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Feo sobre Oficinas Cuca de Grupo: aes Re sas Fest Iaemlsb ig Le iE ~ O metodo das Oficinas parte de uma eoncenctio Plecceoatd ane aca cule) cy eae my Gieenep seco tele ones : Comunidade e'politicas so 5 ee e OFICINAS EM DINAMICA DE GRUPO: Maria Zieia M. Afonso (Org) | OFICINAS | EM DINAMICA DE GRUPO: Un miteds de cuteruengda S_ Biblioteca Uepe Pe. Félix Zavattaro Gempo Grande __- _-MS) 2 Case do Psicdlago” @ 20 taco Capa Soil © 2006 Chin do Priedlogo Livonia © Esra Li 1 oie m repos itl ars dea pbc or quale Ona, esa gor eco dos ECGS, Aigo Cana do Psicéioge 3006 2 gto Care do Pscslogs 2007 Patores Psa mend Gate «Breen Chl Bealtora Assistemte Ccinnone Grofioh Coles Assatente Editorial Jitiae de ¥ A Ger unre Mere Nunes osteagho da Capa ‘capoeira no capita I Revhet Soon Revisto Gratien ‘Crisis festa Dadar Entegnactonais de Catatogagie nn Pubilleasho (CHP) ‘mara enslirs do Liveoy St, Brvil) ‘Ohcnas em Dita de Ore eiopyctel # Moria Licia Monto (Orgabagara.— Sho anlar Cosa do Poicclogs®, 2006 Veco mores Biblgafa ISDH 85719645641 (Coto do Pecos) 1. intmica de soupa 2. Geevengao (Peisegia) 3 Pricpagia Sori) 1 RelagesIerpesicals 4 Afoo, Maria (els Mint, 61702 0p. 1003 Tices para eatiloge +t |: Bininin & grupo: bnenenge pcmcia: Pelagia Steal 3023 ned i Bi seeds odor oe ioe 8 poling er ing pocagueta 3 cats te Prove tocb ls Hladlens US417400 $8 PatirSP Bean SEE Ty sone en Ema casadopsee os eondopsicloge com be g cass do Palesiogo® Livraria © Ector Lida. cesmtr Bie) weweavedopsico SUMARIO ‘gresentagso PEELE ELEC ett oti 1. Oficinas em Dingmicade Grupo: um métada de Intervengo psicassocial ava Les Alone 2, DimonsBes do Trabahocom Oticinas: ALBxparioncia do GUPOUM ses ne ninesinnnennneneann 6S aon Ula Ma, Alana ‘iva Garena Ancds Batoses (Giesia Basia Bata ¢ Sve Promina Mera de Magalies Gomes {8 Narrar, Cormunicar, Elaborar: A Experiéncia do Grupe Dois. bara Liga Monee (Cas Baatie Dotan « Sia 4, Reflexdes sobre o Papel da Goordenagao: AExperiénela do GRUPO TIES on i" ease wsiia i, Alareo (Citsia Boat Batts @ Sa dulara Mendeeta Branco ‘a Pauls Bare Craver 5. A Téanica camo LInguagen: A Experiéncia do Grupo Quatro 18) ‘Maria akin Ot Aen (Gabel Posigues Haraur de Carte ‘Anoide Onveve ch Sta A Oficina come um Grupo Aborto: ‘A Experigneia de Gro Cinee Mara Uela, Aloreo eran Vaoso vn 121 OFICINAS EM OINAMICA DE GRUPO 7. “Ch! pedago de mim, ch! metade arrancada de mim..." Oficina sobre Guestes Etnicas, com Adolescentes Negras, em uma Escola Pabled Tor =e Sis Gari Laura tna be Goa, vain Euanvon Say ora Lisa Nos 8. A Lellura do Grupo: Uma Oficina de Alfabotizagio de Adullos “Artculande Paulo Freire @ Pichon Five. 7 197 ara Lila, oneo Stern Arca Garrlo Lourio Mars Arata Thoms Glossério de técnicas uillzadas nas Ofiinas ene ne 1BE Sobre as autoras .... 7 Bettie 160, APRESENTACAO: A ofr eau aprosentadas foram dasenvohidas no pertodo de 1998 € 1998, como parte de um Programa de pesquisa, exions30 universitéria © ensino, na forma de estagio supervisionado, no Laboratério de Grupo (LebGrupo)' da Universidade Federale Minas Gerais. 0 ino teve a primeira publicagSo.em 2000¢ agora é relangado pela Casa do Psicéloge, Paraa raalizapao d3 nossa pesquisa, contamos.como.apoia do Conselno Nacional de Pasquisa {CNPa), da Fundagao de Amparo & Pesquisa do Estado de Linas Gerais (FAPENIG), das Pro-Reitoriae de Pesquisa 8 de Extensto da Universidade Federal de Minas Garais edo Mestrado em Psico ogia da UFMG. Nosso objetivo centalfol desonvalver a fundamentagao tearica 6 ‘8 metadologla de Ofcines em Din&mica de Grupo coma instrument de intervened psicossosial em diversas 4reas, como sadde, educa- cho, comunidades, arientagao capacitacéo profissional, politicas Socials, € outras. Nesta lvro, apresentamos os resuitadas que dese \olvemos até ano 2000 © capitulo inicial dscute as ariculagbes tebricas com que to: ‘mas embasade 0 nosso trabalio. A seguir, apresentamos os relatos de? nficinas, Gada Oftcina foi cooccenada por uma dupia de estudary tes dos uitimos perlados do curso de graduacdo em psicologia da UFMG, que racebia superviséo semanal, em giupa, da professara ¢ coarsanadora do projelo A-sypervistiocaniou também com acolabo: ragao de estudantes ce pos-graduagie. Essas Oficinas foram roalizadae em diferentes lugaros @ momentos, Procuramos, nessa escricto, nao adatar um esto muita académico, emibora a lingua: gem @ referencia da tooa sejam essenciais, Os Grupos Um, Dole, Trés ¢ Quatro constitulram “Oficinas” com pais de adclescentes eri uma escola pablica de Belo Horizonte. A Partirde uma palastra que fizemos naquela escola, expiicamos anossa Hoe Genoranaca Lana da Grupos, natin # Rases Soins, OFICIIVAS EM DINAMICA DE SRUPO- propasta de trabalho-—formargrapas de pais @ mes interessados om reflec sobre a sua relagdo com seus fihes adolescentes, Abrimas InsorigSes para os istaressados em participar das Oticinas. A adesio. dos pais fo inteiramente livre, sem qualquer controle da escola, cula diretoria apolava 9 nosso trabalho. Os encontros foram realizados na oscola, (0.Grupo Cinco fol raalizada sequndo 2 mesma estratégia, mas ‘em uma escola pibica de Nova Lima, regiaa da Grande Bela Horizonte, ‘eteve um funcionamento diferente, pois se constituly em “grupo aber- 10", lambém com o.anoio da estola. 0 Grupo que trata de questées étnicas, com adolescentes ne- ‘gras, foi realizado na mesma escola publica de Bolo Horizonte, mas ‘em um periade dlvarso daquele em que Irabalhamos com os grupos: {de pais. O Grupo de Alfabetizacan foi realizado am um abrigo da pre~ foltura de Belo Horizonte, com 0 apoio da equips idenica responsével Embora em cada grupo possam ser cbservadas todos os ele rmentos do processe grupal, optamos por enfatizar, em cada artigo, uma dimensio desse processa em ariculagiio com a nossa aborda- gem taGrica, Assim, nossa intencla 6 apresentar os relatos. de grupo ‘como um Cenjunta ariculado eon a nossa parte tedrica. Como nosso ‘bjetivs¢ 088 eenstuiruma metodologia, piocuramas comectar pane 108 posttNos e negatives, rique7as e limites. Ao final, Inserimos um ‘glossario, em order allabética, das técnicas utlizadas nas Oticinas. Ao final do lvra, apresentamos as autores. ‘Aproveiamas a ocasio para agradecer adios que colaboraram com onasso trabalho: participants dos grypos,insiuigBas que nos apoiaram, dirtores de escolas, técnicos de programas sacias, colegas, alunos de graduapio e pbs-graduarso, secretdrias e, tam bm, os nostas montores voluntéros do.LabGrupo, onde desenvol vemos 66 nassos estudos. Maria Lucia M, Afonso ‘Outubro de 2005 OFICINAS EM DINAMICA DE GRUPO: UM METODO DE INTERVENGAU PSLCUSSUCTAL Maria Lacla M, AFONSO CO icinas tom sido um termo apscaci as situages mais diversas, ‘dosignando, geraiments, cada encoavo att um trabalho de grupo. Neste texto, é sugerido smuco mais definide de tarmo: & "Oficina é ‘um trabaiho estruturada.cam grupos, independentemente do neime= |" +o de encantros, senda focalizadi em tomo de uma questa central ‘que 0 grapo se prope elaborar, enum contexto social. A elabora- | |* fo que se busca na Qiicina nao se sestringe a uma reflexao racio- nal mas envolve os sujeites de maneira integral, formas de pensar. | sentir € agin, 4 Como exemplos, podemos pensar em ficinas com ‘pals de ado- lescentes como objotivade restr sabre a sua experiénola, valores & pritioas envolvidos na patemnagemvalemagem de seus fihos adc lescentes”; “adolescen'es com 0 objetive da aducagan soxual’ “mulheres com objetivo de elaborarao de questdes de salide & ‘sexuatidade'; ‘portadores de deficiencia, com 0 abjetivo de elaborar questées relacionadas & estigmalizagdo social, & avto-magem & insergo social’; “estudentes com 0 objetive de cesenvolvimento de ctiatividace", entre outras, Tals Oficinas podem ser interessantes, por ‘exemplo, em eseolas, centros do saide, asscciagbes e entidades varias. A Oficina terd um planelamanto basico, Rexivel, e se desenval vverd ao longo de um nimero combinads ds aneontros, camo verernos, ‘AOlicina” pode ser oti nas areas do sale, educagaa 9 acdas ‘comunitérias, Ela usa informagaa e reflexdo, mas ge distingue de um projeto apenas pedagisice, porque trabalha também com os Signiicados afetives # as vivéncias relacionadas com o tema a ser diseutido. E, embora deslanche um process de alaboragio da expe- riéncia que envolve emoc6es @ rexivéncias, a Oicina também se dic- rencia de um grupo de terapia, umavaz que se imita a ue face e no pretende a anise psiquca prolunda de seus partcipantes. OFIGINAS Em DENAMECA DE GRFO Uliizande teorias 0 tenicas sobre grupo, a Oficina é, aqui, ea: ractarizada como uma pratica de intervenedo psicossocial, soja om Ccontexto pedagégico, clinica, comunitério ou de politica social Origens teéricas de uma forma de interveneao psicossocial com pequenos. grupos Sea Oficina pode apresentar pontos inovadores no Wabalho ‘com grupos, ela expressa também uma tradicdo que vem desdiea pesquisa-a¢80 de Kurt Lewin, Longe de so opor a outtas formasde irabalhocom grupos, como sociodrama, 80 grup0 operativo, tam com elas uma afidade assumida endo pretende superdslas nem substitublas. Tampouce é possivel abcicar de uma analise de con- texto institucional quando se desenvo've uma Oficina dentro de uma insttuigao. Essas ressalvas saa para mostrar que oprofssia- nai que deseja desenvoilver “Oficinas® nde pode prescindir de ou {ros estudos em ecria de grupo, Contude, a aplicapto de trabalho de grupo a ums problematica ao mesmo tompo individual e socal, ‘com um estilo de infervengio ativa caraclerzam uma das interven ‘¢be8 possiveis, ampsicologia social, @cabe ao profissional decidir quando e em que contextoutiizé-a, Para expleear a “Oficina’, comegaremos por revar alguns ppontos basioos da teorta dos pequenos grupos. Sem & preiensao de apresentar um texto completo sobre a cinamica de grupo, pro Ccuramos. selecionar os pontos principals que fuidamentam 0 fae batho. Nesse percurso, fazemos uma interretagao entre as contr: buigbes da teoria Ge campo de Lewin (1888); dateoriapsscodinamica do grupo, como em Freud (1984), Bion (1975), Foulkes (#867) @ Pichon ‘Rives (1988); da podagogia da autonoria de Freire (1876, 1900}; ¢ da andlise das instiuigdes, como om Entiquez (1997) Mais adiante, no texto, serda ariculadas lambém as idéias do Braler (1906) @ Winriest (1975) Kurt Lewin © a Pesquisa-Agso com pequenos grupos: Kurt Lewin @ raconhecido como o tundador da tearia dos equenos grtnos.epesquisa-agéo.em nsicologia social, Lewin nas: ‘eu na Prussia em 1890. Judeu em uma Europa onde 0 ant 0 arse Sin de hase (Crp) _Semitismo crescia,irigrou em 1983 paraos Estados Unidas ance morreu em 1947. Em 1945, tundou 0 Reseacch Genter on Group Dynamics no Massachusets Institute of Technology (MLI.T), d= seewolvandopesmuisas sobre aspestoa peicoligioos anvohidos na mudarga social, as forgas que Impulsionam ou que resisiom & mmudanga, nos pequencs grupos (Mail, 1991), Buscando enlondor como as formas de dlscriminagdo @ praconceito se reproduzian na seeiedade, Lewin estudou as mminorlas sociats senpre dentio do um contexto psicossocial Entencia cue toda pesquisa em Psicologia Sacial cavers fazer telerércla a0 contexto e ter uma abordagem interdscipinar. A realidade social multidimensional e, na mudanga social, @ pesquisador deve partir da eompraensao, conseniimanto & paticipacao dos qruoos envolvdas. Dessa mancia, a mudanga s0cial envoWe um compromissé tanta dasses grupos quanto do proprio pesquisadnr. Da/nasce 6 conceite de peequise-agdo, ova base é0 pequena giupo (Lewin, 1086; Mice, 1994) Lewin eonsiderava o grupocoro um campo de fora, cuja & 0 niicleo dos mecanismos psicoldgicos {que foomama identicade arupal. Os membros do geupa si isn cam com um lider ou com um ideal, assurmindo-a como iésal de ego. Essa_vinculaczo com o Ider au ideal é que permite que os: membros do qrupa rassem @ parceler ou acotar ura identidace ‘entresi, uma identidade grupal. Assim, a amor de si encontra seus limites no amar do outro, © outto (ier, grupo, ideal) € tomaco. como um ideal ~ no bagar de ideal do eure partanto existe al um proceso de sublimagao (Freud, 1884; Martins, 1986). Mas, sendo.a dentiicagéoum processo ambivatenta, 0 elo que une. grupo também carrega uma ambivaléncia. Deseja'se a0 ‘mesma tempo astar com 0 aulta e estar no lugar do cutro, ser 0 outro, Essa ambivaléncia pode, ento, sar font de tensao & dis- perséo no grupo, especialmento ern situagdas onde a liseranga, fica enfraquecida ou susente (Fraud, 1984; Martins, 1986) Asformulagtea de Freud serdo retomadas por Bion, Foulkes ¢ Pichon-Riviéra, cada qual com sua contribuicao, preservando a Impottancia des conseitos de ideniicago, sublimagao, ides! do eu. eda introjegdo de normas e valores do grupo, Bion e 2s hipoteses de basenos grupos restritos Psiquiatrae psicanaista inglés, Bion trabaiou com grupos ‘no periode da Il Guerts Mundial, Sua looriascbre grupo é desenvol- ‘vida @ parti das idéies de Freud, mastambém reflete a influéncia ‘do Melanie Kein (Siva, 1886; Rloudinesco, 1996). Bion parte do principio de que hornem é um sujeito social 12 que @ relagao om o outro est sempre presente, ainda que de forma imagers ov sinbélica, O-grupa funciona como uma unidede osmo quando os scus membros nao tém consciéncia disso, Em lado grupe existe uma ‘cultura grupal! que é o resultado da intr ‘olago ento.os desejas de cada patispanteeo5 valores e normas ‘so.prupo ~amentalicade grupal (Bion 1978; Siva, 1986) Para Bion, odes 0s grupos funcionam em dois nivels: (1) 0 nivet da tare'a, que inpiica objetvos e ragras consciontes. @ (2) 0 nivel da valéncia, que compreende a esiera afetiva @inconsciente do grupo. © nivel da tarefa é também designado como “grupo de 18 6 ‘OPEEINAS EIA DINJNICA DE GRUPO trabalho" e 0 nivel da valoacia coma “prupe de suposigo bisica” ou de “hindteses basicas". Essas suposigoes bisicas sic tstruturas espaciticas de forma de tuncionameni qub< grupo aot para se delender de sua angustia @ assim sa preserves. Ou sea, fem elaborar a Sua angustia, o grupo tudo faz para se faster de ua larela. Eis porque & andilse deve desvondar a dinamica das suposigSse basicas no grupo (Bion, 1975; Silva, 1866) ‘Assim, a astera afellva tanto pode biequear quanto faciiar a realizagao da larela e se organiza em torno de trés *suposigdas basicas": (1) dependéncia: quando 0 grupo busca protegae no lider, defasa contra sua prépila angustia através dda atitude de dependéncia e atitude ragressiva, (2) ataque @ fuga: quando o gruse altema movimentos de fuga e agressio, fem relagdo ao coordenador ou aos seus préprios problemas, © {@) aeazalamento (pairing): quando a grupo no conseque realizar suas ages mas se sente culpado e, assim, posterga ua atividada através ca esparanca em algo” ou"alguém" que vird resolver a dlficuldade da grupo, Nesse caso, o-grupo nese (03 seus confltes e cificuldades internas, raclonalizanda sobre les (Bion, 1975; Silva, 1986), ‘A mudanga de ura supesigéo bésica para autra acontece de forma variada aa longo do protesso do erupo. As suposigbes bisioas ef eetades emecionais que evlam a rustagf0 relacionada am 0 trabalho, soirimento @ contato com a réalidade. Nenhurn qrups se apresanta, portanto, apenas como grupo de supasicao Bésica ou como grupo de trabalho @ todo grupo precise constantemente estar envolvido em sous processes intemos de ‘lahoragao, nagaciagtioe procutividade (Bion, 1975; Neri, 1998), E por mefa dose processe continuo que orupo pode apre- sentar um croscimenta 9m 0", ilo 6, apossibidade de elaborer confitos ¢ faniasias esta vineulada & roalizago do grupo como (grupo de trabalho. Enquante.o grup esta dominado por uma das Suposigdes bésioas, paralisado em sua anglsta, também a sua possiiidade de pereapea 0 olaboraga ica comprometida. ie Sto de coesic vom darko uma sensecgo de protega contra a _angdstia. Mas também promove a desparsonalizago dos membras,, lads que esla0.auma estereotiia de renraco grupo, esizreatipia ‘que se manifesta tamaém na fala do grup (Nar, 1999) ‘Na medida em que é capaz de elaborar sua angustiae ca- minhar na realizagio de seus objetives, o stub pods incorporar | | Aria tose stfase (Bry./ essa exporténcia &comproensdoquatemde slede suas elacces ‘Mas, como um grupo qwnca delxa de existir nas suas duas dimen- ses (suposigae basica @ trabalno) @ seu crescimento ¢ um crescimento que tamoém envolve essas duas dimenstas (Bion, 4975; Sia, 1005; Non, 1090). ‘Assim, Bien eiingue onto a vanstormagao om K*— ok ‘vam oa palauranglesa knowldga quo sgniiea eonhacimanto a“avolucdo om 0 ~ aller °O" vem de cught fo be, que inca tomar-se. Enquanto © canhecimento acresoonia algo & esta do pansamenta, 0 omar-se az de uma transtormagao na modo de Set, 0 conhecinentoénecesséro a valexso mas éatransiorma {0 do made de ser que opera um crescimanto na vida do grupo (Neri 1959) ‘A“evolugio em” exge além do conhecimento (K), que.0 grupo trabalhe suas suposigées bisicas, angdstias, fantasias e defesas, incorporandy ¢ alualizanda o conhecimente em seu pro- Ccesso.grupal, a imdetranstormar-se de maneitaprofunda. £ des: {38 manaira que £0 ‘oma possivel 46 gtupo “aprender com 4 experidncle”. Ou soja, a aprendizagem nao & uma consaquérea imoeiatae dieta da experiéncia e smumacanstugao, a parc ‘aborago da expatnca, aleom pareetidano carp d0 TUDO. Nao cif eraaroar, al a articulagzo necessdria como estudo ca lioguagem eda comunicagao no processo do grupo (Ne, 1988). Foulkes e a matriz de comunicagao grupal Foulkes foi urr psiquiatra © psicanalista aleméo, radicado a Inglaterra, onde dasenvolveu trabalhos em ‘grupo anise”. Pro- Ccurou articular atooria da campo, de Kurt Lewin,coma abordagem psicanalitica do grupo, espacialments o trabalho de Bion. Vernos, ‘assim, que nossa argumentardo prasseque ravelandoa existéncia de uma linha de trabalho na articulagdo da psicologia sociale da psicandlise (Fiber, 1995; Foulkes, 1967) Ele considerava que, ne grupo, existia uma rede de elemen- {os transfe enciais dirigidos {1} de cada partcipante pare oanalis- 12, (2) de cada paricpante para o grupo, (3) de cada participante para cada partcipante.@ 4) do grupocomo um todo para oanalista (Foulkes, 1907), O pracesso orupal se da no aqui ¢ agora do grupo, ‘enlendende-sa com sso que tude o que € trazido para o Grupo, Uepsl OFICENAS Em DINAMIEGA DE GRUPO sejam experiéncias passadas dos participantos ou fatos relacionados 20 mundo exterior, 6 apropriage de forma ase articular f20 proceso grupal © rocebor re-signticagao. Assim, o tempo plesente do grupo eengrega tantos acontccimantos passadoo ‘quanio projetos que, atualizatos na sitvagae grupal, podem ser ‘objeto de elaboragao (Fiboico, 1985; Foulkes, 1987) ‘0 trabalho com o grupo visa tomar conscientis elernentos que foram recaleados na rede © no proceso grupal. Para tal, 6 preciso a andlise das defesas inconseientes tanto do grupoquanto| dos individuos no giupe. A 'grupoanlise” de Foulkes centra-se no processo grupal, nas iterag3es e em cada individua tomado nao {3 manaira ‘colada mas no contexto do grupo. Assim. aandlise da rede de transferéncias, tal coma descata acima, é fundamental (Ribeiro, 1995) 'No.grupo, busca-se promaver a interagéo, a comunicagao, @ palavra ivre,a elaboragao do sistema de valores, atitudes @ relanoes que nea vigoram, O coordenador deve esta aento ao campo total a interacéo, ouseja’é matrizna qualas reacdes inconsclantas se ‘operam ¢ nao apenas As colocarées individuais. S80 observados (0s tomas grupals, as formas de resisténcia, da comunicagae, ae ‘O grupo deve assumirrespansabilidade pelo seu processo (Rite, 19985). Entretanto, tal proceso nao se dasem contitos e angustas. No grupo, o confito é inarente @ pode ser entendio combase na tenedo ontro 0 interesse do cada um @ 0 ineresse do grupo. O {grupo também vive processos conitives em retagia & figura de ‘autoridade, namedida em que precisa resolver seus problemas da poder e lideranca. Nele, emergam, partanta, confitos de depen- déncia em relagda ae coordenador, ansiedade ¢ medo diante de S04 funcionamento, sua mudanga etomadae de decistes (Foulkes, 4967} Para Foulkes (1967), existem 3 fases comuns # todos a grupos: 1. Faso.de tomada de posigao @ conscientizagte do seu proces so: quando ha ganas translerneia para coma figura do terapeula como 0 salvador do grupo e, em snguida, @ daceneao NesER ‘rong. Ea faso dos prmsitos movimento do ideniibeapaa e projegao, na qua onde pradominar a" conversa sociave".08 hei Laaia eae (Boy) sentimantos de civislo, a conversa sobre prablamas"praticas’ ea siéncio. 2, Fase intermediaria ou Ge integracao: meior caracterizagao do ‘sentimento de grupo, maior cormunicagao, interpretagaes mi- ‘was, sentimentas de contianga, maior centraligade no grupo do- ‘quene terapeuta. 3. Fase final ou do encenira com a fealidade: tim do (rupocansiedade, sentinante de perdalute ou cua elaboragdo, © grupo 6 dinamizado pelas tantasias individuais Inconscisnies e coletivas, as ansiedades © defesas, que esttio ppermanentemente presentes, motlicando os propisitas I6gicns @ racionais da aprendieagem humana. Esses fendmenos surgem, ‘organizamse @ funcionam mediante sucessivas ‘dentilicagoes projetivas @ introjetvas entre os participantes do grupo © & psicoterapevta, emanando da histSriada cada um e entslaganda- 98 NO grupo (Ribeiro, 1995; Foulkes, 1967). ‘O grupo é ocantexto onde se pode raconstmuir ecrarsignit- cados bericomo reviencia stuagSese relagbes traumaticas soba luz das relagies grupais. Nogrupo, épassivel elaborar essas.expe- niéncias, através da Loca de informagoes, da produgao de insight, da identticagao, das reagdes em espelho e da rede transferencial, Quando elas acontesem, a5 interpretasdes, feitas sobretuda am momento de transteréncia postiva au de vivéncia grupal profunda, visam-esclarecer res sténcias, projegtes e defesas mostrando sua importing ne aqui e agora do grupo e de seus paricipantes (Ribeiro, 1995; Foulkes, 1967) Levande adiarte as pesquisas sabre a psicodinamica do pro- ‘0586 grup, Foulkes (1967) rreduzu 0 conceita da Matriz Grupal Para ele, 0 grupo e uma matriz de experiancias @ procassos interpassoais, A matizdo grupo é uma mentalidade grupal, engio: ‘tvando conscianta e inconsciente, E constantemente realimentada, pela rade de comunicagae no grupo. Os processes wividos exprossam os modos como os paricipantes percebem e tradu- zem a mattiz grupel. E interessante assinalar que, apeser de expressar grande teagio com ¢contexte cultural do qual a grup faz parla, a matriz do paqueno grupo busca ser dindmica e aberia paraincentivarprocestes da mudarga, 2 OFICIINAS EM DINANIGA DE GRUFO No grupo, existom fendmenos de ‘condensagao”, através a emeiganela sabi de um material protunda, provacado pala acu ‘mulagaio emocional de idéias associadas ao grupo e nem sempre {om zd vonstieniten nto percebidas. também, fenémeras de “essociagio em cadeis™, quando o grupo sustenta uma Ivre aassociagao em seu diaiogo, produzindo material relevante, G3 ‘memoros pode tanto ter reages conjunias quanto subdlvstes ante de uma mesma situagdo ov tema de conversa (Foulkes, 18671 Para Foukes (1867), 0.gnapo aneliica vive em tipica nivel de comunicagao: consclente, onde ha conexto entre consciéncia © representagae através da linguagem; pré- ‘conecianta, quando ha contstidos subententides mas que “algo” impede de allorar & conseiéncis: e inconsciente, quando a comunieapi0 eondu 0 grupo mas aluando fora da represertacaa conecianto, As sliculdades de comunicagao no grupo adem recultar das variagdes na matriz de comunicagso grupal e das ‘quest6es emocionais e inconscientes, Assim, as princizels reas de interprstagae SA0: os conteldos da comunicagao, comportamento das individuos ¢ do grupo, as relagdes interpessosis, ¢ 8 reda de transteréreias (Ribeiro, 1985). 1on-Rivibre @ © Grupo Operative Psiquiatra e psicanalista argentino Pichon-Riviére, comegou aelaborara teoria do “grupo operativo" na década de 1940, buscan- do articular as proposighes tedricas da psicandlise freudiana @ a teria de campo ée Kurt Lewin, Sua compreensao dos “modes busioost no gripa eda formade apeendizagem grupalrelacionada, | slaboraga da experiénela, om uma rede transterencial, oaprorl+ mma também de Bion Pienor-Rivire (1998) define © Grupo como um conjunto de pessoas, ligadas no tempo @ no espaco, articuladas por sua miitua reprasentacsc interna, que se propem explicta ouimplicitaments a we aya, cece tom uma rede come imento de vineuos entre sl. Coerenie cor ‘sua teoria sobre 0 grupo dla grande Importincla aos vinculos soci gem, uma vez que = se constitu na felago com 6 outs. Aerie Bhat ifnse (Bip./ © grupo se pdecoma uma rede de relagées combase am {a} vincuios entre cada componente eo grupo-coma um toda e(b} vinculas intespessocis entre 03 parcipantes. O grupo se une em torna de uma “tarela" consciente mas tamioém pela dimenso co Em todo grup, existem dois nlveis de atividade mental Um 6 racional, Iécleo @ eoneciade com a tarefa © outro € inlensamante carrecado de amaggo ¢ conectado com a dinamica peiquica dos participantes ~ suas Fantasias, medos @ demandas (Pichon-Rivibre, 1993; Berstein, 1805} ‘Assim, 0 grupo tem uma tarafa externa, delimitada pelos Cjetvos conscienles que assumiu, © uma farefa interna, que significa a tareta de trabathar com todos os processos vividos palo 'up9, em nivel consciente e incansciente, racional e emocional, ara que corisiga se manter como grupo de trabatho e wenha a realzara tarefa externa (Portartieu, 1966:.Bersteln, 1986; Pichon- Rive, 1996), Cenforme nos explicam Paranieu ¢ Tubert-Caktancer (1286, 9.138), 0 grupo operat cansital uma modalidade de pracesso ‘grupalque, emprincpio, deve Ser-dinémico— permitinda-se 0 fir 4a interagdo © da comunicagso para fomantar 0 pensamento @ 8 ctiatividade; reflexive ~ uma parte da tarefa 6 a reflaxio sobre © propria proceso gupal, pafticularmente quando se trata de Compreender 0s fatores que obstivem a tarata; e demacrit00 quanto &tarefa—o gro origina suas proprias aces epensamen= fos, em um principio de autonomia, Todo grupo, ao formiular os seus objetivos, se propde a uma ‘mudanga eu realizapto. Mas lamibém apresenia um grau menor ou ‘maior de resisténcia a essa mudanga. Dianta dela, evidencia, os ‘medos basicos Ge parda @ dealaque,istoé, de umlado, ermedode perder o que ja se fem Inclusive a propria identidade ~ e qua se ‘elaciona a-uma ansisdade depressiva e, de out, 0 medo do-des- conhacido, quese liga a uma ensledade parancica ou persecutira Tal resistincia & musanga pravoca entraves psiquicos e atetivos & sprendizagem& comunicagiono grupo. Inspirado notiksoto Gaston achelsr, Pichon -Aiiére dé a estes oniraves onome de “obstace los epistomotticos" Gerstein, 1986; Pichon Reviéve, 1998), A Identifcagao e = subimacao seo, também para Pichon- Fivibre, processes bisicos do grupo, onde a identilieagso se epre- senta "milla" ou"em rede’. Os processes vivides no grupo gecam uma ressonaneia nessa rede, Ouseja, o proceso individualentra COFTCINAS EM DINANICA DE G=UPO 1 campo grupal provocando iceniticagties e weagties em cadeia, conforme acistincia psfaviea entre os membros, Assim um memo serve de suporie pata processos palquicas de outros membros e do grupa (Bersisin, 1986; Pichon-Riviare, 1998). Consequentemente, 0 trabalho como grupo isa §intogrario de Guas imanstes: (1) a verticalldace, que se retere historia de cada participant, € que 0 leva a uma reatualizacéo emacional no rupee a um processo transterencial, e(2) ahorizontalidade, que s¢ relere ao “campo orupal’, consciente e inconsciente, que vai ‘senda modiicado pela age e interago dos membras (Pichon: Fide, 1999), No grup operative, instrumentaiza-se um proceso que passa fundamentalmente pela diminigo dos medos basicos, com 0 foftalecimenta do Eu e uma adaptagaa aliva & realidad. Hierarquiza-se, como tarefa grupal, @ construpao de um ECRO — Esquorta conseitual, eferencal e operativo ~ comum, condigao necessérta a comunicacao e realizacao da arefa, & tareiadepon- do, partanto, do campo operative do grupo: sua percencao, interagao, linguagem (Portarieu, 1966; Berstein, 1986; Pichon: Fivibre, 1998), Mas, se a realizaglo da tareta acresconta experiéncia 20 grupo, ela também 0 forga a rever os seus confits @ tomas da ‘rganizagao, de fora que processa grupalenvoWve umaconstante dosestruturagao e reestruturagao dessa campo.e dos svjetos nele ‘envotidos (Pichon-Fivire, 1998). No pracesso do grupo, has momentos da pré-arefa,tarefa @ projeto. A pré-tarefa € 0 momento em que precominam mecanismos de dissociagio, com finalidade de detesa dos sentiments de culpa e ambivaléncia, da situaglo depressivabés| 2, dlieuidades de tolerancia, rustragao e postergagao. A. tarefa 46 momento em que £8 rompe a estereatipia © 98 elabara a pre tareta, avangando na elaboragto da seu cbjative. Nesse momento, alcanga-se maior operatividade © crialividade, podenda-ta sistomatizar objetivos 6 realizar tarefas propostas e/ou novas. No momento do projeto, uma ver alcangaxio ur nivel de operatividade, gupopode ss planejar(Portarsiou, 1385; Becstein, 1886; Pichon. Finiée, 1986). Em seu ‘projec’ o grupo vaisetomando mais cons cionta @ flexivel quanto a0s seus papéls, centrando-s6 no romnpi= ‘mento de estoradtipos @ modiicagao de vineuios intomos o exter nos. Centra-se no campo grup. Cacia Individuo ao se expressaré Mivin Baia Lh tase (Bega? porta-vez de uma dimensio ou especie mp0 grupal fete da ‘0u especitcidade do campo grupal Esses momentos do grape née seguem uma légica near @ aarti npcrsn seam ne gene (108880, disperséo dante da constante demanda de susienter sau froesso @ refer sobre el. Isso implica quo lenha de estar cont ‘nuamente se reorganizando @ se recriando. Ou seja, que proceda & ‘evisdo ~ em um sentido imaginéto, & CesinuigSo - ea s6us ideals Para que passa recorstru-os denio do contexto, presuratico & ‘ealizago datareta. Pichon Fivéreaponia ena para uma rociae9 Seeoete deco arecaeapio deur magemcoatipo €2cos seus objatvos, mas seared forma re See us jtvs mes sone de rma renovada Bert, 8) Pichon-Rivié'e apresenta @ concepplio de uma es aia lia aosmorentos ao gp, ou cgu dare daphane, grvpa (0“existente’, uma interprotagao” 6 gorada © provaca una 68-estruturagioe, a seguir o grupa respande tentand se trans formar para dar conta de seu processo, passande a vine anna fagte, om una nova utsdo Cenergeie), Cad 00 at supera ontenor (Berstin, 1986, Gay strange este (Bersiein, 1986; Gayoro, 1898, Peston ‘A“espialdiaétioa”abrange 6 tedordo processo grupel, cor unmovinenaconss ee passes emerge cas sojam: afllagaorportenca, G80, ‘ily tllacteponercscomanicato,cenporagio, le, apron A alliagao ¢ pertenca dizem raspeto ao grau de identilica- cho cams Sree Sta reno a ert atliagao India sipenas a aqulescéncia em pertencer 20 grupo, a Pertonra ervolve @ gentimenta de identiicagao, um *nds", com 0 Q1ups. A partenga pessiblita a identidade mas também contém a Sillerenciagao.& alse «-portenga sia bdsicns para o desenvol- vimento dos outros prosessos ne grupo. A.cooperacto prassupde sjuda milua © s0 dé através do desempenho de diferentes papetso funpbes. Na tentata de arievlar -demardas do grupo e dos indiviouos, mutes vezes, surge a cam petigde. 4 lexibilzacao ds papéis & uma forma da se trabalhar 2 problem, buscando aco-apavatiidade. Co-operarnaosinifca. ‘no discondar ou corlrontarmas sim atuar quando se 6 complice {oundo ser cumptice dequilo de que se discordal. Gooperacao @ Comunicagao intarigam.-se e favorecem a aprenizagem, 2 2a OFICENAS EM DINAMICA DE GRUPO ‘A-eamunicagao @ um processa que leva em conta as redes de comunicagao no grupo, contende possibikdades @ entraves. Er: Vole também a confito ea necessidade de se rabalhar sabre ele. & preciso elaborar o que se chama dé “mal-enteruilo”, » que esis Resoeiado @ conlltos diversos, tanto aqueles relacionados & iganizagio do gupo quanto os cancementes a contitns psiquicas, ‘A aprendizagem vai alam da mere incorporagao de infor magies ¢ pressupoe o desenvolvimento da capacigade de crar titematvas — por meio dela parcebe-se o grav de plasticidede (rupal frente aos obslaculas e a oriatvidade para superar as antradigoas mesmo integré-las. Com a alenuagao da ansiedade pasica, o grupo pode aperar melhor s6us afslos @ a tarcta. A faprendizagom esté interrelacionada & comunicagao € 0 grupo precisa campreender seus obstaculos # comunicagao para nalisar es abstaculos & aprendizagern. Ao mesmo tempo, & apenas na dimencdo da tele, que ogrupo consegue deslanchar fodos 0s seus outres prooessos. ‘Atel caracteriza a cisposicaapositva cunegativa dos mer bros de grupaenire si, Relere-se As relagdes no grupo, tals como ‘sfo pareabidas a vividas. € uma dieposigéo para atuar em canjunto ®, assim, pode ser positva ou negaliva. As percepgoes entra 0s membrosdo grupoesiéo vinculadas aos processas transferencials. ‘Assim, a tele nos aparace come uma rede de transferéncias. ' imporianie sesinalar que, para Pichon-Riviere (1996). 0 ques enconira no grupo no 8 uma "neurosa transferencial” (prt ria da stuagao analitca individual) mas sim processos trans: {erenciais em uma rade de relacbes, Atrensterénciaé um processo de alrlouigaa do papas 20 outro, baseado expectativas inscrlas tava psiquica dosuleto, Comportaa repradugaa de sentimentos ineansciontes que indica a reprodugao astereatipada do sitvagaes, ceatacteristica de uma forma de adaptagiie passiva, onde o sujet fa v0 aladoa conitos psiquices née trabalhados. Essa reprodurso. temo ele de proteger contra.o medo da miudanga @ portanto da: fortelacor areslsténcia & mesma (Berstoin, 1986; Pichon-Riviere, +1988) ‘Appertintncia refere-se & procutividade do grupo, & sua ce pacidade de centrar-se em seus ebjetivs, ce forma cosrente com Sous outros processos. A realizagdo de objetivos daniro de um ‘contexte requar uma pertinéncia Go agir que se ataste tanto do ‘conformismo quanto Ga runtura total do contexte. he Bieta Be tfener Clap Esses pracessos do prupo no saoesianques ¢ nemilinea: res. Ha um constante ir¢ vir entre os mamanias. Para Pichon- Fiviéra (1998), S80 aspectos do processo grupal que interatuam. 'No grunooperatvo, apnncipal luneae de eaordenador, apo ‘estabalacarum enfoqie adequade para a oparagao dogrupe, 6a de ajudar, porreio de ntonvencdesintemetatvas, o grupo. realizar sus tarela intoma reflexiva, a fim de colocar-sa em concicoes de decenvolver sua tarels extema & explistagaae inerpretacao dos fatores imalicios no acontacer grupal permitem aos membi0s t- mar consciéneia @ enfrentar Obstaculos que, ao permanecerem inconscientas, telamcontinuade a interterir com a reatizagte da tarela externa (Portarieue Tubert Oaklander, 1986: 197), Paulo Freire © os Citculos de Cultura Q que um edusador teria @ acrescentar a um processe de grupo? Uma concepgio de aprendizagem din&micaem que a motivagio de educardo-e a relagio da aprendizagern coma vida ojam fundartenials 6 em que essa dindmica seja empreendida pola aco de um suo socal, na [4 famosa citagao: "ninguém educa ninguém, at pessoas se edueam umas &s outras, ‘mediatizadas palo mundo,” Podernas entender, ainda, dentro da. feoncepeo de Pichcn-Riviere, acima axposta, a unidade entre ‘aprender @ ensinar, dentro do campo operaiivodo grupo e a partir {da sua rede do Warsierencias (Pichor-Rivibre, 1998; Instiuta Pichorefivire, 1991; Frere, 1978 ¢ 1380). Iniciando seu vabalho de educagso de adultos na década de 1950, no Brasil, PaulaFreire procurou formular um método de leltura que levasse no apenas ao aprendizado de uma habikdade formal (litre) mas a urna compreansaa erica do sujet sobre cou con- texto (lature dé munds) ado prépna nesse contest, PropBs antio ummstodo clégiea, saesado nainquagemenacultura as sues queestavam aprenden alec ea. esmevereque eramdsade serrore possuldores ca um sabar por soromsuietos de uma.culura. Assim, {csimotaa de poderno aprondizado sara quastionada palo fatode {que 0 saber no € algo que siguém dé a alguém, mas & produzido emintoragao dentro de um contexto (Freire, 1976 ¢ 1980). ‘0 enfoque daligio e reflexvo sobre as conciqses de exe téncia © a auto-organizagto do sujto dentro dessas condigies pds uma eislica da aulonomia.¢ hoteronomia da sujita no 26 OFTEINAS EMM DINAMECA DE GRUPO ccontexto, Ouse)a, 2 aprendizager era uma raalizagao de im eujeto da linguagem, eminteragao social. Conforme escreveu Freire, ‘assim como nifo-@ possivel Anguagern sar pensaments e fngua ‘gam pensamerio s2m 0 mundo a que se (efersm. a paiva human mais que um mero veedbulo ~ & palavragso. Enquanto ato de Cconhochnanta, 2 allbetzapio que lava a_sés0 o problema da lr ‘guagem deve tar coma objeto tambér a ser desvalade as relepaes es saree humanos com seu mundo (Freie, 1978, p. 48) ounces em grup, no ctamado ‘ero de culture ot tavttanaoeenprowiom una ala ese ear. Para trocaevarvence ua sre do cbtaeuls nie ape corto aoe ete rectavrs Yonce'aviSsoingea Ge adueaar ominde, para poser esse mundo e poder ‘expressé-io em uma nova linguagem-compreansdo (Freire, 1880). © igus co afabotzapan en Sav, om seu nico lunar riadoroleveniament detornas rguseas ede ques ieerepe vocilas outta ea vide sos evade, 27 £08 ‘Stones Ere combaco tote eri in consul a Gime soquéncia de apresentagho da lingua ¢¢ cbnrecSonereo teal adicn Cade “ual ra tard Um Gore ce led see tra wnedcs hv dos eaveandes Fie errors oprzato buna auura se ered saaen shamans porque coticava vas aspects Ca ot scuome eciando asus leractica, Aseauanda sess erm sprovetngao ca para arecor,decoatieagio Sacnusgaosratome, ono a pala goede aah com at Seabee coscovera) cago dorovas pla corn Use Go slabes,eerloos sta ova, 100) see eae canio ura rabdacs" er aaa, om miso se ara oa alchra, om um prosoteo"aN, dpa creo @ criticizador’, Simples fo que dizia respelte aos recursos tecnicos, eee ao malo convavn-se na possbiGnoe do seraila’@ «satan ore e sluagoos exmencine do grupo. stuagoes- Taran, cfeddbste data o pup deter cornszag6™ rena, 660 (rete paressacte ctr qu, pra Foe apendzagem soa ceatzavacomo rocoes de probleratzapae co MUNG 256, 28 hire Boia forte Meg) a atte de assoclas idéias era 120 importante quanto a “arte de dissoclar idéias", essencial para uma critica das ideologias, Dissociar ¢-associar fo processos importantes para a percepgaio ddalogica do nosso per samenio, 9 ara que possamos nos reponsar a partirdessa percepeio atva 0 critea (Freire, 1976 6 1960), Existom, ont 9 grupo operative da Pichon Rividea @ ocircu- lode cultura da Paulo Frare, alinidades ligedas especialmente a ‘uma compreensiida aprendizagem como um processo dialdgico, onde os processos de camunicarao ¢ seus entraves pracisam sat objeto de andllse.No caso de Freire, esta andtise revela as cconcepgtes ideologicas que reproduzem 0 assujettamento doedu- cando. No caso de Pichon-Fiviére, a andlise inclu todos os ele- menios conscientes ¢ inconscientes que pertubam, no arupo, 2 realizagiio de seuprojalo, Para ambos, ocaerdenadar nfo pode ¢e coloear camsa 6 datertar da verdads, mas cia came algudm que lrabalha como dozsjada grupo eeam og entraves a aprandizagom 2 elzboranio (Pichoe-Rivitre, 1958; Intituto Pichon-Fividea, 1801; Froin, 1976 0 1980) Grupo e Context: ‘YVertente institucional ‘Trabathando com pequenos grupos, em seu context s6cio- institucional, ¢ precisonao perder de visia impacto que-as presstes eos atravessamentos|nsitucionais wazem paraa dinéimica interna dogrupe. Datinindoa organizaga comaum sistema cultural simbdlioo «6 imagindrio, Eneiquee (1997) aponta sete niveis {ou nsténcs) ‘que dverlam ser integrados om sua andilse: ainstancia mitica, a social-histériea, a institucional, a organizacional, @ grupal, a Individual ea pulsional. Nao paderos nos deter aqui na expicacéo ‘lalhada das sas nies, mas poclemos apontar a necessidade nelas expressa de uma snalise que articule processos sociais @ Intersubjetivos bem coma o simbolismo € 0 imaginario social com ago, interagao € comunicagao dos sujeftas socks. ‘Ocariter ambiciose dessa tarefa 6 visivel e, assim, & pre- ‘iso assumir recortes no campo social estudado, estabelecendo focos-e, com base nelas, reconstituindo o escopo daandlise, Erm ‘oulias palawras, a inethnela do grupo pode, em um trabalho de andliss, 86 constr no face onde as outras insténclas 86 -articulem, Neees cago, ns ralapdes no grupo eerdo mai éotalha- ar EY OFLCINAS EM DINAMICA DE GRUPO a6 0 aprofundadas ¢ suas relagdes com as oulras instancias abordadas. ‘Nessa persgectiva, contorme afirma Enriqusz (1897), ope queno grupo pade ser umlugar prviegiade paraa compressa ue {enémenos colaivs. Combinands elagdes da procuyaoe de aleto, ‘opequere grupo oferece manitestares de orgenizardo, expresso, folidarodade, eiathidads dos membros que remetern tanto &o cov toxtode grupo quanto a0 contexto social. Pare Enriquez (1997), na rredida em que é portacor de um projelo. 0 pequena grupo ¢ ao rresmotempe analista e alor de sua ag&0e, porianto, da produgo da sua cansciéncia no contexte de sua aga, Entendemas que a andlise do processe grupal precisa aricular a-dindmica das relagGes ¢ Gos elementes subjativas 20: Contexto do onde emergem e as insttuigbes que as conformamy para se organizarem de uma forma particular, As idéias que um nembroterh Sabre c projeto do grupo estiocorrelacionadas.aideo- fogias © discursos sociais © expressam os contltos dessas Tgeclogias e ciscursos tanto quanto da subjetidade do membro ‘em quesigo, Aesie atravessamento das ideciagias@ préticas socials no grupo podemos chamar de transversalidad, Eniretanto,revonhever que aelaboraga no grupopade ing o nivel da ideologia © das institigSes 6 apenas um pressuposio tedrico geral que naenas ajuda a defini ambto das intervengbes parbculares..Em que mecida uma Oficina com hipertensos visanido f sua melhoria dante de um euadro de sade deve ester respaldada femuma erica ao sistema de saiide? Ou as concapoesideolégl- cas sobre sade e doenca? Certamente, esta medida nao pode ser dada de artemio pelo coordenader, pois ¢ @ grupo que a pro dduz em sou proceso. Mas, podernes dizer que dilerentes foros de intervengo pacem evar a disranies produgdes, @ isso é um produiodoprdptiogrupo. "A rede de relagSes insttucionais onde 0 grupe-esté insoriéo esiabelece lites e possiblidades, faz prosséee, tenta nagociay, trata de desconhecer, boicota ou apaia. A coordenagao do grupo dove estar atonta pata weges movimentos, Mas, para 0 grUnO, & crlica a essas transversalidades deve ser possibildade @ nao obri (ga¢20.O cardter obrigat6rio de ums tarela reiexiva. assume um Zontoms autoritévio, cantrio go objetiva Ge autonomia, Ouse, © (rips & quam escolhe a suatarefa, produz aseu processo@elabo- Fa 05 Saus confias, produzinda tamioém a sua conseléncia. ie Pinin dl sifte (Brg.]) Uma ez que 53 reconhene a interigarao dos niveis grupo, ‘organiza 2 insiuicdo, a produgo do grupo pagerd transiarpor cesses niveis, sem a obrigaloriedade de produzir uma critica total ~ totalzante, poderiamos insinuar — ou de chegar a uma verdade absoluta, Senta de toa @ qualquer dimensaa imaginaria. Plo conttdno, a elaborarao do grupe pada aleangar onivel castnigao eta sosiedato, procedendo auma eftea dedi cca, mas sempre sustenta um ponto de vista particular e jamais ddeixa de reconhecero sau caraterlocal e imaginrio. Assim, 0 que © grupo produz nao ¢ uma varciade atsoluta mas uma forma de representa ¢ secriar a sua identidade e suas relagBes com.o seu contexto, € neste enfoque qua tabalhamos cam Oficinas, ‘Aig aqui apresentamos uma sintese dos autores principals, ccujas teorias nes serviram pata a consirugao da metodologia de Oficinas em dindmive de-gcupa. O Quadro 1 apresenta a relagio desses autores 8 suas principals contribuighes, Nos capilulos ‘Seguintes, vamos aberdar o planejamento a coordenagio de Oi cinas, com a incorporacaa de outras eantrbuigdes tedrices. De alo, a aticulagao teoria-prétioa na constiurdo ¢ condupio da Of ‘chav incispansvel para que esta ndo se veja esvaziada de sentido. 2 OFICINAS Em DINAMICA DE ERUPO QUADRO 1 - Referdneias tesriens da Oficina om Dinamica de Grupo. uote biicoa para @ motedslogs da Ofeinas de Oak oe rypa @ ore principals contbuloos| os = TEpeasoemaninn Spnlttoene rier Se me eee aa la Seestmnmvespann pens eat Spavetyamncectrt Feet a mas cumie Sepa, Sktataimeneatsiat en Bete a Carer ‘emg UP, famecsecieetos See an Pt were mare TSfinewrmmrtnmnes nce dam ek eee EE cceitncme tr (Ge embutagais na procetso grupat ae Saas tntaawe Wameegaiutcncten § sBrorcese center: Se eee ‘gas no pronssso rues we See nemo Woemnrangatiuersenm Saletan one Beemttamtiemenrars, Sie a see ere ner tome SEES mon Senet, Secpesommenn Lama ads EELS emomgnor po Siawioasen (Chee cl clam: aprnar em gupa ne oe ieee Segateee ee acts tnrag sumone PE eioreremce Sea eter, ecetroremcecns | Evetaersacniats ape do codonneanabet Galen So eos > GONG apa cue, SAN, acceimectas Sabie nest eeeriohe es Gi sain Erle ast canes de comicacio . © wondutte de Stans ah Sees meceuncee sine Spe Sisto ener ransierdoca: mam Braler Selma, merdrwnoresracer, mam. Faso enane a scone Dave oe Elounnecmes Peereeet geese ema e wet SPS SES SRPMS SS nasonmommn onan eee Serelegetaeiigen eas eae cermin soaraccias udealotemn ramen an mote Maria Livia SE those (Opt Construinde a Oficina: Demanda, Foco, Enquadre e Fexibilidade A Olina dee serum abate seato pele grupo, runes inpaaolsopote aca qu o gps coro nods enoarend airterengdo ou qu. date Ge propeigao Ua Oftins por um terasro~comono caso de umaescdapibics quepropeos Ok tice pis ogiupcvanha acelin ete se epropra, Matos tabaontalzados om aus dr sade, coca ou se projetos socials lin esse carder. Nesse caso, a aceliaga e apro- pape da Ofcna plo grupo elurdamental © = coordenacioda tei tor urr pap impart eto prvers conate eo ‘grupo, de escuta © adequagso da pronosta ao grupo, Podemos tents 4 moments de paraeso ta Olena seranda rae anal foone ange mmentofetval Demanda ‘A andlise da demanda é um ponte complexo na psicolagia ‘social pois € conhecidoo pracess0 polo qualos grupos eindividues fazem uma primeira “ancomenda” aoprafissional para, em soquids, ir defininde, com meior ou menor dificuldade, outras demandas implicites ov inoonscientes (Enriquez, 1997). Anda que a demande do grupo se diferencie da proposta nici, ao longo do pracesse, é preciso revera sua vinculagio com 8 proposta original ¢ tentar defnir 0 que continua justficande © trabalho. Isso signiea que a Oficina vai ce articular em tome de tumcantato nis, anca que este ver trate, qu, da mesma concepyio encanirada na atividade clinica privads, onde 6 polssiona oferece um senvicos espera pela chegada os clientes — embora ele ambem possa ser um caminho, Maa, falamos mais progviamenta da existOncis de uma stUap80 que envolve eementos socials, culuras @sutjiivos aque precisa ser trabalhada em um cado grupo social. Pensemos. por exemp0, nos servigas de sade ~ 0s grupos pacientes com necessidaces * OFIEINAS EM BENAMECA DE GRUPO especiticas, como diabéticos, hipertonsos © outros - ou nos ‘servigos educacionais—0s grupos de cratividade, da canacitagao para 0 mercada de tratialho, de educarao sexual, de orienta profissional, entre outros. Gra, a “demanda’ nem sempre aparece como um pedico profisional és v8 dante d6 uma andlise de“necassidades" (saide, feducagao, ele) da populagaa, que, &s vezas, he driga pedidos \vagos ou restitas dentro de uma orgarizapao social ja conhacica € cristalizada ~ por exemaio, os pacientes podem pedir mais, remédios, os pais de alunos podem pedirmais medidas dscinlina- 195, 06, 06, Embora nem sempre se possa tabalhar com a “que necessidadesterham ido alguma formade exoressbo © pos- sam sertraduzidas da orma proxima a realidade do gru ‘em questio.© profissional precisa ter, dessa “hecessidads’, uma. escuta articulads a0 contesta sociocultural, para poder nente ‘eomig“demanda", a paftirde unr alaiogo com o grupo stendida, ina medida E71 que procura construir,com esse grupo, uma pro: posta da Oficina, { Comonas experigncias relatadas neste livro, a Cficina pode ser propasta pelo profissional a partir de uma “escuta’ & interpretagao da demanda do grupo secial—elfabetizaréo, rellexéo sobre ¢ paternidade/maternidade, lazer, etc. Apartiinagao volun- idria © a expresso do deselo dos parlisipantes deverso ser respeiladas, para que o grupo venha a trabalhar sua demandaea se apropriar da sautrabalo, Pré-andlise Ueélo a sar abortada, A pré-aniliceinolui urn levarta os impartani relevantes para o trabalho na Oficina. Essa questo uma. existéncia psicossocial que |d aferece vairas fngutos « tp 08 de abordagam. Akém disso, ¢ preciso saber sea instiuigdoou comunidade aceitara a realizaglo da Oficina ¢ fazer os arranjos necseeériog Ea Mos Lies oe ase (Bip) 'Napri-andtise,ocoordenador deve intsirarsse da problemé- tica.a ser Gscutoa, rset, esilda colar dados e informacte E imporianie ter ums andlise psicossacial da problemetica cenfocada, que orine na escalna dos subtemas e focas de discis- io, Quals £89 as pancipais inlormagses a serem trabathadas? {Que aspectos emacionais @ relacionais ¢ toma parace lavantar? Coma terd side a expariéneia des parisipantos em relago.aessa esto? “Spee sa lle ical aotrtencon efar um progr rigco para o grupo e sim cualificar 0 coordenador para.o seu encontro com a grupo e desenvolvimenta datrabalno. A pré-andlse possi ita, a partir da tema escolhido, o levantamento de “temas~ "du paderdo ser abordades no grupo, sempre ulando os particiantes. nos grupos de pais de adolescents, pude- mos antscipar que ce pais estariam interessades em dicate sobee sexualidad, dissipina e abuso de crogas. Isso no fol fut de uma mora opini2o ou interesse proprio das coordenadoras 6 sim ‘de umestuco score questoes relativas &famfia e @relacao paise {ilvos na alualitade, Por serem suiellos psicossociais, os partic antes da Oficina estardo vinculados a esse contexto catidiano. ‘Além disse, padem trazer temas que na forarn pensadosinapré- analise, Foco ® Enquadre por exempio, aselagao com flhos adolescentes ~ surgiro, napré- andlise, Yemas-geradoros" que aludarioa camper otvabalhe. Cada tema-gocadar pade ser trabalhaes ar um enconteo ou am varie ‘eneoniros, dependondo do nimars de encentros propostes & do interesse do grupo. /~ E essoncial que os temas-goradores tonham ralapao como _fotidiano do grupo e que mio sejam apresentados de forma electualizada, em uma linguagem estranha a0 grupo! Por ‘exempia, cia’ se prope “a sexualidade na adalescéncia", Na medida em {que o grupo ajuda # compor esses sub-temas essa designagao fica facitada. s LOFICINAS EM OINAMICA DE GRUPO 10s tomas-geradoras, a exemple dss palavras-goradoras de Paulo Freire (1980), mebiizam o grupo porque se retacionam @ sua experiéncia, tecam nos confltos @ nas postiblidades, agugam 0 desejo de partipayau e luca Porém, como a Oficina & usualmente realizada dentro de prazos datos ¢ preciso também conversar sobre o'seu enquadre. (0 “anquacre” iz respeito ao numero e tipo de, partcinanties. o ‘Ghlaxto institucional, o local, 05 recursos disponiveis, o nde fp enconitos. Ou sala, € preciso preoarer uma estrutura pa 1 ‘Trata-se ce uma Oficina em aducagac sexual? Em ‘vacacional? Em saiide na terceira dade? Sera desen. volida em um centro de sade? Em uma escola? Quais #8028 taracteristicas dos pa-tepantes em termas de idade, sexo, nivel de escolaridade, ele.” Ger ar pensadaemtemios de {aciliar « expressolivie d ‘panies, roca deexperiéncias,_ a relago com © coordenador, a privacidad dos encontros © 0 tespago é lamps para var ura rollaxan sobre 0 tema, bem como... ‘98 limits ingitucionais para a propasta de trabalho, Nesse caso, {bom lembrar que a trabalho pode ser desenvolvide emt méduios, fasee, eo. (verEiaier, 1886) Para melhor compreandera possbilidade de se destanchar um pracesse Ge ratlex2o o elabora¢ao am Um grupe estruturado, ‘comumenguadre dado, $mportantsintiocuzr uma rfiex2o sobre ‘a raluee2a o2 Oficina “Come mélade do intervene nsicossocial Oficina busca ‘suas Gases na teoria dos grupos em um contexto. sociocultural. Ela nao ¢ um grupo de psicoterapra ener um grupo de ensino. Na esteira do “grupo operativo' eco “irculo da culture’, @ Oficina re~ tence walzat umirabalho do elaboragso sobre a interetapao entre cultura e subjetividade, vue cine jade lorepeutica, na modida ém due taclta 0 laboraeao sobre questOes subjetivas.inlerpessoals © _.._Sotiais. Também tem uma dimenso ou potancialidade padagdgi- 2a; na rodida em cue cesiancha un prccesso de aprendizeger, S pari da relloxto sobre a experiencia. Possibiia uma elabora: Glodo conttecimenta desenvolvide sobre mundo e do sujet mundo, portant, sabre si mesmo, ‘Stuando os8a alimagia dento de nossa fundamentagso tedrica, pademos esclaracer que 5 que chamamos de elaboracao a4 Mie Lina ise Ory.) na Ofeina corresponde ao concets de aprendizagam no grupo ‘peralivo,@ letra do mund em Fraire aac dasarwolvimento. om K. eetescimento em 9, de Bion (Bion, 1978; Nes, 1999). pA paticularidate da Oficina é que ela. 6 reaizada em um ( contexto£6cio-nsitucional com enquadre detinio a provaveimen: ) tum raza 6 ealizarao. Assn. as menses trate epedagogica estio relacionadas @ estrutura, 20 espaco@ a0 tem: < padaiintenenie e, ainda, 20 Tocc" de intervancdo. ‘Tomando a Glisina como um tipo de Grupo Operative, pode- mos compreender que nela haverd ume larefa externa e uma tavefa jinte ma, Na Oficina, atarela externa se constitui no foo, ou tema, ‘que define o-eixo de trabalho. O enquadre.adotado ao mesmo tem- po parm elinita cess trabalho. Ejustamenle essa dependancia ‘pragmatics de um contexto e de um planejamento local que exloe "lg. enguadte da Cricina seja substanciaimenta correlacionado. ‘a01ocode tishalho, Ocoordenacoreo grupa precisarn estar scmpre- ‘loTOs 866 foco paratrabalhara relarao ent “Tarefaintema’ & “arata exter’ naspossibiidades elites do contexto (ver Pchor= Riviere, 1998), possivel, endo, propor a adpatago de alguns principios @ imétodos da peicaterapia brave para compreender e manejar os processos grpais na Ofieina. Gra’ (1885) ros expica que a abor- Gagem peleodinariea busca tornar consciente elementos inconsclentes, a reesruturagao da pereonalidade, a elaboracao dos corfitos bisicos, etc. Eniretanto, na psicoterapia breva, um {oca cteunscreve mes para trabahe, sendo que se busca maior cconseincla enomo de problemas, insightsobre 0s confltos ps quices, elevagao da auto-estima e methoria sintomatica, Para Braier (1606) ofetods que a eriporaligade e enquadra terapéuloo sefirh nedicados, ra pslcoterapla breve, causa um destneorajerma de eparecimenie de fantasias rogressivas © avo- reca uma estrutura de principio, maiaefmpara processo, Emora Graler este co rferndo & poiotorepia breve individual, assumimos {que 0 mesmo pode ser atirmado para grupos. ‘Assim, ne Ofisna, a crcunserigao ce tempo @ a definigao foo ior excessive moolzerdo sete Sfadaacem arelagao coordenador, A temdiica escohida, com base numa manda, também focaliza para o grupo aqueles conilitos & investimentos aletivos associados & tomatica, Q trabalho do ‘coordenador deve ser sensivela cess dinimica mas rgsinie cuanto, OPLERNAS EM. DENAMECA BE GavRO 0 nsight se interligar & narrativa que es particpantes fazem de sua experiéneia, Sujelto social suelo psiquica $80 vistos como dimensbes prosentes no mesmo processo (ver Pichon-Alviere, 1998), (Otrabalho com us foco cortamenie encontra limites mas, também, pode gorarmudancas dinamicas que wenham a aloangar 0s objetivos propostos a trazer, para 6 grupe, uma diminulgo de angustia emalnor insight sobre a temtica abordadia (Brae, 1966). Pode acontecer a claboragéo de alguns conflitos na rede transferencial do grupo. Representagées sociais e formas de ‘ompreender as relagdes socials sto focode rfiexioe mesmo de transtormacsio, Para Braior (1986), na psicolerapia brave, eatimuies.0 insight ‘ireunsette 20 foco terapéutico, para que se pessam abler mudan- ‘gas din&micas. Quanto 80 seu tipo @ prefuncidade, o insight esta mais drigido paras relagies do sujete comos abjelos extemos de Sua vida cotidiana e atval, ainda que fendmenos translerencials ou {de revivércia possam acontocer, de forma lenitada. (Quanto. sua natureza, 0 insighrpassuiuma conotagéo mais ccogritiva do que afetiva, evando o anaisandomais & compreensso do que & revivescéncia, Ainda assim, no se trata de um mero ‘nsightintelectual~ que seria uma nova forma de resistencia ~ pois uarda uma relago comes companentesatetives (Braler, 1986). De fato, bik © Fieve de se estindar condutas meramente ‘adaptativas ou de gear, em tone do fo00 de relexfio, mais uma pro- ‘ued intelectuaizada do que uma elaborago (Braior, 1988). Ore { pelo 20 pracesso grypal. omanajoda redsde transtarsncis 6a facii- lagio da comunicardo no grupo S80 elamenios qua minima iis 4, riscos, Ness2 sentido, a coordenador deve sompre recusara postura ) cequemdetemo'saber, essuminco oluoar ie inamizador facitadar ( goprocesso grupat Planejamento Flexivel Em um quarto momento, o coordenadar se coloca a ques- tho #8 ¢ come deverd planejar cada encontra, Pode ser que a ins- ttuigao exija esse planejamento. Pode ser que nao, Oe qualquer 36 Monte Lin hate og) forme, a8 Ope aus se colocam si; planejar@ Oticina como um todo, detainando cada encanto previamenie, ou planejar passo asso, fst06, & medida que.os encantros lorem acontecende? [© Blanejamentu yisbalnos da a possibiidade de uma Vis mais inteia do trabeino mas carega maior nsco de rgidez anquanio | que 0 plansiemento passo a passo pode ser mals flaxivel mas gore ura visio lragmentada, Cadaecordenador deve escotnrjunt +49 grupo ~@ no cortex instuionel ~ que camino tomar Oplenejamenta de cada enconto resuta do desdobramen te do fose ou tema geral ¢ esi relacionacio a discuss dos te ‘mas-geradores. Tielase da um planojamario lleva, iso &.-0 ordenador se prepara para a apo, antacipa temas. estrategis, omofommade se q.aliicarpara& coedugsoda Oficina. Erretano, precisa estar cientea peeparado para acompanhar o grypo em eet r00ess0 oque pote, eprovavelmantoval,sgalicar mudangas no Blanejamento inici. Por isso cizeres que € um planajamenio fexivel, De fato, desde a primeira encontro com 0 gtupe, o- coords rrador jd comega otabalho de rever o eau planejamento, pola da essevta culdadasa dos interesses do grupe que agora se faz um parceiro real. Dai ecmega o segundo passo, que caracterizado palo pracesso mesmo da Ofeina, Neste momento, é importante definr com.0 gaupo.o.seu “oontrato’. Parque resolveram partipar? Guals sd0.as combinapdes Tiacessdiias para sorom fetes arto « hod, loel, etc.” Epre- iso esclarecer a rogra do sitio (que 6 falado no grupo néo pode sereomentado fora doc ups sem a pemisssio deste), ada palavra livte (todos poder $8 expressar). @ outros aspectos que so colacarem coro relevantes rt © iumero € curacao de encontros dapenderd da proposta bia, Pordm, ¢ interessante que cada enconira seja estriado er pelo menos trés momentos bésicos: 8) ummemento inal que preparao grupo para otrabalho do dia {89a pormeio-c um “relaxamento" e/ou deur “aquacimento” felto através de atvidades, brincadeiras, ou mesmo de uma conversa que altaize, para ogiupo, a propasta do dia, Leva-se {em tomo de: 10 minutos nesse mamanto, 1) um momento in'ermediario em que o grupo se envolve em otividades variadas que faciltema sua refiexaoe elaboracao a OFECTNAS EM BINANECA BE GRUPO dotematrabainada, Este momento pode ser divicido em qua to momentas interigados da forma flexivel: (Io recurso a \Wenicas tidicas, de sensibilizagaio, motivagao, reflerko-e co- rmunieagdio-e II) a intervengio neceasaria da "palavra’, con versanda e rellelindo sobre os sentimentos ¢ iddias do grupo sobre a8 siluagdes experimaritadas nessa cia, (I) a expanse dessa situagSes para se pensar stuacées similares 40 colidiano que tém relagio com o toma onfocado @ (IV) expasi¢o eanaiise de iniormagdos sobre 0 toma, comparan. do-as com as exporigncias dos participants, para mitua es. clarecimenio, €}. um mamente de sistematizarao e avaliagao do trabalho do dia. Permite que o grupa visualize melhor a sua produrao coro “grupo de trabafno’, acompanhando desenvolvimento de sua rellexdioe 0 crescimento de seu processo, a0 longo da Giicina © ajudando a tomar decisées sobre os ancontros seguinies, Esse planejamento ¢ dtl para 0 coordenador, desde que ‘seja visto como referéncia & nao come obrigatoriedade. Se 0 coer: denador conhece o fio condutor da sesso 0 conta carn algumes possibiidades. de técnicas, pode adquirir maior flaxiblidade ro Momento mesmo em que est conduzindo a Oficina, Em nosso trabalio, as coordenadoras de grupo tinharn ti berdade para propor mudangas no planejamento, conforme perca: biam que elas seriam imparantes para 0 grupo, tanto durante a sesskode supervisie quaniodurante os encontros, Respoltdvamos suas opinives e posizde como coardenadoras— [aso é important ‘do apanas do ponta de vista pedagdgico come também do ponto 0 vista de sua iaglimidade dante des grupas. Em caca encontra, ¢ importante que @caordenadorprecie pensar sobre as timensdes pedagogiras e teranéuticas envohvdas, refita sobre as técnicas esoolhides, facile a roca de experienclas 28. comunicagao enire as panicipantes. © camintie metodotegico segue uma segiéncia que se iniia na senstalizagao e busca a elaborapdo. Esses e outros aspectos seria discutios no item de condugao da processo de Oficina ‘Mas, antas do passar ao peéim item, tomemns camo ake: plo nosso trabalho com grupos de pals.O fecattema ara "a ralagse comos thes adolescentes”. Exste af uma infinidade de subiama, Quais escalhere como aboraé-los? Partinda ce uma série de elu: Aeris Bia hase (Ory! ras sobre a famfla wa adolescénciana sociedadeatual (pré-andlis), ‘ietinimos alguns tépieas que pudessem ser de interesse dos pai soxualidade, mites ¢ autoridad, abuso de drogas, adolescéncla fontem eho, entre ultras. A partir de ura palestra inicial, durante a qual fichas de adesio foram distribuldas, foram formatios os grupos. Planjamos tum ode oto encoriros, com duashorascada, de periadicidade ssemanal, ns hordrios escolnides pelos pais, Reesolvemos q32 0 plsnojamante das encontros seria foto junto.com os pais. Cada dupia ce estagtinas rauniu-se com seu s1upo © organizou um primeito encontro no qual os temas de interesse foram levantados. E importante clzer que houva uma ‘grande coincidéneia entre 05 lemas proposios pelos pais eaqueles ‘que é havlamos ponsado,o que indicava uma boa pré-anlse 00 tema. Em nossas reunides semanais de superviséio, amos planejando as sessées de cada grupo, sempre acompanhando ‘08 temas da interess3 coloeados no primal dia @ as muciangas {que iam acontecendo em eada grupo, mas também sempre respeitando a temétice cantral do trabalho, que tuncionava comme tum flo condutor. Os cuadros 2, 3 mostram, respectivaments, 08 parlicipantes de um dos grupos © a seqiéncia de temas abordacos. Os quad'os 4.6 6 mastram a descrigao do segundo ‘encantro @ 0 mesinc encontro em uma ficha de plane}amentoy realizagho QUADRO 2 -Datios sobre os participantes do grupo rae a a OPLEIAS EM DINAMICA DE GRUPO QUADRO 3~Seqtiéncia das encontros do grupo en remorse ccc TT 7 es Serie = om ia aaE + fiona ae ear z fash Simpson - a aac een = cd QUADAO 4: Ficha de planejamentolRealizagdo de encontro Fiageaao mS eons a ‘Coorceniadorer: Coen a Urevis ‘emdtcn Wabahada: Winn Nisa Welaclons edaboocTncla we geregBO dos pais ¢ dos flor) Gbjetvon "Teanicas_ | Panios eniwiansoe na dacussio | Derren, erar wm] Terectse | —— ssa geyasane. | bd Se eas a [oe os ae [A raat com Ge BraDTOR pal, | oe foe talsasm | um tv | fnfey teteriae na Epoce, 8 VOSS, 8 fo aan si, eape elgg tual eon os thos fumare ca adoles Ngo fo fat. oe a rele [6 ext cere feta. Comuinamos os trz=r para o| Rate sr0 0 agi | renin ret, Fara | Dados aisle sobre adblasobaaa interes | fanfia.© grupo avaiou bam a encore QUADRO $ - Relato de um encontro ‘SEGUNDO ENCONTRO- MINHA HISTORIA, tits il closeouts sn Gaza rsenumaraa seer tet es Ce en Cegate ee ens “Anos, usamos a (écrica ‘be eu fosse Um Ivre" com a intenga ‘de connacer melhor as passoas, permits a cada um eoatar sua histéria de forma metallica live, Mullos comeparam sua histéria pala Infancia, descrevendo a aduearde recabida des pais 0 sua felagio com eles, Chagaram aos diag aluais relatando fexperiéncias @ ressalando a mudanga de lugar ocomrida: eram fiinos @ agora 889 pas. Disseram come € 0 dia-cia, 2 ritmo do trabalho, pouco tempe com os filhos ¢ pata lazer. “Tinharas plansjedo radizer © ralégio de eotiiano™ mas om viata do tompa, sugatimas que 0 grupo fizesea essa atividada em ‘casa @ {rOUXeSie 0 “TokOgIOT para 0 prem encontro. Seguimos com apslesira interative’, com o tema ‘A farniia, hoje na qual enlatiza nos as novas farmas familiares, 0 eotidiano, 2 relaclenamente do sassl, a paternidade © a matornidade con- temporgnea © a adolescéncia, Os partcipante ofereceram depoi- ‘mentos @ obssrvapdes ariculando as informagdes com suas vides. lames auiliande a disaussao-com concelios @ dados de pesquisas sobre o tema. ‘Ao Contr Sus hietriss, as pessoas recordaram euae 6X parincins Osmo adolescents 0 ralletram gobre eeu papel de pais 2 maes, o que as alige nesta mudanga do lugar, em uma época fom que a familia museu tanto, Destacaram a diferanga de sua sadializagho, ‘pols a3 coisas mudaram muito." Justificaram as ‘mudangas cem os sequintes depomentas: “hoje ae melieres 1ra- alnam fore, voce 8 due escothe 0 maniad, os fhos correm mais riscos nas ruas por causa da violéncia, recebem Infiuénicies Cconstantes de tetevisio e dos colegas da escola, e tudo isso waz Inseguranpa aos pais yue no sabem se esto aginde coretamente Se perguntam come educar @ colocar limites.” (Cgrupo mostrouindepencéncia @ procuvidade na e'soussio doteme. Prestavam aenrao uns avs outros e mostraram aciidace de exprassae. Alguns tentaram monopolizar a fala, Nese momento, a coordens¢éo inter, com perguniae dirigidas, bus cando a partcipapho para todos, Conduzinde a Oficina Como ai disoutido, a condupio da Oficina encontra reterén- slag na tearia dos pequenoa grupos. Nesse capitulo, a partir da eonsideragao do enquadré da Ofigina, vamos abordar, a

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