, se desgastou (que contabilisticamente se denomina por de-
preciação48) 1/5 (20%) do seu custo, ou seja, 6.000 € desse equipamento.
No final de um ano, da utilização resultou uma alteração do seu valor para 24.000 €
(30.000 – 6.000), passando a ser este o novo valor deste elemento (mensuração subsequente).
Ao longo do tempo teríamos as seguintes mensurações subsequentes para este ativo:
Mensuração
Inicial Subsequente
Data 1/1/N 31/12/ N 31/12/ N+1 31/12/ N+2 31/12/ N+3 31/12/ N+4
Quantia inicial 30.000
Depreciação ð -6.000 -6.000 -6.000 -6.000 -6.000
Quantia escriturada
após cada ano 24.000 18.000 12.000 6.000 0
de utilização ð
Questão:
Que valor atribuir aos títulos na data de aquisição e em 31 de dezembro de cada ano?
48 - Aquando do capítulo 5 serão apresentados os métodos de depreciação previstos nas normas contabilísticas.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
Cálculos de apoio:
Mensuração
Inicial Subsequente
Data Março/N 31/12/ N 31/12/ N+1
Quantia inicial 5.000
Ajustamento ð + 500 - 700
Quantia escriturada ð 5.500 4.800
Interna
Apresentação
Contabilística / Fiscal
‐ Fichas de inventário
‐ Listas de bens por categoria ‐ Balanço Fins especiais
‐ Listas de bens por local ‐ Dossier fiscal ‐ de acordo com as exigências:
‐ Listas por responsável ‐ Fichas investimentos ‐ liquidações
‐ .... ‐ Mapas de depreciações ‐ fusões / cisões
‐ .... ‐ transformação de sociedades
‐ divisão de quota
‐ ....
75
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Balanço
Ativo
Ativos fixos tangíveis 121.480
Investimentos financeiros 4.000
Inventários 2.150
Clientes 4.350
Caixa e depósitos 4.520
Total do ativo 136.500
Passivo
Financiamentos obtidos 55.000
Estado e outros entes públicos 3.700
Fornecedores 7.400
Total do passivo 66.100
Capital próprio 70.400
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CAPÍTULO 3
MODIFICAÇÕES DO PATRIMÓNIO
• Modificações patrimoniais
• Conceito de conta
Temas
• Processo contabilístico
• Técnica contabilística
• Compreender os conceitos
• Identificar a natureza dos factos patrimoniais
Resultados da aprendizagem • Apreender e aplicar as regras gerais de movimentação das
contas
• Distinguir as fases de reconhecimento, mensuração e
apresentação
126 Contabilidade Financeira Explicada
3.1 INTRODUÇÃO
Como vimos anteriormente, o património de uma entidade pode ser muito diverso
– cadeiras, equipamentos, dinheiro em caixa, dívidas a fornecedores, dívidas ao Estado –,
sendo que o valor desse património ou do capital próprio numa dada data corresponde à
quantia resultante da diferença entre o total dos ativos e passivos existentes e mensurados
nessa data (Capital próprio = Ativo – Passivo).
Esse património está sujeito a alterações, quer por força das ações desenvolvidas pela
entidade (atos de natureza voluntária ou normal), mas também por acontecimentos in-
dependentes (involuntários) à sua vontade. No primeiro caso, podem-se referir compras,
vendas, pagamentos, recebimentos, etc.; no segundo caso, as intempéries que causam danos,
os incêndios, os roubos, etc. Em ambos os casos estamos perante ações com impacto no
património, que se denominam de factos patrimoniais.
Essas ações (voluntárias ou involuntárias) podem influenciar/alterar
• a estrutura dos elementos do património preexistente (modificações de natureza
qualitativa ou permutativa);
• o valor desse património (capital próprio), provocando modificações de natureza
quantitativa ou modificativa.
Podemos indicar uma série de factos que originam alterações qualitativas nos elementos
do ativo e passivo, mas sem impacto no capital próprio, como por exemplo:
Questão 1:
A empresa pagou a dinheiro toda a quantia em dívida ao fornecedor. Pretende-se que
indique qual o novo património.
Resposta:
Classificação contabilística dos elementos patrimoniais atendendo a cada elemento
patrimonial. Em primeiro lugar identifica-se a conta do razão (2 dígitos) e posteriormente
a subconta adequada.
No caso de elementos patrimoniais personalizados – um número de conta bancária,
um fornecedor ou um cliente específico – deve-se atribuir a cada um desses elementos um
número de codificação. Por exemplo, ao primeiro cliente de uma empresa poderá ser atri-
buído o código 1. No quadro abaixo exemplifica-se os códigos a atribuir a cada elemento:
3 – Inventários e
32 Mercadorias 32.1 – Mercadorias em armazém
ativos biológicos
43 Ativos fixos
4 – Investimentos 43.3 Equipamento básico
tangíveis
128 Contabilidade Financeira Explicada
Elementos Classificação
Depósitos à ordem no Banco Moeda 12 – Depósitos à ordem 12.1 – Banco Moeda
Dívidas ao fornecedor JS 22 – Fornecedores 22.1.1.1 – JS
Dívida do cliente AB 21 – Clientes 21.1.1.1 – AB
Cadeiras e mesas utilizadas na esplanada 43 – Ativos fixos tangíveis 43.3 – Equipamento básico
Dinheiro na caixa 11 – Caixa 11.1 – Caixa
Stocks 32 – Inventários 32.1 – Mercadorias
O impacto desta operação foi qualitativo (alterou a estrutura do património). Existe menos
ativo e menos passivo, mas não se modificou o valor do património ou capital próprio.
Questão 2:
Pretende-se que indique qual o novo património.
Resposta:
Questão 3:
Pretende-se que indique qual o novo património.
Resposta:
O impacto desta operação foi qualitativo (alterou a estrutura do património). Existe mais
ativo (caixa) e menos ativo (clientes), não havendo modificação do valor do capital próprio.
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Podemos indicar uma série de factos que originam alterações quantitativas no capital
próprio, como por exemplo:
Rendimentos são aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma
de influxos ou aumentos de ativos ou diminuições de passivos que resultem em aumentos no capital
próprio que não sejam os relacionados com as contribuições dos participantes50 no capital próprio.
Gastos são diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de
exfluxos ou deperecimentos de ativos ou na incorrência de passivos que resultem em diminuições do
capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos participantes no capital próprio.
49 - § 69 da Estrutura Conceptual.
50 - Correspondem aos sócios/acionistas da entidade. Por vezes, os detentores de capital emprestam dinheiro à
sociedade, ou a sociedade empresta a um dos participantes, ou a todos. Estas duas situações são exemplos de relações
que podem existir entre a sociedade e os detentores de capital.
132 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Identifique a quantia do rendimento e do gasto.
Resposta:
Rendimento: Rédito = 50 ×10 = 500 €
Gasto: Gasto = 50 × 5 = 250 €
Questão:
Identifique o montante de rendimento e gasto relativo a este jantar.
Resposta:
Rendimento: Rédito = 600 €
Gasto: Gasto = 300 €
Questão:
Identifique o montante de rendimento desta operação.
Resposta:
Rendimento: Ganho = 200 € (diferença entre custo aquisição e de venda)
Questão:
Identifique o montante da perda realizada.
Resposta:
Gasto: Perda = 40 € (diferença entre custo aquisição e de venda)
Questão 1:
Pretende-se que indique o valor do património após a ocorrência.
• 2/10 – Incidente numa cadeira do mobiliário – 100 €.
Resposta:
Classificação contabilística dos elementos patrimoniais
Notas: 1) Situação inicial do equipamento administrativo = 5500 €; Abate por inutilização do mobiliário
(perda) = 100 €; Situação final do equipamento administrativo = 5400 €
2) Abate por inutilização (perda) = 100 €
3) O capital próprio diminui por via da ocorrência de uma perda, conforme definido na Estrutura Con-
ceptual
Questão 2:
Pretende-se que indique o valor do património após a ocorrência.
• 10/10 – Por serviço prestado, a empresa emitiu a fatura/recibo n.º 230, na quantia
de 300 €.
Questão 3:
Pretende-se que indique o valor do património após a ocorrência.
• 20/10 – Recebeu no seu escritório a fatura da eletricidade relativa ao mês anterior,
a pagar até ao mês seguinte, na quantia 100 €.
136 Contabilidade Financeira Explicada
51 - Nos capítulos seguintes serão explicitados alguns dos termos utilizados e exemplificados com casos práticos.
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Subcontas Exemplos
Valor com que os sócios/acionistas contribuem para a cons-
51 – Capital subscrito
tituição (manutenção) da sociedade
52 – Ações (quotas) próprias Títulos de capital (ações /quotas) da própria empresa
53 – Outros instrumentos de capital
Prestações suplementares ou acessórias
próprio
Diferença entre o valor nominal de um título de capital social
54 – Prémios de emissão
e o seu valor de realização
55 – Reservas Rubricas constituídas com resultados não distribuídos
56 – Resultados transitados Resultados não distribuídos e não afetos a outras rúbricas
Ajustamentos resultantes da aplicação do Método de Equiva-
57 – Ajustamentos em ativos financeiros
lência Patrimonial (MEP)
58 – Excedentes de revalorização de
Ajustamentos a ativos fixos tangíveis ou intangíveis
ativos fixos tangíveis e intangíveis
59 – Outras variações de capital próprio Subsídios, doações, diferenças cambiais
Quadro n.º 3.4 – Desagregação da classe 5
===//===
exercícios de Excedente
Resultados dos Revalorização entre determinadas
ativos, subsídios, os rendimentos e os cambiais,
variações
• Variações dos ativos gastos de cada período que se acumulam
doações, MEP, etc.
na rubrica de Resultados Transitados,
quando não são distribuídos, ou outras
Excedente entre os rendimentos
rúbricas e os gastos
designadamente de reservas.
as de cada período que se
• Resultados dos exercícios acumulam na rubrica de Resultados Transitados, quando não são dis-
tribuídos,
Quadro n.º 3.7 ou outras rúbricas
– Exemplo de factosdesignadamente
modificativos as de reservas.
Quadro n.º 3.7 – Exemplos de factos modificativos
Como3.4.1 CONCEITO
já referimos no pontoDE CONTA
2.5.1.3, em contabilidade utiliza-se um sistema de codificação
para classificar
Como os elementos
já referimos no pontodo2.5.1.3,
ativo eem
passivo (inventário
contabilidade reportado
utiliza-se a uma data),
um sistema assim
de codifi-
cação
como para classificareosevolução
a dinâmica elementosdesses
do ativo e passivopatrimoniais
elementos (inventário reportado
resultantesa uma data),
da atividade
assim como aoudinâmica
empresarial de outrose acontecimentos
evolução desses que
elementos
afetem patrimoniais resultantes da atividade
esse património.
empresarial ou de outros acontecimentos que afetem esse património.
A unidade de classificação é a conta que é definida em função dos elementos que contém.
A unidade de classificação é a conta, que é definida em função dos elementos que contém.
Por exemplo, a conta Caixa, contém moeda, notas ou outras formas de pagamento como o
Por exemplo, a conta Caixa contém moedas, notas ou outras formas de pagamento como o
cheque. A conta Mercadorias contém bens destinados para venda, numa atividade
cheque. A conta Mercadorias contém bens destinados para venda, numa atividade comercial.
comercial.
A conta é expressa por um número e uma designação (título):
A conta é expressa por um número e uma designação (título):
11 – Caixa
12 – 11
Depósitos
– Caixa à ordem
12 – Depósitos à ordem
…. ….
22 – 22
Fornecedores
– Fornecedores
….
….
25 – Financiamentos obtidos
25 – Financiamentos obtidos
e pode ser ser
e pode expressa graficamente
expressa na forma
graficamente de um :T:
de um
na forma ┬
12 – Depósitos à 25 – Financiamentos
11 ‐ Caixa 22 ‐ Fornecedores
ordem obtidos
93
Figura n.º 3.1 – Representação esquemática da conta
aumentos
Figura n.º 3.1 – Representação esquemática da conta
Noutro lado, as diminuições desse elemento.
142 Contabilidade Financeira Explicada
Como observamos a conta tem apenas dois lados (o esquerdo e o direito) que são utilizados
Os valores inscritos no lado esquerdo designam-se de débitos na conta. Os valores inscritos
para inscrever:
no lado direito designam-se de créditos na conta:
Como
Num observámos, a conta iniciais
lado, os valores tem apenas
de umdois lados
dado (o esquerdo
elemento e o direito)
do património queseus
e os são
utilizados para
aumentosinscrever:
• NumNoutro lado,
lado, as diminuições
os valores iniciaisdesse
de umelemento.
dado elemento do património e os seus aumen-
Débito tos11 – Caixa Crédito Débito 25 – Financiamentos obtidos Crédito
Os•valores
Noutro lado, no
inscritos as diminuições
lado esquerdodesse elemento.
designam-se de débitos na conta. Os valores inscritos
noOs
ladovalores
direito inscritos
designam-se de créditos na conta:
no lado esquerdo designam-se de débitos na conta. Os valores
inscritos no lado direito designam-se de créditos na conta:
Hipóteses Saldo
Desta diferença pode resultar uma de três hipóteses:
Débito > Crédito Saldo devedor (Sd)
Desta diferença pode resultar uma de três hipóteses:
Débito < Crédito
Hipóteses Saldo credor (Sc)
Saldo
Hipóteses
Débito = Crédito Saldo
Saldo nulo (So)
94
O significado, em termos do impacto patrimonial, de um movimento a débito ou94a
crédito depende do elemento patrimonial (ativo ou passivo).
Anteriormente (figura 2.5), referiu-se que o património poderia ser evidenciado através
do Balanço. O Balanço evidencia os elementos do ativo, passivo e capital próprio.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Considera-se
apresentar a sua aanalogia
representação
ao ┬
gráfica
da do Balanço na sua forma horizontal e desta forma
conta.
apresenta-se a sua analogia ao T da conta.
Passivo Passivo
Ativo Ativo
Figuranenhum
Figura n.º Erro! Não existe n.º 3.3 –texto
Balanço
com(representação esquemática)
o estilo especificado no documento..1 – Balanço
(representação esquemática)
Desta forma, podemos visualizar a posição relativa dos ativos (esquerda), passivos e
capital próprio (direita) e obter uma representação gráfica semelhante a uma conta. Do
lado esquerdo (débito) encontra-se representado o ativo e do lado direito encontram-se
representados os elementos do passivo e capital próprio.
Cada um dos elementos do ativo e passivo são representados pela respetiva conta, pelo
que podemos complementar a nossa apresentação com esses elementos:
Equipamento Fornecedores
Mercadorias …..
….
Capital próprio
….. Capital
Caixa …..
A contabilidade como instrumento de registo teve uma evolução histórica que remonta a
milhares de anos. Com o desenvolvimento das transações comerciais tornou-se necessário
Figura n.º 3.4 – Débito, crédito e balanço
A Nota
contabilidade As palavras
histórica:como DEVEde
instrumento e HAVER, associadas
registo teve ao débito histórica
uma evolução e crédito, que
respetiva-
remonta a
mente, são expressões originais que traduziam a relação entre as entidades, mas que caíram
milhares de anos. Com o desenvolvimento das transações comerciais tornou-se necessário
em desuso. Destas expressões resultava uma frase sagrada em contabilidade:
um registo sistemático dos movimentos dos valores. Remonta ao século XIV a criação de
«Quem recebe deve, quem paga tem a haver».
contas de “pessoas” onde eram registados os respetivos débitos e créditos.
A contabilidade como instrumento de registo teve uma evolução histórica que remonta a
milharesera
O registo de muito
anos. Com o desenvolvimento
simples. das transações
Escrevia-se Deve (nome dacomerciais
pessoa) e tornou-se
a seguir anecessário
razão por que
um registo sistemático dos
era devedor e respetiva quantia. movimentos dos valores. Remonta ao século XIV a criação de
contas de “pessoas” onde eram registados os respetivos débitos e créditos.
NoOcaso dos era
registo créditos,
muito escrevia-se Haver (nome
simples. Escrevia-se da pessoa)
Deve (nome seguido
da pessoa) e a da razão
seguir pela qual
a razão por essa
que era devedor e respetiva quantia.
pessoa era credora e respetiva quantia.
No caso dos créditos, escrevia-se Haver (nome da pessoa) seguido da razão pela qual
Desta
essa forma
pessoa estes registos
era credora de um comerciante
e respetiva quantia. só continham aquilo que era devido pelas
pessoas
Desta com
formaquem
estesnegociava,
registos de assim como o quesóele
um comerciante devia a essas
continham aquilomesmas
que erapessoas.
devido pelas
pessoas com quem negociava, assim como o que ele devia a essas mesmas pessoas.
Consideremos uma transação comercial entre uma empresa vendedora de um produto e outra
compradora:
Consideremos uma transação comercial entre uma empresa vendedora de um produto e
outra compradora:
Vendedor A Comprador B
Cliente B Fornecedor A
Tem de Tem a
pagar a receber de
A B
é devedor é credor
Tem um débito Tem um crédito
===//===
Exemplo:
Ativo Passivo
12 – Depósitos à ordem – Banco x 2.500 22 – Fornecedores 100
21 – Clientes 300
43 – Equipamento administrativo 2.200
11 – Caixa 100
32 – Mercadorias 200
Total ativo 5.300 Total passivo 100
Mercadorias
200
Total passivo = 100
Clientes
300
Caixa 5200
100
Total capital próprio = 5200
Total ativo = 5300 Passivo + capital próprio = 5300
A partir desta apresentação inicial (valores de cada um dos elementos numa dada data)
deduzem-se as regras de movimentação das contas do ativo:
– Quando se quer registar um aumento de um elemento do ativo, deve-se inscrever
no lado do débito (debitar a conta);
– Quanto se quer registar uma diminuição de um elemento do ativo, deve-se inscre-
ver no lado do crédito (creditar a conta).
Aumentos Diminuições
Questão:
Pretende-se o registo da operação.
Resposta:
Neste método o pagamento é registado na conta de caixa (saída de caixa – crédito),
independentemente do registo na conta do fornecedor.
Caixa
Descrição Valor Saldo
Saldo inicial (SI) 1.000 1.000
Pagamento recibo n.º xxx 200 800
148 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Pretende-se o registo da operação.
Resposta
Neste método digráfico, o pagamento é registado na conta de caixa (saída de caixa
crédito), e, simultaneamente, é feito o registo na conta do fornecedor (débito diminuição
do passivo).
Património inicial
Itens Valor (€)
Ativo
Equipamento administrativo 2.200
Mercadorias 200
Clientes 300
Depósitos à ordem 2.500
Caixa 100
Total do ativo 5.300
Passivo
Fornecedores 100
Total do passivo 100
Capital Próprio
Capital próprio no início do período 5.200
Total capital próprio 5.200
Total capital próprio + passivo 5.300
Questão:
Pretende-se o registo destas operações nas respetivas contas e que se indique qual o saldo
final das contas movimentadas.
Resposta 1)
• O cliente pagou em dinheiro a totalidade da sua dívida, no montante de 300 €.
Contas movimentadas:
i. Caixa Ativo
ii. Clientes Ativo
Regras de movimentação das contas do ativo:
– Quando se quer registar um aumento de um elemento do ativo, deve-se inscre-
ver no lado do débito (debitar a conta);
– Quanto se quer registar uma diminuição de um elemento do ativo, deve-se inscre-
ver no lado do crédito (creditar a conta).
150 Contabilidade Financeira Explicada
1) Situação inicial 2) Pagamento do cliente (dinheiro)
11 ‐ Caixa 21 ‐ Clientes
1)11 ‐Situação
Caixa
inicial 21 ‐ Clientes
2) Pagamento do cliente (dinheiro)
Si1) 100
Situação inicial
Si 300 2)Si Pagamento
100 do cliente
Si (dinheiro)
300
Resposta 2)
A empresa comprou 200 € de mercadorias a crédito, ao fornecedor x.
Contas movimentadas53:
Regras de movimentação das contas do passivo:
i. Mercadorias Ativo
ii. Fornecedores Passivo
Quando se quer registar um aumento de um elemento do passivo deve‐
crédito (creditar a conta)
Regras de movimentação das contas do passivo:
Regras de movimentação das contas do passivo:
– Quando se quer registar um aumento de um elemento do passivo, deve-se inscre-
Quanto
ver no lado do crédito se quer
(creditar registar uma diminuição de um elemento do passivo, de
a conta);
Quando se quer registar
do débito (debitar a conta)um aumento de um elemento do passivo deve‐s
– Quanto se quer registar
crédito (creditar a conta) elemento do passivo, deve-se ins-
uma diminuição de um
crever no lado do débito (debitar a conta).
1) Situação inicial Quanto 1) Situação inicial 2) Operação compra m
se quer registar uma diminuição de um elemento do passivo, dev
do‐ Mercadorias
32.1 débito (debitar a conta)
22 ‐ Fornecedores 32.1 ‐ Mercadorias
Si 200 100 Si Si 200
(2) 200 (2) 2003) Saldo das contas 200 200 200 (2)
(2) (2) 200 (2)
C
4) Situação após
Débito32.1
Mercadorias
Débito Mercadorias Crédito
‐ Mercadorias CréditoDébito Fornecedores
22 Mercadorias
‐ Fornecedores
Fornecedores Crédito Fornecedores
(aumenta
(aumenta 200) 200)
Si 200 (aumenta (aumenta
(aumenta
200) 200) 200)
100 Si (aumenta 200)
Itens
(2) 200 3) Saldo das contas 200 (2) Ativo
3) Saldos das contas Equipamento admin
Sd 400 300 Sc 4) Situação após o
32.1 ‐ Mercadorias 22 ‐ Fornecedores Mercadorias
Si 200 100 Si Clientes
Itens
Depósitos à ordem
(2) 200 200 (2) Caixa Ativo
Total do ativoadmini
Equipamento
Sd 400 300 Sc
Mercadorias Passiv
Clientes
Fornecedores
Depósitos à ordem
Total do passivo
Caixa
Capital Pr
Total do próprio
Capital ativo no in
Total capital Passivo
próprio
Fornecedores
Total capital próprio
53 - Na contabilização das compras de mercadorias é realizado um primeiro registo na conta 31 – Compras, que do passivo
Total
posteriormente é transferido para a conta respetiva (32 –Mercadorias ou outras adequadas ao tipo de bem adquirido).
compreensível,
A conta Mercadorias Capital Pró
Por simplificação e para tornar mais neste exemplo oapresenta
movimento éum feitosaldo devedor
diretamente de32400
na conta - €;
Mercadorias. Capital próprio no iní
A conta Fornecedores apresenta saldo credor de 300 €. capital próprio
Total
Total capital próprio
Resumo:
A conta Mercadorias apresenta um saldo devedor de 400 €;
152 Contabilidade Financeira Explicada
Resumo:
– O débito na conta de mercadorias (ativo) aumentou o seu valor.
– O crédito na conta de fornecedores (passivo) aumentou o seu valor.
Resposta 3)
• Pagamento da dívida de 300 € ao fornecedor y, com cheque.
Contas movimentadas:
ii. Fornecedores Passivo
i. Depósitos à ordem Ativo
ii. Fornecedores Passivo
1) Situação inicial 2) Pagamento
1) Situação inicial
12 – Depósitos à 22 ‐ Fornecedores
12 – Depósitos à ordem
ordem
Si 2.500
Si 2.500 100 Si
300 (3)
Crédito Depósitos
(diminui 300)
1) Situação inicial 2) Pagamento
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) 1) Situação inicial 2) Pagamento
Podem-se resumir as regras de movimentação das contas de ativo e passivo nos seguintes
termos:
Quadro-resumo
Contas Aumentos Diminuições
Ativo Débito Crédito
Passivo Crédito Débito
Quadro n.º 3.8 – Movimentação de contas do ativo e passivo
Débito
Débito Débito Crédito
o Crédito
Diminui Diminui Aumenta
Diminui Aumenta
a
Questão 4:
Pretende-se o registo desta operação nas respetivas contas e a indicação do saldo final
das contas movimentadas.
Resposta
Contas movimentadas:
i. Depósitos à ordem Ativo
ii. Capital Capital próprio
RESPOSTA
Contas movimentadas:
156 Contabilidade Financeira Depósitos à ordem Ativo
i. Explicada
ii. Capital Capital próprio
RESPOSTA
1) Situação inicial 2) Aumento de capital
1) Situação inicial Contas movimentadas:
i.
12 – Depósitos Depósitos
à ordem à ordem51 Ativo
– Capital 12 – Depósitos à ordem
Si ii.
2.200 Capital Capital próprio
5.000 SI Si 2.200
4) 5.000
1) Situação inicial 2) Aumento de capital socia
ial 2) Aumento de capital social Débito Dep. Ordem
2) Aumento de
12 capital social
– Depósitos à ordem 51 – Capital Social 12 –(aumentou
Depósitos à 5.000)
ordem 51
Si 122.200
– Depósitos à ordem 51 SI
5.000 – Capital Si 2.200
Si 2.200 5.000 Si
4) 5.000
4) 3) 5.000
Saldo final 5.000 (4)
12 – Depósitos à ordem Débito Dep. Ordem
51 – Capital Crédito Ca
Si 2.200 (aumentou
5.000 Si 5.000) (aumento
Débito (4)
Dep. 5.000
Ordem Crédito Capital 5.000 (4)
(aumentou 5.000)
Sd = 7.200 (aumentou 5.000)
10.000 Sc
Resultados
Gastos ou perdas Réditos ou ganhos
Débito Crédito
Diminuem Aumentam
Resumo
– O crédito na conta de rendimentos aumenta o seu valor e aumenta o valor do
capital próprio 108
– O débito na conta de gastos aumenta o seu valor e diminui o valor do capital
próprio
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Quadro-resumo
Contas Aumentos Diminuições
Rendimentos Crédito Débito
Gastos Débito Crédito
Quadro n.º 3.10 – Movimentação de contas de rendimentos e gastos
A entidade ABC vendeu pelo preço de 1.000 €, a pronto pagamento, todas as mercadorias
que tinha em stock adquiridas por 400 €.
Exemplo 3.13 – Operações com rendimentos e gastos
Nota: por simplificação
Considere os dadosnão se considera
do exemplo o efeito fiscal da operação - IVA.
anterior.
A entidade ABC vendeu pelo preço de 1000 €, a pronto pagamento, todas as mercadorias
que tinha em stock adquiridas por 400 €.
QUESTÃO 5:
Nota: por simplificação não se considera o efeito fiscal da operação – IVA.
Pretende-se o registo desta operação nas respetivas contas e a indicação do saldo final das
contas movimentadas.
Questão 5:
Pretende-se o registo desta operação nas respetivas contas e a indicação do saldo final
RESPOSTA
das contas movimentadas.
Contas movimentadas:
i. Resposta
Caixa; Mercadorias Ativo
ii.
Contas Vendas Rendimentos
movimentadas:
iii.i. Caixa;
Custo Ativovendidas Gastos
das mercadorias
Mercadorias
ii. Vendas Rendimentos
1) Pela
iii.venda:
Custo das mercadorias vendidas Gastos
1) Pela venda:
11 – Caixa 71 ‐ Vendas
Si 400 1.000 (5)
(5) 1.000
Nota histórica: O método digráfico ou de partidas dobradas foi descrito pela primeira vez
por Luca Pacioli, no livro Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornalita, em
1494, e é o sistema utilizado, quer na contabilidade empresarial, quer na contabilidade pública.
Este método não teve inicialmente uma ampla aceitação, apesar de a existência da imprensa
(Gutemberg) permitir a sua divulgação nas camadas superiores da atividade económica.
Como refere Carvalho (1993), deve-se a Degranges, com a publicação da obra Método Fácil
de Escriturar os Livros, a demonstração da sua simplicidade e utilidade. Nos nossos dias é
um método amplamente utilizado.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pretende-se o registo desta operação nas respetivas contas (por simplificação não se
RESPOSTA:
considera o IVA).
RESPOSTA:
Resposta: 43.5 – Equipamento 27.1 – Fornecedores
administrativo de investimento
Si43.5 –xxx
Equipamento 27.1 – Fornecedores
xxx Si
administrativo de investimento
(1)
Si 1.000
xxx 1.200
xxx (1)
Si
44.3 – Programas de
computador
44.3
Si – xxx
Programas de
computador
(1)
Si 200
xxx
(1) 200
Ideias-chave
Ideias chave
• Num registo, o valor dos débitos é sempre igual ao dos créditos.
Ideias chave
• Num
• Aregisto, o valor
diferença dosvalores
entre os débitos é sempre
a débito igual ao
e os valores dos créditos
a crédito = Saldo da conta
• Num
A –registo,
diferença o valor
entre
Se o valor dos débitos
os valores
dos débitos é os
sempre
a débito
excede igual
e os valores
créditos aoa crédito
= Saldo dos créditos
devedor= saldo da conta
• A diferença
• – Se entre
Se oo valor os
dosvalores
valordos a excede
débito
débitosexcede
créditos eososdébitos
o dos valores
créditos==aSaldo
crédito
Saldo = saldo da conta
devedor
credor
• débitos excede
Se o valor dos créditos excedeos créditos
o dos = Saldo
débitos devedor
= Saldo credor
• Se o valor dos créditos excede o dos débitos = Saldo credor
162 3.4.3 Escrituração
Contabilidade Financeira Explicada
O Diário é o suporte
O Diário contabilístico
é o suporte onde onde
contabilístico se registam as operações
se registam da empresa,
as operações no seu
da empresa, dia-a-
no seu
dia,diaoriginando-se assim oassim
a dia, originando-se seu onome. ComoComo
seu nome. exemplo, abaixo
exemplo, reproduz-se
abaixo duas duas
reproduzem-se páginas
diferentes
páginas de diário em
diferentes de formato
diário emeletrónico:
formato eletrónico:
Exemplo de extrato
Exemplo de conta
de extrato (depósito
de conta à ordem)
(depósito à ordem)
Empresa LIVRO SA | Pág. 1/1
Data Diário N.º Diário Descrição Débito Crédito Saldo Doc. N.º Doc. IVA
Lançamento: 000
1201 ‐ Banco do Sul
Saldos anteriores (Débito, Crédito e Saldo) 50.000.00 0.00 50.000.00 D
2014‐06‐03 32 60.001 Deposito Numerario Pag Cl 2.300.00 52.300.00 D 321 1
2014‐06‐05 32 60.002 N/ Cheque nº 1654 1.600.00 50.700.00 D 321 2
2014‐06‐12 32 60.003 Desp Livro Cheques 75.00 50.625.00 D 321 3
2014‐06‐16 32 60.004 N/ Cheque nº 1655 638.25 49.986.75 D 321 4
2014‐06‐18 32 60.005 N/ Cheque nº 1656 200.00 49.786.75 D 321 5
2014‐06‐25 32 60.006 Transf. Cliente 12.685.00 62.471.75 D 321 6
2014‐06‐29 32 60.007 Transf. Pag Ordenados 7.835.00 54.636.75 D 321 7
Banco do Sul
Total Período 14.985.00 10.348.25 4.636.75 D
===//===
===//===
O balancete
O balancete é uma é uma listagem
listagem das contas
das contas que que podem
podem estarestar agregadas
agregadas (balancetes
(balancetes sin-
sintéticos) ou
téticos) ou desagregadas
desagregadas (balancetesOsanalíticos).
(balancetes analíticos). balancetesOs
nãobalancetes não têm uma
têm uma formatação formatação
obrigatória. É comum
obrigatória.
que É comum para
estes apresentem, que estes
alémapresentem, para além
da conta (número da conta (número
e designação) e designação),
as quantias referentes aos
as quantias referentes aos acumulados a débito e a crédito, os movimentos do mês a que
acumulados a débito e a crédito, os movimentos do mês a que respeita o balancete e os saldos de
respeita o balancete e os saldos de cada conta. Quanto ao âmbito, os balancetes podem ser
cada conta. Quanto ao âmbito, os balancetes podem ser gerais (incluem todas as contas) ou
gerais (incluem todas as contas) ou parciais, incluindo apenas um grupo de contas, como
parciais, incluindo
por exemplo apenasdeum
as contas grupo de contas, como por exemplo as contas de clientes.
clientes.
Exemplo de balancete geral (contas agrupadas no 1º grau ou a dois dígitos)
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Empresa LIVRO SA
Balancete Geral (Acumulado até Janeiro) - 2016 Valores em EUR
Movimento Saldo
Conta Descrição
Débito Crédito Débito Crédito
6321 Remunerações do pessoal - venc. 700,00 0,00 700,00 0,00
6325 Remunerações do pessoa - s. alimente 89,67 0,00 89,67 0,00
635 Encargos sobre remunerações 166,25 0,00 166,25 0,00
6352 Enc. s/rem.-pessoal 166,25 0,00 166,25 0,00
71 Vendas 0,00 2.600,00 0,00 2.600,00
711 Mercadorias 0,00 2.600,00 0,00 2.600,00
7111 Vendas-merc.-mercado nacional 0,00 2.600,00 0,00 2.600,00
Total 56.729,34 56.729,34 54.704,31 54.704,31
3.5 3.5
PROCESSO CONTABILÍSTICO
Processo contabilístico (reconhecimento, mensuração e
(RECONHECIMENTO,
apresentação) MENSURAÇÃO E
APRESENTAÇÃO)
Como descrevemos anteriormente, a informação contabilística é resultado de um
processo que se inicia com
Como descrevemos um facto patrimonial
anteriormente a informaçãoresultante da atividade
contabilística empresarial
é resultado ou de
de um processo
outros eventos involuntários com impacto no património da entidade.
que se inicia com um facto patrimonial resultante da atividade empresarial ou de outros
eventos involuntários
O registo codificadocom impacto
desses no património
eventos, com base daementidade.
documentos internos ou externos,
permite criar a base para posterior consulta, quer de forma individualizada (razão ou o
O registo codificado desses eventos, com base em documentos internos ou externos, permite
registo no diário), quer de uma forma agregada através de balancetes, balanço, demonstração
criar
dos a base para
resultados posterior
ou outros consulta,
mapas quer de forma
contabilísticos individualizada
preparados (razão ou o registo no
para a gestão.
diário), quer de uma forma agregada através de balancetes, balanço, demonstração dos
O processo
resultados contabilístico
ou outros pode ser sintetizado
mapas contabilísticos na seguinte
preparados figura:
para a gestão.
FACTOS PATRIMONIAIS
Voluntários ou involuntários
Diário Razão
Registo por ordem de (Registo por conta)
datas
Listagens Balanço
Extrato de conta Demonstração dos resultados
Balancetes gerais Demonstração de fluxos de
Balancetes parciais (clientes, caixa
fornecedores, compras, etc.)
Demonstração das alterações
Diários
no capital próprio
Consultas diversas
121
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CAPÍTULO 4
NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA
• Referenciais contabilísticos
Temas • Normalização contabilística
• Demonstrações financeiras
4.1 Introdução
4.1 INTRODUÇÃO
O processo contabilístico implica um conjunto de etapas e integra um conjunto de tarefas
O processo contabilístico implica um conjunto de etapas e integra um conjunto de
que conduzem à preparação e divulgação da informação, quer para a gestão, quer para o
tarefas que conduzem à preparação e divulgação da informação, quer para a gestão, quer
cumprimento da prestaçãodade
para o cumprimento contas54de. contas54.
prestação
Figura
Figuran.º
n.º4.1
4.1––Etapas
Etapas do
do processo contabilístico
processo contabilístico
54
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fatura
recibo
etc
Demonstrações financeiras
Figura n.º
Figura 4.2 –– Output
n.º 4.2 Outputdos
dosdocumentos
documentos
Atendendo a que as normas do IASB são consideradas de elevada qualidade, dado que
os requisitos constantes neste normativo conduzem a demonstrações financeiras que apre-
sentam uma imagem verdadeira e apropriada da posição financeira, do desempenho e das
alterações na posição financeira, conduziu a que diversos países adotassem este referencial
contabilístico, ao qual a União Europeia (UE) não foi indiferente.
58 - A expressão “normas internacionais de contabilidade” engloba as IAS, IFRS e as interpretações técnicas SIC
e IFRIC.
59 - Os principais instrumentos jurídicos europeus são os seguintes:
• Regulamento: é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.
• Diretiva: vincula os Estados-Membros destinatários quanto ao resultado a alcançar, necessita de uma transposição
para o quadro jurídico nacional e deixa uma margem de manobra quanto à escolha da forma e dos meios da
respetiva execução.
• Decisão: é obrigatória em todos os seus elementos para os destinatários que designar expressamente.
• Recomendação e parecer: não têm efeito vinculativo, possuindo natureza meramente declarativa.
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Referencial
Contas Normas internacionais de
Diretivas
contabilidade
Entidades com títulos nego-
Entidades sem títulos negociados em bolsa de valo-
Consolidadas (CC) ciados em bolsa de valores
res da União Europeia
da UE
Entidades contabilísticos
Quadro n.º 4.2 – Âmbito de aplicação dos referenciais com títulos negociados
da União em bolsa de
Europeia
valores da União Europeia
Individuais (CI)
Entidades sem títulos negociados em bolsa de valo-
res da União Europeia
As contas consolidadas são exigidas à empresa dominante (aquela que detém o controlo
Quadro n.º 4.2 – Âmbito de aplicação dos referenciais contabilísticos da União Europeia
sobre outras empresas muitas vezes designada por empresa-mãe), que agrega as contas do
grupo. DeAsuma forma
contas muito simples
consolidadas podemos
são exigidas à empresa dizer que consolidar
dominante (aquela quesignifica apresentar as
detém o controlo
60
contas sobre
de umoutras
grupo de entidades
empresas, muitascomo se fosse apenas
vezes designada uma .
por empresa-mãe), que agrega as contas do
grupo. De uma forma muito simples, podemos dizer que consolidar significa apresentar
as contas
Num grupo de um grupo
empresarial de entidades
coexistem como se fosse
as respetivas apenas
contas uma60.
consolidadas e as contas individuais
de cada um Numdas entidades
grupo dessecoexistem
empresarial grupo. Esta coexistência
as respetivas contas pode ser traduzida
consolidadas na in-
e as contas seguinte
figura: dividuais de cada um das entidades desse grupo. Esta coexistência pode ser traduzida na
seguinte figura:
CONTAS CONSOLIDADAS
CONTAS INDIVIDUAIS
ALFA, SA
(empresa‐mãe)
ZETA, Lda
(participada diretamente por GAMA e indiretamente
por ALFA)
Figura
Figura n.ºn.º
4.34.3‐ Contas
– Contas versus contas
consolidadas versus
consolidadas contasindividuais
individuais
(inFernandes
(in et al.,
Fernandeset al., 2013:
2013: 37)
37)
Em que: Em que:
Subsidiária – entidade, ainda que não constituída sobre a forma de sociedade, que
Subsidiária – sociedade
é controlada que entidade,
por outra é controlada por outraempresa-mãe.
denominada sociedade denominada sociedade
Este controlo mãe. Este
afere-se pela
controlopossibilidade
afere-se pela
dapossibilidade
empresa-mãe ter da sociedade mãeasterpolíticas
poder de gerir poder de gerir as políticas
operacionais operacionais
e financeiras da e
financeiras da sociedade
sociedade subsidiária,
subsidiária, a fim de aobter
fim de obter benefícios
benefícios económicos económicos
da mesma.da mesma.
Associada – sociedade participada entre 20 a 50%. Depreende-se que estes direitos de voto
permitem à60sociedade
- A legislaçãoparticipante exercer
contabilística define uma
em que influência
condições devem significativa na gestão
as empresas que integram um da participada.
grupo consolidar
as suas contas.
Participada – sociedade que não reúne as condições para ser considerada subsidiária ou associada,
geralmente associada a participações no capital inferior a 20%.
174 Contabilidade Financeira Explicada
Referencial IASB/UE
Contas
Obrigatório Facultativo
Entidades sem títulos negociados em
Entidades com títulos negociados em mer-
Consolidadas mercados regulamentados da União
cados regulamentados da União Europeia
Europeia
Entidades com títulos negociados em mer-
Entidades integradas em grupos que pre-
cados regulamentados da União Europeia se
Individuais param e apresentam contas consolidadas
e só se não estiverem obrigadas a preparar
em IASB/UE
e apresentar contas consolidadas
Quadro n.º 4.3 – Âmbito de aplicação nacional do referencial IASB/UE
Impondo que, caso as entidades exerçam a opção pelo referencial IASB/UE, as contas
ficam sujeitas a certificação legal de contas (CLC)61 e a opção tem de ser completa e no
mínimo por três períodos consecutivos.
61 - A certificação legal das contas inclui, entre outros elementos, uma opinião de auditoria, que pode ser emitida
com ou sem reservas, ou constituir uma opinião adversa, e apresentar claramente a opinião do revisor oficial de contas
ou da sociedade de revisores oficiais de contas sobre se as contas dão uma imagem verdadeira e apropriada, de acordo
com a estrutura de relato financeiro aplicável e, se for caso disso, se as contas cumprem os requisitos legais aplicáveis
(n.º 2 do artigo 45.º do Estatuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas).
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pode preparar e apresentar as suas contas individuais de acordo com o referencial con-
tabilístico IASB/UE?
Resposta:
Não, porque a opção pelo IASB/UE só é permitida para as entidades que integrem
grupos empresariais.
Questão:
Pode preparar e apresentar as suas contas individuais de acordo com o referencial con-
tabilístico IASB/UE?
Resposta:
Depende:
H1: Se o grupo está obrigado ou optou por apresentar as suas contas consolidadas
de acordo com o referencial IASB/UE, a CG, Lda. pode fazer a opção;
H2: Se o grupo não optou por apresentar as suas contas consolidadas de acordo
com o referencial IASB/UE, a CG, Lda. não pode fazer a opção.
Aspetos caracterizadores
Organismo tecnicamente independente, no qual estão representadas, a nível nacional,
Natureza jurídica as entidades públicas e privadas interessadas no domínio da contabilidade, dotado
de autonomia administrativa e que funciona no âmbito do Ministério das Finanças.
Emitir normas, pareceres e recomendações relativos ao conjunto das entidades
inseridas no setor empresarial e setor público, de modo a estabelecer e assegurar
procedimentos contabilísticos harmonizados com as normas europeias e interna-
cionais da mesma natureza, contribuindo para o desenvolvimento de padrões de
Missão
alta qualidade da informação e do relato financeiro das entidades que apliquem o
SNC e a normalização contabilística para o setor público, bem como promover as
ações necessárias para que as normas de contabilidade sejam efetiva e adequadamente
aplicadas pelas entidades a elas sujeitas.
Emissão e harmonização das normas contabilísticas.
Atribuições
Regulação e controlo da aplicação das normas contabilísticas.
Presidente
Órgãos Conselho geral
Comissão executiva
Quadro n.º 4.5 – Comissão de normalização contabilística
Referenciais contabilísticos
62 - Cooperativas cujo ramo específico não permita, sob qualquer forma, direta ou indireta, a distribuição de
excedentes, designadamente as cooperativas de solidariedade social, previstas na alínea m) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei
n.º 51/96, de 7 de setembro, equiparadas a instituições particulares de solidariedade social e, nessa qualidade, registadas
na Direção-Geral da Segurança Social.
178 Contabilidade Financeira Explicada
Valores em euros
Itens Ano N-3 Ano N-2 Ano N-1
Vendas de morangos 30.000 40.000 50.000
Serviço de lavoura prestado ao Sr. C 5.000 10.000 ----
Juros obtido da conta a prazo que tem no banco X 500 500 500
Ganho obtido com a venda de diversas ferramentas agrícolas 10.000
Questão:
Qual o referencial contabilístico que o Sr. A deve aplicar?
Resposta:
Nota: O conceito de volume de negócios apenas inclui os rendimentos de vendas e
prestações de serviços, pelo que os outros rendimentos não são incluídos.
Cálculos: Média do volume de negócios nos últimos 3 anos = (30 000 + 5000 + 40 000
+ 10 000 + 50 000) /3 = 45 000 euros
Conclusão: Como a média é inferior a 200 000 euros, não é obrigado a aplicar qualquer
referencial contabilístico.
===//===
Como se infere pelo quadro 4.6, as empresas estão enquadradas no SNC, desde que não
estejam dispensadas ou utilizem o referencial IASB/UE. O SNC contempla um conjunto
de instrumentos contabilísticos que são complementares:
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Instrumento
Diploma Objetivo
Denominação
jurídico
Estabelecem os requisitos globais que permitem assegurar
Bases de apresentação
Decreto-lei a comparabilidade, quer com as demonstrações financeiras
das demonstrações
(anexo) de períodos anteriores da mesma entidade, quer com as
financeiras
demonstrações financeiras de outras entidades
Estabelece os formatos de:
√ Balanço
√ Demonstração dos resultados
√ Demonstração de fluxos de caixa
√ Demonstração das alterações no capital próprio
Modelos de
√ Anexo
demonstrações Portaria
√ Balanço modelo reduzido
financeiras
√ Demonstração dos resultados modelo reduzido
√ Anexo modelo reduzido
√ Balanço modelo ME
√ Demonstração dos resultados modelo ME
√ Informação adicional / complementar
SNC
Do exposto decorre que a cada referencial contabilístico está associado uma determi-
nada norma(s) contabilística(s) e em função dessa(s) norma(s) há exigências diferenciadas:
Microentidades (NC-ME) operações e outros acontecimentos
Quadro n.º Erro! Não existe nenhum texto com o estilo especificado no documento..7 –
Instrumentos contabilísticos
180 Contabilidade Financeira Explicada
Pág. 180: (substituir figura)
NCRF
+
Empresas SNC NCRF‐PE Exigências
diferenciadas
NC‐ME −
Figura n.º 4.5 – Níveis de exigência contabilística impostos às entidades empresariais
Figura n.º Erro! Não existe nenhum texto com o estilo especificado no documento..2 ‐Níveis de
exigência contabilística impostos às entidades empresariais
O enquadramento em regimes contabilísticos mais simplificados (pequenas entidades
e microentidades) está condicionada à verificação de limites de dimensão apoiados nos
seguintes critérios:
63 - N.º médio de empregados = somatório do número de empregados no final de cada mês, durante os 12 meses
do ano, dividido por 12.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Rubricas UTA*
Operários efetivos 5
Engenheiro civil em regime de prestação de serviços 1
Administrativa que entrou em licença de maternidade 1/3
Sócio-gerente (ano completo) 1
Sócio que colabora com a empresa como comercial (tempo parcial) 1/2
Estagiário (ano completo) 1
*UTA calculadas com base no contrato coletivo de trabalho aplicável à empresa
Questão:
Qual o número médio de trabalhadores no ano N?
Resposta:
Atendendo ao conceito de efetivo, não se incluem como trabalhadores da entidade o
engenheiro civil (prestador de serviço) e o estagiário, admitindo ser titular de contrato de
formação profissional.
Média = 5 +1/3 + 1 + 1/2 = 30/6 + 2/6 + 6/6 + 3/6 = 41/6 = 6,8 = 7 trabalhadores
64 - Para efeitos fiscais, a obrigação de contabilidade organizada tem outras regras, conforme estabelecido no
artigo 28.º, n.º 6 (CIRS).
182 Contabilidade Financeira Explicada
Opção
contas consolidadas e
individuais do perímetro de
consolidação
Entidades sem títulos à negociação
(grandes e médias)
Contas Consolidadas
Aplicam NCRF
Contas individuais
Opção
Pequenas entidades (não ultrapassem 2
dos limites)
a) Total de balanço: €4 000 000
b) Total de volume de negócios: €8 000 000
se NCRF-PE
c) N.º trabalhadores: 50
c) N.º trabalhadores: 10
Questão:
Como enquadrar contabilisticamente esta entidade?
Resposta:
Rendimentos
Dimensão/ norma Balanço N.º empregados
Volume de negócios
Micro (NC-ME) 350 000 X 700 000 10 X
Pequena (NCRF-PE) 4 000 000 8 000 000 X 50
Restantes (NCRF) > 4 000 000 > 8 000 000 > 50
Neste caso, a entidade cumpre os requisitos para aplicar a NC-ME. No entanto não
está impedida de optar pela NCRF-PE ou NCRF.
Questão:
Como enquadrar contabilisticamente esta entidade?
Resposta:
Rendimentos
Dimensão/ norma Balanço N.º empregados
Volume de negócios
Micro (NC-ME) 350 000 700 000 10 X
Pequena (NCRF-PE) 4 000 000 X 8 000 000 X 50
Restantes (NCRF) > 4 000 000 > 8 000 000 > 50
Cumpre os requisitos exigidos para a qualificação como pequena entidade pelo que
pode optar pela NCRF-PE ou enquadrar-se na NCRF.
Questão:
Como enquadrar contabilisticamente esta entidade?
Resposta:
Rendimentos
Dimensão/ norma Balanço N.º empregados
Volume de negócios
Micro (NC-ME) 350 000 700 000 10 X
Pequena (NCRF-PE) 4 000 000 8 000 000 50
Restantes (NCRF) > 4 000 000 X > 8 000 000 X > 50
Aplica as NCRF. Não cumpre com os requisitos exigidos aos regimes mais simplificados
pelo que afasta a possibilidade de aplicar a NCRF-PE ou NC-ME.
NaErro!
Figura n.º figura
Nãoseguinte esquematiza-se
existe nenhum texto coma operacionalização
o estilo especificadodeste referencial quando
no documento..5 umade
‐ Transição
entidade aumenta a sua dimensão, tendo de deixar de aplicar a NCRF-PE:
referencial (NCRF NCRF‐PE)
Operacionalização
Na figura dos limites apara
seguinte esquematiza-se exclusão do regime
operacionalização dasreferencial,
deste pequenas entidades
quando uma
entidade aumenta a sua dimensão, tendo de deixar de aplicar a NCRF-PE:
Figura n.º Erro! Não existe nenhum texto com o estilo especificado no documento..6 ‐ Transição de
referencial (NCRF‐PE NCRF)
Figura n.º Erro! Não existe nenhum texto com o estilo especificado no documento..6 ‐ Transição de
referencial (NCRF‐PE NCRF)
Resumindo, uma entidade, para aplicar a NCRF-PE num determinado período, tem de
verificar se o limite que possuía em N-2 e N-1 satisfaz essa condição, conforme se representa:
Questão:
Em N + 1, qual o referencial contabilístico para esta entidade?
Resposta:
Em final de N ultrapassa os requisitos da NCRF-PE. No entanto, ainda não está obri-
gada a alterar o seu referencial contabilístico. Se em N+1 exceder os limites das PE, terá
que aplicar obrigatoriamente as NCRF em N+2.
Questão:
Em N + 1 qual o referencial contabilístico para esta entidade?
Resposta:
No final de N, apesar de cumprir os requisitos da NCRF-PE, não pode alterar o seu
referencial contabilístico, dado que é necessário que os limites se verifiquem em dois pe-
ríodos consecutivos, para poder fazer essa opção.
Se em N+1 se mantiver os limites das PE, poderá então manter as NCRF ou optar
pela NCRF-PE em N+2.
II – Microentidades
As entidades que aplicam a NC-ME são obrigadas a aplicar um referencial mais exi-
gente sempre que durante os dois exercícios seguintes ultrapassem os limites permitidos.
Podem “regressar” à NC-ME sempre que os limites deixem de ser ultrapassados em dois
exercícios consecutivos.
Na figura 4.10 esquematiza-se a operacionalização deste referencial, quando uma enti-
dade aumenta a sua dimensão:
Operacionalização dos limites
das Microentidades
Operacionalização dos limites das Microentidades
NCRF - PE
ou
NC-ME NC-ME NCRF
N N+1 N+2
NCRF - PE NCRF - PE
ou NC-ME
ou
NCRF por opção
NCRF
N N+1 N+2
ultrapassados em dois exercícios consecutivos.
……
188 Contabilidade Financeira Explicada
Em termos práticos, uma entidade pode ficar enquadrada na NC-ME, num determinado
Figura n.º Erro! Não existe nenhum texto com o estilo especificado no documento..8 – Transição de
período, se mantiver os respetivos limites nos dois anos anteriores (N-2 e N-1), conforme
referencial (NCRF‐PE/NCRF NC‐ME)
se ilustra:
Questão:
Em N + 1 qual o referencial contabilístico a aplicar a esta entidade?
Resposta:
Tem que manter o regime de microentidade pelo menos em dois anos consecutivos.
Questão:
Em N + 2 qual o referencial contabilístico para esta entidade?
Resposta:
Nos anos N e N+1 foram ultrapassados os limites para o enquadramento contabilístico
como microentidade. Neste caso deve passar a aplicar a NCRF – PE ou as NCRF, caso
seja essa a opção.
65 - Este regulamento já foi alterado, mas, como mencionado, foi a base das NCRF.
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1º
IASB/UE
NCRF
2º
IASB
1º
NCRF
2º
Aplicação supletiva NCRF‐PE
IASB/UE
3º
IASB
1º
NCRF
NC‐ME
2º
Estrutura Conceptual
FiguraFigura n.º–4.13
n.º 4.13 – Normas
Normas de aplicação
de aplicação supletivasupletiva
No que se refere ao Anexo das microentidades estas são dispensadas da sua apresentação
(não foi publicado qualquer modelo indicativo), desde que, quando aplicável, procedam à
divulgação das seguintes informações no final do balanço:
a) Montante total dos compromissos financeiros, garantias ou ativos e passivos con-
tingentes que não estejam incluídos no balanço e uma indicação da natureza e for-
ma das garantias reais que tenham sido prestadas e, separadamente, compromissos
existentes em matéria de pensões, bem como compromissos face a empresas coliga-
das ou associadas;
b) Montante dos adiantamentos e dos créditos concedidos aos membros dos órgãos
de administração, de direção ou de supervisão, com indicação das taxas de juro, das
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Balanço
Demonstração
Desempenho
dos resultados
Figura n.ºn.º4.14
Figura 4.14––Informação económicae efinanceira
Informação económica financeira
I – Balanço
66 - Como referimos inicialmente, os factos patrimoniais modificativos decorrem, quer dos rendimentos e gastos
expressos na demonstração dos resultados do período, quer dos relacionados com alterações de rubricas de capital
próprio que não sejam os relacionados com as contribuições dos participantes no capital próprio.
O quadro 4.11 compara a informação constante nas Portarias que aprovaram o modelo de
balanço aplicável a cada um dos referenciais contabilísticos:
194 Contabilidade Financeira Explicada
I – Balanço
O quadro 4.11 compara a informação constante nas Portarias que aprovaram o modelo
de balanço aplicável a cada um dos referenciais contabilísticos:
Balanço
NCRF NCRF-PE NC-ME
Ativo
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis Ativos fixos tangíveis Ativos fixos tangíveis
Propriedades de investimento
Goodwill
Ativos intangíveis Ativos intangíveis Ativos intangíveis
Ativos biológicos
Participações financeiras - MEP
Outros investimentos financeiros Investimentos financeiros Investimentos financeiros
Créditos a receber Créditos e outros ativos não Créditos e outros ativos não
correntes correntes
Ativos por impostos diferidos
Ativo corrente
Inventários Inventários Inventários
Ativos biológicos
Clientes Clientes Clientes
Estado e outros entes públicos Estado e outros entes públicos Estado e outros entes públicos
Capital subscrito e não realizado Capital subscrito e não realizado Capital subscrito e não realizado
Outros créditos a receber Outros créditos a receber
Diferimentos Diferimentos Diferimentos
Ativos financeiros detidos para
negociação
Outros ativos financeiros Outros ativos correntes Outros ativos correntes
Ativos não correntes detidos
para venda
Caixa e depósitos bancários Caixa e depósitos bancários Caixa e depósitos bancários
Total do ativo
Capital próprio e passivo
Capital próprio
Capital subscrito Capital subscrito Capital subscrito
Ações (quotas) próprias Ações (quotas) próprias
Outros instrumentos de capital Outros instrumentos de capital Outros instrumentos de capital
próprio próprio próprio
Prémios de emissão Prémios de emissão
Reservas legais Reservas legais
Reservas
Outras reservas Outras reservas
Resultados transitados Resultados transitados Resultados transitados
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Balanço
NCRF NCRF-PE NC-ME
Excedentes de revalorização Excedentes de revalorização
Ajustamentos / outras variações Ajustamentos / outras variações Outras variações no capital
no capital próprio no capital próprio próprio
Resultado líquido do período Resultado líquido do período Resultado líquido do período
Interesses que não controlam
Total do capital próprio
Passivo
Passivo não corrente
Provisões Provisões Provisões
Financiamentos obtidos Financiamentos obtidos Financiamentos obtidos
Responsabilidade por benefícios
pós-emprego
Passivos por impostos diferidos
Outras dívidas a pagar Outras dívidas a pagar Outras dívidas a pagar
Passivo corrente
Fornecedores Fornecedores Fornecedores
Adiantamento de clientes
Estado e outros entes públicos Estado e outros entes públicos Estado e outros entes públicos
Financiamentos obtidos Financiamentos obtidos Financiamentos obtidos
Outras dividas a pagar
Diferimentos Diferimentos Diferimentos
Passivos financeiros detidos para
negociação
Outros passivos financeiros Outros passivos correntes Outros passivos correntes
Passivos não correntes detidos
para venda
Total do passivo
Total do passivo e do capital próprio
Quadro n.º 4.11 – Balanço (formatos)
Como se pode constatar, quer as rubricas do ativo, quer as do passivo estão agrupadas
em duas categorias:
• corrente;
• não corrente.
A distinção de ativos correntes e não correntes consta na NCRF 1 – Estrutura e con-
teúdo das demonstrações financeiras (§ 14):67
Um ativo deve ser classificado como corrente quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido, no decurso
normal do ciclo operacional67 da entidade;
b) esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
c) espera-se que seja realizado num período até doze meses após a data do balanço; ou
d) é caixa ou equivalente de caixa, a menos que lhe seja limitada a troca ou uso para liquidar
um passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
Todos os outros ativos devem ser classificados como não correntes. Como se infere,
a norma define o conceito de ativo corrente e, por exclusão de partes, define o conceito
de ativo não corrente. Para que um ativo seja apresentado como corrente basta cumprir
apenas um dos critérios apresentados.
Questão:
Identifique os ativos que devem ser apresentados como correntes e não correntes.
67 - O ciclo operacional de uma entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua realiza-
ção em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável,
pressupõe-se que a sua duração seja de doze meses.
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Resposta:
Atendendo aos critérios acima expostos:
Ativo corrente:
• Inventários (stocks): 3 800 €
• Clientes: 5 000 € – Nota: Os créditos comerciais são sempre correntes
• Ações da sociedade Alfa, SA, detidas para negociação: 1 000 €
• Depósitos à ordem: 5 500 €
• Dinheiro na caixa: 50 €
Ativo não corrente:
• Equipamento informático: 3 000 €
• Mobiliário diverso: 25 000 €
===//===
Todos os outros passivos devem ser classificados como não correntes. Como se infere,
a norma define o conceito de passivo corrente e, por exclusão de partes, define o conceito
de passivo não corrente. Para que seja apresentado como um passivo corrente basta cumprir
um dos critérios.
Questão:
Identifique os passivos correntes e não correntes.
Resposta:
Atendendo aos critérios acima expostos:
Passivo corrente:
• Fornecedores: 5 500 €
– Nota: As dívidas comerciais são sempre correntes
• 40% do empréstimo bancário: 10 000 €
• Estado: 200 € (IVA a pagar)
ANEXO 3
Entidade: .........................................
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 20NN UNIDADE MONETÁRIA (1)
NOTAS PERÍODOS
RUBRICAS
N N-1
Resultado bruto = =
Outros rendimentos + +
Gastos de distribuição - -
Gastos administrativos - -
Gastos de investigação e desenvolvimento - -
Outros gastos - -
(1) O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências de relato, a possibilidade de expressão das quantias em milhares de euros
Questão:
Apresentar os gastos incorridos através de uma demonstração dos resultados por na-
turezas e por funções.
Resposta:
Demonstração dos resultados por funções Demonstração dos resultados por naturezas
Custo das vendas 50.000 Fornecimentos e serviços externos 6.000
Gastos de distribuição 19.000 Gastos com o pessoal 94.000
Gastos administrativos 31.000
Total 100.000 Total 100.000
===//===
Apesar do caráter facultativo para a maioria das entidades, consideramos muito útil a
sua leitura para melhor compreensão dos fluxos de tesouraria e as interligações existentes,
principalmente no domínio económico e financeiro.
Fluxos por atividades
Como já referimos, as empresas desenvolvem diversas atividades para atingir os seus
objetivos, gerando fluxos de natureza operacional, associados aos investimentos e aos
financiamentos.
PERÍODOS
RUBRICAS NOTAS
N N-1
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Recebimentos de clientes + +
Pagamentos a fornecedores - -
Pagamentos ao pessoal - -
Caixa gerada pelas operações +/- +/-
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -/+ -/+
Outros recebimentos/pagamentos +/- +/-
• pagamentos de caixa para aquisição de ativos fixos tangíveis, intangíveis e outros ativos a
longo prazo. Estes pagamentos incluem os relacionados com custos de desenvolvimento
capitalizados e ativos fixos tangíveis auto construídos;
• pagamentos de caixa para aquisição de instrumentos de capital próprio ou de dívida
de outras entidades e de interesses em empreendimentos conjuntos (que não sejam
pagamentos dos instrumentos considerados como sendo equivalentes de caixa ou dos
detidos para finalidades de negócio);
• adiantamentos de caixa e empréstimos feitos a outras entidades;
• pagamentos de caixa para contratos de futuros, contratos de forward, contratos de opção
e contratos de swap, exceto quando os contratos sejam mantidos para as finalidades do
negócio, ou os pagamentos sejam classificados como atividades de financiamento;
• recebimentos de caixa por vendas de ativos fixos tangíveis, intangíveis e outros ativos a
longo prazo;
• recebimentos de caixa de vendas de instrumentos de capital próprio ou de dívida de
outras entidades e de interesses em empreendimentos conjuntos (que não sejam recebi-
mentos dos instrumentos considerados como equivalentes de caixa e dos detidos para
as finalidades do negócio);
• recebimentos de caixa provenientes do reembolso de adiantamentos e de empréstimos
feitos a outras entidades;
• recebimentos de caixa provenientes de contratos de futuros, contratos forward, con-
tratos de opção e contratos de swap, exceto quando os contratos sejam mantidos para
as finalidades do negócio, ou os recebimentos sejam classificados como atividades de
financiamento.
PERÍODOS
RUBRICAS NOTAS
N N-1
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis - -
Ativos intangíveis - -
Investimentos financeiros - -
Outros ativos - -
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis + +
Ativos intangíveis + +
Investimentos financeiros + +
Outros ativos + +
Subsídios ao investimento + +
Juros e rendimentos similares + +
Dividendos + +
Fluxos de caixa das atividades de investimento +/- +/-
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PERÍODOS
RUBRICAS NOTAS
N N-1
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos + +
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital
+ +
próprio
Cobertura de prejuízos + +
Doações + +
Outras operações de financiamento + +
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos - -
Juros e gastos similares - -
Dividendos - -
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -
Outras operações de financiamento - -
Fluxos de caixa das atividades de financiamento +/- +/-
Entidade: .........................................
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO N
UNIDADE MONETÁRIA (1)
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Primeira adoção de novo referencial contabilístico
Alterações de políticas contabilísticas
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
Realização de excedentes de revalorização
Excedentes de revalorização
Ajustamentos por impostos diferidos
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
Contabilidade Financeira Explicada
(1) O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências de relato, a possibilidade de expressão das quantias em milhares de euros
4
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V – Anexo
O anexo tem como objetivo comentar as quantias evidenciadas nas demonstrações
financeiras, assim como incluir outras informações pertinentes para os utentes das demons-
trações financeiras (por exemplo, ativos contingentes e passivos contingentes, matéria a
abordar no capítulo 5).
O nível de detalhe do anexo é consistente com o nível de exigência do referencial
contabilístico.
Apresentamos um quadro comparativo com a identificação dos temas em que são
obrigatórias divulgações adicionais e complementares às restantes demonstrações finan-
ceiras. Apesar da semelhança que se verifica na identificação dos temas, entre o referencial
NCRF e NCRF-PE, o nível de detalhe associado a cada tema é diferenciado. No que se
refere às microentidades, a portaria não apresenta qualquer modelo de anexo, identificado
alternativamente a informação adicional / complementar a apresentar no final do balanço.
Informação adicional /
Anexo complementar
NCRF NCRF-PE NC-ME
1 - Identificação da entidade e perío- 1 - Identificação da entidade 1 – Total de compromissos
do de relato financeiros não incluídos no
2 - Referencial contabilístico de 2 - Referencial contabilístico balanço
preparação das demonstrações de preparação das demons-
financeiras trações financeiras 2 – Total de garantias ou ativos
3 – Adoção pela primeira vez das e passivos contingentes, não
NCRF – divulgação transitária incluídos no balanço
4 - Principais políticas contabilísticas
3 – Natureza e forma das garan-
5 - Fluxos de caixa tias reais prestadas
Informação adicional /
Anexo complementar
NCRF NCRF-PE NC-ME
13 - Propriedades de investimento
14 - Imparidade de ativos
15 - Interesses em Empreendimentos
Conjuntos e Investimentos em
Associadas
16 - Concentrações de atividades
empresariais
17 - Investimentos em Subsidiárias e
Consolidação
18 - Exploração e avaliação de
recursos minerais
19 – Agricultura 14 - Agricultura
20 – Inventários 7 - Inventários
21 - Contratos de construção 15 - Contratos de construção
22 – Rédito 8 – Rendimento e gastos
23 - Provisões, passivos contingentes 9 - Provisões, passivos contin-
e ativos contingentes gentes e ativos contingentes
24 - Subsídios e outros apoios das 10 - Subsídios e outros
entidades públicas apoios das entidades públicas
25 - Efeitos de alterações em taxas de
câmbio
26 - Acontecimentos após a data do 13 - Acontecimentos após a
balanço data do balanço
27 - Impostos sobre o rendimento
28 - Matérias ambientais
29 - Instrumentos financeiros 11 - Instrumentos
financeiros
30 - Benefícios dos empregados 12 - Benefícios dos
empregados
31 - Divulgações exigidas por 16 - Divulgações exigidas por
diplomas legais outros diplomas legais
32 - Outras informações 17 - Outras divulgações
33 - Divulgações adicionais para as
grandes entidades e entidades de
interesse público
Quadro n.º 4.13 – Anexo
4.4.2 PRESSUPOSTOS
O SNC refere que as demonstrações financeiras devem ser preparadas e apresentadas
de acordo com os pressupostos da continuidade e do regime de acréscimo, de acordo com
a Estrutura Conceptual.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
68 - Muito resumidamente, corresponde ao conjunto de operações necessárias para “fechar” uma empresa. Ge-
ralmente, integram as operações de venda dos ativos e pagamento das dívidas existentes, com eventual partilha pelos
sócios/acionistas do remanescente.
210 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Como reconhecer este facto nos diferentes regimes?
Resposta:
• Regime de caixa – de acordo com este regime, a entidade reconhece como gasto
1200 € no momento em que paga o seguro, em 1/9/N, sem qualquer registo adicio-
nal.
• Regime de acréscimo – de acordo com este regime, a entidade:
Em 1/9/N
– Reconhece o gasto de 400 €
– 1200 € /12 meses = 100 € mês. Como decorrem 4 meses no ano N (do mês
setembro ao mês de dezembro) a 100 € X 4 meses = 400 €;
– Reconhece o diferimento de 800 €
– (1200 – 400) = 800 €, que deverão ser reconhecidos como gasto no ano seguinte
(N+1);
– Reconhece o pagamento de 1200 €.
Em 2/1/N + 1
– Reconhece um gasto de 800 €
– Desreconhece o diferimento de 800 €.
Questão:
Identifique a quantia monetária a reconhecer em N e em N+1 de acordo com o regime
de acréscimo.
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Resposta:
Em N:
• Reconhece o acréscimo do rendimento de N = 110 €
– 120 €/12 meses = 10 € juro /mês;
– Como decorreram 11 meses de fevereiro a dezembro 10 € X 11 meses = 110 €;
Em N + 1:
• Reconhece o recebimento de 120 €
• Reconhece o rendimento de 10 €
• Desreconhece o acréscimo relativo ao ano N = 110 €
Em síntese:
Regime de acréscimo
Os efeitos das operações são reconhecidos nos períodos em que ocorrem, sendo registados
e relatados nas demonstrações financeiras dos períodos respetivos e não apenas quando
ocorrem os recebimentos ou pagamentos.
4.4.2.2 Continuidade
Também neste caso há dois pressupostos opostos: continuidade ou liquidação.
A Estrutura Conceptual assume a preparação de informação financeira periódica, no
pressuposto de que as entidades operam continuamente no tempo69:
69 - § 23 da Estrutura Conceptual.
212 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Refira como proceder contabilisticamente, caso a empresa entre em liquidação.
Resposta:
• Se a empresa não pretende entrar em liquidação, pressupõe-se que continuará a
sua atividade ao longo dos anos. Neste contexto, procede-se conforme referido no
regime de acréscimo:
– Neste caso, reconhece 180 € como gasto de N (45 € x 4 meses)
– Reconhece um diferimento de 360 € (45 € x 8 meses), gasto a reconhecer em
N+1
• Se a empresa pretende entrar em liquidação:
– Neste caso, o reconhecimento do seguro deve ser efetuado de acordo com o
regime de caixa
– Neste regime – regime de caixa – deve-se reconhecer como gasto a totalidade do
seguro (540 €), no momento em que é pago, independentemente dos períodos a
que respeita
Em síntese:
Entidade em continuidade
Pressupõe-se, na preparação das demonstrações financeiras, que as entidades operam em
continuidade no presente e futuro previsível, não vindo a ocorrer ou a decidir-se no sen-
tido de reduzir drasticamente o nível/volume das operações, nem interrupções súbitas,
prolongadas ou irreversíveis nas suas operações.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
neutralidade
substância sobre
a forma
fiabilidade
prudência
representação
fidedigna
plenitude
Características
qualitativas comparabilidade consistência
compreensibilidade
relevância materialidade
Compreensibilidade
Compreensibilidade
A compreensibilidade é a característica
A compreensibilidade queque
é a característica determina que
determina queasasinformações
informaçõessejam
sejam rapi-
rapidamente apreendidaspelos
damente apreendidas pelosutentes.
utentes.
Exemplo:
Exemplo: Compreensibilidade
Compreensibilidade
Admitamos
Admitamos que a que a empresa
empresa XPTO XPTO
pretende pretende ser exaustiva
ser exaustiva na informação
na informação que presta
que presta aos aos
utilizadores
utilizadores externos.
externos. Paralelamente
Paralelamente à informação
à informação mínimamínima obrigatória
obrigatória exigida
exigida pelas pelas
normasnormas
contabilísticas,
contabilísticas entendeu
entendeu que deveria
que deveria evidenciar
evidenciar todas todas as operações
as operações e saldos
e saldos de contas
de contas que que
excedessem
excedessem os 5 000
os 5.000 €. €.
Desta forma, as demonstrações financeiras emitidas (balanço, demonstração dos re-
Desta forma,por
sultados as naturezas,
demonstrações financeiras de
demonstração emitidas
fluxos(balanço,
de caixa,demonstração
demonstraçãodosdas
resultados
alterações no
por naturezas, demonstração de fluxos de caixa, demonstração das alterações no capital
próprio e anexo) apresentavam um tal nível de detalhe e extensão (300 páginas) que tornam
difícil a sua rápida compreensão.
166
214 Contabilidade Financeira Explicada
capital próprio e anexo) apresentavam um tal nível de detalhe e extensão (300 páginas) que
tornam difícil a sua rápida compreensão.
O excesso de informação pode conduzir o leitor a uma confusa interpretação da infor-
mação pertinente à tomada de decisão.
Relevância
A relevância, neste contexto, corresponde a toda e qualquer informação que permita
aos utentes formar uma opinião e decidir. Assim, para que a informação seja relevante,
deve conter os elementos que influenciam a tomada da decisão.
A relevância da informação é afetada, quer pela natureza da informação, quer pela sua
materialidade. A informação é material se a sua omissão ou inexatidão influenciarem as
decisões económicas dos utentes, tomadas na base das demonstrações financeiras.
Uma empresa de rent a car possui uma frota de 500 carros, no valor de 8 000 000 €. No
ano N, as demonstrações financeiras omitiam, por lapso, uma viatura recém-adquirida por
uma quantia de 10 000 €, apresentando no balanço a quantia de 7 990 000 €.
Como o erro verificado é pouco significativo face à quantia global, pode não ser ma-
terialmente relevante, para formar uma opinião diferente da que se faria se no balanço
constassem os 8 000 000 €.
Admitamos que, no ano seguinte, a mesma entidade, por lapso, não evidenciou nas de-
monstrações financeiras diversas viaturas com um valor global de 500 000 €. Esta informação
é materialmente relevante para os utentes da informação, pois neste caso as demonstrações
financeiras apresentam um ativo significativamente inferior ao detido.
Quem utiliza essa informação interpreta que esta rent a car tem recursos inferiores aos
que realmente possui, podendo desta forma afetar uma eventual decisão.
===//===
Admita que a referida empresa de rent a car negociou a aquisição de um terreno pelo valor
de 1 milhão de euros, tendo já entregue um adiantamento de 10 000 €, para garantir a operação.
Por lapso, não divulgou essa informação. A empresa pretende explorar este terreno
como propriedade de investimento, na expetativa da sua posterior valorização.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Apesar de a quantia despendida ser pouco significativa, esta omissão é relevante, pois
evidencia que esta empresa pretende diversificar os seus investimentos. A informação
omitida poderia vir a influenciar a opinião dos interessados.
Comparabilidade
A comparabilidade permite que os utentes possam comparar no tempo e no espaço as
demonstrações financeiras.
No tempo, significa que se devem poder comparar as demonstrações financeiras que a
mesma entidade produz ao longo dos anos.
No espaço, significa poder comparar as demonstrações financeiras da entidade A com
as da entidade B.
Para que a comparabilidade possa existir ao longo do tempo, obriga a que as entidades
sejam consistentes nas políticas contabilísticas, e para que sejam comparáveis entre si (espa-
ço), é indispensável que atendam às normas contabilísticas na sua plenitude. A utilização de
políticas contabilísticas diferentes pode causar diferenças significativas para iguais operações,
prejudicando a sua interpretação e comparação no tempo e entre empresas.
Questão:
A quantia escriturada do edifício e refletida em balanço no período de N+5 e N+6 é
comparável?
Resposta:
Não. Porque as quantias evidenciadas não se reportam à mesma base. O acréscimo de
valor em balanço não corresponde a mais ativos, mas sim a mais valor num determinado
ativo.
Questão:
Os balanços entre as entidades são comparáveis?
Resposta:
As quantias não são comparáveis porque foram determinadas em bases de mensuração
diferentes.
Apesar de os ativos poderem ser eventualmente semelhantes – localização, área, acaba-
mentos, etc. – os métodos de mensuração são distintos.
Fiabilidade
A fiabilidade implica que a informação esteja isenta de erros materiais ou de preconceito,
permitindo que os utentes possam tomar decisões, atendendo ao custo de produzir essas
demonstrações financeiras, isto é, os benefícios derivados da informação devem exceder
o seu custo.
A Estrutura Conceptual refere que a fiabilidade deve atender às seguintes características
qualitativas:
i. Representação fidedigna
ii. Substância sobre a forma
iii. Neutralidade
iv. Prudência
v. Plenitude
Representação fidedigna – representar com fidelidade todos os acontecimentos e
situações que afetem a composição e a quantia monetária.
Anteriormente, referimos que a empresa de rent a car não divulgou a quantia certa da
sua frota. Esta omissão nas demonstrações financeiras, apesar de não ser materialmente
relevante (no exemplo dos 10 000 €), impede que as mesmas apresentem uma representação
fidedigna das operações da entidade.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
A entidade Carros Velozes, Lda. explora uma rent a car e resolveu adquirir 500 viaturas
em regime de leasing. Do contrato de leasing consta que a empresa paga mensalmente uma
renda, suporta os encargos de manutenção, conservação e seguros associados.
No final do contrato a propriedade legal dos carros será transferida para a entidade, por
um valor simbólico de 50 000 €.
Apesar de as viaturas, durante o período do contrato, pertencerem juridicamente à
entidade locadora, é a Carros Velozes, Lda. que as utiliza e suporta os gastos associados à
sua utilização.
Esta forma de reconhecimento trata esta operação como uma aquisição (compra) e não
como um aluguer, apesar de o contrato de leasing juridicamente corresponder a um aluguer
e não a um contrato de compra e venda.
Valoriza-se contabilisticamente o facto de a entidade utilizar os recursos com o objeti-
vo de gerar benefícios económicos futuros e suportar os riscos associados à utilização dos
mesmos, não relevando a propriedade jurídica dos bens.
Conclusão: Desta forma deverá a Carros Velozes reconhecer as viaturas nas suas de-
monstrações financeiras, como ativo fixo tangível.
Neutralidade
Neutralidade – para ser fiável, a informação deve ser neutra, isto é, não apresentar as
demonstrações financeiras de forma a produzir um efeito pré-determinado.
Exemplo: Neutralidade
Prudência
Prudência – refere-se à inclusão de um grau de precaução no exercício dos juízos
necessários à elaboração de estimativas relevadas nas demonstrações financeiras, ligadas à
hipótese de perdas.
Exemplo: Prudência
Plenitude
Plenitude – as informações contidas nas demonstrações financeiras devem ser completas,
tendo presente a materialidade e o custo.
Exemplo: Plenitude
A Sempre em Forma, Lda. pretende determinar quanto custa, exatamente, sem margem
para dúvidas, um determinado serviço de massagens. Pretende mensurar o custo de cada
serviço prestado com base no seu custo efetivo. Este serviço é efetuado por massagista
credenciado, que gasta um determinado tempo e utiliza produtos diversos nesta operação.
Para medir rigorosamente o tempo e os produtos consumidos, utiliza-se um cronómetro
e um medidor. O processo de recolha de informação exige que seja preenchida uma folha
concebida para o efeito, onde são indicados a quantidade de produto e tempo gasto em cada
operação. Posteriormente, é calculado o custo da massagem quantificando os gastos acima
referidos e imputando a quota-parte dos gastos indiretos (energia elétrica, depreciações de
equipamentos, rendas, etc.).
É provável que o custo da informação necessária para conhecer e refletir na contabilidade
o custo de cada massagem exceda o potencial benefício que daí resultaria.
Pode-se concluir que se pode utilizar uma informação menos exata quando as entidades
têm de incorrer em custos excessivos para obter valores exatos e os prováveis desvios não
sejam materiais.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
… os princípios, bases, convenções, regras e práticas específicos aplicados por uma entidade
na preparação e apresentação de demonstrações financeiras.
Conceito e
Ativo Passivo
é um recurso controlado pela é uma obrigação presente da
entidade como resultado de entidade proveniente de
acontecimentos passados e do acontecimentos passados, da (a) For provável
qual se espera que fluam para a liquidação da qual se espera que que qualquer
entidade benefícios económicos resulte um exfluxo de recursos da
futuros entidade incorporando benefícios benefício
económicos económico
futuro associado
Capital próprio
com o item flua
é o interesse residual nos ativos da para ou da
entidade depois de deduzir todos os seus
passivos entidade, e
Figura n.º
Figura n.º4.16
4.16––Reconhecimento
Reconhecimento
Os requisitos
Os requisitos de
de reconhecimento
reconhecimento acima
acimaindicados
indicadossãosão
gerais. CabeCabe
gerais. a normas contabilís-
às normas
ticas específicas a definição dos requisitos de reconhecimento, mensuração, apresentação
contabilísticas a definição dos requisitos específicos de reconhecimento, mensuração,
e divulgação
apresentaçãodos diversos elementos.
e divulgação Como já referido, uma entidade empresarial pode,
dos elementos.
se cumpridos determinados requisitos, aplicar um determinado referencial contabilístico.
Muito sinteticamente, o que os distingue centra-se na permissão de maior ou menor possi-
Cada temática constante em cada norma ou capítulo, prescreve para um determinado
bilidades de opção nos critérios de mensuração e maior ou menor exigência na apresentação
assunto em concreto os critérios de reconhecimento, mensuração, apresentação e
ou divulgação.
divulgação (tratamento contabilístico). Como já referido, uma entidade empresarial
pode, se cumpridos
Naturalmente que, determinados
para além do requisitos, aplicar
definido nas normasumadeve-se
determinada
atendernorma. Muito nos
ao disposto
restantes instrumentos
sinteticamente, o quedoasSNC.distingue centra-se na permissão de maior ou menor
possibilidades de opção nos critérios de mensuração e maior ou menor exigência na
apresentação ou divulgação.
174
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Neste livro a contabilização das operações e outros acontecimentos têm como refêrencia
o SNC, em concreto as NCRF.
No quadro seguinte, expõe-se, de uma forma muito resumida, e que deve ser entendido
como uma primeira aproximação, ao objetivo pretendido em cada NCRF:
Pelo exposto nos pontos anteriores pode-se concluir que a contabilidade suporta-se
num conjunto de documentos que comprovam as operações empresariais e outros aconte-
cimentos, que implicam que sejam reconhecidos, mensurados, apresentados e divulgados,
de acordo com o referencial contabilístico (norma) no qual a entidade está enquadrada.
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CAPÍTULO 5
OPERAÇÕES EMPRESARIAIS
Metodologia Explicação dos conceitos com recurso a esquemas, exemplos e exercícios de consolidação
Na 5.1 METODOLOGIA
análise DE ANÁLISE
dos factos patrimoniais deve-se ter em consideração o seu enquadramento
no conjunto dos instrumentos contabilísticos, de uma abordagem mais geral (Estrutura
Na análise dos factos patrimoniais deve-se ter em consideração o seu enquadramento
Conceptual que define os conceitos gerais – figura 4.16), para uma abordagem mais
no conjunto dos instrumentos contabilísticos, de uma abordagem mais geral (Estrutura
específica – norma (s) aplicável (eis) (quadro 4.14) e codificação (código de contas).
Conceptual que define os conceitos gerais – figura 4.16), para uma abordagem mais espe-
cífica – norma (s)
Este processo aplicável
culmina no (eis) (quadro 4.14)
lançamento, e codificação
ou seja o registo (código de contas).
contabilístico do facto
utilizando o método
Este processo das partidas
culmina dobradas. ou seja o registo contabilístico do facto utilizando
no lançamento,
o método das partidas dobradas.
•Ativo
•Passivo
•Rendimento
•Gasto
Normas •Enquadramento do ativo,
aplicáveis passivo, rendimento, gasto Lançamento
•Capital próprio •Apresentação
ou rubrica de capital
•Reconhecimento próprio na Classe ‐ Conta ‐
Estrutura •Mensuração Sub conta •Partidas dobradas Demonstrações
Conceptual •Apresentação financeiras
•Divulgação
Codificação
Figura
Figura n.º–5.1
n.º 5.1 – Metodologia
Metodologia
5.25.2
ENQUADRAMENTO
Enquadramento
Todas as empresas procuram ter sucesso nos mercados onde atuam através da venda dos
Todas as empresas procuram ter sucesso nos mercados onde atuam através da venda
seus bens ou serviços. Em simultâneo, para exercer a atividade têm de adquirir no exterior
dos seus bens ou serviços. Em simultâneo, para exercer a atividade têm de adquirir no
os bens ou serviços necessários.
exterior os bens ou serviços necessários.
Por exemplo, ao adquirir um computador para o escritório ou recrutar os recursos huma-
Por exemplo,
nos de ao adquirir
que precisa, a empresa umdota-se
computador
de meios para o escritório
(recursos) ou recrutar
necessários os recursos
para desenvolvimento do
humanos que precisa, a empresa dota-se de meios (recursos) necessários
seu objeto social . A obtenção desses recursos cria responsabilidades no sentido de compensar
71 para
1
desenvolvimento
quem os cede. Pordo seu objeto
exemplo, social
ao adquirir um. computador,
A obtençãodeve-se
dessespagar
recursos cria
ao fornecedor, ao
responsabilidades no sentido
contratar um colaborador de compensar
deve-se pagar o seu quem os cede.
salário Por remuneração
ou outra exemplo, ao adquirir
devida.
um computador deve-se pagar ao fornecedor, ao contratar um colaborador deve-se
Para realizar os pagamentos são necessários recursos monetários. Normalmente esses
pagar o seu salário ou outra remuneração devida.
recursos são obtidos pela venda ou prestação dos serviços aos clientes. Acontece que, por
vezes, nas datas assumidas de pagamento, os recursos monetários não são suficientes para
1liquidar os compromissos. Nesses casos, o financiamento (bancário ou outro) é a via para
Corresponde à atividade que a entidade se propõe desenvolver.
encontrar os meios necessários à tesouraria da empresa.
177
Financiamento
Figura
Figuran.º
n.º 5.2
5.2 –– Atividades
Atividadesempresariais
empresariais
Fornecedores:
Equipamentos
Matérias‐primas
Mercadorias
Energia
Comunicações Recursos financeiros:
Serviços diversos Internos
Financiamento
Etc. Externos
Figura
Figura n.º 5.3 n.º 5.3 – Empresa,
– Empresa, recursosrecursos e envolvente
e envolvente
Fim da
produção
As atividades operacionais são efetuadas pela empresa no âmbito da sua atividade comer-
cial, industrial, agrícola ou de serviços e dizem respeito às atividades e decisões relacionadas
As atividades operacionais são efetuadas pela empresa no âmbito da sua atividade
com o aprovisionamento, produção (bens ou serviços) e comercialização.
comercial, industria, agrícola ou de serviços e dizem respeito às atividades e decisões
O ciclo temporal destas atividades depende do setor de atividade. Um comerciante tem
relacionadas com o aprovisionamento, produção (bens ou serviços) e comercialização.
de adquirir periodicamente (por vezes, várias vezes ao ano) mercadorias para vender, sob
o risco de rutura do stock. Recebe dos seus clientes e paga aos seus fornecedores. Este ciclo
O ciclo temporal destas atividades depende do sector de atividade. Um comerciante
tem que adquirir periodicamente (por vezes várias vezes ao ano) mercadorias para
vender, sob risco de rutura do stock. Recebe dos seus clientes e paga aos seus
fornecedores. Este ciclo de compra e venda, associado aos recebimentos e pagamentos
228 Contabilidade Financeira Explicada
Incluem-se nas atividades operacionais transações realizadas com clientes (vendas, con-
cessão de crédito, descontos e abatimentos, entre outros), com os fornecedores comerciais
(compras, negociação de crédito, descontos, entre outros), com os fornecedores de outros
bens e serviços, tais como de energia, combustíveis, comunicações, etc. Incluem-se também
as políticas de gestão dos stocks que influenciam os montantes investidos nesta área, assim
como a periodicidade das operações de compra.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
A – Meios monetários
Assuntos tratados
– Caixa
– Fundo fixo caixa
– Ajustamentos de caixa
– Bancos
– Diferenças cambiais
– Reconciliação bancária
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 23 Os efeitos de alterações em taxas de câmbio
– NCRF 27 Instrumentos financeiros
Contas
– 11 Caixa
– 12 Depósitos à ordem
– 13 Outros depósitos bancários
- 62 Fornecimentos e serviços externos
– 68 Outros gastos
– 78 Outros rendimentos
1 – Enquadramento do tema
230 Contabilidade Financeira Explicada
Fatura ou Recibo ou
Fatura recibo Fatura recibo
Venda Recebimentos
/prestação de
serviços
Caixa
Depósitos Bancários
Pagamentos
Aquisições
de bens e Recibo ou
serviços Fatura ou Fatura recibo
Fatura recibo
2 – Enquadramento normativo
Conta 11 – Caixa
A conta Caixa contém os elementos monetários, tais como notas e moedas, pelo que
os elementos do ativo a considerar na conta 11 – Caixa deverão ser apenas:
– dinheiro (notas e moedas de curso legal, nacionais ou estrangeiras)
– cheques e vales postais (em moeda nacional ou estrangeira)
Dada a natureza dos seus elementos, o saldo da conta Caixa é devedor ou nulo. Nunca
é credor.
Deve ser subdividida e movimentada de acordo com as necessidades de informação da
entidade. Poderão ser criadas as subcontas necessárias, indicando-se a título de exemplo:
Conta 11 – Caixa
Subconta Comentários
Na ausência da necessidade de desdobramento da conta caixa,
11.1 - Caixa sede / principal /geral
será esta a conta a movimentar pelos recebimentos e pagamentos
11.2 - Caixa filiais / delegações Subconta a criar caso existam dependências da entidade que
11.2.1 – Faro processem pagamentos/recebimentos
11.2.2 – Setúbal
11.2.3 - ….. Identificação das dependências
11.8 – Fundo maneio* Conta a criar caso a entidade pretenda utilizar o sistema de
11.8.1 – Responsável A fundo maneio
11.8.2 – Responsável B
11.8.3 – ….. Subcontas associadas aos responsáveis pela quantia atribuída
Estes documentos deverão ser encaminhados para a contabilidade, após a devida auto-
rização dessas despesas e não permanecer sob a alçada do responsável pelos pagamentos/
recebimentos (tesoureiro).
(valores em euros)
1 - Cheques 2 025
2 - Vales de correio 270
3 - Impressos de letras 20
4 - Selos de correio 20
5 - $100 USD (dólares EUA) 90
6 - Notas e moedas nacionais 400
7 - Vales de caixa ao pessoal 90
Questão:
Considerando que a caixa apenas deveria conter os elementos adequados, indique:
1. Qual o saldo que deveria constar nesta conta, no final do dia 7?
2. Que destino a dar aos restantes documentos que não devem integrar a caixa?
Resposta 1)
Como referimos anteriormente, apenas deverão constar em caixa (conta contabilística)
os seus elementos patrimoniais, ou seja, meios de pagamento.
Resposta 2)
Foram excluídos diversos documentos, a seguir mencionados:
Documento Destino
– Os impressos devem ser entregues ao departamento que trata das titulações
do crédito (eventualmente, o departamento financeiro)
Impresso de letra
– O recibo da compra – enviado para a contabilidade –, assim como eventual
autorização de compra
– Os selos devem ser enviados para a secção responsável pela correspondência
Selos de correio – O recibo da compra – enviado para a contabilidade assim como eventual
autorização de compra
– Verificação da autorização para adiantamentos desta natureza
Vales de caixa (pessoal) – Enviados para o departamento de pessoal, dado terem a natureza de um
adiantamento por conta de futuros pagamentos de salário
Questão:
Pretende-se a contabilização destas operações.
234 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Dinheiro ou equivalente 11.1 - Caixa sede
Clientes* 21 - Clientes
Fornecedores* 22 - Fornecedores
*Estas contas serão desenvolvidas nos temas B e C, respetivamente
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Recebimento de JM (N/ Recibo n.º xx) 11.1 21 200
8 out N
2 Pagamento a XM (s/Recibo n.º xx) 22 11.1 120
===//===
Para além das operações acima referidas, de caráter mais frequente, o saldo da conta
caixa também deverá ser ajustado tendo em consideração os seguintes aspetos:
Diferenças de caixa, resultantes de erros, furtos, etc.
Ajustamentos à conta de caixa
resultantes de: Diferenças cambiais, respeitantes a elementos de caixa em moeda
estrangeira
Diferenças de caixa
Consideram-se diferenças de caixa as diferenças encontradas entre a quantia resultante
da contagem física dos valores e a quantia resultante dos documentos comprovativos de
recebimentos / pagamentos.
Esta diferença pode ser negativa ou positiva, sendo que alguns dos procedimentos de
regularização dessas diferenças dependem das práticas de cada entidade. Sugerem-se, no
entanto, algumas das medidas a tomar:
• Pode ser imediatamente reposta pelo responsável (tesoureiro) e neste caso não
ocasiona qualquer registo contabilístico
Questão:
Pretende-se a contabilização destas diferenças de caixa.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Diferença negativa de caixa 68.8.8 11.1 18
1 9 out N
Diferença positiva de caixa 11.1 78.8.8 15
Uma transação em moeda estrangeira é uma transação que seja denominada ou exija
liquidação numa moeda estrangeira, incluindo transações que resultem de quando uma
entidade:
(a) Compra ou vende bens ou serviços cujo preço seja denominado numa moeda es-
trangeira;
(b) Pede emprestado ou empresta fundos quando as quantias a pagar ou a receber sejam
estabelecidas numa moeda estrangeira; ou
(c) Por qualquer forma adquire ou aliena ativos ou incorre ou liquida passivos deno-
minados numa moeda estrangeira.
À data de uma transação (data relevante para seu reconhecimento inicial de acordo
com as normas de contabilidade aplicáveis), o item monetário em moeda estrangeira é
convertido para a moeda funcional72 das entidades intervenientes. Essa conversão cambial
(passagem de uma moeda para outra) faz-se aplicando a taxa de câmbio (rácio de troca de
duas moedas), à data da operação, à quantia de moeda estrangeira.
Questão:
Qual a quantia a reconhecer na contabilidade do depositante cuja moeda funcional é
o euro?
Resposta:
Quantia depositada em euros: 1 000 dólares x 0,80 = 800 € (ou 1 000/1,25=800)
A quantia a reconhecer na rubrica de depósitos bancários é de 800 €.
===//===
Por razões práticas, é muitas vezes usada uma taxa que se aproxime da taxa real à data
da transação. Pode ser usada uma taxa média de uma dada moeda, para uma semana ou
um mês, para as transações que ocorram durante esse período. Contudo, caso as taxas de
câmbio variem significativamente durante o período, não deve ser utilizado este método.
As moedas são negociadas estabelecendo-se preços de compra e preços de venda:
72 - Moeda funcional: é a moeda do ambiente económico principal no qual a entidade opera. Pode ser a moeda de
apresentação (moeda na qual as demonstrações financeiras são apresentadas) ou diferente.
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ContudoContudo, as entidades
as entidades cuja moeda
cuja moeda funcional
funcional é o euro
é o euro e negoceiam
e negoceiam em em moeda
moeda estran- os
estrangeira,
geira, os seus recebimentos e pagamentos são realizados nessa moeda, pelo que terão
seus recebimentos e pagamentos são realizados nessa moeda, pelo que terão que comprar, que
comprar, por exemplo, dólares para pagar as suas obrigações, e receberão em dólares dos
por exemplo dólares para pagar as suas obrigações, e receberão em dólares dos seus clientes
seus clientes ou outros devedores, pelo que a relação de compra/venda deve ser expressa
ou outros devedores,
nessa relação pelo que a relação de compra/venda deve ser expressa nessa relação de
de moedas.
moedas.
Taxa de câmbio dólar/euro
Datas
Compra Venda
Taxa de câmbio dólar/euro
Datas
1/1/201x 1/ 1,25 = 0,80000 1/ 1,28000 = 0,781250
Compra Venda
2/1/201x
1/1/201x 1/ 1,251/ 1,29 = 0,77519 1/1/1,32096
= 0,80000 1,28000==
0,757025
0,781250
2/1/201x--- 1/ 1,29 = 0,77519 … …
1/ 1,32096 = 0,757025
31/12/201x
‐‐‐ 1/…1,18 = 0,84745 1/ 1,20832 = 0,827595 …
Questão:
Qual a quantia a reconhecer na contabilidade do depositante, em relação aos dois de-
pósitos, cuja moeda funcional é o euro?
Resposta:
1) Cálculos de apoio
===//===
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
À data de cada balanço os itens monetários em moeda estrangeira devem ser ajustados
à taxa de fecho. Taxa de fecho é a taxa de câmbio à vista, à data do balanço.
Quando a taxa de câmbio utilizada para o reconhecimento inicial (ou subsequente)
é diferente da taxa de fecho, gera-se uma diferença de câmbio que pode ser favorável ou
desfavorável para a entidade. Essa diferença é registada em contas próprias, tendo em conta
a natureza da operação subjacente.
O plano de contas inclui subcontas para refletir as diferenças de câmbio, tendo em conta
os ciclos das atividades empresariais:
– Para a atividade de investimento
• 68.6.3 – Diferenças de câmbio desfavoráveis
• 78.6.1 – Diferenças de câmbio favoráveis
Questão:
Proceda aos registos de ajustamento cambial dos dois ativos acima referidos.
240 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Moeda estrangeira (1): 1 000 dólares
– Câmbio na data da transação: euro/dólar = 1/1,25
Dólar / euro = 0,800 x 1 000 dólares = 800,00 €
– Câmbio em 31/dezembro/N: euro/dólar = 1/1,30
Dólar / euro = 0,76923 x 1 000 dólares = 769,23 €
Diferença cambial desfavorável = -30,77 €
• Moeda estrangeira (2): 20 000 ienes
– Câmbio na data da transação: euro/iene =1/125
Iene / euro = 0,008 x 20 000 ienes = 160,00 €
– Câmbio em 31/dezembro/N: euro/ iene =1/120
Iene / euro = 0,00769 x 20 000 ienes = 166,67 €
Diferença cambial favorável = + 66,67 €
Saldo das diferenças cambiais = 66,67 – 30,77 = 35,90 € (favorável)
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N Ajustamento cambial de caixa 11.1 78.8.7 35,90
Transferências de caixa
A conta 11.9 – Transferências de caixa permite, nas empresas com diversas caixas, regis-
tar transferências entre estas (por exemplo, entre a caixa sede e a de uma sucursal), criando
assim um histórico da movimentação entre contas. Esta conta deverá estar sempre saldada.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação no diário utilizando a contra de 11.9 –
Transferências de caixa.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
11.9 11.1 1 000
1 25 abr N Transferência para caixa filial
11.2 11.9 1 000
===//===
11 – Caixa
• Saldo inicial (notas, moedas, cheques e vales
postais – nacionais ou estrangeiros)
• Recebimentos (notas, moedas, cheques e
vales postais – nacionais ou estrangeiros) • Pagamentos (em notas e moedas)
referentes às operações efetuadas
• Levantamentos de depósitos • Depósitos bancários
• Transferências (de caixa) • Transferências (para caixa)
• Ajustamentos – diferenças de caixa e dife- • Ajustamentos – diferenças de caixa e dife-
renças de câmbio favoráveis renças de câmbio desfavoráveis
O
O fundo
fundo de de maneio
maneio (neste
(neste conceito
conceito de
de caixa)
caixa) refere-se
refere-se aa umum dado
dado montante
montante que
que éé
atribuído aa um
atribuído um responsável
responsável para
para fazer
fazer pagamentos
pagamentos pré pré determinados
determinados (compras
(compras dede
material de limpeza e outros gastos), mantendo à sua guarda os documentos emitidosatri-
O fundo
material de de maneio
limpeza e (neste
outros conceito
gastos), de caixa)
mantendo àrefere-se
sua a
guarda um dado
os montante
documentos que é
emitidos
buído
pelas a um responsável
pelas entidades
entidades (faturas para fazer
(faturas /recibo)
/recibo) ou pagamentos
ou predeterminados
apenas recibos,
apenas recibos, conforme os
conforme (compras de material de
os casos.
casos.
limpeza e outros gastos), mantendo à sua guarda os documentos emitidos pelas entidades
Ao
Ao fim de
de um
um período
fim /recibo)
(faturas período
ou apenasdeterminado
determinado (mês,
(mês, quinzena
recibos, conforme quinzena
os casos.ou
ou semana)
semana) oo responsável
responsável desse
desse
fundo,
fundo, apresenta
apresenta os
os documentos
documentos das
das despesas
despesas efetuadas
efetuadas ee é-lhe
é-lhe restituída
restituída aa quantia
quantia
Ao fim de um período determinado (mês, quinzena ou semana) o responsável desse
para no período
período seguinte continuar a fazer
fazer esses pagamentos.
fundono
para apresenta seguinte continuar
os documentos dasadespesas
esses pagamentos.
efetuadas e é-lhe restituída a quantia para no
período seguinte continuar
Dependendo a fazer esses pagamentos.
Dependendo da da política
política dede controlo
controlo interno
interno implementado
implementado pela
pela empresa,
empresa, esta
esta caixa
caixa
pode funcionar
Dependendo
pode em
funcionar em sistema
da sistema de
política de fundo
de fundo fixo
controlo ou não.
fixointerno O sistema
ou não. implementadade “fundo fixo”
pela empresa,
O sistema de “fundo significa
esta caixa
fixo” significa
que
que oofuncionar
pode seu
seu valor
valoreméé sistema
constante
constante (a
(a quantia
de fundo em
fixo ou
quantia dinheiro
emnão. existente
O sistema
dinheiro num
num dado
de “fundo
existente fixo”momento,
dado significa que
momento,
osomado
seu valor
somado aos
aosé valores
constante
valores pagos ee documentados
(a quantia
pagos na
na posse
em dinheiro
documentados do
do responsável
existente
posse éé sempre
sempre igual).
num dado momento,
responsável somada aos
igual).
valores pagos e documentados na posse do responsável, é sempre igual).
Esquematicamente
Esquematicamente pode-se
pode-se sintetizar
sintetizar oo processo
processo de
de constituição
constituição ee reposição
reposição periódica
periódica
Esquematicamente, pode-se sintetizar o processo de constituição e reposição periódica
de
de fundo
fundo maneio,
maneio, em
em fundo
fundo fixo:
fixo:
de fundo maneio em fundo fixo:
Administração
Administração ou
ou outro
outro responsável
responsável
1.
1. Recebe
Recebe documentos
documentos == 80
80 €€
1.
1. Entrega
Entrega de
de uma
uma quantia
quantia ao
ao responsável.
responsável. Ex:
Ex: 100
100 €
€ 2.
2. Entrega
Entrega de
de uma
uma quantia
quantia ao
ao responsável
responsável == 80
80 €
€
2.
2. Contabilização
Contabilização da
da quantia
quantia entregue
entregue 3. Contabilização dos documentos
3. Contabilização dos documentos
4. Contabilização do reforço fundo maneio
4. Contabilização do reforço fundo maneio
Pagamento
Pagamento 1
1 == 20
20 € Pagamento Pagamento
Pagamento 3
3 == 50
50 €
€ Pagamento 2
2 == 10
10 €
€ € Entrega 20
20 ++ 80
80 ==
100 €
100 € Documento
Documento nº.
nº. xxx
xxx Documento
Documento nº.
nº. xxx
xxx
Documento nº.
Documento nº. xxx
xxx
Entrega
documentos no
documentos no 100
100 € €
valor de
valor de 80€
80€
Responsável
Responsável pelo
pelo fundo
fundo
Figura
Figura n.º 5.6 – Fundo fixo de caixa
Figuran.º
n.º5.6
5.6– –Fundo
Fundofixo de de
fixo caixa
caixa
Se utilizarmos uma folha de caixa73 para registo das operações – recebimento das quantias
de constituição e reforço e pagamentos efetuados –, podemos obter uma informação que
permita o controlo do dinheiro existente em cada momento:
73 - Este documento não tem um formato padrão. Cada entidade concebe-o de acordo com as suas necessidades.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação no diário (por simplificação, não se con-
sidera o IVA).
Resposta:
1) Classificação contabilística
Caixa pequena
Constituição Reduções
Reforços
Caixa pequena
Constituição Reduções
Reforços
Reposição Pagamentos
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 1 abr N Constituição do fundo fixo de caixa 11.8 12.1 50
2 30 abr N Fatura 62.3.3 12.1 15
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 1 abr N Constituição do fundo fixo de caixa 11.8 12.1 50
2 25 abr N Fatura 62.3.3 11.8 15
3 30 abr N Reposição do fundo 11.8 12.1 15
12.1 – Banco XPTO A conta 12 deve ser subdividida em função das contas
12.2 – Banco Alfa à ordem e instituições onde a entidade tem os seus
12.3 - … depósitos
13.1 – Banco XPTO Estas subcontas incluem depósitos a prazo e outros
13.2 – Banco Algarve depósitos, nomeadamente, os depósitos com aviso
13.3 - … prévio
Quadro n.º 5.2 – Contas de depósitos bancários
Questão:
Pretende-se a contabilização destas operações no Diário.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Talão depósito n.º xx (cheque n.º xx) 12.1 11.1 300
2 fev N
2 Transferência para depósito a prazo 13.1 12.1 500
===//===
Depósitos Bancários
• Saldo inicial – saldo existente no início do
período
• Depósitos em notas, moedas, cheques e vales
postais – nacionais ou estrangeiros – referen- • Transferências para outras contas da entidade
tes às operações efetuadas
• Recebimentos por transferências de devedo- • Pagamentos por cheque, ordens de pagamen-
res ou de outras contas to ou transferência
• Operações bancárias, tais como reembolso
• Operações bancárias, tais como empréstimos
de empréstimos, juros e outros encargos
obtidos, descontos de letras, juros, etc.
financeiros
• Ajustamentos – diferenças de câmbio favorá- • Ajustamentos de diferenças de câmbio desfa-
veis voráveis
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Depósito bancário: 5 000 dólares
– Câmbio na data da transação: euro-dólar =1/1,28
Dólar / euro = 0,78125 x 5 000 dólares = 3 906,25
– Câmbio 31/dezembro/N: euro-dólar =1/1,25
Dólar / euro = 0,800 x 5 000 dólares = 4 000,00
Diferença cambial favorável = 93,75
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N Ajustamento cambial 12.1 78.8.7 93,75
Reconciliação bancária
A reconciliação bancária (também denominada de conciliação bancária) é a comparação
entre as operações registadas numa conta bancária e as existentes na contabilidade. Esta
comparação permite identificar se existem operações registadas no banco e não registadas
na empresa e vice-versa e as razões dessa ausência. Também permite comparar os valores
pelos quais a mesma operação está registada em ambas as contabilidades.
As diferenças verificadas entre a informação do banco e a existente na contabilidade
causam saldos temporariamente diferentes, o que a conciliação bancária deve demonstrar
e ajudar a corrigir, caso essas diferenças se devam a erros ou omissões.
248 Contabilidade Financeira Explicada
Nota:
Para os Bancos, os depósitos dos seus clientes representam uma responsabilidade (passivo),
pelo que esta conta é movimentada na contabilidade bancária a crédito pelos depósitos
e outros aumentos do valor da conta e a débito pelos levantamentos e outras operações
que diminuam o seu valor.
Para a empresa, os depósitos em instituições bancárias representam um ativo, pelo que a
respetiva conta é debitada pelos aumentos e creditada pelas reduções.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pretende-se a reconciliação entre as operações da empresa e o extrato bancário.
Resposta:
Confirmação das operações:
Extrato da conta de 12.1 - Depósitos à ordem (DO)
Confirmação c/
Data Descrição Débito Crédito Saldo
extrato bancário
1/01 Saldo inicial 1 000 √
2/01 Depósito cheque 2 000 3 000 √
6/01 Devolução do cheque 2 000 1 000 √
10/01 Transferência do depósito a prazo 5 000 6 000 √
10/01 Juros do depósito a prazo 250 6 250 √
10/01 Retenção do imposto (IRC) 50 6 200 √
20/01 Cheque n.º 1001 1 500 4 700 X
23/01 Livro de cheques 25 4 675 √
Saldo em 31/01/N 4 675
Extrato bancário
Confirmação c/
Data Descrição Débito Crédito Saldo contabilidade
Conta DO
1/01 Saldo inicial 1 000 √
3/01 Depósito 2 000 3 000 √
6/01 Devolução do cheque 2 000 1 000 √
10/01 Transferência do depósito a prazo 5 000 6 000 √
10/01 Juros do depósito a prazo 250 6 250 √
10/01 Retenção do imposto (IRC) 50 6 200 √
23/01 Livro de cheques 25 6 175 √
31/01 Transferência do cliente X 2 500 8 675 X
31/01 Comissão anual gestão de conta 200 8 475 X
Saldo em 31/01/N 8 475
Mapa de reconciliação bancária
Extrato conta DO
Extrato bancário (Banco)
Data Descrição (Empresa)
Débito Crédito Saldo Débito Crédito Saldo
31/01/N Saldo final 8 475 4 675
Operações em trânsito
Cheque n.º 1001 1 500 6 975
Transferência do cliente X 2 500 7 175
Comissão anual gestão de conta 200 6 975
31/01/N Saldo reconciliado 6 975 6 975
250 Contabilidade Financeira Explicada
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 20 Rédito
– NCRF 23 Os efeitos de alterações em taxas de câmbio
– NCRF 27 Instrumentos financeiros
Contas
– 21 Clientes
– 24 Estado e outros entes públicos
– 27 Outras contas a receber e a pagar
– 28 Diferimentos
– 65 Perdas por imparidade
– 68 Outros gastos
– 71 Vendas
– 72 Prestações de serviços
– 78 Outros rendimentos
2521- Enquadramento doFinanceira
Contabilidade tema Explicada
Este capítulo trata das operações de vendas, assim como dos temas conexos como os
regimes
SubtemadeVendas
liquidação do IVA, as dívidas de clientes e respetivas perdas por
imparidade.
1 – Enquadramento do tema
A generalidade das atividades económicas com fins lucrativos enquadra-se no regime
Este capítulo trata das operações de vendas, assim como dos temas conexos, como os
geral de
regimes doliquidação
IVA, pelo do
queIVA,
os agentes económicos
as dívidas de clientesque realizam vendas
e respetivas têm imparidade.
perdas por de liquidar o
IVA. Vamos analisar este imposto na ótica do vendedor.
A generalidade das atividades económicas com fins lucrativos enquadra-se no regime
geral do IVA,
Temas pelo que osvendas,
relacionados agentes económicos
tais como que realizam vendaspor
os adiantamentos têmconta
de liquidar o IVA.
de vendas,
Vamos analisar este imposto na ótica do vendedor.
descontos e devoluções são tratados em pontos próprios.
Temas relacionados com vendas, tais como os adiantamentos por conta de vendas,
descontos e devoluções, são tratados em pontos próprios.
Nota de crédito
IVA
regularizações Devoluções
Descontos
Como se infere da figura, numa operação de venda existe a entrega do respetivo bem
Como seo que
ao cliente, infere
se da figura,
traduz numa
numa operação do
diminuição de ativo
venda(inventários).
existe a entrega do respetivo bem
ao
Estacliente, o queter
saída pode se registo
traduz numa diminuição
contabilístico do ativo com
simultâneo (inventários).
o rédito da venda (sistema de
inventário permanente), ou não (sistema de inventário intermitente ou periódico), depen-
Estadasaída
dendo podedeterinventários
política registo contabilístico simultâneo com o rédito da venda (sistema de
de cada entidade.
inventário permanente), ou não (sistema
O tratamento do tema Vendas tem subjacente de inventário
o sistema deintermitente ou periódico),
inventário intermitente.
dependendo da política de inventários de cada entidade.
Os sistemas de inventário (intermitente e permanente) são desenvolvidos no Tema
H – Inventários.
O tratamento do tema Vendas tem subjacente o sistema de inventário intermitente.
2 – Enquadramento contabilístico
Os sistemas de inventário (intermitente e permanente) são desenvolvidos no Tema H –
NCRF 27 Instrumentos financeiros
Inventários.
Esta norma, para além de outros temas, define o conceito de ativo financeiro e respetivos
205
critérios de reconhecimento e mensuração.
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Conceito
Define ativo financeiro (§ 5) como qualquer ativo que seja dinheiro, instrumento de
capital próprio de uma outra entidade (ações, quotas), um direito contratual de receber
dinheiro ou outro ativo financeiro de outra entidade (depósitos bancários, clientes, outros
devedores). Os clientes são, cumulativamente, um ativo monetário.
Reconhecimento
Um ativo financeiro apenas deve ser reconhecido quando a entidade se torna uma parte da
disposição contratual. Contrato é um acordo entre duas ou mais partes, na conformidade da or-
dem jurídica, destinada a estabelecer uma regulamentação na relação de interesses entre as partes.
No que se refere a esta temática específica, as relações contratuais mais comuns que se
estabelecem são as de compra e venda, onde uma das partes assume o compromisso de ceder
a outra, nas condições de qualidade, preço, prazo, entre outras, um dado bem ou serviço
e a outra parte assume o compromisso de pagar nas condições negociadas.
Existe um compromisso firme de compra (venda) quando há um acordo vinculando
ambas as partes (comprador e vendedor) e, em regra, legalmente imponível, que:
a) Especifique todos os termos do mesmo, incluindo o preço e o momento das tran-
sações; e
b) Inclua desincentivos suficientemente grandes para tornar a transação altamente
provável (por exemplo, no caso de incumprimento de uma das partes, há lugar a
indemnização significativa).
Esta taxa de juro efetiva pode ser igual ou diferente da taxa de juro nominal, que cor-
responde à taxa contratada entre as partes.
Questão 1:
Admita que os juros do empréstimo são pagos no fim de cada ano.
Resposta 1):
01 jan N 31 dez N 31 dez N+1
Empréstimo 10 000
Juros - 1 000 - 1 000
Reembolso - 10 000
Fluxos caixa 10 000 - 1 000 - 11 000
No caso concreto:
Questão 2:
Admita que os juros do empréstimo são pagos no início de cada ano. O primeiro paga-
mento dos juros é realizado juntamente com o recebimento do empréstimo:
Resposta 2):
No caso concreto:
[(-1 000 /(1+i)1) + (-10 000/ (1+ i)2)] - 9 000 = 0
9 000 = (-1 000 /(1+i)1) + (-10 000/ (1+ i)2)
A taxa i = 11,1(1) % é a que permite igualar os dois membros da equação.
256 Contabilidade Financeira Explicada
Neste caso, a taxa de juro efetivamente suportada é de 11,1%, superior à taxa nominal.
Tal ocorre porque existe um pagamento antecipado de juros (em N). Deste pagamento
resulta que apenas se possam utilizar, em termos líquidos, 9 000 € dos 10 000 € emprestados,
suportando o juro sobre os 10 000 €.
Conta 21 – Clientes
Na conta Clientes registam-se os movimentos relativos aos adquirentes de mercadorias,
de produtos e de serviços. Nesta conta devem ser apresentados todos os direitos sobre os
clientes, resultantes das operações comerciais. Incluem-se tanto as operações em conta
corrente como as dívidas tituladas.
Quando se efetuam vendas a crédito, ou seja, é dado um prazo ao cliente para realizar
o pagamento, denominam-se estas operações como em conta corrente, designadas de uma
forma abreviada de clientes c/c.
Quando a empresa vendedora quer maiores garantias na cobrança dos seus créditos co-
merciais ou antecipar o recebimento das quantias, pode emitir um título de crédito (Letra),
reclassificando o cliente c/c para clientes – títulos a receber (ver tema G).
Esta conta encontra-se subdividida, distinguindo as operações em conta corrente das
tituladas (saques de letras), assim como as entregas realizadas pelos clientes a título de
adiantamento sobre vendas (que se apresenta no tema F).
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Conta 21 – Clientes
Subconta Comentários
Regista os movimentos em conta corrente relativos aos adqui-
21.1 – Clientes c/c
rentes de mercadorias, de produtos e de serviços
Esta conta regista os movimentos relativos aos adquirentes de
21.2 – Clientes - títulos a receber mercadorias, de produtos e de serviços que estejam representadas
por títulos
Esta conta regista as entregas de valores feitas à entidade relativas
21.8 – Adiantamentos de clientes
a fornecimentos, sem preço fixado, a efetuar a terceiros
21.9 – Perdas por imparidade acumuladas Esta conta regista as perdas por imparidade acumuladas
Quadro n.º 5.3 – Conta 21 Clientes
É pressuposto existir esta relação se uma das partes for uma subsidiária, associada (figura
4.3) ou um empreendimento conjunto75 em que uma das entidades seja um empreendedor.
Também se considera existir uma parte relacionada se membros do pessoal chave da
gestão representarem outras entidades ou que seja membro íntimo da família de qualquer in-
divíduo que se espera que influencie, ou seja influenciado, nos seus negócios com a entidade.
Subconta Comentários
Registam-se as operações com os clientes com os quais não se
21.1.1 – Clientes gerais
tem relações especiais
Registam-se as operações quando o cliente é a empresa-mãe
21.1.2 – Clientes – empresa-mãe
(detém normalmente mais do que 50% do capital social)
Registam-se as operações quando se detém o controlo da entidade
21.1.3 - Clientes - empresas subsidiárias
cliente (normalmente participações superiores a 50%)
Registam-se as operações quando se detém uma participação na
21.1.4 – Clientes - empresas associadas entidade cliente que permita exercer uma influência significativa
(normalmente participações entre 20% e 50%)
21.1.5 - Clientes - empreendimentos Registam-se as operações entre empresas quando entre elas se
conjuntos estabelecem acordos contratuais de empreendimentos conjuntos
75 - É uma atividade económica empreendida por dois ou mais parceiros, sujeita a controlo conjunto destes me-
diante um acordo contratual (NCRF 13, § 4).
258 Contabilidade Financeira Explicada
Subconta Comentários
Registam-se as operações com as outras partes relacionadas que
21.1.6 - Clientes - outras partes rela-
não sejam empresa-mãe, subsidiárias, associadas ou empreendi-
cionadas
mentos conjuntos
Quadro n.º 5.4 – Conta 21.1 Clientes c/c
NCRF 20 Rédito
A NCRF 20 – Rédito prescreve o tratamento contabilístico dos réditos (rendimentos)
resultantes de vários tipos de transações relacionadas com o objeto social da entidade e das
suas atividades ordinárias. Como exemplos:
Reconhecimento
A NCRF 20 descreve as condições necessárias para que o rédito das vendas seja reco-
nhecido (§§ 14 a 19). O rédito deve ser reconhecido quando tiverem sido satisfeitas todas
as condições seguintes:
(a) A entidade tenha transferido para o comprador os riscos e vantagens significativos
da propriedade dos bens;
(b) A entidade não mantenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmen-
te associado com a posse, nem o controlo efetivo dos bens vendidos;
(c) A quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada;
(d) Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para
a entidade; e
(e) Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser fiavel-
mente mensurados.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Mensuração
A mensuração do rédito (§§ 9 a 12) é usualmente pelo justo valor da retribuição rece-
bida ou a receber tendo em consideração a quantia de quaisquer descontos comerciais e de
quantidade concedidos pela entidade.
No caso de a entidade ter utilizado o custo amortizado como critério de mensuração
para os direitos a receber sobre os clientes ou considerado algum componente de finan-
ciamento (por exemplo, conceder prazos de pagamento alargados isentos de juros) a dife-
rença entre o valor nominal do valor a receber e a quantia reconhecida como rédito tem
natureza financeira. Na maior parte dos casos, a retribuição é sob a forma de dinheiro ou
seus equivalentes, sendo essa a quantia do rédito.
Exemplo
Considere uma prestação de serviços a um cliente pela quantia de 10 000 euros. Se essa
quantia for cobrada imediatamente ou num prazo considerado razoável segundo as práticas
comerciais, os 10 000 € serão a quantia a reconhecer como rédito.
Contudo, se o prazo de crédito concedido for de um ano, deve-se ter em consideração
o valor temporal do dinheiro (efeito financeiro). Nesta situação, a quantia do rédito deverá
ser o valor presente dos 10 000 € (admita-se uma taxa de desconto de 5%), que corresponde,
aproxidamente, a 9 524 €, sendo a diferença (476 €) de natureza financeira.
Conta 71 – Vendas
As contas de rendimentos – classe 7 –, em regra, creditam-se pelos aumentos (corres-
pondem a variações positivas de capital próprio que se expôs no ponto 3.3) e debitam-se
pelas diminuições.
A conta 71 regista os réditos relativos a estas operações e existem no plano de contas
algumas subcontas (devoluções e descontos) destinadas à anulação total ou parcial da ope-
ração que deu origem ao crédito.
Conta 71 – Vendas
Subconta Comentários
71.1 Mercadorias Vendas de atividades de comércio
71.2 Produtos acabados e intermédios Vendas de produtos resultantes de atividades industriais
71.3 Subprodutos, desperdícios, resíduos Vendas de produtos secundários resultantes de atividades
e refugos industriais
71.4 Ativos biológicos Vendas de produtos das atividades agrícolas e similares
---
Acolhe o IVA quando a fatura emitida inclui este imposto
71.6 IVA das vendas com imposto incluído
no preço do bem, sem que este esteja descriminado
71.7 Devolução de venda Devoluções dos clientes
71.8 Descontos e abatimentos em vendas Descontos comerciais concedidos
Quadro n.º 5.5 – Conta 71 Vendas
260 Contabilidade Financeira Explicada
Sim
Justo valor bens
recebidos
Figura n.º
Figura n.º5.8
5.8 –– Troca
Trocade
debens
bens
Considere que a sociedade Comércio, Lda. vende bicicletas e por falta de stock de um
dado modelo contactou uma empresa do mesmo ramo (Bik, SA) tendo ambas
acordado que a Comércio Lda. cedia 5 bicicletas do modelo A e receberia 5 bicicletas
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pretende-se que indique qual o rédito que deverá ser reconhecido nesta operação de troca.
Resposta:
Considerando as duas operações de troca:
a) Troca de 5 bicicletas do modelo A por 5 do modelo B, com valor semelhante –
Não se regista qualquer rédito. Seriam feitos registos internos de atualização dos
inventários
b) Troca de 5 bicicletas do modelo A por uma bicicleta do modelo C. Neste caso há
que considerar 3 hipóteses:
1. As partes consideram que se trata de uma troca de bens com valores semelhantes
e neste caso não se regista qualquer rédito. Seriam feitos registos internos de
atualização dos inventários.
2. É possível estimar o valor de mercado do modelo C e então será esse o valor de
referência para reconhecimento do rédito.
3. Não é possível estimar o valor de mercado do modelo C, então reconhecem-se
3 000 € de rédito (justo valor das bicicletas cedidas – modelo A).
Questão:
Indique o valor do IVA liquidado e o valor total da fatura.
Resposta:
Venda 5 000,00
Desconto = 5% x 5 000 -250,00
Valor da venda liquida desconto 4 750,00
IVA (23%) 1 092,50
Total da fatura 5 842,50
===//===
Consumidor final
• Paga 2 706 € que corresponde ao preço de 2 200 € + 506 € de IVA
• Suporta a totalidade do IVA, dado que não o pode recuperar do Estado
• O valor do IVA (506 €) corresponde às quantias que os agentes económicos envolvi-
dos nestas transmissões deveriam ter entregue ao Estado, em cada fase:
– Produtor = 230 €
– Grossista = 115 €
– Retalhista = 161 €
– Total = 506 €
Para além do regime geral do IVA, existem outros regimes que estão relacionadas
com o tipo de atividade e volume de negócios. Referimos alguns dos regimes mais usuais
atualmente em vigor.
264 Contabilidade Financeira Explicada
Regime Comentário
– Aplica-se à generalidade das atividades
– Caracteriza-se pelo princípio geral da obrigação de liquidação do imposto
sobre o preço de venda dos bens/serviços e o direito de dedução do IVA
Geral
suportado nas aquisições de bens e serviços para venda, consumo ou in-
vestimento
– Tem que incluir o IVA (quantia e taxas) nos documentos
Regime Comentário
– Liquidam IVA sobre a comissão
Regime especial agên- – Não deduzem IVA
cias de viagens – As faturas devem mencionar “Regime da margem de lucro – Agências
de viagens”
Subconta Comentários
– Esta conta regista o valor de IVA apurado que resulte em valor a recuperar ao Estado,
pelo que se debita por contrapartida do crédito da conta 24.3.5.
24.3.7 - IVA
– Se for solicitado o reembolso, esta conta será saldada por contrapartida da conta 24.3.8.
a recuperar
Se não for solicitado o reembolso no período seguinte, o saldo deve ser transferido
para a conta 24.3.5 - IVA apuramento
24.3.8 - IVA
reembolsos – Esta conta regista o valor dos reembolsos solicitados e que se aguarda recebimento
pedidos
24.3.9 - IVA
– Esta conta regista o valor de liquidações oficiosas do imposto notificado pela Auto-
liquidações
ridade Tributária e Aduaneira
oficiosas
Quadro n.º 5.6 – Conta 24.3 – Imposto sobre o valor acrescentado
Para relevar estas diferentes situações é usual subdividir a conta 24.3.3 em duas subcontas:
• 24.3.3.1 – IVA liquidado – operações gerais
• 24.3.3.2 – Autoconsumos e operações gratuitas
Subcontas
24.3.3.1 – IVA liquidado – operações gerais
24.3.3.1.1 – À taxa reduzida
24.3.3.1.2 – À taxa intermédia
24.3.3.1.3 – À taxa normal
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação admitindo as seguintes hipóteses:
1) A empresa considerou imaterial a diferença entre o valor descontado e valor nomi-
nal do crédito
2) A empresa considerou material a diferença entre o valor descontado e valor nomi-
nal do crédito, utilizando uma taxa de desconto de 5%
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Cálculos auxiliares
Vendas = 2 500 €
IVA = 2 500 x 23% = 575 €
Total fatura = 3 075 €
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º 00035 71.1 2 500
1 IVA liquidado 24.3.3.1.3 575
2 fev N
Cliente JM 21.1.1.02 3 075
2 Recibo n.º 24 11.1 21.1.1.02 1 500
3 5 mai N Recebimento remanescente da fatura 11.1 21.1.1.02 1.575
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º 00035 71.1 2.500,00
1 IVA liquidado 24.3.3.1.3 575,00
2 fev N Cliente JM 21.1.1.02 3.075,00
2 Recibo n.º 24 11.1 21.1.1.02 1.500,00
3 Mensuração custo amortizado (ajustamento) 71.1 21.1.1.02 15,44
Ajustamento custo amortizado (data de
4 2 mai N 21.1.1.02 79.8 15,44
vencimento)
5 5 mai N Recebimento remanescente da fatura 11.1 21.1.1.02 1.575,00
Nota: O valor atualizado exclui a componente IVA. Na data de vencimento a quantia em dívida corres-
ponde aos 1.575,00, após um ajustamento de 15,44 €, reconhecido como rendimento de juros.
Questão:
Pretende-se a contabilização das operações do mês.
270 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Vendas 11.1 71.1 3 000
30 mar N
2 IVA incluído 71.6 24.3.3.1.3 690
Vendedor Comprador
Despesas associadas à
entrega dos bens
Gastos do Custos da
vendedor compra
Figura n.º
Figura n.º5.9
5.9–– Despesas
Despesas com
com aa venda
venda /compra
/compra
De acordo com as práticas comerciais, poderão existir despesas pagas pelo vendedor mas
imputadas ao comprador (por exemplo, bens transportados por uma terceira entidade).
272 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Pretende-se a contabilização desta despesa.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Fatura recibo da transportadora 62.5.3 12.1 100
Nov N
2 Imputação do transporte ao cliente 21.1.1.x 78.1.6 100
===//===
Outras situações podem incluir serviços prestados pelo vendedor como o transporte
dos bens vendidos, mas cujo custo é imputado ao comprador.
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Nov N Fatura n.º xx (Imputação do transporte) 21.1.1.x 72.5 100
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Rubricas Subconta
Clientes gerais:
Mercado nacional 21.1.1.1
Mercado intracomunitário 21.1.1.2
Exportação (países fora da comunidade) 21.1.1.3
Vendas (mercadorias):
Mercado nacional 71.1.1
Mercado intracomunitário 71.1.2
Exportação (países fora da comunidade) 71.1.3
Questão:
Reconheça esta venda.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Ago N Fatura n.º xx 21.1.1.2.x 71.1.2 2 500
Nota: Não se liquida IVA se a transação for intracomunitária e entre sujeitos passivos de IVA
274 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Reconheça estas operações.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Ago N Fatura n.º xx 21.1.1.3.x 71.1.3 5 000
Nota: Não se liquida IVA nas exportações
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
2 Ago N Fatura n.º xx 21.1.1.3.x 71.1.3 20 000
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
3 31 dez N Ajustamento cambial 21.1.1.3.x 78.8.7 1 157,02
Questão:
Reconheça a perda por imparidade respeitante à dívida da empresa A.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Reclassificação do devedor 21.7.x 21.1.1.x 10 000
31 dez N
2 Reconhecimento perda por imparidade 65.1.1 21.9.x 10 000
Nota: Na data do reconhecimento da imparidade, após a data de vencimento da fatura, o custo amortizado
da dívida é igual ao seu valor nominal. Como os fluxos de caixa estimados desta dívida são zero, a perda
por imparidade corresponde à dívida inicial.
Se, num período subsequente (§ 29), diminuírem os fatores que contribuíram para o
reconhecimento da imparidade (como, por exemplo, uma melhoria na notação de risco
do devedor), deverá ser feita a reversão da imparidade (anulação total ou parcial) anterior-
mente reconhecida.
A quantia a reverter nunca pode ser superior à quantia reconhecida como imparidade.
Contudo, desta reversão não poderá resultar numa quantia escriturada que exceda aquilo
que seria o custo amortizado do referido ativo nesta data, sem considerar qualquer perda
por imparidade reconhecida.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pagamento da dívida 12.1 21.7.x 10 000
Mai N+1
2 Reversão da imparidade 21.9.x 76.2.1.1 10 000
Questão:
Admitindo que o cliente contactou a empresa e se prontificou para pagar a totalidade
da dívida, num prazo de três meses, qual a quantia da imparidade que se deveria reverter,
considerando as duas hipóteses de mensuração?
Resposta:
O máximo do valor a reverter seria de 9 500 €, independentemente do método de
mensuração inicial adotado.
Conforme a NCRF 27, § 29, da reversão não poderá resultar numa quantia escriturada
do ativo financeiro que exceda aquilo que seria o custo amortizado do referido ativo,
caso a perda por imparidade não tivesse sido anteriormente reconhecida.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Créditos incobráveis
A cobrança duvidosa não se confunde com a incobrabilidade, situação em que existe a
certeza de que o crédito não vai ser cobrado, e que neste caso a perda é definitiva.
De acordo com o estipulado no plano de contas do SNC, a conta 68.3 – Dívidas
incobráveis regista as dívidas a receber consideradas irrecuperáveis e as quais não foram
anteriormente consideradas em situação de imparidade.
O reconhecimento da incobrabilidade é feito por débito da conta de gastos, 68.3 - Ou-
tros gastos – Dívidas incobráveis, por contrapartida da correspondente conta da classe
2 – Contas a receber e a pagar.
Quando deixarem de existir as situações que originaram o reconhecimento da dívida inco-
brável, será creditada a conta 78.3 – Outros rendimentos – Recuperação de dívidas a receber.
Questão:
Reconheça a operação tendo em conta as diversas hipóteses.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Jun N Dívida incobrável 21.9.y 21.7.y 9 000
280 Contabilidade Financeira Explicada
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Jun N Dívida incobrável 68.3 21.1.1.y 9 000
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Dívida incobrável 21.1.1.y 4 000
Dívida reclassificada 21.7.y 5 000
1 Jun N
Imparidade reconhecida 21.9.y 5 000
Parte não coberta por imparidade 68.3 4 000
Questão:
Reconheça a operação tendo em conta as diversas hipóteses.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Ago N+1 Recuperação parcial de divida incobrável 12.1 78.3 9 000
Nota: Esta solução é válida para qualquer uma das hipóteses.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Prestação
de serviços Clientes Recebimentos
Nota de crédito
IVA
regularizações
Descontos
2 - Enquadramento contabilístico
2 - Enquadramento contabilístico
NCRF 20 – Rédito
Esta norma determina como critério de mensuração (§ 9) o justo valor da retribuição
NCRF 20ouRédito
recebida a receber. O reconhecimento do rédito é feito, em regra, em cada transação
(cada contrato de prestação de serviços), mas são admitidas exceções:
Esta norma determina como critério de mensuração (§ 9) o justo valor da retribuição
recebida ou a receber. O reconhecimento do rédito é feito, em regra, em cada transação
(cada contrato de prestação de serviços), mas são admitidas exceções:
Reconhecimento do rédito
Tipos de transações Exemplos
Por cada transação Um contrato para pintura de um edifício.
o Reconhece o rédito após a execução da pintura
Reconhecimento do rédito
Tipos de transações Exemplos
– Um contrato para pintura de um edifício.
– Por cada transação
• Reconhece o rédito após a execução da pintura
– Um contrato para pintura de um edifício (interior e exterior).
• Reconhece o rédito após a execução da pintura do interior do
– Em cada componente identifi-
edifício, na parte correspondente
cável de uma transação única
• Reconhece o rédito após a execução da pintura do exterior do
edifício, na parte correspondente
– Um contrato para pintura do interior de um edifício e
– De duas ou mais transações – Um contrato para pintura do exterior de um edifício
separadas mas interligadas • Pode reconhecer o rédito após a execução da pintura do exterior
e do interior
Quadro n.º 5.10 – Rédito nas prestações de serviços
A quantia de rédito pode ser fiavelmente mensurada (§ 23) após uma entidade ter
concordado com os outros parceiros da transação o seguinte:
(a) Os direitos que cada uma das partes está obrigada a cumprir quanto ao serviço a ser
prestado e recebido pelas partes;
(b) A retribuição a ser trocada; e
(c) O modo e os termos da liquidação.
Prestação de serviços
• Descontos e abatimentos (comerciais) em
• Prestação de serviços
prestação de serviços
• IVA incluído nas vendas/prestação de servi-
ços com IVA incluído
Questão:
Pretende-se a contabilização das operações do Dr. JC.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 30 mar N Consultas (Faturas / recibo n.ºs 60 a 90) 11.1 72.1 4 000
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Serviços prestados 11.1 72.1 1 230
30 mar N
2 IVA incluído 72.6 24.3.3.1.3 230
Fase de acabamento
Um serviço contratado pode, à data do balanço, não estar concluído. Daqui decorrem
duas alternativas:
– Considerar o rédito da parte (percentagem) do serviço realizada (fase de acabamen-
to da transação);
– Apenas considerar o rédito do serviço após a conclusão da transação (obra acabada):
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) duas alternativas:
- Considerar o rédito da parte (percentagem) do serviço realizada (fase de
acabamento da transação); Capítulo 5 – Operações empresariais 285
- Apenas considerar o rédito do serviço após a conclusão da transação (obra
acabada):
31/dez/N
Início data do balanço Conclusão
Pintura de um edifício
Figura n.º 5.11 – Reconhecimento do rédito
Figura n.º 5.11 – Reconhecimento do rédito
À data doÀbalanço
data do balanço,
deve-se deve-se reconhecer
reconhecer a parte
a parte do rédito
do rédito correspondenteà àparcela
correspondente parcela do
do
serviço realizado, quando a entidade tenha um sistema eficaz de orçamentação, de relato
serviçofinanceiro
realizado, quando a oentidade
e acompanhe tenha
serviço que está aum sistema eficaz de orçamentação, de
ser executado.
relato financeiro e acompanhe o serviço que está a ser executado.
A fase de acabamento de um serviço pode ser determinada por uma variedade de mé-
todos, devendo ser utilizado o método que mensure fiavelmente os serviços executados.
A fase de acabamento de um serviço pode ser determinada por uma variedade de
Dependendo da natureza do serviço, os métodos podem incluir:
métodos, devendo ser utilizado o método que mensure fiavelmente os serviços
(a) Vistorias do trabalho executado;
executados.
(b) Serviços executados até à data, expressos como uma percentagem do total dos ser-
viços a serem executados; ou
Dependendo da natureza do serviço, os métodos podem incluir:
(c) A proporção
(a) Vistorias que executado;
do trabalho os custos incorridos até à data tenham com os custos totais esti-
mados da transação. Somente os custos que reflitam serviços executados até à data
(b) Serviços executados até à data, expressos como uma percentagem do total dos
são incluídos nos custos incorridos até à data. Somente os custos que reflitam ser-
serviços
viçosa executados
serem executados;
ou a seremou executados são incluídos nos custos totais estimados
(c) A proporção que os custos incorridos até à data tenham com os custos totais
da transação.
estimados da transação.
Os pagamentos Somente
progressivos os custos que reflitam
e os adiantamentos recebidosserviços executados
de clientes até à
não refletem
data vezes
muitas são incluídos nosexecutados,
os serviços custos incorridos
pelo queaté à data.
não Somente
poderão os custos
ser utilizados quebase
como reflitam
para
determinar
serviços aexecutados
percentagemou de acabamento.
a serem executados são incluídos nos custos totais
estimados
A NCRF 20, da transação.
§ 26, refere que, quando o desfecho da transação que envolva a prestação
de serviços não possa ser estimado com fiabilidade, o rédito somente deve ser reconhecido
na medida em
Os pagamentos que sejam recuperáveis
progressivos os gastos reconhecidos.
e os adiantamentos recebidos de clientes não refletem
muitas vezes os serviços executados pelo que não poderão ser utilizados como base
para determinar a Caso B.19 – Rédito
percentagem em função da fase de acabamento
de acabamento.
As entidades A (pinturas interiores e exteriores) e B (proprietária de um edifício) con-
trataram entre si o serviço de pintura exterior de um edifício, pelo preço de 5 000 €. A
pintura deverá decorrer entre os meses de outubro/N a maio/N+1.
A entidade A elaborou um programa de execução (8 meses) e o orçamento desta obra, 236
no total de 3 600 €, onde incluiu todos os custos imputáveis ao serviço (mão de obra, uti-
lização de equipamento, consumo de tintas e outros gastos).
Em 31 de dezembro de N, confirmou-se, com base em vistorias à obra, que a fase de
acabamento correspondia ao programado para os primeiros 3 meses e que na contabilidade
de gestão estavam imputados 1 200 € de custos desta obra. Não se espera qualquer alteração
nas estimativas de custos da obra.
286 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Deve a entidade A reconhecer algum rédito em 31/dezembro/N? Se sim, quanto?
Resposta:
Deve reconhecer a parte dos réditos correspondentes à percentagem de acabamento
da obra porque:
– A quantia de rédito pode ser fiavelmente mensurada, admitindo-se que o contrato
tem estabelecido os direitos (e deveres) de cada parte, a retribuição a ser trocada e o
modo da sua liquidação.
– A fase do acabamento pode ser determinada com base nos custos incorridos até à
data e calculada de forma proporcional ao orçamentado (1 200 / 3 600 = 33,3%)
Deste modo, deve ser reconhecido, no ano N, o rédito de 33,3% x 5 000 = 1 665 €.
Subcontas Comentários
Esta conta serve de contrapartida aos rendimentos a registar no próprio
exercício, ainda que não tenham documentação vinculativa e cuja receita só
27.2.1 – Devedores por venha a realizar-se em exercício ou exercícios posteriores
acréscimos de rendimentos Exemplos: serviços prestados ainda não faturados, juros de depósitos a prazo
a receber no vencimento, juros de financiamento concedidos, a cobrar no
fim do prazo de vencimento
Esta conta serve de contrapartida aos gastos a reconhecer no próprio exer-
27.2.2 – Credores por
cício, ainda que não tenham documentação vinculativa.
acréscimos de gastos
Exemplos: fornecimentos de água, eletricidade no fim do ano, sem faturas
(desenvolvido no tema
emitidas, encargos com férias e subsídio de férias vencidas no exercício a
Compras)
pagar no exercício seguinte
Quadro n.º 5.12 – Conta 27.2 – Devedores e credores por acréscimos
Quadro n.º 5.12 – Conta 27.2 Devedores e credores por acréscimos
288 Contabilidade
CasoFinanceira Explicada de rendimentos
B.20 ‐ Acréscimos
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
239
Dinheiro 11.1 - Caixa sede
Cliente x 21.1.1. x - Cliente x
IVA liquidado operações gerais 24.3.3.1.3 - Taxa normal
Acréscimo de rendimentos 27.2.1 - Devedores por acréscimos de rendimentos
Prestação de serviços 72.1 - Serviços
2) Cálculos auxiliares
Avença total = 1 200 euros
– janeiro a fevereiro = 1 200 / 12 x 2 meses = 200
– março a dezembro = 1 200 / 12 x 10 meses = 1 000
IVA = 1 200 x 23% = 276 euros
Total da fatura = 1 200 + 276 = 1 476
3) Lançamento no diário
Apesar de a questão se reportar ao ano N, vamos reconstituir os lançamentos que de-
veriam ser efetuados desde o ano do contrato (N-2).
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Registos ano N-2
1 Dez N-2 Acréscimos de rendimentos (março a dezembro) 27.2.1 72.1 1 000
Registos ano N-1
1º fatura 21.1.1.x 1 476
Rédito de Janeiro a Fevereiro 72.1 200
2 Mar N-1 Rédito já reconhecido pelo acréscimo em n-2 27.2.1 1 000
IVA 24.3.3.1.3 276
Pelo recebimento 11.1 21.1.1.x 1 476
3 Dez N-1 Acréscimos de rendimentos (março a dezembro) 27.2.1 72.1 1 000
Registos ano N
2º fatura 21.1.1.x 1 476
Rédito de Janeiro a Fevereiro 72.1 200
4 Mar N Rédito já reconhecido pelo acréscimo em n-2 27.2.1 1 000
IVA 24.3.3.1.3 276
Pelo recebimento 11.1 21.1.1.x 1 476
5 Dez N Acréscimos de rendimentos (março a dezembro) 27.2.1 72.1 1 000
Conta 28 – Diferimentos
Um diferimento é o registo que permite imputar a períodos seguintes gastos ou rendi-
mentos para os quais já existem documentos emitidos e eventualmente já recebidos ou pagos.
Neste ponto iremos ver os diferimentos de rendimentos e no tema C – Compras e
aquisições os diferimentos de gastos.
Existem rendimentos diferidos quando, por exemplo, são emitidas faturas e provável
recebimento, relativas a serviços que só irão ser prestados nos períodos seguintes, pelo que
não podem ser reconhecidos como rendimento desse período.
290 Contabilidade
recebimento, relativas Financeira
a serviços queExplicada
só irão ser prestados nos períodos seguintes, pelo
que não podem ser reconhecidos como rendimento desse período.
Questão:
No ano N, que operação deve registar?
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósito 12.1 – Banco X
Cliente 21.1.1.x – Cliente X
IVA liquidado – operações gerais 24.3.3.1.3 - Taxa normal
Diferimentos 28.2 - Rendimentos a reconhecer
Prestação de serviços 72.1 - Serviços
2) Cálculos auxiliares
Avença total = 1 200 euros
– janeiro a fevereiro = 1 200 / 12 x 2 meses = 200
– março a dezembro = 1 200 / 12 x 10 meses = 1 000
IVA = 1 200 x 23% = 276 euros
Total da fatura = 1 200 + 276 = 1 476
3) Lançamento no diário
Apesar de a questão se reportar ao ano N, vamos reconstituir os lançamentos que de-
veriam ser efetuados desde o ano do contrato (N-2)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Registos ano N-2
1º fatura 21.1.1.x 1 476
Rédito de março a dezembro 72.1 1 000
1 Mar N-2 Diferimento (janeiro a fevereiro de n-1) 28.2 200
IVA 24.3.3.1.3 276
Recebimento 12.1 21.1.1.x 1 476
Registos ano N-1
Rédito de janeiro a fevereiro 28.2 72.1 200
2º Fatura 21.1.1.x 1 476
Rédito de março a dezembro do período 72.1 1 000
2 Mar N-1
Diferimento (Janeiro a fevereiro de n) 28.2 200
IVA 24.3.3.1.3 276
Recebimento 12.1 21.1.1.x 1 476
Registos ano N
Rédito de janeiro a fevereiro 28.2 72.1 200
3º Fatura 21.1.1.x 1 476
Rédito de março a dezembro do período 72.1 1 000
3 Mar N
Diferimento (janeiro a fevereiro de n+1) 28.2 200
IVA 24.3.3.1.3 276
Recebimento 12.1 21.1.1.x 1 476
292 Contabilidade Financeira Explicada
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 18 Inventários
– NCRF 27 Instrumentos financeiros
Contas
– 31 Compras
– 22 Fornecedores
– 24 Estado e outros entes públicos
– 27 Outras contas a receber e a pagar
– 28 Diferimentos
– 62 Fornecimentos e serviços externos
– 68 Outros gastos
– 78 Outros rendimentos
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
1- Enquadramento do tema
1 – Enquadramento do tema
As entidades para o desenvolvimento das suas atividades necessitam de obter recursos
As entidades para o desenvolvimento das suas atividades necessitam de obter recursos
adquiridos a outros agentes económicos. Este tema trata das operações de compra,
adquiridos a outros agentes económicos. Este tema trata das operações de compra, desen-
desenvolvendo alguns temas conexos em pontos autónomos por estarem relacionados
volvendo alguns temas conexos em pontos autónomos por estarem relacionados quer com
quer com as compras, quer com as vendas:
as compras quer com as vendas:
devoluções (tema D)
• devoluções (tema D)
descontos (tema E)
• descontos (tema E) (tema F).
adiantamentos
• adiantamentos (tema F).
Fluxo físico de bens e serviços
Inventários Inventários
Descontos
Adiantamentos
Devoluções
Figura n.º 5.14 – Circuito das operações de compra
Figura n.º 5.14 – Circuito das operações de compra
Os recursos utilizados pelas entidades têm natureza muito diversa. São constituídos
por bens consumíveis (combustível, material de escritório, …), serviços (energia elétrica,
comunicações, consultores,
Os recursos …), bens
utilizados pelas destinados
entidades à revenda
têm natureza (mercadorias)
muito diversa. Sãoouconstituídos
à transformação
(matérias-primas) ou à incorporação
por bens consumíveis na produção
(combustível, material ou
de em serviços…),
escritório, (peças, componentes,
serviços (energia …),
assim elétrica,
como oscomunicações,
equipamentos e edifícios
consultores, utilizados
…), nos processos
bens destinados à revendaprodutivos.
(mercadorias) ou à
Notransformação (matérias-primas)
que respeita aos bens destinadosouaoà consumo
incorporação na produção
interno, poderemosou categorizá-los
em serviços nos
(peças,
que são componentes,
armazenáveis e dão…), assim
origem como osdeequipamentos
à criação e edifícios
stocks (inventários) utilizados
e aqueles nos o são,
que não
processosa produtivos.
associando-se sua aquisição a um gasto (imediato ou diferido no tempo). Sintetizando:
No que respeita aos bens destinados ao consumo interno poderemos categorizá-los nos
Mercadorias
que são armazenáveis e dão origem à criação de stocks (inventários) e aqueles que não
Armazenáveis
o são, associando-se a sua aquisição a um gasto (imediato (matérias‐primas,
ou diferido no tempo).
Sintetizando: Bens subsidiárias e de consumo)
consumíveis
Não armazenáveis
Compras Serviços
/ aquisições
Bens de equipamentos e
outros investimentos
Neste capítulo iremos abordar a compra ou aquisição das três primeiras categorias
(mercadorias, bens consumíveis e serviços), sendo que a aquisição de bens de
equipamento e outros investimentos, assim como os ativos biológicos serão tratados
294 Contabilidade Financeira Explicada
Neste capítulo iremos abordar a compra ou aquisição das três primeiras categorias
(mercadorias, bens consumíveis e serviços), sendo que a aquisição de bens de equipamento
e outros investimentos, assim como os ativos biológicos, serão tratados nos temas próprios.
O tratamento do movimento em inventários também será tratado em tema autónomo
(tema H).
2 – Enquadramento contabilístico
NCRF 27 – Instrumentos financeiros
Esta norma, para além de outros temas, define os conceitos de ativos e passivos finan-
ceiros e respetivos critérios de reconhecimento e mensuração.
Conceito
Define passivo financeiro como uma obrigação contratual de entregar dinheiro ou
outro ativo financeiro a uma outra entidade (…).
Integram-se neste conceito as dívidas a fornecedores de bens, serviços ou de investimentos.
Os fornecedores são, cumulativamente, um passivo monetário. Define-se passivo mo-
netário como aquele que se destina a ser liquidado em quantias fixadas ou determináveis
de dinheiro.
Reconhecimento
Um passivo financeiro apenas deve ser reconhecido quando a entidade se torna uma
parte da disposição contratual76.
Mensuração
As normas definem dois momentos importantes no processo de mensuração: inicial e
subsequente (ponto 2.3).
Na mensuração inicial aplica-se a base de mensuração exigida pelas normas ou a que
resulta da política adotada, quando tal é permitido, e atribui-se a quantia respetiva.
Subsequentemente, registam-se as alterações na quantia escriturada decorrentes do
critério de mensuração aplicado, ou, eventualmente, da alteração de política contabilística.
Os critérios de mensuração dos fornecedores e outras contas a pagar estão definidas na
NCRF 27. Tratando-se de um passivo financeiro o reconhecimento inicial é feito ao justo
valor (o preço da transação) e subsequentemente ao custo amortizado. No caso de dívidas
de curto prazo, a diferença entre o valor descontado e o valor nominal assume, em regra,
valores imateriais, pelo que o seu reconhecimento não reflete o efeito da taxa de juro efetiva.
No entanto, caso o pagamento seja remetido para períodos para além dos termos normais,
ou financiados a taxas de juro inferiores às do mercado, deve ser considerado o efeito do juro.
Neste caso, as quantias a pagar devem ser expressas pelo valor presente, utilizando o custo
amortizado, indicado pela norma.
Estes conceitos foram expostos no tema B – Vendas.
Conta 22 – Fornecedores
Na conta Fornecedores registam-se os movimentos relativos às entidades a quem se
adquirem mercadorias, produtos e serviços. Esta conta não inclui os movimentos relacio-
nados com os investimentos da entidade (conta 27.1 – Fornecedores de investimentos).
Nesta conta devem ser apresentadas todas as obrigações para com essas entidades, resul-
tantes das operações comerciais. Incluem-se tanto as operações em conta corrente como as
dívidas tituladas (que se apresenta adiante).
Apesar de esta conta ter como objetivo relevar as dívidas a fornecedores, resultantes de
operações a crédito, muitas entidades utilizam esta conta para registar operações a pronto
pagamento, criando desta forma um histórico sobre todas as aquisições efetuadas.
As operações de compra são geralmente designadas como em conta corrente e registadas
na conta do fornecedor de uma forma abreviada em fornecedores c/c.
Quando a empresa vendedora quer maiores garantias na cobrança dos seus créditos co-
merciais, ou antecipar o recebimento das quantias, pode emitir um título de crédito (letra),
evidenciando-se essa modalidade de crédito por fornecedores – títulos a pagar (tema G).
A conta Fornecedores encontra-se subdividida de forma a distinguir as operações em
conta corrente e as tituladas (aceites de letras), assim como os recebimentos a título de
adiantamento sobre vendas (tema F).
Conta 22 – Fornecedores
Subcontas Comentários
– Regista os movimentos em conta corrente relativos aos
22.1 – Fornecedores c/c
fornecedores de mercadorias, de produtos e serviços
– Esta conta regista os movimentos relativos aos fornecedo-
22.2 – Fornecedores títulos a pagar res de mercadorias, de produtos e de serviços que sejam
representados por títulos
– Respeita às compras cujas faturas, recebidas ou não, estão
por lançar nas subcontas da conta 22.1 por não terem
22.5 – Faturas em receção e conferência
chegado à entidade até essa data ou não terem sido ainda
conferidas
– Regista as entregas feitas pela entidade a terceiros, rela-
22.8 – Adiantamentos a fornecedores
tivas a fornecimentos (sem preço fixado)
– Esta conta regista as diferenças acumuladas entre as
quantias registadas nos adiantamentos (ativo) e as que
22.9 – Perdas por imparidade acumuladas
se consideram recuperáveis, considerando os respetivos
critérios de mensuração
Quadro n.º 5.14 – Conta 22 – Fornecedores
Questão:
Em que subconta de fornecedores deve esta operação ser evidenciada na XPTO, Lda.?
Resposta:
Na subconta 22.1.2 – Fornecedores – empresas-mãe.
Questão:
Em que subconta de fornecedores deve esta operação ser evidenciada na XPTO, Lda.?
Resposta:
Na subconta 22.1.4 – Fornecedores – empresas associadas.
===//===
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Fornecedores
• Pagamentos das compras efetuadas • Saldo inicial – saldo existente no início do
período
• Devoluções de compras • Compras de bens e serviços
• Descontos obtidos (comerciais e financeiros) • Juros
• Adiantamentos por conta de compras • Regularização dos adiantamentos
(sempreço fixado)
• Ajustamentos por diferenças de câmbio • Ajustamentos por diferenças de câmbio
favoráveis desfavoráveis
NCRF 18 Inventários
• Reversões das perdas por imparidade • Perdas por imparidade
• Ajustamentos
Esta norma define os conceitos de inventários - custo amortizado
(existências) e as regras de
reconhecimento,
NCRF 18 –mensuração,
Inventários apresentação e divulgação destes ativos.
Esta norma
O conceito define os conceitos
de inventários inclui osdeativos:
inventários (existências) e as regras de reconhecimento,
e mensuração destes ativos.
(a) detidos
O conceito de para venda no
inventários decurso
inclui ordinário da atividade empresarial
os ativos:
(b) no processo de produção para essa venda, ou
(a) detidos para venda no decurso ordinário da atividade empresarial
(c) na forma de materiais ou consumíveis a serem aplicados no processo de
(b) no processoou
produção dena
produção
prestaçãopara
deessa venda, ou
serviços.
(c) na forma de materiais ou consumíveis a serem aplicados no processo de produ-
ção ou
Genericamente, o na prestação
custo de serviços. deve incluir, de acordo com a NCRF 18 –
dos inventários
Inventários:
Genericamente, o custo dos inventários deve incluir, de acordo com a NCRF 18 – In-
ventários:
Custos da Custos de
Outros custos
compra conversão
Figura
Figura n.º 5.16
n.º 5.16 – Custo
– Custo dos inventários
dos inventários
Detalham-se
Detalha-se algunsalguns dos elementos
dos elemento que que integram
integram cada
cada umumdos
doscustos,
custos, assim
assim como
comosese
identificam outros que devem ser excluídos.
identifica outros que devem ser excluídos.
Incluem:
Incluem:
– Preço de compra mais todos os custos incorridos para colocar os inventários
no seu local e nas suas condições atuais
– Incluem-se no preço de compra as despesas efetuadas com:
• Manuseamento
• Transporte
Custo de compra • Seguros
• Taxas alfandegárias
• Impostos não dedutíveis
• Outros diretamente atribuíveis
São excluídos:
– Descontos comerciais, abatimentos e outros da mesma natureza
– Impostos dedutíveis (por exemplo, o IVA)
Como síntese, o custo de compra deve incluir:
Custo da compra = Preço de compra + despesas adicionais de compra
– descontos comerciais e abatimentos – impostos dedutíveis
Os custos de conversão e os outros elementos do custo estão geralmente associados a
atividades de produção, não se excluindo, contudo, que alguns deles existam em atividades
meramente comerciais.
– Decorrem geralmente no âmbito de atividades de transformação industrial
e incluem custos diretamente relacionados com a produção
– Incluem custos como:
• Mão de obra direta
Custos de • Matérias-primas
conversão • Gastos gerais de fabrico
• Outros diretamente imputáveis
– O seu apuramento carece de outros instrumentos contabilísticos, designada-
mente da contabilidade de gestão
Os inventários incluem no seu custo outras componentes, designadamente:
Incluem:
– Custos de financiamentos obtidos (juros e outros encargos financeiros para
a construção ou conversão dos inventários)77
– Gastos gerais que não sejam industriais ou custos de conceção de produtos
para clientes específicos.
São excluídos:
– Gastos financeiros decorrentes de liquidação diferida
Outros custos – Quantias anormais de materiais desperdiçados, mão de obra ou outros custos
de produção
– Custos de armazenamento (exceto se necessários ao processo de produção)
– Gastos gerais administrativos que não contribuem para colocar os inventários
no seu local e na sua condição atual
– Custos de vender
– Custos de distribuição (exceto quando existirem circunstâncias que o justifique
77 relacionadas com a entidade)
77 - Esta possibilidade está referida na NCRF 10 – Custo dos empréstimos obtidos. Esta norma exige que estes custos
sejam imediatamente considerados como parte do custo de um ativo que se qualifica (NCRF 10, § 1). Um ativo que se
qualifica é aquele que leva necessariamente um período substancial de tempo para ficar pronto para o seu uso pretendido
ou venda (NCRF 10, § 5).
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
São reconhecidos também como gasto todas as variações negativas dos inventários,
Sãoquebras,
como reconhecidos também
perdas como
de valor, gasto todas
sinistros, as variações
ofertas negativas
a clientes. dos inventários,
São reconhecidas como como
quebras, perdas de valor, sinistros, ofertas a clientes. São reconhecidas como rendimento
rendimento os aumentos de inventários, designadamente por ofertas de fornecedores,
os aumentos de inventários, designadamente por ofertas de fornecedores, sobras, etc.
sobras, etc.
===//===
252
300 Contabilidade Financeira Explicada
Como se referiu, não faz parte do custo dos inventários o juro implícito nos pagamentos
diferidos, isto é, pagamentos a efetuar em condições fora das normais.
Quando um acordo de compra com liquidação diferida contenha efetivamente um
elemento de financiamento, esse elemento, por exemplo uma diferença entre o preço de
compra para condições de crédito normais e a quantia paga, é reconhecido como gasto de
juros durante o período do financiamento (NCRF 18, § 18).
Questão:
Se a entidade A adquirisse na modalidade de pagamento a 60 dias, como deveria reco-
nhecer a referida compra?
Resposta:
Considerando que existe um juro implícito de 10 € no preço B em relação ao preço A
e que estes 10 € refletem o custo dos 60 dias de crédito, o reconhecimento da transação
seria o seguinte:
• Custo da mercadoria = 100 €
• Gasto de juros = 10 €
Conta 31 – Compras
As aquisições de mercadorias (bens destinados para venda), assim como de bens desti-
nados ao consumo interno (como, por exemplo, matérias-primas) no âmbito da atividade
produtiva de uma entidade, desde que armazenáveis, são contabilizadas a débito da conta
31 – Compras.
Esta conta regista as compras de mercadorias, matérias-primas, subsidiárias e de con-
sumo e ativos biológicos, incluindo-se as despesas adicionais de compra (eventualmente,
estas despesas podem passar pela classe 6, devendo depois, para satisfazer os critérios de
valorimetria, ser imputadas às contas de inventários respetivas).
Esta conta é uma conta de transição para evidenciar as compras cujo montante será
posteriormente transferido para as contas a que, especificamente, respeitam (32 – Merca-
dorias ou 33 – Matérias-primas, subsidiárias e de consumo). No fim do período, esta conta
encontra-se saldada, isto é, o seu saldo é zero.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Conta 31 – Compras
Subcontas Comentários
– Regista as aquisições de mercadorias (bens destinados para
31.1 - Mercadorias venda) e as despesas adicionais de compra, como transportes,
seguros, impostos não reembolsáveis, etc.
– Regista as aquisições de matérias-primas, subsidiárias e de con-
31.2 - Matérias-primas, subsidiárias e
sumo e as despesas adicionais de compra, como transportes,
de consumo
seguros, impostos não reembolsáveis, etc.
– Regista as aquisições de ativos biológicos realizados durante o
31.3 - Ativos biológicos
ano
31.7 - Devoluções de compras – Esta conta registará as devoluções de compras
31.8 - Descontos e abatimentos em – Esta conta regista os descontos e abatimentos em compras de
compras natureza comercial
Quadro n.º 5.16 – Conta 31 – Compras
Compras
• Descontos e abatimentos em compras
(de natureza comercial)
• Aquisição de bens armazenáveis
• Devolução de compras
• Despesas com compras
• Transferência para a respetiva conta de
inventários
98912p73495
302 Contabilidade Financeira Explicada
Subcontas
24.3 Imposto sobre valor acrescentado (IVA)
24.3.2 IVA – Dedutível
24.3.2.1 Inventários
24.3.2.1.1 – Taxa reduzida
24.3.2.1.2 – Taxa intermédia
24.3.2.1.3 – Taxa normal
24.3.2.2 Investimentos
24.3.2.2.1 – Taxa reduzida
24.3.2.2.2 – Taxa intermédia
24.3.2.2.3 – Taxa normal
24.3.2.3 Outros bens e serviços
24.3.2.3.1 – Taxa reduzida
24.3.2.3.2 – Taxa intermédia
24.3.2.3.3 – Taxa normal
Quadro n.º 5.17 – Conta 24.3.2 – IVA dedutível – proposta de divisão
Questão:
Como se deve reconhecer esta operação?
Resposta:
Classificação contabilística
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação admitindo as seguintes hipóteses:
1) A empresa considerou imaterial a diferença entre o valor descontado e valor nomi-
nal do crédito
2) A empresa considerou material a diferença entre o valor descontado e valor nomi-
nal do crédito, utilizando uma taxa de desconto de 5%
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósito à ordem 12.1 – Banco X
Compras 31.1 – Mercadorias
Fornecedores 22.1.1.x – Fornecedor x
Faturas em conferência e receção 22.5. x – Fornecedor x
IVA dedutível em inventários 24.3.2.1.3 -Taxa normal
Ajustamento do custo amortizado 69.8.8 – Outros
304 Contabilidade Financeira Explicada
2) Cálculos auxiliares
Divida a pagar a 90 dias (Fornecedores) = 10.000 € + 2.300 € (IVA) = 12.300 €
Divida líquida de IVA = 10.000 €
Taxa trimestral equivalente = – 1 ≈ 1,22%
Valor atual do crédito (custo amortizado tx= 5%) = 10.000 €/1,0122 = 9.878,77 €
Correção do custo da compra = 10.000,00 - 9.878,77 = 121,23 €
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 15 mai Fatura 31.1.2 22.1.1.2.x 5 000
IVA dedutível 24.3.2.1.2.3 1 150
2
IVA liquidado 24.3.3.1.2.3 1 150
306 Contabilidade Financeira Explicada
Compras (mercadorias)
31.1.3 - Países fora da comunidade
IVA dedutível
24.3.2.1 - IVA dedutível – Inventários
24.3.2.1.1 - Mercado nacional
24.3.2.1.2 - Mercado intracomunitário
24.3.2.1.3 - Países fora da comunidade
24.3.2.1.3.1 - Taxa reduzida
24.3.2.1.3.2 - Taxa intermédia
24.3.2.1.3.3 - Taxa normal
Questão:
Como se deve reconhecer esta operação?
Resposta:
1) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 31.1.3 500 000
Desalfandegamento (imposto) 31.1.3 12 000
Direitos aduaneiros 31.1.3 20 000
1
IVA dedutível (23% x 532 000) 24.3.2.1.3.3 122 360
Fornecedor fora comunidade 22.1.1.3 500 000
Despachante oficial 22.1.1.1 154 360
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Efetue os ajustamentos cambiais.
Resposta:
1) Cálculos de apoio:
Compra em dólares = 500 000 € x 1,30 = 650 000 $.
Diferença cambial
– Hipótese 1) 1 € = 1,28 $ ð 650 000 / 1,28 = 507 812,50 €
• Diferença negativa de 7 812,50. A diferença cambial favoreceu o dólar face ao
euro
– Hipótese 2) 1 € = 1,33 $ ð 650 000 / 1,33 = 488 721,80 €
• Diferença positiva de 11 278,20 €. A diferença cambial favoreceu o euro face ao
dólar
308 Contabilidade Financeira Explicada
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Hipótese 1 (1 € = 1,28 $) 68.8.7 22.1.1.3.x 7 812,50
2 Hipótese 2 (1 € = 1,33 $) 22.1.1.3.x 78.8.7 11 278,20
Compras em trânsito
Com alguma frequência acontece que:
– a empresa recebe a fatura anteriormente à receção dos próprios bens;
– os bens são rececionados e até consumidos ou vendidos sem que a fatura chegue
entretanto ou, mesmo chegada, ainda não se encontre conferida.
A definição da contabilização depende do conhecimento das condições comerciais de
compra acordadas, dado que são estas que definem a responsabilidade de cada uma das
partes. Propõe-se a utilização de subcontas que permitam o conhecimento quer das faturas
quer dos bens transacionados.
As principais contas que refletem a situação de contas em trânsito são:
Questão:
Pretende-se a contabilização das operações, considerando (por simplificação, não con-
sidere as implicações fiscais):
H1 – FOB – Estados Unidos
H2 – CIF - Entrega no porto de destino
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pela receção da fatura 31.2 22.5 8 960 a)
20 dez x0
2 Despesas de compras – despachante 31.2 22.1.1.x 200
3 Transferência existências em trânsito 33.5 31.2 9 160 b)
31 dez x0
4 Diferenças cambiais 22.5 78.8.7 960 c)
5 Receção das matérias-primas 33.1 33.5 9 160
5 jan x1
6 Faturas em conferência 22.5 22.1.1.y 8 000
7 Pagamento ao despachante 22.11.x 12.1 200
Pagamento ao fornecedor 12.1 9 200 c)
15 jan x1
8 Fornecedor 22.1.1.y 8 000
Diferenças câmbiais 68.8.7 1 200 e)
9 .. jan x1 Comissões bancárias 69.1 12.1 50
a) 80 t x 100 USD = 8 000 $ x 1,12 (câmbio data emissão) = 8 960 €
b) 8 960 + 200 = 9 160 €
c) Diferenças de câmbio favorável = (1,12-1,00) x 8 000 USD = 960 €
d) 8 000 x 1,15 = 9 200 €
e) Diferenças cambiais = (1,15-1,00) x 8 000 $ = 1 200 €
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pela receção da fatura 27.2.2 22.5 8 960
20 dez x0
2 Despesas de compras – despachante 27.2.2 22.1.1.x 200
3 31 dez x0 Diferenças cambiais 22.5 78.8.7 960
4 Receção das matérias-primas 31.2 27.2.2 9 160
5 5 jan x1 Faturas conferidas 33.1 31.2 9 160
6 Transferência 22.5 22.1.1.y 8 000
7 Pagamento ao despachante 22.1.1.x 12.1 200
Pagamento ao fornecedor 12.1 9 200
15 jan x1
8 Fornecedor 22.1.1.y 8 000
Diferenças câmbiais 68.8.7 1 200
9 .. jan x1 Comissões bancárias 69.1 12.1 50
Esta conta regista os gastos relacionados com a aquisição de serviços, materiais, equipa-
mentos ou outros bens cuja vida útil não exceda um período económico e a sua utilização
se esgote nesse mesmo período.
A conta 62 – Fornecimento e serviços externos encontra-se no plano de contas, sub-
dividida em:
Conta 62 – Fornecimento e serviços externos
Subcontas Comentários
Esta conta regista os gastos relacionados com a aquisição dos
serviços necessários ao processo produtivo da entidade subcon-
62.1 – Subcontratos
tratados a outras entidades. Estes subcontratos podem revestir
a natureza de um contrato formal ou de um simples acordo
Esta conta regista os gastos relacionados com a aquisição de
serviços técnicos tais como serviços informáticos, serviços de
62.2 – Serviços especializados
contabilidade, serviços de advocacia, análises laboratoriais,
trabalhos tipográficos, estudos, pareceres e outros
Esta conta regista os gastos relacionados com a aquisição de
62.3 – Materiais materiais, equipamentos ou outros bens cuja vida útil não exceda
um período e a sua utilização se esgote nesse mesmo período
Esta conta regista os gastos relacionados com a aquisição de
62.4 – Energia e fluidos
energia e fluidos utilizados no exercício da atividade
Esta conta regista os gastos relacionados com as deslocações,
estadas e transportes necessárias para o exercício da atividade, se
62.5 – Deslocações, estadas e transportes suportados em faturas. Se estas despesas forem liquidadas como
ajudas de custo devem ser reconhecidas na conta 63 Gastos com
o pessoal (tema J)
Esta conta regista os gastos relacionados com serviços diversos
prestados por outras entidades que sejam necessárias para o
exercício da atividade e compreende nomeadamente rendas e
62.6 – Serviços diversos
alugueres, comunicação, seguros, royalties, contencioso e nota-
riado, despesas de representação, limpeza, higiene e conforto e
outros serviços
Quadro n.º 5.18 – Conta 62 – Fornecimentos e serviços externos
Questão:
Pretende-se a contabilização destas operações no Diário.
312 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura eletricidade 62.4.1 100,00
1 IVA dedutível 24.3.2.3.3 23,00
Total fatura 22.1.1.1 123,00
Mai N
Fatura telemóvel 62.6.2 200,00
2 IVA dedutível 24.3.2.3.3 46,00
Total fatura 22.1.1.2 246,00
Questão:
Pretende-se a contabilização das operações documentadas do mês de maio do Eng. MS
no Diário, sabendo que todas as operações foram realizadas a pronto pagamento.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Serviço (Faturas /recibo n.º 4) 11.1 1 230
1 Rédito 72.1 1 000
IVA liquidado 24.3.3.1.3 230
2 Renda (Fatura /Recibo n.º 3) 62.6.1 11.1 200
Mai N
3 Seguro automóvel (Fatura /Recibo n.º 875.145) 62.6.3 11.1 70
Serviços de limpeza (Fatura /Recibo n.º 245) 62.6.7 100
4 IVA dedutível 24.3.2.3.3 23
Pagamento 11.1 123
1) Ao valor da prestação de serviços deve-se acrescer a quantia de 23% (1 000 x 23%) = 230 euros de IVA
liquidado, quantia a cobrar ao cliente.
2) A fatura do serviço de limpeza, para além dos 100 €, inclui 23% de IVA (23 €).
Questão:
Pretende-se a contabilização das operações documentadas do mês de março.
314 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Comunicações 62.6.2 200,00
1 Mai N IVA dedutível (taxa normal) 24.3.2.3.3 46,00
Empresa Z 22.1.1.3 246,00
Exemplos:
Exemplo:
A empresa Obras SA recebeu em agosto de N+1 a fatura de 120.000 € (sem IVA) respeitante
A empresa Obras, SA recebeu em agosto de N+1 a fatura de 120 000 € (sem IVA)
aos serviços de manutenção dos diversos equipamentos. Esta fatura reporta‐se ao período de
respeitante aos serviços de manutenção dos diversos equipamentos. Esta fatura reporta-se
agosto de N até 31 de julho de N+1. Esquematicamente:
ao período de agosto de N até 31 de julho de N+1. Esquematicamente:
Recebe em agosto de N+1 a fatura
relativa a serviços adquiridos entre
Dez N 1/agosto/N e 31/julho/N+1
Dez N+1
Agosto/ N
1) Reconhece gasto de
2) Reconhece gastos de N+1
serviços utilizados de
(janeiro a julho)
agosto a dezembro de N
Questão:
Pretende-se a contabilização destes consumos.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Consumo de eletricidade de dezembro 62.4.1 150,00
1 Dez N Consumo de água de dezembro 62.4.3 100,00
Acréscimo 27.2.2 250,00
316 Contabilidade Financeira Explicada
Exemplos:
• Rendas e alugueres relativos a janeiro com pagamentos em dezembro
• Seguros anuais pagos em fevereiro de N relativo ao período de fevereiro de N a
janeiro de N+1
• Juros de empréstimos pagos antecipadamente referentes a um empréstimo que abran-
ge mais do que um período
===//===
Dez N+1
Agosto/ N Dez N
Questão:
Pretende-se a contabilização do seguro em N.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Questão:
Pretende-se a contabilização das rendas pagas em novembro.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no Diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Renda do mês de dezembro/N 62.6.1 500
1 Nov N Renda de janeiro/N+1 28.1 500
Pagamento 12.1 1 000
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação no Diário, admitindo:
a) Que os bens foram reconhecidos como ativo (materiais de consumo – conta 33);
b) Que os bens foram reconhecidos como gastos.
Resposta:
1) Classificação constabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura material de escritório 31.2.1 5 000,00
IVA dedutível 24.3.2.3.3 / 1 150,00
1
24.3.2.1.3
Total fatura 22.1.1.3 6 150,00
No que se refere à conta de IVA, é defensável qualquer uma das soluções apresentadas.
• Refletir o IVA na conta 24.3.2.1 tem como princípio base atender à conta onde
se reconheceu a aquisição (compras);
• Refletir o IVA na conta 24.3.2.3 tem como princípio base atender à finalidade
da aquisição (gastos futuros).
2.2) Lançamento no diário (b)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura material de escritório 62.3.3 5 000,00
1 IVA dedutível 24.3.2.3.3 1 150,00
Total fatura 22.1.1.3 6 150,00
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação considerando as alternativas do reconhe-
cimento inicial:
a) Que os bens foram reconhecidos como ativo;
b) Que os bens foram reconhecidos como gastos.
Resposta:
Se os bens foram reconhecidos como ativo, após a compra serão transferidos para
a conta 33.4 – Materiais diversos. Pelo consumo, poderá ser utilizada a conta 61.2 –
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo. Este tema será desenvolvido no tema H
– Inventários.
320 Contabilidade Financeira Explicada
1) Classificação constabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito
1 Pela transferência 33.4 31.2 5 000,00
31 dez N
2 Consumo material de escritório 61.2 33.4 1 500,00
2.2) Lançamento no diário (b)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N Material de escritório existente 28.1 62.3.3 3 500,00
Remanescente = 5 000 (compra) – 1 500 (gasto) = 3 500 €
• Aluguer de equipamento
• Dividendos
• Juros de depósitos
• Juros de suprimentos
• Juros de títulos de dívida
• Outros rendimentos de capitais
Serviço 1 000 €
IVA à taxa 23% + 230 €
IRS (retenção à taxa de 25%) - 250 €
Valor líquido 980 €
322 Contabilidade Financeira Explicada
Foi emitido o cheque n.º xxx sobre o Banco X, na quantia de 980 €. A retenção no valor
de 250 € deverá ser entregue, nos prazos estabelecido, nos cofres do Estado.
Questão:
Pretende-se a contabilização no Diário.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no Diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Contabilidade (Fatura / recibo n.º 114) 62.2.4 1 000
IVA dedutível (Taxa normal) 24.3.2.3.3 230
1 30 mai N
Retenção do IRS 24.2.2 250
Cheque s/ banco x n.º xxx 12.1 980
2 14/6/N Pagamento ao Estado da retenção efetuada 24.2.2 12.1 250
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D. Devoluções
Assuntos tratados
– Devolução de compras
– Devoluções de vendas
– IVA regularizações
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 18 – Inventários
– NCRF 20 – Rédito
– NCRF 27 – Instrumentos financeiros
Contas
– 21 Clientes
– 22 Fornecedores
– 24 Estado e outros entes públicos
– 31 Compras
– 62 Fornecimentos e serviços externos
– 71 Vendas
1 - Enquadramento do tema
324 Contabilidade Financeira Explicada
Recebe:
Fatura ou Emite:
Fatura ou IVA liquidado
Fatura/recibo
Fatura/recibo
IVA dedutível
Fornecedores
Comprador
Confere
Emite:
Nota de crédito
Recebe:
Nota de crédito
IVA regularizações
IVA Devoluções a favor da empresa
regularizações
a favor do Devolução de Devolução de
Estado compras
Fluxo físico de bens vendas
Inventários Inventários
DoDo exposto
exposto infere-seque
infere-se quenuma
numaoperação
operaçãode
dedevolução:
devolução:
- na esfera
– na esfera do comprador
do comprador, a operação
a operação é denominada
é denominada de devolução
de devolução de compras,
de compras, e
e – na esfera do vendedor, é denominada de devolução de vendas.
- na esfera do vendedor é denominada de devolução de vendas.
274
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2 – Enquadramento contabilístico
Questão:
Indique o saldo na conta corrente entre as entidades após a devolução, admitindo ser
esta a primeira relação comercial entre estas entidades.
Resposta:
ABC DEF
Comprador Vendedor
Compra ao fornecedor DEF 50 x 50 = 2 500 € Venda ao cliente ABC 50 x 50 = 2 500 €
Devolução a DEF 2 x 50 = 100 € Devolução de ABC 2 x 50 = 100 €
Quantia a pagar 2 400 € Quantia a receber 2 400 €
NCRF 18 Inventários
No tema C – Compras referiu-se que o custo da compra:
NCRF 20 Rédito
O rédito é reconhecido pela sua quantia líquida, o que conduz a que uma devolução de
vendas diminua o rédito reconhecido.
326 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Determine o custo da compra reconhecido na ABC, Lda. e o rédito reconhecido na
DEF, SA após a devolução.
Resposta:
ABC DEF
Comprador Vendedor
Compra ao fornecedor DEF 50 x 50 = 2 500 € Venda ao cliente ABC 50 x 50 = 2 500 €
Devolução a DEF 2 x 50 = 100 € Devolução de ABC 2 x 50 = 100 €
Custo líquido de compra 2 400 € Rédito líquido 2 400 €
Resposta:
ABC DEF
Comprador Vendedor
Preço de compra 50 x 50 = 2 500 € Preço de venda 50 x 50 = 2 500 €
IVA dedutível 2 500 x 23% = 575 € IVA liquidado 2 500 x 23% = 575 €
Devolução a DEF 2 x 50 = 100 € Devolução de ABC 2 x 50 = 100 €
Regularização IVA (a) 100 x 23% = 23 € Regularização IVA (b) 100 x 23% = 23 €
a) Como deduziu a totalidade do IVA na compra b) Como liquidou a totalidade do IVA na venda
(pela fatura), na medida em que o valor da compra (pela fatura), na medida em que o valor da venda
diminuiu por força da devolução, este IVA é a favor diminuiu por força da devolução, este IVA é a favor
do Estado (23 €) da empresa (23 €)
Comprador Vendedor
Facto
Débito Crédito Débito Crédito
22.1.1 21.1.1
Compra/venda 31.1 71.1
24.3.2 24.3.3
31.7 71.7
Devolução de compras/vendas 24.3.4.2 24.3.4.1
22.1.1 21.1.1
Quadro n.º 5.21 – Devolução de compras (vendas)
Questão:
1) Proceda aos lançamentos no diário da ABC.
2) Proceda aos lançamentos no diário da DEF.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º 31.1 2 500
1 IVA dedutível 24.3.2.1.3 575
Fornecedor DEF 22.1.1.08 3 075
2 fev N
Devolução 31.7 100
2 IVA regularizações a favor do Estado 24.3.4.2 23
Fornecedor DEF 22.1.1.08 123
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º 71.1 2 500
1 IVA liquidado 24.3.3.1.3 575
Cliente ABC 21.1.1.05 3 075
2 fev N
Devolução 71.7 100
2 IVA regularizações favor empresa 24.3.4.1 23
Cliente ABC 21.1.1.05 123
Questão:
Proceda aos lançamentos no diário da ALFA e da J. Salgado.
330 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura (compra) 31.1 10 000
1 IVA dedutível 24.3.2.1.3 2 300
Fornecedor J. Salgado, Lda 22.1.1.x 12 300
2 fev N Fatura / recibo (transporte) 31.1 1 000
2 IVA dedutível 24.3.2.1.3 230
Pagamento 12.1 1 230
3 Devolução 22.1.1.x 31.7 2 000
2.2) Contabilização da venda e devolução
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x 71.1 10 000
1 IVA liquidado 24.3.3.1.3 2 300
2 fev N
Cliente Alfa, S.A. 21.1.1.x 12 300
2 Devolução 71.7 21.1.1.x 2 000
Questão:
Proceda aos lançamentos no diário da ALFA.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º 62.3.3 200,00
1 IVA dedutível 24.3.2.3.3 46,00
Pagamento 12.1 246,00
Correção da fatura 62.3.3 20,00
2 IVA regularizações favor Estado 24.3.4.2 4,60
Recebimento 12.1 24,60
332 Contabilidade Financeira Explicada
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 18 – Inventários
– NCRF 27 – Instrumentos financeiros
Contas
– 21 Clientes
– 22 Fornecedores
– 24 Estado e outros entes públicos
– 27 Outras contas a receber e a pagar
– 31 Compras
– 62 Fornecimentos e serviços externos
– 68 Outros gastos
– 71 Vendas
– 72 Prestações de serviços
– 78 Outros rendimentos
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) 1- Enquadramento do tema
Fatura
(desconto incluído)
Vendedor Comprador
Desconto comercial ou financeiro
Descontos
comerciais financeiros
abatido às abatido às
rendimento gasto
compras vendas
Figura
Figuran.º
n.º5.21
5.21–– Topologia dosdescontos
Tipologia dos descontos
(in Fernandes
(in Fernandes et al., 2013:
et al., 2013: 192)
192)
2 – Enquadramento
2 - Enquadramento contabilístico
contabilístico
Na abordagem da temática “descontos” apresentam-se em primeiro lugar os descontos
Na que
abordagem da temática
têm impacto no rédito. “descontos” apresenta-se em primeiro lugar os descontos
que têm impacto no rédito.
NCRF 20 – Rédito
NCRF 20EstaRédito
norma define que a mensuração do rédito toma em consideração a quantia de
quaisquer descontos comerciais concedidos pela entidade. Desta forma os descontos
Estacomerciais
norma define que a àmensuração
são “abatidos” quantia brutado
do rédito toma
rédito da em consideração a quantia de
venda.
quaisquer descontos comerciais concedidos pela entidade. Desta forma os descontos
Os descontos comerciais concedidos podem constar na fatura de venda, se concedidos no mo-
comerciais
mento dasão “abatidos”
transação à quantia
ou a posteriori, brutanesses
devendo, do rédito da emitida
casos, ser venda.a respetiva nota de crédito.
Quando o desconto está incluído na fatura, o IVA é determinado sobre a quantia líquida
Os descontos comerciais concedidos podem constar na fatura de venda, se concedidos
de desconto.
no momento da transação ou à posteriori, devendo nesses casos ser emitida a respetiva
Quando a quantia do desconto consta em nota de crédito, por iniciativa do vendedor,
notao de crédito.
IVA pode ser ou não regularizado. Regularizar o IVA consiste na recuperação do im-
posto, na parte correspondente ao desconto concedido, logo à diminuição do rédito a ele
Quando o desconto
associado. estáreconhece
O vendedor incluídouma
na regularização
fatura, o IVAa seuéfavor.
determinado sobre a quantia
líquida de desconto.
Caso haja lugar à regularização do IVA por parte do vendedor, o comprador terá que
proceder ao respetivo reconhecimento, devolvendo o imposto que deduziu em excesso,
Quando a quantia do desconto consta em nota de crédito, por iniciativa do vendedor, o
calculado inicialmente com base no valor inicial da compra. O comprador procede a uma
IVAregularização
pode ser ou nãodoregularizado.
a favor Estado. Regularizar o IVA consiste na recuperação do
imposto,
Paranaefeitos
partedecorrespondente ao desconto
controlo deve devolver concedido,
ao vendedor logo à diminuição
cópia assinada do rédito
da nota de crédito,
a ele associado.que
confirmando O vendedor reconhece uma
tomou conhecimento desta regularização
obrigação. a seu favor.
Os descontos financeiros obtidos, conforme referido anteriormente, são uma das com-
ponentes do rendimento. Estes descontos, quer estejam na fatura, ou não, são sempre de
contabilização obrigatória, líquidos de IVA. 283
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Rubricas Valores
1 Venda de mercadorias 1 000
2 Desconto de pronto pagamento concedido 100
3 Desconto comercial 50
4 Oferta de 10 unidades (5€ /cada) 50
Questão:
Identifique o rédito desta venda.
Resposta:
Rubricas Valores Rédito Observações
1 Venda do produto A 1 000 1 000 Rédito
2 Desconto de pronto pagamento concedido 100 ---- Outros gastos e perdas
3 Desconto comercial 50 - 50 Diminuição do rédito
4 Oferta de 10 unidades do produto A 50 --- Outros gastos operacionais
950 Rédito líquido da venda
Questão:
Contabilize a operação, admitindo que a Silva & Silva, Lda:
a. Optou por contabilizar o desconto comercial apesar de constar na fatura.
b. Optou por não evidenciar o desconto comercial.
336 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Desconto comercial 71.8 20,00
Cliente 21.1.1.1 1 205,40
1 1 abr N
Fatura 71.1 1 000,00
IVA 24.3.3.1.3 225,40
2.2) Lançamento no diário - Alínea b)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Cliente 21.1.1.1 1 205,40
1 1 abr N Fatura 71.1 980,00
IVA liquidado 24.3.3.1.3 225,40
Resposta:
1) Classificação contabilística
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Cliente 21.1.1.1 1 230,00
1 Fatura 71.1 1 000,00
IVA liquidado 24.3.3.1.3 230,00
1 abr N
Desconto 71.8 30,00
2 IVA regularizações 24.3.4.1 6,90
Nota de crédito 21.1.1.1 36,90
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Cliente 21.1.1.1 1 230,00
1 Fatura 71.1 1 000,00
1 abr N
IVA liquidado 24.3.3.1.3 230,00
2 Nota de crédito 71.8 21.1.1.1 30,00
Consultadoria 1 000,00
Desconto 2% - 20,00
IVA taxa normal (980 x 23%) 225,40
Total 1 205,40
338 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Contabilize a operação admitindo que a Silva & Silva, Lda.:
a) Optou por contabilizar o desconto comercial apesar de constar na fatura;
b) Optou por não evidenciar o desconto comercial.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Desconto 72.8 20,00
Cliente 21.1.1.1 1 205,40
1 1 abr N
Fatura 72.1 1 000,00
IVA liquidado 24.3.3.1.3 205,40
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Cliente 21.1.1.1 1 205,40
1 1 abr N Fatura 72.1 980,00
IVA liquidado 24.3.3.1.3 205,40
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Cliente 21.1.1.1 1 230,00
1 Fatura 72.1 1 000,00
IVA liquidado 24.3.3.1.3 230,00
1 abr N
Desconto 72.8 30,00
2 IVA regularizações 24.3.4.1 6,90
Nota de crédito 21.1.1.1 36,90
2.1) Lançamento no diário – Alínea b)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Cliente 21.1.1.1 1 230,00
1 Fatura 72.1 1 000,00
1 abr N
IVA liquidado 24.3.3.1.3 230,00
2 Nota de crédito 72.8 21.1.1.1 30,00
Questão:
Contabilize a fatura.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Compra 31.1 970,00
IVA dedutível 24.3.2.1.3 218,64
1 1 abr N
Desconto financeiro 78.2 19,40
Fornecedor 22.1.1.1 1 169,24
Questão:
Contabilize a fatura.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 31.1 1 000,00
IVA dedutível 24.3.2.1.3 223,10
1 1 abr N
Desconto 31.8 30,00
Fornecedor 22.1.1.18 1 193,10
342 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Fornecedores 22.1.1.18 – CR
IVA dedutível – Inventários 24.3.2.1.3 –Taxa normal
Compras 31.1 – Compra de mercadorias
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 31.1 970,00
1 1 abr N IVA dedutível 24.3.2.1.3 223,10
Fornecedor 22.1.1.18 1 193,10
Resposta:
1) Cálculo de apoio
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 31.1 1 000,00
1 1 abr N IVA dedutível 24.3.2.1.3 230,00
Fornecedor 22.1.1.18 1 230,00
2 1 mai N Nota de crédito 22.1.1.18 31.8 50,00
Questão:
Contabilize as operações.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Desconto (5%) = 1 000 x 5% = 50
• Desconto (4%) = (1 000 – 50) x 4% = 38
• Desconto total = 88 [ou 1 000 x 5% + 1 000 x (95% x 4%)]
• IVA regularizações = 88 x 23% = 20,24
• Total da nota de crédito = 88,00 + 20,24 = 108,24 €
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 31.1 1 000,00
1 1 abr N IVA dedutível 24.3.2.1.3 230,00
Fornecedor 22.1.1.18 1 230,00
Nota de crédito 22.1.1.18 108,24
2 1 mai N IVA regularizações 24.3.4.2 20,24
Desconto 31.8 88,00
Questão:
Contabilize as operações.
Resposta:
1) Cálculo de apoio
• Desconto comercial = 1 000 x 5% = 50
• Desconto financeiro = (1 000 - 50) x 2% =19
• Regularização do IVA = 69 x 23% = 15,87
• Total da nota de crédito = 69,00 + 15,87 = 84,87
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Compra 31.1 1 000,00
1 1 abr N IVA dedutível 24.3.2.1.3 230,00
Fornecedor 22.1.1.18 1 230,00
Nota de crédito 22.1.1.18 84,87
Desconto comercial 31.8 50,00
2 1 mai N
Desconto financeiro 78.2 19,00
IVA regularizações 24.3.4.2 15,87
Questão:
Contabilize as operações.
Resposta:
1) Cálculo de apoio
• Desconto comercial = 1 000 x 5% = 50
• Desconto financeiro = (1 000 - 50) x 2% =19
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Compra 31.1 1 000,00
1 1 abr N IVA dedutível 24.3.2.1.3 230,00
Fornecedor 22.1.1.18 1 230,00
Fornecedor 22.1.1.18 69,00
2 1 mai N Desconto comercial 31.8 50,00
Desconto financeiro 78.2 19,00
Questão:
1. Contabilize a operação admitindo que a Silva & Silva, Lda. evidenciou todo o ma-
terial em gastos, pois será utilizado no período.
a) Admita que a empresa optou por contabilizar o desconto comercial apesar de
constar na fatura;
b) Admita que a empresa optou por não evidenciar o desconto comercial.
2. Contabilize a operação admitindo que a Silva & Silva, Lda. evidenciou a aquisição
em inventário pois, admite que não será gasto no período.
a) Admita que a empresa optou por contabilizar o desconto comercial apesar de
constar na fatura;
b) Admita que a empresa optou por não evidenciar o desconto comercial.
348 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Material de escritório 62.3.3.1 1 000,00
IVA dedutível 24.3.2.3.3 214,13
1 1 abr N Descontos obtidos - comerciais 62.3.3.2 20,00
Descontos obtidos – financeiros 78.2 49,00
Fornecedor 22.1.1.1 1 145,13
2.2) Lançamento no diário – Questão 1 – alínea b)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Material de escritório 62.3.3.1 980,00
IVA dedutível 24.3.2.3.3 214,13
1 1 abr N
Descontos obtidos - financeiros 78.2 49,00
Fornecedor 22.1.1.1 1 145,13
2.3) Lançamento no diário – Questão 2 – alínea a)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Compra 31.2.1 1 000,00
IVA dedutível 24.3.2.1.3 214,13
1 1 abr N Desconto comercial obtido 31.8 20,00
Desconto financeiro obtido 78.2 49,00
Fornecedor 22.1.1.1 1 145,13
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Compra 31.2.1 980,00
IVA dedutível 24.3.2.1.3 214,13
1 1 abr N
Desconto financeiro obtido 78.2 49,00
Fornecedor 22.1.1.1 1 145,13
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Fornecedores 22.1.1.1 - Silva & Santos
IVA dedutível – Outros bens e serviços 24.3.2.3.3 -Taxa normal
Gastos 62.3.3 - Material de escritório
Desconto financeiro 78.2 - Descontos de pronto pagamento obtidos
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Material de escritório 62.3.3 950,00
IVA 24.3.2.3.3 218,50
1 1 abr N
Desconto 78.2 50,00
Fatura 22.1.1.1 1 168,50
Questão:
Contabilize as operações.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Cliente 21.1.1.1 1 107,00
Desconto financeiro concedido 68.2 100,00
1 1 abr N
Rédito 72.1 1 000,00
IVA liquidado 24.3.3.1.3 207,00
===//===
Desconto financeiro
Aumenta rendimentos
obtido (78.2)
Rendimentos
Desconto comercial
Diminui rendimentos
concedido (71.8)
Descontos
Desconto financeiro
Gastos Aumenta gastos
concedido (68.2)
Na fatura (contabilizando)
Nota de crédito s/ regularização de IVA
71.8 21.1.1 22.1.1 31.8
71.8 21.1.1 22.1.1 31.8
Nota de crédito s/ regularização de IVA 71.8 21.1.1 22.1.1 31.8
Nota de crédito c/ regularização de IVA 71.8 71.8 31.831.8
24.3.4.1 24.3.4.2
Nota de crédito c/ regularização de IVA 24.3.4.1 24.3.4.2
21.1.1 22.1.1
Descontos financeiros 21.1.1 22.1.1
Na fatura ou extraDescontos
fatura (semfinanceiros
regularização
68.2 21.1.1 22.1.1 78.2
de IVA)
Na fatura ou extra fatura (sem regularização de IVA) 68.2 21.1.1 22.1.1 78.2
Na fatura ou extra fatura com regularização 68.2 68.2 78.278.2
de IVA
Na 24.3.4.1 24.3.4.1
fatura ou extra fatura com regularização de IVA 24.3.4.2
24.3.4.2
21.1.1 22.1.1
21.1.1 e concedidos)
Quadro n.º 5.22 – Contabilização dos descontos comerciais e financeiros (obtidos 22.1.1
Quadro n.º 5.22 – Contabilização dos descontos comerciais e financeiros (obtidos e concedidos)
299
352 Contabilidade Financeira Explicada
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 18 – Inventários
– NCRF 27 – Instrumentos financeiros
Contas
– 21 Clientes
– 22 Fornecedores
– 24 Estado e outros entes públicos
– 27 Outras contas a receber e a pagar
– 31 Compras
– 39 Adiantamentos por conta de compras
– 71 Vendas
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
1 – Enquadramento do tema
Neste tema abordaremos os adiantamentos recebidos ou efetuados no âmbito de tran-
sações comerciais. Os adiantamentos decorrem da negociação entre um comprador e um
vendedor, com o objetivo, por parte do vendedor, de diminuição do risco de recebimento
e por parte do comprador garantir a aquisição desse bem ou serviço.
Adiantamentos de clientes são os recebimentos antecipados de clientes por conta de
vendas, produção de bens ou da execução de serviços futuros. O adiantamento de clientes
constitui um passivo que representa a obrigação contratual de produzir tais bens ou de
prestar serviços e, caso isso não se concretize, pela devolução do dinheiro recebido.
Os adiantamentos a fornecedores são pagamentos antecipados pela entidade por conta
de compras, produção de bens ou da execução de serviços futuros. O adiantamento a for-
necedores constitui um ativo que representa um direito contratual de receber tais bens ou
serviços e, caso isso não se concretize, pela devolução do dinheiro pago.
2 – Enquadramento contabilístico
Questão:
Classifique a tipologia dos adiantamentos.
Resposta:
1 - Cheque n.º 345 ao fornecedor ABC, Lda. relativo a um adiantamento Adiantamento efetuado
efetuado por contas das mercadorias encomendadas a 100,00/unidade com preço fixado
2 -Transferência bancária do cliente DEF, SA relativo a um adiantamento Adiantamento recebido
por conta de um serviço a prestar sem preço fixado
3 - Adiantamento efetuado ao escultor J. para a execução de uma peça alusiva Adiantamento efetuado
aos 100 anos de existência da entidade sem preço fixado
4 - Cheque do cliente XX, Lda. por conta de vendas de mercadorias a 200,00 Adiantamento recebido
a unidade com preço fixado
Questão:
Na contabilidade da AA, Lda. este adiantamento deve ser reconhecido como um ativo
ou um passivo?
Resposta:
Trata-se de um adiantamento efetuado com preço previamente fixado. A entidade fica com um
direito face ao seu fornecedor, isto é, receber as mercadorias, pelo que reconhece como um ativo.
Adiantamentos sem preço fixado
Neste ponto iremos abordar os adiantamentos sem preço fixado na perspetiva de quem
faz o adiantamento (comprador ou cliente) e de quem recebe esse adiantamento.
Questão:
Contabilize o adiantamento recebido na Silva & Santos, Lda.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 12.1 1 230
1 IVA 24.3.3.1.3 230
Adiantamento 21.8.1 1 000
356 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Contabilize na Silva & Santos, Lda a emissão desta fatura:
a) Admitindo que foi emitida fatura pela totalidade da venda (10 000 € + 2 300 € de
IVA);
b) Admitindo que foi emitida fatura pelo valor remanescente, ou seja, o valor da ope-
ração deduzida do adiantamento (9 000 € + 2 070 € de IVA).
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura de venda 21.1.1.1 12 230
1 IVA 24.3.3.1.3 2 300
Vendas 71.1 10 000
1 abr N
Regularização adiantamento 21.8.1 1 000
2 Regularização IVA 24.3.4.1 230
Regularização cliente 21.1.1.1 1 230
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura de venda 21.1.1.1 11 070
1 IVA 24.3.3.1.3 2 070
1 abr N
Vendas 71.1 9 000
2 Adiantamento 21.8.1 71.1 1 000
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Questão:
Contabilize na entidade Jota, SA o adiantamento efetuado.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Questão:
Contabilize na entidade Jota, SA a fatura recebida:
a) Admitindo que foi emitida fatura pela totalidade da venda (10 000 € + 2 300 € de IVA);
b) Admitindo que foi emitida fatura pelo valor remanescente, ou seja, o valor da
operação deduzida do adiantamento (9 000 € + 2 070 € de IVA).
358 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 31.1 10 000
1 IVA 24.3.2.1.3 2 300
Fornecedor 22.1.1.01 12 300
1 abr N
Pela anulação do adiantamento 22.1.1.01 1 230
2 Regularização do IVA 24.3.4.2 230
Adiantamento 22.8.01 1 000
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 31.1 9 000
1 IVA 24.3.2.1.3 2 070
1 abr N
Fornecedor 22.1.1.01 11 070
2 Pela anulação do adiantamento 31.1 22.8.01 1 000
Questão:
Contabilize a fatura do adiantamento na entidade Silva & Santos, Lda.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 12.1 1 230
1 1 abr N IVA 24.3.3.1.3 230
Adiantamento 27.6.1 1 000
Questão:
Contabilize a fatura admitindo que esta foi emitida pelo valor total da transação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura de venda 21.1.1.1 12 230
1 IVA 24.3.3.1.3 2 300
Vendas 71.1 10 000
1 abr N
Pela anulação do adiantamento 24.3.4.1 230
2 Adiantamento 27.6.1 1 000
Fornecedor 21.1.1.1 1 230
Questão:
Efetue a contabilização do adiantamento na entidade XX.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 39.1.1 1 000
1 1 abr N IVA 24.3.2.1.3 230
Pagamento 12.1 1 230
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Questão:
Contabilize na entidade XX (cliente) a fatura recebida do fornecedor, referente às mer-
cadorias, admitindo que a fatura foi emitida pelo valor total da transação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura de compra 31.1 10 000
1 IVA 24.3.2.1.3 2 300
Fornecedor 22.1.1.01 12 300
1 abr N
Pela anulação do adiantamento 22.1.1.01 1 230
2 IVA 24.3.4.2 230
Adiantamento 39.1 1 000
362 Contabilidade Financeira Explicada
Síntese:
G. Operações tituladas
Assuntos tratados
– Aceite
– Saque
– Desconto
– Recâmbio
– Reforma
– Endosso
– Protesto
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 10 – Custo dos empréstimos obtidos
– NCRF 20 – Rédito
– NCRF 27 – Instrumentos financeiros
Contas
– 21 Clientes
– 22 Fornecedores
– 25 Financiamentos obtidos
– 27 Outras contas a receber e a pagar
– 69 Gastos de financiamento
– 78 Outros rendimentos
– 79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares
364 Contabilidade Financeira Explicada
1 – Enquadramento do tema
Neste tema aborda-se a titulação de dívidas a receber e a pagar. A titulação de dívidas (em regra de
O título
clientes, ouque suporta
de outros as dívidas
devedores) de natureza
é uma operação comercial é normalmente
que dá ao credor a letrada(figura
maiores garantias sua cobrança.
1.17). A livrança é geralmente utilizada para titular dívidas às instituições financeiras.
O título que suporta as dívidas de natureza comercial é normalmente a letra (figura
1.17). A livrança é geralmente utilizada para titular dívidas às instituições financeiras.
Auto Vendas, Lda.
Figura n.º Erro! Não existe nenhum texto com o estilo especificado no documento..1 – Titulação de
Figura n.º 5.23 – Titulação de dívidas
dívidas
OsOs conceitos
conceitos mais
mais frequentes
frequentes associados
associados às operações
às operações comcom títulos
títulos (letras)
(letras) discriminam-se
discriminam-
e se
explicam-se no no
e explicam-se quadro
quadroseguinte:
seguinte:
Letra A letra é uma ordem de pagamento à vista ou a prazo (ponto 1.3.2)
A emissão da letra é denominada de saque. E uma ordem de pagamento emitida pelo sa-
Saque
cador em que ordena ao sacado o pagamento de uma certa quantia na data de vencimento
O aceite consiste na declaração da responsabilidade, com a assinatura, pelo pagamento da
Aceite
letra na data do vencimento. O sacado, após ter aceite a letra, passa a designar-se de aceitante
Desconto Operação de converter a letra em dinheiro, normalmente junto de uma instituição bancária
Operação em que o banco devolve uma letra anteriormente descontada por falta de paga-
Recâmbio
mento do aceitante na data de vencimento da mesma
Operação de substituição de uma letra por outra, ou pela quantia total inicial, ou parte
Reforma
dessa quantia
Operação de transferir um direito (letra) que se tem sobre um cliente para um credor
(fornecedor)
Endosso
A pessoa/entidade que transmite a letra designa-se de endossante, a pessoa/entidade que
recebe a letra designa-se de endossado
O protesto é um ato legal formal que pode ter lugar por falta de pagamento da letra na
Protesto
data acordada
Quadro n.º 5.24 – Operações com títulos
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A entidade ABC tem um direito sobre o cliente JSF, Lda. Após a nego-
ciação com este cliente, ficou decidido que emitiria uma (1), pela
quantia de 5 000 €, que JSF acordou em assinar.
Para a ABC esta operação corresponde ao (2) n.º 34 e para o
JSF corresponde ao seu (3) n.º 234.
A entidade ABC, por dificuldade de tesouraria, procedeu ao (4)
da mesma junto do banco XX.
Aquando da data de vencimento, a JSF negociou com a ABC a (5),
nas seguintes condições:
– pagamento de 10%.
– restantes 90% com um novo (3).
Questão:
Pretende-se que preencha os espaços em branco, com a terminologia adequada.
Resposta:
(1) Letra
(2) Saque
(3) Aceite
(4) Desconto
(5) Reforma
2 – Enquadramento contabilístico
Questão:
Contabilize os factos.
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Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Caixa 11.1 - Caixa principal
Clientes contas gerais 21.1.1.1 – Cliente JSF
Clientes títulos a receber 21.2.1.1 – Cliente JSF
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 8 fev Saque n.º 21.2.1.1 21.1.1.1 5 000
2 8 abr Recebimento 11.1 21.2.1.1 5 000
NCRF 20 – Rédito
Da negociação que se estabelece entre o devedor e o credor na titulação de dívidas, pode
ficar acordado que são devidos ou não juros. Caso sejam cobrados juros, estes podem ser
incluídos no valor da letra ou cobrados autonomamente.
A NCRF 20 qualifica os juros recebidos como componentes de rédito.
Cálculo do juro:
Cálculo do juro:
quantia da letra taxa de juro prazo que falta para o vencimento
12
����� � ���� � �
� 1�� €
��
Caso
Caso G.4–– Reforma
G.4 Reforma dedeletra
letra
A entidade ABC, Lda., em 8/2/N, emitiu um saque sobre o cliente JSF, Lda., pela
A entidade
quantia deABC,
5 000 Lda. em 8/2/N
€. Aquando emitiu
da data um saqueem
de vencimento, sobre o cliente
8/4/N, JSF, Lda.,
a JSF negociou com pela
a
ABC a reforma do seu aceite, nas seguintes condições:
quantia de 5.000 €. Aquando da data de vencimento, em 8/4/N, a JSF negociou com a
ABC a–reforma do seu
pagamento aceite, nas seguintes condições:
de 10%.
–- pagamento
restantes 90%decom
10%.uma nova letra.
- restantes 90% com uma nova letra.
Questão:
Contabilize
QUESTÃO : os factos.
Contabilize os factos.:
Resposta
1) Classificação contabilística
RESPOSTA
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Elemento Caixa Classificação contabilística
11.1 - Caixa principal
Caixa Clientes 11.1 ‐ Caixa principal21.1.1.01 – Cliente JSF
Clientes Clientes títulos a21.1.1.01
receber – Cliente JSF
21.2.1.01 – Cliente JSF
Clientes títulos a receber 21.2.1.01 – Cliente JSF
2) Lançamento no diário
2) Lançamento no diário Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 8 fev Saque n.º 21.2.1.01 21.1.1.01 5 000 316
2 Reforma do saque 21.1.1.01 21.2.1.01 5 000
3 8 abr Pela amortização 11.1 21.1.1.01 500
4 Pelo novo saque 21.2.1.01 21.1.1.01 4 500
Questão:
Contabilize o desconto da letra.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Desconto 12.1 25.1.1 5 000
2 Encargos do desconto 69.1.8 12.1 100
Questão:
Contabilize os factos.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Saque 21.2.1.x 21.1.1.x 5 000
2 Endosso 22.1.1.x 21.2.1.x 5 000
370 Contabilidade Financeira Explicada
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Desconto 12.1 25.1.1 5 000
2 Encargos do desconto 69.1 12.1 100
3 Recâmbio 25.1.1 12.1 5 000
4 Despesas de recâmbio 21.1.1 12.1 20
5 Anulação do saque 21.1.1 21.2.1 5 000
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 8 fev Aceite n.º xx 22.1.1.1 22.2.1.1 5 000
2 8 abr Pelo pagamento 22.2.1.1 12.1 5 000
Questão:
Contabilize os factos na empresa JSF.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Dívida original 22.1.1.1 5 000
1 Juros 69.1.8 100
Aceite 22.2.1.1 5 100
2 Pagamento da letra 22.2.1.1 12.1 5 100
CálculoCálculo
do juro:do juro:
������� �� ����� ���� �� ���� ����� ��� ����� ���� � ����������
12
5.000 0,04 6
� 100 €
12
A entidade ABC, Lda. em 8/2/N emitiu um saque sobre o cliente JSF, Lda., pela
quantia de 5.000 €. Aquando da data de vencimento, em 8/4/N, a JSF negociou com a
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Contabilize os factos na empresa JSF, Lda.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 8 fev Aceite n.º xx 22.1.1.1 22.2.1.1 5 000
2 Reforma 22.2.1.1 22.1.1.1 5 000
3 8 abr Pelo pagamento parcial 22.1.1.1 12.1 500
4 Novo aceite 22.1.1.1 22.2.1.1 4 500
===//===
374 Contabilidade Financeira Explicada
Síntese:
Sacador Aceitante
Facto
Débito Crédito Débito Crédito
Letra (saque / aceite) 21.2.1 21.1.1 22.1.1 22.2.1
Pelo recebimento /pagamento 12 21.2.1 22.1.1 12
Encargos associados à letra 21.1.1/21.2.1 78.1/79 69.1 22.1.1/22.2.1
Desconto 12 25.1.1 --- ---
Juros do desconto imputáveis ao aceitante 21.1.1 12.1.1 69.1 22.1.1
Reforma c/ pagamento parcial 21.1.1 21.2.1 22.2.1 22.1.1
Pelo pagamento 12 21.1.1 22.1.1 12
Reforma 21.2.1 21.1.1 22.1.1 22.2.1
Endosso 22/27 21.2.2 21.2.1 21.1.1
25.1.1 12.1 --- ---
Recâmbio bancário
21.1.1 21.2.1 22.2.1 22.1.1
21.2.1 22 /27 --- ---
Recâmbio de endosso a fornecedor
21.1.1 21.2.1 22.2.1 22.1.1
Quadro n.º 5.27 – Síntese das operações tituladas
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H. Inventários
Assuntos tratados
– Tipos de inventários
– Compra de inventários
– Critérios de custeio das saídas
– Vendas e custo das vendas
– Custo da produção
– Imparidades
– Regularizações e reclassificações
– Mensuração dos inventários
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 18 – Inventários
– NCRF 27 – Instrumentos financeiros
Contas
– 31 Compras
– 32 Mercadorias
– 33 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
– 34 Produtos acabados e intermédios
– 35 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
– 36 Produtos e trabalhos em curso
– 38 Reclassificações e regularizações de inventários e ativos biológicos
– 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
– 65 Perdas por imparidade
– 68 Outros gastos
– 73 Variação nos inventários da produção
– 76 Reversões
– 78 Outros rendimentos
1376
– Enquadramento do tema
Contabilidade Financeira Explicada
Neste capítulo abordaremos o processo de circulação dos bens adquiridos para venda
ou produção, assim como a do
1 – Enquadramento determinação
tema dos respetivos custos.
Nestecompras
Os temas capítuloeabordaremos o processo
vendas, apesar de circulação
de já tratados dos bens
em capítulos adquiridos
próprios, para
também venda
serão
ou produção, assim como a determinação dos respetivos custos.
aqui integrados para melhor compreensão do processo contabilístico.
Os temas compras e vendas, apesar de já tratados em capítulos próprios, também serão
aqui integrados para melhor compreensão do processo contabilístico.
Consumo
(gasto)
Rédito
Custo da venda (1)
Aquisições de Mercadorias Venda
mercadorias, (inventário)
matérias‐primas e Custo da venda
outros consumíveis Matérias primas,
subsidiárias e
componentes
(inventário)
Custos da produção
Produção
Custo da compra
Produtos semi
acabados
(inventário)
Rédito
Produtos acabados Custo da venda (2)
(inventário)
Venda
Subprodutos,
resíduos e refugos
(inventário)
2 – Enquadramento contabilístico
NCRF 18 – Inventários
O objetivo desta norma é prescrever o tratamento para os inventários. Um aspeto
primordial na contabilização dos inventários é a quantia do custo a ser reconhecida como
um ativo e a ser escriturada até que os réditos relacionados sejam reconhecidos.
Esta norma proporciona orientação prática na determinação do custo e no seu subsequente
reconhecimento como gasto, incluindo qualquer ajustamento para o valor realizável líquido.
Também proporciona orientação nas fórmulas de custeio que sejam usadas para atribuir
custos aos inventários.
324
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Como observamos pela definição, os inventários são ativos muito diversos e importantes
para a generalidade das entidades, não se restringindo a definição a qualquer tipo de atividade:
processo de produção ou na prestação de serviços
Como
378 observamos pela definição,
Contabilidade os inventários são ativos muito diversos e
Financeira Explicada
importantes para a generalidade das entidades não se restringindo a definição a
qualquer tipo de atividade:
Adquiridos
para
venda
Comércio
Incluir no processo de
produção e venda
Indústria
Serviços
Aplicar no processo
de prestação de
serviços
Agricultura
Produção
agrícola,
pecuária,
silvícola
Os inventários
Os inventários englobam,portanto
englobam portanto, um
um conjunto
conjuntovariado de bens,
variado de que se podem
bens, enun-
que se podem
ciar de forma exemplificativa:
enunciar de forma exemplificativa:
ð bens comprados e detidos para venda, incluindo, por exemplo:
– bens
comprados
Mercadorias e detidos
compradas por umpara venda
grossista incluindo, por exemplo:
ou retalhista
- Mercadorias
– Terrenos e outrascompradas por um grossista ou retalhista
propriedades
- Terrenos e outras propriedades
– Etc.
- Etc.
ð bens resultantes de um processo produtivo ou a ele associados:
– bens
resultantes
Produtos de um
já produzidos ou processo produtivo
trabalhos que estejam a ou ele associados:
ser aproduzidos pela entidade
(os stocks entrejáasproduzidos,
- Produtos diferentes fases do processo
ou trabalhos produtivo)
que estejam a ser produzidos pela entidade (os
stocks
– Produtos entre as das
resultantes diferentes fasesagrícolas,
atividades do processo produtivo)
pecuárias, silvícolas, etc.
– Materiais e consumíveis aguardando o seu uso no processosilvícolas,
- Produtos resultantes das atividades agrícolas, pecuárias, etc.
de produção
– Peças de substituição para o parque de máquinas, ferramentas especiais, ferra-
326
mentas e materiais consumíveis, produtos para a manutenção de edifícios ou
para outros fins
– Etc.
ð no caso de um prestador de serviços, os inventários podem incluir:
– Peças de substituição
– Ferramentas especiais
- Etc.
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no caso de um prestador de serviços, os inventários podem incluir:
- Peças de substituição Capítulo 5 – Operações empresariais 379
- Ferramentas especiais
- Materiais consumíveis
- Produtos
– Materiais
- Etc. consumíveis
– Produtos
Podem –aindaEtc.existir, geralmente com um valor pouco significativo, alguns bens que
são adquiridos para consumo, mas que ocasionalmente (ou normalmente) são
adquiridos
Podemem quantidades
ainda não consumíveis
existir, geralmente com um num
valorperíodo ou suscetíveisalguns
pouco significativo, de medidas
bens quede
controlo do seu consumo. São exemplos o material de escritório (papel, toner,
são adquiridos para consumo, mas que ocasionalmente (ou normalmente) são adquiridos
em quantidades
tinteiros, não consumíveis
etc.), combustível num de
(empresas período ou suscetíveis
transporte) de medidas
entre outros, de controlo
cujo consumo está
do seu consumo. São exemplos
sujeito a regras de utilização. o material de escritório (papel, toner, tinteiros, etc.),
combustível (empresas de transporte), entre outros, cujo consumo está sujeito a regras
de utilização.
Do ponto de vista contabilístico (e funcional), podemos agrupar em grandes tipos de
Do ponto
inventários de vista contabilístico
– comerciais, (e funcional),
de produção, podemos
de serviços agrupar
e outros tiposem- que
grandes tipos de
carecem de
inventários – comerciais, de produção, de serviços e outros tipos – que carecem de abor-
abordagens distintas, quer do ponto de vista económico, quer contabilístico:
dagens distintas, quer do ponto de vista económico quer contabilístico:
Inventários
Consumíveis
Comerciais Industriais Serviços armazenáveis Agrícolas
Produtos e
trabalhos em
curso
Subprodutos,
desperdícios, resíduos
e refugos
Figura
Figuran.º
n.º5.26
5.26––Classificação
Classificaçãocontabilística
contabilística dos
dos inventários
inventários
Os Os
critérios
critériosde reconhecimento,e mensuração
de reconhecimento mensuração, apresentação
dos inventários e previstos
estão divulgação dos
especial-
inventários estão 18
mente na NCFR previstos especialmente
– Inventários e no caso na
dosNCFR 18 agrícolas
produtos – Inventários e nodecaso
no ponto dos
colheita
produtos
na NCRF agrícolas no ponto de colheita na NCRF 17 – Agricultura.
17 – Agricultura.
Para efeitos de exposição, dividimos os inventários em dois grandes grupos: comerciais
327
(mercadorias) e de atividades de produção e prestação de serviços.
venda ou consumo no processo produtivo dá origem ao reconhecimento do gasto
relativo ao custo das mercadorias vendidas (ou consumidas). Vejamos o caso das
Para efeitos
mercadorias oudeseja
exposição dividimos os
bens destinados inventários
para venda: em dois grandes grupos: comerciais
380 Contabilidade Financeira Explicada
(mercadorias) e de atividades de produção e prestação de serviços.
imparidade. Figuran.º
Figura n.º5.27
5.27– –Fluxo
Fluxo dos
dos inventários
inventários
Se aNoconta
iníciode
No início inventário
períodode
de cada período
de cada mercadorias (emtivesse
contabilístico (em
contabilístico
regra,um
regra o dia 1saldo
o dia 1 de de 50.000
janeiro
de janeiro € em
de cada
de cada ano)
ano)31
as
as de
diversas
dezembro contas de balanço têm um valor inicial que corresponde ao valor dessa conta no
diversasdecontas
201N,de obalanço
saldo têm
dessa
umconta em 1 que
valor inicial de janeiro de 201N+1
corresponde ao valor seria igualmente
dessa conta
fim do período anterior. Este valor reflete, no caso das mercadorias, a quantidade existente
50.000 €. do período anterior. Este valor reflete, no caso das mercadorias, a quantidade
no fim
e respetivo custo ajustado, ou não, pelo reconhecimento de perdas por imparidade.
existente e respetivo custo ajustado, ou não, pelo reconhecimento de perdas por
O saldoSe aem 31dede
conta
imparidade. dezembro
inventário de N+1 será
de mercadorias determinado
tivesse após
um saldo de 50 000 €asemoperações desse
31 de dezem-
bro
período.de 201N, o saldo dessa conta em 1 de janeiro de 201N+1 seria igualmente 50 000 €.
Se Oa saldo
contaem de 31
inventário de mercadorias
de dezembro de N+1 será tivesse um saldo
determinado após de 50.000 € desse
as operações em 31 de
período.
dezembro de 201N, o saldo dessa conta em 1 de janeiro de 201N+1 seria igualmente
31 dezembro
50.000 €. 1 janeiro de Janeiro a 31 dezembro
N N+1 dezembro N +1
O saldo em 31 de dezembro de N+1 será determinado após
Compras as operações desse
32 32
período.
Mercadorias …. 32
Mercadorias Mercadorias
Ofertas
= Sinistros
31 dezembro 1 janeiro de Janeiro a 31 dezembro
50.000 Roubos
N€ N+1
50.000 € dezembro N +1 ?
….
Compras
Vendas
32 32 …. 32
Mercadorias Mercadorias
Figura n.º 5.28 – Inventários finais
Ofertas Mercadorias
= Sinistros 328
O saldo50.000
final €da conta de inventário
50.000 €reflete todas as alterações (aumentos
Roubos
? e reduções)
….
resultantes das operações realizadas.
Vendas
No caso da conta de mercadorias, as situações mais comuns associadas à variação do seu saldo
são os aumentos resultantes das compras e as diminuições correspondentes às saídas por vendas.
328
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) No caso da conta de mercadorias, as situações mais comuns associadas à variação do
seu saldo são os aumentos resultantes das compras e as diminuições correspondentes
às saídas por vendas. Capítulo 5 – Operações empresariais 381
Sendo queque
Sendo compras líquidas
compras (conta
líquidas 31) = 31)
(conta Compras (conta 31.1)
= Compras ‐ devoluções
(conta de compras
31.1) - devoluções de com-
(conta 31.7) ‐ descontos e abatimentos (conta 31.8)
pras (conta 31.7) - descontos e abatimentos (conta 31.8)
Consumos
Saldo final Saldo inicial de Compras
‐ (custo das
de mercadorias Ofertas de
mercadorias Devoluções fornecedores mercadorias
‐ ‐ vendidas)
Descontos Ofertas a clientes
comerciais ‐
Roubos
‐
Sinistros
‐
Quebras
+
Sobras
Conta 32 – Mercadorias
A conta 32 – Mercadorias respeita aos bens adquiridos pela empresa com destino a
venda, desde que não sejam objeto de trabalho posterior de natureza industrial. Esta conta
é debitada pelas entradas e creditada pelas saídas. 329
Subdivide-se em contas que permitem catalogar os diversos tipos de mercadorias – 32.1
à 32.4. A utilização destas contas e respetivas subdivisões deve atender às necessidades de
informação das entidades.
As contas 32.5 e 32.6 respeitam a situações em que esses ativos, sendo propriedade da
entidade, não se encontram na sua posse – mercadorias em trânsito ou em poder de terceiros.
382 Contabilidade Financeira Explicada
Conta 32 – Mercadorias
Subcontas Comentários
– Estas contas registam os bens adquiridos pela empresa com
32.1 – Produto A destino a venda, desde que não sejam objeto de trabalho pos-
--- terior de natureza industrial
32.4 – Produto X – As contas não estão predefinidas, permitindo a classificação dos
artigos em stock de acordo com a nomenclatura das entidades
– Regista as mercadorias adquiridas pela empresa, mas que ainda
32.5 - Mercadorias em trânsito
não entraram no seu armazém
– Compreende as mercadorias de propriedade da empresa que se
32.6 - Mercadorias em poder de ter-
encontrem à guarda de terceiros ou tenham saído em regime
ceiros
de consignação79
– Reconhece as diferenças acumuladas resultantes das perdas em
inventários por aplicação das regras de mensuração da NCRF
18 (diferenças entre o custo de aquisição e o valor realizável
líquido das mercadorias)
32.9 - Perdas por imparidade acumu-
– As perdas por imparidade serão registadas nas contas 65.2 –
ladas
Perdas por imparidade em inventários e quando deixarem
de existir as situações que originaram as perdas devem ser
reconhecidas as suas reversões na conta 76.2.2 – Reversões de
perdas por imparidade em inventário
Quadro n.º 5.28 – Conta 32 – Mercadorias 79
Sistemas de inventário
Cada entidade, atendendo à sua especificidade, define as suas políticas de gestão de stocks.
Existem dois grandes sistemas alternativos que têm as suas vantagens e inconvenientes:
• sistema de inventário permanente;
• sistema de inventário periódico ou intermitente.
Quando uma entidade realiza uma compra, neste sistema, regista a respetiva entrada ao
respetivo custo. Quando vende regista a saída, permitindo desta forma saber em cada
momento - controlando
O sistema entradas
de inventário e saídas
permanente, – as oquantidades
conforme nome sugere,e baseia-se
respetivono valor
registoque
de todas as operações
existem em stock. que afetam, quer a quantidade, quer o valor dos stocks.
Quando uma entidade realiza uma compra, neste sistema, regista a respetiva entrada
Periodicamente deverão
ao respetivo custo. servende,
Quando realizadas contagens
regista físicas parciais
a saída, permitindo (por itens)
desta forma e rotativas
saber em cada
com o objetivo
momento de verificar
– controlando entradasa econformidade dos registos
saídas – as quantidades contabilísticos
e respetivo com as
valor que existem
existências
em stock. físicas.
Periodicamente, deverão ser realizadas contagens físicas parciais (por itens) e rotativas,
Este sistema permite conhecer, a todo o momento, as quantidades e o valor dos bens
com o objetivo de verificar a conformidade dos registos contabilísticos com as existências
em stock, assim como o custo dos bens vendidos (e consumidos):
físicas.
Este sistema permite conhecer, a todo o momento, as quantidades e o valor dos bens
em stock, assim como o custo dos bens vendidos (e consumidos):
a) Proceder às contagens físicas dos inventários com referência ao final do período, ou, ao longo
do período, de forma rotativa, de modo a que cada bem seja contado, pelo menos, uma vez
em cada período;
b) Identificar os bens quanto à sua natureza, quantidade e custos unitários e globais, de forma
a permitir a verificação, a todo o momento, da correspondência entre as contagens físicas
e os respetivos registos contabilísticos.
b) Identificar os bens quanto à sua natureza, quantidade e custos unitários e
globais, de forma a permitir a verificação, a todo o momento, da
correspondência entre as contagens físicas e os respetivos registos
384 contabilísticos.
Contabilidade Financeira Explicada
61 – Custo das
31 Compras 32 Mercadorias
mercadorias vendidas
Compra 1 Compra 1 Compra 1 Venda 1 Venda 1
Custo
Compra 2
Custo da mercadoria
… Compra 2 Compra 2 Venda 2 Venda 2
compra vendida
Compra n
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x 31.1 200 000
1 IVA dedutível (23%) 24.3.2.1.3 46 000
Auto, SA 22.1.1.x 246 000
2 Transferência para inventários 32.1 31.1 200 000
Jan N
Cliente x 21.1.1.x 73 800
3 IVA liquidado 24.3.3.1.3 13 800
Rédito das vendas 71.1 60 000
4 Custo as vendas 61.1 32.1 40 000
===//===
Figura
Figuran.º
n.º5.31
5.31– –Sistema dede
Sistema inventário periódico
inventário periódico
(Adaptado de Fernandes et al., 2013)
(Adaptado de Fernandes et al., 2013)
OOcálculo do do
cálculo custo das das
custo mercadorias
mercadorias vendidas (e matérias
vendidas primas consumidas)
(e matérias-primas só é só
consumidas)
épossível
possívelapós
apósa ainventariação física
inventariação físicavalorizada. Obtém-se
valorizada. Obtém-seda da
seguinte expressão,
seguinte já já
expressão,
conhecida:
conhecida:
61 – Custo das
31 Compras 32 Mercadorias
mercadorias vendidas
Compra 1 Custo mercadorias
Compra 2 Custo das compras vendidas apuradas com
… base no inventário final
Compra n compras compras vendas vendas
Caso Caso
H.2 H.2
– Compra
– Compraee venda (inventário
venda (inventário periódico)
periódico)
A empresa Rodas Altas, SA, que vende veículos da marca Beta, adquiriu, em janeiro de
A N,
empresa Rodas
a crédito, Altas,ao
5 veículos SA, que vende
respetivo veículos AUTO,
representante da marcaSA,
Beta,
que adquiriu
os faturouem janeiro
a 40 000 €/de
N,cada
a crédito,
+ IVA.5Posteriormente
veículos ao respetivo representante
foi vendida, AUTO,
também a crédito, SA,
uma queviaturas
dessas os faturou a 000
por 60 40.000
€,
acrescidos do IVA à taxa normal.
€/cada + IVA. Posteriormente foi vendida, também a crédito, uma dessas viaturas por
60.000 €, acrescidos
Questão: do IVA à taxa normal.
Pretende-se que contabilize:
QUESTÃO:
- A operação de compra;
Pretende-se que contabilize:
-- AAoperação
venda dede
uma viatura.
compra.
- A venda de uma viatura.
Resposta:
RESPOSTA :
1) Classificação contabilística
Elemento
1) Classificação contabilística Classificação contabilística
Elemento Cliente Classificação contabilística
21.1.1.x - Cliente x
Cliente Fornecedores c/c 21.1.1.x22.1.1.x
‐ Cliente- Fornecedor
x Auto, SA
Fornecedores c/cIVA dedutível em inventários 22.1.1.x ‐ Fornecedor x
24.3.2.1.3 - Taxa normal
IVA dedutível emIVA
inventários 24.3.2.1.3
liquidado em operações gerais – Taxa -normal
24.3.3.1.3 Taxa normal
IVA liquidado em operações gerais 24.3.3.1.3 – Taxa normal
Compras 31.1 - Mercadorias
Compras 31.1 – Mercadorias
Rédito
Rédito das vendas das vendas 71.1 - Mercadorias
71.1‐ Mercadorias
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
388 Contabilidade Financeira Explicada
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x 31.1 200 000
1 IVA dedutível (23%) 24.3.2.1.3 46 000
Auto, SA 22.1.1.x 246 000
Jan N
Cliente x 21.1.1.x 73 800
2 IVA liquidado 24.3.3.1.3 13 800
Rédito das vendas 71.1 60 000
Questão:
1. Qual o custo das mercadorias vendidas (CMV)?
2. Contabilize as operações associadas ao sistema de inventário periódico no sentido
de refletir o custo das mercadorias vendidas e o valor do inventário final.
Resposta:
Custo das mercadorias vendidas =
CMV = 100 000 + 800 000 – 12 000 – 20 000 - 10 000 – 190 000 = 668 000
Contabilize as operações de transferência.
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 31.1 a
Por cada
--- IVA dedutível (23%) 24.3.2.1.3 b
compra
Fornecedores … 22.1.1.x a+b
Clientes … 21.1.1.x x+y
Por cada
--- IVA liquidado 24.3.3.1.3 y
venda
Rédito das vendas 71.1 x
Transferência de compras 32.1 31.1 800 000
Devoluções de compras 31.7 32.1 20 000
--- 31 dez N Descontos comerciais 31.8 32.1 12 000
Regularização inventários 38.2 32.1 10 000
Custo das mercadorias vendidas 61.1 32.1 668 000
390 Contabilidade Financeira Explicada
CMVMC
Sendo as vendas líquidas (conta 71) = Vendas (conta 71.1) - devoluções de vendas
(conta 71.7) - descontos comerciais concedidos (conta 71.8)
Esta margem pode ser apresentada em valor ou em percentagem sobre o preço de venda
( Margem x 100) ou sobre o preço de custo ( Margem x 100).
Venda Preço de custo
A margem bruta em valor é a diferença entre as vendas e o custo das mercadorias
vendidas (empresas comerciais) ou custo dos produtos vendidos (empresas industriais).
Reflete o que a empresa ganha diretamente na sua atividade. Esta margem deve permitir
cobrir todos os outros gastos e gerar um excedente que garanta o autofinanciamento da
empresa e a remuneração dos capitais próprios (através dos dividendos) e capitais alheios
(pagamento dos juros).
A margem em percentagem sobre o preço de venda indica-nos o ganho por cada 100
euros vendidos. Uma margem de 30% sobre o preço de venda significa que por cada 100
euros de vendas obtenho um ganho de 30 euros. Também significa que o preço de custo
será 70% do preço de venda:
Margem (sobre preço de venda) = preço venda (PV) – preço de custo (PC)
ð 30 = 100 – PC ð PC = 70%
A margem em percentagem sobre o preço de custo indica o ganho por cada 100 euros
do custo da mercadoria vendida. Uma margem de 30% sobre o preço de custo significa
que os bens adquiridos por 100 euros geram um ganho de 30 euros. Isto significa que para
obter uma margem de 30% sobre o preço de custo tenho que vender por 130 € mercadorias
com custo de 100 €.
Comparando as percentagens de uma dada margem em valor sobre o preço de custo
e sobre o preço de venda, verifica-se que a primeira é superior, conforme se demonstra:
ð 30% sobre preço de venda
Como qualquer indicador, deve ser lido no contexto de uma atividade concreta.
392 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Calcule a margem bruta (ou resultado bruto) das vendas.
Calcule a referida margem em função do preço de venda e do preço de custo.
Resposta:
Com base nos dados do inventário permanente, pode-se apurar diretamente a margem,
pela diferença entre as quantias da conta 71 – Vendas e 61 – Custo das mercadorias vendidas
e das matérias consumidas.
Mensuração
Fase 1 – Aquisição de mercadorias
A abordagem do tema inventários evoca não só a identificação da quantidade de bens
existentes (em unidades, toneladas, metros cúbicos ou outra unidade de medida) mas tam-
bém a sua mensuração, ou seja, a atribuição de um valor monetário a essas quantidades.
Para responder ao conjunto de questões que este tema solicita, identificamos várias fases
da constituição de um inventário de mercadorias (bens destinadas a revenda) e matérias e
componentes (bens destinados a ser utilizados num processo produtivo ou de prestação
de serviços). Voltaremos a este assunto para tratar os inventários de produção (produtos
acabados e intermédios, em curso e subprodutos e resíduos).
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
1 2 3
Venda
80 unidades
Todas
Todas estasfases
estas fases contribuem
contribuempara determinar
para a quantia
determinar pela qual
a quantia deverão
pela qual ser mensurados
deverão ser
os inventários existentes à data do balanço.
mensurados os inventários existentes à data do balanço.
Para os bens adquiridos externamente, para além das verificações de conformidade da
quantidade e qualidade dos bens encomendados e os rececionados, interessa determinar
colocação dosabens
qual o custo imputar na àempresa. O custo
compra desses bens.da compra resulta assim do somatório dos
diversos
Paracustos
mensurarassociados à transação,
uma aquisição, tem que se conforme referido
considerar um nodetema
conjunto fatoresCdiretamente
- Compras, e
inclui:
associados a esse processo, incluindo todos os custos suportados até à colocação dos bens
na empresa. O custo da compra resulta, assim, do somatório dos diversos custos associados
Preço de
àtransação, compra referido
conforme (preço donofornecedor deduzido edos
tema C – Compras, descontos comerciais obtidos)
inclui:
Custos com o transporte, incluindo seguros e outros custos associados
• Preço de compra (preço do fornecedor deduzido dos descontos comerciais obti-
Custos
dos); de manuseamento
Direitos de importação e outros impostos não dedutíveis
• Custos com o transporte, incluindo seguros e outros custos associados;
Outros custos diretamente atribuíveis à compra
• Custos de manuseamento;
Apesar• dos
Direitos de importação
custos e outros
de conversão ou impostos não dedutíveis;
de produção estarem geralmente associados a
• Outros custos diretamente atribuíveis à compra.
atividades transformadoras, existem bens adquiridos para revenda que carecem de
operações dedeacabamento
Apesar os custos deou personalização
conversão antes daestarem
ou de produção sua comercialização. Incluem-se
geralmente associados a
nesta fase os processos de embalagem, rotulagem, incorporação de componentes
atividades transformadoras, existem bens adquiridos para revenda que carecem de operações e
outras operações ou
de acabamento nãopersonalização
associadas àantes
transformação do produtoIncluem-se
da sua comercialização. ou bem anesta
comercializar.
fase os
processos de embalagem, rotulagem, incorporação de componentes
Os custos destas atividades também incluem o custo do produto: e outras operações não
associadas à transformação do produto ou bem a comercializar. Os custos destas atividades
também incluem o custo do produto:
Custos de Custos de
compra conversão
Seguros 1 000 €
Transporte 4 000 € + IVA à taxa normal (920 €) = 4 920 €
Impostos 15 000 €
Despesas diversas 1 000 €
Questão:
1) Qual o custo de aquisição total e unitário destes veículos?
2) Reconheça contabilisticamente a compra dos veículos.
Resposta:
1) Qual o custo de aquisição total e unitário destes veículos?
O custo de aquisição destes veículos corresponde ao somatório de todas as rubricas
acima enunciadas (225 000 €) porque todas elas estão diretamente associadas à compra.
O custo unitário de cada viatura será de 45 000 € (225 000 ÷ 5):
1) Classificação Elemento
contabilística Classificação contabilística
Elemento Bancos Classificação contabilística
12.1 – Banco x
Bancos Fornecedores 12.1 – Banco x 22.1.1.1 – AUTO, SA
Fornecedores 22.1.1.1 – AUTO SA
IVA dedutível ‐IVA dedutível - Inventários
Inventários 24.3.2.1.3 – Taxa normal
24.3.2.1.3 – Taxa normal
Compras Compras 31.1.1 – Veículos Beta
31.1.1 – Veículos Beta
2) Lançamento no diário
2) Lançamento no diário
Contas Contas
N.º Data Descrição Valor
N.º Data Descrição Débito Crédito Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x 31.1.1 200.000
1 IVAFatura n.º x
dedutível 24.3.2.1.3 31.1.1 46.000200 000
1 IVA dedutível
Fornecedor AUTO 24.3.2.1.3
22.1.1.1 246.000 46 000
N
Despesas diversas
Fornecedor c/ veículos
AUTO 31.1.1 22.1.1.125.000246 000
2 N IVADespesas
dedutíveldiversas c/ veículos 24.3.2.1.3 920 25 000
31.1.1
Cheques n.ºs …. 12.1 25.920
2 IVA dedutível 24.3.2.1.3 920
Cheques n.ºs …. 12.1 25 920
Fase 2 – Custo das mercadorias vendidas
Fase 2 – Custo das mercadorias vendidas
Aquisição Inventário (stock)
100 unidades 20 unidades
Venda
80 unidades
Quer a venda, quer o consumo dos bens, num processo produtivo, têm em comum
a determinação do custo do bem vendido ou das matérias consumidas, dado que o rédito
apenas é obtido na transação (venda).
No entanto, a situação pode ser mais complexa quando a empresa tem uma grande
diversidade de bens, adquiridos em momentos e com preços diferentes. Consideremos o
seguinte exemplo:
apenas é obtido na transação (venda).
No entanto a situação pode ser mais complexa quando a empresa tem uma grande
396 Contabilidade Financeira Explicada
diversidade de bens, adquiridos em momentos e com preços diferentes. Consideremos
o seguinte exemplo:
Inventário
Vendas Inventário
inicial final
Compras Produto A
Produto A:
‐ Lote 1 =150 unidades
Produto A: 300 unidades a 50 Produto A
€/cada do(s) lote(s)?
a 10 € cada ‐ Lote 3 = 100 unid. Lote ? = 200 unid.
a 15 € cada Rédito = 15.000 €
‐ Lote 2 = 250 unidades Valor = ?
a 12 € cada Custo = ?
Tempo 1 2 3 4
Figura n.º 5.34 – Mensuração das saídas e do inventário
Figura n.º 5.34 – Mensuração das saídas e do inventário
(inFernandes
(in Fernandes et al.,
et al., 2013:
2013: 140) 140)
NoNomomento
momento1 esta empresa
1 esta empresa em stock
tem tem 2 lotes
em stock do produto
2 lotes A adquiridos
do produto aos preços
A adquiridos aos preços
acima referidos. O valor desse inventário é de:
acima referidos. O valor desse inventário é de:
Produtos
Produtos Quantidade
Quantidade Valor(€)(€)
Valor Observações
Observações
AA 400
400 4 500
4.500 (150
(150 x 10)
x 10) + (250
+ (250 x 12)x 12)
No momento 2 adquiriu mais 100 unidades do produto A, sendo nesse momento o
seu momento 2de:
No inventário adquiriu mais 100 unidades do produto A, sendo nesse momento o seu
inventário de:
Produtos Quantidade Valor (€) Observações
ProdutosA Quantidade500 Valor (€) 6 000 (150 x 10) + (250 x 12) + (100 x 15)
Observações
A 500 6.000 (150 x 10) + (250 x 12) + (100 x 15)
No momento 3 vendeu 300 unidades do produto A ao preço de 50 euros/cada. Qual
oNo
custo que se 3deve
momento considerar,
vendeu atendendo
300 unidades a que há
do produto A ao stock de
empreço bens
50 adquiridos
euros/cada.aQual
três custos
o
diferentes?
custo que se deve considerar, atendendo a que há em stock bens adquiridos a três
custos
Apósdiferentes?
esta venda, sabemos que o rédito é de 15 000 € (300 x 50 €). Para determinar o
custo dessa venda, é necessário conhecer a política contabilística utilizada para mensurar o
Após esta venda sabemos que o rédito é de 15.000 € (300 x 50 €). Para determinar o
custo de saída dos bens vendidos (ou consumidos), designado por critério de mensuração
custo
das dessa
saídas venda das
(custeio saídas). conhecer a política contabilística utilizada para
é necessário
• Hipótese 1) Considerar que vendeu as 100 unidades com custo de 15 €/cada, resul-
tante da última compra, mais as 200 do lote 2 ao custo de 12 €/cada;
• Hipótese 2) Considerar que está a vender o lote 1 (150 unidades ao custo de 10 €
cada), mais parte do lote 2 (150 unidades ao custo de 12 €/cada).
Estes critérios devem ser utilizados de forma consistente, isto é, quando uma entidade
opta por um deles, deve mantê-lo, salvo se constatar que outro critério permite uma re-
presentação mais apropriada.
O objetivo destes critérios é permitir a comparabilidade entre demonstrações financeiras
de uma empresa ao longo dos anos e entre as diversas entidades através da utilização de
uma política consistente.
Existem diversos critérios de mensuração dos inventários. Para valorizar as saídas de
inventários, as normas indicam os de utilização geral, permitindo, contudo, outros para
situações específicas, designadamente para atividades de pequena dimensão em que os pro-
cedimentos de inventariação e mensuração acarretam custos significativos.
Os critérios mais comuns são:
• Custo específico
• Custo Médio Ponderado (CMP)
• First In First Out (FIFO)
• Custo-padrão
• Método de retalho
Custo específico
O custo específico aplica-se em regra em atividades que transacionam bens de elevado
valor unitário, cujas características são mais heterogéneas, para os quais se conhece o custo
exato de produção ou de compra. São produtos, em regra, com poucas unidades em stock.
Damos como exemplo uma empresa que vende automóveis da marca X, gama Y. Como
sabemos, as marcas apostam na diferenciação dos produtos. Olhando à oferta existente
de marcas conhecidas, podemos encontrar um conjunto de variantes que diferenciam o
produto e o preço respetivo, tal como a cilindrada do motor e equipamentos opcionais.
Admitamos que esta empresa vendeu uma viatura por 15 000 € (rendimento), cujo custo
de aquisição foi de 10 000 € (custo da mercadoria vendida).
Aplicando o critério do custo específico, constata-se que a empresa realizou uma mar-
gem bruta de 5 000 € naquela venda.
O custo específico é o método mais exato na determinação da margem entre o preço
de venda de um bem e o respetivo custo.
===//===
Quer o CMP quer o FIFO aplicam-se, em regra, a bens de valor unitário menor,
com elevadas rotações, e com pouca distinção entre as unidades da mesma família do
produto.
elevadas rotações, e com pouca distinção entre as unidades da mesma família do
produto.
398 Contabilidade Financeira Explicada
Custo médio ponderado (CMP)
O CMP considera o custo dos diversos lotes existentes, sendo obtido pela média
Custo médio ponderado (CMP)
aritmética ponderada.
O CMP considera o custo dos diversos lotes existentes, sendo obtido pela média arit-
No exemplo
mética da figura n.º 5.34, podemos dizer que o custo médio de cada unidade do
ponderada.
produto A em armazém, após a compra do lote 3 é de:
No exemplo da figura n.º 5.34, podemos dizer que o custo médio de cada unidade do
produto A em armazém, após a compra do lote 3, é de:
150 unidades �lote 1� � 10� � 250 unidades �lote 2� � 12� � 100 unidades �lote �� � 15�
��� � � �� �
150 � 250 � 100
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Cliente 21.1.1.x - Cliente x
Fornecedores c/c 22.1.1.x - Fornecedor x
IVA dedutível – Inventários 24.3.2.1.3 - Taxa normal
IVA liquidado - Operações gerais 24.3.3.1.3 - Taxa normal
Compras 31.1 - Mercadorias
Mercadorias 32.1 - Mercadorias
Custo das mercadorias 61.1 - Mercadorias
Rédito das vendas 71.1 - Mercadorias
2) Ficha de armazém e lançamento no diário
01/06/N - Existiam em armazém 10 000 unidades valorizadas a 5 euros/cada
04/06/N – Recebeu a fatura n.º 6/N da empresa Costa Rica, Lda., relativa à compra
de 6 000 unidades a 5,5 euros cada + IVA
Recebeu ainda a fatura n.º 554 da Transportadora Lusíada, Lda. no valor de 73,80
euros (IVA incluído à taxa normal – 23%).
2.1) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 6/N 31.1 33 000,00
1 IVA dedutível 24.3.2.1.3 7 590,00
Costa Rica, Lda. 22.1.1. x 40 590,00
4 jun N Fatura 554 31.1 60,00
2 IVA dedutível 24.3.2.1.3 13,80
Transportadora Lusíada 22.1.1. x 73,80
3 Transferência para inventário 32.1 31.1 33 060,00
Nota: 78,30 com IVA incluído / 1,23 = 60,00 (transporte s/IVA)
08/06/N - Vendeu ao Hotel Sueste 8 000 unidades ao preço unitário de 7,00 euros +
IVA (N/ Fatura n.º 232).
2.2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
N/Fatura 232 71.1 56 000,00
1 IVA liquidado 24.3.3.1.3 12 880,00
8 jun N
Hotel Sueste 21.1.1. x 68 880,00
2 Custo da mercadoria vendida 61.1 32.1 41 530,00
Nota: CMV = 8 000 x 5,19125 = 41 530
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
N/Fatura 233 71.1 21 000,00
1 IVA liquidado 24.3.3.1.3 4 830,00
12 jun N
Hotel Sueste 21.1.1. x 25 830,00
2 Custo da mercadoria vendida 61.1 32.1 15 573,75
Nota: CMV = 3 000 x 5,19125 = 15 573,75
15/06/N – Comprou à Sociedade do Sul, Lda. 12 000 unidades a 5,50 euros + IVA
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Compra Compra
Q = 20 unidades Q = 50 unidades
PU = 12 € PU = 15 €
Lote 1 Lote 1
Q= 70; PU = 10 Q= 0; PU = 10
Lote 1 Lote 1 Lote 1
Q = 100 unidades Q= 100; PU = 10 Q= 70; PU = 10
Lote 2 Lote 2
PU = 10 €
Q = 20; PU = 12 € Q = 20; PU = 12 €
Lote 2 Lote 2
Q = 20; PU = 12 € Q = 20; PU = 12 € Lote 3 Lote 3
Q= 50; PU = 15 € Q= 50; PU = 15 €
Venda Venda
Q = 30 unidades Q = 70 unidades
Figura n.º
Figura n.º 5.35 – Exemplo de5.35 – Exemplodas
mensuração de mensuração das (in
saídas – FIFO saídas ‐ FIFO et al., 2013: 140)
Fernandes
(in Fernandes et al., 2013: 140)
Retomando o caso em análise (figura n.º 5.34), o custo da venda de 300 unidades seria
mensurada da seguinte forma:
402 Contabilidade Financeira Explicada
Retomando o caso em análise (figura n.º 5.34), o custo da venda de 300 unidades seria
mensurada da seguinte forma:
Conforme se constata, cada método conduz a diferentes valores de custo dos bens
vendidos e, consequentemente, dos resultados (margem bruta).
Margem bruta
Custo da venda Inventário
Critério (Preço de Venda –
300 unidades 200 unid
Custo da venda)
CMP 3 600 € 11 400 € 2 400 €
Questão:
Registe as operações e a ficha de armazém correspondente (ver caso H.6).
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
Nota: Os registos contabilísticos são iguais ao caso H.6 do custo médio. Verifica-se uma
diferença no custo dos produtos vendidos.
1) Classificação contabilística
04/06/N – Recebeu a fatura n.º 6/N da empresa Costa Rica, Lda. relativa à compra
de 6 000 unidades a 5,50 euros cada + IVA.
Recebeu ainda a fatura n.º 554 da Transportadora Lusíada, Lda., no valor de 73,80 euros
(IVA incluído à taxa normal – 23%).
2.1) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 6/N 31.1 33 000,00
1 IVA dedutível 24.3.2.1.3 7 590,00
Costa Rica, Lda. 22.1.1.x 40 590,00
4 jun N Fatura 554 31.1 60,00
2 IVA dedutível 24.3.2.1.3 13,80
Transportadora Lusíada 22.1.1.x 73,80
3 Transferência para inventário 32.1 31.1 33 060,00
Nota: 78,30 com IVA incluído / 1,23 = 60,00 (transporte s/IVA)
404 Contabilidade Financeira Explicada
08/06/N - Vendeu ao Hotel Sueste 8 000 unidades ao preço unitário de 7,00 euros +
IVA (N/ Fatura n.º 232).
2.2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
N/Fatura 232 71.1 56 000,00
1 IVA liquidado 24.3.3.1.3 12 880,00
8 jun N
Hotel Sueste 21.1.1.x 68 880,00
2 Custo da mercadoria vendida 61.1 32.1 40 000,00
Nota: CMV = 8 000 x 5 = 40 000
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
N/Fatura 71.1 21 000,00
1 IVA liquidado 24.3.3.1.3 4 830,00
12 jun N
Hotel Sueste 21.1.1.x 25 830,00
2 Custo da mercadoria vendida 61.1 32.1 15 510,00
Nota: CMV = (2 000 x 5 = 10 000) + (1 000 x 5,51=5 510) = 15 510
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Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura /recibo 240 31.1 66 000,00
1 IVA dedutível 24.3.2.1.3 15 180,00
15 jun N
Costa Rica, Lda. 22.1.1.x 81 180,00
2 Transferência para inventário 32.1 31.1 66 000,00
===//===
Os métodos do custo-padrão e do retalho podem ser usadas por conveniência se os
resultados se aproximarem do custo.
Custo-padrão
O custo-padrão é uma técnica utilizada que permite planear os custos da produção
de bens, em condições predeterminadas. Nesta medida, também serve como indicador
de eficiência do processo produtivo porque permite, depois de apurados os custos reais,
comparar com os planeados e encontrar e atuar sobre os fatores que provocaram os desvios.
O método de custeio padrão apresenta as seguintes características essenciais:
• Os custos são prefixados, com base na informação histórica ou em metas a ser per-
seguidas pela empresa;
• São utilizados pela contabilidade, com ajustes periódicos, tendo em conta os custos
reais encontrados;
• Permitem apurar facilmente os valores de inventários.
Método do retalho
O método de retalho é muitas vezes usado no setor de retalho para mensurar inventários
de grande quantidade de itens que mudam rapidamente, que têm margens semelhantes e
para os quais não é praticável usar outros métodos de custeio.
O custo do inventário é determinado pela redução ao valor de venda do inventário,
líquido de IVA, da percentagem apropriada da margem bruta aplicada a cada tipo de produto.
Neste método é muitas vezes usada uma percentagem média, por grupos de produtos.
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Inventário
•Venda: (2)
Inventário
• Quantidade: 600
(1) • Stock inicial: 0
• Preço venda unitário: 5 €
• Entrada : 1.000 unidades
•Stock inicial produto X : 0 • Rédito: 3.000 € (600 x 5 €)
• 1.000 unidades x 2€ • Saída: 600 unidades
•Custo da mercadoria vendida
• Transporte: 100 €
• Entrada: • Preço de custo unitário: 2,18 € • Stock final
• Seguros: 80 €
• Quantidade: 1.000 unidades • Custo das mercadorias vendidas: • Quantidade : 400 unidades
Compra • Valor total: 2.180 € 1.308 € (600 x 2,18€) • Custo unitário: 2,18 €
• Custo unitário: 2,18 € • Valor total: 872 €
produto X Venda
produto X
Figura
Figura n.ºn.º
5.365.36 – Custo
– Custo dasdas mercadorias
mercadorias vendidas
vendidas
(in Fernandes et al., 2013:
(in Fernandes et al., 2013: 196)196)
Questão:
Registe a venda e o respetivo custo em sistema de inventário permanente.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamentos no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Pela venda (Fatura xx) 21.1.1.x 1 230
1 Rédito 71.1 1 000
IVA liquidado 24.3.3.1.3 230
Fev N
2 Custo das mercadorias vendidas 61.1 32.1 600
3 Devolução de 10 unidades 71.7 21.1.1.x 100
4 Retificação do custo das vendas 32.1 61.1 60
Questão:
Registe o respetivo custo em sistema de inventário intermitente.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Custo das vendas = Inventário inicial + Compras líquidas ± Regularizações e
transferências - Inventário final
• Custo das vendas = 50 000 + (80 000 – 1 000 – 5 000) – 60 000 = 64 000 €
2) Classificação contabilística
Regularizações e reclassificações
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Regularizações e reclassificações
As regularizações são operações contabilísticas para reconhecer alterações dos inventá-
rios, não imputados a compras ou vendas, designadamente:
• Ofertas a clientes ou ofertas de fornecedores;
• Quebras de inventários por sinistros, roubo ou outras circunstâncias;
• Quebras naturais atendendo à natureza do produto (quebra de peso, de volume).
Subcontas
38.2 – Mercadorias
38.3 – Matérias-primas, subsidiárias e consumo
38.4 – Produtos acabados e intermédios
38.5 – Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
38.6 – Produtos e trabalhos em curso
38.7 – Ativos biológicos
Quadro n.º 5.30 – Conta 38 – Reclassificação e regularização de inventários e ativos biológicos
4) Sinistros 4) 68.4.1
Contas
Contas
N.º
N.º Data
Data Descrição
Descrição Valor
Valor
Débito
Débito Crédito
Crédito
Reduções de inventários 38.2
1 Reduções de inventários
Ofertas a clientes 68.8.4 38.2
Ofertas
Quebrasa clientes 68.8.4
68.4.2
1 Sinistros 68.4.1
Quebras 68.4.2
Aumentos de inventários 38.2
2 Sinistros
Oferta de fornecedores 68.4.1 78.4.3
Aumentos
Sobras de inventários 38.2 78.4.2
2 Oferta de fornecedores 78.4.3
Sobras 78.4.2
Operações contabilísticas – 2ª fase
38.2
32 Mercadorias 32 Mercadorias
Reclassificações e regularizações
2) 2) Ofertas a clientes 1) Ofertas de fornecedores 1)
81 - Apenas 3) 3) Quebras
regista, por contrapartida da correspondente 5) Sobras
conta 5) período
da classe 3, as perdas que se verificarem no
e que não tivessem
4) sido consideradas anteriormente
4) Sinistros em situação de imparidade (Notas de Enquadramento).
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) Sinistros 68.4.1
Aumentos de inventários 38.2
2 Oferta de fornecedores 78.4.3
Sobras Capítulo 5 – Operações empresariais
78.4.2 413
Contas Contas
N.º
N.º Data
Data Descrição
Descrição Valor Valor
Débito Débito
Crédito Crédito
Reduções de inventários 38.2
1 Reduções
Ofertas de inventários
a clientes 38.2
32.1
Ofertas a clientes
Quebras 32.1 32.1
1 Sinistros 32.1
Quebras 32.1
Aumentos de inventários 38.2
2 Sinistros
Oferta de fornecedores 32.1 32.1
Sobras
Aumentos de inventários 32.1 38.2
2 Oferta de fornecedores 32.1
Sobras 32.1
A transferência para e de ativo fixo tangível (ou propriedades de investimento)
A nas
ocorre transferência
situações em para
quee de ativo fixoafetar
é necessário tangível (ou propriedades
ao ativo de investimento)
fixo da empresa bens que se ocorre
nas situaçõesregistados
encontravam em que é necessário afetar ao ativo
como inventários. Para fixo da empresa
evidenciação bensalteração
desta que se encontravam
de
registados
afetação devecomo inventários.
ser feito Para evidenciação
o correspondente desta alteração
registo contabilístico de afetação
por intermédio deve ser feito
da conta
o correspondente
38. A situação inversa registo contabilístico
também por intermédio
pode ocorrer devendo ter da oconta
mesmo38. A situação inversa
tratamento
também pode ocorrer, devendo ter o mesmo tratamento contabilístico.
contabilístico.
Para a contabilização de reclassificações também se procede em duas fases. Exemplifi-
Para a contabilização
camos de reclassificações
a reclassificação de um ativo fixotambém se procede
tangível em duas fases:
para mercadorias:
ð 1.ª fase – Débito conta 38.2 /crédito da conta 43;
Questão:
Registe a transferência do computador.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Reduções de inventários 38.2 32.1 500
2 Afetação ao ativo 43.5 38.2 500
Questão:
Registe a transferência entre armazéns.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Remessa de mercadorias à consignação 38.2 32.1 100 000
2 Mercadorias à consignação 32.6 38.2 100 000
Pela venda das mercadorias 21.1.1.x 184 500
3 Rédito 71.1 150 000
IVA 24.3.3.1.3 34 500
4 Custo das mercadorias vendidas 61.1 32.6 100 000
Questão:
Registe as quebras ocorridas.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Quebras material de escritório 68.4.2 38.2 500
2 Regularização do inventário 38.2 32.1 500
416 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Registe as sobras verificadas.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Sobras em material de escritório 38.2 78.4.2 200
2 Regularização do inventário 32.1 38.2 200
Questão:
Registe a oferta ao cliente.
82 - A Portaria n.º 497/2008, de 24 de junho, estipula que as ofertas de bens adquiridos para venda de valor unitário
igual ou inferior a 50 € e cujo valor global não excedam 5%o do volume de negócios estão dispensadas da liquidação do IVA.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Ofertas 68.8.4 246
1 Regularizações 38.2 200
IVA liquidado (operações gratuitas) 24.3.3.2.3 46
2 Regularização do inventário 38.2 32.1 200
Questão:
Registe a oferta do fornecedor.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Bónus em mercadorias 38.2 78.4.3 1 000
2 Regularização do inventário 32.1 38.2 1 000
forma a relevar corretamente o custo das mercadorias vendidas e dos materiais consumidos,
o valor acrescentado na empresa poderá ser relevado contabilisticamente através do débito
da conta 38 - Regularização de inventários, por contrapartida da conta 74 - Trabalhos para
a própria entidade83.
Os custos suportados com a beneficiação são reconhecidos nas respetivas contas de
gastos, devendo a quantia a imputar à beneficiação ser apurada através de instrumentos
de contabilidade de gestão (analítica). Na fase de imputação (capitalização) destes custos:
– 1.ª fase – Débito conta 38.2/crédito da conta 74.5 – Trabalhos para a própria enti-
dade – Inventários (proposta de criação)
– 2.ª fase – Débito na conta 32.1/crédito na conta 38.2
Questão:
Registe a pintura na viatura.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Beneficiações 38.2 74.5 300
2 Afetação ao ativo 32.1 38.2 300
Denomina-se de autoconsumos a utilização de bens da empresa (bens que tenham
sido adquiridos para venda) que são afetos a outras finalidades da entidade, quer para
investimento, quer para ferramentas e utensílios de desgaste rápido, quer para outros fins
de consumo interno.
A alteração da finalidade deverá ser registada para que os gastos sejam apurados nas
rúbricas adequadas. A conta 38 deve acolher estas reclassificações.
Questão:
Registe este autoconsumo de papel.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Gasto em material de escritório 62.3.3 38.2 1 000
2 Regularização do inventário 38.2 32.1 1 000
Podem-se sintetizar as operações mais comuns registadas na conta 38:
Reclassificações e regularizações
• Quebras
• Sobras
• Ofertas a clientes
• Ofertas de fornecedores
• Autoconsumos
• Transferência de ativo fixo tangível
• Transferência para ativo fixo tangível
• Transferência de propriedade investimento
• Transferência para propriedade investimento
• Beneficiação de mercadorias
• Transferência para produtos biológicos
Stock MERCADO
custo compra valor realizável 366
Stock líquido
MERCADO
ou produção
custo compra valor realizável 366
líquido
Figura n.º 5.38 – Perda por imparidade
ou produção
(in Fernandes et al., 2013: 147)
São vários os fatores que justificam que o custo seja superior ao valor realizável líquido:
• diminuição do preço desses produtos no mercado;
• obsolescência tecnológica;
• moda;
• danos causados por acidentes;
• etc.
Os inventários são geralmente reduzidos para o seu valor realizável líquido item a
item, não sendo adequado agrupá-los com base numa classificação de inventários, como,
por exemplo, bens acabados, ou em todos os inventários de um determinado setor ou
segmento geográfico.
Contudo, nalgumas circunstâncias, pode ser apropriado agrupar unidades semelhantes
ou relacionadas. Pode ser o caso dos itens de inventário relacionados com a mesma linha
de produtos que tenham finalidades semelhantes.
A diferença entre o valor escriturado e o valor recuperável líquido é reconhecida como
perda por imparidade. Estas ocorrem quando:
mercado, entre outras. A quantia de qualquer ajustamento dos inventários para o valor
realizável líquido e todas as perdas de inventários devem ser reconhecidas como um gasto
do período em que o ajustamento ou perda ocorra.
Em cada período subsequente é feita uma nova avaliação do valor realizável líquido.
Quando as circunstâncias que anteriormente resultavam em ajustamento ao valor dos
inventários deixarem de existir ou quando houver uma clara evidência de um aumento no
valor realizável líquido devido à alteração dessas circunstâncias, a quantia do ajustamento
é revertida. A reversão é limitada à quantia do ajustamento original, de modo a que a nova
quantia escriturada seja o valor mais baixo entre o custo e o valor realizável líquido revisto.
Quando os inventários forem vendidos, a quantia escriturada desses inventários deve
Emsersíntese: Os inventários
reconhecida como um gasto devem ser mensurados
do período pelo rédito
em que o respetivo custo seja
ou reconhecido.
valor realizável
líquido,Em
dos dois os
síntese: o mais Quando
baixo.devem
inventários o valor realizável
ser mensurados líquido
pelo custo ou é o mais
valor realizável baixo, a
líquido,
diferença
dos doispara o preço
o mais baixo. de custo oé valor
Quando a quantia de perda
realizável poréimparidade
líquido o mais baixo,a areconhecer:
diferença para
o preço de custo é a quantia de perda por imparidade a reconhecer:
Figura
Figuran.º
n.º5.39
5.39––Quantia
Quantia da perdapor
da perda porimparidade
imparidade
A entidade ABC, Lda. tem como atividade a venda de vestuário a retalho. No final do
ano, já decorrida a época de saldos, mantém ainda em stock 10.000 € de peças da
coleção anterior.
422 Contabilidade Financeira Explicada
Contactou com vários feirantes com o objetivo de vender as peças que lhe restam e
desta forma libertar as instalações para a próxima coleção. O melhor preço que conseguiu
foi de 2 000 €, não tendo que suportar qualquer custo associado a essa operação de venda.
Questão:
Qual a quantia escriturada na rubrica inventários, admitindo que é esta a única mer-
cadoria em stock?
Resposta:
A quantia a evidenciar na rubrica inventários (mercadorias) deveria ser de 2 000 €.
A informação disponível permite-nos concluir que a quantia em inventário (10 000 €)
só deverá ser recuperada parcialmente (2 000 €), pelo que a diferença (8 000 €) corresponde
à perda por imparidade.
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez Perda por imparidade 65.2 32.9 8 000
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez Perda por imparidade 65.2 32.9 5 000
Questão:
Qual a quantia a reconhecer como reversão da perda por imparidade?
Resposta:
1) Cálculos
• Quantia imparidade acumulada reconhecida (conta 32.9) = 5 000 €
• Quantia de imparidade atual = (20 - 18) x 1 000 = 2 000 €
• Excesso de imparidade reconhecida = 5 000 – 2 000 = 3 000 € (reversão)
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez Reversão da perda por imparidade 32.9 76.2.2 3 000
424 Contabilidade Financeira Explicada
===//===
Conforme se tem vindo a referir quando os inventários são vendidos, deve ser reconhe-
cido o respetivo rédito e o gasto correspondente aos bens vendidos.
Quando se vendem bens para os quais se reconheceu uma imparidade, no momento da
venda não há lugar ao reconhecimento da sua reversão.
A imparidade foi reconhecida como gasto aquando do ajustamento ao valor realizável
líquido. Pela venda, o custo das mercadorias vendidas deve ser reduzido da imparidade
anteriormente reconhecida.
Questão:
Contabilize a venda, a pronto pagamento, e o respetivo custo (para efeitos de simpli-
ficação não se inclui o IVA).
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pela venda 11.1 71.1 15 000
Imparidade das unidades vendidas 32.9 2 000
Jan N
2 Custo das vendas (a) 61.1 18 000
Saída de inventários 32.1 20 000
Nota: (a) Atendendo à informação dos casos H.20 e H.21, existem 2 000 € de imparidade acumulada
relativa aos bens em stock (20 000 €). Pela venda do stock, ao custo da mercadoria da mercadoria vendida
deduz-se a imparidade correspondente.
Saída
Saída de de inventários
inventários 32.1
32.1 20.000
20.000
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Nota: Atendendo à informação dos casos H.20 e H.21 existe 2.000 € de imparidade acumulada
Nota: Atendendo à informação dos casos H.20 e H.21 existe 2.000 € de imparidade acumulada
relativa aos bens em stock (20.000 €). Pela venda do stock, ao custo da mercadoria da
relativa mercadoria em stock
aos bens vendida (20.000 €). Pela venda 5do
Capítulo stock, aoempresariais
– Operações 425
custo da mercadoria da
deduz-se a imparidade correspondente.
mercadoria vendida deduz-se a imparidade correspondente.
Esquematiza-se os movimentos nas respetivas contas:
Esquematiza-se os movimentos nas respetivas contas:
32.1 –os
Esquematizam-se movimentos
Material escolar nas respetivas
32.9contas:
– Perdas por imparidade acumuladas
(Caso
32.1 H.20) 20.000
– Material escolar20.000 (2) (Caso–H.21)
32.9 Perdas3.000 5.000 (Caso
por imparidade H.20)
acumuladas
(2) 2.000
(Caso H.20) 20.000 20.000 (2) (Caso H.21) 3.000 5.000 (Caso H.20)
(2) 61.1 – Custo
2.000
das mercadorias vendidas
(2) 18.000
61.1 – Custo das mercadorias vendidas
(2) 18.000
Aquisição Inventário
3
(stock)
100 unidades Venda ou consumo 20 unidades
80 unidades
3
Os inventários como já referimos representam as quantidades e respetivos valores dos
bens
Osque, numa dada
inventários, data,jáexistem
como Venda
referimos, ou consumo
sobrepresentam
controlo da entidade e disponíveis
as quantidades para venda
e respetivos valores dos
ou consumo.
bens que, numa Nodada
balanço, a rubricasob
data, existem inventários
80 unidades agrega o valor de todos os tipos
controlo da entidade e disponíveis para venda ou
anteriormente
consumo. referidosa rubrica
No balanço, – mercadorias,
inventáriosmatérias-primas,
agrega o valor decomponentes,
todos os tiposprodutos 371
anteriormen-
acabados, etc., não distinguindo a sua natureza.
te referidos – mercadorias, matérias-primas, componentes, produtos acabados, etc. – não
distinguindo a sua natureza.
Recuperando o exemplo ilustrado na figura 5.34 coloca-se a questão de atribuir valor 371
Recuperando o exemplo ilustrado na figura 5.34, coloca-se a questão de atribuir valor
ao inventário final de produto A com 200 unidades em stock:
ao inventário final de produto A com 200 unidades em stock:
Inventário
Vendas Inventário
inicial
Compras Produto A final
Produto A:
Produto A: 300 unidades a 50
‐ Lote 1 = 150 unidades €/cada do(s) lote(s) ?
Produto A
a 10 € cada ‐ Lote 3 = 100 unid.
a 15 € cada Rédito = 15.000 € Lote ? = 200 unid.
‐ Lote 2 = 250 unidades
Custo = ? Valor = ?
a 12 € cada
Tempo 1 2 3 4
Figura
Figura n.ºn.º 5.40
5.40 – Mensuração
– Mensuração das das saídas
saídas e doeinventário
do inventário
(in Fernandes et al., 2013: 140)
(in Fernandes et al., 2013: 140)
Depois de apurados os respetivos custos das mercadorias vendidas de acordo com os
métodos
Depoisdede
custeio das saídas
apurados CMP e FIF0,
os respetivos custosapuraram-se os seguintes
das mercadorias valores:
vendidas de acordo com os
métodos de custeio das saídas CMP e FIF0, apuraram-se os seguintes valores:
Custo médio ponderado:
FIFO:
= 3.300 €
426 Contabilidade Financeira Explicada
150 unidades (lote 1) x 10 € + 250 unidades (lote 2) x 12 € + 100 unidades (lote 3) x 15€
CMP = = 12 €
500
FIFO:
Utilizando a expressão:
Da aplicação dos diversos critérios obtêm-se valores diferentes, quer no custo das vendas
quer nos inventários, diferenças estas que podem ser visualizadas no quadro acima apre-
sentado. No método com um maior custo das vendas (3 600 €), corresponde a um menor
valor de inventário (2 400 €) e vice-versa.
Isto é, se considerarmos que o inventário final, compras, regularizações e transferências
são valores constantes, quanto maior for o custo das vendas, menor será o inventário final.
Quanto menor for o custo das vendas, maior será o valor do inventário.
Quando se utiliza o CMP, basta-nos conhecer as quantidades e respetivo valor. Quando
se utiliza o FIFO os lotes têm que estar identificados porque, como vimos, futuras saídas são
feitas nos lotes mais antigos. Desta forma, o valor desagregado do inventário corresponderia a:
• 100 unidades do 2.º lote x 12 € = 1 200 €
• 100 unidades do 3.º lote x 15 € = 1 500 €
Síntese:
Síntese:
• Em cada período, o rédito das vendas deve ser balanceado com o custo das mesmas.
Em sistema de inventário permanente, o custo das vendas é reconhecido simulta-
Em cada período o rédito
neamente com das vendas
o rédito, deve serem
enquanto balanceado com
sistema de o custo das
inventário mesmas. Em
intermitente sistema
ou perió-
dico esse custo apenas é reconhecido periodicamente.
de inventário permanente, o custo das vendas é reconhecido
• As perdas de inventários (quebras, sinistros, etc.) devem ser reconhecidas como
gasto no período em que ocorram.
• Quando o Custo de aquisição > Valor realizável líquido, deverá ser reconhecido o
correspondente ajustamento como perda por imparidade.
• Alterações posteriores positivas no valor realizável líquido deverão conduzir a re-
versões de imparidades anteriormente reconhecidas.
Figura n.º
Figura n.º5.42
5.42––Fluxos
Fluxosem
eminventários
inventários
Tipologia
Os inventários de produção são genericamente compostos pelos produtos resultantes de
um processo produtivo nas diversas fases de acabamento, pelas matérias-primas, subsidiárias
e componentes incorporadas nos produtos, assim como matérias resultantes do processo
produtivo com valor económico (resíduos, desperdícios, refugos, etc.).
As matérias-primas, subsidiárias e de consumo correspondem a:
• As matérias-primas são bens que não se destinam à venda mas a serem incorpora-
dos nos produtos no âmbito de um processo industrial ou de serviços;
• As matérias subsidiárias são bens que, embora indispensáveis à produção, não se
incorporam diretamente nos produtos finais;
• As embalagens de consumo são os bens envolventes ou recipientes das mercadorias
ou produtos, indispensáveis ao seu acondicionamento e transação.
Matérias
primas,
subsidárias e
de consumo
Subprodutos,
desperdícios, Produtos
resíduos e intermédios
refugos
Produtos
acabados
Figura n.ºn.º
Figura 5.43
5.43– –Inventários
Inventários de produção
de produção
CasoCaso
H.23H.23 – Inputs ee outputs
– Inputs outputs dodo
processo produtivo
processo produtivo
Consideremos uma atividade industrial como a de carne embalada de frango, para venda
Consideremos uma atividade
a retalho. Considere, industrial como
como simplificação, apenas auma
de linha
carnedeembalada de frango,
produção, centrada numapara
matéria-prima principal. Admita os seguintes elementos:
venda a retalho. Considere, como simplificação apenas uma linha de produção,
centrada numa matéria prima principal.
Itens do processoAdmita os seguintes elementos:
Classificação
1) Frango adquirido ao produtor a) Matérias subsidiárias
Itens2)do processo
Embalagens e películas que acomodam os produtosClassificação
acabados b) Matéria-prima
3) Água utilizada na lavagem c) Embalagens
4) Frango inteiro, partes do frango (pernas, bifes, asas, miúdos, etc) 375
d) Produtos em curso
5) Frango inteiro, partes do frango (pernas, bifes, asas, miúdos, etc)
mas ainda não totalmente divididos e embalados e) Subproduto
6) Penas que podem ser vendidas, por exemplo, à indústria têxtil f) Produto acabado
7) Visceras e/ou partes não aproveitáveis g) Refugos e desperdícios
Questão:
Relacione a informação da coluna itens de processo com a coluna da classificação.
430 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
Inputs:
• Matéria-prima: Frango adquirido ao produtor (1)
• Matérias subsidiárias: Água utilizada na lavagem (3)
• Embalagens: Embalagens e películas que acomodam os produtos acabados (2)
Outputs:
• Produto acabado: frango inteiro, partes do frango (pernas, bifes, asas, miúdos, etc)
(4)
• Produtos em curso: os exemplos anteriores mas ainda não totalmente divididos e
embalados (5)
• Subproduto: penas que podem ser vendidas, por exemplo, à indústria têxtil (6)
• Refugos e desperdícios: vísceras e/ou partes não aproveitáveis (7)
A Mensuração
mensuração dos inventários de produção segue uma abordagem diferente do
A mensuração
utilizado para as dos inventários
mercadorias de produção
(subtema segue Ao
anterior). umaconsiderarmos
abordagem diferente do utilizado
a produção de
para
bensas mercadorias
para (subtema anterior).
venda, naturalmente Ao um
se visualiza considerarmos
processo ema que
produção de bensmatérias-
se incorpora para venda,
naturalmente visualiza-se
primas, trabalho, um de
utilização processo em que
máquinas, etc.,se que
incorporam matérias-primas,
no seu conjunto, e num trabalho,
dado
utilização de máquinas, etc., que
período, totaliza o custo da produção.no seu conjunto, e num dado período, totaliza o custo
da produção.
Ano N N
Ano
Figuran.º
Figura n.º5.44
5.44– –Processo
Processo produtivo
produtivo e inventários
e inventários
Inventários
Inventários
• Produção = 200 unidades Inventarios (3)
(1) • Matéria prima = 400 • Rédito: 3.000 €
unid ( 872 € = 400 x
(2)
• 1.000 unidades x 2 € • Matérias‐primas • Quantidade: 150
2,18)
• Preço de venda: • Matérias‐primas
• Transporte: 100 € • Stock inical da MP Z : 0
• Mão‐de‐obra = 1.000€ • Matérias‐primas • Stock :600
• Seguros: 80 € • Entrada: 20 €
• Energia= 128 € • Stock :600 • Valor total: 1.308 €
• Quantidade: 1.000
• Outros:= 400 € • Valor total: 1.308 €
unid
• Total compra = • Custo dos produtos (600 x 2,18) • Produtos
• Valor total: 2.180 € • Custo dos
2.180 € acabados acabados
• Custo unitário: 2,18 € produtos
• Produtos Acabados • Custo total= 2.400 € • Produtos • Stock: 50 unidades
• Custo unitário:12 € vendidos
Compra • Stock inical: 0 acabados • Valor : 600 €
• (2.400€ / 200 unid) • 150 x 12 =1.800€ (50 x 12)
• Stock: 200 unidades
MP Z • Valor : 2.400 € Venda
produto A
Produção
poduto A
Figura n.º
Figura n.º5.45
5.45––Custo
Custodos
dosprodutos
produtosacabados
acabadose evendidos
vendidos
(in Fernandes et al., 2013: 198)
(in Fernandes et al., 2013: 198)
Conforme
Conformese depreende
se depreendea produção incorpora
a produção diversos
incorpora inputs
diversos (ou fatores)
inputs que,que,
(ou fatores) como já
como
referimos, são refletidos em conta apropriada de gastos.
já referimos, são refletidos em conta apropriada de gastos.
Os inventários, por sua vez, refletem os fluxos físicos resultantes da produção (entradas)
Os inventários, por sua vez refletem os fluxos físicos resultantes da produção
e das vendas ou consumos (saídas) e deverão estar mensurados pelo seu custo, que é influen-
(entradas) e das vendas ou consumos (saídas) e deverão estar mensurados pelo seu
ciado, como já demonstrámos, pelos métodos de custeio das saídas, referido anteriormente.
custo que é influenciado, como já demonstramos, pelos métodos de custeio das saídas,
No exemplo
referido da figura 5.45 utilizamos como método de custeio das saídas o custo espe-
anteriormente.
cífico. Poderia ser utilizado outro que, neste caso, conduziria ao mesmo resultado, devido
à ausência intencional de stock inicial quer de matérias-primas quer de produtos acabados.
No exemplo da figura 5.45 utilizamos como método de custeio das saídas, o custo
específico. Poderia ser utilizado outro que, neste caso, conduziria ao mesmo resultado
379
434 Contabilidade Financeira Explicada
O tipo de custos que se imputa à produção depende dos objetivos tidos em vista, não
havendo uma solução universal para a sua determinação. Contudo, é comum considerar
os seguintes grupos de gastos operacionais:
• Custos de produção ou conversão - os diretamente associados ao fabrico ou pro-
dução dos bens ou serviços. Estes gastos são imputados aos produtos e serviços;
• Outros custos associados a outras funções da organização, designadamente adminis-
trativa, comercial, distribuição entre outras. Estes gastos são imputados ao período.
O primeiro conjunto (custos associados à produção) ainda engloba gastos que se podem
agrupar em:
• Consumos diretos (ou custos diretos) que são incluídos na produção de um determi-
nado bem ou serviço como por exemplo as matérias-primas, componentes e, em regra,
a mão de obra diretamente utilizada. Devem ser excluídos do custo quantias anormais
de materiais desperdiçados, de mão de obra ou de outros custos de produção.
• Consumos comuns ou gastos gerais de produção ou custos indiretos que contri-
buem para a produção de bens ou serviços diversos, pelo que carecem de critérios
de imputação a cada um deles. São exemplos de gastos gerais a mão de obra indire-
ta, consumos de água, eletricidade e combustíveis, consumo de matérias subsidiá-
rias, embalagens, depreciações de edifícios e equipamentos industriais e despesas
de conservação e reparação de máquinas e equipamentos industriais, ferramentas
e utensílios de desgaste rápido, impostos não dedutíveis e que não sejam sobre o
rendimento, seguros, rendas etc.
Custos dos
produtos/serviços Produto/
O serviço
Custos
P diretos
A
Afetação
E
Produto/
R serviço
A B
C Gastos Produto/
I gerais ou Repartição serviço
indiretos Os custos são somados e Imputação C
O repartidos com base num
critério de repartição
N
A Gastos
administrativos
I comerciais,
distribuição e
S outros Gastos do período
Gastos
financeiros
A imputação aos produtos, designadamente dos custos fixos de produção, faz-se através
A imputação aosmétodos
de diversos produtos, designadamente
de imputação de custos dos custos fixos
aos produtos de produção,
e serviços. Abordamos faz-se
apenas
através três
de óticas:
diversos métodos de imputação de custos aos produtos e serviços.
Abordamos • apenas
Sistematrês
de óticas:
custeio variável – a componente de custos de produção fixos são con-
Sistema de custeio
siderados variável,
gastos quando a componente
incorridos de custos
e não quando de produção
os produtos fixos (não
são vendidos são
fazem parte do custo de produção dos produtos/serviços);
considerados gastos quando incorridos e não quando os produtos são vendidos
(não
• fazem
Sistemasparte do custo
de custeio de –produção
total dosprodução
os custos de produtos/serviços)
(fixos e variáveis) são considera-
dos gastos apenas quando os produtos são vendidos (estes custos são imputados aos
Sistemas do custeio total, os custos de produção (fixos e variáveis) são
produtos/serviços);
considerados gastos
• Sistema de apenas
custeio quando
racional os produtos
– assemelha-se são vendidos
ao sistema de custeio(estes
total custos
na partesão
da
imputação dos custos variáveis.
imputados aos produtos/serviços) Os custos fixos industriais são imputados tendo em
atenção o nível de atividade.
Sistema de custeio racional assemelha-se ao sistema de custeio total na parte
Iremos desenvolver esta análise no âmbito de métodos que consideram a imputação
da custos
dos imputação dosprodutos.
fixos aos custos variáveis. Os custos fixos industriais são imputados
tendo em atenção o nível de atividade.
Outra questão que é levantada aquando da imputação dos gastos fixos é a consideração
ou não do nível de atividade. As instalações físicas estão em regra projetadas para níveis
Iremos desenvolver esta análise no âmbito de métodos que consideram a imputação
máximos de produção (capacidade instalada):
dos custos fixos aos produtos.
Outra questão que é levantada aquando da imputação dos gastos fixos é a consideração
ou não do nível de atividade. As instalações físicas estão em regra projetadas para
níveis máximos de produção (capacidade instalada):
ou não do nível de atividade. As instalações físicas estão em regra projetadas para níveis
máximos de produção (capacidade instalada):
Capacidade Quantidade
Instalada 1 200 000
Capacidade normal
Capacidade 1 000 000
Quantidade
Subatividade
Instalada 600000
1 200 000
Sobreatividade
Capacidade normal 11 000
100000
000
Subatividade 600 000
Sobreatividade 1 100 000
De acordo com a NCFR 18, a imputação dos gastos gerais de produção fixos deve-se
De acordo com a NCFR 18, a imputação dos gastos gerais de produção fixos deve-se
basear na capacidade normal das instalações de produção.
basear
Dena capacidade
acordo normal
com a NCFR 18,das instalações
a imputação dos de produção.
gastos gerais de produção fixos deve-se
A capacidade
basear normalé das
normal
na capacidade a produção quedeseprodução.
instalações espera que seja atingida em média durante
uma quantidade de períodos ou de temporadas em circunstâncias normais, tomando em
conta a perda de capacidade resultante da manutenção planeada. O nível real de produção
pode ser usado se se aproximar da capacidade normal (exemplo: 1 000 000 produtos / ano).
No caso de subatividade, os custos fixos de produção são imputados à produção numa
base proporcional em função da relação entre a produção real e a que se considera normal
(método do custeio racional). Para tal utiliza-se o coeficiente de imputação dado pela
expressão Produção real .
Produção normal
Os custos fixos de produção não incorporados são considerados gastos do período, deter-
minados de acordo com a seguinte expressão:
Produção real
Gastos gerais de produção fixos do período = Custos fixos x (100% - )
Produção normal
A utilização do custeio racional, como método de imputação dos custos fixos gerais
de produção, justifica-se porque permite um correto apuramento dos custos unitários de
produção, não refletindo os efeitos da sazonalidade da produção que conduzem a sobre
e subatividade em determinados períodos. Podem-se resumir algumas das vantagens da
utilização deste método, cuja utilização é recomendada na NCRF 18:
– Evita a variação do custo industrial dos produtos consoante o nível de atividade,
isto é, consoante o número de unidades;
– Permite valorizações de stocks e fixação de preços mais corretos;
– Permite uma melhor avaliação da performance e isola ganhos e perdas por variação
de atividade;
– É importante quando há uma forte sazonalidade.
Questão:
Calcule o custo fixo por aluno, pelo método do custeio total e pelo custeio racional.
Resposta:
Nota: Em termos médios, o custo de cada aluno, em atividade normal, incorpora de
custos fixos: 120 000 / 1 000 alunos = 120 €.
Custeio total (componente custos fixos)
– Ano N-2 = 500 alunos 120 000 / 500 = 240 €
– Ano N-1 = 800 alunos 120 000 / 800 = 150 €
– Ano N = 1 200 alunos 120 000 / 1 200 = 100 €
Custeio racional:
Nível de atividade
Ano Alunos Produção real Custos fixos a imputar Custo fixo por aluno
Produção normal
Ano N-2 500 500 /1 000 = 0,50 120 000 x 0,50 = 60 000 a) 60 000 /500 alunos = 120
Ano N-1 800 800 /1 000 = 0,80 120 000 x 0,80 = 96 000 a) 96 000 /800 alunos = 120
Ano N 1 200 1 200 /1 000 = 1,20 120 000 b) 120 000 /1 200 alunos = 100
Notas: a) As diferenças são levadas a gastos do período e não aos custos dos produtos/serviços. No
ano N-2, 60 000 euros eram reconhecidos em gastos do período (120 000 – 60 000) e no ano N-1, 24
000 euros (120 000 – 96 000).
b) Apesar de a capacidade estar sobreocupada, a quantidade de custos a reconhecer como custo da ativi-
dade são os efetivamente incorridos com base na NCRF 18, § 13, que refere “em períodos de produção
438 Contabilidade Financeira Explicada
anormalmente alta, a quantia de gastos gerais de produção fixos imputados a cada unidade de produção é
diminuída a fim de que os inventários não sejam mensurados acima do custo. Os gastos gerais de produção
variáveis são imputados a cada unidade de produção na base do uso real das instalações de produção”.
===//===
Podem ainda ser incorporados outros custos, somente até ao ponto em que sejam
incorridos para os colocar no seu local e na sua condição atuais. Por exemplo, pode ser
apropriado incluir no custo dos inventários gastos gerais que não sejam industriais ou os
custos de conceção de produtos para clientes específicos. No entanto, a norma identifica
alguns custos que são excluídos do custo dos inventários:
• custos de armazenamento, a menos que esses custos sejam necessários ao processo
de produção antes de uma nova fase de produção;
• gastos gerais administrativos que não contribuam para colocar os inventários no
seu local e na sua condição atuais; e
• custos de vender.
Atividade produtiva
Atividades Atividades Quantia
Gastos operacionais X=100 Y = 100 administrativas distribuição total
unid. unid.
Matéria-prima consumida 400 600 --- --- 1 000
Pessoal 1 600 1 400 150 150 3 300
Fornecimentos serviços externos 200 100 50 150 500
Depreciações do período 2 000 2 500 400 100 5 000
Total 4 200 4 600 600 400 9 800
Custo unitário 42 46 ---
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Quais os gastos a imputar ao período, o respetivo resultado bruto (ou margem bruta)
e o resultado operacional?
Resposta:
De acordo com os elementos do quadro anterior, os gastos do período corresponderão:
• à totalidade dos gastos das funções administrativas, distribuição e outras;
• ao custo dos produtos vendidos
• O resultado bruto será de 15 000 (rédito) – 7 420 (custo das vendas) = 7 580 €.
• O resultado operacional será de 15 000 (rédito) – 8 420 (gastos operacionais) = 6 580 €.
Rubricas Observações
Vendas e serviços prestados 15 000 Rédito de 170 unidades
Relativos a 30 unidades em stock prod.
Variação nos inventários da produção 1 380
Y (30 unidades x 46 €)
Custo das mercadorias e matérias consumidas - 1 000 Relativos à produção de 200 unidades
Fornecimentos e serviços externos - 500
Gastos do período
Gastos com o pessoal - 3 300
Resultado antes de depreciações, gastos de
11 580
financiamento e impostos
Gastos/reversões de depreciação e de amortização - 5 000 Gastos do período
Resultado operacional (antes de gastos de
6 580
financiamento e impostos)
Somando todos os gastos, totalizariam 9 800 € (1 000 + 500 + 3 300 + 5 000) e se cal-
culássemos o resultado obteríamos 15 000 – 9 800 = 5 200 €.
A diferença entre este “resultado” e o apurado é de 1 380 € (6 580 – 5 200) que corres-
ponde às 30 unidades do produto Y não vendidas (em inventário: 30 unidades x 46 € custo
unitário = 1 380 €). A rubrica que acolhe esse valor é a variação nos inventários da produção.
440 Contabilidade Financeira Explicada
Armazém de Armazém de
Produção produtos
materiais
acabados
Matéria‐prima
Produto x
Mercado dos Matérias Produto x
Produto Y
fatores subsidiárias Produto Y
…. Mercado dos
Matéria‐prima Embalagens ….
Mão‐de‐obra ….. produtos
Fornecimentos e Produtos em
serviços externos vias de fabrico
Produto x
Produto Y
….
Estas contas principais devem ser desagregadas de acordo com as necessidades. Sugere-se
uma possível divisão:
Contas e subcontas
91 Contas refletidas 92 Reclassificações de custos
91.1 - Existências iniciais refletidas 92.1 – Custo das compras
91.3 – Compras refletidas 92.2 – Mão de obra direta
91.4 – Existências finais refletidas 92.3 – Gastos gerais de produção
91.6 – Custos refletidos 92.4 – Custos de transformação
91.7 – Rendimentos refletidos 92.5 – Custos não incorporados
93 Centros de custos / secções 94 Fabricação
93.1 – Aprovisionamento 94.1 – Produtos
93.2 – Fabris 94.1.1 - Produto A
93.3 – Distribuição 94.1.2 - Produto B
93.4 - Administração 94.2 - Serviços
94.2.1 - Serviço A
94.2.2 - Serviço B
94.3 – Obras próprias
95 Inventários 96 Encargos a repartir
95.1 – Armazém de matéria-prima 96.1 – Encargos sociais
95.2 – Armazém de matéria subsidiária 96.2 – Seguros
95.3 – Armazém de produtos em via de fabrico 96.3 – Conservação e reparação
95.4 – Armazém de produtos acabados 96.4 – Depreciações e amortizações
95.5 – Armazém de semiprodutos 96.5 ….
95.6 – Armazém de subprodutos
95.7 – ….
97 Desvios sobre custos pré-estabelecidos 98 Diferenças de incorporação
97.1 – Desvio na matéria-prima 98.1 – Custos fixos industriais
97.2 – Desvio na mão de obra direta 98.2 – Diferenças de imputação
97.3 – Desvio nos gastos gerais de produção
97.4 – …
99 Resultados analíticos
99.1 – Vendas líquidas
99.2 – Custo das vendas
99.3 – Custos industriais não incorporados
99.4 – Gastos de distribuição
99.5 – Gastos administrativos
99.6 – Gastos e rendimentos financeiros
99.7 – Imposto sobre o rendimento
Quadro n.º 5.34 – Subcontas da classe 9
(Adaptado de Pereira e Franco, 1992)
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Outros não
incorporados
(4)
34 Produtos
acabados Produtos acabados
Stock Stock Inicial Custo das
inicial Produção Vendas (1)
Stock final
Stock
final
Variação stocks
Figuran.º
Figura n.º 5.48
5.48 –– Contabilização
Contabilizaçãoemem
sistema monista
sistema monista
Exemplo:
Exemplo:
Contabilidade financeira Contabilidade de gestão
Operações Débito Crédito Débito Crédito
Contabilidade financeira Contabilidade de gestão
96 Encargos a repartir
Fatura/recibo eletricidade 62.4.1 12 62.9 - Gastos
Operações Débito Crédito 93 Secções
Débito Crédito
Vendas 21 71 71.9 - Rendimentos 99 - Resultados
Nota: as subcontas 62.9 e 71.9 são criadas 96
paraEncargos
proceder aà repartir
Fatura/recibo eletricidade 62.4.1(como exemplo)
12 transferência destes62.9
gastos e
- Gastos
93 Secções
rendimentos para as contas da contabilidade analítica. Para gastos ou rendimentos de natureza diferente
Vendas 21
deverão ser criadas as subcontas relacionadas. 71 71.9 - Rendimentos 99 - Resultados
Nota: as subcontas 62.9 e 71.9 são criadas (como exemplo) para proceder à transferência destes gastos e
===//===
rendimentos para as contas da contabilidade analítica. Para gastos ou rendimentos de natureza diferente
deverão ser criadas as subcontas relacionadas.
Sistemas dualistas: tal como o nome ===//===
indica, a contabilidade financeira e a de gestão
funcionam separada e autonomamente. Estão divididas em dois subsistemas, cada um
Sistemas dualistas: tal como o nome indica, a contabilidade financeira e a de gestão
deles com um fim específico. Não se movimentam as contas da Contabilidade
funcionam separada e autonomamente. Estão divididas em dois subsistemas, cada um deles
Financeira por contrapartida de contas da Contabilidade Analítica e vice-versa.
com um fim específico. Não se movimentam as contas da Contabilidade Financeira por
contrapartida de contas da Contabilidade Analítica e vice-versa.
A informação da contabilidade de gestão pode ser dada por:
A informação da contabilidade
um sistema baseado emde gestão
contaspode sercontabilístico)
(duplo dada por: que assegura, com
base na digrafia, a concordância dos valores nos dois ramos
• um sistema baseado em contas (duplo contabilístico) que assegura, da contabilidade.
com base na di-
A ligação
grafia, entre estes
a concordância dosdois subsistemas
valores nos dois faz-se
ramos através das chamadas
da contabilidade. contasentre
A ligação
390
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
refletidas
estes que funcionam
dois subsistemas como das
faz-se através contas de ligação
chamadas contasentre os dois
refletidas que ramos da
funcionam
como contas de
contabilidade ligação entre os dois ramos da contabilidade;
• ou um sistema baseado em mapas e registos (extradigráfico), não utilizando o
oudas
sistema umpartidas
sistema baseadoEste
dobradas. emsistema
mapas e registos
diz-se (extra
duplo-misto digráfico),
porque apenas anão
con-
utilizando o sistema das partidas dobradas. Este sistema diz-se duplo-misto
tabilidade financeira utiliza a digrafia. A contabilidade analítica atingirá os seus
porque apenas
objetivos, a contabilidade
socorrendo-se financeira
de um apropriado utiliza adedigrafia.
conjunto A contabilidade
mapas, quadros, tabelas de
analítica atingirá
repartição, etc. os seus objetivos, socorrendo-se de um apropriado conjunto
de mapas, quadros, tabelas de repartição, etc.
Para estes sistemas também são apontadas vantagens e desvantagens, estas associadas a
maiores custos de implementação:
Para estes sistemas também são apontadas vantagens e desvantagens, estas associadas
• Vantagens:
a maiores custos de implementação:
– Vantagens:
É apropriado para empresas de grande dimensão
o É apropriadoepara
– Descentralização empresas
separação dode grande dimensão
trabalho contabilístico
o Descentralização e separação do trabalho contabilístico
– Melhor avaliação dos resultados.
o Melhor avaliação dos resultados.
• Desvantagens:
Desvantagens:
o éNão
– Não é indicado
indicado para para empresas
empresas de reduzida
de reduzida dimensão
dimensão
o Aumento dos custos administrativos
– Aumento dos custos
o A articulação administrativos
entre as duas contabilidades pode ocasionar certas dificuldades.
– A articulação entre as duas contabilidades pode ocasionar certas dificuldades.
Contabilidade financeira Contabilidade de Gestão
Reconhecimento Conta 91 – Contas refletidas 92 Reclassificação de custos
33 ‐ Inv. Iniciais MP 91.1 – Exist. Iniciais 93 Centros de custo
31 – Compras 91.3 ‐ Compras 92.1 ‐ Custo das Compras
33 – Inv.final 91.4 – Exist. Finais 94 Fabricação
Como
Como podemos
podemos observar,
observar a ligação
a ligação entre
entre a contabilidade
a contabilidade financeira
financeira e aede
a de gestãoé éfeita
gestão feita
através da conta “Contas refletidas”, mantendo as contas financeiras os respetivos
através da conta “Contas refletidas”, mantendo as contas financeiras os respetivos saldos.
saldos.
446 Contabilidade Financeira Explicada
91 - CONTAS REFLETIDAS
63 Gastos Mão‐de‐obra Gastos Outros rendimentos
23 Pessoal Pessoal direta administrativos Gastos de distribuição (2)
(3) Gastos administrativos (3)
Gastos de investigação
Outros gastos (4)
Resultado operacional
Gastos de financiamento
62 Resultados antes de impostos
Fornecimentos Imposto sobre o rendimento
e serviços Resultado líquido do período
22 Fornecedores externos Gastos gerais Gastos distribuição
(2)
Custos não
incorporados
34 Produtos
(4)
acabados Produtos acabados
Stock Stock Inicial Custo das
inicial Produção Vendas (1)
Stock final
Stock
final
Variação stocks
Figuran.º
Figura n.º 5.49
5.49 –– Contabilização
Contabilização emem
sistema dualista
sistema dualista
Exemplo: Exemplo:
Contabilidade financeira Contabilidade de gestão
Operações Débito
Contabilidade financeira Crédito Débito
Contabilidade Crédito
de gestão
96 Encargos a repartir
Fatura/recibo eletricidade 62.4.1 12 91.6 Gastos
Operações Débito Crédito Débito
93 Secções Crédito
Vendas 21 71 91.7 - Rendimentos 99 - Resultados
96 Encargos a repartir
Fatura/recibo eletricidade 62.4.1 12 91.6 Gastos
93 Secções
===//===
Vendas 21 71 91.7 - Rendimentos 99 - Resultados
No âmbito da contabilidade de gestão serão feitos os registos no sentido de apurar:
O custo da produção
===//===
O valor dos inventários finais (de matérias-primas e subsidiárias, dos produtos
No âmbitoacabados
da contabilidade de gestão serão feitos os registos no sentido de apurar:
e dos restantes produtos secundários resultantes do processo – refugos,
desperdícios,
• O custo da produção; etc.)
Os resultados obtidos pela venda dos produtos
• O valor dos inventários finais (de matérias-primas e subsidiárias, dos produtos aca-
Custo das ematérias
bados consumidas
dos restantes e dasecundários
produtos produção vendida
resultantes do processo – refugos, des-
perdícios, etc.);
Conforme se referiu no subtema das mercadorias, o sistema de inventário permanente
•permite
Os resultados obtidos
a informação pelaassociado
do custo venda dos produtos.
a cada operação de consumo ou venda.
Custo
No casodasdematérias consumidas
inventário e da cálculo
periódico esse produção vendida
deduz-se a partir da contagem dos
inventários se
Conforme finais. O custo
referiu das matérias-primas
no subtema consumidas
das mercadorias, podedeser
o sistema obtido a partir
inventário da
permanente
seguinte expressão:
permite a informação do custo associado a cada operação de consumo ou venda.
392
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
No caso de inventário periódico, esse cálculo deduz-se a partir da contagem dos inven-
tários finais. O custo das matérias-primas consumidas pode ser obtido a partir da seguinte
expressão:
O custo dos produtos vendidos pode ser obtido a partir da seguinte expressão:
85 - Entende-se como custo de reposição de um bem o que a empresa teria de suportar para o substituir nas mesmas
condições, qualidade, quantidade e locais de aquisição e utilização.
448 Contabilidade Financeira Explicada
ð Produtos acabados – o custo de produção com a imputação dos gastos gerais com
base do uso real das instalações de produção (custeio racional):
– O registo do custo das vendas e mensuração do inventário final segue as regras
do inventário permanente ou periódico, conforme se aplique;
– A determinação do custo dos bens vendidos carece da definição de um critério de
saída (custo específico, custo médio ponderado, FIFO ou outro que se aplique);
ð Subprodutos:
– Quando são imateriais, são muitas vezes mensurados pelo valor realizável líqui-
do e este valor é deduzido do custo do produto principal. Como consequência,
a quantia escriturada do produto principal não é materialmente diferente do seu
custo;
– Quando são materiais – ao custo de produção.
Exemplo
Exemplo
Consideremos uma empresa que iniciou a produção de um determinado bem no ano N.
Poderemos considerar os
Consideremos umaseguintes
empresacenários (emaquantidade
que iniciou produção dee um
valores):
determinado bem no ano
N. Poderemos considerar os seguintes cenários (em quantidade e valores):
N N+1 N+2
Produção: 1.000 Produção: 1.000 Produção: 1.000
unidades unidades unidades
Custo unitário = 1 € Custo unitário = 1 € Custo unitário = 1 €
AnoNN
Ano
Como podemos verificar, no ano N as vendas foram inferiores à produção, pelo que
ficaram
Como podemosem stock, 300 unidades
verificar, no anorefletidas na rubrica
N as vendas foramde inventários
inferiores (balanço).
à produção, pelo que
ficaram em stock, da
Os custos 300produção
unidadesvendida
refletidas
estãonarefletidos
rubrica em
de inventários
dois tipos de (balanço).
rubricas:
1) nas rubricas dos diversos gastos por natureza – matérias-primas, pessoal, energia, de-
Os custos da produção
preciações, etc.,vendida estão refletidos
que correspondem em das
à produção dois tipos
1 000 de rubricas:
unidades no total de 1 000 €
(toda a produção, incluindo a não vendida);
1)2) nas
na rubrica em dos
rubricas análise – variação
diversos da produção,
gastos onde está
por natureza reconhecida a quantia
– matérias-primas, cor-
pessoal,
respondente aos stocks (produção não vendida - 300 unidades x custo de produção
energia, depreciações, etc., que correspondem à produção das 1.000
unidades no total de 1.000 € (toda a produção, incluindo a não
vendida)
450 Contabilidade Financeira Explicada
unitário – 1 €). Esta rubrica soma aos rendimentos para contrabalançar os valores
constantes em (1) relativamente à produção não vendida.
O resultado
O resultado é de é700
de €
700 €, correspondente
correspondente ao ganho
ao ganho de 1 €de(Preço
1 € (Preço de venda
de venda = 2 €;=Custo
2 €; Custo
=
= 1 €) por cada unidade vendida.
1 €) por cada unidade vendida.
Obtém-se desta forma o balanceamento entre os rendimentos e gastos do período
Obtém-se desta
relativos aos forma vendidos.
produtos o balanceamento entre os rendimentos e gastos do período
relativos aos produtos vendidos.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Ano N+1
No ano N+1, as vendas excederam a produção em 100 unidades. Desta forma, foi ven-
dida a quantidade produzida mais uma parte existente em stock (100 unidades). Os gastos
da produção vendida estão refletidos em dois conjuntos de rubricas:
1) as dos gastos por naturezas – matérias-primas, pessoal, depreciações, etc.
1) as dos gastos por naturezas – matérias-primas, pessoal, depreciações, etc. respeitan-
respeitantes às 1.000 unidades produzidas
tes às 1 000 unidades produzidas
2) 2)nanarubrica variaçãodadaprodução
rubricavariação produçãoa aquantia
quantiacorrespondente
correspondenteàsàs100
100unidades
unidadesretira-
dasretiradas (100stocks
aos stocksaos (100x unidades
unidades x custo deunitário).
custo de produção produçãoEsta
unitário).
rubrica Esta
soma aos
rubrica soma aos custos para obter os gastos totais
custos para obter os gastos totais da produção vendida. da produção vendida.
DestaDesta
formaforma
teremos reconhecidos:
teremos reconhecidos:
- os rendimentos correspondentes à venda de 1.100 unidades (2.200 €)
– os rendimentos correspondentes à venda de 1 100 unidades (2 200 €);
- os gastos correspondentes às 1.100 unidades vendidas, obtidos pela
– conjunção
os gastos correspondentes
das rubricas 1 e 2.às 1 100 unidades vendidas, obtidos pela conjunção das
rubricas 1 e 2.
3) Lançamento no diário
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Contas
1 N.º Data
Vendas Descrição 12 / 21.x
Débito
71
Crédito
2.200Valor
2 Gastos do exercício ‐ MP 6x 12/ 33 / 22.x 1.000
3 1 Vendas
Variação da produção 73.1 12 / 21.x 34.x 71 100 2 200
2 Gastos do exercício - MP 6x 12/ 33 / 22.x 1 000
3 Variação da produção 73.1 34.x 100
Sintetizando a informação do diário obteríamos o seguinte resultado:
Sintetizando a informação do diário, obteríamos o seguinte resultado:
Produção
Resultados Valores
1.000
71 – Vendas de 1.100 unidades 2.200
6x - Gastos de 1.000 unidades - 1.000
73 - Variação de inventários de produção (- 100 unidades) - 100
Resultado operacional de 1.100 unidades 1.100
O resultado
O resultado é de 1€100
é de 1.100 €, correspondente
correspondente ao ganho
ao ganho de 1 €de 1 € (Preço
(Preço de venda
de venda = 2 €;=Custo
2 €; Custo
= 1 por cada unidade vendida.
= 1 €) por cada unidade vendida.
€)
Ano N+2
Ano N+2
No ano N+2, a produção excedeu as vendas em 150 unidades. Desta forma, os stocks
Noforam incrementados
ano N+2, a produçãoemexcedeu
150 unidades, existindo
as vendas em 150atualmente
unidades. em inventários
Desta forma os350 unidades
stocks
(200 do ano N+1 e 150 do N+2).
foram incrementados em 150 unidades, existindo atualmente em inventários 350
unidades (200 do ano N+1 e 150 do N+2).
Preço
Meses Quantidades Valor
unitario
Janeiro 10 000 150 000
Fevereiro 90 000 15 1 350 000
Março 120 000 1 800 000
Total 220 000 3 300 000
Questão:
Com base nos dados apresentados, registe as operações acima referidas utilizando:
• o sistema de inventário intermitente;
• o sistema de inventário permanente.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Gastos de produção 6x 11/12/22/33 500 000
Jan
2 Venda 12 / 21 71.2 150 000
3 Gastos de produção 6x 11/12/22/33 500 000
Fev
4 Venda 12 / 21 71.2 1 350 000
5 Gastos de produção 6x 11/12/22/33 500 000
6 Mar Venda 12 / 21 71.2 1 800 000
7 Variação dos inventários 34 73.1 400 000
– Inventário final (ton) = 20 000 (Inicial) + 300 000 (produção) – 220 000 (vendas) = 100 000 ton.
– Inventário final (€) = 100 000 t x 5 € = 500 000 €
– Variação de inventário do produto acabado = 500 000 (final) – 20 000 x 5 € (incial) = 400 000 €
– Margem bruta = 3 300 000 – 1 500 000 + 400 000 = 2 200 000 € (220 000 ton. x 10 €)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Gastos de produção 6x 11/12/22/33 500 000
2 Variação de produção (produção) (1) 34 73.1 500 000
Jan
3 Venda 12 / 21 71.2 150 000
4 Variação de produção (custo da venda) (2) 73.1 34 50 000
5 Gastos de produção 6x 11/12/22/33 500 000
6 Variação de produção (produção) (3) 34 73.1 500 000
Fev
7 Venda 12 / 21 71.2 1 350 000
8 Variação de produção (custo da venda) (4) 73.1 34 450 000
9 Gastos de produção 6x 11/12/22/33 500 000
10 Variação de produção (produção) (5) 34 73.1 500 000
Mar
11 Venda 12 / 21 71.2 1 800 000
12 Variação de produção (custo da venda) (6) 73.1 34 600 000
Janeiro
– Inventário final = Inventário inicial + Produção – Custo das vendas = 100 000 +
500 000 – 50 000 (10 000 x 5) = 550 000 €
– Variação de produção = Inventário final – Inventário inicial = 550 000 – 100 000
= 450 000 €
Fevereiro
– Inventário final = Inventário inicial + Produção – Custo das vendas = 550 000
(100 000 + 450 000) + 500 000 – 450 000 (90 000 x 5) = 600 000 €
– Variação de produção = Inventário final – Inventário inicial = 600 000 – 550 000
= 50 000 €
Março
– Inventário final = Inventário inicial + Produção – Custo das vendas = 600 000
(550 000 + 50 000) + 500 000 – 600 000 (120 000 x 5) = 500 000 €
– Variação de produção = Inventário final – Inventário inicial = 500 000 – 600 000
= -100 000 €
– Margem bruta = Vendas – Custo das vendas = 3 300 000 (150 000 + 1 350 000
+ 1 800 000) – 1 100 000 [50 000 (2) + 450 000 (4) + 600 000 (6)] = 2 200 000 €
‐ Mercadorias
Reconhecer as perdas por imparidade Valor realizável líquido
‐ Produtos acabados
Figura n.º 5.50 – Análise de perda por imparidade em mercadorias e produtos acabados
Reconhecer as perdas por imparidade
Os materiaisFigura
e outros consumíveis
n.º 5.50 detidos
– Análise de perda para o uso
por imparidade na produção
em mercadorias de inventários
e produtos acabados não
Figura n.º 5.50 – Análise de perda por imparidade em mercadorias e produtos acabados
serão reduzidos abaixo do custo se for previsível que os produtos acabados em que
Os materiais e outros consumíveis detidos para uso na produção de inventários não
eles serão incorporados sejam vendidos pelo custo ou acima do custo. No caso dos
Os serão
materiais e outros
reduzidos abaixo consumíveis
do custo se detidos para que
for previsível o uso na produção
os produtos de inventários
acabados em que eles não
materiais
serão eincorporados
outros consumíveis,
sejam vendidos o pelo
seu custo
custo ou de
acima reposição
do custo. pode
No casoser
dos amateriais
melhor
serão reduzidos abaixo do custo se for previsível que os produtos acabados em que
mensuração
e outrosdisponível
consumíveis,dooseuseuvalor
custo realizável
de reposiçãolíquido.
pode ser a melhor mensuração disponível
elesdoserão incorporados sejam vendidos pelo custo ou acima do custo. No caso dos
seu valor realizável líquido.
materiais e outros consumíveis, o seu custo de reposição pode ser a melhor
mensuração disponível do seu valorSerealizável o preço de custo for superior ao:
líquido.
1) Valor realizável líquido (Ex: custo de reposição)
Se o preço de custo for superior ao:e
‐ Materiais e outros consumíveis
2) os produtos acabados que incorporam esses
materiais estejam
1) Valor em imparidade
realizável líquido (Ex: custo de reposição)
Reconhecer as perdas por imparidade
‐ Materiais e outros consumíveis e
2) os produtos
Figura n.º 5.51 – Análise de perda por imparidade acabados
em materiais queconsumíveis
e outros incorporam esses
materiais estejam em imparidade
Figura n.º 5.51 – Análise de perda por imparidade em materiais e outros consumíveis
Reconhecer as perdas por imparidade
Em cada período subsequente é feita uma nova avaliação do valor realizável líquido.
Em cada período
Quando subsequenteque
as circunstâncias é feita uma novaresultavam
anteriormente avaliação em
do ajustamento
valor realizável líquido.
ao valor dos
Figura n.º
inventários 5.51 – Análise
deixarem de de perda
existir ou por imparidade
quando houver em
umamateriais
clara e outros de
evidência consumíveis
um aumento
Quando as circunstâncias que anteriormente resultavam em ajustamento ao valor dos
no valor realizável líquido devido à alteração nas circunstâncias económicas, a quantia do
inventários deixarem de existir ou quando houver uma clara evidência de um aumento
Emajustamento
cada período subsequente é feita uma nova avaliação do valor realizável líquido.
é revertida.
no valor realizável líquido devido à alteração nas circunstâncias económicas, a quantia
Quando Asas circunstâncias
contas que anteriormente
em que se refletem resultavam
as perdas por imparidade doem ajustamento
período ao valor
e as acumuladas são dos
do ajustamento
as
é revertida.
seguintes:
inventários deixarem de existir ou quando houver uma clara evidência de um aumento
no valor realizávelpor líquido devido à alteração nas circunstâncias económicas, a quantia
As contas emPerdas
que se imparidade
reflete as (gastos)
perdas por imparidadePerdas por imparidade
do período e as acumuladas
acumuladas são
do ajustamento é revertida.
65 Perdas por imparidade 3.x.9 Perdas por imparidade acumuladas
as seguintes:
65.2 – Em inventários
Perdas por imparidade (gastos) Perdas por imparidade acumuladas
65As contas
porem que se reflete as perdas por ðimparidade
65.2.1 - Mercadorias 32.9 – Perdasdo
porperíodo e acumuladas
imparidade as acumuladas são
Perdas imparidade ð 33.93.x.9 Perdas por imparidade acumuladas
65.2.2 - Matérias-primas, subs. e consumo – Perdas por imparidade acumuladas
as seguintes:
65.2.3 – Produtos acabados e intermédios ð 34.9 – Perdas por imparidade acumuladas
Perdas 65.2.4
por imparidade (gastos)
– Subprodutos, Perdaspor
desperdícios, refugos ð 35.9 – Perdas porimparidade
imparidade acumuladas401
acumuladas
65 Perdas por imparidade 3.x.9
Quadro n.º 5.36 – Contas de imparidade em Perdas por imparidade acumuladas
inventários
401
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Produtos acabados Unidades Custo unitário Custo total Preço venda unitário
PA 60 110 6 600,00 200
PB 10 250 2 500,00 240
Questão:
Com base na informação apresentada, pretende-se que determine os valores pelo qual
devem ser mensurados estes inventários e efetue os registos contabilísticos necessários, ad-
mitindo que o custo dos produtos e os respetivos valores realizáveis se manterão constantes
no período em que as matérias-primas serão consumidas
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Produto acabado PA:
– Não existe ajustamento a efetuar, pois o preço de venda é superior ao preço de
custo.
• Produto acabado PB:
– Existe ajustamento a efetuar, pois o preço de venda é inferior ao preço de custo,
logo a imparidade é de: 250 - 240 = 10 € X 10 unidades = 100 euros
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Produtos acabados e intermédios 34.9 – Perdas por imparidade acumuladas
Perdas por imparidade no período 65.2 – Em inventários
3) Lançamento no diário – Inventário permanente
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N Imparidade produto acabado PB 65.2 34.9 100
Produtos acabados Unidades Custo unitário Custo total Preço venda unitário
PA 60 110 6 600,00 200
PB 10 250 2 500,00 240
458 Contabilidade Financeira Explicada
Valor realizável
Matéria-prima Unidades Custo unitário Custo total
líquido unitário
A 1 500 0,50 750,00 0,45
B 1 000 0,30 300,00 0,25
As matérias-primas A e B destinam-se à fabricação dos produtos acabados PA e PB,
respetivamente.
Questão:
Com base na informação apresentada, pretende-se que determine os valores pelo qual
devem ser mensurados estes inventários e efetue os registos contabilísticos necessários, ad-
mitindo que o custo dos produtos e os respetivos valores realizáveis se manterão constantes
no período em que as matérias-primas serão consumidas.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Matéria-prima A:
• A matéria-prima A destina-se à fabricação do produto A. Como o produto A pode
ser vendido a um preço de 200 €, que é superior ao custo de produção de 110 €, não
se procede a qualquer correção de valor deste inventário.
Matéria-prima B:
• A matéria-prima B destina-se à fabricação do produto B. Como o produto B pode
ser vendido a um preço de 240 €, que é inferior ao custo de produção de 250 €, deve-
-se reconhecer um ajustamento deste inventário:
– 0,30 - 0,25 = 0,05 € x 1 000 unidades = 50,00 euros
Produto acabado PA:
• Não existe ajustamento a efetuar, pois o preço de venda esperado é superior ao
preço de custo.
Produto acabado PB:
• Existe ajustamento a efetuar, pois o preço de venda esperado é inferior ao preço de
custo, logo a imparidade é de:
– 250-240= 10 € X 10 unidades = 100,00 euros
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Imparidade da MP B 65.2 33.9 50
31 dez N
2 Imparidade produto acabado PB 65.2 34.9 100
Produtos acabados Unidades Custo unitário Custo total Preço venda unitário
PB 5 250 1 250,00 260
Nota: No ano N foi reconhecida uma imparidade de 10 €, por cada unidade de produto em stock.
Questão:
Com base na informação apresentada, pretende-se que determine a quantia da reversão
e a sua contabilização.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Produto acabado PB:
– Como o preço de venda (valor realizável liquido) é superior ao custo de produção,
deve ser revertida a perda por imparidade anteriormente reconhecida
– 10 € Imparidade X 5 unidades = 50,00 euros
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N+1 Reversão da Imparidade 34.9 76.2.2 50
460 Contabilidade Financeira Explicada
I. Provisões
Assuntos tratados
– Provisões
– Ajustamentos
– Ativos contingentes
– Passivos contingentes
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 21 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
– NCRF 26 – Matérias ambientais
Contas
– 29 Provisões
– 67 Provisões do período
– 68 Outros gastos
– 69 Gastos de financiamento
– 76 Reversões
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
1 - Enquadramento do tema
1 – Enquadramento do tema
Neste ponto
Neste apresenta-se
ponto o conceito
apresenta-se de provisão,
o conceito os critérios
de provisão, exigidos pela
os critérios NCRF
exigidos 21 NCRF
pela –
Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes para o seu reconhecimento,
21 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes para o seu reconhecimento,
mensuração, alteração
mensuração, alteração de
deestimativas
estimativaseeooseu
seuuso
usoououdesreconhecimento.
desreconhecimento.
Reconhecimento
inicial Extinção
Figura n.ºn.º
Figura 5.52 – Provisão
5.52 (ciclo(ciclo
– Provisão de vida)
de vida)
2 – Enquadramento contabilístico
2 - Enquadramento contabilístico
NCRF 21 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
O conceito de provisão está definido na NCRF 21 (§ 8), nos seguintes moldes:
NCRF 21 Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
Caso
Uma obrigação legal deriva I.1 – Obrigação
da legislação legal
ou de um contrato.
Uma obrigação construtiva corresponde a uma obrigação que a entidade impôs a si
No ano N, através
mesma, o Governo emitiu
de práticas uma lei que obriga
e comportamentos todasouasdoempresas
anteriores industriais,
anúncio público de no
determinada
espaço de 5 anos, a intenção.
reduzir emEstes
10% factos criamcom
os gases expetativa
efeitos que a entidade honre os seus
de estufa.
compromissos. É uma obrigação de natureza moral.
Questão:
Caso
Esta lei cria uma obrigação I.1 – Obrigação
presente legal (1)
para entidade?
406
462 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
Sim, porque a obrigação resulta de uma lei. Esta obrigação (passivo) é proveniente de
acontecimentos passados (a lei), da liquidação da qual se espera que resulte um exfluxo de
recursos da entidade incorporando benefícios económicos (o cumprimento da obrigação
provavelmente implicará investimentos com dispêndios futuros).
Questão:
Esta decisão da Industrial, SA implica uma obrigação presente?
Resposta:
Sim, porque a obrigação resulta dos termos do contrato. A norma define este tipo de
contratos como contratos onerosos. A NCRF 21 (§ 8) define contrato oneroso nos seguintes
termos: “(…) é um contrato em que os custos não evitáveis de satisfazer as obrigações do con-
trato excedem os benefícios económicos que se espera sejam recebidos ao abrigo do mesmo”.
Questão:
A situação implica uma obrigação presente para a Constrói, SA?
Resposta:
Não existe qualquer obrigação, porque nenhuma das partes cumpriu o contrato. Quan-
do tal acontece, é denominado de contrato executório. A NCRF 21 (§ 8) define contrato
executório nos seguintes termos: “(…) é um contrato segundo o qual nenhuma das partes
tenha cumprido qualquer das suas obrigações ou ambas as partes apenas tenham parcial-
mente cumprido as suas obrigações em igual extensão”.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Esta comunicação da empresa criou uma obrigação presente?
Resposta:
Sim, porque, ao realizar o anúncio público da medida, comprometeu-se com uma dada
atuação, logo criou uma obrigação construtiva.
Reconhecimento e classificação
A incerteza é uma constante da vida empresarial. Muitos acontecimentos têm conse-
quências que são difíceis de avaliar num primeiro momento. No entanto, no decorrer do
tempo vão-se recolhendo informações quer da experiência acumulada quer de outras fontes,
que tornam mais previsível o desfecho dessas situações.
Das informações recolhidas podem resultar três situações distintas:
1) Desfecho que dá origem a uma obrigação presente, logo é necessário reconhecer
uma provisão.
Exemplo
A empresa XPTO tem como atividade a exploração de minas. Existe uma elevada
probabilidade de ocorrerem dois acidentes por ano que, em média, resultam em
diversos encargos na ordem dos 50 000 € cada.
Com estes elementos pode-se concluir ser provável que durante o ano ocorram
acidentes que conduzam a um exfluxo de benefícios económicos (indemnizações,
despesas médicas, entre outras).
2) Não se confirma, de uma forma clara, qual o desfecho da ocorrência. Neste caso,
não há lugar ao reconhecimento de uma provisão. Contudo, podemos estar perante
um passivo contingente que deve ser divulgado em anexo.
Exemplo
A empresa XPTO tem como atividade a exploração de minas. Ocasionalmente, ocorrem
acidentes que resultam em diversos encargos. É convicção da direção, pela experiência pas-
sada, que é pouco provável (mas não impossível) que ocorra um acidente no próximo ano.
Com estes elementos pode-se concluir que a empresa deve divulgar um passivo contingente
tendo em conta as ocorrências passadas e que é possível que tal ocorra num futuro próximo.
3) Afasta-se de uma forma clara a possibilidade de um desfecho desfavorável para a
entidade, logo não há lugar ao reconhecimento de qualquer provisão nem à divul-
gação de um passivo contingente.
entidade, logo não há lugar ao reconhecimento de qualquer provisão nem dá lugar à
divulgação de um passivo contingente.
464 Contabilidade Financeira Explicada
Exemplo
A empresa XPTO tem como atividade a exploração de minas. Nas dezenas de anos
Exemplo vida da empresa apenas ocorreu um acidente que resultou em encargos de
de
pequenaXPTO
A empresa monta.
temÉcomo
convicção daa exploração
atividade direção, pela experiência
de minas. passada,
Nas dezenas de anosque é
de improvável queapenas
vida da empresa ocorraocorreu
um acidente no próximo
um acidente ano. em encargos de pequena
que resultou
monta. É convicção da direção, pela experiência passada, que é improvável que ocor-
Comacidente
ra um estes elementos
no próximopode‐se
ano. concluir que a empresa não tem que reconhecer
Comqualquer provisãopode-se
estes elementos ou divulgar um passivo
concluir contingente.
que a empresa não tem que reconhecer qual-
quer provisão ou divulgar um passivo contingente.
Análise:
Qual a
probabilidade + 50% provável PROVISÃO
de um dado
acontecimento
criar uma
obrigação PASSIVO
possível CONTINGENTE
(legal ou construtiva)
que
origine uma
saída de
recursos? remota Não faz nada
0%
409
Caso I.5 – Provisão (1)
Admita que ocorreu um acidente nas instalações da empresa Alfa que causou danos a
pessoas que as visitavam.
Após o acidente, os lesados exigiram uma compensação financeira por danos morais e
materiais, no montante de 1 000 000 €.
A empresa Alfa informou que considera esta quantia exorbitante. As partes não chega-
ram a acordo e o processo avançou para decisão judicial, por força de queixa dos lesados.
Admita que o advogado de Alfa informou a direção que:
• Hipótese a) A indemnização raramente ultrapassa os 20 000 €;
• Hipóteses b) As decisões dos tribunais têm sido geralmente contrárias às pretensões
dos queixosos;
• Hipóteses c) As decisões dos tribunais raramente dão razão aos queixosos.
Questão:
Para cada hipótese identifique qual deve ser o enquadramento contabilístico adequado.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
Hipótese a)
O advogado de Alfa informou que, em casos semelhantes, a indemnização rara-
mente ultrapassa os 20 000 €.
Constata-se que o advogado se inclina para que a empresa venha a ser obrigada a
despender uma quantia estimada em 20 000 €. Ou seja, é mais provável acontecer
uma decisão contra a empresa do que não acontecer. Assim, deverá ser constituída
uma provisão no montante de 20 000 €.
Hipótese b)
O advogado da Alfa informou que, em casos semelhantes, as decisões dos tribunais
têm sido geralmente contrárias às pretensões dos queixosos.
Logo, a empresa não deve reconhecer uma provisão porque a probabilidade de não
ocorrência é superior à de ocorrência, ou seja, o mais provável é que o tribunal
decida a favor da empresa.
No entanto, é possível que exista uma decisão contrária à empresa, pelo que deve
ser divulgado em anexo o facto como passivo contingente.
Hipótese c)
O advogado da Alfa informou que, em casos semelhantes, as decisões dos tribunais
raramente dão razão aos queixosos.
Assim, não deve ser reconhecida qualquer provisão nem tão-pouco divulgar em
anexo como passivo contingente.
Questão:
Há lugar ao reconhecimento de uma provisão?
Resposta:
Para que se possa reconhecer uma provisão, é necessário que:
• exista uma obrigação, legal ou construtiva, e
• seja possível mensurar com fiabilidade a obrigação.
Neste caso, a entidade tem uma obrigação construtiva. Pode estimar a quantia a reco-
nhecer como provisão tendo como base o histórico dos lucros.
466 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Há lugar ao reconhecimento de uma provisão para garantia dos equipamentos?
Resposta:
Para que se possa reconhecer uma provisão é necessário que:
• exista uma obrigação, legal ou construtiva, e
• seja possível mensurar com fiabilidade a obrigação.
Subcontas Comentários
Esta conta evidencia a quantia da obrigação presente da entidade relativa a
29.7 Reestruturação processos de reestruturação (encerrar uma linha de negócios, diversificar a
atividade, etc.)
Esta conta evidencia a quantia de obrigações da entidade que não sejam
29.8 Outras provisões de evidenciar nas subcontas anteriores. Por exemplo, um prémio que seja
atribuído aos trabalhadores em determinadas condições e momentos futuros
Quadro n.º 5.37 – Conta 29 e subcontas
para mais
Reforço da provisão
Alteração da
Provisão
estimativa
para menos
Reversão da provisão
Aplicação
prospetiva
Figura n.ºn.º
Figura 5.54
5.54– –Alteração
Alteraçãode
de estimativa
estimativa
As contas de gastos e reversões de provisões, a utilizar aquando da sua contabilização,
estão definidas
As contasno
decódigo
gastos ede contas:de provisões, a utilizar aquando da sua contabilização,
reversões
estão definidas no código de contas:
Gastos
Gastosdedeprovisão
provisão Reversões
Reversões de provisão
de provisão
67 67 Provisões dodo
Provisões período
período 76 76 Reversões
Reversões
76.3De provisões
76.3 De provisões
67.1 67.1
Impostos
Impostos
76.3.1 Impostos
76.3.1 Impostos
67.2 67.2
Garantias a clientes
Garantias a clientes 76.3.2
76.3.2 Garantias
Garantias a clientes
a clientes
67.3 67.3
Processos judiciais
Processos judiciaisem
emcurso
curso 76.3.3
76.3.3 Processos
Processos judiciais
judiciais em cursoem curso
67.4 67.4
Acidentes dede
Acidentes trabalho
trabalhoeedoenças profissionais76.3.4
doenças profissionais 76.3.4 Acidentes
Acidentes de trabalho
de trabalho e doenças
e doenças profissionais
profissionais
67.5 67.5
Matérias ambientais
Matérias ambientais 76.3.5 Matérias ambientais
76.3.5 Matérias ambientais
67.6 67.6
Contratos onerosos
Contratos onerosos 76.3.6
76.3.6 Contratos
Contratos onerosos
onerosos
67.7 67.7
Reestruturação
Reestruturação 76.3.7
76.3.7 Reestruturação
Reestruturação
67.8 67.8
Outras provisões
Outras provisões 76.3.8 Outras
76.3.8 Outras provisões
provisões
Quadro n.º 5.38 – Contas provisões e reversões
Quadro n.º 5.38 – Contas provisões e reversões
Mensuração
Mensuração
A NCRF 21 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes determina que a
mensuração de uma provisão deve corresponder à melhor estimativa do dispêndio exigido para
liquidar a obrigação presente à data do balanço. Tal implica que a entidade, nessa estimativa, deve:
• Refletir os riscos inerentes aos acontecimentos e circunstâncias. O risco descreve
a variabilidade de desfechos para a mesma situação, um ajustamento do risco pode
justificar aumentar a quantia pela qual é mensurada a provisão.
Exemplo
Resposta:
Neste caso, a entidade deve, no cálculo da estimativa, incorporar também o risco de a
avaria só ser reparada à 2.ª tentativa.
• Refletir a incerteza inerente aos acontecimentos e circunstâncias. A incerteza veri-
fica-se em situações com pouca informação ou informação pouco fiável.
Exemplo
A Construímos Máquinas à Medida, Lda. iniciou a sua atividade no corrente perío-
do e tem como objeto a construção de máquinas por encomenda. Utiliza exclusiva-
mente materiais ecológicos. A sua atividade é inovadora, pelo que não há referência
sobre a percentagem de avarias.
Resposta:
Neste caso, a falta de informação é significativa, devendo a entidade equacionar se é possível
estimar de forma fiável a estimativa da provisão para garantias a clientes.
• Utilizar o método estatístico do «valor esperado» sempre que, na quantificação da
provisão, estejam envolvidos vários acontecimentos com probabilidades de ocor-
rência diferentes.
Exemplo
Em N, a Arranjamos Tudo, Lda. sabe que:
• Se forem detetados defeitos menores em todos produtos vendidos, resultarão
custos de reparação de 1 milhão.
• Se forem detetados defeitos maiores em todos os produtos vendidos, resultarão
custos de reparação de 4 milhões.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
A experiência passada da empresa e as expectativas futuras indicam que, para o ano N+1:
– 75% dos bens vendidos não terão defeito,
– 20% dos bens vendidos terão defeitos menores e
– 5% dos bens vendidos terão defeitos maiores.
Resposta:
Atendendo a estes dados, a provisão deve corresponder à seguinte quantia:
(75% × 0) + (20% × 1 000 000) + (5% × 4 000 000) = 400 000
Sem defeito Defeitos menores Defeitos maiores
A Somos Poluentes, Lda. utiliza um processo produtivo, desde 1990, que produz
resíduos poluentes depositados num dado espaço físico reservado para esse efeito.
Devido a um regulamento comunitário, emitido em N, esses terrenos têm que ser
descontaminados até N+9, ano em que a empresa pretende cumprir tal obrigação.
Os estudos efetuados mostram com um elevado grau de probabilidade que:
• Os dispêndios a efetuar em N+9 ascenderão a 2 000 000 €;
• A taxa de juro descontada dos riscos de avaliação daquela importância será de 3%.
Os estudos efetuados mostram com um elevado grau de probabilidade que:
470 Os Contabilidade
dispêndios aFinanceira
efetuar em janeiro de N+9 ascenderão a 2.000.000 €
Explicada
A taxa de juro descontada dos riscos de avaliação daquela
importância será de 3%
Resposta:
Resposta:
Atendendo aos dados,
Atendendo aos dados,a aestimativa
estimativa aa reconhecer
reconheceremem N corresponde
N corresponde ao estimado
ao valor valor
estimado dosa gastos
dos gastos incorrera em
incorrer
N+9. em N+9. Considerou‐se,
Considerou-se, na do
na contagem contagem doanos
tempo, 10 tempo, 10
(N, N+1,
…., N+9):
anos (N, N+1, …., N+9):
Valor futuro
����� �������� �
�� � ta�a �uro l��u��a��
2.000.000
����� �������� � � �.���.������
�� � 0�0����
===//===
===//==
Refere a norma que não se deve considerar no cálculo da estimativa da provisão:
Refere a norma que não se deve considerar no cálculo da estimativa da
• Perdas operacionais futuras
provisão:
– Uma perda não é um passivo, mas sim um gasto; logo, não deve ser considerada
Perdas operacionais futuras.
no cálculo da estimativa da provisão
o • Uma perda esperada
Alienação não é umde passivo
ativos mas sim um gasto, logo não deve ser
considerada no cálculo da estimativa da provisão
– Mesmo que a entidade, para fazer face a uma obrigação (provisão), aliene ativos
com ganho, tal quantia não deve diminuir a estimativa da provisão.
Alienação esperada de ativos.
• Reembolsos
– Mesmo que a entidade tenha um seguro que cobre um determinado evento, 415por
exemplo, um seguro de acidentes de trabalho, a quantia da provisão não deve ser
diminuída pela quantia a receber do seguro.
Questão:
Contabilize a provisão.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pela constituição da provisão 67.2 29.2 2 000,00
Questão:
Contabilize a implicação na provisão das duas hipóteses.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pelo reforço da provisão 67.3 29.3 5 000
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pela diminuição da provisão 29.3 76.3.3 1 000
472 Caso I.10
Contabilidade – Contabilização
Financeira Explicada de provisão (3)
A Somos Poluentes, Lda. utiliza um processo produtivo, desde 1990, que produz
resíduos poluentes depositados
Caso I.10 –num dado espaço de
Contabilização físico reservado
provisão (3) para esse efeito.
Devido a um regulamento comunitário, emitido em N, esses terrenos têm que ser
A Somos Poluentes, Lda. utiliza um processo produtivo, desde 1990, que produz resí-
descontaminados
duos poluentesaté N+9, anonum
depositados em que
dadoa espaço
empresa pretende
físico cumprir
reservado tal efeito.
para esse obrigação.
Devido a
um regulamento comunitário, emitido em N, esses terrenos têm que ser descontaminados
Os estudos efetuados
até N+10, ano emmostram compretende
que a empresa um elevado grautaldeobrigação.
cumprir probabilidade que:reconheceu
A empresa
Os
a respetiva dispêndios
provisão a efetuar
em dezembro de em
N. janeiro de N+9 ascenderão a 2.000.000 €
A taxa
Os estudos de juro
efetuados descontada
mostram com umdos riscosgrau
elevado de de
avaliação daquela
probabilidade que:importância
será de 3%
• Os dispêndios a efetuar em N+10 ascenderão a 2 000 000 €;
Questão:• A taxa de juro descontada dos riscos de avaliação daquela importância será de 3%.
Contabilize a provisão
Questão:em N e o ajustamento a efetuar em N+1.
2.000.000
����� �������� � � �.���.������
�� � 0�0����
Questão:
Contabilize o pagamento atendendo às 3 hipóteses.
Resposta:
Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 N Pelo uso da provisão 29.3 12.1 5 000,00
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Pelo uso da provisão 29.3 5 000,00
1 N Pela diferença 68.8.8 1 000,00
Pelo pagamento 12.1 6 000,00
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Pelo uso da provisão 29.3 5 000,00
1 N Pela anulação do excesso 76.3.3 1 000,00
Pelo pagamento 12.1 4 000,00
474 Contabilidade Financeira Explicada
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 28 – Benefícios dos empregados
Contas
– 23 Pessoal
– 24 Estado e outros entes públicos
– 27 Outras contas a receber e a pagar
– 28 Diferimentos
– 63 Gastos com o pessoal
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
1 – Enquadramento do tema
Este tema trata dos gastos com o pessoal, que incluem os benefícios dos empregados e
1 - Enquadramento do tema
outros gastos associados. Os benefícios dos empregados integram todas as formas de remune-
ração que
Este uma entidade
tema trata dá aos
dos gastos seus
com empregados
o pessoal emos
que inclui troca do serviço
benefícios prestadoepelos
dos empregados outrosmesmos.
Não integram o âmbito deste tema os serviços prestados por trabalhadores independentes,
gastos associados. Os benefícios dos empregados integram todas as formas de remuneração
que uma entidade dá aos seus empregados em troca do serviço prestado pelos mesmos. Não
ou seja, aqueles que não estão abrangidos por um contrato individual de trabalho.
integram o âmbito deste tema os serviços prestados por trabalhadores independentes, ou seja,
Deaqueles
acordo com
que o Código
não estão Civilpor(art.º
abrangidos 1 152.º),
um contrato o contrato
individual de trabalho é aquele pelo qual
de trabalho.
uma pessoa se obriga, mediante retribuição, a prestar a sua atividade intelectual ou manual
De acordo com o Código Civil (art.º 1152.º) o contrato de trabalho é aquele pelo qual uma
a outrapessoa
pessoa, sob amediante
se obriga, autoridade e direção
retribuição, desta.
a prestar a sua atividade intelectual ou manual a outra
Ospessoa, sob a autoridade e direção desta.
benefícios dos empregados implicam gastos ou passivos para as entidades empregadoras
e estãoOsrelacionados
benefícios doscom questões
empregados contratuais,
implicam gastos oulegais e por
passivos para práticas informais.
as entidades Sãoetambém
empregadoras
considerados como benefícios
estão relacionados dos empregados
com questões as remunerações
contratuais, legais dos órgãos
e por práticas informais. detambém
São administração
e/ou gerência dascomo
considerados entidades, mesmo
benefícios que simultaneamente
dos empregados as remuneraçõessejam detentores
dos órgãos do capital.
de administração
e/ou gerência das entidades, mesmo que simultaneamente sejam detentores do capital.
Os benefícios dos empregados podem assumir natureza corrente como ordenados,
subsídios (férias, Natal,
Os benefícios entre outros),
dos empregados segurosnatureza
podem assumir de acidentes
correntede trabalho,
como contribuições
ordenados, subsídios para
(férias, natal, entre outros), seguros de acidentes de trabalho, contribuições para a segurança
a segurança social, indemnizações por cessação do contrato de trabalho, gastos de ação so-
social, indemnizações por cessação do contrato de trabalho, gastos de ação social, etc. Podem
cial, etc. Podem
assumir assumir
natureza natureza
não corrente não corrente,
nomeadamente nomeadamente
os beneficios pós-reforma.os beneficios pós-reforma.
Salário, ordenados
Contribuições para a segurança social
Seguros de acidentes de trabalho
Seguros de vida durante e pós‐emprego
Participações nos lucros
Indemnizações
Instrumentos financeiros de capital próprio
Etc.
2 – Enquadramento contabilístico
A NCRF 28 – Benefícios dos empregados tem como objetivo prescrever a contabiliza-
ção dos benefícios dos empregados e deve ser aplicada por uma entidade empregadora na
421
476 Contabilidade Financeira Explicada
86 - Relativamente às importâncias recebidas a título de ajudas de custo, abonos de viagem, despesas de transpor-
te, abonos de instalação e outras equivalentes, o Código do Trabalho não considera retribuição, salvo quando tais
deslocações ou despesas frequentes, na parte que exceda os respetivos montantes normais, tenham sido previstas no
contrato ou se devam considerar pelos usos como elemento integrante da retribuição do trabalhador (artigo 260.º).
478 Contabilidade Financeira Explicada
A entidade X tem definido como política salarial a distribuição pelos seus empregados
de 5% do lucro obtido pela empresa em cada período económico.
Exemplo de bónus:
A entidade X tem definido como política salarial a oferta de uma viagem aos em-
pregados mais assíduos e pontuais.
Reconhecimento e mensuração
Todos os benefícios a curto prazo são reconhecidos como gastos do período em que os
empregados prestam serviço para a entidade. As entidades também incorrem em passivos
referentes a esses benefícios, nomeadamente as retenções efetuadas aos empregados. No
reconhecimento destes benefícios aos empregados existe um enquadramento legal que
abrange legislação contabilística, laboral, fiscal e parafiscal (caso da Segurança Social).
• Formação
• Etc.
Todas as entidades que tenham trabalhadores ao seu serviço têm que efetuar mensal-
mente o processamento dos vencimentos, e que consiste no apuramento das respetivas
remunerações ilíquidas (brutas) e na determinação dos valores a pagar aos trabalhadores,
ao Estado e outras entidades. Para um correto processamento é necessário que as entidades
tenham implementado sistemas de controlo, de forma a apurar, entre outras, as seguintes
informações: faltas, tipos de faltas (justificadas/não justificadas), remunerações variáveis
(horas extras, comissões, ajudas de custo, compensação por deslocação em viatura própria,
prémios, etc.), remunerações em espécie (habitação, viatura, etc.).
Após a determinação das remunerações brutas de cada trabalhador, as entidades têm que
quantificar os diversos descontos a efetuar, ao Estado (obrigatórios) e a outras entidades,
como, por exemplo, os sindicatos (facultativos).
Os descontos obrigatórios a que os vencimentos dos trabalhadores estão sujeitos são:
• Imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares – IRS
• Segurança Social
• Outros descontos
• As ajudas de custo
• As importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em serviço da enti-
dade patronal
• Indemnizações ou outras importâncias recebidas por cessação de contrato de trabalho.
Os subsídios de férias e de Natal são sempre objeto de retenção autónoma, ou seja, não
são adicionados às remunerações dos meses respetivos. De salientar ainda que a importân-
cia apurada mediante as taxas de retenção é arredondada para a unidade de euro inferior.
Segurança Social
De acordo com a atual legislação da Segurança Social, os descontos incidem sobre o
valor das remunerações, são obrigatórios e recaem sobre os trabalhadores e sobre as enti-
dades empregadoras.
Existem vários regimes contributivos do sistema previdencial, no entanto apenas se refere
o regime geral dos trabalhadores por conta de outrem e o dos membros dos órgãos estatu-
tários das pessoas coletivas e entidades equiparáveis (diretores, administradores e gerentes).
À semelhança do IRS, a base de incidência contributiva, quer para os trabalhadores,
quer para as entidades empregadoras, integra a remuneração ilíquida devida ao abrigo de
contrato de trabalho ou decorrente da sua cessação.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
As taxas contributivas (Taxa Social Única – TSU) têm sofrido diversas alterações ao
longo dos anos. Atualmente, quer para o regime geral quer para o regime dos membros
das pessoas coletivas que exerçam funções de gerência, as taxas em vigor são as seguintes:
Contribuintes Tipo Taxa
Trabalhadores Quotização 11%
Entidades Contribuição 23,75%
88 - Nos mesmos termos previstos no CIRS, ou seja, na parte que excedam os limites legais previstos.
482 Contabilidade Financeira Explicada
Outros descontos
Estes descontos abrangem os de natureza obrigatória (legal ou contratual) e os de na-
tureza voluntária.
Exemplos de descontos de natureza obrigatória:
• Penhora de salários
• Indemnizações devidas pelo trabalhador à entidade empregadora
• Etc.
Exemplos de descontos de natureza voluntária:
• Quota do sindicato
• Etc.
Esquematicamente, o processamento das remunerações traduz-se na seguinte figura:
Vencimento
ilíquido
(-) IRS
(-) Segurança
Social
(-) Sindicato
(-) Outros descontos
(-)Vencimento
líquido
Figura n.º 5.56 – Vencimento ilíquido versus líquido
Subcontas Comentários
– Registam-se nestas contas as cauções resultantes de depósitos de
23.7 Cauções
garantias em dinheiro, requeridas por lei, pelos estatutos ou por
23.7.1 Dos órgãos sociais
outro regulamento, prestados pelo pessoal ou pelos membros dos
23.7.2 Do pessoal
órgãos sociais da entidade
23.8 Outras operações
– Registam-se nestas contas outras operações com o pessoal e os órgãos
23.8.1 Com os órgãos sociais
sociais que não se encontrem especificadas noutras contas
23.8.2 Com o pessoal
23.9 Perdas por imparidade – Regista as perdas por imparidade acumuladas referentes a créditos
acumuladas sobre os órgãos sociais ou pessoal
Quadro n.º 5.40 – Conta 23 – Pessoal
A conta 24 – Estado e outros entes públicos regista o imposto retido na fonte dos
rendimentos do trabalho dependente, as contribuições para a segurança social e outros tri-
butos. Esta conta decompõe-se nas seguintes subcontas, podendo cada entidade desdobrar
as contas de acordo com as suas necessidades:
Conta 24 – Estado e outros entes públicos
Subcontas Comentários
– Esta conta movimenta a crédito o imposto que tenha sido retido na fonte
24.2 Retenção de impostos
relativamente a rendimentos pagos a sujeitos passivos de IRC ou de IRS,
sobre o rendimento
devendo ser subdividida de acordo com a natureza dos rendimentos
– Regista-se nesta conta o imposto retido na fonte relativo a rendimentos
24.2.1 Trabalho dependente
do trabalho dependente
– Esta conta movimenta a crédito as importâncias a entregar à Segurança
24.5 Contribuições para a
Social decorrentes das contribuições da entidade empregadora e das
Segurança Social
deduções efetuadas aos trabalhadores
– Esta conta regista outros valores de tributação que não se enquadrem
em nenhuma das contas anteriores, designadamente os Fundos de
24.8 Outras tributações
Compensação do Trabalho e o Fundo de Garantia de Compensação
do Trabalho
Quadro n.º 5.41 – Contas 24 associadas a gastos com pessoal
Subcontas Comentários
– Regista as responsabilidades da entidade perante os seus trabalha-
27.3 Benefícios pós-emprego
dores ou perante a sociedade gestora de um fundo autónomo
– Registam-se nesta conta outras operações referentes a contas a rece-
27.8 Outros devedores e credores
ber e a pagar que não se encontrem especificadas noutras contas
Quadro n.º 5.42 – Subcontas 27 associadas a gastos com pessoal
A conta 63 – Gastos com o pessoal regista os gastos com o pessoal e decompõe-se nas
seguintes subcontas, que, como já referimos, podem ser subdivididas de forma mais detalhada:
Conta 63 – Gastos com o pessoal
Subcontas Comentários
Esta conta regista os gastos com as remunerações ilíquidas dos órgãos
sociais, tais como administração, gerência, direção, etc. Compreendem-se
63.1 Remunerações dos órgãos
no conceito de remuneração os salários, subsídio de alimentação, subsí-
sociais
dio de Natal, subsídio de férias, prémios, comissões, isenção horário de
trabalho, gratificações, ajudas de custo, etc.
Esta conta regista os gastos com as remunerações ilíquidas do pessoal.
Compreendem-se no conceito de remuneração os salários, subsídio de ali-
63.2 Remunerações do pessoal mentação, subsídio de Natal, subsídio de férias, prémios, comissões, isenção
de horário trabalho, gratificações, ajudas de custo, horas extraordinárias e
quaisquer outras remunerações em meios monetários ou em espécie
Registam-se nesta conta esquemas complementares ou alternativos à
63.3 Benefícios pós-emprego
segurança social e que são pagáveis após a conclusão de emprego
Respeita aos prémios da natureza em epígrafe destinados a entidades ex-
63.3.1 Prémios para pensões ternas, a fim de que estas venham a suportar oportunamente os encargos
com o pagamento de pensões ao pessoal
Esta conta, que regista os gastos com benefícios pós-emprego relacionados
com responsabilidades assumidas pela entidade para com os seus traba-
63.3.2 Outros benefícios lhadores ou perante a sociedade gestora de um fundo autónomo, poderá
incluir despesas, tais como despesas de saúde pós-emprego, despesas com
seguros pós-emprego etc.
Esta conta regista os gastos com indemnizações com o pessoal e com
63.4 Indemnizações os órgãos sociais. Compreende, nomeadamente, as indemnizações por
despedimento
63.5 Encargos sobre remune- Esta conta regista os encargos sobre as remunerações do pessoal e dos
rações órgãos sociais suportados pela entidade patronal
63.6 Seguros de acidentes no Esta conta regista os encargos com seguros de acidentes no trabalho e
trabalho e doenças profissionais doenças que a entidade suporta a favor dos seus trabalhadores
Esta conta regista os gastos com ação social dos trabalhadores e familia-
63.7 Gastos de ação social res, como, por exemplo, os encargos com creches, cantinas e refeitórios,
atividades culturais, etc.
Esta conta regista os outros gastos com o pessoal e com os órgãos so-
63.8 Outros gastos com o ciais que não se encontrem especificados noutras contas. Compreende,
pessoal nomeadamente, os gastos com formação, recrutamento e fardamento
dos trabalhadores
Quadro n.º 5.43 – Conta 63 – Gastos com pessoal
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Débito Crédito
23.1 Quantias líquidas apuradas no processamento
24 Estado e outros entes públicos
63 Gastos com o pessoal
23.2 Adiantamentos
27.8 Outros devedores e credores (sindicatos)
2.ª fase – pelo processamento dos encargos sobre remunerações (parte patronal), dentro
do mês a que respeitem:
• Débito da respetiva rubrica em 63.5 – Gastos com o pessoal – Encargos sobre re-
munerações
• Crédito das subcontas de 24.5 – Estado e outros entes públicos – Contribuições
para a Seguranças Social que respeitem as contribuições patronais
Débito Crédito
Estado e outros entes públicos – Contribuições para
63.5 Gastos com o pessoal 24.5
a Segurança Social
Débito Crédito
23.1 Quantias líquidas apuradas no processamento
24 Estado e outros entes públicos 11/12 Meios monetários
27.8 Outros devedores e credores (sindicatos)
Regime Taxa
Regime membros órgãos estatutários pessoas coletivas/sócio-gerente 23,75%
Regime geral/escriturário 23,75%
Questão:
Pretende-se a contabilização:
1) Do processamento dos vencimentos relativos ao mês de junho do ano N – 30/6/N.
2) Dos respetivos encargos sobre remunerações – 30/6/N.
3) Do pagamento por transferência bancária aos empregados – 30/6/N.
4) Do pagamento às diversas entidades por transferência bancária dos montantes reti-
dos – 20/7/N.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• M. Pereira – cálculo do vencimento ilíquido, líquido e respetivos descontos.
2) Classificação contabilística
Questão:
Pretende-se a contabilização no ano N do seguro.
Resposta:
1) Cálculo
Como o seguro compreende o período entre o ano N e o ano N+1, é necessário pro-
ceder ao cálculo da quantia correspondente a cada ano de acordo com o pressuposto do
regime de acréscimo.
Ano N: 2 400 € / 12 meses x 7 meses = 1 400 €
Ano N+1: 2 400 € / 12 meses x 5 meses = 1 000 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Seguro referente 1/6/N a 31/12/N 63.6 1 400
1 Jun N Seguro referente 1/1/N+1 a 31/5/N+1 28.1 1 000
Pagamento do seguro 12.1 2 400
Questão:
Pretende-se a contabilização da renda de casa para habitação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Cálculo do valor da renda a pagar ao senhorio
1 000,00 Valor renda mensal
- 250,00 Retenção na fonte à taxa de 25%
750,00 Valor a pagar ao senhorio
• Cálculo dos encargos com a segurança social
Trabalhador - 11% 1 000 € x 11% = 110 €
Empresa – 23,75% 1 000 € x 23,75% = 237,50 €
• Este benefício não monetário está dispensado de retenção na fonte (artigo 99.º do
CIRS).
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Retenção de imposto sobre o rendimento 24.2.x – IRS prediais
Contribuições para a segurança social 24.5 – Segurança social
Outros devedores e credores 27.8.1 – Senhorio X
Gastos com o pessoal 63.2.x - Benefícios não monetários
Gastos com o pessoal 63.5 - Encargos sobre remunerações
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Reconhecimento do recibo da renda 63.2.x 1 000,00
1 IRS prediais 24.2.x 250,00
Senhorio X 27.8.x 750,00
2 Encargos patronais relativos à renda 63.5 24.5 237,50
3 Encargo do trabalhador (a) 63.2.x 24.5 110,00
a) O benefício não monetário do trabalhador é a totalidade da renda (1 000 €). O valor da TSU relativa
ao trabalhador (110 €) pode ser considerado como um gasto da empresa.
Adiantamentos
As entidades por vezes fazem entregas adiantadas aos seus colaboradores, quer por conta de
remunerações futuras, quer por conta de despesas a efetuar por conta das próprias entidades.
Quando esta entrega é feita por conta de remunerações futuras, tem a natureza de um
empréstimo. No mês, ou meses seguintes, a empresa deduz às remunerações a pagar parte
ou a totalidade desse adiantamento.
Nos casos dos adiantamentos efetuados para fazer face a despesas relacionadas com a
própria entidade, não têm a natureza de empréstimo, mas sim da entrega de uma quantia
para fazer face a pagamentos por conta da empresa. Estas entregas são regularizadas aquando
a apresentação dos documentos justificativos dos gastos suportados. Este assunto foi tratado
no tema A - Meios Monetários (conta Caixa).
• Vencimento 1 000,00 €
• Retenção na fonte de IRS (15%) 150,00 €
• Quotização Segurança Social (11%) 110,00 €
• Remunerações a pagar ao pessoal 740,00 €
• Encargos patronais – Contribuições para a Segurança Social (23,75%) 237,50 €
Questão:
Pretende-se a contabilização da:
1) Atribuição do adiantamento sobre o ordenado ao colaborador AA;
2) Atribuição do adiantamento para despesas por conta da empresa;
3) Regularização dos adiantamentos.
492 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Caixa 11.1 - Caixa
Depósitos à ordem 12.1 – Banco Sul
Remunerações a pagar 23.1.2 – Pessoal
Adiantamentos 23.2.2 – Pessoal
Outras operações 23.8.2 – Com o pessoal
Retenção de imposto sobre o rendimento 24.2.1 – IRS trabalho dependente
Contribuições para a segurança social 24.5 – Segurança social
Fornecimentos e serviços externos 62.x – Gastos diversos
Gastos com o pessoal 63.2 - Remunerações do pessoal
Gastos com o pessoal 63.5 - Encargos sobre remunerações
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Adiantamento por conta de remunerações 23.2.2 12.1 100,00
10 mar N
2 Adiantamento para despesas 23.8.2 12.1 150,00
Documentos justificativos das despesas 62.x 125,00
3 30 mar N Devolução do excedente 11.1 25,00
Regularização adiantamento para despesas 23.8.2 150,00
Processamento remunerações 63.2 1 000,00
IRS 24.2.1 150,00
4
TSU 24.5 110,00
31 mar N Remuneração líquida 23.1.2 740,00
5 Regularização do adiantamento 23.1.2 23.2.2 100,00
6 Encargos patronais 63.5 24.5 237,50
7 Pagamento - Pessoal 23.1.2 12.1 640,00
• Férias
• Subsídios de férias
• Encargos patronais (segurança social)
• Seguros
Questão:
Pretende-se:
1) O cálculo da estimativa dos encargos com as férias relativas ao ano N;
2) A contabilização em 31/12/N da estimativa dos encargos com férias;
3) A contabilização do processamento e pagamento das férias e subsídio de férias.
Resposta:
1.1) Cálculo da estimativa dos encargos com férias
Os encargos com férias integram a remuneração correspondente ao período de férias,
subsídio de férias e as contribuições para a segurança social. Assim:
Órgãos sociais
Encargos Real Estimativa Diferença
Férias e subsídio de férias 20 000,00 € 21 000,00 € - 1 000,00 €
Encargos patronais (23,75%) 4 750,00 € 4 987,50 € - 237,50 €
Total 24 750,00 € 25 987,50 € - 1 237,50 €
Relativamente aos órgãos sociais, verifica-se que a estimativa foi maior que o real. Esta
diferença negativa afeta os resultados do ano N+1.
Pessoal
Encargos Real Estimativa Diferença
Férias e subsídio de férias 42 000,00 € 40 000,00 € 2 000,00 €
Encargos patronais (23,75%) 9 975,00 € 9 500,00 € 475,00 €
Total 51 975,00 € 49 500,00 € 2 475,00 €
A estimativa relacionada com o pessoal foi insuficiente. A diferença é considerada como
gasto no ano N+1.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Férias e subsídio de férias 63.1.x 21 000,00
1 Encargos 63.5 4 987,50
Encargos com férias - órgãos sociais 27.2.2.1 25 987,50
31 dez N
Férias e subsídio de férias 63.2.x 40 000,00
2 Encargos 63.5 9 500,00
Encargos com férias - pessoal 27.2.2.2 59 500,00
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Processamento encargos com férias – órgãos sociais 27.2.2.1 21 000,00
Correção da estimativa (redução) 63.1.x 1 000,00
3 IRS 24.2.1 3 000,00
TSU 24.5 2 200,00
31 jul
Vencimento líquido 23.1.1 14 800,00
N+1
Encargos patronais - O. sociais 27.2.2.1 4 987,50
4 Correção da estimativa (redução) 63.5 237.50
TSU 24.5 4 750,00
5 Pagamento aos órgãos sociais 23.1.1 12.1 14 800,00
496 Contabilidade Financeira Explicada
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Processamento encargos com férias – pessoal 27.2.2.2 40 000
Correção da estimativa (acréscimo) 63.2.x 2 000
6 IRS 24.2.1 6 300
TSU 24.5 4 620
31 jul N+1
Vencimento líquido 23.1.2 31 080
Encargos patronais - pessoal 27.2.2.2 9 500
7 Correção da estimativa (acréscimo) 63.5 475
TSU 24.5 9 975
8 Pagamento ao pessoal 23.1.2 12.1 31 080
Pessoal
Estimativa da gratificação 50 000 €
Retenção na fonte de IRS (valor médio de 15%) 7 500 €
Quotização Segurança Social (11%) ---
Remunerações a pagar ao pessoal 42 500 €
Encargos patronais – Contribuições para a Segurança Social (23,75%) ---
Questão:
Pretende-se:
1) A contabilização da estimativa da gratificação no ano N;
2) A colocação à disposição da gratificação em abril de N+1;
3) O pagamento da gratificação em maio de N+1.
Resposta:
A empresa reconhece a gratificação como gasto do período, pois cumpre o estabelecido
na norma:
a) A quantia foi estimada com base numa percentagem sobre os lucros esperados.
b) Existe uma obrigação construtiva, por ser prática corrente da empresa atribuir to-
dos os anos gratificações.
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Dez N Gratificações ao pessoal 63.2.x 27.2.2.1 50 000
Atribuição da gratificação 27.2.2.1 50 000
2 Abr N+1 IRS 24.2.1 7 500
Gratificação líquida 23.1.2 42 500
3 Mai N+1 Pagamento gratificação 23.1.2 12.1 42 500
Fundos de compensação
As entidades empregadoras têm que contribuir com 1% sobre o vencimento mensal de todos
os trabalhadores contratados a partir de 1 de outubro de 2013 (com exceção dos contratos de
muito curta duração). A contribuição mensal é efetuada para os seguintes fundos autónomos:
• Fundos de Compensação do Trabalho (FCT);
• Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT).
O FCT é um fundo autónomo, dotado de personalidade jurídica e gerido por um
Conselho de Gestão. É um fundo de capitalização individual financiado pelas entidades
empregadoras por meio de contribuições mensais. Estas contribuições constituem uma
poupança a que se encontram vinculadas, com vista ao pagamento de até 50% do valor da
compensação a que os trabalhadores abrangidos pelo novo regime venham a ter direito
na sequência da cessação do contrato de trabalho. A comparticipação para este fundo é de
0,925% sobre o salário base e diuturnidades dos trabalhadores.
O FGCT é um fundo autónomo, dotado de personalidade jurídica e gerido por um
Conselho de Gestão. É um fundo mutualista, financiado pelas entidades empregadoras por
meio de contribuições mensais e que visa garantir o valor necessário à cobertura de metade
do montante da compensação devida pela cessação do contrato de trabalho. A compartici-
pação para este fundo é de 0,075% sobre o salário base e diuturnidades dos trabalhadores.
O pagamento aos respetivos fundos é efetuado no mês seguinte a que dizem respeito,
dentro do prazo estipulado pela lei.
Pessoal
Trabalhadores contratados antes da Lei – Vencimentos base mensais 8 000 €
Trabalhadores contratados após a Lei - Vencimentos base mensais 10 000 €
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pretende-se:
1) O cálculo das contribuições a efetuar para cada fundo:
2) A contabilização da contribuição mensal para o FCT;
3) A contabilização da contribuição mensal para o FGCT;
4) O pagamento aos respetivos fundos no mês seguinte.
Resposta:
1) Cálculo da comparticipação
A empresa tem que contribuir para o FCT e FGCT com base nos valores mensais dos traba-
lhadores cuja contratação ocorreu após a entrada em vigor da lei. A contribuição não incide sobre
os trabalhadores cuja contratação ocorreu em data anterior à entrada em vigor desta legislação.
Cálculos do valor da comparticipação:
Fundo Comparticipação
FCT Vencimento base: 10 000 € x 0,925% = 92,50 €
FGCT Vencimento base: 10 000 € x 0,075% = 7,50 €
O valor total e mensal da comparticipação da empresa para os referidos fundos é de 100 €.
Observações:
1. As entregas mensais para o FCT, efetuadas pela entidade empregadora, devem ser
reconhecidas como um ativo financeiro dessa entidade, mensurado pelo justo va-
lor, com as respetivas variações reconhecidas em resultados, considerando-se que o
valor das unidades de participação divulgado pela entidade gestora do fundo poderá
ser um referencial prático para o efeito.
2. As entregas mensais para o FGCT, efetuadas pela entidade empregadora, devem ser
reconhecidas como gasto do período a que respeitam, utilizando-se, para o efeito,
uma subconta apropriada da conta 63.5 – Gastos com o pessoal – Encargos sobre
remunerações, com o título Fundo de garantia de compensação do trabalho.
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Set N Contribuição para o FCT 41.5.x 24.8.x 92,50
2 Set N Contribuição para o FGCT 63.5.x 24.8.x 7,50
3 Out N Pagamento das contribuições 24.8.x 12.1 100,00
Benefícios pós-emprego
São benefícios dos empregados pagáveis após a conclusão do emprego. Uma das causas
da caducidade do contrato de trabalho é a reforma do trabalhador por velhice ou invalidez.
Nestas situações os trabalhadores podem beneficiar destes benefícios sempre que as entidades
empregadoras tenham, por opção, atribuído esses benefícios pós-emprego.
Estes benefícios são pagáveis após a conclusão do emprego (reforma ou pré-reforma) e não
são considerados benefícios de cessação de emprego e de compensação em capital próprio.
Os benefícios pós-emprego incluem:
a) Benefícios de reforma
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
A entidade X constituiu um fundo de pensões para todos os seus empregados com
as seguintes características: entidade gestora: empresa de seguros; contribuição: va-
lor mensal definido (5% sobre os vencimentos) e suportado exclusivamente pela
entidade empregadora; benefícios: pagamento mensal aos empregados a partir da
idade da reforma sob a forma de pensão e cujo valor resulta das contribuições efe-
tuadas e respetivo rendimento acumulado.
Exemplo:
A entidade X constituiu um fundo de pensões para todos os seus empregados, cujas
características são as seguintes: entidade gestora: X; contribuição: valor variável e
suportado exclusivamente pela entidade empregadora; benefícios: pagamento mensal
de 10% do salário aos empregados a partir da idade da reforma sob a forma de pensão.
O quadro seguinte sintetiza as características dos tipos de planos de pensões apresentados:
Incidência do
Critério Classificação Descrição
risco do plano
• Benefícios resultantes das contribuições
Contribuição efetuadas e respetivo rendimento acumu-
Beneficiários
definida lado
Garantias • Contribuições previamente definidas
• Benefícios previamente definidos
Benefício
• Contribuições calculadas para garantir Entidades
definido
aqueles benefícios
• Quando existe financiamento dos partici-
Contributivo
pantes do plano
Financiamento ---
Não • Financiamento efetuado exclusivamente
contributivo pela entidade
Quadro n.º 5.45 – Planos de pensões
502 Contabilidade Financeira Explicada
A quantia reconhecida como um passivo deve ser o total líquido das seguintes quantias:
• O valor presente da obrigação de benefícios definidos à data do balanço;
• Menos o justo valor à data do balanço dos ativos do plano (se os houver) dos quais
as obrigações devem ser liquidadas diretamente.
Estes benefícios aos empregados podem ser originados pela legislação, por acordos
contratuais ou outros com empregados ou os seus representantes, ou por uma obrigação
construtiva baseada na prática da entidade.
Exemplo 1:
A entidade X não renovou o contrato de trabalho a termo que celebrou com o
trabalhador Y. De acordo com a legislação laboral, a entidade tem que pagar uma
compensação ao trabalhador pela não renovação do contrato de trabalho.
Exemplo 2:
A entidade X está num processo de restruturação e pretende diminuir os seus recur-
sos humanos. O trabalhador Z aceitou a saída voluntária mediante o recebimento
de uma indemnização.
Neste tipo de benefícios, o acontecimento que dá origem a uma obrigação é a cessação
do contrato, em vez do serviço prestado pelo empregado.
Benefícios de cessação de
emprego (terminus)
Figura
Figura n.ºn.º 5.57
5.57 – Compensação
– Compensação por cessação
por cessação de trabalho
de trabalho (indemnizações)
(indemnizações)
Questão:
Pretende-se a contabilização em 30/9/N:
1) Do processamento do vencimento do mês;
2) Dos encargos sobre remunerações;
3) Do pagamento das remunerações.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• B. Brito - cálculo do vencimento ilíquido, líquido e respetivos descontos
a) Cálculo:
– Vencimento: 900 € - 30 € = 870 €
– Subsídio alimentação: 5 € - 4 € = 1 € x 20 dias = 20 €
– Cálculo IRS: 870 € + 20 € = 890 € x 12% = 106,80 € = 106 € (Nota: o IRS
é arredondado para a unidade de euros inferior)
b) Cálculo:
– Subsídio de natal: 675 € x 12% = 81 €
– Subsídio de férias: 675 € x 12% = 81 €
Nota: como referido, o cálculo do IRS sobre o subsídio de Natal e de férias
é autónomo
c) Cálculo:
– Vencimento: 900 € - 30 € = 870 €
– Subsídio alimentação: 5 € - 4 € = 1 € x 20 dias = 20 €
– Subsídio natal e subsídio de férias: 675 € + 675 € = 1 350 €
– Valor segurança social: 900 € - 30 € + 20 € + 1 350 € = 2 240 € x 11% = 246,40 €
• Cálculo dos encargos patronais: 900 € - 30 € + 20 € + 1 350 € = 2 240 € x 22,30%
= 499,52 €
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Processamento vencimento setembro 63.2.1 870,00
Subsídio alimentação 63.2.2 100,00
Subsídio de Natal 63.2.3 675,00
Subsídio de férias 63.2.4 675,00
1 30 set N
Indemnizações 63.4 600,00
Vencimento líquido 23.1.2 2 405,60
IRS 24.2.1 268,00
TSU 24.5 246,40
2 Encargos patronais 63.5 24.5 499,52
30 jun N
3 Pagamento vencimento - B. Brito 23.1.1 12.1 2 405,60
Exemplo:
A entidade X acordou com os seus empregados que uma parte da remuneração
seria através de ações da própria entidade.
Não está estabelecido na NCRF 28 qualquer critério de reconhecimento e mensuração
destes benefícios.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
K. Contratos de construção
Assuntos tratados
– Conceito de contratos de construção
– Método da percentagem de acabamento
– Método do lucro nulo
– Contratos onerosos
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 19 – Contratos de construção
– NCRF 21 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
Contas
– 12 Depósitos à ordem
– 21 Clientes
– 27 Outras contas a receber e a pagar
– 28 Diferimentos
– 29 Provisões
– 67 Provisões do período
– 72 Prestações de serviços
temática está contemplada na NCRF 19 – Contratos de construção.
1 - Enquadramento
Início do contrato do tema
31/12/ N 31/12/ N+1
Término do contrato
Durante o contrato:
2 - Enquadramento
contabilístico
Reconhece o rédito e os custos do contrato (à data de balanço e no términus do contrato)
Reconhece eventuais alterações
NCRF 19 ContratoFigura
de construção
Figura n.º
n.º5.58–
5.58 Contrato de construção
– Contrato (ciclo(ciclo
de construção de vida)
de vida)
Cliente
O que pode ser traduzido na seguinte figura: Construtor
Questão:
A atividade da Constrói no que se refere à construção de apartamentos para venda
corresponde ao conceito de contratos de construção?
Resposta:
A construção de apartamentos para posterior venda não corresponde ao conceito de
contrato de construção porque não existe um contrato prévio que assegure a sua venda
após a construção. O risco da construção e posterior venda pertence exclusivamente ao
construtor. Os apartamentos construídos integram o conceito de inventários.
Questão:
Pode a entidade contratada aplicar a NCRF 19?
Resposta:
Neste caso estamos perante um contrato de construção porque existe um contrato
especificamente negociado para a construção de um ativo.
A Constrói terá de aplicar o prescrito na NCRF 19 para o apuramento do rédito deste
contrato à data de balanço.
Questão:
O projeto de arquitetura corresponde ao conceito de contrato de construção?
Resposta:
Não, pois trata-se da contratação de um serviço. Um contrato de construção tem como
objeto a construção de um ativo ou combinação de ativos.
===//===
510 Contabilidade Financeira Explicada
Os contratos de construção
Os contratos podem
de construção apresentar
podem as seguintes
apresentar tipologias:
as seguintes tipologias:
Tipo de contrato
A entidade contratada concorda com um preço fixado ou A entidade contratada é reembolsada por custos
com uma taxa fixada por unidade de output que, nalguns permitidos ou de outra forma definidos mais uma
casos, está sujeito a cláusulas de custos escalonados percentagem destes custos ou uma remuneração
fixada
Tipologia Exemplos
• Custos de mão de obra, incluindo supervisão
• Custos de materiais usados na construção
• Depreciação de ativos fixos tangíveis utilizados no contrato
• Custos de movimentar os ativos fixos tangíveis e os materiais
para e do local do contrato
• Especificamente relacionados com o • Custos de alugar instalações e equipamentos
contrato • Custos de conceção e de assistência técnica que estejam dire-
tamente relacionados com o contrato
• Custos estimados de retificar e garantir os trabalhos, incluindo
os custos esperados de garantia (para os quais se reconhece
uma provisão de garantia a clientes)
• Reivindicações de terceiras partes
• Seguros
• Relacionados com a atividade da en- • Os custos de conceção e assistência técnica que não estejam
tidade contratada, desde que possam diretamente relacionados com um contrato específico
ser imputados • Gastos gerais de construção
• Custos de empréstimos obtidos nos termos da NCRF 10
• Outros custos que sejam especifi- • Alguns custos gerais administrativos
camente debitáveis ao cliente nos • Custos de desenvolvimento para os quais o reembolso esteja
termos do contrato especificado nos termos do contrato
Quadro n.º 5.46 – Custos do contrato
Não podem, nos termos da norma, ser considerados como custos do contrato:
• Custos administrativos gerais cujo reembolso não esteja especificado no contrato;
• Custos de alienação
• Custos de pesquisa e desenvolvimento cujo reembolso não esteja especificado no contrato
• Depreciação de instalações e equipamentos ociosos que não sejam usados num con-
trato particular.
A quantificação dos custos de cada obra poderá ser ser feita com o apoio da contabilidade
analítica, por forma a apurar os custos incorridos em cada período e acompanhar o seu progresso.
Questão:
Indique, com base na relação de custos acima referidos, qual a quantia a imputar à
construção da moradia.
Resposta:
Custos imputados
Rubricas Total
Apartamentos Moradia
Mão de obra total 100 000 90 000 10 000
Materiais diversos 800 000 760 000 40 000
Depreciação de ativos 200 000 196 000 4 000
Seguros 5 000 4 900 100
Os gastos administrativos, em regra, são
Gastos administrativos 10 000
gastos do período e não custo dos produtos
Total 1 115 000 1 050 900 54 100
Rédito do contrato
O rédito do contrato corresponde à quantia inicial acordada e o resultante de eventuais
alterações ao acordo. Deste modo inclui-se no rédito do contrato:
• a quantia inicial de rédito acordada no contrato; e
• as variações no trabalho, reclamações e pagamentos de incentivos do contrato:
– até ao ponto que seja provável que resultem em rédito; e
– estejam em condições de ser fiavelmente mensurados.
As variações no trabalho tanto podem originar acréscimo como decréscimo no rédito
do contrato. Estas variações resultam de:
• Trabalhos realizados a pedido do cliente;
• Incentivos a receber, ou penalizações, pelo nível de desempenho;
• Reembolso de custos;
• Acordo entre as partes.
Questão:
Indique qual a quantia total de rédito a considerar no final da obra, admitindo que:
a) a obra foi terminada com 3 meses de antecipação;
b) a obra foi terminada com 4 meses de atraso;
c) a obra foi terminada no prazo acordado.
Resposta:
Rédito do contrato
Rubricas Antes do prazo Após o prazo
No prazo
(3 meses) (4 meses)
Quantia inicial 10 000 000 10 000 000 10 000 000
Cláusulas compensatórias --- 500 000 ---
Cláusulas indemnizatórias --- --- (800 000)
Trabalhos adicionais 400 000 400 000 400 000
Total 10 400 000 10 900 000 9 600 000
Para que uma entidade esteja em condições de fazer estimativas fiáveis, o contrato deve
estabelecer:
(a) Os direitos a cumprir por cada parte no que respeita ao ativo a ser construído;
(b) A retribuição a ser trocada; e
(c) A forma e o prazo de liquidação.
Questão:
Indique qual a percentagem de acabamento a considerar no final:
a) de N;
b) de N+1.
Resposta:
Para cálculo da percentagem de acabamento relacionam-se os custos incorridos até à
data em relação aos custos totais estimados:
a) Cálculo da percentagem de acabamento no final do ano N:
Custos incorridos até N = 200 000 x 100 = 40%
Custos totais estimados 500 000
Questão:
Indique o rédito a considerar nos anos N e N+1.
Resposta:
O rédito a considerar em cada ano deverá corresponder à percentagem de acabamento
do respetivo ano, deduzindo o rédito já considerado em períodos anteriores.
• Ano N = Valor do contrato × % de acabamento = 700 000 x 40% = 280 000 €
• Ano N+1 = Valor do contrato × % de acabamento – rédito já reconhecido =
700 000 x 100% = 700 000 – 280 000 = 420 000.
Custo total
Preço estabelecido
Contratos Início das obras Conclusão das obras acumulado
(1 0003 €)
(1 0003 €)
Contrato 1 Janeiro N Dezembro de N + 2 80 40
Contrato 2 Janeiro N Dezembro de N + 3 70 50
Contrato 3 Janeiro N+1 Dezembro de N + 1 90 60
Sabe-se ainda que cada contrato apresenta os seguintes custos incorridos acumulados e
as respetivas fases de acabamento (percentagens) à data de balanço.
Questão:
Determine os réditos e os gastos de cada contrato a reconhecer em cada período, de
acordo com o método da percentagem de acabamento.
Resposta:
Contrato 1
Rubrica Ano N Ano N+1 Ano N+2
Percentagem de acabamento 40% 80% 100%
1) Rédito do período 80 × 40% = 32 80 × 80% - 32 = 32 80 ×100% - 64 = 16
2) Gastos do período 16 32 – 16 = 16 40 – 32 = 8
3) Resultado do período (1-2) 16 16 8
Contrato 2
Rubrica Ano N Ano N+1 Ano N+2 Ano N+3
Percentagem de acabamento 10% 30% 60% 100%
1) Rédito do período 70 × 10% = 7 70 × 30% - 7 = 14 70 × 60% - 21 = 21 70 × 100% -35 = 28
2) Gastos do período 5 15 – 5 = 10 30 – 15 = 15 50 – 30= 20
3) Resultado do período (1-2) 2 4 6 8
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Contrato 3
Rubrica Ano N+1 Ano N+2 Ano N+3
Percentagem de acabamento 30% 70% 100%
1) Rédito do período 90 × 30% = 27 90 × 70% - 27 = 36 90 × 100% - 63 = 27
2) Gastos do período 18 42 – 18 = 24 60 – 42 = 18
3) Resultado do período (1-2) 9 12 9
Questão:
Determine os réditos a reconhecer em cada período de acordo com o método da per-
centagem de acabamento.
Resposta:
O rédito apurado em cada período corresponde à percentagem de acabamento desse
período, deduzido os réditos anteriormente reconhecidos:
518 Contabilidade Financeira Explicada
Rubricas Custos
% do acabamento Rédito
Anos acumulados
700 000 / 2 650 000 × 100 = 3 000 000 × 26,42% =
Ano N 700 000
26,42% 792 600
1 560 000 / 2 650 000 × 100 = 3 000 000 × 58,87% - 792 600 =
Ano N+1 1 560 000
58,87% 973 500
2 650 000 / 2 650 000 × 100 = 3 000 000 × 100% - 1 766 100 =
Ano N+2 2 650 000
100% 1 233 900
Questão:
Determine os réditos a reconhecer em cada período de acordo com o método da per-
centagem de acabamento.
Resposta:
O rédito apurado em cada período corresponde à percentagem de acabamento desse
período, deduzidos os réditos anteriormente reconhecidos:
Rubricas Custos
% do acabamento Rédito
Anos acumulados
700 000 / 2 500 000 × 100 = 3 000 000 × 28% =
Ano N 700 000
28% 840 000
Ano N+1 (alteração 1 560 000 / 2 650 000 × 100 = 3 000 000 × 58,87% - 840 000 =
1 560 000
da estimativa) 58,87% 926 100
2 650 000 / 2 650 000 × 100 = 3 000 000 × 100% - 840 000 –
Ano N+2 2 650 000
100% 926 100 = 1 233 900
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Quando já não existirem as incertezas que impediram que fosse fiavelmente estimado
o desfecho do contrato, o rédito e os gastos associados ao contrato de construção devem
ser reconhecidos de acordo com o método anteriormente referido – percentagem de aca-
bamento.
Questão:
Determine os réditos e os gastos a reconhecer no período N e período N+1 relativos
aos contratos 1 e 2, de acordo com o método do lucro nulo, admitindo que o seu desfecho
não é fiavelmente estimado, visto não ser possível estimar os custos totais do projeto.
90 - Contudo, a incerteza acerca da cobrabilidade de uma quantia já incluída no rédito do contrato deverá ser
tratada como um gasto (imparidade) e não como um ajustamento ao rédito (NCRF 19, § 28).
520 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
Contrato 1
Rubrica Ano N Ano N+1
Percentagem de acabamento --- ---
1) Gastos do período 20 10
2) Rédito do período = gastos 20 10
3) Resultado do período (1-2) 0 0
Contrato 2
Rubrica Ano N Ano N+1
Percentagem de acabamento --- ---
1) Gastos do período 10 20
2) Rédito do período = gastos 10 20
3) Resultado do período (1-2) 0 0
Contrato 3
Rubrica Ano N Ano N+1
Percentagem de acabamento --- ---
1) Gastos do período --- 60
2) Rédito do período --- 90
3) Resultado do período (1-2) --- 30
Nota: Foi iniciado e terminado em N+1
Questão:
Determine os réditos e os gastos a reconhecer no período N e N+1 de acordo com o
método do lucro nulo.
Resposta:
O rédito iguala os gastos incorridos, apurando-se um resultado nulo enquanto durar
a incerteza. Considerou-se que no ano N+1, ano da conclusão da obra, foi cumprido o
contrato nos termos estabelecidos.
===//===
Como se depreende pelos exemplos apresentados, quer o método do lucro nulo quer o
método da percentagem de acabamento, atendendo ao pressuposto do acréscimo já ante-
riormente referido, pode obrigar ao reconhecimento nas contas seguintes:
Conta e subcontas Comentários
Esta conta destina-se a evidenciar os devedores e credores da
entidade mas cujos documentos que suportam esse direito ou
Devedores e credores por acrésci-
27.2 obrigação de recebimento ou pagamento ainda não foram
mos (periodização económica)
emitidos ou rececionados, mas que são relativos a gastos ou
rendimentos a reconhecer no período
Esta conta destina-se a evidenciar os rendimentos do período
Devedores por acréscimos de ren-
27.2.1 cujo recebimento pode ou não ter ocorrido e cuja fatura de
dimentos
suporte ainda não foi emitida
Esta conta evidencia a quantia dos rendimentos relativos
28.2 Rendimentos a reconhecer a períodos seguintes, independentemente de os mesmos se
encontrarem faturados ou recebidos
Quadro n.º 5.48 – Pressuposto do acréscimo (contas)
Questão:
Pretende-se a contabilização dos factos pelo método da percentagem de acabamento
(por simplificação, não considere nenhuma implicação fiscal).
Resposta:
1) Cálculos
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 21.1.1 72.1 450 000
1 Mar N
Pelo recebimento 12.1 21.1.1 450 000
2 Ao longo de N Pelos gastos 6X 12.1 700 000
3 Dez N Pelo acréscimo de rédito 27.2.1 72.1 390 000
Lançamento no diário (N+1)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Jun N+1 Pela fatura 21.1.1 72.1 900 000
2 Pelo recebimento 12.1 21.1.1 900 000
Ao longo de N+1
3 Pelos gastos 6X 12.1 860 000
4 Dez N +1 Pelo acréscimo de rédito 27.2.1 72.1 132 000
Lançamento no diário (N+2)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pelos gastos 6X 12.1 940 000
2 Pela fatura 21.1.1 72.1 1 650 000
Ao longo
3 de N+2 Pelo recebimento 12.1 21.1.1 1 650 000
Pela regularização do acréscimo reconhecido
4 72.1 27.2.1 522 000
em N e N+1
Notas: (1) Como se desconhece a tipologia de gastos, limita-se a indicar a classe onde os mesmos são
reconhecidos.
(2) Assume-se que todos os gastos foram liquidados e por simplificação não se refletiu na subconta apro-
priada da conta 22 – Fornecedores.
Questão:
Pretende-se a contabilização dos factos pelo método da percentagem de acabamento
(por simplificação, não considere nenhuma implicação fiscal).
Resposta:
1) Cálculos
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 21.1.1 72.1 900 000
1 Mar N
Pelo recebimento 12.1 21.1.1 900 000
2 Ao longo de N Pelos gastos 6X 12.1 700 000
3 Dez N Pelo diferimento rédito 72.1 28.2 60 000
3.2) Lançamento no diário (N+1)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 21.1.1 72.1 1 200 000
1 Jun N+1
Pelo recebimento 12.1 21.1.1 1 200 000
2 Ao longo de N+1 Pelos gastos 6X 12.1 860 000
3 Dez N+1 Pelo diferimento rédito 72.1 28.2 168 000
3.3) Lançamento no diário (N+2)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pelos gastos 6X 12.1 940 000
2 Pela fatura 21.1.1 72.1 900 000
3 Ao longo de N+2 Pelo recebimento 12.1 21.1.1 900 000
Pela regularização do diferimento reco-
4 28.2 72.1 228 000
nhecido em N e N+1
Notas: (1) Como se desconhece a tipologia de gastos, limita-se a indicar a classe onde os mesmos são
reconhecidos.
(2) Assume-se que todos os gastos foram liquidados e, por simplificação, não se refletiu na subconta
apropriada da conta 22 – Fornecedores.
Questão:
Pretende-se a contabilização dos factos pelo método do lucro nulo (por simplificação
não considere nenhuma implicação fiscal).
Resposta:
1) Cálculos
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Ao longo de N Pelos gastos 6X 12.1 700 000
2 Dez N Acréscimos de rendimentos 27.2.1 72.1 700 000
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Ao longo de N+1 Pelos gastos 6X 12.1 860 000
2 Dez N+1 Acréscimos de rendimentos 27.2.1 72.1 860 000
3.3) Lançamento no diário (N+2)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pelos gastos 6X 12.1 940 000
2 Pela fatura 21.1.1 72.1 3 000 000
Ao longo
3 de N+2 Pelo recebimento 12.1 21.1.1 3 000 000
Pela regularização do acréscimo reconhecido
4 72.1 27.2.1 1 560 000
em N e N+1
Questão:
Pretende-se a contabilização dos factos pelo método da percentagem de acabamento
(por simplificação, não considere nenhuma implicação fiscal).
528 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Cálculos
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 21.1.1 72.1 100 000
1 Mar N
Pelo recebimento 12.1 21.1.1 100 000
2 Ao longo de N Pelos gastos 6X 12.1 59 500
3 Dez N Pelo diferimento rédito 72.1 28.2 23 000
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Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura 21.1.1 72.1 600 000
1 Jun N+1
Pelo recebimento 12.1 21.1.1 600 000
2 Ao longo de N+1 Pelos gastos 6X 12.1 722 500
3 Reversão do diferimento 28.2 72.1 23 000
4 Dez N+1 Acréscimo de rendimentos 27.2.1 72.1 48 000
5 Contrato oneroso a) 67.6 29.6 50 000
a) Como os custos estimados excedem o valor do contrato em 50 000 €, e não há revisão do preço por
forma a cobrir esse acréscimo de custo da obra, deve ser considerada esta perda como provisão para
contratos onerosos
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Pelos gastos 12.1 368 000
1 Gastos do período 6X 318 000
Utilização da provisão 29.6 50 000
2 Ao longo de N+2 Pela fatura 21.1.1 72.1 400 000
3 Pelo recebimento 12.1 21.1.1 400 000
4 Pela regularização do acréscimo 72.1 27.2.1 48 000
5 Provisão para garantia a clientes a) 67.2 29.2 23 000
a) No ano em que incorrem os gastos que ultrapassaram a estimativa, deve-se utilizar a provisão criada
para o efeito
530 Contabilidade Financeira Explicada
L. Agricultura
Assuntos tratados
– Conceito de atividade agrícola
– Ativos biológicos
– Mensuração ao custo
– Mensuração ao justo valor
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 17 – Agricultura
Contas
– 12 Depósitos à ordem
– 31 Compras
– 37 Ativos biológicos
– 38 Reclassificação e regularização de inventários e ativos biológicos
– 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
– 66 Perdas por reduções de justo valor
– 71 Vendas
– 73 Variação nos inventários da produção
– 77 Ganhos por aumentos de justo valor
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Figura n.ºn.º
Figura 5.615.61
– Processo de uma
– Processo atividade
de uma agrícola
atividade agrícola
Os subsídios
Os subsídios a ativos
a ativos biológicos,
biológicos, atribuídos
atribuídos a umaa atividade
uma atividade agrícola,
agrícola, são apresentados
são apresentados
noâmbito
no âmbitodas
dasatividades
atividadesdedefinanciamento.
financiamento.
2 – Enquadramento contabilístico
2 - NCRF
Enquadramento contabilístico
17 – Agricultura
Esta norma prescreve o tratamento contabilístico dos factos relativos à atividade agrí-
cola. Nesse sentido, deve-se entender por atividade agrícola a gestão, por uma entidade,
NCRF 17 Agricultura
da transformação biológica e a colheita de ativos biológicos para venda ou para conversão
em produtos agrícolas ou em ativos biológicos adicionais.
Esta norma prescreve o tratamento contabilístico dos factos relativos à atividade
ApesarNesse
agrícola. de esta normadeve-se
sentido se denominar de agricultura,
entender sãoagrícola
por atividade diversas aasgestão,
atividades
porabrangidas,
uma
designadamente:
entidade, da transformação biológica e a colheita de ativos biológicos para venda ou
para•conversão em produtos agrícolas ou em ativos biológicos adicionais.
silvicultura
• floricultura
Apesar desta norma se denominar de agricultura, são diversas as atividades
• criação de gado
abrangidas, designadamente:
silvicultura
• aquacultura
floricultura
• etc.
criação de gado
aquacultura
etc.
Caso L.1 – Conceito de atividade agrícola (1)
A entidade Somos Pescadores, Lda. dedica-se à pesca de atum em mar alto.
Questão:
A exploração de camarão em aquacultura é considerada uma atividade agrícola para
efeitos desta norma?
Resposta:
Sim, dado que há intervenção humana na gestão do camarão.
Questão:
Os critérios de reconhecimento e mensuração das ovelhas caem no âmbito desta norma?
Resposta:
Sim, pois há intervenção humana na sua gestão e esta atividade cai no âmbito do con-
ceito de atividade agricola.
Questão:
Os critérios de reconhecimento destes animais caem no âmbito desta norma?
Resposta:
Não, pois não se trata de uma atividade agrícola.
Questão:
Os critérios de reconhecimento destes terrenos caem no âmbito desta norma?
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
Não, pois os terrenos estão excluídos do âmbito desta norma.
Questão:
Os ativos desta exploração (laranjeiras e laranjas colhidas) caem no âmbito de que normas?
Resposta:
As laranjeiras (ativos biológicos de produção) são reconhecidas com base na NCRF
17, enquanto as laranjas (produto agrícola), após a sua colheita, caem no âmbito da
NCRF 18.
===//===
Exemplificando:
Exemplificando:
OsOsprodutos agrícolas,
produtos após
agrícolas, a sua
após colheita,
a sua podem
colheita, podemserser
consumidos na na
consumidos suasua
condição
condição
natural ou objeto de transformação. São muitos os exemplos, designadamente:
natural ou objeto de transformação. São muitos os exemplos, designadamente:
• Frutos,
Frutoscomo
comoaalaranja,
laranja são
sãoobjeto
objeto de
deconsumo
consumo na
na sua
suaforma
forma natural,
natural, em
em sumo
sumo ou
utilizada como matéria-prima na doçaria, etc.
ou utilizada como matéria-prima na doçaria, etc.
• O leite é consumido na sua forma líquida ou utilizado como matéria-prima do
O leite
queijo, é consumido
manteiga, etc. na sua forma líquida ou utilizado como matéria-prima do
queijo, manteiga, etc.
• A lã de ovelha, o algodão, o linho pode ser utilizada como matéria-prima de vestuá-
rio,
A carpetes, etc. o algodão, o linho pode ser utilizada como matéria-prima de
lã de ovelha,
vestuário, carpetes, etc.
Em termos contabilísticos é relevante a distinção entre ativos biológicos (de produção
ouEmdetermos
consumo) e aqueles que
contabilísticos resultama distinção
é relevante dessa produção e se destinam
entre ativos biológicosao(de
consumo ou à
produção
transformação, porque têm enquadramento contabilístico distinto:
ou de consumo) e aqueles que resultam dessa produção e se destinam ao consumo ou à
transformação, porque têm enquadramento contabilístico distinto:
479
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Reconhecimento
Reconhecimento e mensuração
e mensuração
Os critérios de reconhecimento são consistentes com os constantes na Estrutura Con-
Os ceptual.
critérios de reconhecimento são consistentes com os constantes na Estrutura
Conceptual.
Quanto à mensuração de ativos biológicos (quer no reconhecimento inicial quer na
mensuração subsequente – data de balanço) e de produtos agrícolas no ponto de colheita,
Quanto à mensuração
deve ter de ativos
como base o justo biológicos
valor menos (quer
os custos de no reconhecimento
alienação no ponto de inicial,
venda. quer na
mensuração subsequente – data de balanço) e de produtos agrícolas no ponto de
O justo valor tem referência a um mercado ativo. Considera-se um mercado ativo aquele
colheita deve ter como apresenta
que, cumulativamente, base o justo
todas valor menos
as seguintes os custos estimados no ponto de
caraterísticas:
venda.
a) Os itens negociados apresentam caraterísticas homogéneas;
b) valor
O justo Podemtemser encontrados
referência aemum
qualquer momento,
mercado ativo. compradores
Considera-see vendedores
um mercado dispo-
ativo
níveis
aquele que para comprar e apresenta
cumulativamente vender; todas as seguintes caraterísticas:
c) Os preços são divulgados publicamente.
a) Os itens negociados apresentam caraterísticas homogéneas
b) AExistem,
NCRF 17 em indica o Sistemamomento
qualquer de Informação de Mercados
compradores Agrícolas (SIMA)
e vendedores como uma
disponíveis para
fontecomprar
credível para a determinação
e vender do justo valor dos ativos biológicos; no entanto podem
ser
c) utilizadas
Os preços outras
são fontes, desde publicamente
divulgados que conduzam a uma quantia fiável. Caso não seja pos-
sível determinar o justo valor os ativos biológicos, devem ser mensurados pelo custo. Na
aplicação17doindica
A NCRF justo valor deve-se de
o Sistema obedecer à seguinte
Informação de hierarquia
MercadosdeAgrícolas
fontes de informação:
(SIMA) como
uma fonte credível para a determinação do justo valor dos ativos biológicos, no
entanto podem ser utilizadas outras fontes, desde que conduzam a uma quantia fiável.
Caso não seja possível determinar o justo valor os ativos biológicos devem ser
mensurados pelo custo. Na aplicação do justo valor deve-se obedecer à seguinte
hierarquia de fontes de informação:
Cotações do SIMA
uma fonte credível para a determinação do justo valor dos ativos biológicos, no
entanto podem ser utilizadas outras fontes, desde que conduzam a uma quantia fiável.
Caso536não seja possível determinar o justo valor os ativos biológicos devem ser
Contabilidade Financeira Explicada
mensurados pelo custo. Na aplicação do justo valor deve-se obedecer à seguinte
hierarquia de fontes de informação:
Cotações do SIMA
Preço de uma
transação recente
Referência de valor
em prática no setor
As variações de justo valor devem ser reconhecidas nas contas apropriadas de resultados:
Subcontas Comentários
Esta conta é movimentada a débito, por contrapartida da
66 – Perdas por reduções de justo valor
subconta apropriada da conta 37 – Ativos biológicos, pela
66.4 – Em ativos biológicos
quantia da perda por variação negativa do justo valor.
Esta conta é movimentada a crédito, por contrapartida da
77 – Ganhos por aumentos do justo valor
subconta apropriada da conta 37 – Ativos biológicos, pela
77.4 – Em ativos biológicos
quantia do ganho por variação positiva do justo valor.
Quadro n.º 5.51 – Contas de justo valor em ativos biológicos
Ativos biológicos
(ao justo valor)
Figura
Figura n.ºn.º
5.645.64 – Ativos
– Ativos biológicos
biológicos mensurados
mensurados ao justoao justo valor
valor
Se oSecritério de mensuração
o critério é o custo
de mensuração dos ativos
é o custo dos biológicos:
ativos biológicos:
Ativos biológicos
(ao custo)
Figuran.º
Figura n.º 5.65
5.65 – Ativos
– Ativos biológicos
biológicos mensurados
mensurados ao custo
ao custo
Ativos biológicos
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) iniciam a fase de produção, possam ser registados numa conta de variação de
inventários de produção (conta 73.4 – Ativos biológicos) ou em alternativa numa
conta de trabalhos para a própria entidadeCapítulo
(conta5 74).
– Operações empresariais 539
Ativos biológicos
(alienação / abate)
O reconhecimento
O reconhecimento dos produtos
dos produtos colhidos
colhidos ou resultantes
ou resultantes dos nascimentos
dos nascimentos poderão ser
poderão ser
reconhecidos em contas de variação de produção ou de justo valor menos custo estimado
reconhecidos em contas de variação de produção ou de justo valor menos custo
no ponto
estimado node venda:
ponto de venda:
483
Produto agricola
Transferência
Valor realizável líquido
Colheita
38.4 / 37.x Se valor realizável líquido
menor que quantia escriturada
34.x / 73.4 (ao custo) 34.x / 38.4 ‐ imparidade (NCRF 18)
34.x / 77.4 (justo valor) (ajustamento justo valor feito na conta
37 ou 34)
Figura
Figura n.º –5.67
n.º 5.67 – Mensuração
Mensuração dos produtos
dos produtos biológicos
biológicos
A entidade Peru, Lda. adquiriu em 15/10/N perus vivos que engorda para venda.
540 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Considere as seguintes hipóteses:
a) À data de relato, os perus continuavam na posse da entidade, em fase de crescimen-
to. De acordo com a informação disponibilizada no SIMA, o justo valor destes
perus era de 200 euros. Os custos de alienação ascendem a 50 euros.
b) À data de relato, os perus continuavam na posse da entidade, em fase de crescimen-
to. De acordo com a informação disponibilizada no SIMA, o justo valor destes
perus era de 140 euros. Os custos de alienação ascendem a 50 euros.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pela compra 31.3 12.1 110
2 15 out N Pelo custo da compra 61.3 31.3 110
3 Pelo justo valor 37.1.1 77.4 100
Ao longo de N Despesas diversas 6x 12.1 40
4
31 dez N Pelo aumento justo valor (a) 37.1.1 77.4 50
Nota: a) 200 (SIMA) – 50 (custo de vender) = 150
Variação de justo valor = 150 – 100 (justo valor à data da compra) = 50
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Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pela compra 31.3 12.1 110
2 15 out N Pelo custo da compra 61.3 31.3 110
3 Pelo justo valor 37.1.1 77.4 100
Ao longo de N Despesas diversas 6x 12.1 40
4
31 dez N Pela redução de justo valor (a) 66.4 37.1.1 10
Nota: a) 140 (SIMA) – 50 (custo de vender) = 90
Variação de justo valor = 90 – 100 (justo valor à data da compra) = - 10
Questão:
Registe os factos pertinentes, admitindo que o SIMA não tem qualquer informação
acerca dos perus. Não considere qualquer implicação fiscal.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósito à ordem 12.1 - Banco x
Compra 31.3 - Ativos biológicos
Ativos biológicos consumíveis 37.1.1 - Animais
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 61.3 - Ativos biológicos
Gastos diversos 6x - Mão de obra, alimentação, etc.
Variação da produção 73.4 – Ativos biológicos
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pela compra 31.3 12.1 110
15 out N
2 Pelo custo da compra 61.3 31.3 110
3 Ao longo de N Despesas diversas 6x 12.1 40
4 31 dez N Pela variação da produção (a) 37.1.1 73.4 150
Nota: a) 150 = 100 + 10 + 40
542 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Registe os factos pertinentes. Não considere os aspetos fiscais.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Venda 12.1 71.4 25 000
15 jan N+1
2 Variação da produção (custo da venda) 73.4 37.1.1 20 000
2.2) Lançamento no diário (custo)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Venda 12.1 71.4 25 000
15 jan N+1
2 Variação da produção (custo da venda) 73.4 37.1.1 18 000
===//===
Como se tem vindo a exemplificar, quer os ativos biológicos quer os produtos agríco-
las no ponto de colheita são mensurados pelo justo valor menos os custos estimados no
ponto de venda, quando existem referências credíveis de mercado. Este valor é o custo
considerado para o reconhecimento inicial dos produtos agrícolas como inventários A
partir do reconhecimento inicial aplica-se a NCRF 18 (quadro 5.50), norma já tratada no
tema H - Inventários.
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91 - As entidades a quem se adquirem os bens e serviços são denominadas por fornecedores. Nas aquisições relativas
a operações relacionadas com atividades de investimento estes credores denominam-se de fornecedores de investimento.
21
As entidades a quem se adquire os bens e serviços são denominadas por fornecedores. Nas aquisições
relativas a operações relacionadas com atividades de investimento estes credores denominam-se de
fornecedores de investimento.
544 Contabilidade Financeira Explicada
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 7 – Ativos fixos tangíveis
– NCRF 10 – Custo dos empréstimos obtidos
– NCRF 12 – Imparidade de ativos
Contas
– 24 Estado e outros entes públicos
– 27 Outras contas a receber e a pagar
– 43 Ativos fixos tangíveis
– 58 Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis
– 64 Gastos de depreciação e de amortização
– 65 Perdas por imparidade
– 67 Provisões do período
– 68 Outros gastos
– 76 Reversões
– 78 Outros rendimentos
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1 - Enquadramento do tema
1 – Enquadramento do tema
Nestetema
Neste tema vamos
vamos analisar
analisar determinados
determinadosaspetos do do
aspetos ciclo de vida
ciclo de um
de vida de ativo fixo fixo
um ativo
tangível, desde a sua aquisição ou produção e uso até ao desreconhecimento.
tangível, desde a sua aquisição ou produção e uso até ao desreconhecimento.
Modalidades de obtenção
o Aquisição separada
o Produção
o Transferência interna
o Troca
o Locação
Reconhecimento
o A título gratuito Desreconhecimento
inicial
o Aquisição conjunta
Custo inicial
Custos subsequentes Abate
o Preço de compra
o Grandes reparações Alienação
o Custo de produção
o Inspeções Cedência gratuita
o Custos acessórios
o Componentes Transferência
o Custos de remoção e
o Outros Outros
desmantelamento
o Custo empréstimos
o Outros
Depreciações anuais
Análise de perdas por imparidade
Se revalorizada: revalorizações periódicas
Figura
Figura n.ºn.º 5.69– –Ciclo
5.69 Ciclo de
de vida
vidados
dosativos fixos
ativos tangíveis
fixos tangíveis
2 – Enquadramento contabilístico
(a) Terrenos;
(b) Terrenos e edifícios;
(c) Maquinaria;
(d) Navios;
(e) Aviões;
(f) Veículos a motor;
(g) Mobiliário e suportes fixos; e
(h) Equipamento de escritório.
A NCRF 7 também não determina a unidade de medida para reconhecimento de um
determinado item do ativo fixo e dos seus componentes. Assim, é necessário exercer juízos
de valor para aplicar os critérios de reconhecimento às circunstâncias específicas de uma
entidade. É admitido que alguns itens individualmente insignificantes possam ser agregados
e mensurados como um só.
Exemplo
Questão:
Indique os elementos patrimoniais e as respetivas contas onde devem ser reconhecidos
como ativos fixos tangíveis.
Resposta:
Face à informação disponibilizada, os ativos fixos tangíveis são:
Fornecedores de investimentos
• Pagamentos • Saldo inicial – saldo no início do período
• Adiantamentos sem preço fixado • Aquisições
• Descontos (comerciais e financeiros) • Juros e outros encargos
• Reversão de perdas por imparidade • Perdas por imparidade
• Diferenças cambiais favoráveis • Diferenças cambiais desfavoráveis
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Qualquer que seja a modalidade de obtenção de um ativo fixo tangível (aquisição, pro-
dução, locação, troca ou obtenção gratuita), é necessário considerar duas componentes na
formação do seu custo:
– Custos incorridos (ou quantia atribuída) inicialmente;
– Custos subsequentes, ou seja os que decorrem após a aquisição.
Custos iniciais
– Incluindo os direitos de importação e os impostos de compra não reembolsáveis,
Preço de compra
após dedução dos descontos (comerciais) e abatimentos
+
– Custos de benefícios dos empregados decorrentes diretamente da construção
ou aquisição de um item do ativo fixo tangível
– Custos de preparação do local
– Custos iniciais de entrega e de manuseamento
Custos diretamente – Custos de instalação e montagem
atribuíveis – Custos de testar se o ativo funciona corretamente, após dedução dos proven-
tos líquidos da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo
nessa localização e condição (tais como amostras produzidas quando se testa
o equipamento)
– Honorários
+
– As obrigações em que uma entidade incorre quando adquire ou usa um dado
Estimativa dos
ativo fixo tangível devem ser estimadas e incluídas no custo desse ativo fixo
custos de desmante-
tangível (por exemplo, os custos de desmantelamento, remoção ou de restau-
lamento e remoção
ração do local no qual este está localizado)
+
– No caso de se tratar de um ativo elegível93 e se esses custos se encontrarem
Custos dos emprés-
diretamente relacionados com o ativo, ou seja, caso a empresa tenha contraído
timos obtidos
um empréstimo para a sua aquisição, construção ou produção
Quadro n.º 5.56 - Custos iniciais93
93 - Ativo elegível: Quando um ativo leva necessariamente um período substancial de tempo para ficar pronto
para o uso pretendido e é contraído um empréstimo diretamente atribuível à aquisição, construção ou produção desse
ativo, os custos de empréstimos obtidos (juros) são capitalizados como parte do custo desse ativo, quando seja provável
que deles resultarão benefícios económicos futuros para a entidade e tais custos possam mensurar-se com fiabilidade
(NCRF 10, §§ 8 a 15). A capitalização dos custos de empréstimos cessa quando estiverem concluídas as atividades
necessárias para preparar o ativo para o uso pretendido (NCRF 10, §§ 22 a 25).
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Questão:
Qual o custo inicial de aquisição deste equipamento?
Resposta:
O custo inicial de aquisição corresponde à soma de todos os custos incorridos, incluindo
o preço de compra, assim como outros custos diretamente atribuíveis, estimativa inicial
das despesas de desmantelamento e restauração do local e, caso seja considerado um ativo
elegível, os custos dos empréstimos obtidos específicos do investimento.
Foram excluídas as despesas associadas à campanha publicitária, que devem ser reco-
nhecidos como gastos do(s) período(s) em que são incorridos. O custo inicial deste ativo
totaliza 13 700 000 €.
===//===
Após aquisição, podem ser capitalizadas (incluídas no custo do ativo) as seguintes despesas
ocorridas, desde que obedeçam aos requisitos de reconhecimento como ativo:
552 Contabilidade Financeira Explicada
Custos subsequentes
Alguns ativos têm componentes que necessitam de substituições periódicas.
Despesas de Indica-se, como exemplo, a substituição de bancos num avião, o teto de um
substituição edifício, cuja substituição deverá ocorrer com intervalos relativamente definidos.
de partes Assim, quando se registar em ativo fixo tangível, o item substituído deverá ser
desreconhecido por contrapartida do novo item.
+
Existem ativos fixos tangíveis com necessidades específicas de inspeção (exemplo
de aeronaves). De acordo com a NCRF 7, § 15: “quando cada inspeção importante
for efetuada, o seu custo é reconhecido na quantia escriturada do item do ativo fixo
Despesas de
tangível como substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos”.
revisões/inspeções
Qualquer quantia escriturada remanescente do custo da inspeção anterior (distinta
importantes
das peças físicas) é desreconhecido.
Quando o valor da inspeção não é conhecido, poder-se-á estimar o respetivo valor
recorrendo a inspeções semelhantes (NCRF 7, § 15).
+
Existem intervenções que podem ampliar a capacidade de utilização de um ativo,
designadamente:
– Prolongando a sua vida útil;
Grandes
– Aumentando a capacidade de produção;
intervenções
– Aumentando de forma significativa a qualidade da produção;
– Adoção de novos processos produtivos que permitam uma redução substancial
em custos operacionais anteriormente avaliados.
Quadro n.º 5.57 – Custos subsequentes
Questão:
Qual seria o custo a considerar no referido equipamento após a intervenção?
Resposta:
Como este investimento permite aumentar a capacidade de produção do equipamento,
logo deve fazer parte do seu custo.
O custo a considerar corresponde a 13 960 000 € (10 960 000 + 3 000 000).
===//===
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Existe um conjunto de despesas que não devem ser adicionadas ao ativo, tais como:
(a) Despesas suportadas enquanto o bem não está a funcionar de acordo com o que
a gestão pretende ou enquanto está a operar abaixo da sua capacidade;
(b) Despesas relacionadas com a abertura de novas fábricas ou introdução de novos
produtos /serviços no mercado;
(c) Despesas de administração e outros gastos gerais;
(d) Despesas de assistência diária.
associados
Custos ainiciais
uma atividade comercial. Tal acontece quando uma entidade adquire o
negócio a outra entidade dando por contrapartida uma dada quantia em dinheiro ou
As compras de ativos fixos tangíveis podem ser realizadas separadamente (aquisição de
outros ativos. Nestas aquisições podem ser transmitidos todos os elementos associados
uma viatura, um terreno, um edifício, etc.) ou integrados num património associados a uma
àatividade
atividade adquirida
comercial. Taleacontece
que podem
quandoconter não só adquire
uma entidade um conjunto de a ativos
o negócio diversos
outra entidade
(clientes,
dando pormercadorias,
contrapartidaativo
uma fixo
dada tangível,
quantia em etc.), comoouincluir
dinheiro outrostambém a transmissão
ativos. Nestas aquisiçõesde
passivos
podem ser(dívidas a fornecedores,
transmitidos bancos, etc.).
todos os elementos associados à atividade adquirida e que podem
conter não só um conjunto de ativos diversos (clientes, mercadorias, ativo fixo tangível,
etc.) como
Cabe incluircompradora
à entidade também a transmissão de passivos
atribuir valor a cada (dívidas
um dosaelementos
fornecedores, bancos, etc.).
adquiridos nessa
operação.
Cabe àOentidade
critério compradora
de referência para essa
atribuir avaliação
valor a cada ume quantificação
dos elementos éadquiridos
o justo valor
nessade
operação.
cada um dosO ativos
critérioede referência
passivos para essa avaliação e quantificação é o justo valor de cada
transmitidos.
um dos ativos e passivos transmitidos.
Compra de de
Compra ativos
ativosseparados
separados
Se um item do ativo for comprado separadamente (isoladamente), tem de ser apurado
Se um item do ativo for comprado separadamente (isoladamente) tem de ser apurado
um custo de aquisição. Este custo corresponde ao evidenciado no quadro 5.56, na data do
um custo de aquisição.
reconhecimento. Esteocusto
Mas, caso corresponde
pagamento ao evidenciado
seja postecipado, no quadro
para além 5.56,
dos termos na data
normais
do
de uma transação a prazo, o custo deste ativo corresponderá ao valor presente de termos
reconhecimento. Mas, caso o pagamento seja postecipado, para além dos todos
normais de umafuturos.
os pagamentos transação a prazo, oentre
A diferença custo deste presente
o valor ativo corresponderá
resultante daao valor presente
atualização e os
pagamentos totais é reconhecida como gasto de juros durante o período
de todos os pagamentos futuros. A diferença entre o valor presente resultante do crédito, a nãoda
ser que seja capitalizada
atualização de acordo
e os pagamentos coméa NCRF
totais 10 - Custos
reconhecida comodegasto
Empréstimos
de jurosObtidos.
durante o
período do crédito a não ser que seja capitalizada de acordo com a NCRF 10 - Custos
Custo de aquisição – é a quantia paga, ou a pagar, relativa à aquisição do ativo mais todas
de Empréstimos Obtidos.
as despesas adicionais de compra. São despesas adicionais de compra, por exemplo, o custo
de montagem, frete, seguros, impostos não dedutíveis, ou seja, todas as despesas que a
entidade tem de suportar para que o ativo fique instalado e a funcionar.
Custo de aquisição ‐ é a quantia paga, ou a pagar, relativa à aquisição do ativo
mais todas as despesas adicionais de compra. São despesas adicionais de
compra, por exemplo, o custo de montagem, frete, seguros, impostos não
dedutíveis, ou seja todas as despesas que a entidade tem de suportar para que
554 Contabilidade Financeira Explicada
O IVA (10 200 x 23% = 2 346 €) não faz parte do custo do equipamento, pois é dedu-
tível para as entidades enquadradas no regime normal do IVA. Caso contrário, quando a
legislação não o permite, o IVA integra o custo de aquisição.
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Fornecedor de investimento 27.1.1.x – Fornecedor x
IVA dedutível (investimentos) 24.3.2.2.3 – Taxa normal
Fotocopiadora 43.5 – Equipamento administrativo
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x 27.1.1.x 12 546
1 Equipamento administrativo 43.5 10 200
IVA dedutível 24.3.2.2.3 2 346
Questão:
Pretende-se o reconhecimento da aquisição da viatura.
Resposta:
1) Custo de aquisição
O custo total da viatura corresponde à soma dos diversos itens que inclui o imposto
automóvel e o IVA, impostos não dedutíveis à luz da legislação fiscal.
50 000 + 5 000 + 2 000 + 3 000 = 60 000 €
IVA = 60 000 x 23% = 13 800 €
Questão:
Contabilize a operação.
Resposta:
1) Custo de aquisição
Equipamento 20 000 €
Montagem 5 000 €
Total 25 000 €
556 Contabilidade Financeira Explicada
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Equipamento e montagem 43.7 25 000
1 IVA dedutível 24.3.2.2.3 5 750
Fatura n.º x 27.1.1.x 30 750
Questão:
Contabilize esta transação.
Resposta:
Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Declaração particular de venda 43.6 11.1 250
Como a Damos Bons Conselhos é boa cliente, o fornecedor emitiu a nota de crédito
referente a um desconto comercial de 10%. Foi regularizado o IVA.
Questão:
Pretende-se o reconhecimento da aquisição da fotocopiadora.
Resposta:
1.1) Custo de aquisição
O custo do equipamento corresponde ao seu valor de compra, acrescido das despesas
de transporte e montagem. Seria esta a quantia a reconhecer.
O IVA (5 200 x 23% = 1 196 €) não faz parte do custo do equipamento, pois é dedu-
tível para as entidades enquadradas no regime normal do IVA. Caso contrário, quando a
legislação não o permite, o IVA integra o custo de aquisição.
1.2) Desconto comercial
5 000 x 10% = 500 €
IVA do desconto = 500 x 23% = 115 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x 27.1.1.x 6 396
1 Equipamento administrativo 43.5 5 200
IVA dedutível 24.3.2.2.3 1 196
Desconto comercial 43.5 500
2 IVA regularizações 24.3.4.2 115
Nota de crédito 27.1.1.x 615
558 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Contabilize esta operação considerando as seguintes alternativas:
• H1 – Pagamento nas duas prestações inicialmente previstas;
• H2 – Pagamento da totalidade do valor na data do contrato.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Escritura de compra 27.1.1.x 250 000
1 Edifício 43.2.1 200 000
Terreno 43.2.2 50 000
2 Pagamento 1.ª prestação 27.1.1.x 12.1 125 000
3 Pagamento 2.ª prestação 27.1.1.x 12.1 125 000
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Escritura de compra 27.1.1.x 250 000
1 Edifício 43.2.1 200 000
Terreno 43.2.2 50 000
Pagamento único 27.1.1.x 250 000
2 Desconto financeiro (2% x 125 000) 78.2 2 500
Cheque n.º xxxx 12.1 247 500
Nos termos da NCRF 7, § 58, os terrenos e edifícios são ativos separáveis e são conta-
bilizados separadamente, mesmo quando sejam adquiridos conjuntamente. No caso dos
edifícios, que naturalmente incorporam nos seus custos (de aquisição ou produção) o custo
do terreno, considera-se adequado, no espírito da norma (§ 37), reconhecer o custo total do
edifício na respetiva conta do ativo (no caso, a conta 43.2 – Edifícios e outras construções)
e, simultaneamente, evidenciar nesta rubrica a componente terreno.
juros
Data de
aquisição
reconhecimento
Custo ativo
Gasto
fixo tangível
Questão:
Quais destes ativos se qualifica nos termos da NCRF 10?
Resposta:
1) Construção instalações – é um ativo que se qualifica, na medida em que a entidade
estima um período de 2 anos para a conclusão e utilização pretendida e estão reunidos
os requisitos impostos pela norma dado, que 2 anos é um período substancial de tempo.
2) Loja – é um ativo que não se qualifica porque não foi necessário um período subs-
tancial de tempo (2 meses) para ficar pronto para o uso pretendido.
O IVA (5 200 x 23% = 1 196 €) não faz parte do custo do equipamento, pois é dedu-
tível para as entidades enquadradas no regime normal do IVA. Caso contrário, quando a
legislação não o permite, o IVA integra o custo de aquisição.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x (equipamento, transporte e montagem) 27.1.1.x 6 396
1 Equipamento administrativo 43.5 5 200
IVA dedutível 24.3.2.2.3 1 196
Aceite 27.1.4.x 6 500
2 Divida 27.1.1.x 6 396
Encargos financeiros 69.1.8 (a) 104
Nota: a) Encargos financeiros incluídos na letra, suportados pela Damos Bons Conselhos, Lda (6 500
– 6 396) = 104
Resposta:
1) Custo de aquisição
Dívida total = 500 000 € + (23% x 500 000 = 115 000) = 615 000
Pagamento inicial: 215 000 €
Pagamento futuro: 615 000 - 215 000 = 400 000 €
Período de extensão de crédito: 12 – 3 = 9 meses
1) Custo de aquisição
Capitalização Capitalização
Início do Reembolso do
juros juros
empréstimo empréstimo
Interrupção
involuntária
Figuran.º
Figura n.º 5.72
5.72 – Período
– Período de capitalização
de capitalização dos juros
dos juros
Questão:
O reconhecimento inicial do equipamento.
Resposta:
1) Custo de aquisição
a) Mapa fluxos de tesouraria do empréstimo
564 Contabilidade Financeira Explicada
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Financiamento obtido 12.1 25.1.1 60 000
2 Out N Fatura n.º x (construção) 43.2 27.1.1.x 100 000
3 Acréscimo de juros 43.2 27.2.2 2 083
4 Amortização do empréstimo 25.1.1 12.1 20 000
Juros do período 69.1.1 917
Dez N
5 Juros capitalizados 27.2.2 2 083
Total dos juros desembolsados 12.1 3 000
Dado que os pagamentos ao empreiteiro eram faseados, a Dolcri foi aplicando o dinheiro
disponível do empréstimo, cuja aplicação gerou juros no montante de 200 €.
Questão:
Registe as operações relativas ao juro, admitindo que a entidade optou pela sua capi-
talização.
Resposta:
1) Custo de aquisição
a) Custo imputável ao projeto
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos à ordem 12.1 – Banco x
Financiamento obtido 25.1.1 – Empréstimos bancários
Edifícios 43.2 – Edifícios e outras construções
Gasto de juros 69.1.1 – Juros de financiamento obtidos
Rendimento de juros 79.1.5 – De financiamentos obtidos
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Jan N Financiamento obtido 12.1 25.1.1 50 000
2 Juros suportados 69.1.1 12.1 3 000
3 Juros obtidos 12.1 79.1.5 200
Dez N
4 Capitalização dos juros suportados 43.2 69.1.1 3 000
5 Dedução dos rendimentos de juros 79.1.5 43.2 200
Questão:
Reconhecimento inicial do equipamento oferecido.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Equipamento comunicação 43.6 59.4 150
Se a transação não tiver substância comercial ou não for possível determinar o justo
valor dos ativos cedidos e recebidos, deve-se mensurar o ativo recebido pela quantia escri-
turada do ativo cedido.
Quanto existe a possibilidade de determinar com fiabilidade o justo valor tanto do ativo
recebido como do ativo cedido, então o justo valor do ativo cedido é usado para mensurar
o custo do ativo recebido. No entanto, deve-se utilizar o justo valor do ativo recebido
quando este seja claramente mais evidente.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) Quanto existe a possibilidade de determinar com fiabilidade o justo valor tanto do
ativo recebido como do ativo cedido, então o justo valor do ativo cedido é usado para
mensurar o custo do ativo recebido. No Capítulo
entanto 5deve-se utilizar o justo valor do ativo
– Operações empresariais 567
recebido quando este seja claramente mais evidente.
Esquematicamente:
Esquematicamente:
e
Quantia escriturada
Custo do ativo do bem cedido
recebido
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Desreconhecimento do bem cedido 43.3 70 000
1 Depreciações acumuladas 43.8.3 42 000
Quantia escriturada do bem cedido 27.8.1.A 28 000
2 Reconhecimento do bem recebido (a) 43.3 27.8.1.A 28 000
Nota: Como não é possível determinar o justo valor do ativo cedido e recebido, o ativo recebido é men-
surado pela quantia escriturada do ativo cedido
Custo Depreciações
Entidades Valor líquido Justo valor
aquisição acumuladas
A – cedeu equipamento Alfa 80 000 48 000 32 000 50 000
B – cedeu equipamento Beta 70 000 42 000 28 000 ---
Questão:
Contabilize a troca de ativos na perspetiva das empresas A e B.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Desreconhecimento do bem cedido 43.3 80 000
Depreciações acumuladas 43.8.3 48 000
1
Ganho da diferença de justo valor (a) 78.7.8 18 000
Valor atribuído ao bem recebido 27.8.1.B 50 000
2 Reconhecimento do bem recebido (a) 43.3 27.8.1.B 50 000
a) 18 000 = 50 000 (justo valor do ativo cedido) – (80 000 – 48 000) quantia escriturada
b) Como é conhecido o justo valor do ativo cedido, o ativo recebido é mensurado pelo justo valor do
ativo cedido
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Desreconhecimento do bem cedido 43.3 70 000
Depreciações acumuladas 43.8.3 42 000
1
Ganho da diferença de justo valor (a) 78.7.8 22 000
Valor atribuído ao bem recebido 27.8.1.A 50 000
2 Reconhecimento do bem recebido 43.3 27.8.1.A 50 000
Notas: a) 22 000 = 50 000 (justo valor do ativo recebido) – (70 000 – 42 000) quantia escriturada
b) Como é conhecido o justo valor do ativo recebido, este é mensurado por este valor
Custo Depreciações
Entidades Valor líquido
aquisição acumuladas
XP – cedeu equipamento Alfa 180 000 48 000 132 000
TO – cedeu equipamento Beta 70 000 42 000 28 000
Questão:
Contabilize a troca de ativos na perspetiva das empresas XP e TO.
570 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Desreconhecimento do bem cedido 43.3 180 000
1 Depreciações acumuladas 43.8.3 48 000
Quantia escriturada do bem cedido 27.8.1. TO 132 000
Reconhecimento do bem recebido 27.8.1.TO 132 000
2 Equipamento (a) 43.3 32 000
Recebimento 12.1 100 000
Nota: a) Como não é conhecido o justo valor do ativo cedido e recebido, o ativo recebido é mensurado
pela quantia escriturada do ativo cedido, deduzido do valor recebido em dinheiro (ativo cedido = 132 000,
ativos recebidos: 100 000 € em dinheiro e um equipamento valorizado pela diferença)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Desreconhecimento do bem cedido 43.3 70 000
1 Depreciações acumuladas 43.8.3 42 000
Quantia escriturada do bem cedido 27.8.1. XP 28 000
Reconhecimento do bem recebido 27.8.1.XP 28 000
2 Equipamento 43.3 128 000
Pagamento 12.1 100 000
Nota: a) Como não é conhecido o justo valor do ativo cedido e recebido, o ativo recebido é mensurado
pela quantia escriturada do ativo cedido, acrescentado da quantia paga em dinherio (ativos cedidos = 28 000 €
em eqipamento e 100 000 € em dinheiro)
seguintes valores:
Custo Depreciações
Entidades Valor líquido Justo valor
aquisição acumuladas
XP – cedeu equipamento Alfa 80 000 48 000 32 000 60 000
TO – cedeu equipamento Beta 70 000 42 000 28 000 40 000
Questão:
Contabilize a troca de ativos na perspetiva das empresas XP e TO.
Resposta:
Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Outros devedores 27.8.1.XP – Empresa XP
Outros devedores 27.8.1.TO – Empresa TO
Equipamento básico 43.3 – Equipamentos básicos
Depreciações acumuladas 43.8.3 – Equipamento básico
Ganhos em ativos não financeiros 78.7.8 - Outros rendimentos
2.1) Lançamento no diário (Empresa XP)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Desreconhecimento do bem cedido 43.3 80 000
1 Depreciações acumuladas 43.8.3 48 000
Quantia escriturada do bem cedido 27.8.1. TO 32 000
Reconhecimento do bem recebido 27.8.1.TO 32 000
2 Equipamento (a) 43.3 60 000
Ganho 78.7.8 28 000
Nota: a) Como o justo valor dos bens trocados é determinável e fiável, conforme a NCRF 7, § 27, atribui-
-se aos bens recebidos o justo valor dos bens cedidos.
Questão:
Contabilize a aquisição da viatura pela JOTA, Lda.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Reconhecimento da viatura (fatura x) 43.4 27.1.1.x 45 000
Liquidação da fatura x 27.1.1.x 45 000
Cheque nº x 12.1 40 000
2 Abate da viatura 43.4 24 000
Eliminação das depreciações 43.8.4 18 000
Perda em investimentos 68.7.1 1 000
Nota: Como o justo valor do ativo recebido é o mais evidente, foi este o considerado na mensuração do
ativo recebido (NCRF 7, § 27)
Transferências internas
O uso atribuído inicialmente a um determinado ativo pode ser alterado por diversas
razões de natureza estratégica ou operacional. São exemplos a afetação de mercadorias
destinadas para venda (computadores, mobiliário, veículos, etc.) à utilização nas atividades
operacionais ou administrativas. Também se pode verificar o inverso nas atividades em que
o objeto é a comercialização de bens nas quais o ativo poderá ser reclassificado de ativo fixo
tangível para mercadorias (por exemplo, no comércio de veículos usados).
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
38.4.x 34.x 70 000
1 Reclassificação edifício
43.2 38.4.x 70 000
Questão:
Contabilize esta operação na ótica:
a) Da Silva & Santos, Lda. (comprador);
b) Da Indústria, SA (vendedor).
Resposta:
Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura/recibo adiantamento 45.5.01 10 000
1 15 jan N IVA dedutível 24.3.2.2.3 2 300
Pagamento 12.1 12 300
Fatura/recibo equipamento 43.3 100 000
2 IVA dedutível 24.3.2.2.3 23 000
Fornecedor Indústria 27.1.1.01 123 000
20 fev N
Regularização do adiantamento 27.1.1.01 12 300
3 Adiantamento 45.5.01 10 000
IVA regularizações 24.3.4.2 2 300
4 5 mar N Pagamento do remanescente 27.1.1.01 12.1 110 700
576 Contabilidade Financeira Explicada
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura/recibo adiantamento 27.6 10 000
1 15 jan N IVA liquidado 24.3.3.1.3 2 300
Recebimento 12.1 12 300
Fatura/recibo equipamento 71.1 100 000
2 IVA liquidado 24.3.3.1.3 23 000
Cliente Silva & Santos 21.1.1.x 123 000
20 fev N
Regularização do adiantamento 27.6 10 000
3 IVA regularizações 24.3.4.1 2 300
Cliente Silva & Santos 21.1.1.x 12 300
4 5 mar N Recebimento do remanescente 12.1 21.1.1.x 110 700
Questão:
Contabilize esta operação na ótica:
a) Da Silva & Santos, Lda. (comprador);
b) Da Indústria, SA (vendedor).
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura/recibo adiantamento 27.1.3.01 10 000
1 15 jan N IVA dedutível 24.3.2.2.3 2 300
Pagamento 12.1 12 300
Fatura/recibo equipamento 43.3 100 000
2 IVA dedutível 24.3.2.2.3 23 000
Fornecedor Industria 27.1.1.01 123 000
20 fev N
Regularização do adiantamento 27.1.1.01 12 300
3 Adiantamento 27.1.3.01 10 000
IVA regularizações 24.3.4.2 2 300
4 5 mar N Pagamento do remanescente 27.1.1.01 12.1 110 700
578 Contabilidade Financeira Explicada
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura/recibo adiantamento 21.8.x 10 000
1 15 jan N IVA liquidado 24.3.3.1.3 2 300
Recebimento 12.1 12 300
Fatura/recibo equipamento 71.1 100 000
2 IVA liquidado 24.3.3.1.3 23 000
Cliente Silva & Santos 21.1.1.x 123 000
20 fev N
Regularização do adiantamento 21.8.x 10 000
3 IVA regularizações 24.3.4.1 2 300
Cliente Silva & Santos 21.1.1.x 12 300
4 5 mar N Recebimento do remanescente 12.1 21.1.1.x 110 700
Quando estes itens são consumidos ou substituídos, a quantia despendida nessa transação
é reconhecida como gasto, mantendo-se constante o valor desse ativo.
Não É reconhecido individualmente
Cada item tem as seguintes características
Figura n.ºFigura
5.74 –n.º 5.74de– valor
Ativos Ativos de valor imaterial
imaterial
Preço
Descrição Quantidade Total (€)
unitário (€)
Louças e vidros
– Copos de água 100 1 100
– Copos de vinho 100 1,2 120
– Flutes 30 2 60
– Pratos 300 2 600
– Travessas 40 3 120
Total 1 000
Roupas e atoalhados
– Toalhas de mesa 50 5 250
– Panos de cozinha 50 1 50
Total 300
Nota: todos os bens estão sujeitos a IVA à taxa normal
Questão:
Reconheça estes ativos na contabilidade do Zé Algarvio.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Aquisição de louças e vidros 43.3.1 1 000
Aquisição roupas e atoalhados 43.3.2 300
1
IVA dedutível 24.3.2.2.3 299
Cheque n.º x 12.1 1 599
Nota: No fim do período estes ativos não são depreciados, mantendo-se a quantia escriturada inalterada.
580 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Reconheça esta aquisição.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Aquisição de louças e atoalhados 62.3.5 400
1 IVA dedutível 24.3.2.3.3 92
Cheque n.º x 12.1 492
Questão:
Qual o custo a considerar no reconhecimento inicial do tanque (por simplificação, não
considere o valor temporal do dinheiro).
Resposta:
1) Custo de aquisição
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas Valor
N.º Data Descrição
Débito Crédito
Fatura n.º x 27.1.1.x 98 400
1 Equipamento básico 43.3 80 000
IVA dedutível 24.3.2.2.3 18 400
2 Estimativa de dispêndio ambiental 43.3 29.5 20 000
3 Pagamento parcial 27.1.1.x 12.1 49 200
1 Equipamento básico 43.3 80.000
IVA dedutível 24.3.2.2.3 18.400
2 Estimativa de dispêndio ambiental 43.3 29.5 20.000
582 3 Pagamento parcial
Contabilidade Financeira Explicada 27.1.1.x 12.1 49.200
QUESTÃOQ
: uestão:
Qual
Qual oo custo
custododo desmantelamento
desmantelamento a considerar
a considerar no reconhecimento
no reconhecimento inicial e
inicial e ajustamentos
ajustamentos
a efetuar em cadaa efetuar
ano? em cada ano.
RESPOSTAResposta:
1) Cálculos
1) Cálculos de apoio
de apoio
Dadoque
Dado quea aestimativa
estimativadododispêndio
dispêndiorefere‐se
refere-seaauma
umadistância
distânciatemporal
temporalsignificativa
significativa
(10(10
anos)considera-se
anos), considera‐seque
queooefeito
efeitotemporal
temporal do
do dinheiro
dinheiro éé material,
material, logo
logoutilizou‐se
utilizou-seo ovalor
valor
presente
presente comobase
como basede
demensuração:
mensuração:
Anos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
N N+1 N+2 N+3 N+4 N+5 N+6 N+7 N+8 N+9
20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000
1,05� 1,05� 1,05� 1,05� 1,05� 1,05� 1,05� 1,05� 1,05�
Valor atual 31 dez 12.892,2 13.536,8 14.213,6 14.924,3 15.670,5 16.454,0 17.276,8 18.140,6 19.047,6 20.000
Juros (anuais) 644,6 676,8 710,7 746,2 783,5 822,7 863,8 907,0 952,4
(13.536,8 ‐12.892,2) ‐‐‐ ‐‐‐‐
2) Classificação contabilística
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos à ordem Elemento 12.1 – Banco x Classificação contabilística
Depósitos
Fornecedor de à ordem
investimento 12.1 – Banco
27.1.1.x – Fornecedor x x
IVA dedutívelFornecedor de investimento24.3.2.2.3 –27.1.1.x
(investimentos) Taxa normal
– Fornecedor x
Provisão para restauro do local 29.5 – Matérias ambientais
Equipamento IVA dedutível (investimentos)
básico 24.3.2.2.3básico
43.3 – Equipamento – Taxa normal
Juros Provisão para restauro do local 29.5juros
69.1.8 – Outros – Matérias ambientais
Equipamento básico 43.3 – Equipamento básico
3) Lançamento no diário
Juros 69.1.8 – Outros juros
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x 27.1.1.x 98.400
Equipamento básico 43.3 80.000
1 31 dez N IVA dedutível 24.3.2.2.3 18.400
Estimativa de dispêndio ambiental 43.3 29.5 12.892
Pagamento parcial 27.1.1.x 12.1 49.200
524
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x 27.1.1.x 98 400
1 Equipamento básico 43.3 80 000
IVA dedutível 24.3.2.2.3 18 400
31 dez N
2 Estimativa de dispêndio ambiental 43.3 29.5 12 892
3 Pagamento parcial 27.1.1.x 12.1 49 200
4 Atualização valor da provisão 69.1.8 29.5 645
5 31 dez N+1 Atualização valor da provisão 69.1.8 29.5 677
31 dez N+2 Atualização valor da provisão 69.1.8 29.5 711
6
31 dez N+3 Atualização valor da provisão 69.1.8 29.5 746
---
7 31 dez N+8 Atualização valor da provisão 69.1.8 29.5 952
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Custo da aquisição 12.1 40 000
1 Equipamento administrativo 43.5 35 000
Equipamento de transporte 43.4 5 000
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Edificios Elemento 43.2 – EdificiosClassificação contabilística
e outras construções
Bancos 12.1 – Banco x
2) Lançamento
Empréstimosno diário 25.1.1 – Empréstimos bancários
Contas
N.º DataEdifícios Descrição 43.2 – Edifícios e outras construções
Valor
Débito Crédito
2) Lançamento nodadiário
Custo aquisição 12.1 150.000
1 Edifício 43.2 200.000
Contas50.000
N.º Data Empréstimo bancário Descrição 25.1.1 Valor
Débito Crédito
Custo da aquisição 12.1 150 000
Custos
1 subsequentes
Edifício 43.2 200 000
Empréstimo bancário 25.1.1 50 000
Neste ponto iremos abordar as despesas das reparações em ativos fixos tangíveis no
sentido de subsequentes
Custos garantir o seu cabal funcionamento ou ampliar a sua capacidade de geração
de Neste ponto
benefícios iremos abordar
económicos. as despesas
Será também das reparações
tratado em ativos
o reconhecimento fixos tangíveise no
de componentes
sentido de garantir o seu cabal
equipamentos sobresselentes. funcionamento ou ampliar a sua capacidade de geração de
benefícios económicos. Será também tratado o reconhecimento de componentes e equi-
pamentos sobresselentes.
Reparação e manutenção
Reparação e manutenção
A NCRF
A NCRF 7 distingue
7 distingue doisdois
tipostipos de reconhecimento
de reconhecimento quando
quando são realizadas
são realizadas reparações
reparações ou
ou substituição
substituição de peças
de peças em ativo
em ativo fixo tangível:
fixo tangível:
Na parte já existente realizou uma limpeza geral e a pintura de algumas zonas mais
586 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Como reconhecer estas obras.
Resposta:
A ampliação das instalações enquadra-se no conceito de ativo porque foi introduzido
um novo elemento no ativo já existente (ampliação) com capacidade de gerar benefícios
económicos futuros.
A limpeza e pintura poderão ser consideradas como despesas de conservação (manuten-
ção), dado que o seu objetivo será manter as capacidades do ativo existente.
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura da Constrói - Serviço 22.1.1.x 6 150
Fatura da Constrói - Investimento 27.1.1.x 123 000
Ampliação 43.2 100 000
1
Limpeza e pintura 62.2.6 5 000
IVA dedutível - Investimentos 24.3.2.2.3 23 000
IVA dedutível - Serviços 24.3.2.3.3 1 150
Questão:
Qual o custo a considerar no reconhecimento inicial do equipamento industrial?
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Considerando a materialidade da quantia despendida nestas revisões periódicas, consi-
dera-se que deverão constar no custo inicial do ativo.
Preço de compra 500 000
Revisão periódica (20% x 500 000) a efetuar em N+2 100 000
Nota: 1) O equipamento deverá ser depreciado durante o seu período de vida útil estimado – 12 anos.
2) Os custos da revisão, quando incluídos no preço de custo, deverão ser depreciados no período a que
corresponde, neste caso ao longo dos 3 anos.
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósito à ordem 12.1 – Banco x
Fornecedor de investimento 27.1.1.x – Fornecedor x
Revisão 27.2.2 – Credores por acréscimos de gastos
IVA dedutível (investimentos) 24.3.2.2.3 – Taxa normal
Equipamento 43.3.1 – Equipamento industrial
Equipamento 43.3.2 – Revisão
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x 27.1.1.x 615 000
Custo estimado da revisão 27.2.2 100 000
1 N Equipamento 43.3.1 500 000
Equipamento (revisão de N a N+2) 43.3.2 100 000
IVA dedutível 24.3.2.2.3 115 000
Fatura da revisão periódica 27.1.1.x 123 000
Revisão de N a N+2 27.2.2 100 000
2 N+2
IVA 24.3.2.2.3 23 000
Revisão de N+3 a N+5 43.3 27.2.2 100 000
Equipamento de
São utilizados em
serviço Reconhecido como
ligação com um ativo
gasto quando
fixo tangível? Inventários
Equipamento de Não consumido
reserva
Figura
Figuran.º 5.76
n.º – Sobressalentes
5.76 – Sobresselentese eequipamentos
equipamentosdedereserva
reserva
QUESTÃO: Questão:
EmEm
queque
rúbricas se deverá
rubricas reconhecer
se deverão estesestes
reconhecer itens?
itens?
RESPOSTA Resposta:
• Peças
Peçasde desubstituição
substituição de
de alguns
alguns componentes
componentes(correias
(correiasdedetransmissão, rolamentos,
transmissão, rolamentos,
etc.),no
etc.), no valor
valor de 30.000
30 000 euros
euros
o Classificação ‐ Inventários e reconhecer como gasto na data da
– Classificação - Inventários e reconhecer como gasto na data da substituição
substituição
• Gerador
Gerador elétrico
elétrico ––60.000
60 000€€
– Classificação - Ativo
o Classificação fixo
‐ Ativo tangível
fixo tangíveleedepreciar ao longo
depreciar ao longodadasua
sua vida
vida útilútil
A Tecidos, SA adquiriu uma máquina de fiação para a sua linha de montagem que se
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Contabilize os factos enunciados.
Resposta:
Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Fornecedor de investimento 27.1.1.x – Fornecedor x
IVA dedutível (investimentos) 24.3.2.2.3 – Taxa normal
Equipamento básico 43.3.1 – Máquina de fiação
Equipamento básico 43.3.2 – Gerador elétrico
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x – Máquina de fiação, montagem e testes 27.1.1.x 130 380
1 Equipamento básico 43.3.1 106 000
IVA dedutível 24.3.2.2.3 24 380
Fatura 27.1.1.x 24 600
2 Gerador elétrico 43.3.2 20 000
IVA dedutível 24.3.2.2.3 4 600
Reconhecimento de componentes
O reconhecimento de um ativo como um todo ou desagregando esse ativo em componentes
com um custo diferenciado em relação ao seu custo total (considerando alguns dos seus compo-
nentes em particular) tem em consideração dois aspetos principais associados a cada componente:
– Serem materialmente relevantes;
– Vida útil diferente do ativo principal.
590 Contabilidade Financeira Explicada
Não Sim
Cadeiras
Não é individualizado
É reconhecido individualmente
A depreciação é realizada com
base na vida útil do ativo É depreciado com base na sua
principal vida útil
Figura
Figura n.ºn.º 5.77
5.77 – Componentes
– Componentes
QUESTÃO: Resposta:
Pretende-se o reconhecimento
1) Classificação inicial do equipamento.
contabilística
Elemento Classificação contabilística
RESPOSTA IVA dedutível (investimentos) 24.3.2.2.3 – Taxa normal
1)Classificação
Fornecedor contabilística
de investimento 27.1.1.x – Fornecedor x
Elemento Equipamento básico Classificação contabilística fabril – principal
43.3.1 – Equipamento
IVA dedutível (investimentos)
Equipamento básico 24.3.2.2.343.3.2
– Taxa- Equipamento
normal fabril – componente
Fornecedor de investimento
2) Lançamento no diário 27.1.1.x – Fornecedor x
Equipamento básico 43.3.1 – Equipamento fabril – principal
Equipamento básico Contas
43.3.2 ‐ Equipamento fabril – componente
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
2)Lançamento
Faturano
n.ºdiário
x 27.1.1.x 123 000
Equipamento básico – principal
Contas
43.3.1 90 000
N.º Data Descrição Valor
1 Débito Crédito
FaturaEquipamento
n.º x básico - componente 43.3.2
27.1.1.x 123.000 10 000
IVA dedutível
Equipamento básico – principal 43.3.1 24.3.2.2.3 90.000 23 000
1
Nota: 1) O equipamento principal
Equipamento deve‐ ser
básico depreciado ao longo
componente da sua vida útil, cuja estimativa
43.3.2 é de 10 anos
10.000
2) O componenteIVA
deverá ser depreciado durante o seu período
dedutível de vida útil estimado – 2 23.000
24.3.2.2.3 anos.
Nota:
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Custo de produção – a soma dos custos das matérias-primas e outros materiais diretos
consumidos, da mão de obra direta e de outros gastos gerais de fabrico necessariamente
suportados para produzir o ativo.
Aos ativos fixos tangíveis construídos pela própria entidade aplica-se na determinação
do seu custo os mesmos princípios usados para um ativo adquirido (NCRF 7, § 23). Se a
entidade produzir ativos idênticos para venda no decurso da sua atividade operacional, o
custo do ativo fixo tangível é, regra geral, o mesmo que o custo do ativo construído para
venda (obtido segundo o disposto na NCRF 18 – Inventários).
Enquanto o item do ativo fixo tangível estiver em curso, está reconhecido na conta 45
– Investimentos em curso. Na fase da construção estes não sofrem depreciações, podendo,
contudo, estar sujeitos a teste de imparidade.
Aquando da conclusão da construção desse item, em condições aptas para entrar em
funcionamento, deve-se proceder à transferência do valor do saldo dessa conta para a
respetiva subconta do ativo fixo tangível (conta 43). De acordo com o código de contas, a
conta 45 apresenta a seguinte subdivisão:
Conta 45 – Investimentos em curso
Subcontas Comentários
45.1 – Investimentos financeiros em curso
45.2 – Propriedades de investimento em curso – As várias subcontas identificam os vários investi-
45.3 – Ativos fixos tangíveis em curso mentos a que respeitam
45.4 – Ativos intangíveis em curso
– Regista as entregas feitas pela entidade por conta
de investimentos cujo preço esteja previamente
fixado
45.5 – Adiantamentos por conta de investimentos
– Pela receção da fatura, estas verbas devem ser
transferidas para a conta 2711 – Fornecedores de
investimentos – contas gerais
– Esta conta regista as imparidades acumuladas
reconhecidas ao longo do tempo
– As perdas por imparidade anuais serão registadas
nas subcontas da conta 65 e as suas reversões
(quando deixarem de existir as situações que ori-
45.9 - Perdas por imparidade acumuladas ginaram as perdas) são registadas nas subcontas da
conta 762.
– Quando se verificar o desreconhecimento dos
ativos a que respeitem as imparidades, as contas
em epígrafe serão debitadas por contrapartida das
correspondentes contas da classe 4
Quadro n.º 5.59 – Conta 45 – Investimentos em curso
Os dispêndios suportados na construção de ativos que a empresa realiza para si
mesma, sob sua administração direta, aplicando meios próprios ou adquiridos para o
efeito,
592são reconhecidos nas respetivas
Contabilidade contas de gastos. Por exemplo gastos em mão
Financeira Explicada
de obra são reconhecidos na conta 63 – Pessoal, gastos com energia, combustível e
serviços incorporados, na conta 62 – Fornecimentos e serviços externos, consumo de
materiaisOsna conta 61
dispêndios – Custo na
suportados das mercadorias
construção vendidas
de ativos e das realiza
que a empresa matérias
paraconsumidas,
si mesma,
etc. sob sua administração direta, aplicando meios próprios ou adquiridos para o efeito, são
reconhecidos nas respetivas contas de gastos. Por exemplo, gastos em mão de obra são
reconhecidos na conta 63 – Pessoal, gastos com energia, combustível e serviços incorpo-
A conta 74 – Trabalhos para a própria entidade permite evidenciar os trabalhos que
rados, na conta 62 – Fornecimentos e serviços externos, consumo de materiais na conta
se destinam a incorporar
61 – Custo no custo
das mercadorias de investimentos
vendidas ou que sejam
e das matérias consumidas, etc.de repartir por vários
exercícios (gastos diferidos). Esta conta serve para contrapor os gastos assumidos na
A conta 74 – Trabalhos para a própria entidade permite evidenciar os trabalhos que
realização dessesa incorporar
se destinam trabalhos, no
nãocusto
assumindo desta forma
de investimentos o conceito
ou que sejam dede rendimento.
repartir por vários
exercícios (gastos diferidos). Esta conta serve para contrapor os gastos assumidos na reali-
zação desses trabalhos, não assumindo, desta forma, o conceito de rendimento.
FiguraFigura
n.º 5.79
n.º–5.79
Processo de reconhecimento
– Processo dos
de reconhecimento dostrabalhos
trabalhospara
para a própriaentidade
a própria entidade
535
594 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Pretende-se o reconhecimento desta obra.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Dado que todos os gastos foram imputados à obra, com exceção da energia, combustível
e outros, apenas estes, na parte correspondente à obra, deverão ser imputados, através da
rubrica – Trabalhos para a própria entidade.
• Por imputação direta – Materiais e serviço contratado = 40 000 €.
2.1) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Fatura n.º x (Materiais) 27.1.1.x 12 300
1 Investimento em curso 45.3 10 000
IVA dedutível 24.3.2.2.3 2 300
Fatura n.º x (Serviços) 27.1.1.x 36 900
2 Investimento em curso 45.3 30 000
IVA dedutível 24.3.2.2.3 6 900
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Faturas n.º x (energia, combustíveis, etc.) 22.1.1.x 6 150
1 Gastos diversos 62.x (a) 5 000
IVA dedutível 24.3.2.3.3 1 150
2 Imputação à obra 45.3 74.1 2 000
Nota: a) A desdobrar pelas contas respetivas
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Transferência para o ativo fixo tangível 43.2 45.3 42 000
Nota: Saldo acumulado da conta 45.3 €: 42 000 = 10 000 + 30 000 + 2 000
Caso A.36 – Ativo fixo tangível construído pela própria entidade (2)
A Jota, Lda. decidiu construir um edifício para ocupar como sede da empresa. A constru-
ção decorreu durante cerca de dois anos (N e N+1) e foram incorridos os seguintes custos:
(euros)
N N+1 Total
Custos
Totais Obra Totais Obra Totais Obra
Mão de obra 1 000 000 100 000 1 500 000 150 000 2 500 000 250 000
Materiais 3 000 000 300 000 4 500 000 450 000 7 500 000 750 000
Fornecimentos externos 1 000 000 100 000 3 000 000 300 000 4 000 000 400 000
Depreciações 500 000 50 000 500 000 50 000 1 000 000 100 000
Total 5 500 000 550 000 9 500 000 950 000 15 000 000 1 500 000
Questão:
Pretende-se o reconhecimento deste ativo. Por simplificação, ignore o IVA das transações.
Resposta:
Ao longo dos dois anos da construção o edifício (ativo fixo tangível) deve ser reco-
nhecido como em curso, transferindo-se para a respetiva conta 43.2 – Edifícios e outras
construções, após a sua conclusão.
596 Contabilidade Financeira Explicada
Os custos incorridos em cada ano estão refletidos nas diversas contas por naturezas (63
– Pessoal, 62 – Fornecimentos e serviços externos, 64 – Depreciações e amortizações, etc.)
e, em cada ano, imputados aos investimentos em curso, através da conta 74 – Trabalhos
para a própria entidade.
1) Classificação contabilística
Terminada a obra, esta deve ser transferida para a respetiva conta do ativo:
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Transferência para o ativo fixo tangível 43.2 45.3 1 500 000
Depreciações
A utilização de um bem é geralmente refletida através do seu gasto, que corresponde à
quantia que se considera refletir o uso desse bem. Esta quantia pode ser calculada a partir
de estimativas da vida útil do ativo, com base nos anos em que se considera que o ativo
pode ser utilizado economicamente ou com base em indicadores de funcionamento que
nos dão a expectativa de duração do bem em unidades de produção totais esperadas (horas
de funcionamento, unidades de produção, quilómetros a percorrer).
Na generalidade dos casos é possível estimar uma vida útil para um equipamento, veí-
culos, edifício, etc., em regra associado ao tempo da sua utilidade económica. No entanto,
existem casos – com caráter de excecionalidade – em que o período de vida útil é ilimitado.
O exemplo mais significativo é o de terrenos de utilização geral (agricultura, construção,
entre outras). Nestes casos não há lugar ao reconhecimento de depreciação.
A vida útil é definida em termos da utilidade esperada do ativo, pelo que pode ser mais
curta do que a sua vida económica. Para estimar a vida útil pode-se considerar um conjunto
de fatores (NCRF 7, § 56), tais como:
• Uso esperado do ativo, que é avaliado por referência à capacidade ou produção
física esperada do ativo
Exemplo:
Máquina com capacidade de produzir 100 milhões de artigos durante a sua vida
útil. A sua depreciação anual pode considerar a produção de cada ano.
• Desgaste normal esperado, que depende, por exemplo, do número de turnos duran-
te os quais o ativo será usado e do programa de reparação e manutenção do ativo,
inclusive enquanto o ativo permaneça ocioso.
Exemplo:
Equipamento em laboração contínua versus equipamento em laboração em perío-
dos normais diários (8 horas). Para equipamentos iguais, na primeira situação a vida
útil será menor. A sua depreciação anual será maior no primeiro caso, atendendo
ao regime de utilização intensiva.
• Obsolescência técnica ou comercial, decorrente de alterações ou melhoramentos
no processo produtivo, ou de alterações de mercado ao nível da procura para o
serviço/produto derivado do ativo.
598 Contabilidade Financeira Explicada
Exemplo:
Admitamos um equipamento com um dado nível de produtividade e custo de pro-
Limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de extinção de
dução unitário. A inovação tecnológica pode permitir maiores níveis de produ-
locações com elas relacionadas
tividade e menores custos unitários, tornando obsoleto a tecnologia anterior. A
determinação
Exemplo:da vida útil deve ponderar os ritmos de inovação tecnológica, quer na
definição inicial da vidacom
Ativos adquiridos útil,cláusulas
quer em eventuaisque
contratuais revisões
limitamdessa
a suaestimativa.
utilização a um
• Limitesdeterminado horizonte temporal,
legais ou semelhantes no uso dodeverão
ativo, ser
taisdepreciados durante
como as datas esse
de extinção de
locaçõesperíodo.
com elas relacionadas
Exemplo:
Da definição da vida útil,
Ativos adquiridos comdeduz-se taxa de depreciação.
cláusulasacontratuais que limitam a Por exemplo, aseum de-
sua utilização
considerarmos quehorizonte
terminado um equipamento temdeverão
temporal uma vida
serútil de 5 anos,durante
depreciados o mesmo poderá
esse ser
período.
depreciado anualmente à taxa de 20%:
Da definição da vida útil deduz-se a taxa de depreciação. Por exemplo, se considerar-
mos que um equipamento tem uma vida 100 útil %
de 5 anos, o mesmo poderá ser depreciado
100 %
anualmente à taxa de��
���� 20%:
����������� � � � �0%
Anos de vida 5
Taxa de depreciação = 100% = 100% = 20%
A depreciação acumulada corresponde Anos de vida das5quantias depreciadas já
ao somatório
reconhecidas, ou seja, à soma de todas as depreciações reconhecidas nos diferentes
A depreciação
períodos, de eventuaiscorresponde
deduzidasacumulada ao somatório
reversões dessas das quantias
depreciações. de um já re-
depreciadas
A depreciação
conhecidas, ou seja, à soma de todas as depreciações reconhecidas nos diferentes
ativo fixo tangível é determinada tendo como base a quantia depreciável, que períodos,
corresponde ao custo de um ativo (ou outra quantia substituta, como por exemplo tangível
deduzidas de eventuais reversões dessas depreciações. A depreciação de um ativo fixo o
é determinada tendo como base a quantia depreciável, que corresponde ao custo de um ativo
justo valor) menos o seu valor residual:
(ou outra quantia substituta, como por exemplo o justo valor) menos o seu valor residual:
Quantia depreciável = Custo (ou outra quantia) do ativo fixo tangível – Valor residual
Quantia depreciável = Custo (ou outra quantia) do ativo fixo tangível – Valor residual
Valor Residual - É a quantia que a empresa espera obter por um ativo no fim da
sua vida útil após dedução dos custos esperados de alienação.
Quer a vida útil, quer o valor residual de um ativo devem estar sujeitos a revisões
Quer a vida útil quer o valor residual de um ativo devem estar sujeitos a revisões perió-
periódicas (pelo menos no final de cada período). Caso se considere que as
dicas (pelo menos no final de cada período). Caso se considere que as expectativas diferem
expectativas diferem das estimativas anteriores, então estas devem ser alteradas
das estimativas anteriores, então estas devem ser alteradas (NCRF 7, § 51).
(NCRF 7, § 51).
Esta alteração de estimativas, conforme dispõe a NCRF 4 – Políticas Contabilísticas,
Alterações
Esta nasdeEstimativas
alteração estimativas,Contabilísticas
conforme dispõe e Erros,
a NCRFsó4afeta o gasto
- Políticas de depreciação do
Contabilísticas,
período corrente
Alterações e de cadaContabilísticas
nas Estimativas um dos períodos futuros
e Erros durante
só afeta a vida
o gasto de útil remanescente
depreciação do do
ativo (NCRF 4, § 29).
período corrente e de cada um dos períodos futuros durante a vida útil remanescente
do ativo (NCRF 4, § 33).
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Elaborar o plano de depreciações para o período de vida útil.
Resposta:
• Estimativa inicial (10 anos de vida útil) = 10 000/10 anos = 1 000 €
• Alteração da estimativa ao 9º ano Depreciações acumuladas até ao 9º ano =
1 000 € x 8 anos = 8 000 €
• Valor líquido do ativo ao 8º ano = 10 000 – 8 000 = 2 000 €
• Depreciações do período seguinte: 2 000/4 anos = 500 €
Vida útil N N+1 N+2 N+3 N+4 N+5 N+6 N+7 N+8 N+9 N+10 N+11
Anos 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º
Depreciação
1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 500 500 500 500
período
Depreciação
1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000 8 500 9 000 9 500 10 000
acumulada
Valor líquido 9 000 8 000 7 000 6 000 5 000 4 000 3 000 2 000 1 500 1 000 500 0
===//===
===//===
===//===
No âmbito da análise das depreciações de um período, pode-se concluir que foram
reconhecidas em excesso, devendo-se, nesse caso, proceder à respetiva reversão (conta 76
– Reversões / 76.1 – de depreciações e amortizações / 76.1.2 – Ativos fixos tangíveis).
Estas situações poderão surgir, a título de exemplo, em entidades que fazem o apura- 542
mento mensal de resultados, utilizando estimativas de gastos de depreciações. No final do
ano, em apuramento final de resultados, verificada o excesso de estimativa, esta deverá ser
corrigida para os valores que correspondam às depreciações calculadas segundo os critérios
estabelecidos.
Aconselha-se a subdivisão destas contas para o reconhecimento das depreciações espe-
cíficas:
Mesmo que o ativo se torne ocioso ou for retirado do uso, a sua depreciação não cessa,
a não ser que o ativo já esteja totalmente depreciado (NCRF 7, § 55).
Vida útil
Disponível para
uso
N+1 N+2 N+3 …. N+x
Caso
Caso A.39 A.39 – Depreciação
– Depreciação de ativo
de ativo comcom valorresidual
valor residual
Calcule a quantia depreciável e admita que no primeiro ano reconheceu uma depre-
Q UESTÃO:
ciação de 25%.
Calcule a quantia depreciável e admita que no primeiro ano reconheceu uma
Resposta
depreciação :
de 25%.
• Custo do ativo fixo tangível = 2 500 + 500 = 3 000 €
RESPOSTA
• Valor residual = 100 €
• Quantia depreciável = 3 000 – 100 = 2 900 €
o Custo do ativo fixo tangível = 2.500 + 500 = 3.000 €
• Quantia depreciada = 2 900 x 25% = 725 €
o Valor residual = 100 €
o Quantia depreciável = 3.000 – 100 = 2.900 €
o Quantia depreciada = 2.900 x 25% = 725 €
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Calcule a quantia depreciável e a depreciação do 1º ano.
Resposta:
Considerando que as despesas de transação devem ser imputadas proporcionalmente
ao edifício e terreno, teremos:
• Despesas de transação = 6 000 €
– Parte imputável ao edifício = 100 000/120 000 x 6 000 = 5 000 €
– Parte imputável ao terreno = 20 000/120 000 x 6 000 = 1 000 €
• Quantia depreciável (edifício) = 100 000 + 5 000 = 105 000 €
• Depreciação anual = 105 000 / 40 = 2 625 €
Métodos de depreciação
Como referimos, a depreciação de um ativo fixo tangível é calculada com base na sua
quantia depreciável. Existem vários métodos de cálculo para determinar a depreciação de
um ativo, numa base sistemática durante a sua vida útil.
Os métodos indicados pelas normas são os abaixo referidos, sendo permitidos outros
se melhor refletirem a utilização do ativo:
– método da linha reta (quotas constantes);
– métodos do saldo decrescente;
– método das unidades de produção (desgaste funcional).
Em relação aos modelos que têm o tempo como referência de vida útil, temos ainda de consi-
derar se, no primeiro ano de vida, é reconhecida uma depreciação com base anual ou duodecimal.
Ao considerar a base anual, não se toma em consideração o tempo efetivo de utilização,
enquanto na base duodecimal são considerados, no ano da aquisição e no ano do desreco-
nhecimento, apenas os meses efetivos de uso.
98912p73495
604 Contabilidade Financeira Explicada
ou
Taxa de depreciação = 100%
Nº anos de vida útil
Questão:
Qual o valor da depreciação a reconhecer, numa base anual?
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Quantia depreciável = 120 000 €
• Depreciação = 120 000 / 4 (vida útil) = 30 000 € ou 120 000 x 25% = 30 000 €
• Plano de depreciação (4 anos e base anual)
Anos Ano N N+1 N+2 N+3 N+4
Meses 8 meses 12 meses 12 meses 12 meses 4 meses
Depreciação 30 000 30 000 30 000 30 000 ----
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depreciações acumuladas 43.8.5 - Equipamento administrativo
Gastos de depreciações 64.2.5 - Equipamento administrativo
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
31 dez N Depreciação do período 64.2.5 43.8.5 30 000
31 dez N+1 Depreciação do período 64.2.5 43.8.5 30 000
31 dez N+2 Depreciação do período 64.2.5 43.8.5 30 000
31 dez N+3 Depreciação do período 64.2.5 43.8.5 30 000
A quantia de depreciação a reconhecer no primeiro ano seria de 30 000 € porque, inde-
pendentemente do mês em que foi adquirido o equipamento, considerou-se a depreciação
de um ano. Nos anos subsequentes, em princípio, a quantia a reconhecer será igual.
Questão:
Sabendo que a empresa adotou como política contabilística a depreciação pelo método
da linha reta, base anual, determine as quantias líquidas do ativo nos anos de N e N+1.
Resposta:
Em N
• Quantia depreciável: 1 000 – 100 = 900 €
• Depreciação anual = 900/3 = 300 € (ou 900 x 33,33% )94
• Valor líquido da depreciação = 1 000 – 300 = 700 €
Em N+1
• Depreciação anual = 900/3 = 300 €
• Valor líquido da depreciação = 700 - 300 = 400 € (1 000 – 600)
===//===
No primeiro ano de utilização poderá ser utilizada a base anual (considerar os 12 meses de
depreciação) ou apenas o número de meses que decorre desde a entrada em funcionamento
do ativo até ao final desse período (duodécimos). No fim da vida útil, consistentemente
apenas se deverão considerar os meses que completam o período de vida estimado do ativo.
Questão:
Qual o valor da depreciação a reconhecer durante a vida útil do ativo, considerando a
utilização dos duodécimos?
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Quantia depreciável = 120 000 €
• Depreciação em N = 120 000/4 (vida útil) = 30 000 / 12 x 8 meses = 20 000 €
ou
120 000 x 25% = 30 000 /12 x 8 meses = 20 000 €
Esta opção parece refletir de forma mais adequada a utilização do bem, pois tem em
atenção o tempo efetivo de utilização.
Exemplo
Considere-se um bem com um custo de aquisição de 120 000 € e com quatro anos de vida.
No modelo do saldo decrecente a depreciação de cada período contabilístico é calculado
da seguinte forma:
1) Cálculo da taxa de depreciação
• Períodos remanescentes:
– no primeiro ano = 4
– no segundo ano = 3
– no terceiro ano = 2
– no quarto ano = 1
• Somatório dos períodos remanescentes =1 + 2 + 3 + 4 =10
Nº de períodos remanecentes
Depreciação = Quantia a depreciar x
Somatórios dos períodos
608 Contabilidade Financeira Explicada
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
31 dez N Depreciação do período 64.2.5 43.8.5 48 000
31 dez N+1 Depreciação do período 64.2.5 43.8.5 36 000
31 dez N+2 Depreciação do período 64.2.5 43.8.5 24 000
31 dez N+3 Depreciação do período 64.2.5 43.8.5 12 000
Exemplo
Considere a seguinte informação:
– Ativo fixo tangível com um custo de aquisição =100 000 €
– Período de vida útil = 10 anos
– Taxa de depreciação = 100% / 10 anos = 10%
– Coeficiente aplicável = 2,5
– Taxa de depreciação quotas degressivas = 10% x 2,5 = 25%
Como se pode depreender, a aplicação do método puro não permite que se obtenha
a depreciação do total do ativo (isto é, o total das depreciações deve ser igual à quantia a
depreciar, neste caso concreto, 100 000 €).
Para resolver esta diferença cria-se uma coluna de controlo que permitirá determinar o mo-
mento da passagem deste modelo para outro que permita calcular as depreciações remanescentes.
Neste exemplo criamos como coluna de controlo as depreciações que seriam praticadas
no período de vida remanescente se adotássemos o método das quotas constantes.
Por exemplo, no primeiro ano de vida, a quantia reconhecida do ativo é de 100 000 €, se
fosse depreciado em 10 anos (quotas constantes) obteríamos uma depreciação anual de 10 000 €
(100 000 / 10 anos). Utilizando as quotas degressivas, esta depreciação é de 25 000 €. Escolhe-
-se o valor maior. Portanto, a depreciação a reconhecer no primeiro ano será de 25 000 €.
No segundo ano, a quantia registada (após a primeira depreciação) é de 75 000 € (100
000 – 25 000 da 1ª depreciação), e os anos remanescentes são 9, pelo que a depreciação pelas
quotas constantes seria de 8 333 € (75 000 / 9 anos). Portanto, a depreciação a reconhecer
no primeiro ano será de 18 750 €, obtida pelas quotas degressivas.
Este processo de escolha mantém-se, neste caso, até ao 7.º ano porque as quantias obti-
das pelo método das quotas degressivas são sempre superiores às obtidas pelo método das
quotas constantes. Neste ano verifica-se, por coincidência, a igualdade nos valores obtidos
por ambos os métodos (4 449 €).
Toma-se como chave de decisão a seguinte regra: sempre que os valores obtidos pelas
quotas constantes sejam iguais ou superiores aos obtidos pelas quotas degressivas, opta-se
pelas quotas constantes, mantendo-se essa quantia nos anos remanescentes.
Considerando as limitações associadas ao cálculo das depreciações pelo modelo das
quotas degressivas, acima apresentado, podem-se então deduzir as seguintes regras:
• Utilizam-se as depreciações das quotas degressivas enquanto estas forem superiores
às das quotas constantes;
• Quando os valores obtidos pelas quotas degressivas são iguais ou menores do que os
obtidos pelas quotas constantes, a partir desse momento passa-se a utilizar a quantia
obtida pelo método das quotas constantes.
Exemplo
Revisão da depreciação
A vida útil de um ativo é determinada com base numa estimativa atendendo ao uso que
se pretende dar ao bem, à obsolescência tecnológica e a outros fatores, resultando daí uma
expetativa do seu tempo de vida durante o qual se espera que produza benefícios económi-
cos. Alguns dos pressupostos utilizados na determinação desse tempo de vida útil podem
alterar-se, conduzindo a uma nova estimativa, cujos efeitos se farão sentir no período da
alteração e nos períodos futuros.
Questão:
Elaborar o plano de depreciações para o período de vida útil e respetiva contabilização.
612 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1.º ano – Estimativa inicial (10 anos de vida útil) = 12 000/10 anos = 1 200 €
5.º ano – Depreciação acumulada = 1 200 x 5 anos = 6 000 €
Valor líquido = 12 000 – 6 000 = 6 000 €
Vida útil remanescente = 3 anos
Depreciação anual = = 6 000/3 anos = 2 000 €
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
N a N+4 Depreciações do período 64.2.3 43.8.3 1 200
N+5 a N+7 Depreciações do período 64.2.3 43.8.3 2 000
Em síntese:
A entidade deve selecionar o método que melhor reflita a depreciação dos ativos fixos
tangíveis. O método deve ser aplicado consistentemente de período para período, a menos
que ocorra uma alteração material que justifique a sua alteração.
A alteração do método de depreciação tem efeitos no período da alteração e seguintes.
Como as alterações dos métodos de depreciação consubstanciam uma alteração de política
contabilística, a NCRF 4 obriga à aplicação retrospetiva do novo método. Tal significa que
as quantias anteriormente reconhecidas devem ser recalculadas.
No entanto, uma alteração da estimativa da vida útil do bem, de acordo com a NCRF
4, não tem aplicação retrospetiva.
Entende-se por:
A imparidade representa uma perda do valor dos ativos, que se pode dever a diversos
factos, designadamente fortes alterações tecnológicas, incidentes ou outros fatores que
influenciam de forma significativa o valor recuperável desse ativo, quer pela sua venda,
Imparidade
quer pelo uso. ‐ perda de valor dos ativos tendo em conta os retornos esperados
do seu uso ou da sua venda. Um ativo está em imparidade quando a quantia
Entende-se por:
escriturada não pode ser recuperada pelo uso ou pela venda.
Imparidade – perda de valor dos ativos tendo em conta os retornos esperados do seu uso
ou da sua venda. Um ativo está em imparidade quando a quantia escriturada não pode
ser recuperada pelo uso ou pela venda.
Esquematicamente, as perdas por imparidade são determinadas conforme o seguinte
esquema:
Esquematicamente, as perdas por imparidade são determinadas conforme o seguinte
esquema:
Perda por Imparidade
Quantia Quantia
escriturada maior do que recuperável
é a maior entre
Justo valor
‐ ou
Valor de uso
Custos de alienação
Muitos ativos contribuem para os fluxos de benefícios económicos de uma forma con-
junta, pelo que a análise da sua imparidade deve ser feita em unidades geradoras de caixa:
• Uma unidade geradora de caixa é o grupo mais pequeno identificável de ativos que
geram influxos de caixa derivados do uso continuado e que sejam em larga medida
independentes dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos.
Exemplo 1:
Numa empresa transportadora, cada equipamento de transporte (camião, autocar-
ro) pode ser considerado como uma unidade geradora de caixa. A cada equipamen-
to podem-se associar os influxos de caixa gerados pelos transportes de carga ou
passageiros, assim como os exfluxos dos gastos da sua utilização (motorista, com-
bustível, manutenção, etc.). Neste caso, o camião ou autocarro poderá ser o grupo
mais pequeno de ativos que constitui uma unidade geradora de caixa.
Exemplo 2:
Numa livraria, todos os ativos, no seu conjunto, contribuem para que o estabe-
lecimento tenha as condições para exercer a sua atividade (estantes, mobiliário,
equipamento administrativo, computador, ar condicionado, etc.). Nestes casos, é
difícil distinguir o contributo individual de cada elemento do ativo para os influxos
e exfluxos de caixa, pelo que o conjunto de ativos constitui uma unidade geradora
de caixa.
o cálculo de duas quantias: o valor de mercado (justo valor do ativo ou conjunto de ativos)
deduzido dos custos de alienação96 e o valor de uso desse ativo.
O valor de uso reporta ao rendimento esperado da utilização desse ativo na atividade.
A sua medição é feita com base nos fluxos de tesouraria esperados, isto é, considerando os
contributos do ativo para os recebimentos e pagamentos da empresa. Exige uma previsão
destes fluxos para o período de vida remanescente, calculados pelo método do valor presente
(calculados à data de referência).
Para determinar o valor de uso de um ativo, devem ser refletidos no cálculo:
– Uma estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter do ativo;
– Expetativas acerca das possíveis variações na quantia ou na tempestividade desses
fluxos de caixa futuros;
– O valor temporal do dinheiro, representado pela taxa corrente de juro sem risco
de mercado;
– O preço de suportar a incerteza inerente ao ativo;
– Outros fatores, tais como a falta de liquidez, que os participantes do mercado
refletissem no apreçamento dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter
do ativo.
As perdas por imparidade do período são reconhecidas na conta 65 – Perdas por impari-
dade, na subconta respetiva – 65.5 – Perdas por imparidade – Em ativos fixos tangíveis.
As alterações das condições que determinaram o reconhecimento da imparidade podem
conduzir a novos decréscimos do valor do ativo, ou, pelo contrário, a um aumento. Na
primeira circunstância, estaremos perante um reforço da imparidade, com a consequente
diminuição do valor líquido do ativo.
No caso de se verificar uma alteração positiva no valor do ativo, deve-se então conside-
rar a diminuição da imparidade reconhecida (reversão da imparidade), com o consequente
aumento do valor líquido do ativo subjacente. A reversão deve ser reconhecida na conta
76 – Reversões/76.2 – De perdas por imparidade / 76.2.5 – Ativos fixos tangíveis.
A imparidade acumulada corresponde ao saldo da conta 43.9 – Perdas por imparidade
acumuladas, das imparidades reconhecidas como gasto e eventuais reversões reconhecidas
como rendimento, durante a vida útil dos ativos fixos tangíveis.
O reconhecimento da imparidade como gasto do ativo implica que a sua quantia escri-
turada diminua, como se evidencia no exemplo a seguir:
Questão:
Apresente as depreciações de cada período da vida útil, a perda por imparidade e o
respetivo valor líquido do ativo.
Resposta:
1) Plano de depreciações e imparidade.
sição do ativo = 2)
15Aquisição
000 € do ativo = 15 000 €
Valor líquido = 12 000
43 – Ativo fixo tangível (15 000 – 3 000)
3 000 (ano 1)
Valor líquido = 9 000
3 000 (ano 2) (12 000 – 3 000)
Valor líquido = 0
(2 250 – 2 250)
ciações anuais:
1) Depreciações anuais:
1) 1) Depreciações
Depreciações anuais:
anuais: Capítulo 5 – Operações empresariais 617
43.8 – Ativo fixo tangível ‐ 64.2 Gastos de depreciação ‐ Ativo fixo
43.8
43.8 – Ativo
– Ativo fixofixo
Depreciações tangível
tangível
acumuladas ‐ ‐ 64.2
64.2 Gastos
Gastos de de depreciação
depreciação
tangível ‐ Ativo
‐ Ativo fixofixo
Depreciações
Depreciações acumuladas
acumuladas
1) Depreciações anuais: tangível
tangível
3) Depreciações3 000 (ano 1)
anuais (ano 1) 3 000
3 0003 000 (ano
(ano 1) 1) (ano
(ano 1) 31)000
3 000
3 000
43.8 – Ativo fixo (ano 2)
tangível ‐ 64.2 Gastos de depreciação ‐ Ativo fixo
3 0003 000 (ano
(ano 2)3)2)
Depreciações 3acumuladas
000 (ano tangível
3 0003 000 (ano
(ano 3)4)3)
2 250 (ano
3 250
2 000 (ano
(ano 4)1) (ano 1) 3 000
2 250 (ano 4)
23250 (ano
000 (ano 5)
(ano 2)
2 2502 250
(ano 5) 5)
3 000 (ano 3) 64.2 Gastos de depreciação ‐ Ativo fixo
64.2
64.2 Gastos
Gastos de de depreciação
depreciação
tangível ‐ Ativo
‐ Ativo fixofixo
2 250 (ano 4)
tangível
tangível
2 250 (ano 5) (ano 2) 3 000
(ano 2) 3 000
(ano 2) 3 000
64.2 Gastos de depreciação ‐ Ativo fixo
tangível
64.2 Gastos de depreciação ‐ Ativo fixo
64.2
64.2 Gastos
Gastos
(anode2)de depreciação
depreciação
3tangível
000 ‐ Ativo
‐ Ativo fixofixo
tangível
tangível
(ano 3) 3 000
(ano
(ano 3) 33)000
3 000
64.2 Gastos de depreciação ‐ Ativo fixo
43.9 – Perdas por imparidade
43.9
43.9 – Perdas
porpor
–acumuladas
Perdas imparidade
imparidade tangível
(ativo fixo 65.5 Perdas por imparidade (ativo fixo
acumuladas
acumuladas (ativo fixofixo
(ativo
tangível) 65.5 Perdas
65.5 Perdas
(ano 3)porpor
000imparidade
3 imparidade
tangível) x (ativo
– Ano (ativo fixofixo
tangível)
tangível) tangível) –
tangível) – Ano xAno x
1 500 (ano 4) (ano 4) 1 500
43.9 – Perdas1 por imparidade
1 500
500 (ano
(ano 4) 4) (ano(ano
4) 14)500
1 500
acumuladas (ativo fixo 65.5 Perdas por imparidade (ativo fixo
64.2 Gastos de depreciação ‐ Ativo fixo
tangível) 64.2
64.2 Gastos detangível)
Gastos de – Ano‐ Ativo
depreciação
depreciação x ‐ Ativo
fixofixo
tangível
tangível
tangível
1 500 (ano 4) (ano4)4)
(ano 21250
500
(ano 4)
(ano 4) 2 250 2 250
64.2Gastos
64.2 Gastosde
dedepreciação
depreciação‐ ‐Ativo
Ativofixo
fixo
64.2 Gastos de tangível
depreciação
64.2 Gastos de depreciação ‐ Ativo
tangível ‐ Ativo fixo fixo
tangível
tangível
(ano 5) 2 2250
(ano 4) 250
(ano 5) 2
(ano 5) 2 250 250
===//===
===//===
===//=== 64.2 Gastos de depreciação ‐ Ativo fixo
===//=== tangível
Após o reconhecimento de uma imparidade ou da sua reversão o valor da depreciação
Após
Após oApós
reconhecimento
o reconhecimento de de
uma uma imparidade
deimparidade ou ou
da da
da sua
sua reversão
(ano 5) 2 250
reversão ovalor
valor
oovalor da depreciação
da depreciação
depreciação
do ativo fixoo tangível
reconhecimento
deve ser uma imparidade
ajustado nos ou sua
períodos reversão,
futuros, de da
modo a imputar a
do ativo
doquantia
ativo fixofixo tangível
tangível deve
deve ser ser ajustadonosnos
===//===
ajustado períodos futuros, de de modo aa imputar
quan- a a
operíodos futuros, modo a imputar
do ativo fixo tangível deve ser ajustado nos períodos futuros, de modo a imputar
escriturada revista do ativo menos valor residual (caso exista) numa base
quantia
quantia escriturada
tiaescriturada
escriturada revista
revista
revista dodo do
ativo ativo
menos
ativo menos
o valor
menos o valor
residual
o(NCRF
valor residual
(caso
residual exista)(caso
numa exista) numa
base sistemática base
sistemática
Após o
durante durante
reconhecimento
a vida a vida
útil útiluma
de remanescente
remanescente imparidade
(NCRF 12, ou
§§ 30da
e 12,
sua
59). 57).(casoo exista)
§reversão valor
numa
da
base
depreciação
sistemática
sistemática durante
durante a vida
a vida útilútil remanescente
remanescente (NCRF
(NCRF 12,12, § 57).
§ 57).
do ativo fixo tangível deve ser ajustado nos períodos
Aconselha-se a subdivisão destas contas no reconhecimento futuros,
das perdasde por
modo a imputar a
imparidades
quantia escriturada revista do ativo menos o valor residual (caso exista) numa base
específicas:
sistemática durante a vida útil remanescente (NCRF 12, § 57).
618 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Contabilize a perda por imparidade.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Imparidade acumuladas 43.9.2 – Edifícios e outras construções
Imparidades do período 65.5.2 – Edifícios e outras construções
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N Perda por imparidade 65.5.2 43.9.2 50 000
Para realizar essa venda, seria necessário despender 5% a título de comissão de vendas.
Apresentam-se os fluxos de caixa previstos para os cinco anos seguintes, na exploração
dos veículos:
Questão:
Faça a análise e contabilização da perda por imparidade, considerando uma taxa de
atualização de 10%.
Resposta:
Para determinar a eventual perda por imparidade deve-se calcular o justo valor deduzido
dos custos de alienação e o valor de uso.
Justo valor:
Para determinar a provável perda por imparidade há que comparar os valores obtidos
(quantia recuperável pela venda e valor de uso) e escolher o maior entre os dois. Neste
caso é o valor de uso. Este valor é posteriormente comparado com a quantia escriturada.
• Perda por imparidade = 50 000,00 - 47 241,30 = 2 758,70 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N Perda por imparidade 65.5.4 43.9.4 2 758,70
O valor máximo que seria obtido pela venda, deduzida a comissão, é 15 000 €. A taxa
de desconto a utilizar é de 5%, taxa de mercado de investimentos similares.
Questão:
Determine a eventual perda por imparidade do veículo.
Resposta:
Para determinar a eventual perda por imparidade deve-se calcular o justo valor deduzido
dos custos de alienação e o valor de uso do referido equipamento:
Justo valor - custos de alienação = 15 000 €
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Valor de uso
N+1 N+2 N+3
Cash flow líquido de exploração 8 000 7 000 2 000
Valor residual do equipamento 1 000
Fator de atualização 0,95238 0,90703 0,86384
Valor atual 7 619 6 349 2 592
Valor atual acumulado = 16 560 €
Conforme se apresenta na figura 5.82, a quantia recuperável é o valor mais alto entre o
justo valor deduzido dos custos de alienação (15 000 €) e o valor de uso (16 560 €). Como
o valor de uso é o valor recuperável mais elevado, a perda por imparidade é:
Perda por imparidade = 30 000 – 16 560 = 13 440 €
Questão:
Reconheça os efeitos desta nova avaliação.
Resposta:
Dado que a nova avaliação permite recuperar o valor anteriormente reconhecido como
perda por imparidade, a entidade deve reconhecer a reversão dessa perda por imparidade.
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N Reversão da perda por imparidade 43.9.2 76.2.5.2 50 000
622 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Elaborar o plano de depreciações para o período de vida útil e respetiva contabilização.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
– 1.º ano - Estimativa inicial (10 anos de vida útil) = 10 000/10 anos = 1 000 €
– 6.º ano - Valor líquido de depreciações e imparidade
• Custo = 10 000 €
• Depreciações acumuladas = 5 anos x 1 000 = 5 000 €
• Imparidade acumulada = 2 000 €
• Valor líquido = 10 000 – 5 000 – 2 000 = 3 000 €
• Alteração das depreciações = 3 000/5 anos = 600 €
– 9.º ano - Valor líquido de depreciações e reversão das imparidades
• Custo = 10 000 €
• Depreciações acumuladas = 5 anos x 1 000 + 3 anos x 600 = 6 800 €
• Imparidade acumulada = 2 000 €
• Reversão da imparidade = 2 000 €
• Valor líquido = 10 000 – 6 800 – 2 000 + 2 000 = 3 200 €
• Alteração das depreciações = 3 200/2 anos = 1 600 €
Vida útil N N+1 N+2 N+3 N+4 N+5 N+6 N+7 N+8 N+9
Depreciação 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 600 600 600 1 600 1 600
Vida útil N N+1 N+2 N+3 N+4 N+5 N+6 N+7 N+8 N+9
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Depreciação 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 600 600 600 1.600 1.600
Figura
Figura n.º 5.83 –n.º 5.83 – Mensuração
Mensuração subsequentesubsequente
Modelo do custo
Modelo do custo
Nesta
Nesta opção
opção o item
o item do ativo
do ativo fixo tangível
fixo tangível é reconhecido
é reconhecido pelo custopelo custo deouaquisição ou
de aquisição
produção conforme definido anteriormente, ao qual serão deduzidas as
produção conforme definido anteriormente, ao qual serão deduzidas asdepreciações acu-depreciações
muladas e eventuais perdas por imparidade.
acumuladas e eventuais perdas por imparidade.
Custo é a quantia de dinheiro ou seus equivalentes paga ou o justo valor de outra retri-
buição dada para adquirir um ativo no momento da sua aquisição ou construção.
Custo é a quantia de dinheiro ou seus equivalentes paga ou o justo valor de outra
Oretribuição
modelo do custo
dada estabelece o custo
para adquirir umhistórico
ativo nocomo base deda
momento mensuração.
sua aquisição ou construção.
565
−
Depreciações
624 Contabilidade
QuantiaFinanceira Explicada
escriturada ao
= acumuladas
O modelo do custo estabelece ocusto
custo histórico como base de mensuração.
−
Perdas por imparidade
Custo do ativo
acumuladas
−
Figura n.º 5.84 ‐ Quantia escriturada ao custo
Depreciações
Quantia escriturada ao
= acumuladas
custo
Modelo de revalorização −
Perdas por imparidade
pelo justo valor tendo em conta
Nesta opção o item do ativo está reconhecido acumuladas
avaliações de peritos independentes. Esta revalorização é realizada após o primeiro
Figura n.º 5.84 - Quantia escriturada ao custo
registo do ativoFigura
(custo), desde
n.º 5.84 que escriturada
‐ Quantia seja possível determinar com fiabilidade o justo
ao custo
valor de
Modelo dorevalorização
ativo. A quantia apresentada do ativo será do seu justo valor, deduzida de
depreciações
Nesta acumuladas
opção o item e eventuais
do ativo está reconhecido perdas por imparidade.
pelo justo valor tendo em conta avalia-
ções de peritos independentes. Esta revalorização é realizada após o primeiro registo do
Modelo de revalorização
ativo (custo), desde que seja possível determinar com fiabilidade o justo valor do ativo. A
quantia apresentada do ativo
Justo valor: é será do seu justo
a quantia valor,um
pela qual deduzida de depreciações
ativo pode ser trocadoacumuladas
ou um passivo
Nesta opção o item
e eventuais perdas do
por ativo
imparidade.está reconhecido pelo justo valor tendo em conta
liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transação em
avaliações
Justode peritos
valor:
queé anãoindependentes.
quantia pela
exista qual umEsta revalorização
ativo
relacionamento pode ser
entre
é realizada
trocado
elas.
apósliquidado,
ou um passivo o primeiro
registo
entredo ativo
partes (custo), desde
conhecedoras que seja
e dispostas possível
a isso, determinar
numa transação em quecomnãofiabilidade o justo
exista relaciona-
valormento
do ativo. A quantia apresentada do ativo será do seu justo valor, deduzida de
entre elas.
depreciações acumuladas e eventuais perdas por imparidade.
Justo valor à data da
revalorização
− ou um passivo
Justo valor: é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado
Depreciações
liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transação em
Quantia escriturada
que não exista relacionamento entre elas.= acumuladas
revalorizada
−
Perdas por imparidade
Justo valor à data da
acumuladas
revalorização
Figura
Figura n.º 5.85 –n.º 5.85 –escriturada
Quantia Quantia escriturada
revalorizadarevalorizada
−
Considera-se que a opção pelo justo valor conduz a uma imagem mais próxima dos
Depreciações
valores recuperáveis
Quantia do ativo. Por outro lado, se não forem
escriturada utilizadas técnicas apropriadas
para aConsidera-se
avaliação, que
pode-se a opção
incorrer em
=distorções
pelo justo valor
nas
acumuladas
conduz a uma
demonstrações imagem mais próxima dos
financeiras.
revalorizada
valoresumarecuperáveis
Quando entidade opta do
peloativo. Por deve
justo valor, outro −informação
lado,
obter se nãofidedigna
forem sobre
utilizadas
os técnicas
ativos em avaliação e, com base nessa informação, ajustar
Perdas a quantia escriturada ao valor
por imparidade
resultante da avaliação. 566
acumuladas
Se não houver provas com base no mercado do justo valor devido à natureza especiali-
zada do item do ativo fixo tangível ou se o item for raramente vendido, uma entidade não
pode utilizar o método de revalorização.
A frequência das revalorizações depende das alterações no justo valor dos ativos fixos
tangíveis que estão a ser revalorizados, pelo que deverá ser feita nova revalorização quando
o justo valor de um ativo revalorizado diferir materialmente da sua quantia escriturada,
pelo que as revalorizações frequentes (anuais) são desnecessárias para itens do ativo fixo
tangível apenas com alterações insignificantes no justo valor. Em vez disso, pode ser ne-
cessário revalorizar o item apenas a cada três ou cinco anos.
Em resumo, poderemos ter, quanto à periodicidade das revalorizações do ativo fixo
tangível (NCRF 7, § 34), a seguinte orientação:
• Se as alterações do justo valor são pouco significativas: o ativo fixo tangível poderá
ser revalorizado apenas a cada três ou cinco anos;
•SeSeas alteraçõesdo do
as alterações justojusto
valorvalor são significativas:
são significativas: haverá a de
haverá a necessidade necessidade
revaloriza- de
revalorização
ção anual. anual.
A diferença é significativa?
Sim Não
Se um item do ativo fixo tangível for revalorizado, toda a classe do ativo fixo tangível
à qual pertença esse ativo deve ser revalorizada. Por exemplo, se proceder à
Figura n.º 5.86 – Decisão de revalorizar ou não
Se um item do ativo fixo tangível for revalorizado, toda a classe do ativo fixo tangível
àSe qual
um626item do ativo
pertença fixo
esse tangível
ativo devefor
Contabilidade revalorizado,
ser todaPor
revalorizada.
Financeira Explicada a classe do ativo
exemplo, se fixo tangívelà
proceder
àrevalorização
qual pertença de um determinado equipamento básico, todos os itens deste grupoà
esse ativo deve ser revalorizada. Por exemplo, se proceder
revalorização
deverão de um determinado
ser considerados equipamento
nesse processo e não básico, todos os itensequipamentos
apenas determinados deste grupo
deverão ser
específicos. considerados nesse processo e não apenas determinados equipamentos
específicos.Se um item do ativo fixo tangível for revalorizado, toda a classe do ativo fixo tangível à
qual pertença esse ativo deve ser revalorizada. Por exemplo, se proceder à revalorização de
Métodosum dedeterminado equipamento básico, todos os itens deste grupo deverão ser considerados
revalorização
Métodosnessedeprocesso e não apenas determinados equipamentos específicos.
revalorização
Como se afirmou, revalorizar consiste em expressar o valor de um ativo pelo seu justo
Como Deste
valor. Métodos
se afirmou, de revalorização
revalorizar
confronto entre a consiste em expressar
quantia escriturada e oo valor
valor de
de mercado
um ativopoderão
pelo seusurgir
justo
valor. DesteComo se afirmou,
confronto entre revalorizar
a quantia consiste emeexpressar
escriturada o valor o valor
de de um
mercado ativo pelo
poderão seu justo
surgir
duas situações:
valor. Deste confronto entre a quantia escriturada e o valor de mercado poderão surgir
duas situações:
duas situações:
Quantia menor do que Justo
Quantia
escriturada menor do que Justo
valor
escriturada valor
Conta
Conta 58 – Excedentes
58 – Excedentes de revalorização
de revalorização de ativos
de ativos fixos fixose intangíveis
tangíveis tangíveis e intangíveis
Conta e Conta e subcontas
subcontas Comentários Comentários
58.1 Reavaliações
58.1 Reavaliações decorrentesdecorrentes
de diplomas de diplomas
legais Após olegais Após58.1.1
conta
registo na o registo nadoconta
do valor aumento58.1.1do do valor do a
58.1.1 Antes de imposto sobre o rendimento
ativo, a conta ativo,
58.1.2 será adebitada
conta 58.1.2
por será debitada por contra
contrapartida
58.1.1 Antes de imposto sobre o rendimento
58.1.2 Impostos diferidos 27 conta por
da conta 27.4.2 – Passivos 27.4.2 – Passivos
impostos diferidos por
pelo impostos dife
58.1.2 Impostos diferidos97 montante do imposto
montante do imposto correspondente à fração do ex- correspondente à
excedente
cedente de reavaliação de reavaliação
não relevante não relevante para a t
para a tributação
58.9
58.9 Outros Outros excedentes
excedentes Estaparaconta é utilizadanãopara revalorizações não
Esta conta é utilizada revalorizações realiza-
58.9.1 Antes de
58.9.1 Antes de imposto imposto
sobre sobre o rendimento
o rendimento ao abrigo
das ao abrigo de legislação. de legislação.
As regras As regras de movime
de movimentação
58.9.2 Impostos diferidos
58.9.2 Impostos diferidos são semelhantes aosemelhantes ao referido anteriormente
referido anteriormente
Quadro n.º 5.63 – Conta 58 Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis
Quadro n.º 5.63 – Conta 58 – Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis 97
Sinteticamente
Sinteticamente
a) daReconhecimento
a) Reconhecimento revalorização da revalorização
58.x.2 ‐ Outros excedentes
43 ‐ Ativo fixo tangível
Antes de impostos
SI 100 000
(1) 150 000 150 000 (1)
250 000
1) Acréscimo resultante da revalorização que corresponde à diferença entre a quantia escriturada e o justo
valor do ativo 1) Acréscimo resultante da revalorização que corresponde à diferença entre a quantia
escriturada e o justo valor do ativo
Os excedentes de revalorização consideram-se realizados através do uso dos bens (re-
correspondente
correspondente
correspondente
fração
fletido nas fração
fração
do imposto
dodo
depreciaçõesimposto
imposto
ou sobre
sobre
sobre
o rendimento,
o rendimento,
amortizações) o ou
rendimento,
poralienação.
da sua por
contrapartida
por
contrapartida
contrapartida
da conta
Aquando da
dada
conta
conta
56 –5656
– do
realização –
Resultados
Resultados
Resultados Os de revalorização, a subconta 58.x.2 será creditada pela correspondente fração uso dos be
excedentes
transitados.
transitados.
excedente transitados. de revalorização consideram-se realizados através do
(refletido
do imposto nas depreciações
sobre o rendimento, ou amortizações)
por contrapartida da conta 56 –ou da sua transitados.
Resultados alienação. Aquando
b) Realização
b) b)Realização
Realização
da reserva
dada
reserva
reserva
de revalorização
de de
revalorização
revalorização
(exemplo:
(exemplo:
(exemplo:
por venda
porpor
venda
do
venda
ativo)
dodoativo)
ativo)
realização
b) Realização do excedente
da reserva de revalorização,
de revalorização a subconta
(exemplo: por venda do ativo) 58.x.2 será creditada p
58.x.1
58.x.1
–58.x.1
Outros
– Outros
excedentes
excedentes
– Outros excedentes 56 – 56
Resultados
56
– Resultados
– Resultados
43 – 43
Ativo
– Ativo
43 –fixo tangível
fixofixo
Ativo tangível
tangível
AntesAntes
de impostos
Antes
dede impostos
impostos transitados
transitados
transitados
27
Havendo efeitos fiscais diferidos resultantes das alterações dos valores contabilísticos, devem
SI 000
SI 100 100 000000
SI 100 250250
250 000 000000(2.1)
(2.1) (2.1) 150 000
150150
000(3)
000 (3)(3)
reconhecidos impostos diferidos (ativos ou passivos conforme se espere um pagamento futuro ou u
(1) (1)150
(1) 000
150150
000
000 (3) (3) 150
(3) 000
150
150
000
000150 000
150
150 (1)
000
000 (1)(1)
dedução aos pagamentos futuros ao Estado). A NCRF 7 (§ 43) determina que, se existirem efeitos
250 000
250250
000impostos
000 sobre o rendimento resultantes da revalorização, estes devem ser reconhecidos de acordo c
a NCRF 25. Neste livro não se aborda o tema dos impostos diferidos.
78 78 78
11 / 12
11 11
/ 27
12 / 27
/ 12 / 27
Ganhos
Ganhos
na alienação
Ganhosna na
alienação
alienação
(2) (2)300.000
(2) 300.000
300.000 50 000
50 50
000000
(2.2)(2.2)
(2.2)
5
97 - Havendo efeitos fiscais diferidos resultantes das alterações dos valores contabilísticos, devem ser reconhecidos
impostos diferidos (ativos ou passivos conforme se espere um pagamento futuro ou uma dedução aos pagamentos
2) Preço
2) Preço
2)de
futuros venda
Preço
ao de venda
de venda
Estado). A NCRF 7 (§ 42) determina que, se existirem efeitos de impostos sobre o rendimento resultantes
2.1) Abate
2.1)
da Abate
2.1) (desreconhecimento)
(desreconhecimento)
Abate
revalorização, estes devem serdo
(desreconhecimento) ativo
dodoativo
alienado
reconhecidos alienado
ativo (vendido)
de alienado
acordo (vendido)
(vendido)
com a NCRF 25. Neste livro não se aborda o tema dos
2.2) impostos
Ganho
2.2) Ganho
2.2) na transação
Ganhona na
transação
diferidos. (quantia
transação(quantia
escriturada
(quantia escriturada
= 250.000;
escriturada= 250.000;
preçopreço
= 250.000; de venda
dede
preço venda
=venda
300.000,
= 300.000,
Ganho
= 300.000, Ganho
=Ganho= =
50.000
50.000
€ € €
50.000
3) Reserva
3) Reserva
de revalorização
dede
3) Reserva revalorização
realizada
realizada
revalorização pela pela
venda
realizada venda
pela do ativo
dodo
venda ativo
ativo
43 43
– Ativo
– Ativo
fixofixo
tangível
tangível 78
11 / 12 / 27 Antes
Antes
dede
impostos
impostos transitados
transitad
Ganhos na alienação
(2) 300.000 SI 100
SI 100
000000 250250000000(2.1)
(2.1) 50.000 (2.2) 150150
628 (1)(1) 150150
Contabilidade
000000 Financeira Explicada
(3)(3) 150150
000000 150150
000000 (1)(1)
250250000000
2) Preço de venda
2.1) Abate (desreconhecimento) do ativo alienado (vendido)
2.2) Ganho na transação 78 78
11(quantia
/ 12
11 /escriturada
/ 27
/ 12 27 = 250.000; preço de venda = 300.000, Ganho =
50.000 € Ganhos
Ganhos na na alienação
alienação
3) Reserva de revalorização
(2)(2) 300.000
300.000 realizada pela venda do ativo 50 50
000000 (2.2)
(2.2)
2) Preço de venda
2) Preço
2) Preço dede venda
venda
2.1) Abate (desreconhecimento) do ativo alienado (vendido)
Ajustamento por decréscimo
2.1)2.1) Abate
Abate (desreconhecimento)
(desreconhecimento) dodo ativo
ativo alienado
alienado (vendido)
(vendido)
2.2) Ganho na transação (quantia escriturada = 250 000; preço de venda = 300 000, Ganho = 50 000 €
2.2)
2.2) Ganho
Ganho na na transação
transação (quantia
(quantia escriturada
escriturada = 250.000;
= 250.000; preço
preço de de venda
venda = 300.000,
= 300.000, Ganho
Ganho = =
No caso3)de
Reserva de revalorização
diminuição da €realizada
quantia
50.000
50.000 € pela venda dode
escriturada ativo
um ativo deve-se considerar qual o
modelo emAjustamento
que está 3)mensurado:
Reserva
3) Reserva dede revalorização
revalorização
por decréscimo
realizada
realizada pela
pela venda
venda dodo ativo
ativo
No caso
Se está de diminuição
mensurado da quantia
pelo modelo escriturada de um ativo deve-se considerar qual o
do custo:
modelo em que está mensurado:
•o Ajustamento
Ajustamento
SeSe o valor
está porpor
decréscimo
resultante
mensurado pelodecréscimo
da avaliação
modelo for menor que a quantia escriturada, a
do custo:
diminuição deve ser reconhecida nos resultados (como gasto do período, na
–conta
No NoSecaso
o65
caso valor
de‐ de resultante
diminuição
diminuição
Perdas dadaavaliação
da
quantia
por imparidade/ for
quantia menor
escriturada
65.5 quede
‐escriturada
Em ativos a de
quantia escriturada,
umtangíveis
fixos umativo
ativo
deve-se aconsiderar
deve-se dimi-
considerar
qual
qual
o
nuição deve ser reconhecida nos resultados (como gasto do período, na conta
modelo
modelo emem quequeestá
está
mensurado:
mensurado:
65 – Perdas por imparidade/ 65.5 – Em ativos fixos tangíveis;
Seescriturada
Quantia Se
está
está
mensurado
mensurado
ao pelo
pelomodelo
modelo
maior dodo
do custo:
quecusto: Justo
custo valor
o o SeSeo valor
o valorresultante
resultante dada avaliação
avaliação
forformenor
menor quequea quantia
a quantiaescriturada,
escrituradaa
diminuição
diminuiçãodeve
deveserser
reconhecida
reconhecida
Imparidade nosnos
resultados
resultados (como
(comogasto
gasto
dodo
período,
período,
na
Ajustamento porconta
conta
6565
redução‐ Perdas
‐ Perdasporpor
imparidade/
imparidade/
Débito: 65.5 65.5
65.5
‐ Em
‐ Em
ativos
ativos
fixos
fixos
tangíveis
tangíveis
Crédito: 43.9
– Se o valor resultante
Quantia
Quantia da avaliação
escriturada aoéaosuperior à maior
escriturada quantia
maior doescriturada
doqueque mas já foiJusto Justo
o Sereconhecida
o valor resultante da
uma perdaavaliação é superior à quantia escriturada
por imparidade anteriormente, esta revalorização mas já foi
devevalor
custo
custo valor
reconhecida uma nos
ser reconhecida perda por imparidade
resultados anteriormente,
(como rendimento, esta 76
na conta revalorização
- Reversões /
deve
o Esta ser
- Dereconhecida
76.2reversão
perdasem nos resultados
por rendimentos
imparidade tem(como
/ 76.2.5 - Em
como rendimento,
ativos asna imparidades
conta 76 ‐
fixos tangíveis);
limite
Imparidade
Imparidade
Reversões / 76.2 ‐ De perdas por imparidade / 76.2.5 ‐ Em ativos fixos
–anteriormente
Esta reversão reconhecidas
Ajustamento
Ajustamento como
por
por
em rendimentos gasto
redução
redução
tem do período
como (na conta
limite asDébito:
imparidades
Débito: 65.5)
65.565.5 anteriormente
tangíveis) Crédito:
Crédito:
43.943.9
reconhecidas como gasto do período (na conta 65.5).
Imparidade
Ajustamento por redução Débito: 58
Débito: 65.5
Reversão da Imparidade
Débito: 43.9
Ajustamento porda
Contabilização aumento
revalorização Crédito: 76.2.5
Reexpressão proporcional
571
Nesta modalidade, quer a quantia escriturada bruta do ativo quer as depreciações acu-
muladas são aumentadas numa dada proporção ou índice. A quantia líquida do ativo deve
corresponder ao valor de mercado.
571
Questão:
630 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Vida útil = 10 anos Taxa de depreciação = 10%
Depreciações acumuladas = 4 anos x 10 % x 100 000 = 40 000 €
Quantia escriturada do ativo = 100 000 – 40 000 = 60 000
Valor de mercado = 60 000 x 120% = 72 000 €
Acréscimo da quantia escriturada do ativo = 72 000 – 60 000 = 12 000 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Ajustamento do ativo bruto 43.3 58.9.1 20 000 a)
1 31 dez N
Ajustamento depreciações acumuladas 58.9.1 43.8 8 000 b)
a) 100 000 x 20% = 20 000
b) 40 000 x 20% = 8 000
c) Acréscimo do ativo bruto (+20 000) – acréscimo das depreciações (-8 000) = 12 000
Questão:
Contabilize esta operação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Vida útil = 10 anos Taxa de depreciação = 10%
Depreciações acumuladas = 4 anos x 10 % x 100 000 = 40 000 €
Quantia escriturada do ativo = 100 000 – 40 000 = 60 000
Valor de mercado = 60 000 x 120% = 72 000 €
Acréscimo da quantia escriturada do ativo = 72 000 – 60 000 = 12 000 €
2) Classificação contabilística
3) Contabilização
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Eliminação das depreciações acumuladas 43.8 43.3 40 000 a)
1 31 dez N
Ajustamento do ativo líquido 43.3 58.9.1 12 000 b)
a) Depreciações acumuladas
b) 12 000 = 72 000 (valor de mercado) - 60 000 (quantia escriturada)
No relatório do perito avaliador apresenta o seguinte justo valor para cada um dos
imóveis:
632 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Contabilize esta operação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Perdas por imparidade (edifício B) 65.5.2 43.9.2 50 000
2 31 dez N Ajustamento do ativo líquido 43.2 58.9.1 25 000 (a)
3 Ajustamento das depreciações acumuladas 58.9.1 43.8.2 5 000 (a)
a) Edifício A
Coeficiente de revalorização = 20 000 / 80 000 = 0,25
Acréscimo do ativo = 100 000 x 0,25 = 25 000 €
Acréscimo das depreciações acumuladas = 20 000 x 0,25 = 5 000
Acréscimo líquido do ativo = 25 000 – 5 000 = 20 000
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Desreconhecimento
As quantias escrituradas dos elementos ativos fixos tangíveis devem ser desreconhecidas ou
anuladas quando se extingue a sua vida útil ou lhe são dados outros destinos, designadamente:
– Os bens são vendidos
– Retoma numa locação
– Doações
– Troca
– Reclassificados para mercadorias
– Reclassificados para ativos detidos para venda
– Sinistros
– Quando não se esperam benefícios económicos futuros, pelo seu uso ou venda.
As saídas dos itens do ativo podem gerar perdas ou ganhos. Essas perdas ou ganhos
decorrentes do desreconhecimento de um item do ativo fixo tangível devem ser incluídos
nos resultados (ganhos ou perdas) do período em que o ativo for desreconhecido.
No plano de contas estão previstas as contas para evidenciar, respetivamente, o ganho
ou a perda gerados por esse desreconhecimento.
Questão:
Contabilize esta operação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Depreciações acumuladas (N-3 a N-1) = 20 000 x 25% x 3 anos = 15 000 €
Quantia escriturada = 20 000 – 15 000 = 5 000 €
Ganho (mais valia) = preço de venda – quantia escriturada = 7 500 – 5 000 = 2 500 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pela venda 12.1 78.7.1 7 500 (1)
2 Abate do ativo (depreciações) 43.8 78.7.1 15 000 (2)
3 Abate do ativo (veículo) 78.7.1 43.4 20 000 (3)
O saldo credor desta conta representa o ganho (mais-valia) obtida na alienação do ativo.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Contabilize esta operação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Depreciações acumuladas (N-3 a N-1) = 20 000 x 25% x 3 anos = 15 000 €
Quantia escriturada = 20 000 – 15 000 = 5 000 €
Perda (menos valia) = preço de venda – quantia escriturada = 3 500 – 5 000 = (1 500 €)
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pela venda 12.1 68.7.1 3 500 (1)
2 Abate do ativo (depreciações) 43.8.4 68.7.1 15 000 (2)
3 Abate do ativo (veículo) 68.7.1 43.4 20 000 (3)
Questão:
Contabilize esta operação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Veículo entregue como retoma
Depreciações acumuladas (N-3 a N-1) = 20 000 x 25% x 3 anos = 15 000 €
Quantia escriturada = 20 000 – 15 000 = 5 000 €
Ganho (mais valia) = Valor de retoma – quantia escriturada = 5 500 – 5 000 = 5 00 €
Dívida ao fornecedor = 36 900 (30 000 x 1,23%) – 5 500 = 31 400 €
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos à ordem 12.1 – Banco x
IVA dedutível Investimentos 24.3.2.2.3 – Taxa normal
Fornecedores de investimentos 27.1.1.x – Fornecedor x
Transportes 43.4. – Equipamento de transporte
Depreciações acumuladas 43.8.4 – Equipamento de transporte
Ganhos em alienações 78.7.1 – Alienações
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Pelo investimento 43.4 30 000
1 IVA dedutível 24.3.2.2.3 6 900
Fornecedores de investimentos 27.1.1.x 36 900
Pela entrega do veículo 27.1.1.x 78.7.1 5 500 (1)
2 Abate do ativo (depreciações) 43.8.4 78.7.1 15 000 (2)
Abate do ativo (veículo) 78.7.1 43.4 20 000 (3)
3 Pagamento do remanescente 27.1.1.x 12.1 31 400
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
O saldo credor desta conta representa o ganho (mais-valia) obtida na alienação do ativo.
Questão:
Contabilize esta operação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Quantia escriturada do equipamento = 10 000 (preço de aquisição) – 1 000 (depre-
ciação) = 9 000
Perda = 9 000 – 5 000 (indemnização) = 4 000 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Abate das depreciações acumuladas 43.8.5 68.7.2 1 000 (1)
2 Abate do equipamento 68.7.2 43.5 10 000 (2)
3 Indemnização 27.8.1.x 68.7.2 5 000 (3)
638 Contabilidade Financeira Explicada
O saldo devedor desta conta representa a perda líquida (4 000) resultante do sinistro.
Este valor representa a perda relativa à quantia escriturada do ativo: 9 000 (valor de aquisi-
ção menos depreciações acumuladas), compensada em 5 000 pela indemnização do seguro.
Questão:
Contabilize esta operação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Preço de compra = 50 000
Depreciações = 12,5% x 50 000 x 4 anos (N-4 a N-1) = 25 000 €
Perda por imparidade = 5 000
Quantia escriturada do equipamento = 50 000 – 25 000 (depreciações) – 5 000 (im-
paridade) = 20 000 €
Perda = 20 000 – (12 500 (seguro) + 3 000 (sucata)) = 4 500 €
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos à ordem 12.1 – Banco x
Outros devedores 27.8.1.x – Seguradora x
Equipamento transporte 43.4 - Equipamento transporte
Depreciações acumuladas 43.8.4 - Equipamento transporte
Imparidades acumuladas 43.9.4 - Equipamento transporte
Perdas em sinistros 68.7.2 – Sinistros
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3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Eliminação da imparidade 43.9.4 43.4 5 000
2 Abate das depreciações acumuladas 43.8.4 68.7.2 25 000 (1)
3 Abate do equipamento 68.7.2 43.4 45 000 (2)
4 Indemnização 27.8.1.x 68.7.2 12 500 (3)
5 Valor sucata 12.1 68.7.2 3 000 (4)
O saldo devedor desta conta representa a perda líquida (4 500) resultante do sinistro. Este
valor representa a perda relativa à quantia escriturada do ativo: 20 000 (valor de aquisição
menos depreciações e imparidades acumuladas), compensada em 12 500 pela indemnização
do seguro e 3 000 resultante do valor obtido da venda para sucata.
Questão:
Contabilize esta operação
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Equipamento 43.5 - Equipamento administrativo
Depreciações acumuladas 43.8.5 – Equipamento administrativo
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Abate dos equipamentos e depreciações acumuladas 43.8.5 43.5 20 000
640 Contabilidade Financeira Explicada
b. Ativos intangíveis
– Aquisição/construção de ativos
– Aquisição separada e conjunta
– Goodwill
– Custos iniciais e subsequentes
– Troca de ativos
– Modelo do custo/revalorização
– Amortizações
– Imparidades
– Desreconhecimento
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 6 – Ativos intangíveis
– NCRF 12 – Imparidade de ativos
Contas
– 24 – Estado e outros entes públicos
– 27 – Outras contas a receber e a pagar
– 44 – Ativos intangíveis
– 58 – Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intangíveis
– 64 – Gastos de depreciação e de amortização
– 65 – Perdas por imparidade
– 67 – Provisões do período
– 68 – Outros gastos
– 76 – Reversões
– 78 – Outros rendimentos
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1 – Enquadramento do tema
Neste tema vamos analisar determinados aspetos da vida de um ativo intangível desde
a sua aquisição ou produção e uso até ao seu desreconhecimento. O tratamento
Neste tema vamos analisar determinados aspetos da vida de um ativo intangível desde
contabilístico dos ativos intangíveis tem, em muitos aspetos, semelhanças ao referido
a sua aquisição ou produção e uso até ao seu desreconhecimento. O tratamento contabilís-
para os ativos fixos tangíveis. Nesses pontos comuns faremos referência ao tratamento
tico dos ativos intangíveis tem, em muitos aspetos, semelhanças ao referido para os ativos
preconizado anteriormente.
fixos tangíveis. Nesses pontos comuns faremos referência ao tratamento preconizado
anteriormente.
Modalidades de obtenção
o Aquisição separada
o Produção
o Transferência interna
o Troca
o Locação
Reconhecimento o A título gratuito
inicial Desreconhecimento
o Aquisição conjunta
Amortizações anuais
Análise de perdas por imparidade
Se revalorizado, ajustamentos de justo valor
2 – Enquadramento contabilístico
2 - Enquadramento contabilístico
NCRF 6 – Ativos intangíveis
O conceito de ativo intangível está definido na NCRF 6, § 8, como:
NCRF 6 Ativos intangíveis
Um ativo não monetário, identificável, sem substância física.
O conceito de ativo intangível está definido na NCRF 6, § 8, como:
Analisando a definição:
Umtem
• É um ativo, logo ativode
não monetário,
cumprir identificável,
os requisitos sem dos
gerais substância
ativos,física.
como:
– Analisando – que advém do direito de utilização de uma propriedade industrial
Controloa definição:
ou uma marca;
É um ativo,
– Afiabilidade dologo tem–deque
custo cumprir os requisitos
no caso da compra gerais dos ativos,
se verifica como:
pelo documento de
suporte à aquisição (contrato, fatura ou documento equivalente);
583
– Que gera benefícios económicos para a empresa através da sua utilização, que
é a expetativa das entidades e que dá origem ao investimento;
642 Contabilidade Financeira Explicada
Como adiante se verá, nem todos os exemplos de intangíveis acima referidos são passí-
veis de reconhecimento contabilístico por não obedecerem a todos os requisitos exigíveis.
98 - Ativo monetário é aquele que é representado por dinheiro (caixa, depósitos bancários) ou por direitos a receber
em dinheiro de clientes ou outros devedores.
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Reconhecimento e classificação
Como já referimos, deve ser reconhecido um ativo intangível quando cumpra a definição
de ativo (Estrutura Conceptual, § 49, e os requisitos específicos da NCRF 6):
• Recurso controlado pela entidade
• Resultado de acontecimentos passados
• Gerador de fluxos de benefícios económicos futuros
• O custo do item possa ser mensurado com fiabilidade
• Que seja identificável
Por vezes pode ser difícil distinguir se determinado ativo tem natureza tangível ou
intangível, dado que estes podem estar contidos num elemento físico.
Por exemplo, o software informático pode ter como suporte os discos de memória ou
outro suporte físico. Já licenças ou patentes assumem geralmente as formas de documentação
legal. Temos, portanto, situações em que os ativos intangíveis são adquiridos em suporte
físico ou não. Tais situações exigem um juízo de valor por parte da entidade (NCRF 6, § 4)
no sentido de determinar qual das partes é mais significativa. Se o elemento mais significativo
for o tangível, então aplica-se o disposto na NCRF 7 – Ativos Fixos Tangíveis. Se o elemento
mais significativo for o intangível, então aplica-se o disposto na NCRF 6 – Ativos intangíveis.
No que respeita ao software, se o funcionamento de um equipamento controlado por
computador depender da existência do software de computador, então, este é considerado
parte integrante do respetivo equipamento, sendo portanto tratado como um ativo fixo
tangível. O mesmo aplica-se ao sistema operativo de um computador. Quando o software
não seja uma parte integrante do hardware respetivo, o software do computador é tratado
como um ativo intangível.
644 Contabilidade Financeira Explicada
Por outro lado, alguns ativos intangíveis não são separáveis, mas apenas em conjunto
com um ativo tangível ou intangível relacionado. Nestes casos, a adquirente reconhece o
ativo intangível em conjunto com o item relacionado (NCRF 6, § 36).
Exemplo:
Uma marca comercial de água mineral pode estar relacionada com uma determinada
nascente (fonte), pelo que, ao adquirir a marca, poderá não ser possível fazê-lo separada-
mente da fonte.
Nos casos em que se adquire um grupo de ativos complementares, estes poderão ser
reconhecidos como um ativo único desde que os ativos individuais tenham vidas úteis
semelhantes (NCRF 6, § 37).
Exemplo:
A aquisição de um título de uma revista pode englobar a base de dados dos respetivos
assinantes. Estes elementos (título e assinantes), apesar de poderem ser identificados sepa-
radamente, podem ser reconhecidos como um único ativo.
===//===
Mensuração inicial
Aquisição externa
Qualquer elemento do ativo intangível pode ser obtido de fonte externa ou resultante
de produção própria.
Por compra
AAquisição
aquisiçãoexterna
de elementos patrimoniais, onde se incluem os ativos intangíveis, pode
resultar de compras separadas ou da aquisição de um património no âmbito de uma
Por compra
operação de de
A aquisição concentração empresarial,
elementos patrimoniais, tal se
onde como definido
incluem na intangíveis,
os ativos NCRF 14. pode re-
sultar de compras separadas ou da aquisição de um património no âmbito de uma operação
deEsquematicamente, à datataldocomo
concentração empresarial, reconhecimento, a mensuração
definido na NCRF 14. deve ser:
Esquematicamente, à data do reconhecimento, a mensuração deve ser:
Figura
Figura n.º –5.89
n.º 5.89 – Mensuração
Mensuração inicial –inicial – por compra
por compra
associados à alteração gráfica não deverão ser incluídos no custo do ativo (capitali-
zados).
– Perdas operacionais iniciais:
Exemplo:
Admita-se que foi adquirida uma marca comercial por uma determinada quantia,
com a expetativa de vender um milhão de unidades por ano. No ano de lançamento
da marca, as vendas não ultrapassaram as 200 000 unidades, gerando um prejuízo
operacional de 100 000 euros. Este prejuízo não deve ser incluído na quantia do
ativo.
Caso o ativo se qualifique como elegível (NCRF 10), são incluídos no custo de aquisição
os juros de empréstimos obtidos, conforme foi referido para os ativos fixos tangíveis. Caso
o ativo não se qualifique99, os juros serão reconhecidos como gastos.
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
99 - Ativo que se qualifica é aquele que leva necessariamente um período substancial de tempo para ficar pronto
para o uso pretendido ou para venda (NCRF 10, § 5).
648 Contabilidade Financeira Explicada
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Custo da aquisição 44.4 12.1 100 000
Troca de ativos
As entidades podem trocar entre si ativos, como se expôs no tema Ativos fixos tangíveis.
A esta forma de obtenção de ativos intangíveis aplicam-se as regras estabelecidas para os
ativos fixos tangíveis, onde se pondera a substância comercial da transação e a fiabilidade
na determinação do justo valor dos ativos trocados (vide Aquisição por troca do subtema
Ativos fixos tangíveis).
Doações
Também no que se refere a esta forma gratuita de obtenção de ativos intangíveis aplicam-
-se os critérios referidos em Aquisições a título gratuito do subtema Ativos fixos tangíveis.
Figura
Figuran.º
n.º5.92
5.92––Obtenção
Obtenção ee utilização de licenças
utilização licenças de emissão
de emissão de2CO2
de CO
No reconhecimento subsequente das licenças, estas devem ser mensuradas ao custo das
No reconhecimento
licenças subsequente
detidas, segundo a fórmuladasdelicenças
custeioestas
FIFO. devem ser mensuradas ao custo das
licenças detidas, segundo a fórmula de custeio FIFO.
No caso de a entidade emitir gases com efeito de estufa sem ser detentora das respetivas
licenças
No caso(oudedetém licençasemitir
a entidade insuficientes),
gases com deveefeito
criar de
provisões
estufa que
semcubram:
ser detentora das
respetivas licenças
1) a melhor (ou detém
estimativa licenças
de preço insuficientes),
para a sua obtençãodeve
dascriar provisões
licenças que cubram:
necessárias;
2) a 1)
melhor estimativa
a melhor da penalização
estimativa pela aemissão
de preço para de COdas
sua obtenção 2
nãolicenças
devidamente licenciada.
necessárias
593
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Questão:
Pretende-se a contabilização dos factos acima referidos.
Resposta:
1) Cálculos
90 toneladas x 2 € = 180 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Direitos de emissão 44.6 12.1 180
Questão:
Pretende-se a contabilização dos factos acima referidos.
Resposta:
1) Cálculos
Mensuração: FIFO
Emissão: 160 toneladas
Consumidas da 1.ª entrada: 100 t x 1 € = 100 €
Consumidas da 2.ª entrada: 60 t x 2 € = 120 €
Total consumo: 100 + 120 = 220 €
652 Contabilidade Financeira Explicada
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Reconhecimento da emissão de CO2 (amortização) 64.3.6 44.8.6 220
2 Imputação do subsídio (licenças gratuitas) (a) 59.3.1 78.8.3 100
Nota: a) Quando são atribuídos subsídios ao investimento, estes devem ser reconhecidos em rendimentos
na proporção da amortização do referido investimento. O tema dos subsídios é apresentado no capítulo
5.3.3 – Atividades de financiamento.
Questão:
Pretende-se a contabilização dos factos acima referidos.
Resposta:
1) Cálculos:
Licenças detidas: 190 toneladas (100 t x 1 € + 90 x 2 €) = 280 €
Emitido: 220 toneladas
Diferença: 30 toneladas
2) Classificação contabilística
Caso não seja possível determinar o justo valor pelos critérios enunciados, este corres-
ponde à quantia que a entidade teria de pagar, à data da aquisição, pelo ativo numa tran-
sação entre partes conhecedoras não relacionadas e dispostas a isso, com base na melhor
informação disponível.
654 Contabilidade Financeira Explicada
Caso seja impossível a mensuração fiável do ativo intangível, este não é reconhecido
individualmente e é incluído no goodwill.
Exemplo:
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Custo da aquisição 12.1 40 000
Equipamento administrativo 43.5 24 000
1 Equipamento de transporte 43.4 6 000
Marca comercial 44.6.1 8 000
Direito de arrendamento 44.6.2 2 000
Goodwill
O termo goodwill pode ser utilizado com diversos significados, no âmbito das várias
áreas disciplinares. Em qualquer dos contextos trata-se de um ativo intangível. No entanto,
podemos como
- o goodwill considerar
umaduas grandesentre
diferença conceções goodwill.
o valordoglobal da empresa e a soma dos itens
– patrimoniais ativos
o goodwill como uma e diferença
passivos entre
mensurados individualmente
o valor global da empresa e(ou o valor
a soma de
dos itens
patrimoniais ativos e passivos
balanço e o seu valor de mercado). mensurados individualmente (ou o valor de balanço
e o seu valor de mercado);
– o goodwill
- o goodwill reconhecido
reconhecido no âmbito
no âmbito de operaçõesdedeconcentração
de operações concentração de
deatividades
atividadesem-
-presariais, como
empresariais, definido
conceito quenaaqui
NCRF 14, conceito que aqui abordamos.
abordamos.
O intangível goodwill resulta da diferença entre o custo de aquisição e a soma do justo
O goodwill é definido
valor dos como a diferença
ativos deduzidos entre
dos passivos o custo
(estejam de aquisição
ou não de uma
reconhecidos) e doscombinação
passivos con-
de negócios
tingentese da
a soma doadquirida.
entidade justo valor dos
Este ativos eé passivos
intangível identificáveis,
definido como um pagamentoestejam ou
antecipa-
do de futuros
não reconhecidos. benefícios económicos, resultantes de ativos que não são individualmente
identificados e separadamente reconhecidos.
Positivo Goodwill
Custo de aquisição
- Negativo Goodwill negativo ou compra
Justo valor do património adquirido a preço baixo
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
2) Classificação contabilística
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
1 – Preço pago = 30 000 €
2 – Justo valor dos ativos 40 000 €
3 – Goodwill negativo (1 – 2) -10 000 €
Nota: Admite-se que os ativos e passivos estão corretamente mensurados
658 Contabilidade Financeira Explicada
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Bancos 12.1 – Banco x
Viatura 43.4 – Equipamento de transporte
Equipamento, mobiliário e decoração 43.5 – Equipamento administrativo
Marca comercial 44.6 – Outros ativos intangíveis
Direito de arrendamento 44.6 – Outros ativos intangíveis
Outros ganhos 78.8.8 – Outros não especificados
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Custo da aquisição 12.1 30 000
Equipamento administrativo 43.5 24 000
1 Equipamento de transporte 43.4 6 000
Marca e direito de arrendamento 44.6 10 000
Outros ganhos 78.8.8 10 000
Por exemplo, quando uma entidade adquire um software, deve reconhecer o respetivo
intangível. Contudo, quando o software é desenvolvido internamente, os custos incorridos
podem ser capitalizados somente após a possibilidade de determinação de sua viabilidade
tecnológica. Tal obriga a determinar os benefícios económicos futuros esperados resultan-
tes do seu uso ou venda. Os dispêndios incorridos antes da comprovação da viabilidade
tecnológica devem ser registados como gasto.
A NCRF 6 distingue num processo de investigação dois momentos:
– Fase de pesquisa;
– Fase de desenvolvimento.
dispêndios que tenham sido inicialmente reconhecidos como um gasto sejam reconhecidos
posteriormente como parte do custo de um ativo intangível.
Resposta:
1) Classificação dos dispêndios
662 Contabilidade Financeira Explicada
Dispêndios Classificação
Fase da pesquisa
• Custos com adivinhos, tarólogos e outros especialistas de adivi- ð Gastos com Fornecimen-
nhação – 40 000 € tos e serviços externos (a)
• Dispêndios com pessoal de investigação – 10 000 € ð Gastos com pessoal
• Formulação, conceção e seleção final de materiais a aplicar na ð Gastos com Fornecimen-
máquina - 30 000 € tos e serviços externos (a)
Fase de desenvolvimento
• Conceção e construção do protótipo – 80 000 € ð Projetos de desenvolvi-
• Dispêndios com testes: pessoal e materiais - 10 000 € mento
Dispêndio para operar o equipamento após construção
• Formação especializada de pessoal para operar a máquina - 10 000 € ð Gastos com pessoal
Nota a) Por simplificação, admite-se que se trata de aquisições externas.
2) Classificação contabilística
100 - Conceito idêntico ao de depreciação, utilizado quando nos referimos a ativos fixos tangíveis.
relacionadas, datas de termos do período de trabalhos publicados durante um dado
concessão) período ou durante a vida do autor
A vida útil de um ativo está dependente da Marca de água, dependendo da durabilidade
vida útil de outros
664 ativos da entidade
Contabilidade Financeira Explicadada fonte de onde é recolhida
Quadro n.º 5.70 – Fatores relevantes para determinar a vida útil
Quantia amortizável = Custo (ou outra quantia) do ativo intangível – Valor residual
Quantia amortizável = Custo (ou outra quantia) do ativo intangível – Valor residual
Valor residual - é a quantia que a empresa espera obter por um ativo no fim
da sua vida útil após dedução dos custos esperados de alienação.
O valor residual de um ativo intangível com uma vida útil finita deve ser assumido
O valor residual de um ativo intangível com uma vida útil finita deve ser assumido
como sendo zero, a menos que (NCRF 6, § 98):
como sendo zero a menos que (NCRF 6, § 99):
(a) Haja umum
(a) Haja compromisso dede
compromisso umum
terceiro dede
terceiro comprar
compraro oativo
ativononofinal
finaldadasua
suavida
vidaútil;
útil;ou
ou um mercado ativo para o ativo e:
(b) Haja
(i) O valor residual possa ser determinado com referência a esse mercado; e 606
(ii) Seja provável que tal mercado exista no final da sua vida útil.
Quer a vida útil quer o valor residual de um ativo devem estar sujeitos a revisões
periódicas (pelo menos no final de cada período financeiro), devendo ser alteradas se se
considerar que as expectativas diferem das estimativas anteriores.
Esta alteração de estimativas, conforme dispõe a NCRF 4 – Políticas Contabilísticas,
Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros, só afeta o gasto de amortização do
período corrente e de cada um dos períodos futuros durante a vida útil remanescente do
ativo (NCRF 4, § 29).
As amortizações são reconhecidas em duas contas: uma conta de gastos (64 – Gastos de
depreciação e amortização – 64.3 – Ativos intangíveis), que regista as amortizações do período
e uma subconta do respetivo ativo, com 8 como terceiro dígito (44.8 – Amortizações acumu-
ladas, no caso dos ativos intangíveis), que acumula as amortizações reconhecidas em cada ano:
As amortizações são reconhecidas em duas contas: uma conta de gastos (64 – Gastos
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
de depreciação e amortização – 64.3 – Ativos intangíveis), que regista as amortizações
do período e uma subconta do respetivo ativo, com 8 como terceiro dígito (44.8 –
Capítulo 5 – Operações empresariais 665
Amortizações acumuladas, no caso dos ativos intangíveis) que acumula as
amortizações reconhecidas em cada ano:
===//===
===//===
No âmbito da análise das amortizações, se se concluir que foram reconhecidas em ex-
No âmbitodeve-se,
cesso, nessedas
da análise caso,amortizações
proceder à respetiva
pode-sereversão (conta
concluir que76 foram
– Reversões / 76.1 – deem
reconhecidas
depreciações e amortizações / 76.1.3 – Ativos intangíveis).
excesso, devendo-se, nesse caso, proceder à respetiva reversão (conta 76 – Reversões /
Estas situações poderão surgir, a título de exemplo, em entidades que fazem o apuramento
76.1 – de depreciações e amortizações / 76.1.3 – Ativos intangíveis).
mensal de resultados, utilizando estimativas de gastos de amorizações. No final do ano, em
apuramento final de resultados, verificado o excesso de estimativa, esta deverá ser corrigida para
Estasossituações poderão surgir, a título de exemplo, em entidades que fazem o
valores que correspondam às amortizações calculadas segundo os critérios estabelecidos.
apuramento mensal de resultados, utilizando estimativas de gastos de amorizações. No
Aconselha-se a subdivisão destas contas para o reconhecimento das amortizações es-
final pecíficas.
do ano, em apuramento final de resultados, verificada o excesso de estimativa,
esta deverá ser corrigida para os valores que correspondam às amortizações calculadas
segundo os critérios estabelecidos. Ativos intangíveis
Amortizações acumuladas Gastos de amortização Reversão de amortizações
44.8.1 Goodwill 64.3.1 Goodwill 76.1.3.1 Goodwill
44.8.2 Projetos desenvolvimento 64.3.2 Projetos desenvolvimento 76.1.3.2 Projetos desenvolvimento
44.8.3 Programas de computador 64.3.3 Programas de computador 76.1.3.3 Programas de computador607
44.8.4 Propriedade industrial 64.3.4 Propriedade industrial 76.1.3.4 Propriedade industrial
44.8.5 ….. 64.3.5 ….. 76.1.3.5 …..
44.8.6 Outros ativos intangíveis 64.3.6 Outros ativos intangíveis 76.1.3.6 Outros ativos intangíveis
Quadro n.º 5.71 – Desenvolvimento das contas relativas às amortizações
Métodos de amortização
O método de amortização a utilizar deve corresponder ao que melhor reflita o consu-
mo esperado dos futuros benefícios económicos incorporados no ativo. São permitidos
diversos métodos, contudo a norma identifica os de linha reta, degressivo e o de unidades
666 Contabilidade Financeira Explicada
Neste método considera-se o tempo de utilização. Para tal dever-se-á utilizar este método
em base duodecimal, como já referimos no tema dos ativos fixos tangíveis. Neste modelo,
no ano de aquisição, considera-se o uso dos meses compreendidos entre a data de aquisição
e o fim do ano. No último ano de vida útil, consideram-se apenas os meses remanescentes,
ou seja, os meses necessários para completar a vida útil do bem. No caso de desreconheci-
mento durante a vida útil, deve-se considerar a amortização que decorre de janeiro até ao
mês anterior ao desreconhecimento.
Questão:
Contabilize a aquisição dos direitos, apresente o plano de amortização para o período
de vida útil do ativo e respetiva contabilização no primeiro período.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Custo de aquisição: 897 000 + 3 000 = 900 000
• Amortização anual: 900 000 ÷ 5 anos = 180 000 €
• Amortização mensal: 180 000 ÷ 12 meses = 15 000 €
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Plano de amortização
Anos Ano N N+1 N+2 N+3 N+4 N+5
Meses 10 meses 12 meses 12 meses 12 meses 12 meses 2 meses
Amortização 150 000 180 000 180 000 180 000 180 000 30 000
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Aquisição dos direitos de autor 44.5 27.1.1.x 897 000
1
Despesas com contrato 44.5 3 000
Mar N
IVA dedudítvel 24.3.2.2.3 690
2
Pagamento 12.1 3 690
3 31 dez N Depreciação do período 64.3.5 43.8.5 150 000
Questão:
Apresente o plano de amortização para o período de vida útil do ativo e respetiva
contabilização no primeiro período.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Custo de aquisição: 897 000 + 3 000 = 900 000
• Amortização por unidade de venda = 900 000 ÷ 1 000 000 = 0,9 €
Plano de amortização
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N Amortização do período 64.3.5 44.8.5 252 000
Nos casos de vida útil indefinida, um ativo intangível deve ser amortizado num período
máximo de 10 anos, aplicando -se -lhe, com as necessárias adaptações, o referido para os
ativos de vida útil definida.
Anualmente, também se devem reanalisar os fatores que levaram a estimar uma vida
indefinida para o ativo intangível. Se a vida útil indefinida de um dado ativo não se revelar
adequada, deve-se proceder à alteração da vida útil indefinida para vida útil finita. A conta-
bilização da alteração da estimativa deve ser feita de acordo com a NCRF 4 – Políticas Con-
tabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros, ou seja, de forma prospetiva.
Quantia escriturada ao
−
Amortizações
= acumuladas
custo Amortizações
Quantia escriturada ao
= −
acumuladas
custo Perdas por
−
imparidade
Perdas por
Figura n.º Figura n.º 5.98do– custo
5.98 – Modelo Modelo do custo
imparidade
Figura n.º 5.98 – Modelo do custo
Modelo de revalorização
Modelo de revalorização
O modelo da revalorização implica determinar o justo valor do ativo à data d
670 Contabilidade Financeira Explicada
Modelo de revalorização
O modelo da revalorização implica determinar o justo valor do ativo à data da reva-
lorização. Segundo a NCRF 6, o justo valor deve ser determinado com referência a um
mercado ativo.
Define-se mercado ativo como um mercado no qual se verifiquem todas as condições
seguintes:
(a) Os itens negociados no mercado são homogéneos;
(b) Podem ser encontrados em qualquer momento compradores e vendedores dispos-
tos a comprar e vender; e
(c) Os preços estão disponíveis ao público.
Como muitos ativos intangíveis têm como característica serem únicos e específicos, não
é comum, pelo menos em Portugal, a existência de um mercado ativo para a maioria dos
ativos intangíveis. Todavia, admite-se poderem existir mercados para determinados tipos
Da comparação
de intangíveis, entredeapesca,
como licenças quantia escriturada
táxis, e o seu justo
ou outras livremente valor resulta um ajustament
transmissíveis.
Da (para mais ou
comparação para
entre menos)
a quantia para expressar
escriturada o justo
e o seu justo valor
valor do um
resulta ativo. A quantia escriturad
ajustamento
no modelo
(para mais de revalorização
ou para menos) corresponde
para expressar o justo valoraodo valor
ativo. do ativo revalorizado
A quantia escriturada no deduzido da
modeloamortizações
de revalorização corresponde
e perdas ao valor do acumuladas.
por imparidade ativo revalorizado, deduzido das amor-
tizações e perdas por imparidade acumuladas.
−
Amortizações
Quantia escriturada
= acumuladas
revalorizada
−
Perdas por
imparidade
Figura
Figura n.º 5.99 n.º 5.99de–revalorização
– Modelo Modelo de revalorização
A frequência
A frequência das revalorizações
das revalorizações dependedepende da volatilidade
da volatilidade dos justos
dos justos valores valores dos ativo
dos ativos
intangíveis:
intangíveis: se for significativa
se for significativa, são necessárias são necessárias
revalorizações revalorizações
anuais; anuais; se fore
se for insignificante,
insignificantes tais revalorizações frequentes são desnecessárias.
tais revalorizações frequentes são desnecessárias.
Contabilização da revalorização
Contabilização
À semelhança da revalorização
do referido para os ativos fixos tangíveis, a revalorização de um ativo
intangível poderá implicar dois tipos de ajustamento:
À semelhança do referido para os ativos fixos tangíveis a revalorização de um ativ
intangível poderá implicar dois tipos de ajustamento:
Ajustamento por acréscimo à quantia escriturada
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===//===
===//===
Aconselha-se a subdivisão destas contas para o reconhecimento das perdas por impari-
Aconselha-se a subdivisão
dade ou reversões específicas: destas contas para o reconhecimento das perdas por
imparidade ou reversões específicas:
Ativos intangíveis
Reversões de perdas por
Perdas por imparidade acumuladas Perdas por imparidade
imparidade
44.9.1 Goodwill 65.6.1 Goodwill --------
44.9.2 Despesas desenvolvimento 65.6.2 Despesas desenvolvimento 76.2.6.2 - Despesas desenvolvimento
44.9.3 Programas de computador 65.6.3 Programas de computador 76.2.6.3 Programas de computador
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Ativos intangíveis
Perdas por Reversões de perdas
Perdas por imparidade
imparidade acumuladas por imparidade
44.9.1 Goodwill 65.6.1 Goodwill --------
44.9.2 Despesas desenvolvimento 65.6.2 Despesas desenvolvimento 76.2.6.2 - Despesas desenvolvimento
44.9.3 Programas de computador 65.6.3 Programas de computador 76.2.6.3 Programas de computador
44.9.4 Propriedade industrial 65.6.4 Propriedade industrial 76.2.6.4 Propriedade industrial
44.9.4 Propriedade industrial 65.6.4 Propriedade industrial 76.2.6.4 Propriedade industrial
44.9.5 ….. 65.6.5 ….. 76.2.6.5 …..
44.9.5 ….. 65.6.5 ….. 76.2.6.5 …..
44.9.6 Outros ativos intangíveis 65.6.6 Outros ativos intangíveis 76.2.6.6 Outros ativos intangíveis
44.9.6 Outros ativos intangíveis 65.6.6 Outros ativos intangíveis 76.2.6.6 Outros ativos intangíveis
Quadro n.º 5.72 – Desenvolvimento das contas relativas às imparidades (intangíveis)
Quadro n.º 5.72 – Desenvolvimento das contas relativas às imparidades (intangíveis)
TalTalcomo
como nos ativosfixos
nos ativos fixos tangíveis,
tangíveis, o tratamento
o tratamento contabilístico
contabilístico da imparidade
da perda por perda por
eimparidade e respetivas
respetivas reversões reversões
num ativo numvaria
intangível ativo intangível
consoante varia adotado
o modelo consoante
pelaoempresa:
modelo
modelo
adotadodepela
custo ou o modelo
empresa: modelode revalorização.
de custo ou o Contudo
modelo deé proibida a reversão, em período
revalorização.
posterior, de uma perda por imparidade reconhecida no goodwill (NCRF 12, § 62).
Em março de N+1 a empresa tinha recebido uma proposta de aquisição dessa marca
por um concorrente, que oferecia a quantia de 30 000 €.
Nesse ano, a empresa estimou o cash flow esperado da utilização da marca em 25 000 €.
Questão:
Reconheça a perda por imparidade, caso se verifique.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Escolher entre o valor de uso e o de mercado, dos dois o maior:
Valor de uso: 25 000 €;
Valor de mercado: 30 000 €.
Existe imparidade porque a quantia escriturada (50 000 – 10 000 = 40 000 €) é superior
à quantia recuperável (30 000 €).
Perda por imparidade = 40 000 (quantia escriturada) – 30 000 (quantia recuperável)
= 10 000 €.
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 mai N+1 Perda por imparidade 65.6.4 44.9.4 10 000
Questão:
Contabilize a reversão da imparidade.
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Resposta:
1) Cálculos de apoio
Notas explicativas:
• Ano N = quantia escriturada = 40 000
– Preço de aquisição (50 000) – amortização (10 000 = 50 000/5 anos)
• Ano N+1 = Quantia escriturada = 22 500 (ano do reconhecimento da perda
por imparidade)
– 40 000 (quantia escriturada em N) – 10 000 (imparidade) = 30 000
– Amortização = 30 000/4 anos ou seja o período remanescente da vida útil =
7 500
– Quantia escriturada = 30 000 – 7 500 = 22 500
• Ano N+2 = Quantia escriturada = 15 000
– 22 500 (quantia escriturada de N+1) – 7 500 (amortização)
• Ano N+3 = Quantia escriturada = 12 500 (ano da reversão da perda por impari-
dade)
– Quantia escriturada inicial = 15 000
– Reversão da imparidade = 10 000
– Quantia escriturada após reversão = 15 000 + 10 000 = 25 000
– Amortizações para anos remanescentes = 25 000 / 2 anos = 12 500
– Quantia escriturada final = 25 000 – 12 500 = 12 500
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 30 abr N+3 Reversão da perda por imparidade 44.9.4 76.2.6.4 10 000
676 Contabilidade Financeira Explicada
Existem ativos que podem contribuir para várias unidades geradoras de caixa pelo que,
devem ser incluídas na proporção da sua contribuição. Estes ativos são denominados
de ativos corporate.
Nota: a quantia do goodwill não é reposta, isto é, não pode ser revertida.
Questão:
Contabilize a perda por imparidade.
Resposta:
Cálculos de apoio:
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Perda por imparidade 65.6.1 44.9.1 100 000
Questão:
Contabilize a perda por imparidade.
Resposta:
Cálculos de apoio:
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Perda por imparidade goodwill 65.6.1 44.9.1 1 000 000
1
Perda por imparidade equipamento básico 65.5.3 43.9.3 1 000 000
Questão:
Contabilize a reversão da imparidade do exemplo anterior (caso B.16).
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Perdas por imparidade acumuladas 43.9.3 – Equipamento básico
Reversão de perda por imparidade 76.1.3.3 – Equipamento básico
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Reversão da perda por imparidade 43.9.3 76.1.3.3 1 000 000
Nota: A imparidade do goodwill não é revertida.
Revisão da amortização
Alterações da quantia escriturada após o reconhecimento de uma perda por imparidade
implicam uma revisão das quantias reconhecidas como amortização.
Admitamos um ativo intangível adquirido por 50 000 €, vida útil de 5 anos. No método
da linha reta deveríamos reconhecer como amortização uma quantia anual de 50 000 / 5
= 10 000 €.
Ao reconhecer uma perda por imparidade de 15 000 €, no seu primeiro ano de vida,
sem qualquer amortização reconhecida, o valor escriturado desse ativo passaria a ser de
680 Contabilidade Financeira Explicada
50 000 – 15 000 = 35 000 €, pelo que mantendo a estimativa de vida útil, a amortização
na base anual passaria a ser de 35 000 / 5 = 7 000 €.
A reversão de uma perda por imparidade tem um efeito no aumento do ativo, pelo
que o valor da amortização do ativo intangível com vida útil finita deve ser igualmente
ajustado nos períodos futuros, de modo a imputar a quantia escriturada revista do ativo
menos o valor residual (caso exista) numa base sistemática durante a vida útil remanescente
(NCRF 12, § 59).
Desreconhecimento
Tal como nos ativos fixos tangíveis, os ativos intangíveis devem ser desreconhecidos
(NCRF 6, § 108) quando se extingue a sua vida útil ou lhe são dados outros destinos,
designadamente:
– Alienados (vendidos);
– Retomas numa locação;
– Doações;
– Trocas;
– Reclassificados para mercadorias;
– Reclassificados para ativos detidos para venda;
– Quando não se esperam benefícios económicos futuros, pelo seu uso ou venda.
As saídas dos itens do ativo podem gerar perdas ou ganhos. Essas perdas ou ganhos
decorrentes do desreconhecimento de um item do ativo intangível devem ser incluídos
nos resultados do período em que o ativo for desreconhecido.
No plano de contas estão previstas as contas para evidenciar, respetivamente, o ganho
ou a perda gerados por esse desreconhecimento.
Questão:
Pretende-se a contabilização da venda.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Rendimento da venda: 100 t x 3,5 u.m. = 350 u.m.
Custo da venda: 100 t x 3 u.m. = 300 u.m.
Ganho na venda: 350 – 300 = 50
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Pela alienação 12.1 78.7.1 350
1
Abate do ativo vendido 78.7.1 44.6 300
682 Contabilidade Financeira Explicada
C. Propriedades de investimento
Assuntos tratados
– Aquisição/construção
– Critérios de mensuração
– Transferências de e para propriedades de investimento
– Desreconhecimento
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 7 – Ativos fixos tangíveis
– NCRF 11 – Propriedades de investimento
– NCRF 12 – Imparidade de ativos
Contas
– 27 Outras contas a receber e a pagar
– 42 Propriedades de investimento
– 64 Gastos de depreciação e de amortização
– 65 Perdas por imparidade
– 66 Perdas por reduções de justo valor
– 68 Outros gastos
– 76 Reversões
– 77 Ganhos por aumentos de justo valor
– 78 Outros rendimentos
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1 - Enquadramento do tema
1 – Enquadramento do tema
Neste tema vamos analisar determinados aspetos do ciclo de vida das propriedades de
Neste tema vamos
investimento analisar
desde determinados
a aquisição ou produçãoaspetos doaociclo
e uso até de vida das propriedades de
desreconhecimento.
investimento desde a aquisição ou produção e uso até ao desreconhecimento.
Modalidades de obtenção
o Aquisição separada
o Produção
o Transferência interna
o Troca
o Locação
Reconhecimento o A título gratuito
inicial o Aquisição conjunta Desreconhecimento
Se ao modelo do custo:
o Depreciações anuais
o Análise de perdas por imparidade
Se ao modelo do justo valor
o Ajustamentos ao justo valor
2 – Enquadramento contabilístico
a terrenos ou a edifícios detidos para obter rendas ou para valorização do capital, ou para
ambas as finalidades, e não para:
• uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas
(ativo fixo tangível) ou
• venda no curso ordinário do negócio (inventários).
Ativos fixos
Ativos fixos
tangíveis
tangíveis
Propriedades de
investimento
Propriedades de
investimento
Figura n.º 5.105 – Ativos detidos para valorização ou para locação
Figura n.º 5.105 – Ativos detidos para valorização ou para locação
Figura n.º 5.105 – Ativos detidos para valorização ou para locação
Analisando os diversos tipos de finalidades possíveis dos terrenos e edifícios incluídos
Analisando os diversos tipos de finalidades possíveis dos terrenos e edifícios incluídos
nos ativos,
nos ativos podemos
podemos delimitar
delimitar oo âmbito
âmbito da
da NCRF
NCRF11:11:
Analisando os diversos tipos de finalidades possíveis dos terrenos e edifícios incluídos
nos ativos podemos delimitar o•âmbito
Terrenosda NCRF
detidos 11:valorização do capital
para
• Terrenos detidos para uso futuro não determinado
Propriedades de • Edifíciosdetidos
detidos para
para locação
investimento • Terrenos valorização do capital
• Propriedades em construção ou desenvolvimento que se
• Terrenos detidos para uso futuro não determinado
Propriedades de destinam a locação ou valorização de capital
• Edifícios detidos para locação
investimento Figura n.º 5.106
5.106––em
Propriedades Âmbito da NCRF 11
construção ou
•Figura n.º Âmbito da NCRF 11 desenvolvimento que se
destinam a locação ou valorização de capital 627
101 - Propriedade ocupada pelo titular são as propriedades detidas (pelo proprietário ou pelo locatário numa
locação financeira) para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas.
dono )
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destinados a venda no âmbito de uma atividade normal
construídos no âmbito de contratos de construção
Capítulo 5 – Operações empresariais 685
Figura
Figuran.º
n.º5.107
5.107– –Outras
OutrasNCRF
NCRFrelacionadas comcom
relacionadas edifícios e terrenos
edifícios e terrenos
Questão:
Indique quais as NCRF que enquadram estes ativos.
686 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
Edifícios:
Um edifício utilizado como escritório NCRF 7
Um armazém utilizado para guarda de equipamentos e materiais próprios NCRF 7
Um edifício de escritórios arrendado a diversos locatários NCRF 11
Uma loja, em construção, destinada ao uso próprio NCRF 7
Um edifício em construção por conta de terceiros NCRF 19
Edifícios concluídos destinados à venda NCRF 18
Edifícios em construção destinado ao arrendamento NCRF 11
Terrenos:
Um terreno detido para uso futuro ainda não determinado NCRF 11
Terreno destinado a valorização de capital NCRF 11
Terreno arrendado a um agricultor local NCRF 11
Terreno destinado à construção NCRF 18
Terreno destinado a venda NCRF 18
Terreno utilizado para exploração agricola NCRF 7
Edifício
Ocupado e locado
Sim Não
Figura
Figuran.ºn.º
5.108 – Finalidade
5.108 mista
– Finalidade mista
Questão:
QUESTÃO:
Como
Como devedeve ser classificado
ser classificado esteeste ativo?
ativo?
Resposta:
RESPOSTA
Como 4 dos cinco andares estão ocupados pelo proprietário, esta ocupação prevalece
sobre 4a dos
Como outra utilização,
cinco andares aestão
do arrendamento, dado que
ocupados pelo dono, esta apenas
ocupação1/5prevalece
do prédio lhe aestá
sobre afeto.
outra
Neste sentido, o ativo deverá ser classificado como ativo fixo tangível.
utilização, a do arrendamento, dado que apenas 1/5 do prédio lhe está afeto. Neste sentido
o ativo deverá ser classificado como ativo fixo tangível.
QUESTÃO
688: Contabilidade Financeira Explicada
Como deve ser classificado este ativo?
RESPOSTA
Questão:
Como existe
Comoregisto
deve autónomo de cada
ser classificado estefração
ativo?estas deverão ser classificadas em função da
sua finalidade. Assim os 4 andares ocupados pelo dono deverão ser reconhecidos como
Resposta
ativos fixos tangíveis. O : andar arrendado deverá ser classificado como propriedade de
Como existe registo autónomo de cada fração, estas deverão ser classificadas em função
investimento.
da sua finalidade. Assim, os 4 andares ocupados pelo proprietário deverão ser reconhecidos
como ativos fixos tangíveis. O andar ===//===
arrendado deverá ser classificado como propriedade
de investimento.
Existem outras situações em que os ativos proporcionam rendimentos pela locação,
mas associados a essa atividade a entidade===//===
proprietária proporciona serviços de apoio
aos ocupantes.
Existem outras situações em que os ativos proporcionam rendimentos pela locação, mas,
associados a essa atividade, a entidade proprietária proporciona serviços de apoio aos ocupantes.
Quando existam serviços de apoio a NCRF não estabelece critérios para definir se
estamos Quando
perante existam serviços dedeapoio,
uma propriedade a NCRF ou
investimento nãoocupada
estabelece critérios
pelo para definir
dono (ativo fixo se
estamos perante uma propriedade de investimento ou ocupada pelo titular (ativo fixo tangí-
tangível). Contudo dá algumas orientações sobre o conceito de serviços de apoio
vel). Contudo, dá algumas orientações sobre o conceito de serviços de apoio significativos.
significativos.
Um exemploUmé exemplo
quando oédono
quando
de umo dono de de
edifício umescritórios
edifício de escritóriossimultaneamente
proporciona proporciona
simultaneamente serviços ededesegurança
serviços de segurança manutenção e deaosmanutenção aosocupam
locatários que locatários que ocupam
o edifício. Nestaso cir-
edifício. Nestas circunstâncias cabe à entidade estabelecer critérios que lhe permitam
cunstâncias, cabe à entidade estabelecer critérios que lhe permitam distinguir propriedades
distinguir propriedades
de investimento de de investimento
ativos de ativos fixos tangíveis.
fixos tangíveis.
Edifício
Peso dos serviços de apoio no serviço
global
Resposta:
Como os serviços proporcionados aos hóspedes (segurança, alojamento, internet,
restauração, lavandaria, estacionamento, etc.) são a parte significativa do serviço global,
considera-se que este ativo é uma propriedade ocupada e não propriedade para investi-
mento, pelo que deve ser classificado na conta 43.2 – Ativos fixos tangíveis – Edifícios e
outras construções.
Reconhecimento
Para que um ativo possa ser reconhecido como propriedade de investimento, deve
cumulativamente verificar os seguintes requisitos:
– Respeitar o conceito de propriedade de investimento;
– For provável que os futuros benefícios económicos que estejam associados à pro-
priedade de investimento fluirão para a entidade;
– O custo da propriedade de investimento possa ser mensurado fiavelmente;
– A propriedade de investimento gera fluxos de caixa largamente independentes de
outros ativos, via arrendamento, valorização de capital, ou ambos.
Questão:
Em que rubrica deve ser reconhecido este terrreno?
Resposta:
Segundo a NCRF 11, § 8, b), são considerados propriedades de investimento os terrenos
detidos para uso futuro ainda não determinado (se uma entidade não tiver determinado
que usará o terreno como propriedade ocupada pelo titular ou para venda a curto prazo
no curso ordinário do negócio, o terreno é considerado como detido para valorização do
capital).
Este ativo deve ser reconhecido na conta 42.1 – Propriedades de investimento – Ter-
renos e recursos naturais.
Questão:
Em que rubrica deve ser reconhecido enquanto durar a construção?
Resposta:
A NCRF 11 (§ 8) dá exemplos de itens que são propriedades de investimento designa-
damente na alínea e) onde refere “Propriedade que esteja a ser construída ou desenvolvida
para futuro uso como propriedade de investimento”
Durante a construção, este ativo deveria ser classificado na conta 4.5.2 – Propriedades
de investimento em curso.
Mensuração
Este tipo de ativos pode ser mensurado ao justo valor ou ao custo. Quando são mensu-
rados ao custo, deverá ser divulgado no anexo o respetivo justo valor.
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Custo
Figura n.º 5.110
Mensuração Depreciações
– Mensuração anuais e análise
das propriedades das perdas por imparidade
de investimento
Subsequente
Justo valor Ajustamentos ao justo valor por resultados
Mensuração inicial
Figura n.º5.110
Figura n.º 5.110––Mensuração
Mensuraçãodas
daspropriedades
propriedadesde
deinvestimento
investimento
Questão:
Contabilize os factos acima identificados (por simplificação, não se considerou o IVA).
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Mar N Preço de compra 42.2 12.1 154 000 a)
2 Abr N Custos diretamente atribuíveis 42.2 12.1 5 100 b)
a) Corresponde ao somatório dos dispêndios suportados com a compra (150 000 + 500 + 2 300 + 1 200).
b) Corresponde ao somatório dos dispêndios suportados com as obras (100 + 3 000 + 800 + 1 200).
No casoElemento
de o pagamento ser diferido, o seu custo é o equivalente
Classificação contabilísticaao preço a dinheiro.
A diferença
Fornecedores entre esta quantia e os 22.1.1.x
gerais pagamentos totais xé reconhecida como gasto de juros
- Fornecedor
… durante o período de crédito. …
Obras em curso 45.2 – Propriedades de investimento em curso
…. ----
Caso C.8 – Transferência de propriedade em construção
para propriedades de investimento
A Jota, Lda. decidiu construir um edifício para escritórios, com o objetivo de obter
rendimentos através do no
Pág. 694: 2.1) Lançamento seudiário
arrendamento.
– Ano N (amarelo)
A construção
2.2) Lançamento decorreu
no diário – Anodurante cerca de dois
N+1 (lançamento n.º anos
2) (N e N+1) e foram incorridos os
seguintes
2 custos:
Obras em curso 45.2 74.1 550 000
(euros)
===//===
Questão:
Pretende-se o reconhecimento deste ativo. Por simplificação, ignorou-se o IVA relacio-
nado com determinadas despesas associadas à construção.
Resposta:
Ao longo dos dois anos da construção, o edifício deve ser reconhecido como em curso,
transferindo-se para a respetiva conta 42.2 – Propriedades de investimento – Edifícios e
outras construções, após a sua conclusão.
Os custos incorridos em cada ano estão refletidos nas diversas contas por naturezas (63
– Pessoal, 62 – Fornecimentos e serviços externos, 64 – Depreciações e amortizações, etc.)
e, em cada ano, imputados aos investimentos em curso, através da conta 74 – Trabalhos
para a própria entidade.
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Mão de obra (processamento mensal) 63.x 23.x 1 500 000
Consumo de materiais 61.2 33.x 4 500 000
1 Ano N+1
Outros fornecimentos e serviços 62.x 22.1.1.x 3 000 000
Depreciações 64.2 43.8 500 000
2 Obras em curso 45.2 74.3 950 000
Terminada a obra, esta deve ser transferida para a respetiva conta do ativo. O custo
da obra corresponde à soma dos custos do ano N (550 000 €) e do ano N+1 (950 000 €):
N
Custos
Totais Obra
Mão de obra 2 000 000 200 000
Materiais 2 000 000 200 000
Fornecimentos externos 1 000 000 100 000
Depreciações 500 000 50 000
Total 5 500 000 550 000
Questão:
Pretende-se a contabilização destas obras de ampliação. Por simplificação, ignorou-se
o IVA relacionado com determinadas despesas associadas à construção.
696 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Mão de obra (processamento mensal) 63.x 23.x 2 000 000
3 Transferência
Consumopropriedade de investimento
de materiais 42.2 61.2 45.233.x 550.000
2 000 000
1
Outros fornecimentos e serviços 62.x 22.1.1.x 1 000 000
N
Depreciações 64.2 43.8 500 000
2
Propriedade Obras em curso
de investimento obtida por troca 45.2 74.3 550 000
3 Transferência propriedade de investimento 42.2 45.2 550 000
O reconhecimento de ativos resultantes de uma troca depende da sua substância
Propriedade de investimento obtida por troca
comercial, considerando a extensão em que se espera que os seus futuros fluxos de
O reconhecimento de ativos resultantes de uma troca depende da sua substância comer-
caixa sejam alterados como resultado da transação. Depende igualmente da fiabilidade
cial, considerando a extensão em que se espera que os seus futuros fluxos de caixa sejam
da mensuração
alterados como dos ativosdatrocados
resultado (o cedido
transação. e oigualmente
Depende recebido). da fiabilidade da mensuração
dos ativos trocados (o cedido e o recebido).
A transação de troca tem substância comercial, Não
e
Quantia escriturada
Custo do ativo do bem cedido
recebido
Figura
Figuran.º
n.º5.113
5.113––Troca
Trocade
depropriedades
propriedadesde
de investimento
investimento
Este tema foi desenvolvimento nos Ativos Fixos Tangíveis pelo que se sugere a sua
consulta.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Este tema foi desenvolvido nos Ativos Fixos Tangíveis, pelo que se sugere a sua consulta.
Figura
Figura n.º 5.115
n.º 5.115 – Ajustamentos
– Ajustamentos na transferência
na transfererência para
para propriedades
propriedades dede investimento
investiemeto
QUESTÃO: Questão:
Proceda
Proceda aos registos
aos registos convenientes
convenientes (não (não considere
considere qualquer
qualquer implicação
implicação fiscal).
fiscal).
RESPOSTA
1) Cálculos de apoio
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Valor contabilístico do ativo = 50 000 – 30 000 = 20 000 €
Valor de mercado (justo valor) = 45 000 €
Acréscimo de valor = 45 000 – 20 000 = 25 000 €
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Propriedade de investimento 42.2 – Edifícios e outras construções
Ativos fixos tangíveis 43.2 – Edifícios e outras construções
Depreciações acumuladas 43.8 – Depreciações acumuladas
Excedentes de revalorização 58.9 – Outros excedentes
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Anulação das depreciações acumuladas 43.8 43.2 30 000
1
Ano N Revalorização 43.2 58.9 25 000
2 Reclassificação para propriedades investimento 42.2 43.2 45 000
Questão:
Proceda aos registos convenientes (não considere qualquer implicação fiscal).
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Valor contabilístico do ativo = 50 000 – 20 000 = 30 000 €
Valor de mercado (justo valor) = 25 000 €
Perda por imparidade = 25 000 – 30 000 = (5 000 €)
700 Contabilidade Financeira Explicada
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 AnulaçãoPerda
perdas
porpor imparidade acumuladas
imparidade 43.965.5 43.2
43.9 5.000
5 000
3 Reclassificação para propriedades investimento 42.2 43.2 25.000
Anulação depreciações acumuladas 43.8 43.2 20 000
2 Ano N
Anulação perdas por imparidade acumuladas 43.9 43.2 5 000
Propriedade
3 de investimento obtida
Reclassificação para por transferência
propriedades de inventários
investimento 42.2 43.2 25 000
Propriedade de investimento
A transferência obtidapropriedades
inventários para por transferência de inventáriosque sejam
de investimento,
escrituradas pelo justo
A transferência valor, implica
de inventários paraque qualquer de
propriedades diferença entre oque
investimento, justo valor
sejam da
escritu-
radas pelo justo
propriedade valor, implica
de investimento que qualquer
nessa diferença
data e a sua entre
quantia o justo valor
escriturada da propriedade
anterior deve ser
de investimento nessa data
reconhecida nos resultados. e a sua quantia escriturada anterior deve ser reconhecida nos
resultados.
Inventários Propriedade de
investimento
Questão:
Proceda aos registos convenientes, admitindo as duas hipóteses de avaliação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Quantia reconhecida em inventários = 100 000 €
Valor de mercado = 150 000 ajustamento positivo de 50 000 €
Valor de mercado = 80 000 ajustamento negativo de 20 000 €
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Inventários 34.x - Edifícios
Reclassificação de inventários 38.2 - Mercadorias
Propriedade de investimento 42.2 – Edifícios e outras construções
Reduções de justo valor 66.3 – Em propriedades de investimento
Ganhos de justo valor 77.3 – Em propriedades de investimento
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
38.2 34.x 100 000
1 Reclassificação de inventários
Ano N 42.2 38.2 100 000
2 Ganhos por aumentos de justo valor 66.3 42.2 20 000
Mensuração subsequente
As propriedades de investimento podem ser mensuradas pelo modelo do custo ou o
modelo do justo valor.
702 Contabilidade Financeira Explicada
Modelo do custo
Aplica-se às propriedades de investimento o que foi referido no tema ativos fixos tangí-
veis (NCRF 7). Quando mensuradas ao custo, estes ativos devem ser depreciados e sujeitos
a testes de imparidade quando existam indícios de que o seu valor escriturado pode não
ser recuperável (NCRF 12).
N N+1 N+2
Perda = 100 Ganho = 250
Os ganhos de justo valor são reconhecidos na conta 77.3 – Ganhos por aumentos de
Os ganhos de justo valor são reconhecidos na conta 77.3 – Ganhos por aumentos de
justo valor – Em propriedades de investimento e as perdas na conta 66.3 – Perdas
justo valor – Em propriedades de investimento e as perdas na conta 66.3 – Perdas por
por reduções de justo valor – Em propriedades de investimento.
reduções de justo valor – Em propriedades de investimento.
OOjusto
justovalor
valordadapropriedade
propriedadede
deinvestimento
investimento deve
deve refletir
refletir as
as condições
condições de mercado
mercado à data
data dosem
do balanço, balanço, semdedução
qualquer qualquerpara
dedução
custospara custos de em
de transação transação em que
que possa possapor
incorrer incorrer
alienação.
por alienação.
A melhor evidência de justo valor é dada por preços correntes num mercado ativo de proprie-
dades semelhantes no mesmo local, condição e sujeitas a locações e outros contratos semelhantes.
A melhor evidência de justo valor é dada por preços correntes num mercado ativo de
Napropriedades
ausência desemelhantes no mesmo
preços correntes num local, condição
mercado ativo,e uma
sujeitas a locações
entidade e outros
considera a infor-
maçãocontratos semelhantes.
proveniente de uma variedade de fontes, incluindo:
(a) Preços correntes num mercado ativo de propriedades de diferente natureza, condi-
Na ausência de preços correntes num mercado ativo uma entidade considera a
ção ou localização (ou sujeitas a diferentes locações ou outros contratos), ajustados
informação proveniente de uma variedade de fontes, incluindo:
para refletir essas diferenças;
(b) Preços
(a) recentes de propriedades
Preços correntes num mercadosemelhantes
ativo de em mercadosdemenos
propriedades ativos,
diferente com ajus-
natureza,
tamentos para refletir
condição quaisquer (ou
ou localização alterações
sujeitasnas
a condições
diferentes económicas
locações oudesde a data
outros
das transações que ocorreram a esses preços; e
contratos), ajustados para refletir essas diferenças;
(c) Projeções de fluxos de caixa descontados com base em estimativas fiáveis de futuros
fluxos de caixa, suportadas pelos termos de qualquer locação e de outros contratos
existentes e (quando possível) por evidência externa, tal como rendas correntes de
mercado de propriedades semelhantes no mesmo local e condição, usando taxas de
desconto que reflitam avaliações correntes de mercado quanto à incerteza na quan-
tia e tempestividade dos fluxos de caixa.
Ano Valor
N-5 50 000
N-4 40 000
N-3 45 000
N-2 60 000
N-1 65 000
N 62 000
Questão:
Proceda aos registos convenientes.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 N-5 Aquisição do terreno 42.1 12.1 50 000
2 N-4 Ajustamento justo valor (negativo) 66.3.1 42.1 10 000
3 N-3 Ajustamento justo valor (positivo) 42.1 77.3.1 5 000
4 N-2 Ajustamento justo valor (positivo) 42.1 77.3.1 15 000
5 N-1 Ajustamento justo valor (positivo) 42.1 77.3.1 5 000
6 N Ajustamento justo valor (negativo) 66.3.1 42.1 3 000
Questão:
Proceda aos registos convenientes.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos à ordem 12.1 – Banco Y
Rendimentos diferidos 28.2 – Rendimentos a reconhecer
Gastos 68.7.4 – Gastos em propriedades de investimento
Rendimentos 78.7.3 – Rendas e outros rendimentos em propriedades de investimento
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Nov Renda de dezembro 12.1 78.7.3 500
2 Renda de janeiro de N+1 12.1 28.2 500
Dez
3 Condomínio 68.7.4 12.1 400
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Desreconhecimento
Alienações
Uma propriedade de investimento deve ser desreconhecida (eliminada) na alienação ou
quando a propriedade de investimento for permanentemente retirada de uso e nenhuns
benefícios económicos forem esperados da sua alienação.
Os ganhos ou perdas provenientes da retirada ou alienação de propriedades de investi-
mento devem ser determinados como a diferença entre os proventos líquidos da alienação
e a quantia escriturada do ativo e devem ser reconhecidos nos resultados (a menos que a
NCRF 9 - Locações exija outro modo no caso de uma venda e relocação) no período da
retirada ou da alienação.
A retribuição a receber com a alienação de uma propriedade de investimento é inicial-
mente reconhecida pelo justo valor. Caso o pagamento de uma propriedade de investimento
seja diferido, a retribuição recebida é reconhecida inicialmente pelo equivalente ao preço
a dinheiro. A diferença entre a quantia nominal da retribuição e o equivalente ao preço a
dinheiro é reconhecida como rédito de juros de acordo com a NCRF 20 – Rédito usando
o método do juro efetivo.
Questão:
Proceda aos registos convenientes.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Valor escriturado = 80 000 €
• Preço de venda = 75 000 €
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Transferência Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 As transferências dedopropriedades
Alienação terreno de investimento12.1
devem68.7.1
ser feitas75quando,
000 e apena
N+1
2 quando, houver
Abateuma alteração de uso, evidenciada68.7.1
do ativo pelo seguinte:
42.1 80 000
a) Começo de ocupação pelo dono, para uma transferência de propriedade de
Transferência
investimento para propriedade ocupada pelo dono
As transferências de propriedades de investimento devem ser feitas quando, e apenas
quando, houver uma alteração de uso, evidenciada pelo seguinte:
b) Começo de desenvolvimento com vista à venda, para uma transferência de
a) Início depropriedade
ocupação pelo
detitular - transferência
investimento para ativos fixos tangíveis
para inventários.
b) Início de desenvolvimento com vista à venda - transferência para inventários.
Resumindo:
Resumindo:
Propriedade de
investimento
Inventários
A Crisol, Lda. que se dedica à compra e venda de imóveis possui uma loja, adquirida
por 50.000 € que arrendou e classificou como propriedade de investimento. Cessado o
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Questão:
Proceda aos registos convenientes.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Valor escriturado = 50 000 – 10 000 = 40 000 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Anulação das depreciações acumuladas 42.8 42.2 10 000
38.2 42.2 40 000
2 Transferência para inventários
32.1 38.2 40 000
3.2) Lançamento no diário – H2 – propriedade de investimento ao justo valor
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 38.2 42.2 60 000
Transferência para inventários
2 32.1 38.2 60 000
Questão:
Proceda aos registos convenientes.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Transferência das depreciações acumuladas 42.8 42.2 10 000
1
Transferência para ativos fixos tangíveis 43.2 42.2 40 000
2.2) Lançamento no diário – H2 – propriedade de investimento ao justo valor
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Transferência para ativos fixos tangíveis 43.2 42.2 60 000
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D. Investimentos financeiros
Assuntos tratados
– Produtos e mercados financeiros
– Contabilidade de cobertura
– Instrumentos financeiros detidos para negociação
– Investimentos financeiros
– Método da equivalência patrimonial
– Consolidação proporcional
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 12 – Imparidade de ativos
– NCRF 13 – Interesses em empreendimentos conjuntos e investimentos em associadas
– NCRF 14 – Concentrações de atividades empresariais
– NCRF 15 – Investimentos em subsidiárias e consolidação
– NCRF 27 – Instrumentos financeiros
Contas relevantes
– 14 Outros instrumentos financeiros
– 26 Acionistas/sócios
– 27 Outras contas a receber ou a pagar
– 41 Investimentos financeiros
– 56 Resultados transitados
– 57 Ajustamentos em ativos financeiros
– 59 Outras variações no capital próprio
– 65 Perdas por imparidade
– 66 Perdas por reduções do justo valor
– 68 Outros gastos
– 76 Reversões
– 77 Ganhos por aumentos do justo valor
– 78 Outros rendimentos
– 79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares
710 Contabilidade Financeira Explicada
1 - Enquadramento do tema
Figura
Figuran.n.º 5.120 – Tipos
º 5.120 de mercados
– Tipos de mercados
Estes mercados podem ser organizados, como as bolsas de valores mobiliários (por
Estes mercados podem ser organizados, como as bolsas de valores mobiliários (por
exemplo a Euronex Lisbon), ou não organizados (mercados de balcão).
exemplo, a Euronex Lisbon), ou não organizados (mercados de balcão).
OsOs
mercados organizados
mercados apresentam
organizados um conjunto
apresentam de caraterísticas
um conjunto comuns:
de caraterísticas comuns:
– São padronizados, ou seja, apresentam regras de funcionamento comuns, indepen-
dentemente do país onde se localizam;
653
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Os mercados
Os mercados de balcãoououmercados
de balcão mercados não organizados
não organizadosassumem, porpor
assumem, sua vez,
sua também
vez,
algumas características principais, tais como:
também algumas características principais tais como:
– Atendimento
– Atendimento personalizadoe eadequado
personalizado adequadoàsàsnecessidades
necessidadesdas
daspartes
partes contratantes;
contratantes
– Apresentam algum risco de crédito.
– Apresentam algum risco de crédito.
Neste
Nesteponto
ponto iremos abordar
iremos os temas
abordar associados
os temas à aquisição,
associados uso e desreconhecimento
à aquisição, uso e desreconhe-
dos ativos
cimento relacionados
dos ativos com com
relacionados o ciclo de de
o ciclo investimentos,
investimentos, designadamente
designadamenteem em
instrumentosde
instrumentos decapital
capital próprio
próprio (ações
(ações ee quotas),
quotas),ememtítulos de de
títulos dívida (obrigações,
dívida (obrigações,
títulos dodotesouro
títulos tesouro ee papel
papel comercial)
comercial) eeememderivados.
derivados. Incluem-se
Inclui-se tambémtambém nesteostema
neste tema
os empréstimos
empréstimosconcedidos.
concedidos.
Modalidades de obtenção
o Aquisição separada
o Aquisição conjunta
Reconhecimento o Troca
Desreconhecimento
inicial o A título gratuito
Mensuração subsequente
Custo inicial Abate
o Custo
Custo ou custo amortizado Alienação
o Justo valor
Justo valor Cedência gratuita
o Método de equivalência patrimonial
o Consolidação proporcional Outros
Figuran.º
Figura n.º 5.121
5.121 –– Ciclo
Ciclodedevida
vidados
dosativos financeiros
ativos financeiros
2 – Enquadramento contabilístico
Normas relevantes
O tema em apreço – investimentos financeiros – tem enquadramento normativo
diverso, conforme se trate de ativos e passivos de curto prazo (instrumentos de cober-
tura de risco ou para especulação) ou de investimentos em entidades onde existe uma
participação significativa que concede ao investidor capacidade de exercer influência na
entidade participada.
654
O tema em apreço – investimentos financeiros – tem enquadramento normativo
diverso, conforme se trate de ativos e passivos de curto prazo (instrumentos de
712
cobertura de riscoContabilidade
ou para especulação) ou de investimentos em entidades onde existe
Financeira Explicada
uma participação significativa que concede ao investidor capacidade de exercer
influência na entidade participada.
Instrumentos financeiros
NCRF 14 Concentrações de
atividades empresariais
Figuran.º
Figura n.º5.122
5.122 –– Enquadramento
Enquadramento normativo
normativo
De uma forma resumida apresenta-se o âmbito de cada uma das normas referidas:
De uma forma resumida
• NCRF apresenta-se
27 – Instrumentos o âmbito- de
financeiros cada uma
enquadra das normasdos
as orientações referidas:
critérios de
reconhecimento, mensuração dos instrumentos financeiros (ativos e passivos finan-
NCRF
ceiros). 27 – Instrumentos financeiros - enquadra as orientações dos critérios de
• reconhecimento, mensuração, apresentação
NCRF 14 – Concentrações de atividades e divulgação
empresariaisdos–instrumentos financeiros
define o conceito de
(ativos e passivos financeiros).
concentração de atividades empresariais, designadamente através de participações
em instrumentos
NCRF de capital próprio
14 – Concentrações que consagram
de atividades o poder
empresariais de influência
- define sobrede
o conceito
as entidades participadas.
concentração de atividadesDefine o conceito
empresariais de goodwill através
designadamente (positivode eparticipações
negativo) e asem
orientações para
instrumentos de acapital
sua quantificação
próprio quee tratamento
consagram posterior.
o poder de influência sobre as
• entidades
NCRF 13participadas.
– InteressesDefine o conceito de goodwill
em empreendimentos (positivo
conjuntos e negativo) em
e investimentos e as
orientações para a sua quantificação e tratamento posterior.
associadas – trata dos investimentos em entidades associadas e interesses em em-
preendimentos conjuntos e define orientações para aplicação do MEP a interesses
NCRF 13 – Interesses em empreendimentos conjuntos e investimentos em
nos capitais próprias das investidas iguais ou superiores a 20%.
associadas - trata dos investimentos em entidades associadas e interesses em
• NCRF 12 – Imparidade
empreendimentos conjuntos de – trata da para
ativosorientações
e define análise da imparidade
aplicação do MEP dos inves-
a interesses
timentos
nos empróprias
capitais associadas, subsidiárias
das investidas e empreendimentos
iguais conjuntos. A análise da
ou superiores a 20%.
imparidade dos restantes ativos financeiros é prescrita na NCRF 27 – Instrumentos
NCRF 12 – Imparidade de ativos – trata da análise da imparidade dos investimentos
financeiros.
• em associadas, subsidiárias eem
NCRF 15 – Investimentos empreendimentos conjuntos. A– análise
subsidiárias e consolidação esta normada imparidade
também
dos restantes ativos financeiros é prescrita na NCRF 27 – Instrumentos
define os critérios de mensuração específicos para os empreendimentos conjuntos, financeiros.
designadamente a consolidação proporcional, dando orientação prática quanto aos
procedimentos de consolidação. 655
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
NCRF 15 – Investimentos em subsidiárias e consolidação - esta norma também
define os critérios de mensuração específicos para os empreendimentos conjuntos,
Capítulo 5 – Operações
designadamente a consolidação proporcional, empresariais
dando orientação
713
prática quanto aos
procedimentos de consolidação.
Conceitos relevantes
Conceitos relevantes
Por instrumento financeiro entende-se um qualquer contrato32 que dá origem a um
Por instrumento financeiro entende-se um qualquer contrato102 que dá origem a um
ativo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou a um instrumento de
ativo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou a um instrumento de capital
capital próprio numa outra entidade.
próprio numa outra entidade.
Por instrumento de
Por instrumento de capital
capitalpróprio
próprio (ações
(ações ou quotas)
ou quotas) entende-se
entende-se um qualquer
um qualquer contrato
quecontrato queum
evidencie evidencie umresidual
interesse interesse
nosresidual
ativos nos ativos
de uma de umaapós
entidade entidade após de
dedução dedução
todos os
seusdepassivos.
todos os seus passivos.
Instrumento Financeiro
Entidade B
Passivo financeiro
Entidade A
ou
Ativo financeiro
Contrato Instrumento de capital
próprio
Figuran.º
Figura n.º 5.123
5.123 –– Instrumentos
Instrumentos financeiros
financeiros
OO conceito
conceitodedeinstrumento
instrumentofinanceiro
financeiroinclui
inclui muitos
muitos dosdos ativos
ativos e passivos
e passivos como
como os os
clientes, os fornecedores, outros devedores e credores e os depósitos à ordem (ou
clientes, os fornecedores, outros devedores e credores e os depósitos à ordem (ou a a prazo),
relacionados com o ciclo
prazo), relacionados dasoatividades
com ciclo das operacionais e já tratadose em
atividades operacionais temas anteriores.
já tratados em temas
anteriores.
Exemplo:
Entidade A Exemplo: CONTRATO Entidade B
Dívidas
Entidade Ade clientes Ativo financeiro
CONTRATOPassivo financeiro Dívidas a fornecedores
Entidade B
Depósito
Dívidas bancário
de clientes Ativo financeiro
Ativo financeiro Passivo
Passivo financeiro
financeiro Depósito
Dívidas de clientes
a fornecedores
Dívidas a fornecedores Passivo financeiro Ativo financeiro Dívidas de clientes
Depósito bancário Ativo financeiro Passivo financeiro Depósito de clientes
Obrigações Ativo financeiro Passivo financeiro Empréstimo obrigacionista
Dívidas a fornecedores Passivo financeiro Ativo financeiro Dívidas de clientes
Instrumento de capital
Ações
Obrigações
Ativo financeiro
Ativo financeiro Passivopróprio
financeiro
Capital social
Empréstimo obrigacionista
Ações Ativo financeiro Instrumento
Instrumento dede capital
capital próprio Capital Social
Quotas Ativo financeiro Capital social
Quotas Ativo financeiro
próprio
Instrumento de capital próprio Capital Social
Os instrumentos financeiros, como de seguida se apresenta, podem-se agrupar em:
Primários: compreendem,
• instrumentos
Os entre
financeiros, como outros, osedinheiro,
de seguida apresenta,aspodem-se
dívidas a agrupar
receber em:
e a pagar e
as aplicações em ações e quotas;
Primários: compreendem, entre outros, o dinheiro, as dívidas a receber e a pagar e as
aplicaçõessão
• Derivados: emprodutos
ações e quotas.
financeiros que têm subjacente um instrumento primário.
Este contrato reflete o risco assumido pelo investidor em relação às alterações no justo
32
Um contrato
valor representa umfinanceiro
do instrumento acordo entre duas ou subjacente.
primário mais partes envolvidas,
São várioscom força de
os tipos legal, com
contratos
consequências económicas para cada uma delas.
incluídos nesta designação, designadamente os futuros, forwards, opções e swaps.
656
102 - Um contrato representa um acordo entre duas ou mais partes envolvidas, com força legal, com consequências
económicas para cada uma delas.
714 Contabilidade Financeira Explicada
(a) O seu valor altera-se em resposta à alteração numa especificada taxa de juro, preço
de instrumento financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços
ou de taxas, notação de crédito ou índice de crédito, ou outra variável, desde que,
no caso de uma variável não financeira, a variável não seja específica de uma parte
do contrato (por vezes denominada “subjacente”);
(b) Não requer qualquer investimento líquido inicial ou requer um investimento ini-
cial líquido inferior ao que seria exigido para outros tipos de contratos que se espe-
raria que tivessem uma resposta semelhante às alterações nos fatores de mercado;
(c) É liquidado numa data futura.
Os instrumentos derivados podem ser agrupados segundo quatro grandes tipos de
produtos: forwards, futuros, swaps e opções.
Forward
Um contrato forward é um contrato estabelecido entre duas partes para comprar ou
vender um ativo numa determinada data futura a um determinado preço. É um contrato
transacionado em mercados não organizados.
Futuros
Um contrato futuro é estabelecido entre duas partes, o comprador e o vendedor, no qual
é fixado o preço ao qual uma determinada quantidade de um ativo (ativo subjacente) será
transacionada numa determinada data futura, designada de data de vencimento do contrato
de futuros. O contrato de futuros especifica o preço, a quantidade, a qualidade do ativo, a
data de vencimento e o local de entrega do ativo subjacente. Existem contratos de futuros
sobre vários ativos subjacentes: ações, índices de ações, divisas, taxas de juro, commodities
como energia, bens alimentares, metais, madeira, borracha, etc.
Os contratos de futuros são contratos semelhantes aos contratos forward. Os futuros são
transacionados em mercados organizados enquanto os contratos forward são transacionados
nos mercados não organizados. Estes contratos representam um negócio de soma zero entre
comprador e vendedor, pois os respetivos lucros e prejuízos dos contratos compensam-se.
Na tabela seguinte apresentam-se as principais semelhanças e diferenças entre estes dois
tipos de contrato:
Futuros Forwards
Contratos privados entre duas entidades que são
Contratos transacionados em bolsa
transacionados nos mercados não organizados
Contratos não estandardizados, todos os ele-
Contratos estandardizados, só o preço é negociado
mentos do contrato são negociados
Contratos geralmente mais líquidos, na medida em que A maioria dos contratos é ilíquida, o que difi-
são estandardizados culta a sua eliminação
A maioria dos contratos termina com a liqui-
A maioria dos contratos é anulada antes da maturidade
dação física ou financeira
Não existe risco de incumprimento porque são negociados Existe risco de incumprimento devido à ausên-
em mercados organizados cia de uma câmara de compensação
Geralmente, existe apenas uma única data de
Existem várias datas de vencimento possíveis
vencimento
716 Contabilidade Financeira Explicada
Futuros Forwards
Implicam a existência da margem inicial e do marking to Os lucros e as perdas apenas são apurados na
market diário (conciliação diária de valores) data de vencimento
Maior liquidez (devido a ser um contrato estandardizado Menor liquidez (é mais difícil encerrar uma
e existência de um mercado organizado) posição)
Custos de transação mais reduzidos Custos de transação mais elevados
Momento de geração de fluxos de caixa: no início do contra-
Momento de geração de fluxos de caixa: apenas
to de futuros pelo depósito de uma margem inicial, durante
na maturidade
o contrato pelas variações na margem e na maturidade
Quadro n.º 5.75 – Futuros e forwards
(Adaptado de Dias e Rito; 2009)
Swaps
Um swap é um contrato estabelecido entre duas partes que acordam entre si a troca de
cash flows no futuro, em determinados períodos de tempo específicos, segundo determi-
nadas regras.
Num swap de taxas de juro as partes acordam entre si a troca de fluxos de pagamentos
periódicos de juros, durante um determinado período de tempo, tendo por base o mesmo
capital, sendo esse capital e os juros expressos na mesma divisa. A maioria dos swaps de taxas
de juro consiste na transformação de uma dívida (como, por exemplo, um empréstimo
contraído) contratada em taxa fixa para taxa variável ou taxa variável para taxa fixa ou
transformar um ativo, como um empréstimo concedido, de taxa fixa para taxa variável
ou taxa variável para taxa fixa.
Num swap de taxas de câmbio existe também a troca do capital de referência, quer no
início, quer no fim da operação. Estes tipos de contratos são transacionados em mercados
não organizados.
Opções
O contrato de opções confere um direito, mas não obrigação, de comprar (opção de
compra ou call option) ou de vender (opção de venda ou put option) uma quantidade es-
pecífica de um determinado ativo, por um preço predefinido, durante ou até um período
estabelecido.
As opções são derivados geralmente transacionados em mercados organizados com
características semelhantes às dos mercados de futuros e que se distinguem dos forwards e
dos futuros por possibilitarem uma escolha (uma opção). O elemento de entrega diferida,
a um determinado preço, num momento futuro, é uma característica comum entre os
contratos de futuros e os contratos de opções. Porém, no caso das opções, os termos do
contrato são assimétricos, uma vez que uma parte fica sujeita à vontade da outra. As opções
são exercidas quando exista interesse (ganho) da parte que adquiriu o direito.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Em síntese
Opção de compra:
O comprador da opção pode decidir comprar, ou não, o ativo subjacente. O ven-
dedor da opção de compra faz o que o outro quiser: vende, se ele quiser comprar;
não lhe vende, se ele optar por não comprar. O comprador da opção de compra
é o potencial comprador do ativo e o vendedor da opção de compra é o potencial
vendedor do ativo.
Opção de venda:
O comprador da opção de venda pode decidir vender, ou não, o ativo subjacente.
O vendedor da opção de venda faz o que o outro quiser: compra, se ele quiser ven-
der; não lhe compra, se ele optar por não vender. Agora, o comprador da opção de
venda é o potencial vendedor do ativo e o vendedor da opção de venda é o potencial
comprador do ativo.
long position
Nos contratos sobre instrumentos financeiros
- posição de compra as partes
no contrato envolvidas
(posição longa) assumem uma posição
compradora ou vendedora. Designam-se essas posições de:
short position - posição de venda no contrato (posição curta)
• long position – posição de compra no contrato (posição longa);
• Câmara de Compensação
short position – posição de venda no contrato (posição curta).
No mercado de derivados é a Câmara de Compensação que garante o cumprimento
Câmara de Compensação
dos contratos com a atualização diária de preços e cálculo diário de ganhos e perdas
No(margens).
mercadoEsta entidade também
de derivados exigedeosCompensação
é a Câmara depósitos das que
margens e aoliquidação
garante de dos
cumprimento
taxas com
contratos de bolsa. Desta forma,
a atualização a Câmara
diária de Compensação
de preços interpõe-se
e cálculo diário como
de ganhos contraparte
e perdas (margens).
nos negócios
Esta entidade efetuados,
também assumindo-se
exige os como
depósitos das compradora
margens face ao de
e a liquidação vendedor
taxas dee bolsa.
como Desta
vendedora face ao comprador.
forma, a Câmara de Compensação interpõe-se como contraparte nos negócios efetuados,
assumindo-se como compradora face ao vendedor e como vendedora face ao comprador.
Compra Compra
Trader do Trader do
Câmara de Compensação
comprador vendedor
Cliente Cliente
Figura
Figuran.º
n.º 5.124
5.124 –– Câmara
Câmaradede Compensação
compensação
Em resumo, pode-se definir como produtos derivados os instrumentos cujo valor de-
pende do valor de uma determinada variável subjacente, geralmente designada como ativo
subjacente ou ativo primário (por exemplo, ação, obrigação, divisa, mercadoria, taxa de
juro, índices, contrato de futuros, etc.).
Questão:
Identifique os instrumentos financeiros.
Resposta:
Conforme já referimos anteriormente, um instrumento financeiro resulta de um con-
trato que dá origem a um ativo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou a
um instrumento de capital próprio noutra entidade. Recordando de uma forma sintética:
Um ativo financeiro é qualquer ativo que seja:
• Dinheiro
• Um instrumento de capital próprio de uma outra entidade
• Ou um direito contratual de receber dinheiro ou outro ativo financeiro de uma
outra entidade, ou de trocar ativos ou passivos financeiros, em condições que sejam
potencialmente favoráveis para a entidade.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Reconhecimento
Consoante se trate de um instrumento financeiro detido para negociação ou de um
investimento financeiro, assim se atende a normas diferentes (figura 5.122).
• Papel comercial
• Ações e obrigações detidas para realização no curto prazo
• Participações em fundos
• Derivados (opções, futuros, forwards e swaps) detidos para negociação (especulação)
ou cobertura de risco.
103 - As dívidas ao Estado não resultam de um contrato, mas sim de uma obrigação legal (impostos, taxas e outras
obrigações).
104 - As provisões, independentemente da sua natureza, não são passivos financeiros, por não resultarem de um
contrato que dê origem a um ativo financeiro na outra entidade.
720 Contabilidade Financeira Explicada
Exemplo:
Realiza-se uma operação de venda de mercadorias, a crédito, em divisa estrangeira
(exemplo: dólares). Corre-se o risco de a cotação do dólar evoluir negativamente
até à data do recebimento. Se tal acontecer, os dólares contratados corresponderão
a uma quantia em euros menor do que a esperada no momento da venda. Para co-
bertura deste risco, fixa-se a taxa de câmbio.
Exemplo:
Exemplo:
Uma empresa tem de pagar uma quantia em dólares, no prazo de 120 dias. Se com-
prar hoje, no mercado de futuros, os dólares necessários para pagar essa quantia,
consegue isolar-se do risco de ocorrerem alterações da taxa de câmbio que tornem a
transação mais cara na sua moeda. Para cobertura deste risco, fixa-se a taxa de juro.
A cobertura de risco, ou hedging, é mais um dos meios de que a empresa dispõe para
colocar a gestão financeira ao serviço do objetivo da maximização do seu valor.
A NCRF 27 (§ 37) permite a contabilização da cobertura somente para quatro catego-
rias de risco:
(a) Risco de taxa de juro de um instrumento de dívida mensurado ao custo amortizado
(b) Risco de câmbio num compromisso firme ou numa transação futura altamente
provável
(c) Exposição a risco de preço em ativos que sejam detidos ou abrangidos por um com-
promisso firme ou por uma transação futura altamente provável de compra ou de
venda de ativos que tenham preços de mercado determináveis, ou
(d) Exposição de risco cambial no investimento líquido numa unidade operacional
estrangeira.
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Para que se possa qualificar de contabilização de cobertura, uma entidade deve ter a
situação de cobertura claramente definida e classificada, ser efetiva e eficaz. Deste modo, a
entidade deve cumprir todas as seguintes condições (NCRF 27, § 36):
(a) Designe e documente a relação de cobertura de tal forma que o risco coberto, o
item de cobertura e o item coberto estejam claramente identificados e que o risco
do item coberto seja o risco para que esteja a ser efetuada a cobertura com o instru-
mento de cobertura
(b) O risco a cobrir seja um dos seguintes: taxa de juro, câmbio e de preço, anterior-
mente referidos
(c) A entidade espera que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa no item co-
berto, atribuíveis ao risco que estava a ser coberto, compensarão praticamente as
alterações de justo valor ou fluxos de caixa do instrumento de cobertura; e
(d) Uma transação futura que seja o objeto da cobertura tem de ser altamente provável.
Tipo de cobertura
– Exposição a taxa de – Quando o risco co- – Fazer face a uma ex- – Fazer face a uma exposi-
juro fixa de um ins- berto for o risco de posição à variabili- ção a câmbio ou risco de
trumento de dívida taxa de juro fixa de dade na taxa de juro preço num compromisso
mensurado ao custo um ativo ou passivo de um instrumento firme ou elevada probabi-
amortizado mensurado ao custo de dívida mensurado lidade de transação futura
• Obrigações amortizado: ao custo amortizado • Aquisição de matérias-
• Empréstimo conce- • Empréstimos -primas em mercado
– Ao risco de preço dido ou obtido com cotação
de uma mercadoria
detida – Ou ao risco de câmbio no
• Mercadorias com investimento líquido em
cotação no merca- operações estrangeiras.
do • Dividendos em moeda
estrangeira
– Reconhecimento ini- – Reconhecimento das – Ganhos e perdas no – Ganhos e perdas no justo
cial do instrumento liquidações periódi- justo valor do instru- valor do instrumento de
de cobertura como cas, em base líquida mento de cobertura cobertura reconhecidos
ativo ou passivo (juros pagos, menos reconhecidos dire- diretamente no capital
juros recebidos), no tamente no capital próprio (conta 57.9 – Ajus-
– Ganhos e perdas no instrumento de co- próprio (57.9 – Ajus- tamentos em ativos finan-
justo valor do instru- bertura, nas contas tamentos em ativos ceiros – Outros)
mento de cobertura de resultados do pe- financeiros – Outros)
reconhecidos nos re- ríodo a que as liqui- – O ganho ou perda reco-
sultados dações respeitem – Liquidações periódi- nhecido em capital próprio
cas (juros) reconhe- deve ser transferido para
– Ganhos e perdas no cidas nas contas de resultados quando o item
justo valor do item resultados em base coberto for também reco-
coberto atribuíveis líquida no período nhecido nos resultados que
ao risco coberto em que ocorram ocorrerá quando:
a. Ajustados à quan- a. o compromisso ou tran-
tia escriturada do sação futura ocorrer
item coberto b. ou quando o investimen-
b. Reconhecidos nos to for vendido.
resultados
Descontinuação
– O instrumento de cobertura expirar, for vendido ou terminar
– A cobertura deixe de satisfazer as condições para a contabilização da cobertura
– A entidade revogue a designação
– Quando aplicável, a transação deixe de ser altamente provável
Se a contabilização da cobertura for desconti-
nuada e o instrumento coberto for um ativo ou
passivo mensurado ao custo amortizado que não Se o instrumento de dívida for desreconhecido, qual-
seja desreconhecido, qualquer ganho ou perda quer ganho ou perda no instrumento de cobertura que
reconhecido como ajustamento à quantia escri- tenha sido previamente reconhecido no capital próprio
turada do ativo coberto deve ser amortizado em deve ser removido por contrapartida de resultados.
resultados durante a sua vida remanescente, uti-
lizando o método da taxa de juro original efetiva.
Quadro n.º 5.78 – Tipos de cobertura
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
• Instrumentos
Segundo de capital
a definição, em subsidiárias,
os investimentos associadas fazem
financeiros ou empreendimentos conjuntos
parte da classe dos
investimentos (classe 4 – Investimentos) que incluem os bens detidos com
• Empréstimos concedidos a mais de um ano a subsidiárias, associadas ou a empreen-
continuidade
dimentosouconjuntos
permanência e que não se destinem a ser vendidos ou transformados
no decurso normal das operações da entidade, quer sejam de sua propriedade, quer
• Depósitos a prazo superiores a um ano
estejam em regime de locação financeira (Notas de enquadramento ao código de
• Títulos de dívida detidos até à maturidade e por período superior a um ano
contas).
• Outros investimentos financeiros detidos por mais de um ano
Genericamente é a NCRF 27 – Instrumentos financeiros que faz o enquadramento
Genericamente,
contabilístico é a operações,
destas NCRF 27 –excecionando
Instrumentosentre
financeiros
outros,que
os faz o enquadramento
investimentos em
contabilístico destas operações, excecionando, entre outros, os investimentos em subsidiá-
subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos que são tratados na NCRF 13 -
rias, associadas e empreendimentos conjuntos que são tratados na NCRF 13 – Interesses
Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas.
em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas.
Ativos NCRF 27
financeiros
Ações ‐ Clientes
Notas, moedas
Quotas ‐ Outras contas a receber
Depósitos
bancários e ‐ Titulos de dívida
outros meios de (obrigações, certificados
pagamento
NCRF 13 de aforro, papel
NCRF 27 comercial, etc.)
Interesses em Empreendimentos Instrumentos
‐ Títulos de
Conjuntos e Investimentos em financeiros participações em fundos
Associadas
‐ Derivados
Figuran.º
Figura n.º 5.125
5.125 –– Enquadramento
Enquadramentonormativo
normativodos
dosativos financeiros
ativos financeiros
trolo é designada por empresa-mãe. A NCRF 14 define controlo como o poder de gerir as
políticas financeiras e operacionais de uma entidade ou de uma atividade económica a fim
de obter benefícios da mesma.
Exemplo:
Na figura 5.126, a entidade B é subsidiária da entidade A. A entidade A é a empresa-
-mãe de B. A sociedade E também é subsidiária de A através de uma participação
indireta através de B (sociedade controlada por A).
Entende-se como associada uma entidade sobre a qual o investidor tenha influência
significativa. Presume-se que existe influência significativa quando o investidor detém 20%
ou mais de direitos de voto.
Exemplo:
Na figura 5.126, a entidade C é associada da entidade A porque é participada em
30% (superior a 20%).
===//===
X 50%
O objetivo da NCRF 13 é o de prescrever o tratamento para os interesses em D
empreendimentos conjuntos (independentemente da forma jurídica que possam
FiguraFigura
n.º 5.126 – Participações
n.º 5.126 em em
– Participações associadas,
associadas,subsidiárias
subsidiárias ee empreendimentos conjuntos
empreendimentos conjuntos
revestir) e para os investimentos em associadas.
O objetivo da NCRF
O objetivo da NCRF 13 13é éoo de
deprescrever
prescrever o tratamento
o tratamento para ospara os interesses
interesses em empreen-em
Esta norma proporciona orientação prática para o reconhecimento, mensuração e
empreendimentos
dimentos conjuntosconjuntos (independentemente
(independentemente da forma
da forma jurídica jurídica
que possam quee para
revestir) possam
os
divulgação dos
investimentos em
interesses em empreendimentos conjuntos e dos investimentos em
associadas. em associadas.
revestir) e para os
associadas. investimentos
Também proporciona orientação no que concerne às formas que podem
Esta norma proporciona orientação prática para o reconhecimento, mensuração e
assumir os empreendimentos conjuntos e à determinação da existência de influência
Esta divulgação
norma proporciona
dos interessesorientação prática para
em empreendimentos o reconhecimento,
conjuntos mensuração
e dos investimentos em asso- e
significativa.
ciadas. Também proporciona orientação no que concerne às formas que podem assumir
divulgação dos interesses em empreendimentos conjuntos e dos investimentos em
os empreendimentos conjuntos e à determinação da existência de influência significativa.
associadas. Tambémfinanceiras
As aplicações proporciona orientação
podem no que concerne
ser reconhecidas às formas
em diversas contasque podem
tendo em
As aplicações financeiras podem ser reconhecidas em diversas contas tendo em consi-
assumir os empreendimentos
consideração
deração a sua natureza
a sua natureza conjuntos
e critério
e critério e àmensuração.
de determinação da existência de influência
de mensuração.
significativa.
Figura
Esta conta visa n.º 5.127 – Contas associadas a instrumentos e investimentos financeiros
reconhecer
todos os instrumentos Esta conta reconhece os
Figura n.º 5.127 – Contasinvestimentos
associadas a instrumentos
financeiros e investimentos financeiros
Esta conta regista para além
financeiros que sejam
Um ativo financeiro mensurados ao custo ou de outras operações, os
mensurados ao justo valor, ou um passivo financeiro é classificado como detido para nego-
ao método da equivalência empréstimos concedidos
(alterações
ciação
Um ativo reconhecidas em
se for:financeiro ou um passivo financeiro é classificado como detido para
patrimonial (MEP) acionistas/sócios
resultados)
negociação se for:
(i) Adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de recompra
num prazo muitooupróximo
(i) Adquirido incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de
recompra num prazo muito próximo
Figura n.º 5.127 – Contas associadas a instrumentos e investimentos financeiros
(ii) Parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que sejam geridos
em conjunto e para os quais exista evidência de terem recentemente proporcionado
lucros reais.
(iii) For um derivado (exceto se for um instrumentos de cobertura designado e eficaz)
As perdas relacionadas com a conta 41, conforme os casos, são reconhecidas nas contas:
• 68.5 - Gastos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos, ou
• 68.6 - Gastos nos restantes investimentos financeiros
Questão:
Diga como se classifica cada uma das hipóteses.
Resposta:
Tendo em consideração a nota de enquadramento da conta 14 – Outros instrumentos
financeiros, deverão ser reconhecidos nesta conta todos os instrumentos financeiros, que
não sejam caixa ou depósitos, que sejam mensurados ao justo valor. Os instrumentos
financeiros que sejam mensurados ao custo ou outro método deverão ser reconhecidos
noutras contas, designadamente a conta 41 – Investimentos financeiros.
No exemplo, a XPTO tem nas hipóteses H1 e H3 os seus títulos cotados, pelo que existe
uma referência fiável para determinar o justo valor das ações. Neste caso, a Cristanol deve
reconhecer esta aquisição na conta 14 ou na 41 de acordo com a finalidade.
Nas hipóteses H2 e H4, a XTPO não tem as suas ações cotadas, pelo que admite-se não
haver uma medida fiável para determinar o seu justo valor. Neste caso, a Cristanol deve
reconhecer esta aquisição na conta 41, independentemente da finalidade.
Mensuração
A NCRF 27 (§ 11) estabelece que, à data do relato, todos os ativos financeiros devem ser
mensurados pelo justo valor com as alterações de justo valor reconhecidas na demonstração
de resultados. Contudo estabelece algumas exceções:
a) Instrumentos de capital próprio de uma outra entidade cujo justo valor não possa
ser obtido de forma fiável, bem como derivados que estejam associados a e devam
ser liquidados pela entrega de tais instrumentos - mensurados ao custo menos per-
das por imparidade;
728 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Qual a quantia a considerar como custo de aquisição no reconhecimento inicial destes
títulos?
Resposta:
A quantia inicial depende do critério de mensuração subsequente a utilizar.
1) Se o critério de mensuração é o custo, então a quantia a reconhecer será 1 250 €
(preço de compra acrescido dos custos de transação).
2) Se o critério de mensuração é o justo valor, então a quantia a reconhecer será 1
200 € (apenas inclui o preço de compra sem os custos de transação). Os custos de
transação deveriam ser reconhecidos numa conta de gastos apropriada, no caso a
conta 62.2.5 – Comissões.
===//===
Quer a opção pelo custo amortizado quer pelo justo valor exigem que o ativo (passivo)
satisfaça um conjunto de condições:
a) Investimentos em instrumen- a) Clientes e outras contas a receber ou pagar, bem como empréstimos
tos de capital próprio com bancários
cotações divulgadas publica- b) Investimentos em obrigações não convertíveis
mente
c) Um derivado sobre instrumentos de capital próprio cujo justo valor
b) Instrumentos de dívida perpé- não possa ser mensurado fiavelmente
tua ou obrigações convertíveis
d) Contas a receber ou a pagar em moeda estrangeira
c) Ativos financeiros ou passivos
e) Empréstimos a subsidiárias ou associadas que sejam exigíveis
financeiros classificados como
detidos para negociação. f) Um instrumento de dívida que seja imediatamente exigível se o
emitente incumprir o pagamento de juro ou de amortização de
dívida.
Quadro n.º 5.80 – Requisitos para utilizar o justo valor ou custo amortizado
Questão:
Indique os juros a reconhecer pela Beta, de acordo com os seguintes critérios:
a. Pelo seu valor nominal (ao custo);
b. Pelo custo amortizado.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) Questão:
Indique os juros a reconhecer pela Beta, de acordo com os seguintes critérios:
a. Pelo seu valor nominal (aoCapítulo
custo).5 – Operações empresariais 731
b. Pelo custo amortizado.
RESPOSTA
Resposta:
Custo
Custo Quando a taxa de juro
efetiva é diferente da taxa de amortizado
juro nominal
Quantia do empréstimo
Quantia do empréstimo
=
=
valor presente descontado
valor presente descontado à taxa
à taxa de juro negociada
de juro efetiva
Juros Juros
imputação dos juros de imputação dos juros de acordo
acordo com o regime de com o regime de acréscimo e
acréscimo taxa de juro efetiva
Conclusão
Deste modo constata-se uma diferença dos juros a reconhecer como rendimentos em
função do critério utilizado. No critério do custo, o rendimento é calculado com a taxa
de 3%, enquanto no do custo amortizado considera-se a taxa de mercado de 5%, como
taxa efetiva.
Questão:
Indique os juros a reconhecer pela Beta, de acordo com os seguintes critérios:
a. Pelo seu valor nominal (ao custo);
b. Pelo custo amortizado.
Resposta:
a) Cálculos de apoio (ao custo)
O empréstimo, quando reconhecido ao custo, gera apenas dois fluxos de caixa: nos
momentos da concessão e do reembolso:
Conclusão
Deste modo, constata-se uma diferença dos juros a reconhecer como rendimentos
em função do critério utilizado, na medida em que no critério do custo o rendimento
reconhecido é nulo, enquanto no custo amortizado considera-se a taxa de mercado de 4%,
como taxa efetiva.
Períodos Custo Custo amortizado
2 jan N
31 dez N --- 68 384
31 dez N+1 --- 71 120
31 dez N+2 --- 73 964
31 dez N+3 --- 76 923
Questão:
Pretende-se a contabilização destas operações, considerando que os juros do empréstimo
são calculados sobre o montante em dívida.
Resposta:
Segundo a NCRF 27 (§ 38), se as condições de qualificação forem satisfeitas e a cobertura
de risco for para fazer face a uma exposição a taxa de juro fixa de um instrumento de dívida
mensurado ao custo amortizado ou de risco de preço de ativos detidos ou abrangidos por
um compromisso firme, a entidade deve:
a) Reconhecer o instrumento de cobertura como um ativo ou passivo à data do balan-
ço e as alterações na demonstração de resultados; e
b) Reconhecer a alteração no justo valor do item coberto, relacionada com o risco co-
berto, na demonstração de resultados e como um ajustamento à quantia escriturada
do item coberto.
1) Cálculos de apoio
Fluxo líquido
Data Valor atual Variação Cálculos de apoio valor atual
(a)
375,00 375,00 375,00
31-jun-N 0,00 1 092,08 a) 1 092,08 + + = 1092,08
1,0151 1,0152 1,0153
150,00 150,00
31-dez-N 375,00 292,52 b) -799,56 + = 292,52
1,0171 1,0172
-25,00
31-jun-N+1 150,00 - 24,49 c) -317,01 = - 24,49
1,02101
31-dez-N+1 -25,00 24,49
Acumulado 500,00 0
a) e b) Instrumento financeiro (swap) potencialmente favorável
c) Instrumento financeiro (swap) potencialmente desfavorável
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos à ordem 12.1– Banco x
Derivados 14.1.1 – Potencialmente favoráveis
Derivados 14.1.2 – Potencialmente desfavoráveis
Empréstimos bancários 25.1.1.1 – Banco x
Variações justo valor - perdas 66.1 – Instrumentos financeiros
Perdas em instrumentos financeiros 68.8.6 – Perdas em instrumentos financeiros
Juros suportados 69.1.1 – Juros de financiamentos obtidos
Variações justo valor - ganhos 77.1 - Instrumentos financeiros
Ganhos em instrumentos financeiros 78.8.4 – Ganhos em outros instrumentos financeiros
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Amortização e juros 12.1 26 500,00
1 Amortização do empréstimo 25.1.1.1 25 000,00
31 dez N Juros 69.1.1 1 500,00
2 Ajustamento do valor do derivado 66.1 14.1.1 799,56
3 Recebimento de juros do swap 12.1 78.8.4 375,00
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Amortização e juros 12.1 26 000,00
1 Amortização do empréstimo 25.1.1.1 25 000,00
Juros 69.1.1 1 000,00
31 jun N+1
2 Ajustamento do valor do derivado 66.1 14.1.1 317,01
3 Derivado potencialmente desfavorável 14.1.1 14.1.2 24,49
4 Recebimento de juros do swap 68.8.6 12.1 150,00
738 Contabilidade Financeira Explicada
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Amortização e juros 12.1 25 500,00
1 Amortização do empréstimo 25.1.1.1 25 000,00
31 dez N+1 Juros 69.1.1 500,00
2 Ajustamento do valor do derivado 14.1.2 77.1 24,49
3 Pagamento de juros do swap 68.8.6 12.1 25,00
Considerações finais:
1) A entidade pagou 5 000 € de juros de financiamento
2) O contrato swap gerou o recebimento líquido de 500 €
3) O custo final do financiamento foi de 5 000 – 500 = 4 500 €
4) Este custo corresponde a uma taxa de juro variável sobre o capital em dívida em cada período (100 000
x 2% + 75 000 x 1,5% + 50 000 x 1,7% +25 000 x 2,1%) = 4 500 €
5) Com o contrato swap houve uma cobertura eficiente da variação da taxa de juro durante o período
do empréstimo.
Data Taxa
1-1-N 2,00%
1-7-N 2,50%
1-1-N+1 1,50%
1-7-N+1 2,25%
Questão:
Pretende-se a contabilização destas operações, considerando que os juros do empréstimo
são calculados sobre o montante em dívida.
Resposta:
Segundo a NCRF 27 (§ 42), se as condições de qualificação para a contabilização de
cobertura forem satisfeitas e a cobertura de risco respeitar a exposição à variabilidade na
taxa de juro de um instrumento de dívida mensurado ao custo amortizado, a entidade deve:
(a) Reconhecer as alterações no justo valor do instrumento de cobertura diretamen-
te em capital próprio; e
(b) Subsequentemente, deverá reconhecer as liquidações periódicas em base líquida
na demonstração de resultados no período em que as liquidações em base líquida
ocorram.
Atendendo aos dados do caso:
• Investimento inicial = inexistente;
• Item coberto – empréstimo bancário, efetuado à taxa variável;
• Instrumento de cobertura – swap à taxa fixa.
1) Cálculos de apoio
a) Amortização do empréstimo e fluxo líquido do swap
Fluxo líquido
Data Valor atual Variação Cálculos de apoio valor atual
(a)
375,00 375,00 375,00
31-jun-N 0,00 1 071,01 a) 1 071,01 + + = 1071,01
1,0251 1,0252 1,0253
-250,00 -250,00
31-dez-N 375,00 -488,97 b) -1 559,98 + = -488,97
1,0151 1,0152
62,50
31-jun-N+1 -250,00 61,12 c) 550,10 = 61,12
1,02251
31-dez-N+1 62,50 -61,12
Acumulado 187,50 0
a) e c) Instrumento financeiro (swap) potencialmente favorável
b) Instrumento financeiro (swap) potencialmente desfavorável
2) Classificação contabilística
Contas Valor
N.º Data Descrição
Débito Crédito
1 1 jan N Empréstimo bancário 12.1 25.1.1.1 100 000
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Amortização e juros 12.1 27 000,00
1 Amortização do empréstimo 25.1.1.1 25 000,00
31 jun N
Juros 69.1.1 2 000,00
2 Ajustamento do valor do derivado 14.1.1 57.9 1 071,01
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Amortização e juros 12.1 26 875,00
1 Amortização do empréstimo 25.1.1.1 25 000,00
Juros 69.1.1 1 875,00
31 dez N
2 Ajustamento do valor do derivado 57.9 14.1.1 1 559,98
3 Swap potencialmente desfavorável 14.1.1 14.1.2 488,97
4 Recebimento do juro do swap 12.1 78.8.4 375,00
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Amortização e juros 12.1 25 750,00
1 Amortização do empréstimo 25.1.1.1 25 000,00
Juros 69.1.1 750,00
3 jun N+1
2 Ajustamento do valor do derivado 14.1.2 57.9 550,10
3 Swap potencialmente favorável 14.1.1 14.1.2 61 13
4 Pagamento do juro do swap 68.8.6 12.1 250,00
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Amortização e juros 12.1 25 562,50
1 Amortização do empréstimo 25.1.1.1 25 000,00
31 dez N+1 Juros 69.1.1 562,50
2 Ajustamento do valor do derivado 57.9 14.1.1 61 13
3 Recebimento do juro do swap 12.1 78.8.4 62,50
Considerações finais:
1) A entidade pagou 5 187,50 € de juros de financiamento
2) O contrato swap gerou o recebimento líquido de 187,50 €
3) O custo final do financiamento foi de 5 187,5 – 187,50 = 5 000 €
4) Este custo corresponde a uma taxa de juro de 2% sobre o capital em dívida em cada período (100 000
x 2% + 75 000 x 2% + 50 000 x 2% +25 000 x 2%) = 5 000 €
5) Com o contrato swap houve uma cobertura eficiente da variação da taxa de juro durante o período
do empréstimo.
===//===
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Questão:
Pretende-se a contabilização destas operações.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Aquisição de 100 ações A. Oliveira, S.A 14.3.1 12.1 1 600,00
1 2 dez N
Despesas de compra 62.2.5 12.1 50,00
Dividendos 79.2.1 1 000,00
2 15 dez N Retenção IRC 24.1 250,00
Recebimento 12.1 750,00
Venda de 100 ações da A. Oliveira, S.A 12.1 78.8.4 1 750,00
3 20 dez N
Custo das ações (a) 78.8.4 14.3.1 1 533,33
Juros das obrigações 12.1 150,00
4 24 dez N Rendimento (b) 79.1.2 200,00
Retenção IRC (c) 24.1 50,00
Venda de 100 ações da A. Oliveira, S.A 12.1 68.8.6 1 500,00
5 17 dez N
Custo das ações (a) 68.8.6 14.3.1 1 533,33
Nota a) Custo médio = (200 x 15 + 100 × 16) = 4 600 € / 300 ações = 15,33 €
Custo das ações vendidas = 15,333 × 100 = 1 533,33 €
b) Juros = 150 + 25% x Juros ð Juros – 25% juros = 150 ð Juros = 150 / 0,75 = 200 €
c) Retenção = 200 – 150 = 50 €
746 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Pretende-se a contabilização destas operações.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Ajustamento ações A. Oliveira, S.A 66.1 14.3.1 33,33
31 dez N
2 Ajustamento ações G. Costa, S.A 14.3.1 77.1 500,00
===//===
Situações em que a associada passa a estar sujeita ao controlo de uma entidade públi-
ca, tribunal, administrador, regulador ou através de um acordo contratual.
A empresa ALFA tem investimentos numa associada sediada num país do conti-
nente asiático. Para obter e tratar a informação, que é morosa, tem que incorrer em
gastos diversos elevados com os serviços de tradução e transposição das suas contas,
pelo que não utiliza o MEP nesse investimento.
Exemplo:
Admita-se que Alfa tem registado na sua conta 41.2.1 – Participações de capital –
MEP a quantia de 200 000 € correspondentes a uma participação de 20% na BETA
e alienou um quarto dessa participação (5%) por 40.000 euros, que corresponde ao
valor de mercado dessas ações.
Os remanescentes 15% não configuram uma participação significativa, pelo que
cessa a aplicação do MEP. A quantia a reclassificar para a conta 14.2 / 14.3 ou 41.4
será o justo valor da parte retida. Tendo como referência a parte alienada, os 15%
terão um valor de mercado (justo valor) 120.000 €, Posteriormente aplicam-se as re-
gras inerentes ao método do justo valor ou do custo, conforme o caso (NCRF 27).
Rendimentos e gastos
Esta conta regista os gastos e perdas relativos às participações
68.5.2 – Gastos em subsidiárias, associadas e
de capital, derivados da aplicação do método da equivalência
empreendimentos conjuntos – aplicação do
patrimonial, sendo considerados para o efeito apenas os
método da equivalência patrimonial
resultados dessas entidades.
78.5.1 – Rendimentos em subsidiárias, Esta conta regista os rendimentos relativos às participações
associadas e empreendimentos conjuntos de capital, derivados da aplicação do método da equivalência
– aplicação do método da equivalência patrimonial, sendo considerados para o efeito apenas os
patrimonial resultados dessas entidades.
Quadro n.º 5.86 – Ganhos e perdas relacionados com o MEP
Questão:
Pretende-se os registos contabilísticos da aquisição, na entidade Mega, sabendo que a
participação é para manter.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Capital social de Beta = 100 000 € / 1 € (valor nominal de cada ação) = 100 000 ações
• Interesse de Mega em Beta = 40 000 ações / 100 000 ações = 40%
• Participação nos capitais próprios = 40% x 230 000 € = 92 000 €
• Goodwill = Preço de aquisição – 40% dos capitais próprios de Beta
• Goodwill = 80 000 – 92 000 = (12 000 €) (Goodwill negativo/badwill)
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos à ordem 12.1 – Banco Sul
Subscrição 27.5 – Credores por subscrições não liberadas
Investimentos em associadas 41.2.1 – Participações de capital – MEP
Rendimentos em associadas 78.5.1 – Aplicação do MEP
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Subscrição das ações 41.2.1 27.5 80 000
Jul N
2 Pagamento 27.5 12.1 80 000
3 Dez N Reconhecimento do goodwill negativo 41.2.1 78.5.1 12 000
Questão:
Pretendem-se os registos contabilísticos na Mega relativos à quota-parte dos lucros de
Beta.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Interesse de Mega em Beta = 40%
• Lucros de Beta = 1 000 €
• Parte de lucros imputáveis à Mega = 40% x 1 000 = 400 €
754 Contabilidade Financeira Explicada
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Investimentos em associadas 41.2.1 – Participações de capital – MEP
Rendimentos em associadas 78.5.1 – Aplicação do MEP
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Dez N Reconhecimentos do lucro de Beta 41.2.1 78.5.1 400
Questão:
Pretende-se o registo contabilístico, na Mega, das decisões tomadas em assembleia geral
da sociedade Beta.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Lucros atribuídos no ano N = 40% x 1 000 = 400 €
• Resultados atribuídos em N + 1 = 60% x 400 = 240 €
• Resultados retidos (não distribuídos) = 400 – 240 = 160 €
• Retenção de IRC = 20% x 240 = 48 €
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Dividendos atribuídos 26.4 41.2.1 240
1 Mar N+1
Pelos lucros não atribuídos (retidos) 56.x 57.1.2 160
Dividendos disponíveis 26.4 240
2 Lucros disponíveis 26.5 192
Abr N+1
Retenção do IRC 24.1 48
3 Recebimento dos dividendos 12.1 26.5 192
Segundo a NCRF 13, quando se verificam perdas na associada (§ 49):
• O método da equivalência patrimonial aplica-se até que as perdas na associada igua-
lem ou excedam o interesse do investidor. Se a parte de um investidor nas perdas de
uma associada igualar ou exceder o seu interesse na associada, o investidor descon-
tinua o reconhecimento da sua parte de perdas adicionais.
Exemplo:
108 - Ações preferenciais – são ações que oferecem aos seus detentores prioridades no recebimento de dividendos
e/ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso de capital. Em geral, não concede direito a voto em assembleia.
756 Contabilidade Financeira Explicada
Exemplo:
Se as perdas de Alfa excedem o montante inscrito na conta 41.1 ou 41.2, então deve-se
analisar a antiguidade dos outros interesses. Admitamos que existe um empréstimo
com 5 anos e obrigações adquiridas há 3 anos. As perdas excedentes serão abatidas
em primeiro lugar ao valor das obrigações e, só se necessário, à parte do empréstimo.
Admita-se que o interesse de JOTA (40%) em XPTO é de 1 000 € e que XPTO apre-
sentou prejuízos em N-1 de 5 000 €, dos quais 2 000 € são imputados a JOTA.
Em N, XPTO apresentou prejuízos de 1 000 €, dos quais 400 € são imputáveis a
JOTA. Esta não deve fazer qualquer registo contabilístico, exceto se assumiu res-
ponsabilidades relacionadas.
Questão:
Pretende-se obter os registos contabilísticos na Alfa relativos à quota-parte dos prejuízos
de Beta.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Prejuízos imputáveis à Alfa = 40% x 500 = 200
2) Classificação contabilística
Contas Valor
N.º Data Descrição
Débito Crédito
1 31 dez N Prejuízos imputados 68.5.2 41.2.1 200
Ano Resultados
N (3 000)
N+1 (2 000)
N+2 400
N+3 1 000
Questão:
Pretende-se obter os registos contabilísticos na investidora (Omega) respeitantes ao
ano N e seguintes.
758 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Valor da participação Empréstimo concedido
Resultados (MEP) a Alfa
Ano 40 %
de Alfa
Inicial Variação Final Inicial Variação Final
N (3 000) (1 200) 1 800 - 1 200 600 500 -- 500
N+1 (2 000) (800) 600 - 600 (a) 0 500 - 200 (a) 300
N+2 400 160 0 --- (b) 0 300 +160 (b) 460
N+3 1 000 400 0 +360 (c) 360 460 +40 (c) 500
a) Os prejuízos de 800 têm que ser repartidos pelo valor da participação até ao seu limite e os restantes
200 deduzidos ao empréstimo.
b) Apesar de a norma não referir a ordem de reposição, considera-se que, quando existam lucros, as rubricas
deverão ser repostas pela ordem inversa da sua utilização.
c) Após a reposição do empréstimo, recomeça a reposição da participação (400 – 40 do empréstimo = 360).
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Investimentos em associadas 41.2.1 – Participações de capital - MEP
Empréstimos à associada 41.2.3 – Empréstimos concedidos
Perdas em associada 68.5.2 – Aplicação do MEP
Ganhos em associadas 78.5.1 – Aplicação do MEP
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 N Prejuízos imputados 68.5.2 41.2.1 1 200
Prejuízos imputados 68.5.2 800
2 N+1 Participação 41.2.1 600
Empréstimo 41.2.3 200
3 N+2 Lucros 41.2.3 78.5.1 160
Lucros 78.5.1 400
4 N+3 Empréstimo 41.2.3 40
Participação 41.2.1 360
Questão:
Pretende-se obter os registos contabilísticos na investidora (Omega).
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Variação do capital próprio de Alfa imputável a Omega = 40% x 800 = 320 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N Revalorização de ativos pela associada 41.2.1 57.1.3 320
Questão:
Pretende-se obter o registo contabilístico, na Omega, da decisão tomada em assembleia,
na sociedade Jota, SA.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Parte do prejuízo imputável à Omega = 60% x 1 000 = 600 €
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Deliberação da cobertura de prejuízos 68.5.1 26.4 600
1 31 mar N+1
Pela variação dos capitais próprios 41.1.1 57.1.3 600
2 10 abr N+1 Pagamento 26.4 12.1 600
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• 1.ª aquisição = 10 000 ações / 200 000 ações do capital social = 5 %
• A 1.ª (10 000) + 2.ª (40 000) aquisição = 50 000 ações / 200 000 ações = 25%
• Após a 2ª aquisição, estão reunidas as condições para utilizar o MEP, pelo que se
deve reclassificar a 1ª aquisição que deve ser mensurada pelo justo valor (2 €/ação),
devendo a diferença para a quantia escriturada ser ajustada em resultados.
• Ajustamento na quantia da 1ª aquisição:
1) Preço de aquisição = 25 040 (25 000 + 40 comissão)
2) Justo valor na data da 2.ª aquisição) = 20.000 € (10.000 ações x 2 €)
3) Ajustamento = 25.040 – 20.000 = 5.040 (variação negativa de justo valor)
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 25 jan N Custo de aquisição de 10.000 ações 41.4.1 12.1 25.040
2 Custo de aquisição de 40.000 ações 41.2.1 12.1 80.000
3 Ajustamento da 1.ª participação 66.2 41.4.1 5.040
28 fev N
4 Reclassificação da 1.ª aquisição 41.2.1 41.4.1 20.000
5 Reconhecimento do goodwill 44.1 41.2.1 25.000
Nota: A quantia escriturada de um investimento (contabilizado pelo método da equivalência patrimonial):
é a quantia reconhecida no balanço no âmbito da contabilização desse investimento, incluindo goodwill
associado ainda que apresentado separadamente. Desta forma a quantia escriturada é de 100.000 €, apre-
sentados respetivamente na conta 41 – Investimentos (75.000 €) e conta 44 – Ativos intangíveis (25.000 €)
Questão:
Reconheça esta aquisição:
1) Considerando que os títulos não têm mercado ativo;
2) Considerando que os títulos têm mercado ativo.
Resposta:
A quantia inicial depende do critério de mensuração subsequente a utilizar.
1) Como os títulos não têm mercado ativo, o critério de mensuração é o do custo,
então a quantia a reconhecer será 1 250 € (preço de compra acrescido dos custos de
transação).
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 N Aquisição de participação 41.4.1 12.1 1 250
2) Como os títulos têm mercado ativo, o critério de mensuração é o justo valor, então
a quantia a reconhecer será 1 200 € (apenas inclui o preço de compra sem os custos
de transação)
2.2) Lançamento no diário - justo valor (admitindo intenção de manter as participações)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Aquisição de participação 41.4.1 12.1 12.000
N
2 Despesas acessórias de compra 62.2.5 12.1 50
===//===
Questão:
Reconheça a aquisição das obrigações e restantes fluxos até ao reembolso.
Resposta:
Como a entidade pretende manter as obrigações até à maturidade (data do vencimento),
deverá utilizar o método do custo amortizado usando a taxa de juro efetiva.
A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos
de caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro.
• Montante despendido na aquisição: 100 000 x 5 € + 300 € = 500 300 €
• Recebimentos anuais de juros = 100 000 x 5 € x 6% = 30 000 €
• Reembolso por obrigação = 5 (valor nominal) + 0,1 (prémio) = 5,1 €
• Reembolso = 100 000 x 5,10 € = 510 000 €
764 Contabilidade Financeira Explicada
0 1 2 3
Anos
1-1-N 31-12-N 31-12-N+1 31-12-N+2
Pagamentos - 500 300
Recebimentos 30 000 30 000 540 000 (a)
Fluxo - 500 300 30 000 30 000 540 000
Nota a) 540 000 = 510 000 (reembolso) + 30 000 (juros do período)
500 300 = 30 0001 + 30 0002 + 540 0003 ð i (Taxa interna de rentabilidade: TIR) = 6,602%
(1 + i) (1 + i) (1 + i)
Juro efetivo
Valor presente (VP) Juro recebido Diferença
Ano (VP x TIR)
(1) (3) (4 = 2 – 3)
(2 = 1 x i)
0 1-1-N 500 300,00
1 31-12-N 503 328,97 (Ano 1 = 0 + 4) 33 028,97 30 000,00 3 028,97
2 31-12-N+1 506 557,90 (Ano 2 = 1 + 4) 33 228,93 30 000,00 3 228,93
3 31-12-N+2 510 000,00 (Ano 3 = 2 + 4) 33 442,10 30 000,00 3 442,10
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 1 jan N Aquisição das obrigações 41.5.1 12.1 500 300,00
Rendimento 79.1.8 33 028,97
2 31 jan N Juro recebido 12.1 30 000,00
Diferenças 41.5.1 3 028 97
Rendimento 79.1.8 33 228,93
31 jan
3 Juro recebido 12.1 30 000,00
N+1
Diferenças 41.5.1 3 228,93
Rendimento 79.1.8 33 442,10
31 jan
4 Juro recebido 12.1 30 000,00
N+2
Diferenças 41.5.1 3 442,10
31 dez
5 Reembolso das obrigações 12.1 41.5.1 510 000,00
N+2
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Empreendimentos Investimentos
Outras
conjuntos em associadas ou
participações
subsidiárias
Acordo
Exercício de
Sem
contratual Distingue‐se influência ou Distingue‐se influência
controlo
Os Os ativos,
ativos, passivos,rendimentos
passivos, rendimentos eegastos
gastossão
sãoreconhecidos
reconhecidos em em
cadacada
empreendedor.
empreendedor.
No entanto podem ser preparados registos contabilísticos e demonstrações
No entanto, podem ser preparados registos contabilísticos e demonstrações financeiras
financeiras
específicas para efeitos de avaliação do desempenho do empreendimento
específicas para efeitos de avaliação do desempenho do empreendimento conjunto. conjunto .
Exemplo:
Exemplo:
Doismais)
Dois (ou (ou mais) empreendedores,um
empreendedores, umna
na área
área da
da fabricação
fabricaçãodedeumum
dado bem,
dado outrooutro
bem,
desenvolvendo uma atividade comercial, combinam um conjunto de operações e
desenvolvendo uma atividade comercial, combinam um conjunto de operações e
afetação de recursos para designadamente explorar novos mercados, desenvolver
afetação
investigação para para
de recursos inovardesignadamente
esses produtos, etc.explorar novos mercados, desenvolver
investigação para inovar esses produtos, etc.
703
São empreendimentos que envolvem a posse conjunta de um ou mais ativos adquiridos
para um fim determinado e utilizados para a obtenção de benefícios para os
empreendedores,
766 sem que seja
Contabilidade constituída
Financeira qualquer sociedade ou estrutura financeira
Explicada
separada dos próprios empreendedores. Estes suportam a sua quota-parte dos gastos e
controlam a sua quota-parte de benefícios futuros dos ativos controlados. Este tipo de
empreendimentos mantém controlados
• Ativos conjuntamente normalmente registos contabilísticos separados
relativamente:
São empreendimentos que envolvem a posse conjunta de um ou mais ativos adquiridos
para
aosumgastos
fim determinado e utilizados
incorridos inerentes aospara a obtenção
ativos de benefícios
conjuntamente para os empreende-
controlados;
dores,
aos recursos recebidos dos participantes; e às produções entregues aos separada
sem que seja constituída qualquer sociedade ou estrutura financeira dos do
participantes
próprios empreendedores. Estes suportam a sua quota-parte dos gastos e controlam a sua
empreendimento conjunto.
quota-parte de benefícios futuros dos ativos controlados. Este tipo de empreendimentos
mantém normalmente registos contabilísticos separados relativamente:
Exemplo:
– (ou
Dois aos mais)
gastos empreendedores
incorridos inerentes aos ativosum
adquiriram conjuntamente
terreno em controlados;
conjunto. Cada um deles
– aos
utiliza recursos
esse recursorecebidos dosexploração
para a sua participantes;
própria ou conjunta.
– e às produções entregues aos participantes do empreendimento conjunto.
Exemplo:
Entidades conjuntamente controladas
Dois (ou mais) empreendedores adquiriram um terreno em conjunto. Cada um
Envolvemdeles utiliza esse recurso
o estabelecimento depara
umaa sua exploração
sociedade queprópria
opera ou conjunta.
como qualquer outra, com a
particularidade
• Entidades de conjuntamente
haver um controlo conjunto dos empreendedores sobre a sua
controladas
atividade económica. Esta entidade tem controlo sobre os seus ativos e passivos,
Envolvem o estabelecimento de uma sociedade que opera como qualquer outra, com a
celebra contratos deem
particularidade seuum
haver nome e obtém
controlo financiamentos
conjunto para asobre
dos empreendedores atividade. Qualquer
a sua atividade
empreendedor, independentemente
económica. Esta da sobre
entidade tem controlo sua quota-parte,
os seus ativostem direitocelebra
e passivos, de veto sobre as
contratos
decisões
em seude carácter
nome estratégico.
e obtém financiamentos para a atividade. Qualquer empreendedor, indepen-
dentemente da sua quota-parte, tem direito de veto sobre as decisões de caráter estratégico.
Exemplo:
Exemplo: que se constituem para candidaturas a projetos onde são necessárias
Sociedades
diversas valências
Sociedades como
que se a de projetistas,
constituem construção
para candidaturas civil ou outras.
a projetos onde são necessárias
diversas valências, como as de projetistas, construção civil ou outras.
As entidades conjuntamente
As entidades controladas
conjuntamente controladaspodem
podem assumir qualquerforma
assumir qualquer forma jurídica.
jurídica.
Contudo as situações
Contudo, mais
as situações maiscomuns
comunsdecorrem de:
decorrem de:
Empreendimentos conjuntos
Agrupamentos Agrupamentos
Económicos de Complementares de
Interesse Europeu Empresas
AEIE ACE
Associações em Consórcios
participação
Figura
Figura n.ºn.º 5.129
5.129 – Modalidades de empreendimentos
– Modalidades empreendimentos conjuntos
conjuntos
704
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Neste ponto vamos abordar a mensuração dos empreendimentos conjuntos pelo método
da consolidação proporcional, dado que o MEP já foi exposto anteriormente.
A conta 41.3 – Investimentos em entidades conjuntamente controladas está reservada aos
investimentos financeiros em empreendimentos conjuntos e apresenta a seguinte subdivisão:
Conta 41.3 Investimentos em entidades conjuntamente controladas
Esta conta regista os interesses em empreendimentos
41.3.1 Participações de capital – método da conjuntos que representem participações de capital e
equivalência patrimonial são mensurados nas contas individuais pelo método da
equivalência patrimonial
Esta conta regista os interesses em empreendimentos
41.3.2 Participações de capital– outros métodos
conjuntos que não estejam mensurados pelo MEP
Esta subconta regista os empréstimos concedidos a
41.3.3 Empréstimos concedidos
entidades conjuntamente controladas
Quadro n.º 5.89 – Conta 41.3 – Investimentos em entidades conjuntamente controladas
Um processo de consolidação tem diversos procedimentos que aqui não iremos desen-
volver; contudo, referimos as principais fases a considerar:
Eliminação de resultados
Critérios de valorimetria contidos nos ativos
Figura
Figura n.º n.º 5.131
5.131 – Procedimentos
– Procedimentos de consolidação
de consolidação
Questão:
Considere as demonstrações financeiras abaixo indicadas e proceda à consolidação
proporcional:
H1 - Combinação linha a linha de itens semelhantes;
H2 - Linhas separadas de itens semelhantes.
Resposta:
H1: Combinação linha a linha de itens semelhantes:
Balanços individuais Balanço consolidado de Alfa
Ativo ALFA ECC Ativo
Participações financeiras 20 000 --- Participações financeiras ---
Ativo fixo tangível 160 000 40 000 Ativo fixo tangível 180 000
Ativo da Alfa + 50% dos
Inventários 120 000 10 000 Inventários 125 000
itens do ativo ECC
Clientes 80 000 15 000 Clientes 87 500
Total Capital Próprio 190 000 42 000 Total Capital Próprio 191 000
Passivo Passivo
Passivo diverso 210 000 28 000 Passivos da Alfa + 50% Passivo diverso 224 000
dos itens do passivo da
ECC
Total CP + Passivo 400 000 70 000 Total CP + Passivo 415 000
Reservas 25 000
Empréstimos concedidos
Empréstimos concedidos
As entidades, no âmbito das suas políticas de apoio àquelas em que detêm qualquer in-
teresse, podem conceder
As entidades no âmbitoauxílios
das suasfinanceiros
políticas dena modalidade
apoio de empréstimos,
àquelas em remunerados
que detêm qualquer
ou interesse
não. A mensuração destes
podem conceder ativos financeiros
auxílios segue a NCRF 27, podendo
na modalidade ser mensurados ao custo
de empréstimos,
ou ao custo amortizado, se obedecer aos requisitos já referidos.
Questão:
Indique os juros a reconhecer pela Beta, de acordo com os seguintes critérios:
a. Pelo seu valor nominal (ao custo);
b. Pelo custo amortizado.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Períodos Valor nominal Juros (3%)
2 jan N - 2 000 000
31 dez N 60 000
31 dez N+1 60 000
31 dez N+2 60 000
31 dez N+3 + 2 000 000 60 000
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Concessão do empréstimo 12.1 2 000 000
1 2 jan N Empréstimos concedidos 41.1.3 1 645 405
Gastos a reconhecer 28.1 354 595
Juros efetivos 41.1.3 79.1.4 82 270
Imputação de gastos 28.1 82 270
2 31 dez N
Prestação 12.1 60 000
Diferencial taxa juro 69.8.8 22 270
Juros efetivos 41.1.3 79.1.4 86 384
31 dez Imputação de gastos 28.1 86 384
3
N+1 Prestação 12.1 60 000
Diferencial taxa juro 69.8.8 26 384
Juros efetivos 41.1.3 79.1.4 90 703
31 dez Imputação de gastos 28.1 90 703
4
N+2 Recebimento 12.1 60 000
Diferencial taxa juro 69.8.8 30 703
Juros efetivos 41.1.3 79.1.4 95 238
Imputação de gastos 28.1 95 238
31 dez
5 Prestação 12.1 60 000
N+3
Diferencial taxa juro 69.8.8 35 238
Reembolso do empréstimo 12.1 41.1.3 2 000 000
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Empréstimo
Períodos Valor nominal Valor atual (4%) Juros (taxa de 4%)
2 jan N 0 2 000 000 1 709 608 2 000 000 / (1,04)4
31 dez N 1 2 000 000 1 777 993 2 000 000 / (1,04)3 68 384 1 709 608 x 4%
31 dez N+1 2 2 000 000 1 849 112 2 000 000 / (1,04)2 71 120 1 777 993 x 4%
31 dez N+2 3 2 000 000 1 923 077 2 000 000 / (1,04)1 73 964 1 849 113 x 4%
31 dez N+3 4 2 000 000 2 000 000 2 000 000 / (1,04)0 76 923 1 923 077 x 4%
2) Classificação contabilística
Figuran.º
Figura n.º5.132
5.132– –Quantia
Quantiarecuperável
recuperável
Questão:
Pretende-se o registo contabilístico adequado.
RESPOSTA
1) Cálculos de apoio
776 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Pretende-se o registo contabilístico adequado.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
• Perda por imparidade = Quantia escriturada – quantia recuperável
• Perda por imparidade = 100 000 – 80 000 = 20 000 €
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Perda por imparidade 65.3 41.9 20 000
O valor presente dos futuros fluxos de caixa estimados que se espera que venham a ser
gerados pela associada, incluindo os fluxos de caixa das operações da associada e os proventos
da alienação final do investimento, é de 0,43 € /ação.
Os custos estimados para vender os títulos são de 50 €.
Questão:
Pretende-se o registo respeitante aos factos patrimoniais considerando as duas hipóteses:
H1: Não estão reconhecidas perdas por imparidade para estes títulos;
H2: A conta 41.9 apresenta um saldo de 3 500 € e a conta 44.9 (goodwill) 1.000 €.
Resposta:
Tratando-se de investimentos mensurados ao MEP, a verificação de eventual perda por
imparidade deve atender ao definido nas NCRF 12 e 13.
1) Cálculos de apoio
H1) O reconhecimento da perda por imparidade deve ser o maior entre o valor de
mercado menos os custos de alienação e o valor de uso (calculado pelos métodos previstos):
• Valor de mercado – custos de alienação = 30 000 x 0,4 = 12 000 – 50 = 11 950
• Valor de uso com base nos dividendos = 30 000 x 0,45 = 13 500
• Valor de uso com base nas operações = 30 000 x 0,43 = 12 900
O maior destes valores é 13 500, pelo que a perda por imparidade = 15 000 – 13 500 = 1 500 €
H2) Se o saldo da conta 41.9 é de 3 500 e a perda por imparidade é de 1 500 euros, existe
um excedente de 3 500 – 1 500 = 2 000 euros, que deve ser revertido.
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Perda por imparidade goodwill 65.6 44.9 1.000
2 Perda por imparidade investimento 65.3 41.9 500
Nota: Nesta situação, caso se alterem os fatos que determinaram o reconhecimento da perda por impari-
dade, apenas poderia ser revertida, no máximo, a quantia de 500, associada ao investimento.
Assuntos tratados
– Ativos não correntes detidos para venda
– Passivos associados a ativos detidos para venda
– Mensuração inicial e subsequente
– Custos de vender ou de alienação
– Alteração do plano de venda
– Alienação
– Unidades operacionais descontinuadas
– Custos de alienação
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 8 – Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais des-
continuadas
– NCRF 12 – Imparidade de ativos
Contas
– 43 Ativos fixos tangíveis
– 46 Ativos não correntes detidos para venda
– 65 Perdas por imparidade
– 68 Outros gastos
– 76 Reversões
– 78 Outros rendimentos
780 Contabilidade Financeira Explicada
1 – Enquadramento do tema
1 –Neste
Enquadramento do tema
tema vamos analisar determinados aspetos do ciclo de vida de um ativo não
corrente
Neste temadetido
vamos para venda desde
analisar o reconhecimento
determinados até ciclo
aspetos do à alienação ou de
de vida alteração do não
um ativo
plano de venda.
corrente detido para venda desde o reconhecimento até à alienação ou alteração do plano
de venda.
Modalidades de obtenção
2 – Enquadramento normativo
2 – Enquadramento normativo
Um ativo não corrente (ou grupo de ativos) deve ser classificado como detido para
venda caso a sua quantia escriturada venha a ser recuperada principalmente através de uma
Um de
transação ativo não ecorrente
venda não pelo(ouseu
grupo
usode ativos) deve ser classificado como detido para
continuado.
venda caso a sua quantia escriturada venha a ser recuperada principalmente através de
A NCRF 8 – Ativos
uma transação não ecorrentes
de venda detidos
não pelo seu para venda e unidades operacionais descon-
uso continuado.
tinuadas trata dos requisitos de classificação e de apresentação dos ativos não correntes
detidosApara
NCRFvenda
8 - e Ativos
de unidades operacionais
não correntes descontinuadas
detidos para venda e (NCRF
unidades8,operacionais
§ 1).
descontinuadas trata dos requisitos de classificação e de apresentação dos ativos não
Considera-se neste conceito:
correntes detidos para venda e de unidades operacionais descontinuadas (NCRF 8, §
1). Grupo de
ativos
Considera-se neste conceito: (correntes e
não
correntes)
Ativos Unidades
individuais operacionais
descontinua‐
não correntes das
Passivos
associados a
estes ativos
(quer
individuais,
quer em 717
grupo)
Figuran.º
Figura n.º5.134
5.134––Ativos
Ativos(passivos)
(passivos) detidos
detidos para
para venda
venda
Uma unidade operacional é uma componente da empresa que gera fluxos de caixa que
possam ser claramente distinguidos operacionalmente e para finalidades de relato financeiro,
do resto de uma entidade, como por exemplo:
(a) uma importante linha de negócios separada ou uma área geográfica operacional
Exemplo:
(b) uma parte integrante de um único plano coordenado para alienar uma importante
linha de negócios separada ou área geográfica operacional
Exemplo:
Empresa que vende e repara veículos automóveis. Pode pensar em alienar o negó-
cio da venda ou o da reparação
(c) uma subsidiária adquirida exclusivamente com vista à revenda.
Exemplo:
Deve ser
A gestão inciou expectável que a
um programa vendaDeve ser
esteja
A gestão
para inciou
localizar expectável que a
um programa concluída dentro
um comprador devenda
um anoesteja
para localizar concluída dentro
A gestão deve um comprador de um ano As ações indicam
estar a
A gestão deve A venda do As ações indicam
improbabilidade
altamente
estar ativo deve ser a
de ocorrerem
empenhada A venda do
numaltamente
plano amplamente improbabilidade
alterações
ativo deve
publicitada ser de ocorrerem
paraempenhada
vender o amplamente significativas no
num plano
ativo alterações
plano
para vender o publicitada significativas no
ativo plano
Figura n.º 5.136 – Ativos não correntes existentes e adquiridos para venda
AA norma
norma prevê
prevêque,
que,excecionalmente,
excecionalmente, o período
o períododurante o qual
durante a venda
o qual devedeve
a venda ser ser con-
concluída
cluídaApode
normapode ser
ser prevê estendido
que, para
estendido para além de
excecionalmente, um
além de umoano ano (NCRF
período
(NCRF 8,
durante § 9):
o qual a venda deve ser
8 § 10):
concluída pode ser estendido para além de um ano (NCRF 8, § 9):
Atraso devido a
circunstâncias não
Extensão do controladas pela
719
prazo (para entidade
além de um 719
ano) A entidade continua
comprometida com a
venda
Figuran.º
Figura n.º 5.137
5.137 – Extensão
– Extensão de prazo
de prazo
A extensão do
A extensão do período
períodoexigido
exigidopara
paraconcluir
concluira avenda
vendapode
podeocorrer nasnas
ocorrer situações
situações pre-
previstas no Apêndice A da
vistas no Apêndice A da NCRF 8: NCRF 8;
a) À data em que uma entidade se compromete a planear a venda do ativo ela
a) À data espera,
em que uma entidade seque
razoavelmente, compromete a planear
outros (não a venda doimponham
compradores) ativo, ela espera,
razoavelmente, que outros (não compradores) imponham condições à transferên-
condições à transferência do ativo que prolonguem o período exigido para a
cia do ativo que prolonguem
conclusão da venda e: o período exigido para a conclusão da venda e:
i) as açõesi) necessárias
as ações necessárias para responder
para responder a essas condições
a essas condições não podem
não podem ser iniciadas
ser iniciadas antes de ser obtido um compromisso
antes de ser obtido um compromisso firme de compra; e firme de compra;
e
ii) um compromisso firme defirme
ii) um compromisso compra seja altamente
de compra provável
seja altamente dentro
provável de um ano.
dentro
de um ano.
Exemplo:
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Exemplo:
Uma entidade não deve contabilizar um ativo (ou grupo de ativos) como detido para
venda se (NCRF 8, §§ 14 e 15):
• Pretende abandoná-los porque não têm qualquer valor económico para a entidade.
Exemplo:
Exemplo:
A entidade continua
comprometida com o plano Sim
de venda do ativo?
Ativo não corrente detido
para venda
Mensuração inicial
Um ativo não corrente classificado como detido para venda deve ser mensurado pelo
menor valor entre (NCRF 8, § 16):
• a quantia escriturada do ativo e
• o justo valor menos os custos de alienação.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) Um ativo não corrente classificado como detido para venda deve ser mensurado pelo
menor valor entre (NCRF 8, § 15):
Capítulo 5 – Operações empresariais 785
a quantia escriturada do ativo e
o justo valor menos os custos de vender
Quantia
escriturada
Figura n.º
Figura n.º 5.139
5.139 –– Mensuração
Mensuraçãoinicial
inicialdos
dosativos
ativosnão
nãocorrentes
correntesdetidos
detidospara
paravenda
venda
722
Deste modo, aquando da mensuração do ativo classificado como detido para venda:
• Se a quantia escriturada do ativo for menor que o justo valor menos custos de alie-
nação, não há qualquer ganho a reconhecer, pois aplica-se o valor menor, que é a
quantia escriturada
Exemplo:
• Se a quantia escriturada do ativo for maior que o justo valor menos custos de alie-
nação, haverá que reconhecer uma perda (pela diferença daqueles valores), sendo
tratada como perda por imparidade (NCRF 8, § 21)
Exemplo:
Se o preço de venda esperado for de 1 000 e a quantia escriturada de 1 300, deve ser
reconhecida uma perda por imparidade de 300.
De referir que os ativos mensurados pelo justo valor, como, por exemplo, as proprie-
dades de investimentos ou os ativos biológicos, são reclassificados, mantendo a sua quantia
escriturada.
De referir que os ativos mensurados pelo justo valor como, por exemplo, as
propriedades deContabilidade
786 investimentos ou os ativos
Financeira biológicos são reclassificados, mantendo a
Explicada
sua quantia escriturada.
Reconhece a quantia
escriturada
Quando se espera que a venda ocorra para além de um ano, a entidade deve mensurar
osQuando se espera
custos de venderque
peloa venda ocorra
seu valor para além
presente de um
(NCRF 8, ano,
§ 17).a entidade devedesse
O aumento mensurar
valor os
custos de alienação pelo seu valor presente (NCRF 8, § 18). O aumento desse valor presen-
te, resultante da passagem do tempo, deve ser reconhecido como gasto de financiamento.
No caso dos passivos associados a ativos não correntes, estes mantêm a sua mensuração,
723
mas devem ser reclassificados para efeitos de apresentação na rubrica passivos não correntes
detidos para venda (balanço).
Tratamento contabilístico
A conta 46 – Ativos não correntes detidos para venda reconhece os ativos com esta
classificação. Sugere-se uma subdivisão da conta, por forma a acolher as diferentes categorias.
46 – Ativos não correntes detidos para venda
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Conta 46 – Ativos não correntes detidos para Esta conta destina-se a registar os ativos a que se
venda refere a NCRF 8 – Ativos não correntes detidos
para venda e unidades operacionais descontinuadas.
46.1 Investimentos financeiros
46.2 Propriedades de investimento
Estas contas acolhem as reclassificações das catego-
46.3 Ativos fixos tangíveis
rias de ativos identificados em cada subconta
46.4 Ativos intangíveis
46.9 Perdas por imparidade acumuladas
Quadro n.º 5.91 – Conta 46 – Ativos não correntes detidos para venda
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Para os passivos detidos para venda (passivos associados a ativos não correntes detidos
para venda) não está previsto no Código de Contas nenhuma conta específica para este
fim. Pode-se, contudo, criar uma subconta da conta associada ao passivo a transferir para
detido para venda. Por exemplo, na conta 25 – Financiamentos obtidos, poderá ser criada
a subconta 25.9 – Financiamentos obtidos – de ativos não correntes detidos para venda. Os
passivos detidos para venda devem ser apresentados em balanço na rubrica “Passivos não
correntes detidos para venda”, independentemente das rubricas onde estão reconhecidos.
Os gastos por perdas por imparidade são reconhecidos na conta 65.8 – Perdas por
imparidade – Em ativos não correntes detidos para venda.
A reversão destas perdas na conta 76.2.8 Reversões – De perdas por imparidade – Em
ativos não correntes detidos para venda.
Questão:
Pretende-se o respetivo reconhecimento.
Resposta:
• Quantia escriturada = 30 000 €
• Justo valor = 40 000 €
• Chave de decisão: dos dois o menor = 30 000 €
Como o critério de escolha é o menor dos valores entre os dois, será a quantia de 30 000
(quantia escriturada) que deve ser considerada em ativos não correntes detidos para venda.
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Ativos fixos tangíveis 43.3 – Equipamento básico
Depreciações acumuladas 43.8 – Depreciações acumuladas
Ativo não corrente detido para venda 46.3.3 – Equipamento básico*
*A conta 46 – Ativos não correntes detidos para venda pode ser detalhada tendo em consideração a na-
tureza desses ativos. Por exemplo, admitindo que aceitamos a 46.3 – Ativos fixos tangíveis detidos para
negociação, pode-se criar a subconta 46.3.3 para o equipamento básico.
788 Contabilidade Financeira Explicada
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Anulação das depreciações acumuladas 43.8 43.3 20 000
1
Reclassificação do ativo 46.3.3 43.3 30 000
Questão:
Pretende-se o respetivo reconhecimento.
Resposta:
• Quantia escriturada = 30 000 €
• Justo valor – custo de alienação = 40 000 – 2 000 = 38 000 €
• Chave de decisão: dos dois o menor: 30 000 €
Como a quantia de 30 000 é a menor entre as duas, deverá ser esta a considerada nos
ativos não correntes detidos para venda.
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Ativos fixos tangíveis 43.3 – Equipamento básico
Depreciações acumuladas 43.8 – Depreciações acumuladas
Ativo não corrente detido para venda 46.3.3 – Equipamento básico
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Anulação das depreciações acumuladas 43.8 43.3 20 000
1
Reclassificação do ativo 46.3.3 43.3 30 000
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pretende-se o respetivo reconhecimento.
Resposta:
• Quantia escriturada = 70 000 €
• Preço de venda menos custos da venda = 75 000 €
• Das duas quantias, a menor = 70 000 €
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Reclassificação do ativo 46.3.3 43.3 70 000
1
Reclassificação do passivo 25.1.1 25.9 50 000
Questão:
Qual a quantia a reconhecer?
790 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
• Quantia escriturada = 50 000 €
• Justo valor – custo de vender = 40 000 – 2 000 = 38 000 €
• Chave de decisão: dos dois o menor: 38 000 €
Como 38 000 € é o menor dos dois valores, será esta a quantia que deve ser considerada
nos ativos não correntes detidos para venda.
Dado que a quantia escriturada é superior ao justo valor menos os custos de alienação,
então existe uma imparidade de 50 000 – 38 000 = 12 000 €.
Quantia a reclassificar = 70 000 (custo de aquisição) – 20 000 (depreciações acumuladas)
– 12 000 (perdas por imparidade acumuladas) = 38 000 €.
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Perda por imparidade 65.5 43.9 12 000
2 Anulação das depreciações acumuladas 43.8 43.3 20 000
3 Anulação das imparidades acumuladas 43.9 43.3 12 000
4 Reclassificação do ativo 46.3.3 43.3 38 000
Questão:
Qual a quantia a reconhecer?
Resposta:
Valor futuro
• Valor presente dos custos de alienação =
(1 + taxa de juro) n.º anos
• Taxa de juro = 0,04
2000
• Valor presente dos custos de alienação = = 1 885,73 €
1,041,5
• Justo valor – custos de alienação (atualizado) = 40 000 – 1 885,73 = 38 114,27 €
• A quantia escriturada = 50 000 € é superior ao justo valor menos custos de alie-
nação (38 114,27 €), pelo que o ativo está em imparidade
• Imparidade = 50 000 - 38 114,27 = 11 885,73 €
• Chave de decisão: dos dois o menor
• Quantia a reclassificar = 70 000 (custo de aquisição) – 20 000 (depreciações acumu-
ladas) – 11 885,73 (perdas por imparidade acumuladas) = 38 114,27 €
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Perda por imparidade 65.5 43.9 11 885,73
2 Anulação das depreciações acumuladas 43.8 43.3 20 000,00
3 Anulação das imparidades acumuladas 43.9 43.3 11 885,73
4 Reclassificação do ativo 46.3.3 43.3 38 114,27
792 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
O que deve ser feito em N+1?
Resposta:
Não tendo sido ainda concretizada a venda, os custos de venda ainda não foram incor-
ridos, pelo que deve ser feita a sua atualização.
O ano N+1 corresponde ao ano previsto para venda, pelo que os custos nominais serão
de 2 000 € e o valor atualizado destes, reportado a N, eram de 1 907,70 €.
Diferença de atualização = 2 000,00 – 1 907,70 = 92,30 €.
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Outros juros 69.1.8 46.3.3 92,30
Mensuração subsequente
Após o reconhecimento de um ativo não corrente classificado para venda, cessam as
depreciações, amortizações ou outros ajustamentos resultantes do seu enquadramen-
to anterior, salvo a análise da eventual perda por imparidade e respetivas reversões, por
alteração do preço de venda esperado ou dos custos a ela associados.
Um ativo não corrente foi classificado como detido para venda. A quantia reconheci-
da foi de 40 000 €, que correspondia à sua quantia escriturada à data da reclassificação.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 N Perda por imparidade 65.8 46.9 5 000
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 N+1 Reversão de perda por imparidade 46.9 76.2.8 5 000
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Reconhecimento da venda 27.8 78.7.1 43 000
2 Desreconhecimento do ativo 78.7.1 46.3 40 000
Exemplo 2:
Alienação de um equipamento classificado como ativo não corrente detido para
venda pela quantia de 35 000 €.
A quantia reconhecida aquando da reclassificação para ativo não corrente detido
para venda foi de 40 000 €, que correspondia à sua quantia escriturada. Não estão
reconhecidas imparidades.
Como a venda foi realizada por 35 000 € e a quantia escriturada do ativo é de 40 000 €,
existe uma perda de 5 000 € que deve ser reconhecida numa conta apropriada de
outros gastos.
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Reconhecimento da venda 27.8 68.71 35 000
2 Desreconhecimento do ativo 68.71 46.3 40 000
Exemplo 3:
Alienação de um equipamento classificado como ativo não corrente detido para
venda pela quantia de 35 000 €.
A quantia reconhecida aquando da reclassificação para ativo não corrente detido
para venda foi de 40 000 €, que correspondia à sua quantia escriturada. Estão reco-
nhecidos 7 000 € como perdas por imparidade.
Como a venda foi realizada por 35 000 € e a quantia escriturada do ativo é de 33 000 €
(40 000 – 7 000), existe um ganho de 2 000 € que deve ser reconhecido numa conta
apropriada de outros rendimentos.
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Eliminação das perdas por imparidade 46.9 46.3 7 000
2 Reconhecimento da venda 27.8 78.7.1 35 000
3 Desreconhecimento do ativo 78.7.1 46.3 33 000
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Contabilize todas as operações referidas.
796 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Fornecedores de investimentos 27.1.1.x – Fornecedor x
Edifícios 43.2 – Edifícios e outras construções
Edifícios e outras construções 43.8.2 – Depreciações acumuladas
Perdas por imparidade acumuladas 43.9 – Perdas por imparidade acumuladas
Ativos não correntes detidos para venda 46.2 – Edifícios e outras construções
Depreciações do período 64.2.2 – Edifícios e outras construções
Perdas por imparidade 65.5 – Em ativos fixos tangíveis
Reversões de imparidades 76.2.5 – Em ativos fixos tangíveis
Ano N
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Jan N Aquisição do edifício 43.2 27.1.1.x 210 000
2 Dez N Depreciações do período 64.2.2 43.8.2 7 000 a)
a) Depreciação anual = 210 000 € ÷ 30 anos
Ano N+1
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Dez N+1 Depreciações do período 64.2.2 43.8.2 7 000
Ano N+2
• Quantia escriturada= 210 000 – (7 000 x 2) = 196 000 €
• Quantia recuperável pela venda =175 000 – 8 500 =166 500 €
• Perda por imparidade = 196 000 – 166 500 =29 500 €
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Perda por imparidade 65.5 43.9 29 500
Anulação das depreciações acumuladas 43.8.2 14 000
2 Out N+2 Anulação das imparidades 43.9 29 500
Ativo 43.2 43 500
3 Reclassificação 46.2 43.2 166 500
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) Ativo 43.2 43.500
3 Reclassificação 46.2 43.2 166.500
Capítulo 5 – Operações empresariais 797
ANO N+3
Alteração do plano de venda e ocupação das instalações:
Ano N+3 o Quantia escriturada à data da decisão = 166.500
o do
• Alteração Quantia
plano deque o ativo
venda teria das
e ocupação se instalações:
mantivesse a classificação de ativo fixo
tangível:
– Quantia escriturada à data da decisão = 166 500
210.000 (custo de aquisição) – 21.000 (depreciações de N a N+2)
– Quantia que o ativo teria se mantivesse a classificação de ativo fixo tangível:
=189.000 €
210 000 (custo de aquisição) – 21 000 (depreciações de N a N+2) =189 000 €
Quantia recuperável pelo uso = 150.000 € Dos dois o maior
Quantia recuperável pelo uso = 150 000 €
Quantia recuperável pela venda = 166.500 €
Quantiarecuperável
Imparidadepela venda =– 166
= 189.000 500 €=22.500 €
166.500
Imparidade = 189 000 – 166 500 =22 500 €
Contas
N.º Data Descrição Contas Valor
N.º Data Descrição Débito Crédito
Valor
Débito Crédito
1 Classificação como ativo fixo tangível 43.2 46.2 166.500
1 Classificação como ativo fixo tangível 43.2 46.2 166 500
2 Reposição depreciações acumuladas (N e N+1) 43.2 43.8.2 14.000
2 Set N+3 Reposição depreciações acumuladas (N e N+1) 43.2 43.8.2 14 000
3 Set N+3 Imparidades já reconhecidas 43.2 43.9 29.500
3 Imparidades já reconhecidas 43.2 43.9 29 500
44 Depreciação
Depreciação dodo ano
ano n+2
n+2 43.2 64.243.8.2 43.8 700 7.000
Quantia escriturada = 210 000 – 21 000 – 22 500 = 166 500 (valor recuperável pela
QUANTIA ESCRITURADA = 210.000 – 21.000 – 22.500 = 166.500 (VALOR RECUPERÁVEL PELA
venda)
VENDA)
5.3.3 Atividades de financiamento
Figura
Figura n.ºn.º5.141
5.141- ‐Aplicações
Aplicações eeorigem
origemdede
fundos
fundos
AsAs
atividades
atividadesdedefinanciamento
financiamento têmtêmcomo
como finalidade
finalidade dotar
dotar as entidades
as entidades dos recursos
dos recursos
financeiros (dinheiro)
financeiros que permitam
(dinheiro) satisfazer
que permitam os pagamentos
satisfazer que vãoque
os pagamentos surgindo diariamente.
vão surgindo
Estas diariamente.
atividades têmEstas
umaatividades
componentetêm interna
uma componente
(gestão dosinterna
recursos(gestão dos internamente)
gerados recursos
e umagerados internamente)
componente externae de
uma componente
obtenção externa
e gestão de obtenção
de recursos e gestão de recursos
alheios.
alheios.
As empresas, na sua atividade normal, vendem ou prestam serviços que dão origem
a rendimentos que esperam traduzir em recebimentos (dinheiro). Este dinheiro 736 recebido
das atividades serve para pagar aos fornecedores dos bens e serviços adquiridos, ao pessoal,
substituir equipamentos envelhecidos, etc.
Nem sempre existe equilíbrio, em cada momento, entre as quantias disponíveis no banco
ou na empresa (em caixa), as quantias a receber e as quantias a pagar. Nos períodos em que
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) Nem sempre existe equilíbrio, em cada momento, entre as quantias disponíveis no
banco ou na empresa (em caixa), as quantias a receber e as quantias a pagar. Nos
períodos em que este equilíbrio não existe – insuficiência
Capítulo 5 – Operaçõesdeempresariais
meios para pagamento799
das dívidas - as empresas recorrem às fontes de financiamento disponíveis. Esta
operação é uma atividade de financiamento, gerando uma dívida que terá de ser
liquidada (amortizada) nos prazos acordados.
este equilíbrio não existe – insuficiência de meios para pagamento das dívidas –, as empresas
recorrem às fontes de financiamento disponíveis. Esta operação é uma atividade de finan-
Os financiamentos obtidos, em geral, dão lugar ao pagamento de juros (custo dos
ciamento, gerando uma dívida que terá de ser liquidada (amortizada) nos prazos acordados.
empréstimos). Nestas situações, as atividades operacionais têm de gerar dinheiro
Os financiamentos
suficiente para fazer obtidos, em geral,
face a todos dão lugar ao pagamento
os compromissos assumidos, de oujuros
seja,(custo dos em-
o dinheiro
préstimos). Nestas situações, as atividades operacionais têm de gerar dinheiro
recebido das atividades serve para pagar aos fornecedores dos bens e serviços suficiente para
fazer face a todos
adquiridos, os compromissos
ao pessoal, etc., assimassumidos, ou seja,
como pagar juroso dinheiro recebido
e amortizar das atividades
(reembolsar) os
serve para pagar aos fornecedores dos bens e serviços adquiridos, ao pessoal, etc., assim
empréstimos obtidos.
como pagar juros e amortizar (reembolsar) os empréstimos obtidos.
NoNo entanto,
entanto convém
convém distinguir
distinguir dois dois
tipostipos de necessidade
de necessidade de financiamento:
de financiamento:
‐ para
– para operações
operações dede capital,
capital;
‐ para operações de tesouraria.
– para operações de tesouraria.
Distinguem-se assim financiamentos destinados a investimentos que irão permanecer
Distinguem-se assim financiamentos destinados a investimentos que irão permanecer
na empresa durante vários anos – edifícios, máquinas, etc. (operações de capital de
na empresa durante vários anos – edifícios, máquinas, etc. (operações de capital de médio
médio
ou longoouprazo
longo prazo – superiores
– superiores a um ano)a–umdosano) doscujo
outros, outros, cujo éobjetivo
objetivo é necessidades
satisfazer satisfazer
necessidades
pontuais pontuais(para
de tesouraria de pagar,
tesouraria (para pagar
por exemplo, por exemplopessoal),
aos fornecedores, aos fornecedores,
pelo que o seu
pessoal) pelo que o seu prazo de liquidação se situa
prazo de liquidação se situa no curto prazo (até um ano):no curto prazo (até um ano):
31/dez/N 31/dez/N+1 31/dez/N+2
Financiamento de
Capital
Amortização + juros Amortização + juros Amortização + juros
---
Financiamento
Tesouraria
Reembolso + juros Financiamento
Tesouraria
Reembolso + juros
---
Híbridos
A. Capital próprio
Assuntos tratados
– Capital social (constituição, aumentos e reduções)
– Prestações suplementares e acessórias
– Ações/quotas próprias
– Reservas
– Aplicação dos resultados
– Subsídios
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 17 – Agricultura
– NCRF 22 – Subsídios e Outros Apoios das Entidades Públicas
– NCRF 27 – Instrumentos financeiros
Contas
– 11 Caixa
– 12 Depósitos à ordem
– 13 Outros depósitos bancários
– 25 Financiamentos obtidos
– 26 Acionistas/sócios
– 51 Capital subscrito
– 52 Ações (quotas) próprias
– 53 Outros instrumentos de capital próprio
– 54 Prémios de emissão
– 55 Reservas
– 56 Resultados transitados
– 59 Outras variações no capital próprio
802 Contabilidade Financeira Explicada
1 – Enquadramento do tema
Neste capítulo abordaremos as diversas rubricas do capital próprio, designadamente no
que concerne à sua constituição e realização.
O capital próprio pode ter quatro origens distintas:
• elementos patrimoniais entregues pelos proprietários da empresa;
• retenção de resultados do período ou períodos anteriores;
• aumentos de valor de elementos patrimoniais;
• entrega de terceiros de elementos patrimoniais a título gratuito e não reembolsável.
Rubrica Origem
51 Capital subscrito – São rubricas que correspondem a entradas de dinheiro
52 Ações (quotas) próprias ou de bens penhoráveis com origem nos proprietários
da entidade
53 Outros instrumentos de capital próprio – As ações/quotas próprias correspondem ao reembolso
54 Prémios de emissão de partes de capital
55 Reservas
– São rubricas constituídas por resultados não distribuídos
56 Resultados transitados
57 Ajustamentos em ativos financeiros – Rubricas que resultam da aplicação do método de equi-
58 Excedentes de revalorização de ativos fixos valência patrimonial (conta 57) ou da opção de revalori-
tangíveis e intangíveis zação dos ativos fixos tangíveis e intangíveis (conta 58)
– Inclui diversas rubricas onde se destacam as doações e
59 Outras variações no capital próprio
subsídios ao investimento não reembolsáveis
Quadro n.º 5.92 – Classe 5 Capital, reservas e resultados transitados
Sócios / acionistas
Entregas
Subscrição e realização de capital
Prestações suplementares • Capital
Prestações acessórias
Suprimentos
Outras contribuições
• Outros instrumentos de
Recebimentos
Amortização de capital capital próprio
Reembolso prestações suplementares e acessórias
Juros
Dividendos
Outros benefícios • Financiamentos obtidos
Amortização de suprimentos
Figura n.º 5.144 ‐ Financiamento dos sócios/acionistas e retornos
Figura n.º 5.144 - Financiamento dos sócios/acionistas e retornos
Subscrição ee realização
Subscrição realizaçãododo
capital
capital
AAconstituição de uma
constituição de umasociedade
sociedadeé épromovida
promovida porpor
um um ou mais
ou mais proponentes,
proponentes que se que se
podem constituir
podem como
constituir sócios
como sóciosououacionistas
acionistasou
oucriar
criar as
ascondições
condições para captaroutros
para captar outros inte-
ressados no projeto.
interessados no projeto.
OOcontrato
contrato dedesociedade
sociedadedefine
defineumum conjunto
conjunto de elementos
de elementos comocomo
o tipoodetipo de sociedade
sociedade a a
constituir, a firma (nome da sociedade), a sede e o capital social. O capital
constituir, a firma (nome da sociedade), a sede e o capital social. O capital socialsocial corres-
ponde à quantiaàque
corresponde os proprietários
quantia entregam
que os proprietários à sociedade
entregam como
à sociedade comocapital dederisco,
capital risco,ou seja,
as quantias consideradas adequadas para iniciar ou desenvolver uma atividade
ou seja, as quantias consideradas adequadas para iniciar ou desenvolver uma atividade económica.
Aoeconómica.
longo da vida de uma entidade, o capital social pode sofrer alterações no sentido do
seu aumento (aumentos de capital social) ou da sua diminuição (reduções de capital social).
Ao longo da vida de uma entidade o capital social pode sofrer alterações, no sentido
do seu
Está aumento (aumentos
estabelecido no CSC,dee capital
noutrasocial) ou daespecífica
legislação sua diminuição (reduções
para certos de de
tipos capital
entidades,
social).
o valor mínimo permitido como capital social para cada tipo de sociedade, assim como as
modalidades de realização – imediata ou diferida, em dinheiro ou em bens diferentes de
Está estabelecido no CSC, e noutra legislação específica para certos tipos de entidades,
dinheiro (entregas em espécie).
o valor mínimo permitido como capital social para cada tipo de sociedade, assim como
as modalidades de realização – imediata ou diferida, em dinheiro ou em bens
diferentes de dinheiro (entregas em espécie).
742
804 Contabilidade Financeira Explicada
109 - O capital social é livremente fixado pelos sócios e corresponde à soma das quotas. O valor nominal mínimo
da quota é 1 €. No entanto, existem atividades (independentemente da sua forma jurídica) para as quais a lei estabelece
um capital social mínimo específico.
110 - O capital mínimo é variável, não podendo ser inferior a 2 500 euros, salvo se for outro o mínimo fixado pela
legislação complementar aplicável a cada um dos ramos do setor cooperativo. O capital social está dividido em títulos de
capital, nominativos com valor nominal mínimo de 5 €. Estes títulos poderão ter valores que representem múltiplos de 5 €.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Exemplo:
A sociedade Alfa constituiu-se com um capital social de 50 000 €, repartido por 50 000
ações de valor nominal de 1 €, colocados à subscrição por 1,2 €. Esta operação deu
origem a um prémio de 10 000 € (0,2 € x 50 000 ações).
===//===
O valor dos bens ou dinheiro entregue na realização não pode ser inferior ao valor
nominal da quota ou das ações subscritas. No caso de ações sem valor nominal, o valor
da entrada dos acionistas corresponde ao valor que resulta da divisão entre o montante do
capital social e o número de ações emitidas (art.º 25.º do CSC).
A subscrição pode assumir modalidades diferentes em função da natureza das sociedades:
• Sociedades de capital fechado – o capital social está normalmente dividido entre pou-
cos acionistas. Quando qualquer interessado quiser comprar essas ações, terá de
convencer um dos atuais acionistas a vendê-las.
• Sociedades de capital aberto – as ações são negociadas na Bolsa de Valores livremente,
sem intervenção direta do comprador e do vendedor, que dão ordens de compra ou
venda a entidades com autorização para intermediar essas operações (corretores).
Nos casos de subscrição pública, cabe aos promotores realizar o capital social mínimo
estabelecido para o tipo de sociedade e promover as ações que conduzam à constituição da
mesma. No processo de subscrição pública poderão ocorrer duas situações:
• Subscrição incompleta, em que o capital colocado à subscrição não encontra pro-
cura suficiente e que pode ter como consequências (art.º 280.º do CSC):
– Cancelamento do registo provisório;
– Tendo sido subscritos pelo menos três quartos das ações destinadas ao público,
pode a Assembleia Constitutiva deliberar a constituição da sociedade;
806 Contabilidade Financeira Explicada
• Subscrição excessiva, em que a procura dos títulos excede o número dos dispo-
níveis, o que determina a devolução das respetivas importâncias, nos termos das
regras de rateio previamente definidas (art.º 279.º do CSC).
O capital social está repartido em parcelas, que nas sociedades por quotas tem a deno-
minação de quota e nas sociedades anónimas de ações. Nas sociedades anónimas, o valor
mínimo permitido para cada ação é de 0,01 € e nas sociedades por quotas é de 1 €.
O valor de cada uma destas unidades de participação denomina-se de valor nominal,
que, somadas, representam o valor nominal do capital social.
Exemplo
Uma sociedade anónima com o capital social de 50 000 € permite as seguintes op-
ções:
– 50 000 ações de valor nominal de 1 €, ou
– 5 000 ações de valor nominal de 10 €, ou
– qualquer outro número de ações que perfaçam o valor do capital.
Capital social
Valor nominal=
N.º de ações
===//===
Todas as ações devem representar a mesma fração no capital social e, no caso de terem
valor nominal, devem ter o mesmo valor nominal.
O valor de subscrição corresponde ao preço pelo qual o título é colocado à venda.
Numa primeira emissão (constituição da sociedade ou aumento de capital), o valor de
subscrição não pode ser inferior ao valor nominal.
A relação entre o valor da subscrição e o valor nominal do título denomina-se:
• Ao par – o valor da subscrição iguala o valor nominal;
• Acima do par – o valor da subscrição é superior ao valor nominal. Dá origem ao
prémio de emissão;
• Abaixo do par – o valor da subscrição é inferior ao valor nominal. Dá origem ao
desconto.
Conta Observações
26.1 - Acionistas c/ subs- – Esta conta regista o valor correspondente ao capital subscrito mas que
crição ainda não se encontra realizado pelos acionistas
– Esta conta regista o valor correspondente ao capital subscrito mas que
26.2 - Quotas não liberadas
ainda não se encontra realizado pelos sócios
51 - Capital subscrito – A conta 51 evidencia o capital subscrito. A componente não realizada cor-
Proposta de subdivisão: responde ao saldo devedor conta 26.1 ou 26.2 e está refletida na conta 51.1.
51.1 – Capital subscrito não – Também irá relevar o capital inicial e adquirido dos empresários em
realizado nome individual que não assumam a forma EIRL, compreendendo-se
51.2 – Capital subscrito e também nesta conta as operações de natureza financeira com o respetivo
realizado empresário
52 – Ações (quotas) próprias – Regista as aquisições, pela própria entidade, de quotas ou ações próprias:
52.1 – Valor nominal • Esta conta é debitada pelo valor nominal das ações ou quotas próprias
52.2 – Descontos e pré- adquiridas
mios • Esta conta regista a diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal
– Esta conta será utilizada para reconhecer as prestações suplementares
ou quaisquer outros instrumentos ou as suas componentes que não se
53 – Outros instrumentos de enquadrem na definição de passivo financeiro
capital próprio – Nas situações em que os instrumentos financeiros (ou as suas componentes)
se identifiquem com passivos financeiros, deve utilizar-se a rubrica apro-
priada das contas 25 - Financiamentos obtidos ou 26 - Acionistas/sócios
– Esta conta regista a diferença entre os valores de subscrição das ações
54 – Prémios de emissão
(quotas) emitidas e o seu valor nominal
Quadro n.º 5.94 – Contas de subscrição e realização de capital
Questão:
Pretende-se a contabilização das operações de subscrição e realização do capital.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Subscrição de capital 51.1 10 000
1 António 26.2.1 5 000
Joaquim 26.2.2 5 000
30 jan N Realização do capital 12.1 10 000
2 António 26.2.1 5 000
Joaquim 26.2.2 5 000
3 Capital realizado 51.1 51.2 10.000
No caso de entradas superiores ao capital subscrito, a diferença pode ser levada a crédito
do sócio, ou considerada como prémio de emissão, que reverte para a sociedade.
Como referimos, o prémio de emissão é a diferença entre o preço de subscrição de uma
ação ou quota e o seu valor nominal.
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Subscrição de capital 51.1 10 000
António 26.2.1 6 000
1
Joaquim 26.2.2 6 000
Prémio 54.1 2 000
30 jan N
Realização do capital 12.1 12 000
2 António 26.2.1 6 000
Joaquim 26.2.2 6 000
3 Capital realizado 51.1 51.2 10.000
2.2) Lançamento no diário (H2)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Subscrição de capital 51.1 10 000
António 26.2.1 6 000
1
Joaquim 26.2.2 6 000
Suprimentos 25.3.2 2 000
30 jan N
Realização do capital 12.1 12 000
2 António 26.2.1 6 000
Joaquim 26.2.2 6 000
3 Capital realizado 51.1 51.2 10.000
Questão:
Pretende-se a contabilização dos factos no diário da entidade.
810 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos à ordem 12.1 – Banco x
Ações subscritas não liberadas 26.1.x – Subscritores diversos
Ações subscritas não liberadas 26.1.2 – Subscritor MM
Outros devedores (acionista remisso) 27.8.1 – Subscritor MM
Capital subscrito não realizado 51.1 – Capital subscrito não realizado
Capital subscrito realizado 51.2 – Capital subscrito e realizado
Prémio de emissão 54.1 – Prémios de emissão
Juros de mora 79.1.9 – Outros juros
2) Lançamento no diário (1.ª prestação)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Subscrição de capital 51.1 50 000
1 Prémio 54.1 10 000
30 jan N Subscritores 26.1.x 60 000
2 Realização 1.º prestação (a) 12.1 26.1.x 35 000
3 Capital subscrito e realizado 51.1 51.2 25 000
Nota a): Os acionistas devem realizar 50% do capital social (50% x 50 000 = 25 000) acrescido do prémio
que não pode ser diferido (1,2 € – 1 € = 0,2 € x 50 000 ações = 10 000 €), totalizando 35 000 €
Quando as entregas são bens diferentes de dinheiro, estes têm que ser suscetíveis de
penhora e avaliados por um revisor oficial de contas sem interesses na sociedade (artigo
28.º do CSC), designado por deliberação dos sócios (os sócios que efetuam as entradas em
espécie estão impedidos de votar).
O relatório do revisor deve conter, pelo menos:
• Uma descrição dos bens;
• Identificação dos seus titulares;
• Avaliação dos bens, indicando os critérios utilizados para a avaliação;
• Uma declaração confirmando se os valores encontrados atingem ou não o valor
nominal da parte, quota ou ações atribuídas aos sócios/acionistas que efetuaram
tais entradas, acrescido dos prémios de emissão, se for caso disso, ou a contrapartida
a pagar pela sociedade.
Quando o valor atribuído aos bens excede o do capital subscrito e do eventual prémio
de emissão a realizar, o destino do excesso poderá constituir um crédito do sócio/acionista,
ou ficar abrangido como prémio de emissão.
Foram gastos 500 euros com a constituição da empresa (ROC, advogado, conservatória,
etc.).
Questão:
Pretende-se a contabilização das operações de subscrição e realização do capital consi-
derando:
H1) Que o excesso sobre o valor nominal é uma entrada de capital;
H2) Que esse excesso é reembolsado num determinado prazo.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Subscrição de capital 51.1 10 000
Manuel 26.2.1 4 500
1
José 26.2.2 7 000
Prémio 54.1 1 500
Realização do capital 12.1 4 500
30 jan N
Veiculo 43.4 7 000
2
Manuel 26.2.1 4 500
José 26.2.2 7 000
3 Despesas de constituição 62.2.4/62.6.5 12.1 500
4 Capital realizado 51.1 51.2 10.000
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Subscrição de capital 51.1 10 000
Manuel 26.2.1 4 500
1
José 26.2.2 7 000
Empréstimo 26.8 1 500
Realização do capital 12.1 4 500
30 jan N
Veículo 43.4 7 000
2
Manuel 26.2.1 4 500
José 26.2.2 7 000
3 Despesas de constituição 62.2.4/62.6.5 12.1 500
4 Capital realizado 51.1 51.2 10.000
No entanto, a definição de reservas abrange não só as que estão evidenciadas nas contas
como as que não estão, podendo-se considerar:
• Reservas no sentido restrito, que são as reservas evidenciadas em capitais próprios;
• Reservas na definição extensiva, que inclui as acima referidas, assim como as deno-
minadas de reservas ocultas, que resultam de políticas de mensuração que subava-
liam os ativos, designadamente pela redução do valor dos inventários, depreciações
e amortizações exageradas e imparidades e provisões injustificadas.
As reservas são valores abstratos e, em geral, não têm qualquer relação com um ativo
específico. Contudo, existem reservas que estão associadas a determinados ativos concretos,
como por exemplo as que resultam de revalorizações ou ajustamentos de ativos.
Representando o capital próprio, no seu conjunto, valores abstratos, alguns deles
encontram-se realizados, isto é, concretizaram-se em entradas efetivas:
Conta Observações
– Nesta conta reconhecem-se as reservas que decorrem da lei.
55.1- Reservas legais – Esta conta deve ser subdivida tendo em conta a legislação
aplicável.
– Nesta conta reconhecem-se as reservas que não estão sujeitas a
qualquer restrição, geralmente designadas por reservas livres.
55.2 – Outras reservas
– Esta conta deve ser subdivida de acordo com as necessidades
da entidade.
– Sugere-se a criação desta subdivisão, por forma a evidenciar
55.3 – Reservas estatutárias e contratuais as reservas com natureza específica, designadamente as esta-
tutárias ou contratuais.
Quadro n.º 5.96 – Conta 55 Reservas
O CSC exige a criação da reserva legal, que, em regra, deve corresponder a um valor
que represente 20% do capital social. Para as sociedades por quotas, é exigido um limite
mínimo de 2 500 €.
A sua criação e reforço são realizados em cada período, devendo a entidade reter, no
mínimo, 5% dos resultados líquidos positivos, não afetos à cobertura de resultados nega-
tivos transatos.
816 Contabilidade Financeira Explicada
Por outro lado, são equivalentes à reserva legal, por estarem sujeitas ao mesmo regime
desta, as reservas previstas no n.º 2 do artigo 295.º do CSC, que, em síntese, são:
– Prémios de emissão de ações;
– Excedentes de revalorizações;
– Importâncias correspondentes a doações.
Questão:
Qual a quantia mínima de reserva legal a constituir?
Resposta:
A quantia mínima será de 10 000 € x 5% = 500 €.
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Questão:
Pretende-se:
1) Saber qual o valor máximo de aumento de capital social permitido na modalidade de
incorporação de reservas, considerando as reservas livres e resultados transitados;
111 - Conforme nota de enquadramento à conta 58 - Excedentes de revalorização de ativos fixos tangíveis e intan-
gíveis, do correspondente ativo revalorizado.
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Resposta:
Questão 1 - Valor máximo de aumento de capital social permitido = 277 000 €
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Aumento de capital 51.2 100 000
1 Reservas livres 55.2 80 000
Resultados transitados 56.1 20 000
112 - De acordo com o art.º 324.º do CSC, enquanto as ações pertencerem à sociedade, deve tornar-se indisponível
uma reserva de montante igual àquele por que estas foram adquiridas.
820 Contabilidade Financeira Explicada
A estrutura acionista é constituída por 5 acionistas, dos quais 4 possuem 10% cada e
um 60% do capital.
Questão:
Pretende-se que indique, após o aumento do capital social, quantas ações detém cada
acionista.
Resposta:
• Capital social inicial = 750 000 €
• Capital social após aumento: 1 000 000 €
• Aumento do capital social por incorporação de reservas: 250 000 € (1 000 000 –
750 000)
• N.º de ações = 750 000 € / 5 € (valor nominal de 1 ação) = 150 000 ações
• N.º de ações emitidas = 250 000 € / 5 € = 50 000 ações
• Capital social após aumento = 1 000 000 € 200 000 ações de valor nominal = 5 euros
Entradas em dinheiro
As entradas em dinheiro (ou outros bens) permitem financiar a atividade e a abertura
do capital social ao público, com o reforço ou redução de posição de certos acionistas
(sócios). Aplicam-se a estas entradas as regras já referidas para a constituição da sociedade.
Esta modalidade de aumento de capital tem impactos diversos, nomeadamente:
• Aumenta o ativo no mesmo montante do capital próprio;
• O valor contabilístico por ação poderá aumentar, manter-se ou diminuir em fun-
ção do valor de subscrição das novas ações:
– Num aumento de capital reservado a antigos acionistas, é frequente o valor da
emissão ser inferior ao de mercado;
– Num aumento de capital destinado a novos acionistas, o preço de emissão é
normalmente estabelecido pelo valor atribuído à empresa.
Questão:
Pretende-se o registo desta operação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Aumento de capital 51.1 100 000
Prémio 54.1 20 000
1
Subscritores acionistas atuais 26.1.1 60 000
Subscritor novo acionista 26.1.2 60 000
Realização do capital 12.1 120 000
2 Subscritores acionistas atuais 26.1.1 60 000
Subscritor novo acionista 26.1.2 60 000
3 Capital realizado 51.1 51.2 10.000
Despesas com aumento de capital 12.1 500
4 Notário 62.6.5/62.2.4 200
Emissão de capital 54.1 300
Transformação de dívida
A transformação de dívida em capital permite que credores da empresa se transformem
em acionistas (sócios) da mesma. Esta situação de aumento de capital é menos frequente
do que as anteriores e, na maioria dos casos, está relacionada com dificuldades financeiras.
O impacto desta forma de aumento de capital reflete-se na diminuição do passivo, com
o correspondente aumento do capital próprio.
Questão:
Pretende-se o registo desta operação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Fornecedores 22.1.1.x - Fornecetudo, Lda.
Novo sócio 26.2.1 - Fornecetudo, Lda.
Capital subscrito realizado 51.2 – Capital subscrito e realizado
Prémio de emissão 54.1 - Prémios de emissão
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Aumento de capital 51.2 15 000
1 Prémio 54.1 5 000
Subscritor novo acionista 26.2.1 20 000
2 Realização do capital 22.1.1.x 26.2.1 20 000
Capital próprio
Capital social 10 000
Reservas legais 2 000
Resultados transitados (5 000)
Total 7 000
A convocatória da assembleia geral para redução do capital deve mencionar (art.º 94.º
CSC):
• A finalidade da redução, indicando se esta se destina à cobertura de prejuízos, à
libertação de excesso de capital ou a finalidade especial;
• A forma da redução
– Redução do valor nominal das participações.
Exemplo
A redução do capital social em 20% conduz à redução do valor nominal das quo-
tas ou ações em termos proporcionais. A redução do valor nominal das partici-
pações parece-nos a modalidade mais apropriada para a cobertura de prejuízos.
Questão:
Pretende-se o registo desta operação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Redução de capital por cobertura de prejuízos 51.2 56.1 1 000
Questão:
Pretende-se o registo desta operação.
826 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Redução de capital social 51.2 26.8 3 000
2 Reembolso 26.8 12.1 3 000
Questão:
Pretende-se o registo desta operação.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Prestações suplementares (deliberação) 53.1 50 000
1 2 ago N Sócio A 26.8.1 25 000
Sócio B 26.8.2 25 000
Realização das prestações suplementares 12.1 50 000
2 30 ago N Sócio A 26.8.1 25 000
Sócio B 26.8.2 25 000
No caso das sociedades anónimas (artigos 316.º a 325.º-B do CSC), os requisitos acima
enunciados mantêm-se para a aquisição de ações próprias e, como regra, nos termos do
n.º 2 do artigo 317.º do CSC, uma sociedade não pode adquirir e deter ações próprias
representativas de mais de 10% do seu capital.
Entendem-se como reservas livres, neste contexto, os valores que, nos termos dos artigos
32.º e 33.º do CSC, possam ser distribuídos aos sócios/acionistas.
Artigo 32.º
Limite da distribuição de bens aos sócios
1 - Sem prejuízo do preceituado quanto à redução do capital social, não podem ser
distribuídos aos sócios bens da sociedade quando o capital próprio desta, incluindo
o resultado líquido do exercício, tal como resulta das contas elaboradas e aprovadas
nos termos legais, seja inferior à soma do capital social e das reservas que a lei ou o
contrato não permitem distribuir aos sócios ou se tornasse inferior a esta soma em
consequência da distribuição.
2 - Os incrementos decorrentes da aplicação do justo valor através de componen-
tes do capital próprio, incluindo os da sua aplicação através do resultado líquido do
exercício, apenas relevam para poderem ser distribuídos aos sócios bens da sociedade,
a que se refere o número anterior, quando os elementos ou direitos que lhes deram
origem sejam alienados, exercidos, extintos, liquidados ou, também quando se verifique
o seu uso, no caso de ativos fixos tangíveis e intangíveis.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Artigo 33.º
Lucros e reservas não distribuíveis
1 - Não podem ser distribuídos aos sócios os lucros do exercício que sejam ne-
cessários para cobrir prejuízos transitados ou para formar ou reconstituir reservas
impostas pela lei ou pelo contrato de sociedade.
2 - Não podem ser distribuídos aos sócios lucros do exercício enquanto as despesas
de constituição, de investigação e de desenvolvimento não estiverem completamente
amortizadas, exceto se o montante das reservas livres e dos resultados transitados for,
pelo menos, igual ao dessas despesas não amortizadas.
3 - As reservas cuja existência e cujo montante não figuram expressamente no
balanço não podem ser utilizadas para distribuição aos sócios.
4 - Devem ser expressamente mencionadas na deliberação quais as reservas distribuí-
das, no todo ou em parte, quer isoladamente quer juntamente com lucros de exercício.
Na venda ou cancelamento das ações (quotas) próprias uma entidade não deve reconhecer
qualquer ganho ou perda nas contas de resultados.
Rubricas Valores
Capital social 100 000
Reservas legais 25 000
Reservas livres 40 000
Resultados transitados (10 000)
Resultados líquidos 5 000
Total 160 000
Questão:
Pretende-se que indique qual o valor máximo de ações próprias que poderiam ser
adquiridas.
830 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
Questão:
Admita as seguintes operações e proceda ao registo contabilístico:
1) O sócio Carlos decidiu vender a sua quota à sociedade por 3 000 €.
2) Posteriormente, a sociedade vendeu a referida quota a Daniel por 3 500 €.
3) O sócio Alberto também manifestou a vontade de vender a sua quota, facto que se
concretizou tendo sido adquirida pela sociedade por 3 800 €.
4) A quota adquirida a Alberto foi vendida a Eduardo por 3 600 €.
Resposta:
1) O sócio Carlos decidiu vender a sua quota à sociedade por 3 000 €.
1) Cálculos de apoio
Verificação das condições exigidas pelo CSC para a aquisição de quotas próprias:
a) Valor das reservas livres igual ou superior ao dobro da contraprestação Reserva
livre = 8 000 > 3 000 x 2 = 6 000
b) Valor nominal da quota = 25% x 10 000 € = 2 500 €
c) Prémio = 3 000 - 2 500 = 500 €
d) Valor da reserva indisponível = à quantia desembolsada na aquisição = 3 000 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Aquisição da quota 12.1 3 000
1 Valor nominal 52.1 2 500
Prémio 52.2 500
2 Reserva indisponível 55.2 55.1.2 3 000
832 Contabilidade Financeira Explicada
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Venda da quota 12.1 3 500
1 Valor nominal 52.1 2 500
Prémio 52.2 1 000
2 Anulação da reserva indisponível 55.1.2 55.2 3 000
3 Ganho na venda (a) 52.2 59.9 500
Nota a) Com este lançamento a conta 52.2 fica saldada.
3) O sócio Alberto também manifestou a vontade de vender a sua quota, facto que
se concretizou, tendo sido adquirida pela sociedade por 3 800 €.
1) Cálculos de apoio
Verificação das condições exigidas pelo CSC para a aquisição de quotas próprias:
a. Valor das reservas livres igual ou superior ao dobro da contraprestação Re-
serva livre = 8 000 > 3 800 x 2 = 7 600 €
b. Valor nominal da quota = 40% x 10 000 € = 4 000 €
c. Preço de aquisição = 3 800
d. Desconto = 3 800 – 4 000 = - 200
2) Lançamento no diário – Aquisição da quota de Alberto
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Aquisição da quota 12.1 3 800
1 Valor nominal 52.1 4 000
Desconto 52.2 200
2 Reserva indisponível 55.2 55.1.2 3 800
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Venda da quota 12.1 3 600
1 Valor nominal 52.1 4 000
Desconto 52.2 400
2 Anulação da reserva indisponível 55.1.2 55.2 3 800
3 Perda na venda (a) 59.9 52.2 200
Nota a) Com este lançamento a conta 52.2 fica saldada.
Conta Observações
– Registam-se nesta conta os adiantamentos por conta de
26.3 - Adiantamentos por conta de lucros
lucros efetuados aos acionistas/sócios
– Registam-se nesta conta a atribuição de lucros ainda não
26.4 – Resultados atribuídos
colocados à disposição
– Registam-se nesta conta os lucros colocados à disposição,
26.5 – Lucros disponíveis
isto é, quando se encontram a pagamento
– Esta conta é utilizada para registar os resultados líquidos
dos diversos períodos
– Esta conta será movimentada subsequentemente de acor-
do com a aplicação de lucros ou a cobertura de prejuízos
56 – Resultados transitados
que for deliberada
– Esta conta também deve registar correções materialmente
relevantes que afetam positiva ou negativamente os capi-
tais próprios e não o resultado do período
– Esta conta destina-se a concentrar os saldos das contas de
gastos e rendimentos registados respetivamente nas clas-
81 – Resultado líquido do período ses 6 e 7. Também reflete o imposto sobre o rendimento.
O saldo desta conta pode ser devedor (prejuízo), credor
(lucro) ou nulo
– Esta conta regista os dividendos antecipados atribuídos
89 – Dividendos antecipados no decurso do período, nos termos legais e estatutários,
por conta dos resultados desse período
Quadro n.º 5.100 – Contas associadas à aplicação de resultados
Resultados transitados
Esta rubrica recebe, em cada ano, os resultados do período. Os valores acumulados
podem ser positivos ou negativos.
Aos resultados transitados podem ser dadas finalidades diversas, incluindo a distribuição
aos sócios/acionistas, aumentos de capital, criação ou reforço de reservas, entre outras.
Tendo em consideração as limitações à distribuição de bens aos sócios e acionistas im-
postos pelo CSC, designadamente os referidos nos art.ºs 32.º e 33.º, esta conta poderá ser
subdivida refletindo a componente distribuível e não distribuível contida nos resultados
de cada período.
Exemplo
Neste caso, a entidade poderia, na fase de transferência dos resultados líquidos para
resultados transitados, evidenciar 8 000 € numa conta (por exemplo) 56.1.1 – Resultados
distribuíveis e 2 000 € numa conta 56.1.2 – Resultados não distribuíveis.
Distribuição de lucros
Nos termos do art.º 33.º do CSC (transcrito anteriormente), não podem ser distribuídos
aos sócios os lucros do período que sejam necessários para cobrir prejuízos transitados e
para formar ou reconstituir reservas impostas pela lei ou pelo contrato.
Salvo cláusula contratual ou deliberação tomada por maioria de três quartos dos votos
Salvo cláusula contratual ou deliberação tomada por maioria de três quartos dos votos
correspondentes ao capital social em assembleia geral para o efeito convocada, não
correspondentes ao capital social em assembleia geral para o efeito convocada, não pode
pode deixar de ser distribuído aos sócios metade do lucro do período que, nos termos
deixar de ser distribuída aos sócios metade do lucro do período que, nos termos desta lei,
desta lei, seja distribuível (art.º 217.º do CSC).
seja distribuível (art.º 217.º do CSC).
Negativo Positivo
Figura n.º
Figura n.º5.146
5.146-‐Deliberação daassembleia‐geral
Deliberação da assembleia geral sobre
sobre os resultados
os resultados do período
do período
(in Fernandes et al., 2013: 184)
(in Fernandes et al., 2013: 184)
2) Classificação contabilística
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Reserva legal = 10 000 x 5% = 500 €
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Resultados transitados 56.1 6 500
Lucros atribuídos 26.4 5 000
1 Mar N
Reservas legais 55.1 500
Reservas livres 55.2 1 000
Nota: Assume-se que o Resultado líquido do período já havia sido transferido para Resultados transitados
Nas sociedades por quotas, na ausência de disposição, considera-se não estar consagrada
a figura do artigo 297.º.
Desta forma, qualquer entrega aos sócios que tenha subjacente um adiantamento sobre
lucros é reconhecido como empréstimo concedido ao sócio, a regularizar aquando de uma
futura distribuição de lucros.
Nas sociedades por quotas, na ausência de disposição, considera-se não estar
consagrada a figura do artigo 297.º.
838 Contabilidade
Desta forma Financeira
qualquer entrega Explicada
aos sócios, que tenha subjacente um adiantamento sobre
lucros, é reconhecido como empréstimo concedido ao sócio, a regularizar aquando de
uma futura distribuição de lucros.
Esquematizando:
Esquematizando:
Lançamentos
Débito / Crédito
Adiantamento
sobre lucros (3) 56.x / 89.1
(1) 26.3 / 12
Sociedade por
quotas
(2 ) 26.4 / 26.3
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Ago N Deliberação de adiantamento 89.1 26.3 5 000
Pagamento 12.1 3 600
2 Set N Retenção 24.2.4 1 400
Lucros antecipados 26.3 5 000
3 Jan N+1 Tranferência de resultados do período anterior 81.8 56.x 35 000
Atribuição de lucros 56.x 26.4 12 000
4 Mar N+1
Transferência do adiantamento 56.x 89.1 5 000
Disponibilização dos dividendos 26.5 8 640
5 Retenção 24.2.4 3 360
Jul N+1
Dividendos a pagar 26.4 12 000
6 Pagamento dos dividendos 26.5 12.1 8 640
Questão:
Proceda ao registo contabilístico da decisão da assembleia geral.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Retenção na fonte = 5 000 x 28% = 1 400 €
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Bancos 12.1 - Banco x
Retenção na fonte 24.2.4 – Rendimentos de capitais
Sócios 26.3 – Adiantamentos por conta de lucros
Lucros distribuídos 26.4 – Resultados atribuídos
Lucros disponíveis 26.5 – Lucros disponíveis
Resultados transitados 56.x – Resultados transitados
Resultado líquido do período 81.8 – Resultado líquido
840 Contabilidade Financeira Explicada
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Adiantamento 26.3 5 000
1 Ago N Pagamento 12.1 3 600
Retenção 24.2.4 1 400
2 Jan N+1 Tranferência de resultados do período anterior 81.8 56.x 35 000
3 Lucros atribuídos 56.x 26.4 12 000
Mar N+1
4 Compensação de lucros antecipados 26.4 26.3 5 000
Lucros atribuídos 26.4 7 000
5 Lucros disponibilizados 26.5 5 040
Jul N+1
Retenção 24.2.4 1 960
6 Pagamento de dividendos 26.5 12.1 5 040
Excedentes de revalorização
Anteriormente, referimos que existem diversas bases de mensuração, designadamente a
do custo histórico e a do justo valor. A utilização do custo histórico implica que a quantia
dos ativos escriturados se mantém nas demonstrações financeiras pelo valor de aquisição
(ou de produção), corrigido, quando for o caso, das depreciações/amortizações acumuladas
e imparidades acumuladas.
Alguns elementos do ativo, como por exemplo terrenos, edifícios, podem vir a ter altera-
ções significativas de valor (valorizados ou desvalorizados) com a passagem do tempo, criando
diferenças significativas entre a quantia escriturada e o seu justo valor (valor de mercado).
As normas contabilísticas permitem (com exceção da NC - ME) optar entre o critério
do custo e a revalorização de ativos. Quando as entidades exercem esta opção, procedem
a ajustamentos (revalorizações) periódicos do valor dos ativos incluídos na classe sobre a
qual recaiu a opção, no sentido de refletirem o seu valor real.
A conta 58 – Excedente de ativos fixos tangíveis e intangíveis acolhe os acréscimos
de valor dos ativos revalorizados. No caso de futuras desvalorizações, este excedente será
diminuído até ao seu limite, a partir do qual é reconhecida uma imparidade de forma se-
melhante ao referido no tema A, no capítulo 5.3.2 – Ciclo de atividades de investimento.
Subsídios
Os subsídios atribuídos por entidades públicas são reconhecidos de acordo com a sua
aplicação:
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Não:
Subsídio Tratado como empréstimo
Taxa de juro
reembolsável inferior à do
mercado? Sim:
(empréstimo)
1) Componente empréstimo
2) Componente subsídio
(bonificação da taxa de juro)
Tipos de subsídios
Subsídios
monetários à
exploração
Subsídios não
Ativos fixos tangíveis
monetários
não depreciáveis
(investimento)
Resposta
Figura n.º5.149
Figura n.º 5.149‐ Reconhecimento
- Reconhecimento dos subsídios
dos subsídios
(in Fernandes
(in Fernandes et al.,
et al., 2013:
2013: 187) 187)
Qualquer
Pág. subsídio
839: substituir do Governo só deve ser reconhecido após existir segurança de que:
amarelos
A NCRF
• A22entidade
define: cumprirá as condições (subsídios condicionais) a eles associadas, e
Subsídio das entidades públicas como auxílios das entidades públicas na forma de
• Os subsídios serão recebidos.
transferência de recursos …
Condicional
Ativos biológicos NCRF 17 Rendimento
Não condicional
Subsídios a
ativos agrícolas
Outros ativos Capital próprio
NCRF 22
Subsídios à Rendimento
exploração
Questão:
Pretende-se a contabilização das operações relativas a N e N+1. Por simplificação
considere que a entidade suporta uma taxa de IRC de 20%. Não considere as implicações
relativas ao IVA.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Questão:
Pretende-se a contabilização das operações relativas ao subsídio.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 6 jan N Reconhecimento do subsídio 27.8.1.x 28.2.1 108 000,00
2 1 mar N Recebimento do subsídio 12.1 27.8.1.x 108 000,00
3 31 dez N Reconhecimento do subsídio de N-1 e N (a) 28.2.1 75.1 48 000,00
4 31 dez N+1 Reconhecimento do subsídio de N+1 (b) 28.2.1 75.1 36 000,00
5 31 dez N+2 Reconhecimento do subsídio de N + 2 (c) 28.2.1 75.1 24 000,00
Cálculos:
a) N-1: 108 000 /3 x (4/12) = 12 000
N: 108 000/3 = 36 000
N + N+1 12 000 + 36 000 = 48 000
b) N+1: 108 000/3 = 36 000
846 Contabilidade Financeira Explicada
B. Capital alheio
Assuntos tratados
– Suprimentos
– Financiamento bancário
– Empréstimos obrigacionistas e papel comercial
– Leasing operacional e financeiro
– Factoring
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 27 – Instrumentos financeiros
– NCRF 9 – Locações
– NCRF 10 – Custos dos empréstimos obtidos
Contas
– 11 Caixa
– 12 Depósitos à ordem
– 25 Financiamentos obtidos
– 69 Gastos de financiamento
– 79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares
848 Contabilidade Financeira Explicada
1 – Enquadramento do tema
O financiamento por capitais alheios assume uma grande diversidade, desde o crédito
normal obtido dos fornecedores e outras entidades que se relacionam com a atividade
operacional das entidades até ao financiamento especialmente contratado junto de sócios/
acionistas e/ou entidades financeiras. No primeiro caso, o crédito obtido é, em regra, não
remunerado, no segundo caso a remuneração destes empréstimos tem como natureza
principal os juros, que são reconhecidos como gastos de financiamento.
Os empréstimos de sócios/acionistas, apesar da sua ligação com a entidade, consideram-
-se fontes de capital alheio e são considerados como passivo da entidade devedora.
O prazo estabelecido para os financiamentos obtidos podem-se classificar de:
• Curto prazo – quando o seu reembolso é realizado no período operacional ou num
prazo inferior a um ano (classificados como passivo corrente);
• Médio ou longo prazo – quando o seu reembolso não é realizado no período
operacional ou em prazos superiores a um ano (classificados como passivo não
corrente).
Geralmente, empréstimos de médio e longo prazo têm, em cada ano, parcelas de curto
prazo que corresponde às prestações que se vencem nesse prazo.
O plano de contas elenca subcontas específicas para o reconhecimento das operações
de financiamento como subcontas da conta 25 – Financiamento obtidos, tendo como
elemento de identificação a fonte de financiamento:
Subcontas Comentários
25.1 Instituições de crédito e sociedades financeiras – Estas contas registam os empréstimos bancários nas
25.1.1 Empréstimos bancários diversas modalidades
25.1.2 Descobertos bancários
25.1.3 Locações financeiras – Registam-se nesta conta os financiamentos obtidos
através de contratos de locação financeira
– Regista os empréstimos obrigacionistas. Sugere-se a
25.2 Mercado de valores mobiliários
divisão entre empréstimos obrigacionistas conver-
25.2.1 Empréstimos por obrigações
tíveis e não convertíveis
25.3 Participantes de capital
– As subcontas registam os empréstimos obtidos cuja
25.3.1 Empresa-mãe – Suprimentos e outros
entidade financiadora detém participações de capital
mútuos
na entidade financiada (empresa mãe – conta 25.3.1
25.3.2 Outros participantes – Suprimentos e
ou outras participações – conta 25.3.2)
outros mútuos
– Esta subconta regista os empréstimos obtidos cuja
25.4 Subsidiárias, associadas e empreendimentos entidade financiadora é participada de forma signi-
conjuntos ficativa (associada, subsidiária ou empreendimento
conjunto) pela entidade financiada
– Esta conta regista outros financiamentos não en-
25.8 Outros financiadores
globados nas contas anteriores
Quadro n.º 5.101 – Conta 25 – Financiamentos obtidos
Os custos associados aos financiamentos obtidos são reconhecidos nas contas apropriadas:
Subcontas Comentários
69 Gastos de financiamento
– Estas contas registam os gastos do período refe-
69.1 Juros suportados
rentes a empréstimos bancários nas diversas mo-
69.1.1 Juros de financiamentos obtidos
dalidades, sob a forma de juros ou outros encargos
……
diretamente relacionados com esses financiamentos
69.1.8 Outros juros
69.2 Diferenças de câmbio desfavoráveis – Estas contas registam as diferenças cambiais que
69.2.1 Relativas a financiamentos obtidos podem resultar em aumentos do passivo (diferenças
79 Juros, dividentos e outros rendimentos similares desfavoráveis) ou diminuição do passivo (diferenças
79.3 – Diferenças de câmbio favoráveis favoráveis) relativas a financiamentos obtidos
Quadro n.º 5.102 – Gastos e perdas em financiamentos obtidos
Empréstimos bancários
A fonte de financiamento mais comum é o crédito bancário, operação pela qual uma
instituição bancária coloca à disposição de um cliente um determinado montante e este se
compromete a reembolsar a instituição na data fixada, acrescido dos juros previamente com-
binados. Este crédito bancário pode assumir diversas modalidades, sendo as mais comuns:
• Empréstimos de médio e longo prazo – geralmente destinados a investimentos
específicos e com prazos superiores a um ano. Estão geralmente sujeitos a um plano
de reembolso com prestações de capital e juros. Podem beneficiar de períodos de
carência para amortização da dívida.
850 Contabilidade Financeira Explicada
Exemplo:
Empréstimo bancário, a cinco anos, com a primeira amortização no 2º ano do
empréstimo
• Empréstimos de curto prazo – geralmente destinados a resolver problemas de
liquidez (a 90, 120 ou 180 dias). No fim do prazo, as entidades terão de restituir o
valor do empréstimo acompanhado de juros se estes forem postecipados. Se forem
antecipados, os juros serão pagos juntamente com a obtenção do empréstimo.
• Empréstimos em conta corrente ou conta corrente caucionada – são contratos
em que a instituição bancária coloca à disposição da empresa um limite máximo de
crédito e que a empresa pode movimentar de acordo com as suas necessidades e sem
um plano de investimentos.
• Descoberto bancário – modalidade também destinada a resolver problemas momen-
tâneos de tesouraria e implica a aceitação por parte da instituição bancária. Consiste na
autorização para que uma entidade possa emitir ordens de pagamento sobre uma de-
terminada conta de depósitos à ordem, até um determinado montante pré-negociado.
Questão:
Pretende-se o reconhecimento deste empréstimo, incluindo a sua contratação, juros e
reembolso.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Taxa 5% Taxa proporcional equivalente semestral (5% / 2 = 2,5%)
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 1 set N Contração do empréstimo 12.1 25.1.1.1.1 50 000,00
2 31 dez N Juros do período 69.1.1 27.2.2 833 30
Reembolso do empréstimo e juros 12.1 51 250,00
Reembolso de capital 25.1.1.1.1 50 000,00
3 28 fev N+1
Juros do período 69.1.1 416,70
Juros do período anterior 27.2.2 833 30
3.2) Lançamento no diário – Juros antecipados
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Contração do empréstimo 12.1 25.1.1.1.1 50 000,00
Juros do empréstimo 12.1 1 250,00
1 set N
2 Juros do período 69.1.1 833 30
Juros do período seguinte 28.1 416,70
3 Reembolso do empréstimo 25.1.1.1.1 12.1 50 000,00
28 fev N+1
4 Juros do período 69.1.1 28.1 416,70
Questão:
Pretende-se o reconhecimento deste empréstimo, incluindo a sua contratação, juros e
reembolso.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Juro 1º ano = 5% x 90 000 € = 4 500 €
Juro 2º ano = 5% x (90 000 – 30 000) = 3 000 €
Juro 3º ano = 5% x (90 000 – 60 000) = 1 500 €
Plano de pagamentos
2 jan N 31 dez N 31 dez N+1 31 dez N+2
Empréstimo + 90 000
Amortização de capital 30 000 30 000 30 000
Juros 4 500 3 000 1 500
Total prestação 34 500 33 000 31 500
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos 12.1 Banco Sul
Empréstimo corrente 25.1.1.1.1 – Banco Sul
Empréstimo não corrente 25.1.1.1.2 – Banco Sul
Juros do empréstimo 69.1.1 – Juros de empréstimos obtidos
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Contração do empréstimo 12.1 90 000
1 2 jan N Médio longo prazo (não corrente) 25.1.1.1.2 60 000
Curto prazo (corrente) 25.1.1.1.1 30 000
1ª Prestação e juros 12.1 34 500
2 Juros do período 69.1.1 4 500
30 dez N
Amortização do capital 25.1.1.1.1 30 000
3 Reclassificação para corrente 25.1.1.1.2 25.1.1.1.1 30 000
2ª Prestação e juros 12.1 33 000
4 30 dez Juros do período 69.1.1 3 000
N+1 Amortização do capital 25.1.1.1.1 30 000
5 Reclassificação para corrente 25.1.1.1.2 25.1.1.1.1 30 000
3ª Prestação e juros 12.1 31 500
30 dez
6 Juros do período 69.1.1 1 500
N+2
Amortização do capital 25.1.1.1.1 30 000
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pretende-se o reconhecimento deste empréstimo, incluindo a sua contratação, juros e
reembolso
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Taxa 5% Taxa proporcional equivalente semestral (5% / 2 = 2,5%)
Juro =semestral = 2,5% x 50 000 € = 1 250 €
Juros do ano N = 1 250 / 6 x 4 meses (1 de setembro a 31 dezembro) ≈ 833,30 €
Juros do ano N+1 = 1 250 / 6 x 2 ≈ 416,70 € (1 de janeiro a 28 de fevereiro)
Plano de pagamentos
1 março 31 agosto 1 março 31 agosto 1 março 31 agosto
1 set N
N+1 N+1 N+2 N+2 N+3 N+3
+50 000 -1 250 -1 250 -1 250 -1 250 -1 250 -51 250
2) Classificação contabilística
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 1 set N Contração do empréstimo 12.1 25.1.1.1.2 50 000,00
2 31 dez N Juros do período 69.1.1 27.2.2 833,30
Pagamento dos juros 12.1 1 250,00
3 1 mar N+1 Juros do período 69.1.1 416,70
Juros do período anterior 27.2.2 833,30
4 31 ago N+1 Pagamento dos juros 69.1.1 12.1 1 250,00
5 31 dez N+1 Juros do período 69.1.1 27.2.2 833,30
Pagamento dos juros 12.1 1 250,00
6 1 mar N+2 Juros do período 69.1.1 416,70
Juros do período anterior 27.2.2 833,30
7 31 ago N+2 Pagamento dos juros 69.1.1 12.1 1 250,00
8 31 dez N+2 Reclassificação corrente 25.1.1.1.2 25.1.1.1.1 50 000,00
9 31 dez N+2 Juros do período 69.1.1 27.2.2 833,30
Pagamento dos juros 12.1 1 250,00
10 1 mar N+3 Juros do período 69.1.1 416,70
Juros do período anterior 27.2.2 833,30
11 Pagamento dos juros 69.11 12.1 1 250,00
31 ago N+3
12 Reembolso de capital 25.1.1.1.1 12.1 50 000,00
Questão:
Pretende-se o reconhecimento destas operações sobre o banco Norte.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 26 dez N Renda do escritório 28.1 12.1 6 000
2 29 dez N Pagamento de salários 23.1.2 12.1 15 000
3 30 dez N Juros do descoberto bancário 69.1.1 12.1 25
4 31 dez N Reclassificação do descoberto 12.1 25.1.2.1 13 025
Nota: Descoberto bancário = saldo inicial – pagamentos = 8 000 – (6 000 + 15 000 + 25) = -13 025 €
Suprimentos
São empréstimos efetuados pelos sócios/acionistas à empresa, ficando esta obrigada a
restituir o empréstimo. Neste tipo de empréstimo pode haver ou não pagamento de juros.
O CSC estabelece as características deste contrato (Capítulo IV – Contrato de suprimento),
das quais salientamos alguns aspetos:
• Estes empréstimos têm caráter de permanência, isto é, presumem-se superiores a
um ano
• Não depende de forma especial a validade do contrato de suprimento
• Os credores por suprimentos não podem declarar a falência da sociedade nessa base
• Os suprimentos só podem ser reembolsados depois dos outros credores sociais
• Não são permitidas garantias reais relativas ao reembolso de suprimentos
• Podem ser utilizados para aumentos de capital social
Questão:
Pretende-se a contabilização, no diário de Alfa, Lda., das operações acima descritas
referentes ao ano N.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Locação financeira
O contrato de locação financeira (ou de leasing) consiste num contrato celebrado entre
o locador (empresa de leasing) e o locatário (cliente).
Emtermos
Em termosesquemáticos
esquemáticos
umum contrato
contrato de leasing
de leasing envolve
envolve três entidades:
três entidades:
locatário
• o o locatário– –a aentidade
entidade que
que pretende
pretende adquirir o uso
adquirir de um
o uso dadodado
de um bem bem
(por exemplo
(por exemplo
uma viatura marca x, com as características
uma viatura marca x, com as características xpto); xpto)
o vendedor – entidade que vende esse tipo de bens – o stand da marca pretendida
vendedor
• o o locador –– entidade que vendeque
entidade financeira esse tipo de
financia bens
essa – o stand
aquisição e fazdao marca pretendida;
pagamento à
entidade –vendedora
• o locador entidade financeira que financia essa aquisição e faz o pagamento à
entidade vendedora.
1) Escolhe o bem
Locatário Vendedor
Cliente 5) Entrega o bem escolhido, com contrato de dos bens
venda com o locador Fornecedor
2)
3) Indi
6) Con ca o
Contrato de
Pa tra be
o
leasing
aa
ga ta m
as o f a a
ag
ren ina dq
ep
da nci uir
am ir
r bem
s
en
to
ce e o
ne uir
do
for Adq
Locador
4)
Instituição financeira
Exemplos de situações que podem normalmente conduzir a que uma locação seja clas-
sificada como uma locação financeira são:
(a) A locação transfere a propriedade do ativo para o locatário no fim do prazo da
locação;
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
(b) O locatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera que seja
suficientemente mais baixo do que o justo valor à data em que a opção se torne
exercível tal que, no início da locação, seja razoavelmente certo que a opção será
exercida;
(c) O prazo da locação abrange a maior parte da vida económica do ativo, ainda que o
título de propriedade não seja transferido;
(d) No início da locação, o valor presente dos pagamentos mínimos da locação ascende
a pelo menos, substancialmente, todo o justo valor do ativo locado; e
(e) Os ativos locados são de uma tal natureza especializada que apenas o locatário os
pode usar sem que sejam feitas grandes modificações.
Em termos de síntese, pode-se estabelecer uma comparação dos critérios utilizados para
a referida classificação:
113 - Consideramos que a expressão se refere ao justo valor do valor residual do ativo no final do contratado, ou
seja, o valor convencionado para a sua transferência no fim do contrato.
860 Contabilidade Financeira Explicada
Contrato A Contrato B
• Data de início do contrato 2/1/N • Data de início do contrato 2/1/N
• Período de duração do contrato: 4 anos • Período de duração do contrato: 1 ano
• Valor do bem: 30 000 € • Valor do bem: 30 000 €
• Rendas: 48 rendas mensais e iguais a 644,82 € • Rendas: 12 rendas mensais e iguais de 800 €
• Não existe opção de compra • Valor residual no fim do contrato: 28 000 €
• Seguro e manutenção por conta do locatário • Seguro e manutenção por conta do locador
• Período de vida útil do bem: 4 anos • Período de vida útil do bem: 4 anos
Questão:
Identifique a natureza da locação no contrato A e contrato B.
Resposta:
Contrato B:
ð Locação Operacional
• O prazo de locação não abrange uma grande parte da vida económica do bem;
• Existe opção de compra, mas por um valor que excede o valor de mercado do
ativo,
Situação pelo que
particular dosnão é expectável
terrenos que o locatário exerça a opção;
e edifícios
• Os riscos associados ao ativo mantêm-se na esfera do locador.
AsSituação
locaçõesparticular dos terrenos
de terrenos e edifíciose edifícios
são classificadas como locações operacionais ou
financeiras
Situação da mesmados
particular maneira que aselocações
terrenos edifíciosde outros ativos.
As locações de terrenos e edifícios são classificadas como locações operacionais ou
AsAfinanceiras
locações da mesma
de
norma estabelece maneira
terrenos
que uma que as locações
e edifícios
locação de de outros
sãoterrenos
classificadas ativos.
como
e edifícios sejalocações
analisadaoperacionais
consoante ou
financeiras,
cada uma da mesma
das suas maneira
partes, que as locações
terrenos de outros
e edifícios, comativos.
cada item a ser tratado
A norma estabelece que uma locação de terrenos e edifícios seja analisada consoante
independentemente, a não ser que esteja definido que a posse de ambos os ativos é
A norma
cada umaestabelece
das suasquepartes,
uma locação
terrenosdeeterrenos
edifícios,e edifícios
com cadaseja analisada
item a ser consoante
tratado cada
transferida para o locatário no fim do contrato. Esta eventual separação dos terrenos e
uma das suas partes, terrenos
independentemente, a não eser
edifícios,
que estejacom cada item
definido que a aposse
ser tratado
de ambos independentemente,
os ativos é
a nãoedifícios
ser que justifica-se
esteja
transferida
devido à característica da vida útil económica dos terrenos ser
paradefinido
o locatárioque a posse
no fim de ambos
do contrato. Estaos ativosseparação
eventual é transferida para o elocatário
dos terrenos
indefinida:
no fimedifícios
do contrato. Estadevido
justifica-se eventual separação da
à característica dosvida
terrenos e edifícios
útil económica dosjustifica-se
terrenos serdevido à
característica de a vida útil económica dos terrenos
indefinida: ser indefinida:
A propriedade
Locação
passa para o
A propriedade financeira
locatário Locação
Terreno passa para o
financeira
locatário
A propriedade
Locação com as Terreno não passa para o
Locação
caraterísticas A propriedade operacional
Locação com as locatário Locação
gerais de locação não passa para o
caraterísticas operacional
financeira locatário
gerais de locação
financeira Edíficio Locação
financeira
Locação
Edifício
financeira
Figura n.º 5.153 ‐ Contrato de leasing de terrenos e edifícios
Figura n.ºn.º5.153
Figura 5.153-‐ Contrato
Contrato dede leasing
leasing de terrenos
de terrenos e edifícios
e edifícios
Reconhecimento e mensuração
Reconhecimento e mensuração
Reconhecimento e mensuração
Conforme a locação seja classificada de operacional ou financeira decorre um
Conforme
Conformeacontabilístico
tratamento alocação
locaçãoseja classificada
seja classificadadedeoperacional
distinto: operacional ou
ou financeira, decorreumum trata-
financeira decorre
mento contabilístico distinto:
tratamento contabilístico distinto:
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação pela Comercial, SA (primeira renda).
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 1 dez N Renda do mês de dezembro 62.6.1 12.1 1 000
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação pela Industrial, SA.
114 - O IVA do contrato segue as regras gerais de dedução. Tratando-se de viaturas ligeiras de passageiros, o IVA
incluído nas rendas é suportado pelo locatário, devido à atividade da empresa.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos à ordem 12.1 - Banco X
IVA dedutível em outros bens e serviços 24.3.2.3.3 - Taxa normal
Gastos diferidos 28.1 – Gastos a reconhecer – Rendas
Rendas locação operacional 62.6.1 – Rendas e alugueres
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Pagamento do contrato 12.1 7 380
1 1 dez N Rendas a reconhecer 28.1 6 000
IVA dedutível 24.3.2.3.3 1 380
2 31 dez N Renda de dezembro 62.6.1 28.1 1 000
3 31 jan N+1 Renda de janeiro 62.6.1 28.1 1 000
4 28 fev N+1 Renda de fevereiro 62.6.1 28.1 1 000
5 31 mar N+1 Renda de março 62.6.1 28.1 1 000
6 30 abr N+1 Renda de abril 62.6.1 28.1 1 000
7 31 mai N+1 Renda de maio 62.6.1 28.1 1 000
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação pela Trabalho, SA.
864 Contabilidade Financeira Explicada
Resposta:
1) Cálculos de apoio
a) Este contrato cumpre os requisitos de contrato de locação financeira porque:
• A locação transfere substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à
propriedade;
• A locação transfere a propriedade do ativo para o locatário no fim do prazo da
locação;
• O locatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera que seja
suficientemente mais baixo do que o justo valor à data em que a opção se torne
exercível;
• É razoavelmente certo que a opção será exercida;
• O prazo da locação abrange a maior parte da vida económica do ativo;
• No início da locação, o valor presente dos pagamentos mínimos da locação
ascende a, pelo menos, ao justo valor do ativo locado;
• Os ativos locados são de uma tal natureza especializada que apenas o locatário
os pode usar sem que sejam feitas grandes modificações.
b) Determinar a quantia a registar no ativo: a quantia menor entre o justo valor do
ativo e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação.
• Justo valor do equipamento = 100 000 € (a quantia menor)
• VAL = 103 083,75 = 22 000/1,051 + 22 000/1,052 + 22 000/1,053 + 22
000/1,054 + 32 000/1,055
c) Calcular a taxa efetiva da locação (a taxa que desconta os fluxos financeiros asso-
ciados ao investimento). Para este cálculo utiza-se a taxa interna de rentabilidade
(TIR):
Valor nominal Renda Renda 2.º Renda 3.º Renda 4.º Renda 5.º
do contrato 1.º Ano Ano Ano Ano Ano
TIR = 6,05% 100 000 22 000 22 000 22 000 22 000 32 000
2) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
Depósitos à ordem 12.1 - Banco X
IVA dedutível (a) 24.3.2.2.3 - Investimento – taxa normal
Locação 25.1.3 - Locações financeiras
Investimentos 43.3 - Equipamento básico
Depreciações acumuladas 43.8.3 - Equipamento básico
Depreciações 64.2.3 - Equipamento básico
Juros de financiamento 69.1.1 – Juros de financiamentos obtidos
a) Aplicou-se o principio da substancia sobre a forma, considerando a operação como um investimento
(perspetiva do SNC). Nesse sentido considerou-se o IVA como dedutível de investimento. O código de
IVA trata o contrato de locação como uma prestação de serviços da locadora à locatária, sendo o respetivo
IVA dedutível de outros bens e serviços.
3) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 1 jan N Contrato de leasing 43.3 25.1.3 100 000,00
Renda do 1.º ano 12.1 27 060,00
Amortização do capital 25.1.3 15 949,60
2
31 dez N IVA dedutível 24.3.2.2.3 5 060,00
Encargo financeiro 69.1.1 6 050,40
3 Depreciação (a) 64.2.3 43.8.3 12 500,00
Renda do 2.º ano 12.1 27 060,00
Amortização do capital 25.1.3 16 914,60
4
31 dez N+1 IVA dedutível 24.3.2.2.3 5 060,00
Encargo financeiro 69.1.1 5 085,40
5 Depreciação 64.2.3 43.8.3 12 500,00
Renda do 3.º ano 12.1 27 060,00
Amortização do capital 25.1.3 17 938,00
6
31 dez N+2 IVA dedutível 24.3.2.2.3 5 060,00
Encargo financeiro 69.1.1 4 062,00
7 Depreciação 64.2.3 43.8.3 12 500,00
Renda do 4.º ano 12.1 27 060,00
Amortização do capital 25.1.3 19 023,40
8
31 dez N+3 IVA dedutível 24.3.2.2.3 5 060,00
Encargo financeiro 69.1.1 2 976,60
9 Depreciação 64.2.3 43.8.3 12 500,00
Renda do 5.º ano c/ opção de compra 12.1 39 360,00
Amortização do capital 25.1.3 30 174,30
10
31 dez N+4 IVA dedutível 24.3.2.2.3 7 360,00
Encargo financeiro 69.1.1 1 825,70
11 Depreciação 64.2.3 43.8.3 12 500,00
a) Depreciação = 100 000 / 8 anos
866 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação, incluindo a 1.ª renda na Industrial, SA.
Resposta:
1) Cálculos de apoio
Valor do contrato: 100 000 €; Taxa 5%, Prestação anual (postecipada) = 8 024,26 €
Amortização de
Períodos Qauntia em dívida Prestação Juros
capital
1 100 000,00 8 024,26 € 5 000,00 3 024,26
2 96 975,74 8 024,26 € 4 848,79 3 175,47
3 93 800,27 8 024,26 € 4 690,01 3 334,25
4 90 466,02 8 024,26 € 4 523,30 3 500,96
5 86 965,07 8 024,26 € 4 348,25 3 676,01
6 83 289,06 8 024,26 € 4 164,45 3 859,81
7 79 429,26 8 024,26 € 3 971,46 4 052,80
8 75 376,46 8 024,26 € 3 768,82 4 255,44
9 71 121,02 8 024,26 € 3 556,05 4 468,21
10 66 652,82 8 024,26 € 3 332,64 4 691,62
11 61 961,20 8 024,26 € 3 098,06 4 926,20
12 57 035,00 8 024,26 € 2 851,75 5 172,51
13 51 862,49 8 024,26 € 2 593,12 5 431,13
14 46 431,36 8 024,26 € 2 321,57 5 702,69
15 40 728,67 8 024,26 € 2 036,43 5 987,83
16 34 740,84 8 024,26 € 1 737,04 6 287,22
17 28 453,62 8 024,26 € 1 422,68 6 601,58
18 21 852,05 8 024,26 € 1 092,60 6 931,66
19 14 920,39 8 024,26 € 746,02 7 278,24
20 7 642,15 8 024,26 € 382,11 7 642,15
868 Contabilidade Financeira Explicada
2) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Venda do equipamento 12.1 100 000,00
Abate do edifício 43.2 130 000,00
1
1 jan N Depreciações acumuladas 43.8 40 000,00
Ganho na alienação (a diferir) 28.2 10 000,00
2 Contrato leasing 43.2 25.1.3 100 000,00
Renda do 1º ano 12.1 9 869,83
Amortização de capital 25.1.3 3 024,26
3
31 dez N Juros 69.1.8 5 000,00
IVA dedutível 24.3.2.2.3 1.845.57
4 Ganho na alienação (a) 28.2 78.7.1 500,00
Nota a) 10 000 / 20 (anos do contrato) = 500
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação, incluindo o primeiro pagamento de juros
e a amortização do empréstimo.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Emissão e subscrição do empréstimo 27.7 25.2.1 1 000 000
30 mar N
2 Realização (liberação) 12.1 27.7 1 000 000
3 31 dez N Juros do período (a) 69.1.1 27.2.2 30 000
Pagamento de juros 12.1 40 000
4 30 mar N+1 Juros do período anterior 27.2.2 30 000
Juros do período 69.1.1 10 000
--- --- ---
Amortização do empréstimo 25.2.1 27.7 1 000 000
n 30 mar N+4
Reembolso 27.7 12.1 1 000 000
Factoring
a) 1 000 000 x 4% / 12 x 9 = 30 000 €
O factoring
Factoringé uma modalidade de financiamento que consiste na tomada de créditos a
curto prazo por uma instituição financeira (fator ou factoring), créditos esses cedidos
O factoring é uma modalidade de financiamento que consiste na tomada de créditos
pelos fornecedores de bens ou serviços (aderentes) sobre os seus clientes
a curto prazo por uma instituição financeira (fator ou factoring), créditos esses cedidos
(devedores). Destadeforma
pelos fornecedores asserviços
bens ou empresas antecipam
(aderentes) sobrea os
cobrança dos (devedores).
seus clientes seus clientesDesta
dispondo
forma as de recursosantecipam
empresas que lhe permitam fazer
a cobrança face
dos às clientes
seus suas necessidades
dispondo dede curto prazo.
recursos que lhes
permitam fazer face às suas necessidades de curto prazo.
Esta modalidade de crédito pode assegurar o financiamento corrente substituindo
Esta
assim modalidade
o crédito de crédito pode assegurar o financiamento corrente, substituindo assim
de tesouraria.
o crédito de tesouraria.
Cede recursos financeiros
Fator (empresa
financeira)
•Faz vendas e adquire direitos de
crédito sobre clientes •Fazem compras ao
•Recebe os direitos de crédito aderente e contraem
•Emite as faturas e informa que
sobre os clientes (faturas) obrigações de pagar
devem ser pagas ao fator
•Cede o direito dos créditos ao •Dá um adiantamento ao
fator (remete as faturas para o aderente •Fazem os pagamentos
fator) ao fator que emite os
•Faz as cobranças aos devedores
recibos
•Recebe o adiantamento do fator •Emite os recibos e envia para o
aderente Devedores
Aderente (clientes do
(empresa financiada) aderente)
Figura
Figura n.º n.º 5.157
5.157 - Factoring
‐ Factoring
As modalidades mais usuais são o factoring com recurso (ou com direito de regresso)
e factoring sem recurso (ou sem direito de regresso).
Direito de regresso consiste no direito que o fator tem de ser ressarcido dos prejuízos
(empresa financiada)
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Cede direitos como Pagamento do
contrapartida do crédito crédito obtido ao
Capítulo 5 – Operações empresariais fator 871
Figura n.º 5.157 ‐ Factoring
As modalidades mais usuais são o factoring com recurso (ou com direito de regresso)
e factoring
As sem recurso
modalidades (ou sem
mais usuais o factoring
sãodireito de regresso).
com recurso (ou com direito de regresso)
e factoring sem recurso (ou sem direito de regresso).
Direito de regresso consiste no direito que o fator tem de ser ressarcido dos prejuízos
Direito de regresso
resultantes consiste
da não cobrança dosno direitocedidos.
créditos que o fator tem de ser ressarcido dos prejuízos
resultantes da não cobrança dos créditos cedidos.
O aderente cede os direitos e riscos
de crédito
Sem recurso
‐ Recebe adiantamento
‐ Desreconhece os clientes
Factoring
O aderente cede os direitos, mas
mantém o risco do crédito
Com recurso
‐ Recebe adiantamento
‐ Reconhece financiamento
No factoring com recurso (ou com direito de regresso) a empresa aderente beneficia
do serviço de gestão e cobrança dos créditos, podendo também optar pelo financiamento
da carteira de créditos cedida.
O fator tem o direito de regresso sobre o aderente, relativamente aos créditos tomados
que não sejam pagos pelos devedores. Nesta modalidade o risco de incumprimento por parte
dos clientes mantém-se na empresa aderente. Esta operação é tratada como uma operação
de financiamento, mantendo-se reconhecidos os devedores (clientes) na contabilidade do
aderente.
Na modalidade de factoring sem recurso (ou sem direito de regresso), a empresa ade-
rente beneficia do serviço de gestão e cobrança dos créditos, bem como da cobertura dos
riscos de insolvência e/ou incumprimento por parte dos devedores, podendo ainda optar
pela antecipação de fundos. Esta operação deve ser reconhecida como venda de créditos.
Em 3 de janeiro de N, a Factoring fez uma entrega de 120 000 € à Vendas Altas, SA,
no âmbito do contrato de factoring.
872 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação, considerando um contrato de factoring
com recurso.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Recebimento da quantia 12.1 25.1.4 120 000,00
3 jan N
2 Reclassificação dos clientes 21.3.x 21.1.1.x 160 000,00
3 Recebimento da quantia 12.1 25.1.4 40 000,00
Encargos com o factoring 69.1.1 4 800,00
4 Outros encargos 69.8.1 200,00
Pagamento 12.1 5 000,00
30 dez N
5 Pela cobrança 25.1.4 21.3.x 100 000,00
6 Créditos cobrança duvidosa 21.1.1.x 21.3.x 20 000,00
7 Reclassificação clientes 21.7.x 21.1.1.x 20 000,00
8 Perdas por imparidade 65.1.1 21.9 20 000,00
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pretende-se a contabilização desta operação, considerando um contrato de factoring
sem recurso.
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Recebimento da quantia 12.1 95 800,00
Encargos com o factoring 69.1.1 4 000,00
1 3 jan N
Outros encargos 69.8.1 200,00
Créditos cedidos 21.1.1.x 100 000,00
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CAPÍTULO 6
OPERAÇÕES PERIÓDICAS
DE APURAMENTO
• Apuramentos periódicos
Objetivo Metodologia para: • Preparação de documentos contabilísticos
• Prestação de contas
INTRODUÇÃO
Ao longo de cada período as entidades têm um conjunto de obrigações, quer de natureza
societária, quer de natureza tributária, entre outras, para as quais têm que produzir a infor-
mação adequada. Em regra, a necessidade desta informação repete-se periodicamente, em
ciclos anuais, mensais ou com outra periodicidade. A produção de alguma desta informação
carece de operações de natureza contabilística e calculatória (apuramento).
Existem operações que servem para apurar impostos a entregar ao Estado (autoliquida-
ção), preenchimento das declarações fiscais e outras, designadamente para o apuramento
dos resultados e posterior preparação das demonstrações financeiras.
Ao longo do capítulo 5 abordámos diversos aspetos do reconhecimento contabilístico
das operações. Neste capítulo centramo-nos nos outputs contabilísticos relevantes para as
operações periódicas de apuramento. Os documentos de suporte mais comuns para estas
operações são os balancetes por conta, do razão geral ou balancetes analíticos.
Neste capítulo incluem-se os temas apuramento do IVA (tema A), o tema B, onde se
apresenta o apuramento dos resultados do período, e o apuramento do IRC no tema C.
Para finalizar este capítulo, expomos, de uma forma sintética, o processo de preparação e
apresentação dos documentos de prestação de contas (tema D).
Este trabalho pode e deve ser efetuado sempre que o órgão de gestão da empresa necessite
de informação ao longo do período contabilístico. A informação que os dados contabilís-
ticos proporcionam nas suas demonstrações financeiras e outros mapas complementares
são uma ferramenta essencial para os processos de decisão.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
A. APURAMENTO DO IVA
Assuntos tratados
– Apuramento do IVA
– Esquema de apuramento do IVA
– IVA a pagar/a recuperar
– Reembolsos
– Liquidações oficiosas
Enquadramento
– Código do IVA
Contas
– 12 – Depósitos à ordem
– 24 – Estado e outros entes públicos
– 68 – Outros gastos
enquadradas como sujeitos passivos de IVA têm vários tipos de obrigações impostas
pelo código do IVA, entre elas, as obrigações contabilísticas45. Estas obrigações
definem
878
como proceder ao registo do imposto nas várias subcontas (24.3) tendo em
Contabilidade Financeira Explicada
atenção a sua natureza, visando o cálculo do imposto e o posterior preenchimento da
declaração periódica do IVA.
1 – Enquadramento do tema
O regime geral de periodicidade do IVA poderá ser mensal ou trimestral. Enquadram-
Referimos anteriormente no capítulo 5 – Operações empresariais que as entidades
se no regime mensal os sujeitos passivos que apresentam no ano anterior um volume
enquadradas como sujeitos passivos de IVA têm vários tipos de obrigações impostas pelo
de Código
negócios igualentre
do IVA, ou elas,
superior a 650.000
as obrigações euros 115(valores
contabilísticas atualmente
. Estas obrigações definememcomo
vigor).
Enquadram-se no regime
proceder ao registo trimestral,
do imposto nas váriasossubcontas
contribuintes comemum
(24.3) tendo volume
atenção a suade negócios
natureza,
inferior àquele valor, podendo estes se assim o entenderem, optar pelo regime IVA.
visando o cálculo do imposto e o posterior preenchimento da declaração periódica do mensal.
Coexistem comgeral
O regime estes regimes outras
de periodicidade do IVAsituações
poderá ser particulares que não
mensal ou trimestral. serão aqui
Enquadram-
-se no
abordadas. regime mensal os sujeitos passivos que apresentam no ano anterior um volume de
negócios igual ou superior a 650 000 euros (valores atualmente em vigor). Enquadram-se
no regime trimestral os contribuintes com um volume de negócios inferior àquele valor,
O regime
podendonormal doassim
estes, se IVA oobriga as empresas
entenderem, à apresentação
optar pelo da Coexistem
regime mensal. declaraçãocom
periódica
estes e
respetivo
regimespagamento, caso
outras situações haja lugar,
particulares em serão
que não datasaqui
distintas. No regime mensal estas
abordadas.
obrigações decorrem
O regime normalaté
do ao
IVAdiaobriga
10 doas 2º mês seguinte
empresas ao período
à apresentação respetivo.
da declaração No regime
periódica e
trimestral
respetivodecorrem
pagamento,até
casoao
hajadia 15emdo
lugar, 2ºdistintas.
datas mês seguinte
No regimedo respetivo
mensal, período.
estas obriga-
ções decorrem até ao dia 10 do 2º mês seguinte ao período respetivo. No regime trimestral
Esquematicamente:
decorrem até ao dia 15 do 2º mês seguinte do respetivo período. Esquematicamente:
N‐1 N
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai ‐‐‐
Mensal
Trimestral
Período do apuramento
Mês de entrega / pagamento
Figura
Figuran.º
n.º6.1
6.1–– Apuramento
Apuramento eeentrega
entregadada declaração
declaração do IVA
do IVA
Exemplo
Exemplo
Considere
Considere queque entidade
entidade A tem
A tem de de apresentar
apresentar a 1ªa declaração
1ª declaração periódica
periódica do ano
do ano N eNe
enquadra-se:
enquadra‐se:
a) a) Regime
Regime normal
normal mensal:
mensal:
a. Apresenta
a. Apresenta a 1ª declaração
a 1ª declaração até ao diaaté aomarço
10 de dia 10dedeN, março deàsN,
referente referente
operações e às
operações
respetivo e respetivo
apuramento do mêsapuramento
de janeiro dedoNmês de janeiro de N
b) Regime normal trimestral
b) Regime normal trimestral
b. Apresenta a 1ª declaração até ao dia 15 de maio de N, referente às operações e
respetivo apuramento do 1º trimestre de N (janeiro, fevereiro e março)
===//===
45
As obrigações contabilísticas encontram-se definidas no artigo 44.º CIVA e artigo 32.º no Regime do
IVA nas transações intracomunitárias.
115 - As obrigações contabilísticas encontram-se definidas no artigo 44.º do CIVA e no artigo 32.º do Regime do
IVA nas transações intracomunitárias.
812
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
116 - Os balancetes de verificação são utilizados para conferência dos movimentos e saldos das contas no sentido
de detetar eventuais erros ou omissões. Desta forma, pode-se proceder às correções antes da utilização dessa informação
para outros efeitos.
880 Contabilidade Financeira Explicada
A conta 24.3.7 – IVA a recuperar recebe a débito por transferência o saldo devedor da
conta 24.3.5. Esta quantia representa o crédito de imposto da empresa sobre o Estado em
determinado período. O crédito de imposto a recuperar reporta para o período seguinte
ou é solicitado reembolso ao Estado.
117 - Sempre que uma entidade não cumpre com determinadas obrigações legais, a Administração Tributária emite
uma liquidação oficiosa do imposto. No caso do IVA, cabe ao sujeito passivo a autoliquidação do imposto, assumindo
a liquidação oficiosa uma função corretiva.
882 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Pretende-se o apuramento do IVA do mês de março de N.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Elemento Classificação contabilística
IVA deduzido 24.3.2 – IVA – Dedutível
IVA liquidado 24.3.3 – IVA - Liquidado
Regularizações 24.3.4.1 – A favor da entidade
Regularizações 24.3.4.2 – A favor do Estado
Apuramento do imposto 24.3.5 – IVA – Apuramento
Transferência do valor a pagar 24.3.6 – IVA - A pagar
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Transferência de IVA a recuperar do período
1 24.3.5 24.3.7 3 000
anterior
Transferência imposto a favor da entidade 24.3.5 17 000
2 IVA dedutível 24.3.2 16 000
31 mar N IVA regularizações a favor da entidade 24.3.4.1 1 000
Transferência imposto a favor do Estado 24.3.5 32 000
3 IVA liquidado 24.3.3 30 000
IVA regularizações a favor do Estado 24.3.4.2 2 000
4 IVA a pagar 24.3.5 24.3.6 12 000
Questão:
Pretende-se o registo do pedido de reembolso.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Pedido do reembolso 24.3.8 24.3.7 30 000
2 IVA reembolsado 12.1 24.3.8 30 000
Uma liquidação oficiosa pode ser originada por falta de apresentação da declaração
periódica do imposto no prazo estabelecido pela lei ou pela retificação da declaração apre-
sentada pelo contribuinte.
A liquidação oficiosa é anulada nos casos em que o sujeito passivo apresenta a declaração
em falta, no prazo definido, ou em que os serviços corrijam a liquidação com base nos
elementos recolhidos em procedimentos de inspeção tributária ou outros.
No caso da receção e posterior anulação da liquidação oficiosa, deverão fazer-se os
seguintes movimentos contabilísticos:
24.3.6 - IVA a pagar 24.3.9 - IVA liquidações oficiosas 24.3.6 - IVA a pagar
Quantia Quantia Quantia Quantia
liquidada (1) liquidada (1) liquidada (2) liquidada (2)
Questão:
Pretende-se a contabilização desta liquidação oficiosa e envio da declaração em falta.
Resposta:
Dado que foi enviada a declaração em falta, é anulada a liquidação oficiosa.
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 3 mai N Liquidação oficiosa 24.3.9 24.3.6.2 8 000
2 5 jun N Entrega da declaração em falta (a) 24.3.6.2 24.3.9 8 000
Nota a) Paralelamente a estes movimentos, são realizadas as operações normais de apuramento do IVA,
aqui não registadas
===//===
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Questão:
Pretende-se a contabilização desta liquidação oficiosa e o respetivo pagamento.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 3 mai N Liquidação oficiosa 24.3.9 24.3.6.2 8 000
2 5 jun N Pagamento da liquidação oficiosa 24.3.6.2 12.1 8 000
===//===
Posteriormente, após a entrega da declaração em falta, deverá ser feito o encontro entre
a quantia paga e a apurada, sendo eventuais diferenças evidenciadas em IVA a pagar ou a
recuperar.
886 Contabilidade Financeira Explicada
Questão:
Pretende-se a contabilização desta liquidação oficiosa e envio da declaração em falta,
admitindo que a quantia paga pode ser utilizada para compensação do IVA liquidado.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 3 mai N Liquidação oficiosa 24.3.9 24.3.6.2 8 000
2 5 jun N Pagamento da liquidação oficiosa 24.3.6.2 12.1 8 000
3 Envio da declaração em falta 24.3.5 24.3.6.1 10 000
4 3 ago N Compensação do IVA pago 24.3.6.1 24.3.9 8 000
5 Pagamento diferença 24.3.6.1 12.1 2 000
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Caso o valor pago em sede de liquidação oficiosa seja inferior ao IVA apurado no pe-
ríodo em falta, é deduzida à quantia a pagar e constituído um crédito a favor da empresa:
Questão:
Pretende-se a contabilização desta liquidação oficiosa e envio da declaração em falta,
admitindo que a quantia paga pode ser utilizada para compensação do IVA liquidado.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 3 mai N Liquidação oficiosa 24.3.9 24.3.6.2 8 000
2 5 jun N Pagamento da liquidação oficiosa 24.3.6.2 12.1 8 000
3 Envio da declaração em falta 24.3.5 24.3.6.1 7 500
Compensação do IVA pago 24.3.9 8 000
3 ago N
4 IVA a pagar (declaração) 24.3.6.1 7 500
Remanescente a recuperar 24.3.7 500
===//===
Questão:
Pretende-se a contabilização desta liquidação oficiosa, admitindo que a quantia paga
não pode ser utilizada para compensação do IVA liquidado.
Resposta:
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 3 mai N Liquidação oficiosa 24.3.9 24.3.6.2 8 000
2 Pagamento da liquidação oficiosa 24.3.6.2 12.1 8 000
5 jun N
3 Gasto de imposto 68.1.2 24.3.9 8 000
890 Contabilidade Financeira Explicada
B. APURAMENTO DE RESULTADOS
Assuntos tratados
– Operações de fim de período
– Imposto estimado
– Apuramento do resultado líquido do período
– Encerramento das contas
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 25 – Impostos sobre o rendimento
Contas
– 24 Estado e outros entes públicos
– 81 Resultado líquido do período
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
1 – Enquadramento do tema
O ciclo de vida das empresas é dividido por períodos contabilísticos que são coinci-
dentes geralmente com o ano civil, embora existam empresas cujo período contabilístico
é diferente. No final de cada período contabilístico há que proceder a um conjunto de
operações denominadas operações de fim de período, com vista à obtenção do apuramento
dos resultados e da preparação e apresentação das demonstrações financeiras.
O balancete de verificação à data do final do período contabilístico (ex: 31/12/N) ex-
pressa os valores contabilísticos (acumulados) das contas e é a partir deste balancete que se
iniciam as operações de fim de período. De entre estas operações relevam-se:
• A conferência de saldos no sentido de assegurar a plenitude e a representação fide-
digna das operações
• Eventuais correções de erros (e omissões) detetados na conferência
• Operações específicas do fim do período
• Apuramento de resultados
• Preparação das demonstrações financeiras
Operação Comentário
– Procedimentos de conferência com vista a confirmar a existência dos
Inventário e conferência física bens patrimoniais e o seu registo
e/ou documental dos elementos – Determinar o custo das mercadorias vendidas e das matérias consu-
patrimoniais midas (sistema de inventário intermitente)
– Determinar a variação da produção dos inventários de produção
– Proceder aos lançamentos de retificação e/ou regularização sempre
Regularização das contas que os valores reais dos inventários apresentem diferenças dos valores
contabilísticos (caixa, depósitos, quebras ou sobras de stocks, etc.)
– Reconhecer as depreciações e amortizações conforme a política
Depreciações e amortizações
contabilística adotada
– Registar as diferenças entre as quantias escrituradas e os seus valores
Imparidades recuperáveis. Registar as reversões quando deixem de se verificar as
razões que deram origem às imparidades
– Verificar se existem responsabilidades que à data do balanço tenham
Provisões natureza claramente definida e cuja ocorrência seja certa ou provável,
mas cuja data ou valor sejam incertos de ocorrer
– Reconhecer os gastos e rendimentos no período a que lhes dizem
Acréscimos e diferimentos de
respeito, independentemente do seu pagamento ou recebimento, no
rendimentos e gastos
cumprimento do regime de acréscimo ou da periodização económica
– Reconhecer as diferenças positivas ou negativas resultantes da
Ajustamentos de justo valor comparação entre os valores de mercado de referência e as quantias
escrituradas e realizar os respetivos ajustamentos
– Reconhecer as diferenças positivas ou negativas resultantes da compa-
Ajustamentos por diferenças
ração entre as taxas de câmbio a aplicar e as utilizadas para mensurar
cambiais
os ativos e passivos
– Reconhecer as diferenças positivas ou negativas resultantes das va-
Ajustamentos do MEP
riações de elementos do capital próprio das entidades participadas
– Elaborar o balancete retificado que reflita todas as operações ante-
Balancete retificado
riores
– Transferir os saldos das subcontas de gastos e rendimentos para a
Lançamentos de apuramentos
conta de resultados
de resultados
– Estimar o imposto de acordo com as regras do IRC em vigor
Demonstração dos resultados, – Elaborar as demonstrações financeiras com base nos saldos das contas
de fluxos de caixa e anexo relevantes para a respetiva demonstração
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Operação Comentário
Balancete final ou de encerra-
– Elaborar o balancete final após o apuramento dos resultados
mento
Balanço, demonstração das
– Elaborar as demonstrações financeiras com base nos saldos das contas
alterações no capital próprio
relevantes para a respetiva demonstração
e anexo
– Operação onde se saldam todas as contas através de um lançamento
composto. Após esta operação todas as contas ficam com saldo 0
Fecho de contas e reabertura
(zero).
no início do período seguinte
– No início do período seguinte, as contas (de balanço) são reabertas
com os mesmos saldos que evidenciavam antes do encerramento
Quadro n.º 6.2 – Operações de fim de período
Subconta Comentários
– Estas contas destinam-se a concentrar no final do período
81.1 Resultado antes de impostos os gastos (classe 6) e rendimentos (classe 7) registados ao
longo do período contabilístico
81.2 Imposto sobre o rendimento do período – Agrega a informação do imposto corrente e do imposto
(tema C do atual capítulo) diferido
– Regista o gasto do imposto corrente que corresponde
81.2.1 Imposto estimado para o período ao imposto apurado após as correções fiscais por con-
trapartida da conta 24.1 – Imposto sobre o rendimento
– Regista o rendimento ou o gasto de imposto diferido
81.2.2 Imposto diferido apurado através das diferenças entre as bases contabilís-
ticas e as fiscais
– Regista os saldos das contas 81.1, 81.2.1 e 81.2.2 apuran-
81.8 Resultado líquido do o resultado a divulgar na demonstração dos resultados
e no balanço
– Esta conta regista os dividendos antecipados atribuídos
89 Dividendos antecipados no decurso do exercício, nos termos legais e estatutários,
por conta dos resultados desse exercício
Quadro n.º 6.3 – Conta 81 – Resultado líquido do período
894 Contabilidade Financeira Explicada
CMVMC
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com pessoal
Gastos Depreciações/amortizações
Provisões
Variação de produção (‐)
Gastos financeiros
Outros gastos
Nota a) O imposto estimado tem natureza devedora (conta 81.2.1), pelo que deduz ao resultado antes de
imposto. Contudo, os impostos diferidos (conta 81.2.2) podem ter natureza devedora ou credora, pelo
que tanto podem somar como deduzir ao resultado antes de imposto.
Figura n.º 6.5 – Apuramento dos resultados
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com) Contudo os impostos diferidos (conta 81.2.2) podem ter natureza devedora ou credora pelo que tanto podem
somar como deduzir ao resultado antes de imposto.
Figura n.º 6.5
Capítulo 6 – –Operações
Apuramento dos resultados
periódicas de apuramento 895
62 Fornecimentos e serviços
externos 72 Prestação de serviços
Saldo Saldo
Transferência (2) (2) (2) Transferência (2)
64 Gastos de depreciação e de
amortização 75 Subsídios à exploração
Saldo Transferência (4) (4) (4) Transferência (4) Saldo
Se crédito < débito Saldo devedor (prejuízo) Se crédito > débito Saldo credor (lucro)
Figura
Figura n.ºn.º
6.66.6 – Apuramento
– Apuramento dosdos resultados
resultados (contabilização)
(contabilização)
Após
Após aa transferência
transferência de saldos das
de saldos dascontas
contas66e e7,7,a aconta
conta81.1
81.1 – Resultados
– Resultados antes
antes dosdos
impostos
impostos pode pode evidenciar
evidenciar saldosaldo
credorcredor (os rendimentos
(os rendimentos excedemexcedem
os gastos),os gastos),
saldo saldo
devedor
(osdevedor (os rendimentos
rendimentos sãoaos
são inferiores inferiores aossaldo
gastos) ou gastos)
nulo ouquando
saldo nulo quandoa se
se verifica verifica a
igualdade
igualdade
entre entre rendimentos
rendimentos e gastos. e gastos.
Apurado o saldo da conta 81.1 – Resultados antes dos impostos, este deve ser transferido
Apurado
para o saldo
a conta 81.8 da conta
– Resultado 81.1 – Resultados antes dos impostos, este deve ser
líquido.
transferido para a conta 81.8 – Resultado líquido.
81.1 – Resultado antes de 81.1 – Resultado antes de
81.8 Resultado líquido
impostos impostos
81.1 – Resultado antes de impostos 81.8 Resultado líquido 81.1 – Resultado antes de impostos
Transferência Transferência
Saldo devedor (1) (1)
Saldo devedor Transferência
(1) (1) (1) (1) (1)Transferência (1)Saldo credor
Saldo credor
830
896 Contabilidade Financeira Explicada
Havendo lugar a impostos sobre o rendimento, estes também são transferidos para a
conta de resultados líquidos:
81.2.1 – Imposto estimado para
o período 81.8 Resultado líquido
O resultado líquido também reflete o efeito dos impostos diferidos (ativos e passivos),
tema não abordado neste livro.
Movimentos Saldos
Cód. Contas
Débito Crédito Devedor Credor
--- ---
61 CMVMC 316 000,00 24 000,00 292 000,00
62 Fornecimentos e serviços externos 65 000,00 512,00 64 488,00
63 Gastos com pessoal 81 600,00 81 600,00
64 Gastos de depreciação e de amortização 68 000,00 68 000,00
67 Provisões do período 6 941,00 6 941,00
68 Outros gastos 8 000,00 8 000,00
69 Gastos de financiamento 57 600,00 1 320,00 56 280,00
71 Vendas 48 000,00 676 400,00 628 400,00
72 Prestações de serviços 4 000,00 116 000,00 112 000,00
73 Variações nos inventários de produção 30 000,00 30 000,00
74 Trabalhos para a própria entidade 250 000,00 250 000,00
75 Subsídios à exploração 35 000,00 35 000,00
76 Reversões 280,00 280,00
78 Outros rendimentos 12 000,00 12 000,00
79 Juros, dividendos e out. rend. similares 800,00 800,00
--- ---
Total --- --- --- ---
Questão:
Pretende-se o apuramento dos resultados do ano N.
Resposta:
1) Classificação contabilística
2) Lançamento no diário
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
Apuramento dos resultados – transferência de gastos 81.1 577 309,00
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 61 292 000,00
Fornecimentos e serviços externos 62 64 488,00
Gastos com pessoal 63 81 600,00
1
Gastos de depreciação e de amortização 64 68 000,00
Provisões do período 67 6 941,00
Outros gastos 68 8 000,00
Gastos de financiamento 69 56 280,00
Apuramento dos resultados – transferência de rendimentos 81.1 1 068 480,00
Vendas 71 628 400,00
Dez N
Prestações de serviços 72 112 000,00
Variação de inventários de produção 73 30 000,00
2 Trabalhos para a própria entidade 74 250 000,00
Subsídios à exploração 75 35 000,00
Reversões 76 280,00
Outros rendimentos 78 12 000,00
Juros, dividendos e outros rendimentos similares 79 800,00
3 Estimativa do imposto (a) 81.2.1 24.1.3 122 792,75
Transferência do resultado antes de impostos 81.1 81.8 491 171,00
4
Transferência da estimativa de impostos 81.8 81.2.1 122 792,75
a) Saldo da conta 81.2 – Resultados antes de impostos x taxa de imposto = 491 171 x 25%
C. APURAMENTO DO IRC
Assuntos tratados
– Pagamentos por conta e pagamentos especiais por conta
– Retenções na fonte efetuadas por terceiros
Enquadramento
– Estrutura Conceptual
– NCRF 25 – Impostos sobre o rendimento
– Código do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas
Contas
– 24 Estado e outros entes públicos
– 81 Resultado líquido do período
900 Contabilidade Financeira Explicada
1 – Enquadramento do tema
A NCRF 25 – Impostos sobre o rendimento prescreve o tratamento contabilístico dos
impostos sobre o rendimento. O § 3 refere que: “… consideram-se impostos sobre o rendimento
todos os impostos no país e impostos estrangeiros que sejam baseados em lucros tributáveis, bem
como outros impostos tais como impostos por retenção (de dividendos)…”.
O IRC é o imposto suportado sobre os rendimentos das entidades e é apurado segundo
as regras estabelecidas no CIRC.
Na maioria das entidades existem diferenças entre o resultado apurado segundo as regras
e os princípios contabilísticos (resultado contabilístico) e o resultado fiscal que é apurado
conforme as regras do CIRC.
Estas diferenças devem-se essencialmente a dois motivos:
• Desfasamento temporal entre o reconhecimento na contabilidade e a aceitação
como gasto fiscal;
• Gastos considerados na contabilidade mas que fiscalmente, em parte ou na sua to-
talidade, não são aceites.
O IRC é um imposto autoliquidado, ou seja, compete a cada entidade apurar o seu mon-
tante. Para efeitos do apuramento do resultado líquido é necessário efetuar uma estimativa
do imposto, considerando as regras fiscais. Posteriormente, em sede de declaração fiscal o
imposto é liquidado com base nos resultados apurados na contabilidade (resultados antes
de impostos) aos quais se acrescem ou deduzem as correções fiscais, obtendo-se o lucro
tributável ou o prejuízo fiscal:
119 - A taxa geral de IRC para o ano de 2014 no continente é de 23%, sendo que para os primeiros 15 000 € de matéria cole-
tável a taxa é de 17% (para as entidades que exercem a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola).
120 - A taxa geral de derrama pode ascender a 1,50%.
ou a recuperar
Evidencia o montante a pagar, recebendo o saldo
24.1.6 Imposto a pagar
credor da conta 24.1.5
902 Contabilidade Recebe o saldo devedor da conta 24.1.5, evidenciando
24.1.7 Imposto a recuperar Financeira Explicada
o crédito sobre o Estado
Quadro n.º 6.4 ‐ Conta 24.1 Imposto sobre o rendimento
O apuramentodo
O apuramento doIRC
IRC pode
podesintetizar-se
sintetizar-senono
seguinte esquema:
seguinte esquema:
24.1.1 – Pagamentos por
conta e especial por conta 24.1.5 ‐ IRC apuramento 24.1.3 ‐ IRC estimado
Pagamentos Transferência Excesso (1) Estimativa (Si)
efetuados (1) (1) 24.1.4 ‐ IRC Liquidado
Insuficiência (2)
Transferência Imposto
Transferência
(3)
(3) estimado (3) Saldo
corrigido
As As operações
operações acima
acima referidas
referidas decorrem
decorrem em em momentos
momentos diferentes.
diferentes. HáHá obrigações
obrigações perió-
periódicas relacionadas com os pagamentos por conta e especiais por
dicas relacionadas com os pagamentos por conta e especiais por conta. As retenções conta. As
depen-
dem dosretenções
momentosdependem
em quedos
as momentos em que as
entidades colocam entidades colocam
à disposição à disposição
os rendimentos os
tributáveis.
rendimentos tributáveis.
A operação de estimativa do imposto faz parte dos procedimentos necessários à prestação
A operação
de contas, enquanto dea estimativa do imposto
autoliquidação faz parte
do imposto dos procedimentos
é realizada no âmbito danecessários
declaraçãoà para
efeitosprestação de contas, enquanto
fiscais. Esquematizam-se os adiversos
autoliquidação do imposto
momentos é realizado no
de cumprimento dasâmbito da
obrigações.
declaração para efeitos fiscais. Esquematiza-se os diversos momentos de cumprimento
das obrigações. Ano N Ano N+1
Pagamento por conta Pagamento por conta Pagamento por conta Declaração fiscal
Ano N Ano N+1
Pagamento especial por conta Pagamento especial por conta (Autoliquidação)
Pagamento por conta Pagamento por conta Pagamento por conta Declaração fiscal
Retenções efetuadas por terceiros (Autoliquidação)
Pagamento especial por conta
Estimativa de imposto
Pagamento especial por conta Imposto liquidado
Figuraefetuadas
Retenções n.º 6.9por–terceiros
Operações associadas ao IRC
Estimativa de imposto Imposto liquidado
Figura n.º 6.9 – Operações associadas ao IRC
Os pagamentos por conta são obrigações do CIRC e são calculados com base no im-
posto liquidado relativamente ao período de tributação anterior, deduzido das retenções
na fonte. Estes pagamentos têm natureza de adiantamento por conta do IRC ainda por
apurar,Os pagamentos
pelo por conta
que será deduzido nosão obrigações
imposto do No
a pagar. CIRC e são
caso calculados
de estes com base
pagamentos no
excederem
imposto liquidado relativamente ao período de tributação
o imposto a pagar, haverá lugar ao reembolso da diferença. anterior, deduzido das
Além dos pagamentos por conta, também está previsto no CIRC o pagamento especial
837
por conta (PEC), que tem como base o volume de negócios do ano anterior, caso exista.
Caso contrário, está estabelecido um valor mínimo. Estes montantes abatem à coleta, sendo
o valor não utilizado sujeito a determinadas regras.
As entidades obrigadas a efetuar pagamentos por conta e pagamentos especiais por
conta devem ainda efetuar o pagamento adicional por conta, nos casos em que no período
de tributação anterior fosse devida derrama estadual.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
O CIRC consigna os rendimentos que deverão ser objeto de retenção na fonte efetuada
por terceiros às empresas que os obtêm, como por exemplo as aplicações de depósitos a
prazo. Estas retenções são consideradas como pagamentos por conta e deduzidas ao paga-
mento do IRC do período.
A estimativa do imposto corrente tem como base o resultado apurado na contabilida-
de, corrigido segundo as regras fiscais. Este imposto estimado é contabilizado por forma a
apurar o resultado líquido do período. No ano seguinte ao da estimativa apura-se o imposto
liquidado. Quando existem diferenças entre o imposto estimado e o imposto liquidado,
constante nas declarações fiscais, deve ser feita a respetiva correção contabilística.
Se a estimativa excede o imposto liquidado, elimina-se esse excesso por crédito da conta
78.8.2 – Excesso de estimativa para impostos:
78.8.2 – Excesso de estimativa
para impostos 24.1.3 – Imposto estimado
Excesso de Excesso de
estimativa Estimativa
estimativa
Quando existem diferenças entre o imposto já pago e o imposto liquidado, poderá haver
direito ao reembolso ou a obrigação de pagamento.
Movimentos Saldos
Cód. Contas
Débito Crédito Devedor Credor
62.3.3 Material de escritório 1 630,00 0,00 1 630,00 0,00
62.4 Energia e fluidos 8 560,00 0,00 8 560,00 0,00
62.4.1 Eletricidade 2 980,00 0,00 2 980,00 0,00
62.4.2 Combustíveis 4 550,00 0,00 4 550,00 0,00
62.4.2.1 Gasolina 1 600,00 0,00 1 600,00 0,00
62.4.2.2 Gasóleo 2 950,00 0,00 2 950,00 0,00
62.4.3 Água 1 030,00 0,00 1 030,00 0,00
62.6 Serviços diversos 7 520,00 0,00 7 520,00 0,00
62.6.2 Comunicação 2 560,00 0,00 2 560,00 0,00
62.6.3 Seguros 2 760,00 0,00 2 760,00 0,00
62.6.3.1 Seguros de edifício e conteúdo 960,00 0,00 960,00 0,00
62.6.3.2 Seguro viaturas 1 800,00 0,00 1 800,00 0,00
62.6.3.2.1 Viatura ligeira de passageiros 1 200,00 0,00 1 200,00 0,00
62.6.3.2.2 Viatura de mercadorias 600,00 0,00 600,00 0,00
62.6.6 Despesas de representação 2 200,00 0,00 2 200,00 0,00
Totais --- --- --- --
Outras informações:
– A empresa efetuou pagamentos por conta no montante de 10 767 €.
– Não apresentou prejuízos fiscais em anos anteriores.
– Foi sujeita a retenções na fonte sobre rendimentos de juros de depósitos a prazo:
360 €.
– A empresa possui duas viaturas, uma das quais ligeira de passageiros (custo de aqui-
sição 34 000 €), a gasolina, com 4 anos de vida útil e depreciada pelo método das
quotas constantes (base anual). Para além dos gastos apresentados no balancete, a
viatura ligeira de passageiros também apresenta gastos de depreciação e Imposto
Único de Circulação (IUC):
• Depreciação: 8 500 €;
• Imposto único de circulação: 150 €.
Questão
Pretende-se:
1) Estimativa do imposto para o ano N e respetiva contabilização.
2) A contabilização do imposto a pagar ou a receber, sabendo que o imposto liquida-
do foi de 45 000 €.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Resposta:
1) Estimativa de imposto (questão 1)
Cálculos auxiliares
Nota: Os valores foram arredondados à unidade e foram utilizadas as regras fiscais
em vigor em 2014.
a. Apuramento da coleta
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 31 dez N Imposto estimado 81.2.1 24.1.3 45 290
2) A contabilização do imposto a pagar ou a receber, sabendo que o imposto liquidado
foi de 45 000 €.
1) Classificação contabilística
Contas
N.º Data Descrição Valor
Débito Crédito
1 Excesso de estimativa 24.1.3 78.8.2 290
2 Transferência para imposto liquidado 24.1.3 24.1.4 45 000
3 Transferência para imposto apuramento 24.1.4 24.1.5 45 000
N+1
4 Transferência dos pagamentos por conta 24.1.5 24.1.1.1 10 767
5 Transferência das retenções na fonte 24.1.5 24.1.2 360
6 Imposto a pagar 24.1.5 24.1.6 33 873
Assuntos tratados
– Breve referência à obrigatoriedade da prestação de contas
– Documentos de prestação de contas
Enquadramento
– Código Comercial
– Código das Sociedades Comerciais
– Código do Registo Comercial
908 Contabilidade Financeira Explicada
Enquadramento do tema
Todas as empresas, no final de cada período económico, são obrigadas a apresentar o
relatório e contas.
Dar balanço e prestar contas121 consiste na obrigação da administração/gerência em
submeter à apreciação dos detentores do capital, em assembleia geral, as contas e o relatório
de gestão que contém, entre outras, uma descrição dos atos da gestão, das opções estratégicas
e operacionais e a proposta de aplicação dos resultados.
Após a apreciação e aprovação do relatório e contas da empresa, existe a obrigação
da sua divulgação pública. Esta obrigação tem periodicidade anual122, correspondente em
regra ao ano civil (1 de janeiro a 31 de dezembro).
Os documentos de prestação de contas incluem as demonstrações financeiras (as re-
queridas para cada um dos regimes conforme o quadro 4.10) e os seguintes documentos:
• Relatório de gestão (dispensado para as microentidades)
• Certificação legal de contas (quando existir)
• Parecer do órgão de fiscalização (quando existir)
principais riscos e incertezas com que a mesma se defronta. O referido código estabelece em
artigos específicos, de acordo com o enquadramento legal das sociedades, diversos aspetos
que deverão ser desenvolvidos no referido relatório.
Destacam-se alguns desses aspetos, de forma não exaustiva:
• Os factos relevantes ocorridos após o termo do exercício;
• A evolução previsível da sociedade;
• O número e o valor nominal de quotas ou ações próprias adquiridas ou alienadas
durante o exercício, os motivos desses atos e o respetivo preço;
• O número e valor nominal de todas as quotas e ações próprias detidas no fim do
exercício;
• As autorizações concedidas a negócios entre a sociedade e os seus administradores;
• Uma proposta de aplicação de resultados devidamente fundamentada;
• A existência de sucursais da sociedade.
Preparação e Consulta
Aprovação Divulgação
apresentação
124 - De acordo com o Código do Registo Comercial, artigo 30.º – Representação, o registo pode ser pedido
também por mandatários, advogados, notários, solicitadores e ROC.
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
BIBLIOGRAFIA
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Pinheiro, Pedro (2010); SNC – Casos práticos e exercícios resolvidos (volume 1), Editora ATF
Borges, António; Rodrigues, Azevedo e Rodrigues, Rogério (2005); Elementos de Con-
tabilidade Geral, Áreas Editora, Lisboa
Carvalho, António (1993); Sistemas de escrituração; Jornal Técnico de Contas e da Em-
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Costa, Carlos e Alves, Gabriel (2013); Contabilidade Financeira; Rei dos Livros
Dias, José e Rito, Sónia (2009); Reconhecimento, mensuração e divulgação dos inves-
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Financeiro: Interpretação e análise; Vida Económica, Porto
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Silva, Gonçalves (1969): Contabilidade Geral, Vol. I, Livraria Sá da Costa Editora
Nogueira, Sónia (2005); A Contabilidade Pública em Portugal: proposta de um plano oficial
de contabilidade único; Dissertação de Mestrado; Universidade do Minho
Pereira, Carlos e Franco, Vitor (1992); Contabilidade analítica; Rei dos Livros
Rodrigo, José (2013); Prestação de contas das pequenas entidades: Conformidade SNC versus
IES; Trabalho profissional para a obtenção do título de especialista; Universidade do Algarve
Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
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Esta cópia é de uso exclusivo de: Joana Isabel Canelas (jota.caneladas@gmail.com)
Contabilidade Financeira
Explicada
O presente livro destina-se a estudantes, profissionais e outros interessados pela
contabilidade. A sua elaboração tem a génese na experiência adquirida pelos auto-
res quer na sua atividade de consultadoria empresarial quer no âmbito da sua ativi-
dade de formação e ensino.
Trata de forma rigorosa os conceitos relevantes para a contabilidade, assim como o
enquadramento normativo das operações e outros acontecimentos na esfera em-
presarial. Apresenta-se com uma linguagem acessível, acompanhada de figuras, qua-
dros e exemplos, de forma a tornar mais compreensíveis os diferentes temas.
O livro apresenta uma abordagem ampla da contabilidade financeira e está estrutu-
rado em 6 capítulos: (1) enquadramento das entidades e importância da contabili-
dade; (2 e 3) património, suas modificações, conceitos fundamentais de contabilida-
de e da técnica contabilística; (4) normalização contabilística; (5) reconhecimento e
mensuração das operações empresariais, de acordo com as Normas Contabilísticas
e de Relato Financeiro; (6) operações periódicas de apuramento, designadamente o
apuramento do IVA, dos resultados e do imposto sobre o rendimento das entidades.
Os autores acreditam que o livro, pela abordagem dos temas e conteúdos apresenta-
dos, constitui um bom manual de apoio à aprendizagem e aplicação da contabilidade.
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