Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Broken Vow - Brutal Birthright #5 - Sophie Lark
Broken Vow - Brutal Birthright #5 - Sophie Lark
Ela acha que não precisa de ninguém. Mas ela precisa de mim.
1 Apostar em um time em um determinado jogo (futebol americano) onde não há time favorito.
Tudo nele me irrita, desde seus ternos muito justos até
sua colônia agressiva. Ele me lembra um apresentador de
programa de TV. Na aparência, talvez um Ryan Seacrest. Na
personalidade, mais como um Tucker Carlson – sempre
pensando que é duas vezes mais inteligente do que realmente
é.
Depois que ele sai, sua colônia permanece por mais vinte
minutos. Ugh.
— E?
— Ei! — Eu protesto.
— Isso é para o seu próprio bem, — diz ele. — Vá para
casa. Coloque um lindo vestido. Vá buscar o seu homem no
hospital. Desfrute de uma noite fora. Josh vai encontrar isso
na mesa dele amanhã de manhã, o preguiçoso de merda.
Eu hesito.
Eu sei disso.
5 Era um monstro, na mitologia grega, tinha um corpo de dragão e várias cabeças de serpentes.
Posso ouvir pelo menos outra pessoa ajudando Kambar a
descarregar a carroça. A última coisa de que preciso é que os
terroristas ouçam o choro de Bomber.
— Merda, — murmuro.
Porra.
Por fim, quando realmente acho que não posso dar mais
um passo, ouço o barulho do helicóptero. Isso me inunda com
uma nova vida.
— Quase lá! — Eu digo a Bomber.
Falando em garotas...
Ronald nos leva a uma pequena sala nos fundos com uma
única mesa, cadeira e monitor de computador.
Posso dizer que Riona odeia isso ainda mais – ser falada
na terceira pessoa e ser confiada a mim como um pacote. Ela
deve considerar muito seu tio, porque só isso poderia impedi-
la de disparar uma réplica afiada.
Noto um cara olhando para nós cada vez que passa pelo
corredor. Ele tem cabelo loiro, cor de areia, penteado em um
topete e um terno azul justo com um lenço de bolso amarelo
brilhante. Meio elegante para o meu gosto, mas parece muito
orgulhoso de si mesmo sobre todo o conjunto.
Ela diz isso com calma, sem emoção. Mas acho que ouvi
uma ponta de amargura em sua voz. Como se ela realmente
achasse que os Griffins continuariam com seu projeto, quase
sem sentir sua falta.
Por causa de algo que ela fez. Ou algo que ela conhece...
Ela estreita os olhos para mim, e posso dizer que ela está
tentando decidir se vale a pena discutir isso. Por um lado, acho
que Riona odeia não conseguir o que quer. Por outro lado,
estou fixando nela um olhar que deixa claro que estou
planejando ficar com ela como mel em uma pata de urso. Ela
não vai se livrar de mim até que este trabalho esteja concluído.
— Por quê?
— Três meses.
— Isso é realmente...
— Onde então?
— Foi na festa de aniversário de uma amiga. Eu estava
abrindo uma garrafa de vinho. A tampa escorregou. Cortei meu
dedo. Ele ajudou a enfaixá-lo.
Ele diz isso com aquele sorriso alegre no rosto que faz
você pensar que ele está brincando com você, não importa as
palavras que saiam de sua boca. Dean franze a testa. Ele odeia
ser provocado ainda mais do que eu.
— No trabalho, então.
Não sei por que me irrita que ele não beba. Acho que é
porque prefiro pensar nele como uma precaução
desnecessária, não como um guarda-costas profissional de
verdade.
Olho para Raylan, para ver como ele vai responder a esse
pequeno pedaço de condescendência.
— Sim, acho que sim, — diz Dean, sorrindo para ele. Ele
não parece notar o brilho nos olhos de Raylan, que não são
totalmente amigáveis.
— O quê? — Eu digo.
— Não há nada de romântico entre Dante e eu.
— Bom. — Eu concordo.
— Quem mais?
Posso dizer que Riona se sente mal pela garota. E ela está
com vergonha de ter facilitado o negócio de Bosco, mas não
hesita em admitir.
— Quem é esse?
— Ele era advogado sênior da minha empresa. Ele me
apalpou na festa de Natal da empresa e o tio Oran o demitiu.
Eu a seguro assim por quase uma hora, até que seu corpo
fique pesado e quente com o sono.
Eu acordo sozinha na minha cama com o sol entrando
pela minha janela.
Espero por Deus que Raylan não tenha notado isso, pelo
menos.
— Por quê?
— O quê?
— É sábado.
Eu sei que o tio Oran disse para deixar Josh fazer isso,
mas eu já comecei os acordos de compra, e precisamos que
eles sejam concluídos antes de passarmos para a Fase Dois do
Projeto South Shore. Essa é a prioridade número um da minha
família agora, e dos Gallos também. Nós colocamos tudo o que
temos nele. Não posso arriscar que um idiota como Josh
estrague tudo.
Eu levo Riona de volta para a mansão moderna dos
Griffins na Gold Coast. É um palácio de vidro e aço, um
monumento de como sua família cresceu e floresceu em
Chicago.
— Raylan Boone.
— Ótimo, — eu digo.
— Definitivamente.
Eu concordo. — Sempre.
Callum segue direto para um cara que não pode ter mais
de vinte e dois anos. Ele está vestindo jeans skinny rasgados,
um moletom grande da Fila e um par de botas Yeezy. Ele está
fumando de um cigarro eletrônico e parece completamente
perdido.
9 O Gênio.
Cal franze a testa, obviamente desejando ter
implementado um sistema semelhante entre ele e Dawes.
10Metropolitan Correctional Center; é uma prisão federal dos Estados Unidos em Chicago que detém
prisioneiros antes e durante os processos judiciais.
É fácil ver os Griffin como são hoje – uma das famílias mais
ricas e bem-sucedidas de Chicago. Você esquece que o império
deles foi construído sobre sangue e crime. Fergus Griffin, e seu
pai antes dele, e seu avô antes dele, não tinham escrúpulos em
esmagar qualquer um que ficasse em seu caminho. Eu
suspeito que Callum também é assim.
Eu concordo. — Justo.
Eu concordo.
— Por quê?
Eu posso dizer que ele está cansado. Ele está com o rosto
vermelho, suando, ofegante. Eu também – talvez até mais do
que Raylan. É uma batalha de vontades agora. Nossos cérebros
estão conduzindo nossos corpos para frente, apesar de nossa
exaustão.
Não sei por que estou com raiva dele. Talvez porque perdi.
Talvez porque estou com vergonha de quase desmaiar assim.
— Sobre ontem...
— Só... vamos deixar isso pra lá, — ela diz. — A coisa toda
foi constrangedora.
— Apenas espere.
Nós dirigimos os quatro quarteirões até o escritório de
Riona. Aposto que ela está feliz agora que pegamos emprestado
o SUV de Dante. Não seria uma caminhada agradável.
— Bom. — Eu concordo.
Dante olha para mim. Ele pode dizer que estou ficando
chateado.
— Eles são a porra da... máfia, — diz ele com a voz rouca.
— Eu estava chateado. Mas não sou suicida.
Então eu respondo:
Ou, pelo menos, era assim que ele costumava ser. Hoje
ele parece mais relaxado e de melhor humor do que antes.
Dante me disse que Nero está louco por uma garota que
ele conheceu no colégio – Camille. Achei que Nero seria a
última pessoa no mundo a se apaixonar, mas em vez disso
acho que sou eu.
— Isto é sério?
13Conhecido também como Gato Risonho, Gato Listrado ou Gato que Ri; é um personagem fictício de
Alice no País das Maravilhas.
— Então... vocês são apenas semelhantes, — eu digo.
— O quê, então?
— Nada.
— Sim... — Eu respondo.
Tio Oran está tão bem vestido como sempre, mas agora
há mais cinza do que preto em seu cabelo, e ele tem olheiras.
Às vezes esqueço que ele é quase dez anos mais velho que meu
pai.
— E a sua irmã?
14Expressão para alguém que está acostumado a um estilo de vida urbano e inadequado para a vida
no campo.
— Não sei se gosto de algum desses.
— Nessa?
— Sim.
— O que?
Eu paro, pensando.
— Muito, — eu digo.
Raylan ri.
— Você sente?
Eu arrisco um olhar.
Estamos no nível da varanda abaixo de nós, mas ainda
estamos pairando ao ar livre. A varanda é rebaixada. Não
conseguimos alcançar o corrimão.
— O quê?
— Não é.
Riona bufa.
Apesar de tudo isso, quando a comida sai – gordurosa e
crocante, e com um cheiro delicioso – posso vê-la olhando meu
bacon. Eu empurro o prato para ela.
Eu sei que ela está com fome. Eu sei que ela quer mais.
— Tudo bem, — diz ele. — Mas não diga a Dean onde você
está. Não diga a ele para onde você está indo.
— O QUÊ!?
Eu meio que disse isso por impulso. Mas não acho que
me arrependo. Quando examino o que sinto, é muito mais
próximo do alívio, na verdade. Eu tenho muito com que lidar
sem ter que cuidar dos sentimentos de Dean também. Isso é o
melhor.
— Então o quê?
— Claro, — eu digo.
Não acho que seja isso. Mas fico confusa quando tento
pensar o que quero no próximo mês ou nos próximos seis
meses. Normalmente, meu caminho a seguir é tão claro. Eu sei
exatamente o que quero alcançar.
— Claro.
— Claro, — eu digo.
Nunca senti nada assim. Muitas das coisas que faço por
prazer – nadar, correr – têm como objetivo me acalmar.
Colocar-me em um estado zen.
— Sim, — eu admito.
— Eu... eu...
Eu engulo em seco.
— Mas essa foi uma promessa estúpida pra caralho, —
ele rosna. Ele agarra meu rosto entre as mãos e me beija com
força, ainda mais forte do que na academia. Seu peito nu e
quente pressiona contra o meu. Sua língua empurra em minha
boca. Sua barba arranha meu rosto.
Mas eu sei que não posso fazer isso. Riona vai ficar
assustada.
Seguro a rédea perto de seu rosto para que ela possa ver
e cheirar a corda. Ela se esquiva de novo, e espero
pacientemente até que ela se acostume com a corda azul-claro
e a textura contra sua bochecha.
— Sim. Obrigada.
— Eu não sei.
Por fim, ela diz: — Não cresci em uma casa como esta –
grande e bonita, com todas as comodidades. Eu era o tipo de
muito pobre que você só vê no sul. Eu tinha um par de sapatos
e, quando eles ficavam pequenos demais para mim, cortava a
frente deles para que meus dedos do pé pudessem aparecer.
Tive sete irmãos e irmãs. Eu era a mais velha, então a maior
parte do cuidado com eles recaía sobre meus ombros.
Conseguir comida para eles era uma batalha constante. Eu
pegaria um pão de forma e faria sanduíches de margarina e
açúcar mascavo, se tivéssemos margarina ou açúcar mascavo.
E então todo o pão acabava e eu tinha que encontrar outra
coisa.
— ...eu fui até a mesa dele. Ele estava sentado com dois
outros homens que eu não reconheci, embora eles estivessem
usando as habituais calça jeans e camisa de botão. E eles eram
homens de aparência normal. Eles não chamaram a atenção
da maneira como Ellis fez.
—... A primeira vez que ele me deu um tapa foi por causa
de algo tão pequeno... eu estava carregando uma jarra de
limonada para o deck dele. Ele tinha uma casa enorme no meio
do nada. Eu a tinha visitado apenas algumas vezes. Eu
tropecei na saliência que descia da cozinha para o deck. Deixei
cair a jarra e ela se espatifou, espalhando limonada por toda
parte.
— ...Waya disse que estava tudo bem. Raylan iria ver mais
do mundo, sua raiva desapareceria e, eventualmente, ele
voltaria para nós.
— Acho que a culpa foi demais para ele. Ele nunca teve a
chance de se reconectar com Waya. Para contar a ele... que ele
sabia que Waya era seu pai. Independentemente do sangue. E
que ele o amava. Waya sabia de tudo isso, é claro. E Raylan
sabe disso também. Mas quando você não consegue dizer as
palavras...
Eu entendi aquilo.
— Faz muito tempo que não falo sobre isso, — diz ela. —
Mas eu queria que você entendesse por que Raylan voltar para
casa significa tanto para nós. E para ele também, eu acho. Ele
trouxe você aqui por um motivo.
— Claro, — eu digo.
Ele faz tudo parecer tão fácil. Ele se move com uma
espécie de graça casual que desmente o fato de que ele é
realmente bom nisso.
Vejo Bo ficar tensa ao vê-lo. Parece que ela vai correr para
dentro da The Wagon Wheel, mas depois muda de ideia e fica
parada.
O menino vai direto até Bo, então eles estão quase nariz
com nariz. Ela se mantém firme, recusando-se a recuar, os
braços cruzados na frente do peito.
— E quanto a Bo?
— Raylan vai trazê-la, — Shelby ofega.
— Você disse que não iria lutar esta noite! — Shelby diz,
batendo furiosamente no braço do marido. Ele parece sentir
isso tanto quanto um alce sente um mosquito. Ainda assim,
ele finge estar intimidado.
É isso que vejo quando olho para Riona. Uma mulher que
pode ser qualquer coisa e fazer o que quiser.
Eu não a entendo.
15 Maconha.
seus olhos verdes brilham como os olhos de uma raposa
rondando a beira de uma fogueira. Ela parece desconfiada de
mim, envolvendo os braços em volta de si mesma e mantendo
distância entre nós.
— Eu... o quê?
Riona faz uma careta. Uma das coisas que é tão irritante
sobre essa mulher é que ela fica ainda mais bonita quando está
brava. Suas bochechas ficam tão vermelhas quanto seu cabelo,
e ela parece feroz e imperiosa como uma imperatriz. É muito
perturbador. Mas agora, em uma coisa, estou certo e ela está
errada. E estou determinado a provar isso.
Dou mais um tapa nela e, dessa vez, ela quase não pula.
— Chupa, — eu ordeno.
CRACK!
CRACK!
CRACK!
16Esse espremedor em questão era uma máquina usada antigamente para retirar a água das roupas
após serem lavadas, era constituído em dois rolos de madeira no qual se colocava a roupa no meio e
manualmente se passava a peça entre eles, acelerando o processo de secagem.
potranca. Entro nela novamente e novamente, suas pernas
travadas em volta da minha cintura e seu clitóris esfregando
contra a parte plana do estômago logo acima do meu pau.
Eu não entendo.
É porque o admiro.
Eu confio nele.
17 É um pequeno animal que pertence ao grupo das doninhas, muito parecido com um furão.
Então toco seus ombros e peito, tensionando com o
esforço de mantê-lo por cima na cama macia, e o exercício de
empurrar lentamente para dentro e para fora de mim.
— Sim! — Eu clamo.
— Então eu vou.
Eu vejo a irregularidade.
Eu vejo e entendo.
— O quê? — Eu digo.
— Eu sei, — eu respondo.
Não acho que seja isso que algum de nós esteja realmente
preocupado, mas é a coisa mais fácil de resolver.
Não sei como trazer à tona o que sei, mas também não
quero esconder isso dele.
Não digo “seu pai” nem mesmo “seu pai biológico” porque
sei que Raylan não o vê dessa forma.
— ...então ele foi embora. Mas ele ligou para Waya. Ele
disse: ‘Celia precisa de ajuda. Você vai ajudá-la?’ E Waya
dirigiu naquela noite, com duas de suas irmãs.
18É um problema de manuseio do veículo; ocorre quando as rodas traseiras perdem tração, fazendo
o carro deslizar na estrada.
a perdeu no acidente. Quando ele percebeu, meus dois tios e
Waya já haviam pulado do carro e o cercado.
— ...todo mundo sabia que ele bebia no bar. Ele não era
local e não gostava de ninguém. Portanto, ninguém procurou
muito por ele.
— O quê?
— Admirando-os?
Abro a boca para falar, mas antes que eu possa dizer uma
palavra, Bo vem correndo até nós, com o rosto vermelho e
irritado.
— Ei, — eu digo.
Terminamos a ligação.
Ele deve saber que descobrimos o que ele fez. Mas como
ele poderia saber disso?
É uma coincidência? Ele sempre planejava pegar o
dinheiro e fugir, uma vez que acumulasse o suficiente?
Não grito por Raylan desta vez. Djinn está muito perto.
Eu não quero que ele me ouça.
Ele está lutando com o Djinn. Ele também não tem arma,
e eu vejo um lampejo de prata quando Djinn balança a faca de
peixe na direção do olho de Raylan. Raylan agarra seu pulso,
mal torcendo a lâmina a tempo. Em vez disso, corta sua
bochecha.
— Raylan! — Eu grito.
19 Contração dos músculos da face ou da boca, que dá ao rosto o aspecto de riso forçado.
Em vez disso, ele cai de joelhos com um longo gemido
gorgolejante. Ele cai de lado, o cascalho cortando seu rosto.
Ela se inclina para frente para que seus seios caiam bem
na minha cara. Eu pego um na minha boca, chupando seus
seios enquanto ela me monta. Estou meio apoiado nos
travesseiros, e pressiono minha mão contra suas costas para
puxá-la para mais perto, para que eu possa ter mais de seus
seios em minha boca.
— Eu quero.
Começamos a cavar.
— Parece? — Eu pergunto.
Ela está ansiosa para voltar para casa. Djinn se foi, e Josh
Hale também. Ninguém está mais atrás dela. Então ela não
precisa de mim. Eu fiz meu trabalho um pouco bem demais.
— Você está obviamente louco por ela. Você vai agir como
se fosse deixá-la voltar para Chicago e nunca mais vê-la?
Bo não gosta nada disso. Ela joga para trás seu cabelo
preto, seus olhos brilhando para mim. — O que você sabe
sobre isso? Você nunca está aqui. Você não sabe como são
nossas vidas.
20 Raça de Cão.
fazíamos coisas estúpidas e irritantes. Ele responderia a
qualquer pergunta – se você perguntasse por que as nuvens
flutuam ou onde os ursos dormem, ele lhe daria uma
explicação que você realmente entenderia.
A única vez que ele era severo era se nos visse agindo de
maneira cruel. Isso ele nunca permitiu.
Com Angela indo para casa esta noite, apenas tio Oran e
eu permanecemos.
21 É a mesa utilizada pelo Presidente dos Estados Unidos disposta no Salão Oval da Casa Branca.
dólares e seu abridor de cartas que parece uma espada
medieval.
— Sim, — eu digo.
— Em casa. No Tennessee.
— Sim.
— Eu preciso de papel.
Oran pode não ter estado realmente no IRA, mas ele sabe
como lutar. Assim que arranco a arma dele, ele me dá um soco
bem no rosto. O golpe me joga para trás, e a arma sai do meu
controle, desaparecendo debaixo da minha cadeira.
Oran tenta arrancar sua mão da mesa, mas ela está
presa. Ele uiva de dor, então agarra o cabo do abridor de cartas
para puxá-lo.
Merda.
Ele pode ver que estou desconfortável. Que não quero ser
recompensado por cuidar de Riona.
— Sim.
— Eu sou Nessa.
— O quê?
— Riona finge ser tão séria. Mas ela gosta de rir... você só
tem que diverti-la.
— Estou feliz por ela ter você aqui, — diz Nessa. — Você
vai ficar aqui com ela?
— Sim? Bem, você foi o tiro mais longo que já dei. O que
você acha? Eu consegui?
22 Universidade da Pensilvânia.
As enfermeiras me obrigam a ficar três dias inteiros no
hospital.
Tudo que sei é que ele não parece feliz hoje. Ele se senta
atrás de meus pais, distante de seus próprios familiares.
Você está mais feliz aqui. É aqui que você pertence: aqui,
comigo.
Agarro seu cabelo e puxo sua cabeça para trás, para que
eu possa beijar o lado de seu pescoço. Eu a mordo suavemente
e chupo sua pele macia, minha outra mão ainda acariciando
seus seios.
Há algo que tenho que fazer esta manhã. Não vai demorar
muito. Por favor, venha me encontrar lá embaixo às 12:00. Eu
prometo, estarei lá. Eu quero responder ao que você disse ontem
à noite.
Beijos
Riona
— Você acertou.
Eu leio o anúncio:
$ 789.000
Ela ri. — Não. Eu pensei que seria difícil, mas não foi. É
bom dizer a você, finalmente.
— Eu sei, — eu digo.
— Eu nunca minto.