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Sumário
HISTÓRICO ................................................................................................................. 4
CONCEITO .................................................................................................................. 7
MERCADO ................................................................................................................. 11
MARKETING............................................................................................................. 14
LEGISLAÇÃO ........................................................................................................... 16
CAROTENOIDES ...................................................................................................... 19
POLIÓIS ..................................................................................................................... 32
PROBIÓTICOS .......................................................................................................... 33
NUTRACÊUTICOS ................................................................................................... 36
ADITIVOS................................................................................................................... 39
CONTAMINANTES .................................................................................................. 40
FLAVONOIDES ......................................................................................................... 44
ANTOCIANINAS ....................................................................................................... 47
ISOFLAVONAS.......................................................................................................... 49
FITOSTERÓIS ........................................................................................................... 61
CAROTENOIDES ...................................................................................................... 63
Prebiótico ..................................................................................................................... 69
FITOSTERÓIS ........................................................................................................... 82
CÁLCIO ...................................................................................................................... 88
LIPÍDIOS .................................................................................................................... 90
CHÁ-VERDE .............................................................................................................. 92
CAFÉ............................................................................................................................ 95
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Posteriormente, o Conselho da Europa (2001), o Codex Alimentarius (2003) e a
União Europeia (2003) propuseram novas classificações das alegações de saúde dos
alimentos funcionais. Em 2005, em ação conjunta promovida pelo ILSI Europe foi
criado o Processo para Avaliação da Base Científica para Alegações em Alimentos
(PASSCLAIM), com o objetivo de definir critérios para avaliação das bases científicas
das alegações. No relatório deste projeto, a expressão “alegação em saúde” concorda
com o Codex Alimentarius, que entende que a palavra “alegação” significa “alegação
em saúde”, incluindo todas as alegações relacionadas à saúde, ao bem-estar e ao
desempenho físico e mental. (STRINGUETA et al., 2007).
Nos Estados Unidos, o conceito de alimentos funcionais começou a ser
difundido a partir dos anos 90, quando o Instituto Nacional do Câncer Americano criou
um programa para financiamento de pesquisas sobre componentes presentes nos
alimentos, principalmente os fitoquímicos existentes em frutas e verduras, que
pudessem apresentar atividade anticancerígena.
Este programa, denominado Programa de Alimentos Projetados (Designer Food
Program), teve a duração de cinco anos e um investimento de 20 milhões de dólares
(MILNER, 2000 apud PIMENTEL et al., 2005). Atualmente, os Estados Unidos não
possuem uma legislação específica para os alimentos funcionais. A Agência de
Administração de Drogas e Alimentos 2006 (FDA) orienta o consumidor com relação
às características saudáveis de produtos alimentícios de várias formas, usando alegações
de conteúdo de nutrientes, de estrutura, função e de saúde, conforme o exemplo abaixo.
(STRINGUETA et al., 2007):
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Alegação de estrutura/função: descreve o papel do nutriente na
manutenção da saúde. Exemplo: “O cálcio ajuda a manter os
ossos fortes”.
LEITE
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realização de eventos e elaboração de informes técnicos, visando sempre à atualização
de conceitos à luz das evidências científicas reconhecidas pela comunidade
internacional. (ANVISA, 1999).
Os princípios que norteiam as ações de avaliação pela CTCAF são (COSTA &
ROSA, 2010):
CONCEITO
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alimentos funcionais como os alimentos que, em virtude dos seus compostos bioativos,
fornecem benefícios à saúde, além da nutrição básica. De
forma similar, o Conselho Internacional de Informação de Alimentos
(International Food Information Council – IFIC, 2004) define alimentos funcionais
como “alimentos que fornecem benefícios de saúde, além da nutrição básica” e informa
que o consumidor pode ter um maior controle da sua saúde por meio da seleção dos
alimentos.
Esse mesmo instituto cita como exemplos tanto as frutas e verduras como os
alimentos fortificados e melhorados e esclarece que os benefícios de saúde são
proporcionais aos componentes bioativos destes produtos. Hasler (1998) já argumenta
que o termo alimentos funcionais se refere apenas aos alimentos processados (integrais
modificados, fortificados, enriquecidos ou melhorados). Afirma ainda que é necessário
que sejam consumidos como parte de uma dieta variada, sobre uma base regular e em
níveis efetivos.
De acordo com algumas destas definições, os alimentos integrais não
modificados, como as frutas e os vegetais, representam a forma mais simples de um
alimento funcional. Por exemplo: brócolis, cenoura e tomate são considerados alimentos
funcionais por serem boas fontes de compostos biologicamente ativos, como o
sulforafane, betacaroteno e licopeno, respectivamente. Os alimentos modificados,
incluindo os fortificados com nutrientes ou fitoquímicos também podem ser
considerados como alimentos funcionais. (ADA, 2004 apud STRINGUETA et al.,
2007).
Porém, Araya e Lutz (2003) comentam que estas definições são genéricas,
permitindo que qualquer alimento possa cumprir com as condições da definição e o
termo funcional perde sua especificidade. Na Europa, o conceito de alimentos
funcionais se aplica somente aos alimentos que constituem parte da dieta habitual e não
se aplica àqueles consumidos na forma de cápsulas, comprimidos ou outras formas
farmacêuticas. (MILNER, 2000).
Nos Estados Unidos, apesar da categoria de alimentos funcionais não ser
reconhecida legalmente, algumas instituições propõem definições para estes novos
produtos. (VIEIRA et al., 2006). O Comitê de Alimentos e Nutrição do Institute of
Medicine define alimentos funcionais como “qualquer alimento ou ingrediente que
possa proporcionar um benefício à saúde além dos nutrientes tradicionais que ele
contém”.
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A American Dietetic Association (2004) considera alimentos fortificados e
modificados como alimentos funcionais, alegando seus efeitos potencialmente benéficos
à saúde, quando consumidos como parte de uma dieta variada, em níveis efetivos.
MERCADO
Fonte Fatores
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Motta (2006) - obesidade relacionada com doenças crônicas;
- exposição do consumidor pela mídia;
- mudança do enfoque de tratamento para prevenção de doenças;
- pesquisa e desenvolvimento;
- melhoria da margem de lucro dos produtos de maior valor agregado.
Burdok (2006) - tentativa de o consumidor suprir, por meio do consumo dos alimentos
funcionais, a deficiência de atividade física e de hábitos de alimentação
saudável, dentro da vida urbana convencional;
- alto custo dos medicamentos.
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para o lançamento de produtos industrializados diferenciados. (ABIA, 2005).
Entretanto, o consumidor é a peça chave no cenário da aceitação de alimentos
funcionais. Sendo ele quem adquire o produto, determina se essa classe de alimentos irá
se estabelecer ou não, cabendo aos envolvidos, indústrias de alimentos, órgãos
governamentais e associações de consumidores, exercerem adequadamente seus papéis
de difusores de informações, promotores de mudanças de hábitos e, especificamente
para os envolvidos no desenvolvimento de produtos, disponibilizarem produtos
sensorialmente interessantes. (MORAES, 2007).
No Brasil, em 2005, as estimativas giram em torno de US$ 600 milhões. Esse
valor representa aproximadamente 15% do mercado nacional de produtos diet e light,
presentes no mercado há mais tempo, desde o início da década de 90. O conjunto de
alimentos diet, light e funcionais representa cerca de 6% da produção nacional da
indústria de alimentação. (ABIA, 2005).
Como exemplo dessa situação, no mundo e no Brasil as vendas do Activia®,
iogurte da Danone®, avançam 40% ao ano. Mas esse crescimento no mercado brasileiro
ainda não é suficiente para fazer o país ganhar mais peso no faturamento global da
empresa. A fatia brasileira, hoje, é menos de 4%, devido ao baixo consumo de iogurte
no Brasil (cerca de seis quilogramas por habitante por ano). Na França, o consumo
anual per capita alcança 30 quilogramas e na Argentina, 16.
Nesse contexto, a Danone® aumentou o investimento em publicidade no Brasil,
priorizando o Activia®, produto líder no segmento de iogurte funcional no país, com
92% do mercado brasileiro, concorrendo com o Nesvita® e o Biofibras®, produzido
pela Nestlé® e Batavo®, respectivamente. (GLOBAL RESEARCH, 2008 apud
SALGADO & ALMEIDA, 2008).
O mercado dos iogurtes probióticos vem aumentado substancialmente e um dos
seus mais rápidos crescimentos ocorre nos países europeus. Na Suécia, em 2003 e 2004
foram lançados os iogurtes com probióticos Primaliv® (da Skånemejerier®) e o
Verum® (da Norrmejerier®). Posteriormente, Arla Foods® também introduziu um
iogurte natural e uma coalhada com probióticos, competindo diretamente com o
Proviva®, da Skånemejerier® e também com outras bebidas saudáveis e iogurtes do
mercado. (GLOBAL RESEARCH, 2008 apud SALGADO & ALMEIDA, 2008).
Na Espanha, o iogurte sempre esteve ligado à saúde, mas não há muitas
empresas deste setor no mercado espanhol e o foco em um produto diferenciado seria
uma forma de escapar do domínio da Danone®. Assim, algumas empresas espanholas
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têm objetivado desenvolver produtos com algum valor agregado, como os iogurtes
funcionais. A Leche Pascual®, por exemplo, com pouco tempo de entrada no mercado
de iogurtes e com pouca participação desse mercado (menos de 1%), decidiu ir direto ao
setor de iogurtes de valor agregado, especialmente os produtos probióticos. (GLOBAL
RESEARCH, 2008 apud SALGADO & ALMEIDA, 2008).
Outro ingrediente inovador que vem sendo usado pelas indústrias de lácteos
inclui aqueles que reduzem o colesterol e que, apesar de ainda representarem uma
categoria muito nova, estão apresentando um rápido crescimento. A companhia francesa
Vedial® lançou um iogurte que reduz o colesterol sob a marca St Hubert Ilô®, que foi
imediatamente seguido da introdução pela Danone® com uma nova gama de iogurtes
anticolesterol, vendidos sob a marca Danacol®.
A nova linha conta com o suporte de uma forte campanha na televisão e na
imprensa francesa. O rótulo do produto também mostra aprovação pelas autoridades de
saúde da França (l'Agence Française de Sécurité Sanitaire des produits de Santé).
(GLOBAL RESEARCH, 2008 apud SALGADO & ALMEIDA, 2008).
No Reino Unido, onde metade da população sofre de altos níveis de colesterol, a
Unilever®, em 2004, lançou uma extensão de sua linha de produtos que reduzem o
colesterol, o Flora Pro-activ® e a marca Benecol® também vem promovendo sua
versão. (MILKPOINT, 2004). Assim, aqueles alimentos cujos benefícios à saúde são
corroborados por embasamento científico, têm o potencial para ser um componente de
uma importância cada vez maior para um estilo de vida saudável e benéfico ao público e
à indústria de alimentos.
Porém, pesquisas com alimentos funcionais não irão trazer os avanços para a
saúde sem que os benefícios desses alimentos sejam efetivamente comprovados e
passem a ser de domínio público. (HASLER, 1998). O mercado de alimentos funcionais
é promissor, mas apenas o trabalho multidisciplinar e o empenho multiorganizacional
(indústria, academia e governo) trarão as informações funcionais de forma mais clara e
esclarecedora para o consumidor, o principal alvo dessas intervenções de promoção da
saúde e redução do risco de doenças. (SALGADO & ALMEIDA, 2008).
MARKETING
A função do marketing, mais do que qualquer outra nos negócios, é lidar com os
clientes. Entender, criar, comunicar e proporcionar ao cliente valor e satisfação constitui
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a essência do pensamento e da prática do marketing moderno. Talvez a definição mais
simples de marketing seja a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefícios
e seus dois principais objetivos são:
atrair novos clientes, prometendo-lhes valor superior, e manter os clientes atuais,
proporcionando-lhes satisfação. (KOTLER & ARMSTRONG, 2003).
E, é neste contexto de entendimento das necessidades e satisfação dos clientes
que os alimentos funcionais apresentam uma característica muito interessante. Com o
aumento mundial das doenças crônicas não transmissíveis, os alimentos funcionais são
mais uma das estratégias que o consumidor pode buscar para reduzir os riscos dessas
doenças. Porém, as empresas desse setor não devem cair no erro de valorizar mais o
produto do que os benefícios proporcionados por eles. Elas devem, por meio de dados
científicos concretos e investimentos em qualidade do produto, alegar apenas o que
realmente podem cumprir. Assim, terão mais êxito com a satisfação dos clientes.
A satisfação dos clientes depende do que o cliente percebe sobre o desempenho
do produto em relação às suas expectativas. As empresas de referência em marketing se
desdobram para manter seus clientes satisfeitos, pois, assim, repetem suas compras e
contam aos outros suas experiências positivas com o produto. Segundo Kotler &
Armstrong (2003), empresas inteligentes têm como objetivo “maravilhar” seus clientes,
prometendo somente aquilo que podem oferecer e entregando mais do que prometem.
Os alimentos funcionais não devem ser vendidos como um produto milagroso,
capazes de reduzir drasticamente determinadas doenças crônicas se forem consumidos,
eles devem sempre estar associados a uma alimentação saudável e à prática regular de
exercício físico para garantirem promoção à saúde e uma melhor qualidade de vida.
As autoridades de saúde e defesa do consumidor dos Estados Unidos têm
fiscalizado com mais rigor as empresas fabricantes de alimentos funcionais, não tanto
pela eficácia dos produtos, mas pelas promessas que seus rótulos alegam. Em 2009, 40
companhias já foram acionadas judicialmente por estes órgãos, mais que o dobro do ano
de 2008.
Entre essas empresas estão a Coca-Cola, General Mills e Danone. Em maio de
2009, a General Mills foi obrigada pela FDA em alterar a embalagem de um dos seus
produtos, depois de técnicos desse órgão julgarem que as promessas de redução do
colesterol contida no rótulo, segundo a empresa “todas clinicamente comprovadas”,
davam a entender que o produto tinha atuação semelhante a um medicamento.
(REVISTA EXAME, 2009).
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Os consumidores também devem ser mais críticos com relação aos produtos
industrializados, examinarem não apenas o rótulo de um produto, mas também sua
tabela nutricional. Assim, poderão checar que determinados produtos intitulados
“funcionais” contêm nutrientes que em excesso podem ser prejudiciais à saúde. Um
bom exemplo foi o ocorrido em janeiro de 2009, quando a Coca-Cola foi judicialmente
notificada por uma das mais importantes associações de defesa do consumidor
americana, a Center for Science in Public Interest, por indicar no rótulo da garrafa de
uma água mineral colorida que continha todas as vitaminas necessárias à dieta de um
adulto, além de se tratar de uma alternativa eficaz no combate a doenças crônicas e no
fortalecimento do sistema imunológico. O que o fabricante não mencionava era sobre
seu alto conteúdo de açúcar (33 g por garrafa). (REVISTA EXAME, 2009).
Entretanto, problemas semelhantes já aconteceram. O mais recente e polêmico
foi com a Danone, que por acaso é a empresa líder em produtos funcionais no Brasil.
Em junho de 2008, a Anvisa proibiu a veiculação da propaganda do iogurte funcional
Activia em todo o país, sob a alegação que o comercial dava a entender que o produto
pudesse ser utilizado como tratamento para todos os tipos de disfunção intestinal.
Em 2009, o produto Actimel da Danone, desenvolvido para concorrer com o
produto japonês Yakult, também teve seu comercial suspenso sob a acusação que as
propriedades funcionais alegadas pela empresa não tinham sido autorizadas pela
Anvisa. Assim, posteriormente, a Danone reformulou as propagandas do Activia e do
Actimel. (REVISTA EXAME, 2009).
Portanto, é necessário que as empresas do setor de alimentos funcionais tomem
muito cuidado nas alegações que constam nos rótulos dos seus produtos. Essas
alegações devem obedecer à legislação vigente de cada país, evitando que essas
empresas sejam notificadas judicialmente por órgãos de saúde competentes e que
percam a sua credibilidade por parte dos consumidores. Agindo dessa maneira, apoiadas
legalmente por órgãos competentes e sendo mais transparentes, alcançarão com mais
facilidade a satisfação dos consumidores.
LEGISLAÇÃO
16
Resolução n° 16, de 30 de abril de 1999:
Regulamento Técnico para procedimentos de
Registro de Alimentos e/ou Novos Ingredientes.
17
As resoluções ANVISA/MS 18/99 e ANVISA/MS 19/99 fazem a distinção entre
alegação de propriedade funcional e alegação de propriedade de saúde, como segue:
Alegação de propriedade funcional: é aquela relativa ao papel metabólico ou
fisiológico que uma substância (nutriente ou não) tem no crescimento,
desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano.
Alegação de propriedade de saúde: é aquela que afirma, sugere ou implica a
existência de relação entre os alimentos ou ingredientes com doença ou condição
relacionada à saúde. Não são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura
ou prevenção de doenças.
ÔMEGA 3
Alegação
Esta alegação somente deve ser utilizada para os ácidos graxos ômega 3 de cadeia longa
proveniente de óleos de peixe (EPA - ácido eicosapentaenoico e DHA – ácido docosa-
hexaenoico).
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requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o
consumo, conforme indicação do fabricante.
A tabela de informação nutricional deve conter os três tipos de gorduras: saturadas,
monoinsaturadas e poli-insaturadas, discriminando abaixo das poli-insaturadas o
conteúdo de ômega 3 (EPA e DHA).
CAROTENOIDES
LICOPENO
Alegação
O licopeno tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida
saudáveis.
Requisitos específicos
19
A quantidade de licopeno, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser
declarada no rótulo, próximo à alegação.
LUTEÍNA
Alegação
A luteína tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida
saudáveis.
Requisitos específicos
20
A quantidade de luteína, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser
declarada no rótulo, próximo à alegação.
Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s). Apresentar
laudo com o grau de pureza do produto.
ZEAXANTINA
Alegação
A zeaxantina tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida
saudáveis.
Requisitos específicos
21
A quantidade de zeaxantina, contida na porção do produto pronto para consumo, deve
ser declarada no rótulo, próximo à alegação.
Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s). Apresentar
laudo com o grau de pureza do produto.
FIBRAS ALIMENTARES
Alegação
Requisitos específicos
22
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para
consumo forneça no mínimo 3 g de fibras se o alimento for sólido ou 1,5 g de fibras se o
alimento for líquido.
BETAGLUCANA
Alegação
23
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo
forneça no mínimo 3 g de betaglucana, se o alimento for sólido, ou 1,5 g se o alimento
for líquido. Essa alegação só está aprovada para a betaglucana presente na aveia.
DEXTRINA RESISTENTE
Alegação
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo
forneça no mínimo 3 g de dextrina resistente se o alimento for sólido, ou 1,5 g se o
alimento for líquido.
24
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a
seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
FRUTOOLIGOSSACARÍDEO – FOS
Alegação
Requisitos específicos
25
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo
forneça no mínimo 3 g de FOS se o alimento for sólido ou 1,5 g se o alimento for líquido.
Alegação
Requisitos específicos
26
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo
forneça no mínimo 3 g de goma guar parcialmente hidrolisada se o alimento for sólido ou
1,5 g de fibras se o alimento for líquido.
Caso o produto seja comercializado na forma isolada, em sache ou pó, por exemplo, a
empresa deve informar no rótulo a quantidade mínima de líquido em que o produto deve
ser dissolvido.
INULINA
Alegação
A inulina contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar
associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
27
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo
forneça no mínimo 3 g de inulina se o alimento for sólido ou 1,5 g se o alimento for
líquido.
LACTULOSE
Alegação
28
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo
forneça no mínimo 3 g de lactulose se o alimento for sólido ou 1,5 g se o alimento for
líquido.
POLIDEXTROSE
Alegação
Requisitos específicos
PSILLIUM OU PSYLLIUM
Alegação
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O psillium (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de gordura. Seu consumo
deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção diária do produto pronto para
consumo forneça no mínimo 3 g de psillium se o alimento for sólido ou 1,5 g se o
alimento for líquido.
A única espécie já avaliada é a Plantago ovata. Qualquer outra deve ser avaliada quanto
à segurança de uso.
QUITOSANA
Alegação
Requisitos específicos
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Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo
forneça no mínimo 3 g de quitosana se o alimento for sólido ou 1,5 g se o alimento for
líquido.
FITOESTERÓIS
Alegação
31
Os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar
associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
A porção do produto pronto para consumo deve fornecer no mínimo 0,8g de fitoesteróis
livres. Quantidades inferiores poderão ser utilizadas desde que comprovadas na matriz
alimentar.
A recomendação diária do produto, que deve estar entre 1 a 3 porções/dia, deve garantir uma
ingestão entre 1 a 3 gramas de fitoesteróis livres por dia.
A quantidade de fitoesteróis, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser
declarada no rótulo, próximo à alegação.
Os fitoesteróis referem-se tanto aos esteróis e estanóis livres quanto aos esterificados.
“Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar orientação médica”. “Os
fitoesteróis não fornecem benefícios adicionais quando consumidos acima de 3 g/dia”. “O
produto não é adequado para crianças abaixo de cinco anos, gestantes e lactentes”.
POLIÓIS
32
Manitol / Xilitol / Sorbitol
Alegação
Manitol / Xilitol / Sorbitol não produz ácidos que danificam os dentes. O consumo
do produto não substitui hábitos adequados de higiene bucal e de alimentação
Requisitos específicos
PROBIÓTICOS
Alegação
O probiótico contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar
associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
A quantidade mínima viável para os probióticos deve estar situada na faixa de 108 a 109
Unidades Formadoras de Colônias (UFC) na recomendação diária do produto pronto para
o consumo, conforme indicação do fabricante. Valores menores podem ser aceitos, desde
que a empresa comprove sua eficácia.
33
- Laudo de análise do produto que comprove a quantidade mínima viável do
microrganismo até o final do prazo de validade.
- Teste de resistência da cultura utilizada no produto à acidez gástrica e aos sais biliares.
PROTEÍNA DE SOJA
Alegação
A quantidade de proteína de soja, contida na porção do produto pronto para consumo, deve
ser declarada no rótulo, próximo à alegação
“Os dizeres de rotulagem e o material publicitário dos produtos à base de soja não
podem veicular qualquer alegação em função das isoflavonas, seja de conteúdo
(“contém”) funcional, de saúde e terapêutica (prevenção, tratamento e cura de
doenças)”.
RELATÓRIO TÉCNICO
35
- Finalidade, condições de uso e valor nutricional, quando for o caso;
NUTRACÊUTICOS
Assim como ocorre com o termo alimentos funcionais, existem várias definições
para nutracêutico. Segundo Health Canada (1998), nutracêutico é um produto isolado ou
purificado de alimentos, que é geralmente vendido sob a forma de medicamento e não é
usualmente associado com alimento. Este órgão ressalta que o nutracêutico também
deve apresentar comprovação científica de que produz um benefício fisiológico ou
oferece proteção contra doenças crônicas.
Outro autor define nutracêutico como suplementos dietéticos que fornecem, de
forma concentrada, um agente presumidamente bioativo de alimento, presente na matriz
não alimentar e usado para melhorar a saúde, em dosagens que excedem aquelas que
podem ser obtidas de um alimento convencional. (HASLER, 1998).
36
A legislação de alimentos brasileira não utiliza o termo nutracêutico, mas
estabelece as diretrizes para o registro de substâncias bioativas e probióticos isolados
com alegação de propriedade funcional ou de saúde na forma de cápsulas, comprimidos,
dentre outras. (ANVISA/MS. Resolução RDC n° 2/2002).
Resolução RDC no 2, de 7 de janeiro de 2002: Aprova o Regulamento Técnico
de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação de Propriedade
Funcional ou de Saúde.
A resolução acima tem como objetivo padronizar os procedimentos a serem
adotados para a segurança e comercialização de substâncias bioativas e probióticos
isolados com alegação de propriedade funcional ou de saúde. Os produtos de que trata
este regulamento são classificados em: carotenoides, fitoesteróis, flavonoides,
fosfolipídios, organossulfurados, polifenóis e probióticos.
Nesta resolução excluem-se produtos como:
- Chás;
- Composto líquido pronto para consumo;
- ALIMENTOS para praticantes de atividade física;
- Produtos cuja finalidade de uso indique ação terapêutica ou
medicamentosa;
- Produtos com ação farmacológica preventiva ou curativa definidas,
mesmo de origem natural;
- Produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes,
hormônios e outras consideradas como dopping pelo Comitê Olímpico Internacional
(COI);
- Produtos fitoterápicos, bem como suas associações com nutrientes ou
não nutrientes;
- ALIMENTOS e ingredientes alimentares que contenham ou consistam
em organismos geneticamente modificados - OGM;
- ALIMENTOS e ingredientes alimentares produzidos a partir de
organismos geneticamente modificados, mas que não o contenham;
- Suplemento vitamínico e/ou de mineral;
- ALIMENTOS para nutrição enteral;
- Novos ALIMENTOS e/ou novos ingredientes;
- Produtos com Padrão de Identidade e Qualidade ou Regulamento
37
Técnico específico.
Abaixo encontramos um resumo sobre os principais tópicos desta resolução, que
inclui os chamados produtos nutracêuticos.
DEFINIÇÕES:
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ALEGAÇÕES PROPOSTAS PELO FABRICANTE:
Deve atender:
- Ao Regulamento Técnico que estabelece as Diretrizes Básicas para
Análise e Comprovação de Propriedades Funcionais e/ou de Saúde Alegadas em
Rotulagem de ALIMENTOS. (ANVISA, Resolução no 18/99).
- Ao Regulamento Técnico que estabelece as Diretrizes Básicas para
Avaliação de Risco e Segurança dos ALIMENTOS. (ANVISA, Resolução no 17/99).
ROTULAGEM:
ADITIVOS
39
• É permitida a utilização dos aditivos, coadjuvantes de
tecnologia e veículos nos mesmos limites previstos no Regulamento
Técnico sobre o Uso dos Aditivos Alimentares, Coadjuvantes de
Tecnologia e Veículos para Suplementos Vitamínicos e/ou Minerais.
CONTAMINANTES
Não pode ter finalidade medicamentosa ou Não pode ter finalidade medicamentosa
terapêutica ou terapêutica
40
Legislação brasileira: não define nutracêutico, Legislação brasileira: não define AF, mas
mas estabelece diretrizes para o registro de define propriedades funcionais ou de
substâncias bioativas ou probióticos com saúde de um alimento.
alegação de propriedade funcional ou de saúde.
41
simples
Flavonoides
42
FLAVONOIDES (metabolismo secundário de plantas)
COMPOSTOS SULFORADOS
ISOTIOCIANATO E INDÓIS
43
(hidrólise do glucosinalato
COMPOSTOS FENÓLICOS
FLAVONOIDES
44
Os flavonoides constituem uma classe de compostos fenólicos de ampla
distribuição no reino vegetal, com mais de 6.500 compostos diferentes descritos e cuja
síntese não ocorre na espécie humana. (HARBORNE & WILLIAMS, 2000). São
importantes para o crescimento, desenvolvimento e defesa das plantas. Atuam como
atrativos visuais favorecendo a colonização, como um mecanismo de defesa contra o
ataque de insetos e microrganismos e como protetores da radiação ultravioleta.
(MUSCUIETTI & MARTINO, 2007).
Os flavonoides são compostos de baixo peso molecular, derivados de
fenilbenzopironas. Seu esqueleto básico possui 15 átomos de carbono formados pela
união de três anéis (A, B, C), sendo dois aromáticos. Possuem uma grande diversidade
estrutural, explicada pelas modificações que tais compostos podem sofrer, tais como:
hidroxilação, metilação, acilação, glicosilação, entre outras (KOES et al., 1994, citado
por LOPES et al., 2000).
45
a quantidade de flavonoides necessária para exercer efeitos benéficos. A ingestão diária
aportada pela dieta pode ser de 50 a 800 mg/dia (PIETTA, 1999) ou até de 1 a 2 g/dia
(HAVSTEEN, 2002). Os flavonoides são classificados em categorias como
antocianinas, flavanas, flavononas, flavonas, flavonóis e isoflavonoides. (LOPES et al.,
2000), conforme o Tabela.
Flores, corantes
Cianidina, alimentícios, frutas (açaí,
Variada: alaranjada,
uva, morango, amora,
ANTOCIANINAS azul, vermelha,
Delfinidina, acerola, etc.), vegetais
roxa
Malvidina (repolho e batata-roxa,
etc.)
Catequina,
Epicatequina,
FLAVANAS Incolor Luteoforol, Chá-verde, preto, branco e
Procianidina, vermelho
Theaflavina
46
Rutina,
Miricetina
Daidzeína,
ISOFLAVONOIDES Incolor
Genisteína Soja, inhame
ANTOCIANINAS
47
As antocianinas são pigmentos hidrossolúveis, responsáveis pela cor vermelha
de flores, frutos e plantas. Sua cor vermelha pode variar desde a tonalidade alaranjada,
passando pelo azul até o roxo. (GUEDES, 2004). Entre as antocianidinas de grande
ocorrência na natureza pode-se citar a pelargoidina, cianidina, delfinidina, peonidina,
petunidina e malvidina, cujas cores variam de acordo com os grupos substituintes da
molécula, como resumido na Tabela (Guedes, 2004).
Pelargonidina H OH H Laranja
Cianidina OH OH H Vermelha
ISOFLAVONAS
49
Inclusive, existem dois produtos registrados na Anvisa como medicamento
fitoterápico; são reconhecidas apenas as indicações para alívio das ondas de calor
associadas à menopausa (fogachos) e como auxiliar na redução dos níveis de colesterol.
Quanto à substituição de tratamentos convencionais por isoflavonas ou mesmo
sua introdução complementar em esquemas terapêuticos, só deve ser feita após
avaliação e sob exclusiva responsabilidade do médico responsável pelo tratamento.
Entretanto, estudos experimentais e epidemiológicos apontam que as isoflavonas
podem reduzir o risco de doenças, como a osteoporose (WILLIAMS et al., 1998),
doenças cardíacas (KIRK et al., 1998) e determinados tipos de câncer. (WEI et al.
1998).
Com relação à proteína de soja, sua funcionalidade foi reconhecida em 1999
pelo FDA, órgão de controle de alimentos dos Estados Unidos da América. Foi
admitido informar para finalidade de rotulagem nutricional que “dietas com baixo
conteúdo de gorduras saturadas e colesterol e que incluam o consumo diário de 25
gramas de proteína de soja podem reduzir os riscos de doenças do coração”.
No Brasil, a ANVISA atualizou em janeiro de 2005 a lista de produtos com
alegação de benefícios à saúde. Para os alimentos à base de soja, as alegações de
propriedade funcional e/ou de saúde são permitidas apenas em função da proteína de
soja, após avaliação e aprovação da ANVISA. (ANVISA, 2005).
Para a proteína de soja pode constar a seguinte frase: “o consumo diário de no
mínimo 25 g pode ajudar a reduzir o colesterol. Seu consumo deve estar associado com
dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. (ANVISA, 2005). Como requisitos
específicos para a proteína se soja, a ANVISA define:
- A quantidade de proteína de soja, contida na porção do produto pronto
para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação;
- No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e
similares, devem-se declarar a quantidade de proteína de soja na recomendação diária
do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante;
- Os dizeres de rotulagem e o material publicitário dos produtos à base
de soja não podem veicular qualquer alegação em função das isoflavonas, seja de
conteúdo (“contém”), funcional, de saúde e terapêutica (prevenção, tratamento e cura de
doenças).
50
Na soja, as isoflavonas estão associadas à proteína e sua concentração depende
de inúmeros fatores, incluindo o tipo de alimento, a variedade da soja, o ano de colheita
e a localização geográfica do cultivo. As condições de processamento da soja também
podem provocar alterações no teor total e no perfil das isoflavonas presentes. (BEDANI
& ROSSI, 2005). Os alimentos derivados da soja podem ser divididos em quatro
classes. (PIMENTEL et al., 2005):
- Ingredientes de soja: são os crus ou não processados, como o grão, farinha
de soja, concentrados de soja, proteína texturizada de soja (PTS) e isolado proteico de
soja.
- Alimentos tradicionais de soja: tofu (coagulado proteico de soja), tempeh (soja
fermentada), missô (pasta de soja), entre outros.
- Segunda geração de alimentos de soja: são alimentos à base de soja, como
hambúrguer, salsichas e carne de soja.
- Alimentos em que a soja é utilizada por sua propriedade tecnológica:
fórmulas infantis e alimentos nos quais hidrolisados de soja são adicionados para
substituir o glutamato de sódio.
Nos alimentos, as isoflavonas se encontram na forma de glicosídeos (ligados a
açúcares) e para serem absorvidas precisam ser hidrolisadas a agliconas, que são as
formas biologicamente ativas, sendo esta hidrólise realizada no intestino por β-
glicosidades intestinais. Assim, a biodisponibilidade de isoflavonas pode ser reduzida
com o uso de antibióticos e em crianças alimentadas com fórmulas infantis à base de
soja nos primeiros quatro meses de vida, visto que seu intestino não está bem
desenvolvido. (STCHELL et al., 1984 apud PIMENTEL et al., 2005). A Tabela mostra
o conteúdo de isoflavonas na forma de agliconas, que é a biologicamente ativa em
diferentes alimentos de soja. (PIMENTEL et al., 2005 – modificado).
D G G
Grãos de soja 27 25 7
51
Isolados de soja 25 46 11
Concentrados de soja 0 6 0
Extraídos em etanol
Extraídos em água 25 40 12
Ptn texturizada da soja 41 51 19
Leite de soja 3 4 1
Tofu 7 9 12
Missô 25 29 12
Tempeh 85 103 9
ÁCIDOS GRAXOS
Os ácidos graxos são formados por uma cadeia linear de átomos de carbono
ligada a átomos de hidrogênio. Em uma das extremidades apresentam um grupo
carboxílico (-COOH), que constitui a região polar e, na outra extremidade, um grupo
metil (-CH3), que juntamente com a cadeia carbônica representam a parte apolar da
molécula. (SABARENSE; PELUZIO, 2008).
Ácidos graxos livres são pouco encontrados no organismo, estão mais
frequentemente ligados a um álcool, como o glicerol, resultando nos triacilgliceróis ou
52
nos glicerofosfolipídeos ou ligados a esfingosina, originando os esfingolipídios
(SABARENSE; PELUZIO, 2008).
De acordo com o número de átomos de carbono, os ácidos graxos podem ser
classificados como (HORNSTRA, 2001):
a) ácido graxo de cadeia curta (4 - 6 carbonos);
b) ácido graxo de cadeia média (8 - 12 carbonos);
c) ácido graxo de cadeia longa (14 - 18 carbonos);
d) ácido graxo de cadeia muito longa (20 carbonos ou mais).
- α-linolênico (18:3)
- ácido eicosapentaenoico EPA (20:5)
53
- ácido docosaexaenoico DHA (22:6)
α-linolênico (18:3)
54
Assim, os ácidos graxos trans estão presentes nos alimentos apenas nos óleos
vegetais que sofreram o processo de hidrogenação e em pequenas quantidades no leite,
carne e gordura de ruminantes.
A síntese dos ácidos graxos ocorre a partir do acetil coenzima A, tendo como
produto final o ácido graxo palmitato (16:0). Nos humanos, esse processo ocorre no
retículo endoplasmático e na mitocôndria. Após a síntese do palmitato, ocorre o
alongamento da molécula para formação dos ácidos graxos com cadeias de carbono
maiores e dessaturações para transformação de ligações simples em duplas, pela retirada
de hidrogênios. (MURRAY et al., 2003).
Entretanto, as enzimas dessaturases das células dos mamíferos são capazes de
introduzir insaturações apenas até a posição delta (Δ) 9. Consequentemente, podem
sintetizar ácidos graxos como o palmitoleico (ω-7, 16:1, Δ9) e oleico (ω-9, 18:1, Δ9).
Porém, não conseguem sintetizar os ácidos graxos linolênico (ω-6, 18:2, Δ9,12) e α-
linolênico (ω-3, 18:3, Δ9,12,15) devido à ausência das enzimas Δ-15 e Δ-12
dessaturases, que são capazes de inserir duplas ligações após a posição Δ9. (MURRAY
et al., 2003).
Dessa forma, é necessário obtê-los por meio da dieta para manter um pool
adequado no organismo, sendo denominados como ácidos graxos “essenciais”. A
capacidade de síntese dos ácidos graxos essenciais pertence apenas ao reino vegetal.
55
(MURRAY et al., 2003).
56
ESQUEMA DO METABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS LINOLEICO
(ESQUERDA) E Α--LINOLÊNICO (DIREITA)
Ômega 3
Ômega 6
Óleos vegetais e peixe
Óleos vegetais
Ácido eicosatetraenoico
Ácido di-homo-gamalinolênico
Elongase
(20:3) (20:4)
Δ -5-Desaturase
Ácido araquidônico Ácido eicosapentaenoico (EPA;
20:5)
(20:4)
ANTAGONISTAS
57
6, 20:4), por meio da via das cicloxigenases, produz prostaciclinas (PC),
prostaglandinas (PG) e tromboxanos (TX) e pela via das lipoxigenases os leucotrienos
(LT), segundo figura. Esses eicosanoides recebem um subtítulo numérico par (PGA2,
TXA2, LTA4) e apresentam propriedades pró-inflamatórias, se formados em excesso.
(PIMENTEL et al., 2005).
Os ácidos graxos poli-insaturados ω-3 EPA e DHA competem com o ácido
araquidônico na via da lipoxigenase e cicloxigenase, reduzindo a formação dos
mediadores inflamatórios, como leucotrienos da série 4 e tromboxanos da série 2,
favorecendo a síntese de eicosanoides da série 3 e 5 (TXA3, PGG3, PGH3, LTB5), que
possuem um menor potencial inflamatório. (PIMENTEL et al., 2005).
58
Alegação de Propriedades Funcionais
59
mesocarpo e endocarpo de frutos de palmeiras (como o açaí, tucumã e buriti), azeite de
oliva, óleo de canola, oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas, etc.), abacate e
amendoim.
60
Fibras 20-30g/dia
Com relação aos ácidos graxos das séries ω-6 e ω-3 ainda não há um consenso
mundial sobre qual a recomendação para o consumo diário. Existem diversas, como
segue abaixo. (PIMENTEL et al., 2005):
FITOSTERÓIS
61
classe dos estanóis nos vegetais. (LAW, 2000).
Os fitosteróis (ou fitoesteróis) são componentes esteroides naturais presentes nos
óleos vegetais, podendo ser encontrados, na forma in natura, como esteróis livres ou
conjugados ao ácido graxo (ésteres). Apresentam grande similaridade estrutural com o
colesterol, diferindo do mesmo pela presença de um radical metila e etila adicional à
cadeia carbônica. (NGUYEN, 1999).
Estudos demonstram que os fitosteróis têm um importante papel na diminuição
dos níveis de colesterol sanguíneo e consequentemente contribuem para a diminuição
do risco de doenças cardiovasculares, sendo que esse efeito já vem sendo estudado
desde a década de 50. (LOTTENBERG et al., 2002).
A redução dos níveis de colesterol sanguíneo pelos fitoesteróis ocorre da
seguinte maneira: depois de consumidos, os fitoesteróis são quebrados em esteróis
livres e ácidos graxos, que são inseridos em micelas, impedindo a entrada do colesterol.
Estas micelas são as mesmas que incorporam o colesterol exógeno (proveniente da
dieta), necessárias para torná-lo solúvel e capaz de ser absorvido. Ou seja, os fitosteróis
inibem parcialmente a absorção do colesterol por deslocá-lo para fora da micela.
Tornando-se insolúvel, o colesterol acaba eliminado pelas fezes junto com os próprios
fitosteróis, que são muito pouco absorvidos pelo organismo. (LOTTENBERG et al.,
2002).
As melhores fontes alimentares de fitosteróis são: soja, óleos vegetais pouco
refinados (soja, canola, girassol, arroz) e produtos enriquecidos. (LAW, 2000).
Ademais, margarinas ou outros produtos enriquecidos com fitosteróis não são
recomendados para pacientes com betasitosterolemia, doença extremamente rara, na
qual a absorção de fitosteróis encontra-se elevada. (LOTTENBERG et al., 2002).
A ANVISA reconhece a alegação de propriedade funcional dos fitoesteróis.
Segundo este órgão, “os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida
saudáveis”. Além disso, propõe requisitos específicos, como:
- A porção do produto pronto para consumo deve fornecer no mínimo 0,8
g de fitoesteróis livres. Quantidades inferiores poderão ser utilizadas desde que
comprovadas na matriz alimentar.
- A recomendação diária do produto, que deve estar entre 1 a 3
porções/dia, deve garantir uma ingestão entre um a três gramas de
fitoesteróis livres por dia.
62
- Na designação do produto deve ser incluída a informação “... com
fitoesteróis”.
- A quantidade de fitoesteróis, contida na porção do produto pronto para
consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação.
- Os fitoesteróis referem-se tanto aos esteróis e estanóis livres quanto aos
esterificados.
- Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da
substância, incluindo solventes e outros compostos utilizados.
- Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s)
utilizado(s).
- Apresentar laudo com o grau de pureza do produto e a caracterização dos
fitoesteróis/ fitoestanóis presentes.
- No rótulo devem constar as seguintes frases de advertência em destaque
e em negrito:
“Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar orientação médica”.
“Os fitoesteróis não fornecem benefícios adicionais quando consumidos acima
de 3 g/dia”.
“O produto não é adequado para crianças abaixo de cinco anos, gestantes e
lactentes”.
CAROTENOIDES
63
e são utilizados comercialmente como corantes alimentícios e em suplementos
nutricionais. (UENOJO et al., 2007).
Os carotenoides são substâncias lipossolúveis, poli-insaturadas, tetraterpênicas,
formadas por oito unidades de isopreno. A estrutura do licopeno, pigmento presente no
tomate, é considerada a estrutura fundamental deste grupo de compostos, da qual podem
ser derivadas outras estruturas por reações de hidrogenação, ciclização, oxidação ou a
combinação destes métodos. (PIMENTEL et al, 2005). Quimicamente, os carotenoides
podem ser divididos em dois grupos:
- Carotenos: formados somente por carbono e hidrogênio. Exemplos:
licopeno e luteína.
- Xantofilas: derivados oxigenados que apresentam um grupo oxigênio
substituto, como grupos hidróxi, ceto ou epóxi. Exemplo: Zeaxantina.
Devido ao grande número de insaturações presente nas estruturas dos
carotenoides, como pode ser visualizado na figura, eles são altamente suscetíveis à
oxidação. A oxidação destes compostos pode ocorrer por meio do oxigênio celular e o
do ar, do calor e temperatura, pela presença de antioxidantes e peróxidos ou pela
combinação de mais de um desses fatores. (RODRIGUEZ-AMAYA, 2000).
65
Entre diversos profissionais há controvérsias em relação à definição real de
fibras alimentares e tem-se verificado uma tendência para diferenciar os termos fibra
alimentar e fibra funcional, principalmente entre os profissionais de nutrição.
Fibra Alimentar
- Definição: consiste de carboidratos nos remanescentes de células
vegetais comestíveis, polissacarídeos, lignina e substâncias associadas resistentes à
digestão pelas enzimas alimentares humanas. (ÁLVAREZ & SÁNCHEZ, 2006 – citado
por Costa & Rosa, 2010).
Fibra Funcional
- Exemplos: celulose, hemicelulose, pectina, lignina, gomas, β-glucanas, o
amido resistente encontrado naturalmente nos vegetais ou produzido durante o
processamento convencional de cereais, oligossacarídeos encontrados em leguminosas
como a rafinose e a estaquiose, os frutooligossacarídeos, como as frutanas e a inulina,
encontrada na cebola e na chicória. (COSTA & MARTINO, 2008).
- Definição: consiste de carboidratos não digeríveis, isolados, que exercem
efeitos benéficos ao indivíduo.
- Exemplos: frações isoladas ou extraídas usando-se processos químicos,
enzimáticos ou aquosos de celulose, lignina, hemicelulose, pectina, ß-glucanos, gomas,
oligossacarídeo ou psilium. Também incluem o amido resistente manufaturado,
polissacarídeos como polidextrose e produtos de origem animal, como quitina e
quitosana, encontrados em artrópodes como caranguejo e lagosta. (COSTA &
MARTINO, 2008).
66
polissacarídeos de algas e ligninas.
FISIOLÓGICA - fibras solúveis e fibras insolúveis ou viscosas e não viscosas
ou fermentáveis e não fermentáveis.
Como visto, podemos classificar as fibras alimentares totais de acordo com sua
funcionalidade no nosso organismo, em fibras solúveis e insolúveis.
Fibra Solúvel
67
Fibra Insolúvel
- Insolúveis em água.
Recomendação de Fibras
Espanha, Itália, Grécia: 20 g/dia para homens 15,7 g/dia para mulheres.
QUADRO – RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA INGESTÃO DE
FIBRA ALIMENTAR TOTAL EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE VIDA E ESTADO
FISIOLÓGICO
Definições e Exemplo
68
IDADE(ANOS) FAT (G/DIA)
MASCULINO FEMININO
1a3 19 19
4a8 25 25
9 a 13 31 26
14 a 18 38 26
19 a 30 38 25
31 a 50 38 25
50 a 70 30 21
> 70 30 21
Gestantes - 28
Lactantes - 29
Prebiótico
Segundo Manning & Gibson (2004), para um alimento ser classificado como
prebiótico são necessários alguns critérios, como:
- Não deve ser hidrolisado ou absorvido no estômago ou intestino delgado;
69
- Deve ser metabolizado seletivamente por um número limitado de
bactérias benéficas;
INULINA:
FRUTOOLIGOSSACARÍDEOS (FOS):
70
AÇÃO DIRETA DOS PREBIÓTICOS:
Requisitos específicos:
71
destes prebióticos, abaixo de fibras alimentares.
- O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30 g na recomendação diária
do produto pronto para consumo, conforme indicação do fabricante.
- Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e
similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do
produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
Probiótico
72
L. acidophilus B. bifidum Streptococcus thermophilus
L. johnsonii
73
produto, o produtor e as bactérias são mostrados no quadro.
QUADRO – PRINCIPAIS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS CONTENDO
BACTÉRIAS PROBIÓTICAS COMERCIALIZADAS NO BRASIL
74
FONTE: Oliveira et al., 2002.
75
transporte de colesterol para o fígado via quilimícrons e, por outro lado, pela
desconjunção dos sais biliares com menor absorção do colesterol pelo intestino.
(PIMENTEL et al., 2005).
Na lista de alegações de propriedades funcionais aprovadas pela ANVISA é
permitida a seguinte alegação: “O (indicar a espécie do microrganismo) (probiótico)
contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Sendo que os probióticos
presentes nesta lista são:
76
ALIMENTOS FUNCIONAIS NAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
77
- Neoplasias 158.600 15,1
DCNT DCV DM
199 20
2007 1996 2000 2007 1996 2000 2007
6 00
Distrito Federal 53
594 437 288 247 188 32 39 30
6
Goiás 48
524 457 263 237 201 21 26 27
9
Mato Grosso 52
439 453 221 251 212 26 40 32
2
Mato G. do Sul 53
581 495 304 268 233 23 29 30
2
Paraná 60
663 513 344 296 226 30 36 31
7
Rio G. do Sul 60
668 517 310 268 208 24 29 29
2
Santa Catarina 58
646 482 313 267 200 30 32 28
1
Espírito Santo 55
613 464 328 270 219 29 36 31
2
78
Minas Gerais 50
560 455 288 244 199 24 27 27
6
Rio de Janeiro 62
732 533 365 283 231 49 47 44
1
São Paulo 59
664 489 332 277 212 31 33 26
1
Alagoas 47
537 510 273 231 252 43 43 56
4
Bahia 42
427 404 212 197 182 33 35 37
1
Ceará 38
351 424 165 175 189 18 26 26
9
Maranhão 28
244 386 128 139 195 16 24 41
3
Paraíba 42
440 478 221 193 228 27 39 46
0
Pernambuco 57
582 523 296 274 244 41 49 50
0
Piauí 37
269 485 151 200 253 14 27 38
8
Rio G. do 38
395 398 189 173 175 33 35 41
Norte 2
Sergipe 48
418 469 188 209 202 30 54 49
5
Acre 46
497 449 239 193 179 28 28 35
8
Amapá 41
473 318 205 177 129 19 20 20
6
Amazonas 42
396 420 167 168 153 25 31 29
8
Pará 38
378 393 187 184 176 19 25 30
7
79
Rondônia 47
455 395 244 221 179 19 39 29
5
Roraima 48
467 439 211 207 170 30 37 43
1
Tocantins 322 37 415 181 200 219 18 24 31
3
BRASIL 569 53 475 284 247 209 30 34 33
0
FONTE IBGE.
80
Ácido α-linolênico: sementes de linhaça, vegetais folhosos de coloração verde-
escuro, óleos vegetais, como o de oliva, soja e canola.
81
Mufa e Doenças Cardiovasculares
FITOSTERÓIS
82
significativa no colesterol total e no LDL-c de 10 e 14%, respectivamente, em pacientes
com hipercolesterolemia leve. (MIETTINEN et al., 1995).
Uma revisão de estudos (LAW, 2000) avaliando a eficácia de margarinas com
adição de fitosteróis e fitostanóis, identificou uma diminuição média de 14% no LDL-c
com uma dose diária igual ou maior que 2 g/dia, para indivíduos com idade entre 50 e
59 anos. Em pessoas com idade entre 40 e 49 anos, a diminuição do LDL-c foi de 9%.
Dados observacionais de ensaios randomizados mostraram que, em pessoas de
50 a 59 anos, a diminuição do LDL-c em 0,5 mmol/L diminuiu o risco cardiovascular
em 25% depois de dois anos de suplementação. Em pessoas mais jovens, a diminuição
do colesterol foi menor, mas houve uma associação mais forte entre níveis de colesterol
e doenças cardiovasculares.
Martins et al. (2004), avaliando diversos trabalhos sobre os efeitos terapêuticos
dos fitosteróis e fitostanóis na colesterolemia, concluíram que esses são compostos
eficientes na redução da colesterolemia, podendo ser utilizados de forma isolada ou
combinados a outros agentes hipocolesterolemiantes. Esses efeitos foram observados
pela ingestão de doses de até 2,5 g/dia destes compostos, não encontrados em alimentos
naturais.
Acima desta dose não foram encontrados benefícios adicionais. As evidências
existentes foram principalmente de produtos alimentícios nos quais estes compostos
foram aditivados, pois poucos estudos têm sido publicados enfatizando os efeitos dos
fitosteróis e fitostanóis, naturalmente presentes nos alimentos no controle do colesterol
sanguíneo.
O efeito adverso atribuído à suplementação de fitosteróis e fitostanóis refere-se à
discreta diminuição da absorção de vitaminas lipossolúveis, especialmente as vitaminas
A e E, o que pode ser compensado com o aumento no consumo de alimentos fontes
destas vitaminas. (MARTINS et al., 2004).
FIBRAS ALIMENTARES
As fibras podem ser divididas de acordo com sua solubilidade em fibras solúveis
e fibras insolúveis.
As fibras solúveis, como as pectinas (presentes em frutas), gomas (presentes na
aveia, cevada, leguminosas como a soja e o feijão) são viscosas, solúveis em água e
altamente fermentáveis pela microbiota intestinal. (COSTA & MARTINO, 2008). Sua
83
viscosidade e solubilidade em água contribuem para o “sequestro de ácidos biliares”
secretados no fígado, que são produtos do catabolismo do colesterol.
Por conseguinte, ocorre um aumento da excreção fecal dos ácidos biliares,
impulsionando o fígado a converter mais colesterol nestes ácidos.
Em adição, a menor disponibilidade de ácidos biliares no intestino reduz a
absorção de lipídeos e colesterol, visto que há menor formação de micelas. Como
resultado, ocorre à diminuição de lipídeos e colesterol sanguíneos. (COSTA & ROSA,
2010).
A fermentação das fibras solúveis por bactérias no cólon gera ácidos graxos de
cadeia curta, como o acetato, butirado e propionato, sendo esse último associado à
inibição da síntese hepática de colesterol e consequente redução dos níveis plasmáticos
de colesterol total. (COSTA & ROSA, 2010).
As fibras insolúveis, como as celuloses e ligninas presentes no farelo de trigo,
leguminosas e vegetais, não possuem efeito hipocolesterolêmico como as fibras
solúveis, porém podem induzir a saciedade, auxiliando a redução da ingestão calórica.
(COSTA & MARTINO, 2008).
PROTEÍNA VEGETAL
A soja possui teores mais baixos de lisina e de metionina e níveis mais altos de
arginina em comparação às proteínas de origem animal. Esta composição aminoacídica
está associada à menor produção de apoproteína B (apo B), a única apoproteína das
LDL, contribuindo, assim, para o efeito hipocolesterolêmico da soja. (DUARTE &
84
COSTA, 1997).
As isoflavonas e as saponinas presentes na soja, apesar de não terem sua
funcionalidade ainda reconhecida por órgãos competentes, parecem contribuir também
para a propriedade da soja em reduzir o colesterol plasmático. (PIMENTEL, 2005).
COMPOSTOS ANTIOXIDANTES
85
FILHO, 1997).
• ASSOCIAÇÕES INTERESSANTES:
86
+
SINVASTATINA - ↓síntese de colesterol endógeno.
87
funcionalidade são: auxílio na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos (ácidos
graxos ômega 3), auxílio na redução da absorção de colesterol (betaglucana, psílio,
quitosana, fitosteróis), ação antioxidante que protege as células contra radicais livres
(licopeno, luteína e zeaxantina).
Diante do fato da obesidade ser uma doença de difícil controle, por estarem
envolvidos fatores psicológicos, comportamentais, fisiológicos e genéticos, o consumo
de nenhum alimento ou substância específica presente nos alimentos seria capaz de
solucionar o problema da obesidade, sendo necessária uma mudança do estilo de vida de
uma forma geral. Porém, alguns estudos mostram que determinados compostos e/ou
alimentos funcionais podem indiretamente auxiliar a perda de peso, influenciando o
balanço energético por meio do controle da ingestão ou do gasto energético.
(RAYALAM et al., 2008; KOVACS & MELA, 2006).
FIBRAS ALIMENTARES
CÁLCIO
88
do peso corporal. (BRESSAN & COSTA, 2010; JACQMAIN et al., 2003). Porém, são
necessários maiores investigações, pois nem todos os estudos confirmam esta hipótese.
Jacqmain et al. (2003), ao avaliar a ingestão de cálcio com parâmetros
antropométricos em famílias da cidade de Quebec, no Canadá, observaram que o
consumo inferior a 600 mg/dia/cálcio estava relacionado com maior peso corporal (82,3
Kg), em comparação aos que consumiam entre 600 e 1000 mg/dia/cálcio e acima de
1.000 mg/dia/cálcio, cujo peso corporal foi de 69,8 e 65 Kg, respectivamente.
Apesar do mecanismo não estar ainda totalmente elucidado, existem dois
mecanismos propostos para explicar como a ingestão de cálcio pode afetar o peso e a
gordura corporal.
1) Efeito do cálcio dietético nos níveis de cálcio intracelular em adipócitos.
2) Efeito do cálcio dietético na absorção de ácidos graxos no trato
gastrintestinal.
Efeito do Cálcio Dietético nos Níveis de Cálcio Intracelular em Adipócitos
O aumento da ingestão de cálcio na dieta pode reduzir o influxo de cálcio para
dentro dos adipócitos pela supressão da produção da 1,25 di-idroxivitamina D,
reduzindo a expressão e atividade do ácido graxo sintaxe e a lipogênese e estimulando a
lipólise. No pâncreas ocorreria mecanismo semelhante, resultando na redução da
produção de insulina. (ZEMEL, 2002).
89
↑ Ca dietético
ADIPÓCIT
O
LIPÍDIOS
90
Os AGCM são absorvidos no duodeno e atingem a corrente sanguínea, sendo
transportados até o fígado fracamente ligado à albumina e pouco incorporado aos
quilomícrons e VLDL, como são os ácidos graxos de cadeia longa. Este fato deve-se à
cadeia de carbonos encurtada dos AGCM, que lhes confere maior solubilidade aquosa e
menor eficiência na incorporação nos fosfolipídios dos quilomícrons. (ROYNETTE et
al., 2008; COLLEONE, 2002; ROSADO, 2010).
Assim, a maior parte dos AGCM é captada pelo fígado e uma pequena parcela
remanescente segue pela corrente sanguínea, tornando-se disponível para os tecidos
periféricos, com baixa deposição nos adipócitos. (ROYNETTE et al., 2008). Os ácidos
graxos de cadeia longa, por sua vez, são transportados através dos quilomícrons no
sistema linfático, atingindo a circulação sistêmica, sendo amplamente depositados no
tecido adiposo. (ST-ONGE & JONES, 2002; ROSADO, 2010).
Assim, ácidos graxos insaturados, como os monoinsaturados, poderiam
promover um menor ganho de peso, comparado aos ácidos graxos saturados, o que
justifica o incentivo ao consumo de alimentos fontes, como o azeite de oliva, óleos de
canola e de amendoim, oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas, etc.), frutos como o
abacate e o açaí.
91
para classificar a capsaicina ou seus alimentos fontes como anorexígenos. (BRESSAN
& COSTA, 2010).
CHÁ-VERDE
92
1,4% ao ano na taxa de mortalidade. Por outro lado, no mesmo período, houve aumento
de 10% de mortes no país por diabetes mellitus, ao se considerar apenas o óbito por
causa básica. Esse índice representa um aumento de 0,8% ao ano na taxa de
mortalidade, que passou de 30 para 33 por 100 mil habitantes. (BRASIL, 2010).
O metabolismo normal da glicose é regulado por três processos inter-
relacionados: a produção de glicose no fígado, captação e utilização da glicose pelos
tecidos periféricos e secreção de insulina. (CONTRAN, 2000). Nos anos 70, vários
hormônios intestinais, as incretinas, foram identificados e um deles, o GLP-1 (Glucagon
like peptide-1), foi reconhecido como um importante contribuinte para a manutenção da
glicemia.
Assim, passou-se a entender o processo glicorregulatório como resultado da
interação com outros hormônios e particularmente a relação dos hormônios pancreáticos
(insulina e glucagon) com hormônios intestinais e o diabetes passou a ser visto com
uma doença multi- hormonal. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2007).
O diabetes mellitus (DM) é um distúrbio crônico do metabolismo dos
carboidratos, lipídios e proteínas causado por secreção inadequada de insulina e/ou
diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina. O efeito no metabolismo da glicose
decorre da tentativa de garantir o aporte adequado de glicose para as células.
Consequentemente há o aumento da glicemia, utilização de quantidades cada vez
menores de glicose pelas células e mobilização crescente de proteínas e lipídeos.
(GUYTON, 2000).
O diabetes leva a complicações microvasculares, predominando a retinopatia, a
nefropatia, a neuropatia e complicações macrovasculares, particularmente o acidente
vascular cerebral e as doenças da artéria coronária. Juntas, essas doenças fazem do
diabetes a sétima causa de óbitos no mundo desenvolvido. (SACKS et al., 2002).
Portanto, em vista do número crescente de pessoas afetadas por esta patologia e
os altos índices de morbidade e mortalidade associadas, terapêuticas para redução do
risco de diabetes, como a busca por alimentos e/ou compostos funcionais, são
extremamente relevantes. A maioria das pesquisas sobre os fatores dietéticos e o risco
de diabetes tipo 2 (DM2) focaliza os macronutrientes. (HU et al., 2001). Entretanto,
micronutrientes e fitoquímicos também podem afetar o metabolismo da glicose. (VAN
DAM, 2003).
Abaixo, é descrito o papel de alguns alimentos ou compostos que podem reduzir
o risco de diabetes, apesar de não haver no Brasil nenhuma alegação de propriedade de
93
funcionalidade aprovada pela ANVISA que associe diretamente estas substâncias ao
diabetes.
FIBRAS ALIMENTARES
94
viscosidade, aumentam a saciedade e atuam reduzindo a velocidade de absorção da
glicose, e a resposta glicêmica. (MELLO & LAAKSSONEN, 2009). Paradoxalmente,
resultados de estudos epidemiológicos mostraram maior associação com a redução do
risco de DM2 com o consumo de fibras insolúveis, presentes nos cereais integrais,
comparado às fibras solúveis e alimentos com baixo índice glicêmico. (SALMERON et
al., 1997; MEYER et al., 2000).
Dois grandes estudos de coorte realizados nos Estados Unidos, um deles com
mais de 70.000 mulheres e outro com mais de 42.000 homens (SALMERON et al.,
1997), mostraram que as fibras contidas nos cereais, mas não àquelas provenientes das
frutas ou das fibras solúveis, estavam associadas a uma diminuição do risco de DM em
cerca de 30% quando feita a comparação entre os de maior e menor valor, levando em
conta outros fatores de confusão e carga glicêmica da dieta. Outro estudo, publicado
posteriormente, confirmou esses achados em uma população de 36.000 mulheres
americanas. (Meyer et al., 2000).
Resultados de estudos de médio e longo prazo sobre o papel das fibras dietéticas
na melhora do metabolismo glicídico e insulínico, tanto em indivíduos com ou sem DM,
são menos conclusivos. Um maior número de ensaios clínicos randomizados é
necessário para se estabelecer o papel das fibras dietéticas na prevenção e tratamento do
DM2.
CAFÉ
95
respectivamente, menor risco de desenvolverem DM2 comparados com aqueles que
consumiam de zero a duas xícaras de café por dia. (VAN DAM & HU, 2005).
Rosengren et al. (2004) realizaram um estudo prospectivo de 18 anos sobre a
incidência de diabetes em mulheres suecas em relação ao consumo de café. A amostra
foi composta por 1.361 mulheres, entre 39 e 65 anos, sem problemas cardiovasculares e
diabetes. O risco de desenvolvimento de diabetes foi 475 por 100.000 pessoas por ano
nas mulheres que consumiam 0-2 xícaras de café por dia, 271 para aquelas cujo
consumo era de 3-4 xícaras, 202 para o consumo de 5-6 xícaras e 267 para as que
consumiam mais que sete xícaras. Porém, houve uma elevação da concentração de
colesterol sérico com o aumento do consumo de café.
Em um estudo sueco, o café ou o chá com açúcar foi associado a uma menor
sensibilidade insulínica, enquanto não foi encontrada esta associação com o café ou o
chá com leite. (ÃRNLÕV et al., 2004). Entretanto, para a maior parte das pessoas a
quantidade de açúcar e leite adicionado no café foi menor comparado a outros trabalhos.
(VAN DAM & HU, 2005).
Já em um estudo holandês, foi observada uma associação inversa com a glicose
pós-prandial (VAN DAM et al., 2004) e o risco de DM2 (VAN DAM & FESKENS,
2002) para o café com ou sem açúcar e o café com ou sem leite. Por sua vez, em um
estudo prospectivo realizado nos EUA (SALAZAR-MARTINEZ et al., 2004) durante
um período de 12-18 anos, constatou que, entre os homens que tomavam mais de seis
xícaras de café cafeinado por dia, o risco de diabetes do tipo 2 era cerca da 50% menor
do que o risco existente entre os homens que não tomavam; entre as mulheres, o risco
era cerca de 30% menor.
Esses efeitos também foram observados entre os que tomavam café
descafeinado, mas em escala mais modesta. No caso dos homens, a redução de risco era
de 25%, e no caso das mulheres, de 15%. Esses dados indicam não ser apenas a cafeína
a responsável pela diminuição do risco de DM2. Várias substâncias presentes no café,
além da cafeína, como o ácido clorogênico (SHEARER et al., 2003), o magnésio (DE
VALK, 1999) e a lignina (BHATHENA e VELASQUEZ, 2002) têm mostrado afetar o
metabolismo de glicose em animais e em estudos metabólicos com humanos.
O ACL é parcialmente absorvido no intestino delgado e no grosso, após ser
metabolizado por bactérias. Pesquisas indicam que a ingestão de ACL reduz a
concentração de glicose em ratos. (ANDRADE-CETTO et al., 2001; HERLING et al.,
1999).
96
O ACL parece estimular a secreção do hormônio incretina glucagon-like
peptídeo 1 (GLP-1) em humanos (JOHNSTON et al., 2003). As incretinas são
hormônios secretados pelas células endócrinas localizadas no epitélio do intestino
delgado. Existem dois hormônios principais: o GLP-1 (glucagon-like peptídeo-1) e o
GIP (glucose-dependent insulinotropic peptide), sendo o GLP-1 mais importante na
patogenia do DM-2. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2007).
Abaixo, encontra-se a figura que sumariza as ações do GLP-1 nos tecidos
periféricos.
97
Aumenta a biossíntese de insulina
98
- Potente antioxidante. (SVILAAS et al., 2004; PULIDO et
ÁCIDO CLOROGÊNICO E al., 2003).
ÁCIDO QUÍNICO - Reduz a síntese de glicose hepática por meio da inibição
da glicose-6-fosfatase. (HERLING et al., 1999).
- Reduz a absorção de glicose intestinal por inibir a
glicose-6- fosfato translocase 1, reduzir o gradiente de sódio
e aumentar os níveis de GLP-1. (JOHNSTON et al., 2003).
- Exerce efeitos na composição mineral de tecidos por ser
um quelador de metais, podendo aumentar o Mg no fígado.
(RODRÍGUEZ & HADLEY, 2002).
- Inibe a formação de compostos N-nitroso no trato
gastrintestinal, tóxicos às células beta do pâncreas. (VAN
DAM, 2002).
MAGNÉSIO - Cofator de várias enzimas envolvidas nos processos de
fosforilação, que são essenciais para o metabolismo da
glicose. (LOPEZ-RIDAURA et al., 2004).
- Pode afetar a atividade do receptor de insulina por
possuir afinidade com o receptor deste hormônio ou afetar a
viscosidade da membrana. (LOPEZ-RIDAURA et al.,
2004).
LIGNINAS Possui ações antioxidantes e antiestrogênicas.
(BHATHENA & VELASQUEZ, 2002).
Ingredientes:
Modo de Preparo:
100
minutos. Enquanto isso unte as formas, utilizando manteiga (de preferência, sem sal)
para cobrir todas as paredes internas da forma. Em seguida, polvilhe com farinha e retire
o excesso. Se preferir, utilize formas antiaderentes, evitando, assim, o trabalho de untar
e enfarinhar as mesmas.
- Coloque a massa de pão nas formas, procurando cobrir até 2/3 da altura
das paredes laterais ou pouco acima da metade. Adicione, ao topo da massa, meia colher
de sopa de sementes de linhaça para cada forma.
Este pão dura de três a cinco dias, em temperatura ambiente, fora da geladeira.
Na geladeira, conserva-se por até dez dias. E, no freezer, por três meses. Caso tenha
congelado o pão no freezer, retire-o pelo menos de 15 a 20 horas antes de consumi-lo.
Ele fica delicioso se fatiado em fatias finas, com uma boa faca de pão, tostadas na
torradeira ou no forno caseiro por três a cinco minutos. É muito saudável substituir a
manteiga por um fio de um bom azeite de oliva!
FONTE: Globo Repórter. Disponível em: <http://g1.globo.com/videos/globo-
reporter/v/veja-como- preparar-pao-integral-com-linhaca/985838/#/Receitas/page/3>.
101
Rendimento: 10 porções
Valor calórico por porção: 150 calorias
Ingredientes:
- 1 xícara de caldo caseiro de vegetais (pode ser a água da cocção de
vegetais);
- 1/2 xícara de óleo de canola;
- 2 ovos (de preferência caipira);
- 1/2 colher de chá de sal marinho;
- 12 colheres de sopa de farinha de arroz (de preferência integral);
- 2 colheres de sopa de farinha de linhaça. Pode-se adquirir pronta, caso
seja estabilizada ou obtê-la na hora, triturando as sementes em um liquidificador, por
exemplo;
- 2 colheres de sopa de farinha de soja tostada;
- 2 colheres de sopa de sementes de linhaça;
- 2 colheres de chá de fermento em pó.
Recheio:
- 4 abobrinhas;
- 1 cebola.
Modo de Preparo:
- Refogar ou cozinhar os vegetais. Em caso de cocção com água, reutilizar
a mesma como caldo.
- Colocar os primeiros quatro ingredientes no liquidificador e misturar
bem.
- Acrescentar as farinhas (arroz, linhaça e soja) aos poucos e ir
misturando.
- Por último acrescentar o fermento e dar uma última misturada.
- Cobrir o fundo num pirex previamente pincelado com óleo, colocar os
vegetais, e cobrir com o restante da massa.
- Por cima colocar as sementes de linhaça e cozinhar em forno médio por
20-30 minutos (até a faca sair seca e a superfície estar dourada).
102
<http://www.emex.com.br/receitas/receitas/id/670/r/torta-de-abobrinha-sem-
gluten-e-sem- lactose>.
Modo de Preparo:
103
<http://www.emex.com.br/receitas/receitas/id/437/r/arroz-arabe-com-
amendoas>.
MOUSSE DE AÇAÍ
Ingredientes:
Modo de Preparo:
104
FAROFA DE AVEIA
Ingredientes:
Modo de Preparo:
Ingredientes:
105
- 1 unidade pequena de abacaxi.
Modo de Preparo:
Ingredientes:
106
- molho de pimenta a gosto.
Modo de Preparo:
107
REFERÊNCIAS
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