Você está na página 1de 19
FRANCOIS DOSSE jj IN (tse) 2 no auge da gloria, a morte vem 2m plena atividade. ando inacabadas as suas mensagens. Uma Reece sme Mele U Mma cele Ro Bd > diante de das de suas ilusdes perdidas, vars um necessdrio trabalho de luto em face daque les que encarnaram © pensamento no cue este tem de mais exigente. Ao ambicioso programa eee Me ature oleracea RCs dadeiro cortejo finebre que acompanha os herdis de ontem ds suas derradeiras moradas Eniretanto, nGo sGo esses desaparecimentos em cadeia que vao provocar a dissipagdo do para- digma estruturalista, pois este |G se encon| linio desde 1975 Cory eres eke ert Caren ane til numa fase de inexoravel de: BlMeM setae erede eee re Re ites lole dor afastova cada vez mais das ambicdes originais do programa dos anos 60. © seu desapareci- McMeel ieciealemmclRerc simi lul=iaile desse momento estruturalista.” T4Bw BS-B5669-08-5, 569065" > fers tinue au wy i ee BY STRUCTURALISME a HANT DU CIGNE, DE 1967 A NOS JOURS oa © foltions ta pécouvente WVERTE/PARI/1991 APFMS © de evIcko sasitzina: EDITORA Ensaiovsericoa CAPA WALTER HUNE/GLBERTO SATO REVISKO. LIVIA COTRIM (ORIGINAK, E EQUPE ENSAIO DIAGRAMAGAO, COMPOSICAO E FUMES , EFI NSH EonAGho EE NONeR IPRESSAO E ACABAMENTO GRACA EDTORA HAMBURG Pace berasknot de Coabonrée ne Rubosde | (Caron wonero do ive. be bean Dome Ragen 1 180 85-85609-06-3 EDITORA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP TIULO PUBLICADO COM DMINISERE DE LA CULTURE ET DE {A COMMUNICATION DE FRANCE TUL, section a editors ancais MOVIMENTO. DE 1DEASTBEAS EM WOVm MMVI Rua lpi, 784 ae ee eee © CANTO DO CISNE, DE 1967 AOS NOSSOS DIAS 1. © clloMsivswio: NOVA FRONTERA? RADA OU O LLIRAESIRUTURALSMO HISTORICZACAO DERRIDIANA E SUA RASURA 'BENVENISTE: A EXCEGAO FRANCESA .. QUANDO KRISIEVA GEROU © SEGUNDO BARTHES © SEGUNDO ALENTO DOS DURKHENKIANOS: “PERRE SOURDIEU 1907-1908: A EFERVESCENCIA EDFORIAL = TESTRUTURALISMO E/OU NAPKIMO i. ) SUEESSO DE MIDIA, FOGO ALMENTADO POR CRIICAS 128 I. MAIO_DE 1968 E © ESTRUTURALISMO, OU O MAL-ENTENDIDO “10, NANTERRE-A-LOUCA “1. A DESFORRA DE JEAN-PAUL SARTRE LACAN: SFORAM AS ESTRUTURAS QUE SAIRAM AS RUAS “13. A INSIITUCIONALEACAO: ‘A CONQUISTA DA UNIVERSIDADE .... 14, VINCENNES A-£STRUTURALBTA 15. © REVISISMO CONTINUA PROSPERO 16. IMPOE-SE A GRADE ALTHUSSERIANA 17. IMPLODE A GRADE ALIHUSSERIANA Ill, © ESTRUTURALISMO ENTRE CIENTISMO, ESTETICA E HISTORIA ee ee V. © TEMPO,, © ESPAGO, A DIALOGICA 18. A MIRAGEM DA FORMALZAGAO 19, DO LUIO MAGNIFICO DA LITERATURA ‘AO PRAZER DO TEXTO 20. FLOSOFIA E ESIRUIURA: A FIGURA DO OUTRO D1, HISTORIA E ESTRUTURA: A RECONCKIAGAO esses nn 959 22. FOUGAULT E A DESCONSIRUCAO DA HISTORIA. 1. VARCHEOLOGIE BU SAVORR. 128, FOUCAULT E A DESCONSTRUCAO DA HISTORIA. 2, SURVEILER ET PUN . IDADE DE OURO DA NOVA HISTORIA .. 28. SSS SS ee IV. © DECLINIO DO PARADIGMA ESTRUTURALISTA 25. AS ILUSOES PERDIDAS. | © EFENO GULAS Db. AS ILUSOES PERDIDAS. I O GIENTISMO EXTENUADO 27. AS ILUSOES PERDIDAS. 1, © RETORNO DA ETICA 28. DA REPRODUGAO A REGULACAO nn 22. UMA VIA MEDIANA: © HAB/TUS 90. A CONVIDADA DE ULTIMA HORA: A GEOGRAFIA DESPERTA PARA A EPSTEMOLOGIA 3) A VOLTA DO RECALCADO: O SUEMTO ‘92, MICHEL FOUCAULT: DO BIOPODER A ESIENLA UE 3! 33. UM SUJETO AUTONOMO. 391 34, © REIORNO A HISTORIGIDADE 7 35. 36. | A EXIINGAO DOS MESTRES:PENSADORES GRISE DOS MODELOS UNIVERSALISTAS E RECUOS DISCIPLINARES 435 197, © NATURALISM ESTRUTURAL 38. A ASSIMILAGAO DO PROGRAMA 99, CLIO. NO Exillo 40, UMA TOPO Lock AI. POR UMA DIALOGICA ANEXO LSTA DAS ENTREVISTAS REALZADAS INDICE ONOMASTICO 28, FOUCAULT E A DESCONSTRUCAO DA HISTORIA, 2, SURVEILLER ET PUNIR Ay Sesconetiiss° stechearea val rapidamente predominar Gesioca cou interesse para a peiiteria, para a maigem do aio, Mas. E80 nova Infoxdo pormite-he reinvest a sud pialieg por. {ica nos exttemidades. frequertomento erquecias, do astere focial. Ao esquema da tevolucto, ele onde, na prétion © ha DA ARCHEOLOGIE A GENEALOGIA A fice geneaiegica se manitesia em 19701971 de uma Wriplee manelia. fn pimelio lugar, por ocasido de ung homenagem a Jeon Hyppelte, Foucaull iar uma comuteare esenclal sobre a histé1ia como genealoga, come conc, Goncertado, a partir das telagoes de Nietzsche coma Huon” @ @eneologia encontia-te, segundo Foucaul, no conte oa or Hculagée entia. coipe © a fisioila, © ele piopéer porisae, Gencentior suo ateneto news coipo, SsquecIde ay para v8, no.entonio, é a bose desta “0 corpo: saperice ve none. gtio ‘dos acontecimentos (co paso aue a tnguagers os tee Ge Id6ios os aissolvern)®, Assim. Foucaull val slab Und soe Godeta econemes pollica do compe, segui Ge pels oe Breen fonmes de sulslcto, desvendar seus movies de penance Foucoult Ié piocucr esses compos erquocidon, wlclones, fox chados, para Ihes devolver © palavia neste mesmo ano de 1971, ao car com oultos © Groupe informations prsans (© GIP), Gncuande conciclamente suas posg6es tesiioas o sua préiica police. Mas nese comeco de decério, Foucault deve defini fambém um proarama de ensino por ocaae de sou ingteso no Collige de Hance. E ese 0 objeto ca sua aula Inaugural, fom 2 de dezembio de 1970, que s216 publcada com 0 Iie de Lorde du dscoun [A Cidern de Discuisc}*. He detina af un Programa hibide, corstiiuide pelas tegras enunciadas em L’Ar- Ehdciage du savor, mas numa nova pewspectiva genealégica ‘que dgnifica um dedocamento sendvet_em ielagéo & vocagio do arquesioga. 14 nde se trata, especih ‘ga re1a¢00 uisves © pidticas: "Fougault pit ge de nave © nivel oxclusive do discuts0, atticuando-o esta vez com 0 coipo. Seu progicma geneaibgico eM stua: ‘do sempre no feiteno da histsila, que serd objeto piivilegiado do sua andlse cil, € exclusvarnente no Infetor da esiera dis Curva que FoucaUl s sliua entéo com total clareza: para le, Gumpte “iedttulr ao discursn sou catdter de evento", voltar Guesionar a buica ocidental da veidade e renunciar & sobera- hla do significante. Reencontiam-se as regras do metodo je Getinidos em L’Archéologie du savoir, com @ seragao dos dis- culses @ 6 observagao de sua leguluildads © de suas cond! Goes de posiblidads, um momento culminante pare Fol- Eaull, que aprerenta seu progiama como progiame cifico, no filagao de Archéooge, e, por outta parte, anuncla os seus fra alhos genealdgicos futuros. As duas perepectivas coabitem, mas uma lid adiantarse @ outla no decorrer do decénic, "A ollentagae genealégica val, com ofeito, insptor as publica: ges de moades da década de 70: Surveilor ef punir{Vigiar © Puni] ¢ La Volonié de savor [A Vontade de Saber) (1978 1978): °O. genedlogsta @ um diagnosticador que examina as re: lagées erie © podet, o sabe: e 6 Corpo na socledadde moder Ee cuceut eniqusee @ perspective ectuitrnl de soida, {GiaGas 4 dimensdo corporal, & conitontagde do dessjo 6 dc Ie Som os sistemas dscipiinates, mos permanece fel & syd ovienta- ‘g80 de negagco de toda conlinuidade ° de toga yaidade de fim sujelte num jogo em que se opdem eslratégios anénimas Ge dominagde que 1m © compe come sou ponto da oplica: ga0. © tujolfo, no quodro da genealogia, nao é pertinente fem no plano incividual, nem no plano colelivo, ele #6 pode fer 0 objeto dos miltipios dispostivos de forcas reparidas, sem Cantto, no espago social. A localzagae do poder/saber val a fuarse Ge mancia pilvlegiade numa tecnologia politica do Corre, © que Dreyiue © Rebinow cuciicam de biopoder"*, Do Ponto de vista da geneciodia. o saber ndo tem fundamento Qbjative ol MIBpIvo, e-deve inferrogar-se_a ciéncia a fim de se pus! como os elellos de veldade desta 60, quania Go es sencial, efeitos de. pod 3 RPoaenus e r. nannow, rovcout, un perceuns mhforashlave, O° Of. P Bio, p. 186 Segut de perto as postvidades ocidentols peo seu avexo, pola figura 1ecclceda do Out, tal é © progioma gonoaisgco. Gue val dosenvalverse ao setem extencdes os procedimentos Gisciplinates que 0 discuso libertodor do lumninizmo ocula, 0 ter. fot que se enrosca sob © humenimo, 0 podet no inieflor da ‘clénelo, Foucault permanece, pols, no perspectiva de uma ct fica aceiba da modernidade ceidontal, do wine do rare a que opse 6 camaval da hatéia, A nocdo de poder, onipresen- te, dispersa, diuido, por toda parte tessurgente, val servit, nessa quaidade, de instumento pata desconstuit as calegorios do 1a- 260 ocidentai: "Na genealogia de Foucault, o ‘poder’ ¢, em pit relia lugar, sinGnimo de ume pura fungao estuturalcta: ocupe ‘2 mesmo lugar que a “dilférance' em Denida’”. Segundo Haber mas, Foucault opée 90 Idealisme kantiano uma temparalizacco do @ prlol, a do poder que é ulilzado sob a sua forma inver- $0, © poder néo esta mab na dependénca da veidade, ¢ o Verdade que se encontia sb © dominio de poder, que ocupe © lugar de une catagoia fundedoia e nao pode, porlanto, ter suetfo. © poder fom uma _dupla acepcdo que est no, base ‘de todos os mal-entendides com.os histotiodores. ele @ um ins jrumento dezcilive para expicar os diveisas iecnicas ulizados “para sufétiar o corpo e coupe, oo mosne tempo, 0 lugat de ume_eategola 6 2 permite desenvolvet uma. cilioa-do “rozao.-Nesse sentido, teconhece-se.claiamente na nocao de poder de Foucault uma calegotia estulutalsta, a ontoiogzacce de uma estuluic nao-tedullvel-a uma ieaildade empliica: “Quando digo © poder, ndo 40 trata de localear uma Insténcia que otionderia eva rede de maneia fatal. uma rede apertada fem redor des Indviduos. © poder & uma relacéo, néo 6 uma coisa", UMA PROBLEMATIZACAO DO PODER CO aiaisinpatente ponte de Intense deer anos 70 6 9 impicacao subjeliva.de-Michel Foucaull_na.iateriot do seu objelo tediico de. esludo. £ uma evolugao semeihante @ Que constatamos, no mesmo momento, em barines, num outro Tegitto, Essa Impicagdo € parliculurmente senvel com @ obia Que Foucaull publica em 1975, Suveiler ef punt. E certo que. ‘como asindiow Daniel Deter, uma nota de todapé om LHsto- 1 de Ia folie 16 anunciava em 1961 um trabalho sobre as pi Ses Mas ea obta 6, sobIeludo, a resultonte do envolionenio de Foucault no que se chamayam, nos ano: 70, a8 trentor ve EM" FOUCAULT, “Ockanauer” entrevista em Louvain emaise tod: ____, FRANGOIS DOSSE HISTORIA DO ESTRUTURALIEMO cundétias, 0s combates periféices, na imposiblidade de tozer desabar 0 centro. Em fovetsito de 1971, Daniel Defert © seus comaradas mavis- tas vin piopor @ Foucaull a cilagée de uma comico do Investigagéo sobte os condieSee peritencidrias. Nao s6 Foucault nee 0a 10u acoido mas engale-se inestiitamente nessa iniclat va miltante. Assume ele préprio a ditegao do Groupe inferma- tlons prisons (0 GIP) em 1971, com o helenisia Pierre Vidal Noqust © Jean-Marie Domenach, dlietor da reviste Esprit. © en- Uerege do GP nao outte sanéo o de Foucoull, que recebe fom sua casa as familias dos presos, recolhe seus depolmentos todos os sébados o partr das 16 horas, apés as visitas nas prl- oes, O seu investimento ea sua devogde a causa dos press foram totais, do ponto de adiar a eloborasée do eu projeto teorieo, que = vid @ sor publicado apés exa fase miltante: "A Idéla de Foucault ora feral com que os detentos 2 expriris- fsem, Trabothou muto mals do que eu para isso. Realiz~ou esc Mrstua deveras cufosa, nesie ponte de encontio, entre o est furalimo foucaultiano, um posmaitisno de 69 4 procura do forgar tevolucionaiias, © um eflatariemo evangélieo que fore: Cou grendes contingentas pala o GIP, somando-se aos maols- fas" Nese clima de discusséo de uma reforma do sistema pencl, depois de contesiagSes no Interior das prisdes, nos quale fo muitislicam os motins, 0 GIP yal desempenhar um papel Fn- Potfante. Contard com @ adocao de numerosos intelectuals Grundoe de Vincennas. como Jean-Claude Passeron, Robert Castel, Glas Delewe, Jocques Ranciaie etc. © um reciute Ines perado mas que Val estabelecer profundos lagos ce omizady Eom Foucault e se engojar também plenamente nexe comba: fo, 0 tine de Frangols Maurlae, ontde jornallsta no Figaro, Claude Mauiiac. De 1971 a 1974, Foucoult participa em todat be renhiinagtes sobre a8 pisdes eo GIP mulipice todas os mo- Galidades de acdo: as manifestacées, a cliculacao de iniojma: ‘Gao, of Gepolmentos, uma ieflexao cilica sobre as prétiear fepresdvas do poder. A ‘somente opts essa tote de atividade mittante, mas olimenta: do por otta, & que 6 publicado, em-1975, surveilor of punir Fao obra sifua-se na enctudihada de vaiios corminhos. Ela tsa bem a vontade, expresia em L’Archéologle du savoir, de supe tagéo do compo do dsculsividade para estabslecer o vincvlo enire. pidlicas diecuisivae © préticas ndo-discutsivas, Mas, G0 maim tempo. 6 a exoressdo do piogiama genealogico de esauita dos pontos de apiicacdo do poder sobre 0 corpo © Be iocalizagao do modo de problematizageo da piisao num Momento mullo preciso da nisiérla ocidental, Fousault adote Como objeto palliculat de estudo a pila come modaldade, ‘entte outias, do exerciclo do poder. ‘sua abordagem do poder fompe com a concepgao Insttu: mentatte do manismoterinimo, e procede @ sua pluralzacae. © poder nao tem cento, ele cicula, € 2. pilncinal esauerne 18 igcional! "Na époce do extiuiuralieme, estova.se entie 0 Estado © c Revoluges do Lenin @ 0 Foucault da rellexGo sobie 0 a alas 23. FOUCAULT EA DESCONSIRUGAO DA HISTORIA poder", Foucault faz reflul 0 pallico a parr da sua amplacae Perera oe cee co eter ae mua ocenetorenT wack maigens mois exiiemas © 0 esiado desaparece como centro FReIvoso que iitadia 0 corpo social. A sua postura se apresenta cladoe até al, consderados como opifendmenos. Esta posture tem @ vantagem de descobi, por tids do Inoigénico @ do de- sordenado, © oidenamento e a hierarquzacao de uma ordem. Nas @ nocao de poder em Foucault dill a dimensao polit 62, dipenando-a od Ininium. Ja noo 6 olibuvel @ isha classe oe ee es ce oe par fora cach, ata occ ty nie nin Foe etl ge ya coe tener par eg rot Tudo te, atone ede “esclor nem colt, esi6 em cada um, 10d 8 poder, portoda are, nS. erlé, nortanto, em nenhum: 7 redtencia a0 ee ere te pe er wie an oe fe N aniiee do toucaut om 0 mes mato cis Conve ie oe sa ea sete on utceuctes © poder oe epee eee omnia eras orator en ee ee oo Sie rake oauecaie cain nen erie crosae sant Soles ineiicadinence seasterie cremate dered oe eens Ce ee ce eae ee eee See ee ee Sars dope Foca mocese & hee Se Se ee meme Gu prado Ace pala elem desie on-onivino um Wo crcio ne comme menceoaa doe ov nWet do tecldade toda. soja ne escola, na tebice 4 Pe ctore sree enues os poweios eee ane Sev tn ern gave minis so restr oe ee ee oe eee ee A pidilica do encerramento patece impor-se do exterior @ 56 Po one ne recone oe eee cee ae eo Bods ees cose OM bona om ose Mec Miatar ne eulpcictpine oo susin-s Fousaul rogue de pat et sopsioboe dora. ne nullolencio © eros cor be. oe pope poe memepreney aomnreye tam Secaive orn Cue etic, © al ¢ armed pow poder ve funciona do menela unlatne, por umn sxcedade fundamen’ {ie Wd dee Coy ies ange © voc ee HISTORIA DO ESTRUTURAUSMO dade obsoluiista, eta um atentado ao soberano come pessoa. (© corpo do cilminose sofia entdo suplicios a fim de testabele: cer 6 poder do principe momentaneamente atetado, Por con segunnte, 0 supicio tem uma fungco mass poilica co que judl- elatia. © corpo esté no centto do dispositivo do poder: *O CoIpo Inferrogado durante 0 suplicio constiiul 0 ponto de api: Eagdo do casligo © 0 lugar de exiondo da yerdade"”, © cotpe do concanade 6 com efelto, a peca ptincipal do cert. ‘monial do castigo public. A execucdo asié vinculoda 4 notu- te2a do cilme: ¢ perluiada a lingua dos biasleros, queima-se (08 Impuros, corta-se a mao do que matou. A lustica repele, perlanto, © ciime comelldo © ex0tcisa-o pelo biihe do supiiclo '@ motte do culpado. Eee carmoniel permite teconsttulr a sobe- tania, atingida por instantes, do soberano: *O supicio no resta: bbelecia a justica: reativava o poder. Com a cise da soberania teal, © diielto de punir toina-se OUlio; dea de set o meio de tealiva! a figuie do principe pa: fa convertarse no meio de dalesa da socledade. Essa nova. aboidagem corresponds ao momanio em que a llegalidade passa do ciime contia 0 coro para 0 futo de bens Desco- bbie-s2 entao um sistema fudicidilo em que o poder disciplinar fende @ toinarse Invkivel. Quanto a0 coipe social, deve se lor ar transparente, acesdvel ao olhar em sous menotes tecanios, @ fim de ser vioiado. E 0 estabelecimento de um sitema disc pinar com @ mulliplicacdo das piisdes. dos colégios ou ainda das casemas: O que se desenha ¢ /...) uma marcagéo penal ‘mais rigorosa @ compacta do corpo social. 4 onipresanga do poder quo oHt6 a todo momenta om condlcées de pun nao Impotta que infracéo substitu! o poder Impolenie que marifeda- Va pelo billho ostensivo dos suplicios coiporals a sua vontade de poténcia: ‘ dielio de punit foi deslocado da vnganea do soberano pola a detesa da socedade™. A modemidade waz ents conige © conhole das popuiagdce @ partir co insiluigSae @specificas. concebidas para serem mais eficazes. £ 0 tempo da grande teclusdo, segundo Foucaull. No comeco, 0 proceso aiela os camadas sociais marginals: vagabundos, mendigos, Joucos; mas envolve também as ctiancas que Ingtesom nos In- teinatos colegiais, onde se Impde 0 modelo do-eorvento, © of eeldados, que patsam da vagabundagam @ secentatizacéo nas Todo um sistema social € subvertido em obediéncia a um novo e:querna de visbildade. O modelo dessa nove sociedade dise¥plinar nos ¢ dado per Bentham e seu pandpiice, que o parlt doe anos 1830-1820 pazsou @ tar 0 madelo de consiucée das penitenciétlas: *€ palivalente em suas aplicacdes. seve pa- ta comrig os presos, mas tombém para culdar dos doentes, ins- ttult 0s escolares, guardar os loucos, vigiat of operdtios, fazer ftabainar os mencigos e os oclosos. E um tipo de implantacao ‘do corpo no espage"s, Com 0 estabelocimanto dessa socieda- Ree we 13 tbe 82 13 pea 16 fe. p 207 vt a erect YTS 23, FOUCAULT EA BESGONSIRUGAG DA HISTORIA ee {de alcipiinar assste-se, segundo Foucault, a um desizamento do eho de Indivkluetzagso para @ parte bava do compe social Na socledade mediaval. a Indwiduolzaeéo eo maxima ne to- BO, onde s9 exercia o poder. no pidprio carpe do sobsrane: Pelo contd, na sociedade dscilinar, a visblidade tem que eric conhecmento dos tales e gestos de toda une pont. lagio, @ Individualzagée ¢, nese caso, descendente, © poder foina-se anérimo. dimples maquina funcional Foucault Inverte osm duplamente a petspectiva: em primal 10 lugar, nGo peicebe o poder de un ponto de vista negalivo “TGS, pelo. contiaro, em sua poslividade (‘De Talo, o poder pro. uz cle produ: o teal); e, sobieludo, demuba a sco progres. isto. da hist6ria que v8" no Kareinleno’ un momento. caplior da libertagéo © da emancipagdo que #e evidencta Nenlo da modeinidade. For fi6s dessa emancipagae. por tds Wado das Weidades Foucaut vidumbrou a piogouso do conticle dos compos, a exleniae das pidticas Gissipinates 0 te. forco de uma Sociedade represtiva: “0 eonho de ume socle- dade peifelia, os histofiadores das Idélas atibuer-no ce boo mento dos flé:ofos e jutisias do ssculo XVIlt mas Houve torn 8ém um sonho militar da sociedade'”, & porlanto, pate una veldadela reverde da perspeciiva Nsiiica que Foucaul nos convida: 0 objeto central de sua gencalogia ¢ 0 compo, © @ Método de aborcagem, os inflexOes do olhat, os modoldader de visbidace, Nesse nivel, Foucault permanece em total conti Nuldade com a manera come descrevia as condicoes que pemiiam © nascimenio da clinica, no momento em que sue Insptacde eia sobretide cstulwalita. Mas nesse eslude da tc: 260 punitva, seu grande métito tard sido 0 de contiontar-eo Com © pidpilo aiquiva hisiético, com os projetos reformadores com @ Illeralura policial contituindo asim um corpus de ond lise especiice, contomando es texlos candnicos da hitOic do fiscotla, Sue anim @ vou Sngule Ue uiniioy 1 nivel UO GRCU $0 © da \isd0 paia melhor compieender 9 que oxt6 otctiva: mente em Jogo nos dispostives do poder. | Seu he, Wel conhece uma tepeicuso espatocur. Mae do ue U’Histore de fo foe, que conheceu do’ momentos ditintos de sicess, Survoiler of pun coneaponde peifeitumente ooo. todo de esniito de uma geragdo que procura “oxpulwar 0. da cabega", *o chefinho", @ que vé © poder por toda parte. © pento em que as leses foucaulianas vao transtomar-s> de: piesa, para além dos desejos do autor, em vulgata para ‘Squeles que lutam conta as divenas formas de vigiloncia so. lal, Verdodieia cima da cilia conta os piélccs disdpinares, 6 feses de Foucoult vao seivi de instumento pata cs alvonos lulos setoilais, as mitplas ttentes secunadiias que se abrem e Volam @ #8 techar. Nunca 0 fiésofo teré sido tonto 0 eco dos ideals © desllusoes de_uma gelagac, « de 68. Suvalier ef punir também se faz 2co dos motins que se Tidlipicarn as pisses © Oferece um quadio fedrico de andise para oxo aveseo da to Cledade modeina. Cemo exctevern Jean Michel Bosrier © Jean Tb & 196 eee eee FISTORA DO ESIRUTURAUSMO Paul Thomas: "Extralr as igdes de 68, nos anos 70, era enunciar & bela simplicidade da lula contia 0 poder do estado sem se fesignar ainca a abdicar de prilicas © de antlises decidide: mente tevoluciondioe™. Nao @ euproondent, po, que ese 10, daslumbiante polo seu estio, taca uma bela carrelia co- tmatelat corm 800 oromplate vendidos em 1975 al6 70000 ‘em 19872, FOUCAULT, HISTORIADOR? uecull cuvou eriercryenta 6 teiidvo dé Mstojador Sesh sale, fee eno en elocoeu corn a COPSIaSS doa naieaone ¢ revel mare oor apaines ett 62 eee ene Me eee econ denne ey Sarai Fats cu cules nurésco paaciogs 7 cl eeekIGS de hata eclaoncl, Ge mules (peat Desde sus piinoia publcecdo, o de sua tese sobre a Nsté- Pea pe nena ee ans el ee fe te Cantey cece mace ae ain tmantaidecon, dofcrsr mmprorével de foucaul, 9 levarvos ot Cineese fomnease Weelogee do ciate, uita-consayvador, emarguate: Gust epela manvscile pare pubicasao pele Mon-em 0 rpg ave ou eecbe um seahuren Siow @ Fesnand Buca saudam © nascent de un giande Fstotlador. Mas desde 0 comeco a telagéo_com_os histoilédo- fes so constol ern foo de um matentendido, pols © que se ‘Celebra € uma obIG de psdologla soctal-que-Wusta-de mane eer re les, 0 que UHitore de Ia folie noo. 6. de forma _nenhuma. Os fiioicsires toro em segude mpveeto de perder um de Imohors dene iat quando c se pigels rao oa nse ee ener core aeantand ca hee eos (SS loses geod eg reer She o ue sls comiorov sr 0 crave da hia. Con ie ein Se eae Gane Fcuecul os hsiolodoras "Foveaul fol “amargo, Por vazes. Senfiu-se a seu respeito como se tose um Wee kari eres ences are coals Peele osc tace ne tente e sis vee, Nee eee ek he asrises ua cersicot, ron ane fea ieee Ce leoaivees he pei se, ee 2). chose Perot, enmevata com 0 autor. ee ee te INT CIA 23, FOUCAULT E A BESCONSIRUGAO DA HISTORIA Michele Perot, pelo conto, edere com entusiasno & obra de Foucaul, Histoniadora tomada na escola labroussione de atengao as oxtensas eéites da histéia, Michelle Perio! @ uma gtande especialisia na Nstétlo do operariade no eécuio Xi Glém de set uma historiadora teminisia, multo aborta & intercs. cipinaridade na sua univetsidade de Pars Vil onde cnimou no Inicio dos anos 70 uma UV (unidade de valor) sobre © tena de *A Niiéilo © 2 leraturat com Gérard Delay, Engajada num gt Bo feministo om 1972-1973. anima un cuteo em Pae-Vl, em 1978-1974, eujo tema consiste em saber se as mulhores tem ua histério. Nessa ocaso, el6 convida socidlogas para falar sobie a condigao teminina no piesente: Madeleine Guibert, fvolyne Sulerot.. Noses pimeltes tempos da Nella dos mune. fs do comeco dos anos 70, tola.se sobrotide de exirnat ume fealdade ocultada, de tare! a hisiétia dos exauecisos de tor at visivet 0 recalcado da histéria. Comproende-se que © on. conito entte Foucaull, que trabalhave para dovolver a vor Gos Pisonaliot, © Michelle Fert, de mulheres, ndo pos dolar de fecundo, Quando Surveiier of punir vem a lume, Mich Potiot intetessavase justamente pela fistérla do pilsso no sécu. lo XX: "Achol esse vo formidaver". ‘A patti de um texto do hitolador Jean Léonard, “Unistoden et lo philosophe!, que citica © mélodo foucaultiano, @ da tes, posta do Foucault, “La pousiéie of lo nuage {A peclia eo uvern], Michelle Perit crgariza com Francols Ewald uma mo. #9 tedonda em toino desios dois textos conttaditéris entie os hislovadores e Foucault: "Os historladores, salvo Jacques Revel, que cenhecia mullo bem a obia de Foucault, @ Allele Farge. ‘que tiabahava com ele. feimulovom perguntas @ Foucault, que tentovo tesponderihes. Mos 0 cue houve foram dois ciscurtos atalelos © quando s9 encontiaiam com Frangols Ewald dante a giavaeae, concluiiam que eta Impublcavel tol como se encontowa™. A euluyau eauuliaa 10/0 G8 dar prondade Gs declaragbes de Foucault, tedusindo os divenas inlevengees dos lotddores @ um historlador anénimo num sidiogo que obede- © 808 dois fexios iniciais. © conjunto consiturd a motéia da Publicagao, em 1960, de Limpossible Pron, “mas 0 didlogo, he vercade, ndo ocoreu*, Foucaull.oxp0s, por ecasae dese contionto, sua postura, © 1néo escondeu que ela ¢ fundementamente ‘Sonsiderava © engajamento intelectual, Iso ¢ ainda svidente ‘quando, em 1982, Foucault viaja com simone Signore! © Ber- hard Kouchnet a Folénia a fim de opoicr © combate clondes- tine de Sctdernase, num memento em que 6 pidpila palate solidariedade ostave banda. Ti Ten publeads ery Ubéation, 30 de inno oo 1984 A RESPOSTA DO FILOSOFO ‘AO _PSICANALISTA ‘empre muta atento & oriculag6e da pritica © da teotia @ parti das sollitagdes do presente, Michel Foucault sé dia, po! conseguln'e, infell suas posgder floséficas em tun- $6 dos seus novos compromsios piGticas, © movimento de 60 2 permnilide um dedocemento do sou éngulo de ondlee ‘epistomes para os prdticas discurivos. Desta vez. a atuall- fa.¢ problemolizo!_ 0 que tha. aié. eni6o contor- }d0, 00 ponio. deo fazer desaparecer do i¢o:.0. suelo: Mede-se eniao o comisho por Go pol un Michal Foucault quo aliibula, polo contatlo, nos 20, tds clancias socials (@ Inguistica, a antopologia e a condlise) 0 tarela ptincipal de salt da nossa dade média @ fos fazer Ingiesat na neva era estulual da fiosotia do con- @ 09 consumal 0 dssolucae dase mesmo sujelto, Nao 36 Telniegia 6 sulello ao seu traboIne teético come, além dis. ©; entinta um problema que 0 preocupa multe especial- sate, @ sexualidade. £ a um vasto empreendimento que jeault s consagta a patti: de 1975, ao publicar o prmelio plume do que deve vil 6 $61 uma Hifore de 1a seiuciré com Volonté de savalr [A Vontade de Saber). £ nao <6 2 ratono Guieto, moe do Individuc Foueauil co mals profundo de eo "A sua vontade de saber, que val adotar uma vez mais co- mo objeto © material hsloiico, consste em cemonstiar que & Possivel desigar o suelio do seu deeojo © da sia Kdentidade so. uel, rodtiande atm que née so 4 0 que s° desela: “O que roctoiza hslamenie a homowewattade @ esa desea. 9 do sulelio e do deicjo e a constugte de uma cultura da insde' ao torn a sonuoidade pore objeto Ge esd, Fou ul feencontia em seu falelo o continents psicanctiice que ple © fascinou, som nunca © fetsr. Ae Passo queemLet ols 1 les Chores a. pacondise ¢ uma cos. tids disciplines que smitem sustentar a nova eplsteme. da m je..com Lo jonté de savat Foucault acota a diciplina pslcanatiisa como Beieto, mas ard s2_op em sua aMbIguo Tegemsnica. EadSECe Uma ilagae histdiice entre o confesiondrie © o dt Me, zombande daqueles que alugam suds olehas. £ pelo esos nlo que trata agora da psicandlise, como que para se Getender dela, © no mois como de uma ciéncla potencial. Com essa Histcre de 1c sexuait6, sou projelo ¢ duple: em pik 2 Fengée fwodk entevira com © outer. molto Lugar, roagk contia © que Robert Casiel, seu diseipulo, Chama 0 *pulcanallsmo", aue se apodera de todos os dominios {do saber neswa década de 70; como fiésofo, elo so opde a e% fs Invosdo. fm segundo lugar, tata-se de libertor @ socledacie Scidenial de sua Klenliicagde com um corte eexualmo quo @ pilcandie clmenta, substiuindo-o pot uma eatiatégia que de- Ve fazer valet a homosiexucidade como 0 bom teculso, para Glavanca: o advento do uma culluie da amizade Eiso duplo projeto implica, evidentemente, 0 contronte com Lacon, que tepresenta, com seus quatte dlscus0s, a mais roma: tada protonsdo 4 hegemonia: “Nao se eriende nada da His- tore de la sexualté se ndo se reconhece em Foucault ndo, em ‘ebsolulo, uma explicagée de Lacon, mes uma explcagdo com Lacan". Megne que Lacan nunca sela cltedo, tecorde-se ter s+ _do Foucault quem. permits. a exisiéncia de um departamento de pilcondtive laconana em Vincennes em 1969. Ao adotar 0 ‘objeto pivilegiado da psicondlse, a seruaidade, para campo “de fiverligagdo. Foucaul tem nocessdade de destravar os ¢o- minhos de um programa proptiamments flosstieo que demonstie Sef posivel contoinal a pscondilse, inclusive no seu piépilo tor feno do clsigéo, © editor de Fovcoull Plerte Nora. confima Gus se fidid sfelvomente de um desatio lancado a Lacan: ‘lembiome dele, balendo © pé no meu gabinets: 'NGo encon: fio uma inico Idélo, meu caro Pleite, nao tenho idéla nen- huma, Chego & wxialdade depols da batahe, quando tudo {6 fol difo'. Um dia, ole me tar a manuserito © dle: ‘Voce vol Vor. @ Gnica Idéla que tive fol a de bate! em Lacan, tomondo © Gontiapé de tudo 0 que #9 diz™, Se se 1econhece af perfel famente Foucault em sua esatégia constante de se despren- Ger de si mesmo, de se siluar onde nao so © espera para Julger do fideidade dacualos que o rogue e de constancia ‘do amor que he dedica 0 seu piblco, exste manifestamente essa contiontacae mols do que 0 smples jogo do gato e do fato. © que moliva Fouccull parece ser mullo mak profundo, epoiicag a Lacan, i se 30. diferonté 6m telacdo.00 dee « ‘98nci exllencicl © Ins fifuelonal, Para Rangole Ewald, @ ToIoGGo de Foucault com Lacan nao é uma telagée de hoslidade, @ 0 que Foucaul diz © Nola é tuto de sus numefosas oufades, pot melo des Qual se Ibetta do seu Infetlocuto: para née towponder as suce pergurtas “A felagdo de Foucault com Lacan & menos polbmn- Ea do que se cid. Bo € mullo sersivel 8 cxcese lacariona, que considera mais como paiclela do que como altemaliva para a suo". Segundo Ewald, noo @ @ Lacan que Foucault se opoe, mos & sewallzagdo de tudo, a esia obsesGe doe anos 70 que {dentiica 0 Indviduo com sin sexualdode, Plocula, emoncipa'- ‘2 da pacandlse @ pioblemotizar a equacdo que sla edtabele- €@ enlie a Ideniidade © 0 desejo: “Esl mesmo do lado de Tacan no tocante aos problemas da éiica, ou seja, iespettaria FAL WULER om Miche! Favceut shiosophe, 2 Soul 198%, P. 8) |S Francais Ewold. entievita com 0 autor @ pucanditie na medida em que es'a fundawse uma ética. Ora, ‘axa bio 0 que Lacan buicava. lambém lunta-se a ele em sua ploocupagae de desmediculzar a psicandise™, ————— © BIOPODER __ ES . ‘oucaul! reformua a hipdtese repressiva tendo apenas por Sese'a exe aecutsva, a que folam ago excluaha: Wee tuo Slensoc 6 lim do tenes of sour componarton Mutdincn Atosie ce anlée’ da nose do pidlea para concen s2 melhor na profusdo do dizer no dominio da sexualidade: Tpinnsue 0 sowatdads /./ deve set fate, ern pimato Wugat Ido novo do vito do urna fidoria dos dacuisr’. A exw roopel ia fare o conmape dar teres segundo os que @ eocldade Gada vez mols teprosive dosde a idade cldssica. e mostra que Rac ho cuit se manele nenhuma & progiesdva rerelacde Be Gtacurens sobre sox mon, mut pelo contéio, @ sua Se rosiuudo: Desde 9 tcl Go séeuo XV a colocagco Pe eer SF cuctinon eye do voter ur procouo de rosie ol sabmelida, polo conticilo, a um mecanismo de Incilacao fesse * enGento, pata Fouccull, lenge de tepini a sexualdade Boe ne coake dum cupouive co pladugae de verde IPS toro convattouse ro pono nedel da honsparincla do Borie tac Nonslotageo, aus demiba @ NoSiose repressva, BPs Peustasite aue o sivemor “numa economia geval dos Iscursos sobre o sexo". Ainda perto das teses de Survelier of Ie oes? a prossgurenio 0 ala onalse dos maou 95 de Insctigao cos poderes soble 0 corps, numa analitica do Bee eres cero manne tempo ume hutéia da subi. Bbeit Gus ce ciaoclo dos toimos do Let © do Fodor, aru io. Gna mudange radical ainda por wt. © "blopoder Neuanto tecnologia coerente do poder, surge no seculo XVIE foucault compara a impottancia dessa nova fora de racio Malaaue panes com'a tevelucde galtocne em clénclos Bed (he tbiopsdr corstiulse em tono de dol pélor: © fe pattica de especie humana a parlt de novas catego: ee Races 0 nae reat juicican e a cllagdo de Tecnologias Ocean do piotcas decpincies, dar quuls © sexuatdode vol ere". topo pivteglode pare formar somor GBeole°O se ie eA ped doin > bie © 1°, Bi P dreyrus =». RADNOW, Mel Fousout. un porcoun phlorAnique, 25 ‘W. ee x0 tomno:se 0 eadiiclo altavés do qual 0 poder liga « waldade Se compo 8 da emécle. A wexusidado o or dgnicogoes de ue ole se ve Invetiiia convertemse entdo no principal ell. mento da expanse do biepeder™ © piimero cho de Michel Foucault 6 @ pueanéiee na medi: dda em que toma 0 lugar do confesiondi, fazenido 0 becador ostot doravante pele diva, Ea word o modo mas relnado do exptess00 de um poder que mudou de funedo. Enquanto ave, no épaca menéravies, corsiska ert dat molle (elder tages de pilsio. ceno. suplicies) o om dolxar viver a modemidode Buguesa dau ao poder uma fungdo nova, 4 de tarer vver e de deixar moter ole deve “got @ vida". En ver de dlstorccr 4 sexsalciode, © burgueda ande com ola a Wacclo: #6 Seu equivalente embélco do songue vislocidiice pola lima! sie legtiidade 0 poder Toco 0 ceous sabe 0 tne lire an Pottanto, ‘belo piivlegiado de un pode! encoriogado de aa, Iinitic-lo erm nome da lmilagdo dos nascimentoe do conticlo de seualdade das croncas e dos adolescentes da paguiatt, lage de prozoiss peNewos. A socialzagto dos Condulas pro. ctladotas faduz um melhor conticle, um malor dominio, eo Poder sobre « populagao. Eslobelece-te, desse modo, todo um blopoder que permite contidat @ sosiedade © que *escapa 4 ropresentagao jurlica do poder © avanga acobertuch pela ler" roucaul prOsura oF caminnos de saida do ertiuturaiemo aavée dle un progiores desta vex explcitamente nietzscheano por sou thule, Lo volonis de savol, © que Foucaull onuncia na ceniacaps, onde soo previstos ss volumes a publocr: Resolulamente nominaita, Foucault cesgase de piéticar ou de uma aboidagem Insticional do poder, Para ele, otmpeuce 2 liota de fazer uma sociologia historia de um inierito, mee 9 Nisttia polica de ums, produsbe de ‘veidade'"™. © pode, J@ pluraizaco em Survelfer at punir, deixa agora de se perceb. de come uina minuins ue vicerlament6, © lugar de Uma ee fatégia repressive. mas, pelo coniidilo, come o pélo impusio- Radot de uma produgdo de ‘verdade" cula veitonte de intor dicées sella ta0-somenio a expresde dos seus Imiles © novo Tumo adotado po: Foucaul, que se doslaz de uma concopeae Puremente regalia do poder, deve ter axocado a una rove telaeso com a poliica, nesses tempos ern Gus as peepectvar de uma tevolucti se etslonciom. Nao & ahda @ teceretaras om 0 poder, mas ume ovllecce deste, a busca Ge um com! ‘he for da lel, fxs dewsa pica da confisdo que te goneia- © limo 6 um grande sucemo de pabico, pols #6 ne eno sia publcacto, 1976, fol neceuio fazer una thagen suple. ‘mentor de 22.000 exemplates, aie vaio somaree Ges 2 000 da 1 Bw 208 12M fever to Voor de sot. op. on. v.11 et 4 ut Ur aceun aniotophave, om 1M ibtoo: 2. La Choe ot w Core 3 La Colte des ever: 4 lo Fare the. Ib Mire 0) fHitaiese'8 “ims Doren torcenae aren 18M: FOUCAULL be Neuve! Ooservatour 12 de mee Ga 1917 ce a eee ern Iniclat"*, para atinglt peito dos 100.000 exempiares em ‘ou soja, apioxmadamente a citia alcangada por Les ‘ol las Chosas. A imprensa é:the tavordvel em goral, mae 0 aiiimento 6 mais resarvedo nos meios mais préximos de Fou: Sault, para os quals é decisvo © combate ant-repressivo no da sexualidade. “Ele quetla supieender @, nesse plano, obteve um rotundo fe, pore olém de toda a expectalve, Mas owerre com ot jilicas multo comprearsivels por parte das rnulheres em pleno dis onuveincora, dos paconelstes que defendem 6 centfict de sua discipina, relegada por Foucaull para o papel fegiono! e cicunstancial de prolongamento da pastoral crista. Por seu lado, as obias dos hsloadores que estudem enio or ikdadet, os comportamentos em face da motte. do sexo, ‘asselo. Haduzen todas a petmanéncia dos dispostivos te: ‘piesivos. Jean-Paul Aton © Roger Kempt pubicam inclusive em 4978 un contra-golpe com Le Pénis ou Io Demoraiisation Ge Deciden’. Hes percebem, ao coniidsio de Foucault, os valores Vem nome dos quals a burgueda conquidou o podet como que “ebeecades pelo antigo modelo aiistocistico do nascimento ¢ “da honta, fiagdo que, para a clase buiguesa, serve de esteio “@ defesa de uma represséo inflexivel: "Para ela, a sua honia es 10 no motal eno vilude™”. A buigueda ¢ apresontada nosee Timo come tealands @ duple ocumuncéo de conital © de et Pema cue cumpre evita’ set logado aos quatio venios: dal a Gbseaito do ononismo e de sous efeltes funestos, dai a medi alzacao a todo tense da sexualdade. sa dfeienca ene @ abordagem tistoiiadoa © a tose do Foucault teaulla, de fato, dos préprios portulados do enfoaue Geneuidcico, cujos imites se sliuam no nivel dlicursivo. A esse Eidiogo Mnosivel e a esas reacoes do hosllidade, cumpre @dielonor o peniero optictlo de Jean Boudin, ave peter ‘ainda: mals longe na negagao do refererte ao sustentor Hee ee fe eemara: Sorte ecco tars wry tam que esta prosies a estunorse: @ quadio, sem divide admidvel Wacado por Foucault, ¢ portanto o de um mundo, de uma Specs que se extingue. © title ce Baudillard @ por # s6 ume provocasae, pol Toimmula 0 volo de “esauecer Foucauit"®. O forse de Foucault cispase: *Guento o rim. o mou problema ela antes 0 de mo lombrar de Saudillcrd"”. Foucault, diane ‘da mulipleacao das cfiicas e dos reticéncias emboracadas ce “eur Gmigos em face. das suas esas sobre a senicidode, sente- se piotundomente fragizede, 0 ponto de_cipandonar todo os. “se programa de trabaina id pronk jer © Rublicar o segundo. Ge slancia 6 em bores totcimente 784, ou soja. apés sale anos snovedas: ‘Foucault experl- Heer cr de puotcagse par Liarshaotgie cv sovor am 196% 11,000, © Tames Serkan 357 bom « 2000 evarspores ae Er Slt la mine au to Bamoronctin da FOokor. Grane 197 vee 127%, eauonuiano. ouster rouse, Gobo, 1977. navecer Foust fe. tea Heo Th $3 FOUCAULT, ctado par D ERBON, Mebe! Fouceut op it. 9 272 SRN OS ESI RUT URSIN. menta © amargo sentiment de tr sida mel ido, mal com: igendicio. Matamado, talver: ‘Voce sabe por que é ae so eicreve?* tina ele dito a Francine Farlente, quando oa ea #42 aidstente em Cleimoni-Feriand. “Pata ser amads'"=. Michal Foucault cenhoce oniao uma verdadelia cise pes: seal, que © Impelid paia 0 que de mas protindo exe hele G0 decicarse a um confionto nite sexuaicade © dlica. © nao ‘mais entie sexuaidade e poder, Esa cil obigao a acentuar Ginda mols a roviavota no senikio da consiugao de uma on. tologia hisisricado sijeito em uae relagdes com a moral no sentido da tespesta que ele aguarcia de sua Inquticao hidiétoa ata as peigunias que se formula enquanto Indvidue: Michel Foucaut, em relacao a si mesno, -— WT _© GOVERNO DE SI Pretce,2 Pouce, abandenende st! programa Iniciol do frabaiho, Foucault esboca uma Inflexde de sou olhat. Del "speciva do bopoder. a do ausite enquanto subristido” Tas aivereas modoldades do. pod: por_uma pro- ematizacho do pidprio sujelle, num primeito tempo, a pai de 1978; no émbito de um pensamento da goveinablidads, depois do goveino de s! mesmo. He aceniua, poitanto, esse movimento de tetomno ao sujito, de que 6 testemunho 0 fascino que sente ento pelo Jando, anda fal com Daniel Detert cin 1970, un! fascia semoINanle 90 que péde sentir Batthes. Alolancio:se nurn motlolro zan, en. rega-se aos exercicios espiltuals "com uma grande tensés. ures ‘grande infensicade". € seduzido, como Barthes, por uma culty: 1a © una teligao que eliminam 0 significado, a Identificagdo com um contotide, para dar live cule ao sighiicente © prvi lat 0 fazer sobre 0 05 itulos de sous cursor no Colldge de France revelam 0 ra. dicalismo da mutacdo consumaca po! Foucault, mesmo que fenhuma publecgee venha corobord-la antes de 1964. Em 1980-1981, © curso 6 dedicade & ‘Subjelvidade © verdade’, no ‘ano saguinte & “Hermenduiica do cujlto', depols, em 1962-1909, "0 goveino de si © dos outros. Ese felono a si mesmo parece, com efelio, rosultar de um upio movimento vinculado 4 nova tlagdo que mantém com @ politica, mas também com una ugéncia pessoal, uma ver que 88 sable gavemanis alingide © condenade por sua doen ‘Ga, Segundo Paul Veyne. aue fol intimo de Foucault noe times 21, Danlet DEFEAT, France-Culno, 7 de hho de 1948 32. MICHEL FOUCAULT: DO BIOPODER A ESTETICA DE SI ‘anos © © guiou na suo oxplotegée de mundo greco-romano. tHe soube desde mullo cedo que doenca finha. e que essa joenga e1a absoluternente fatal /../. Seus tied foram livros de exerciclo espitiiual na ocepcae cist ou Jdlea do termo™, Atingido pela aids, Foucault exconders seu de sous amigos © até dod momo, anolando em sou di. ToUCcI explca-te piofucmente, por acoso de pubicosto do togundo volume ds Histor do lo roruolté, sobre 0. que sou sou mutiano, @ reepende ao mesmo tempo as cificos the foram fetos quando da publeacto de Lo voionts de a ovtdnle quo ss fvela 0 pora poo encobit me 10 gue mals protundamente @ molivou, o ave em nada ind tue petingnela ne plane inislaciual A sua oxplcogso pala matade quando Foucoul Iga sues dimos pubicocbes que oficvesa Toda 4 suo obro, cu soja, @ peslica esti ple. de una hstéia da verdade, Ho consdera eniao quo Dpigelo de demonsiagae, enunciado em ta Valonlé de so '@ XIX fecundou numa apela @ nde permnitia responder ao cial “Apercebl:me de que liso nao funcionaya; subsistia ‘pioblema imporiante: por que razco finhamos feito da se- iidade uma expariencia moral?" Essa pergunia implicava “deivlo para captar as faites pié-oileés do uma coxuclidade ida coma experiencia moral, A perspectiva se Inverle entao feimite “apartar-se de s| mesmo" jblemaiizagéo_do_govemo dos out ase para con- pioblematza: mie dot-oulos. dewie se. Aga Con ie ae ae 9 Sasa ke ee ce ce es ee ee a eee ete eee aes eres ee foes Sey shee poss SS Sank IG6e3 étices, felia a partir das prdticas de s””. E essa ores Ue es LO a eee care a Fou VBTaE Fance-cave, 2 de bho de 1908 - 3 MM. FOUCAULT, Les Nouveles Ittératres, entrevista, 8 de junho de 1964, wh foucan Genes ee we a sre HISTORIA DO ESTRUTURALEMO A ETICA DE SI O 32 £29, entstonio. $0 obielo dowo picblamatia. Gee, 0 wieto om ead Telagc con's stied: Nowe dlorsiao tmuto eldsico da fiesota, Faucau! pocede ainda ura Wes rele 6 acano dsiciss: woslelenelice cnfecior & nora 0 Slice: 14 neo ou fats do’stuarus ne vicina Gos setorics restive da rocicliipostes ce tree coe epee wn ite: ewjo 0 um codigo repressvo, mas de perceper os modes ce ee oo a tie cea daly Sere eens dela pee isolated isied Ge vers iee te anaicelence Pato tonic ua concept sano ou wiveral do suet: feslfolo ne snquaidade de sia expeiéncia quo 6 ‘a piépia problemiaizaste, £0 falo, o pari de uma maténa vwa, a dae Be ecoaiocia tie ceasjoattie cleritoynew cheer dee! eucas Tina yee ite oY ee ease aero fendido, mos lao | néo quer deer opimida’® Foucout, ave (4 tena. domibado 6 porsnastve Nackclondl co poder come ligar de contige @ de tepiesdo para rosiar em Gide tec, Getto, ea kiger de piocueso, cela tavomen fora ete de 8 de tote: sfaimade lagcator eral $e pow Alla una Independencia relive doses Gols rivela nO s0 deve Seer pet te eee Cee ee licen ee ice fa conta’ ot codigos do moial 6 a relvada de sous inferclton Ee eee oe ee ee eee THIET Go bees ISIN Gils obe Stes «tee ev ola 10a Como senclo "uma Nelda dos dferentes mods de subletvocGo oor eee len tear cite har rien ene Poder par cbjeto para apreender melhor as praticas constful- Mas do suetto. Da mesma maneta que desejave set Um TNesO10 ee evar cl cieeas Chae Pt Sarre am oc] nr os jo arse bse sack Gs can ian neeimiene AOlce ricer fempre velado, ¢ certo, uma telacéo auloblogidiica com os Quesioee flesdlicas que formula: “Sempre que feel fazer umn fabaho tediiea, fol a parti de elementos colnides ern minha propia expenencio™ varie die cergee sciel luce oy-eel are aleue> aster, due © Nésolo deve dvarse e Intervie, NBO se fala, em ‘absolute, de tn recoinmento, como © mosia Flere Mache. fey, mas de pensar as concigses de posbixiade do erercico ee ee BS. Gran JABR, Fonce:cutue, 7 de ho de, 190 3 NC FOUCAULT, 2 ena sur le suet ot te powver’ ern KL 30M, FOUCALKT, Ubation, 30 do malo de 198). 3). FL MACHEREY, 'A quot panwent ler ehlcxophes: Auremart, pp. #2103 DReveUS «PRA 82. MICHEL FOUCAULT DO BIGPODER A ESTENICA DE St (orn situarse nos Inilex, nas tronteltas dos sistemas de penso- frente para desocarihes os Inhas. leo nos leva & hragédia pes {ool que vive Foucault, vilma das devostagées causadas pelo iabaio da morte em seu proptio corpo: “Em L'Usage das Pio Tenlel mostiat que existe uma tensGo ciescento enite 0 pro- yor eo sUde™, Estas polavias de Foucault traduzein bem © Totkorle auioblogiétce que adote aqui © desvio da problema- Yuacd0 flositica para peimitir um tiabalho de si sobre ¢, de feacoo coniia a doenca que o aleto, e tefoiga de manera in- Htével a marginalidade em que é mantida a homosexual Go PIeConizar Uma "motel Pos-convencionar™. Val buscar, @us tundamentos fora dos Impetatvor de interolzagéo da por jl cista ou da pscandisa, na ética do mundo antigo petce- ida como esiética da eristencia 0, portanto, igdo para “lazer sua vide uma obia™ ee AS AFRODISIAS Ni seaateny ito a Antouede, foxeout, cue Siculo of6 at quanto ao exsencial, em um mundo de “aiguivos no qual ele punha de lado, com todo 0 Gosto, os SGlandes torlos Canonicos da hstéila do persamento pata pre rites manusstiios ligadoe @ uma pratiea social coma 0 Fondprice de Bentham, dedica.s agora Gos gtandes autotes “Eulle escitos dalmitam erquiv em cima do qual tabalha. “Gears de nove um deslocamento, uma fenuncia a penetrat Ra epistere co uma epoca a puri de un arquive médio, © ¢ Txprenge, sem divide, do deselo de uma telago dialsgica “Gnio cle ploplo e os fidrofos mats conhecidos da Aniigukdade.. Foucault opla peo reverse oc vs6o de urna Anligidade pa- 198. dondoca, sem {é nem lol sem fobus, Substitu-e pot urna Rniighidade gleco-omana onde @ pictica sexual se Insere nur ma Gicetica tiequentemente multe. constiongedore, prolog®: fnene da erosiica cistd. Noo se pode, conttdo, estabelecer nite esias ulimas um vineulo de continudade, pols o& temas “gue 2 pode encontiar em um @ cull caso nao compertom Gs mesmos valores, Ao paso que 0 cOdigo presciiive cistoo folvindiea uma dmensao unvetso, 6 roial antiga ndo se apre enle coms edge a genoralzay, nom mosmo no seio de suo pibpiia tocledeica. Pala o§ Glegos. a opcscao mals importante Cnite as Gtodides diferencia os atotos aves © oF clotes poss- Vos as mubhores, os topazes, 0s escravos, A homossexualidade, 32 WFOVCAIT, entrevista, Le Nouvel Observatew, 1 08 jnne oe 1704 3 Rinccnere ‘tametque de Peikience’ an fouceut priomore. op. of. m 20. SAM. FOUCAULT CUnage oes atatin oF ft © HISTORIA DO ESIRUTURAUSMO nese caso, nao ¢ repiimida, desde que se seja ativo nas relo- goes com © out. Essa divsdo Institul a étiea de uma sociedade baseada no villidade. & conduta de virlude no uso dos prazetes $6 se dlige @ uma casta, a dos homens lvies. Ela subentende um dominio Ge seu pidpiio coipe, de suas pulses. A dileée 4, neste caro, Grit a mederaséie © @ Inconiinénca, enlre a hubris (a “imode- tacdo") © a diké (o “equilbio"), muio mas do que entie tal ou tal tipo de sexualidade. Outro valor vill, além do autodominio, "a temperanga tambem 6, em sua acepgoo piena, una vit: de do homem", Apgar seus prazeres € um melo do constitu ge 6 de maniorse homem Ivre, ¢ evitar s@ fornar escravo deves. © cosamento na Giécia ndo liga sexuaimente os dois cOnjuges numa relagdo monogamica. A feflexdo oj pavigor caocioder oo so oo ae © caramento 6 valorizado e yinculade agora a ebiigogoes: catcmento,é volriag® @ igo male custo Go fo 0 ug as er go cdge total may na olonsoo Be ano, sey quo iso coraura NOcoEaHo- ee a a ior de a do aces 0 proleas ania a9 woiarente, og 0 loga.a claws cigorie de Ieee omc com todo umn ttl do ice a: GUC oo ove magi um rage daiéico Tuite estiito, praticar exercicios fisicos, consagrar ‘momentos & Hn er esrageo do que fa aeautco."O- GARI a Tovoge on Grice de M. Foucault, fue, cbt 1008, rime BOAR ie oe a sack. tn bacauvere, 108.0: 280 Me TOUCAUE Te oul ee of Gaerore 104 5. cuparse de sf nao é uma snecura™’. Foucault se dedica a lo calizar para aiém dae aparéneiat, que poderiam dar lugar a ‘comparacoes apressadas com as prdticas c#stds, © que funda- menta a singuaridade do mundo romano. Quando evoca a PrGlica do exame de consciéncia, tem 0 culdado de ndo a similar a uma voniade de cupapiluacao do sujelio, mas rete fo esto itima & busca de sabedella. Em Le Souc! de sol. Foucaull piefere relacionar a pioblema- twagao cada vez mais ansiosa de si com a Inslablidade pol- tice @ social em curso no impéiio romano; © declinio das ckdedesestados substtukias pelos monarquias neienisticas, depos pelo Império romane, néo extingula vida politica local, Entre: tanto. as condicées de exerciclo do poder se tomatam comple- as @ a administiacao se tonou onipotente, na cimensao de um Impéio muito extenso, As responsabllidades atibuldas déo um poder definid a quem exeice als cargos, mas estes sao tevogavek & discrogao do piincipe. Nese nove jogo pollice, @ stucco da classe diigente se toma mals precdiia, A margem de monodra entre 0 exercicio real do poder © sou papel en- quanto correla de tiansmissGo de uma maquina administrative, Impusionade de outio lugar tco dick de detinir “A consttugao do d moene como wlelto slice de euar préptiae agées se tor na mais probleméiica’® Governar os outios passa efeiivemente pelo governo de si mesmo, como explica Plutarco. A precatic- dade day/posicoes de poder condur o uma desestobilzacao de i que toma necessatlo um etorgo do coaigo ascéiico. A nove ettllsica da exiténcia 2 haduz, eebtetudo, por ume ‘outina do monopdio sexual no Intefor do casamento @ as re- lagées serucis sG0 unicamente finalzadas como ato proctiative no quadio de uma ética da exlsténcia puramenie conjugal Nesta inversdo, 0 amor dos efedos prosiegue de fato, mas to. ua ne Infereese que te ciibul a ele, em provelto da relagao ‘mattial: *O afoto pederdstico se veré efetivamente desqualiica. do“ Foucault nao percebe essa reviavolta ética como um sim- ples rollexo das giandes mudangas sociais © poliicas, como fal ffeqdentomente compreendide, mas numa elaborado do cut dado consiga mesmo que Induz a novas praticar quando o contexio se foina piobiematico: "Deve-se pensar antes numa cise do syjeito ou, melhor, da subjetvacdo; numa diicudade la manelia como o individuo pode se consiitulr como sujeito Moral de suas condulas e Nos estorcos para encontrar na apie ‘cagéo 0 11 6 que pede pemitrihe eubmeterio a fogias © dor uma finalidade 4 sua existéncia™. & porianto, do Interior do su. Jelto que se pode aprender a sua telagdo condgo mesmo e ‘com 05 outtos, © ndo como simples receptdculo de transoima- ‘g0es que seriam exferlores a ele A part dessa cutonomza¢co, que fom 0 méito de romper radicalnente com a toora ompo: biecsdora do reflexo. Foucault quer. sobretude, mostar em qué todo sistema 6 arbitidtio, s9ja 0 da socledade giega, remana beet Pepe 8 3 | A sua doiega0 sve, nae pars Hauer nat de preter pate o Vardodelo objelive sil “Genie a todo 0 empreendimento @ que coniiste em desvincuar © wulelto do sou desejo, de o libertar e de se libettor de toda pina de cupataidade nes domino pora chegat o #8 1econ Br congo meso. A Scleibolagae progieniva dos corpox 2 culpabilzacio cbals aus val cumin na paliaica eis, o modo quo ex Sia ick pratces soxuck @ fol sobre. monogama: todo Tansiite de cia nos lve ol6 aqulo com quo roucaut 50 Bale wesse © Comece ca deicobutla de wa homosenvat dace. Esse desvio pela Grécle e por Roma remote. por conse- io foveal & into, arm grande’ porta, ca noo-ato do individve Foucault, & Wisco desrpewaa e uente de uma aca, de una ose pitch comperastGta de un desproncmen prostro de saipo, de una Woenagoo do cupabidede rrosiors que o Nias eure teconcliagée tock condge rou, Deciclda-

Você também pode gostar