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Experimento 7 - TEOREMA TRABALHO-ENERGIA CINETICA

1. INTRODUÇÃO

Em Física, o trabalho de uma força constante F é definido, em forma vetorial, como um produto
escalar:
 
  F d
Embora as duas grandezas envolvidas em sua definição, força e deslocamento, sejam vetores, o
trabalho é uma grandeza escalar. A unidade de trabalho no Sistema Internacional (SI) é o newton-metro,
que recebeu o nome de joule (J), em homenagem ao cientista inglês James Prescott Joule.
O trabalho de uma força variável que atua sobre uma partícula de massa m que se desloca de uma
posição inicial xi até um ponto final xf é dado por:
xf

   F x dx (1)
xi
Se F(x) é a força resultante que atua na partícula, podemos usar a segunda lei de Newton e
reescrever:
xf xf

   F x dx   madx . (2)


xi xi
O produto madx pode ser reescrito na forma:
dv
madx  m dx (3)
dt
Pela "regra da cadeia" do cálculo, temos:
dv dv dx dv
  v (4)
dt dx dt dx
A Eq. 3 se torna:
dv
madx  m vdx  mvdv. (5)
dx
Substituindo na Eq. 2, temos:
vf vf
1 1
   mvdv  m  vdv  mv 2f  mvi2 (6)
vi vi
2 2
Definindo:
1 2
EC  mv , (7)
2
como sendo a energia cinética de uma partícula de massa m e velocidade v, temos:

  EC  final  EC inicial  EC (8)


Essa expressão indica que o trabalho da força resultante que atua sobre a partícula que se move
entre dois pontos é igual à variação da energia cinética da mesma entre esses pontos. Este é o enunciado
do Teorema Trabalho-Energia Cinética.
Neste experimento iremos comprovar o teorema trabalho-energia e para isso, utilizaremos o
arranjo experimental descrito a seguir:

Um planador de massa M desliza sobre um trilho de ar, a partir de uma velocidade inicial
diferente de zero, sob ação do peso de m que o acelera. O arranjo possui um atrito muito baixo que será
desconsiderado.
No planador M atua uma tensão T devida a corda. Pela segunda lei de Newton, tem-se:
T  Ma

1
v0 v
x

M
a
T
m

h0

Esquema do trilho de Ar + Centelhador

Lembre-se que, isolando o planador (carro), a tensão é a força resultante sobre ele. Se M teve
um deslocamento x sobre o trilho de ar, então, o trabalho da tensão sobre o planador será dado, via
teorema trabalho-energia cinética, pela variação da energia cinética do planador, ou seja:

1 1 1
 T  T .x  Mv 2  Mv02  M (v 2  v02 ) (10)
2 2 2
De outra forma:
Considerando-se o sistema como um todo, a força resultante é o peso mg e o trabalho dessa
força resultante sobre o sistema é dado, pelo teorema trabalho-energia cinética, pela variação da energia
cinética do sistema, ou seja:
1 1
mgx  ( M  m)v 2  ( M  m)v02
2 2
1
mgx  ( M  m)(v 2  v02 ) (11)
2
Para comprovar o teorema trabalho-energia cinética iremos verificar a validade das Eqs. 10 e 11,
ou seja, vamos verificar se o lado esquerdo destas equações é realmente igual ao lado direito.

Análise de dados

Note que, para usar as Eq. 10 e 11, serão preciso apenas da velocidade inicial (v0) e de uma velocidade (v)
no fim do movimento, preferencialmente, pouco antes da massa pendurada tocar o piso.

2. Procedimento experimental

1. Repita os passos dos experimentos anteriores para preparar o sistema;

2. Registre o movimento do carro na fita;

3. Registre os valores ( M, m, x e h0, conforme a figura do experimento) nos espaços acima da


Tabela 1.

Tabela 1 M = ............................ ; m = ............................; e x = ……... .

2
x = ............................., ou seja, a distância entre as duas velocidades, v e v0. h0 = ..............................
t= x (x - x )
v mi  i 1 i-1 ; v =
2t
t0 = x0= v0= -----------------
t1 = x1= v1=
t2 = x2= v2=
t3 = x3= v3=
. . .
. . .
. . .
t9 = x9= v9=
t10= x10= v10=
t11= x11= v11=

3. Análise dos dados – ATENÇÃO, MOSTRAR OS CÁLCULOS NO RELATÓRIO.

1. Aplicar a segunda lei de Newton para obter o valor da aceleração; encontrar a força resultante “T” que atua
sobre o planador (veja o experimento anterior);
Como no experimento de Leis de Newton, determinar a acelaração graficamente
2. Calcular o valor do trabalho da tensão sobre o planador no intervalo entre as velocidades, T.x (lado esquerdo
da eq.10);

3. Obter o trabalho da força peso sobre o sistema, mgx (lado esquerdo da eq. 11);

4. Comparar estes valores com os obtidos a partir do lado direito das equações 10 e 11, respectivamente.

5. Calcule o valor da energia potencial gravitacional máxima (Ep = mgh0) e compare com o máximo obtido para
a energia cinética do sistema (porque ?) que ocorre quando o peso toca o piso e anote ambos os resultados na
Tabela 2.

Tabela 2
Ep(J) máxima EC(J) máxima do sistema

 .  .

Relatório Apresente:

A) A Tabela 1 preenchida;

B) Os cálculos com os respectivos valores obtidos. Não esqueça de propagar as incertezas;

C) A comparação entre o lado esquerdo e direito de ambas as Eq. 10 e 11;

D) Procure fundamentar o item 5 da análise de dados com o Principio da Conservação da Energia Mecânica e
apresente a Tabela 2;

E) A conclusão sobre o experimento.

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